Segunda Edição 2014
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Agradecimentos Agradeço principalmente a Deus, por permitir que eu escrevesse esse primeiro livreto. À minha esposa Norma Lúcia e meus filhos, Matheus e Jackeline, linda família que sempre me incentivou. Ao Bruno Resende, meu colaborador.
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Ao pastor Paulo Rufino, que além de grande incentivador, fortaleceu-me com suas idéias. A todos os irmãos da Igreja Batista, da qual sou pastor, por me possibilitarem o exercício do meu ministério com responsável liberdade e consciência. E em especial ao pastor Jorge Linhares, um amigo que muito me estimulou para que eu escrevesse. Agradeço, por fim, a todos que direta e indiretamente contribuíram para o meu crescimento espiritual. E também a você que tem a oportunidade de ler este livro, desejo os meus sinceros votos na certeza de que Deus irá lhe abençoar. Obrigado Pr. Jair Batista 4
Quem é o Autor JAIR BATISTA
Presidente da Igreja Batista Getsêmani em Terra Rica, Paraná. Pastor credenciado na ORMIBAN – Ordem dos Ministros Batistas Nacionais do Paraná. Casado com Norma Lúcia, possui dois filhos: Matheus Henrique e Jackeline. 5
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Prefácio Todos nós, diariamente, somos colocados diante de escolhas em que há necessidade de tomarmos decisões, sejam elas de cunho pessoal ou social. Fazemos escolhas, optamos, resolvemos e determinamos aquilo que de alguma maneira relaciona-se com a nossa vida individual; a vida da empresa, da igreja, da nossa família e de todos os outros âmbitos e vivências.
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As
decisões
são
invariavelmente
influenciadas pelo horizonte do nosso próprio mundo individual e social. Ao elegermos uma determinada solução em detrimento de outra, nós o fazemos baseados num padrão, num conjunto de valores que permeia nossa crença do que é certo ou errado. É o que chamamos de ética. Sob a luz cristã, podemos perceber e compreender as situações de maneira diferente, por estar de acordo com a palavra de Deus. Você encontrará nessas páginas uma discussão sobre decisões e escolhas, sob as lentes da ética cristã, contada e apreendida através de uma belíssima parábola. Pr. Jorge Linhares
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Introdução Há muito tempo havia um projeto que gostaria de realizar. Um desejo pessoal de escrever um livro – livro esse que fosse pequeno e de fácil leitura, mas que também tocasse num tema relevante, de proporções existenciais. Nesse processo de busca, um tema que Deus vem insistentemente me “cutucando” e me
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incutindo a meditar constante e profundamente é a questão das decisões, das escolhas. Decisões são importantes! Não creio que a vida seja um “pacote pronto”, o qual somos obrigados a desembrulhar. Decisões definem o que será ou deixará de ser a nossa vida! Decisões determinam vida ou morte, sucesso ou fracasso, vitória ou derrota, ganho
ou
perda,
esfrangalhamento,
engrandecimento topo
ou
ou
abismo,
enriquecimento ou empobrecimento – sejam determinações material, intelectual, existencial ou espiritual. Se você optou por ler este livro neste momento, o fato de que ele está em suas mãos e as suas palavras estejam sendo decodificadas pelo seu cérebro indicam que você tomou a decisão de lê-lo! Isto é uma bênção. Pois somos dotados da capacidade de não ser um autômato, 10
Pr. Jair Batista
um robozinho programado, pois junto com toda grande dádiva concedida por Deus, vem sempre uma enorme responsabilidade partilhada por nós! Sinceramente, gostaria que esse livro fosse uma importante ferramenta para aquele que tenha a oportunidade de lê-lo, para que o leitor possa ser levado como eu fui, a refletir sobre as decisões da vida. Na vida e para a vida.
Pr. Jair Batista Terra Rica (PR) Primavera 2014
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CAPÍTULO I
O Sapo Começo a mensagem deste livro com a ilustração de uma parábola: “Era uma vez um sapo que vivia em um lago, onde ele se banhava, brincava, tinha amigos, mas não estava contente com a vida que levava... Pombos e outros pássaros vinham neste lago duas vezes por dia para beber água.
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A grande tristeza deste sapo era por não poder voar e ser como aqueles pombos”. Muitas pessoas estão na mesma condição desse sapo: Tristes, sem vigor e sem vontade de viver. Há pessoas que estão procurando algo que, às vezes, nem sabem o que é ao certo. Estão sem forças para lutar, sem forças para viver.
As Escolhas Em vários momentos da vida somos colocados no canto da parede. É quando precisamos tomar as decisões cruciais. Não há como se abster e abrir mão, pois ou você vai, ou não vai; ou você é, ou não é. É impossível ficar em cima do muro, é difícil, principalmente na área espiritual. No reino espiritual não é permitida a dúvida. Nós sempre temos que optar; tomar decisões! Creio que se eu perguntasse a qualquer pessoa: “Você quer ser restituído daquilo que você
perdeu?”
todas
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responderiam
Pr. Jair Batista
afirmativamente, fossem pessoas novas na fé, ou outras que já há vinte anos servem a Deus. Mas, ao olharmos para nossa vida, lembrando das muitas oportunidades que tivemos, das muitas decisões erradas que tomamos e que nos trouxeram prejuízos, perdas e de alguma forma, estagnaram-nos no passado, suscita-se em nós uma crise (e abro um parênteses aqui: Toda crise é boa quando mexe conosco, quando nos tira da estagnação e nos faz repensar a vida, rever o caminho). Quando há esse “rever a vida” juntamente com a sensação de termos trilhado o caminho errado, ficamos com vontade de reconquistar, de reaver aquilo que nós tínhamos perdido. Recai em nós um arrependimento de querer fazer diferente, não perder oportunidades, não ir por tal caminho, não desprezar aquela pessoa, não desconsiderar conselhos amigos. Em II Samuel 24.10-17 encontra-se uma passagem que me chama bastante a atenção por mostrar que até mesmo um homem chamado
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“segundo o coração de Deus” pode tomar decisões equivocadas: “ E o coração doeu a Davi, depois de haver numerado o povo, e disse Davi ao Senhor: Muito pequei no que fiz; porém agora, ó Senhor, peço-te que traspasses a iniqüidade do teu servo; porque tenho procedido mui loucamente. Levantando-se, pois, Davi pela manhã, veio a palavra do Senhor ao profeta Gade, vidente de Davi, dizendo: Vai e dize a Davi: Assim diz o Senhor: três coisas te ofereço; escolhe uma delas, para que ta faça. Veio, pois, Gade a Davi e fez-lho saber; e disse-lhe: Queres que sete anos de fome te venham à tua terra; ou que por três meses fujas diante de teus inimigos, e eles te persigam; ou que por três dias haja peste na tua terra? Delibera, agora, e vê que resposta hei de dar ao que me enviou.
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Pr. Jair Batista
Então, disse Davi a Gade: Estou em grande angústia; porém caiamos nas mãos do Senhor, porque muitas são as suas misericórdias; mas nas mãos dos homens não caia eu. Então, enviou o Senhor a peste a Israel, desde pela manhã até ao tempo determinado; e, desde Dã até Berseba, morreram setenta mil homens do povo. Estendendo, pois, o Anjo a sua mão sobre Jerusalém, para a destruir, o Senhor se arrependeu daquele mal; e disse ao Anjo que fazia a destruição entre o povo: Basta, agora retira a tua mão. E o Anjo do Senhor estava junto à eira de Araúna, o jebuseu. E, vendo Davi ao Anjo que feria o povo, falou ao Senhor e disse: Eis que eu sou o que pequei e eu o que iniquamente procedi; porém estas ovelhas que fizeram? Seja, pois, a tua mão contra mim e contra a casa de meu pai”. Esta passagem, assim como muitas outras encontradas na Bíblia, mostra que a grande maioria das coisas que nos acontece é fruto das 17
nossas escolhas. Isto não é a “teologia de causa e efeito”, mas a lei da semeadura. Aquilo que o homem planta, certamente irá colher! Assim como diz o dito popular, bastante comum no interior do Paraná: “Aquele que semeia pé-devento, colhe ventania!” Deus pela sua benignidade pode até minimizar as conseqüências de nossas escolhas “loucas” e inconseqüentes, mas jamais nos poupará delas!
Nós sempre fazemos escolhas As escolhas e decisões que adotamos representam a essência de sermos ou não abençoados pelo Senhor. Tudo pode mudar em nossas vidas a partir de uma decisão, a partir de uma escolha. Assim funciona o mundo em que vivemos! Nós já levantamos cedo fazendo escolhas. Escolhemos o sapato que vamos trabalhar; a roupa que vamos vestir; e mesmo que a pessoa tenha poucas trocas de roupas, ela está sempre 18
Pr. Jair Batista
fazendo escolhas. Se você vai fazer uma compra, precisa escolher o produto, a marca, a cor... Nós vivemos num mundo de escolhas. Isso tudo porque, como já foi dito, Deus não nos fez autômatos. Ele nos deu o livre-arbítrio para escolher aquilo que queremos para nós. Na área espiritual, no reino espiritual, não é diferente, pois Deus age e trabalha a partir da sua decisão! É necessário que você venha a se dispor diante de Deus, pois assim, com certeza, você fará a melhor escolha, já que será guiado por Ele. Desta forma as mudanças começarão a acontecer. O texto de II Samuel que citei anteriormente fala sobre um aperto muito grande, uma situação crítica pela qual Davi passou. Não era para ele fazer o que ele fez, porém, ele assim agiu! Repito: Não se trata de qualquer homem! Davi já tinha experimentado o agir de Deus em sua vida e provara milagres extraordinários do Senhor inúmeras vezes. 19
Todas as vezes que ele saía para uma batalha Deus estava presente e, por onde Davi passasse, onde quer que estivesse ou o que iria fazer, Deus sempre lhe dava a vitória, independente da quantidade de soldados que ele tivesse ao seu dispor. Deus pelejava por ele. Quando Davi enfrentou o gigante Golias – mesmo sendo o primeiro tão novinho, tão tenro, tão pequeno, tão “insignificante” diante dos soldados enormes e adestrados para a guerra, homens que compunham o exército israelita entrincheirado, quase um “garoto de calças curtas” em meio àqueles portentos vestidos de armadura – Deus deu graça a ele, permitindo que ele fosse lutar em nome do Senhor dos Exércitos, derrotando o gigante! Louvado seja Deus! E por que aconteceu tal prodígio? Porque Deus estava presente na vida dele. Porém, conforme vemos neste dado momento da história de Davi, este colocou no coração o desejo de saber quantos soldados tinha; seduziuse pela vaidade de fazer um recenseamento. O Senhor não se agradou com tal decisão, em 20
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função da atitude que ele teve e do pecado que cometeu, por causa dessa desobediência. O recenseamento era nada em si mesmo, algo ínfimo. Mas o que verdadeiramente desagradou o coração de Deus foi o sentimento de ensoberbamento daquele que tanto Nele confiara nas mais diversas crises bélicas, políticas ou existenciais. Para Deus, era como se Davi O traísse.
Deus sempre nos dá escolhas A passagem de II Samuel nos serve de reflexão para entendermos que mesmo diante das conseqüências de nossas decisões equivocadas, das nossas “trapalhadas”, do nosso “meter os pés pelas mãos”, o Senhor continua a nos dar possibilidades de escolha. Se por um lado, a decisão de Davi pelo recenseamento tinha sido a decisão da carne, da auto-suficiência, da insensatez, da estupidez, Deus então propõe uma decisão, mas essa decisão – embora fosse dura como a conseqüência de todo pecado – 21
passa a ser uma decisão permeada pela graça de Deus. O profeta foi a Davi e trazendo o recado de Deus disse-lhe: “Três coisas te estão sendo oferecidas para você, escolha: sete anos de fome; que três meses você fuja de seus inimigos; ou que por três dias haja peste na terra”. Diante isso, Davi respondeu-lhe: “Que caiamos nas mãos de Deus, porque grande é a sua misericórdia, e não caiamos nas mãos dos homens”. Ninguém deseja cair nas mãos dos homens, da justiça dos homens! Não é verdade? Nós sabemos que eles não têm misericórdia, que são implacáveis, que dificilmente perdoam, que não dão uma segunda chance e nem estendem a mão de compaixão.
Deus, todavia, é
misericordioso e age com amor em sua correção, 22
Pr. Jair Batista
em seus ensinamentos. Davi reconheceu o seu pecado, a sua desobediência e o que ela causou ao povo – setenta mil pessoas morreram. Ele mesmo disse “estou em grande angústia”. Davi estava preocupado, e de certa forma perturbado, imerso numa confusão psicológica. Embora este fosse um momento peculiar e resultado de uma atitude pecaminosa, de uma forma que transcende tempo, espaço e circunstância, isto é também o que acontece conosco sempre que vamos tomar uma decisão, seja para um envolvimento sentimental, um casamento; para a compra ou venda de um imóvel; para comprar um carro; ou até mesmo para ajudar alguém. Em situações como essas, é comum nos sentirmos encurralados e não sabermos o que fazer. Quando chegamos a um momento como esse, o desejo de Deus é que O consultemos, que busquemos sabedoria, discernimento n’Ele e através d’Ele – pois como diz Paulo em Romanos 12.2 a vontade d’Ele é “boa, agradável e perfeita” –, mas infelizmente temos a tendência de falar com Deus e pedir sua ajuda apenas quando já 23
fizemos a escolha segundo a nossa própria intuição, a qual é por natureza, falha.
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