Revista Poliuretano Tecnologia & Aplicações Ed.45

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P u b l i c a ç ã o d a E d i t o r a d o A d m i n i s t r a d o r • A n o V I I I • N º 4 5 • j u n h o / j u l h o • 2 0 11 Uma publicação para os mercados da construção civil, automotivo, calçados, mineração, isolamentos térmico e acústico, refrigeração, moveleiro, entre outros

Isolamento térmico em barcos

Matérias-primas: novos agentes de expansão

Painel Infraestrutura 2011 w w w. f e i p u r. c o m . b r

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Revestimentos: pisos industriais

Isolamento térmico

Espuma semirrígida

w w w. t e c n o l o g i a d e m a t e r i a i s . c o m . b r

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ÍNDICE Seções 4 – Editorial • E-mails & Consultas • 8 – Info PU • 28 – Automotivo • 36 – Design • 46 - Inspira Mais • 50 - Investimentos

Matérias-primas

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Utilizados para aumentar a resistência ao fogo dos materiais que são inflamáveis, os retardantes de chamas têm como principal função, reduzir a probabilidade de combustão e a velocidade de propagação da chama em espumas flexíveis e rígidas. Confira

Envirocomfort Biz

Lanxess

Aditivos

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Elétrico

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Wikimedia

Pematec

Automotivo

Fabricados com espuma semirrígida e injetados em moldes de alumínio, com temperaturas que variam de 40 a 70º C, os quebrassóis possuem como principais especifi cações densidade e reatividade, que são definidas pelas montadoras. Acompanhe

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Aginsulation

BayerMaterialScience

A planta-piloto da Bayer entrará em funcionamento em Chempark Leverkusen para o julgamento do novo processo em uma escala técnica. A planta produz um precursor químico no qual o CO2 é incorporado e, em seguida, transformado em poliuretanos. Veja

TPU

A extrusão de tubos e cabos de poliuretano termoplástico (TPU) deve obedecer a parâmetros específicos de processamento e cuidados, que afetam de forma aguda o produto final. Confira em que consistem essas adaptações de processo e equipamentos

Devido às suas propriedades de extrema leveza, alta resistência mecânica e potencial de isolamento térmico, a espuma rígida de poliuretano é utilizada como material isolante e estruturante em embarcações de diversos tipos. Conheça mais a respeito

Painel Infraestrutura

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Divulgação

Plastics portalnet

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Muito utilizado como isolante térmico em baús e caminhões frigoríficos, o PU responde também por características estruturais nesses veículos e pode ser usado em forma de bloco ou injetado e com agentes de expansão cada vez mais modernos. Confira

Náutica

Mercado

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A correção do fator de potência, importante para qualquer local que não quer pagar pelo excedente de energia reativa e diminuir as perdas elétricas, é de responsabilidade dos chamados capacitores de potência. Saiba qual o papel do PU nos equipamentos

Isolamento térmico

Agência Brasil

Polipox

Revestimentos

Tradicionalmente, os revestimentos de pisos industriais no, Brasil, eram basicamente, base epóxi. Conheça as principais características e vantagens dos revestimentos base PU para pisos industriais, além das novidades e tendências para os próximos anos

Alavancados pela intensa procura por uma opção ao HCFC-141b como agente de expansão de espuma rígida de poliuretano, dois produtos irão se constituir como novas opções aos transformadores que procuram produtos competitivos de alta tecnologia. Veja

Impermeabilizantes, adesivos e selantes, pisos, proteção de concreto, juntas de dilatação e poliureia foram os tópicos apresentados pela Retaprene e Dow Brasil no Painel Tecnologias de Materiais para Construção e Manutenção de Estádios. Veja

Guia de Anunciantes Amino ....................................................... 9 Arinos...............................................4ª capa Blitz......................................................... 29 Congreso Sudamericano .......................... 47 Embrapol ................................................. 23 Evonik ..............................................12 e 13 Expo Construir ......................................... 39

Febrava .................................................... 37 Huntsman.........................................3ª capa Lubrizol ................................................... 26 Navalshore .............................................. 41 Painel Automotivo ................................... 36 Painel Construção Civil............................ 45 Painel Eletroeletrônico ............................. 23

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Petrotech ................................................. 27 Plastech ................................................... 49 PR3 ......................................................... 11 Prime....................................................... 17 Química Anastácio .................................. 15 SG Plásticos............................................. 29 Tecpur ....................................................... 7

j U N H O • j U L H O • 2011

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EDITORIAL Uma solução já tradicional Não é de hoje que o poliuretano mostra ser um dos materiais mais versáteis e econômicos do mercado. Isso porque suas características únicas tornam-no frequentemente a única opção de qualidade e custo adequado à disposição do transformador. Quem tem mais de trinta anos deve se lembrar do trambolho que eram os filtros de ar com carcaça metálica, usados tanto em automóveis quanto em ônibus, caminhões e outros veículos. Fazem algumas décadas que isso mudou. Qualquer proprietário de automóvel hoje identifica facilmente a espuma de cor alaranjada que veda, por exemplo, o filtro de ar do seu carro. Essa espuma é de poliuretano. De poliuretano é também a espuma que compõe os quebrassóis dos veículos. Essa espuma, semirrígida, é também velha companheira dos motoristas. O mesmo ocorre com a espuma rígida que compõe os baús frigoríficos que cruzam as estradas e avenidas de nossas cidades. Isolamento elétrico e proteção em capacitores. Beleza e resistência em pisos e revestimentos. Flexibilidade e resistência à abrasão e intempéries em tubos e cabos extrudados para diversos usos. Estruturação e isolamento térmico em embarcações. São infinitas as utilizações do poliuretano nos mais variados mercados. Você, leitor da Revista Poliuretano – Tecnologia & Aplicações, verá nesta edição essas e outras situações em que o PU é solução. Assim como resumos técnicos de diversas palestras apresentadas em Painéis organizados por nossa Editora. Boa leitura! Rodrigo Contrera Editor técnico

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E-MAILS & CONSULTAS www.artsim.com.br A Revista Poliuretano - Tecnologia & Aplicações é uma publicação da Editora do Administrador Ltda., uma empresa do Grupo ArtSim, distribuída para fornecedores de matérias-primas e equipamentos para o setor de poliuretano, fabricantes de peças em PU (transformadores) e indústrias usuárias

Diretora Executiva Simone Martins Souza (Mtb 027303) simone@artsim.com.br Jornalistas Rodrigo Contrera (editor técnico) Michelle Neves Marketing e Eventos Tamara Leite Representantes de Vendas Bernardo Nogales Hermas Braga Neto José Eduardo Machado Rosely Pinho Sueli Santiago Tabatha Magalhães Conselho Editorial Francisco Xavier Carvalho (Ibcom) Waldomiro Moreira (Elekeiroz) Antonio Carvalho (Reichhold) Ismael Corazza (Jushi) Marcio Sandri (Owens Corning) Administrativo/Financeiro Antonio Celso Altieri Karla Alessandra Vieira Circulação Cristiane Shirley Guimarães Internet André Tavares de Oliveira Projeto Gráfico, Diagramação Elisângela Souza Hiratsuka Marcelo Marcondes Marin Pré-impressão e impressão ArtSim Proj. Gráficos Ltda. - 11 3779-0270 www.artsim.com.br Tiragem 8.000 exemplares DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA: América do Sul

Editora do Administrador Ltda. Administração, Redação e Publicidade R. José Gonçalves, 96 05727-250 – São Paulo – SP PABX: (11)3779-0270 e-mail: consultoria@artsim.com.br www.tecnologiademateriais.com.br É proibida a reprodução total ou parcial de qualquer matéria desta publicação sem autorização prévia da Editora do Administrador. Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores. As opiniões expressas nestes artigos não são necessariamente adotadas pela Revista Poliuretano - Tecnologia & Aplicações. A Revista também não se responsabiliza pelo conteúdo divulgado nos anúncios, mesmo os informes publicitários. Circulação junho/julho de 2011 Capa Náutica: Captken Espuma semirrígida: Pematec Triangel Isolamento térmico: Huntsman Revestimentos: Polipox

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Gostaria de informações sobre quais empresas fazem revestimento de cilindros em PU? Décio Abrahão, Art Rubber, Goiânia, GO Em 1996 eu e meu colega Osvaldo Bolognes tivemos a oportunidade de trabalharmos em um projeto com o Álvaro Paupério, quando ele estava na Dow Química. Lí a entrevista com o Álvaro, na edição 44, da Revista Poliuretano Tecnologia & Aplicações sobre o lançamento do livro Poliuretano - Espumas Flexíveis e gostaria de obter o livro. Gostaria de saber como eu faço para comprar um exemplar deste livro? Valderi Cardoso, engenheiro da General Motors do Brasil

Veja os assuntos abordados no Tecnologia de Materiais on line. Para ler a notícia, acesse o site www.tecnologiademateriais.com.br e faça a consulta com o assunto indicado abaixo: Assunto Descritivo Calçadista Linha Opananken Duo Automotivo Nova planta da VW Tintas Com rendimento extra Energia eólica Aerogeradores com grupo espanhol Reciclagem PET entre finalistas do Green Best Energias renováveis América Latina reforça liderança mundial Laboratório Novo laboratório da Dow Coating Materials Esporte e lazer Tecnologia usada em bolas de golfe Construção civil Primeira casa fabricada com entulhos Embraer Abre primeira fábrica nos EUA Petroquímica Bacia de Campos Mercado Recorde de resultados em 2010 Brasilplast Realização de testes viscoelásticos Naval Concorrência da Marinha Isolamento térmico O dobro da performance Energia eólica Maior parque do Sudeste Calçadista Cipatex marca presença na Fimec 2011 Poliol PET micronizado de PU Automotivo Superesportivo híbrido Eventos Utech Europe 2012 Empresa Henkel anuncia vencedores

Estamos à procura de fornecedor de laminado de poliuretano com adição de fibras abrasivas como componente de item para limpeza a úmido. Arnaldo Mendes Procuro fabricantes de resinas de poliuretano para serviços de resinagem em etiquetas autoadesivas. Rosangela Lopes Milan, São Paulo, SP Tenho interesse em obter informações sobre a reciclagem de poliuretano. Trabalho em uma empresa que possui aparas e peças de poliuretano com um de seus resíduos e estou pesquisando a possibilidade de encaminhar esses materiais para alguma empresa. Samuel Fonseca Soube da Revista Poliuretano Tecnologia & Aplicações através de uma pesquisa na internet sobre cursos para fabricação de blocos em poliuretano para pranchas de surf. Como posso obter mais informações? José Quirino, ES Estou à procura de um tipo de material que seria elástico e rígido ao mesmo tempo. Gostaria de saber se vocês poderiam me ajudar? Henrique

Cartas

Twitter

consultoria@artsim.com.br ou fax: 55 (11) 2899-6395

PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

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Elastômeros para Mineração Há 19 anos no mercado, a Tecpur fabrica sistemas de poliuretano para vários segmentos, entre eles os elastômeros para indústria de mineração. Dispõe de vários tipos de resinas para o processo de fundição por moldagem e revestimentos de peças em poliuretano.

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INFO PU VerniZ BaSe pu antirriSco

eXpanSão no mercado de poliuretano

Montana Química

A Montana Química (São Paulo, SP) desenvolveu o verniz PU bicomponente antirrisco. O produto mantém os móveis em perfeito estado, inclusive aqueles que sofrem atrito intenso e desgaste produzido pelo movimento constante de objetos em sua superfície, O produto foi formulado para proteger independente de serem de e dar acabamento em tampos de mesas lâmina de madeira natural ou de madeira maciça. O verniz LGA 353 PU antirrisco tem brilho 30, toque acetinado e requer catalisador PU da série LNB, que atende aos padrões internacionais de segurança (com baixos teores de isocianato TDI livre). O produto pode ser aplicado à pistola e apresenta excelente padrão de alastramento e de transparência. Mais informações – www. montanaquimica.com.br

copolÍmero BaSe pet

A AirPlast (Mauá, SP) lançou o copolímero base PET TMCoppo, que tem a finalidade de dar suporte à espuma de poliuretano. Este novo produto traz, em parte de sua formulação, nanopartículas de PET, que conferem menor abrasividade, maior reatividade e melhor missibilidade ao produto final. Segundo a empresa, pode substituir 100% o copolímero convencional, com custo inferior. Mais informações – www.airplast.com.br

BaYer anuncia inVeStimentoS

A Bayer anunciou seus planos de investimentos para este ano. A empresa planeja investir 170 milhões de reais no país com o objetivo de fortalecer a atuação em Pesquisa & Desenvolvimento e a participação de suas fábricas no cenário internacional da companhia. A Bayer Brasil encerrou 2010 com vendas totais de 3,9 bilhões de reais e está entre os 5 maiores mercados para a empresa mundialmente de acordo com a base consolidada de dados da companhia. A Bayer MaterialScience alcançou vendas de 565 milhões de reais, o equivalente a 14% dos negócios do Grupo no mercado brasileiro. A divisão CropScience é atualmente o principal negócio da Bayer no país, com vendas de 2 bilhões de reais em 2010 (51% do total). Já na área de saúde, a Bayer HealthCare registrou vendas de 1,3 bilhão de reais no ano passado (correspondente a 35%). Os números de vendas correspondem aos resultados das empresas Bayer S.A. e Schering do Brasil Ltda. Para ler esta notícia completa acesse – www.tecnologiademateriais. com.br – Consulta – Empresas PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

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Prestes a completar 70 anos, a Química Anastácio (São Paulo, SP) investe cada vez mais na expansão no mercado de poliuretanos, com foco em especialidades. Por este motivo, a empresa introduziu em sua linha de produtos o Polurene M 75. Trata-se de um isocianato alifático utilizado nas formulações de resinas, principalmente em aplicação de pisos esportivos devido a sua propriedade reativa (menor reatividade do que os aromáticos) e à melhoria nas propriedades físicas do piso aplicado. Mais informações – www. quimicanastacio.com.br

Opananken

calçadoS para geStanteS

Emocional e física. Essas são algumas das mudanças que a mulher sofre durante a gravidez. Pensando em atender às necessidades das futuras mamães, a Opananken Antistress oferece a linha Palmilhas fabricadas com matérias-primas antialérgicas Eduarda gestantes, de calçados especial para gestantes. Além de não prejudicarem a coluna, os calçados dessa linha proporcionam conforto para os pés, que tendem a inchar ao longo do dia. Os calçados dessa linha proporcionam um calce perfeito aos pés, dando uma sensação de bem-estar e leveza ao caminhar. Ideais para qualquer ocasião, são fabricados com formas adequadas, palmilhas anatomicamente corretas e matérias-primas antialérgicas, que proporcionam maciez, flexibilidade e alta resistência. Isso tudo aliado à beleza, elegância e sofisticação do design da coleção. Para ler esta notícia completa acesse – www.tecnologiademateriais.com.br – Consulta - Calçados

HennecKe Funda SuBSidiária no BraSil

Para atender as demandas do mercado em crescimento e com o intuito de disponibilizar maior suporte técnico e aproximação dos clientes na região, o grupo Hennecke implementou no mês de junho uma filial da Hennecke em São Paulo. Com a filial Hennecke do Brasil, o foco estará voltado totalmente aos clientes e à estrutura de vendas. Dessa forma, a empresa disponibilizará o amplo portfólio de máquinas e linhas de produção para a fabricação de poliuretano de forma mais atraente para os clientes sul-americanos.

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INFO PU

produtoS ecologicamente corretoS

Cipatex

A Cipatex (Cerquilho, SP) anunciou as novidades na tecnologia aplicada em seus produtos. Trata-se do Coverline Eco, laminado de PVC produzido com plastificante de origem vegetal e substrato com fibras de garrafas PET recicladas, e do PorUs Acqua, produto em poProdutos desenvolvidos para a fabricação de calçados eco friendly liuretano fabricado com resina base água. Os dois novos materiais são destinados aos produtos da linha calçadista. O PorUs Acqua é um poliuretano espalmado e texturizado com resinas base água, que o torna econômica e ambientalmente sustentável para a produção de calçados eco friendly. A novidade foi desenvolvida, há dois anos, em conjunto com a Lanxess. Para ler esta notícia completa acesse www.tecnologiademateriais.com.br – Consulta – Calçados

HenKel aSSume Joint Venture purBond

A Henkel (Diadema, SP) assumiu a joint venture Purbond, com sede na Suíça. A marca Purbond será gerenciada no futuro como uma área de negócio e, assim, irá fortalecer o portfólio de produtos para construções de madeira. Isso inclui aplicações em apartamentos, complexos de piscinas de natação e pavilhões desportivos, assim como em pontes e usinas eólicas. O centro de competência da Purbond, em

PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

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treinamento SoBre eQuipamentoS doSadoreS de alta preSSão

A Mac Siscon do Brasil (São Paulo, SP) realizou, no mês de junho, o 1° ciclo de treinamento para clientes sobre equipamentos dosadores de alta pressão em seu novo centro, Capacitação de agentes de localizado em São manutenção e de processo Paulo, SP. Este treinamento tem o objetivo de capacitar os agentes de manutenção e de processo no tocante a equipamentos (dosadores de alta pressão) para a transformação de poliuretano. Neste primeiro ciclo, a empresa contou com a presença de representantes de empresas como Grammer, Moto Honda, Frisokar e BASF. O treinamento será frequente e a próxima turma está prevista para o mês de agosto. Mais informações – (11) 2201-3262.

uniFormeS em pu

Se há muito tempo entidades esportivas e patrocinadores têm tentado valorizar os corpos femininos com modelos mais ousados, parece que agora chegou a vez dos homens também ganharem roupas mais modernas e sensuais. O uso de O uso de PU em tecnologias recentes têm dado uma nova uniformes esportivos cara aos uniformes masculinos, e os atletas começam a se adaptar às novidades. A performance é o quesito mais importante na confecção dos produtos, mas a estética também é levada em conta. “Procuramos uma camisa que funcione em primeiro lugar, mas também que seja agradável no ponto de vista do design”, disse Paulo Ziliotto, gerente de comunicação da Adidas. A “desculpa” tecnológica do modelo bem sucedido da Adidas é o aumento da potência e da resistência do atleta com o uso de um tecido que comprima os músculos e de faixas de poliuretano. Para ler esta notícia completa acesse – www. tecnologiademateriais.com.br – Consulta – Esporte Adidas

A BASF construirá, na Europa, a maior planta de produção de TDI (tolueno diisocianato) do mundo. A planta terá capacidade de 300 mil t/ano e será totalmente integrada com a produção já existente. A fábrica ficará localizada em um dos sites da empresa na Antuérpia, Bélgica ou Ludwigshafen na Alemanha e começará a produção em 2014. “Esta nova fábrica irá complementar a nossa forte rede global integrada de instalações em escala mundial de TDI para suprir a demanda de nossos clientes a crescer. Esperamos que o mercado global TDI cresça mais rápido do que o PIB nos próximos anos, com forte contribuição da Europa Central e Oriental, Oriente Médio, África e América do Sul. Este crescimento é impulsionado pela urbanização contínua e crescente de padrões de vida”, disse Wayne T. Smith, presidente da divisão de poliuretanos da BASF. Para ler esta notícia completa acesse – www.tecnologiademateriais. com.br – Consulta – TDI

Sempach Station, na Suíça, com o seu desenvolvimento, tecnologia de aplicação e funções de vendas continuará operando da mesma maneira como anteriormente. Mais informações – www.henkel.com.br

Mac Siscon

noVa planta de tdi da BaSF

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PR3


INFO PU especialistas do setor de mineração

Metso

A primeira edição do Seminário Internacional de Tecnologias Metso para a Região Norte foi realizada em 7 de julho, no Hotel Crowne Plaza em Belém (Pará). O seminário reuniu mais de 100 profissionais e executivos do setor de mineração, atraindo também particiSoluções sustentáveis para o mercado de pantes de outras regiões mineração do Brasil. O evento apresentou soluções sustentáveis e inovadoras para os atuais desafios da indústria de mineração e teve como objetivo apresentar os resultados conquistados com a aplicação de avançadas tecnologias em produtos e serviços. Para os participantes, esta foi uma oportunidade de ganhar conhecimento e fortalecer parcerias. O Seminário contou com alguns dos mais importantes especialistas da Metso no mundo todo. Para ler esta notícia completa acesse – www.tecnologiademateriais.com.br – Consulta – Mineração

Cadeira em PU com design moderno

Criada pelos designers italianos Baldanzi e Novelli, e fabricada pela Flexform (Guarulhos, SP), a cadeira LED possui um único modelo de encosto para três tipos de acabamento, como tapeçada, tela estrutural flexível e o sistema Flex-PU, que proporciona agradável sensação de conforto e ventilação. A cadeira oferece a opção de colocar apoio de cabeça, em qualquer modelo, e possibilita, ainda, a inclinação sincronizada entre assento e encosto, apoia-braços com movimento ligado ao assento e Sistema Flex PU diversas regulagens, além de 11 posições de bloqueio, sistema anti-impacto do espaldar, recurso que ao destravar o encosto impede que o mesmo retorne de forma brusca contra o usuário e ajuste da tensão lateral. Possui sistema de rodízios espacial com rolamento duplo blindado e base polida de alumínio injetado de alta resistência. Mais informações – www.flexform.com.br

Flexform

Seminário Metso reuniu

Durante a FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR DE 2010, a PR3 do Brasil foi agraciada com o Prêmio Excelência 2010 de POLIURETANO, na Categoria:

FORNECEDOR DO ANO Fabricante

A Petroquímica Rio Terceiro é um dos principais produtores de TDI no Mercosul, que se distingue pela qualidade de seus produtos e serviços, além do cuidado especial com a cadeia de suprimentos. A PR3 do Brasil comercializa e distribui de forma eficiente TDI e Poliol em todo o território Brasileiro. A PR3 do Brasil agradece a todos que reconhecem o nível de qualidade de nossos serviços bem como a dedicação e profissionalismo que sempre dispomos aos nossos clientes. Obrigado e continuem contando conosco. PR3 do Brasil Ltda. – Rua Arizona, 1.349 – São Paulo – SP – Tels.: (11) 3488-1907 – (11) 3488-1919 InfoPU_PU45_01.indd 11 PR3_anuncio_ED ESP_1-2pg.indd 1

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ADITIVOS

Retardantes de chama para espumas flexíveis Utilizados para aumentar a resistência ao fogo dos materiais que são inerentemente inflamáveis, os retardantes de chamas têm como principal função, reduzir a probabilidade de combustão e a velocidade de propagação da chama em espumas flexíveis e rígidas. Confira os principais

Lanxess

retardantes, os requisitos ambientais e o mercado

“E

spera-se que um bom retardante de chamas gere pouca fumaça e gases tóxicos, seja de fácil incorporação, não corroa os equipamentos de processamento, não altere as propriedades de interesse do polímero tais como resistência mecânica, cor, aparência, estabilidade, tempo de pega, dentre outros, além de ter um bom custo benefício, e atingir os requisitos normativos de flamabilidade (NBR 9178, UL94, na categoria V0). O retardante deverá interferir quimicamente com o mecanismo de propagação da chama, produzir gases incombustíveis que reduzam o suprimento de O2, deverá formar uma camada protetora, que iniba a combustão e a redução do delta H. A superioridade do retardante de chama é demonstrada pelas características de excelente estabilidade térmica, baixos voláteis e baixo fogging (névoa), características que possibilitam que o retardante de chama possa ser incorporado em formulações de espuma com pouco ou nenhum efeito sobre o processo de espumação”, ressaltou Geraldo Fideles de Sousa, coordenador técnico da Polyorganic (São Paulo, SP).

“No Brasil, o motivo principal da predominância dos halógenos ainda é o custo. Uma grande parte dos clientes nacionais não está disposta a pagar por retardantes de chamas mais sofisticados”, enfatizou Fideles, da Polyorganic.

reTardaNTeS NÃo HaLoGeNadoS

reTardaNTeS HaLoGeNadoS

Considerados amigáveis ao meio ambiente e atóxicos, os retardantes de chama não halogenados (fosforados) são baseados em compostos de fósforos e, portanto, são isentos de moléculas de cloro ou bromo em sua formulação. “Utilizando-se retardantes de chama base fósforo e livres de halogênios, o mecanismo de atuação do produto é diferente e mais seguro. A partir do contato com a chama, o retardante entra em ação, inicia-se a decomposição do retardante formando-se, assim, o ácido fosfórico (ácido fraco utilizado para acidular diversos alimentos). O ácido fosfórico desidrata a camada superior do material polimérico formando uma camada carbônica protetora do material polimérico que é o combustível da reação”, explicou Roberta Maturana, gerente regional da unidade de PU FCC da Lanxess (São Paulo, SP).

Eficientes na contenção do fogo, porém, provocam a liberação de fumaça, os retardantes de chamas halogenados, segundo as estatísticas mais recentes, têm maior impacto sobre as fatalidades em condições de incêndio do que a própria ação direta das chamas.

Na última década, devido às questões de segurança e ambientais se popularizaram na Europa e nos Estados

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reQUISIToS aMBIeNTaIS

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ADITIVOS energia provenientes da decomposição do material polimérico. Isto significa que existe a formação de radicais livres de boro ou cloro que tendem à formação de ácidos fortes e corrosivos HBr ou HCl. Considerando este mecanismo químico de funcionamento, bem como a preocupação com o meio ambiente e com a saúde ocupacional dos operadores, recomenda-se que neste processo se utilize retardantes de chamas livres de halogênios. Dessa forma, além de proteger o capital humano, ainda protegem-se as estruturas metálicas que, mesmo com os sistemas de exaustão estão sujeitos à corrosão e, portanto, manutenção ou a substituição dos equipamentos num menor espaço de tempo.

Mercado

“O mercado de retardantes de chama para espumas flexíveis de PU, no Brasil, ainda é muito tímido. O maior consumidor é a indústria automotiva e algumas licitações de presídios que solicitam que o mesmo seja antichama. A falta de normatização é a principal barreira ao desenvolvimento do mercado e à segurança das pessoas. Um exemplo foi a Inglaterra, que percebeu ao longo do tempo que, com a utilização de normas de flamabilidade (para colchões e estofados), muitas vidas foram salvas e os gastos do governo e das seguradoras com os danos causados por incêndios reduziram-se drasticamente”, argumentou a gerente regional da unidade FCC da Lanxess (São Paulo, SP).

Lanxess

Unidos, as famílias de retardantes não halogenados (os derivados de fósforo, cargas inorgânicas ou melaminas, entre outros), que geram menos fumaça e não produzem gases tóxicos. No Brasil, os aspectos ambientais têm se tornado diretrizes para diversos desenvolvimentos técnicos. Baixa emissão de VOC (compostos orgânicos voláteis) em espumas flexíveis é mandatória em diversos segmentos de mercado, com destaques para o de colchões e o automotivo. De acordo Roberta, da Lanxess, um exemplo típico muito conhecido no mercado de espumas para indústria automotiva é o processo de dublagem a fogo (flame lamination). Após laminar a espuma em finas camadas, para elaboração de capas de bancos automotivos, o fabricante necessita promover a adesão desta camada de espuma a um tecido sintético. Para que a lâmina não se deteriore totalmente em contato com a chama ou perca muita espessura e, ainda, para que o conjunto (espuma + tecido) atenda à norma de flamabilidade exigida pela indústria automotiva (FMVSS 302) é indispensável a utilização de retardantes de chamas na formulação da espuma flexível de PU. Durante o processo de dublagem a fogo, a espuma é diretamente submetida a uma chama e fará com que o retardante de chamas entre em ação. No caso dos retardantes de chamas halogenados, o mecanismo de retardância da chama se dá na fase gasosa (comburente) na reação com fogo através da formação de radicais livres que neutralizam os radicais de alta

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AUTOMOTIVO

Espuma semirrígida: o uso em quebrassóis Auto acess o

Nem rígido, nem flexível. Essas são as principais características do sistema utilizado para a fabricação de espumas semirrígidas utilizadas na fabricação de quebrassóis automotivos. Confira Aplicação em quebrassóis: Espumas semirrígidas com 90 % de células abertas

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tem uma norma pré-determinada para o seu produto. A Volkswagen, por exemplo, utiliza normas da própria empresa, que são abrangentes ao teste crash e as normas de testes internos”, acrescentou Paulo Potonyacz, engenheiro de desenvolvimento de produto da Pematec Triangel (São Bernardo do Campo, SP), empresa que fabrica cerca de 220 mil quebrassóis/mês para diversas montadoras. “Para esse tipo de peça, as principais especificações requeridas são densidade e reatividade, que são definidas pelas montadoras”, acrescentou Bavoso, da Arinos. “Todos os ensaios são realizados levando-se em conta duas normas principais, que envolvem as características de compressão (DIN 53577) e deformação (DIN 53572), importantes para a definição de aplicação do produto”, afirmou o representante técnico comercial da BASF Poliuretanos.

ESPECIFICAÇÕES DO PRODUTO

FABRICAÇÃO

Pematec

Para a fabricação dos quebrassóis são levadas em consideração algumas especificações. “Cada montadora

Principais especificações: Densidade e reatividade

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Automotivo_espuma_PU45_01.indd 16

Pematec

s matérias-primas utilizadas no sistema para se fabricar quebrassóis são basicamente iguais às utilizadas na fabricação de espumas flexíveis, porém normalmente os teores de reticulador e poliol copolimérico são maiores, para aumentar a rigidez da espuma. Vale ressaltar que, também, é utilizado poliol poliéter que está presente nas formulações das espumas rígidas. De acordo com Henrique Bavoso, diretor de poliuretano da Arinos (Osasco, SP), o sistema de espuma semirrígida utilizado para a fabricação do quebrassol consiste basicamente em um poliol especialmente formulado (base poliéter) e um isocianato, que é o diisocianato de difenilmetano (MDI), ambos quando misturados na proporção adequada e com a ajuda de uma injetora formam a espuma semirrígida. “Nos sistemas semirrígidos aplicados atualmente em quebrassóis é utilizado um índice de mistura acima do convencional para espumas flexíveis”, afirmou Wander Pascini, representante técnico comercial da BASF Poliuretanos (Mauá, SP). “Esse tipo de espuma apresenta como principal característica alta capacidade de absorção de energia, porém possui mais dificuldade de recuperação de sua forma inicial, portanto, apresenta uma deformação permanente de aproximadamente 25%, além do que, as espumas semirrígidas, utilizadas na fabricação de quebrassóis, apresentam cerca de 90 % de células abertas”, acrescentou Bavoso.

Espuma semirrígida: Alta capacidade de absorção de energia

“Os quebrassóis fabricados com espuma semirrígida são injetados em moldes de alumínio, com temperaturas que variam de 40 a 70º C, com injetoras de baixa ou alta pressão”, disse Potonyacz, da Pematec. “As injetoras de baixa pressão podem ter pressões de 2 a 6 bar, com mistura mecânica e, as injetoras de alta pressão têm pressões que variam de 100 a 150 bar. Já a densidade varia de 100 a 115 kg/m³”, mencionou Calabreze, da Luguez.

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REVESTIMENTOS

Revestimentos em pisos industriais base PU: Vantagens de uso

Revestimentos base PU: alta resistência à abrasão

Conheça as principais características e vantagens dos revestimentos base PU para pisos

radicionalmente, os revestimentos (autonivelante, espatulado e multicamadas) de pisos industriais, no Brasil, eram, basicamente, base epóxi. Hoje, as empresas já têm especificado o piso de poliuretano, ou ainda, o piso uretano, como o principal produto de uso em pisos industriais devido as suas diversas vantagens de aplicação. “Existem no mercado dois tipos de revestimentos de poliuretano para pisos. Um sistema consiste num composto de cimento, poliuretano, ureia, quartzo e pigmentos, que é apresentado em três componentes que, devidamente misturados, é aplicado numa só camada, com espessura de 4 a 6 mm. Trata-se de um sistema monolítico, base água, que cura em 12 horas e que possui como principais características excelente resistência à abrasão, variações de temperatura (entre -40 e 120º C) e resistência ao impacto. O outro sistema é à base de poliuretano líquido de alta resistência, utilizado para aplicação em sistema de pintura sob superfícies que necessitam de alta durabilidade contra desgaste, proteção à corrosão e total impermeabilização da superfície aplicada”, acrescentou José Leone Tremeschin, químico industrial da Polipiso (Descalvado, SP). “Basicamente, a química dos poliuretanos não se altera, portanto, as resinas para uso em revestimentos são compostas por polióis e suas blendas com isocianatos. O que altera as características do sistema é o uso de aditivos no processo de fabricação, que acrescentam excelentes propriedades finais ao produto”, disse Edison Lopez, diretor da Retaprene (Santo André, SP). “Em 90% dos casos, são utilizados sistemas bicomponentes, aromáticos ou alifáticos prontos para uso, composto por kits de resina e agente de cura. Podendo, também, serem utilizados como primers ou fundo, camada intermediária e acabamentos com ou sem solventes”, disse Glaucio Conde, técnico da Polipox (São Paulo, SP).

VANTAGENS

Uma das principais vantagens em utilizar revestimentos em pisos industriais base PU é a sua velocidade de secagem. “Devido à facilidade de ajuste de sua reatividade, o piso de po-

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industriais, além das novidades e tendências para os próximos anos liuretano tem a característica de poder ser utilizado em 2 horas após a aplicação. Isto é uma grande vantagem para companhias que não podem ficar longo tempo com uma determinada área parada. Evidentemente estas “mágicas” têm sempre seus prós e contras, que devem ser compartilhadas, com os clientes”, contou Conde, da Polipox. Ainda segundo Conde, os pisos base PU evitam a “impressão de sujeira”. Os poliuretanos têm uma característica adstringente que evitam que a sujeira fique impregnada em sua superfície, e esta característica facilita a conservação e a limpeza do piso. Muitas empresas que usam piso epóxi aplicam na última camada um verniz PU para garantir esta característica. “Os revestimentos base PU possuem, também, alta impermeabilidade, bom balanço de resistências físicas e químicas, além de extrema resistência à abrasão, com acabamento liso ou antiderrapante”, ressaltou Newton Carvalho Jr., diretor de negócios da NS Brazil (Diadema, SP). “Por ser um material impermeabilizante, de baixa viscosidade e podendo ser aplicado ainda na forma líquida, os revestimentos base PU penetram nas fissuras e trincas impedindo a passagem de líquidos ou gases”, acrescentou Lopez, da Retaprene. Outra vantagem na utilização dos pisos base PU está nas características de resistência às intempéries e aos raios UV. “Os sistemas à base de poliuretano alifático apresentam excelente retenção de cor e alta durabilidade quando comparado, por exemplo, com os pisos epóxi e, neste caso, a opção do revestimento base PU é como top coat ou a última camada de acabamento”, disse o técnico da Polipox.

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NOVIDADES E TENDÊNCIAS

Pensando em produtos ambientalmente corretos, as empresas vêm apostando em revestimentos base resinas vegetais. “Os pisos base PU de resinas vegetais (mamona) e cimento Portland são chamados de revestimentos uretano. O poliol à base de óleo de mamona permite formular uma ampla gama de revestimentos (cerca de 14 diferentes versões), que são indicadas para aplicação em pisos industriais nas formas autonivelantes, espatulados, multicamadas ou

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REVESTIMENTOS solventes e de baixo odor. O produto é utilizado para aplicações sob o concreto (novo ou antigo) e em outros substratos, em que é necessária elevada resistência ao ataque químico, à abrasão, ao impacto e ao choque térmico. O revestimento é aplicado como uma argamassa autonivelante, de 3 a 6 mm de espessura em uma única camada, com acabamento superficial liso. De acordo com Lopez, da Retaprene, as tecnologias que mais se destacaram na aplicação destas resinas foram o desenvolvimento desta com aplicação a frio. Hoje, existe uma grande variedade de resinas, desde as vegetais até as compostas por polióis éster e éter.

Revestimento com acabamento monolítico

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Serão publicadas mais de 40 reportagens sobre novas matérias-primas, processos, aplicações e legislação

Com tiragem de 8 mil exemplares e mailing rotativo, as edições de 2011 da Revista Poliuretano serão distribuídas para cerca de 16 mil profissionais em toda a América do Sul

A Revista será distribuída em cerca de 40 eventos técnicos no Brasil e em outros países da América do Sul

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Revestimentos industriais: alta flexibilidade e alongamento

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até mesmo em pintura de alta espessura e alto desempenho físico-químico. Os sistemas possuem em sua formulação agentes biocidas que inibem o desenvolvimento de microorganismos e bactérias, nocivas à saúde humana. Os revestimentos em uretano vegetal são aplicados sobre piso de concreto ou de cerâmica antiácida industrial, sem a necessidade de primer de adesão”, argumentou Carvalho, da NS Brasil. Ainda segundo o diretor de negócios da NS Brazil, a empresa desenvolveu um revestimento para piso antiácido, uretano cimentício, monolítico de alto desempenho, isento de

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PAUTA EDITORIAL* JUL./AGO.

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Cases na construção civil

Automotivo

Espumas flexíveis

Sistemas

Mineração

Isolamento térmico

Sistemas

Poliisocianurato

Poliureia

Sistemas: espumas flexíveis

Elastômeros

Impermeabilização

Sistemas: calçados

Tintas e vernizes

Pigmentos

Aditivos retardantes à chama

Equipamentos

Agentes de expansão

TPU: mercado automotivo

TPU: balística

TPU: mercado agroindustrial

TPU: peças técnicas

Aditivos p/ espuma rígida

Adesivos para espumas flexíveis

Moldes

Composites de PU

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Aditivos de processo

Isocianatos

PU p/ couro sintético

Adesivos e selantes para construção civil

Sistemas para tintas

Matérias-primas de fontes renováveis

Adesivos e selantes p/ móveis

Vedação

Desmoldantes

Poliol poliéster

Isolamento acústico

Espumas flexíveis especiais

Fechamento: 19 de agosto

Fechamento: 19 de setembro

Fechamento: 11 de outubro

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ISOLAMENTO TÉRMICO

Painéis sanduíche Huntsman publica edição exclusiva em espanhol sobre construção de painéis sanduíche na América do Sul. A publicação “Métodos Constructivos con Paneles” traz experiência na Construção de Painéis Sanduíche em toda a América Latina

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Divisão de Poliuretanos da Huntsman Corporation lançou o livro “Metodos Constructivos con Paneles”, uma publicação de língua espanhola, que é dedicada aos avanços da tecnologia de construção de painéis sanduíche nos países da América Latina, e está disponível através dos representantes da empresa no Brasil. O livro de autoria de Rolf Koschade aborda a utilização de painéis metálicos com núcleo de poliuretano na construção de fábricas e galpões, também chamados de Painéis Sanduíche. O objetivo da empresa é de consolidar toda a experiência e know-how dos fabricantes de painéis, arquitetos, engenheiros e institutos em um material didático e disponibilizá-lo a um publico mais amplo. O livro aborda a importância econômica, os componentes do sistema, o processo de fabricação, os materiais envolvidos, o planejamento e construção, as propriedades estruturais, o impacto ambiental e sua construção física, bem como normas e regulamentações. O livro também apresenta inúmeros exemplos de projetos onde painéis metálicos podem ser utilizados com vantagens, incluindo edifícios comerciais, industriais, divisórias, telhados e câmaras frias. O livro originalmente intitulado “Sandwich Panel

Construction” foi escrito e publicado na Europa em 2006. Em 2010, a divisão de Poliuretanos da Huntsman obteve os direitos de publicação em língua espanhola, visando promover os painéis sanduíche na América Latina. Gerente Comercial para a Huntsman Polyurethanes no Brasil, Luis Eduardo de Mendonça disse: “A publicação desse livro é mais um passo em nossa missão de promover o conhecimento e o uso de espumas de poliuretano como isolamento térmico. Há muito tempo é sabido que o poliuretano é um excelente isolante térmico em aplicações comerciais e residenciais, proporcionando barreira à umidade e ao ar, além de uma incrível facilidade de instalação. Estamos animados para fazer avançar o conhecimento e experiência do usuário de painéis sanduíche para o setor de construção na América Latina.” Além de seu benefício como referência de ensino, o livro propõe exemplos arquitetônicos e é rico em tabelas, gráficos e imagens do processo de fabricação, projetos e instalação dos painéis. Para maiores informações, favor entrar em contato (11) 5532-4040 (Brasil) ou +1 281 719-4602 (América Latina/Estados Unidos).

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MERCADO

Bayer inaugura plantapiloto para a fabricação de plástico com CO2

A planta-piloto entrará em funcionamento em Chempark Leverkusen para o julgamento do novo processo em uma escala técnica. A planta produz um precursor químico no qual o CO2

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é incorporado e, em seguida, transformado em poliuretanos. Veja

Bayer está tomando um novo rumo na produção de plásticos de alta qualidade com a ajuda de dióxido de carbono (CO2) do setor de energia. Uma planta-piloto entrará em funcionamento em Chempark Leverkusen para o julgamento do novo processo em uma escala técnica. A planta produz um precursor químico no qual o CO2 é incorporado e, em seguida, transformado em poliuretanos. Como resultado, o CO2 - gás de resíduos - agora pode ser reciclado e utilizado como matéria-prima e substituto do petróleo. O processo de inovação é o resultado do “sonho de produção” do projeto, uma colaboração entre a indústria e a ciência. A Bayer está a trabalhando no projeto com a empresa de energia RWE, que abastece com o CO2 utilizado no processo. Outros parceiros do projeto são a RWTH Aachen University e a CAT Catalitic Center, que é executado em conjunto pela universidade e pela Bayer. Os pesquisadores recentemente alcançaram

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um avanço na tecnologia de catálise em escala laboratorial que torna possível colocar o CO2 em uma utilização eficiente, pela primeira vez.“Há uma oportunidade para estabelecer a Alemanha como líder de mercado para essas tecnologias e garantir-nos um papel de liderança em um ambiente competitivo internacional”, disse Wolfgang Plischke, membro do conselho de administração da Bayer. O novo processo ajuda a aumentar a sustentabilidade de uma série de maneiras diferentes. Por exemplo, o dióxido de carbono pode oferecer uma alternativa ao petróleo, que até agora tem sido a principal elemento-chave, fonte do setor químico do carbono. A produção de poliuretanos também contribui para reduzir o consumo de energia e proteger o clima. Quando usado para isolar edifícios de frio e calor, eles podem economizar cerca de 70 vezes mais energia do que é utilizado na sua produção.

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MERCADO APOIO DAS AUTORIDADES FEDERAIS E ESTADUAIS

Por ocasião da cerimônia de abertura da planta-piloto, a ministra da Renânia do Norte-Westfália para Inovação, Ciência e Pesquisa, Svenja Schulze, disse que o projeto focalizou uma “solução muito específica e altamente inovadora, que se estendia desde a pesquisa básica até a fase final de teste”. Ela acrescentou que o projeto é um exemplo de cooperação bem sucedida entre a indústria e as universidades, em um tema central da política climática. O estado da Renânia do Norte-Westfália está apoiando, juntamente com a Bayer, o Centro Catalítico CAT. O projeto “Dream Production” está recebendo verbas federais no valor de cerca de 5 milhões de euros. Incluindo o investimento da Bayer e da RWE, o orçamento total aumenta para cerca de 9 milhões de euros. Se a fase de testes for bem sucedida, a produção industrial de plásticos a partir de CO2 deve começar em 2015. O Secretário de Estado Parlamentar Thomas Rachel, do Ministério Federal Alemão de Educação e Pesquisa, comentou sobre uma abordagem “revolucionária” que poderia mudar completamente o modo como se vê o CO2. “O debate sobre a mudança climática tem retratado o CO2 como o vilão da história, aos olhos do público. Agora estamos apoiando a investigação sobre soluções alternativas que poderiam fazer um bom uso do CO2 como matéria-prima”. O professor Klaus Töpfer, diretor-fundador do novo

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Instituto de Altos Estudos em Sustentabilidade (IASS), em Potsdam, na Alemanha, disse que o ciclo do carbono deve ser fechado: “O CO2 deve ser usado como um recurso e não descartado como lixo.” O dióxido de carbono usado no projeto vem da planta de energia da RWE Power em Niederaussem, nos arredores da cidade de Colônia, na Alemanha. Lá, no seu Centro de Inovação em Carvão, a empresa opera um purificador de CO2, onde o dióxido de carbono é separado de gases de combustão. Na planta piloto – concebida, construída e administrada pela Bayer Technology Services – quilogramas de dióxido de carbono são usados para produzir um dos dois componentes essenciais para a produção de poliuretanos. A Bayer MaterialScience está testando estes materiais, que são utilizados principalmente para a produção de espumas rígidas e flexíveis, em uma de suas plantas já existentes. O uso eficiente de CO2 só é possível porque, depois de quatro décadas de pesquisa, um catalisador adequado foi finalmente descoberto. Este avanço tecnológico foi obtido por cientistas da Bayer e do CAT, como parte do projeto precursor “dream reactions”, que também foi financiado em parte pelo governo federal alemão. Durante a atual iniciativa “Dream Production”, os pesquisadores do CAT estão testando a compatibilidade do catalisador com o CO2 proveniente da planta de energia. A RWTH Aachen University está submetendo todas as etapas do novo processo a uma avaliação abrangente, do ponto de vista ecológico e econômico, e está também comparando-o com os processos e produtos convencionais.

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Extrusão de tubos e cabos: processamento e cuidados

TPU: ideal para cabos sujeitos a exigências elevadas

Plasticsportal.net

TPU

A extrusão de tubos e cabos de poliuretano termoplástico deve obedecer a parâmetros específicos de processamento, que afetam de forma aguda o produto final. Saiba em que consistem esses cuidados

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deal para utilização em tubos e cabos sujeitos a exigências elevadas em termos de abrasão, flexibilidade (também em baixas temperaturas) e resistências mecânicas diversas (torção, rasgamento e amortecimento, dentre outras), além de químicas (a água, óleos e graxas, principalmente), o poliuretano termoplástico (TPU) é uma matéria-prima que para passar por processos de extrusão necessita uma adaptação de processo e equipamentos (para alguns, mínima, para outros nem tanto) em relação à extrusão de termoplásticos comoditizados como polietileno, por exemplo.

LINHAS GERAIS

A extrusão consiste, em linhas gerais, na obtenção de produtos pela alimentação, pelo polímero, de uma máquina (a extrusora), geralmente de grande porte, no interior da qual a matéria-prima passa por uma rosca sem fim (screw, em inglês), que por sua vez termina numa matriz que irá conformar o produto final (perfis contínuos) no formato apresentado na matriz. A extrusão pode se dar a frio ou a quente (por meio de uma máquina aquecedora). Uma fase muito importante do processo é a secagem do polímero.

SECAGEM

Poucos processos, para seu sucesso, requerem em tal medida a correta secagem da matéria-prima do que a extrusão, em especial no caso de TPU de base poliéter ou poliéster. “Pode-se dizer que o sucesso da extrusão de TPU está ligado de forma determinante à secagem do material”, disse João dos Santos, gerente comercial da SG Plásticos Elastômeros (São Caetano do Sul, SP). “Não se consegue bons resultados se o material apresentar umidade”. “Por ser o TPU um produto altamente higroscópico (que tem tendência para absorver a umidade do ar), é preciso eliminar a umidade presente no ambiente, que interfere diretamente PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

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no processamento e nas propriedades finais do produto”, confirmou Paulo Roberto Scarparo, representante técnico-comercial de TPU da BASF Poliuretanos (Mauá, SP).

TEORES DE UMIDADE

Mas como reduzir a umidade e qual é o teor aceito de umidade para o poliuretano termoplástico (TPU) utilizado para extrusão de tubos e cabos? “Para eliminar os efeitos da umidade, orientamos os clientes a usarem equipamentos auxiliares de secagem, tais como desumidificadores de ar, de forma a atingir patamares de secagem de 0,02 a 0,05% de umidade”, afirmou Scarparo, da BASF. “Assim como as poliamidas, o TPU tem que estar 100% seco. Caso contrário, o índice de perda será fatalmente alto”, disse Santos, da SG. “O nível de umidade da resina antes do processamento deve ser igual ou inferior a 0,02%”, informou André Bueno, gerente técnico da Lubrizol (Rio de Janeiro, RJ). “Os tempos e temperaturas de secagem variam de um grade para outro de TPU. Os tempos normalmente ficam entre 2 e 4 horas, para resina que não foi exposta a umidade. Já as temperaturas vão tipicamente de 90 a 110º C”. E há também outras recomendações (esmiuçadas no box “Outras dicas para secagem”).

EXTRUSORAS

De que tipo ou como têm de ser as extrusoras utilizadas para processar poliuretano termoplástico? “Para processar TPU, normalmente são utilizadas extrusoras padrão, uma vez que estes equipamentos não exigem grandes adaptações em relação a outros materiais (inclusive commodities)”, disse Scarparo, da BASF. “Em termos gerais, poderíamos considerar adaptações básicas, como adequação do conjunto plastificador (rosca e cilindro) à matéria-prima, por exemplo”. Bueno concorda. “Para o processamento de

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TPU TPU normalmente são utilizadas extrusoras convencionais, com uns pontos adicionais: bom controle de temperatura (refrigeração do cilindro para evitar picos de temperatura) e refrigeração adicional na base do funil”. Dos Santos acrescenta: “Não é normalmente necessário adaptar as extrusoras para TPU, mas existem casos em que o cabeçote deve ser substituído por um cabeçote específico”.

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ROSCAS

Fundamentais no processo, as roscas para extrusão de TPU devem ter dimensões específicas (e não há consenso nesse quesito). Para Scarparo, da BASF, a relação comprimento/ diâmetro (L/D) das roscas da extrusora deve ser de 30 a 32:1, de forma a obter, segundo ele, uma melhor homogeneização da matéria-prima, principalmente no caso de serem utilizados aditivos (masterbatches, por exemplo). Já para Santos, da SG, essa relação deve ser, de preferência, de 20 a 25:1: “via de regra, quase todos os transformadores utilizam roscas multiuso, mas o ideal é ter uma rosca com o perfil para TPU”. Enquanto isso, Bueno, da Lubrizol, que recomenda, para otimizar processos e aumentar a produtividade, a utilização de roscas de barreira, concorda com Scarparo: “a relação L/D deve ser de 30:1, de preferência. A utilização de roscas de barreira visa alcançar melhor plastificação e homogeneização, além de uma alimentação mais uniforme de material”. E acrescenta, especificando as roscas de barreira: “a seção de transição da rosca deve ser longa, da ordem de 30 a 45% do comprimento da rosca, enquanto a seção de bombeamento, também longa, deve ter também de 30 a 45% do comprimento da rosca”. Mas as dimensões são apenas algumas das características importantes na extrusão de TPU.

OUTRAS CARACTERÍSTICAS

Segundo Scarparo, não são necessárias roscas com características especiais no processamento de TPU. “As zonas de alimentação, de compressão e de dosagem devem ser bem definidas, não sendo necessárias roscas com áreas de degasagem (saída de gases), duplo filete, misturadores, etc. Mas, por outro lado, as temperaturas nas três zonas devem respeitar as tolerâncias relativas às durezas das matérias-primas”, disse. Bueno vai um pouco mais além: “a rosca deve ser tratada com cromo duro, para obter uma superfície altamente polida; além disso, a folga entre a rosca e o cilindro, outro parâmetro importante, deve ter idealmente de 80 a 120 mícrons”. Outro aspecto importante é a taxa de compressão. “A taxa de compressão recomendada para TPU é da relação de 1:2,5 a 1:3,0”, disse Scarparo.

ADITIVOS

É necessário utilizar aditivos para fabricação de tubos e cabos de TPU por extrusão? A esse respeito, as opiniões são diversas. “Cada fabricante de tubos e cabos utiliza sua própria formulação, sendo que alguns inserem plastificantes para baixar a dureza e melhorar a performance. Já

para pigmentar, deve-se usar masterbatches de base TPU”, disse Santos. “A adição de plastificantes para fabricação de tubos e cabos normalmente não é necessária, sendo que os plastificantes, quando usados, servem para melhorar a flexibilidade de determinados grades. Regra geral, porém, eles normalmente são incorporados pelos fabricantes da matéria-prima e fornecidos prontos para uso”, disse Bueno, da Lubrizol, indicando que alguns fabricantes de fios e cabos ocasionalmente adicionam master bastches ou concentrados de aditivos. Scarparo concorda e acrescenta: “normalmente, nas durezas menores, o fabricante de TPU adiciona plastificantes à matéria-prima”.

OUTRAS VARIÁVEIS

As temperaturas de processamento para fabricação de tubos e cabos de TPU variam consideravelmente. “Elas normalmente ficam entre 180 e 200º C, dependendo da formulação do material”, disse Bueno. “Já a degradação do material depende não só da temperatura de trabalho, mas do tempo de residência no cilindro. Em termos de temperatura, patamares superiores a 230º C provocam degradação excessiva para a maioria dos grades de TPU”, disse. Para Scarparo, as temperaturas dependem do tipo de matéria-prima utilizada e da dureza alcançada. “Para cabos, podemos considerar TPUs a base de poliéster ou poliéter, com durezas entre 80 e 90 Shore A. Para tubos, também base poliéter ou poliéster, as durezas podem variar entre 80 e 98 Shore A. Em todos esses casos, as temperaturas utilizadas variam de 180 a 220º C”, disse. “A degradação da

OUTRAS DICAS PARA SECAGEM

Segundo Bueno, da Lubrizol, a utilização de desumidificadores para praticamente eliminar a umidade no TPU a ser extrudado deve contar com equipamentos com as seguintes características: ponto de orvalho (temperatura na qual o vapor de água presente no ar passa ao estado líquido na forma de pequenas gotas) igual ou menor do que -40º C; fluxo de ar de 2,5 a 3 m3/kgh de resina processada; duas ou mais peneiras moleculares, com trocas automáticas de peneira com base no ponto de orvalho; termopar posicionado próximo à entrada de ar do silo ou funil de acondicionamento do material durante a secagem; isolamento térmico do funil da máquina em relação ao meio ambiente, com vedação adicional contra a entrada de ar; utilização de medidores se possível portáteis para checagens periódicas, etc. Outra recomendação consiste na limpeza periódica dos filtros de ar, com checagem da existência de vazamentos ou entradas de ar indesejadas, assim como de problemas no isolamento térmico, no funcionamento das bombas, ventoinhas, termopares e medidores de vazão de ar e de ponto de orvalho. Nada disso é exagero. “A secagem é realmente uma etapa crítica para o sucesso no processamento de TPU”, insistiu Bueno. No final, os tempos de secagem normalmente ficam entre 2 e 4 horas, para resinas que não foram expostas a umidade, com temperaturas de 90 a 110º C.

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TPU BASF

matéria-prima ocorre quando a temperatura da massa apresenta aspecto ruim, como bolhas e alteração na coloração”. As temperaturas, na fase de resfriamento, variam entre 10 e 23º C. As pressões, por sua vez, dependem do tipo de matéria-prima utilizada e do tipo de processo envolvido. “No caso de tubos, podem ser utilizadas câmaras de vácuo para melhor controle das paredes externas e internas. Pode ser necessário também utilizar matérias-primas com controle de fluidez e viscosidade”, afirmou Scarparo. As viscosidades, por fim, dependerão da temperatura de processamento, das taxas de cisalhamento, do nível de umidade da resina e do peso molecular inicial do material. “Em Aplicação Offshore: casos especiais, uma queda muito vocação do TPU grande na viscosidade é sinal de erros durante o processamento (temperatura muito alta, tempo de residência muito longo, nível de umidade muito alto ou excesso de cisalhamento)”, afirmou Santos.

APLICAÇÕES

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Estane® é uma marca registrada de The Lubrizol Corporation. ©The Lubrizol Corporation 2011, todos os direitos reservados.

Muitos são os destaques em termos de propriedades do TPU para tubos e cabos. Alguns deles: excelente tenacidade,

flexibilidade em baixas temperaturas, resistência a abrasão e a intempéries. “Os produtos de TPU base poliéter destacam-se pela resistência à abrasão e a excelente memória para cabos espiralados. Já a resistência a intempéries e a microorganismos normalmente são atributos dos produtos de base poliéter”, afirmou Santos. As aplicações variam a depender dos mercados atingidos. Cabos de força e energia de TPU, por exemplo, são interessantes para construção civil e mineração. Cabos de telecomunicação (cabeamento de dados e militar, assim como fibra ótica) e geofísicos (terrestres, marítimos e umbilicais) são praticamente impossíveis de superar. “Há também os cabos automotivos (para o sistema de freio ABS), industriais (robótica, cabos de sinal, transporte de massa, etc.) e outros (espiralados/ retraveis, vídeo/cabos de áudio e uso médico”, disse Bueno. “Isso sem contar cabos especiais para veículos blindados e para a área de automação pneumática, em que o desempenho do TPU supera todos os outros termoplásticos”, completou Santos. O produto final: tubos que vão de 1,8 mm de diâmetro externo e paredes de 0,3 mm a recobrimento de cabos com diâmetros externos de 90 mm e paredes de 4 mm. “O TPU serve como capa de fios e cabos para a proteção da isolação primária do meio ambiente, hidrólise e danos físicos”, resumiu Bueno. “O resultado é que ao longo dos anos os tubos e cabos de TPU substituem cada vez mais o PVC e a borracha de cloropreno, particularmente em aplicações de cabos dinâmicos”, disse. O resultado é uma perspectiva cada vez mais otimista para cabos e tubos de TPU.

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Filtros de ar: a opção pelo poliuretano

Wikipedia

AUTOMOTIVO

A fabricação de filtros de ar para veículos automotores faz uso, há vários anos, de poliuretano como estruturante do meio filtrante. Confira as vantagens do material e as principais características desse tipo de aplicação

ertas aplicações no setor automotivo parecem ter sido criadas sob medida para o poliuretano. Nessas aplicações, as propriedades do PU fazem com que ele desbanque com facilidade qualquer outro material, seja metálico, elastomérico ou polimérico.

sua fabricação, esses filtros eram de constituição metálica e precisavam, para a vedação, de anéis O-ring – estes últimos dispensados nas versões em poliuretano. “A montagem do anel consistia numa operação adicional, acarretando maior custo e riscos de fabricação – em caso de descuidos na montagem do anel”, afirmou Cafer.

UTILIZAÇÃO

VANTAGENS

Não se sabe exatamente quando isso começou, mas é consenso entre os especialistas que o uso de poliuretano como material estruturante de filtros de ar, substituindo o metal e as borrachas, veio para ficar. “A utilização de PU nas aplicações de filtros automotivos é bastante antiga, mas não temos a data exata”, disse Wander Pascini, representante técnico-comercial da BASF Poliuretanos (Mauá, SP). A permanência do PU é aferida também pelo fato de que todas as montadoras de automóveis e quase todas de caminhões e ônibus utilizam o poliuretano nesse tipo de aplicação. “Por causa de suas vantagens, hoje é praticamente impossível fabricar filtros sem utilizar poliuretano”, disse João Carlos dos Santos, engenheiro de desenvolvimento e gerente da área de projetos da Difiltro (Guarapari, ES).

Mahle

FUNDAMENTAL

Componente fundamental em qualquer motor a combustão, o filtro de ar tem como função principal reter toda e qualquer partícula de sujeira que possa invadir e dificultar o funcionamento do motor de um veículo. Essas sujeiras podem também ser chamadas de abrasivos, em função de sua atividade no motor. “Sujeira no motor significa menor eficiência do óleo de motor, maior desgaste e pior rendimento total”, disser Rodolfo Cafer, inspetor técnico da Mahle/ Metal Leve (Jundiaí, SP).

PRIMEIROS FILTROS

Comparativo: filtro de PU economiza uma etapa de produção

Segundo Cafer, os primeiros automóveis utilizavam filtros metálicos com feltro no interior. Esses filtros evitavam a entrada de boa parte da sujeira ambiente, mas ainda deixavam alguns abrasivos passar pelo sistema. Em

PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

Automotivo_PU45_01.indd 28

As vantagens do PU em filtros de ar são diversas. “O poliuretano consegue aliar alta resistência mecânica e baixa densidade, o que ajuda a reduzir o consumo de combustível por conta da eficiência na filtragem, capacidade de retenção e prolongamento da vida útil da peça”, disse Pascini, da BASF. “Além disso, a espuma de poliuretano elimina a necessidade de vedação dos cantos do filtro”, disse Cafer. “Isso sem contar a diminuição radical do peso do filtro como um todo por causa da adoção do poliuretano”. Considerado uma espuma flexível, o poliuretano em filtros destaca-se também em alongamento, resistência ao rasgo e à deformação.

PESO

A utilização de poliuretano em filtros se dá praticamente ao mesmo tempo em que as carcaças metálicas dos filtros são substituídas por carcaças em plástico, reduzindo-se o peso do componente como um todo. Dessa forma, segundo Cafer, a carcaça de um filtro de ar de metal pesa 50% a mais que a carcaça em plástico do mesmo filtro por sua vez estruturado em poliuretano. Como exemplo, a peça completa de um filtro de caminhão de 27 toneladas pesa, quando estruturada em poliuretano, 60 quilos. “Já um modelo com filtro metálico não pesaria, nas mesmas condições, menos de 150 quilos”, disse Cafer. Menor peso significa, dentre outras coisas, menor gasto de combustível.

FABRICAÇÃO

Streetperformance

C

Poliuretano: estruturação dos filtros automotivos

A fabricação de filtros de ar estruturados em poliuretano é simples, normalmente por casting (derramamento). Deve-se em primeiro lugar aprontar o molde do filtro, no formato do material filtrante propriamente dito (que pode ser retangular ou circular, a depender do caso). O poliuretano, resultante da mistura dos dois Filtro com carcaça componentes principais (poliol e isocianato), é apli- metálica: pesado

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ção ivos

cado nas bordas do molde. Enquanto a espuma cresce, é aplicado o material filtrante. O poliuretano cura e o filtro está pronto. “Na aplicação por casting, o PU precisa ter boa fluidez para diminuir o tempo de produção e consequentemente aumentar a produtividade do cliente”, disse Pascini, da BASF. A fabricação de filtros de ar estruturados em PU pelo transformador – em geral, empresa multinacional – normalmente se dá pela aquisição do sistema de PU já formulado. “Ao consumir o sistema de poliuretano pronto, o cliente consegue se focar na produção dos filtros, além de ganhar em praticidade e produtividade”, disse Pascini. A fabricação requer um sistema de qualidade bem exigente. “Normalmente, admitem-se no máximo 7 defeitos por um milhão de unidades”, afirmou Cafer, da Mahle/ Mtal Leve. A base química do filtro costuma ser poliéter, em função das suas boas propriedades mecânicas. As densidades utilizadas para o PU dependem da especificação do cliente.

LIMPEZA

Na montagem do filtro na carcaça, normalmente é exigido que a estrutura em poliuretano crie uma tensão na montagem, de forma a encaixar bem na estrutura e evitar a passagem de partículas indevidas no filtro. “O PU precisa promover boa vedação do sistema de ar e consequentemente evitar danos ao conjunto do motor”, afirmou Pascini, da BASF. “Outras propriedades requeridas são deformação permanente à compressão e estabilidade dimensional (contração)”, acrescentou. Um cuidado adicional no caso de filtros estruturados em PU

é não utilizar substâncias agressivas (solventes ou combustíveis, por exemplo) na limpeza da peça, pois essas substâncias reagirão com o PU provocando deterioração precoce do filtro. “Infelizmente ainda é comum encontrar postos em que os componentes dos veículos são submetidos à soda, por exemplo, de forma a ‘limpá-los’ rapidamente”, explicou Cafer. Anel O’ring em filtro de carcaça

Mahle

AUTOMOTIVO

metálica: desnecessário em filtro de PU

TENDÊNCIAS

Ocupando posição de destaque no cenário automotivo mundial, o Brasil também está atualizado quanto às tecnologias de fabricação de filtros de ar. Para o futuro, contudo, o mercado deverá apresentar várias novidades no que se refere aos filtros em geral e ao poliuretano em particular. “Os meios filtrantes, hoje à base de papel e celulose, passarão a ser cada vez mais matérias-primas plásticas, ou seja, fibras sintéticas”, disse Cafer. “Quanto ao poliuretano, ele também vai mudar, ficando cada vez mais denso (melhorando as propriedades mecânicas)”. As formulações, segundo ele, não irão mudar. Outras tendências referem-se mais aos componentes mecânicos como um todo. “A dimensão do conjunto de ar e motor deve ser cada vez menor, reduzindo dessa forma o peso do veículo, a geração de gás carbônico e o consumo de combustível”, disse Pascini. O consumo de PU, no entanto, não deve ser impactado por conta da tendência de crescimento da frota de veículos.

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MATÉRIAS-PRIMAS

FEA1100 e HBA-2: duas outras opções de agentes de expansão Alavancados pela intensa procura por uma opção Envirocomfort Biz

ao HCFC-141b como agente de expansão de espuma rígida de poliuretano, dois produtos recémlançados irão se constituir como novas opções a transformadores que procuram produtos competitivos de alta tecnologia. Saiba em que consistem esses novos agentes de expansão Espuma rígida: uso intensivo de agentes de expansão

Tabela 1 – Agentes de expansão: comparativo de propriedades Agente de expansão HCFC-141b

ODP*

GWP**

Ponto de Flash (oC)

Lambda @ 25º C (mW/mK)

Ponto de ebulição (oC)

Custo de conversão

0,11

725 a

Nenhum

9,7

32

NA

HFC-245fa

0

1030 a

Nenhum

12,7

15

Médio (alta pressão de vapor)

HFC-365mfc

0

794 a

-24

10,5

40

Alto (flamabilidade)

Ciclopentano

0

11 b

-7

13 b

49

Alto (flamabilidade)

CO2

0

0

Nenhum

16,3 b

-139

Baixo

Metilal

0

0

-19

42

Alto (flamabilidade)

Formiato de metila

0

0

-18

10,7 b

32

Alto (flamabilidade)

Insignificante b

<15 d

Nenhum

13,0

15 a 32 d

Baixo a médio (alto potencial de pressão de vapor)

0

9,4 c

Nenhum

10,7

33

Baixo

HBA-2 FEA 1100

* ODP = potencial de danos à camada de ozônio ** GWP = potencial de aquecimento global a = IPCC/TEAP (2005)

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= UNDP, Phaseout de tecnologias para espumas de poliuretano, junho de 2010 = NOAA (2010) d = Atas da Conferência Técnica de Poliuretanos 2009 b c

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MATÉRIAS-PRIMAS diferença entre o HBA-2 e o HBA-1 radica na forma em que aparecem (o HBA-2 é líquido, enquanto o HBA-1 é Desenvolvido há 2 anos, anunciado oficialmente no um gás), nas moléculas que representam (só o HBA-1 é Brasil durante a última Feiplar Composites & Feipur HFO-1234ze) e consequentemente em diversas de suas 2010, em novembro do ano passado, e comercialmente propriedades (peso molecular, ponto de ebulição e GWP, conhecido como FEA 1100 (Foam Expansion Agent ou por exemplo). agente de expansão de espuma), o trans-1,1,1,4,4,4-hexaPrimeiro, o HBA-1. Com GWP (potencial de aquecifluoro-2-buteno (HFO-1336mzz) é um agente expansor da mento global) ultra-baixo (6, num horizonte de tempo de 4ª geração desenvolvido pela DuPont (Barueri, SP) para 100 anos) e ODP (potencial de danos à camada de ozônio) substituir o HCFC-141b, proporcionando boas propriedanulo, o HBA-1 é um gás de pressão moderada à tempedes de isolamento térmico (λ = 10,7 mW/mK @ 25º C), auratura ambiente (em temperaturas e pressões padrão), de sência de ODP (potencial de danos à camada de ozônio) e peso molecular 114 e ponto de ebulição de -19º C, que baixo GWP (potencial de aquecimento global). Substância proporciona diversos usos como agente de expansão, não líquida à temperatura ambiente, o FEA 1100 é uma hidrosó para poliuretanos como também para poliestireno e oufluorolefina com ponto de ebulição e pressão de vapor prótros polímeros, assim como propelente para aerossol. Com ximas às do HCFC-141b, sendo química e termicamente condutibilidade térmica de vapor competitiva em relação estável. Solúvel em polióis de base poliéter e poliéster, o aos outros agentes de expansão oferecidos no mercado FEA 1100 pode ser adicionado às formulações em 5 a 50% (13,0 mW/moK @ 25º C) e também aos futuros, o HBAem peso, antes de 1 é uma substância formar uma camada não-inflamável de Tabela 2 – Solubilidade de FEA 1100 em diversos polióis separada dos ouacordo com os patros componentes. drões ASTM E-681 Valor de hiPeso (%) em Peso (%) em Tipo de poliol O peso máximo em – para os Estados droxilas OH polióis para polióis para % de FEA em poliUnidos – e EU A11 (mg KOH/g) mistura de fase mistura de fase óis é demonstrado – para a Europa. Em única a 21º C única a 50º C na tabela 2 abaixo. relação ao HBAPor ser de 1, o HBA-2 possui Poliéteres baixa toxicidade peso molecular die ausente de poferenciado (menor Amina 391-800 5 a 50+ 40 a 50+ tencial inflamável de 134), ponto de Sucrose/ (de acordo com o 400-499 50+ 50+ ebulição de 15 a 32º amina ASTM E 681, em C (intermediário Sucrose/glicol 440 50+ 50+ temperaturas de 60 entre os do HFCe 100º C), o FEA Sucrose/ -245fa e do HCFC280-520 50+ 50+ glicerina 1100 permite ser -141b) e GWP mais usado por transforalto que o predeSorbitol 490 50+ 50+ madores que utilicessor (menor de Base de 300-390 5 a 50+ 29 a 50+ zam a tecnologia 15). O HBA-2, cujo Mannich do HCFC-141b e de λ é de 18,3 mW/ Poliésteres 240-307 5 a 30 23 a 35 hidrocarbonetos (nmoK @ 24º C, não -pentanos) com baié inflamável. Para xo ou mesmo nulo maiores informacusto de conversão ções, veja a Tabela (sem necessidade de alterações em equipamentos ou for1, Agentes de expansão: comparativo de propriedades. mulações), podendo também ser misturado com outros Segundo Nina Krauss, do setor de Comunicações para agentes de expansão, melhorando aspectos ambientais, Materiais de Especialidades da Honeywell, o HBA-1 ou de segurança e de performance em termos de isolamento HFO-1234ze já é utilizado como propelente para aerostérmico. Atualmente em fase de testes, o FEA 1100 será sóis, solvente e como agente de expansão para espumas produzido numa planta piloto, prevista para 2012/2013 e de poliuretano de um e dois componentes. Recentemente alcançará escala comercial em 2014/2015. (em maio de 2011), a empresa anunciou a triplicação da capacidade de produção de sua fábrica de HFO-1234ze de pequena capacidade em Buffalo, Nova York. Já o HBAE 2, ainda não lançado, será, segundo Krauss, utilizado para espumas de poliuretano para isolamento térmico. Agente de expansão de 4ª geração, em fase de de“Estamos nos estágios iniciais de comercialização de senvolvimento pela norte-americana Honeywell (Morambos os produtos, mas não temos planos específicos ristown, Ney Jersey), o HBA-2 é o sucessor imediato do para o mercado brasileiro”, disse. A Honeywell não tem HBA-1, também uma hidrofluorolefina, cujo nome quírepresentante no Brasil. mico é trans-1,3,3,3-tetrafluoropropano (HFO-1234ze). A

FEA1100 (DUPONT)

HBA-1 HBA-2

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ELÉTRICO

A correção do fator de potência, importante

Wikimedia

Poliuretano: solução em capacitores para correção do fator de potência para qualquer estabelecimento que não quer pagar pelo excedente de energia reativa e diminuir as perdas elétricas, é de responsabilidade dos chamados capacitores papel do poliuretano no equipamento

O

Capacitores: investimento de retorno elevado

s investimentos e cuidados na geração e distribuição de energia, com a menor taxa de desperdício possível, vêm transformando pouco a pouco o panorama da indústria e do setor de serviços em todo o mundo. Em parte, as novidades no setor estão na geração propriamente dita de energia, indo desde descobertas de fontes de energia renovável até novas soluções em fontes de energia limpa. Mas o setor de distribuição também vem sofrendo mudanças.

os equipamentos funcionarem. Fator de potência é a relação entre potência ativa e potência aparente consumidas por um dispositivo ou equipamento. Isso quer dizer que quanto maior o fator de potência menos energia reativa é fornecida pela concessionária, melhorando e tornando o sistema elétrico mais eficiente.

CAPACITORES

A eficiência de uma rede de consumo de energia supõe o elevado aproveitamento da energia das concessionárias para efetivamente gerarem atividade pelos mais variados equipamentos. Ou seja, é conveniente reduzir ao mínimo a circulação de energia reativa no circuito elétrico. Atualmente, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) estabelece em seu artigo 49 da Portaria 456 que o valor mínimo para o fator de potência, para unidades consumidoras, deve ser de 0,92, tanto indutivo como capacitivo. O que isso significa? Significa que ao menos 92% da energia fornecida deve ser utilizada como energia ativa. E a energia reativa, como consegui-la? É quando surgem os capacitores.

Equipamentos de funcionamento relativamente simples, os capacitores para correção do fator de potência são componentes utilizados em indústrias de vários tipos, assim como em condomínios e lojas comerciais de grande, pequeno ou médio porte. Sua função é fornecer a energia reativa necessária para a operação de algumas cargas e evitar o desperdício de energia eliminando a cobrança de excedentes de energia reativa. Mas o que é a energia reativa?

EXPLICAÇÃO

Dois tipos principais de energia são envolvidos na ativação e consumo de energia elétrica por equipamentos elétricos e eletrônicos: a chamada energia ativa e a energia reativa. Enquanto a energia ativa é a que é efetivamente consumida pelos equipamentos para realização de um trabalho, a energia reativa é aquela utilizada tão somente para ativar esses equipamentos. Ou seja, a energia reativa é necessária apenas para

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CONSUMO

Lorenzetti

de potência. Saiba em que eles consistem e o

CAPACITORES

“Os capacitores para correção do fator de potência são componentes que fornecem a energia reativa necessária para a operação de certas cargas, eliminando o fornecimento desta

Capacitor de fator de potência: equipamento simples

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de ento

ELÉTRICO

CONSTRUÇÃO

Na prática, o funcionamento dos capacitores para correção do fator de potência é relativamente simples. “Consistindo de bobinas fabricadas com filme de polipropileno metalizado autoregenerativo, com ligação em paralelo ou delta, os capacitores são atualmente em sua maioria imersos em óleo natural montado em invólucro de alumínio”, disse Lopes, da IPC. “No capacitor, o polipropileno exerce a função de dielétrico e a área metalizada armazena as cargas elétricas. Para que isso aconteça, a bobina precisa ser envolvida em resina”, disse Neto, da Epcos. A resina mais recomendada: poliuretano de óleo de mamona.

MATERIAIS

Houve uma época, não muito distante, em que o produto utilizado para isolar dielétricamente as bobinas dos capacitores era o chamado PCB ou bifenil policlorado, um tipo de hidrocarboneto clorado. “Conhecidos como Ascarel, tecnicamente Alocloro 124, o PCB é altamente tóxico, causando cloracne, hepatomegalia, atrofia de Timo, imunosupressão, neurotoxidade e aumento do índice de mortes por câncer de fígado e vesícula”, disse Neto. Esses inconvenientes causaram sua substituição por outros materiais. Um deles foi a resina epóxi, um ótimo isolante elétrico, ainda bastante usada como isolante em capacitores. Mas o epóxi apresenta alguns problemas: além de ter custo alto, sua qualidade às vezes deixa a desejar. Isso abre o campo para o uso de poliuretano.

POLIURETANO

Material com elevado potencial de biodegradabilidade, o poliuretano de óleo de mamona é o natural substituto do PCB e do epóxi. “Com alto potencial de isolamento dielétrico e boa estabilidade e convecção térmicas, o poliuretano é utilizada por nós nas linhas de capacitores para motores, ar condicionado, iluminação, refrigeração, etc.”, disse Neto, da Epcos. “Em nosso conceito construtivo de capacitor a resina poliuretânica é a que apresenta melhor performance”, completou. “O poliuretano possui excelentes propriedades eletromecânicas, além de baixo custo comparativamente com outras resinas, como epóxi”, afirmou Lopes, da IPC. “No nosso caso, a utilização do

composto poliuretano em nossas linhas de capacitores é recente, sendo que estamos migrando para ele inicialmente nos modelos monofásicos de baixa tensão, substituindo a resina epóxi”, afirmou. “A resina PU tem diversas vantagens, como boa viscosidade, baixa densidade, boa estabilidade dimensional, reatividade com baixa dissipação térmica, etc.”, disse Lopes, da Lorenzetti. Capacitor: geração de energia reativa

Lorenzetti

por parte da concessionária de energia”, disse Ricardo Lopes, engenheiro de engenharia e qualidade dos Capacitores Lorenzetti (São Paulo, SP). “Se o fator de potência for menor do que 0,92, as concessionárias de energia podem aplicar multas, que encarecem as contas dos estabelecimentos envolvidos, seja de qual tipo forem”, disse Adail Neto, engenheiro de capacitores de potência da Epcos do Brasil (Gravataí, RS). “Os capacitores melhoram a tensão, proporcionam maior capacidade ao sistema e reduzem as perdas de linha”, disse Célio Lopes, gerente de produção da IPC Capacitores (Catanduva, SP). Os principais tipos de capacitores são: para correção do fator de potência trifásico e monofásico de baixa tensão (chamados de power capacitors), para iluminação (lightning) e para correção de pequenos motores (moto run).

PROPRIEDADES

Usada sob a forma de gel, a resina poliuretânica melhora o funcionamento da válvula de proteção do capacitor em caso de sobrepressão interna. “Quando ocorre uma sobrecarga no capacitor, gases são emanados e acionam, por pressão, a válvula de proteção, evitando dessa forma o rompimento da carcaça de alumínio e o vazamento do conteúdo”, explicou Lopes, da Lorenzetti. “O gel de poliuretano permite a passagem desses gases, o que não ocorre com a resina epóxi, muito rígida”. “O circuito de proteção interna por sobrepressão deve ser certificado pela UL (Underwrites Laboratories), que interrompe a circulação de corrente elétrica dentro do capacitor sob condições adversas, impedindo explosão, ignição e propagação de chamas”, afirmou Neto, da Epcos. No caso de se usar óleo vegetal, segundo Lopes, da Lorenzetti, o problema é a instalação do capacitor com os terminais voltados para baixo. “Por isso, nesses casos o uso do gel é importante, dada sua alta viscosidade”. As normas próprias para capacitores são a ABNT IEC60831-1/2, a UL 810 e a IEC60831-1/2.

FORMULAÇÃO

Para a aplicação, os fabricantes de capacitores normalmente adquirem os componentes A + B do poliuretano, já formulados. Mas toda formulação costuma passar pela aprovação dos departamentos de engenharia das empresas. “O poliuretano deve seguir normas elaboradas por nosso departamento de engenharia, sendo que todo material adquirido é inspecionado para verificarmos se atende às respectivas especificações”, disse Neto, da Epcos. “Mas não somos responsáveis pela formulação”. “Nós compramos os componentes em separado por questão de custo”, acrescentou Lopes, da IPC. “No nosso caso, a compra em separado, além de mais econômica, é tecnicamente mais segura”, disse Lopes, da Lorenzetti. “Enquanto o controle de qualidade é executado pelo fabricante, nós recebemos os laudos de análise”, completou.

APLICAÇÃO

A aplicação do PU é simples: a resina é vertida no caneca do capacitor, sendo a bobina mergulhada em seguida. “O maior cuidado é que, durante a cura, que é lenta, na temperatura ambiente, seja eliminada toda e qualquer bolha de ar, que prejudica o isolamento elétrico”, mostrou Lopes, da Lorenzetti.

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ISOLAMENTO TÉRMICO

O

Tecnologias e tendências para baús frigoríficos Agência Brasil

Baús frigoríficos: grande mercado para o poliuretano

Muito utilizado como isolante térmico em baús e caminhões frigoríficos (assim como em veículos menores), o poliuretano responde também por características estruturais nesses veículos e pode ser usado em forma de

I

bloco ou injetado e com agentes de expansão cada vez mais modernos. Saiba como isso se dá

mportante mercado para utilização de espuma rígida de poliuretano para fins de isolamento térmico é o de caminhões e baús frigoríficos e isotérmicos. Com tamanho estimado em 3 mil toneladas/ano de sistemas de PU (dados da Dow Brasil), esse mercado cresce e evolui em relação direta com o consumo de alimentos pela população mundial e brasileira, em especial de produtos da cadeia do frio, como carne bovina e suína, frangos, leite e derivados, etc.

liuretano são coladas às chapas do caminhão (essas chapas podem ser de alumínio, aço, fibra de vidro, etc.). “Neste caso, as placas de poliuretano são compradas já cortadas nas dimensões desejadas, sendo que a montagem do painel é feita posteriormente”, disse André Fernandes, representante técnico-comercial de sistemas formulados da Dow Brasil (São Paulo, SP).

PROCESSOS

As placas de poliuretano são normalmente coladas às chapas de alumínio, aço, etc. “De forma geral, o poliuretano adere bem nas chapas, contanto que estas não estejam em temperaturas muito baixas”, disse Wischral, da BASF. “As chapas de PU não precisam receber nenhum tipo de tratamento, pois devido a sua porosidade elas proporcionam uma boa ancoragem da cola (quando coladas). Mas as chapas metálicas ou de fibra de vidro precisam estar limpas como em qualquer outro processo, ou seja, livres de óleo, poeira, etc.”, disse Borba, da Bayer MaterialScience. “Em alguns casos, as chapas metálicas ou de fibra de vidro precisam ser aquecidas para melhorar a aderência, mas na maioria dos casos o poliuretano possibilita uma boa adesão a esses substratos”, afirmou Fernandes, da Dow Brasil. “Qualquer que seja o caso, as formulações utilizam matérias-primas qualificadas que melhoram a ancoragem independente do substrato e que não possuam substâncias corrosivas que possam reagir com o passar do tempo com a chapa”, completou. “Deve-se tomar também cuidado com a vedação da parte interna do caminhão, para se evitar o risco de infiltração de água”, Chapas metálicas ou de fibra de comentou Wischral. vidro: boa adesão do PU

TECNOLOGIA

“Normalmente, o sistema de blocos é usado por clientes mais simples, ao passo que a aplicação in situ é comum com clientes com melhores condições técnicas”, disse André Borba, gerente de poliuretano Latam da Bayer MaterialScience (São Paulo, SP). “Em ambos os casos, a diferença em relação à indústria de refrigeradores, por exemplo, é que a linha para baús frigoríficos utiliza agentes antichamas”. No caso dos blocos, as placas de po-

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Isolamento_termico_PU45_01.indd 34

Superpesado

Assim como em outras aplicações de isolamento térmico (como refrigeradores, câmaras frigoríficas, galpões, telhados, etc.), o poliuretano pode ser aplicado em baús frigoríficos, de duas formas principais: por meio de placas inteiriças em que o poliuretano entra como material de núcleo, ou por injeção, aplicando-se o poliuretano diretamente nos vazios das paredes dos baús. “Existem atualmente os dois processos, pois alguns fabricantes de baús preferem injetar o poliuretano diretamente na carroceria, ao passo que outros compram os painéis já fabricados”, disse Silvia Wischral, representante técnica-comercial da região Sul da BASF Poliuretanos (Mauá, SP), segundo a qual o mercado brasileiro se distingue do europeu porque neste não se utiliza o processo de laminação de blocos rígidos.

COLAGEM

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A do qu is fri da ut as e té a qu ex m o pr Es pr os pa pa co as co vi aç ca


ISOLAMENTO TÉRMICO

A Facchini (Votuporanga, SP) é um dos dezenas de transformadores que utilizam poliuretano como isolante térmico em baús frigoríficos. Segundo a engenharia da empresa, a densidade do PU utilizado vai de 38 a 42 kg/m2, as espessuras são de 35, 60, 80 e 100 mm, com condutividade térmica média (fator K) de 0,0 a 20 Kcal/hm/o C. A empresa, que também utiliza poliestireno expandido leve em casos de menor solicitação térmica, compra o poliol e isocianato e monta ela própria os blocos de espumas. Esses blocos passam por um processo de corte, transformandoos em placas. Essas placas vão para linha de montagem de painéis, onde são coladas nos conjuntos. As chapas que recebem as placas de PU são de alumínio, compensado, aço ou fibra de vidro, sendo que o alumínio e o aço recebem previamente uma camada de primer.

PROPRIEDADES

São diversas as propriedades a serem levadas em conta na escolha da melhor formulação de poliuretano rígido para baús frigoríficos. “Algumas dessas propriedades são: fator K, densidade, reação ao fogo, compressão, cisalhamento, estabilidade dimensional e friabilidade”, afirmou Fernandes. Dessas propriedades, algumas merecem destaque. “As principais propriedades para espuma rígida em bloco são densidade e compressão, principalmente”, opinou Wischral, da BASF.

DENSIDADE

Não existe uma densidade única recomendada para os blocos de espuma rígida de PU utilizados em baús frigoríficos. Por uma razão simples: a densidade, assim como a espessura da parede, vai depender do projeto do baú, que por sua vez será indicado para o transporte de determinado tipo de mercadoria. Isso sem contar que tudo irá depender da tecnologia utilizada pelo transformador para a fabricação do baú. “Mesmo assim, pode-se dizer que a densidade pode variar entre 38 e 45 kg/m3, podendo ser facilmente obtida com qualquer sistema”, disse Borba. “A densidade e a espessura do bloco irá depender da necessidade de cada cliente, mas como referência à espessura de 8 cm e a densidade de 40 kg/m3 são bastante utilizadas nessa aplicação”, disse Wischral. “As densidades podem variar entre 35 e 45 kg/m3 em função do modelo do baú e do produto a ser carregado, mas não se limita a esses valores”, afirmou Fernandes, da Dow. “É importante notar também que as espessuras das paredes interferem diretamente no desempenho total do sistema”, explicou.

FATOR K

Propriedade que indica o potencial isolante da espuma rígida de poliuretano para determinada aplicação, o fator K é também muito importante no projeto de baús frigoríficos. “A espuma rígida tem um fator K intrínseco de 0,021W/mK que proporciona o isolamento térmico e pode afetar a espessura do bloco”, disse Fernandes. “O fator K é realmente muito importante, mas depende mais do agente de expansão usado do que da formulação da espuma”, afirmou Borba, da Bayer.

AGENTES DE EXPANSÃO

Atualmente e ainda por alguns anos, o HCFC 141b, substância que não agride a camada de ozônio mas que contribui para o aquecimento global, continuará sendo o agente de expansão mais utilizado para fabricação de espuma rígida de poliuretano para isolamento térmico em baús frigoríficos. “Mas já existem tecnologias

Agência Brasil

O exemplo da Facchini

O mercado de baús acompanha a evolução da economia

disponíveis para substituir esse agente expansor por outros materiais ecologicamente corretos e permitidos em outros países”, afirmou Wischral. “Já são utilizados o HFC 365 e os pentanos, por exemplo”, afirmou Fernandes, segundo o qual os pentanos são largamente usados na Europa em baús com excelentes propriedades térmicas. “O CO2 (água), o HFC 365mfc/227ea, o formiato de metila (Ecomate) e o dimetoximetano (Metilal) também existem no mercado”, afirmou Borba. “No futuro próximo, teremos as HFO (hidrofluorefinas)”, contou Fernandes. Dois exemplos são o FEA 1100, da DuPont, e o HBAC-2, da Honeywell.

COMPRESSÃO

Além do isolamento térmico, a espuma rígida de poliuretano serve para estruturar os painéis laterais e superior dos baús, respondendo por boa parte das resistências mecânicas envolvidas. “Preenchendo toda cavidade, o PU funciona como um reforço estrutural para a carreta”, disse Fernandes, da Dow Brasil. “Não dar importância a esse fator pode acarretar perda de estabilidade dimensional das paredes internas do baú, ocasionando falha da estruturação como um todo”, afirmou. “Se a resistência mecânica não for apropriada, corre-se o risco da deformação ou de bolhas nas paredes”, disse Wischral. “Normalmente a espuma possui uma resistência à compressão de por volta de 170kPa”, disse Borba. “Mas se a espuma contrair quando submetida ao frio ou se ela se soltar (descolar), o efeito sanduíche e o efeito de conjunto estrutural da espuma podem também acabar diminuindo, comprometendo o baú”, completou. A friabilidade (tendência ao esfarelamento) também é importante. “A friabilidade tende a ser menor do que 12%”, disse Borba.

FUTURO

Com tecnologia similar a de outras partes do mundo – há somente algumas variações no processo de injeção devido à qualidade/modernidade dos equipamentos, segundo Fernandes –, a fabricação de baús frigoríficos no Brasil tende a aumentar gradativamente. “Com o aumento do poder aquisitivo, a ascensão das classes sociais e o consequente desenvolvimento do segmento alimentício, a expectativa é que essa aplicação continue crescendo nos próximos anos”, disse Wischral, da BASF. “O aumento da exportação por alguns setores da economia e o transporte de alimentos perecíveis devem também acelerar esse processo”, completou. “Em tecnologia, além da adoção de novos agentes de expansão, há também a expectativa de se usar máquinas de alta pressão para o processo de injeção”, acrescentou Fernandes, da Dow Brasil.

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DESIGN

Infinitas composições com o Projeto Infinity A partir desta edição, a Revista Poliuretano começa a publicar interessantes desenvolvimentos do designer Antonio De Mitry

PROJETO INFINITY

Mais informações - e-mail: a.a.dimitry@uol.com.br

Projeto permite diversos acabamentos

De Mitry

O designer Antonio De Mitry projetou uma curva da qual derivou uma série infinita de composições (módulos, poltrona, sofás, meses, estantes e racks), com diversos acabamentos. A peça-mãe pode ser feita de madeira folhada-colada, composites (resina poliéster reforçada com fibra de vidro) e poliuretano. A utilização das peças é em decoração interna e externa, ampliando seu leque de utilização a depender do tipo de material usado no revestimento. Batizando o projeto de Infinity, De Mitry sugere também que o projeto surja em parte terceirizado, uma empresa fabricando as curvas e outra responsável pelos acabamentos e revestimentos.

Painel Automotivo 18 | Outubro | São Paulo - SP

No dia 18 de outubro de 2011, será realizada a quinta edição do Painel Automotivo, com o objetivo de apresentar as novas tecnologias em plásticos de performance diferenciada (composites, poliuretano e plásticos de engenharia) para esta indústria, assim como mostrar os projetos em andamento para o setor automotivo no Brasil e demais países da América do Sul. Cerca de seis palestras técnicas, ministradas pelos patrocinadores, focarão, matérias-primas, tecnologias e aplicações para o setor automotivo.

Informações: tabatha@artsim.com.br Design_PU45_01.indd calhau_automotivo.indd 21

2011 Evento gratuito ao público

O evento é gratuito, entretanto dirigido e exclusivo para profissionais de projeto, engenharia e análise de materiais de montadoras, encarroçadeiras e fabricantes de autopeças.

Sua empresa também pode apresentar produtos para uma melhor performance das peças automotivas. Contate-nos e conheça todos os benefícios de ser um patrocinador do Painel Automotivo 2011.

Tel.: (55

11) 2899-6377 7/29/11 5/23/11 4:11 8:53 PM AM



Estruturação e isolamento térmico de barcos com PU rígido

Aginsulation

NÁUTICA

Poliuretano: material adequado sob certas condições

Devido a suas propriedades de extrema leveza, alta resistência mecânica e potencial de isolamento térmico, a espuma rígida de poliuretano serve como material isolante e

U

estruturante em embarcações de diversos tipos. Saiba mais a respeito

ma infinidade de materiais entram na fabricação de embarcações, sendo que quanto mais exigentes se tornam os requisitos técnicos mais complexa se torna a escolha do material mais adequado para cada aplicação específica. “Todos os dias nascem novas empresas inventando materiais para solucionar algum tipo de problema”, disse Arthur Fernando Fusco, do departamento técnico do Estaleiro Arthmarine (Cotia, SP).

manutenção de produtos perecíveis”, disse Hélio da Costa P. Júnior, do departamento técnico da Amino (Diadema, SP). “Usamos isolamento acústico e térmico na sala de máquinas, em conjunção com chapas de alumínio, fabricando também geleiras de PU para conservar mais o gelo”, afirmou Fusco, da Arthmarine.

TRADIÇÃO

Mas o isolamento térmico é só mais uma propriedade do poliuretano rígido em embarcações. Outras propriedades, mais conhecidas, são a leveza e rigidez, que lhe dão excelente comportamento mecânico substituindo a madeira. “Na substituição da madeira por PU estrutural, o PU proporciona os benefícios da leveza, resistência mecânica e estruturamento”, disse da Costa P. Júnior, da Amino. “A espuma de PU é muito mais leve que a madeira, assim como mais barata do que outros materiais similares”, disse Fusco. Os usos da espuma de PU são diversos. “O PU, sob a forma expandida, serve como reforço estrutural, reforço de casco e também reforço de deck”, afirmou Ribeiro, dos Estaleiros Dumar. “Uma grande vantagem da espuma de PU é sua durabilidade indefinida, o que quer dizer que na prática a durabilidade é praticamente ilimitada”, concluiu. O poliuretano costuma ir na forma expandida, encapsulado em estruturas de composites (resina com fibra de vidro).

A espuma rígida de poliuretano, amplamente conhecida como material termicamente isolante, usada em câmaras e baús frigoríficos, assim como em revestimentos para construção civil, é também uma velha conhecida dos fabricantes de embarcações. “Há mais de 40 anos construo embarcações fazendo uso de poliuretano, conjugado com composites de resina e fibra de vidro, e ainda hoje ele é um dos melhores materiais a depender da situação”, disse Carlos Eduardo Leandro Ribeiro, diretor dos Estaleiros Dumar (São Paulo, SP).

ISOLAMENTO TÉRMICO

São diversos os usos de poliuretano rígido no mercado náutico. Alguns deles são: isolamento térmico, estruturamento e acabamento (em painéis, no teto, em imitação de perfilados). Dentre suas características, o isolamento térmico se destaca. “O poliuretano proporciona elevada proteção térmica em relação a ambientes externos, assim como economia de energia elétrica e bom desempenho na

PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

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ESTRUTURAÇÃO

APLICAÇÕES

A resistência mecânica e leveza da espuma rígida de PU indicam-na também para estruturas internas. “Colocamos a

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Aginsulation

Nautica_PU45_01.indd 39

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NÁUTICA espuma no interior das longarinas (chassis) do barco. Essas longarinas são feitas de composites (resina com fibra de vidro), laminadas no local, criando vãos livres e abertos”, afirmou Fusco. “Para preencher esses vãos, usamos espuma, o que dá mais reforço à longarina. Nessa aplicação, só a espuma de PU consegue preencher os lugares vazios de difícil acesso”. Outra aplicação da espuma rígida de PU é nas laterais do costado da embarcação, como núcleo de um material sanduíche (entre duas placas de composites ou metálicas). “A espuma em placa não tem função nenhuma, mas quando ela é laminada dos dois lados fica muito resistente”, afirmou Fusco. Em ambas aplicações, são utilizadas injetoras de baixa ou de alta pressão. “O processo consiste no bombeamento dos dois componentes para o interior do cabeçote que promove a mistura. Em segunda essa mistura é injetada na peça ou vazio isolado”, afirmou da Costa Júnior, da Amino. Outra aplicação do poliuretano é na fabricação de moldes.

LINHA D’ÁGUA

O fundo do casco também é um local em que o poliuretano pode – e às vezes deve – ser aplicado. “O reforço do casco com a espuma rígida expansível de poliuretano é sempre bem-vindo, em especial acima da linha d’água”, afirmou Ribeiro. “O baixo peso do material, aliado à ótima estruturação, permite elevar a resistência mecânica do barco sem comprometê-lo com excesso de peso”. Nessa aplicação em particular, o grau de fechamento das células da espuma é tão importante quanto a densidade final do PU. “No espelho da popa, o poliuretano costuma durar muito”, afirmou Ribeiro, salientando que o poliuretano não apresenta ponto fraco. Os concorrentes do PU nessas aplicações são os produtos Divinycell e Airex, assim como a madeira de tipo balsa.

FORMULAÇÃO

Boatdesign net

Os estaleiros costumam receber prontos os componentes A e B da formulação do poliuretano rígido para aplicação nas embarcações. “A formulação vem pronta na fábrica.

Assim os funcionários não se preocupam com o aspecto químico e podem se concentrar em transformar o projeto da embarcação em algo real”, afirmou Fusco, da Arthmarine. “As porcentagens de cada componente vêm no rótulo da embalagem”. Segundo Ribeiro, dos Estaleiros Dumar, as formulações de PU precisam passar por testes prévios, de forma a indicá-las para esta ou aquela aplicação. Esses testes podem vir de fabricantes nacionais ou estrangeiros das matérias-primas. “Os produtos nacionais são, há bastante tempo, de ótimo nível, competindo de igual para igual com os produtos importados”, disse Ribeiro.

LIMITAÇÕES

Dentre as principais limitações da espuma rígida de poliuretano, uma delas se destaca: a elevada capacidade de absorção de água e a consequente perda das propriedades da espuma, que passa a elevar o peso da embarcação e a diminuir a resistência mecânica das peças. “Em contato com a água, a espuma prejudica o barco”, informou Fusco. “A espuma chupa muito facilmente a água, e isso torna o barco pesado”, confirmou Ribeiro. Thinners, por sua vez, desmancham a espuma. Outro problema deriva da existência de espaços vazios com ar no interior da espuma. “A existência de vazios diminui a resistência mecânica da peça”, disse Ribeiro, para quem a espuma de poliuretano precisa sempre ser completamente isolada do contato externo. Um exemplo, segundo ele, está no cavername da embarcação, em que a espuma é encapsulada entre manta e tecido, laminados posteriormente por resina termofixa.

HIDRÓLISE

Já no caso de espumas de altas e altíssimas densidades, de células mais fechadas, o problema de absorção de água praticamente não ocorre. “Nessas formulações, a espuma rígida de PU é praticamente impermeável, apresentando altíssima resistência à hidrólise”, disse da Costa Júnior, da Amino. “O risco de contaminação de PU rígido pela água, nessas condições, é mínimo. Podem ocorrer problemas com o poliol formulado, que pode ser contaminado pela água, sendo que para isso ele deve ser estocado em área coberta e em tambor lacrado”, completou. “As espumas de altíssima densidade são indicadas para o espelho de popa, situação em que a espuma deve também apresentar excelente resistência mecânica”, disse Ribeiro, dos Estaleiros Dumar.

TENDÊNCIAS

Há discordâncias quanto ao futuro do poliuretano nas embarcações em geral. Enquanto Ribeiro afirma que as melhores embarcações utilizam espuma rígida de poliuretano nas mais diversas aplicações, Fusco opina que a desvantagem da elevada absorção de água da espuma pode pôr a perder o panorama do PU no setor. “Por absorver água, a espuma tem um grande problema. Se nada for feito, pode-se acabar extinguindo o uso do material nas embarcações”, afirmou.

Pequenas embarcações: PU como material de núcleo

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40 7/29/11 11:04 AM



Painel Tecnologias de Materiais para Construção e Manutenção de Estádios e Centros Esportivos

Soluções para eventos esportivos Impermeabilizantes, adesivos e selantes, pisos, proteção de concreto, juntas de dilatação e poliureia foram os tópicos das apresentações da Retaprene (Santo André, SP) e Dow Brasil (São Paulo, SP) no Painel Tecnologias de Materiais para Construção e Manutenção de

R

Estádios e Centros Esportivos. Confira

ealizado em 16 de junho, o Painel Tecnologias de Materiais para Construção e Manutenção de Estádios e Centros Esportivos, realizado em São Paulo, SP, reuniu uma grande quantidade e variedade de especialistas, interessados e autoridades do setor para conferir as últimas tecnologias em poliuretano para grandes obras de construção civil, em especial estádios e centros esportivos. Veja a seguir um resumo de duas palestras.

PISOS, IMPERMEABILIZANTES E SELANTES

Eventos esportivos: platéia qualificada

A Retaprene (Santo André, SP) apresentou soluções para pisos, impermeabilização de áreas diversas e selagem em poliuretano, cada uma com suas peculiaridades (em propriedades, processos e aplicações).

PISOS E IMPERMEABILIZANTES

Para superfícies sujeitas a umidade e intempéries, os pisos, revestimentos e impermeabilizantes à base de poliuretano são uma excelente opção dentre os produtos disponíveis no mercado, gerando durabilidade, resistência ao desgaste e impermeabilização da superfície. De baixa viscosidade (parecida à de um óleo), o poliuretano para ambas aplicações é autonivelante e, após a cura, veda por completo a superfície, formando uma barreira ao oxigênio e fechando qualquer orifício ou imperfeição do substrato, evitando corrosão e ataque químico. O poliuretano pode

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Infraestrutura_PU45_01.indd 42

também ter características antiderrapantes, importantes em aplicações como escadas, corredores, rampas, piscinas, etc. Com excelente adesão em metal, borracha, composites, madeira e concreto, o poliuretano para pisos e como impermeabilizante se infiltra em todas as porosidades e trincas do substrato, fundindo-se, após a cura, totalmente com a superfície. Como impermeabilizante, o PU destaca-se por não ocupar espaço, apresentando espessuras indicadas a cada aplicação. Produto atóxico e não prejudicial ao meio ambiente, não gerando VOCs (compostos orgânicos voláteis) ou CFCs (clorofluorcarbonos), o poliuretano para ambas aplicações não propaga a chama. O produto pode ser submetido a picos entre -40º C e 90º C (-50º C a 100º C para o impermeabilizante) sem perder suas propriedades. Veja a seguir as principais propriedades do PU para pisos da Retaprene:

42 7/29/11 1:18 PM


2011 Propriedade

Valor

Viscosidade

100 cps

Dureza

80 a 95 Shore A

Alongamento

100 a 150%

Resistência química geral

Excelente

Resistência ao impacto

600 J

Resistência à tração

5,5 MPa

Absorção de água

0,1%

Extremos de temperatura

- 40º C a + 90º C (piso) - 50º C a + 100º C (impermeabilizante)

Tabela 1 – Pisos em PU e PU como impermeabilizante

O poliuretano para pisos e como impermeabilizante, que é também resistente a fissuras, impacto, abrasão (2 a 3 vezes superior ao aço SAE 1020), hidrólise e produtos químicos, assim como ao ataque de fungos e bactérias, proporciona isolamento acústico e facilidade na limpeza, não exigindo manutenção. Em caso de acidentes, a superfície pode ser retocada facilmente. Veja abaixo as normas a que o produto obedece em função de suas propriedades, após submetido a diversos ensaios:

Propriedade

Norma

Índice de inflamabilidade

ASTM E-162

Resistência à chama

ASTM E-648

Densidade específica da fumaça gerada

ASTM E-662

Antiderrapagem

ASTM E-303

Resistência à abrasão / desgaste

DIN 53516

Resistência a substâncias químicas

DIN 51958

Dureza

ASTM 2586

Estabilidade dimensional

DIN 51926

Compressão localizada

ASTM D-695

Absorção de água

ASTM D-570

Resistência a manchas

ASTM D-1308

Resistência à chama de cigarro

Resistência a tração

DIN 51961 ABNT/NBR 11506 DIN 53504

Alongamento

DIN 53504

Toxicidade da fumaça

BSS 7239

Densidade

Tabela 2 – Normas atendidas pelo PU para pisos e como impermeabilizante

ADESIVO E SELANTE

A Retaprene também fabrica adesivos e selantes em poliuretano. O destaque da empresa é o Retapur Telha Térmica, adesivo formulado para colagem de materiais como EPS, aço galvanizado, alumínio, madeira, cimento, laminados fenólicos e composites (resina termofixa com fibra de vidro). Bicomponente, o poliuretano para essas aplicações proporciona excelente adesão e portanto resistência mecânica, adesão a temperaturas que vão de -30º C a 90º C, propriedades antichama (não é inflamável) e resistência à hidrólise. O PU não contém solvente. As aplicações do adesivo são variadas: fabricação de telhas termoacústicas em EPS e chapas de aço galvanizado, painéis térmicos de frigoríficos, divisórias de sala limpa ou asséptica (por exemplo, em indústrias farmacêuticas), colagem de pisos de madeira, etc. Na construção civil, pode ser usado para colar metal com madeira, metal com metal, metal com pedra, metal com concreto, pedra com pedra, pedra com concreto, metal com plástico e madeira com concreto.

PROTEÇÃO DE CONCRETO, JUNTAS DE DILATAÇÃO E POLIUREIA

A Dow Brasil (São Paulo, SP), parceira olímpica mundial e a “companhia química oficial” do movimento olímpico até 2020, apresentou produtos para reduzir a deterioração do concreto, promover excelentes propriedades em juntas de dilatação e aplicar poliureia como revestimento de performance elevada.

PROTEÇÃO DE CONCRETO

Material poroso por definição, o concreto está naturalmente sujeito a fenômenos de deterioração, em sua maioria lentos mas inevitáveis. Numa estrutura de concreto reforçada com barras de aço, o processo de deterioração começa com a infiltração de cloreto (Cl-), oxigênio (O2), gás carbônico (CO2) ou sulfato (SO4) nas porosidades do concreto (fase de iniciação), que por sua vez leva à fase de depassivação, caracterizada pela redução do pH (de alcalino para ácido), e posteriormente à fase de corrosão, com as barras de aço sendo corroídas, processo acelerado por rachaduras e fragmentação da cobertura de concreto. Uma consequência do processo é a expansão dos subprodutos em 3 a 6 vezes. As causas da deterioração, por corrosão, das superfícies de concreto são, em sua maior parte, a ocorrência de rachaduras de encolhimento durante a cura, a ocorrência de rachaduras de ciclo de temperatura e movimentos estruturais. Note-se que, regra geral, concreto não protegido naturalmente deteriora, em processos gradativos que normalmente levam de 10 a 40 anos (10 a 15 para a iniciação, 20 a 25 para a depassivação e 30 a 40 para a corrosão propriamente dita).

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Painel Tecnologias de Materiais para Construção e Manutenção de Estádios e Centros Esportivos Para proteger o concreto, costuma-se aplicar revestimentos sobre a estrutura, mas, em caso de aplicação de revestimentos de qualidade inferior, costumam ocorrer falhas na superfície, que deixam que os cloretos, a água e o gás carbônico se infiltrem na estrutura. Como resultado, é necessário aplicar novo revestimento a cada 5 a 8 anos. O sistema Poly-Carb, da Dow, resulta da copolimerização de epóxi com uretano, a partir de produtos Dow, criando um material flexível com alta resistência à ruptura, podendo também ser usado numa ampla gama de temperaturas. O produto se caracteriza por aderir fortemente ao concreto, por reter muito bem o agregado (sendo resistente a derrapagens, com proteção da membrana), por resistir muito bem a impactos e por apresentar excelente resistência química (a gasolina, óleo, fluidos, etc.). O material pode ser aplicado de forma rápida, com liberação da área de 36 a 48 h. A figura 1 abaixo mostra as características das quatro camadas do sistema de revestimento Mark 170.2, da Dow.

Unidade

Método

Sistema curado

Após 100º C, 70h

Após imersão em óleo, 70º C, 100h

DIN 535052000

58

66

59

1

Alongamento até ruptura

%

DIN 535042009

600

550

580

2

Força de rasgamento

N/mm

DIN ISO 342004

40

39

37

MPa

DIN 535042009

25

25

24

Densidade

Kg/m2

DIN ISSO 845-2009

990

990

990

Módulo de elasticidade

MPa

DIN 535042009

405

465

415

Deformação permanente (30%, 22h, 100º C)

%

19

21

19

Abrasão

mg

250

233

260

Revestimento superior/ camada de proteção contra desgaste - 100% de sólidos - bom equilíbrio entre resistência e tenacidade - endurecimento de 4 a 6 h

3

Revestimento base/ membrana impermeabilizante - 100% de sólidos - alongamento de 400% - endurecimento de 4 a 6 h

4

Base - 100% de sólidos - formulado para fixar o sistema ao concreto - endurecimento de 2 a 4 h

Figura 1 – Sistema Mark 170.2

Infraestrutura_PU45_01.indd 44

Propriedade

A

Acabamento - excelente resistência - de 10 a 24 h para o retorno do tráfego, de depender do material escolhido

PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

Aplicadas com os objetivos de vedar, permitir a livre movimentação de estruturas, assim como proporcionar suavidade de rodagem e continuidade ao tabuleiro, as juntas de dilatação são sujeitas a esforços de recalque, tração, compressão, cisalhamento e rotação, dentre outros. Para terem alta performance, é importante que as juntas promovam ótima adesão, resistência a intempéries, resistência química e propriedades mecânicas diversas. O sistema Joinllast 8000, da Dow, é a indicação da empresa para juntas de dilatação. Veja abaixo na tabela 3 os desempenhos de juntas com esse material.

o

4

2

PARA JUNTAS DE DILATAÇÃO

Dureza

3

1

PRODUTO

Força de tensão

DIN ISSO 4649-2008

Tabela 3 – Joinllast 8000 (Dow), valores típicos

POLIUREIA COMO REVESTIMENTO DE ELASTÔMERO EM SPRAY

Sistema bicomponente (poliol e isocianato), aplicado por máquina spray de alta pressão (por volta de 2000 psi, de 50º C a 90º C), com mistura no cabeçote da pistola, a poliureia é um sistema elastomérico que forma, nas superfícies aplicadas (metal, concreto, madeira, etc.), uma membrana elástica de elevada resistência metálica que serve de proteção contra água, agentes químicos, impacto, abrasão e intempéries. Veja na Tabela 4 um comparativo das propriedades da poliureia em relação a similares em epóxi e resina éster-vinílica.

44 7/29/11 1:18 PM

calh


2011 Propriedade

Epóxi

Resina Éster-vinílica

Poliureia

Não-voláteis (%)

40 a 100

45 a 65

> 99

Tipo de solvente

Água ou orgânico

Estireno (reativo)

Nenhum

Flamabilidade

Variada

Alta (flash point < 38º C)

Baixa (flash point > 93o C)

Aplicação

2 partes

1 parte + fibra

2 partes (impingement)

Tempo de gel ou de pega livre

1a4h

10 a 60 min GT, 4 a 8 h TF

< 1 min GT, TF

Cura para serviço

7 dias

7 dias

1 dia

Tabela 4 – Poliureia x Atual tecnologia anticorrosão

Verifica-se que a poliureia, além de não emitir VOCs e não usar solvente, permite cura muito rápida da aplicação (feita em ampla faixa de temperatura e umidade), com flexibilidade, resistência à hidrólise e a intempéries, excelentes propriedades físico-mecânicas e excelente proteção anticorrosiva. Essas características tornam-na ideal para aplicação em arquibancadas de estádios de futebol,

telhados industriais (o novo Centro Tecnológico da Dow, em Jundiaí, com 10 mil m2, é inteiramente coberto por 25 t do material), reservatórios de estações de tratamento de água, áreas de tráfego pesado, etc. A Dow também apresentou um sistema de poliureia inovador, com grande redução do efeito casca de laranja, mantendo as propriedades mecânicas da aplicação.

Painel Construção Civil

2011

9 | Agosto | São Paulo - SP No dia 9 de agosto de 2011, foi realizada no Hotel Golden Tulip Paulista Plaza, em São Paulo, SP, a quinta edição do Painel Construção Civil. O evento teve o intuito de apresentar as novas tecnologias em composites, poliuretano e plástico de engenharia (plásticos de performance diferenciada). Este evento teve como foco principal destacar a extensa gama de aplicações dos materiais composites, poliuretano e plásticos de engenharia na indústria da construção civil. O Painel contou com 8 palestras técnicas, com foco em novidades em matérias-primas e novas tecnologias para o segmento de construção civil.

Confira estas apresentações no site www.tecnologiademateriais.com.br

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SALÃO INSPIRA MAIS

PU em calçados Confira algumas novidades apresentadas no Salão InspiraMais – 4º Salão Design Inovação de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos, realizado no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, SP

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aparecem foscas, brilhantes, com visual tecnológico e efeitos de profundidade e movimento. Para a coleção esportiva, as cores em alta são o preto, branco, prata, pewter, bronze, azul, marrom, chocolate, areia, taupe, olive, gelo e cinza. E, as cores inovadoras para o segmento no outono/ inverno 2012 são o vermelho e o bordô.

PIGMENTOS E ADITIVOS PARA CALÇADOS

Coleção de laminados sintéticos com foco nas tendências da moda

A Cipatex (Cerquilho, SP) apresentou a coleção feminina de laminados sintéticos base PU e PVC inspirada no desejo da mulher de sentir-se segura com sua imagem, pensando na vaidade e no desejo feminino de tornar-se atraente, sempre alinhada com as tendências da moda. Os peep toes, ankle boots, plataformas e as botas de canos longos aparecem com saltos altos e baixos e continuam sendo a sensação da próxima estação. As bolsas trazem tecidos macios, plissados e com pregas. Outra tendência é a modelagem mais estruturada, lembrando antigas pastas e maletas. As superfícies foscas, com toque aveludado, estão presentes tanto em produtos confortáveis como em modelos mais estruturados. O estilo Vintage, que recria a moda dos anos 70, reaparece. Superfícies com efeito de queimado, escovado e vegetalizado, gravações de cobra e pyton e efeitos monocromáticos em sobretom ou preto, estão em destaque. Já a linha esportiva da Cipatex trouxe o conceito da versatilidade. Explora a capacidade de reinvenção, mostrando os segmentos casual, adventure, running, futebol e moda envoltos em elementos clássicos. A ideia é dar uma nova visão sobre os estilos de vida, mostrando que eles podem se misturar e até mesmo trocar de posição. A fusão é o grande diferencial da estação. Nos segmentos de consumo casual/adventure, performance e street style, a inovação ficou por conta dos materiais utilizados, adequados às diferentes práticas no dia a dia. Calçados casuais recebem materiais que migram do tênis de performance e chuteiras, e estes podem ganhar um visual mais rústico, por exemplo. As superfícies

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Diversidade de aplicação em solados, laminados sintéticos e plásticos

A Braschemical (São Paulo, SP) destacou a linha de pigmentos fosforescentes e flourescentes de baixa migração, glitters, invisibles, branqueadores e corantes, da representada Day Glo, a linha Expancel de microesferas termoplásticas expansíveis à temperatura. Pequenas partículas esféricas de plástico expandem-se com a temperatura, o que faz aumentar a pressão no interior das esferas, permitindo serem usadas como material de núcleo ou enchimento resistente de peças plásticas. As microesferas podem, também, ser aplicadas em solados, acabamento de couro, tintas, não tecidos, laminados sintéticos, plásticos e adesivos.

CEPAS, SALTOS E SOLADOS EM PU

O Grupo Amazonas (Franca, SP) trouxe diversos lançamentos em saltos, solados e cepas. Entre os lançamentos estão o solado que brilha no escuro. O novo solado, fabricado em borracha natural, tem um apelo jovem e mo-

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Novembro de 2011 Salguero Plaza Buenos Aires - Argentina

Mostre seus produtos para o público sul-americano A primeira edição do Congreso Sudamericano de Composites, Poliuretano y Plásticos de Ingeniería acontecerá em novembro deste ano em Buenos Aires, na Argentina, e reunirá fabricantes de peças de diversos países. Será um evento inédito, que congregará novas tecnologias, as melhores soluções produtivas disponíveis, reuniões de negócios e exposição de produtos Nos dias 8 e 9 de novembro deste ano, das 8h30 às 17h, será realizado o primeiro Congreso Sudamericano de Composites, Poliuretano y Plásticos de Ingeniería no centro de eventos Salguero Plaza, em Buenos Aires, Argentina. O objetivo deste congresso é apresentar matérias-primas e demais soluções em equipamentos e materiais auxiliares para a fabricação de peças em composites, poliuretano ou plásticos de engenharia. As palestras serão realizadas simultaneamente em 3 salas (1 sala para composites, 1 para poliuretano e 1 para plásticos de engenharia). Durante os dois dias de evento, os participantes terão acesso a uma extensa gama de novidades (ou tecnologias de destaque) para a fabricação de seus produtos. Haverá tradução simultânea português/espanhol ou inglês/espanhol. Paralelamente às palestras, será realizado o Table-top, uma área de mesas de exposição e atendimento personalizado, e também serão realizadas as Rodadas de Negócios, com o objetivo de levar clientes potenciais até às mesas de atendimento. Haverá apoio circulante para tradução português/espanhol ou inglês/espanhol. A entrada ao evento é gratuita. Entretanto, para as palestras (congresso), a participação será dirigida e exclusiva para profissionais de empresas fabricantes ou usuárias de peças em composites, poliuretano e plásticos de engenharia. Não será permitida a participação de profissionais de empresas fornecedoras de matérias-primas ou equipamentos, exceto os patrocinadores deste evento (ou seja, o mesmo critério utilizado nos Painéis Setoriais que realizamos no Brasil). Para o Table-top e Rodada de negócios, a entrada é liberada.

Sua empresa pode participar com a apresentação de palestras, na exposição de produtos (Table-top) e/ou nas reuniões individuais com clientes potenciais (Rodadas de Negócios). Contate-nos e tenha mais informações sobre o Patrocínio Alpha e o Patrocínio Beta.

consultoria@artsim.com.br

Mais informações:

(55 11) 2899-6381

Patrocinadores Brasil

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SALÃO INSPIRA MAIS LAMINADOS SINTÉTICOS BASE PU

Mistura de texturas e materiais

derno, pois além de ter ótima performance, ainda absorve e armazena luz que o mantém brilhando por até 6 horas. A empresa apresentou, também, a linha de solados anti-hidrólise. Trata-se de solados em poliuretano poliéter, fabricados com a tecnologia anti-hidrolise que permite maior durabilidade dos substratos, ou seja, não quebra e não esfarela. Este produto foi lançado em 2010 em parceria com a BASF e, possui como principal característica boa resiliência com capacidade concreta de retornar ao estado natural, além da leveza, que o torna mais competitivo em um mercado que prima pelo conforto. Outros destaques foram os solados em PU de alta performance, com bolhas de ar, que possuem maior aderência e absorção de impacto, evitando torções. Além disso, o sapato leva palmilha de PU forrado em couro com massageadores. A linha Aroma de saltos e solados trouxe diferentes elementos da moda que misturam texturas, cores e aromas. “Após alguns meses de pesquisas, chegamos a produtos extremamente diferentes e incrivelmente inovadores”, comentou Ariano Novaes, gerente de marketing e desenvolvimento da empresa. A nova coleção da empresa trouxe cepas com toque aveludado, placas envernizadas com toque de pêssego, solados transparentes coloridos e metalizados com efeito envelhecido inspirados nas tendências dos esmaltes. A cartela de cores segue os conceitos apresentados pelo núcleo de moda da Assintecal by Brasil através do Fórum de Inspirações. Azul, bordô, preto, prata, cinza e branco são as principais referências de cores dos produtos apresentados pela empresa. Mas as mulheres também terão opções quando o assunto são os saltos e solados da Amazonas. Entre os produtos estão os solados de PU com toque aveludado com aspecto de camurça.

MATRIZES PARA SOLADOS EM PU

A Matrizaria Polako (Novo Hamburgo,RS) expôs os novos modelos e propostas de solados para calçados e sandálias Full Plastic. Além disso, a empresa apresentou as tecnologias para o desenvolvimento de matrizes para solados de injeção em bicolores, PU, TR, PVC e expandidos, para palmilha injetada e solados para tênis de alta performance e EVA expandido. Segundo Roque Orlando Vieira Junior, diretor, a empresa está sempre atenta aos avanços na área de tecnologia e inovação para o setor calçadista. “Trabalhamos para o desenvolvimento de produtos com avanço tecnológico e qualidade aliado às necessidades do mercado”, destacou.

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O uso de laminados sintéticos base PU em bolsas e calçados

A Crespi do Brasil (Novo Hamburgo, SP) destacou a coleção Caleidoscópio outono/inverno 2012, de laminados sintéticos base PU em tons amarelos, vermelhos, laranjas e rosas. A coleção é uma mistura de combinações e está dividida em três pontos fundamentais: visões, fragmentos e movimentos. Uma tônica marcante será vista nos calçados, bolsas e acessórios da próxima temporada fria. Entre as composições, destacam-se, as tonalidades yellow wood, warn red, orange ochre e virtual pink.

ADESIVOS BASE ÁGUA

Adesivos com alta resistência à hidrólise e aos raios UV

A FCC (Campo Bom, RS) mostrou a sua linha Acquafort, de adesivos base água para a colagem de TR, a linha Acquafort Eco 9500 Mono, adesivo base água, que não necessita usar reticulante é monocomponente e apresenta resistência aos raios UV e à hidólise. Outro destaque foi o composto da linha Fortiflex BI AD. O produto pode ser processado em injetoras convencionais, o que permite a substituição da borracha vulcanizada em solados de alta performance.

TACOS EM PU DERRAMADO

Design e diversas cores

A Nacional – Divisão Calçados (Jaú, SP) apresentou a linha de tacos em poliuretano derramado. O produto apresenta como principais características alta resistência à abrasão e à deformação.

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Bayer anuncia planos de investimentos para 2011

Bayer MaterialScience

INVESTIMENTO

Atuação em Pesquisa & Desenvolvimento

A Bayer anunciou recentemente seus planos de investimentos para este ano. A empresa planeja investir 170 milhões de reais no país com o objetivo de fortalecer a atuação em Pesquisa & Desenvolvimento e a participação de suas fábricas no cenário internacional da companhia. Confira

A

Bayer Brasil encerrou 2010 com vendas totais de 3,9 bilhões de reais e está entre os 5 maiores mercados para a empresa mundialmente de acordo com a base consolidada de dados da companhia. “Os constantes investimentos da Bayer no país mostram a confiança da empresa nas nossas operações e funcionários”, contou Theo van der Loo, presidente do Grupo no país. A divisão CropScience é atualmente o principal negócio da Bayer no país, com vendas de 2 bilhões de reais em 2010 (51% do total). Já na área de saúde, a Bayer HealthCare registrou vendas de R$ 1,3 bilhão no ano passado (correspondente a 35%). A Bayer MaterialScience alcançou vendas de 565 milhões de reais, o equivalente a 14% dos negócios do Grupo no mercado brasileiro. Os números de vendas correspondem aos resultados das empresas Bayer S.A. e Schering do Brasil Ltda. A empresa conta com 3.900 colaboradores no Brasil. “A inovação é um instrumento importante para a sustentabilidade do sucesso da empresa. A missão da Bayer é fazer Ciência para uma Vida Melhor e, dessa maneira, a empresa faz uma contribuição duradoura e positiva para o desenvolvimento sustentável. Nosso foco em inovação é a base para melhorar a qualidade de vida dae milhões de pessoas e, ao mesmo tempo, a chave para manter ou conquistar posições de liderança em todos os mercados nos quais atuamos”, complementou o presidente.

NOVOS LABORATÓRIOS

Os investimentos anunciados vão beneficiar todas as divisões de negócios do Grupo. Na Bayer CropScience, por exemplo, os recursos já estão sendo aplicados na construção de dois laboratórios: o Regional de Segurança Alimentar e o Biomolecular (DNA e Proteínas), em São Paulo (SP), para atender os países da região América Latina e com inauguração prevista para este ano. O Laboratório de Segurança Alimentar

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ampliará o estudo dos produtos e suas interações com as plantas e os alimentos. Este trabalhará com a Certificação BPL (Boas Práticas de Laboratórios) e com tecnologia de última geração na pesquisa de seus produtos. Já no Laboratório Biomolecular, a Bayer CropScience realizará o controle de qualidade de sementes produzidas no Brasil, da pesquisa inicial à semente comercial, acelerando os programas de melhoramento genético e garantindo o crescimento sustentável no negócio de sementes e tecnologias para a América Latina. Em 2011, a Bayer CropScience também tem novidades em seu portfólio com o lançamento do Fox , fungicida inovador que pertence a uma nova classe química, a triazolinthione, e já sendo considerado uma revolução para o manejo da ferrugem asiática. O Fox representa ainda um patamar superior de controle para o complexo de doenças que também preocupa os sojicultores brasileiros, como a mancha alvo e a antracnose. O produto viabiliza a rotação de fungicidas, pois a nova classe química permite que o produto atue de uma maneira mais forte e abrangente no metabolismo do fungo, proporcionando eficiência superior, mesmo em populações mais tolerantes aos fungicidas atuais.

INVESTIMENTOS NO PARQUE INDUSTRIAL DE BELFORD ROXO

Os investimentos anunciados também serão direcionados, em parte, ao Parque Industrial de Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Os novos recursos serão aplicados em novas atualizações tecnológicas nas fábricas como, por exemplo, em sistemas de controle de equipamentos e materiais da divisão MaterialScience. Atualmente, são produzidas no Parque Industrial 150 mil toneladas de matérias-primas básicas para poliuretanos, produtos para a agricultura e medicamentos para a saúde animal, área que ganhou uma linha exclusiva de produção em 2010.

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