edição digital gratuita
Nº.4 . Ano I . 2011
passear by
sente a natureza
tudo para viajar de bicicleta Equipamentos
Bolsas Aquapac Bicicleta Specialized Crosstrail Deluxe Comp Garmin Montana™ 600
Crónica de Viagens
Um lugar mítico
PRS7 CABO DA ROCA
Praceta Mato da Cruz, 18 2655-355 Ericeira - Portugal Correspondência - P. O. Box 24 2656-909 Ericeira - Portugal Tel. +351 261 867 063 www.lobodomar.net
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Director Vasco Melo Gonçalves Editor Lobo do Mar Responsável editorial Vasco Melo Gonçalves Colaboradores Catarina Gonçalves, Luisa Gonçalves.... Publicidade Lobo do Mar Contactos +351 261 867 063 + 351 965 510 041 e-mail geral@lobodomar.net
Grafismo
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2 Registada na Entidade Reguladora para a Comunicação Social sob o nº. 125 987
Na edição de Junho da revista Passear passámos dos 7 000 leitores! Na nossa edição de Julho, o magnífico cenário composto pelo Cabo da Roca, Praia da Adraga, Praia Grande, Almoçageme e Ulgueira é o nosso destino de caminhada. O Atlântico é marcante ao longo de grande parte do percurso em contraponto com a antiga zona saloia do interior, atualmente cada vez mais cosmopolita. A PRS 7 é, sem dúvida, um percurso muito interessante e diversificado. Idílio continua a sua aventura, em bicicleta, pelas terras da América. Machu Picchu, no Peru, deslumbrou este português e as imagens que captou demonstram bem a beleza deste local de culto. A bicicleta é um veículo ideal para viajar graças á sua capacidade de carga, facilidade de manutenção e pelo estreito contacto com a Natureza que proporciona. Veja a nossa proposta de bicicleta e equipamentos para os seus passeios e viagens. Continuem a enviar as vossas iniciativas e notícias para podermos publicar na revista Passear (www.passear.com). Bons passeios e caminhadas Diretor vascogoncalves@lobodomar.net Fotografia Carlos Abreu
Direitos Reservados de reprodução fotográfica ou escrita para todos os países
Mais de 7 000 leitores
Capa Fotografia PRS 7 (pág.14)
Edição Nº.4 Julho 2011
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Viajar de bicicleta
Uma grande viagem começa com uma pequena pedalada… PEDALAR POR ESTRADAS SEM GRANDE TRÁFEGO OU POR ESTRADÕES EM TERRA BATIDA É UMA FORMA DE VIAJAR COM MUITOS ADEPTOS EM TODO O MUNDO. EM PORTUGAL, NAS ÉPOCAS DE VERÃO E OUTONO, É FREQUENTE VERMOS INÚMEROS GRUPOS VIAJANDO EM AUTONOMIA. Texto: Vasco de Melo Gonçalves Fotos: V.M.G. e DR
viajar de bicicleta
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Com este artigo pretendemos incentivar as pessoas à prática deste tipo de actividade que se encontra numa zona intermédia entre o cicloturismo tradicional e o BTT. É uma prática de uso da bicicleta muito interessante, ecológica, em família e sem ter de despender de grandes verbas. Os equipamentos que apresentamos são meramente indicativos e a sua escolha, resulta da experiência de diversas pedaladas e alguns quilómetros percorridos. A minha experiência diz-me que não há lugar a muitas avarias apenas, alguns furos. A revisão geral da bicicleta é essencial antes de uma viagem e nunca devemos estrear material (este já deve estar testado) numa viagem de alguns dias. Aqui ficam as minhas sugestões e aproveite este Verão e Outono para conhecer Portugal de uma forma tranquila e amiga do Ambiente.
BICICLETA A bicicleta é, sem dúvida, o principal equipamento. Devemos escolher um modelo confortável, com capacidade de carga e com alguma evolução tecnológica. A nossa escolha vai para o modelo Cube Delhi Disc que tem as seguintes características: Quadro: HPA Trekking Double Butted; Garfo: Suntour NCX-D RL Lite; Haste: Easton EA30, 25.4mm; Guiador: Easton EA30 Riser; Punhos: CUBE Ergo Lock-On; Desviador traseiro: Shimano Deore XT RD-M771 Top Normal; Desviador dianteiro: Shimano Deore XT FD-M770 Top Swing, 34.9mm; Mudanças: Shimano Deore SLX SL-M660 Rapidfire Plus, 9-Speed; Travões: Fórmula hydr RX.Disco de freio (160/160); Pneus: Schwalbe Marathon Desempenho Supremo; Aros: Alex EN24 Disco; Pedais: Butterfly Apertem rolamentos selados; Lâmpada Frontal: T Cayo Lumotec IQ R Senso Plus; Lâmpada Traseira: Busch & Müller Toplicht Integrado Linetec; Guarda-lamas: SKS Bluemels Black Pro; Campainha: Humpert; Rack Traseiro:
Toplight
TourIt
Racktime Integrado Linetec; Peso: 14,5 kg. Preço: 1.136,48 €. Comercialização: LPL
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CALÇÕES B’TWIN -
Concebido para praticantes de ciclismo e de
caminhada nos tempos livres. Calções confortáveis graças ao formato de pele integrada e amortecimento. Composição tecido exterior: 100% poliéster; forro: 100% poliéster; pele: 62% poliéster, 38% poliuretano. Lavável na máquina e equipado com cordão de aperto, 2 grandes bolsos (um com fecho). Preço: 9,95 €. Comercialização: Decathlon.
T-SHIRT T-shirt 3 larga cinza. Camisola larga, arejada e confortável. Eliminação da transpiração : Rede de ventilação na zona das axilas. Tecido respirante. Liberdade de movimentos : Corte amplo, liberdade de movimentos. Gola redonda. Bolso com fecho nas costas.
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Isolamento térmico : Tecido leve para usar com tempo quente. Composição 100% poliéster e lavável na máquina. Preço: 12,95 €. Comercialização:Decathlon.
CORTA-VENTO Concebido para passeios de bicicleta com tempo chuvoso ou com vento. Composição 100% poliéster e lavável na máquina. Impermeabilidade : Costuras nos ombros estanques. Corta-vento : Tecido revestido corta-vento e resistente à água. Visibilidade : Zonas reflectoras nos braços e na parte inferior das costas. Ventilação / arejamento : Abertura nas costas e de lado para permitir a circulação de ar. Preço: 16,95 €. Comercialização: Decathlon.
SAPATOS Sapato de utilização polivalente. Composição interior em tecido, sola em material sintético, cano em tecido e material sintético. Componentes técnicos utilizados: sistema de amortecimento CS. Sistema de bloqueio do atacador. Preço: 39,95 €. Comercialização: Decathlon.
LUVAS
Luvas leves 3 preto. Composição tecido exterior: 80% poliamida, 20% elastano; palma: 60% poliuretano, 40% poliéster; punhos: 80% poliamida, 20% elastano. Preço: 9,95 €. Comercialização: Decathlon.
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CAPACETE Capacete Bell Slant. Protecção contra os choques : Molde a partir de 1 só bloco para maior resistência. Viseira amovível. Conforto de utilização : Espumas confortáveis e perímetro craniano ajustável por rosca. Ventilação / arejamento : 21 orifícios de arejamento. Leveza : 297g. Composição interior: poliestireno (EPS); revestimento: policarbonato (PC); espumas: poliuretano; correias: nylon, PVC, ABS.
Preço: 39,95 €. Comercialização: Decathlon.
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TENDA SPECULA ULTRALIGHT DA VAUDE Tenda com construção que permite estrema estabilidade em caso de vento. Ideal para trekking e montanhismo. Principais características - Pessoas: 2; Peso: 1950g; Tamanhodo pack: 40x10cm. Preço: 570,00 €. Comercialização: D’Marker
SACO-CAMA VANGO VOYAGER 50 Principais características: Temperatura de Conforto (EN13537): 11º
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C; Temperatura de Limite: 7º C; Temperatura Extrema (EN13537): -6º C; Tipo: sarcófago; Enchimento: sintético, Insulate 50 g/m² na zona da cabeça e 50 g/m2 na base; Altura máxima: 210 cm; Fecho: direito; Peso: 975 g (sem saco); Bolso interno com velcro; Fecho até à zona dos pés de forma a servir como lençol; Protecção do fecho, para que não se abra inadvertidamente; Saco de compressão. Preço: 52,94 €. Comercialização: Go Outdoor Store
FRONTAL PETZL ZIPKA 2 Principais características - Peso: 69 g; Cor do frontal: verde; Tipo de luz: led; Luz direccionável: não; Potência: 40 lumens; Quantidade de leds: 4; Alcance máximo: 29 m; Autonomia: 120h; Tipo de feixe: largo; Modos de iluminação: 3 (2 fixos e 1 intermitente); Modo de fixação: enrolador; Resistência à água: IPX4; Tipo de pilhas: AAA; Garantia: 3 anos. A embalagem inclui: Zipka 2, pilhas e manual de instruções. Preço: 31,33 €. Comercialização: Go Outdoor Store
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KIT PRIMEIROS SOCORROS Este kit de primeiros socorros, totalmente equipado, proporcionará o básico para tratar dos problemas mais frequentes que podem ocorrer enquanto se encontra em actividade de ar livre. Está especificamente organizado para manter um tamanho compacto que permita o seu transporte de uma maneira cómoda e segura, ocupando o menor espaço possível. Caraterísticas: Peso - 260g; Dimensões - 11 x 16cm; Possui duas bolsas em rede no seu interior; Grande passador para o transporte na cintura; Este kit contém no seu interior pensos de vários tamanhos, toalhitas para desinfectar, compressas, luvas de plástico, mantas de sobrevivência e fita adesiva. Preço: 17,55 €. Comercialização: Strail
CANTIL PRIMUS Cantil em aço inox com a capacidade de 0,6 (72 x 210 mm e 160 g) e 1 litro (80 x 265 mm e 205 g). Preço do 0,6 L é de 13,00 €. Comercialização: Strail.
SPECIALIZED WINDPIPE FRAME/SHOCK Bomba robusta, com dupla função de enchimento: Baixo fluxo com elevada pressão ou alto fluxo com baixa pressão. Para enchimento de pneus e amortecedores/suspensões a ar. Principais características: Corpo e veio em alumínio; Manómetro de alta precisão; Tubo de enchimento articulável com adaptador; Pega encaixa no corpo com uma pequena rotação; Válvula para escoamento de pressão excessiva; Pega articulável para melhor ergonomia; Encaixe para porta-bidon. Preço: 43,90 €. Comercialização: VertenteBike..
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CADEADO BBB Cadeado Quicksafe - 8mmx150cm. Sistema de cabo enrolado que pode ser montado no aperto do espigão de selim com suporte de aperto rápido, com mecanismo de bloqueio resistente e vem equipado com duas chaves. Preço: 8,05 €. Comercialização: Pato Cycles.
CONTA-QUILÓMETROS Sigma conta-quilómetros BC 906 com fios. Funções mais importantes: Velocidade actual; Velocidade média; Comparação da velocidade actual com a média; Distância diária; Distância total; Hora; Tempo percorrido.
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Preço: 16,47 €. Comercialização: Pato Cycles.
FERRAMENTA EMT Pro Road com as seguintes características: Inclui 6 ferramentas; Peças resistentes à ferrugem; Chaves Allen ôcas 3/4/5/6mm; Torx T25e #2 Philips; Peso: 65g. Preço: 24,90 €. Comercialização: Vertente Bike.
REPARAÇÃO DE FUROS Kit 2 com remendos de diversas dimensões, cola, lixa e desmontas. Preço: 4,85 €. Comercialização: Decathlon.
CÂMARA-DE-AR Lote de 2 câmaras-de-ar 700. Preço: 2,95 €. Comercialização: Decathlon.
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BOLSA PARA MAPA A marca Aquapac possui uma gama variada de bolsas estanques para uma utilização em actividades de ar livre. A bolsa para mapas Kaituna tem uma dimensão cheia: 350 mm x 260 mm. Preço: 16,00 €. Comercialização: Nautiradar.
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ALFORGES Alforges porta-bagagens 3 x 20 L para fixação universal no porta-bagagens e com mochila e pegas de transporte. Facilidade de arrumação - compartimentos: 3 bolsas principais + 5 bolsas exteriores. Acessórios - capa de protecção contra as intempéries com costuras estanques; 2 sacos completamente impermeáveis; kit de fios de reparação. Modo de fixação nos porta-bagagens - por correias e fivelas. Composição - tecido exterior: 100% PES; tecido interior: 100% PA; zonas de reforço: 100% PES/TPE ; Sem PVC Dimensões detalhadas - sacolas laterais: C 400mm x L 225mm x A 450mm / Mochila: C 270mm x L 200mm x A 420mm Peso detalhado - sacolas laterais: 2360 gr / Mochilas: 950 gr.
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Preço: 63,95 €. Comercialização: Decathlon.
BOLSA PARA O GUIADOR Bolsa estanque para o guiador. Preço: 45,95 €. Comercialização: Decathlon.
SPECIALIZED WEDGIE Bolsa de dimensão média, com 2 compartimentos separados e expansível. Revestida a Nylon 840D para maior impermeabilidade e fechos à prova de água e lama. É expansível e possui logótipo em material reflector. A bolsa interna é em neoprene para protecção da câmarade-ar suplente. Disponível em preto, azul e cinza. Preço: 14,90 €. Comercialização: VertenteBike.
viajar de bicicleta
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Sem Custos de Envio N.º 16 . ANO IV . 2011
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Passatempo 02 P a r a
q u e m
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n a t u r e z a
Edição nº16
Dossier
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Equipamentos lagos & Fontes
Jardins verticais e telhados vivos, as estrelas no
Chelsea Flower show Campanha de Assinatura
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PRS7 Cabo da Roca
O ponto mais ocidental do continente europeu O
percurso
PRS 7
tem
começando e terminando no
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uma
Cabo
configuração
circular
da
cerca de
Roca. São
km entre vegetações rasteiras com o mar por perto a
densos bosques que circundam as povoações outrora rurais de
Almoçageme e Ulgueira.
Texto e Fotografia: Vasco de Melo Gonçalves
pequena rota
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PRS 7 – uma pequena rota – resulta de uma parceria entre o Parque Natural de Sintra Cascais e a C.M. de Sintra. Existe um folheto editado com algumas informações sobre este percurso sinalizado que contém ainda um mapa com trajecto. Contudo detectamos que a descrição que vem no folheto coloca o percurso no sentido inverso ao que indicam as marcas no terreno. Nós respeitamos as marcas na elaboração do nosso trabalho apesar de existirem falhas e algumas situações de interpretação duvidosa. É aconselhável consultar o folheto para informação (in-
compreensivelmente não está disponível no posto de turismo do Cabo da Roca) e também levar a Carta Militar de Portugal 1/25 000 Nº. 415 / Colares (Sintra) para uma melhor percepção do terreno e do percurso. SENSAÇÕES O Cabo da Roca não deixa ninguém indiferente devido à sua imponência e à sua beleza natural. É um local sujeito a uma grande pressão do turismo com centenas de visitantes por dia que nem sempre respeitam as vedações e os locais mais apropriados para caminhar.
Imagens Cabo da Roca - Praia da Adraga
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Iniciámos o nosso passeio com uma pequena volta pelo local para observar a enseada mais a sul com o Forte do Espinhaço mais ao longe. Para norte a Pedra do Cavalo, em tons de cinzento, domina a paisagem. Antes de iniciarmos a nossa caminhada é obrigatório explorar um pouco este ponto mítico que é o Cabo da Roca. A paisagem é deslumbrante independentemente do local para onde se olhe mas para Sul temos a Pedra da Azoia, a Enseada de Assentiz e um pouco mais distante o Forte do Espinhaço. Dirigindo os nossos olhos para Norte para além da edificação do farol temos a Pedra do Cavalo e diversas rochas com um aspecto visual fora do vulgar. 18 A consulta ao painel infrmativo do ICNB é essencial para termos uma noção do que podermos ver no nosso trajecto que tem início junto ao farol. O Farol do Cabo da
nas costeiras muito batidas pelo vento e composta por arbustros e pinheiros mansos ( fotografámos um com um desenvolvimento muito junto ao solo). A Praia da Adraga é um local de visita obrigatória devido à sua beleza natural e à sua dimensão reduzida que lhe confere uma escala humana. Neste local, temos uma pequena estrutura de apoio composta por bancos em madeira para além de um restaurante e bar. Existe ainda um balneário público que nem sempre está aberto... Retemperadas as forças voltamos um pouco pela estrada até às marcas de PR e iniciamos a subida em terreno de areia através de uma vegetação composta por Pinheiros Mansos. O caminhar na areia nem sempre é fácil mas também não é uma coisa do outro mundo! Entramos
Roca foi foi mandado edificar pelo Alvará pombalino de 1 de Fevereiro de 1758. Entrou em funcionamento em 1772 e sofreu grandes alterações no ano de 1843. A fase inicial do nosso percurso é feito pela estrada sempre com algum movimento de veículos por isso, todo o cuidado é pouco. Por fim chegamos ao desviu que levará para a terra batida em direcção à Praia da Adraga. É troço agradável sem grandes desníveis e ideal para uma adaptção ao terreno e para um aquecimento dos nossos músculos. A paisagem é típica de zo-
numa zona mais densa de vegetação que nos obriga a um redobrar da atenção às marcas que nem sempre são muito perceptiveis (temos a noção que nos devemos dirigir para Oesta para retomarmos a nossa caminhada pela falésia). As pegadas de dinaussauros estão à nossa espera junto ao Rodízio e à Praia Grande. A observação do trilho de pegadas é sempre uma emoção e um tentar retroceder no tempo para perceber o que se passou naquela época tão longinqua.
Imagens Praia da Adraga - Praia Grande
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Está na altura do nosso percurso flectir para o interior rumo às povoações de Almoçageme e Ulgueira. É nestre troço que as dificuldades com a sinalização regressam. De facto, o percurso não está bem 20 sinalizado o que pode levar a uma certa confusão (ver Situações duvidosas). O trajecto acaba por ser interessante ao nível da paisagem existindo sempre indícios que estamos caminhando perto de espaços com uma forte presença humana. Almoçagem é uma povoação que perdeu a sua “alma” tornando-se incaracterística sem grande interesse arquitectónico e paisagístico só suplantado por pequenos pormenores que conseguiram escapar a um crescimento sem regras e sem um sentido estético. Um pouco como acontece nas nossas povoações saloias em que os propeietários fazem o que querem dos seus espaos sem uma preocupação histórica e desintegradas de uma paisagem rural.
Imagens Almoรงageme - Ulgueira
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Já deixamos Almoçageme para trás e o caminho que nos leva à Ulgueira é diferente dos até agora percorridos. Frondoso, repleto de vegetação, é sinoso no seu traçado e obriganos a uma passagem por uma ribeira. Estas características fazem deste troço algo de muito interessante... Chegamos à Ulgueira e deparamos com um cenário completamente diferente das outras povoações da região. É uma aldeia harmoniosa sem atentados arquitectónicos e onde as casas rarameto ultrapassam um piso. Nota-se uma 22 preocupação na recuperação de casas antigas e quase não se vê edificação nova. As ruas são limpas e existem diversos cafés e restaurantes caso seja preciso retemprar as energias. Sem perder a sinalização aconselho uma volta pela povoação que não é muito grande. Está a chegar fim a nossa caminhada e rumamos agora em direcção ao Cabo da Roca. O trajecto é simples e marcado pela constante presença do farol e do Atlântico na paisagem. Chegados ao Cabo voltámos a dar uma pequena volta pelo local porque o cenário altera-se profundamente consuante o tipo de luminosidade que está!
SITUAÇÕES DUVIDOSAS Durante o nosso trajecto deparamo-nos com três situações duvidosas quer por ausência de sinalização como por um posicionamento pouco esclarecedor. A primeira surge na sequência da subida da Praia da Adraga e quando entramos num pinhal mais denso. Aqui toda a atenção é pouca pois a queda de algumas árvores dificulta a progressão e visualização das marcas. Temos ter a noção que devemos caminhar para Oeste para retomarmos o caminho junto à falésia. A segunda situação surge depois de termos visto as pegadas de dinossauros e nos dirigimos para a povoação de Almoçageme. Neste troço separamo-nos da indicação de GR (marcas vermelhas e brancas) e caminhamos apenas com as de PR (amarela e vermelha). Chegamos a um entroncamento e na nossa frente temos a Casa Margarida, seguimos pela nossa direita e detectamos uma marca. Estamos a caminhar em terrenos arenosos com uma vegetação composta por pinheiros mansos, entramos num espaço amplo onde o caminho a seguir não é muito evidente. As marcas nem sempre são muito perceptíveis tendo que haver alguma atenção e capacidade de observação para conseguir caminhar pelo sítio certo…
quando encontramos o caminho (continua a ser em areia) um pouco mais à frente vamos encontrar um cruzamento sem qualquer indicação de qual a direcção a tomar. Aqui deverá seguir pelo caminho da direita que nos levará a Almoçageme. A terceira e última situação duvidosa surge depois da saída de Almoçageme em direcção à Ulgueira. O trajecto está bem indicado mas, a certa altura, temos à nossa direita uma marca na árvore e logo a seguir uma bifurcação. Aqui não seguimos pelo caminho de aparência ser o principal, saímos no da direita que é mais estreito e ligeiramente a descer.
FAUNA E FLORA Espécies observáveis durante o percurso. Carvalho portugês; Chorão; Estorno; Pinheiro manso; Roselha; Sobreiro; Zambujeiro; Cravo-romano; Raiz-divina; Cocleária-menor. Águia de asa redonda; Andorinhãoreal; Coelho-bravo; Doninha; Corvomarinho de crista; Gaivota-de-patasamarelas; Ganso-patola; Melro-azul; Peneireiro-comum; Rabirruivo; Sacarrabos; Sardão; Texugo; Víbura-cornuda; Raposa; Pisco-de-peito-ruivo.
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Imagens Regresso ao Cabo da Roca
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CRÓNICA DE VIAGENS Peru - De Machu Picchu a Copacabana, na fronteira da Bolívia
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Texto e Fotografia: Idílio
IDÍLO PEDALOU PELO PERU E PELO LUGAR MÍTICO DE MACHU PICHU. ESTE PORTUGUÊS ESTÁ A VIVER UMA AVENTURA ÚNICA ACOMPANHADO PELA SUA FIEL BICICLETA. PODE SEGUIR ESTA AVENTURA NO BLOGUE http://bacalhaudebicicletacomtodos.blogspot.com/
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e na anterior visita a Cuzco percorri o mítico caminho Inca a pé, nos seus três dias e quatro noites, desde Urubamba à Porta do Sol, desta vez segui a rota mais rápida, de “colectivo” até Ollantaytambo e comboio turístico até Águas Calientes. E também por aqui salta à vista a enorme mudança que a zona sofreu numa década: agora é estritamente proibido qualquer turista circular no comboio “normal”, tendo obrigatoriamente de recorrer ao caro comboio turístico… MACHU PICHU Mas Machu Pichu continua a ser um local arrebatador pela imponência e dimensão, impressionante pela singularidade da construção, mas acima de tudo, místico pela impar localização, especialmente se atingido pela Porta do Sol, ao fim de três dias de “peregrinação”, por paisagens tão arrebatadoras quanto secretas, inacessíveis, duras, diversificadas. E a pergunta surge naturalmente: porquê? Porquê construir tal santuário, tão distinto “povoado”, num local tão distante da capital do Império e, principalmente, de tão difícil e exclusivo acesso… Se há dez anos subi Wayna Picchu e admirei do cume do íngreme “rochedo”, o imponente complexo, desta vez per-
29 corri o longo e íngreme caminho até ao monte Machu Picchu que, apesar de distante do santuário, proporciona uma vista deslumbrante, um domínio visual de toda a região, dos vales cavados, dos picos imponentes, do rio contorcendo-se no leito estreito. Ali é fácil sentirmo-nos acima do comum mortal. Ali é mais fácil ouvir o silêncio dos deuses. Ali é mais fácil sentir o poder da natureza e a insignificância humana – mesmo dos que se possam sentir acima do comum mortal. Mas ali também é mais fácil sentir o poder dos Homens, vendo a sublime grandiosi-
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dade da realização de um sonho. Ali, todos os sonhos parecem ser possíveis. Ali, a vida quotidiana parece mais absurda, mais mesquinha, mais inútil. Ali dá vontade viver eternamente, não para respirar, mas para poder crescer e aprender até ao infinito do tempo. Quando desci de Machu Picchu, a transbordar de prazer, sonho e energia, ia ao encontro de um belo momento terreno: encontrar-me com a minha prima Christine e o namorado Pierre. Nada e criada em Paris, onde vive, veio de férias ao Peru, visitou Machu Picchu e que melhor lugar podíamos desejar para um caloroso e terno abraço!? Que satisfação pelo encontro e que prazer pela coincidência… um dia faço um apanhado das coincidências mais inverosímeis que a vida me vai reservando, colocando no topo um santomense da ilha de Príncipe que deveria ter encontrado em Cuba, e para quem tinha uma “encomenda” do irmão, que vivia em Portugal, mas que acabei por encontrar, meia dúzia de anos mais tarde, num beco da cidade de São Tomé, numa visita de trabalho de escassos dias … Uma viagem de “colectivo” pelo vale sagrado, com paragem no impressionante mercado de Pisac, Urubamba, Moray e Maras, completaram a minha segunda passagem pela capital do Império Inca.
Mais tarde estudarei o que visitar no terceiro regresso… RUMO AO SUL A rota segue para sul, em direcção ao lago Titicaca e à fronteira com a Bolívia. Mas antes está decidido um “desvio” na rota, para visitar Arequipa, a “cidade branca”. A segunda maior cidade do Peru, é reputada de grande beleza, especialmente pela cor branca da pedra em que são construídos os edifícios coloniais, mas também pelo majestoso enquadramento da cidade, envolta em três imponentes vulcões: o desgarrado Pichu Pichu; o perfeito Mistic; e o altaneiro Chachani. Mas antes de chegar a Arequipa, houve que percorrer mais de 600 quilómetros, por estradas, caminhos, montes e vales, cruzar rios e ribeiros, acampar no gelado altiplano… Depois da riqueza dos últimos dias, a estrada que nos leva de Cuzco em direcção a Puno é de um desinteresse frustrante. Salva-se o piso bom e o relevo, praticamente sempre a descer. Da etapa que nos levou a Cumbapata, o povoado onde pernoitámos, recordo uma aldeia onde parecia que todos os habitantes tinham como actividade a produção de telha. Num processo absolutamente artesanal, famílias inteiras desempenhavam todas as tarefas
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do fabrico, desde a extracção e depuração do barro, amassar, preparar “finas” tiras de argamassa, cortar e moldar à mão, em cima de um molde metálico, cada telha, que depois era transportada com delicadeza e posta a secar, enfileirada com todas as outras. Parece irreal, parece um sonho, parece uma viagem no tempo, parece um museu vivo, a vida num certo Peru… Quase à chegada a Cumbapata cruzámonos com um grupo de três jovens franceses, também em bicicleta, que tinham deixado, no dia anterior, o hostal onde nos hospedámos em Cuzco. Prosseguimos juntos até Cumbapata e pernoitámos 32 no mesmo hostal. Mas no dia seguinte os nossos rumos eram distintos: eles seguiam pela N3, para Juliaca, Puno e lago Titicaca; nós despedíamo-nos do conforto do asfalto e lançávamo-nos à aventura, pelas nossas conhecidas estradas de terra, a “corta-mato” para Arequipa. Logo que deixámos Cumbapata a paisagem mudou de novo… depois da breve subida, estendeu-se no horizonte o vasto altiplano, frio, seco, despovoado, descolorido, inóspito, excepto para as lamas, escassas ovelhas e menos bovinos e burros, que teimam desafiar os elementos e sobreviver no vazio.
ALDEIA DE WANQORAQAY Wanqoraqay podia ser uma aldeia como qualquer outra, perdida na vastidão do vazio, sem se dar por ela. Mas Wanqoraqay é distinta de todas as outras aldeias ausentes – é a terra que viu nascer, crescer e insurgir-se Tupac Amaru, o precursor peruano da revolta e luta pela independência do país…morreu, inevitavelmente, com toda a família, às mãos do colono, mas poucas décadas mais tarde o sonho concretizou-se. A estrada que nos foi sugerida por um “sábio” local, numa qualquer bifurcação de caminhos, parece não constar do mapa. Julgávamos rumar a el Descanso, exactamente para descansar na noite, mas a povoação parecia não existir, ou ser demasiado longe, ou não ser atingível por este caminho… certo é que pedalávamos absolutamente sós, numa vastidão indistinta e sem qualquer referência. De tempos a tempos surgia um(a) pastor(a) de alpacas, tão perdidos e solitários quanto nós e diziam-nos que “é por aqui” mas está “mui lego”. E assim se foi o dia, e a noite começou a gelar de negro o altiplano. Na melhor das hipóteses poderíamos chegar a Checca, uma aldeia que se atravessou inesperadamente no nosso caminho, o que significa que nos afastámos largamente do “caminho”.
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O ENCANTO É NÃO TER CAMINHO CERTO Mas o encanto maior do viajante é não ter caminho certo, rumo firme, metas exactas. É deixar-se ir, na certeza que, do incerto, virá o que busca sem o procurar. E Checca lá surgiu, uma rua ladeada de casas; uma escola absolutamente desproporcionada na pequena aldeia; a casa campesina – um albergue municipal, com as mais ínfimas e básicas condições que se possam imaginar; e, com a ajuda do responsável local pela casa campesina, depois de “bater” a três portas, quase implorando que nos preparassem algo para 34 comer, uma ceia frugal. Pela manhã, o meu caminho e o do Luís separaram-se. Ainda não definitivamente, pois iríamos seguir rotas semelhantes nos próximos dias ou semanas, mas por conveniência de horários, ritmos. Não sei se parti mais cedo que o habitual, se o altiplano é mais frio que nunca, mas os primeiros quilómetros, até el Descanso, gelaram-me os ossos como já não tinha memória. Os poucos campesinos com que me cruzava, pareciam fardos de roupa, enrolados da cabeça aos pés, apenas com os olhos à espreita…olhando-me como extraterrestre. Em el Descanso a feira semanal bloqueava
por completo a estrada principal, estendendo-se ao campo de futebol. É incrível a quantidade de gente que aflui às feiras, sem que se perceba a proveniência, pois os povoados são esparsos e minúsculos. Mas mais impressionante é ver o que os pacientes feirantes oferecem… não falo do calçado, vestuário e bugigangas intermináveis; nem sequer dos frutos e legumes, muitos deles com cores e formatos que não sei descrever. Falo de vendedores sentados literalmente por trás de dois queijos; três ou quatro “peixes”, com menos de cinco centímetros cada; menos de meia dúzia de tomates; quatro ou cinco ovos; etc.. Impressiona a escassez, a pobreza, para alem, claro, da falta de higiene, dos odores, do caos…
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Assim se vive no planalto Banho anual das alpacas
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11 caminhos + 1 Percursos na Biodiversidade A iniciativa 11 caminhos + 1 – Percursos na Biodiversidade consiste na inauguração de doze Estações da Biodiversidade, localizadas quase todas na rede
Natura 2000. Os passeios às estações decorrerão aos fins-de-semana,entre os meses de Junho e Outubro de 2011, e serão guiados por dois investigadores convidados - um botânico e um entomólogo. As Estações da Biodiversidade são percursos pedestres onde se encontram instalados oito painéis informativos com imagens e comentários sobre plantas e animais 36 comuns. Os passeios têm entre 1 a 3 km de extensão, são gratuitos, e estão acessíveis a todos os públicos. Não são necessárias inscrições prévias. do, 1 de Outubro Próximos eventos: Caminho do Pico Alto / Sábado, 2 de OuCaminho do Vale de Poios / Sábado, 9 tubro de Julho Caminho da Herdade de Ribeira Abaixo / Caminho do Vale do Bestança / Domin- Sábado, 8 de Outubro go, 10 de Julho Caminho do Vale Gonçalinho / Sábado, 29 Caminho do Monte Barata / Sábado, 16 de Outubro de Julho Caminho do Parque Natureza de Noudar Contactos: bioeventos2010@museus.ul.pt / Sábado, 17 de Setembro Caminho de Barranco do Velho / Sába- Tlm. 919515693/966972205
Conferência GEOescolas – 5 e 6 de Novembro de 2011 Novas práticas no ensino das Geociências de 5 a 6 Novembro 2011 em Idanha-a-Nova. GEOescolas é um projecto Europeu apoiado pela Lifelong Learning Programme, que reúne geocientistas de diferentes universidades, museus, geoparques, professores e escolas de formação para professores, que melhor conseguem “trazudir” as geociencias numa linguagem e aprendizagem acessível a todos os estudantes. O objectivo deste projecto é definir modelos com princípios para uma literacia em Geociências para todos os cidadãos europeus, sendo aplicado, pelo menos, nos programas escolares das escolas secundárias dos respectivos países participantes. Os objectivos principais deste projecto, são: (a) preencher o vazio entre o conhecimento científico e o conhecimento Geocientífico nas escolas; (b) aumentar o conhecimento dos professores e a abilidade dos estudantes na avaliação e apreciação das Geociências; (c) melhorar as capacidades educativas das Geociências no meio escolar Europeu; (d) estabelecer e sustentar um consórcio em investigação e iniciativas na didáctica Geocientista; e (e) apoiar a educação para a sustentabilidade.
O conceito deste projecto apoia os objectivos europeus do Lifelong Learning Programme, prioridades e competências para: -Contribuir para o desenvolvimento da aprendizagem ao longo da vida e promover um bom desempenho, inovação e uma dimensão Europeia nos sistemas e práticas de campo; -Ajudar os jovens a adquirirem competências básicas e necessárias para o seu desenvolvimento pessoal, para uma empregabilidade futura e uma cidadania Europeia activa; -Melhorar a qualidade Europeia de formação de professores; -Melhorar a motivação para com a aprendizagem e aprender como se aquirem as competências. Para saber mais: http://geoschools.geol.uoa.gr
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GR 109 - A Grande Rota que atravessa as Astúrias De Oriente para Ocidente, o Caminho Natural da Cordilheira Cantábrica atravessa o interior das Astúrias de extremo a extremo por um percurso com uma paisagem que não deixa indiferente o caminhante. Desde a beleza natural das montanhas à paisagem rural e às actividades tradicionais do campo, tudo pode ser observado nesta Grande Rota. O Guia foi lançado no início de Julho pelo Ministério do Meio Ambiente Espanhol através do programa Caminhos Naturais. Pode consultar o Guia e as coordenadas GPS em http://www.marm. es/es/desarrollo-rural/temas/caminos-
naturales/sector-noroeste/cordillera_cantabrica.aspx O Caminho Natural GR 109, concebido por António Alba (técnico da Federação Asturiana de Montanha) possui cerca de 606 km de extensão e está dividido em 27 etapas. Precorre alguns dos principais cenários naturais protegidos como a Paisagem Protegida da Sierra del Cuera, Parque Nacional dos Picos da Europa, Parque Natural de Redes, a Paisagem Protegida Cuencas Mineras, Paisagem Protegida do Pico Caldoveiro, Parque Natural da Ubiñas-La Mesa e as Paisagens Protegidas das Sierras de Carondio e Valledor.
Inaugurada a Ecopista do Dão As Ecopistas são associadas a antigas vias de transporte de determinada localidade, parcial ou totalmente abandonadas, que após devidamente requalificadas se tornam vias de transporte não motorizadas, destinadas a peões, ciclistas, pessoas com mobilidade condicionada, patinadores, etc., tornando áreas degradadas em espaços recuperados, integrados e adaptados às necessidades da sociedade, no que concerne à criação de espaços de prática de actividade física, sociabilização, captação de novos segmentos turísticos, permitindo ainda um conhecimento mais aprofundado da história, tradições e cultura desses povos. Dado o elevado interesse em promover
a reutilização e aproveitamento do espaço ocupado pelos antigos troços ferroviários do antigo Ramal do Dão, os Municípios de Viseu, Tondela e Santa Comba Dão uniram esforços e contratualizaram, em 11 de Novembro de 2008, a construção da Ecopista do Dão, com um traçado de 49,5 km. Já antes, em 21 de Abril de 2007, o Município de Viseu dava o primeiro passo e inaugurava o 1º troço desta Ecopista, na altura com uma distância de 7,5 km ligando Viseu à Estação de Figueiró. A inauguração da Ecopista do Dão teve lugar no passado dia 2 de Julho com uma caminhada entre Viseu e Santa Comba Dão, num total de 42 km.
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Reserva da Biosfera das Berlengas UNESCO reconhece património único do Arquipélago das Berlengas No ano em que celebra o seu 40º aniversário, o programa da Organização das Nações Unidas para a Educação,
Ciência e Cultura (UNESCO) “O Homem e a Biosfera (MAB)” designou o Arquipélago das Berlengas como Reserva da Biosfera. O anúncio oficial decorreu no dia 30 de Junho de 2011, em Dresden – Alemanha, após a finalização dos trabalhos da 23ª sessão do Conselho de Coordenação Internacional do programa MAB. Trata-se de um justo reconhecimento do 40 enorme potencial e valor do património natural do Arquipélago das Berlengas, e que, em simultâneo, aumenta as responsabilidades de quem usufrui deste território singular. De modo a fomentar o desenvolvimento sustentável do Arquipélago das Berlengas, território integrante das Áreas Protegidas Nacionais, o Município de Peniche investiu 16 350€ na submissão à UNESCO da candidatura da Berlenga a Reserva da Biosfera, cuja proposta final resultou de um trabalho conjunto com a comunidade local e que envolveu um processo participativo de consulta pública. O processo de elaboração da candidatura teve igualmente em dis-
cussão no seio do Conselho Estratégico da Reserva Natural das Berlengas, órgão no qual estão representados os principais actores incluindo a Câmara Municipal e o Instituto Conservação da Natureza e da Biodiversidade. Para além do reconhecimento do elevado valor do património natural do Arquipélago das Berlengas, a aprovação desta candidatura demonstra igualmente um reconhecimento acerca dos problemas de conservação e de desenvolvimento, assim como a existência de acções concretas e participadas para fazer face a tais constrangimentos. Neste âmbito, de referir os projectos em curso pela Associação Berlenga – Laboratório de Sustentabilidade os quais pretendem vir a tornar a Ilha da Berlenga auto-sustentável sob o ponto de vista energético recorrendo à instalação de paineis fotovoltaicos e proceder ao tratamento das águas residuais e resíduos sólidos, e que no seu conjunto envolvem um investimento total de 1 850 000€ A Reserva da Biosfera das Berlengas, cujo território abrange a área da actual Reserva Natural das Berlengas, a Península de Peniche e um corredor marítimo, não implica o aumento de regulamentação ou condicionalismos para além dos já existentes
e que se encontram contempladas no Regulamento do Plano de Ordenamento da Reserva Natural das Berlengas e demais instrumentos de ordenamento do território actualmente em vigor. As Reservas da Biosfera possuem como um dos objectivos fundamentais promover a sustentabilidade ambiental, através da criação de elos entre a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento económico, sendo igualmente um excelente veículo para a partilha de conhecimentos e troca de experiências, a investigação e a monitorização, a educação e teste à tomada de decisões participadas, contribuindo assim para a emergência de “economias de qualidade” e prevenção de conflitos. Outras vantagens inerentes à designação de Reserva da Biosfera envolvem aspectos relacionados com o apoio científico e de consultadoria, promoção da imagem ex-
terna e atribuição de um certificado de qualidade. Para tal, a Reserva da Biosfera das Berlengas prevê a criação de um Grupo de Trabalho Permanente envolvendo um 41 conjunto de actores das mais diversas sensibilidades e actividades económicas, tendo como missão trabalhar com as entidades públicas que têm jurisdição sobre o planeamento, licenciamento e fiscalização, com as entidades privadas diretamente envolvidas nas actividades sócio-económicas que ocorrem na reserva, com as instituições científicas e com a sociedade, a fim de gerar um consenso sobre as acções de conservação não incluídas no actual Plano de Ordenamento da Reserva Natural das Berlengas e nos mecanismos de sua implementação, bem como na adequada procura de fundos necessários.
s o t n e m a p i u eq AQUAPAC Bolsas para actividades de ar livre A marca inglesa efectuou alterações profundas na sua imagem institucional mas manteve inalterável a sua qualidade no fabrico de equipamentos estanques de protecção de GPS, Tab, telemóveis ou câmaras de filmar e fotografar. A Aquapac tem desenvolvido os seus 42 produtos num conceito assente na qualidade e na simplicidade de funcionamento. Estas características estão bem patentes nas duas novidades que apresentamos: Mini Stormproff e Large Electronics Case. A marca é comercializada pela Nautiradar. Large Electronics Case Este equipamento da Aquapac é submersível e é perfeito para qualquer pessoa que navega e não se quer preocupar com seu tablet, revista ou acessórios de viagem. O material de que é feita a bolsa permite aceder a toda as funções do equipamento. A dimensão é de 290 mm x 370mm. Preço: 35,00 €. Mini Stormproff Este é um equipamento para aqueles que gostam de actividades de ar livre sem se terem de preocupar com as condições atmosféricas. A bolsa fabricada a partir de TPU revestido Ripstop Nylon, possui uma impermeabilização completa para IPX6. Preço: 17,00 €.
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Garmin Montana™ 600 A nova geração
A Garmin Internacional apresentou a nova geração de GPS de ecrã táctil mais robusta de sempre: apresentamos a série Montana composta pelos modelos 600, 650 e 650T. O Montana tem um ecrã de 4”, a cores (65k), TFT de dupla orientação, com mapa base incluído e um receptor GPS de alta sensibilidade com HotFix®. Para além disto, todos os modelos vêm com ranhura para cartas microSD, bússola de 3 eixos e altímetro barométrico. Todas as unidades da série Montana são compatíveis com a cartografia City Navigator ®, Garmin Custom Maps, imagens de satélite BirdsEye, imagens Birdseye Select e mapas BlueChart® g2. Receba 44 instruções de mudança de direcção com “text-tospeech” quando navega com os mapas City Navigator, utilizando o suporte de automóvel opcional. A cartografia BlueChart® g2 é obrigatória para navegação marítima. O Garmin Custom Maps permite aos utilizadores de equipamentos Garmin, transformar de forma simples, mapas electrónicos e de papel, em cartografia disponível para download de forma gratuita. As imagens de satélite BirdsEye são um serviço de subscrição que permite aos utilizadores visualizar imagens aéreas do seu destino. O Birdseye Select é um serviço que lhe permite seleccionar e fazer o download de áreas personalizáveis de alguns dos seus mapas “raster” favoritos, incluindo para o Reino Unido, França, Alemanha, Áustria e Suíça.
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- Ecrã táctil brilhante de 4”, legível sob luz solar directa, 65k cores TFT, com 272 x 480 pixéis - Receptor GPS de alta sensibilidade, compatível WAAS com HotFix® - Partilha sem fios de rotas, trajectos, pontos de utilizador e geocaches, entre unidades compatíveis - Mapa base mundial interno com relevo sombreado - Mapa base topográfico Europeu com uma escala aproximada de 1:100k (apenas o 650) - Bússola de três eixos e altímetro barométrico - Ranhura para cartas microSD para mapas opcionais - Câmara digital com autofocagem de 5 megapixéis com geo-referênciação automática (650 e 650t) - Saída audio de 3.5mm - Ligação USB de alta velocidade e interface de série - Robusto, à prova de água (IEC 60529 IPX7) - Múltiplas opções de bateria: três pilhas substituíveis AA (até 22h) ou bateria de iões de lítio recarregável (até 16h) incluída Preço: 499,00€
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