Nº. 29 . Ano III . 2013 . PVP: 2 € (IVA incluído)
passear sente a natureza
Crónica
PELOS CAMPOS DO MONDEGO
DESTINO
ROTA DAS ADEGAS DE REGUENGOS Opiniões
Projetos
Seguro obrigatório para bicicletas?
Hernâni Cardoso e a volta ao Mundo
Monte Perdido Extrem (II)
Correspondência - P. O. Box 24 2656-909 Ericeira - Portugal Tel. +351 261 867 063 www.lobodomar.net
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Director Vasco Melo Gonçalves Editor Lobo do Mar Responsável editorial Vasco Melo Gonçalves Colaboradores Catarina Gonçalves, Luisa Gonçalves.... Publicidade Lobo do Mar Contactos +351 261 867 063 + 351 965 510 041 e-mail geral@lobodomar.net
Grafismo
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2 Registada na Entidade Reguladora para a Comunicação Social sob o nº. 125 987 Direitos Reservados de reprodução fotográfica ou escrita para todos os países
Capa Fotografia
Artigo Monte Perdido Extrem (II) (pág. 40)
O “regresso” à normalidade
Outubro é um mês de “regresso” à normalidade do dia-a-dia e, costuma ser um mês repleto de atividades de ar livre bem como de eventos. Gostaria de destacar duas iniciativas distintas mas de grande relevância para o Turismo. Estou a falar da Observanatura 2013 que terá lugar nos dias 12 e 13 de Outubro, na Herdade da Mourisca (junto a Setúbal), com um programa de palestras muito interessante e diversificado ao nível dos temas. Complementarmente, as exposições e saídas de campo fazem que a Herdade da Mourisca seja o destino de todos os amantes da Natureza. O outro evento relevante é uma organização da patrimonio.pt, a Feira PATRIMONIO.PT, a decorrer nos dias 18, 19 e 20 de Outubro de 2013, no Museu de Arte Popular em Belém, Lisboa. O tema é a Economia do Património. Nesta edição contamos com a colaboração do António José Matos que, na sua Crónica, nos dá sua opinião sobra a ligação Coimbra / Figueira da Foz em bicicleta. Visitámos, de bicicleta, as principais adegas do concelho de Reguengos de Monsaraz, caminhámos em Sesimbra do Castelo até ao Mar e transcrevemos algumas das opiniões dos nossos leitores sobre os seguros para os utilizadores de bicicletas. Bons passeios Diretor vascogoncalves@lobodomar.net
Edição Nº.29
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Sumário 04 Atualidades 10 Crónica: Pelos Campos do Mondego 12 Onde Comer 14 Destino: Adegas de Reguengos de Monsaraz 22 Destino: Concelho de Viana do Alentejo 30 Crónica: Uma semana ao ritmo da bicicleta 36 Crónica: Monte Perdido Extrem II 44 Opiniões 48 ASSINATURA PASSEAR 50 Caminhada Castelo de Sesimbra 60 Memórias do Verão
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atualidades Observanatura 2013
Nos dias 12 e 13 de outubro, a Herdade da Mourisca recebe, pela quinta vez, a feira “ObservaNatura”, dedicada mais uma vez ao tema Turismo Ornitológico, uma modalidade do turismo de natureza com particular ênfase na observação de aves, direta ou com recurso a binóculos ou telescópios de campo. Saber mais em: 4
http://www.observanatura.com/index.html
Passeio pela região do Douro Património Mundial
Tejo – Vogar contra a Indiferença Vila Velha de Ródão – Monte do Arneiro Local: Portas de Ródão – Arneiro Data: 19 de Outubro A iniciativa consiste numa descida em canoa que terá o seu início no Caís Fluvial de Vila Velha de Rodão, com paragem na ilha da Fonte das Virtudes, e cuja expedição tem como destino o Caís Fluvial do Arneiro, realçando a beleza deste património natural e cultural associado ao rio no domínio da geologia e da biodiversidade, onde culminará num almoço convívio. Inscrições: protejo.vogar@gmail.com / Telemóvel: 960 107 080 | 919 061 330 | 932 039 759
26 de Outubro Percurso pedestre “Rota das Vinhas”. | Visita ao miradouro da Nossa Senhora de Lurdes | Visita ao miradouro de São Salvador do Mundo | Visita a Ferradosa e São Xisto. 27 de Outubro Passeio pedestre e prova de vinho na Quinta das Carvalhas (Real Companhia Velha) | Visita ao miradouro de Casal de Loivos | Passeio de barco pelo rio Douro do cais do Pinhão até á Foz do Tua. Informações: caminhoscomcarisma@gmail.com
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atualidades 6
Projetos: Hernâni Cardoso DAR A VOLTA AO MUNDO COM OS PORTUGUESES NO HORIZONTE HERNÂNI CARDOSO É UM MILITAR À BEIRA DA REFORMA E JÁ TEM PLANOS PARA OS ANOS DE “DESCANSO” DAR A VOLTA AO MUNDO EM BICICLETA. Texto e fotografia: Vasco de Melo Gonçalves
E
xistem pessoas que se reformam para ir jogar golfe ou apenas descansar da vida. Hernâni Cardoso decidiu por uma vertente mais original – dar a volta ao Mundo em bicicleta. Tem uma data para partir (20 de Maio de 2014) mas, não tem data para regressar! A sua infância foi passada em Angola e desde de miúdo que gosta de andar de bicicleta. Quando regressou a Portugal, em 1975, começou a interessar-se pelo cicloturismo ao ver as revistas alemãs nos escaparates da Livraria Bertrand. Apesar de não saber alemão “devorava” as imagens e sonhava que um dia seria ele a pedalar carregado de alforges. O tempo foi passando Hernâni entrou para a Força Aérea e casou-se. Os sonhos de viagens foram “guardados” numa gaveta pois, a mulher não gostava de andar de bicicleta. Entretanto divorciou-se e um colega de serviço começou a utilizar uma bicicleta nas deslocações para o trabalho. Esta situação fez recordar-lhe a que tinha guardado uma bicicleta que, na altura, lhe tinha custado apenas 75 Euros. Começou, também ele, a utilizar diariamente a bicicleta no dia-a-dia. Este contacto permanente com a bicicleta fez despertar sonhos antigos e, até as viagens surgirem, foi um instante (ver Experiências). Com o aproximar da reforma começou a magicar uma forma de ocupar o seu tempo
pois não se via sem fazer nada. Surgiu a ideia de uma volta ao Mundo em bicicleta mas, tinha que ter um propósito pois senão seria mais uma volta ao Mundo. Influenciado pela obra Peregrinação (faz 400 anos em 2014) do escritor Fernão Mendes Pinto decidiu que iria visitar os locais e fortalezas onde os portugueses estiveram presentes e onde foram influentes. Um empreendimento desta envergadura poderá supor uma logística complicada mas, Hernâni Cardoso ficou-se pelo mais básico. Definiu os locais por onde queria passar, traçou o percurso e transformouos em ficheiros GPX para utilização num equipamento de GPS. A informação histórica foi recolhendo na Internet e os detalhes do percurso foram sendo afinados com recurso a informações fornecidas por outros cicloturistas. Claro está que o percurso original poderá ser alterado face às condicionantes que for encontrando no terreno. Na sua viagem e à passagem pelos diversos países, tem a ideia de visitar todas as embaixadas ou consulados portugueses de forma a manter um contacto com Portugal e falar a nossa língua! Neste seu empreendimento, Hernâni vai pedalar, na Europa, por estradas secundárias com pouca intensidade de tráfego e, nos restantes continentes pedalará no que encontrar! Como já referi, a data de partida deverá ser 20 de Maio de 2014 do Castelo de
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atualidades 8
Guimarães. A 23 de Maio tem que estar no Porto pois é o aniversário da sua mãe. Depois ruma a Sul para fazer uma partida simbólica da Torre de Belém, em Lisboa e da quinta onde viveu Fernão Mendes Pinto, em Almada. Para o regresso não tem data pois vai depender das condições meteorológicas e das estações do ano nos diferentes continentes. O mais importante de tudo com que bicicleta vai Hernâni desafiar esta viagem. Até à China vai pedalar na famosa “bicicleta do chinês”. Hernâni Cardoso combinou com Eric Feng que lhe levaria a bicicleta que lhe tinha sido roubada em Sines e, entretanto encontrada pela GNR. Na China irá comprar uma bicicleta de trekking completamente equipada para viagens de longo curso.
EXPERIÊNCIAS 2008 – Foi a minha primeira grande viagem: Porto> Lisboa 2009 – Lisboa> Sagres> Lagos Áustria/Alemanha> Bulgária, passando por Eslováquia, Hungria, Croácia e Sérvia Elvas> Lisboa 2010 – Caminho de Santiago desde Lisboa a Santiago de Compostela Diversas viagens de curta duração em Portugal 2011 – Lisboa> Fátima e mais umas viagens de curta duração
2012 – Porto> Aveiro> Viseu> Torre (Serra da Estrela)> Covilhã. Esta foi a primeira vez que uma trike subiu à Serra da Estrela.
SEGUIR HERNÂNI CARDOSO http://hernanicardoso.pt/ https://www.facebook.com/hernani.cardoso https://www.facebook.com/pelomundofora http://hernanicardoso.blogs.sapo.pt/ https://www.youtube.com/user/hkardoso https://twitter.com/hkardoso
crónica 10
Crónica de António José Matos
Pelos Campos do Mondego Responsáveis políticos de Coimbra e Montemor-o-Velho, falaram em tempos em ligar Coimbra à Figueira da Foz através de uma ciclovia pelas margens do Mondego. Face à grande publicidade estampada na imprensa local, sinceramente, desconfiei da efetiva concretização do projeto, realizado por um arquiteto de Montemor-o-Velho. Segundo parece, as habituais desinteligências entre entidades, muito comuns no nosso país, não permitiram a concretização de uma obra que muito beneficiaria, quer em termos do turismo, quer da prática do desporto e dos hábitos de vida saudáveis.
O tempo passou e com ele o esfumar de uma concretização que não saiu do papel. Porém, na mota que separa o rio do canal de rega, corredores e ciclistas têm trilhado o caminho por onde deveria passar a ecopista. Efetivamente, entre o Choupal e a ponte de Pereira, é frequente ver pessoas a circular a pé ou de bicicleta, pela mota que protege os campos das cheias. Para muitos é um hábito domingueiro pedalar até Pereira ou Tentúgal, para comer as tradicionais queijadas, que rivalizam. A determinação de andar, correr ou pedalar foi mais forte que a passividade das entidades
envolvidas no projeto, por vezes mais preocupadas com discussões estéreis relativas a questões inócuas. Assim, nasceu a “ecopista”, pela força e vontade de todos os que comungam do desejo de pisar os trilhos, correndo ou pedalando ao longo do rio, apesar de alguma falta de segurança, pela ausência de barreiras protetoras ou pela proliferação de vegetação brava, vulgo silvas e acácias, que se adensa sobre a mota. Ora parece que o ou um dos argumentos, que classifico já de hipócrita e sem fundamento, que serviu para inviabilizar a ciclovia, foi precisamente a ideia de que esta não poderia ser construída pela mota que separa o rio do canal, por falta de segurança. Apetece perguntar se não haverá mais insegurança com a utilização espontaneamente, desregrada e com ausência de sinalização, como é o caso em apreço? Usufruir um espaço de forma regulada, com pavimento compactado, iluminação em pontos estratégicos, barreiras protetoras, quando necessário, não será mais seguro? Por mim, penso que sim. Agora que se inicia um novo ciclo autárquico, apelo aos autarcas eleitos por Coimbra e Montemor-o-Velho, para que abracem deem seguimento à realização da ecopista, pelo menos entre Coimbra e Montemor. As ligações transversais que se poderão estabelecer ao Mosteiro de São Marcos, a São João do Campo, São Silvestre, Pereira, Tentúgal, ao Castelo de Montemor, são motivos mais do que suficientes para o criação de pequenas rotas de turismo cultural e da natureza, diversificando e acrescentando oferta ao que a região já propicia. Partir do Choupal, pedalar ao lado do rio, olhar o horizonte e contemplar os vastos campos agrícolas, as garças, as cegonhas, dar um pulo a lugares mais escondidos e observar a peculiaridade da Quinta de Fôja ou o Palácio dos Viscondes de Maiorca, são razões de in-
“Assim, nasceu a “ecopista”, pela força e vontade de todos os que comungam do desejo de pisar os trilhos, correndo ou pedalando ao longo do rio,(...)" teresse que justificam plenamente, Valorizar os Campos do Mondego. Em defesa do que atrás escrevi, resolvi, no passado dia 23 de Setembro, fazer um “pequeno” desvio do caminho para casa, que dista apenas 6 km do meu local de trabalho. Eram 17:50 quando saí de Santa Clara, em Coimbra. Atravessei o Choupal e pela pensada ciclovia ou ecopista, sempre pela mota, entre o rio e o canal na margem direita. Após pequenas paragens para captação de imagens, cheguei finalmente à Figueira da Foz, pelas 20:05. O adiantado da hora não me permitiu regressar de bicicleta. O desvio implicou percorrer mais 45 km do que era habitual e ter que recorrer ao comboio, para efetuar o trajeto de retorno, entre a Praia da Claridade e a Lusa Atenas. Valeu a pena, quanto mais não seja pelo exercício e pelas imagens captadas.
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Onde Comer
{HERDADE DO ESPORÃO }
onde comer
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Depois de uma caminhada de 20 km debaixo de um sol intenso, em pleno Alentejo, fomos descobrir o restaurante da Herdade do Esporão implantado junto às vinhas. Já tinha visitado o espaço aquando da Rota das Adegas e, a impressão deixada foi positiva. Espaço cuidado com uma vista deslumbrante, ambiente refrescante, pessoal atencioso e conhecedor e, por fim, uma ementa divinal preparada pelo chefe Miguel Vaz Oliveira. EMENTA Prova de azeites produzidos na Herdade do Esporão 1º Prato: “Visita à horta” Vinha da Defesa Rosé 2012 2º Prato: Porco preto confitado e grelhado na lenha, batatinhas salteadas com tomate seco ao sol e azeitonas. Vinho tinto Quatro Castas 2011 Sobremesa: Creme Brulée de chá Vinho Late Harvest 2012 COORDENADAS Herdade do Esporão Tel. +351 266509280 Email: reservas@esporao.com / www.esporao.com
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DESTINO: ADEGAS DE REGUENGOS DE MONSARAZ
UM PERCURSO DE AROMAS E SABORES TEXTO E FOTOGRAFIA: VASCO DE MELO GONÇALVES
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A proposta desta edição é conhecer o concelho de Reguengos de Monsaraz através de um percurso de bicicleta pelas suas principais adegas. O Enoturismo é um segmento do turismo que assume grande importância no panorama nacional. Nesta nossa jornada por terras do Alentejo verificámos que nem todas as adegas estão preparadas para receber turistas apesar de constarem na rota proposta pela
complexo. Quanto ao trajeto de bicicleta escolhemos um itinerário por estradas de pouco tráfego, com 19,4 quilómetro de extensão e circular.
autarquia. A adega José de Sousa e Herdade do Esporão são as duas unidades que estão vocacionadas para receber turistas e, são também as duas unidades com mais história. A adega do Calisto é interessante por ser uma produção pequena e ser uma empresa familiar. Não estão muito preparados para receber pessoas mas, se fizerem uma marcação prévia poderão ter a sorte de serem recebidos pela proprietária. A cooperativa CARMIM é a maior de Portugal e o interesse na visita está em ver a extraordinária produção e a dimensão do
de promoção dos Vinhos do Alentejo dirigido aos consumidores. Mais uma vez o palco é um dos mais nobres espaços lisboetas, o Centro Cultural De Belém (CCB). Durante dois dias estarão em prova cerca de três centenas de vinhos alentejanos, com destaque para os últimos lançamentos disponíveis no mercado e para as grandes referências da região. Provas temáticas orientadas por especialistas de renome, um ambiente sofisticado, muita animação e música ao vivo - Tertúlia/Concerto com Pierre Adern & Amigos, complementam um evento que promete surpreender.
EVENTO VINHOS DO ALENTEJO EM LISBOA 2013 Pelo quinto ano consecutivo, a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) realiza de 18 a 19 de Outubro, em Lisboa o evento
ADEGA JOSÉ DE SOUSA: Após a compra, em 1986, da Casa Agrícola José de Sousa Rosado Fernandes, do qual faz parte o Monte da Ribeira, a José Maria da Fonseca concretiza um sonho antigo, que é o de poder produzir vinho no Alentejo, numa propriedade carregada de prestígio e história (pelo menos desde 1878 que aqui se produz vinho) utilizando técnicas tradicionais de vinificação. É aqui, no centro de Reguengos de Monsaraz, que pode visitar uma adega única em todo o mundo, onde para além do José de Sousa e do José de Sousa Mayor é ainda produzida a marca Montado. Mantendo viva uma tradição iniciada pelos Romanos, há mais de 2000 anos, a adega José de Sousa está equipada com 114 ânforas de barro, um método de fermentação ancestral e raríssimo. Para além da adega tradicional, abaixo do nível do solo, com as ânforas e dois lagares para a pisa, conhecerá também a adega moderna com 44 tanques de inox e toda a tecnologia indispensável para a fermentação de tintos e brancos. O local ideal para ver como se combinam inovação e tradição e saber mais sobre vinhos de exceção.
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18 ADEGA DO CALISTO: Produz 200 000 litros de vinhos tintos e brancos por ano nos seus 32 hectares de vinha. Produz também reserva com estágios em carvalho francês e americano. Os vinhos são DOC e respeita as castas de Reguengos e existe a preocupação de fazer vinhos que “casem” bem com a gastronomia local. A vindima é mecânica. A sua produção destina-se ao mercado nacional e é vendido em lojas.
HERDADE DO ESPORÃO: Marca de grande importância, a Herdade do Esporão produz vinhos e azeites com grande aceitação nacional e internacional. Integrados na Rota Mundial dos Vinhos, este espaço tem recebido milhares de visitantes desde 1997 proporcionando passeios educativos e lúdicos pelas vinhas, a pé, de bicicleta ou de jipe, provas e formação de vinho, visitas às caves e adega e experiências gastronómicas deslumbrantes nos espaços de restauração da Herdade do Esporão. Vinhos produzidos na Herdade do Esporão: Private Selection: Tinto e Branco; Vinha Da Defesa: Tinto, Branco e Rosé; Reserva: Tinto e Branco; Monocastas: Alicante Bouschet e Syrah; Monte Velho: Tinto e Branco; Varietais: Tinto e Branco; Alandra: Tinto e Branco; Espumante: Branco; Late Harvest: Branco; Verdelho: Branco; Verdelho: Branco; Torre: Tinto. O local para além do espaço de prova possui loja e restaurante.
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CARMIM: A CARMIM – Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz – foi criada em 1971 por um grupo de 60 viticultores. A CARMIM possui atualmente cerca de mil associados e produz 24 referências de vinhos: dos brancos aos tintos, dos jovens às reservas, passando pelos licorosos, rosé ou espumantes. A CARMIM também produz aguardente e azeites de reconhecida qualidade. Possui 3 600 hectares de vinha e produz entre 15 a 17 milhões de litros de vinho. 26 a 30% da sua produção destina-se à exportação.
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INFORMAÇÃO ÚTIL: ADEGA JOSÉ DE SOUSA R. de Mourão, 1 7200-291 Reguengos de Monsaraz 38°25'29.57"N | 7°31'47.06"W Tel.: (+351) 266 502 729 / Fax: (+351) 266 509 768 / josedesousa@jmfonseca.pt www.jmf.pt Visita à Adega de Segunda a Domingo das 08h00 às 17h00 (mediante reserva prévia) Horário da Loja de Segunda a Domingo das 08h00 às 17h00 ADEGA DO CALISTO Quinta da Várzea EN 255 - Qta da Várzea 7200-207 Reguengos de Monsaraz 38°26'10.64"N | 7°32'29.01"W Tel.: (+351) 266 502 627 / Fax: (+351) 266 502 627 / vcrm@sapo.pt Convém marcar visita. HERDADE DO ESPORÃO Herdade do Esporão Apartado 31 7200-203 Reguengos de Monsaraz 38°23'26.18"N | 7°33'3.62"W Tel. (+351) 266 509 280 / Fax. (+351) 266 519 753 / reservas@esporao.com / www.esporao.com
Horário de Verão (21/03 a 20/10): Enoturismo no Centro Histórico (Wine Bar, Restaurante, Loja) das 10h00 às 19h00 Visitas guiadas às Vinhas, Caves e Adegas às 12h00 | às 15h30 | às 17h00 Horário de Inverno (21/10 a 20/03) Enoturismo no Centro Histórico (Wine Bar, Restaurante, Loja) das 10h00 às 18h30 Visitas guiadas às Vinhas, Caves e Adegas às 12h00 | às 15h30 | às 17h00
21 CARMIM R Prof Mota Pinto, Apartado 3 7200-412 Reguengos de Monsaraz 38°25'55.76"N | 7°31'14.03"W Tel.: (+351) 266 508 200 / Tlm. (+351) 913 222 661 / Fax: (+351) 266 508 280 / info@ carmim.eu / www.carmim.eu Horário das visitas guiadas de Segunda a Sexta-feira das 08h30 às 12h30 (com marcação prévia) das 14h00 às 17h30 Aos sábados, domingos e feriados só se efetuam visitas com marcação prévia (48h) e a grupos com o mínimo de 12 pessoas Descarregar track de GPS: http://ridewithgps.com/routes/3357573
Destino: Concelho de Viana do Alentejo
O Outono no Montado A ALCÁÇOVAS OUTDOOR TRAILS É COMPOSTA POR GUIAS LOCAIS DA ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS
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ALCÁÇOVAS NA
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MONTADO DE ALCÁÇOVAS Percurso ideal para BTT ou Pedestrianismo, em pleno Montado alentejano e que nos leva a visitar as proximidades da Ribeira de Alcáçovas. Percurso circular com 9,84 km de extensão com uma dificuldade técnica moderada. Descarregar track de GPS: http://pt.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=5206741
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MONTADO DE AGUIAR Percurso ideal para BTT ou Pedestrianismo na área de Aguiar e que nos deixa visualizar uma planície encantada, entre o Rio Xarrama e a Serra de Portel. Aconselhável fazer na Primavera ou Outono, devido ao calor. No Inverno, existe a possibilidade de ficar interrompido devido a enchentes temporárias. Percurso circular com 16,07 km de extensão com uma dificuldade técnica moderada. Descarregar track de GPS: http://pt.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=5203766
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PASSEIOS CULTURAIS EM ALCÁÇOVAS Alcáçovas possui imensos monumentos e ruas caiadas prontas a explorar. A Associação dos Amigos de Alcáçovas organiza periodicamente Passeios Culturais com a finalidade de divulgar todo este património. Percurso circular com 7,78 km de extensão com uma dificuldade técnica fácil. Descarregar track de GPS: http://pt.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=3716657
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DE ALCÁÇOVAS A CASA BRANCA Percurso ideal para BTT, sendo um excelente trilho que passa junto a montes alentejanos abandonados e que se cruza com a Linha do Sul. Acaba (ou começa) em Casa Branca, importante Estação Ferroviária do Alentejo Central. Percurso linear com 17,38 km de extensão com uma dificuldade técnica moderada. Descarregar track de GPS: http://pt.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=2710255
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crónica
UMA SEMANA AO RITMO DA BICICLETA. DE SETÚBAL A SAGRES, 320 KM DE PRAIAS E DE VIDA SAUDÁVEL. Parte II de V – De Melides a Vila Nova de Milfontes. TEXTO E FOTOGRAFIA PAULO GUERRA DOS SANTOS
Para ler a Parte I (página 26) clique aqui
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1 Quem viaja em bicicleta gosta de começar o dia cedo pois desta forma aproveita um maior número de horas de luz, pode evitar pedalar nos períodos de maior calor e usufrui dos tons, dos cheiros e dos sons da natureza só possíveis de experienciar às primeiras horas do dia. Por isso combinámos arrancar do centro de Melides antes das 8:00h. Contudo, o cheiro irresistível que emanava de uma pastelaria próxima ao hotel funcionou como um íman de elevada potência de atracção. O cheiro a bolos
acabados de cozer fez-nos entrar, escolher e sentar na esplanada. O momento a saborear as delícias regionais enquanto a conversa fluía fez o tempo ir passando, pelo que já foi depois das 9:00h que nos dispusemos a arrancar. Chama-se a isto férias, situação em que os horários planeados, quando existem, são mesmo para não cumprir. Para nos fazer esquecer o atraso de uma hora, a saída de Melides deixa-nos logo com boa disposição: caminhos agrícolas em
2 macadame a ladear arrozais verdejantes. Pela sua imensidão, estes campos de cultivo de arroz proporcionam vistas de longa distância, em tons de verde no chão, em tons de castanho no arvoredo nos pequenos montes que os rodeiam, em tons de azul no céu amplo e cheio de ar puro. A ausência de trânsito automóvel nestes caminhos de acessibilidade agrícola estimula a circulação de bicicletas lado a lado, proporcionando longas conversas de grupo sobre todo e qualquer assunto. Como é difícil atender o telemóvel ou aceder à internet enquanto se pedala, a interacção humana é total bem como o usufruto de toda a envolvente cénica, das cores e do sentir da brisa da manhã a massajar suavemente a cara. Até as pequenas nuvens de pó que as
rodas das bicicletas levantam ao rolar na terra ajudam a compor este cenário de férias em modo de turismo de natureza em bicicleta. Para completar o cenário, a cultura de arroz por exigir água em abundância atrai libelinhas de diversos tipos, cores e tamanhos. Acompanhamnos batendo as suas asas em movimentos semi giratórios à frente das nossas bicicletas. As cegonhas são também uma constante, desde o dia em que arrancámos. Em bandos, levantam voo à nossa passagem. Pontualmente avistamse peixes a saltar da água ao longo do canal que ladeia o caminho, como quem cumprimenta os viajantes que por aqui passam. 15 Quilómetros pedalados por esta imensidão de arrozais levam-nos até à Lagoa de Melides e logo a seguir mais alguns quilómetros de
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4 caminhos florestais fazem-nos chegar à bonita Lagoa de Santo André. É enorme, mesmo! Apreciamo-la por uns bons 30 minutos antes de seguirmos viagem. Daqui temos duas hipóteses: seguir por uma das vias rápidas até Sines, com elevado tráfego automóvel, ou desviarmos para o interior pelos caminhos e estradas secundárias que passam ao largo de Santiago do Cacém, contornar pelas traseiras das refinarias e voltar à costa a seguir a S. Torpes. Ninguém hesita e a votação é unânime: os caminhos por entre a natureza e a quase ausência de tráfego automóvel levam à escolha da segunda opção. Saímos assim da Lagoa de Santo André pelos
caminhos agrícolas em direcção ao interior, entramos em zona de pinhal e passamos por pequenas localidades. Depois de tomarmos um café em Santo André seguimos viagem e acabamos por nos cruzar com o IP8, o que nos mostra que a nossa opção foi mesmo a mais acertada, pela elevada carga de tráfego automóvel que por aqui passa. Este desvio pelo interior permite-nos ainda observar de uma cota mais elevada grande parte da indústria de refinação de petróleo e do porto de Sines. Os pipelines de perder de vista, as chaminés gigantescas com chamas no topo e até as linhas de caminhode-ferro para transporte de gás, petróleo e
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outros derivados mostram-nos como por aqui os humanos moldaram a geografia às suas necessidades de consumo energético. A volta acaba por acrescentar mais alguns quilómetros à etapa de hoje, pelo que almoçamos numa tasca de estrada, na zona a sul de Sines, já próximo da estrada costeira que nos levará a Porto Covo. Pode dizer-se que é aqui que começa verdadeiramente esta viagem, ao entrarmos oficialmente no Parque Natural do Sudoeste Alentejano. Pode ler-se nas placas de sinalização “Parque Natural do SW Alentejano...”. Presume-se que seja por uma questão turística, para que os estrangeiros que nos visitam não tenham dúvidas em que
parte do continente europeu estão. Ainda assim, só daqui a uns dias estaremos na segunda metade do local indicado nas placas: “ … e Costa Vicentina”. Enquanto isso, aproveitamos desde já para usufruir das vistas sobre o Atlântico, bem como das praias e falésias que por aqui proliferam. Observam-se muitas autocaravanas e motas estacionadas junto às praias, bem como surfistas a quebrar as ondas de médio tamanho nestas águas cuja temperatura começa a mostrar-se mais quente à medida que nos deslocamos para sul. Apesar de rolarmos em asfalto, pedalamos devagar. Vale mesmo a pena desviar o olhar
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cr贸nica
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para o lado à medida que avançamos a cada pedalada, pois esta estrada dista poucos metros das praias e permite-nos observar em todo o esplendor a vastidão do Oceano Atlântico. A passagem por Porto Covo faz-se devagar cruzando uma ribeira e logo após subir uma pequena ribanceira com a bicicleta à mão consegue-se avistar a Ilha do Pessegueiro. É bonita, está perto da costa e faz-nos parar estimulando alguns momentos de contemplação e reflexão. Vêem-se milhares de gaivotas no ar e em terra que se fazem ouvir bem com os seus gritos estridentes. Depois de captarmos algumas fotos, avançamos mais uns quilómetros por estradões e terminamos a nossa viagem de hoje. Chegamos a Vila Nova de Milfontes já a meio da tarde e como estas as praias são demasiado boas para serem desperdiçadas queremos ir a banhos ainda antes de irmos ao hotel descarregar os alforges e por isso hoje, excepcionalmente, as nossas bicicletas acompanham-nos até à beira da água. Não perca na próxima edição da Revista Passear o relato e fotos desta viagem em bicicleta até Sagres, na etapa entre Vila Nova de Milfontes e Zambujeira do Mar.
1 – Campos de cultivo de arroz, Melides 2 – Caminho à entrada de Santo André 3 – Caminho à saída de Santo André 4 – Estrada secundária, Santiago do Cacém 5 – Estrada Atlântica, S. Torpes 6 – Turista estrangeiro em bicicleta, Porto Covo 7 – Ilha do Pessegueiro, Porto Covo 8 – Estradão, Vila Nova de Mil Fontes
CRÓNICA:
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MONTE PERDIDO EXTREM II TEXTO E FOTOGRAFIA: JOSÉ CARLOS CALLIXTO / http://porfragasepragas.blogspot.pt
Etapa 2 (Sábado 6 de Julho de 2013): Espuguettes - Gavarnie - Puerto de Bujaruelo - Sarradets (16km) Duração: 9,5 horas Altitude mín.: 1430m (Caminho de Gavarnie) / Desnível positivo: 1.519m Altitude máx.: 2590m (Refúgio de Sarradets) / Desnível negativo: 975m DEPOIS DE UM PRIMEIRO DIA BEM DURO, COM MAIS DE 14 HORAS DE JORNADA, A SEGUNDA “ETAPA” DO MONTE PERDIDO EXTREM PROMETIA SER MAIS SUAVE ... PELO MENOS NA ALTERNATIVA QUE A ORGANIZAÇÃO NOS HAVIA ACONSELHADO: EM VEZ DE SUBIR A PAREDE DE LES ECHELLES - A PAREDE QUASE VERTICAL À DIREITA DA CASCATA DE GAVARNIE - DEVERÍAMOS SUBIR AO COL DE BOUCHARO, OU BUJARUELO, NA FRONTEIRA FRANCO - ESPANHOLA, E DAÍ SUBIR AO REFÚGIO DE SARRADETS, SITUADO AOS PÉS DA MÍTICA BRECHA DE ROLANDO.
onde há 4 anos havia estado com os “meus” Caminheiros Gaspar Correia. Da cascata, tomámos o caminho turístico que leva à vila de Gavarnie. Como habitualmente, sucediam-se os grupos e famílias em visita àquela que foi uma das primeiras estâncias de montanha da Europa. Atravessámos o Gave de Gavarnie ... e pouco depois recomeçámos a subir para Pouey Aspé. O calor apertava ... mas os horizontes iam-se de novo abrindo
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Plateau de Pailla, 1800m alt.
O dia amanheceu de novo bem limpo ... e à nossa frente estava precisamente a Brecha de Rolando, do lado de lá do vale de Gavarnie. Ao pequeno almoço, da janela do Refúgio de Espuguettes, conseguíamos ver praticamente todo o percurso que iríamos fazer neste 2º dia. Como a jornada era mais suave ... só saímos às 8 e meia, começando desde logo a descer para o Plateau de Pailla, a uns escassos 1800 metros de altitude. Lá em baixo, a noroeste, percebe-se já o bulício da turística Gavarnie; mas nós inflectimos para sudoeste, através de um denso e frondoso bosque, rumo à Cascata de Gavarnie e à famosa Hotellerie du Cirque,
^ Refúgio de Espuguettes ... com a Brecha de Rolando à vista
para o vale, para o imponente Circo e os Picos que o rodeiam, como o Astazou do qual não passámos muito longe no dia anterior. Ao cruzar o Gave de Gavarnie, tínhamos descido aos 1430 metros de altitude. Agora ... havia que subir aos quase 2600 metros do Refúgio de Serradets, também chamado da Brecha de Rolando. Quase 1200 metros de desnível...! Mas, para grande “felicidade” minha e da Cristina ... hoje só teríamos neve no troço final da jornada. A subida foi ora
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Ao longo do bosque do Plateau de Pailla Ă Cascata de Gavarnie
O sempre impressionante Cirque de Gavarnie e a sua Grande Cascade
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Gave de Gavarnie
Ao longo do caminho turĂstico de Gavarnie
Subida ao Plateau de Bellevue e Pouey Aspé
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por verdes pastagens de altitude, ora por rocha corroída pela erosão, subindo o vale que conduz ao Puerto de Bujaruelo, no qual correm límpidas águas em que apetecia mergulhar. Uma das pausas foi, aliás, junto à torrente que, vinda de norte, se precipita nas águas do vale; deu para refrescar do calor pouco habitual aos 1800 metros a que já estávamos. 150 metros mais acima, um simpático casal finlandês fez-nos companhia ao almoço, à sombra da Cabane du Soldat ... onde apetecia ficar a descansar na erva fresca... Pouco depois das três da tarde estávamos aos 2273 metros do Port de Boucharo, ou Puerto de Bujaruelo ... conforme se esteja do lado francês ou espanhol. Ali tinha iniciado, há 4 anos, a descida para o vale de Bujaruelo e para Torla e Ordesa. Agora ... o
Junto Ă Cabane du Soldat, 1953m alt.
41 Port de Boucharo (vertente francesa)
Puerto de Bujaruelo (vertente espanhola)
42 A caminho do Refúgio de Serradets e da Brecha de Rolando
E o destino está à vista, à direita na imagem. Ao fundo, a cascata de Gavarnie Estávamos bem aos pés da Brecha de Rolando ...
.. e estávamos bem nas núvens!
destino era a mítica Brecha de Rolando! O percurso do Puerto de Bujaruelo ao Refúgio da Brecha (ou de Serradets) foi feito quase totalmente sobre neve. Que saudades já tínhamos dela... J. Tínhamos ainda cerca de 300 metros de desnível a vencer, até aos 2590 metros do refúgio. A panorâmica? Sublime! De novo à nossa frente, tínhamos o Circo de Gavarnie e a sua cascata ... agora vistas quase do alto! E do outro lado do vale, um pontinho na encosta verde ... permitia-nos distinguir o Refúgio de Espuguettes, de onde tínhamos partido. Bem mais cedo do que na véspera, chegámos sãos e salvos ao Refúgio de Serradets ... bem mais cheio que o anterior. Os dormitórios ... lembravam de certo modo imagens tenebrosas de há 70 anos atrás...! Dormi com o nariz talvez a uns 15 cm do teto ... no “terceiro andar” de uma “bateria” de beliches ... onde estávamos nós os 4 e talvez mais umas 20 pessoas...! Mas dormimos ... porque no dia seguinte a aventura continuaria...
opini玫es 44
Seguro obrigat贸rio para bicicletas?
N
a última edição da revista Passear lançámos um desafio aos nossos leitores para expressarem as suas opiniões sobre uma declaração que o presidente do ACP, Carlos Barbosa, fez à Lusa: “Dado que os ciclistas estão em igualdade de circunstâncias em relação a um veículo a motor e têm um determinado número de regalias novas, a partir daí é fundamental que também tenham um seguro de responsabilidade civil contra terceiros, como têm os carros, os motociclos e tudo o que circula na via pública”. As mensagens foram muitas e, desde já, agradecemos a Vossa colaboração. A MUBi, através de comunicado de imprensa, foi das primeiras instituições a reagir às declarações. Ver em http://passear.com/2013/08/seguro-obrigatorio-para-ciclistas-porque-e-que-o-carlos-barbosa-esta-errado/ Vitor Rodrigues, via email, “A minha opinião é a seguinte: Só na FPCUB estão mais de 30.000 associados com seguro incluído na quota, e não é um seguro qualquer! Na Federação Portuguesa de Ciclismo (os prós e os de estrada), mais as Associações Regionais de Ciclismo da FPC, têm milhares de atletas com seguro para competição, seguro que em muitos casos tem uma extensão para o uso quotidiano da bicicleta. Existem ainda os seguros ocasionais, aquando da realização de eventos de cicloturismo, que envolvem milhares de ciclistas todos os anos. Algumas destas pessoas só pedalam nestes eventos, como é o caso do Bike Tour, com milhares de participantes em cada cidade. Agora eu pergunto, quantos automobilistas circulam regularmente nas estradas do nosso país sem seguro automóvel ou com um seguro fraudulento? Uma possível resposta pode estar aqui: http://www. tsf.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_ id=2717703
Isto são os casos conhecidos, porque os que não são apanhados... Eu, pessoalmente, conheço dois casos. Uns putos bateram no carro de um familiar meu. Não tinham seguro. Felizmente eram miúdos sérios e o caso resolveu-se de forma particular. Outro caso, de um amigo que regressava do emprego na sua moto4. Um puto bateu-lhe e o resultado foi a moto4 pró galheiro e o condutor no hospital e vários meses de baixa médica com várias fracturas numa perna. O puto deu-se como culpado, mas o seguro não reconheceu o segurado, pois a apólice estava no nome do avô que lhe tinha dado, também, o carro. Conclusão, o meu amigo teve que recorrer para tribunal para ser ressarcido das despesas provocadas, pois o puto não queira pagar nada! Andou nisto mais de dois anos, com risco de perder o emprego. Seguros destes devem ser aos milhares nestas estradas! Ora bem, eu gostava de saber o que é que o ACP tem a dizer destas duas situações e o que pretende fazer para combater as faltas e as fraudes nos seguros? Cumprimentos, Vítor Rodrigues / Sócio da FPCUB”
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opiniões
José Maria, via email, “Acho perfeitamente natural a obrigatoriedade de um seguro. Penso no entanto que o seguro de responsabilidade civil deve ser do utilizador e não do veículo como acontece nos veículos automóveis. Onde Carlos Barbosa vê regalias novas eu vejo direitos tardios e muitos outros deveriam estar consagrados e ainda não o estão. J. Maria Saraiva” Inácio Seguros, via email, “Penso que deveria ser obrigatório seguro para as bicicletas S/motor. Com as regalias que lhes estão conferidas quando circulam na via pública, irá acontecer que alguns ciclistas ou por não saberem ou por descuido irão provocar sinistros. Assim quando acontecer sinistro; se tem seguro tudo bem, mas se não tem seguro será o ciclista a ter que pagar as despesas com o terceiro. Cumpts”
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Álvaro Queirós, via Facebook, “como automobilista, ciclista e peão, digo que é correcto,,, sempre que se deixa ao livre arbítrio dos sujeitos Portugueses,,, acontece o que na notícia é retratado,,, eu vivo numa zona onde a bicicleta é Rainha,,, e vejo que o seguro faz todo o sentido,,, direitos, deveres”. Rafael Coentro, via Facebook, “ O presidente da ACP devia era fomentar a partilha da via entre bicicletas e carros e chamar á razão os automobilistas, não reagir com estas ideias retrógradas que visam o desaparecimento das bicicletas...” Daniel Azeredo Silva, via Facebook, “ O seguro obrigatório não tem nenhuma lógica na minha opinião mas acho que o mesmo é bastante aconselhado para quem anda frequentemente em circuito urbano, pelo menos eu tenho um que faz parte dos benefícios de ser membro da fpcub. Agora para quem esporadicamente de bicicleta e unicamente em ecovias e ciclovias não vejo a necessidade”. Rui Sousa, via Facebook, “ Numa situação de
acidente com um automóvel, mesmo que a culpa não seja do ciclista, é bom ter seguro. Em caso de dúvida de quem é a culpa, são 2 seguradoras a discutir para não ficar com a culpa, em vez de 1 seguradora contra uma pessoa particular”. Paulo António Correia, via Facebook, “ Desculpem mas ter seguro não invalida que tenhamos de ser mortos por quem quer que seja, pois já senti no corpo ser atropelado por um agente de seguros na ciclovia de Viseu e foi-me dada a culpa a mim, disse”. Paulo Ribeiro, via passear.com , “Concordo com o incentivo à circulação de bicicletas (eu frequentemente vou trabalhar de bicicleta) e inicialmente parece-me excessivo a questão do seguro. Mas também tenho visto muitos ciclistas em contramão, a acelerar em passeios, a atravessar em passadeiras sem grande preocupação. No caso de irem contra um peão, o peão cair e bater com a cabeça, partir uma máquina fotográfica, um telemóvel, fazer um traumatismo, como se processa? E agora que não é preciso matrícula, se o ciclista fugir, como é? Acho que todos ganhávamos em evoluir, aumentar o uso da bicicleta, mas em segurança e de mente aberta”. Guilherme, via passear.com , “Paulo Ribeiro acho essa questão um pouco parva, senão repara: Quando um carro atropela e mata uma pessoa, como se processa? (É que um carro mata, uma bicicleta dificilmente matará alguém) E se o carro fugir e ninguém reparar na matrícula? (Ou melhor como aconteceu há uns tempos em frente ao terreiro do paço, que a condutora levou 2 pessoas, e não teve consequências!) Acho que existe de tudo, em todo o lado. Acho que existem maus condutores de carro e maus de bicicleta, não estou a defender quem faz o mal, pois acho que devem ser punidos. A polícia devia autuar os que passam vermelhos e passadeiras, tal e qual deviam autuar os carros que os fazem! A sociedade tem de saber respeitar as normas, infelizmente parece que cada vez menos,
Luis Miguel, via passear.com , “Sim…estou de acordo em não haver seguro…seria um abuso… mais dinheiro para encher os bolsos de alguém… mas tem de haver mais controlo e multas para os ciclistas que precaverem…tal como passaram os sinais vermelhos…atravessarem sinais vermelhos…mudarem de direcção se indicarem e acima de tudo fazerem o que as motos fazem…colocarem-se entre os carros ou ao lados deles”. Francisco Silva, via passear.com , “Uma anormalidade, os comentários desse “Sr.”! Mas vendo bem as coisas, é do ACP, e esta organização, é dominada pelo “carro”! A sua atitude, pode levar, a que os seus associados tenham um comportamento igual. O que não é salutar. No entanto, há que salientar, que os condutores/ utilizadores de bicicleta tem que estar cientes das suas obrigações/deveres. Por demais vezes é como acima foi dito no comentário, circulam em contramão. Não parar no sinal de stop, não usar capacete, e outros. Não é bom para a saúde do(a) próprio(a), nem um bom exemplo para os que querem começar a usar a bicicleta. Como utilizador diário de bicicleta, nomeadamente por Lisboa, vejo com cada situação. Ao domingo de manhã, pela via que acompanha o Tejo, há um grupo grande de ciclistas, que nas suas bicicletas de estrada, percorrem muitos kms. Pelo que vejo, estão muito habituados, mas é raro ver parar num Stop, e só o fazem, se as outras viaturas já tiverem em movimento. Caso contrário, passam todos. O que vi, neste domingo, foi terem o sinal vermelho, e as viaturas que tinham prioridade, é que tiveram que parar… Cada cabeça, sua sentença”. José Manuel Dores, via passear.com , “Há uma GRANDE diferença entre veículos motorizados, de duas, três ou mais rodas, e bicicletas. Um seguro obrigatório para ciclistas só iria dificultar aquilo que qualquer um com um pouco de lógica deve fomentar – o uso de bicicletas”.
opiniões
estas são respeitadas. Para o mal de todos”.
Cristiano, via passear.com , “Concordo que um seguro obrigatório para velocípedes é algo absurdo. Isso iria desencorajar o uso de bicicleta como meio de transporte, desmotivar enquanto desporto e causar despesas e multas desnecessárias. Vivo numa localidade em que a bicicleta é de um modo banal o meio de transporte de quem mal tem dinheiro para subsistir, que vai trabalhar de bicicleta e volta de bicicleta, onde chegam a transportar sacas de batata e baldes de marisco cheios de água. Legislar um seguro obrigatório para estes casos seria tirar o único meio de transporte a que estas pessoas têm acesso e podem suportar atualmente… seria um crime social!” João, via passear.com , “Concordo que a polícia deveria actuar contra os ciclistas que passam sinais vermelhos se estes não respeitarem a perda de prioridade para os peões e para os veículos que se atravessam. Acho contudo que deve haver tolerância em relação a isso se a bicicleta passar com cuidado – tal como a tolerância que existe em relação aos peões que atravessam em locais inapropriados desde que o façam com cuidado. Não deve haver tolerância em relação aos veículos motorizados. Um veículo motorizado que passe sinais vermelhos constitui um perigo grave – uma bicicleta que o faça não é perigoso se o fizer com cuidado. Não venham falar em discriminação pois são situações diferentes – os carros pesam uma tonelada e são perigosos, as bicicletas pesam 10 kilos e não são perigosas. Acho também que a polícia aí sim deveria ter tolerância zero em relação aos ciclistas em contramão, aos ciclistas que não param nas passadeiras, a quem cicle de noite sem luzes, ou nas perigosas passagens subterrâneas para peões em alta velocidade. Subscrevo o que é escrito acima sobre o seguro obrigatório para bicicletas. Não se justifica pois os danos causados por um ciclista em transgressão são baixos”.
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