Revista Digital Passear Nº53 Versão Gratuita

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passear sente a natureza

Crónica

TESTES - SAPATO FORCLAZ 500 HELIUM - CALÇAS MODULÁVEIS

Nº. 53 . Ano VI . 2016 . PVP: 2 € (IVA incluído)

FORCLAZ 500

Irkutsk, a Paris da Sibéria

CAMINHADA

PERCURSO DA VEIGA

Torre de Moncorvo


Correspondência - P. O. Box 24 2656-909 Ericeira - Portugal Tel. +351 261 867 063 www.lobodomar.net

www.passear.com

Director Vasco Melo Gonçalves Editor Lobo do Mar Responsável editorial Vasco Melo Gonçalves Colaboradores António José Soares; Francisco Cordeiro; João Fernandes; Rui Ferreira, Luis Contente. Publicidade Lobo do Mar Contactos +351 261 867 063 + 351 965 510 041 e-mail geral@lobodomar.net

Veja os evento s sempre actuali zados e m www.p assear.c om

Grafismo

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Registada na Entidade Reguladora para a Comunicação Social sob o nº. 125 987 Direitos Reservados de reprodução fotográfica ou escrita para todos os países

Capa Fotografia

Destino:Torre de Moncorvo (pág.16)

À descoberta de Torre de Moncorvo A edição 53, da revista digital Passear, é dedicada ao destino turístico e cultural de Torre de Moncorvo. Ao longo de cerca de 42 páginas tentamos mostrar o potencial da região no que diz respeito à oferta de percursos pedestres na Natureza e, de outros, mais urbanos e com uma componente mais cultural e arquitetónica. Na semana que passámos no concelho de Torre de Moncorvo deu para nos inteirarmos do seu potencial turístico e da importância do trabalho em equipa para a definição de uma estratégia de desenvolvimento que permita a criação de um produto turístico coerente e bem estruturado. A conjugação do elemento água – rios Douro e Sabor – com uma terra de paisagens únicas e tradições antigas, permite encarar o futuro com confiança. Nesta edição publicamos ainda uma interessante crónica sobre IRKUTSK, a Paris da Sibéria, da autoria de Luis Contente. Damos também a conhecer um bonito percurso pedestre em Ponte de Lima e, a nossa opinião sobre diversos equipamentos para a caminhada. Bons passeios, boa leitura e boas férias.

Diretor vascogoncalves@lobodomar.net


3 Edição Nº.53

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Versão completa paga

gratuita

04 Atualidades 10

Testes Equipamento

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Destino: Torre de Moncorvo

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Empresas & Negócos:

Sabor Douro

68 70

Reportagem: Casa da Avó Caminhada: Ponte de Lima

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Apresentação de artigos

do Passear (versão paga)

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ASSINATURA Passear

80 Crónica:

Irkutsk, A Paris da Sibéria

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Artigo Técnico:

A mochila para a sua caminhada

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dormidas : comidas: bebidas

Tenha acesso à versão compl eta da rev ista pa ssear por m enos d e 2€

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atualidades

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CAMPEONATO DO MUNDO DE TRAIL RUNNING DECORRERÁ EM OUTUBRO DE 2016 Realiza-se a 29 de Outubro de 2016 em Portugal o VI Campeonato do Mundo de Trail. A cidade de Braga será a anfitriã, acolhendo e alojando as seleções, e a prova desenrolar-se-á em trilhos do Parque Nacional Peneda-Gerês, num total de cerca de 85 Km’s, através dos concelhos de Arcos de Valdevez, Montalegre, Ponte da Barca e Terras de Bouro. O PNPG é um importante destino turístico, apresentando caraterísticas únicas em Portugal para a prática do trail running. O envolvimento da Federação Portuguesa de Atletismo e da ITRA, aliado à experiência do Carlos Sá, enquanto atleta e organizador de provas de trail running, o palco natural do PNPG, o apoio dos Municípios de Arcos de Valdevez, Braga, Montalegre, Ponte da Barca e Terras de Bouro, permitiram reunir condições para atrair e vencer a candidatura para realizar o campeonato de mundo de trail running no norte de Portugal. A promoção e internacionalização da região, que servirão de palco a esta prova

são em parte indissociáveis da adoção de uma política coerente para o setor do turismo e serviços associados, reconhecendo-se que este evento pode potenciar a visibilidade da região, no que respeita ao turismo, às condições para a prática de desportos, à gastronomia, aos eventos culturais, e, acima de tudo, à qualidade de vida que a região apresenta. A prova terá início na madrugada de 29 de Outubro de 2016, nas pontes de Rio Caldo (Município de Terras de Bouro), passando pelos Municípios de Montalegre, Ponte da Barca, terminando na Vila de Arcos de Valdevez (sede do Município com o mesmo nome). Percorrerá um total de cerca de 85 Km’s de trilhos, com um desnível positivo de 4500 metros. Para além desta prova, exclusiva a atletas de seleções, será realizada uma outra, aberta ao público, para dar oportunidade a atletas amadores de poderem disfrutar deste mesmo palco, praticando trail running. Fotografia: “Kirsten Kortebein para iRunFar.com.”



atualidades

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PROGRAMAS PARA O VERÃO NO DOURO Programas para o Verão da Sabor Douro em parceria com a Casa da Avó - Turismo de Habitação, no Douro. A Casa da Avó, alojamento em Torre de Moncorvo divulga para o Verão, propostas de turismo de bem estar e ativo, turismo cultural e paisagístico, feito em parceria com a empresa Sabor Douro e Aventura, onde não falta emoção e diversidade de programas. O programa “De Canoa pelo Douro”, inclui duas noites em duplo, com pequeno almoço e um passeio de meio dia de canoa pelo Douro, 85€/pessoa. “Arte pré-histórica do Côa”, com duas noites em duplo, pequeno almoço e visita à noite, do núcleo de gravuras rupestres da Penascosa, do Parque Arqueológico do Vale do Côa, por 95€/pessoa.

De bicicleta a sugestão é “Ecopista do Sabor”, com duas noites em duplo, com pequeno almoço e um passeio de bicicleta pela Ecopista do Sabor, para uma pessoa, por 85€. Como alternativa o “Passeio de Barco pelo Douro”, com duas noites de alojamento em APA e passeio de lancha rápida (Jetboat) pelo Vale do Douro, com prova de vinho a bordo por 205€ por pessoa. A Casa da Avó é um turismo de Habitação no Vale do Douro, com 6 quartos inspirados na paisagem duriense, espaços de lazer, próxima do Vale do Douro e Parque Arqueológico do Vale do Côa. Mais informações consulte o site ou envie um e-mail para info@casaavo.com


atualidades

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TURISTAS VÃO PODER PARTICIPAR NA ARTE XÁVEGA Os turistas vão voltar a poder participar na Arte Xávega, uma pesca que se pratica há muitas décadas na Baía de Sesimbra. Para além de aprenderem as caraterísticas mais importantes desta arte, vão também poder ajudar a empurrar a aiola até ao mar e a puxar as redes. No final, como agradecimento, vão ter direito ao merecido “quinhão” da pescaria. A ação, inserida na campanha Sesimbra é Peixe, é direcionada ao público em geral, e

CAMINHAR PARA FITNESS

Acaba de ser editado mais um livro de Nina Barough. O exercício de impacto reduzido que tonifica e molda. Feito correctamente, o power walking eleva os níveis de energia e coloca-a na faixa certa da boa forma em apenas 30 minutos por dia. Sequências passo a passo explicam a técnica correcta para este exercício fácil, de baixo impacto e aeróbico. Programas detalhados para uma variedade de níveis, regimes de fitness diários e eventos de caminhada competitivos. Ficha Ano de Edição / Impressão / 2016 Número Páginas / 160 Dimensões / 218 x 12 x 171 mm ISBN / 9789724750576 Editora / TEXTO Preço / 14,90 Euros

decorre nos dias 14, 21 e 28 de julho, 4, 11, 18 e 25 de agosto e 1 de setembro, quintas, a partir das 18.30 horas, na Praia da Califórnia, junto à Fortaleza de Santiago. A iniciativa é gratuita e limitada a 12 participantes. Os interessados podem inscrever-se no Posto de Turismo de Sesimbra, pelos telefones 21 228 85 40 ou 93 245 60 98. Fonte: C.M. Sesimbra


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MONUMENTOS NO ALGARVE COM MAIS VISITANTES Monumentos tutelados pela Direção Regional de Cultura do Algarve aumentam visitantes em 10.3 % no primeiro semestre de 2016. Os monumentos com fruição pública controlada sob tutela da Direção Regional de Cultura do Algarve – Fortaleza de Sagres, Ermida de N.ª Senhora de Guadalupe (Vila do Bispo), Monumentos Megalíticos de Alcalar (Portimão) e Ruínas Romanas de Milreu (Faro) - registaram um aumento global de 10,3% de visitantes no primeiro semestre de 2016 relativamente ao período homólogo anterior. A Direção Regional de Cultura do Algarve tem procurado divulgar e dinamizar os monumentos por si tutelados. Além das intervenções de reabilitação e valori-

zação, que visam melhorar as condições de fruição, também a criação em 2014 do DIVAM - Programa de Dinamização e Valorização dos Monumentos, em parceria com várias associações culturais e municípios algarvios, oferece aos visitantes (muitos deles residentes) uma programação cultural variada, contribuindo para uma maior diversidade na oferta cultural complementar dos monumentos do Algarve, levando as comunidades próximas a revisitar o seu património. A recente distinção do Promontório de Sagres com a Marca Património Europeu poderá, pelo seu reconhecimento, contribuir para o reforço da valorização deste património único a nível europeu e mundial. Fotografia: © DRCAlgarve/João Pedro Costa


atualidades

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CENTRO DE PORTUGAL É O DESTINO PREFERIDO DOS AGENTES DE VIAGENS EUROPEUS EM 2017 O Turismo Centro de Portugal formalizou, no passado dia 30 de junho, um protocolo com a Confederação Europeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos Europeus (ECTAA), através do qual assegurou o status de «Destino Preferido do Ano da ECTAA», em 2017. No âmbito deste protocolo, a Entidade Regional Turismo Centro de Portugal irá, no próximo ano, figurar em todo o material e documentação da ECTAA que é enviada aos associados, bem como, nas apresentações, estudos e relatórios produzidos por esta confederação europeia. Terá ainda presença assegurada nas suas reuniões bianuais, acesso privilegiado às instituições europeias e a todas as associações de agentes de viagens e operadores turísticos

da Europa. A ECTAA integra as associações nacionais de agentes de viagens e operadores turísticos de 27 Estados-membro da União Europeia, dois Estados-Candidatos e da Suíça e Noruega, que no seu conjunto representam mais de de 80.000 agências de viagens e operadores turísticos. A atribuição da menção «Destino Preferido do Ano da ECTAA», em 2017, é pois, um momento importante, em consonância com toda uma estratégia de internacionalização e consolidação da marca “Centro de Portugal”, que irá reforçar a atratividade deste destino junto do mercado interno e aumentar a sua participação no mercado internacional.


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testepsamento equi

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recom enda

do

Sapato Forclaz 500 Helium da Quechua Concebido para a caminhada de montanha de um dia inteiro, com tempo seco, em caminhos fáceis. Para utilização regular. A composição do sapato é a seguinte: - Sola em : 50.0% Borracha, 50.0% Acetato etileno de vinil (EVA); - Exterior em : 50.0% Poliéster, 50.0% Poliuretano; - Interior em : 100.0% Poliéster. O design da sola Crosscontact possui uma formulação de borracha específica para oferecer o melhor compromisso entre tração e aderência. O design da sola do Forclaz 500 Helium oferece mais aderência do que tração. Definição: Tração: não deslizar em pisos móveis (lamacento ou seco). Aderência: não deslizar em piso duro (húmido ou seco).

Outro ponto interessante nestes sapatos é a integração da tecnologia Evofit. Esta inovação da Quechua, permite que o sapado se adeque à forma do seu pé, ao longo dos seus passos. APRECIAÇÃO Usei os sapatos em diferentes situações e, numa apreciação geral, gostei dos sapatos. O que o fabricante anuncia corresponde à realidade dos sapatos! São leves, arejados e para uma utilização com tempo seco. Utilizei os sapatos em caminhadas por terrenos suaves e sem muito cascalho e pedras. Em terrenos mais agrestes, gosto de utilizar botas pois, dão-me mais confiança no pousar do pé e protege-me melhor o pé.


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BENEFÍCIOS DO PRODUTO • Leveza Tudo foi otimizado para facilitar cada passo. 314 g o pé, no tamanho 42. • Estabilidade Conceito Evofit oferece um bom apoio independentemente da forma do pé. • Tração Sola Crosscontact para um excelente compromisso entre tração e aderência. • Facilidade de abertura / fecho Aperto rápido e fácil para ajustar em qualquer momento. • Amortecimento Amortecimento integral em EVA para o bemestar do pé. Preço: 59,99 Euros


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recom enda

do

Calças moduláveis Forclaz 500 Homem Quechua Concebido para o praticante regular a intensivo de caminhada de montanha, estas calças são fabricadas em tecido biextensível e transformam-se facilmente em calções. Texto: Vasco de Melo Gonçalves Fotografia: Passear e Decathlon

Experimentei este modelo de calças, durante uma semana, em Torre de Moncorvo em diversos tipos de percursos pedestres e com diferentes condições meteorológicas. Trata-se de uma peça de vestuário muito versátil e com uma boa relação qualidade / preço. Possui diversas soluções interessantes para os caminheiros como, por exemplo, a possibilidade de se retirar a parte de baixo das calças sem nos termos de descalçar. Ainda na parte de baixo das calças, o fecho lateral pode

ser aberto parcialmente para um arejamento da perna em caso de calor. Na zona da bainha temos ainda a possibilidade de uma afinação. A distribuição dos bolsos é boa e os fechos aumentam a segurança, ao nível dos objetos transportados. Os reforços das calças estão bem localizados e, realmente, o tecido tem propriedades de secagem muito boas. APRECIAÇÃO As calças moduláveis Forclaz 500 da Quechua são confortáveis e de fácil utilização. O destaque vai para a capacidade de transformação rápida em calção. Penso que o preço que a Decathlon pede por este modelo é justo. É pena que não existam mais cores do que o cinzento.


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Calça Forclaz 500 da Quechua

As calças vêm equipadas com um cinto ajustável.

Separação da parte inferior das calças.


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recom enda

do

Aspeto dos calções.

BENEFÍCIOS DO PRODUTO • Liberdade de movimentos: Tecido biextensível. Cintura semielástica. Joelhos pré-formados. •

Rapidez de secagem: Tecido sintético oferece respirabilidade e um tempo de secagem muito reduzido.

Leveza: Tecido leve e compressível. 480 g no tamanho 44.

Eliminação da transpiração: Tratamento que favorece a transferência da humidade para fora do tecido.

Modularidade: Transformam-se facilmente em calções sem necessidade de descalçar

Resistência à abrasão: Aplicação nos joelhos em Ripstop para melhorar a resistência.

Facilidade de manutenção / limpeza: Tecido sintético Equarea®, lavável na máquina, não necessita passagem a ferro. Preço: 49,99 Euros

Afinação situada na bainha.


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Meias de caminhada cano alto Forclaz 500 Quechua Concebidas para proteger os pés e proporcionar o máximo conforto e proteção nas caminhadas de montanha. Para utilização regular. APRECIAÇÃO Gostei das meias pois são confortáveis, bem concebidas e resistentes. Numa utilização, com tempo quente, fiquei com a sensação de calor nos pés mas sem ficarem soados! Na utilização das meias com botas pareceu-me que o cano das meias é um pouco baixo. BENEFÍCIOS DO EQUIPAMENTO • Eliminação da transpiração Zona de malha arejada na parte superior do pé para eliminar a transpiração. • Limitação das irritações Fibras específicas para reduzir as fricções que originam as bolhas.

• Adaptabilidade morfológica Estrutura 100% elastano para adaptar-se a todos os formatos de pé. • Resistência à abrasão Fibra em poliamida com vários filamentos para maior resistência. • Conforto de utilização Malha turca debaixo do pé, na canela e no tendão de Aquiles. • Limitação das irritações No calcanhar e na biqueira, o material é poliamida retorcida com um segundo fio de poliamida revestido a PTFE que reduz o risco de aparecimento de bolhas. Preço de 2 pares: 17,99 Euros


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DESTINO:

TORRE DE MONCORVO Texto e fotografia: Vasco de Melo Gonçalves

O CONCELHO DE TORRE DE MONCORVO COMO DESTINO É A NOSSA PROPOSTA PARA ESTA EDIÇÃO. A BELEZA NATURAL DA PAISAGEM, A RIQUEZA DO PATRIMÓNIO EDIFICADO, OS DESLUMBRANTES RIO SABOR E DOURO FAZEM, DA REGIÃO, UM DESTINO DE NATUREZA E CULTURA.


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18 ANDÁMOS, DURANTE UMA SEMANA, A CAMINHAR E A CONHECER O TORRE DE MONCORVO ATRAVÉS DE UM CONJUNTO DE PERCURSOS PEDESTRES. PARA ALÉM DAS PAISAGENS GRANDIOSAS, CARACTERÍSTICAS DE TRÁS-OS-MONTES, VISITÁMOS MUSEUS E IGREJAS, COMEMOS PETISCOS DA REGIÃO E APRECIÁMOS AS CELEBRES AMÊNDOAS. NO ESPAÇO DE REPORTAGEM DEDICADO AOS PERCURSOS PEDESTRES, FACULTAMOS O TRACK DE GPS PARA QUE O CAMINHANTE POSSA FAZER OS PERCURSOS EM AUTONOMIA MAS, ACONSELHAMOS UM CONTACTO PRÉVIO COM A AUTARQUIA DE FORMA A INTEIRAR-SE DAS CONDIÇÕES DE MANUTENÇÃO DOS MESMOS. VILA DE TORRE DE MONCORVO À DESCOBERTA DO SEU PATRIMÓNIO Para o visitante descobrir o património e a cultura da vila de Torre de Moncorvo a autarquia lançou, recentemente, duas rotas pedestres muito interessantes: a Rota do Património e a Rota dos Judeus. Capela de St.António

Porta da Vila

Igreja da Misericórdia


ROTA DO PATRIMÓNIO A rota, com 1600 m de extensão, inicia-se na Loja Interativa de Turismo (recolher informação e mapa da vila) e desenrola-se dentro do centro histórico da vila, onde estão situados monumentos de inegável valor histórico, ou não fossem a maior parte deles considerados imóveis de interesse público e a Igreja Matriz, Monumento Nacional. O património em destaque é datado entre o século XIV e o século XVIII. PONTOS DE INTERESSE Castelo A fortificação medieval de Torre de Moncorvo determinada por D. Dinis, por volta de 1295, seria inicialmente constituído apenas por cerca muralhada, em cujo espaço interior se localizava a vila nova. Ainda na primeira metade do séc. XIV, terá sido construído o castelo, localizado no extremo Sul e possuía duas torres. Ruínas do Castelo – o antigo castelo de planta trapezoidal, possuía os cantos guarnecidos por bastiões circulares e no interior duas torres quadrangulares, associadas a um edifício de possível residência dos alcaides. Podem ser observadas algumas estruturas das torres que foram demolidas no século XIX. São visíveis no lado Este e Oeste da muralha várias seteiras e um conjunto de silhares com marcas canteiro. Igreja Matriz

Castelo

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20 Casa da Roda dos Expostos

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Escadas do Baldoeiro

Escadas do Baldoeiro Nas escadas do Baldoeiro estava situada uma outra porta da vila. O local foi intervencionado pelo Município em Dezembro 2014 através da colocação de hematite no chão e um arco em ferro, que simboliza a antiga porta da vila. Capela do Sagrado Coração de Jesus Capela de estilo barroco que pertenceu à casa da família Vasconcelos, classificada como Imóvel de Interesse Público. A fachada possui ao centro o símbolo do Sagrado Coração de Jesus. A encimá-lo um óculo com moldura em forma de cruz grega. Interiormente, o imóvel possui espólio de grande valor artístico. Casa da Roda dos Expostos Edifício de arquitectura rural transmontana. Possui uma varanda exterior de alpendre e uma pequena janela, com a data de 1785. A casa possui ainda uma roda onde eram dei-

xados os expostos ou enjeitados, mantendo o anonimato e garantindo-lhes o recolhimento e a criação. Aqui está instalado o Núcleo Museológico da Casa da Roda que divulga a história deste edifício e os procedimentos aí adotados. Igreja da Misericórdia Templo do séc. XVI que apresenta fachada de gosto renascentista, onde está rasgado um portal ladeado superiormente por dois medalhões representando S. Pedro e S. Paulo. No topo, encontra-se rasgado um nicho com a imagem de Nossa Senhora do Amparo. No interior, a igreja de uma só nave, destacamse o retábulo de talha dourada barroca (Estilo Nacional), bem como um púlpito renascentista em forma de cálice. Porta da vila e Capela de Nossa Senhora dos Remédios Capela ou nicho, assente sobre a única porta existente da cerca medieval da vila de Torre de


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património

Casa da Roda dos Expostos

Capela Sagrado Coração Jesus


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22 Moncorvo. Das antigas muralhas medievais da vila conserva-se esta porta, sendo que no interior do arco veem-se siglas cruciformes e uma alfabética.

Casa da Sinagoga

Capela de Nossa Senhora dos Prazeres Capela anexa ao solar dos Gouveia de Vasconcelos. A fachada de estilo maneirista, apresentando já elementos barrocos (séc. XVIII), com portal apresentando no lintel decorações em forma de pontas de diamante. O conjunto suporta um frontão triangular interrompido, possuindo ao centro um fogaréu. A encimá-lo o brasão de família. Capela do Espirito Santo e Antigo Hospital Conjunto arquitetónico constituído pelo antigo hospital e capela do Espírito Santo. A fundação do hospital remonta ao séc. XVI, estando aqui instalado até ao dealbar do séc. XX. A capela, reconstruída no séc. XVIII, apresenta na fachada as armas reais de D. Manuel I, bem como imagem de S. Martinho. No interior subsiste um altar sumptuoso do séc. XVIII, em talha dourada, de estilo barroca (estilo nacional). Capela de Santo António Inserida no centro do solar, propriedade da família Carvalho e Castro, a capela de Santo António remonta ao séc. XVII. O exterior apresenta um aspeto singelo em que avultam o brasão de armas pintado da família, e o portal em granito. Porém, o interior é de grande riqueza. O teto em caixotões, apresenta telas pintadas com representações de episódios da vida do orago, alternando com composições florais, e inclusive de animais exóticos, do séc. XVII, que chegaram a ser atribuíveis a Josefa de Óbidos ou à sua escola. Museu do Ferro e da Região de Moncorvo O Museu do Ferro & da Região de Moncorvo encontra-se instalado no solar do Barão de Palme, séc. XVIII. Trata-se de um edifício de traça simples, com escadaria exterior e varan-

Museu do Ferro e da Região de Moncorvo


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património

Igreja Matriz de Torre de Moncorvo

da de alpendre. Aqui nasceu e viveu também Dr. António Balbino Rego, médico e autor de vários estudos na sua área. O Museu do Ferro dedica-se à promoção, ao conhecimento e à divulgação do património arqueológico e industrial do concelho, com particular destaque para as atividades relacionadas com a exploração do ferro. Igreja Matriz de Torre de Moncorvo A construção da Igreja Matriz (Monumento Nacional) iniciou-se na primeira metade do séc. XVI, prolongando-se até aos primeiros anos do século seguinte. Na fachada principal destaca-se a torre saliente que transmite um acentuado sentido de elegância ao edifício, e o belo pórtico de estilo renascença. O interior encontra-se organizado segundo o esquema das “igrejassalão” com três naves, sendo os cinco tramos destas abobadados à mesma altura. A Igreja Matriz está classificada como Monumento Nacional e é um dos ex-libris de Moncorvo e um local de visita obrigatória. Fonte: C.M. Torre de Moncorvo


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património

Chafariz Filipino

ROTA DOS JUDEUS O Rei D. Dinis publicou a primeira lei de organização administrativa do país, que o dividiu em 7 comarcas e 7 rabinatos, sendo que na região de Trás-os-Montes a capital era Torre de Moncorvo. A Rota dos Judeus tem início na Loja Interativa de Turismo e durante o percurso dá a conhecer uma fonte inesgotável e ainda pouco estudada de um dos mais vastos patrimónios materiais e imateriais do Judaísmo. PONTOS DE INTERESSE Igreja da Misericórdia Vasco Pires do castelo, cristão-novo preso pela inquisição de Lisboa “foi o recebedor do dinheiro que se dava de esmola quando se fez a casa da misericórdia”, por meados do século XVI, conforme contou aos inquisidores. E o Dr. André Nunes, advogado, igualmente prisioneiro da inquisição, terá sido um dos primeiros provedores daquela santa casa. E seria tam-

bém o líder do movimento de apoio ao prior do Carto para Rei de Portugal, na área da comarca de Torre de Moncorvo. Casa da Sinagoga Até 1496 os judeus viviam em Torre de Moncorvo separados dos cristãos, num arruamento próprio a que chamavam judiaria e que em Torre de Moncorvo se situava nas traseiras da igreja da Misericórdia. E por esse espaço pagavam uma renda que os reis de Portugal concessionaram aos Senhores de Sampaio. Depois que a religião judaica foi proibida, as judiarias extintas e as sinagogas encerradas, aquele espaço tomou o nome de Rua Nova. Nessa rua ainda hoje existe uma casa daqueles tempos que a tradição popular sempre identificou como sendo a sinagoga dos judeus. Rua dos Sapateiros Pelos anos de 600, a Rua dos Sapateiros era praticamente toda povoada por gente da na-


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património

Praça do Município

ção. E Manuel Rodrigues Isidro teria a maior e mais opulenta casa da rua, recebida em dote de casamento, avaliada em 200 mil réis. Seria aquela mesma casa que dois séculos e meio depois, foi adquirida por D. Antónia Adelaide Ferreira, “o melhor solar de Moncorvo”, destruída por um incêndio em 1904 (?) Casa da Pelicana É assim conhecida esta casa sita na rua do Prior do Crato, porque nela terá nascido Violante Gomes, a Pelicana, de alcunha, a qual foi mãe de D. António, o malogrado pretendente ao trono de Portugal. A alcunha de Pelicana tê-la-á ganho pelo facto de usar um lenço na cabeça com a pintura daquela ave mítica para judeus e marranos. Praça Francisco Meireles Espaço comercial por excelência, a praça do município apresentava-se em Torre de Moncorvo, como o espaço mais desejado por ju-

deus e marranos para a realização de feira. O caso terá mesmo originado uma luta política entre o poder municipal e os mercadores judeus liderados por Juça Marcos, rendeiro do almoxarifado de Torre de Moncorvo, reivindicando estes que a feira se fizesse na praça e os vereadores dentro das muralhas da vila. Além de que, a generalidade das lojas comerciais em redor da praça pertenciam a mercadores da nação hebreia. E sabemos também onde eram as casas da doceira e do ferrador, por 1640, ambos daquela gente, em lugar estratégico da praça. Casa dos Navarros Ao findar do primeiro quartel do século XX, foi lançada, a partir do Porto, pelo capitão Barros Basto, a chamada Obra do Resgate, com o objetivo de promover o regresso dos marranos ao judaísmo. Tal movimento teve particular desenvolvimento na região de Trás-os-Montes e também na vila de Torre de Moncorvo. E seria


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no rés-do-chão da casa da família Navarro, ao Rossio, que a comunidade judaica se reunia em sinagoga, razão por que também lhe chamam a sinagoga nova. Cobrideiras de Amêndoa Da culinária judaica e marrana é farta a herança e variada, nomeadamente ao nível das iguarias. E muito em particular, a doçaria. E nenhuma é mais típica e genuína do que as celebradas amêndoas cobertas de Torre de Moncorvo. Tríptico da Santa Parentela Manuel Rodrigues Isidro, um destacado mercador Portuense, era também um dos grandes importadores nacionais de arte da Flandres. Quando foi preso, tinha em armazém 18 ou 24 (ele não sabia ao certo) painéis de madeira

importados de Bruxelas. Terá sido por seu intermédio que o famoso tríptico da santa parentela veio para a igreja matriz de Torre de Moncorvo? Por estas e outras muitas razões, pensamos que o dinheiro dos marranos foi de fundamental importância para a construção do grandioso templo e aquisição do seu mobiliário e por ele deve, naturalmente, passar a Rota dos Judeus. Casa da Inquisição Chamam-lhe a casa da inquisição por nela ficarem instalados os inquisidores e os comissários do santo ofício quando se deslocavam a Torre de Moncorvo em visitação, a inquirir testemunhas, fazer devassas e outras diligências. É também conhecida por Casa dos Jesuítas pois que na fachada principal ostenta o emblema desta ordem religiosa, esculpido em pedra de granito. Fonte: C.M. Torre Moncorvo


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À MARGEM “TESOUROS” PARA QUEM GOSTA DE COISAS BOAS! Arte, Sabor e Douro Quando estou em Torre de Moncorvo, a visita a esta loja é obrigatória! É um estabelecimento para quem gosta de coisas boas! As amêndoas, os vinhos, os licores, os azeites e as compotas são irresistíveis. Uma decoração simples e um atendimento de grande qualidade fazem, da Arte, Sabor e Douro, uma montra dos produtos da região e um mergulhar nas tradições de Trás-os-Montes. O espaço é fácil de encontrar visto situar-se no largo junto à Igreja Matriz. Portas meias com o nosso próximo “destino”, a Taberna do “Carró”.

Taberna do “Carró” No final de um dia de caminhada nada melhor do que passar pela Taberna do “Carró”, na vila de Torre de Moncorvo, para apreciar os seus petiscos e a arte de bem receber. Eu experimentei uma sugestão dos proprietários e não me arrependi: alheira, omeleta de espargos, cogumelos salteados acompanhados por um jarro de vinho tinto da região e, para finalizar, requeijão com doce de abóbora. Uma delícia!


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Alheira

Omeleta de espargos


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entrevista

Câmara Municipal

Presidente

A VISÃO DA AUTARQUIA Durante a nossa estada em Torre de Moncorvo tivemos a oportunidade de conversar com o responsável máximo da Câmara Municipal, o Presidente Nuno Rodrigues Gonçalves. Nesta nossa conversa abordámos diversos temas relacionados com Torre de Moncorvo como um destino turístico de Natureza e Cultural. A oferta de percursos pedestres, o estado de degradação de alguns edifícios emblemáticos também foram temas abordados bem como, o problema do alojamento e dos projetos a médio e longo prazo.


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entrevista

Solar dos Pimentéis

VEJA E OUÇA A ENTREVISTA EM: https://youtu.be/V9ifrzGu4GY


destino: torre decaminhada moncorvo

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ECOPISTA DO SABOR SABOR A TRADIÇÃO A ecopista do Sabor resulta de um aproveitamento da antiga linha férrea do Sabor. Trata-se de uma infraestrutura, que pode ser utilizada a pé ao de bicicleta, interessante ao nível da paisagem e onde podemos tentar imaginar como teria sido a atividade à época nesta região repleta de tradições. O percurso tem uma manutenção irregular devido às diferentes entidades que têm responsabilidade na manutenção da ecopista. Penso que seria interessante aproveitar as antigas estações para criar polos museológicos, locais de alojamento e postos informativos para todos aqueles que fazem o percurso. Seria também de grande importância a recuperação do troço que vem do Pocinho a Torre de Moncorvo. Desta forma valorizava-se a ecopista e estreitava-se a ligação ao rio Douro e à atual linha férrea.

UM POUCO DE HISTÓRIA A Linha do Sabor é uma linha ferroviária portuguesa de via estreita, extinta, que ligava a Estação de Pocinho, na Linha do Douro, à estação de Duas Igrejas - Miranda, em (Duas Igrejas), nos arredores de Miranda do Douro. Embora tenha começado a ser planeada em 1877, o seu primeiro troço, entre Pocinho e Carviçais, só foi inaugurado em 1911, tendo sido concluída com a chegada a Miranda do Douro, em 1938. Os serviços ferroviários foram encerrados em 1988. TROÇO DO POCINHO A CARVIÇAIS Em 15 de Novembro de 1903, foram inauguradas oficialmente as obras na Linha do Sabor, começando pela Ponte do Pocinho. Em 14 de Fevereiro de 1905, os Caminhos de Ferro do Estado marcaram, para 21 de Março, o concurso referente às empreitadas B e C, no troço entre Pocinho e Moncorvo. Em Outubro de 1905, já se estavam a realizar os estudos para o troço


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seguinte da Linha. As obras da Ponte terminaram em 1906, tendo o primeiro troço, entre Pocinho e Carviçais, sido inaugurado em 17 de Setembro de 1911. A Ponte foi desde logo construída com a resistência necessária a uma possível adaptação a via larga. DESCRIÇÃO A Ecopista do Sabor é um espaço de verdadeira beleza, resultado do aproveitamento da linha de caminho-de-ferro, no troço entre Torre de Moncorvo e Carviçais, num total de 24 km de percurso pedestre. Da ecopista vislumbra-se uma paisagem maravilhosa sobre o Vale do Sabor e Serra do Reboredo, pode ainda avistar-se o Convento do Carmelo da Sagrada Família e na aldeia de Larinho fazer uma paragem na Cafetaria da antiga estação do Larinho, requalificada para o efeito. Seguindo em direção a Carviçais no lugar do Carvalhal podem ser avistadas as an-

tigas minas de ferro e no sopé do Cabeço da Mua vislumbram-se as aldeias de Felgar e Souto da Velha. Magnífica e imperdível é também a paisagem sobre a Albufeira de Vale de Ferreiros já à chegada de Carviçais. A Ecopista posiciona-se como uma infraestrutura destinada ao recreio e ao desporto mas também é uma via que redescobre paisagens de grande beleza, esquecidas desde a desativação do transporte ferroviário. Apuramos os sentidos com a mistura de cheiros, peneiramos os pormenores deste quadro natural e requalificamos o nosso património interior, após uma fabulosa caminhada. Esta via verde promove uma oportunidade ímpar a todas as pessoas para estabelecer uma relação privilegiada com a respetiva envolvente natural e paisagística e permite a todos os utilizadores e visitantes uma experiência de real intensidade com as várias tonalidades de verdes e castanhos que a serra do Roboredo assume, dependendo das estações do ano.


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Convento do Carmelo da Sagrada FamĂ­lia


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Permite ainda aos mais jovens a possibilidade de desenvolverem a compreensão e a responsabilidade de preservação deste seu recurso endógeno requalificado, aliando a prática desportiva ao ar livre, de convívio e verdadeiro lazer. Fonte: C.M. de Torre de Moncorvo

FICHA Tipo de percurso: Linear Distância: 24 km Grau de dificuldade: Fácil Sinalizado: Sim Informação: C.M. de Torre de Moncorvo Onde ficar: Casa da Avó TH http://www.casaavo.com/index.php Coordenadas GPS: 41.17011-7.05735 (Torre de Moncorvo); 41.18506-6.87634 (Carviçais)


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ROTA DA FONTE DO GIL ENTRE MINAS E ARQUITETURA A Rota da Fonte do Gil inicia-se e finaliza na interessante aldeia de Carviçais. Uma aldeia cheia de história e tradições com um conjunto arquitetónico digno de destaque. As suas igrejas e o casario tradicional, só por si, são motivos suficientes para visitar a região. Apesar de estarmos perante um percurso curto, ao nível da distância, a riqueza paisagística e cultural é significativa. Ao longo dos 4 km percorremos as tradições da aldeia, ficamos a conhecer o seu património arquitetónico e viajamos ao passado recente da exploração das minas de volfrâmio levadas a cabo na região. DESCRIÇÃO A Rota da Fonte do Gil tem início na Praça da Igreja, desenrola-se por caminhos bastante antigos e termina na Fonte do Gil, que dá o nome a este percurso pedestre. De destacar a passagem por locais históricos e emblemáticos da aldeia de Carviçais como a Calçada da Fonte do Gil, a Fonte do Gil, as Escadas de Carcavão, a Canelhinha do Fogo, as Minas do Lagar Velho, a Fraga da Raposa e a Fraga dos Pelames. Durante a caminhada podem ser apreciadas as maravilhosas paisagens mas também o património histórico e cultural aí existente.


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PONTOS DE INTERESSE Minas do Lagar Velho Antigas minas de volfrâmio datadas da época da II Guerra Mundial. Em tempos passados estas minas foram exploradas por uma empresa alemã, o volfrâmio extraído embora em pouca quantidade era de alta qualidade. Ao longe avistam-se ainda as ruínas da antiga lavaria. FRAGA DA RAPOSA Fraga com numa grande pala onde se via por ali muitas vezes uma raposa. FONTE DO GIL Datada de 1735 esta fonte é de estilo barroco jesuítico. É composta por chafariz todo em granito com dois tanques em pedra. Usada antigamente como fonte, onde a população ia buscar água, e também famosa por ser local de encontro dos namorados. Diz-se também que quem bebesse daquela água ficaria apaixonado pela terra e nunca mais a deixaria. PRAÇA DA IGREJA Situada no centro da aldeia a praça da Igreja está rodeada de antigas acácias e lingustres, encontrando-se ao seu redor a Igreja Matriz, a Fonte da Praça, a Capela de Santo Cristo e o urinol cilíndrico. Fonte: C. M. Torre de Moncorvo


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FICHA DO PERCURSO Localização: Carviçais, Torre de Moncorvo Extensão: 4 Km Topo: Circular Sinalizado: Não Duração média a pé – 1h30 Dificuldade – Média baixa Onde ficar: Casa da Avó TH / http://www.casaavo.com/index.php Âmbito – Desportivo, Cultural e ambiental Época Aconselhada – Primavera e Outono Track de GPS: https://ridewithgps.com/routes/14548451/edit


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ROTA DA CIGADONHA O MINÉRIO E A ARQUEOLOGIA Através do percurso circular da Rota da Cigadonha conhecemos os arredores da aldeia de Carviçais. Os antigos campos agrícolas, os solos com vestígios do minério de ferro, o pouco que resta de um castro estrategicamente situado e as zonas comuns de trabalho da aldeia. Estamos perante um percurso sem grande dificuldades físicas. DESCRIÇÃO Tem início junto à antiga Escola Primária e segue até à zona da Cigadonha, onde se situam às “Ruínas Castrejas da Cigadonha”. Desenrola-se por caminhos de muita história utilizados pelos nossos antepassados nos seus afazeres diários, com os carros de bois carregados de madeiras ou fenos ou a pé para irem lavar as roupas nos ribeiros. Destaque também para os vários locais onde a população da aldeia ia malhar o pão. A rota passa por lugares emblemáticos como a Calçada do Carvalhal, Canelha das Lagas, Bouça das Almas, Castro da Cigadonha, Cigadonha, Calçada da Cigadonha, Fraga da Lage e Fonte do Prado. Durante o percurso pode admirar as belíssimas paisagens que envolvem muitos lugares com


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histórias vividas ou ficcionadas que passam de geração em geração. PONTOS DE INTERESSE Calçada do Carvalhal Via de passagem utilizada pelas pessoas na sua rotina diária de Carviçais para os terrenos do Carvalhal e Souto. Bouça das Almas Conta a lenda que neste local houve uma batalha muito grande, onde se bouçaram ali muitas almas. Próximo fica a chamada Fraga do Rei, pois segundo dizem este terá ali pernoitado. Existia aqui também um pinhal que chegava até a Cigadonha e que pertencia ao Rei.

Castro da Cigadonha Povoado fortificado provavelmente da idade do ferro, onde se ergue um cabeço, no alto do qual se vêm trechos de forte muralha considerada pelo povo como um castelo dos Mouros. Estão ainda visíveis fragmentos que remontam à idade do ferro. Calçada da Cigadonha Em tempos passados era a única via de acesso aos terrenos e lameiros existentes na Cigadonha e também era utilizada pelas mulheres para irem lavar a roupa ao ribeiro. Esta calçada é datada de 1776, podendo esta inscrição ver-se numa pedra existente no local. Fonte: C.M. Torre de Moncorvo


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Castro da Cigadonha

FICHA DO PERCURSO Localização: Carviçais, Torre de Moncorvo Tipo: Circular Sinalizado: Não Extensão: 6,5 Km Duração média a pé – 2 horas e 30 minutos Dificuldade – Média Âmbito – Desportivo, Cultural e Ambiental Época Aconselhada – Primavera e Outono Onde ficar: Casa da Avó TH / http://www.casaavo.com/index.php Track de GPS: https://ridewithgps.com/routes/14548456

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Vestígios de minério


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ROTA DOS CERIEIROS OS FAZEDORES DE VELAS A povoação de Felgueiras merece uma visita atenta do ponto de vista arquitetónico e das tradições judaicas. Na aldeia existe um Museu da Cera que pode ser visitado mediante um contacto prévio com a Junta de Freguesia. O perfil do percurso não apresenta qualquer dificuldade física o que nos permite concentrar na beleza paisagística do mesmo. DESCRIÇÃO O fabrico da cera em Felgueiras remonta, pelo menos ao início do séc. XIX. Até meados do século seguinte conheceu grande expansão, sendo o maior centro produtor e distribuidor da região. A rota dos cerieiros desenrola-se pelos caminhos usados antigamente nas lides comunitárias do povo de Felgueiras quer na produção de mel, na confeção de velas e círios ou nas eiras comunitárias onde a população ia malhar os cereais. Destaque para os vários pontos de interesse durante o percurso nomeadamente aqueles que estão ligados à história dos cerieiros, como o Largar da Cera.


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Povoação de Felgueiras


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PONTOS DE INTERESSE Silhas ou Muros Apiários Local resguardado por muros de pedra, de planta circular ou ovalada, onde antigamente colocavam as colmeias para as proteger dos animais e das intempéries. Capela de Nossa Senhora dos Prazeres Esta capela era usada para devoção pelas famílias que moravam nos moinhos, ao longo da ribeira de Santa Marinha. Foram elas que iniciaram a tradição da festa da Pascoela, que todos os anos se realiza nesta capela, uma semana depois da Páscoa. Ruínas dos Moinhos de Água No seguimento da ribeira da Santa Marinha podem-se ver as ruínas, de mais de uma dezena de moinhos que aí existiram. Em tempos passados, havia muitas famílias que viviam nestes moinhos.

Eira do Meio É uma das três eiras comunitárias existentes nesta zona, que serviam para a população malhar os cereais. Lagar Comunitário da Cera O Museu da Cera promove o conhecimento e a divulgação do património industrial e das várias gerações de cerieiros que fizeram parte da comunidade local e nacional. Está instalado num edifício de traça simples, em xisto, junto à ribeira de Santa Marinha. Em 2013, o Lagar, foi alvo de recuperação tendo em vista a sua musealização, vindo a ser inaugurado em 27 de Novembro de 2013. Casa do Embaixador Armando Martins Janeira Casa pertencente à família de Armando Martins Janeira, nascido em Felgueiras em 1914. Além


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de escritor, sociólogo e ensaísta distinguiu-se no Japão como diplomata. Igreja Matriz De construção recente esta igreja é dedicada ao padroeiro da aldeia, S. João Baptista. É constituída por torre sineira e no seu interior é composta por 4 altares e o altar-mor. Fonte: C.M. Torre de Moncorvo FICHA DO PERCURSO Localização: Felgueiras, Torre de Moncorvo Extensão: 9 Km Duração média a pé: 02h30 Dificuldade: Média Âmbito: Desportivo, Cultural e Ambiental Época Aconselhada: Todo o ano Onde ficar: Casa da Avó TH http://www.casaavo.com/index.php Track de GPS: https://ridewithgps.com/routes/14548466


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ROTA DAS AMENDOEIRAS UMA RIQUEZA Estamos perante um percurso circular com cerca de 11 600 m de extensão e não sinalizado. Como o próprio nome refere, o grande objetivo deste percurso é o de dar a conhecer o potencial da região no que diz respeito à produção de amêndoa (é o maior produtor nacional). O percurso deverá ser feito na época de floração pois, não o sendo perde um pouco de interesse. O início do percurso é na povoação de Açoreira que, apesar da pouca coerência arquitetónica, possui algumas casas interessantes. Ao nível de dificuldade, o percurso apresenta uma subida inicial um pouco agreste sendo que o restante não apresenta qualquer dificuldade. DESCRIÇÃO A Rota das Amendoeiras é um percurso pedestre que se distingue pelas paisagens de amendoais que, durante os meses de Fevereiro e Março, se cobrem de um manto branco e rosado digno de admiração. Destaque também para as paisagens sobre o Rio Douro e Serra do Roboredo, esta última bastante invulgar e desconhecida da maior parte da população do concelho. O percurso percorre caminhos usados nas lides agrícolas da população, onde se destacam vários pontos de interesse entre eles a antiga escola primária, Igreja Matriz, Capela de Santa Bárbara, Capela Divino Espírito Santo, Fontalém, Fraga da Pinga e os nabais.


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50 PONTOS DE INTERESSE A Serra do Roboredo Serve de contraforte à aldeia da Açoreira e é o berço do ferro de Moncorvo. Fontalém Fonte de água muito apreciada e local de lavadouro. Era aqui, que as mulheres lavavam as roupas e os namorados vinham passear nas tardes de Domingo. Casa da Família Ramiro Salgado Habitação da família Ramiro Salgado, da qual se destacou Dr. Ramiro Salgado que fundou o Colégio Campos Monteiro, e deu nome à Escola Secundária de Moncorvo. Igreja Matriz Datada do Séc. XV, a Igreja Matriz de Açoreira encontra-se agora em obras de requalificação. Casa da Família Canijo É uma das habitações mais antigas da aldeia, pertenceu em tempos a famílias judaicas e ao Bispado de Bragança, tendo servido de convento e retiro para freiras. Capela de Santa Bárbara Situada no largo da rua Além, a Capela de Santa Bárbara é constituída por um altar-mor em estilo barroco, sendo uma das mais antigas da freguesia. Dedicada à santa protetora das trovoadas, tem ainda S. Pedro e S. Paulo. É construída em xisto, pedra muito comum na aldeia. Serviu muitas vezes de alternativa à Igreja Matriz. Nabais Zona de hortas, que deve o seu nome à quantidade de água aí existente e propensão para o desenvolvimento da cultura hortícola. Amendoeiras Local onde se concentram grande amendoais e que proporcionam magníficas paisagens, nos meses de Fevereiro e Março, quando as amendoeiras estão em flor. Fonte: C.M. de Torre Moncorvo


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FICHA DO PERCURSO Localização: Açoreira, Torre de Moncorvo Tipo: circular Sinalizado: Não Extensão: 11,5 Km Duração média a pé: 02h45 Dificuldade: Média Âmbito: Desportivo, Cultural e Ambiental Época Aconselhada: Primavera Onde ficar: Casa da Avó TH / http://www.casaavo.com/index.php Track de GPS: https://ridewithgps.com/routes/14548441


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ROTA DO CORÇO OS GRANDES ESPAÇOS! A Rota do Corço foi uma das mais interessantes que fizemos em Torre de Moncorvo. Trata-se de um percurso circular, sinalizado e com cerca de 12,5 km de extensão. Trata-se, essencialmente, de um percurso para a observação da paisagem mas, também, com uma grande riqueza ao nível da flora. Árvores de grande porte e abundância de flores silvestres fazem, deste percurso, algo de relevante. Um outro destaque vai para as origens de exploração de minas de minério na região (está tudo preparado para retomar a atividade). Ao nível da dificuldade física o destaque vai para as extensas subidas com um declive ligeiro (com calor podem ser cansativas). As subidas são largamente compensadas com o troço na crista da Serra do Roboredo. Caminhamos observando paisagens deslumbrantes! Este percurso também é utilizado para a observação de aves e, ao longo do percurso, estão instalados dois postos de observação.


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Capela da S. JoĂŁo Baptista


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DESCRIÇÃO A rota tem início na Capela da S. João Baptista e de Nossa Senhora de Fátima e segue para a Serra do Roboredo, local onde se desenrola todo o percurso. No decorrer da caminhada vislumbram-se paisagens sobre a vila de Torre de Moncorvo, o Rio Douro, os concelhos limítrofes e o país vizinho. Os visitantes podem admirar a diversidade de flora e fauna existentes, destacando-se o corço, que dá o nome a esta rota. Ao longo do percurso, que se efetua por caminhos e estradas florestais da Mata do Roboredo, podem ser observadas importantes concentrações de ferro e vários vestígios da extração mineira ao longo dos tempos na região.

PONTOS DE INTERESSE Capela de S. João Baptista e Nª Sra. de Fátima Capela construída ao estilo neoclássico setecentista, com portal austero em pedra granítica e frontão triangular interrompido e rematado por uma cruz. Casa do Guarda Edifício de interesse histórico que foi criado com a finalidade de dar guarida às pessoas que exerciam funções de guardas da Serra do Roboredo. A casa foi construída na década de 40, do século XX, e pertence ao estilo “português suave”. Pedreira de Hematite Da atividade mineira da Serra do Roboredo, quer nas minas ou a céu aberto nas pedreiras, sobravam “morouços”, que são amontoados de pedras po-


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bres rejeitadas pelos mineiros. Mina da Cotovia Situada nas fragas da cotovia faz parte das 33 minas registadas e concedidas em manifestos datados entre 1872 e 1875. Normalmente as minas da Serra do Roboredo eram escavações pouco profundas, geralmente para sondagem, devido à falta de capital e de meios tecnológicos. Capela de S. Lourenço Capela do século XVII de arquitetura exterior bastante simples e primitiva. A capela era um marco no antigo caminho que ligava Torre de Moncorvo a Felgueiras, Maçores e Urros. Fonte: C.M.Torre de Moncorvo


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Posto de observação de aves

FICHA DO PERCURSO Localização: Torre de Moncorvo Tipo: Circular Sinalizado: Sim Extensão: 12,5 Km Duração média a pé: 3h 55m Dificuldade: Média Época aconselhada: Primavera e Outono Onde ficar: Casa da Avó TH / http://www.casaavo.com/index.php Track de GPS: https://ridewithgps.com/routes/14548469


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ROTA DAS MAIAS UMA DESCIDA ATÉ À BELEZA DO SABOR E DO DOURO A Rota das Maias é um percurso linear com cerca de 10,5 km de extensão, não sinalizado, com início em Cabeça de Mouro e que termina na Praia Fluvial do Sabor na confluência do rio Sabor com o rio Douro. Estamos perante um percurso ideal para combinar com uma atividade de rio no final do percurso. Na praia fluvial, a empresa Sabor Douro, explora uma série de kayaks e outros equipamentos que poderão ser alugados. Trata-se de um percurso muito interessante devido à paisagem diversificada, às sucessivas abordagens aos povoados e ao elemento água. O percurso não é muito exigente do ponto de vista físico mas, as descidas obrigam a uma atenção redobrada e uma exigência extra para os joelhos. No final de percurso a povoação Foz do Sabor, onde a pesca embarcada tradicional de rio ainda é uma realidade, merece uma visita atenta para descobrir os seus segredos. DESCRIÇÃO A rota inicia em Cabeça de Mouro e desenrola-se pelas aldeias da freguesia de Cabeça Boa, nomeadamente Cabeça Boa, Cabanas de Baixo e Foz do Sabor. Durante o percurso destacam-se as magníficas paisagens sobre o Vale Vilariça, a Serra do Roboredo, a sede de concelho, o escalão jusante da Barragem do Baixo-Sabor, o Rio Douro e a foz do Rio Sabor.


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Capela do EspĂ­rito Santo


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60 Igreja Matriz

PONTOS DE INTERESSE Capela do Espírito Santo Capela transladada, recentemente, de junto da escola primária para o cimo do monte. A transladação foi efetuada pelos habitantes da aldeia, sendo que a trave mestra da capela é um zimbro. Chafariz/Bebedouros Chafariz/Bebedouros e lavadouros públicos – em 1952 foram construídos os tanques que servem de fontanário e de bebedouros dos animais e os lavadouros públicos onde a população vai ainda lavar a roupa. Nossa Senhora das Neves Nossa Senhora das Neves, em 1950 e 1951 sofreu obras de remodelação sendo ampliada para Igreja. Para esta remodelação foram usadas as pedras das ruinas da Igreja de S. Salvador, nomeadamente as colunas do telhado, torre do sino e a cabeça de mouro, cuja lenda

dá nome à aldeia. Cruzeiro – foi edificado em 1944 por uma senhora da aldeia que gostaria de deixar um marco na freguesia. Igreja Matriz de S. Brás Igreja Matriz de S. Brás – no seu interior é constituída por 4 altares sendo o mais importante o altar-mor e altar do Santíssimo onde está também S. Brás, padroeiro da aldeia. A igreja foi construída durante o século XVIII, sendo até então o culto praticado na Capela de Nossa Senhora do Rosário. Capela S. Luís Cabanas de Baixo Capela de S. Luís – construída no início do século XIX, sofreu obras de ampliação e criação da sacristia em 1969 e mais recentemente com a construção da torre sineira. A capela é dedicada a S. Luís e usada para celebração de missa na aldeia.


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FICHA DO PERCURSO Localização: Cabeça Boa,Torre de Moncorvo Tipo: Linear Sinalizado: Não Extensão: 10,5 Km Duração média a pé: 3 horas Dificuldade: Média Onde ficar: Casa da Avó TH / http://www.casaavo.com/index.php Track de GPS: https://ridewithgps.com/routes/14548462


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SABOR DOURO, UMA EMPRESA QUE GOSTA DE INOVAR! “Os cumes que ladeiam os vales do rio Douro e do rio Sabor, proporcionam visões panorâmicas inesquecíveis, onde existem castros, atalaias, castelos roqueiros, locais de culto e romarias... A empresa Sabor, Douro e Aventura, Entretenimento e Lazer, Lda., nasceu com esta ideia, repartir estes cenários consigo. “Se pretende uma estadia de qualidade ocupada com atividades, durante uma manhã, um dia inteiro, ou mais, sempre acompanhado por guias da natureza e do património, ao visitar os concelhos de Freixo de Espada a Cinta, Mogadouro,Torre de Moncorvo e Vila Nova de Foz Coa, esperamos por si.” ESTA É A IDENTIDADE DA EMPRESA SABOR DOURO FUNDADA EM 1999. Texto e fotografia: Vasco de Melo Gonçalves


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Conheci a empresa Sabor Douro e os seus proprietários há uns anos atrás quando organizavam uma subida anual do rio Douro para motos de água e barcos a motor. Na altura, fiquei surpreendido com a capacidade de organização da empresa (com uma estrutura de apoio mínima) e pelo orgulho que tinham em mostrar / valorizar as potencialidades do rio Douro como um destino turístico bem como, a região onde estavam inseridos. À época, a empresa soube interpretar as necessidades dos utilizadores e criou um produto inovador e que foi ao encontro dos anseios dos nautas. Durante a minha estada em Torre de Moncorvo tive a oportunidade de conhecer as novas iniciativas / projetos da empresa numa conversa informal com um dos responsáveis, João Tristão. A grande aposta dos últimos anos, tem sido a Praia Fluvial da Foz do Sabor. Num fase inicial,

na dinamização náutica e, numa fase posterior, a exploração da área terrestre. Numa primeira abordagem poderíamos estar a falar duma simples concessão de exploração mas, com a Sabor Douro não é assim! No entendimento dos responsáveis da empresa a inovação da oferta é um fator determinante para cativar o cliente ao longo do tempo, ele sabe que quando voltar à Praia Fluvial irá ter algo diferente! Esta permanente inovação e investimento só podem ser realizados e bem sucedidos com prazos alargados de exploração dos espaços e em perfeita articulação / sintonia com projetos regionais mais abrangentes. A empresa tem preocupações que vão muito para além do negócio momentâneo. A revitalização da aldeia da Foz do Sabor nas diferentes áreas é necessária. A criação de infraestruturas de acolhimento, nomeadamente um parque


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campismo são importantes, bem como o estabelecimento de uma rede de transportes de ligação da aldeia à vila de Torre de Moncorvo. Os seus responsáveis estão convictos que o plano de água poderá ser o elemento chave na definição de um produto turístico integrado para a região. O rio como um “cartaz” do concelho de Torre de Moncorvo. O rio como um fator de ligação às gentes e tradições da região, a pesca tradicional que deverá ser acarinhada e promovida para não terminar. O rio como uma referência para a náutica de recreio através da criação de infraestruturas fluviais e terrestres que permitam ao nauta uma estada em conforto e segurança. O rio como porta de entrada de Torre de Moncorvo que, através da criação de visitas turísticas profissionais à vila, consiga atrair / cativar as inúmeras empresas de cruzeiros a pararem na confluência dos rios. O rio como montra de uma gastronomia regional de qualidade onde, o peixe do rio, é o grande protagonista. Em

suma, o rio como um fator de desenvolvimento económico da região. Ao fim da tarde e já a terminar a minha conversa na esplanada do bar da praia, voltei a abordar o tema do passeio no Douro e o retomar da tradição. João Tristão não “fechou a porta” a esta iniciativa mas vai ter que ponderar e reunir apoios para viabilizar o projeto!

CONTACTOS DA SABOR DOURO Rua Abade Tavares, Cave 2 5160 - 247 Torre de Moncorvo. Telefone: (+351) 279 258 270 Telemóveis: (+351) 964 801 280 (+351) 964 801 332 E-mail: info@sabordouro.com http://www.sabordouro.com/


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João Tristão


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CASA DA AVÓ, UM ESPAÇO DE MEMÓRIAS


No centro histórico de Torre de Moncorvo, a Casa da Avó é um Turismo de Habitação onde as memórias do século IXX estão bem vivas. Da história que se conhece sabe-se que o imóvel foi adquirido em 1877 por 425 Reis a Carlos Chaves de Oliveira e Francisca Chaves de Oliveira, por António Luis de Seixas. Durante quase um século a casa pertenceu a familiares de António Manuel de Seixas, um importante financeiro e empresário português. Em 1981, a casa volta a ser vendida e surge a primeira experiência (durou até 2001) como turismo de habitação. Em 2008 a casa foi vendida à sociedade Salta à Memória, sofreu remodelações e retomou as funções de turismo de habitação.

reportagem

69 A casa possui 6 quartos e diversas salas bem decoradas à época o que nos fazem transportar para a memória dos tempos. A sua localização é excelente para quem quer conhecer a Vila de Torre de Moncorvo pois, está situada no seu centro histórico. Gostei da Casa da Avó pela sua localização, pela decoração e conceção dos espaços bem como pelo atendimento. Este espaço possui ainda uma vasta oferta de atividades de natureza como, por exemplo, passeios de barco no rio Sabor e Douro numa parceria com a empresa Sabor Douro. Mais informações sobre a Casa da Avó em http://www.casaavo.com/index.php


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PONTE DE LIMA PERCURSO DA VEIGA


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72 O PERCURSO DA VEIGA FAZ PARTE DE UMA VASTA OFERTA DE PERCURSOS PEDESTRES DA RESPONSABILIDADE DA AUTARQUIA DE PONTE DE LIMA. O PERCURSO, GRAÇAS AO SEU PERFIL DE ALTIMETRIA E EXTENSÃO, NÃO APRESENTA QUALQUER DIFICULDADE FÍSICA SENDO UMA PROPOSTA INTERESSANTE PARA SER EFETUADO EM FAMÍLIA. É UM PERCURSO COM ABUNDANTES ZONAS DE SOMBRA O QUE PERMITE SER EFETUADO AO LONGO DE TODO ANO. O PERCURSO ENCONTRA-SE, NORMALMENTE, BEM SINALIZADO E NÃO LEVANTA DÚVIDAS AO UTILIZADOR.

Centro de Interpretação Ambiental

O que mais gostei neste percurso foi a diversidade de paisagem, onde as zonas agrícolas convivem com um bosque mais denso e o elemento água. A diversidade da flora é, também, relevante. DESCRIÇÃO Este percurso, tem como principal objetivo a interpretação da zona das veigas e valores associados. As veigas são áreas predominantemente agrícolas, onde se pratica a sucessão do milho (possível observar a consociação milho*feijão), cultura sachada na primavera/verão, azevém e outras gramíneas no outono/inverno, podendo encontrar-se pequenas manchas com vinha em bordadura ou olival disperso. Do Centro de Interpretação Ambiental, atravessando uma zona de pinhal, onde será possível escutar gaios e/ou gralhas e encontrar pinhas roídas, dispersas pelo solo, que indicam a presença de esquilos, o percurso segue junto ao limite da área protegida até à estátua das quatro mãos,

Gaio-comum | Garrulus glandarius


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símbolo da união de quatro freguesias, coincidindo a determinada altura com o percurso V (ver descrição). Continuando o percurso, entram-se na veiga do Sobreiro, rasgada pelo rio Estorãos, em direção ao posto de observação que para além de conter informação sobre a atividade humanas no espaço, permite observar, a fauna e a flora, bem como a paisagem típica de determinada época do ano. Daqui o percurso segue até à ponte da Freixa e posteriormente acompanha a margem esquerda do rio Estorãos seguindo o percurso III até ao seu final. Fonte: C.M. Ponte de Lima

FICHA DO PERCURSO Designação: PR IV Percurso da Veiga Distância aproximada: 6 km. Duração aproximada: 3h. Tipo de percurso: circular de pequena rota. Sinalizado: Sim Grau de dificuldade: baixo. Partida/chegada: Centro de Interpretação Ambiental.

Gralha | Corvus corone


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caminhada

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na versĂŁo paga 76


na versão paga

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Na Versão paga e completa terá acesso aos seguintes artigos: - CRÓNICA: IRKUTSK, A PARIS DA SIBÉRIA - ARTIGO TÉCNICO: A MOCHILA PARA A SUA CAMINHADA - DORMIDAS : COMIDAS : BEBIDAS

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