Série Brasil - História | Geografia | Sociologia

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GEOGRAFIA HISTÓRIA SOCIOLOGIA

Livros impressos Cadernos de Revisão Objetos Educacionais Digitais (OEDs) Livros digitais Sequências de Revisão Portal exclusivo

A SÉRIE BRASIL – Ensino Médio tem como propósito contribuir para a formação de cidadãos conscientes de seu papel na transformação da sociedade. As coleções apresentam um conjunto de propostas que privilegiam a assimilação dos conteúdos curriculares, aliada ao exercício de uma postura crítica, permitindo ao aluno uma opinião independente e uma leitura própria do mundo.

ENSINO MÉDIO NA MEDIDA CERTA



Lançamento

A SÉRIE BRASIL – Ensino Médio tem o objetivo de contribuir para a formação de cidadãos conscientes de seu papel na transformação da sociedade. Para tanto, apresenta um conjunto de propostas de trabalho com conteúdos curriculares que exercitam a postura crítica. Dessa forma, o aluno desenvolve opinião independente e leitura própria do mundo. Neste catálogo, você conhecerá os componentes, os valores e os diferenciais da SÉRIE BRASIL – Ensino Médio, e ainda detalhes das obras GEOGRAFIA – Espaço e Identidade, HISTÓRIA – Em Curso e SOCIOLOGIA – Tempos Modernos, Tempos de Sociologia.

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AS PROPOSTAS E OS DIFERENCIAIS DA SÉRIE Praticidade ao professor e mais estímulo ao aluno do Ensino Médio

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A SÉRIE BRASIL – Ensino Médio valoriza a relação professor-aluno e o dia a dia dentro e fora da sala de aula. Respeitando as necessidades e demandas de cada área do conhecimento, os conteúdos didáticos estão estruturados na medida certa, favorecendo o desenvolvimento dos trabalhos ao longo do ano letivo sem, entretanto, desconsiderar os desafios específicos de cada disciplina. Com o objetivo de otimizar o processo ensino-aprendizagem em um contexto cada vez mais dinâmico e complexo, a SÉRIE BRASIL – Ensino Médio oferece um pacote integrado de soluções didáticas nos formatos impresso e digital. As obras foram concebidas de forma a garantir: Ao professor, maior praticidade e versatilidade na preparação das aulas e das atividades extraclasse.

Aos alunos, articulação dos conteúdos com sua própria realidade e preparação para os vestibulares e o Enem.

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FORMAÇÃO INTEGRAL E FUNCIONALIDADE NA MEDIDA CERTA Organização funcional e recursos que garantem ensino dinâmico e aprendizado eficaz

As exigências do Ensino Médio refletem os desafios de uma nova realidade, marcada por mudanças cada vez mais aceleradas. O saber se torna mais complexo e dinâmico. O senso crítico, mais urgente e necessário. A SÉRIE BRASIL – Ensino Médio está fundamentada em uma proposta de valor que respeita as especificidades de cada disciplina e destaca os principais aspectos da relação ensino-aprendizagem na etapa final da educação básica, preparando o aluno para a continuidade dos estudos e o ingresso no mundo do trabalho.

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PROPOSTAS DE VALOR MEDIDA CERTA

FORMAÇÃO INTEGRAL

Autores renomados e

Articulação entre

comprometidos com as atuais propostas de educação. Conteúdos e abordagens

competências e conteúdos curriculares. A abordagem contextualizada

relevantes para cada disciplina.

atribui maior significado ao aprendizado.

Síntese e eficiência

Autonomia de pensamento

pedagógica. Estrutura e número de páginas adequados ao desafio de trabalhar o extenso conteúdo curricular do Ensino Médio. Revisão de conteúdos no 3

o

ano, subsidiando a preparação para os principais vestibulares e o Enem. Portal do Professor:

otimização do tempo em sala de aula. O portal traz sugestões para planejamento das aulas, revisão de conteúdos e indicação das habilidades e competências a serem desenvolvidas.

e formação cidadã: estímulo ao pensamento reflexivo, valorizando o protagonismo e a experiência social do aluno. Organização do conteúdo

didático por meio de eixos integradores: leitura da realidade abordando temas atuais – sustentabilidade, tecnologia e diversidade. Valorização da continuidade

dos estudos: preparação do aluno para o ingresso na universidade com questões atualizadas dos principais vestibulares e do Enem.

ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL Estrutura multiplataforma,

com total integração entre livro impresso e digital. Conteúdos sempre ao

alcance da mão, com portal compatível com celular, tablet e computador, e perfis independentes para o aluno e para o professor. Conteúdo digital exclusivo

por disciplina: Objetos Educacionais Digitais (OEDs), Cadernos de Revisão, Atividades extras e comentadas, Questões do Enem e de vestibulares, Resumos e Sequências de Revisão. Projeto gráfico de alta

qualidade, com soluções visuais que dão fluidez ao percurso de aprendizagem.

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DISCIPLINAS, AUTORES E COMPONENTES DISCIPLINAS Composição das coleções por disciplina: • ARTE Volume único • BIOLOGIA 3 volumes • FÍSICA 3 volumes • GEOGRAFIA Volume único • HISTÓRIA Volume único • INGLÊS 3 volumes • MATEMÁTICA 3 volumes • SOCIOLOGIA Volume único

Recursos didáticos eficientes, integrados e na medida certa visam garantir a eficiência do aprendizado do aluno e a praticidade ao professor

AUTORES A SÉRIE BRASIL – Ensino Médio reúne educadores especialistas em suas áreas de conhecimento, com larga experiência em sala de aula e pesquisa acadêmica. Os conteúdos didáticos são articulados de forma a preparar o aluno para os principais vestibulares e o Enem, sem perder de vista o desenvolvimento de seu espírito crítico, fundamental para enfrentar os desafios da universidade e do mercado de trabalho. As coleções foram planejadas considerando-se os novos desafios da educação, de modo a garantir o dinamismo do processo ensino-aprendizagem.

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COMPONENTES

DIFERENCIAIS •

Clareza na exposição dos conteúdos

Rigor conceitual

Diálogo entre disciplinas

Articulação entre teoria e prática

Estímulo ao debate e ao trabalho de campo

• Caderno de Revisão* (3o ano)

Proximidade com a realidade cotidiana

• Objetos Educacionais Digitais (OEDs)

Valorização dos conhecimentos prévios do aluno

A integração entre os formatos impresso e digital compõe a solução didática para o aluno do Ensino Médio, gerando eficiência dentro e fora da sala de aula. IMPRESSO

DIGITAL

ALUNO • Livro do Aluno

• Sequências de Revisão • Portal Exclusivo PROFESSOR • Livro do Professor • Caderno de Revisão* (3o ano) com resoluções • Manual com orientações didáticas • Objetos Educacionais Digitais (OEDs) • Sequências de Revisão (customizável também para lousa digital) * Não disponível para Sociologia

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GEOGRAFIA

ESPAÇO E IDENTIDADE

VOLUME ÚNICO

Levon Boligian Andressa Alves

Livro Impresso Caderno de Revisão Objetos Educacionais Digitais (OEDs) Livro Digital Sequências de Revisão Portal Exclusivo

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A obra de Geografia da SÉRIE BRASIL– Ensino Médio, destaca o estudo das relações entre natureza e sociedade na produção do espaço geográfico. Por meio da representação cartográfica, a coleção valoriza o trabalho integrado e interdisciplinar, estimulando discussões que envolvem aspectos culturais e cidadania.

A articulação entre global e local é feita por meio de uma abordagem multiescalar, o que propicia a apresentação dos vários conceitos básicos da Geografia com base no espaço geográfico.

A OBRA VALORIZA O TRABALHO INTEGRADO E INTERDISCIPLINAR, ESTIMULANDO DISCUSSÕES SOBRE ASPECTOS CULTURAIS E CIDADANIA

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Por dentro do livro Seções especiais ao longo dos capítulos sugerem diferentes maneiras de o conteúdo ser apresentado, discutido e estudado. Abertura de unidade Uma imagem representativa do tema da unidade convida à reflexão, despertando a curiosidade e o interesse do aluno.

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Revisitando o capítulo

De olho no Enem

Questões com diferentes abordagens – infográficos e mapas, tabelas e textos – ajudam o aluno a fixar e a revisar o conteúdo.

Questões do Enem sobre o tema trabalhado são comentadas e analisadas, preparando o aluno para o exame.

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Espaço e cartografia Conteúdo cartográfico com o tema da unidade trabalha a capacidade de interpretação e a construção do conhecimento.

Textos em boxes Auxiliam no aprofundamento do tema.

PROPOSTAS DE VALOR

MEDIDA CERTA

FORMAÇÃO INTEGRAL

Organização de conteúdos e seleção de exercícios adequados ao planejamento de aulas.

A abordagem das características culturais do Brasil e do mundo viabiliza o trabalho integrado e interdisciplinar com foco em discussões sobre pluralidade e cidadania.

Exercícios para revisão e fixação dos conteúdos.

O programa de atividades valoriza a capacidade investigativa do aluno propondo pesquisas para a resolução de problemas.

ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL Seções bem delimitadas graficamente e atividades organizadas em forma de roteiro de procedimentos ou de leitura. Questões do Enem comentadas e analisadas de acordo com o conteúdo estudado nas unidades.

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1

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1. Saberes em foco A diversidade trabalhada em diferentes áreas e formas de conhecimento.

Recursos Digitais O Livro Digital, os Objetos Educacionais Digitais (OEDs), as Sequências de Revisão e o Portal Exclusivo compõem a oferta digital integrada ao material impresso.

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2. Culturas em foco

3. Mulheres em foco

Atividades relacionam características culturais de grupos no Brasil e no mundo.

Livro Digital

Conteúdo valoriza a obra e a vida de mulheres ao longo da História.

OEDs

Objetos Educacionais Digitais

Portal Exclusivo

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PROPOSTAS DE VALOR

MEDIDA CERTA Trabalho com análise de gráficos, mapas e tabelas e com diferentes gêneros textuais otimiza a construção do conhecimento.

Caderno de Revisão Material de apoio que ajuda o aluno do último ano a revisar o conteúdo do Ensino Médio no processo de preparação para o Enem e os principais vestibulares.

FORMAÇÃO INTEGRAL Estrutura da obra trabalha diferentes habilidades – da interpretação e análise de textos à oralidade em debates coletivos. Seções especiais tratam de conteúdos cartográficos contextualizados de acordo com os temas das unidades.

ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL Programação visual organizada proporciona equilíbrio entre textos principais, imagens, ilustrações e seções especiais.

SOBRE OS AUTORES

Sequências de Revisão

Levon Boligian

Andressa Alves

icenciado em eografia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Professor de Ensino Médio do Instituto Federal Catarinense (IFC). outor em nsino de eografia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Professor de Metodologia do Ensino de eografia no nsino Superior. Assessor educacional na rede particular de ensino. Autor de livros didáticos para o Ensino Fundamental e o Ensino Médio.

icenciada em eografia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Mestra em eografia pela niversidade Estadual Paulista (Unesp). Professora de eografia e de Artes Visuais no Ensino Fundamental e na formação continuada de professores do Ensino Básico. Assessora educacional na rede particular de ensino. Autora de livros didáticos para o Ensino Fundamental e o Ensino Médio.

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HISTÓRIA

EM CURSO

VOLUME ÚNICO

Mariana Guglielmo Marieta de Moraes Ferreira Renato Franco

Livro Impresso Caderno de Revisão Objetos Educacionais Digitais (OEDs) Livro Digital Sequências de Revisão Portal Exclusivo

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A obra de História da SÉRIE BRASIL Ensino Médio, tem uma linguagem clara e acessível, articulando teoria e prática, e intercala conteúdos referentes ao Brasil, à Europa, América, África, Ásia e Oceania seguindo a abordagem da História Integrada, em sequência cronológica.

A apresentação dos temas é feita com base em questões articuladas com o conhecimento prévio do aluno, com o objetivo de estimular o debate e, assim, desenvolver a sensibilidade e a capacidade analítica do aluno para interagir mais ativamente com o mundo em que vive.

A APRESENTAÇÃO DOS TEMAS É BASEADA EM QUESTÕES ARTICULADAS AO CONHECIMENTO PRÉVIO DO ALUNO, COM O OBJETIVO DE ESTIMULAR O DEBATE

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Por dentro do livro Seções especiais ao longo dos capítulos sugerem diferentes maneiras de o conteúdo ser apresentado, discutido e estudado.

Construindo o conhecimento O objetivo dessa seção é iniciar os debates em sala de aula, com base no conhecimento prévio dos alunos.

Abertura de unidade Uma imagem de impacto relacionada ao tema da unidade, acompanhada de breve texto, serve de motivação ao aluno.

Marcos cronológicos Debates historiográficos Aponta diferentes interpretações de historiadores do mesmo assunto, mostrando como os processos históricos passam por constantes releituras.

Oferecem uma ferramenta subsidiária para os estudantes refinarem sua concepção de tempo histórico.

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Saiba mais

Atores históricos

Análise mais aprofundada de um tema específico. Mostra ângulos distintos de um mesmo processo histórico.

Descreve uma figura importante para o processo estudado, enfatizando o lado humano da História.

História em documento Documentos relacionados ao tema ajudam o aluno a contextualizá-lo.

PROPOSTAS DE VALOR

MEDIDA CERTA

FORMAÇÃO INTEGRAL

A complexidade dos exercícios para fixação de conteúdo aumenta ao longo do desenvolvimento teórico.

Conteúdos de História são apresentados de forma contextualizada, relacionados ao cotidiano.

Questionamentos pontuam a teoria e exercitam o pensamento crítico do aluno e a articulação entre a História e a realidade dele.

Mais que um olhar em direção ao passado, a História é mostrada como uma chave para o aluno entender temas da atualidade, como a desigualdade social, racial e sexual, a corrupção, os problemas ambientais e o fundamentalismo.

ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL Linguagem acessível que dialoga com o aluno e estimula o estudo autônomo.

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Conecte-se

Para assistir

Atividades relacionam passado e presente.

Indicação de filmes para incentivar a discussão do tema em pauta e oferecer caminhos para a pesquisa autônoma.

Recursos Digitais O Livro Digital, os Objetos Educacionais Digitais (OEDs), as Sequências de Revisão e o Portal Exclusivo compõem a oferta digital integrada ao material impresso.

Livro Digital

Aprofundando o conhecimento Atividades no final de cada capítulo estimulam o raciocínio crítico e analítico.

OEDs

Objetos Educacionais Digitais

Portal Exclusivo

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PROPOSTAS DE VALOR

MEDIDA CERTA

FORMAÇÃO INTEGRAL

Seleção de exercícios adequada ao planejamento flexível de aulas.

Caderno de Revisão Material de apoio que ajuda o aluno do último ano a revisar o conteúdo do Ensino Médio no processo de preparação para o Enem e os principais vestibulares.

Seleção atualizada de exercícios do Enem e de vestibulares de diferentes regiões do Brasil, além de questões inéditas do banco de dados do FGV Ensino Médio. www.ensinomediodigital.fgv.br

Seções e boxes se estruturam com base em princípios que valorizam a interdisciplinaridade e os principais debates historiográficos.

ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL Uso de imagens como recurso para ampliação e contextualização do conhecimento gráficos, mapas, obras de arte, fotografias, entre outras.

Diferentes aspectos da realidade são trabalhados em atividades que articulam o conteúdo de História com a matriz de referências do Enem.

SOBRE OS AUTORES

Mariana Guglielmo Mestra em História pela Universidade Federal Fluminense. Professora e pesquisadora na Fundação Getúlio Vargas. Foi professora em escolas do Ensino Básico nas redes pública e privada.

Sequências de Revisão

Marieta de Moraes Ferreira Doutora em História pela Universidade Federal Fluminense. Professora titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Coordenadora nacional do estrado Profissional em Ensino de História.

Renato Franco Doutor em História pela Universidade de São Paulo. Professor do Departamento de História e do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal Fluminense. Membro do corpo docente do estrado Profissional em Ensino de História.

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SOCIOLOGIA

VOLUME ÚNICO

Helena Bomeny Bianca Freire-Medeiros Raquel Balmant Emerique Julia O’Donnel

Livro Impresso Livro Digital Sequências de Revisão Portal Exclusivo

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O principal objetivo da SÉRIE BRASIL – Ensino Médio é apresentar a Sociologia como uma importante ferramenta de reflexão sobre a realidade brasileira. Ao criar uma conversa bem conduzida entre teoria e prática, texto e imagem, o material desperta o interesse e inspira a “imaginação sociológica” dos alunos. Por meio do diálogo com o filme Tempos Modernos, de Charles Chaplin, a obra apresenta os principais conceitos da Antropologia, Ciência Política e Sociologia.

Com uma linguagem clara e acessível aos alunos do Ensino Médio, os conceitos clássicos das Ciências Sociais são relacionados a exemplos práticos do cotidiano, estabelecendo, assim, contato com o Brasil atual e com a realidade do aluno, visando estimular o desenvolvimento de seu senso crítico.

AO CRIAR UM DIÁLOGO BEM CONDUZIDO ENTRE TEORIA E PRÁTICA, O MATERIAL DESPERTA O INTERESSE E INSPIRA A “IMAGINAÇÃO SOCIOLÓGICA” DOS ALUNOS

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Por dentro do livro Seções especiais ao longo dos capítulos sugerem diferentes maneiras de o conteúdo ser apresentado, discutido e estudado. A metrópole acelerada

Um ótimo autor para nos acompanhar nesta

bre a vida nas metrópoles modernas, no qual analisa a

cena e ajudar a compreender o surto de Carlitos é

relação entre os diversos aspectos da vida social e da

Georg Simmel, sociólogo que estudou temas variados.

vida psíquica, ou seja, entre o ambiente urbano e a

Especialmente interessante para nós é seu ensaio so-

personalidade das pessoas.

Imagens de impacto ajudam a relacionar o conhecimento prévio do aluno com o tema abordado.

United Artist

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Abertura de unidade Apresentando Georg Simmel

Sammlung Rauch

Georg Simmel (Berlim, Alemanha, 1 de março de 1858 – Estrasburgo, França, 28 de setembro de 1918)

Embora Georg Simmel nem sempre apareça entre os pais da Sociologia, sua obra foi muito importante para o desenvolvimento do conhecimento sociológico. Uma de suas preocupações foi, assim como para Durkheim, discorrer sobre os objetos e a metodologia próprios dos estudos da sociedade. Simmel teve sua obra marcada pelo intenso crescimento urbano por que passava Berlim, capital alemã, no final do século XIX e início do século XX. Atento a essas mudanças, desenvolveu um método de análise que ficou conhecido como microssociologia, propondo olhar para os fenômenos sociais em suas pequenas manifestações. Para ele, a sociedade estava em constante transformação, sendo feita e refeita com base nas relações do dia a dia. Formado em História e Filosofia, Georg Simmel foi muito influenciado pelo filósofo alemão Immanuel Kant, embora tenha sido na análise sociológica que empreendeu seu maior esforço. Os temas mais explorados em sua Georg Simmel, c. 1900. obra são a modernidade, o indivíduo moderno e a importância social do dinheiro. Sobre esse tripé, analisou as mais diversas formas de interação, tendo como pano de fundo a questão mais ampla da relação entre indivíduo e sociedade. Suas principais obras são coletâneas de ensaios e, dentre seus textos mais famosos, destaca-se “As grandes cidades e a vida do espírito” (1903).

Tempos Modernos

A modernidade, incon-

O tique nervoso de Carlitos em cena do filme Tempos modernos.

testavelmente, mudou o ritmo

Em cena: O surto e o manicômio

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da produção. Mas não só isso: mudou o ritmo das ruas, das cidades, da vida. Na verdade,

fábrica fugindo de um guarda que se aproxima. Daí em diante as coisas pioram: ele liga e desliga máquinas, explode fusíveis, borrifa óleo nos colegas, saltita loucamente pela linha de montagem, dependura-se em um enorme gancho e borrifa óleo no próprio dono da fábrica. Os operários e seguranças tentam contê-lo, mas Carlitos, incontrolável, corre para a rua. Nesse momento, depois de borrifar o enfermeiro, é metido numa ambulância que o conduzirá ao manicômio. Na cena seguinte, Carlitos, bem mais calmo – não mais usando o macacão de operário, e sim o famoso terno preto, chapéu coco e bengala –, deixa a clínica psiquiátrica. Antes de partir, escuta atentamente o conselho do médico: “Vá com calma e evite a excitação”. Será realmente possível viver sossegado nestes tempos modernos?

pelo divino e derivados dele.

Andrey Popov/Dreamstime.com

O dia de trabalho chega ao fim. Os operários estão exaustos, porém o dono da fábrica dá ordem para acelerar a produção. Carlitos tenta heroicamente acompanhar o ritmo, mas já não consegue: em uma das cenas mais famosas da história do cinema, atira-se sobre a esteira que passa à sua frente e é literalmente engolido pelas engrenagens circulares que compõem a máquina gigantesca. Sob o olhar incrédulo do “rebanho”, a “ovelha negra” enlouquece. Após ser cuspido de volta pela máquina, tomado por uma espécie de transe, Carlitos aperta o nariz dos colegas com suas chaves como se fossem roscas e persegue até a rua a secretária do dono da fábrica com o intuito de apertar-lhe os botões da saia. Em seguida, corre atrás de outra mulher, fixado agora nos botões da blusa dela, e entra novamente na

Marcio Silva/Dreamstime.com

Tempos nervosos

O filme clássico de Charlie Chaplin estrutura o percurso de ensino relacionando suas passagens a conceitos e teóricos importantes da história da Sociologia.

tudo foi se acelerando. As formas de entretenimento são bons exemplos: a quietude

Com a separação entre o profano e o religioso, essa correspondência deixou de fazer sentido. E, no mundo profano, a ciência

exigida pela leitura contrasta

foi ganhando cada vez mais o

radicalmente com a velocida-

poder de esclarecer questões e mistérios que sempre convive-

de da montanha-russa ou do

ram com os seres humanos.

cinema de ação. Nossa capa-

Mas Weber é o primeiro a nos advertir: a ciência nunca chega

cidade de percepção também se alterou: pense na quantidade de variáveis em que você precisa prestar atenção

a resolver todas as dúvidas e

Times Square, Manhattan, Nova York, 2015. Times Square é uma grande área comercial situada na região central da Ilha de Manhattan, Nova York (EUA). É um dos pontos turísticos mais visitados do mundo. Seus prédios ostentam gigantescos painéis publicitários de telas LED, intensamente iluminados.

jamais responderá a questões fundamentais, como “qual é o sentido da vida?” ou “por que devo fazer o bem?”. E mesmo

enquanto joga uma partida de video game. Não por acaso, as habilidades dos jovens do século XXI

aquelas questões que ela pretende investigar não têm res-

deixam os mais velhos perplexos: falam ao telefone, checam mensagens, escutam música e fazem o dever de casa ao mesmo tempo!

postas definitivas. Outras apa-

Aplicativo contábil utilizado em um tablet, 2015.

Parte II – A Sociologia vai ao cinema

Capítulo 7 – A metrópole acelerada

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recem desafiando a imaginação

Os tempos modernos, portanto, trouxeram mais

e inquietando os espíritos. A ciência vive de ultra-

esta novidade: separaram o mundo religioso do mun-

passar barreiras, mesmo sabendo que encontrará

do profano. Até o Renascimento, existia uma corres-

outras maiores e às vezes piores. A cada passo que

pondência entre o belo, o justo e o verdadeiro, porque

dá, depara-se com a certeza de que muitas dessas

esses três elementos eram vistos como inspirados

barreiras ainda nem sequer foram identificadas...

Sessão de cinema Walden Media

Tales Azzi/Pulsar Imagens

Augusto Dauster/Fotoarena

Recapitulando

JORNADA PELA LIBERDADE EUA/Reino Unido, 2006, 117 min. Direção de Michael Apted.

ESPN Brasil/Miração Filmes/TV Zero

Com base em uma história real, é narrada a luta política do líder de um dos movimentos abolicionistas britânicos. São mostradas as dificuldades de propagação dos ideais liberais que fundamentam a noção de “direitos humanos” em uma sociedade que acreditava que a estabilidade do Império Britânico estava ligada à escravidão.

Moradia à beira do Lago Paranoá, em Brasília (DF), 2016.

Ruby Films

Quando tomamos como referência uma questão importante, como educação, vemos com clareza as di-

O desenvolvimento educacional dos estados e

ferenças agudas entre as regiões mais favorecidas e as

municípios brasileiros também é revelador da situação

menos favorecidas do Brasil. Se a educação é um direi-

mais geral. Os indicadores de analfabetismo, por exem-

to de todos, estamos ainda muito longe de cumprir

plo, são mais altos nas regiões mais pobres e mais bai-

esse direito fundamental de maneira igualitária. As discrepâncias entre as regiões acentuam as desigualdades e as diferenças entre os cidadãos brasileiros, o

dagascar, na África, com posição bastante desfavorá-

que é demonstrado pelos dados da Pesquisa Nacional

vel entre os países considerados pelas agências que

por Amostra de Domicílios (PNAD).

tratam do desenvolvimento humano.

Alex Argozino

Taxas de analfabetismo no Brasil (por região) Pessoas com 15 anos ou mais de idade, em % Centro-Oeste

Nordeste

Sudeste

Sul

Brasil

Fabula/Participant Media

30

22,4 16,9

10

0

13,0 9,5

2004

2013

9,2

2004

2013

No ano de 1982, a Ditadura Militar completava 18 anos e a luta pela redemocratização do Brasil embalava o país. A música popular brasileira sofria com a censura, e o clube de futebol Corinthians passava por um período interno turbulento. No meio disso, o rock nacional começava a nascer. O filme mostra como a música, o esporte e a política se encontraram para mudar o rumo da história do país.

2004

11,5 6,5 2013

6,6 2004

4,8 2013

6,3 2004

8,5

4,6 2013

2004

98

AS SUFRAGISTAS

2013

CONDOR

219

Linguagens e esquemas

22

Os conteúdos são sempre apresentados por meio de imagens, gráficos, tabelas e mapas para exercício da síntese e da intertextualidade.

Recapitulando

Brasil, 2007, 103 min. Direção de Roberto Mader. O filme mostra diversos depoimentos e imagens de arquivo das crises políticas na América do Sul, nos anos de 1960 e 1970. O destaque principal são as ações da chamada Operação Condor, nascida de um acordo entre as polícias secretas dos países do Cone Sul com conhecimento da CIA. Essa operação gerou várias ações violentas dos governos militares contra militantes e representantes da esquerda comunista e socialista da região.

NO Chile, 2012, 112 min. Direção de Pablo Larraín. No momento em que o povo chileno é chamado para votar em um referendo pela permanência do General Augusto Pinochet no poder, e seu chefe está trabalhando na campanha do “Sim”, o publicitário René recebe o convite para integrar a equipe do “Não”. Sua missão: criar filmes e materiais promocionais que convençam a maioria do povo chileno a votar “Não”, interrompendo dessa forma a ditadura no país.

Fonte: IBGE. Séries estatísticas. Disponível em: <seriesestatisticas.ibge.gov.br>. Acesso em: maio 2016.

Capítulo 14 – Brasil, mostra a tua cara!

Parte II – A Sociologia vai ao cinema

Reino Unido, 2015, 107 min. Direção de Sarah Gavron. No início do século XX, após décadas de manifestações pacíficas, as mulheres ainda não tinham o direito de voto no Reino Unido, sendo ridicularizadas e ignoradas pelos políticos. Inspirado no movimento sufragista, o filme retrata o momento em que um grupo militante decide coordenar atos de insubordinação violenta a fim de chamar a atenção para sua causa.

Taba Filmes/Focus Filmes

xos nas mais favorecidas. Os estados mais pobres do Brasil se aproximam de países mais pobres, como Ma-

20

Brasil, 2014, 82 min. Direção de Pedro Asberg.

Moradia na margem da Lagoa Manguaba, em Marechal Deodoro (AL), 2015.

A mancha nacional

Norte

DEMOCRACIA EM PRETO E BRANCO

As inovações tecnológicas tomaram conta do mundo moderno. Se, por um lado, fascinavam, por outro, provocavam desconfianças. Suas promessas de tornar a vida mais prática e dar mais eficiência ao trabalho contribuíram para alterar a mentalidade dos indivíduos. O que chamou a atenção de Max Weber não foram as novas tecnologias em si, mas de que maneira elas ajudaram a criar novas atitudes e novas formas de pensar, que por sua vez foram essenciais para consolidar o sistema capitalista. Uma invenção simples como o relógio mecânico deslocou o referencial de contagem do tempo, baseado na natureza, nas horas litúrgicas e no trabalho doméstico, para o tempo produtivo regido pelo contrato de trabalho entre patrão e empregado. A partir daí foram desenvolvidas técnicas de controle e medição do tempo gasto na produção – o relógio de ponto é um exemplo. Outro aspecto que chamou a atenção de Weber na formação da mentalidade capitalista foi a Reforma Protestante. Com base nela surgiram diversas seitas cristãs dissidentes da Igreja Católica, que estimulavam os fiéis a ser diligentes no trabalho, evitar o ócio e usar o tempo em atividades para a glória de Deus. Entre os protestantes, a fé não ficava reservada às práticas dominicais ou aos que se internavam em mosteiros. Ela era confirmada no cotidiano pelo comportamento do fiel. Essa nova fé contribuiu para a difusão da disciplina do trabalho, tão valorizada pelo sistema capitalista. Essas mudanças – tempo controlado, novas máquinas e contrato de trabalho – não se concretizaram sem que houvesse resistência tanto dos trabalhadores quanto dos empregadores. Um elemento que contribuiu para sedimentá-las é o que Weber chamou de racionalidade. Para sobreviver ou prosperar, os indivíduos modernos tiveram de aprender a calcular ações e fazer as melhores escolhas. Isso significa que a racionalidade passou a estar presente na vida do indivíduo comum moderno. Mas ela também foi impulsionada pelo desenvolvimento do pensamento científico. A ciência foi a mola propulsora da racionalidade ao desencantar o mundo. Tudo o que a fé religiosa entendia como intocável e sagrado, a ciência “profanou” investigando, inquirindo e desvendando “mistérios”. Assim, a racionalidade científica funda os tempos modernos quando dissolve a noção de verdade absoluta e propõe um controle prático da natureza (por meio de técnicas) segundo os objetivos estipulados pelos próprios homens. Ela não se propõe a fornecer regras morais nem oferecer novas visões de mundo para orientar a vida em sociedade. Para Weber, a ciência é um campo autônomo, separado da religião e da política – terrenos dos profetas e dos demagogos.

Capítulo 9 – Liberdade ou segurança?

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Boxes resumem os temas do capítulo, retomando as principais questões abordadas para reforço e revisão dos conteúdos trabalhados.

Sessão de cinema Sugestões de filmes acompanhadas de orientações pedagógicas no Manual do Professor, com práticas de trabalho em sala de aula.

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A coleção está organizada em três partes, que articulam conceitos, teorias e temas:

RT PA

EI

Introdução às três áreas das Ciências Sociais (Sociologia, Antropologia e Ciência Política), esclarecendo ao aluno as condições históricas que propiciaram o surgimento da Sociologia como ciência.

RT A P

E II

Introdução aos principais conceitos e teóricos das Ciências Sociais (clássicos e contemporâneos) usando passagens do filme Tempos Modernos como facilitador para o entendimento do conteúdo.

PA

E RT

III

Os estudos sociológicos são relacionados à realidade nacional, possibilitando ao aluno conhecer importantes teóricos brasileiros da área e associar a análise sociológica a seu cotidiano.

PROPOSTAS DE VALOR

MEDIDA CERTA

FORMAÇÃO INTEGRAL

Traz grande variedade de atividades, incluindo questões do Enem e temas de redação dos principais vestibulares do país.

Os conteúdos de Sociologia são contextualizados com problematizações relacionadas ao cotidiano dos alunos.

Criação e produção de textos relacionados a temas de redação de vestibulares de diferentes locais do Brasil.

Construção do conteúdo em diálogo com o de História contribui para o desenvolvimento da “imaginação sociológica” do aluno.

Seleção atualizada de exercícios do Enem e de vestibulares de várias regiões do Brasil e questões inéditas do banco de dados da FGV Ensino Médio. www.ensinomediodigital.fgv.br

Proposta pedagógica valoriza interdisciplinaridade com outras áreas de conhecimento do Ensino Médio, com foco na formação cidadã e ética do aluno.

ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL O livro vem acompanhado de indicações de diferentes roteiros de aprendizagem, permitindo ao professor uma seleção do conteúdo mais adequada à sua realidade. Utilização de trechos de livros, músicas, poemas e artigos para trabalhar a ideia de que a análise sociológica pode ser desenvolvida em diferentes mídias. Uso do cinema como facilitador do trabalho dos temas sociológicos, propiciando maior aproximação do aluno com o conteúdo estudado.

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? Construindo seus conhecimentos

Conceitos sociológicos

Leitura complementar

Professor, na p. 57 do Manual do Professor (Leitura complementar) você encontra comentários e sugestões para utilização deste texto nas aulas.

ANOMIA

Do espírito público nos Estados Unidos

MONITORANDO A APRENDIZAGEM 1. Usamos ao longo deste capítulo a metáfora do “mapa imaginário” para explicar o sentido da

Sociologia para o mundo de hoje. Explique essa metáfora com suas palavras. 2. Dissemos que a Sociologia nos ensina a ver a sociedade como aquela “estrada aberta” que

encerra o filme Tempos modernos, de Chaplin. O que isso quer dizer? Explique usando suas palavras. 3. O “sarau” que “montamos” neste capítulo, dando voz aos convidados sobre o que pensam

ser os “tempos modernos”, teve como objetivo deixar clara a ideia de que a Sociologia oferece múltiplas respostas para as mesmas questões sociais. Por que essas respostas são consideradas científicas, e não um conjunto de ideias de senso comum?

DE OLHO NO ENEM

© 2010 King Features Syndicate/Ipress.

1. (Enem 2004)

Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo... Por isso minha aldeia é grande como outra qualquer Porque sou do tamanho do que vejo E não do tamanho da minha altura...

Existe um amor à pátria que tem sua fonte nesse sentimento impensado, desinteressado e indefinível que liga o coração do homem aos lugares em que nasceu. Esse lugar instintivo se confunde com o gosto dos costumes antigos, com o respeito aos ancestrais e à memória do passado; os que o sentem, querem a seu país como se ama a casa paterna. Amam a tranquilidade de que lá desfrutam, gostam dos hábitos calmos que lá contraíram, apegam-se às lembranças que ela lhes apresenta e até veem alguma doçura em nela viver na obediência. [...] De onde vem que, nos Estados Unidos, onde os habitantes chegaram ontem à terra que ocupam, aonde não levaram nem usos nem lembranças, onde se encontram pela primeira vez sem se conhecer; onde, para dizê-lo numa palavra, o instinto da pátria mal pode existir; de onde vem que todos se interessam pelos problemas de sua comuna, do seu cantão e do Estado inteiro, como se fossem os seus? É que cada um, em sua esfera, toma uma parte ativa no governo da sociedade. Nos Estados Unidos, o homem do povo compreendeu a influência que a prosperidade geral exerce sobre sua felicidade, ideia tão simples e, no entanto, tão pouco conhecida do povo. Além do mais, ele se acostumou a ver essa prosperidade como obra sua. Portanto vê na fortuna pública a sua, e trabalha para o bem de seu Estado não apenas por dever ou por orgulho, mas quase ousaria dizer, por cupidez. [...] O americano, por tomar parte em tudo o que se faz nesse país, crê-se interessado em defender tudo o que é criticado nele, pois não é apenas seu país que atacam então, mas ele mesmo. Por isso vemos seu or-

Anomia quer dizer ausência de normas ou regras de organização. Uma sociedade anômica, em que o sentimento de desregramento é mais forte do que o de orientação com base em regras, corre o risco de desintegração. O conceito de anomia foi associado mais fortemente a Émile Durkheim, mas outros autores também o utilizaram, cada qual dotando-o de um significado diferente. Na obra do próprio Durkheim esse conceito varia. Em Da divisão do trabalho social, Durkheim apresenta a noção de anomia associada ao sistema de divisão de trabalho que caracteriza as sociedades industriais. Já em O suicídio, fundamenta-a em duas dicotomias: egoísmo-altruísmo e anomia-fatalismo. As pessoas serão tanto mais egoístas quanto mais suas ações forem pautadas pelo livre-arbítrio, e não por valores e normas coletivas; e serão tanto mais altruístas quando o inverso for verdade. A anomia ocorrerá quando as ações dos indivíduos não forem mais reguladas por normas claras e coercitivas, e haverá fatalismo quando as normas limitarem ao extremo a autonomia do indivíduo para escolher meios e fins. Com isso, Durkheim indica que a complexidade crescente dos sistemas sociais leva à individualização crescente dos membros da sociedade e a maior desregramento.

gulho nacional recorrer a todos os artifícios e descer a todas as puerilidades da vaidade individual. [...] Na América, o homem do povo concebeu uma ideia elevada dos direitos políticos, porque tem direitos políticos; ele não ataca os direitos alheios para que não violem os seus. E, ao passo que na Europa esse mesmo homem desconhece até a autoridade soberana, o americano submete-se sem se queixar ao poder do menor de seus magistrados. [...] O governo da democracia faz descer a ideia dos direitos políticos até o menor dos cidadãos, tal como a divisão dos bens põe a ideia do direito de propriedade em geral ao alcance de todos os homens. É esse um de seus maiores méritos a meu ver. Não digo que seja fácil ensinar todos os homens a se servir dos direitos políticos, digo apenas que, quando isso é possível, os efeitos resultantes são grandes. [...] Nunca será dizer demais: não há nada mais fecundo em maravilhas do que a arte de ser livre; mas não há nada mais difícil do que o aprendizado da liberdade. O mesmo não se aplica ao despotismo. O despotismo se apresenta muitas vezes como o reparador de todos os males sofridos; ele é o apoio do direito do justo, o arrimo dos oprimidos e o fundador da ordem. Os povos adormecem no seio da prosperidade momentânea que ele faz nascer e, quando despertam, são miseráveis. A liberdade, ao contrário, nasce de ordinário no meio das tempestades, estabelece-se penosamente entre as discórdias civis e somente quando já está velha é que se podem conhecer seus benefícios.

AUTORIDADE Diz-se que uma pessoa, instituição ou mensagem tem autoridade quando suas opiniões, sugestões ou ordens são acolhidas com respeito e consideração, ou ao menos sem hostilidade ou resistência. A autoridade é, portanto, uma relação, que deve ser analisada do ponto de vista de quem emite a mensagem ou o comando e de quem os recebe. Em relação à emissão da mensagem ou do comando, temos as análises de Max Weber sobre as três formas de poder legítimo: a tradicional, quando a autoridade é exercida de acordo com a tradição; a racional-legal, exercida de acordo com um procedimento ou um código que pode ser explicitado ou justificado; e, por fim, a carismática, exercida por alguém dotado de “graça” ou carisma. Pode haver passagem de uma forma para outra, e mais de um poder pode estar presente ao mesmo tempo – ou todos os três –, ainda que em graus variados. Para Weber, a autoridade se deteriora de dois modos: tornando-se rotineira ou arbitrária.

BUROCRACIA A burocracia como conceito sociológico teve sua principal definição elaborada por Max Weber: trata-se de um modo de administração em que cada funcionário, recrutado com base em critérios universalistas e aptidões publicamente constatadas, exerce uma função em uma hierarquia de status. As relações entre superiores, subordinados e colaboradores não são pautadas por critérios pessoais, e sim por um sistema de regras. Weber ressalta que, apesar de se pretender apenas técnica e “desinteressada”, a burocracia é sempre um instrumento de poder. Em razão da sua capacidade de mobilizar e centralizar uma quantidade maior de recursos, ela proporciona aos dirigentes políticos um enorme efeito multiplicador de influência e, ao mesmo tempo, torna-se desejada pelos governados, uma vez que promete um fluxo de bens públicos produzidos e distribuídos com eficiência. Entretanto, a lógica da burocracia não se limita, no mundo moderno, à esfera do Estado: ela se faz presente nas empresas privadas e nas organizações sindicais e políticas – foi o que Weber quis dizer ao cunhar o conceito de “poder racional-legal”. Essa forma de poder tem como ambição última substituir “o governo das pessoas pela administração das coisas”, ou seja, instituir um sistema de controle social fundamentado na racionalidade (adequação dos meios para se alcançar os fins), tendo em vista a eficiência na obtenção dos resultados esperados. São características principais da burocracia: 1. uma hierarquia de autoridade bem definida; 2. a divisão do trabalho com base na especialização funcional; 3. um sistema de regras que estabelece os direitos e deveres dos funcionários; 4. a impessoalidade; 5. a promoção e a seleção de acordo com a competência técnica.

TOCQUEVILLE, Alexis de. A democracia na América: Livro I– Leis e costumes. São Paulo: Martins Fontes, 2001. p. 274, 276-278 e 280.

Alberto Caeiro.

A tira “Hagar” e o poema de Alberto Caeiro (um dos heterônimos de Fernando Pessoa) expressam, com linguagens diferentes, uma mesma ideia: a de que a compreensão que temos do mundo é condicionada, essencialmente, (A) pelo alcance de cada cultura.

Fique atento! Definição dos conceitos sociológicos estudados neste capítulo. Democracia: na página 133.

CARISMA

Direitos civis: na seção Conceitos sociológicos, página 367.

(B) pela capacidade visual do observador.

Direitos políticos: na seção Conceitos sociológicos, página 367.

(C) pelo senso de humor de cada um.

Igualdade: no verbete “Igualdade/desigualdade” da seção Conceitos sociológicos, página 371.

(D) pela idade do observador.

Revolução: na seção Conceitos sociológicos, página 375.

A palavra carisma é empregada, atualmente, pelo senso comum, para descrever a qualidade heroica ou extraordinária de um indivíduo. Mas, além da noção popular, ela abrange um conceito muito importante do pensamento social do século XX, inseparável do pensamento de Max Weber. Originalmente, essa palavra era definida como “o dom da graça” e sempre tinha conotação religiosa. Weber ampliou o sentido do termo ao usá-lo para designar fenômenos seculares relacionados à questão da dominação. No emprego dado por Weber, o carisma é definido como “certa qualidade de uma personalidade individual,

(E) pela altura do ponto de observação.

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Parte II – A Sociologia vai ao cinema

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Parte II – A Sociologia vai ao cinema

Construindo seus conhecimentos

Leitura complementar e Fique atento

Conceitos sociológicos

Exercícios organizados de forma a permitir que o aluno desenvolva autonomamente diferentes habilidades por meio da análise e da interpretação de imagens, músicas, textos, gráficos e charges.

Indicação de artigos ou trechos de livro de importantes autores da área estimula a reflexão sobre como os principais conceitos sociológicos abordados no capítulo estão em permanente articulação com a realidade.

Glossário define, no final do livro, todos os conceitos sociológicos trabalhados nos capítulos.

Recursos Digitais

Livro Digital

Portal Exclusivo

O Livro Digital, as Sequências de Revisão e o Portal Exclusivo compõem a oferta digital integrada ao material impresso.

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SOBRE AS AUTORAS Helena Bomeny Doutora em Sociologia pelo Instituto Universitário de Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, com trabalhos nas áreas de educação, pensamento social brasileiro e teoria sociológica. Foi professora e coordenadora da Escola Superior de Ciências Sociais da Fundação Getúlio Vargas (CPDOC/FGV), onde atuou como coordenadora do Programa de Promoção da Reforma Educativa na América Latina e Caribe (Preal). Atualmente leciona no Departamento de Sociologia do Instituto de Ciências Sociais da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

Bianca Freire-Medeiros Doutora em História e Teoria da Arte e da Arquitetura pela Binghamton University (Suny). Sua área de pesquisa abrange os temas de Arte, Espaço Urbano e Alteridade Cultural. Foi professora associada da Escola Superior de Ciências Sociais e atualmente é professora colaboradora do Programa de Pós-graduação em História, Política e Bens Culturais da Fundação Getúlio Vargas (CPDOC/FGV) e professora adjunta no Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo (USP).

Raquel Balmant Emerique Graduada em História na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutora em Ciências Sociais pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), atua como pesquisadora nas áreas de Sociologia da Educação, Avaliação Educacional e Práticas de Ensino. Foi pesquisadora da Fundação Getúlio Vargas (CPDOC/ FGV), onde coordenou as atividades de produção de conteúdo didático de todas as disciplinas e estudos sobre Avaliação Educacional. Atualmente é professora adjunta na área de licenciatura do Instituto de Ciências Sociais da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

Julia O’Donnel Graduada em História pela Universidade de São Paulo (USP) e doutora em Antropologia Social pelo Museu Nacional (UFRJ), atua como pesquisadora nas áreas de Antropologia Urbana, História Social e Cultura Urbana. Foi professora da Escola Superior de Ciências Sociais da Fundação Getúlio Vargas (CPDOC/FGV), onde atuou como pesquisadora por mais de dez anos. Atualmente é professora adjunta na área de Antropologia Cultural do Instituto de ilosofia e iências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

PROPOSTAS DE VALOR

MEDIDA CERTA Uso de imagens contextualizadas facilita a compreensão de conceitos abstratos e estimula discussões em grupo e debates.

ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL

FORMAÇÃO INTEGRAL

Seções bem delimitadas graficamente possibilitam pausas programadas para o aluno compreender e contextualizar os conceitos relacionados a cada capítulo.

Sugestões de práticas multidisciplinares e de trabalhos além da sala de aula, como em museus e projetos sociais, permitem ao aluno um percurso de aprendizagem mais próximo de sua realidade.

Seleção de exercícios relacionados ao conteúdo do capítulo com foco na preparação para o Enem.

Sequências de Revisão

Linguagem acessível valoriza o ensino de Sociologia em sala de aula, com orientações claras e práticas ao professor. Propostas para produção textual dos alunos com base em temas dos principais vestibulares. No Manual do Professor, sugestões de material complementar, acompanhadas de propostas de desenvolvimento de atividades em sala de aula.

Atividades de pesquisa e trabalho de campo estimulam a iniciativa e desenvolvem as habilidades investigativas e analíticas do aluno, para ele compreender melhor os fatos ligados à realidade econômico-social.

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LIVRO DIGITAL O material impresso ganha versão eletrônica com conteúdos extras e mecanismo para buscas avançadas durante a leitura Os livros digitais da SÉRIE BRASIL – Ensino Médio apresentam o conteúdo integral do livro impresso do aluno e do professor enriquecido com Objetos Educacionais Digitais (OEDs), um conjunto de recursos extras que aprofunda e facilita a assimilação dos diferentes temas trabalhados. A ordem das páginas é a mesma, garantindo a continuidade das atividades de ensino em qualquer ambiente ou situação. Na versão digital é possível fazer buscas de conteúdo por palavras-chave e acessar capítulos específicos pelo sumário, além de ampliar imagens, como mapas, infográficos e fotografias.

Compatível com todos os navegadores, o Livro Digital pode ser aberto em computador, tablet ou celular e ainda ser projetado em sala de aula.

No tablet ou no celular É possível buscar os temas por palavras-chave ou acessar, com um clique, o capítulo desejado.

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OBJETOS EDUCACIONAIS DIGITAIS (OEDS)

Os OEDs exploram diferentes recursos da tecnologia digital para tornar o aprendizado estimulante e ainda mais próximo da realidade do aluno.

Pacote de recursos multiplataforma amplia o conteúdo do livro impresso e aproxima o processo de aprendizagem da realidade do aluno O conteúdo dos livros impressos da SÉRIE BRASIL – Ensino Médio é enriquecido na versão digital com os Objetos Educacionais Digitais (OEDs). Diferentes recursos são oferecidos para tornar o aprendizado mais estimulante e próximo da realidade do aluno. Em conjunto com os outros componentes das coleções, facilitam a visualização, a exploração, a explicação e a assimilação dos conteúdos.

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Cardápio de OEDs: 7 tipos de objetos que facilitam o aprendizado 1. GALERIA DE IMAGENS Um conjunto de imagens referentes ao tema trabalhado oferece mais informação ao aluno e torna o aprendizado mais interativo e dinâmico. 2. IMAGEM EM CAMADAS Cortes em diferentes camadas funcionam como uma espécie de lupa sobre cada elemento da imagem, que pode ser trabalhado pelo professor e mais bem visualizado pelo aluno.

4. MÁSCARA Duas imagens sobrepostas mostram o antes e o depois em diferentes situações para que o aluno, ao arrastar uma e outra, visualize e compare melhor as duas realidades. 5. ASSOCIAÇÃO Recurso que resgata e amplia o conhecimento do aluno, promovendo melhor assimilação do tema.

6. QUIZ Avalia se o aluno aprendeu o tema estudado e ajuda o professor a identificar os pontos que precisam de aprofundamento. 7. LINHA DO TEMPO Recurso que contextualiza e amplia o conhecimento histórico e instiga a curiosidade em relação ao tema.

3. EXPLORE A IMAGEM Nas imagens com sinais de +, basta clicar neles para acessar conteúdo extra de diferentes elementos.

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PORTAL DA COLEÇÃO Conteúdos complementares são divididos em perfis para professor e aluno, de acordo com as necessidades específicas de cada um Com o propósito de tornar o processo ensino-aprendizagem mais dinâmico, a SÉRIE BRASIL – Ensino Médio mantém um portal com ferramentas e materiais de apoio organizados por disciplinas e em perfis distintos para professor e aluno. Entre o conteúdo disponível estão: as versões digitais de todos os livros e do Manual do Professor, as Sequências de Revisão, os Objetos Educacionais Digitais (OEDs) e informações complementares sobre os principais vestibulares e Enem. Os materiais do portal podem ser utilizados tanto em sala de aula quanto no planejamento de aulas (professor) ou no estudo autônomo (aluno). Graças à flexibilidade do design, o portal pode ser acessado por computador, tablet ou celular.

Além de conteúdos complementares para aluno e professor, o portal oferece ferramentas para planejamento e revisão de aulas.

PORTAL DO PROFESSOR Avaliações e gabaritos Exercícios extras e desafios Conteúdos complementares Quadro de habilidades e competências trabalhadas em cada coleção Planejamento bimestral e semestral de aulas Planejamento de aulas de revisão PORTAL DO ALUNO Avaliações e gabaritos Exercícios extras e desafios Conteúdos complementares Informações sobre Enem e vestibulares

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SEQUÊNCIAS DE REVISÃO Guias bimestrais para retomada do conteúdo possibilitam que professor e aluno avaliem a eficiência do processo ensino-aprendizagem Criadas com o objetivo de reforçar a assimilação dos conteúdos apresentados, as Sequências de Revisão possibilitam que professor e aluno avaliem os resultados e planejem eventuais atividades de reforço. Resumos das aulas, atividades extras de aprendizagem e de avaliação e aprofundamento dos temas são alguns dos recursos oferecidos no formato PowerPoint. Bimestrais, as Sequências de Revisão seguem a mesma ordem de apresentação do livro impresso, mas proporcionam a customização pelo professor de acordo com as necessidades de revisão identificadas.

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A SÉRIE BRASIL – Ensino Médio tem como propósito contribuir para a formação de cidadãos conscientes de seu papel na transformação da sociedade. As coleções apresentam um conjunto de propostas que privilegiam a assimilação dos conteúdos curriculares, aliada ao exercício de uma postura crítica, permitindo ao aluno uma opinião independente e uma leitura própria do mundo.

ENSINO MÉDIO NA MEDIDA CERTA


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