Revista Composites & Plásticos de Engenh

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Publicação da Editora do Administrador Ano XV • nº80 mai./jun. 2012

w w w. t e c n o l o g i a d e m a t e r i a i s . c o m . b r

ISSN-1518-3092

Uma publicação para os mercados de corrosão, construção civil, transporte e esporte&lazer

Petróleo & Gás

SAE Brasil: Nanotecnologias

Feicon Batimat 2012

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JEC: novidades

CasaE: materiais

Argentina: copoliéster e SMC

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PENSANDO NA QUALIDADE, NOS COMPROMETEMOS COM UM MUNDO MAIS SUSTENTÁVEL. O trabalho da Novapol não é apenas buscar soluções eficientes em materiais compostos para todo tipo de aplicação. É buscar soluções que também contribuam para a preservação do meio ambiente. Tanto que nossos produtos estão todos de acordo com as certificações ISO 9001 e ISO 14001. Porque não é possível ter qualidade de vida sem ter respeito ao planeta.

PENSANDO NA VARIEDADE, NOS COMPROMETEMOS COM UM MUNDO DE APLICAÇÕES. Para atender ao mercado com excelência, trabalhamos com um portfolio de matérias-primas completo. Veja o que podemos lhe oferecer. • Éster Vinílicas (aplicações com ambientes corrosivos, energia eólica, náutica, outros) • Acrílica (pultrusão com retardo ao fogo) • Fibra de Vidro (roving, manta, tecido, especialidades) • Desmoldantes semipermanentes (para moldagem aberta e fechada, pultrusão, epóxi, termoplásticos, outros) • Catalisadores e aceleradores (mek-p, especialidades para aplicações em moldagem aberta e fechada) • Pasta pigmento • Pigmentos • Solventes (estireno monômero, limpadores) • Adesivos estruturais (náutica, construção, automotivo, outros)

Rua 7 · Quadra XV · Lote 5 · S/N Civit II · Serra · ES · CEP 29.1659-73 Tel.: +55 27 3298 1100 - www.novapol.com.br


6 - 8 de novembro de 2012 12 h às 21 h EXPO CENTER NORTE - SÃO PAULO - SP - BRASIL

O maior encontro de profissionais de composites, poliuretano e plásticos de engenharia da América Latina ito

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Visitantes VIPs

Mais de 280 empresas, de cerca de 20 países, mostrarão as mais recentes e eficazes tecnologias para a fabricação de peças em composites, plásticos de engenharia ou poliuretano

Confira o Roteiro de Visitação Petrobras, Roteiro de Visitação Embraer, Roteiro de Visitação Construção Civil e Roteiro de Visitação Automotivo

Dia 6

Dia 7

Dia 8

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» Painel Aeroespacial » Painel Sustentabilidade – Reciclagem e Matérias-primas de fontes renováveis » Painel Ambientes Agressivos » Congresso Internacional de Plásticos de Engenharia » Prêmio Excelência em Plásticos de Engenharia » Alunos na FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR 2012 » Demonstrações técnicas

Painel Isolamento Térmico Painel Automotivo Painel Energia Eólica Inauguração do Hall da Fama Sampe Brazil Congresso Internacional de Poliuretano » Prêmio Excelência em Composites » Como abrir uma empresa em composites/poliuretano » Demonstrações técnicas

Mais informações:

Painel Construção Civil Painel Espumas Flexíveis Painel Náutico Congresso Internacional de Composites » Congresso Internacional de Poliuretano » Prêmio Excelência em Poliuretano » Demonstrações técnicas

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Divulgação Oficial

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Apoio:

Realização/ Organização

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E-MAILS & CONSULTAS Estou à procura de material técnico que possa me auxiliar a desenvolver matrizes metálicas para laminação de fibra de carbono. Há poucos dias, fui procurado por um fabricante de acessórios para ciclistas a fim de desenvolver um quadro de bicicleta em fibra de carbono. Segundo minhas pesquisas, esse produto ainda não é fabricado em território nacional. A grande dificuldade é que este processo de laminação a vacuo não é muito utilizado em nosso país. Há portanto uma carência muito grande quanto à disponibilidade de informação na construção deste moldes. Jemeson Borges, Catarina Yachts Recebemos e agradecemos pelo envio da revista “Composites & Plásticos de Engenharia”. Esse material encontra-se à disposição de nossos usuários e muito contribui para o enriquecimento de nosso acervo. É de nosso interesse continuar recebendo a referida publicação. Assim solicitamos gentilmente que inclua nossa instituição em sua lista de doação. Antecipadamente agradecemos. Márcia Servi Gonçalves, bibliotecária, Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul, RS

Gosto muito das revistas Composites & Plásticos de Engenharia e Poliuretano – Tecnologia & Aplicações, pois me mantêm informado quanto àquilo que há de mais novo no mercado, tanto de PU quanto de plástico reforçado/composites. Ambas me ajudaram a desenvolver novos fornecedores. Sérgio Maranhão, Skyf, Diadema, SP Procuramos indicação de fabricantes e dados técnicos para produções de produtos eólicos. Paulo Roberto Fernandes, Coreleline Estou procurando equipamento para extrusão de long fiber thermoplastic. Augusto Hoefel, Leopolymer Gostaria de saber se na FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR 2012 vai haver credenciamento online na época do evento ou somente no local. Welington Freitas, RFV Componentes

Vocês teriam indicação de fornecedor de polímero de náilon 6.10 para extrusão? Eng. Edgar Arana, ARANATech Engenharia de Energia - Projetos Elétricos, São Carlos, SP Veja alguns dos assuntos abordados no Tecnologia de Materiais on line. Para ler a notícia, acesse o site www.tecnologiademateriais. com.br e faça a consulta com o assunto indicado abaixo:

Estamos tirando muito proveito de vossa revista e em breve lançarei no mercado um produto plástico inédito, que pretendo divulgar na sua revista. Rubens Racy Jr., Comércio de Aviamentos Lorena, São Paulo, SP

Assunto

Gostaria, se possível, de conhecer a sua revista. Peço que me cadastrem de forma a receber algumas edições. Jackson de Biaso, supervisor técnico, Fibrav

Assinatura adicional Todas as empresas fabricantes de peças em composites ou plásticos de engenharia e usuários potenciais desses produtos recebem gratuitamente um exemplar da Revista Composites & Plásticos de Engenharia. Para as empresas que desejam receber mais exemplares, a Editora do Administrador disponibiliza a assinatura anual (6 edições) no valor de R$ 83,00. Entre em contato pelo Tel./Fax: (11) 2899-6375 ou e-mail: cristiane@artsim.com.br

Irmãos Campana faz mobiliário inovador para Cosentino

Energia eólica

130 milhões para 4 parques eólicos no Brasil pela Alstom

Móveis urbanos

Edra Equipamentos cria caixa eletrônico sustentável

Empresas

BASF adquire negócio de poliamida da Mazzaferro

Iluminação

Sylvania lança lâmpadas CMI PAR com tubo cerâmico

Mercado

ABIQUIM: Produção, vendas internas e consumo aparente crescem

Concurso

Abertas inscrições para 14º Prêmio Abrafati-Petrobras

Automotivo

Ford une-se à Dow para expandir uso fibra de carbono em veículos

Ferroviário

Movimento do setor salta 87,6%

Meio-ambiente

Sacolas plásticas, recicladas em fibra de carbono

Premiação

Embalagem vence com copoliéster da Eastman

Economia

Déficit comercial em produtos químicos cresce

Energias alternativas Pituaçu é primeiro estádio do Brasil com energia solar

consultoria@artsim.com.br ou fax: 55 (11) 2899-6395

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Aeronáutica

Aviões-robôs na LAAD 2012

Decoração

Doka lança duas cubas em produtos em Quarrycast

PR

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Mobiliário

Energias alternativas A energia que vem das profundezas

Cartas

REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

Descritivo da notícia

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14 anos e ações de desenvolvimento Neste ano, a Revista Composites & Plásticos de Engenharia completou 14 anos. Em primeiro lugar, gostaria de agradecer todas as empresas e profissionais do setor que apoiaram e apoiam esta iniciativa. Também gostaria de agradecer os mais de 40 emails parabenizando a Revista em mais um ano de comemoração. E neste ano, quando experimentamos uma economia bem diferente da vivida nos últimos anos, temos que tomar novos rumos. Como sabemos que a demanda, segundo os economistas, não será retomada ainda no próximo ano, temos que criar novas opções de crescimento. E uma delas, nem um pouco inusitada para os setores de composites e plásticos de engenharia, são as novas aplicações. Temos que mostrar que estes materiais podem ser utilizados em diversas peças (feitas em outros materiais como metais, madeiras, outros polímeros), com excelente custo-benefício e com características técnicas superiores. Além de focarmos este assunto nas próximas edições, também estamos trabalhando esta ação junto aos expositores da FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR 2012, que acontecerá de 6 a 8 de novembro, no Expo Center Norte, em São Paulo, SP (para credenciamento gratuito – www.feiplar.com.br). Nas matérias desta edição, destacamos os novos materiais para o setor de mobilidade (SAE Brasil), novas tecnologias apresentadas no Congreso Sudamericano (realizado na Argentina), as grandes inovações em matérias-primas para o setor de petróleo e gás (cobertura do Painel Petróleo & Gás), inovações apresentadas na JEC e a segunda parte de um estudo sobre a viabilidade da fabricação de fibra de carbono no Brasil. Para a indústria da construção civil, mostramos uma opção de assento para estádios, as incríveis inovações da CasaE (da BASF), a presença dos composites e plásticos de engenharia, na Casa Cor e vários destaques expostos na Feicon. Há, ainda, nova publicação lançada no mercado e a história do fusca que virou limusine. A todos os leitores, uma ótima leitura!

Entre em contato

Simone Martins Souza Editora Executiva simone@artsim.com.br

GUIA DE ANUNCIANTES Aerojet.................................................................. 45

Innova..................................................... 5

Agência de turismo.................................55

Interplast...............................................49

Bandeirante Brazmo...........................39

Jushi....................................................... 17

Catálogo de Visitação........................42

Korthfiber..............................................29

consultoria@artsim.com.br

Composites Brasil................................30

Maxepoxi.............................................43

Publicidade

Diprofiber.............................................19

Nitriflex . ..............................................35

Embrapol . ................................. 25 e 59

Novapol .....................................2ª capa

tamara@artsim.com.br

FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR....3 e 53

Novo Brasil..........................................37

Recebimento de exemplares cristiane@artsim.com.br

Serviços/Consultas consultoria@artsim.com.br

Redação/Releases

consultoria@artsim.com.br

Cursos Catálogo de Fornecedores

Fenasan................................................54

Painéis Setoriais...................................28

www.catalogodefornecedores.com.br cristiane@artsim.com.br

Fiber Center ........................................60

Reichhold................................................ 9

FEIPLAR COMPOSITES

Fibertex.................................................21

Songhe.................................................41

FMAI.....................................................57

Texiglass...............................................47

Icder......................................................25

VI Fiberglass.........................................13

consultoria@artsim.com.br

Tecnologia de Materiais on line www.tecnologiademateriais.com.br andre@artsim.com.br

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SEÇÕES

4 – E-mails & consultas • 8 – Note & anote • 32 – Livro • 40 – Casa Cor 2012 • 58 – Ponto de Vista

34 Feicon-Batimat 2012

Ruy Hizatugu

Simpósio sobre nanomateriais, nanocomposites e nanotecnologia promovido pela SAE Brasil reuniu em São Paulo especialistas em vários materiais e tecnologias de produção de peças automotiva. Veja, na primeira de duas coberturas, quais foram os destaques

38 História Arquivo Pessoal

16 Congreso Sudamericano

Confira a segunda parte da cobertura do I Congreso Sudamericano de Composites, Poliuretano e Plásticos de Engenharia, na Argentina, com material técnico relativo às palestras da Eastman, sobre o copoliéster Spectar, e da BMC do Brasil, sobre BMC e SMC

A 20ª edição da Feicon-Batimat 2012, realizada em São Paulo, mostrou diversos produtos inovadores e novos materiais de construção e decoração que vêm encontrando e ampliando seu espaço no mercado. Confira algumas das tecnologias apresentadas

Fibralit

12 SAE Nanomateriais

Projeto inusitado, o desenvolvimento de uma limusine a partir de um Fusca foi o projeto que o designer Antonio De Mitry tocou em meados dos anos 80 para presentear o então futuro presidente Tancredo Neves. Conheça detalhes da ideia e de sua concretização

20 Painel Petróleo e Gás

46 Aerojet, 40 anos

26 Construção Civil

48 JEC Composites 2012

Uma das mais tradicionais e importantes distribuidoras de matérias-primas e equipamentos para composites e poliuretano do Brasil, a Aerojet (São Paulo, SP) completa 40 anos em 2012. Conheça a história da empresa e seus planos para o futuro

BASF

Com o lançamento, pela BASF, da sua edição local da CasaE, edificação ambientalmente correta que utiliza as mais inovadoras tecnologias de construção, revestimento e decoração, abre-se um novo mercado no país. Confira em que consistem essas tecnologias

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Speedcraftcomposites

As conchas e cadeiras rebatíveis do Estádio Independência (Belo Horizonte, MG), pronto para a Copa de 2014, utilizaram o PP copolímero, termoplástico de elevada resistência mecânica e flexibilidade, nas arquibancadas. Entenda o projeto

A JEC Composites, na edição deste ano, apresentou diversas novidades em matérias-primas, equipamentos e especialmente processos na manufatura de peças em composites. Confira alguns dos lançamentos mais importantes da feira, uma das maiores no mundo

52 Artigo técnico

Copa 2014

Sylvio Coutinho/Divulgação

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APFoucha/ JEC 2012

Palestras com forte conteúdo técnico dominaram o Painel Petróleo e Gás, realizado no Rio de Janeiro em março de 2012. Veja um resumo das palestras da Toho, Reichhold e Ticona, com destaque a novas tecnologias em reforços, resinas e processos

Luiz Pardini, do DCTA/Instituto de Aeronáutica e Espaço, de São José dos Campos, conclui seu artigo técnico sobre a viabilidade econômico-financeira, com planilhas detalhadas, para unidade de fabricação de fibra de carbono na escala de 500 toneladas/ano

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NOTE E ANOTE Poliamida 6.10 de origem vegetal

Diretora Executiva Diretora Executiva Simone Martins Souza (Mtb 027303) Simone Martins Souza (Mtb 027303) simone@administrador.inf.br simone@artsim.com.br Jornalista Rodrigo Contrera (editor técnico) Jornalista Rodrigo Contrera (editor técnico) Colaboradores João Neiva Marketing e Eventos Michelle Tamara Neves Leite

Marketing e Eventos Representantes de Vendas Salete Matias Bernardo Nogales Luana Oliveira Hermas Braga Representantes de Vendas RoselyKumow Pinho Akim Tabatha Magalhães Fernando Sandoval Rafael V. Estevez Administrativo/Financeiro Tabatha Magalhães Danilo Silva Oliveira Conselho Editorial Circulação Francisco Xavier Carvalho (Ibcom) Cristiane Shirley Guimarães Waldomiro Moreira (Elekeiroz) Rita Internet Ruiz (R&D) Antonio André Carvalho Tavares de(Reichhold) Oliveira Ismael Corazza (Jushi) ProjetoSandri Gráfico, Diagramação Marcio (Owens Corning) Elisângela Souza Hiratsuka Administrativo/Financeiro Marcelo Marcondes Marin Kleber Almeida Silva Luiz PauloeSantos Pré-impressão impressão Bruno Omeltech ArtSim Proj. GráfiAlves cos Ltda. - 11 2899-6375 Circulação Edição Cristianee Shirley Guimarães Revista Composites Plásticos de Engenharia nº 80 Edriele Silva Santos Projeto Gráfico, Diagramação www.artsim.com.br Elisângela Souza Hiratsuka Tiragem Marin Marcelo Marcondes 12.000 exemplares Raphael Jurado Casanova Internet RafaelDIRIGIDA: Gustavo Pacios DISTRIBUIÇÃO América do Sul Pré-impressão ArtSim Proj. Gráficos Ltda. - 11 3779-0270 www.artsim.com.br Tiragem 12.000 exemplares DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA: América do Sul Editora do Administrador Ltda. Administração, Redação e Publicidade R. José Gonçalves, 96 05727-250 São Paulo – SP PABX: (11)2899-6359 e-mail: consultoria@artsim.com.br www.tecnologiademateriais.com.br É proibida a reprodução total ou parcial de qualquer matéria desta Editora do Administrador publicação sem autorização prévia da EditoraLtda. do Administrador. Administração, Redação e Publicidade Os artigos assinados R. sãoJosé de responsabilidade exclusiva dos autores. Gonçalves, 96 As opiniões expressas nestesSão artigos não são necessariamente 05727-250 Paulo – SP adotadas pela Revista Composites & Plásticos de Engenharia. PABX: (11)3779-0270 A Revistae-mail: tambémconsultoria@administrador.inf.br não se responsabiliza pelo conteúdo divulgado noswww.tecnologiademateriais.com.br anúncios, mesmo os informes publicitários. É proibida a reprodução total ou parcial de qualquer matéria desta Circulação da 2012 Editora do Administrador. publicação sem autorização préviade maio/junho Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores. Periodicidade As opiniões expressas nestes artigos não são necessariamente bimestral adotadas pela Revista Composites & Plásticos de Engenharia. Capa A Revista também não se responsabiliza pelo conteúdo divulgado nos anúncios, mesmo&os informes publicitários. Painel Petróleo Gás: Etp-scotland) Feicon Batimat 2012: Feicon Circulação novembro/dezembro de 2008 JEC: JEC/APFoucha CasaE: BASF Periodicidade bimestral Capa FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR 2008: Studio F Construção civil: Menzolit Santos Off Shore: Poleoduto Pós-graduação: Universidade Positivo Note anote PR80_03.indd 8

Rhodia/ Dytech

www.artsim.com.br

A Rhodia (São Paulo, SP), empresa do grupo Solvay, e a Dytech (Juatuba, MG), empresa do setor de autopeças, desenvolveram no Brasil um produto inovador a partir do plástico de engenharia Technyl eXten, uma poliamida 6.10 derivada em parte de óleo de mamona, de fonte renovável. O novo produto, que, segundo medições tem 62,5% do seu carbono de origem natural, o que reduz o impacto ambiental tanto dos processos de produção quanto das aplicações finais, pode ser utilizaPeça produzida com a nova do na confecção de tubulações para combustíveis, poliamida servo freio, embreagens e dutos de óleo para veículos leves e pesados. Veja a nota completa em www.tecnologiademateriais. com.br (consulta – automotivo).

Nova linha de agentes de cura para o mercado de engenharia civil A Dow Epoxy, unidade de negócios da The Dow Chemical Company, apresentou novos agentes de cura D.E.H. de alto desempenho para epóxi. Especialidades no portifólio expandido de epóxi, os agentes de cura base água de baixa emissão de voláteis são soluções que não agridem o meio ambiente, facilitando as formulações de baixo teor de compostos orgânicos voláteis (VOC, em inglês) e baixo odor, sendo ideais para uso em espaços internos, como escolas e hospitais, onde os usuários passam por uma exposição prolongada às emissões do piso. Veja a nota completa em www.tecnologiademateriais.com. br (consulta – resina epóxi).

Setor de composites faturou R$ 733 milhões no primeiro trimestre O setor brasileiro de materiais composites faturou R$ 733 milhões no primeiro trimestre deste ano, alta de 1,6% em comparação ao último trimestre de 2011. Frente a igual período do ano passado, o crescimento foi de 2,5%. Os números são da Maxiquim, consultoria contratada pela Associação Latino-Americana de Materiais Compósitos (Almaco). Em termos de volume de matérias-primas consumidas, houve um recuo de 6,9%, totalizando 55.400 toneladas, mas um aumento de 18,3% se levado em conta o primeiro trimestre de 2011. Veja a nota completa em www.tecnologiademateriais.com.br (consulta – mercado).

UFSCar e Unicamp realizam conferência sobre materiais metaestáveis e nanoestruturados O Departamento de Engenharia de Materiais (DEMa) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em parceria com a Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), realiza o Nanomat 2012 – 5ª conferência latino-americana sobre materiais metaestáveis e nanoestruturados, entre os dias 30 de setembro e 2 de outubro, em São Carlos.

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Reic


Everywhere Performance Matters

A Reichhold atua na indústria de energia eólica global há mais de 30 ANOS A Reichhold é uma das maiores fornecedoras globais de resinas, gelcoats e pastas de colagem ao mercado de Energia Eólica, com significativa participação nos mercados Europeu e Norte-Americano. Devido ao crescimento esperado da produção de eletricidade por energia eólica no Brasil, a Reichhold disponibiliza sua sólida experiência e conhecimento de seus especialistas para a transferência de tecnologia e serviços, a fim de melhorar a eficiência e desempenho dos composites neste segmento. Tecnologia global ao seu alcance para a fabricação de Moldes, Pás Eólicas, Naceles, Longarinas, Grades e Plataformas.

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NOTE E ANOTE José Antônio Gonçalves Rosa, Tenente-Coronel e Comandante do Batalhão e Rodrigo Contrera

Rodrigo Contrera, editor técnico da Revista Composites & Plásticos de Engenharia e Revista Poliuretano – Tecnologia & Aplicações, foi agraciado, no último dia 31 de março, em cerimônia comemorativa dos 20 anos do Batalhão de Manutenção e Suprimento de Aviação do Exército (Taubaté, SP), com o título de “Amigo do Batalhão de Manutenção do Exército”. Em prova do reconhecimento, o batalhão conferiu um troféu às personalidades agraciadas. A Revista divulgou os trabalhos em composites realizados pelo Batalhão.

BASF adquire o negócio de poliamida da Mazzaferro A BASF (São Paulo, SP) adquiriu o negócio de polímeros de poliamida (PA) do Grupo Mazzaferro (São Paulo, SP) no Brasil. A aquisição inclui uma unidade administrativa e produtiva em São Bernardo do Campo, SP, com produção local da linha de PA6, bem como compostos de plásticos de engenharia. Veja a nota completa em www. tecnologiademateriais.com.br (consulta – poliamida).

Aerospaceblog

Bombardier consegue maior venda da história

Challenger 605

Um ano após anunciar a maior venda de aeronaves de sua história, a Bombardier Aerospace supera o recorde com a venda de 100 jatos da família Challenger – com possibilidade de aumentar para mais 175 unidades – para a empresa NetJets. A transação da primeira parte do pedido soma US$ 2,6 bilhões, de acordo com o preço de tabela de 2012. Se todos os aviões adicionais forem arrematados esse valor sobe para US$ 7,3 bilhões. Mais informações: veja a nota completa em www.tecnologiademateriais.com.br (consulta – aeronáutica)

REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA Note anote PR80_03.indd 10

Tampa de termostato com poliamida 6.6 com alta resistência à hidrólise As tampas de termostato moldadas dos veículos VW estão desde o começo do ano utilizando a poliamida 6.6 Ultramid A3WG6 HRX da BASF. A nova especialidade de poliamida foi de- Termostato VW: em produção senvolvida especialmente para aplicações que requerem alta resistência à hidrólise combinada com alta resistência mecânica. A produção acontece em Veritas AG, com sede em Gelnhausen, para a fábrica de motores da VW em Salzgitter (ambas na Alemanha). A caixa do módulo de controle de resfriamento deve suportar pressão de muitos bares em uma temperatura de mais de 130 °C – e demonstrar mínima deformação, porque isso reduziria a eficiência do módulo. Comparado aos termostatos anteriores feitos em alumínio, a caixa oferece vantagens em peso e custo, além do fato de não precisar ser usinada e alcançar com precisão o dimensional exato, principalmente na superfície de selamento. Suportes, encostos, alojamento de válvulas e outras funções podem ser integradas no componente moldado sem esforço adicional. Veja a nota completa em www.tecnologiademateriais.com.br (consulta – automotivo).

BASF

Batalhão de Manutenção e Suprimento de Aviação do Exército

Reconhecimento

Sistema Tidal escocês usa pás feitas de composites O sistema de geração de energia tidal (das marés) HS1000, a ser construído pela Andritz Hydro Hammerfest (Hammerfest, Noruega) na Escócia utilizará pás feitas inteiramente em composites projetadas e fabricadas pela inglesa Gurit (Ilha de Wight), tradicional fornecedor de soluções em mateEnergia Tidal: operação pré-comercial riais composites e outras soluções técnicas. O dispositivo HS1000 será instalado no Centro Europeu de Energia das Marés (EMEC). O projeto será o primeiro do tipo desenvolvido em escala pré-comercial no mundo.

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Manta de PU reforçada, lançamento da Fibertex

Viapol é comprada pela RPM International

A Fibertex (Louveira, SP) lançou uma manta de poliuretano reforçado com tela fibra de vidro. Largamente utilizadas no mercado de corte e vinco, as mantas de poliuretano reforçada com tela de fibra de vidro tipo AF-0100 R proporcionam reforço estrutural e baixíssimo alonManta de PU reforçada gamento, resultando em uma manta de alto rendimento quando exigida no corte e vinco de embalagens.

A Viapol (São Paulo, SP), empresa especializada em produtos e soluções para a construção civil e outros segmentos, foi adquirida pela RPM International, holding norte-americana atuante em mais de 150 países, que reúne empresas líderes dos segmentos de coberturas, selantes, material de construção e serviços relacionados ao mercado industrial e de consumo. A empresa passa a integrar The EuclidChemicalGroup, unidade do Grupo de Soluções de Construção da RPM, companhia que atende os setores de construção e restauração em todo o mundo.

Corian: nova paleta de cores para Europa, Oriente Médio e África A DuPont apresentou uma nova e requintada paleta para Corian na exposição “Corian Colour Evolution”, durante a Semana de Design de Milão. A paleta já está disponível comercialmente na Europa, no Oriente Médio e África. Os tons texturizados de Corian também foram reclassificados e enriquecidos com grânulos finos, veios fascinantes ou com uma matriz completa de partículas, garantindo melhor qualidade e um amplo horizonte de escolhas de design para o profissional da área. Mais informações: veja a nota completa em www.tecnologiademateriais.com.br (consulta – decoração)

Redelease e Hernon, agora juntas em joint-venture A Redelease (São Paulo, SP), importante distribuidora de químicos, dentre eles produtos para composites, e a Hernon (Sanford, Flórida), companhia norte-americana de adesivos e selantes, criaram uma joint-venture. A Hernon-Redelease (São Paulo, SP) distribuirá inicialmente por volta de 200 itens (a Hernon tem mais de 5 mil formulações, dentre elas muitas com instituições militares) e prevê-se a construção de uma fábrica em 2014. Para Roberto Iacovella, diretor da Redelease, a união das empresas visa combinar a experiência em atendimento da Redelease com soluções de ponta da Hernon. Espera-se que com a união a nova empresa participe de pelo menos 10% do mercado de adesivos e selantes industriais em dois anos.

ATL Composites forma joint venture para fabricar painéis em composites A australiana ATL Composites (Gold Coast, Queensland) associou-se à alemã MUH von der Linder (Wesel) para produzir painéis composites DuFLEX para o mercado europeu. O nome da nova Painéis DuFLEX: usados companhia é VDL em estruturas Composites. A tecnologia dos painéis DuFLEX foi desenvolvida na Austrália pela ATL e utiliza diversos materiais de núcleo laminados com resina epóxi especialmente formulada e reforçada com tecidos multiaxiais de fibra de carbono ou de vidro E. Os painéis DuFLEX são amplamente usados na construção de barcos comerciais e de lazer, sendo especialmente indicados para cascos, deques, superestruturas e anteparos ou mesmo cascos e superestruturas modificadas de barcos já prontos.

436 casas em Wall System no RJ A MVC Soluções em Plásticos (São José dos Pinhais, PR) irá construir, em parceria com a Construtora M. Rocha (São Paulo, SP), 436 casas no município de Japeri, RJ, utilizando a tecnologia Wall System, que utiliza painéis de composites em sua fabricação. O contrato foi firmado com a Caixa Econômica Federal dentro do programa Minha Casa, Minha Vida. As primeiras unidades serão entregues em julho deste ano. Cada imóvel terá área construída de 37,8 m2, contando com dois dormitórios, sala, cozinha, banheiro e área de serviço, além de jardim e quintal. Entre as vantagens do sistema Wall System em relação ao processo tradicional, estão a maior velocidade de construção, durabilidade, resistência, flexibilidade, conforto térmico e acústico, obra limpa e desperdício zero. Mais informações: veja a nota completa em www.tecnologiademateriais.com.br (consulta – construção civil)

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ATL Composites

Fibertex

NOTE E ANOTE

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Simpósio de novos materiais e nanotecnologia

Ruy Hizatugu

SAE BRASIL

O simpósio da SAE Brasil, realizado em junho passado, apresentou diversas tecnologias para tratamento de novos materiais tendo como base a nanotecnologia. Veja alguns destaques de tratamento de materiais composites IQ-USP – Nanomateriais e nanocomposites com potencial aplicação na indústria automobilística O Prof. Dr. Koiti Araki, professor titular do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (São Paulo, SP), explicou em que consistem os nanomateriais e nanocomposites com potencial aplicação na indústria automobilística. Segundo ele, diversos fatores contribuem para que os nanomateriais promovam características diferenciadas onde são aplicados. Alguns deles são: apresentam maior número de átomos na superfície, melhor dispersividade, maior homogeneidade, maior atividade e maior mobilidade, além de efeitos mecânico-quânticos, podendo ser utilizados no desenvolvimento de interfaces e junções de maior complexidade. Para que esses materiais possam ser aplicados na fabricação de produtos diversos, não basta apenas preparar o núcleo ou caroço das nanopartículas. Estas também devem estar adequadamente funcionalizadas para que adquiram a estabilidade, compatibilidade e funcionalidade desejadas, e possam ser processadas por métodos de deposição/montagem e aplicadas na fabricação de interfaces funcionais e outros dispositivos. Porém fatores tais como custos de produção, geração de efluentes e resíduos, regulamentações para seu uso e, claro, a aceitação pelo mercado, também influenciam e influenciarão sua utilização. Materiais nanoestruturados podem ser usados em diversas partes dos automóveis, incluindo pintura e revestimentos, lubrificantes, filtros, pneus, vidros, plásticos, componentes eletroeletrônicos, tecidos e estofados, condicionadores de ar, sensores, catalisadores, ligas e composites metálicos, dentre outros. A equipe do Prof. Araki utiliza a abordagem supramolecular para o design e preparação de moléculas e de outros blocos de construção, bem como a montagem e fabricação dos materiais nanoestruturados. Estes são obtidos na forma de dispersões, filmes finos, pós, nanocomposites poliméricos, nanomateriais funcionais e materiais de alta performance. A obtenção de nanocomposites com proprie-

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dades diferenciadas depende do nanoaditivo/nanocarga utilizada (por exemplo, sílica, zircônia e alumina para propriedades mecânicas e de atrito) e da interação das mesmas com a matriz polimérica. Biocidas surgem a partir da incorporação de nanopartículas de prata, nanomateriais para uso óptico, de zircônia, e anti-UV de dióxido de titânio. Por sua vez, nanomateriais com propriedades magnéticas diferenciadas podem ser geradas pela incorporação de nanopartículas magnéticas (por exemplo, magnetita) e propriedades condutoras podem ser associadas aos materiais pela adição de nanopartículas de óxido de índio-estanho (ITO) ou nanotubos de carbono (CNT). A engenharia de nanopartículas consiste, a grosso modo, na sua síntese e no controle da camada molecular (capa) sobre as mesmas. No processo de síntese deve-se controlar o tamanho, forma, grau de cristalinidade e composição, que determinam as propriedades das partículas (magnéticas, óticas, catalíticas, etc.). Já a modificação da capa determina a funcionalidade e reatividade dos nanomateriais, sua estabilização/dispersão e seletividade/especificidade de interação com outros materiais e compostos. Três tipos de nanopartículas foram ressaltados pelo prof. Araki: filmes e interfaces nanocristalinos de dióxido de titânio (nas formas anatase e rutilo), nanopartículas de magnetita lipofílicas/hidrofílicas e o nano alfa-hidróxido de níquel. Novos procedimentos para preparação de nanopartículas de magnetita têm sido desenvolvidos pelo grupo, em colaboração com o Dr. Sergio H. Toma, permitindo a obtenção daqueles nanomateriais em grande escala, com excelente controle de tamanho e polidispersabilidade, alta magnetização (~80 emu/g) e cristalinidade, além da excelente dispersabilidade em solventes orgânicos, polímeros ou água, dependendo do método ou “engenharia de superfície” empregado. Por último, o nano alfa-hidróxido de níquel, patenteado pelo Grupo do IQ-USP apresenta excelente capacidade de carga e reversibilidade (mais de mil ciclos de carga/descarga), maior estabilidade química e área superficial possibilitando seu uso em pilhas e baterias. Após mostrar o efeito da adição de nanoargilas (Cloisite) sobre o grau de cristalinidade de nanocomposites de polia-

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Untit


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SAE BRASIL A adoção de composites pela Boeing também tem sido crescente nas últimas décadas, como comprova o gráfico 1.

Percentagem de composites

mida (PA), Araki explicou as vantagens de nanofluidos magnéticos e de composites poliméricos de nanoprata. No caso dos nanofluidos magnéticos, suas vantagens dizem respeito ao uso de um processo simples e eficiente, ao baixo custo de produção, ao fato de serem totalmente dispersáveis em óleo (uso em suspensão ativa) e à possibilidade de produção em grande escala. No caso dos composites poliméricos de nanoprata, com características biocidas, pode-se realizar a fabricação dos mais diversos produtos baseados em termoplásticos, em larga escala, com processos simples e baratos, utilizando equipamentos convencionais. Esses nanocomposites são muito resistentes à lixiviação e são ideais para a fabricação de materiais estruturais, embalagens e filmes. Outra utilização de nanopartículas, especialmente indicada para a indústria automotiva, é em resina epóxi para proteção contra riscos, diminuindo consideravelmente os danos causados à peça. A nova pintura, no caso, passa a ter alta densidade de ligações cruzadas entre as nanopartículas aumentando a resistência e o potencial de aplicação em diversas camadas (superficial, base, primer, pintura eletrolítica, camada de fosfato, etc.). Segundo o prof. Araki, a nanotecnologia, no estágio atual, já deixou de ser apenas um jargão de marketing e uma estratégia de diferenciação, tornando-se, ao invés disso, um importante fator de competitividade e sobrevivência na medida em que já existem processos de fabricação de peças com nanomateriais em escala industrial.

Fonte: Farnborough Airshow 2004

Gráfico 1 – Adoção de composites em aeronaves Boeing

Nota-se que o 787, a mais recente aeronave da empresa, comporta 50% de composites em seu peso estrutural. A figura 1 mostra a que ponto vai o uso de composites no 787.

Embraer – Aplicação de materiais composites na indústria aeronáutica Fabiano Lobato, gerente de desenvolvimento tecnológico da Embraer (São José dos Campos, SP), explicou em que ponto está a utilização de materiais composites em aeronaves civis em geral e aeronaves Embraer em particular, explicando posteriormente em que consiste, nesse sentido, o desenvolvimento de tecnologias de composites Embraer. A adoção de composites em aeronaves tem se dado numa escala crescente em termos do peso estrutural das aeronaves, segundo Lobato. Ilustrando a afirmação comparando a adoção dos composites em aeronaves Airbus, Lobato mostrou que esses materiais respondiam nas aeronaves A300 e A310-200, construídas no intervalo de 1972 a 1984, por em torno de 5% de seu peso estrutural. Já nas aeronaves A320, A340-300 e A340-600, construídas desde 1992 a 2002, a aplicação de composites aumentou a 10%, quantidade que posteriormente experimentou um crescimento bem mais elevado (no A380, a adoção foi a 24%, ao passo que no militar A400M superou 30% e no A350-900 XWB alcançou a elevada taxa de 52%). Detalhando o caso do A350-900 XWB, Lobato explicou que nesse modelo, aquele que mais composites estrutural possui na linha Airbus, os composites entram na empenagem, asas, fuselagem híbrida, carenagem da barriga, trem de aterrisagem, pilões, conexões, quadros, bordos, vigas do piso, portinhola do trem de pouso, etc., respondendo por exatos 52% do peso da aeronave (20% é de alumínio e ligas de alumínio/lítio, 14% de titânio, 7% de aço e 7% de outros materiais).

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Laminados de fibra de carbono Sanduíches de fibra de carbono Laminados de fibra de vidro Alumínio Pilões de alumínio/aço/titânio

Titânio 15%

Composites 50%

Alumínio 20% Fonte: TFG Liston 2006

Figura 1 – Uso de composites no Boeing 787

Quarta maior fabricante de aeronaves no mundo e líder no segmento de 70 a 120 assentos, a Embraer também experimenta um crescente uso de composites em suas aeronaves. No EMB 120 Brasília e no ERJ 145, por exemplo, o uso de composites com relação ao peso estrutural da aeronave é de cerca de 10%, sendo que a estrutura primária dessas aeronaves é predominantemente metálica. Já nos Ejets (E170 e E190), a estrutura primária possui mais aplicação em composites de fibra de carbono (o peso estrutural é de até 15% em composites). O uso de composites aumenta no Phenom 100 e Phenom 300 (mais de 15% do peso estrutural) e sofre um crescimento significativo no Legacy 450, aeronave em que a estrutura primária possui mais de 22% do peso estrutural em composites, além da aplicação de novas tecnologias em material composto. Focando uma peça em especial feita em composites, Lobato escolheu a caverna de pressão traseira do Legacy 500, da empresa. Essa peça, que encerra o vaso de pressão em que consiste a fuselagem da aeronave, é fabricada pelo processo RFI (Resin

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Outros Aço 5% 10%

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SAE BRASIL Film Infusion) e foi desenvolvida e fabricada pela Embraer. Outra peça destacada por Lobato foram os revestimentos da empenagem traseira da aeronave, fabricados em ATL (Automatic Tape Layer). A tecnologia de termoplásticos com fibra de carbono é utilizada na fabricação de reforços internos (nervuras) pelo processo de prensagem com ferramental aquecido. Segundo Lobato, há diversas oportunidades e desafios envolvendo composites na indústria aeronáutica e especialmente na Embraer. Por exemplo, em termos de redução de peso e custo, os composites se destacam por reduzirem o peso de componentes, novos processos de fabricação podem reduzir a quantidade de homens/hora durante a laminação, bem como novos critérios de engenharia permitem maior otimização das estruturas da aeronave. Outro aspecto é a potencial redução no custo de manutenção, uma vez que os materiais composites não apresentam o fenômeno da fadiga como os metálicos e não sofrem corrosão. Por último, em termos de manufatura, os composites exigem investimentos em instalações, desenvolvimento de ferramentais (durabilidade e estabilidade dimensional) além de disponibilidade e custos de matérias-primas, exigindo um correto e detalhado planejamento industrial. Algumas tecnologias, segundo Lobato, são importantes na fabricação de composites. A infusão de resina, por exemplo, permite chegar ao net-shape com integração de peças gerando um componente final de custo menor comparado ao metálico equivalente. Outro processo é a laminação automatizada, que proporciona precisão e velocidade de deposição das camadas/ fibras. Já com termoplásticos, chega-se também o net-shape com elevada durabilidade.

Adespec – Nanoselantes e nanoadesivos e uso de nanoselante para blindagem de veículos Rildo Ferreira, gerente industrial da Adespec (São Paulo, SP), apresentou a linha de adesivos Pesilox Nano, que faz uso de nanotecnologia e que promove, segundo ele, melhores propriedades físico-químicas em relação a produtos concorrentes. Dentre essas propriedades estão a maior resistência a esforços mecânicos, a maior tensão de ruptura, o maior coeficiente de armazenamento elástico, a maior resistência à flexão, a impacto e à abrasão, a redução da permeabilidade a gases e, além disso, a maior resistência química. Os adesivos Pesilox Nano, que quimicamente são classificados como de poliéter siloxano, podem ser utilizados em peças de composites adesivadas a outras peças do mesmo material ou em peças de composites adesivadas a aço, alumínio ou superfícies de outros materiais, mesmo poliméricos. Isentos de solventes, os adesivos da linha Pesilox Nano

Foto 2 – Corpo de prova número 1, costas, após tiros

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Foto 1 – Corpo de prova número 1, frente, após tiros

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emitem baixa ou nenhuma quantidade de compostos orgânicos voláteis (VOCs), tendo atestados de sustentabilidade ambiental, com medição do grau de emissão dessas substâncias, especificação do local de extração das suas matérias-primas e de seu processamento, dentre outros cuidados. Os adesivos Pesilon Nano têm contração zero e podem ser usados, além de na construção civil, em barcos, câmaras frigoríficas e faróis. Ferreira explicou como se dá a utilização de Pesilox Nano em veículos blindados, para fixação dos materiais de blindagem opaca. Segundo ele, o Pesilox Nano promove redução significativa das ondulações da chapa original do veículo após a colagem e do odor interno nesses veículos, preservando o meio ambiente e a saúde dos aplicadores e dos usuários. Veja nas fotos 1 e 2 o resultado da aplicação de tiros numa blindagem opaca com fibra de aramida em que foi aplicado adesivo Pesilox Nano.

Aethra – Materiais – Aplicação em Sistemas de Combustíveis Marley de Souza Lemos, superintendente de engenharia da Aethra (Contagem, MG), explicou em que consiste a escolha de materiais para a fabricação de tanques de combustíveis para veículos de passeio. Segundo Lemos, a empresa, que já produziu mais de 10 milhões de tanques metálicos para uma diversidade de modelos, utiliza atualmente, em seus modelos aços pré-pintados (tecnologia introduzida na América do Sul pela Aethra). Atualmente a Aethra está homologando a sexta geração de materiais para esse tipo de aplicação, ou seja, tanques metálicos mais leves. A primeira geração consistia numa tecnologia de revestimentos Pb/ Sn, enquanto a segunda era a tecnologia organo-metálica e a terceira foi a aquisição de equipamentos para costura com 7 graus de liberdade. Todas as tecnologias promoveram melhoramentos. A segunda geração, por exemplo, reduziu custos, melhorou a qualidade e aprimorou o processo. A terceira, por sua vez, aumentou a capacidade de armazenamento e flexibilizou o design. A figura 2 mostra as camadas do material utilizado nos tanques de quarta geração da Aethra, notando-se o uso de uma camada de resina epóxi rica em alumínio em ambas as faces da placa metálica, após o revestimento e o pré-tratamento. Na superfície da placa composta, existe um filme seco (dry film) solúvel em água que visa facilitar a estampagem.

Figura 2 – Aethra desenvolve aplicação para tanques com tecnologia com utilização de aços “Intertitial Free” para tanques de combustível (mais leves)

m AIO

j U N H O • 2 01 2 7/25/12 5:11 PM


Aplicações variadas para composites e plásticos de engenharia Evento que contou com algumas das mais importantes empresas do setor de composites e plásticos de engenharia, o Congreso Sudamericano reuniu tecnologias de última geração. Acompanhe a cobertura

Eastman: copoliéster Spectar, até onde chegue sua imaginação Gabriel Crosta, gerente de especialidades plásticas da Eastman para o Mercosul (Buenos Aires), explicou em que consistem os copoliésteres e mais especificamente o Spectar copoliéster, comercializado pela empresa. Resultantes da reação de poliálcoois (glicóis) e poliácidos, os copoliésteres podem sofrer inúmeras combinações. De forma geral, os copoliésteres caracterizam-se pela transparência, flexibilidade de design, resistência mecânica, compatibilidade química, por poderem entrar em contato direto com alimentos (aprovação pelo FDA) e por serem ecologicamente adequados. O Spectar copoliéster da Eastman é uma resina plástica específica para produzir lâminas. Oferecendo ampla liberdade de design e facilidade de fabricação, o Spectar é de 15 a 20 vezes mais resistente que o acrílico convencional e de 2 a 5 vezes mais resistente que o acrílico de alto impacto, custando menos que o policarbonato e com resistência ao impacto similar a ele. O material pode ser perfurado, cortado, dobrado a frio ou a quente, termoformado, pintado, impresso com serigrafia, decorado (com vinil), metalizado e cromado. Veja na tabela 1 as vantagens das lâminas de Spectar em relação às de policarbonato e acrílico. As palestras de composites foram assistidas por cerca de 150 profissionais, de 93 empresas, nos dois dias. Confira, na edição 79 da Revista Composites & Plásticos de Engenharia, as tecnologias apresentadas pelas Texiglass, Reichhold e Cedecor

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Tabela 1 – Vantagens das lâminas de Spectar Comparado ao policarbonato

Comparado ao acrílico

Não requer pré-secagem

Oferece maior resistência, o que permite reduzir espessuras

Utiliza menor temperatura de termoformagem

Não se quebra ao cortar ou troquelar

Tem ciclo de termoformagem mais curto

Pode ser dobrado a frio

Permite melhor definição das partes

Utiliza menor temperatura de termoformagem

Permite decorar com vinil previamente à termoformagem

Tem ciclo de termoformagem mais curto

É mais econômico

F d

Permite decorar com vinil previamente à termoformagem Permite imprimir previamente à termoformagem

Em termos de sustentabilidade, o Spectar destaca-se por não conter halogênios, assim como S, N, Pb, Hg, Cd ou Cr 6+. O Spectar não requer, para produção, o uso de bisfenol A, requer 3,5 vezes menos energia para extrusão do que o acrílico, e tem certificado Greenguard Indoor Air Quality, fornecido a empresas que fabricam produtos de baixa emissão. Veja nos gráficos 1 e 2 a energia do berço ao pellet necessária para produzir mil libras de resina, comparando o Spectar com o acrílico e o policarbonato, e uma comparação das emissões de gases com efeito estufa, também por mil libras de resina.

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Roving Direto Roving para Spray Up Roving para SMC Roving para Laminação Continua Fios Picados Mantas de Fios Picados Manaas Costuradas Woven Roving Roving Texturizado Fibras Picadas para BMC Fibras Picadas para Termoplásticos Tecidos Complexos Véus de Superfície - Vidro C e E Tipos de Vidro: E, E6 e C

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SpectarTM (PETG)

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Policarbonato

* MMBTU: um milhão de unidades térmicas britânicas

Libras de gases de efeito estufa/ 1,000 libras de resina

Gráfico 1 – Dispensa de energia do berço ao pellet 8.000 7.000 6.000 5.000 4.000 3.000 2.000 1.000 0

SpectarTM (PETG)

Acrílico (PMMA)

Policarbonato

Gráfico 2 – Emissões de gases de efeito estufa

Uma série enorme de processos podem ser utilizados para trabalhar com lâminas de Spectar. Pode-se dobrar a frio e a quente. Pode-se trabalhar as lâminas com broca, serra, laser, fresa, corte circular ou por maquinário e por meio de troquelação. O polimento pode-se dar por pistola de ar quente. A união pode utilizar adesivos, fixadores mecânicos, solventes e ultrassom. A decoração pode ser feita por impressão/ tampografia, hot stamping, vinil e metalização. O material também pode ser termoformado. A fabricação de peças com Spectar exige, em sua atividade, excelência na operação, e oferece a possibilidade de utilizar designs diferenciados, o crescimento sustentável do negócio e a satisfação do cliente. O Spectar reduz o custo total (permitindo menor número de rupturas, uso de menos material, melhora na qualidade e superior resistência ao impacto), permite flexibilidade de design (o material é fácil de dobrar e trabalhar, além de possuir melhor termoformabilidade), e é uma opção sustentável e com maior margem de utilidade (por reduzir o material e a embalagem). Crosta terminou destacando as características do Spectar, em termos de resistência, durabilidade, clareza, liberdade de design, resistência a detergentes e outros produtos químicos, e possibilidade de contato com alimentos; os benefícios para o fabricante, por reduzir custos de produção, de embalagem e de transporte, causar menor retornos por rupturas, e permitir novas oportunidade de aplicação e redução do impacto ambiental; e os benefícios para o vendedor, sendo uma mercadoria de excelente aparência, inovadora no design, de fácil manipulação e limpeza, permitindo menores custos gerais e reduzindo o impacto ambiental.

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Pertencente desde abril de 2009 ao grupo norte-americano Citadel Group, a BMC do Brasil (Rio Claro, SP) trabalha com dois produtos em composites: SMC (Sheet Molding Compound) e BMC (Bulk Molding Compound). A empresa atua com três processos: compressão, injeção e pultrusão. O SMC é um composto de resina poliéster reforçada com fibra de vidro usado em processo de moldagem a quente. O SMC, desenvolvido especialmente para cada aplicação, contém fibra de vidro nas dimensões de meia a 2 polegadas. Diversos produtos são fabricados em SMC, dentre eles peças externas (step, por exemplo) e internas (tampas para baterias, consoles, etc.) de caminhões, assim como peças para veículos menores. Exemplos desse tipo de peças são pára-choque, capô de empilhadeira, base do estepe (assoalho) de veículos leves, reforço da grade e a própria grade de caminhões, etc. Uma das características do SMC é a possibilidade de desenvolver projetos inovadores, como o teto da extensão da cabine, painel traseiro, estrutura, painel lateral e porta guarda-volumes de caminhões diversos. Outro produto em SMC é o assento e encosto de cadeiras de escritório, carteiras e cadeiras escolares. O BMC, por sua vez, é um composto de resina poliéster insaturado e cargas minerais com fibra de vidro também utilizado em processos para moldes aquecidos. Contendo de 10 a 20% de fibra de vidro, o BMC é também desenvolvido para cada aplicação e pode ser moldado por injeção, compressão ou transferência. Alguns produtos em BMC: refletores, tampas de válvulas, máquinas de costura, peças para o segmento elétrico, e (também em SMC) placas para isolação elétrica. No caso da tampa de válvula, Waldenir de Souza, gerente de vendas da empresa, a usou como estudo de caso. A BMC norte-americana desenvolveu o BMC 665 com uma resina poliéster insaturada específica para uso, com custos competitivos, em três powertrains da Chrysler, inclusive as coberturas dos motores 3.7L V6 e 4.7L V8. O material foi formulado pela empresa para proporcionar baixos custos e processamento melhorado tanto em injeção como em compressão de forma a satisfazer os requisitos de desempenho para a peça, submetida a cada vez maiores temperaturas. O material, como explicou Souza, foi submetido a testes de durabilidade de alta temperatura extremamente rigorosos em todas as aplicações possíveis, alcançando ótimo desempenho. Algumas propriedades adicionais do material são: gravidade específica mais baixa (1.67), excelente aparência da superfície para partes do motor esteticamente críticas, resistência à chama, coeficiente de expansão térmica similar ao do alumínio, estabilidade dimensional e temperatura de transição vítrea de 200º C. Veja na tabela 1 abaixo outras propriedades do material, com as normas que obedece.

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BMC do Brasil: SMC e BMC: aplicações tecnológicas na indústria automotiva brasileira

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Anu‟


Tabela 1 – Tampa de válvula (data sheet) Propriedade

Norma

Unidade

Valor

Densidade

ISO 1183

g/cm3

1,67

Resistência à flexão

ISO 178

MPa

123

Módulo de flexão

ISO 178

GPa

10,2

Impacto Izod

ISO 179

KJ/m2

36

Resistência à tensão

ISO 527

MPa

33

Módulo de tensão

ISO 527

GPa

10,2

Resistência à compressão

ISO 604

MPa

170

Absorção de água

ISO 62

%

0,08

HDT – A

ISO 75

oC

> 260

Dureza Barcol Flamabilidade

40 UL 94

HB (1/16”)

Cor

Preta

Temperatura de moldagem

oC

> 140

Conteúdo de fibra de vidro

%

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Segundo Souza, vários motivos podem ser elencados para se utilizar BMC ou SMC. Alguns deles são: liberdade de design, ciclo rápido de moldagem, fácil manuseio, balanço positivo de propriedades mecânicas, elétricas, térmicas e químicas, excelente acabamento superficial, baixo custo, estabilidade dimensional e moldagem na cor final. Outro processo utilizado pela BMC do Brasil é a pultrusão. Processo de fabricação de perfis contínuos com resinas termofixas, fibras de vidro (mantas e roving), véu de acabamento, cargas minerais e aditivos, a pultrusão permite produzir diversos produtos, dentre eles perfis para prender lonas, assoalhos e chapas laterais de carretas, bagageiros, dutos e ar e calhas de iluminação de ônibus, grades de piso, escadas, componentes para máquinas agrícolas, perfis para torres de retransmissão, etc. A BMC do Brasil é certificada pelas normas ISO/TS 16949:2009, ISO 9001:2008 e ISO 14001:2004.

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Painel Petróleo e Gás

2012

Materiais e processos de alta tecnologia Palestras com forte conteúdo técnico dominaram o Painel Petróleo e Gás, realizado no Rio de Janeiro em março de 2012. Veja um resumo das palestras. As apresentações na íntegra podem ser acessadas em www.tecnologiademateriais.com.br » Resumos das outras palestras serão publicados na próxima edição

Toho: fibra de carbono e pultrusão para o mercado de óleo e gás

Painel Petróleo e Gás: soluções de alta tecnologia

componentes de equipamentos e mercado médico. No mercado aeroespacial, os destaques são componentes estruturais, satélites e componentes internos. A DSC desenvolve materiais composites pultrudados de forma a cumprir vários requisitos e especificações dos clientes, desenvolvendo também ferramentas e outras utilidades para produção pelo processo de pultrusão. Os principais benefícios dessas aplicações são a leveza, o elevado módulo, a característica condutiva das fibras de carbono e não-condutiva das fibras de vidro. A empresa trabalha com fibras de carbono, vidro e aramida, e com resinas epóxi, poliéster e éster-vinílicas. A ilustração 1 resume as principais etapas do processo de pultrusão. O processo de pultrusão é fortemente indicado para produção de alto volume de materiais contínuos. Seus principais benefícios são: repetibilidade de desempenho para as peças, baixos custos de capital e de ferramentaria, excelente disposição e alinhamento das fibras (repetitiva), processo contínuo

Resistência à tração (MPa)

Rodrigo César Berardine, engenheiro de marketing técnico da norte-americana Toho Tenax América, do grupo japonês Teijin, focou em sua apresentação a fabricação de fibra de carbono pelo grupo e usos e aplicações de perfis pultrudados em diversos mercados. A figura 1 abaixo serve para comparar os módulos de tensão Rodrigo César Berardine, e resistências a tensão das fibras da Toho Tenax América de vidro (E e S), da aramida, do aço e dos vários tipos de fibras de carbono produzidas pela Toho Tenax. Berardine apresentou a seguir as atividades da Diversified Structural Composites (DSC), subsidiária da Toho Tenax America Módulo voltada às aplicações para a fibra de 6210 IMS65 intermediário carbono nos mercados de consumo e IMS60 5520 industrial. Em construção civil, a emUTS50 UMS40 UMS45 4830 HTR40 presa atua com produtos para consIMS40 UMS55 Fibra de vidro S HTS40 4140 truções, zonas costeiras e corrosão Módulo e produtos para estradas. Em lazer, 3450 padrão Ultra alto módulo Aramida HMA35 os destaques são aplicações náuticas, 2760 Fibra de carbono Tenax Alto caça, pesca e lazer. Em energia, as 2070 módulo Fibra de vidro Fibra de vidro E maiores aplicações vão para o merca1380 Fibra aramida do de óleo e gás, transmissão elétrica 690 Aço e energia eólica. Já em transportes, Steel 0 as principais aplicações são em cami414 483 345 552 276 138 69 207 nhões, contêineres e mercado automoAzul – grade aeroespacial tivo. Em OEM (fabricantes de equipaMódulo de tração (GPa) Vermelho – grade industrial mentos originais), os destaques para a empresa são o manuseio de materiais, Figura 1 – Fibras: comparativo de resistências

Painel Petroleo e gas_PR80_03.indd 20

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AINEL PETRÓLEO E GÁS

aplicação robótica com requisitos de sala limpa; o corte, inserção, perfuração e suprimento de partes para mais de 100 componentes Véu de SKU para uma aplicação em OEM); perfis superfície Sistema pultrudados de longa extensão preenchidos tracionador* e revestidos por epóxi e agregados, prontos Corte para uso em pontes de rodovias; bobinas de varetas em fibra de carbono usadas numa aplicação cabeada, com embalagem e bobiManta nagem especializadas; dispositivo de grande extensão rebobinado usado para conter em Matriz de seu interior varetas de 16 mm de diâmetro e moldagem e cura 6 mil metros de comprimento, assim como seu manuseio e expedição; mecanização nas *Extratores de tipo Caterpillar duas pontas de uma barra de fibra de carbono ou extratores recíprocos de 22 metros de comprimento. O serviço de Ilustração 1 – Processo de pultrusão (processo de custo competitivo para produção em embalagem e transporte é uma parte imporaltos volumes tante do Serviço de Embalagem Total proporcionado pela empresa. com velocidade de fluxo ao invés de tempos de ciclo e baixos Um case pode ajudar a ilustrar que tipo de produto a custos da mão de obra. Aspectos negativos são o fato de se liempresa pode fabricar e embalar: uma barra de monitoramitar a perfis lineares e de os padrões correntes serem apenas mento de poços de petróleo, feita de fibra de carbono com para sistemas de resina termofixa. resina epóxi para altas temperaturas tem a vantagem do A pultrusão é o principal processo da DSC, sendo que, baixo peso, alta rigidez, possibilidade de reduzir custos e complementar a ela, a empresa oferece operações adicionais capacidade de ajudar a mapear as condições do poço para relativas aos perfis em composite que produz. As peças podem posterior tratamento. por exemplo ser embaladas de forma especial para cumprirem Outros produtos pultrudados são: umbilicais, aplicações o fim a que se destinam, ou podem ser enviadas para estoque em plataformas (principalmente de fibra de vidro), risers e ou expedição. Alguns exemplos desses serviços: a mecanizaFibertex PR 120628 curva copy.pdf 1 7/24/12 9:30 AM tubos em carretéis. ção detalhada de perfis de fibra de carbono usados em uma

Rovings

Bandeja Impregnador de resina

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Painel Petróleo e Gás Reichhold: Durabilidade dos composites Antonio Carvalho Filho, gerente de desenvolvimento da Reichhold (Mogi das Cruzes, SP), explicou que os materiais composites, em ambientes agressivos, possuem duas vidas: a funcional e a estrutural. Segundo ele, a vida funcional é medida pelo tempo entre as paradas para manutenção; já a vida esAntonio Carvalho Filho, trutural é medida pelo tempo até a da Reichhold ocorrência de uma falha estrutural (que pode se dar por ruptura, exudação ou perda de rigidez). Os ambientes agressivos, por sua vez, podem ser classificados em não-penetrantes e penetrantes. Os não-penetrantes são aqueles em que existem produtos químicos (ácidos, alcalinos, oxidantes, etc.), que não penetram no laminado e atacam apenas a superfície dos laminados em composites. “Os produtos químicos determinam a vida funcional”, disse Carvalho. Já os ambientes penetrantes são aqueles em que existem água e solventes, substâncias que penetram em todas as lâminas do laminado, sendo que a água ataca as fibras. Continuando a distinguir os dois tipos de vida, Carvalho afirmou que, enquanto a vida funcional não é afetada por solicitações mecânicas, mas apenas por produtos químicos, a vida estrutural não é afetada por estes últimos, mas apenas pelas solicitações mecânicas e pela água, que penetra nos laminados e que deteriora as fibras. Veja a figura 1, na qual pode ser checada a penetração do ambiente agressivo no laminado.

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Focado exclusivamente na vida estrutural, Carvalho explicou que existem três vidas estruturais, uma determinada pela perda de rigidez (importante para todas as estruturas e controlada pela ruptura da interfase vidro-resina), pela exudação (importante para tubos de transporte de fluidos sob pressão e também controlada pela ruptura da interfase vidro-resina) e pela ruptura (sempre importante e controlada pela quebra das fibras, o que implica em falha catastrófica). O interesse de Carvalho foi tratar de ruptura de longo prazo, causada pela quebra das fibras (falha catastrófica). O foco de Carvalho não foi portanto as falhas em curto prazo. Dois são os tipos de cargas que afetam o laminado: as estáticas e as cíclicas. As cargas estáticas promovem a chamada strain corrosion, pela presença da água. A strain corrosion afeta contudo as fibras em presença da água, o que faz com que cresçam trincas sob cargas estáticas. A longo prazo, as fibras se rompem se tracionadas por cargas estáticas. Segundo Carvalho, como a água está sempre presente a hidrólise das fibras é inevitável. Já as cargas cíclicas promovem a formação e crescimento gradual das trincas nas fibras e na interfase, com ou sem a presença da água. Isso significa, resumindo, que as fibras se rompem a longo prazo sob cargas estáticas (strain corrosion) ou cíclicas (fadiga), enquanto a interfase se rompe a longo prazo apenas sob estas últimas. A figura 2 mostra como crescem as trintas estáticas nas fibras (por strain corrosion). Veja também a figura 3, com strain corrosion nas fibras.

Figura 2 – Crescimento de trincas estáticas nas fibras por strain corrosion

1 ano

2,6 anos

5,5 anos 7 anos

Figura 1 – Penetração do ambiente agressivo

Carvalho explicou que existe um modelo para estimar a vida funcional dos laminados. Esse modelo é dado pela equação abaixo. Log(∆e) = A + B log(c) + C log(t) + D T Onde ∆e é a espessura penetrada, c, a concentração do ambiente, t, o tempo de exposição, T, a temperatura absoluta, e A, B, C e D, os parâmetros de corrosão.

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Tomadas como materiais homogêneos, as fibras, os plásticos e os metais apresentam trincas cujo crescimento é descrito pela chamada “lei de Paris”: da = Y (ε√ π x a)z e da = Y (∆ε√ πx a)z dt dN

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Figura 3 – Strain corrosion das fibras

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Já a ruptura dos composites é descrita por retas de regressão no espaço log x log.

∆ε = ε max – ε min

log(ε) = As – Gs log (t) e log(∆ε) = Ac – Gc log (N) Existem dois tipos de retas de regressão: as estáticas (que medem a deterioração por strain corrosion de fibras na direção 1) e as cíclicas (que medem a deterioração das fibras tracionadas na direção 1, da interfase na direção 2 e da interfase solicitada por cisalhamento). O gráfico 1 mostra as retas de regressão estática para tração na direção 1 (essa teoria foi desenvolvida por Mark Greenwood). 50 anos

Alongamento %

lâmina UD livre de boro

1.000

Já a forma geral da equação unificada é a equação 4, a seguir.

Forma geral da equação unificada

O tubo responderá às solicitações estáticas e cíclicas atuando juntas, ao mesmo tempo. A equação que controla isso é a a equação unificada, usando os parâmetros da tabela 1 a seguir:

10.000 3,00%

Equação 3

0.02% 0.41%

lâmina UD vidro E 0,100 0,1

Tempo em horas 1

10

100

1000

10000

100000

1000000

Tabela 1 – Parâmetros para lâmina com fibras unidirecionais tracionadas na direção 1 Parâmetro

Valor

Fonte

Gs

0,077

Mark Greenwood (vidro Advantex)

log (ε%) = 0,400 – 0,077 log (horas)

0,130

Mark Greenwood (vidro E)

Gc

0,088

Guangxu Wei (ensaio em lâminas)

0,089

John Mandell (ensaio em laminados)

Gsc

Ver tabela 2

Depende de “N” e de “R”

Ss

Calculado

Determinado pela reta de regressão para carga estática. log Ss = 0,400 – 0,077 log (horas)

Sc

Calculado

Determinado pela reta de regressão para carga cíclica. log Sc = log 3,30 – 0,089 log N

log (ε%) = 0,347 – 0,130 log (horas)

Gráfico 1 – Retas de regressão estática para tração na direção 1

Conforme a equação 1 abaixo, vê-se que a carga máxima corresponde à componente cíclica, enquanto a componente estática assume a carga média.

Equação 1 ε max + ε min ε = __________ 2 Onde ε é a carga média (estática), ε max a carga máxima (cíclica) e ε min a carga mínima. Como explicou Carvalho, a indústria faz uso também de uma definição (a relação R ou R ratio, em inglês) para ter uma ideia da grandeza da influência da tensão estática nas cargas totais. R é definida pela equação 2 abaixo.

Equação 2 ε min R = _____ ε max

PR

Note-se que se R for muito grande (máximo de 1), a tensão estática é muito grande, enquanto se for muito baixo o componente cíclico é definidor. Sendo o objetivo de Carvalho apresentar uma equação unificada, desenvolvida por ele, em que as retas de regressão dos mecanismos de deterioração estática e cíclica, distintas e independentes, são combinadas, é importante notar a variável ∆ε, que pode ser entendida como segue (equação 3):

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23

Os parâmetros Gs e Gc são absolutos, enquanto os valores de Gsc seguem a tabela 2 abaixo, de acordo com o número de ciclos (N). Tabela 2 – Gsc para tração na direção 1 (valores obtidos aplicando a equação unificada ao diagrama de Goodman) N

R 0,0

0,1

0,5

0,9

1,0

103

0,0

37

12933

889

0,0

104

0,0

73

11678

7012

0,0

105

0,0

142

9700

372

0,0

106

0,0

258

8114

199

0,0

107

0,0

505

6843

108

0,0

1010

0,0

3268

3888

15

0,0

O estado do conhecimento no momento permite conhecer os tempos de falha de compósitos sob cargas estáticas ou cargas cíclicas atuando isoladamente. A equação unificada sugerida por Carvalho permite avaliar a vida estrutural dos compósitos sob a ação simultânea de cargas estáticas e cíclicas.

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Painel Petróleo e Gás Ticona: Materiais poliméricos Bruno Balico dos Santos, engenheiro de desenvolvimento de aplicações da Ticona (São Paulo, SP), apresentou as principais características do polissulfeto de fenileno (PPS), marca comercial Fortron, e as propriedades que o tornam atrativo para aplicações do setor de petróleo e gás. Caracterizado como polímero de alta performance, apresentando um TI (índice de Bruno Balico dos temperatura) superior a 150º C, o PPS Santos, da Ticona Fortron é um polímero parcialmente cristalino, como aliás todos os outros polímeros fabricados pela Ticona, e tem milhares de aplicações numa gama enorme de mercados. Para o setor de petróleo e gás, importa que o polímero é semicristalino (com Tg de 90º C, Tm de 285º C e densidade de 1,34 g/cm3), obedece a UL94-V0 em termos de retardância à chama (o seu LOI – índice de oxigênio limitante – é maior do que 40), tem resistência química em relação a combustível, óleos, solventes e água-glicol, é estável dimensionalmente e é fácil de processar. O PPS aparece de várias formas: sem reforço e modificado ao impacto (para extrusão de tubos e liners), reforçado com fibra de vidro e com fibra de vidro e carga mineral, e também pode aparecer modificado tribologicamente, para aumentar sua resistência ao desgaste. Os processos de fabricação com PPS são: extrusão, moldagem por injeção, moldagem por compressão e moldagem por sopro. Uma grande gama de aplicações pode demandar o polissulfeto de fenileno: aplicações, por exemplo, de alta temperatura de uso contínuo (de 160º C a 240º C), que exijam excelente resistência a solventes, ácidos, bases e fluidos de petróleo sob altas temperaturas; excelente resistência à permeabilidade de hidrocarbonetos e outros fluidos; excelente resistência ao acúmulo de parafina; excelentes propriedades mecânicas e resistência a fluência; elevada dureza e rigidez; excelente resistência à hidrólise (não absorvendo água, portanto); estabilidade dimensional (baixa contração, CTE – coeficiente de expansão térmica, absorção) e resistência inerente a chama (UL94-V0). A resistência química do material para aplicações de óleo e gás é extremamente importante. Por isso, é interessante que o PPS Fortron não possui solvente conhecido que o dissolva até 200º C, e que possui compatibilidade com alta resistência ao ataque químico, não apresentação absorção de líquidos/gases, o que provoca inchamento em temperaturas elevadas. Algumas substâncias a que o PPS resiste: ácidos/ bases de pH 2 a 12, alvejantes fortes, fluidos automotivos (de refrigeração, transmissão e freio), gases e combustíveis alternativos (metanol e etanol, por exemplo) e água. Um tipo específico de PPS Fortron, da Ticona, o Fortron FX4382T1, modificado ao impacto, foi apresentado para uso na extrusão de tubos e liners. Nessa aplicação, é muito importante a resistência a solventes. O gráfico 1 mostra a resistência do Fortron FX4382T1 após 24 meses a 14 tipos de solventes, conforme lista de amostras. Outro destaque do Fortron FX4382T1 é a sua resistência à tração. O Fortron FX4382T1 e outros tipos do PPS

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Fortron destacam-se também pelo baixo índice de permeabilidade ao gás carbônico. O PPS Fortron proporciona permeabilidade 300 vezes menor do que o HDPE. O PPS Fortron, em suas versões Fortron FX4382T1 e rígido, foi também comparado com respeito a vários outros quesitos, sendo um grade modificado ao impacto, flexível e sem qualquer plastificante. Diversas aplicações podem fazer uso das diversas propriedades diferenciadas do PPS Fortron para a indústria de petróleo e gás. Resumindo, Santos elencou essas propriedades: resistência a todos os tipos de combustíveis, solventes, ácidos e bases em temperaturas elevadas, excelente resistência à permeabilidade de fluidos, excelente resistência à corrosão, elevada resistência ao acúmulo de parafina, excelente estabilidade dimensional, resistência mecânica e ao impacto em temperaturas elevadas, retardância à chama inerente (UL94-V0 a 0,4 mm) e densidade específica significativamente menor do que a do metal. Algumas das aplicações indicadas para esse polímero são: revestimento de tubos de aço com liner em PPS Fortron FX4382T1, peças de bombas e vedação, cilindro guia do sugador (com PPS Fortron reforçado com fibra de vidro) e liner de tubo de distribuição de fluido em PPS Fortron FX4382T1. Algumas tubulações petrolíferas em que pode ser indicado do PPS: tubulações gás-água, transporte de gases, linhas de coleta, linhas de transmissão, linhas de reinjeção, linhas de injeção de água, revestimento de tubos, tubos de produção, tubulações de perfuração e submersas. Outras oportunidades para o material em aplicações offshore: risers flexíveis, umbilicais, cabos submarinos, equipamentos de monitoração, tubos para perfuração/extração, linhas de fluxo e cabos conectores.

Ticona: termoplásticos reforçados com fibras contínuas Bruno Balico dos Santos, engenheiro de desenvolvimento de aplicações da Ticona (São Paulo, SP), apresentou a tecnologia Celstran CFR-TP (termoplástico reforçado com fibras contínuas nas formas de tapes ou perfis), fazendo uso de fibras de reforço (carbono, aramida, vidro, aço inox), impregnados com matriz polimérica termoplástica (PEEK, PEI, PPA, PA, PPS, poliésteres, ABS, PC, ABS/PC, TPU, fluorpolímeros, entre outros). No caso, a tecnologia Celstran engloba produtos com reforços com cada especificação orientada para determinadas aplicações. São três as principais formas assumidas pelos composites Celstran, da Ticona: como pellets de termoplástico reforçado com fibra longa (LFRT), tapes de termoplástico reforçado com fibra contínua Celstran CFR-TP, e semiacabados de Celstran CFR-TP. Os pellets aparecem em comprimentos de 0,5 a 1 polegada, sendo customizados; os rolos dos tapes apresentam largura entre 264 e 330 mm (os tapes têm larguras-padrão de 6, 12, 25 e 75 mm ou customizadas), e os semiacabados podem assumir as formas de tarugo circular e oval, perfis retangulares e como perfis com design específico. Todos os composites Celstran são feitos por pultrusão. O processo de pultrusão consiste na impregnação

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da matriz polimérica em todos os filamentos das fibras de reforço, que são contínuos em todas as formas fornecidas pela Ticona, seja nos grânulos, tapes ou perfis. Segundo Balico, os composites termoplásticos apresentam uma série de benefícios em relação a outros materiais, sendo que alguns dos mais importantes são: aproveitam totalmente a força mecânica das fibras de reforço (estendendo-as, em relação aos LFRTs, em até uma ordem de magnitude), são seguros e ambientalmente amigáveis (podendo ser facilmente reciclados), facilitam projetos de geometria complexos e têm todos os benefícios típicos dos termoplásticos. São reprocessáveis, com alta tenacidade, baixo peso, recicláveis, resistentes ao meio ambiente, de fácil e rápido processamento e vida útil estendida. Em seguida, Balico apresentou dados comparativos de módulo de tração, Tgs e densidades de diversas combinações Celstran de termoplásticos com fibra de carbono em relação a similares com fibra de vidro (GF) e de aramida (AF). O gráfico 1 abaixo compara os módulos de tração. O gráfico 2 compara Tgs. E o gráfico 3, densidades. Os materiais comparados variam muito também na relação de desempenho versus densidade. Os termoplásticos reforçados com fibra de carbono Celstran, da Ticona, são utilizados em diversos mercados, os mais importantes sendo: aeroespacial, de energia, de esportes recreacionais, construção civil, transporte e tubulações de alta pressão. Para o mercado de óleo e gás, algumas das principais aplicações são: risers flexíveis, umbilicais, cabos submarinos e linhas de amarração, equipamentos de

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monitoração, tubos de perfuração e exploração, linhas de fl uxo (fl owlines) on e offshore e mangueiras e tubulações de alta pressão. Entre as vantagens enumeradas por Balico do Celstran CFR-TP para tubulações de óleo e gás estão: excelente resistência à corrosão, envelhecimento e permeabilidade, assim como resistência mecânica contra pressões de explosão (com aplicações em uso até 520 bar, com espessura de parede relativamente fi na – de 5 mm). Em termos operacionais, Balico salientou que o Celstran CFR-TP tem grande facilidade para enrolamento e armazenagem, permitindo instalação em velocidades de até 500 m por hora ou até mais. O produto, como ele destacou, foi projetado para lidar com as flutuações de pressão durante sua vida útil e pode ser adaptado para evitar problemas de permeabilidade. O Celstran CFR-TP pode ser processado de várias formas. Algumas são as seguintes: lay-up de tape automático, que inclui winding (aplicação do tape sobre superfície circular, sendo consolidado sob pressão e temperatura) e tape placement (aplicação do tape por dispositivo que aquece e aplica força para consolidação); prensagem, que inclui moldagem por compressão (macho/fêmea em molde aquecido) e prensa de consolidação (conformação com pressão positiva em molde aquecido); transferência de calor por fluido sob vácuo (similar à termoformagem a vácuo, em que a transferência de calor ocorre através de fluido aquecido), e estruturas tipo sanduíche (com a produção com diferentes matrizes poliméricas e reforços).

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CONSTRUÇÃO CIVIL

As várias tecnologias inovadoras da CasaE

A ser utilizada como vitrine das últimas tecnologias em construção civil da BASF, a CasaE brasileira mostra que a sustentabilidade BASF

e eficiência energética podem estar ao alcance da mão

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ançada em março, a CasaE foi a forma encontrada pela BASF (São Paulo, SP) para apresentar algumas das mais avançadas tecnologias em sistemas para construção civil ao mercado brasileiro. Em fase de projeto e construção na Av. Vicente Rao, na região Sul de São Paulo, capital, a CasaE reúne num só empreendimento quase duas dezenas de tecnologias em materiais de origem química que contribuem para tornar as edificações mais sustentáveis sem que isso afete sua viabilidade econômica. Veja a seguir algumas das tecnologias apresentadas pela empresa.

nho de isolamento. O material, que é composto de pequenas esferas negras de EPS contendo um agente de sopro, é processado por conversores em máquinas convencionais de EPS com moldes em alumínio. O resultado são blocos cinzentos de espuma e peças moldadas com até 20% me-

Poliestireno O poliestireno ou EPS é amplamente conhecido por apresentar baixa condutividade térmica, o que o torna viável para aplicações em que essa propriedade é valorizada. O poliestireno da BASF indicado para a CasaE é o Neopor, variante com diversas particularidades que aumentam sua eficácia e processabilidade. O Neopor, em primeiro lugar, caracteriza-se por apresentar a cor cinza-prata. Essa cor vem do grafite que é adicionado ao material para absorver e refletir a radiação de calor além de melhorar o desempe-

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EPS Neopor: baixa condutividade térmica

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CONSTRUÇÃO CIVIL lhor desempenho que os EPSs convencionais. Prontos para uso em construções, os blocos de Neopor não apresentam diferenças consideráveis de resistência mecânica (à tração, compressão, etc.) e isolamento acústico. A densidade de trabalho é normal, de 25 g/l. “Estima-se em até 70% a economia no consumo de energia num edifício que use Neopor, o que reduz o consumo de energia e melhora o conforto”, disse Mariano Engelmann, responsável pelo marketing de polímeros de performance da BASF. No sistema construtivo da CasaE, os blocos de Neopor são encaixados nas paredes da construção e os vazios, preenchidos com concreto.

Espuma Basotect: elevada absorção acústica e resistência ao fogo

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BASF

Espuma melamínica Produzida a partir de uma solução de resina de melamina da própria BASF e de aditivos apropriados (agentes de expansão, etc.), a espuma melamínica Basotect apresenta baixa densidade e alta homogeneidade de células. Utilizada principalmente na produção de forros, painéis de parede e elementos acústicos de teto, tanto em construção civil como industrial, a espuma Basotect é também utilizada em compartimentos de motores, isolamento termoacústico de trens, fuselagens de aeronaves e até no compartimento de carga de foguetes espaciais. Nessas aplicações, destaca-se a elevada absorção acústica do material (tanto em baixas quanto em altas frequências), elevada segurança ao fogo, elevada resistência química e propriedades físico-químicas estáveis numa extensa faixa de temperaturas (de -200º C a +240º C). Em absorção acústica, uma placa lisa de 30 mm de Basotect pode absorver de 20 a 30% do som em baixas frequências e até 90% em altas frequências. Com a melhor classificação possível em termos de segurança ao fogo, a espuma Basotect obtém, pela NBR 9442 (Materiais de Construção – Determinação do Índice de Propagação Superficial de Chama pelo Método do Painel), a classe A, de baixíssima propagação de chama e ausência de gotejamento incandescente. Em termos de emissão de fumaça, a Basotect, testada pela ASTM E-662 (Método de Teste Padrão para Densidade Ótica Específica de Fumaça Gerada por Materiais Sólidos), apresentou baixíssimas emissões, o que significa que, em caso de incêndio, as rotas de fuga não são prejudicadas. Em normas de segurança ao fogo para outros mercados industriais e automotivo (UL-94, por exemplo), a espuma apresenta a melhor classificação possível. “A espuma Basotect apresenta, em vários mercados, a melhor opção de custo-benefício, pois outras soluções envolvem painéis composites feitos de camadas de diversos

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materiais, elevando custos e densidades”, disse Murilo Feltran, coordenador de negócios de especialidades plásticas da BASF. A espuma Basotect é produzida em Ludwigshafen e Schwarzheide, na Alemanha, e exportada para o mundo.

Hiperplastificante Introduzidos no mercado de construção civil em meados da década de 90, os hiperplastificantes são aditivos especiais de grande utilidade na produção de concreto. Compostos de moléculas de éter policarboxilato de diferentes pesos moleculares, cadeias principais e ramificações, assim como de densidades de cargas, os hiperplastificantes agem durante a adição de água ao cimento, fase em que este tem a tendência de flocular e com isso aprisionar a água que deveria estar disponível para aumentar a plasticidade do concreto. Nessa fase, o policarboxilato age dispersando as partículas de cimento, o que acontece pela adsorção da cadeia polimérica principal do hiperplastificante na superfície da partícula de cimento, deixando suas ramificações para fora. Essa disposição de ramificações faz com que efeitos eletrostáticos se somem a efeitos estéticos e proporcionem uma redução significativa da quantidade de água necessária para obter boa plasticidade da mistura.

Hiperplastificante Glenium: melhor processamento

Comercializados sob a marca Glenium, os hiperplastificantes da BASF são indicados para diferentes situações, tais como concretos fluidos, reodinâmicos, autoadensáveis, de alto desempenho, etc. Nessas aplicações, os hiperplastificantes proporcionam alta redução de água no concreto – enquanto os aditivos polifuncionais comuns reduzem a água de 10 a 15%, um hiperplastificante pode reduzi-la em até 30% sem causar efeitos colaterais de retardo. Essa redução de água tem efeitos extremamente salutares na fabricação do concreto, principalmente porque reduz o fator água/cimento, aumentando a resistência do concreto e diminuindo sua permeabilidade, o que na prática pode-se traduzir em reduzir cimento na formulação para obtenção de peças de resistência similar. De consumo cada vez mais difundido, os hiperplastificantes são utilizados principalmente em obras de grande porte, infraestrutura, pré-moldados, pré-fabricados ou onde são necessárias altas reduções de água, mas hoje são também utilizados em concretos considerados convencionais. Em pré-moldados e aplicações com concreto protendido, em que são exigidos concretos com alta fluidez e altas resistências iniciais, os hiperplastificantes são indicados porque aumentam a produtividade e diminuem os gastos energéticos dos produtores. “Pode-se dizer que, de todo o concre-

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6 - 8 de novembro del 2012

12 h às 21 h

Feira e Congresso Internacionais de Composites, Poliuretano e Plásticos de Engenharia Expo Center Norte

Pavilhão Verde

São Paulo - SP - Brasil

Painéis Setoriais 2012 Realizados desde 2006, os Painéis Setoriais têm o objetivo de mostrar soluções específicas em composites, poliuretano e plásticos de engenharia para cada segmento industrial. São eventos exclusivos para fabricantes de peças e profissionais de indústrias usuárias. Confira a programação para este ano:

Março

Novembro

20/03 - Painel Petróleo & Gás (Rio de Janeiro, RJ) 22/03 - Painel Calçadista (Novo Hamburgo, RS)

(paralelamente a FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR 2012)

Dia 6

Abril

11/04 - Painel Tecnologias de Materiais para Construção e Manutenção de Estádios e Centros Esportivos (São Paulo, SP) 25/04 - Painel Tecnologias para Abrasivos (São Paulo, SP)

Maio

Painel Isolamento Térmico Painel Automotivo Painel Energia Eólica

Dia 7

09/05 - Painel Puericultura (São Paulo, SP) 30/05 - Painel Energia Solar (São Paulo, SP)

Painel Espumas Flexíveis Painel Construção Civil Painel Náutico

Junho

Dia 8

13/06 - Painel Blindagem (São Paulo, SP) 27/06 - Painel Ferroviário (São Paulo, SP)

Painel Aeroespacial Painel Ambientes Agressivos Painel Sustentabilidade – Reciclagem e Matérias-primas de Fontes Renováveis

Agosto

31/07 - Painel Construção Naval (Rio de Janeiro, RJ) 22/08 - Painel Mineração (Belo Horizonte, MG)

Seja um patrocinador destes eventos e divulgue as soluções de sua empresa

Setembro

12/09 - Painel Médico-Hospitalar (São Paulo, SP) Mais informações:

(55 11) 2899-6381/2899-6395

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Apoio:

Realização/ Organização

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to industrializado produzido no Brasil, de 10 a 15% leva hiperplastificantes”, disse Fabrício Buzeto, coordenador de tecnologia de químicos para construção da BASF para a América do Sul. Sendo os principais tipos de hiperplastificante Glenium comercializados no Brasil o 51, 160 SCC e 300, o aditivo deve ser utilizado na CasaE por reduzir a água necessária e por produzir concretos com reduzida pegada de carbono.

BASF

CONSTRUÇÃO CIVIL

Microcápsulas poliméricas Micronal é a marca com a qual são comercializadas as chamadas microcápsulas poliméricas da BASF, também conhecidas como material de mudança de fase (Phase Change Material ou PCM). Produzidas com um polímero altamente resistente e com dimensão de aproximadamente 5μm (5 micrômetros) de diâmetro, ou seja, invisíveis a olho nu, as microcápsulas Micronal são a solução desenvolvida pela empresa para a grande variação de temperatura no interior de construções. Vendidas sob a forma de emulsão (partículas dispersas na água) ou em pó, as microcápsulas foram desenvolvidas para serem misturadas a gesso, argamassa ou outro tipo de material, incorporando-as assim ao revestimento. As microcápsulas funcionam da seguinte forma: imagine-se que um ambiente apresenta por algum motivo temperatura muito acima da média projetada; as microcápsulas atraem para si o calor; tão logo a temperatura cai (especialmente à noite), as microcápsulas liberam o calor até ele sair de dentro delas. Dessa forma, as microcápsulas funcionam como um regulador da temperatura de ambientes que, em virtude de avan-

Interior: tecnologias inovadoras

ços construtivos, têm cada vez mais apresentado soluções de redução de energia pelo uso de materiais termicamente isolantes, como o poliuretano ou o poliestireno, por exemplo. Segundo Arlene Kita, do marketing técnico da BASF, as microcápsulas Micronal devem ir na quantidade mínima de 3 quilos para cada metro quadrado de piso, sendo que quanto mais Micronal disponível maior o tempo de estabilização da temperatura ambiente. A durabilidade da presença de Micronal no piso é de mais de 30 anos.

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LIVRO Materiais Compósitos Poliméricos, de Gerson Marinucci Gerson Marinucci

Livro de Marinucci: nova abordagem

Gerson Marinucci

Didático, novo livro sobre composites apresenta um sólido conteúdo dos itens de maior relevância no estudo e fabricação de peças em materiais composites, incluindo também uma abordagem das metodologias científicas para avaliação matemática de laminados e ocorrências de falhas

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os últimos anos, têm sido publicados diversos livros dos mais variados temas sobre composites, tentando dessa forma sanar uma carência de várias décadas de livros escritos em português, sem esquecer dos clássicos “Fiberglass x Corrosão” e “Cura e pós-cura de resinas poliéster e viniléster”, de Antonio Carvalho Filho, focados em especial no mercado de composites para corrosão. Algumas das novas publicações introduzem os materiais, os processos e destaques de aplicações, como os livros da Almaco – Assoc. Latino-americana de Compósitos. Na próxima edição, também será publicado um descritivo da obra “RTM – Resin Transfer Moulding”, de Horst Peterhans, que une uma experiência de 37 anos de trabalho com o PRFV e os diversos processos.Há livros mais avançados, é certo, mas escritos em inglês e numa linguagem acadêmica que os tornam dedicados apenas a leitores que possuem um elevado grau de conhecimento no assunto e que deixam de abordar os composites de maneira simples e objetiva.

Nova abordagem “Materiais Compósitos Poliméricos – Fundamentos e Tecnologia”, de Gerson Marinucci, é o mais recente livro sobre composites lançado no Brasil. Disponível desde o final de 2011, o livro de Marinucci destaca-se por ir além do conhecimento dos manuais e se aprofundar na ciência dos composites visando o conhecimento prático de quem atua no mercado e precisa de respostas a questões que a mera experiência empírica não consegue resolver.

Fundamentos Centrado na vertente polimérica dos composites, o livro de Marinucci classifica-os em três categorias principais: os composites particulados, os composites fibrados e os laminados fibra/metal. Dessas categorias, a de composites fibrados, por ser o propósito do livro, é abordada com grande extensão. Uni ou bidirecionais, os composites fibrados assumem características diversas a depender das matrizes (resinas) utilizadas – orientadas para diferentes processos –, que devem passar por técnicas

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Ciência Uma forma clara para transmitir o conhecimento que envolve o estudo do comportamento mecânico de lâminas ortrotópicas nem sempre é feita pelos autores em muitas das bibliografias existentes sobre o tema. A análise matemática (com matrizes) de uma lâmina ortotrópica é um dos pontos fortes do livro de Marinucci, seguido por uma análise das tensões e deformações em laminados, explicada em detalhes de forma didática. Essa análise inclui critérios de resistência e de falha de laminados, com noções do método de elementos finitos. Um longo capítulo é dedicado aos processos de fabricação de peças em composites e outro à caracterização mecânica dos composites poliméricos, detalhando ensaios que são de grande importância para a indústria, incluindo os estáticos e de carga constante. A análise macro e microestrutural do laminado em composites, utilizando técnicas de microscopia ótica, microscopia eletrônica de varredura e fractografia, é também explicada. Os laminados em composites estão, é claro, sujeitos a falhas e fraturas. Entretanto é tarefa do projetista utilizar métodos de fabricação e análises que assegurem a integridade do material. O livro apresenta um capítulo sobre análise de falha e fratura, incluindo falhas características em lâminas unidirecionais, seguido de um capítulo final sobre reparos de estruturas sanduíche e laminados sólidos.

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de análise térmica para se avaliar o seu grau de interligação e a efetividade do processo de cura, etapa às vezes negligenciadas pelo transformador. O tipo de fibra, sua apresentação (na forma de fios contínuos ou não) e a sua disposição (direcionalidade) são também fundamentais. Algo não muito comum nas bibliografias é dedicar um capítulo do livro apenas à interface fibra/matriz, explicando como se dá a transferência de carga da matriz para a fibra e como ela pode ser medida. Marinucci também explica os principais critérios para análise micromecânica dos laminados de composites, o que inclui a determinação das frações de massa de fibra e matriz dos composites poliméricos, correção, determinação da densidade do material resultante, da espessura e do volume de vazios.

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COPA 2014

Sylvio Coutinho/Divulgação

PP copolímero, usado nas cadeiras e assentos do Estádio Independência (MG) As conchas e cadeiras rebatíveis do Estádio Independência (Belo Horizonte, MG), pronto para a Copa de 2014, utilizaram o PP copolímero, termoplástico de elevada resistência mecânica e flexibilidade, nas arquibancadas. Entenda o projeto Estádio Independência: obra pronta

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Sylvio Coutinho/Divulgação

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galvanizados a fogo e fixados no espelho das arquibancafornecimento das cadeiras para o Estádio Independas com no mínimo três pontos (sobre buchas químicas). dência (Belo Horizonte, MG) obedeceu estritos As conchas deviam oferecer garantia de no mínimo 5 anos critérios técnicos, que fizeram com que o material e atender as normas específicas, dentre elas a NBR 15476, escolhido fosse o polipropileno copolímero. Material que para assentos plásticos desportivos para estádios e lugares em sua composição possui componentes que lhe permitem públicos não cobertos. ter resistência aos raios ultravioleta, assim como resistência Já as cadeiras rebatíveis sem braço (assentos e mecânica melhorada e retardância ao fogo, o PP encostos) deviam ser acionadas automaticacopolímero compõe as conchas injetadas de mente por contrapeso ou mola de torção, e cantos arredondados (fixas) e os assentos e O que é o PP sua estrutura metálica deveria ser esconencostos (rebatíveis) do estádio. copolímero dida pelas bordas em plástico, o que As conchas injetadas deviam seTermoplástico com excelente evitaria o aparecimento do metal, o guir um projeto de ótima ergonomia resistência mecânica a baixas que poderia suscitar vandalismo. As e boa funcionalidade de seus dretemperaturas e mais flexível e resistente cadeiras rebatíveis também deviam nos, possuindo fixação em no míque o PP homopolímero, o PP copolímero ser numeradas. Os perfis metálicos nimo quatro pontos sob o assento. tem resistência aumentada quando também deviam ser galvanizados a As conchas, numeradas, devia ser modificado com borracha termoplástica. fogo e fixados no espelho da arquiassentadas sobre perfis metálicos Com resistência química inferior ao PP bancada também por no mínimo homopolímero, o PP copolímero é muito três pontos sobre buchas químicas. usado em brinquedos, embalagens industriais, automóveis e eletrônicos. A garantia também deveria se de no O uso em assentos também é mínimo 5 anos, atendendo as normas recomendado. específicas, dentre elas a NBR 15476. Segundo a assessoria da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas de Minas Gerais, a escolha do polipropileno copolímero se deu pela melhor relação custo x benefício, pela resistência contra vandalismo e durabilidade, pelo atendimento à norma NBR 15476 e a recomendações e requisitos técnicos para estádios de futebol da Fifa e pela garantia, contando também o uso já comprovado de sucesso em outros estádios no Brasil e no mundo e sua ergonomia, traduCadeiras rebatíveis: cuidado com o metal à mostra zida em conforto.

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FEICON-BATIMAT 2012

Novidades em materiais e soluções de construção

Chu epó de e

A 20ª edição da Feicon-Batimat 2012, realizada em São Paulo, Feicon

mostrou diversos produtos inovadores e novos materiais que vêm encontrando e ampliando seu espaço no mercado. Confira

3M A 3M do Brasil (Sumaré, SP) lançou diversos produtos, dentre eles a Folha Abrasiva Scotch-Brite, em formato especial para pequenos reparadores. O produto, fabricado com tecnologia exclusiva, consiste numa manta de não-tecido de fibras sintéticas, unidas com resina impregnada com mineral abrasivo, que pode ser carbureto de silício (folha tipo “S”) ou óxido de alumínio (folha tipo “A” e também o produto Fibraço). O produto elimina o uso inadequado de palha de aço pelos profissionais e reduz custos, já que dura mais que uma aplicação e não estraga quando molhado, além de proteger as mãos e não contaminar a superfície. Outro produto lançado foi a nova linha de películas para controle solar Prestige Exterior, que protegem dos raios ultravioletas e reduzem o calor. Em três versões de transparência, para atender a necessidade de novas construções e para projetos de reforma, a película foi desenvolvida para reduzir o risco de quebra de vidros por estresse térmico, é produzida com nanotecnologia e bloqueia 99,9% dos raios ultravioletas.

A Âncora (Vinhedo, SP), tradicional desenvolvedora e fabricante de soluções para fixação, lançou o chumbador químico em poliéster QPO 300, utilizado com aplicadores comuns e com certificação COV. Já o AQI 380 PRO, chumbador químico em metacrilato, tem agora a certificação ETA (European Technical Approvals). A empresa fabrica também o QEP, chumbador químico de alta performance, feito de epóxi puro sem estireno.

Bakof A Bakof (Frederico Westphalen, RS) apresentou sua linha tradicional de caixas d’água, telhas, cisternas, reatores e filtros em composites e polietileno, assim como lixeiras e caixas separadoras e uma ampla série de reservatórios nos mesmos materiais. A empresa fabrica também pedalinhos, espreguiçadeiras, escorregadores, piscinas, Caixa d’água em composites mesas e cadeiras em composites.

Âncora

Chumbador químico em poliéster QPO

Fita telada Dry Tape, para reparos

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A Brasilit (São Paulo, SP), empresa do grupo Saint-Gobain, apresentou sua tradicional linha de telhas coloniais com tecnologia CRFS (Cimento Reforçado com Fios Sintéticos), que não contém amianto em sua composição, é mais leve e durável se comparada aos modelos convencionais e proporciona economia de 25% no madeiramento, ao economizar material e mão de obra. Em composites, a empresa também trabalha com a Telha Asfáltica Shingle, de alto padrão.

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Brasilit

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FEICON-BATIMAT 2012 Cozimax Fabricante de móveis em aço, a Cozimax (Mirassol, SP) apresentou um gabinete de área de serviço feito de aço com um tanque em mármore sintético de fabricação própria.

Fastfix Chumbador epóxi livre de estireno

A taiwanesa Fast Fix apresentou sua tradicional linha de chumbadores de epóxi e poliéster, ambos livres de estireno, assim como os chumbadores de poliéster, resina epóxi 6:1, resina epóxi 3:1 e resina epóxi 3:1 para uso em superfícies molhadas.

Fibralit

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Fibralit

A Fibralit lançou as telhas translúcidas autoextinguíveis V Zero. Garantindo a luminosidade natural, com eficiência energética, e altamente resistentes às chamas, com propriedades de retardo e extinção do fogo, as novas Telhas autoextinguíveis: telhas foram desenvolvidas ao longo demanda de mercado para dos últimos três anos e passaram por projetos de alto padrão uma série de testes nos laboratórios da empresa. As telhas e laminados translúcidos receberam a aplicação de uma blenda (composição de diferentes materiais) de resinas de poliéster aditivadas e reforçadas que conferem as características de retardância e extinção do fogo. Os resultados obtidos pela Fibralit foram atestados por um laboratório

independente e confirmaram a eficácia do produto, na autoextinção do fogo, conforme a norma internacional UL 94-97. A nova tecnologia aplicada às telhas translúcidas atende a uma necessidade do mercado, especialmente para fábricas, galpões e armazéns, possibilitando economia no consumo de energia elétrica, com o aproveitamento da luz solar e, principalmente, em relação à segurança.

Formica A Formica (Suzano SP), importante empresa no mercado de laminados melamínicos e de outras bases químicas, apresentou o piso vinílico Aquaclic Piso Premium, 100% resistente à água. Superior aos pisos laminados à base de HDF, por apresentar camadas de proteção de resinas de alta resistência, o Aquaclic é um revestimento que se destaca pela maior resistência à umidade, a riscos e a manchas. Um outro produto destacado pela empresa foi o Formiwall, revestimento de paredes que utiliza uma combinação especial de resinas melamínicas e fenólicas para criar um laminado com grande variedade de padrões para ambientes corporativos e residenciais.

Fortlev A Fortlev (Serra, ES) apresentou dois produtos feitos pelo processo SMC (Sheet Molding Compound): o tanque modular e a caixa de SMC. Como o próprio nome diz, Caixa de SMC (atrás) e Tanque Modular (na frente)

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FEICON-BATiMAT 2012 a caixa de SMC proporciona as vantagens do processo em termos de resistência mecânica, cura, acabamento, etc. Já o tanque modular é um produto indicado especialmente para indústrias e é composto de placas de grande dimensão feitas por SMC parafusadas e que juntas compõem tanques de formato cúbico.

Gaam A fabricante de gabinetes, pias, cubas e diversos outros acessórios Gaam (Ampère, PR) apresentou parte de sua linha de gabinetes, pias e cubas, em grande parte fabricados Pias Gaam: mármore sintético em mármore sintético.

Gensin

Chapas de PC: resistência e isolamento

A chinesa Gensin, ou Haining Gensin Plastic Sheet, é especializada na produção de chapas de policarbonato de diversos tipos e cores, todas destacando-se pela leveza, alta resistência a impactos, alta transmissão de luz, boa resistência a intemperismo e aos raios ultravioleta, alto potencial de isolamento térmico e fácil processamento e instalação.

Monerte Fabricante chinesa de solid surface, a Monerte apresentou informações sobre sua ampla linha de peças, destacando suas propriedades de aparência, resistência, facilidade de limpeza, pouquíssima absorção de líquidos, fácil manutenção, facilidade de reparos, resistência química, etc. Peças em solid surface: qualidade

Peesa Fabricante de interruptores, tomadas, sensores, dimers e controles para ventilador, a Peesa (Itatinga, SP) fabrica todas as suas peças em ABS, com acabamento liso espelhado em vários tamanhos. Um destaque da empresa foi a linha Alfa de sobrepor, também com placas em ABS de alta resistência e acabamento liso acetinado de Interruptores, tomadas, fácil limpeza. etc. em ABS

Rooftech

Ilumi A Ilumi (Leme, SP) lançou um filtro de linha profissional com design inovador e inédito indicador de tensão por meio de LED. O filtro é fabricado em ABS, aguentando até 850º C de temperatura, e tem todas as informações técnicas reproduzidas em sua face inferior.

Irmãos Corso

Linha Isocril: visual diferenciado

A Irmãos Corso (Itaquaquecetuba, SP), fabricante de móveis para banheiro e cozinha, apresentou diversos produtos da sua linha de mármore sintético, dando destaque especial para as pias e tampos da linha Isocril, com visual diferenciado, apresentado em diversas tonalidades.

Jiang Nan Fabricante chinesa desde 1972 de malhas de fibras de vidro de diversos tipos e uma ampla gama de produtos no material, a ChangShu JiangNan (Changshu) apresentou seus mais de 30 diferentes tipos de tecidos e malhas, com gramaturas que vão de 40 g/m2 a 500 g/m2. Alguns dos tapes de malhas de fibra de vidro da empresa são autoadesivos.

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A Rooftech (Curitiba, PR), empresa que comercializa telhas shingle e outras soluções com essa tecnologia para o mercado de construção civil, apresentou pela primeira vez em seu estande a Iko (Ontário, Canadá), multinacional focada nesse tipo de produto desde 1951. Algumas soluções da Iko foram apresentadas, dentre elas as telhas para arquitetura Cambridge AR, feita com grânulos resistentes a algas e de garantia limitada de 30 anos. As Cambridge AR são compostas de duas camadas de placas de fibra de vidro pesadas, maior quantidade de asfalto do que as telhas tradicionais e menos material de enximento. As empresas mostraram também a aplicação de produtos com tecnologia shingle para lajes (veja foto).

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Iko: pela primeira vez no Brasil e shingles para lajes (dir.)

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FEICON-BATiMAT 2012 Seal Tape

Walsywa

A Seal Tape (São Paulo, SP) apresentou suas tradicionais fitas veda rosca (Fitaflon, Novaflon e Polyfita), feitas em PTFE, e a linha Fluorotex de fios expandidos de PTFE para fabricação de gaxetas trançadas.

A Walsywa (Louveira, SP), empresa especializada em sistemas de fixação (mecânicos, químicos, a pólvora ou drywall), apresentou sua linha de fitas autoadesivas de fibra de vidro para juntas de drywall. Resistentes a meios alcalinos, as fitas proporcionam resistência, aderência e Fita adesiva para drywall praticidade, eliminando bolhas e irregularidades na superfície. As fitas são vendidas em rolos de 45 m com 48 mm de largura.

Sicmol A Sicmol (Goiânia, GO) apresentou sua ampla linha (50 modelos) de assentos sanitários com resina poliéster maciça, com acabamento de alto brilho ou com ABS injetado, com acabamento opaco liso. A empresa também apresentou sua linha de acessórios para banheiro, todos fabricados em alumínio anodizado com ABS cromado.

Simon A multinacional espanhola Simon (São Paulo, SP) lançou a linha de interruptores e tomadas Simon 27 Play, que permite mudar o acabamento da placa muito facilmente. A linha é indicada para aqueles que gostam de uma decoração criativa e sem monotonia, compondo uma série de 10 cores diferentes mas as peças transparentes, onde é possível inserir fotos, imagens ou texturas. O processo de substituição das placas é baseado num sistema de encaixe muito simples e rápido, que não requer nenhum tipo de mão-de-obra especializada. Todos os interruptores da Simon Brasil são feitos em policarbonato.

Zetaflex A Zetaflex, fabricante de soluções contra intempéries (toldos, coberturas, abrigos, brise-soleils e revestimentos), mostrou, dentre seus vários produtos, abrigos feitos de policarbonato com estrutura de alumínio. Esses abrigos podem usar policarbonato alveolar ou compacto, com proteção UV e alta resistência a impactos. Os abrigos desses materiais não enferrujam e são fáceis de limpar.

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HISTÓRIA

O projeto e a execução do Fusca limusine Projeto inusitado, o desenvolvimento de uma limusine a partir de um Fusca foi o projeto que Antonio De Mitry tocou em meados dos anos 80 para presentear o futuro presidente Tancredo Neves. Conheça detalhes desse projeto

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m meados dos anos 80, mais especificamente em 1984, o país passava por uma época politicamente conturbada. Com a derrota da campanha das diretas, a oposição ao governo escolhera Tancredo Neves como candidato a futuro presidente da República. Eleito pelo colégio eleitoral, Tancredo estava para assumir o cargo. O designer Antonio De Mitry lembra muito bem a época. “Foi então que o futuro presidente disse que ‘no meu (dele) governo, deputados, senadores e ministros não andarão mais de Landau’”, se recorda. A frase iria motivar Ingo Pflaumer, então presidente da ABC Exportação (São Paulo, SP), a pensar numa ideia no mínimo inusitada: criar uma limusine a partir de um fusca.

Desafio Na época, De Mitry trabalhava na Puma Veículos e Motores dando assessoria técnica para o desenvolvimento de itens de segurança veicular nos modelos Puma GTC e GTI, que estavam sendo requisitados por empresas dos Estados Unidos e Canadá. A ABC Exportação exportava peças VW para esses países, assim como do Puma. De Mitry tinha um relacionamento técnico com a empresa. Num almoço, Ingo disse a De Mitry a frase que o impressionou e foi direto ao assunto: seria ele capaz de desenvolver uma limusine presidencial sobre um chassi VW sedan? De Mitry topou a parada.

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Primeiros passos A primeira coisa a fazer era comprar um Fusca. Em seguida, ele foi serrado ao meio. O próximo passo foi comprar duas portas extras, que foram esquadrejadas (transformadas em quadradas) e instaladas. O automóvel, que tinha, como todo fusca, um túnel central que fazia as vezes do chassis, teve o túnel cortado e emendado com uma chapa de 1 1/8 e 1,5 m de comprimento, curvada, contornando o túnel original. No chassis plataforma do fusca foi soldada a parte do assoalho com uma plataforma nova, unindo as partes da frente e traseira do automóvel. Tudo isso foi feito numa funilaria da Barra Funda. Em visitas constantes, De Mitry dava suporte técnico ao funileiro, de nome Manolo, até o momento em que foi necessário preparar a chapa do teto – que, segundo De Mitry, foi a que deu mais trabalho. “Era necessário deixar o teto impecável, mantendo as curvas do automóvel”, lembrou.

Composites Por que realizar soldagem e não usar composites (fibra de vidro)? Para De Mitry, o trabalho não especificava produzir vários fuscas limusines, mas apenas um, e os custos de fazer o mesmo trabalho com composites não compensaria. “Se fosse hoje, e se houvesse a demanda por vários desses automóveis, é claro que os composites seriam o primeiro material a levar em conta, produzindo

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Arquivo Pessoal

Limusine: projeto único

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Interior trim Com a funilaria pronta, o fusca limusine foi pintado em negro e teve o interior trim (revestimento interno) feito pela empresa Bantec (São Paulo, SP), caprichando na tapeçaria interna – afinal de contas, o automóvel iria ser usado pelo presidente da República. Alguns itens especiais do veículo: parede divisória entre motorista e passageiro com vidros elétricos, bancos traseiros individuais Recaro, console central que poderia levar uma metralhadora (para escolta) e com recipiente isotérmico, ar condicionado, tv no teto com controle remoto, cintos de segurança de 3 pontos, carpete, vidros coloricos, dois assentos retráteis para acomodar mais duas pessoas ou permitir apoio para os pés, rodas e pneus especiais (tala

larga, aro 15 e rodas cromadas), suspensões dianteira e traseira especiais, freios a disco, pintura acrílica, etc.

Arquivo Pessoal

réplicas”, explicou, salientando que, dos 17 mil dólares que o fusca custou, a maior parte se deveu à funilaria. Mas os composites foram usados em outras peças: a geladeira, o revestimento do bagageiro Funilaria: por ser caso único em composites e enchimento em poliuretano, para posicionar o ar condicionado, o console central e os apóia-braços do automóvel.

A história Oito meses de trabalho depois, período em que De Mitry recebeu como consultoria de projeto em desenvolvimento, a limusine estava pronta. A ideia foi patenteada e o Detran aprovou, com Repercussão: o veículo faz sucesso até hoje um certificado sob medida para o veículo. Mas a história tem dessas coisas: Tancredo adoeceu, veio a falecer e a atratividade que o Fusca Limusine poderia ter foi por água abaixo. Mas a história do projeto não parou por aí. “Não é que houve interessados no exterior?”, recordou De Mitry. Posteriormente utilizado para o casamento da filha do presidente da Volkswagen, o Fusca Limusine voltou à ABC e agora é de propriedade particular. Pode ser comprado por 50 mil dólares. Algum interessado?

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HISTÓRIA

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CASA COR 2012

Banheiras em destaque Com mais um ano de realização em São Paulo, a Casa Cor e a Casa Hotel utilizam, em seus ambientes, os composites e os plásticos de engenharia

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uso dos composites e plásticos de engenharia ainda é muito pequeno em todas as realizações da Casa Cor, por todo o Brasil, como em várias outras mostras de arquitetura. A exceção dá-se com as banheiras, que não apenas são utilizadas em muitos ambientes, mas quase sempre são o destaque dos projetos. O acrílico, com menor intensidade neste ano, também teve presença. Continuam em alta as superfícies sólidas. Confira, no box no final desta matéria, a ação que será feita na FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR 2012 para mostrar, aos arquitetos, engenheiros e decoradores, várias opções de produtos fabricadas em composites, poliuretano e plásticos de engenharia para serem utilizados em futuras mostras.

Casa Hotel

Casa Cor Novo Lar – “A Casa do Futuro”, de Betina Gomes Como projetar uma residência completa para um casal em apenas 32m²? A profissional Betina Gomes assumiu o desafio de não apenas criar uma morada aconchegante, mas também itinerante, inovadora e sustentável. Um estilo de vida adotado pela sociedade moderna, onde a preocupação com o mundo está cada vez mais em voga, é mostrado em uma casa que é a extensão do homem – é a ideia da casa que te acompanha. O mobiliário de área externa é todo em polipropileno com iluminação interna de RGB e muda de cor conforme o gosto e a ocasião. Claudio Fonseca

Suíte Paulo Borges, de Glaucya Taraskevicius. Este ambiente trouxe banheira da Pretty Jet, compondo um espaço a parte e diferenciado. Também utilizou o material superfície sólida Corian na bancada do banheiro.

Suíte Bruno Senna, de Allan Malouf. O arquiteto conferiu modernidade ao ambiente, com o uso de, aproximadamente, 60 m2 de vidro. Entretanto, o ponto de maior atratividade do ambiente era a banheira da Pretty Jet.

Suíte Michel Teló, de Simone Goltcher. A banheira Free Standing, da SPA Versati, agregou requinte e sofisticação à sala de banho do mais do que moderno ambiente dedicado ao cantor Michel Teló. Suíte Christiane Torloni, de Leo Di Caprio. A banheira, da Metalbagno, ganhou a decoração de um jardim digitalizado de taboas feito em acrílico reciclado e cromoterapia. Di Caprio também desenhou a arandela, produzida com acrílico cinza reciclável.

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Quarto do Bebê, de Mayra Lopes – A banheira do bebê foi fabricada em resina acrílica e a bancada da pia em superfície sólida Silestone (material que contém entre 90 a 94% de quartzo, além de resina poliéster, pigmentos, vidro e granito). Possui proteção antibacteriana para bancadas que garante o máximo de higiene na superfície.

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Suíte Master, de Ana Bartira Brancante. Um dos destaques deste ambiente foi a banheira com estampas da Pretty Jet. “A banheira da Pretty Jet é um lançamento da empresa com vários desenhos personalizados, que dão mesmo um charme especial. No caso do banheiro, usei tons mais neutros e bastante espelho. Achei que uma banheira retangular sobreposta com função também escultural no espaço e com adesivos de flores em desenho orgânico daria um contraste interessante. Ela ficou apoiada em uma pedra tipo Cesar Stone (superfície sólida) com cor escura que valorizou ainda mais a banheira”, explicou a arquiteta. O Cesar Stone é um granito industrializado, de grande resistência e amplas possibilidades decorativas. Fabricado em Israel, é composto por aproximadamente 94% de quartzo natural, um dos elementos mais duros da natureza. O equilíbrio do material é alcançado com pigmentos e resina poliéster. Lavanderia, de Andrea Vasconcelos e Laila Sá. Neste ambiente, foi utilizado o piso epóxi Ecotile, com alto desempenho, excelente durabilidade e resistência física. Com sua superfície polida, o produto possui alta resistência mecânica, absorção superficial nula, não mancha e não é atacado por produtos químicos. Excelente para ambientes internos, o Ecotile permite alto tráfego de veículos ou pessoas, mantendo-se um produto limpo

e de fácil manutenção, seja em projetos corporativos ou residenciais. “O Ecotile preserva o meio ambiente através da incorporação de produtos reciclados em sua fórmula. Utiliza 75% de material reciclado, como vidros de garrafas, borrachas de pneus usados e plástico de garrafas PET”, explicou Andrea. O Ecotile participa ativamente da preservação do meio ambiente, firmando parcerias com cooperativas de lixo reciclável da região.

Evelyn Muller

CASA COR 2012

Live and Work Studio João Doria, de Moema Wertheimer. “Neste ambiente, a mesa de trabalho `do João Doria´ foi feita em Corian Earth, com o reaproveitamento de um móvel, utilizado em outro projeto completamente diferente deste. Através das propriedades do Corian, foi possível aproveitar todas as chapas para construir essa mesa, sem deixar qualquer emenda aparente. Além disso, utilizamos o pé central como caixa de conectividade para passagem de fiação”, detalhou Moema.

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6 - 8 de novembro de 2012

12 h às 21 h

Feira e Congresso Internacionais de Composites, Poliuretano e Plásticos de Engenharia Expo Center Norte

Pavilhão Verde

São Paulo - SP - Brasil

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FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR 2012 Divulgue os produtos de sua empresa para todos os visitantes da FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR 2012

P

ara esta sétima edição da FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR, estamos elaborando o CATÁLOGO OFICIAL DE VISITAÇÃO, que será publicado em português, inglês e espanhol. A versão impressa, como feito nos anos anteriores, será distribuída 20 dias antes do início do evento e também na entrada do evento. Além disso, o catálogo é uma publicação amplamente guardada pelos leitores, por apresentar um número muito significativo de informações de contato e pesquisa.

Neste ano, sua empresa pode escolher em qual seção deseja posicionar o seu anúncio: Seção 1 – Descritivo dos materiais: está seção mostra as características dos materiais composites, poliuretano e plásticos de engenharia Seção 2 – Demonstrações Técnicas: apresenta os temas e horários dos processos que serão demostrados Seção 3 – Descritivos dos Megapatrocinadores Seção 4 – Cronograma dos Painéis Setoriais e Congressos Internacionais Seção 5 – Guia de Expositores Seção 6 – Guia de Produtos

Confirme a participação de sua empresa e garanta as melhores posições. Contate-nos para mais informações: (55 11) 2899-6381/2899-6395 www.feiplar.com.br

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Megapatrocinadores

Divulgação Oficial

Casa 42 MALACor_PR80_01.indd Feiplar_2012_catalogo_visitaçao_mod2_POR.indd 1

Apoio:

Realização/ Organização

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CASA COR 2012 Loft Bolha, de Leo Shehtman. “Usamos a banheira de imersão na sala de banho porque ela tem um estilo clássico e alto padrão de resistência, agregando requinte ao projeto”, explicou Shehtman. O ambiente contemplava também um spa na área externa. O spa e a banheira de imersão eram da Heaven Spas . “A decoração foi complementada com cadeiras em polipropileno texturizado, fabricadas pelo processo air moulding, sem emendas.”

Composites e plásticos de engenharia na Casa Cor e em outras mostras de arquitetura & decoração

Brinquedoteca, de Michelle Souza e Vivian Grieco. Banquinhos e balanço utilizaram chapas coloridas de acrílico, dando um colorido todo especial ao ambiente.

Com o objetivo de apresentar aos arquitetos, engenheiros e decoradores opções de produtos a serem usados em mostras de arquitetura e decoração, a FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR apresentará um Roteiro de Visitação Especial. Ou seja, os profissionais que visitarem o evento poderão conhecer uma grande diversidade de peças que podem ser utilizadas em mostras de arquitetura e projetos para a construção civil em geral. Para isso, estão sendo convidados a visitar o evento os arquitetos da Casa Cor deste ano e de várias outras edições, além de profissionais de toda a América Latina, com o apoio de revistas e associações do setor. A FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR acontece de 6 a 8 de novembro de 2012, no Expo Center Norte, em São Paulo, SP. Inscrições gratuitas www.feiplar.com.br

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PAUTA EDITORIAL* Temas

junho/agosto

2012 agosto/setembro

Tecnologias p/ infraestrutura esportiva + Coberturas e fechamentos

Concreto reforçado + Materiais resistentes a desastres naturais + Woodcomposites

Petróleo e gás + Açúcar e álcool

Papel e celulose + Saneamento básico

Automotivo

Mercado internacional + Duas rodas + Automec

Ônibus e caminhões + Design

Ferroviário

Novas tecnologias

Novas tecnologias

Eletroeletrônico

Desenvolvimentos em epóxi

Desenvolvimentos em plásticos de engenharia

Naval/náutica

Tecnologias p/ o setor naval

Tecnologias para o setor náutico

Energia eólica

Energia solar

Matérias-primas e processos

Helicópteros + Desenvolvimentos

Premiação

JEC Awards 2012

Prêmio Excelência

Tecnologia

Fibras naturais + Automação p/ composites

Gelcoats + Materiais de núcleo

Desenvolvimento

Especial Pultrudados + Equipamentos

Resinas + Cargas

Matérias-primas

Adesivos + Fibras de vidro

Prepregs + Aditivos

Sustentabilidade

Cases de reciclagem

Exigências do mercado

Processos

RTM + Processos manuais

SMC e BMC + Laminação contínua

Novas ações

As diferenças e expertises de cada distribuidor

Construção civil

Ambientes agressivos

Energias renováveis Aeroespacial

Distribuição Data deSetembro/outubro fechamento

10/08

Catálogo Oficial De Visitação da FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR 2012

03/09 Novembro/dezembro

É uma das principais distribuidoras de matériasprimas para a fabricação de moldes, peças, revestimentos, reparos em resinas plásticas e fibra de vidro

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Cobertura completa da FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR 2012

Fechamento: 22/11

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REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

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*Esta pauta poderá ser alterada sem aviso prévio

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A Aerojet Brasileira de Fiberglass comemora 40 anos de solidez, confiabilidade e comprometimento em sua ativa participação no setor de plástico reforçado no Brasil

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40ANOS

Aerojet comemora pioneirismo e diferenciação

Aerojet: uma das pioneiras

Uma das mais importantes distribuidoras de produtos para composites e poliuretano do país, a Aerojet (São Paulo, SP) celebra seus 40 anos com discrição e mantendo os diferenciais de mercado que tanto a caracterizaram em sua história

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história da Aerojet (São Paulo, SP) se confunde com a história do mercado de plástico reforçado/ composites no Brasil. Fundada por Carlos Antonio Pereira, já falecido, em associação com o alemão Roberto Eugênio Stiller, a empresa foi um passo arriscado dos sócios rumo à independência após 20 anos de experiência trabalhando para terceiros.

A data exata: 27 de abril de 1972. A empresa também fabricava campers (espécie de trailers acoplados como caçamba em pick-ups), trailers (chamados de Savana e todos em composites) e pranchas de surfe, dentre outros produtos. A empresa inaugurou inclusive um novo processo de fabricação das pranchas, com molde bipartido, laminação nos dois lados do molde, fechamento, lixamento e pintura.

Carreira Pereira começou suas atividades no mercado de composites em 1952, na antiga Moldex (São Paulo, SP), uma das pioneiras no mercado fabricando fichas para cassino, carros, lanchas, baleeiras e outros produtos no material, comprovando sua versatilidade e resistência mecânica. Um destaque da empresa, por exemplo, foi o automóvel MB, apresentado no Salão do Automóvel, com carroceria e capota inteiramente em composites (podia ser transformado em conversível), montado num chassis DKW. Mas, segundo Luiz Fernando Pereira, filho de Carlos Antonio, e hoje presidente da Aerojet, as atividades da empresa exigiram gastos a que a Moldex não conseguiu fazer frente, dentre eles em termos de certificação de produtos. “Além disso, alguns contratos com o governo não vingaram e isso motivou a quebra da empresa”, lembrou Pereira.

Resiglass Da antiga Moldex, surgiram várias empresas, montadas por ex-funcionários. Pereira montou a sua, chamada Resiglass, em associação com outros colegas. A empresa era uma indústria de artefatos de composites por encomenda, e foi encerrada em 1968. Em 1972, surgiria a Aerojet.

Aerojet Fruto de uma associação de Pereira, que tinha sido gerente comercial na Moldex, com o alemão Roberto Eugênio Stiller, que fora gerente técnico, a Aerojet começou fabricando tanques de pulverização agrícola de tração humana. Inspirados nesse produto, os dois sócios batizaram a empresa de Aerojet.

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Automotivo Nessa época, começavam a ser fabricados diversos modelos de automóveis inteiramente em composites, como os Puma, Adamo, Miúra, SP2 e outros. Esses exemplos iriam ajudar a tornar os composites mais conhecidos pelos transformadores e mesmo pelos usuários finais. Mas era necessário divulgar ainda mais os produtos. Surgiriam então os hoje famosos cursos da Aerojet, ministrados por especialistas ou ex-funcionários e que serviram para apresentar o

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Contratempos Em 1974, a Aerojet pegou fogo. “É preciso sempre tomar muito cuidado com os produtos para composites, que podem ocasionar situações como essa”, disse o filho Luiz Fernando. A perda foi total. Mas isso não afetou o pai, que já andava sozinho e vislumbrando um novo futuro para a empresa. Esse futuro consistiu em entrar no ramo de revenda, nome antigo para a atividade de distribuição. “Meu pai já importava fibra de vidro do Japão, assim como comprava resina de vários fabricantes”, lembrou o filho Luiz Fernando. Segundo ele, a decisão por entrar na distribuição deveu-se a que essa atividade era mais previsível e portanto mais administrável. “O fluxo de caixa em distribuição era mais firme, menos sujeito às variações do mercado”, disse. Uma das “sacadas” do pai foi, segundo ele, usar os preços-base, com desconto, para motivar a venda de maiores quantidades de matéria-prima. Na época, segundo Pereira, existiam apenas mais dois distribuidores, a Reforplas e a Glastec, e as perspectivas para o mercado eram animadoras.

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40ANOS Hoje Em 1990, o pai de Luiz Fernando adoeceu e passaram a comandar a empresa ele e os irmãos Carlos Eduardo e Sérgio Henrique. Hoje, Luiz Fernando comanda sozinho a empresa, que passou a contar com muitos mais concorrentes do que outrora (Luiz Fernando estima que existam mais de 100 distribuidores dos mais variados portes). Respondendo pela distribuição de 1 a 2% do total produzido pelo mercado (entre 10 mil e 15 mil toneladas/mês), a Aerojet continua, como na época do pai, Carlos Antonio, uma empresa discreta, que opta por formar seus funcionários intensivamente. “Durante 6 meses, todo funcionário passa por todas as fases do negócio da empresa, o que considero fundamental para manter a qualidade de nossos serviços”, disse Luiz Fernando.

Distribuição mercado a futuros empresários e a divulgar a imagem dos composites no Brasil. Pereira estima que, nesses 40 anos, tenham sido formados mais de 40 mil alunos. Os cursos continuam até hoje, sendo semanais e aos sábados com turmas de 5 a 20 pessoas no máximo. Os cursos dividem-se em três tipos: para laminação, para molde e para molde bipartido (os dois primeiros são gratuitos e este último é pago com uma taxa simbólica).

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A Aerojet distribui fibras de vidro da CPIC (Capivari, SP), MEK e gelcoat e resinas de diversos fabricantes, inclusive de fabricação própria. Para o futuro, o diretor-presidente da Aerojet prevê a cada vez maior importância das vendas por telefone, ponta de lança da empresa, e dos novos meios, como a internet. A empresa comemorou os 40 anos com uma festa para funcionários e ex-funcionários e com uma divulgação na Revista Composites & Plásticos de Engenharia, que Luiz Fernando considera fundamental para o trabalho no mercado de composites.

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APFoucha/ JEC 2012

JEC COMPOSITES 2012 Processos, matérias-primas e materiais acessórios

Realizada no final de março em Paris, França, a edição de 2012 da JEC apresentou uma série de novidades. Veja algumas abaixo

Airtech

Airtech

Airtech

A Airtech (Luxemburgo) apresentou diversas novidades. Uma delas foi a nova série de tapes de selagem que agora cobrem temperaturas de até 150º C. A Airseal 2, por exemplo, é o produto padrão para aplicações desenvolvidas fora da autoclave, enquanto a Airseal 2 HT é a versão de maior tack para adesão de suFita de selagem da perfície imediata. Os tapes de selagem da Airtech Airtech são usados para produzir peças em composites para as indústrias náutica, comercial e de energia eólica com cura por meio de ferramentas aquecidas ou forno. A empresa também mostrou o inovador Mobile Vacuum Kart (MVK 2011), sistemas plug-and-play usado para criar vácuo em aplicações por prepreg e infuMobile Vacuum Kart são de resina. A bomba de vácuo instalada é uma bomba rotativa de palheta (25 m3/h) com um motor de fase única de 230 V, 50/60 Hz. Vários filmes de desmoldagem foram destacados pela Airtech: • o novo WL4800, indicado para aplicações planas ou com curvatura limitada e temperaturas de até 195º C; • o WL3800, um filme de desmoldante de PET usado como barreira entre as superfícies da ferramenta e os materiais composites, e aplicado em layup de tapes e fiber placement automatizados; • o novo Dahlar Release Bag 500, um filme multicamada e autodesmoldável para contato direto com o prepreg para fabricação de partes ocas; ele oferece resistência mecânica superior, resistência a temperaturas de até 200º C e integridade do vácuo em sistemas com Dahlar Release Bag 500 resinas epóxi e poliéster.

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Flowlease 39P

Century Design A CDI ou Century Design (San Diego, Estados Unidos), fabricante de máquinas de prepreg e outros equipamentos especializados para processamento de composites, apresentou, sob a chancela do novo proprietário, Keith McConnell, a nova máquina para produção de prepreg em pequena escala e a expansão do TIP (Programa de Integração Total) para tecnologias de prepreg. A máquina para produção de prepreg em pequena escala foi projetada para fabricantes de pequeno e médio porte que precisam de uma solução para controlar seus materiais e processos mais facilmente, reduzindo os custos com materiais. Permitindo a produção com baixas emissões de carbono, a nova máquina CD 6015 possui controles intuitivos e completamente automatizados, sistemas plug and play, adaptação para produzir de forma precisa uma ampla gama de materiais para mercados que vão desde Esporte e Lazer até Aeroespacial. A máquina permite o uso de um Consolidador de Lâminas, permitindo a produção de prepregs com até 1000 mm de largura. Segundo a empresa, os melhoramentos inseridos na nova máquina permitem reduzir os custos de material em até 40%. O

Máquina CD 6015, para produção de prepregs em pequena escala

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REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

Já o Flowlease 39P combina a tela tecida com uma camada de filme desmoldante WL 3900 Red P perfurado, sendo usado em aplicações de infusão de resina.

Airtech

Airtech

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JEC COMPOSITES 2012

Clariant

Clariant A Clariant (Muttenz, Suíça) lançou retardantes de chama não halogenados de elevada eficiência para aplicações em transporte e construção, proporcionando a mesma eficiência que retardantes convencionais com apenas 50% de carga, além de evitar migração e separação Retardantes de chama: de resina em aplicações de grande novidades dimensão. Batizados de Exolit EP 150 e EP 200, os novos retardantes são reativos de base fosforada e proporcionam proteção altamente efetiva em baixos níveis de uso em termofixos e laminados de epóxi. Esses tipos de Exolit possuem elevado conteúdo de fósforo (25 e 29% respectivamente), e sua performance é comprovada em aplicações elétricas e eletrônicas, em que a UL 94 V0 é alcançada com apenas metade da carga em relação a retardantes convencionais. Não migrando para fora da resina, os novos retardantes são assimilados pelo polímero e causam um impacto mínimo nas propriedades do material. O Exolit EP 150 é fornecido como líquido de baixa viscosidade (ideal para partes estruturais em aeronaves e embarcações), enquanto o Exolit EP 200 é disponível na forma sólida.

Cytec Fornecedora de prepregs de termofixos e termoplásticos e materiais via infusão para o mercado aeroespacial comercial e militar, assim como adesivos, filmes, primers, pastas, espumas de núcleo e compostos de envasamento, a Cytec (Tempe, Arizona, Estados Unidos) mostrou sua linha de produtos e divulgou o recebimento do Achievement Award, por parte do Deparatamento de Defesa dos Estados Unidos na automatização do sistema de fiber placement de materiais composites de bismaleimida (BMI) usados na fabricação do F-35 Joint Strike Fighter. A Cytec assinou, no primeiro semestre de 2011, um contrato com a Lockheed Martin, válido para 2016 a 2020, para o fornecimento de materiais de alta performance, estruturais e adesivos para a fabricação do F-35 Lightning II ou Joint Strike Fighter. A Cytec também fornece fibras de carbono derivadas de PAN ou de piche, prepregs industriais, sistemas de resina, adesivos industriais e filmes de superfície para vários outros mercados.

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Polytec A Polytec (Kraichtal-Gochsheim, Alemanha) apresentou um quadro de coletor solar feito em SMC (Sheet Molding Compound), desenvolvido em parceria com a Bosch Thermotechnik (Wetzlar, Alemanha) e produzido em série a partir de agosto de 2011 no site da empresa em Voerde. Segundo a empresa, o quadro em SMC proporciona diversas vantagens para o cliente e para o meio ambiente: integração de funções (11 partes isoladas foram substituídas pelo quadro em SMC), montagem muito mais simples e menores esforços de logísColetor Solar em tica, redução do peso em 8 quilos, o que SMC: integração de facilita a montagem em tetos e melhores componentes características estáticas e dinâmicas, assim como maior dureza do coletor solar. Ainda segundo a empresa, a tecnologia em SMC proporciona maior flexibilidade em relação aos termoplásticos convencionais em termos de projeto e tamanho do componente. Outras características positivas do SMC em coletores solares são: excelentes propriedades de isolamento (que minimizam a perda de calor), ausência de corrosão, boa durabilidade e resistência ao meio ambiente, alta resistência à temperatura e processo de produção de baixo custo. O produto ganhou o segundo lugar na categoria Meio-Ambiente do Innovation Award concedido pela AVK – Federação de Plásticos Reforçados da Alemanha.

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Fill Especializada principalmente na automatização da produção de peças em composites e poliuretano para diversos mercados, a austríaca Fill (Gurten) mostrou, no caso do setor automotivo, o preforming liner, equipamento que permite transformar peças em 2 dimensões em outras de 3 dimensões, conforme o desejo do cliente, por meio de um processo totalmente automático e confiável. O Inspetor ultrassônico preforming liner permite produzir em tempos de ciclo curtos, com alta repetibilidade e baixa tolerância dimensional. Outro mercado em que a empresa atua é o de energias renováveis, em especial energia eólica (flanges) e solar (coletores térmicos). Um exemplo é o desenvolvimento de um sistema de aquecimento orientado para absorvedores plásticos na manufatura de coletores térmicos. Outro equipamento interessante é um sistema de inspeção por ultrassom desenvolvido para a Airbus, padronizando a inspeção de componentes em composites para aeronaves a um nível extremamente alto. A empresa também é especializada na manipulação de rovings e têxteis de grande área de cobertura (tecidos woven/ enlaçados), com a devida automação e conexão de processos. A Fill atua em parceria com a Weitblick Systems nas áreas de processamento de imagens e engenharia de softwares.

Fill

TIP (Programa de Integração Total) é um programa que envolve o projeto, a tecnologia, os processos e a implementação de instalações de fabricação de materiais composites avançados. O programa garante que os usuários de tecnologias para prepreg da CDI conseguem implementar e serem autosuficientes na implementação de novos maquinários. A expansão do TIP envolve a certificação de todos os materiais para os principais mercados. O novo módulo é projetado para proporcionar apoio adicional a clientes que pretendem entrar nos mercados de forma rápida, com produtos da melhor qualidade. A Century Design foi responsável, em 1961, por fornecer materiais para a NASA, para uso no veículo que transportou o homem à Lua.

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Desempenho mecânico (compressão) Desempenho mecânico (tensão) Rhodia

Processo (fluidez)

Processo da peça (tempo de ciclo mais curto) Evolite CFRT/ Vidro PP CFRT/ Vidro Epóxi CFRT/ Vidro

Durabilidade (envelhecimento na água) Resistência a impacto

Evolite vs PP CFRT/ Vidro e Evolite vs Epóxi CFRT/ Vidro

Uma aplicação destacada foi a substituição, com a colaboração da Faurecia, de componentes estruturais de assentos de automóveis utilizando Evolite. Outra aplicação destacada foi o casco de um veleiro de 4,3 m, de nome Albatros, em Evolite, com a colaboração do Finot Group. O casco, nesse caso, consiste de três partes que foram termoformadas por meio de um processo ambientalmente amigável desenvolvido pela Sora Composites. As três partes são adesivadas, produzindo um casco leve, rígido estruturalmente, com alta resistência a impactos e reciclável.

SABIC

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A SABIC Innovative Plastics (São Paulo, SP) apresentou diversas resinas e fibras utilizadas numa ampla gama de aplicações nas quais atribuem interessantes propriedades em relação a outras matérias-primas. A resina de poliéterimida (PEI) de alta performance, comercializada com a marca Ultem, foi um dos destaques. Proporcionando retardância de chama não halogenada, a Ultem pode ser aplicada nos mercados aeroespacial, automotivo, ferroviário, óleo e gás e construção civil, dentre outros, das mais variadas formas: como resina reforçada com fibra de carbono, como espuma estrutural ou fibra têxtil, reduzindo o peso das aplicações em até 50%, o que impacta fortemente na redução do consumo de combustível e da emissão de carbono. A resina Ultem assume também a forma de pó, com o que aprimora o desempenho FST (chama-fumaça-toxicidade) de sistemas composites termofixos. Outros materiais em destaque pela empresa foram os aditivos de resina polifenileno éter (PPO), que aumentam a resistência térmica e dureza de sistemas epóxi.

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A alemã Vötsch Industrietechnik (Stuttgart) introduziu o maior sistema industrial de endurecimento por microondas do mercado, com uma câmara de 7 mil litros para diversas aplicações, inclusive fabricação de VHM Hephaistos: aquecimento por pelas em composites. A microondas de alto rendimento unidade de microondas, chamada VHM Hephaistos, é o primeiro desenvolvimento de sucesso da tecnologia de microondas em nível industrial maduro e em larga escala. A máquina, com a qual é possível endurecer produtos e materiais de alta qualidade para mercados com o aeronáutico e o automotivo, que requerem peças leves, caracteriza-se por proporcionar uma homogeneidade de campo extremamente elevada. O equipamento faz com que as microondas penetrem no material diretamente, aquecendo o produto, mas mantendo o forno frio durante o processo. O sistema permite reduzir custos de produção por meio de tempo de aquecimento, assim como de processo e de resfriamento mais curtos. O equipamento se distingue dos pesados fornos industriais de alta pressão pelo fato de que não requer pressão adicional e pelo baixo consumo de energia. O sistema inclui processos recém-desenvolvidos e de baixo custo (em especial para a indústria aeroespacial) envolvendo a injeção de resina como adesivo entre fibras de carbono. A empresa também apresentou sua linha VTU de fornos customizados, que inclui 7 tamanhos de modelo com câmara de trabalho entre 200 e 8 mil litros em temperaturas nominais de 250º C, 300º C e 350º C. Equipamentos de crucial importância na fabricação de estruturas aeronáuticas de composites com fibra de carbono, esses fornos possuem dispositivos de rotação usados para garantir um movimento constante das partes durante o processo de têmpera.

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A Rhodia Engineering Plastics (São Paulo, SP), empresa do grupo Solvay, apresentou aplicações de Evolite, solução em composite termoplástico (poliamida) de elevado desempenho em diversos aspectos do material (veja Figura 1).

Vötsch

Vötsch

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Forno de têmpera

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Speedcraftcomposites

ARTIGO TÉCNICO Fibras de carbono: panorama e viabilidade econômicofinanceira de unidade para 500 ton/ano (2ª parte) Luiz C. Pardini – DCTA/Instituto de Aeronáutica e Espaço Divisão de Materiais – São José dos Campos, SP – email: luizpardini@gmail.com

Resumo Os compósitos de fibras de carbono/epóxi têm sido utilizados como componentes estruturais de aeronaves de grande porte. A busca por alívio de massa estrutural e desempenho mecânico que atendesse a requisitos de projetos foi a força motriz para a utilização desses materiais nesse segmento industrial desde a década de 1960. Desde o advento comercial das fibras de carbono, no início da década de 1970, os perfis de demanda e oferta de fibras de carbono são crescentes e apresentam valores equivalentes. O presente trabalho aborda um breve estudo da viabilidade econômico-financeira de implantação, considerando investimento com recursos próprios, de uma unidade fabril de fibras de carbono a partir de premissas estabelecidas e capacidade da planta industrial de 500 toneladas/ano. Após o rigor contábil de cálculo verifica-se um retorno do investimento de 13,4% para essa capacidade instalada. O segmento torna-se mais atrativo na manufatura de subprodutos, como tecidos, pré-impregnados e produtos moldados de fibras de carbono. Palavras-chave: Fibras de carbono, análise econômico-financeira, indústria aeronáutica. Em 2010, a capacidade instalada das plantas de fibras de carbono conhecidas no mundo era próxima a 80.000 toneladas/ano. Novos entrantes no segmento de fibras de carbono foram incorporados nos últimos anos, principalmente oriundos da Coreia do Sul, Índia, Arábia Saudita, Rússia e há cerca de 20 produtores na China, e fabricantes tradicionais de PAN estabelecidos em vários países também adentraram o setor, de forma a agregar valor a esse produto [18]. Estima-se que em 2020 a demanda de fibras de carbono atinja cerca de 160.000 toneladas/ano, das quais 20.000 toneladas/ano referem-se à área aeroespacial, 120.000 toneladas/ano à industria e 20.000 toneladas/ano para usos em esporte [22]. O aumento significativo em usos industriais deve-se principalmente ao uso em energia eólica e principalmente na forma de cabos com alto número de filamentos (24k), que são economicamente mais atrativos.

Artigo Tec_Pardini_PR80_02.indd 52

Análise Contábil para uma unidade de fibras de carbono de 500 ton/ano As premissas básicas estabelecidas para estimativa do retorno de capital são mostradas na Tabela 2. De posse dos valores da Tab. 4 pode-se calcular o demonstrativo de resultados (DRE), conforme mostra a Tabela 3 [24]. Posteriormente, o capital de giro líquido, Tabela 4 e o Fluxo de caixa do projeto

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Os composites de fibra de carbono são manufaturados basicamente a partir de pré-impregnados com resina. Via de regra, os próprios fabricantes de fibras de carbono são os fornecedores de pré-impregnados para a indústria. A utilização maciça de pré-impregnados na manufatura de estruturas primárias do Boeing 787 pode resultar em aumento de participação da Toray nesse mercado, resultante de contratos já estabelecidos. Em 2008, o mercado de pré-impregnados foi estimado em US$ 1 bilhão, a um custo de US$ 100,00/kg à época [15]. O projeto de estruturas aeronáuticas e aeroespaciais tem como estabelecida a utilização de composites, principalmente os baseados nas fibras de carbono. As unidades de fabricação de fibras de carbono estabelecidas ao redor do mundo têm multiplicado suas capacidades de produção e novas plantas estão sendo concretizadas. O processo de fabricação é estabelecido e dominado e pesquisas inovadoras tem impulsionado o setor no sentido de melhora de matérias-primas, redução de custos e otimização de processo. Nesse contexto, cabe analisar por meio de ferramentas contábeis essenciais a viabilidade de uma planta com capacidade de 500 toneladas/ ano capaz de suprir o mercado latino-americano, de forma a demonstrar o retorno do investimento com base no fluxo de caixa do projeto. Imprescindível salientar que as premissas estabelecidas são função do ambiente econômico vigente, e que, a despeito de qualquer resultado, uma unidade de fibras de carbono é pré-requisito para o desenvolvimento de indústrias de base tecnológica sensíveis.

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12 h às 21 h

Feira e Congresso Internacionais de Composites, Poliuretano e Plásticos de Engenharia Expo Center Norte

Pavilhão verde

São Paulo - SP - Brasil

Argentina terá destaque na FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR 2012 Com expressiva importância na indústria plástica latino-americana, a Argentina será o país de destaque na sétima edição da feira e congresso internacionais de composites, poliuretano e plásticos de engenharia

D

e 6 a 8 de novembro, em São Paulo, SP, Brasil, será realizada a FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR 2012, um evento que reúne profissionais das indústrias de composites, poliuretano e plásticos de engenharia de toda a América Latina. Neste ano, ações direcionadas serão tomadas para se ter uma presença maciça de transformadores argentinos. “Sempre trabalhamos para que os países vizinhos visitem a feira e participem de todos os eventos paralelos, como os congressos, por exemplo, e o índice tem crescido a cada edição. Em 2010, na última edição do evento, 680 visitantes eram latino-americanos (5%)”, definiu Simone Martins Souza, diretora da feira. No ano passado, foi realizada a primeira edição do Congreso Sudamericano de Composites/Plásticos Reforzados, Poliuretano y Plásticos de Ingeniería, em Buenos Aires, na Argen-

Mais informações:

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tina, e este evento contou com a presença de mais de 230 profissionais do setor, de diversos países da América do Sul, com expressiva presença argentina. “Fomos muito bem recebidos pelos transformadores argentinos que, não só participaram do evento, mas também atenderam nossa equipe de forma brilhante, nos orientando sobre suas necesidades e já combinando eventos futuros”, complementou Simone. Para retribuir toda esta atenção, os argentinos serão os convidados de honra neste ano, na feira. Uma série de ações específicas será realizada para otimizar o resultado desta visitação. A primeira ação é uma pesquisa, junto ao público convidado, que tem a finalidade de entender os principais objetivos da visita e facilitar a obtenção destes resultados.

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06 a 08 de agosto de 2012

Pavilhão Branco do Expo Center Norte . São Paulo . SP

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s líderes empresa erviços 0 9 1 e d , mais tos e s Em 2011 puseram produ x e do setor da com 80% ão a t n o c realizaç 2012 - já Fenasan da a 5 meses da a p Para Pa área ocu rTiCiPa da a p u c o área r da fE a d % 0 NaSaN o de 25 ã ç a li s e p Am ediçõ 2012! s a im lt ú is, a n io nas três s is mil prof ais de 15 0 m e d a ç , presen 2012 é de 18.00 , Em 2011 ra amento ativa pa de sane s ia h a expect n a p 200 com ias privadas ntes de a ár t n n e io s s s e r rep conce e d e a is ç a n e ip Pres munic statais, egócios, dentre e l, agron ia r t s u d o setor in s a tantes d n e s realizad e sólido r p e r esíduos , sempre r e t e n E ainda, ia ie g b r m de ene e meio a s da Sabesp geração amento e iro n e a h s n e e s Eng etor d o s d o o d ã l ç a ia tes, tradicion nos pela Assoc estudan is , a s m io r a á a s ir e r Fe á 23 os, emp r Paulo, h is, técnic to a em São e n s io o s d is arca, ados r prof iv o r p p o e , Dinam d s a a o in c m r h li o C b f , ú , e sp do ina, Chil qualifica adores de órgão , Argent a s Público h o is n r u a t q u m s o Ale re e pe ndo-se: ugal ent a t r c gestores a o t P s , e a d áli te, Israel, It constan ado, olanda, acional H n , r e ia te equip t d n in n e lâ o lm ã in ç a F t a , o t Particip s Unidos derno e , Estado ições mo pping center s o p x e Espanha e o centro d l executivo e sh r Norte, e t e t o n h e C m a Feira: r a Expo da co it o in n is a v a a t d a n a par Realiz que co gratuito omplexo o t n e m em um c ia

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TO

ARTIGO TÉCNICO Tabela 3 – Demonstrativo de Resultados para unidade de fibras de carbono (500 toneladas/ano).

Demonstrativo de Resultados Receita Bruta

ano 1

ano 2

ano 3

ano 4

ano 5

35.000.000

36.750.000

38.587.500

40.516.875

42.542.719

( - ) Imposto s/ vendas

7.000.000

7.350.000

7.717.500

8.103.375

8.508.544

Receita Líquida Vendas

28.000.000

29.400.000

30.870.000

32.413.500

34.034.175

( - ) CMV=CPV

11.462.142

11.462.142

11.462.142

11.462.142

11.462.142

( - ) Desp. Variáveis

9.450.000

9.922.500

10.418.625

10.939.556

11.486.534

Margem de Contribuição

7.087.858

8.015.358

8.989.233

10.011.802

11.085.499

( - ) Custo Adm / Despesas Fixas

3.500.000

3.500.000

3.500.000

3.500.000

3.500.000

( - ) Depreciação

1.979.200

1.979.200

1.979.200

1.979.200

1.979.200

( - ) Amortização

406.840

406.840

406.840

406.840

406.840

1.201.818

2.129.318

3.103.193

4.125.762

5.199.459

Lucro Operacional ( - ) IRPJ e CSLL

420.636

745.261

1.086.118

1.444.017

1.819.811

LDIR

781.182

1.384.057

2.017.076

2.681.745

3.379.649

LDIR = lucro após imposto de renda Tabela 4 – Calculo do capital de giro líquido (p.m. = prazo médio, CGL = capital de giro líquido) Capital de Giro próprio

p.m.

ano 01

ano 01

ano 03

ano 04

ano 05

Duplicatas a receber

45

4.375.000

4.593.750

4.823.438

5.064.609

5.317.840

Estoque Capital de Giro

30

955.178 5.330.178

955.178 5.548.928

955.178 5.778.616

955.178 6.019.788

955.178 6.273.018

75

( - ) Fornecedores

40

1.273.571

1.273.571

1.273.571

1.273.571

1.273.571

Capital de Giro Líquido

35

4.056.607

4.275.357

4.505.045

4.746.217

4.999.447

4.056.607

218.750

229.688

241.172

253.230

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ARTIGO TÉCNICO Tabela 5 – Fluxo de Caixa do Projeto Ano

0

LDIR Incremental

1

2

3

4

5

781.182

1.384.057

2.017.076

2.681.745

3.379.649

2.386.040 5.067.785

2.386.040 5.765.689

(+) Depreciação/Amortização Fluxo Caixa Operacional

2.386.040 3.167.222

2.386.040 3.770.097

2.386.040 4.403.116

Variação no CGL

- 4.056.607

- 218.750

- 229.688

- 241.172

Recuperação do CGL

4.746.217

Investimento de Capital

-22.376.200

Vtlor Residual Fluxo de Caixa do Projeto

- 26.432.807

2.948.472

3.540.409

4.161.944

5.067.785

10.171.000 2.068.2905

Investimento (US$)

33.500.000

Comissões sobre vendas

3

Diferido (% sobre investimento)

10

Imposto sobre vendas (% sobre renda bruta)

20

Depreciação anual (% sobre investimento)

10

IRPJ / CSLL

35

Residual sobre Imposto de Renda

50

Amortização anual (% sobre diferido)

15

Preço de venda (US$)

70

8000000 6000000 4000000 2000000 0 -2000000

Taxa de retorno (%) 0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

-4000000 -6000000 -8000000 -10000000 -12000000

Figura 3 – Valor presente líquido em função da taxa de retorno

Comissões sobre vendas

3

Imposto sobre vendas (% sobre renda bruta)

20

Custo do produto (US$) 20 Taxa média de atratividade (%)

15

Tempo anual de 7020 operação unidade (h)

IRPJ = imposto de renda pessoa jurídica, CSLL = contribuição social sobre lucro líquido

são calculados, conforme mostra a Tabela 5. Admite-se que a empresa investirá apenas recursos próprios. O fluxo de caixa do projeto permite o cálculo da taxa de retorno por meio do valor presente líquido. Os valores são, para efeito de comparação, em dólares americanos. Equipamentos de processamento de fibras de carbono são constituídos basicamente de fornos de tratamento térmico especiais, e não há equipamentos disponíveis no Brasil para essa finalidade. O investimento inicial para a planta de 500 ton/ano foi estabelecido de acordo com a referência [25] e a análise financeira foi realizada estabelecendo os valores em dólares americanos, onde foi considerado US$1.00 = R$1,60. O valor presente líquido (VPL) é o resultado do somatório dos valores presentes dos fluxos de caixa do projeto, considerando uma taxa de atratividade determinada, por um período de duração, e portanto, indica o resultado do investimento. A Figura 3 mostra o valor presente líquido em função da taxa de retorno, que mostra uma taxa interna de retorno de ~8,5%.

Conclusões

Fibras de carbono são materiais de alto custo em relação aos materiais de engenharia atualmente utilizados. Entretanto, ganhos no projeto, manufatura e economia

resultantes do inerente baixo peso de componentes durante a vida útil garantem sua efetividade como alternativa em estruturas. O setor de fibras de carbono e por conseqüência de composites está em plena evolução de demanda com tecnologia consolidada, acenando para a transformação em produto commodity. A matéria-prima (poliacrilonitrila) representa cerca de 45% do custo de produção. Os resultados mostram que o retorno do investimento para uma unidade de 500 ton/ano é de 8,5%, mostrando que um projeto dessa natureza, na capacidade estipulada, resulta em prejuízo. O pay-back calculado é de ~5,5 anos. O aumento crescente na capacidade de produção e utilização de matérias-primas de custo menor aos níveis atuais tendem a consolidar o uso desse material na área industrial.

Referências Bibliográficas

[18] Ilcewicz L, Montana University, apresentação de seminário em 11/10/2009. [19] Global and China Carbon Fiber Industry Report, 2009-2010 www.researchinchina.com , consultado em 25/11/2011. [20] Hexcel Corp. Annual Report 2007 [21] AeroStrategy Commentary, “Material Wealth,” September 2006 [22] Black S, Carbon Fiber conference features demand/supply update. http://www.compositesworld.com/news/compositesworld-carbon-fiber-conference-features-demandsupply-update, consultado em 01/12/2011 [23] Sloan J. Carbon Fiber Market: Cautions optimism http://www. compositesworld.com/articles/carbon-fiber-market-cautious-optimism, consultado em 30/03/2011. [24] N. Casarotto-Filho ; Bruno H. Kopittke Análise de Investimentos, 9ª. Ed., Editora Atlas,2000. [25] Carbon Fiber: General Perspective. National Aerospace Laboratories, Materials Science Division, Bangalore, India (www.nal.res.in), consultado em 30/01/2011

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REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA Artigo Tec_Pardini_PR80_02.indd 56

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Valor Presente Líquido (US$)

Tabela 2 – Premissas para cálculo da viabilidade econômica de unidade de fibras de carbono com capacidade de produção de 500 toneladas/ano [25].

7/26/12 11:27 AM


XIV FIMA FIMAII

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Seminário Internacional de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade

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7/24/12 9:57 AM


ENTREVISTA PONTO DE VISTA

Avião de plástico? E

sta foi a segunda pergunta da minha filha de nove anos, enquanto eu ainda tentava responder a primeira, sobre o que era a peça que estava no porta malas do carro. A peça em questão era conRonny Konrad é gerente de feccionada com resina marketing da Huntsman epóxi e fibra de carbono Advanced Materials e seria exibida em uma feira de compósitos. Como todos os pais fazem, utilizei um exemplo prático para facilitar seu entendimento: “Filha, esta é uma peça parecida com as utilizadas para fabricar aviões”. Atualmente, com o preço do barril de petróleo superando a barreira dos 100 dólares e a população mundial com fome de conhecer o mundo, as empresas aéreas buscam transportar mais pessoas com menor consumo de combustível possível. O compósito tem um papel importante nesta busca. O uso de compósitos na fabricação de aviões não é um tema novo, porém quando falamos de aviões civis para transporte comercial de passageiros, os materiais compósitos estão ganhando espaço e substituindo materiais convencionais, como o alumínio. O Eagle AC-7 foi o primeiro avião fabricado com compósitos que recebeu a certificação da FAA (Federal Aviation Adminstration) em dezembro de 1969. Fabricado pela empresa americana, já extinta, Windecker Industries, fundada em 1962 em Midland, Texas, o Eagle AC-7 era o mais rápido comparado com os aviões de modelos similares, com o mesmo peso e potência 285hp, superando em 10 mph seus competidores. A aerodinâmica foi o fator determinante e somente com um material compósito moldado pôde-se atingir o design e desempenho desejados. No início da década de 80, as aeronaves de transporte comercial de passageiros já eram fabricadas com 5 a 10% de seu peso em materiais compósitos e, hoje, a nova aeronave da Boeing conhecida como Boeing 787 Dreamliner é fabricada com 50% de seu peso em materiais compósitos, 80% de compósitos em volume. Seguindo a mesma tendência, a Airbus está trabalhando em seu novo avião Airbus A350 XWB com

Ponto de vista_PR80_01.indd 58

58

PR

REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

promessa de aumentar a quantidade de compósitos utilizados em sua fabricação. As aplicações em aeronaves são diversas, estruturais e não estruturais, e estão sendo implementadas gradativamente. Por exemplo, modelos da década de 70 utilizavam compósitos apenas no radome; nos anos 80 e 90 outras aplicações sugiram como lemes, spoilers, airbrakes, flaps e, seguindo até a data atual, tem-se aplicações como cobertura de turbina, parte central e estruturas das asas, J-nose, etc. Cada aplicação exige propriedades diferentes dos compósitos. Partes estruturais exigem compósitos de alto desempenho com excelente propriedade mecânica, absorção à água e alta resistência térmica devido ao esforço exigido e temperaturas que serão expostos. Aplicações no interior da aeronave exigem compósitos que não gerem fumaças tóxicas durante a queima e que sejam autoextinguíveis em caso de incêndio. Para que estes requerimentos sejam cumpridos, a indústria de matéria-prima desenvolve inúmeros polímeros sintéticos e fibras, cujas combinações criem o material compósito de desempenho adequado para cada aplicação. A fibra de carbono é o tecido mais utilizado na fabricação dos compósitos combinados com resinas sintéticas, como a resina epóxi - CFRP (Carbon fiber reinforced plastic). Existem vários tipos de polímeros sintéticos que combinados com a fibra de carbono oferecem alto desempenho como as resinas epóxi multifuncional, benzoxazinas, bismaleimidas e cianato éster. As resinas epóxi multifuncionais glicidil aminas são as mais utilizadas em fabricação de prepregs com fibra de carbono. Compósitos fabricados com este sistema apresentam baixo peso e propriedades mecânicas e térmicas elevadas, como alta tenacidade e Tg (glass transition) de até 220oC. Se a aplicação necessita maior resistência térmica, compósitos fabricados com resinas bismaleimidas ou ésteres de cianato são apropriadas. Estes compósitos podem atingir Tg de até 350oC, e também são utilizados em aplicações de partes de satélites espaciais. Evoluímos muito na aplicação de compósitos, com novas matérias-primas e processos de aplicação na fabricação de partes para aeronaves e, no futuro, muito ainda será implementado nesta indústria. Quanto a minha filha? Depois de alguns segundos de pausa respondi: “Sim filha, vamos todos voar em aviões de plástico.”

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