Degustação - Augumas Conpozissõis imfãtis

millôr fErNAnDeS aS cOiSAs do mUNDo, COmO QUeM aS ObSeRva de mAnEirA fraNcA e cRiativa. TeMaS COmO fAmília, escoLa, costuMeS, aNimAis, eNtRE oUtROs, SãO aPRESeNtaDos eM umA liNGUaGeM tíPicA Da inFâNcia, RePleTa de hUmOr, iNteligêNcia e FREScOr — mAs tAMBéM Dos ERRos COmUNS DESSa fAse dE aPReNDizAdo. Millôr, um Dos mAis taLeNtOSos aRtiStaS bRaSiLeiRos do séCULo XX, NA aPRESeNtAÇãO DeSTe oRigiNAl exERcício de reCRiAÇãO do RaCioCíNio inFaNtil, COmEmORa: “HojE NiNGuÉM é mAis cRiaNçA do QUE EU. A inFaNtiliDAde é umA loNga cONQUiSta”. QUeM QUeR QUe mERgUlhE NEStaS COmPoSiÇÕeS COmPaRtilHA

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CONPOZISSÕIS IMFÃTIS

Millôr fErNAnDeS

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DeSSa mESmA cONQUiSta.

aUGumAs CONPOZISSÕIS IMFÃTIS

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Millôr ferNandeS

O ZISSÕIS F ÃTIS

1a¯ edição

São Paulo – 2018

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Copyright © Ivan Rubino Fernandes, 2018 Todos os direitos de edição reservados à EDITORA FTD S.A. Matriz: Rua Rui Barbosa, 156 Bela Vista — São Paulo — SP CEP 01326-010 — Tel. (0-XX-11) 3598-6000 Caixa Postal 65149 — CEP da Caixa Postal 01390-970 Internet: www.ftd.com.br E-mail: projetos@ftd.com.br Diretora editorial Ceciliany Alves Gerente editorial Isabel Lopes Coelho Editor Estevão Azevedo Editora assistente Camila Saraiva Preparador Huendel Viana Revisora Aline Araújo e Jane Pessoa Editor de arte Daniel Justi Projeto gráfico Luciana Facchini Editoração eletrônica Heidy Clemente Supervisão da iconografia Elaine Bueno Diretor de operações e produção gráfica Reginaldo Soares Damasceno Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Fernandes, Millôr, 1923-2012 Augumas conpozissõis imfãtis / Millôr Fernandes; [ilustrações do autor] – 1. ed. – São Paulo : FTD, 2018.

ISBN 978-85-96-01439-7 1. Literatura infantojuvenil I. Título.

17-11846 CDD-028.5 Índices para catálogo sistemático: 1. Literatura infantil 028.5 2. Literatura infantojuvenil 028.5

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A obra Conpozissõis imfãtis foi originalmente publicada pela editora Nórdica em 1975. A FTD Educação selecionou algumas das composições originais da 2ª. edição, de 1976, presentes neste livro.

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ApRESeNtAção

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A criança Os adultos Autorretrato Os mEus brinquedos O banho O primeiro dia de aula A tinta de escrever O crescimento O comportamento O reMOrço Os noMes A roupa Os filhoS Definissões O doutor A injustiça O julgamento A Cidade A viTriNe A Eletricidade O escuro O guarda-chuva O ônibus O relógio O teLefONe A viTrola A banana

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A rosa Obcervações O dedO Geografia A Montanha A músiCa A LuA A vaca O bezerro A cAbra O CaMelo O cangurU A cegonha O elefante A gaiVoTa A galinha O lEão O pato O peru O tamanduá Colombo O homeM CéleBrE A marinha A guerra O soldado Posfácio Sobre o aUtor

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Atenção: este livro contém erros! “Como assim um livro com erros? Se sabiam, era só corrigir.” Pois é, parece o certo, não é?

Antes de a gente começar a se explicar, porém, queremos que você, leitor, responda a duas perguntinhas: Você conhece alguém que nasceu sabendo? Alguém que aprendeu algo sem errar pelo menos uma vez? Não existe.­­É por isso que neste livro cabem tantos tropeços. Porque foi assim que você e todos nós aprendemos a escrever. Aqui, todos os erros são propozitais, ops, propositais, como Millôr nos conta na Apresentação. Você seria capaz de identificá-los? Se não der, não precisa sentir remorço, digo, remorso.

E aproveite a leitura.

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APRESENTAÇÃO

Estas composições infantis foram escritas sem pressa e sem pressão, durante muitos, muitos anos, ao sabor do acaso ou da vontade. Tentei sempre me colocar numa posição virgem (zen?) diante do objeto ou assunto em causa, como se o estivesse observando pela primeira vez. Como em todo meu humor não procurei fazer gracinhas, adotei apenas, acho!, uma forma completamente desinibida e descondicionada de ver as coisas.

Com raras exceções, também não deturpei as palavras e de maneira alguma usei linguagem tatibitate. Tentei chegar ao meu objetivo de expressão empregando uma sintaxe que traduzisse a maneira de raciocinar supostamente infantil, já que não existe uma maneira propriamente infantil de raciocinar. Aqui e ali é possível que o leitor reconheça alguma coisa já dita ou ouvida como lugar-comum de inocência e pureza mas, na totalidade, as composições são absolutamente originais. Hoje ninguém é mais criança do que eu. A infantilidade é uma longa conquista.

M. F.

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a criança “A criança é uma coisa assim bem depressa, assim bem macia, cheia de muitas palavras erradas que todo mundo ri. Elas gostam bastante só de brincar e têm medo de apanhar porque estão sempre fazendo aquilo que não devem. Elas querem tudo que veem e pedem com a mão e com o olho. É muito difícil obrigar uma criança a se lavar, agora a se sujar não é não. Criança é muito teimosa e nunca faz o que os mais velhos mandam de modo que tem muita que ninguém quer. É por isso que eu nunca vi pai e mãe sem filho mas tem muito filho sem pai nem mãe.”

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