Tudo Sobre Jardins 28 Já na Banca!

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ILUMINAÇÃO PARA EXTERIORES

PASSEAR no Jardim Público em Évora Garden Design

Um jardim

INFLUÊNCIAS ITALIANAS

NO CHELSEA FLOWER SHOW

P.V.P. € 4.20 (Continente) IVA incluído N.º 28 . ANO VI . 2014

N SE

E R P A

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com vista


Correspondência - P. O. Box 24 2656-909 Ericeira - Portugal Tel. +351 261 867 063 www.lobodomar.net

Editorial

www.tudosobrejardins.com

Diretora Luisa Gonçalves Editora Lobo do Mar Responsável editorial Catarina Gonçalves Colaboradores Ambiodiv, Astrid Inverno Bishop, Gdesigns, Passear.com, Luísa Estadão. Publicidade Lobo do Mar Contactos +351 261 867 063 + 351 965 510 041 e-mail geral@lobodomar.net Grafismo

Contacto +351 965 510 041 email anagoncalves@lobodomar.net Impressão e acabamento AGIR - Produções Gráficas, Unip, Lda Rua Particular, Quinta de Santa Rosa 2680-458 CAMARATE Tel.: +351 219 348 990 e-mail: agir@agir.com.pt www.agir.com.pt Distribuição VASP, Lda. Media Logistics Park, Quinta do Grajal, Venda Seca 2735-511 Agualva-Cacém Tel.: +351 21 433 70 00 Tiragem 6000 exemplares Periodicidade Trimestral Depósito Legal nº. 262744/07 Registada na Entidade Reguladora para a Comunicação Social sob o nº. 125 236 Direitos Reservados de reprodução fotográfica ou escrita para todos os países

ITÁLIA

INSPIRA JARDINS Todos os anos a Tudo Sobre Jardins visita o RHS Chelsea Flower Show sempre na expectativa de saber quais as mais recentes tendências para os jardins, não só em termos de design mas, também, pela utilização inovadora dada a alguns materiais. Este tipo de festival de jardins, e por contraponto a festivais como Chaumont, Allariz ou Ponte de Lima que são festivais mais conceptuais e artísticos, tem a vantagem de que os visitantes levam consigo ideias e inspirações que podem colocar em prática nos seus próprios jardins, terraços ou varandas. Combinações de plantas, a maneira como são enquadradas num certo espaço, como é feita a junção entre canteiro e pavimento... são questões muito concretas e que se colocam a quem está a planear um jardim. O Chelsea Flower Show expõe algumas soluções com um nível de qualidade impressionante, sendo este o principal motivo de atração. Este ano muitos dos jardins foram influenciados pelo renascentismo Italiano, uma reinterpretação de conceitos que foram transportados de forma a integrar harmoniosamente espaços contemporâneos com as necessidades práticas inerentes dos dias de hoje. Quando em busca de inspiração, um olhar para o passado é normalmente uma boa ideia, os princípios clássicos de proporcionalidade e beleza são intemporais podendo ser facilmente transportados para a actualidade. Na nossa revista digital vamos analisar estes jardins com mais detalhe.

Contamos consigo,

Catarina Gonçalves verão 2014

Fotografia de Capa Jardim The Telegraph (pág. 55)

Responsável Editorial catarinagoncalves@lobodomar.net


55

50 Já está na banca esta edição da revista Tudo Sobre Jardins

Edição n.º 28 Junho, Julho e Agosto 2014

Sumário 6

Palavra ao Profissional

Helena Figueiredo Vieira e

Vânia Henriques, Licenciadas em

Arquitetura Paisagista

8

Noticiário

18

Em Foco

26

Decoração

32

Recriar Ambientes

34

Eventos:

RHS Chelsea Flower Show

Keukenhof 44 50 55

Jardins Históricos por Luísa Estadão Políticas de Inventário de Jardins Históricos em Portugal (parte II) Garden Design: Um jardim com vista, pensado de forma a desfrutar das vistas deslumbrantes que rodeiam toda a propriedade. Tendências no design de jardins:

73 Chelsea Flower Show 2014 A revista Tudo Sobre Jardins visitou o Chelsea Flower Show para trazer até si algumas das ideias mais criativas e inspiradoras e que pode colocar em prática no seu próprio jardim. 68 Empresas & Negócios: Internaco/Husqvarna 73 Dossier: Iluminação exterior A iluminação num espaço exterior ou num jardim pode ser utilizada para acentuar efeitos dramáticos, como se de um espetáculo se tratasse e que se revela diante dos nossos olhos. 82

Blogue Monte do Laranjal

86

AmBioDiv

92

Passear.com

98

Anunciantes & Parceiros


44 . 45 Jardins Históricos por Luísa Estadão

Monserrate

Síntese das Políticas de Inventário dos Jardins Históricos em Portugal (parte II) TEXTO LUÍSA ESTADÃO FOTOGRAFIA LOBO DO MAR

(2006, Livro APAP 30 Anos – A Paisagem da Democracia) Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais verão 2014


Jardins Históricos por Luísa Estadão

S. Cipriano

É urgente que o estudo dos nossos jardins se inicie, coordenando todos os elementos dispersos e coligindo o maior número possível de dados de todo o País (Caldeira-Cabral). É ponto de partida que se estabeleça o conceito de Jardim Histórico para definir os objectos 5 a incluir neste tipo de ficha de inventário. Estabelecer também que, sintetizando os critérios definidos ou adoptados em França, Espanha e Inglaterra, um jardim é passível de ser inventariado quando: - conserva traços representativos de um estilo;

Jardim Botânico de Lisboa

- é um jardin du plaisir cujo interesse deriva de uma intervenção estética; - constitui um elemento característico da paisagem; - preserva antigas e originais espécies de plantas; - foi obra de um projectista famoso; - está associado a pessoas ou acontecimentos dignos de registo. É portanto antiquada a ideia de que só se devem inventariar os jardins de renome e de grande monumentalidade. É fundamental descobrir-se a realidade do jardim por

“para além da quinta-jardim, o conjunto avaliado (…), segue as definições internacionais que consideram como elementos de arte paisagística um recinto sagrado em redor de um templo, uma tapada ou parque de caça, uma cerca de convento, um eremitério ou uma envolvente de um castelo onde o caminho derronda que segue as muralhas foi traçado para que toda Leia a paisagem se abrisse a a totalidade perder de vista e a defesa do castelo ficasse garantida.” (Castel-Branco, C.deste 2002) artigo e muito 5

mais na versão impressa da revista.


Garden Design

Um jardim com vista TEXTO E ILUSTRAÇÕES: CATARINA GDESIGNS

UM JARDIM, SE PLANEADO DESDE O INÍCIO DA CONSTRUÇÃO DE UMA MORADIA, PODE TER UM IMPACTO IMENSO NA FORMA COMO VAMOS VIVER ESSE ESPAÇO NO FUTURO. LONGE VAI O TEMPO EM QUE AS PESSOAS QUERIAM LONGOS RELVADOS E MUITAS FLORES NOS CANTEIROS, HOJE OS JARDINS PRIVADOS QUEREM-SE CADA VEZ MAIS COMO ESPAÇOS PRÁTICOS E DE RELATIVAMENTE BAIXA MANUTENÇÃO. O USO DE MATERIAIS COMPÓSITOS E RELVA ARTIFICIAL, É CADA VEZ MAIS A NORMA NOS JARDINS DOMÉSTICOS. O jardim desta moradia unifamiliar foi pensado de forma a desfrutar das vistas deslumbrantes que rodeiam toda a propriedade. Uma zona com serras a toda a volta e com uma vista desimpedida possibilitaram a que a casa e jardim fossem projetados para tirar o máximo partido da envolvência. verão 2014


Garden Design

Os clientes são um casal com três filhos jovens, uma zona com pequena horta foi uma das opções mas, inerente a um espaço que vai ser usado por crianças estão as preocupações com questões de segurança e saúde. A escolha das plantas passa por saber se estas são ou não são venenosas, mas também se têm espinhos ou folhas cortantes. A preocupação com o custo da manutenção de um relvado natural, o facto duma das crianças ter alergia a gramíneas e como ao mesmo tempo era preciso um espaço de brincadeira para os mais novos optou-se por relva artificial. Apesar de não ser a primeira opção de muitas pessoas a relva artificial tem benefícios a nível das alergias e poupanças de água, mas estas têm que ser

mantidas limpas por questões de higiene e com uma drenagem apropriada, daí que o momento da sua instalação é muito importante e deverá ser realizada por especialistas, até porque todas as junções dos tapetes e costuras requerem uma atenção especial. Um relvado artificial não necessita de muita manutenção. Numa relva artificial para fins privados ou públicos basta escovar regularmente, remover sujidades e folhas e eventualmente acrescentar um pouco de areia. Para manter a relva artificial mais bonita durante mais tempo, aconselha-se uma manutenção periódica pelo fabricante/fornecedor da relva artificial. Existem diversos tipos de vegetação, uns mais exuberantes que Leia outros. O elemento a totalidade

deste artigo e muito mais na versão impressa da revista.


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verão 2014 nº 28


TENDÊNCIAS no design de jardins Chelsea Flower 2014 TEXTO CATARINA GONÇALVES E FOTOGRAFIA LOBO DO MAR

A revista Tudo Sobre Jardins visitou o Chelsea Flower Show para trazer até si algumas das ideias mais criativas e inspiradoras e que pode colocar em prática no seu próprio jardim. Assistimos a uma tendência na utilização de plantas de forma mais campestre e menos formal que coabitam com arbustivas podadas de forma contrastante.As cores, formas, texturas e cheiros são elementos que criam espaços únicos, um bom design em combinação com as plantas certas e os materiais apropriados requer dedicação e um bom planeamento.

MATERIAIS PLANTAS DESIGN

págs. 55 à 67

APOIO:


Dossier: Iluminação de espaços exteriores

Dossier

A CRIATIVIDADE SEM LIMITES

A

iluminação num espaço exterior ou num jardim pode ser

utilizada para acentuar efeitos dramáticos, como se de um espetáculo se tratasse e que se revela diante dos nossos olhos.

O foco de luz é usado cuidadosamente para mostrar exatamente o que queremos que o espectador veja, sejam as sombras da vegetação ou de elementos arquitetónicos. TEXTO CATARINA GONÇALVES FOTOGRAFIA D.R.

verão 2014

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Blogue Monte do Laranjal

Batatas na horta… Ovos, rosas, mirtilos... No sopé de Monsaraz temos uma horta biológica, laranjal e várias árvores de fruto cuidados sem a utilização de pesticidas ou químicos, apenas produtos biológicos certificados.

Batatal em flor

TEXTO ASTRID INVERNO BISHOP E FOTOGRAFIA MONTE DO LARANJAL

Batatas na horta… como fazer? As batatas podem ser semeadas desde muito cedo no Inverno na nossa região Alentejana. Quanto mais cedo, menos rega terá de ser feita pois em teoria ainda vai apanhar a chuva característica dessa altura do ano. Por outro lado, existe o risco de que as batatas apodreçam com demasiada água.

Nós optámos por semear no princípio de Março. As batatas a semear devem ser cortadas em pedaços mantendo pelo menos um rebento (olho) por batata-semente. Abrimos sulcos com uma distância aproximada de 40cm na horta e colocámos uma “unidade” a cada 30cm. Depois de tapadas a até totalidade com terra, não se devemLeia regar que a

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86 . 87 AmBioDiv

O fim da polinização como a conhecemos…

TEXTO E FOTOGRAFIA AMBIODIV

verão 2014


AmBioDiv

JÁ TODAS AS PESSOAS OUVIRAM FALAR SOBRE O DESAPARECIMENTO DAS ABELHAS, MAIS CONCRETAMENTE O ABANDONO DE COLMEIAS, MESMO COM AS SUAS LARVAS LÁ DENTRO. ESTA SÍNDROME É CONHECIDA COMO O “COLONY COLAPSE DISORDER”. SE SE PENSAR QUE UMA COLMEIA PODE CONTER CERCA DE 60 MIL ABELHAS E QUE ESTAS POLINIZAM MILHÕES DE PLANTAS, IMAGINE-SE OS EFEITOS DO ABANDONO SUCESSIVO DE COLMEIAS. COMO SE VÊ O PROBLEMA NÃO FICA SÓ PELA PRODUÇÃO DE MEL. Para além de ser um problema a nível de conservação de fauna devido à extinção de várias espécies a nível global, acaba por afetar a população a nível económico uma vez que cerca de 73% das espécies vegetais cultivadas são polinizadas por espécies de abelhas, segundo a Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO). O problema passa a ganhar uma dimensão mais assustadora se se tiver em conta o crescimento da população humana a nível global, onde necessariamente irá ocorrer um aumento da demanda por alimentos e ocupação de terra para produção agrícola intensiva. Sem as abelhas, a dieta dessas populações é empobrecida ficando muitas vezes reduzidas a espécies que são polinizadas por outros agentes que não as abelhas. Esqueçendo a variedade de frutas a que se está habituado e reduzindo-se a meia dúzia de culturas como trigo e milho. Então e o porquê da ocorrência desta síndrome? Inúmeros fatores podem estar na origem deste problema: perda de habitat, uso excessivo de pesticidas na agricultura, ação de agentes patogénicos, radiação, danos no código genético por ação de vírus, etc. Mas o que é a polinização? É um processo pelo qual os grãos de pólen são transportados com o objetivo de reprodução das plantas. Este transporte pode ser feito na mesma flor (hermafrodita) ou entre flores (unisse-xuais). Também podem ser designados como polinização direta ou indireta. A polinização direta ocorre quando o pólen cai pela ação da gravidade sobre o estigma. Já a polinização indireta, ocorre através do auxílio de animais ou de fatores ambientais

Abrotea da primavera asphodelus ramosus e anthophoridae

Lavandula

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92 . 93 Passear.com

Passear: NO JARDIM PÚBLICO

EM ÉVORA TEXTO E FOTOGRAFIA REVISTA PASSEAR / WWW.PASSEAR.COM

verão 2014


Passear.com

Évora não é conhecida pelos seus jardins mas, o Jardim Público merece uma visita mais demorada e atenta. Trata-se de um verdadeiro oásis na cidade que é Património Mundial.

Passear em Évora é um prazer devido ao seu magnífico centro histórico. É precisamente junto à Porta do Raimundo e à Igreja de São Francisco que se situa o Jardim Público um espaço para estar e muito vivido pela população. As infraestruturas de apoio, nomeadamente casa de banho e café, são suficientes para proporcionar uma boa passeata por este espaço verde que se desenvolve ao longo de parte das muralhas da cidade. Adjacente ao Jardim Público e, num plano inferior, temos um espaço destinado à população mais nova. A Mata surge no seguimento do jardim e caracteriza-se por ser um espaço mais reservado, não tão tratado e com diversos pontos para as pessoas fazerem piquenique. Ao nível de aves e, segundo o portal Aves de Portugal, existem no jardim público um casal de corujas-do-mato, que podem ser ouvidas a cantar à noite. Durante a Primavera, os

andorinhões-pretos podem ser vistos facilmente por toda a cidade, ao passo que os andorinhões-pálidos parecem ser especialmente regulares junto ao teatro Garcia de Resende (intramuros).

Enquadramento

O atual Jardim Público foi construído por iniciativa municipal entre 1863 e 1867 nos terrenos que anteriormente tinham constituído a antiga horta real do palácio e do convento de S. Francisco e outros à época afetos ao exército. Foi projetado pelo arquiteto-cenógrafo italiano José Cinatti (1808-1879) que também dirigiu os trabalhos de arqueologia e jardinagem. A sua conceção corresponde à concretização do ideal romântico dos jardins do século XIX e à função de espaço social para as elites e Leia a totalidade deste artigo e muito mais na versão impressa da revista.


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