Nº.17 . Ano II . 2012 . PVP: 2 € (IVA incluído)
edição digital
passear by
sente a natureza
Rota dos Moinhos Crónica
Ruta de los Túneles Destinos
Parque das Necessidades Mata Bom Jesus do Monte
Equipamento
Mochila Deuter Futura 28 Washington Summit Bobble, a garrafa
Praceta Mato da Cruz, 18 2655-355 Ericeira - Portugal Correspondência - P. O. Box 24 2656-909 Ericeira - Portugal Tel. +351 261 867 063 www.lobodomar.net
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Director Vasco Melo Gonçalves Editor Lobo do Mar Responsável editorial Vasco Melo Gonçalves Colaboradores Catarina Gonçalves, Luisa Gonçalves.... Publicidade Lobo do Mar Contactos +351 261 867 063 + 351 965 510 041 e-mail geral@lobodomar.net
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De regresso das férias Com calma e suavidade para recuperar o ritmo! Nesta edição publicamos três sugestões de passeios diferenciados. Na Batalha percorremos o Trilho dos Moinhos, em Braga caminhámos na Mata do Bom Jesus, em Lisboa visitámos a Tapada das Necessidades. João Pimenta, do CLAC, caminhou por um troço repleto de túneis e surpresas e já está a preparar mais uma Grande Rota dos Templários. Os grandes certames internacionais são o palco ideal para o lançamento de novos equipamentos para os praticantes de atividades de ar livre. Nós apresentamos alguns deles. No Facebook já ultrapassámos as 6 000 pessoa que Gostam da revista Passear e estabilizámos nos 7 500 leitores mensais da versão digital. A todos muito obrigado. Boas caminhadas e pedaladas.
2 Registada na Entidade Reguladora para a Comunicação Social sob o nº. 125 987 Direitos Reservados de reprodução fotográfica ou escrita para todos os países
Capa Fotografia PR3 - Rota dos Moinhos (pág. 44)
Diretor vascogoncalves@lobodomar.net
Edição Nº.17
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Sumário 04 Atualidades 14 Equipamentos 20 Nº. Leitores Passear 22 CLAC Adventure 32 ASSINATURA PASSEAR PUB 34 Caminhada Tapada das Necessidades 44 PR3 - Rota dos Moinhos 52 Parque Bom Jesus do Monte
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atualidades 4
O Trilho Geológico do Jardim Público de Beja O Trilho Geológico, do Jardim Público de Beja, é um projecto de divulgação das geociências junto do grande público e das escolas, contemplando fragmentos da história geológica do sul de Portugal, nos últimos 1000 milhões de anos, desde o Neoproterozóico até à actualidade. Ao longo de 200 m e utilizando uma escala onde cada metro percorrido equivale a 5 milhões de anos, observam-se as principais formações rochosas do Alentejo. Com página própria no Facebook, o Trilho Geológico, foi incentivado pela CM Beja, estando inserido no programa europeu Atlanterra (Interreg, Espaço Atlântico), tendo contado com a colaboração dos Serviços Geológicos da Irlanda, do Geoparque Copper Coast e do Parque Castlecomer. Entre as rochas expostas contam-se o minério de cobre de Neves Corvo, o mármore de Trigaches, apresentadonos “Cubos do Tempo”, o xisto de Barrancos, o arenito carbonatado de Alfundão com fósseis de Ostras e o gabro de Beja. As amostras foram seleccionadas pela sua expectacularidade e foram recolhidas nas regiões de Barrancos, Beja, Castro Verde, Cercal, Ferreira do Alentejo, Grândola, Mértola, Santiago do Cacém e Vidigueira. Painéis informativos complementam o trilho, assinalando outros
aspectos geológicos da região (os principais jazigos minerais metálicos e não metálicos; os vulcões antigos; as jazidas de fósseis) e a paleogeografia das distintas Eras geológicas, realçando continentes e maresque existiram no passado. O Jardim Público de Beja é um local de referência da cidade, sendo utilizado essencialmente para lazer. As potencialidades do espaço permitem a sua valorização através de projectos de Ciência e Cultura, como o do Trilho Geológico. O LNEG contribui, assim, para a divulgação científica das geociências, promovendo o rico património natural do país, um exemplo de geodiversidade a nível europeu. O projeto Trilho Geológico, incentivado pela CM Beja, é parceiro do programa europeu Atlanterra (Interreg, Espaço Atlântico) e conta com a colaboração dos Serviços Geológicos da Irlanda, do Geoparque Copper Coast e do Parque Castlecomer. (LNEG)
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atualidades 6
Feiras Novas - Festas do Fórum Peregrino 2012 Concelho de Ponte de Lima
De 7 a 10 de setembro as Feiras Novas de Ponte de Lima elevam a cultura através do folclore, das tocatas de concertina, dos concertos de bandas de música, dos concursos pecuários e dos sublimes cortejos que de ano para ano atraem milhares de forasteiros. Alguns dos destaques neste evento de grande dimensão. O Cortejo Etnográfico, no dia 8 (sábado) às 16 horas, apresenta uma montra de usos costumes e tradições. É uma demonstração única de cada freguesia do concelho. Na Expolima decorre ao longo da tarde, a Corrida de Garranos, raça típica da nossa região, são tradição na festa. A partir das 22h00, disputa-se a final do Torneio Ibérico de Horseball A noite de sábado – Noite das Rusgas, é a noite mais longa, vive-se a maior concentração de concertinas.
O Fórum Peregrino pretende ser um espaço aberto de encontro e de diálogo entre peregrinos de diferentes lugares, e uma oportunidade para uma reflexão em voz alta sobre a peregrinação jacobeia e o Caminho de Santiago. O Fórum Peregrino não é um conjunto de conferência, antes um debate aberto entre todos, em que cada um dos participantes poderá expor as suas próprias ideias. O Fórum Peregrino realizar-se a na eurocidade de Valença do Minho (Portugal) e Tui (Galicia), nos dias 28, 29 e 30 de Setembro de 2012. Mais Informações e Inscrições: www.forumperegrino.org
em concreto: Logótipos, Estacionários, branding e rebranding de todos os suportes da sua empresa Micro-sites, Webdesign, Banners (Flash/Gif) Anúncios, Roll-ups, Outdoors, Stands Revistas, Livros, Newsletters, Flyers, Desdobráveis, Catálogos Press Releases Fotografia
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atualidades
A Associação Europeia de Vias Verdes organiza conferência A conferência – Eurvelo, Vias Verdes e Cicloturismo – terá lugar em Nantes (França) no próximo dia 26 de Setembro. A jornada será de um dia e incluirá apresentações que abordarão temas como o desenvolvimento do cicloturismo e das vias verdes, bem como numerosos fóruns de debate sobre as boas práticas na Europa. Os principais temas a tratar serão: - Internet e as redes sociais; - A evolução da utilização e o impacto socioeconómico; - Orientações face a novos nichos de mercado (por exemplo: turismo acessível e turismo sénior). Programa: http://www.eurovelo.org/home/ecf-and-egwa-joint-conference/ Mais informações em: www.aew-egway.org e www.eurovelo.org
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ART & TUR – Festival Internacional de Filmes de Turismo
24 a 27 de outubro em Barcelos O ART & TUR – Festival Internacional de Filmes de Turismo, realizado anualmente em Barcelos, é membro de uma rede de 15 festivais internacionais integrados no CIFFT – Comité Internacional dos Festivais de Filmes de Turismo, entidade reconhecida pela Organização Mundial do Turismo (OMT). Na 4ª edição, realizada em 2011, participaram no festival ART&TUR 287 filmes
provenientes de 39 países consolidando-se como um dos maiores festivais de filmes de turismo do mundo. Também nesta edição o festival ART&TUR marcou a diferença sendo o 1º Festival Turístico no Mundo a incluir a categoria 3D. Este festival conta com o Alto Patrocínio da Presidência da República. Mais informações em: www.aptur.net/artetur
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atualidades
Festival Bike Portugal 2012
O Festival Bike Portugal, o maior evento desportivo do país dedicado à bicicleta, 10 decorre de 19 a 21 de Outubro no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas, S.A. (CNEMA), em Santarém. Simultaneamente, realiza-se o Festival Internacional da Bicicleta, Equipamentos e Acessórios e o Salão de Ciclismo Profissional. O certame destina-se ao público em geral, aos profissionais que atuam neste mercado, a atletas e aos praticantes das várias modalidades. Com uma área bruta de exposição a rondar os 15.000 m2, o espaço interior contará com diversos expositores, representando as principais marcas existentes no mercado nacional e internacional, com produ-
tos diversificados e de qualidade e novos modelos de bicicletas, equipamentos e acessórios. O recinto exterior será palco para a exibição de várias modalidades. Para esta edição do Festival Bike, o programa foi desenvolvido em função dos milhares de visitantes e de acordo com as várias modalidades que se praticam com bicicleta. A realização do 1º Dowtown Festival Bike Portugal, o 1º Troféu da Juventude, o 1º Passeio Familiar “Miradouros de Santarém”, o 1º Festival de Monociclos, o 1º Troféu Sprint Bike e Utilização Livre, Run & Bike, a decorrer paralelamente ao duatlo, e ainda uma Pista para Utilização Permanente do Público são as novidades desta edição, mas é possível encontrar actividades para todos os gostos. Realce para a 8ª Maratona de BTT, o 9º Encontro Nacional de Ciclismo, o 9º Encontro de Ciclismo de Escolas, o 8º Encontro Nacional de Cicloturismo, o 5º Duatlo Festival Bike, o 2º Ciclo Cross, as finais dos Campeonatos Nacionais de BMX e de Dirt Jumping. Exibições de Trial Bike, as entregas de prémios da Associação de Ciclistas Profissionais, Sessões de Autógrafos, Test – Drive’s, Workshops complementam o programa.
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atualidades
2.º Ciclo de Cultura Judaica
12 19 e 20 de setembro na Guarda Do programa deste evento destacam-se, no dia 19 de setembro, as visitas guiadas ao Museu Judaico e à Sinagoga de Belmonte, bem como animação de rua e espetáculo de música sefardita. No dia 20 decorre o Seminário “Património e Cultura Judaica, Potencialidades e Formas de Divulgação”, no Auditório do Paço da Cultura: - Painel I: Turismo, Espaços e Equipamentos Museológicos - Painel II: Recursos Endógenos - Potencialidades e Formas de Valorização. Inscrições obrigatórias até 10 de setembro. Informações e inscrições em www.guardaconvida.pt ou geral@guardaconvida.pt
XI Porto antigo
É no dia 16 de Setembro que terá lugar o percurso circular pela cidade do Porto com cerca de 25km de extensão e dificuldade baixa. A partida será da Quinta da Bonjoía (chegada no mesmo local)pelas 09:30. A Inscrição inclui seguro de acidentes pessoais, reforço alimentar (águas e fruta), recordações do evento (t-shirt, etc..), porco assado no espeto (almoço). O valor da inscrição é de 8,00 Euros para sócios do Clube Bike Team e 10,00 Euros para não sócios. Para saber mais: http://bit.ly/T56v09
Avalanche Licor Beirão para os mais destemidos do BTT Tal como já vem sendo hábito nos últimos anos, no primeiro fim de semana de Outubro, todos os caminhos irão conduzir à Lousã, vila considerada por muitos como a “capital do BTT”. Será assim a 5, 6 e 7 de Outubro, que o Montanha Clube irá realizar a 11ª edição da AVALANCHE LICOR BEIRÃO, evento destinado a todos os amantes do Btt, em especial aos mais radicais e aventureiros! O “tiro” de partida para a largada em simultâneo dos cerca de 700 atletas esperados, desta que é a maior prova de descida coletiva em BTT realizada na Península Ibérica, será dado no Trevim a 1.200 metros de altitude, com a chegada a estar agendada para a Nave de Exposições da Lousã, bem no centro desta vila. Para esta edição, a organização tal como nos últimos anos, irá presentear os participantes com algumas novidades no que refere ao percurso, assim prevê-se alguns singletracks novos que têm sempre como base as deslumbrantes paisagens da Serra da Lousã. Mas as novidades não ficam por aqui, este ano haverá jersey oficial para os fãs do evento, irá realizar-se o “Sorteio Coluer” (que passa por oferecer uma bicicleta de BMX), entre outras coisas anunciar em
breve. No fim de semana do evento, será apresentado o novo formato da prova para 2013, que passa por ter uma descida de qualifi- 13 cação no Sábado, num percurso diferente com cerca de 7 km, que dará a ordem da grelha de partida para o dia seguinte. Desta forma os resultados deste ano não assegurarão posições de saída para a edição vindoura (como até aqui acontecia). Demonstrando a forte competitividade deste desafio, a Avalanche Licor Beirão consagrou 4 vencedores distintos nas últimas 4 edições, respetivamente André Beato, Hélder Padilha, Luis Ferreira e Francisco Pardal. Quem levará para casa o troféu de 2012? Informações e inscrições (até dia 3 de Outubro) no site oficial: www.avalanchelicorbeirao.com
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bobble - Uma garrafa trendy que filtra a água enquanto se bebe A bobble, a garrafa que tem revolucionado os hábitos de consumo de água um pouco por todo o mundo, chegou a Portugal.
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Criada pela empresa norte-americana Move Collective, LLC, a bobble filtra a água enquanto se bebe graças a um engenhoso filtro de carbono que retira o cloro e outros contaminantes orgânicos da normal água da torneira. Ao fazê-lo a bobble replica a experiência de beber água limpa, fresca e potável, sem incorrer em custos significativos. A bobble pode encontra-se em três tamanhos, (385ml, 550ml e 1 Lt), e promete tornar-se num item indispensável para quem procura uma vida saudável e tem uma consciência ambiental. A água engarrafada é um negócio milionário bastante nocivo para o Planeta. A maioria das garrafas de plástico é descartada ao acaso, poluindo terra e oceanos. A bobble é construída em plástico reciclável, livre de PVC, BPA ou ftalatos. A bobble é reutilizável – cada filtro pode ser utilizado 300 vezes - e criada para que seja um acessório de uso diário. “Todos adoramos água engarrafada. Mas os nossos hábitos de consumo de água são simplesmente insustentáveis, tanto do ponto de vista ecológico como pela pers-
petiva financeira”, afirma Richard Smiedt, fundador da bobble. “Dedicámo-nos a desenhar uma garrafa que melhorasse o gosto da água do serviço público a um ponto em que os consumidores pudessem abrir a torneira em vez de abrir a carteira. A nossa garrafa de filtrar patenteada, atingiu esse objetivo”, acrescenta. Em suma, a bobble é saudável, económica, reutilizável e ecológica. A bobble foi criada nos EUA, e a sua forma icónica desenhada por Karim Rashid, uma lenda do design industrial (www.karimrashid.com) - que já conquistou mais de 300 prémios em 40 países. É possível encontrar o filtro da bobble em seis cores fortes: verde, vermelho, azul, magenta, preto e amarelo. A magia está no filtro Está provado que os filtros de carbono têm um grande poder de absorver químicos. Ao iniciar-se com a BOBBLE a marca aconselha algumas regras de utilização. Antes de beber através da bobble deverá em primeiro lugar encher a garrafa, colocar o filtro e deitar toda a água fora uma
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primeira vez, para retirar qualquer excesso de carbono e ativar a sua funcionalidade. De seguida deverá encher novamente, e começar a utilizá-la, sem qualquer preocupação de manutenção. Os filtros deverão ser substituídos depois de utilizados 300 vezes o que corresponde a cerca de 150 L de água. Veja como funciona a bobble através deste link http://www.youtube.com/watch?v=QrlS_ nmsjZU&feature=player_embedded P.V.P.: bobble 385ml – 9.99€ bobble 550ml – 12.99€ bobble 1L – 14.99€ Filtro bobble – 9€ Pontos de venda: À venda on-line em www.lojastation.com
A marca Timberland lança uma nova linha de relógios para todos aqueles que gostam de um acessório prático que pode ser utilizado nas mais diversas ocasiões da vida. “Washington Summit” é um relógio digital essencial para o cosmopolita que pretende dar a conhecer o seu sentido aventureiro através de um relógio que alie a multifuncionalidade ao seu espírito de vida desportivo. A nova linha de relógios TIMBERLAND está disponível em duas versões: preto e laranja, que se distinguem pelo mostrador digital com altímetro, barómetro, termómetro, bússola, clima, medição de batimentos cardíacos, cronógrafo, contador regressivo e contador de passos. Além do mostrador multifunções, a nova linha destaca-se pela caixa e bracelete em silicone preto ou laranja (mediante a versão), pelos botões em cinzento e pela resistência à água (3 ATM). Com um P.V.P de 209 euros, a nova coleção “Washington Summit” da Timberland está disponível nas principais relojoarias do país.
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Novo Opel ADAM Liberdade urbana sobre várias rodas
A estreia do Opel ADAM em Paris vai revelar mais uma das facetas originais deste modelo ‘chique’, capaz de oferecer uma nova perspetiva sobre a mobilidade nas cidades.
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Os visitantes do Salão Mundial do Automóvel (29 de setembro a 14 de outubro) terão oportunidade de descobrir o sistema de transporte de bicicletas FlexFix, que é um exclusivo da Opel, agora configurado para o ADAM. Trata-se de uma solução que dá aos utilizadores a possibilidade de articularem a sua mobilidade de forma versátil, entre as quatro rodas do automóvel e as duas de uma bicicleta. O sistema FlexFix, totalmente integrado no para-choques traseiro, está permanentemente disponível. Uma das características do dispositivo é a facilidade de utilização, já que é apenas ajustado à mão, sem recurso a ferramentas. Quando não é utilizado, basta empurrar o suporte para dentro do para-choques, tal como uma gaveta. Com mecanismo de bloqueamento, de forma a evitar roubos, o sistema consegue transportar uma bicicleta com peso até 30 kg, o que engloba também velocípedes elétricos. Para o transporte de uma bicicleta adicional a Opel disponibiliza um adaptador com capacidade até 20 kg. O FlexFix torna-se, assim, numa solução versátil de mobilidade que pode ser partilhada por duas pessoas. Graças ao plano baixo dos suportes FlexFix, as bicicletas podem ser montadas sem esforço nas respetivas calhas. A colocação é efetuada de forma simples e ergonómica,
sem sobrecarga para os utilizadores, ao invés dos sistemas de transporte de bicicletas no tejadilho, onde é preciso elevar pesos consideráveis a uma altura superior à cabeça. Mesmo com bicicletas montadas, o acesso à bagageira do ADAM está garantido, já que o FlexFix possui um mecanismo de inclinação. O transporte de bicicletas não se limita às áreas urbanas, podendo contribuir para um fim-de-semana bem passado fora das cidades, em contacto com a natureza. O FlexFix é mais uma das faces das variadas possibilidades de personalização do ADAM, e do estilo de vida individualizado que faculta. Em vez dos níveis de equipamento tradicionais, o ADAM oferece três ambientes, ou atitudes, diferentes – ADAM JAM, ADAM GLAM e ADAM SLAM. As possibilidades de personalização são ímpares e permitem combinar variadas cores, para o exterior e interior, a par de detalhes requintados de design. O novo Opel ADAM vai iniciar comercialização em Portugal no início de 2013. O sistema FlexFix de transporte integrado de bicicletas está disponível em diversos modelos da gama da Opel. Nenhum outro fabricante de automóveis oferece uma solução idêntica, totalmente integrada no automóvel.
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Deuter Futura
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A mochila Futura 28 faz parte do equipamento básico que utilizamos nas nossas caminhadas e, por vezes, também nas nossas deslocações de bicicleta. Texto e fotografia: Lobo do Mar
Na conceção do nosso equipamento básico contámos com a colaboração da empresa STrail que, depois de explicadas as nossas necessidades nos aconselhou este modelo. A sugestão veio a mostrar-se acertada pois, a Futura 28 é uma mochila ligeira, bem pensadas e muito prática de utilizar e com isto concentramo-nos apenas no desfrutar da caminhada. O sistema de ventilação é uma mais-valia do equipamento e possui um bom grau de eficácia, testado na nossa caminhada de 17 km, no Verão. A utilização na bicicleta também é uma possibilidade evitando, desta forma, o recurso a alforges. O sistema de ventilação e alças (com os respetivos ajustes) voltam a funcionar muito bem. Na utilização na bicicleta penso que ficaremos um pouco condicionados com as estações do ano (com muito calor poderá ser desagradável). Principais características Possui excelente ventilação das costas, devido ao sistema de ventilação Aircomfort, capa de chuva embutida feita em Nylon-Taffeta, bolso para fixação de sistema de hidratação, abertura do compartimento inferior, armação interna de Derlin, bolso para itens molhados, tira peitoral. Ficha Peso: 1300 g Capacidade: 28 L Material: Deuter-Ripstop 210 / Deuter-Super-Polytex Dimensões: 53 x 34 x 26 cm Cores: black/titan, midnight/ocean, cranberry/chocolate Preço: 94,00 € Comercialização: STrail / http://www.s-trail.com
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Destino Geoparque de
Porto Santo
Rumo a Cuenca Crónica de viagens
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Nº. 0 4802 leitores
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Crónica de Viagens Bolívia II
Opinião Gerês, o PNPG e o seu potencial
DESTINO Allariz, no coração da Galiza
De MÉRTOLA por lugares adormecidos
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Ecovia1 De Lisboa a Badajoz Canoagem Douro Internacional
À descoberta dos castelos de Monsaraz e Mourão
Reportagem II Ultra-rota dos Templários
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Passeio numa aldeia beirã
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Nº. 14 5119 leitores
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Nº.3 . Ano I . 2011
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Cidades e vilas medievais Crónicas do Gerês
Caminhada Nas margens do rio Lizandro
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O trilho de Carris
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Leitura deturpada da Portaria
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A aventura em BTT de PEDRO FONTES
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Ericeira – S. Lourenço – Ericeira
Évora e Montemor-o-Novo MonuMentos GRANDIOSOS
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CLAC - Adventure
Ruta de los Túneles 20 Túneis, 13 Pontes e 18 kms
Caminhada pela via-férrea de La Fregeneda a Barca d`Alva. FOI APROXIMADAMENTE HÁ UM ANO QUANDO O CLAC, CLUBE DE LAZER AVENTURA E COMPETIÇÃO, ORGANIZOU PELO SEU ANIVERSÁRIO O RAIDOTUA QUE SURGIU A IDEIA DE FAZER DA RUTA DE LOS TÚNELES. POIS SÓ AGORA É QUE FOI POSSÍVEL, E MESMO COM UM INÍCIO UM POUCO CONTURBADO E ALGO EM CIMA DO JOELHO. Texto e fotografia: João Pimenta
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Eu, e o José Leote, saímos do Entroncamento numa segunda-feira depois do almoço, pois tínhamos 300 km pela frente até Barca d`Alva. Chegámos ao fim da tarde mas ainda de dia, o que deu logo para admirar a linda serra que se ergue a norte como uma muralha que protegia a povoação. Para quem reside no Ribatejo em que a linha do horizonte tem umas dezenas de quilómetros, fica-se com uma sensação maravilhosa dos caprichos da natureza. E o Douro, com seu magnífico espelho de água onde estavam atracados os barcos turísticos para o Porto, uma bela imagem e uma grande calmaria.
Uma paisagem digna de um excelente calendário que o tempo não mudou. A temperatura estava amena, rondava os 25ºC às 20.00 horas o que convidava a beber umas cervejas fresquinhas à beirario ao mesmo tempo que trocava-mos algumas impressões com os habitantes. Estes, de uma simpatia singular que transparecia a sede de conviver e partilhar as coisas mais simples da vida. Fica o desejo de nos quererem sempre lá, a qualquer preço. Pernoitámos na única residencial da terra que nos tratou logo do transporte para Fregeneda no dia seguinte. Aproveitámos e jantámos na esplanada, que nos foi cedida por não
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haver muita clientela àquela hora. Comemos peixe, bebemos vinho branco/tinto, sobremesa de queijo regional, cafés. Preço normal ! Depois ainda fomos fazer uma ronda à povoação e às esplanadas onde ficamos sentados até ir dormir. O quarto com duas camas e WC era simples mas serviu perfeitamente. No dia “D”
Depois de uma noite mal dormida, saí às 6.00 horas da manhã para tirar umas fotos ao nascer do sol, que era ali a 3 quilómetros. Quando regressei já o Leote estava a colocar o material na mochila e de seguida fomos tomar um pequeno-almoço reforçado. Estávamos no dia “D”, às 7.00h estava já o transporte à nossa espera. A viagem demorou uns 20 minutos, lá trocámos algumas palavras com o motorista com ar de que tínhamos caído ali de pára-quedas. Avisou-nos logo para termos cuidado nas pontes e que ficaria à nossa espera em Barca d`Alva até ao nosso regresso. Completamente sós. Estávamos por nossa conta e risco na estação de La Fregeneda, que não era assim tão diferente das nossas abandonadas. Não podíamos perder o ponto de referência, com a certeza que nos levava a Portugal, a linha férrea. As mochilas iam um pouco pesadas não só pela comida e pela água mas por algum material de segurança não fosse a mente trair-nos. A não esquecer que logo a seguir à estação de
Fregeneda uma placa já deteriorada que proíbe a circulação de pessoas na via. Eu levava três litros de água, pois por aquelas terras o calor aperta contra o xisto que mais parece um forno. Máquina fotográfica a jeito e colocação de um frontal de leds e iniciamos a Ruta às 8.00 horas a longa caminhada pelo primeiro túnel. O Leote ia à frente e eu ia olhando para as paredes e tetos, para os arcos das zonas de segurança que eram aproximadamente de 30 em 30 metros. Um senhor túnel com quase 1.6 quilómetros que tirava do sério, alguém que sofresse de claustrofobia. A luz ao fundo do túnel parecia que fugia à nossa frente, as travessas eram o nosso compasso. Depois veio a luz, e entramos noutro mundo. Inóspito, seco, com poucos vestígios humanos e os que havia eram de há décadas. Seguimos uns quilómetros por um trilho de animais ora de um lado da linha ora do outro. A paisagem era magistral e por em quanto podíamos ir com os pés bem assentes na terra, mais uns túneis e umas rectas fomos andando nas calmas. Trazia comigo uma dor de estômago que me vinha a chatear pois já tinha ido á casa de banho duas vezes, e nada. Isto em cima de uma noite mal dormida dava um mal-estar e um estado de fraqueza desagradável. O José Leote, no seu ritmo, ia falando de pormenores do percurso e da paisagem. Seguidamente um túnel, este com uma característica muito peculiar, montes de morcegos.
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26 Mais uma prova que não podia estar ali uma pessoa que tivesse fobia a estes animais. Com as lanternas apercebíamo-nos das razias que eles nos faziam como se fossemos uma ameaça para a colónia. Montes deles pendurados no teto do túnel que enchiam a linha com excremento e de um pó com algum odor. Excepcional, totalmente em comunhão com a natureza. Finalmente a primeira ponte, o tira teimas. A ponte Morgado, esta, não foi difícil e foi transposta com um certo á vontade. Seguidamente a Puente de. Poyo Rubio que não tinha mau aspecto mas para mim era pior do que estava à espera. O Leote iniciou a sua travessia, ao princípio hesitou mas lá foi andando devagar agarrado ao corrimão caminhando pela viga metálica.
“ENTÃO ESTES GAJOS TIRARAM OS CORRIMÕES? …” DISSE PARA MIM. NÃO ME VENCEM ASSIM TÃO FACILMENTE, VOLTEI PARA TRÁS QUASE A PONTE TODA E FIZ POR FORA PELA VIGA METÁLICA” Muita coragem para quem estava muito receoso ao princípio. Eu disse uns palavrões para dentro e arranquei com todas as minhas forças pelo lado das travessas de madeira podres. Coloquei o bastão na mochila, a máquina a filmar numa mão e a outra no corrimão. De repente o bastão cai e ouve-se a queda no precipício, nem me preocupei era um sinal que estava a mais. Mas há mais, ao seguir pelas travessas de madeira chegou a uma altura que faltava
corrimão, foi o pânico. “Então estes gajos tiraram os corrimões? …” disse para mim. 27 Não me vencem assim tão facilmente, voltei para trás quase a ponte toda e fiz por fora pela viga metálica. O Leote muito admirado que eu tinha feito 2 em 1, pensou logo que tinha a lição mal estudada. Lá seguimos os dois pela linha e no fundo do vale o Rio Águeda já nos acompanhava, ele que iria ser nosso testemunha do feito até ao fim. A não esquecer que esta velha linha férrea, onde outrora passavam os comboios que ligavam Porto a Paris, está abandonada. Desde 1985 que os comboios deixaram de passar por aqui. O troço foi construído no final do século XIX, constituindo uma formidável obra de engenharia.
“AS DORES DE ESTÔMAGO E OS SUORES CONTINUAVAM, ALGUMA COISA QUE TINHA COMIDO NA VÉSPERA ESTAVA A FAZER DAS SUAS”. Mais um túnel e mais uma ponte, a ponte Poyo Valiente. Com a sua forma em curva e com os barrotes parcialmente queimados foi de difícil passagem. Tínhamos um precipício mesmo por baixo dos nossos pés, uma ponte com aproximadamente 45metros de comprimento e mais de 20 metros de altura. O Leote foi por fora e sujeitou-se a um calafrio. A estrutura como é em curva tem que abrir pelo lado de fora e isso significou um passo maior que ele não esperava, assim como o corrimão que por instantes lhe fugiu.
Foi um grande susto. As dores de estômago e os suores continuavam, alguma coisa que tinha comido na véspera estava a fazer das suas. Transponho bem a ponte mas mesmo na curva parece que o corrimão começa a escapar-nos da mão. Fui tirando umas belas fotos para mais tarde recordar e fomos os dois falando pela linha a fora como se tratasse de um filme do Western. Era quase meiodia e paramos num túnel ao fresco para comer qualquer coisa mais substancial, fruta, umas sandes, líquidos e trocamos umas impressões do percurso até àquele momento. Estava para vir a mãe de todas das pontes a Puente Arroyo del Lugar, com os seus 300 metros de comprimento e com 28 60 metros de altura. O Leote , devagarinho foi andando pela viga metálica que não tinha mais de 30 centímetros. Eu sentia-me desconfortável, olhei para o corredor em madeira e este estava em muito mau estado e faltavam tábuas. Por instinto procurei uma alternativa que consistia em descer o morro e subi-lo. Assim fiz, muito me esforcei eu a descer e a subir com a mochila pesada mas o calor e o terreno acidentado, também não foi fácil. O José Leote assustou-se, de repente, deixou de me ver mas também não ouviu o grito de queda. Passado um bocado já cá estava em cima, todo roto e a bufar por todo o lado. Por saturação ou alternativa desci ao vale mais fundo, mas
29 se não pudesse teria que a passar. Continuamos a nossa epopeia, o calor apertava e a nossa sorte era ir de costas voltadas para o sol. De salientar um encontro com quatro caminheiros espanhóis que vinham atrás de nós a toda a velocidade o que nos obrigou a mudar de linha, um olá e seguiram, possivelmente iam apanhar o comboio. Seguidamente as pontes de Los Pollos e Las Almas que já dava para ver a foz do Rio Águeda. Nos últimos dois quilómetros não há sombras e a ansiedade começa a apoderar-se de nós para chegarmos ao fim do nosso objectivo. Ao deixarmos Espanha ao lado direito ficava o Cais de Terrón e uma praia fluvial no rio Águeda.
“NA ESTAÇÃO DA BARCA D’ALVA ALGUMA NOSTALGIA DE TANTA HISTÓRIA AO ABANDONO E QUE OS HABITANTES TANTO QUERIAM RECUPERAR”. A última ponte, a da foz com o douro com os seus aproximados 185 metros é uma autêntica estrada comparada com as outras. Já em Portugal está um sinal e gradeamento proibindo a circulação naquela via. Na estação da Barca d’Alva alguma nostalgia de tanta história ao abandono e que os
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habitantes tanto queriam recuperar. Chegámos seis horas depois e lá estava o motorista à nossa espera. Sentámo-nos a beber umas fresquinhas e fomos tomar banho. O Leote ainda se deitou um pouco mas não havia tempo para sestas, tínhamos pela frente uma longa viagem. Eu ainda tinha que ir jantar fora com a minha mulher e filha que a primeira fazia anos e não sabia que a maior prenda tinha ela me oferecido . Foi um dia de estoiro, 20 túneis, 13 pontes, 18 kms, 6 litros de água, também, zero horas de sono e 300 km. Quem corre por gosto é uma verdade que não
cansa mas mói. O José Leote revelou-se uma excelente companhia nesta aventura a rir-se sempre das minhas parvoíces e cheio de boa disposição. Não fico com saudades de lá voltar; porque não vou esquecer tão depressa, fico com um sabor agridoce desta Ruta do outro mundo a que não estamos habituados. Maravilhosa e surreal só para alguns… “É sempre bom, de vez em vez, apimentar os nossos feitos para dar cor à vida”
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