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CURTA LINGUAGEM: ENTREVISTA COM DANILO SANTOS DE MIRANDA

gestor cultural e diretor do Sesc São Paulo

Especialmente para esta edição do Guia Brasileiro de Produção

Cultural, conversamos longamente com Danilo Santos de Miranda a respeito da vida, filosofia, religião, infância, crenças, pandemia, desafios, produção cultural e, também, sobre o futuro.

Família e infância

Venho de uma família muito próxima da cultura e da religião. A família do meu pai tocava violão, nós cantávamos, tínhamos uma atividade social e cultural intensa na família. Perdi minha mãe muito cedo, aos 7 anos de idade, e então fui morar com minha avó materna, que era muito vinculada às questões da igreja e profundamente envolvida com uma associação religiosa de mães cristãs, com benemerência na cidade, atividades de festas religiosas na paróquia lá de Campos, hoje Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. Eu era coroinha e membro da cruzada eucarística infantil, também muito vinculado à igreja, acompanhando minha avó e toda a família. Tinha uma tia que era envolvida com teatro, com a leitura e com as atividades culturais em geral, na casa dela tinha muitos livros, inclusive a coleção “Tesouro das Aventuras”, que era uma espécie de enciclopédia daquele tempo, e eu achava aquilo tudo maravilhoso! Quando eu fui para o seminário, para o Colégio Anchieta, em Friburgo, aos 11 anos de idade (meu irmão já tinha ido e lá fui eu atrás), tive uma formação ainda mais vinculada ao meio religioso, mas lá havia também um meio cultural prático: eu era cantor do coral, participava da fanfarra, fazia parte da banda e de toda ação que envolvia o colégio.

Depois desse período no Colégio dos Jesuítas, fui fazer o clássico. Leitura, muita leitura, muito estudo, muita exigência do ponto de vista intelectual e muita participação, muito envolvimento. Então, esse apelo para o mundo do pensamento, da cultura, do envolvimento com as coisas que eram produzidas e sempre filtradas sob uma perspectiva religiosa, por mais abertos que fossem os padres. Comecei a ter contato com os autores, com figuras mais importantes da música, e depois veio a filosofia, mais tarde, quando, já formado no colegial, fiz um curso de Filosofia.

Religião e filosofia

Eu diria que tudo aquilo que a gente vai acumulando, juntando no decorrer da vida, vai servindo ainda mais para enfrentar essas situações absolutamente excepcionais, como a que vivemos recentemente. Por exemplo, quando aprendi a fazer meditação, pois a meditação é uma atividade muito fortalecida no mundo religioso, especialmente na formação dos jesuítas, dos padres, e faz parte de um grande esforço sob o ponto de vista da análise religiosa e espiritual: é você diante da figura da divindade, de Deus e seus compromissos, daquilo que você tem dentro de si e que o une a tudo. Era uma ação muito própria, porque os jesuítas foram criados por uma figura chamada Inácio Loyola, que inventou os chamados exercícios e os retiros espirituais, e a formação dos jesuítas é muito fundamentada na meditação como uma espécie de centro do dia a dia. No primeiro dia que você entra no seminário, esvazia o seu pensamento e se deixa relaxar, por dentro e por fora, e com isso, de alguma forma, introduz uma questão, um assunto, um tema religioso ou pessoal, qualquer coisa que queira, e aquilo vai se tornando algo a ser trabalhado na sua mente. Hoje, eu já não paro mais uma hora por dia para fazer meditação, mas ela faz parte do meu modo de ser e de estar refletindo permanentemente. É importante ter uma atitude, inclusive física para isso, e por dentro, com o pensamento, trabalhar alguma ideia, proposta ou fato que vai ajudar na decisão de dar o passo seguinte ou não. Isso faz parte da minha formação original e dos meus hábitos de vida até hoje.

Leituras durante a pandemia

Eu li muito, mas curiosamente nada de filosofia. Li muitas coisas do meu interesse mais direto, assuntos ligados à cultura, história, fatos da vida, muitos livros. Tenho o hábito da leitura, mas muito menos do que gostaria. Queria ler muito mais, temos essa formação judaico-cristã da culpa, e me sinto em dívida com a leitura permanentemente. Agora, nesse período de pandemia, que fiquei muito tempo em casa, li livros ligados à cultura brasileira: todos os livros do Ruy Castro; a questão da escravidão do Ernesto Xavier, o segundo volume do Laurentino Gomes; li Uma História do Samba, do Lira Neto. Tudo isso vai se juntando na minha cabeça; não distingo uma leitura, digamos assim, de alto interesse filosófico, de uma leitura que traz informações culturais significativas para minha vida, tenho muita sede desse fluxo de informação permanente. Apesar do sofrimento, da dor, da dúvida, do medo, desse apavoramento diante de tudo que está acontecendo com as pessoas, das perdas que vamos tendo pelo caminho, apesar disso tudo, eu pude ler bastante e aproveitei muito, muito, muito quanto a isso.

Um pouco mais de filosofia

A minha filosofia é da estante clássica tradicional, baseada no conhecimento de Aristóteles e de Tomás de Aquino, que foi a grande figura que transformou Aristóteles em base para uma filosofia de vida. Embora fosse pré-Cristo, tem fundamentos que acabaram sendo batizados e viraram cristãos ao recuperar a base da filosofia aristotélica de percepção do pensamento. O que noto, muito gravemente, é que falta pensamento no mundo hoje. Com frequência, as coisas são feitas de maneira superficial ou instintiva, não refletem a verdadeira vocação do ser humano, que é refletir, pensar nas coisas, pensar na vida. Então, acredito que a pandemia até ajudou nesse freio de arrumação para podermos pensar um pouco mais na vida, com um pouco mais de seriedade nas coisas e na indispensável necessidade de aprofundar, estudar, analisar para tomar decisões, para ver o que é melhor para todos. A solidariedade está um pouco embutida nisso também.

As ciências humanas

Olha, há um duplo movimento aí. Estamos caminhando para uma civilização mais humanizada, onde o ser humano é colocado no centro, e não apenas os interesses econômicos, com a evolução natural das pessoas, a necessidade de um bem-estar, de uma vida melhor; e a vida melhor necessariamente não é só material, ela pode ser também material, mas não apenas, senão se abandona o lado da satisfação pessoal, da alegria, da convivência, da solidariedade, das pessoas. Há uma perda com consequências graves, a ponto de existirem sociedades muitas evoluídas com um índice de suicídio alto. O que quer dizer isso? Que alguma coisa não está ligando, não está havendo uma sintonia entre a evolução natural das pessoas e seu nível de satisfação puramente material.

Os bens materiais sozinhos não fazem a felicidade de ninguém, embora grande parte, senão a maioria da humanidade, imagine que seja assim. Parece que o caráter humanizador da sociedade ficou relegado, mas o que nos torna humanos de fato, o que nos torna diferente dos outros seres que habitam este planeta, é a cultura, a arte, o conhecimento e a capacidade de, através da análise e percepção das coisas, transformar a realidade e, assim, tornar a vida das pessoas melhor. Parece que essa ligação entre o ser humano e a realidade está se tornando cada vez mais esgarçada, tênue, fraca. A humanidade precisa produzir além do material, e dentro desse campo vastíssimo da invenção humana existe uma área que trabalha com o simbólico, com a imaginação e com a fantasia, que é a arte.

A arte

A arte é indispensável para que possamos avançar e nos faz ainda mais humanos e capazes de sentir e perceber a realidade a nossa volta. Os artistas têm essa característica de ser alguém que vislumbra, que imagina, que está além do tempo, que inventa, que força, que cria a beleza, mas cria também a dúvida, a indagação e coloca um ponto de interrogação na cabeça das pessoas ao mesmo tempo em que cria a beleza em todas as linguagens: na música, no teatro, na dança, nas artes visuais, na literatura, no cinema. Sem isso, o humano perde o sentido. Somos iguais aos outros seres e participamos da vida sobre a terra da mesma forma que todos, mas somente a arte nos torna mais humanos e mais capazes. Essa é uma percepção de quem está envolvido, mas, cada vez mais, percebo, é preciso brigar permanente para que todos percebam. Por outro lado, temos aqueles que desejam o bem mais imediato, aquilo que garante a própria subsistência pura e simples, mesmo em prejuízo do outro: é esse pensamento que está prevalecendo, de certa maneira, pelo mundo afora. Há uma guerra, um conflito permanente entre essas visões, essas cosmovisões, às vezes prevalece uma, às vezes outra. Nosso papel é tentar fazer com que essa visão humana transformadora, que deseja uma perspectiva igualitária, prevaleça. Pode balançar, desaparecer de vez em quando, mas essa visão sempre volta. Estamos recuando, agora, nesse momento, em relação especificamente ao campo da cultura. Estamos abandonando, destruindo e riscando uma série de avanços que foram feitos. Na prática, percebemos na Lei Rouanet que a Comissão de Incentivo à Cultura praticamente perdeu sua função; a Fundação Zumbi dos Palmares perdeu completamente sua razão de ser; temos a falta de apoio a todas as demais questões. Mas temos obrigação de tentar mudar as coisas aqui, e acredito que vamos mudar. Eu ouvi Fernanda Montenegro fazendo um comentário a respeito do que ela vê pela frente, e falou claramente algo como falar o tempo todo na necessidade de nos juntarmos para realizar o que temos pela frente, que, na prática, quer dizer: precisamos tirar essas pessoas que estão administrando o país atualmente, foi um equívoco muito grave que o Brasil cometeu contra si mesmo…

A perseguição à cultura e ao conhecimento

Perseguição, desmonte, desconstrução de tudo. Destruição mais do que desconstrução. Existe intenção, projeto: uma coisa é você impedir que se faça – o que já é medonho – e outra coisa é não só impedir que se faça mas, além disso, destruir onde se faz, quem faz e tentar não permitir que quem o faz sobreviva; isso para mim é o mais grave de tudo.

Por outro lado, na minha visão da cultura e do que eu vejo na ação cultural como um todo, independente dos organismos, das instituições, de governo, de tudo, a cultura existe e é parte da vida das pessoas. Está presente no consumo, na produção, na realização e nos agitos todos que existem no plano pessoal, na sociedade: o beneplácito oficial é importante, mas a cultura subsiste sempre, apesar e acima disso tudo. A cultura deve indispensavelmente ser suportada, apoiada pela sociedade, pelo Estado brasileiro, pelo Estado em qualquer parte, para poder não apenas permanecer, mas crescer, desenvolver, fomentar, ampliar e se tornar cada vez mais importante. Falta muito ainda e realmente há um sofrimento grande pelo mundo da cultura, mas há uma reação grande também com relação a tudo isso, o que é muito interessante, importante. Enfim, é uma briga, uma guerra: estamos em guerra.

O Sesc durante a pandemia

Em primeiro lugar, nos adaptamos, corremos atrás, nos reinventamos. Fizemos as coisas levando em conta as necessidades artísticas e a de cumprir a missão da instituição. Nós e muita gente, muitas outras instituições.

Reinventamos muita coisa, mas também aprendemos com muita gente que estava fazendo junto e houve uma troca imensa, o que tem um valor significativo face à importância do momento. Praticamente tínhamos uma programação diária que ocupava o dia todo, com ações voltadas para o público através de apresentações artísticas que chegavam diretamente dentro da casa das pessoas. Isso resolveu? Não. Mas suavizou, ajudou, floresceu muito e ocupou. Muita gente pôde fazer alguma coisa, ter alguma renda, e então mantivemos de maneira muito acentuada. A tecnologia favoreceu muito, mas não resolveu a vida em geral, para todo mundo, especialmente para o mundo da cultura, onde as manifestações presenciais têm um papel bastante importante.

Talvez seja um novo jeito de se fazer as coisas, novos hábitos virão. Por exemplo, a questão da máscara, acredito, muita gente vai continuar usando, assim como vai ser incorporada a questão da higiene das mãos, dos cuidados. E o que aprendemos? A descobrir novas formas de fazer as coisas. Tem um detalhe importante, que para mim é o mais significativo: quero acreditar que as pessoas conseguem perceber mais a necessidade do outro depois disso tudo. Não quero dizer que o mundo vai ser novo, porque vai ter mais solidariedade, que o outro vai ser bonzinho, tudo muito legal, todos se amando e afetuosamente respeitando o outro; mas que houve um baque, que costumo chamar de “freio de arrumação”, que exigiu das pessoas outras reflexões, em que a percepção do outro se tornou mais importante, disso não tenho dúvidas. Reflexões sobre a solidariedade, a convivência entre diferentes, questões da mulher, raciais, sociais, de gênero. Todas as questões vieram à tona, e por quê? Porque deve existir a percepção da absoluta igualdade e de que todos têm que ser respeitados e valorizados. Isso não se dá apenas do ponto de vista da percepção dos humanistas, do pessoal “das humanas”, mas também para o povo da economia, das chamadas ciências duras: estão percebendo que se as empresas não tiverem esse campo da diversidade bem atendido, correm riscos. A diversidade para as empresas virou uma questão que, então, passa a ser politicamente correta para garantir o seu negócio, e mesmo que seja apenas por essa razão, ainda assim é importante.

A fome

Na pandemia, o programa Mesa São Paulo cresceu ainda mais, e confesso ter muito orgulho dessa iniciativa que nasceu no início dos 1990, por causa daquela campanha Brasil Sem Fome, do Betinho. Era início do governo Collor e o Betinho trouxe esse fato, de que o Brasil era um país que produzia – e hoje continua produzindo – alimento para o mundo inteiro, mas que tinha fome. Naquela época, percebemos que não seria suficiente apenas campanha, arrecadação, atividades eventuais que pudessem recolher alimentos e distribuir, e fomos pesquisar pelo mundo afora uma fórmula que tivesse um pouco mais de solidez e permanência. Eu mesmo fui para os Estados Unidos e visitei lá os food banks, que é uma organização fortíssima; sempre lembrando que os EUA têm na sua formação protestante uma grande tendência a valorizar o trabalho voluntário, existem centros de voluntariado em todas as cidades. Trouxemos o know-how e implantamos o Mesa São Paulo no início dos anos 1990, no estado de São Paulo, com o objetivo de buscar alimentos onde estavam sobrando, seja no campo ou até na mesa, especialmente na área de comercialização de alimentos, assim poderíamos juntar, recolher e levar para os lugares onde estavam faltando, de maneira organizada. O programa cresceu, se desenvolveu e, no início dos 2000, o Sesc Nacional o assumiu, em nível nacional, no início do governo Lula. O Sesc tem uma rede que vai de Roraima ao Rio Grande do Sul, em todas as capitais e em muitas cidades do interior. O projeto transformou-se no Mesa Brasil e ganhou uma força muito grande.

Com a pandemia, a miséria aumentou, e a fome também. Muitas outras instituições entraram nessa questão da alimentação e nós mantivemos o nosso programa, que cresceu muito, temos toda uma estrutura adequada, desenvolvida e mantida pelo Sesc para buscar e distribuir os alimentos para complementar e colaborar com as famílias, com algum tipo de suplemento. É muito importante, tem sido um trabalho gratificante poder diminuir um pouco a triste questão da fome no Brasil.

Dois Brasis

No campo da cultura, lamenta-se que o Brasil esteja vivendo esta realidade, mas, por outro lado, noto uma esperança, uma expectativa muito forte por parte de várias instituições de que isso se reverta o mais rapidamente possível, dizendo, mais ou menos, o seguinte: isso não é o Brasil. Eu ouço de instituições ligadas a várias áreas do mundo da cultura, das artes visuais, das artes cênicas, da música, do cinema. O Sesc é associado a diversas instituições de cultura, esportes, turismo, social, para o idoso, para a criança etc. Eu vi uma manchete no jornal com o título “Os dois Brasis em Glasgow”, por causa da COP 26, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Havia o Brasil oficial e o real, que estava lá também, discutindo e falando das questões da sociedade civil brasileira, essa questão dos “dois Brasis” é muito forte pelo mundo afora. Todos percebem que é um sofrimento, é uma agonia, é uma espécie daquele período de “inferno astral” que dizem existir antes do aniversário, mas, sinceramente, acredito que vamos reverter isso, com dificuldade, não vai ser fácil, mas ao final a gente vai conseguir reverter! Porque é muito flagrante, é muito absurdo tudo que se observa. Esse não é o Brasil: é uma situação excepcional e passageira.

A tempestade

Vamos ter muita trovoada, muita tempestade pela frente ainda. Acertar essa economia não será fácil, e já é chavão dizer que o Brasil tem o maior problema de desigualdade possível e imaginária, e é verdade. Esse é um problema gravíssimo, e a nossa desigualdade não é simples, pois não é baseada apenas em questões econômicas, geográficas ou climáticas. Ela tem um componente estrutural, que é do pensamento, da reflexão. Por exemplo: entendo que a questão racial é a grande detonadora de todas as demais questões!

Nós fomos o país mais escravagista do mundo na era moderna. O racismo está embutido em nossos hábitos e costumes, mesmo nas pessoas mais progressistas.

Nós temos no Sesc ações voltadas às questões raciais, de diversidade, com discussões e debates com vários convidados; mas, internamente, quantos gerentes negros temos? Quantas pessoas negras temos em posição de liderança? Isso incomoda e me bota um interrogation mark na cabeça. Temos que trabalhar muito e estamos em campo para isso! Temos que lutar nas instituições culturais, na universidade, nas empresas, na administração pública, nos organismos mais variados, nas ONGs, nas famílias. Um Brasil novo significa um Brasil mais igualitário, pelo qual brigaremos e iremos atrás. É a minha principal luta, minha grande preocupação é deixar uma proposta de caminho.

O futuro

No Sesc trabalhamos com uma visão bastante positiva, otimista, no que diz respeito ao nosso trabalho, à justificativa do nosso trabalho, conhecimento e desenvolvimento. Temos previsão de mais de 10, 12 e, apertando um pouco, talvez chegue a 15 novas unidades espalhadas no estado de São Paulo, capital e interior. Na capital, já temos mais quatro unidades, uma em construção no Parque D. Pedro e três outras que deverão ser também apresentadas aqui na capital, em São Miguel Paulista, em Pirituba e em Campo Limpo. Bastante do meu foco agora é nas periferias. Em São Bernardo também teremos mais uma unidade. Ainda não fechamos tudo, mas teremos unidades completas em Registro, Limeira, Marília e em Franca, que já está em obras, e outras que estão vindo também por aí. Vamos manter nossa programação, com o mesmo espírito, juntando gente e agregando sempre em uma perspectiva da educação não formal e permanente! Educação complementar é indispensável para o entendimento da nossa realidade, para a compreensão da centralidade da cultura, do teatro, música, dança, debates, discussões e reuniões das mais variadas. O centro de pesquisa e formação, voltado a esse tipo de perspectiva, está vitalizado, fortalecido e prosseguirá forte. O mais importante não é o crescimento material, apenas, mas também o crescimento conceitual. Do ponto de vista institucional, cada vez mais justificamos o fato da importância da nossa existência e dos recursos que recebemos da sociedade.

A cultura no Brasil, no pós-pandemia

Vejo muito o lado político da cultura. A cultura tem um papel central para as pessoas perceberem onde estão e o que têm que fazer. Diria o seguinte: pensem sempre neste país, pensem no Brasil, pensem que a cultura tem um papel central para mudar isso que está aí. A cultura não é um complemento, não é simplesmente algo que vai trazer alegria, diversão e entretenimento, vai além. Se não provocar o pensamento, a cultura não realiza sua missão. Edgar Morin é quem diz: “a cultura que não provoca, não é cultura”. É indispensável melhorar esse país, então provoquem. Pensem no Brasil e provoquem, em todas as linguagens. Temos gente admirável em todos os campos. Tenho sempre uma atenção especial pelo teatro pelo seguinte fato: o teatro consegue falar o que ninguém fala, consegue botar o dedo na ferida em que ninguém tem coragem de pôr, em todos os sentidos, até provocando coisas aparentemente absurdas, que não têm senso, não têm sentido nenhum e, no entanto, provocam. O teatro é rico, essa troca fantástica que a gente consegue fazer, levar e trazer, para mim, é o grande segredo da ação cultural séria e bem-feita. E uma peça, por mais que ela seja montada milhares de vezes, não é a mesma nunca, é sempre própria daquele momento, porque cada pessoa que está ali, que está assistindo, tem uma história, uma vida e, por isso, a troca é diferente a cada vez. A questão do presencial é uma das maiores lacunas que o teatro teve que lidar durante esse período, muito mais que para outras linguagens. O teatro tem uma missão extraordinária de poder fazer essa provocação de maneira bastante sólida, e as outras linguagens também, óbvio.

Temos uma capacidade enorme de produzir no campo da música, temos uma variedade imensa nesse nosso país-continente, com gente de todo tipo, formação de todo tipo. A multiculturalidade brasileira, um fenômeno também bastante trabalhado, é um fato muito especial com essas influências todas: as originárias, dos indígenas, negros, brancos e europeus, mais os que vieram depois, nessa variedade imensa de gente que está chegando e deve ser bem recebida. O grande papel que aqueles que pensam na cultura têm que ter é com relação ao país, com a realidade brasileira, e, para isso, a gente tem que trabalhar, resistir, batalhar muito e provocar muito também.

Organizadores

C ristiane O livieri

Advogada, especializada em gestão de processos comunicacionais e culturais pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Mestre em política cultural pela ECAUSP. Master em administração das artes na Universidade de Boston (EUA). Diretora da Olivieri e Associados Advocacia (www. olivieriassociados.com.br), onde atua na área de consultoria para cultura, comunicação e entretenimento há trinta anos. Curadora do www.hubcultural.com.br. Organizadora do Guia brasileiro de produção cultural e do livro Direito, arte e liberdade (2018), com Edson Natale, e autora do livro Cultura neoliberal: leis de incentivo como política pública de cultura (2004). cris@olivieriassociados.com.br e ds O n natale

Músico, escritor, produtor cultural e jornalista. Foi gerente de música do Itaú Cultural durante mais de duas décadas, e por nove anos foi gerente coordenador do Auditório Ibirapuera e de sua Escola de Música. Gravou doze discos: Tietê (1985), Dharana (1988) e Guerreiros do arco-íris (1989) com o grupo Dharana, além de Nina Maika (1990), Sol de inverno (1992), Aboio (1993), Quando eu soube que você viria (1995), Lavoro (coletânea, 1999), Calvo, com sobrepeso (2007), Hagat (coletânea, 2020), Âmbar, os afluentes da música (2020) e A egípcia e o mecânico (2022). É autor dos livros A história do incrível Peixe Orelha (2003); O pequenocalendário para os que sabem ler o tempo (2009), ambos com ilustrações de Carlos Barmak; Balila, a minhoca bípede, com ilustrações de Rodrigo Kenan; e organizador do livro Direito, arte e liberdade, com Cristiane Olivieri. Produziu ou gerenciou o lançamento de discos de artistas como Renato Braz, Parlapatões, Chico Lobo & Jackson Antunes, Cia. de Circo Branco, Jards Macalé,

Itamar Assumpção, Ceumar, Dori Caymmi, Quinteto Violado, Mônica Salmaso & Paulo Bellinati, Renato Borghetti, Maurício Pereira, Paulinho Nogueira, Ivo Perelman, Titane, Gilberto Monteiro e Raízes Caboclas, entre outros. natalecalvo@gmail.com

Colaboradores

a driana B ar BO sa

CEO da PretaHub e fundadora da Feira Preta. Gestora de eventos com especialização em gestão cultural pelo Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Cultura e Comunicação da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). feirapreta2012@gmail.com a f O ns O B O rges afonso@sempreumpapo.com.br a lem B erg Q uindins alembergquindins@gmail.com a manda P inh O

Afonso Borges é jornalista, gestor cultural e escritor. Criou, em 1986, o projeto “Sempre um Papo”; em 2012, o “Fliaraxá” (Festival Literário de Araxá); em 2010 e em 2021, o “Flitabira” (Festival Literário de Itabira), dos quais também é curador. É comentarista da Rádio Alvorada FM, líder de audiência, com o programa “Mondolivro”, e colunista no portal do jornal O Globo. Tem seis livros publicados, entre eles, o infantil O menino, o assovio e a encruzilhada (Sesi-SP Editora, 2016), e o de contos, Olhos de carvão (Record, 2017).

É curador do Portal Mondolivro, onde reúne toda a sua produção intelectual e profissional.

Músico, produtor e gestor cultural. Criador, junto com Rosiane Limaverde, da Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri.

Doutor Honoris Causa da Universidade Regional do Cariri (Urca).

Amanda Pinho é ilustradora e designer gráfica formada em Cinema pela Fundação Armando Álvares Penteado (Faap). Baiana “apaulistada’’, transita entre as artes gráficas, audiovisuais e atua como diretora de arte. amandapinhobc@gmail.com a na C arla fO nse C a r eis

Doutora em arquitetura e urbanismo pela Universidade de São Paulo (USP), com a primeira tese no Brasil sobre cidades criativas. Mestre com louvor em administração de empresas (USP). Administradora pública pela Fundação Getulio Vargas (FGV/SP). Economista (USP), com MBA pela Fundação Dom Cabral. É consultora e conferencista. Preside a empresa Garimpo de Soluções, pela qual coordenou vários planos estratégicos de economia criativa, no Brasil e no exterior, além de ter atuado para a ONU, o BID e mais de 250 instituições e empresas privadas. Autora de livros, foi agraciada com o Prêmio Jabuti em Economia e finalista em Urbanismo. Venceu o Prêmio Claudia, 2013, em Negócios, e foi apontada pelo jornal El País como uma das oito personalidades brasileiras que impressionam o mundo. anacarla@garimpodesolucoes.com.br

a na C O rdani

Ana Cordani é artista paulista formada em artes visuais, com produção centrada em arte narrativa. anacordanitd@gmail.com

a na h elena C urti

Formada em artes plásticas pela Fundação Armando Álvares

Penteado (Faap), é professora da Faculdade de Artes Plásticas nesta mesma instituição. Dirige a Arte3, empresa especializada em criação, desenvolvimento, gestão e produção executiva de projetos culturais. É também diretora da Arte3log, instituição com expertise em transporte nacional e internacional de bens culturais. Com Cristiane Olivieri, dirige a Inarts, especializada na administração de cessão de direitos de imagens de obras de artes visuais e de arquitetura. anahelenacurti@arte3.com.br a nt O ni O C urti Formado em cinema pela Fundação Armando Álvares Penteado (Faap). Aos 19 anos criou o festival audiovisual Downtown. Em 2017, tornou-se sócio da The Force, empresa de instalações de tecnologia na área de marketing e corporativo. Hoje está à frente da AYA, organização de arte e tecnologia com foco em projetos culturais. Foi curador das exposições Dimensão, do duo japonês Nonotak Studio, na Japan House; Metaverso, no Farol Santander; Constelação, com obra da croata Maja Petric; e Gigantas, do duo Nonotak Studio, em Porto Alegre. É diretor artístico e de criação da AYA, com projetos de instalação de arte imersiva para clientes como Google, Heineken, Volvo, Sesc, Diageo, Audi, Accenture, entre outros. antonio@aya.cx

B elisari O f ran C a

Começou sua trajetória como diretor na Rede Globo, onde assina fenômenos de audiência popular como a série Brasil Legal. Há mais de vinte anos, fundou a Giros Filmes, onde passa a dirigir seus projetos autorais – os premiados Menino 23, Amazônia Eterna, Música do Brasil e Além Mar, bem como os dramas Jungle Pilot (Universal TV), Revolta dos Malês (SescTV) e Baile de Máscaras (TV Cultura).

Atua, ainda, como produtor, emprestando seu olhar experiente para o desenvolvimento de novas histórias e talentos. belisario@giros.com.br

C ar O lina f ragata

Tem 15 anos de experiência em gestão de projetos audiovisuais –destes, sete anos como gerente de projetos da Giros Filmes com sólidos conhecimentos da cadeia de direitos das obras audiovisuais. Profundo conhecimento da legislação audiovisual brasileira, assim como da regulação do mercado audiovisual e dos modelos de negócios dos diferentes players de sua cadeia produtiva no exercício de suas atividades de fomento, regulação e supervisão da atividade econômica. carolina.fragata@giros.com.br

C ar O lina g ar C ia Advogada, formada em direito pela Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), em 2006. Pós-graduada em contratos pela Fundação Armando Álvares Penteado (Faap). Atua nas áreas de direito do entretenimento, direito autoral e leis de incentivo à cultura e ao esporte. Atualmente é associada ao escritório Olivieri e Associados. carol@olivieriassociados.com.br

C laudi O l ins de vas CO n C el O s É advogado, doutor em direito pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e mestre pela Universidade de Notre Dame. É professor da pós-graduação em direito da propriedade intelectual da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) e do mestrado profissional em gestão cultural do Itaú Cultural/Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Foi secretário de economia da cultura do Ministério da Cultura, assessor internacional adjunto do Ministério da Justiça e consultor do Banco Mundial. claudio@linsdevasconcelos.adv.br

C ristina mutarelli

É atriz, dramaturga, diretora, artista plástica e professora de interpretação. Formada pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo e pelo Lee Strasberg Theater Institute de Nova York. Estagiou no Thèâtre du Soleil, em Paris. No teatro, trabalhou com José Celso Martinez Correa, Naum Alves de Souza, Paulo Autran, José Possi Neto, Fauzi Arap, Miguel Falabella, Bete

Coelho, Elias Andreatto, Márcia Abujamra, Ligia Cortez e o americano Lee Breur, entre outros. Na TV Globo, atuou em diversas novelas, entre elas: Deus Salve o Rei, Amor à Vida, Morde e Assopra, Caras e Bocas, Deus nos Acuda. Na TV Cultura, participou das séries infantis: RÁ TIM BUM, Mundo da Lua, Revistinha e Cartãozinho Verde. Atuou no cinema, em Os Parças 2, Riso de Ariano e Meu Amigo Hindu, com direção de Hector Babenco e com Willem Dafoe no papel principal. O monólogo Pai, de sua autoria, foi encenado por Bete Coelho em São Paulo, com direção de Paulo Autran, e Tiziana Bergamaschi, em Roma. Participou da 20ª e da 21ª Bienais Internacionais de São Paulo, com projetos de sua autoria. Atuou em performances com o artista plástico Guto Lacaz e Kátia Canton. Expôs suas colagens na Galeria Mônica Filgueira de Almeida. Dirigiu a ópera MacBeth, de Verdi, no Theatro Municipal de São Paulo. cristinamutarelli@uol.com.br daiane r O sari O

Daiane Rosario é diretora executiva e de produção no mercado de cinema e cultura, idealizadora e diretora geral da #Mimb, onde pauta a ampliação de janelas que discutam novas narrativas de raça e gênero em produções cinematográficas. Com mais de dez anos de atuação, é graduada em artes com ênfase em cinema e audiovisual pela Universidade Federal da Bahia (Ufba). Nas obras em que participou, constam programas de TV, séries, filmes, webséries e clipes. Atua, também, como curadora de filmes e arte-educadora, capacitando jovens e adultos em cursos e oficinas profissionalizantes de cinema e audiovisual. daianerosario23@gmail.com daina l eyt O n

Educadora, professora, psicóloga e consultora de acessibilidade cultural. Coordenou o educativo de acessibilidade do Museu de Arte Moderna de São Paulo (2010-2020) e foi curadora do programa Poéticas do Acesso, Sesc Belenzinho. É especialista em educação museal, acessibilidade cultural, acessibilidade, educação em museus, mediação cultural e educação. dainaleyton@gmail.com daniel i B erê d O P OvO g uarani m 'B yÁ Indígena do povo M’byá Guarani. Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de Brasília (UnB) e mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). daniel.ibere@gmail.com danil O s ant O s de m iranda Gestor cultural com formação em filosofia e ciências sociais, tendo realizado estudos complementares em gestão empresarial no International Institute for Management Development (IMD), na Suíça. Organizador do livro Ética e Cultura, entre outros. Diretor do Sesc São Paulo. analucia.vega@sescsp.org.br d edé r i B eir O

Jornalista com mestrado na Universidade de Paris I – Sorbonne (França) e mestrado em artes visuais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Produtora cultural, professora, curadora e dramaturga. Desde 2018, mantém o canal no YouTube “É isso mesmo produção?” (youtube.com/dederibeiro), com dicas de produção cultural, entrevistas e visitas a centros culturais de diversos países. dederibeiro3@gmail.com

E Du Lyra

Nasceu na favela. Morava num barraco e dormia numa banheira. O pai, envolvido com o crime na favela, foi preso. Mas sua mãe foi a grande inspiração e dizia sempre: "Não importa de onde você vem, mas para onde você vai." Edu acreditou. Não formou, mas foi para a universidade estudar jornalismo. Começou a empreender aos 23 anos, quando escreveu seu primeiro livro, Jovens Falcões, e, com um time de cinquenta jovens, vendia de porta em porta na periferia e na favela por R$ 9,99. Com o dinheiro das vendas, fundou a ONG Gerando Falcões, em Poá/SP, ao lado de três amigos, que são cofundadores da ONG: Amanda Boliarini, Le Maestro e Mayara, com quem viria a se casar mais tarde e construir família. Foi nomeado um dos jovens brasileiros que podem mudar o mundo, fazendo parte do Global Shapers, Jovem Empreendedor do Ano pelo Lide, saiu na lista dos jovens mais influentes pela Forbes Brasil, e eleito Homem do Ano pela revista GQ. Reconhecido como empreendedor social pela Folha de S.Paulo e Executivo de Valor pelo Valor Econômico. edu.lyra@gerandofalcoes.com e liakin r ufin O

Eliakin Rufino, nasceu e reside em Boa Vista/RR. Formado em filosofia pela Universidade do Amazonas, é poeta, compositor e professor. eliakinrufino@gmail.com fÁ a lmeida

Começou a trabalhar com produção artística em 1984, tendo atuado no Teatro Castro Alves e na Concha Acústica, em Salvador, no Memorial da América Latina, em São Paulo, em suas produtoras Diorama e TU, realizando produções artísticas e corporativas. Hoje produz a Feira SAL. faalmeida@diorama.com.br f ernand O vel Á z Q uez

Nasceu em Montevidéu, Uruguai, em 1970, vive e trabalha em São Paulo desde 1997. É artista, curador e educador. Sua pesquisa se dá no entorno transdisciplinar da arte, ciência e tecnologia com interesse no estatuto da imagem, na mediação da realidade por dispositivos técnicos e, mais recentemente, no conhecimento ancestral e nos estudos decoloniais. É mestre em moda, arte e cultura, pós-graduado em vídeo e tecnologias on e offline e em gestão cultural contemporânea. Participou de exposições como The Matter of Photography in the Americas (Cantor Arts Center, Stanford University, EUA, 2018), Emoción Art.Ficial, Bienal de Arte y Tecnologia (Itaú Cultural, Brasil, 2012), Bienal del Mercosur (Brasil, 2009), Mapping Festival (Suíça, 2011), WRO Biennale (Polônia 2011) e Pocket Film Festival (Centre Pompidou, Paris, 2007). Recebeu, entre outros, os Fundos Concursáveis para a Cultura (Uruguai, 2019), o Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia (Brasil, 2009), Prêmio Mídias Locativas Arte.Mov (Brasil, 2008) e Vida Artificial (Espanha, 2008). Entre 2015 e 2018, foi curador e diretor artístico da Red Bull Station de São Paulo. www.fernandovelazquez.art f ernand O yaz B ek

Advogado especializado em direito do entretenimento, com escritório em São Paulo. Atua nas áreas de cinema, música, publicidade, televisão, marcas, fotografia, edições gráficas, direito de imagem e personalidade, direito contratual e mediação. Editor musical há

12 anos, agrega hoje, em sua editora, a Spin Music, repertório de mais de duzentos autores brasileiros nos mais diversos gêneros. fernando@ypadv.com.br f lavi O P O rta

Advogado e economista, especialista em tributário consultivo, societário consultivo, planejamento, sócio-diretor da NBPF Advogados (www.nbpf.com.br). flavio@nbpf.com.br g a B riel fO ntes Paiva

É diretor e produtor de teatro. Idealizou e realizou mais de oitenta projetos culturais de destaque fundamentados em pesquisas e experimentações cênicas construídas coletivamente. Dirige espetáculos de teatro, com destaque para Neste mundo louco nesta noite brilhante, A golondrina, Marte, você está aí? e Uma espécie de Alasca.

Concebe e dirige espetáculos musicais, como a série Na Mira. Atua como curador, pesquisador e editor em projetos culturais de caráter documental, histórico e pedagógico, como as mostras Murilo Rubião – O Reescritor Fantástico, Mostra Contemporânea de Arte Mineira e a publicação “O Continente Negro”. É diretor artístico da companhia teatral que fundou, em 2005, junto com Yara de Novaes e Débora Falabella, o Grupo 3 de Teatro. Desde 2004, realiza os concertos do Projeto Memória Brasileira, ao lado de Myriam Taubkin. Foi presidente, por seis anos, e atualmente pertence ao conselho da Associação dos Produtores Teatrais Independentes (APTI). gabriel@fontes.art.br g aetan O l OP s Empresário, empreendedor, com 25 anos de experiência nas áreas de branding, marketing de entretenimento, marketing promocional e eventos. Responsável pela organização e promoção de eventos como Réveillon de Copacabana, Red Bull Air Race, Boulevard Olímpico, entre outros. Em 2017, fundou a EUAPOIO, empresa que conecta pessoas e empresas a causas sociais. É sócio e gestor de eventos como Rio Montreux Jazz Festival, B2B – Festival Back2Black, Mobcom, a primeira feira Global de Games Mobile. Ganhou o Prêmio Caboré, em 2010; Prêmio Colunistas, em 2008; Festival Brasileiro de Publicidade, em 2009. gaetano@gael.ag h el O isa a idar

Atua no mercado da música brasileira há mais de 15 anos. Já trabalhou como produtora executiva de projetos, empresária de artistas, curadora de grandes festivais, em âmbito público e privado, com distribuição de discos físicos, distribuição digital e edição, segmento no qual se especializou e a levou ao seu atual cargo de diretora executiva da AltaFonte Music Publishing, além de ser sócia da AltaFonte Brasil. heloisa.aidar@altafonte.com i sa B el a m O rim CEO do Ecad. Formada em administração de empresas, conta com vasta experiência nos principais grupos de mídia, como The New York Times, El País e Editora Abril, e tem profundo conhecimento da cultura empresarial da América Latina, Europa e Estados Unidos. Isabel é pós-graduada em comunicação pela Universidade de São Paulo (USP) e em gerenciamento global pela IE Madri, além de ter um MBA pela Business School de São Paulo e Rotman School em Toronto.

Jamil C hade jamilchade@hotmail.com

Com passagens por mais de setenta países, nos últimos vinte anos, cruzou fronteiras com refugiados, entrevistou vencedores do prêmio Nobel, cobriu eleições, cúpulas de chefes de estado e megaeventos esportivos. De seu escritório na sede da ONU, em Genebra, contribuiu com veículos internacionais como The Guardian, BBC, CNN, Le Temps, Swissinfo, CCTV, Al Jazeera, France24 e outros, além de ser colunista do UOL, El País e do Grupo Bandeirantes. Vivendo na Suíça desde o ano 2000, é autor de outros seis livros, três dos quais foram finalistas do Prêmio Jabuti. Entre os diversos prêmios que recebeu, foi eleito duas vezes como o melhor correspondente brasileiro no exterior pela entidade Comunique-se. Em 2020, venceu o principal prêmio do ano da Associação Internacional da Imprensa Esportiva por suas revelações sobre a corrupção no futebol.

K Arina I Srael

Com mais de vinte anos de atuação profissional, Karina Israel é uma das pioneiras no desenvolvimento de negócios de interatividade no Brasil. Trabalhou na MediaLab e dirigiu a produção da Ogilvy Interactive em São Paulo. Mestra em ciência, tecnologia e sociedade pela Universidade de Salamanca. Em Portugal, criou a divisão de Brand Experience da YDreams e liderou as primeiras atividades interativas em tempo real em dispositivos móveis, outdoors e lojas conceito, exposições interativas e museus imersivos do Ocidente. Pós-graduada em gestão de empresas pela Universidade Nova de Lisboa e em cultura, mídia e informação pela Universidade de São Paulo (USP). Curadora de mostras interativas como Senna Emotion, Niemeyer Vida e Obra, Niemeyer Sensorial, Niemeyer em Curvas e, recentemente, Paisagens de Van Gogh e Tarsila para Crianças. Atualmente dirige a operação da YDreams Global no Brasil. karina.israel@ydreams.com.br k elly a drian O de O liveira Profa. doutora. em ciências sociais e gerente Adjunta de Ação Cultural do Sesc-SP. Educadora, pesquisadora e consultora. l aura athayde

Advogada por formação e desenhista por teimosia. Em 2013, começou a postar tirinhas autobiográficas na internet e nunca mais parou. Estudou Design Gráfico para publicar os próprios livros e, desde então, atua nos mercados editorial e publicitário como designer, ilustradora e quadrinista. Como ilustradora, foi indicada ao Prêmio Jabuti 2018 e teve seus trabalhos impressos nas páginas da Folha de S.Paulo, Veja SP, Revista Continente e Piauí, assim como em livros das editoras Record, Cia. das Letras, Planeta, Melhoramentos, Gutenberg e outras. Também ilustrou campanhas de Nívea, Netflix, Telecine e Salon Line, além de publicações do Centro Cultural Banco do Brasil e Itamaraty. Como quadrinista, já publicou em veículos nacionais e estrangeiros, e participou de exposições no Festival Internacional de Quadrinhos, na Casa Fiat de Cultura, Fundação Itaú Cultural e no Masp. Em 2018, lançou Histórias Tristes e Piadas Ruins, uma coletânea de seus trabalhos que venceu o Troféu HQMix na categoria Publicação Independente de Autor. Seu trabalho mais recente é o projeto Aconteceu comigo, em que adaptou relatos reais de mulheres para os quadrinhos, e foi publicado em 2020 em parceria com o Itaú Cultural. Natural de Manaus, atualmente vive em Belo Horizonte, onde toma café sem açúcar e maratona séries de ficção científica. Você pode conhecer mais de seu trabalho em http://behance.net/ltdathayde e http://instagram.com/ltdathayde. l e O nard O e dde Sócio-fundador da Urca Filmes, com mais de vinte anos de experiência como produtor e diretor. Engenheiro com pós-graduação em management , produção executiva e direito do entretenimento, é responsável pela produção e realização de dezenas de filmes e séries. Longas como Tropa de Elite 2 , de Jose Padilha; O Filme da Minha Vida , de Selton Mello; Os Desafinados , de Walter Lima Jr; O Mamute Siberiano , de Vicente Ferraz; O Engenho de Zé Lins , de Vladimir Carvalho; e produtos seriados como Equador , baseado na obra de Miguel de Souza Tavares. Hoje é presidente do Sindicato da Indústria Audiovisual (Sicav) e representante do Brasil na Federación Iberoamericana de Productores Cinematográficos y Audiovisuales (Fipca). Ministrou aulas na Fundação Getúlio Vargas (FGV) e na Academia Internacional de Cinema (AIC). É jurado do Banff World Media Festival e do Emmy Internacional. Complementando sua formação, os cursos Creative Producers (Producer’s Guild of America) e Compliance (Firjan/IEL). leoedde@urcafilmes.com.br l e O nard O l etelier Fundador e CEO da Sitawi Finanças do Bem. Há mais de vinte anos ajuda a construir um futuro mais justo e sustentável para todos por meio das finanças sociais e do investimento de impacto. É um dos pioneiros deste ecossistema no Brasil e no mundo e especialista em mobilizar capital para impacto socioambiental positivo. Atua com empresas e famílias que entendem que são motores das mudanças da sociedade e querem fazer isso seguindo princípios ambientais, sociais e com governança adequada, atualmente simplificados na sigla ESG. Engenheiro com MBA pela Harvard Business School, trabalhou na McKinsey, foi codiretor executivo da Força Tarefa Brasileira de Finanças Sociais e eleito senior fellow synergos e responsible leader na BMW Foundation. lletelier@sitawi.net l ígia P etru CC i

Já foi bailarina e professora de dança. Mestre em artes cênicas, atua há 24 anos como produtora cultural no Departamento de Difusão Cultural (DDC) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde se dedica, entre outros projetos, à coordenação e curadoria do Unimúsica. Atualmente é responsável pela direção do DDC e do Centro Cultural da UFRGS. ligiapetrucci@yahoo.com.br l u C iana a rruda

Advogada atuante na área de direitos autorais e propriedade industrial, formada pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e agente da propriedade industrial – Inpi Brasil. Atualmente é sócia proprietária da Arruda e Starling Advogados e da AZ Serviços de Propriedade Intelectual, ambas especializadas em propriedade intelectual e atuantes em mentoring e consultoria de negócios ( business thinking ), nas esferas extrajudicial, judicial, administrativa e negocial. Representa clientes na área artística, como Adoniran Barbosa, Paulo Freire, Arnaldo Baptista (Mutantes), Marcelo Rosenbaum, Arrigo Barnabé, Maestro Cyro Pereira, Edgard Poças, Diogo Poças, Dj Patife, Dj Deeplick, entre outros. larruda@azpi.com.br l u C iana r angel Advogada com graduação e mestrado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Há mais de vinte anos atua na área de direito de autor. Foi agente literária de Augusto Cury de 2008 a 2012. Atua também em mediação de conflitos. lucianarangel@rmpi.com.br l u C imara l etelier

Atua com museus, cultura e organizações sociais há mais de 21 anos, como gestora, consultora, professora e articuladora de redes e curadora de seminários. Foi diretora de relações institucionais do MAM Rio e trabalhou com diversos museus, como Museu da Caixa Cultural, Museu do Amanhã, MAR, Museu da Imigração, Boston Children's Museum e Guggenheim; foi diretora adjunta de artes do British Council, gerente de comunicação e captação da Fundação OSB, diretora de mobilização da ONG ActionAid. Formada em design em sustentabilidade e mestre em administração cultural pela Boston University. Certificada pelo programa de Liderança Climática pelo Climate Reality Leadership Program, com Al Gore. Formada pelo Treinamento de Multiplicadores dos ODS pelo Programa Global da Unesco de Educação para o Desenvolvimento Sustentável/ Gaia Education UK. Fundou o Museu Vivo como plataforma de atuação em rede junto aos museus para consultoria, formação e difusão on-line das práticas regenerativas e sustentabilidade no setor museal, quando coidealizou o HiperMuseus. Conselheira do Icom Brasil, Icom MPR, Associação Brasileira de Gestão Cultural (ABGC) e ActionAid Brasil. lucimaraletelier@gmail.com

m ar C ell O dantas

Curador interdisciplinar com ampla atividade no Brasil e no exterior. Trabalha na fronteira entre a arte e a tecnologia, produzindo exposições, museus e múltiplos projetos que buscam proporcionar experiências de imersão por meio dos sentidos e da percepção. Nos últimos anos, esteve por trás da concepção de diversos museus, como o Museu da Língua Portuguesa e a Japan House, em São Paulo; Museu da Natureza, na Serra da Capivara, Piauí; Museu da Cidade de marcellodantas3@gmail.com m ar CO s C uzzi O l

Manaus; Museu da Gente Sergipana, em Aracaju; Museu do Caribe e Museu do Carnaval, em Barranquilla, Colômbia. Realizou exposições individuais de alguns dos mais importantes e influentes nomes da arte contemporânea, como Ai Weiwei, Anish Kapoor, Bill Viola, Christian Boltanski, Jenny Holzer, Laurie Anderson, Michelangelo Pistoletto, Rebecca Horn e Tunga. Foi também diretor artístico do Pavilhão do Brasil na Expo Shanghai 2010, do Pavilhão do Brasil na Rio+20, da Estação Pelé, em Berlim, na Copa do Mundo de 2006. Atualmente é responsável pela curadoria da próxima edição da Bienal do Mercosul, que ocorre em 2022, em Porto Alegre, e é curador do Sfer IK Museo em Tulum, México. Formado pela New York University, é membro do conselho de várias instituições internacionais e mentor de artes visuais do Art Institute of Chicago.

Engenheiro de software com doutorado em artes pela Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP), Marcos Cuzziol é desenvolvedor de games e sócio-fundador da Perceptum Software Ltda. Pesquisador no Instituto de Estudos Avançados da USP, desenvolve pesquisas nos seguintes temas: games; realidade virtual; inteligência artificial; e arte e tecnologia. cuzziol@usp.br m arília neustein Jornalista, escritora e diretora de comunicação do Museu Judaico de São Paulo. maneustein@gmail.com m aria de fÁtima f erreira de f reitas

Advogada formada pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), com pós-graduação em processo civil pela PUC-SP e em seguros e previdência pela Fundação Instituto de Administração (FIA-USP).

Atuou na área jurídica contenciosa e consultiva, de contratos, de sinistros e de apoio às áreas de produtos de empresas multinacionais, contabilizando vinte anos de experiência no mercado. Participou do Comitê de Riscos e Governança Corporativa do Itaú Unibanco e foi integrante da Comissão Jurídica da Federação Nacional das Seguradoras de Saúde (Fenasaúde). fatimaffreitas@terra.com.br m aria h elena C unha

Gestora cultural, professora, consultora, pesquisadora. Mestre em educação. Especialista em planejamento e gestão cultural. Diretora da Inspire Gestão Cultural, publicou os livros Gestão cultural: profissão em formação (2007) e Planejamento estratégico de projetos e programas culturais (2018). Doutoranda em artes da cena na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). lenacunha@inspirebr.com.br m ariana C antarelli

Especialista em marketing digital, graduada em Comunicação Social pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e em direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). Teve passagens por veículos de comunicação, atuando com inteligência de mercado e marketing publicitário; em agências, nas áreas de planejamento estratégico, mídia e atendimento. No final de 2020, deixou a direção geral de negócios da Isobar para assumir as frentes de mídia digital, estratégia comercial, branded content e marketing publicitário da CNN Brasil. Antes da Isobar, passou por TBWA, Agência Tudo, AlmapBBDO e JWThompson, atendendo clientes como Nivea, Azul Linhas Aéreas, Danone, Samsung, Shell, Visa, Ambev, entre outras. cantarelli.ma@gmail.com m artha m a C ruz de s Á Advogada na área cível, com ênfase nas áreas de direito de autor e de entretenimento; professora assistente nas cadeiras de direito constitucional e de direito administrativo no período de 1986 a 1996 na Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), membro da Comissão da Propriedade Intelectual da OAB/SP (2004-2006), membro da Comissão do Direito do Entretenimento da OAB/SP (2006-2008). mmacruz@uol.com.br m auri C i O m agalhães Administrador com pós-graduação em marketing, é um dos mais reconhecidos profissionais de marketing do Brasil. Por anos trabalhou com commodities, na década de 1980: em seguida, no Sistema Globo, Rede Bahia. Recentemente, vendeu sua Agência Tudo (uma das mais bem-sucedidas startups do mercado de comunicação) para o Grupo norte-americano Omnicom (EUA). Atualmente é CEO da Giros Filmes, é sócio da Mundo Real e, além de fazer parte do Conselho, tem participação acionária nas seguintes empresas: Grupo EVA (entretenimento), River – Aceleradora de Negócios. É conselheiro do Hospital Irmã Dulce. mbmagalhaes@novomundoreal.com.br mustafa g O kte P e Fundador e presidente do Instituto pelo Diálogo Intercultural, uma ONG brasileira com atuação acadêmica, cultural e social em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. Professor visitante de língua e cultura turca na Universidade de São Paulo (USP), desde 2010. Professor visitante de civilização turco-islâmica na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), de 2009 a 2013. Professor de língua turca na Universidade de Brasília (UnB), de 2013 a 2014. Tradutor juramentado (ad hoc) de turco-português na Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp) e Junta Comercial do Distrito Federal (JCDF). Tradutor e revisor de livros, filmes, novelas e documentários. Intérprete profissional. mustafa@institutopelodialogo.org.br natalia r O llem B erg Advogada formada pela Faculdade Baiana de Direito (2013). Pós-graduada pela Universidade de Lisboa em Propriedade Intelectual (2015). Pós-graduada em fashion law pela Faculdade Santa Marcelina (2018). natalia@olivieriassociados.com.br nataniel n g O mane É escritor e presidente do Fundo Bibliográfico de Língua Portuguesa. nngomane@yahoo.com nei vargas

Mestre e doutor em artes visuais, ênfase em história, teoria e crítica de arte no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. (PPGAV/UFRGS). Parte de sua dissertação foi premiada no Programa Brasil Arte Contemporânea “Estudos e Pesquisa sobre arte e economia da arte no Brasil”, da Fundação Bienal de São Paulo, em 2010. Publicou capítulo sobre colecionismo no Brasil no livro Researching Art Markets, pela Editora Routledge, de Londres, em 2021. Ministrou cursos on-line de história da arte e do colecionismo, em 2020, pela Galeria Aura. É um dos gestores do Coleções em Conexão, grupo com mais de cem colecionadoras e colecionadores brasileiros. Respondeu pela curadoria do Ciclo de Debates Dinâmicas do Colecionismo de Arte Contemporânea no Brasil, evento integrante da inauguração da Casa do Parque, em São Paulo, em 2019. Faz parte da Comissão Organizadora do Simpósio Internacional de Relações Sistêmicas Arte Além da Arte, com edições em Porto Alegre, 2018, e São Paulo, 2019. neivargasdarosa@gmail.com

P ér O la m athias

É socióloga, com pesquisa sobre a música brasileira contemporânea, e trabalha como jornalista musical independente. Em 2015, criou o blog Poro Aberto e hoje escreve coluna mensal na revista A Palavra Solta , publica semanalmente em @resenhasmiudas, uma revista de crítica no Instagram. É roteirista e apresentadora do podcast Dois Mil e Depois, um projeto da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. perolavcm@gmail.com

r aissa de O liveira

É mulher preta, antropóloga pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) e educadora, mulherista africana com formação complementar nas áreas das artes plásticas, fotografia e filosofia. Sua pesquisa procura desenvolver caminhos para a educação em relação aos povos da diáspora africana, cidades e subjetividades poéticas. Participou como formadora em cartografia cultural no programa de formação de monitores das Casas de Cultura. Atuou como educadora na Biblioteca da Fábrica de Cultura de Diadema. É idealizadora e pesquisadora do Coletivo Cartografia Negra (2017). É monitora da pós-graduação cidades em disputa da Escola da Cidade (2021), faz parte da cocuradoria da 13ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo. Atualmente é coordenadora de pesquisa do Instituto Gilberto Dimenstein.

raissaalbanodeoliveira@gmail.com

r e B e CC a tavares

É presidente e CEO da BrazilFoundation desde agosto de 2019. Anteriormente, trabalhou como coordenadora executiva interina da iniciativa Every Woman Every Child do Secretário Geral das Nações Unidas. Diplomata da ONU, profissional de desenvolvimento e filantropia, atuou como representante regional da ONU Mulheres na América Latina e no sul da Ásia por dez anos, liderando equipes da ONU para fortalecimento da governança e da sociedade civil no Afeganistão, Índia, Butão, Maldivas e Sri Lanka (2013-2017). No Brasil, administrou escritórios nos países do Cone Sul da América Latina (Uruguai, Paraguai,

Chile e Argentina) de 2009 a 2013. Liderou o planejamento estratégico corporativo, a reestruturação e o desenvolvimento de conselhos em instituições filantrópicas, no setor privado e em multilaterais em três continentes, incluindo as duas principais economias emergentes (Brasil e Índia), levantou mais de US$ 28 milhões para programas da ONU e administrou portfólios de US$ 35 milhões. Sua carreira em filantropia e desenvolvimento internacional abrange a Ford Foundation, ACCION Internacional, San Diego Foundation e consultorias para organizações internacionais, empresas e fundações, incluindo MacArthur Foundation e Levi Strauss Foundation, entre outras. Natural da Califórnia, Rebecca se formou na Universidade de Yale e tem doutorado em educação pela Universidade de Harvard. Ensinou e publicou amplamente sobre gênero em governança, justiça racial no Brasil, saúde e direitos reprodutivos e microfinanças na América Latina e no Sul da Ásia. Atua no conselho do Fundo Baobá; no conselho consultivo internacional da Escola de Políticas e Estratégias Globais (Global Policy & Strategy) da Universidade da Califórnia, San Diego; e no conselho consultivo da Women Invested to Save Earth (Wise). Em 2019, recebeu o YaleWomen Impact Award. rtavares@brazilfoundation.org r i C ard O C astr O Pianista, maestro, diretor artístico e fundador do Neojiba. ricardocastro@me.com r i C ard O l evisky Músico pela Universidade de São Paulo (USP), publicitário pela Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e MBA em rela- ções internacionais pela Fundação Getulio Vargas (FGV-RJ). Especializou-se em estratégias de fundraising e engajamento junto a conselhos empresariais, lideranças do terceiro setor e filantropos UHNWI (ultra-high-net-worth-individual) em cursos livres na League of American Orchestras (NY) e no International Executive Group (IEG – Chicago). Atuou como diretor de marketing, comunicação e novos negócios da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) e Sala São Paulo, e como superintendente da Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB). Foi membro associado do International Society of Performing Arts (Ispa-EUA) e do Conselho de Cultura da Associação Comercial do Rio de Janeiro. É fundador e presidente da Levisky Legado desde 2002 e sócio da plataforma digital Pitching Chanel. ricardo.levisky@leviskylegado.com r OB ert O t ran Jan

Roberto Tranjan é educador, palestrante, empresário e escritor que atua na área de negócios, das empresas e do trabalho. Formado em economia e com pós-graduação em administração de empresas pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (Eaesp/FGV). Com firme propósito de construir empresas éticas, humanas e prósperas, desenvolve um processo de educação empresarial, inovador e de alto impacto, chamado Metanoia. Autor dos livros A empresa de corpo, mente e alma, Metanoia, Rico de verdade, O Devir, Os sete mercados capitais, O velho e o menino, Chamamentos e Capital relacional. roberto.tranjan@metanoia.com.br r O ssana d e C els O Empresária, produtora e cantora. Atuante na área de produção há 24 anos, começou como empresária do artista Zeca Baleiro, cuja carreira gerenciou por 14 anos. Fez a produção executiva de todos os discos e DVDs do artista de 1998 a 2010, que lhes renderam cinco discos de ouro. Administrou também sua editora por 18 anos e criou, em parceria, o selo Saravá Discos. Pelo selo, produziram cerca de 17 discos, de 2006 a 2014. Foi empresária também de Vander Lee, com quem realizou cerca de 130 apresentações; geriu sua obra e o selo Balaio, fez a produção executiva de três discos, dois EPs e um DVD, em parceria com o Canal Brasil, lançado postumamente. Também prestou consultoria e/ou fez produção artística e executiva de CDs de Verônica Sabino, Odair José e Chico Lobo. Produziu shows das cantoras Titane, Selmma Carvalho, Jurema Paes, Ceumar, Alzira Espindola, Os Mulheres Negras (Maurício Pereira e André Abujamra). Em 2019, inaugurou o próprio selo, Backing Stars, distribuído pela Ditto Music, colocando em prática todo o seu aprendizado, além de continuar na produção, venda de shows e projetos especiais. rdecelso@gmail.com s all O ma s al O mã O Educador e intelectual público nascido em Minas Gerais e residente em São Paulo. Artista e professor, doutorou-se em história pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), com estágio para pesquisa no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-UL-PT). Tem se dedicado à pesquisa e criação de musicalidade para dança e cinema, performance e teatralidades negras para a cena contemporânea. Com inserções no cinema como consultor e produtor de roteiro, foi premiado com melhor trilha musical no Festival Internacional de Cinema de Gramado pelo filme Todos os Mortos, de Caetano Gotardo e Marco Dutra. Participou de documentários como Tão Longe, tão perto; Afrotranscendence; Treze Sambas; Dentro da Minha Pele; e Negro em mim, de diferentes diretores. Conta com oito álbuns autorais de música gravados pelo próprio selo e, ainda, dois videodocumentários sobre seus trabalhos musicais. Presta serviços educativos e culturais para governos e instituições privadas. Dirige a Aruanda Mundi Editora e o Mocambo Digital, laboratório sonoro-musical de experimentação e pesquisa. sallomasallomao@gmail.com s uellen m O reira suellen@sociat.com.br tatyana r u B im É administradora de empresas com especialização em comércio exterior (UNA, 1997) e pós-graduação em marketing pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG, 2000). É CEO da Rubim Produções, empresa que atua no mercado mineiro como produtora de eventos culturais, corporativos e de ativação. É idealizadora e coordenadora geral do Festival Teatro Em Movimento e da plataforma on-line Teatro EmMov Digital. Como produtora, coordenadora e gestora cultural, já esteve à frente do Fliaraxá, segundo maior festival de literatura do Brasil, durante cinco anos consecutivos, do Theatro Municipal de São Paulo, da produtora Nó de Rosa, do Centro Cultural Sesiminas, Centro de Cultura Nansen Araújo, entre outros. tatyana@rubim.art.br ursula vidal Jornalista, cineasta e ativista política. Secretária de cultura do estado do Pará, presidiu o Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes de Cultura. willian@olivieriassociados.com.br

É especialista em gestão de projetos e captação de recursos, especialmente para o terceiro setor. Como diretora da Sociat Consultoria, presta assessoria para desenvolvimento institucional e captação, com foco na mobilização de recursos por diversificação de fontes e estratégias, com atuação nas áreas social, saúde, educação e cultura. Especialista em incentivos fiscais, já foi responsável pela captação de recursos com mais de trinta grupos empresariais diferentes para cerca de 25 organizações sociais e seus projetos, principalmente via Lei Federal de Incentivo à Cultura. É especialista em gestão de projetos pelo Ibmec, e como palestrante e professora, tem atuação constante no Festival ABCR, no Fórum Interamericano de Filantropia Estratégica (Fife), Instituto Filantropia, entre outros. É membro da Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR), do Fórum Brasileiro pelos Direitos Culturais e do Fórum Brasileiro de Ópera, Dança e Música de Concerto.

Willian g aldin O Advogado, atua na área de propriedade intelectual há mais de cinco anos. Atualmente é associado do escritório Olivieri – Consultoria Jurídica em Cultura e Entretenimento.

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