CENTROS DE MEMÓRIA: UMA PROPOSTA DE DEFINIÇÃO

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ISBN 978-85-7995-164-0

Centros de memória  Uma proposta de definição

Imagem da capa Hudinilson Júnior. Pré-Narciso. Pintura e colagem sobre madeira. 90 x 116 cm. 1990. Acervo Sesc de Arte Brasileira. © Hudinilson Urbano e Maria Apparecida Urbano Fotografia: Roger Sassaki

Quando preservados e acessíveis, os documentos permitem lembrar, conhecer e projetar o futuro. Afinal, é com base nos erros e acertos cometidos que se balizam os próximos passos. À medida que a velocidade do mundo contemporâneo dá a impressão de que o tempo escapa à percepção humana, o cultivo da memória assume uma importância capital, tanto para as pessoas quanto para as coletividades. O livro das historiadoras Ana Maria Camargo e Silvana Goulart enfoca esse processo no nível das instituições, a partir de uma reflexão sobre o potencial estratégico dos chamados centros de memória.

Ana Maria Camargo | Silvana Goulart

memória, esses centros têm, hoje, a necessidade de criar um conhecimento organizacional que vise à inovação; são, portanto, responsáveis pelo duplo movimento de debruçar-se sobre o passado de uma instituição e, ao mesmo tempo, apontar ­caminhos para seu futuro.

Ana Maria Camargo Silvana Goulart

Centros de memória

Uma proposta de definição

Mais que uma moda ou um meio de registrar datas importantes, os centros de memória são acervos híbridos que ­res­guardam, por meio de materiais e suportes variados – caracterizando-se na literatura especializada como um misto de arquivo, biblioteca e museu –, a trajetória das instituições e de seus atores, com finalidades que variam conforme sua inserção e real importância perante o conjunto orgânico de suas respectivas matrizes. Voltado a museólogos, historiadores, ­ar­quivistas e outros interessados na temática relacionada a acervos e patrimônio cultural, este livro, elaborado pelas historiadoras Ana Maria Camargo e Silvana Goulart, traça um percurso que abrange teoria e prática, iniciando por estabelecer as nuances entre os organismos responsáveis pela gestão e custódia de documentos e, em seguida, abordando de que modo as lógicas contemporâneas explicam o aparecimento dos centros de memória. A análise se completa com a experiência de algumas empresas brasileiras que vêm criando e mantendo esses centros a partir de demandas cuja iniciativa não parte apenas dos cargos de chefia, mas surge, por vezes, dos próprios funcionários, que sentem a necessidade de resgatar a identidade e os valores esquecidos ou abandonados devido às urgências do dia a dia. O estudo que resultou nesta obra ­demonstra que, mais que reunir a

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