Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.75

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Publicação da Editora do Administrador Ano XIII • nº75 fev./mar. 2011

w w w. t e c n o l o g i a d e m a t e r i a i s . c o m . b r Uma publicação para os mercados de corrosão, construção civil, transporte e esporte&lazer

ISSN-1518-3092

Recuperação de estruturas

Mantas de fibras de vidro Feicon BATIMAT 2011

Painel Ambientes Agressivos

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Automotivo: fibras naturais

Sustentabilidade: tendências

Poliéster: novas tecnologias

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CARTAS & CONSULTAS Gostaria de obter informações sobre a feira JEC Paris. André Sterza, Sterza Indústria

Sou designer e tenho interesse em utilizar materiais composites em alguns projetos. Gostaria de receber exemplares da revista. Armando Freitas

Tenho uma piscina coberta com estrutura metálica e que está sofrendo desgaste com a ação direta do cloro. Gostaria de saber se existe algum produto resistente a esse processo de corrosão. Valéria dos Santos, Academia Styllus, Belo Horizonte, MG

Tenho interesse em entrar no mercado de fabricação de carenagens para motocicletas. Gostaria de obter mais informações sobre o material ABS e suas aplicações. Jefferson Marques, São Paulo, SP

Fabrico réplicas de veículos e moldes especiais (fibra de vidro) em Recife, PE. Gostaria de divulgar meu trabalho e conhecer mais sobre fibra de carbono, aramida e resinas. Robson da Cruz

Sou estudante de engenharia mecânica. Gostaria de receber informações sobre as resinas poliimidas e bismaleimidas, utilizadas na indústria aeroespacial. André Vilares, São José dos Campos, SP

Trabalho em uma empresa que utiliza moldes de MDF para lixação em lixadeiras orbitais, porém estes moldes se desgastam muito. Existe algum outro material com o qual possamos fazer esses moldes e que seja mais resistente do que o MDF? Fabricio Camisão, Mavaular Ind. e Transportes Lastimosamente no he recibido mi ejemplar de la edición posterior a FEIPLAR COMPOSITES&FEIPUR. Apreciaria recibirla. Gabriel Gonzalez, Córdoba, Argentina Desearia recibir su publicacion COMPOSITES. Sebastian Mazza Campos, Mazza Campos&Associados Gostaria de adquirir os exemplares da Revista Composites & Plástico de Engenharia. Sou ferramenteiro e universitário de engenharia mecânica na Una MG, e as informações são muito necessárias para o conhecimento de ambas. Leandro Ferreira dos Santos Trabalho com composites e gostaria de receber informações técnicas sobre RTM Light e Pressure bag. João Kostetzer

Assinatura adicional Todas as empresas fabricantes de peças em composites ou plásticos de engenharia e usuários potenciais desses produtos recebem gratuitamente um exemplar da Revista Composites & Plásticos de Engenharia. Para as empresas que desejam receber mais exemplares, a Editora do Administrador disponibiliza a assinatura anual (6 edições) no valor de R$ 83,00. Entre em contato pelo Tel./Fax: (11) 2899-6375 ou e-mail: cristiane@artsim.com.br

Cartas consultoria@artsim.com.br ou fax: 55 (11) 2899-6395

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Assunto

Descritivo

Automotivo

Chassi de fibra de carbono

Agroindústria

Catterpillar anuncia nova fábrica

Mercado

Fibermaq revê projeções e estima crescimento

Energia eólica

Fonte novata inibe avanço de usinas

Abmaco

Encontro Regional na Serra Gaúcha/RS

RTM

MVC apresenta RTM/S

Construção civil

Empresa construirá escolas destruídas

Energia eólica

Parques eólicos na Bahia

Médico-hospitalar

Tecido antibacteriano combate infecção hospitalar

Construção civil

Tapetes São Carlos conquista ISO 14000

Mercado

Crescimento no setor de transformação do plástico

Blindagem

Veículos e embarcações com fibra de vidro S2

Automotivo

MAN inicia atuação no Brasil

Naval

Indústria naval levanta âncoras

Abmaco

Jornada chilena sobre tecnologia

Ferroviário

Trensurb comprará novos trens

Mercado

Evonik tem crescimento recorde em 2010

Aeroespacial

Primeiro túnel de fuselagem

Rodoviário

Setor cresce mais de 48%

Reciclagem

Ampliação do volume de plásticos reciclados

Calçadista

Inovações sustentáveis em calçados esportivos

Aeroespacial

Foguete a etanol construído no Brasil

Mineração

Investimentos em mineração

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REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

Veja os assuntos abordados no Tecnologia de Materiais on line. Para ler a notícia, acesse o site www.tecnologiademateriais.com.br e faça a consulta com o assunto indicado abaixo:

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Os pigmentos da linha ASTAPOX são destinados à coloração de sistemas EPÓXI. Como são dispersos e moídos em "Resina Epóxi Isenta de Solvente", facilita sua homogeneização e incorporação na formulação da tinta, assim otimizando e agilizando o processo com a vantagem de não gerar poeira. Trata-se de um produto com alta concentração de pigmento, resultando em uma ótima cobertura e facilitando a formulação de cores pelo seu alto poder tintorial. A ASTAPOX confere maior alastramento e nivelamento na tinta epóxi, facilitando assim

sua aplicação e eliminando possíveis manchas e

riscos. A linha ASTAPOX pode ser desenvolvida na cor desejada pelo cliente, sendo fornecida em baldes: 3, 10 e 20 Kg.

São pigmentos dispersos e moidos em "Resina Poliéster Não Reativa" destinados à coloração de RESINA POLIÉSTER e GELCOAT. Possui alta concentração de pigmento e uma variada gama de cores, dando liberdade de criação a seus projetos. A linha ASTAGEL pode ser desenvolvida na cor desejada pelo cliente, sendo fornecida em baldes: 3, 10 e 20 Kg.

Os pigmentos desta linha são dispersos e moídos em "Fluído de Silicone" destinados à coloração de BORRACHA e FLUÍDO de SILICONE. Como toda linha ASTA sua formulação é de alta concentração de pigmento, resultando em uma ótima cobertura e tingimento. A linha SILPAST pode ser desenvolvida na cor desejada pelo cliente, sendo fornecida em baldes: 3, 10 e 20 Kg.

Obs.: A ASTA não utiliza pigmentos com "METAL PESADO".

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SEÇÕES

GUIA DE ANUNCIANTES

16 Feicon BATIMAT 2011 Cimento Itambé

Em sua 19ª edição, o Salão Internacional da Construção Feicon BATIMAT apresentou uma grande variedade de lançamentos, destaque e produtos em composites e plásticos de engenharia, com materiais de alto rendimento e elevado desempenho. Confira na cobertura

22 Epóxi

Resina técnica de elevado desempenho numa ampla gama de quesitos, tais como durabilidade, adesão, resistência mecânica, resistência química e resistência térmica, a resina epóxi pode ser usada numa infinidade de aplicações. Veja algumas delas

Rebar Supplies

3A Composites...........................................................51 Abmaco.......................................................................35 Aerojet............................................................... 52 e 53 Asta Química................................................................ 5 Brasilplast....................................................................49 Brazil Road Show.......................................................45 Cray Valley..................................................................48 Cromitec......................................................................39 Diprofiber....................................................................37 Elekeiroz.......................................................... 8, 9 e 23 Embrapol.................................................... 33, 36 e 55 Fiber Center.......................................................3ª capa Fiee..............................................................................57 Fibertex........................................................................21 Icder............................................................................... 6 Jushi.............................................................................. 31 Maxepoxi...................................................................... 7 Novapol.............................................................2ª capa Novo Brasil.................................................................55 Painéis Setoriais............................................................ 3 Plasmaq.......................................................................36 Plasticos 2011.............................................................13 Reichhold.....................................................................15 Texiglass......................................................................27 VI.........................................................................4ª capa

4 – Cartas & consultas • 6 – Editorial • 10 – Note & anote

26 Painel Ambientes Agressivos

O Painel Ambientes Agressivos – Saneamento Básico, que ocorreu durante a FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR 2010, em novembro de 2010, contou com uma palestra de Antonio Carvalho, da Reichhold, e outra de Ismael Corazza, da chinesa Jushi Sinosia. Confira

ICDER Fiber, soluções inteligentes e resistentes para a indústria Confira a completa linha de tecidos e fitas de fibra de vidro, aramida e carbono, além de reforços especiais

32 Automotivo Trable et Deco

A aplicação de composites com fibras naturais nas montadoras brasileiras já é uma atividade tradicional, graças às diversas vantagens desse tipo de fibra em aplicações internas e também externas. Veja quais são os principais tipos e a que ponto vão essas vantagens

Aplicações: • Automotivo • Aeroespacial • Náutico • Construção civil • Isolamento térmico • Outros

38 Construção Civil

Material de altíssima resistência mecânica com uma fração do peso dos materiais tradicionais em construção civil, a fibra de carbono é usada há mais de duas décadas como solução para recuperação de estruturas de diversos tipos, em grandes e pequenas obras

Tel.: (15) 3011-8900 Fax: (15) 3226-1513 icder@icder.com.br

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note

42 Matérias-primas Henleycraft

Respondendo por cerca de 80% do mercado de resinas para composites, em diversos mercados, as resinas poliéster atendem todos os segmentos de mercado e tendem a se originar cada vez mais de fontes de reciclagem e naturais. Conheça mais sobre a resina

44 Qualidade Carbonstreamafrica

A sustentabilidade está na moda, seja com produtos de bases renováveis que conquistam parcelas do mercado ou sobre práticas de amigabilidade ambiental e responsabilidade em todos os setores. Veja como o setor atende essa demanda

Redelease

50 Reforços

Transpetro

54 Naval

A fabricação de peças em composites envolve em muitos casos a utilização de reforços sob a forma de mantas de diversos tipos e gramaturas. Essas mantas aumentam bastante o teor de reforço na peça e portanto sua resistência. Veja quais são os principais tipos

Depois de um ciclo de 14 anos sem a construção de grandes embarcações no país, a indústria naval brasileira levanta âncoras, impulsionada pela cadeia de produtos e serviços voltados à exploração e produção de petróleo e gás. Confira as tecnologias

A sinalização horizontal e vertical de rodovias e vias de outros tipos faz uso de diversas peças em composites, tais como placas de sinalização (normalmente feitas por laminação contínua) e tachinhas e tachões. Confira as propriedades e vantagens dessas peças

PR

Fibralit

56 Infraestrutura

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f EVEREIRO

m A RÇ O • 2 01 1 3/21/11 4:50 PM


Resina sustentável é foco em compósitos Linha de resinas de base vegetal BIOPOLI, da Elekeiroz, agrega valor em qualidade técnica e posicionamento de mercado aos seus produtos

LINHA BIOPOLI - AVANÇADA TECNOLOGIA EM RESINAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE SEUS PRODUTOS SUSTENTÁVEIS

Confira todas as características técnicas da linha BIOPOLI em www.elekeiroz.com.br/resinas

Elekeiroz S.A. - Várzea Paulista R. Dr. Edgardo de Azevedo Soares, 392 - Centro Várzea Paulista - São Paulo - CEP 13224-030 Fone/Fax: 0800 11 3663 / 11 4596 8881 e-mail: vendas.resinas@elekeiroz.com.br Assistência Técnica: assist.tecnica@elekeiroz.com.br

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Elekeiroz S.A. - Camaçari R. João Úrsulo, 1261 Pólo Petroquímico Camaçari - Bahia - CEP 42810-030

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Resinas de fontes renováveis BIOPOLI ganham destaque – e espaço – no cenário brasileiro Em outubro de 2010, a Elekeiroz, uma empresa nacional do grupo Itausa, lançou uma completa linha de resinas sustentáveis de base vegetal para a fabricação de peças em compósitos, com o objetivo de substituir parcialmente recursos não renováveis como o petróleo. Em fevereiro deste ano (quatro meses após o lançamento), a Elekeiroz já apresentava números muito significativos: 20% de sua produção já eram constituídos pelas resinas de fontes renováveis. “Estes números mostram que os transformadores brasileiros de compósitos estão alinhados com requerimentos de mercado para a aplicação de tecnologias mais limpas”, disse Carlos Samartine, gerente executivo da Divisão Resinas da Elekeiroz. “A previsão é que, no final deste ano, esta taxa de conversão de resinas base mineral

Sustentabilidade

Para a Elekeiroz, o conceito sustentabilidade é muito amplo, e fundamental para sedimentação e perpetuação do negócio. Segue a cartilha da Holding Itaúsa nos quesitos sustentabilidade, sendo eles: • Ambiental: diz respeito a qualquer ação que envolva uma melhor utilização dos recursos naturais, tais como energia, água e redução ou reaproveitamento de resíduos • Econômico: compreende assuntos que geram reconhecimento no mercado de ações, confiança do consumidor, investimentos que propiciam lucro para a empresa, governança corporativa e transparência. • Social: refere-se a assuntos e ações voltados a pessoas, sejam elas colaboradores ou a comunidade, assim como questões sobre ética e conduta.

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para base vegetal esteja em cerca de 50%”, comentou Waldomiro Moreira coordenador de vendas, marketing e assistência técnica resinas. Além disso, a empresa acredita que esta linha será responsável por um acréscimo de 10% em seu volume de vendas anual, em virtude dos novos negócios que estão sendo gerados. A nova linha de resinas BIOPOLI mantém as mesmas propriedades dos contratipos convencionais em todos os aspectos como propriedades mecânicas finais e comportamento durante processamento (não exige nenhuma alteração em regulagem de equipamentos ou troca de peróxidos iniciadores de reação ou aceleradores de cura). Via de regra as características da Biopoli são até superiores às convencionais, principalmente na molhabilidade e impregnação das fibras de reforço e cargas minerais, permitindo ganho de produtividade.

Características da linha BIOPOLI:

As resinas desta nova linha oferecem excelente rigidez e durabilidade, requisitos fundamentais para serem aplicadas nos materiais compósitos. As resinas Biopoli são indicadas para processos de moldagem aberta (laminação manual ou a pistola) e fechada (RTM convencional, de baixa pressão e infusão), laminação contínua e também para processos com resinas de média a alta reatividades em moldagem a quente, possibilitando desenvolver uma ampla gama de produtos com exigências específicas em sustentabilidade e desempenho, para variados segmentos de mercado. A linha completa de resinas BIOPOLI consiste em resinas poliéster insaturado de bases ortoftálica/tereftálica, diciclopentadieno (DCPD) e isoftálicas de base vegetal para fabricação de peças em materiais compósitos.

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NOTE E ANOTE Notícias em composites, poliuretano e plásticos de engenharia www.artsim.com.br Diretora Diretora Executiva Executiva Simone Martins Martins Souza Souza (Mtb (Mtb 027303) 027303) Simone simone@artsim.com.br simone@administrador.inf.br Jornalistas Jornalista Rodrigo Contrera Contrera (editor (editor técnico) técnico) Rodrigo Michelle Neves Colaboradores Marketing e Eventos João Neiva Luciana MegumiNeves Yanagisaka Michelle Mariana Nascimento Marketing Eventos TamaraeLeite Salete Matias Representantes de Vendas Luana Oliveira Akim Kumow Representantes de Vendas Hermas Braga Neto Akim Kumow José Eduardo Machado Fernando Sandoval Tabatha Magalhães Rafael V. Estevez Administrativo/Financeiro Tabatha Magalhães Antonio Celso Altieri Conselho Jefferson da Editorial Silva Maia Francisco Carvalho (Ibcom) KarlaXavier Alessandra Vieira Waldomiro Moreira (Elekeiroz) Circulação Rita Ruiz (R&D) Cristiane Shirley Guimarães Antonio Carvalho (Reichhold) Internet (Jushi) Ismael Corazza André Tavares de Oliveira Marcio Sandri (Owens Corning) Projeto Gráfico, Diagramação Administrativo/Financeiro Elisângela Souza Hiratsuka Kleber Almeida Silva Marcelo Marin Luiz Marcondes Paulo Santos Bruno Alves Omeltech Pré-impressão e impressão ArtSim Proj. Gráfi cos Ltda. - 11 3779-0270 Circulação Cristiane Shirley EdiçãoGuimarães Edriele Silva Santos Revista Composites e Plásticos de Engenharia nº 75 Projeto Gráfico, Diagramação www.artsim.com.br Elisângela Souza Hiratsuka Marcelo Marcondes Tiragem Marin Raphael Jurado Casanova 12.000 exemplares Internet DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA: América do Sul Rafael Gustavo Pacios Pré-impressão ArtSim Proj. Gráficos Ltda. - 11 3779-0270 www.artsim.com.br Tiragem 12.000 exemplares DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA: América do Sul Editora do Administrador Ltda. Administração, Redação e Publicidade R. José Gonçalves, 96 05727-250 São Paulo – SP PABX: (11)3779-0270 e-mail: consultoria@artsim.com.br www.tecnologiademateriais.com.br É proibida a reprodução total ou parcial de qualquer matéria desta publicação sem autorização prévia da EditoraLtda. do Administrador. Editora do Administrador Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores. Administração, Redação e Publicidade As opiniões expressas nestes artigos não 96 são necessariamente R. José Gonçalves, 05727-250 São Paulo – SP de Engenharia. adotadas pela Revista Composites & Plásticos PABX: (11)3779-0270 A Revista também não se responsabiliza pelo conteúdo divulgado e-mail: consultoria@administrador.inf.br nos anúncios, mesmo os informes publicitários. www.tecnologiademateriais.com.br Circulação É proibida a reprodução total ou parcial de qualquer matéria desta fevereiro/março de 2011 publicação sem autorização prévia da Editora do Administrador. Periodicidade Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores. bimestral As opiniões expressas nestes artigos não são necessariamente adotadas pela Revista Composites Capa & Plásticos de Engenharia. A Revista também não se responsabiliza pelo conteúdo divulgado Automotivo: Matradewilayahtimur nos anúncios, mesmo Carbonstream os informes publicitários. Sustentabilidade: Africa Circulação Poliéster: Henleycraft novembro/dezembro de 2008 Periodicidade bimestral Capa FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR 2008: Studio F Construção civil: Menzolit Santos Off Shore: Poleoduto Pós-graduação: Universidade Positivo NOTE_ANOTE PR75_03.indd 10

O site www.tecnologiademateriais.com.br apresenta as mais recentes novidades sobre os mercados de composites, poliuretano e plásticos de engenharia, em todo o mundo. Os membros da indústria sul-americana de plásticos de performance diferenciada (composites, poliuretano e plásticos de engenharia) podem acompanhar as notícias mais recentes sobre o mercado no site www.tecnologiademateriais.com.br Os jornalistas da Revista Composites & Plásticos de Engenharia, e da Revista Poliuretano atualizam o site com as novidades nacionais e internacionais sobre novos produtos, destaques de matérias-primas e processos, aplicações, eventos, mercado, entre vários outros temas. Confira também.

Cursos técnicos 2011 A Abmaco - Associação Brasileira de Materiais Compósitos já divulgou sua programação de cursos técnicos para este ano. Confira as datas: Introdução aos compósitos poliméricos termofixos (13/04, 15/06, 10/08 e 5/10/2011); Processo de saco de vácuo e infusão (18/05, 13/07, 14/09 e 09/11/2011); Processo de laminação manual (14/04, 16/06, 11/08 e 06/10/2011); Processo RTM Light (17/03, 19/05, 14/07, 15/09 e 10/11/2011); Fabricação de moldes para RTM Light (18/03, 20/05, 15/07, 16/09 e 11/11/2011); Reparos em estruturas em compósitos (15/04,17/06, 12/08 e 07/10/2011) e Análise de tensões e deformações em compósitos estruturais (11/05 e 21/09/2011). Mais informações - www.abmaco.org.br.

Ultra light Resin Transfer Molding A Barracuda Advanced Composites (Rio de Janeiro, RJ) desenvolveu um novo método de laminação com moldes fechados batizado como ULRTM – Ultra Light Resin Transfer Molding. O processo é uma extensão do método RTM light, mas pode construir peças estruturais com teores de fibra de até 70%. Ao contrário do processo RTM convencional, apresenta teores de fibras de 20-25%, o processo, que utiliza a espuma de PVC Divinycell como core estrutural, possibilita a fabricação de peças com acabamento em ambos os lados sem a necessidade de uso de injetoras convencionais. Para o projeto de construção das peças, a empresa dispõe de um sistema de análise de fluxo (Flow Model), que detalha a colocação dos reforços e projeta as tomadas de resina e as linhas de vácuo. O resultado é uma peça extremamente leve com acabamento perfeito em ambas as faces. Mais informações – www.barracudatec.com.br

Versatilidade de design para nano inline A Heelys apresentou ao mercado os calçados com rodinhas Nano Inline Footboard, desenvolvido com o copoliéster Tritan. O Tritan é um copoliéster que combina propriedades de rigidez, transparência e flexibilidade de design, além de ser fabricado sem bisfenol A. O Nano Inline Footboard é uma prancha de skate compacta e portável, e foi projetado a partir da tecnologia central do conceito de sapatos com rodinhas removíveis. A prancha oferece funcionalidade e verEastman satilidade aos sapatos, pois permite que os usuários a prendam diretamente ao sapato através do novo sistema adaptador, o que aumenta a capacidade de manobra em relação a pranchas de Calçados com rodinhas desenskate, patinetes e patins inline. Mais informações – volvidos com tecnologia Tritan www.eastman.com/tritan

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NOTE E ANOTE Máquina para a fabricação de gelcoat

Prêmio Especial da Revista JEC A MVC Soluções em Plásticos (São José dos Pinhais, PR), conquistou o Prêmio Inovação JEC 2011, na categoria Prêmio Especial da Revista JEC. A empresa destacou-se com o projeto de desenvolvimento do revestimento interno do novo terminal de passageiros do Aeroporto Internacional de Carrasco, em Montevidéu, Uruguai. “Este prêmio internacional é o reconhecimento de todos os nossos esforços para oferecer ao cliente uma solução completa e integrada: desde os cálculos estruturais, ensaios físicos e químicos, até a logística e o treinamento da mão-deobra local”, afirmou Gilmar Lima, diretor-geral da MVC. O projeto, que atende a todos os requisitos de resistência e segurança, envolveu uma área total de 24 mil m² de revestimento da superfície inferior (interna) do novo terminal de passageiros do aeroporto. Foram instalados painéis sanduíche, com tecnologia Wall System, de plástico reforçado com fibra de vidro e acabamento em gelcoat isoftálico e núcleos de EPS (poliestireno expandido) e poliuretano. A flexibilidade dos painéis foi um diferencial. “Utilizamos três tipos de painéis com características e formulações diferentes para cada área aplicada e conseguimos atender todas as necessidades específicas, gerar uma solução competitiva e, ainda, tornar o projeto um marco não somente no Brasil, mas no mundo”, ressaltou Lima. O desenvolvimento e a implementação do projeto levaram cerca de oito meses, com a inauguração do terminal de passageiros em 2009. Para ler esta notícia completa, acesse www.tecnologiademateriais.com.br – Consulta – Prêmio

A Redelease (São Paulo, SP) firmou um acordo com a Ashland (Araçariguama, SP) e acertou a importação de um equipamento utilizado para a fabricação de gelcoat. Denominada Instint Machine, a novidade permitirá que a Redelease pigmente na hora o produto e o forneça na cor que o cliente desejar (há mais de 900 opções). O equipamento, importado pela Redelease está programado para chegar ao Brasil no final de setembro. “Dentro de um ano, devemos ampliar em 40% a venda de gelcoat”, calculou Roberto Iacovella, diretor da Redelease. A empresa pigmentará o gelcoat Maxguard Le, produto da Ashland e referência na Europa e EUA em segmentos como o náutico e o sanitário. À base de resina isoftálica com NPG, o produto garante elevado índice de repetitibilidade de cor, baixa emissão de estireno, além de excelente resistência às intempéries, hidrólise, corrosão e abrasão. Mais informações – www.redelease.com.br

Foguete a etanol O Instituto de Aeronáutica e Espaço (São José dos Campos, SP) está coordenando a construção de um foguete brasileiro alimentado por propelente líquido – mais especificamente, por etanol. O projeto está na etapa de construção do sistema de alimentação do motor foguete, cuja principal função é fornecer ao motor foguete a propelente líquido nas pressões e vazões necessárias para o correto funcionamento do motor. O sistema de alimentação será um dos componentes do primeiro foguete brasileiro funcionando exclusivamente com propelente líquido, o VS-15. O VS-15 possibilitará a realização de ensaios em voo do motor do foguete a etanol, verificando se o motor corresponde às características de projeto. O sistema é composto por dois reservatórios de propelentes, um de etanol e outro de oxigênio líquido, e um reservatório de gás pressurizante, todos fabricados em fibra de carbono, para redução da massa total. Para ler esta notícia completa, acesse www.tecnologiademateriais.com.br/fibradecarbono

Pós em composites Com o objetivo de qualificar os alunos para atuarem na área de composites, contribuindo para o aumento da competitividade das empresas do setor por meio da inovação e melhoria de seus processos e produtos, será realizado o curso de Especialização em Engenharia de Processos – Tecnologia de Compósitos, na modalidade pós-graduação – Lato Sensu, regido pela Resolução nº 1, de 8 de junho de 2007 – CNE/CES. O curso tem como público-alvo os profissionais graduados em cursos de engenharia e tecnologia em polímeros e em outros cursos de áreas afins, tais como química, arquitetura e designer de produto. Mais informações – www.ucs.br

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K-jet

Quadriciclo anfíbio O jet ski e o quadriciclo são equipamentos de transporte de pequeno porte que ganharam um público notável e em franco crescimento em seus respectivos segmentos, náutico e off-road. Na categoria de transQuadriciclo anfíbio faporte náutico, o jet ski se destaca bricado em composites por aliar agilidade e potência, impressionando na água. Por sua vez, o quadriciclo, inicialmente desenvolvido para ser um utilitário no auxilio a trabalhos rurais, por possuir os mesmos adjetivos de um jet ski, ganhou destaque também por sua robustez e segurança em estradas difíceis, como barrancos e terrenos arenosos. As semelhanças de funcionalidade, a capacidade técnica do jet ski e do quadriciclo inspiraram o projeto do K-jet, primeiro anfíbio brasileiro de alta velocidade que visa a união destes dois equipamentos para a criação de um produto inovador. O casco e o convés do anfíbio são fabricados em composites laminado por infusão com aramida. Já o chassi e a estrutura foram fabricados em um monobloco de espuma de PVC e aramida, em conjunto com longarinas em liga de alumínio reforçado com aramida. Mais informações – www.kjettecnology.com.br

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NOTE E ANOTE A Evonik (São Paulo, SP) comemorou o grande avanço obtido no campo da sinalização viária horizontal, com a publicação da norma técnica 15870:2010 – que traz um importante progresso na questão da segurança das rodovias, contribuindo para a redução de acidentes e mortes nas vias de tráfego. Os sistemas plástico a frio para demarcação viária foram desenvolviRedução dos índices de acidentes dos na Alemanha na década de 60 pela Evonik e têm como principal componente as resinas metacrílicas reativas Degaroute. Atualmente os sistemas plástico a frio à base destas resinas representam uma tecnologia reconhecida, amplamente utilizada em diversos países e que está em franca expansão na América do Sul, devido ao reconhecimento das autoridades, concessionárias, formuladores e aplicadores como uma das mais avançadas e eficientes quando o assunto é demarcação viária horizontal. “A publicação da norma é uma forte indicação da preocupação das autoridades e do setor em reduzir os índices de acidentes, aumentar a durabilidade das soluções empregadas na área de sinalização viária e, consequentemente, promover maior sustentabilidade em obras de infraestrutura, pontos que ganharão ainda mais importância nos próximos anos devido à Copa do Mundo de 2014”, declarou Débora Rebuelta, chefe de produto da Evonik. Mais informações: www.evonik.com.br

Grupo Brampac comunica aquisição da R&D Internacional O Grupo Brampac (Cotia, SP), formado por empresas com atuação comercial no Brasil e no exterior, nos segmentos químico, petroquímico e empresas parceiras do setor farmacêutico e de embalagens, comunica a aquisição da empresa R&D International Importadora e Distribuidora (São Paulo, SP). A R&D International, fundada em março de 1995, iniciou suas atividades na representação e distribuição de produtos com ênfase em especialidades para o mercado do plástico reforçado para segmentos como construção civil, indústria náutica, tecelagem, indústria de corrosão, pultrusão, dentre outros. A aquisição faz parte do plano de metas do Grupo Brampac que vem de uma trajetória de expansão, evolução e aperfeiçoamento nos mercados de atuação das empresas do grupo. Esta nova operação vem unir e fortalecer as bases de relações com seus clientes e parceiros gerando maior competitividade em seus negócios.

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Aplicações no setor eletroeletrônico A SABIC Innovative Plastics lançou as classificações mais elevadas de temperatura para uso contínuo para materiais termoplásticos não reforçados. As resinas termoplásticas de poliimida (Thermoplastic PolyImide - TPI) Extem* UP retardantes à chama são materiais de elevada resistência à temperatura, que atingiram recentemente a classificação RTI (Relative Temperature Index, Índice de Temperatura Relativa) UL746B por conseguirem atingir a casa dos 240° C. Ao incorporar o poliéter-éter-cetona (PEEK) à tecnologia presente na resina Extem, a SABIC Innovative Plastics oferece aos clientes um desempenho otimizado, combinando o melhor de ambos os materiais. Essa tecnologia abre novas oportunidades para aplicações que requerem baixo peso e temperaturas de uso contínuo mais elevadas, como placas de chips semicondutores e conectores para ambientes agressivos, propondo uma alternativa aos metais presentes nas indústrias petrolífera e aeroespacial. Mais informações – www.sabic-ip.com

Componentes em composites para nova linha de miniônibus A MVC Soluções em Plásticos (São José dos Pinhais, PR) equipou a nova linha W FLY de miniônibus da Volare com inéditos componentes em plástico de engenharia, que proporcionaram Revestimento de paredes de separaacabamento superfição, acabamento de portas e consoles cial de alta qualidade, foram fabricados com acrílico modifiajudam na preserva- cado fosco e ABS. ção ambiental e na redução de peso e de custos. Com conceitos aplicados somente nos automóveis, as novas peças foram desenvolvidas com tecnologias 100% recicláveis e permitiram melhor absorção de impacto, aumento da segurança passiva e mais conforto. De acordo com Gilmar Lima, diretor-geral da MVC, este novo conceito aproxima cada vez mais o miniônibus de um veiculo de passeio, com foco na redução de peso, resistência, beleza e conforto. “Desenvolvemos desde o para-choque e as saias laterais, em plásticos de engenharia de alto desempenho, até os revestimentos internos, como o teto, as paredes de separação e o painel de instrumentos completo”, explicou Gilmar. “A inovação não está somente nos materiais, mas também nos processos utilizados – sustentáveis e que colaboram para a preservação ambiental – para fabricação das peças. Isso faz parte do nosso compromisso com a sustentabilidade e contribui para o futuro das próximas gerações”, enfatizou o executivo. Para ler esta notícia completa, acesse www.tecnologiademateriais.com.br – Consulta – Automotivo

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Benefícios da nova norma sobre plástico a frio para sinalização horizontal viária

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NOTE E ANOTE Aquecimento ultrarrápido de filmes espessos de alumínio Victrex

Quando a Datec Coating Corporation (Reino Unido) desenvolveu a nova tecnologia em filmes espessos para aplicação de uma alta fonte de energia elétrica para aquecer uma peça de alumínio, escolheu os revestimentos Vicote como o componente de isolação para as camadas dielétricas (superior e inferior) do filme Aquecimento rápido e alta densidade espesso. O sistema de aquecimento de filme espesso da de energia com redução de 20% no Datec possui camadas conconsumo dutivas e resistivas essenciais, que são serigrafadas diretamente em um dissipador de calor de alumínio, que é revestido com os revestimentos. Esta tecnologia é usada na fabricação de aquecedores de ação rápida e silenciosa, que oferecem vantagens de performance inigualável, incluindo alta condutividade térmica e a capacidade de resposta para diversos produtos industriais e de consumo. Anteriormente, os aquecedores deste nível de desempenho só podiam ser impressos em peças de aço inoxidável e alumina (óxido de alumínio). “A chave para a inovação da Datec foi a combinação do material dielétrico contendo o revestimento Vicote e os materiais condutivos e resistivos patenteados. O Vicote é um excelente aglutinante que, quando combinado com outros componentes, cria uma forte combinação com a peça e oferece excelente resistência dielétrica. Ele funciona muito bem com as camadas resistoras e condutoras e, juntos, o sistema de camadas absorve expansão térmica oriunda da discrepância entre o aquecimento das camadas e a peça”, disse Dominic Talalla, CEO da Datec. Mais informações – www.victrex.com

Design italiano para lanchas cabinadas A Aguz Marine, o mais novo estaleiro do país, apresentou ao mercado náutico, a lancha Aguz Open Line 36. Projetada pelo estúdio italiano Ferragni & Tollini Yacht Design, a embarcação tem tudo para dar uma chacoalhada na mesmice que impera no litoral brasileiro quando o assunto é design de lanchas cabinadas.“As embarcações desse tipo feitas aqui são muito parecidas, quase cópias umas das outras. Por isso, decidimos buscar na Itália um projeto inovador, que agrega beleza e funcionalidade”, afirmou Amilton Gutierrez, diretor geral da Aguz Marine. Com 36”, a embarcação conta com duas ou três cabines – acomoda até dez pessoas – e dois motores, cuja potência individual chega a 370 HP. O casco, feito pelo processo de infusão com resina éster-vinílica, combina extrema resistência e baixo peso, resultando em mais velocidade e menor consumo de combustível. Mais informações – www.aguzmarine.com.br

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Avião não-tripulado multiuso terá versão supersônica Uma aeronave supersônica não-tripulada está sendo desenvolvida no país e servirá para exercícios militares. O modelo, que deverá chegar ao mercado no final de 2011, será fabricado pela AGX Tecnologia (São Carlos, SP) em parceria com a Aeroálcool Tecnologia (Franca, SP). O modelo servirá para o treinamento aéreo de alto desempenho da Marinha como, por exemplo, a aferição dos radares das embarcações, podendo voar a 15 metros acima do nível do mar. “Ele é utilizado não apenas para treinar a tropa, mas também para testar e aferir o sistema de radares de defesa”, explicou Adriano Kancelkis, diretor da AGX Tecnologia. As empresas também vêm desenvolvendo há seis anos aeronaves não-tripuladas para atender ao mercado agrícola e o de produção de imagens aéreas. Na área civil, a AGX e a Aeroálcool preparam o lançamento de um avião multiuso – esse subsônico – com 1,5 kg, que chega a 3 kg com os sensores e câmeras. Produzido em fibra de carbono, esse avião pode ser controlado através do telefone celular. “A ideia é produzir inicialmente 50 unidades para atender à demanda reprimida”, ressaltou Kancelkis. O avião tem opção de lançamento por impulso do próprio braço humano e desenvolve missões como fotografar e monitorar áreas, entre outras funções. A aeronave pousa com a abertura de um para-quedas. Mais informações – www.agx.com.br

Bioenergy fecha acordo com fabricante de turbinas eólicas A Bioenergy fechou contrato com a GE para adquirir 18 turbinas eólicas ainda em 2011, 36 em 2012 e uma opção de compra de até 250 para 2013. Os equipamentos vêm para atender projetos comercializados nos leilões de 2009 e 2010, assim como da primeira venda de energia eólica no mercado livre brasileiro, cerca de 100 megawatts (MW) médios arrematados pela Cemig em dezembro de 2009. Os lotes de equipamentos de 2011 e 2012 somam 250 milhões de reais. Já o lote de 2013 pode chegar a 1,2 bilhão de reais. Neste ano, serão utilizadas as turbinas GE 1.6 Xle com 82,5 metros de rotor, uma tecnologia consagrada, com mais de 14.000 unidades instaladas no mundo. No ano que vem, serão utilizadas as novas turbinas GE 1.6 -100, com 100 metros de diâmetro de rotor, as primeiras no mundo que utilizam as novas pás de 50 metros de comprimento e serão as maiores turbinas a serem instaladas no Brasil. A escolha pela GE se baseou em um exaustivo processo técnico-financeiro, com a escolha dos equipamentos que apresentassem a melhor rentabilidade financeira para o investimento. “Levamos em consideração o custo de manutenção ao longo de 30 anos, assim como de durabilidade e disponibilidade do equipamento, além do suporte e presença da GE no Brasil”, explicou Sérgio Marques, presidente da Bioenergy. Tecnologias para esta indústria serão apresentadas no Painel Energia Eólica, que acontecerá no dia 7 de abril de 2011, em Fortaleza, CE. Mais informações – www.tecnologiademateriais.com.br – Consulta – Energia Eólica

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Resinas poliésteres, éster vinílicas e fenólicas Gelcoats Pastas pigmentadas Fornecedora mundial de resinas, gelcoats e pastas pigmentadas, a Reichhold é líder no desenvolvimento de resinas poliéster insaturadas e éster vinílicas para a indústria de Composites e uma das principais fornecedoras de inovadoras tecnologias para a indústria de Coatings, oferecendo soluções sustentáveis que contribuem de maneira eficiente e responsável às necessidades dos mais variados mercados da economia – Construção Civil, Transporte, Náutico, Esporte & Lazer, Industrial e Energia Eólica. Fundada em 1927, sua matriz e Centro Tecnológico de Pesquisa mundiais localizam-se nos EUA, em Research Triangle Park (Carolina do Norte). Opera com 23 unidades, entre fábricas e centros de pesquisa e desenvolvimento (P&D), ao redor do mundo. No Brasil, foi fundada em 1948 e, atualmente, mantém um centro de P&D e duas unidades fabris, uma em Mogi das Cruzes (SP) e outra em Simões Filho (BA), que atendem com eficácia os mercados do Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Uruguai e Venezuela.

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FEICON 2011

Novidades em tecnologias e aplicações

Plásticos de engenharia e composites são materiais amplamente utilizados em construções, e isso ficou patente nas atrações da Feicon-Batimat 2011 – 19º Salão Internacional da Construção, em São Paulo, SP. Veja você mesmo

Focada em soluções voltadas a construções sustentáveis, em especial as voltadas para infraestrutura de arenas esportivas, a 3M do Brasil (Sumaré, SP) apresentou a membrana tensionada de PTFE/ETFE, já utiNinho dos Pássaros em construção lizada no chamado Ninho de Pássaros, durante as Olimpíadas de Beijing, em 2008. Essa membrana foi aplicada numa simulada arena de futebol num espaço interativo. O evento também foi o local escolhido para o lançamento oficial da película antivandalismo Scotchgard 1004, composta de quatro camadas e aplicada em superfícies de vidro ou policarbonato contra pichações, grafite e outros atos de vandalismo.

Impermeabilizante base epóxi poliamida A Viapol Impermeabilizantes (Caçapava, SP) apresentou, tendo como foco soluções em que a impermeabilização favorece a sustentabilidade, o Viapoxi Coat, linha de impermeabilizantes base epóxi poliamida, fle-

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Barras antipânico Fabricante de fechaduras e ferragens de alta qualidade, o tradicional grupo La Fonte (São Paulo, SP) lançou as barras Antipânico Evolution, com aplicação nos mais variados ambientes, feita de componentes reforçados em aço e com pintura de resina epóxi nas Barra antipânico Evolution cores, branca, preta e prata.

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xibilizado, isento de solvente orgânico, impermeável a água e vapor e indicado para superfícies horizontais e inclinadas. Excelente para proteção e acabamento impermeável em estruturas de concreto e metálicas, o Viapoxi Coat proporciona elevada resistência mecânica e química, com excelente aderência sobre concreto, argamassas, estruturas metálicas, etc. O Viapoxi Coat não apresenta retração, sendo que após a cura é indicado para contato com água potável. Com elevado índice de flexibilidade, o Viapoxi Coat apresenta elevada resistência à abrasão e pode ser aplicado em estruturas com movimentação estrutural. A Viapol também divulgou que 15% do peso das mantas produzidas pela empresa vêm de matérias-primas recicladas (polímeros derivados de sobras industriais que são reprocessados e adequados às características necessárias para fabricar cada produto).

La Fonte

Panoramio

Membrana tensionada

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FEICON 2011 Banheira de 7 m

Concreto polimérico

O grupo Astra (Jundiaí, SP) apresentou uma banheira, batizada de Dubai, com 7 metros de comprimento, com lugar para sete pessoas sentadas, mais de 100 jatos de hidromassagem, air blower, cromoterapia e aromaterapia. A torneira da banheira é feita em ABS cromado com fechamento automático.

Tradicional desenvolvedora de soluções em tecnologia de concreto polimérico e outros materiais para sistemas de drenagem de superfície, área em que é mais conhecida, a ACO (Rendsburg, Alemanha), empresa com importante presença nos ramos de engenharia e construção, assim como em soluções para construções esportivas e agrícolas, mostrou seus principais produtos em concreto polimérico, assim como outras soluções em concreto reforçado, aço inoxidável, plástico e ferro fundido. Treze dos sites do grupo ACO produzem peças em concreto polimérico para uso, dentre outros mercados, em construção civil. O material é utilizado nos sistemas de canais, caracterizando-se pela extrema durabilidade e estabilidade. Nas formulações são utilizadas cargas de quartzo e resinas poliméricas para produção de materiais totalmente impermeáveis. Como resultado, obtém-se obras com extrema durabilidade – segundo a empresa, obras lançadas no final dos anos 60 ainda continuam em uso sem danos aparentes. Outro uso do material é em sistemas de prevenção de contracorrente (válvulas de retenção), em aparelhos fabricados em plástico, ferro fundido e concreto polimérico de acordo com a norma EN 13564.

Laminados decorativos A Changzhou Shuangou Flooring (Changzhou City, Província de Jiangsu, China) apresentou suas soluções em laminados decorativos internos e externos feitos de composites de diversos tipos de plástico com lâminas de alumínio ou soluções como honeycomb de alumínio. A ampla gama de produtos fabricados pela empresa incluem laminados metálicos termo-isolantes, à prova de fogo, fluorocarbonos, pré-revestidos, etc. Destaques também serão dados aos painéis de aço inox, de lâminas plásticas de cobre, nanométricos autolimpantes, à prova de fogo, etc.

Fibra de vidro Importante grupo fabricante de matérias-primas para construção civil, dentre elas fibra de vidro e peças em materiais composites para os mercados eólico, de cilindros de alta pressão, novos materiais para pisos, etc., a CNBM apresentou esses e outros produtos na exposição.

Impermeabilizantes

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A Dryko Impermeabilizantes (Guarulhos, SP) mostrou, dentre variados produtos para o mercado de construção civil, as linhas Drykopoxi Isol e Drykopoxi Alcatrão de revestimentos base resina epóxi. A Drykopoxi Isol, isenta de solventes, apresenta excelente resistência mecânica, química e estabilidade térmica, não contaminando produtos que venham a entrar em contato com a película. É indicada para tanques para armazenagem de produtos químicos, tanques de contenção, poços de elevador, subssolos e jardineiras. A Drykopoxi Alcatrão, por sua vez, é um produto bicomponente à base de resina epóxi e alcatrão, que forma uma película flexível de ótima resistência mecânica e química. Com facilidade e rapidez de aplicação em locais de difícil acesso, possuindo total compatibilidade com estruturas de concreto, a Drykopoxi Alcatrão é aplicada em revestimentos e tubos de concretos, impermeabilização de subsolos contra pressão negativa, box de banheiros, casas de máquinas e de bombas, jardineiras, floreiras e impermeabilização de estações de tratamento de efluentes domésticos.

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Cabo flexível Fabricante de fios e cabos elétricos, a SIL (Guarulhos, SP) lançou o cabo flexível AtoxSil 0,6/1 kV 90º C, que proporciona elevada segurança em relação a cabos tradicionais, sendo que sua veia é isolada com borracha etilenopropileno (EPR), Cabo em borracha EPR e suportando até 90º C e possibilita termoplástico poliolefínico maior capacidade de corrente elétrica que o cabo isolado de PVC. Na extrusão da capa externa do cabo é utilizado composto termoplástico poliolefínico não halogenado, com característica de não propagação e autoextinção de fogo, assim como baixa emissão de fumaça e gases tóxicos. Esse cabo é indicado para locais de alta densidade de ocupação (de acordo com a norma ABNT NBR 5410, locais BD2, BD3 e BD4). Para lançar esse cabo, a SIL teve que investir na aquisição de uma linha especial de extrusão com rosca, com tecnologia para processar a poliolefina.

SIL

Pintura eletrostática A C3 Equipamentos (Caxias do Sul, RS), empresa do grupo CIM Componentes, apresentou escoras metálicas com elevada vida útil e exclusiva proteção para a rosca, com pintura eletrostática em epóxi, o que lhe confere muito mais resistência a pancadas, riscos e principalmente corrosão.

Portas, painéis e deques A turca Adopen Plastik (Istambul, Turquia) mostrou exemplos de suas portas Sakelli de wood composite, do seu sistema Pladeck de moldagem de concreto polimérico e dos sistemas De Deck em composites, para decks nesse material. As portas Sakelli, de wood composites, caracterizam-se pela beleza, praticidade, durabilidade (contra torção, impacto e bactérias) e segurança (classe B1 de resistência ao fogo). Outras propriedades consistem na facilidade de limpeza, isolamento acústico (até 36 dB), proteção natural contra umidade e ausência de manutenção. Já o patenteado sistema Pladeck, de sistemas de moldagem em concreto polimérico, proporciona uma opção à madeira compensada em construções dos mais variados tipos. Produzidos nas di-

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FEICON 2011 mensões de 62,5 x 250 cm, os painéis Pladeck, 30% mais leves que os painéis de compensado, possuem propriedades mecânicas elevadas, com resistência à água, umidade e intempéries, durabilidade submetido ao fogo, reciclabilidade e amigabilidade ambiental. Podem ser usados moldados em concreto, em colunas, pisos, vigas e todos os tipos de moldagens em concreto. Podendo ser pregados, perfurados e cortados, os painéis Pladeck devem usar, como recomendado, pregos especiais encapados, não precisando contudo de pintura epóxi contra absorção de água. Por sua vez, os sistemas De Deck, em composite, é especialmente projetado para deques e outras aplicações sujeitas à água, tais como terraços, beiradas de piscinas, piers, varandas, pergolas, jardins, passarelas e qualquer área externa. Não afetado pelas condições climáticas nem pela umidade, água e impactos, o De Deck é fabricado em qualquer dimensão, sendo facilmente instalado, pintado a depender da solicitação e não necessita de manutenção. Por último, os painéis poliméricos Panado, indicados para paredes e telhados de armazéns, depósitos, ginásios poliesportivos e estruturas industriais e agrícolas, dentre outras aplicações, proporcionam elevado isolamento térmico e acústico, não absorvendo água nem sendo afetados pelas condições atmosféricas, por distorções, deformações, etc. Produzidos nos comprimentos desejados, os painéis Panado são resistentes a fumaças ácidas e derivadas de produtos químicos.

Placa cimentícia

durabilidade, além de resistência a impactos e a umidade, podendo receber qualquer tipo de acabamento, desde pintura até cerâmica. O CRFS das Placas Cimentícias é também utilizado nas telhas Fibrotex, da mesma empresa. Outro produto apresentado foi o DuPont Tyvek HomeWrap, desenvolvido para utilização em sistemas construtivos a seco que utilizam aço ou madeira e placas de fechamento, servindo como barreira contra intempéries, reduzindo a infiltração de ar externo, aumentando a eficiência do isolamento térmico e assegurando a estanqueidade das paredes e dos perfis e isolamentos internos contra a infiltração de água. O Tyvek HomeWrap é composto em 100% por PEAD (polietileno de alta densidade). As Telhas Shingle, compostas por manta asfáltica com grãos minerais e mantas de fibra de vidro para estabilidade dimensional, também foram apresentadas na feira. Sistema mais utilizado na Europa e Estados Unidos devido à resistência e estética, a cobertura com telhas Shingle estão disponíveis em 2 modelos e 9 cores e requerem um sistema construtivo especial, composto de compensado, subcobertura e sistema de ventilação.

Caixas d’água A Bakof (Frederico Westphalen, RS) apresentou sua linha completa de caixas d’água em composites de fibra de vidro, assim como os produtos em polietileno. A empresa apresentou também telhas, reatores anaeróbios e aeróbios, filtros, silos, cochos, lixeiras e desenvolvimentos especiais em composites de fibra de vidro.

Brasilit

Brasilit

Shingle: solução prática

Placa cimentícia impermeabilizada

A Brasilit (São Paulo, SP), empresa que faz parte do grupo francês Saint-Gobain, apresentou a Placa Cimentícia Impermeabilizada Brasilit, assim como os painéis Masterboard, na linha Construção a Seco, da empresa. Esses produtos fazem uso da tecnologia CRFS (cimento reforçado com fio sintético), associada a um rígido processo de impermeabilização, para tornar esses produtos ideais para fechamentos externos, assim como para pisos e mezaninos de grande resistência e segurança. Desenvolvida para vedações, fachadas e revestimentos, a Placa Cimentícia Impermeabilizada não sofrem com a ação de cupins ou fungos, e estão disponíveis em espessuras de 6 e 8 mm para ambientes internos e 10 12 mm para ambientes externos com largura de 1200 mm e comprimentos de 2000, 2400 e 3000 mm. A placa não utiliza amianto em sua fabricação e tem elevada

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Especializada em soluções de alto desempenho em composites de fibra de vidro para os segmentos de construção, transporte e sinalização viária, a Fibralit (Campinas, SP) apresentou desde as tradicionais telhas em composites, passando pelos laminados contínuos usados em paredes para construção civil, construção de paredes de caminhões frigoríficos e outras aplicações, e placas de sinalização viária. Em todos esses produtos a tecnologia é a de laminados contínuos de fibra de vidro (composites).

Painéis composites O grupo Foshan Shunde (Foshan City Guangdong, China) mostrou seus painéis composites de alumínio e polímeros diversos para materiais de núcleo (dentre os quais polietileno de baixa densidade), com ou sem filmes externos (PET, por exemplo), fazendo também uso de nanotecnologia (para atribuir resistência às intempéries e ao pó, assim como propriedade de serem autolimpantes e resistentes a ácidos e álcalis).

Placas de PC A Haining Pure Plastic Sheet (Haining City, China) apresentou placas de policarbonato de diversos tipos (ocas, multiparedes, sólidas, etc.) para aplicação no mercado de construção civil. Especializada na fabricação de placas resistentes a raios ultravioleta extrudadas por ambos os lados, a empresa dedica-se também à produção e montagem de estufas de jardim nesses materiais.

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Laminados contínuos

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FEICON 2011 A Plastilit Conexões, Tubos e Acessórios (Curitiba, PR) lançou assentos sanitários e torneiras feitos em ABS (Acrilonitrila, Butadieno, Estireno), com diversas vantagens em relação a outros Torneira materiais, tais como a proprieda- em ABS de de não juntar sujeira internamente, a durabilidade e a ausência de desbotamento da cor. Plastilit

A Ghel Plus (Ampére, PR), fabricante de pias, cubas, tanques, válvulas e acessórios em metal (aço inox, em sua maioria), lançou sua pia da linha Duretec, em mármore sintético. A pia proporciona durabilidade, resistência, tecnologia e durabilidade.

Assentos e torneiras em ABS Plastilit

Pia em mármore sintético

Lã de PET A Trisoft (Itapevi, SP) mostrou alternativas de uso da lã de PET Isosoft, revestimento acústico oferecido em diferentes espessuras e densidades, para ser aplicado em coberturas, pisos, paredes e tratamento acústico industrial. Produzida com lã de PET inteiramente reciclada e reciclável, a lã de PET Isosoft impede a proliferação de bactérias e fungos, podendo também ser aplicada em pisos de escritórios, apartamentos, galpões, teatros, auditórios, residências, supermercados, casas noturnas, entre outros, com o nome respectivo de Isopiso, para proteção contra ruídos, e Isodecor. Para cada metro quadrado de lã de PET Isosoft são utilizadas por volta de 30 garrafas PET.

Solid surface Fabricante de solid surface, um tipo de mármore sintético, a KaiPing Fuliya Composite Material (Kaiping City, Província de Guangdong, China) apresentou suas soluções em solid surface acrílicas puras, acrílicas modificadas, mármore artificial, solid surface tradicional e resinas poliéster. O Solid Surface é um produto composite derivado de resinas termofixas e termoplásticas de excelente estética, fácil manuseio e de elevada higiene, utilizado nas mais diversas aplicações em ambientes que requerem aparência impecável e perfeita higiene.

Telhas asfálticas A Onduline do Brasil (Juiz de Fora, MG) mostrou suas telhas asfálticas onduladas, que possuem monocamada de fibras vegetais (de celulose), impregnação de betume (asfalto), pigmentos e proteção polimérica (contra raios ultravioleta e escamação). A empresa mostrou também todo o sistema de construção do telhado: telha, cumeeira, espigão, fixadores, clarabóia entre outros, sendo que com as telhas e acessórios Onduline é possível montar um telhado leve, prático e bonito em pouco tempo. O sistema possui garantia de 15 anos de impermeabilização. Outro destaque foi a telha térmica sanduíche da empresa, que por sua vez proporciona isolamento térmico por meio de uma camada de poliestireno entre duas camadas de telhas vegetais. A empresa lançou também a telha Onduclair, de policarbonato, disponível nas cores transparente e fumê, que permite a passagem de luz natural para o ambiente e ajuda a economizar energia elétrica. Essa telha possui uma nova cumeeira, mais bonita e fácil de instalar, com encaixe para a sobreposição.

Selante epóxi

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A Quimicryl (Cotia, SP) lançou o Baucril Junta Epóxi AN, selante epoxídico com flexibilidade para suportar movimentações de juntas e resistência mecânica para suportar cargas em pisos de alta resistência.

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Assento sanitário em ABS

Superfície sólida A Sintec (Congonhal, MG), fabricante de pias, tanques, lavatórios e cubas em mármore sintético deu destaque a suas placas em superfície sólida mineral, que permitem elaborar produtos dos mais variados tipos e características.

Painéis composites A Xiangfan Fengbari Packing Materials (Xiangfan City, Hubei, China) apresentou painéis composites de alumínio (ACP) com filmes poliméricos adesivos utilizados para adesão das lâminas de alumínio no núcleo de placas de polietileno.

Placas de PC A Zetaflex (São Paulo, SP), fabricante de toldos e coberturas com e sem movimento, assim como de forros, brises e fachadas, apresentou os produtos da linha Zetalux, feitos em parceria com a Polygal, fabricante norteamericana de placas de policarbonato multicamada. Os produtos dessa linha utilizam policarbonato alveolar translúcido importado, com garantia contra raios ultravioleta por 10 anos ou policarbonato compacto, transparente, de outro fornecedor. As placas são fixadas à estrutura de apoio por perfis transparentes importados de policarbonato de alta pressão, permitindo alcançar acabamento de alta qualidade sem furações com parafusos aparentes. As estruturas e armações, a não ser em casos específicos, são de alumínio anodizado.

Fibra de vidro e ABS Fabricante de piscinas, spas, banheiras, ofurôs, acessórios e hidrowall, a Ouro Fino (Ribeirão Pires, SP) mostrou produtos fabricados, dentre outros materiais, em composites de fibra de vidro, ABS, policarbonato e Noryl.

Caixas d’água e outros A Fortlev (Serra, ES), fabricante de tanques de filamento contínuo e telhas translúcidas de fibra de vidro, mostrou também suas caixas d’água, caixas multiuso, filtros, , cisternas, tanques slim, sistemas de tratamento de esgoto, telhas translúcidas, tanques industriais, tanques modulares, caixas de tipo versátil e cochos e bebedouros. As caixas d’água em

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FEICON 2011 fibra de vidro são ideais para grandes capacidades, sendo que, com opções de até 25 mil litros, elas atendem os mais diferentes tipos de projeto, com segurança e durabilidade.

gas em residências. Divididos em duas categorias, os protetores são feitos de material reciclável e utilizam poliamida (náilon) entre os pinos, material insubstituível em função das resistências mecânica e térmica requeridas.

Piso autoportante

Telha shingle

Filtros em composites Fabricante de filtros de água para piscinas, a Epex (Santa Luiza, MG) destacou as carcaças inteiramente em composites de fibra de vidro de seus filtros, assim como o uso de plásticos de engenharia para modelos de menor dimensão, eletrobombas e válvulas. A empresa também fabrica bocais e ralos em composites e ABS, assim como sistemas para hidromassagem em ABS e skinners, controladores e extravasadores em composites.

Energia eólica

Mizumo

A Westaflex (Contenda, PR), fabricante de renovadores de ar, protetores térmicos tubulares, tubos industriais, tubos acústicos e tubos de acessórios diversos, destacou a utilização, desde março de 2008, de uma torre de energia eólica própria direcionada ao seu processo produtivo.

Estações de tratamento A Mizumo (Pompéia, SP) apresentou suas tradicionais estações de tratamento de água e de esgoto, fabricadas em composites de fibra de vidro, de elevado rendimento e alta durabilidade. Estação de tratamento

Abraçadeiras Fabricante de materiais elétricos, dentre suas diversificadas atividades, a Tramontina (Barueri, SP) apresentou as abraçadeiras de poliamida (náilon) Izy Flat, Luz e Lux.

Protetores e filtros A Daneva Materiais Elétricos (Poá, SP), fabricante de extensões elétricas, lançou uma nova geração de protetores e filtros de linha projetados para suportar curtos e sobrecar-

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Telhas shingle: proteção e durabilidade

A LP Brasil (Ponta Grossa, PR), subsidiária da norte-americana LP Building Products, apresentou o sistema de cobertura LP Telha Shingle, fabricado a partir de telhas fabricadas num sistema de manta de fibra de vidro saturada em asfalto e grânulos cerâmicos. Podendo ser aplicada em qualquer sistema construtivo, a LP Telha Shingle faz uso de um sistema de cobertura com forro em drywall e isolamento térmico ao invés do tradicional sistema com laje em concreto. Com design moderno e praticidade de instalação, as telhas shingle permitem execução de telhados curtos, são quatro vezes mais leves do que outras telhas, possuem excepcional resistência mecânica e maior proteção à umidade, além de terem garantia de 5 anos contra a proliferação de algas. A garantia estrutural do sistema de cobertura shingle é de 20 anos.

Revestimentos A Tintas Âncora (São Bernardo do Campo, SP) apresentou revestimentos epóxi bicomponente base água, primer epóxi óxido de ferro bicomponente, fundo epóxi cromato de zinco bicomponente, fundo epóxi fosfato de zinco também bicomponente, fundo epóxi bicomponente e revestimentos epóxi com catalisador amina e poliamida.

Chumbador químico A Fischer Brasil (São Paulo, SP) apresentou o chumbador químico FIS EM livre de estireno, utilizado para uso em estruturas metálicas, suportes, consoles, janelas, gradis, máquinas, elementos de fachadas, parede diafragma, vigas etc. Composto de resina epóxi pura, o FIS EM tem qualidade superior aos de epóxi-acrilato. FIS EM tem alta qualidade de aderência no concreto, oferecendo as mais altas cargas mesmo em pequenas profundidades. Sua fórmula exclusiva permite a utilização em fixações submersas, preservando seus excelentes resultados. Outra aplicação é em furações de diâmetro ou profundidade maiores. Por ser tixotrópico, o produto não escorre durante o processo de aplicação, inclusive em aplicações no teto, resistindo a cargas vibratórias e sísmicas. Pode permanecer armazenado em até 36 meses, após sua data de fabricação. É vendido em embalagens de 390, 585 e 1100 ml.

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LP Brasil

A Revitech (São Paulo, SP) apresentou, como lançamento, o piso autoportante Ecoidea, fabricado com 70% de PVC reciclado pós-consumo e estrutura em fibra de vidro, que lhe proporciona excelente estabilidade dimensional. Com camada de 5 mm, o piso Ecoidea não traz apenas a cópia, mas a sensação da madeira, por meio de um filme fotográfico ranhurado. Bacteriostático, o Ecoidea Wood é fabricado por meio de calandragem a 200º C, em que, por sobre um backing de PVC, é aplicado um cilindro com a fibra de vidro. O Ecoidea é oferecido nas versões Wood, Concret (aparência do concreto) e Décor (próxima da Concret com pega e cor diferenciados).

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FEICON 2011 Adesivo

Novas cores de tintas base epóxi

A Denver Impermeabilizantes (Suzano, SP) lançou o adesivo estrutural Denverepóxi, a base de resina epóxi, para uso geral, com consistência flúida, isento de solventes em sua composição, com média viscosidade e pega normal. Indicado para colagem de diversos materiais ao concreto e entre si, como peças de concreto ou argamassa, cerâmicos, vítreos, metálicos, pedras ornamentais, madeira etc., pode ser usado como ponte de aderência. O Denverepóxi é ideal para reconstituição de seções submetidas a esforço de tração, ancoragem de barras e parafusos metálicos e para furos verticais para baixo. Apresenta melhor aderência ao concreto antigo. Fácil de misturar e aplicar, o Denverepóxi tem maior confiabilidade do reparo, perante os esforços mecânicos e a resistência à corrosão.

A Tintas Universo (Diadema, SP) lançou três novas tonalidades (rosa, rosa bebê e lilás) de tintas da linha higiênica. Essa linha tem três versões, epóxi, látex acrílico e esmalte. As novas três cores são para as três versões. O epóxi é um produto de altíssima resistência e indicado para pinturas deterioradas por repetidas operações de limpeza, tais como os centros hospitalares e cozinhas industriais.

PKO do Brasil

Mármore artificial

Adesivo epóxi líquido A Henkel (Itapevi, SP) lançou na feira o Loctite Durepoxi versão líquido, adesivo muito utilizado por artesãos, profissionais e adeptos do “faça você mesmo”. Diferenciado por ser resistente, flexível e totalmente transparente, o Durepoxi Líquido é da mesma família do Loctite Super Bonder e do tradicional Loctite Durepoxi Massa. O diferencial em relação aos outros é a transparência total, a secagem que ocorre em até 10 minutos e o não escorrimento em colagens verticais. Adesivo de base epóxi, o Durepoxi Líquido é indicado para uma infinidade de materiais, podendo ser aplicado em superfícies porosas, lisas ou irregulares.

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Pedras artificiais: tendência

A PKO do Brasil (Mogi das Cruzes, SP) apresentou suas PKO Stones, pedras artificiais compostas de resíduos de pedras não aproveitadas, trituradas e misturadas a resina epóxi, que já se tornaram uma tendência no mercado.

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EPÓXI Novas aplicações: versatilidade de propriedades volvimento recente, utilizado no A380, da Airbus, utiliza uma seleção de novos prepregs unidirecionais de carbono e epóxi que proporcionam resistência e dureza mais alta com uma fração do peso do sistema anterior. Por possuir baixas propriedades de FST, o novo desenvolvimento dispensa o uso da camada de resina fenólica.

Rebar Supplies

A resina epóxi pode ser utilizada de muito mais formas do que parece. Confira a seguir algumas delas

Adesivação

Wikimedia

Assoalho de aeronaves A fabricação de assoalhos de aeronaves comumente utiliza prepregs de epóxi curados simultaneamente a camadas superiores especialmente formuladas com resina fenólica. Esta camada superior atende aos requisitos FST (Fire, Smoke and Toxicity ou Fogo, Fumaça Aeronaves: uso intensivo de epóxi e Toxicidade). Um desen-

Epoxi_PR75_01.indd 22

Resinas epóxi com base biológica A lignina, subproduto da fabricação de papel, tem sido usada para desenvolver uma nova série de resinas para vários componentes de computador, especialmente as placas de circuito impresso, normalmente fabricadas com laminados de epóxi

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Resistência à abrasão A resina epóxi é indicada para proporcionar durabilidade e resistência à abrasão na parte externa dos cascos de embarcações, sob a forma de tecido trançado (woven) de vidro. Por ser transparente, o epóxi permite que o barco seja envernizado, mantendo sua cor natural. O tecido normalmente é fornecido em várias gramaturas, sendo que quanto maior é a gramatura, maior também a resistênEpóxi atribui resistência à abrasão cia à abrasão.

Five Star Detailing

A adesivação de laminados plásticos decorativos, em que a camada externa é feita de polifluoreto de vinila (PVF), em que as partes internas são compostas de uma ou várias camadas de filmes impressos ou texturizados, para interiores de aeronaves, pode ser feita com filmes epoxílicos, fenólicos ou de poliuretano. O uso de laminados plásticos decorativos possui, em relação aos filmes, a vantagem de cumprirem várias funções diferentes.

Sabic

Assoalhos O lançamento de novas gerações de aeronaves requer o desenvolvimento de novos produtos com especial ênfase em economia de peso. Um novo painel de assoalho de baixíssimo peso possui faces unidirecionais de fibra de carbono laminadas com epóxi e núcleo em colméia (honeycomb) de aramida. Sistemas especialmente endurecidos de epóxi têm sido qualificados para aplicações que requerem abafamento acústico para as-soalhos de aeronaves. Outra novidade é a estruturação de assentos por aplicações de epóxi em BMC (Bulk Molding Compound) que substiHoneycomb de aramida tuem o alumínio.

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Elek


Parabéns, MVC, por mais este prêmio inédito

A Elekeiroz parabeniza publicamente a MVC pela conquista de uma premiação francesa, nunca conferida a uma empresa brasileira, o Prêmio Inovação JEC2011, e se orgulha de também ter contribuído para o feito com o fornecimento realizado de Resinas de Poliéster Insaturado especialmente desenvolvidas para o empreendimento, decorrente da parceria de longo prazo existente entre as empresas. A MVC foi homenageada na categoria Prêmio Especial pelo projeto de desenvolvimento do revestimento interno do novo terminal de passageiros do Aeroporto Internacional de Carrasco, em Montevidéu, Uruguai. O projeto compreende uma área total de 24 mil m2 de revestimento da superfície inferior (interna) do novo terminal de passageiros do aeroporto, com a instalação de painéis sanduíche de tecnologia Wall System, de plástico reforçado com fibra de vidro e acabamento em gelcoat isoftálico.

Elekeiroz S.A. - Várzea Paulista R. Dr. Edgardo de Azevedo Soares, 392 - Centro Várzea Paulista - São Paulo - CEP 13224-030 Fone/Fax: 0800 11 3663 / 11 4596 8881 e-mail: vendas.resinas@elekeiroz.com.br Assistência Técnica: assist.tecnica@elekeiroz.com.br

Epoxi_PR75_01.indd Elekeiroz_MVC_02.indd23 1

Elekeiroz S.A. - Camaçari R. João Úrsulo, 1261 Pólo Petroquímico Camaçari - Bahia - CEP 42810-030

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Arpa

EPÓXI e fibra de vidro, em que são inseridos os componentes elétricos. A substituição parcial das resinas de epóxi derivadas do petróleo por matérias-primas compostas parcialmente por vegetais reduziria as preocupações ambientais com a faPlaca de circuito impresso: epóxi e fibra bricação, montagem de vidro e descarte de placas de circuito impresso. Sabendo que as resinas utilizadas nas placas devem possuir alta temperatura de transição vítrea, baixa absorção de umidade, alta estabilidade térmica, retardância à chama e boas propriedades dielétricas, faz-se uso de lignina, o único biopolímero comum de base fenólica, com natural hidrofobicidade e boa estabilidade térmica, para a formulação de copolímeros de epóxi com lignina (contendo pelo menos 50% de lignina), os quais exibem aceitáveis propriedades físicas e elétricas para uma ampla gama de aplicações, incluindo placas de circuito impresso. Os laminados formados com resinas de base lignina podem ser processados de forma similar aos laminados atuais.

umidade elevada. Esses filmes apresentam excelente resistência a fraturas (via padrões de falhas de coesão) com superiores propriedades de adesão. Qualificados pela norma BMS 5-154, da Boeing, esses filmes proporcionam boa durabilidade para anexar fixadores e outras estruturas. Esses filmes de epóxi, cuja temperatura de trabalho vai de -55º C a 132º C, curam em dois patamares de temperatura (120º C ou 180º C), proporcionam excelente tack e podem ser pré-impregnados em superfícies verticais. Armazenados a -18º C, esses filmes têm vida útil de dois anos.

Espumas de epóxi Espuma de células fechadas, baixa densidade e de tamanho de células uniforme, a espuma de epóxi origina-se a partir de um sistema de dois componentes e é fabricada por um sistema froth, de baixa pressão de expansão. Essa espuma pode ser usada in-loco, é impermeável e pode ser fabricada em processo contínuo. Com potencial de adesão em grande número de materiais, a espuma de epóxi pode ser aplicada e co-curada com prepregs e outros laminados, inclusive de epóxi. A espuma de epóxi não libera CFCs, serve para isolamento térmico, dentre outras aplicações, e pode ser esculpida. Serve também como material de núcleo.

Epóxi em eletrodos de vidro Camlab

Siemens

Reparo de pás eólicas

O epóxi serve para reparos não estruturais

Geralmente utilizada para fabricar pás eólicas, normalmente pelo processo de infusão a vácuo, a resina epóxi serve também para acabamento, durante a fabricação, e reparo das pás, durante operações de manutenção. Bicomponentes, as resinas epóxi para esses fins são flexíveis e rígidas, e permitem dar um ótimo acabamento e polimento nas pás durante a fabricação. Nos reparos, permitem consertar danos de pequena gravidade – que não atingem o laminado de fibra de vidro – na superfície das pás, em operações feitas nas torres ou no solo. As resinas epóxi para esse fim costumam ser aplicadas por meio de cartuchos, que eliminam a sujeira e a geração de resíduos, normalmente associados à mistura manual dos componentes.

Em laminados pré-curados sujeitos a umidade Determinados filmes adesivados em epóxi são também usados para colar superfícies que, após a primeira laminação (ou seja, pré-curados), tenham sido expostas a ambientes de

Epoxi_PR75_01.indd 24

Letreiros com LEDs A resina epóxi serve para fabricar, por encapsulamento, letreiros luminosos de sinalização que fazem uso de LEDs (light-emitting diodes ou diodos de emissão de luz). Segundo

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Utilizados para medição de pH em soluções, dentre outras funções, tais como medição da concentração de lítio, sódio, amônia e outros íons, os eletrodos de vidro podem ser encamisados com um alojamento feito de composites com resina epóxi. A função da resina nesse caso é a de isolar eletricamente o aparelho, de forma a não interferir na medição da solução pelos materiais utilizados na fabricação do eletrodo. O encamisamento em epóxi proporciona tamEletrodos para medição de pH bém vantagens em durabicom corpo em epóxi lidade, resistência química e resistência a quebras, em relação aos eletrodos de vidro. De acordo com o fabricante, a junção feita de composites permite que o eletrólito se espalhe uniformemente e a taxa constante, alcançando de forma rápida e estável seus potenciais de referência. Essa junção é presa ao sistema de medição de vidro com borracha de silicone.

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Resinsign

EPÓXI o fabricante, os letreiros feitos de resina epóxi destacam-se pela uniformidade em relação a modelos feitos com outros LEDs: base em epóxi materiais. Os modelos de letreiros em LED de epóxi possuem também vantajosas propriedades termomecânicas, de absorção de umidade, resistência à oxidação e força de adesão a PPA (poliftalamida).

Devcon

Reparos industriais Resinas epóxi de alta performance cargueadas com metal servem para reparos ou reconstrução de equipamentos mecânicos críticos, permitindo a retomada da produção de forma rápida e com custo reduzido. As resinas epóxi cargueadas com metal proporcionam excelente resistência a uma ampla gama de produtos químicos, resistência a temperaturas de até 350º C e cura à temperatura ambiente. Essas resinas, que podem ser furadas, rosqueadas, usinadas e pintadas, são especialmente indicadas para áreas em que as soldagens resultam impossíveis de serem feitas e dispensam, para sua aplicação, de treinamento especial. Os substratos podem ser metal, concreto, madeira, cerâmica, vidro, etc. As cargas poReparos: epóxi cargueado dem ser de aço, alumínio, bronze e outros metais. Algumas dessas resinas são certificadas para serem usadas em aplicações que guardam água potável, assim como em equipamentos para processamento de carne e granjas.

Revestimentos cargueados A aplicação de revestimentos em resina epóxi cargueada com alumina, por exemplo, serve para reduzir a fricção no interior de bombas de água, reduzindo a resistência à fluidez dos líquidos e reduzindo dessa forma o consumo de energia pelos equipamentos. Os revestimentos em epóxi servem para recuperar bombas e outros equipamentos que, devido à acumulação de resíduos no metal, tornam-se ineficientes por necessitarem de mais energia para funcionar. A resina epóxi utilizada serve para diminuir a abrasão, a cavitação e a corrosão nos equipamentos.

Adesivo condutivo para aplicações médicas

PR

Adesivos de epóxi com elevada condutividade podem ser indicados para aplicações médicas sempre que consigam satisfazer as especificações USP Class VI para esse tipo de aplicação. Cargueado com partículas de prata para alcançar resistividade de volume excepcionalmente baixa, sem comprometer as características adesivas, esse tipo de adesivo é aprovado pelo FDA (Food and Drug Administration) como

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adesivo para artefatos médicos. Curando à temperatura ambiente ou, mais rapidamente, a temperaturas elevadas, o adesivo condutivo para aplicações médicas proporciona uma resistência à adesividade de mais do que 1800 psi em tensão de cisalhamento e uma resistência à adesivação da casca e em casca em T de mais do que 20 pli. A resistividade de volume do sistema curado pode ser menor do que 3 ohm-cm. O sistema adesivado adapta-se bem a uma excepcionalmente ampla faixa de temperaturas (de -270º C a 135º C), podendo ser utilizado em aplicações criogênicas. O sistema também é largamente usado em aplicações em que a biocompatibilidade é de excepcional importância, como implantes, por exemplo, e onde são requeridos adesivos e selantes aprovados pelo FDA USP Class VI.

Epóxi para substituir metais Sistemas formulados a partir de resinas líquidas de epóxi, para aplicação sob a forma de composites, substituem o metal em diversos casos (defletores de vento e tetos de caminhões, dentre outros). Reduzindo o peso dos conjuntos em 40% em relação às mesmas peças em aço, com opção para pintura direta e com alta qualidade de superfície, esses sistemas curam rapidamente reduzindo os ciclos de produção (a 20 minutos por peça).

Substituição de solda As resinas epóxi servem para substituir soldas em diversas situações, permitindo alcançar patamares atraentes de condutividade, em especial com cargas metálicas. Mas, para que a “solda” e o fluxo alcancem bom desempenho, o uso de epóxi requer superfícies limpas e livres de gases químicos. Uma desvantagem, contudo, é a penetração de umidade, causando eventuais falhas de resistência. Uma opção para sistemas em que a quantidade de metal causa empobrecimento da adesivação do epóxi é a inserção de fibras de carbono no epóxi.

Solda em automóveis As entradas de abastecimento de combustível de diversos automóveis da linha 2009 não usam solda para conectar os funis aos tubos de combustível num novo sistema, sem tampa, de abastecimento direto. Em lugar da solda, é usado um epóxi estrutural monocomponente, que proporciona conexão mais forte e durável ao sistema, evitando além disso a emissão de gases de combustível à atmosfera. Outros usos desse tipo de conexão são as tubulações metálicas da linha de combustível entre o tanque de combustível e o motor.

Barreira anticorrosiva para veículos militares A proteção anticorrosiva para componentes feitos de ligas de aço e alumínio para veículos militares pode fazer uso de primer e undercoat de base epoxílica pigmentada com cromato de zinco e de cura a frio. A mesma resina pode ser usada em para overcoat com outros materiais. A espessura do filme seco para a proteção anticorrosiva é de 50 a 70 µm.

f EVEREIRO

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PAINÉIS aplicado tecido ou manta. Dessa forma, enquanto com liner convencional o laminado possui, dividido em camadas, estrutura, barreira de corrosão e liner, com o split-liner o laminado, também em camadas, possui estrutura, barreira de corrosão, liner interno, manta ou tecido, liner externo e manta ou tecido. Veja a seguir a ilustração 1.

Reichhold: Split-Liner para ambientes agressivos Antonio Carvalho Filho, gerente de desenvolvimento de mercado da Reichhold (Mogi das Cruzes, SP), começou sua apresentação, durante o Painel Ambientes Agressivos - Saneamento Básico no dia 8 de novembro, caracterizando fisicamente os liners ricos em resina, utilizados em peças e aplicações fabricados para uso industrial, Antonio Carvalho principalmente, sob a forma (Reichhold) de tubos e tanques de diversos diâmetros e características técnicas específicas. Segundo Carvalho, os liners dessas aplicações são ricos em resina (também sob a forma de gelcoat) em função da facilidade com que os produtos agressivos penetram em interfaces contendo partículas sólidas (cargas, pigmentos, agentes tixotrópicos, fibras de vidro, etc.). Segundo ele, é isso também o que explica a pior resistência química de resinas contendo essas partículas. Atacando o laminado por dentro, os produtos químicos funcionam então como uma espécie de cavalo de troia, “carregando” os efeitos corrosivos pelo laminado. Carvalho explicou em que consiste a construção de laminados convencionais. Compostos por estrutura (feito de fibras UD, fibras picadas e tecidos), barreira de corrosão (composto de fibras picadas) e liner rico em resina (com véu ou gelcoat), os laminados convencionais comportam-se evitando o efeito cavalo de troia (liner) e retardando a penetração do ambiente (barreira de corrosão), enquanto o laminado estrutural não entra em contato com o ambiente agressivo. Um problema comum, no entanto, é a facilidade de propagação de trincas dos liners ricos em resina, efeito que não ocorre nos laminados feitos com mantas ou tecidos. A trinca, como se sabe, faz com que os liners percam sua função protetora e permitam a penetração dos produtos agressivos. Visando solucionar esse problema, Carvalho propôs então o chamado Split-liner, que, segundo ele, prolonga a vida funcional dos composites. Em que consiste o split-liner? O split-liner consiste na divisão do liner em dois: um interno e outro externo, fazendo uso de mantas ou tecidos que impeçam as trincas. Para aplicar o split-liner, o transformador lamina a estrutura e a barreira de corrosão de forma convencional, aplicando contudo dois liners, um deles (interno) sobre a barreira de corrosão, sobre o qual é aplicado tecido ou manta, e um outro (externo) aplicado sobre a camada anterior de tecido ou manta. Por sobre o liner externo, também é

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Mais caro que o liner convencional, o split-liner deve ser utilizado em ambientes que trincam o liner convencional, ou seja, sujeitos a temperaturas muito altas ou em ambientes muito agressivos às resinas utilizadas. Mais informações: www.reichhold.com.br e www.tecnologiademateriais.com.br/mt/2010/cobertura_paineis/ agressivos/principal.html, entrar em Feiplar Composites & Feipur 2010 e em seguida no painel Ambientes Agressivos/ Saneamento Básico.

Jushi: a evolução das fibras de vidro para ambientes agressivos As vantagens anticorrosivas da novíssima fibra E6, vencedora do Innovation Award 2010 da JEC Composites, foi o principal foco de Ismael Corazza, vice-gerente geral da subsidiária brasileira do grupo Jushi Sinosia, em sua apresentação no Painel Ambientes Agressivos/ Saneamento, em 8 de novembro de 2010. Corazza falou soIsmael Corazza (Jushi) bre a E6, explicando que o objetivo da empresa, ao aprimorar o desempenho das fibras de vidro visa, por meio de produtos de desempenho superior, expandir o campo de aplicações especialmente nas áreas de energia eólica e de vasos de pressão, permitindo aos clientes o desenvolvimento de peças em composites com propriedades ainda mais elevadas quanto a desempenho, durabilidade e redução de custo. Ressaltando que desde 1938, quando foram inventadas, as fibras de vidro E têm atendido a contento as necessidades de mercado, Co-

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Diferentes camadas do split-liner em relação ao liner convencional

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PAINÉIS razza explicou em que consistiu o projeto da fibra E6. Ponto culminante de um trabalho de três anos (julho de 2006 a final de 2009) pelo grupo de ciência e tecnologia da Jushi, o desenvolvimento das fibras E6 teve como principais objetivos produzir uma fibra de vidro com melhor resistência à corrosão se comparada à fibra E e com propriedades físicas aprimoradas. Veja na tabela 1 abaixo as principais propriedades físicas da fibra E6 comparada à E. Tabela 1 – Propriedades comparadas das fibras E com E6

Propriedades

Norma

Fibra E

Fibra E6

Densidade

ASTM D1505

2,6 g/ cm3

2,66 g/ cm3

Índice de refração

Imersão em óleo

1.566

1.566

Coeficiente de expansão

ASTM D696

5,96 10 6,01 10 6 -1 6 -1 K K -

14,7 Ω·cm

15,1 Ω·cm

Constante dielétrica (23º C, 1 MHz)

6,7

7,1

ASTM D150

Roving direto (242400-386), resina poliéster insaturado

Propriedade

Norma ou padrão

Vidro E

Vidro E6

Resistência à tração (MPa)

ASTM D2343

1970

2387

Módulo de tração (GPa)

ASTM D2343

78,8

80,1

ISO 1172

55,8

54

Resistência à tração (MPa)

ISO 527-4

296,9

356,4

Módulo de tração (GPa)

ISO 527-4

19,7

22,0

Resistência à flexão (MPa)

ISO 14125

396,1

412,2

Módulo de flexão (GPa)

ISO 14125

18,2

19,5

Teor de vidro (%)

-

Resistividade elétrica ASTM (log10. 23º C) D257

Amostra

Em termos de propriedades mecânicas, a fibra E6 se comporta de forma muito similar e até superior à fibra de vidro E, conforme tabela 2 abaixo:

Woven roving de 800 g/ m2, resina poliéster insaturado, laminados à mão

Tabela 2 – Vidros E e E6, comparativo de propriedades mecânicas

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Como referência, note-se os resultados de ensaios de resistência mecânica em laminados com resina epóxi, por infusão, com o vidro E6, na tabela 3 abaixo: Tabela 3 – Propriedades mecânicas de laminado com vidro E6

Norma

398-2400 tex

Resistência à tração (MPa)

ISO 527-4

1033,5

Módulo de tração (GPa)

ISO 527-4

41,6

Teor de fibra de vidro (%)

ISO 1172

72,3

Resistência à compressão (MPa)

ISO 14126

700,6

Módulo de compressão (GPa)

ISO 14126

42,7

Resistência a cisalhamento (MPa)

ISO 14129

48,1

vidro E

Mas o principal destaque das fibras E6 é sua excepcional resistência a produtos químicos. Essa propriedade torna-se clara na Tabela 2, em que são comparadas as perdas de massa constatadas em fibra E e E6 quando submergidas em soluções químicas específicas. Tabela 4 – Perda de massa verificadas em fibras de vidro E e E6, submergidas em produtos químicos

Método de teste

Fibra E

Fibra E6

Imersão em solução de HCl 10% a 23º C por 24 h

18,39%

0,04%

Imersão em solução de 0,025 mil/l de Na2CO3 a 23º C por 24 h

0,16%

0,02%

Imersão em solução de 0,5 mol/l de NaOH a 23º C por 24 h

0,46%

0,14%

Imersão em água fervente por 24h

0,53%

0,19%

O comparativo de perda de massa para as fibras de vidro E e E6 em duas soluções diversas está nos gráficos 1 e 2. O gráfico 1 é para uma solução de ácido clorídrico (HCl) em 10% a 96º C por 24 e 168h. O gráfico 2 é para uma solução de ácido sulfúrico (H2SO4) em 10% a 96º C durante 24 e 168h.

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Perda de Massa (%)

vidro E

vidro E6

Gráfico 2 – Perda de Massa em Ácido Sulfúrico em 10% a 96º C por 24 e 168 h

Com respeito especificamente a ácidos, as fibras de vidro E6 possuem também vantagens na manutenção da resistência à tração dos laminados em relação às fibras de vidro E, tradicionais. Como se vê nos gráficos 3 e 4:

Vidro E Dias de imersão

Vidro E6

Dias de imersão Gráficos 3 e 4 – Comparativo de Resistência e Módulo de Tração de Laminado Imerso em H2SO4, 5% (roving direto 386, da Jushi, com tex 24-2400, woven roving de 800g/m2)

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vidro E6

Gráfico 1 – Perda de Massa em Ácido Clorídrico em 10% a 96º C por 24 e 168 h

Resistência à tração / MPa

Tecido unidrecional de 1250 g/m2, na direção 0o, transformado por infusão, com resina epóxi (Hexion 135)

Propriedade

Módulo de tração / GPa

Amostra

Perda de Massa (%)

PAINÉIS

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PAINÉIS Resistência à tração / MPa

O mesmo ocorre com a resistência à flexão e ao módulo de flexão. Conforme gráficos 5 e 6, abaixo:

Tabela 5 – Resistência ao intemperismo – Degradação do laminado (perda em %) após 7 dias em água fervendo (roving direto 386, 24-2400 tex)

Padrão Vidro ou Vidro E E6 Norma Teor de vidro ISO 57 57 (%) 1172 Woven roving Resistência à GB/T 49,9% 38,1% tração (MPa) 1447 de 800g/m2, em resina Módulo de GB/T 12,4% 2,8% poliéster tração (GPa) 1447 insaturado, Resistência à GB/T laminada 42,3% 29,5% manualmente flexão (MPa) 1449 Módulo de GB/T 13,2% 2,6% flexão (GPa) 1449 Amostra

Dias de imersão

Vidro E

Módulo de tração / GPa

Vidro E6

Dias de imersão Gráficos 5 e 6 – Comparativo de Resistência e Módulo de Flexão de Laminado Imerso em H2SO4, 5% (roving direto 386, da Jushi, com tex 24-2400, woven roving de 800g/m2)

Propriedade

Por aplicações, a fibra de vidro E6 promove uma série de vantagens. No mercado de energia eólica, por exemplo, as altas propriedades mecânicas, a superior resistência à fadiga e a excelente resistência à corrosão permitem fabricar pás mais longas de maior durabilidade e que atendem os mais exigentes requisitos de uso com redução do custo de geração da energia eólica. Note-se a respeito a maior resistência à tração da fibra de vidro E6:

Porcentagem de última carga

Foram realizados testes de fadiga estática para laminados em meio ácido e o resultado é o gráfico 7, conforme abaixo:

Vidro E6

Gráfico 8 – Comparativo de resistência à tração (MPa) do vidro E e E6

Já na fabricação de equipamentos para indústrias químicas a excelente resistência à corrosão e as superiores propriedades mecânicas da fibra de vidro E6 (em relação à fibra de vidro E) proporcionam maior durabilidade e redução de custo. A esse respeito, veja-se os gráficos autoexplicativos 9 e 10, com resultados obtidos após a imersão do vidro E e E6 em soluções de ácido clorídrico (HCl), em 10%, a 96º C por 24 e 168h:

Vidro E

Log de tempo de falha (h) Gráfico 7 – Teste de fadiga estática em meio ácido (comparativo) Gráfico 9 – Resistência química dos vidros E e E6 (comparativo): imersão em solução de HCl 10% a 96º C por 24h

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Em resistência às intempéries, a fibra de vidro E6 também se destaca, em relação à fibra de vidro E convencional. Como se constata abaixo, pela degradação do laminado (perda em %) em ensaios em água fervendo:

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PAINÉIS Gráfico 10 – Resistência química dos vidros E e E6 (comparativo): imersão em solução de HCl 10% a 96º C por 168h

Na fabricação de tubos e vasos de alta pressão, a fibra de vidro E6 se destaca pelas altas propriedades mecânicas (tração e rigidez), maior resistência à fadiga e excelente resistência à corrosão. Isso contribui para se obter maior durabilidade, redução do custo de produção e maior coeficiente de segurança na indústria, reduzindo os riscos de acidente. Confira os resultados da comparação abaixo:

Essa mesma propriedade torna o vidro E6 ideal para aplicações para alta temperatura em que a temperatura de trabalho é mais alta, o mesmo acontecendo com o ponto de amolecimento. Contribuem também para o uso do vidro E6 nesse mercado a excelente resistência à corrosão da fibra. Com essas propriedades, o vidro E6 mostra elevada resistência a altas temperaturas, maior durabilidade e maior coeficiente de segurança (reduzindo riscos de acidente). Veja abaixo o comparativo do vidro E com o E6 em resistência a temperaturas. O teste consiste em submeter amostras a aquecimento por 10 dias a 180º C e em seguida a congelamento a -60º C, também por 10 dias. A tabela indica a perda relativa de propriedades das amostras: Tabela 6 – Resistência à temperatura – Perda relativa de propriedades em amostras aquecidas a 180º C por dez dias e congeladas por outros 10 dias num ambiente a -60º C

Amostra

Gráfico 11 – Comparação entre vidro E e E6 em módulo de tração longitudinal, num laminado imerso em H2SO4 em 5% (GPa)

Para isoladores elétricos, a fibra de vidro E6 também oferece vantagens. Com baixa resistividade (falha baixa a alta tensão elétrica) e consequentemente baixa condutividade elétrica, assim como resistência à corrosão, o vidro E6 pode ser amplamente usado nesse mercado, proporcionando além de tudo leveza e maior durabilidade. Veja-se abaixo um comparativo entre vidro E e E6 em ponto de amolecimento:

Gráfico 12 – Comparação entre vidro E e E6 em ponto de amolecimento (oC)

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Padrão ou Norma

Vidro E

Vidro E6

Teor de vidro (%)

ISO 1172

58

58

Resistência à tração (MPa)

GB/T 1447

10,0%

4,9%

Módulo de tração (GPa)

GB/T 1447

15,0%

6,8%

Resistência à flexão (MPa)

GB/T 1449

19,3%

17,0%

Módulo de flexão (GPa)

GB/T 1449

14,3%

14,0%

Outros usos da fibra são em produtos para esporte e lazer e no mercado de construção civil. Para o primeiro desses mercados, a fibra de vidro E6 proporciona elevadas propriedades mecânicas e rigidez, alto desempenho sob esforços cíclicos/fadiga e excelente resistência à corrosão. Essas mesmas propriedades tornam a fibra atraente ao mercado de construção civil, acrescida da alta resistência à fadiga, do maior isolamento termo-acústico, da leveza e da excelente resistência à corrosão. Corazza destacou também a preocupação do grupo Jushi com o meio ambiente. Utilizando fornos de grande escala de produção, com um sistema de queima/aquecimento de oxicombustível que permite reduzir em 80% a emissão de gases poluentes assim como em 90% a emissão de óxidos de nitrogênio (NOx), a Jushi também aplica uma tecnologia de recuperação de água de processo, com o objetivo de depositar zero de água de processo. Mais informações: www.jushi.com e e www.tecnologiademateriais.com.br, entrar em Feiplar Composites & Feipur 2010 e em seguida no painel Ambientes Agressivos/ Saneamento Básico.

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Usadas na fabricação de peças para o revestimento interno de

Trable et Deco

O constante e crescente uso de fibras naturais Fibra de sisal: estabilidade dimensional

veículos automotivos, as fibras naturais ampliam ano a ano sua participação no mercado com tipos que se destacam numa ampla gama de propriedades, a depender de sua origem

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uso de fibras naturais em peças automotivas não é nada novo. Datam de 20 anos ou mais as primeiras iniciativas de empresas nacionais especializadas em transformação de peças plásticas pelo uso de matérias-primas naturais na fabricação de autopeças, geralmente para o revestimento interno dos veículos. Nesse entretempo, o que mudou foram os usos, sempre crescentes e melhores no sentido de aproveitarem as propriedades das fibras para um melhor desempenho ou conforto.

Tipos de fibra Diversos são os tipos de fibra natural utilizados para fabricar peças automotivas – assim como para outros mercados. Alguns deles são: algodão, bagaço de cana, bambu, bananeira, arroz, coco, curauá, juta, kenaf, madeira, malva e sisal, cada um com suas propriedades características, vantagens e desvantagens. Veja na Tabela 1 algumas das propriedades comparativas dessas fibras:

Autopeças Uma grande variedade de peças internas automotivas (em automóveis, ônibus, caminhões, etc.) podem ser fabricadas com fibras naturais. Uma pequena lista delas inclui: revestimentos, bancos e assentos, apoia-cabeças, encostos de bancos, laterais de porta, porta-pacotes, insertos, tetos, forrações do habitáculo dos passageiros e do porta-malas (isoladores antirruídos), compartimentos de cargas, peças internas do porta-malas, caixas de rodas, tecidos de acabamento, assim como componentes do painel de instrumentos e (futuramente) revestimentos de colunas, e mantas acústicas e térmicas. Peças para uso externo (pára-choques, por exemplo) também fazem uso de fibras naturais.

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Algodão

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Redução de peso, com excelente comportamento ao impacto

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Melhora a resistência ao risco (riscabilidade), substituindo cargas minerais como talco e carbonato de cálcio

Coco

Mais esférica, indicada para geometrias complexas. Maior flexibilidade, resiliência e resistência à umidade

Curauá

Resistência mecânica superior, especialmente à tração. Peso específico baixo

Kenaf

Maciez e maleabilidade

Madeira

Ótima estabilidade dimensional e rigidez. Abundante, com interessante relação custo/benefício

Malva

Abundante, com preço competitivo (relação custo/benefício). Peças de menor exigência técnica

Sisal

Ótima estabilidade dimensional e rigidez

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Tabela 1 - Características das fibras naturais mais comuns no mercado

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Origem da fibra Propriedades comparativas

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AUTOMOTIVO Matradewilayahtimur

forma direta ou indireta, a maioria das montadoras sediadas no Brasil, tanto para carros como para ônibus e caminhões, utilizam autopeças com fibras naturais”, afirmou Giusepe Lombardo, diretor de engenharia de produto da Tapetes São Carlos (São Carlos, SP). “Atualmente a grande maioria das principais montadoras estabelecidas no Mercosul possuem alguma utilização de fibras naturais”, concordou Márcio Tiraboschi, gerente de engenharia avançada e de materiais da Plascar (Jundiaí, SP). A Fiat é uma dessas montadoras. “Em alguns veículos de produção normal, o emprego de fibras naturais se dá principalmente em peças de acabamento interno”, disse Henrique Galante, da Engenharia Fiat (Betim, MG). Há mais de 15 anos dedicada ao tema, a Artecola (Campo Bom, RS) fornece autopeças com fibras naturais para todas essas montadoras, mais a Renault e Citröen, com produtos homologados nas principais montadoras mundiais.

Vantagens

Produção Em sua transformação, as fibras naturais precisam passar por um processo de produção quase inteiramente artesanal, com etapas adicionais no sentido de beneficiar a fibra com as propriedades requeridas para uso automotivo. Como fazer, então? Como garantir um fornecimento constante e qualificado de fibras naturais à fábrica de autopeças? A resposta é só uma: fazendo parcerias com comunidades que já viviam dessa fibra, enquanto material para artesanato, assim como com cooperativas, associações e órgãos governamentais ou não (ONGs). “Nossos parceiros são produtores rurais, órgãos públicos e ONGs, com os quais trabalhamos desde 1999”, afirmou Wilian Siola, gerente comercial da Pematec Triangel (São Bernardo do Campo, SP). Só para se ter uma ideia, cerca de 300 produtores rurais trabalham em conjunto com a Pematec, assim como a Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural) do Pará, as secretarias de agricultura e produção do Estado e a secretaria municipal de agricultura de Santarém, o Ceapac (Centro de Apoio a Projetos de Ação Comunitária), de Santarém, associações de produtores rurais de diversas comunidades locais e inclusive a Rádio rural de Santarém. Além da Pematec, que trabalha com fibras de curauá, juta, malva e sisal, outros fabricantes de autopeças também fazem parcerias com entidades similares, mas preferem manter seus nomes em sigilo.

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Fibra de kenaf: maciez

As vantagens das fibras para as montadoras são diversas, a depender das características de cada tipo de fibra, mas o que une suas vantagens é o fato de serem ecologicamente corretas, retiradas de fontes renováveis e biodegradáveis. “A leveza, a qualidade de acabamento e o custo competitivo também atraem as montadoras, mas o ponto fundamental são os aspectos sócio-ambientais agregados ao produto final”, destacou Siolla, da Pematec. “Em especial, os clientes de origem europeia valorizam muito essas características”. “O que nos atrai é a redução do peso verificada e a recuperação energética ao final do ciclo de vida. Isso sem contar a resistência física, química, ao meio ambiente e a quebra”, disse Galante, da Fiat. “As indústrias automotivas estão no atual momento voltadas para o natural e ecologicamente correto”, disse Lavrini, da Poematec. “Cada projeto das montadoras tem uma história particular de uso para essas fibras. Algumas focam-se no apelo ecológico, outras em custo, mas algumas simplesmente estão interessadas em tecnologia e na necessidade de atender determinadas especificações”, afirmou Lombardo, da Tapetes São Carlos. Em outros casos, o que mais conta é a política do fornecedor. “Nossa empresa tem como objetivo oferecer ao mercado automotivo produtos ecologicamente

Destino Beneficiadas, as fibras naturais abastecem, sob a forma de autopeças, quais montadoras? Essa resposta varia. “De

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Fibra de bambu: baixo custo

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AUTOMOTIVO Matradewilayahtimur

corretos, reduzindo o uso de materiais petroquímicos e a emissão de gases nocivos ao meio ambiente, assim como promovendo uma melhor utilização dos recursos renováveis”, disse Tiraboschi, da Plascar. “A sustentabilidade é a grande vantagem das fibras naturais, mas o acabamento também costuma ser superior, assim como o nível de ruído, menor”, disse Kunst, diretor da Artecola. “Além de serem ecologicamente corretas, as fibras naturais possuem propriedades melhores que as fibras sintéticas”, destacou Lavrini, da Poematec.

Utilização Mas, a que ponto vai o uso de fibras naturais em peças automotivas? Seu uso pode ser considerado consolidado? A esse respeito, algumas opiniões se destacam. “A utilização de fibras naturais na indústria automotiva ainda é modesta. Ainda falta pesquisa e desenvolvimento, desde a seleção da fibra até o desenvolvimento de processos de extração e beneficiamento mais adequados para cada tipo de fibra”, afirmou Tiraboschi, da Plascar. “Em geral, as operações envolvidas são muito artesanais, sem automatização que possa garantir qualidade, repetibilidade e produtividade”. Mas há discordâncias. “As fibras naturais já estão consolidadas na indústria automotiva. As diversas normas a respeito, assim como as peças que já estão nos veículos e que irão posteriormente ser lançadas dão mostra de que o uso de fibras naturais já é consolidado”, afirmou Kunst, da Artecola. “Usamos fibras de

Fibra de kenaf

madeira para cinco peças atualmente. Mas estamos estudando seu uso em peças externas (pára-choques, frisos e molduras dos pára-lamas) e maior variedade de peças internas (painel de instrumentos e revestimentos diversos”, disse Galante, da Fiat. “As fibras naturais já estão consolidadas, mas não ainda em sua totalidade, pois é preciso garantir matéria-prima”, disse Lavrini, da Poematec. “As fibras naturais concorrem num pé de igualdade com os produtos fornecidos tradicionalmente, possibilitando diversas vantagens”, afirmou Siolla, da Pematec. “O uso de fibras naturais já é muito significativo, e tende a aumen-

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AUTOMOTIVO tar ainda mais, inclusive em peças para uso externo”, disse Lombardo, da Tapetes São Carlos.

Obstáculos São vários os obstáculos que impedem ou dificultam o crescimento do mercado de fibras naturais para uso automotivo. Um deles, muito comum, é o elevado custo na origem, que ultrapassa o valor do custo das próprias fibras. “Dependendo da região de procedência da fibra natural, o frete chega a superar o custo do quilo de fibra”, afirmou Tiraboschi, da Plascar. “Além disso, o longo tempo de viagem e a emissão de poluentes devem ser considerados no transporte da fibra. Isso vem na contramão dos benefícios da fibra como produto ecologicamente correto”. Outro obstáculo é mesmo a tecnologia. “Muito trabalho de pesquisa e desenvolvimento faz-se necessário para que as fibras naturais possam ser adequadamente empregadas em peças técnicas como os componentes automotivos”, disse ainda Tiraboschi. Outro obstáculo é a escala. “Mas isso não significa que as fibras naturais estejam limitadas a veículos em escala limitada”, disse Lavrini, da Poematec. “O problema de escala vale apenas para a fibra de curauá, pois para as outras fibras não existem problemas de escala de produção”, afirmou Siolla, da Pematec. “Os projetos de alto volume de produção também utilizam os materiais naturais”, disse Lombardo, da Tapetes São Carlos. Outro problema ainda é o desconhecimento. “Ignora-se em

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muitos casos todo o potencial das fibras naturais, o que faz com que a falta de arrojo no desenvolvimento de diversas aplicações seja um dos maiores obstáculos ao desenvolvimento desse mercado”, afirmou ainda Siolla. “As áreas técnicas das montadoras não despertaram totalmente para esse grande potencial”.

Tendências Haveria uma tendência cada vez maior pelo uso de fibras naturais em componentes automotivo? “Sim, e principalmente pelas questões ambientais e pela redução de peso que elas proporcionam”, disse Tiraboschi. “Esses motivos e a abundância de recursos naturais renováveis no país fazem com que a demanda pela aplicação de fibras naturais se torne tão premente, e crescente”. Mas não é só isso. “A possibilidade de fazer peças com várias durezas, algo que as fibras naturais permitem, e a durabilidade e conforto, fazem com que as fibras naturais sejam cada vez mais avaliadas como uma matéria-prima viável”, disse Lavrini, da Poematec. “As perspectivas de uso são crescentes”, afirmou Siolla, da Pematec. “As peças de acabamento interno são apenas os usos mais conhecidos. Há também um espaço muito grande em peças injetadas e nos tecidos de acabamento”, disse. “O fornecimento pode ser melhorado com a entrada de novos players e novos tipos de fibras”, disse Kunst, da Artecola.

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Fibra de carbono para recuperação de estruturas

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CONSTRUÇÃO CIVIL

Fibra de carbono: solução em recuperação de estruturas

Usada no Brasil há mais de quinze anos como solução para estruturas que precisam ser recuperadas, reforçadas ou protegidas, a fibra de carbono, seja sob a forma de tecido (uni e bidirecional) seja como lâmina pultrudada, conjuga enormes vantagens como resistência e facilidade de aplicação, em obras rápidas e eficientes

Propriedades A resistência à tração, o módulo de elasticidade e o baixo peso são as propriedades mais valorizadas da fibra de carbono para uso em construção civil. “A resistência à tração, no caso de fibras de carbono de módulo intermediário, é de 3500 MPa, ou seja, sete vezes maior que a do aço”, afirmou Edson Matar, engenheiro e diretor da Escale (São Paulo, SP). “Por sua vez, o módulo de elasticidade da fibra de carbono é de 266 GPa (compatível com a deformação do aço) e o peso, de 300 g/m2 (muito baixo, se comparado a concreto e aço, dois dos materiais concorrentes mais utilizados em construções)”, disse Giorgio Solinas, diretor da Texiglass (Vinhedo, SP). O engenheiro calculista parte dessas propriedades para estimar a resistência de tecidos e lâminas de fibra de carbono em construções específicas.

geométricas das construções. “A baixa fluência (creep) e a pouquíssima perda de relaxação, a neutralidade eletromagnética e ausência de condutividade térmica são outros fatores vantajosos”, afirmou Marcelo Iliescu, da Iliescu Recuperação e Reforço de Estruturas (Rio de Janeiro, RJ).

Utilização Em estruturas, a fibra de carbono é adesivada com resina epóxi especial, adequada às condições específicas de aplicação, com maior ou menor poder adesivo, cura mais ou menos rápida, facilidade de impregnação, etc. “Os adesivos precisam possuir propriedades modificadas que permitam um comportamento o mais próximo possível das estruturas onde os sistemas são empregados”, afirmou Michel Haddad, coordenador técnico – contratantes da Sika (São Paulo, SP).

Composite Com o adesivo, a fibra vira um composite. Na obra, a utilização da fibra de carbono é bem específica. “BasicaSika

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fibra de carbono na recuperação e reforço de estruturas deixou há vários anos de ser novidade no ramo da construção civil. Indicada especialmente para obras que requerem uma solução rápida e eficiente a problemas como erros de projeto, novas destinações dadas às construções e estruturas deterioradas por intempéries, danos mecânicos, químicos, etc., a fibra de carbono utiliza técnicas de resultados já comprovados em trabalhos que ao final também geram grande economia – de esforço e de custos.

Outras vantagens Mas as características vantajosas da fibra de carbono enquanto material de reforço para construção civil não param por aí. Não utilizando metais ferrosos em sua constituição, a fibra de carbono não é suscetível à ação da corrosão. Já a sua leveza e facilidade de aplicação (sempre rápida) permitem a entrada em carga/operação após poucos dias de instalação, adaptando-se facilmente à maioria das formas

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Lajes: a fibra de carbono possibilita ótimas soluções

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CONSTRUÇÃO CIVIL

Avaliação preliminar Na obra, a otimização do uso da fibra de carbono se dá em primeiro lugar com um correto diagnóstico da superfície na qual o reforço será aplicado. “Deve ser feita uma avaliação da estrutura envolvida, de forma a estabelecer, da maneira mais exata possível e com margem de segurança confiável, a sua capacidade resistente naquele instante, identificando deficiências ou anomalias que possam influenciar na segurança da estrutura, determinando suas origens e pesquisando a integridade do substrato de concreto”, afirmou Iliescu. “Nesse sentido, a estrutura precisa em primeiro lugar apresentar requisitos mínimos, como por exemplo estar em boas condições, sem trincas e fissuras, ou seja, sem patologias estruturais”, disse Montessanti.

Diagnóstico A avaliação do substrato requer a realização de ensaios específicos. “Em se tratando de um sistema aderido, é imprescindível que se realizem testes de aderência prévios no substrato onde o produto será aplicado”, disse Haddad. “A partir desses testes, pode-se determinar quais os procedimentos de preparo do substrato para aplicação do sistema de fibra de carbono”. O teste de aderência, descrito na norma EN-1542, prevê o acoplamento de pastilhas mecânicas adesivadas a um macaco que impõe uma carga em velocidade constante na direção perpendicular à superfície. “O teste é finalizado após o arrancamento da pastilha e a medição da carga de arrancamento, transformada sob forma de tensão. A forma de ruptura também é analisada”, explicou Haddad. Iliescu cita a norma ACI 440 (2002) para os valores de resistência do substrato à tração direta mínima. “Essa norma estipula um valor de 1,4 MPa, enquanto para os manuais da Sika (2000) e do CEB (Comitê Europeu de Concreto, 2001) esse valor é de 1,0 MPa”, informou.

argamassa polimérica, o lixamento e a regularização com argamassa epóxi”, disse Matar, da Escale. “As ações envolvem desde a limpeza e remoção de agentes contaminantes até o arredondamento de quinas de elementos, o nivelamento da superfície (tamponamento de bolhas) e a remoção de pontos irregulares”, disse Haddad. “No caso do arredondamento das quinas, o CEB propõe raio de cantos angulosos de 30mm, ao passo que o ACI propõe 13mm”, citou Iliescu. A ausência de umidade é também uma limitação. “Mas ela é de fácil controle e combate”, disse Montessanti, da Anchortec.

Cálculo Após todas essas fases preliminares, vem finalmente a aplicação. Ela é feita aplicando os tecidos ou lâminas de fibra de carbono diretamente na área. “O cálculo do concreto armado reforçado com fibra basicamente consiste em considerar três materiais trabalhando em conjunto: o concreto, o aço da armadura e a fibra de reforço”, disse Solinas. “Deve-se obedecer ao limite da deformação e tensão de cada um dos materiais”, ressaltou.

Aplicação “Os tecidos são posicionados e com o auxílio de um rolo, pressiona-se o tecido para que o adesivo passe por entre os fios impregnando o material”, disse Haddad. “Finaliza-se com a aplicação de uma segunda camada de adesivo e se necessário o procedimento é remetido em tantas camadas quantas forem recomendadas pelo projeto estrutural”. Tem-se que evitar também a formação de bolhas. “Para as lâminas, os fios já aparecem impregnados por resina epóxi, sendo posteriormente aquecidos a aproximadamente 180º C e prensados, produzindo um perfil laminado flexível”, continuou Haddad. O perfil é então aderido ao elemento estrutural com adesivo epóxi tixotrópico, efetuando cruzamentos de lâminas e sobreposição de camadas se necessário. “O papel da resina é distribuir as tensões entre os milhares de fios que conformam o tecido; ela deve estar presente, mas apenas o necessário”, disse Solinas. Pode-se aplicar a fibra nas condições mais adversas. “Pode-se conviver com uma série de interferências, como ar condicionado, tubulações de água gelada, bandejamento elétrico, dentre outros”, completou Solinas. Sika

mente a fibra de carbono substitui ou completa as seções de aço estrutural responsáveis por absorver os novos esforços de tração a serem impostos à estrutura”, afirmou Eustenio Montessanti Junior, gerente de negócios para reparos e proteção e tintas industriais da Anchortec (Mogi das Cruzes, SP). “Mas só é possível reforçar a estrutura com fibra de carbono se a seção de concreto também atender a nova demanda de esforços”, completou.

Preparo Após esse diagnóstico, vem o preparo do substrato – que para alguns é a fase mais importante da obra. “O mais relevante aspecto da construção é o preparo do substrato, pois entre as mais graves razões de insucesso temos o descolamento (quando a tensão de cisalhamento na interface reforço-cola superar o valor da tensão de aderência da cola) e o destacamento (quando a tensão de cisalhamento no concreto supera a tensão limite do concreto)”, afirmou Iliescu. As atividades prévias à aplicação do adesivo consistem em preparar a superfície da aplicação do reforço. “As etapas imprescindíveis são o tratamento da corrosão presente nas armaduras, a reconstituição das seções de concreto com

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Viaduto em Bogotá: tráfego intenso

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Sika

CONSTRUÇÃO CIVIL

Reforço: aplicações calculadas

Cura O composite de fibra de carbono, já aplicado, leva em média 24 horas para a cura inicial e 7 dias para a cura final. Em alguns casos, bastam 24 horas para a obra ser liberada para uso em condições normais. “Deve-se sempre discutir o prazo com o cliente e com o calculista responsável pelo dimensionamento”, afirmou Haddad, da Sika. A rápida liberação da área é, aliás, entendida por alguns como a maior atração do sistema para escritórios de engenharia.

Obras Os mais de 15 anos de tradição em obras reforçadas com composites em fibra de carbono possibilitam citar várias obras em que o sistema foi um sucesso. A Sika, por exemplo, cita a utilização de aproximadamente 2 mil m de lâminas de fibra de carbono para o reforço das paredes do reator nuclear de Angra 1. O reforço foi necessário por causa da troca do equipamento gerador de calor localizado internamente, que iria ser retirado pela abertura de uma espécie de janela na parede do prédio do reator. “Com o objetivo de reforçar a estrutura e permitir que essa abertura fosse realizada, os cantos internos e externos da futura janela foram reforçados com lâminas de fibra de carbono, em dupla camada”, explicou Haddad. “Essa obra exigiu prazos superexatos, não sendo permitidas falhas. Como resultado, o sistema com fibras de carbono permitiu elevado índice de acertividade no planejamento, evitando atrasos”.

Colômbia

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Obra vencedora do prêmio de Honra ao Mérito pelo International Concrete Repair Institute (ICRI), o projeto de reparo, proteção e reforço de duas pontes na cidade de Bogotá, Colômbia, é também um projeto destacado pela Sika. Sendo a primeira ponte construída em 1968 e a segunda em 1989, por causa do aumento do tráfego na região, as pontes a serem reforçadas possuíam as estruturas em concreto deterioradas pelo tempo, pela alta umidade, assim como pelo ataque de dióxido de carbono e de gás industrial. Cada ponte possuía 10 vãos com comprimento

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entre 26 e 30m, e possuía 8 vigas em concreto reforçado pós-tensionadas. Conforme foi apurado, os reforços longitudinais nas vigas eram insuficientes para agüentar a crescente carga na ponte. Foram então instalados novos cabos pós-tensionados de forma a aumentar a capacidade de flexão. Os cabos foram fixados usando placas de aço em cada extremidade e utilizado graute epoxídico para preencher os vazios entre as placas e a superfície do concreto. A resistência ao cisalhamento foi aumentada utilizando lâminas de tecido de fibra de carbono e adesivo epóxi ao redor das vigas. Para isso foram feitos cálculos desenvolvidos para a ocasião. As colunas existentes foram reforçadas aumentando a área seccional cruzada. O aço corroído foi tratado por um inibidor de corrosão. Novas mísulas foram moldadas e aplicadas nos limites das colunas no concreto pré-existente e ancoradas por uma resina epóxi especial. Macacos hidráulicos apoiados nas novas mísulas foram usados para elevar as vigas da ponte. Resina epóxi especial foi também usada para preencher vãos entre o concreto pré-existente e as barras de reforço. Todas essas ações foram tomadas na obra, de forma a reforçá-la na medida desejada.

Obras diversas A Iliescu cita obras como as seguintes: na TKCSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico), o reforço em 24 áreas de encontros de 2 vigas com 100 m cada uma, em que foi aplicada fibra de carbono (o sistema foi seguido de corte das mesmas), assim como reforços em vigas em outras áreas da siderúrgica; reforço de laje e vigas na cobertura da sala de operações da Intelig Telecomunicações (Rocha, RJ); no Consórcio Maracanã (Odebrecht, Andrade Gutierrez e OAS), a colagem de fibra de carbono no entorno de 60 retângulos vazados do teto do Maracanãzinho, assim como o fechamento das fissuras da superfície de duas rampas helicoidais, e a retirada de um pilar com colagem de fibra de carbono e reforço na laje de bordo; e outras obras.

Viadutos Tendo aplicado, desde 2000, 5 mil m2 de reforços com fibra de carbono, a Escale destaca: reforços em lajes de teto de casa de máquinas de hospitais (convivendo com uma série de interferências como ar condicionado, tubulações de água gelada, bandejamentos elétricos, etc.), sendo que outros tipos de reforço nessas condições é praticamente impossível; reforço de viaduto para a Artesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo), em que era exigida a ausência de emendas nas tiras das fibras, e onde foi utilizada uma resina de pega lenta na colagem para a retomada de uma faixa no dia seguinte; outro viaduto em que o reforço foi aplicado na laje do piso por dentro do caixão, e onde foram utilizadas lâminas de fibra de carbono embutidas no cobrimento do concreto e resina de pega rápida (o trabalho deveria ser feito das 23h às 3h do dia seguinte); etc.

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Aplicações em resina poliéster: maior parte do mercado

As diferentes vocações das resinas poliéster

Responsáveis por cerca de 80% do mercado de resinas para composites, as resinas poliéster vêm passando por transformações nas matérias-primas utilizadas em sua fabricação e por elevado crescimento e reposicionamento no mercado. Veja em que consistem essas mudanças

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as cerca de 120 mil toneladas de resinas consumidas pelo mercado brasileiro de composites todo ano, por volta de 100 mil são de resinas poliéster, aqui incluindo desde resina ortoftálica cristal, para aplicações simples como botões, por exemplo, até resinas isoftálicas NPG, para aplicações de elevadas exigências mecânicas e químicas, passando por aplicações que utilizam resinas tereftálicas, isoftálicas puras, resinas DCPD (diciclopentadieno) e até bisfenólicas. Basta isso para demonstrar a importância das resinas poliéster insaturado no mercado como um todo e nos mais variados segmentos em particular. Como tem se dado sua evolução?

Tecnologia A química que resulta em resinas poliéster insaturado é bem conhecida. Em poucas palavras, as resinas poliéster são formadas pela reação de diálcoois (glicóis) com anidridos ou ácidos dibásicos saturados ou insaturados, liberando moléculas de água. A depender da presença ou não de insaturações (duplas ligações entre os átomos de carbono), a resina resultante pode ser de poliéster insaturado ou saturado. Para a obtenção de um composite, as insaturações (duplas ligações) da resina devem ser quebradas pela ação de um iniciador de reação (peróxido orgânico) na presença de acelerador de metal ou aminas terciárias e monômero de estireno (também insaturado). Isso pela parte da resina – sem contar, é claro, a adição de reforço sob a forma de fibras de vidro, principalmente.

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Matérias-primas Para produzir resinas poliéster insaturado, podem ser usadas matérias-primas de origem petroquímica, vegetal ou resíduos de reciclagem de polímeros termoplásticos, como o PET. Nos últimos anos, têm havido progressos na utilização de matérias-primas de origem vegetal e oriundas de reciclagem. “Graças à relativamente farta disponibilidade de termoplásticos de pós-consumo como PET, essa tem sido a fonte de suprimento para pelo menos 50% do total das resinas poliéster consumidas no Brasil”, disse Waldomiro Moreira, coordenador de vendas, marketing e assistência técnica de Resinas da Elekeiroz (Várzea Paulista, SP). “O mercado brasileiro é líder no mundo em uso de resina poliéster derivada de PET reciclado”, contou Esteban Tous, responsável pelo marketing técnico da Novapol (Serra, ES). Outra fonte alternativa tem sido a vegetal. Vários fabricantes de resinas já se baseiam parcialmente em óleo de soja para produzir resinas poliéster, substituindo parte do ácido saturado, com diversas vantagens, dentre as quais a amigabilidade ambiental. Outra estratégia para esse fim é usar matéria-prima reciclada. “O DCPD é uma matéria-prima residual oriunda de refinarias de petróleo que é utilizada no mundo inteiro por todos os fabricantes de resina poliéster insaturado e saturado”, disse José Roberto de Carvalho, gerente de desenvolvimento de mercado da Embrapol (Jandira, SP).

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MATÉRIAS-PRIMAS Vendas Dentre os tipos de resina poliéster, as ortoftálicas e orto-tereftálicas são – quase uma surpresa – ainda as mais produzidas e consumidas, utilizadas em aplicações como caixas d’água, mármore sintético, piscinas e telhas, sendo também consumidas – às vezes modificadas – na área náutica, em tubulações e em tanques. “Essas resinas podem representar mais do que 65% do total produzido de resinas poliéster”, disse Tous. “Em questão de volume, as resinas ortoftálicas baseadas em PET reciclado e blendas são as mais comercializadas dentro da indústria de composites, se bem que os tipos (orto, iso ou iso/NPG) variam de acordo com cada mercado específico”, disse Paulo de Tarso, gerente de tecnologia da Reichhold (Mogi das Cruzes, SP). “As resinas isoftálicas são superiores química e fisicamente às resinas ortoftálicas, mas são destinadas a aplicações mais específicas, onde ocorrem solicitações de maior resistência química e mecânica”, disse Márcio Bozzo, gerente de inovação da Cromitec (Piracicaba, SP).

Mercados Praticamente todos os mercados para composites são atendidos pelas resinas poliéster insaturado. A regra geral é que quanto maiores forem as exigências química ou física, mais provável torna-se utilizar, na ordem de exigência, resinas isoftálicas, isoftálicas com NPG (neopentilglicol), bisfenólicas e – não mais resinas poliéster – éster-vinílicas e epóxi. “As resinas isoftálicas e isoftálicas com NPG normalmente servem como barreira química para tanques e tubulações que entram em contato com produtos químicos corrosivos”, disse Tous, da Novapol. “Mas quando estas resinas não suportam determinado ambiente, são recomendadas as resinas éster-vinílicas que têm um desempenho melhor, mas com um valor agregado também superior”. Resinas epóxi também são usadas. “Quanto maior o grau de exigência ou sofisticação do produto final, maior a responsabilidade na escolha da resina, tanto do ponto de vista técnico quanto econômico”, disse Moreira, da Elekeiroz. “Resinas éster-vinílicas e epóxi são bons exemplos de produtos orientados para maiores exigências. Embora com custos mais elevados que as resinas poliéster convencionais, as éster-vinílicas têm tido crescimento expressivo em áreas de alta performance”.

Tendências

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Voltando às resinas poliéster: quais seriam as mais recentes tendências em tecnologia e mercado? “A tecnologia dos polímeros estão em permanente evolução, seja na otimização nas aplicações, sustentabilidade, redução de subprodutos e de rejeitos industriais”, disse Moreira, que cita a redução de emissão de voláteis, a redução de custo em insumos e energia, a redução na contração volumétrica (low-shrink) como exemplos nesse sentido. “Determinados desenvolvimentos procuram também trocar parte do solvente (monômero de estireno) por água”, cita Tous,

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Telhas em composites: grande utilização de resina poliéster

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da Novapol. “Mas as melhores condições em uso de matérias-primas renováveis, economia e amigabilidade ambiental devem estar ligadas com excelente desempenho, para continuarem sendo usadas as resinas poliéster como material de engenharia”, completa. Isso significaria que o futuro é das resinas de maior resistência? Não necessariamente. “Não há mercado cativo para as resinas. Se uma resina com custo menor conseguir atender as exigências técnicas de determinada aplicação, essa resina com o tempo terá seu mercado”, disse Bozzo, da Cromitec. “As projeções continuam apresentando as resinas poliéster como as mais comuns no mercado de composites”, afirmou Tous, da Novapol. “Prova disso são os contínuos investimentos de novos fornecedores internacionais nessas matérias-primas, com exigências por produtos mais competitivos em diferentes mercados”. A impressão geral é que o mercado vai continuar crescendo (em 15%, para 2011) pelas suas propriedades comparativas em relação a outros materiais, como madeira ou aço. “As resinas poliéster são produtos de extrema versatilidade, sem grandes investimentos no processamento. Graças a essas características o crescimento e amadurecimento do mercado é contínuo e progressivo”, disse Moreira. “Poderão existir casos nos quais algumas resinas poliéster serão substituídas por outro tipo de resina em função de algum desempenho específico, mas em geral quando isso acontece aparece uma nova aplicação em que as poliésteres substituem outro tipo de material (aço, madeira, etc.)”, disse Tous. “Acho impossível a substituição das resinas poliéster para fabricação de composites em muitos casos, pois a tendência é surgir novos transformadores com novos projetos e conceitos, aumentando o consumo”, disse Carvalho, da Embrapol. “O crescimento e consumo de resinas poliéster pelos mercados automotivo, naval, de saneamento básico, de refrigeração (torres), de gelcoat e de massas plásticas em geral tem sido enorme”, afirmou Carvalho. “As perspectivas para o uso de resina poliéster para o mercado de composites para os próximos dois anos são positivas em função do crescimento dos principais setores de construção civil, transporte e infraestrutura (saneamento)”, disse Bozzo, da Cromitec.

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Sustentabilidade: uma meta possível

Meio ambiente: campo de diferenciação e destaque

O conceito sustentabilidade está em toda parte. O mercado de composites não é exceção, e os seus efeitos já se fazem sentir, em produtos e atitudes. Conheça as principais ações que diversas empresas vêm tomando nessa direção

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uitas são as formas de entender o conceito sustentabilidade. Formalmente, ele é definido como “desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras em satisfazerem as suas próprias necessidades”. Essa definição, elaborada pela primeira vez pela política norueguesa Gro Harlem Brundtland, envolve na prática desde a fabricação de produtos com efeitos – menores ou mesmo nulos – ao meio ambiente até as ações de negócio adotadas pelas empresas, com maior ética, e até mesmo atitudes de solidariedade que afetam o relacionamento das empresas com a sociedade. Ou seja, quaisquer ações que redundem num melhor uso dos recursos totais atuais sem afetar adversamente – ou mesmo melhorando – as condições de vida dos indivíduos e comunidades são consideradas “sustentáveis”.

Matérias-primas De tão ampla, a definição de sustentabilidade corre o risco de fazer com que as ações das empresas se percam em generalidades. Há pontos, contudo, em que a noção é suficientemente clara. Por exemplo, quanto à fabricação de produtos a partir de fontes renováveis (substituindo matérias-primas fósseis e permitindo reciclabilidade) ou de produtos que não liberam (ou liberam menos) substâncias prejudiciais ao meio ambiente.

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Diversas empresas do setor de composites já desenvolveram ou estão em fase de desenvolvimento de matérias-primas a partir de fontes renováveis. “Nossa linha de resinas poliéster insaturado são um exemplo de produto sustentável, por empregar fontes renováveis de matérias-primas e resinas termoplásticas em sua fabricação e utilizar energia gerada em outros processos químicos na mesma planta industrial”, afirmou Waldomiro Moreira, coordenador de vendas, marketing e assistência técnica da Elekeiroz (Várzea Paulista, SP). Segundo Moreira, essa linha de resinas, lançada em 2010, e cujo desempenho é muito similar às resinas tradicionais, já responde por 20% das vendas totais de resinas poliéster insaturado para composites da Elekeiroz. “Via de regra, as características das resinas ‘verdes’ são até superiores às convencionais principalmente na molhabilidade e impregnação das fibras de reforço”, concluiu Moreira. “Já lançada, a linha Envirolite de resinas de matérias-primas renováveis começa a ser utilizada, como substituta às resinas tradicionais, em processos como laminação manual e por spray-up”, afirmou Paulo de Tarso, gerente de tecnologia da Reichhold (Mogi das Cruzes, SP), segundo o qual essas resinas possibilitam desempenhos similares às tradicionais. “Nossa linha de polímeros não derivados de petró-

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Fontes renováveis e recicláveis

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QUALIDADE leo (soja, no caso), é usada em conjunto com outras matérias-primas renováveis”, afirmou Rodrigo Oliveira, gerente de vendas e marketing da Ashland (Araçariguama, SP). “O desempenho das resinas Envirez é exatamente o mesmo das outras resinas baseadas 100% em derivados do petróleo”, acrescentou. “Buscamos ampliar a utilização de matérias-primas recicladas para fabricação de nossos produtos”, afirmou Josimar Moreira César, diretor industrial & HSE-Q (Saúde, Segurança e Meio-Ambiente e Qualidade) da Cray Valley (Taboão da Serra, SP). “Nosso maior exemplo é o emprego de PET reciclado para produção de 50% do volume de resinas. Com isso, reduzimos o consumo de matérias-primas derivadas do petróleo e consequentemente minimizamos a emissão de gases geradores do efeito estufa”, explicou.

Baixas emissões

Biodegradabilidade e base d’água A biodegradabilidade, ou seja, a característica de algumas substâncias químicas poderem ser usadas como substratos por microorganismos, também é um ponto a favor da sustentabilidade para alguns fabricantes de matérias-primas em composites. A Redelease é um exemplo. “Tanto nosso cleaner PU 201 quanto o solvente NMP são biodegradáveis, substituindo outros solventes, agressivos e potencialmente cancerígenos”, disse Pereira. Ainda em termos de matérias-primas, a solubilidade em água é outro fator interessante. “Também fabricamos adesivos a base d’água”, disse Paes, da Lord. “Nosso desmoldante base d´água, substitui o filme plástico tradicionalmente colocado sobre o molde e descartado na fabricação de postes e tubos por filament winding”, disse Silva, da Redelease, citando também o fixador de brilho.

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A baixa emissão de substâncias nocivas ao meio Práticas sustentáveis ambiente é outro ponto em que os fabricantes de matérias-primas têm-se movimentado em prol da sustenO conceito de sustentabilidade não para contudo por tabilidade. Essas substâncias nocivas podem ser VOCs aí. Estão também englobados nesse conceito toda e qual(compostos orgânicos voláteis) ou não. “Nossas resiquer ação institucional que promova o desenvolvimento nas a base de DCPD promovem baixo nível de emissustentável da empresa e das comunidades com que a sões”, disse Moreira empresa se relacioCésar, da Cray Valley. na. “A sustentabili“Os gelcoats premium dade permeia tanto Maxguard LE, distria fabricação sustenbuídos por nós, têm tável de produtos performance diferenquanto o desenvolviciada e permitem baixa mento de atividades emissão de estireno”, em benefício da susafirmou Jurandir Petentabilidade na careira Silva, gerente codeia de produção”, mercial da Redelease disse Carlos Piazza, (São Paulo, SP). Um diretor de comuniexemplo de compostos cação da AkzoNovoláteis cuja interdição bel para a América ainda não é obrigatória Latina. O conceito mas cuja emissão é, se sustentabilidade enpossível, desaconsevolve desde as ativilhável é o dos ftalatos. dades da fábrica até A AkzoNobel (Itupea concepção dos prova, SP) possui blendutos, a racionalizadas de MEKP/AAP e ção na aplicação de MEKP/cumeno nesse insumos, energia e sentido. Concorrente Óleo de soja: matéria-prima de fonte renovável materiais auxiliares, dela, a Polinox (Ituassim como a menor peva, SP), também. “Nosso lançamento de 2010, ou geração possível de subprodutos e resíduos de processo seja, o catalisador de MEKP Brasnox PF, assim como para tratamento antes do descarte – que deve ser feito da nosso Brasnox AAP, são produtos isentos de ftalatos”, forma mais inócua possível ao ambiente. “O conceito enindicou Roberto Pontifex, diretor da Polinox. “Estavolve também a geração de valor e resultados financeiros mos substituindo adesivos que utilizavam matériasde longevidade elevada, sem contar o relacionamento da -primas tóxicas em sua formulação por produtos sem empresa com a sociedade”, afirmou Moreira, da Elekeimetais pesados e ftalatos, por exemplo”, disse José roz. Apreende-se disso que a sustentabilidade engloba Duarte Paes, gerente de manufatura e desenvolvimento praticamente todas as interfaces da empresa com seus da Lord (Jundiaí, SP). “A introdução de adesivos sem clientes e fornecedores, com o meio ambiente e com a solventes e a otimização do processo de fabricação dos comunidade que a cerca. “Os quesitos de sustentabiliadesivos vão também nesse sentido”. dade, no sentido amplo, são ambientais, econômicos e

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QUALIDADE sociais”, disse Moreira. “Nossa empresa assume que a sustentabilidade não é uma questão de se ter vontade ou não, mas sim de ter clareza de que esta é a forma de fazer negócios no mundo globalizado”, disse Piazza, da AkzoNobel.

Ambiental

que incluem a comunicação rápida e objetiva com o mercado de capitais (Comissão de Valores Mobiliários ou CVM). “Temos sido reconhecidos por diversas entidades nesse quesito”, observa Oliveira, da Ashland, que cita o prêmio “World’s Most Ethical Companies”, dado pelo Ethisphere Institute, em março de 2010, à companhia, dentre outros prêmios, por sua vez locais. Note-se que, em nome da sustentabilidade, ao final de cada ano as empresas deveriam como um todo ser orientadas a emitirem um Relatório Anual de Sustentabilidade baseado nas diretrizes do Global Reporting Initiative (GRI). “Nós seguimos essa metodologia”, diz Moreira, da Elekeiroz.

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O quesito ambiental diz respeito a qualquer ação que envolva uma melhor utilização dos recursos naturais, tais como energia e água, e a redução ou reaproveitamento de resíduos. A fabricação de produtos de fontes renováveis constitui parte dessas preocupações. “Além de utilizarmos combustíveis geradores de baixos níveis Social de emissão de gás carbônico, nós reutilizamos todo efluente gerado no processo produtivo, reduzindo assim Relativa a ações voltadas a pessoas, sejam elas coo consumo de água proveniente de fontes naturais”, dislaboradores ou comunidade, assim como a questões de se Moreira César, da Cray Valley. Mas a sustentabilidade ética e conduta, a questão social também tem a ver com não diz respeito apenas a tecnologias ditas limpas. Ela sustentabilidade. “Nesse quesito, temos programas inse refere também ao manuseio perfeitamente controlaternos de treinamento e desenvolvimento, concessão de do dos produtos químicos transformados pela indústria. bolsas de estudo, programas de estágio, visitas técnicas “Instituímos programas de geração de energia a partir e programas externos em conjunto com instituições das da recuperação de calor de processo, assim como prograáreas de educação, segurança, esportes e serviços púmas de racionalização de consumo de água e de energia, blicos”, explicou Moreira, da Elekeiroz. A Cray Valley e também de geração também atua nesse de efluentes, com um quesito. “Nos últiamplo gerenciamento mos dez anos a eme controle destes últipresa vem sistematimos”, afirmou Moreicamente estreitando ra, da Elekeiroz. Nesse seu relacionamento âmbito, a instalação com a sociedade”, de equipamentos que afirmou César, da reduzam a emissão de empresa. “Com as substâncias à atmosfera informações cotambém é bem-vinda. letadas, realinha“Instalamos em 2009 o mos nosso planejaRegenerative Thermal mento estratégico Oxidizer (RTO), equie revimos nossos pamento que elimina investimentos e todos os voláteis orgâprioridades para nicos emitidos à atmosimplementação de fera”, afirmou Tarso, projetos sócio-amda Reichhold. Esse bientais. Promoveé também o caso da mos, dentre outras Cray Valley. “O Ther- Reaproveitamento de rejeitos: ação de destaque coisas, nos últimos mo Oxidizer serve para cinco anos, a amtratar os gases oriundos pliação do nível de do processo de fabricação de resinas”, disse César, da participação de moradores da comunidade no quadro Cray Valley. Já a Polinox conseguiu, tendo em vista esfuncional da empresa”, disse. ses objetivos, a certificação ISO 14001, que dentre outras coisas, confirma o estabelecimento de um Sistema Ações conjuntas de Gestão Ambiental (SGA) efetivo pela empresa. Certas ações somente surtem efeito quando são resultado da colaboração de várias empresas num projeto Econômico conjunto. É o caso do Programa Nacional ABMACO de O âmbito econômico das atividades de uma empresa Reciclagem, promovido pela associação com a particienvolve governança corporativa e ética, dentre os itens pação de diversas empresas do setor. “Viabilizamos um mais visados. “A governança corporativa deve se baseprograma com um custo alto e com recursos próprios ar em ética e transparência para o mercado”, afirmou para solucionar um ponto-chave na produção e destinaMoreira, salientando que a Elekeiroz segue esses itens, ção dos resíduos de peças fabricadas com nossos mate-

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QUALIDADE riais”, afirmou Gilmar Lima, presidente da entidade. As ações da ABMACO pela sustentabilidade são apoiadas em educação (via capacitação e qualificação), na diminuição das perdas atuais de produção (via automatização de processos, com menor desperdício e emissão de estireno) e no programa ABMACO de reciclagem. “No momento que tivermos a solução para reciclagem dos composites, a mudança para processos que utilizam moldes fechados e a consolidação das resinas com bases renováveis, nós seremos um dos produtos mais sustentáveis do mercado”. Mas o panorama atual ainda não é ideal. “A questão é que enquanto não tivermos a solução para reciclagem, nossa argumentação em prol da sustentabilidade é fraca, muito embora em emissão de carbono nossas empresas sejam melhores que muitos produtos que defendem a bandeira de produtos ‘verdes’”, disse Lima, enfatizando o importante papel da logística reversa na consecução dos objetivos da associação. “Com a solução para a reciclagem, resolveremos o problema da logística reversa e também seremos mais competitivos”.

Tendências Para o futuro, tudo indica que o panorama será o de cada vez mais empresas e indivíduos engajados na questão da sustentabilidade. “Há uma crescente evolução na questão da sustentabilidade, e não só no segmento de composites”, disse Piazza, da AkzoNobel. Mas isso

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ainda levará algum tempo. “A conscientização ambiental já é comum no mercado automotivo”, disse Oliveira, da Ashland. “Mas para os demais segmentos, ainda deve demorar um pouco, pois eles estão despertando somente agora para esse tema”. Essa é também a postura da Reichhold. “De nossos clientes, somente uma pequena parte solicita produtos e soluções quanto a sustentabilidade”, disse Tarso. “Por isso, ao menos por enquanto o esforço é em sua maioria dos fabricantes de matérias-primas”. “O tratamento dispensado ao tema pela indústria de composites poderia ser muito maior”, diz César, da Cray Valley. “Mas a instalação no Brasil de empresas multinacionais exige o tratamento de tais questões por parte de seus fornecedores. Daí que o comportamento está mudando rapidamente e vem sendo o principal agente catalisador para ampliar esse conceito na indústria”, disse. “O mercado de composites é amplo e pulverizado. Alguns setores organizados, como as montadoras de veículos, determinam a escolha de materiais sustentáveis como premissa paralela à da engenharia. Isso significa que os transformadores precisam estar alinhados com os requerimentos de mercado para aplicação de tecnologias mais limpas”, disse Moreira, da Elekeiroz. “Não temos dúvida que estas práticas em médio prazo irão migrar para outros segmentos de consumo. Sustentabilidade portanto é requisito não apenas importante mas fundamental para a sedimentação e perpetuação do negócio”.

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Redelease

REFORÇOS

Mantas de fibra de vidro: variedade e tecnologia

Manta: matéria-prima básica

Matérias-primas básicas para fabricar uma ampla gama de peças em composites, por processos variados, as mantas de fibra de vidro à disposição do transformador local assumem diferentes perfis, a depender da tecnologia utilizada em sua fabricação. Confira

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Largura

aterial de reforço especialmente fabricado para produzir peças em composites, a manta de vidro é uma velha conhecida dos transformadores. Normalmente aplicada manualmente, a manta de fibra de vidro permite atribuir elevado teor de fibra de vidro aos laminados com ela fabricados (superadas apenas pelos tecidos), assim como boa resistência mecânica em todas as direções (os fios cortados são aplicados aleatoriamente para formação da manta).

Num primeiro momento, constata-se que as mantas se diferenciam pela largura. “As mantas mais comuns são de larguras de 140 e 104 cm, mas existem também mantas de fibra de vidro E de 312 cm”, disse Hidalgo. “A escolha da largura aparece diretamente relacionada ao cálculo estrutural que o cliente tenha realizado, de forma a adequar-se às condições requeridas para o produto final”, completou.

Diferenciação

Tipos de ligante

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Fibras de vidro: ampla variedade

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Os ligantes existentes nas fibras de vidro que compõem uma manta são de dois tipos: o sizing e os binders.

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Quando se questiona um transformador quanto às mantas usadas por ele para fabricação de uma peça em composites, ele normalmente as identifica com a gramatura, qual seja, com 225, 300, 375, 450 e 600 g/m2 ou outras. “Há também mantas com 100, 150 e 900 g/m2, que são escolhidas em função do cálculo estrutural feito pelo cliente”, disse Oscar Hidalgo, gerente de produto da CPIC (Chongquing, China). Mas a densidade apenas não resolve a questão. “As mantas diferenciam-se em função do comprimento da fibra utilizada, na quantidade e tipo de ligante, na aplicação, larguras e por fim gramaturas”, afirmou Valter Luna, engenheiro de produto roving e chopped strand mat (manta de fios picados) da Owens Corning (Rio Claro, SP). “Essas diferenciações visam facilitar o processamento em função do processo e equipamento utilizados, melhorar a compatibilidade fibra-resina, etc.”, afirmou.

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REFORÇOS O sizing é uma espécie de primer aplicado na fibra que ajuda a proteger os filamentos de vidro do processamento/manipulação, assim como a garantir uma ligação apropriada das fibras na matriz de resina. Sem essa ligação, as fibras podem deslizar na matriz, ocasionando falhas. O sizing varia de fabricante a fabricante. O outro tipo de ligante é o chamado binder, que também varia a depender do fabricante. Dois são os principais tipos de binder: a pó e a emulsão. “As mantas com binder em pó permitem impregnação muito mais rápida, mas as com binder em emulsão são consideradas menos contaminantes e ‘sãs’, dado que a própria emulsão possibilita o não desprendimento dos fios da manta”, disse Hidalgo. Os binders podem ser aplicados em maior ou menor quantidade nas fibras das mantas.

Aplicação

Diytrade

São inúmeras as aplicações das mantas para fabricação de peças em composites. Alguns dos mercados em que o uso das mantas é intensivo são o náutico, automobilístico, de construção civil, infraestrutura, energia, indústria petrolífera, etc. “Mas essa diversidade vem acompanhada da necessidade de escolher a manta específica para cada aplicação”, disse Luna, da Owens Corning. Isso significa que as mantas utilizadas na fabricação de peças não são intercambiáveis, ou seja, não podem ser usadas indiscriminadamente, uma no lugar da outra.

Aplicação: propriedades específicas

Intercambiabilidade “As características das mantas podem variar muito, a depender do tipo, e até mesmo impedir a produção dos laminados”, explicou Luna, que dá um exemplo. “Imagine utilizar uma manta de laminação em molde fechado, no qual vai ocorrer injeção e onde se deseja que ocorra o fluxo da resina. Se isso for feito, muito provavelmente a injeção não vai acontecer a contento e as fibras serão arrastadas para o perímetro do molde”.

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REFORÇOS Segundo ele, isso pode acontecer porque a solubilidade do tratamento superficial aplicado nas diversas mantas é totalmente diferente um do outro. “Em aplicações de menor exigência, contudo, pode ocorrer intercambiabilidade de mantas da mesma família”, ressalvou.

Novidades São quatro os principais fornecedores de mantas de fibra de vidro no Brasil (considerando somente os fabricantes de mantas sem núcleo): a Owens Corning, a OCV Capivari (recentemente comprada pela chinesa CPIC), a também chinesa Jushi e a própria CPIC, com suas mantas. Quase todos esses fabricantes (excluindo a OCV) fabricam mantas com binders de base pó e emulsão, para o que cada fabricante utiliza uma tecnologia específica. Mas num ponto todos concordam: fabricam normalmente dois tipos de manta (e vários modelos de cada uma), um com ligação superficial mais forte e outro com maior capacidade de se adaptar ao molde. “Nós temos uma manta com ligação superficial mais forte em relação a outra, que possui maleabilidade maior”, disse Ângelo Miguel Pavioto, supervisor de assistência técnica da OCV Capivari (OCV Reinforcements – Capivari, SP). Cada um desses tipos é indicado para determinados processos e aplicações. “Há diversas mantas, algumas indicadas para processos de laminação manual, prensagem, RTM Light e Vácuo, e outras também para prensagem e pultrusão”, disse Luna.

Tendências A fabricação de mantas de fibra de vidro é uma tecnologia consolidada que dá pouca margem a inovações. Mas sempre surge algo um pouco melhor para determinada aplicação. “Novas tecnologias para a fabricação do vidro permitem disponibilizar mantas de melhor qualidade, mais resistentes e com melhores propriedades químicas”, disse Hidalgo, da CPIC. “Mas há uma tendência de diminuir a fabricação de produtos mais agressivos para o meio ambiente”. Uma outra inovação são mantas de filamento contínuo não unidas por ligante mas por entrelaçamento, o que é o caso da recém-desenvolvida Uniconform, da Owens Corning. “Essa manta garante uma rapidíssima absorção de resina, fácil conformação aos perfis mais complexos, assim como translucidez para os painéis/laminados.

Processos e Mercado As mantas de fios picados são utilizadas em processos como a laminação manual, prensagem a quente ou a frio, vácuo e as mantas especiais assim como a manta de fios contínuos em processos de pultrusão, RTM convencional e Light, infusão e vácuo. As mantas com núcleo normalmente são utilizadas em processo de moldagem por RTM ou RTM Light. As mantas podem ser usadas tanto em processos de moldagem aberta como fechada onde fazem amplo uso delas, até mesmo processos automatizados, em que as fibras são aplicadas por máquinas, como no processo de enrolamento filamentar e pultrusão, por exemplo. No processo de enrolamento filamentar, as mantas de fios picados têm como missão compor a barreira química e completar a resistência transversal dos tubos devido à distribuição aleatória, sendo que o enrolamento utiliza ângulos paralelos muito próximos a 90º e cruzados. No processo de pultrusão a utilização é da manta de fios contínuos com objetivo de obter o acabamento nos perfis fabricados e resistência transversal. Já quanto ao mercado, nota-se uma tendência clara quanto a recuperação do consumo das mantas seja de fios picados como de fios contínuos após a queda abrupta do consumo no ano de 2009. “O mercado vem retomando os volumes anteriores à crise, e as perspectivas para o mercado são as melhores possíveis devido ao bom momento econômico em que o Brasil se encontra”, disse Pavioto.

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Depois de um ciclo de 14 anos sem a construção de grandes embarcações no país, a indústria naval brasileira voltou a levantar âncoras, impulsionada pelo pré-sal, e pela cadeia de produtos e serviços voltados à exploração e produção de petróleo e gás. Confira alguns destaques que a indústria naval disponibiliza em termos de novas tecnologias e matérias-primas para esse segmento

Primers intermediários A Weg (Jaraguá do Sul, SC) disponibiliza a linha Wet Surface 76, de primer intermediário e acabamento epóxi poliamina de alta espessura, sem solvente, formulado com pigmentos anticorrosivos atóxicos para superfície de aço carbono. O produto foi desenvolvido para a aplicação em superfícies preparadas por jateamento abrasivo e hidrojateadas. Outro destaque é a linha de primer de acabamento epóxi bicomponente, de altos sólidos e alta espessura. O produto é tolerante a superfícies, aplicável em substratos de aço jateado a seco, úmido, hidrojateado e com tratamento manual ou mecânico. Pode ser usado como conversor de sistema. Oferece excelente proteção anticorrosiva em ambientes agressivos. Disponível na versão alumínio, proporciona maior proteção anticorrosiva por barreira. A empresa disponibiliza, também, a linha de primer epóxi e a linha de primer epóxi amina. O produto foi desenvolvido para a aplicação em superfícies onde há dificuldade na preparação do aço, tais como em cantos vivos, cantoneiras, cordão de solda, parafusos, porcas e similares. Permite a aplicação sobre superfícies preparadas por jateamento abrasivo seco ou hidro-

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Tintas anti-incrustantes A Internacional Paint, marca da unidade de Revestimentos Marítimos e Industriais da Akzo Nobel, trouxe para o mercado naval a linha Intersleek 900, revestimento anti-incrustante, livre de biocidas. As tintas anti-incrustantes convencionais possuem biocidas, que são liberados para a redução e controle de incrustação. O produto não possui biocida, ou seja, não libera material químico ao meio ambiente marinho. O mecanismo de controle de incrustação é físico. Ele atua por meio da lisura e da tensão superficial do filme seco, facilitando o desprendimento das incrustações. O anti-incrustante, base fluorpolímero, apresenta melhor propriedade de desprendimento em velocidades menores (abaixo de 15 nós) e em condições estáticas. O produto ainda melhora o desempenho da embarcação significativamente, pois, por amenizar o atrito com

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jateamento. Já o primer epóxi amina, de dois componentes, é pigmentado com alumínio e possui excelente resistência à abrasão e excelente proteção anticorrosiva.

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a água causado pela incrustação, propicia uma economia de combustível que chega até 9% em um ano. O anti-incrustante possui durabilidade de 10 anos e pode ser aplicado em embarcações que navegam por todos os tipos de mares e de águas (densas ou leves, quentes, mornas ou frias). Recentemente, o produto foi aplicado também em monoboias (que ficam no mar) e em plataformas marítimas.

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Revestimentos A Tecpox (Rio de Janeiro, RJ) oferece ao mercado naval a linha MES-500 de revestimento antioxidante composto por massa epóxi poliamida de dois componentes para aplicação subaquática. O produto possui como principais características alta tixotropia, ótimo isolamento elétrico, alta resistência mecânica e à abrasão. O revestimento possui ótima adesão em substratos de aço, concreto e laminados de fibra de vidro, sendo utilizado como revestimento antioxidante em substratos de aço de estruturas submersas em plataformas de exploração e produção de petróleo (offshore), oleodutos, emissários submarinos, estacas estruturais em construção portuária na faixa de variação de maré e hidrelétricas.

Linha de produtos com proteção anticorrosiva, para aplicações navais

Tinta epóxi antiderrapante A Química União (Rio de Janeiro, RJ) destacou a linha de tinta epóxi antiderrapante Jumbocoat 55806-30 AD. Trata-se de uma tinta epóxi, bicomponente, antiderrapante modificada com poliamida formulada com pigmentos e cargas com excelente resistência química, alto ponto de fulgor e baixo odor. A linha possui alta viscosidade e alta espessura, e pode ser aplicado, sobre superfícies de aço carbono (navios, estruturas marítimas e offshore) ou concreto como primer e acabamento.

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As vantagens dos composites em sinalização Presentes sob a forma de placas de sinalização dos mais variados tipos e tamanhos (sinalização vertical), assim como tachas e tachões para ruas, avenidas e estradas (sinalização horizontal), os materiais composites destacam-se pela resistência superior e economia de processo. Veja como

S

ão 1,8 milhão de quilômetros de malha rodoviária, dos quais apenas por volta de 100 mil são pavimentados – e sinalizados (dados de 2004). O enorme mercado brasileiro de sinalização rodoviária, tanto de sinalização vertical quanto de horizontal, era, até meados da década de 90, dividido em peças de origem metálica – aço ou alumínio. Solução relativamente recente, os materiais composites destacam-se por sua vez pelas excelentes propriedades e características de processo e aplicação, e são uma ótima opção para uma infinidade de situações.

Aplicações e processos - tachões

Fibralit

São duas as principais aplicações dos materiais composites nos mercados de sinalização horizontal e vertical: como tachões e tachinhas (horizontal) e como placas dos mais variados formatos e tamanhos (vertical). No primeiro caso, a fabricação de tachões faz uso do processo de casting, relativamente simples (derramamento num molde) e

que permite produzir peças de elevada qualidade, tanto em termos de resistência (mecânica, química, etc.) quanto em aparência. “Os composites conferem excepcionais vantagens ligadas a flexibilidade, versatilidade de aplicação, alta tecnologia e custo acessível”, disse Pedro Teles, da Niws Serviços Demarcação Viária (Guarulhos, SP). “Os composites proporcionam excelente resistência ao impacto e compressão com maior durabilidade”. “A matéria-prima principal para esse produto é a resina poliéster, que precisa ter média viscosidade para permitir um composto de alto teor de carga mineral e alto HDT, para excelente resistência à temperatura ambiente”, disse Paulo de Tarso, gerente de tecnologia da Reichhold (Mogi das Cruzes, SP).

Aplicações e processos - placas No segundo caso (as placas de sinalização), a produção de peças em composites pode ser feita pelos processos de laminação contínua, laminação por moldagem aberta ou SMC (Sheet Molding Compound). Mas nem todos deram até agora certo no mercado. “O SMC já foi utilizado por empresas do setor, mas não vingou em função da irregularidade e alta espessura das peças, do acabamento irregular, da necessidade de reforço periférico em pequenas peças e da baixa resistência mecânica, em especial ao arrancamento da fixação”, afirmou Jorge Capela, diretor da Sinalta Propista (São Paulo, SP), importante fabricante de placas em composites.

Placas: laminação contínua Sinalização em composites: vantagens em instalação e durabilidade

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REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

O sistema de laminação contínua, também utilizado para fabricação de telhas e laminados em geral, tanto para construção civil como para transportes (paredes de caminhões frigoríficos, por exemplo), permite produzir placas de sinalização com os dois lados lisos, na cor desejada, com excelentes propriedades mecânicas, químicas e ópticas às

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solicitações do uso, extremamente leves (30% a mais que o alumínio e 80% que o aço), já com a cor preta no lado oposto ao dos sinais, e requerendo baixa manutenção. “As placas em composites caracterizam-se também pelo preço competitivo, facilidade no corte e no manuseio e característica de não oxidarem”, disse Antonio Perez Gamero, gerente técnico da Fibralit (Campinas, SP). “Em termos de resistência mecânica, nossos cálculos em campo concluíram que um laminado com espessura mínima de 2 mm e teor de fibra de vidro entre 25 e 29% suporta ventos de até 50 m/s”, afirmou. “Outras propriedades vantajosas são a fabricação de placas de dimensões maiores (até 4 m x 2 m) e fácil recuperação de acidentes ou depredação (tiros)”, disse Capela, da Sinalta Propista. A ocorrência de tiros fazem com que as placas feitas em aço tenham sua vida útil encurtada drasticamente, pelo rompimento da proteção superficial e o rápido início do processo de corrosão.

Sem valor de revenda Muito leves, ao contrário das placas de aço, que requerem grande esforço físico dos instaladores para colocá-las nos suportes metálicos, as placas em composites fabricadas por laminação contínua possuem uma outra característica que se converte em vantagem neste caso, em relação às similares de aço e de alumínio: a não reciclabilidade. “As placas de sinalização de trânsito com substrato metálico e especialmente as de alumínio possuem alto valor de revenda nas empresas de sucata, que por sua vez revendem o material para empresas de reciclagem”, explica Gamero, da Fibralit. Como as placas em composites não têm valor para a reciclagem, mata-se o problema pela raiz. “A grande maioria dos órgãos de trânsito usa as placas em resina com fibra de vidro em laminação contínua”, disse Silas J. Oliveira, diretor comercial da Portal Sinalização (São Caetano do Sul, SP). “Por isso que, quando temos de produzir, produzimos em composites de fibra de vidro. Compramos as chapas de resina com fibra de vidro da Fibralit e confeccionamos com elas as placas”, explicou. Vale ressaltar que a ABMACO - Associação Brasileira de Mate-

Fibralit

INFRAESTRUTURA

Sinalização vertical: mercado enorme

riais Compósitos lidera um programa de reciclagem deste material, inédito em âmbito mundial.

Matérias-primas Apesar de simples, a fabricação de laminados em composites para fabricação de placas de sinalização requer o uso de resinas e reforços sob medida. “Nós sugerimos, para laminação aberta e contínua, resinas poliéster insaturado com baixa viscosidade e sistema de promoção especial, que permitem boa molhabilidade dos reforços e excelente grau de cura, conferindo ótima rigidez às placas”, afirmou Tarso, da Reichhold.

Propriedades e normas A fabricação de chapas de composites por laminação contínua para fabricar placas de sinalização exige o cumprimento de uma série de propriedades em termos de resistências mecânicas, químicas, etc. Veja na tabela 1 abaixo as principais propriedades requeridas e as normas exigidas para cada uma dessas propriedades. “Em linhas gerais, exige-se seguir a norma ABNT NBR 13275:1999 – Sinalização vertical viária – Chapas planas de poliéster reforçado com fibras de vidro, para confecção de placas de sinalização – Requisitos e métodos de ensaios”, disse Gamero. Essa norma foi revisada, tornando-se a NBR 13275:2006.

Tabela 1 – Características das chapas

Característica

Unidade

Laminação contínua

Teor de fibras de vidro (min)

%

25

Espessura do laminado (min)

mm

2

%

1,2

MPa

85,0

%

+/- 10,0 valor inicial

MPa

5000,0

%

+/- 10,0 valor inicial

Resistência à flexão (ASTM D-790) – no estado de entrega (min)

MPa

130,0

Módulo de elasticidade à flexão – no estado de entrega - (ASTM D-790) (min)

Mpa

5000,0

Absorção de água (ASTM D-570) (max)

%

1,0

Massa específica (ASTM D-792) (min)

g/m

Alongamento na ruptura- (ASTM D-638) (min) Resistência à tração (ASTM D-638), - no estado de entrega ( inicial) Resistência à tração (ASTM D-638),variação máxima após 300h de intemperismo Módulo de elasticidade à tração (ASTM D-638), no estado de entrega. Módulo de elasticidade à tração (ASTM D-638 ) – variação máxima após 300h de intemperismo

3

1,35 Fonte: Fibralit

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