Antonio Ramos Rosa

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Genesis & Konstellationen

Ant贸nio Ramos Rosa

Genesis & Konstellationen

Ant贸nio Ramos Rosa

Edition Delta

ISBN 978-3-927648-19-7

Edition Delta



Edition Delta


Die Übersetzung des vorliegenden Werks von António Ramos Rosa erfolgt mit freundlicher Förderung durch die Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas im portugiesischen Kulturministerium

Das Buch wurde gefördert von der Fundação Calouste Gulbenkian in Lissabon

www.edition-delta.de info@edition-delta.de © 2008 Edition Delta, Stuttgart Alle deutschsprachigen Rechte © an den portugiesischen Originalen: António Ramos Rosa © an der Übersetzung: Juana & Tobias Burghardt © an dieser Ausgabe: Edition Delta, Stuttgart 2008 Titelbild: Juana Burghardt Herstellung und Druck in Baden-Württemberg ISBN 978-3-927648-19-7


António Ramos Rosa

Genesis & Konstellationen Génese & Constelações

Aus dem Portugiesischen von Juana und Tobias Burghardt

Edition Delta


Índice

Inhalt

Génese

Genesis

O poema procura como um corpo 8 O desejo sobrevive sempre 10 O que é o amor 12 Seria agora a vez 14 Será apenas uma estrela de areia 16 Tocar mas tocar e ver e deixar de ver 18 Sentimos os passos vãos 20 É agora que é preciso vê-lo 22 Não podemos ter a certeza da nomeação 24 A palavra é frágil 26 Nada é mais real 28 Era um instante de vida sobre o mar 30 O corpo desconhece-nos 32 O lábio aproxima-se 34 Como poderá este momento ser puro 36 Algo perdemos mas o quê? 38 É assim que vem o fogo 40 Quando uma mulher se despe 42 Ninguém espera de nós uma palavra 44 De onde vem esse primeiro impulso 46 Vamos de sequência em sequência 48 Entre dois poemas 50 Quando o sossego é só sossego 52 O sentido é uma ingénua formação 54 Não existem imagens através desta sombra 56 Para arder no lume da intensa doçura 58 Há uma mulher que desenrola 60 Eu vi entre as amendoeiras 62 Abriu-se uma concha vermelha 64 Escrevo não para saber 66 Em côncava distância de um fulgor suave 68 Amar a cousa amada é amar o ócio 70 Num recanto de uma sala 72 É possível que de todos os poemas 74 Se há um ser que tudo vê������������ ele não vê 76 Escrever é procurar corresponder 78 Ninguém é o sósia ou o duplo de si 80 Se tem um nome é o do vento 82 A lancinante doçura de uma canção 84 O que não é ainda o que está para ser 86 Quem poderá ser fiel como um vegetal silencioso? 88 Se nos detivéssemos na página 90 Há sempre o mais que é um excesso de ser 92 O poema desvia-se da petulância informativa 94

Wie ein Körper sucht das Gedicht Das Begehren überlebt immer Was ist Liebe Jetzt wäre das nie gewesene Mal Ein Sandstern ist vielleicht nur Berühren aber berühren und sehen Wir spüren die vergeblichen Schritte Es ist jetzt an der Zeit sie zu sehen Wir können keine Gewißheit der Nennung haben Das Wort ist zerbrechlich Nichts ist wirklicher Es war ein Lebensaugenblick auf dem Meer Der Körper verkennt uns Die Lippe nähert sich Wie kann dieser Augenblick rein sein Wir verlieren etwas aber was? So kommt es daß das Feuer Wenn sich ein Mädchen Niemand erwartet von uns ein Wort Woher kommt dieser erste Anstoß Wir gehen von Abfolge zu Abfolge Zwischen zwei Gedichten Wenn die gelassenheit nur Gelassenheit ist Der Sinn ist ein argloses Gebilde Es gibt keine Bilder durch diesen Schatten Um in der Flamme der starken Lieblichkeit Es gibt eine Frau die ihre Haare Ich sah zwischen den Mandelbäumen Eine rote Muschel öffnete sich Ich schreibe nicht um zu wissen In der gewölbten Ferne eines leichten Schimmers Etwas Geliebtes zu lieben ist die Liebe zur Muße In einer Saalecke Es ist möglich daß aus allen Gedichten Wenn es ein Wesen gibt das alles sieht Schreiben ist der Versuch zu entsprechen Niemand ist das Ebenbild oder sein Doppelgänger Wenn es einen Namen hat Die peinigende Anmut eines Liedes Was noch nicht ist was da ist um zu sein Wer kann wohl treu sein wie eine schweigsame Wenn wir an der Seite innehielten Immer gibt es den Zusatz Das Gedicht zweigt von der Selbstherrlichkeit

9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59 61 63 65 67 69 71 73 75 77 79 81 83 85 87 89 91 93 95


Dir-se-ia que uma onda irrompe 96 O que é a simplicidade se não for fábula ou ficção? 98 Quem diz matéria diz ondas 100 Estou ouvindo sem ouvir o que sempre ouço 102

Man könnte sagen daß eine Welle brandet 97 Was ist die Schlichheit anderes als Fabel oder Fiktion? 99 Wer Urstoff sagt sagt Wogen 101 Ich höre gerade ohne zu hören was ich immer höre 103

Constelações

Konstellationen

O mundo não é o mundo 106 Quem pode penetrar no ouvido da noite 108 Ver as constelações é respirá-las 110 A página aguarda o harmonioso harmónio 112 Só à luz das constelações 114 Os amantes imponderáveis são archotes 116 Quando as únicas constelações são de líquen 118 Os dias passam na sua evidência vagorosa e vã 120 Saúdo o que não conheço 122 Eis a cal da página sem constelações 124 Este meu filho que nunca será meu 126 A maresia da página 128 Caminha para a minha fronte 130 Se há um outro lado do mundo 132 Poderemos acaso erguer uma torre de sossego 134 Não chegara ainda talvez nunca chegasse 136 Para que o corpo desça ao lugar 138 Está dormindo com a perfeição de uma nuvem 140 Como que procura uma perfumada dança 142 Ninguém pôs a mesa para o poema 144 Talvez a simplicidade nunca seja atingida 146 A palavra nunca chega ao puro extremo 148 Há um azul de colina um azul adolescente 150 Para dar ao rosto a substância suave 152 Qual a metáfora ou imagem 154 A palavra desvia-se para caminhos laterais 156 A página pode ser tão violenta 158 Se a vida como um rio tivesse duas margens 160 Em que esfera 162 Eis-nos diante do corpo deslumbrante 164 Para libertar os flancos 166 Não está no espaço 168 Aqueles que neste momento estão vivendo 170 Há palavras que esperam 172 Queremos ver o rosto através da trama 174 O poema caminha para uma boca 176 Os frágeis dedos resvalam 178 Esta leve obstinação de um cálido tremor 180 Escrevo para que a liberdade respire 182

Die Welt ist nicht die Welt Wer in das Ohr der Nacht Die Konstellationen sehen ist sie zu atmen Die Seite wartet auf das harmonische Nur im Licht der Konstellationen Die unwägbaren Liebenden sind Fackeln Wenn die einzigen Konstellationen aus Farn Die Tage verstreichen in ihrer heiteren Ich grüße was ich nicht kenne Das ist der Kalk der Seite ohne Konstellationen Dies ist mein Kind das nie meins sein wird Die Seebrise der Seite Sie geht zu meiner Stirn Wenn es eine andere Seite der Welt gibt Können wir vielleicht einen Turm Es kam noch nicht vielleicht nahte es nie Damit der Körper zum Ort Er schläft vollkommen wie eine Wolke Als suche man einen duftenden Tanz Niemand deckt den Tisch für das Gedicht Vielleicht wird die Einfachheit nie erlangt Das Wort gelangt nie an das reine Ende Es gibt ein Hügelblau ein jugendliches Blau Um dem Gesicht die milde Substanz Wie die Metapher oder das Bild Das Wort entgleitet auf Seitenwegen Die Seite kann so gewaltig sein Wenn das Leben wie ein Fluß zwei Ufer hätte In welcher Sphäre Hier stehen wir vor dem betörenden Körper Um die Lenden von dem zu befreien Es ist weder im Raum Jene die in diesem Moment leben Es gibt Wörter die warten Wir wollen das Gesicht durch das Geflecht Das Gedicht geht zu einem Mund Die schmalen Finger rutschen Ist dieser leichte Trotz eines glühenden Bebens Ich schreibe damit die Freiheit

107 109 111 113 115 117 119 121 123 125 127 129 131 133 135 137 139 141 143 145 147 149 151 153 155 157 159 161 163 165 167 169 171 173 175 177 179 181 183

Autorenfoto Nachwort. Tobias Burghardt

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Genesis GĂŠnese


O poema procura como um corpo um equilíbrio de veios e a harmonia de um arquétipo natural Imagens de água e as veias de um fogo leve abertas ao sossego do olvido a um silêncio solar e com um pouco da textura da crusta terrestre Que elas limpem os sulcos da fronte encarquilhada e renovem o alento com a maresia do sopro Uma delicada verdura um matiz suave modulados pela brisa de uma janela entreaberta podem trazer às mãos e aos olhos a delicada indolência de uma lenta felicidade que é o sortilégio da hora E então a palavra ondula ao ritmo de um silêncio de um espaço interior aberto docemente como um fruto fendido melodiosamente puro

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Wie ein Körper sucht das Gedicht ein Gleichgewicht der Wellen und die Harmonie eines natürlichen Archetyps Wasserbilder und die Adern eines sanften Feuers offen gegenüber dem Gleichmut des Vergessens einer Sonnenstille und mit ein wenig Textur der Erdkruste Mögen sie die Furchen der runzligen Stirn glätten und den Atem mit der Flutbewegung des Odems erneuern Ein zartes Grün eine weiche Schattierung moduliert von der Brise eines geöffneten Fensters kann den Händen und Augen die empfindliche Sorglosigkeit eines allmählichen Glücks bringen das aus der Zauberei der Zeit besteht Und dann schwingt das Wort im Rhythmus eines Schweigens eines behutsamen eröffneten Innenraums wie eine rein klangvoll aufgesprungene Frucht

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O desejo sobrevive sempre Que sombra o poderá soterrar? Ele é o verbo do sangue antes da nomeação e a visão que coincide ardente Ele acende a palavra eleva-se e afunda-se com todo o peso e leveza de um puro felino que se levanta e salta dentro de uma torrente submersa Quando em alto fogo ascende e desce sobre o corpo amado respira como um delta e consuma o ser intacto na cristalina identidade de um prisma e na densidade do tufo essencial onde se encontra a profunda colmeia do amado Ele ama os carboníferos montes de fendas resplandecentes as roseiras interiores o odor forte do suor do fogo sublevado e chega finalmente ao fundo imóvel no centro do ciclone

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Das Begehren überlebt immer Welcher Schatten kann ihn begraben? Es ist der Ausdruck für Blut vor der Nennung und die Sicht die glühend übereinstimmt Es wird Wort erhebt sich und versinkt mit aller Last und Leichtigkeit einer echten Katze die sich in einer versunkenen Strömung aufrichtet und springt Wenn es über dem geliebten Körper lichterloh auf- und niedergeht atmet es wie ein Flußdelta und verzehrt das unberührte Wesen in der kristallklaren Identität eines Prismas und in der Dichte des wesentlichen Dufts in dem sich der tiefe Bienenkorb der Liebenden befindet Es liebt die kohlschwarzen Hügel der glänzenden Spalten die inneren Rosenbüsche den strengen Schweißgeruch des lodernden Feuers und gelangt schließlich auf den reglosen Grund im Auge des Zyklons

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O que é o amor o ser que se perde no ser na primavera da matéria eterna? Acontecimento absoluto sempre no início substância de velados fulgores qual a grafia que segue as suas volutas ou espelha o firmamento de uma morada? Metamorfose do espaço sob delicadas arcadas conhecimento gracioso de deslumbrantes delicadezas o peito arqueia-se pleno de conhecimento e de graça entrega-se ao sortilégio da subtil e sumptuosa energia que irradia do permanente jardim das presenças voluptuosas Tudo é voluptuosamente novo para os amantes que vivem no início do mundo e sem o saber amam o deus inicial Ó língua humana ó língua deste livro como poderás dizer a plenitude desse conhecimento espontâneo se tu não és de lava nem de cristal e não tens o líquido encanto da música nem és profunda amante vida como a carne entregue ao gozo absoluto de uma dupla Fénix que ofusca a palavra e a liberta do silêncio deslumbrado?

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Was ist Liebe das Wesen das sich im Wesen im Frühling des ewigen Urstoffs verliert? Vollkommenes Geschehen immer im Anbeginn Substanz verschleierten Leuchtens wie die Schrift die ihren gewundenen Linien folgt oder das Firmament einer Behausung spiegelt? Metamorphose des Raums unter zierlichen Arkaden anmutige Erkenntnis betörender Zartheiten die Brust wölbt sich voller Erkenntnis und Anmut und gibt sich der Zauberei der feinen und prächtigen Kraft hin die aus dem ständigen Garten der wonnigen Anwesenheiten strömt Alles ist sinnlich neu für die Liebenden die im Anbeginn der Welt leben und unwissend den Urgott lieben O Sprache der Menschen Sprache dieses Buches wie kannst du die Fülle dieser unmittelbaren Erkenntnis ausdrücken da du weder aus Lava noch Bergkristall bestehst und nicht den fließenden Reiz der Musik hast auch kein tiefes liebendes Leben bist wie die Hingabe des Fleisches an die vollkommene Lust eines doppelten Phönix der das Wort blendet und es vom betörten Schweigen befreit?

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Seria agora a vez de nenhuma vez é essa não esperança a vacuidade deslumbrada que incendeia a palavra do nunca do impossível nome como se fosse possível a primeira vez e em cada sílaba se beijasse o horizonte do lábio Mas esta ficção é talvez o frémito mais puro do real o azul da música o pólen dos chifres de um Eros branco Ó ilusão verdadeira vestida de faixas solares e nua como a revelação de uma guitarra de água Será a morada do amado apenas o repentino fulgor de uma clareira que não chega a ser o tempo de uma contemplação e que teremos de transpor fugidiamente para a página? Mas o fogo do peixe alado quer perpetuar-se num presente imóvel de flexíveis colunas e por isso conjuga as sílabas da sombra com as linhas solares e infunde-lhes o secreto odor das voluptuosas veias

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Jetzt wäre das nie gewesene Mal und diese Hoffnungslosigkeit die betörte Leere die das Wort Nimmer entzündet den unmöglichen Namen als ob das erste Mal möglich wäre und man bei jeder Silbe den Horizont der Lippe küssen würde Doch diese Annahme ist vielleicht das reinste Zittern des Wirklichen das Blau der Musik der Blütenstaub der Chiffren eines weißen Eros Wahre Täuschung mit Sonnenbändern bekleidet und nackt wie die Offenbarung einer Gitarre aus Wasser Wird die Wohnung der Liebenden nur das plötzliche Funkeln einer Lichtung sein die nicht die Weile einer Betrachtung ausmachen wird und die wir flüchtig auf das Blatt übertragen müssen? Doch das Feuer des geflügelten Fischs möchte sich verewigen in einer reglosen Gegenwart biegsamer Säulen und deshalb vereint es die Schattensilben mit Sonnenlinien und flößt ihnen den geheimen Duft der lüsternen Adern ein

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Será apenas uma estrela de areia oferenda mínima ínfima casual mas será a ingénua tipografia de um acaso um nada que cintila uma insignificância que inaugura Apenas lhe podemos oferecer uma gota de chuva uma gota de sangue para que o seu fulgor seja menos que um nome ou a frágil minúcia de uma leve atenção que não conserva nem dilui nem explica nem conduz E assim amaremos a pureza do ser insignificante absoluto no mínimo inteiramente novo

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Ein Sandstern ist vielleicht nur ein winziges geringes unerwartetes Geschenk wird aber zur arglosen Typographie eines Zufalls ein funkelndes Nichts eine anfängliche Belanglosigkeit Ihm können wir nur einen Regentropfen einen Blutstropfen anbieten damit sein Schimmer weniger sei als ein Name oder die zerbrechliche Kleinigkeit einer leichten Beachtung die weder anhält noch vergeht weder erklärt noch führt Und so werden wir die Reinheit des völlig belanglosen Wesens im vollkommen neuen Mindestmaß lieben

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Tocar mas tocar e ver e deixar de ver e novamente tocar e ver sempre com a subtileza rutilante de uma primeira vez: a mão avança trémula para o seio e não encontra o seio e de imaginá-lo o vê e toca-o não de frente mas na lenta obliquidade da posição entre a redonda firmeza de fruto novo e a imagem que se espelha e se dissolve no vácuo após cada palavra Assim a palavra caminha entre duas margens interditas e nesse breve percurso erige uma presença que rescende iluminada como uma figura vegetal num prisma Tudo o que de ávido tem o desejo a palavra o desfaz porque o seu horizonte é o repouso de um oásis e o hálito de uma dália branca A palavra toca e vê o seio ausente e toca-o casualmente na sua flexível inteireza não só como o ser que é mas como o que está a ser o que vai ser e que não sendo lavra o lábio e a mão do amante que escreve morrendo na doçura de não ser e ser o corpo amado

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Berühren aber berühren und sehen und aufhören zu sehen und erneut berühren und immer mit der glitzernden Behutsamkeit eines ersten Mals sehen: die Hand schiebt sich zitternd zur Brust und findet die Brust nicht und sieht sie in der Vorstellung und berührt sie nicht von vorne sondern in der langsamen Schieflage zwischen der runden Festigkeit der neuen Frucht und dem Bild das sich spiegelt und nach jedem Wort in der Leere schwindet So bewegt sich das Wort zwischen zwei unterbrochenen Rändern und errichtet auf dieser kurzen Strecke eine Anwesenheit die erleuchtet duftet wie eine pflanzliche Figur in einem Prisma Alles was am Wunsch Begierde ist löst das Wort auf weil sein Horizont die Ruhe einer Oase ist und der Hauch einer weißen Dahlie Das Wort berührt und sieht die abwesende Brust und berührt sie zufällig in ihrer geschmeidigen Ganzheit nicht allein als Seiendes sondern als Reifendes und Werdendes und da sie nicht ist prägt sie die Lippe und Hand des Geliebten die im Reiz sterbend schreibt der geliebte Körper nicht zu sein und zu sein

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