E se formos a última geração

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Públio Azevedo

E se formos a Última Geração?

São Paulo 2012


Sumário Prefácio “E se formos a última Geração...”.............................................9 Introdução O início do fim..........................................................................13 Fatores Naturais Seremos os últimos a beber água em paz!.............................19 Fatores Sócioafetivos Seremos os últimos a ter papai e mamãe!.............................31 Fatores da Fé! Seremos os últimos a ter esperança!......................................45 A Batalha Final! Seremos o alvo do inimigo!.....................................................57 E a Grande Festa! Convidados (d) e honra!..........................................................67 Conclusão O fim é um novo início............................................................75


Prefรกcio


“E se formos a última Geração...”

O autor Públio Azevedo faz em seu novo livro um alerta, um desafio, um convite. Partindo da tese “e se formos a última geração” ele discorre sobre temas atualíssimos e que exigem da igreja uma tomada de posição. Seu alerta aponta em várias direções: inicialmente ele aborda o tema do meio ambiente, notadamente a questão da água. Fundamentado em dados da ONU e da OMS ele nos faz refletir sobre o futuro que nos aguarda. Se a humanidade como todo, principalmente os chefes de Estado, não se conscientizarem da importância do meio ambiente, o mundo estará fadado a enfrentar mais guerras e destruição. Seu interesse se volta também para as relações sócioafetivas. Nestes tempos pós-modernos de hiperutilitarismo e de hiperconsumismo, as pessoas foram transformadas em mercadorias. O amor tem esfriado e a violência tem se espalhado de forma endêmica. Os valores tradicionais da família são relegados a último plano e vistos como coisa do passado. Também a fé sofre as consequências da pós-modernidade. Assim, hoje em dia fé confunde-se com pensamento positivo. A fé deixa de ser uma atitude de vida com Deus

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para reduzir-se ao poder da mente. A esperança dá lugar ao desespero. A vida é também reduzida a valores materiais: status social, dinheiro e poder. Desta forma, se formos a última geração, não teremos condições de enfrentar as forças demoníacas de opressão humana: mentira, orgulho, violência, maldade, desonra e engano. O convite é que vivamos como filhos da luz, sob os valores do Reino de Deus, como discípulos daquele que viveu por amor, e por nós se entregou. A teologia da encarnação nos aponta um caminho: o caminho do esvaziamento, o caminho do serviço, o caminho do amor. O preço do discipulado, sem o qual não seremos como luzeiros no mundo, implica em vivermos como Jesus viveu. Se somos ou não a última geração, nenhum de nós pode saber. Mas podemos, sim, viver a cada dia, como se este fosse o tempo do fim! Wanderley Pereira da Rosa Diretor Geral da Faculdade Unida de Vitória Dezembro de 2011

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Introdução


O início do fim

O tema é intrigante e cada vez mais atual! Sempre gera algum tipo de reação na sociedade, tanto no prisma da fé – religião, quanto no da razão – ciência. E se, talvez, durante muito tempo (séculos/milênios) o assunto foi objeto de análise e discussão única dos ciclos religiosos, sem dúvida que em nossa geração também se tornou fórum de discussão prioritária da ciência! Na discussão religiosa (independente da manifestação de fé) o tema girava em torno do: Fim dos tempos que se relaciona ao “Juízo Final” onde para muitos, seria neste evento – e somente lá, que o homem seria arguido de suas ações diante da criação (natureza em geral e o seu próximo) e, dependendo dessas, estaria sujeito a castigos e condenações eternas, ou seja, as ações no tempo seriam questionadas fora do tempo, eternidade, ou ainda, as ações realizadas no físico – mundo natural – seriam questionadas apenas no espírito – mundo sobrenatural –, sendo que, talvez esta visão dualística possa ter sido o combustível para toda despreocupação e inércia, e da irresponsabilidade do homem

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diante do cuidado consigo, com seu próximo e com o seu habitat natural! Contudo, esta aferição não está mais legada ao sobrenatural – ao menos não somente, pois, nos últimos anos as diversas ações do homem, seu modus vivendi, seu uso incorreto, impróprio e despreocupado, além de apropriações e desapropriações, bem como cultivo descuidado dos bens naturais comuns, gerou uma inquietação, ou mesmo uma resposta daquela que vem sendo mais atingida, a própria natureza. Como cristão, creio e entendo a partir da Palavra de Deus que, o homem foi constituído como mordomo de toda a criação para, a partir do seu uso correto, beneficiar a si, ao seu próximo e assim gerar louvor e honra ao Criador, identifico na inquietação da própria natureza uma espécie de: “pedido de socorro ao Criador”! Pedido este que não é novo, como pode ser observado com clareza no texto do apóstolo Paulo, escrevendo aos romanos cerca de 2 mil anos atrás: “Sabemos que toda a natureza criada geme até agora, como em dores de parto (...) esperando a redenção1”. (Romanos 8:22-23). A natureza está clamando por algo, e já clama por muito tempo. Como já mencionado, para muitos, a questão do fim dos tempos está relacionada somente ao juízo final, ao espiritual, sobrenatural e não ao tempo presente, o fórum era Vide texto completo - Romanos 8.19-29

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de fé e não de razão, todavia, se os da fé pararam de clamar – talvez por certo comodismo com as facilidades da modernidade nos dias atuais, coisa que no início não era assim, os sem fé agora clamam! (será?). Pensando sobre isso, lembremos a declaração de Jesus a respeito da adoração ao seu próprio nome, quando diante dos judeus que queriam calar a multidão que o adorava declara: “Se estes não clamarem, até as pedras clamarão...” (Lucas 19:40). Hoje percebermos que não somente as pedras, mas, os mares, os rios e lagos, os vulcões, os ajuntamentos de terra, o firmamento, o Sol, enfim, a natureza clama, clama pela redenção, restauração; clama por uma resposta do Criador, ou melhor, por sua volta! Não é possível afirmar, apesar da insistência histórica de alguns personagens2, o dia do fim; todavia, nos é possível observar o tempo, os fatos, as circunstâncias, e observando podemos questionar: E, se formos a última geração? Se formos a última geração, alguns valores hoje seriam muito fortes em nós e em nossa sociedade, muito mais do que já o foram em outras épocas, como por exemplo: “Desamor, inimizade e desrespeito para com o próximo”; “Despreocupação com a próxima geração”! A má gestão dos bens naturais comuns, o subjetivismo, o egocentrismo, a falta de amor e o respeito ao próximo

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Inúmeros líderes religiosos já intentaram esta previsão. Datas foram marcadas

para a grande Volta de Jesus, pessoas venderam os seus bens, foram para lugares específicos etc., todavia, como aqui estamos, Ele não voltou.

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nos dias atuais, talvez, seja a maior prova desta possibilidade: sermos a última geração! Por que o não comprometimento dos países ricos em assinar tratados globais de redução de poluição? Por que se investe mais em armamento militar e programas espaciais do que na erradicação da fome e da miséria? Por que se privilegiam tanto algumas instituições – como os bancos, e, se desprezam as pessoas – como os africanos? Se não formos a última geração, e, continuarmos a viver como temos vivido, certamente faremos da próxima, a última geração! Esta inquirição moderna vem sendo feita de forma clara, objetiva e contundente, e não apenas por uma ordem sobrenatural – para os que como eu creem, mas, e, também pela ordem natural, e está muito próxima de cada um de nós, de nosso contexto e hábitos diários, talvez você não esteja atento, mas a sequência abaixo de fatores naturais – razão, e sobrenaturais – fé, poderá chamar sua atenção, observe todos os fatores que estão ocorrendo ao seu redor, tantos os naturais, quanto emocionais e os sobrenaturais, pois talvez, tudo possa ser diferente em pouquíssimo espaço de tempo, pense, reflita e reaja, talvez eu e você façamos parte da última geração. E se formos a última geração?

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