Revista Digital Passear Nº52 Versão Gratuita

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passear sente a natureza

VINHOS, VINHAS E UM ALMOÇO ENTRE

CAMINHADA

ECOALDEIA DE JANAS

COMO PREPARAR

Nº. 52 . Ano VI . 2016 . PVP: 2 € (IVA incluído)

A CAMINHADA DESTINO

SARDOAL


Correspondência - P. O. Box 24 2656-909 Ericeira - Portugal Tel. +351 261 867 063 www.lobodomar.net

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Director Vasco Melo Gonçalves Editor Lobo do Mar Responsável editorial Vasco Melo Gonçalves Colaboradores António José Soares; Francisco Cordeiro; João Fernandes; Rui Ferreira, Luis Contente.

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Registada na Entidade Reguladora para a Comunicação Social sob o nº. 125 987 Direitos Reservados de reprodução fotográfica ou escrita para todos os países

Descobrir o Sardoal Esta edição da revista Passear é dedicada à Descoberta do Sardoal. Situada numa zona de transição entre o Alentejo e o Ribatejo, a vila do Sardoal foi para mim uma agradável surpresa ao nível da riqueza do património edificado e do património natural. Trata-se de uma região com tradição e cultura que aposta na sua rede de percursos pedestres como fator de atração e forma de potenciar os seus valores. Espero que a reportagem que publicamos seja muito atrativa e os faça deslocar ao Sardoal, localizado sensivelmente no centro de Portugal. Ainda nesta edição, fomos descobrir o Projeto EcoAldeia de Janas através de um percurso pedestre com início e fim nas Azenhas do Mar (Sintra). O Projeto EcoAldeia de Janas demonstra-nos que existem alternativas de vida para além desta sociedade tão tecnológica e individualista...um projeto que merece ser conhecido!

Diretor vascogoncalves@lobodomar.net Capa Fotografia

Destino: Sardoal (pág.12)


3 Edição Nº.52

12 4 87 Sumário gratuita

04 Atualidades 12

Destino: Sardoal

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Apresentação de artigos

do Passear (versão paga)

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ASSINATURA Passear

70

Versão completa paga

70 Caminhada:

Das Azenhas do Mar

à descoberta da EcoAldeia

de Janas

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Artigo Técnico

Como preparar a sua caminhada

87 Equipamentos 88

dormidas : comidas: bebidas

Tenha acesso à versão compl eta da rev ista pa ssear por m enos d e 2€

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atualidades

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BONECOS DE BOLSO NA VIA ALGARVIANA Pedro Cabral acaba de lançar um interessante livro “Bonecos de Bolso na Via Algarviana”. O autor, um amante das caminhadas, tem trabalhado à volta dos diários gráficos e dos diários de viagem. Este trabalho impresso é, também, uma homenagem a quem criou e mantém a Via Algarviana pois, sem eles, Pedro Cabral não teria tido a possibilidade de passar dias fantásticos de caminhadas! Segundo o autor, “...Na Via Algarviana não desenhei especificamente com o objectivo de

publicação. Talvez por isso os desenhos não descrevam de uma forma completa o percurso. Talvez nem mostrem os momentos mais significativos. Desenhei apenas quando me apetecia desenhar...” O preço do livro é 12,00€ (portes incluídos) e pode ser adquirido ao autor através do email pmbcabral@gmail.com ou diretamente nas livrarias Ferin e Palavra de Viajante, em Lisboa. Nós gostámos muito do livro e achamos que é uma obra a não perder.

CTT CELEBRAM O DIA DA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES A emissão “Açores – Certificado Pela Natureza” celebra este maravilhoso arquipélago e lembra a importância de o conservarmos para as gerações futuras. Os CTT homenageiam os Açores numa nova emissão filatélica que consagra a natureza e as principais atividades que merecem ser experimentadas por quem visita o arquipélago: os passeios a pé, a observação de

cetáceos e aves, o mergulho, o surf e o canyoning, todas elas representadas em mais de 500 000 selos e 80 000 blocos filatélicos. Esta emissão é composta por quatro selos e dois blocos com um selo cada. O selo da observação de aves tem o valor facial de 0,47€ e uma tiragem de 125 000 exemplares; o selo da observação de cetá-


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atualidades

ceos tem o valor facial de 0,75€ e uma tiragem de 145 000 exemplares; o selo de canyoning tem o valor facial de 0,80€ e uma tiragem de 110 000 exemplares; o selo do surf tem o valor facial de 1,00€ e uma tiragem de 155 000 exemplares. Os blocos relativos ao mergulho e aos passeios pedestres têm o valor de 1,80€ cada e uma tiragem de 40 000 exemplares cada um. Os selos têm o formato de 40 X 30,6mm e os blocos 125 X 90 mm. O design esteve a cargo de Francisco Galamba.

LIFE IMPERIAL JÁ TEM WEBSITE O website LIFE Imperial pretende ser o meio de comunicação privilegiado do Projeto, disponibilizando informação atual sobre o estado de conservação da Águia-imperialibérica em Portugal. O Projeto LIFE Imperial coloca à disposição do público o Website do Projeto, onde é possível aceder a informação sobre a biologia e ecologia da Águia-imperial-ibérica

e o seu habitat. De destacar também a secção dedicada à espécie onde se apresenta um conjunto de ilustrações científicas das diferentes plumagens e que se pretende que constituam uma referência para a correta identificação da espécie. O LIFE Imperial dá a conhecer na internet como o projeto está organizado para melhorar a conservação da Águia-imperial, cujo estatuto de conservação é de Criticamente em Perigo em Portugal, e assegurar que o regresso da espécie ao nosso país seja duradouro. No website do LIFE Imperial, os utilizadores poderão consultar, para além de muita informação sobre a espécie e a sua conservação, os eventos e formações do projeto, enviar o registo das suas próprias observações, conhecer e aderir à Rede de Custódia “Guardiões da Águia-imperial”, entre outros. Visite em www.lifeimperial.lpn.pt e descubra todas as novidades do Projeto LIFE Imperial.


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MONTANHA DO PICO TEM NOVO REGULAMENTO DE ACESSO O novo regulamento de acesso à Reserva Natural da Montanha da Ilha do Pico entrou em vigor no 1 de Maio, tendo em vista promover uma ainda maior segurança dos visitantes e reforçar a sensibilização para a conservação e valorização do património natural. Nesse sentido, o Governo dos Açores decidiu alargar o horário de funcionamento da Casa da Montanha, disponibilizar uma nova plataforma de reservas online e redefinir as taxas de acesso. A Casa da Montanha, de 1 a 31 de maio e de 1 a 15 de outubro, vai funcionar ininterruptamente das 8h00 de sexta-feira até às 20h00 de domingo e, nos restantes dias da semana, das 8h00 às 20h00. Entre 1 de junho a 30 de setembro, a Casa da Montanha vai funcionar ininterruptamente durante as 24 horas, enquanto, de 16 de outubro a 30 de abril, funcionará todos os dias das 8h00 às 18h00. Os visitantes, além da Casa da Montanha, podem obter a necessária autorização de subida junto do Parque Natural do Pico, presencialmente ou através do preenchimento do formulário disponível no endereço eletrónico http://servicos-sraa. azores.gov.pt/gamp, bem como no quartel dos Bombeiros Voluntários da Madalena. O acesso à Montanha pode ser feito de

forma autónoma ou através de guias das empresas de animação turística, de agências de viagem ou de empreendimentos turísticos reconhecidos pelos departamentos do Governo Regional competentes em matéria de Turismo e Ambiente. As taxas de acesso, em função dos objetivos de preservação, segurança e diversificação do tipo de escaladas, passam a ter mais variedades, contemplando condições especiais para os detentores do cartão “Amigo dos Parques” e as empresas aderentes do programa “Parceiro para o Desenvolvimento Sustentável”. Em cada subida, é entregue ao visitante um equipamento de rastreio (GPS), sendo também disponibilizadas informações sobre o regulamento, as condições e duração média do percurso, código de conduta e segurança, a previsão meteorológica e os termos e condições de eventuais operações de resgate. Para mais informações relativamente ao novo regulamento, horários, taxas de acesso e contatos, os interessados podem consultar o sítio como o endereço eletrónico http://parquesnaturais.azores. gov.pt, na área do Parque Natural do Pico. Fonte: Parques Nautrais Açores


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INTERVENÇÃO NA CAPELA DA VISTA ALEGRE, EM ÍLHAVO A intervenção levada a efeito pela Direção Regional de Cultura do Centro (DRCC) na Capela da Vista Alegre, em Ílhavo, recentemente concluída, totalizou o investimento de 633 mil euros. A Capela, classificada como Monumento Nacional* em 1910, apresentava anomalias graves na estrutura do edifício, exigindo uma intervenção nas fundações, paredes e abóbodas, entre outros elementos. Deste modo, os trabalhos englobaram a reabilitação estrutural da Capela, o arranjo do espaço exterior, o restauro do património artístico e a eletrificação do edificado valorizando o património artístico integrado, nomeadamente os tetos com pinturas murais, altar-mor e altares laterais. O restauro abarcou os materiais pétreos (no exterior e interior), a estrutura, mobiliário e talha dourada; as esculturas de vulto; a azulejaria e as pinturas murais. As obras decorreram de outubro 2014 a dezembro 2015 com acompanhamento e monitorização da equipa técnica da DRCC. A inauguração da Capela da Vista Alegre está agendada para a próxima quinta-feira, dia 26 de maio, pelas 21h30, e conta com a presença da Senhora Diretora Regional de Cultura do Centro, Celeste Amaro. *A classificação da Capela da Vista Alegre como Monumento Nacional compreende o túmulo de D. Manuel de Moura Manuel, Bispo de Miranda.


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WINE TOUR BOOKING As agendas dos vinhedos europeus online em www.winetourbooking.com. É agora possível aos apreciadores de vinho de língua portuguesa reservar online uma visita a um château, domínio ou cave! Graças à Wine Tour Booking ser-lhes-á mais fácil desfrutar de um momento privilegiado com os produtores de vinho nos próprios vinhedos. Wine Tour Booking, membro fundador de Wine Startup e galardoado com vários prémios de inovação, propõe uma ferramenta na Internet, de modo a facilitar o encontro entre os apreciadores de vinhos e domínios vitícolas. É difícil para um particular conhecer quais os domínios vitícolas abertos ao público, as suas horas de visita e disponibilidades. Reservar a visita é algo igualmente complexo. Doravante, Wine

Tour Booking propõe aos apreciadores de vinho de língua portuguesa uma ferramenta que lhes permite marcar a sua visita online, de modo a usufruir de uma atividade enoturística. Podem escolher a atividade que desejarem num vinhedo ou cave. Wine Tour Booking abre-se pouco a pouco a propriedades estrangeiras. Graças ao seu site agora também disponível em português, esta ferramenta permite aos apreciadores de vinho portugueses reservar uma visita aos domínios franceses e, em breve, igualmente aos domínios portugueses, a fim de que os proprietários desses domínios vitícolas possam partilhar a sua paixão pelo vinho e pela profissão.


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“POINT OF VIEW” NO PARQUE DA PENA Exposição de arte contemporânea “Point of View” junta artistas nacionais e internacionais de renome no Parque da Pena A Parques de Sintra inaugurou, no passado dia 25 de maio, a exposição de arte contemporânea “Point of View”, no Parque da Pena. Esta exposição coletiva, site specific, com direção artística de Paulo Arraiano, reúne dez artistas de diferentes nacionalidades, reconhecidos internacionalmente: Alberto Carneiro (Portugal), Alexandre Farto/Vhils (Portugal), Antonio Bokel (Brasil), Bosco Sodi (México), Gabriela Albergaria (Portugal), João Paulo Serafim (Portugal), NeSpoon (Polónia), Nils-Udo (Alemanha), Paulo Arraiano (Portugal) e Stuart Ian Frost (Reino Unido). O projeto pretende assinalar o bicentenário de D. Fernando II, o “rei-artista”, criador do Parque da Pena. Pretende-se enriquecer a experiência dos visitantes ao levá-los a “perderem-se” no Parque, explorando as suas diferentes perspetivas e “pontos de vista”. Desta forma, “a relação entre Homem e Natureza é sentida, numa total simbiose, tal como o rei D. Fernando II pretendeu”, refere a Diretora do Proje-

to, Sofia Barros. O nome “Point of View” advém, precisamente, da expressão francesa Point de Vue, utilizada na arquitetura paisagista, e que se relaciona com o conceito de perspetiva. A exposição implica a criação de uma série de instalações específicas, estrategicamente colocadas em diferentes pontos do Parque da Pena, para as quais serão utilizados sobretudo materiais naturais existentes no próprio Parque. Durante o ano em que estarão expostas, as obras não serão alvo de manutenção, uma vez que o amadurecimento natural de cada peça faz parte do conceito da exposição. Neste contexto, o Diretor Artístico, Paulo Arraiano, explica que “dez artistas trabalham como agentes de reconexão e diálogo entre o binómio Homem/Terra, através de um processo de acupuntura geográfica, criando, assim, diferentes diálogos in situ com um organismo vivo. ‘Point of View’ pretende celebrar e relembrar essa correlação e colaboração iniciada por D. Fernando II em 1838, após a criação de um ponto nevrálgico para património cultural da humanidade”.


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destino: Sardoal caminhada

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À DESCOBERTA DO PATRIMÓNIO CULTURAL E DE NATUREZA LOCALIZADA NO CENTRO DE PORTUGAL, SARDOAL É UM DESTINO DE EXCELÊNCIA PARA O TURISMO DE NATUREZA E CULTURAL. FAZ FRONTEIRA COM OS CONCELHOS DE ABRANTES, MAÇÃO E VILA DE REI, NA CONVERGÊNCIA DO RIBATEJO COM O ALENTEJO E A BEIRA BAIXA, REGIÕES COM CARACTERÍSTICAS MUITO DISTINTAS ENTRE SI, QUE CONTRIBUÍRAM PARA A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE CULTURAL DOS SARDOALENSES. Texto e fotografia: Vasco de Melo Gonçalves


destino: Sardoal

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CRONOLOGIA

1313, 11 janeiro - concessão por D. Isabel de carta de privilégio aos moradores do Sardoal, alguns historiadores defendem que foi a donatária do Sardoal e que deu o primeiro foral, embora nunca tenha sido encontrado; 1364, 26 janeiro - confirmação aos moradores do Sardoal dos seus privilégios por D. Pedro I, por carta dada em Abrantes, onde concede a jurisdição aos Juízes do Sardoal; 1370 - D. Fernando e D. Leonor Teles mandam erigir uma pequena ermida no atual local da Igreja da Misericórdia; 1426 - carta de sentença de D. João I a favor dos moradores do Sardoal contra os moradores de Constância; 1431, 16 janeiro - confirmação das antigas regalias e isenções por D. Afonso V ; 1432 - nasce no Sardoal a Infanta D. Maria, filha de D. Duarte e D. Leonor; 1482 - na Chancelaria de D. João II consta uma carta que concede às justiças do lugar de Sardoal jurisdição nos feitos cíveis e da almotaceria; 1496 - confirmação por D. Manuel I da carta do seu antecessor sobre a administração das justiças aos juízes do Sardoal; 1509 - fundação da Santa Casa da Misericórdia de Sardoal; 1511 - construção da Igreja da Misericórdia, cujo portal

de estilo renascentista é atribuído a Nicolau de Chanterenne ou à sua oficina; 1531, 22 setembro - elevação a vila por D. João III; no mesmo dia é nomeado 1º Senhor do Sardoal D. António de Almeida; 1571 - fundação do Mosteiro de Nossa Senhora da Caridade, dos Franciscanos Menores da Província da Soledad; séc. 17, início - durante o domínio Filipino os Paços do Concelho foram transferidos do edifício da Cadeia Velha para o edifício atualna Praça Nova (Praça da República); 1762, 12 outubro - o quartel-general das tropas lluso inglesasmuda-se de Mação para o Sardoal durante 10 dias; 1807, 23 outubro - 1ª invasão francesa comandada por Junot chega ao Sardoal saqueando igrejas; 1811 - nova invasão das tropas napoleónicas cujos atos de vandalismo foram comandados pelo general Massena; 1834 - após a extinção das ordens religiosas, o Mosteiro de Nossa Senhora da Caridade é adaptado a Hospital da Misericórdia; 1866, 17 abril - é dado o primeiro título de Visconde do Sardoal a José de Figueiredo Frazão e Castelo Branco, fidalgo da Casa Real; 1907, junho - D. Carlos visita o Sardoal; 1979 - desactivação do Hospital da Misericórdia.


destino: Sardoal

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A VILA E O SEU PATRIMÓNIO

A Casa dos Almeidas

Até à minha visita à vila do Sardoal, no final do mês de abril e início de maio, pouco sabia sobre esta vila repleta de história e de património edificado interessante. Nas minhas visitas de trabalho tenho o costume de consultar, previamente, o site da autarquia para recolha de informação e, no local, visitar o posto de turismo para aferir o grau de qualidade da informação fornecida. O site da autarquia é funcional e fornece informação mais do que suficiente para preparar uma visita. Foi no site que desco-

bri que “...A vila de Sardoal é antiquíssima, sendo que, provavelmente, a povoação foi formada devido à excelência das águas e ao relevo (monte), condições naturais para o homem viver. Ao contrário de outras terras que cresceram em volta de um castelo ou lugar fortificado, a vila de Sardoal cresceu de baixo para cima, da confluência das ribeiras até ao ponto mais alto onde se situa o Convento de Santa Maria da Caridade (1571). Terse-á desenvolvido em torno da antiga Igreja de S. Mateus, que hoje já não existe, e que


Pelourinho na Praça da República

se situava próxima da Igreja da Misericórdia, em torno do Paço”. A autarquia possui ainda a aplicação Descubra disponível para as plataformas IOS, Android e Windows. Na minha estada no Sardoal não a experimentei mas, parece-me ter muita informação. Na minha passagem pelo posto de turismo recebi toda a informação e documentação necessárias para poder programar uma visita à vila do Sardoal.

Capela do Espírito Santo

Painel de azulejos alusivos a Gil Vicente

destino: Sardoal

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destino: Sardoal

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A MINHA IMPRESSÃO

A vila do Sardoal tem uma escala humana com edificado uniforme e sem grandes atentados arquitetónicos. Aquando da minha visita tive a sorte de apanhar uma meteorologia muito favorável e, a luz intensa do sol da Primavera, iluminou de uma forma deslumbrante o centro histórico e as suas ruas empedradas. Se por um lado, o edificado religioso é o que dá notoriedade à vila por outro, as estreitas ruelas conferem-lhe uma entidade própria. Quando conversava com as pessoas sobre esta minha opinião, todos me disseram que tinha de voltar para as celebrações da Semana Santa pois, é nessa época do ano que o Sardoal se apresenta no seu máximo esplendor!

A Praça da República é um exemplo da escala humana que referi e um dos principais locais de socialização. O seu pelourinho, o painel de azulejos alusivos a Gil Vicente, a Capela do Espírito Santo e o edifício da Câmara Municipal são os grandes motivos de interesse. No seguimento temos a avenida Luís de Camões com a Casa Grande ou dos Almeidas (em obras para ser transformada num hotel de charme) e a capela Nossa Senhora do Carmo. Na minha opinião temos três locais que, pela sua importância histórica e cultural, merecem um tratamento mais aprofundado. São eles, a Igreja Matriz, o Convento Santa Maria da Caridade e o centro Cá da Terra.


destino: Sardoal

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destino: Sardoal

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IGREJA MATRIZ

As pinturas do Mestre do Sardoal Fundada nos finais do século XIV, a Igreja Matriz da Paróquia de São Tiago e São Mateus foi alvo de um conjunto de intervenções mas restam, ainda, vestígios de estilos que vão do Gótico ao Contemporâneo, o que torna esta igreja surpreendente. É o caso da rosácea flamejante e dos portais góticos, com especial destaque para o principal, de arco quebrado, com dois colunelos capitalizados (o da direita representa um rosto feminino e o da esquerda um masculino, com coroa, remetendo, porventura, para os monarcas daquela época). Junto das entradas podem-se observar lajes tumulares, já desgastadas. No lado esquerdo do edifício localiza-se a torre sineira, que, de acordo com descobertas recentes, deve remontar ao séc. XVI.

O interior é composto por três naves e cinco tramos, com arcos de volta perfeita. O teto é em madeira policroma, diferente do original. Tem colunas poligonais, robustas, bases largas, arqueadas ligeiramente para fora, vários altares nas naves exteriores, coro-alto e retábulo barroco. Chama-se a atenção para as tábuas do Mestre de Sardoal que se encontram na Capela lateral dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Aqui pode-se contemplar, também, o soberbo retábulo de talha dourada barroco joanino que fazia parte do primitivo retábulo da Igreja. O retábulo da Capela-mor é decorado com parras e uvas, simbolizando o sangue de Cristo, e vários puttis e fenix. Tem, também, um trono rematado por um baldaquino onde ficava exposto o Santíssimo Sacramento, decorado à volta por vários anjos músicos. No trono encontra-se a imagem da Imaculada Conceição. Ainda neste espaço podem ver-se


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os patronos da Igreja (S. Tiago e S. Mateus) expostos em duas mísulas. Na Capela-mor, nas paredes laterais, encontram-se os painéis de azulejaria (1701) de Gabriel del Barco, importante azulejador espanhol e pintor de tetos da época barroca. Esta terá sido a sua última obra. Retrata a aparição da Virgem do Pilar a S. Tiago, apesar dos portugueses não serem tão devotos da Virgem de Pilar como acontece em Espanha. Do outro lado (à direita) a cena retrata S. Tiago a combater os Mouros. O teto da capela-mor é em abóbada de berço, com uma pintura que evoca a Sagrada Eucaristia, neoclássica, e tetramorfos. Ainda neste espaço estão duas credenciais barrocas e um Cristo Crucificado de dimensões quase reais. A mais antiga imagem da Igreja Matriz, uma Pietà de pedra, policroma, dos finais do século XIV, encontra-se numa das duas

destino: Sardoal

São João Batista

mísulas que estão na parede do arco cruzeiro. Apesar dos erros anatómicos, bastante visíveis, a expressividade de Jesus Cristo e de Maria são desconcertantes. Dignos de nota são ainda, os quatro altares renascentistas de calcário da Batalha, nas naves laterais, decorados com elementos pagãos. O altar dedicado a São João Batista, barroco, em talha dourada, encontra-se do lado do Evangelho, tendo sofrido uma intervenção infeliz, se compararmos com o lado inverso reservado a S. Pedro. Nos nichos abertos no retábulo de pedra estão colocadas imagens de S. Roque, Santa Isabel, S. Zacarias, um outro Santo que se desconhece o nome, e a Senhora da Luz com o Menino. Destaque, ainda, para o altar dedicado ao Salvador do Mundo, localizado logo a seguir à capela lateral do Sagrado Coração, abrigado numa pequena capela lateral, e


destino: Sardoal

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Teto da capela onde se encontram as pinturas

para a escultura do Menino (em tamanho real) patente num retábulo neoclássico, ao lado de S. José e Nossa Senhora do Rosário. Do lado da Epístola, encontra-se o altar dedicado à Senhora das Dores, recolhido numa pequena capela lateral, neoclássica. É rematado com um Calvário, esculpido em pedra, adossado à parede. A imagem tem ao seu lado S. Miguel Arcanjo e Santa Inês. O altar da Senhora da Piedade é de estilo rococó, com uma Pietá do século XVIII. O retábulo é ladeado por nichos com as imagens do beato D. Nuno Álvares Pereira e Nossa Senhora de Fátima e, em cima, S. Domingos.

Outro dos altares, dedicado a S. Pedro, é barroco, em talha dourada, com uma imagem do santo ladeado por dois nichos preenchidos pelas imagens de Santa Filomena e Santo André e, em cima, S. Francisco. O último altar é dedicado ao Senhor dos Passos, que está ladeado por dois santos desconhecidos. No coro-alto existe um órgão de tubos, possivelmente do século XVIII. Fonte: C. M. Sardoal O ACESSO CONDICIONADO, PERTENCE À PARÓQUIA. ACESSÍVEL NA SEMANA SANTA OU COM VISITAS MARCADAS CONTACTAR POSTO DE TURISMO PARA O EFEITO.


destino: Sardoal

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CONVENTO E IGREJA DE SANTA MARIA DA CARIDADE

Datada de 1571, esta igreja foi construída pelos monges Franciscanos da Província da Soledade. Em 1676 é ampliada e reedificada por decisão de D. Gaspar Barata de Mendonça, primeiro Arcebispo da Baía e Primaz do Brasil. A nível arquitetónico, a igreja apresenta uma só nave de abóbada caleada, altar-mor e duas capelas laterais. Na capela-mor, na abóboda do berço, chama-se a atenção para a pintura do brasão do Arcebispo da Baía, com as armas esquarteladas dos Mendonças, Vasconcelos, Mouras e Baratas. O retábulo do altar-mor é de talha do século XVII. Os restos mortais de D. Gaspar Barata de Mendonça repousam num mau-

soléu assente sobre três leões e ao alto o brasão familiar. No altar colateral, do lado da Epístola, encontra-se um retábulo-relicário com três pinturas sobre tela de Santa Clara, Santa Isabel e a Aparição da Virgem a S. Francisco (séc. XVII), na parte superior. Neste altar pode ser apreciada a imagem original de Nossa Senhora da Caridade, em pedra, do século XIV, presume-se. Dedicado a Nossa Senhora da Esperança, o altar colateral, do lado do Evangelho, exibe uma imagem desta Santa entre S. Pedro e S. Paulo. Da parte baixa do altar fazia parte um raro Oratório de madeira lacada de negro e decoração a pó de ouro, prata e cobre, com incrustações de madrepérola, ferragens de cobre trabalhado e dourado e pintura a óleo sobre cobre, mas esta peça de arte NAMBAN encontrando-se agora guardada noutro local, por questões de se-


destino: Sardoal

22 Claustro

Réplica do Oratório de Arte Namban

Sacristia

Igreja conventual

gurança. O Oratório foi doado, a 7 de Setembro de 1670, por Dona Jerónima de Parada, viúva de Gaspar de Sousa Lacerda, que se encontra sepultada aos pés do altar. Destaque para o relógio de sol colocado nos claustros, já muito raro no concelho do Sardoal. Não deixe de visitar, também, a capela do Senhor dos Remédios, na Galilé, à direita, onde a atenção vai para o silhar de azulejos azuis e brancos (século XVIII) com figuras ornamentais e para os quatro painéis com os Passos de Cristo. Fonte: C. M. Sardoal O ACESSO CONDICIONADO, PERTENCE À SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE SARDOAL. ACESSÍVEL NA SEMANA SANTA, COM VISITAS MARCADAS - CONTACTAR POSTO DE TURISMO - OU DIRIGINDO-SE AOS SERVIÇOS DA SANTA CASA.


destino: Sardoal

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CÁ DA TERRA

No Centro Cultural Gil Vicente temos um espaço polivalente muito interessante, o Cá da Terra. Trata-se de um espaço dedicado à promoção e comercialização de produtos locais, um ponto de encontro entre os produtores, população e visitantes. Este projeto resulta de uma iniciativa do Município, em parceria com a Tagus – Associação para o Desenvolvimento do Ribatejo Interior e com os produtores locais, funcionando em rede com outras lojas apoiadas pela TAGUS, em Abrantes, Constância e Lisboa. No Cá da Terra temos uma loja com produtos de gastronomia, vinhos, artesanato, publicações e ilustrações do Concelho, uma cafetaria para prova de produtos locais, exposições temáticas relacionadas com a história e cultura do Concelho e demonstrações e workshops dinamizadas pelos produtores. O espaço está bem concebido, possui abundante luz natural e uma decoração apelativa. Na minha passagem pela Cá da Terra tive a oportunidade, após uma caminhada, de experimentar a famosa tigelada acompanhada por um saboroso chá.


destino: Sardoal

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ENTREVISTA APOSTA NO CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL DURANTE A ESTADA NO SARDOAL, TIVEMOS A OPORTUNIDADE DE CONVERSAR COM O PRESIDENTE DA CÂMARA MIGUEL BORGES. UMA PESSOA MUITO INTERESSANTE COM UMA GRANDE PREOCUPAÇÃO CULTURAL E QUE APOSTA NO CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL PARA O SEU CONSELHO.

Passear (Pas) - Como caracteriza a atual oferta do Sardoal ao nível do Turismo de Natureza e Cultural? Miguel Borges (MB) - Durante todo a ano o Sardoal tem um património digno de visita. Seja a nível da arte, da arquitetura ou da beleza natural deste Concelho, todas as

épocas do ano são boas para nos visitarem. Possuímos um vasto e rico património arquitetónico e artístico, nomeadamente ao nível religioso. Também o Centro Cultural Gil Vicente apresenta regularmente espetáculos de elevada qualidade em diversas áreas como, por exemplo, dança, teatro ou música. A galeria deste equipamento acolhe, igualmente, durante todo o ano exposições de grande interesse. Para os amantes dos desportos de natureza, disponibilizamos uma rede de percursos pedestres, dos quais já inaugurámos cinco pequenas rotas e uma grande rota, que permite desfrutar da beleza natural do Concelho ao mesmo tempo que se tem


destino: Sardoal

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contacto com a nossa história e cultura. O Sardoal apresenta uma vasto leque de ofertas que vão de encontro aos mais diversos públicos. Pas - Qual tem sido a estratégia de promoção da região no mercado nacional e internacional? MB - O Concelho de Sardoal assume-se como um “Património de Fé e Religiosidade” e são milhares as pessoas que nos visitam durante todo o ano para contactar diretamente com a riqueza e beleza deste Património. Conscientes de que a nossa identidade cultural e as características únicas da nossa natureza são um pilar estratégico e gerador de sinergias no desenvolvimento do turismo e da economia, temos otimizado e exponenciado os nossos recursos, incluindo o Sardoal nos roteiros nacionais de Turismo, nomeadamente ao nível do Turismo Religioso. Pas - Existe alguma estratégia integrada com as autarquias vizinhas no sentido de uma promoção conjunta? MB - O Concelho de Sardoal não passa ao lado do crescimento da região nem do seu desenvolvimento. Pelo contrário, faz parte integrante dos mesmos e, em muito, contribui para o seu sucesso. Todas ações desenvolvidas no contexto do território do Médio Tejo, nos quais o Sardoal se enquadre, são por nós integradas e apoiadas. Nesse sentido trabalhamos em conjunto com as autarquias vizinhas até porque acreditamos que a otimização e partilha de recursos, assim como o trabalho conjunto são a base para a nossa afirmação territorial. Pas - Projetos futuros no que diz respeito ao Turismo de Natureza e Cultural MB - A estratégia seguida até agora está a dar frutos, pelo que a nossa aposta continuará a ser no sentido de afirmar o Sardoal enquanto destino turístico religioso por excelência, fomentando as ofertas complementares, como é o caso de um programa cultural composto por espetáculos de qualidade e que colmatem lacuna na programação da região, assim como continuar a desenvolver e a trabalhar em percursos pedestres que permitam dar a conhecer tanto a beleza natural do Concelho como a sua história e cultura.


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GASTRONOMIA:

Cogumelos grelhados

RESTAURANTE DOM VINHO PARA QUEM GOSTA DE QUALIDADE!

Na minha estada no Sardoal e, face à influência que rio Tejo teve no seu surgimento, nada melhor do que uma refeição baseada em peixe do rio. O restaurante Dom Vinho, situado nos limites da vila, apresentou-me uma proposta irrecusável de degustação. Antes de passar à ementa uma palavra para a decoração sóbria do restaurante, o bom posicionamento e distribuição das mesas, um atendimento eficiente, conhecedor e simpático. Tenho por norma, quando não conheço os pratos específicos de uma região, pedir ao responsável de mesa para que me “cative” através de uma seleção de pratos e produtos que, na sua perspetiva, sejam representativos da região e do potencial do restaurante. O desafio foi lançado e a resposta não se fez tardar e foi arrebatadora! A proposta de refeição para duas pessoas, começou com umas entradas deliciosas. Cogumelos grelhados Portobelo com flor de sal e azeite e morcela de sangue com redução de vinho do Porto e ananás. Seguiu-se duas propostas de peixe de rio onde se nota as influências do Alentejo nesta região do Ribatejo. Um sável frito acompanhado com uma açorda de ovas de sável e, a segunda proposta, um achigã grelhado com molho de ervas aromáticas e migas ribatejanas. A finalizar duas sobremesas de categoria. Fondand de chocolate com gelado de baunilha, arando e morango e um Abade de Priscos com vinho do Porto. A refeição foi acompanhada por um vinho

Morcela de sangue

Sável frito

Açorda de Ovas de Sável


Achigã grelhado

Fondand de chocolate

Migas ribatejanas

Abade de Priscos

da região, o branco de 2014 Vila Jardim da Quinta do Vale do Armo. O preço desta refeição de degustação ficou por 25 Euros por pessoa. Num balanço final, a proposta de refeição foi consistente, homogénea e sem pontos fracos. Os pratos foram bem confecionados, bem apresentados o que proporcionou uma refeição muito agradável e enriquecedora ao nível do património regional gastronómico. COORDENADAS: Restaurante Dom Vinho, Ribeiro Barato 2230-146 Sardoal +351 926 773 709 | +351 241 852 212 domvinhorestaurante@gmail.com | www.domvinhorestaurante.com

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VINHO:

SARDOAL, TAMBÉM É UMA TERRA DE BONS VINHOS A REGIÃO DO SARDOAL TAMBÉM POSSUI BONS VINHOS. NA MINHA ESTADA NA REGIÃO TIVE A OPORTUNIDADE DE VISITAR DOIS PROJETOS DISTINTOS, A QUINTA DO CÔRO E A QUINTA VALE DO ARMO. A QUINTA DO CÔRO É UM PROJETO COM MAIS ANOS DE EXISTÊNCIA E QUE DIVERSIFICOU O SEU NEGÓCIO PARA ALÉM DA PRODUÇÃO DE VINHO.

QUINTA DO CÔRO A Quinta do Côro, fica situada junto à Vila do Sardoal, distando em linha reta 6 Km do rio Tejo. A Quinta do Côro faz extrema a nascente com a azinhaga do Sobreiro D. Maria, encostada à Vila de Sardoal. A propriedade tem cerca de 70 hectares, dos quais, 20 hectares, estão plantados com castas predominantemente tintas: Touriga Nacional; Trincadeira Preta; Cabernet Sauvignon; Syrah; Alicante Boushet e Petit Verdot. Em 10% da área encontram-se castas bran-

cas: Encruzado; Verdelho e Arinto. É propriedade da família Vieira Graça, desde 1966. Os terrenos são argilo-calcários, em encostas suaves com as vinhas expostas a Sul e protegidas a Norte por floresta de pinheiros, carvalhos e sobreiros. A Adega atual, reconstruída em 2002, tem capacidade para 200 000 litros, com equipamentos modernos, em aço inox, que copiam os equipamentos antigos, com tanques e pisa. Todos os vinhos tintos estagiam de 6 me-


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ses a 1 ano em barricas de carvalho Americano ou Francês. Na Quinta do Côro, produzem-se vários doces, há cerca de 30 anos, que se encontram na maior parte das lojas Gourmet, de qualidade, pelo país ( Marmelada Quinta do Côro; Geleia de Marmelo; Cubos de Marmelada e Figos Delicias de Pingo de Mel). A Quinta possui, no espaço do antigo lagar de azeite, recuperado como pequeno museu Agroindustrial, uma sala de provas, com capacidade para 40 pessoas. Existem, duas casas rústicas, com capacidade para alojar 8 a 10 pessoas. Servem-se refeições sob encomenda. Vinhos produzidos pela Quinta do Côro: Reserva (castas Syrah ,Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon e Alicante Bouschet), Syrah Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon, Syrah, Encruzado.

QUINTA VALE DO ARMO A Quinta Vale do Armo, situada no Norte Ribatejano, dista a 4Km da Vila de Sardoal (no PR3 passamos por esta quinta). Nos tempos da II Guerra Mundial, a quinta produtora de vinho, era uma fonte de emprego na zona. Mas não era só na produção de vinho que se destacava, mas também no linho, que curiosamente originou o seu nome - Quinta Vale do Armo, porque o armo é a peça que compõe a roca, instrumento que tece o linho. A vinha foi plantada em 2005, inicialmente com 10 hectares, de castas brancas, Síria, Arinto e Verdelho, de tintas em predominância em castas portuguesas, Aragonês e Trincadeira, e em menor área as castas, Merlot, Syrah, Cabernet Sauvignon e Alicante Bouchet. Em 2007 houve a necessidade de adquirir mais terreno para novas plantações. Neste momento e após as últimas plantações de Syrah, Alicante Bouchet e Touriga França,chegou-se aos 60 hectares. A vinha está assente num solo Franco-Limoso, que conjugado com um clima mediterrânico lhe confere uma excelente qualidade. Vinhos produzidos pela Quinta Vale do Armo: Valle Zangão tinto, Vila Jardim branco e tinto, Vila Jardim tinto escolha Vila Jardim rosé, Vila Jardim Touriga Nacional, Vale de Armo Reserva e espumante Vale do Armo.


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NA ROTA DO JAVALI

A BELEZA DA RIBEIRA DE S.SIMÃO FICHA DO PERCURSO DENOMINAÇÃO: PR1 SRD NA ROTA DO JAVALI DISTÂNCIA: 10,3 KM TIPO: CIRCULAR INÍCIO/FIM: CAPELA Nª. Sª. DA SAÚDE - ANDREUS GPS 39º33’24”N | 08º10’07”W GRAU DE DIFICULDADE: III

Mais uma vez o elemento água é o fator mais relevante neste percurso circular com 10,3 km de extensão. A ribeira de S. Simão possui diversos açudes que lhe proporcionam uma beleza natural digna de realce. A subida à Capela dos Barbilongos vale muito a pena pela vista que temos quando nos encontramos no topo. Ainda falando de capelas, as ruínas da Capela de S. Miguel de Alferrarede são muito interessantes e criam um cenário insólito.


Capela de S. Guilherme | Nossa Senhora da SaĂşde em Andreus

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Capela dos Barbilongos


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DESCRIÇÃO O percurso pedestre “Na Rota do Javali” é um percurso circular de 10,3 km, desenhado nas margens da ribeira de S. Simão e que permite conhecer uma das mais interessantes manchas de vegetação ribeirinha do concelho de Sardoal. Com início junto à capela de S. Guilherme/Nossa Senhora da Saúde em Andreus, o percurso percorre numa primeira fase um caminho de pé posto até às margens da ribeira de Andreus. No final deste troço encontrará sinalizado um desvio opcional para visita à capela dos Barbilongos, hoje, Capela da Nossa Senhora da Saúde. Trata-se de uma ermida antiquíssima, provavelmente do século XVI, que foi remodelada em 2001. Conta a lenda que para ali vinham os enfermos da peste para se tratarem junto dos frades, devido ao local ter bons ares. Segue-se a passagem pelo Vale da Amarela,

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Ribeira de S.Simão

em direção à aldeia de S. Simão. Aqui, pode refrescar-se na Fonte de S. Simão – trata-se duma fonte de bica, com escadaria de acesso e, a acreditar na inscrição com a data da celebração do seu centenário, foi construída em 1840. À saída da aldeia encontrará a Ribeira de S. Simão. O percurso prossegue ao longo das margens da ribeira, permitindo-lhe observar uma diversidade de espécies características das zonas ribeirinhas, como o amieiro (Alnus glutinosa), a tabua (Thypha sp.), o junco (Carex sp.), o feto-real (Osmunda regalis), o lírio-amarelo (Iris spsedacorus) e a salsaparrilha (Smilax áspera). São também comuns as pegadas bem desenhadas de raposa e de javali, particularmente nos dias que se seguem a períodos de chuva. Aqui e ali, é muito provável encontrar espojadouros (ou chiqueiros) - espaços normalmente


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utilizados pelos javalis para os seus banhos-de-lama, que têm a dupla função de regular a temperatura corporal e de ajudarem à desparasitação. Quando o percurso finalmente se começa a afastar da Ribeira de S. Simão, encontrará sinalizada a ruína da Capela de S. Miguel de Alferrarede, onde, apesar do estado, ainda é possível identificar o átrio, a sacristia, a câmara principal e algum ocre que se adivinha para lá das paredes. O regresso ao ponto de partida faz-se percorrendo caminhos de terra batida, que atravessam zonas de floresta e de cultivo e permitem belas vistas, primeiro da aldeia de S. Simão e depois de Andreus. Fonte: C.M. Sardoal


Capela de S. Miguel de Alferrarede

MAPA DO PERCURSO | PR1

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TRILHO DO PASTOR

À DESCOBERTA DO SARDOAL FICHA DO PERCURSO DENOMINAÇÃO: PR2 SRD / TRILHO DO PASTOR DISTÂNCIA: 7,2 KM TIPO: CIRCULAR INÍCIO/FIM: PRAÇA DA REPÚBLICA GPS 39º32’01”N | 08º09’43”W GRAU DE DIFICULDADE: II A III

Estamos perante um percurso circular com início e fim na vila do Sardoal. É uma caminhada muito interessante devido às suas caraterísticas particulares e à sua ligação à vila. É um percurso que nos permite ter a noção de duas realidades de um local e mostrar o seu grande potencial. No campo, os elementos água e flora são preponderantes. Na vila passamos pelos pontos importantes/interessantes o que nos permite “navegar” na história de uma povoação cheia de tradições. Estamos perante um percurso de grande qualidade e que funciona como um belo cartão de visita de Sardoal.


Vila do Sardoal

Vila do Sardoal

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Fonte Velha

DESCRIÇÃO O percurso pedestre “Trilho do Pastor” é um percurso circular que pode ser feito percorrendo uma distância mais curta, de 5,6km, ou uma distância maior, de 7,2km. Assim, e com início na Praça da República, o traçado percorre numa primeira fase o emaranhado medieval das ruas velhas, no Centro Histórico, dando a conhecer a Capela do Divino Espírito Santo, o Painel de Azulejos de Gil Vicente, a Igreja da Misericórdia e a Cadeia Velha. Segue-se a passagem pela Fonte Velha e pelo Sobreiro da Dona Maria, locais emblemáticos do Património Cultural de Sardoal, que o encaminharão para o Parque Pedro Barneto Nogueira e para o Vale da Gala. O parque Pedro Barneto Nogueira, situado nas margens da ribeira de Sardoal, representa um pequeno bosquete de carvalho-português onde está instalado um parque de meren-

das. É aqui que poderá observar no tronco das árvores, um líquen cujo nome “Pulmão dos Carvalhos” (Lobaria pulmonaria) aduz à sua semelhança com o interior dos pulmões. É uma espécie em vias de extinção nos países mais industrializados e a sua presença é sempre sinónimo da boa qualidade do ar. A partir daqui o percurso retoma a direção do Centro Histórico aproveitandose para o efeito de um trilho de pé posto que percorre uma das mais interessantes manchas de vegetação natural do Concelho de Sardoal. Esta reaproximação à Vila torna possível a passagem pelo Vale da Mata, cuja matriz lhe permitirá encontrar vestígios da presença de esquilos, como sejam, pinhas roídas e pegadas. Se tiver um bocadinho de paciência e sorte, talvez encontre também, na copa das árvores, junto ao tronco principal, estruturas mais ou


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menos circulares que mais não são do que ninhos de esquilos. Finda esta passagem e após estarem percorridos 4,8km, é chegado o momento de optar pelo caminho mais curto ou pelo caminho mais longo. Se optar pelo caminho mais curto (variante PR2.1), encaminhar-se-á diretamente para a Fonte da Pena e para o Centro Histórico. Se optar pelo caminho mais longo terá a oportunidade de percorrer as margens da ribeira de Sardoal. No entanto, e independentemente do percurso que escolher, os últimos metros serão coincidentes. Será nesta fase que poderá apreciar a fachada da Casa dos Arcos, a Igreja Matriz ou a antiga escola primária de Sardoal, hoje sala de ensaios da Filarmónica União S ardoalense. Fonte: C.M. Sardoal


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40 Lagar do Medonho

Fonte das trĂŞs bicas


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MAPA DO PERCURSO | PR2


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Ribeira das Sarnadas

DO PÃO AO VINHO

DIVERSIDADE E QUALIDADE DE PAISAGENS FICHA DO PERCURSO DENOMINAÇÃO: PR3 SRD DO PÃO AO VINHO DISTÂNCIA: 9,5 KM TIPO: CIRCULAR INÍCIO/FIM: LAPA GPS 39º32’11”N | 08º07’11”W GRAU DE DIFICULDADE: III

O percurso Do Pão ao Vinho, com 9,5 km de extensão, é um dos mais interessantes e bonitos trajetos da rede de percursos pedestres do Sardoal. Não sendo muito longo possui diversos pontos de interesse no que diz respeito a paisagens naturais e culturais. A zona da Lapa é um local muito aprazível e com muita água e uma pequena capela. A ribeira de Sarnadas e a sua levada é também muito especial e de uma beleza difícil de descrever. O núcleo de moinhos de vento (Pão), em Entrevinhas, está bem preservado e, num deles gerido pela Junta de Freguesia, podemos visitar o seu interior para ver alguns dos artefactos da época. A Quinta do Vale do Arno e as suas vinhas é um dos outros pontos altos deste percurso.


Espelho de รกgua

Capela da Senhora da Lapa

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DESCRIÇÃO O percurso pedestre “Do Pão ao Vinho” é um percurso circular, de pequena rota, com 9,5km, desenhado na freguesia de Sardoal e com ponto de partida na Lapa. O seu traçado foi pensado para dar a conhecer alguns dos locais mais importantes da história do fabrico do pão e do vinho no concelho de Sardoal. Assim, e tomando como ponto de partida a Lapa, desde logo poderá apreciar o espelho de água e a Capela da Senhora da Lapa: esta pequena Capela rural foi edificada na década de 50 do século XVII por ordem do abade João Cansado. Seguidamente irá percorrer a antiga estrada que liga a Lapa ao Porto de Mação, a qual, embora alcatroada, se encontra bem enquadrada na paisagem. No Porto de Ma-

ção encontrará ruínas de várias azenhas e o percurso prossegue numa antiga levada de água, nas margens da Ribeira das Sarnadas. Recomenda-se prudência, dado este troço apresentar algum perigo. Nesta parte do percurso, poderá encontrar vestígios da presença de javalis e de lontras. No final da levada está sinalizado um desvio para visitação de uma ponte medieval/moderna oculta na galeria ripícola. Nesta fase, o percurso afasta-se da água, em direção à aldeia de Entrevinhas e ao seu núcleo de moinhos. De caminho irá ver a Fonte do Vale. Os quatro moinhos de vento de Entrevinhas são o mais importante núcleo de moinhos do concelho de Sardoal. Datam de finais do século XIX e laboraram até ao verão de 1959. Ao descer dos moinhos encontrará a fonte do Po-


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cinho. A partir daqui o traçado encaminha-se para as zonas envolventes à Venda Nova. Ao percorrer os trilhos, poderá observar algumas das espécies mais interessantes da flora local, como a orquídea, o vasculho ou o lírio-amarelo. Finda esta passagem irá atravessar uma estrada e deparar-se-á com as vinhas da Quinta do Vale do Armo. Nos tempos da II Guerra Mundial, esta quinta era uma fonte de emprego no concelho. Os anos foram passando e o abandono foi inevitável, até que em 2004 foi revitalizada, produzindo atualmente vinhos de elevada qualidade. O regresso ao ponto de partida (Lapa) faz-se primeiro pelo meio das vinhas e depois por terrenos mais ou menos acidentados, que acompanham linhas de água intermitentes. Fonte: C.M. Sardoal


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Moinho de vento de Entrevinhas


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MAPA DO PERCURSO | PR3


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VIA ROMANA

O REGRESSO ÀS ORIGENS FICHA DO PERCURSO DENOMINAÇÃO: PR4 SRD VIA ROMANA DISTÂNCIA: 12,5 KM TIPO: CIRCULAR INÍCIO/FIM: JUNTA DE FREGUESIA DE VALHASCOS GPS 39°31’4.62”N | 8° 8’18.59”W GRAU DE DIFICULDADE: IV

O percurso denominado de Via Romana possui 12,5 km de extensão e, os grandes pontos de interesse, são os troços de calçada romana e os achados arqueológicos do Casal de Santa Graça. Possui paisagens interessantes e com uma componente arqueológica forte na versão mais longa do passeio.


Igreja de Nossa Senhora da Graรงa

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Capela de São Bartolomeu

DESCRIÇÃO O percurso pedestre “Via Romana” é um percurso circular que foi desenhado por forma a disponibilizar duas alternativas distintas: um percurso mais longo, de 12,5 km, e um percurso mais curto, de 5,4 km (variante PR4.1). Assim, e com início na Junta de Freguesia de Valhascos, o traçado percorre numa primeira fase as zonas a sudoeste da aldeia, cuja paisagem denuncia a presença de uma diversidade de espécies associadas aos espaços de influência mediterrânea como o sobreiro, a oliveira ou o rosmaninho e onde, com facilidade, poderá observar vestígios de raposa, de saca-rabos ou de coelho. Se é um interessado em biodiversidade, este será, neste percurso, o local ideal para a observação direta destes

animais. Continuando, irá encontrar a Capela de S. Bartolomeu, edifício de pedra tosca que se julga datado do século XVII, possivelmente associado ao Caminho de Santiago. Mais adiante passará à Fonte dos Mouros e, é nesta fase, em que o percurso se aproxima novamente da aldeia de Valhascos sendo chegado o momento de optar entre o percurso mais curto (variante PR4.1), que o levará de regresso ao ponto de partida, ou pelo mais longo, seguindo em direção ao “Casal da Graça”. Caso opte pelo traçado mais longo, importa referir que o “Casal da Graça” é uma das mais interessantes estações arqueológicas do Concelho de Sardoal – é aí que encontrará vestígios medianamente bem preser-


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Fonte dos Mouros

vados de diferentes épocas, nomeadamente, miliários, achados de cerâmica do período romano e uma extensa calçada de aproximadamente 700 metros do período medieval. A partir deste ponto o percurso encaminha-se para as margens da Ribeira do Travesso, onde encontrará, com relativa facilidade, vestígios da presença de javalis, como espojadouros e pegadas. O regresso à aldeia de Valhascos faz-se por terrenos acidentados que o encaminharão paulatinamente até à Fonte da Queixoperra e, seguidamente, de volta ao ponto de partida. No final do percurso deparar-se-á com a Igreja de Nª Senhora da Graça, cuja inauguração data de 1904. Fonte: C.M. Sardoal


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MAPA DO PERCURSO | PR4


destino: Sardoal

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CAMINHO DA MOURA ENCANTADA UM ENCANTO DE PERCURSO...

FICHA DO PERCURSO DENOMINAÇÃO: PR5 SRD CAMINHO DA MOURA ENCANTADA DISTÂNCIA: 15,5 KM TIPO: CIRCULAR INÍCIO/FIM: LARGO DO MERCADO - SANTA CLARA GPS 39º 33’ 43,6”N | 08º 07’ 33,13”W GRAU DE DIFICULDADE: III

O Caminho da Moura Encantada é a maior Pequena Rota da rede de percursos do Sardoal e um dos mais interessantes. Os troços junto às linhas de água são fabulosos ao nível da paisagem e do edificado. Mas, o ponto alto do percurso, foi a visita guiada à Artelinho. A anfitriã foi a senhora Alina Rodrigues que, de uma forma entusiasmada e contagiante, mostrou a importância que o linho e a tecelagem tiveram para a região. A Artelinho para além de funcionar como museu também possui um centro de formação de trabalhos em tear e exposição/venda de produtos feitos à mão com base no linho.


Igreja Paroquial de Santa Clara

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DESCRIÇÃO Com início em Santa Clara, Alcaravela, o percurso pedestre “Caminho da Moura Encantada” é um percurso circular com cerca de 15,5 km, que, apesar de apresentar algumas dificuldades pontuais, permite conhecer lugares fantásticos. Numa primeira fase, o traçado percorre a zona a sudeste da aldeia de Santa Clara. À saída da aldeia deparar-se-á com a Igreja Paroquial. Seguidamente percorrerá uma levada que outrora fornecia água para a azenha que encontrará do lado direito. Continuando o caminho, passará no parque de lazer da Rosamana, local de grande beleza natural, com mesas a convidar para um piquenique. Seguindo ao longo da ribeira irá encontrar diversas ruínas de antigas azenhas. Este percurso, implantado maioritariamente junto a cursos de água, permite apreciar a flora característica das zonas ribeirinhas, destacando-se os chou-

pos, os amieiros e os salgueiros. Encontrará também em abundância outras espécies da flora mediterrânica, tais como a esteva, a carqueja, o rosmaninho, o medronheiro, a murta e, principalmente, a giesta. É também constante a presença do pinheiro bravo, do eucalipto e de algumas manchas de sobreiros, carvalhos e oliveiras. Seguindo o percurso, deparar-se-á com a Barragem da Lapa. Nesta zona e no que toca à avifauna, destacam-se o guarda-rios, o milhafrepreto, a garça e o corvo-marinho. Existem ainda diversas espécies piscícolas como a carpa, o achigã, a boga, o barbo, a perca e o bordalo. Mais adiante, no Pisão Fundeiro poderá apreciar uma ponte medieval/ moderna e as ruínas de um lagar. Chegando ao Vale Formoso, passará por ruínas de antigas habitações e, mais adiante, ao lado de um lagar que laborou até finais da década de noventa do século passado. Depois de


Barragem da Lapa

passar pelo Pisão Cimeiro, chega à bonita aldeia da Saramaga, local de várias fontes, onde poderá refrescar-se. Será perto de Casos Novos, o local mais propício do percurso para encontrar vestígios da fauna que por aqui domina: a raposa, o javali, o sacarabos e o coelho. Ao chegar a Chã Grande, encontrará as ruínas de um dos muitos moinhos de vento (9) que existiram nesta freguesia e que noutros tempos marcavam a sua paisagem. No final do percurso deparar-se-á com a Cooperativa Artelinho. A sua atividade está relacionada com a confeção artesanal de artigos de linho e produtos em vime e, mais recentemente, com a confeção de produtos alimentares em forno de lenha, como pão caseiro, tigeladas e bolos amassados. Se tiver tempo, entre e visite! O regresso à aldeia de Santa Clara faz-se por caminho plano em asfalto. Fonte: C.M. Sardoal

destino: Sardoal

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Na cooperativa Artelinho, a dona Alina Rodrigues foi a nossa guia.

MAPA DO PERCURSO | PR5

destino: Sardoal

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GRANDE ROTA DA PRATA E DO OURO A LIGAÇÃO ENTRE CONCELHOS

FICHA DO PERCURSO DENOMINAÇÃO: GR44 GRANDE ROTA DA PRATA E DO OURO DISTÂNCIA: 31 KM TIPO: LINEAR INÍCIO: CENTRO CULTURAL GIL VICENTE - SARDOAL GPS 39º32’18.29”N | 08º9’39.88”W GRAU DE DIFICULDADE: IV

Sardoal e Vila de Rei estão ligados pela Grande Rota da Prata e do Ouro. Nesta edição concentramos mais a nossa atenção no percurso que se desenvolve no Sardoal onde o Centro Cultural Gil Vicente, o espaço Cá da Terra, o Convento de Nossa Senhora da Caridade, a povoação de Santiago de Montalegre, as minas de exploração da prata e e a Ponte Medieval, no Codes, são as grandes atrações. A chegada à fronteira dos dois concelhos é muito interessante do ponto de vista paisagístico. Mais uma vez o fator água é de uma grande relevância. Na minha opinião, esta Grande Rota deverá ser efetuada em dois dias para que, desta forma, tiremos o máximo partido da realidade paisagística e cultural.


Cรก da Terra no Sardoal

destino: Sardoal

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destino: Sardoal

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DESCRIÇÃO Com início no Sardoal ou em Vila de Rei, este percurso linear, com cerca de 28 km no traçado principal, oferece paisagens fantásticas que ficarão na memória de todos. Com algumas dificuldades pontuais plenamente compensadas pela beleza do território, o percurso segue não só por zonas altas e de meia encosta, particularmente ao longo da freguesia de Santiago de Montalegre (Sardoal), como junto às galerias ribeirinhas de cursos de água, no troço entre a Ribeira do Codes e a localidade de Cabecinha (Vila de Rei), local onde se observa um dos mais belos panoramas sobre a Albufeira de Castelo de Bode. O percurso passa ainda por uma das áreas de maior interesse do Concelho de Vila de Rei – Os Poios – local onde as cascatas, as formações rochosas e a floresta são uma constante.

As características geológicas do território a percorrer são de génese xistosa e grauváquica, apresentando conglomerados que, pela sua natureza, foram explorados tanto pelo ouro, durante a Idade do Bronze até à ocupação Romana (durante o Século I DC), como pelo estanho e prata (cujos poços de exploração podemos encontrar nas imediações de Santiago de Montalegre), provavelmente durante a Época Romana. Numa parte do percurso de Vila de Rei, podemos encontrar as famosas conheiras, partes integrantes das minas de ouro referidas, que ao contrário de outras minas mais comuns, não necessitavam de ser exploradas em grandes túneis e galerias subterrâneas. No que toca à flora, podemos referir que as galerias ribeirinhas por onde o percurso passa são de grande beleza, onde se destacam os amieiros, choupos e os salgueiros,


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em sintonia com outras espécies características da flora mediterrânica, tais como o medronheiro, a murta, a gilbardeira, o pilriteiro, a aroeira, o rosmaninho, a esteva, o sargaço, o estêvão, a giesta e a carqueja. Paralelamente a esta flora, a área circundante apresenta ainda um conjunto de vegetação associada a afloramentos rochosos de notável dimensão. Apesar de ambos os concelhos serem sobretudo de natureza florestal, onde a presença do pinheiro bravo e do eucalipto é notória, ainda é possível encontrar manchas de sobreiros e carvalhos, espécies que eram mais abundantes até meados do século passado. Em termos de fauna, a avifauna é sem margem de dúvidas a mais abundante, onde destacamos o guarda-rios, o milhafre-preto, diversas espécies de garças, o corvo-marinho, que encontrou sobretudo na barragem

destino: Sardoal

Igreja de Santiago de Montalegre

de Castelo de Bode um habitat para viver, e algumas espécies particulares, tais como um discreto casal de cegonhas-pretas que nidificam na zona da Ribeira do Codes e outro casal de águias de Bonelli que de vez em quando se avistam em voos de caça. Contudo podemos avistar outros animais, como o caso do tímido esquilo vermelho e da lontra, nas Ribeiras do Codes e de Andreus. Qualquer que tenha sido o sentido do percurso tomado, à chegada, é natural que o cansaço se faça sentir, mas a satisfação e a riqueza da experiência vivida compensará tudo o resto, não fosse esta a Grande Rota da Prata e do Ouro. Fonte: C.M. Sardoal


destino: Sardoal

64 Antigos poços de exploração


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MAPA DO PERCURSO | GR44

Ponte de Codes


na versĂŁo paga 66


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passear nº 52


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