Revista Lista Náutica - 8a. edição

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No. 08 | Ano 03 | 2015

BALNEÁRIO PIÇARRAS 9 772357 718006

CONVIDA VOCÊ A CONHECER UM NOVO DESTINO

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A JOIA DO ATLÂNTICO CATARINENSE

R$ 10,00

ISSN 2357-7185

PALCO DE LENDAS E NATUREZA EXUBERANTE








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EDITORIAL

DIRETOR - EDITOR

Henrique Otávio de Almeida

EDIÇÃO Henrique Otávio de Almeida DIRETOR DE CRIAÇÃO Fábio Kiyoshi Suzuki

Um novo balneário...

TEXTO Fernanda Lange, Charles Luiz Molmerstet, Assessoria de Imprensa de Balneário Piçarras e Henrique Otávio

É com imenso prazer que apresento a você leitor uma das maiores joias do nosso litoral catarinense. Uma cidade que à primeira vista pode lhe parecer pequena, mas que em nossa visão minuciosa é um mar de oportunidades. Balneário Piçarras, terra dos índios carijós e lenda dos botocudos, abriga uma fauna e flora extravagante. É ponto de referência em oceanografia, preservando o maior acervo da América Latina em seu museu da Universidade do Vale do Itajaí. O destaque regional do município também está ligado ao seu índice de qualidade de vida e de seu crescimento ordenado, sendo o terceiro município do litoral norte de Santa Catarina em crescimento populacional. Aliado a isso está o mar - de águas calmas e límpidas – aguçando a imaginação dos visitantes que procuram a sua orla para relaxar, praticar esportes e traçar novos horizontes. Seja em terra ou alto mar, as aventuras podem acabar por fazê-lo vir morar aqui. Para mostrar um pouco mais sobre este município que vem se destacando economicamente, a Lista Náutica buscou informações junto ao mercado e governo municipal. A náutica na cidade está “engatinhando”, e em breve, tornar-se-á uma potência no norte do Estado. Assim anseiam os empresários da cidade, que de proprietários de marinas a corretores de imóveis, fundamentam a promessa: belezas naturais, geografia única, e localização privilegiada. Mesmo com a melhor barra para a saída de embarcações, a cidade ainda possui uma limitação para seu crescimento náutico. Este pequeno empecilho barra investimentos e estanca a economia pesqueira, naval e náutica de lazer. Para todos, o grande drama: A Ponte. Confira nesta reportagem exclusiva, um pouco da história deste magnífico município, que cativou o Editor, fêlo morar aqui e que hoje é fonte de inspiração para a vida e o trabalho. Desejo a todos uma ótima leitura. Henrique Otávio

Editor

COLABORARAM NESTA EDIÇÃO Assessoria de Imprensa de Balneário Piçarras, Leonel José Martins, Joine D’Almeida Victorino, Arlete Maria Máximo, Jean Pavanello, Álvaro Pavanello, Alan Matos, Rodrigo Volles, Alessander Lenzi, Luiz Ferreira da Silva, Charles Luiz Molmerstet, Rodrigo da Costa e Barracuda Investimentos IMAGENS Editora Catarinense, Assessoria de Imprensa de Balneário Piçarras e Patrick Rodrigues IMPRESSÃO E ACABAMENTO Tipotil DISTRIBUIÇÃO Editora Norte Catarinense Ltda. Revista Lista Náutica é distribuída com exclusividade no litoral norte de Santa Catarina em Marinas, Lojas náuticas, Restaurantes, Cafés, Consultórios, e nas melhores bancas.

VENDA DE EXEMPLARES 47 3345.2554 47 9912.9179 listanautica@live.com henrique-otavio@live.com

REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO Rua Albatroz 158, Balneário Piçarras-SC CEP 88380-000 47 3345.2554 47 9912.9179 listanautica@live.com henrique-otavio@live.com

Revista Lista Náutica, N. 08, Ano 02, é uma publicação quadrimestral da Editora Norte Catarinense Ltda. Todos os direitos reservados. Revista Lista Náutica não se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos assinados ou por qualquer conteúdo publicitário e comercial, sendo esse último de inteira responsabilidade dos anunciantes. As imagens sem créditos foram fornecidas para divulgação.



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LISTA NEWS


LISTA NEWS

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As Ilhas Itacolomi estão a aproximadamente 8 km da praia central e a 30 minutos com embarcação motorizada. De origem indígena, o nome significa Pedras (Ita) Irmãs (Colomi) e hoje ostentam um habitat natural de aves marinhas que ali repousam e se reproduzem.

BALNEÁRIO PIÇARRAS QUANDO O AMOR É ETERNO


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onta a lenda que Açaúna, filha do chefe da tribo Carijó que habitava as nossas praias, estava prometida em casamento para um chefe Botocudo violento e sanguinário, morador das terras altas, atrás das montanhas azuladas do horizonte. Certo dia, a índia encontrou na praia, caído e aos farrapos, um náufrago branco, a quem acolheu em sua choça, cuidando dele e curando-o de seus ferimentos com ervas medicinais. Durante o tratamento, que durou algum tempo, os dois se apaixonaram e viveram momentos maravilhosos de amor à beira mar. Quando o chefe Botocudo veio para buscar a noiva prometida, soube do seu amor por outro e uma grande batalha aconteceu entre as tribos, ao mesmo tempo que um terrível temporal se abateu sobre a região, fazendo com que tudo se transformasse numa grande tragédia. O casal, para escapar das armas e da violência dos inimigos e para preservar a integridade física da índia, que estava

grávida, jogou-se ao mar, nadando desesperadamente em direção à Ilha Feia, desaparecendo no mar bravio. Quando a tempestade passou e a claridade do dia voltou ao normal, dois rochedos apareceram juntos no horizonte, onde antes não havia nada. As ilhas Itacolomi, diz a lenda, continuam ali, como casal de mãos dadas, olhando para a praia, como se quizessem dizer que não haverá tempestade nem mar revolto ou vento forte que consiga separar um grande amor. Se você ainda não tem um amor, faça um pedido a Deus, reze um Pai Nosso, olhando para as Itacolomi, que encontrará um brevemente. Com autoria de Luiz Ferreira da Silva (o seu Xiboca) – filho do historiador José Ferreira da Silva (in memoriam), “Quando o amor é eterno – Lenda das Ilhas do Itacolomi” fala das coisas do coração, trazendo um pouco do fascínio de quem conhece o local e não quer mais ir embora.

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Mata Atlântica sobrevive com perobas-vermelhas, canelas pretas, palmiteiros, laranjeiras do mato, entre outras árvores de grande porte. A relação com o Atlântico fez Balneário Piçarras se tornar o berço de um dos maiores acervos de história natural da América Latina e o segundo maior Museu Oceanográfico do mundo. Seus 7 km de orla emoldurada por castanheiras centenárias são um convite a quem chega. A mais emblemática e atraente delas, a “Árvore torta” é considerada patrimônio natural da cidade, suas curvas aguçam a imaginação de quem a contempla. Em Piçarras, a mudança das estações acontece de forma evidente. No verão, a brisa do mar e rápidas chuvas ao final do dia atenuam o calor tão intenso quanto as cores dos flamboyants floridos. As folhas secas das amendoeiras à beira-mar e o céu límpido marcam os dias de outono. O frio chega para valer em junho e traz com ele longas noites estreladas. O movimento de pássaros das mais variadas espécies anuncia a primavera, numa explosão de vida que pinta a paisagem, outra vez, de flores e verde.


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O céu de outono em Balneário Piçarras tão limpo e imponente quanto o Atlântico


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São sete quilômetros de orla paradisíaca, com areias claras, águas límpidas e predominantemente tranquilas.


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esde sua história quando ainda era um povoado, seu território já era passagem daqueles que tinham Desterro (hoje a capital Florianópolis) como destino. O surgimento daquela que se tornaria um dos mais belos e atraentes municípios do litoral catarinense deve-se aos índios carijós, aos portugueses e até mesmo espanhóis, que encontraram aqui a fartura de suas terras e o sossego que se tornou sua identidade principal. Por muitos anos Balneário Piçarras ficou conhecida como a “Namorada do Atlântico”. O povoado cresceu, se desenvolveu, criou costumes, recebeu visitantes dos mais diversos lugares, e a partir de 1963 tornou-se independente, reconhecido pela alegria de seu povo, poético no olhar e receptivo a quem chega pela primeira vez. Surge no cenário Catarinense o município de Piçarras, que faz referência às rochas de argila existentes no subsolo: o piçarro ou piçarra.

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ssim como todo namoro, houve também turbulências. Nas décadas de 80 e 90 o mar tirou a beleza de sua praia central. Novos projetos de reconstrução foram feitos e em 2012, um dos mais audaciosos projetos de reconstrução e reurbanização foi iniciado, novos molhes construídos, novo calçadão recuperado, mais de 590 mil metros cúbicos de areia depositados em sua orla. Os anos passaram e a “Namorada do Atlântico” tornou-se a mais romântica das praias do litoral catarinense. No ano em que completa 50 anos Balneário Piçarras está entre os principais pólos de crescimento do Estado.

Pai de Luiz (o criador da lenda sobre as Ilhas Itacolomi), José Ferreira da Silva teria sido o primeiro a registrar a história dos municípios de Penha e Piçarras. De acordo com seus escritos, a emancipação política do balneário aconteceu em 14 de dezembro de 1963, quando deixou de fazer parte de Penha e São Francisco do Sul. Tudo teria começado com a vinda de pescadores de baleia portugueses (principal atividade econômica da região), na metade do século 18. Com as boas condições econômicas locais, recebendo e abastecendo comerciantes do porto do Rio de Janeiro com azeite, barbatanas e outros derivados da baleia, os colonizadores açorianos formam um povoado na região então habitada pelos índios Carijós, pedaço de terra que mais avançava pelo mar, batizado de Ponta do Itapocorói. Era 1777, quando tornou-se “Armação do Itapocorói”, núcleo inicial dos municípios de Penha e Piçarras. Ao fim do século 18 e início do 19, diversas famílias mudaram-se para a região. Entre os sobrenomes, há citações a Vieira, Sant’Anna, Macedo, Silva, Lima, Quadros, Pinto e Figueredo. “Avistam-se casas, de distância em distância, simples choças, e toda a zona fronteira ao mar é muito povoada, enquanto que para o interior há unicamente floresta. O território antes habitado por indígenas cede espaço ao colonizador açoriano”, registrou o historiador francês August de Saint Hilaire no livro “Viagem pela Província de Santa Catarina”, após passagem por Piçarras em 1820. Aos poucos, o local foi se reconfigurando com a progressiva extinção da baleia. É somente em 1958 que, paralelamente à emancipação política de Penha dos domínios de Itajaí, Piçarras inicia um movimento para emancipar-se também, cinco anos depois.


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esde a década de 70 a geografia determina a vocação econômica da cidade, pois as dificuldades para se trabalhar a terra são compensadas pelas alternativas que o mar oferece. É dele que o município tira inspiração e é ele que, com suas águas limpas, atrai durante o verão cerca de 150 mil turistas que multiplicam a população fixa de 19 mil habitantes e fazem girar a engrenagem da economia local. Vários hotéis e pousadas oferecem perto de 700 leitos. A infra-estrutura turística inclui ainda bares, casas noturnas e restaurantes que oferecem os famosos rodízios de frutos do mar. A partir do ano 2009, com o aumento do crédito imobiliário aliado a vinda de novas indústrias para Balneário Piçarras e proximidades, e fatores como localização, geografia, IDH e belezas naturais da cidade, emanaram oportunidades no setor da construção civil. A escassez de imóveis prontos e regularizados para aquisição via financiamento imobiliário fizeram com que pequenas e médias construtoras viessem a investir no setor, aumentando sua participação no PIB da cidade.


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Joinville (65km)

Jaraguá do Sul (75km)

Balneário Piçarras

Blumenau (60km) Navegantes (20km) Itajaí (30km)

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alneário Piçarras tem uma característica geográfica rara: é um município litorâneo com grande parte de seu território acima do nível do mar, com uma topografia que se eleva suavemente de leste para oeste, até atingir altitudes de cinco e sete metros, formando uma planície entre o mar, o rio Piçarras e a BR-101. Sua localização estratégica, entre grandes centros industriais como Joinville, Blumenau, Brusque, Jaraguá do Sul e agora Araquari com a vinda da montadora alemã BMW e a proximidade com os portos de Navegantes, Itajaí e São Francisco do Sul, bem como do aeroporto internacional Victor Konder Reis em Navegantes e proximidade do maior parque temático da américa latina Beto Carrero World tem o fácil acesso de automóveis pela rodovia duplicada BR101, com marginais leste/oeste já desenvolvidas para a futura demanda industrial e logística às margens da rodovia. É passagem obrigatória para ambos os sentidos norte e sul de Santa Catarina, sendo o segundo município litorâneo as margens da rodovia com vista para o mar para quem viaja sentido Sul. Hoje Piçarras vive uma excelente fase. A valorização da cidade junto ao mar reflete o expressivo crescimento do potencial econômico na última década. Investimento em segurança e infraestrutura são prioridades do governo, que vê com bons olhos os serviços de saúde e educação atualmente oferecidos.

Florianópolis (115 km)


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Em 1991, Balneário Piçarras possuía um IDH de 0,709. Em nove anos conseguiu atingir o IDH 0,799 (considerado bom pelas Nações Unidas). Desde o último Censo IBGE/2010, a população de Balneário Piçarras cresceu 13,18% e registrou o terceiro maior índice de crescimento do litoral norte catarinense. De acordo com dados do IBGE de 2013, o instituto contabilizou 19.329 moradores no município. De 2009 a 2012 foram emitidos 1.522 alvarás de construção. Uma média de 380 empreendimentos por ano, entre casas, edificações comerciaisresidenciais e indústrias. Quem procura a cidade para residir ou veranear leva em consideração a proximidade com o mar. Os imóveis mais valorizados são da quadra do mar (terrenos a partir de R$ 1.500,00m2), diminuindo gradativamente seu preço até chegar a rodovia BR-101 (R$ 150,00m2). No Balneário Piçarras, há estimativas* de que os terrenos valorizem mais de 25% ao ano. Uma área de 260m2 a distância de 1.000 metros da praia, por exemplo, era vendida a R$ 9.162,52 em 2009. Ao final de 2010, o mesmo terreno era vendido ao valor de R$ 17.150,00. Hoje, é avaliado em R$ 69.000,00. Outro exemplo mais recente, uma área de 260m2 a distância de 450 metros da praia, por exemplo, era vendida a R$ 57.900,00 em 2012. Hoje é avaliada em R$ 119.265,80. *Os dados são da Barracuda Investimentos (47)3345-2554, empresa com sede em Balneário Piçarras.

A economia do mar atraiu construtoras e fixou marinas, refletindo a nova fase de Piçarras, já batizada de “praia de elite” – um crescente alvo para o turismo náutico.


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sse conjunto de qualidades foi o que atraiu o arquiteto e urbanista joinvilense ao balneário. Rodrigo Volles passou a infância na região de Piçarras, onde os pais hoje moram e também construiu sua casa de praia. Formado há 15 anos, buscou aperfeiçoamento nas áreas residencial, comercial e corporativa, instalando escritório também no balneário. “Eu já acreditava que Piçarras tinha um potencial para o desenvolvimento de projetos. A cidade está em plena expansão, crescendo a cada ano. Vai valorizar muito daqui pra frente”, salienta, explicando que os projetos que desenvolve no município sempre buscam levar a natureza para dentro das casas, com ambientes amplos, ventilação, iluminação natural e integração dos espaços. Atualmente, a Volles Arquitetura está em Joinville, mas Rodrigo mantém contatos e projetos que o levam a Piçarras de três a quatro vezes por semana – além de sábado e domingo quando ele passa a desfrutar do tempo livre junto ao mar. “Para quem gosta de navegar, surfar e pescar, é excelente. É o lugar ideal para recarregar as energias, aqui fiz e mantenho grandes amizades”, expõe, lembrando o Rua da Praia Bar e Restaurante como um de seus endereços gastronômicos prediletos.


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O campeão mora aqui Era em Piçarras, na infância, que o piloto profissional de jet ski Alessander Lenzi passava as férias de verão com a família – e continua prestigiando o balneário até hoje. “Em 2005, construí minha casa em Piçarras, onde sempre treinei e fico a maior parte do tempo. A cidade é tranquila, tem o rio e o mar, costumo andar de jet ski, mas também tem ondas, tanto que tivemos por vários anos o campeonato mundial”, comenta. Lenzi foi reconhecido pelo Guiness Book de 2011 como o piloto com o maior número de títulos no mundo do free style e free rider profissional.


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Ilhas Itacolomi (8 km)

Rumo ao paraíso natural Distante pouco mais de 4 km da costa, a Ilha Feia recebeu esse nome pelo seu aspecto selvagem e de difícil acesso. Cercada de costões rochosos e com a mata fechada, o local permanece praticamente intacto, sendo refúgio natural para várias espécies. Palco de lendas, pescadores locais contam histórias da inóspita “Gruta do Diabo”.


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A 10 minutos da costa com embarcação motorizada, chega-se à Ilha Feia, que não condiz com o nome e ainda preservada convida a mergulhos e pescarias.

O escritor Luiz Ferreira da Silva, conhecido como Xiboca, 74 anos, é um profundo conhecedor de Balneário Piçarras. Filho de pais piçarrenses, cresceu no município e criou o hábito de estudá-lo. “Piçarras é uma terra abençoada.” Autor de mais de 40 livros, Xiboca é o “pai” das primeiras lendas que surgiram no município. A mais conhecida e que foi tema do livro “Balneário Piçarras - As Lendas” cita a serpente ruiva que vivia na famosa Gruta do Diabo, na Ilha Feia. “A cobra tomou conta da ilha e se abrigou na caverna enquanto os anjos que a protegiam saíram para trabalhar em terra.” Segundo a lenda, de fora da caverna, era possível ver a vasta cabeleira ruiva, a cabeça e a língua bifurcada da serpente. “A partir da notícia que já se espalhava, poucos ousaram pescar à noite nas proximidades, certos de que não retornariam para casa. Ainda assim, a serpente atacou e matou dois jovens índios que não respeitaram os conselhos dos mais velhos. Por vingança, os anjos decidiram se unir e expulsar a cobra da gruta. Esperaram o monstro deixar a caverna e o atacaram. ” Seu Xiboca conta que a grande serpente ainda resistiu, chegou à praia, mas sucumbiu aos ferimentos. Antes de morrer, sacudiu-se e provocou elevações no solo. “Bateu com tanta força contra o chão, que a cabeça enterrou-se, deixando de fora apenas a cabeleira vermelha”, diz um trecho do livro. Na manhã seguinte, curiosos para saber o que havia provocado o barulho noturno, os índios tiveram uma surpresa. No lugar onde a cobra havia desfalecido formara-se um grande rio, com muitas curvas e que avançava mata adentro. Era o nascimento do Rio Piçarras.


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dmiradores da natureza e da vida marinha, lindas paisagens, boa infra-estrutura, cortesia e bom atendimento fazem parte desse pedaço de paraíso que fica aqui na praia central. O lugar é encontro para caminhadas, pedaladas e muito esporte e recreação.


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Fazendo divisa com o município de Penha, a Barra do Rio Piçarras é procurada pelos turistas que gostam de um mar um pouco mais calmo.


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cinco quilômetros do centro, em direção ao norte, surge a Praia das Palmeiras, considerada umas das praias com a melhor balneabilidade do Estado de Santa Catarina. Com uma vegetação nativa, águas límpidas e areias claras, é própria para banhos e esportes náuticos.


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À

frente da Marina Park SC, fundada em 1999, está o empresário Joine D’Almeida Victorino, natural de Itajaí, que trocou o setor químico pelo mar há uma década. “Sempre fui apaixonado por barcos e pelo mar e, em 2005 compramos a Marina Park SC, que já estava em atividade com cerca de 30 clientes, dos quais grande maioria ainda está conosco”, salienta. Desde então, fez investimentos na estrutura, que hoje tem capacidade para 170 embarcações. “Sempre buscando oferecer o melhor aos clientes, funcionários e prestadores de serviços”, sublinha. O empresário acredita que o mercado náutico evoluiu muito na última década, pois os barcos deixaram de ser um objeto “impossível” de se adquirir, a partir do surgimento de novos estaleiros e das novas alternativas de financiamento das próprias fábricas, lojas e instituições financeiras. “O mercado foi impulsionado por estas evoluções na oferta, abrindo necessidades de marinas e prestadores de serviços especializados”, observa. Joine afirma que a Marina Park SC reúne hoje clientes do Paraná, norte catarinense, Vale do Itajaí, da própria cidade – e até mesmo de Portugal. Os serviços contemplam desde locação de lanchas com marinheiro a decks para organização de eventos.

“O setor náutico é algo muito prazeroso, um estilo de vida. O mar e a navegação proporcionam momentos inesquecíveis, pois você está em contato direto com a natureza, geralmente em boa companhia, de familiares e amigos, sendo um canal aberto para novas amizades e experiências”, garante. Em contraponto à magia da atividade com a qual decidiu trabalhar, o empresário faz questão de frisar uma carência do setor, trazendo à tona a necessidade de elevar a ponte do Rio Piçarras para que as marinas possam receber embarcações maiores: “Hoje a movimentação é crescente, mas temos um freio que é a ponte. Creio que assim que as lideranças políticas conseguirem levantá-la, esta movimentação será acelerada, haverá condições de se recepcionar feiras náuticas, viabilizar construção de estaleiros, instalações de postos de serviços mecânicos, elétricos, reparos estruturais, lojas náuticas e novas marinas. Vai incrementar muito a região, gerando receitas e ofertas de emprego”.


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Com sede em Navegantes, a Escola Náutica SC ministra aulas práticas no Balneário Piçarras há dois anos. Credenciada à Marinha do Brasil, trabalha com registros de embarcações, renovações de seguros e formou, somente em 2014, cerca de 300 alunos no Curso de Arrais Amador. Segundo Alan Mattos, responsável pela escola, “Piçarras é uma ótima área de navegação. Para nós, a melhor. Temos o rio, a barra e o mar, é ideal para a aprendizagem”, comenta o instrutor, que também conta com estrutura de marinas parceiras na cidade para ministrar aulas práticas.


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m maio de 2015, completam-se 10 anos da abertura da Marina Bela Vista, administrada pelo joinvilense Álvaro Pavanello e seu filho Jean Pavanello. Segundo Jean, tudo começou quando adquiriram uma embarcação e precisaram de uma marina para guarda e acesso ao mar. Tornaram-se, então, clientes da antiga Marina da Elvira, por dois anos, até que a então proprietária decidiu vender a empresa e eles aceitaram assumir o desafio, rebatizando-a com o atual nome. “Optamos por Piçarras, à época, pois a saída para o mar é a melhor do litoral norte e a região é muito boa para a atividade da pesca esportiva. Foram vários investimentos ao longo desses 10 anos. Hoje trabalhamos, em média, com 60 lanchas”, declara Jean. Os empreendedores notaram que, de 2005 para cá, houve procura cada vez maior de pessoas que estavam comprando uma primeira lancha ou tinham interesse em pescar na região – segundo Jean, devido às boas opções de marinas do balneário, facilidade e segurança na saída ao mar. “A maioria dos nossos clientes são pescadores esportivos, portanto a movimentação acaba sendo contínua ao longo de todo o ano”, comenta Álvaro, citando no rol dos clientes as cidades do litoral norte catarinense, Vale do Itajaí, assim como moradores das vizinhas Balneário Camboriú e Itapema que, “apesar de disponibilizarem de uma boa estrutura náutica, gostam de pescar na região”. A Marina Bela Vista também registra um expressivo número de clientes vindos da capital paranaense, Curitiba.

Para atender à demanda com o máximo de qualidade e fidelizar os clientes, os sócios-proprietários afirmam estar em processo de melhoria contínua, aliando uma atmosfera familiar à busca por diferenciais. Um dos serviços de maior destaque da Marina Bela Vista é o Clube do Barco, uma proposta que ajuda a popularizar a opção de lazer, possibilitando a entrada de novos entusiastas. Com planos a partir de R$ 450 mensais, é possível se tornar sócio do clube. A Bela Vista disponibiliza barcos de 19 pés, que passam por revisões mensais (modelo Flyfish 190 com motor 115HP, equipados e preparados para as saídas), toda a infraestrutura e serviços; ficando o membro do clube responsável apenas pela mensalidade, reserva antecipada e combustível consumido. Você pode também se juntar com um ou mais amigos para formar um grupo e adquirir uma cota do Clube, sendo que desta forma o valor da mensalidade é diluído e a relação custo benefício é maior ainda – anuncia o portal (www.marinabelavista.com.br). Jean explica que a ideia do clube surgiu com o objetivo de proporcionar aos clientes o máximo de comodidade no lazer náutico da forma mais econômica possível. “Fizemos algumas pesquisas e evidenciamos que na Europa e nos Estados Unidos este tipo de serviço já é comum e procuramos implantar aqui na nossa região. O cliente efetivamente não tem nenhum tipo de ‘preocupação’ com os barcos, uma vez que todo o ‘incômodo’ relacionado com a posse e manutenção de se ter um barco é nosso”, resume.


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Ressaltando o grande potencial náutico da região, Jean lembra que o setor necessita de alguns investimentos, como a “elevação da ponte do Rio Piçarras e a promoção de eventos náuticos”. Para Álvaro, também é fundamental que o município tenha como prioridade a manutenção e fiscalização das áreas de preservação, pois “há inclusive uma grande área de manguezais ao longo do rio Piçarras (a Marina Bela Vista é cercada de manguezais e os clientes e turistas sempre comentam sobre a beleza do local); este é um grande diferencial da nossa cidade”.

Jean e Álvaro


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om este depoimento é possível imaginar a expertise da corretora de imóveis Arlete Maria Máximo, profissional respeitada no Balneário Piçarras, onde nasceu e acompanhou o seu desenvolvimento. Desde 2006, Arlete administra a imobiliária com o marido e sócio Juan Ignácio Koffler Anazco e faz questão de enfatizar que o fundador da empresa em 1971, Victor Zimmermann (in memoriam), foi um personagem de grande importância para o crescimento da cidade: “Como era pessoa muito bem relacionada no meio político e empresarial do Estado, esteve diretamente ligado às negociações para a vinda da companhia telefônica (Telesc à época) com doação de terreno no centro, a vinda do BESC e do Banco do Brasil, a implantação da comarca, além dos terrenos para a construção do Fórum e futuras instalações da Prefeitura ao lado. Doou e intermediou doações de terrenos para escolas; entre muitas outras ações que beneficiaram a cidade”, afirma. Ainda, antes das ressacas sofridas em 1983 e 1984, que provocaram graves consequências ao balneário, o empresário também teria impulsionado o loteamento Jardim do Flamboyant, com abertura de avenida até a BR-101 e aprovação do trevo de acesso à região norte; e investiu recursos próprios na construção do Edifício Solar do Flamboyant. “Ele foi o maior divulgador particular da cidade de Piçarras em nível nacional”, garante a corretora. Segundo ela, o impacto das ressacas – embora “a parte destruída tenha sido pequena, em relação aos 7 km da bela praia” –, que estagnou os valores dos imóveis, só foi suavizado quase 15 anos depois. “A cidade só voltou a crescer e a valorização dos imóveis começou a reagir, a partir da recuperação da praia na temporada 1998/1999.

“Meu primeiro (e único) emprego foi na Victor Imóveis, desde novembro de 1975”


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Ainda há muitas áreas, onde pode-se desenvolver projetos de condomínios residenciais com marinas”

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a visão da corretora, ainda há muitas áreas, onde podem ser desenvolvidos projetos de condomínios residenciais com marinas, às margens do Rio Piçarras; mas a falta de ponte para acesso de embarcações maiores, inibe o desenvolvimento. “Sem dúvida, condições favoráveis para o desenvolvimento da náutica atraem um número significativo de pessoas para a cidade e, consequentemente, isso reflete no setor imobiliário. Muitas pessoas querem realmente residir no litoral, fazendo despontar o setor da construção civil e o imobiliário – paralelamente ao turismo náutico. Recentemente, esses três mercados uniram-se em uma obra-marco da construção civil na região: o edifício Blue Sky Residence – condomínio de alto padrão fixado em frente ao mar, conduzido pela Construtora e Incorporadora Inbrasul, da vizinha Navegantes (SC). A novidade é que, além do lazer habitual, o condomínio conta com uma lancha esporte-recreio abrigada em marina de Balneário Piçarras, à disposição dos moradores do condomínio. As construtoras que conseguirem vislumbrar essa nova tendência nacional, com certeza irão agradar ainda mais os apreciadores do mar ao inserir Piçarras no rol das possibilidades.”


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SERÁ QUE

Segundo o prefeito de Balneário Piçarras, as percepções das carências do município, entre elas a expectativa com relação ao projeto da ponte sobre o Rio Piçarras, alinham-se aos planos do governo municipal. “Desde a minha primeira gestão, já venho trabalhando no sentido de ter um projeto para elevação da ponte, fazer ela tipo um arco, que possibilite a passagem de barcos maiores. Hoje, o município está limitado a 35 pés com maré baixa e essa nova conformação da ponte vai possibilitar barcos com até 60 pés”, explica, sinalizando que o projeto executivo está pronto, em fase de captação de recursos. “E já está viabilizado este recurso para abrir o processo licitatório que irá escolher a empresa responsável pela execução desta obra, queremos fazer isso ainda em 2015”, prevê. Segundo o prefeito, o projeto envolve cerca de 1,2 milhão de reais em investimento e deve impactar positivamente dois setores, em especial: turismo e pesqueiro. Martins observa que a náutica em Santa Catarina, especificamente na região de Balneário Camboriú-Piçarras-São Francisco do Sul cresceu muito. “Hoje, Balneário Piçarras possui sete marinas e um volume de mais de 600 barcos acomodados. O que impede ainda uma evolução maior é exatamente este limitador: a ponte”, reconhece.


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Com calado mínimo de 3,0 metros e 30 metros de largura, o Rio Piçarras é um ancoradouro privilegiado, tendo sua foz em região abrigada de ondas, tornando-se um dos melhores rios do Sul do país para entrada e guarda de embarcações.

AGORA VAI?

O gestor acredita que a elevação vai possibilitar a criação de novas marinas, assim como a modernização das que já existem para receber barcos maiores; percebendo a importância da obra para o setor e desse para o município: “Com certeza o turismo náutico traz investidores de maior peso, pois um barco hoje de 60 pés está acima de 2 milhões de reais. São pessoas que vão querer uma marina e também fixar residência na cidade onde deixam o barco, pois aproveita-se muito melhor com a família”. Segundo o prefeito – ao recordar que, por anos, Piçarras sediou etapas do Campeonato Mundial de Jet Waves, há planos, sim, de continuar organizando competições dentro dos esportes náuticos, mas adequadas economicamente à capacidade do balneário. “Aprecio muito, acho que quem tem um barco e sai ao mar com sua família... é um momento inesquecível, jamais deixará de repetir, se torna uma necessidade”, garante, e faz um convite: “Gostaria de convidar todos os leitores da Lista Náutica para conhecer o Balneário Piçarras e esta nova fase que estamos vivendo. Conhecer nossa orla, nossas marinas, nosso comércio local e essa população que recebe muito bem o turista. Dizer, ainda, que Piçarras está aberta a qualquer empresa que queira se estabelecer aqui, tanto na construção de estaleiros, quanto de novas marinas, pois Piçarras oferece um futuro promissor”.

“Hoje, Piçarras está conhecendo uma nova fase na vida dela, voltou a ser o que era, quando chamava a atenção, pela qualidade da água e belezas naturais”, comenta o atual prefeito do balneário, Leonel José Martins, em sua segunda gestão (2005-2008). Ele contabiliza mais de dez construtoras em atividade no município e boas perspectivas para a vinda de novas. “Hoje temos apartamentos aqui com alto padrão, há mais de 1.000 imóveis em construção, número significativo que alerta a administração pública no sentido de planejar melhor a cidade”, enfatiza. O município tem recebido, também, grande volume de investimento no setor industrial, após a duplicação da BR-101; e todo esse movimento gera um fluxo maior na cidade, o que deixa a prefeitura alerta para acompanhar o ritmo. “Estamos saindo na frente, não deixando primeiro acontecer, mas já criando condições para sempre oferecer segurança, com crescimento de qualidade de vida para a população.” Para atrair bons investimentos ao balneário, o setor público, segundo Martins, concede isenções a empresas que ofereçam um número significativo de empregos para o município e também busca contatos com empreendimentos não poluidores. “Queremos ter ao longo da BR-101 um setor industrial, mas que não venha prejudicar o turismo, a qualidade de vida da nossa população e do turista que vem nos procurar. Portanto, apoiamos empresas que apresentam menor índice de interferência no meio ambiente, para que possamos compatibilizar indústria com turismo e não haja agressividade nesta relação”, expõe. Assim, Balneário Piçarras torna-se destino obrigatório para os apaixonados pelo mar, que valorizam qualidade de vida e acima de tudo o meio ambiente.






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PESCA ESPORTIVA

O

dia estava claro e sem vento, mas o que ainda nos preocupava era a qualidade da água, um pré-requisito para a pesca do robalo. Chegamos ao rio Piçarras por volta das 8h, e a sensação era a melhor possível: próximo à barra, a coloração era bonita e esverdeada. Uma importante via de escoamento da produção pesqueira, o canal próximo à barra do rio oferece resquícios de mata atlântica e mangues. Essa miscelânea faz da região um ótimo lugar para atividades de lazer, como esportes aquáticos e, sobretudo, a pesca. À medida que remávamos rio acima, no entanto, percebemos a mudança para um tom amarelado, situação verificada, especialmente, devido às chuvas que ocorreram no dia anterior. A desconfiança logo cessou metros à frente, quando, já longe do contato com a civilização, o rio revelava sua beleza. As grandes figueiras, cujos longos galhos acariciavam o rio, ofereciam a sensação de estarmos no lugar certo. Ainda que os peixes resistissem à pescaria, o passeio já valeria pela beleza do ambiente. Essa condição favorável nos deixava motivados. A grande estabilidade do caiaque Safari fez com que pudéssemos explorar as primeiras galhadas em pé, prática fundamental nesta modalidade de pescaria, pois lhe permite visualizar e trabalhar melhor a ação da isca. O resultado foi a primeira ação de peixe: um pequeno - mas valente - robalinho não resistiu à isca de meia água. A pescaria ficou animada. A expectativa de fisgar um peixe ainda maior nos motivou, já que estávamos a pouco mais de três quilômetros da foz do rio, onde a chance de trazer um belo robalo é grande. A subida do rio nos relevou ambientes ainda mais belos e selvagens, com árvores caídas e esconderijos onde predadores costumam emboscar suas presas. Foi neste cenário que recolhemos ao caiaque outro pequeno robalo. Em apenas uma manhã de pescaria, desbravamos o braço esquerdo do Rio Piçarras até a altura da ponte, na BR-101. Durante esse percurso, mesmo que em condições não tão ideais no que diz respeito à qualidade da água, a primeira aventura no rio nos deixou satisfeitos e esperançosos por uma nova pescaria.


PESCA ESPORTIVA

Por :: Charles Luiz Molmerstet

NAS CURVAS DO RIO PIÇARRAS

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PESCA ESPORTIVA

Afinal, há histórias de pescadores que retornaram com robalos de mais de dois quilos de lá. O local abriga ainda outros espécimes como badejos, caranhas e corvinas. Essa riqueza marinha demonstra o potencial do Rio Piçarras para uma boa pescaria de caiaque.

Localização: O rio Piçarras tem sua foz ao sul do município, aonde o pescador pode desembarcar seu caiaque com segurança. São inúmeros trapiches e píeres ao longo do rio. Mais acima, ele se divide em dois, levando a esquerda para o outro lado da BR-101 (aonde a civilização quase desaparece) e a direita para o norte do município, próximo a divisa com a cidade de Barra Velha (aonde você encontra várias residências as margens do rio). Ambos os trechos são muito bonitos e promissores. Você vai encontrar muitas curvas e lindas paisagens. Profundidade: 3,0 metros Condições ideiais: ausência de vento e maré vazante Nível de experiência: a prática não requer nível avançado. Qualquer iniciante pode pescar nesse trecho. Material Útilizado:

Isca: pequenos plugs de superfície e meia água. Também foram utilizados soft baits, como camarões e shads. Caniço: varas de 15lb e 5,6’’ (1,8m) de ação média leve. Linha: multifilamento de 0,20mm shock leader e fluorcarbonato de 0,45mm. Embarcação: caiaques Brudden Náutica, modelos Safari e Hunter Fishing.


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LISTA LOJAS


LISTA EVENTOS PESCA EMBARCADA 25

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