educar é Conheça o casal de empresários e arte-educadores Aldo Pereira de Andrade Filho e Vanessa Petermann, fundadores da Escola de Arte Pequeno Picasso, um lugar onde educação e criatividade caminham juntas
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30 ISSN 2357-7193
PERFIL
R$ 8,90
12 editorial DIRETOR - EDITOR Henrique Otávio de Almeida
Navegantes
EDITOR Henrique Otávio de Almeida DIRETOR DE CRIAÇÃO Fábio Kiyoshi Suzuki
professores & artistas
GERENTE COMERCIAL Rodrigo Costa
Os pais que trabalham o dia inteiro sabem como é difícil encontrar uma atividade para os filhos no período de contraturno escolar. Futebol, artes marciais, inglês, são áreas já muito saturadas para as crianças. Se não estão inseridas nesse contexto, estão em casa ociosos. Há cinco anos mudando vidas em Penha, a Escola de Arte Pequeno Picasso propõe um avanço na ideia de contraturno. Lá, as crianças são inseridas em um mundo de imaginação, criatividade e produção artística intensa. Tudo sob a coordenação do casal de artistas plásticos Aldo de Andrade e Vanessa Petermann. Profissionais em suas áreas, Aldo e Vanessa oferecem uma dezena de oficinas práticas, lúdicas e muito estimulantes para os alunos da escola. A diversão é levada a sério e influencia diretamente no cotidiano das crianças. Tudo melhora: o convívio familiar, as notas na escola e a perspectiva de um universo inteiro à frente. Conheça essa história de sucesso!
Henrique Otávio
Editor
TEXTOS Raffael Prado, Renato Bernhoeft, Christian Barbosa, João Kepler, Guilherme Dearo, Denis Marum, Eduardo Nunomura, Kely Kleinschmidt, NASF, Carol Salles, Daniela Bernardi, André Ligeiro, Mariana Paes, Mara Silva. CAPA Fotos: Fábio Kiyoshi Suzuki COLABORARAM NESTA EDIÇÃO Studio M IMPRESSÃO E ACABAMENTO Tipotil DISTRIBUIÇÃO Editora Norte Catarinense Ltda Revista PERFIL é distribuída com exclusividade no litoral norte de Santa Catarina, nas cidades: Navegantes, Barra Velha, Balneário Piçarras e Penha. PARA ANUNCIAR (47) 3446.1609 (47) 9961.4191 (47) 9912.9179 perfil_vendas@live.com REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO Balneário Piçarras – SC CEP 88380-000 (47) 3446.1609 | (47) 9912.9179 editor@editoracatarinense.com.br Revista PERFIL, edição 30, Ano 04, é uma publicação mensal da Editora Norte Catarinense Ltda. Todos os direitos reservados. Revista PERFIL não se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos assinados ou por qualquer conteúdo publicitário e comercial, sendo esse último de inteira responsabilidade dos anunciantes. As imagens sem créditos foram fornecidas para divulgação.
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Nome: Vanessa Petermann Idade: 34 anos Naturalidade: Timbó - SC Formação: Arte-educadora e Arteterapeuta Hobby: Estudar e praticar culinária sem glúten Uma frase: “Poderoso é o Sol da Verdade” (Eurípedes Barsanulfo)
Nome: Aldo Pereira de Andrade Filho Idade: 47 anos Naturalidade: Blumenau - SC Formação: Arte-educador e Artista Plástico Hobby: Miniaturas colecionáveis Uma frase: “Ser o melhor na área profissional em que estiver atuando” (Aldo de Andrade)
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A proposta da Escola de Arte Pequeno Picasso é ser mais do que um mero curso de contraturno; as crianças matriculadas lá têm a vida influenciada positivamente, em casa e na escola Por : : Raffael Prado - Jornalista
“A
gente usa a arte como ferramenta de transformação do ser humano”. É com essa frase que o artista plástico e arte-educador Aldo Pereira de Andrade Filho dá a dimensão do trabalho desenvolvido no Pequeno Picasso Espaço de Arte, fundado por ele e a esposa, a arteterapeuta e arte-educadora, Vanessa Petermann, em 2011, na cidade de Penha. A proposta do Pequeno Picasso é oferecer um ensino diferenciado no horário do contraturno escolar. E bota diferenciado nisso: as crianças matriculadas no espaço de arte têm aulas de yoga, mosaico, pintura, tecelagem, história da arte, aquarela e práticas artísticas capazes de torná-las mais confiantes e criativas no dia a dia. Na segunda-feira, os alunos praticam yoga como forma de trabalhar a respiração, o controle e a calma. Também têm aulas de tecelagem, uma das mais antigas técnicas de confecção de roupas. Nela, além de observarem o tecido ganhando vida, aprendem noções de história, alfabetização e matemática. A arte abstrata entra na agenda de terça-feira. É neste tema que as crianças trabalham a materialidade da arte, construindo e desconstruindo estereótipos enraizados em nossa sociedade. “Todos os pais relatam a evolução dos filhos depois que entram na escola. O nosso trabalho é na prática. O resultado é rápido”, explica Vanessa.
do corpo. A aula de desenho, por exemplo, não é só uma aula de desenho, é matemática pura envolvida no processo de criação, é trabalhar com retas, ângulos e formas diversas. Quarta é dia de história da arte e pintura em tela. Esta funciona como as fases do videogame, explica Vanessa: “Começa no guache e se a criança tiver autonomia vai evoluindo até chegar ao cavalete, o que exige mais silêncio e concentração, equilíbrio e proporção”. Na quinta, o trabalho é focado nos mosaicos e nas aquarelas, ambas técnicas antigas e que demandam muita concentração. No mosaico, por exemplo, as crianças produzem imagens com pedaços de azulejos coloridos. “É uma das técnicas mais antigas do mundo, datada de cinco mil anos antes de Cristo”, fala Aldo. É na quinta o dia da fruta. Cada criança leva uma fruta que gosta e outra que não gosta. Todas provam um pouco de cada fruta em um trabalho de reconhecimento dos sabores. “É um processo mais natural. Elas passam a gostar. Não é só deixar o que ela quer comer. Tem que estimular”, acredita Vanessa. A semana termina com aula de fantoche e desenho utilizando a técnica “desenhando com o lado direito do cérebro”.
“Temos um feedback muito bacana dos pais. Crianças que iam mal na escola ou eram muito retraídas, depois que passaram a frequentar a escola de arte tiveram uma mudança radical e posiUm dos grandes trunfos do Pequeno Picasso Espaço de Arte é tra- tiva em suas vidas”, pontua Aldo de Andrade. balhar temas que empolguem as crianças. E nada de tecnologia, viu. O trabalho é com mão na massa, na tinta, no pincel. “Hoje há O casal de artistas são mais do que meros instrutores de arte: eles tanta tecnologia que a gente consegue mostrar que através da arte apontam e auxiliam caminhos para que as crianças do as crianças também têm interesse em participar”, avalia Aldo. Pequeno Picasso construam um universo de vida por meio de atividades lúdicas e estimulantes. Um dos pontos fortes do Pequeno Picasso é ajudar a desenvolver aspectos físicos e psicológicos das crianças. Elas aprendem a conviver em grupo, a conversarem e a trabalharem todos os sentidos Vamos aprender um pouco mais?
16 perfil As escolas públicas pouco ou nada oferecem de atividades lúdicas aos alunos. A arte tem a capacidade de influenciar no aprendizado escolar? Não só as escolas públicas. Mas é preciso pensar no triângulo Família-Escola-Pequeno Picasso, todos têm sua parcela de responsabilidade na formação das crianças. A arte influencia através da leitura de imagem, que a gente já faz com as crianças, auxilia na aula de português na parte de redação, que o aluno vai começar a pensar nos detalhes e a narrar situações. Vai auxiliar na história, porque aqui damos aula de história da arte, também no dia a dia. E isso é um feedback dos pais, que nos contam como o filho está se saindo em casa e na escola depois que entrou aqui no Pequeno Picasso.
As oficinas oferecidas aqui na escola são pensadas no indivíduo ou no grupo? Nos dois. No grupo, no sentido de colaboração, no sentido de convivência, de estar junto. De um aprender com o outro. O mais velho ensinando o mais novo e o mais novo ensinando o mais velho. Trabalhamos com crianças de 4 a 10 anos, todas juntas. Só que cada oficina, como por exemplo, a aula de desenho, o que é ensinado para a criança de 4 anos é diferente do que é ensinado para uma criança de 8, 10 anos. E também vai depender do grau em que a criança chega para a gente. Algumas, de 4 anos, chegam com a garatuja ordenada, outras com garatuja desordenada. Garatujas são rabiscos que eles fazem, é algo com significado para a criança. Já tem uma forma no desenho. E o espectador pode não entender, mas a criança sabe. E ela vai sempre nomear o que tem naquele desenho, mesmo não repetindo a forma. E como o desenho, a coisa lúdica, é agradável à criança, é uma diversão, ela vai aprendendo a desenhar mais
rápido. E, consequentemente, ficar pronta mais rápida para a alfabetização. E tudo aqui é feito por fases: nós explicamos que é igual ao videogame. A criança vem para a aula de pintura em tela. Mas antes, ela vai para o guache com papel. Nessa etapa, aprende a não sujar as tintas. O amarelo tem que estar sempre amarelo no pote, não pode ficar com vermelho dentro. É uma questão de organização. Depois disso, vai para o papelão e depois para a tela, na horizontal, até chegarem ao cavalete, que é a última fase. Esses processos vão organizando o pensamento da criança. Automaticamente, ela vai entrando em um sistema que organiza o seu dia a dia. Reflete na escola, reflete em casa. E isso é concreto, e não virtual como o videogame. A criança vai conseguir absorver e aprender melhor, já que é real, concreto. O que a
oração com a acadêmica de psicologia da univali, letícia corrêa, auxiliar de sala no pequeno picasso
gente faz é dar o auxílio no processo, em que cada criança é respeitada no seu processo de desenvolvimento, que é feito em grupo. E tudo depende do meio em que ela vive, o ensino em casa, do indivíduo, do estímulo na escola, da sociedade... O tempo dado à criança pela família. E o desenho é muito importante para a alfabetização. Nós sabemos que a criança está em processo de alfabetização quando ela vai colocando a pessoinha que ela desenha no chão. Se os desenhos ficam flutuando, ela ainda está em processo de alfabetização. Quando ela junta no chão, está pronta para ser alfabetizada. A gente faz o trabalho de ensinar a desenhar, sempre devagar, até elas entenderem, sem forçar nada. Quando visualizamos que elas estão abertas para a aprendizagem, a gente vai ensinando. Aí, a gente vê que isso influencia lá na escola. Tanto que a gente teve nesse ano 100% de aprovados nas escolas regulares.
O que os pais buscam quando procuram a escola Pequeno Picasso? A gente atinge a vários públicos e perfis. Tem o pai que trabalha e precisa de um lugar para deixar o filho, um lugar onde ele se desenvolva e que fique todos os dias. Outra questão é que os pais percebem que o filho tem uma habilidade artística e querem que ele desenvolva essa habilidade. Temos crianças que vêm porque têm atrasos de alfabetização, com 7, 8 anos e não estão alfabetizadas, ou seja, são analfabetas funcionais. Aqui, elas são alfabetizadas. Tivemos uma criança de 8 anos que estava no terceiro ano e que foi alfabetizada por nós. Temos também crianças que têm alguma dificuldade de aprendizagem. E também temos crianças com síndromes. A arte ajuda a tudo isso, à concentração, à coordenação motora.
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O perfil é bem amplo. Mas nós só não conseguimos atender crianças com algum grau muito alto de alguma síndrome, pois precisamos de crianças que sejam independentes, que não necessitem de um profissional para ficar o tempo todo com elas.
Aldo, recentemente você foi agraciado com o título de comendador. Como surgiu essa iniciativa?
Conte para os leitores da Revista PERFIL quais são as oficinas oferecidas na escola e o que é buscado em cada uma delas.
Fui informado desta honraria por telefone e e-mail. Meu nome havia sido indicado por entidades e pessoas ligadas ao meio artístico cultural do Estado de São Paulo e Santa Catarina. Foi uma homenagem pelo meu Arcabouço Cultural; são mais de 20 anos de caminhada artística, incluindo exposições no Brasil, na Europa, premiações nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, participações em salões de arte, exposições individuais e coletivas pelo Brasil e no exterior, curadorias de exposições, pesquisas científicas na área cultural, ilustrações de livros e revistas. Minhas obras se encontram em acervos públicos e particulares no Brasil e no exterior, e meu nome está inserido no Indicador Catarinense de Artes Plásticas, do Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), no Catálogo Brasileiro das Artes e no Catálogo Julio Louzada Artes Plásticas Brasil.
No mosaico é desenvolvida a parte psicomotora (estruturação espaço/temporal, lateralidade e praxia fina), o raciocínio lógico. Essa oficina também auxilia na organização mental, discriminação de posições, relação parcial/inteiro ou parte/todo, estimula para o desafio e atenção. A tecelagem ajuda na concentração, atenção, destreza manual, organização mental, poder de escolha, confecção de projetos e desenvolve a autoestima. Na oficina de aquarela , o aluno trabalha com o inesperado, o autocontrole, aguça a expressão, sensação e os sentimentos, estimula flexibilidade e fluidez e também a criatividade. A oficina de desenho influencia na noção de espaço, tempo, quantidade, sequência. É importante poder de comunicação através das formas e conteúdos. A oficina de modelagem trabalha com a precisão, percepção, harmonia de cores, estruturação de formas, organização mental, coordenação motora e conscientização da preservação do meio ambiente. Na pintura, a criança tem a sensação de bem-estar, tem melhoras em sua autoestima, autoexpressão, paciência, habilidade manual, além de aguçar
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a expressão, sensação e sentimentos. Quando inseridas na oficina de fantoches, os alunos têm a imaginação estimulada, bem como a criatividade. O trabalho com fantoches proporciona o prazer de dar a vida e voz a animais e bonecos, auxilia para superar a timidez, desenvolve a comunicação, estimula o desenvolvimento da linguagem e do pensamento e auxilia a extravasar emoções e manifestar sentimentos. Na arte abstrata, são trabalhados e estimulados a criatividade, a sensação de bem-estar e o estímulo ao desafio.
Quando as crianças chegam à escola, o que elas fazem primeiro? Assim que chegam ao Pequeno Picasso, as crianças passam a primeira hora fazendo as tarefas da escola regular. Chamamos aqui de auxílio pedagógico, tarefas e alfabetização. As tarefas escolares ajudam a fixar o conteúdo, ensinam a importância de estudar fora da escola e até desenvolvem a responsabilidade e a autonomia. Além de fazer as tarefas escolares, as crianças têm auxílio pedagógico e alfabetização de forma divertida através de brincadeiras, materiais diversos, tudo com interação, socialização e convivência. O brincar é uma atividade espontânea e natural da criança e é benéfico por estar centrado no prazer. Desperta emoções e sensações de bem estar, liberta
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yoga COM A PROFESSORA IARA KLOPPEL
das angústias e funciona como escape para emoções negativas ajudando a criança a lidar com esses sentimentos que fazem parte da vida cotidiana. Brincando, a criança aprende a lidar com o mundo e forma sua personalidade e experimenta sentimentos básicos como o medo e o amor. Como o sentido da vida de uma criança é o brincar, as brincadeiras e os jogos podem e devem ser utilizados como ferramenta importante na educação.
Vocês oferecem também aulas de Yoga. O que essa prática milenar influencia no cotidiano dos alunos do Pequeno Picasso? Para as crianças, o Yoga desenvolve a concentração, aumenta a força física, flexibilidade muscular, agilidade e consciência corporal, ajuda a controlar a ansiedade, estimula a inteligência lógica e matemática, gera tranquilidade física e emocional. Permite à criança perceber sua relação com seu mundo interno de pensamentos e sensações e o mundo externo de ações e realizações. Domínio da pronúncia, facilidade de expressão através de música, exercícios respiratórios e vocalizações de sons. A yoga fortalece a autoestima e autoimagem positiva, entre outros benefícios.
A musicalização foi recém-implementada na escola. Quais são os resultados obtidos até agora? Quem cuida dessa oficina é o professor André Heck. Ele é formando em psicologia pela Univali e tem cursos profissionalizantes na área da música. A criança que vive em contato com a música aprende a conviver melhor com outras crianças. É benéfica quanto ao poder de concentração. Melhora a capacidade de aprendizagem em matemática, facilita a aprendizagem de outros idiomas, potencializando sua memória, estimula a expressão corporal, potencializa o controle rítmico de seu corpo. E através da música, a criança pode melhorar sua coordenação e combinar uma série de movimentos.
musicalização COM O PROFESSOR ANDRÉ HECK
Qual a missão do Pequeno Picasso na sociedade onde está inserido? O Espaço de Arte Pequeno Picasso é tem sua proposta educacional orientada para os seguintes objetivos; atender crianças de 4 a 10 anos, no contraturno escolar, oferecendo oficinas de artes plásticas e manuais, yoga e musicalização, visando corroborar com o desenvolvimento psicomotor, cognitivo, criativo e social das mesmas. Além das atividades artísticas, que auxiliam na educação escolar do estudante, disponibilizamos uma hora diária para auxílio nas tarefas escolares e alfabetização. As oficinas ministradas não são trabalhadas de forma separada e puramente técnica, nosso objetivo é utilizá-las conjuntamente, para que, ao se complementarem, deem à criança a descoberta do mundo da imaginação e da criação, no qual ela poderá viver intensamente sua própria emoção, despertando assim, o ser sensível e criativo, visando à busca da autonomia, do senso crítico, e da participação na construção de seu próprio futuro. Acreditamos que o aprendizado acontece através do convívio diário, fortalecendo os vínculos e a transformação ocorre naturalmente na vivência com o outro, respeitando-o e aceitando-o.
Deixe uma mensagem para os leitores da Revista PERFIL: Papais e mamães, suas crianças merecem cuidados, carinho, respeito e estímulos em suas habilidades. Venham conhecer a escola. Um grande abraço da família.
Rua José Rodrigues Vieira, 395, Centro - Penha 47 3345-6851 | 9164-2571 | 9133-3086
/Pequeno Picasso Espaço de Arte
22 consultoria & negócios
Por • Renato Bernhoeft – Escritor
Crise exige
avaliar o ser,
o ter e o parecer
Tire proveito e aprenda com a crise. Consumismo desenfreado amplia inadimplência. Preocupação com parecer e ter, esvazia o ser. A fase é de avaliar projetos pessoais/profissionais e educação dos filhos. Repense e se aproprie da sua história de vida. Entre as características que mais se acentuaram no auge dos ganhos especulativos do mercado financeiro e o crescimento da chamada “classe média”, vale destacar a desenfreada manifestação do TER – compulsão ao consumo –, provocada pela aparente necessidade de possuir como forma de vaidade e ostentação. E para muitas pessoas este comportamento era induzido pelo desejo do PARECER. Ou seja, uma necessidade do reconhecimento externo, na medida em que se deixavam manipular para atender as demandas criadas por terceiros. Propaganda, hedonismo, modismos, colunas sociais, “tribos”, círculos de conhecidos, mercado de trabalho, símbolos aparentes de sucesso, etc., que se tornaram os indicadores a serem seguidos para não sentir-se, por fora da “onda”. Paralelamente a tudo isto as questões do SER – o próprio sentido da vida – ficaram relegadas num plano bem inferior. A avalanche provocada pela busca do sucesso fácil e pelo conjunto das aparências de uma “felicidade” de fachada, falseavam qualquer forma ou esforço para avaliar o sentimento de auto-estima ou realização. E neste cenário de ganhos fáceis surge, repentinamente, a crise. Uma crise bem mais ampla das que já conhecíamos ou que, ao menos já havíamos vivido. E ela não é apenas financeira. Quebraram-se relações que aparentavam confiança. Um grande número de tudo aquilo que vinha sendo considerado como uma conquista é agora colocado em dúvida. Para usar uma expressão muito em voga nos últimos anos, ocorreu uma “quebra de paradigmas”. Suicídios, rompimento de relações, insegurança pessoal e profissional, revisão dos modelos de padrão de vida, perda
da autoconfiança, conflitos conjugais e familiares, além de tantos outros efeitos se fazem sentir nos indivíduos e seus relacionamentos. Puderam sentir este impacto, de alguma forma, todos aqueles que recentemente passaram a fazer parte do mercado de consumo. Mas, de uma forma mais intensa, os chamados “novos ricos” que numa tenra idade já não se imaginavam tendo que fazer grandes esforços para manter um padrão de vida de abundância, e, muitas vezes, até de desperdício. Aqueles que apareciam nas capas da imprensa como modelos de novos milionários que provocavam invejas ou se tornavam os novos gurus de “como ganhar dinheiro e ter sucesso, de forma rápida”. Carrões, iates, viagens de primeira classe e hotéis de muitas estrelas, mansões ou clubes “prives”, agora já não apenas perdem sentido, como se tornam difíceis de serem mantidos. Chegou a hora de avaliar a vida de uma forma mais plena, onde não é possível desvincular o Ser, do Ter e também do Parecer. Os manuais de auto-ajuda já mudaram rapidamente seus focos chamando a atenção para o valor da frugalidade, o belo sentido de uma vida mais simples, autenticidade e até a importância de dedicar tempo para uma maior convivência com amigos e família, num lazer mais econômico e de menos aparências. Já é possível observar como fazem muito sucesso orientações sobre “como viver melhor com menos”. Em alguns casos confundidos com as ilusórias receitas da auto-ajuda. As pessoas tendem a valorizar uma vida mais simples e voltada para questões socioambientais, de sustentabilidade e também preocupações espirituais. Deverão ganhar espaço na
mídia, e até mesmo como palestrantes, novos “gurus” ou escritores que tratem o tema da qualidade de vida. Nada mal. Especialmente se isto não aparecer apenas como mais um modismo que pode gerar um outro tipo de consumidor a ser manipulado por uma propaganda de aparências. Uma crise como a que vivemos deve ser aproveitada ao máximo nas suas potencialidades e lições de vida. Administrar os recursos materiais e diversificar investimentos continuará sendo importante. Preparar-se para um futuro incerto será cada vez mais vital, especialmente com o aumento dos índices de longevidade. Educar filhos para esta nova realidade é responsabilidade a ser compartilhada por pais, instituições de ensino e meios de comunicação. Comunidades religiosas, terapeutas e centros de valorização da vida serão mais procurados. Mas é importante que cada um assuma sua responsabilidade neste quadro atual. Compatibilizar aquilo que quero SER, com o que necessito – ou desejo – TER, não deve estar, forçosamente vinculado, aquilo que pode ser apenas um PARECER. Por último, não se esqueça de agir sobre todos os papéis que vivemos. Somos indivíduos na essência, cidadãos, membros de família, profissionais, entes com necessidades espirituais, sociais e de conhecimento. Um viver com qualidade requer que nossa “riqueza” possa ser desenvolvida, com equilíbrio, entre todas estas áreas da atuação humana. E esta é uma responsabilidade indelegável. Ninguém fará isto por você.
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Por • Christian Barbosa – Fundador da Triad Consulting e Escritor
5 perguntas sobre o seu ano que vão ajudar a melhorar 2016 Todo ano tem aprendizado. Sem exceção. Até não fazer nada é um aprendizado Recentemente, a minha empresa, a Triad PS, elaborou uma pesquisa com 3.500 pessoas em todo o Brasil, com idade média de 34 anos, sendo 89% empregadas, 10% desempregadas e 1% aposentados. Essa avaliação mostrou que 8% dos entrevistados ainda não têm ideia do que desejam fazer no ano de 2016, 25% já estão com o ano planejado e 67% ainda não pararam para pensar nisso. Além desses números, um fato que me surpreendeu foi: a maior parte dos respondentes não considerou 2015 o pior ano da sua vida. Apenas 16% tiveram essa sensação negativa, enquanto 23 apontaram que foi o melhor ano da vida e 60% disseram que foi normal, nada de muito diferente em relação aos anos anteriores. Claro que muita gente perdeu emprego, sofreu perdas financeiras, teve problemas de saúde, mas o resultado da pesquisa mostrou que essa não foi a regra geral. E é para esse ponto que quero chamar a atenção. Seja para você 2015 um excelente ano, um ano morno ou pior da sua vida, ele tem de ser considerado importante, pois é a partir de suas experiências que você poderá fazer os próximos anos melhores. Todo ano tem aprendizado. Sem exceção. Até não fazer nada é um aprendizado. Por isso, quando trabalho com equipes e empresas que gerenciamos a produtividade, gosto de fazer um “book log” que registra o positivo e o negativo. Isso serve para criar métricas, treinar as pessoas, reforçar a cultura
e também evitar urgências futuras. Aplicando esse mesmo princípio para a nossa vida particular, podemos escrever como foi nosso ano e aprender com isso. Escrever é poderoso, torna o fluxo consciente, libera a mente, reforça o aprendizado e coloca uma nova perspectiva sobre os fatos. E mais importante, ajudar a reconhecer que, no fundo, esse é o primeiro passo para uma mudança. Porém, não adianta escrever qualquer coisa. Para ajudar, adaptei cinco grupos de perguntas do mundo empresarial que podem ser levados para a vida pessoal. São apenas algumas sugestões, fique à vontade para criar novos questionamentos. 1 – Maiores aprendizados O que esse ano trouxe que fez você crescer como pessoa ou profissional? Que problemas você teve de enfrentar? Que coisas você não repetiria nunca mais na sua vida? E que ações você repetiria sempre que possível? 2 – Oportunidades perdidas O que você deixou escapar esse ano? O que fez você perder a oportunidade? O que faria você aproveitar a oportunidade em uma próxima vez? É possível reaver a oportunidade que foi perdida? Como? 3 – Pessoas importantes Quem foi importante para você nesse ano? Como
você retribuiu essas pessoas importantes? Quem você precisa cortar da sua lista de relacionamento? A quem você disse mais “sim”, mesmo quando você queria dizer um “não”? 4 – Metas Que sonhos você realizou esse ano? Que sonhos você adiou? Planejou metas por escrito para esse ano? Quantas? Acompanhou durante o ano? O que faltou? 5 – EU com EU Sobrou tempo para você? Leu os livros que comprou? Cuidou da saúde? Fez algum esporte com regularidade? Descobriu ou praticou algum hobbie com frequência? Dormiu bem? Conseguiu se alimentar direito? Cuidou do físico, da mente, do coração e do espírito? Experimente responder essas perguntas e guarde-as em um arquivo, e-mail ou em um papel. Além disso, crie uma tarefa em sua agenda para rever seus objetivos algumas vezes ao longo do ano. Esse é um processo muito poderoso. Certamente você será impactado pela mudança.
26 consultoria & negócios
Por • João Kepler – Palestrante e Escritor
Filhos preparados para competir e enfrentar o mundo O problema é que os pais querem garantir que seus filhos tenham sucesso e sejam “felizes” e fazem qualquer coisa para protegê-los, menos prepará-los para que eles conquistem essa felicidade por conta própria A educação doméstica ou familiar é fundamental para preparar os jovens para o mundo. Sabe por quê? Porque a vida é cheia de dificuldades e mais tarde, quando tropeçarem, vão ficar atordoados, alienados e até depressivos se não estiverem prontos e preparados. Por mais que exista aquela vontade imensa de proteger, de tentar mostrar o melhor caminho e de evitar sofrimentos que para os pais poderiam ser desnecessários, eles precisam viver. Cair, errar, descobrir, voltar e começar de novo – afinal, não foi assim com você? A verdade é que ninguém é imune a isso e como disse o Rocky Balboa, personagem de um filme americano de sucesso, “ninguém bate mais forte do que a própria vida”. Observe ainda que quando privados e “protegidos” do mundo, esses futuros adultos que não conheceram a dificuldade não saberão valorizar as pequenas conquistas. Eles não foram criados para as porradas da vida, como seus avós foram. Resumo da história: além de inseguros e imaturos, estarão mais propensos a problemas de relacionamento, pois cresceram com a ilusão de que a vida para eles é fácil. O problema é que os pais querem ga-
rantir que seus filhos tenham sucesso e sejam “felizes” para sempre e fazem qualquer coisa para protegê-los e para viabilizar isso, menos prepará-los para que eles conquistem essa felicidade por conta própria. Os pais geralmente não querem frustrar os filhos e não querem, da mesma forma, mostrar fraquezas e fracassos. Outro erro. Antes de tudo, os pais também são pessoas em busca da própria felicidade e realização (pessoal, profissional, familiar) e os erros fazem parte de qualquer trajetória. Impossível estar totalmente seguro e convicto a todo momento e em relação a qualquer assunto. Infelizmente (ou felizmente) o fato é que a vida não é como os pais querem que seja, muito pelo contrário. Aliás, é muito difícil uma vida sem nenhuma frustração ou esforço. Se o jovem não entende isso, vai provavelmente se tornar um adulto frustrado. Mas é isso que tem acontecido em muitas famílias que conheço, pais super protegendo seus filhos sem falar de problemas, de dores, de medo e das possibilidades de fracasso. O resultado disso são pais e filhos angustiados. Como esses jovens ganharam tudo, sem ter de lutar por nada
de relevante, desconhecem ou nem querem saber que a vida é um conjunto de fatores e uma escada de conquistas. É preciso subir os degraus um depois do outro, conhecer bem como tudo funciona, se relacionar, persistir, ter resiliência e principalmente trabalhar muito e, claro, fazer por merecer. O jovem de hoje precisa ser protagonista do seu próprio destino. É muito importante de vez em quando dizer “te vira, menino”, mesmo que doa. Faça o papel de mentor (que já passou por isso) e mostre apenas os caminhos: “o rio é logo ali e se pesca com uma tal de vara”. Não seja um professor para ensinar como ele deve pescar, colocar a isca no anzol e muito menos pegue o peixe para ele! Quando temos que fazer nossas próprias escolhas aprendemos com os erros e amadurecemos com a experiência. O fracasso não mata ninguém, apenas fortalece. Nos faz conhecedores de nós mesmos e nos mostra que somos capazes de fazer sozinhos e cada vez melhor, independente da idade. Devemos preparar os jovens para o mundo e não querer mudar o mundo para eles.
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26 tecnologia & informática
Por • Guilherme Dearo – Jornalista
8 tendências de
consumidores e tecnologias em 2016
A Ericsson acaba de apresentar o seu novo estudo feito pelo ConsumerLab, setor da empresa que analisa o comportamento dos consumidores ao redor do mundo.
3. Inteligência artificial acaba com a era da tela
6. Viajantes inteligentes
A inteligência artificial permitirá a interação com objetos sem a necessidade da tela de um smartphone. Os consumidores poderão interagir com diversos objetos ao redor deles (em casa, no escritório, na rua) sem precisar de uma tela de celular.
Os viajantes querem usar seu tempo de maneira mais produtiva e não se sentirem como objetos passivos do trânsito. 86% querem usar um serviço personalizado de transporte diário. E menos da metade está satisfeita com o serviço de wi-fi encontrado em trens e ônibus.
4. Virtual vira realidade
7. Tudo é hackeado
Os consumidores querem a tecnologia virtual para atividades cotidianas, tais como esportes e fotos 3D para compras online. 44% deles até querem usar essas impressoras para imprimir a própria comida.
A maioria dos usuários de smartphone acredita que invasões e vírus continuarão sendo um problema.
5. Jornalistas internautas
8. chat de emergência
Os consumidores compartilham cada vez mais informações e acreditam que isso aumenta sua influência sobre a sociedade. 1 entre 3 acredita que falar de uma organização corrupta numa rede social, por exemplo, aumentará as chances do caso chegar à polícia.
A maioria acredita que, em menos de três anos, o primeiro contato para uma emergência será via rede social.6 entre 10 estão interessados em um “app de desastre”: aquele app que poderá fornecer informações sobre algum acidente ou desastre natural.
A pesquisa mostra as tendências para 2016 sobre a relação dos consumidores com as tecnologias. Uma das descobertas: as novas tecnologias são assimiladas e abraçadas pelos consumidores cada vez mais rápido. Assim que chegam no mercado, ganham a adesão do público.
1. O efeito da rede no estilo de vida
Com a diversificação do uso da internet, os efeitos sociais, como inteligência em massa e economia compartilhada, se multiplicam. Mais pessoas experenciam um efeito de rede: 4 entre 5 tem interações que se enquadram no chamado “efeito de rede” quando usam a internet. Por exemplo: As críticas que lemos de outros sobre restaurantes e filmes influenciam nossas decisões.
2. Streaming nativos
Adolescentes assistem a mais conteúdo de vídeo do YouTube diariamente do que quaisquer outras faixas etárias. Em 2011, apenas 7% das pessoas entre 16 e 19 anos assistiam a mais de três horas de vídeos no YouTube por dia. Em 2015, esse número saltou para 20%. Agora, 46% deles passam pelo menos uma hora diária no site.
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30 motors sports
Por • Denis Marum – Dono de oficina em São Paulo
Você é um ‘pé de chumbo’? Veja os estragos que pode causar no seu carro Dirigir de forma agressiva, dando arrancadas e freadas bruscas pode satisfazer a adrenalina de muitos motoristas, mas além de deixar os ocupantes enjoados e colocar todos em risco, diminui a vida útil de muitas peças do carro. Imagine-se pegando uma televisão de 100 kg no colo, saia correndo e pare repentinamente. Saia correndo novamente e pare bruscamente. Repita este procedimento por 30 minutos. Eu sei que você não fará isso, mas tenho certeza que imaginou a dor nas mãos, pernas e costas. Para os motoristas apressados podemos fazer a analogia: a televisão é o motor do carro, suas mãos são os coxins que
sustentam o motor, suas pernas são os amortecedores e suas costas são a suspensão. No exemplo, fica fácil de imaginar que, quando você para bruscamente, o aparelho de televisão tende a sair de suas mãos. É o que ocorre com o motor, se você frear ou arrancar bruscamente, a probabilidade de quebrar um coxim é grande, por isto, em certos tipos de acidentes, o motor é arremessado para fora do carro. Mas não é só o coxim que sofre. Os amortecedores ficam sobrecarregados, as buchas de bandeja e da barra estabilizadora também, enquanto pastilhas e discos de freio se desgastam mais rapidamente.
Quem dirige de forma agressiva literalmente joga gasolina fora. Primeiro, porque em boa parte dos carros, quando se acelera bruscamente, o combustível que entra na câmara de combustão não é totalmente queimado. O outro ponto é que quando pisa no freio você está dissipando parte da energia gerada com a combustão. Definitivamente, acelerar e frear de maneira brusca não é uma boa prática. A Fórmula 1 não me deixa mentir. Os pneus vão embora mais cedo quando você acelera e freia mais. Já a embreagem, que transfere potência e torque do motor para o câmbio, é outro conjunto que tem a vida útil reduzida drasticamente. Além disso, quando você soca o pé no acelerador, a probabilidade de conseguir escapar de um buraco é menor. Para encerrar, essas arrancadas e retomadas nervosas são um prato cheio para quebrar a correia dentada, principalmente se ela estiver com a quilometragem vencida. Se você conhece um motorista “pé de chumbo”, compartilhe este puxão de orelha. Até a próxima!
32 mercado imobiliário
Por • Eduardo Nunomura – Jornalista
Era dos "apertamentos" tem até imóvel de 14 m² Um lançamento imobiliário marca o auge de uma era – a era dos “apertamentos”. O prédio, erguido no bairro do Bom Retiro, na região central de São Paulo, tem imóveis de 14 metros quadrados. Ou seja, mais ou menos quatro passos de largura por três de comprimento: quase o tamanho de uma vaga de garagem. Agora imagine espremer num espaço desses uma cozinha, um banheiro, uma cama de casal, uma mesa, algumas cadeiras. Ah, e o morador, claro, já que o apartamento será feito para que alguém viva nele. Naturalmente, o preço do imóvel será proporcional à sua pequenez. Cada um vai custar 89 000 reais. “Acho que é possível fazer imóveis ainda menores”, afirma Alexandre Frankel, presidente da Vitacon, incorporadora que erguerá o prédio. Possível até deve ser — mas há mesmo quem queira morar num apartamento tão minúsculo? Assim como tantos outros, o mercado imobiliário se movimenta em grandes ondas. Ninguém se preocupava em ter churrasqueira na varanda até outro dia — mas hoje a moda é essa, e de repente esse se tornou um item de primeira necessidade na chamada “vida moderna”. Foi assim com os prédios “neoclássicos”, depois com os condomínios-clube e por aí vai. Há coisa de três anos, começou a onda dos “apertamentos”. Em 2009, apenas 500 apartamentos com menos de 40 metros quadrados foram lançados na Grande São Paulo, região que concentra a maior parte dos imóveis desse tipo no país. O número começou a aumentar, mas aos poucos, até que em 2013 a moda pegou de vez. Quase 8 000 “apertamentos” foram lançados naquele ano. Em 2014, outros 10 000. Aquela era a última fronteira do mercado imobiliário, que procurava atender uma demanda de solteiros e recém-casados por imóveis práticos, mais baratos e em prédios repletos de serviços. Parecia fazer sentido, mas há sinais claros de que as construtoras exageraram na dose. Hoje, há “apertamentos” de mais para compradores de menos. Os sinais de um excesso de oferta são claros. Apesar da disparada nos lançamentos, o valor de venda de apartamentos de um dormitório em São Paulo caiu de 305 milhões de reais, em agosto do ano passado, para 139 milhões, em agosto deste ano. É a maior queda entre as categorias de imóvel pesquisa-
das pelo Secovi, associação dos empresários do setor imobiliário. Vender, hoje, está demorando muito mais. Segundo o ZAP, maior portal de anúncios de imóveis pela internet, o interesse dos potenciais compradores de um dormitório caiu 41% desde janeiro — bem mais do que a queda de 18% para os interessados em dois, três e quatro dormitórios. Como resultado, os anúncios desse tipo de imóvel permanecem mais tempo na base do site: de 94 dias, em julho de 2014, para os atuais 130. Nos últimos cinco anos, cerca de 130 construtoras ergueram prédios com apartamentos pequenos. Quase 90% deles na cidade de São Paulo, onde há grande concentração desses imóveis em poucas regiões. Um levantamento da empresa de análise de dados Geofusion, mostra que apenas cinco bairros — Brooklin, Campo Belo, Consolação, República e Vila Olímpia — receberam quase metade dos apartamentos pequenos lançados entre 2010 e 2015. Nos bairros Consolação e República, os “apertamentos” representaram cerca de 60% do total de imóveis lançados nesse período. A consequência disso é que a dificuldade para vender é maior. Os problemas dividem-se em duas categorias — a dos prédios quase prontos e a dos que estão sendo lançados. À medida que os empreendimentos são entregues, essas construtoras veem-se diante de um problema. Mesmo que tenham vendido todos os apartamentos durante as obras, elas têm de enfrentar o drama das devoluções — ou distratos. Imóveis tão pequenos têm como público-alvo investidores que pretendem alugá-los ou revendê-los ao receber as chaves. O problema é que esse é exatamente o tipo de comprador que tem mais facilidade para devolver o imóvel caso o mercado tenha virado para baixo. Assim, as construtoras acabam com um estoque grande de apartamentos prontos e têm de fazer o possível para desová-los. A Setin, que se especializou nesse nicho, fez a campanha mais agressiva da cidade: dispôs-se a pagar, por até dois anos, IPTU, condomínio, um “aluguel” mensal equivalente a 0,5% do valor do imóvel e, em alguns casos, parte da decoração. A promoção terminou no início de outubro e a empresa diz ter vendido 80% do estoque. Com tantos imóveis prontos disponíveis, quem está
lançando apartamentos pequenos tem tido dificuldade para viabilizar os empreendimentos — estima-se que as obras só comecem de fato depois que metade dos imóveis tenha sido vendida. Na tentativa de mostrar que espaço não é tudo, a Vitacon, que é especializada em apartamentos compactos, passou a permitir que potenciais compradores “morem” por 24 horas em apartamentos de 35 a 45 metros montados em dois prédios que a empresa está construindo em São Paulo. Desde agosto, quando o serviço — chamado de test life — foi lançado, 30 pessoas já fizeram o teste e, segundo a Vitacon, metade delas decidiu comprar. Outras incorporadoras, como Esser, Gafisa, Tibério e You (além da própria Vitacon), têm oferecido carros e bicicletas para ser compartilhados entre os moradores.
Mudança demográfica Apesar das dificuldades atuais, o número de imóveis pequenos deve continuar crescendo — num movimento ditado por tendências demográficas e sociais. Há mais casais jovens, solteiros vivendo sozinhos, adultos separados ou divorciados, viúvos que namoram mas moram cada um em seu canto, profissionais com casas espaçosas no interior que preferem, durante a semana, dormir em apartamentos menores perto do trabalho. Em 1991, segundo o censo, 22% dos brasileiros moravam com uma pessoa ou sozinhos. Em 2000, essa taxa subiu para 26% e, em 2010, ano do último censo, chegou a 34%. “Hoje, em mais de 40% dos domicílios, vivem uma ou duas pessoas e caminhamos para 50% em pouco tempo”, diz João Meyer, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Em grandes capitais, o microapartamento é coisa da vida. Metrópoles como Nova York, Londres, Paris e Japão estimulam os escritórios de arquitetura e as construtoras a investir em imóveis de até um dormitório. No início do ano, a prefeitura de Nova York mudou o zoneamento só para permitir a construção de apartamentos de 24 metros quadrados de módulos pré-fabricados. Lá, como cá, o apartamento do tamanho de uma vaga de garagem veio para ficar.
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32 ambiente & decoração
Por • Kely Kleinschmidt – Designer de Interiores
Exclusividade
na decoração
E então o casal recém casado resolve montar a casa mações na internet torna essa tarefa ainda mais complinova e a grande dúvida aparece: Que tipo de adornos cada. Certos de que todo lar merece uma personalidade, usar para que minha história seja contada? Começar a separamos algumas dicas para arrumar essas ideias. decoração do zero não é tarefa fácil e o excesso de infor-
ambiente & decoração 33
O grafite está em alta e a boa notícia é que saiu dos muros direto para peças únicas e sofisticadas. Podemos aplicar as técnicas em vários elementos como luminárias, bancos de madeira, vasos e até mesmo em caricaturas dos donos da casa. A ideia é colorida e muito divertida. Vale conversar com o profissional que cuida da sua decoração.
Não esquecendo da alma da casa, o paisagismo, está ganhando destaque cada vez mais pela exclusividade oferecida. Os elementos fixos dos jardins sempre foram estudados para cada caso, mas agora os arranjos ganharam destaque e muita importância. Empresas preocupadas com o bem estar dos ambientes propõem assinatura de plantas, imaginou que lindo e prático? É estudado o perfil do cliente e até o vasinho é cuidadosamente escolhido. Receber flores fresquinhas semanalmente, arejar a casa e alegrar a vida com essa surpresa agradável, deixou de ser só um sonho.
Uma corrente romântica vem conquistando cada vez mais adeptos com os tecidos exclusivos. Os detalhes ficam incríveis e a grande vantagem é de ter uma peça única. Além das usuais almofadas e futons, esses tecidos estão invadindo os porta-retratos, as cabeceiras das camas e dando charme aos organizadores. Investir em personalização está cada vez mais fácil, lojas incríveis estão se especializando nessa proposta.
Uma boa notícia é que a plotagem chegou com tudo. Aquele frigobar antigo da sala de TV pode ter uma nova cor ou desenho com precinhos que valem a pena. Esse artifício também empolga por serem substituíveis.
36 saúde & bem-estar
Por • Equipe de fonoaudiólogos do NASF
voz
Aprenda a cuidar melhor da sua
A voz humana consiste no som produzido pelo ser humano usando suas pregas vocais para falar, cantar, gargalhar, chorar, gritar etc. O mecanismo que produz a voz humana pode ser subdividido em três partes: os pulmões, as pregas vocais dentro da laringe e os articuladores - lábios, língua, dentes, palato duro, véu palatar e mandíbula. E para você manter uma voz sempre saudável, é preciso adotar alguns hábitos e cuidados específicos. Veja abaixo dicas e curiosidades sobre a voz.
Você sabia que
• Quando gritamos, o ar que sai do pulmão, passa pelas pregas vocais com velocidade de 70Km/h? • A voz envelhece e tem sua máxima eficiência entre 25 e 45 anos de idade? • A menopausa, que provoca mudança nos hormônios, pode engrossar a voz e deixá-la mais rouca? • Beber 2 litros de água por dia ajuda a hidratar suas pregas vocais, melhorando sua vibração e flexibilidade? • A maçã ajuda a limpar as secreções da boca e garganta, por ser adstringente, e durante a mastigação ajuda a exercitar os músculos da fala? • O ar condicionado resseca a mucosa do trato respiratório, exigindo maior esforço muscular, tanto na respiração quanto na fala? • A fumaça do cigarro engrossa a voz e diminui a potência (força)? • A bebida alcoólica serve como anestésico e relaxante, fazendo com que a pessoa aumente a intensidade e esforço de sua voz, piorando sua rouquidão ou até mesmo iniciando a rouquidão? • Que a voz do menino, na adolescência, afina e engrossa, numa mesma frase, devido à mudança dos hormônios? • Que o ato de pigarrear equivale a gritar devido ao esforço exercido nas pregas vocais? • Os profissionais que utilizam a voz devem evitar chocolates e derivados de leite antes de utilizar a voz, já que a lactose engrossa a saliva, diminui a hidratação na
região das pregas vocais e aumenta a possibilidade de lesões na região? • A voz de uma pessoa falando não passa de 70 decibéis (volume)? • As pregas vocais podem sofrer fadiga? É preciso ficar em silêncio de 15 a 30 minutos para descansar a voz após falar muito? • Chupar balas ou pastilhas, quando a garganta está irritada, “anestesia” a região e a pessoa força mais sua voz, piorando a irritação? • Ingerir líquidos em temperaturas extremas causa choque térmico nas pregas vocais? • Produtos químicos fortes podem causar irritação nas mucosas das narinas e garganta, alterando a voz? • De 20 a 30% da população, normalmente, apresentam algum tipo de lesão nas pregas vocais? • A pessoa deve procurar um fonoaudiólogo caso apresente alteração vocal há mais de dois meses?
Em função do desconhecimento da população sobre esse tipo de informação e também pelas grandes possibilidades de lesões nas pregas vocais, intensificados pelo mau uso e abuso vocais, trabalhamos na atenção básica das comunidades, junto às equipes do Programa Saúde da Família e população, orientando sobre os cuidados da saúde vocal, com grupos educativos, palestras para os agentes comunitários, além do rastreamento da população com queixas e/ou sintomas vocais em consultas, discussões com equipes e visitas domiciliares. A troca de conhecimento entre as fonoaudiólogas do NASF (Núcleo de Apoio a Saúde da Família) e os integrantes das equipes da Saúde da Família (médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e agentes comunitários) enriquece o olhar de todos à população, tendo como conseqüência melhor intervenção dos profissionais da saúde na comunidade. Fontes: fonoaudiólogas Érica Veneroni Pinto, Fernanda Nemer Jorge, Carolina Rogel de Souza, Aline Eclair Saad e Camila Mimura de Camargo Penteado
E agora, como cuidar? • Hidratando-se muito bem durante o dia, bebendo 2 litros de água. • Não gritar, falar alto, pigarrear e/ou sussurrar; • Cuidar de problemas respiratórios para que não afetem a mucosa da garganta, ressecando-a e forçando as pregas vocais; • Quando estiver com garganta irritada, hidratar bastante e não utilizar pastilhas, mel ou própolis; • Se observar rouquidão por mais de dois meses, procure um fonoaudiólogo.
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38 beleza & estética
Por • Carol Salles – Jornalista
Uma das apostas
para o verão, Iluminador ajuda a valorizar formas do corpo
O chamado “strobing” - técnica de maquiagem na qual “ilumina-se” determinadas partes do rosto para que elas ganhem destaque - chegou ao corpo. Usada por celebridades e até em desfiles na última semana de moda de Nova Iorque, a técnica promete virar mania no verão. Isso porque, entre os seus efeitos visuais, está o de fazer o corpo parecer mais tonificado e delineado. “Tudo o que ilumina dá forma e define. Por isso o corpo fica mais bonito quando é iluminado nos pontos certos”, explica o maquiador Roosevelt Vanini, do C Kamura, em São Paulo. E que pontos são esses? Os maquiadores costumam aplicar o iluminador nos ombros, nas pernas, nos braços, no colo, na clavícula e, caso a roupa seja decotada, entre os seios. “Eu costumo espalhar o produto com uma esponja. Mas para quem não é profissional, vale usar até a mão”, diz o maquiador. E se, nos desfiles,
a quantidade de iluminador foi bem generosa, na vida real é melhor não exagerar. Não tente usar produtos com brilho metálico ou muito cintilantes. Prefira cremes com partículas douradas, pós iluminadores específicos para o corpo ou faça uma mistura de duas partes de base líquida (que não seja matte) para uma de hidratante corporal comum e espalhe. E se você acha que essa é uma tendência apenas para a noite, está enganada. Se bem aplicados, de maneira suave, os iluminadores podem sim ser usados até sob a luz do sol. Nesse caso, prefira produtos com pigmentos bem pequenos. Para tirar o produto no fim do dia (ou da festa), a melhor pedida é água e sabão. “Esse tipo de produto não costuma dar alergia. Mas, se ocorrerem vermelhidão ou coceira, suspenda o uso e procure um médico”, recomenda a dermatologista Renata Domingues, do Rio de Janeiro.
40 corpo & fitness
Por • Daniela Bernardi – Jornalista
Descubra como executar movimentos de forma correta para evitar lesões e definir os músculos – você também vai arrasar nas curtidas. Olhando até parece fácil ficar de cabeça para baixo em uma ponte. Só que tente manter essa posição durante 30 segundos. Ai, ai! As costas doem, os braços cansam e a cabeça parece explodir. "As pessoas acham que basta imitar a postura. Mas é preciso saber quais músculos ativar para não se machucar e conseguir alcançar todos os benefícios da prática", alerta a instrutora de ioga Milla Monteiro, de São Paulo. Para isso, é fundamental ter o controle da respiração - a concentração nela traz a mente para o momento presente e ajuda a dominar o corpo. De maneira geral, na troca de posturas, você inspira para erguer pernas e braços (pense em quando está na piscina: você enche o peito de ar para boiar, não?) e expira ao descer tronco e membros. Músculos de mestre Você não vai gastar tantas calorias na ioga como na aula de spinning. Esse não é o principal objetivo da prática. Mas dá para tonificar pernas, barriga e braços - olhe ao lado o corpo definido de Milla! "A isometria (permanência estática em uma mesma posição) trabalha resistência. Isso ativa mais fibras musculares, o que melhora a qualidade delas", aponta o fisioterapeuta André Fujita, do Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral, em São José do Rio Preto (SP). E, como você nunca aciona somente um grupo muscular - tente fazer uma invertida só com a força dos braços; é impossível e superarriscado! -, o trabalho fica mais completo. O core, por exemplo, está sempre sendo exigido. Ele dá um equilíbrio mais sólido ao corpo, como a viga central de uma casa. Envolvê-lo é indispensável para evitar lesões.
As posturas que Milla ensina aqui compõem um treino para os principais músculos. Fique de olho também nas correções que ela e André apontam para não se machucar. Sim, os ângulos que o corpo forma podem ser perigosos. Ah! Quem tem dor crônica ou hérnia de disco deve procurar um médico antes de se aventurar na ioga. Defina o ritmo Para todos os exercícios, repita o ciclo de respiração três vezes: 4 segundos inspirando, 4 segundos com os pulmões cheios, 4 segundos expirando e 4 segundos com os pulmões vazios. "Essa sequência trabalha o músculo cardíaco. Desse modo, seu coração fica mais eficiente e bombeia o sangue com menor número de batimentos", explica Milla. 2. KUMBHAKASANA Erro: Olhar para o próprio corpo. Sobrecarrega a extensão do pescoço e pode forçar os punhos. Já ficar com o rosto erguido comprime a cervical e você corre o risco de sair da aula mais tensa do que quando começou. Acerte: mantenha o pescoço alinhado à coluna e fixe o olhar no chão (e não para trás). Erro: Descer o quadril. Compromete muito a lombar. Também não coloque o bumbum para cima (contraia esse core!). Acerte: faça força no abdômen, como se tentando aproximar pelve e umbigo. Erro: Deixar o peito aberto. Desse modo, os ombros rotacionam demais. Acerte: afaste as escápulas. Sim, é preciso concentração
1. ADHO MUKHA SVANASANA Erro: Mãos em conchinha, com os dedos bem juntos. Diminui a superfície de apoio. Acerte: encoste a mão inteira no chão com os dedos bem afastados. O mesmo vale para os pés. Erro: Abrir o peitoral. Forma uma lordose, que provoca lesões na lombar. Acerte: afaste as escápulas, como se quisesse encostar uma axila na outra. Faça força para isso. Você vai perceber que as costas ficarão mais alinhadas. Erro: Afastar demais as mãos dos pés para compensar a falta de flexibilidade no posterior das pernas. Acerte: forme a letra V com o corpo (as costas precisam ficar bem retinhas). Se não conseguir, flexione um pouco os joelhos ou tire os calcanhares do chão. Foto 2 Erro: Olhar para a frente e tensionar o pescoço. Acerte: o pescoço deve ser uma continuação da coluna para que a área fique relaxada. Erro: Girar o quadril ao levantar a perna. Isso desequilibra a postura, o que pode afetar ombros e costas. Acerte: ative os glúteos para se manter reta. Foto 3 Erro: Usar apenas a força da perna para sustentá-la. É cansativo. Acerte: contraia bastante a parte superior do abdômen para aguentar a isometria.
42 moda & estilo
Por • André Ligeiro – Personal Stylist Kaftans
Verão à vista! Para não deixar ninguém escorregar no visual, os stylists Flavia Lafer, Manu Carvalho e Yan Acioli entregaram suas apostas fashion. Quer saber quais são as peças que vão estar com tudo na estação mais quente do ano? Então confira um manual para fazer bonito com ou sem o pé na areia.
Saia Transparente com hot pants
Yan Acioli: “Acho kaftan a melhor peça do verão. Não ocupa espaço, não tem peso, e um único modelo pode ser produzido de diversas formas. Com chinelo para a praia, ou com salto pra uma noite de balada. Se for à uma festa com ele, vale apostar em uma joia poderosa. Pedrarias e fendas na perna também são bem-vindas!” Uma cor: “Aposte no branco. Hoje em dia não tem mais essa coisa de parecer uma noiva. A cor cai bem em diversas situações.”
Manu Carvalho: “Sempre vimos muita transparência, mas a grande novidade desse verão é usar saias transparentes com hot pants por baixo. Isso é algo que vem muito de stars como Beyoncé e Rihanna, e pelo fato de tudo estar ao nosso alcance em questão de beleza e saúde, as pernas estão melhores! Na praia, preste atenção nos tecidos. A seda pura na água, na piscina, é mais frágil do que a seda mista. Na cidade, dê preferência para cores escuras e com estampas, que revelam menos.” Quando usar? “Quando sentir-se confortável para se expor. É uma tendência ousada e exibida. É preciso ter um termômetro de bom senso. Acho que cai melhor pra festas do que jantares, alto verão do que verão, e outdoor do que indoor. ” Atenção: “Às mais baixas e cheinhas, sugiro apostar em modelos com fendas, hot pants da mesma cor da saia, e acrescentar linhas verticais ao look, como por exemplo peças listradas, botões verticais, monocromia, cabelo liso, brinco pendurado, malha canelada, e sandálias que não cortam o tornozelo. Tudo que dê continuidade!Também é preciso compensar a proporção. Quando a saia é mais curta, uma gladiadora cano alto e do mesmo tom da pele deixa mais proporcional.”
Top cropped com manga longa
Flavia Lafer: “Aposto nos tops com manga longa combinados com hot pants. São perfeitos para banhos de mar e piscina no fim da tarde. Para adaptar o top a um look e sair por aí, vale combinar a peça com uma saia mídi ou comprida. Se o shape não estiver super em dia, aposte em uma cintura mais alta pra não mostrar tanto a barriga.”
44 turismo & aventura
Por • Mariana Paes – Agente de Viagem da Lufer Viagens
Aproveite sem gastar! Veja atividades gratuitas em cruzeiros Teatro, cinema, balada e esportes são algumas atrações que podem não ser cobradas Os custos de um cruzeiro não terminam na reserva da cabine. A bordo dos navios podem haver diversas cobranças, que vão desde bebidas alcoólicas até atividades oferecidas, refeições em restaurantes especiais ou tratamentos no spa. Mas isso não significa que você precisa gastar muito para se divertir durante a viagem. Há uma série de gratuidades oferecidas para os passageiros, e maneiras de conseguir passar bons momentos sem mexer no bolso. Veja 10 opções para aproveitar de graça no navio. Vá ao teatro Se você dificilmente vai ao teatro por achar muito caro, no cruzeiro isso não é problema. Os navios contam com casas de espetáculos que apresentam atrações todas as noites e quase sempre de graça. Mesmo nos que contam com produções da Broadway não é preciso pagar para assistir às peças. Ou ao cinema Muitos navios de cruzeiro oferecem telas de cinema ao ar livre, na área da piscina. Nelas são exibidos filmes clássicos e mais recentes, que podem ser curtidos por todos a bordo sem pagar entrada, e de quebra ainda se ganha o céu estrelado como pano de fundo.
Atrações culturais estão entre as opções gratuitas em cruzeiros
Bebendo de graça Você pode escolher um cruzeiro all inclusive, nos quais não pagará por nada a bordo, ou usar algumas artimanhas. Uma delas é fazer amizade com o bartender para ganhar umas doses extras. O tradicional coquetel do capitão é outro momento bom para beber na faixa, assim como outras festas como de boas-vindas e despedida da viagem. Quem joga no cassino também pode ganhar bebidas de algumas companhias. Ah, e muitos bares de navios fazem happy hours com doses duplas. Jantar chique sem por a mão no bolso Todo hóspede a bordo tem direito a jantar no restaurante principal do navio sem cobrança extra. Durante as noites de viagem, o local abre em dois horários diferentes e são apresentados menus distintos todos os dias, com opções de entrada, prato principal e sobremesa, tudo sem custo. Bebidas, no entanto, podem ser pagas. Tome um sorvete Algumas companhias oferecem sorveterias especiais e famosas, com cobrança de taxa. No entanto, quase todas elas também têm sorvetes de graça no buffet, no restaurante principal e em máquinas automáticas nas áreas de piscina.
Nascer ou pôr do sol Dois dos mais belos fenômenos da natureza são sempre de graça, o nascer e o pôr do sol. E a bordo de um cruzeiro eles ficam ainda mais especiais, com os portos visitados ou o oceano no horizonte.
Dançar à noite toda Se você é baladeiro, os cruzeiros sempre oferecem alternativas. As danceterias a bordo funcionam todos os dias de viagem com hits novos e do passado. O melhor de tudo é que dá pra se esbaldar de tanto dançar sem pagar nada.
Pratique esportes Se você gosta de praticar esportes, não tem desculpa nos cruzeiros. Na maioria dos transatlânticos há quadras de basquete, futebol, vôlei ou paredes de escalada, e não costuma ser cobrada a participação. Cruzeiros temáticos Música, gastronomia, fitness, dança e bem-estar são apenas alguns dos diversos temas oferecidos em navios. Neles são oferecidas várias atividades para quem está a bordo, desde as práticas até teóricas, como workshops e aulas. E para quem compra o pacote para o cruzeiro temático, todas são de graça. Aproveite a hidromassagem Além das piscinas, os navios também contam com hidromassagens que são gratuitas. Tanto na piscina principal quanto nos solários elas estão disponíveis, mas podem ficar lotadas em horários de muito movimento.
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46 social & eventos
Imagens • Studio M
No dia 12/12/2015 às 11 horas da manhã, o casal Flavia e Edevandro, numa linda cerimônia e num romântico lugar, disseram o tão sonhado SIM. Receberam seus amigos e familiares no bairro Santa Lídia em Navegantes.
social & eventos 47
48 vida animal 10
Por • Mara Silva – Jornalista
Uma coisa é fato: esse tipo de osso/brinquedo é um dos mais vendidos nas petshops do Brasil todo. Simplesmente porque além de baratos, os cachorros AMAM. São capazes de ficar horas mastigando esse osso, até virar uma gelatina. Diversão garantida. Mas, é MUITO PERIGOSO!
esse osso preso na garganta. Outro perigo muito grande é que, mesmo conseguindo engolir, essas partes gelatinosas ficam presas no intestino e só saem se for feita uma cirurgia pra remover.
Se você ama seu cachorro, não dê esse tipo de osso pra ele. Vamos explicar o porquê.
Apenas no grupo Buldogue Francês – São Paulo no Facebook, 3 cães morreram em 2014 engasgados com osso de couro.
1. Quando engolido em pedaços muito grandes, eles não são digeridos pelo organismo do cachorro. 2. Podem conter química como Formaldeído e Arsênico 3. Podem estar contaminados com Salmonela 4. Podem causar diarreia, gastrite e vômitos 5. Podem causas engasgos e obstrução intestinal
Além de fazer mal pro organismo, os ossos de couro provocam a MORTE através de sufocamento. Acontece que quando os cães mascam esse osso, eles viram uma gelatina e o cão engole isso inteiro. Muitos cães morrem sufocados com
No dia 30 de agosto de 2015, a Carla Lima postou em seu Facebook o acidente que aconteceu com seu cachorro por ter engolido um pedaço de um osso de couro. Infelizmente o cãozinho de Carla não resistiu e faleceu por conta desse petisco. Veja a história dela, postada em seu Facebook
e autorizado por ela para publicarmos aqui: “Ontem minha mãe comprou esses ossinhos (acho que são feitos de couro comestível para pets) e deu para nosso tão amado filhinho de 4 patas Tito… Quem tem cachorro sabe como eles ficam felizes em ganhar mimos! Mal sabíamos que tal ‘coisa’ seria sua sentença de morte… Pois é, o Tito engasgou com um pedaço enorme que se soltou dessa coisa e veio a falecer… Em menos de 15 minutos!!! Não deu tempo de nada!!! Fizemos o que foi possível para tentar desengasgá -lo até chegar na veterinária! Qdo chegamos ela, com uma pinça, tirou o pedaço enorme!!! Mas já era tarde… Tentou reanimá-lo mas em vão… Amigos, quem me conhece pode imaginar a dor que estou sentindo pois, por minha opção não quis ter filhos, tenho os de 4 patas. Pelo amor de Deus!!!! Não comprem tal objeto. Sei que o neném não volta mais, mas pensem, e se uma criança pega um negócio destes? Deixo aqui o meu apelo e minha tristeza pela perda irreparável… A sociedade precisa saber do perigo dessa coisa!!!!”