Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.85

Page 1

Publicação da Editora do Administrador Ano XVI • nº85

w w w. t e c n o l o g i a d e m a t e r i a i s . c o m . b r

ISSN-1518-3092

Uma publicação para os mercados de corrosão, construção civil, transporte e esporte&lazer

Aeronáutico: processos Feiplastic 2013: estande temático Feicon Batimat 2013

Eletroeletrônico: engenharia

Réplicas: case na BA

Moldes em epóxi

Materiais de núcleo


PENSANDO NA QUALIDADE, NOS COMPROMETEMOS COM UM MUNDO MAIS SUSTENTÁVEL. O trabalho da Novapol não é apenas buscar soluções eficientes em materiais compostos para todo tipo de aplicação. É buscar soluções que também contribuam para a preservação do meio ambiente. Tanto que nossos produtos estão todos de acordo com as certificações ISO 9001 e ISO 14001. Porque não é possível ter qualidade de vida sem ter respeito ao planeta.

PENSANDO NA VARIEDADE, NOS COMPROMETEMOS COM UM MUNDO DE APLICAÇÕES. Para atender ao mercado com excelência, trabalhamos com um portfolio de matérias-primas completo. Veja o que podemos lhe oferecer. • Éster Vinílicas (aplicações com ambientes corrosivos, energia eólica, náutica, outros) • Acrílica (pultrusão com retardo ao fogo) • Fibra de Vidro (roving, manta, tecido, especialidades) • Desmoldantes semipermanentes (para moldagem aberta e fechada, pultrusão, epóxi, termoplásticos, outros) • Catalisadores e aceleradores (mek-p, especialidades para aplicações em moldagem aberta e fechada) • Pasta pigmento • Pigmentos • Solventes (estireno monômero, limpadores) • Adesivos estruturais (náutica, construção, automotivo, outros)

Rua 7 · Quadra XV · Lote 5 · S/N Civit II · Serra · ES · CEP 29.1659-73 Tel.: +55 27 3298 1100 - www.novapol.com.br


2013

PAUTA EDITORIAL*

Edição 86

Edição 87

Edição 88

Aeroespacial

Novas tecnologias + Fiber Placement

EAB 2013 + Laminação manual

Mercado da aviação na América Latina

Automotivo

Automec

Pesquisa Automotiva + Tecnologias p/ ônibus

Autoparts 2013 + Salão Duas Rodas + Fenatran

Gelcoats/topcoats

Mármore sintético e solid surface

Telhas, coberturas e similares

Rio BoatShow/Motorshow

Resina epóxi

Navalshore 2013

Tecnologias p/ revestimento

Petróleo e gás

Açúcar e álcool Saneamento básico

Guia da pultrusão

BMC/SMC

Laminação contínua

Reciclagem

Energia Solar

Greenbuilding 2013

Reforços

Fibras naturais

Fibra de aramida

Novos reforços Não-tecidos

Aplicações:

Feiplastic 2013

Esporte e lazer

Composites Europe 2013

Temas

Construção Civil Náutico/Naval Ambientes agressivos Processos Sustentabilidade

Epóxi: Tecnologias: Matérias-primas Indústrias Eletroeletrônico

Resinas c/ alto Tg Equipamentos

Blindagem

Prepregs

Agentes desmoldantes

Cargas e Aditivos

Termoplásticos de fibra longa

Agroindústria

Spray-up e hand lay-up

Defesa e segurança Papel e celulose

FIEE

Retardância à chama

Aplicações

Novas aplicações

Destaques internacionais

Distribuição – plásticos de engenharia

Fábrica limpa

Corantes e pigmentos

Superfície Classe A

Artesanato

15/10

18/11

Ferroviário Mercado Especial Internet Data de fechamento

Mais informações:

(11) 2899-6381

Laminação

10/12 *Esta pauta poderá ser alterada sem aviso prévio

consultoria@artsim.com.br

www.tecnologiademateriais.com.br


E-MAILS & CONSULTAS Prezados senhores, A abordagem sobre a osmose, causas e feitos, feita na edição nº 82 à semelhança de tantas outras, focou o assunto sempre enfatizando os materiais e cuidados com a fabricação do laminado. Muito bom. Melhor ainda seria se observasse as condições ideais de laminação, só conseguidas em poucos ambientes controlados, tais como em alguns laboratórios. Essas condições não são realidade conseguida pelas fábricas. Mesmo tomando muito cuidado com o processo fabril, estamos constantemente sujeitos a contaminantes de difícil controle e a fatores ligados ao próprio processo de laminação ainda muito manual e, portanto, sujeito à imprecisão humana. Por isso, seria mais aconselhável falarmos logo em limitação do material ao invés de darmos velhas receitas básicas que sabemos que por si só melhoram o processo de laminação mas não são suficientes para garantir imunidade à osmose. Até que surja um material realmente diferente, iremos ver a osmose ocorrendo até nos lindos iates de milhões de dólares mundo afora. Marco Lima, Muller Ind. e Com. Ltda, Natal (RN) Tenho como receber regularmente informações da revista TM em meu email? Quando sai uma nova edição? Acho essa revista incrível em tecnologia e informação. Obrigado. Alcino Maliuk, Modelação Moldek, Porto Alegre (RS) Gostaria de saber se é possível eu receber as revistas gratuitamente. Sou aluno de arquitetura e urbanismo e trabalho como pesquisador e achei o material de vocês muito interessante. Luiz Fernando Fernandes Soube que é possível receber a edição da Revista Composites on line, dado que já recebemos a revista impressa. Preciso saber se existe limite de quantidade de pessoas e qual o custo. Valéria Cristina Rossetto, Balestro Sou professor do Centro Universitário de Patos de Minas ministrando aulas nas Engenharias Química, Ambiental e Sanitária além da Civil. Desenvolvo na Engenharia Química um projeto de pesquisa simples que trata de reinforçar o PET com pneu de borracha moído, realizando, portanto, ensaios de

Assinatura adicional Todas as empresas fabricantes de peças em composites ou plásticos de engenharia e usuários potenciais desses produtos recebem gratuitamente um exemplar da Revista Composites & Plásticos de Engenharia. Para as empresas que desejam receber mais exemplares, a Editora do Administrador disponibiliza a assinatura anual (6 edições) no valor de R$ 83,00. Entre em contato pelo Tel./Fax: (11) 2899-6375 ou e-mail: cristiane@artsim.com.br

tração e compressão. Fiquei sabendo das Revistas Composites e Poliuretano através de um informe da ABEQ sobre o congresso “Painel Construção Civil” e gostaria de saber, por favor, como nosso Centro Universitário, ou eu na categoria de professor, posso estar recebendo estas publicações para apresentar aos alunos. Por favor, gostaria de saber também se vocês possuem contato com empresas ou universidades que realizam ensaio em materiais. Kleper de Oliveira Rocha, Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM (Belo Horizonte, MG)

Veja alguns dos assuntos abordados no Tecnologia de Materiais on line. Para ler a notícia, acesse o site www.tecnologiademateriais. com.br e faça a consulta com o assunto indicado abaixo:

Assunto

Descritivo da notícia

Mineração

Luvas em fibra de carbono

Construção civil Banheira contemporânea da Doka na Casa Cor Goiás 2013 Petroquímico

Concluídas as obras da P-55

Empresas

Amino comemora 28 anos

Ferroviário

São Paulo reúne mais obras

Mineração

África do Sul em vias de resolver desafios de mineração

Universidades Abertas as inscrições para o mestrado em Engenharia Urbana na UFSCar Sustentabilidade Empresas de sucata não conseguem aval para reciclar caminhões Açúcar e álcool Alstom garante contrato para fornecer Sistema de Controle Ambiental para a indústria norte-americana de etanol Tecnologia

Expocietec terá segunda edição em outubro

Automotivo

ZF leva suas soluções de design leve e eficiente ao Salão Internacional do Automóvel de Frankfurt

Aeroespacial Estudantes do interior de SP levam 22 aviões para a SAE BRASIL AeroDesign Construção civil Feicon Batimat Nordeste traz palestras e cases de sucesso Construção civil Casa Cor Minas Mercado

BRASKEM anuncia plano de incentivo à competitividade

Ferroviário

Alstom mantém inscrições abertas para programa de estágios

Universidades

Jornada Científica e Tecnológica da UFSCar ocorre entre 14 e 18 de outubro

Ferroviário

ALL define prioridades em meio a novo cenário

Cartas consultoria@artsim.com.br ou fax: 55 (11) 2899-6395

4

PR

REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA


VI Fiberglass

E -MAILS & CONSULTAS na

Expoconquista 20 13

Em março, a VI Fiberglass esteve presente na Expoconquista - Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial de Vitória da Conquista (BA), apresentando matérias-primas e peças fabricadas de seus clientes. Um grande destaque do estande foram os animais fabricados em fibra de vidro

VI Fiberglass abre duas novas filiais Recife (PE) e Ribeirão Preto (SP) são as duas cidades que agora contam com filiais VI Fiberglass. Os clientes da região têm a sua disposição completa linha de produtos e assistência técnica totalmente diferenciada Marcas distribuídas:

vendas@vifiber.com.br

Rio de Janeiro • (21) 3882-3672 Porto Alegre • (51) 3012-5851 Recife • (81) 3339-8089 PR

São Paulo • (11) 2413-0344 Bahia • (71) 3379-6667 / 3379-4898 Espírito Santo • (27) 3359-3780

5

Goiânia • (62) 3293-2855 Guarujá • (13) 3358-3093 Ribeirão Preto • (16) 3995-8888

j Awww.vifiber.com.br NEIRO • f EVEREIRO • 2 007


O caminhante faz caminho ao andar Como todo segmento do ramo químico, o mercado de composites sempre foi afetado pelos acontecimentos da economia brasileira e mundial como um todo. Nos últimos meses, as estimativas de crescimento da economia brasileira, meio desalentadoras, têm feito algumas empresas revisarem os próximos passos até o final do ano. Mas enquanto isso o mercado de composites dá também sinais de que as perspectivas não são tão más assim. Muito ao contrário do que poderia se imaginar, todos os ramos do amplo mercado de composites crescem a olhos vistos e os envolvidos, desde fabricantes de matérias-primas, passando pelos distribuidores e chegando aos transformadores, comemoram taxas de crescimento acima das do PIB.

Publicação da Editora do Administrador Ano XVI • nº85

w w w. t e c n o l o g i a d e m a t e r i a i s . c o m . b r

ISSN-1518-3092

Uma publicação para os mercados de corrosão, construção civil, transporte e esporte&lazer

Aeronáutico: processos Feiplastic 2013: estande temático Feicon Batimat 2013

Este exemplar da Revista Composites & Plásticos de Engenharia apresenta diversos casos em que o investimento em tecnologia tem feito o mercado evoluir. A matéria de capa, sobre o mercado aeronáutico, mostra que esse segmento tem amplas perspectivas de crescimento, embora o ainda parco conhecimento dos materiais breque um pouco as iniciativas. Mas não é preciso voar tão longe. Basta acompanhar o movimento no estande temático da Revista Composites & Plásticos de Engenharia teve na última Feiplastic ou conferir os produtos apresentados na Feicon que todo pessimismo se esfuma no ar. Eletroeletrônico: engenharia

Réplicas: case na BA

Moldes em epóxi

Materiais de núcleo

01_Capa_PR85_01.indd 1

10/16/13 10:44 AM

Outras matérias, sejam sobre reforços (fibra de carbono), materiais de núcleo e até distribuição, mostram que ainda falta muito trabalho para fazer para que os transformadores consigam produzir tanto quanto se espera e com isso consigam alavancar toda a nossa economia. Outras matérias, como por exemplo uma sobre o mercado eletroeletrônico para plásticos de engenharia, também mostram que a área de materiais técnicos só tem a crescer com o tempo e a evolução tecnológica brasileira. Boa leitura! Rodrigo Contrera Editor técnico

Entre em contato Recebimento de exemplares cristiane@artsim.com.br

GUIA DE ANUNCIANTES Aerojet......................................... 10 e 11

Mikrosam..............................................45

Agência de Notícias...........................65

Novo Brasil..........................................45

Axson................................................... 33

Novapol .....................................2ª capa

Bandeirante Brazmo...........................25

Paineis Setoriais...................................41

Biblioteca Virtual.................................15

Pauta Editorial........................................ 3

Diprofiber.............................................13

Reichhold..............................................27

Fibertex.................................................21

Songhe.................................................56

Jushi.......................................................49

Texiglass...............................................53

Holos..................................................... 17

Toho............................................ 34 e 35

Induspol................................................37

Toray............................................4ª capa

Innova..........................................3ª capa

VI............................................................. 6

Serviços/Consultas consultoria@artsim.com.br

Redação/Releases consultoria@artsim.com.br

Publicidade consultoria@artsim.com.br

Cursos tamara@artsim.com.br

Catálogo de Fornecedores www.catalogodefornecedores.com.br cristiane@artsim.com.br

FEIPLAR COMPOSITES consultoria@artsim.com.br

Tecnologia de Materiais on line www.tecnologiademateriais.com.br andre@artsim.com.br

Maxepoxi.............................................51


SEÇÕES Divulgação Thomas Net

18

4 – E-mails & Consultas • 8 – Note & Anote • 14 – Artigo Técnico • 23 – Entrevista: Enrolamento Filamentar • 27 – Internacional • 44 – Processabilidade • 47 – Case Construfibras •55 – Internacional: Materiais de núcleo • 57 – Artigo: Teoria dos composites • 62 - Automotivo

48 Epóxi

Eletroeletrônico Equipamentos elétricos e eletrônicos fazem amplo uso de plásticos de engenharia, e diversas novidades chegam aos poucos ao mercado. Conheça quais são os principais polímeros para esse mercado e algumas tendências para o segmento

52 Aeronáutica divulgação henkel

Se o uso de composites na aeronáutica cresce visivelmente, a carência de informações sobre novas tecnologias e a insegurança de apostar em materiais com falta de mão de obra qualificada ainda dificultam o trabalho do transformador. Confira

28 Feiplastic 2013

55 Matérias-primas

36 Feiplastic – Estande Temático

60 Processos

40 Fibra de carbono

64 Distribuição

Materiais que ficam entre duas faces mais densas e bem menos espessas de outros materiais, os materiais sanduíche ampliam sua presença no mercado, não ficando mais relegados a aplicações náuticas, aeronáuticas e aeroespaciais de alto rendimento

Realizada em São Paulo, SP, a Feiplastic 2013 reuniu centenas de expositores da cadeia do plástico, com destaque para fabricantes de matérias-primas, equipamentos e acessórios para plásticos de engenharia. Confira uma série de atrações

O processo RTM (Resin Transfer Molding) começou a aparecer no final dos anos 80 para substituir processos de moldagem aberta e proporcionar produtividade e acabamento. Conheça os últimos aperfeiçoamentos e novidades desse processo

O uso tradicional de fibras de carbono em composites tende a aumentar por meio da sua especificação em aplicações que requerem desempenhos especiais e pelo desenvolvimento dos processos de fabricação de peças. Veja algumas tendências

7

divulgação people services

Centenas de interessados em mais informações sobre materiais composites, aplicações e peças feitas em poliuretano e toda a versatilidade de uso dos plásticos de engenharia visitaram o estande temático na Feiplastic 2013. Confira os destaques

PR

Divulgação Evonik

Divulgação Baram

24 Feicon Batimat 2013

Usos inovadores de composites e uso extensivo de plásticos de engenharia foram destaque na Feicon-Batimat 2013. Destaque para o tanque modular em SMC, da Fortlev (Serra, ES) e o balancim do Grupo Baram (Fortaleza, CE)

Baixa contração, rigidez, estabilidade dimensional, durabilidade. As principais características que tornam a resina epóxi indicada para peças em composites são também fundamentais para justificar o seu uso em moldes. Veja novidades

Processos de moldagem fechada. Estoques locais. A importância do bom atendimento. A distribuição de matérias-primas, equipamentos e acessórios para composites passa por uma crescente profissionalização e especialização. Confira


NOTE E ANOTE www.artsim.com.br

Diretora Executiva Simone Martins Souza (Mtb 027303) Diretora Executiva simone@artsim.com.br Simone Martins Souza (Mtb 027303) Jornalista simone@administrador.inf.br Rodrigo Contrera (editor técnico) Jornalista Rodrigo Contrerae (editor Marketing Eventostécnico) Tamara Leite Colaboradores João Neiva Representantes de Vendas Michelle Neves Rosely Pinho Marketing e Eventos Tabatha Magalhães Salete Matias Administrativo/Financeiro Luana Oliveira Danilo Silva Oliveira Representantes de Vendas

Akim Kumow Circulação Fernando Cristiane ShirleySandoval Guimarães Rafael V. Estevez Internet Tabatha Magalhães André Tavares de Oliveira Conselho Editorial Projeto Gráfico, Diagramação Francisco Xavier Carvalho (Ibcom) Waldomiro Moreira (Elekeiroz) Elisângela Souza Hiratsuka Rita Ruiz (R&D) Marcelo Marcondes Marin Antonio Rafael Carvalho (Reichhold) Pires Ismael Corazza (Jushi) Pré-impressão e impressão Marcio Sandri (Owens Corning) ArtSim Proj. Gráficos Ltda. - 11 2899-6375 Administrativo/Financeiro KleberEdição Almeida Silva Luiz Paulo Santos Revista Composites e Plásticos de Engenharia nº 85 Bruno Alves Omeltech Circulação www.artsim.com.br Cristiane Shirley Guimarães Tiragem Edriele Silva Santos 12.000 exemplares Projeto Gráfico, Diagramação Elisângela Souza Hiratsuka DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA: Marcelo MarcondesAmérica Marin do Sul Raphael Jurado Casanova Internet Rafael Gustavo Pacios Pré-impressão ArtSim Proj. Gráficos Ltda. - 11 3779-0270 www.artsim.com.br Tiragem Editora do Administrador Ltda. 12.000 exemplares Administração, Redação e Publicidade DISTRIBUIÇÃO do Sul R. José DIRIGIDA: Gonçalves, América 96 05727-250 São Paulo – SP PABX: (11)2899-6359 e-mail: consultoria@artsim.com.br www.tecnologiademateriais.com.br É proibida a reprodução total ou parcial de qualquer matéria desta publicação sem autorização prévia da Editora do Administrador. Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores. As opiniões expressas nestes artigos não são necessariamente do Administrador adotadas pelaEditora Revista Composites & PlásticosLtda. de Engenharia. Administração, Redação pelo e Publicidade A Revista também não se responsabiliza conteúdo divulgado R. José Gonçalves, 96 nos anúncios, mesmo os informes publicitários. 05727-250 São Paulo – SP Periodicidade PABX: (11)3779-0270 bimestral e-mail: consultoria@administrador.inf.br www.tecnologiademateriais.com.br Capa

É proibida aAeronáutico: reprodução total ou parcial deCapacity qualquer matéria desta Engeneering publicação sem autorização prévia da Editora do Administrador. Eletroeletrônico: Rhodia Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores. Réplicas:Construfibras As opiniões expressas nestes artigos não são necessariamente adotadas pela Revista Composites & Plásticos de Engenharia. Moldes em epóxi: A Revista também não se responsabiliza pelo conteúdo divulgado Preparations for Hi-Temp Epoxy Mold nos anúncios, mesmo os informes publicitários. Circulação novembro/dezembro de 2008 Periodicidade bimestral Capa FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR 2008: Studio F Construção civil: Menzolit Santos Off Shore: Poleoduto Pós-graduação: Universidade Positivo

Ferrari admite variante limitada da LaFerrari

LaFerrari: exclusividade

Flávio Manzoni, chefe de design do projeto LaFerrari, afirmou que a marca vai desenvolver uma versão ainda mais limitada do superesportivo, que já tem produção restrita a 499 unidades. Estima-se que o novo bólido não tenha mais que dez exemplares produzidos em Maranello, cada um por valores entre R$ 9 e R$ 15 milhões. Acredita-se que o superesportivo passe a pesar apenas 1.000 kg, ao invés dos 1.255 kg do LaFerrari padrão.

Setor de composites fatura 765 milhões no primeiro trimeste Segundo dados da Maxiquim, consultoria contratada pela Almaco (Associação Latino-Americana de Materiais Compósitos), o setor de composites faturou 765 milhões de reais no primeiro trimestre de 2013, 5,2% a mais que o mesmo período de 2012. De janeiro a março foram consumidas 49.700 toneladas de composites, queda de 10% em relação a 2012 e ligeira alta de 0,4% comparado ao quarto trimestre do ano passado. O setor deve faturar 3,225 bilhões de reais em 2013, 8,1% a mais que 2012.

Lojas Le Lis Blanc Deux usam Corian A marca Le Lis Blanc Deux de roupas, perfumes e acessórios decorativos está utilizando Corian, produto da DuPont de superfície sólida, na composição das fachadas de suas lojas. As aplicações simulam a textura do matelassê, tecido acolchoado e geralmente costurado em forma de losangos. O uso foi planejado pelo escritório de arquitetura Fernanda Marques Arquitetos Associados, sendo o projeto desenvolvido para as lojas dos shoppings Cidade Jardim (SP), Village Mall (RJ) e Rio Mar (PE). Segundo Fernanda Marques, arquiteta responsável, o Corian foi usado na cor Glacier White devido às possibilidades de design oferecidas pelo produto. A Avitá Design foi o processador responsável pela confecção das fachadas.

Abiplast divulga boas perspectivas para 2013 Em 2013, a indústria brasileira de transformação do plástico espera aumento em sua produção física de 1%. O faturamento deverá ser 6,6% maior, o que significará um incremento real de 1,4%. Com base nas estimativas macroeconômicas de uma expansão do PIB em torno de 3%, espera-se um aumento de 1% na demanda por automóveis e de 4% na indústria da construção civil. A competitividade do país é prejudicada pelo custo Brasil: em 2012 foram exportados bens referentes a US$ 1,34 bilhão, 12% a menos do que em 2011, quando foram vendidos US$ 1,51 bilhão. As importações de plásticos transformados tiveram um aumento de 6%, indo dos US$ 3,39 bilhões, em 2011, para US$ 3,59 bilhões. Os dados são da Abiplast.

8


NOTE E ANOTE Fiat apresenta plano de investimentos de R$ 15 bi

BNDES encomenda estudo sobre a indústria química

Sergio Marchionne, CEO mundial da Fiat Chrysler e presidente mundial da Fiat Industrial, e Cledorvino Belini, presidente da Fiat Chrysler na América Latina, apresentaram ao governo brasileiro um plano de investimentos de R$ 15 bilhões até 2016. Segundo a Fiat, os investimentos devem criar 7,7 mil novos empregos diretos, além de 12 mil indiretos. A obra da montadora em Goiana (PE) deverá ficar concluída no final de 2014. O plano é de que sejam produzidos de 200 mil a 250 mil carros por ano a partir do início de 2015.

O BNDES incluiu o financiamento de um estudo sobre diversificação da indústria química no Plano Brasil Maior, dentro da agenda estruturante, de médio prazo. O objetivo do estudo, segundo Fernando Figueiredo, presidente da Abiquim, é permitir um planejamento a longo prazo, ter uma boa análise de mercado e atrair investimentos. Trabalhos do tipo costumam custar entre 6 e 8 milhões de reais.

Todo em composites, Bumerangue Ex-27 tem motor e hélice na traseira

Lamborghini Egoista não tem lugar para passageiros O protótipo Egoísta, da Lamborghini, apresentado em maio, tem lugar apenas para o motorista e é inspirado em aeronaves de alta velocidade. O veículo, que tem aletas na parte superior, que abrem e fecham de Lamborghini Egoista: protótipo acordo com as condições avançado de condução, possui dois flaps ativados automaticamente a altas velocidades na traseira para melhorar a estabilidade. A carroceria é feita de fibra de carbono e alumínio. O cockpit, completamente removível, é inteiramente em fibra de carbono e alumínio, consistindo numa célula de sobrevivência. Como o Egoísta é feito de alumínio e fibra de carbono não tem zonas vazias. Peças externas (rims) também são feitas de places de fibra de carbono.

FINEP lança edital de 41 milhões para a indústria naval A FINEP lançou uma chamada pública com recursos não reembolsáveis (que não precisam ser devolvidos) provenientes do FNDCT/Fundos Setoriais, somando 41 milhões de reais, destinados a apoiar projetos cooperativos entre instituições de pesquisa científica e tecnológica (IPCTs) e empresas do setor de navipeças para a navegação interior, cabotagem e longo curso. O objetivo é aumentar o índice de nacionalização das embarcações produzidas no Brasil e aumentar a capacidade de geração de empregos na área da Construção Naval, buscando garantir o suporte necessário ao seu crescimento com desenvolvimento sustentado e social. Pelo menos 30% dos recursos deverão ser aplicados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e nas regiões de abrangência da Sudene e Sudam.

9

Bumerangue Ex-27: canard em fase de ensaios

Com preço estimado em 250 mil dólares, o Bumerangue EX-27, avião experimental desenvolvido pela Fábrica Brasileira de Aeronaves (Fabe) (Uberlândia, MG) com a ajuda de profissionais das universidades Federal de Minas Gerais (UFMG) e Federal de Uberlândia (UFU), está em fase de testes. A aeronave, um aparelho quadriplace monomotor e canard, totalmente em composites, é equipada com paraquedas balístico, trem de pouso retrátil e piloto automático e está em fase final de ensaios em voo. O avião tem capacidade para quatro passageiros e recebeu o primeiro lugar na categoria Aeronave Experimental ao ser lançado na Expo Aero Brasil.

Barracuda restaura mosaico do Maracanã com composites A Barracuda utilizou resinas de poliéster insaturado para restaurar o mosaico da entrada principal do estádio de futebol Mário Filho, o Maracanã. A obra, criada por Paulo Werneck, foi instalada em 1950. Jorge Nasseh, engenheiro-chefe da empresa, disse que a empresa fabricou painéis de composites de 72 m² que foram colados na parte posterior do mosaico – as placas feitas pela Barracuda substituíram a alvenaria original. O sistema foi a infusão de resina poliéster reforçada com fibras de vidro e espumas de PVC.


NOTE E ANOTE Aeroporto de Guarulhos utiliza pisos epóxi e de poliuretano O novo edifício-garagem do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, inaugurado no final do mês de maio, utiliza 37.000 m² do sistema Nitroprimer 30, Anchorpiso SF250 (epóxi) e Anchorpiso FC144 (poliuretano), todos da Weber (Jandira, SP). Produtos de alto desempenho, esses pisos garantem acabamento de alta resistência, ideal para locais com grande movimento. O edifício possui oito andares e 89 mil metros quadrados, e acrescenta 2,6 mil vagas para automóveis, aumentando em 75% a capacidade de estacionamento do aeroporto. O novo edifício garagem do Aeroporto de Guarulhos é resultado de um investimento de aproximadamente R$ 60 milhões.

Seminário de composites nos Estados Unidos Realizou-se, nos dias 18 e 19 de setembro, em Charleston, Carolina do Sul, Estados Unidos, um seminário de composites que consistiu de uma visita às instalações de montagem da fuselagem intermediária de aeronaves Boeing. Para participar do seminário, foi necessária a autorização da própria Boeing. No seminário foram abordados os tradicionais métodos de design e análise relativos a peças em composites, testes e métodos de ensaios não destrutivos, dentre outros tópicos.

Henkel lança Loctite E-90BR A&B, adesivo bicomponente à base de epóxi

Nissan

A Henkel (Itapevi, SP) lançou o adesivo bicomponente à base de epóxi, poliamida e cargas minerais Loctite E-90BR A&B. Com resistência a baixas e altas temperaturas (-50°C a 70°C), o produto proporciona cura em duas horas, oferecendo tempo suficiente para que o profissional possa trabalhar com o adesivo sem a possibilidade que cure antes do momento adequado. O produto pode ser utilizado para aderir diversos substratos como madeira, metais, cerâmica, vidro, concreto, ladrilho, gesso e plásticos (exceto polietileno, polipropileno e PTFE). O produto não contém amianto e apresenta boa transparência e adesão.

Elétrico Nissan Leaf, viatura para a PM carioca A Polícia Militar do Rio de Janeiro terá o elétrico Nissan Leaf como viatura em sua frota. Duas unidades serão usadas no patrulhamento da orla da capital flumiElétrico da Nissan: economia nense a partir de agosto. O projeto piloto está previsto para durar inicialmente três meses. As viaturas elétricas vão integrar o BPTur (Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas) da cidade.

REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

10

40 anos de compromisso com a qualidade A Aerojet Brasileira de Fiberglass comemora 40 anos de solidez, confiabilidade e comprometimento em sua ativa participação no setor de plástico reforçado no Brasil

40 anos de confiabilidade na distribuição É uma das principais distribuidoras de matériasprimas para a fabricação de moldes, peças, revestimentos, reparos em resinas plásticas e fibra de vidro

CURSOS GRATUITOS

Laminação e Moldes em silicone

Aerojet Brasileira de Fiberglass Ltda. Rua da Paz, 637 Chácara Santo Antônio 04713-000 - São Paulo - SP Tel.: (11) 2713-6868 Fax: (11) 2713-6864


40 anos materializando sonhos

Resinas Aceleradores Catalisadores Corantes Cargas Minerais Desmoldantes Gel-coats Equipamentos Fibra de Vidro

Tudo o que pode ser feito por vocĂŞ

www.aerojet.com.br aerojet@aerojet.com.br


NOTE E ANOTE A Associação Latino-Americana de Materiais Compósitos (Almaco), que além do Brasil também conta com estrutura no Chile, terá em breve uma base na Argentina. A organização argentina está a cargo de Eric Engstfeld, diretor da fabricante de resinas e gelcoats Plaquimet. Colômbia e México devem ser os próximos países a contar com bases da Almaco, ainda em 2013.

Cannon Afros

Cannon Afros recebe premiação por processo com epóxi e RTM O grupo de Serviços Tecnológicos e de Inovação da Confindustria (organização que representa mais de 148 mil fabricantes e desenvolvedores de serviços italianos com Tecnologia ESTRIM: várias diversos materiais) camadas de fibras de carbono premiou a Cannon numa estrutura sanduíche Afros, fabricante italiana de máquinas e equipamentos para transformação de diversos materiais, com o projeto intitulado “Sistemas de Moldagem de Ciclo-Rápido para Partes em Composites feitas com Resinas Epóxi Reforçadas com Carbono”, que, dentre outras vantagens, reduz o tempo de desmoldagem de uma peça composite final de 20 a 30 minutos para apenas 3 minutos, em RTM, com a tecnologia ESTRIM (Moldagem de Injeção e Reação Estrutural com Epóxi).

Estado

Empresa fatura R$ 1,4 milhão com avião não tripulado (Vant) O engenheiro mecatrônico Giovani Amianti, sócio da XMobots, de 30 anos de idade e oito de profissão, gosta de falar que, até hoje, não fez outra coisa na carreira a não ser estudar e projetar drones, aviões não tripulados (Vants). Nos úlVant: faturamentos altos timos 12 meses, Amianti desenvolveu dois vants com os quais faturou 1,4 milhão de reais e espera dobrar o faturamento a partir do lançamento da terceira geração dos aparelhos ainda este ano. O Nauru 500l, da empresa, foi lançado em 2012, e é a base para o novo Echar, que já tem três pré-vendas.

REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

Edra Equipamentos lança sistemasustentável de construção modular Edra Equipamentos

ALMACO terá base na Argentina

A Edra Equipamentos (Ipeúna, SP) lançou um sistema sustentável de construção por módulos denominado e.modular. Podendo ser usado como quiosque de autoatendimento ou agência itinerante, o e.modular tem 12,8 m² de área útil e estrutura de aço revestida com E.modular: autoatendimento paredes e teto de composites. A resina usada para a moldagem das placas em composites é parcialmente derivada de fontes renováveis. O piso é de revestimento cimentício fabricado com agregados naturais oriundos do reaproveitamento de pedras nobres descartadas, como mármore e quartzo. O sistema inclui uma miniestação de geração de energia eólica, helicoida e compacto, capaz de gerar até 1,32 KW/dia.

Airbus apresenta protótipo do A350 com mais de 50% em fibra de carbono A europeia Airbus apresentou o protótipo do A350, aeronave que rivaliza diretamente com os modelos 777 e o 787 Dreamliner, da Boeing. “Nosso avião tem a mesma performance do 777, mas com um consumo 25% menor de combustível”, disse Fabrice Brégier, presidente da empresa. Como os jatos da Boeing, o A350 tem mais da metade de seus componentes feitos de composites de fibra de carbono. A nova versão do jato da Boeing, batizada como 777X, deve ser lançada no final do ano.

Owens corning e Taishan Fiberglass anunciam aliança estratégica A norte-americana Owens Corning (Rio Claro, SP) e a chinesa Taishan Fiberglass (Shandong), subsidiária da Sinoma, anunciaram um acordo estratégico para aumentar o uso dos produtos de especialidade ��������������������������������� álcali-resistentes��������������� de marcas Cem-FIL, Anti-CRAK e Slurry-FIL ao redor do mundo. A fabricação desses produtos será na China, sob supervisão dos centros de pesquisa e desenvolvimento da Owens Corning. A Taishan será responsável pelos mercados da China, ASEAN, Japão, Coréia, África do Sul e Arábia Saudita, enquanto a Owens Corning focará os mercados do resto do mundo.

12


HexArmor

NOTE E ANOTE Alstom fornece sistema ambiental para etanol nos EUA

Empresa apresenta fibra baseada na teia de aranha

A Alstom será responsável pela implantação do sistema de despoeiramento da nova planta de etanol da norte-americana Southeast Renewable Fuels (SRF), a ser implantado pela brasileira Uni-Systems. A Alstom fornecerá o precipitador eletrostático dedicado à captura de partículas de gás provenientes da queima da gramínea bagaço de sorgo. No mundo, a empresa tem instalados sistemas de controle ambiental para aproximadamente 450 GW.

A alemã AMSilk está apresentando no mercado, desde março de 2013, a fibra Biosteel, produto inédito desenvolvido a partir de seda, da mesma forma que ocorre com as teias de aranha. Segundo a empresa, a nova fibra tem resistência à tensão siBiosteel: resistência à tensão milar à do aço e mantém a flexicom flexibilidade bilidade de uma borracha.

Luvas de fibra de carbono na Brasil Offshore A curitibana Luvas Yelling, distribuidora dos produtos da norte-americana HexArmor, apresentou luvas tricotadas em fibra de carbono especificamente indicadas para o setor de óleo e gás. A tecnologia Superfabric, dessas luLuvas de fibra de carbono: vas, transforma, segundo a empreespecialidades sa, tecidos comuns em tecidos altamente resistentes a cortes e perfurações. A Luvas Yelling, que também fabrica luvas tricotadas, é distribuidora oficial da empresa norte-americana também em mangas e aventais.

Gastank consegue certificação para cilindros tipo IV CNG A sueca Gastank conseguiu certificação para seus cilindros de composites em fibra de vidro de tipo IV CNG (Gás Natural Comprimido) de acordo com a regulação UN ECE R110. A fabricação dos cilindros agora certificados se dá com resina epóxi Voraforce da norte-americana Dow (São Paulo, SP). Os cilindros de composites com resina epóxi destacam-se pela resistência aprimorada a impactos, fadiga dinâmica e performance a baixas temperaturas.

Catalisadores  Fibras de Carbono  Fibras de Vidro Materiais de Núcleo  Painéis Estruturais  Resinas Poliéster Materiais para Infusão: Filmes, Tapes Selantes, Peel Ply

Parceiros:

Colméias Plásticas

Painel/Compensado

Painel/Compósito

Painel/Fórmica

Espumas PET

Matline (não tecido)

Mantas para RTM

Tecidos Multiaxiais

Diprofiber Comércio de Fibras de Vidro Ltda. Av. Juscelino Kubitschek de Oliveira, 1671 Bairro: CIC - CEP: 81.280-140 Curitiba - Paraná - Brasil Tel./Fax: +55 (41) 3373-0057 vendas@diprofiber.com.br www.diprofiber.com.br


Postes em composites: programa Luz para Todos Por Francisco Carvalho (IBCom)

Copel e AEN PR

ARTIGO TÉCNICO

Postes em composites: instalação facilitada

A utilização de postes de composites em substituição aos de concreto torna-se cada vez mais comum no Brasil. Veja dados comparativos entre postes dos dois materiais numa obra do Governo Federal feita no estado do Pará

Tabela 1 – Comparativo de custos: fabricação de postes em concreto e em composites Fator

Custo total: poste de concreto (R$)

Custo total: poste de composites (R$)

Aumento (%)

Material

1.395.596,95

1.745.546,95

25,08%

Mão de obra

597.478,52

498.442,88

- 16,58%

Transporte

48.171,43

32.114,29

- 33,33%

Logística

112.000,00

1.800,00

- 98,39%

Total

2.153.246,89

2.277.904,11

5,79%

Fator

Tempo total: poste de concreto

Tempo total: poste de composites

Diminuição (%)

Execução da obra

258 dias

84 dias

- 67,44%

Transporte e logística

56 dias

12 dias

- 78,57%

Total

314 dias

96 dias

- 69,43%

Os postes de concreto, composites e madeira possuem diferentes propriedades, que são comparadas na tabela 3, abaixo. Destaque para os pesos dos postes de composites em relação aos de concreto e madeira e os vários tipos de resistência apresentados por eles.

Postes em composites: transporte facilitado

14

PR

REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

Tabela 2 – Comparativo de tempo de execução da obra

Copel e AEN PR

O

Programa Luz para Todos, do Governo Federal, prevê que até 2014 mais de 400 mil ligações devam ser feitas em regiões de difícil acesso. Este artigo trata da fabricação de postes em composites para compor uma rede de distribuição de energia no município de Igarapé Miri, ladeado pelos rios Meruhu e Igarapé-Miri, no Pará. A obra estava prevista para utilizar 93 transformadores, 28 km de cabos de rede monofásica, cabo 2 AWG e 22 km de rede trifásica, cabo 1/0 AWG, em tensão de 34,5 kv. Foi comparada a fabricação de postes em composites em relação a postes em concreto, fazendo uso de uma equipe de 12 pessoas. Chegou-se à conclusão de que o custo dos postes em composites é 5,79% superior ao de postes em concreto; em tempo de execução, a fabricação dos postes em composites se dá em 30% do tempo para os postes em concreto. Veja abaixo as tabelas 1 e 2, comparando os componentes do custo envolvendo os postes de concreto e composites (tabela 1) e o tempo total de fabricação desses dois tipos de poste (tabela 2).


Consulte a Biblioteca Virtual Composites, Poliuretano e Plásticos de Engenharia

A Biblioteca Virtual tem o objetivo de oferecer, ao mercado, materiais técnicos em geral sobre estas matérias-primas, facilitando a busca por informações no dia a dia das empresas.

Consulte e envie sugestões sobre os temas de interesse

www.bibliotecavirtualcpp.com.br consultoria@artsim.com.br

(55 11) 2899-6395


ARTIGO TÉCNICO Tabela 3 – Postes de concreto, madeira e composites (comparativo de propriedades) Propriedade

Composites

Madeira

Concreto

Vida útil (anos)

Mais de 80

20

25

maré (10 min para deixar cada poste). Conclui-se que o transporte de postes em composites é 98,39% mais barato. Tabela 5 – Transporte fluvial de postes de concreto e de composites do porto até o leito do rio Poste de concreto Descrição

Peso

130 kg

300 kg

990 kg

Flutua?

Sim

Não

Não

Resistência à corrosão

Não suscetível

Suscetível a deteriorar por umidade

Suscetível

Resistência a pássaros, insetos e fungos

Não suscetível

Baixa resistência

Não suscetível

Impacto ambiental

É reciclável; não libera produtos tóxicos; não precisa de certificações ambientais

Tratado com produtos químicos tóxicos; resultante de desmatamento; necessidade de certificações ambientais

Deslocamento de poste por lancha do porto 12,00 até o leito do rio (48 postes/ dia)

Não reciclável

Total (R$)

A diminuição dos custos de transporte é um ponto forte dos postes em composites. Veja nas tabelas 4, 5, 6 e 7 comparativos de transporte entre os postes de concreto e de composites. A diferença de custos em transporte é de 33,33%, favorável aos postes em composites, pois uma carreta que pode carregar em média 35 postes de concreto pode carregar 70 postes em composites. Tabela 4 – Transporte de postes até o porto Poste de concreto Descrição

Quantidade

Transporte dos postes – Almoxarifado – Cidade – Porto

562

Transporte de outros materiais Diversos – Almoxarifado – Cidade – Porto Total (R$)

Deslocamento de poste por balsa do porto até o 56,00 leito do rio (10 postes/ dia)

57,14

Diversos

XXXX

Total (R$)

Total (R$)

32.114,00

28,57

16.057,00

16.057,00

48.171,00

Diversos

XXXX

16.057,00

32.114,00

A tabela 5 compara o transporte de postes de concreto em balsas e lanchas, respectivamente, até o local da obra. Enquanto a balsa trabalha 4 h/dia durante a maré cheia (24 min para deixar cada poste), o poste em composites flutua e pode ser rebocado por lancha durante o dia todo, independente da

2.000,00

112.000,00

112.000,00

Unitário Total (R$) (R$)

150

1.800,00

XXXX

1.800,00

Tabela 6 – Tempo e condições de transporte de postes em concreto e em composites Poste de concreto

Poste de composites

Postes Serviço/ dia Total de Serviço/ dia Total de (12 pessoas) dias (12 pessoas) dias

Deslocamento de poste do porto até o leito do rio, por balsa (10 postes/dia)

562

Deslocamento de poste do porto até o leito do rio, por lancha (48 postes/dia)

562

Total de dias

16

PR

REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

Total (R$)

XXXX

Poste de composites Unitário (R$)

Unitário (R$)

A tabela 6 mostra o tempo necessário para deslocar postes de concreto e de composites do porto ao leito do rio, por balsa (postes de concreto) ou por lancha (postes de composites). No caso dos postes de concreto, além da balsa é necessário um ou mais caminhões-guindaste. Já no caso dos postes em composites, como eles flutuam podem ser facilmente transportados por lancha.

Descrição Unitário (R$)

Poste de composites

Dias

10

XXXX

56

56

48

12

XXXX

12


Creative Pultrusions

ARTIGO TÉCNICO Tabela 7 – Tempo de execução dos serviços da obra

Descrição

Postes

Serviços diversos – Tempo igual de execução

Postes de composites, diversas vantagens

A tabela 7 mostra um comparativo entre o tempo de execução dos serviços da obra para postes em concreto e postes em composites. Para arrastar o poste da margem do rio até o local da implantação (distância de 100 m) são necessárias 12 pessoas (que levam 70 min) para os postes em concreto, enquanto para os postes em composites são necessárias 4 pessoas (que levam 20 min). Para a implantação manual, as 12 pessoas levam 96 min para postes em concreto (sendo necessário o uso de caminhão-guindaste), enquanto para os postes em composites as 4 pessoas levam 28 min.

Poste de concreto

Poste de composites

Serviço/ dia (12 pessoas)

Total de dias

Serviço/ dia (12 pessoas)

Total de dias

XXXX

65

XXXX

65

Arrastamento do poste da margem do rio ao local de implantação

562

7

80

72

8

Implantação manual do poste

562

5

112

50

11

XXXX

268

XXXX

84

Total de postes

Fonte dos dados: Rede Energia S.A. e Centrais Elétricas do Pará

15 anos Holos Brasil

www.holosbrasil.com Tel.: + 55 21 2270 9259

Referência nacional no desenvolvimento de soluções com alto conteúdo tecnológico, nossa equipe de projeto, engenharia e produção une experiência e competência para atender as necessidades no seu negócio.

Análise e dimensionamento estrutural Usinagem de moldes e modelos por CNC 3 eixos Projeto de produtos e embarcações Laminação com prepeg, infusão e manual Desenvolvimento e fabricação de peças especiais em compósitos avançados (fibra de carbono e aramida) Reparos estruturais metal-compósitos e compósitoscompósitos Nossos produtos e serviços refletem os ideais que nos motivam:

inovação, qualidade e comprometimento.


ELETROELETRÔNICO

O uso intensivo de plásticos de engenharia num mercado em crescente especialização Equipamentos elétricos e eletrônicos fazem amplo uso de plásticos de engenharia os mais variados, e diversas novidades chegam aos poucos no mercado local. Conheça quais são os algumas tendências para o segmento

BASF

principais polímeros para esse mercado e

Plásticos de engenharia: utilização ampla em eletroeletrônicos

A

revolução digital que começou nos anos 90 trouxe ao mercado não apenas tecnologias de informática. Trouxe também aparelhos cada vez menores e mais complexos e necessidades de projeto que ampliaram – e muito – a diversidade de materiais utilizados nesses aparelhos. Muitos desses materiais são plásticos de engenharia, que já concorrem em pé de igualdade com outros materiais, já tradicionais. “A grande novidade e ao mesmo tempo grande desafio para o setor é a substituição de materiais tradicionais por materiais termoplásticos”, disse Haroldo Marcos, líder técnico da DSM Plásticos de Engenharia da América Latina (São Paulo, SP). “Há materiais que não podem ser reprocessados, tornando muito difícil a sua reciclagem. Já os materiais termoplásticos são totalmente recicláveis”, justificou.

Variedade “O leque de opções para os plásticos de engenharia utilizados em componentes eletroeletrônicos é vasto e vai da poliamida ao policarbonato”, afirmou Luís Carlos Sohler, líder da unidade de negócios Policarbonatos da Bayer MaterialScience para a América Latina (São

Propriedades e usos “Se for para a carcaça, é bom que o plástico de engenharia tenha boa resistência mecânica. Mas, se for para conectores, é necessária boa resistência e desempenho elétricos, evitando também o risco de fogo em caso de eventual problema”, disse Roxo, da BASF, referindo-se a plásticos de engenharia de forma geral. “O isolamento

18

PR

REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

Paulo, SP). “Existem diversos polímeros que podem ser usados para aplicações eletroeletrônicas, tais como ABS, poliamidas (PAs), PBT, dentre outros”, disse Luiz Roxo, coordenador de negócios de plásticos de engenharia para a América do Sul da BASF (São Paulo, SP). “As aplicações de polímeros especiais para componentes elétricos (como hastes e carcaças de motores elétricos) já é tradicional, mas há uma presença ainda maior deles no segmento de eletrônicos”, afirmou Alexandre Guimarães, gerente de vendas de polímeros especiais da Rhodia (São Paulo, SP). “Os principais polímeros especiais usados são: PES (polietersulfona), PSU (polissulfona), PPA (poliftalamida), PARA (poliarilamida) e HPN (poliamidas de alta performance)”, disse.


Thomas Net

ELETROELETRÔNICO fatos, como centrais elétricas, bicos injetores, circuitos elétricos e componentes eletrônicos, para os quais ele entende que, embora existam materiais concorrentes, as resistências química, térmica e mecânica da PA66 continuem ganhando parcelas de mercado. “Os principais componentes eletroeletrônicos produzidos em poliamida são: disjuntores, separadores de cerca elétrica, tomadas e interruptores, sendo que os dois primeiros normalmente seguem normas essenciais como ROHS (sobre a composição em materiais restritos), WEEE (sobre reciclabilidade) e UL (flamabilidade”, disse Motta, da Rhodia, citando uma novidade, qual seja, o uso de PA em células fotovoltaicas, dispositivos capazes de transformar energia luminosa em elétrica.

Aditivos na PA

Poliamida: resistência térmica e mecânica

elétrico é importante também, assim como a retardância à chama e a baixa emissão de fumaça”, elencou ele, salientando a necessidade de atender aos testes de flamabilidade UL94, norma muito exigida no setor.

“Componente eletrônicos geralmente possuem pequenos circuitos, daí a necessidade de a poliamida ser antiestática, para não gerar faíscas que possam causar curtocircuitos elétricos”, disse Marcos, da DSM. “Já os componentes elétricos geram calor, por isso a necessidade do estabilizante térmico, para que o material resista a altas temperaturas sem perder suas propriedades”, completou. “Novidades em poliamida são os compostos antichama livres de halogênio, que reduzem a toxicidade dos vapores produzidos durante a queima”, afirmou Motta.

Policarbonato

Poliamida “A poliamida é muitas vezes indicada por sua alta resistência ao calor, e, embora ela já tenha excelentes propriedades térmicas, elas podem ser ainda melhoradas através de aditivos (antiestáticos e estabilizantes térmicos)”, disse Marcos, da DSM. “A poliamida pode ser utilizada em peças de componentes elétricos e eletrônicos que necessitem de resistência mecânica e propriedades antichama (fio incandescente e flamabilidade), assim como possibilidade de coloração das peças”, afirmou Paulo Motta, gerente comercial da área de plásticos de engenharia da Rhodia, empresa do grupo Solvay (São Paulo, SP). “A poliamida é um polímero de engenharia usado ampla e globalmente, com um histórico comprovado de performance e qualidade de 50 anos”, disse Nelson Altero, diretor do negócio de polímeros de engenharia da Invista (São Paulo, SP).

Utilizações

PR

Segundo Altero, da Invista, cerca de metade da poliamida usada no mercado brasileiro vai para o segmento automotivo (peças de motor, sistemas de refrigeração e powertrain), 25% para bens de consumo e bens industriais e os restantes 25% para o mercado eletroeletrônico. “Alguns dos usos mais comuns da poliamida nesse segmento são na forma de interruptores, tomadas, furadeiras, serras, ferramentas elétricas e em geral, lavadoras de roupa e WAP”, afirmou, elencando também outros arte-

19

Os policarbonatos, ou PCs, são por sua vez usados em laptops, celulares, aparelhos de televisão, caixas elétricas, disjuntores, terminais de distribuição de telefonia, etc. “Os policarbonatos em equipamentos eletroeletrônicos possuem algumas nuances, a mais importante o fato de deverem conter aditivos retardantes de chama (o chamado V0), exceto em casos bem específicos”, disse Sohler, da Bayer MaterialScience, segundo o qual as principais propriedades atendidas pelo material são: resistência mecânica, estabilidade dimensional, resistência térmica e padronização para eletrodomésticos. “Em resistência mecânica, o policarbonato resiste a impacto de forma muito melhor que os plásticos commodities. A precisão (estabilidade dimensional) também é crítica para o encaixe das peças, segundo a norma IEC 60695-10-2, em que o polímero é ensaiado em estabilidade a altas temperaturas”, exemplificou, salientando também a resistência térmica, em que corpos de prova feitos em PC são submetidos a temperaturas elevadas de fio incandescente ou até mesmo colocados em provas de chamas. “O policarbonato é extremamente resistente à chama em sua forma natural, melhorando quando o aditivo V0 é adicionado”, afirmou, dizendo que o produto da Bayer atende as normas IEC 60695-2-11 e IEC 60695-2-13. Os policarbonatos também são usados como materiais padrão em eletrodomésticos nos quesitos risco de radiação, fogo, elétrico, mecânico e térmico. Essa padronização segue a norma IEC 60335-1, segundo Sohler.


ELETROELETRÔNICO DuPont

Outros polímeros Outros polímeros de engenharia, como os já citados PES, PSU, PPA, PARA e HPN, destacam-se em termos de propriedades diversas. Algumas delas são: excelente resistência dielétrica, acabamento superficial, alta resistência mecânica e rigidez, estabilidade dimensional, resistência a altas temperaturas (fundamental em soldagem), altíssima fluidez (imprescindível para paredes finas), retenção de luminosidade (fundamental em LEDs de alto desempenho), baixa absorção de umidade e excelente adesão a encapsulantes siliconados. “Se o requisito principal for isolamento, existem materiais mais competitivos que os polímeros especiais, que têm mais utilização se outras propriedades também se fizerem necessárias”, disse Guimarães, da Rhodia. “Outros casos requerem formulações especiais de polímeros existentes e mesmo blendas, de forma a combinar propriedades e otimizar resultados”, disse.

Fabricação

RJ45 Transformer

Para qualquer plástico de engenharia em aplicações eletroeletrônicas, o processo de fabricação tradicional é a injeção. “As injetoras são compostas de uma unidade de plastificação (com silo de armazenagem e rosca para fusão do material) e do molde propriamente dito. O material fundido é empurrado para dentro do molde e após sua secagem, a peça é ejetada, pronta para utilização”, explicou Sohler, da Bayer MaterialScience, segundo o qual essas peças não podem ser obtidas artesanalmente. “Normalmente, são usadas injetoras normais, não adaptadas. As peças artesanais realmente não são comuns, e as peças chinesas não costumam dar as mesmas garantidas das peças locais”, afirmou Roxo, da BASF. “Às vezes, para a injeção, são colocados insertos metálicos, como plugs e tomadas, a depender do produto”, disse Marcos, da DSM. “A PA66 é utilizada para revestir peças injetadas de metal, e um exemplo interessante são os

PBT Resistência elétrica e processabilidade

injetores de motores, que exigem requisitos de processabilidade e resistência elétrica”, disse Altero, da Invista. “O processo de injeção é bem conhecido e já um número significativo de transformadores, que em determinados casos usam a tecnologia de câmara quente nos moldes para reduzir resíduos”, afirmou Motta, da Rhodia. “Em polímeros especiais, a injeção também é o processo mais usado, mas em alguns casos são necessárias adaptações, como em materiais (poliftalamida, por exemplo) processados em temperaturas mais altas ou que exigem moldes mais quentes (a mesma poliftalamida e a poliarilamida).

Tendências “Em matérias-primas, as principais inovações vão no sentido de conseguir fabricar equipamentos com paredes cada vez mais finas e capazes de suportar temperaturas elevadas e impactos cada vez mais fortes”, disse Sohler, da Bayer MaterialScience, ressaltando que com espessuras menores os equipamentos se tornam mais sustentáveis, pelo menor uso de matéria-prima. “O peso baixo é um atrativo constante”, ressaltou. “Espera-se um uso de materiais com baixa emissão de gases, com aditivos retardantes à chama e livres de halogênio, mas infelizmente o mercado brasileiro ainda não costuma pagar por esses benefícios”, afirmou Roxo, da BASF. “Materiais de alto fluxo são uma novidade já presente no mercado, os quais permitem o preenchimento facilitado de cavidades em produtos de paredes finas”, disse Marcos, da DSM. “Mas o mercado brasileiro ainda enfrenta problemas. O baixo incentivo à produção de dispositivos localmente, por exemplo, faz com que os equipamentos disponíveis resultem muito caros para o consumidor final. Isso porque não há concorrência local e pela alta carga de impostos”, refletiu Guimarães, de polímeros especiais da Rhodia.

20

PR

REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

Poliftalamida: diversas vantagens conjugadas



FERROVIÁRIO

Trem de levitação magnética inteiramente em composites Vagão inteiramente em composites: novidade

Desenvolvida inteiramente em composites, a composição de trem de levitação magnética da Holos (Rio de Janeiro, RJ), utiliza técnicas avançadas para atender requisitos especiais, além de reduzir consideravelmente o peso do vagão. Confira

A

Divulgação

Divulgação

terais e no teto do vagão foram levaHolos (Rio de Janeiro, RJ) está dedas em conta as forças laterais exersenvolvendo, com a colaboração cidas pelos passageiros e a força de do COPPE (Instituto Alberto Luiz içamento do conjunto”, disse Souza. Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em EnOs materiais composites utilizagenharia), da Universidade Federal do Rio de dos na composição, que possuem caJaneiro (UFRJ), uma composição de trem de leracterísticas favoráveis em termos de vitação magnética inteiramente construída em propagação de chama e de emissão composites. Normalmente, esse tipo de compode vapores tóxicos, entraram em três sição é feita com carenagem e interior em compartes, separadas, que fizeram a estruposites, montadas numa estrutura metálica. tura do vagão. “O principal motivo Segundo Lorenzo Souza, diretor da Holos, os objetivos, ao criar um arranjo estrutural Desenvolvimento conjunto: COPPE e Hollos para isso foi a necessidade de verificar as variações dimensionais das estrutu100% em composites para a composição, são ras de apoio dos criostatos e do motor linear. Dessa forma, os simplificar o processo de construção e reduzir o peso. Como fundos dos vagões puderam ser posicionados cuidadosamente ele explica, a maior parte do trabalho foi investida na região numa fresadora CNC para verificação e usinagem”, afirmou. do fundo dos vagões, que apresenta maior complexidade es“Feito o arranjo estrutural básico, passou-se à fase de trutural e que está sujeita à grande maioria das cargas. Essas análise estrutural e detalhamento, sendo que o tipo, a quancargas consistem no peso de 12 passageiros, nos esforços tidade e a orientação de cada camada laminada em compodo motor linear que impulsiona e freia o veículo, nas reasites foram definidos de forma a obedecerem a requisitos ções de apoio dos pré-estabelecidos de resistência e deformação”, explicou criostatos (que leSouza. Segundo ele, a estrutura do fundo do vagão, que vitam sobre o triapoia os criostatos, foi dimensionada de forma a atender a lho magnético), um deslocamento vertical máximo de 2 milímetros entre os nas reações de criostatos. “Esse valor inclui não somente as deformações apoio das rodas sob várias condições de carregamento, como também as toauxiliares e nas lerâncias de fabricação da estrutura”, disse. Foram realizacargas advindas das várias análises de elementos finitos (FEA) de forma a se das conexões arobter um compromisso adequado entre rigidez e peso final ticuladas entre os Projeto: peça única da estrutura como um todo. vagões. “Nas la-

22

PR

REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA


EQUIPAMENTOS

Para Samoil Samak, vice-presidente da Mikrosam (Prilep, Macedônia), empresa

Mikrosam

Tecnologias avançadas em filament winding especializada em equipamentos para composites e automação, os últimos avanços em tecnologia para filament winding incluem máquinas com mais eixos mas não se resumem a eles. Confira Quais são as últimas novidades em tecnologias para equipamentos em filament winding? O número de eixos é um fator relevante nesses avanços? Quais as principais vantagens de usar máquinas com maior número de eixos? Sr. Samoil Samak – O maior ou menor número de eixos em máquinas de filament winding é uma vantagem, mas que precisa ser relativizada. Nossa empresa fabrica há vários anos máquinas com até 6 eixos, e a vantagem competitiva derivada desse fator depende da aplicação industrial dos produtos fabricados com elas. Se considerarmos a produção de formas simétricas e assimétricas complexas, o elevado número de eixos é crucial para fabricação de peças de alta qualidade. Entretanto, para tubos ou tanques, vasos de alta pressão e produtos similares, normalmente máquinas com até 4 eixos são suficientes para alcançar excelente qualidade de enrolamento. Outros aprimoramentos dependem de melhorias no controle do processo, no apoio aos softwares utilizados, etc. Quais são os principais equipamentos fabricados pela Mikrosam? Como o mercado evolui no interesse em fabricar produtos com esses equipamentos? O mercado brasileiro é importante para sua empresa?

PR

Sr. Samoil Samak – A Mikrosam fabrica equipamentos com todas as tecnologias para composites existentes, o que inclui máquinas para prepreg, máquinas de filament winding (enrolamento filamentar), linhas automatizadas para produção de altos volumes de vasos de pressão de tipo LPG, CNG e outros, e máquinas automatizadas para fiber e tape placement. A empresa também desenvolve soluções de software proprietárias para cada uma de nossas máquinas. A empresa já instalou mais de 160 linhas de produção em mais de 35 países para mercados como o automotivo, aeronáutico, aeroespacial, indústria de transportes, transporte e armazenagem de óleo e gás, transporte

23

Filament winding: número de eixos é fator relevante para peças de elevada complexidade

e tratamento de água e esgoto, e para a indústria elétrica. Nós vemos o mercado de composites brasileiro como um mercado em crescimento, para o qual há potencial para maiores investimentos nessas indústrias. Embora saibamos que o consumo per capita de composites no Brasil é baixo, o crescimento de alta renda Samoil Samak, vice-prepromete crescimento em aplicações industriais. sidente da Mikrosam O mercado de corrosão faz amplo uso de máquinas de filament winding? Esse mercado tem crescido nos últimos anos? Esse crescimento tem originado aumento na demanda por máquinas de filament winding? Sr. Samoil Samak – Os materiais composites vêm sendo oferecidos comercialmente desde os anos 40 para esse tipo de mercado, em função da alta resistência química dos composites em fibra de vidro, assim como por causa de sua alta resistência às intempéries (em especial com o uso de resinas poliéster e éster-vinílicas). Desde os anos 90, os materiais composites têm proliferado de forma contínua no mercado de corrosão. Poucos sabem, mas o ���������������������������������������������� filament winding (enrolamento filamentar) responde, no mundo, por um volume de negócios que supera 1 bilhão de euros, anualmente. Quais são as principais tendências no uso de máquinas de filament winding? Sr. Samoil Samak – A tendência de se usar máquinas desse tipo tem sido mais crescente do que nunca. Com o desenvolvimento de equipamentos de eixos múltiplos, apoio avançado em termos de softwares, projetos aprimorados, melhor conhecimento das propriedades dos materiais, a aplicação dessa tecnologia aumenta muito


FEICON-BATIMAT 2013

Novidades e usos aprimorados de composites e plásticos de engenharia Usos inovadores de composites e uso extensivo de plásticos de engenharia em peças

Organizadores: A Bemfixa (Juquitiba, SP) lançou feitos com poliamida

organizadores a vácuo para roupas de nome comercial Viva Utile feitos com poliamida, atribuindo mais resistência mecânica ao produto. Os organizadores possuem um sistema de nome ZIP que facilita a vedação.

Betumat A Betumat (Candeias, BA) apresentou toda sua linha de impermeabilizantes e adesivos para construção. Em epóxi, a empresa possui o Betupoxi, adesivo com três componentes (resina epoxídica, endurecedor e argamassa pronta aditivada) para uso com concreto, ferro, madeira, azulejo, cerâmica e pedra e excelente para arremate de impermeabilizações com mantas asfálticas e recuperação estrutural de concreto. Após o endurecimento e a cura, a resistência do Betupoxi é superior à do concreto. O produto pode também

Fortlev A Fortlev (Serra, ES) destacou o Tanque Modular Fortlev, produto feito de painéis construídos em SMC (Sheet Moulding Compound – Composto de Moldagem em Lâmina) para armazenagem de água potável. Resultando de uma parceria com a Tanque Modular: versatilidade britânica Balmoral Tanks, o tanque e economia modular tem sistema aprovado pela WRAS (Water Regulations Advisory Scheme) e pela LPCB (Loss Prevention Certification Board), sendo, como o próprio nome diz, construído em módulos de 1m x 1m, 1,5m x 1m e 2m x 1m cada um, muito mais leves que estruturas de concreto armado ou aço. O Tanque Modular estava representado no estande da empresa por meio de um modelo de 9 metros de comprimento, 4 metros de altura e 3

24

PR

REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

ser usado para recuperação de lavadores de combustível e resíduos orgânicos e inorgânicos e reservatórios de efluentes industriais e domésticos.

Fortlev

Bemfixa

Bemfixa

as mais diversas foram destaque na Feicon-Batimat 2013. Confira


FEICON-BATIMAT 2013 Grupo Baram O Grupo Baram (Fortaleza, CE) anunciou sua entrada no mercado de composites por meio do lançamento do Balancim Eco 600, feito de 30 quilos de composites com a mesma capacidade de um ba- Balancim de composites: lancim de aço, que transporta lançamento até 500 quilos. A empresa estima a vida útil do balancim Eco 600, de composites, de até 15 anos, com cinco anos de garantia de fábrica.

A Hauraton Brasil (São Paulo, SP) lançou a grelha Fibretec, segundo a empresa a primeira grelha em poliamida reforçada para Fibretec: sistemas de drenagem superficial. grelha premiada em O material PA-GF (poliamida poliamida reforçada reforçada) foi especialmente de-

Soluções que distribuímos:

Henkel A marca Cascola da multinacional alemã Henkel (Itapevi, SP) destacou o produto Cascola Flextec FT101, à base de polímero modificado com silano, certificado pelo selo SustentaX, que atesta a qualidade dos produtos ideais para construções verdes ou menos nocidos ao meio ambiente. O produto, que também atende à norma LEED, criada pelo GBC (Green Building Council Brasil), destaca-se pela maior flexibilidade e agarre inicial, podendo ser aplicado em superfícies úmidas ou com infiltrações, e é resistente aos raios ultravioleta. A cura total do produto se dá em até 24 horas, sendo ideal para aplicações sujeitas a movimentação, com capacidade de compensar até 25% da Cascola Flextec movimentação. A empresa apresentou FT101: tecnologia Flextec; Loctite Power também a linha Epóxi Loctite, extrafortes e transparentes, destacando o Loctite Crystal: superfícies Instant Mix, com exclusivo bico auto irregulares

Presença de referência em componentes químicos. Para ter sempre qualidade na distribuição de produtos, a Bandeirante Brazmo transforma responsabilidades em resultados. Um trabalho de excelência feito com tecnologia e uma equipe altamente capacitada. Bandeirante Brazmo. Eficiência no mercado de plásticos.

br4.cgn

Hauraton

Hauraton Brasil

senvolvido para a aplicação. Ele resiste à corrosão e aos raios ultravioleta, tendo capacidade de carga de até 12,5 toneladas. A grelha, que já ganhou prêmio de design, é um acessório da linha Recyfix Pro 200, da mesma empresa, com canais fabricados em 100% de polietileno-polipropileno (PE-PP) reciclável, com largura de 200 mm. O sistema completo de drenagem superficial é formado pelo canal, grelha e acessórios.

Henkel

metros de largura com capacidade de 16 mil litros. Segundo a empresa, as Olimpiadas do Rio de Janeiro farão uso de dois tanques modulares com capacidade de 600 mil litros de água cada um. Os tanques podem possuir divisões internas e resistem à exposição solar e ao calor.

Empresa do Grupo Formitex.

w w w. b b quimic a.c om. br


FEICON-BATIMAT 2013 misturador e o Loctite Power Crystal, cola epóxi líquida para superfícies porosas, lisas ou irregulares.

Infibra A Infibra (Leme, SP), fabricante de telhas e outras peças para cobertura (além de portas), lançou a Econoflex, linha Econoflex: de telhas e placas cimentícias materiais alternativos com celulose e fibras poliméricas (de PVA).

Lorenzetti

Lorenzetti

Com o maior estande da feira, a Lorenzetti (São Paulo, SP) utiliza o plástico de engenharia ABS em toda sua linha de duchas e chuveiros. Como lançamento, a empresa apresentou a linha Duo Shower, de linhas fluidas e com a utilização de design ultra slim dos espalhadores. A Duo Shower, no caso, integra ducha e Duo Shower, Ducha chuveiro numa única peça. Fitt e Assento Levitti Outro lançamento foi a du- Soft Close cha cromada em ABS direcionada, em especial, às regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste do país. O maior destaque da ducha, normalmente feita em metal, é a elevada resistência associada a um preço acessível. Por último, ainda como lançamento, a Lorenzetti apresentou o assento Levitti Soft Close, de fechamento suave, minimizando o impacto entre assento e louça. O assento, no caso, é também fabricado em ABS. A Lorenzetti aproveitou a feira também para comemorar seus 90 anos de existência.

Lukscolor A Lukscolor (São Bernardo do Campo, SP) apresentou sua linha epóxi catalisável, vendido nas embalagens de Esmalte Epóxi e Fundo Epóxi, e Catalisador para Epóxi e Diluente para Epóxi. O Esmalte Epóxi é uma tinta de Esmalte Epóxi acabamento de alto brilho, posteriorcatalisável mente misturada ao catalisador, com o qual forma um produto de alto poder de cobertura e rendimento, ótima aderência e elevada resistência a agentes químicos, solventes e umidade. Enquanto o Esmalte Epóxi é disponível em 11 cores prontas e milhares de opções no sistema tintométrico Luksystem, o Fundo Epóxi é cinza e indicado para proteção anticorrosiva, integridade de superfícies de metais ferrosos e não ferrosos e uniformização da absorção de superfícies de alvenaria e madeira. O Diluente para Epóxi é indicado para diluição de sistemas epóxi catalisáveis (esmaltes e fundos), podendo também ser usado na limpeza de superfícies com graxa, óleo, gordura, etc.

Schneider Electric A Schneider Electric (São Paulo, SP) lançou sua linha de interruptores e tomadas Miluz, em que diversas peças são fabricadas em ABS branco com proteção ultravioleta.

Seal Tape A Seal Tape (São Paulo, SP) apresentou sua tradicional Fita Veda Rosca, em PTFE, com as marcas Fitaflon, Novaflon e Polyfita.

TopTelha A TopTelha (Leme, SP) lançou a Telha Branca, também chamada de cool roof. Composta de resina acrílica base água de baixa emissão de VOCs e CO2, com tecnologia Dow, em matriz cerâmica, a Telha Branca reduz a temperatura das edificações (de até 6º C no interior de um imóvel e de aproximadamente 18º C na superfície do telhado).

Telha Branca: economia de energia

Walsywa Empresa especializada em sistemas de fixação para construção civil, seja físicos ou químicos, a Walsywa (Louveira, SP) apresentou a Ampola WQA – Plus, que é um chumbador químico de injeção, com base em resina éster-vinílica pura. A empresa apresentou também o chumbador WQE 500 – Plus de base epóxi, o WQI 44 – Plus, de base éster-vinílica, e o WQI 11 – Plus, de base resina poliéster ecológica. Todos os modelos de chumbadores químicos são isentos de liberação de estireno.

Zagonel A Zagonel (Pinhalzinho, SC) lançou duas novas linhas de chuveiros, ambas em ABS: a Move e a Sublime. Com design diferenciado, facilidade de instalação e maior vida útil, essas linhas utilizam ABS pelas propriedades mecânicas diferenciadas dessa resina. Outras duas linhas da empresa utilizam plásticos de engenharia: a Pratica e a Agile, cujos registros são feitos em poliacetal (POM).

26

PR

REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

Norton Saint-Gobain A Norton Saint-Gobain (Caieiras, SP), fabricante de discos abrasivos e rebolos, lançou o Disco Multicorte para usuário que trabalham com azulejos, pedras decorativas, PVC, aço, inox e Disco Multicorte (esquerda), alumínio. Os discos Multicorte Flap Disc (centro) e Rebolo têm diâmetro de 115mm �������������� e espesClassic (direita) sura de 1,0 mm e são compostos de resina e tecidos de fibra de vidro. Outros destaques da empresa foram os rebolos Classic, produzidos em óxido de alumínio nos grãos finos, médios e grossos e os Flap Discs, com suporte cônico de fibras de vidro reforçada. Os Flap Discs estão disponíveis nos grãos 40, 50, 60, 80 e 120 e nos diâmetros de 115 e 180 mm.


Exposição ao polo Norte utiliza barco em composites Os exploradores polares Sébastien Roubinet e Vincent Berthet utilizaram um barco em composites, com matriz de Divinycell, para sua última expedição polar, atravessando 3,3 mil km do Alaska ao arquipélago de Svalbard. Roubinet, explorador francês com muita experiência, fez a primeira tentativa de alcançar o polo Norte em 2011, mas foi frustrado por problemas de abastecimento de energia. Agora, Roubinet esteve acompanhado de Berthet, também um explorador com bastante experiência. O uso da matriz de espuma ocorreu pela necessidade de um barco leve, que pudesse avançar com ventos de menos de 10 nós.

BASF introduz processo de demonstração de tapes A ser utilizado para fabricar bandejas de baterias estruturais para veículos com motores elétricos ou híbridos, um novo processo de fabricação desse tipo de peça vem sendo demonstrado pela BASF aos seus clientes. O processo combina áreas reforçadas com tapes em composites com uma estrutura moldada por injeção. O processo tem duas variantes, ambas as quais utilizam a tecnologia Ultratape, da BASF. Cada variante combina a arquitetura de tapes de base Ultratape num composto moldado (de marca Ultracom), fazendo uso das resinas de poliamida Ultramid B3ZG7 COM (para altas solicitações em impacto) ou Ultramid B3WG12 (para alta rigidez). A aplicação com Ultratape permite aos transformadores satisfazer requisitos de estabilidade mecãnica em peças estruturais com o mínimo peso.

Japan Airlines encomenda 31 Airbus A350 XWB

Divulgação: Airports International

INTERNACIONAL

Septuagésima companhia japonesa a encomendar aeronaves Airbus, a Japan Airlines fez o pedido Airbus A350 XWB: novas de 31 A350 XWB para encomendas japonesas o consórcio europeu de fabricação de aeronaves de grande porte Airbus. Com o pedido, a Japan Airlines junta-se às companhias AirAsia Japan, All Nippon Airways, Jetstar Japan, Peach Aviation, Skymark Airlines e Starflyer, dentre outras. Outra aquisição de peso tem sido a de seis A380 pela Skymark Airlines.

Novo centro de desenvolvimento da Plastic Omnium na Eslováquia A francesa Plastic Omnium (Levallois) lançou recentemente um novo centro de desenvolvimento na cidade de Lozorno, na Eslováquia, para operações em componentes estruturais e externos para montadoras alemãs. Com 1,3 mil m2 de escritórios e 300 m2 de laboratórios, o centro empregará 110 engenheiros e técnicos originários de oito países, podendo acomodar até 160 empregados. O centro trabalhará com CAD, design, engenharia de produto, engenharia industrial, controle de qualidade, vendas e compras. O centro trabalhará em estreita ligação com o centro de Lyon, na França, tendo firmado acordos de cooperação tecnológica com as universidades de Bratislava e Kosice na Eslováquia e Zlín, na república Checa. Foram investidos 2 milhões de euros no centro.

REICHHOLD

Alta tecnologia em resinas para laminação contínua plana e ondulada.

POLYLITE® 10803-00 Resina poliéster insaturada • Versatilidade em desempenho • Ótima resistência às bolhas osmóticas • Também pode ser utilizada em ambientes levemente agressivos Para maiores informações sobre como utilizar o produto acima, entrar em contato no: 0800-198-001

Everywhere Performance Matters


FEIPLASTIC 2013

Composites e Plásticos de Engenharia: destaques de alta tecnologia Realizada em São Paulo, SP, no Anhembi, a Feiplastic 2013 reuniu centenas de expositores da cadeia do plástico, com destaque para fabricantes de matérias-primas, equipamentos 2LikePhotoStudio

e acessórios para plásticos de engenharia. Confira uma cobertura parcial do evento (uma cobertura com os expositores restantes será publicada nas próximas edições)

BASF A alemã BASF (São Paulo, SP) lançou os ecovio T2308 para termoformagem e o ecovio IS1335 para moldagem por injeção. O ecovio T2308 é feito num plástico com propriedades mecânicas similares às do PET amorfo, possuindo ecoflex, poliéster compostável, em sua composição dado seu alto conteúdo de fonte renovável. O ecovio IS1335 é ideal para embalagens com paredes finas, complexas e de alta qualidade. Os produtos com ecovio, plástico completamente compostável de acordo com o padrão DIN EN 13432, são produzidos desde 2006. A empresa também apresentou toda sua linha de plásticos para os mercados de construção civil, automotivo, embalagens, agricultura, moda & design, mineração e óleo & gás, assim como pigmentos e aditivos. Os destaques, nessa ampla linha de plásticos, foram a poliamida Ultramid B27 HM 01, de tipo 6 e produzida nos EUA, especialmente desenvolvida para recobrimento de

fios e cabos elétricos, a espuma de melamina Basotect, para conforto acústico e resistência à chama, o PBT da marca Ultradur, muito aplicado na indústria automotiva, a poliamida Ultramid Endure, reforçada com fibra de vidro, de elevada resistência ao envelhecimento por calor e fácil de processar como a 6.6, o poliacetal Ultraform, as linhas genéricas de poliamidas Ultramid e Mazmid para embalagens, o ecovio PS1606 também para embalagens e aplicação sobre papel, e a poliamida Ultramid B33/ B36 SL, de PA6 com baixa velocidade de cristalização. Dois aditivos destacados foram os Tinuvin XT 200, para aplicações agrícolas, e o 1600, absorvedor de ultravioleta para plásticos de engenharia.

Bayer MaterialScience A Bayer MaterialScience (São Paulo, SP) apresentou produtos das unidades de negócios Policarbonatos, Poliuretanos e Coatings & Adesivos, assim como o pro

28

PR

REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

Feiplastic 2013: muitas consultas para profissionais


Painel Construção Civil 2013 Painel Construção Civil aconteceu em São Paulo

No dia 25 de setembro, foi realizada, em São Paulo, SP, a oitava edição do Painel Construção Civil Este evento, que contou com a presença de 44 participantes, sendo 34 profissionais específicos do setor da construção civil, teve como foco principal destacar a extensa e mais recente gama de soluções em materiais de alta performance para a indústria da construção civil (composites e poliuretano). Neste seminário, foram apresentados os seguintes temas: Certificação RGMat (Fundação Vanzolini), Poliureia Hot Spray – Crescimento da nova tecnologia de impermeabilização na Construção Civil (Huntsman), Poliuretanos: solução em isolamento térmico para a construção civil (BASF) e A tecnologia dos postes em compósitos como exemplo da competitividade na Construção Civil (Ibcom). A empresa Texiglass também está à disposição do mercado da construção civil para explicar o tema Alternativas: Fibra x Aço (o contato, para saber mais sobre este tema, pode ser feito através do email texiglass@texiglass.com.br) O Painel Construção Civil foi dirigido exclusivamente a um público de profissionais que especificam, projetam e desenvolvem soluções para o Em 2014, o Painel mercado de construção civil utilizando composites, plástico de engenharia Construção Civil terá e poliuretano.

duas edições: uma durante a FEICON BATIMAT e outra durante a FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR.

Mais informações: Tel.: (11) 2899-6395

ou consultoria@artsim.com.br

Os temas apresentados estão disponíveis em www.tecnologiademateriais.com.br (veja em painéis setoriais). Patrocinadores

Apoio

www.tecnologiademateriais.com.br

Realização/Organizaç


FEIPLASTIC 2013 jeto EcoCommercial Building, de soluções para edifícios sustentáveis. Os policarbonatos apresentados foram das linhas Makrolon, APEC, Bayblend e Makroblend. Em destaque, estiveram as peças elastoméricas da empresa Baulé, adquirida pelo grupo em 2012, um filme de policarbonato formável e com revestimento, cartões de identificação de animais em TPU e o projeto Dream Production, de fabricação de poliuretano a partir do gás carbônico (CO2).

DSM Engineering Plastics

DSM

EcoPaXX: poliamida alifática de base orgânica

A DSM (São Paulo, SP) destacou-se pelo lançamento de diversos polímeros de engenharia, de fontes renováveis e não-renováveis, para diversos mercados mas principalmente o automotivo. A empresa lançou, por exemplo, o poliéster Arnite A HR, primeiro PET de desempenho elevado e altamente resistente a hidrólise, sendo indicado para componentes automotivos como compartimentos de motor. Segundo a DSM, o Arnite A HR, que utiliza reforço de fibra de vidro de 35 e 50%, mantém cerca de 90% de sua resistência inicial após 1000 h a 85º C e umidade relativa de 85% (o PET convencional perde até metade da resistência à tensão nas mesmas condições). O Arnite A HR pode também substituir plásticos de engenharia de custos mais elevados, como poliftalamidas (PPA) e sulfuretos de polifenileno (PPS). Algumas aplicações, além de compartimentos de motor, incluem corpos das válvulas de aceleração, sensores, invólucros das válvulas de controle de ar, tampas do controle eletrônico de aceleração e recirculação de gases de escape, assim como sistemas de ignição. A empresa apresentou também o EcoPaXX, uma poliamida 4.10 com 70% de óleo de mamona em sua composição e cadeia polimérica longa, baixa absorção de umidade e alto ponto de fusão. Ele é usado em aplicações que requerem ótimas resistência térmica (200º C) e química, assim como alta resistência mecânica e ótimo acabamento externo. Esse polímero está, por exemplo, presente, na versão EcoPaXX Q-HGM24, na tampa do motor do novo Mercedes Benz Classe A, reduzindo em 40% as emissões de carbono em relação a outras coberturas. A peça em si, de 575 por 550 mm, pesa apenas 1,32 kg, contém fibra de vidro e reforço de partículas minerais. Segundo a empresa, a

DuPont A norte-americana DuPont (Barueri, SP) levou à feira o conceito de seu Centro de Inovação, localizado em

30

PR

REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

EcoPaXX é a poliamida alifática de base orgânica com ponto de fusão mais alto do mercado. Outro polímero destacado foi o Stanyl, uma poliamida 4.6 de alta performance que pode suportar temperaturas de até 230º C, com alta durabilidade e resistência à fricção e a calor elevado. Uma variante de destaque na linha Stanyl foi a Stanyl Diablo OCD 2305 BM, apta a extrusão de dutos por sopro, segundo a empresa a primeira poliamida resistente e estabilizada a altas temperaturas, usada como alternativa ao metal e ao PPS (polissulfeto de fenileno). A baixa densidade do polímero faz com que a peça pese menos 7% em relação ao PPS, sendo que com menor espessura o ganho é de mais de 10%, além de possibilitar uma baixíssima taxa de refugo. Outro produto lançado pela empresa foi o copoliéster elastomérico Arnitel para trabalhos em amplas faixas de temperatura, substituindo dessa forma as borrachas e mantendo as propriedades mecânicas de -45º C a 150º C. Duas variantes desse copoliéster são o Arnitel C CM622 para tubos e mangueiras automotivos resistentes a temperaturas elevadas. O novo material provou-se, segundo a DSM, de desempenho superior às poliamidas 12, 11, 6.12, 610, 1010 e 1012, tendo sido usado com êxito em tubos de freio a vácuo, com flexibilidade e suportanto temperaturas de até 225º C. Outra variante do Arnitel destacada no evento foi o Arnitel VT, elastômero termoplástico extremamente flexível para uso em vestuários que precisam ser 100% impermeáveis mas também respiráveis (sem necessidade de furos no material) e confortáveis. O material não contém químicos perfluorados e é 100% reciclável. A DSM também apresentou sua poliamida 6 Akulon, usada para aplicações internas (coletores de admissão, container do airbag, etc.) e externas de veículos (retrovisores, maçanetas, etc.), em especial a versão Ultraflow, com melhora de 80% no fluxo e redução de 25% no ciclo de moldagem por injeção se comparada a poliamidas 6 tradicionais. Já o Fuel Lock, poliamida Akulon para uso em tanques de combustível de todos os tipos, foi apresentado em sua versão FL40-HP, que recebeu Ordem Executiva (EO) por atender requisitos de baixa penetração de hidrocarbonetos para pequenos tanques de combustível de motores de pequenas dimensões sem necessidade de realizar testes. O Akulon Fuel Lock FL40-HP proporciona taxas de penetração (em tanques com paredes de espessura mínima de 1,2 mm) inferiores a 5% do valor máximo de 1,5 g/m2/dia e pode ser processado por moldagem a sopro, moldagem por injeção e moldagem rotacional, usando ferramentas originalmente criadas para tanques de HDPE. Por último, a DSM apresentou sua linha de poliamida Stanyl 4.6 e ForTii (PA 4T) de fácil processamento. O ForTii tem capacidade de suportar temperaturas de serviço contínuas de até 300º C, reduzindo significativamente os custos em relação a polímeros de cristal líquido e PEEK. A versão é também altamente resistente quimicamente.


FEIPLASTIC 2013 Paulínia, onde a empresa reuniu clientes, acadêmicos e representantes de organizações civis e governamentais para discussões sobre inovações para o mercado de plástico. A empresa apresentou também os benefícios de vários de seus produtos, dentre eles a resina ionomérica DuPont Surlyn, dióxidos de titânio, a resina compatibilizante DuPont Fusabond, a poliamida de alto desempenho para componentes automotivos e elastômeros DuPont Zytel Plus, e os materiais Viton e Vamac, utilizados em juntas, vedações e mangueiras.

Evonik

Evonik

Kraton Empresa originada da antiga Shell Química, que em 1999 decidiu vender sua divisão química, a Kraton (São Paulo, SP), com nome originado de Kratos, o produto líder da divisão (um tipo de borracha termoplástica), apresentou soluções para materiais termofixos e termoplásticos os mais diversos. Em plásticos de engenharia, por exemplo, os compostos de borracha da empresa, das séries SPS, SIS, SEBS e SEPS, atribuem resistência, elasticidade, durabilidade, transparência, suavidade ao toque, aderência em superfícies molhadas e secas, resistência a variações térmicas, boas propriedades elétricas, etc. Alguns plásticos de engenharia em que os compostos da empresa podem ser aplicados incluem ABS, policarbonato (PC) e poliamida (PA). Já em plásticos termofixos, os compostos da Kraton melhoram o comportamento de contração de peças e moldes, assim como o aspecto superficial das peças, sendo já tradicionalmente usados por diversas empresas do setor, em processos como SMC, BMC, etc.

KraussMaffei

Polímeros de alta performance: destaques da Evonik

PR

O grupo Evonik (São Paulo, SP) lançou o Vestamid NRG, uma linha de novos grades de poliamida 12, especialmente desenvolvidos para atender às demandas técnicas do mercado de petróleo & gás. A empresa também destacou, da sua linha de polímeros de alta performance, o Vestakeep 5000G, um grade de poliéter-éter-cetona que oferece elevada resistência ao impacto e um melhor perfil de fadiga sob esforço dinâmico, sendo de alta viscosidade e podendo ser extrudado ou injetado. Em termos de sílicas e fosqueantes, a Evonik destacou Sipernat com marca registrada 44MS, usada em masterbatch de poliolefinas de elevada concentração, proporcionando excelente relação entre brilho, transparência e coeficiente de atrito. Já na linha Acematt com marca registrada - agentes fosqueantes - de larga utilização em tintas em geral, destacou o Acematt com marca registrada OP 278, produto indicado para fosquear ABS e PVC. A Evonik também destacou, da linha Kronos, que representa no Brasil, o Kronos 2233 como sendo pigmento dióxido de titânio especialmente desenvolvido para policarbonatos. Ele apresenta fácil dispersão e é o que tem maior compatibilidade com este polímero, minimizando possível degradação do mesmo quando tingido. A empresa produz polímeros de alta performance, como as linhas Vestamid compostas por poliamida 12 e 6.12, Vestosint, poliamida 12 em pó, além das poliamidas 6.10, 10.10 e 10.12 pertencentes à linha Vestamid Terra que são fabricadas a partir de matérias-primas provenientes de fontes renováveis, Trogamid poliamidas transparentes, PBT (Vestodur), Vestakeep (PEEK), Vestamid HTplus (Poliftalamidas PA6T e PA10T) e chapas de PMMI, copoliamidas (COPA) e poliamidas elastoméricas (PEBA).

31

A fabricante alemã de máquinas KraussMaffei (São Paulo, SP) apresentou, dentre sua ampla linha de equipamentos para manufatura de peças plásticas, seus sistemas para composites a partir de matrizes termofixas e termoplásticas. Algumas dessas tecnologias envolvem equipamentos para moldagem por injeção de termoplásticos com fibras curtas e longas, componedoras para moldagem por injeção, a tecnologia Fiberform para moldagem por injeção de chapas orgânicas termoformadas, a Polyset, de compostos de moldagem em poliéster, RRIM (com poliuretano, FCS (spray de composites com fibra), LFI, de moldagem por injeção de fibras longas com poliuretano reativo, de RTM de alta pressão, Cellform Mucell, de espumação física para termoplásticos, e de IMP, pintura em molde.

Lanxess A Lanxess (São Paulo, SP) reforçou a divulgação da nova fábrica da empresa para produção de poliamida e PBT, em Porto Feliz, SP, e apresentou diversas novidades. Uma aplicação inovadora, feita pela unidade de negócio HPM, foi o front-end do Audi A8, com poliamida na parte superior e composite termoplástico na parte inferior. Além dessa aplicação, a empresa destacou o fornecimento, no mercado local, de poliamida 6 com 60% de fibra, com fluxo similar ao do composto de poliamida 6 com 30% de fibra, mas com o dobro do módulo, e que, segundo a empresa, nenhuma outra empresa fornece, assim como uma blenda de PBT e PET com 50% de fibra de alta fluidez, indicada para peças de grande porte que requerem excelente resistência mecânica e boa fluidez. Para demonstrar a poliamida 6 com 60% de fibra, a empresa apresentou o front-end do Octavia, da Skoda, em que não são usados insertos metálicos (diminuindo o peso em 1,2 kg), o primeiro desse tipo em veículos. Ou


FEIPLASTIC 2013 Rhodia

tra novidade é o sistema Pocan, de PBT, em que, numa blenda PBT com PET e 20% de fibra, pode-se fabricar grades frontais com excelentes propriedades mecânicas, substituindo peças em outros polímeros e processos. Outro produto apresentado foi um cárter de óleo de motor de caminhão em poliamida 6 com 35% de fibra, substituindo o alumínio, e ganhando em 30% de peso e 20% a menos em custo.

Milliken A Milliken (São Paulo, SP) apresentou um aplicativo para iPad de nome Millad NX 8000 Savings Calculator. Esse aplicativo, que também pode ser acessado em computadores pessoais e tablets, permite que o usuário, um cliente fabricante de peças ou aplicações ou mesmo um fabricante de máquinas, possa avaliar como ocorre o processamento de matérias-primas com aditivos da Milliken em equipamentos reais ou sob condições específicas, determinadas pelo usuário. “O aplicativo garante ao usuário informações quantitativas relevantes sobre como reduzir o consumo de energia em produtos e processos específicos”, afirmou Renato Santacroce, gerente de vendas para América Latina Meridional e África do Sul da empresa. A economia de energia estimada pelo aplicativo a partir de dados reais permite reduzir custos e a pegada de carbono dos produtos dos clientes. O aplicativo pode ser baixado por meio do endereço http:// itunes.apple.com/app/millad-nx-8000-savings-calculator/ id534485434?l=nl&mt=8. O aplicativo roda por enquanto somente em situações que envolvem o agente clarificante para polipropileno Millad NX 8000. O aplicativo não roda em iPhones.

Nitriflex A amazonense Nitriflex (com escritórios em Cotia, SP) apresentou sua linha tradicional de resinas termoplásticas de engenharia de base ABS, policarbonato (PC) e blendas (PC/ABS e PC/Acrilato), assim como os produtos da parceira, recentemente anunciada, Asahi Kasei Plastics, que incluem compostos de PA66 e PA66/6i, blendas PPE/PA ou PPS, homopolímeros e copolímeros de poliacetal (POM).

Rhodia A Rhodia (São Paulo, SP), empresa do grupo Solvay, lançou sua versão ecologicamente correta da poliamida 6.6 Technyl, a Technyl ECO, obtida a partir de poliamida 6.6 reciclada e obtida por meio de um processo exclusivo de reciclagem química. De acordo com análises de produto em aplicação industrial, o uso dessa poliamida reciclada permite reduzir em 70% a emissão de CO2 equivalente e de 76% do consumo de energia, quando comparado ao composto virgem. A empresa apresentou, como aplicação da Technyl ECO, um coletor de admissão feito com 3 partes soldadas e injeção dificultosa, já validad������������������������������������������������� o no cliente e em validação pela indústria. A Technyl ECO pode ser usada em peças estruturais, mais

simples (calotas, hélices, defletores, etc.) ou mais complexas. A Rhodia apresentou também uma aplicação de PPSU (polifenilssulfona), o chamado Triângulo Bender, equipamento pesando 4 kg para uso por cirurgiões, sendo ajustável, autoclavável e radiotransparente aos raios X. O equipamento em PPSU é facilmente esterilizável, suportando múltiplos ciclos dessa operação, e substitui o mesmo equipamento em espuma de borracha e metal, mais caro e mais complicado para manuseio. A empresa apresentou também novos grades da poliftalamida (PPA) Amodel, com diferentes aditivações, dentre elas com retardantes de chama, sistemas livres de halogênio, e sistemas em que o material pode ser processável por outros métodos, como extrusão. A Rhodia comercializa a PPA há 25 anos. Um destaque presente sob a forma de uma peça importada (um cárter de óleo de motor) foi a tradicional PA 6.6, que em um composto com 35% de fibra consegue substituir o aço e o alumínio nessa aplicação, algo ainda inédito em montadoras brasileiras. A peça, além de resistir mecânica, térmica e quimicamente, agrega em si outras funções, economizando peças e flexibilizando drasticamente o design, assim como reduzindo consideravelmente o peso. A resistência mecânica (a impacto, principalmente) da peça, segundo a Rhodia, não se deve apenas à utilização da fibra de vidro, mas ao uso de modificadores de impacto. A peça, durante o projeto e fabricação, passou pelos complexos sistemas de FEA (Análise de Elementos Finitos) e software Moldflow. No segmento industrial, a Solvay apresentou um novo grade da linha Halar, polímero de alta performance voltado para revestimentos de superfícies, prevenindo contra agentes corrosivos. O novo grade da empresa é destinado a aplicações em pintura eletrostática, muito comum para tubulações e peças de pequena geometria. A Rhodia também atua com polímeros especiais para smart devices, atendendo às exigências de empresas como Apple, com novas formulações de sistemas já tradicionais.

Ticona A Ticona (São Paulo, SP) apresentou sua linha completa de plásticos de engenharia, inclusive seu polímero de cristal líquido Vectra, que em determinadas formas possibilita a substituição do metal com recobrimento em PTFE e que pode ser extrudado em chapas para termoformagem. A empresa também destacou seu poliacetal (POM) para uso em tubos em veículos automotivos (para

32

PR

REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

Coletor de admissão, aplicação sofisticada


transporte de combustível e ar), com revestimento antiestático, para substituição de PA 11 e 12. Para tanques de combustível, o Hostaform POM S9364 LPB apresenta baixa permeabilidade e substitui poliamidas que requerem outras camadas de PE, PA 11, PA 12 e PVDF. A empresa também apresentou seus polímeros MetalLX (POM), Fortron (PPS) e a solução Celstran LFRT (termoplástico reforçado de fibra longa).

UBE

PR

Importante fabricante de poliamidas e copoliamidas, a UBE Latin America (São Paulo, SP) lançou uma série de produtos e tecnologias. Uma delas foi uma nova tecnologia de processamento de poliamida 12 multicamadas, de nome Ecobesta. Lançamento global, embora já seja homologada por algumas montadoras no exterior, a tecnologia é indicada para tubos da linha de combustível e de frio de caminhões, proporcionando tubos de até 5 camadas. A depender da estrutura utilizada, essa tecnologia pode reduzir o preço dos tubos de combustíveis em até 40%, e foi desenvolvida em função de problemas de fornecimento global de poliamida nos últimos anos. Outro lançamento da empresa foi de um novo grade de poliamida, chamado FDX e já usado no Brasil, nas versões 17 e 40. O FDX 40 permite grande transparência em filmes para embalagens plásticas flexíveis, principalmente pera carnes e queijos, e o FDX 17, vantagens da redução do curling, ou seja, o enrolamento do material. Já a versão 37 é antislipping, ou seja, evita escorregamentos. Todos os novos grades de poliamida FDX são copolímeros ou homopolímeros e são aditivados. Mais um lançamento da empresa consistiu no novo grade de poliamida 1024I, específico para o processo de blow molding. O novo grade, ideal para garrafas para produtos agroquímicos, aumenta a resistência mecânica, especialmente a impacto, do material, e constitui uma eficiente barreira contra gases, competindo com as poliamidas 6 dos concorrentes. Esse lançamento foi exclusivo para a Feiplastic, vindo a ser apresentado ao resto do mundo na próxima feira K. Outro lançamento ainda da UBE foi o terpolímero Terpalex, um plástico resultante da polimerização de 3 monômeros (6, 6.6 e 12), que formam, por reação química uma macromolécula diferenciada. O Terpalex promove total transparência e aderência a embalagens mais profundas (de até 95 mm ao invés de apenas 70 mm) e é indicado para encolhíveis e termoformagem (em temperaturas mais baixas, de 80º C ao invés de 110º C). O material concorre com o PVDC, que contém halogênios (o Terpalex, não). Por último, a empresa lançou o novo composto MOS-HIGE, um composto para polipropileno que reduz o custo das peças ao reduzir o uso de talco de 20 a 30% para 15%, ao tornar o ciclo duas vezes mais rápido e ao melhorar a qualidade da peça. No caso, trata-se de um pó em que 70% é microfibra. A UBE aproveitou a ocasião para anunciar o aumento em 10 mil toneladas/ ano (total: 30 mil toneladas/ ano) da produção de poliamida pela planta produtiva espanhola.

33

Resinas e Compósitos Placas Usináveis – PROLAB, LAB - Mockups, dispositivos de controle, modelos de fundição Resinas Epóxi – EPOLAM - Laminação, enchimento, Infusão, náutica e aeronáutica Resinas de poliuretano – UR - Ind. Cerâmica, fundição, berço para ultra som, juntas Borrachas de Silicone – ESSIL - Moldes flexíveis para protótipos e decoração Resinas de Superfície – EPO - Gel epóxi, resistentes a abrasão e temperatura Massa Epóxi para reforço- EPOPAST - Reforço estrutural, negativos de grandes dimesões Núcleos Colméia – POLYCORE - Núcleos inerciais em formato honeycomb – Polipropileno Resina Cura rápida para Protótipos – FASTCAST , RIM, PX - Produtos para protótipos que simulam plásticos de engenharia Tecidos – FIBRA DE VIDRO, ARAMIDA e CARBONO - Em variadas gramaturas e construções Separadores e Materiais auxiliares

AXSON BRASIL Rua Domingos Jorge, 306 - Bairro do Socorro São Paulo - SP - CEP 04761-000 Fone: (11) 5687-7331 - Fax: (11) 5687-7211 axson@axson.com.br - www.axson.com.br


Bicampeão Olímpico Torben Grael aprova velas Olimpic Sails reforçadas com Fibra de Carbono Toho Tenax... ... E, junto com a medalhista de bronze em Pequim Isabel Swan, explica a importância dos materiais compósitos para o iatismo A Pro Nautic Materiais Naúticos Ltda., dententora da marca Olimpic Sails para o mercado SulAmericano, produz as velas Space®, uma linha de velas fabricada em filamentos contínuos, com a tecnologia das fibras de carbono da Toho Tenax. A filial brasileira da companhia italiana Olimpic Sails, localizada em Porto Alegre, desenvolveu a vela utilizada no barco Magia V de Torben Grael, dententor de 5 meldalhas olímpicas, sendo duas de ouro. De acordo com Torben, o formato da vela e a manutenção da forma (análise de deformação sob esforços) são as características mais importantes deste tipo de produto: “Resultados de testes durante percurso são muito importantes, pois permitem que os produtos sejam continuamente melhorados”. A disposição dos filamentos contínuos de fibra de carbono é cuidadosamente planejada. O fabricante desenvolve as velas com auxílio de um software. “O posicionamento dos reforços influencia diretamente no desempenho e as características de propriedades mecânicas dos fios são fundamentais”, explica Torben. O bicampeão olímpico também comenta sobre a possibilidade de utilização de outros tipos de reforços em velas, como a aramida: “A fibra de aramida também apresenta excelentes propriedades mecânicas e pode ser utilizada na fabricação de velas, mas requer utilização de proteção contra UV.” A medalhista de bronze em Pequim Isabel Swan comentou a tendência de utilização de compósitos no esporte. “A introdução da fibra de carbono é muito importante em diversos componentes das embarcações, mas a utilização da tecnologia é limitada por regulamentos de cada classe”, explica a atleta brasileira. “A evolução da utilização dos compósitos é notável, graças às características de baixo peso e resistência mecânica.”


TOHO TENAX INICIA FORNECIMENTO DE FIBRA DE CARBONO VIA ESTOQUE LOCAL

“Trata-se de um regime de entreposto aduaneiro, em colaboração com a Teijin Aramid do Brasil. O planejamento do estoque é cuidadosamente feito através do forecast de compra dos nossos clientes. Neste regime logístico, o material fica armazenado em consignação com a Teijin Aramid do Brasil. O cliente, no momento em que planeja seus pedidos, pode contar com diversas vantagens:

A empresa Toho Tenax America implementou uma nova maneira de servir o mercado sul-americano com tecnologias em fibra de carbono. Desde setembro de 2013, os clientes da companhia contam com disponibilidade imediata de entrega para filamentos contínuos e fibras curtas. Rodrigo Berardine, engenheiro de marketing e desenvolvimento de negócios da companhia na América do Sul, explicou o modelo de operação do novo sistema:

• Fornecimento fracionado, em múltiplos de caixas de rovings, possibilita um atendimento de maneira competitiva a nichos de mercado mais pulverizados; • Baixo custo logístico mesmo nacionalizando uma quantidade muito pequena de material, pois o mesmo já foi transportado sob condições extremamente competitivas de frete internacional e despesas aduaneiras devido à consolidação de embarque em grandes quantidades; • Lead time de entrega agressivamente reduzido, de 45 dias, para disponibilidade imediata. O material se encontra disponível fisicamente em estoque local, e o lead time de entrega somente depende do tempo de desembaraço da mercadoria pelos nossos clientes e frete local.” Rodrigo Berardine faz também considerações adicionais importantes: “As documentações obrigatórias, incluindo todas as licenças e controles internacionais, não são dispensadas e continuam sendo cuidadosamente analisadas. Os clientes que desejam se enquadrar neste regime logístico precisarão estabelecer com a Toho Tenax um planejamento de compra para que a disponibilidade de fibra de carbono esteja adequada com a necessidade de mercado e para que o sistema possa se manter em funcionamento de maneira competitiva com relação aos custos de armazenagem”. Rodrigo afirma: “Este é um passo muito importante para viabilizar o acesso à tecnologia e encorajar o desenvolvimento de novas aplicações.” A companhia continuará a servir o mercado através de importação direta para os clientes que assim preferirem conduzir seu planejamento de compras (vendas Indent).

Toho Tenax America Phone: +55 11 5070 3862

www.tohotenaxamerica.com


FEIPLASTIC – ESTANDE TEMÁTICO O destaque dos composites, do poliuretano e dos plásticos de engenharia Estande de divulgação na Feiplastic: presença maciça de interessados

Centenas de interessados em mais informações sobre materiais composites, aplicações e peças feitas em poliuretano e toda a versatilidade de uso dos plásticos de engenharia visitaram o estande temático na Feiplastic 2013. Veja quais foram os destaques

Q

uase trinta empresas dos setores de composites, poliuretano e plásticos de engenharia participaram, mostrando produtos ou serviços, no estande de 50 m2 em que a Editora do Administrador, editora que publica as revistas Composites & Plásticos de Engenharia e Poliuretano – Tecnologia & Aplicações, divulgou as propriedades técnicas dos produtos feitos com esses materiais, assim como suas vantagens em relação a materiais metálicos e feitos com plásticos commodities. O estande, que também contou com o atendimento pessoal de consultores para todos esses setores, teve uma grande quantidade de visitas. Também estiveram presentes profissionais das empresas expositoras no estande (veja citação nas fotos dos produtos apresentados).

Abifor A Abifor (Wutoeschingen, com escritório em Zurique, Suíça), representada pela ASRocha (São Paulo, SP), apresentou algumas soluções em adesivos termoplásticos (bases poliamida, caprolactona, EVA, poliéster, poliéter, TPU, etc.) em pó hotmelt para adesão a seco nos mercados de composites (flexíveis, rígidos e semirrígidos), automotivos, de calçados e têxtil. Alex Rocha, da AS Rocha, esclareceu dúvidas no estande.

Consultores Carlos Viegas (Korthfiber) Luis Fernando Barbi (Texiglass) Matheus Paixão (Texiglass) Luiz Vianna (Poliresinas) Antonio Carvalho (Reichhold) Anderson Silva (Reichhold) Márcio Oribe (Reichhold) Alexandre Jakelaitis (Novapol) José Batista de Andrade (Fibermaq) Ângelo Paviotto (CPIC) Kátia Marques de Jesus (CPIC) Alex Rocha (Abifor)

plásticos de engenharia. Estiveram presentes, no estande durante toda a Feiplastic, Elizabeth Freitas (química) e Hélio dos Anjos (representante de vendas). Matérias-primas para poliuretano e plásticos de engenharia

Airplast A Airplast (Mauá, SP), fabricante de matérias-primas micronizadas, apresentou suas blendas de PET com PA e outros

36

PR

REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

Bike Design Uma cadeira de rodas de corrida, rigorosamente dentro do padrão do Comitê Olímpico Internacional (COI) foi apresen


Tecnologia de alta performance Resinas • Gelcoat • Fibras Espumas de poliuretano - PU

Num mundo de infinitas possibilidades, faça uma escolha que garanta a qualidade dos seus produtos

Certificado NBR ISO 9001

Certificado NBR ISO 9001

Araras - SP Av. Padre Alarico Zacharias, 1630 Jardim Belverdere Tel.: (19) 3544-5283

Jandira - SP Rodovia Castelo Branco, km 32 Rua Municipal, nº 25 - Jd Alvorada - Jandira/SP Tel.: (11) 2113-0166 / Fax: (11) 2113-0186 / 0188

Curitiba - PR R. Juscelino Kubischek de Oliveira, 7.725 CS 01 - Bairro CIC Tel.: (41) 3288-1314 / 3288- 6766

Uberlândia - MG Av. Comendador Alexandrino Garcia, 701 Maria Helena, Uberlândia, MG. Tel.: (34) 3222-6803 / 3213-7882

www.embrapol.com.br


FEIPLASTIC – ESTANDE TEMÁTICO Automotivo

Energia Eólica

Moveleiro

tada pela Bike Design (São Bernardo do Campo, SP), de Leone Fragassi (designer e professor) e Valdir Gonçalves (designer e especialista em CAD). A cadeira foi desenvolvida para atletas Triciclo em fibra de paralíticos de alto nível, tendo carbono laminada sido avaliada por um paraatleta no aspecto prático. A cadeira usa composites intensivamente em tubos, na própria cadeira, na confecção da roda, no sistema de junção, nos acopladores (acessórios), etc., sempre laminados manualmente, com uso de tecidos de reforço com a orientação da Texiglass (Vinhedo, SP) e resinas poliéster da Reichhold (Mogi das Cruzes, SP). A cadeira funciona encaixada numa cadeira convencional, em que é colocado um kit de cadeira de corrida e uma handbike (bicicleta movida a mão). Segundo Fragassi, é a única cadeira no mundo com as três configurações (cadeira normal, cadeira de corrida e handbike) num produto só.

BMC do Brasil Uma tampa de válvula e um refletor, ambos fabricados pelo processo BMC (Bulk Moulding Compound), e um isolador do terceiro trilho, fabricado por SMC (Sheet Moulding Compound) foram apresentados Refletor, tampa e isolador de pela BMC do Brasil (Rio terceiro trilho em composites Claro, SP). A tampa possui resistência a altas temperaturas, a ambiente corrosivo, é pigmentada na cor desejada, e possui retardância à chama. Já o refletor possui baixa contração, resistência a temperaturas elevadas (acima de 200º C) e tempo rápido de moldagem por injeção (60 segundos para as duas peças). O isolador, por sua vez, proporciona elevadas propriedades mecânicas, resistência aos raios UV, resistência à flamabilidade, alta resistência ao torque e ao arrancamento do inserto metálico e alta isolação elétrica. Waldenir Souza (supervisor de desenvolvimento) esteve presente no estande da empresa.

Carbox Racing Diversos produtos feitos em fibra de carbono, dentre eles tubos, bicos de ponteira, escapamentos, uma maleta, braçadeiras para o escapamento, raquetes de pingue pongue e placas com núcleo em colmeia (uso geral em Maleta, tubos e peças técnicas em fibra de carbono composites) foram apresentados pela Carbox Racing (Embu Guaçu, SP) no estande. Os diretores Rogério Miranda e Carlos Miranda (diretores) estiveram presentes durante toda a Feiplastic no estande.

Contrução Civil

Isolamento Térmico

CPIC Importante fabricante de fibras de vidro e produtos derivados, a CPIC (Capivari, SP) apresentou as tecnologias de fibra de vidro por intermédio de Ângelo Miguel Paviotto (supervisor de assistência técnica) e Kátia Marques de Jesus (coordenadora de marketing).

Fastplas Um grade frontal de caminhão Ford, feita em composites pelo sistema SMC (Sheet Moulding Compound) foi apresentada pela Fastplas (Diadema, SP) no estande. O principal destaque da peça é estrutural, sendo a peça apoiada em dois Grade frontal em RTM pontos com mais dois de fixação e o restante da superfície em balanço. O SMC é um dos processos utilizados pela empresa para fabricar peças para caminhões, sendo outros processos o RTM, o RIM e o RRIM. Peter Oto Hans Koecher (diretor superintendente) representou a Fastplas no evento.

Fibermaq/ Moldfiber A “The Knotted-Gun” ou “Arma-Atada”, um símbolo de revólver, feito neste caso em fibra de vidro, fabricado manualmente a partir de moldes em silicone, com duas partes coladas e pigmentos tradicionais foi o destaque da Moldfiber (São Peça decorativa em Paulo, SP) que a Fibermaq (São composites Paulo, SP) levou ao estande da Editora do Administrador. O dono da Moldfiber, José de Arimatéia Mendonça Araújo (Ari), foi contratado pela organização não-governamental internacional Non-Violence Project Foundation. A peça foi criada pelo artista Carl F. Reuterswärd, em memória ao ex-beatle John Lennon. Existem réplicas em bronze da escultura instaladas em mais de 30 espaços públicos pelo mundo, tendo como alguns exemplos Berlin, Liverpool, Estocolmo, Lausanne, Caen, Nova York (ONU), Pequim, etc. O diretor da Fibermaq, José Batista de Andrade, esteve presente e ofereceu assistência aos interessados.

Futuron Os cabides desmontáveis Flex Hanger, ganhadores do Prêmio Excelência 2012 em Plásticos de Engenharia, categoria Produtos Acabados, foram o destaque da Futuron (Florianópolis, SC). Desenvolvidos em termoplásticos Cabides desmontáveis em injetados, participados em 4 partes plásticos de engenharia

38

PR

REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

Aeroespacial


FEIPLASTIC – ESTANDE TEMÁTICO Mineração

Petróleo & Gás

Ferroviário

e 3 peças, o produto é totalmente desmontável, possuindo microengrenagens que se encaixam e desencaixam na hora da montagem/desmontagem. O cabide desmontável, que pesa apenas 42 gramas, utiliza perfis em I, usa 6 cores primárias e permite 36 configurações diferentes de cores. O desenvolvimento do produto consumiu quase 3 anos e 10 mil horas do projeto à fabricação.

Makeni A Makeni (Diadema, SP) divulgou seu recente serviço de distribuição exclusiva de produtos da norte-americana Chromaflo, que produz corantes e dispersões químicas para pintura, revestimentos e plásticos termofixos. Produtos Chromaflo: distribuição da Makeni (Diadema, SP)

Novapol Cuba de pia (esquerda) e cuba de tanque (direita)

A Novapol (Serra, ES) apresentou uma cuba de pia e um tanque de lavar roupas, ambas feitas em SMC (Sheet Moulding Compound). Já produzido em escala, o tanque feito pela Novapol atende em especial os mercados do Sudeste e Nordeste. Já a cuba de pia foi importada de uma empresa parceira na Espanha com a finalidade de desenvolver clientes localmente. O estande teve a presença de Alexandre Jakelaitis, coordenador de projetos da empresa, que apresentou os produtos e tirou dúvidas dos visitantes.

Reichhold

Banco de arquibancada

Telhas de composites

PR

A Reichhold (Mogi das Cruzes, SP) mostrou diversos produtos exclusivos no estande. Um deles foi uma seção de uma tubulação impermeável com liner aluminizado para transporte de solventes. Outro produto apresentado foi um banco de arquibancada da cor verde claro fabricado pelo processo de cura a quente com duas resinas especiais da empresa: a Resapol 94141 e a Resapol UP 306. A Reichhold também apresentou exemplares de telhas translúcidas e prismáticas de clientes. Estas últimas telhas oferecem uma

39

Náutico

Naval

Infraestrutura Esportiva

superfície diferenciada que promove beleza estética, excelente transmissão e difusão de luz. Os profissionais Antonio Carvalho (gerente de desenvolvimento de mercado para aplicações industriais de composites), Márcio Oribe (vendedor técnico) e Anderson Silva (assistente técnico) apresentaram tecnologias em composites Tubo de composites impermeável e representaram a empresa.

Technobell Três tubos em composites (um com conexão em T), fabricados por métodos diferentes, foram apresentados pela empresa de origem inglesa. Dentre os tubos apresentados, o de maior diâme- Tubos com e sem flanges em tro (600 mm) contou, em composites sua fabricação, com o processo SPS (Sand Premix System ou Sistema de Pré-Mistura de Areia), tecnologia Technobell. Outra das tubulações consistia num redutor concêntrico (diâmetros de 400 e 300 mm), enquanto a última era uma árvore irregular (diâmetros de 400 e 300 mm). Todas as tubulações foram fabricadas pelo processo filament winding, tecnologia Technobell. Luiz Orro (responsável pelos negócios da Technobell no Brasil) apresentou dados de mercado, tecnologias e desenvolvimentos da empresa.

Texiglass A Texiglass (Vinhedo, SP) apresentou sua linha de tecidos de fibra de vidro, carbono e aramida. Segundo Matheus Paixão (auxiliar de vendas) e Luís Fernando Barbi (vendedor interno), que apresentaram os produtos da empresa e tiraram dúvidas sobre a tecnologia de composites para os vi- Tecidos de fibra de vidro, sitantes, muitos deles especialmente carbono e aramida interessados em fibra de carbono, que queriam informações sobre suas variedades e aplicações.

Toho Tenax Fabricante de fibras de carbono, sistemas de reforços e componentes em material compósito, a Toho Tenax (São Paulo, SP) apresentou sua linha de produtos e resolveu questões de ordem técnica e mercadológica. Rodrigo Berardine (engenheiro técnico Fibra de carbono e de marketing) representou a empresa. aplicações


REFORÇOS

Fibras de carbono: mercado complexo, requisitos avançados e tendência de expansão Fibras de carbon: maior uso

A utilização de fibras de carbono em composites, já tradicional, tende a aumentar gradativamente por meio da sua especificação em aplicações que requerem desempenhos especiais e pelo desenvolvimento dos processos de fabricação de peças

N

ão é de hoje que as fibras de carbono são consideradas sinônimo de resistência, beleza e leveza. São raros os dias em que não surgem novas aplicações para elas, seja em automóveis esportivos, bicicletas, pás eólicas, aeronaves, naves espaciais, carros de fórmula 1, pontes, edifícios e toda uma série de exemplos em que elas são uma opção ou mesmo a única alternativa para conjugar essas e outras propriedades (como condutividade, transparência eletromagnética, etc.) em aplicações as mais diversas. Mas em que ponto está o uso das fibras de carbono nesses diversos mercados? O custo desse tipo de reforço tem caído nos últimos anos? Surgem com o tempo novas aplicações que tornam esse reforço mais comum no dia a dia das pessoas? Ou seu custo inviabiliza aplicações mais rotineiras?

Utilização e competição “Os principais atrativos das fibras de carbono são efetivamente sua resistência e leveza, mas sem dúvida a função estética ajuda muito para sua comercialização”, afirmou Giorgio Solinas, diretor da Texiglass (Vinhedo, SP). “Ocorre que atualmente a fibra de carbono tem um preço ainda muito elevado, o que limita o seu uso”, completou. “Especificamente no mercado de construção ci-

Automotivo: as fibras de carbono como diferencial

vil, o uso de composites de fibra de carbono para reforço de estruturas tem ganho maior espaço nos últimos anos como uma alternativa a cada dia mais acessível nos projetos onde se mostram viáveis do ponto de vista técnico”, afirmou Michel Haddad, coordenador técnico em refurbishment (reformas) da Sika (Osasco, SP). “Hoje a fibra de carbono está sendo mais utilizada em peças especiais como reforço, criando novas aplicações. Com isso, o

40

PR

REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

m5board

nos mais variados mercados


Confira a programação geral dos

Painéis Setoriais 2011 Painéis Setoriais 2013 Desde 2006, são realizados os Painéis Setoriais, que são seminários técnicos voltados a diversos segmentos industriais. Em 2013, serão organizados os Painéis Multissetoriais, que terão o objetivo de mostrar as inovações tecnológicas em composites, poliuretano e plásticos de engenharia para mais de um segmento industrial, em importantes capitais brasileiras. Os Painéis Setoriais e os Congressos Sul-americanos também serão realizados. Veja a programação geral:

Calendário 2013 Abril

Agosto

» 10/04 - Painel Sustentabilidade na Construção Civil (São Paulo, SP) » 24/04 - Painel Multissetorial Energia Eólica + Construção Civil (Fortaleza, CE) » 21/08 - Painel Isolamento Térmico (São Paulo, SP) » 28/08 - Painel Mineração (Belo Horizonte, MG) » 04/09 - Painel Multissetorial Náutico + Naval + Petróleo & Gás (Rio de Janeiro, RJ)

Setembro

» 11/09 - Painel Ambientes Agressivos (Camaçari, BA) » 25/09 - Painel Construção Civil (São Paulo, SP) » 09/10 - Painel Aeroespacial (São José dos Campos, SP)

Outubro

» 23/10 - Painel Espumas Flexíveis (São Paulo, SP) » 30/10 - Painel Automotivo + Exposição de peças (São Paulo, SP)

Novembro

» 06 e 07/11 - III Congresso Sul-americano de Composites, Poliuretano e Plásticos de Engenharia (Porto Alegre, RS)

- Painel Automotivo (Porto Alegres, RS) * Esta programação poderá ser alterada sem aviso prévio

Mais informações:

(55 11) 2899-6381/2899-6395

consultoria@artsim.com.br

www.tecnologiademateriais.com.br


REFORÇOS Iwallscreen

consumo está aumentando, principalmente também pela ofereta de matéria-prima que, de uns anos para cá, não tem mais faltado”, disse Giberto Campovilla, diretor da Fibertex (Louveira, SP). “Realmente existem nichos de mercado em que as fibras de carbono são usadas em grandes volumes em projetos de forte competição comercial, mas não é correto afirmar que, por causa disso, tenha havido uma popularização do material”, ponderou Rodrigo Berardine, engenheiro técnico e de marketing da Toho Tenax America (São Paulo, SP), fabricante de fibras de carbono. “As fibras de carbono não são commoditie mesmo em mercados de grande volume, e a competição vai muito além da negociação em termos de preço”.

Histórico Segundo Solinas, há mais de 10 anos havia abundância no fornecimento de fibra de carbono no mercado, o que fez o preço cair bastante. “Nessa época, muitas empresas se dispunham a investir na fabricação de peças de uso popular, como bicicletas, varas de pesca, etc.”, lembrou. Mas com o aumento do uso dos composites em aeronaves, principalmente, e com as guerras do Iraque e do Afeganistão, a fibra de carbono passou a ser controlada e houve falta de matéria-prima. “Aquelas empresas que estavam dispostas a investir viram-se de repente sem sua matéria-prima, o que as obrigou a abandonar seus projetos”, explicou. Para Berardine, da Toho Tenax, hoje o mercado busca tecnologia, performance e formas mais eficazes de produzir com o reforço. “O cliente busca formas mais eficientes e eficazes de produzir num cenário dirigido por performance em que a todo momento são desenvolvidos materiais mais competitivos”, explicou.

Disponibilidade As fibras de carbono são disponibilizadas no mercado de diversas formas: como filamentos contínuos, fibras cortas e fibras moídas. Isso de forma geral. “As fibras de carbono utilizadas na construção civil vêm como mantas, laminados e telas, e até mesmo em telas em que não é necessário usar resinas para ancorá-las em base cimentí�������� cia”, afirmou Renato Idas Leoni, engenheiro da SIP do Brasil (São Paulo, SP), empresa especializada em aplicação de reforços, como fibras de carbono, em obras de construção civil. “As aplicações de composites de fibra de carbono em construção civil para reforço de estruturas empregam dois tipos básicos de sistemas: os tecidos, com fios de fibra de carbono alinhados em uma, duas ou mais direções e estruturados por uma trama de fios, e os laminados pultrudados, em que os fios aparecem imersos em epóxi, aquecidos a até 180º C e compactados no formado desejado”, disse Haddad. “No geral, as fibras de carbono podem ser processadas pelos mesmos métodos de processamento de outros tipos de reforço, tomando os devidos cuidados”, afirmou Berardine, da Toho Tenax. “No mercado de construção, as fibras de carbono têm se difundido bastante nos últimos anos devido à sua grande resistência, ao fato de não corroer, ser fácil de aplicar e promover limpeza nas obras”, completou Leoni.

Processamento “Devido ao seu alto módulo em comparação com outros materiais, a fibra de carbono requer cuidados especiais durante o processamento, até por ser quebradiça em condições de abrasão com dispositivos”, salientou Berardine, que recomenda verificar o tensionamento dos fios, assim como os ângulos em contato com os dispositivos, que devem ser revestidos para diminuir a abrasão com os filamentos. “A quebra dos filamentos durante a transformação causa perda de propriedades mecânicas”, disse Berardine. “É preciso muito cuidado com as fibras de carbono, pois seus microfilamentos são muito sensíveis à ruptura”, afirmou Campovilla, da Fibertex. “Os tecidos de fibra de carbono podem ser laminados como qualquer tecido de fibra de vidro, utilizando os mesmos processos, mas para alcançar resultados aprimorados sugere-se o uso de bolsas de vácuo, autoclaves ou prepregs”, disse Solinas, da Texiglass. “Quanto à resina, os melhores são usados com resinas epóxi e fenólicas (estas últimas, para altas temperaturas)”, completou. “Em construção civil, as fibras devem ser protegidas de incêndio ou explosão, sendo necessária a proteção das áreas em que a fibra de carbono é aplicada”, disse Leoni. “Os tecidos de fibra de carbono não requerem tratamento diferenciado em processos comuns, mas pode acontecer de ser necessária uma precisão aprimorada, daí podem ser usados tecidos de fibra de carbono prepregs, o que demanda maior trabalhabilidade do material no desenvolvimento de peças complexas, com custo bem maior que os tecidos comuns”, disse Renato Wessner dos Santos, engenheiro de produção da Escale Engenharia (São Paulo, SP). “Porém, dentre os diversos processos para transformar a fibra de carbono, como autoclave, infusão a vácuo, laminação por spray e manual, assim como RTM e RTM Light, em nossa empresa usamos, em 90% dos casos, a laminação manual, e nos outros 10% a mesma laminação manual mais a prensagem”, afirmou. “O fator mais impactante na escolha por composites de fibra de carbono em construção civil é a agilidade de execução e a mínima interferência no local da obra”, afirmou Haddad.

42

PR

REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

Maior disponibilidade para fibras de carbono


REFORÇOS Automatização Em 2012, foi anunciada a aquisição de uma máquina de fiber placement (tradicionalmente usada para fibras de carbono) por uma das sedes, mais especificamente, o Laboratório de Estruturas Leves, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) (São José dos Campos, SP). “O método de fiber placement vem ajudar, e muito, no aumento do uso de fibra de carbono em composites, por tratar-se de um método que possibilita a aplicação em grandes volumes e de maneira continuada”, disse Solinas, da Texiglass.”O Automated Fiber Placement (AFP) e o Automated Tape Laying (ATL) são processos automatizados de posicionamento do reforço na direção dos esforços mecânicos, permitindo também a construção de formas complexas”, explicou Berardine. “Os custos em equipamento e sistemas de reforço, relativamente altos, são compensados em aplicações de alta complexidade ou submetida a esforços mecânicos importantes”, completou, para quem a utilização dessa tecnologia no Brasil, apesar de ainda muito específica, apresenta indícios de expansão.

Outras propriedades

0tqn

Tradicionalmente, os processadores sentem-se atraídos pelas fibras de carbono em função de sua resistência mecânica, leveza e beleza. Mas existem outras propriedades que, em determinados casos, são ainda mais importantes que essas. “Além da característica de reforço, a fibra de carbono também confere características de condutividade elétrica. Existem inclusive fibras de carbono com sizings metálicos para conferir propriedades avançadas de condutividade”, informou Berardine. “Nas áreas aeronáutica, náutica e de saúde o tecido de fibra de carbono tem seu uso potencializado por deixar passar as ondas eletromagnéticas”, afirmou Wessner dos Santos, da Escale, exemplificando com mesas cirúrgicas, uma dentre as várias aplicações possíveis nesse sentido. Outras aplicações se dão em peças de eletrônicos, mas nesse caso a condutividade elétrica pode atrapalhar o funcionamento do material, o que requer processos especiais para utilização nessas peças. “Para quem busca mais a estética, existem tecidos de fibra de carbono twill ou plain, tecidos com glitter, com glitter jacquard, jacquard de design costumizados, inclusive tecidos de fibras de carbono jacquard de design metalizado”, disse Wessner dos Santos. “Uma aplicação estética sem outra função relevante é o recobrimento de capôs e pára-lamas de automóveis. A peça fica bonita, mas em vez de ajudar atrapalha por aumentar o peso da peça”, afirmou Solinas. “Fabricamos componentes para a indústria automotiva no Japão utilizando prepregs e processos cuidadosamente desenvolvidos para assegurar que requisitos de aparência sejam perfeitamente atendidos”,

PR

Peças avulsas: manuseio manual predominante

43

informou Berardine. “Existem também produtos que imitam a fibra de carbono, mas não são levados a sério no mercado de composites”, disse Solinas.

Termoplásticos Uma tendência que só faz crescer no mercado, em especial nos segmentos automotivo e aeronáutico, é o uso de fibras de carbono com termoplásticos, a ponto de motivarem prognósticos radicais. “O desenvolvimento de processos com ciclos curtos de moldagem e o avanço no desenvolvimento de composites termoplásticos permitirão a utilização dessa tecnologia com fibra de carbono em veículos de produção em massa a médio-longo prazo”, apostou Berardine, da Toho Tenax. “Atualmente, já é comum a preparação de composites em material termoplástico para injeção, com a fibra de carbono cortada”, disse, acrescentando que em âmbito global o mercado aeronáutico tem feito uso das tecnologias de AFP e ATL para fabricação de componentes com matrizes termofixas e termoplásticas. “Essa tecnologia no Brasil ainda é muito específica, mas há indícios de expansão”, informou.

Mercado e tendências Segundo Berardine, o mercado brasileiro de fibra de carbono expandiu-se em 2012, alcançando um patamar de consumo anual de 3,6 mil toneladas. “Isso se deu principalmente em função do desenvolvimento de novas aplicações no mercado de energia eólica”, ele disse, afirmando que se espera um processo agressivo de expansão, nos próximos 5 anos, nos segmentos de óleo & gás e aeronáutico. “No mercado de energia eólica, há uma demanda por fibras industriais de alta densidade linear, e as fibras de carbono são uma boa opção”, acrescentou. “Realmente, eu vejo dois mercados distintos: o de composites propriamente dito, englobando barcos, aeronaves, materiais esportivos, peças técnicas, material médico e cirúrgico, e o de petróleo”, afirmou Solinas. “Seguramente o mercado de exploração de petróleo é muito grande, especialmente com o início da exploração do Pré-sal”, completou. “Os requisitos de conteúdo local são agressivos para projetos de infraestrutura e para o mercado de óleo & gás”, concordou Berardine. “Os projetos de construção de estaleiros para a indústria naval, de desenvolvimento de tecnologias para o pré-sal e os investimentos em parques eólicos caminham a passos largos e apontam para um crescimento da demanda por fibras de carbono no Brasil nesses mercados”, afirmou Haddad, da Sika.

Uso no futuro “Os itens que ainda impedem a maior utilização da fibra de carbono são o desconhecimento por profissionais de cálculo e projeto reforços, a necessidade de mão de obra especializada e o custo dos materiais”, disse o profissional da Sika, segundo o qual é possível considerar que nesses três itens diversos paradigmas já foram ultrapassados. “Existem normas internacional bem alinhadas com as normas brasileiras de projeto de estruturas. Além disso, a maioria dos fabricantes oferece cursos de dimensionamento para profissionais, além de treinamento para empresas de aplicação, para capacitação da mão de obra”, afirmou Haddad.


Adesivos: variedade, especificação e tendências

divulgação sherry labs

PROCESSABILIDADE

Adesivagem de materiais composites: variedade e complexidade

Diversas famílias de adesivos. Utilizações específicas. Propriedades conjugadas e concorrentes. O uso de adesivos para peças em materiais composites é amplo e envolve uma grande variedade de setores. Veja algumas características dos principais adesivos para diversos mercados

A

utilização de adesivos para peças em composites, ao invés de parafusos, roscas ou outros sistemas mecânicos de fixação, multiplica as vantagens que a especificação de peças plásticas proporciona ao cliente final. O uso de adesivos reduz o número de peças, melhora a fixação de componentes, promove a integração de funções em peças e componentes e em consequência reduz o peso total das aplicações.

Tipos Os adesivos para composites são de diversos tipos. Os principais deles são: adesivos epóxi, acrílicos e poliuretânicos. “Esses grupos são muito grandes, envolvendo um grande número de tipos e de aplicações, sendo indicados para substratos e situações bem específicas”, afirmou Adilson Alves, engenheiro de serviço técnico da divisão automotiva da 3M (Sumaré, SP). “Nós classificamos esses adesivos em adesivos base solvente, hot melts, epóxi e PVAc (acetato de polivinila). Esses adesivos possuem aplicações específicas, de acordo com cada função a ser desempenhada, como, por exemplo, resistência térmica, à umidade, etc.”, disse Emerson Santos, consultor técnico da FCC (Campo Bom, RS), tradicional fabricante de adesivos para essas e outras aplicações (em calçados, por exemplo).

44

PR

REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

Aplicações Apesar de ser difícil generalizar, cada um dos tipos de adesivos para composites tem seus pontos fortes e fracos, assim como usos preferenciais. “Para casos em que o preparo da superfície não é tão importante ou para quando não se requer muita atenção à resistência às intempéries, consideramos interessante indicar os adesivos de base acrílica”, disse Alves, da 3M. “Já para quando as exigências mecânicas são intermediárias, mas é necessário certo potencial de flexibilidade, os poliuretanos são os mais indicados”, completou, acrescentando que os adesivos epóxi costumam proporcionar resistência diferenciada, tanto química como mecânica, sendo muito indicados para aplicações de alta exigência (comuns na indústria aeronáutica). “O setor automotivo usa mais os adesivos acrílicos, no caso, mas em última instância as recomendações variam caso a caso”, avisou Alves. “Hoje podemos contar com produtos específicos para todo tipo de colagem e para diversos tipos de substratos, porosos e não porosos, assim como fachadas, juntas de conexões, juntas de pisos, selantes com alta resistência química, para pavimentos rodoviários e toda uma série de aplicações”, afirmou Wadson Marques, coordenador de selagem e adesivagem da Sika (Osasco, SP).


Energia A energia superficial é um critério importantíssimo na hora de se especificar o melhor adesivo (ou o adesivo mais indicado) para peças metálicas, plásticas ou aplicações entre elas. Segundo Alves, tendo em mãos um substrato como alta energia de superfície (como metais), pode-se usar tanto adesivos epóxi como acrílicos ou mesmo poliuretânicos. A situação muda completamente na presença de outras substâncias nas superfícies dos substratos, como óxidos, no caso de metais, que reduzem consideravelmente a energia de sua superfície. “Nesses casos, são geralmente indicados adesivos mais fortes. Por isso, regra geral, recomendamos adesivos acrílicos mais para superfícies plásticas, com cuja química eles se adaptam melhor”, disse o profissional da 3M.

Componentes e indicações Segundo Santos, da FCC, cada adesivo disponível no mercado tem indicações e usos específicos. “Há adesivos para função de resistência térmica, à umidade, etc., e para cada um, diversos fabricantes no Brasil, assim como produtos importados”, afirmou Santos. As matérias-primas para cada adesivos são bem variadas, envolvendo desde borrachas e resinas até solventes, antioxidantes, breus e acetatos, dependendo muito da formulação de cada adesivo. “O adesivo é utilizado de acordo com os materiais a serem colados e com sua finalidade específica”, afirmou. Para Alves, a especificação de um ou outro adesivo para determinado

divulgação plasticsinfomart

PROCESSABILIDADE

Metais e outros substratos: diversas interfaces com composites

caso ocorre, no cliente final, de forma tal que o fabricante do adesivo processa suas informações simultaneamente ao usuário final. “O cliente nos procura com uma necessidade específica. Nós recomendamos um ou outro produto, mas o fato é que não sabemos muito bem como cada adesivo vai realmente se comportar na peça final”, afirmou ele, dizendo que as ferramentas do fabricante são no fundo os dados técnicos que ele coleta e as avaliações sob determinados testes e normas. “Quem sabe realmente o que acontece é o nosso cliente, e, para que não ocorra o desencontro de especificações, precisamos estreitar a distância com ele”, explicou Alves, da 3M.


PROCESSABILIDADE

Processabilidade Uma outra propriedade de grande relevância em adesivos é a viscosidade. Relativamente a ela, acontece algo similar ao paradoxo clivagem x cisalhamento, qual seja, o adesivo normalmente precisa ter viscosidade suficientemente baixa para passar facilmente pelo dosador mas ao mesmo tempo não pode ser tão fluido que escorra durante a aplicação. “A especificação do adesivo correto ocorre depois da avaliação dos materiais e de como será feita a aplicação do adesivo escolhido. Definida a resistência de colagem para a peça, com informações fornecidas pelo formulador do adesivo, normalmente um técnico é enviado à empresa para acompanhar um teste que lhe permita auxiliar os aplicadores”, disse Santos, da FCC, para quem as principais exigências são boa aplicabilidade, resistência de colagem exigida para cada material e secagem de acordo com o processo. “Os principais testes são de resistência à temperatura, à hidrólise, à tração e outras definidas pelo cliente”, completou Santos. “A boa processabilidade ou manuseio da peça deve se dar mesmo com o adesivo não curado, para outras finalidades”, afirmou Alves.

Especificações No final, no trato dos materiais a serem colados ou fixados, os adesivos precisam responder a uma série de normas e especificações. No caso do cisalhamento (em inglês, shear), as especificações costumam ser a DIN 1465, a ISO 4587 e a ASTM-D 1002. Já quanto à clivagem, existem testes usados, em especial, em composites de tipo colmeia, em que pega-se a placa adesivada e ela é girada num movimento constante (drum peel). “As normas que regem esses ensaios são a ISO 4578 e a ASTM-D 3167, por exemplo”, afirmou Alves, da 3M. Outras normas dizem respeito a flamabilidade, como,

Aplicação do adesivo: por espátula ou outros procedimentos

por exemplo, a UL 94, a ASTM-E 162 e a ASTM-E 662 (esta, para geração de fumaça). “Uma norma curiosa é a chamada norma de up-gassing, que se refere à emissão de voláteis no interior de ambientes fechados (como a cabine de um automóvel), em que eles criam películas indesejadas nos vidros dos veículos”, lembrou Alves, segundo o qual a norma para essa situação é a ASTM-E 595.

Aplicação Os adesivos para peças em composites são aplicados de diversas formas. As principais são via pistolas de ar, junto com sistemas pressurizados, por rolos, pincéis e espátulas. “Existem também os adesivos hot melt, que obrigatoriamente necessitam de máquinas para serem aplicados”, disse Santos, da FCC, para quem as vantagens do sistema por pistola são a economia de adesivo e a velocidade de aplicação. “Os adesivos hot melt têm a vantagem de serem 100% aproveitados, ou seja, nada é desperdiçado no momento da aplicação”, disse. “As pistolas podem ter acionamento pneumático ou manual e consistem em fazer o adesivo passar por um dosador ou misturador e aplicar um cordão de adesivo”, afirmou Alves, segundo o qual para atingir grandes áreas costumam ser aplicados rodos. “Em geral, os processos não são robotizados, muito ao contrário, pois às vezes, em situações muito específicas, é preciso colocar reforços estruturais em algumas regiões das peças, e isso tem de ser feito manualmente”, afirmou.

Tendências Como não poderia deixar de ser para substâncias que utilizam solventes e que liberam substâncias químicas, a principal tendência no caso dos adesivos vai na direção de produtos base água e hot melt. “Essas tendências são bem diversificadas, algumas delas de tecnologia nacional, embora na grande maioria sejam importadas”, disse Santos. “Vejo que existe também uma tendência por formulações de cura mais amigável”, disse Alves. “A cura em temperatura ambiente tende a comprometer o desempenho final do produto. Mas por questões ambientais e econômicas, existe o interesse, de parte da indústria, de reduzir as temperaturas de cura. Ou seja, no sentido de buscar composições de alto desempenho (como em altas temperaturas) com temperaturas menores de cura (ao invés de 140º C, por exemplo, 100º C ou mesmo 80º C)”, afirmou. Com temperaturas menores, gasta-se menos energia e portanto, no cômputo geral, acaba-se economizando. “O mercado de varejo em construção civil vem crescendo a olhos vistos, o que é muito bom para a economia, mas é preciso tomar cuidado com produtos que não atendem as normas indicadas para cada caso”, disse Marques, da Sika.

46

PR

REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

divulgação cfnewsads

Propriedades De forma geral, um bom adesivo precisa, além de colar com eficiência, ter boa durabilidade, tanto em condições de uso quanto com respeito a envelhecimento, e boa processabilidade e manuseio (ser fácil de aplicar). Além dessas propriedades relativamente óbvias, o adesivo precisa se comportar bem quanto a duas propriedades específicas que muitas vezes não aparecem de forma conjugada, mas concorrem entre si. Uma delas é a resistência ao cisalhamento, e outra é a resistência à clivagem. “Normalmente, quem busca uma resistência ao cisalhamento muito alta acaba especificando um adesivo com baixa resistência à clivagem, e vice-versa”, disse Alves, segundo o qual o trabalho do formulador é justamente equilibrar essas propriedades de modo a, no final, conseguir as duas propriedades, ao invés de privilegiar uma delas. “Claro que existem produtos que, propositalmente, favorecem ora a clivagem, ora o cisalhamento, mas o ideal, salvo uma ou outra exceção, é buscar formulações que cumpram ambas funções”, explicou. “Em construção civil, quando falamos de selantes para juntas, tratamos de elasticidade e módulos de deformação, ou seja, propriedades que definem o tipo de adesivo que pode ser aplicado em determinado tipo de junta”, disse Marques, da Sika.


Réplicas de alta qualidade com materiais tradicionais

Animais: réplicas perfeitas

A Construfibras (Vitória da Conquista, BA) destaca-se na fabricação de réplicas de animais em composites com excelente qualidade. Conheça o trabalho da empresa

Q

uem visita a cidade de Vitória da Conquista, na Bahia, cedo ou tarde se depara com réplicas de bois e animais da região que de tão perfeitos parecem estar vivos. Esses animais são fabricados lá mesmo, naquela cidade, na Construfibras, empresa que começou produzindo caixas d’aágua e que agora faz também peças sob encomenda para clientes da região e de fora que ficam poucos dias na empresa - são imediatamente entregues ao local de exposição.

PR

Construfibras

Início Bruna Brito Marinho, diretora da empresa, começou a trabalhar com composites em 1996 quando, por necessidade, precisou aprender a produzir caixas d´água. “No início, tínhamos clientes específicos, em especial no mercado de materiais de construção”, disse. “Hoje atendemos também fazendeiros, hotéis, construtoras, lojas de artesanatos, etc.”. Com um galpão de 230 m2 e área externa de 700 m2, a empresa faz uso, na construção das réplicas de animais, de uma grande quantidade de moldes, alguns de criação própria, feitos de gesso, argila, silicone e outros materiais. “Com 7 funcionários, 2 deles no escritório, um deles tem treinamento e responsabilidade para todos os projetos, Capricho: detalhes relevantes do preparo à fabricação”, explicou Bruna.

47

Material A empresária disse haver optado pelos composites pelo fato de não haver outro material com tanta resistência, acabamento e durabilidade como os composites. As peças são feitas de resina poliéster, reforços (manta, roving ou tecido), silicato de magnésio hidratado, carbonato de cálcio, peróxido de AAP (acetil acetona), pigmentos, cobalto, dióxido de titânio, etc. “Todos os materiais são facilmente encontrados, em lojas como a da VI Fiberglass (Salvador, BA). “Não usamos materiais exclusivos, a exclusividade está no acabamento”, disse a empresária. A fabricação das peças se dá da forma tradicional, preparando o molde num ambiente limpo e sem poeira, passando desmoldante semipermanente e gelcoat, esperando um tempo para secagem para então laminar com fibra de vidro e resina.

Satisfação “O maior prêmio que recebemos é a satisfação de nossos clientes, que elogiam, indicam e adquirem novamente nossas peças, todas elas feitas por encomenda”, disse. “Quase não temos estoque, porque tudo que produzimos é imediatamente vendido”. Os bois e cavalos produzidos pela empresa são em tamanho real, com a cor da pelagem desejada pelo cliente.

Construfibras

CASE


EPÓXI

Moldes:

vantagens comparativas e aprimoramento tecnológico Baixa contração, rigidez, estabilidade dimensional, durabilidade. As principais características que tornam a resina epóxi indicada para peças em composites são também fundamentais para justificar o seu uso em moldes. Conheça algumas particularidades desse uso

N

ão tão comuns no mercado quanto os moldes em resina poliéster insaturado, material que ainda domina o setor dos moldadores de peças em composites e outros materiais plásticos e siliconados, os moldes em epóxi possuem características que se destacam em relação a moldes de outras resinas. “As resinas epóxi são as mais adequadas, dentre as várias opções de resinas para moldes, pelas suas propriedades mecânicas, baixa expansão térmica e capacidade de resistir a temperaturas mais elevadas”, afirmou Cristina Alziati, cientista pesquisadora sênior da Dow Brasil (São Paulo, SP). “A resina epóxi tem sido largamente utilizada para confecção de moldes por causa de sua excelente estabilidade dimensional, baixa contração, resistência térmica e resistências química e mecânica”, disse Roberto Bereschiliare Jr., executivo do departamento comercial da Redelease (São Paulo, SP).

Propriedades “As principais vantagens do epóxi são sua baixa contração e maiores resistências química, mecânica e térmica”, disse

48

PR

REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

Clóvis Sakamoto, diretor da Silaex (São Paulo, SP). “Além da resistência, o grau de retração linear da resina epóxi é praticamente zero, além de ela ser eleve e aderir fortemente a diversos materiais”, afirmou Sérgio Yamada, diretor proprietário da Willy Kye Moldes Art (Suzano, SP). “Outra grande vantagem dos moldes em epóxi é a praticidade e facilidade de uso de seus sistemas na confecção dos moldes”, afirmou Breschiliare Jr., da Redelease. “Outro aspecto interessante é que, em alguns casos, é até possível melhorar algumas das características dos moldes em epóxi, por meio da modificação do endurecedor, de usar outro material de enchimento e de mudar até a carga mineral da formulação”, disse ele, citando vários exemplos possíveis de endurecedores ou agentes de cura: poliamidas, poliaminoamidas, aminas alifáticas, cicloalifáticas e aromáticas, adutos de aminas, anidridos, polimercaptanas e polissulfetos. “O que normalmente diferencia as formulações de resinas epóxi para molde são o tipo de endurecedor (com maior tenacidade, baixa exotermia de reação e baixa contração), e as cargas minerais ou metálicas acrescidas ao sistema, como o pó de quartzo (boa dureza superficial) e de alumínio (ótima troca de calor), o carbureto de silício (alta resistência abrasiva),


Soluções em alta performance Família ViPro Uma excelente solução custo-performance para materiais composites de alta performance

Com alta resistência e alto módulo, a fibra de vidro ViPro atende diversos mercados e aplicações como pás eólicas, vasos de alta pressão, pultrudados, entre várias outras.

Características adicionais:  É álcali-livre  Atende a norma ISSO 2087 (categoria R glass)  Apresenta avanços em relação ao ponto de amolecimento Comparativo com o vidro E tradicional:  Resistência 25% maior  Módulo 25% maior  Ponto de amolecimento 80% maior  Melhores propriedades mecânicas JUSHI GROUP (BZ) SINOSIA COMPÓSITOS MATERIAIS Fone: (55) 19 3878-1033 Fax: (55) 19 3878-2933 www.jushisinosia.com.br Email: info@jushisinosia.com.br


EPÓXI o PTFE (resistência à abrasão por deslizamento), os óxidos metálicos (boa condução térmica com rigidez dielétrica), as nanopartículas, o algamatolito (ótimo em trabalhabilidade) e as fibras de vidro (resistência à flexão)”, disse Sakamoto, da Silaex.

Maxepoxi. “Os processos de fabricação dos moldes podem ser laminação, fundição, injeção ou prensagem, mas o fato é que, por ser o epóxi mais técnico que o poliéster, nem todo modelador sabe ou gosta de trabalhar com ele”, salientou Sakamoto. “Hoje em dia é bem simples fabricar moldes com o material. É fácil encontrar vídeos com exemplos circulando na internet”, afirmou Yamada, da Willy Kye.

Moldes metálicos As propriedades do epóxi fazem com que os moldes em epóxi ocupem um lugar interPeças variadas: versatilidade mediário entre moldes em resina poliéster e moldes metálicos. “Comparados a moldes em epóxi, os moldes metálicos sofrem menor desgaste em geral e suportam temperaturas e pressões mais elevadas, mas dilatam mais, termicamente falando, e são muito mais caros”, disse Alziati, da Dow Brasil. “Comparado a um molde em epóxi com carga de alumínio granulado, um molde em alumínio fundido custa 2,5 vezes mais e pesa 50% mais. No caso do aço, o custo pode chegar a 10 vezes mais, pesando 4 vezes mais”, afirmou Breschiliare Jr. “O fato porém é que, comparado a molde em poliéster, o molde em epóxi custa 30% a mais. Mas antes de mais nada é preciso levar em conta a estabilidade dimensional, a baixa contração e a quantidade de peças moldadas até atingir a fadiga do material. Nesse sentido, o epóxi fica em grande vantagem”, afirmou. “Os moldes em epóxi sofrem concorrência dos metais principalmente devido ao desconhecimento de seu excelente potencial produtivo e superior custo-benefício em inúmeras aplicações”, afirmou Aparecido Lelis, vendedor técnico da Maxepoxi (São Paulo, SP). Conclui-se que, em linhas gerais, os moldes em epóxi ocupam um lugar intermediário entre moldes de poliéster e moldes metálicos (como aço e alumínio), possuindo vantagens, caso a caso.

Fabricação Os moldes em epóxi podem ser processados/ fabricados de diversas formas. “Normalmente, utilizam-se técnicas convencionais, como laminação manual e enchimento, mas com o avanço de técnicas como saco de vácuo e infusão, existe interesse, por muitos profissionais, em testas e implantar tais processos na fabricação de seus moldes”, afirmou Breschiliare Jr., da Redelease. “Ou seja, embora os processos de laminação manual e enchimento sejam amplamente difundidos, os demais vêm sendo testados e aplicados em pequena escala”, resumiu. “As resinas epóxi podem ser usadas em todos os processos de fabricação de moldes em materiais composites, como hand lay-up, spray-up, infusão, prepreg, etc.”, afirmou Alziati, da Dow Brasil. “Os treinamentos técnicos desenvolvidos há décadas pela antiga Ciba Geigy Divisão Polímeros, dentre outros players, orientou milhares de profissionais quanto aos métodos de fabricação dos moldes em epóxi, que se tornaram de amplo conhecimento”, disse Lélis, da

Os moldes em epóxi servem para uma ampla série de processos de fabricação de peças em composites – e também em outros materiais. “Os moldes em epóxi servem para fabricação de peças laminadas manualmente, por wet lay-up, fundição, infusão, RTM, RTM Light, injeção e vacuum forming (termoformagem), no caso de composites”, afirmou Breschiliare Jr., da Redelease. “Mas também podem servir para moldar matrizes poliméricas de poliuretano, poliéster, epóxi, borracha de silicone, lâminas ou chapas de ABS, PEAD, PP e PET por meio de vacuum forming, além de para estampar chapas de aço por compressão”, completou. “Esses são apenas os processos mais usuais, acrescentando-se a essa lista a injeção de termoplásticos em pequena escala e a fabricação de dispositivos industriais para aferição e controle, por exemplo”, afirmou Lelis, da Maxepoxi. “Protótipos, BMC, modelos pantográficos, elastômeros de poliuretano por fundição, ferramentaria, etc. também são processos possíveis, embora em alguns casos se apliquem restrições de tiragem devido à pressão e ao calor envolvidos no processo”, disse Sakamoto, da Silaex. “No caso dos moldes em epóxi para peças em borracha de silicone, sempre utilizamos carga mineral junto com a resina, o que diminui o custo e aumenta a resistência do molde, que não sofre deformação nem desgaste, durando consideravelmente”, afirmou Yamada, da Willy Kye, que indica o processo para fabricação de cópias fiéis em tiragens medianas sem problemas de contração.

Moldes de grandes dimensões Para moldes de grandes proporções, as resinas epóxi muitas vezes são as mais recomendadas. Como, por exemplo, no caso da fabricação de pás eólicas. “Os moldes para pás eólicas têm dimensões bastante extensas e tendem a ter espessuras maiores, sendo normalmente produzidas por infusão”, disse Alziati, da Dow Brasil. “Os sistemas epóxi usados na produção desses moldes devem ter viscosidade adequada para completarem todo o molde e devem ser escolhidos de forma a evitar que a reação de cura promova uma exotermia tal que provoque a queima das partes mais espessas”, afirmou, acrescentando que a versatilidade dessas resinas em reagirem com grande variedade de endurecedores permite encontrar as condições ideais para produção de moldes para esse tipo de peça. “Sistemas epóxi de última geração são oferecidos no mercado para esse setor (eólico) e não apenas para produzir

50

PR

REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

Processos de uso


EPÓXI moldes, se não também para fabricar as pás, peças diversas, protótipos e adesivos”, disse Lelis, da Maxepoxi. “No caso dos moldes, resinas modificadas conferem notáveis resistências a altas temperaturas”, concluiu. “O processo de fabricação das pás, normalmente impregnação por vácuo e em algumas partes até laminação manual, não foge dos moldes utilizados na fabricação de embarcações ou peças de grande dimensão em composites”, afirmou Sakamoto, da Silaex. “Um cuidado em especial com esse tipo de peça diz respeito aos desmoldantes usados, que precisam ser muito eficientes em função das grandes dimensões envolvidas”, explicou.

Novidades São diversos os fornecedores de resinas epóxi para moldes no país. Alguns deles fabricam as resinas localmente e outros as importam, mas em ambos os casos os endurecedores são importados. “Resinas modificadas, orientadas para o processo de infusão, conseguem conferir aos moldes uma notável resistência a altas temperaturas, algo que assume cada vez mais importância”, disse Lelis, da Maxepoxi. “Pesquisa desenvolvida por um importante player indicou que hoje é possível produzir sistemas de resina para aplicações industriais com conteúdo de base biológica superior a 80%”, afirmou Breschiliare Jr., da Redelease. “As principais novidades que surgem vão no sentido de variar o tipo de resina e endurecedor. Mas, seja como for, o mercado brasileiro caracteriza-se por ser muito conservador, sendo que tecnologias já antigas, como bisfenol F, novolacas de baixa viscosidade, diluentes bi

Moldes em epóxi: resistência térmica

PR

e tri funcionais para melhoria de fluidez e endurecedores com longo potlife, por exemplo, ainda não são muito usados”, disse Sakamoto, da Silaex. “Nós contamos com sistemas epóxi para confecção de moldes e peças com Tg de 200º C, novidade que busca atender a necessidade de elevada resistência térmica”, contou Lelis. “Alguns materiais novos começam a ser empregados em moldes. Um deles são as espumas de carbono, bastante interessantes por funcionarem como elemento de aquecimento. Outra novidade é o uso de prepregs de fibra de carbono picada, usados sob a forma de mantas que podem ser moldadas por hand lay-up. Neste caso, a resina usada é a bismaleimida (BMI)”, contou Alziati, da Dow Brasil. “Para quaisquer novidades, o custo e o foco do desenvolvedor serão fatores que determinarão a acessibilidade a elas”, salientou Breschiliare Jr. “Seja como for, o principal mercado atendido por esse tipo de novidade é mesmo o automotivo”.

51

m A RÇ O • a B R I L 2 01 3


AERONÁUTICA

Engineering capacity

Uso intensivo, carência de informações e novas tecnologias

Componentes aeronáuticos: características aprimoradas dos componentes

Enquanto o uso de materiais composites no mercado aeronáutico cresce a olhos vistos, com investimentos em máquinas e aprimoramento de processos, a carência de informações sobre novas tecnologias e a insegurança de apostar em materiais com falta de mão de obra qualificada ainda dificultam o trabalho do transformador. Confira

U

m dos mercados em que os composites aparecem com maior destaque, principalmente em função de sua leveza e resistências mecânicas diferenciadas, é sem dúvida o mercado aeronáutico. Indicados para aeronaves de pequeno porte e acrobáticas assim como de médio e grande portes, os materiais composites poderiam, contudo, ser ainda mais usados, a depender da disponibilidade de mais informações para os profissionais responsáveis por sua indicação e manuseio. “O Brasil tem um dos menores consumos per capita de composites no mundo para a faixa de renda relativa ao mercado aeronáutico”, disse James Waterhouse, diretor da Aeroalcool (Franca, SP). “Isso é decorrência da falta de conhecimento técnico do potencial desses materiais. No mercado de aeronaves leves, isso não é diferente”.

“Os fabricantes brasileiros de aeronaves que utilizam materiais composites ainda são poucos: atualmente, podemos contar com uma dezena deles”, afirmou Pepe Garrido, diretor da Aeropepe (Recife, PE). “Apesar disso, acredito ser inexorável a tendência de crescimento da aeronáutica em relação aos materiais composites”, completou, salientando que, em linhas gerais, o país ainda é consumidor, em sua maioria, de produtos aeronáuticos de origem estrangeira. “Isso assim se dá, seja na fabricação de aeronaves com tecnologia importada, seja em termos de aviação geral, indo desde a categoria leve até a de grande porte”, disse Garrido. “A maioria dos pequenos fabricantes tem pouco domínio da tecnologia de composites, e não consegue obter o potencial do material”,

52

PR

REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

Conhecimento


AERONÁUTICA

Aviação leve: mercado em expansão

afirmou Waterhouse, da Aeroálcool, destacando que os aviões em geral consomem pouco desse material, o que, somado ao fato de os distribuidores não venderem “picado” (em pequenas quantidades) e à falta de conhecimento técnico, torna às vezes o composite um risco para os pequenos fabricantes.

Mercado “A grande maioria das aeronaves leves fabricadas no Brasil é montada por empresas de porte médio estabe-

lecidas no mercado há pelo menos dez anos”, afirmou Hugo Silveira, diretor da Aerobravo (Belo Horizonte, MG). “Empresas novas têm dificuldade de entrar devido às estritas exigências dos órgãos governamentais e pelo fato de toda a matéria-prima e os equipamentos aeronáuticos não existirem no país”, disse Silveira. “Ou seja, a indústria aeronáutica, como outros mercados, convive com extremas dificuldades de logística e burocracia para importação e exportação, dentre eles, de materiais composites”, completou. “Na aviação leve, são poucas as empresas que possuem próprio a concorrer com o mercado internacional instalado, e existe uma tendência de se formar empresas montadoras de conjuntos de montagem importados para aeronaves acrobáticas ou semiacrobáticas”, afirmou Garrido, da Aeropepe. “Por outro lado, existe carência de tecnologia no país em diversos setores que alimentam a fabricação de aeronaves, dentre eles a aquisição de novas tecnologias e de equipamentos do exterior”, comentou, destacando porém que com a profissionalização da aviação leve, o desenvolvimento de projetos vem trazendo investidores com mais recursos ao mercado, aumentando o volume de capital disponível. “O mercado nacional é dividido entre a Embraer, enorme consumidora, e pequenas indústrias. Mas, com a decisão do governo de fomentar a cadeia de defesa nacional, o quadro deve sofrer alterações, pois historicamente o setor militar é grande usuário de composites”, afirmou Waterhouse. “O uso de mão de obra vinda do meio militar também é fato”, notou Garrido.

+55.19.3515-5500


AERONÁUTICA Utilização

ponentes”, afirmou Waterhouse. “Avançando bastante, diria que a viabilização de novos plásticos termofixos, com elevada tenacidade, baixa contração e baixa viscosidade vem fazendo com que os processos de RTM e infusão ocupem parte do mercado ocupado pelo prepreg autoclavado”, afirmou o profissional, para quem o fiber placement, processo que utiliza robô e permite produção de peças de alta qualidade, é um passo pequeno no caminho do domínio tecnológico completo no setor. “Creio que o fiber placement vá perder terreno para a infusão, e a tecnologia de consolidar peças menores, fabricadas por meio de processos diferentes, para consolidar uma peça maior por meio de infusão e/ou prepreg seja uma tendência para o futuro”.

O uso de composites em aeronaves depende de cada caso. “Nosso uso de composites de fibra de vidro ocorre essencialmente em peças de acabamento”, afirmou Silveira, da Aerobravo. “Peças mais arredondadas, ainda de acabamento, acabam sendo laminadas, assim como portas e capô, por exemplo”. “A utilização de materiais composites na aviação foi difundida no Brasil a partir de exemplos trazidos do exterior. Nesses países, a aviação teve precursores desde os anos 70, que investiram em técnicas, processos e materiais, ocorrendo desenvolvimentos junto a centros de pesquisa e fabricantes de produtos químicos. Um destaque é a Alemanha”, disse Garrido, da Aeropepe. “No nosso caso, o nosso aeroplano, o Flamingo, é essencialmente composto por tecidos de fibra de vidro, espuma de núcleo (PVC) e fibra de carbono, num projeto que já tem quase 20 anos”, explicou. “Para aeronaves pequenas, existe uma tendência por um pequeno aumento nos composites. No tocante a aeronaves acrobáticas, o composite é muito interessante, mas o mercado ainda é muito pequeno no Brasil para justificar os custos de desenvolvimento de uma aeronave da categoria”, disse Waterhouse, da Aeroálcool. “Por outro lado, os processos de produção em aviões mais caros têm evoluído bastante, sempre em busca de redução de custo e aumento de tenacidade. As melhorias em termos de materiais composites ocorrem diariamente e não ano a ano”, afirmou.

Tendências

Ain online

O mercado aeronáutico vem passando por dificuldades no início de 2013, conforme dados publicados por empresas do setor. Mas, para o futuro, a perspectiva é animadora. “A demanda interna por pequenos aviões deve permanecer estável, dado que o setor é altamente regulamentado. Um problema é que o governo enxerga a aviação de pequeno porte como brinquedo de rico, o que desconsidera o enorme potencial desse mercado na complementação da matriz logística do país como um todo”, afirmou Waterhouse. “É premente a necessidade de criar mecanismos de apoio ao desenvolvimento e incentivo do setor”, afirmou Garrido, para quem a aviação

Processos

nrc

Qualquer interessado em entrar no mercado aeronáutico com peças em composites normalmente começa laminando as peças manualmente. Mas com o tempo ocorre uma especialização, em busca de peças com propriedades otimizadas. “Nós utilizamos diversos processos de moldagem, sendo a moldagem aberta apenas um deles. Nós usamos mais o vacuum bag, a infusão e a injeção”, disse Garrido, da Aeropepe. “Os processos de moldagem fechada apenas entraram no mercado aeroespacial aqui no Brasil. Mas acreditamos que haverá um grande avanço nesse sentido para determinados com-

Manuseio de composites: manual e automatizado

Componentes de aeronaves: leveza e desempenho

54

PR

REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

leve e de médio porte cumpririam um papel de destaque no transporte regional de pessoas. No caso dos composites, a evolução deve continuar sendo lenta. “Noto que as tecnologias de fora normalmente levam uma eternidade para chegar no Brasil. Nós, transformadores, precisamos insistir muito para conseguirmos acesso a novidades de processo”, afirmou Garrido. “O Brasil tem se consolidado como consumidor de composites de baixo desempenho (muitas vezes usando pouco do potencial do material). No caso aeronáutico, os composites de alto desempenho têm pouquíssimo uso”.


MATÉRIAS-PRIMAS

Materiais de núcleo: diversidade

Materiais que ficam entre duas faces mais densas e bem menos espessas de outros materiais, os materiais de núcleo ampliam aos poucos sua presença no mercado de composites, não ficando mais relegados a aplicações náuticas, aeronáuticas e aeroespaciais de alto rendimento. Veja como isso se dá

O

PR

s materiais sanduíche (ver texto na página 57, de autoria de Jorge Nasseh, da Barracuda Advanced Materials) utilizam, como núcleos, os chamados materiais de núcleo. Estes materiais, não tão comuns quanto os reforços tradicionais (fibra de vidro, de carbono e de aramida) e compostos de materiais diversos, dentre naturais até sintéticos, já são de amplo uso em mercados como o náutico e o aeronáutico, mas devido principalmente aos seus custos ainda não fazem parte da realidade da maioria dos transformadores de peças em composites. Mas isso pode estar mudando.

55

Tipos Os modelos de materiais de núcleo variam enormemente, sempre surgindo novos tipos com novos materiais. “De forma geral, os materiais de núcleo utilizados no mercado de composites são a madeira balsa, os materiais alveolares (tipo honeycomb ou colmeia), espumas e mantas e tecidos volumizados”, disse Manoel Almeida, diretor da DML Produtos Químicos (São Paulo, SP), distribuidora de diversos tipos de material de núcleo e outras matérias-primas que funcionam como acessório. “Todo material capaz de preencher espaços vazios no laminado pode ser considerado material de núcleo”, completou. “Os principais materiais de núcleo existentes no mercado são as espumas de PVC e PET e a madeira balsa, podendo também ser usado qualquer outro material, mas não conheço outros competitivos”, afirmou Gilmar Auter, diretor da Abcol (São Caetano do Sul, SP). divulgação composites manufacturing

foto Glare_honeycomb

Materiais de núcleo: variedade e mercado com maior demanda

Mercado náutico: amplo uso de materiais de núcleo

Propriedades As principais características proporcionadas pelos materiais de núcleo precisam conjugar leveza e rigidez, principalmente – as propriedades desejadas do material sanduíche. “A opção por produzir ou utilizar laminado tipo sanduíche, fazendo uso de materiais de núcleo, pode-se dar por esses fatores e outros também, tais como economia de mão de obra, facilidade de transporte e instalação, possibilidade de usar menos resina e até mesmo por dificuldades de processo, como alta exotermia, por exemplo”, afirmou Almeida. Note-se: o material de núcleo entra como mais um componente do material sanduíche, que pode ou não ser usado como substituto de laminados de maior espessura. “Os


foto Lignin ThermHex Wabe

MATÉRIAS-PRIMAS ção em materiais sanduíche. “Na última Feiplar, apresentamos duas novidades: o Guncore e o Spherestrand, que são, basicamente falando, um roving expandido e uma fita também expandida, para os processos de laminação manual e filament winding. Esses lançamentos foram inéditos”, afirmou Almeida. Mas sempre existem novidades por parte de outros fabricantes de matérias-primas. “Ocorre que, surpreendentemente ou não, os fabricantes brasileiros de peças (transformadores) são conservadores quando se trata de produto novo”, afirmou Auter. “Como exemplo, fabricantes de pás eólicas ao redor do mundo já migraram para peças feitas com material de núcleo de espuma de PET, mas os brasileiros resistem”.

Desempenho

ThermHex: novidade

polímeros expandidos para materiais de núcleo precisam conjugar também propriedades de resistência mecânica e principalmente a fadiga”, afirmou Auter. “A questão envolvendo os materiais de núcleo não é necessariamente o aumento do valor agregado e sim a vantagem da redução de peso”, completou.

Novidades Toda feira, no Brasil (a Feiplar) e no exterior, costuma ter entre suas atrações novos materiais de núcleo para aplica-

Seja como for, o uso de materiais de núcleo para compor materiais sanduíche exige o atendimento de critérios de desempenho. “A construção do laminado de tipo sanduíche exige o atendimento de resultados esperados pelo material de núcleo, seja eles em forma pura (sem reforço) ou reforçada (adicionando roving, mantas e tecidos de fibra de vidro ou de outras fibras)”, disse Almeida. “O pioneirismo muitas vezes cabe mais aos fabricantes de matérias-primas, que utilizam alguns clientes como laboratório. Quando o produto é introduzido no mercado já está, quase sempre, tecnicamente consolidado”, concluiu Auter.

Somos fabricantes de máquinas para produção de placas em composites Nossos produtos • Máquinas para produção de placas para iluminação • Máquinas para produção de calhas • Máquinas para produção de places com gel coat • Máquinas para produção de places planas • Máquinas para produção de placas em relevo • Máquinas para produção de placas em geral

Já produzimos por volta de 388 máquinas para mais de 15 países Entre em contato Fax: +86 335 3197666 Mobile: +86 18833505061 E-mails: songhecompany@hotmail.com e songhe000003@hotmail.com Endereço: Nº 2108,25-2Taiyangcheng, Qinhuangdao City, Hebei Province, China

www.songhe.cc


MATERIAIS DE NÚCLEO – INTERNACIONAL Maior relógio do mundo tem material de núcleo especial

Maior relógio do mundo: ponteiro de 23 m (minutos)

Inaugurada no começo de 2012, a torre de relógio Makkah (Meca, Arábia Saudita), a segunda maior torre do mundo, com 607 m de altura, fez uso de materiais de núcleo especiais, assim como soluções em composites específicas, para a construção das estruturas superiores com os relógios, os letreiros luminosos e simbologia árabe diferenciada. Os relógios de 43 m em diâmetro e 23 m de comprimento para o ponteiro dos minutos têm ponteiros feitos em composites de fibra de carbono sob a forma de prepreg e núcleos estruturais em espuma T-Foam, da suíça Guri, que desenvolveu esses materiais originalmente para uso na fabricação de pás eólicas. A excelente relação rigidez-peso da combinação proporcionou excelentes propriedades mecânicas aos ponteiros, cujos materiais de núcleo caracterizaram-se por baixa absorção de resina.

para criar superfícies rígidas, suaves e duráveis, aumentar a vida útil do molde, acelerar os tempos de ciclo e reduzir custos. O produto reduz a força necessária de desmoldagem de peças acabadas e aumenta a resistência química resultante. O revestimento aparece em espessuras de 20 a 40 mícrons e retém a rugosidade e brilho da superfície. Já em termos de materiais de núcleo, a empresa apresentou seu novo Balsaflex Uvotec, uma tecnologia de captação de resina de baixo custo, composta de materiais balsa de nova geração para fabricação de materiais sanduíche mais leves e de menor custo. Segundo a empresa, o novo sistema reduz significativamente a quantidade de resina absorvida durante o processo de infusão sem comprometer as propriedades de adesivação da pele da peça. O sistema de captação Uvotec permite, aos usuários de Balsaflex, reduzir o peso das estruturas e o custo com materiais (redução de 1,3 kg em captação de resina por metro quadrado).

3A adquire 10 mil ha no Equador e expande suas plantações em 20%

Madeira balsa: plantações na América do Sul

A norte-americana 3A Composites (High Point, NC), fabricante de materiais de núcleo de madeira balsa e outros materiais para o setor de composites, aumentou em 20% suas plantações ao adquirir quase 10 mil ha de terra no Equador. A 3A domina todo o ciclo de produção da madeira balsa e pode garantir materiais de alta qualidade em alta quantidade para venda em todo o mundo.

Lançamentos em sistemas, revestimentos e materiais de núcleo

Material sanduíche para estações de ferrovia

Madeira balsa: absorção reduzida de resina

PR

A suíça Gurit lançou, na última JEC Composites, em Paris, diversos produtos para composites utilizados em conjunção com materiais de núcleo. Um deles foi o sistema de laminação em resina epóxi com retardante de chama Ampreg 31FR, especialmente formulado para atender a classificação BS476 Part 7 Class 1 FR, que dispnesa um revestimento secundário com retardante de chama. O tempo de trabalho do sistema é de seis horas, e ele pode ser usado em estruturas de pequeno a média porte em conjunção com estruturas maiores que usem Ampreg 21FR. O produto foi projetado para atribuir excelentes propriedades mecânicas e térmicas para ambas temperaturas de cura e pós-cura (50o C/ 120o C). Outro produto lançado pela empresa foi o revestimento de ferramentaria Ilatech, para moldes, desenvolvido em conjunto com a Ilag Industrielack,

57

A suíça Gurit e a Premier Composite Technologies (Dubai, Arábia Saudita) desenvolveram uma solução em painéis de composites para o teto de estações de trem para o projeto Haramain de ferrovia de alta velocidade. Os painéis, de grande comprimento, fazem uso de um sistema sanduíche que se compõe de um sistema laminado em resina epóxi com retardância a chama (Ampreg 21FR), um adesivo estrutural (Spabond 340LV) e dos núcleos em espuma de PET de célula fechada e estrutural com retardância a chama (G-PET 75FR e G-PET LITE). Antes da utilização, parte do teto (uma amostra) foi criada e submetida a testes que, dentre outras coisas, mediram a diferença entre as deflexões do material em comparação com o previsto no modelo de elementos finitos. Essa diferença foi de apenas 2%. A instalação dos painéis foi feita pela Premier Composite este ano.


MATERIAIS DE NÚCLEO – INTERNACIONAL Espuma de PVC de vários tipos especialmente para o mercado náutico

Prepreg é testado para ser curado no espaço A Gurit (Zurique, Suíça) desenvolveu um prepreg especial, de base epóxi e fibra de carbono, com base no produto de linha SE 70, para uso em condições estratosféricas, em que as temperaturas variam de -76o C a 32,5o C e a pressão alcança até 2.1 torr (0,028 bar) durante o vôo. A especificação do prepreg se deu em conjunto com um teste em que uma amostra do produto pesando 1 kg foi lançada de 40 km de altura por pára-quedas específico numa queda que levou 3 h. O teste final da amostra foi feita por Análise Mecânica Dinâmica em período de cura por três dias a 80o C. O resultado do teste foi a não constatação de diferença significativa nas temperaturas de transição vítrea (Tg) de amostras no solo, em vôo e refrigeradas. Isso significa que amostras não curadas do prepreg SE 70 podem ser desenvolvidas e armazenadas na estratosfera sem impacto negativo na fase de cura.

Cortiça como material de núcleo para estruturas sanduíche Uma equipe da Universidade de Delaware (Newark, DE, Estados Unidos) está pesquisando o uso da cortiça como solução ambientalmente amigável para materiais sanduíche para composites. Segundo Jonghwan Suhr, professor assistente do Cortiça: propriedades departamento de engenharia mecânica da naturais diferenciadas universidade e membro filiado ao Centro de Materiais Composites, a cortiça é um produto natural com propriedades como absorção de energia, dureza, leveza e resistência a impacto, além de ter características excelentes em termos vibracionais e de absorção acústica. “Além disso, a cortiça possui um arranjo celular que proporciona boas propriedades térmicas, assim como impermeabilidade a umidade”, disse.

Novos materiais de núcleo com ganhos em peso e absorção de resina A norte-americana 3A Composites (High Point, NC) lançou no mercado novos materiais de núcleo de marcas Airex e Baltek em variedades que oferecem diversas vantagens em peso e custo para aplicações sanduíche. A empresa desenvolveu uma nova tecnologia de selagem dos núcleos que permite uma redução na absorção de resina pelo material de núcleo de mais de 50% para seus modelos Airex T90 e T92 e de acima de 80% para seus núcleos de madeira balsa Baltek SB e SBC. Segundo a empresa, a depender do projeto essa vantagem pode constituir redução de custos com material de 15 a até 40%. A empresa também lançou núcleos em PET de baixa densidade orientados para aplicações em que o peso e o custo são primordiais (no mercado marítimo, por exemplo), com necessidade de atender certificações tipo DNV. Novos modelos ainda têm sido os Airex T92 SealX e T90 SealX, assim como a plataforma Baltek SealX.

Material de núcleo de madeira em prancha de ski na neve A norte-americana Jones Snowboards (Truckee, CA) lançou este ano sua nova série de pranchas de ski na neve, modelo 2013-2014, de marca Jones Ultracraft Splitboard. O grande diferencial dos novos modelos é o material de núcleo ultraleve de madeira, por cima e por baixo do qual são laminadas camadas de composite de fibra de carbono. Pesando apenas 5,5 libras (2,5 kg), o modelo Ultracraft 156 da empresa é 25% mais leve que o modelo Ultracraft Splitboard: atual, mantendo o formato e resistência. fibra de carbono com núcleo de madeira

Panel Systems distribui ThermHex na Inglaterra A inglesa Panel Systems (Sheffield) foi escolhida para distribuir nesse país o novo material colmeia ThermHex, de base em polipropileno, ThermHex: polipropileno indicado para uma ampla em forma de colmeia série de aplicações para material composite. ThermHex está disponível em diversas densidades de núcleo e espessuras de 3.5 mm a 30 mm. O tamanho padrão de uma lâmina em ThermHex é de 2500 mm x 1250 mm, podendo chegar a 6000 mm x 1400 mm. O produto pode ser adesivado a diversos materiais, dentre eles metais, plásticos, madeira, etc. O ThermHex, que também é bastante rígido e resistente a produtos químicos e umidade, é fabricado na Alemanha pela ThermHex Waben (Halle) e é 100% reciclável.

58

PR

REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

A SP-High Modulus, negócio náutico e marítimo da suíça Gurit (Zurique) vem lançando nos últimos anos diversos materais de núcleo especialmente para esse mercado. Um dos últimos desses materiais é a espuma de células fechadas PVCell G, uma espuma de PVC com ligações cruzadas que proporciona elevada relação resistência-peso para qualquer aplicação em composites. Outras características desse material de núcleo são: resistência química, baixa absorção de água e excelentes propriedades de isolamento térmico. A espuma PVCell G está disponível em uma ampla gama de densidades, dentre elas G60, G80, G100, G130 e G200, com todos os padrões de corte e de acabamento. A PVCell G é certificada pelo Germanishcer Lloyd (GL) (G60-G100), Det Norske Veritas (DNV), American Bureau of Shipping (ABS) e Registro Italiano Navale (RINA).


TEORIA DOS COMPOSITES

O sanduíche e a teoria sandwich Jorge Nasseh *

O sanduíche e os componentes de uma determinada estrutura sanduíche

H

PR

oje em dia, muitos laminados em materiais compostos (composites) são construídos baseados na Teoria de Sandwich, idealizada por Leonardo Da Vinci e aperfeiçoada por Galileo Galilei, a partir da derivação da teoria de flexão de vigas. Mas, certamente, a palavra “sandwich” ainda é bem mais comum nas mesas dos restaurantes do que nos materiais compostos. O sandwich, aquele tradicional (e quase sempre saboroso) alimento com duas ou mais fatias de pão com um recheio entre eles, nasceu em uma madrugada fria e chuvosa londrina, quando o inglês John Montagu, 4º Conde de Sandwich, após horas e horas disputando um jogo de cartas, pediu ao empregado um bom pedaço de roast beef entre duas fatias de pão. Deste modo, John Montagu poderia matar a fome sem ter de interromper o jogo, porque o pão evitaria com que a gordura da carne sujasse as mãos e, consequentemente, as cartas. Nascia assim — meio improvisado, é verdade —, o primeiro sanduíche da história. Bem longe da cozinha, porém, a teoria das construções sandwich (e dos materiais John Montagu, de núcleo sandwich) 4º Conde de foi formulada usando Sandwich o conceito da tensão

59

de cisalhamento em vigas. Na antiguidade não existiam peças de madeira com seção suficiente para suportar grandes pontes. A solução foi sobrepor varias tábuas de madeira fixadas com cavilhas transversais e, mais tarde, anéis de ferro forjado. Na prática, tanto as abraçadeiras de ferro quanto as cavilhas resistiam às tensões de cisalhamento no centro das vigas. Contudo, coube ao inglês Robert Hooke, o pai da engenharia estrutural, em 1680, sintetizar o conceito da proporcionalidade de tensões e deformações em vigas. Em seguida, os matemáticos Isaac Newton e Johann Bernoulli conseguiram associar o cálculo do equilíbrio de forças com as cargas de flexão e cisalhamento. Em meados do século 19, Leonhard Euler e Claude-Louis Navier finalmente escreveram a teoria de flexão de vigas, que deu origem à análise de Frederick Plantema e Dan Zenkert, em 1960, sobre os materiais e formulações das estruturas sandwich. A teoria das estruturas sandwich se baseia em 3 hipóteses: 1) A espessura da face do laminado é pelo menos 6 vezes menor que a espessura do material sandwich. 2) A densidade media do material sandwich é 10 vezes menor que a densidade das faces. 3) E finalmente o módulo de elasticidade do material sandwich é 30 vezes menor que o das faces. Caso alguma destas hipóteses não seja satisfeita a teoria das estruturas sandwich não se aplica. * CEO da Barracuda Composites (Rio de Janeiro, RJ)


PROCESSOS

RTM: origens, vantagens e aperfeiçoamentos para o futuro O processo RTM (Resin Transfer Molding) começou a aparecer no final dos anos 80 para substituir processos de moldagem aberta e proporcionar vantagens de produtividade e acabamento. Saiba a quantas ele anda hoje e os últimos aperfeiçoamentos

N

os idos da década de 80, o mercado de composites no Brasil era, praticamente em sua totalidade, dominado pela fabricação de peças por processos de moldagem aberta, como a laminação manual e o spray-up. Quem viveu essa época se lembra da novidade que causavam no mercado iniciativas para trazer sistemas mais eficientes e eficazes de moldagem fechada – que hoje respondem por uma importante fração do mercado. Uma dessas iniciativas iria gerar o inovador processo de RTM (Resin Transfer Molding ou Moldagem por Transferência de Resina). “O RTM é uma versão moderna de um velho método chamado ‘Método Marco’, desenvolvimento por I. Mustak, da Marco Chemical por volta dos anos 50”, informou Fernando Franco, da assistência técnica da Reichhold do Brasil (Mogi das Cruzes, SP). “Mas no Brasil os primeiros registros do processo datam do início dos anos 80, quando algumas empresas começaram a fazer uso de versões rudimentares desse processo, que foi aos poucos aprimorado”, completou. “O desenvolvimento do RTM foi puxado por pessoas que, nos anos 80 e 90, buscavam um processo alternativo aos de spray-up e hand lay-up com qualidade superior a eles”, afirmou Horst Peterhans, consultor da Mastergel (Joinville, SC) e da Ashland (Araçariguama, SP). “O processo RTM foi uma exigência do mercado por melhor qualidade, maiores quantidades por molde, espessuras constantes e repetibilidade das peças em composites que os processos manuais, ou seja, hand lay-up e spray-up, não permitiam”, disse Ricardo Sales, diretor geral da Inbrasp (Botucatu, SP). “Existiam também algumas pessoas preocupadas com os altos níveis de emissões e de sobras de processo derivadas dos processos de moldagem aberta”, completou Peterhans.

Conceito “O processo de RTM basicamente é a transferência de resina termofixa (e agora termoplástica) para um molde fechado

com reforços de fibra de vidro, carbono, aramida ou natural”, disse Gilmar Lima, diretor da MVC Inovação em Plásticos (São José dos Pinhais, PR). “O processo pode, claro, variar em termos de conceito de injeção e materiais utilizados, assim como permitir a transferência intermédio de baixa, média e alta pressão, vácuo ou mesmo a combinação de pressão e vácuo. Mas o RTM, geralmente falando, diz respeito a um sistema fechado de média pressão”. “O processo de RTM consiste em moldes macho/fêmea robustos (de aço, por exemplo) com controle de temperatura, sendo que a injeção da resina com a carga é feita em alta pressão com as mantas moldáveis ou pré-formadas incorporadas no molde”, disse Sales, da Inbrasp. “O sistema de fechamento precisa ser possante para atender à solicitação da pressão de injeção da resina”, completou. “O RTM funciona para tiragem média de peças e com moldes mais estruturados para suportar a pressão de injeção”, afirmou Franco, da Reichhold.

Origens Para Lima, o conceito do RTM foi gerado pelo processo de injeção a frio que usa dois tanques de pressão, um com polímero com catalisador e o outro com o acelerado. “Por ser um processo inseguro e com pouca repetibilidade, surgiu o RTM. Como no início o processo utilizava somente médias pressões, moldes pesados e matérias-primas inadequadas, foi difícil viabilizá-lo”, disse, salientando que na época o processo só era viável para aplicações que pudessem gerar um volume acima de 3 mil peças/ano e que mantivessem o modelo por mais de cinco anos. Quanto às pressões e moldes exigidos, Lima garante que hoje não faz mais sentido usar o RTM de média pressão com moldes mais pesados. “Há também o RTM de alta pressão, utilizado para produzir peças para a indústria automotiva e aeroespacial com fibra de carbono, mas aqui o conceito e processos são outros”, explicou.

60

PR

REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

RTM: processo amadurecido


PROCESSOS “O maior obstáculo para sua adoção foi a alta pressão de injeção da resina, o que exigia moldes pesados e complicados quanto a fechamento e manuseio”, afirmou Sales. “O RTM usa, como reforço, manta espePeças em RTM: alta produção cífica com núcleo que facilita o fluxo da resina de acordo com o formato do molde. Já a resina precisa ser reativa e de baixa viscosidade para permitir a adição de cargas minerais e cura rápida”, disse Franco, da Reichhold.

RTM Light Mal foi adotado no país nessa época, o RTM continuou sua marcha de evolução, e ela levou a alguns processos dele derivados, como o RTM Light, processo de transferência que utiliza pressões bem menores que as habituais no RTM e que por isso exige moldes menos robustos e portanto mais econômicos. “O RTM Light tem as qualificações necessárias para fabricar produtos adequados a um custo competitivo, dados os custos menores de processo para produzir peças com as mesmas características de processos similares”, disse Peterhans, da Mastergel e Ashland. “O RTM é para ‘baixa’ produção, ou seja, mais ou menos 2,5 mil peças por molde, sendo o macho mais leve e com a peça com acabamento dos dois lados”, afirmou Sales. “O RTM Light é a evolução do RTM, podendo com ele produzir qualquer peça que atenda os requisitos de ambos processos”, disse Franco. “O RTM é um processo que funciona muito bem, mas que com a entrada da tecnologia de RTM Light, ou seja, de baixa pressão e com custos de investimentos inferiores, acabou sendo muito pouco utilizado no Brasil e no mundo”, afirmou Lima, da MVC, segundo o qual em RTM Light o que muda é o conceito de injeção. “No RTM Light, a injeção é pelas periferias com auxílio de vácuo, enquanto no RTM convencional a injeção geralmente é central com nível de pressão mais alto e moldes mais robustos”, disse Lima, segundo o qual o mito de que o RTM Light não servia para peças de alto volume e espessura controlada se provou errado no momento em que a MVC conseguiu produzir 900 orelhões;dia e mais de 130 mil em oito meses.

Teor de vidro

PR

“O RTM Light trabalha com menor porcentagem de vidro, algo a que somos direcionados pela menor pressão de injeção necessária, mas isso não interfere negativamente nas propriedades mecânicas do processo”, explicou Peterhans. “O conteúdo de fibra de vidro com o RTM Light atende perfeitamente as necessidades da grande maioria dos produtos em composites, com boa qualidade superficial, conquistando o seu lugar entre os processos de moldes fechados”, disse, acrescentando que nos últimos 15 anos ele passou por grande aperfeiçoamento tecnológico.

61

Competição Concorrendo com o RTM e RTM Light, o SMC (Sheet Molding Compound) oferece vantagens mas também exige maior investimento. “O SMC é um processo de moldagem a quente e molde metálico, permitindo moldagem muito mais rápida que no RTM”, afirmou Franco, da Reichhold. “O SMC faz prensagem a quente e, se for viável em investimento, sempre possibilitará custos mais baixos em função da velocidade de processo e formulação”, afirmou Lima, da MVC. “O foco do SMC é ainda para altos volumes, mas com o desenvolvimento do SMC de baixa pressão este conceito também está mudando”, salientou. “O SMC é um processo de moldagem por compressão para altas produções, exigindo investimentos bem superiores nos moldes macho/fêmea de aço, aquecidos, com prensas específicas, controle de paralelismo e equipamentos para fabricação do composto (o Sheet) quando manufaturado na própria empresa”, afirmou Sales, da Inbrasp. Outros processos têm conceitos diversos do RTM. “Alguns fabricantes utilizam o sistema de moldagem a vácuo, em que se consegue acabamento similar ao RTM, mas o processo é diferente”, disse Franco.

Cuidados de produção Franco elenca diversas observações a levar em conta ao produzir peças em RTM. Algumas delas: prever raios de curvatura internos mínimos de 5 mm, ângulos de saída de 2 a 3º, espessuras mínimas de 2,5 mm, espessuras mínimas para estruturas tipo sanduíche ou aplicação de insertos de 1,5 mm e evitar variações de espessura (máximo admissível: 2:1) e nervuras, por causa de tensões localizadas e depressões no lado oposto da peça. “A área máxima para peças em RTM é de 10 m2”, disse Franco.

Evolução A MVC, de Lima, tem se destacado nos últimos anos por desenvolver novas versões do processo RTM. Algumas delas são: RTM-S, que mescla o RTM com o vácuo termoplástico para alcançar excelente superfície, tempos de processo reduzidos, linha produtiva mais limpa e peso reduzido; RTM-Skin, que usa conceitos do flex-molding com outros conceitos exclusivos da empresa, de forma a aumentar o teor de vidro e reduzir o tempo de processo, em especial comparado à infusão e moldes abertos; e o RTM-T, processo ainda sigiloso, em que o foco é redução do peso, qualidade de superfície, melhoria de desempenho e sustentabilidade. Já Peterhans apenas suspeita por que as empresas ainda insistem em usar moldes abertos. “Acredito que elas não saibam o quanto desperdiçam com sobras e variabilidade do processo, assim como o quanto poluem o meio ambiente”, disse. Mas nem todos encaram o panorama como favorável ao RTM. “Pelo que vemos, o processo RTM puro perdeu terreno nos últimos anos para processos que avançaram como o RTM Light, e não deve ter aumento significativo pelos transformadores”, afirmou Sales. “Mas uma coisa é certa: há uma tendência de maior uso dos processos de moldagem fechada”.


AUTOMOTIVO cdn rsportscars

Chassis de fibra de carbono

Murciélago: chassis metálico

Ausmotive

Aventador LP700-4: chassis em fibra de carbono por RTM

Parceria entre as duas empresas irá permitir a fabricação de peças de composites em processos mais produtivos para atender regulamentações ambientais

O

Aventador LP700-4, sucessor do Murciélago ansiosamente esperado, foi um dos destaques do Auto Show de Genebra. Desde então, ele tem ganhado um amplo reconhecimento no mercado, sendo a principal bandeira da Automobilo Lamborghini SpA na demonstração de chassis em fibra de carbono fazendo uso de sistema de resina Araldite, da Huntsman, no processo RTM (Resin Transfer Molding). A Lamborghini vem trabalhando com composites de fibra de carbono há 30 anos. A montadora é responsável pelo primeiro componente em fibra de carbono num carro de produção e pelo primeiro habitáculo em fibra de carbono para carro de corrida. De forma a atender regulamentações ambientais cerescentemente severas, a estratégia comporativa da Lamborghini está agora direcionada a aumentar a relação força-peso de seus carros, reduzindo o peso total e dessa forma reduzindo as emissões dos seus veículos. Para alcançar esse objetivo, a companhia identificou os composites de fibra de carbono com uma tecnologia chave. A empresa comprometeu-se a tornar-se um “Centro de Excelência” nessa tecnologia, promovendo a colaboração e desenvolvendo as melhores práticas de forma a maximizar o uso de materiais composites na produção de veículos, assim como a liderar o avanço tecnológico na área. Enquanto os composites tradicionais usados na indústria de carros esportivos de luxo utilizam costumeiramente materiais de prepreg derivados do mercado aeroespacial para cura em autoclave, entende-se agora que processos fora da autoclave proporcionam eficiência sem paralelo em termos de custo e de escala de produção, sem com isso afetar a performance e a qualidade das peças. Dentre esses processos, a Lamborghini vem se focando em processos de resinas líquidas (VaRTM e RTM), prepregs de cura em fornos, tecnologia de performance (entrelaçamento, tecidos de non-crimp e termoformagem) e moldagem por compressão avançada. O primeiro projeto a se originar da nova estratégia corporativa da empresa é o chassi de composites de fibra de

carbono do Aventador LP700-4. Projetado, desenvolvido e produzido nas fábricas da Lamborghini em Sant’Agata, na Bolonha, onde todos os carros com a distinta marca da empresa são fabricados, o chassi em fibra de carbono está para ser construído para outros futuros Lamborghini. A Lamborghini produz a maior parte do chassi como o apoio da Huntsman Advanced Materials, que proporcionou um sistema de resina Araldite especialmente adaptado para o RTM-Lambo da Lamborghini: uma técnica de processamento por RTM. O chassi do Aventador inclui também seções com espuma de epóxi, preenchendo o espaço necessário para criar formas sem introduzir camadas desnecessárias de fibra de carbono. A espuma também reduz os ruídos e as vibrações, assim como isolamento pesado faz num carro de chassi de metal. Para satisfazer todos os requisitos do RTM, a resina deve ter uma viscosidade muito baixa, suficiente pot lite e boas características de impregnação da fibra. Além disso, ela deve ser capaz de proporcionar as propriedades mecânicas requeridas para garantir a resistência e rigidez à torção do chassi. Sendo adaptada com uma específica orientação dos tecidos de carbono e com qualidade, a resina Araldite preenche todos esses requisitos. A completa célula do passageiro do Aventador, inclusive o teto, pesa apenas 147,5 kg. Esta leveza não compromete a rigidez – ao contrário, são requeridos 35,000 Nm (25,800 lb ft) de torque para torcer a célula em 1º. Comparativamente, o Murciélago, com seu chassi de metal, tem uma rigidez à torção estimada em 20,000 Nm por grau. Ao utilizar de forma efetiva os materiais composites de fibra de carbono, o Aventador é mais robusto que seu predecessor. Em combinação com a resina Araldite, a técnica “RTM-Lambo” cria um chassi que é leve, robusto e capaz de desenvolver as relações de força-peso destacas na estratégia corporativa da Lamborghini. Ela também oferece uma solução de custo efetivo para a produção continuada de partes estruturais com performances mecânicas e térmicas comparáveis a prepregs autoclavados.

62

PR

REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

n

rs i

ape

llp wa Hd


ENSINO

UFABC cria pós-graduação em Nanociências e Materiais Avançados A Universidade Federal do ABC (São Paulo), no seu programa interdisciplinar em Nanociências e Materiais Avançados, desenvolve pesquisas em materiais funcionais, polímeros e nanocomposites. Conheça detalhes dessas áreas

A

PR

UFABC – Universidade Federal do ABC (São Paulo) possui um programa de pós-graduação interdisciplinar na área de “Nanociências e Materiais Avançados”. Segundo Gustavo M. Dalpian, vice-reitor da instituição, as nanociências caracterizam-se pela interação entre diferentes áreas do conhecimento como a física, química, engenharia de materiais, biologia, medicina, farmácia, entre outras. Esta interdisciplinaridade permite aplicações nos mais diversos campos de atuação. Na UFABC há estudos sobre tintas funcionais para molas, blendas poliméricas, nanocomposites, interfaces/composites, corrosão, borracha e atuadores, análise de tensão residual em aço via DRX, motores flex, alumínio e ligas de alumínio, etc. “Há três linhas de pesquisa neste programa de pós-graduação: materiais funcionais, polímeros, e simulação e moldagem”, explicou Dalpian. Em termos de materiais funcionais, o professor Flávio Leandro de Souza, também da UFABC, exemplifica que é possível obter hidrogênio a partir de luz solar e H2O. A luz do sol tem energia suficiente para separar a molécula de H2O em hidrogênio (H2) e oxigênio (O2) por meio de um material na escala nanométrica que absorva essa irradiação. Processos fotoeletroquímicos imitam os processos de fotossíntese realizados pelas plantas. Combinar um material que absorva luz como óxido de ferro, H2O e luz solar é um dos grandes desafios para produção de energia limpa, economicamente viável e sustentável, sendo conhecida como fotossíntese artificial. Desde 1972, quando foi realizada a primeira tentativa de reproduzir artificialmente a fotossíntese, essa metodologia tem sido considerada como o Santo Graal no campo energia. Na linha dos polímeros, os polímeros eletroativos são materiais composites que modificam a forma e/ou dimensão em resposta a um estímulo elétrico. O aluno

63

de doutorado Laos Hirano, sob orientação do Professor Carlos Scuracchio, tem investigado os mecanismos responsáveis pela geração dos movimentos destes materiais, visando substituir dispositivos de acionamento de movimentos tradicionais Nanotubos de carbono: pesquisas (compostos de motor, em andamento engrenagens e juntas) na integração de dispositivos mecatrônicos leves, flexíveis e que realizam movimentos suaves. Também podem ser utilizados como sensor de deformação. Há, ainda, os nanocomposites que, segundo o Prof. Danilo Carastan, são materiais compostos por matriz polimérica (plásticos, borrachas, fibras, filmes) e partículas com dimensões nanométricas (< 100 nm). As nanopartículas podem ter formas e propriedades variadas: nanoesferas de sílica, nanotubos de carbono e nanoargila em camadas. Os nanocomposites permitem o aumento do controle da estrutura dos materiais a partir de processamento, modificações químicas, interações entre partículas e matriz. A UFABC é credenciada na rede de laboratórios do MCTI – Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o Sistema de Laboratórios em Nanotecnologia (SisNano), tendo acesso prioritário a financiamentos do governo federal . Além disso, mantém convênio com inúmeras empresas.

Mais informações - www.ufabc.edu.br


Ações para atender demandas por informação e treinamento

Potter logistics

DISTRIBUIÇÃO

Distribuição: acompanhando o crescimento do mercado

Processos de moldagem fechada. Estoques locais. A importância do bom atendimento. As atividades de distribuição de matérias-primas, equipamentos e acessórios para composites passam por uma crescente profissionalização e especialização. Confira

O

Luís, MA”, disse. “Fazemos treinamento constante a grupos de clientes, e também individualmente, caso a caso, ensinando a eles todas as etapas do processo que irá utilizar”, informou Carbone, da Maxepoxi. “Mesmo nas regiões com tecnologias mais avançadas, como Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a carência de informações é ainda muito grande, imagine no Norte e Nordeste”, afirmou Fábio Golzi, diretor da Polglass (Ribeirão Preto, SP)

projeto, desenvolvimento e fabricação de peças em materiais composites necessariamente passa pela fase de distribuição, seja qual for a matéria-prima ou processo envolvido. Nos últimos anos, essa atividade tem sofrido o efeito da crescente especialização das empresas envolvidas, dos processos utilizados e da necessidade por um atendimento mais próximo e profissional. “Há falta de informações para o uso correto de produtos, acessórios e equipamentos”, disse Américo Potenza, diretor da VI Fiberglass (Guarulhos, SP). “Há também deficiências no mercado no que diz respeito à aplicação de produto, armazenagem e segurança”, completou. “Regra geral, nossos clientes enfrentam problemas devido à falta de conhecimento técnico sobre os materiais composites”, afirmou Luiz Carbone, gerente técnico e de vendas da Maxepoxi (São Paulo, SP). “Nessas situações, a atitude só pode ser uma: dar todas as orientações, treinamento e trabalho de pós-venda para averiguação e correção de detalhes técnicos, até que todo o conhecimento seja absorvido pelo cliente”.

Processos

64

PR

REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

Cenblog

Informação continuada Mas a necessidade de informações técnicas não é apenas uma ocorrência pontual, que pode dificultar a venda de materiais e a fabricação de peças isoladas. “O treinamento é sempre uma atividade chave, e sou testemunha do resultado, sempre eficiente”, disse Sérgio Mastrorosa, diretor da Technogell (São Paulo, SP). “Nosso mercado tem um turnover (rotatividade) muito grande de pessoas, e os treinamentos precisam ser frequentes”. “Uma das características principais de nossa empresa é promover e ministrar palestras gratuitas a fim de compartilhar o conhecimento”, disse Potenza, da VI. “Apresentamos palestras até onde não possuímos filiais, como é o caso de São

O contínuo desenvolvimento do mercado tem motivado uma gradual e crescente mudança nos processos adotados pelos transformadores, e isso tem afetado a distribuição. “Filmes para bolsa de vácuo, telas desmoldantes, telas adesivas e os próprios sistemas epóxi eram importados até poucos anos atrás, mas hoje são comercializados por empresas locais”, disse Carbone. “Tudo isso graças ao crescimento do processo de infusão no mercado brasileiro, por meio da divulgação nos segmentos aeronáutico e náutico, principalmente”, completou, destacando também a nacionalização dos sistemas epóxi. “Gradativamente os transformadores buscam melhoras em seus processos e com a isso a necessidade de novos materiais gera novas oportunidades para o setor de distribuição”, concordou Golzi, da Polglass. “Para ajudar nesse sentido, as visitas técnicas nas fábricas dos transformadores é uma Transporte: agilidade necessária prática bem eficiente”.


DISTRIBUIÇÃO Jipocar

“O mercado de composites tem muito ainda a ser explorado. Vemos que todos os segmentos têm tomado rumos de crescimento e com isso temos a visão de que ainda há muito a ser trabalhado”, disse Potenza.

Estoque local A enorme extensão territorial do Brasil é um fator que muitas vezes complica o trabalho de distribuição. Para ajudar a solucionar eventuais problemas, o estoque local é uma ação cada vez mais solicitada às distribuidoras. “Uma forte tendência entre as empresas de distribuição é sem dúvida no sentido de estoque local, dado que o transformador normalmente conta com o estoque do distribuidor com extensão do próprio”, disse Golzi. “Mas essa ação vem normalmente acompanhada pela necessidade de atendimento capacitado, pois muitas vezes enviar representantes para solucionar problemas acaba sendo inviável”. “Em algumas regiões do Brasil, estabelecemos parcerias visando atender a demanda local pelos materiais composites. Cito, por exemplo, o Estado de Pernambuco, onde acabaram se instalando várias empresas de composites, com o advento do porto de Suape”, afirmou Carbone. “No geral, uma região de grande destaque ultimamente tem sido o Vale do Paraíba, onde se concentram várias empresas terceirizadas e produtores do segmento aeronáutico”, destacou. “Nos últimos anos, nossa empresa tem feito inúmeros investimentos independente da região”, afirmou Potenza, da VI Fiberglass. “Estamos fazendo levantamentos para verificar a possibilidade de abertura de outras unidades nas regiões mais deficientes em distribuição”, concluiu.

Matérias-primas: necessidade de estarem ao alcance do transformador

Tendências Uma tendência para o futuro é o atendimento aos transformadores por meio de painéis ou apresentações técnicas. “O constante atendimento técnico é um serviço muito útil para os clientes, o mesmo se dando na atualização dos websites, de forma que ele também seja uma ferramenta técnica de apoio para os segmentos de tooling e composites”, disse Carbone. “Fazer apresentações setoriais de forma regional é um tipo de ação mais racional e produtiva”. “As demandas regem as ações da distribuição, o que significa que as novas alternativas podem e em alguns casos devem nortear as aplicações”, disse Mastrorosa, da Technogell. “A questão ambiental coloca muito em evidência o desenvolvimento de produtos diferenciados em relação aos existentes no mercado”, disse Potenza. “Um exemplo são os solventes à base de água biodegradável, em substituição aos de base solvente, muito agressivos ao meio ambiente”.

Notícias para veículos de comunicação Novidades sobre aplicações em composites, poliuretano e plásticos de engenharia são enviadas para diversos veículos de comunicação

Se sua empresa fabrica peças em poliuretano, pode contar com este serviço gratuito de assessoria de imprensa. Basta entrar em contato conosco para que nossa equipe divulgue seus produtos para diversas revistas, jornais, sites e outros tipos de mídias.

Conheça melhor este serviço gratuito

www.noticiascpp.com.br Realização

Contatos:

(11) 2899-6381

jornalista@artsim.com.br


ENTREVISTA PONTO DE VISTA

Perspectivas para o mercado de fibra de carbono no Brasil Rodrigo Berardine*

O

mercado de fibra de carbono no Brasil está passando por um agressivo processo de expansão, graças a novas aplicações sendo desenvolvidas nos segmentos de energia eólica, óleo e gás e transporte. Analisando as importações de fibra de carbono e de reforços de fibra de carbono, nota-se que o mercado em 2008 era de 190 toneladas. Em 2012, o mercado passou a ser de 3600 toneladas (referência: ALICEWEB). Sendo conhecidos os requisitos de conteúdo local no mercado de óleo e gás, existe uma forte atração para investimentos no país, que envolvem toda a cadeia de valor da tecnologia. A fibra de carbono será aplicada em diversos equipamentos de exploração de petróleo. Estes investimentos serão extremamente importantes para viabilizar a utilização do material também em outros nichos de mercado. A seguir, veja tendências de utilização da tecnologia nos principais mercados no Brasil e no cenário global:

Aeronáutico O mercado aeronáutico continuará sendo dirigido por performance e o aumento da utilização dos composites de fibra de carbono em aeronaves é notável. Este mercado requer o desenvolvimento de prepregs com características de Tg e resistência ao impacto cada vez mais elevadas. Processos automatizados de posicionamento dos reforços, como Automated Tape Laying e Automated Fiber Placement otimizam as estruturas e possibilitam redução de peso. Composites termoplásticos de alta Tg, como o PEEK e o PPS, serão cada vez mais explorados em virtude dos ciclos de processo de consolidação de componentes extremamente curtos.

Energia eólica O aumento do comprimento das pás eólicas, bem como aumento de demanda e a necessidade de se ter um perfeito alinhamento dos reforços, demanda o desenvolvimento de processos alternativos ao vacuum bagging de prepreg de fibra de carbono para fabricação de componentes estruturais. A pultrusão aparece como uma tecnologia alternativa de baixo custo para os futuros projetos de pás.

Óleo e gás Muitos equipamentos de exploração de petróleo como risers, umbilicais e mangotes são reforçados estruturalmente com perfis de aço. Os meios agressivos de trabalho destes equipamentos, em termos de resistência mecânica e química, motivam o desenvolvimento de reforços estruturais em material composite com características de módulo e resistência à tração elevados e de baixa densidade. Os composites de fibra de carbono desempenham um papel fundamental para este tipo de * Rodrigo Berardine, formado aplicação. em Engenharia de Materiais A fibra de carbono já é porcom ênfase em materiais tanto uma realidade no Brasil e é poliméricos, metálicos e um material estratégico para imcerâmicos pelo Centro portantes projetos de infraestruUniversitario Fundação Santo tura e transporte. A Toho Tenax André, é responsável por apresenta soluções tecnológicas marketing e desenvolvimento para todas as necessidades aqui de negócios na América do discutidas e está comprometida Sul pela empresa Toho Tenax (São Paulo, SP). com o desenvolvimento do mercado sul-americano.

66

PR

REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

Automotivo A forte tendência de redução do peso dos veículos impulsiona a utilização de materiais composites. A fabricação de componentes para veículos de produção em massa demanda tecnologia de processo com ciclos curtos de moldagem. Recentes avanços no desenvolvimento de composites termoplásticos permitem a fabricação de componentes de geometria complexa, e até mesmo de grandes dimensões, em ciclos de processo inferiores a 1 minuto. Os composites termoplásticos representam um canal importante para o início da utilização da fibra de carbono em veículos de produção em massa. Tanques de gás natural para veículos pesados, fabricados por processo de enrolamento filamentar de fibras de carbono de alta resistência à tração, estão disponíveis no mercado em escala produtiva.



Contribuindo para a sociedade na criação de tecnologia avançada inspirando novos valores em nossas vidas. Resinas Plásticas ABS, Toyolac® PA 6, 6.6 Amilan® PBT, Toraycon® PPS, Torelina® LCP, Siveras® POM, Kocetal®

Fibra de Carbono Torayca®

Transparent - ABS application

Toyolac® apllications

Automotive apllications

www.toray.com.br | tel/Fax: (55) 11 3171-0502

Avenida Paulista, 1048 - Conj. 71 - 7º andar - São Paulo - SP - Brasil - CEP 01310-100


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.