Revista Passear Nº41 Versão Gratuita

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passear Nº. 41 . Ano IV . 2015 . PVP: 2 € (IVA incluído)

sente a natureza

Portfólio PALÁCIO DA PENA

BTT

ROTA DAS FAIAS

Caminhada Aldeia da Cabeça

Destino

Caminhada Castro do Zambujal

PATRIMÓNIO

visto do céu

Serra da Estrela


Correspondência - P. O. Box 24 2656-909 Ericeira - Portugal Tel. +351 261 867 063 www.lobodomar.net

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Rumo à BTL 2015 A Bolsa de Turismo de Lisboa começa no próximo dia 25 de Fevereiro e espera atrair mais de 70 000 visitantes. A revista Passear vai estar presente, com stand próprio (Pav.3), nesta importante mostra de turismo onde as referências ao Turismo de Natureza e Cultural ganham expressão. Estas duas áreas do Turismo são fundamentais para o desenvolvimento de Portugal de uma forma equilibrada pois, potenciam as qualidades e riquezas existentes nas regiões interiores do país. Este tipo de turismo poderá, em certos casos, ser a única possibilidade de desenvolvimento de regiões remotas onde, populações esquecidas não tem mais do que as suas tradições e as suas riquezas naturais e arquitetónicas para oferecer. O Alentejo, uma região com muitas assimetrias, é o destino convidado da BTL que apresentará os seus produtos estratégicos, nomeadamente o Turismo Activo, de Natureza, Enogastronómico, Cultural e de Actividades Sol e Praia. Penso que são muitos os motivos para visitar este certame que estará aberto ao público de 6ª feira (27.02) das 18 h às 23 h e no sábado e domingo. Bons passeios.

Diretor vascogoncalves@lobodomar.net

Veja os eventos sempre actualizados em www.passear.com Capa Fotografia

Autoria: José Carlos Callixto

Serra da Estrela (pág. 28)


3 Edição Nº.41

28

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Sumário 04 Atualidades

Versão completa paga

gratuita

20 Destino:

Serra da Estrela

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Caminhada: Uma “Aventura”

na Serra da Estrela

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BTT: Rota das Faias

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dormidas : comidas : bebidas

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Apresentação de artigos

do Passear (versão paga)

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ASSINATURA Passear

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Caminhada por Torres Vedras

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Portugal Visto do Céu

62 Portfólio:

Palácio da Pena

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Tenha acesso à versão compl e ta da rev ista pa s s e ar por ap enas 1 €

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Fotografia: PSML_Wilson Pereira

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PARQUE DA PENA RENOVADO A PARQUES DE SINTRA CONCLUIU NO PARQUE DA PENA, UM CONJUNTO DE PROJETOS DE RECUPERAÇÃO DE ESTRUTURAS CONSTRUÍDAS E JARDINS, COM O OBJETIVO DE CONSERVAR OS ELEMENTOS QUE MARCAM O LOCAL, TANTO DO PONTO DE VISTA HISTÓRICO COMO ESTÉTICO. - Vale dos Lagos (pateiras, torres, portões, medalhão, muros) - Jardim das Camélias - Feteira da Rainha - Medalhão de homenagem a D. Fernando II - Investimento de cerca de 300.000 Euros suportado pela empresa - Trabalho de cerca de 2 anos numa área de 6,5 hectares

A intervenção, faseada, incluiu trabalhos no Vale dos Lagos, Feteira da Rainha e Jardim das Camélias, representando um investimento de cerca de 300.000 Euros, suportado totalmente pela Parques de Sintra. Em 2012 tiveram início as intervenções nos jardins com o restauro da rede de caminhos, escadas e muros. Em paralelo dotou-se a área de infraestruturas, nomeadamente de distribuição de água, energia para iluminação dos caminhos e abastecimento da Estufa Quente, telecomunicações e equipamentos de rega. As estruturas do sistema de águas original, como minas, canaletes, condutas, tanques e pequenos lagos decorativos, canais e cascatas, têm vindo a ser também recuperadas. A valorização da vegetação existente na área de intervenção iniciou-se em 2013, através da reprodução de variedades e espécies existentes no parque (violetas, prímulas, fúchsias e hortenses). Na Feteira da Rainha plantaram-se fetos arbóreos que teriam existido nos


5 Além de um tratamento geral de estabilização dos revestimentos, foram eliminadas colonizações biológicas presentes, quando colocavam em causa a integridade dos elementos, nomeadamente plantas cujas raízes punham em risco a estabilidade da alvenaria. O medalhão de homenagem a D. Fernando II, descerrado em 1935 por um grupo de sintrenses em memória do Rei, também foi alvo de uma intervenção de conservação, com vista a estabilizar os elementos de bronze e pedra, bem como a ser limpo e melhorado o sistema de fixação e escoamento. Na Feteira da Rainha foi concluída a recuperação da Fonte dos Passarinhos, do Fontanário da Concha e de um pequeno nicho com embrechados integrados no Lago da Concha. Foram repostos os azulejos em falta nas diferentes estruturas e efetuadas reparações nos gradeamentos de ferro dos vãos da Fonte dos Passarinhos, assim como no seu sistema hidráulico e respetiva bacia. A intervenção envolveu também as Capelas Manuelina e Menor, dois edifícios que se julga construídos durante a presença monges que habitavam o Mosteiro de Nossa Senhora da Pena, entregue à Ordem de S. Jerónimo no séc. XVI. São dois exemplos notáveis, não só pela sua estrutura arquitetónica, como pelos exemplares de revestimento azulejar que uma delas – a Manuelina – ainda apresenta no seu interior. Também o Tanque dos Frades, utilizado para abastecer as hortas da cerca, foi restaurado. O muro de sustentação de terras que aí se encontra, com elevado estado de degradação e em risco devido ao crescimento das árvores, foi alvo de estudo profundo devido à sua inclinação, tendo-se optado por remover as espécies vegetais. Ponderadas as opções para lhe devolver a verticalidade, a solução passou por desmontar parcialmente a estrutura e voltar a construir.

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canteiros. No Jardim das Camélias (galardoado em 2014 com o prémio Jardim de Camélias de Excelência, pela International Camellia Society) iniciou-se a reprodução das cultivares de Camellia japonica que integram a coleção de camélias produzida originalmente pelo viveirista do Porto, Marques Loureiro. Recuperou-se também o traçado dos canteiros no patamar de implantação da Estufa Quente, de acordo com as descrições e orientações dos manuais de horticultura do séc. XIX, em voga à época de construção do Parque. Quanto às estruturas edificadas e decorativas, distribuídas pelo Parque, o conjunto de projetos de recuperação agora concluídos inclui o Portão de acesso aos Lagos, as duas Pateiras, o medalhão de homenagem a D. Fernando II, a Fonte dos Passarinhos e a Fonte da Concha, o muro do Tanque dos Frades, a ponte em arco e as duas Capelas (Manuelina e Menor). A complexidade destes trabalhos obrigou ao estabelecimento de equipas multidisciplinares, experientes e conhecedoras das técnicas envolvidas. O Portão dos Lagos envolve um conjunto de vários segmentos de muro (uma parte com gradeamento metálico), dois portões e duas torres elípticas, com um coroamento típico das fortificações medievais constituído por ameias (espaços) e merlões (volumes). A Pateira é uma edificação de alvenaria aparente implantada sobre uma ilha ao centro do Lago de São Martinho. Ainda na área dos Lagos, foi restaurada a Pateira Octogonal, edifício decorativo de arquitetura ornamental do séc. XIX (casa para patos, com dois pisos e aberturas para acesso a aves), recuperando-se os revestimentos, madeiras e paredes. Manteve-se continuamente a preocupação especial de garantir o menor dano possível no “tapete” verde de musgo que existe na cobertura do piso inferior da Pateira.


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ALQUEVA DESAFIA PORTUGAL ALQUEVA DESAFIA PORTUGAL, COM OS SEUS 250 KM² DE MASSA DE ÁGUA, QUE LHE CONFEREM O ESTATUTO DE SER O MAIOR LAGO ARTIFICIAL DA EUROPA, E AO MESMO TEMPO O “MOTOR” DE DESENVOLVIMENTO DE TODA UMA REGIÃO, QUE SE POSICIONA COMO AQUELA QUE NO PAÍS, APRESENTA O MAIOR “POTENCIAL” DE CRESCIMENTO ECONÓMICO. A combinação Sol, espaço físico com bons solos e água, são a fórmula perfeita para alavancar inúmeras oportunidades de negócio em diferentes fileiras económicas. A dimensão ambiental desta região, de enorme riqueza da sua fauna e flora, com uma aposta clara na sua preservação e valorização; a riqueza Patrimonial existente; a possibilidade de produção de energias renováveis nesta região, são apenas alguns dos trunfos que a mesma possui e que desafia Portugal a valorizar e a aproveitar. Contudo é no Turismo e na Agricultura,

que as oportunidades geradas são maiores, setores estes que podem e devem articularse, afigurando-se como aqueles que são a vocação nata da Região, capazes de gerar riqueza e emprego, onde a excelência dos recursos endógenos exis-tentes, a oferta gastronómica de excelência, de onde se destacam os azeites e os vinhos de enorme qualidade, são fatores que contribuem, por exemplo para que Reguengos de Monsaraz, seja a “Capital Europeia do vinho 2015”, de igual forma, a existência de uma nova oferta turística associadas ao grande lago Alqueva, e ao seu céu estrelado, con-


figura igualmente novas oportunidades, destacando-se o surgimento da primeira reserva Dark Sky, a obter certificação da Fundação Starlight Tourism Destination. Mais recentemente, a elevação do “Cante Alentejano” a património imaterial da Humanidade, são no seu conjunto, atributos de um território, que levam a que esta região e o Alentejo em geral, seja atualmente um dos destinos turísticos internacionais mais apetecíveis. Por seu turno, o setor agrícola e agroindustrial, tem observado a instalação de novas culturas na região, fruto da disponibilidade de água oriunda do Sistema de Rega de Alqueva, o que fazem com que este setor esteja em franco crescimento, o que muito contribui para a economia da região, e para o aumento das exportações do País. Em suma, Alqueva e o Alentejo, podem e devem assumir a “ESPERANÇA”, para Portugal, pela forte valorização dos seus recursos, e pela aposta na “Excelência”, dos seus produtos e serviços, fórmula fundamental para a potenciação destas fileiras económicas, capazes de gerar riqueza e emprego, e ao mesmo tempo promoverem um novo modelo ordenamento do Território. Conscientes do Potencial da Região, a ATLA – Associação Transfronteiriça do lago Alqueva, liderou e articulou, a construção de uma estratégia de desenvolvimento Integrado e Sustentável para o território de Alqueva, corporizado pela articulação e vontades dos principais agentes de Desenvolvimento Públicos

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e Privados, ao nível Local, transregional e transfronteiriço, estratégia esta espelhada no Plano de Ação da ATLA para o período 2014 - 2020, numa lógica de Especialização Inteligente do território de Alqueva. Considera assim esta associação, que só através de uma Gestão Territorial Integrada, e de uma boa adequação dos instrumentos financeiros do novo Quadro comunitário, é que será possível garantir o crescimento e desenvolvimento Socioeconómico deste território. Com base nestas premissas, o presente “Plano de Ação da ATLA”, está construído, no pressuposto de enquadramento das diretrizes emanadas no “Acordo de Parceria do Governo Português”, e demais planos nacionais e Regionais, valorizando ainda as diretrizes Europeias, emanadas no regulamento (EU) nº 1301/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho de 17 de Dezembro de 2013. Desta forma este Plano identificou 4 eixos estratégicos de atuação, nomeadamente: Eixo 1: Ambiente e Ordenamento do território; Eixo 2: Inovação, Empreendedorismo e Competitividade; Eixo 3: Turismo, e um quarto Eixo de Ações transversais aos demais eixos. A construção de um futuro melhor, assenta na Esperança, e no encontrar e promover de soluções, a desenvolver em conjunto e de forma integrada, que passam necessariamente por valorizarmos os critérios de diferenciação positiva que possuímos, motivos que levam “Alqueva a Desafiar Portugal”!


Fotografia: Hélio Ramos

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RTA QUER PROMOVER CICLISMO E CICLOTURISMO NA REGIÃO O Algarve quer afirmar-se como destino para a prática de ciclismo de competição e de lazer, tendo inscritas no calendário de 2015 cinco provas que ajudarão a impulsionar a modalidade na região, promovidas pela Federação Portuguesa de Ciclismo. O objetivo é atrair mais estágios, eventos e turistas velocipédicos para o Algarve, que poderá tornar-se um polo desportivo natural para ciclistas nos próximos anos. “O clima temperado, a qualidade da oferta hoteleira e a variedade de percursos e de equipamentos fazem do Algarve um destino apetecível para o desporto. Estamos por exemplo na rota dos estágios desportivos de alta competição de futebol, que em 2014 trouxe à região as seleções da Inglaterra e da Holanda. Mas queremos também demarcar-nos no ciclismo”, diz o presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA), Desidério Silva, para quem o programa Cyclin’Portugal Algarve, do qual a entidade regional é parceira, “é já um bom estímulo à modalidade em território algarvio”. Além da visibilidade que o destino ganha

durante a realização destes eventos, alguns dos quais com cobertura televisiva nacional e internacional, há outra vantagem que não pode ser «negligenciada» para o destino anfitrião: o contributo para a atenuação da sazonalidade, defende o presidente. “Os eventos incluídos no Cyclin’Portugal Algarve decorrem em fevereiro e março, precisamente na altura de menor fluxo turístico. Este é portanto um nicho que nos interessa explorar, tal como o cicloturismo, que só em 2012 gerou mais de dois milhões de viagens na Europa”, continua Desidério Silva. A região algarvia integra a Rede Europeia das Ciclovias Transnacionais (EuroVelo) e possui infraestruturas vocacionadas para a utilização da bicicleta, caso da Ecovia do Litoral, com cerca de 214 quilómetros que unem o Cabo de São Vicente, em Sagres, a Vila Real de Santo António. Motivos que levam Desidério Silva a concluir que “o Algarve é atualmente um excelente destino para a prática de atividades ao ar livre, como o cicloturismo e o ciclismo, que, pela sua importância, já figuram no Plano de Marketing Estratégico para o Turismo do Algarve”.



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PORTUGAL VAI TER TRILHO INTERNACIONAL DOS APALACHES

A partir de março, Portugal vai passar a ter um dos Trilhos Internacionais dos Apalaches - “o maior trilho de pegadas humanas do mundo”, visitado anualmente por 4 milhões de pessoas, sendo um dos ícones mundiais do pedestrianismo. Situado no continente americano, o IAT original tem 3.500 km e atravessa a cordilheira montanhosa dos Apalaches, no sentido do seu comprimento, passando por 14 estados dos EUA. O percurso português consiste numa Grande Rota com cerca de 37 km situada integralmente na Serra do Muradal, concelho de Oleiros. O seu nome “Grande Rota Muradal-Pangeia” faz alusão à emblemática montanha quartzítica onde se desenvolve, mas também ao continente que existiu há 200 milhões de anos e que reunia todos os continentes que existem atualmente e consequentemente, a região do Maciço Ibérico. Conhecida oficialmente como GR 38 –

Grande Rota Muradal Pangeia, “o trilho português dos Apalaches” consiste numa aproximação entre o continente americano e o europeu e vai ser inaugurada em Oleiros no dia 28 de março, prometendo ser uma das maiores atrações turísticas da região. A inauguração irá anteceder a ocorrência da prova portuguesa do Trans Pangean Challenge, uma das mais reputadas e desafiantes competições de ultra running em todo o mundo que se realiza em Portugal, de 19 a 25 de abril, devido à existência deste Trilho dos Apalaches. Por outro lado, a inauguração coincidirá com a época pascal e com a realização do 7.º Festival Gastronómico do Cabrito Estonado e do Maranho, pelo que a celebração se prolonga até domingo, com algumas alusões a este acontecimento, durante o dia, na vila de Oleiros.


COMBOIOS INTERCIDADES JÁ PODEM TRANSPORTAR BICICLETAS A CP anunciou que vai ser possível transportar bicicletas nos comboios Intercidades mas com algumas limitações. O serviço não está ainda disponível em todos os percursos, mas ao longo deste ano o material circulante irá ser adaptado para o efeito. A CP conta ter este processo concluído até meados de 2016. Esta iniciativa da CP vem parcialmente ao encontro das necessidades dos utilizadores mas, parece-nos insuficiente. Na implementação destas medidas não foi tida em conta o Turismo em Bicicleta com inúmeros utilizadores nacionais e estrangeiros. Outro ponto importante e para o qual não temos informação é, o da facilidade de acesso da bicicleta à carruagem. Portas estreitas e degraus dificulta a vida ao utilizador. Comboios Intercidades Lisboa – Porto / Braga / Guimarães As carruagens de 2ª classe destes comboios Intercidades possuem suportes específicos para o transporte de bicicletas tradicionais, permitindo o transporte de 2 bicicletas por carruagem. Condições particulares: - Apenas é permitido o transporte de uma bicicleta tradicional por passageiro; - O peso da bicicleta deve ser igual ou inferior a 15 kg; - O transporte de bicicletas está condicionado à disponibilidade dos lugares destinados a esse efeito - lugares 15 e 17 das carruagens de 2.ª classe. No caso destes lugares já não se encontrarem disponíveis, apenas é possível transportar bicicletas se as mesmas se encontrarem dobradas ou desmontadas

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e acondicionadas no espaço disponível para bagagem, não sendo admitida mais do que uma bicicleta por passageiro. - Em qualquer das situações, o transporte de bicicletas é gratuito. Comboios Intercidades Beira Baixa (Lisboa – Castelo Branco - Covilhã) É permitido o transporte de uma bicicleta por passageiro e comboio, nos comboios Intercidades da Beira Baixa. Condições particulares: - Apenas é permitido o transporte de uma bicicleta tradicional por passageiro e comboio; - O transporte de bicicletas está condicionado à disponibilidade do lugar destinado a esse efeito – lugar 3 da Carruagem 2. (A bicicleta é transportada na carruagem nº 1, no espaço destinado para o efeito). No caso deste lugar já não se encontrar disponível, apenas é possível transportar bicicletas se as mesmas se encontrarem dobradas ou desmontadas e acondicionadas no espaço disponível para bagagem, não sendo admitida mais do que uma bicicleta por passageiro. - Em qualquer das situações, o transporte de bicicletas é gratuito. Intercidades das linhas da Beira Alta, Alentejo e Sul As bicicletas podem ser transportadas desde que desmontadas e devidamente acondicionadas como bagagem que não exceda, nos porta volumes ou por baixo dos bancos, o espaço correspondente aos lugares a que tenham direito, num máximo de um volume por passageiro. Este transporte é gratuito.


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SITE DA GRANDE ROTA DO VALE DO CÔA JÁ ESTÁ ONLINE

Foi lançado, no dia 28 de Janeiro, o site da Grande Rota do Vale do Côa (GRVC), uma ferramenta online onde está disponível toda a informação relativa à rota: as características técnicas e sugestões de etapas a pé e de BTT; informação prática para quem vai percorrer; e uma apresentação do património arqueológico, histórico, natural e rural da região. O site inclui ainda um mapa interativo com os serviços úteis disponíveis em todas as localidades atravessadas pela rota; os locais e acontecimentos de interesse na região; uma galeria de fotografias ilustrativas; notícias sobre os últimos acontecimentos respeitantes à rota e ao território. No nordeste de Portugal, o Rio Côa atravessa os concelhos de Sabugal, de Almeida, de Pinhel, de Figueira de Castelo Rodrigo e de Vila Nova de Foz Côa. Unidos pelo vale deste rio, os cinco concelhos dão corpo a um território único, na sua riqueza

histórica, arqueológica, cultural e natural. ‘Vale de patrimónios’ é a designação que exprime essa riqueza. A Grande Rota do Vale do Côa (GRVC) é sugerida como uma via de descoberta deste território, acompanhando o vale do rio em toda a sua extensão, da nascente à foz. Esta rota apresenta a característica singular de estar preparada para ser percorrida em três modalidades diferentes — a pé, de bicicleta todo-o-terreno ou a cavalo —, e de prever percursos complementares à rota principal que permitem a visita a outras localidades e pontos de interesse. A GRVC proporciona aos visitantes a oportunidade de conhecerem o que este território tem de maior valor: - o seu património rural contemporâneo e do passado recente: aqui a vida rural é predominante; a atividade agrícola mantém-se e a pastorícia continua a ter a dedicação de muita gente; no passado essas atividades


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eram ainda mais fortes e toda a paisagem é testemunho disso: para além dos peculiares pombais de planta redonda, desvenda-se pelo território um conjunto variado de tecnologias agrícolas deixadas ao abandono, do qual se destacam aquelas relacionadas com o aproveitamento da força motriz dos caudais ribeirinhos e que podem ser vistas ao longo do percurso da GRVC: os moinhos de água. - o seu património medieval: ao longo do eixo delineado pelo Rio Côa, muitas batalhas foram travadas em tempos passados, pois durante um período da história este rio fazia a fronteira entre os Reinos de Portugal e de Leão; são muitas as reminiscências disso no território; dessas, os castelos e os povoados fortificados saltam à vista; contam-se oito: o Castelo do Sabugal, Castelo Mendo, Castelo Bom, o Castelo de Vilar Maior, a Fortaleza de Almeida, o Castelo de Pinhel, Castelo Rodrigo e Castelo Melhor. - o seu património pré-histórico: a ocupação humana deste território faz-se há um tempo muito longo. O Museu do Côa documenta o conjunto arqueológico mais surpreendente que foi sendo desvendado

no troço final do Rio Côa e que a GRVC também atravessa: centenas de gravuras do período paleolítico à idade do Ferro, que constituem o Parque Arqueológico do Vale do Côa, reconhecido como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO. - a sua biodiversidade: vida selvagem rica e diversa; culturas agrícolas muito próprias desta região (amendoal, olival, vinha, souto); bosquetes de árvores endógenas que hoje são raros, como os de carvalhonegral; presença do carvalho-português; enorme diversidade de aves, incluindo aves de rapina emblemáticas como a águia de Bonelli, a águia-real, o britango e o abutrenegro; núcleos ribeirinhos caracterizados pela presença de árvores como os freixos, os lodãos, os amieiros e os choupos. - as suas reservas naturais: a Reserva Natural da Serra da Malcata e a Reserva da Faia Brava. - os seus complexos termais, localizados nos concelhos do Sabugal e de Almeida. - a sua variedade de ofertas de alojamento em turismo rural, encontradas em todos os concelhos.

A GRVC é um projeto promovido pela Associação de Municípios do Vale do Côa e pela Associação de Desenvolvimento Regional Territórios do Côa (http://www.valedocoa.pt/); é gerida pela Associação Transumância e Natureza (www.atnatureza.org/); e foi financiada pelo projeto PROVERE do Vale do Côa. A página poderá ser acedida em: http://granderotadocoa.pt/ W


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PLATAFORMA COMPADRES Dia 26 de Fevereiro, no stand da Turismo do Alentejo na Bolsa de Turismo de Lisboa, irá ser apresentada a Plataforma dos Compadres. A plataforma Compadres, marca umbrella que agrega as diferentes rotas culturais geridas pela Spira - revitalização patrimonial, pretende divulgar o património do Alentejo e torná-lo acessível a todos os portugueses e estrangeiros. Actualmente, os Compadres agregam a Rota do Fresco, a Rota Tons de Mármore, a Rota do Montado, a Rota Pica-Chouriços, os Ateliers Mão-na-Massa e uma rede de alojamentos e restauração seleccionados, cobrindo 20 concelhos do Alentejo: Alandroal, Alvi-

W to, Aljustrel, Barrancos, Beja, Borba, Castro Verde, Cuba, Estremoz, Évora, Montemoro-Novo, Moura, Mourão, Portel, Redondo, Serpa, Sousel, Vidigueira, Viana do Alentejo e Vila Viçosa.

DIA INTERNACIONAL DE MONUMENTOS E SÍTIOS: CONHECER, EXPLORAR, PARTILHAR Sob o tema Monumentos e Sítios: Conhecer, Explorar, Partilhar, realiza-se a 18 de Abril o Dia Internacional de Monumentos e Sítios 2015, instituído pelo ICOMOS Internacional, que este ano celebra 50 anos. A Direção-Geral do Património Cultural, coordenadora nacional do evento, em colaboração com o ICOMOS Portugal, convidou as entidades públicas e privadas a associarem-se a estas comemorações, através da organização de actividades dirigidas ao público. A comunicação de actividades para integrarem a programação geral deverá ser efectuada on-line, até ao dia 5 de Março, devendo as entidades interessadas contactar com a DGPC através do endereço email dims@dgpc.pt ou dos telefones 213 614 248 / 246 (DGPC/DDCI), para obtenção dos dados necessários de acesso.


RECONSTRUÇÃO DA IGREJA DE S. JOÃO BAPTISTA DE CAMBAS

A candidatura para comparticipação da obra de conservação e restauro da Igreja de S. João Baptista de Cambas, efetuada pelo Gabinete Técnico do Município de Oleiros no âmbito do sub-programa 2 do Programa Equipamentos Urbanos de Utilização Coletiva, ao abrigo do despacho MCOTA n.º 7187/2003, publicado em 11 de abril, foi aprovada em 70%. O projeto de 73.000 euros vai ser financiado em 51.100 euros, conforme informação da Secretaria de Estado da Administração Local. Recorde-se que este templo assumiu a função de Igreja Matriz até meados do século XX, tendo sido simultaneamente sede do priorado de S. João Baptista de Cambas, ligado diretamente à Casa Real. Pertenceu durante alguns anos à diocese da Guarda, sendo considerada na altura a mais rica de todas as suas igrejas. Situado muito próximo do Rio Zêzere, o imóvel evidencia grande antiguidade e

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riqueza, realçadas no interior pelo esplendor do espólio que apresenta, como é o caso dos oito painéis de azulejos moçárabes do séc. XVI, do majestoso altar-mor em talha dourada, das representações de S. João Baptista e S. Sebastião em pedra, do riquíssimo sacrário em talha, do púlpito em madeira policromada rematado na base pela emblemática figura popularmente designada “carranca do púlpito”, já para não falar das imagens de pedra da Santíssima Trindade e de S. Brás ou da emblemática imagem do Sagrado Coração de Jesus. Na sequência da realização de obras de conservação no edifício, ao nível de fachadas, paredes interiores e escadaria exterior e ao nível das suas madeiras, nomeadamente com a reconstrução do tecto e do coro, esta intervenção compreende a realização obras de conservação e restauro ao nível do altarmor e dos altares laterais, das grades do baptistério, da pia baptismal, do púlpito e de duas telas. Fonte: C.M. Oleiros


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PONTE DE LIMA ORGANIZA CONGRESSO INTERNACIONAL Na semana da inauguração do 11º Festival Internacional de Jardins, o Município de Ponte de Lima organiza em parceria com a International Federation of Parks and Recretion Administration (IFPRA) e a Associação Espanhola de Parques e Jardins Públicos o Congresso Mundial da World Urban Parks, o 9º Congresso IberoAmericano de Parques e Jardins Públicos, de 26 a 30 de maio. Em simultâneo realiza-se a Feira de Espaços Verdes de Ponte de Lima 2015. É um conjunto de eventos sem paralelo, em que a temática dos espaços verdes atinge um ponto alto na notoriedade de Ponte de Lima nesta área. Para uma maior divulgação, publicamos o link de acesso a toda a informação disponível sobre o evento.

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I TRAIL RUNNING ARQUEOLÓGICO O Museu da Casa Grande e a sua Tutela, a Associação Cultural Desportiva e Recreativa de Freixo de Numão, realizam no dia 15 de Março de 2015 o “I Trail Running Arqueológico”, um novo evento no calendário de atividades da instituição. Esta ação pretende ser mais um argumento de valorização dos sítios arqueológicos (Castelo Velho, Minas de Volfrâmio, Ruínas Romanas do Salgueiro e do Zimbro II, Calçada Romana, Moinho das Regadas e Prazo) que compõe a área de atuação do museu. Para além de realçar o vasto e rico património cultural de Freixo de Numão, destacar-se-á também as soberbas paisagens do Alto Douro.

W Neste evento decorrem em simultâneo duas provas competitivas – Trail Longo e Trail Curto – e ainda um Percurso Pedestre.


1ª EDIÇÃO DOS PRÉMIOS AHRESP VAI DISTINGUIR OS MELHORES DA RESTAURAÇÃO, HOTELARIA E TURISMO A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal apresentou a 1ª edição dos Prémios AHRESP, que se realizará em maio, uma iniciativa inédita no setor que vai distinguir as melhores Empresas, Instituições, Estabelecimentos, Marcas e Profissionais que se destacaram nas áreas da Hotelaria, Promoção Turística e Restauração, em 2014. A apresentação contou com a presença do Secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes. “É muito importante que a AHRESP tenha criado esta iniciativa, que será certamente um forte incentivo e apoio às novas ideias, aos novos negócios e às novas empresas, que são quem deve ter o maior destaque, porque são quem melhor recebe os turistas e quem os faz querer voltar a Portugal. Há uma geração que está a aparecer e está a mudar a forma e o valor deste setor. É por isso que espero que seja uma tarefa muito, mas mesmo muito difícil, atribuir estes prémios, porque é sinal que há muitas boas iniciativas a distinguir” afirma o Secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, que integra a Comissão de Honra, juntamente com outras personalidades ilustres do setor, como o Secretário de Estado Adjunto e da Economia, Leonardo Mathias, o Presidente do Turismo de Portugal, João Cotrim de Figueiredo, o Presidente da CTP, Francisco Calheiros e o Presidente da AHRESP, Comendador Mário Pereira Gonçalves, que vai validar a eleição e atribuir, diretamente, as categorias “Portugueses lá fora” e “Personalidade do ano”. As restantes categorias “Conceito Marca”, “Entidade Regional de Turismo”, “Programa de Divulgação de Oferta Turística”, “Produto ou Serviço do Ano”, “Empreendedor do Ano”, “Sustentabilidade Ambiental”, “Pro-

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jeto de Solidariedade” e “Contributo para a Defesa da Gastronomia como Património Nacional” serão decididas através de votação online no microsite premiosahresp.pt, onde os verdadeiros utilizadores do canal HORECA, os portugueses, poderão votar nos nomeados, que serão apresentados em conferência a decorrer em Março. A Dra. Ana Jacinto, Secretária-Geral da AHRESP, salienta que “É uma iniciativa de carácter inovador, muito pela forma como abrange toda a cadeia de valor, colocando grandes e pequenas empresas no mesmo patamar, o que permite uma maior transversalidade. Esta é a grande mais-valia! Contudo, a escolha de premiar empresas, estabelecimentos, marcas e profissionais não é um acaso, mas sim a apresentação de exemplos ideais daquilo que deve ser feito. A AHRESP quer reconhecer e partilhar as boas praticas, para que possam inspirar outros empreendedores a trilhar o mesmo caminho”. Os Prémios AHRESP 2015 contam com o Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República. Estão também associados como Main Sponsors Recheio Cash&Carry, Sagres, Luso, Sumol+Compal, Galp Energia, Delifrance, Delta e Sociedade Ponto Verde.


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PROJETO CAMINHAR COM VIDA

A Câmara Municipal do Sabugal informa todos os interessados de que durante este ano de 2015 colocará em prática o projeto “Caminhar com vida”, cujo objetivo central é promover passeios pedestres pelas oito Pequenas Rotas concelhias, incentivando a comunidade à prática de atividade física de maneira permanente bem como à visitação do nosso belíssimo património natural e construído. São os seguintes os objetivos específicos desta iniciativa: - Incentivar a comunidade a adotar hábitos saudáveis; - Incentivar à prática da caminhada orientada; - Proporcionar uma atividade de qualidade e orientação para a prática correta; - Melhorar a qualidade de vida dos participantes com hábitos saudáveis; - Possibilitar a participação de toda a família. - Visitar/reviver o património natural e construído do concelho.


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Porque caminhar pelas Pequenas Rotas e muito mais do que um exercício físico, incluímos algumasatividades complementares, a saber: 1.Concurso de fotografia ao longo das nossas caminhadas (de cariz facultativo) – O Concurso de Fotografia tem como objetivo dar a possibilidade aos participantes de retratarem o momento por meio de uma foto original, deixando-se levar pelas paisagens, pelos rios, pelos monumentos históricos e pelos mistérios da beleza natural deste nosso Concelho. Será também o testemunho da vivência das rotas e uma forma de as promover junto de outros, através da imagem. (consulte regulamento) 2.Caminhadas guiadas por técnicos com formação específica na área temática de cada rota - Todas as caminhadas contarão com um Guia com formação numa área específica (Arqueologia, Geologia ou Biologia), em função da temática de cada Percurso Pedestre. Pensamos que nas rotas guiadas a relação entre guia e caminhantes é a alma de uma boa rota em que a sua principal característica é o estabelecimento de um canal de comunicação e uma relação afetiva entre o intérprete, os caminhantes e o “lugar”.

3.Conceito “Caminhadas Júnior” - Este conceito baseia-se na realização de um pequeno percurso, dimensionado em função da resistência das crianças, parcialmente coincidente com a Pequena Rota, ao longo do qual serão desenvolvidas atividades lúdicas para crianças entre os 6 e os 12 anos. Esta atividade está sujeita a inscrição prévia com um máximo de 20 crianças e será sempre acompanhada por 2 técnicos da área de desporto. Só podem participar na caminhada Júnior as crianças cujos responsáveis participem na caminhada base do mesmo dia e que estejam devidamente identificadas na ficha de inscrição. Para colocar este projeto em prática, a Câmara Municipal conta com os parceiros certos, todas as Juntas de Freguesia do território atravessado pelas Pequenas Rotas bem como a Associação Transcudânia. As inscrições são individuais ou em família. Pode inscrever-se já clicando aqui, onde encontrará informação mais detalhada sobre o “Caminhar com vida” nomeadamente o manual, o calendário previsto, dados sobre cada percurso e fichas de inscrição bem como o regulamento do concurso de fotografia. Fonte: C.M. Do Sabugal


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DESTINO: SERRA DA ESTRELA

ROTA DA LEVADA E DOS SOCALCOS – CABEÇA Texto e fotografia: Grupo 100atalhos


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EM PLENA SERRA DA ESTRELA ENCONTRAMOS A ALDEIA DE CABEÇA, UMA PITORESCA ALDEIA DE XISTO SITUADA NO SOPÉ DA SERRA DA ESTRELA, LOCAL REPLETO DE ENCANTOS E HISTÓRIAS QUE VALE A PENA DESVENDAR. A TRADIÇÃO E A IDENTIDADE DESTA ALDEIA ESTÁ MUITO ASSOCIADA AO CULTIVO DOS CAMPOS EM SOCALCO E À PASTORÍCIA. Este percurso com cerca de 10 Km, levanos mais uma vez à descoberta das magníficas paisagens que circundam a aldeia de Cabeça, tendo como base a Rota da Levada (já por nós realizada) e a Rota dos Socalcos. Iniciámos este percurso no largo da Capela de N.ª Sra. da Nazaré na Aldeia da Cabeça, seguindo depois um pequeno trilho que nos leva até à levada comunitária. O trilho prossegue por entre campos agrícolas, pinhal, palheiras de xisto e de velhos moinhos, tendo sempre como som de fundo a água que corre na ribeira. Atravessando a ponte do Serapitel, e já na outra margem da Ribeira, seguimos o trilho em direcção novamente à aldeia da Cabeça. Chegando ao local do Poço da Ponte somos contemplados por um imponente sobreiro centenário que se destaca do pinhal envolvente, daqui seguimos pela

Rota dos Socalcos em direcção ao sitio da Várzea, onde se encontra um conjunto de campos agrícolas delimitados por muros de pedra destinadas à guarda do gado, bem como uma mancha de belíssimos centenários castanheiros, azereiros e salgueiros. A partir da Várzea, o percurso regressa novamente à ribeira de Loriga, seguindo pelo vale da ribeira das forcadas em direcção à magnifica ponte do Porto e à Cabeça. “A Aldeia de Cabeça é também a primeira Aldeia Led do país – designação atribuída pelo investimento em medidas de eficiência energética evidentes ao nível da iluminação pública. Esta intervenção despertou e consciencializou os habitantes da aldeia para uma maior responsabilidade ambiental e consequentemente uma maior preocupação na valorização e promoção dos valores ligados à economia do baixo carbono.”


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FICHA DO PERCURSO Designação: Rota da Levada e dos Socalcos – Cabeça Tipo: Circular Distância: 9,7 km Sinalização: Parcialmente sinalizado Track de GPS: http://www.100atalhos.com/cabeca21122014.php?dir=cabeca21122014&pagina=10&Id= INFORMAÇÕES ÚTEIS B.V. Seia: 238 310 310 B.V. Loriga: 238 953 255 G.N.R. Seia: 238 310 300 G.N.R. Loriga: 238 953 152 Grupo: www.100atalhos.com


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UMA “AVENTURA” NA SERRA DA ESTRELA...

CAMINHADA POR CALDAS DE MANTEIGAS - NAVE DA MESTRA - CANDEEIRA - CALDAS DE MANTEIGAS Texto e fotografia: José Carlos Callixto / http://porfragasepragas.blogspot.pt/


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Depois de vários dias cinzentos e de chuva (que incluíram o “funeral” de umas botas...), ao quinto dia no “retiro” de Vale de Espinho a Primavera fez-se anunciar um pouco antes do equinócio. Perto dos Fóios, a atmosfera límpida deixava ver, a leste, a imponência da Serra de Béjar coberta de neve; e da estrada para o Sabugal, para ocidente, a Serra da Estrela como que apelava para alguma “aventura”, até porque a relativa proximidade de Vale de Espinho nunca foi “devidamente” aproveitada. E o apelo levou-me a viver, a solo, talvez uma das caminhadas mais duras de quantas fragas e pragas já percorri… O vale da Candeeira há muito que constituía, na Serra da Estrela, uma das zonas que ambicionava conhecer. Tanto com os “meus” Gaspar Correia, em Outubro de 2011, como no MegaTransect de Setembro de 2012, a panorâmica sobre o vale da

Candeeira criara a ambição de o percorrer, subindo ou descendo a partir do vale do Zêzere, sensivelmente a meio do percurso também já várias vezes feito daquele imponente vale glaciar. E se, ao vale da Candeeira, pudesse associar o chamado caminho dos Covais, que acompanha a meia encosta a margem esquerda do mesmo vale do Zêzere … melhor ainda. Como sempre, a primeira fase foi o estudo das cartas e de tracks de outros “peregrinos” das serras. O jovem dinamizador da empresa Trilhos de Ideias, com quem em Setembro de 2013 atravessei a Serra, deu-me igualmente umas dicas importantes … com grande pena de não ter disponibilidade para me acompanhar. E assim, pouco passava das cinco e meia da manhã quando saí de Vale de Espinho, sozinho, em direcção à vila de Manteigas, a “capital” da Serra da Estrela. O Sol nascia sensivelmente às 7:00h …


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Panorâmica sobre Manteigas e o vale do Zêzere

Casa Florestal dos Covais

e poucos minutos depois das 7 estava a começar a caminhar! Deixando o carro em Caldas de Manteigas, dali comecei logo por subir a bom subir para a Estrada dos Covais, um troço de corta mato acompanhado pelo som da Barroca das Lameiras, cujas águas de quando em vez se soltam em espectaculares cascatas. Já na antiga estrada florestal, a densidade do denso pinhal deixa perceber, por entre a miríade de troncos altaneiros, que me estava a afastar de Manteigas, tanto em distância como em altitude. A uma curva da estrada surge a Casa Florestal dos Covais … ou o que dela resta, abandonada no tempo e na incúria dos governos, como infelizmente todas as suas semelhantes por esse país fora. Aos 1200 metros de altitude, junto à ponte sobre a Barroca de Porto Novo, inicia-se a subida vertiginosa para a Nave da Mestra. A estrada dos Covais continua

para sul, mas, inacabada, termina no Barranco dos Covões. Também um dia gostava de explorar esse troço e eventuais vias para dali descer ao vale do Zêzere, ou subir para o Fragão da Risca e Nave da Mestra. Dos 1200 aos 1500 metros de altitude anda-se sensivelmente 1km; inclinação média de 30%...! A subida é cansativa mas espectacular. Para trás, lá no fundo, vai ficando o vale do Zêzere. Para a frente começa a desenharse a imponência das partes altas da serra … e começa a aparecer neve! O desnível suaviza um pouco, mais 100 metros e estou na Laje do Gamão. À minha frente está o geodésico do Curral do Martins, à esquerda percebem-se já os blocos graníticos da Nave da Mestra, a 1640 metros de altitude. A neve abunda já por todo o lado … mas ainda não fui obrigado praticamente a pisá-la. No entanto reparo, ao aproximar-me, que a própria fenda da Nave da Mestra, que já atravessei por duas vezes … está agora obs-


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truída pela neve, completamente fechada! Eram 11 horas quando cheguei à casa da Nave da Mestra. Tinha levado quase 4 horas para percorrer 6 quilómetros! Há muito que não me sabia tão lento... Reza a história que um juiz, o Dr. Matos, construiu ali a sua casa de férias em 1910. A construção foi concretizada pela mãode-obra vinda de Manteigas em cima de mulas, ajudada por macacos hidráulicos utilizados para levantar as pedras gigantes, incluindo aquela que faz de telhado à casa. Agora, a quantidade de neve acumulada junto à casa era enorme, constituindo uma autêntica barreira e cobrindo grande parte dos acessos! Com o Sol, o degelo fazia brilhar de água os poucos espaços de terreno não cobertos de branco. A partir da Nave da Mestra tinha duas opções: uma, mais curta, seria pelo geodésico do Piornal, sempre para sul, direito à Lagoa da Candeeira. Mas além de ter

uma descida abrupta mais longa e, eventualmente, difícil, perderia a parte superior do vale da Candeeira. A outra opção foi-me aconselhada pela Trilhos de Ideias: mais longa, da Nave do Gamão subiria até próximo do geodésico do Cume, para apanhar a Candeeira desde o seu começo, vigiado pelo Fragão do Poio dos Cães. Optei por esta última; embora receoso da quantidade de neve que iria encontrar mais acima, dava-me mais confiança o conselho da Trilhos de Ideias do que o percurso seguido por um desconhecido. Embora já a pisar neve, da Nave do Gamão até próximo do Cume a progressão foi-se fazendo sem problemas. Num dia de eleição, as panorâmicas eram sublimes, tudo à minha volta era sublime! O vale da Candeeira ia-se começando a perceber, para lá do Covão do Ferro; para sul já se via também a Torre; e para leste, lá muito ao fundo … lá estavam as alturas também alvas de Béjar!


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Laje do GamĂŁo, 1600 metros de altitude

A chegar Ă Nave da Mestra, 1650 metros


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Na Nave da Mestra, junto à casa do Dr. Matos

A maior altitude desta “aventura” atingi-a junto ao Fragão do Poio dos Cães, 1860 metros … mais de mil metros acima das Caldas de Manteigas. E comecei a descida para o vale da Candeeira… e que descida…! Sem neve, será uma descida exigente mas perfeitamente acessível … com neve a coisa é diferente … principalmente para quem não é adepto de “aventuras” na neve.... Como me lembrei do Monte Perdido Extrem! Como me lembrei da descida de Tucarroya para o lado francês…! Na Candeeira, tinha felizmente a sorte de a neve ser fresca, fofa, não tendo ainda passado a gelo, mas mesmo assim … foi um pouco “aventuroso”. Abençoei a hora em que me lembrei de levar os crampons, que até ali não tinham sido necessários; sem eles, ali, penso que teria sido obrigado a voltar atrás e rumar à Torre, onde tentaria arranjar uma boleia para Manteigas.

E mesmo com crampons, alguns troços de descida foram feitos … de traseiro no chão e travando com os calcanhares na neve e as mãos atrás, a auxiliar a travagem! Não convinha ir parar à Candeeira depressa demais... Do início da descida à Lagoa do Peixão demorei uma hora … e daí ao vale uma hora e meia. Duas horas e meia para percorrer … menos de 3km! Quando olhava para trás … mal acreditava de onde tinha vindo…! A sensação, contudo, era de “perdido” naquele mundo de rocha, água e neve, sozinho … levando-me o pensamento algures para as aventuras de Heinrich Harrer...! A Lagoa do Peixão estava praticamente congelada superficialmente e só na encosta norte do vale – portanto exposta a sul e ao Sol – não havia neve … fazendo-me pensar se não teria feito melhor em vir pelo Piornal e descer essa ladeira, embora vertiginosa.


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Nave do Gam達o, vista dos Azimbres (1700m alt.)

Subida da Nave do Gam達o ao Cume


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Torre à vista!

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Fragão do Poio dos Cães, no início da descida para o Vale da Candeeira

Pouco depois das quatro da tarde estava a 1400 metros de altitude, junto ao abrigo da Candeeira. Ao longo do vale ainda havia neve, mais espaçada, mas misturada com a muita vegetação, o que fazia com que por vezes o que parecia firme não o fosse … e me enterrasse até aos quadris…! O trilho perde-se aliás na vegetação, levando a que quando não era a neve a oferecer resistência … me visse envolvido no mato que por vezes me cobria. Mas a Lagoa da Candeeira lá surgiu finalmente, já perfeitamente líquida e reflectindo as encostas que a rodeiam. Às quatro e meia comecei a descer da Lagoa da Candeeira para o vale do Zêzere. Neve já não havia … mas a exigência do percurso continuou a ser grande, pela grande quantidade de pedra solta, de todos os tamanhos e feitios. Mais uma vez o Monte Perdido Extrem veio-me à memória, desta vez pela última e fabulosa etapa, na descida do Colado de Añisclo para Pineta. Muito menos desnível agora, claro, mas também um autêntico teste a “nuestras rodillas”, sempre a descer e a fazer equilibrismo de pedra em pedra. E quase logo quando se começa a descer … surge a imponente Cascata da Candeeira, infelizmente já à sombra, mas apesar disso espectacular. As águas da ribeira da Candeeira precipitam-se ali para o vale do Zêzere, em leques e saltos sucessivos, num espectáculo natural só visível … por quem

anda por fragas e pragas… Passava pouco das cinco e meia quando cheguei ao Zêzere, no pontão de madeira que recebe quem vem da Candeeira … ou de uma “aventura” na Serra. Tinham sido 16 quilómetros de “aventura” … mas faltavam-me ainda 5 quilómetros para Caldas de Manteigas, embora já em terreno fácil e meu conhecido. Iria já terminar ao lusco fusco, abençoando a hora em que decidi começar ao nascer do Sol. Mas como todos os “diabos” têm sorte … uns 500 metros depois da ponte de madeira passa por mim um carro de carga, com dois ocupantes que tinham ido tratar dos terrenos no vale alto do Zêzere … e foi assim com eles que regressei a Caldas de Manteigas, pela estrada, percorrendo em 10 minutos o que, a bom ritmo, me levaria no mínimo uma hora...! De regresso a Vale de Espinho, para trás ficou a Serra da Estrela e mais esta “aventura” por fragas e pragas. Provavelmente com a Trilhos de Ideias, hei-de um dia voltar ao vale da Candeeira, para melhor apreciar a cascata e a grandiosidade do vale … mas sem neve e sem andar “perdido” no meio do mato, à procura do trilho.... Foi contudo, sem dúvida alguma, uma “aventura” fabulosa! Poderia chamar-se mesmo … “Uma Aventura na Serra da Estrela”, como no romance de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada...


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Lá em baixo está a Lagoa do Peixão... gelada!

O imponente vale da Candeeira abre-se aos meus pés...


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Lagoa da Candeeira

Cascatas da Ribeira da Candeeira


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Quase a acabar a “aventura”, a chegar ao pontão de madeira que atravessa o Zêzere

FICHA DO PASSEIO Local: Serra da Estrela Distância: 21,27 km Tipo: Circular Grau de dificuldade: Difícil Duração: 10 h 42m Altitude Mínima: 809 m Altitude Máxima: 1859 m Tempo de Subida: 04h30m Tempo de Descida: 03h 38m Track de GPS: http://pt.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=6281647


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UMA “AVENTURA” NA SERRA DA ESTRELA...

SERRA DA ESTRELA MANTEIGAS - TRILHOS VERDES Crónica: António José Soares / http://coimbrasantiago.blogspot.pt/ PARA ALÉM DO MANTO BRANCO QUE É HABITUAL APRESENTAR EM ÉPOCAS MAIS FRIAS, A SERRA DA ESTRELA, NAS SUAS MÚLTIPLAS VERTENTES, OFERECE UMA DIVERSIDADE PAISAGÍSTICA NOTÁVEL. A RIQUEZA DE FAUNA E FLORA, AS CAMBIANTES DA MORFOLOGIA ENTRE AS ENCOSTAS QUE SE ESTENDEM PARA ALÉM DO MACIÇO CENTRAL, SÃO ELEMENTOS QUE PELA SUA RARIDADE E BELEZA NOS CONVIDAM, SÓ POR SI, A CONHECER AS INÚMERAS ROTAS PEDESTRES, ALGUMAS TAMBÉM ACESSÍVEIS A BICICLETAS.


A viagem de Coimbra, no automóvel do Telmo Pedrosa decorreu sem problemas, apenas com duas paragens para instantes fotográficos. Na descida para Manteigas saímos da EN 232, no cruzamento para o Covão da Ponte após estacionada a viatura junto à Cruz das Jugadas, iniciámos os preparativos para a jornada.

O Francisco Moreira guiou-nos pela “Rota das Faias” vegetação abundante e diversificada, paisagens fulgurantes, em conjunto com a pastorícia, proporcionam um passeio perfeito para quem deseja conhecer a serra e as suas gentes.

“Manteigas Trilhos Verdes” é um sítio onde podemos encontrar informação útil e esclarecedora para percorrer um conjunto apreciável de rotas e demais curiosidades sobre uma região tão vasta e atraente. Assim, fomos conhecer. CORES DE OUTONO NA ROTA DAS FAIAS Bem a propósito, a Ana Cristina e o Joaquim Tavares, dois filhos de Manteigas a residir em Coimbra, amigos das pedaladas por mais que uma vez efectuaram o convite a conhecer melhor a Serra, estendido igualmente aos amigos José Botelho e Telmo Pe-

drosa. Deste modo, no dia 1 de Novembro de 2014, Sábado, o grupo de conimbricenses ruma à Serra da Estrela, onde nos aguardava o Joaquim Tavares e o sobrinho, Francisco Moreira, jovem nado e criado em Manteigas, que nos guiaria num excelente passeio de bicicleta, aproveitado para uma jornada de fotografia, captando as cores de Outono, numa das vertentes da Serra da Estrela virada a Manteigas, a Rota das Faias. Mais do que caracterizar ou dar a conhecer um trilho, o nosso objectivo foi usufruir, dos cheiros da montanha, da beleza da paisagem, enfim, do simples

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Ainda mal tínhamos começado e logo a primeira boa surpresa, nada mais que uma paragem forçada pelo rebanho do Tó “Querido”, mediático pastor da Serra da Estrela, personagem simpática e peculiar. A conversa ainda durou alguns minutos mediante olhar atento do seu jovem e afável canzarrão.

Na companhia de tão afável amigo, aproveitámos para a fotografia de grupo, captada pelo nosso jovem guia.

prazer da observação da natureza e, não menos importante, do convívio. Após a captação de uma bateria de imagens, onde os recantos de São Lourenço foram esquadrinhados quase minuciosamente, descemos até ao posto de vigia, para podermos apreciar a magnificência do vale glaciar, a vista sobre Manteigas, bem como o bosque das faias. Concluído o passeio pela Rota das Faias regressámos à Cruz das Jugadas. O tempo ainda permitiu uma incursão pelo vale até ao Covão da Ponte, por uma estrada de terra, entre terrenos agrícolas e de pastorícia. O local é paradisíaco, com o rio Mondego a espelhar as núvens, reprodu-

zindo aguarelas de tonalidades fantásticas e variadas. O recanto merece indubitavelmente uma visita mais pormenorizada, para desfrutar em época mais amena. Subindo por uma estrada em asfalto, de regresso à Cruz das Jugadas, seguiu-se uma incrível e veloz descida, pela EN 232, até Manteigas. Aqui chegados, conhecemos a hospitalidade e a arte de bem receber dos nossos anfitriões, que nos brindaram com uma excelente e saborosa refeição, a que não podia faltar o gostoso queijo e os famosos biscoitos de Manteigas. Uma deliciosa jornada, sem dúvida.


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Dirigi-mo-nos para a Capela de São Lourenço, lugar de culto de reminiscências pagãs, relacionadas com a adoração das árvores e do Sol.

São Lourenço, a uma altitude de cerca de 1200m, oferece-nos uma perspetiva magnânima sobre as serras que se estendem até Espanha. Em primeiro plano surge a cumeada da Lomba das Cancelas, que limita a Beira Alta da Beira Baixa, e o Cabeço da Azinheira.

Majestosos e ancestrais carvalhos rodeiam a Capela de São Lourenço, a profusão de cores originada pelas folhas caídas brindam-nos com uma tela sublime.

Posto de vigia de incêndios de São Lourenço, local de importância estratégica.

Olhar sobre a vila de Manteigas, o Outono, tímido, ainda não oferecia as cores que procurávamos.

À entrada do bosque das Faias a predominância de folhas caídas a criar o contraste entre o castanho e o verde da copa das árvores, com este ainda a prevalecer. Um verdadeiro regimento de fotógrafos, de fina água, aprontavam as máquinas, agora todos os pormenores contam.


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Em cima: A densa floresta de faias, plantada pelos Serviços Florestais de Manteigas no início do século XX, dá o nome à rota, identificada com o número PR 13 MTG. O cenário é sublime, o gosto de caminhar ou pedalar por este trilho é verdadeiramente incrível.

Em baixo: Deixando para trás o bosque das faias, o trilho continua rodeado por outras espécies arbóreas características do local, como giestas, castanheiros e pinheiros-do-Oregon. Na imagem, ainda que pouco percetível, é possível ver entre a vegetação, o Joaquim Tavares e o José Botelho.


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SKYNA HOTELS NA BTL 2015

FESTIVAL OLEIROS

DO

CABRITO

EM

O Cabrito Estonado de Oleiros, um prato medieval que desde sempre uniu os povos, volta a atrair todas as atenções para o Concelho, nos dias 28 e 29 de março e 4 e 5 de abril, com a 7.ª edição do Festival Gastronómico do Cabrito Estonado e do Maranho. Recorde-se que esta é uma forma de assar cabrito genial e com uma longa história, cuja primeira referência aparece num livro de receitas árabe do Al-Andaluz e do Magrebe, no sécu-

O Skyna Hotels, cadeia hoteleira que vai internacionalizar-se com a abertura do Skyna Hotel Lisboa, anuncia a sua estreia na 27ª edição da BTL – Feira de Turismo de Lisboa, nos dias 25 de fevereiro a 1 de março de 2015. A cadeia hoteleira vai estar no stand 2C21 no Pavilhão 2 e convida a conhecer as vantagens que o Skyna Hotel Luanda e o novo Skyna Hotel Lisboa – a estrear dia 1 de março com festa de inauguração dia 23 de abril – têm para oferecer a empresários e turistas. lo XIII. Este prato confecionado exclusivamente em Oleiros é ainda mencionado pelo primeiro ocidental a chegar ao Tibete, o Oleirense Padre António de Andrade, no séc. XVII e no séc. XIX é ainda referido por Alexandre Dumas. Considerado um prato ecuménico, este é também conhecido como “o Cabrito da Paz”, uma vez que na sua origem era consumido igualmente pelas três religiões descendentes do profeta Abraão, ou seja, por cristãos, judeus e muçulmanos. Em pleno séc. XXI o Cabrito Estonado é rei em Oleiros e continua a fazer sucesso. Para degustar esta iguaria original, in loco, na sua origem, em terras beirãs, o Município de Oleiros sugere uma vinda ao concelho, nos dois finsde-semana do período pascal, onde tem para oferecer um prato histórico a todos quantos adiram a mais um Festival Gastronómico. Já sabe, marque já na sua agenda.


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A LAMPREIA DE VALENÇA ESTÁ À SUA ESPERA EM 23 RESTAURANTES A Lampreia do Rio Minho, considerada a melhor do mundo, apresenta-se em destaque à mesa em 23 restaurantes de Valença, durante os fins de semana de fevereiro e março. Em Valença será possível saborear as múltiplas formas de confecionar e apresentar o prato rei desta temporada, numa aposta forte de 23 unidades de restauração locais. Valença promove os sabores genuínos da lampreia do rio Minho, considerada pelos gastrónomos e bons garfos a melhor do mundo. Pescada artesanalmente, sobretudo nas comunidades de pescadores de São Pedro da Torre e Cristelo Côvo, nas reda-

das, é confecionada nas unidades de restauração locais que apuram segredos seculares da arte de a confecionar e apresentar. Esta é, também, uma oportunidade, para (re)descobrir os encantos de Valença, numa época repleta de animação cultural e recreativa. Ponto alto na animação, destes dois meses, serão os “Sabores da Lampreia”, a maior mostra gastronómica da região, que decorrerá entre 20 e 22 de março, na comunidade piscatória valenciana de São Pedro da Torre.


na vers達o paga 48


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Na Versão paga por apenas 1€ terá acesso aos seguintes artigos: - CAMINHADA POR TORRES VEDRAS - PORTUGAL VISTO DO CÉU: Castelo de Lanhoso - PORTFÓLIO: PALÁCIO DA PENA (veja nas páginas seguintes como proceder)


Nº. 24 . Ano III . 2013 . PVP: 2 € (IVA incluído)

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De Óbidos a Torres Vedras

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Caminho Português Interior de Santiago (1ª Parte)

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