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Publicação da Editora do Administrador • Ano XI • Nº 55 • 2013

Isolamento térmico: poliuretano por spray Ecomate Day

Revestimentos: PU e poliureia w w w. f e i p u r. c o m . b r

Elastômeros: versatilidade

Inspiramais 2013: TPU e novidades

Espumas flexíveis: nova norma

w w w. t e c n o l o g i a d e m a t e r i a i s . c o m . b r


ÍNDICE TEM PAIXÃO

SEGURANÇA POR CONFORTO

A tecnologia inovadora dos sistemas de poliuretanos da BASF permite a fabricação de solados altamente resistentes, leves e confortáveis. Calçados de segurança fabricados com o sistema de poliuretanos Elastopan® oferecem excelentes propriedades de flexão e resistência à abrasão sem perder o conforto para quem os utiliza no dia a dia. Segurança e conforto em um mesmo produto? Isso é possível, porque na BASF nós transformamos a química.

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Com uma equipe técnica qualificada e intensivo intercâmbio de tecnologias nos diversos países onde atua, a BASF Poliuretanos oferece um amplo portfólio de produtos com características únicas e exclusivas.

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ÍNDICE

Seções 4 – Editorial • 6 – E-mails e consultas • 7 – Info PU • 48 – Coberturas Painel Isolamento Térmico e Painel Mineração

Artigo técnico

Isolamento térmico

Divulgação Graco

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Dentre várias outras aplicações, a melamina vem sendo cada vez mais usada como retardante de chama. A melamina é uma alternativa segura e ambientalmente amigável aos retardantes de chama de base halogenada comumente usados. Confira alguns dados técnicos a respeito

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O Ecomate Day, evento promovido pela norte-americana Foam Supplies em São Paulo, SP, reuniu especialistas e empresas de vários ramos do PU e apresentou diversos dados relativos à tecnologia. Veja a seguir resumos de algumas das primeiras palestras

Revestimentos Divulgação Pinturas Ecológicas

Divulgação Foam Supplies

Ecomate Day

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Elastômeros

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Densidades maiores, maior uso de espumas HR, hipersoft e viscoelásticas, uma nova norma a entrar em vigor, algumas matérias-primas novas, retardantes de chama diferenciados. Diversas tendências e novidades em espumas flexíveis destacam-se no mercado moveleiro. Confira

Retardantes de chama

Divulgação Nist Gov

Divulgação Plastics Portal Net

Automotivo

A entrada de novos modelos de automóveis, ônibus e caminhões e a necessidade de atender requisitos de qualidade ligados à sustentabilidade tendem a fazer com que os TPUs (poliuretanos termoplásticos) sejam aos poucos mais adotados no mercado. Confira

Todos os segmentos de mercado de poliuretano fazem uso, em maior ou menor extensão, dos diversos grades disponíveis de poliol poliéter no mercado. Esses grades diferenciam-se de várias formas e passam por esforços de desenvolvimento em todo o mundo. Confira

Espumas flexíveis

Divulgação Imguol

Divulgação Inspiramais

Inspiramais

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O uso do PU como impermeabilizante enquanto alternativa a soluções de menor eficiência e durabilidade passa pelo cumprimento de normas específicas e genéricas que aos poucos normatizam um mercado em crescimento e que exige soluções para situações especiais. Confira

Matérias-primas

No passado, falar de elastômeros de poliuretano significava limitar-se aos tradicionais processos de casting (também chamado fundição) e potting. Hoje outros processos e matérias-primas diferenciadas para fabricação de peças em PU abrem espaço em diversos mercados Aplicações em TPU (poliuretano termoplástico) ou variantes da resina foram alguns dos principais destaques de vários expositores do salão Inspiramais 2013, realizado em São Paulo, SP, que concentrou as últimas novidades em matérias-primas e componentes para calçados

A aplicação de PU por spray em tetos, coberturas e paredes para fins de isolamento térmico deve obedecer uma ampla lista de condições e cuidados para alcançar as desejadas propriedades superiores do material tanto em isolamento quanto em resistência estrutural. Confira

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A proteção de peças e ambientes contra o fogo e para baixa emissão de fumaça é uma tendência inescapável para os mercados que utilizam poliuretano e ainda precisam de normas para deslanchar definitivamente. Veja algumas matérias-primas, produtos oferecidos e tendências

Guia de Anunciantes Agência de Notícias..........................19 Air Products.......................................11 BASF........................................ 2a capa Bayer...................................................5 Chemtura..........................................13 Evonik.......................................14 e 15 Febrava..............................................49

Huntsman..........................................51 Induspol............................................11 KraussMaffei......................................19 M.Cassab.............................................9 Pauta Revista Poliuretano...................50 Painéis Técnicos................................45 Poliequip...........................................29

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Química Anastácio............................31 SAIP..................................................47 Sulpol................................................37 Tecnologia de Materiais.......................4 Univar...............................................52 Biblioteca Virtual...............................35


EDITORIAL Mudanças gradativas Os efeitos cumulativos, no mercado brasileiro, dos últimos 15 anos de relativa estabilidade macroeconômica vêm transformando de forma indelével e permanente diversos segmentos de mercado. Uma dessas transformações vem se dando no maior mercado para poliuretano, em termos de volume: o de colchões e espumas para conforto. Com a recente entrada em vigor da norma ABNT NBR 13579-1, direcionada especificamente ao mercado de colchões, já se prevê que essa realidade de o Brasil ter de conviver com dois mercados, o de espumas de boa qualidade e o de espumas nem tanto, está com os dias contados. Essa nova realidade é abordada numa matéria especial sobre espumas flexíveis de PU. Mas existem muitos outros segmentos em que as novidades entram aos poucos e melhoram a qualidade dos produtos disponíveis aos consumidores ou em que formam nichos específicos para atender demandas de maior exigência. Os retardantes de chama, que também são abordados nesta edição da revista Poliuretano, são aditivos que aos poucos encontram seu espaço, seja em espumas flexíveis, rígidas, moldadas ou outras. Mercado relativamente estável, o isolamento térmico de coberturas com poliuretano por spray também é objeto de matéria nesta edição da revista, com uma abordagem eminentemente técnica centrada nas condições de preparo de superfície, cuidados com as formulações e com a aplicação. A revista Poliuretano esteve também presente no Ecomate Day, evento promovido pela norte-americana Foam Supplies para divulgar ainda mais as propriedades e vantagens de seu Ecomate, e no Inspiramais, evento especializado em tecnologias e tendências para o mercado calçadista, de couro e assemelhados. Diversos outros mercados e segmentos são abordados em outras matérias e nas seções fixas, como a seção de notas InfoPU. Boa leitura! Rodrigo Contrera Editor técnico

Notícias em composites, poliuretano e plásticos de engenharia Os membros da indústria sul-americana de plásticos de performance diferenciada (composites, poliuretano e plásticos de engenharia) podem acompanhar as notícias mais recentes sobre o mercado no site www.tecnologiademateriais.com.br Os jornalistas da Revista Composites & Plásticos de Engenharia, e da Revista Poliuretano - Tecnologia & Aplicações atualizam o site com as novidades nacionais e internacionais sobre novos produtos, destaques de matérias-primas e processos, aplicações, eventos, mercado, entre vários outros temas.

Confira sempre. O site www.tecnologiademateriais.com.br apresenta as mais recentes novidades sobre os mercados de composites, poliuretano e plásticos de engenharia, em todo o mundo

Entre em Contato: Tel.: (11) 2899-6395 • consultoria@artsim.com.br Mala site TM.indd 1

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E-MAILS & CONSULTAS ERRATA www.artsim.com.br A Revista Poliuretano - Tecnologia & Aplicações é uma publicação da Editora do Administrador Ltda., uma empresa do Grupo ArtSim, distribuída para fornecedores de matérias-primas e equipamentos para o setor de poliuretano, fabricantes de peças em PU (transformadores) e indústrias usuárias

Diretora Executiva Simone Martins Souza (Mtb 027303) simone@artsim.com.br Jornalista Rodrigo Contrera (editor técnico) Marketing e Eventos Tamara Leite Representantes de Vendas Rosely Pinho Tabatha Magalhães RH Giselle Almeida Circulação Cristiane Shirley Guimarães Internet André Tavares de Oliveira Projeto Gráfico, Diagramação Elisângela Souza Hiratsuka Marcelo Marcondes Marin Pré-impressão e impressão ArtSim Proj. Gráficos Ltda. - 11 2899-6359 www.artsim.com.br Tiragem 8.000 exemplares DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA: América do Sul

Editora do Administrador Ltda. Administração, Redação e Publicidade R. José Gonçalves, 96 05727-250 – São Paulo – SP PABX: (11)2899-6363

Na edição março/maio de 2013 da Revista Poliuretano, esta nota a seguir foi publicada com incorreções. Abaixo veja a versão correta.

Veja os assuntos abordados no Tecnologia de Materiais on line. Para ler a notícia, acesse o site www.tecnologiademateriais.com.br e faça a consulta com o assunto indicado abaixo:

Huntsman investe 135 milhões na Europa e EstaAssunto Descritivo da notícia dos Unidos Aeromóvel, um novo meio de transporte A n o r t e - a m e r i c a n a Automotivo Huntsman anunciou o in- Construção civil Banheira Cabrits é ideal para curtir em família vestimento combinado de Chem-Trend e Zyvax oferecem soluções 135 milhões de dólares em Desmoldantes premium para composites duas de suas fábricas globais Braskem e BubbleDeck trazem tecnologia de produção de MDI. Seg- Construção civil de esferas de plástico em lajes undo a empresa, a fábrica Maior demanda por energia faz crescer de Geismar, Estados Unidos, Petroquímica oferta de emprego na área terá capacidade incremenIsolamento térmico Tecnologias para substituir HCFCs e tada e a de Rotterdam, nos segurança de fluidos são destaque em Países Baixos, sofrerá um evento da DuPont em Curitiba upgrade na capacidade de Ambev e SC assinam protocolo de produção de especialidades. Construção civil intenções para ampliar a unidade de Lages A capacidade da fábrica de Veículos elétricos de Itaipu já fizeram 10 Geismar passará de 50 ktes Automotivo voltas na Terra a 500 ktes por meio de uma tecnologia melhorada de processo desenvolvida pela Huntsman. Na fábrica de Rotterdam, a nova unidade de fabricação de especialidades e a divisão de MDI proverão o mercado com produtos diferenciados de poliuretano para os mercados automotivo, de adesivos, de revestimentos, etc. Além das fábricas em Geismar e Rotterdam, a Huntsman Polyurethanes opera uma terceira, também para produção de MDI, em Caojing, Shanghai, China.

www.tecnologiademateriais.com.br É proibida a reprodução total ou parcial de qualquer matéria desta publicação sem autorização prévia da Editora do Administrador. Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores. As opiniões expressas nestes artigos não são necessariamente adotadas pela Revista Poliuretano - Tecnologia & Aplicações. A Revista também não se responsabiliza pelo conteúdo divulgado nos anúncios, mesmo os informes publicitários. Capa

Divulgação Viapol

e-mail: consultoria@artsim.com.br

Na cobertura da Feicon 2013 (edição março/ maio), publicada na Revista Poliuretano, o texto correto do item referente à empresa Viapol é “Segundo a empresa, o produto (Vulkem) tem os benefícios de alta resistência, aderência e cura rápida”. A foto correta do produto está publicada ao lado.

Na matéria “RRIM: A busca de cada vez mais vantagens competitivas (edição março/maio da Revista Poliuretano), a foto principal da matéria apresenta erroneamente uma peça que não foi fabricada pelo processo RRIM.

Isolamento térmico: Spray Tech Ja Revestimentos: Casa do Mastique Inspiramais: Inspiramais Espumas flexíveis: Probel

E-mails

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consultoria@artsim.com.br ou fax: 55 (11) 2899-6395

PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

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INFO PU Chemtura anuncia novo diretor comercial

Divulgação Chemtura

A Chemtura (São Paulo, SP) anunciou a promoção de Sérgio Coleoni Junior para o cargo de diretor comercial de uretanos para a América Latina. Sérgio assumiu a posição substituindo Vimal Sharma, até então diretor comercial para Américas, que foi transferido para um outro negócio da Sérgio Coleoni companhia, e se reportará diretamente Júnior, diretor ao gerente geral de uretanos. Nessa comercial de nova função, Sérgio será responsável uretanos por vendas e marketing para a América Latina, liderando o time comercial e a estratégia do negócio de uretanos. Sergio é formado em Engenharia de Materiais e possui o Executive MBA pela BSP.

Stepan compra negócio de poliéster da Bayer

A norte-americana Stepan (Northfield, IL) comprou o negócio de resinas poliéster nos Estados Unidos da alemã Bayer MaterialScience. A compra envolve uma fábrica localizada em Columbus, no estado de Georgia. A Bayer é importante fabricante de resinas poliéster em pó para aplicações de revestimentos de metal no mercado de NAFTA e por resinas poliéster líquidas para CASE em todo o mundo. As instalações incluem um moderno laboratório, e a fábrica, de 21 mil t, pode ser expandida.

Rodas de guia mais duráveis

A Eurotrack (Norfolk, Inglaterra) lançou no mercado uma linha de rolos intermediários em poliuretano para trabalhos pesados indicados para tratores de esteira como o Challenger MT700/800, Case IH Quadtracs e John Deere

das séries T e RT. Fabricados pela norte-americana Superior Tire and Rubber, esses rolos intermediários foram desenvolvidos para aumentar a durabilidade das rodas e sua vida útil, abaixando os custos de rodagem. Na maioria dos casos, o descolamento das borrachas do rolo intermediário exige sua substituição.

Coatings Unlimited vence licitação municipal

A cidade de Tacoma, Washington, Estados Unidos, concedeu à Coatings Unlimited (Kent, Washington) a licença para cumprir um contrato de reparo da estrutura e aplicação de revestimento nas superfícies externas de uma caixa d’água de grandes dimensões da cidade. O projeto envolve limpeza, reparo da estrutura, reparos localizados e revestimento da caixa. O contrato é de 217 mil dólares. A caixa é parte de uma planta de tratamento de água descartada e, por ficar numa área residencial, o projeto contemplou controle de ruídos. As superfícies, após a limpeza, deverão ser revestidas com um primer rico em zinco, um intermediário em epóxi e um acabamento em poliuretano alifático.

Lanxess identifica aumento na demanda por fibras de vidro curtas moídas

A alemã Lanxess, importante produtora de fibras de vidro, identificou no mercado um crescimento considerável na demanda por fibras de vidro curtas moídas (fibras moídas). Segundo a empresa, esse aumento na demanda afeta os compostos termoplásticos, de PTDFE e de poliuretano, estes últimos processados por RRIM. Segundo Martin Wiemer, especialista de marketing para fibras de vidro da empresa, as fibras de vidro curtas vêm sendo usadas em RRIM no lugar de cargas de fibra mineral e natural para produzir séries de peças de pequeno e médio portes. “Um número crescente de clientes nos dizem que eles atendem mais facilmente os requisitos exigidos pelas montadoras usando fibras de vidro curtas moídas”, afirmou Wiener.

Chemtura passa a produzir pré-polímeros de MDI

Tratores extrapesados: rolos intermediários

A Chemtura (São Paulo, SP), empresa norte-americana produtora de elastômeros de casting a quente, passou a produzir em sua fábrica de Rio Claro, SP, pré-polímeros de base MDI onde já produzia pré-polímeros base TDI. Os

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INFO PU produtos eram normalmente importados dos Estados Unidos e passam agora a ser produzidos localmente. Serão produzidos pré-polímeros para atender os mais distintos mercados como mineração, óleo e gás e agricultura.

Compromisso ambiental, destaque das apresentações na CPI 2013

A ser realizada de 23 a 25 de setembro em Phoenix, Arizona, Estados Unidos, a edição de 2013 da tradicional conferência técnica de poliuretanos promovida pelo CPI (Center for the Polyurethanes Industry) focará, em muitas de suas apresentações, propriedades do material e soluções inovadoras em termos do compromisso ambiental da indústria do PU. A conferência falará, por exemplo, sobre agentes de expansão de baixo potencial de aquecimento global (um dos produtos apresentados será o agente Solstice, da Honeywell). Outro destaque do evento será sobre as vantagens e desvantagens de se usar hidrohaloolefinas ao invés de hidrofluorcarbonos como catalisadores de agentes de expansão.

Levantamento de concreto da Liftech utiliza poliuretano de

Freudenberg inaugura Centro Corporativo para a América do Sul

O grupo alemão Freudenberg, que detém o fabricante de desmoldantes Chem-Trend (Valinhos, SP), inaugurou seu Centro Corportativo Regional para a América do Sul em Alphaville (Barueri, SP), que desde já funciona como estrutura corporativa para as unidades de negócio do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia e Venezuela. Para 2013, o grupo estima um crescimento de 8%.

esforço da entidade em padrões, treinamento e certificação

O programa de certificação de aplicadores de espuma de PU por spray para isolamento térmico da Aliança para a Espuma de Poliuretano por Spray (SPFA) norte-americana acaba de ser reconhecido pela Bayer, que desenvolveu seu próprio programa de treinamento de aplicadores, como comparável ao nível de certificação bronze da empresa. Segundo a SPFA, a Bayer trabalhará com a associação para aprimorar o atual programa de certificação, assim como para ampliar sua cobertura, de forma a alcançar empresas contratantes, distribuidores e fabricantes de matérias-primas. Divulgação Thermolex

divulgação Lift My Concrete

Empresa especializada em levantamento e nivelação de superfícies em concreto, a Liftech (Littleton, CO, Estados Unidos) utilizou, em diversas obras na área do metropolitano de Denver, resina de poliuretano 100% reciclada, utilizando polióis de base biológica. O levantamento e nivelação de concreto é uma técnica econômica e eficiente que consiste na injeção de resina de PU, de baixa densidade e portanto de baixo peso, em orifícios estrategicamente localizados. A quantidade de material injetada cura completamente em 15 minutos, proporcionando uma solução rápida e permanente a eventos que podem ser causados pela natureza do solo em que as obras são feitas.

PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

A Baalbaki Chemical Industries (Emirados Árabes Unidos), empresa formuladora de poliuretano com plantas em todo o Oriente Médio, abriu sua segunda planta de adesivos de PU, agora no Cairo, capital do Egito. Em 2008, a empresa havia instalado uma casa de sistemas num distrito industrial do mesmo país. A empresa está construindo uma outra planta desse tipo de adesivos nos Emirados Árabes, a ser inaugurada no último semestre deste ano.

Na SPFA, Bayer reconhece

base renovável

Desnivelamento do concreto: PU como solução

Baalbaki abre segunda planta de PU no Egito

Spray: certificação para a indústria

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INFO PU Cannon apresentará diversos destaques em PU na K 2013

Binder de MDI da Huntsman especial para fábrica na Rússia

A Rússia, que até hoje não tinha fábrica local de painéis de tiras de madeira orientadas (OSB), está deixando essa situação para trás. Em vias de instalar uma fábrica de OSB com produção estimada em 300 mil m3/ano (que pode crescer para 500 ou mesmo 600 mil m3/ano), a nova fábrica da Kalevala, na cidade de Petrozavodsk, precisava de soluções em binders de resina. A norte-americana Huntsman, por meio de sua planta de produtos de base MDI em Rozenburg (Países Baixos), foi escolhida como fornecedora dessa importante matéria-prima. Atualmente, mais de 90% de todos os OSB consumidos na Rússia são direcionados a construções domésticas e 8% para produção de móveis. PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

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alta velocidade promete grande crescimento nos próximos anos Divulgação Red Statements

Divulgação Cannon

A fabricante italiana de máquinas para processamento de poliuretano, composites e termoformagem Cannon (Milão) apresentará uma série de novidades durante a K 2013, importante feira de plásticos que se realiza a cada dois anos na cidade alemã de Dusseldorf. Com o lema “Cannon Cabeçote de mistura – Seu centro tecnológico”, a JL: versões JL24 e JL32 empresa mostrará, por exemplo, a Injeção Assistida por Vácuo (V.A.I.), indicada para fabricação de espuma rígida isolante de PU para refrigeradores, freezers e painéis sanduíche que permite propriedades superiores de preenchimento, ótima adesão a revestimentos metálicos e elevados potenciais de isolamento térmico. Para o setor automotivo, a empresa dedicará uma apresentação sobre injeção, nas cavidades de veículos, de fórmulas de PU rígido antirruído, antivibração e antiincômodo (as chamadas propriedades NVH), e também estará expondo seus recentes desenvolvimentos para processamento de fibra de carbono. Outros destaques da Cannon serão cinco novos cabeçotes de mistura para componentes reativos otimizados especialmente para espumas rígidas de PU para isolamento térmico, espumas flexíveis para assentos de automóveis, coinjeção de PU rígido e fibra de vidro (tecnologia chamada InterWet) e moldagem RTM com base em resinas epóxi (tecnologia ESTRIM). Já o modelo de cabeçote de mistura JL (JetLess) está agora disponível em duas versões (JL24 e JL32) para atender uma ampla gama de aplicações finais (freezers, vitrines, painéis sanduíche, contêineres, etc.). Por último, a empresa apresentará a tecnologia CarDio de fabricação de blocos de espuma flexível (extrasuave, de densidade extremamente baixa, etc.) com propriedades especiais.

Mercado de ferrovias de

Ferrovias: velocidade e crescimento

O desenvolvimento e construção de grandes ferrovias de alta velocidade em diversos países do mundo vem criando oportunidades para resinas, revestimentos e adesivos orientados para esse mercado. Segundo a Frost & Sullivan, que realizou uma pesquisa intitulada Oportunidades Globais para Adesivos e Revestimentos em Ferrovias de Alta Velocidade, as receitas para esse mercado foram, em 2012, de 50,4 milhões de dólares, sendo estimadas para um total de 151,7 milhões em 2019. Nichos que prometem são revestimentos com retardância à chama e de base água. Segundo o estudo, embora as ofertas de adesivos e revestimentos seja global, os clientes finais nesse mercado tendem a preferir fornecedores locais pela facilidade de obterem soluções costumizadas.

Solução de espuma por spray da Rhino Linings consegue certificações Greenguard pelo ICC-ES

A Rhino Linings (San Diego, Estados Unidos) teve seu DuraTite 2.0, solução em espumas de poliuretano por spray de células fechadas, aprovado por um relatório de avaliação do International Code Council (Conselho Internacional de Códigos), recebendo certificações de qualidade de ar em aplicações internas Greenguard. O ICC-ES proporciona avaliações técnicas imparciais de produtos de construção. O DuraTite 2.0 recebem também cerfificações Greenguard ambiental da UL (Underwriters Laboratories) e Ouro Greenguard, que significa que o produto atende os rigorosos padrões de emissões químicas estabelecidos pelo UL Ambiental para qualidade de ar em locais fechados.


INFO PU BASF desenvolve TPU antiestático

A multinacional alemã BASF (São Paulo, SP) desenvolveu um poliuretano termoplástico, de marca Elastostat, disponível como masterbatch, com utilização em aplicações em que a estática (fenômeno que surge quando da rápida separação de materiais eletricamente neutros) é desaconselhável, como por exemplo em componentes eletrônicos e chips de computador. Segundo a empresa, o Elastostat pode ser adicionado a diferentes polímeros, com propriedades isolantes e portanto suscetíveis a cargas elestroestáticas. O Elastostat é altamente compatível com ABS, polietileno, polipropileno e poliestireno, dentre outros plásticos.

e essa tecnologia. A cabeça começou a adquirir forma a partir de um cubo de 400x400x550mm de poliuretano, que sofreu modelação por um equipamento Delcam PowerMill. Segundo Rob Slidel, gerente da Formaplex, as partes mais intrincadas da cabeça foram as orelhas e as cavidades inferiores aos lábios, que requereram o uso de máquinas de cinco eixos. O modelo está sendo usado pela empresa para publicidade e com propósitos de demonstração.

Nova mangueira aquecida para PU e poliureia em equipamentos pequenos

Formaplex cria cabeça humana com poliuretano de média densidade

A Formaplex (Hampshire, Inglaterra) produziu um detalhado modelo de uma cabeça humana a partir de poliuretano de média densidade fazendo uso de máquinas CMS Poseidon. O modelo foi criado pela empresa para demonstrar as formas e padrões intrincados que podem ser criados com esse material

A alemã Polycraft (Rödermark) desenvolveu um sistema de aquecimento direto das mangueiras em unidades de aplicação de pequenas dimensões de PU e poliureia que até então utilizavam sistemas de recirculação para o aquecimento dos materiais. Esse tipo de equipamento costuma ser usado em obras de pequena dimensão. Segundo a empresa, o novo sistema é mais rápido e preciso em aquecimento das mangueiras se comparado à recirculação. Outra vantagem, ainda segundo a empresa, é conseguir evitar interrupções do trabalho em função de aquecimento insuficiente dos materiais. O novo sistema é também mais ágil e econômico.

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INFO PU Treinamento online em vídeos para manutenção de máquinas de spray

Ve r s a F l e x (Kansas City, Estados Unidos) e Polyurea.com uniram-se para proporcionar, por meio do site polyureatraining.com, treinamentos online gratuitos para manutenção de máquinas de spray Cabeçote de mistura: usadas em aplicamanutenção necessária dos ções de espuma de componentes poliuretano e de poliureia. Os vídeos gratuitos do site proporcionam uma ampla gama de informações sobre inspeção e limpeza dos cabeçotes de aplicação do PU e de poliureia, assim como dos equipamentos auxiliares para o trabalho. O site proporciona informação em particular sobre as ferramentas de purga por ar Graco Probler P2 e Graco Fusion. Mais informações em www.polyureatraining.com.

Olimpiadas de Inverno 2014 na Rússia, com soluções de mínimo impacto da Dow

A norte-americana Dow (Michigan, Estados Unidos), num compromisso de prover soluções do menor impacto ambiental possível para as Olimpíadas de Inverno 2014, que ocorrerão na Rússia, lançou um programa de parceria com seu tradicional cliente Profflex (Novomoscovski) para proporcionar substanciais reduções nas emissões de gás para a próxima década, focando em especial edifícios e residências na Rússia. A abordagem da Dow tem duas frentes. A primeira é a introdução dos sistemas Voratherm, produzidos pela Dow Izolan (Vladimir), de forma a incorporar agentes de expansão de menores pegadas de emissão nas formulações de espumas utilizadas nos clientes e por meio de espumas sprayadas de isolamento. Segundo a empresa, essas substituições reduzirão em mais de 500 mil t métricas as emissões equivalentes de gás carbônico no ar pelos próximos dois anos. A outra frente é uma campanha para promover o uso doméstico de selantes de isolamento de base poliuretânica nas janelas das construções, de forma a reduzir as fontes de infiltração de ar e o consumo de energia pelas residências. Numa ação sem precedentes, 100 mil tubos de espuma isolante serão fornecidas gratuitamente aos proprietários de residências de forma a que eles decidam PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

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trocar janelas obsoletas por outras que utilizem tecnologias de isolamento apropriadas. Estima-se que a medida possa reduzir as emissões de gases em pelo menos 3 milhões de t métricas pelos próximos 10 anos.

Botes infláveis de casco rígido com bolsas individuais em poliuretano

Bote inflável: bolsas de poliuretano

A CPI Marine (Kyle, Texas, Estados Unidos) apresentou, na última Seawork International, realizada em Southampton, Inglaterra, de 25 a 27 de junho, uma nova linha de produtos para o mercado náutico que inclui botes de casco rígido com bolsas individuais internas de poliuretano. Normalmente fabricados com câmaras múltiplas de ar separadas por placas internas, os botes infláveis com bolsas de PU são, segundo a empresa, mais resistentes, fáceis de reparar e duráveis do que as feitas com Hypalon ou tecidos de PVC. O poliuretano, segundo a CPI Marine, tem maior resistência aos raios ultravioleta, a abrasão, furos e desgaste.

Mangueira para vácuo de PU flexível e resistente à abrasão

A Flexaus (Warsaw, Indiana, Estados Unidos) desenvolveu uma mangueira para vácuo toda em plástico, para trabalhos pesados, que, feita em poliuretano, é fácil de trabalhar, possibilita bom fluxo de ar, alta resistência à abrasão e a furos, e alta resistência a raios ultravioleta. A Flex-Tube PU 60 HF é feita de poliuretano poliéter termoplástico com uma hélice em ABS projetada para transporte de materiais secos. Mais leve e fácil de manusear que as mangueiras de PVC de parede de alta espessura, a nova mangueira da Flexaus é ideal para trabalhos pesados, que ocorrem nos mercados agrícola, de construção leve e mercados similares em que é preciso transportar materiais secos.


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ARTIGO TÉCNICO Melamina como Retardante de Chama em Espuma de Poliuretano Por OCI Melamine

Dentre várias outras aplicações, a melamina vem sendo cada vez mais usada como retardante de chama. A melamina é uma alternativa segura e ambientalmente amigável aos retardantes de chama de base halogenada comumente usados.

A

melamina (assim como os sais/derivados de melamina) tem sido testada em diversas aplicações para retardantes de chama. Como um aditivo retardante de chama ela tem atraído comercialmente a atenção em várias aplicações, como por exemplo: Pinturas Poliamida Espumas de poliuretano

Melamina OCI Melafine Cianurato de melamina Melamina OCI GPH

Esta Ficha de Informações Técnicas proporciona mais informação de base sobre o uso da melamina OCI GPH em espumas de poliuretano. As vantagens da melamina em poliuretano são seu baixo preço comparada a outras matérias-primas, sua excelente resistência à ignição, a forma eficaz com que ela retarda a propagação da chama, sua boa performance com respeito à formação de fumaça e a relativamente baixa toxicidade dos gases de combustão. Desde 1988 a melamina tem sido usada como retardante de chama em poliuretano no mercado inglês de forma a cumprir requisitos legais (BS 5852, Crib 5). Nos Estados Unidos, a melamina é usada em espumas de forma a atender padrões da California TB 117/133.

Propriedades de retardante de chama de melamina em ação. (Fonte: EFRA, Associação Europeia de Retardantes de Chama)

PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

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Mecanismo

As propriedades de retardante de chama de materiais contendo melamina são baseadas no seguinte mecanismo: • A melamina age como um abafador de calor; ela se decompõe endotermicamente em temperaturas superiores a 300 e 400º C. • A decomposição da melamina libera produtos contendo nitrogênio que capturam o oxigênio do substrato da matriz. A ignição é retardada e é promovido um processo de extinção. • Junto a outros (sinergéticos) compostos na matriz de poliuretano, a melamina contribui com mudanças na reologia da matriz. A melamina pode contribuir na prevenção de gotejamento. Dependendo da matriz de poliuretano, a melamina contribui também para níveis de fumaça mais baixos (obscuração mais baixa).

Aplicação de Melamina em formulações de poliuretano

Na Europa, espumas de poliuretano com carga de melamina são produzidas principalmente na Inglaterra e na Irlanda de forma a atenderem as severas regulamentações sobre retardância de chama para mobiliário e colchões (BS 5852, Crib 5). As densidades das espumas variam de 20 a 40 kg/m3. O conteúdo de melamina depende da formulação e da presença de outros compostos de retardância de chama. Melamina em 20 a 30 pphp costuma ser usada nas formulações de CMHR. Recentes desenvolvimentos são as espumas de poliuretano expandidas por CO2. • As formulações CMHR são recomendadas pelo fornecedor de matéria-prima ou de sistema (poliol/isocianato), como, por exemplo, BASF, Bayer, Dow, etc.


ARTIGO TÉCNICO

Pct sob acumulativo [ % ]

Existem dois parâmetros que influenciam a viscosidade de dispersões melamina-poliol: • A distribuição do tamanho de partícula (PSD) da melamina • O conteúdo de melamina A distribuição do tamanho de partícula da melamina OCI GPH e Melafine é mostrada na figura 1. A adoção de melamina OCI GPH é preferencial em espumas de PU como aditivo retardante de chama. A capacidade de processo (dispersão e viscosidade) do grau padrão do incrementador de grossura é a melhor. Não há clara evidência de que um grau mais fino tenha uma melhor performance de retardância de chama. Às vezes, a dureza pode ser aumentada adicionando uma pequena quantidade de melamina mais fina (Melafine). A figura 2 mostra a influência de diferentes graus da substância na viscosidade de dispersões melamina-poliol como função do conteúdo de melamina nas dispersões de poliol.

100 95 90 85 80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0

Estabilidade de dispersões melamina-poliol medida como diminuição de conteúdo de melamina nas camadas mais altas 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 2

4

6

8

10

12

14

16

Time (h) padrão

padrão

003

003

Figura 3: Impacto de diferentes graus de melamina na estabilidade da dispersão.

100

1

Tamanho de partícula [ µm ] padrão

Figura 1: Distribuição do tamanho de partícula de graus de Melamina GPH e Melafine.

Viscosidade de dispersões melamina-poliol como função do conteúdo de melamina 35

Viscosidade (Pa.s)

É muito importante ter um adequado sistema de dispersão de forma a assegurar uma boa molhabilidade/desaglomeração das partículas sólidas no poliol. A dispersão é de alguma forma menos estável quando os tipos de melamina do incrementador de espessura são utilizados, mas isso pode ser controlado por uma mistura lenta e constante. Graus mais finos podem promover estabilidade, mas eles resultam em viscosidades muito altas e na formação de aglomerados difíceis de dispersar.

0

003

30 25

padrão

003

Viscosidade do poliol: 174 Pa.s (Viscosímetro Brookfield; spindle 5, 20º C)

15

Considera-se que velocidades de até 10-8 (m/s) não precipitam.

10 5 01

A estabilidade dos vários graus de melamina é apresentada na figura 3. A estabilidade é medida com a diminuição da concentração de melamina nas camadas mais altas da dispersão melamina-poliol. A estabilidade de uma dispersão é determinada principalmente por: 1. A velocidade do afundamento de uma partícula à camada mais baixa de um líquido por causa da gravidade.

v = velocidade (m/s) d = diâmetro (m) = gravidade específica da partícula (g/cm3) = gravidade específica do meio (g/cm3) = viscosidade (Pa.s)

20

0

Estabilidade de dispersões melamina-poliol

Conteúdo de melamina (pphp) (na camada mais alta)

Efeitos na viscosidade de dispersões melamina-poliol

02

03

04

05

06

07

08

09

01

00

Conteúdo de melamina (pphp) Figura 2: Influência do tamanho de partícula e conteúdo de melamina na viscosidade.

2. A interação entre poliol e melamina, que pode variar em função do tipo de poliol. A cargas mais altas a viscosidade da dispersão contribuirá para uma melhor estabilidade. A Melafine é estável mesmo com baixos conteúdos de melamina.

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ARTIGO TÉCNICO - Sistemas de descarte de grandes sacos (de 500 a 1000 kg) - Sacos de papel (25 kg) • Sistema de carga de melamina em pó - Transporte por parafuso - Transporte pneumático - Sistemas de medição (células de carga) • Sistemas de blendagem melamina-poliol - Sistemas de mistura de alto cisalhamento - Tanque de armazenagem melamina-poliol (com agitador ou bombeador) - Bomba de transporte/medição

Produção de dispersões melamina-poliol

Para a produção de dispersões melamina-poliol podem ser usados vários sistemas de alimentação e blendagem. Sistemas de mistura por lotes são os mais comuns, mas mais recentemente têm sido desenvolvidos sistemas de alimentação e blendagem contínuos. Na figura 4 são destacados alguns sistemas de mistura de melamina. Os sistemas basicamente compreendem os seguintes elementos: • Sistemas de descarga de melamina - Silos de melamina (de 20 a 100 m3)

Poliol

Melamina

Poliol Misturador in-line de alto cisalhamento

Reator com agitador de alto cisalhamento

Poliol

Para a máquina de espumação Para a máquina de espumação

Doseador em pó contínuo (Alimentação) (Sistema Hennecke)

Calh

Melamina

Poliol

n a

b

Reator

Para a máquina de espumação

Figura 4: Exemplos de sistemas de blendagem de melamina

Referência

1. SDS de Melamina 2. PIS (GPH e Melafine) e TIS 021 (PSD de melamina OCI) PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

c

d

e

f

a Grande saco para melamina b Funil de melamina c Afrouxador d Esteira transportadora por parafuso e Válvula de fechamento f Calibrador de pressão g Pré-misturador poliol-melamina

g

h

i

k

l

m

h Válvula de bypass i Mistura poliol-melamina na bomba de medição k Constante de poliol na bomba de medição l Variável de poliol na bomba de medição m Pré-misturador n Tanques de poliol

Mais informação sobre retardantes de chama: HTTP:// www.cefic-efra.com

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Inovação, manuseio, perspectivas e cases nacionais e internacionais

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ECOMATE DAY

Evento sobre o agente Ecomate: presenças qualificadas

O Ecomate Day, evento promovido pela norte-americana Foam Supplies em São Paulo, SP, reuniu especialistas e empresas de vários ramos do PU e apresentou diversos dados relativos à tecnologia. Veja a seguir resumos de algumas das primeiras palestras

T

Ecomate: tecnologia inovadora

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odd Keske, diretor da Foam Supplies (Saint Louis, Missouri, Estados Unidos), apresentou um resumo das atividades da empresa e de suas atividades com o formiato de metila de marca Ecomate, desenvolvida por ela no primeiros anos deste século. Fun-

Keske: história e presença internacional

PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

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dada em 1972 pelo pai de Keske, a Foam Supplies é uma empresa privada com mais de 85 empregados e capacidade de produção de mais de 100 mil toneladas anuais de blendas químicas de agentes de expansão. Tendo patenteado pela primeira vez, em 1989, a tecnologia do agente de expansão HCFC-22 e desenvolvido equipamentos para aplicação livres de solvente, a empresa foi a primeira a vender comercialmente a tecnologia do HFC-134a. Já o agente Ecomate, quimicamente formiato de metila, começou a ser distribuído mundialmente em 2004 a partir de diversas parcerias, dentre elas com a brasileira Purcom (Barueri, SP). Em 2012, a empresa passou a participar de holdings na Índia e Ásia. Os mercados atendidos pelos produtos da Foam Supplies dependem do tipo de espuma de poliuretano a ser fabricada, que pode ir de espumas rígidas, por spray, pele integral, flexíveis moldadas, produzidas em caixote e por processo contínuo. Os mercados vão desde os tradicionais de refrigeração e isolamento térmico (passando por aplicações em navios como porta-aviões, por exemplo, cada um com mais de 2,2 mil t métricas), de isolamento em telhados e automotivo, até moveleiro e colchoeiro. A empresa também fornece serviços de blendagem, assim como pré-polímeros e adesivos. Patenteado originalmente em 2002, o formiato de metila de marca Ecomate começou a ser vendido nesse mesmo


ECOMATE DAY ano, estando presente no Brasil a partir de 2005, quando iniciaram-se parcerias nos mercados chinês, indiano, sul-africano, do oriente médio e sul-coreano. Recebendo em 2008 o prêmio de Inovação Ambiental da feira IBEX, o produto tem ganho reconhecimentos em segurança e baixas emissões de gás carbônico, sendo que em 2010 85% dos clientes da empresa já tinham seus parques industriais convertidos para Ecomate. Fornecedora do McDonald’s e da Coca Cola, a Foam Supplies passou a ter direitos de patente a partir de 2010 no Brasil, China e Índia. O Ecomate é um produto aprovado pelo EPA norte-americano, pela RoHS, Wee e GRAS e atende os protocolos de Montreal e Kioto, assim como é classificado pelo UL, FM e USCG.

de escape. No segundo caso, a transferência por método aberto, deve-se manter o material em temperatura abaixo de 27º C, com ventilação ao nível do chão e checagem de fontes de ignição (sendo proibido fumar no ambiente). Com ferramentas que não provocam ignição, o produto pode ser transferido para tambores de aço ou alumínio, e as mangueiras devem ser inspecionadas regularmente. Os equipamentos fixos devem ser de aço carbono para sistemas fechados e secos e as tubulações de menor comprimento de aço, com sistemas de detecção de ar.

Ecomate: perspectivas e desenvolvimentos internacionais

Roy Chaudhury, da Foam Supplies, descreveu as principais características do formiato de metila Ecomate como agente expansor e suas perspectivas e desenvolvimentos em termos internacionais. Agente espumador ou expansor líquido, o Ecomate surge, como ele diz, como alternativa ao HCFC-141b para aplicações rígidas e flexíveis, proporcionando propriedades similares a ele, sendo competitivo e econômico (usado comercialmente nos últimos 10 anos). A tabela 1 abaixo compara as principais propriedades físico-químicas do formiato de metila Ecomate com as do HCFC-141b. Dois pontos de destaque (que não constam da tabela) é que os LFL do Ecomate e do HCFC-141b são similares (5% em volúme, no caso do Ecomate, 7,6%, no caso do HCFC-141b) e que, quando blendado no poliol, o Ecomate não oferece riscos de inflamabilidade. Manuseio aberto do Ecomate: manutenção de temperatura e cuidados

Ecomate: segurança e manuseio

Kenny Baum, técnico da Foam Supplies, descreveu as principais características do formiato de metila Ecomate em termos de manuseio com segurança. Classificado, em termos de flamabilidade, como de classe 1A, o Ecomate possui ponto de fulgor de -19º C, com faixa de flamabilidade entre 5 e 23% (em pressões relativas durante a queima de 0 a 16 mJ/kg), ponto de ebulição de 32º C e de transferência aberta abaixo de 27º C, proporcionando combustão com baixa liberação de calor. O produto, que possui pressão de vapor de 4 bar a 60º C, densidade de vapor de 2 vezes o ar e viscosidade de 1/3 da água, pode ser vendido pressurizado em nitrogênio e precisa ser mantido seco. O produto tem baixa toxicidade e alta condutividade elétrica, e é comercializado em tambores (o mais comum) e tanques pressurizados (o ideal). O produto pode ser transferido por método fechado ou aberto. No primeiro caso, ele é pressurizado com nitrogênio, não se usa ar e é feito controle dos gases

Tabela 1 – Comparativo de propriedades do Formiato de metila Ecomate e HCFC-141b Formiato de metila Ecomate

HCFC-141b

Ponto de ebulição (o C)

31,5

32

Valor de gás lambda (25º C)

10,7

10

60

117

Gravidade específica

0,982

1,24

Ponto de fulgor

-32º C

ND

LEL (ppm)

50,000

72,000

Potencial de dano à camada de ozônio

0

0,11

Potencial de aquecimento global

~1

725

Propriedade

Peso molecular

Fonte: Foam Supplies

O gráfico 1 a seguir mostra a participação de cada tipo de espuma na utilização do Ecomate como agente espumador ou expansor. O item XPS significa uso do formiato de metila Ecomate no poliestireno expandido.

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ECOMATE DAY

Espumas rígidas Espumas flexíveis Espumas pele integral Espumas de XPS

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Gráfico 1 – Ecomate por tipo de espuma

Automotivo: espuma rígida de PU (spoliers)

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Em crescimento no mercado, o gráfico 2 a seguir mostra como têm evoluído as vendas do agente expansor desde que ele foi introduzido no mercado. Os dados de 2013 vão até junho do presente ano. Dados complementares ao gráfico são que 1 kg de Ecomate reduz 2 kg de HCFC-141b e que o impacto climático do produto consistiu na redução da emissão de mais de 180 mil t do equivalente a gás carbônico. Gráfico 2 – Crescimento das vendas do formiato de metila Ecomate Vendas de Ecomate

Automotivo: espuma semirrígida pele integral de PU (descansos de assentos)

Em seguida, o executivo da Foam Supplies apresentou exemplos de uso do Ecomate em espumas de poliuretano de diversos tipos, destacando alguns cases com parâmetros específicos de seu uso. Um exemplo foi a aplicação de espuma rígida em spoilers para o mercado automotivo de Cingapura. Nesse caso em especial, o uso do Ecomate, que não exigiu adaptação da máquina de alta pressão orientada para HCFC-141b, interferiu positivamente nas fases de pintura das peças. Outro caso destacado, ainda em Cingapura, é o de aplicações em espuma pele integral semirrígida para descansos de assentos na Indonésia. Com tempos de desmoldagem de 3 minutos, as peças resultantes possuem espessura de pele 10% mais alta que peças feitas com HCFC-141b. No Vietnã, um caso destacado foi o de painéis descontínuos em que o tempo de desmoldagem foi idêntico à fabricação das mesmas peças com HCFC-141b e as propriedades de isolamento, 5% menores, se comparadas às do HCFC-141b PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

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quando testadas em temperaturas de operação. Novamente em Cingapura, outro destaque foram as espumas em bloco de PUR e PIR pelo processo descontínuo, em que as espumas com Ecomate alcançam densidades 5% menores, mantendo a resistência, e em que as seções cruzadas dos blocos não mostram descoloração. Nas Filipinas, o profissional da Foam Supplies citou o caso de um cliente com equipamento bem usado em que, para alcançar propriedades similares, foram necessárias pequeníssimas mudanças nas formulações e no equipamento, não sendo exigidos solventes para limpeza das partes. Falando em especial do mercado chinês, o profissional citou aplicações enquanto espumas rígidas de poliuretano (refrigeração comercial, painéis descontínuos, imitações de madeira, etc.), flexíveis (volantes no mercado automotivo e aplicações em brinquedos) e especiais. Uma aplicação especial nos quesitos NVH (ruído, vibração e incômodo) apresentada a partir de case chinês foi uma composição de um filme de PU e outro de poliéster numa aplicação para isolamento acústico de automóveis. Segundo o especialista da Foam Supplies, essa aplicação, que possui absorvedor de algodão e espuma moldada de PU por um lado e os filmes por outro, tem a fluidez melhorada com o uso de Ecomate, assim como a densidade reduzida. Veja na figura 1 os componentes dessa peça absorvedora de som.


Figura 1 - Aplicação NHV para automóveis Carpete Polietileno em pó para camada de fundo Heavy layer de EPDM, EVA e PU

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ECOMATE DAY

Camada de algodão e de espuma moldada de PU

Isolamento do piso – Ecomate reduz a densidade e melhora o fluxo

Destacando o caso de um cliente da África do Sul que aprovou o uso de Ecomate em diversas aplicações, o que ampliou a entrada do produto no país, o profissional da Foam Supplies também apresentou usos do agente de expansão em produtos e aplicações da Turquia, Coreia do Sul, Japão, Armênia, Quirguistão, Azerbaidjão e Nigéria. Duas demonstrações foram feitas para produção de painéis de espuma rígida de PU com o formiato de metila Ecomate. Uma delas, consistindo de ensaios de espumação para painéis descontínuos, foi conduzida na Itália num grande fornecedor de equipamentos. Os resultados estão nas tabelas 2 e 3 abaixo. Tabela 2 – Resultados físicos da espumação de PU com Ecomate para painel descontínuo Quesito

Resultado

Resistência à compressão Conteúdo de células fechadas Valor K

180 kPa >95% 0,023 W/mK

Ecomate: produto aprovado e reconhecido em todo o mundo

economicamente, apresentar boas propriedades finais nos produtos, poder substituir HCFCs, HFCs, HCs e HFOs e ter posicionamento global. Entre as desvantagens, está o fato de o Ecomate não ser muito conhecido no mercado, não apresentar nome de marca por detrás da tecnologia, ter menos de 10 anos no mercado e estar sujeito a rumores falsos e injustificados. Como conclusão do profissional da Foam Supplies, o Ecomate é um agente de expansão mais compatível que os concorrentes, melhor solvente, produz estruturas de células finas, é levemente mais inflamável (em polióis, pode ser tratado da mesma forma que o HCFC-141b), aumenta a funcionalidade da blenda com o poliol e muda o tipo e quantidade de surfactantes na formulação. Tabela 4 – Resultados de ensaios de espumas PUR e PIR com Ecomate em painéis contínuos Amostra 1A

Amostra 1B

Tabela 3 – Resultados de densidade em espuma rígida de PU por meio descontínuo com Ecomate

Ensaios

Densidade do núcleo Densidade Amostra nominal Lado esquerdo Centro Lado direito

Propagação da chama

~20

~50

Fumaça

~100

~700

Densidade do núcleo (kg/m3)

35,4

33,24

Densidade total (kg/m )

39,3

37,5

Resistência à compressão (paralela, kPa)

213

270

Resistência à compressão (perpendicular, kPa)

166

124

Estabilidade dimensional (mudança de volume a 70º C, %)

2,2

1,7

Estabilidade dimensional (a -40º C, %)

3,5

0,1

Estabilidade dimensional (a +90º C, a 70º C, %RH)

6,6

6,4

Fator K inicial (mW/mK)

20,88

21,15

Envelhecimento por +6 meses (mW/mK)

23,82

24,78

Painel a 40 kg/m3

34,35 kg/m3 39,7 kg/m3 36,82 kg/m3

Painel b 42,5 kg/m3 39,27 kg/m3 39,12 kg/m3 39,57 kg/m3

Outra demonstração foi feita com painéis contínuos com faces em papel e diversas espessuras. Foram ensaiadas amostras com Ecomate e com blenda de pentano e Ecomate. As velocidades das linhas de produção foram as costumeiras e os sistemas PUR e PIR foram ensaiados nessas mesmas linhas. Os resultados dos ensaios estão na tabela 4 ao lado. O profissional da Foam Supplies, que também apresentou dados de cases no Egito e no México, com resultados comprovando a adequação do Ecomate como agente de expansão em diversas formulações para produtos finais diferenciados, destacou as vantagens e desvantagens do Ecomate. Entre as vantagens, estão o fato de o Ecomate ser líquido à temperatura ambiente, seguro de usar, termicamente eficiente, amigável ambientalmente, vantajoso

3

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ELASTÔMEROS Casting, potting, spray, injeção: diversos processos com vantagens variadas

Potting: forte em artefatos eletrônicos

Já se foi a época em que falar de elastômeros de poliuretano significava limitar-se aos tradicionais processos de casting (também chamado fundição) e potting. Hoje outros

F

abricar um elastômero de poliuretano requer bem mais do que simplesmente derramar num molde (potting) uma formulação com os componentes devidamente reagidos (processo mais conhecido). Pois, ao contrário do que muitos pensam, os elastômeros de PU não são fabricados sempre da mesma forma, ao contrário. “Além do casting e do potting, merecidamente os processos de aplicação mais comuns, os elastômeros de poliuretano podem também ser produzidos por spray e injeção”, afirmou Vinicius Serves, gerente de desenvolvimento de novos negócios para a divisão de sistemas formulados da Dow Brasil (São Paulo, SP).

Processamento

“Entre os processos existentes, realmente o casting e o potting são os mais importantes”, disse Alberto Hassessian, líder do segmento de revestimentos, adesivos e especialidades (CAS) da Bayer MaterialScience Latin America (São Paulo, SP). “No caso do casting, o processamento pode se dar manualmente e também com máquinas. Já o processo manual é usado para pequenas quantidades de produção”, comentou. “Em poliuretanos fundidos (outro nome do processo casting), o processo mais comum é o de moldagem a quente, mas em alguns casos os processos de injeção têm vantagens sobre os de moldagem”, afirmou Bruna Mendonça, engenheira de suporte técnico da Chemtura (São Paulo, SP). “Dentre essas vantagens, estão o aumento de produtividade e a redução de resíduos. Mas, para estimar o processo mais adequado, é preciso avaliar cada peça e material”, concluiu. “A produção por fundição é de baixo PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

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custo e não requer a confecção de moldes muito complexos, dado que a grande parte das peças pode receber acabamento depois da desmoldagem”, disse Thais Dozzi Tezza, gerente de vendas Roda de PU: da Hausthene (Mauá, SP). elastômero “Há mercados que requerem tradicional a aplicação de elastômeros por injeção, como o de óleo e gás; outros, como o de construção, necessitam mais da aplicação por spray, e outros, ambas as tecnologias, como o de mineração”, discriminou Serves, da Dow.

Funcionamento

Os equipamentos de transformação de elastômeros de poliuretano podem ser de baixa ou alta complexidade. “De forma geral, os equipamentos devem garantir uma mistura adequada do material, mantendo uma relação de mistura exata e dispensando essa mistura na temperatura e vazão corretas para cada tipo de aplicação”, afirmou Serves, que exemplificou com aplicações de spray a máquina, em que é preciso manter a temperatura do material de forma a atingir a reologia adequada para um bom serviço de spray, assim como manter a mistura dos componentes na proporção adequada para atingir as propriedades projetadas para o material. “Com o objetivo de aumentar a competitividade,

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processos e matérias-primas diferenciadas abrem espaço em diversos mercados


ELASTÔMEROS nossa engenharia especializa-se cada vez mais no design de moldes mais complexos, de custo reduzido para produção das peças já acabadas”, explicou Thais, da Hausthene. “Quanto menos processos a peça receber após a desmoldagem, menor custo final ela terá”, mostrou, citando também nesse sentido processos como rotomoldagem e centrifugação, em que a resina é aplicada no molde em rotação para fabricar produtos de centro oco (esferas) e partes de baixa espessura totalmente isentas de bolhas (lençóis).

Mercados

Além dos mercados de óleo e gás e de mineração, já citados, os elastômeros de poliuretano possuem muitas mais aplicações. “Em siderúrgicas, os elastômeros aparecem como rolos e revestimentos antiabrasivos; em metalúrgicas, no revestimento de tanques polidores, em discos espaçadores de corte e rolos; na indústria gráfica, em rolos; na indústria de papel e celulose e embalagem, em rolos, mantas de corte e vinco, etc.”, listou Hassessian, da Bayer MaterialScience. “Isso sem contar as várias aplicações em mineração, na indústria de calçados e em peças para caminhões e ônibus (buchas para feixe de molas, buchas para barras de torção e estabilizadoras, suportes de motores e suspensão, etc.)”, completou. No mercado de mineração, os elastômeros vão em telas, revestimentos de tubos, raspadores de correias, hidrociclones, peças para equipamentos de flotação, etc., enquanto em óleo e gás as aplicações mais comuns são restritores de curvaturas, roletes guias e protetores de cabos e tubos. “Em volume, as principais aplicações de elastômeros de poliuretano concentram-se nos mercados de petróleo, mineração e siderurgia”, opinou Thais, da Hausthene. “De fato, os mercados mais importantes, tanto em tamanho como em possibilidade de crescimento, para os poliuretanos moldados, são o óleo e gás, mineração e transporte”, afirmou Bruna, da Chemtura. “O crescimento nesses segmentos vem não só do crescimento orgânico de cada mercado, mas também do avanço da tecnologia, que permite substituir outros materiais, como metal e borracha”, concluiu.

Vantagens

As vantagens, enquanto produto final, dos poliuretanos elastoméricos são bem conhecidas nos mercados, mas ainda há um longo caminho a trilhar para substituir cada vez mais peças e aplicações em metal e borracha. “Em cada caso, o PU apresenta vantagens tanto em performance como em vida útil da peça, o que faz com que sua presença cresça em vários mercados, como por exemplo na mineração, óleo e gás e transporte”, disse Bruna, da Chemtura. “Dois casos típicos são as telas de mineração, onde o poliuretano ganha em resistência à abrasão, e os ampara-balanços dos vagões de trens, em que o PU é mais leve, tem melhor performance (propriedades elásticas) e evita sobrecarga de outros sistemas do vagão, como a suspensão”, explicou. “O poliuretano é muito usado na indústria do petróleo pelo seu comportamento em termos de envelhecimento (resistência à exposi-

ção aos raios ultravioleta), à água do mar e a temperaturas extremas”, complementou Sérgio Coleoni Júnior, diretor comercial de uretanos para a América Latina da Chemtura. “Os elastômeros de PU têm uma gama imensa de aplicações, pois a versatilidade de formulações e propriedades permite aplicações em diversas áreas”, afirmou Serves, da Dow Brasil. “Os elastômeros de PU crescem especialmente em aplicações nas quais é requerida alta resistência mecânica, especialmente à abrasão, assim como quando é necessária a moldagem do elastômero in loco, seja por ganho de produtividade ou complexidade da moldagem”, explicou.

Novas aplicações

Segundo as empresas que fornecem matérias-primas e produtos acabados em elastômeros de poliuretano para diversos mercados, sempre há espaço para novas aplicações, mas o que ocorre em geral é que elas e as formulações costumam ser quase sempre as mesmas. “O mercado de forma geral não se foca em desenvolvimento de novas formulações. Ao contrário, em geral trabalha-se com o que já foi desenvolvido e que está funcionando para determinado cliente/ aplicação”, disse Bruna. “Nos últimos anos não tem havido um aumento significativo de novas aplicações, mas sim um incremento significativo no uso de poliuretano elastomérico substituindo outros materiais”, disse Hassessian, da Bayer, que cita o mercado de óleo e gás como exemplo, no qual o poliuretano está substituindo os restritores de curvaturas, tradicionalmente metálicos. “Os elastômeros de poliuretano têm evoluído para atender usos específicos e também para se adequarem a novos processos e requisitos ambientais e de sustentabilidade”, afirmou Serves, da Dow Brasil.

Matérias-primas

“Linha geral, não houve uma evolução significativa em termos das matérias-primas para a formulação de elastômeros de PU”, lembrou Hassessian. “A maioria dos tipos de elastômeros continua usando polióis e isocianatos tradicionais do mercado, embora as matérias-primas que conferem maior performance sejam comumente importadas da Europa, Ásia e Estados Unidos (o MOCA, por exemplo, vem da Ásia)”, explicou. Mas há discordâncias. “Nós trabalhamos com matérias-primas especiais, como o PPDI e o HDI, com processos especiais para trabalhá-las (como o LIM), e temos novos lançamentos a caminho”, disse Bruna, da Chemtura. “Já nos poliuretanos fundidos convencionais, as matérias-primas básicas podem ser encontradas localmente, com a necessidade de importar especialidades”, disse. “Um mercado bastante emergente para o PU é o agrícola, devido à posição de liderança do Brasil e ao fato de que as partes em poliuretano, usadas em colheitadeiras, por exemplo, proporcionam grande custo-benefício às grandes indústrias”, disse Thais, da Hausthene. “Nós destacamos o aumento nos desenvolvimentos em PU substituindo partes em aço e ferro”, afirmou.

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Poliuretano: destaques para novas tendências

Divulgação Inspiramais

INSPIRAMAIS 2013

Inspiramais 2013: materiais novos e processos

Aplicações em TPU (poliuretano termoplástico) ou variantes da resina foram alguns dos principais destaques de vários expositores do salão Inspiramais 2013, realizado em São Paulo, SP, que concentrou as últimas novidades no setor calcadista Divulgação Amazona

Amazonas

A Amazonas (Franca, SP) lançou as palmilhas de PU poliéter Print, com estampas e resistentes à hidrólise. Nessas palmilhas, que foram um lançamento exclusivo da empresa, podem ser estampadas quaisquer imagens, com cores mais ou menos chamativas a depender do cliente. As palmilhas Print, que possuem toque de camurça e não deformam, são indicadas para sapatos fechados, femininos ou esportivos. As palmilhas Print foram testadas e aprovadas pelo IPT (São Paulo, SP).

Palmilhas Print: imagens customizadas exclusivas

Braschemical

BASF

A BASF (Mauá, SP) apresentou novidades em suas linhas de produto Elastollan, de TPUs, e Elastopan, de sistemas de poliuretanos. Alguns deles foram o Elastollan Soft e o Elastollan Light, no caso do poliuretano termoplástico, e o Elastopan Climate Control, o Elastopan Grip Tech e o Elastopan Sistema Gel para a linha de sistemas de poliuretanos. O Elastollan Soft é um TPU com durezas 35 ou 45 Shore A, que lhes confere um grip (resistência ao deslize) maior que os TPUs convencionais, apresentando um diferencial para a produção de solados. Já o Elastollan Light é um TPU expandido que pode chegar à densidade mínima de 0,4 g/ cm3 e ainda dispensa a posterior pintura do solado, pois é possível pigmentá-lo através do uso de masterbatch de cor. O Elastopan Climate Control é um PU usado especialmente em palmilhas que agrega conforto térmico aos calçados, tendo capacidade de absorver a umidade e dessorvê-la quando em PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

repouso. Já o Elastopan Grip Tech tem características de grip semelhantes às da borracha, mas 25% mais leve. O Elastopan Sistema Gel é usado em palmilhas e amortecedores e tem como vantagem o fato de agregar mais conforto ao calçado e de poder ser produzido com transparência. A BASF ainda apresentou seus poliuretanos produzidos a partir de matérias-primas de fonte renovável (base vegetal), sendo que todos os TPUs apresentam no mínimo 40% desta matéria-prima e os sistemas de poliuretanos apresentam pelo menos 60% da matéria-prima de fonte renovável.

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Distribuidora de pigmentos de efeito e aditivos de alta performance, a Braschemical (São Paulo, SP) mostrou seus pigmentos de efeito tipo glitter, perolado, fluorescente e fosforescente para, dentre outras resinas, poliuretano, assim como absorvedores ultravioleta e matérias-primas para tintas de base poliuretano. A empresa representa as empresas DayGlo, Everlight, Kärntner Montanindustrie, Lubrizol, Matsui e Pritty, todas fornecedores para o mercado de poliuretano.

Cipatex

A fabricante de laminados sintéticos Cipatex (João Pessoa, PB), fornecedora para fabricantes de calçados para todos os mercados, lançou o Porus Fusion Sew Free, laminado sintético de base TPU de funcionalidade hot melt para uso nas linhas esportivas running, futebol e adventure, cujo


INSPIRAMAIS 2013

Divulgação Cipatex

Corium Química

A Corium Química (Novo Hamburgo, RS) apresentou seus sistemas de fixação de acabamento e de melhoria das resistências físico-mecânicas em poliuretano. A empresa também faz acabamento de couro e vende formulações de PU.

Dublauto Gaúcha

A Dublauto Gaúcha (Ivoti, RS) apresentou seus tecidos dublados por diversos processos, dentre eles o multiponto PUR, em que a dublagem é feita por adesivo termocolante num cilindro multiponto, o Web, com filme termocolante tipo rede, a fogo e a pó. Aplicação Multiponto PUR

DuPont

A DuPont (Barueri, SP) lançou e fez uma apresentação de um nowoven de alta performance que funciona como substrato para poliuretano High Solids, material de qualidade elevada em aplicações calçadistas. Novidade, o nowoven é especialmente indicado para calçados femininos e esportivos e permite uma infinidade de acabamentos, não sofrendo hidrólise. O produto é oferecido no mercado em 5 contratipos.

Inpol

A Inpol (Novo Hamburgo, RS) apresentou seus cepos de poliuretano de marca PU Poliprene para balancins, que consistem em placas de poliuretano elastomérico usados como suporte para cortar qualquer tipo de material para o mercado. A empresa também apresentou placas de

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poliuretano para cabedais e tacos, divulgando as grandes vantagens do poliuretano com respeito a resistência à abrasão e em outros tipos de Cepo de PU: resistência em propriedades físicas.

Di vu lga

maior diferencial é o fato de não precisar de costura para ser aplicado (requer calor e pressão). Essa propriedade permite uma fabricação mais ágil e com processo mais econômico. O novo material, que a empresa detém com exclusividade no país, segue as últimas tendências dos grandes fabricantes norte-americanos e europeus, garantindo performance, leveza, conforto e estilo. Para calçados femininos, a Cipatex apresentou sua linha completa de laminados de poliuretano, em que a base é coagulada e onde ocorre a espalmagem do PU, mudando a textura do laminado final. A cartela de cores e texturas da coleção da empresa permite inúmeras combinações e atende diferentes estilos. A empresa também anunciou que irá começar a produzir laminados de poliuretano na fábrica de Vale dos Sinos, RS. Porus Fusion: aplicação sem costura

balancins de cortes

Magma/ CST Laminados

A CST Laminados (Campinas, SP), empresa do grupo Magma, tradicional fabricante de laminados sintéticos de PVC e PU, assim como com acabamento em poliuretano, anunciou investimentos na aplicação de filmes hotmelt de TPU em calçados sem costura. A empresa divulgou também sua linha de soluções para calçados esportivos, assim como seus acabamentos metalizados, camaleão (que mudam de cor) e outros.

Tecpol

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Tec pol A Tecpol (Campo Bom, RS), empresa desenvolvedora de componentes para calçados em poliuretano que está completando 10 anos, mostrou as vantagens PU: cunho interno do taco de poliuretano, que ela batizou de Taco Inteligente, e que segundo ela dura 3 vezes mais que com bico os tacos tradicionais. Outros produtos apresentados foram a palmilha com meia pata rígida e flexível, em que o PU é combinado com o ABS, e uma alma de aço e o cunho interno de PU com bico em não-tecido.

Têxtil PBS

A Têxtil PBS (Nova Odessa, SP), fabricante de tecidos estampados para calçados e outros mercados, assim como desenvolvedora de resinagem, apresentou sua linha tradicional de tecidos, em que usa, em determinados casos, resina de poliuretano e grânulos comprados de fornecedores para aplicação espatulada.

Texprima

Importadora para o mercado calçadista, a Tex Prima (São Paulo, SP) apresentou diversos tecidos de tipo courobaby, de matelassê e couro (leather) com bases poliuretano, importados.

York

A York (Salto, SP), fabricante de laminados plásticos, apresentou produtos em PU e PVC, cuja especificação para PU depende essencialmente das solicitações mecânicas a que a peça será sujeita. Os laminados da York, que foram apresentados na feira, vão, no caso dos modelos em PU, especialmente para sapatos femininos e esportivos, com maior concentração para empresas da região Sul.

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AUTOMOTIVO TPU: propriedades diferenciadas e processamento cuidadoso Painéis de automóveis de luxo: TPU como filme

A entrada de novos modelos de automóveis, ônibus e caminhões e a necessidade de atender requisitos de qualidade ligados à sustentabilidade tendem a fazer com que os TPUs sejam aos poucos mais adotados no mercado. Confira

A

lguns polímeros, apesar de possuírem performance diferenciada, não são tão usados em aplicações automotivas quanto desejável. Normalmente isso é atribuído a questões de custo. O TPU ou poliuretano termoplástico é um desses polímeros. Apesar disso, com a crescente sofisticação dos automóveis, ônibus e caminhões, surgem cada vez mais oportunidades em que ele é realmente a melhor ou mesmo a única opção para as montadoras. Essa é a forma pela qual a utilização no Brasil desse plástico de desempenho superior começa a aproximar-se do uso nos mercados europeu e norte-americano.

“Os TPUs participam nas aplicações automotivas em situações em que são requeridos produtos termoplásticos com propriedades elastoméricas superiores aos produtos convencionais e às borrachas”, afirmou Paulo Roberto Scarparo, representante técnico-comercial sênior da BASF (São Paulo, SP). “O TPU é um material de alta performance, com propriedades diferenciadas. Isso significa que a maioria das aplicações é indicada apenas quando essas propriedades são realmente exigidas”, afirmou Carlos TPU em peças: Parra, representante técnico-comercial durabilidade PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

Divulgação Plastics Portal Net)

Propriedades

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de TPU da Bayer MaterialScience (São Paulo, SP) para o Brasil. Dentre as propriedades diferenciadas do TPU, podem ser destacadas a resistência à compressão, flexibilidade a baixas temperaturas, alta resistência a óleos e graxas, alta resistência à abrasão e ao rasgo e boa elasticidade em geral.

Comparativo

As qualidades do TPU como material alternativo em peças de automóveis podem dar a impressão de que seu uso é limitado apenas a situações em que suas propriedades são imprescindíveis. Isso é parte da verdade. “No que diz respeito à performance, durabilidade e custos, o TPU localiza-se numa posição intermediária, entre os termoplásticos commodities, como PVC, PP com talco ou PP com fibra de vidro, e as poliamidas 11 (PA 11) e 12 (PA 12), de custo bem mais elevado”, afirmou Parra, apresentando a nova série 98XX, da Bayer. “Os TPUs são amplamente usados no revestimento de tubos para dosagem de aditivos em motores de caminhões de última geração, já disponíveis na Europa”, disse ele, salientando que todos os motores Euro ������������������������������������������������ 5, para menor emissão de poluentes, usam o material. “É apenas questão de tempo para chegar ao Brasil”, garantiu. “Trabalhamos com expectativa de crescimento no segmento automotivo (em especial, fios e cabos para o sistema de freios ABS), em conectores, produtos com maior resistência térmica, não tecidos e nos mercados ferroviário e de calçados”, disse Scarparo, da BASF.

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AUTOMOTIVO Divulgação Plastics Portal Net

Utilizações

O TPU já é usado em automóveis, ônibus e caminhões em diversas aplicações. As principais são: arruelas, coifas, tubulações, soleiras, manoplas de câmbio, dutos de ar quente (em versões reforçadas com fibras de vidro), soleiras de portas, protetores de pára-choques e pára-lamas, conectores, perfis, fios e cabos em geral (em especial, para sistemas de freios ABS), antenas externas, etc. Automóveis de luxo também utilizam PU sob a forma de filmes aplicados sobre o painel que proporcionam um toque agradável à superfície. “Normalmente, o TPU entra em peças de modelos de maior valor agregado, em que a garantia de durabilidade se torna mais importante”, afirmou Parra, Cabos e fios: propriedades de resistência da Bayer.

Processamento

O TPU, como material termoplástico, pode ser processado por injeção, extrusão e moldagem por sopro. Material na média mais “duro” que os outros termoplásticos, o TPU costuma exigir máquinas de boa potência de processamento, em temperaturas que variam bastante a depender da peça

desenvolvida e da dureza do TPU processado. Um aspecto fundamental ao trabalhar com TPU é o cuidado com a umidade, que deve ser mantida em níveis sempre inferiores a 0,02%. Para que isso ocorra, normalmente o material deve passar por sistemas de secagem antes e depois do processamento.

Tipos e adaptações

Os TPUs são de dois tipos principais, aromáticos e alifáticos, sendo que os primeiros tendem a amarelar com o tempo. As pressões de trabalho variam bastante, indo, em média, de 300 a 1200 bar, a depender da geometria da peça, do design e do peso da peça. “Na injeção, a taxa de compressão é normalmente de 2:1 e os canais de alimentação e injeção costumam ser de 25 a 40% maiores”, afirmou Parra, da BASF. “As principais adaptações para lidar com TPU estão nos sistemas de desumidificação, plastificação (rosca e cilindro) e cabeçotes (no caso de extrusão)”, disse Scarparo. “Mas, em geral, as empresas de transformação de plásticos podem utilizar sem problema linhas de TPU em sua manufatura”, afirmou. “Mas há casos específicos em que há a necessidade de máquinas e equipamentos especiais para trabalhar com o TPU”.

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Poliuretano por spray: metodologias de aplicação Spray de poliuretano: isolamento térmico com praticidade

A aplicação de PU por spray em tetos, coberturas e paredes para fins de isolamento térmico deve obedecer uma ampla lista de condições e cuidados para alcançar as desejadas propriedades superiores do material em isolamento e resistência estrutural

N

ão é difícil perceber que, em muitos casos, o poliuretano é a melhor solução para isolar termicamente construções dos mais variados tipos. O vantajoso fator K do poliuretano, bem melhor que o do poliestireno, por exemplo, costuma ser o mais importante critério utilizado por quem opta pelo PU. A facilidade de aplicação, outro desses critérios, tão ou mais importantes, também costuma ser definidora. Mas por trás das aparências, a aplicação do PU por spray em construções envolve toda uma série de cuidados que podem, para os menos experientes, fazer toda a diferença.

Cuidados iniciais

A aplicação exitosa de spray de poliuretano para isolamento começa com a correta especificação das matérias-primas. “Os componentes vendidos pelo fornecedor da matéria-prima foram ensaiados em proporções e condições específicas e devem obedecer ���������������������������� à��������������������������� razão volumétrica apresentada”, afirmou André Fernandes, gerente técnico comercial da divisão de sistemas formulados de poliuretano da Dow (Jundiaí, SP). “O valor da relação da mistura não pode diferir mais ou menos 5% do estabelecido na ficha técnica”, explicou. “Normalmente a relação dos materiais é de 1:1 em kg, sendo que as diferenças de viscosidade do poliol e do isocianato são controladas pelo aquecimento do equipamento”, afirmou Alex Eduardo Silva, do departamento técnico comercial da Thermolex (São Paulo, SP). “A relação entre os componentes é geralmente de 1:1 em volume, sendo que o isocianato, MDI polimérico ou PMDI, tem densidade de 1,23 g/ml, e o poliol, de 1,08 g/ml”, afirmou Gabriel Ruiz, consultor sediado no México. PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

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Matérias-primas e equipamento

As matérias-primas básicas para produzir PU por spray costumam ser especiais. “Como a espuma a ser gerada precisa ter uma dureza relativamente alta (que compense a baixa densidade), para proporcionar estrutura mecânica, normalmente são utilizados polióis de alta funcionalidade, polióis amínicos de tipo Mannich e catalisadores organo-metálicos, além dos amínicos tradicionalmente usados”, afirmou Gabriel Ruiz, consultor sediado no México, destacando que os isocianatos normalmente são do tipo MDI polimérico de alta funcionalidade. “Os silicones são de especial importância por controlarem o tamanho das células, o fluxo e a rugosidade da superfície”, completou, informando que todas essas matérias-primas são de ampla disponibilidade em todos os mercados, inclusive o brasileiro. Um detalhe importante é que os componentes utilizados na aplicação de poliuretano por spray devem estar em perfeitas condições para reagirem entre si. “O componente poliol deve, sempre que necessário, ser homogeneizado antes do uso, de forma a prevenir a separação de fases. Nisso, o fornecedor de matéria-prima costuma orientar seu cliente”, afirmou Fernandes, da Dow. “A incorreta vedação dos tambores de isocianato, tornando-os isentos de umidade, podem promover sua cristalização. Outros problemas são produtos fora da data de validade e poliol aquecido em demasia”, disse Silva, da Thermolex. Mas o estado dos equipamentos também é importante. “A maioria dos problemas de aplicação está ligada ao mau funcionamento da máquina, ou seja, quando a espuma não resulta de quantidades corretamente dosificadas de poliol e isocianato”, afirmou Ruiz. “Essas diferenças na relação dos materiais pode originar-se de sujeira nos filtros ou nas pistolas”, acrescentou Silva.


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ISOLAMENTO TÉRMICO Indicações

O uso de poliuretano por spray para isolamento térmico não é indicado em qualquer tipo de construção. “O PU spray é geralmente usado em galpões industriais, shoppings, supermercados, lojas de departamentos, armazéns, depósitos e unidades fabris, construções onde existe a necessidade de controle de temperatura ou maior conforto aos usuários”, afirmou André Borba, gerente para poliuretanos para a América Latina da Bayer MaterialScience (São Paulo, SP). “Em geral, são prédios prontos, pois para prédios novos costuma-se utilizar telhas sanduíche com poliuretano para o isolamento térmico”, complementou. “Telhados, paredes e batentes de porta são alguns lugares das construções que usam poliuretano por spray”, disse Gilvânia Alves, responsável técnica para poliuretanos da Amino (Diadema, SP). “O mercado para o PU spray no mundo é relativamente grande, sendo que no Brasil é estável em termos de crescimento, dado estar diretamente relacionado à realização de obras/edificações já existentes”, afirmou Fernandes, da Dow. “A aplicação do PU por spray é utilizada principalmente para isolar termicamente instalações já construídas, in situ. Os principais usos são isolamento térmico e impermeabilização de tetos e paredes em construções residenciais, comerciais e industriais, transporte refrigerado e câmaras de refrigeração”, afirmou Ruiz. “Outros mercados importantes são o portuário e parques temáticos”, disse Silva.

Equipamentos indicados

Divulgação Thermolex

As máquinas usadas para aplicar PU por spray proporcionam diversas vantagens em relação a outros métodos de aplicação. “As máquinas são fáceis de transportar e de manusear, reduzem o custo de mão de obra e otimizam o processo”, afirmou Gilvânia, da Amino. “A aplicação de espuma rígida de PU por spray é feita por máquinas especiais que dosificam a concentração do poliol formulado e o isocianato a tal pressão que permita misturar bem os dois componentes e que se possa projetá-lo sobre a superfície onde ocorre a espumação”, disse Ruiz, acrescentando que normalmente as pressões utilizadas pelas máquinas vão de 1,500 psi (103 bar) para as máquinas pequenas a 3,500 psi (240 bar) para as grandes, sendo que estas podem também manusear sistemas de poliureia. “O equipamento mais recomendado para aplicação de PU spray é de fato o de alta pres-

Spray de PU: aplicação rápida em condições ideais

PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

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são, muito embora algumas máquinas de baixa pressão até consigam fazer o trabalho, porém com qualidade inferior de mistura dos componentes, desperdício de material e menor produtividade”, afirmou Ricardo L’Abbate do Valle, diretor da Poliequip (São Paulo, SP). “Em equipamentos de alta pressão, a temperatura é controlada para garantir uma mistura de 100% do componente A com 100% do componente B, o que elimina a interferência da temperatura ambiente no processo”, concluiu. “O ideal é trabalhar a uma temperatura média de 30º C a 40º C e a uma pressão mínima de 1500 a 2000 psi”, afirmou Silva, da Thermolex. “Os equipamentos de alta pressão costumam ter dosagem volumétrica fixa por sistema de pistão, podendo este ser pneumático ou hidráulico”, disse Fernandes, da Dow. “Em máquinas de alta, os componentes vêm em separado, pressurizados também separadamente, sendo misturados por uma câmera de mistura autolimpante”, afirmou Silva, da Thermolex. “Como a turbulência é muito grande, o processo permite a parada e continuação da aplicação a qualquer momento, sem existir preocupação quanto à limpeza”, salientou, acrescentando que a cada parada o próprio ar comprimido que alimenta o equipamento fica encarregado de fazer a limpeza. Segundo o consultor Ruiz, outros fatores também entram na escolha do equipamento. “A qualidade da máquina para esse uso é definida pela qualidade da mistura, portabilidade, controle da temperatura e das pressões dos componentes, e facilidade de manutenção”, afirmou.

Condições da superfície

“Antes do início da aplicação, é preciso verificar as condições do substrato ou superfície. É fundamental o preparo do substrato por meio de limpeza”, afirmou Fernandes, da Dow. Essa limpeza consiste em retirar o pó, umidade, graxa ou óleo. “A umidade, as graxas e a oleosidade não interferem apenas na aderência do produto ao substrato, mas também na propriedade da espuma rígida de PU”, disse Silva.“No caso de pó ou partículas, elas devem ser removidas com água. No caso de graxa ou óleo, a remoção é química”, disse o profissional da Dow. Há casos especiais, como substratos que podem originar acúmulo de água. “Nesses casos, a superfície deve ser regularizada, sendo que se ocorrerem depressões maiores elas devem ser previamente preenchidas com aplicação de poliuretano rígido, poliisocianurato ou outro material adequado”, afirmou ele. “A superfície onde a espuma de PU vai ser aplicada deve estar livre de materiais que podem causar falsas aderências (recobrimentos anteriores, pinturas, etc.)”, disse Ruiz, segundo o qual existem no mercado produtos que se utilizam como primers para melhorar a aderência da espuma na superfície (no caso, primers acrílicos ou epoxílicos), se isso for necessário. “Mas existem também formulações especiais de PU para aplicações sobre superfícies frias, embora não com umidade”, acrescentou o consultor. “Raramente são aplicados primers no isolamento de PU”, afirmou Silvio Simões, gerente da Thermopol (Ribeirão Pires, SP). “Pessoalmente, nunca vi a


ISOLAMENTO TÉRMICO utilização de primer para espuma de PU por spray. O único caso em que isso é necessário, penso, é em caso de superfícies metálicas de baixíssima aderência”, afirmou Borba, da Bayer. Segundo Silva, da Thermolex, a preparação do substrato ou superfície não costuma levar muito tempo, o que significa que a aplicação do PU pode se dar no mesmo dia ou período do dia.

Preparo de superfície

Normalmente, a aplicação do poliuretano é feita diretamente na superfície. Mas, a depender do estado do substrato, é preciso aplicar um fundo preparador ou barreira de vapor d’água. “Essa fase do tratamento do substrato visa assegurar uma boa adesão”, afirmou Fernandes, da Dow, segundo o qual existe uma técnica especial no caso da ocorrência de juntas de expansão que podem causar trincas ou rompimento na espuma pela movimentação do seu suporte. “Essas juntas devem ser cobertas com um filme ou lâmina flexível, não aderida ao substrato, mas aderente posteriormente ao sistema de poliuretano por spray”, afirmou ele. “Normalmente a limpeza seca é feita com vassouras mesmo, ar comprimido ou solventes em alguns casos (raros) para aplicações internas ou a depender do tipo de superfície”, disse Silva, da Thermolex, segundo quem as áreas externas normalmente são tratadas com hidrolavagens. “Para substratos em processo de corrosão, deve ser feito tratamento prévio”, indicou.

Condições ambientais

Deve-se tomar também muito cuidado com as condições ambientais durante a aplicação. “O ideal é que a aplicação do PU por spray se dê em temperaturas ambientes entre 20 e 22º C”, disse Silva, da Thermolex (detalhe: as temperaturas de 30º C a 40º C já indicadas referem-se aos equipamentos). “Deve-se assegurar que o PU não seja aplicado sobre precipitação de chuvas ou em ambientes com umidade relativa do ar acima de 80%, assim como não é recomendável a aplicação em locais em que a velocidade do vento seja superior a 30 km/h”, explicou Fernandes, da Dow. “Realmente a temperatura ambiente recomendada para a aplicação deve ser maior do que 20º C”, completou. “Abaixo dessa temperatura ocorrerão riscos nas propriedades físicas do material, assim como na aderência do produto, principalmente em coberturas”, afirmou Silva. A explicação para o fato é que uma grande diferença entre a temperatura do substrato e do PU (que é aplicado a até 40º C) pode ocasionar o desplacamento no encontro das duas variantes de temperatura (baixa no caso do substrato e alta na aplicação). Nesses casos, é conveniente retirar a parte desplacada e reaplicar o produto. “A superfície, se for muito lisa, como por exemplo aço inox, e não estiver em temperatura boa, pode acabar descolando”, afirmou Borba. “Em caso de problemas de temperatura devidos ao ambiente ou ao equipamento, o aplicador pode resfriar os tambores ou mantê-los em locais frescos e ventilados”, disse Silva.

A aplicação

“Na aplicação propriamente dita, o poliuretano é pulverizado, em camadas sucessivas, até atingir a espessura esperada, criando dessa forma uma barreira ao ar”, afirmou Fernandes, da Dow. “Além da função de isolamento térmico, o PU por spray, quando aplicado em superfícies expostas às intempéries, possui propriedades que podem conferir estanqueidade, a depender das condições do projeto”, comentou. Com um detalhe: o poliuretano normalmente recebe uma aplicação posterior de tinta acrílica ou mesmo de impermeabilização com poliureia. “É importante ressaltar que a espuma rígida de poliuretano se decompõe com o contato contínuo aos raios ultravioleta do sol”, afirmou Ruiz. “Por essa razão, a sua face externa sempre deve ser recoberta com recobrimentos tradicionais”, concluiu. “A aplicação no Brasil costuma ser a tradicional de PU por spray com formulação fixa e pintura acrílica antichama de proteção”, afirmou Simões, da Thermopol. “O processo de aplicação da espuma rígida de PU é muito rápido, sendo que a cura chega em torno a 3 a 9 segundos”, disse Silva, da Thermolex. “Uma recomendação durante a aplicação é que a distância entre o aplicador e o substrato nunca seja menor do que 2 metros, sendo que em espaços confinados normalmente é necessário um cavalete de ar para contribuir para a melhoria da respiração do aplicador”, disse. “Durante a aplicação, o cone do spray deve ser regular e constante, e o material aplicado deve espumar rapidamente após alcançar a superfície”, afirmou Fernandes, da Dow. “O aspecto visual deve ser semelhante à casca grossa de laranja. Caso ocorra o aspecto pipoca, o que significa temperatura excessiva, deve ser feita a correção no próprio equipamento”, explicou, salientando que o aplicador deve verificar se a relação da mistura está correta por meio da medição em separado de cada linha de saída dos componentes.

Propriedades físicas

A espessura da aplicação final do poliuretano por spray varia. “Normalmente, são aplicadas de 3 a 4 camadas de spray de PU com 1 cm de espessura para cada camada”, afirmou Borba, da Bayer MaterialScience. Em paredes, as formulações devem ser tais que permitam boa fluidez de aplicação e ao mesmo tempo que não escorram pelas paredes. “A empresa aplicadora deve certificar-se de que os componentes e as condições de mistura resultem numa boa reatividade, com tempos de creme e de gel, bem como densidade, de acordo com a ficha técnica da formulação”, insistiu Fernandes, da Dow, para quem a densidade da espuma deve ser uniforme, resultado do fato de o aplicador manter as espessuras das camadas constantes. “O aspecto final da espuma de PU aplicada deve ter coloração uniforme, isenta de veios de cores diferentes e de formação de trincas ou bolhas de ar”, explicou. Caso sejam detectados esses fenômenos, eles devem ser removidos e deve ser feita uma reaplicação do produto. “A densidade da espuma é muito importante devido às propriedades mecânicas

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ISOLAMENTO TÉRMICO estruturais que a espuma proporciona”, afirmou o consultor mexicano Ruiz, que exemplifica. “É muito importante, se a espuma for pela parte externa do teto, que a densidade seja superiora 40 kg/m3 para que comporte o tráfego leve de pessoas sobre sua superfície”, disse, indicando que as densidades normalmente utilizadas para esse tipo de aplicação variam entre 35 e 50 kg/m3.

Propriedades térmicas

Mas as propriedades mais desejadas para a espuma de PU referem-se ao seu potencial de isolamento térmico. “A condutividade térmica (também conhecida como fator K) é a propriedade mais importante para aplicações isolantes”, disse Ruiz. “Está em elaboração um projeto de norma de espuma rígida de PU, para aplicações com espessura média de 25 mm (para mais ou menos 5 mm), sendo que nessas condições se obtém aproximadamente 90% de redução na transmissão de calor da cobertura para dentro do ambiente”, afirmou Simões, da Thermopol. “Mas o tipo de substrato também interfere na transmissão global”, completou.

Segurança

Divulgação Graco

A aplicação de PU por spray deve ser feita com equipamentos especiais de segurança. “Normalmente, a aplicação do poliuretano em lugares fechados é problemática porque envolve uma considerável geração de vapores, que podem ocasionar problemas aos aplicadores”, afirmou Ruiz, indicando que a utilização de luvas, máscaras, calçados especiais, etc. é obrigatória. “Devido ao caráter alcalino do produto, o contato direto com a pele, olhos e mucosas pode provocar irritação, especialmente sob contato prolongado”, afirmou Fernandes, da Dow. “Respingos nos olhos devem ser lavados imediata e criteriosamente com água corrente, devendo consultar um oftalmologista; no caso de contaminação da pele, ela deve ser lavada exaustivamente com água e sabão”, recomendou. Os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) devem ser capacete de segurança, bota de segurança, óculos de segurando ou protetor facial, máscara respiratória com filtro químico para gases tóxicos de classe 1, protetor de ouvido, luvas de borracha ou de PVC e macacão Tyvek no momento da aplicação. “Mais especificamente, a bota de segurança deve ter biqueira de aço, o capacete precisa de jugular, os óculos de segurança devem ser normais para áreas internas

Spray de PU: segurança em alta pressão

PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

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e escuros para áreas externas, as luvas devem ser látex, etc.”, afirmou Silva, da Thermolex.

Aspectos ambientais

Por isolarem térmica e acusticamente ambientes os mais diversos, as aplicações de espuma rígida de poliuretano permitem reduzir drasticamente o consumo de energia elétrica pelas construções. Mas por usarem agentes de expansão eles podem também ocasionar efeitos indesejados no meio ambiente. Esses efeitos vêm sendo minimizados com o uso de agentes de expansão amigáveis tanto com respeito à geração de danos à camada de ozônio quanto ao aquecimento global. “Atualmente, todas as nações estão focadas em reduzir o impacto ambiental causado pelas aplicações de espuma de poliuretano. Os países avançados já completaram a fase de extinção de substâncias danosas à camada de ozônio. Os países em desenvolvimento vão nessa direção”, afirmou o consultor mexicano Ruiz, salientando que felizmente há diversas alternativas aos agentes de expansão existentes, como agentes de expansão sob a forma líquida ou aplicações de espuma em sistemas froth (a partir de grandes cilindros sob pressão). “Já existem soluções em hidrofluorcarbonetos para substituir o tradicional HCFC-141b mantendo desempenhos elevados e economias consideráveis do consumo de energia ao longo da vida útil do sistema”, afirmou H. Krähling, gerente de suporte da Solvay (Taboão da Serra, SP), num artigo com L. Zipfel, da divisão de fluorados e derivados da mesma empresa, que possui em sua carta de produtos agentes de expansão alternativos.

Mercado

“A aplicação de PU por spray não experimenta crescimento acima da média do mercado”, disse Borba, da Bayer MaterialScience. “Ela poderia crescer muito mais no Brasil, mas falta uma associação de classe que capacite e certifique os aplicadores”. Para normatizar a aplicação do produto e consequentemente elevar a qualidade das aplicações, Borba diz que está para se publicada uma norma específica para aplicação de poliuretano por spray. “Não adianta ter matéria-prima de qualidade se não existem regulamentações de mercado para aplicação”, afirmou. “Há 30 anos o mercado de spray de poliuretano cresce vagarosamente, numa média de 5% ao ano”, afirmou Simões, da Thermopol, segundo quem o potencial de crescimento fica restringido também pela elevada carga tributária aplicada às matérias-primas. Mas as expectativas são favoráveis. “A aplicação de spray de poliuretano está intimamente ligada ao crescimento da indústria de construção e à indústria de conservação de alimentos”, disse o consultor Ruiz. “Mas um aspecto também a considerar é a contribuição estrutural que a espuma fornece ao substrato pelo fato de ter caráter monolítico”, explicou, exemplificando com casos no México, em que após a passagem de um furacão sobre as costas de Yucatán, somente as granjas de frango com isolamento térmico com PU suportaram as fortes exigências mecânicas resultantes.


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REVESTIMENTOS

Impermeabilização: formulações sob medida e em crescimento

Poliuretano: resistência mecânica

A utilização do poliuretano como produto impermeabilizante é um alternativa que apresenta maior eficiência e durabilidade. O cumprimento de normas específicas aos poucos normatiza um mercado em crescimento e que exige soluções para situações especiais. Confira

PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

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Divulgação Revestsystem

A

impermeabilização de superfícies no mercado de construção civil e em indústrias de diversos tipos tem como opção, há mais de vinte anos, a utilização de resina de poliuretano. Aos poucos, essa opção se firma e as vantagens do produto tornam-se patentes em diversas situações. “Na última década cresceu o uso de PU para impermeabilização de diversos tipos de construções, sejam indústrias, residências e edifícios comerciais”, afirmou Josué Garcia Quini, químico da Masterpol (São Bernardo do Campo, SP). “O aumento do uso do poliuretano se deve a sua versatilidade, rapidez de aplicação, baixo índice de compostos orgânicos voláteis (VOCs), potabilidade, etc., que possibilita aos projetistas novas soluções para os desafios da construção civil atual”, completou. “A impermeabilização e revestimentos à base de poliuretano, e em nosso caso de poliuretano vegetal, tem se ampliado muito nos últimos anos”, afirmou Donizeti Curcio Luciano, engenheiro civil e diretor da Imperveg (Aguaí, SP). “Com a obrigatoriedade das leis ambientais, a necessidade de proteção das superfícies de concreto tem levado o mercado em busca de soluções para não apenas o quesito de impermeabilidade, mas também contra a presença de agentes agressivos nos meios aquosos”, concluiu Luciano.

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Novas leis

“O desenvolvimento do mercado de construção tem levado ao aumento do uso de tecnologias alternativas de impermeabilização às mais tradicionais à base de asfalto

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e seus derivados (mantas e betumen)”, afirmou Vinicius Serves, gerente de desenvolvimento de novos negócios para a divisão de sistemas formulados de poliuretano da Dow Brasil (São Paulo, SP). “O fato é que o encarecimento da mão de obra, a modernização dos processos construtivos e a entrada de novos materiais têm impulsionado o uso de poliuretano em impermeabilização”, disse Serves. “No ano de 2007 foi publicada pela ABNT a NBR 15487 – Membrana de poliuretano para impermeabilização, que define parâmetros mínimos de aceitação para membranas destinadas à impermeabilização”, informou Quini, da Masterpol.

Divulgação Stanka

REVESTIMENTOS

Regulamentações

A especificação de poliuretano, de origem petroquímica ou biológica, para impermeabilização está sujeita, como para outras substâncias, a portarias como a MS 2914, que trata de impermeabilizantes e protetores de superfície em reservatórios de água para consumo humano, a NBR 9575 – Impermeabilização, seleção e projeto, para especificação de materiais de impermeabilização, e a NBR 11905 – sistema de impermeabilização composto por cimento impermeabilizante e polímeros. “A utilização de poliuretano vegetal como impermeabilizante e protetor de superfície tem sido constante em reservatórios de água para consumo humano, estações de tratamento de água, estações de tratamento de esgoto e efluentes, diques (bacias) de contenção de produtos químicos, pisos industriais, lajes de cobertura, etc.”, afirmou Tiago Curcio Luciano, técnico químico e diretor da Imperveg.

PU biológico

Divulgação Specialty Coatings

“No caso, o nosso sistema impermeabilizante é constituído por uma camada inicial composta por cimento impermeabilizante e polímeros em emulsão com 50% de material sólido à base de látex aplicada diretamente sobre

Poliuretano em pisos: aplicação manual ou por spray

a superfície da estrutura”, explicou o técnico da Imperveg, segundo o qual a seguir essa camada deve receber uma membrana de polímero à base de PU vegetal bicomponente com 100% de material sólido, moldada no local. “Esta resina é originada de um poliol e um pré-polímero derivados de óleo vegetal e MDI, com aditivos e reagentes naturais desenvolvidos internamente”, afirmou. O resultado é uma membrana monolítica, com estabilidade físico-química, elasticidade, impermeabilidade e aderência em materiais porosos como concreto (a argamassa contém cimento Portland como aglomerante).

Formulações

Segundo Quini, da Masterpol, diversos tipos de formulações podem ser usados para a fabricação de membranas de poliuretano, fazendo uso de resinas com 100% de sólidos ou com solventes orgânicos. “As formulações com 100% sólidos têm sido muito utilizadas em construções que visam obter o selo verde de baixa emissão de voláteis orgânicos no ambiente”, afirmou o químico da Masterpol. As etapas prévias de preparação da superfície incluem limpeza e secagem do substrato. “O contato com a água, durante a aplicação, pode interferir na reação química entre os componentes”, disse o especialista. “Se a umidade do local de aplicação for elevada, é necessário aguardar a secagem ou aplicar outro produto capaz de contê-la, como, por exemplo sistemas epóxi base água ou cimentícios. O mesmo acontecendo se o produto acabar sendo exposto à radiação solar”, afirmou Serves, da Dow. “É muito raro que não se possa fazer/utilizar impermeabilização de base poliuretano. Tudo depende, em última instância, de quanto se quer investir e qual a performance esperada”, explicou.

Mercado

Para Serves, o mercado tem melhorado bastante nos últimos anos, o que tem contribuído para um aperfeiçoamento das formulações. “Apesar disso, ainda existem no mercado

Áreas externas: resistência ultra violeta

PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

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Poliuretano de fontes renováveis: novas tendências

Divulgação Lotus

produtos de qualidade não muito alta ou de tecnologia antiga. Mas as tendências vão na direção do desenvolvimento local de produtos da mais alta tecnologia”, disse ele, para quem a queda nos custos e a disponibilidade de produtos no mercado internacional vêm mudando o cenário para melhor. “As tendências em termos de crescimento do uso do PU para impermeabilização são as melhores possíveis”, afirmou Luciano, da Imperveg. “O custo depende da aplicação, mas o fato é que, se comparado à argamassa polimérica, o poliuretano resiste (e ela não) em aplicações como tetos de reatores anaeróbios, sendo esse apenas um exemplo”, afirmou. “É preciso sempre levar em conta a durabilidade e a relação custo x benefício”, completou. “Em relação ao custo do poliuretano, embora o preço por kg do produto seja um pouco mais elevado do que outros sistemas, o alto rendimento, a ausência de imprimação e a proteção mecânica mantêm o custo por metro quadrado equivalente aos demais sistemas de impermeabilização”, afirmou Quini, da Masterpol. “Apesar disso, por ser uma tecnologia ainda mais recente, seu uso tem ocorrido em obras de maior dimensão ou projetos elaborados por profissionais especializados mais familiarizados com novas tecnologias”.

Aplicações industriais: resistência química

Aplicações recentes

Os últimos anos, e em especial os últimos meses, têm se caracterizado pela ocorrência de diversas obras de impermeabilização com poliuretano, poliureia ou formulações híbridas poliuretano-poliureia. “Os estádios construídos para a Copa têm sido um campo de aplicação ideal para a impermeabilização com poliuretano, especialmente em áreas frias, reservatórios e arquibancadas”, afirmou Quini. “Uma aplicação importante realizada recentemente foi nos estádios para a Copa das Confederações e para os futuros jogos do Mundial da Fifa em 2014”, disse Serves, da Dow Brasil. “Para o estádio Mané Garrincha (Brasília, DF), tecnologias de impermeabilização foram aplicadas sobre as estruturas de concreto do estádio, protegendo-as dos efeitos das chuvas e outras intempéries, aumentando a vida útil da construção”, explicou, salientando que a tecnologia do PU não sobrecarrega a estrutura e permite reduzir materiais como aço e concreto. “Mas o PU não está presente apenas em grandes obras. Hoje não é difícil encontrar o produto no varejo para aplicações feitas pelo próprio dono da obra”, disse o profissional da Dow, para quem o custo da impermeabilização de base poliuretano não é tão elevado se for considerada a relação custo-benefício do material. “Soluções de base poliuretano, PU/poliureia e poliureia permitem alta velocidade de aplicação e alta resistência ao tráfego de pedestres”, disse.

Novidades

Num mercado em crescimento, há todo um caminho para novidades. “Hoje há necessidade de utilizar matérias-primas importadas para atingir a performance de algumas formulações. Apesar disso, ainda há muito a ser explorado com o que está disponível no mercado local”, afirmou Serves. “No caso de PU vegetal, estão para surgir diversas novidades, como resinas funcionando como aglomerante de areia para preparar moldes para fundição, resinas para revestimento resistente a microorganismos em embarcações e resinas aglomerantes para composites com fibras vegetais e inservíveis”, afirmou Luciano, da Imperveg. Divulgação Superfícies Eficientes

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REVESTIMENTOS

Poliuretano: aplicação por métodos manuais

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MATÉRIAS-PRIMAS BÁSICAS

Poliol poliéter: especialidades para demandas diferenciadas Espumas flexíveis: maior mercado para poliol poliéter

Praticamente todos os segmentos de mercado de poliuretano fazem uso, em maior ou menor extensão, dos diversos grades disponíveis de poliol poliéter no mercado. Esses grades diferenciam-se de várias formas e passam por esforços de desenvolvimento em todo o mundo.

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s polióis de tipo poliéter são os mais utilizados no mercado de poliuretano”, afirmou Gustavo Ricci, gerente de marketing do negócio de poliuretanos da Dow Brasil (São Paulo, SP). “Mundialmente, 85% das aplicações de PU utilizam poliol poliéter, sendo que os 15% restantes ficam para o poliol poliéster”, disse Gerson Silva, diretor químico da Purcom (Barueri, SP). Esses polióis, contudo, distinguem-se de várias formas, as principais delas em número de hidroxilas, peso molecular, iniciador e viscosidade. “Sempre existe um poliol poliéter mais adequado para cada aplicação e mercado”, afirmou Rogério Baixo, técnico em pesquisa e desenvolvimento para o negócio de poliuretanos da Dow Brasil. “Os polióis poliéteres diferenciam-se, em especial, pelos pesos moleculares, iniciadores e número de hidroxilas”, disse Elton Nardoto, químico da Química Anastácio (São Paulo, SP).

Maiores mercados

O maior volume de polióis poliéter é tradicionalmente demandado pelo mercado de espuma flexível. “O mercado de colchões e espumas para estofados representa por volta de 50% do mercado brasileiro de poliuretano, e quase 100% dele é de base poliol poliéter”, afirmou Silva, da Purcom. “O poliol poliéter entra como matéria-prima fundamental em colchões, travesseiros e estofados devido à sua fácil produção, processabilidade, disponibilidade no mercado local e por permitir propriedades mecânicas superiores no produto final”, afirmou Ricci. “Os polióis poliéteres commoPO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

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Divulgação Marabraz

Confira

Estofados: amplo uso de espuma de PU base poliéter

dities são os utilizados na fabricação de espumas flexíveis, flexíveis moldadas e rígidas”, afirmou Nardoto, da Química Anastácio. O Brasil tem fábrica de polióis poliéter e de óxido de propileno (PO), substância precursora, ambas da Dow.

Formulações mais comuns

“Existem mais de 100 diferentes tipos de polióis poliéteres, mas aquele dedicado ao mercado de colchões e espumas para estofados é quase todo de poliol base glicerina com óxido de propileno de peso molecular até 3000”, afir-


MATÉRIAS-PRIMAS BÁSICAS mou Silva. “Esse poliol é usado especialmente pela baixa viscosidade e cadeia flexível”, completou. “O segmento de colchões costuma utilizar um poliol que é um triol, de peso molecular 3000 e com combinações de óxido de etileno (EO) e óxido de propileno (PO)”, disse Nardoto. “Para fabricação de espumas flexíveis com alguma propriedade especial, como resistência a solventes, costumam ser usados polióis poliésteres mesmo”, admitiu Silva. “Não que não se possa usar o poliol poliéter nesse tipo de aplicação, mas sua resistência é realmente muito menor, ao menos naquele quesito”, completou. Outra especialização dos polióis poliéteres é em espumas flexíveis moldadas, onde, segundo Silva, o poliol, com peso molecular de até 6000, é iniciado com glicerina, propoxilado com óxido de propileno e capeado com óxido de etileno, indicado para espumas de alta resiliência. Outro mercado de destaque para polióis poliéteres é o de espumas rígidas de poliuretano, que usam variantes especiais para isolamento em indústrias de refrigeração, construção civil, aquecimento solar, etc. “Para espumas rígidas, são usados polióis trióis ou tetróis base sucrose mais glicerina capeado com PO e com peso molecular que varia de 300 a 600”, afirmou Nardoto, da Química Anastacio. “Os polióis de cadeia curta (com peso molecular de até 600) são costumeiramente iniciados com açúcar e propoxilados com óxido de propileno”, concordou Silva, da Purcom.

Mercados especiais

Outro mercado que faz amplo uso de polióis poliéter, em variantes específicas, é o de CASE (revestimentos, adesivos, selantes e elastômeros). “Os polióis poliéteres são usados, além de em sistemas de espuma rígida e flexível, em elastômeros, adesivos, etc.”, afirmou Cherry Ren, gerente de vendas além-mar da Shanghai Dongda (Shanghai, China). “Neste mercado em especial, os polióis precisam ser difuncionais, enquanto no caso das espumas flexíveis os polióis mais usados são trifuncionais, e para espumas rígidas, polifuncionais”, disse Baixo, da Dow. “Nós utilizados

Espumas flexíveis em processo contínuo: matérias-primas tradicionais

polióis dióis base PPG mais PO com peso molecular que varia de 1000 a 3000”, disse Nardoto. “Mas existem também as especialidades, que são definidas para cada aplicação. No caso, os polióis poliéter especiais são usados quando os produtos finais requerem alguma propriedades específica ou diferenciada”, indicou Baixo, da Dow, que exemplifica com a variedade Voranol 223-060LM para produção de elastômeros e TPUs de alto desempenho. “Mas também são usados polióis poliéter especiais em espumas especiais, tais como viscoelásticas, de alta resiliência (HR) e as chamadas Fresh Comfort”, disse.

Fornecimento

No mercado local, a Dow é a principal fornecedora de polióis poliéter, com plantas no Brasil, Colômbia e Argentina, abastecendo as indústrias com produção local principalmente das linhas Voranol e Voralux. “A produção de óxido de propileno fecha a cadeia na medida em que essa substância é a principal matéria-prima para a fabricação dos polióis poliéter”, disse Ricci. A fábrica da Dow para polióis poliéter localiza-se no Guarujá. “Há produção local de quase todos os polióis usados pelo mercado, mas em quantidade a grande maioria é importada dos Estados Unidos, Europa e Ásia”, disse Nardoto. “Outros fabricantes são a Bayer, BASF, a chinesa Sinochem e as sul-coreanas SKC e KPX ”, afirmou o profissional da Química Anastásio. Ren, da Dongda, cita também a norte-americana Huntsman e a chinesa Wanhua. “A China é a maior base de produção no mundo”, afirmou a profissional. “Nos polióis, há uma tendência de os grandes fabricantes, que ainda estão nos Estados Unidos e Alemanha, migrarem para a Ásia e o Oriente Médio”, comentou.

Tendências

Segundo Ricci e Baixo, vêm sendo desenvolvidas, no mundo e também no Brasil, variantes de polióis poliéter para oferecer propriedades diferenciadas nos produtos finais assim como para otimizar o processo produtivo. “A Dow tem previstos lançamentos para os segmentos de espumas flexíveis, rígidas e CASE, que estarão disponíveis nos próximos anos”, disse Ricci, salientando que o mercado brasileiro vem demandando produtos com qualidade e performance superiores. “A grande novidade dos últimos anos é a produção de polióis poliéteres à base de CO2”, afirmou Nardoto, segundo o qual há também novidades de polióis poliéteres de base vegetal. No caso das espumas flexíveis, busca-se maior conforto, bem-estar e durabilidade. Já nas espumas rígidas, deseja-se eficiência energética ainda melhor, visando reduzir consideravelmente o consumo de energia elétrica nos refrigeradores, por exemplo. “Nos últimos 5 anos, a taxa de crescimento tem sido de 5 a 8%, puxada em especial pelas especialidades. Com a normatização dos colchões de espuma, então, espera-se um crescimento um pouco maior”, afirmou Nardoto.

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ESPUMAS FLEXÍVEIS

Maior qualidade em colchões e estofados em todo o Brasil Colchões: espuma flexível, quase sempre presente

Densidades maiores, maior uso de espumas HR, hipersoft e viscoelásticas, uma nova norma a entrar em vigor, algumas matérias-primas novas, retardantes de chama diferenciados. Diversas tendências e novidades começam a fazer com que o mercado moveleiro (colchões e estofados, principalmente) consiga oferecer e vender produtos de maior qualidade. Confira

O

mercado de espumas flexíveis de poliuretano para colchões e móveis está mudando. Na verdade, já mudou bastante de uns anos para cá. Com a estabilidade econômica, a saída de milhões de brasileiros da linha de pobreza e o surgimento e crescimento de uma nova classe média, a qualidade dos colchões e outros artigos do ramo moveleiro tem mudado drasticamente. “A demanda por produtos de desempenho diferenciado tem crescido de modo geral e especialmente no Brasil, em função do aumento do poder aquisitivo da população”, afirmou Gustavo Ricci, gerente de marketing de poliuretanos da Dow Brasil (São Paulo, SP). “A evolução dos sistemas de PU para espumas flexíveis vem acompanhando essa tendência, extremamente positiva, diga-se de passagem, tanto no aspecto da qualidade como no volume, em todas as regiões, inclusive as regiões Norte e Nordeste”, completou.

João dos Santos, da área de tecnologia de suporte e aplicação da Amino (Diadema, SP). “Deve-se levar em consideração uma maior exigência do consumidor final por produtos de maior durabilidade, fator esse que vem influenciando a especificação de matérias-primas”, concluiu. “Com o acesso à informação e possibilidade de parcelamento, o consumidor agora pode começar a pagar por produtos bons, mesmo quando a clientela é das classes C e D”, afirmou Rogério Baixo, químico de pesquisa e desenvolvimento de espumas flexíveis da Dow. “Essa tendência vem se dando nos últimos anos”. “No geral, os materiais são praticamente os mesmos, mas ocorrem mudanças na qualidade do produto acabado, em virtude de uma maior consciência e exigência do consumidor por qualidade superior”, disse Santos.

“A indústria de móveis tem se desenvolvido ao longo dos anos, sobretudo por estar inserida cada vez mais num contexto industrial globalizado”, afirmou Roberto Luiz, gerente de poliuretanos da Evonik (São Paulo, SP). “Há uma demanda crescente pela utilização de espumas especiais na fabricação de móveis de médio e alto padrão”, disse Carlos PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

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Divulgação Edil Portale

Competição e qualidade

Estofado com design diferenciado: nicho


Sistemas

“Os sistemas realmente têm evoluído, tanto nos de espumas hipersoft (em que muda a dureza e a maciez é próxima do látex), HR (alta resiliência) e viscoelásticas (tanto do tipo químico quanto físico, com células mais fechadas)”, disse Rodrigo Bergóc, gerente comercial de poliuretano da região do cone Sul da Air Products (São Paulo, SP). “A espuma viscoelástica é bastante usada em travesseiro, na verdade”, afirmou. “Realmente, as formulações mais demandadas hoje são de espuma viscoelástica, de alta resiliência (HR) e de espumas hipersoft (também chamadas de hipermacias)”, concordou Ricci, da Dow. “Mas discordo quanto ao uso da viscoelástica: nos últimos anos ela tem tido grande destaque especialmente no mercado de colchões, onde é utilizada como camada de conforto”, salientou. “O que tem aparecido de mais moderno em aprimoramento é a característica de alta resiliência, as espumas hipersoft e as viscoelásticas”, afirmou André Borba, gerente de poliuretanos da Bayer MaterialScience (São Paulo, SP). “As matérias-primas utilizadas têm se mantido as mesmas, sendo usadas em estofados de linhas médias e altas”, afirmou Santos, da Amino.

Divulgação Marabraz

ESPUMAS FLEXÍVEIS

Conforto e toque propriedades para estofados

Custos

“É preciso notar que o setor moveleiro é, em linhas gerais, fortemente dirigido para custos, uma realidade que muitas vezes impede o uso de aplicações mais nobres ou mais exigentes”, afirmou Borba, da Bayer. “Isso faz com que as especialidades migrem para nichos, nos quais, quanto maior é o valor agregado, maior a chance de termos sistemas de poliuretano mais modernos”. Borba exemplifica essa “direção aos custos” com o caso das espumas viscoelásticas vendidas no mercado. “Pelos padrões internacionais, a espuma viscoelástica deveria ter entre 50 e 70 kg/m3 de densidade, mas no Brasil esse patamar é bem inferior, chegando a até 7 kg/m3”, mostrou. “O mercado em geral é bem conservador, sendo que o fator mais importante a guiá-lo, tirando os nichos, é realmente o custo”, concluiu.

Realidades distintas

Matérias-primas

Em linhas gerais, as matérias-primas para fabricação de espumas flexíveis de PU para o mercado moveleiro

Divulgação Edil Portale

Apesar dos progressos em qualidade e também em volume, há uma concordância quanto ao fato de o mercado se dividir, grosso modo, em duas realidades bem distintas. “Hoje, existe o mercado de espumas de qualidade normal e o de espumas sem qualidade”, afirmou Bergóc. “Mas isso tende a mudar aos poucos. O motivo é a entrada em vigor de normas de qualidade”. Essas normas somam-se, no caso, a selos como o Proespuma, do INER (Instituto Nacional de Estudos do Repouso). “O Proespuma já tem mais de 30 anos. A norma já aprovada que está para entrar em vigor é a NBR 13579 – 1 e 2, de 2011”, especificou Ricci, da Dow Brasil. Ainda para ser publicada, a norma estabelece, em linhas gerais, que as classificações das espumas começarão com 18 kg/m3, e que a resiliência deverá ter, em colchões de espuma, no mínimo 10%. “Com a entrada em vigor da nova norma, a qualidade das espumas vai se tornar parecida, e o mercado de espumas sem qualidade irá sumir”, aposta o profissional da Air Products, que salientou também que a norma só vale para colchões, não abrangendo estofados, outro importante produto em espumas flexíveis do setor moveleiro. Colchão neonatal: especialidade Di

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Espuma em estofados: superfícies de toque suave

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ESPUMAS FLEXÍVEIS são as mesmas de sempre. Mas há novidades. “O que tem ocorrido de mais recente é o uso do poliol copolímero para espumas melhoradas”, explicou Borba. “Outro desenvolvimento importante se dá em catalisadores para emissões bem baixas ou mesmo zero”, afirmou Bergóc. “No caso dos aditivos, há uma crescente preocupação com a proteção do meio ambiente, segurança e saúde”, disse Luiz, da Evonik. “Por causa disso, o desenvolvimento de aditivos de melhor performance quanto às propriedades de VOC (Compostos Orgânicos Voláteis) e fogging tem sido uma constante nas pesquisas da indústria”, completou. “Em surfactantes houve uma adequação dos tipos disponíveis face o aumento da densidade média das espumas nos últimos anos”, afirmou Silva, da Amino. “Já quanto aos catalisadores, houve realmente uma mudança decorrente da necessidade de catalisadores com baixo VOC”, completou. “A demanda crescente de espumas de toque suave e de alta resiliência tem aberto oportunidades tanto para os fabricantes dessas espumas quanto para os fornecedores de matérias-primas especiais”, afirmou Ricci.

Isocianatos

Em isocianatos, os mais utilizados para espumas flexíveios são mesmo os TDIs. “Existem, é claro, opções em MDI, látex e outras, mas essas tecnologias não estão disponíveis em larga escala no Brasil”, afirmou Borba, da Bayer, que fabrica MDI. “Esses nichos não são propriamente (ainda) do interesse da Bayer, porque as blendas exigem novos investimentos para que uma demanda sólida se viabilize”, explicou, acrescentando que com o uso de copolímeros aumenta o custo total da espuma pelo maior uso de TDI (de forma a dar dureza à espuma). Logisticamente, o abastecimento de TDI no mercado é regular, apesar do encerramento da fábrica da Dow no ano passado. “No início, o impacto no mercado da novidade foi bastante negativo, mas com o decorrer do tempo houve absorção da demanda pelo mercado”, contou Borba. “A adaptação do mercado transcorreu normalmente, dado que a Dow continua suprindo os clientes por meio de outras fontes de fornecimento”, afirmou Ricci, da Dow.

Retardantes de chama

O uso de retardantes de chama em espumas flexíveis para o setor moveleiro está normalmente restrito a peças de maior valor agregado ou utilizadas em situações especiais. Nesse sentido, pouco tem mudado no mercado nos últimos anos. Mas, por baixo dessa calmaria, há discussões interessantes. “Existem posições, defendidas em especial no estado norte-americano da Califórnia, segundo as quais os retardantes de chama nas espumas deveriam ser eliminados”, afirmou Bergóc. “Mas isso não quer dizer que isso seja necessariamente um retrocesso. A questão é que eles defendem que os retardantes deveriam ser obrigatórios nos tecidos e não na espuma. Segundo os defensores dessa ideia,

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Produção continua: uniformidade para maior qualidade

o fogo intoxica apenas quando atinge a espuma, o que deveria ser evitado”, completou. Como novidade, o profissional da Air Products cita retardantes a chama melamínicos, que começam a ser utilizados em grande escala.

Estofados

É consensual que o mercado de estofados comportase, em relação ao de colchões, de forma completamente diferente. Nesse mercado, não existem normas para o uso de espumas flexíveis de PU e, regra geral, o mercado utiliza espumas com tecnologia tradicional, exceto em casos muito particulares. “Nos estofados, o que manda é o design, e não tanto o tipo de espuma. Mas, apesar disso, nota-se que elas também vêm mudando, com densidades médias maiores, uso de espumas HR e hipersoft (estas, em especial em apoios de cabeça e braço)”, afirmou Baixo, da Dow, lembrando que embora ainda exista o saber popular de que sofá bom é aquele em que a pessoa afunda, começa a tomar corpo a ideia de que o conforto não é medido dessa forma. “As densidades realmente subiram, e a tendência é por espumas ainda convencionais desse tipo”, explicou. “As espumas de baixíssimas densidades vêm diminuindo gradativamente devido à exigência do consumidor final e também à normatização dessas espumas”, afirmou Silva, da Amino. “Diferentemente, as espumas de toque suave vêm aumentando a participação no mercado devido às maiores exigências em termos de conforto e durabilidade”. Lançamentos Novo isocianato

Isocianato Specflex NE 150 (Dow): isocianato que permite atingir tempos de creme altos para altos volumes de material. Aplicado com 2 bicos de injeção, permite atingir, apenas alterando-se os índices, diferentes níveis de densidade na mesma peça (por exemplo, densidade alta para locais em que ocorre aplicação de peso e baixa onde as pressões são menores).

Surfactante

Surfactante Dabco DC5990 (Air Products): produto com melhor emulsificação, que permite melhor miscibilidade com retardantes a chama tradicionais e também com melamínicos.


Confira a programação geral dos

Painéis Setoriais2013 2011 Painéis Setoriais Desde 2006, são realizados os Painéis Setoriais, que são seminários técnicos voltados a diversos segmentos industriais. Em 2013, serão organizados os Painéis Multissetoriais, que terão o objetivo de mostrar as inovações tecnológicas em composites, poliuretano e plásticos de engenharia para mais de um segmento industrial, em importantes capitais brasileiras. Os Painéis Setoriais e os Congressos Sul-americanos também serão realizados. Veja a programação geral:

Calendário 2013 Abril

Agosto

» 10/04 - Painel Sustentabilidade na Construção Civil (São Paulo, SP) » 24/04 - Painel Multissetorial Energia Eólica + Construção Civil (Fortaleza, CE) » 21/08 - Painel Isolamento Térmico (São Paulo, SP) » 28/08 - Painel Mineração (Belo Horizonte, MG) » 04/09 - Painel Multissetorial Náutico + Naval + Petróleo & Gás (Rio de Janeiro, RJ)

Setembro

» 11/09 - Painel Ambientes Agressivos (Camaçari, BA) » 25/09 - Painel Construção Civil (São Paulo, SP) » 09/10 - Painel Aeroespacial (São José dos Campos, SP)

Outubro

» 23/10 - Painel Espumas Flexíveis (São Paulo, SP) » 30/10 - Painel Automotivo + Exposição de peças (São Paulo, SP)

Novembro

» 06 e 07/11 - III Congresso Sul-americano de Composites, Poliuretano e Plásticos de Engenharia (Porto Alegre, RS)

- Painel Automotivo (Porto Alegres, RS) * Esta programação poderá ser alterada sem aviso prévio

Mais informações:

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ADITIVOS Retardantes de chama: falta de norma atrasa especificação A proteção de peças e ambientes contra o fogo e para baixa emissão de fumaça ainda precisa de normas

É

inquestionável a importância da retardância à chama em espumas de poliuretano. Seja para peças do setor moveleiro, seja para espumas usadas em isolamento térmico e acústico, seja em peças moldadas para o setor automotivo, a atribuição de retardância à chama a aplicações em espuma de poliuretano é uma tendência inescapável para o mercado. “Em teoria, todos os produtos que contêm poliuretano em sua formulação deveriam conter retardantes de chama em sua composição face a alta capacidade de inflamabilidade do material”, afirmou Mauro Majerowicz, diretor da Polyorganic (São Paulo, SP), empresa distribuidora de produtos da israelense ICL-IP America, um dos maiores fabricantes mundiais de retardantes de chama. “Os retardantes de chama para aplicação em poliuretano variam conforme a densidade da espuma e as normas e padrões de flamabilidade exigidos pelo mercado em diversas aplicações”, disse Paulo Ghidetti, coordenador técnico da unidade de negócios de aditivos para a América Latina da empresa de origem suíça Clariant (São Paulo, SP). “Todos os mercados onde se utiliza retardantes de chama têm sua norma específica. Note-se que, apesar de agregarem pequeno custo a mais, acrescentam muito valor ao produto final, assim como segurança aos usuários, sendo de suma importância para a sociedade em geral”, disse Majerowicz, da Polyorganic.

Setor automotivo

Devido à globalização e ao fato de que um veículo produzido no Brasil pode ser exportado para qualquer país (e vice-versa), a utilização de espuma de poliuretano com retardantes a chama é obrigatória no mercado automotivo, existindo normas bem exigentes a esse respeito. “Nesse caso, uma das normas mais importantes a serem seguidas é a FMVSS 302”, informou Majerowicz. “Para o mercado de transporte, as normas seguem padrões internacionais específicos que têm em comum a exigência cada vez maior por produtos menos agressivos ao ser humano e ao meio ambiente”, disse Ghidetti. “Esses produtos, quando em ação para evitar a propagação PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

do fogo, não geram gases tóxicos ao ser humano e possuem densidade de gases muito baixa”, completou.

Tipos

Ghidetti, da Clariant, distingue os retardantes reativos, produtos líquidos com base em polióis e que reagem com o PU incorporando a si mesmos no polímero, e os não-reativos, baseados em polifosfato de amônio, que não reagem com o PU e que são incorporados e dispersos como carga. Já Majerowicz foca seus princípios ativos. “Derivados da química do fósforo, nós indicamos o tris (1,3-dicloroisopropil) fosfato (TDCP), o tris (2-cloroisopropil) fosfato (TCPP), como compostos halogenados, e o trietil fosfato (TEP), como produto isento de halogênio, dentre outros”, elencou, destacando que os produtos retardantes à chama de base fósforo não são fabricados localmente. “Para cada formulação ou aplicação, as dosagens são inerentes a cada produto final e à norma a ser atendida”, explicou.

Mercado

O mercado de retardantes a chama, segundo os fabricantes desses aditivos, mantém-se estável nos últimos anos. “Essa é a realidade apesar de a economia brasileira não andar tão bem quanto se esperava. Essa realidade deve-se, em grande parte, ao segmento automotivo que mantém boas taxas de crescimento”, afirmou Majerowicz, destacando também o mercado de construção civil, o qual, apesar de experimentar pequena queda, vem comportando bons volumes de negócios em virtude das obras para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016. “A venda de nossos produtos poderiam ser maiores se existissem normas específicas aplicadas ao mercado doméstico”, completou. Algumas tendências para retardantes são claras já há um bom tempo. “A tendência internacional é para materiais que não gerem gases tóxicos ou que sejam livres de halogênios e metais pesados”, afirmou Ghidetti, da Clariant. “Um problema nesse sentido é que na América Latina não existe muito rigor do ponto de vista da legislação”, observou, notando que cada segmento tem suas particularidades e nichos. “As principais tendências são em termos de produtos não-halogenados e de baixa queima (low scorch), propriedades para as quais legislam as normas California 117, MVS 302, ASTM E84 Classe 2, dentre tantas outras”, afirmou Majerowicz, destacando também as desejadas características de baixa volatilidade e bom processamento. “Mas no mercado ainda existem materiais baseados em halogênios e metais pesados”, observou Ghidetti.

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Painel Isolamento Térmico 2013 No dia 21 de agosto, foi realizada a sétima edição do Painel Isolamento Térmico 2013, que teve como objetivo mostrar as novas tecnologias em poliuretano destinadas à indústria de isolamento térmico para fins residenciais, comerciais ou industriais. O evento contou com a presença de 73 participantes, sendo 11 deles de empresas fornecedoras de matérias-primas e equipamentos, e 62 profissionais que atuam no mercado de isolamento térmico. Durante o evento foram apresentadas as seguintes palestras: Hennecke

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Painel Mineração 2013 No dia 28 de agosto, foi realizada, em Belo Horizonte, MG a quinta edição do Painel Mineração Este evento, que contou com a presença de 56 profissionais, sendo 45 profissionais específicos do setor de mineração, teve como foco principal destacar a extensa e mais recente gama de soluções em materiais de alta performance para a indústria de mineração (poliuretano e plásticos de engenharia), visando a fabricação de equipamentos com alta resistência ao desgaste por abrasão e corrosão. Neste seminário, foram apresentados os seguintes temas: Poliuretano usado para peças de Mineração (Chemtura), Soluções em elastômeros de alto desempenho: aumento da vida útil à redução de custos para a indústria de mineração (Dow), Aplicações dos Plásticos Industriais na Mineração (Plásticos Travi) e DEVCON, Soluções para reduzir o desgaste e abrasão, com ganho de produtividade (ITW). O Painel Mineração foi dirigido exclusivamente a um público de profissionais responsáveis diretos ou especificadores de materiais e/ou equipamentos nos departamentos de produção e manutenção de empresas de mineração. Tel.: (11) 2899-6395 ou consultoria@artsim.com.br | A próxima edição do Painel Mineração será realizada em 2014 Confira a cobertura completa do evento no site www.tecnologiade materiais.com.br (acesse Painéis 2013). As soluções apresentadas no evento já estão disponíveis Patrocinadores

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2013

Agosto/setembro edição 56

Setembro/outubro edição 57

Outubro/novembro edição 58

Novembro/dezembro edição 59

Aplicações no setor naval

Sistemas

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Feiplastic 2013

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Abrafati 2013

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