Este volume da História das Ideias Políticas será considerado especialmente relevante pelos leitores interessados na crítica voegeliniana às ideologias políticas modernas. Nele, Voegelin analisa o colapso da unidade da Cristandade imperial, que levou à ascensão da razão autônoma e das revoltas sectárias, tendências que chegaram ao pleno desenvolvimento nos séculos XIX e XX.
Voegelin identifica na Renascença e na Reforma o início dos movimentos em direção à consciência política moderna. Maquiavel, Erasmo e More são estudados na seção dedicada à Renascença. Em seguida, numa espécie de transição entre a Renascença e a Reforma, o autor aborda o movimento sectário e expõe o contexto histórico em que se encontram as fontes de seu pensamento a respeito do gnosticismo e de suas influências modernas. O capítulo final é, no parecer dos prefaciadores, uma análise muito dura, às vezes hostil, de Lutero e Calvino.