Vida dos Santos - 17 de janeiro

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Vidas dos Santos 17 de janeiro



Santo Antão, Patriarca dos Monges 17 de janeiro

S

anto Antão nasceu no ano de 251, no Alto Egito. Ouvindo na missa as palavras: “Se queres ser perfeito, vai, vende tudo que tens, e dá aos pobres” (Mt 19,21), decidiu doar todos os seus inúmeros bens. E então implorou a um velho ermitão que o introduzisse na vida espiritual. Também prestou visita a vários anacoretas, com o intuito de imitar a principal virtude de cada um. Para servir a Deus de modo mais perfeito, Antão penetrou no deserto e enclausurou-se em uma ruína, construindo ali uma porta para que ninguém pudesse entrar. Neste lugar, os demônios o atacaram com muita fúria, sob a forma de diversos monstros, chegando a feri-lo gravemente; mas sua coragem jamais cedeu, e ele os superou a todos confiando em Deus e fazendo o sinal da cruz. Certa noite, quando Antão se encontrava em seu retiro, diversos demônios flagelaram-no tão terrivelmente que ficou quase como morto. Um amigo o encontrou nesse estado e, pensando que tivesse morrido, levou-o para casa. Mas, quando Antão recuperou os sentidos, persuadiu o amigo a levá-lo de volta ao seu ermo – apesar dos ferimentos. Ali, prostrado pela fraqueza, desafiou os demônios, dizendo: “Não vos temo! não podeis separar-me do amor de Cristo!” Depois de mais ataques, todos em vão, os demônios fugiram, e Cristo apareceu a Antão em sua glória. Seu único alimento era pão e água, que jamais provava antes do pôr do sol – e às vezes apenas em dois, três ou quatro dias por semana. Vestia-se com


pano de saco e pele de carneiro, e com freqüência ficava ajoelhado em oração desde o nascer até o pôr do sol. Muitas almas lhe afluíam em busca de conselho, e, após vinte anos de solidão, consentiu em guiá-las na santidade – assim fundando o primeiro monastério. Seus inúmeros milagres atraíam tamanhas multidões que ele se viu obrigado a fugir novamente para o ermo, onde passou a viver de trabalho manual. Expirou em paz, em idade bastante avançada. S. Atanásio, seu biógrafo, diz que o mero conhecimento de como viveu S. Antão já serve como um belo guiamento para a virtude.

Reflexão Quanto mais violentos eram os ataques da tentação sofridos por S. Antão, mais firmemente ele segurava suas armas – a saber, a mortificação e a oração. Imitemo-lo nisto se quisermos obter semelhantes vitórias.




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