Matemรกtica CADERNO DE ATIVIDADES ENEM E VESTIBULAR
VOLUME 1
José Ruy Giovanni
José Ruy Giovanni Júnior
José Roberto Bonjorno
Paulo Roberto Câmara de Sousa
Bacharel e licenciado em Matemática pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professor de Matemática em escolas do Ensino Fundamental e do Ensino Médio desde 1960.
Licenciado em Matemática pela Universidade de São Paulo. Professor e assessor de Matemática em escolas do Ensino Fundamental e do Ensino Médio desde 1985.
Licenciado em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras “Professor Carlos Pasquale”. Bacharel e licenciado em Física pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professor de Matemática e Física em escolas do Ensino Fundamental e do Ensino Médio desde 1973.
Mestre em Educação pela Universidade Federal da Paraíba. Especialização em Educação Matemática pela Universidade Federal Rural de Pernambuco. Licenciado em Matemática pela Universidade Federal de Pernambuco. Professor de Matemática em escolas do Ensino Fundamental e do Ensino Médio desde 1974. Professor de programas de formação continuada e pós-graduação desde 1990. Professor do Departamento de Matemática do Centro Acadêmico do Agreste – UFPE.
Matemática Completa
VOLUME 1
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Copyright © José Ruy Giovanni, José Ruy Giovanni Jr., José Roberto Bonjorno, Paulo Roberto Câmara de Sousa, 2017 Diretor editorial Gerente editorial Editora Editores assistentes Assessoria Gerente de produção editorial Coordenador de produção editorial Gerente de arte Coordenadora de arte Projeto gráfico Projeto de capa Supervisora de arte Diagramação
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) 360° matemática completa, 1 / José Roberto Bonjorno... [et al.]. – 1. ed. – São Paulo : FTD, 2017. Outros autores: José Ruy Giovanni, José Ruy Giovanni Júnior, Paulo Roberto Câmara de Sousa ISBN: 978-85-96-00860-0 (aluno) ISBN: 978-85-96-00861-7 (professor) 1. Matemática (Ensino médio) I. Bonjorno, José Roberto II. Giovanni, José Ruy. III. Giovanni Júnior, José Ruy. IV. Sousa, Paulo Roberto Câmara de. 17-00992
CDD-510.7 Índices para catálogo sistemático: 1. Matemática : Ensino médio 510.7
1 2 3 4 5 6 7 8 9 Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens presentes nesta obra didática. No entanto, colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularidades ou omissões de crédito e consequente correção nas próximas edições. As imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publicidade ou propaganda, ou a ele façam alusão, são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo. Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à EDITORA FTD.
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Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD Avenida Antonio Bardella, 300 Guarulhos-SP – CEP 07220-020 Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375
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Matemática
Apresentação Este livro tem o objetivo de auxiliar e estimular você a compreender a Matemática para utilizá-la em seu dia a dia e na continuação dos seus estudos. Após cada conceito, com a intenção de ampliar, aprofundar e integrar os conhecimentos adquiridos, os capítulos trazem exercícios resolvidos e propostos que priorizam a compreensão e a aplicação do conteúdo abordado. Além dos conteúdos matemáticos específicos, o livro ainda traz possibilidades de explorar o uso de recursos tecnológicos, como softwares de geometria dinâmica e planilhas eletrônicas, e de refletir sobre as relações entre a Matemática e outras áreas do conhecimento. Bons estudos! Os Autores
Capítulo 1
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Física: Ciência e tecnologia
3
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2. Observe na imagem as informaçþes a respeito da variação de temperatura e de altitude de cada camada que compĂľe a atmosfera. Qual ĂŠ a caracterĂstica que varia conforme a altitude aumenta e que justifica a convenção de divisĂŁo das camadas da atmosfera?
Unidade
Estudo das funçþes afim, quadråtica e modular
Apresenta por meio de imagens, de um pequeno texto e algumas questĂľes um tema relacionado ao conteĂşdo matemĂĄtico que serĂĄ desenvolvido na unidade.
Unidade 3
As operaçþes com intervalos reais funcionam da mesma maneira que as operaçþes com conjuntos estudadas no capĂtulo anterior. No caso dos intervalos ĂŠ interessante começar analisando os extremos. Assim, a uniĂŁo dos intervalos A e B ĂŠ dada por: B
8
2
A
5 3
B
3
8 5
Resolução 4
3
7
1 3
1
A diferença entre os conjuntos Ê A B {x R | 3 x 1}.
23. Usando a notação de conjuntos, escreva no caderno os intervalos a seguir que estão representados na reta real.
a) [6, 10]
a)
b) ] 1, 5]
b)
2
2
c)
c) ] 6, 0[ d) [0, [
d)
e) ] , 3[
4
1 5
balĂŁo metereolĂłgico
Trop opa usa
km 12 °C 0 6
1 2
a) A {x R | 0 x 3} e B {x R | 1 x 5}
f) ] 10, 10[
b) A {x R | 4 x 1} e B {x R | 2 x 3}
d) [2, [
b) ] , 2]
e) {x R | 2 x 5}
c) [ 6, 1[
f) {x R | 2 x 2}
c) A {x R | 2 x 5} e B {x R | 1 x 4} d) A {x R | 2 x 2} e B {x R | x 0} 25. Dados os conjuntos A [ 1, 6[; B ] 4, 2]; E ] 2, 4[, calcule: a) (B E) A
CapĂtulo 4
b) E (A B)
CapĂtulo CapĂtulo22 Conjuntos ConjuntosnumĂŠricos numĂŠricos
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Função afim
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ExercĂcios resolvidos e propostos
Alimentação
Unidade Unidade11 Conjuntos Conjuntos
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eo zô nio Representação fora de escala e em cores-fantasia.
Os exercĂcios resolvidos aparecem apĂłs a apresentação de cada conteĂşdo, seguidos de exercĂcios propostos para consolidar a teoria abordada. Em cada capĂtulo, hĂĄ uma atividade diferenciada, denominada ConexĂľes, que apresenta textos que exploram a aplicação da MatemĂĄtica em diversas ĂĄreas do conhecimento.
a) De acordo com o texto, quais sĂŁo as caracterĂsticas de uma alimentação saudĂĄvel? b) Quais problemas de saĂşde estĂŁo associados ao consumo excessivo de produtos que contĂŞm açúcares, gorduras saturada e trans e sĂłdio? c) VocĂŞ jĂĄ ouviu falar no IMC? O Ă?ndice de Massa CorpĂłrea (IMC) ĂŠ adoIMC Classificação tado pela Organização Mundial de SaĂşde para o cĂĄlculo do â&#x20AC;&#x153;pesoâ&#x20AC;? ideal Menor que 18,5 Magreza de cada indivĂduo. O cĂĄlculo pode ser realizado por meio da relação â&#x20AC;&#x153;pesoâ&#x20AC;? Entre 18,5 e 24,9 Normal . O valor obtido pode ser interpretado conforme o IMC (altura)2 Entre 25,0 e 29,9 Sobrepeso quadro ao lado. i) Determine a classificação de uma pessoa de 80 kg e 1,70 m. Entre 30,0 e 39,9 Obesidade ii) Podemos escrever a faixa do IMC que determina a classificação Maior que 40,0 Obesidade Grave "magreza" como IMC 18,5. Utilizando essa mesma simbologia escreva as demais faixas. Fonte: ABESO. Diretrizes brasileiras de DisponĂvel em: <http://abeso. d) Reflita sobre seus hĂĄbitos alimentares e o que pode ser melhorado para obesidade. org.br/pdf/diretrizes_brasileiras_obesidade_ 2009_2010_1.pdf>. Acesso em: 7 nov. 2016. que vocĂŞ tenha uma alimentação saudĂĄvel.
24. Determine A B em cada caso a seguir.
22. Represente, na reta real, os intervalos a seguir.
Ca m ada d
ra sfe po Tro
AGĂ&#x160;NCIA NACIONAL DE VIGILĂ&#x201A;NCIA SANITĂ RIA (ANVISA). Alimentação saudĂĄvel: fique esperto! BrasĂlia. DisponĂvel em: <http://www.anvisa.gov.br/propaganda/alimento_saudavel_gprop_web.pdf>. Acesso em: 7 nov. 2016.
Ilustraçþes: Editoria de arte
21. Usando a notação de conjuntos, escreva no caderno os intervalos a seguir.
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Estrat opau sa
bomba de hidrogĂŞnio Tsar
era osf rat Es t
No entanto, todos esses novos produtos reduziram a qualidade nutricional dos alimentos. Alguns deles tĂŞm se tornado tĂŁo populares que passaram a ser cada vez mais desejados, como os salgadinhos, refrigerantes, sorvetes, biscoitos e muitos outros. EntĂŁo, parte da população habituou-se a comer esses alimentos somente para saciar desejos e estar â&#x20AC;&#x153;na modaâ&#x20AC;?, sem considerar que os excessos podem trazer problemas Ă saĂşde, como a obesidade, a pressĂŁo alta, o diabetes e as doenças do coração. [...]
ExercĂcios propostos
a) [2, 8]
km 50 °C 5
ondas de rĂĄdio
Açúcar: ĂŠ fonte de energia para o ser humano. Mas, quando comemos em exagero, pode causar aumento de peso e excesso de gordura no sangue. Gordura saturada: ĂŠ um tipo de gordura muito encontrada em alimentos de origem animal. ComĂŞ-la excessivamente pode provocar o acĂşmulo de gordura nos vasos sanguĂneos e causar doenças do coração. Gordura trans: ĂŠ produzida pela transformação de Ăłleos vegetais em gordura vegetal hidrogenada. EstĂĄ presente em produtos como biscoitos e chocolates. Consumida, em excesso, pode causar problemas de saĂşde, principalmente ao coração. SĂłdio: faz parte do sal de cozinha e ĂŠ acrescentado aos alimentos pelas indĂşstrias para dar sabor mais salgado e aumentar o tempo de conservação [...] do produto. Comer muito sĂłdio pode causar pressĂŁo alta.
O conjunto A B ĂŠ formado pelos elementos que pertencem a A e nĂŁo pertencem a B. B
km 80 °C 95
Com a evolução da sociedade, muitos tipos de alimentos foram criados e, para garantir maior aceitação da população, foram introduzidos novos ingredientes. Com isso, surgiram produtos cada vez mais atraentes e saborosos. Por exemplo: açúcar para adoçar; gordura saturada e gordura trans para dar maior maciez, leveza e cremosidade; sĂłdio para acentuar o sabor; corantes para dar cor especial e aromatizantes para criar um cheirinho irresistĂvel. [...]
3. 7 Dados A {x R| 3 x 4} e B {x R|1 x 7}, calcule A B.
A
Meso paus a
Mudanças na alimentação ao longo do tempo e seu impacto na saúde
Assim, temos: A B ]2, 8[ e A B [3, 5[.
A B
raio cĂłsmico
Alimentação saudåvel
8
Para a intersecção, vamos analisar os extremos dos intervalos. Observe que 3 ĂŠ elemento de A e tambĂŠm de B; e 5 ĂŠ elemento de B e nĂŁo ĂŠ elemento de A. Os elementos de 3 atĂŠ 5, excluĂdo este Ăşltimo, pertencem a A e a B. Logo:
A B
4. A camada de ozônio estå contida na Estratosfera e exerce papel vital aos seres vivos. Realize uma pesquisa para obter mais informaçþes sobre os impactos das açþes humanas na camada de ozônio e sobre as consequências dessas açþes para o planeta. Converse com os colegas a respeito dos riscos aos seres vivos que a redução da camada de ozônio pode causar.
fera sos Me
A alimentação para os seres humanos possui significado maior do que apenas garantir as necessidades do corpo. O ato de comer estĂĄ relacionado a valores sociais, culturais, afetivos e sensoriais. Na maioria das vezes, comer ĂŠ um momento de prazer e confraternização com nossos amigos e familiares. O alimento torna-se, assim, muito mais do que uma fonte de nutrientes. Apreciamos as cores e gostamos de sentir a textura e o sabor da comida. Mas isso nĂŁo ĂŠ tudo! Nesse jogo de sensaçþes, precisamos lembrar que uma alimentação saudĂĄvel: â&#x20AC;˘ nĂŁo precisa ser cara, pois pode ser feita com alimentos naturais, produzidos na regiĂŁo em que vivemos; â&#x20AC;˘ deve ser colorida e composta por alimentos variados; Frutas e legumes sĂŁo alguns â&#x20AC;˘ ĂŠ saborosa; alimentos saudĂĄveis. â&#x20AC;˘ precisa ter qualidade e ser consumida na quantidade certa; â&#x20AC;˘ deve ser segura para o consumo, ou seja, estar livre de contaminação. [...]
5
2
3. As camadas e as åreas de descontinuidade entre elas têm nomenclatura semelhante entre si, como os elementos de composição "-sfera" e "-pausa", respectivamente. Pesquise o significado de cada radical e apresente outras palavras que têm esses mesmos elementos.
nave espacial
26. HĂĄbitos saudĂĄveis, como exercĂcios regulares, quantidade de sono adequada e uma alimentação adequada sĂŁo alguns dos fatores para uma vida com qualidade. Leia o texto a seguir a respeito de uma alimentação saudĂĄvel e faça o que se pede em cada item.
Resolução
A B
era o sf
chuva de meteoros
ConexĂľes
2. 6 Se A ]2, 5[ e B [3, 8[, determine A B e A B.
3
m Ter
Estudo das funçþes afim, quadråtica e modular
ExercĂcios resolvidos
2
Term opau sa
km
km 500 °C 1000
A atmosfera terrestre ĂŠ uma camada gasosa relativamente fina que circunda o planeta, composta por gases como o nitrogĂŞnio e o oxigĂŞnio, que ocupam cerca de 99% do seu volume, alĂŠm de argĂ´nio, diĂłxido de carbono, ozĂ´nio e outros gases, que integram o 1% restante. Esses gases ficam retidos ao redor da Terra, atraĂdos pela força da gravidade e pela ação do campo magnĂŠtico que a envolve. A vida na Terra depende da existĂŞncia da atmosfera, pois ela ĂŠ a responsĂĄvel por manter os gases necessĂĄrios aos seres vivos, na concentração adequada, alĂŠm de determinar o clima e suas variaçþes. De acordo com a variação de temperatura, a atmosfera ĂŠ dividida em camadas: Troposfera, Estratosfera, Mesosfera, Termosfera e Exosfera. As ĂĄreas de transição entre as camadas, conhecidas como ĂĄreas de descontinuidade, sĂŁo denominadas Tropopausa, Estratopausa, Mesopausa e Termopausa. A maior parte do gĂĄs ozĂ´nio existente na atmosfera estĂĄ localizado na Estratosfera. Esse gĂĄs ĂŠ responsĂĄvel pela proteção dos seres vivos Ă exposição das radiaçþes solares ultravioletas atuando como um filtro. A queima de combustĂveis fĂłsseis afeta direta e negativamente a camada de ozĂ´nio, reduzindo sua existĂŞncia e eficĂĄcia, o que impacta fortemente no clima do planeta.
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A
1000
ra
Luis Moura
Abertura de unidade
sfe Exo
monticello/ Shutterstock.com
Conheça o seu livro
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1. Você jå conhecia a classificação das camadas que compþem a atmosfera? Em qual dessas camadas o ser humano habita? Converse com os colegas a respeito.
aurora boreal satĂŠlite artificial
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HistĂłria da MatemĂĄtica Os nĂşmeros irracionais e seu contexto histĂłrico BRIDGEIMAGES/KEYSTONE
HistĂłria da MatemĂĄtica
Desde o sĂŠculo VI a.C., os matemĂĄticos gregos, a começar por um certo PitĂĄgoras, jĂĄ tinham descoberto que a diagonal de um quadrado â&#x20AC;&#x153;nĂŁo tem nenhuma medida comumâ&#x20AC;? com o seu lado. De fato, tanto pela medida quanto pelo raciocĂnio, o comprimento de sua diagonal nĂŁo corresponde a um nĂşmero inteiro de metros. Ou seja, uma vez que tal ĂŠ seu comprimento matemĂĄtico, a 2 ĂŠ um nĂşmero â&#x20AC;&#x153;incomensurĂĄvelâ&#x20AC;?. Foi a descoberta do que hoje denominamos â&#x20AC;&#x153;nĂşmeros irracionaisâ&#x20AC;?, os que nĂŁo sĂŁo nem inteiros nem fraçþes. Esta descoberta provocou uma grande consternação no seio dos pitagĂłricos, que pensavam entĂŁo que â&#x20AC;&#x153;o nĂşmero rege o universoâ&#x20AC;?, pensando deste modo nos nĂşmeros â&#x20AC;&#x153;racionaisâ&#x20AC;?, isto ĂŠ, nos nĂşmeros naturais e nas suas combinaçþes mais simples, que sĂŁo as fraçþes ordinĂĄrias. O prĂłprio nome
Esta seção relaciona os conteúdos abordados à história da Matemåtica por meio de um texto acompanhado de questþes.
destas grandezas ĂŠ uma prova, desde que foram denominadas â&#x20AC;&#x153;inexprimĂveisâ&#x20AC;?. Assim, foi feito um juramento de nunca se divulgar junto aos profanos a existĂŞncia desses â&#x20AC;&#x153;seres disformesâ&#x20AC;?: era absolutamente necessĂĄrio guardar segredo desta inexplicĂĄvel falha na obra do arquiteto supremo, para nĂŁo despertar sua cĂłlera. Mas, depois de PitĂĄgoras e de seus adeptos, este segredo logo se tornou propriedade de cabeças bem-pensantes que discutiram o inexprimĂvel, nomearam o inominĂĄvel e o entregaram aos profanos [...]. Livre destas contingĂŞncias mĂsticas, a existĂŞncia de outros nĂşmeros alĂŠm dos nĂşmeros naturais e das fraçþes ordinĂĄBusto de PitĂĄgoras de Samos (c. 569 a.C-c. 475 a.C.) no Museu Capitolino, em Roma (ItĂĄlia).
rias foi admitida: os nĂşmeros â&#x20AC;&#x153;irracionaisâ&#x20AC;?, dentre os quais 2,
3,
3
7 e o famoso Ď&#x20AC; sĂŁo apenas alguns exemplos.
No entanto, esta categoria de nĂşmeros ficou ainda pouco precisa durante sĂŠculos por causa das numeraçþes imperfeitas de outrora, que nĂŁo permitiam a representação destes nĂşmeros de modo coerente, jĂĄ que eles eram designados por palavras e valores aproximados aparentemente sem nenhuma relação uns com os outros. [...] Beneficiados por uma notação numĂŠrica muito eficaz e por uma ciĂŞncia cada vez mais avançada, os matemĂĄticos europeus dos tempos modernos conseguiram ter sucesso onde seus antecessores tinham falhado. Eles descobriram que estes nĂşmeros eram identificĂĄveis a nĂşmeros decimais sem fim, cujos algarismos apĂłs a vĂrgula nunca se reproduzem na mesma ordem. 2 = 1,41421356237â&#x20AC;Ś Descoberta fundamental, que permitiu uma melhor compreensĂŁo desta categoria de nĂşmeros, jĂĄ que eles tĂŞm por caracterĂstica esta propriedade. Fonte: IFRAH, G. Os nĂşmeros. HistĂłria de uma grande invenção. TĂtulo original: Les Chiffres ou Lâ&#x20AC;&#x2122;Histoire dâ&#x20AC;&#x2122;une Grande Invention. Tradução de Stella Maria de Freitas Senra. 10. ed. SĂŁo Paulo: Ed. Globo, 1985. p. 329-330.
Atividades 1. De acordo com o texto, qual foi a descoberta que provocou grande consternação entre os pitagóricos? 2. Qual foi a descoberta dos matemåticos dos tempos modernos que permitiu melhor compreensão dos números irracionais?
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Unidade 1
Conjuntos
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Unidade 1
CapĂtulo 2
Conjuntos numĂŠricos
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Os caminhos da FĂsica
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Explorando a tecnologia Os coeficientes da função quadrĂĄtica e a parĂĄbola do grĂĄfico Estudamos que, em uma função quadrĂĄtica, o sinal do coeficiente a determina se a concavidade da parĂĄbola serĂĄ voltada para cima ou para baixo. Agora, vamos utilizar o GeoGebra para analisar como o parâmetro c influencia na construção da parĂĄbola. Para isso, siga a sequĂŞncia de passos abaixo. 1. No Campo de Entrada do GeoGebra, digite â&#x20AC;&#x2DC;f(x)=x^2+4x+câ&#x20AC;&#x2122; e pressione enter. 2. O programa exibirĂĄ uma tela perguntando se vocĂŞ deseja criar um Controle Deslizante para o coeficiente c. Clique em â&#x20AC;&#x153;Criar Controles Deslizantesâ&#x20AC;?. 3. O programa exibirĂĄ o grĂĄfico da função f e o Controle Deslizante para o coeficiente c. Altere a posição do ponto ao longo do controle para alterar o valor de c e veja o que acontece com o grĂĄfico de f. 4. Por padrĂŁo, o Controle Deslizante ĂŠ criado limitado ao intervalo [ 5, 5]. Para alterĂĄ-lo, clique com o botĂŁo direito do mouse em cima do controle e em seguida em â&#x20AC;&#x153;Propriedadesâ&#x20AC;?. Na aba â&#x20AC;&#x153;Controle Deslizanteâ&#x20AC;?, altere os campos de â&#x20AC;&#x153;min:â&#x20AC;? e â&#x20AC;&#x153;max:â&#x20AC;? para os valores desejados, por exemplo, 10 e 10. Em seguida, clique em â&#x20AC;&#x153;Fecharâ&#x20AC;?.
Retomando e pesquisando Na abertura desta unidade, vimos como a atmosfera estå dividida, alÊm do comportamento da temperatura em função da altitude em cada uma de suas camadas.
A tela do GeoGebra ficarĂĄ semelhante Ă figura abaixo.
O gråfico ao lado mostra a variação de temperatura em função da altitude.
Atividades 1. Deslize o controle e observe as mudanças que ocorrem na paråbola. Descreva o que acontece com o gråfico. 2. Utilizando o mesmo recurso, construa a paråbola da função dada por g(x) = ax², na qual o coeficiente a seja manipulado por um Controle Deslizante. Em seguida, observe o gråfico e descreva o que acontece quando a = 1, a = 1, a = 2, a = 0,5 e a = 0.
e modular
CapĂtulo 5
Função quadråtica
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Explorando a tecnologia Nesta seção são apresentadas atividades relacionadas ao conteúdo em estudo, utilizando software de geometria dinâmica e planilha eletrônica. Unidade 3
Estudo das funçþes afim, quadråtica e modular
100
Termosfera
90
Mesopausa
80
1. O gråfico apresentado ao lado pode ser interpretado como o gråfico de uma função definida por mais de uma sentença, em que cada camada da atmosfera tem uma ou mais leis de formação diferente. A partir dessas informaçþes, responda:
Altitude (km)
70
a) Qual das grandezas do grĂĄfico ĂŠ a variĂĄvel dependente? E qual ĂŠ a variĂĄvel independente? Converse com os colegas e o professor a respeito da posição em que elas estĂŁo no grĂĄfico e os possĂveis motivos dessa escolha.
Retoma e discute o tema da abertura da unidade, relacionando-o aos conteĂşdos estudados ao longo da unidade.
5. Repita o processo alterando a lei da função, mas mantendo o coeficiente c com o Controle Deslizante e verifique o que acontece com o gråfico da função.
110
Com base nessas informaçþes, utilize seus conhecimentos a respeito dos conteúdos abordados nessa unidade para realizar as atividades a seguir.
Retomando e pesquisando
Editoria de arte
Geogebra
A camada da atmosfera mais prĂłxima da superfĂcie terrestre ĂŠ a Troposfera, que se estende a uma altitude mĂŠdia de 12 km. PrĂłximo da linha do equador, essa altitude mĂŠdia ĂŠ de aproximadamente 20 km, e nos polos da Terra, chega apenas a 8 km. Nela, a temperatura decresce, de maneira aproximadamente linear em relação Ă altitude, com taxa de variação vertical mĂŠdia da temperatura de 6,5 °C/km.
Mesosfera
60
50
Estratopausa
40
30
O Z Ă&#x201D; N I O
Estratosfera
20
b) Na Troposfera, o comportamento das grandezas indicadas no item a pode ser modelado por qual tipo de função? Qual Ê o grau dessa função?
Tropopausa Troposfera
10
0 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10
0
10
20
30
Temperatura (°C)
c) A função indicada no item b Ê crescente ou decrescente? Justifique sua resposta.
d) Nas demais camadas da atmosfera, o comportamento da variação de temperatura em função da altitude tambĂŠm pode ser associado ao mesmo tipo de função que modela essa variação na Troposfera. No entanto, as funçþes nĂŁo tĂŞm a mesma lei de formação. Quais elementos distinguem as leis de formação dessas funçþes? e) Em quais camadas a função correspondente ĂŠ crescente e em quais ĂŠ decrescente? 2. Considere os dados do texto acima e suponha que a temperatura na superfĂcie terrestre, em um determinado ponto, seja 20 °C. a) Qual ĂŠ a lei da função que representa a temperatura em função da altitude na Troposfera? Considere a variação mĂŠdia da temperatura indicada no texto. b) Qual ĂŠ o zero da função representada no item a? Qual ĂŠ o significado desse valor no contexto da situação apresentada? c) Analise o que acontece com a temperatura em altitudes acima do valor encontrado no item anterior. d) Supondo que estivĂŠssemos em um dos polos da Terra, qual seria a temperatura na altitude mĂŠdia limite da Troposfera? (considere a medida indicada no texto) e) Usando a lei da função definida no item a, ĂŠ possĂvel fazer o cĂĄlculo da temperatura para a altitude de 100 km? Justifique sua resposta. CapĂtulo 6
Função modular
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ExercĂcios complementares 7. (FGV-SP) Consideremos os seguintes dados:
8. (IFCE) Sejam x, y R com x 1 e y 1. A expressĂŁo 2 log9 x + log3 6 â&#x20AC;&#x201C; 6 log9 y pode ser simplificada para:
2. Sendo 2 10
0,301
, 3 10
0,477
e 5 10
0,699
, determine o
logaritmo decimal de: a) 36 b) 30
36x 2 a) log9 y3  2x  6 b) log3  ďŁ6 y 
ritmo desse mesmo nĂşmero numa base igual Ă metade
4. (Uniube-MG) Acrescentando-se 16 unidades a um 2 unidades. Calcular esse nĂşmero.
40 cm de profundidade, a intensidade de luz ĂŠ reduzi-
x y 1 x
c)
2x y 1 x
h
da em 20%, de acordo com a equação I I0 ¡ 0,8 40, na
d)
x 2y 1 x
e)
3x 2y 1 x
qual I ĂŠ a intensidade da luz em uma profundidade h, em centĂmetros, e I0 ĂŠ a intensidade na superfĂcie. Um nadador verificou, ao mergulhar nesse lago, que a intensidade da luz, em um ponto P, ĂŠ de 32% daquela observada na superfĂcie. A profundidade de P, em metros, considerando log 2 0,3, equivale a: a) 0,64 b) 1,8 c) 2,0 d) 3,2
valor de log 2 ( ab ) a)
( 6)
valores de x para os quais f faz sentido.
2
ĂŠ:
2
c) Levando em conta os resultados dos itens a) e b), esboce os grĂĄficos de f e de g.
e) 300 000 carros. 1 x
a) Mostre que f(log10(2
18. (UFG-GO) O eucalipto Ê muito usado para a produção de papÊis e celulose por causa da qualidade da matÊria-prima e seu curto ciclo de vida. Um produtor de eucalipto possui uma plantação de determinada espÊcie adequada ao clima e ao tipo de solo de sua região. Essa espÊcie tem seu crescimento modelado kt pela função h(t) 50 (1 10 ), onde h Ê a altura (em metro) em função do tempo t (em ano) e k Ê uma constante. Sabe-se que esse eucalipto alcança a altura de 10 m em 2 anos e que o produtor realizarå o corte quando as årvores tiverem 8 anos. Com base nessas informaçþes, calcule o valor da constante k e a altura que os eucaliptos terão, em metro, quando o produtor for realizar o corte.
101 x,
3 )) ĂŠ um nĂşmero inteiro.
16. (UFJF-MG) No gråfico a seguir, representou-se a função f: R * Ê R definida por f(x) log2 x. Define-se ainda, conforme a figura, um triângulo retângulo MNP, reto em N, com os vÊrtices M e P pertencendo à curva definida por f. A partir das informaçþes apresentadas no gråfico de f, responda às questþes a seguir detalhando os seus cålculos.
Para calcular o pH dessa solução, ele usou os valores aproximados de 0,30 para log 2, e de 0,48 para log 3. Então, o valor que o pesquisador obteve para o pH dessa solução foi:
Equaçþes logarĂtmicas
1 0
a) 0,18 b) 0,36 c) 0,78 d) 0,90
M
21. (Umesp-SP) Um aluno, que tinha um certo valor no visor da calculadora, apertou a tecla log por trĂŞs vezes seguidas e, curiosamente, obteve resultado zero. Qual era o valor que estava no visor da calculadora?
f
N
a
16
x
a) Qual o valor de a e b obtidos a partir do grĂĄfico de f.
simplificar a expressĂŁo 1 1 1 S 2 log 2 2016 5 log 3 2016 10 log 7 2016
)
(
ção log x 2 3x 2 4 2 ?
e) 1,70 P
b
d) 7,74
a) 10 b) 103
b) Calcule a medida da årea do triângulo MNP.
c) 105
c) Determine o(s) valor(es) de x tal que 2 [f(x)] 5 [f(x)] 6.
d) 3
10 10
e) 10
200 Unidade Unidade Funçþes exponencial e logarĂtmica 4 4 Funçþes exponencial e logarĂtmica
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No final de cada capĂtulo, esta seção apresenta questĂľes relacionadas aos conteĂşdos trabalhados ao longo do capĂtulo. SĂŁo apresentadas questĂľes autorais, de vestibulares, do Enem e de outros concursos nacionais.
20. (Unicid-SP) Se 22x 4 3 2x 1 16, log 2 0,30 e log 3 0,48 entĂŁo log (x 1) ĂŠ igual a:
y
a) 7,26 b) 7,32 c) 7,58
ExercĂcios complementares
19. (UEL-PR) No universo R, quais as soluçþes da equa-
b) Sabendo que log10 2 0,3, encontre os valores de x para os quais f(x) 52.
10. (UFMG) O pH de uma solução aquosa ĂŠ definido pela expressĂŁo pH log[H ], em que [H ] indica concentração, em mol/l, de Ăons de hidrogĂŞnio na solução e log, o logaritmo na base 10.
11. (Fuvest-SP) Use as propriedades do logaritmo para
d) 2 3
d) 250 000 carros.
b) 220 000 carros. c) 232 000 carros.
b) 2 6 c) 4 3
a) 200 000 carros.
15. (Unicamp-SP) Considere a função f(x) 10 definida para todo número real x.
Ao analisar uma determinada solução, um pesquisador verificou que, nela, a concentração de Ăons de hidrogĂŞnio era [H ] 5,4 10 8 mol/l.
6. (Ufla-MG) Se log 2 a 2 e log 2 b 3 , entĂŁo, o
x 9 log 6 x ( x 5) . Encontre os 2
14. (UEPA) Por volta dos anos 80, durante a implantação do projeto Proålcool, uma montadora estimou que sua produção de carros a ålcool teria um crescimento anual de 5 acordo com a expressão: P(t) 10 log3 (t 1), onde P Ê a quantidade produzida e t o número de anos. Dessa forma, daqui a 8 anos a produção estimada serå de:
x 2y a) 1 x b)
( 4x ) , se x R, x 4. ( 23 ) , f(2), f(3), g( 4), g(0) e g(2).
g(x) log2 1 a) Calcule f
b) Encontre x, 1 x 4, tal que f(x) g(x).
da por f(x)
e) log3 (1 + 6xy)
nĂşmero positivo, seu logaritmo na base 3 aumenta
5. (UERJ) Admita que, em um determinado lago, a cada
f(x) 2log2(x 1), se x R, x 1,
1 e) 10
13. (Ufop-MG) Seja f a função real de variåvel real defini-
9. (IME-RJ) Se log10 2 = x e log10 3 = y, entĂŁo log5 18 vale:
da anterior ĂŠ 6. Determine o nĂşmero procurado.
1 5
1 7
Função logarĂtmica
d) log3 (x2 36 y 3)
3. O logaritmo de um nĂşmero em certa base ĂŠ 3. O loga-
c)
d)
12. (PUC-SP) Se log 2 x e log 3 y, determine log 375.
c) log9 (2x 6(1 y ))
c) 180
1 3
CapĂtulo Função logarĂtmica 201 CapĂtulo 8 8 Função logarĂtmica
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Legenda
CONTEXTO HISTĂ&#x201C;RICO
X NĂşmero correspondente
Principais conteúdos matemåticos abordados nesta coleção
Werner Forman/ Werner Forman/Corbis/Latinstock
2 b) log (50 5x x )
b)
ao volume em que o conteĂşdo ĂŠ apresentado.
Milhares de anos Estilo geomĂŠtrico produzido por povos ancestrais do Brasil, Gruta do Pitoco (MS).
NĂşmeros
InfogrĂĄfico: Contexto histĂłrico
1
1
PRĂ&#x2030;-HISTĂ&#x201C;RIA (cerca de 2,5 milhĂľes de anos atrĂĄs-4000 a.C.)
1
1
11
2
12
3
13
4
14
5
15
6
16
7
17
8
18
9
19
10
20
Trecho do papiro restaurado de Ahmes.
1800 a.C. ProgressĂľes
No Egito antigo, os escribas, grupo profissional que detinha o domĂnio da leitura e da escrita, produziram uma vasta quantidade de documentos sobre diversos assuntos concernentes a essa civilização. Atualmente, tais documentos sĂŁo uma preciosa fonte de estudo para a compreensĂŁo dos aspectos relevantes dessa civilização. Em um papiro elaborado pelo escriba Ahmes, por exemplo, aparecem problemas envolvendo sequĂŞncias aritmĂŠticas e geomĂŠtricas.
1
1
2
Imagem de agrimensores egĂpcios trabalhando em uma plantação Ă s margens do rio Nilo.
Conceito de ĂĄrea As ĂĄreas de figuras prĂłximas do retângulo eram calculadas no antigo Egito pelo produto das mĂŠdias dos lados opostos do quadrilĂĄtero. NĂŁo era um mĂŠtodo exato, mas resultava em uma boa aproximação para a ĂĄrea. Tal conhecimento foi imprescindĂvel para o surgimento da agrimensura, atividade que tem como função medir e dividir lotes de terra. Em muitas imagens produzidas por essa sociedade, podemos observar o ĂĄrduo trabalho dos agrimensores Ă s margens do rio Nilo, sua principal fonte de ĂĄgua.
Sistema numĂŠrico arcaico desenvolvido na SumĂŠria (atual Iraque).
ANTIGUIDADE
1
(4000 a.C.-476 d.C.)
Fragmento de osso marcado por comunidades da PrĂŠ-HistĂłria.
288
2000 a.C.
SĂŠculo XVI a.C.
Fraçþes
SĂŠculo VI a.C.
Medida de ângulos
Por volta do segundo milĂŞnio antes de Cristo, povos antigos jĂĄ contavam com muitas invençþes consagradas, a exemplo da roda, da escrita, da Astronomia e do calendĂĄrio. Em tal contexto, mesopotâmicos e egĂpcios criaram sĂmbolos para representar as fraçþes. Os egĂpcios usavam apenas fraçþes de numerador 1. Assim, no Egito antigo, 3 a fração era representada como 5
Os mesopotâmicos conheciam o hexĂĄgono regular. Como seu sistema de numeração era em base 60, optaram por dividir cada â&#x20AC;&#x153;ângulo grandeâ&#x20AC;? em 60 partes.
Busto de Tales de Mileto, considerado o primeiro filĂłsofo da HistĂłria ocidental.
Semelhança Cada um destes â&#x20AC;&#x153;ângulos grandesâ&#x20AC;? foi dividido em 60 partes.
1 1 1 . 3 5 15
Editoria de Arte
Registro numĂŠrico A partir do perĂodo NeolĂtico, diversas comunidades humanas sedentarizaram-se e passaram a estocar o alimento excedente. Gradualmente, surgem os primeiros centros urbanos, as relaçþes comerciais, a divisĂŁo social e o conceito de propriedade privada. A necessidade de contar motivou a associação entre uma quantidade de objetos e a mesma quantidade de pequenos seixos. Surgem registros de nĂşmeros, como marcas em ossos, pedaços de madeira e pedra.
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Nas colĂ´nias gregas da Ă sia Menor (atual Turquia), um grupo de pensadores desprendeu-se gradualmente das explicaçþes mitolĂłgicas usadas para a compreensĂŁo do mundo. Esse lento processo promoveu o surgimento do racionalismo, da Filosofia e do pensamento cientĂfico. Seu precursor foi Tales de Mileto (c. 623 a.C. â&#x20AC;&#x201C; c. 546 a.C.), um hĂĄbil astrĂ´nomo que sustentava a ideia de que todos os elementos do Universo foram criados a partir da ĂĄgua. Na MatemĂĄtica, Tales de Mileto demonstrou diversas propriedades de figuras geomĂŠtricas e desenvolveu o conceito de semelhança mostrando diversas aplicaçþes.
Fonte de pesquisa do infogrĂĄfico: BOYER, Carl Benjamin. HistĂłria da MatemĂĄtica. Trad. Elza F. Gomide. 3 ed. SĂŁo Paulo: Edgar BlĂźcher, 2012. EVES, Howard. Introdução Ă HistĂłria da MatemĂĄtica. SĂŁo Paulo: Unicamp, 2007. KINDER, Hermann; HILGEMANN, Werner; HERGT, Manfred. Atlas histĂłrico mundial: De los orĂgenes a nuestros dĂas. Madrid: Akal, 2007.
289
A linha do tempo nĂŁo estĂĄ representada em escala.
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CapĂtulo 1
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SĂŠculo XVI a.C.
4000 a.C.
James Di Loreto & Donald H. Hurlbert. Smithsonian Institution
Ao final do volume hå um infogråfico que apresenta uma linha do tempo, relacionando os conteúdos abordados na coleção com tópicos da história da Matemåtica.
Durante o perĂodo PaleolĂtico, a maioria das comunidades humanas usava apenas trĂŞs nĂşmeros: um, dois e â&#x20AC;&#x153;muitosâ&#x20AC;?. Mesmo com um conhecimento numĂŠrico rudimentar, tais povos vivenciavam a MatemĂĄtica de uma forma empĂrica, ao entrar em contato com elementos geomĂŠtricos da natureza.
SĂtio ArqueolĂłgico gruta do Pitoco, AlcinĂłpolis. MS. Bufinha/SEMUDES
NĂşmeros naturais Durante a Antiguidade, egĂpcios, mesopotâmicos e outras civilizaçþes promoveram um notĂĄvel desenvolvimento da MatemĂĄtica, impulsionado, sobretudo, por demandas do cotidiano. A construção de monumentos fĂşnebres, a contagem do tempo e a construção de canais de irrigação sĂŁo alguns dos problemas superados com o auxĂlio do saber matemĂĄtico. Mesopotâmicos e egĂpcios criaram sĂmbolos para representar os nĂşmeros naturais. EgĂpcios usavam base 10, mas notação nĂŁo posicional. JĂĄ os sumĂŠrios, um dos povos da Mesopotâmia, usavam base 60 com notação posicional. Os matemĂĄticos da antiga SumĂŠria precisavam de 59 sĂmbolos diferentes para representar seus nĂşmeros. NĂŁo existia representação do zero. Quando nada havia, deixava-se um espaço em branco.
Editoria de Arte
3000 a.C.
Corbis/Latinstock
2 a) log5 (x 4x 5)
17. (Fuvest-SP) Considere as funçþes f e g definidas por
O valor de S ĂŠ 1 a) 2
log 2 0,3 e log 3 0,48. Nessas condiçþes, determine o valor de log 15.
1. Dê a condição de existência de:
Album/Latinstock
Logaritmo
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FĂsica: CiĂŞncia e tecnologia
5
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Sumário PARTE I UNIDADE 1
Conjuntos | 12
Capítulo 1 Introdução aos conjuntos | 14 Conceitos iniciais | 14 Representações de um conjunto | 14 Tipos de conjuntos | 15 Igualdade de conjuntos | 15 Subconjuntos | 16 Operações entre conjuntos | 19 União de conjuntos | 19 Intersecção de conjuntos | 19 Propriedades da união e da intersecção de conjuntos | 19 Número de elementos da união de conjuntos | 20 Diferença de conjuntos | 20 Exercícios complementares | 24
Conjunto dos números racionais | 28 Conjunto dos números irracionais | 32 Alguns números famosos | 33 Algumas considerações sobre os números irracionais | 34 Explorando a tecnologia | 36 História da Matemática | 38 Conjunto dos números reais | 39 Intervalos reais | 39 Exercícios complementares | 42
Retomando e pesquisando | 43
Capítulo 2 Conjuntos numéricos | 26 Conjunto dos números naturais | 26 Conjunto dos números inteiros | 27
UNIDADE 2
n ro Vo
Introdução às funções | 44
Capítulo 3 Funções | 46 A ideia de função | 46 Definição de função | 51 Domínio, contradomínio e conjunto imagem de uma função | 52 Estudo do domínio de uma função real | 52 Gráfico de uma função | 55 Sistema cartesiano ortogonal | 55 Interpretação e leitura de gráficos | 57 Construção de gráficos | 57 Identificação do gráfico de uma função | 59 Determinação do domínio e do conjunto imagem de uma função com base no seu gráfico | 59
Zeros de uma função | 64 Estudo do sinal de uma função | 64 Crescimento e decrescimento de uma função | 65 Função par e função ímpar | 68 Taxa média de variação de uma função | 69 Funções sobrejetora, injetora e bijetora | 70 Função sobrejetora | 70 Função injetora | 70 Função bijetora | 71 Função composta | 73 Definição | 73
História da Matemática | 60
Função inversa | 75 Lei da função inversa | 75 Gráfico da função inversa | 76 Explorando a tecnologia | 78 Exercícios complementares | 80
Zero e estudo do sinal de uma função | 64
Retomando e pesquisando | 83
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t
ut
Sh
6/
7 in
m
co
k.
oc
st er
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UNIDADE 3
Estudo das funções afim, quadrática e modular | 84
Capítulo 4 Função afim | 86 Função afim | 87 Função polinomial do 1o grau | 87 Função constante | 89 Gráfico da função afim | 94 Valor inicial e taxa de variação | 96 Zero da função afim | 96 Explorando a tecnologia | 99 Crescimento e decrescimento da função afim | 100 Estudo do sinal da função afim | 101 Inequações do 1o grau | 103 Sistemas de inequações do 1o grau | 105 Inequação-produto e inequação-quociente | 106 Exercícios complementares | 108
Capítulo 5 Função quadrática | 112 Gráfico da função quadrática | 115 Explorando a tecnologia | 117 Zeros da função quadrática | 118
Vértice da parábola | 119 Conjunto imagem, valor mínimo e valor máximo da função quadrática | 123 História da Matemática | 127 Estudo do sinal da função quadrática | 128 Inequações do 2o grau | 128 Sistemas de inequações | 130 Inequação-produto e inequação-quociente | 132 Exercícios complementares | 134
Capítulo 6 Função modular | 136 Função definida por mais de uma sentença | 136 Gráfico | 137 Módulo de um número real | 139 Distância entre dois pontos na reta real | 140 Função modular | 141 Gráfico da função modular | 141 Equações modulares | 144 Explorando a tecnologia | 148 Inequações modulares | 149 Exercícios complementares | 151
Retomando e pesquisando | 153
Lefteris Pitarakis/AP/ Glow Images
Respostas da parte I | 154
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Scorpp/Shutterstock.com
Sumário
PARTE II UNIDADE 4
Funções exponencial e logarítmica | 162
Capítulo 7 Função exponencial | 164 Potenciação e radiciação | 164 Potência com expoente natural | 164 Potência com expoente inteiro | 165 Notação científica | 165 Radiciação | 166 Potência com expoente racional | 166 Potência com expoente real | 167 Função exponencial | 170 Gráfico da função exponencial | 170 Explorando a tecnologia | 174 Equações exponenciais | 175
Capítulo 8 Função logarítmica | 181 Logaritmo | 181 Consequências da definição de logaritmo | 182 Condições de existência do logaritmo | 183 Propriedades operatórias dos logaritmos | 184 Uso da calculadora com logaritmos | 188 História da Matemática | 190 Função logarítmica | 191 Definição | 191 Gráfico da função logarítmica | 191 Relação entre função exponencial e função logarítmica | 192 Equações logarítmicas | 196 Inequações logarítmicas | 197 Explorando a tecnologia | 199
Inequações exponenciais | 177
Exercícios complementares | 200
Exercícios complementares | 179
Retomando e pesquisando | 203
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UNIDADE 5
Estudo das progressões e Matemática financeira | 204
Capítulo 9 Progressões | 206 Sequências | 206 Sequências numéricas | 206 Progressão aritmética | 209 Termo geral de uma PA | 211
Capítulo 10 Noções de Matemática financeira | 228 Porcentagem | 228 Aumentos e descontos | 228 Variação percentual | 229
Soma dos termos de uma PA | 213
Lucro e prejuízo | 231
Progressão aritmética e função afim | 214
Juro | 231
História da Matemática | 214
Juro simples | 231
Progressão geométrica | 217
Juro composto | 234
Termo geral de uma PG | 219 Soma dos termos de uma PG finita | 221 Soma dos termos de uma PG infinita | 222
Juro e funções | 240 Exercícios complementares | 243
Retomando e pesquisando | 245
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Progressão geométrica e função exponencial | 223 Exercícios complementares | 226
Explorando a tecnologia | 238
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Sumário UNIDADE 6
Introdução à Trigonometria | 246
Capítulo 11 Proporcionalidade e semelhança | 248 Proporcionalidade | 248 Segmentos de reta proporcionais | 248 Teorema de Tales | 249 Teorema da bissetriz interna de um triângulo | 250 Semelhança | 252 Figuras semelhantes | 252 Polígonos semelhantes | 253 Semelhança de triângulos | 255 Teorema fundamental da semelhança | 255 Consequências da semelhança de triângulos | 256 História da Matemática | 258 Relações métricas no triângulo retângulo | 258 Teorema de Pitágoras | 258 Outras relações métricas no triângulo retângulo | 260 Exercícios complementares | 264
Capítulo 12 Trigonometria nos triângulos | 266 Razões trigonométricas no triângulo retângulo | 266 Seno, cosseno e tangente de um ângulo agudo | 267 Relações entre razões trigonométricas | 268 Explorando a tecnologia | 271 Ângulos notáveis | 272 Seno, cosseno e tangente dos ângulos de 30° e 60° | 272 Seno, cosseno e tangente do ângulo de 45° | 272 Seno e cosseno de ângulos suplementares | 276 Lei dos cossenos | 276 Lei dos senos | 279 Área de um triângulo qualquer | 281 Tabela de razões trigonométricas | 283 Exercícios complementares | 284
Retomando e pesquisando | 286
Infográfico: Contexto histórico | 287 Respostas da parte II | 296 Lista de siglas | 303 Referências bibliográficas | 304
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Sugestões para pesquisa e leitura | 301
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Sumário – Parte I UNIDADE 1 Conjuntos | 12 Capítulo 1 Introdução aos conjuntos | 14 Capítulo 2 Conjuntos numéricos | 26 UNIDADE 2 Introdução às funções | 44 Capítulo 3 Funções | 46 UNIDADE 3 Estudo das funções afim, quadrática e modular | 84 Capítulo 4 Função afim | 86 Capítulo 5 Função quadrática | 112 Capítulo 6 Função modular | 136
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Respostas da parte I | 154
Capítulo 1
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Física: Ciência e tecnologia
11
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1
Unidade
Tucano, cerca de 55 cm de comprimento.
Conjuntos
A taxonomia é o ramo da Biologia que estuda a classificação dos seres vivos. Ao classificá-los, os cientistas utilizam critérios de semelhança, organizando-os em grupos. Assim, é possível estabelecer, por exemplo, a existência de um ancestral comum entre grupos diferentes. Todos os seres vivos podem ser classificados em seis grupos, chamados reinos. Cada reino é dividido em filos, que incluem uma ou mais classes. As classes são formadas por ordens, que contêm famílias. As famílias são constituídas de gêneros, que contêm uma ou diversas espécies. Assim como na taxonomia, é possível fazer agrupamentos de acordo com uma ou mais características comuns em diversas situações do cotidiano. No supermercado, por exemplo, os produtos são distribuídos de acordo com algumas características, como alimentos, bebidas, produtos de limpeza, utilidades domésticas etc. Dentro desses grupos é possível ainda criar subgrupos. Para o caso dos alimentos, por exemplo, podemos ter: em conservas, não perecíveis, refrigerados e assim por diante. Os agrupamentos auxiliam na organização dos dados, produtos, elementos, e são especialmente úteis quando há uma grande quantidade de dados para ser analisada.
Quati, cerca de 50 cm de comprimento.
Paisagem com rio, no Pantanal, Brasil (2014). Em destaque, alguns animais típicos da região.
12
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Paisagem do Pantanal: Stock Photos/Glowimages.com; Tucano: Getty Images; Joseph Van Os/The Image Bank/Getty Images; Quati: Rosa Jay/Shutterstock.com; Garça: Getty Images/S.B. Nace/Lonely Planet Image; Tuiuiu: Getty Images/LucasAmorelli/iStockphoto; Pintado: GERSON SOBREIRA/Terra Stock; Dourado: Alamy/Michael Patrick O'Neill/Latinstock; Onça-Pintada: Anan Kaewkhammul/Shutterstock.com; Capivara: Anan Kaewkhammul/Shutterstock.com
Tuiuiú, cerca de 1,5 m de altura.
Garça, cerca de 90 cm de comprimento.
Onça-pintada, cerca de 2 m de comprimento.
Pintado, cerca de 1 m de comprimento.
Dourado, cerca de 40 cm de comprimento.
Capivara, cerca de 1,2 m de comprimento.
1. Você já conhecia a taxonomia? Qual é a classificação taxonômica do ser humano? Converse com os colegas a respeito. 2. Pense em três situações em que usamos os agrupamentos no dia a dia e faça o que se pede. a) Conte aos colegas as situações pensadas. Vocês pensaram nas mesmas situações? b) Como seriam essas situações sem os agrupamentos? 3. Observe as imagens destas páginas e elabore: a) um agrupamento possível para os animais. b) um esquema que ilustre esse agrupamento. c) com o auxílio do esquema, uma explicação sobre sua divisão e compare com os esquemas feitos por seus colegas.
13
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CAPÍTULO 1
Introdução aos conjuntos
• Conceitos iniciais • Subconjuntos • Operações entre conjuntos
Phillip Minnis/Shutterstock/Glow Images
Nos mercados e feiras livres os produtos geralmente são organizados por semelhança, ou seja, produtos que possuem alguma característica em comum ficam juntos. O mesmo raciocínio é utilizado na formação de conjuntos, em que agrupamos elementos que tenham um ou mais atributos em comum. Usamos a ideia de conjunto em várias situações do dia a dia. Ao organizar a lista de amigos para uma festa, ao preparar o material escolar, ao formar um time, por exemplo, estamos constituindo conjuntos. Neste capítulo estudaremos os conjuntos do ponto de vista matemático, analisando algumas propriedades e operações.
Conceitos iniciais Um conjunto é uma coleção de objetos, chamados de elementos, que possuem uma propriedade comum ou que satisfazem determinada condição.
Representações de um conjunto Um conjunto pode ser representado de várias maneiras. Geralmente indicamos os conjuntos utilizando letras maiúsculas (A, B, C, D, ...) e adotamos letras minúsculas para representar seus elementos (a, b, c, d, ...). Por exemplo, podemos representar o conjunto A, formado pelas vogais do nosso alfabeto, das seguintes maneiras:
Parte de barraca de feira na qual as frutas estão organizadas por especialidade.
a) os elementos do conjunto são colocados entre chaves separados por vírgula, ou ponto e vírgula: A {a, e, i, o, u}. b) os elementos do conjunto são nomeados por uma ou mais propriedades que os caracterize: A {x | x é vogal do nosso alfabeto}. c) os elementos do conjunto aparecem no interior de uma curva fechada denominada diagrama de Venn:
A
a e o
O diagrama de Venn foi desenvolvido pelo matemático inglês John Venn (1834-1923).
14
Unidade 1
u i
Editoria de arte
Bridgemanimages/Keystone
Este símbolo significa tal que.
Para indicar que um elemento faz parte de determinado conjunto, usamos o símbolo (pertence) e para indicar que ele não faz parte, usamos o símbolo (não pertence). Por exemplo, tomando A {a, e, i, o, u}, temos: • i A (lê-se: i pertence a A);
• d A (lê-se: d não pertence a A).
Conjuntos
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Tipos de conjuntos Quanto ao número de elementos, os conjuntos podem ser classificados como finitos ou infinitos. Um conjunto é finito quando tem um número determinado de elementos. Por exemplo, o conjunto A das vogais de nosso alfabeto: A {a, e, i, o, u}
Utilizamos a notação n(A) para indicar o número de elementos do conjunto A. Nesse exemplo, temos n(A) 5.
Um conjunto é infinito quando não é finito, ou seja, não é possível a contagem de todos os seus elementos. Por exemplo, o conjunto B dos números naturais ímpares: B {1, 3, 5, 7, 9, ...}
As reticências antes ou depois de todos os elementos indicam que o conjunto é infinito.
Embora conjunto passe uma ideia de coleção, existem dois conjuntos muito especiais para a Matemática que não correspondem a essa noção, o conjunto unitário e o conjunto vazio. Um conjunto é unitário quando é formado por um único elemento. Por exemplo: H {x | x é um número natural maior que 6 e menor que 8} Como só existe um número natural maior que 6 e menor que 8, temos que H {7}. Logo, H é um conjunto unitário. O conjunto vazio é aquele que não possui elementos. Ele é representado por { } ou . Por exemplo: V { x | x é um número natural menor que zero}
Igualdade de conjuntos Analisando os conjuntos A {vogais da palavra livro} e B {i, o}, observamos que eles possuem exatamente os mesmos elementos. Nesse caso, dizemos que A e B são iguais. Agora, observe os conjuntos X {1, 2, 3} e Y {0, 1, 2}. Como existem elementos diferentes em cada conjunto, dizemos que X e Y são diferentes. Dois conjuntos A e B são iguais, indicamos A B, quando possuem os mesmos elementos. Dois conjuntos A e B são diferentes, indicamos A B, se pelo menos um dos elementos de um dos conjuntos não pertence ao outro.
A ordem em que os elementos estão dispostos em um conjunto não o diferencia. Por exemplo, os conjuntos X {1, 2, 3} e W {2, 3, 1} possuem os mesmos elementos, então X W. Da mesma maneira, os conjuntos P {1, 5, 6} e Q {1, 5, 6, 5} também são iguais, ou seja, têm os mesmos elementos, pois, apesar de o número 5 aparecer duas vezes em Q, elementos repetidos não diferenciam um conjunto do outro. Capítulo 1
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Introdução aos conjuntos
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Considerando os conjuntos A {1, 3, 7} e B {1, 2, 3, 5, 6, 7, 8}, observamos que todo elemento do conjunto A tambÊm Ê elemento de B. Nesse caso, dizemos que A Ê um subconjunto de B. Veja ao lado a representação desses conjuntos por diagramas.
2
B A
1 7
5
Um conjunto A ĂŠ subconjunto de outro conjunto, B, quando qualquer elemento de A tambĂŠm pertence a B.
Em algumas situaçþes envolvendo conjuntos, todos os conjuntos considerados são subconjuntos de um mesmo conjunto, denominado conjunto universo e representado por U. Nos diagramas, Ê usual representar o conjunto universo por um retângulo. Por exemplo: a) Ao lado representamos os conjuntos U Z, A { 1, 0, 1, 2} e B { 2, 1, 2, 3}:
6
3
De maneira geral, temos:
Ilustraçþes: Editoria de arte
Subconjuntos
8
U A
B 0 1
1 2
2 3
b) No conjunto universo U N, a equação x 3 1 não tem solução. No entanto, sendo U Z, a equação tem solução x 2. Quando um conjunto A Ê subconjunto de um conjunto B, temos uma relação de inclusão e dizemos que A estå contido em B ou, ainda, que A Ê parte de B. Podemos dizer tambÊm que B contÊm A. Indica-se: A B
(lĂŞ-se: A estĂĄ contido em B ou A ĂŠ parte de B) Este sĂmbolo significa estĂĄ contido.
B A
(lĂŞ-se: B contĂŠm A) Este sĂmbolo significa contĂŠm.
Veja alguns exemplos: a) Sendo A {1, 2} e B {0, 1, 2, 3}, tem-se A 3 B.
c) {4, 5, 6} 3 {4, 5, 6}
b) {3, 4, 5} 3 {1, 2, 3, 4, 5, 6}
d) {8} 3 {2, 4, 6, 8}
Propriedades da relação de inclusĂŁo Ă&#x2030; possĂvel demonstrar que sĂŁo vĂĄlidas as seguintes propriedades para a relação de inclusĂŁo entre conjuntos: a
1 ) Propriedade reflexiva: A A, para qualquer A, ou seja, um conjunto sempre Ê subconjunto dele mesmo. 2a) Propriedade antissimÊtrica: Se A B e B A, então A B. 3a) Propriedade transitiva: Se A B e B C, então A C. Observaçþes:
â&#x20AC;˘ A relação de pertinĂŞncia (x A) ĂŠ entre elemento e conjunto, enquanto a relação de inclusĂŁo (A B) ĂŠ entre dois conjuntos. â&#x20AC;˘ Se existir pelo menos um elemento de A que nĂŁo pertença a B, dizemos que A nĂŁo estĂĄ contido em B ou que B nĂŁo contĂŠm A. â&#x20AC;˘ O sĂmbolo significa nĂŁo estĂĄ contido. â&#x20AC;˘ O sĂmbolo significa nĂŁo contĂŠm. â&#x20AC;˘ O conjunto vazio ĂŠ subconjunto de qualquer conjunto, ou seja, A, qualquer que seja o conjunto A.
16
Unidade 1
Conjuntos
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ExercĂcios resolvidos 3. 1 Descreva os conjuntos a seguir, enumerando seus elementos: a) V {x ĂŠ vogal da palavra estacionamento} b) P {x ĂŠ um nĂşmero natural primo menor que 50}
Resolução a) As vogais do nosso alfabeto são: a, e, i, o, u. Na palavra estacionamento, as vogais são: a, e, i, o. Portanto, V {a, e, i, o}. b) Os números primos são aqueles que possuem apenas dois divisores distintos, o número 1 e ele mesmo. Logo, os números primos menores que 50 são: 2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, 41, 43, 47. Portanto, P = {2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, 41, 43, 47}.
3. 2 Verifique se o conjunto A {0, 3, 5} Ê subconjunto de B {0, 1, 2, 3, 4}. Resolução Comparando, um a um, os elementos dos conjuntos A e B, verificamos que o elemento 5 do conjunto A não pertence a B, ou seja, 5 B. Logo, A não estå contido em B, isto Ê, A B. Portanto, A não Ê subconjunto de B.
3. 3 Determine todos os subconjuntos de A {1, 2, 3}. Resolução Os subconjuntos de A sĂŁo os seguintes: â&#x20AC;˘ â&#x20AC;˘ â&#x20AC;˘ â&#x20AC;˘
o conjunto vazio: os conjuntos com apenas 1 elemento: {1}, {2}, {3} os conjuntos com 2 elementos: {1, 2}, {1, 3}, {2, 3} o prĂłprio conjunto A, com 3 elementos: {1, 2, 3}
E H F
Editoria de arte
3. 4 Observe o diagrama:
Quais afirmativas sĂŁo verdadeiras? Justifique sua resposta. a) E F
c) H F
e) F H
b) F E
d) E H
f) H E
Resolução Analisando as afirmativas, uma a uma, temos: a) Verdadeira, pois existem elementos que pertencem a E e não pertencem a F. b) Falsa, pois existem elementos que pertencem a E e não pertencem a F. c) Falsa, pois existem elementos que pertencem a H e não pertencem a F. d) Verdadeira, pois todos os elementos de H pertencem a E. e) Verdadeira, pois existem elementos que pertencem a H e não pertencem a F. f) Verdadeira, pois todos os elementos de H pertencem a E.
CapĂtulo 1
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Introdução aos conjuntos
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ExercĂcios propostos 1. Escreva os conjuntos descritos abaixo: a) O conjunto A representado pelos nĂşmeros naturais mĂşltiplos de 3 menores que 20.
8. Dados os conjuntos A {1}, B {0, 1}, C {1, 2, 3} e D {0, 1, 2, 4}, relacione cada par de conjuntos a seguir usando o sĂmbolo ou .
b) O conjunto B representado pelos nĂşmeros naturais primos menores que 27.
a) A e B
d) B e C
b) A e C
e) B e D
c) O conjunto C representado pelos nĂşmeros naturais menores que 50 e mĂşltiplos de 7.
c) A e D
f) C e D
2. Dado o conjunto B {1, 1, 2, 2}, responda se as proposiçþes abaixo são verdadeiras ou falsas: a) 1 B
9. Sejam A, B e C os conjuntos a seguir: A {x | x ĂŠ nĂşmero natural par compreendido entre 3 e 15}; B {x | x ĂŠ nĂşmero natural par menor que 15};
b) {1} B
C {x | x ĂŠ nĂşmero natural par diferente de 2}.
c) {{2}} B
Relacione cada par a seguir usando o sĂmbolo ou .
d) 2 B
a) A e B
e) { 1} B
b) A e C
f) 1 B 3. Observe o conjunto A {3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11}. Represente os subconjuntos de A formados: a) pelos nĂşmeros maiores que 5 e menores que 10; b) pelos nĂşmeros pares; c) pelos nĂşmeros Ămpares maiores ou iguais a 7. 4. Dado o conjunto E {2, 4, 6, 8}, escreva no caderno todos os subconjuntos de E formados por:
c) B e C 10. Dado o conjunto A {0, 2, 3}, diga se as proposiçþes a seguir são verdadeiras ou falsas. a) 0 A
e) {1, 2} A
b) 1 A
f) A
c) 3 A
g) A
d) {3} A
h) {3} A
11. Indique apenas as afirmaçþes verdadeiras.
a) 3 elementos;
a) {5} {0, 5, 10, 15}
b) 4 elementos. 5. Sejam a e b nĂşmeros naturais, determine o valor de a + b, tal que {0, 1, 2} {2, a, b}.
b) {a, b, c} {b, a, c}
6. Uma pessoa tem quatro opçþes de música para escutar: a, b, c e d. Se ela quiser ouvir apenas duas músicas diferentes por dia, quais possibilidades de pares ela tem para escolher?
d) 8 {2, 4, 6, 8, 10}
7. No diagrama abaixo, A, B e C sĂŁo trĂŞs conjuntos nĂŁo vazios.
g) 3 {0, 3, 6, 9}
Editoria de arte
B A
C
c) 2 {0, 2, 4}
e) {1, 2, 3} {1, 2} f ) { 1, 6} {nĂşmeros naturais}
h)
1 {nĂşmeros naturais} 2
12. Sendo P e Q dois conjuntos não vazios, de modo que P Q, indique apenas as afirmaçþes verdadeiras. a) Sempre existe x, x P, tal que x Q. b) Sempre existe x, x Q, tal que x P. c) Se x Q, então x P.
Associe V ou F a cada uma das seguintes sentenças, conforme ela seja verdadeira ou falsa.
18
a) A B
e) B A
b) C B
f) A C
c) B A
g) B A
d) A C
h) A B
Unidade 1
d) Se x Q, então x P. e) P e Q não têm elementos em comum. 13. Quantos conjuntos M satisfazem à sentença: {1, 2} M {1, 2, 3, 4} 14. Qual deve ser a relação entre os conjuntos A, B e C para que A B, B C e C A?
Conjuntos
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Operações entre conjuntos União de conjuntos
Por exemplo, dados os conjuntos A {0, 2, 4, 6} e B {0, 1, 2, 3, 4}, a união desses conjuntos é o conjunto obtido pela junção dos elementos dos conjuntos A e B, isto é: A B {0, 1, 2, 3, 4, 6}
A
0 6
2
1
4
B
3
Lê-se: A união B ou A reunião B.
Observe que qualquer que seja um elemento de A B, ele pertence ao conjunto A ou ao conjunto B (ou a ambos).
Ilustrações: Editoria de arte
A união ou reunião de dois conjuntos A e B, que indicamos por A B, é o conjunto formado por todos os elementos que pertencem a A ou a B: A B { x | x A ou x B}
A parte pintada dos conjuntos indica A 6 B.
Intersecção de conjuntos A intersecção de dois conjuntos A e B, que indicamos por A B, é o conjunto formado pelos elementos que pertencem a A e também pertencem a B: A B { x | x A e x B}
Por exemplo, a intersecção dos conjuntos A e B do exemplo anterior é o conjunto cujos elementos pertencem, ao mesmo tempo, ao conjunto A e ao conjunto B. Veja: A B {0, 2, 4} Lê-se: A intersecção B.
A
0 6
2
1
4
B
3
A parte pintada dos conjuntos indica A 5 B.
Observação: Se os conjuntos A e B não possuem elementos comuns (A B ), dizemos que A e B são conjuntos disjuntos.
Propriedades da união e da intersecção de conjuntos Dados três conjuntos, A, B e C, é possível demonstrar que valem as seguintes propriedades: 1a) Propriedade comutativa
A B B A A B B A
comutativa da união comutativa da intersecção
a
2 ) Propriedade associativa
(A B) C A (B C) (A B) C A (B C)
associativa da união associativa da intersecção
3a) Propriedade distributiva
A (B C) (A B) (A C) A (B C) (A B) (A C)
distributiva da intersecção em relação à união distributiva da união em relação à intersecção
a
4 ) Propriedade
Se A B, então A B B e A B A. Da mesma maneira, se A B B ou A B A, então A B. Capítulo 1
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Introdução aos conjuntos
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Número de elementos da união de conjuntos Sendo A e B dois conjuntos finitos, o número de elementos do conjunto A B, que indicamos por n(A B), Ê dado pela seguinte relação: n(A B) n(A) n(B) n(A B)
Por exemplo, dados A {0, 2, 4, 6} e B {0, 1, 2, 3, 4}, ao adicionarmos o nĂşmero de elementos de A ao nĂşmero de elementos de B, o nĂşmero de elementos de A B ĂŠ contado duas vezes. Ă&#x2030; por isso que subtraĂmos n(A B). Assim:
A B A
0 6
2
1
4
B
3
Ilustraçþes: Editoria de arte
n(A B) 4 5 3 ä n(A B) 6
Observação: Para A B , temos: n(A B) 0 e n(A B) n(A) n(B).
Diferença de conjuntos A diferença de dois conjuntos A e B, que indicamos por A B, nessa ordem, Ê o conjunto dos elementos que pertencem a A e não pertencem a B: A B { x | x A e x B}
1
A
B
2
3
6
4
5
8
A parte pintada nos conjuntos indica A B.
Por exemplo, dados os conjuntos A {1, 2, 3, 4, 5} e B {2, 4, 6, 8}, a diferença A B Ê formada por todos os elementos que pertencem a A, mas não pertencem a B. A B {1, 3, 5} Lê-se: A menos B.
Se B A, a diferença A B Ê denominada complementar de B em relação a A e pode ser indicada por: BA A B
A 2
0 1
B
3 4
A parte pintada nos conjuntos B
indica A.
20
Unidade 1
Por exemplo, se B {2, 3} e A {0, 1, 2, 3, 4}, o complementar de B em relação a A Ê o que falta para o conjunto B ficar igual ao conjunto A, ou seja: AB A B {0, 1, 4} No caso de termos um determinado conjunto universo U, do qual A Ê subconjunto, o complementar de A em relação a U pode ser indicado por: A A. A AU U A
Conjuntos
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ExercĂcios resolvidos 3. 5 Dados os conjuntos A {0, 1, 2, 3, 4} e B {1, 3, 5, 7}, determine A B, A B, A B e represente cada um desses conjuntos por meio de um diagrama.
Resolução Juntando todos os elementos que pertencem a A ou a B, temos:
A
0 1
2
5
3
4
B
7
Ilustraçþes: Editoria de arte
A B {0, 1, 2, 3, 4, 5, 7}
0 1 5
3
4
Em seguida, colocamos o valor 50 na intersecção de S e P, que representa as pessoas que consomem os dois produtos. Ă&#x2030; importante começar pela intersecção, pois assim nĂŁo corremos o risco de contar mais de uma vez essas 50 pessoas. P
50
A B {1, 3}
2
P
S
Tomando os elementos comuns a A e a B, temos:
A
S
B
7
Assim, das 210 pessoas que consomem o produto S temos que 50 consomem tambĂŠm o produto P. EntĂŁo, o nĂşmero de pessoas que consomem somente o produto S ĂŠ 210 50 160. Portanto, colocamos 160 na parte que representa somente S. Veja: S
P
160
Considerando os elementos que pertencem a A e nĂŁo pertencem a B, temos:
50
A B {0, 2, 4} A
Analogamente, das 180 pessoas que consomem o produto P, temos 50 pessoas que tambĂŠm consomem o produto S. EntĂŁo, o nĂşmero de pessoas que consomem somente o produto P ĂŠ 180 50 130. Portanto, colocamos 130 na parte que representa somente quem consome o produto P. Veja:
0 1
2
5
3
4
B
7
3. 6 Em uma cidade sĂŁo consumidos dois produtos, S e P, sendo S um tipo de sabonete e P um tipo de perfume. Uma pesquisa de mercado sobre o consumo desses produtos levantou os seguintes dados. Produto consumido NĂşmero de consumidores
S
P
SeP
Nenhum dos dois
210
180
50
40
Fonte: Dados fictĂcios.
Quantas pessoas foram consultadas nessa pesquisa?
S
P
160
50
130
Por Ăşltimo, acrescentamos as 40 pessoas que nĂŁo consomem nenhum dos produtos. S
P
160
50
130
Resolução Em primeiro lugar, vamos considerar os conjuntos S e P, que correspondem aos consumidores dos produtos S e P, respectivamente, e fazer um diagrama. O diagrama deve apresentar intersecção, pois existem pessoas que consomem os dois produtos (S e P) ao mesmo tempo.
40
Para determinar quantas pessoas foram consultadas, adicionamos os nĂşmeros marcados no diagrama: 160 50 130 40 380 Assim, foram consultadas 380 pessoas nessa pesquisa. CapĂtulo 1
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Introdução aos conjuntos
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ExercĂcios propostos 15. Sendo A {0, 1, 2, 3}, B {0, 2, 3, 5}, C {x x ĂŠ nĂşmero natural par menor que 10} e D {x x ĂŠ nĂşmero Ămpar compreendido entre 4 e 10}, determine: d) C D a) A B b) A D
e) (A B) C
c) B C
f) (B C) D
16. Sendo A {0, 1, 2, 3, 4}, B {0, 1, 2}, C {x x ĂŠ nĂşmero par menor que 10}, D {x x ĂŠ nĂşmero Ămpar compreendido entre 0 e 6}, determine: a) A B
d) B C
b) A C
e) (A B) C
c) A D
f ) (A C) D
21. Dados U {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}, A {0, 2, 5}, B {1, 3, 5, 7} e E {2, 4, 6}, determine: a) UA
B
E
b) U
c) U
22. Representa-se por M(a) o conjunto dos mĂşltiplos de a e por D(a) o conjunto dos divisores de a. Enumere os conjuntos a seguir: a) M(3) D(30)
c) D(100) D(50)
b) M(2) M(4)
d) M(7) M(5)
23. (UFF-RJ) Os conjuntos S, T e P sĂŁo tais que todo elemento de S ĂŠ elemento de T ou P. O diagrama que pode representar esses conjuntos ĂŠ: a)
T
S
d) T
P
S
17. Dados A {0, 1, 2, 3}, B {1, 2, 3} e C {2, 3, 4, 5}, determine: d) (A B) C e) (A C) (B C) f) A
a) A B b) A C c) B C
P
b)
T
P
e) T P S
S
18. Considere o diagrama a seguir.
A
1
7
9
3
B
2 4
6
Ilustraçþes: Editoria de arte
c)
8
5
P
S
24. Em uma pesquisa, verificou-se que, das pessoas consultadas, 100 liam o jornal A, 150 liam o jornal B, 20 liam os dois jornais (A e B) e 110 nĂŁo liam jornal. Quantas pessoas foram consultadas?
C
Determine: a) A B
e) A 5 B 5 C
b) A C
f) A C
c) A B C
g) (A 5 C) B
d) B 5 C 19. Os conjuntos A, B e E sĂŁo tais que A B {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}, A B {4, 5}, E B {1, 2}, B A {6, 7}, E B e E A. E Calcule A. 20. Enumere os conjuntos:
25. Em uma escola, hĂĄ 630 alunos, dos quais 350 estudam PortuguĂŞs, 210 estudam Espanhol e 90 estudam as duas disciplinas (PortuguĂŞs e Espanhol). Pergunta-se: a) Quantos alunos estudam apenas PortuguĂŞs? b) Quantos alunos estudam apenas Espanhol? c) Quantos alunos estudam PortuguĂŞs ou Espanhol? d) Quantos alunos nĂŁo estudam nenhuma das duas matĂŠrias? 26. Em um grupo de 99 esportistas, 40 jogam vĂ´lei, 20 jogam vĂ´lei e xadrez, 22 jogam xadrez e tĂŞnis, 18 jogam vĂ´lei e tĂŞnis, 11 jogam as trĂŞs modalidades.
a) {10, 11, 12} {7, 8, 9, 10, 11}
O nĂşmero de pessoas que jogam xadrez ĂŠ igual ao nĂşmero de pessoas que jogam tĂŞnis. Quantos jogam:
b) { 3, 2, 1, 0} {0, 1, 2, 3}
a) tĂŞnis e nĂŁo jogam vĂ´lei?
c)
22
T
{12 , 41 , 13} {15 , 61}
Unidade 1
b) xadrez ou tĂŞnis e nĂŁo jogam vĂ´lei? c) vĂ´lei e nĂŁo jogam xadrez?
Conjuntos
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Voto e cidadania
CONEXÕES Conexões
27. Atualmente, o Brasil é uma república democrática, em que o voto constitui um dos principais símbolos do exercício da cidadania. Leia o texto a seguir a respeito do voto e faça o que se pede em cada item.
Voto Consciente: um forte instrumento de mudança política e social [...] [A] República Federativa do Brasil constitui-se em Estado democrático de direito no qual “todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente” (art. 1o, parágrafo único, da Constituição Federal de 1988). Assim, o sentido da democracia está na possibilidade de o cidadão exercer a soberania popular, que se concretiza pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto na escolha dos governantes. Daí, o eleitor tem em suas mãos um importante instrumento de mudança política e social: o voto. O Brasil é um país reconhecido pela sua ampla representatividade democrática. No entanto, nem sempre foi assim. Houve momentos em nossa história de grandes restrições ao direito de participação popular no processo de escolha dos governantes: as mulheres não tinham direito de votar; o voto era definido pela renda (voto censitário — direito apenas dos ricos) e, ainda, controlado por coronéis (voto de cabresto). Desse modo, no atual contexto político e social do Brasil, os dias destinados à realização das eleições representam um dos raros momentos em que todos se igualam, pois não há diferença de raça, sexo, condição financeira, classe ou grupo social, já que existe igualdade de valor no voto dado por cada cidadão. [...] Conhecer o funcionamento do processo eleitoral brasileiro, entender o sistema por meio do qual os candidatos são eleitos, perceber o que é legítimo e aquilo que ofende a moralidade da disputa eleitoral contribui para a conscientização do eleitor na escolha de seus representantes. [...] O eleitor deve estar atento à atuação de cada candidato. Aqueles que possam tentar comprar votos ou oferecer alguma vantagem em troca de apoio político certamente continuarão a promover a corrupção se forem eleitos. Precisamos entender, contudo, que nem todo político é igual ou corrupto. Existem candidatos interessados em promover uma mudança social e política, por isso devemos buscar conhecer as propostas do candidato e do seu partido, assim como o seu passado. [...] Logo, o eleitor que exercer o seu direito ao voto — a partir de uma decisão madura, refletida e consciente — contribuirá para impedir a eleição de maus políticos e possibilitará o alcance de uma maior legitimidade no processo eleitoral.
Constituição Federal de 1988 Constitui a lei suprema do Brasil, promulgada em 5 de outubro de 1988, atribuindo efetividade aos direitos fundamentais de todo cidadão brasileiro.
Sufrágio, voto e escrutínio Sufrágio é o direito de votar e de ser votado; voto é a forma de exercer o direito ao sufrágio; e escrutínio é a forma como se pratica o voto, seu procedimento. Fonte: DELITTI, Luana Souza. Qual a diferença entre sufrágio, voto e escrutínio? Jusbrasil. Disponível em: <http://lfg.jusbrasil.com.br/ noticias/2157529/qual-a-diferencaentre-sufragio-voto-e-escrutinioluana-souza-delitti>. Acesso em: 5 set. 2016.
Fonte: DIAS, Renata Livia Arruda de Bessa. Voto Consciente: um forte instrumento de mudança política e social. Revista Eletrônica da EJE, Brasília, n. 5, ano II, ago./set. 2012. Disponível em: < http://www.tse.jus.br/institucional/escola-judiciaria-eleitoral/revistas-da-eje/artigos/revista-eletronica-ano-ii-no-5/ voto-consciente-um-forte-instrumento-de-mudanca-politica-e-social>. Acesso em: 5 set. 2016.
a) Após a leitura do texto e utilizando seus conhecimentos pessoais, responda: que ações devem ser tomadas pelo eleitor antes do momento do voto para que a escolha dos candidatos seja consciente? Converse com os colegas a respeito. b) Pesquise quais são as condições para que ocorra segundo turno nas eleições. Quais são as regras para a decisão em segundo turno? o
c) Agora que você já sabe o significado de 2 turno, suponha que uma pesquisa de intenção de votos, realizada uma o semana antes do 2 turno de uma eleição para presidente, tenha indicado os seguintes resultados: Luciana Whitaker/Pulsar Images
• 67% votariam no candidato A; • 56% votariam no candidato B; • 4% votariam branco ou nulo. A pesquisa revela qual porcentagem de eleitores ainda está indecisa, podendo votar em A ou em B? Suponha que esses eleitores indecisos não votariam em branco ou nulo e indique qual é essa porcentagem. De acordo com a Constituição Federal, o voto é obrigatório para os cidadãos brasileiros alfabetizados, maiores de 18 e menores de 70 anos, e facultativo para quem tem 16 e 17 anos, para os maiores de 70 anos e para as pessoas analfabetas. Capítulo 1
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Introdução aos conjuntos
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ExercĂcios ExercĂcios complementares complementares Subconjuntos
Operaçþes entre conjuntos
1. Descreva os conjuntos mostrados, enumerando seus elementos: a) F = {x N | x 9}
7. Dados os conjuntos A {1, 2, 3} e B {3, 4}, determine o conjunto M tal que: A M {1, 2, 3} e B M {3, 4}.
b) G = {x Z | x 2, x ĂŠ impar}
8. Considere o diagrama. X
d) I = {x N | x 1}
2
1
e) J = {x N | 3 x 5}
4
2. Dados os conjuntos A {0, 2, 4, 6} e B {x x2 11x 18 0}, use o sĂmbolo ou para relacionar: a) 0 e A
d) 2 e B
b) 0 e B
e) 9 e A
c) 2 e A
f) 4 e B
3. (Mack-SP) Se A e B sĂŁo dois conjuntos tais que A B e A , entĂŁo:
6
5 Z
Determine: a) X Y
c) Y Z
b) X Z
d) X Y Z
9. Sejam os conjuntos: A {divisores naturais de 30},
a) sempre existe x A tal que x B.
B {mĂşltiplos positivos de 6} e
b) sempre existe x B tal que x A.
C {mĂşltiplos positivos de 3}.
c) se x B entĂŁo x A.
Determine:
d) se x B entĂŁo x A.
a) A C
e) A B
b) A (B C)
4. Indique as sentenças verdadeiras em relação aos conjuntos A, B e C. a) Se A B e B A, então A B. b) ? B ä B.
c) A B C d) os elementos de A que nĂŁo pertencem a B 10. (PUC-MG) Se, A ] 2; 3] e B [0; 5] entĂŁo os nĂşmeros inteiros que estĂŁo em B A sĂŁo:
c) Se C A e A B, entĂŁo C B.
a) 2, 1 e 0
d) 3, 4 e 5
d) Se x A e x B, entĂŁo A B.
b) 1 e 0
e) 0, 1, 2 e 3
5. Dados os conjuntos A {0, 1}, B {0, 2, 3} e C {0, 1, 2, 3}, classifique em verdadeira (V) ou falsa (F) cada afirmação abaixo: a) A B
d) B C
b) {1} A
e) B C
c) A C
f) {0, 2} B
6. Diga se as proposiçþes abaixo são verdadeiras ou falsas:
c) 4 e 5 11. Dados os conjuntos A = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6} e B = {1, 3, 5, 6}, calcule BA. 12. Dado o diagrama seguinte, determine os conjuntos pedidos, escrevendo os seus elementos. 10 E
A
a) {1, 2, 3} {3, 2, 1}
4 3
c) 4 {4} d) {1, 2, 3}
1 2
b) {1, 2} {1, 2, 3}
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3
Y
7
Ilustraçþes: Editoria de Arte
c) H = {x N | x 3, x ĂŠ par}
5
7 8
9
11 (A B)
e) {2, 3} {x | x2 5x 6 = 0}
a) AE
c) E
f) {b, r, a, s, a} {b, r, a, s}
b) BE
d) E
Unidade 1
B
6
(A B)
Conjuntos
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13. (UFAC) Sejam A e B dois conjuntos distintos e nĂŁo vazios tais que A B A e A B . EntĂŁo, vale que: a) B A B b) B A c) A B d) B A e) A e B sĂŁo conjuntos disjuntos.
A
1 3
9
7
2
4
6
B
Editoria de Arte
14. Considere o diagrama a seguir, representando os conjuntos A, B e C.
8
5 C
Determine: a) A, B e C b) A B e B C c) A B C d) A C e) B C f) A B C g) C (A B) h) (A B) C 15. (PUC-RJ) Uma prova com duas questĂľes foi dada a uma classe de quarenta alunos. Dez alunos acertaram as duas questĂľes, 25 acertaram a primeira e 20 acertaram a segunda questĂŁo. Quantos alunos erraram as duas questĂľes?
17. (PUC-RN) Numa pesquisa de mercado, verificou-se que 15 pessoas utilizam pelo menos um dos produtos A ou B. Sabendo que 10 destas pessoas não usam o produto B e que 2 destas pessoas não usam o produto A, qual Ê o número de pessoas que utilizam os produtos A e B? 18. (Ufersa-RN) Numa pesquisa sobre a preferência em relação a dois tipos de tecidos, foram consultadas 470 pessoas e o resultado foi o seguinte: 250 delas preferem o tipo de tecido algodão, 180 preferem o tipo de tecido dry fit e 60 preferem os dois tipos de tecidos. O número de pessoas que não têm preferência com relação aos dois tipos de tecidos Ê igual a a) 100
d) 190
b) 120
e) 390
c) 150 19. (UnB-DF) De 200 pessoas que foram pesquisadas sobre suas preferĂŞncias em assistir aos campeonatos de corrida pela televisĂŁo, foram colhidos os seguintes dados: 55 dos entrevistados nĂŁo assistem; 101 assistem Ă s corridas de FĂłrmula 1 e 27 assistem Ă s corridas de FĂłrmula 1 e de Motovelocidade. Quantas das pessoas entrevistadas assistem, exclusivamente, Ă s corridas de Motovelocidade? 20. (UFSE) Os senhores A, B e C concorriam Ă liderança de certo partido polĂtico. Para escolher o lĂder, cada eleitor votou apenas em dois candidatos de sua preferĂŞncia. Houve 100 votos para A e B, 80 votos para B e C e 20 votos para A e C. Em consequĂŞncia: a) venceu A, com 120 votos. b) venceu A, com 140 votos.
a) 40
c) A e B empataram em primeiro lugar.
b) 10
d) venceu B, com 140 votos.
c) nenhum
e) venceu B, com 180 votos.
d) 8 e) 5 16. (PUC-RJ) Num colĂŠgio de 100 alunos, 80 gostam de sorvete de chocolate, 70 gostam de sorvete de creme e 60 gostam dos dois sabores. Quantos nĂŁo gostam de nenhum dos dois sabores? a) 0 b) 10
21. (FGV-SP) Uma pesquisa de mercado sobre determinado eletrodomĂŠstico mostrou que 37% dos entrevistados preferem a marca X, 40% preferem a marca Y, 30% preferem a marca Z, 25% preferem X e Y, 8% preferem Y e Z, 3% preferem X e Z e 1% prefere as trĂŞs marcas. Considerando que hĂĄ os que nĂŁo preferem nenhuma das trĂŞs marcas, a porcentagem dos que nĂŁo preferem nem X nem Y ĂŠ:
c) 20
a) 20%
d) 42%
d) 30
b) 23%
e) 48%
e) 40
c) 30% CapĂtulo 1
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