LIVRO DO PROFESSOR Material Digital Do Professor escrito Por aloMa carvalho
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Material Digital do Professor especialmente elaborado para a obra Bicho de brinquedo, bicho de verdade, escrita e ilustrada por Toni, Laíse e Susana. Os autores declaram anuência para a elaboração deste guia por Aloma Carvalho com base em sua obra.
Copyright©2021
Aloma Carvalho (texto)
Toni, Laíse e Susana Rodrigues (ilustração)
DIREÇÃO EDITORIAL
Aloma Carvalho
REVISÃO
Maria Gabriela Alzueta
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
Soma - palavra e forma
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
CARVALHO, A.
Bicho de brinquedo, bicho de verdade! - Material Digital do Professor. / Aloma Carvalho (texto); Toni, Laíse e Susana Rodrigues (ilustrações).
1ª edição. São Paulo: Editora Aracari, 2021. 41 p. : il. , 20,5 x 27,5 cm
ISBN 978-65-99545-59-7 CDD 028.5
1. Literatura infantil 2. Animais 3. N atureza. 4. Creche.
5. Educação Infantil. I. Título
Índices para catálogo sistemático:
1. Literatura infantil: livro para crianças – 028.5
2. Creche: literatura infantil – 028.5
3. Descoberta de si e do outro – 028.5
ISBN – LIVRO DO ESTUDANTE: 978-65-99545-58-0
ISBN – LIVRO DO PROFESSOR: 978-65-99545-59-7
NOSSA MISSÃO
Publicar livros de qualidade que permaneçam na mente dos nossos leitores como fonte preciosa de conhecimento e de entretenimento.
2021 – Todos os direitos reservados.
Aracari Editora e Assessoria Ltda. Rua Azevedo Soares, 1342 – 2º andar
São Paulo/SP – CEP 03322 001
Conheça os nossos livros: w w w. editoraaracari. com.br
CARA PROFESSORA, CARO PROFESSOR,
Que alegria saber que o livro Bicho de brinquedo, bicho de verdade chegou até você! Esse é um livro divertido que apresenta os animais e o cuidado que devemos ter com eles para as crianças bem pequenas, mas de um jeito muito, muito divertido! Há alguns bichinhos que são conhecidos das crianças desde a mais tenra idade: o cachorro, o gatinho… Mas, como devemos tratá-los? O que podemos fazer com eles? É a partir dessa premissa que essa obra vai explorar a imaginação, a brincadeira e a consciência de que os animais merecem a nossa atenção. Além dos animais domésticos, o livro também apresenta animais selvagens, em uma divertida alegoria que traz uma reflexão sobre os animais que podemos ter por perto e os que devem ficar em seus habitats naturais, além, é claro, de mostrar a importância do livre brincar.
Esperamos que você goste do livro e deste complemento digital. Aqui, traremos informações mais aprofundadas sobre a obra e seus autores e indicações sobre como explorá-la no contexto escolar e também fora dele, junto às famílias. Agradecemos a oportunidade de lhe apresentar o nosso livro, seguimos juntos pela construção de uma educação de qualidade, pela defesa da infância e da formação de leitores conscientes. Juntos, formamos leitores!
Abraços da autora
SUMÁRIO SOBRE A OBRA 5 A história por detrás da história 7 Qual é mesmo a história? 7 Quem? Quando? Onde? 8 Virando a página 8 Sobre os autores 9 A FORMAÇÃO DO LEITOR NA PRIMEIRA INFÂNCIA 10 A interpretação lúdica e o jogo fantástico na primeira infância 10 Os livros para a primeiríssima infância 11 A leitura para crianças bem pequenas 13 O livro Bicho de brinquedo, bicho de verdade e o desenvolvimento da criança 15 A rotina da criança e o texto literário 17 A LEITURA DO LIVRO 19 Antes da leitura 19 Durante a leitura 20 Depois da leitura 21 O livro, página a página 22 SUGESTÃO DE ATIVIDADES 31 Bicho de brinquedo 31 Cinema diver tido 32 Qual é o bicho? 32 Animal doméstico, animal selvagem 33 Imitando os bichinhos 33 O LIVRO BICHO DE BRINQUEDO, BICHO DE VERDADE E A BNCC – EDUCAÇÃO INFANTIL 34 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 36
SOBRE A OBRA
PÚBLICO ALVO, CATEGORIA E TEMÁTICAS
Título: Bicho de brinquedo, bicho de verdade
Autores: Toni, Laíse e Susana (texto e ilustração)
Categoria: Creche II – crianças entre 1 ano e 7 meses e 3 anos e 11 meses (crianças bem pequenas)
Especificação de uso: leitura do professor
Temas: 1. Cotidiano, relacionamento pessoal e desenvolvimento de sentimentos de crianças nas escolas, nas famílias e nas comunidades (urbanas e rurais); 2. Animais da fauna local, nacional e mundial
Gênero literário: Narrativo – história curta, texto com repetições
Bicho de brinquedo, bicho de verdade é um livro feito especialmente para a criança bem pequena refletir sobre a necessidade de cuidarmos da nossa fauna, da mesma maneira em que também propõe a conscientização do que é possível ou não fazer, de limites e também do cuidado para os com os animais que vivem ao seu redor e outros que se encontram em seu habitat natural. Além disso, a obra também estimula a exploração de diversos lugares para brincar, especialmente o contato com a natureza – presente no jardim, na praia ou qualquer outro espaço que propicie essa aproximação da criança com o meio ambiente.
O livro infantil pode e deve trazer um conteúdo especial para os leitores que favoreça a descoberta de si e da natureza. O livro para criança também pode ser, por que não, interessante para os adultos – incentivando a leitura em família de forma a instigar também a curiosidade e o desejo de ler de seus integrantes. Assim é este livro: uma narrativa para crianças pequenas que encanta a leitores adultos pelas comparações divertidas que o texto apresenta, pelas ilustrações e também pela reflexão que propõe sobre o cuidado com a fauna e também com os itens pessoais das crianças, além de incentivar a exploração de diferentes espaços.
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E por que falar de natureza no livro infantil? Os livros podem ser a porta de acesso e a fonte de inspiração o contato com a natureza. A Sociedade Brasileira de Pediatria enfatiza que brincar em contato com a natureza pode melhorar a força motora, o equilíbrio e a coordenação das crianças, além de aumentar os níveis de vitamina D. Além desses benefícios físicos, esse contato também auxilia nos aspectos sociais, emocionais e psíquicos.
A exposição à natureza pode melhorar os sintomas de depressão, ansiedade e déficit de atenção associado à hiperatividade. Crianças mais conectadas à natureza geralmente são mais propensas a agir de forma sustentável. Quanto mais as crianças demonstraram atenção e preocupação com o meio ambiente, mais se mostram também altruístas e com senso de justiça, com maior probabilidade de se sentirem felizes!
AQUI TEM NATUREZA
Bicho de brinquedo, bicho de verdade traz o selo Aqui tem Natureza, indicando que a obra valoriza a integração da criança com a natureza através de uma narrativa que revela o nosso orgulho e sentimento de pertencimento à natureza. Criado no contexto da campanha mundial do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA/ONU) pela transformação das condições da infância, esse selo tem a função de apresentar às crianças e aos adultos livros que trazem as riquezas naturais do planeta do passado e do presente. Também tenciona conscientizar ainda mais o leitor para a necessidade de proteger a cada bichinho que aqui vive e o seu habitat, as praças, bosques, matas e florestas do mundo todo. A (re)conexão das crianças com natureza é uma forma de ajudá-las a perceber que fazem parte de algo maior e a crescer com o sentimento de respeito e cuidado em relação ao ambiente. A leitura desse livro, que valoriza a natureza e a vida ao ar livre, certamente representará uma primeira aproximação da criança a essa transformação de (re)conexão que todos nós tanto almejamos.
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A história por detrás da história
Quando a criança conhece um livro que tem um personagem com o qual pode se identificar, com cenários em que pode reconhecer um espaço, uma brincadeira ou uma forma, a leitura causa uma sensação de pertencimento ainda maior. É essa identificação que o livro Bicho de brinquedo, bicho de verdade quer oferecer, pois apresenta dois motes que chamam muito a atenção dos leitores: animais e brincadeiras. A criança bem pequena, geralmente, já teve algum contato ou consegue reconhecer animais de estimação e talvez até domésticos - assim como brinca com autonomia crescente com seus brinquedos favoritos na escola ou em casa. Por isso, o texto do livro estimula a criança a pensar em como devem tratar os animais, onde eles podem ser encontrados, quais as suas características e o que eles gostam de fazer. As ilustrações, divertidas
e muito coloridas, mostram para as crianças esses bichinhos em suas formas “reais”, como animais de verdade, e também como os brinquedos que elas tanto gostam. Essas imagens também já chamam a atenção dos leitores, que perceberão as diferenças entre esses registros, e pensarão sobre as atividades possíveis – e impossíveis – de serem feitas com esses bichinhos, como os exemplos dos passeios e brincadeiras que mostram para as crianças essas possibilidades de interação com os animais, sempre de modo lúdico e divertido.
Todo o livro foi elaborado para oferecer uma obra de qualidade para a criança, que não merece nada menos do que isso. Entretanto, esse livro também é pensado para o adulto mediador, que lerá a história em voz alta, que virará cada página e também entrará na brincadeira.
Qual é mesmo a história?
Bicho de brinquedo a gente brinca e cuida com carinho. Bicho de verdade também! Mas como fazer a criança compreender que não dá para brincar com o bicho de verdade de qualquer jeito? E como ensiná-la que ele também precisa de comida, água e atenção? Em Bicho de brinquedo, bicho de verdade há um jogo entre a fantasia e a realidade, no qual a brincadeira é refletir de forma divertida sobre o que existe de diferente entre o bicho de brinquedo e o bicho de verdade e que, acima de tudo, ambos podem ser grandes amigos! É sempre interessante conversar com a criança pequena sobre onde encontramos os bichos de brinquedo (nas lojas, por exemplo) e que cuidados eles necessitam (serem limpos, guardados com cuidado, não serem deixados ao sol ou na chuva
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etc.); e onde os bichos de verdade são encontrados: o gato e o cachorro são animais domésticos; já o leão, o urso e o jacaré são animais silvestres, geralmente encontrados em seus habitats naturais. E que cuidados eles devem receber? Quem cuida deles? Além da natureza, onde mais eles podem ser vistos? Como eles devem ser cuidados? O que podemos ou não fazer com eles? E é aí que a experiência literária ganha significados mais amplos, fortalecendo a imaginação da criança e estimulando-a a extrapolar as narrativas para construir outras próprias. Quem? Quando? Onde?
Os principais personagens dessa história são os animais, sejam eles os de brinquedo e os de verdade; entretanto, além deles, há outro personagem fundamental para essa história acontecer: a criança brincante. É a criança que dorme abraçada com um bichinho de pelúcia, que empurra o animalzinho de plástico ou de madeira no parque, que tem o bichinho de borracha para a hora do banho. Assim como a criança leitora! A brincadeira é justamente pensar em quantos animais – ou brinquedos que os representam – as crianças têm contato e como interagem com eles. E isso a qualquer hora do dia: seja em um momento da rotina, seja na hora
da brincadeira e do convívio social, o livro retrata diversas atividades em diferentes momentos do dia da criança, para que ela perceba o quanto esses bichinhos estão presentes em seu dia a dia. Da mesma forma, ela perceberá que eles estão em muitos lugares, como em sua própria casa, na casa dos familiares e dos amigos, na escola, no jardim, no parque. Essa brincadeira serve para que a criança perceba melhor as suas atividades em seu cotidiano, mas que também reflita sobre o cuidado com o outro, especialmente com o meio ambiente, os animais e seus habitats.
Virando a página
A estrutura do livro foi planejada de modo que o próprio projeto gráfico fornecesse pistas para a construção inicial de importantes procedimentos de leitura, como a antecipação e a localização – além das múltiplas inferências e extrapolações que podem ser elaboradas a partir da leitura da obra.
A narrativa textual, toda ela registrada em letra bastão para garantir uma padronização do desenho das letras do alfabeto, recebeu uma tipologia expressiva que é coerente com a opção gráfica das ilustrações: o traço delineia as representações dos personagens e os elementos dos cenários. O texto é sempre escrito em cor branca
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para contrastar com o fundo colorido, no qual cada qual ganha o seu espaço, tornando ainda mais evidente para a criança o que é escrita e o que é desenho. As ilustrações foram feitas digitalmente em traços divertidos e que registram as imagens de modo que não surjam dúvidas sobre as suas representações, sempre retratando primeiro o bicho de brinquedo com alguma característica desse objeto e que mostrem a diferença entre ele e o “bicho de verdade” – o cachorro de brinquedo, por exemplo, tem rodinhas de madeira; o gato de brinquedo é rosa e são perceptíveis as linhas de suas costuras – enquanto os bichos de verdade são ilustrados com características mais fieis à fauna, ainda que o traço e o colorido das ilustrações mantenham a ludicidade do desenho infantil.
Sobre os autores
Laíse Rodrigues gosta de desenhar desde que era pequena. Gosta tanto que se formou em Artes Plásticas pela USP e logo começou a desenhar profissionalmente. Como ilustradora, trabalhou para algumas das principais revistas do Brasil e também já ilustrou livros infantis para diversas editoras. Atualmente, dedica-se também à escrita e à ilustração de livros de sua autoria, sempre pensando na criança pequena. Toni Rodrigues também se formou em Artes Plásticas e, ainda na escola, começou a trabalhar escrevendo e desenhando histórias em quadrinhos. Já trabalhou em algumas das maiores e mais criativas agências do mercado e já foi premiado em alguns dos maiores festivais de publicidade do mundo, como o Festival de Cannes e o Clio Awards. Susana Rodrigues também é formada em artes plásticas e é filha do Toni e da Laíse. Juntos, Toni, Laíse & Susana são profissionais do livro e passam seus dias fazendo algo incrível: livros para a criança e para a infância!
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A FORMAÇÃO DO LEITOR NA PRIMEIRA INFÂNCIA
A interpretação lúdica e o jogo fantástico na primeira infância
A Base Nacional Comum Curricular aponta que a brincadeira é um dos direitos de aprendizagem e desenvolvimento na Educação Infantil.
“Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais”. (BRASIL, 2018, p. 38)
A brincadeira é atividade fundamental para o desenvolvimento infantil. É a partir da brincadeira e do lúdico que a criança começa a criar relações e referências entre o jogo imaginário e o real. Quando uma criança brinca de cuidar de uma boneca, de um bichinho de brinquedo ou se imagina como um explorador ou qualquer outra profissão, ela está assimilando a realidade e criando consciência da importância do cuidado, da proteção, da segurança, do que lhe é possível realizar. Mesmo a brincadeira fantástica e que não representa necessariamente atitudes e realidades verossímeis também a auxilia nesse processo de assimilação e desenvolvimento. É uma maneira de expressar seus conhecimentos e sentimentos, de explorar o novo, de conviver com os amigos, familiares, criar novas relações e participar de construções de novos aprendizados.
Permitir que a criança pequena seja cada vez mais autônoma e independente no seu processo de desenvolvimento, sempre a partir do lúdico e de atividades condizentes com a sua faixa etária, é fundamental para o seu crescimento de forma saudável. É um convite para que a criança aprenda e seja consciente de tudo o que acontece ao seu redor e, principalmente, de seu lugar no mundo.
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Os livros para a primeiríssima infância
A primeira infância, que compreende os primeiros seis anos da criança, é uma fase de descobertas infinitas, em que o cérebro cria milhares de conexões por segundo e se desenvolve como em nenhuma outra fase da vida. É o período inicial de identificação e pertencimento, de autoconhecimento, do conhecimento do outro e do mundo que o cerca. Dentro dessa fase, há a subdivisão primeiríssima infância, que contempla até os três anos e onze meses de vida. Aqui, as descobertas são ainda mais intensas, a criança passa de um período extremamente dependente do outro para os seus primeiros atos de autonomia, como segurar objetos, rolar, engatinhar, andar, sair das fraldas, falar. E sobre os livros e a literatura para essa faixa etária, como tudo isso se reflete?
No mercado editorial, há uma variedade de livros para crianças bem pequenas. Dentro desse grupo, estão diversos livros-brinquedo, livros com suporte cartonado, de pano, de banho e com outras características específicas. Todos esses objetos são interessantes do ponto de vista lúdico e sensorial; contudo, os livros tradicionais, com capa e folhas de papel, também devem ser oferecidos às crianças desde a mais tenra idade para que elas conheçam o objeto livro tal como ele se apresenta socialmente e se familiarize com ele, sem que haja a confusão de que tal objeto é um brinquedo (ainda que, entre outras características, o livro também é feito para divertir, e essa é uma de suas características principais). Para melhor compreender a importância do contato da criança com um livro de papel, é possível fazer um paralelo com a alimentação. Ninguém duvida da importância de deixar o bebê pegar a comida com as próprias mãos: trata-se de um estímulo para o desenvolvimento da autonomia e também do paladar. O bebê fica com o rosto todo sujo e as mãos enlambuzadas; suas roupas manchadas; a cadeira, a mesa, o chão… Tudo em volta parece ficar cheio de pedacinhos de comida. E a reação das pessoas? Pura alegria! Mas, quando se trata de deixar uma criança pequena pegar um livro de papel com as próprias mãos, muita gente ainda hesita. E se rasgar uma página? Colocar na boca e babar em cima? Cortar a mãozinha? Comer o papel? Amassar o livro? Pois é, embora os livros sejam o alimento da alma, ainda existem aqueles que acreditam que livros e bebês não combinam. Afinal, eles nem conseguem entender o que está escrito, não é mesmo?! Não, não é. No processo de literacia, é fundamental que os bebês e as crianças bem pequenas sejam expostos a livros de papel, com todas as suas características reais. Livros de plástico, de pano e até livros brinquedos podem fazer parte da sua biblioteca. Mas é com o livro de papel que
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a criança terá as melhores oportunidades para perceber-se como um leitor ativo inserido em uma comunidade leitora. Ao estimular o contato frequente com um objeto social real, tal como ele existe concretamente em nosso dia a dia, a criança aprenderá, gradualmente, a manipulá-lo com segurança, reconhecendo desde o início os cuidados necessários para a sua conservação. Mas o suporte do livro para a primeira infância não deve ser o único ponto a ser levado em conta: a ilustração e o texto formam a tríade perfeita para um livro de qualidade. As cores, as formas representadas, as imagens que complementam o texto chamam a atenção das crianças pequenas que veem o adulto mediador segurando o livro, ou quando já possuem a independência de folhear os livros por si sós. Da mesma forma o texto, quando lido em voz alta, convida às crianças a entrarem no universo apresentado pela história, auxilia na construção do vocabulário, estimula a capacidade de concentração e, mais importante do que tudo isso, diverte e forma futuros leitores, contemplando o conceito de literacia. Inserir a leitura na rotina da criança, independentemente da idade, é um fator preponderante para que os pequenos aprendam a reconhecer o valor da leitura e para que a criança tenha a consciência de que esse é também um momento de diversão, mas também de aprendizado e até de reconhecimento. Por isso, é importante que sejam lidos livros de diversas temáticas, com características diferentes e que podem ora se focar em um objeto, ora na rotina, ora em um lugar, ora em uma pessoa ou um animal… as possibilidades são muitas. Com o passar do tempo, as crianças perceberão qual tipo de história e de temas preferem e passarão a eleger seus livros favoritos a partir de seus gostos pessoais.
LÊ DE NOVO?!
Durante a primeira infância, as crianças gostam da repetição. Para elas, repetir um mesmo passeio, comer uma mesma comida, ouvir várias vezes uma mesma história e ler e reler o mesmo livro é uma estratégia de aprendizagem emocional e cognitiva. Por isso é muito importante reler o mesmo livro várias vezes. As crianças sempre poderão fazer uma interpretação diferente do que foi lido, observar um novo detalhe na ilustração e se sentir mais segura ao saber que já conhecem o texto. Esses são pontos que podem estimular a concentração das crianças bem pequenas e fazer toda a diferença em suas vidas como leitores.
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A leitura para crianças bem pequenas
A leitura para crianças pequenas é necessariamente uma leitura em voz alta realizada por um leitor mais experiente. Ao ler para uma criança bem pequena, não se está apenas traduzindo oralmente aquilo que está escrito no livro ou representado em suas imagens, mas o adulto também é, nesse momento, um modelo de leitor. Os gestos ao segurar o livro e ao virar as páginas; a direção do olhar pelo livro; a entonação da voz… Tudo isso serve como pista para a criança que observa o mediador (ora de forma mais atenta, ora de forma mais dispersa, mas sempre observando) e, logo, se sente estimulada a imitá-lo. A criança participa de situações de leitura quando, diante de um livro, começa a mexer os lábios como se estivesse ela também lendo em voz alta; percebe que é preciso olhar para as páginas do livro; aprende a apontar com o dedinho para algum conteúdo específico.
A leitura para a criança bem pequena deve ser sempre uma situação de cuidado e afeto, proporcionando um intenso momento de convívio entre as crianças e o(a) educar(a) e entre elas e seus familiares. Algumas dicas que podem ajudar a colocar em prática procedimentos que estimulam o desenvolvimento da comunicação oral e o conhecimento linguístico das crianças de uma forma geral:
1. Explorar o livro antes de ler.
É importante que o adulto mediador conheça o livro antes de ler para que possa estar inteirado de seu conteúdo e melhor explorá-lo durante a leitura.
2. Preparar a leitura.
A leitura se torna mais estimulante para a criança se o livro render conversas, muitas conversas. Tecnicamente, essas conversas são situações de interpretação do texto (e da ilustração) e o adulto servirá como um modelo para os jovens leitores. O ideal é ler o livro para planejar aquilo que será comentado sobre cada página. Os comentários podem ser sobre o texto ou sobre as ilustrações. Recorrer a eventos vivenciados pela criança, fatos da rotina, outras histórias, livros e até mesmo às suas memórias de infância é sempre interessante, “caldo” para uma boa conversa.
3. Desenvolver um estilo próprio.
Criar um estilo próprio para ler em voz alta. Não existem regras. Algumas pessoas preferem uma leitura mais teatral. Outras preferem ler com a voz séria e baixa. Algumas pessoas preferem ler e contar; outras apenas ler. Mas jamais deixe de efetivamente ler o livro. Muitos adultos acabam apenas contando a história, o que não é suficiente para a formação do leitor. Ler é sempre essencial.
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4. Variar a posição do livro durante a leitura.
A criança pode estar ao lado do adulto, os dois observando o livro do mesmo ângulo. O adulto pode ler de frente para a criança, com o livro aberto voltado para ela. Assim ela não apenas enxergará o livro como também poderá visualizar as expressões do rosto do adulto durante a leitura. A leitura pode acontecer ainda em lugares abertos ou fechados. Essa variação é muito importante, pois permite que a criança bem pequena tenha diferentes interações com o objeto livro e recebe diferentes estímulos durante a leitura. Em determinados momentos também é interessante deixá-la manipular o livro livremente, mesmo ele sendo de papel. Assim ela atuará plenamente como leitora, folheando o livro e atribuindo sentidos ao texto e às ilustrações de forma espontânea.
5. Ler e reler o mesmo livro. As crianças bem pequenas adoram quando os adultos repetem a leitura de um mesmo livro. Maiorzinhos um pouco, essa diversão acaba virando uma necessidade e, a partir dos 2 ou 3 anos, elas chegam a pedir para repetir eternamente as histórias, os livros, os filmes, as canções. Esta repetição é fundamental para o seu
desenvolvimento. Permite que elas lembrem, relacionem e compreendam cada vez mais e melhor um mesmo fato ou sentimento vivenciado a partir da leitura.
6. Criar uma rotina de leitura e relativizar as expectativas. Criar uma rotina agradável e prazerosa de leitura para as crianças, de preferência envolvendo mais de um adulto. Na instituição escolar, esse adulto será, sobretudo, o(a) educador(a) que cuida delas; em casa serão seus familiares. É importante determinar um horário fixo na rotina para a leitura no qual as crianças já estejam alimentadas e com suas necessidades de sono já resolvidas. Assim, elas se sentirão mais confortáveis para aderir a alguns procedimentos que, pouco a pouco, devem aprender: como permanecer sentada (ou em outra posição previamente combinada), escutar, esperar a sua vez para falar, olhar o livro. A atenção, principalmente da criança bem pequena, porém, é fragmentada e de curta duração. Mesmo que ela pareça desinteressada ou agitada, é possível prosseguir com a leitura, pois de alguma forma ela estará prestando atenção – salvo, é claro, naquelas ocasiões em que manifestar claro descontentamento com a leitura.
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A LEITURA EM FAMÍLIA
As indicações feitas aqui podem ser sugeridas aos familiares. A leitura fora do contexto da escola é similar àquela realizada na escola: o adulto leitor precisa estar preparado, o local e a hora da leitura devem estar previamente planejados. Como o livro Bicho de brinquedo, bicho de verdade aborda uma temática do cotidiano das famílias, a brincadeira, a sua leitura será carregada de significados para todos, facilitando a formação de uma comunidade de leitores também em casa.
O livro Bicho de brinquedo, bicho de verdade e o desenvolvimento da criança
O livro Bicho de brinquedo, bicho de verdade é uma narrativa curta formada por um texto divertido que estimula uma leitura prazerosa em um parque, em casa ou na escola, seja em um momento de integração e leitura coletiva ou na hora de dormir.
Bicho de brinquedo, bicho de verdade retrata os animais em uma brincadeira divertida para a criança, criança essa que convive com pessoas da família e amigos, que brinca à vontade, que participa de um espaço coletivo, que explora o lugar e tudo o que ele oferece, que se expressa em falas e gestos e que, principalmente, conhece a si mesmo e a natureza ao seu redor. Com isso, o livro contempla os seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento previstos para a Educação Infantil na Base Nacional Comum Curricular. A base também aborda cinco campos de experiência, que trazem as situações e experiências da vida cotidiana, e essas definições também estão presentes no livro:
9 O eu, o outro e o nós Essa interação está presente em todas as páginas do livro. A criança bem pequena poderá conhecer melhor os animais retratados no livro, percebendo semelhanças e diferenças entre eles e a si mesma. Ela também poderá perceber, através da brincadeira proposta no livro, as suas próprias preferências como o que gosta de brincar e onde; além de estreitar relações com as pessoas de seu convívio e o cuidado que precisa ter consigo mesma e com os outros ao seu redor.
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9 Corpo, gestos e movimentos
A ilustração do livro auxilia na percepção de detalhes que relevam características dos bichos de brinquedo e dos bichos de verdade, que ora são ilustrados de modo mais fiel às características dos bichos reais, ora possuem elementos e detalhes que são percebidos como pistas para a descoberta dos brinquedos: uma rodinha, uma costura etc. A ilustração também reflete a brincadeira proposta no livro, que possui cenas cheias de movimento e diversão. Uma criança que brinca livremente se apropria muito mais de suas capacidades corporais, suas habilidades e limites. Também são retratadas figuras humanas em diversas situações e brincadeiras, mostrando a importância da expressão corporal.
9 Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações
Na narrativa, a brincadeira de se descobrir o que pode ser feito com o bicho de brinquedo e com o bicho de verdade é retratada em diferentes espaços, como uma forma de mostrar que o brincar e a diversão podem acontecer em qualquer lugar: no jardim, dentro de casa, no cinema, na praia ou onde a criança estiver. Várias relações entre personagens crianças e seus bichos também são ilustradas no livro, mostrando a necessidade de se cuidar dos bichos de verdade, mas também de seus itens pessoais e queridos.
9 Escuta, fala, pensamento e imaginação
Bicho de brinquedo, bicho de verdade é um livro que estimula a imaginação infantil, convidando as crianças a falar sobre suas experiências e opiniões. Mesmo aquelas que estão começando a dominar a comunicação oral, se sentirão convidadas a se expressar através de ações e reações manifestadas através das suas brincadeiras – o que poderá ser percebido pelos adultos.
9 Traços, sons, cores e formas Bicho de brinquedo, bicho de verdade possui um texto com palavras que se repetem, que trazem uma sonoridade específica e que chamam a atenção das crianças. Aliadas ao texto, as ilustrações coloridas e cheias de detalhes estimulam a observação da criança e o apreço pelas artes visuais. A ilustração também fornece pistas para que a criança descubra, através de detalhes do desenho, qual bicho é o de brinquedo e qual é o de verdade, e esses detalhes podem aparecer como linhas, costuras, rodinhas e outros. Esse livro também permite a exploração de outros recursos, como o aprendizado dos sons produzidos por cada animal, e o interesse por expressões artísticas.
Todos os pontos presentes na Base Nacional Comum Curricular exploram questões importantes para o desenvolvimento dos pequenos e, por isso, são também
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abordadas no decorrer do livro Bicho de brinquedo, bicho de verdade, que tenciona abranger de maneira completa muitas possibilidades de trabalho e interação com as crianças bem pequenas.
A rotina da criança e o texto literário
Estudos apontam para a importância da rotina no dia a dia das crianças, sobretudo na primeira infância. Saber que há a hora de se alimentar, de descansar, de tomar banho e fazer a higiene bucal e também, é claro, de ler, brincar e aprender ajuda as crianças a terem mais consciência do tempo, do espaço em que habita e de suas atividades individuais e coletivas, colocando-as como protagonistas em seus processos de aprendizagem e, portanto, de seu próprio desenvolvimento.
A rotina deve ser respeitada em casa e no ambiente escolar, oferecendo tempo e liberdade para que as crianças tornem-se cada vez mais independentes e autônomas. Como citam Barbosa e Horn no artigo “Organização do tempo e espaço na Educação Infantil”:
“A ideia central é que as atividades planejadas diariamente devem contar com a participação ativa das crianças, garantindo às mesmas a construção das noções de tempo e de espaço, possibilitando-lhes a compreensão do modo como as situações sociais são organizadas e, sobretudo, permitindo ricas e variadas interações sociais”.
(BARBOSA; HORN, 1998, p. 67-69)
Essa percepção da rotina pode ser estimulada também pela leitura de Bicho de brinquedo, bicho de verdade, uma percepção que será estimulada de modo lúdico, divertido e acessível através de um texto literário.
“Para dispor de tais atividades no tempo é fundamental organizá-las dentro tendo presentes as necessidades biológicas das crianças como as relacionadas ao repouso, à alimentação, à higiene, e à sua faixa etária; as necessidades psicológicas que se referem às diferenças individuais como, por exemplo, o tempo e o ritmo que cada uma necessita para realizar as tarefas propostas; as necessidades sociais e históricas que dizem respeito à cultura e ao estilo de vida, como as comemorações significativas para a comunidade onde se insere a escola e também as formas de organização institucional da escola infantil”. (BARBOSA, HORN, 2001, p. 68)
No decorrer da narrativa, o leitor pode acompanhar a comparação entre o que pode e não pode ser feito com os bichos de brinquedo e os bichos de verdade, e a
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brincadeira também abrange momentos da rotina da criança bem pequena: a hora do banho, a hora de dormir, o momento de guardar os brinquedos após a atividade, o cuidado com os animais e com todos à sua volta. Além de apresentar a rotina da criança pequena e o seu contato com os outros, Bicho de brinquedo, bicho de verdade tem a função principal de mostrar a importância do ato de brincar. A brincadeira com o outro, com animais domésticos e com brinquedos, a percepção da diversão em explorar o ambiente em que se está para descobrir coisas novas. É o uso pleno do corpo e do espaço: o desenvolvimento das habilidades físicas e coordenação motora e o desenvolvimento intelectual, sempre de modo lúdico.
“É na situação de brincar que as crianças se podem colocar desafios e questões além de seu comportamento diário, levantando hipóteses na tentativa de compreender os problemas que lhes são propostos pelas pessoas e pela realidade com a qual interagem. Quando brincam, ao mesmo tempo em que desenvolvem sua imaginação, as crianças podem construir relações reais entre elas e elaborar regras de organização e convivência. Concomitantemente a esse processo, ao reiterarem situações de sua realidade, modificam-nas de acordo com suas necessidades. Ao brincarem, as crianças vão construindo a consciência da realidade, ao mesmo tempo em que já vivem uma possibilidade de modificá-la”. (WAJSKOP, 1995, p. 33)
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A LEITURA DO LIVRO
A leitura do livro infantil para crianças bem pequenas possui, em nossa experiência didática, três eixos fundamentais: a leitura do texto escrito, a leitura da narrativa visual (as ilustrações) e o momento de conversação. É muito importante levar em conta esses três eixos no planejamento da leitura, considerando o que se pode fazer antes, durante e após a sua realização. Decidir se o livro será trabalhado apenas no momento de leitura (as rodas de leitura) ou se será o ponto de partida para o desenvolvimento de uma ação maior (seja ela um projeto ou uma sequência de atividades) é outro fator importante a ser considerado. Bicho de brinquedo, bicho de verdade é um livro que abre inúmeras possibilidades, além da leitura literária. Por tratar de temas tão importantes para a primeira infância, a brincadeira e o conhecimento dos animais, a sua leitura pode se desdobrar em ações mais amplas, envolvendo inclusive toda a família. As atividades apresentadas nesse tópico são sugestões sobre como a leitura de Bicho de Brinquedo, bicho de verdade pode ser realizada em meio a contextos mais amplos, com atividades a serem realizadas antes, durante e depois envolvendo educadores e familiares. Vale destacar, porém, que mesmo o trabalho com o livro apenas no momento da roda de leitura já representará uma experiência literária intensa para as crianças bem pequenas, que se encantarão em descobrir as diferenças entre os bichos de verdade e os de brinquedo, reconhecerão a si próprias na história e se surpreenderão com essa narrativa que, ao final, provoca o leitor a cada passagem, levando-o a questionar, eventualmente, alguns hábitos.
Antes da leitura
O ideal é que o momento da leitura ocorra em lugar calmo, arejado e iluminado, tornando a leitura ainda mais prazerosa. E que as crianças estejam confortáveis. A escolha de quando e onde a leitura será realizada pode ser parte do planejamento do/da educador/educadora, antes que a leitura do livro ocorra.
Outro ponto interessante é ler o livro antes de apresentá-lo às crianças, preparar a leitura em voz alta, decidir o que e quando será destacado. A entonação, o ritmo e a velocidade podem ser ensaiados pelo leitor mediador que, assim, imprimirá a sua marca, o seu modo de ler, à leitura do livro.
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Com relação às crianças, é importante que as crianças saibam que existe um momento de leitura na rotina da creche e que agora, pouco a pouco, elas já sabem o que acontecerá e o que se espera que elas façam. Para aquelas que recém ingressam na creche, será todo um aprendizado inicial. Por isso mesmo é importante que, antes da leitura, o leitor mediador antecipe o que acontecerá e o que é esperado de cada criança: “vamos ficar sentados, pois vou ler um livro; é importante prestar atenção, ouvir o que eu estou lendo”. Essas são pistas que orientam a criança
bem pequena que, sem dúvida, com o passar do tempo, compreenderá o que fazer nos momentos de leitura. A organização do espaço e do tempo para a atividade que ocorrerão na sequência da leitura do livro também é muito importante. Assim, leitura e ação ocorrerão com maior fluidez e as crianças se sentirão bem orientadas. Importante ainda planejar como será a interação do livro Bicho de brinquedo, bicho de verdade com as famílias, envolvendo-as na leitura da obra e também na reflexão do tema que ela apresenta.
Durante a leitura
9 A leitura começa pela capa. Se possível, comece mostrando às crianças onde, na capa do livro, encontram-se as informações sobre o nome dos autores, o título da obra e o nome da editora. É interessante que as crianças saibam o que faz o autor do livro e também o ilustrador. Informe-lhes sobre o trabalho deles na produção de um livro e quem participa dessa produção:
h o autor é quem teve a ideia do texto e depois o escreveu;
h o ilustrador é quem desenhou os personagens, elementos e cenários do livro; h a editora é a empresa que faz o livro chegar até o leitor.
9 Aponte para a sonoridade e também para o significado do título, pergunte para as crianças se elas já viram um bicho de verdade e também se gostam de brincar com bichos de brinquedo. Há algum perto delas no momento da leitura?
9 Comente sobre a ilustração: as crianças gostam? Instigue a curiosidade deles, perguntando sobre o que pode ter na história desse livro, será que as crianças percebem qual bicho da capa é de brinquedo e qual é de verdade?
9 Faça a leitura da história em voz alta e com clareza, em uma velocidade que as crianças acompanhem confortavelmente e mostre as páginas com calma para que elas possam observar todas as ilustrações. Não há problema caso a criança interrompa a leitura para fazer uma pergunta ou apontar algo na imagem, pelo contrário, é sinal que ela está interessada e que há interação com o momento.
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Depois da leitura
É interessante que as crianças manuseiem o livro, folheiem as páginas e, após a leitura, revejam os pontos que mais gostaram. Finalizar a leitura perguntando qual foi a parte favorita na estória e o porquê também inclui a criança e faz com que ela se sinta parte do momento de leitura. É importante que ela compartilhe o seu gosto pessoal e seja estimulada a argumentar sobre as suas escolhas e percepções, pois além de reforçar a atividade e memória do que lhe foi apresentado, ela também sente que a sua opinião é importante e relevante, que é ouvida e respeitada. Algumas perguntas também podem ser feitas nesse momento após a leitura, questões simples que façam as crianças relembrarem as ilustrações e o texto. A seguir, estão listados alguns exemplos de questões abertas, que convidam os pequenos a exercerem a argumentação, a concentração e melhor observação do livro lido:
h O que tem na capa do livro?
h Qual é o seu bicho favorito? Você já viu algum bicho de verdade que está no livro?
h Qual é a sua brincadeira favorita?
h Quantos bichos nós vimos durante a leitura?
h Onde as crianças vão brincar com o jacaré de brinquedo? Vamos ver o livro novamente para lembrar?
h Onde podemos guardar os bichos de brinquedo? E onde podemos encontrar bichos de verdade?
Caso o livro seja lido em casa, juntamente com a família, as perguntas podem ser encaminhadas para os responsáveis, para que eles possam conversar com as crianças após a leitura e assim, também, criar o hábito de falar sobre as leituras compartilhadas.
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O livro, página a página
Nesse tópico, a proposta é apontar os destaques de cada página, tanto da parte textual e da ilustração quanto da exploração do significado presente em cada detalhe.
A leitura de um livro começa pela capa. Ou melhor, pela 1ª capa. Aqui, há importantes informações textuais como o título da obra, o nome dos autores e da editora, que podem ser compartilhadas com as crianças. No caso do livro ilustrado, tem a arte da capa que já começa a contar a história. Quem ali aparece? Qual é o nome desses animais? Qual é o bicho de brinquedo? E o de verdade? O que mais você vê na ilustração da capa? Essa exploração é muito importante, pois ela fornecerá pistas sobre o texto que será lido na sequência. Vale destacar que o pequeno desenho ao pé da página é o logo da editora, um elemento gráfico que traz imagem e texto que se repete em outras passagens da obra: na 4ª capa e na página 2, no expediente.
A capa é formada pela 1ª capa e também pela 4ª capa, o verso do livro. Geralmente, aqui se encontra a sinopse da obra. Uma breve resenha que pode e deve ser lida para as crianças. A ilustração também deve ser observada: o que aparece ali? É interessante comentar que nessa capa aparece uma parte de outro personagem, enquanto na capa há apenas a ilustração dos animais. É uma criança que brinca com os animais do livro.
A primeira página do livro, chamada de “rosto’ ou “front”, geralmente repete o conteúdo da capa, mas sem o mesmo trabalho gráfico. Essa é uma informação importante para o(a) educador(a), que poderá compartilhá-la com as crianças se julgar adequado. Que novidades essa página apresenta com relação à capa? Mostre às crianças o que se repete e o que muda entre uma e outra.
Esta página é chamada de expediente. É nela que a editora informa os dados da empresa, tais como o endereço e as redes sociais. É no expediente que também
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estão os dados do livro, a sua ficha de identificação, informações sobre o nome dos autores e o ano de publicação, tamanho do livro e o número de páginas. Nela, também consta o número do ISBN, que é a identificação da obra. Trata-se de um número internacional, válido no mundo todo, como se fosse o número da carteira de identidade de uma pessoa. Vale lembrar que mostrar a estrutura de um livro para uma criança tem como principal objetivo aproximá-la desse objeto cultural e suas características. Não é necessário de modo algum que ela “decore” ou entenda as informações sobre a obra.
Nesse livro, a página 03 traz uma apresentação do que está por vir. Temos a representação de dois bichinhos, dois patinhos, lado a lado. Será que as crianças sabem qual é o bicho de brinquedo? E o bicho de verdade? Por que elas acham isso? Ao compartilhar os seus conhecimentos prévios, as crianças reforçam os seus vínculos enquanto leitores, construindo certa cumplicidade para a leitura que se realizará na sequência.
Essa dupla de páginas apresenta a brincadeira que será feita no decorrer de todo o livro. No decorrer da leitura, as crianças perceberão que haverá sempre a ilustração de um animal: um bicho de brinquedo e um bicho de verdade. Se possível, estimule as crianças a perceber a diferença entre os bichos ilustrados: o bicho de brinquedo sempre terá algo que o bicho de verdade não tem. Nessa dupla, o bichinho é o cachorro, e o de brinquedo tem uma mola no corpo. Será que as crianças já viram um brinquedo assim? Sabem o que a mola faz? É interessante mostrar com as mãos o movimento de vai e vem, para que as crianças possam perceber a brincadeira. Outra marcação presente no decorrer do livro é a repetição textual. O texto sempre citará primeiro o bicho de brinquedo e na sequência o bicho de verdade.
Essa dupla de páginas mostra um bichinho muito conhecido pelas crianças: o urso. “O urso de brinquedo pode dormir comigo…”. Será que as crianças têm um brinquedo especial, que elas gostam de abraçar na hora de dormir? Qual brinquedo é? Ou é outro objeto? Se possível, permita que as elas falem ou demonstrem as suas preferências através de outras formas, caso ainda não se comuniquem oralmente. Para tal, é interessante ter alguns objetos da criança por perto no momento da
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leitura, como uma naninha, um cobertor favorito, uma fralda ou mesmo os brinquedos que ela prefere brincar. Assim, ela se sentirá mais segura em apontar, mostrar ou comentar. É interessante mostrar para as crianças os detalhes da ilustração, que mostram elementos importantes para contextualizar um momento da rotina de todos: a hora do sono. Será que é dia ou noite? A criança está dormindo com um cobertor e uma roupa de manga longa, será que isso significa que está frio ou calor? E o urso de brinquedo, é grande ou pequeno? Essas perguntas prendem a atenção do leitor, que irão se concentrar nos detalhes das ilustrações e também ao texto lido pelo adulto mediador, gerando expectativa para o comparativo com o animal de verdade, que virá nas páginas a seguir.
Agora, acompanhamos o aparecimento do urso de verdade! A criança do livro parece assustada, será que as crianças conseguem fazer uma careta bem assustada? Por que será que o personagem está com medo? É importante comentar com as crianças sobre a expressão de sentimentos e que é comum a gente sentir medo às vezes, algo muito comum durante a infância. Também é importante comentar com as crianças que o urso de verdade é um bicho selvagem, que deve ficar em seu habitat natural, só podendo ser visitado por nós no zoológico e que no livro temos uma brincadeira. Na ilustração, também é perceptível a diferença de tamanho entre o urso de brinquedo e o urso de verdade, o que pode oferecer uma noção interessante de tamanho e espaço para as crianças que estão acompanhando a história.
Novamente, temos o cachorro como o bichinho da brincadeira. Dessa vez, o texto diz que o cachorro de brinquedo podemos esquecer no jardim. Será que as crianças têm o hábito de guardar seus brinquedos e os seus objetos após o uso? Essa dupla de páginas pode interessante comentar sobre a rotina e a importância da organização da sala da escola e também em casa após as brincadeiras, para que os brinquedos não se percam e para que as crianças tenham sempre os seus brinquedos intactos. Também é
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interessante explorar a possibilidade de brincadeira em diferentes espaços: no jardim, como no livro, em um parque, em um ambiente aberto ou fechado. Permita que as crianças expressem as suas preferências, falando de si e também conhecendo os gostos pessoais dos colegas e demais pessoas de sua convivência. Perguntas como: “quem gosta de brincar no parque da escola?”, “quem gosta de jogar bola?” e outras podem ser interessantes e divertidas, pois as crianças se sentirão mais à vontade para falar de suas escolhas. A ilustração apresenta um cachorrinho, qual detalhe dele nos mostra que esse é o cachorro de brinquedo e não o de verdade? Aponte para elas que esse cachorro tem rodinhas, sendo que o cachorro de verdade tem patas para andar.
“O de verdade, não!” – Essa frase faz referência à dupla de páginas anterior, que falava do cachorro de brinquedo que pode ser esquecido no jardim. Nesse momento, é especialmente interessante falar do cuidado com o outro para as crianças. Será que elas sabem por que não podemos esquecer o cachorro de verdade? Comente com as crianças que, assim como nós, o cachorro de verdade precisa comer, beber água, se proteger do frio e da chuva. Além dessas necessidades básicas, ele também precisa de carinho, de se sentir amado. Pergunte às crianças se elas têm um cachorro ou outro bichinho em casa, e se gostam de brincar com ele. Explique que tantos os animais quanto as pessoas devem ser respeitadas e que devemos demonstrar cuidado e respeito.
Agora, temos outro bicho muito conhecido das crianças: o gatinho. Sendo um animal doméstico, é comum que as crianças já tenham tido contato com ele anteriormente, seja um gato de verdade ou um de brinquedo. O texto diz que podemos puxar um gato de brinquedo pelo rabo. Antes de virar a página, pergunte para as crianças se podemos fazer isso com um gato de verdade, adiantando o que virá a seguir. Por que não podemos fazer isso com o gatinho de verdade, será que elas sabem responder? Caso nenhuma criança responda, deixe a dúvida para ser respondida na próxima dupla de páginas. A ilustração revela detalhes que mostram que o gato dessa página é mesmo de brinquedo, como a cor rosa e os detalhes da costura do bichinho. É interessantes apontar essas características para as crianças, para que elas assimilem e percebam as diferenças entre as ilustrações.
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Descobrimos nessa dupla de páginas porque não podemos puxar o rabo do gato, e são dois motivos: primeiro porque vai machucar o gatinho, ele sentirá dor. Quem gosta de sentir dor, de fazer dodói? Com certeza, as crianças responderão que não gostam… Essa é uma forma de nos colocar no lugar do outro, por isso, é interessante comentar com as crianças que da mesma forma que elas não gostam de se machucar e sentir dor, ninguém gosta, nem pessoas e nem os bichinhos. Por isso devemos tratá-los bem e com respeito. O outro motivo está na expressão do gatinho ilustrado nessa dupla de páginas: ele parece bem bravo! Os animais também sabem se defender e podem atacar a criança quando ele fica com raiva, pode mordê-la ou arranhá-la com suas garras afiadas, como o gato do livro fez com a menina. É muito importante comentar isso com as crianças também. Para amenizar o nervosismo, que tal brincar de se expressar também? Será que as crianças sabem fazer uma cara bem brava, como a do gatinho?
Geralmente, as crianças bem pequenas gostam muito de levar seus brinquedos e itens favoritos por onde vão. Essa é uma forma de demonstrar afeto e também as suas preferências para as outras pessoas. Nessa dupla de páginas, uma menina leva o seu leão de brinquedo ao cinema. Comente com as crianças que ela está indo assistir a um filme ou desenho e mostre as cadeiras no espaço, explicando detalhes do lugar, pois pode ser que as crianças leitoras ainda não tenham tido a oportunidade de conhecer uma sala de cinema anteriormente. O leão é um animal muito conhecido pelas crianças também, assim como muito imitado: quem consegue fazer o rugido dele? Será que elas conseguem fazer o barulho?
Assim como o urso, que vimos no início do livro, o leão é um animal selvagem e que deve ficar em seu habitat natural. Além de grande, ele também é muito feroz e por isso é chamado o rei dos animais! Ao fundo da tela ilustrada, temos uma referência a esse animal tão respeitado, que nessa dupla de páginas divertida está assistindo ao “O rei leão” no cinema. Comente com as crianças que as pessoas no cinema, dessa vez, estão com
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uma expressão confusa. Afinal, nós não encontramos um leão por aí, não é mesmo? Entretanto, o leão de verdade parece estar se divertindo muito no cinema! Será que agora as crianças conseguem fazer uma cara muito feliz e divertida, como a do leão? Explique para as crianças que é muito importante que cada pessoa e animal tenha o seu espaço respeitado. Nós não devemos destruir o lar dos animais e nem permitir que outras pessoas lhes faça mal!
Quem aparece agora é outro animal selvagem muito conhecido: o jacaré. A criança está levando uma bóia de jacaré para brincar na praia. Será que as crianças sabem o que é uma bóia? Se possível, explique a eles sobre o brinquedo de plástico, que flutua na água e é muito divertido para uso na praia e na piscina. Quem consegue imitar como o jacaré faz? Uma brincadeira divertida é abrir os abraços a bater as mãos, como a boca do jacaré que abre e fecha. As crianças também conseguem fazer? Aponte para cada característica da ilustração, mostrando que o jacaré que a criança está levando com certeza é um bicho de brinquedo. Essa dupla de páginas pode ser interessante para falar do tempo e do espaço com os leitores. É interessante comentar com as crianças sobre as características da praia, que tem muita água para brincar – o mar – e também areia, onde os personagens do livro estão pisando. Se houver um tanque de areia na escola, faça com que as crianças relembrem as brincadeiras no tanque e a sensação de areia nos pés. Também é interessante comentar que, no livro, o dia parece estar quente, é um dia de sol. Como está o tempo no momento da leitura? Se possível, comente com as crianças sobre as características do dia: “veja, no livro está sol, como agora”; “lá na praia está calor, mas aqui está chovendo”. É interessante levar as crianças até a janela para que vejam.
Está todo mundo fugindo de medo! Mostre para as crianças como as pessoas nessa dupla de páginas parecem assustadas. Quem consegue fazer uma careta de medo? Essa brincadeira de fazer caretas conforme as sensações forem surgindo é sempre interessante, para que as crianças possam se sentir mais seguras em expressar seus próprios sentimentos e também reproduzir aquilo que estão vendo no livro. Nessa ilustração, o jacaré, que tem dentes muito afiados, está com algo na boca, um pedaço de tecido ou outro objeto que ele destruiu no caminho. Ele é um animal muito forte e que pode
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machucar pessoas, por isso, deve ficar no seu habitat natural, que são os rios, e podemos visitá-los no zoológico também. Apesar de selvagem, o jacaré merece respeito e ter o seu habitat bem cuidado e conservado. É importante conversar com as crianças que nós também podemos fazer a nossa parte e cuidar bem da natureza, evitando que os animais selvagens tenham que sair dos seus espaços naturais.
O animal da vez tem um nome difícil de ser pronunciado, mas que também é bastante conhecido das crianças: o hipopótamo. Quem consegue falar hipopótamo? Convide as crianças a falarem o nome do animal e apontar para o bicho de brinquedo na ilustração. As crianças nessa dupla de páginas estão brincando em uma pequena piscina, mas a brincadeira também poderia ser na hora do banho. Afinal, as crianças bem pequenas gostam muito de se divertir na banheira, o que torna esse momento da rotina diária muito mais prazeroso. Comente com elas que o hipopótamo é um animal que também gosta muito de brincar na água e que esse é o seu habitat.
Como o hipopótamo de verdade é grande! Ele acabou com a brincadeira das crianças do livro, destruiu a piscina e espirrou toda a água… Será que as crianças leitoras conseguem perceber a diferença entre o tamanho do hipopótamo de brinquedo e o de verdade? Com certeza, o hipopótamo de verdade também é mais alto. Que tal mostrar para as crianças, através de expressões corporais, o que é pequeno, grande, alto e baixo? Convide-as a também brincar e perceber as diferenças entre os tamanhos, dessa forma, elas assimilarão melhor e perceberão também a característica física do animal que estão vendo no livro nesse momento. Novamente, reforce com as crianças que o hipopótamo é um animal selvagem, que não podemos tê-lo como um bicho de estimação em casa e que ele deve permanecer em seu habitat natural.
Agora, temos um bichinho muito divertido retratado nessa dupla de páginas, outro animal bem conhecido das crianças: é o macaco, aqui, especialmente o mico. Ele está pronto para brincar e até tem pratos presos às patas, para fazer muito barulho! Nessa ilustração, o bichinho está também decorando uma estante de livros, objeto que as crianças estão vendo agora e aprendendo a cuidar com muito carinho e cuidado. Há vários livros na estante ilustrada, se possível, é interessante contar
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com as crianças quantos têm, para que elas também se familiarizem com os números e quantidades. A grande brincadeira aqui é observar que o mico dessa página está bem parado, bem quietinho e por isso não pode bagunçar… será que as crianças sabem brincar de estátua, e ficar bem paradas como o mico de brinquedo? Vamos tentar?
Que bagunça! Será que as crianças sabem responder o que o mico de verdade fez? Diferente do mico de brinquedo, o animal de verdade é bem esperto e se movimenta muito, mas diferente de nós, ele não sabe ver um livro com cuidado e rasgou todas as páginas. Mais uma vez, é interessante conversar com as crianças sobre a importância de cuidar bem não só dos animais, mas também de nossos itens pessoais, para que não os percamos e para que eles fiquem sempre em bom estado. Comente com as crianças que o dono dos livros destruídos pelo macaco provavelmente ficou muito triste em ver todos os livros rasgados. Será que as crianças sabem fazer uma cara triste? O mico, ao contrário, parece estar feliz enquanto apronta!
“Bicho de brinquedo a gente precisa tratar bem…”. Essa frase, aliada à ilustração da dupla de páginas, mostra às crianças a necessidade de guardar os brinquedos com cuidado após o uso. Dessa forma, as crianças os encontraram com facilidade na próxima vez que forem brincar e eles estarão em bom estado, durarão por bastante tempo e muitas brincadeiras! É muito importante conversar com as crianças pequenas sobre a rotina de organização dos brinquedos e conservação dos objetos, e esse momento de arrumação pode ser integrado às tarefas diárias das crianças bem pequenas, não só pela conservação dos itens, mas para que elas se sintam parte das tarefas e também assumam, pouco a pouco, a responsabilidade de cuidar de seus próprios itens.
“Bicho de verdade, também!”. O texto da última página da narrativa completa a informação tão importante para nós: que o cuidado deve ser tanto com os itens
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pessoais da criança quanto com os animais. Durante toda a leitura, a criança percebeu as diferenças entre os bichos de brinquedo e os bichos de verdade; agora, o texto revela a grande semelhança, que é o cuidado. Vale relembrar com as crianças todos os bichinhos vistos no decorrer da leitura, domésticos e selvagens, e citar outros bichos que não apareceram, perguntando para elas como devemos tratá-los. Perguntas como “devemos cuidar do pintinho?”, “precisamos tratar com carinho o passarinho?”, “e o pato?” etc podem ser interessantes para que elas assimilem nomes de outros bichinhos e relacionem que o cuidado e carinho mencionados no livro também se estendem a bichinhos que não apareceram na leitura.
Essa dupla de páginas traz informações pertinentes sobre a obra, contextualizando os objetivos da leitura e o que ela pretende evocar. O texto é interessante para o adulto mediador. Ela também apresenta uma ilustração divertida e que faz referência à narrativa, mostrando um pingüim de brinquedo com um pinguim de verdade e que pode ser mostrada às crianças.
Ilustração especial que representa os três autores do livro, que também são os responsáveis pela criação das ilustrações do livro. Toni, Laíse e Susana são pai, mãe e filha, fato que pode ser compartilhado com as crianças, revelando esse divertido trabalho em família.
Essa capa mostra um pé e uma mão, partes do corpo de uma criança que, na verdade, está puxando a galinha de brinquedo presente na capa do livro. Essa cena divertida só se revela quando o livro é aberto e o leitor consegue ver toda a ilustração. A quarta capa também traz um pequeno texto, uma sinopse do conteúdo do livro.
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SUGESTÃO DE ATIVIDADES
A seguir, há um conjunto de atividades que podem ser realizadas antes, durante ou após a leitura do livro, de forma pontual ou em contextos mais amplos, como projetos maiores que envolvam também os familiares. São atividades lúdicas, relacionadas aos campos de experiência da BNCC, e que visam potencializar as aprendizagens das crianças e seu desenvolvimento cognitivo, motor e emocional por meio da leitura do livro Bicho de brinquedo, bicho de verdade. Em todas elas as crianças são convidadas a se expressar através da arte, do movimento, da observação e da expressão corporal. As famílias também podem ser envolvidas e, assim, perceber como a leitura de um livro infantil pode gerar conhecimentos e vivências ricas e plenas de significado para todos, adultos e crianças.
Bicho de brinquedo
Uma atividade interessante para fazer com as crianças após a leitura do livro é a criação de brinquedos com materiais recicláveis. Além de a criança se sentir participante do processo de criação do objeto, também é uma oportunidade para explicar, de modo lúdico, como podemos reutilizar objetos que iriam para o lixo. Um material barato e que pode ser obtido com a ajuda dos responsáveis é o rolo de papel higiênico. Na internet, é possível conferir a quantidade de ideias e possibilidades de bichinhos que podem ser feitos utilizando o rolo de papel higiênico como base: é possível colar um pedaço de cartolina em formato de asas no rolo, formando uma borboleta; colar penas para criar uma ave; colar um pedaço de cartolina em formato de círculo para fazer a carinha de um cachorro, um gato ou outro bicho que preferir. Depois, as crianças podem pintar o rolo com tinta guache, explorando a criatividade artística e coordenação motora. Os traços da cara, como olhos e focinhos, podem ser feitos por um adulto responsável. Pronto! Agora, cada criança terá o seu próprio bichinho de brinquedo para brincar e cuidar com muito carinho! A partir daí, outras atividades podem ser realizadas: as crianças poderão escolher um nome para o bichinho, os adultos podem contar histórias cujo personagem principal e, no caso de a atividade ser feita na escola, as crianças poderão levar seus animais para casa, mostrando à família o resultado da exploração do livro e da criação artística.
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Cinema divertido
Na dupla de páginas do leão, temos uma cena divertida que ora mostra uma menina com um leão de brinquedo no cinema e depois o leão de verdade, assistindo a um filme. Que tal fazer uma sessão cinema com as crianças, reproduzindo a brincadeira e o espaço? Alguns papeis cortados podem ser entregues para as crianças antes da atividade, para que elas o entregue de volta para o adulto, como se fosse o ingresso da sessão. Algumas cadeiras devem ser enfileiradas lado a lado na sala, para que as crianças possam assistir a um vídeo, uma animação ou outro produto audiovisual que a educadora/ o educador ou o responsável julgar pertinente, em uma televisão ou na tela do computador. Vale comentar que geralmente as pessoas ficam em silêncio para poder assistir ao filme e também diminuir a iluminação do ambiente. As crianças podem escolher um bichinho para levarem ao cinema, pode ser um brinquedo que já tenham anteriormente ou o bichinho produzido na atividade acima sugerida. Para completar a brincadeira, seria delicioso entregar um saquinho de pipoca para cada criança! A pipoca é um alimento que as crianças amam e ela também está reproduzida na ilustração. Com essa atividade, as crianças explorarão a concentração, os sentidos e criarão uma memória divertida com os colegas ou com a família. Vale a pena introduzir elementos da matemática nessa atividade, como a contagem do número de participantes, o número de ingressos e de acentos.
Qual é o bicho?
A brincadeira do livro é perceber as semelhanças e diferenças entre os “bichos de brinquedo” e os “bichos de verdade”, ainda que esses sejam também ilustrações feitas a partir das características reais dos animais. Agora, sugerimos que as crianças vejam imagens dos bichos de verdade. Elas podem conhecer os bichinhos a partir de vídeos na internet, fotos ou em imagens de livros e revistas. Se possível, mostre as imagens dos animais juntamente com o livro, fazendo uma comparação entre a ilustração do bicho de brinquedo, o “de verdade” do livro e a imagem real do animal. Dessa forma, as crianças verão as três representações diferentes e poderão compará-las, percebendo as semelhanças e diferenças entre elas. Uma atividade complementar é mostrar a imagem do animal real sem dizer o seu nome às crianças, para que elas digam qual bicho é, e pedir que elas mostrem ao adulto onde ele se encontra no livro. Dessa forma, as crianças verão o livro de forma independente, folheando-o, explorando a concentração e a coordenação motora fina para encontrar o bicho certo na narrativa.
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Animal doméstico, animal selvagem
As crianças podem receber diferentes desenhos de animais domésticos e animais selvagens para explorar a criação artística, seja com giz de cera, tinta ou como o educador / a educadora julgar adequado. Após a atividade pintura, os desenhos dos bichinhos poderão ser separados em grupos. Sugerimos colocar dois grandes pedaços de papel ou tecido no chão (um verde, que simbolizará a floresta, e outro de outra cor, que poderá representar uma casa). O educador / a educadora poderá direcionar a divisão dos habitats, comentando que tal bichinho pode morar na nossa casa, tal bichinho deve morar na floresta, entre outros apontamentos. As crianças poderão colocar os bichinhos nos locais adequados e, após a divisão, poderão criar outras atividades. Elas também podem levar dois desenhos para casa, de um bichinho doméstico e de um bichinho selvagem, para mostrar aos responsáveis o que fizeram na escola.
Imitando os bichinhos
Com essa atividade, a família estimulará a concentração da criança, além de explorar a audição, em uma brincadeira engraçada e simples de ser realizada. Após a leitura do livro, as crianças poderão ser convidadas a imitar o som dos animais e inclusive o modo de se locomover de cada um deles. A família pode continuar a brincadeira convidando a criança a imitar o som de outros bichinhos que se lembrarem. Com essa proposta, a criança também exercitará a memória e ampliará o seu conhecimento sobre a natureza, além de ir adquirindo mais consciência de sua própria voz, da importância da audição e de se expressar. Uma lista com o nome dos bichos e o “som” que eles fazem poderá ser organizada pelo educador, em uma atividade que também envolverá a escrita.
EM CASA, COM A FAMÍLIA
Essas são atividades que podem ser feitas na creche, mas também podem ser enviadas como orientação às famílias; afinal, é muito importante que a família também estimule leituras e brincadeiras e que participe do processo de literacia das crianças. Compartilhe com elas as atividades já feitas na escola e sugira que os responsáveis continuem as brincadeiras em casa.
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O LIVRO BICHO DE BRINQUEDO, BICHO DE VERDADE E A BNCC –EDUCAÇÃO INFANTIL
No decorrer deste manual, foram descritos diversos conteúdos e habilidades que podem ser trabalhadas com as crianças a partir do livro Bicho de brinquedo, bicho de verdade, além de propostas de atividades para o período após a leitura. Todas as sugestões foram pautadas nas habilidades constantes na Base Nacional Comum Curricular, a partir dos cinco campos de experiência. A seguir, estão listados os objetivos de aprendizagem presentes da BNCC, os quais são atendidos tanto pela leitura do livro quanto nas propostas deste Material de Apoio. CAMPO DE
O eu, o outro e o nós
O eu, o outro e o nós
O eu, o outro e o nós
Corpo, gestos e movimentos
Corpo, gestos e movimentos
Traços, sons, cores e formas
Escuta, fala, pensamento e imaginação
(EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
(EI02EO03) Compartilhar os objetos e os espaços com crianças da mesma faixa etária e adultos. X
(EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender. X
(EI02CG04) Demonstrar progressiva independência no cuidado do seu corpo. X
(EI02CG05) Desenvolver progressivamente as habilidades manuais, adquirindo controle para desenhar, pintar, rasgar, folhear, entre outros X
(EI02TS03) Utilizar diferentes fontes sonoras disponíveis no ambiente em brincadeiras cantadas, canções, músicas e melodias. X
(EI02EF01) Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades, sentimentos e opiniões. X
Escuta, fala, pensamento e imaginação
X
OBJETIVO OBJETIVO ATENDIDO
EXPERIÊNCIA
X
(EI02EF03) Demonstrar interesse e atenção ao ouvir a leitura de histórias e outros textos, diferenciando escrita de ilustrações, e acompanhando, com orientação do adulto leitor, a direção da leitura (de cima para baixo, da esquerda para a direita). 34
CAMPO DE EXPERIÊNCIA OBJETIVO OBJETIVO ATENDIDO
Escuta, fala, pensamento e imaginação
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações
(EI02EF04) Formular e responder perguntas sobre fatos da história narrada, identificando cenários, personagens e principais acontecimentos. X
(EI02ET01) Explorar e descrever semelhanças e diferenças entre as características e propriedades dos objetos (textura, massa, tamanho). X
(EI02ET02) Observar, relatar e descrever incidentes do cotidiano e fenômenos naturais (luz solar, vento, chuva etc.). X
(EI02ET03) Compartilhar, com outras crianças, situações de cuidado de plantas e animais nos espaços da instituição e fora dela. X
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
O Bicho de brinquedo, bicho de verdade é um livro que estimula a leitura, o conhecimento sobre os animais, a brincadeira, a descoberta de si e do outro, a exploração do entorno e também a percepção da natureza presente no dia a dia das crianças. Para abordar todas essas questões, a seguir apresentamos algumas referências e sugestões de leituras para os educadores e também para os mediadores de leitura. Há também a sugestão para que educadores e familiares assistam a um documentário que trata da relação das crianças pequenas com a natureza, seu desenvolvimento e a importância de reforçarmos seu contato com os elementos naturais que existem a seu redor, cujo link para o trailer está abaixo.
O COMEÇO DA VIDA 2: LÁ FORA. Direção: Ana Lúcia Villela. Produção: Maria Farinha Filmes. Brasil, 2020. DVD. Documentário que trata das conexões entre as crianças e a natureza, sobretudo em grandes contextos urbanos. De forma acessível, o filme traz depoimentos de educadores, pais, estudiosos do tema e das próprias crianças sobre suas experiências e convívio em espaços urbanos, mas nos quais descobrem formas de manter o contato com a natureza de diferentes formas. O documentário está disponível em diversas plataformas e o trailer pode ser conferido em: https: //www. youtube. com/ watch?v=9yNv6U02W1M (acesso em 14/04/2021).
Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Alfabetização. Conta PraMim: Guia de Literacia Familiar. Brasília: MEC, SEALF, 2019. Um guia sobre a importância da leitura em família com sugestões práticas para que os educadores possam apresentar roteiros e sugestões de atividades a serem realizadas em casa, no âmbito familiar. A valorização de livros infantis que estimulem a construção de uma comunidade leitora na família, baseada em momentos de convívio, diálogo e interações através de situações simples como conversar, passear, cozinhar, desenhar ou, simplesmente, ler. Disponível em: http:// alfabetizacao. mec. gov.br/images/ pdf/conta-pra-mim-literacia.pdf (acesso em 14/02/2021).
Brasil. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Brasília, 2018.
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A BNCC foi amplamente utilizada para a construção desse manual e é um rico material de consulta para os educadores. Para a organização do planejamento das atividades de leitura, é interessante consultar a BNCC para identificação de conteúdos e objetivos de aprendizagem. Disponível em: http:// basenacionalcomum. mec.gov.br/ abase/#infantil (acesso 14/04/2021).
BAJOUR, C. Ouvir nas entrelinhas: o valor da escuta nas práticas de leitura. 1ª edição. São Paulo: Pulo do Gato, 2013. Os quatro textos que compõem a obra discorrem sobre a importância da “escuta”, da “conversação literária” e do “registro” para o êxito no trabalho com a leitura literária. Chamam a atenção para a importância da formação do mediador, responsável, em grande parte, pelo sucesso ou pelo fracasso das ações promotoras da formação do leitor nas instituições escolares.
BARBOSA, M. C. S.; HORN, M. G. S. “Organização do espaço e do tempo na escola infantil”. In: CRAIDY, C.; KAERCHER, G. E. (Orgs.). Educação Infantil: pra que te quero?. Porto Alegre: ArtMed, 2001. p. 67-79. O dia a dia das escolas é repleto de atividades organizadas por educadores que, de uma maneira ou de outra, lidam com o espaço e o tempo a todo o momento. Como organizar tempos de brincar, de tomar banho, de se alimentar, de repousar de crianças de diferentes idades nos espaços das salas de atividades, do parque, do refeitório, do banheiro, do pátio? É tarefa dos educadores organizar o espaço e o tempo das escolas infantis, sempre levando em conta o objetivo de proporcionar o desenvolvimento das crianças.
BENJAMIN, W. Reflexões sobre a criança, o brinquedo e a educação. 2ª edição.
São Paulo: Editora 34, 2009.
Estes ensaios apresentam a suma do pensamento de Benjamin sobre a educação. O autor discorre sobre aspectos da vida universitária, o aprendizado da leitura, a prática do teatro, brinquedos, jogos, livros infantis e, ainda, os contrastes entre a educação burguesa e os desafios de uma pedagogia revolucionária. Um livro clássico sobre a infância, que nos ajuda a compreender melhor as crianças e a sociedade.
DEBUS, E. Festaria de brincança: a leitura literária na Educação Infantil. 1ª edição. São Paulo: Paulus, 2006.
Obra interessante para educadores da Educação Infantil, pois fala da leitura literária para crianças pequenas. O livro explana sobre o contato das crianças pequenas com vários tipos de livros (livros tradicionais, livros-brinquedo etc) e trata da importância da leitura no ambiente escolar.
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DELORME, M.I.C. Criança e natureza nas cidades . 1ª edição. São Paulo: Baobá, 2019. Esta produção apresenta uma coletânea de estudos sobre os espaços de brincar e as tantas relações que se estabelecem nestes espaços. De tantos aspectos essenciais tratados na obra, é possível destacar as inúmeras possibilidades de interação com a natureza como parte do que há de mais genuíno nas infâncias: a brincadeira, a imaginação, a criação e a liberdade. Os estudos interagem e dialogam entre si, através de escritas entre articuladas que inserem os leitores nas praças, nos parques e nas quadras. As autoras assumem um projeto de formação humana, o qual se constrói com sensibilidade, escuta, voz e autoria de quem aprende e ensina, com e para as diversidades, as experiências criadoras e, por que não dizer, o amor.
JUNQUEIRA, R (org). Ler e Ensinar: gestos de leitura na Educação Infantil. 1ª edição. Presidente Prudente: Educação Literária, 2019. Nesse pequeno livro é ampliada a discussão e a teorização sobre literatura, mediação de leitura e livros para crianças pequenas. Ficamos no desejo de que o livro atraia a todos os leitores, como o tema tem seduzido centenas de professores e pais por muitos anos. Também, esperamos que filhos, netos e alunos tenham oportunidade de desenvolver esses gestos embrionários de leitura, que os colocarão frente ao ato de ser leitor.
JUNQUEIRA, R (org). Literatura e Educação Infantil: Livros, imagens e práticas deleitura (1). 1ª edição. Campinas: Mercado de Letras, 2016. Deve-se aproximar livros infantis de crianças bem pequenas? Pode-se provocar ações de leitura nos bebês? Sim, sim se houver o entendimento dos espaços da Educação Infantil como um ambiente que pode e deve impulsionar a humanização através da educação literária. Assim, nessa obra o leitor conhecerá um pouco mais sobre livros infantis, imagens e práticas de leitura para a primeiríssima e a primeira infância.
LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. 6ª edição. São Paulo: Ática, 2002.
Nessa obra, Marisa Lajolo trata sobre a leitura dentro do ambiente escolar, a sua importância e consequência. Um livro interessante para educadores da Educação Infantil e também para o ensino fundamental, pois traz, de maneira acessível, a discussão acerca do contato com os livros e como a leitura influencia diretamente o aprendizado dos alunos.
MCGUINNESS, Diane. Cultivando um leitor desde o berço. Editora Record, 2006. Repleto de comentários fascinantes a respeito do comportamento infantil, este livro não apenas torna mais simples a compreensão sobre os estágios de aquisição
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da linguagem como também orienta sobre como aumentar a interação de pais e filhos. A autora apresenta seu programa inovador que facilita o domínio da leitura e revela o quanto crianças que ainda estão aprendendo a andar e aquelas em fase pré-escolar sabem e podem expressar desde os primeiros meses de vida.
NINFAS, P. Do ventre ao colo do som a literatura – livros para bebês e crianças. 1ª edição. Rio de Janeiro: RHJ Livros, 2012. Qual a diferença entre livros e literatura para os pequenos? Essas e outras questões são discutidas nessa obra, com exemplos comentados de livros destinados aos bebês. Obra recomendada aos pais, educadores, professores, pedagogos, psicopedagogos, psicólogos e psicanalistas, aos cuidadores dos bebês e das crianças.
REYES, Y.Ler e brincar, tecer e cantar: literatura, escrita e educação. 1ª edição. São Paulo: Pulo do Gato, 2012. O título já anuncia como a autora está comprometida com a linguagem, a educação, a formação de leitores e a literatura, que “embora não transforme o mundo, pode fazê-lo ao menos mais habitável, pois o fato de nos vermos em perspectiva e de olharmos para dentro contribui para que se abram novas portas para a sensibilidade e para o entendimento de nós mesmos e dos outros”. Uma obra de referência para educadores.
REYES, Y.A casa imaginária. 1ª edição. São Paulo: Global, 2010. Resultado de 15 anos de pesquisa da autora, este livro reúne as mais recentes descobertas das ciências que valorizam as etapas iniciais do desenvolvimento infantil. Sua missão é convencer o público tanto sobre a necessidade de se começar já a tarefa de formar leitores quanto do imenso prazer de ler com as crianças bem pequenas.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA - Grupo de Trabalho em Saúde e Natureza. Manual de Orientação Benefícios da Natureza no Desenvolvimento de Crianças e Adolescentes. SBP, 2019. Um documento que apresenta informações sobre a importância do contato coma natureza, considerando tanto aspectos médicos como psicológicos. Traz indicações de atividades, vídeos e sugestões de atividades para fazer com as crianças. Disponível em: https:// w w w. sbp.com.br/ fileadmin/user_upload/ manual_orientacao_sbp_cen1.pdf (acesso em 14/04/2021).
TUSSI, R.C. Programa Bebelendo: uma intervenção precoce de leitura. São Paulo: Global, 2009. Recuperar a importância de conversar com a criança ainda em gestação e, após o nascimento, de cantar canções de ninar e de brincar, de recitar, de contar pequenas
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histórias são ações que irão propiciar comportamentos precoces de leitura a partir da primeira infância. Assim, a participação dos pais e adultos se faz primordial para que se crie uma nação de leitores. Uma dica de leitura para os educadores interessados em aprofundar seus conhecimentos sobre a importância da formação de crianças leitoras.
WAJSKOP, Gisela. Brincar na Pré-Escola. 1ª edição. São Paulo: Cortez, 1995. O texto apresenta uma abordagem sócio-histórica sobre o brincar e faz um panorama sobre a evolução nas teorias e práticas pedagógicas na Educação Infantil ocidental. Como o livro Bicho de brinquedo, bicho de verdade também propõe a brincadeira e a imaginação a partir do livro, a obra torna-se uma boa sugestão de leitura para os educadores.
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Tem gente que tem amigo bicho. E tem gente que tem bicho amigo. E tem gente que tem os dois.
Tem amigo bicho de brinquedo e tem bicho amigo de verdade.
Nem tudo o que a gente pode fazer com um, pode fazer com o outro...