GPS - Projeto 1

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Equipa GPS

Projecto GPS Livro Um 3ª edição

Edições Salesianas


FICHA TÉCNICA Título: Projecto GPS. Livro Um Autor: Equipa GPS © 2007. Edições Salesianas Rua Dr. Alves da Veiga, 124 4022-001 Porto Tel.: 225 365 750 / Fax: 225 365 800 edisal@edisal.salesianos.pt www.edisal.salesianos.pt Capa: Paulo Santos Paginação: Paulo Santos + rAP Revisão de provas: Antero Ferreira ISBN: 978-972-690-557-8 Depósito Legal: 263229/07 Impressão e acabamentos: Edições Salesianas


Apresentação

P

arabéns! Tens nas mãos o “Livro Um” do projecto GPS. Com ele vais conseguir dar uma injecção de qualidade e de energia ao teu grupo de jovens.

A observação da realidade e a reflexão tem‑nos mostrado que uma experiência autêntica de grupo, onde se aprende o que é ser cristão fazendo experiência dos valores do Evangelho, é mesmo necessária para chegar a ser “adulto na fé”, para ser um discípulo fiel e entusiasmado de Jesus de Nazaré.

Este volume tem as propostas para as reuniões semanais do primeiro ano do itinerário GPS. São propostas a realizar dentro do grupo. Elas pedem a criatividade e a participação dos jovens, e conseguem um aumento do sentido de pertença ao grupo, um bom domínio das competências cristãs e um clima geral de entusiasmo.

O Projecto GPS não é um “catecismo”, um elenco de conteúdos. É um conjunto de mate­riais pedagógicos que ajudam o jovem e o grupo a dominar todas as dimensões do ser cristão. É uma proposta para jovens que já fizeram uma caminhada de fé.

Cada ano do Projecto GPS propõe seis módulos (ou catequeses, se gostares mais deste termo e souberes que “catequese” não é só coisa de crianças, nem sinónimo de “seca desinteressante”). Cada módulo decorre ao longo de cinco encontros semanais de cerca de noventa minutos. Este livro oferece-te as propostas, as dinâmicas, os materiais a usar nesses encontros do teu grupo.

O Projecto GPS inclui vários materiais. Este livro (Livro Um) são as propostas a usar nos grupos ao longo do primeiro ano de actividades do grupo. Para o segundo e terceiro ano, haverá livros semelhantes (Livro Dois e Livro Três). Há, além disso, o “Livro Zero”. É uma espécie de manual geral para todo o projecto. Inclui pistas importantes para todos aqueles que querem uma pastoral juvenil com qualidade, capaz de resultados credíveis.

Além disso incluímos um CD-rom contendo, em formato digital, os materiais que podem ser fotocopiados e distribuídos pelos elementos do grupo. Oferecemos ainda, para bastantes encontros, actividades alternativas às que estão no livro impresso.

Aqui no Livro Um estão as propostas para as reuniões semanais do grupo. Mas o Projecto GPS prevê outras possibilidades: campanhas nos tempos litúrgicos mais fortes, celebrações de dias especiais (dia do pai, da mãe, vocações...) retiros, acampamentos... Para todos esses momentos ofereceremos sugestões de qualidade num outro livro.

Outros materiais podem ser encontrados no site das Edições Salesianas (www.edisal.salesianos. pt). Aí será possível encontrar gratuitamente mais materiais (dinâmicas, apresentações multimédia, canções em mp3, poemas...) úteis para enriquecer estes módulos.

Pistas para o animador Começar bem Quem tem este livro nas mãos está provavelmente a pensar em usá-lo com um grupo de jovens concreto. Pode ser um grupo já existente de catequese de adolescentes, de preparação para o crisma ou pós-crisma. Ou pode ser um grupo novo que vai arrancar. As possibilidades são imensas. Sentimo‑nos orgulhosos por quereres usar o Projecto GPS com os jovens da tua paróquia. Mas o arranque do grupo é um momento delicado onde a postura do animador, a sua capacidade de entusiasmar os

GPS!? Afinal o que é isso? O Projecto GPS é o contributo empenhado dos salesianos em Portugal para uma pastoral juvenil de qualidade. No concreto, trata-se de um itinerário de três anos, para jovens entre os 16 e os 20 anos, que querem levar a bom porto a sua iniciação cristã. A experiência tem mostrado que é muito difícil, quase impossível, ter a maturidade de fé necessária neste século XXI, apenas com a frequência da catequese da infância e da adolescência. 5


jovens, é decisiva. No Livro Zero encontras algumas pistas para gerir este momento.

tomadas em diálogo com o grupo e com os outros responsáveis de pastoral da paróquia.

Para quem? Insistimos mais uma vez que o Projecto GPS não é uma solução mágica para todas as tarefas da pastoral juvenil. É “apenas” um itinerário, um caminho, para ajudar aqueles jovens entre os 16 e os 20 anos a assumirem a sua identidade cristã. É importante que o animador tenha isso bem presente e que o saiba comunicar bem. Isso evita ambiguidades dentro da paróquia, na relação com a catequese e na relação com os jovens. Este projecto não serve para “entreter os jovens”, o grupo de jovens que propomos não se vai limitar a “debater” uns temas sem ligação à vida. Não é um projecto de primeira evangelização, para levar o Evangelho àqueles que O não conhecem e pedindo deles a conversão.

Pode também ajudar-te fazer uma planificação mais detalhada por trimestres. De Setembro a Dezembro, o que vamos fazer? E entre o Natal e a Páscoa? E da Páscoa até ao Verão? Nas férias grandes faremos alguma coisa? Em rigor isto ainda não é planificar. Mas se tiveres pouca experiência pode ser uma ajuda para perceberes que o grupo não se reduz a uma sucessão de encontros semanais. É um itinerário de longa Duração. Importante, importante é chegares a fazer uma programação detalhada por módulos. Esta planificação são as tuas decisões sobre quais actividades vão ser feitas, em que datas, em que moldes, quais as alternativas que tens para gerir os imprevistos. Quem é quem no GPS? O Projecto GPS resulta, em primeira linha, de muitos pedidos e sugestões de animadores e responsáveis de pastoral juvenil. Mais no concreto, é a resposta da família salesiana em Portugal a esta carência de itinerários de qualidade.

Um animador em forma Neste Projecto GPS o animador é o elemento decisivo. Os nossos livros são secundários face à qualidade do animador. A vantagem deste Projecto é que não é necessário ser um super-animador, equipado com todas as virtudes e tecnologias, com centenas de horas de formação às costas. Mas alguma formação de base é sempre recomendada. Se tiveres a oportunidade de frequentar algum curso de iniciação para animadores, não a percas. Da mesma “família” do Projecto GPS, há também um projecto de formação de animadores que está a ser publicado e implementado em algumas dioceses (Aveiro, Braga, Évora, Lamego, Setúbal..).

A equipa que concebeu e executou o Projecto GPS é constituída por: • Ir. Adélia Teixeira. Responsável pela pastoral juvenil das irmãs Salesianas (FMA), • Pe. David Teixeira. Membro da equipa vocacional dos Salesianos, • Pe. João de Brito. Superior dos salesianos em Portugal,

Recomendamos também uma leitura atenta ao “Livro Zero”.

• Pe. Paulo Pinto. Mestre em educação social,

Planear Depois de teres lido (ou, ao menos, folheado) o Livro Zero, procura ler todo o Livro Um. Isso vai dar-te uma visão global do caminho que queremos fazer ao longo do ano.

• Dr. Sérgio Fraga. Licenciado em psicologia,

• Pe. Rui Alberto. Mestre em pastoral juvenil e catequética, • Pe. Tarcízio Morais. Mestre em ciências da educação. Além destes há uma lista não fechada de “parceiros associados”. São animadores de pastoral juvenil que, duma forma consistente, estão a produzir materiais de apoio para o Projecto GPS: canções, textos, reflexões, apresentações multimédia... E também tu podes partilhar connosco os teus materiais: gps@edisal.salesianos.pt

Aproveita para fazer um esboço de planificação anual. Quais os momentos importantes do ano? Quando começam e terminam as actividades do grupo? Para que datas apontamos o retiro? Quais das campanhas vamos fazer? Algumas destas decisões não são exclusivas do animador. Devem ser 6


Reuni達o Zero



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esignamos esta reunião por «Reunião Zero», porque servirá, depois de feita a “convocatória” dos jovens, para lhes dar a conhecer alguns pormenores desta caminhada que agora se está a iniciar e também para, se for esse o caso, se conhecerem.

s percorrer esta caminhada em grupo;

Em termos práticos a reunião estará dividida em duas partes:

s (re-)aprendendo a importância da oração individual e comunitária como alicerce da nossa fé;

s com um ritmo semanal de encontro (fundamental); s com uma forte ligação à vida de cada um;

s uma parte inicial de esclarecimento das metas a atingir;

s com um forte espírito de missão e de Igreja, isto é, voltado para a comunidade onde estão inseridos;

s uma segunda parte de conhecimento e interacção entre os elementos do grupo.

s fornecer ao jovem um conjunto de ferramentas, de coordenadas (projecto GPS) que lhe permitam ser convicto e autónomo na sua fé cristã;

Sugerimos algumas possibilidades para a primeira parte da reunião:

Opção 1

s autonomia essa que passa por uma fidelidade à mensagem de Jesus Cristo;

O animador poderá “monopolizar” esta parte inicial da reunião, levando previamente escritas as metas e partilhando-as com o grupo. Escrevê-las mum quadro que a sala tenha, levar um cartaz já feito, fazer uma pequena apresentação em powerpoint, ou utilizando outros meios.

s que, no final, cada um dos jovens seja capaz, nesta sociedade do século XXI, de dizer: “Eu sou cristão” (ideia do cristão adulto). Depois de esclarecidas as metas, propomos algumas dinâmicas que levem os jovens a conhecerem-se melhor.

Opção 2 Envolver os jovens na definição das metas, percebendo que expectativas trazem. Cada um, individualmente, escreve numa folha,

Iniciais de qualidades o Objectivo: criar, em pouco tempo e de forma agradável, uma atmosfera positiva entre os membros do grupo.

s qual a razão porque faz parte do grupo (motivações)? s quais as suas expectativas?

o Desenvolvimento:

Depois de uns breves momentos para reflexão individual, o animador propõe que, espontaneamente, aqueles que quiserem partilhem a reflexão feita. No final aproveita e vai introduzindo as metas definidas para este projecto. Poderá utilizar as metodologias referidas na opção 1 (quadro, cartaz, computador).

Cada membro do grupo tem presentes as iniciais do seu primeiro e último nome. Depois procura palavras que comecem por essas letras e que descrevam dois aspectos positivos seus. Por exemplo, se alguém se chamar Sofia Almeida, poderá descrever-se assim: «Sou a Sofia Almeida, mais conhecida por Sincera Amiga». Cada um vai-se descrevendo perante os outros.

Metas deste projecto: s ajudá-los a assumirem a sua iniciação cristã, que neste processo de construção da sua identidade deve ter como exemplo e modelo Jesus Cristo;

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Binas o Objectivo: Fomentar o diálogo, o conhecimento mútuo e a partilha de vivências, gostos,...

sueco, ou qualquer outra coisa levantada do chão, com largura e comprimento suficientes para permitirem que uma pessoa troque de lugar com outra, sem que ninguém caia. O jogo deve ser jogado em silêncio, após a apresentação das regras por parte do animador, regras essas que apenas serão apresentadas depois de todo o grupo estar em cima do muro. A tarefa proposta ao grupo é de, sem porem os pés no chão, se colocarem por ordem alfabética de nomes. Não poderão falar, por isso terão que recorrer a gestos.

o Desenvolvimento: Cada jovem apresenta o seu parceiro, assumindo-se como se fosse ele, isto é, falando sempre na primeira pessoa. Durante o diálogo prévio deve ter em conta as seguintes questões: \ nome, \ idade, \ ano de escolaridade,

o Variante:

\ o que mais gosta de fazer,

Para além da ordem alfabética de nomes, podem colocar-se também por ordem crescente de idades, por alturas,...

\ Cristo para mim é... Naipes o Objectivo: promover a interacção e a desmistificação do contacto físico entre os jovens. o Desenvolvimento: Jovens estão sentados em cadeiras, em círculo. Cada jovem recebe uma carta de jogar e fixa qual o naipe dessa carta. Animador recolhe as cartas e baralha; depois tira uma carta, mostra-a e os jovens que tinham aquele naipe avançam uma cadeira para a direita, ou seja, sentam-se no colo do colega. Com o desenrolar do jogo pode acontecer o seguinte: no colo de A (paus), estão sentados B (espadas) e C (copas); o animador tira uma carta cujo naipe é espadas; B não pode avançar uma cadeira porque está “bloqueado” por C; o mesmo acontecia se saísse paus, A não poderia avançar. Ganha o jogo aquele que conseguir dar uma volta completa e ficar sentado no seu lugar inicial. Apresentação de risco o Objectivo: Facilitar a comunicação, a desinibição e entreajuda. o Desenvolvimento: Após uma primeira apresentação formal que permita aos jogadores saberem os nomes uns dos outros, dividem-se em pequenos grupos (6 a 8 elementos) e é-lhes pedido que todo o grupo suba para cima de uma pequena fila de cadeiras, banco 10


Eu, os outros e o Reino M贸dulo 1


Para o animador INTRODUÇÃO AO MÓDULO

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ste módulo situa-se na tensão entre egoísmo e alteridade, típica desta fase etária. Sendo a tarefa prioritária da adolescência a construção da identidade, há uma forte tendência dos adolescentes para o isolamento. Mas com o aproximar do final da adolescência emerge outra tarefa: a abertura à intimidade. Esta mudança não é fácil e não é muito facilitada pela cultura envolvente.

A ambivalência da adolescência relaciona-se com as transformações globais que ocorrem no indivíduo e que tornam este nível etário de difícil compreensão: pelos outros e pelos próprios. Coabitam, nesta fase, desejos ambivalentes de crescer e de regredir, de se sentir ainda criança e já adulto, de autonomia e de dependência, de ligação ao passado e de vontade de se projectar no futuro.

Em termos de experiência humana queremos ajudar o participante a tomar consciência da dia­ léctica entre egoísmo e alteridade e a perceber que a realização pessoal passa por uma efectiva abertura aos outros e pela criação de relações de qualidade.

A necessidade de autonomia que marca a maior parte dos adolescentes exige uma ruptura, por vezes abrupta, com hábitos e modos de vida. Decidir por si próprio implica confrontar-se com uma série de dúvidas e questões, até aqui dadas como adquiridas.

Pode iluminar esta experiência o conceito de Reino de Deus, enquanto categoria dominante da vida e acção de Jesus Cristo. O Reino, carac­ terizado por uma forte abertura e comunhão, é apresentado como correspondente teologal da descoberta feita a nível humano.

E se a autonomização é difícil, a construção da identidade é um processo ainda mais exigente. Os jovens vêem-se, de um momento para o outro, obrigados a responder a uma série de questões: quem sou, quem gostaria de ser, o que fazer da vida, qual a profissão a escolher, decidindo questões muito importantes para o futuro.

A abertura aos outros prolonga-se no empenho forte nos processos de comunicação dentro do grupo e na oração, experiência de abertura ao outro divino.

É essencial educar no respeito, na responsabilização, na confiança e no diálogo. Só assim se consegue responder aos problemas que vão surgindo.

Adolescência

Só na adolescência é que surge a preocupação com a formação da sua identidade. Esta questão é uma das mais importantes no processo de formação da personalidade, na transição para a vida adulta. É esta identidade que define quem eles são, quais os seus valores, o que esperam obter da vida. No processo de caminhada para a vida adulta, experimentam, questionam, analisam, repensam e re-elaboram diversas alternativas antes de estabelecerem o conjunto de valores, princípios e metas, que serão os alicerces da sua personalidade adulta.

A adolescência é uma extraordinária etapa na vida de todas as pessoas. É nela que a pessoa descobre a sua identidade e define a sua perso­ nalidade. Este processo, manifesta-se como crise, na qual se reformulam os valores adquiridos na infância e se assimilam numa nova estrutura mais madura. É uma época de abandono da imaturidade em busca de maturidade. No adolescente, nada é estável nem definitivo, porque se encontra numa época de transição.

Tal identidade adulta não é alcançada antes que o adolescente tenha elaborado e/ou concretizado os três “lutos”:

A adolescência é este período no qual uma criança se transforma em adulto. Não se trata apenas de mudanças na altura e no peso, nas capacidades mentais e na força física. É uma grande mudança na forma de ser, uma evolução da personalidade. 12


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Luto do corpo infantil

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A adesão a grupos tem uma função importante para o estabelecimento de uma identidade adulta, pois facilita o distanciamento face aos pais e permite novas “identificações” levando a novas configurações da personalidade.

As transformações corporais que se dão a partir da puberdade são vividas geralmente com muita ansiedade pelo adolescente. Esses momentos são vivenciados com uma mentalidade ainda infantil, num corpo que se vai desenvolvendo de forma incontrolável para o sujeito.

O adolescente experimenta vários papéis, identificando-se com diferentes figuras ou grupos do seu meio social e assimilando valores e papéis fora do meio familiar. Nesta etapa da vida, podem‑se assumir diferentes identidades, que podem ser transitórias, ocasionais ou circunstanciais.

Uma identidade adulta baseada na responsabilidade e no auto-conhecimento só surgirá a partir da aceitação do próprio corpo, com todas as transformações próprias desta fase evolutiva e as suas componentes psicológicas.

No caminho para atingir uma identidade adulta, o adolescente deverá fazer uma síntese de todas essas identificações, desde a infância. Só então, terá um carácter mais estável e permanente e, assim, a fase adulta será uma meta desejada e não temida.

Luto da separação dos pais O aspecto mais importante desta fase é o da dependência/independência dos filhos em relação aos pais e vice-versa.

As tarefas da adolescência

Os pais, até então idealizados e super valorizados pelos filhos (quantas vezes até apelidados de super-heróis), passam a ser alvo de violentas críticas e surge a necessidade de uma busca de figuras de identificação fora do âmbito familiar. Há uma necessidade de afirmação, de pertença e de aceitação a determinado grupo.

Independentemente de qual o aspecto particular que assuma a vida adulta, dois sonhos, duas necessidades psicossociais fundamentais, guiam o desenvolvimento. Várias teorias descrevem estas necessidades de maneira diferente. Por exemplo, no terceiro nível da sua hierarquia das necessidades humanas, Maslow cita a necessidade de amor e pertença, que, satisfeita, é seguida da necessidade de sucesso e estima. Ou­ tras teorias descreveram estas duas necessidades em termos de afiliação e realização, ou afecto e instrumentalidade, ou aceitação social e competência. Freud exprime a mesma dualidade de maneira mais simples, explicando que um adulto são é uma pessoa capaz de amar e trabalhar.

Nessa busca, os adolescentes tentam substituir muitos aspectos das suas identidades familiares pelos de outras mais individuais e enriquecidas por novos elementos do âmbito social. Aqui começa a verdadeira socialização, num cami­ nho que leva ao sentimento de individualidade.

Luto da identidade infantil e busca de uma nova A adolescência caracteriza-se por uma confusão de papéis. O adolescente, não sendo mais criança e não sendo ainda adulto, tem dificuldade em definir-se nas diversas situações da sua cultura. Por um lado é-lhe exigido uma postura de adulto (“Já não és nenhuma criancinha!”), por outro é-lhe proposta uma atitude própria das crianças (“Ainda não tens idade para fazer isto ou aquilo”).

Partindo da teoria freudiana, Erikson sugere que na idade adulta há só duas competências, ou crises fundamentais. Uma é a da intimidade ou isolamento, que comporta a necessidade de partilhar a própria vida pessoal com alguém ou arriscar uma profunda solidão. Como Erikson vincou: «... o jovem que emerge da procura de identidade está desejoso de fundir a sua identidade com a dos outros. É maduro para a intimidade, isto é, para a capacidade de unir-se em sociedade e amizade e tem a força moral de manter-se fiel a tal afiliação, ainda que isso requeira notável sacrifício e compromisso.»

Cada avanço que faz para obter a sua independência deixa-o algo inseguro. Neste processo de autonomia e de individuação, procura o apoio do grupo onde deposita toda a sua confiança (jovens da mesma idade, grupo de pares). 13


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Na teoria de Erikson, a crise da intimidade é seguida da crise da geratividade ou estagnação, que envolve a necessidade de ser produtivo de qualquer maneira significativa, habitualmente através do trabalho ou então da maternidade ou paternidade. Sem um pouco de geratividade, diz Erikson, a vida será oca e sem objectivo; os adultos têm «um profundo sentimento de estagnação e de empobrecimento pessoal».

A questão que muitos se punham, no tempo de Jesus, era se Deus se interessava pela nossa vida ou não; se Ele ia actuar na nossa vida, quando e em que circunstâncias. Se, como dizia Jesus, o Reino de Deus estava aí, então a actuação de Deus na nossa história já tinha começado. O grande sinal do Reino é a própria vida de Jesus. Através do que dizia, da forma simples, acessível como o dizia... através dos seus gestos de bondade, dos milagres... Jesus mostra que o Reino de Deus está já presente e em pleno funcionamento.

Independentemente da terminologia que é usada para descrevê-los, estes dois temas da vida adulta são reconhecidos por quase todos os estudiosos do desenvolvimento, se bem que os investigadores encontram notáveis diversidades no modo particular, como as pessoas respondem a esta necessidade fundamental.

A informação sobre a chegada do Reino é apresentada por Jesus como uma boa notícia. Para Jesus, Deus ama-nos incondicionalmente. Independentemente da nossa atitude. O Reino não é apenas para os “bons”. É para todos.

Crescer em grupo

Jesus, na sua pregação, anuncia em primeiro lugar o “Reino de Deus”. A expressão aparece mais de 100 vezes no Novo Testamento. Aparece principalmente nos sinópticos Marcos e Lucas. Mateus usa a expressão “Reino dos céus” possivelmente porque escrevendo para comunidades mais próximas do judaísmo evita o uso da palavra “Deus”. Mas os especialistas consideram que as duas expressões são equivalentes.

No início da caminhada do grupo não é muito fácil a relação entre os membros do grupo. Esta superação do isolamento tem as suas dificuldades. A leitura do capítulo sobre a primeira etapa do ciclo evolutivo do grupo (Livro Zero) pode ser muito útil ao animador. Durante este módulo pretende-se que os jovens percorram um caminho interior e exterior desde si até ao outro. Que passem do egocentrismo para uma verdadeira descoberta do outro e da sua importância. Que descubram a felicidade e o prazer das relações humanas e do diálogo sincero com o outro e se desliguem de uma centralidade, de um fechar-se em si mesmos.

Jesus anuncia o Reino e apresenta alguns sinais (os milagres) da sua presença. Com a vinda do reino o domínio do mal sobre a humanidade está a terminar. A tradução “Reino” nas línguas mo­ dernas pode induzir em erro: entender o Reino como “território” e não como “dominação”. Não se trata de uma nova entidade política; é antes a acção reinante de Deus.

Este módulo

Podemos entender o Reino de Deus como a intenção de Deus para o universo. Deus revelou o seu plano: que todas as pessoas vivam como filhos de Deus e como irmãos uns dos outros. Os nossos pensamentos e acções podem estar em sintonia com as intenções de Deus ou não.

Começamos este módulo enfrentando os desafios fundamentais da adolescência-juventude: a construção da identidade e a abertura ao outro. Prosseguimos entrando em diálogo com o projecto central da vida de Jesus: o Reino de Deus. Que pode e deve tornar-se no projecto central de cada um dos jovens e do grupo.

Não é uma questão de Deus impor a sua vontade a uma humanidade submissa; o Reino de Deus é, ao mesmo tempo, vontade de Deus e o desejo mais profundo da humanidade.

O Reino de Deus

Este Reino não é uma realidade meramente “espiritual”. A sua realização leva a um novo estilo de relação entre as pessoas e os grupos sociais.

Jesus de Nazaré não se define por ensinar um código de virtudes nem por sistematizar doutrinas religiosas. Jesus “limita-se” a anunciar que a chegada do “Reino de Deus” está iminente. 14


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Dificuldades da oração

O Reino de Deus anunciado por Jesus é uma realidade misteriosa que Jesus vai revelando, pouco a pouco, através das parábolas.

O percurso que propomos deve levar à oração. Para alguns dos jovens a oração é uma experiência apreciada e habitual. Para a maioria é algo... estranho. O papel do animador é iniciar à oração. Ajudar cada jovem e o grupo no seu todo a descobrir a beleza do encontro com Deus e os modos concretos de o fazer.

O judaísmo esperava que a chegada do Reino fosse retumbante e imediata. Mas Jesus entende as coisas de forma diferente. O Reino é como uma semente lançada à terra: tem o seu ritmo de crescimento. O Reino está sempre sujeito à tensão “já e ainda não”: já está presente mas ainda não se revelou plenamente.

Recomendamos uma leitura atenta do capítulo “Iniciar à oração” no Livro Zero.

O Reino de Deus não se identifica com a Igreja. É claro que a Igreja deve ser antecipação da plenitude do Reino, mas o Reino tem um carác­ ter universal. Há Reino para lá da Igreja. O papel da Igreja é, precisamente, fazer que dentro e fora dela, aconteça o Reino.

Recomendamos ainda a reflexão sobre o documento “Para os jovens que rezam” (que está no CD).

A rever Convém ler de novo o tema 1 (A pastoral juvenil) e o tema 3 (O grupo na pastoral juvenil) do curso de iniciação para animadores de pastoral juvenil.

Comunicar o Reino Os jovens do teu grupo estão cheios de sonhos e projectos. O Reino é o projecto de Jesus para a humanidade. Esta mensagem do Reino só pode ser bem comunicada por ti se tu o fizeres com a mesma simplicidade com que Jesus o fazia.

No “Livro Zero” convém ler os capítulos sobre o grupo, sobre o ciclo evolutivo do grupo e sobre a 1ª etapa do ciclo evolutivo.

Comunica as tuas experiências do Reino. Comunica o que significa esta boa notícia para ti. Mas não te limites a falar de ti. Deixa que a tua experiência fale do Reino. Procura ser tolerante e compreensivo com as diferentes atitudes que cada jovem pode ter face a Jesus e à Sua proposta.

Implicações pessoais: 1) Quando eu, animador, reflicto a sério sobre o Reino de Deus, tiro como consequências para a minha vida pessoal e para o meu serviço de animador que... 2) Quando medito nos sinais que Jesus produzia para anunciar o Reino, dou-me conta que há um Deus que nos ama. Esta descoberta tem de se traduzir, na minha vida, em... 3) A leitura dos três capítulos iniciais do livro de Luís Gallo “Para que tenham vida” vai-te ajudar a clarificar as ideias. 4) Este módulo vais usar frequentes dinâmicas de grupo. Podes rever p tema 12 do Curso de iniciaçõ e pesquisar mais propostas no livro “Interagir”. 15


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Objectivos/competências • • • • •

Viver de fé: Jesus e o Reino Rezar ao Deus da vida: Aquisição de ritmo e competências autonómas de oração pessoal Rezar ao Deus da vida: Competências de oração comunitária Rezar ao Deus da vida: Leitura da Bíblia Viver a Igreja: Com Jesus ao serviço do Reino

Conteúdos  Conceitos: • • • • • •

As expectativas messiânicas prévias a Jesus O Reino no conceito de Jesus As curas corporais Os exorcismos O perdão dos pecados A superação de dicotomias (justos/injustos...)

 Procedimentos: • Leitura crítica e orante dos textos bíblicos • Descoberta da actualidade e novidade do Reino • Avaliação da vida pessoal e de grupo à luz dos critérios do Reino  Atitudes: • Vontade de tornar presente na vida pessoal e de grupo os critérios e as práticas do Reino • Esperança - atitude optimista

Observações metodológicas Ler com atenção, no LIvro Zero, o que se refere à 1ª fase do ciclo evolutivo. Ler e meditar seriamente os conteúdos doutrinais e bíblicos propostos. Se o animador não tiver experiência em preparar momentos de oração, deve pedir ajuda a animadores mais experientes.

Material • • • • • • •

folhas A4 canetas documento «A minha auto-descrição» fotografias recortes de jornais revistas Bíblias 16


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círio (ou vela grande) velas isqueiro (ou fósforos) computador projector ficheiro “armazém das sementes.pps” cartolinas documento «Formas de oração» marcadores fita adesiva

Planificação 1º encontro

2º encontro

3º encontro

Experiência humana

4º encontro

Anúncio da Palavra

5º encontro Expressão de Fé

Etapa 1 - 10 min.

Etapa 1 - 5 min.

Etapa 1 - 10 min.

Etapa 1 - 10 min.

Etapa 1 - 5 min.

Etapa 2 - 20 min.

Etapa 2 - 10 min.

Etapa 2 - 15 min.

Etapa 2 - 20 min.

Etapa 2 - 5 min.

Etapa 3 - 10 min.

Etapa 3 - 10 min.

Etapa 3 - 15 min.

Etapa 3 - 15 min.

Etapa 3 - 10 min.

Etapa 4 - 5 min.

Etapa 4 - 10 min.

Etapa 4 - 20 min.

Etapa 4 - 15 min.

Etapa 5 - 12 min.

Dinâmicas

Oração

Dinâmicas

Avaliação

Etapa 5 - 40 min.

Etapa 7 - 30 min.

Etapa 4 - 40 min.

Etapa 6 - 40 min.

Oração

Oração

Etapa 6 - 10 min.

Etapa 5 - 10 min.

Recursos - Bibliografia Projecto GPS. Livro Zero. David Teixeira - Rui Alberto, Curso de Iniciação para animadores de pastoral juvenil. Luis Gallo, Para que tenham vida. O projecto de Jesus Cristo, (capítulos 1, 2 e 3) B. P. Campos, Psicologia do Desenvolvimento e educação de jovens, Ed. Universidade Aberta, Lisboa, vol 1 e 2. - Canções: Fico aqui (Simplus, CD Quero-Te mais) O Reino de Deus (CD Tu és fonte de vida. Cânticos de Taizé) Quem sou (CD Música para a catequese 7) 17


Desenvolvimento 1º encontro Experiência humana

Oração Dinâmicas

Experiência Humana

Apresentação da sequência de actividades Etapa 1 - 10 min. Etapa 2 - 20 min. Etapa 3 - 10 min.

Total: 45 min.

Etapa 4 - 5 min.

Etapa 5 - 40 min.

Total: 40 min.

Etapa 6 - 10 min.

Total: 10 min.

Actividade: Assim sou eu Objectivos da actividade o Conhecimento do que é o auto-conceito. o Melhoria do auto-conceito por parte do jovem. o Conhecimento de como o vêem os seus companheiros. o Descobrir aspectos de si mesmos desconhecidos para os jovens. o Conhecer a realidade que os rodeia. o Averiguar o porquê de ser tão tímido, atractivo, impertinente...

ETAPA 1 Duração - 10 min. Cada jovem do grupo recebe uma folha. Na parte superior coloca o seu nome; de seguida essa folha passa por todos os companheiros, que, escrevem uma informação sobre essa pessoa, que tem que ser sempre positiva e está relacionada com um dos pontos apresentados pelo animador: 18


D E S E N V O L V I M E N T O

s aspecto físico s relação com os outros s personalidade s rendimento escolar s habilidades Uma vez concluída esta tarefa, cada jovem recolhe a sua folha e observa qual o conceito que os companheiros têm dele. De seguida o animador pede aos membros do grupo para reflectirem na seguinte questão: “Crês que estes aspectos coincidem com as tuas qualidades pessoais?”. Deixa breves momentos para a reflexão individual.

ETAPA 2 Duração - 20 min. O animador divide o grupo em grupos de 5-6 pessoas; cada membro tem consigo duas folhas e escreve na parte superior de cada uma o seu nome e a palavra «Retrato», e na metade inferior da página «Auto-retrato». Depois, cada jovem escreve por baixo da palavra «Retrato» de uma das folhas, cinco aspectos positivos da sua pessoa, e na metade inferior desenhará um auto-retrato. Uma vez finalizada esta tarefa, guardarão a folha. Depois, um a um, saem do grupo e os companheiros escrevem na parte superior da outra folha os cinco aspectos positivos dele e na parte inferior fazem um retrato realista ou em forma de caricatura. (O jovem que se ausenta do grupo passa a fazer parte de outro grupo para analisar o jovem que ele substitui; desta maneira, em nenhum momento haverá jovens sem realizar nenhum trabalho).

ETAPA 3

Duração - 10 min. Nesta etapa os jovens analisam, dentro dos grupos, as características pessoais com a ajuda do animador, já que este pode dar alguma indicação que seja favorável para a pessoa analisada nesse momento. O animador passa por todos os grupos para assegurar e ajudar a que a actividade se realize. De seguida, cada jovem durante um breve espaço de tempo analisa o porquê das suas características. Reflecte sobre a sua forma de actuar, para se dar conta das razões porque os seus companheiros pensam assim.

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D E S E N V O L V I M E N T O

ETAPA 4 Duração - 5 min. O animador aconselha o jovem a perguntar, ao longo da semana, às pessoas à sua volta, como o vêem, para posteriormente analisar ele mesmo se é verdade. Também se recomenda que comente com outras pessoas como as vê, para que possa dar-se conta de como as vê. E ainda que o jovem, de vez em quando, se faça as seguintes perguntas, a fim de compreender porque é que as pessoas o vêem dessa maneira: s Consideras-te uma pessoa atractiva? s És uma pessoa tímida? s Consideras-te uma pessoa aberta? Este tipo de perguntas e outras similares ajudam o jovem a conhecer-se um pouco melhor, confrontando-se com a informação que as outras pessoas lhe dão.

Dinâmicas

ETAPA 5 Duração - 40 min. Dinâmicas do ciclo evolutivo (1ª Fase). Nesta etapa 5 propomos um conjunto de dinâmicas que ajudam à maturação do grupo. É importante que o animador tenha lido com atenção o capítulo sobre o início do ciclo evolutivo do grupo (Livro Zero). Ali encontram-se outras dinâmicas que também podem ser usadas. O bilhete curioso Duração - 10 min. Objectivo: partilhar informações com o grupo Desenvolvimento: Distribui-se a todos uma folha de papel. Nela, cada um escreve três ou quatro perguntas que gostaria de fazer a alguém do grupo. Depois, o animador junta todos os bilhetes e entrega-os ao acaso. Cada um deve responder às perguntas que recebeu. 20


Índice Apresentação �����������������������������������������������������������������������������������05 Reunião Zero �����������������������������������������������������������������������������������07 Módulo 1: Eu, os outros e o Reino ���������������������������������������������������11 Para o animador �������������������������������������������������������������������������������������������� 12 Desenvolvimento ������������������������������������������������������������������������������������������ 18 1º encontro ���������������������������������������������������������������������������������������������������������� 18 2º encontro ���������������������������������������������������������������������������������������������������������� 22 3º encontro ���������������������������������������������������������������������������������������������������������� 26 4º encontro ���������������������������������������������������������������������������������������������������������� 30 5º encontro ���������������������������������������������������������������������������������������������������������� 35 Anexos ����������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 40

Módulo 2: Um Deus perto de nós ����������������������������������������������������43 Para o animador �������������������������������������������������������������������������������������������� 44 Desenvolvimento ������������������������������������������������������������������������������������������ 48 1º encontro ���������������������������������������������������������������������������������������������������������� 48 2º encontro ���������������������������������������������������������������������������������������������������������� 51 3º encontro ���������������������������������������������������������������������������������������������������������� 53 4º encontro ���������������������������������������������������������������������������������������������������������� 57 5º encontro ���������������������������������������������������������������������������������������������������������� 62 Anexos ����������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 67

Módulo 3: Oração: liberdade e amor ������������������������������������������������73 Para o animador �������������������������������������������������������������������������������������������� 74 Desenvolvimento ������������������������������������������������������������������������������������������ 79 1º encontro ���������������������������������������������������������������������������������������������������������� 79 2º encontro ���������������������������������������������������������������������������������������������������������� 82 3º encontro ���������������������������������������������������������������������������������������������������������� 88 233


4º encontro ���������������������������������������������������������������������������������������������������������� 92 5º encontro ���������������������������������������������������������������������������������������������������������� 95 Anexos ����������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 98

Módulo 4: O Pai e os outros �����������������������������������������������������������105 Para o animador ������������������������������������������������������������������������������������������ 106 Desenvolvimento ���������������������������������������������������������������������������������������� 112 1º encontro ��������������������������������������������������������������������������������������������������������� 112 2º encontro ��������������������������������������������������������������������������������������������������������� 117 3º encontro ���������������������������������������������������������������������������������������������������������122 4º encontro ���������������������������������������������������������������������������������������������������������126 5º encontro ���������������������������������������������������������������������������������������������������������132 Anexos ����������������������������������������������������������������������������������������������������������������135

Módulo 5: Ser solidário ������������������������������������������������������������������155 Para o animador ������������������������������������������������������������������������������������������ 156 Desenvolvimento ���������������������������������������������������������������������������������������� 163 1º encontro ���������������������������������������������������������������������������������������������������������163 2º encontro ���������������������������������������������������������������������������������������������������������166 3º encontro ���������������������������������������������������������������������������������������������������������170 4º encontro ���������������������������������������������������������������������������������������������������������173 5º encontro ���������������������������������������������������������������������������������������������������������178 Anexos ����������������������������������������������������������������������������������������������������������������184

Módulo 6: Um Deus on-line ����������������������������������������������������������197 Para o animador ������������������������������������������������������������������������������������������ 198 Desenvolvimento ���������������������������������������������������������������������������������������� 205 1º encontro �������������������������������������������������������������������������������������������������������� 205 2º encontro ���������������������������������������������������������������������������������������������������������207 3º encontro ��������������������������������������������������������������������������������������������������������� 211 4º encontro ��������������������������������������������������������������������������������������������������������� 215 5º encontro ���������������������������������������������������������������������������������������������������������218 Anexos ��������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 226 234


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