ELETROELETRÔNICO
Resinas antissedimentação Nova linha de sistemas epóxi para o setor eletroeletrônico, própria para trabalhar em máquinas aplicadoras e dosadoras, e que não sedimenta, é lançada no mercado brasileiro
“S
e eu fosse um consumidor do segmento eletroeletrônico, ia querer uma ótima máquina e a resina certa”, comentou Edilberto Leal, diretor da Alpha Resiqualy (São Paulo, SP). E foi a partir deste pensamento, que a empresa desenvolveu um novo equipamento de aplicação (que permite misturas e dosagens automáticas), e uma nova linha de sistemas epóxi (resinas e endurecedores) que não sedimentam, evitando o entupimento da máquina. A resina epóxi tem algumas utilizações de destaque no setor eletroeletrônico, e o isolamento elétrico é uma delas. A maior parte das resinas epóxi apresenta, em média, isolação elétrica entre 15 e 20 kV/mm, caracterizando-se como um isolante muito eficiente, é fácil de usar e não tem problema acentuado com vácuo ou umidade. Uma outra aplicação é a proteção contra umidade e intempéries em geral. “Um exemplo são os componentes de ignação (num automóvel, instalados próximos ao motor). Quando se lava o motor, este componente não pode estragar com a água”, exemplificou. Os outdoors também têm seus reatores encapsulados. Outra importante utilização é em peças que precisam esconder o segredo. “Uma empresa que monta uma placa com vários circuitos elétricos faz o encapsulamento com a resina epóxi para que ninguém tenha acesso a esta montagem. Se tentarem quebrar a peça, a mesma se quebrará em pedaços, não sendo possível separar o componente da resina. Por isso, dizemos também que esta resina é inviolável”, alertou. “Se tentarem colocar ácido ou solvente sobre a placa, o segredo também não será descoberto, pois como os componentes do circuito também são feitos de resina, tudo será destruído”.
Leal: equipamento trabalha na proporção 1:1
Eletroeletronico_resiqualy_PR76_01.indd 30
Resinas As resinas epóxi para o setor eletroeletrônico são compostas por líquidos e pós minerais como quartzo e carbonato de cálcio, que têm funções específicas como reduzir custos, balancear fórmulas, entre várias outras características. Elas também são compostas com aditivos e pigmentos (formulação básica para uma resina epóxi isolante). Assim também funciona com o poliuretano e outras resinas. Na resina epóxi, uma das mais usadas no mercado eletroeletrônico, é comum as cargas se sedimentarem, o que requer que o usuário faça a homogeneização antes de utilizá-la, a fim de manter a formulação correta. Em uma semana, o material está decantado novamente. Esta sedimentação das cargas prejudica as máquinas. Mais uma vez, o usuário necessita usar um misturador e, assim, evitar qualquer entupimento na máquina (caso haja um entupimento, pode ocorrer o desbalanceamento da proporção da fórmula). As resinas epóxi geralmente têm a proporção de 100 partes para 10, 30 ou 50 de endurecedor, o que dificulta a mistura na máquina. “Quanto mais distante a proporção de resina para a de endurecedor, mais difícil para uma máquina mesclar proporções. Por este motivo, desenvolvemos um equipamento que trabalha na proporção 1 para 1, o que facilita enormemente o trabalho da máquina”, explicou. Através do desenvolvimento da Alpha Resiqualy, os dois componentes do sistema epóxi (resina e endurecedor) entram na mesma proporção e, assim, se a máquina variar um pouco na dosagem, a porcentagem é muito pequena e não afeta a formulação. “Isso já não acontece numa máquina tradicional de mercado que trabalha, por exemplo, com 100 para 10. Se houver uma diferença de dosagem de 10 para 15, a formulação será alterada em 50%”, disse.
30
PR
REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA
Existem dois tipos de encapsulamentos. Um deles é feito em peças que já possuem forma ou caixa, e a resina é simplesmente despejada. O outro tipo de encapsulamento é feito em peças que não possuem esta caixa e a resina de encapsulamento passa a ser o acabamento da peça. As aplicações são extensas, desde componentes eletrônicos até isoladores de poste e transformadores.
7/18/11 9:49 AM
Anun
ELETROELETRÔNICO Por que a resina não sedimenta
Toda resina tem um determinado teor de epóxi, que pode variar um pouco, de acordo com as diversas resinas utilizadas na fórmula. Para reagir com o endurecedor, é necessário considerar o endurecedor (ou os endurecedores) que se vai utilizar e fazer um cálculo estequeométrico (o teor de amina multiplicado por 100 e dividido pelo teor de epóxi), a fim de se obter a proporção de endurecedor necessária. Para desenvolver as resinas que não sedimentam, o departamento de pesquisa da Alpha Resiqualy utilizou endurecedores de grandes proporções como 50% e também mesclou com outros endurecedores, com o objetivo de aumentar a massa, dar brilho, ter uma peça bonita, e com ótimas resistências elétrica e à temperatura (normalmente as resinas epóxi têm que suportar temperaturas mínimas de 100 a 120 ºC). “Para atender exigências acima de 120 ºC é necessário estudar outros sistemas com resina epóxi ou outros materiais. O epóxi com alguns endurecedores específicos chega a 180 ºC”, mencionou. “Esta nova linha de resinas epóxi líquidas não precisa ir para a estufa, pois oferece excelente fundibilidade, uma característica importantíssima para que a peça não contenha bolhas (estas permitem a fuga de corrente de energia, entre outros defeitos)”, explicou o diretor da Alpha Resiqualy. Pode-se obter uma consistência ainda
mais líquida dos produtos na aplicação se os tanques da máquina forem aquecidos. Para isso, a Alpha Resiqualy também disponibiliza suas máquinas com resistências elétricas. “Também desenvolvemos resinas base epóxi que trabalham com alguns endurecedores diferentes (de cura à quente), estenNovo equipamento para aplicação e dendo o tempo de apli- dosagem de resina cação para vários dias”, anunciou. “Estas resinas só irão curar quando forem colocadas numa estufa e sob temperatura acima de 100 ºC”, complementou. Leal explicou que este tempo maior de aplicação permite, por exemplo, um excelente trabalho ao se preencher um transformador, pois permite que se faça o vácuo na resina misturada, antes e depois da aplicação retirando as bolhas de dentro dela. A reação da resina, quando se trata de peças desse tipo e com uma massa maior, deverá acontecer de forma lenta e gradativa, controlando-se a temperatura de cura inicialmente a 80 ºC, podendo chegar até 150 ºC no final, para evitar que a peça quebre ou tenha trincas. “Estes novos sistemas epóxi e seus respectivos equipamentos foram projetados para atender uma ampla gama de empresas do setor eletroeletrônico. Estamos preparados para atender necessidades específicas de cada processo”, finalizou.
Resinas e máquinas aplicadoras p/ peças eletroeletrônicas
Máquinas
• Máquinas pneumáticas • Misturas automáticas • Controle preciso de dosagem • Tanques com aquecimento • Sistema de limpeza integrado • Aplicação limpa e segura
TECNOLOGIA EM RESINAS ESPECIAIS Anuncio Resiqualy 1-2_02.indd 1 Eletroeletronico_resiqualy_PR76_01.indd 31
Resinas
Novo sistema para encapsulamento de componentes eletroeletrônicos permite misturas e dosagens automáticas e precisas, utiliza resinas que não decantam e oferece excelente isolação
• Para encapsulamento e impregnação • Excelente isolação elétrica • Fácil proporção de mistura • Fórmula especial que não decanta • Protege da umidade • Mantêm segredo industrial das peças • Boa fluidez
ALPHA RESIQUALY IND. E COM. DE RESINAS LTDA. Rua Francisco Mendes, 400 – 04766-050 – São Paulo/SP – Brasil resiqualy@resiqualy.com.br www.resiqualy.com.br Tel./Fax: 55-11-5687.4663 6/10/11 7/18/11 11:19 9:49 AM