Grandes Autores - Geografia - 4º Ano

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G E O G R A F I A

MANUAL DO PROFESSOR EDILSON ADÃO CÂNDIDO DA SILVA Mestre em Ciências (área de concentração: Geografia Humana) pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Bacharel e Licenciado em Geografia pela Universidade de São Paulo. Professor de Geografia no Ensino Médio e no Ensino Superior.

LAERCIO FURQUIM JUNIOR Mestre em Ciências (área de concentração: Geografia Humana) pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Bacharel e Licenciado em Geografia pela Universidade de São Paulo. Professor de Geografia no Ensino Médio e no Ensino Superior.

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Geografia Edilson e Laercio – Geografia – 4o ano Copyright © Edilson Adão Cândido da Silva, Laercio Furquim Junior, 2018 Diretor editorial Diretora editorial adjunta Gerente editorial Editora Editoras assistentes Assessoria Gerente de produção editorial Coordenador de produção editorial Gerente de arte Coordenadora de arte Projeto gráfico Projeto de capa Ilustração de capa Supervisor de arte Editores de arte Diagramação Tratamento de imagens Coordenadora de ilustrações e cartografia Coordenadora de preparação e revisão Supervisora de preparação e revisão Revisão

Supervisora de iconografia e licenciamento de textos Iconografia Licenciamento de textos Supervisora de arquivos de segurança Diretor de operações e produção gráfica

Lauri Cericato Silvana Rossi Júlio Natalia Taccetti Deborah D’Almeida Leanza Fabíola Nunes, Luiza Sato Gabriela Trevisan, Leslie Sandes Mariana Milani Marcelo Henrique Ferreira Fontes Ricardo Borges Daniela Máximo Bruno Attili, Juliana Silva Carvalho Juliana Silva Carvalho Eduardo Francisco Vinicius Fernandes dos Santos Edgar Sgai, Felipe Borba Select Editoração Ana Isabela Pithan Maraschin, Eziquiel Racheti Marcia Berne Lilian Semenichin Viviam Moreira Adriana Périco, Camila Cipoloni, Carina de Luca, Célia Camargo, Felipe Bio, Fernanda Rodrigues, Fernando Cardoso, Heloisa Beraldo, Iracema Fantaguci, Paulo Andrade, Rita Lopes, Sônia Cervantes, Veridiana Maenaka Elaine Bueno Erika Neves, Rosely Ladeira Bárbara Clara, Marianna Moretti Silvia Regina E. Almeida Reginaldo Soares Damasceno

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Silva, Edilson Adão Cândido da Geografia : Edilson e Laercio, 4º ano / — 1. ed. — São Paulo : FTD, 2018. Bibliografia. ISBN 978-85-96-01630-8 (aluno) ISBN 978-85-96-01631-5 (professor) 1. Geografia (Ensino fundamental) I. Furquim Junior, Laercio. II. Título. 18-15399

CDD-372.891 Índices para catálogo sistemático:

1. Geografia : Ensino fundamental

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Maria Alice Ferreira – Bibliotecária – CRB-8/7964

1 2 3 4 5 6 7 8 9 Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens presentes nesta obra didática. No entanto, colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularidades ou omissões de crédito e consequente correção nas próximas edições. As imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publicidade ou propaganda, ou a ele façam alusão, são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo. Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à EDITORA FTD. Produção gráfica

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APRESENTAÇÃO Caro colega, É com prazer que apresentamos nossa obra para os anos iniciais do Ensino Fundamental. Ela foi pensada para atender a essa importante etapa em que as crianças passam a viver mudanças decisivas em sua formação e na relação com o mundo. A obra se propõe a subsidiar seu trabalho num momento em que a educação brasileira passa por novas mudanças, subsequentes àquelas ocorridas nos anos 1990. Portanto, ela está conectada com as transformações do momento presente, pois foi produzida no contexto de discussão, elaboração e divulgação da Base Nacional Comum Curricular. Este Manual pretende auxiliar no uso da coleção, permitindo-lhe explorar todas as possibilidades contidas no Livro do Estudante. O referencial teórico da obra parte de uma premissa básica da disciplina: o espaço geográfico como objeto maior de estudo da Geografia. A interação com esse espaço geográfico em suas dimensões ao longo dos anos iniciais do Ensino Fundamental é o objetivo maior de nossa obra. Entendemos que por meio do espaço geográfico e dos conceitos que dele derivam, a Geografia possa auxiliar na leitura e na compreensão da sociedade e contribuir para um mundo melhor, mais solidário, onde a cidadania possa ser alcançada e exercida por todos, a começar pelas crianças. Convidamos você a participar dessa bela tarefa de educar e conduzir o processo de ensino-aprendizagem, tarefa essa em que o professor é insubstituível. Bom trabalho.

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Os autores.

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SUM ÁRIO CONHEÇA SEU MANUAL ........................................................................................ V I. A coleção.........................................................................................................VIII 1. NORMATIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: ENSINO FUNDAMENTAL ........................... VIII 1.1. A Base Nacional Comum Curricular: renovação normativa na educação brasileira.................. VIII 1.2. A Lei de Diretrizes e Bases ............................................................................................................... X 1.3. As Diretrizes Curriculares Nacionais .............................................................................................. XI 1.4. Os Parâmetros Curriculares Nacionais .......................................................................................... XII

2. PRESSUPOSTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS .......................................................................XIV 2.1. Conceitos da Geografia ................................................................................................................ XIV 2.2. A Geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental ............................................................... XIX

3. ORGANIZAÇÃO DA OBRA.......................................................................................................XXI 3.1. Quadro programático ................................................................................................................... XXI 3.2. Proposta pedagógica .................................................................................................................. XXIII 3.3. Recursos e estratégias didáticas ..................................................................................................XXV

4. AVALIAÇÃO ......................................................................................................................... XXVII 5. TEXTOS SELECIONADOS ....................................................................................................... XXX 5.1. Aprendendo a ler o mundo: a Geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental ...............XXX 5.2. Para construção do espaço geográfico na criança ...................................................................XXXII 5.3. Definir o lugar ............................................................................................................................XXXII 5.4. Multimídia na educação: o vídeo digital integrado ao contexto escolar ............................. XXXIV 5.5. Educação inclusiva e cidadania: aproximações e contradições ............................................. XXXVI

6. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E RECOMENDADA ............................................................. XXXIX 7. QUADRO DE OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM, HABILIDADES E CONCEITOS E NOÇÕES – VOLUME 4 ............................................................................................................... XL 8. PLANILHAS DE AVALIAÇÃO E DE AUTOAVALIAÇÃO .......................................................... XLIV

II. Orientações didáticas específicas VOLUME 4 ...............................................................................................................1 UNIDADE 1. O CAMPO E A CIDADE ...............................................................................................8 Capítulo 1. A integração campo-cidade ...............................................................................................10 Capítulo 2. A cartografia e o mapeamento dos lugares ......................................................................28

UNIDADE 2. O MUNICÍPIO ............................................................................................................48 Capítulo 1. O que é município ...............................................................................................................50 Capítulo 2. A população do município .................................................................................................64

UNIDADE 3. O BRASIL E SUAS REGIÕES ......................................................................................78 Capítulo 1. O território brasileiro .........................................................................................................80 Capítulo 2. As grandes regiões ..............................................................................................................98

UNIDADE 4. É IMPORTANTE PRESERVAR A NATUREZA ............................................................122 Capítulo 1. O relevo e a hidrografia ...................................................................................................124 Capítulo 2. O clima e a vegetação .......................................................................................................138

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CONHEÇA SEU MANUAL Este Manual foi organizado em duas partes. A primeira parte apresenta:

1. NORMATIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: ENSINO FUNDAMENTAL

5. TEXTOS SELECIONADOS

I. A COLEÇÃO

Apresentamos a seguir alguns textos teórico-metodológicos que visam subsidiar seu trabalho em sala de aula.

1. NORMATIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: ENSINO FUNDAMENTAL

5.1. Aprendendo a ler o mundo: a Geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental

A educação básica é constituída de três etapas: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. A Lei federal 11.274 de 2006 instituiu o Ensino Fundamental de nove anos, subdividido em dois momentos: Ensino Fundamental – anos iniciais e Ensino Fundamental – anos finais. Apresentamos uma ideia geral da estruturação oficial do ensino e como o Ensino Fundamental – anos iniciais se insere nesse conjunto da educação. Portanto, nosso propósito nesse momento é fornecer um rápido panorama sobre a normatização da educação brasileira (regras, leis e normas), lembrando que este debate se encontra em curso atualmente com novos contornos no ensino oficial brasileiro, especialmente com a divulgação, em 2017, da Base Nacional Comum Curricular. Essas mudanças incidirão diretamente no processo educacional com o qual estamos envolvidos.

Noção geral das normas e regulamentos da educação brasileira desde a Lei de Diretrizes e Bases até a mais recente normatização: a Base Nacional Comum Curricular.

Este texto trata da possibilidade de a criança estudar a geografia no início de sua escolarização. A educação no Brasil passa por profundas mudanças, talvez não tantas quanto a sociedade atual exigiria, mas sem dúvida significativas. Nesse contexto, a Geografia como componente curricular (tradicional) na escola básica, também se modifica, seja por força das políticas públicas (PCNs, por exemplo), seja por exigências da própria ciência. Assim, pensar o papel da geografia na educação básica torna-se significativo, uma vez que se considera o todo desse nível de ensino e a presença de conteúdos e objetivos que envolvem, inclusive, as suas séries iniciais e a educação infantil.

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o mais novo documento normativo da educação brasileira, vem no esteio da renovação de normas educacionais brasileiras e está prevista na Lei de Diretrizes e Bases, a lei maior da educação brasileira, assim como nas Diretrizes Curriculares Nacionais. Ela tem um propósito bem específico: “define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica [...] para a formação humana integral e para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva” (BRASIL, 2017, p. 7). De acordo com o documento oficial, a BNCC é “uma referência nacional obrigatória para a elaboração ou adequação de seus currículos e propostas pedagógicas” (BRASIL, 2017, p. 5), na perspectiva de garantir um currículo mínimo nacional e garantir o direito à educação de todas as crianças e jovens do país. Convém lembrar que a BNCC surge em consonância com os propósitos defendidos e preconizados pelo Plano Nacional de Educação (PNE). A Base faz uma referência direta à desigualdade brasileira e vê a educação como uma ferramenta para intervir nessa realidade por meio daquilo que designou chamar de equidade na educação, sem, no entanto, considerar a ideia de currículo único como caminho para guiar a educação, visto tratar-se o Brasil de um país com intensa diversidade regional. Logo, a Base Nacional Comum Curricular não é o estabelecimento de um currículo oficial nacional, mas, sim, uma fonte indicativa dos conhecimentos e competências que se espera que os estudantes desenvolvam. A busca de uma sociedade mais justa e o combate à desigualdade devem levar em consideração a equidade na educação, e isso certamente passa por decisões curriculares e pedagógicas em âmbito local e regional. Tais iniciativas devem considerar necessidades e interesses dos estudantes. Nesse sentido, a função da BNCC seria o intercâmbio entre uma proposta curricular genérica com os currículos de caráter específico, observadas as especificidades locais e regionais: “A equidade reconhece, aprecia e acolhe os padrões de sociabilidade das várias culturas que são parte da identidade brasileira. Compreende que a diversidade é inerente ao conjunto dos alunos, inclusive no que diz respeito às experiências que trazem para o ambiente escolar e aos modos como aprendem” (BRASIL, 2017, p. 11). Em que pese considerarmos intensamente em nossa obra as diretrizes da BNCC, e mesmo neste Manual, faz-se necessário salientar, como lembra o sociólogo Michael Young (2014,

Uma forma de fazer a leitura do mundo é por meio da leitura do espaço, o qual traz em si todas as marcas da vida dos homens. Desse modo, ler o mundo vai muito além da leitura cartográfica, cujas representações refletem as realidades territoriais, por vezes distorcidas por conta das projeções cartográficas adotadas. Fazer a leitura do mundo não é fazer uma leitura apenas do mapa, ou pelo mapa, embora ele seja muito importante. É fazer a leitura do mundo da vida, construído cotidianamente e que expressa tanto as nossas utopias, como os limites que nos são postos, sejam eles do âmbito da natureza, sejam do âmbito da sociedade (culturais, políticos, econômicos).

Tendo em vista que as reordenações da educação básica (no quadro das políticas públicas para a educação) consideram aspectos significativos de várias ciências, traduzidos em componentes curriculares absorvidos na complexidade da aula de forma integrada, na busca de um objetivo que é o primeiro – aprender a ler e a escrever; considerando também o que efetivamente acontece na sala de aula, realidade que se conhece por intermédio de várias publicações, pesquisas, diagnósticos e inclusive da observação direta, particularmente por conta de uma pesquisa realizada (“O ensino de estudos sociais na pré-escola e nas séries iniciais”); levando em conta ainda os avanços da geografia como ciência e sua história como disciplina escolar, buscamos vislumbrar o que é possível fazer com esse componente curricular nos anos iniciais da escolaridade. E isso nos remete a uma questão que poderia ensejar definir o papel da geografia nessa etapa da educação básica.

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6. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E RECOMENDADA

De acordo com as proposições estabelecidas nos documentos dos PCN, é essa perspectiva cidadã e democrática que garantiria um referencial curricular comum para a formação escolar e, simultaneamente, também as singularidades regionais, fugindo de uma padronização curricular imposta. Convém lembrar que desde a elaboração dos PCN até os dias atuais passaram-se mais de vinte anos. Os PCN tornaram-se referência no processo pedagógico e, apesar de novas regras normativas se seguirem, a concepção de aprendizagem e ensino da Geografia no Ensino Fundamental trazida pelos PCN pode ser considerada um grande avanço. Isso fica claro ao lermos nos documentos oficiais mensagens como:

ALMEIDA, Ana Silveira. Da escola especial à educação inclusiva. In: STOBAUS, Claus Dieter; MOSQUERA, Juan José Mouriño. Educação especial: em direção à educação inclusiva. Porto Alegre: Ed. EDIPUCRS, 2003. ALMEIDA, Rosângela Doin de. Cartografia escolar. São Paulo: Contexto, 2010. ARROYO, Miguel. Imagens quebradas: trajetórias e tempos de alunos e mestres. Petrópolis: Vozes, 2001.

OLIVEIRA, Marta Kohl. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento – o processo sócio-histórico. São Paulo: Scipione, 2005.

______. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (3ª versão). Brasília, 2017. ______. Ministério da Educação & Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. Brasília, 1998. Disponível em: <portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/PCB0498.pdf>. Acesso em: 6 dez. 2017.

PAGANELLI, Tomoko Iyda. Para construção do espaço geográfico na criança. In: ALMEIDA, Rosângela Doin de. Cartografia escolar. São Paulo: Contexto, 2010.

______. Ministério da Educação & Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação. Brasília, 2013.

SANTOS, Milton. A aceleração contemporânea: tempo mundo e espaço mundo. In: ____ et al. (Org.). Fim de século e globalização: o novo mapa do mundo. São Paulo: Hucitec-Anpur, 1993.

CALLAI, Helena Copetti. Aprendendo a ler o mundo: a Geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Cedes, Campinas, v. 25, n. 66, 2005. CARLOS, Ana Fani A. O lugar no/do mundo. São Paulo: FFLCH, 2007. CASTELLAR, S. M. V. A alfabetização em geografia. Espaços da Escola, Ijuí, v. 10, n. 37, p. 29-46, jul./set. 2000. CAVALCANTI, Lana de Souza. A cidade ensinada e a cidade vivida: encontros e reflexões no ensino de Geografia. In: CAVALCANTI, Lana de Souza (Org.). Temas da Geografia na escola básica. Campinas: Papirus, 2013. COLL, César; MIRAS, Mariana. Características individuais e condições de aprendizagem: a busca de interações. In: COLL, César; PALACIOS, Jesús; MARCHESI, Álvaro (Org.). Desenvolvimento psicológico e educação: psicologia evolutiva. Porto Alegre: Artmed, 1996. p. 353-373. 2 v. CORDE. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília, DF: Corde, 1994.

2.1. Conceitos da Geografia

CORRÊA, Roberto Lobato. Região e organização espacial. São Paulo: Ática, 1990.

O espaço geográfico é o objeto de estudo da Geografia. Essa é a perspectiva teórica que orienta esta obra. O que poderia parecer simples requer na realidade maior discussão, pois não é simples a tarefa de definir espaço geográfico. Sobre o processo de se debruçar sobre a teorização do assunto, é reconhecido o esforço do geógrafo e professor Milton Santos, cujo trabalho não esgotou o tema. Seria árdua tarefa traduzir para os anos iniciais do Ensino Fundamental essa profundidade teórica ou mesmo sua adaptação. A atuação nessa esfera do ensino exige forte pluralismo e ecletismo no conhecimento e por isso mesmo exige do professor dominar certas categorias do espaço geográfico que discutiremos a seguir. Um dos caminhos para compreender o conceito de espaço geográfico é trabalhar com a inseparabilidade, nos dizeres de Milton Santos (1996, p. 81), entre sistemas de objetos e sistemas de ações, ou, em uma analogia mais direta, a inseparabilidade entre natureza e sociedade. A compreensão do espaço só será possível considerando a integração desses dois elementos que requerem uma explicação conjunta (SANTOS, 1994, p. 90). Nessa concepção, a não ser de forma analítica, não se separa o natural do artificial ou o natural do político. No atual estágio em que vivemos, o ritmo de transformação da natureza é cada vez mais intenso, e por isso as ações humanas vão adquirindo cada vez mais importância e amplitude na constante dinâmica de construção, organização e produção do espaço geográfico. Para Milton Santos:

FREIRE, Paulo. A educação na cidade. São Paulo: Cortez, 1971. ______. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática docente. São Paulo: Paz e Terra, 1996. FREITAS, Neli Klix. Educação inclusiva e cidadania: aproximações e contradições. Revista Eletrônica de Educação, v. 5, n. 1, maio 2011. Disponível em: <www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/156/112>. Acesso em: 12 dez. 2017. GEORGE, Pierre. Os métodos da Geografia. São Paulo: Difel, 1972. HADJI, Charles. Avaliação desmistificada. Porto Alegre: Artmed, 2001. LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Rio de Janeiro: Editora 34, 1993. LOPES, Alice C.; MACEDO, Elizabeth. Teorias de currículo. São Paulo: Cortez, 2016. LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem: componente do ato pedagógico. São Paulo: Cortez Editora, 2011. LURIA, Alexander. Psicologia pedagógica e pedagogia: bases do desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Centauro, 2005.

______. Pensando o espaço do homem. São Paulo: Edusp, 2007. ______. Por uma Geografia nova. São Paulo: Hucitec, 1986. ______. Técnica, espaço, tempo: globalização e meio técnico-científico-informacional. São Paulo: Hucitec, 1994. SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. São Paulo: Cortez, 1995. SERAFIM, Maria Lúcia; SOUZA, Robson Pequeno de. Multimídia na educação: o vídeo digital integrado ao contexto escolar. In: MIOTA, F. M. C. S. C.; SOUZA, R. P.; CARVALHO, A. B. G. (Org.). Tecnologias digitais na educação. Campina Grande: Eduepb, 2011. Disponível em: <http://books.scielo.org/id/6pdyn/pdf/ sousa-9788578791247-02.pdf>. Acesso em: 12 dez. 2017. SILVA, Edilson Adão C. da. Oriente Médio: a gênese das fronteiras. São Paulo: Zapt, 2003. SILVA, Marco. Sala de aula interativa. Rio de Janeiro: Quartet, 2000. SILVA, Tomas Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias de currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.

Obras teóricas e conceituais que serviram de base para construir este Manual.

SKLIAR, Carlos. E se o outro não estivesse aí? Notas para uma pedagogia (improvável) da diferença. Rio de Janeiro: DP&A, 2003. VITTE, Antonio Carlos; SILVEIRA, Roberison W. D. Considerações sobre os conceitos de natureza, espaço e morfologia em Alexander Von Humboldt e a gênese da Geografia Física Moderna. In: Espaço e tempo. São Paulo: Geousp, 2010. n. 27. VYGOTSKY, Lev Semenovich. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991. ______. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1987. YOUNG, Michael. Teoria do currículo: o que é e porque é importante. Cadernos de pesquisa da Faculdade de Educação da USP, São Paulo, v. 4, n. 151, 2014.

MCLAREN, Peter. A vida nas escolas: uma introdução à pedagogia crítica nos fundamentos da educação. Porto Alegre: Artmed, 1997.

ZIPPELIUS, Reinhold. Teoria geral do Estado. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1984.

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UNIDADE 1 – O campo e a cidade OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Aprofundar a noção de integração entre campo e cidade; entender as etapas do processo de produção de alguns produtos; identificar as profissões nos processos produtivos; identificar as matérias-primas empregadas na confecção de diversos produtos;t conhecer, de maneira introdutória, os impactos ambientais ligados às atividades econômicas; • conhecer, de maneira introdutória, os diferentes tipos de indústria; • aprofundar as noções sobre circulação de pessoas e de mercadorias; • estudar o comércio e identificar produtos e estabelecimentos comerciais; • estudar os meios de comunicação; • conhecer a noção de consumo consciente; • aprofundar os conhecimentos sobre os conceitos fundamentais da Cartografia; • trabalhar as direções cardeais; • entender alguns elementos que compõem um mapa, como o título, a fonte, a orientação e a legenda; • introduzir a noção de escala cartográfica; • exercitar a leitura de diferentes mapas temáticos; • aprofundar os conhecimentos sobre terras indígenas e comunidades quilombolas; • exercitar a leitura de gráficos de colunas e relacionar seus dados a um mapa; • conhecer alguns aspectos sobre os locais de morada dos povos indígenas.

VOLUME 1

Capítulo 1. Toda criança tem direitos • Direito ao nome • Direito à nacionalidade • Direito a receber cuidados Capítulo 2. Onde estão os meus direitos? • Outros direitos

Unidade 2 Brincadeiras

Unidade 3 Lugares de vivência

Capítulo 1. Onde brincar • Lugar de criança brincar • Lugares onde gosto de brincar Capítulo 2. Como brincar • Antigamente • De ontem e de hoje

Capítulo 1. Conhecendo lugares • Moradia • Escola • Parque e praça Capítulo 2. Meus lugares

• •

Unidade 4 Ritmos da natureza

• •

Capítulo 1. Dia e noite Capítulo 2. Frio, calor e chuva • Períodos quentes, períodos frios • Calor e chuva

VOLUME 2 O lugar Unidade 1. Moradia: o primeiro lugar de convivência Capítulo 1. Meu pedaço, meu lugar • Minha moradia • Diversas moradias Capítulo 2. Construção de moradias • Materiais de construção • Trabalho na construção • Terra: moradia de todos

7. QUADRO DE OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM, HABILIDADES E CONCEITOS E NOÇÕES - VOLUME 4

7. QUADRO DE OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM, HABILIDADES E CONCEITOS E NOÇÕES - VOLUME 4

Eu e meu lugar Unidade 1 Direitos

Unidade 2. Escola: convivência e aprendizado Capítulo 1. Um lugar especial • Com quem convivemos • Diferentes escolas • Sala de aula Capítulo 2. Muitos lugares da escola • Biblioteca: Viagem pelo mundo da aprendizagem • Todos se encontram no pátio • Outros lugares • Um passeio pela escola

Unidade 3 Rua: convivência e circulação

Unidade 4 Bairro: convivência e identidade

Capítulo 1. Ruas diferentes • Ruas no Brasil • De um lugar a outro Capítulo 2. Quarteirão e endereço • Conjunto de ruas • Endereço e comunicação • Arte de rua na cidade

Capítulo 1. O bairro • Tipos de bairro • O trabalho no bairro Capítulo 2. Para morar no bairro • Serviços do bairro • O fornecimento de água • Circulação no bairro

OBJETOS DE CONHECIMENTO

VOLUME 3 Unidade 3 Paisagens do campo e da cidade Capítulo 1. O campo • As transformações nas paisagens no campo • O que é produzido no campo • Quem vive e trabalha no campo Capítulo 2. A cidade • O que é produzido na cidade • Quem vive na cidade

Unidade 4 Os impactos no ambiente

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Unidade 2 As transformações nas paisagens Capítulo 1. O ser humano e as paisagens • Como as pessoas modificam as paisagens Capítulo 2. A natureza e as paisagens • A água e as paisagens • A luz solar e as paisagens

Capítulo 1. Agropecuária e extrativismo • O desmatamento • A água e a produção de alimentos • O empobrecimento dos solos • A extração predatória Capítulo 2. Indústria e comércio • A poluição de rios na cidade • A emissão de gases • O que é jogado fora

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HABILIDADES

CONCEITOS E NOÇÕES

• EF04GE04 - Reconhecer especificidades e analisar a • Integração campo e cidade; interdependência do campo e da cidade, considerando • processo produtivo; fluxos econômicos, de informações, de ideias e de • matéria-prima; pessoas. • profissões; • Territórios étnico• EF04GE06 - Identificar e descrever territórios étnico• circulação de pessoas e culturais culturais existentes no Brasil, tais como terras indígenas mercadorias; e quilombolas. • comércio e estabelecimentos • EF04GE07 - Comparar as características do trabalho no comerciais; campo e na cidade. • Trabalho no campo e na • meios de comunicação; cidade • EF04GE08 - Descrever e discutir o processo de • consumo consciente; produção (transformação de matérias-primas), circulação • relações de trabalho; • Produção, circulação e e consumo de diferentes produtos. consumo • cartografia e mapeamento; • EF04GE09 - Utilizar as direções cardeais na localização • linguagem do mapa; • Sistema de orientação de componentes físicos e humanos nas paisagens rurais • direções cardeais; e urbanas. • elementos do mapa; • EF04GE10 - Comparar tipos variados de mapas, • escala cartográfica; identificando suas características, elaboradores, • Elementos constitutivos • mapa de rede e fluxo; finalidades, diferenças e semelhanças. dos mapas • terras indígenas e comunidades quilombolas. •

Rua, bairro e paisagem Unidade 1 O que é paisagem

Relação campo e cidade

Estes quadros visam apoiar seu planejamento, trazendo a relação dos objetivos de aprendizagem, habilidades e conceitos e noções.

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4. AVALIAÇÃO

8. PLANILHAS DE AVALIAÇÃO E DE AUTOAVALIAÇÃO

Consideramos a avaliação como um processo, ou seja, como um ato contínuo. Essa é a premissa que orienta as atividades da obra, considerando o processo de avaliação como uma ferramenta de desenvolvimento do aprendizado, auxiliando os estudantes a avançarem no processo cognitivo. Por muito tempo a avaliação foi entendida como sinônimo de prova. Entretanto, atualmente sabemos que a prova é um dos instrumentos avaliativos, mas não o único. Como afirma Moretto (2014, p. 118), “prova é um momento privilegiado de aprendizagem”. E, de fato, é. Contudo, consideramos a avaliação da aprendizagem como um processo, que pode ser composto de diferentes instrumentos, etapas e estratégias didáticas. A avaliação da aprendizagem deve estar coerente com toda a proposta pedagógica, com o seu planejamento e com os objetivos de aprendizagem. Conforme afirma Hadji (2001), uma avaliação deve ser definida por critérios claros, ou seja, deve ser determinada para que se perceba mais evidentemente se os estudantes conseguiram atingir o objetivo com êxito. Hadji designa avaliação criteriada como “uma avaliação que aprecia um comportamento, situando-o [o estudante] em relação a um alvo (o critério, que corresponde ao objetivo a ser atingido)” (2001, p. 18). Cipriano Luckesi também destaca a importância dos critérios para a avaliação da aprendizagem. Ele os define da seguinte maneira: “Critérios são os padrões de expectativa com os quais comparamos a realidade descrita no processo metodológico da prática da avaliação. Os critérios para o exercício da avaliação são definidos praticamente no seu planejamento, no qual se configuram os resultados que serão buscados com o investimento na sua execução. Os critérios que definem o que ensinar e o que aprender e a sua qualidade desejada determinam o que e como avaliar na aprendizagem escolar” (2011, p. 411). De maneira criteriosa, a avaliação pode apresentar funções diagnósticas ou prognósticas (aplicáveis a qualquer tempo no processo de ensino-aprendizagem); formativas (aplicadas, conforme Charles Hadji, no centro do processo com proposta de correções de rumos); e cumulativas (recomendadas para o fim do processo da aprendizagem), configurando-se como caminho para o desenvolvimento cognitivo. Assim, contemplamos tanto o processo de aprendizagem como o do ensino. Em seu livro Avaliação desmistificada, Charle Hadji afirma que

Planilha de avaliação individual Nome do(a) estudante: Turma:

Professor(a):

C: Consolidou o objetivo

PA: Em processo de apropriação

NO: Necessita de novas oportunidades de apropriação

8. PLANILHAS DE AVALIAÇÃO E DE AUTOAVALIAÇÃO

1o Bimestre – Unidade 1 Objetivos de aprendizagem

C

PA

NO

Fichas para a avaliação e a autoavaliação.

é a intenção dominante do avaliador que torna a avaliação formativa. [...] considera-se primeiramente que a avaliação formativa é uma avaliação informativa. A tal ponto que Philippe Perrenoud (1991, p. 50), após ter relembrado que é “formativa toda avaliação que auxilia o aluno a aprender a se desenvolver, ou seja, que colabora para a regulação das aprendizagens e do desenvolvimento no sentido de um projeto educativo”, afirma que seria melhor falar de observação formativa do que de avaliação. (2001, p. 20)

Olhar para a avaliação por esse viés nos permite considerá-la como ações didáticas que ocorrem em dimensões associadas, que se complementam ao longo do processo de ensino-aprendizagem e que pode ser composta de diferentes durações. Ainda segundo Hadji,

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______. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1988. ______. O papel ativo da Geografia: um manifesto. São Paulo: Estudos territoriais brasileiros – Laboplan; FFLCH/USP, 2000.

MAYER, Richard E. The Cambridge Handbook of Multimedia Learning. 3. ed. Santa Barbara: University of California, 2005.

Considerando os pressupostos teórico-metodológicos abordados anteriormente, assim como a perspectiva pedagógica que será explicitada nas próximas linhas, cada volume da coleção apresenta-se estruturado em quatro unidades temáticas e é guiado por um conceito geográfico principal. O quadro a seguir dá uma noção dessa distribuição.

Capítulo 1. As paisagens são diferentes • As paisagens naturais e seus elementos • As paisagens humanizadas e seus elementos • Os planos da paisagem • A paisagem de longe e de perto • Capítulo 2. As representações da paisagem • Para representar a paisagem • Paisagens e pontos de vista

Uma discussão da avaliação como ato contínuo e como esse componente do processo educacional pode ser utilizado por meio das atividades e seções da coleção.

______. Espaço e método. São Paulo: Nobel, 1985.

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3.1. Quadro programático

4. AVALIAÇÃO

______. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996.

6. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E RECOMENDADA

XXXIX

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3. ORGANIZAÇÃO DA OBRA

Quadro programático da coleção e a proposta pedagógica.

PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens. Entre duas lógicas. Porto Alegre: Artmed, 1999.

XIV

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3. ORGANIZAÇÃO DA OBRA

MORETTO, Vasco Pedro. Prova: um momento privilegiado de estudo, não um acerto de contas. 9. ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2010. NIEMANN, Flávia de Andrade; BRANDOLI, Fernanda. Jean Piaget: um aporte teórico para o construtivismo e suas contribuições para o processo de ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa e da Matemática. In: SEMINÁRIO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO DA REGIÃO SUL, IX, 2012, Caxias do Sul. Anais. Disponível em: <www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/ viewFile/770/71>. Acesso em: 6 dez. 2017.

______. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília, 1997.

2. PRESSUPOSTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

MORAN, José M. O vídeo na sala de aula. Comunicação e educação. São Paulo, v.1, n. 2, jan./abr. 1995.

______. Lei 9.394/1996. Brasília, 1996. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 6 dez. 2017.

BRANDÃO, Carlos. Cidadania. Educação cidadã. Porto Alegre: Secretaria de Educação, n. 2, 2002.

Portanto, em que pese novos documentos normativos terem surgido após os PCN, em particular a BNCC, consideramos relevante ao professor conhecer minimamente as perspectivas que traçaram a educação brasileira recentemente e em particular a Geografia. A disciplina e seu currículo foram muito influenciados no período com a LDB, as DCN, os PCN e a BNCC, entre outros documentos. O mesmo vale para nossa vivência pedagógica.

MORAES, Antonio Carlos Robert de. Geografia: pequena história crítica. 7. ed. São Paulo: Hucitec, 1987.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Corde,1988.

BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

Abordagens atuais da Geografia têm buscado práticas pedagógicas que permitam apresentar aos alunos os diferentes aspectos de um mesmo fenômeno em diferentes momentos da escolaridade, de modo que os alunos possam construir compreensões novas e mais complexas a seu respeito. Espera-se que, dessa forma, eles desenvolvam a capacidade de identificar e refletir sobre diferentes aspectos da realidade, compreendendo a relação sociedade-natureza. Essas práticas envolvem procedimentos de problematização, observação, registro, descrição, documentação, representação e pesquisa dos fenômenos sociais, culturais ou naturais que compõem a paisagem e o espaço geográfico, na busca e formulação de hipóteses e explicações das relações, permanências e transformações que aí se encontram em interação. Para tanto, o estudo da sociedade e da natureza deve ser realizado de forma conjunta. No ensino, professores e alunos deverão procurar entender que ambas — sociedade e natureza — constituem a base material ou física sobre a qual o espaço geográfico é construído. (BRASIL, 1997, p. 77)

Principais conceitos e temas da Geografia no Ensino Fundamental.

Textos que subsidiam conceitos da Geografia e do processo pedagógico como um todo.

Ler o mundo da vida, ler o espaço e compreender que as paisagens que podemos ver são resultado da vida em sociedade, dos homens na busca da sua sobrevivência e da satisfação das suas necessidades. Em linhas gerais, esse é o papel da geografia na escola. Refletir sobre as possibilidades que representa, no processo de alfabetização, o ensino de geografia passa a ser importante para quem quer pensar, entender e propor a geografia como um componente curricular significativo. Presente em toda a educação básica, mais do que a definição dos conteúdos com que trabalha, é fundamental que se tenha clareza do que se pretende com o ensino de geografia, de quais objetivos lhe cabem.

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2. PRESSUPOSTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

5. TEXTOS SELECIONADOS

Consideramos que a leitura do mundo é fundamental para que todos nós, que vivemos em sociedade, possamos exercitar nossa cidadania. Queremos tratar aqui sobre qual a possibilidade de aprender a ler, aprendendo a ler o mundo; e escrever, aprendendo a escrever o mundo. Para tanto, buscamos refletir sobre o papel da geografia na escola, em especial no ensino fundamental, no momento do processo de alfabetização.

1.1. A Base Nacional Comum Curricular: renovação normativa na educação brasileira

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A segunda parte apresenta o Livro do Estudante em miniatura com diferentes orientações e encaminhamentos.

• Mural coletivo caracterizando a paisagem do campo e da cidade Esta atividade pode ser realizada com a disciplina de Arte. 1. Divida os estudantes em dois grupos; um grupo fará um mural representando a paisagem urbana e o outro, a paisagem rural. 2. Solicite a cada grupo que discuta quais são as características das paisagens específicas, o que é fundamental ser repre-

1. Vocês sabem dizer quais são as diferenças entre campo e cidade? 2. O que podemos ver na paisagem do campo? E na da cidade? 3. Vocês moram no campo ou na cidade? Considerando que tais temas foram trabalhados no ano anterior, se necessário retome conteúdos, apontando exemplos.

• Que elementos do campo e da cidade você nota na imagem? • Você sabe o que são vias de circulação? Cite exemplos. • Que via de circulação liga o campo e a cidade na paisagem mostrada na imagem?

1

• Aprofundar a noção de integração entre campo e cidade; • entender as etapas do processo de produção de alguns produtos; • identificar as profissões nos processos produtivos; • identificar as matérias-primas empregadas na confecção de diversos produtos; • conhecer, de maneira introdutória, os impactos ambientais ligados às atividades econômicas; • conhecer, de maneira introdutória, os diferentes tipos de indústria; • aprofundar as noções sobre circulação de pessoas e de mercadorias; • estudar o comércio e identificar produtos e estabelecimentos comerciais; • estudar os meios de comunicação; • conhecer a noção de consumo consciente; • aprofundar os conhecimentos sobre os conceitos fundamentais da Cartografia; • trabalhar as direções cardeais; • entender alguns elementos que compõem um mapa, como o título, a fonte, a orientação e a legenda; • introduzir a noção de escala cartográfica; • exercitar a leitura de diferentes mapas temáticos; • aprofundar os conhecimentos sobre terras indígenas e comunidades quilombolas; • exercitar a leitura de gráficos de colunas e relacionar seus dados a um mapa; • conhecer alguns aspectos sobre os locais de morada dos povos indígenas. ATIVIDADES

SENSIBILIZAÇÃO

UNIDADE

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

O CA MPO E A CIDADE

ENCAMINHAMENTO Apesar de a ABNT determinar outra regra, optamos por usar a ordem direta do nome dos autores nas referências desta obra para apoiar o processo de leitura do estudante nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Deste modo, a referência da obra que abre a unidade apresenta tal disposição.

GALERIA JACQUES ARDIES, SÃO PAULO

Atividades • No primeiro plano da imagem há vegetações variadas e pássaros (campo), e em segundo plano há casas e prédios (cidade). • Se necessário, retome os conteúdos de vias de circulação. Oriente os estudantes a associar o termo circulação com o trânsito de pessoas, produtos e informações. • Rodovias, que também podem ser chamadas por eles de estradas, ruas ou avenidas. Explique a eles que as vias que ligam longas distâncias são chamadas de estradas ou rodovias.

Indo para Petrópolis, de Lia Mittarakis, 1987. Óleo sobre tela, 53 cm × 72 cm.

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sentado para caracterizá-la. Eles podem representar a paisagem, os modos de vida, as atividades econômicas, as atividades de lazer etc. Peça-lhes que façam uma lista destes elementos que foram discutidos. 3. Auxilie cada grupo a se organizar no planejamento de como será o mural, quais materiais serão necessários, se terá colagem ou apenas desenhos etc. Divida as tarefas para que cada estudante fique

responsável por algo, como pesquisar imagens de referência, fazer algum desenho que possa ser reproduzido. 4. Organize com o grupo o suporte do mural e o local da escola em que poderá ser exposto. 5. Aprecie o mural com os estudantes e faça visitas periódicas conforme os assuntos da unidade forem se aprofundando, incentivando-os a acrescentar elementos novos no mural.

ORGANIZE-SE • Página 11: revistas e jornais para re- • Página 38: régua. corte, tesoura e cola. • Página 41: lápis de cor e régua. • Página 19: lápis de cor. • Página 43: lápis de cor. • Página 25: lápis de cor. • Página 33: folha de papel transparente,

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como papel vegetal ou de seda, dois clipes, tesoura, régua, lápis de cor.

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OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Principais objetivos de aprendizagem da unidade.

Texto de auxílio com sugestões de procedimentos; indicação de possibilidades de exploração das imagens, textos e atividades; detalhamento de informações sobre uma imagem, um autor ou uma fonte textual; explicação de conceitos.

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ORGANIZE-SE

SENSIBILIZAÇÃO

Lista dos materiais que serão utilizados em atividades propostas no Livro do Estudante.

Questões diagnósticas ou norteadoras que iniciam a temática proposta da página. Os objetivos são: levantar o conhecimento prévio dos estudantes; apresentar uma situação-problema que mobilize os estudantes; provocar a curiosidade sobre o tema.

SENSIBILIZAÇÃO

ENCAMINHAMENTO

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1. Vocês já acompanharam a produção de algum objeto ou alimento? 2. O que foi produzido? Quais foram as etapas? 3. Ocorreu na cidade ou no campo? Quem estava envolvido no trabalho? As questões buscam verificar o conhecimento prévio dos estudantes sobre o assunto e estimular o compartilhamento de experiências com o grupo. É provável que poucos estudantes tenham vivenciado a produção de um objeto ou de um alimento em grande escala. Considere, portanto, a produção de baixa complexidade, como a de um alimento produzido em casa ou no sítio, uma produção artesanal, horta na escola, entre outras. Valorize as informações que os estudantes possam lembrar desses processos para posteriormente trabalhá-las com a leitura das imagens dessas páginas.

OS CAMINHOS DA PRODUÇÃO Quando olhamos para um objeto qualquer, não imaginamos tudo o que foi necessário para produzi-lo. A matéria-prima, que é transformada em outros materiais, geralmente é produzida ou extraída no campo. Essas transformações da matéria-prima podem ocorrer tanto no campo como na cidade. E, para que o produto chegue ao consumidor, ele pode ser transportado para lugares bem distantes de onde foi fabricado. O processo de produção pode ser estudado em etapas, que envolvem muitos profissionais. Observe a sequência de imagens e acompanhe os textos. Eles mostram etapas do processo de produção de uma garrafa de suco de maçã.

O principal componente da areia, a sílica, é o elemento básico para a produção de vidro. A atividade de extração mineral é responsável por grandes alterações nas paisagens e impactos ambientais. Na foto, mineração de areia em Biritiba Mirim, estado de São Paulo, 2016.

ENCAMINHAMENTO Este conteúdo apresenta complexidade e exige atenção para a leitura dos textos e imagens. Sugira que os estudantes formem duplas para lerem juntos, trocando impressões e partilhando pequenas dúvidas. Depois deste primeiro contato, pode-se fazer uma leitura coletiva com sua orientação para responder a eventuais dúvidas que possam surgir.

Depois de previamente transformado, o vidro é moldado em fábricas de garrafas e outros produtos. Os trabalhadores de uma fábrica são chamados operários. Geralmente, os operários são funcionários contratados conforme as leis trabalhistas de um país. Na foto, operário em fábrica em Poços de Caldas, estado de Minas Gerais, 2015.

Leis trabalhistas: leis sobre os direitos e deveres dos empregados e dos que empregam. OS ELEMENTOS NÃO FORAM REPRESENTADOS EM PROPORÇÃO DE TAMANHO ENTRE SI.

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CONEXÕES

Para o professor • RAMOS, Jaqueline B. Os impactos da alimentação para o meio ambiente. Disponível em: <http://ftd.li/hzu9k4>. Acesso em: 11 dez. 2017. O texto trata de como o ato de consumir alimentos pode ter grande importância com relação à sustentabilidade, tanto relacionado às etapas de produção como às relações de trabalho, transporte e comércio.

SUGESTÃO DE AVALIAÇÃO

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Divida os estudantes em pequenos grupos e peça-lhes que listem todas as etapas do processo de produção, distribuição e consumo da garrafa de suco de maçã. Depois, crie com o grupo quadros, conforme os modelos a seguir. Solicite ao grupo que preencha os quadros das etapas, discernindo qual delas acontece somente no campo ou somente na cidade e as que podem acontecer tanto no campo como na cidade.

CONEXÕES Sugestões para contextualizar um tema ou conceito estudado, por meio de indicações de sites, livros, jogos digitais e vídeos.

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CAPÍTULO

CONCEITOS E NOÇÕES

Leia o relato de uma garota que assistiu à construção de Brasília, que abriga a atual capital do Brasil, em meados dos anos 1950.

clima e tempo; climas do Brasil; cobertura vegetal terrestre;

A

Isso acontece porque o tempo pode mudar. Usamos a palavra tempo para expressar um estado momentâneo da atmosfera terrestre. A figura a seguir mostra parte do nosso planeta, a Terra, vista do espaço. Note que há manchas brancas em sua superfície. São as nuvens. Elas ficam na parte mais baixa da atmosfera terrestre, que, ao todo, tem cerca de 10 mil quilômetros de altura. A atmosfera é a camada de gases que envolve a Terra. O ar que respiramos está nela.

ENCAMINHAMENTO

SOMCHAI SOM/SHUTTERSTOCK.COM

Ana Miranda. Flor do Cerrado: Brasília. São Paulo: Companhia. das Letrinhas, 2004. (Coleção Memória e História). p. 57-59.

O capítulo trata de elementos naturais (clima e vegetação), suas contribuições na formação e na transformação das paisagens, além da ação humana. Proponha a leitura do texto em duplas e depois leia em voz alta para o grupo. Comente que a flor ilustrada na página é típica do cerrado brasileiro e é denominada caliandra, ou flor do cerrado.

ENCAMINHAMENTO Explique rapidamente que existem quatro estações do ano: primavera, verão, outono e inverno, mas que elas se manifestam de maneira distinta nos diferentes lugares do Brasil. Em algumas regiões o inverno é muito frio e, em determinados locais, eventualmente chega a nevar; em outras partes o inverno é uma época de estiagem (seca). Investigue a percepção dos estudantes em relação às estações do ano no local onde vivem. Esse assunto será visto com profundidade nos anos finais do Ensino Fundamental. Apresente a noção de tempo atmosférico para os estudantes. Observe com o grupo as ilustrações da página e peça que identifiquem os diferentes tipos de tempo representados. Aproveite para conversar sobre como está o tempo neste dia. A área territorial do Brasil citada no texto abaixo é anterior à atualização dos dados realizada pelo IBGE em 2017: “Para a superfície do Brasil foi obtido o valor de 8 515 759,090 km2, publicado no DOU no 124 de 30/6/2017, conforme Resolução no 02, de 29 de junho de 2017.”. Disponível em: <http://ftd.li/vtxmcu>. Acesso em: 30 dez. 2017.

ERD

1. No lugar onde vocês moram existe uma época de chuvas? Vocês sabem quando é? 2. Quais são os sentimentos e as sensações que vocês têm quando chove? Inicie uma conversa com o grupo de modo a verificar a percepção dos estudantes em relação aos impactos dos fenômenos climáticos no cotidiano e nas paisagens.

A LAC

vegetação e ação humana.

SENSIBILIZAÇÃO

INH

Unidades de Conservação;

LENINHA LACERDA

[...] De perto, as plantas e o capim eram ainda mais inquietantes. As árvores retorcidas, inclinadas, isoladas, com poucas folhas. [...] Papai disse que tomássemos cuidado com as cobras, tinha coral e cascavel, muito venenosas. [...] Não tinha inverno e verão em Brasília, tinha o tempo da seca e o tempo das chuvas. Uma vez choveu onze dias sem parar, e as pessoas andavam quase cegas debaixo do aguaceiro, metiam os pés na lama, e íamos de galochas amarelas para a escola, eu adorava as galochas amarelas e ficava rezando para chover. Depois da chuva as árvores e o capim ficavam verdes, brotavam frutas silvestres, o céu ficava repleto de pássaros. As árvores mais bonitas eram os ipês, que em agosto se cobriam de flores amarelas.

vegetação no Brasil;

1. Quando vocês se preparam para ir para a escola, como escolhem as roupas que irão usar? 2. O que escolheram hoje? Roupas mais leves ou agasalhos? Precisaram usar guarda-chuva? Utilize as perguntas para introduzir a noção de tempo atmosférico a partir da observação do cotidiano dos estudantes.

Muitas vezes, em um mesmo dia podemos sentir frio pela manhã e calor no horário do almoço. Quando passamos o dia fora de casa, em um passeio, por exemplo, pode ocorrer de sairmos em um dia quente e ensolarado, mas levarmos um guarda-chuva ou até uma blusa de frio, não é mesmo?

LEN

• • • • • •

SENSIBILIZAÇÃO

O TEMPO

2 O CLIMA E A VEGETAÇÃO

• Características do clima e da vegetação;

1. Segundo o relato da menina, como eram as árvores de Brasília? Retorcidas, inclinadas, isoladas e com poucas folhas.

2. Como era a paisagem de Brasília após a chuva? Sublinhe no texto. 3. Você já observou a chuva no lugar onde mora? Quando chove, a paisagem é alterada? Como? Resposta pessoal. 139

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Atividades 3. Oriente os estudantes a descreverem as características do local onde vivem. Peça a eles que descrevam as alterações na paisagem e as sensações relacionadas à temperatura e à umidade do ar.

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ATIVIDADES • Pintura do cerrado

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• a maritimidade/continentalidade, pois o litoral tem uma considerável extensão e é banhado por águas quentes – particularmente a corrente sul equatorial e a corrente do Brasil – e frias – corrente das Malvinas (ou Falklands). A disposição geográfica do “continente Brasil” apresenta expressiva disposição continental interiorana, ou seja, uma expressiva extensão de terras que se encontram consideravelmente afastadas da superfície marítima, formando um interland;

O tempo atmosférico é o estado momentâneo da atmosfera em um dado instante e lugar. Entende-se por estado da atmosfera o conjunto de atributos que a caracterizam naquele momento, tais como radiação (insolação), temperatura, umidade (precipitação, nebulosidade etc.) e pressão (ventos). [...] O [...] clima é a síntese do tempo num determinado lugar durante um período de 30 a 35 anos. [...] [...]. Entre os principais fatores que determinam os tipos climáticos brasileiros, destacam-se: [...]

Peça aos estudantes que façam uma pintura cujo tema seja a paisagem descrita no texto, retratando o que imaginaram a partir da leitura do relato de Ana Miranda sobre Brasília e o que conhecem sobre a paisagem do cerrado. Se possível, forneça outras imagens de referência da vegetação do cerrado para os estudantes enriquecerem suas pinturas. Faça uma exposição dos trabalhos na sala de aula e peça que cada um conte sobre o que quis representar.

BNCC • EF04GE11 – Identificar as características das paisagens naturais e antrópicas (relevo, cobertura vegetal, rios etc.) no ambiente em que vive, bem como a ação humana na preservação ou degradação dessas áreas. A habilidade é parcialmente trabalhada a partir do estudo do clima e da vegetação do cerrado descritos no texto.

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TEXTO COMPLEMENTAR

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• as modestas altitudes do relevo, expressas em cotas relativamente baixas e cujos pontos extremos atingem somente cerca de 3 000 m; • a extensão territorial, que compreende uma área de cerca de 8 511 milhões de km2, localizada entre 5º16’20” de latitude norte e 33º44’32” de latitude sul, e 34º47’30” e 73º59’32” de longitude oeste de Greenwich, disposta em sua grande maioria no hemisfério sul – o hemisfério das águas. [...] DANNI-OLIVEIRA, Inês Moresco; MENDONÇA, Francisco. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2007. p. 13-14; 149.

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CONCEITOS E NOÇÕES

+ ATIVIDADES

Principais conceitos e conteúdos trabalhados no capítulo.

Atividades extras que incluem trabalho de campo, pesquisas, entrevistas, propostas interdisciplinares.

SENSIBILIZAÇÃO

ILUSTRAÇÕES: BENTINHO, DOIS DE NÓS, EDSON FARIAS, ESTÚDIO ORNITORRINCO

realizar a atividade. Circule-o. Resposta pessoal.

ENCAMINHAMENTO

• Esse profissional trabalha no campo ou na cidade? No campo.

17. Pesquise com seus familiares, na internet ou em livros, em que tipo de

12. Com a ajuda de seus familiares, pesquise algumas das matérias-primas que

indústria o material escolhido é fabricado. Anote a seguir.

são utilizadas na fabricação do material que você escolheu. Anote a seguir. Os automóveis, em indústrias automobilísticas. As sandálias podem ser produzidas em grandes Na fabricação dos automóveis, por exemplo, são utilizadas muitas matérias-primas, como ferro (minério de fábricas na periferia das cidades ou em pequenas fábricas na área rural ou urbana. ferro), alumínio (bauxita), plásticos e borrachas (que têm origem em derivados de petróleo), vidro (sílica) etc.

BNCC • EF04GE04 – Reconhecer especificidades e analisar a interdependência do campo e da cidade, considerando fluxos econômicos, de informações, de ideias e de pessoas. A habilidade é parcialmente trabalhada ao abordar a inter-relação entre campo e cidade no processo de produção. • EF04GE07 – Comparar as características do trabalho no campo e na cidade. A habilidade é parcialmente trabalhada ao identificar os trabalhos envolvidos no processo de produção e onde são realizados. • EF04GE08 – Descrever e discutir o processo de produção (transformação de matérias-primas), circulação e consumo de diferentes produtos. A habilidade é trabalhada ao abordar o processo de produção do objeto escolhido pelo estudante.

18. Encontre na página 163 do Material Complementar apenas a foto da in-

13. Escolha na página 162 do Material Complementar a imagem de uma das

dústria referente ao material que você escolheu.

matérias-primas empregadas na produção do objeto que você circulou.

19. Cole-a no espaço a seguir. Resposta pessoal.

14. Cole-a no espaço a seguir. Resposta pessoal.

Atividades 12. A fabricação da camiseta pode empregar diferentes matérias-primas, como o algodão, o poliéster, que também é um derivado de petróleo, entre outras. A sandália de borracha pode ser feita de algum polímero derivado do petróleo ou de látex. A fabricação do pacote de biscoitos também pode levar diversas matérias-primas, como a farinha de trigo (trigo), o açúcar (cana-de-açúcar) e a gordura vegetal (soja, milho ou outro vegetal), assim como o plástico da embalagem.

Resumo do ciclo de vida do cimento e seus impactos 1. Extração do calcário – alteração do relevo, possíveis erosões, perda de patrimônio arqueológico e espeleológico, danos à flora, fauna e recursos hídricos, gasto de combustíveis fósseis, produção de resíduos, emissão de gases causadores do Efeito Estufa. 2. Industrialização – gasto de recursos naturais diversos e de quan-

Atividades 17. As roupas, de forma geral, são produzidas em indústrias têxteis, que transformam as fibras (naturais ou sintéticas) em fios, os fios em tecidos e os tecidos em roupas. Os biscoitos, nesse caso, e demais itens alimentares industrializados são produzidos em indústrias alimentícias. 20. Espera-se que os estudantes expliquem os processos produtivos de acordo com os conhecimentos que eles adquiriram durante os estudos do capítulo, além do conhecimento empírico. O objetivo da atividade é que o grupo consiga encadear processos que envolvam a extração da matéria-prima, sua transformação, venda, consumo e descarte. Esta atividade pode ser aprofundada e tornar-se instrumento avaliativo.

Resposta pessoal.

11. Com a orientação do professor, escolha um dos materiais a seguir para

Aproveite para reforçar que as matérias-primas são retiradas da natureza. Com isso, as paisagens são transformadas, gerando determinados impactos aos ambientes. A expressão “tipo de indústria” que aparece no enunciado da atividade 17 não se refere à classificação de indústrias em de base, de bens de produção, intermediárias ou de bens de consumo, mas sim aos diferentes produtos aqui indicados, e pretende proporcionar aos estudantes a descoberta de que há indústrias especializadas em diferentes gêneros.

TEXTO COMPLEMENTAR

Respostas, organização ou encaminhamentos relativos às atividades do Livro do Estudante.

16. Cole no espaço a seguir a imagem que você escolheu.

Para investigar do que são feitos outros objetos de nosso dia a dia, e para descobrir onde eles são produzidos, resolva as atividades.

• Diversas matérias-primas são utilizadas na confecção de todos os produtos. De onde será que são retiradas? A pergunta visa verificar como os estudantes estão compreendendo os conteúdos trabalhados até o momento e se estão tecendo relações entre os processos produtivos e a transformação das paisagens.

ATIVIDADES

• Você acha que essa indústria se localiza no campo ou na cidade?

15. Qual é o profissional que extrai ou cultiva essa matéria-prima? Escolha

Resposta pessoal.

na página 163 do Material Complementar a foto de um dos profissionais responsáveis pelo cultivo ou pela extração da matéria-prima colada na atividade 14.

20. Conte aos colegas e ao professor os processos de produção do material que você escolheu. Resposta pessoal.

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tidade exorbitante de energia elétrica, geração de efluentes líquidos e gasosos e geração de resíduos sólidos, gasto de combustíveis fósseis e alta emissão de gases causadores do efeito estufa. 3. Embalagem e transporte – gasto indireto (fabricação de veículos) e direto de recursos naturais (queima de combustíveis fósseis – gasolina, óleo diesel, graxas), emissão de ga-

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ses causadores de efeito estufa, geração de resíduos sólidos. 4. Consumo – geração de resíduos (embalagens feitas de papel que são recicláveis e entulhos restantes de obras ou demolições também recicláveis).

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SUGESTÃO DE AVALIAÇÃO • De onde vem?

Divida os estudantes em pequenos grupos e sorteie a cada um deles um objeto do cotidiano ou um alimento industrializado que costumam consumir. Solicite-lhes que pesquisem como o produto sorteado chega até a casa deles. Oriente-os a buscar informações em rótulos e etiquetas, em conversas

ASSOCIAÇÃO MINEIRA DE DEFESA DO MEIO AMBIENTE. Ciclo de vida do cimento. Disponível em: <www.amda. org.br/index.php?string=interna-projetos&cod=28>. Acesso em: 11 dez. 2017.

1. Qual é a origem do produto ou alimento? 2. Qual sua matéria-prima principal? 3. Onde ele foi produzido? 4. Como foi produzido?

5. Por quem foi produzido? Qual é a fábrica? Quais as profissões envolvidas? Depois de realizada a pesquisa, cada grupo escolhe um modo de apresentar os resultados: pode ser um painel com fotografias e textos, uma ilustração, um pequeno vídeo etc. Reserve um momento de compartilhamento das pesquisas com todo o grupo.

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Considerações sobre o trabalho com a habilidade.

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com os familiares ou na internet. Veja a seguir a sugestão de um roteiro de pesquisa.

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BNCC

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TEXTO COMPLEMENTAR Textos variados, tanto de leitura para os estudantes como para a formação continuada do professor.

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SUGESTÃO DE AVALIAÇÃO Propostas que buscam orientar ou sugerir elementos que componham avaliações a serem realizadas.

MATERIAL COMPLEMENTAR DIGITAL Esta coleção apresenta para o professor material complementar, em formato digital, com estratégias e recursos de ensino para auxiliar a prática pedagógica.

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3. ORGANIZAÇÃO DA OBRA 3.1. Quadro programático Considerando os pressupostos teórico-metodológicos abordados anteriormente, assim como a perspectiva pedagógica que será explicitada nas próximas linhas, cada volume da coleção apresenta-se estruturado em quatro unidades temáticas e é guiado por um conceito geográfico principal. O quadro a seguir dá uma noção dessa distribuição.

VOLUME 1 Eu e meu lugar Unidade 1 Direitos Capítulo 1. Toda criança tem direitos • Direito ao nome • Direito à nacionalidade • Direito a receber cuidados Capítulo 2. Onde estão os meus direitos? • Outros direitos

Unidade 2 Brincadeiras

Unidade 3 Lugares de vivência

Capítulo 1. Onde brincar • Lugar de criança brincar • Lugares onde gosto de brincar Capítulo 2. Como brincar • Antigamente • De ontem e de hoje

Capítulo 1. Conhecendo lugares • Moradia • Escola • Parque e praça Capítulo 2. Meus lugares

Unidade 4 Ritmos da natureza Capítulo 1. Dia e noite Capítulo 2. Frio, calor e chuva • Períodos quentes, períodos frios • Calor e chuva

VOLUME 2 O lugar Unidade 1. Moradia: o primeiro lugar de convivência Capítulo 1. Meu pedaço, meu lugar • Minha moradia • Diversas moradias Capítulo 2. Construção de moradias • Materiais de construção • Trabalho na construção • Terra: moradia de todos

Unidade 2. Escola: convivência e aprendizado Capítulo 1. Um lugar especial • Com quem convivemos • Diferentes escolas • Sala de aula Capítulo 2. Muitos lugares da escola • Biblioteca: Viagem pelo mundo da aprendizagem • Todos se encontram no pátio • Outros lugares • Um passeio pela escola

Unidade 3 Rua: convivência e circulação

Unidade 4 Bairro: convivência e identidade

Capítulo 1. Ruas diferentes • Ruas no Brasil • De um lugar a outro Capítulo 2. Quarteirão e endereço • Conjunto de ruas • Endereço e comunicação • Arte de rua na cidade

Capítulo 1. O bairro • Tipos de bairro • O trabalho no bairro Capítulo 2. Para morar no bairro • Serviços do bairro • O fornecimento de água • Circulação no bairro

VOLUME 3 Rua, bairro e paisagem Unidade 1 O que é paisagem Capítulo 1. As paisagens são diferentes • As paisagens naturais e seus elementos • As paisagens humanizadas e seus elementos • Os planos da paisagem • A paisagem de longe e de perto • Capítulo 2. As representações da paisagem • Para representar a paisagem • Paisagens e pontos de vista

Unidade 2 As transformações nas paisagens Capítulo 1. O ser humano e as paisagens • Como as pessoas modificam as paisagens Capítulo 2. A natureza e as paisagens • A água e as paisagens • A luz solar e as paisagens

Unidade 3 Paisagens do campo e da cidade Capítulo 1. O campo • As transformações nas paisagens no campo • O que é produzido no campo • Quem vive e trabalha no campo Capítulo 2. A cidade • O que é produzido na cidade • Quem vive na cidade

Unidade 4 Os impactos no ambiente Capítulo 1. Agropecuária e extrativismo • O desmatamento • A água e a produção de alimentos • O empobrecimento dos solos • A extração predatória Capítulo 2. Indústria e comércio • A poluição de rios na cidade • A emissão de gases • O que é jogado fora

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VOLUME 4 Brasil: um território diversificado Unidade 1 O campo e a cidade Capítulo 1. A integração campo-cidade • Os caminhos da produção Capítulo 2. A cartografia e o mapeamento dos lugares • A linguagem do mapa • O mapa de rede • O mapa de fluxo

Unidade 2 O município

Unidade 3 O Brasil e suas regiões

Capítulo 1. O que é município • Uma divisão administrativa • O Brasil em municípios • A fundação de um município Capítulo 2. A população do município • Viver em outro lugar • A gestão do município

Capítulo 1. O território brasileiro • Território e população • A República Federativa do Brasil • Quem governa o Brasil • A formação do território brasileiro Capítulo 2. As grandes regiões • A formação das grandes regiões • A Região Norte • A Região Nordeste • A Região Centro-Oeste • A Região Sudeste • A Região Sul

Unidade 4 É importante preservar a natureza Capítulo 1. O relevo e a hidrografia • O relevo terrestre • As águas do planeta Capítulo 2. O clima e a vegetação • O tempo • O clima • A cobertura vegetal terrestre

VOLUME 5 Brasil, meu lugar no mundo Unidade 1 A população no mundo e no Brasil

Unidade 3 A rede urbana

Unidade 4 Energia, transporte e comunicação

Capítulo 1. Setores da economia e trabalho • O setor primário • O setor secundário • O setor terciário Capítulo 2. Qualidade de vida e desigualdades sociais • A saúde e a expectativa de vida • A educação • Riqueza e pobreza • O desenvolvimento humano

Capítulo 1. A cidade • As funções das cidades • As cidades têm história • As cidades crescem • As partes da cidade Capítulo 2. A metrópole • A importância das cidades • A mobilidade urbana • As metrópoles brasileiras • As metrópoles mundiais

Capítulo 1. A energia do Brasil • A energia ontem e hoje • As fontes energéticas • A energia elétrica no Brasil Capítulo 2. Transportes e comunicações • Os transportes no passado e atualmente • Matriz de transporte no Brasil • Os meios de comunicação no passado e no presente

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Capítulo 1. A população • A população mundial • Quantos somos Capítulo 2. O povo brasileiro • Nossa raiz indígena • Nossa raiz africana • A contribuição europeia e asiática

Unidade 2 Trabalho e condições de vida

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7. QUADRO DE OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM, HABILIDADES E CONCEITOS E NOÇÕES - VOLUME 4 UNIDADE 1 – O campo e a cidade OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Aprofundar a noção de integração entre campo e cidade; • entender as etapas do processo de produção de alguns produtos; • identificar as profissões nos processos produtivos; • identificar as matérias-primas empregadas na confecção de diversos produtos;t • conhecer, de maneira introdutória, os impactos ambientais ligados às atividades econômicas; • conhecer, de maneira introdutória, os diferentes tipos de indústria; • aprofundar as noções sobre circulação de pessoas e de mercadorias; • estudar o comércio e identificar produtos e estabelecimentos comerciais; • estudar os meios de comunicação; • conhecer a noção de consumo consciente; • aprofundar os conhecimentos sobre os conceitos fundamentais da Cartografia; • trabalhar as direções cardeais; • entender alguns elementos que compõem um mapa, como o título, a fonte, a orientação e a legenda; • introduzir a noção de escala cartográfica; • exercitar a leitura de diferentes mapas temáticos; • aprofundar os conhecimentos sobre terras indígenas e comunidades quilombolas; • exercitar a leitura de gráficos de colunas e relacionar seus dados a um mapa; • conhecer alguns aspectos sobre os locais de morada dos povos indígenas. •

OBJETOS DE CONHECIMENTO

CONCEITOS E NOÇÕES

• EF04GE04 - Reconhecer especificidades e analisar a • Integração campo e cidade; interdependência do campo e da cidade, considerando • processo produtivo; fluxos econômicos, de informações, de ideias e de • matéria-prima; pessoas. • profissões; • Territórios étnico• EF04GE06 - Identificar e descrever territórios étnico• circulação de pessoas e culturais culturais existentes no Brasil, tais como terras indígenas mercadorias; e quilombolas. • comércio e estabelecimentos • EF04GE07 - Comparar as características do trabalho no comerciais; campo e na cidade. • Trabalho no campo e na • meios de comunicação; cidade • EF04GE08 - Descrever e discutir o processo de • consumo consciente; produção (transformação de matérias-primas), circulação • relações de trabalho; • Produção, circulação e e consumo de diferentes produtos. consumo • cartografia e mapeamento; • EF04GE09 - Utilizar as direções cardeais na localização • linguagem do mapa; • Sistema de orientação de componentes físicos e humanos nas paisagens rurais • direções cardeais; e urbanas. • elementos do mapa; • EF04GE10 - Comparar tipos variados de mapas, • escala cartográfica; identificando suas características, elaboradores, • Elementos constitutivos • mapa de rede e fluxo; finalidades, diferenças e semelhanças. dos mapas • terras indígenas e comunidades quilombolas. •

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HABILIDADES

Relação campo e cidade

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UNIDADE 2 – O município OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Aprofundar os conhecimentos acerca da integração entre campo e cidade; • adquirir a noção do que é um município; • compreender o que é divisão administrativa; • aprofundar conhecimentos sobre paisagens rurais e urbanas; • identificar as áreas urbanas e rurais em mapas e imagens de satélite de municípios brasileiros; • relacionar, de maneira introdutória, os limites municipais ao conceito de território; • exercitar a leitura de mapas e gráficos; • adquirir as primeiras noções sobre a população dos municípios brasileiros; • aprofundar as noções sobre a dinâmica migratória da população; • entender a gestão do município pela prefeitura e os vereadores; • conhecer alguns canais de participação social na gestão do município; • adquirir a noção de contribuição cultural ligada à dinâmica populacional. •

OBJETOS DE CONHECIMENTO • Território e diversidade cultural

HABILIDADES

• EF04GE01 - Selecionar, em seus lugares de vivência e em suas histórias familiares, componentes de culturas afro-brasileiras, indígenas, mestiças e migrantes. • Processos migratórios • EF04GE02 - Descrever processos migratórios e no Brasil suas contribuições para a formação da sociedade brasileira. • EF04GE03 - Distinguir funções e papéis dos • Instâncias do poder órgãos do poder público municipal e canais público e canais de de participação social na gestão do Município, participação social incluindo a Câmara de Vereadores e Conselhos Municipais. • EF04GE04 - Reconhecer especificidades e • Relação campo e cidade analisar a interdependência do campo e da cidade, considerando fluxos econômicos, de informações, de ideias e de pessoas. • Unidades político• EF04GE05 - Distinguir unidades político-administrativas do Brasil -administrativas oficiais nacionais (Distrito, Município, Unidade da Federação e grande região), suas fronteiras e sua hierarquia, localizando seus lugares de vivência. • EF04GE07 - Comparar as características do • Trabalho no campo e na trabalho no campo e na cidade. cidade • EF04GE10 - Comparar tipos variados de mapas, • Elementos constitutivos identificando suas características, elaboradores, dos mapas finalidades, diferenças e semelhanças.

CONCEITOS E NOÇÕES Município; mapa e imagem de satélite; • divisão administrativa; • estado, distrito, Unidade Federativa, bairro; • Unidade de Conservação Ambiental; • área urbana e rural; • limites do município; • municípios brasileiros; • fundação de municípios; • população urbana e rural; • migração; • introdução ao conceito de cidade; • gestão do município; • canais de participação social; • introdução ao conceito de mobilidade urbana; • influência cultural relacionada à migração. • •

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UNIDADE 3 – O Brasil e suas regiões OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Conhecer aspectos característicos do território brasileiro. • entender, de maneira introdutória, a formação do território brasileiro; • conhecer, de maneira introdutória, a distribuição da população brasileira; • conhecer a noção de República Federativa; • compreender, de maneira introdutória, a noção de democracia; • conhecer a Constituição brasileira; • compreender, de maneira introdutória, a noção de poderes Legislativo, Executivo e Judiciário; • estudar as Unidades Federativas; • compreender o projeto de Brasília como Patrimônio Cultural da Humanidade; • relacionar a colonização do Brasil à formação do território; • comparar e compreender diferentes tipos de mapas; • compreender o que foi o achamento do Brasil; • caracterizar as grandes regiões brasileiras; • compreender, de maneira introdutória, a regionalização brasileira; • entender as especificidades culturais de cada região; • compreender a importância das cidades históricas. •

OBJETOS DE CONHECIMENTO • Processos migratórios no Brasil • Unidades político-administrativas do Brasil

• Territórios étnico-culturais

Sistema de orientação

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• Elementos constitutivos dos mapas • Preservação e degradação da natureza

HABILIDADES

CONCEITOS E NOÇÕES

• EF04GE02 - Descrever processos migratórios e • Regiões do Brasil; suas contribuições para a formação da sociedade • formação do território brasileiro; brasileira. • população brasileira; • EF04GE05 - Distinguir unidades político• República Federativa; -administrativas oficiais nacionais (Distrito, • democracia; Município, Unidade da Federação e grande • Constituição brasileira; região), suas fronteiras e sua hierarquia, • poderes Legislativo, Executivo e localizando seus lugares de vivência. Judiciário; • EF04GE06 - Identificar e descrever territórios • Unidades Federativas; étnico-culturais existentes no Brasil, tais como • patrimônios da humanidade; terras indígenas e quilombolas. • colonização do Brasil; • EF04GE09 - Utilizar as direções cardeais na • paisagens do Brasil; localização de componentes físicos e humanos • formação das grandes regiões; nas paisagens rurais e urbanas. • representações cartográficas das • EF04GE10 - Comparar tipos variados de mapas, diferentes regiões; identificando suas características, elaboradores, • aspectos culturais das diferentes regiões; finalidades, diferenças e semelhanças. • região Norte; • EF04GE11 - Identificar as características • região Nordeste; das paisagens naturais e antrópicas (relevo, • região Centro-Oeste; cobertura vegetal, rios etc.) no ambiente em que • região Sudeste; vive, bem como a ação humana na preservação • região Sul; ou degradação dessas áreas. • paisagens históricas.

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UNIDADE 4 – É importante preservar a natureza OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Aprofundar a noção de interação da sociedade com a natureza; • conhecer, de maneira introdutória, o conceito de relevo; • caracterizar as macroformas do relevo terrestre; • compreender noções de processo de formação e transformação do relevo; • conhecer as macroformas do relevo brasileiro; • estudar, de maneira introdutória, as ocupações em áreas de risco; • diferenciar as águas doces e salgadas do planeta, relacionando ao uso que se faz da água; • conhecer, de maneira introdutória, a noção de bacia hidrográfica; • estudar alguns rios brasileiros; • relacionar o uso da água com a poluição dos corpos hídricos; • diferenciar clima e tempo atmosférico; • conhecer, de maneira introdutória, como é feita a previsão do tempo e para que ela serve; • conhecer algumas características e fatores do clima; • estudar os climas no Brasil; • tomar contato com alguns tipos de cobertura vegetal terrestre; • estudar a vegetação no Brasil; • aprofundar os conhecimentos sobre as Unidades de Conservação Ambiental; • comparar mapas temáticos; • estudar o desmatamento da vegetação nativa; • compreender os impactos das ações humanas sobre a vegetação no Brasil; • conhecer os naturistas e suas representações da fauna e da flora terrestres. •

OBJETOS DE CONHECIMENTO • Elementos constitutivos dos mapas • Preservação e degradação da natureza

HABILIDADES

CONCEITOS E NOÇÕES

• EF04GE10 - Comparar tipos variados de mapas, • Interação da sociedade com a natureza; identificando suas características, elaboradores, • características básicas do relevo e da finalidades, diferenças e semelhanças. hidrografia; • EF04GE11 - Identificar as características • formas do relevo; das paisagens naturais e antrópicas (relevo, • introdução aos processos de formação e cobertura vegetal, rios etc.) no ambiente em que transformação do relevo; vive, bem como a ação humana na preservação • relevo do Brasil; ou degradação dessas áreas. • água do planeta; • rios brasileiros; • bacia hidrográfica; • características do clima e da vegetação; • clima e tempo; • climas do Brasil; • cobertura vegetal terrestre; • vegetação no Brasil; • Unidades de Conservação; • vegetação e ação humana.

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G E O G R A F I A

EDILSON ADÃO CÂNDIDO DA SILVA Mestre em Ciências (área de concentração: Geografia Humana) pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Bacharel e Licenciado em Geografia pela Universidade de São Paulo. Professor de Geografia no Ensino Médio e no Ensino Superior.

LAERCIO FURQUIM JUNIOR Mestre em Ciências (área de concentração: Geografia Humana) pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Bacharel e Licenciado em Geografia pela Universidade de São Paulo. Professor de Geografia no Ensino Médio e no Ensino Superior.

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Geografia Edilson e Laercio – Geografia – 4o ano Copyright © Edilson Adão Cândido da Silva, Laercio Furquim Junior, 2018 Diretor editorial Diretora editorial adjunta Gerente editorial Editora Editoras assistentes Assessoria Leitura crítica Gerente de produção editorial Coordenador de produção editorial Gerente de arte Coordenadora de arte Projeto gráfico Projeto de capa Ilustração de capa Supervisor de arte Editores de arte Diagramação Tratamento de imagens Coordenadora de ilustrações e cartografia Ilustrações

Cartografia Coordenadora de preparação e revisão Supervisora de preparação e revisão Revisão

Supervisora de iconografia e licenciamento de textos Iconografia Licenciamento de textos Supervisora de arquivos de segurança Diretor de operações e produção gráfica

Lauri Cericato Silvana Rossi Júlio Natalia Taccetti Deborah D’Almeida Leanza Fabíola Nunes, Luiza Sato Daniella Barroso, Leslie Sandes, Fábio Bonna Moreirão Aparecida Mazão, Elizabeth Auricchio Mariana Milani Marcelo Henrique Ferreira Fontes Ricardo Borges Daniela Máximo Bruno Attili, Juliana Silva Carvalho Juliana Silva Carvalho Leninha Lacerda Vinicius Fernandes dos Santos Edgar Sgai, Felipe Borba, Flávio Akatuka Select Editoração Ana Isabela Pithan Maraschin, Eziquiel Racheti Marcia Berne Alex Rodrigues, Anna Anjos, Bentinho, Camila Carrossine, Claudia Marianno, Dois de Nós, Edson Farias, Estúdio Ampla Arena, Estúdio Lab307, Estúdio Ornitorrinco, Fabio Eugenio, Ilustra Cartoon, Leninha Lacerda, Marcos de Mello, Rodrigo Figueiredo/Yancom, Tel Coelho/Giz de Cera, Allmaps, Renato Bassani, Sônia Vaz, Vespúcio Cartografia Lilian Semenichin Viviam Moreira Adriana Périco, Camila Cipoloni, Carina de Luca, Célia Camargo, Felipe Bio, Fernanda Rodrigues, Fernando Cardoso, Heloisa Beraldo, Iracema Fantaguci, Paulo Andrade, Rita Lopes, Sônia Cervantes, Veridiana Maenaka Elaine Bueno Paloma Santa Rosa Klein, Renata Bezerra de Freitas Barbosa André Luis da Mota, Erica Fabiana Brambila De Martin Silvia Regina E. Almeida Reginaldo Soares Damasceno

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Silva, Edilson Adão Cândido da Geografia : Edilson e Laercio, 4º ano / — 1. ed. — São Paulo : FTD, 2018. Bibliografia. ISBN 978-85-96-01630-8 (aluno) ISBN 978-85-96-01631-5 (professor) 1. Geografia (Ensino fundamental) I. Furquim Junior, Laercio. II. Título. 18-15399

CDD-372.891 Índices para catálogo sistemático:

1. Geografia : Ensino fundamental 372.891 Maria Alice Ferreira – Bibliotecária – CRB-8/7964 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens presentes nesta obra didática. No entanto, colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularidades ou omissões de crédito e consequente correção nas próximas edições. As imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publicidade ou propaganda, ou a ele façam alusão, são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo. Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à EDITORA FTD. Produção gráfica

Avenida Antônio Bardella, 300 - 07220-020 GUARULHOS (SP) Fone: (11) 3545-8600 e Fax: (11) 2412-5375

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Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br

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APRESENTAÇÃO Olá! É com grande satisfação e alegria que escrevemos este livro! Esperamos que ele seja tão importante como as outras fontes de estudo para o auxiliar a identificar e reconhecer os lugares onde você vive. Nós, os autores, e toda a equipe editorial nos dedicamos ao máximo para oferecer a você um bom início nos estudos da Geografia, para que você e seus colegas participem da melhor maneira possível da vida em sociedade: em casa, no bairro, na cidade, no país... no mundo!

Com carinho, Os autores

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Desejamos que esse caminho seja de muitos e prazerosos conhecimentos e amizades!

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ANNA ANJOS

CONHEÇA SEU LIVRO Seu livro está dividido em 4 unidades. Cada unidade é organizada em: abertura de unidade, capítulos, seções e boxes.

ABERTURA DE UNIDADE

CLAUDIA MARIANNO

UNIDADE

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Diferentes imagens e desafios sobre os assuntos que serão estudados.

O MUNICÍPIO

CAPÍTULOS

CAPÍTULO

• Qual é o nome do município retratado na imagem? • Cite elementos da paisagem rural que você pode ver nessa imagem. • Cite elementos da paisagem urbana retratados na imagem. • Que mudanças você observa no rio da imagem, acompanhando seu percurso do campo até a cidade? • As paisagens que você observa na imagem são semelhantes ou diferentes das paisagens do município onde você mora?

1 O TERRITÓRIO BRASILEIRO

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OS ELEMENTOS NÃO FORAM REPRESENTADOS EM PROPORÇÃO DE TAMANHO ENTRE SI. AS CORES NÃO CORRESPONDEM AOS TONS REAIS.

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Textos, imagens e atividades que apresentam o conteúdo de um jeito divertido e interativo!

A Carta do achamento do Brasil foi escrita por Pero Vaz de Caminha em Porto Seguro, entre 26 de abril e 2 de maio de 1500. Ela relata o olhar dos portugueses quando chegaram ao litoral e avistaram parte das terras que viriam a ser o Brasil. Leia um dos trechos da carta de Caminha a seguir.

Esta terra, Senhor, é [...] muito chã e muito formosa. Vendo do mar, o sertão nos pareceu muito grande, porque, ao estender os olhos, não podíamos ver senão terra com arvoredos a perder de vista. Até agora não pudemos saber que haja aqui ouro, prata, ou alguma coisa de metal ou ferro; nem o vimos. Porém a terra em si tem ótimo clima frio e temperado, como o de Entre Douro e Minho nesta época do ano. Águas são muitas, infindas. E esta terra é tão graciosa que, querendo aproveitá-la, tudo dará, em razão das águas que tem.

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Poliana Asturiano e Rodval Matias. A carta de Pero Vaz de Caminha: versão ilustrada em linguagem atual. São Paulo: FTD, 1999. p. 75.

Chã: área plana de terra. Sertão: interior das terras encontradas. Entre Douro e Minho: região litorânea ao norte de Portugal.

ANNA ANJOS

• Sublinhe no texto, com as cores indicadas, as palavras ou termos que mostram: a)

como era a imensidão das novas terras.

b)

como era a paisagem natural.

c)

que riquezas os colonizadores buscavam.

OS ELEMENTOS NÃO FORAM REPRESENTADOS EM PROPORÇÃO DE TAMANHO ENTRE SI. AS CORES NÃO CORRESPONDEM AOS TONS REAIS.

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SEÇÕES VOCÊ ESCRITOR! Momento para produção e compartilhamento de diferentes textos. VOCÊ ESCRITOR!

VOCÊ CONECTADO!

ANNA ANJOS

{ O MEU CORDEL

{ PREVISÃO DO TEMPO

Como você viu, a literatura de cordel é apresentada na forma escrita. Ela pode também ser cantada ou representada em gravura. Observe esta gravura típica de cordel.

A nossa música é linda Temos coco e embolada Aboio e banda de pife Poesia improvisada Axé, repente, baião O forró do Gonzagão Que faz a maior noitada.

Nossa dança é muito rica E bastante popular Tem ciranda, afoxé Para quem quiser dançar Bumba meu boi, capoeira Essa dança brasileira Querida em todo lugar.

Carlinhos Cordel. Recanto das letras. Disponível em: <www.recantodasletras.com.br/cordel/2149968>. Acesso em: 27 jul. 2017.

Agora é a sua vez! Elaboração pessoal.

1. Pense em uma história que aconteceu com você ou invente uma sobre algo de que você goste, chame a sua atenção ou ache engraçado.

2. Conte sua história ao professor e, com a ajuda dele, registre-a no caderno. 3. Depois, transforme sua história em um cordel! Para isso, registre a história em forma de versos curtos.

4. Quando terminar essa etapa, passe a poesia a limpo no caderno que seu professor distribuirá, deixando a primeira página em branco.

5. Na primeira página, coloque o título da sua história e faça um desenho bem bonito para ilustrar seu cordel. Coloque, também, o seu nome.

Literatura de cordel à venda no Mercado de São José, no município de Recife (PE), 2017.

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VOCÊ LEITOR! Textos variados, acompanhados de atividades que ajudam a desenvolver estratégias de leitura.

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GA VIN I/SH UT TER STO CK .CO M

2. Como está o tempo hoje no bairro onde se localiza a escola?

RO DR IGO

em um varal na sala de aula.

As estações meteorológicas coletam dados, como a temperatura do ar, a umidade (quantidade de água) presente no ar, a radiação do Sol, a velocidade dos ventos, entre outros.

1. Você ou algum familiar já consultou a previsão do tempo? Em que situação?

6. Por último, junto com o professor e os colegas, prenda seu cordel • Com toda a turma, faça uma lista com as manifestações culturais citadas no texto. O professor anotará na lousa.

OS ELEMENTOS NÃO FORAM REPRESENTADOS EM PROPORÇÃO DE TAMANHO ENTRE SI. AS CORES NÃO CORRESPONDEM AOS TONS REAIS.

Frevo, xote e xaxado Violeiro, cantoria O martelo agalopado O cordel e a poesia O cantador de viola Fazendo versos na hora Pra nos trazer alegria. ANNA ANJOS

[...] Meu Nordeste tem riquezas Só encontradas aqui Sua música, sua dança Sua gente que sorri Nosso povo tem bravura Tem tradição, tem cultura Da Bahia ao Piauí.

COLEÇÃO PARTICULAR

NORDESTE, AQUI É MEU LUGAR

Como você viu, em um mesmo lugar, um dia pode estar quente ou frio, nublado e chuvoso. A essas condições que se alternam chamamos “tempo atmosférico”, que é o estado da atmosfera naquele momento, naquele local. Para estudar o tempo atmosférico e fazer sua previsão são utilizados aparelhos tecnológicos que fazem imagens e medições da atmosfera terrestre.

CAMILA CARROSSINE

VOCÊ LEITOR! { O CORDEL NORDESTINO Na região Nordeste, assim como nas demais regiões do Brasil, há uma rica variedade de manifestações culturais. O cordel é uma delas. Vários autores de cordel escrevem textos com rimas e gravuras para retratar aspectos, costumes e detalhes típicos da cultura, da natureza e da vida cotidiana nordestina. Leia o cordel a seguir.

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VOCÊ CONECTADO! Uso da tecnologia, estimulado de maneira divertida e criativa.

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ANNA ANJOS

BOXES Estes ícones indicam a forma como você vai realizar as atividades:

GLOSSÁRIO Significado de palavras novas ou um novo jeito de compreender um conceito.

ORALMENTE

VIVER EM OUTRO LUGAR

1. Na sua opinião, a instalação de ciclovias é uma boa solução para a circula-

Leila e Fernando são irmãos e nasceram em municípios diferentes. Leila nasceu em Torres, no estado do Rio Grande do Sul, quando os pais ali moravam. A mãe de Leila recebeu uma proposta de emprego em outro município e a família toda emigrou do Rio Grande do Sul. A morada da família passou a ser o município de São Luís, no estado do Maranhão. Portanto, dizemos que a família se tornou imigrante no Maranhão. Fernando nasceu dois anos após a mudança da família. Muitas pessoas podem, como a família de Leila, se mudar para outro município para estudar, trabalhar ou buscar tratamentos médicos, entre outras melhores condições de vida. Chamamos esse movimento de pessoas de movimento migratório ou migração.

2. A instalação de ciclovias é incentivada no seu município? Explique.

ção de pessoas e o trânsito no município? Por quê? Resposta pessoal.

EM DUPLA

Resposta pessoal.

São Luís

ESTÚDIO ORNITORRINCO

3. Circule no texto os benefícios da implantação de ciclovias.

EM GRUPO

4. Com a ajuda de um colega, pesquisem na internet outras vantagens da instalação de ciclovias nos municípios, além das citadas no texto. Anotem suas descobertas no caderno. Resposta pessoal.

#FICA A DICA Os direitos das crianças segundo Ruth Rocha, de Ruth

Torres

NO CADERNO

Rocha, Salamandra. EDITORA SALAMANDRA

Conheça temas que podem ajudar a pensar o espaço e os direitos das crianças no município onde você mora!

Emigrou: deixou seu lugar de origem, como seu município, estado ou país, para viver em outro. Imigrante: quem chega para viver em outro local, como outro município, estado ou país.

1. E você e sua família, já mudaram de município? Converse com os colegas e com o professor. Resposta pessoal.

PESQUISA 1. Com a ajuda do professor ou de um familiar, encontre uma pessoa que tenha emigrado ou que conheça uma história semelhante à da família de Leila. CAMILA CARROSSINE

2. Faça uma entrevista com essa pessoa para conhecer bem a história dela. Para isso, siga o roteiro. a) Qual é o seu nome? b) Em que município você morava? Para qual município se mudou?

MATERIAL COMPLEMENTAR

c) Quais foram as razões da mudança? 3. Você pode gravar esse relato para mostrar aos colegas de sala. No caderno, registre as principais descobertas.

73

65

PESQUISA

#FICA A DICA

Propostas de pesquisas para enriquecer o conteúdo estudado.

Dicas de livros, sites e vídeos relacionados ao tema estudado.

Ao fim do livro, peças adesivas para realizar algumas atividades dos capítulos.

DE OLHO NO MAPA!

VOCÊ CIDADÃO!

INTEGRANDO COM... HISTÓRIA

{ VEGETAÇÃO E AÇÃO HUMANA

É a sacola plástica que usamos para carregar a revista em quadrinhos da banca até nossa moradia, é a garrafa de vidro ou de plástico que descartamos depois que tomamos o suco. E os exemplos são muitos!

Em todas as regiões do Brasil há cidades históricas, ou seja, cidades que conservam importantes construções erguidas há décadas ou séculos. As paisagens dessas cidades guardam registros de como as pessoas viviam no passado e mostram memórias de outros tempos.

BRASIL: VEGETAÇÃO E AÇÃO HUMANA (1950-1960)

Resíduos: aquilo que sobra, que jogamos fora.

VENEZUELA

Voluntários: quem age por vontade própria, sem obrigação ou controle.

GUIANA FRANCESA (FRA) SURINAME

COLÔMBIA

TERR. GUIANA DO RIO BRANCO

TERR. DO AMAPÁ

Equador

Mas o que fazer para evitar o aumento do descarte de lixo? Veja algumas atitudes.

TERR. DE FERNANDO DE NORONHA

• Em vez de comprar sempre garrafinhas de água, tenha uma garrafa que dure bastante tempo, assim pode enchê-la de água em casa.

MA

PA

CE

AM

• Em vez de pegar sacolas descartáveis no supermercado, tenha uma sacola de pano ou de outro material que dure bastante para poder utilizá-la sempre.

RN PB

PI PE TERR. DO ACRE

• Em vez de jogar todos os resíduos no mesmo local, separe os recicláveis.

AL

TERR. DE RONDÔNIA

SE MT

BA

PERU DF

1. Observe novamente as imagens do processo produtivo da garrafa de

OCEANO ATLÂNTICO

GO

BOLÍVIA

suco de maçã (páginas 12 e 13). O que acontece depois do descarte do material? Converse com os colegas e com o professor.

MG

ES

OCEANO PACÍFICO

2. Circule os materiais que você já jogou em lixeiras de coleta seletiva.

SP

Resposta pessoal.

CHILE

PARAGUAI

ESTÚDIO AMPLA ARENA

O descarte do que compramos e usamos tem impacto na natureza. Levar em conta esses impactos ao escolher os produtos que vamos comprar, usar e descartar faz de nós agentes voluntários do cuidado com o planeta.

{ PAISAGENS HISTÓRICAS NAS REGIÕES DO BRASIL

OS ELEMENTOS NÃO FORAM REPRESENTADOS EM PROPORÇÃO DE TAMANHO ENTRE SI.

Atualmente no Brasil, todas as formações vegetais nativas encontram-se modificadas pela ação humana. A construção de cidades, além das atividades econômicas, como a indústria, a agropecuária e a mineração, são as principais causadoras do desmatamento, das queimadas e de outras interferências. Observe dois mapas que mostram a vegetação brasileira e as ações humanas em décadas diferentes.

{ O CONSUMIDOR CONSCIENTE Você já estudou que boa parte do que compramos e consumimos tem origem na natureza. Depois que utilizamos os produtos, geramos resíduos, que também retornam à natureza.

RJ GUANABARA

PR

Florestas

Trópico d e

Capricór nio

Campinarana Cerrado

garrafa de vidro sacola de supermercado

SC

Caatinga Campo

26

VOCÊ CIDADÃO! Propostas para que as suas ações façam a diferença na vida em sociedade.

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RS

ARGENTINA

Vegetação litorânea Área modificada pela ação humana Limite estadual Fronteira internacional

0

305

URUGUAI 50º O

Elaborado com base em: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 102.

152

DE OLHO NO MAPA! Momento de conhecer, ler, explorar e produzir diferentes mapas.

ALLMAPS

lata de alumínio copo plástico

ANTART/SHUTTERSTOCK.COM

revista em quadrinhos

• Com um colega, pesquisem e selecionem imagens e informações sobre alguma cidade histórica do Brasil. Escrevam uma legenda indicando o município, estado e região em que ela se localiza. Depois, apresentem essas imagens aos colegas e contem a eles um pouco do que aprenderam sobre a cidade pesquisada. 121

INTEGRANDO COM... Desafios motivadores que dialogam com outras disciplinas.

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EDSON FARIAS

SUM ÁRIO UNIDADE

1

O CA MPO E A CIDA DE

8

Capítulo 1 • A integração campo-cidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 Os caminhos da produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 Você conectado! • A comunicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 Você cidadão! • O consumidor consciente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

Capítulo 2 • A Cartografia e o mapeamento dos lugares. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 A linguagem do mapa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 Você leitor! • Conhecer as direções cardeais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 Você escritor! • Encontrar as direções cardeais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 O mapa de rede . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 O mapa de fluxo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42

CLAUDI

A MARIA

NNO

De olho no mapa! • Terra indígena e remanescentes quilombolas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 Integrando com... Matemática • Municípios com maior população indígena . . . . . . . . 46

UNIDADE

2

O MUNICÍPIO

48

Capítulo 1 • O que é município . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 Uma divisão administrativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52 De olho no mapa! • A representação dos limites do município . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 O Brasil em municípios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60 A fundação de um município. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62

Capítulo 2 • A população do município

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..............

64

Viver em outro lugar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65 Você leitor! • A história de uma cidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68 Você escritor! • Contando histórias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 A gestão do município . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 Você cidadão! • A implantação de ciclovias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72 Você conectado! • Áreas de atuação dos Conselhos Municipais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 Integrando com... História • São Paulo de muitos sabores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76

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UNIDADE

3

O BR ASIL E SUAS REGIÕES

78 ANNA ANJOS

Capítulo 1 • O território brasileiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80 Território e população . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81 Você conectado! • Para acompanhar o crescimento da população . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82 A República Federativa do Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83 Quem governa o Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85 Você cidadão! • Brasília, Patrimônio Cultural da Humanidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90 A formação do território brasileiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92 De olho no mapa! • O tesouro dos mapas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96

Capítulo 2 • As grandes regiões

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

A formação das grandes regiões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A região Norte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A região Nordeste . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Você leitor! • O cordel nordestino. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Você escritor! • O meu cordel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A região Centro-Oeste . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

98

100 104 107 110 111

112 A região Sudeste . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115 A região Sul . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118 Integrando com... História • Paisagens históricas nas regiões do Brasil . . . . . . . . . . . . 121

UNIDADE

4

É IMPORTA N TE PRESERVA R A N ATURE Z A

12 2

O relevo terrestre. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . As águas do planeta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Você leitor! • Dois rios brasileiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Você escritor! • Um rio do meu município . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

LENINHA LACERDA

Capítulo 1 • O relevo e a hidrografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124 125 132 136 137

Capítulo 2 • O clima e a vegetação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138 O tempo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Você conectado! • Previsão do tempo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O clima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A cobertura vegetal terrestre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Você cidadão! • Unidades de Conservação: proteger o ambiente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . De olho no mapa! • Vegetação e ação humana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Integrando com... Ciências e Arte • A flora e a fauna no Brasil. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

139 140 142 146 151 152 154

Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 156 Material Complementar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159 ANNA

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ANJOS

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OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Aprofundar a noção de integração entre campo e cidade; • entender as etapas do processo de produção de alguns produtos; • identificar as profissões nos processos produtivos; • identificar as matérias-primas empregadas na confecção de diversos produtos; • conhecer, de maneira introdutória, os impactos ambientais ligados às atividades econômicas; • conhecer, de maneira introdutória, os diferentes tipos de indústria; • aprofundar as noções sobre circulação de pessoas e de mercadorias; • estudar o comércio e identificar produtos e estabelecimentos comerciais; • estudar os meios de comunicação; • conhecer a noção de consumo consciente; • aprofundar os conhecimentos sobre os conceitos fundamentais da Cartografia; • trabalhar as direções cardeais; • entender alguns elementos que compõem um mapa, como o título, a fonte, a orientação e a legenda; • introduzir a noção de escala cartográfica; • exercitar a leitura de diferentes mapas temáticos; • aprofundar os conhecimentos sobre terras indígenas e comunidades quilombolas; • exercitar a leitura de gráficos de colunas e relacionar seus dados a um mapa; • conhecer alguns aspectos sobre os locais de morada dos povos indígenas. ATIVIDADES • Mural coletivo caracterizando a paisagem do campo e da cidade Esta atividade pode ser realizada com a disciplina de Arte. 1. Divida os estudantes em dois grupos; um grupo fará um mural representando a paisagem urbana e o outro, a paisagem rural. 2. Solicite a cada grupo que discuta quais são as características das paisagens específicas, o que é fundamental ser repre-

UNIDADE

1

O CA MPO E A CIDADE

Indo para Petrópolis, de Lia Mittarakis, 1987. Óleo sobre tela, 53 cm × 72 cm.

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sentado para caracterizá-la. Eles podem representar a paisagem, os modos de vida, as atividades econômicas, as atividades de lazer etc. Peça-lhes que façam uma lista destes elementos que foram discutidos. 3. Auxilie cada grupo a se organizar no planejamento de como será o mural, quais materiais serão necessários, se terá colagem ou apenas desenhos etc. Divida as tarefas para que cada estudante fique

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responsável por algo, como pesquisar imagens de referência, fazer algum desenho que possa ser reproduzido. 4. Organize com o grupo o suporte do mural e o local da escola em que poderá ser exposto. 5. Aprecie o mural com os estudantes e faça visitas periódicas conforme os assuntos da unidade forem se aprofundando, incentivando-os a acrescentar elementos novos no mural.

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SENSIBILIZAÇÃO 1. Vocês sabem dizer quais são as diferenças entre campo e cidade? 2. O que podemos ver na paisagem do campo? E na da cidade? 3. Vocês moram no campo ou na cidade? Considerando que tais temas foram trabalhados no ano anterior, se necessário retome conteúdos, apontando exemplos.

• Que elementos do campo e da cidade você nota na imagem? • Você sabe o que são vias de circulação? Cite exemplos. • Que via de circulação liga o campo e a cidade na paisagem mostrada na imagem?

ENCAMINHAMENTO Apesar de a ABNT determinar outra regra, optamos por usar a ordem direta do nome dos autores nas referências desta obra para apoiar o processo de leitura do estudante nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Deste modo, a referência da obra que abre a unidade apresenta tal disposição.

GALERIA JACQUES ARDIES, SÃO PAULO

Atividades • No primeiro plano da imagem há vegetações variadas e pássaros (campo), e em segundo plano há casas e prédios (cidade). • Se necessário, retome os conteúdos de vias de circulação. Oriente os estudantes a associar o termo circulação com o trânsito de pessoas, produtos e informações. • Rodovias, que também podem ser chamadas por eles de estradas, ruas ou avenidas. Explique a eles que as vias que ligam longas distâncias são chamadas de estradas ou rodovias.

9

ORGANIZE-SE • Página 11: revistas e jornais para re- • Página 38: régua. corte, tesoura e cola. • Página 41: lápis de cor e régua. Página 19: lápis de cor. • • Página 43: lápis de cor. • Página 25: lápis de cor. • Página 33: folha de papel transparente,

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como papel vegetal ou de seda, dois clipes, tesoura, régua, lápis de cor.

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CAPÍTULO

CONCEITOS E NOÇÕES • • • • • • • • •

Integração campo e cidade; processo produtivo; matéria-prima; profissões; circulação de pessoas e mercadorias; comércio e estabelecimentos comerciais; meios de comunicação; consumo consciente; relações de trabalho.

1 A INTEGRAÇÃO CAMPO-CIDADE Com a ajuda do professor e dos colegas, leia as imagens e os textos que narram a troca de mensagens entre duas amigas. Uma delas mora na cidade e a outra vive no campo. Bia resolveu convidar sua colega, Luíza, que mora no campo, para visitá-la. Bia enviou à amiga a seguinte mensagem pelo celular:

SENSIBILIZAÇÃO 1. Qual é a diferença de viver no campo ou na cidade? 2. Quais são as atividades de uma criança que mora no campo? E de uma que mora na cidade? As questões introduzem as atividades propostas nas páginas, aproximando-as do repertório e das experiências dos estudantes. Eles podem levantar hipóteses sobre estas diferenças e compartilhar algo que já tenham vivenciado. Aproveite e partilhe também experiências pessoais, referências de livros, músicas ou filmes sobre a vida no campo e na cidade e suas diferenças.

E Luíza respondeu:

O objetivo dessas páginas é trabalhar a leitura de imagens e textos, além de retomar conteúdos vistos em anos anteriores e sensibilizar o grupo para o estudo mais aprofundado das relações existentes entre o campo e a cidade.

TEXTO COMPLEMENTAR A unidade (contraditória) cidade/campo O processo de industrialização da agricultura tem eliminado gradativamente a separação entre a cidade e o campo, entre o rural e o urbano, unificando-os dialeticamente. Isto quer dizer que campo e cidade formam uma unidade contraditória. Uma unidade onde a diferença entre os setores da atividade econômica (agricultura, pecuária e outros, em um; indústria, o comércio etc., em outro) vai sendo soldada de um lado pela presença, na cidade, do trabalhador assalariado (“boia-fria”) do campo. Aliás, as greves

EDSON FARIAS

ENCAMINHAMENTO

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dos trabalhadores do campo são feitas na cidade. De outro lado, pode-se constatar que a industrialização dos produtos agrícolas pode ser feita no campo com os trabalhadores das cidades. Tudo indica que o desenvolvimento do capitalismo está soldando a união contraditória da agricultura e da indústria, do campo e da cidade, que ele mesmo separou no início de sua expansão. Entretanto, agora essa soldagem está sendo feita num patamar social muito mais avançado, pois a separação na transição feudalismo/ capitalismo envolveu trabalhadores individuais (camponeses-servos e ar-

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tesãos), aqueles que com o trabalho da família quase tudo produziam. Agora, entretanto, a soldagem está sendo feita num processo avançado de cooperação (salário e lucro). Essa solução passa também pela luta, igualmente na cidade, do camponês procurando obter um preço melhor para seus produtos, ou ainda para buscar condições e vantagens creditícias e/ou técnicas de modo a poder continuar camponês, ou seja, continuar produzindo com sua família na terra. OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino. Agricultura brasileira: transformações recentes. In: ROSS, J. (Org.). Geografia do Brasil. 6. ed. São Paulo: Edusp, 2011. p. 474-475.

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Atividades 1. Certifique-se de que todo o grupo compreendeu o que se passou na cena, que cada amiga quer apresentar um lugar interessante existente onde vive. 2. Incentive os estudantes a exercitarem a imaginação, a inventarem ou a citarem lugares muito interessantes que já visitaram em alguma cidade. 3. Novamente, incentive os estudantes a inventarem ou a citarem lugares muito interessantes que já visitaram no campo.

As meninas escreveram mensagens uma para a outra. Elas convidaram-se mutuamente para conhecer lugares interessantes onde moram.

1. O que mostram as imagens e as mensagens trocadas pelas meninas? Resposta pessoal.

2. Na sua opinião, que lugar na cidade Bia quer mostrar à Luíza? Resposta pessoal.

3. E qual será o lugar do campo que Luíza quer apresentar à Bia? Resposta pessoal.

PESQUISA

Pesquisa 1. A escola pode fornecer materiais de recorte para essa pesquisa ou você pode solicitar previamente aos estudantes que tragam esses materiais de casa. 2. Sugira aos estudantes que busquem imagens nas dimensões adequadas para colar nos espaços. Pode-se também pedir aos estudantes que desenhem as paisagens imaginadas. 3. Oriente os estudantes para, se possível, inserir a localização das paisagens mostradas nas imagens, com o nome do município e do estado, se forem no Brasil, e o nome do país, se for uma fotografia internacional.

1. Inspirado nas mensagens entre Bia e Luíza, pesquise em revistas, jornais ou na internet imagens de um lugar: Respostas pessoais. a) incrível no campo; b) incrível na cidade. 2. Cole as imagens pesquisadas nos quadros. 3. Agora, complete as legendas das imagens que você colou.

Este lugar do campo é incrível porque Resposta pessoal

BNCC • EF04GE04 – Reconhecer especificidades e analisar a interdependência do campo e da cidade, considerando fluxos econômicos, de informações, de ideias e de pessoas. A habilidade é parcialmente trabalhada ao tratar das diferenças entre a paisagem rural e a urbana.

Este lugar da cidade é incrível porque .

Resposta pessoal

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CONEXÕES Para o professor • A DIVERSIDADE visual do campo e da cidade – Caçadores da Alma. Vídeo. Disponível em: <http://ftd.li/ta3n87>. Acesso em: 11 dez. 2017. A série “Caçadores da Alma” entrevista fotógrafos atuantes em todo o Brasil sobre sua prática como criadores de imagens a partir da interação com as paisagens e as pessoas dos lugares. Neste episódio, abordam a diversidade visual do campo e da cidade elaborando imagens que dizem muito da realidade brasileira, inclusive da vida das pessoas nas grandes cidades e das comunidades do campo, como os sem-terra, indígenas e quilombolas, e seus desafios de sobrevivência. Pode-se mostrar o vídeo aos estudantes e relacionar com a atividade da página ao estimular a observação e imaginação sobre quais seriam paisagens incríveis, tanto no campo como na cidade.

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SENSIBILIZAÇÃO 1. Vocês já acompanharam a produção de algum objeto ou alimento? 2. O que foi produzido? Quais foram as etapas? 3. Ocorreu na cidade ou no campo? Quem estava envolvido no trabalho? As questões buscam verificar o conhecimento prévio dos estudantes sobre o assunto e estimular o compartilhamento de experiências com o grupo. É provável que poucos estudantes tenham vivenciado a produção de um objeto ou de um alimento em grande escala. Considere, portanto, a produção de baixa complexidade, como a de um alimento produzido em casa ou no sítio, uma produção artesanal, horta na escola, entre outras. Valorize as informações que os estudantes possam lembrar desses processos para posteriormente trabalhá-las com a leitura das imagens dessas páginas.

OS CAMINHOS DA PRODUÇÃO Quando olhamos para um objeto qualquer, não imaginamos tudo o que foi necessário para produzi-lo. A matéria-prima, que é transformada em outros materiais, geralmente é produzida ou extraída no campo. Essas transformações da matéria-prima podem ocorrer tanto no campo como na cidade. E, para que o produto chegue ao consumidor, ele pode ser transportado para lugares bem distantes de onde foi fabricado. O processo de produção pode ser estudado em etapas, que envolvem muitos profissionais. Observe a sequência de imagens e acompanhe os textos. Eles mostram etapas do processo de produção de uma garrafa de suco de maçã.

O principal componente da areia, a sílica, é o elemento básico para a produção de vidro. A atividade de extração mineral é responsável por grandes alterações nas paisagens e impactos ambientais. Na foto, mineração de areia em Biritiba Mirim, estado de São Paulo, 2016.

ENCAMINHAMENTO Este conteúdo apresenta complexidade e exige atenção para a leitura dos textos e imagens. Sugira que os estudantes formem duplas para lerem juntos, trocando impressões e partilhando pequenas dúvidas. Depois deste primeiro contato, pode-se fazer uma leitura coletiva com sua orientação para responder a eventuais dúvidas que possam surgir.

Depois de previamente transformado, o vidro é moldado em fábricas de garrafas e outros produtos. Os trabalhadores de uma fábrica são chamados operários. Geralmente, os operários são funcionários contratados conforme as leis trabalhistas de um país. Na foto, operário em fábrica em Poços de Caldas, estado de Minas Gerais, 2015.

Leis trabalhistas: leis sobre os direitos e deveres dos empregados e dos que empregam. OS ELEMENTOS NÃO FORAM REPRESENTADOS EM PROPORÇÃO DE TAMANHO ENTRE SI.

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CONEXÕES

Para o professor • RAMOS, Jaqueline B. Os impactos da alimentação para o meio ambiente. Disponível em: <http://ftd.li/hzu9k4>. Acesso em: 11 dez. 2017. O texto trata de como o ato de consumir alimentos pode ter grande importância com relação à sustentabilidade, tanto relacionado às etapas de produção como às relações de trabalho, transporte e comércio.

SUGESTÃO DE AVALIAÇÃO

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Divida os estudantes em pequenos grupos e peça-lhes que listem todas as etapas do processo de produção, distribuição e consumo da garrafa de suco de maçã. Depois, crie com o grupo quadros, conforme os modelos a seguir. Solicite ao grupo que preencha os quadros das etapas, discernindo qual delas acontece somente no campo ou somente na cidade e as que podem acontecer tanto no campo como na cidade.

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ENCAMINHAMENTO

Colheita e transporte de maçãs.

RUBENS CHAVES/PULSAR IMAGENS, JOÃO PRUDENTE/PULSAR IMAGENS, EDU LYRA/PULSAR IMAGENS, CHICO FERREIRA/PULSAR IMAGENS, CESAR DINIZ/ PULSAR IMAGENS; ILUSTRAÇÕES: ALEX RODRIGUES; EDITORIA DE ARTE.

O transporte rodoviário é o que mais se destaca no Brasil. As pessoas que trabalham nos transportes de produtos agrícolas podem ser contratadas por empresas proprietárias de veículos. Outras são autônomas, ou seja, são as donas dos veículos e prestam serviço transportando mercadorias. Na foto, São Joaquim, estado de Santa Catarina, 2015.

Indústria de suco de maçã. Note como boa parte da produção é mecanizada, há poucos funcionários para a quantidade de mercadorias produzidas. Foto de São Joaquim, estado de Santa Catarina, 2010.

O material que é levado pelo caminhão de lixo reciclável vai para locais onde é separado por tipo. Foto de São Paulo, estado de São Paulo, 2016.

O encadeamento das diversas etapas da produção recebe o nome de cadeia produtiva. Se achar pertinente, apresente este termo aos estudantes com a preocupação de distinguir os significados do termo “cadeia”, como prisão, do seu significado aqui: encadeamento lógico com objetivo estabelecido para a fabricação de um produto. Leia com os estudantes o processo produtivo da garrafa de vidro; posteriormente, a do suco de maçã. É na fábrica de suco de maçã que as duas cadeias produtivas se encontram. Depois, há a comercialização da garrafa de suco e o consumo. Quando a garrafa é descartada, ocorre a coleta seletiva: o vidro é separado e torna-se matéria-prima para a confecção de novas garrafas. Como o processo produtivo tem em sua essência a transformação, ele não se encerra com a venda do produto, visto que a reciclagem de materiais dá continuidade ao processo.

Depois de separado, o vidro é levado de volta para a fábrica de vidro. Foto de São Paulo, estado de São Paulo, 2016.

Você viu que, além das etapas da produção do suco, há também diversas etapas no processo de produção das garrafas. Muitos outros produtos são vendidos em embalagens de vidro, como molhos e geleias. 13

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Ressalte os elementos de conexão entre campo e cidade no processo produtivo, como a etapa de transporte e comércio dos produtos. Etapas da produção da garrafa Mineração de areia

Cidade/ Campo campo X

Transporte da areia

X

Fábrica de garrafas

X

Transporte das garrafas

X

Fábrica de sucos

X

Cidade

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Etapas da produção do suco de maçã Plantação e colheita de maçã

Campo

Cidade/ campo

X

Transporte de maçãs

X

Fábrica de suco

X

Transporte para o supermercado

X

Consumo, descarte e reciclagem

Cidade

Campo

Cidade/ campo

Consumo do suco de maçã

X

Descarte da garrafa no lixo

X

Coleta seletiva

X

Fábrica de garrafas

X

Cidade

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SENSIBILIZAÇÃO • Escolham um objeto na sala de aula e

imaginem como ele chegou até aqui. A atividade visa estimular a curiosidade e a imaginação dos estudantes para investigar os percursos e a quantidade de trabalho envolvidos na produção e distribuição dos objetos cotidianos, aproximando a realidade do estudante ao tema das inter-relações entre campo e cidade.

A sílica, contida no processo de produção do vidro, é retirada da natureza por meio da mineração de areia. A maçã, usada na indústria alimentícia de muitas maneiras, é cultivada no campo. A madeira, também extraída do campo, é matéria-prima para a produção de diversos itens, como o caderno e o lápis que você usa na escola. O livro e a revista que você lê são outros exemplos. Na fabricação da caneta, da cadeira onde você está sentado, das roupas que está vestindo e de outros objetos que usa no seu dia a dia também são utilizadas matérias-primas vindas do campo.

Aqui há o início de uma sequência de atividades que prosseguirá pelas próximas três páginas. Podem-se orientar os estudantes a realizá-las em pequenos grupos. Algumas questões podem ter caráter avaliativo, cujas respostas podem ser entregues em folhas avulsas, de modo a acompanhar o andamento do processo de ensino-aprendizagem. Peça que façam a leitura atenta do texto. Ela pode ser feita já nos pequenos grupos ou com todo o grupo em voz alta, solicitando a cada estudante que leia uma frase. Oriente-os a lerem novamente as imagens das etapas de produção da garrafa de suco de maçã.

ILUSTRAÇÕES: EDSON FARIAS, ESTÚDIO LAB307, FABIO EUGENIO, ILUSTRA CARTOON, TEL COELHO/GIZ DE CERA

ENCAMINHAMENTO

A maior parte das fábricas localiza-se nas cidades, mas muitas delas também fazem parte da paisagem do campo. O açúcar, por exemplo, e o etanol, que abastece diversos automóveis, são produzidos no campo. As indústrias do campo geralmente são agroindústrias, ou seja, transformam produtos da agricultura e da pecuária. Já a fabricação de garrafas de vidro, muitas vezes, é realizada em cidades. Todos esses produtos são consumidos tanto no campo como na cidade. Considerando o processo de produção que você viu nas páginas anteriores, responda às questões a seguir.

1. Qual é a matéria-prima necessária na produção do suco de maçã? A maçã.

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CONEXÕES

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Para o estudante • De onde vem o vidro? Disponível em: <http://ftd.li/xubd4y>. Acesso em: 11 dez. 2017. • De onde vem o sapato? Disponível em: <http://ftd.li/u5eqic>. Acesso em: 11 dez. 2017. Série “De onde vem?” traz a personagem curiosa Kika, que quer saber como são produzidos elementos que estão presentes no nosso cotidiano. Assista com os estudantes para identificarem as etapas de produção do vidro e do sapato e como eles chegam até a casa da personagem. Podem-se relacionar essas etapas com a produção da garrafa de vidro do suco de maçã elucidando seu processo de produção.

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Atividades 6. É provável que os estudantes indiquem trabalhos no campo relacionados com agricultura, pecuária, extrativismo, ao ar livre e em espaço aberto. Na cidade, podem indicar trabalhos em locais fechados, como escritórios, lojas, fábricas, entre outros. 7. A matéria-prima, retirada ou cultivada em área rural, é transportada até a fábrica, que pode se localizar na cidade ou no campo; o suco de maçã e a garrafa de vidro são produzidos e, depois, vendidos no campo e na cidade. Esta resposta pode ser avaliativa; para tanto, peça aos estudantes que a escrevam em uma folha à parte para ser entregue. 9. Os impactos ambientais são conteúdos que foram trabalhados no ano anterior; se for preciso, retome-os com os estudantes. Espera-se que identifiquem, por meio da imagem de mineração da página 12, a existência de impactos ambientais. 10. O plantio de vegetação nas margens dos rios e o tratamento da água são alguns exemplos.

2. Qual é a matéria-prima necessária na produção da garrafa de vidro? A sílica, extraída da areia.

3. Onde e como é produzido o suco de maçã? Em uma fábrica, com a utilização de máquinas e o trabalho de pessoas.

4. Cite duas profissões tipicamente do campo que aparecem nesse processo produtivo. Operador de draga de mineração, maquinista, agricultor, entre outros.

5. Cite duas profissões tipicamente da cidade que aparecem nesse processo produtivo. Operário da fábrica de suco ou de garrafas de vidro, caixa de mercearia, separador de material reciclável, entre outros.

6. Em sua opinião, quais são as diferenças entre o trabalho das pessoas no campo e na cidade? Dê exemplos. Resposta pessoal.

7. Como as etapas de produção da garrafa de suco de maçã interligam o campo e a cidade? Resposta pessoal.

BNCC • EF04GE04 – Reconhecer especificidades e analisar a interdependência do campo e da cidade, considerando fluxos econômicos, de informações, de ideias e de pessoas. A habilidade é parcialmente trabalhada ao abordar a inter-relação entre campo e cidade no estudo das etapas do processo produtivo.

8. Como o processo de produção continua após a compra e o consumo da garrafa de suco? Com o reaproveitamento da garrafa de suco, que é separada e levada para reciclagem.

9. Identifique e descreva um impacto ambiental decorrente da extração da areia. Conte aos colegas e ao professor. Resposta pessoal.

10. Imagine, junto com a turma, o que poderia ser feito para que os impactos ambientais da extração de areia pudessem ser reparados. Resposta pessoal.

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ATIVIDADES • Trabalho de campo Identifique quais fábricas se localizam próximas à escola e organize um trabalho de campo com os estudantes. Veja a sugestão de roteiro a seguir. • O que é produzido. • Quais matérias-primas são utilizadas. • Quais são as etapas de produção. • Quais são as profissões e atividades envolvidas. • Como é feito o transporte do produto. • Onde é comercializado. • Como é feito o descarte e se há reciclagem. • Quais os possíveis impactos ambientais. Podem-se organizar os estudantes em pequenos grupos e cada qual ficar responsável em observar em mais detalhes um dos aspectos do processo produtivo. Como o assunto é complexo, fique atento para que a linguagem esteja adequada para o entendimento do grupo.

• EF04GE07 – Comparar as características do trabalho no campo e na cidade. A habilidade é parcialmente trabalhada ao abordar os trabalhos envolvidos no processo de produção. • EF04GE08 – Descrever e discutir o processo de produção (transformação de matérias-primas), circulação e consumo de diferentes produtos. A habilidade é trabalhada ao abordar as etapas do processo de produção da garrafa de suco de maçã.

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na confecção de todos os produtos. De onde será que são retiradas? A pergunta visa verificar como os estudantes estão compreendendo os conteúdos trabalhados até o momento e se estão tecendo relações entre os processos produtivos e a transformação das paisagens.

Para investigar do que são feitos outros objetos de nosso dia a dia, e para descobrir onde eles são produzidos, resolva as atividades.

11. Com a orientação do professor, escolha um dos materiais a seguir para realizar a atividade. Circule-o. Resposta pessoal.

ILUSTRAÇÕES: BENTINHO, DOIS DE NÓS, EDSON FARIAS, ESTÚDIO ORNITORRINCO

SENSIBILIZAÇÃO • Diversas matérias-primas são utilizadas

ENCAMINHAMENTO Aproveite para reforçar que as matérias -primas são retiradas da natureza. Com isso, as paisagens são transformadas, gerando determinados impactos aos ambientes. A expressão “tipo de indústria” que aparece no enunciado da atividade 17 não se refere à classificação de indústrias em de base, de bens de produção, intermediárias ou de bens de consumo, mas sim aos diferentes produtos aqui indicados, e pretende proporcionar aos estudantes a descoberta de que há indústrias especializadas em diferentes gêneros. Atividades 12. A fabricação da camiseta pode empregar diferentes matérias-primas, como o algodão, o poliéster, que também é um derivado de petróleo, entre outras. A sandália de borracha pode ser feita de algum polímero derivado do petróleo ou de látex. A fabricação do pacote de biscoitos também pode levar diversas matérias-primas, como a farinha de trigo (trigo), o açúcar (cana-de-açúcar) e a gordura vegetal (soja, milho ou outro vegetal), assim como o plástico da embalagem.

TEXTO COMPLEMENTAR Resumo do ciclo de vida do cimento e seus impactos 1. Extração do calcário – alteração do relevo, possíveis erosões, perda de patrimônio arqueológico e espeleológico, danos à flora, fauna e recursos hídricos, gasto de combustíveis fósseis, produção de resíduos, emissão de gases causadores do Efeito Estufa. 2. Industrialização – gasto de recursos naturais diversos e de quan-

12. Com a ajuda de seus familiares, pesquise algumas das matérias-primas que são utilizadas na fabricação do material que você escolheu. Anote a seguir. Na fabricação dos automóveis, por exemplo, são utilizadas muitas matérias-primas, como ferro (minério de ferro), alumínio (bauxita), plásticos e borrachas (que têm origem em derivados de petróleo), vidro (sílica) etc.

13. Escolha na página 162 do Material Complementar a imagem de uma das matérias-primas empregadas na produção do objeto que você circulou.

14. Cole-a no espaço a seguir. Resposta pessoal.

15. Qual é o profissional que extrai ou cultiva essa matéria-prima? Escolha na página 163 do Material Complementar a foto de um dos profissionais responsáveis pelo cultivo ou pela extração da matéria-prima colada na atividade 14. 16

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tidade exorbitante de energia elétrica, geração de efluentes líquidos e gasosos e geração de resíduos sólidos, gasto de combustíveis fósseis e alta emissão de gases causadores do efeito estufa. 3. Embalagem e transporte – gasto indireto (fabricação de veículos) e direto de recursos naturais (queima de combustíveis fósseis – gasolina, óleo diesel, graxas), emissão de ga-

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ses causadores de efeito estufa, geração de resíduos sólidos. 4. Consumo – geração de resíduos (embalagens feitas de papel que são recicláveis e entulhos restantes de obras ou demolições também recicláveis). ASSOCIAÇÃO MINEIRA DE DEFESA DO MEIO AMBIENTE. Ciclo de vida do cimento. Disponível em: <www.amda. org.br/index.php?string=interna-projetos&cod=28>. Acesso em: 11 dez. 2017.

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Atividades 17. As roupas, de forma geral, são produzidas em indústrias têxteis, que transformam as fibras (naturais ou sintéticas) em fios, os fios em tecidos e os tecidos em roupas. Os biscoitos, nesse caso, e demais itens alimentares industrializados são produzidos em indústrias alimentícias. 20. Espera-se que os estudantes expliquem os processos produtivos de acordo com os conhecimentos que eles adquiriram durante os estudos do capítulo, além do conhecimento empírico. O objetivo da atividade é que o grupo consiga encadear processos que envolvam a extração da matéria-prima, sua transformação, venda, consumo e descarte. Esta atividade pode ser aprofundada e tornar-se instrumento avaliativo.

16. Cole no espaço a seguir a imagem que você escolheu. Resposta pessoal.

• Esse profissional trabalha no campo ou na cidade? No campo.

17. Pesquise com seus familiares, na internet ou em livros, em que tipo de indústria o material escolhido é fabricado. Anote a seguir. Os automóveis, em indústrias automobilísticas. As sandálias podem ser produzidas em grandes fábricas na periferia das cidades ou em pequenas fábricas na área rural ou urbana.

BNCC • EF04GE04 – Reconhecer especificidades e analisar a interdependência do campo e da cidade, considerando fluxos econômicos, de informações, de ideias e de pessoas. A habilidade é parcialmente trabalhada ao abordar a inter-relação entre campo e cidade no processo de produção. • EF04GE07 – Comparar as características do trabalho no campo e na cidade. A habilidade é parcialmente trabalhada ao identificar os trabalhos envolvidos no processo de produção e onde são realizados. • EF04GE08 – Descrever e discutir o processo de produção (transformação de matérias-primas), circulação e consumo de diferentes produtos. A habilidade é trabalhada ao abordar o processo de produção do objeto escolhido pelo estudante.

18. Encontre na página 163 do Material Complementar apenas a foto da indústria referente ao material que você escolheu.

19. Cole-a no espaço a seguir. Resposta pessoal.

• Você acha que essa indústria se localiza no campo ou na cidade? Resposta pessoal.

20. Conte aos colegas e ao professor os processos de produção do material que você escolheu. Resposta pessoal. 17

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SUGESTÃO DE AVALIAÇÃO • De onde vem?

Divida os estudantes em pequenos grupos e sorteie a cada um deles um objeto do cotidiano ou um alimento industrializado que costumam consumir. Solicite-lhes que pesquisem como o produto sorteado chega até a casa deles. Oriente-os a buscar informações em rótulos e etiquetas, em conversas

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com os familiares ou na internet. Veja a seguir a sugestão de um roteiro de pesquisa. 1. Qual é a origem do produto ou alimento? 2. Qual sua matéria-prima principal? 3. Onde ele foi produzido? 4. Como foi produzido?

5. Por quem foi produzido? Qual é a fábrica? Quais as profissões envolvidas? Depois de realizada a pesquisa, cada grupo escolhe um modo de apresentar os resultados: pode ser um painel com fotografias e textos, uma ilustração, um pequeno vídeo etc. Reserve um momento de compartilhamento das pesquisas com todo o grupo.

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1. Como vocês circulam no bairro onde moram? 2. Quais meios de transporte vocês já utilizaram? As questões visam estimular a participação dos estudantes, verificar o conhecimento prévio sobre o assunto e introduzir o tema que será abordado neste item. Verifique por meio das respostas com quais meios de transporte os estudantes têm maior familiaridade.

A CIRCULAÇÃO DE PESSOAS E DE PRODUTOS Os produtos são transportados de um lugar a outro. A matéria-prima extraída ou produzida no campo tem de ser levada à fábrica. O produto fabricado deve ser transportado à loja, tanto no campo como na cidade. Da loja, as pessoas, com os produtos comprados, também se deslocam para suas moradias. Em muitos casos, as áreas de agricultura, pecuária e extrativismo estão longe dos lugares onde os produtos serão comercializados. E esses são apenas alguns exemplos, pois existem matérias-primas e produtos que viajam inclusive para outros países! Para que toda essa circulação de mercadorias e pessoas aconteça, é preciso que existam meios de transporte, além, é claro, de vias de circulação. Veja a seguir alguns exemplos de meios de transporte.

ENCAMINHAMENTO 1

2

azul

azul

LUCIANA WHITAKER/PULSAR IMAGENS

Para realizar a leitura dos textos e imagens, sugerimos que você organize os estudantes em duplas, para que discutam os conteúdos. Oriente a observação de quais meios de transporte podem transportar pessoas e produtos, quais se deslocam em longas ou curtas distâncias. Peça que identifiquem quais dos meios de transporte representados nas fotografias existem no local onde vivem.

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vermelho

Ponto de ônibus em Goiânia, estado de Goiás, 2015. No Brasil, o transporte terrestre é feito principalmente por carros, ônibus e caminhões em rodovias, avenidas e ruas. CHICO FERREIRA/PULSAR IMAGENS

Estação de trem em Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul, 2016.

JOÃO PRUDENTE/PULSAR IMAGENS

SENSIBILIZAÇÃO

Barcos escolares no Rio Tapajós, em Santarém, estado do Pará, 2017. O transporte aquático ocorre em hidrovias (vias sobre água). Elas podem ser fluviais, quando o transporte é realizado em rios, ou marítimas, quando ocorre em mares e oceanos.

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TEXTO COMPLEMENTAR [...] Em nosso cotidiano realizamos diferentes tarefas e, na maioria delas, emitimos CO2: no deslocamento ao trabalho, em viagens e no consumo de gás e de energia elétrica. As empresas também emitem um alto índice de CO2 nas suas atividades, tanto na produção quanto no deslocamento dos seus produtos e entrada de matérias-primas. Mas o que fazer para diminuir esse impacto? Além das ações de conscientização, as empresas podem optar por diferentes meios para transportar seus produtos, contabilizando as vantagens

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humano-socioambientais de cada uma delas. Hoje no Brasil, existem cinco tipos de modais de transporte: – Ferroviário: transportador de longo curso e de baixa velocidade. Muito utilizado no transporte de matérias -primas e produtos manufaturados de baixo custo. – Rodoviário: trata-se do modal mais utilizado em rotas curtas de produtos acabados ou semiacabados. – Aeroviário: é o modal mais indicado para o transporte de mercadorias de alto valor e pouco peso/volume (ten-

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dências e-commerce, amostras e mercadorias urgentes). – Dutoviário: consiste no transporte de granéis, por gravidade ou pressão mecânica, por meio de dutos e cilindros. – Aquaviário: envolve todos os tipos de transporte efetuados sobre as águas. [...] ENVOLVERDE. Novos modais de transporte: alternativas para diminuir impactos no meio ambiente. Carta Capital. Disponível em: <http://envolverde.cartacapital.com.br/novosmodais-de-transporte-alternativas-para-diminuir-impactos-nomeio-ambiente/>. Acesso em: 11 dez. 2017.

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ALEX TAUBER/PULSAR IMAGENS

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Atividades 3. Espera-se que os estudantes respondam com base na sua experiência pessoal e a partir do contexto em que vivem. Eles podem considerar diferentes modais como bicicletas e motos, carroças etc. Podem, também, citar meios de transporte que são pouco usados, como bonde e ônibus elétrico.

Trem de carga transportando minério de ferro em Itabira, estado de Minas Gerais, 2016. Os trens circulam sobre trilhos, as ferrovias. Esse meio transporta muito mais pessoas e produtos por viagem, no entanto, é menos comum do que os transportes rodoviários no Brasil.

azul

6

verde

azul

Aviões de carga em Guarulhos, estado de São Paulo, 2016. O transporte aéreo é realizado por aviões.

CESAR DINIZ/PULSAR IMAGENS

MARCELO GONÇALVES/SIGMAPRESS/FOLHAPRESS

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BNCC • EF04GE04 – Reconhecer especificidades e analisar a interdependência do campo e da cidade, considerando fluxos econômicos, de informações, de ideias e de pessoas. A habilidade é parcialmente trabalhada ao abordar a circulação de pessoas e de produtos e meios de transportes.

Caminhões sendo carregados com sacos de cebolas em Petrolina, estado de Pernambuco, 2016.

1. Quais fotos mostram meios de transporte terrestres, aquáticos e aéreos? Pinte o quadrinho nas fotos de acordo com a legenda a seguir. terrestre aquático aéreo

2. Indique quais fotos mostram meios de transporte de: • pessoas.

1

• produtos.

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3 5

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3. Além dos meios de transporte representados nas imagens, que outros meios de transporte você conhece? Quais são os mais utilizados onde você mora? Resposta pessoal.

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ATIVIDADES

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• Pesquisa do meio de transporte Organize os estudantes em pequenos grupos e peça que pesquisem um meio de transporte de pessoas ou de mercadorias, seguindo o roteiro: 1. O que ele pode transportar? 2. Qual a importância deste meio de transporte? 3. Como esse meio de transporte pode conectar campo e cidade?

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4. Qual é o combustível usado? É muito poluente? 5. Existe esse meio de transporte no município onde você mora? Promova a apresentação das informações levantadas e uma discussão sobre a importância dos meios de transporte para a conexão entre campo e cidade.

• Inventar um meio de transporte 1. Peça aos estudantes que inventem um meio de transporte para pessoas ou

mercadorias que seja divertido e funcional. 2. Para inspirá-los, mostre as imagens de meios de transporte do link a seguir. Conheça 10 meios de transporte totalmente inusitados. Disponível em: <http://ftd. li/bp4zi4>. Acesso em: 11 dez. 2017. 3. Por fim, peça aos estudantes que façam um desenho sobre esse meio de transporte em uma folha à parte. Monte um mural com todos os desenhos.

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SENSIBILIZAÇÃO 1. O que vocês entendem por comércio? 2. Vocês ou seus familiares já venderam algo? As questões aproximam o tema desenvolvido ao dia a dia dos estudantes. Caso tenham alguém na família que trabalhe no comércio, peça que compartilhem detalhes sobre o que comercializa e em qual lugar.

O COMÉRCIO Observe a imagem e repare o que as pessoas da pintura estão fazendo.

ENCAMINHAMENTO

GALERIA JACQUES ARDIES, SÃO PAULO

A pintura que representa uma feira livre é cheia de detalhes. Para introduzir o tema, peça aos estudantes que se reúnam em duplas para observarem os detalhes da imagem. Auxilie os estudantes a reconhecer os produtos comercializados e como a artista destaca a relação entre as pessoas, com bastante interação e conversa.

Feira livre, de Mara D. Toledo, 2007. Óleo sobre tela, 60 cm × 80 cm.

Algumas pessoas mostradas na pintura estão vendendo produtos em uma feira, outras estão comprando. Você já viu que os alimentos e as matérias-primas utilizados em diferentes produtos têm origem no campo. Viu também que esses alimentos e materiais que consumimos podem passar por processos de transformação em indústrias. Mas para que os produtos cheguem até as feiras, as lojas ou até os mercados, muita coisa precisa acontecer. Alguns agricultores, por exemplo, vendem seus produtos diretamente para casas comerciais e também para a população local. Outros vendem sua produção para donos de indústrias em que os alimentos poderão ser transformados em outros produtos. 20

ATIVIDADES • Trabalho de campo: o comércio local Organize os estudantes em pequenos grupos e peça-lhes que façam um percurso, com a companhia de um familiar ou de outro adulto responsável, nas proximidades da moradia deles ou da escola, observando o comércio local. Solicite a eles que: 1. registrem este percurso e, se possível, que fotografem, desenhem ou filmem o comércio local e a circulação de pessoas;

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2. façam um levantamento dos tipos de estabelecimentos comerciais; 3. façam ao menos duas entrevistas com comerciantes para entender o que comercializam e de onde vêm os produtos. Peça que cada grupo compartilhe sua pesquisa por meio de pequenos vídeos, desenhos, fotografias, ou compondo um painel com os resultados. A atividade visa ampliar as propostas desse conteúdo e relacioná-las aos espaços de vivência dos estudantes.

TEXTO COMPLEMENTAR

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CEAGESP: Uma rede de abastecimento e sua importância no agronegócio No passado, a comercialização de produtos que estão voltados à produção agropecuária, sendo ela produção vegetal ou animal, era realizada na rua, sem nenhuma estrutura e organização, o que ocasionava perdas e desvantagens para o produtor rural. Desse modo, a CEAGESP surgiu da necessidade de se criar uma rede de abastecimento que promovesse e

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ENCAMINHAMENTO

Observe as fotos.

ALEXANDRE TOKITAKA/PULSAR IMAGENS, CHICO FERREIRA/PULSAR IMAGENS

Leia as fotos dos dois grandes armazéns com os estudantes. Peça a eles que indiquem o que está sendo vendido em cada cena. Explique-lhes que se trata de importantes armazéns, onde são comercializados produtos também no atacado, isto é, para outros comerciantes.

Setor de hortaliças, frutas e legumes da Companhia de Entrepostos e Armazéns-Gerais de São Paulo (Ceagesp), estado de São Paulo, 2017.

Setor de peixes do Mercado Ver-o-Peso, em Belém, estado do Pará, 2017.

Na Ceagesp ocorre a comercialização de diversos produtos em grandes quantidades. Muitas empresas e a população buscam produtos nesse local para vender em supermercados, feiras livres e outros tipos de comércio. A Ceagesp é um dos maiores armazéns-gerais do mundo. O Mercado Ver-o-Peso é um grande centro de venda de produtos para comerciantes e para a população local. É um dos mais antigos mercados populares no Brasil.

PESQUISA 1. Com a ajuda do professor ou de algum familiar, procure na internet ou na prefeitura de seu município se próximo ao local onde você vive há um importante armazém ou mercado, como a Ceagesp ou o Ver-o-Peso. Resposta pessoal. 2. Se houver, descubra as seguintes informações. a) Quais tipos de produtos são encontrados nesse estabelecimento. b) De onde vem a maior parte desses produtos. c) Como esses produtos chegam a esses armazéns ou mercados. d) Onde serão comercializados os produtos que são vendidos nesses lugares. 3. Anote no caderno as principais informações que você descobriu. Resposta pessoal.

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organizasse a comercialização de uma forma mais eficiente. A criação dessa rede de abastecimento promoveu vários benefícios para o produtor e para todos que fazem parte das atividades voltadas ao agronegócio, contemplando, dessa forma, tanto o agronegócio quanto a rede de abastecimento, evidenciando uma forma de comercialização que movimenta milhões de toneladas de produtos hortifrutigranjeiros e que gera um faturamento de extrema importância para a economia do nosso país.

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11/04/18 18:05 Com o crescimento acelerado dos centros urbanos no Brasil, o processo de distribuição dos produtos agrícolas acabou se tornando muito complexo, ineficiente e caro. [...] pode-se concluir que a CEAGESP realiza um elo que perpassa toda a cadeia de produção e comercialização dos referidos produtos, permitindo a aproximação entre produtor rural e consumidor final. Uma evidência disso é o fato de que, no momento em que o consumidor compra algum desses pro-

Pesquisa 1. Se não houver nenhum armazém ou mercado importante no município onde os estudantes vivem, expanda a pesquisa para a Unidade Federativa ou para a grande região. 3. Ao fim da atividade, promova uma roda de conversa para socializar as informações levantadas. Informe aos estudantes que esses grandes armazéns suprem as feiras livres, mercados municipais, frutarias, quitandas e demais comércios locais e se configuram como importantes centros de distribuição. BNCC • EF04GE04 – Reconhecer especificidades e analisar a interdependência do campo e da cidade, considerando fluxos econômicos, de informações, de ideias e de pessoas. A habilidade é parcialmente trabalhada ao abordar a circulação de produtos entre campo e cidade por meio do comércio.

• EF04GE08 – Descrever e discutir o processo de produção (transformação de matérias-primas), circulação e consumo de diferentes produtos. A habilidade é parcialmente trabalhada ao abordar o consumo de produtos por meio do comércio. dutos (frutas, legumes, verduras, plantas, flores, diversos, pescado e grãos), seja em feiras, super e hipermercados, restaurantes ou sacolões, muito provavelmente essa mercadoria foi comprada através de alguma Ceasa. [...] RIBEIRO, Fábio Vinicius de Araujo. CEAGESP: Uma rede de abastecimento e sua importância no agronegócio. Portal do agronegócio. Disponível em: <www.portaldoagronegocio.com.br/artigo/ceagespuma-rede-de-abastecimento-e-sua-importancia-noagronegocio-3625>. Acesso em: 11 dez. 2017.

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Além dos mercados e armazéns, existem muitos outros tipos de estabelecimentos comerciais que vendem os mais variados produtos.

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LUCIANA WHITAKER/PULSAR IMAGENS

1. Onde vocês e seus familiares compram produtos para sua casa? 2. Vocês gostam de fazer compras? 3. Onde gostam de ir e o que gostam de comprar? As questões convidam o estudante a refletir sobre sua relação com o comércio no cotidiano, aproximando o tema estudado a sua realidade. É possível que muitos comentem sobre supermercado e shopping centers. Peça que descrevam como os produtos estão dispostos e como se dão as relações entre as pessoas nestes estabelecimentos, comparando-os.

LUCIANA WHITAKER/PULSAR IMAGENS

SENSIBILIZAÇÃO

Shopping center em Novo Hamburgo, estado do Rio Grande do Sul, 2016.

Feira livre em Itaituba, estado do Pará, 2017.

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JOÃO PRUDENTE/PULSAR IMAGENS

Banca de jornais em Barbacena, estado de Minas Gerais, 2015.

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HANS VON MANTEUFFEL/PULSAR IMAGENS

BNCC • EF04GE08 – Descrever e discutir o processo de produção (transformação de matérias-primas), circulação e consumo de diferentes produtos. A habilidade é parcialmente trabalhada ao abordar o consumo de produtos.

Supermercado em Londrina, estado do Paraná, 2016.

ZIG KOCH/PULSAR IMAGENS

Sugira aos estudantes que façam uma apreciação cuidadosa das fotografias de ambas as páginas; para isso eles podem se reunir em duplas. Aproveite para comentar sobre os hábitos de consumo dos estudantes. O tema será aprofundado nas páginas seguintes, mas já pode ser introduzido, inclusive, com as informações do texto sugerido na seção Texto complementar, que aproxima a realidade dos estudantes à discussão de como o comércio e o marketing podem criar hábitos de consumo.

ERNESTO REGHRAN/PULSAR IMAGENS

ENCAMINHAMENTO

Loja de roupas em Macapá, estado do Amapá, 2017.

Quiosque na praia em Recife, estado de Pernambuco, 2016.

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TEXTO COMPLEMENTAR

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O Brasil é o único país do mundo que celebra o Dia da Criança em 12 de outubro. [...] A fixação da data no Brasil ocorreu a partir de uma lei federal de 1924. Mas ela nunca foi de fato comemorada popularmente até os anos 1950, quando [uma] fabricante de brinquedos [...] lançou uma campanha publicitária para impulsionar as vendas de um de seus bonecos [...]. No ano seguinte, diante do sucesso da campanha, a semana do dia 12 de outubro virou “Semana da Criança” [...]. A iniciativa começou então a ser copiada por comércios e outras fabricantes de brinquedos – e o dia 12 de outubro pegou. [...] FREITAS, Ana. Por que o Brasil comemora o Dia da Criança numa data diferente do resto do mundo. Nexo Jornal. Disponível em: <www.nexojornal.com.br/expresso/2016/10/10/Por-que-o-Brasil-comemora -o-Dia-da-Crian%C3%A7a-numa-data-diferente-do-resto-do-mundo>. Acesso em: 11 dez. 2017.

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Posto de combustível em Natividade, estado de Tocantins, 2017.

CRISTIANE MATTOS/FUTURA PRESS

ERNESTO REGHRAN/PULSAR IMAGENS

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Atividades 2. As respostas fornecidas são sugestões; assim, os estudantes podem preencher cada quadro com mais de um número, visto que alguns itens podem ser vendidos em mais de um estabelecimento comercial. Destaque que os shopping centers têm a característica de centralizar estabelecimentos comerciais de diversos tipos. Atualmente encontramos de água de coco a mandioca em supermercados, shopping centers e outros estabelecimentos, além das feiras. 3. a) Espera-se que os estudantes entendam que os produtos que foram transportados são justamente os que não são industrializados. b) Espera-se que os estudantes indiquem que o transporte dos produtos do campo à cidade pode ocorrer por diferentes veículos: caminhões, carroças, barcos, automóveis etc. Eles podem usar como referência suas próprias observações cotidianas. Explique aos estudantes que, embora esses produtos possam ser produzidos em pequena quantidade em áreas urbanas, quando cultivados em grande quantidade é mais comum que sejam produzidos no campo. Faça uma síntese com o grupo sobre os conteúdos trabalhados e certifique-se de que os estudantes percebem que as matérias-primas passam por muitas etapas de transformação, algumas no campo e outras na cidade, até chegar às prateleiras dos supermercados, lojas e outros estabelecimentos comerciais. Ressalte que todas as etapas envolvem determinada intensidade de tecnologia, vários tipos de trabalho e diferentes profissionais, em diversos lugares.

Farmácia em Belo Horizonte, estado de Minas Gerais, 2017.

Esses estabelecimentos comerciais existem em maior número nas cidades, mas muitos deles ocorrem também no campo. Com base na observação das fotos, resolva as atividades.

1. O que todos esses estabelecimentos têm em comum? Esses estabelecimentos comercializam algum produto.

2. Onde são vendidos estes produtos? Preencha com o número da foto. 8

medicamentos

4

revistas

3

pacotes de macarrão

6

água de coco

7

gasolina

1

mandiocas

5

roupas

2

tênis

• Quais desses produtos são industrializados? Conte aos colegas e ao professor. Medicamentos, pacotes de macarrão, gasolina, roupas, revistas, tênis.

3. Sobre a relação campo-cidade, responda. a) Quais desses produtos podem ter sido transportados diretamente do campo para a cidade para serem vendidos? Mandiocas e água de coco.

b) Em que tipo de transporte você imagina que eles possam ter chegado ao local onde estão sendo vendidos? Resposta pessoal.

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CONEXÕES

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Para o estudante • BIAZOTI, André. As raízes de Luriel: uma aventura agroecológica. São Paulo: Evoluir, 2016. Disponível em: <http://ftd.li/ ntd8gy>. Acesso em: 12 dez. 2017. O livro narra a estória de Luriel, uma menina muito curiosa que mora com a mãe na cidade e, nas férias, visita os avós no campo. Nestas férias, Luriel fará novas descobertas, como a produção dos alimentos, sua procedência e descarte,

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um pouco mais sobre os produtos orgânicos e agroecológicos. Ela também vai aprender sobre o modo de vida dos quilombos, conhecer personagens da cultura tradicional, como o Saci, e entender o que são as PANCs (plantas alimentícias não convencionais). Além disso, vai viver uma aventura com sua família no processo de demarcação das terras quilombolas onde vivem.

O material é permeado de atividades para desenvolver com os estudantes; é interessante para caracterizar a vida no campo e na cidade, bem como para verificar características dos modos de produção de alimentos agroecológicos e orgânicos. Ele pode ser retomado adiante para tratar do modo de vida quilombola e do processo de demarcação de terras.

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feito em uma fábrica? As perguntas verificam o entendimento do estudo até o momento. Aproveite para revisar os assuntos em que os estudantes apresentam dificuldade.

ENCAMINHAMENTO Explique aos estudantes que o transporte de mercadorias rodoviário é considerado mais caro, pois são necessários muitos caminhões para transportar a mesma carga que um trem poderia carregar. O assunto será abordado com mais profundidade no livro do 5o ano. Atividades 2. Incentive os estudantes a levantar hipóteses sobre o transporte dessas mercadorias, de acordo com o que observam no dia a dia: se vivem em um ambiente com rios navegáveis, pode ser que respondam hidroviário; se vivem em locais onde existam muitas rodovias, poderão responder rodoviário. 3. Muitos produtos podem ser vendidos em shopping centers, em lojas especializadas e até em alguns supermercados. 4. Oriente a discussão perguntando quanto tempo um objeto comprado pela internet demora para chegar em casa e que meios de transporte são utilizados na entrega. BNCC • EF04GE04 – Reconhecer especificidades e analisar a interdependência do campo e da cidade, considerando fluxos econômicos, de informações, de ideias e de pessoas. A habilidade é parcialmente trabalhada ao abordar a circulação de produtos entre campo e cidade por meio do comércio.

• EF04GE08 – Descrever e discutir o pro-

cesso de produção (transformação de matérias-primas), circulação e consumo de diferentes produtos. A habilidade é parcialmente trabalhada ao abordar o transporte e o consumo de produtos.

COMO OS PRODUTOS CHEGAM ATÉ MIM? Você já viu que a matéria-prima produzida no campo ou extraída da natureza pode chegar às fábricas, na cidade ou no próprio campo, por meio do transporte rodoviário, ferroviário, hidroviário ou aéreo. No entanto, a maior parte das vias de circulação de produtos ou mercadorias, no Brasil, é rodoviária. As mercadorias são vendidas em lojas, armazéns, feiras livres, mercados, shopping centers, entre outros estabelecimentos comerciais.

1. Com a orientação do professor, escolha um dos produtos a seguir para realizar a atividade. Circule-o. Resposta pessoal. Tênis

Frigideira

Celular

Iogurte

2. Como você acha que o produto escolhido chega até seu local de venda? Qual é o meio de transporte utilizado? Anote suas ideias a seguir. Resposta pessoal.

3. Em que tipo de loja você encontra o produto que escolheu? Encontre na página 166 do Material Complementar apenas a foto do estabelecimento comercial referente ao objeto que você escolheu. Cole-a no espaço a seguir. Resposta pessoal.

4. Algum adulto com quem você mora já utilizou a internet para fazer compras? Converse com os colegas e com o professor. Resposta pessoal. 24

TRIFONENKOIVAN/ SHUTTERSTOCK.COM

SENSIBILIZAÇÃO • O que são matérias-primas? O que é

ATIVIDADES

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• Etapas de produção 1. Organize os estudantes em pequenos grupos e peça que cada um escolha um produto que seja encontrado na região; pode ser alimentício, para vestimenta, brinquedo ou para usos diversos. 2. Cada grupo fará uma pesquisa sobre o produto escolhido, identificando sua origem, como é produzido e por quem, e, se possível, como é transportado. 3. Depois, organizará uma pequena publicação explicando as etapas de produção por meio de textos e desenhos. Eles

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podem se inspirar no infográfico das páginas 12 e 13. 4. Na data combinada, oriente-os a compartilhar as descobertas com todo o grupo. 5. Organize um encontro com estudantes do 3o ano e, com a supervisão do professor do grupo convidado, oriente a apresentação da publicação em uma roda de conversa. 6. Por último, proponha uma conversa sobre a experiência do processo de pesquisa, elaboração da publicação e apresentação para os estudantes de outro ano.

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SENSIBILIZAÇÃO • Antes de observar as imagens desta pá-

VOCÊ CONECTADO!

gina, respondam: quais meios de comunicação vocês conhecem? A atividade visa aquecer os estudantes para o assunto da seção. Pode-se fazer na lousa uma lista com os meios de comunicação que os estudantes citarem.

{ A COMUNICAÇÃO

OS ELEMENTOS NÃO FORAM REPRESENTADOS EM PROPORÇÃO DE TAMANHO ENTRE SI. AS CORES NÃO CORRESPONDEM AOS TONS REAIS.

Outra forma de levar algo a alguém é pelos meios de comunicação. Os meios de comunicação nos colocam em contato com outras pessoas e nos dão acesso à informação, além de proporcionar diversão e entretenimento. Veja alguns exemplos dos meios de comunicação mais utilizados atualmente.

ENCAMINHAMENTO Explique aos estudantes que os meios de comunicação também são muito importantes na relação entre o campo e a cidade.

ILUSTRAÇÕES: ALEX RODRIGUES

Atividades 4. Espera-se que os estudantes indiquem que, como Bia e Luíza estão distantes, elas teriam que se deslocar por longas distâncias para se encontrar. Teriam que sair da cidade, ou do campo, serem transportadas em estradas, ou outra via de circulação, de ônibus, ou outro meio de transporte, o que levaria algum tempo. A conexão entre elas por cartas, telefonemas ou por aplicativos conectados à internet facilita a comunicação.

1. Quais dos meios de comunicação mostrados são utilizados para receber informações e divertimento? Circule-os de vermelho. Televisão, rádio, jornal, revista, celular e internet.

2. Quais dos meios de comunicação são utilizados pelas pessoas para conver-

BNCC • EF04GE04 – Reconhecer especificidades e analisar a interdependência do campo e da cidade, considerando fluxos econômicos, de informações, de ideias e de pessoas. A habilidade é parcialmente trabalhada ao abordar a circulação de informações entre campo e cidade por meio dos meios de comunicação.

sar, se conectar ou trocar informações? Circule-os de verde.

Carta, e-mail, telefone fixo e telefone celular.

3. Qual é o meio de comunicação que você mais utiliza? Resposta pessoal.

EDSON FAR

cação podem interligar pessoas que moram longe, como Bia, que mora na cidade, e Luíza, que mora no campo? Resposta pessoal.

IAS

4. Por que você acha que os meios de comuni-

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SUGESTÃO DE AVALIAÇÃO

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Retome os murais produzidos pelos estudantes no início do estudo da unidade, que caracterizam as paisagens do campo e da cidade, suas atividades econômicas, modo de vida e atividades de lazer. Observe atentamente com o grupo os elementos representados e ques-

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tione se algo mudou na forma como percebem as características de ambas as paisagens. Peça então que realizem, em pequenos grupos, um complemento para o mural, agora buscando evidenciar como as paisagens do campo e da cidade podem se conectar.

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SENSIBILIZAÇÃO

ENCAMINHAMENTO Oriente a leitura do texto em pequenos grupos. Pode-se também acompanhar a leitura coletivamente para elucidar termos que possam ser desconhecidos. Converse com os estudantes sobre a noção de impacto ambiental, que foi trabalhada no ano anterior. Se julgar necessário, retome os principais conceitos, como o de descarte inadequado de lixo, o da poluição dos rios e dos oceanos. Atividades 1. Certifique-se de que os estudantes compreenderam que, na cadeia de produção da garrafa de suco, os materiais descartados são reciclados e voltam a entrar nas fábricas de garrafas de vidro. 2. Comenta-se no texto sobre coleta seletiva de resíduos. Este tema foi trabalhado no ano anterior. Verifique o entendimento dos estudantes sobre o assunto e esclareça, se necessário, que a coleta seletiva diz respeito à separação de resíduos pelos seus diferentes materiais e à coleta para fins de reciclagem.

TEXTO COMPLEMENTAR As Feiras de Trocas de Brinquedos são uma maneira engajada e divertida de repensar a forma como consumimos, envolvendo adultos e crianças. A iniciativa faz parte do programa Criança e Consumo, do Alana, que atua desde 2006 para sensibilizar as pessoas sobre as consequências do consumismo infantil, e minimizar e prevenir os prejuízos decorrentes dele. O consumismo é uma ideologia, um hábito forjado

VOCÊ CIDADÃO! { O CONSUMIDOR CONSCIENTE Você já estudou que boa parte do que compramos e consumimos tem origem na natureza. Depois que utilizamos os produtos, geramos resíduos, que também retornam à natureza. É a sacola plástica que usamos para carregar a revista em quadrinhos da banca até nossa moradia, é a garrafa de vidro ou de plástico que descartamos depois que tomamos o suco. E os exemplos são muitos! O descarte do que compramos e usamos tem impacto na natureza. Levar em conta esses impactos ao escolher os produtos que vamos comprar, usar e descartar faz de nós agentes voluntários do cuidado com o planeta.

Resíduos: aquilo que sobra, que jogamos fora. Voluntários: quem age por vontade própria, sem obrigação ou controle.

Mas o que fazer para evitar o aumento do descarte de lixo? Veja algumas atitudes. • Em vez de comprar sempre garrafinhas de água, tenha uma garrafa que dure bastante tempo, assim pode enchê-la de água em casa. • Em vez de pegar sacolas descartáveis no supermercado, tenha uma sacola de pano ou de outro material que dure bastante para poder utilizá-la sempre. • Em vez de jogar todos os resíduos no mesmo local, separe os recicláveis. Observe novamente as imagens do processo produtivo da garrafa de suco de maçã (páginas 12 e 13). O que acontece depois do descarte do material? Converse com os colegas e com o professor. Circule os materiais que você já jogou em lixeiras de coleta seletiva. Resposta pessoal.

revista em quadrinhos

garrafa de vidro lata de alumínio

copo plástico

sacola de supermercado

ANTART/SHUTTERSTOCK.COM

1. Vocês já ouviram falar em consumo consciente? 2. Vocês se consideram consumidores conscientes? 3. O que vocês acham que consumo tem a ver com o lixo? As questões visam introduzir o tema que será abordado nas duas páginas seguintes. Elas serão respondidas a partir da leitura do texto e da realização das atividades.

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que se tornou uma das características culturais mais marcantes da nossa sociedade. Somos diariamente impactados pelas mídias de massa, que estimulam o consumo inconsequente. Por isso, e a partir das reflexões que foram surgindo ao longo do trabalho do Criança e Consumo, o programa criou a Feira de Trocas de Brinquedos em 2012, como uma alternativa ao consumo e uma maneira de estimular as crianças a trocar

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brinquedos, ao invés de só comprar. Afinal, trocar pode ser mais divertido do que comprar. A iniciativa foi elaborada para que qualquer pessoa, em qualquer lugar, consiga realizar uma Feira. Para isso, esta página reúne ferramentas que auxiliam na organização e divulgação de uma Feira de Trocas de Brinquedos. FEIRA de trocas de brinquedos. Criança e consumo. Disponível em: <http://criancaeconsumo.org.br/feira-detrocas-de-brinquedos/>. Acesso em: 11 dez. 2017.

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ENCAMINHAMENTO

Leia o texto a seguir. Você descobrirá que não é apenas com o descarte de resíduos que o consumidor consciente se preocupa.

O texto do Ministério do Meio Ambiente apresenta conceitos que podem ser complexos para os estudantes. Explique a eles o que significa ser um agente transformador da sociedade e o que seria impacto na sociedade e no meio ambiente, fornecendo exemplos. Explique também que as relações justas de trabalho têm a ver com o consumo consciente, na medida em que o processo produtivo como um todo deveria importar ao consumidor.

O consumidor consciente é aquele que leva em conta, ao escolher os produtos que compra, o meio ambiente, a saúde humana e animal, as relações justas de trabalho, além de questões como preço e marca. [...] O consumidor consciente sabe que pode ser um agente transformador da sociedade por meio do seu ato de consumo. Sabe que os atos de consumo têm impacto e que, mesmo um único indivíduo, ao longo de sua vida, produzirá um impacto significativo na sociedade e no meio ambiente. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Quem é o consumidor consciente? Disponível em: <www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/producao-e-consumosustentavel/consumo-consciente-de-embalagem/quem-e-o-consumidor-consciente>. Acesso em: 14 jul. 2017.

Atividades 3. Converse com o grupo que a imagem B diz respeito à atitude de consumo, que não é exagerado, e à personagem ter sua própria sacola para carregar os produtos. A imagem D apresenta os personagens conversando com tranquilidade e sorridentes.

Além da natureza, o texto cita também as relações justas de trabalho. Uma relação de trabalho é considerada justa quando os salários e horários de trabalho previstos por leis são respeitados tanto pelos empregadores como pelos empregados. O lugar de trabalho também é importante: deve ser adequado e não fazer mal à saúde. Tanto os empregadores como os empregados devem cumprir com suas obrigações, trabalhando nos horários combinados, mantendo os lugares limpos, respeitando os colegas e clientes, por exemplo.

BNCC • EF04GE08 – Descrever e discutir o processo de produção (transformação de matérias-primas), circulação e consumo de diferentes produtos. A habilidade é parcialmente trabalhada ao abordar o consumo consciente.

3. Circule as imagens que mostram relações de trabalho que o consumidor

VASILYEVA LARISA/SHUTTERSTOCK.COM

D VISUAL GENERATION; VASILKOVS/ SHUTTERSTOCK.COM

C

B

ANKOMANDO/SHUTTERSTOCK.COM

A

MICROBA GRANDIOZA/SHUTTERSTOCK.COM

consciente apoia.

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ATIVIDADES

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• Feira de trocas 1. Proponha aos estudantes a organização, na comunidade escolar, de uma feira de trocas de brinquedos e livros. O objetivo é trabalhar na prática a noção de consumo consciente, já que a aquisição de novos produtos por meio das trocas evita a produção de lixo e valoriza a sociabilidade. 2. Faça uma roda de conversa com os estu-

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dantes, propondo a ideia de modo que se engajem em todo o processo. Identifique o que é necessário para a organização de uma feira de trocas e, se possível, envolva professores de outros grupos. 3. Converse com a coordenação da escola para escolherem um local adequado e peça aos estudantes que façam convites e cartazes de divulgação.

CONEXÕES Para o estudante • Criança e consumo. Disponível em: <http://ftd.li/4ybj8w>. Acesso em: 11 dez. 2017. No site Criança e consumo há muitas dicas e um guia, para a organização de combinados importantes, para a realização de feira de trocas. Acesse o site para conhecê-los.

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CAPÍTULO

CONCEITOS E NOÇÕES • • • • • • •

2 A CARTOGRAFIA

Cartografia e mapeamento;

E O MAPEAMENTO DOS LUGARES

linguagem do mapa; direções cardeais; elementos do mapa; escala cartográfica;

Você se lembra da Luíza, que convidou sua amiga Bia para conhecer um lugar incrível no campo? Veja o link que Luíza mandou, pelo celular, para a amiga.

mapa de rede e fluxo; terras indígenas e comunidades quilombolas.

SENSIBILIZAÇÃO • Para que serve um mapa? Incentive o levantamento de hipóteses sobre o tema que será trabalhado ao longo de todo o capítulo. O grupo pode trazer respostas, como: o mapa serve para saber onde estamos, para conhecermos o mundo etc. Acrescente novos conteúdos progressivamente, conforme forem trabalhados. Pode-se retomar a questão ao fim do capítulo para verificar o processo de ensino-aprendizagem.

ENCAMINHAMENTO

S

O mapa que Luíza enviou mostra uma parte do Parque Superlegal. Esse tipo de mapa é chamado pictórico. Ele representa um local por meio de desenhos.

N FARIA ILUSTRAÇÕES: EDSO

Neste capítulo, trabalharemos com representações cartográficas e abordaremos a escala cartográfica apenas em sua forma gráfica, mais adequada à faixa etária e em consonância com as habilidades trabalhadas em Matemática nesta etapa, segundo a BNCC. No Manual do Professor, o talão da escala gráfica dos mapas não aparecerá com um centímetro, pois a página do Livro do Estudante foi reduzida. No entanto, a escala continuará correta, pois os mapas foram reduzidos proporcionalmente. O link para o Parque Superlegal que consta da ilustração é meramente ilustrativo; o parque mencionado não existe, caso os estudantes perguntem. Explique aos estudantes que, no campo, existem atrações de turismo, como hotéis-fazendas, parques, locais de pesca, entre outras.

• Que atrações e locais do parque você pode observar no mapa? 28

TEXTO COMPLEMENTAR

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Ser leitor de mapas significa, a nosso ver, que o sujeito é capaz de ler esse material tal como um texto escrito. Em outras palavras, significa que o leitor de mapas deve extrair significados do texto cartográfico que nele está representado. Por isso, não se pode chamar de leitura de mapas o ato de decodificar o que está representado no mapa por meio da legenda. A leitura de mapa é um processo muito mais complexo, implica decodificação de símbolos e elaboração de significados a partir de representações que foram previamente elaboradas. KATUTA, Ângela Massumi; SOUZA, José Gilberto de. Geografia e conhecimentos cartográficos. A cartografia no movimento de renovação da geografia brasileira e a importância do uso de mapas. São Paulo: Unesp, 2001. p. 133.

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SENSIBILIZAÇÃO

A LINGUAGEM DO MAPA

1. Que tipo de mapa é este? 2. Vocês já viram algum mapa semelhante a esse? 3. O que ele está representando? As questões provocam a observação e identificação do mapa e convoca os estudantes a rememorarem suas possíveis referências de mapas antigos.

Representar os lugares por meio de mapas é Cartografia: conjunto de um costume que existe há muito tempo. Estudiosos técnicas para compor mapas geográficos. da cartografia afirmam que mapas já eram confeccionados antes mesmo do surgimento da escrita. Na história da humanidade, grupos variados, em diversas partes do mundo, representavam caminhos, locais de caça, o que observavam no céu e seus astros, entre outros. Com o passar do tempo, o conhecimento sobre a Terra foi ampliado e as técnicas para representá-la também. Observe este mapa. Ele foi feito em 1507 e representa como o mundo era conhecido naquela época.

ENCAMINHAMENTO Oriente a discussão para que os estudantes percebam que os mapas que aparecem nessa dupla de páginas, apesar de serem de épocas muito diferentes e realizados com técnicas bastante distintas, representam o espaço, mas em diferentes dimensões (o primeiro, um parque, o segundo, o mundo).

BIBLIOTECA DO CONGRESSO, WASHINGTON, EUA

Atividades 2. Auxilie o grupo a compreender que são mapas de épocas muito diferentes. O mapa do parque de diversões é pictórico e é apresentado em uma tela de celular. O mapa do mundo é antigo e é apresentado em papel. Ajude os estudantes a concluírem que o mapa pictórico representa apenas uma pequena área da superfície terrestre e que não utiliza técnicas apuradas como o mapa de 1507, que representa toda a superfície terrestre conhecida naquela época. 3. Esse é um exercício introdutório de leitura de representação cartográfica. Mostre aos estudantes como a América era conhecida naquela época.

Martin Waldseemüller. World Map (1507). Disponível em: <www.loc.gov/rr/geogmap/waldexh.html>. Acesso em: 7 out. 2017.

Há séculos, técnicas de representação dos lugares foram criadas para elaborar mapas com mais precisão. Graças a essas técnicas inventadas no passado e aperfeiçoadas ao longo do tempo, atualmente podemos representar lugares por meio de um mapa em uma folha de papel ou em um tablet, notebook ou mesmo em smartphones.

1. Quem elaborou o mapa acima? Quando ele foi confeccionado? Martin Waldseemüller, em 1507.

2. Que diferenças você observa entre o mapa acima e o da página anterior? Resposta pessoal.

3. Aponte a informação no mapa de 1507 que mais lhe chamou a atenção. Resposta pessoal.

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ATIVIDADES

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• Para comparar mapas Informe aos estudantes que o autor do mapa desta página, Martin Waldseemüller (1475-1522), foi um cartógrafo alemão. Em 1507, ele elaborou o primeiro mapa em que aparece a palavra “América” para designar o Novo Continente. No alto, à esquerda, ele homenageou Claudio Ptolomeu, importante astrônomo da Antiguidade. No alto, à direita, ele homenageou o navegador Américo Vespúcio, cujas informações permitiram o conhecimento das novas terras. Explique que os códigos dos mapas atuais podem ser mais rigorosos do que o dos mapas antigos, já que hoje temos

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mais informações sobre os territórios. Porém, os mapas antigos se caracterizam por serem carregados de elementos simbólicos da época em que foram elaborados. 1. Organize os estudantes em pequenos grupos e peça-lhes que comparem o mapa de Waldseemüller com um mapa-múndi atual. Para isso, forneça um atlas para consulta a cada grupo ou providencie previamente uma cópia de um mapa-múndi para distribuir aos estudantes.

BNCC • EF04GE10 – Comparar tipos variados de mapas, identificando suas características, elaboradores, finalidades, diferenças e semelhanças. A habilidade é parcialmente trabalhada ao comparar um mapa pictórico com um mapa histórico.

2. Peça a cada grupo que primeiramente observe os detalhes de cada mapa. 3. Depois, solicite que elaborem uma lista com as principais diferenças notadas.

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SENSIBILIZAÇÃO • Você conhece as direções cardeais?

MAL JUK/ SHUTTERSTOCK.COM

N: Norte S: Sul L: Leste O: Oeste

Chamamos de leste a direção cardeal que aponta para o lado onde o Sol “nasce” todas as manhãs. Se você estender o braço direito na direção em que o Sol “nasce”, à sua frente estará o norte e atrás, o sul. Seu braço esquerdo estendido apontará para o oeste. Veja na figura.

EDSON FARIAS

Podem-se contextualizar as informações sobre as direções cardeais explicando aos estudantes que, desde os primeiros tempos da história da humanidade, homens e mulheres observavam os astros no céu. Foi assim que diferentes povos antigos perceberam que todos os dias, ao longo do ano, o Sol “aparece” mais ou menos na mesma direção e “desaparece”, ao entardecer, na direção oposta: é o movimento aparente do Sol. A partir desse conhecimento foram criados os pontos cardeais.

Observar o movimento aparente que o Sol realiza no céu todos os dias pode nos auxiliar a encontrar as direções cardeais. Mas que direções são essas? Veja a rosa dos ventos.

OS ELEMENTOS NÃO FORAM REPRESENTADOS EM PROPORÇÃO DE TAMANHO ENTRE SI. AS CORES NÃO CORRESPONDEM AOS TONS REAIS.

ENCAMINHAMENTO

{ CONHECER AS DIREÇÕES CARDEAIS

EDITORIA DE ARTE

A questão introduz o tema que será abordado e verifica o conhecimento prévio dos estudantes sobre o assunto.

VOCÊ LEITOR!

Bia acabou de acordar, ainda nem tirou o pijama! Veja que ela encontrou o leste com o braço direito. Depois disso, desenhou no chão uma rosa dos ventos. 30

ATIVIDADES

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• Sequência didática “Usando o Sol para nos localizar” Portal do Professor. Disponível em: <http://ftd.li/7qq3fi>. Acesso em: 12 dez. 2017. Os estudantes exercitarão a observação da posição do Sol no céu para localizar-se; o reconhecimento das direções Norte, Sul, Leste e Oeste; e a localização aproximada dos pontos cardeais, com base no movimento aparente do Sol. A sequência apresenta metodologia detalhada e sugestão de avaliação do processo.

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Atividades 2. Enfatize para os estudantes como as direções cardeais foram referenciais para a nomeação dos bairros de Goiânia citados. Se possível, relacione os referenciais aos bairros do município onde residem os estudantes. Muitas vezes, não é o nome do bairro que leva a direção cardeal, mas do distrito ou da zona. Às vezes até o nome do município faz referência às direções cardeais, como Iporã do Oeste e Rio do Sul em Santa Catarina, ou estados, como Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Norte, além, é claro, das grandes regiões do IBGE.

É por isso que se diz que podemos usar o Sol como referência. Se descobrirmos a direção em que ele surge no céu pela manhã, podemos encontrar todas as demais direções cardeais.

1. Ligue a questão à sua resposta. Que direção cardeal está à frente de Bia?

Norte

Em que direção cardeal o Sol surge pela manhã?

Sul

O estacionamento está em que direção cardeal?

Leste

O escorregador está em que direção cardeal?

Oeste

BNCC • EF04GE09 – Utilizar as direções cardeais na localização de componentes físicos e humanos nas paisagens rurais e urbanas. A habilidade é parcialmente trabalhada ao explicar as direções cardeais e ao identificar topônimos ligados a elas.

Bia mora na parte urbana do município de Goiânia, ou seja, na cidade. Nessa cidade há bairros com nomes muito interessantes; conheça alguns: • Leste Universitário • Norte Ferroviário • Oeste • Central • Sul • Parque Oeste Industrial

2. No município onde você vive há nomes de lugares que apresentam alguma direção cardeal? Cite exemplos. Resposta pessoal.

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LONGQUATTRO/SHUTTERSTOCK.COM

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SENSIBILIZAÇÃO • Por que é importante conhecer as dire-

ções cardeais? Converse com os estudantes sobre a importância de nos localizarmos no espaço. É um momento interessante para propor a reflexão sobre a presença da cartografia no nosso cotidiano.

VOCÊ ESCRITOR! { ENCONTRAR AS DIREÇÕES CARDEAIS O Sol serve como referência para nos localizarmos.

1. Veja a paisagem para resolver as atividades. a) Imagine-se dentro desta van, sentado no banco da frente. Se levantar o braço direito, na direção do Sol nascente, encontrará que direção cardeal?

ENCAMINHAMENTO

ERNESTO REGHRAN/PULSAR IMAGENS

Promova a correção coletiva das atividades e solicite aos estudantes que compartilhem as dificuldades que surgiram durante a realização delas.

Transporte escolar na zona rural, ou seja, no campo, em Londrina, estado do Paraná, 2016.

A direção leste.

b) Do lado oposto ao do Sol nascente será que direção cardeal? A direção oeste.

c) A van está indo em que direção cardeal? Para o norte.

2. Agora, desenhe uma rosa dos ventos para localizar elementos nos mapas. Siga as orientações a seguir.

Oeste

Leste

EDITORIA DE ARTE

Norte

Sul

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ATIVIDADES

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• Conhecer a planta do bairro da escola

referência do espaço cotidiano, além dos Faça uma sequência de atividades com a caminhos que percorrem para chegar à esplanta do bairro onde a escola se localiza. cola. Faça um roteiro com questões do tipo: Pesquise previamente a planta do bairro da 1. Minha casa está a [lacuna] (ponto cardeal) escola na internet ou em um Guia de Ruas. da escola. O material pode ser fotocopiado e, sobre ele, pode ser usada novamente a rosa dos 2. A padaria está a [lacuna] da escola. 3. A praça está a [lacuna] da escola. ventos confeccionada pelos estudantes. Esse tipo de atividade aproxima os conheCom base na leitura da planta e da rosa dos ventos, os estudantes podem situar as cimentos escolares dos espaços de vivência e direções cardeais e trabalhar com pontos de das experiências dos estudantes.

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Atividades 1. Note que os estudantes terão de se projetar para apontar o braço direito em direção ao Sol nascente. Auxilie aqueles que apresentarem dificuldades nas relações projetivas. 2. Oriente os estudantes a usarem papel transparente nesta atividade e auxilie na fixação do papel sobre o livro para o desenho ficar preciso. Explique a eles que essa rosa dos ventos deve ser guardada, pois poderão usá-la em diferentes atividades. 3. Explique aos estudantes, se julgar adequado, que é uma convenção cartográfica posicionar os mapas com o Norte voltado para a parte superior. No planeta Terra, que é arredondado, não existe “em cima” ou “embaixo”. Por isso é sempre importante observar como está orientado o mapa, ou seja, observar a rosa dos ventos para ver de que lado está o norte.

a) O professor entregará a você alguns materiais. b) Fixe o papel transparente sobre a rosa dos ventos da página 32. Para isso, use os clipes. c) Trace a rosa dos ventos no papel transparente. Lembre-se de anotar também as direções cardeais. d) Pinte sua rosa dos ventos para que fique bem bonita. Quando estiver pronta, recorte-a.

3. Coloque a rosa dos ventos que você acabou de fazer no centro da planta a seguir, com o norte voltado para o lado de cima da página. Cite um elemento que fica na direção:

ALLMAPS

LESTE UNIVERSITÁRIO, GOIÂNIA (2017) 49º 14’ 26’’ O

uera

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ST. CENTRAL

n Av. A

060

060

a

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v 5ª A

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153

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JD. NOVO

Praça Universitária

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Áreas verdes v 1ª A

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n Av. U

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15

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ivers

n Av. U

16º 40’ 48’’ S

Biblioteca Estádio

a

v 5ª A

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Hospital

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venid 11ª A

Museu

a 060

Al.

Ruas e avenidas

12ª Avenida

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ida en Av 6ª a venid 7ª A a venid 9ª A

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ST. SUL

BNCC • EF04GE09 – Utilizar as direções cardeais na localização de componentes físicos e humanos nas paisagens rurais e urbanas. A habilidade é trabalhada com a confecção da rosa dos ventos e sua aplicação sobre o mapa para identificar elementos cartografados.

Rodovia

os

éS

240

eb

ba

Rua 2

JD. GOIÁS

153

Elaborado com base em: GOOGLE MAPS. Disponível em: <https:// maps.google.com.br/>. Acesso em: 13 jul. 2017.

a) leste – Rodovia 153

.

b) oeste – Avenida Universitária

.

c) norte – Avenida Anhanguera

.

d) sul – Rua 2

. 33

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SENSIBILIZAÇÃO

OS ELEMENTOS DO MAPA Para que possamos compreender as informações de um mapa, foram criadas algumas convenções, ou seja, existem alguns elementos que aparecem nos mapas do mundo todo. Assim podemos compreender mapas criados por diferentes pessoas em diversos locais do planeta. Conheça agora alguns desses elementos! BRASIL: PECUÁRIA BOVINA (2014) SÔNIA VAZ

1. Com um mapa em mãos, o que você olha primeiro? 2. Por onde podemos começar a entender o que um mapa quer comunicar? 3. Você e seus familiares já usaram mapas em alguma situação? Qual? As perguntas situam o repertório dos estudantes sobre o tema e quais são suas experiências com mapas.

VENEZUELA

SURINAME

COLÔMBIA

50° O GUIANA FRANCESA (FRA)

GUIANA AMAPÁ

RORAIMA

Equador

ENCAMINHAMENTO

MARANHÃO

Explore o mapa da página com os estudantes. Cerifique-se de detalhar seus elementos para realizar a leitura, como:

• Segundo identificamos pelo título, o local representado é o Brasil, seu assunto é a criação de gado (pecuária bovina) e a data dos dados é o ano de 2014. • Por meio da leitura da fonte, observamos que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi o autor do mapa. Esse órgão é oficial, o que confere confiabilidade aos dados do mapa. Podemos ver também que o mapa foi publicado no Atlas geográfico escolar, em 2016. • Por meio da leitura da rosa dos ventos, verificamos que o Oceano Atlântico está a leste e a oeste estão países da América do Sul. • Na legenda, vemos o símbolo do boi em três tamanhos diferentes. O boi maior indica maior rebanho de gado; o pequeno, o menor rebanho, e assim por diante. Pode-se perceber que a maior parte dos rebanhos está no centro e a oeste no Brasil.

PARÁ

AMAZONAS

O título indica o local, o assunto e a data do que está representado no mapa.

RIO GRANDE DO NORTE

CEARÁ

PARAÍBA

PIAUÍ ACRE

PERNAMBUCO ALAGOAS

TOCANTINS

RONDÔNIA MATO GROSSO

SERGIPE BAHIA

PERU DISTRITO FEDERAL

MINAS GERAIS

SANTO SÃO PAULO

PARAGUAI

córnio

de Capri

PARANÁ SANTA CATARINA

CHILE

RIO DE JANEIRO

Rebanho bovino (1 000 cabeças) Pequeno 401 a 800 Médio

ARGENTINA

0

ESPÍRITO

MATO GROSSO DO SUL

OCEANO PACÍFICO Trópico

OCEANO ATLÂNTICO

GOIÁS

BOLÍVIA

RIO GRANDE DO SUL

370

801 a 1 700

Grande

1 701 a 3 673 Limite estadual Fronteira internacional

URUGUAI

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 131.

A rosa dos ventos é chamada, em um mapa, orientação. Ela serve para indicar as direções cardeais. Para ler corretamente as direções cardeais, você deve imaginar a rosa dos ventos no centro do mapa. Nesse mapa, o Oceano Atlântico está a leste. A maior parte dos rebanhos está a oeste do Brasil.

A fonte indica onde o mapa foi publicado. Esse é um elemento importante, pois é o que nos dá confiança de que os dados do mapa estão corretos.

A legenda nos explica o significado dos símbolos que aparecem no mapa. Indica o que significam as linhas, as cores e os demais símbolos.

34

TEXTO COMPLEMENTAR [...] Os primeiros [mapas] eram feitos de madeira, esculpidos ou pintados, ou desenhados sobre a pele de animais. Suas funções incluíam conhecer as áreas dominadas e as possibilidades de ampliação das fronteiras, demarcar territórios de caça e representar a visão de mundo que esses povos tinham. [...] Mais do que uma ferramenta de orientação e localização, os mapas se transformaram num recurso importante para a expansão das civili-

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zações, e o seu desenvolvimento foi colocado a serviço do poder. Eles foram fundamentais para a definição de estratégias militares e para a conquista de outros povos. Na época das grandes navegações e dos descobrimentos marítimos (entre os séculos 15 e 16), por exemplo, os cartógrafos estavam presentes em cada expedição realizada. Sua função não era exatamente ajudar na localização, mas registrar e tornar pública a descoberta de novos territórios.

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A cartografia nunca foi uma ciência neutra, que representa exatamente o espaço ou a realidade. Por trás de todo mapa, há um interesse (político, econômico, pessoal), um objetivo (ampliar o território, melhorar a área agrícola etc.) e um conceito (o direito sobre determinada região, o uso do solo etc.). [...] MOÇO, Anderson. A história dos mapas e sua função social. 1o jun. 2011. Nova Escola. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/347/a-historia-dosmapas-e-sua-funcao-social>. Acesso em: 12 dez. 2017.

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ENCAMINHAMENTO

1. Com a ajuda do professor, leia o mapa.

Se julgar adequado, promova a leitura coletiva do mapa antes ou depois de os estudantes resolverem as atividades, dependendo do que você percebe de envolvimento do grupo com o tema. Peça aos estudantes que leiam o título, que informa que o mapa se refere ao estado da Bahia e que seu tema é o cultivo de bananas no ano de 2013. Depois, leiam a fonte do mapa, que indica que foi publicado no Atlas geográfico escolar do IBGE. Em seguida, leia a legenda, que é mais complexa do que a do mapa anterior, pois o símbolo empregado é abstrato e não pictórico. Informe a eles que, quanto maior o círculo, maior é a produção de bananas.

VESPÚCIO CARTOGRAFIA

BAHIA: CULTIVO DE BANANA (2013) 40°O 50°O PERNAMBUCO

PIAUÍ

ALAGOAS

10°S 10°S TOCANTINS SERGIPE

BAHIA

Salvador GOIÁS

OCEANO ATLÂNTICO

Capital estadual

MINAS GERAIS

Limite estadual Produção municipal de banana (mil toneladas)

BNCC • EF04GE09 – Utilizar as direções cardeais na localização de componentes físicos e humanos nas paisagens rurais e urbanas. • EF04GE10 – Comparar tipos variados de mapas, identificando suas características, elaboradores, finalidades, diferenças e semelhanças. As habilidades são parcialmente trabalhadas ao propor a leitura do conteúdo do mapa.

Grande (100,1 a 158,4) Média (50,1 a 100,0) Pequena (10,0 a 50,0)

0

110

ESPÍRITO SANTO

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 129.

a) Qual é o assunto do mapa? E o ano dos dados? O cultivo de banana na Bahia, em 2013.

b) Qual elemento do mapa você consultou para identificar esses dados? O título.

c) Onde o mapa foi publicado? No Atlas geográfico escolar do IBGE.

Grande Pequena

Média

VESPÚCIO CARTOGRAFIA

d) Escreva a seguir o que significa cada símbolo da legenda.

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SUGESTÃO DE AVALIAÇÃO

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Para avaliar o conteúdo trabalhado até o momento, solicite aos estudantes a seguinte atividade, em pequenos grupos.

3. Imprimam-no ou copiem-no em um papel transparente e, depois, colem o mapa em seus cadernos.

1. Façam uma pesquisa em jornais, em atlas, na internet ou em guias de rua para escolher um mapa de algum local pelo qual vocês se interessam. 2. Verifiquem se ele tem os elementos estudados até o momento, como título, legenda, fonte, orientação.

4. Destaquem com a cor vermelha o título; com a cor azul, a fonte; com a cor verde, a orientação; com a cor laranja, os símbolos que aparecem na legenda. 5. Anotem abaixo do mapa o significado dos símbolos presentes na legenda.

6. Escrevam algumas linhas sobre o que este mapa comunica. 7. Apresentem a produção de vocês ao restante dos colegas. Com a atividade é possível verificar como está o desenvolvimento da habilidade de identificação dos elementos do mapa e sua leitura.

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SENSIBILIZAÇÃO

A ESCALA

1. Quanto é preciso reduzir a sala de aula para que ela caiba desenhada em uma folha do caderno? 2. E um mapa do seu bairro? Quanto precisamos reduzir um espaço real para que ele caiba desenhado em uma página do livro? As perguntas pretendem verificar o conhecimento prévio dos estudantes e instigá-los para a temática das próximas páginas.

Observe a sequência de imagens a seguir e os textos que as acompanham.

IMAGE ©2017 DIGITALGLOBE

1

ENCAMINHAMENTO

Imagem de satélite da praça Catedral no Bairro Setor Comercial, município de Sinop, estado de Mato Grosso, 2017.

PRAÇA CATEDRAL (2017) Planta da praça do mesmo local.

55 º 30’ O

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A escala de uma planta ou de um mapa indica quantas vezes o local foi reduzido para ser desenhado no papel, na tela do computador ou do celular. Repare como os números da escala mudam de um mapa para o outro nessas páginas.

11º 51’ S

Restaurante Ruas/avenidas

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Fórum estadual

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Atividades 1. Os estudantes podem observar que a representação 1 se assemelha a uma fotografia e apresenta detalhes da vegetação, tipos de construções etc. na vista vertical, ou seja, do alto, de cima para baixo. A representação 2 é cartográfica. Trata-se de uma planta da Praça Catedral.

s Itaú

bas

Essas páginas ampliam os conteúdos sobre os mapas apresentando representações espaciais em uma escala decrescente. Primeiramente é vista a imagem de satélite e, em seguida, a representação cartográfica do mesmo local mostrado na imagem de satélite: a Praça Catedral, no bairro Setor Comercial, no município de Sinop, estado de Mato Grosso. Peça aos estudantes que se organizem em duplas para acompanhar a leitura dos mapas e dos textos. Auxilie e acompanhe este processo e verifique como se dá o entendimento da noção de escala.

0

40

Fonte: GOOGLE MAPS. Disponível em: <www.google.com.br/maps>. Acesso em: 30 out. 2017.

1. Que semelhanças e diferenças você observa entre a representação 1 e a representação 2? 36

TEXTO COMPLEMENTAR Como fazer uma representação em que os objetos conservem entre si as mesmas relações de proporção que mantêm na realidade? Usando uma escala. Aparentemente simples, esta resposta aborda uma das questões mais complexas da representação espacial. Sua devida consideração requer que se tenha claro o que é escala e quais as aquisições necessárias à apropriação desse conceito. Além disso, e aqui está o ponto principal, é necessário inserir o ensino da escala, no contexto de repre-

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sentação espacial por escolares, de maneira que esse conceito torne-se útil e significativo [...] Para os cartógrafos, a escala indica quanto os comprimentos foram reduzidos do terreno para o mapa. Ela expressa a proporção existente entre essas duas medidas. Um comprimento D do terreno será representado no mapa por um comprimento menor “d”. A escala de representação será, portanto, E = d/D. E pode ser expressa de maneira numérica e/ou graficamente.

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É importante notar que a escala não é a mesma em todo o mapa. Nos mapas de “escala grande” (que representam áreas pequenas) essa variação pode não ser muito significativa, mas nos mapas em que houve muita redução, como os regionais ou mesmo continentais, a escala varia bastante ao longo da sua superfície. ALMEIDA, Rosângela Doin de. Do desenho ao mapa: iniciação cartográfica na escola. 4. ed. São Paulo: Contexto, 2010. p. 91.

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ENCAMINHAMENTO 55º 30’ O 55º 30’ O

3

11º 50’ S 11º 50’ S

Av. d Av. das Fig as Figueira ueiras s

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JARDIM JARDIM MARINGÁ MARINGÁ

Fórum Fórumestadual estadual Hospital Hospital

ST. ST.RES. RES.SUL SUL 0 0

Peça aos estudantes que identifiquem as diferenças de cada representação, verificando se localizam os elementos da linguagem cartográfica trabalhados até o momento. Discuta o que é possível observar em cada tipo, analisando o que cada uma permite ver e o que cada uma omite. Pode-se aprofundar a leitura das representações por meio das questões da Sugestão de avaliação. Chame a atenção dos estudantes para a unidade de medida aplicada em cada uma das escalas; apesar de a escala do mapa 4 apresentar o menor número absoluto, a unidade de medida é o quilômetro, enquanto as demais estão em metro. Se necessário, faça a conversão das escalas para a mesma unidade de medida.

Nesta planta é possível perceber que a Praça Catedral ficou bem menor do que na planta da página 36.

JARDIM JARDIMIMPERIAL IMPERIAL

AA v.v.dd asasItIt aúbas aú bas

MAPAS: ALLMAPS

BAIRRO SETOR COMERCIAL (2017)

Hotel Hotel Igreja Igreja

225 225

Ruas/Avenidas Ruas/Avenidas Supermercado Supermercado

Fonte: GOOGLE MAPS. Disponível em: <www.google.com.br/maps>. Acesso em: 30 out. 2017.

SINOP (2017)

4

Atividades 2. Espera-se que os estudantes respondam que no mapa 3 é possível observar mais detalhes, já que a escala é maior. A planta representa o bairro e possibilita identificar nomes de algumas avenidas, dos bairros vizinhos, o desenho das quadras e a Praça Catedral. Permite, também, identificar e localizar outros elementos da paisagem urbana, como supermercado, hospital etc.

Neste mapa, a área representada é tão grande que já não dá mais para ver a praça. No máximo, conseguimos ver o bairro. E bem pequeno! É por isso que dizemos que a escala deste mapa é bem menor. Porque quanto menor é a escala do mapa, menor é o detalhe que podemos perceber nele.

55º 28’ O

TABAPORÃ

ITAÚBA

CLÁUDIA SINOP

IPIRANGA DO NORTE

11º 53’ S

SANTA CARMEM

BNCC • EF04GE10 – Comparar tipos variados de mapas, identificando suas características, elaboradores, finalidades, diferenças e semelhanças. A habilidade é parcialmente trabalhada ao propor a comparação de mapas com diferentes escalas.

SORRISO

Campo Cidade Setor Comercial 0

Rodovia Limite municipal

VERA

10

Fonte: PREFEITURA MUNICIPAL DE SINOP. Plano diretor de desenvolvimento integrado do município de Sinop. Sinop, 2006. p. 128.

2. Em que mapa é possível observar mais detalhes, como o traçado das ruas, no mapa 3 ou no mapa 4? 37

SUGESTÃO DE AVALIAÇÃO

D1-GEO-F1-1075-V4-U1-008-047-LA-M18-AVULSAS.indd 37

13/04/18 15:30

Organize os estudantes em duplas e peça-lhes que observem detalhadamente a sequência numerada das representações espaciais presentes nessa dupla de páginas. Proponha aos estudantes as seguintes atividades, no caderno.

2. Abaixo dos títulos, desenhem os talões das escalas gráficas dos mapas, com seus valores.

1. Anotem o título de cada mapa. Praça Catedral (2017) Bairro Setor Comercial (2017) Sinop (2017)

Indicam quantas vezes os locais foram reduzidos para serem representados.

Auxilie os estudantes a representarem os talões com 1 cm cada um e a reproduzirem os números corretamente. 3. O que esses valores indicam?

4. O mapa cujo número apresentado na escala é maior apresenta uma área gran-

de ou pequena em relação aos demais? Com poucos ou muitos detalhes? Apresenta uma área grande, com poucos detalhes. 5. Em qual dos mapas é possível ver a Praça Catedral com mais detalhes? No mapa 2. 6. Em qual mapa não é possível ver a Praça Catedral? No mapa 4.

37

D2-GEO-F1-1075-V4-U01-008-047-MPE-M19.indd 37

4/25/18 11:14 AM


1. Para que serve a escala? 2. O que ela determina no mapa? Por meio dessas atividades, pode-se propor um exercício de reflexão sobre a função da escala em um mapa. Se necessário, enfatize que a escala mostra quantas vezes um espaço real foi reduzido para caber em um mapa.

Como você já estudou, a escala de uma planta ou de um mapa indica quantas vezes o local foi reduzido.

0

ENCAMINHAMENTO

A escala tem um centímetro. E cada centímetro, na escala do mapa a seguir, vale 115 quilômetros na realidade.

Observe, com base nos mapas a seguir, que os números da escala aumentam enquanto os detalhes do mapa diminuem! MATO GROSSO: MUNICÍPIOS (2017) VESPÚCIO CARTOGRAFIA

Converse com os estudantes sobre a régua e verifique quanto estão familiarizados com a noção da unidade de medida em centímetros. Uma vantagem da escala gráfica é sua fácil leitura, permitindo a determinação da distância por comparação. Nesse segmento de ensino não é comum o uso de escala numérica, pois ela é apresentada por uma divisão ainda complexa para os estudantes dessa faixa etária.

115

CHUHASTOCK/SHUTTERSTOCK.COM; EDITORIA DE ARTE

SENSIBILIZAÇÃO

60° 60°O O

AMAZONAS

PARÁ

TOCANTINS

10° S

RONDÔNIA M AT O G R O S S O

GOIÁS BOLÍVIA

Sinop Limite municipal Limite estadual Fronteira internacional

MATO GROSSO DO SUL

0

115

Fonte: IBGE. Cidades. Disponível em: <www.cidades.ibge.gov.br/xtras/ uf.php?lang=&coduf=51&search=mato-grosso>. Acesso em: 22 jul. 2017.

38

TEXTO COMPLEMENTAR [...] O que nos interessa, portanto, são as escalas cartográficas que indicam a relação entre uma distância no mapa e sua respectiva distância real. Essa relação é expressa de duas maneiras: através da escala gráfica, aquela linha reta chamada de talão, arbitrariamente dividida em porções iguais que representam determinadas unidades de medida e exercem a função de uma régua, e através da escala numérica composta de um numerador (sempre ‘1’ quando há uma redução) e o denominador que informa o fator de redução. [...]

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A escala, portanto, nos transmite uma ideia de dimensão. Atrás da escala numérica de 1:100 000 (1 para 100 000) esconde-se uma relação entre a representação da realidade e a realidade representada. 1:100 000 significa que a realidade que eu represento no mapa foi reduzida em 100 000 vezes. Quando a distância medida no mapa tem um comprimento de um palito, a respectiva distância real seria uma fileira 100 000 palitos alinhados um após o outro. Uma distância de 1 centímetro no mapa corresponde a 100 000 centímetros no espaço real, e 100 000

11/04/18 18:06

centímetros equivalem a 1 000 metros ou 1 quilômetro. [...] Outro erro comum é a confusão entre escala grande e escala pequena. Muitas pessoas pensam que uma escala de 1:100 000 é maior do que uma escala de 1:1 000, porque 100 000 é maior do que 1 000. A escala cartográfica, portanto, é uma relação (numerador sobre denominador, “1 sobre algum valor”). Assim, “1 sobre 100 000” é menor do que “1 sobre 1 000”. [...] SEEMANN, Jorn. Carto-crônicas: uma viagem pelo mundo da cartografia. Fortaleza: Expressão, 2013. p. 67-68.

38

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Atividades 3. Vale a pena reforçar que o mapa em que a realidade foi muito reduzida apresenta uma escala pequena, pois mostra menos detalhes. Os mapas de uma escala grande apresentam pouca redução da realidade mapeada e por isso mostram mais detalhes. O mapa do Brasil, que possui menor escala do que os anteriores, é propício para identificar a divisão político-administrativa, os nomes, localizações e comparar visualmente tamanhos dos estados e do Distrito Federal. No mapa de Mato Grosso, é possível identificar, por exemplo, onde há mais concentração de municípios. Já na representação do bairro Setor Comercial, das páginas anteriores, é possível identificar ruas de parte do centro do município de Sinop, o que não é perceptível nos mapas de menor escala, como o do estado de Mato Grosso. Pode-se dizer que as escalas diferentes evidenciam as intenções do mapeador, afinal, a partir delas tornam-se visíveis mais ou menos detalhes dos espaços representados.

Por meio da escala, podemos ter ideia do tamanho real do espaço que foi mapeado. Com isso, podemos ter informações de distância de percursos e do tamanho das áreas.

3. Compare os dois mapas para resolver as atividades. a) Qual mapa apresenta o número maior na escala? O mapa do Brasil.

b) Qual mapa mostra a maior área e, por isso, menos detalhes? O mapa do Brasil.

4. Junte-se a um colega e discutam a seguinte questão. Depois, contem aos demais colegas e ao professor. • Para que servem mapas com escalas tão diferentes? Resposta pessoal.

ALLMAPS

BRASIL: POLÍTICO 50° O

VENEZUELA

GUIANA FRANCESA (FRA) SURINAME

GUIANA COLÔMBIA

RORAIMA

AMAPÁ

Equador

PARÁ

AMAZONAS

CEARÁ RIO GRANDE DO NORTE

MARANHÃO

PIAUÍ ACRE

PERU

ALAGOAS

TOCANTINS

SERGIPE

RONDÔNIA DISTRITO FEDERAL

BOLÍVIA

GOIÁS MINAS GERAIS MATO GROSSO DO SUL

Trópico de Capricórnio

BNCC • EF04GE10 – Comparar tipos variados de mapas, identificando suas características, elaboradores, finalidades, diferenças e semelhanças. A habilidade é parcialmente trabalhada ao apresentar mapas de diferentes escalas.

BAHIA

MATO GROSSO

OCEANO PACÍFICO

PARAÍBA PERNAMBUCO

SÃO PAULO

PARAGUAI

OCEANO ATLÂNTICO ESPÍRITO SANTO RIO DE JANEIRO

PARANÁ

CHILE

SANTA CATARINA

ARGENTINA Mato Grosso Limite estadual

RIO GRANDE DO SUL

URUGUAI 0

425

Fronteira internacional

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 90.

39

CONEXÕES

D1-GEO-F1-1075-V4-U1-008-047-LA-M18.indd 39

11/04/18 18:06

Para o professor • Univesp TV. Cartografia: Atlas. Disponível em: <http://ftd.li/fjyitp>. Acesso em: 12 dez. 2017. O programa aborda duas pesquisas que se baseiam em escalas de representação diferentes e a partir delas desenvolve estudos que trazem especificidades relacionadas à escolha da escala: um atlas trabalha a escala do país e o outro, a escala do município.

39

D2-GEO-F1-1075-V4-U01-008-047-MPE-M19_AVU.indd 39

4/26/18 3:07 PM


SENSIBILIZAÇÃO • É possível ler um mapa assim como le-

mos um texto? O objetivo da pergunta é estimular a reflexão sobre a leitura como um processo de interpretação de códigos.

ENCAMINHAMENTO Organize os estudantes em duplas ou pequenos grupos para fazer a leitura do mapa. Promova uma leitura coletiva e detalhada da legenda do mapa, que é bastante complexa. Peça aos estudantes que identifiquem no mapa cada um dos símbolos da legenda e que indiquem uma Unidade da Federação que se destaca em relação à quantidade de portos, aeroportos, terminais hidroviários, hidrovias, rodovias e ferrovias. As atividades evidenciam como a representação cartográfica auxilia na análise de aspectos do espaço geográfico. Se julgar adequado, pode-se pedir aos estudantes que se organizem em duplas para resolvê-las.

O MAPA DE REDE O mapa a seguir apresenta algumas vias de circulação do Brasil, além dos maiores portos, aeroportos e terminais hidroviários. Essas vias interligam diversos locais do Brasil. Elas passam por muitas áreas urbanas de diferentes tamanhos e por diversas áreas rurais. Nelas transitam muitos veículos que transportam pessoas e mercadorias do campo para as cidades, das cidades para o campo e entre cidades no Brasil, além de outros locais, fora do país. BRASIL: REDES DE TRANSPORTE (2014) VENEZUELA

SURINAME GUIANA

50° 50°O O

FRANCESA (FRA)

COLÔMBIA

GUIANA AMAPÁ RORAIMA

Equador

CEARÁ

AMAZONAS PARÁ

RIO GRANDE DO NORTE

MARANHÃO PARAÍBA

PIAUÍ PERNAMBUCO ACRE

ALAGOAS SERGIPE

RONDÔNIA

TOCANTINS

BAHIA

MATO GROSSO

PERU GOIÁS

DF

BOLÍVIA

OCEANO ATLÂNTICO

MINAS GERAIS MATO GROSSO DO SUL

ESPÍRITO SANTO

OCEANO PACÍFICO RIO DE JANEIRO

apricórnio

PARAGUAI

CHILE Maiores portos Aeroportos Terminal hidroviário Rodovia Hidrovia Ferrovia Limite estadual Fronteira internacional

PARANÁ

SÃO PAULO

SANTA CATARINA

ARGENTINA

RIO GRANDE DO SUL

URUGUAI

0

290

VESPÚCIO CARTOGRAFIA

eC Trópico d

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 143.

40

TEXTO COMPLEMENTAR

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) emplaca 2013 com uma nova carta na manga: a Base cartográfica para o território nacional em escala 1:250 000 (BC250) [...] o mais detalhado conjunto de mapas já produzido para representar toda a extensão territorial do país. Complexo? Breve iniciação à cartografia: quanto menor o denominador, maior a escala; e quanto maior a escala, mais preciso será o mapeamento. Aumentar a escala de um mapa, portanto, significa

18/04/18 10:53

“aumentar o zoom” na imagem que vemos representada. Temos assim melhores detalhes e informações mais acuradas sobre o terreno. “O conhecimento aprofundado e preciso do território é indispensável para nortear a atuação governamental”, comenta o engenheiro cartógrafo Marcelo Maranhão, da Coordenação de Cartografia do IBGE.[...] Tudo começa com as fontes primárias – que podem ser imagens de satélite ou fotografias aéreas. Para a BC250, foram usadas capturas do

40

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4/25/18 11:14 AM


Atividades 3. Os estudantes podem usar novamente a rosa dos ventos elaborada anteriormente para auxiliar nesta atividade de identificação de elementos em relação às direções cardeais. 6. Retome, se necessário, os conteúdos trabalhados no capítulo anterior, ressaltando a importância das vias de circulação nas diferentes etapas do processo produtivo, desde a extração e transporte de matéria-prima às indústrias, até a distribuição e comercialização de mercadorias, garantindo e possibilitando a inter-relação econômica entre campo e cidade. Aponte, também, a importância das redes de transporte para a circulação de pessoas.

1. Com base no mapa, desenhe nos espaços indicados como cada elemento relacionado aos meios de transporte foi representado. Maiores portos

Terminais hidroviários

Hidrovias

Rodovias

Aeroportos

Ferrovias

2. Escolha o meio de transporte que você mais utiliza e crie um símbolo para representá-lo.

Resposta pessoal.

3. Imagine que você está no aeroporto de Brasília. Utilize a rosa dos ventos para responder às questões.

BNCC • EF04GE04 – Reconhecer especificidades e analisar a interdependência do campo e da cidade, considerando fluxos econômicos, de informações, de ideias e de pessoas. A habilidade é parcialmente trabalhada por meio da reflexão acerca do papel das redes na interligação do campo com a cidade e vice-versa.

a) Em que direção cardeal está o porto do Rio de Janeiro? Sul. b) Em que direção está o aeroporto do Amapá? Norte. c) Em que direção está a maior parte das rodovias? Leste. d) Em que direção estão as hidrovias mais longas? Norte.

4. Desenhe a seguir a escala do mapa. Você precisará de uma régua.

0

• EF04GE09 – Utilizar as direções cardeais na localização de componentes físicos e humanos nas paisagens rurais e urbanas. A habilidade é parcialmente trabalhada ao propor a localização de elementos cartografados em relação às direções cardeais.

290

• EF04GE10 – Comparar tipos variados de mapas, identificando suas características, elaboradores, finalidades, diferenças e semelhanças. A habilidade é parcialmente trabalhada ao propor a leitura do mapa de redes de transporte no Brasil.

5. Qual é o título do mapa? Brasil: redes de transporte (2014). 6. Como as vias de transportes servem para interligar o campo e a cidade? Converse com os colegas e o professor. Ao possibilitarem o trânsito de veículos

que transportam mercadorias e pessoas entre o campo e as cidades.

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satélite estadunidense Landsat 7 [...]. “Essas imagens são ideais para mapeamentos em escala 1:250 000, pois as feições do terreno são retratadas em nível de detalhe bastante satisfatório”, explica Maranhão. E aqui vem um ponto importante: como a superfície da Terra é esférica, toda imagem planificada traz algum grau de distorção geométrica – que precisa ser corrigida. Inicia-se então exaustivo trabalho de campo. Técnicos visitam centenas de localidades, estudam as coordenadas geográficas

41

18/04/18 10:54

e as inserem em métodos matemáticos capazes de atenuar distorções da imagem original do satélite. “Uma vez corrigidas as imprecisões, tem início a interpretação das imagens”, diz o pesquisador do IBGE. Nessa etapa, um time de especialistas analisa as feições do terreno e dá forma final aos mapas que integrarão a base cartográfica. [...] KUGLER, Henrique. Escala maior. Ciência Hoje. Disponível em: <www.cienciahoje.org.br/revista/materia/ id/725/n/escala_maior>. Acesso em: 12 dez. 2017.

41

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4/25/18 11:14 AM


SENSIBILIZAÇÃO 1052-GEO-V4-U01-LA-M010 mapa pode representar um movi• Um Inserir mapa da rede de transporte no Brasil. Simplifi car o mapa: inserir apenas os

portos maiores (eliminar os menores); unificar os aeroportos internacionais mento populacional? E um(colocar fluxoos de mere os nacionais do mesmo tamanho); Terminais hidroviários; Estradas pavimentadas cadorias? (eliminar as demais); Hidrovias e Ferrovias. Entra grande na página. Se o mapa ficar simplificado demais (pelado), inserir também as rodovias não pavimentadas. Inserir As perguntas suscitam a curiosidade toda a convenção cartográfica usual da editora [escala, legenda, 1 par de coordenadas dos estudantes e simples introduzem o tema que geográficas, orientação com rosa dos ventos (só com os pontos cardeais, sem os colaterais), com o “N” cotado]. Não inserir macrolocalizador. NOVO será abordado. Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2017. p. 143. DATA

ENCAMINHAMENTO A dupla de páginas trata da aplicação da linguagem cartográfica para representar conteúdos com temáticas específicas e dar visualidade a um volume de informações de maior complexidade. Oriente os estudantes a observar o significado das linhas, suas espessuras e cores no mapa. Certifique-se de que compreenderam que este mapa aborda apenas os meios de transporte de carga aéreos. Promova a leitura coletiva da legenda para que todos os estudantes compreendam o que significam os fluxos.

O MAPA DE FLUXO O mapa a seguir é um pouco diferente dos que você viu anteriormente. É um mapa de fluxo aéreo de cargas no Brasil. Diversos produtos no Brasil e no mundo são transportados por aviões, como os alimentos colhidos no campo que seguem para cidades distantes. Isso porque alguns alimentos são perecíveis, ou seja, podem estragar rapidamente, e, como o avião se desloca com muita velocidade, é o meio escolhido para a entrega desses alimentos a longas distâncias. BRASIL: FLUXOS AÉREOS DE CARGA (2010) 50°O 50°O

GUIANA

VENEZUELA

SURINAME COLÔMBIA

GUIANA FRANCESA (FRA)

Boa Vista Macapá

Equador

0° 0° Belém São Luís

Manaus

Fortaleza Teresina Natal João Pessoa Porto Velho

Recife Palmas

Rio Branco

Maceió Aracaju

PERU Salvador Cuiabá

BRASÍLIA Goiânia

OCEANO ATLÂNTICO

BOLÍVIA Belo Horizonte

Campo Grande

OCEANO PACÍFICO

Vitória

PARAGUAI o Trópic

de Cap

São Paulo

ricórnio

Rio de Janeiro

Curitiba

CHILE

Florianópolis

Porto Alegre

Baixo Médio Alto

URUGUAI

Limite estadual

0

305

Fronteira internacional

VESPÚCIO CARTOGRAFIA

ARGENTINA Fluxo

Fonte: IBGE. Logística dos transportes 2014. Rio de Janeiro, 2014. Disponível em: <ftp://geoftp. ibge.gov.br/organizacao_do_territorio/redes_e_fluxos_geograficos/logistica_dos_transportes/mapa_ LogTransportes_5mi.pdf>. Acesso em: 17 jul. 2017.

42

ATIVIDADES

D1-GEO-F1-1075-V4-U1-008-047-LA-M18.indd 42

• Visita ao site do IBGE 7 a 12

a) O que é o IBGE 7 a 12?

O site apresenta informações sobre o Brasil e os brasileiros, com conteúdo sobre o país: sua divisão territorial, sua localização no continente, seu espaço geográfico, suas riquezas naturais e as características de seu povo. Disponibiliza também: brincadeiras, mapas, material para pesquisa. Disponível em: <http://ftd.li/4hkffh>. Acesso em: 12 dez. 2017.

b) Que tipo de informação ele apresenta?

1. Faça um pequeno roteiro para a navegação dos estudantes no site:

c) Procure informações sobre o seu estado. d) Escolha um tema para aprofundar e faça um breve registro do que pesquisou. 2. Peça aos estudantes que apresentem sua pesquisa para todo o grupo. Converse sobre a importância do IBGE e ressalte o fato de como os dados levantados por ele são importantes referências para a elaboração de mapas.

TEXTO COMPLEMENTAR

11/04/18 18:06

O texto de Milton Santos aborda a importância e intensificação dos fluxos de pessoas e objetos nos últimos anos. Por uma geografia do movimento Com a produção do meio técnico-científico-informacional, os círculos de cooperação instalam-se em um nível superior de complexidade e numa escala geográfica de ação bem mais ampla. Hoje não basta produzir. É indispensável pôr a produção em movimento, pois agora é a circulação que preside à produção

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4/25/18 11:14 AM


Atividades As atividades auxiliam a condução da leitura dos elementos do mapa de fluxo aéreo de cargas. O objetivo é propor uma leitura gradual e objetiva das informações que o mapa apresenta. Podem-se, com base nelas, tecer interpretações estabelecendo relações entre os dados visualizados e contextualizar a relação campo-cidade dentro desse tema.

Além de alimentos, muitos outros itens podem ser transportados por meio aéreo, como medicamentos, roupas, ferramentas, obras de arte e peças para máquinas. No mapa, cada linha indica o fluxo de carga de um ponto a outro. Cada ponto representa um município com aeroporto. Quanto mais larga a linha, mais cargas são transportadas.

1. Como é o fluxo aéreo de carga entre os aeroportos do Brasil? Pinte nos espaços indicados de acordo com o mapa. MARCOS DE MELLO

Baixo verde

BNCC • EF04GE10 – Comparar tipos variados de mapas, identificando suas características, elaboradores, finalidades, diferenças e semelhanças. A habilidade é parcialmente trabalhada ao propor a leitura do mapa de fluxos aéreos.

Médio vermelho Alto marrom

2. Cite o nome de cidades interligadas por um alto fluxo aéreo de cargas. Manaus-São Paulo, Fortaleza-São Paulo, entre outros.

3. Cite o nome de cidades interligadas por médios fluxos aéreos de carga. Porto Alegre-Rio de Janeiro, Porto Velho-Brasília, Manaus-Salvador, entre outros.

4. Cite o nome de cidades interligadas por baixos fluxos aéreos de carga. Rio Branco-Brasília, Porto Velho-Fortaleza, Boa Vista-Brasília, entre outros.

Transportar cargas por meio de aviões, como alguns alimentos do campo para a cidade, ou alguns tipos de medicamentos da cidade para o campo, facilita a entrega de diversos produtos entre os mais distantes lugares. O tempo para realizar o percurso com as cargas é mais rápido, porém o custo é mais alto.

43

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(SANTOS, 1996, p. 219). Os fluxos daí decorrentes são mais intensos, mais extensos e mais seletivos [...] Fluxos aéreos O aumento dos fluxos entre meados do século e os dias de hoje é realmente significativo. Nos trinta anos de transição entre os albores da unificação do mercado e do território brasileiros e os primeiros esboços do período técnico-científico, o movimento aéreo de passageiros cresce mais de 26 vezes (eram 245 672 passageiros em 1945

11/04/18 18:06

e 6 512 649 em 1975). Em 1986 o fluxo pula para 15 508 850 passageiros, que corresponde a um crescimento de 2,4 vezes em 11 anos, para atingir, em 1995, o número de 18 039 779 pessoas (incremento de 1,2 vez) [...] O advento desses fluxos mais densos não se dá sem uma re-hierarquização dos nós do sistema aéreo. O exemplo paradigmático é a inversão na posição do Rio de Janeiro e de São Paulo. O primeiro estado, que em 1945 tinha a primazia nacional, é ultrapas-

sado, em 1995, pelo movimento de São Paulo. Este é de 5 305 049 passageiros e corresponde a cerca de 30% do volume total do país. Isso está ligado não apenas à consolidação de São Paulo como centro do comando do território nacional, mas também ao crescimento e à diversificação das rotas entre a capital paulista e sua hinterlândia, a partir, sobretudo, da modernização agropecuária. SANTOS, Milton; SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001. p. 167-168.

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4/25/18 11:14 AM


ENCAMINHAMENTO Sugira, inicialmente, uma apreciação do mapa com base nos elementos da linguagem cartográfica já trabalhados, principalmente o título, a fonte e a legenda. Peça aos estudantes que façam uma descrição detalhada da legenda. Os estudantes podem utilizar novamente a rosa dos ventos para ajudá-los na interpretação do mapa, discernindo, assim, em quais regiões há maior concentração de terras indígenas. Mostre aos estudantes que a linguagem dos dois mapas apresentados é diferente. O mapa das terras indígenas indica a área das terras e, quando a escala não possibilita a visualização, inserem-se símbolos (pequenos círculos) que indicam onde as terras estão. Já no mapa das comunidades quilombolas são empregadas faixas com quantidades de comunidades por Unidade da Federação. Os estudantes conhecerão o conceito de Unidade Federativa mais adiante, mas, como exercício de leitura cartográfica e por conhecimento prévio, a atividade de identificação dos estados e do Distrito Federal já pode ser iniciada aqui, com sua orientação.

DE OLHO NO MAPA! { TERRA INDÍGENA E REMANESCENTES QUILOMBOLAS O mapa a seguir mostra terras e reservas indígenas no Brasil. Muitas delas ocupam áreas em mais de um estado brasileiro. São terras em que grupos indígenas possuem direitos legais de ocupação onde mantêm suas culturas e modos de vida. No mapa, você pode identificar a localização de terras regularizadas, homologadas e declaradas. As menores áreas indígenas que poderiam não estar localizadas neste mapa, devido à escala, foram indicadas com pequenos círculos. BRASIL: RESERVAS E TERRAS INDÍGENAS (2015) VENEZUELA

SURINAME GUIANA FRANCESA (FRA)

COLÔMBIA

GUIANA

AMAPÁ

RORAIMA

Equador

MARANHÃO

AMAZONAS PARÁ

PIAUÍ RONDÔNIA

ACRE

CEARÁ RIO GRANDE DO NORTE PARAÍBA PERNAMBUCO ALAGOAS

TOCANTINS

SERGIPE BAHIA PERU DISTRITO FEDERAL

MATO GROSSO

GOIÁS

BOLÍVIA

OCEANO PACÍFICO e Ca Trópico d

MATO GROSSO DO SUL CHILE

pricórnio

MINAS GERAIS SÃO PAULO

RIO DE JANEIRO

PARAGUAI PARANÁ SANTA CATARINA ARGENTINA

0

500

OCEANO ATLÂNTICO ESPÍRITO SANTO

RIO GRANDE DO SUL URUGUAI 50° O

Áreas não representáveis nesta escala Descrição das fases declarada homologada regularizada Limite estadual Fronteira internacional

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2017. p. 112.

#FICA A DICA Povos Indígenas do Brasil Mirim. Disponível em: <http://ftd.li/u6chth>. Acesso em: 17 jul. 2017. Você sabe como aprendem os Xavante? E como ensinam os Yudja? Para descobrir, acesse o site do Povos Indígenas do Brasil Mirim, do Instituto Socioambiental. Criança xavante brinca e aprende na aldeia Etenhiritipá em Canarana, estado de Mato Grosso, 2016.

ROSA GAUDITANO/STUDIO R

1. O que são terras indígenas? 2. Você sabe o que são as comunidades quilombolas? As perguntas visam aproximar os estudantes do tema que será trabalhado, introduzindo a noção de terras indígenas e comunidades quilombolas.

VESPÚCIO CARTOGRAFIA

SENSIBILIZAÇÃO

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ATIVIDADES • Pesquisa: terras indígenas Para aprofundar os conhecimentos, proponha aos estudantes que pesquisem sobre as culturas e os modos de viver de determinados povos indígenas. O Instituto Socioambiental para crianças é uma boa fonte de pesquisa. Disponível em: <http://ftd.li/dgzq63>. Acesso em: 12 dez. 2017.

TEXTO COMPLEMENTAR D1-GEO-F1-1075-V4-U1-008-047-LA-M18.indd 44

A Constituição de 1988 consagrou o princípio de que os índios são os primeiros e naturais senhores da terra. [...] Consequentemente, o direito dos índios a uma terra determinada independe de reconhecimento formal. A definição de terras tradicionalmente ocupadas pelos índios encontra-se no parágrafo primeiro do artigo 231 da Constituição Federal:

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são aquelas “por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições”. INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL. O que são Terras Indígenas. Disponível em: <https://pib.socioambiental. org/pt/c/terras-indigenas/introducao/o-que-sao-terrasindigenas>. Acesso em: 12 dez. 2017.

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As comunidades quilombolas são formadas por grupos de populações descendentes de pessoas que foram escravizadas no Brasil. Tais comunidades possuem terras reconhecidas pelo governo brasileiro e nelas podem, também, viver seus costumes e cultura. Muitas dessas comunidades estão no campo, mas também há comunidades quilombolas que se localizam na cidade. No mapa é mostrada a quantidade de comunidades quilombolas em cada estado do Brasil e, também, no Distrito Federal.

VESPÚCIO CARTOGRAFIA

BRASIL: COMUNIDADES QUILOMBOLAS* (2017) VENEZUELA

GUIANA FRANCESA (FRA) SURINAME RORAIMA GUIANA

COLÔMBIA

OCEANO ATLÂNTICO

AMAPÁ

Equador

0° 0°

AMAZONAS

MARANHÃO

PARÁ

RIO GRANDE CEARÁ DO NORTE

PIAUÍ ACRE

PARAÍBA PERNAMBUCO ALAGOAS SERGIPE

TOCANTINS RONDÔNIA

PERU

BAHIA

MATO GROSSO DISTRITO FEDERAL BOLÍVIA

GOIÁS MATO GROSSO DO SUL

OCEANO PACÍFICO

PARAGUAI

icórnio de Capr Trópico CHILE

MINAS GERAIS SÃO PAULO

PARANÁ SANTA CATARINA ARGENTINA

0

540

RIO GRANDE DO SUL URUGUAI 50° O

Fonte: FUNDAÇÃO CULTURAL PALMARES. Brasília, 2016. Disponível em: <www.palmares.gov. br/?page_id=37551>. Acesso em: 17 jul. 2017.

ESPÍRITO SANTO

RIO DE JANEIRO

512 - 614 409 - 511 307 - 408 205 - 306 102 - 204 0 - 101 Limite estadual Fronteira internacional

*Certificadas pela Fundação Palmares.

1. Compare os mapas. Quais diferenças e semelhanças podemos observar nessa maneira de representar as terras indígenas e as comunidades quilombolas? Converse com os colegas e com o professor.

2. Em quais estados há mais comunidades quilombolas? Bahia e Maranhão. 3. Em que estado há a maior quantidade de terras indígenas? Amazonas. 4. No estado onde você mora existem terras indígenas? Resposta pessoal. 5. Qual a faixa de quantidade de comunidades quilombolas no estado onde você mora? Resposta pessoal.

6. Descreva o que você entendeu por comunidade quilombola e terra indígena. Resposta pessoal.

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ATIVIDADES

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• Pesquisa: comunidades quilombolas Para aprofundar os conhecimentos, proponha aos estudantes que escolham uma comunidade quilombola, localizem-na no mapa e pesquisem sobre suas características.

TEXTO COMPLEMENTAR Os remanescentes de quilombo são definidos como grupos étnico-raciais que tenham também uma trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com presunção

18/04/18 10:53 de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida, e sua caracterização deve ser dada segundo critérios de autoatribuição atestada pelas próprias comunidades, como também adotada pela Convenção da OIT sobre Povos Indígenas e Tribais. A chamada comunidade remanescente de quilombo é uma categoria social relativamente recente, representa uma força social relevante no meio rural brasileiro, dando nova tradução àquilo que era conhecido como comunidades negras rurais

Atividades 1. As terras indígenas foram representadas por áreas que não se limitam, necessariamente, às áreas dos estados e do Distrito Federal. Já no caso das comunidades quilombolas, a representação é por quantidade de comunidades por Unidade Federativa. No primeiro mapa, as terras indígenas estão individualizadas e categorizadas em diferentes cores por seu estatuto legal. No segundo mapa, de acordo com a legenda, cada cor indica que há faixas de quantidades de quilombos por estado e no Distrito Federal; quanto mais escura a cor, maior a quantidade de comunidades. 6. Espera-se que os estudantes citem que as terras indígenas e comunidades quilombolas são áreas reservadas por lei para que esses grupos possam viver de acordo com suas culturas. Enfatize que a legislação que diz respeito a cada tipo de demarcação é diferente (legislação referente a comunidades quilombolas, disponível em: <http://ftd.li/ndskco>, e sobre terras indígenas, em: <http://ftd.li/ jc7j64>, acessados em: 16 dez. 2017). BNCC • EF04GE10 – Comparar tipos variados de mapas, identificando suas características, elaboradores, finalidades, diferenças e semelhanças. A habilidade é trabalhada ao propor a leitura, a interpretação e a comparação dos dois tipos de mapa temático.

• EF04GE06 – Identificar e descrever territórios étnico-culturais existentes no Brasil, tais como terras indígenas e quilombolas. A habilidade é trabalhada ao propor a leitura e interpretação dos mapas de terras indígenas e de comunidades quilombolas. (mais ao centro, sul e sudeste do país) e terras de preto (mais ao norte e nordeste), que também começa a penetrar no meio urbano [...]. Atualmente, há mais de 2 mil comunidades quilombolas no país, lutando pelo direito de propriedade de suas terras, consagrado pela Constituição Federal desde 1988. INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL. Unidades de Conservação no Brasil. Territórios remanescentes de quilombos. Disponível em: <https://uc.socioambiental.org/ territ%C3%B3rios-de-ocupa%C3%A7%C3%A3otradicional/territ%C3%B3rios-remanescentes-dequilombos>. Acesso em: 12 dez. 2017.

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SENSIBILIZAÇÃO

INTEGRANDO COM... MATEMÁTICA

1. Você já sabe ler gráficos? 2. Como eles podem nos ajudar a conhecer informações sobre a Geografia? Caso você note que os estudantes apresentam dificuldades de compreender gráficos de coluna, incentive-os a levantar hipóteses sobre a visualização de dados. Explique a eles que os gráficos organizam visualmente os dados de modo a facilitar o entendimento.

BRASIL: MUNICÍPIOS COM MAIOR POPULAÇÃO INDÍGENA (2010) Mil indígenas residentes

30

29 017

25 20 15 10 5 0

São Gabriel da Cachoeira (AM)

14 974

14 855

São Paulo de Olivença (AM)

Tabatinga (AM)

12 977

São Paulo (SP)

Mil indígenas residentes

BRASIL: MUNICÍPIOS COM MAIOR POPULAÇÃO INDÍGENA URBANA (2010) 12 10

11 918

11 016

8 7 560

6

6 764

4 2 0

São Paulo (SP)

São Gabriel da Cachoeira (AM)

Salvador (BA)

Rio de Janeiro (RJ)

BRASIL: MUNICÍPIOS COM MAIOR POPULAÇÃO INDÍGENA RURAL (2010) Mil indígenas residentes

Você pode, se achar adequado, organizar os estudantes em duplas para ler os gráficos. Explique que os gráficos desta página são chamados de gráficos de colunas e têm uma orientação de linhas, a linha vertical (eixo y) e a horizontal (eixo x), para serem construídos. Nestes gráficos, no eixo y são apresentados os dados quantitativos, ou seja, o número de pessoas indígenas residentes em determinado município e que cada número indica mil indígenas residentes. O eixo x informa o nome dos municípios. O título desses gráficos é muito importante, pois é nele que o tema é apresentado. O primeiro gráfico informa a população indígena por município, o segundo, a população indígena que mora nas cidades e o terceiro, a população indígena que mora no campo.

Em 2010, havia no Brasil 817 000 pessoas que se declararam indígenas. Naquele ano havia 5 565 municípios no nosso país. A população indígena não estava distribuída igualmente pelos municípios brasileiros: parte deles vivia em cidades e outros, no campo. Observe e compare os gráficos a seguir.

EDITORIA DE ARTE

ENCAMINHAMENTO

{ MUNICÍPIOS COM MAIOR POPULAÇÃO INDÍGENA

20 18 001

15

14 036

10

12 752 8 704

5 0

São Gabriel da Cachoeira (AM)

Tabatinga (AM)

São Paulo de Olivença (AM)

Benjamim Constant (AM)

Elaborado com base em: IBGE, 2017. Disponível em: <http://indigenas.ibge.gov.br/ graficos-e-tabelas-2.html>. Acesso em: 23 ago. 2017.

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ENCAMINHAMENTO

1. Em 2010, qual município possuía:

Após a leitura e comparação dos dados dos gráficos, proponha aos estudantes que interpretem o mapa, com a localização da sede dos municípios citados nos gráficos. É por meio da leitura do mapa que os estudantes conseguirão inferir em que Unidade da Federação estão as maiores populações indígenas urbanas e rurais. Os dados utilizados para a elaboração dos gráficos são de 2010, pois se referem ao Censo Demográfico de 2010. Ou seja, eles podem estar diferentes nos dias de hoje. Comente com os estudantes que o próximo Censo está previsto para 2020. Chame a atenção para a fonte dos gráficos e, se julgar pertinente, acesse o site com os estudantes.

a) a maior população indígena? São Gabriel da Cachoeira.

b) a maior população indígena morando em cidades? São Paulo.

c) a maior população indígena morando no campo? São Gabriel da Cachoeira.

2. Consulte os gráficos para relacionar as informações. • 2o município com maior população indígena rural

• Salvador

• 3o município com maior população indígena urbana

• Tabatinga

3. Agora, observe o mapa. Qual é o estado com mais municípios com as maiores populações indígenas? Em que direção cardeal ele se localiza? Amazonas. Ao norte.

BNCC • EF04GE06 – Identificar e descrever territórios étnico-culturais existentes no Brasil, tais como terras indígenas e quilombolas. A habilidade é trabalhada ao propor a leitura e interpretação dos gráficos e do mapa sobre os maiores contingentes de população indígena rural e urbana.

ALLMAPS

BRASIL: MUNICÍPIOS COM MAIOR POPULAÇÃO INDÍGENA RURAL E URBANA (2010) VENEZUELA

50º O GUIANA

GUIANA FRANCESA (FRA) SURINAME

COLÔMBIA

Equador

São Gabriel da Cachoeira São Paulo de Olivença Tabatinga Benjamin Constant AMAZONAS

BAHIA

PERU

Salvador

OCEANO ATLÂNTICO

BOLÍVIA

Capricórnio Trópico de

PARAGUAI

SÃO PAULO

RIO DE JANEIRO Rio de Janeiro São Paulo

CHILE

Limite estadual

ARGENTINA 0

500

Fronteira internacional URUGUAI

Capital de estado Cidade

Elaborado com base em: IBGE, 2017. Disponível em: <http://indigenas.ibge.gov.br/ graficos-e-tabelas-2.html>. Acesso em: 23 ago. 2017.

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ATIVIDADES

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• Transformando dados em diferentes modos de representação 1. Organize os estudantes em pequenos grupos e oriente-os a trabalhar os mesmos dados dos gráficos de coluna de formas diferentes. O objetivo é comparar os diferentes modos de visualização dos dados e identificar suas vantagens e desvantagens para o entendimento do conteúdo. Os dados podem ser transformados em texto escrito e em tabela. 2. Oriente os estudantes sobre como se pode transformar os dados em tex-

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tos e tabelas. A atividade pode ser trabalhada com a disciplina de Matemática.

• Indígenas urbanos Para incentivar os estudantes a refletirem sobre os dados trabalhados, solicite-lhes que façam uma pesquisa sobre como vivem os indígenas em cidades brasileiras. Para isso, eles podem utilizar jornais, revistas e principalmente a internet. Sorteie para cada grupo uma cidade para que pesquisem. Oriente a atividade solicitando as seguintes informações:

1. Qual é a cidade da sua pesquisa? 2. Em que Unidade da Federação ela se localiza? 3. Qual é a etnia indígena mais importante nessa cidade? 4. Qual é a língua falada por esta etnia, além da Língua Portuguesa? 5. Citem ao menos um aspecto cultural desta etnia. Peça que criem um painel com imagens sobre seu modo de vida na cidade.

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