Joyce M. Rosset Joyce Eiko Fukuda Maria Angela Rizzi
COLEÇÃO
Caderno do Professor Educação Infantil 1 Crianças pequenas
1a Edição 2019
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Rosset, Joyce M. Tangará : educação infantil 1 / Joyce M. Rosset, Joyce Eiko Fukuda, Maria Angela Rizzi. -- 1. ed. -São Paulo : Editora do Brasil, 2019. -(Coleção tangará) ISBN 978-85-10-07776-7 (aluno) ISBN 978-85-10-07777-4 (professor) 1. Educação infantil I. Fukuda, Joyce Eiko. II. Rizzi, Maria Angela. III. Título IV. Série. 19-28626 CDD-372.21 Índices para catálogo sistemático:
1. Educação infantil
372.21
Maria Alice Ferreira - Bibliotecária - CRB-8/7964
© Editora do Brasil S.A., 2019 Todos os direitos reservados Direção-geral: Vicente Tortamano Avanso Direção editorial: Felipe Ramos Poletti Gerência editorial: Erika Caldin Supervisão de arte e editoração: Cida Alves Supervisão de revisão: Dora Helena Feres Supervisão de iconografia: Léo Burgos Supervisão de digital: Ethel Shuña Queiroz Supervisão de controle de processos editoriais: Roseli Said Supervisão de direitos autorais: Marilisa Bertolone Mendes Coordenação editorial: Maria Helena Webster Consultora pedagógica: Lucila Silva de Almeida Edição e preparação de texto: Camila Kieling Pesquisa iconográfica: Priscila Ferraz, Odete Ernestina e Tempo Composto Ltda. Coordenação de editoração eletrônica: Abdonildo José de Lima Santos Licenciamentos de textos: Cinthya Utiyama, Jennifer Xavier, Paula Harue Tozaki e Renata Garbellini Controle de processos editoriais: Bruna Alves, Carlos Nunes e Stephanie Paparella Produção: Obá Editorial Direção executiva: Diego Salerno Rodrigues e Naiara Raggiotti Equipe editorial: Gisele Mós (coord.), Gabriele Cristine B. dos Santos e Karen Suguira Revisão: Amanda Zampieri, Evelise Bernardi e Rita de Cássia Cino Equipe de arte: Marina Prado P. Mello (coord.), Carla Del Matto e Rosemeire M. Cavalheiro Costanski Design gráfico: Cris Viana – Estúdio Chaleira e Obá Editorial Capa: Obá Editorial Imagem de capa: Clara Gavilan Ilustrações: André Toma, Clara Gavilan, Estúdio Kiwi, Gabriela Gil, Rogério Borges e freepik.com 1a edição / 1a impressão, 2019 Impresso na Meltingcolor Gráfica e Editora Ltda.
Rua Conselheiro Nébias, 887 São Paulo, SP – CEP 01203-001 Fone: +55 11 3226-0211 www.editoradobrasil.com.br
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Caro professor, Vivemos em um tempo de mudanças de concepções e procedimentos no campo da Educação Infantil. Um tempo de transformações ligeiras que geram incertezas sobre os caminhos a trilhar. Dizemos que queremos uma educação diferente, que se abra a uma escuta da criança, que valorize seu protagonismo no processo de construção de conhecimentos, que inclua as diferenças e que seja, de fato, significativa. Sim, isso é o que queremos. Mas será que sabemos construir esse percurso na prática? Essa distância entre a teoria e a prática, o ideal e o possível, geram conflitos e questionamentos no cotidiano docente. Por isso, a Coleção Tangará foi concebida para acompanhar você na construção dessa ponte. Oferece temas disparadores, orientação para os percursos investigativos, ferramentas para intervir, sugestões de atividades, referências para pesquisa e um passo a passo do planejamento. São materiais de suporte para que você tenha oportunidades de escutar as crianças, observá-las atentamente e planejar novas ações a partir dos interesses e necessidades identificados. De mãos dadas nesse caminho, desejamos que o material lhe sirva de apoio para arriscar e criar a partir das provocações lançadas. Que você possa fazer outras leituras de mundo, construindo sua autoria em novos voos com as crianças! Por que Tangará? Tangará é pássaro. Tangará é brasileiro. Tangará dança em grupo, em um ritual de cortejo. Tangará é palavra forte e sonora, que embala o nome desta coleção. No ritual de cortejo do tangará, acontece um trabalho de equipe, coisa rara entre aves. Tangarás apresentam-se em grupo, com movimentos de vigor e poesia. O ritual ensaiado é um acontecimento coletivo e individual, que revela o movimento persistente do exercício, o desejo da conquista e, ao mesmo tempo, a emocionante incerteza do processo. É a composição do movimento de um tangará com a ação dos demais que faz emergir a poesia da cena. E é essa articulação que se almeja entre o suporte do material, a potência do professor e o diálogo com a criança: que o fluxo de propostas da Coleção Tangará possa alimentar a criatividade de cada um, fazendo nascer um baile de aprendizagens.
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SUMÁRIO CONHEÇA OS MATERIAIS DA COLEÇÃO TANGARÁ................................ 6 CAMINHOS ABERTOS PELO DESEJO DE CONHECER.............................. 8
NATUREZA E INVESTIGAÇÃO.................................................................... 18 O que o corpo tem ................................................................................... 21 §§ As partes do corpo....................................................................................................................21 §§ As medidas do corpo...............................................................................................................38
O que o corpo faz...................................................................................... 50 §§ Gestos e movimentos do corpo............................................................................................50 §§ Os sons do corpo.......................................................................................................................57
O que o corpo sente................................................................................. 61 §§ As sensações do corpo............................................................................................................61 §§ Os filtros para sentir o mundo...............................................................................................68
ARTE, CONSTRUÇÕES E INVENÇÕES......................................................72 A arte como criação humana ................................................................. 75 §§ O ser humano inventa a arte.................................................................................................75 §§ Os diferentes olhares da arte para a figura humana.....................................................82
A arte como forma de expressão.......................................................... 88 §§ As marcas que o ser humano produz.................................................................................88 §§ Arte, sensação e expressão...................................................................................................92
A arte como morada dos seres humanos............................................ 98 §§ As invenções do ser humano para morar.........................................................................98
CULTURA, HISTÓRIAS E MOVIMENTOS DA IMAGINAÇÃO....................116 Parlendas e palavras brincantes.......................................................... 119 §§ Parlendas – ritmo, rima e brincadeira..............................................................................119
Poesia para inspirar................................................................................ 128 §§ Imagens e narrativas da poesia.........................................................................................128
Aventuras de bichos............................................................................... 140 §§ Bichos de lá, bichos de cá, bichos de sei lá...................................................................140
Um Brasil de muitos bois....................................................................... 153 §§ Histórias, ritmos e movimentos dos festejos do boi...................................................153
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CONHEÇA OS MATERIAIS DA COLEÇÃO TANGARÁ Caderno do Professor
NATUREZA E
O material orienta o professor para que instigue as crianças a trilhar os percursos investigativos. Cada proposta contempla sugestões para organizar o ambiente e os materiais necessários, apresenta possibilidades de intervenção e mediação, notas informativas e desdobramentos para ampliar e aprofundar as experiências das crianças. Conta também com descrição passo a passo de caminhos possíveis, encadeamento entre as propostas da unidade, além de conter uma miniatura das folhas do Bloco de Atividades (da criança) e indicações para o uso do Portfólio de Pesquisa e das pranchas do Acervo de Imagens.
INVESTIGAÇÃO
O que sabemos sobre nosso corpo? CAMPOS DE INVESTIGAÇÃO O QUE O CORPO TEM Tema disparador: As partes do corpo Tema disparador: As medidas do corpo O QUE O CORPO FAZ Tema disparador: Gestos e movimentos do corpo Tema disparador: Os sons do corpo O QUE O CORPO SENTE Tema disparador: As sensações do corpo Tema disparador: Os filtros para sentir o mundo
Bloco de Atividades
ARTE, CONSTRUÇÕES E INVENÇÕES HÁ MILHARES DE ANOS, OS HOMENS VIVIAM EM CAVERNAS E DESENHAVAM NAS PAREDES ATIVIDADES QUE FAZIAM DURANTE O DIA. PENSE NAS ATIVIDADES QUE VOCÊ FAZ DURANTE O DIA E ESCOLHA UMA PARA DESENHAR NA PAREDE ABAIXO.
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Ekkasit Rakrotchit/Shutterstock.com
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Tales Azzi/Pulsar Imagens
Material da criança, consiste em um bloco por unidade temática com atividades que contemplam as investigações e buscam promover a sistematização e o aprofundamento das aprendizagens construídas com o grupo. Favorecem experiências de expressão nas diferentes linguagens, a construção de hipóteses e a elaboração de novos questionamentos. As folhas são destacáveis para que o professor determine o ritmo e a frequência das propostas, para que crie e inclua novas atividades e vertentes de pesquisa. Para garantir a qualidade das produções das crianças, as folhas de atividade têm tamanho A3, diagramação e ilustrações compreendidas como repertório estético e foram concebidas para dialogar com a poética da infância e a didática das propostas. Folhas complementares – produzidas com papel resistente e recursos de destaque – enriquecem as atividades e as possibilidades de interação com o material.
COLEÇÃO
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ABCDEFGHIJK LMNOPQRSTU Pasta de Percursos Investigativos
COLEÇÃO
Joyce M. Rosset Joyce Eiko Fukuda Maria Angela Rizzi
Pasta para arquivamento das atividades propostas pela Coleção Tangará, somadas às atividades criadas pelo professor. Para estabelecer um diálogo com as famílias, as pastas podem ser enviadas para casa para compartilhar as pesquisas e as aprendizagens das crianças.
Educação Infantil 1 Crianças pequenas
Lado de fora
Acervo de Imagens
ARTE, CONSTRUÇÕES E INVENÇÕES
Pranchas para o professor em tamanho A3 com imagens, textos literários e informações especialmente selecionados para instigar a conversa e disparar o interesse das crianças pelos temas propostos. É um material atraente e resistente, que pode ser usado nas situações de aprendizagem propostas pela Coleção, bem como nos percursos criados pelo professor. As pranchas podem integrar-se à documentação pedagógica, como recurso de pesquisa e memória das experiências vividas pelas crianças.
EM QUAL MOMENTO DO DIA ESTAMOS?
MANHÃ
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FABIO COLOMBINI
OCA
COMO ESTÁ O TEMPO HOJE? COLEÇÃO
Portfólio de pesquisa
ENSOLARADO
NATUREZA E INVESTIGAÇÃO
ARTE, CONSTRUÇÕES E INVENÇÕES
Educação Infantil 1 Crianças pequenas
NUBLADO
TARDE CHUVOSO
NOITE TEMPESTADE NOME:
Repertório de Rotina Pranchas de calendário e de palavras estáveis, materiais que devem ser dispostos em sala de modo visível e acessível ao grupo. Esses instrumentos servirão como referência para auxiliar as crianças a se organizarem nos diversos tempos (da rotina, das atividades, do ano letivo, dos acontecimentos da vida e das experiências de pesquisa) e também têm a função de material de consulta em contextos que envolvem a linguagem escrita. O Repertório de Rotina é complementado por indicadores de condições atmosféricas, período do dia, dia da semana, mês do ano e sentimentos e emoções, presentes nos versos das folhas dos Blocos de Atividades.
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COLEÇÃO
COLEÇÃO
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Portfólios de Pesquisa Material elaborado para valorizar os registros da criança e a compreensão dos percursos investigativos. São compostos por páginas neutras para que sejam preenchidas com as sugestões apresentadas no Caderno do Professor e com a documentação pedagógica criada a partir do contexto das pesquisas.
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CAMINHOS ABERTOS PELO DESEJO DE CONHECER
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cotidiano na Educação Infantil é permeado por uma infinidade de desejos que despertam desafios e paixões, mobilizando sonhos e questionamentos. Porém, essas realizações se deparam com limites representados por paradigmas. Como parte desse movimento, a formação do professor é uma jornada atravessada por muitos referenciais e terminologias: competências, áreas, objetivos gerais e específicos, trabalhos por projetos, sequências didáticas, habilidades, conteúdos. Essas palavras-conceito por vezes se desenraízam dos contextos e se esvaziam de significado quando colocadas em prática. Não raro, as conexões entre as nomenclaturas, as teorias e o fazer diário do professor formam um grande emaranhado, sem que se saiba distinguir o que está a serviço de que: se as atividades servem à curiosidade e ao processo de aprendizagem das crianças ou se são as crianças que precisam se adequar a um formato de propostas de modo a se fazer cumprir um currículo previamente determinado. Nesse sentido, há um movimento atual de repensar o papel e a função das escolas e, em um processo reflexivo, os professores buscam respostas aos questionamentos sobre sua prática, procurando dar vez e voz aos interesses singulares e às perguntas das crianças, na direção de construir aprendizagens de fato significativas. A fim de atender um currículo que contemple objetivos de aprendizagem e desenvolvimento e que emerja das experiências complexas que as crianças vivenciam, há que se ressaltar que os profissionais da educação se veem, por vezes, frente à escolha que determina sua ação pedagógica: partir da pedagogia transmissiva apoiada em caminhos previamente estruturados, ou considerar uma pedagogia participativa, que inclui os saberes e as questões das crianças, para orientar o planejamento do percurso investigativo? O que fazer diante dessa incerteza?
Como fazer a passagem de um paradigma a outro, tarefa que, embora pareça clara na teoria, não se revela tranquila na prática? Nesse percurso, surgem muitos outros “comos”: Como ler nas entrelinhas as curiosidades e contribuições das crianças? Como planejar as atividades se não se conhecem ao certo os rumos dos interesses dos grupos? Como trabalhar um currículo apoiado em experiências significativas e contextualizadas que promovam a construção da identidade, as interações, os saberes do corpo, as múltiplas expressões e linguagens? Propomos considerar as incertezas como possibilidades produtivas! Os materiais da Coleção Tangará chegam como bandeiras que sinalizam um caminho. Eles visam a orientar o professor nessa jornada, oferecendo balizas para que cada profissional, a partir de seu contexto escolar e em diálogo com sua comunidade, possa criar novas e significativas vertentes de pesquisa com seu grupo de crianças. A coleção é composta por:
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Caderno do Professor: o material orienta o professor para que instigue as crianças a trilhar os percursos investigativos. Cada proposta contempla sugestões para organizar o ambiente e os materiais necessários, apresenta possibilidades de intervenção e mediação, notas informativas e desdobramentos para ampliar e aprofundar as experiências das crianças. Conta também com descrição passo a passo de caminhos possíveis, encadeamento entre as propostas da unidade, além de conter uma miniatura das folhas do Bloco de Atividades (da criança) e indicações para o uso do Portfólio de Pesquisa e das pranchas do Acervo de Imagens.
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Blocos de Atividades: material da criança, consiste em um bloco por unidade temática com atividades que contemplam as investigações
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e buscam promover a sistematização e o aprofundamento das aprendizagens construídas com o grupo. Favorecem experiências de expressão nas diferentes linguagens, a construção de hipóteses e a elaboração de novos questionamentos. As folhas são destacáveis para que o professor determine o ritmo e a frequência das propostas, para que crie e inclua novas atividades e vertentes de pesquisa. Para garantir a qualidade das produções das crianças, as folhas de atividade têm tamanho A3, diagramação e ilustrações compreendidas como repertório estético e foram concebidas para dialogar com a poética da infância e a didática das propostas. Folhas complementares – produzidas com papel resistente e recursos de destaque – enriquecem as atividades e as possibilidades de interação com o material.
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Pasta de Percursos Investigativos: pasta para arquivamento das atividades propostas pela Coleção Tangará, somadas às atividades criadas pelo professor. Para estabelecer um diálogo com as famílias, as pastas podem ser enviadas para casa para compartilhar as pesquisas e as aprendizagens das crianças.
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Acervo de Imagens: pranchas para o professor em tamanho A3 com imagens, textos literários e informações, especialmente selecionados para instigar a conversa e disparar o interesse das crianças pelos temas propostos. É um material atraente e resistente, que pode ser usado nas situações de aprendizagem propostas pela Coleção, bem como nos percursos criados pelo professor. As pranchas podem integrar-se à documentação pedagógica, como recurso de pesquisa e memória das experiências vividas pelas crianças.
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Repertório de Rotina: pranchas de calendário e de palavras estáveis, materiais que devem ser dispostos em sala de modo visível e acessível ao grupo. Esses instrumentos servirão como referência para auxiliar as crianças a se organizarem nos diversos tempos (da rotina, das atividades, do ano letivo, dos acontecimentos da vida e das experiências de
pesquisa) e também têm a função de material de consulta em contextos que envolvem a linguagem escrita. O Repertório de Rotina é complementado por indicadores de condições atmosféricas, período do dia, dia da semana, mês do ano e sentimentos e emoções, presentes nos versos das folhas dos Blocos de Atividades.
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Portfólios de Pesquisa: material elaborado para valorizar os registros da criança e a compreensão dos percursos investigativos. São compostos por páginas neutras para que sejam preenchidas com as sugestões apresentadas no Caderno do Professor e com a documentação pedagógica criada a partir do contexto das pesquisas.
Em relação aos conteúdos temáticos, a coleção apresenta três unidades ou três pontos de partida, com assuntos amplos para provocar percursos de pesquisa: Natureza e investigação; Arte, construções e invenções; Cultura, histórias e movimentos da imaginação. Cada unidade possui Campos de Investigação que dão contorno aos assuntos. Cada Campo de Investigação, por sua vez, é formado por Temas Disparadores, que orientam o professor a encontrar brechas no seu próprio contexto para fazer nascer interesses e percursos de aprendizagem particulares ao grupo. Na Coleção Tangará, o professor encontra planejamentos de sequências de atividades, informações e estratégias para alimentar a curiosidade das crianças, mobilizar questionamentos, realizar buscas em fontes de pesquisa, experimentar novos pontos de vista, provocar a resolução de problemas, dialogar diante da diversidade, compartilhar processos, celebrar as escolhas e o prazer de investigar. A divisão em unidades serve, então, como apoio estrutural para que o professor possa abrir-se à escuta das crianças, escolher os caminhos de investigação, recombinar atividades e criar outras propostas. Nas perspectivas de Piaget (1983) e Dewey (1959), a curiosidade e a investigação são os motores da aprendizagem na infância, para que as crianças aprendam a projetar e a encontrar meios próprios de realizar seus empreendimentos. Ao se envolverem em experiências investigativas, as crianças têm a oportunidade de aprender a partir de múltiplas linguagens e em
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processos multidimensionais estabelecidos pelas hipóteses e ideias construídas no grupo. Isso é afastar-se da linearidade de pensamentos e assumir novas possibilidades criadas por meio dos conhecimentos próprio e do outro. O espírito pesquisador da criança precisa ser provocado! O desejo de conhecer e inventar deve ser instigado para que ela deseje conhecer e se encante com as descobertas de seu percurso de pesquisa. Para tanto, no desenvolvimento dos eixos de uma pedagogia participativa e reflexiva é preciso ancorar-se em:
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planejamentos abertos e dinâmicos; espaços para o desconhecido; curiosidade e encantamento; pensamentos singulares e diálogos coletivos; ideias geradoras das crianças, discurso reflexivo e pensamento crítico como centro dos processos de aprendizagem; documentação dos percursos de pesquisa e dos conhecimentos produzidos pelo grupo; professores provocadores, mediadores e sistematizadores dos conhecimentos produzidos; exploração dos conhecimentos construídos pela humanidade para desenvolver novas hipóteses, estratégias e saberes; transcendência da aprendizagem baseada somente em transmissão de conteúdos e informações.
Assim, o oferecimento de oportunidades de pesquisa para crianças pequenas está distante de um planejamento de propostas dinâmicas e segmentadas, que duram apenas o tempo de sua realização. As propostas que se transformam em verdadeiras experiências de aprendizagem dialogam com as perguntas das crianças, conectam-se com suas percepções e saberes, deixam lastro material e na memória corporal. São, então, revisitadas em outras oportunidades e fazem surgir novas percepções, perguntas e investigações.
O papel do professor investigador e mediador Para mediar as propostas e provocar as crianças, o professor precisa estudar a sua prática pedagógica,
informar-se a respeito dos conteúdos e processos que serão trabalhados e fazer uma escuta dedicada das características do grupo. Ao entrar em contato com as atividades descritas no Caderno do Professor, é interessante realizar um primeiro voo de reconhecimento: um mapeamento do percurso de propostas, dos recursos materiais, ambientais, técnicos e culturais que poderão ser acessados. A partir da sequência de atividades sugerida, o professor pode, em conjunto com seus pares, lançar-se ao exercício de levantar hipóteses sobre o que pode ocorrer e pensar em possibilidades de caminhos com base em seus saberes sobre as crianças e em suas experiências anteriores. Para contemplar o espírito curioso da criança e um currículo que valorize as aprendizagens significativas, é importante debruçar-se sobre o planejamento, permitindo o intercâmbio e a colaboração entre os três parceiros interativos da escola: crianças, educadores e famílias. Em conjunto com o professor, o ambiente também pode ser propositor e educador, promovendo sensações e interações entre as crianças. Portanto, cabe levar em consideração que, ainda que não haja um espaço ideal, é possível tornar flexível a organização desse espaço, modificando-o a todo momento. Valorizar o espaço é dispor os materiais e objetos de modo convidativo para promover escolhas e encontros. É também cuidar para que ele seja revestido da documentação pedagógica, refletindo os processos de pesquisa em andamento nas paredes e janelas habitadas por marcas, lembranças ou produções das crianças. Planejar o espaço para as atividades é, portanto, trabalhar para promover relações e inaugurar novos modos de ver e interagir, tornando-o reflexo das culturas vivas dos atores que o habitam. As singularidades das crianças não devem fugir do radar docente. O psicólogo Howard Gardner (1994) afirma que é simplesmente indesculpável insistir em que todos os alunos aprendam a mesma coisa da mesma maneira. Por isso, o ritmo e a duração das pesquisas propostas na Coleção Tangará dependem das ocasiões e dos interesses, das habilidades e dos ritmos das próprias crianças, considerados tanto individual quanto coletivamente. No sentido de contemplar essa gama de possibilidades, o Bloco de Atividades, um dos produtos da Coleção Tangará, foi elaborado com folhas
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destacáveis para que o professor possa determinar o momento mais apropriado para propor cada atividade, avaliando sempre sua pertinência em cada contexto. Ao dispor de uma pasta para arquivar os trabalhos realizados, propõe-se que o professor também tenha abertura para incluir suas próprias atividades, expandindo e contextualizando as experiências, tecendo laços entre os aspectos trabalhados em cada atividade e os cinco Campos de Experiências propostos pela Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Somente o dia a dia pode revelar os conteúdos significativos e o momento mais oportuno para planejar propostas que favoreçam aprendizagens no âmbito de cada objetivo elencado pela BNCC. Ao trilhar os temas da Coleção Tangará, o professor encontra contextos para observar as necessidades do grupo e elaborar atividades focadas nas suas demandas. Para educar crianças em um cenário pautado pela investigação e pela descoberta, pode-se elencar três etapas da organização da ação pedagógica que inclui a criança como pesquisadora parceira. Vale dizer que essas etapas não são estanques nem sequenciais e compõem uma trama que é tecida e recomposta ao longo da caminhada:
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escutar, provocar e problematizar; pesquisar, experimentar e construir; descobrir, sistematizar e revisitar.
1 - ESCUTAR, PROVOCAR E PROBLEMATIZAR A observação e a escuta são os disparadores de grande parte dos percursos investigativos. É estando atento aos movimentos e expressões das múltiplas linguagens das crianças que o professor encontrará elementos para orientar suas escolhas e os rumos da pesquisa. Ao contrário do que se pode supor, escutar e observar são processos ativos. Escutar as crianças e a si mesmo envolve observar. Na concepção de Madalena Freire (2008), trata-se da construção de um olhar sensível e pensante que envolve atenção e presença. Escutar é, portanto, estar aberto a dúvidas e incertezas, à surpresa ou ao incômodo do inesperado.
Para acessar os saberes e as perguntas das crianças, é interessante observá-las brincando, interagindo, recusando-se a algo, calando-se. Escutar os silêncios e os descompassos da comunicação também dá pistas para o caminho de intervenções do professor. Um outro jeito envolve criar ambientes de roda de conversa para formular perguntas provocadoras e, assim, favorecer a expressão dos conhecimentos prévios das crianças sobre as questões e o compartilhamento de suas hipóteses. É abrir-se para a bagagem histórica e cultural de cada um e, ao mesmo tempo, envolver a todos. Ao partir das contribuições do grupo, o professor colhe pistas para transformar um problema que mobiliza apenas algumas crianças em temática atraente para várias. As Unidades e os Campos de Investigação indicados na Coleção Tangará abrangem interesses de acordo com a faixa etária das crianças. Assim, a partir da escuta das questões do grupo, o professor pode escolher a sequência das Unidades, apresentá-las à medida que dialogarem com o percurso de pesquisa das crianças e reorganizar as atividades à sua maneira, para que os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento específicos do grupo possam ser contemplados. É possível que o professor identifique que as crianças necessitam de outras atividades que complementem os conteúdos oferecidos pela Coleção Tangará a partir dos interesses surgidos no grupo. Sendo assim, a autonomia do professor se faz valer quando ele cria propostas introdutórias, intermediárias ou pensa em desdobramentos que poderão enriquecer as investigações de seus alunos. Os Campos de Investigação e os assuntos de interesse que guiam os processos de pesquisa devem ser entendidos como pretextos para o desenvolvimento das aprendizagens promovidas no percurso investigativo. Ou seja, um bom processo de pesquisa desenvolve-se sobre procedimentos que podem ser generalizáveis. Assim, transformam-se em competências no percurso do projeto. Mais do que valorizar conteúdos, o que se pretende é trabalhar as estruturas de pensar, investigar, argumentar, acatar, discordar, colaborar e conviver, tendo os assuntos como “recheios” dessa estrutura. Logo, os procedimentos de pesquisa não se fundamentam apenas no conteúdo a ser investigado, mas contribuem para a
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construção das 10 competências gerais apontadas pela BNCC. Não há como a escola deter o controle sobre todos os conteúdos que serão importantes para as crianças em suas vidas. As instituições de educação podem oferecer recursos para que elas pensem com autonomia, abram-se a experiências, formulem perguntas, compartilhem narrativas, aprendam a argumentar a partir da escuta de diferentes pontos de vista, elaborem novos olhares e sentidos para o vivido, sintam prazer em construir algo coletivamente e escolham trabalhar de modo cooperativo. Esses, sim, são valores e processos sobre os quais os professores podem se debruçar. Na primeira etapa da investigação, o professor tem a oportunidade de registrar pontos interessantes, pesquisar conteúdos e elaborar as estratégias para as atividades iniciais. É importante considerar que uma mesma temática pode ser trabalhada de modos complementares por subgrupos de crianças de um mesmo grupo. Nem sempre é possível e produtivo fazer convergir os interesses de todos ao redor de uma mesma questão. Por outro lado, pesquisas paralelas que consigam estabelecer entre si um diálogo podem ser uma boa proposta de trabalho cooperativo. Como despertar e envolver as crianças em torno de problemas? Fazendo perguntas disparadoras e provocadoras! Perguntas disparadoras e mobilizadoras de respostas criativas são amplas e não direcionam as respostas. Elas possibilitam a elaboração do pensamento e dão espaço para novas hipóteses e associações entre saberes. Boas perguntas devolvem os questionamentos para as crianças e abrem espaço para que o professor ajude a organizar as colocações, o que já se sabe e aquilo que se quer saber:
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Alguém conhece tal coisa/situação? Pode falar sobre ela? Como se sente sobre isso? Alguém se sente de um jeito diferente? O que você quer saber? Alguém quer saber algo diferente? Você pode falar mais sobre isso? Pode explicar? Como será que isso acontece? Como você acha que pode descobrir? O que você imagina sobre isso?
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Alguém tem uma opinião diferente? Alguém pensou de outro jeito? Onde podemos encontrar ajuda? Onde e como podemos pesquisar? Conte aos colegas o que você quer descobrir! Alguém pode ajudar o colega a descobrir? Como vocês podem ajudá-lo? Será que tem outro jeito? Então vamos pesquisar! Como podemos começar? Alguém mais pode nos ajudar a descobrir? Quem? Pode explicar como fez isso?
O diálogo a partir de questões ou comentários necessita ser recorrente nas rodas de conversa, recurso proposto com frequência neste material. Elaborar perguntas disparadoras, orientadoras e convidativas fomenta a escuta à medida que propicia que as crianças pensem sobre a experiência e sobre o que querem dizer, produzindo outras perguntas. Desse modo, mais do que esperar que as crianças respondam “corretamente”, o objetivo da mediação da conversa é fazê-las pensar sobre o tema em questão. É instigá-las a fazer boas perguntas e estruturar novas formas de pensar. O desafio do adulto, tanto na mediação de conversas quanto em outros momentos de brincadeira e pesquisa, é estar presente sem ser intrusivo, mantendo a fluidez da dinâmica de interlocuções, pensamentos e interações no grupo. Em algumas ocasiões, é interessante que o professor apoie o conflito produtivo, desestabilizando as respostas de uma ou mais crianças. Em outras, o envolvimento do professor na ação brincante ou investigativa das crianças reaviva a chama do interesse que vinha se perdendo. Desse modo, seja em rodas de conversa ou em outros momentos da rotina, o professor permanece em seu papel de mediador e observador atento, com o olhar engajado: ele também é um pesquisador. Na atualidade, respostas são encontradas em inúmeras fontes de pesquisa de fácil acesso. O grande diferencial de um bom projeto de investigação é vivenciar com as crianças o procedimento de elaboração das perguntas. É isso que mobiliza a pesquisa, os diálogos, a observação do mundo e a construção de novos conhecimentos. É esse contexto que
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permite ao professor elaborar propostas para construir novos recursos para tornar cada vez mais complexo o pensamento das crianças e permitir novas composições criativas entre as diferentes linguagens – simbólica, expressiva, plástica, corporal, gráfica etc.
2 - PESQUISAR, EXPERIMENTAR E CONSTRUIR É o momento de pesquisar e experimentar para descobrir respostas e construir conhecimentos. De partir de planejamentos iniciais, defrontar-se com novos pontos de vista e repensar o planejamento. Para que o professor medeie contextos de aprendizagem com a retomada constante do planejamento, é preciso que este saia de seu caderno e se transforme em registro coletivo: um documento compartilhado entre os professores e o grupo. Exemplos disso são as marcações no calendário da sala (produto disponibilizado pela Coleção Tangará), as conversas em torno do planejamento do dia, o registro das atividades já desenvolvidas e a previsão dos próximos passos, com a divisão de responsabilidades entre as crianças. Essas ações dão forma a um planejamento que se realiza e se reconstrói no processo. As investigações das crianças acontecem por meio de experiências que abrangem uma multiplicidade de linguagens entrelaçadas (a música, a fala, a brincadeira, o jogo dramático, a ciência, a matemática, a pintura, o grafismo, o movimento corporal, entre tantas outras), e é por essa razão que o professor não pode deixar de ler e escutar a diversidade de modos de expressão em todo o percurso investigativo. As atividades propostas pela Coleção Tangará contemplam a diversidade das linguagens da criança e auxiliam o professor a identificar suas necessidades e seus interesses expressivos. Em vista disso, é importante que o professor pesquisador se prepare para trabalhar com as crianças, conhecendo o desenvolvimento infantil para que tenha parâmetros de referência em relação às expectativas de aprendizagem, estudando os conteúdos que serão apresentados, informando-se sobre outras fontes de pesquisa. É fundamental estar preparado para lidar com o imprevisto bem-vindo de movimentos e colocações das crianças. E o que é confrontar-se com o imprevisto?
O momento da investigação e da experimentação é a oportunidade que professores e crianças têm de lidar com o desequilíbrio de hipóteses ou, como Madalena Freire (2008) alerta, é quando sentem o desconforto de não saber. Embora os professores tenham estudado e se preparado para coordenar os rumos da pesquisa, vale lembrar o espírito da educação que por vezes se encobre: é somente a partir do não saber que se aprende! É nesse sentido que a Coleção Tangará oferece um repertório de atividades que pode compor um projeto, a partir da tessitura realizada por cada professor, escutando seu grupo de crianças em seu contexto. É nos entrelaçamentos entre escuta, pesquisa e experimentação que estão os fundamentos para a construção de um projeto investigativo significativo.
3 - DESCOBRIR, SISTEMATIZAR E REVISITAR Ao vivenciarem o processo de pesquisa, professores e crianças realizam descobertas de muitas ordens: informativas, simbólicas, afetivas e corporais. Mas, para que tudo se transforme em aprendizagem e em construção de conhecimento, é preciso sistematizar. As ideias e perguntas presentes nos movimentos e nas falas das crianças habitam o cotidiano, mas nem sempre são observadas, reconhecidas, valorizadas e registradas como elementos de um processo em construção. Em uma roda de conversa, por exemplo, ao mediar os diálogos das crianças, é interessante que o professor registre e sistematize a discussão em um cartaz. Esse procedimento de escrita deve ser organizado pelo professor como texto coletivo, a partir das contribuições das crianças, e realizado com escrita em maiúscula (letra bastão), para que as crianças possam, aos poucos, apropriar-se da função social do texto. O percurso investigativo e a construção de aprendizagens acontecem, entretanto, em muitos outros momentos: em brincadeiras e jogos, atividades de desenho, rodas de história, pesquisas em fontes informativas, entre outros, que também devem ser foco da atenção e do acompanhamento do professor. Assim, o acompanhamento dos processos de pesquisa requer o olhar, a presença e o trabalho constante. Para tanto, podem ser utilizados diferentes tipos de instrumentos de observação, registro e
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análise, como parte do processo de documentação pedagógica. O Portfólio de Pesquisa e a Pasta para Arquivo que organiza as folhas do Bloco de Atividades, materiais da Coleção Tangará, também têm como objetivo o acompanhamento dos processos de aprendizagem das crianças. São muitas as concepções existentes acerca do instrumento do portfólio. Na dimensão concebida pela Coleção Tangará, o portfólio compõe a documentação pedagógica, sendo uma organização de registros produzidos pelas crianças por meio de variadas modalidades de expressão. O portfólio visa a dar visibilidade às aprendizagens e qualificar a prática pedagógica à medida que reúne marcas das crianças e sistematizações do grupo sobre diversos momentos dos percursos investigativos. Esses trabalhos incluem apontamentos de rodas de conversa, listas de hipóteses acerca de uma questão, fotos, desenhos, escrita espontânea – todos referentes às experiências vividas pelas crianças no processo de investigação e construção de aprendizagens, tanto individuais quanto coletivas. O conteúdo do portfólio deve ser ampliado com os registros de outras propostas elaboradas pelo professor, contextualizando ainda mais a trajetória do grupo. Entretanto, o Portfólio de Pesquisa não deve ser visto como o único instrumento de documentação. Na concepção de Malaguzzi (1999), são três as funções da documentação sistemática dos processos de aprendizagem das crianças:
VV VV VV
propiciar às crianças memória de suas vivências e percursos como inspiração para a continuidade das pesquisas; favorecer aos professores a compreensão dos processos de aprendizagem e construção de conhecimentos das crianças, revelando possibilidades de encaminhamentos; dar visibilidade às aprendizagens das crianças para a comunidade escolar e familiar, revelando os valores da educação.
A partir da elaboração sistemática de uma documentação composta pelas pranchas do Acervo de Imagens, produções das crianças, registros realizados nos Portfólios de Pesquisa, cartazes, folhas do Bloco de Atividades e anotações pessoais do professor, é
possível pensar em avaliar o percurso juntamente com as crianças. Quando provocadas a retomar as memórias do que viveram e descobriram, elas participam da avaliação e se veem como narradoras competentes de suas aprendizagens. A Coleção Tangará indica temas curiosos, sugere perguntas provocadoras e propõe possibilidades de sequências pedagógicas. Porém, ela não detém o conhecimento do contexto e da singularidade das crianças e dos professores. O material foi pensado para compreender os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento para a Educação Infantil de forma abrangente e efetiva, partindo sempre da escuta das crianças. Nesse sentido, por exemplo, uma proposta que envolve experiências com artes, a depender das necessidades do grupo, pode também ser trabalhada para promover experiências nos campos da Matemática ou da oralidade. A intencionalidade das ações do professor favorece a ocorrência de diferentes experiências e aprendizagens das crianças. Portanto, a Coleção Tangará sugere e organiza as práticas, mas o professor as conduz a partir do foco adequado ao momento e às particularidades do seu grupo.
Coleção Tangará e BNCC: uma trama de experiências de aprendizagem Os percursos investigativos e as atividades propostas pela Coleção Tangará sugerem contextos de ensino-aprendizagem que respeitam os atores envolvidos na educação das crianças: a escola, os professores, as famílias e as próprias crianças. Todos têm espaço e voz garantidos nas Diretrizes Nacionais da Educação Infantil e na Base Nacional Comum Curricular nesta etapa da educação básica. A coleção fundamenta-se nas teorias ativas e participativas, em que as aprendizagens experienciais da criança confluem para a construção de suas competências de agir, pensar, sentir, relacionar-se, criar e construir conhecimentos que englobam as 10 competências gerais propostas pela BNCC. Ao respeitar o protagonismo, a cultura e a natureza lúdica e curiosa da infância, os eixos interagir e brincar (BRASIL, 2010, p. 25) permeiam as propostas do material e orientam o professor a planejar atividades em que a criança conviva, brinque, participe ativamente, se conheça, explore e
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se expresse por meio das múltiplas linguagens, respeitando assim a criança e seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento. É, então, por meio de uma práxis pedagógica escutATIVA, observATIVA e propositiva que o professor dialoga com as crianças e estabelece contextos envolventes para que as experiências infantis ocorram, favorecendo as aprendizagens apontadas nos cinco campos de experiências descritos pela BNCC. Isso significa dizer que, quando um professor tem a intenção de trabalhar, por exemplo, as aprendizagens do campo de experiências O eu, o outro e o nós, ele deve se abrir para os temas de interesse das crianças e focar suas ações para despertar, instigar e promover experiências que favoreçam as aprendizagens esperadas no campo desejado. Desse modo, em uma roda de conversa sobre um tema instigante e interessante para o grupo, o professor pode ressaltar as ações das crianças que evidenciam empatia (EI03EO01) e auxiliá-las a comunicar suas ideias com desenvoltura (EI03EO04). Com a brincadeira vivaz e energética pula pipoca, é presumível o trabalho com questões relacionadas ao campo de experiências Corpo, gestos e movimentos. Contudo, o professor pode favorecer “inventar brincadeiras cantadas, poemas e canções, criando
rimas, aliterações e ritmos”, objetivo pertencente ao campo de experiências Escuta, fala, pensamento e imaginação (EI03EF02). Por isso, não há como apontar a priori objetivos de aprendizagem e desenvolvimento para cada atividade proposta na Coleção Tangará, porque, de acordo com a BNCC, os contextos são únicos e o monitoramento das práticas pedagógicas fundamenta-se na observação sistemática, pelo educador, dos efeitos e resultados de suas ações para as aprendizagens e o desenvolvimento das crianças, a fim de aperfeiçoar ou corrigir suas práticas, quando for o caso. O documento ainda esclarece que “o acompanhamento da aprendizagem e do desenvolvimento dá-se pela observação da trajetória de cada criança e de todo o grupo” (BRASIL, 2019, p. 35). Partindo desse pressuposto, a tabela a seguir reúne as principais ações pedagógicas sugeridas nas atividades da Coleção Tangará e indica possíveis objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, como um guia genérico, organizador do planejamento do professor que deve ser revisado e complementado pelas ações reflexivas e avaliativas para revelar as necessidades e curiosidades das crianças de seu grupo.
Campos de Experiências Traços, sons, cores e formas
Escuta, fala, pensamento e imaginação
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações
EI03EF01 EI03EF04 EI03EF07
EI03ET01
O eu, o outro e o nós
Corpo, gestos e movimentos
Roda de conversa
EI03EO01 EI03EO03 EI03EO04
EI03CG02
Cartaz com listas
EI03EO04
EI03EF05 EI03EF09
Cartaz com hipóteses
EI03EO04
EI03EF01
Cartaz com tabelas
EI03EO04
EI03ET01
Cartaz com gráficos simplificados
EI03EO04
EI03ET01
Registros por meio de desenho
EI03EO04
EI03CG05
Registros por meio de escrita (espontânea e orientada)
EI03EO04
EI03CG05
Ação pedagógica
EI03TS02
EI03ET01 EI03ET04
EI03ET04 EI03EF01
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Campos de Experiências Ação pedagógica Atividade para casa
O eu, o outro e o nós
Corpo, gestos e movimentos
Traços, sons, cores e formas
EI03EO02
Escuta, fala, pensamento e imaginação
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações
EI03EF07 EI03ET06
Pranchas com textos literários
EI03EF03 EI03EF07 EI03EF08
Pranchas com imagens e textos informativos
EI03EF07
Pranchas do Repertório de Rotina com palavras estáveis e registros cotidianos (passagem do tempo, condições atmosféricas e humor)
EI03ET07
EI03CG01 EI03CG02
EI03EF02
Brincadeiras tradicionais e de roda
EI03EO03 EI03EO05 EI03EO07
Distribuir e fazer contagens
EI03EO03
EI03ET01 EI03ET04
Organizar, classificar
EI03EO03
EI03ET01 EI03ET04
Leitura de enunciados, pequenos textos e imagens
EI03EF07
Criação de brincadeiras, enredos, narrativas, textos e rimas
EI03EF02 EI03EF04 EI03EF05 EI03EF06
Atividades plásticas individuais
EI03EO04
EI03CG05
EI03TS02
EI03EF01
Atividades plásticas coletivas
EI03EO03 EI03EO04
EI03CG05
EI03TS02
EI03EF01
Recorte e colagem
EI03EO04
EI03CG05
EI03TS02
Ordenação de eventos Pesquisa em diversas fontes de informação Registro das fontes de pesquisa
EI03ET03
EI03ET01 EI03ET05 EI03EO06
EI03ET03 EI03EF01
EI03ET03
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Campos de Experiências Ação pedagógica
O eu, o outro e o nós
Corpo, gestos e movimentos
Traços, sons, cores e formas
Escuta, fala, pensamento e imaginação
Exposição das produções e folhas de atividade para apreciação e conversa
EI03EO02 EI03EO03
Criação de personagens e enredos
EI03EO04
EI03EF01 EI03EF06
Votação e construção de consenso
EI03EO03
EI03EF01
Jogo simbólico (faz de conta) e dramatização
EI03EO03 EI03EO04
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações EI03ET01
EI03CG02
EI03EF01
Referências BARBOSA, Maria Carmen Silveira; HORN, Maria da Graça Souza. Projetos pedagógicos na Educação Infantil. Porto Alegre: Artmed, 2008. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular: Educação Infantil e Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEB, 2017. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEB, 2010. CHIAROTTO, Lorraine. Natural curiosity: a resource for teachers: building children’s understanding of the world through environmental inquiry. Toronto, Ont: The Laboratory School at the Dr. Eric Jackman Institute of Child Study, Ontario Institute for Studies in Education, University of Toronto, 2011. DEWEY, John. Vida e educação. São Paulo: Melhoramentos, 1959. FREIRE, Madalena. Educador educa a dor. São Paulo: Paz e Terra, 2008. GARDNER, Howard. Estruturas da mente: a teoria das inteligências múltiplas. Porto Alegre: Artmed, 1994. MALAGUZZI, Loris. História, ideias e filosofias básicas. In: EDWARDS, Carolyn; GANDINI, Lella; FORMAN, George. As cem linguagens da criança: a abordagem de Reggio Emilia na educação da primeira infância. Porto Alegre: Artmed, 1999. p. 59-104. PIAGET, Jean. Psicologia da inteligência. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1983.
INDICAÇÕES PARA PESQUISA E APOIO ÀS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS HELM, Judy Harris; KATZ, Lilian G. Young investigators: the project approach in the early years. New York; London: Teachers College Press, 2016. ROSSET, Joyce; RIZZI, Maria Angela; WEBSTER, Maria Helena. Educação infantil: um mundo de janelas abertas. Porto Alegre: Edelbra, 2017. TODO LO que me enseñaram los niños. Aprendemos Juntos, 2 fev. 2019. Palestra do professor Jose Antonio Fernandez Bravo. Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=0YnE5Qojhw8&vl=pt>. Acesso em: jun. 2019.
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E A Z E R U T A N
INVESTIGAÇÃO
O que sabemos sobre nosso corpo? CAMPOS DE INVESTIGAÇÃO O QUE O CORPO TEM Tema disparador: As partes do corpo Tema disparador: As medidas do corpo O QUE O CORPO FAZ Tema disparador: Gestos e movimentos do corpo Tema disparador: Os sons do corpo O QUE O CORPO SENTE Tema disparador: As sensações do corpo Tema disparador: Os filtros para sentir o mundo
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NATUREZA E INVESTIGAÇÃO RESUMO DO TEMA DA UNIDADE
A
unidade Natureza e investigação tem como objetivo partir do interesse das crianças em voltar-se para si, instigando-as a pesquisar, sentir, perceber, representar e experimentar processos científicos e criativos sobre o próprio corpo. O percurso de atividades do primeiro campo de investigação (O que o corpo tem) contempla propostas de pesquisa sobre as partes do corpo por meio de atividades que abarcam a representação gráfica, o autorretrato, o exercício de pesquisa em fontes informativas, a vivência de uma brincadeira cultural que se desdobra em experiências de colagem, exploração de materiais e construção tridimensional. As estruturas do corpo que não são vistas a olho nu também ganham espaço de investigação, tendo como ponto de partida o esqueleto, suas medidas, representações e outras dimensões reflexivas que o tema pode evocar. As medidas do corpo são ponto de partida para uma série de atividades que envolvem brincadeiras, classificação, contagem, leitura de gráfico, desenhos com interferência, além de informações e experiências envolvendo a própria noção de medida. No segundo campo de investigação (O que o corpo faz), parte-se dos saberes prévios das crianças sobre ações, gestos e movimentos. Seus interesses são provocados em propostas que envolvem desenho de imaginação, brincadeira cultural para despertar percepções do corpo, atividades de registro e um jogo envolvendo a mímica. Como segundo tema disparador, o grupo é convidado a reparar nos sons que o corpo pode produzir, são sugeridas propostas que envolvem exploração corporal, brincadeira com canto e gestos e o desenho como registro e forma de expressão. No final, as famílias são chamadas a participar, compartilhando músicas ou brincadeiras musicais (atuais ou antigas) para enriquecer o repertório cultural do grupo, além de fomentar a circulação de saberes fundamentais para a construção do conhecimento e para o fortalecimento da parceria educativa entre escola e família. O que o corpo sente é o terceiro campo de investigação da unidade, que se inicia com conversas e experiências sobre os órgãos dos sentidos e suas relações com estímulos sensoriais: os sons, os sabores, os aromas, além de tudo aquilo que se pode ver e tocar. Uma pesquisa com a participação das famílias convida para a percepção dos sons ao redor do ambiente de cada residência e outras experiências sensoriais são sugeridas como disparadoras de atividades ou como seus desdobramentos. Por fim, o tema Filtros para perceber o mundo instiga o grupo a olhar, reparar, repensar e sentir de outras formas o ambiente que o cerca. Em experiências brincantes que envolvem refletir sobre a percepção, o material oferece pontos de partida para frutíferas conversas entre as crianças.
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NATUREZA E INVESTIGAÇÃO CAMPO DE INVESTIGAÇÃO
O QUE O CORPO TEM TEMA DISPARADOR
AS PARTES DO CORPO
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1
ATIVIDADE REPRESENTANDO O MEU CORPO 1
NATUREZA E INVESTIGAÇÃO FAÇA UM DESENHO DO SEU CORPO. DEPOIS, CONTE AS PARTES DO CORPO QUE VOCÊ DESENHOU E REGISTRE NO QUADRADO ABAIXO. SE QUISER, PODE PEDIR AJUDA A UM COLEGA E AO PROFESSOR.
COLEÇÃO
ORGANIZAR FF Ambiente para trabalhar com a folha do Bloco de Atividades FF Folhas do Bloco de Atividades BLOCO 1 FF Lápis grafite 4B ou caneta de ponta porosa para a escrita das crianças (um para cada criança) FF Material para montar exposição: painel, varal, fita adesiva etc.
PROPOR E PROVOCAR
VV VV
Entregar a folha de atividade
VV
Ler o enunciado para as crianças, orientando-as a acompanhar a leitura em suas folhas: “Faça um desenho do seu corpo. Depois, conte as partes do corpo que você desenhou e registre a quantidade no quadrado. Se quiser, pode pedir ajuda a um colega e ao professor”.
VV VV
BLOCO
1
para cada criança.
Apresentar o material mostrando o espaço reservado para o nome e para a data.
Propor que as crianças desenhem a si próprias com o máximo de detalhes que conseguirem. Montar um mural, expondo as produções das crianças para conversar sobre os desenhos.
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2
ATIVIDADE
O QUE SABEMOS SOBRE O CORPO HUMANO? ORGANIZAR FF FF FF FF FF FF FF
Ambiente para roda de conversa Imagens das PRANCHA 1 a PRANCHA 6 Caneta de ponta grossa (para o professor) Cola bastão (uma para cada criança) Copiadora ou impressora Papéis para cartazes Portfólios de Pesquisa PORTFÓLIO 1
PROPOR E PROVOCAR
VV VV VV VV VV VV VV VV VV
Organizar uma roda de conversa em torno das pranchas. Sobre as crianças das diversas culturas que aparecem nas imagens, perguntar: o que fazem? Como são? Onde estão? Do que brincam? Permitir que as crianças se expressem e fazer a mediação da conversa. Depois que o grupo estiver satisfeito com os comentários e observações, perguntar: todas as crianças das fotografias são iguais? Como é o corpo delas? Como é o nosso corpo? Propor que as crianças observem a si mesmas e comentem sobre suas observações. Perguntas provocadoras: o que o colega tem no corpo? O que tem no seu corpo? Todos os corpos têm as mesmas partes (ou as mesmas estruturas)? Levantar os conhecimentos das crianças em relação às perguntas. Sistematizar os conteúdos colocados pelo grupo sobre o corpo e listá-las no cartaz. Eleger os conteúdos que despertaram maior interesse com o grupo e destacá-los no cartaz. Ler o cartaz depois de pronto, verificando com as crianças se todas os aspectos importantes foram registrados. Transcrever ou fotografar o conteúdo do cartaz e fazer cópias. Com a participação das crianças, colar as cópias nos Portfólios de Pesquisa e convidá-las a fazer um novo desenho do corpo, dessa vez pensando nas informações discutidas em conjunto e registradas no cartaz.
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3
ATIVIDADE PARA CASA INVESTIGAÇÕES SOBRE O CORPO
BILHETE PARA CASA
2
NATUREZA E INVESTIGAÇÃO FAÇA UMA PESQUISA SOBRE A PARTE DO CORPO DESTINADA PARA SEU GRUPO. COM A AJUDA DE UM ADULTO, DESCUBRA MAIS ASPECTOS INTERESSANTES SOBRE O TEMA. REGISTRE SUA RESPOSTA E A FONTE UTILIZADA NA PESQUISA.
Estamos pesquisando o corpo humano e surgiram alguns temas de interesse. Gostaríamos da sua colaboração para, com a criança, buscar mais informações sobre o tema descrito na folha de atividade. O registro da resposta pode ser escrito por algum adulto e desenhado pela criança. Ao final, indicar a(s) fonte(s) de pesquisa: internet, livro, consulta a outras pessoas etc. Por favor, enviar a tarefa até ____/____.
ATIVIDADE PARA CASA
REGISTRO DA DESCOBERTA PESQUISE SOBRE...
FONTE UTILIZADA PARA A PESQUISA:
COLEÇÃO
ORGANIZAR FF Ambiente para roda de conversa FF Folhas do Bloco de Atividades BLOCO
2
PROPOR E PROVOCAR
VV VV VV VV VV VV VV VV
A partir da conversa realizada na Atividade 2, escolher com as crianças algumas das partes do corpo que mais lhes interessaram. Elas serão os conteúdos geradores da tarefa para casa. Organizar as crianças em grupos e destinar uma parte do corpo para cada um deles. Entregar a folha de atividade
BLOCO
2
para cada criança.
Ler o enunciado para as crianças, orientando-as a acompanhar a leitura em suas folhas: “Faça uma pesquisa sobre a parte do corpo destinada para seu grupo. Com a ajuda de um adulto, descubra mais aspectos interessantes sobre o tema. Registre a sua resposta e a fonte utilizada na pesquisa”. Informar às crianças sobre o bilhete que deve ser mostrado à família no verso da folha de atividade. Escrever na folha de atividade de cada criança o conteúdo a ser pesquisado. Enviar a atividade para casa. É interessante que se retome os resultados nas rodas de conversa em dias alternados.
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4
ATIVIDADE
RETOMANDO A PESQUISA SOBRE O CORPO ORGANIZAR FF FF FF FF
Ambiente para roda de conversa Folhas de atividade BLOCO 2 (tarefa feita em casa) Caneta de ponta grossa (para o professor) Papéis para cartazes (um para cada tema de pesquisa)
PROPOR E PROVOCAR
VV VV VV
Organizar as crianças em subgrupos para apresentação das pesquisas realizadas em casa e propor uma roda de conversa para cada conteúdo pesquisado no BLOCO 2 . Reunir as respostas obtidas e convidar as crianças a relatarem suas descobertas: como foi fazer a pesquisa? O que descobriram? Será que nas outras pesquisas foram descobertas coisas diferentes? Como foi pesquisar com a ajuda da família? Sistematizar as descobertas, construindo um pequeno texto coletivo sobre cada tema e registrá-lo em um cartaz.
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ATIVIDADE AUTORRETRATO 3
NATUREZA E INVESTIGAÇÃO OLHANDO-SE NO ESPELHO, OBSERVE A IMAGEM DO SEU ROSTO E DESENHE NO PLÁSTICO. DEPOIS, COLE O DESENHO AQUI.
COLEÇÃO
ORGANIZAR FF FF FF FF FF FF
Ambiente para trabalhar com espelho e folha do Bloco de Atividades Folhas do Bloco de Atividades BLOCO 3 Fita adesiva Marcador permanente (um para cada criança) Material para montar exposição: painel, varal, fita adesiva etc. Um envelope ou pedaço de plástico transparente no tamanho A4 para cada participante da atividade, colado no espelho na altura do rosto das crianças
PROPOR E PROVOCAR
VV VV VV VV
Convidar as crianças a desenhar o próprio rosto no plástico ou no envelope colado no espelho. Entregar a folha de atividade
BLOCO
3
para cada criança.
Ler o enunciado para as crianças, orientando-as a acompanhar a leitura em suas folhas: “Olhando-se no espelho, observe a imagem do seu rosto e desenhe no plástico. Depois, cole o desenho aqui”. No final, fixar os plásticos desenhados nas folhas de atividade e fazer uma exposição.
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6
ATIVIDADE
UM MENINO NA VISÃO DE PORTINARI 4
DICA
NATUREZA E INVESTIGAÇÃO O ARTISTA CANDIDO PORTINARI FEZ UM DESENHO DE UM MENINO. OBSERVE O DESENHO. O QUE O MENINO ESTÁ FAZENDO? ONDE ELE ESTÁ?
É interessante utilizar a tecnologia e pesquisar na internet outras obras e a história do pintor Candido Portinari. O Portfólio de Pesquisa pode ser utilizado para registrar as descobertas.
AUTORIZADA POR
JOÃO CANDIDO PORTINA
RI/IMAGEM DO ACERVO
DO PROJETO PORTINA
RI
COMPLETE O DESENHO COM O QUE VOCÊ PENSOU.
PARA AMPLIAR
COLEÇÃO
ORGANIZAR FF Ambiente para trabalhar com folha do Bloco de Atividades FF Folhas do Bloco de Atividades BLOCO 4 FF Lápis de cor
Créditos da obra: Candido Portinari. Menino, 1950. Desenho a guache sobre papel, 20 3 20 cm. Coleção particular/ Reprodução autorizada por João Candido Portinari/ Imagem do acervo do Projeto Portinari
PROPOR E PROVOCAR
VV VV
Entregar a folha de atividade
BLOCO
4
para cada criança.
Ler o enunciado para as crianças, orientando-as a acompanhar a leitura em suas folhas: “O artista Candido Portinari fez um desenho de um menino. Observe o desenho. O que o menino está fazendo? Onde ele está? Complete o desenho com o que você pensou”.
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ATIVIDADE BRINCADEIRA CULTURAL BONECA DE LATA
REGRAS DA BRINCADEIRA Canta-se a música, mudando, a cada vez, a parte do corpo que a boneca de lata “bateu”. A criança deve mostrar no seu próprio corpo a parte que a boneca “bateu” sempre que estiver cantando. O número de horas para fazer a arrumação da parte do corpo danificada também aumenta a cada vez que a música é cantada. Boneca de lata Minha boneca de lata bateu com a cabeça no chão Levou mais de uma hora pra fazer a arrumação Desamassa aqui pra ficar boa Minha boneca de lata bateu com o nariz lá no chão Levou mais de duas horas pra fazer a arrumação Desamassa aqui Desamassa aqui pra ficar boa... Cantiga da tradição popular.
DICA Esta brincadeira pode ser repetida para que as crianças se apropriem da música, inventem suas contribuições e citem partes do corpo.
ORGANIZAR FF FF FF FF FF FF
Ambiente para brincadeira cultural e roda de conversa Portfólios de Pesquisa PORTFÓLIO 2 Caneta de ponta grossa (para o professor) Cola bastão (uma para cada criança) Copiadora ou impressora Papéis para cartazes
PROPOR E PROVOCAR
VV VV VV VV VV VV VV VV
Fazer perguntas provocadoras, como: alguém conhece a brincadeira da Boneca de Lata? Quem sabe cantar a música? Podem explicar como se brinca? Depois da conversa, organizar a brincadeira cultural Boneca de Lata. Dependendo dos conhecimentos das crianças, cantar a música e conduzir a brincadeira, citando diferentes partes do corpo. Quando as crianças dominarem a música e as regras, deixar que elas contribuam, citando partes do corpo. Depois da brincadeira, reunir as crianças em roda para conversar sobre as partes do corpo citadas durante a atividade. Estimular a conversa por meio de perguntas provocadoras: como foi a brincadeira? O que aconteceu? Como vocês brincaram? Quais partes do corpo a boneca de lata bateu no chão? Depois de relembrar as partes do corpo citadas na brincadeira, perguntar: o que mais tem no nosso corpo? Listar em um cartaz as partes do corpo nomeadas pelas crianças e fixá-lo em um local acessível para que a turma revisite o registro. Fazer cópias do conteúdo do cartaz e, com a participação das crianças, colá-las nos Portfólios de Pesquisa. Observação: esta listagem será utilizada na Atividade 9.
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ATIVIDADE
PENSANDO NO CORPO DA BONECA DE LATA 5
NATUREZA E INVESTIGAÇÃO VAMOS FAZER UMA BONECA DE LATA COM FORMAS GEOMÉTRICAS?
BONECA DE LATA MINHA BONECA DE LATA BATEU COM A CABEÇA NO CHÃO LEVOU MAIS DE UMA HORA PRA FAZER A ARRUMAÇÃO DESAMASSA AQUI PRA FICAR BOA MINHA BONECA DE LATA BATEU COM O NARIZ LÁ NO CHÃO LEVOU MAIS DE DUAS HORAS PRA FAZER A ARRUMAÇÃO DESAMASSA AQUI DESAMASSA AQUI PRA FICAR BOA... CANTIGA DA TRADIÇÃO POPULAR.
COLEÇÃO
ORGANIZAR FF FF FF FF FF
Ambiente para trabalhar com folha do Bloco de Atividades e colagem Folhas do Bloco de Atividades BLOCO 5 Cola branca ou bastão (uma para cada criança) Material para montar exposição: painel, varal, fita adesiva etc. Recortar formas geométricas com papéis coloridos. É interessante utilizar papel laminado para fazer referência à lata
PROPOR E PROVOCAR
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Trabalhar na apresentação de um espaço convidativo para a atividade de colagem. Entregar uma folha da atividade BLOCO 5 para cada participante. Ler o enunciado para as crianças, orientando-as a acompanhar a leitura em suas folhas: “Vamos fazer uma boneca de lata com formas geométricas?”. Ler a letra da música Boneca de lata e apresentar os recortes de papéis coloridos. Convidar as crianças a brincar de formar uma boneca, escolhendo diferentes recortes. Depois, sugerir que colem na folha de atividade a composição de que mais gostaram. Ao final, montar uma exposição das produções.
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ATIVIDADE DESENHO COMO PROJETO DE CONSTRUÇÃO DA BONECA DE LATA 6
NATUREZA E INVESTIGAÇÃO VAMOS IMAGINAR COMO É A BONECA DE LATA E DESENHÁ-LA?
COLEÇÃO
ORGANIZAR FF FF FF FF
Ambiente para trabalhar com folha do Bloco de Atividades Folhas do Bloco de Atividades BLOCO 6 Cartaz com a listagem das partes do corpo (Atividade 7) Lápis grafite 4B ou canetas de ponta porosa para a escrita das crianças (um para cada criança) FF Material para montar exposição: painel, varal, fita adesiva etc.
PROPOR E PROVOCAR
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Entregar a folha de atividade
VV VV
Ler, para relembrar as partes do corpo, a listagem do cartaz da Atividade 7.
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BLOCO
6
para cada criança.
Ler o enunciado para as crianças, orientando-as a acompanhar a leitura em suas folhas: “Vamos imaginar como é a boneca de lata e desenhá-la?”. Propor perguntas orientadoras: vamos pensar na boneca de lata? Pense na cabeça, no tronco, nos braços e nas pernas: o que mais tem na boneca? Ela tem cabelos, olhos, orelhas, sobrancelhas? E o tronco? Ela vai ter roupa? Como são suas mãos? E os pés? O que mais podemos desenhar? Expor as folhas de atividade de modo acessível às crianças para que elas observem, conversem e comparem os recursos e estruturas que aparecem nas produções. Essa exposição servirá como referência na construção coletiva da boneca de lata.
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10 ATIVIDADE CONHECENDO E EXPLORANDO O MATERIAL ORGANIZAR FF Ambiente que comporte a atividade de exploração das sucatas FF Sucata: garrafas PET, caixas de leite, latas de diversos tamanhos, tampas, fios de lã, retalhos de tecido, caixas de papelão, embalagens diversas, palitos de churrasco sem ponta e de sorvete, botões, jornais, entre outros
PROPOR E PROVOCAR
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Convidar as crianças a brincar livremente com a sucata. Recolhê-la ao final das brincadeiras e explorações para que seja novamente utilizada na construção coletiva da boneca de lata.
DICA Caso perceba o interesse do grupo nesse tipo de atividade, o professor pode organizar outros momentos de brincadeiras livres com sucata. As propostas podem variar conforme os tipos de sucata selecionados, a escolha e organização dos ambientes e a introdução de outros materiais como brinquedos, tecidos, entre outros. Cada combinação convidará a uma experiência diferente.
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ATIVIDADE CONSTRUÇÃO COLETIVA DA BONECA DE LATA DICA
As latas podem inspirar brincadeiras como a de construir pés de lata ou estimular a percepção dos sons por meio de instrumentos confeccionados com o material. É interessante acompanhar os interesses das crianças e continuar estimulando pesquisas derivadas das atividades desta e de outras unidades de investigação.
ORGANIZAR FF Ambiente que comporte a organização da sucata e a construção coletiva da boneca FF Portfólios de Pesquisa PORTFÓLIO 3 FF Câmera fotográfica ou celular FF Cola quente (para o professor) FF Copiadora ou impressora FF Fitas adesivas, colas e tesouras sem ponta (uma para cada criança) FF Sucata: garrafas PET, caixas de leite, latas de diversos tamanhos, tampas, fios de lã, retalhos de tecido, caixas de papelão, embalagens diversas, palitos de churrasco sem ponta e de sorvete, botões, jornais, papéis diversos (alumínio, crepom), entre outros
PROPOR E PROVOCAR PARA AMPLIAR
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O interesse pelo processo de construção da boneca de lata pode levar à proposta de construções coletivas de outros personagens. Uma possibilidade é a construção individual da boneca de lata ou de outros bonecos. As construções podem alimentar a criação de histórias para os bonecos, a “visita” deles às famílias nos finais de semana, com registros para serem compartilhados com o grupo em um caderno, por exemplo. Também podem ser construídas com as crianças: boneca de milho, de lã, de jornal, abayomi, marionetes, fantoches de meia, dedoches etc. A história do Pinóquio, o boneco de madeira, pode ser apresentada neste momento como ampliação de repertório e ganhar novo sentido para o grupo.
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Realizar uma roda de conversa ao redor da sucata para iniciar a construção: vamos construir a nossa boneca de lata? É importante escutar as crianças durante o processo de montagem, mediar a resolução de problemas e levantar questionamentos quando perceber que o projeto precisa ser readequado. Apresentar perguntas provocadoras, por exemplo: como vocês acham que está ficando a boneca? Será que devemos acrescentar algum material? Será que precisamos mudar algum detalhe? Alguém tem outra ideia? Considerar que algumas operações podem ser realizadas com autonomia pelas crianças: juntar, montar e colar materiais, recortar, entre outras. Uma opção é organizar essas tarefas de modo que sejam realizadas por pequenos grupos. Ao final, fotografar a boneca construída, fazer cópias da imagem e colá-las nos Portfólios de Pesquisa com a participação das crianças. Convidar cada criança a inventar um nome para a boneca e registrá-lo junto à imagem colada no Portfólio. A boneca de lata construída pela turma pode ficar exposta na sala para que as crianças revisitem a produção.
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12 ATIVIDADE ESTRUTURAS QUE VEMOS E QUE NÃO VEMOS ORGANIZAR FF Ambiente para roda de conversa FF Caneta grossa (para o professor) FF Papel para cartaz
PROPOR E PROVOCAR
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Organizar a roda de conversa e perguntar: vocês sabem se temos partes do corpo dentro de nós (por baixo da pele) e que não conseguimos ver? Registrar as hipóteses das crianças. Caso ossos, esqueleto, veias, sangue, coração não sejam citados, provocar: quando a gente se machuca, sai um líquido vermelho de dentro da gente. O que é? Quando apertamos o nosso braço, ele é duro ou é mole? Por que será? Tem um órgão que a gente sente bater: tum-tum! Alguém sabe o que é? Registrar no cartaz as partes do corpo que não são vistas, citadas pela turma.
PARA AMPLIAR O material propõe um desdobramento do percurso investigativo a partir dos ossos, por se tratar de um tema de grande interesse para as crianças desta faixa etária. As crianças do grupo, no entanto, podem se interessar em conhecer aspectos de outros sistemas ou órgãos, como os envolvidos na alimentação, na respiração, nos movimentos. O professor pode encaminhar novas pesquisas propondo atividades de roda de conversa, brincadeiras, busca de informações em fontes de pesquisa, registros por meio de cartazes, desenhos, imagens etc.
Expor o cartaz no painel da sala.
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13 ATIVIDADE PENSANDO NO ESQUELETO PARA AMPLIAR
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NATUREZA E INVESTIGAÇÃO DESTAQUE AS PARTES DO QUEBRA-CABEÇA DO MATERIAL COMPLEMENTAR 1. MONTE E DEPOIS COLE NESTA PÁGINA PARA DESCOBRIR A FIGURA QUE SE FORMOU.
Para que o tema do esqueleto ganhe outras dimensões e enriqueça o repertório cultural das crianças, pode ser interessante organizar uma brincadeira a partir da música Tumbalacatumba ou ainda ler o livro Sete histórias para sacudir o esqueleto, de Angela Lago (Companhia das Letrinhas, 2002). Vídeos e documentários também são recursos interessantes para ampliar os conhecimentos das crianças. Um bom exemplo é o vídeo a seguir. Disponível em: <https:// youtu.be/z771r3u7FeQ>. Acesso em: 10 jul. 2019.
O QUE VOCÊ DESCOBRIU?
COLEÇÃO
ORGANIZAR FF Ambiente para trabalhar com folha do Bloco de Atividades FF Folhas do Bloco de Atividades BLOCO 7 FF Quebra-cabeça (do material complementar 1) - página 3 do material complementar FF Colas bastão (uma para cada criança)
PROPOR E PROVOCAR
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Entregar as folhas de atividade
BLOCO
7
para cada participante.
Ler o enunciado para as crianças, orientando-as a acompanhar a leitura em suas folhas: “Destaque as partes do quebra-cabeça do material complemantar 1. Monte e depois cole nesta página para descobrir a figura que se formou”.
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14 ATIVIDADE PARA CASA INVESTIGAÇÕES SOBRE O CORPO 8
BILHETE PARA CASA
NATUREZA E INVESTIGAÇÃO QUAL O NOME DO MAIOR OSSO DO CORPO HUMANO E ONDE
ELE SE LOCALIZA?
Para aprofundar a pesquisa sobre o corpo humano estamos investigando sobre o esqueleto e os ossos. Nesta atividade, convidamos a família a participar como referência de pesquisa. Pedimos para levantar algumas informações junto à criança. É fundamental que ela vivencie todo o processo de busca das informações. Pode ser que vocês encontrem outras curiosidades, além das solicitadas na folha de atividade. Favor registrar as descobertas para enriquecer nossas conversas. Se faltar espaço, utilizar o verso da folha. Por favor, enviar a tarefa até ___/___.
ATIVIDADE PARA CASA
QUAL O NOME DO MENOR OSSO DO CORPO HUMANO E ONDE
ELE SE LOCALIZA?
OUTRAS DESCOBERTAS:
FONTES DE INFORMAÇÃO CONSULTADAS: COLEÇÃO
ORGANIZAR FF Ambiente para roda de conversa FF Folhas do Bloco de Atividades com a montagem do esqueleto FF Folhas do Bloco de Atividades BLOCO 8
BLOCO
7
PROPOR E PROVOCAR
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Entregar as folhas de atividade com a montagem do esqueleto trabalhadas na Atividade 13 BLOCO 7. Organizar a roda de conversa e perguntar: o que vocês veem nessa imagem? Vocês já viram essa imagem em outro lugar? Quantos ossos tem no esqueleto? Tem osso grande? Quais? Permitir que as crianças mostrem na imagem. Tem ossos pequenos? Permitir que as crianças mostrem na imagem. Quantos ossos tem no esqueleto? Será que os ossos têm nome? Vamos perguntar em casa se alguém sabe essa informação? Distribuir a folha de atividade para casa
BLOCO
8.
Ler o enunciado para as crianças, orientando-as a acompanhar a leitura em suas folhas e pedir que levem a folha para registrar as pesquisas feitas com a ajuda dos adultos de casa.
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15 ATIVIDADE COMPARTILHANDO INFORMAÇÕES E ELABORANDO CONCLUSÕES PARA AMPLIAR
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NATUREZA E INVESTIGAÇÃO QUAL O NOME DO MAIOR OSSO DO CORPO HUMANO E ONDE
Sistematizar o conhecimento envolve escutar as falas das crianças (hipóteses, comentários, observações e descobertas) e organizá-las no cartaz de modo que esses conhecimentos possam ser revisitados por elas em outros momentos. A organização deve contemplar não somente uma distribuição clara das informações no cartaz, com letras maiúsculas, mas também uma categorização que auxilie as crianças a repensarem o próprio conhecimento, refutando hipóteses iniciais ou acrescentando novas descobertas.
ELE SE LOCALIZA?
ATIVIDADE PARA CASA
QUAL O NOME DO MENOR OSSO DO CORPO HUMANO E ONDE
ELE SE LOCALIZA?
OUTRAS DESCOBERTAS:
FONTES DE INFORMAÇÃO CONSULTADAS: COLEÇÃO
ORGANIZAR FF Pesquisas trazidas pelas crianças BLOCO 8 (tarefa de casa) FF Caneta de ponta grossa (para o professor) FF Papéis para cartazes
PROPOR E PROVOCAR
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Propor uma roda de conversa para que cada criança comente sobre o seu processo de pesquisa e relate as descobertas. Perguntas provocadoras: como você fez para encontrar as informações? Com quem pesquisou? Onde pesquisou (livros, revistas, internet, perguntando para pessoas, visita a museus e equipamentos culturais)? O que descobriu? Reunir as respostas obtidas para cada pergunta, escrevendo-as nos cartazes. Se surgirem respostas divergentes, encaminhar a discussão para o grupo, favorecendo as argumentações e buscando um consenso. Pode-se propor uma nova pesquisa conjunta em alguma fonte disponível na escola: internet, livros etc. Depois de reunir as descobertas, sistematizar o conhecimento.
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16 ATIVIDADE DESENHANDO O ESQUELETO 9
DICA
NATUREZA E INVESTIGAÇÃO AGORA QUE VOCÊ CONHECE OS OSSOS, QUE TAL INVENTAR UM ESQUELETO?
Caso perceba a curiosidade do grupo pelo tema, é interessante propor uma atividade de modelagem de esqueleto com argila ou biscuit. Essa proposta oferece às crianças a possibilidade de trabalhar uma construção tridimensional, pensando sobre a estrutura do corpo.
COLEÇÃO
ORGANIZAR FF Ambiente para trabalhar com folha do Bloco de Atividades FF Folhas do Bloco de Atividades BLOCO 9 FF Giz de cera ou pastel oleoso em cores claras (branco, amarelo, bege etc.)
PROPOR E PROVOCAR
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Entregar as folhas de atividade
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É importante que o professor tenha em mente que os esqueletos inventados podem ser de pessoas, de animais ou de seres criados pelas crianças. Nesse sentido, o professor pode promover uma conversa a respeito das diferentes criações.
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BLOCO
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para cada participante.
Ler o enunciado para as crianças, orientando-as a acompanhar a leitura em suas folhas: “Agora que você conhece os ossos, que tal inventar um esqueleto?”.
Antes de distribuir os riscadores para o grupo, levantar uma discussão acerca das cores mais apropriadas para fazer o desenho sobre o papel preto. Distribuir as cores sugeridas pela turma e convidar as crianças a desenhar um esqueleto.
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