organização Julián Boal Estabelecimento de texto Till Baumann Posfácio Sérgio de Carvalho
jogos para atores e não atores
No final da década de 1950, Augusto Boal revolucionou o teatro brasileiro com as montagens do Teatro de Arena. Um dos pontos básicos desse novo modo de encenação era tornar o espectador parte ativa do que acontecia no palco. Com intenção abertamente política, foi a origem do que Boal chamou mais tarde de “espectator”: “todo mundo atua, age, interpreta. Somos todos atores. Até mesmo os atores!”. Após seu exílio, em 1971, Boal percorreu o mundo e difundiu suas ideias nas mais variadas situações, inclusive entre pessoas comuns, em lugares comuns. A suma de todas essas experiências está nas dezenas de exercícios teatrais de Jogos para atores e não atores. Muito além das fronteiras do teatro profissional, este repertório de técnicas é utilizado hoje em atividades como a psicoterapia, a educação e a formação política. Foi publicado originalmente em Buenos Aires com o título 200 exercícios e jogos para o ator e o não ator com vontade de dizer algo através do teatro e atualizado por Boal até 2008. Baseada na edição alemã de 2013, que incorporou acréscimos do autor em versões europeias, esta nova edição inclui textos inéditos em português reunidos em apêndice e é a mais completa entre as que circulam atualmente em várias línguas.
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