A Conquista - Língua Portuguesa - Volume 3

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Ensino Fundamental - Anos Iniciais

ISABELLA CARPANEDA LÍNGUA PORTUGUESA 3

Área: Língua Portuguesa

Componente: Língua Portuguesa

RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL

Ensino Fundamental - Anos Iniciais

LÍNGUA PORTUGUESA 3

Área: Língua Portuguesa

Componente: Língua Portuguesa

RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL

ISABELLA PESSÔA DE MELO CARPANEDA

Pós-graduada em Língua Portuguesa pelo Instituto AVM – Faculdade Integrada – RJ. Licenciada em Pedagogia pela Universidade de Brasília e pelo Centro de Educação Unificado de Brasília, com habilitação em Administração Escolar.

Coordenadora pedagógica e elaboradora de material pedagógico para a Educação Infantil e para o Ensino Fundamental há mais de 25 anos.

Professora em cursos de formação de professores de Educação Infantil e Ensino Fundamental em vários estados desde 1990.

Assessora pedagógica de Educação Infantil e Ensino Fundamental em Brasília desde 1984.

1ª edição, São Paulo, 2021 -

A conquista – Língua Portuguesa – Recurso Educacional Digital – 3o ano (Ensino Fundamental – Anos Iniciais)

Copyright © Isabella Pessôa de Melo Carpaneda, 2021

Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira

Direção de Conteúdo e Negócios Cayube Galas

Direção editorial adjunta Luiz Tonolli

Gerência editorial Natalia Taccetti

Edição Nubia de Cassia de Moraes Andrade e Silva (coord.)

Preparação e revisão de textos Viviam Moreira (sup.)

Adriana Périco, Caline Devèze, Camila Cipoloni, Carina Luca, Fernanda Marcelino, Fernando Cardoso, Graziele Ribeiro, Paulo José Andrade

Gerência de produção e arte Ricardo Borges

Design Daniela Máximo (coord.)

Arte e produção Rodrigo Carraro Moutinho (coord.)

Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga

Licenciamento de textos Erica Brambilla

Iconografia Érika Nascimento

Coordenação de audiovisuais Diego Vieira Cury Morgado de Oliveira

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Carpaneda, Isabella Pessôa de Melo

A conquista [livro eletrônico] : língua portuguesa : 3o ano : ensino fundamental : anos iniciais / Isabella Pessôa de Melo Carpaneda. –

1. ed. – São Paulo : FTD, 2021.

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Área: Língua portuguesa. Componente: Língua portuguesa. ISBN 978-85-96-03222-3 (recurso educacional digital professor – coleção)

1. Língua portuguesa (Ensino fundamental)

I. Título.

21-90748

CDD-372.6

Índices para catálogo sistemático:

1. Língua portuguesa : Ensino fundamental 372.6 Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427

EDITORA FTD

Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo-SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br

Material disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons – Atribuição não comercial (CC BY NC – 4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros.

RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL Sumário Carta ao professor.......................................................................................... 5 Instrumentos pedagógicos........................................................................... 7 Plano de desenvolvimento anual .......................................................................... 7 Sequências didáticas .............................................................................................16 Sequência didática 1 • Revisar algumas relações grafemas-fonemas e conhecer a literatura de cordel.............................................................................. 16 Sequência didática 2 • Conhecer relatos de memória e estudar substantivos, verbos e adjetivos 34 Sequência didática 3 • Conhecer cartas pessoais e cartas de leitor e estudar adjetivos 49 Sequência didática 4 • Conhecer notícias e produzir um jornal mural e um telejornal 67 Sequência didática 5 • Conhecer entrevistas e estudar marcas de nasalidade e palavras com as letras e, i, o, u em final de sílaba 79 Sequência didática 6 • Conhecer anúncios e estudar verbos no imperativo 96 Sequência didática 7 • Conhecer fábulas e estudar sinais de pontuação e elementos da oração 114 Sequência didática 8 • Conhecer textos instrucionais e estudar verbos 134 Relatórios e indicadores do acompanhamento da aprendizagem............ 151 Produção de relatórios 151 Indicadores do acompanhamento da aprendizagem 153 Catálogo dos audiovisuais....................................................................... 173
RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL Audiovisuais da coletânea................................................................................ 173 Orientações para o uso dos audiovisuais....................................................... 174 Audiovisual • Literatura de cordel 174 Audiovisual • A avó de Francisco 177 Audiovisual • De um lugar a outro ........................................................................178 Audiovisual • A produção de frutas em cada região do Brasil 179 Audiovisual • Vamos trabalhar em grupo! 181 BNCC............................................................................................................ 183 Referências bibliográficas comentadas................................................ 190

Carta ao professor

Olá, professora! Olá, professor!

Este material digital tem como objetivo fornecer subsídios e sugestões que apoiem o trabalho pedagógico e a ação educativa em sala de aula no ensino de Língua Portuguesa para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

O conteúdo deste material digital foi elaborado tendo em vista os componentes essenciais para a alfabetização definidos pela Política Nacional de Alfabetização (PNA), os direitos e objetivos de aprendizagem e as competências e habilidades estabelecidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Do ponto de vista teórico-metodológico, as propostas apresentadas neste material enfatizam a participação ativa e reflexiva dos alunos nas mais diversas situações comunicativas, de modo que possam ampliar seus níveis de literacia por meio do uso de diferentes linguagens em contextos variados e da ampliação de seu repertório cultural.

Este material também se alinha às práticas pedagógicas que valorizam a construção de conhecimentos e o desenvolvimento de aprendizagens relacionados a saberes não restritos à escola, promovendo integração com as tecnologias digitais de informação e comunicação e com as mais variadas demandas da vida cotidiana.

Este volume, destinado à consolidação da alfabetização de alunos do 3º ano, promove o desenvolvimento de habilidades relativas ao conhecimento alfabético, à consciência fonológica e fonêmica, à fluência em leitura oral, à compreensão de textos, à ampliação de vocabulário e à produção de textos orais e escritos. Assim, são abordados os seguintes conteúdos: retomada de relações grafema-fonema; formação de palavras; classificação de palavras quanto ao número de sílabas e quanto à posição da sílaba tônica; compreensão dos elementos da oração; identificação de adjetivos e locuções adjetivas; reflexão sobre descarte de lixo e uso consciente de recursos naturais; e estudo de textos informativos, expositivos e instrucionais e dos gêneros textuais cordel, relato de memória, carta pessoal e carta de leitor, notícia, entrevista, anúncio e fábula.

Todos os volumes deste material digital são compostos dos seguintes recursos pedagógicos:

• Plano de desenvolvimento anual: sugestão de planejamento para a abordagem de conteúdos, habilidades e componentes essenciais para a alfabetização no ano letivo, com possibilidades de organização bimestral, trimestral e semestral. O Plano conta, também, com orientações pedagógicas que contribuem para o ensino desses conteúdos em sala de aula, orientações a respeito do processo de avaliação das aprendizagens e sugestões de materiais voltados à formação do professor.

Material disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons

Atribuição não comercial (CC BY NC – 4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros.

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• Sequências didáticas: propostas de planejamento aula a aula, com a indicação dos objetivos de aprendizagem, dos componentes essenciais para a alfabetização, das competências e habilidades da BNCC e sugestões de atividades para desenvolver esses conhecimentos.

• Relatórios e indicadores do acompanhamento da aprendizagem: orientações para a produção de relatórios e fichas de avaliação que ajudam o professor a diagnosticar os conhecimentos dos alunos; acompanhar o desenvolvimento de habilidades, competências e componentes essenciais para a alfabetização; verificar se os objetivos de aprendizagem foram alcançados; e acompanhar o desenvolvimento de habilidades socioemocionais

• Catálogo de audiovisuais: apresentação e descrição dos audiovisuais que acompanham a coleção, com sugestões de atividades e orientações para trabalhar os conteúdos desenvolvidos nesses audiovisuais.

Busca-se, com os recursos disponibilizados neste material digital, fomentar a liberdade criativa dos professores na produção e disseminação de propostas didáticas mediante acesso a conteúdos educacionais que permitem uso, reúso, adaptação e mixagem, estimulando novas formas de desenvolver o processo de ensino-aprendizagem.

Este material, portanto, contribui para a adoção de novas práticas pedagógicas, conferindo ao professor lugar central na criação, desenvolvimento e compartilhamento de propostas alinhadas às demandas formativas da escola na contemporaneidade. Espera-se, assim, ampliar e potencializar práticas educativas que promovam aprendizagens significativas e fundamentais para os alunos.

Bom trabalho!

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(CC

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Instrumentos pedagógicos

Plano de desenvolvimento anual

Este Plano de desenvolvimento anual apresenta uma proposta de planejamento para a abordagem dos conteúdos, das habilidades da BNCC e dos componentes essenciais para a alfabetização, trabalhados nas Sequências didáticas deste material digital, com possibilidades de organização em bimestres, trimestres e semestres.

São apresentadas, também, estratégias e práticas docentes que podem ajudar o professor no trabalho com as atividades propostas no material digital desta coleção e, assim, favorecer o processo de alfabetização e o desenvolvimento da literacia, bem como das aprendizagens específicas de Língua Portuguesa

Este Plano de desenvolvimento anual apresenta, ainda, uma visão geral sobre a importância da avaliação para o constante aprimoramento do processo de ensino-aprendizagem e oferece indicações de materiais complementares que visam a atualizar abordagens teóricas e metodológicas em relação à alfabetização e ao ensino de Língua Portuguesa nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental

BNCC

Alfabeto

Ordem alfabética

Segmentação silábica

Classificação quanto ao número de sílabas: monossílaba, dissílaba, trissílaba e polissílaba

Sílaba tônica

Classificação quanto à sílaba tônica: oxítona, paroxítona e proparoxítona

Letra r

Encontro consonantal

Literatura de cordel

Dígrafos lh, nh, ch, rr, ss, qu

Aprendizagens desenvolvidas no 3º ano 1º semestre 1º tri mestre 1º bimestre

Som /s/

Letra h

Relato de memória

Substantivo

Verbo

Adjetivo

Sufixos -inho/-inha e -oso/-osa

EF15LP01, EF15LP02, EF15LP05, EF15LP06, EF15LP07, EF15LP08, EF15LP11, EF15LP13, EF15LP15, EF15LP18, EF35LP04, EF35LP05, EF35LP18, EF35LP21, EF35LP23, EF35LP27, EF35LP28 EF03LP02, EF03LP03, EF03LP04, EF03LP05, EF03LP06, EF03LP08, EF03LP09, EF03LP10, EF03LP27

Componentes essenciais para a alfabetização

Conhecimento alfabético

Consciência fonológica e fonêmica

Compreensão de textos

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mesmos parâmetros. 7
sob os

2º bimestre

Lista

Bilhete

Agenda de contatos

Diário

Carta pessoal

Meio ambiente: descarte de lixo

Carta de leitor

Adjetivo

Notícia

2º trimestre

2º semestre 3º bimestre

3º trimestre

Jornal impresso

Jornal mural

Telejornal

Entrevista

Marcas de nasalidade (m, n e til)

Letras e, i, o, u em final de sílaba

Tabela

Gráfico

Meios de transporte

Texto expositivo

Anúncio classificado

Anúncio publicitário

Regras de convivência

Texto instrucional

Adjetivo e locução adjetiva

Verbo no imperativo

Desenvolvimento de vocabulário

Fluência em leitura oral

Produção de escrita

BNCC

EF15LP01, EF15LP02, EF15LP03, EF15LP05, EF15LP06, EF15LP07, EF15LP09, EF35LP01, EF35LP17, EF35LP18, EF03LP18, EF03LP22.

Componentes essenciais para a alfabetização

Compreensão de textos

Fluência em leitura oral

Desenvolvimento de vocabulário

Produção de escrita

BNCC

EF15LP01, EF15LP03, EF15LP05, EF15LP06, EF15LP07, EF15LP09, EF15LP10, EF15LP12, EF35LP04, EF35LP05, EF35LP07, EF35LP10, EF35LP17, EF35LP20, EF03LP01, EF03LP19, EF03LP21, EF03LP24, EF03LP25, EF03LP26

Componentes essenciais para a alfabetização

Compreensão de textos

Desenvolvimento de vocabulário

Produção de escrita

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4º bimestre

Fábula

Sinais de pontuação: dois-pontos e travessão

Elementos da oração

Elementos da narrativa

Parágrafo

Marcadores temporais

Marcadores espaciais

Relações de causalidade

Texto instrucional

Receita

Manual de instrução

Verbo no imperativo

Variação linguística

Produção e edição de vídeo

Práticas de ensino na sala de aula

BNCC

EF15LP01, EF15LP03, EF15LP05, EF15LP06, EF15LP09, EF15LP10, EF35LP01, EF35LP02, EF35LP03, EF35LP07, EF35LP09, EF35LP18, EF35LP20, EF35LP21, EF35LP22, EF35LP25, EF35LP26, EF03LP07, EF03LP08, EF03LP11, EF03LP14, EF03LP15, EF03LP16.

Componentes essenciais para a alfabetização

Compreensão de textos

Desenvolvimento de vocabulário

Produção de escrita

A sala de aula nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental deve ser um ambiente que proporciona uma variedade de experiências com diferentes linguagens, sobretudo com a linguagem escrita, visto que esse espaço é fundamental no processo de alfabetização e no desenvolvimento da literacia dos alunos. Por isso, livros de literatura de diversos gêneros, jornais, revistas, cartazes, alfabetos móveis, jogos de letras e palavras, lista de nomes da turma, entre outros recursos, constituem um universo favorável e envolvente para o contato com diferentes práticas comunicativas e para a aquisição das habilidades de leitura e escrita.

As propostas deste material digital possibilitam a adoção de diferentes estratégias e práticas docentes que favorecem o desenvolvimento de habilidades fundamentais para a alfabetização no 1º ano e sua consolidação no 2º ano, priorizando, nesses anos iniciais, a aquisição do conhecimento alfabético, da consciência fonológica e fonêmica e da produção de escrita, e promovendo também a fluência em leitura oral, a compreensão de textos e o desenvolvimento de vocabulário. Nos 3º, 4º e 5º anos, além da consolidação dos conhecimentos relacionados à alfabetização, a ênfase se dá no desenvolvimento de habilidades de leitura, de produção de texto e de análises linguística e semiótica, com vistas à ampliação dos conhecimentos relativos aos usos sociais da língua, bem como sua articulação com outras linguagens e com o desenvolvimento do pensamento criativo, lógico e crítico

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No que se refere à aprendizagem da escrita alfabética, no 1º ano, propõem-se a apresentação do alfabeto, dos nomes das letras e de suas diferentes grafias, e a exploração sistematizada dos sons que cada letra pode representar, de modo a promover a compreensão dos alunos sobre a relação letra-som. A partir do 2º ano, a retomada das relações grafema-fonema e o estudo das regularidades e irregularidades ortográficas são fundamentais para a consolidação da alfabetização e para o desenvolvimento das habilidades de leitura e de escrita dos alunos, uma vez que a internalização da ortografia é parte do processo de aquisição do sistema de escrita.

Para o desenvolvimento da consciência fonológica e fonêmica, podem ser realizados jogos de manipulação de letras e sílabas, atividades de segmentação e síntese fonêmica, de segmentação silábica, de substituição de sons nas palavras e de identificação de palavras, com base nas sílabas ou nos fonemas que as compõem, bem como atividades de identificação e produção de rimas e aliterações, que podem ser realizadas, por exemplo, explorando-se textos da tradição oral, como parlendas, trava-línguas, quadrinhas e cantigas.

As práticas de leitura de textos em voz alta devem ser realizadas sistematicamente em todosos anos,comoobjetivodepromoverafluênciaem leituraoraldos alunos,de modo que possam ler textos com velocidade, precisão e prosódia. Para isso, podem ser propostas atividades de leitura compartilhada, de leitura com parceiro ou em grupos e de leitura independente, auxiliando os alunos na utilização da entonação adequada, na realização das pausas e na expressão clara durante a leitura.

Em relação à produção de escrita, no 1º ano, é importante promover exercícios de caligrafia para que os alunos se apropriem do traçado de cada letra, em suas diferentes grafias, bem como atividades de escrita de sílabas, de palavras e de frases. Além disso, em todos os anos, as propostas de produção de texto envolvem a escrita de frases cada vez mais complexas, de textos progressivamente mais extensos e de gêneros textuais variados, seja em atividades de escrita coletiva/compartilhada, seja em atividades de escrita independente.

É importante destacar que, mesmo antes de escreverem convencionalmente por si próprios, os alunos poderão criar textos por meio de escrita coletiva/compartilhada. O professor poderá exercer o papel de escriba e averbar o texto dos alunos na lousa ou no projetor multimídia, chamando a atenção para a estrutura e a organização do texto, bem como para aspectos de coesão e de coerência, com a seleção e a organização de ideias e assuntos,aseparaçãodaspalavraseautilizaçãodapontuação.Alémdisso,nasproposições em que o professor é o escriba, os alunos têm a oportunidade de observar aspectos relacionados ao sistema de escrita e de refletir sobre as diferenças entre texto oral e texto escrito.

Sobre as práticas de leitura, compreensão e produção de textos, o enfoque deve se dar nos usos sociais de diferentes gêneros textuais, com base na compreensão de que toda atividade humana, por mais variada que possa ser, sempre se relaciona ao uso da linguagem eserealizapormeiodeumgênerotextualproduzidohistoricamente.Pormeiodaabordagem

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de diferentes gêneros textuais, é possível desenvolver os processos gerais de compreensão de textos: localizar e retirar informação explícita; fazer inferências diretas; interpretar e relacionar ideias e informação; analisar e avaliar conteúdo e elementos textuais. Nas atividades de leitura, também é importante explorar o significado de palavras desconhecidas pelos alunos, contribuindo para o desenvolvimento de vocabulário da turma. Como se observanasSequênciasdidáticas,antesdeseproporaproduçãodeumtexto,éfundamental que os alunos tenham contato com o gênero textual por meio da leitura e da compreensão de seus aspectos composicionais e reflitam sobre a situação comunicativa relacionada ao texto (a finalidade, a circulação, quem o produz e a quem se dirige).

Assim, a produção de texto compreende atividades de leitura, análise linguística e escritaque visam à apropriação do gênero textual em estudo. Nesse sentido, ao desenvolver a Sequência didática, podem-se realizar as seguintes etapas: compartilhar a proposta de trabalho com os alunos; mapear o conhecimento prévio da turma; ampliar o repertório com leituradetextosexemplares;analisarasmarcasdogênerotextual;buscarinformaçõessobre o tema a ser desenvolvido; produzir um texto coletivo ou individual; fazer a revisão e a edição final do texto; publicar ou viabilizar a circulação dos textos produzidos pelos alunos.

Escrever um texto é uma atividade que nunca é a mesma nas diferentes circunstâncias em que ocorre, porque cada escrita se caracteriza por diferentes condições que determinam a produção dos discursos. Para aproximar a produção de escrita das necessidadescomunicacionaisdo cotidiano,éimportante proporcionar situaçõesem queos alunos participem de maneira ativa de atividades da vida social que envolvam ler e escrever. As situações de interação, por meio de práticas que possibilitem aos alunos fazer uso real da língua, empregando-a adequadamente nas mais diversas situações de comunicação, concretizam-se neste material nas atividades que compreendem os gêneros textuais. Nessa perspectiva, são propostas atividades que envolvem leitura, reconhecimento, compreensão e produção de diferentes gêneros textuais em contextos sociais variados, despertando o interesse dos alunos pela leitura e pela escrita, de modo que adquiram confiança em suas capacidades de se expressar utilizando diferentes linguagens.

É importante destacar, ainda, que o trabalho com a leitura, a compreensão e a produção de textos deve se pautar em práticas que envolvem estratégias de antecipação, com levantamento de hipóteses e retomada de conhecimentos e saberes prévios. A socialização acerca da compreensão dos textos lidos e o compartilhamento dos textos produzidos pelos alunos também são essenciais para a formação da competência comunicativa. Essas práticas são exploradas nas Sequências didáticas deste material, pois enriquecem o desenvolvimento da linguagem por parte dos alunos e situam o trabalho com os textos em relação aos seus usos sociais, promovendo o desenvolvimento da literacia.

A Sequência didática é um conjunto de atividades organizadas de acordo com os objetivos de aprendizagem que se pretende alcançar, possibilitando que os alunos desenvolvam diversas habilidades e competências. Nesse percurso, os conhecimentos prévios dos alunos são valorizados, e eles exercem um papel ativo no processo de aprendizagem, uma vez que a dinâmica da Sequência didática é desenvolvida com base em

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sua participação. Essa modalidade organizativa de ensino possibilita articular e encadear diferentespropostasdidáticaseconteúdos,explorandoaaprendizagemdaescritaalfabética e o desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita concernentes aos usos sociais da língua, com base no estudo dos gêneros textuais e de temas relevantes para os alunos.

Alémdisso,nasSequênciasdidáticas,sãopropostasatividadesindividuais,emduplas e em grupos, proporcionando aos alunos o desenvolvimento da autonomia e o desafio de trabalhar em equipe. Os jogos e as brincadeiras também são recursos pedagógicos explorados neste material digital, pois tornam a aprendizagem mais lúdica e prazerosa e despertam o interesse dos alunos pelo conteúdo trabalhado em sala de aula, além de promoverem a reflexão sobre o respeito às regras e aos colegas, o uso de estratégias para a resolução de problemas, a curiosidade, a motricidade, entre outros aspectos.

Avaliação

O processo de avaliação é fundamental para o acompanhamento e a consolidação das aprendizagens. Uma maneira de analisar o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos, bem como de nortear a continuidade do trabalho do professor, é realizar a avaliação por meio de diferentes estratégias. Neste material digital, são apresentadas propostas de avaliação diagnóstica, avaliação formativa e avaliação de resultados.

Aavaliaçãodiagnóstica,ouinicial,éentendidacomooinstrumentopeloqualse busca conhecer osalunos, seus saberes e suas aprendizagens, para melhorcondução do processo educativo. Inicialmente, deve-se realizar uma avaliação diagnóstica para conhecer as necessidades dos alunos e, então, planejar o trabalho que será realizado com eles.

A avaliação formativa tem caráter contínuo e pode ser utilizada como parâmetro para o professor rever suas estratégias de ensino. Assim, essa avaliação busca retomar, aplicar e ampliar as aprendizagens desenvolvidas.

A avaliação de resultados, por sua vez, tem valor cumulativo e propicia a verificação dos objetivos de aprendizagem alcançados ao longo do processo formativo.

Para o 1º e o 2º anos, o foco da avaliação está no acompanhamento e na verificação dos componentes essenciais para a alfabetização, tendo como centralidade o desenvolvimento do conhecimento alfabético, da consciência fonológica e fonêmica, da fluência em leitura oral, da compreensão de textos, do desenvolvimento de vocabulário e da produção de escrita.

Para o 3º, o 4º e o 5º anos, além de verificar a consolidação do processo de alfabetização, a avaliação deve acompanhar o desenvolvimento das habilidades de leitura, de produção de textos e de análise linguística, considerando-se as múltiplas situações comunicativas vivenciadas pelos alunos em seu cotidiano, dentro e fora da escola.

Nesse sentido, os conhecimentos prévios dos alunos e suas diversidades devem ser objetos de avaliação, pois só com a integração de conhecimentos prévios e objetivos

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pretendidos é que será possível verificar se houve aprendizagem. Compreender as experiências que os alunos trazem, suas concepções e formas de aprendizagem, é fundamental para a proposição e a abordagem dos conteúdos a serem ensinados.

Uma das principais funções da avaliação é aperfeiçoar a prática educativa, uma vez que, durante o processo de avaliação, o professor poderá avaliar não somente o desempenho e a aprendizagem dos alunos, mas também a sua prática de ensino.

Ressalta-se a importância de a avaliação ser realizada continuamente, de modo que o professor possa rever suas ações e planejar novas propostas, buscando uma aprendizagem efetiva. Por esse motivo, no desenvolvimento das Sequências didáticas apresentadas neste material, há propostas de avaliação, com atividades abrangentes e variadas, que possibilitam ajustes no processo de ensino-aprendizagem. São apresentadas, também, propostas de autoavaliação, que permitem aos alunos reconhecerem os avanços obtidos no decorrer das atividades e refletirem sobre sua própria aprendizagem.

Espera-se, assim, que as práticas e os instrumentos presentes nesta coleção proporcionem oportunidades de reflexão sobre o trabalho docente e contribuam para o desenvolvimento de diferentes aprendizagens pelos alunos, colaborando para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva.

Para saber mais

• ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.

Nessa obra, a autora apresenta práticas significativas de leitura e escrita e chama a atenção para os principais equívocos no estudo de Língua Portuguesa relacionado à escrita, à leitura e à gramática

• BATISTA, Antônio Augusto Gomes etal Avaliação diagnóstica na alfabetização. Belo Horizonte: Ceale: FAE: UFMG, 2003.

Material orientador para a formação continuada de professores em relação às práticas de avaliação diagnóstica da alfabetização. Apresenta sugestões de instrumentos de avaliação e monitoramento do ensino das competências em leitura e escrita.

• CAPOVILLA, Fernando César; SEABRA, Alessandra Gotuzo Alfabetização: método fônico. São Paulo: Memnon, 2010.

Nessa obra, são apresentados dados científicos nacionais e internacionais sobre o método fônico, além de fornecer estratégias sobre como adotá-lo em sala de aula

• EDUCAÇÃO no século 21: tendências, ferramentas e projetos para inspirar São Paulo: Fundação Santillana, 2016. Disponível em: https://www.fundacaosantillana.org.br/wpcontent/uploads/2020/07/EducacaoSec21.pdf. Acesso em: 13 mar. 2023.

Trata-se de um livro digital, produzido pelo grupo Young Digital Planet, que oferece um panorama das metodologias educacionais da atualidade, como bigdata , gamificação, storytelling , sala de aula invertida, STEM, cultura makeretc

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• ESCREVENDO O FUTURO. Disponível em: https://www.escrevendoofuturo.org.br/. Acesso em: 30 nov. 2021.

Nesse portal, são apresentados atividades, textos e práticas pedagógicas voltados para o ensino da produção de texto como uma prática social, que pode ser desenvolvida quando considerados seus agentes, usos sociais e contextos de produção.

• ILHA, Susie Enke etal Consciência fonológica: coletânea de atividades orais para a sala de aula. Curitiba: Appris, 2017. Compilado de atividades que envolvem a consciência fonológica com o objetivo de incentivar professores a desenvolverem a oralidade em sala de aula.

• JOLIBERT, Josette Formando crianças produtoras de textos. Porto Alegre: Artmed, 1994.

Nesse livro, a autora aborda as práticas escolares de produção de textos, considerando a escrita como prática social, com base em uma pedagogia de projetos

• JOLIBERT, Josette etal Formando crianças leitoras. Porto Alegre: Artmed, 1992. Nesse livro, são abordadas questões ligadas à construção da leitura pelas crianças.

• LEMLE, Miriam. Guia teórico do alfabetizador. São Paulo: Ática, 2009 Destinada a professores da alfabetização, essa obra apresenta fundamentos teóricos relacionados ao processo de alfabetização e de compreensão da fala e da escrita.

• LERNER, Délia Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. São Paulo: Artmed, 2006

A autora reúne, nessa obra, artigos que apresentam um panorama reflexivo sobre como a língua é tratada na escola, trazendo parâmetros para a transposição didática.

• MORAIS, Artur Gomes de. Sistema de escrita alfabética. São Paulo: Melhoramentos, 2012.

Nesse livro, é discutido o ensino da notação alfabética na escola, considerando as vivências cotidianas relacionadas às práticas de leitura e escrita. É destacada, também, a importância do desenvolvimento da consciência fonológica, enfatizando o papel dos jogos e do trabalho com textos da tradição oral

• MUNDÓ, Anna Camps etal . Propostas didáticas para aprender a escrever. Porto Alegre: Artmed, 2006.

Nessa obra, são apresentadas experiências e propostas didáticas que envolvem a aprendizagem da escrita, considerando a diversidade de gêneros textuais nos diferentes níveis de ensino.

• PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens entre duas lógicas. Porto Alegre: Artmed, 1999.

Nesse livro, o autor promove uma reflexão sobre a complexidade do processo da

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 PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens entre duas lógicas. Porto Alegre: Artmed, 1999.

Nesse livro, o autor promove uma reflexão sobre a complexidade do processo da avaliação, no que se refere à construção, ao reconhecimento e à negação das diferenças.

 ROBERTO, Mikaela. Fonologia,fonéticaeensino: guia introdutório. São Paulo: Parábola Editorial, 2016.

Nessa obra, são abordados conceitos básicos sobre os estudos da fonética e da fonologia.

 SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim. Gênerosoraiseescritosnaescola. 2. ed. Campinas: Mercado de Letras, 2010.

Na obra, são apresentados artigos sobre o ensino escolar de gêneros escritos e orais, bem como os devidos encaminhamentos para a sua aplicação em sala de aula.

 SOLÉ, Isabel. Estratégiasdeleitura. Porto Alegre: Artmed, 2009.

Nessa obra, a autora apresenta várias estratégias que podem ser adotadas pelos alunos para que atinjam a compreensão leitora de forma autônoma, a fim de se tornarem leitores proficientes.

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Sequências didáticas

Sequência didática

1

• Revisar algumas relações grafemas-fonemas e conhecer a literatura de cordel

Esta Sequência didática propõe a retomada dos nomes das letras e dos sons representados por cada uma delas, a classificação de palavras de acordo com a quantidade de sílabas (monossílaba, dissílaba, polissílaba) e com a posição da sílaba tônica (oxítona, paroxítona e proparoxítona), a regra de uso do acento gráfico em monossílabos tônicos e em oxítonas e o encontro consonantal, além da revisão de algumas relações grafemas-fonemas específicas, como as estabelecidas pelas letras r e h, e pelos dígrafos lh, ch, nh, qu, rr e ss, e da retomada de conteúdos como o som /s/. Além disso, é proposto aos alunos estudarem o gênero textual cordel, tanto como manifestação da cultura popular quanto no que diz respeito aos seus elementos característicos, como estrutura poética, relação com a xilogravura, circulação e temática.

Objetivos de aprendizagem

• Reconhecer o alfabeto, a ordem alfabética, os nomes das letras e os sons representados pelas letras.

• Compreender a classificação de palavras de acordo com a quantidade de sílabas e com a posição da sílaba tônica.

• Compreender a regra de acentuação de palavras monossílabas tônicas e de oxítonas

• Compreender o conceito de encontro consonantal.

• Identificar a relação grafema-fonema da letra r e do dígrafo rr

• Identificar letras que podem representar o som /s/: s, ss, ç, c, z, x

• Identificar a relação grafema-fonema dos dígrafos lh, nh e ch.

• Identificar a relação grafema-fonema de qu

• Identificar a relação grafema-fonema da letra h inicial.

• Compreender a função social e as características do gênero textual cordel

• Declamar um cordel.

Plano de aulas

Aula 1: Retomar o alfabeto, a ordem alfabética, os nomes das letras e os sons representados pelas letras

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Aula 2: Classificar palavras de acordo com a quantidade de sílabas (monossílaba, dissílaba, polissílaba) e com a posição da sílaba tônica (oxítona, paroxítona e proparoxítona), bem como compreender a regra de acentuação de palavras monossílabas tônicas e de oxítonas

Aula 3: Brincar e cantar acompanhados de uma parlenda, identificando a relação grafema-fonema da letra r e o conceito de encontro consonantal.

Aula 4: Compreender a função social e as características do gênero textual cordel.

Aula 5: Estudar o trecho de um cordel e identificar a relação grafema-fonema dos dígrafos lh, nh, ch, rr, ss, bem como as letras que representam o som /s/ e o h inicial.

Aula 6: Pesquisar e selecionar poemas de cordel e ensaiar sua declamação.

Aula 7: Declamar poemas de cordel e discutir sobre a importância cultural desse gênero textual

Componentes essenciais para a alfabetização: Conhecimento alfabético, consciência fonológica e fonêmica, compreensão de textos, desenvolvimento de vocabulário e fluência em leitura oral.

Competências gerais da Educação Básica: 3 e 4.

Competências específicas de Língua Portuguesa: 1, 3 e 9.

Habilidades: EF15LP01, EF15LP15, EF15LP18, EF03LP02, EF03LP03, EF03LP04, EF03LP05, EF03LP06, EF03LP27, EF35LP21, EF35LP23, EF35LP27 e EF35LP28

Materiais necessários: Folhetos de cordel e/ou livros de cordel disponíveis na biblioteca, projetor multimídia, pendrive(para reunir as pesquisas realizadas pelos alunos), computadores ou tablets com acesso à internet disponíveis na sala de informática (e impressora, se houver) e jornais e revistas para recortar

Aula 1

Inicie a aula, chamando a atenção dos alunos para o alfabeto exposto em sala de aula. Explore-o com perguntas do tipo: o alfabeto segue uma ordem? Qual? Quantas letras tem o alfabeto? As letras do alfabeto são classificadas em vogais e consoantes. As letras a, e, i, o, u são vogais ou consoantes?

Solicite que façam a leitura do alfabeto em voz alta, pronunciando primeiro os nomes das letras. Em seguida, estimule-os a verbalizar os sons representados por cada uma delas, começando pelas relações letra-som mais simples até chegar às mais complexas (veja o vídeo "Os 31 fonemas da língua portuguesa" para observar a pronúncia dos fonemas, indicado na seção Sugestões ao final desta Sequência didática). Neste material, a transcrição dos fonemas foi simplificada, de acordo com a representação utilizada no vídeo indicado.

Se necessário, ajude-os, apresentando palavras como exemplo. Reserve um tempo da aula para essa retomada (por exemplo, 15 minutos) e, quando os alunos apresentarem dúvidas, siga a dinâmica de pronunciar o som em voz alta, depois solicite à turma que o faça depois de você, em coro e, por fim, peça que o façam individualmente.

Depois, reproduza na lousa ou distribua cópias, entre os alunos, de um quadro com 26 espaços, como o modelo a seguir. As vogais já devem estar preenchidas. Informe-os de que deverão completá-lo com as letras que faltam, na ordem alfabética, e que, em seguida, cada aluno ficará responsável por verbalizar os sons representados por determinada letra. Após completarem o quadro, promova a correção coletivamente, estimulando os alunos a

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justificarem suas respostas e defina quais alunos ficarão responsáveis por pronunciar os sons representados por cada letra do alfabeto.

Modelo de ficha

Repita o mesmo procedimento para retomar as letras maiúsculas e minúsculas em letra cursiva. Desenhe na lousa um quadro com as 26 letras do alfabeto, mas, dessa vez, escreva as vogais no formato maiúsculo e minúsculo, em letra cursiva, solicitando aos alunos que se encaminhem à lousa para preencherem as demais lacunas, a fim de completarem o alfabeto. Mais uma vez, promova a correção coletivamente, estimulando os alunos a justificarem suas respostas. Aproveite para observar como realizam o traçado das letras do alfabeto em letra cursiva.

Aula 2

Informe aos alunos que, nesta aula, retomarão o processo de contagem de sílabas e segmentação silábica, bem como de classificação das palavras de acordo com o número de sílabas e de acordo com a posição da sílaba tônica.

Para começar, distribua entre os alunos a Ficha de atividades a seguir e use-a, se achar conveniente, como uma avaliação diagnóstica, observando os conhecimentos prévios da turma sobre o tema.

Ficha de atividades

1.Completea cantiga "Osaponão lava opé" com as letras queestãofaltando.Depois,cante com seus colegas.

O sapo não lava o pé

O s____p____ não l____v____ o pé.

Não lava p____rque nã____ qu____r.

El____ mora lá n____ lag____a, Não lav____ o pé

P____rque não qu____r

Mas qu____ ch____lé!

CANTIGA popular.

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A E I O U

Resposta:Osaponãolavaopé./Nãolavaporquenãoquer./Elemoralánalagoa,/Nãolavaopé/Porque nãoquer/Masquechulé!

a) Complete o quadro com as informações solicitadas de cada palavra. Palavra Númerodeletras Divisãosilábica Númerode sílabas

sapo 4 sa-po 2

pé 2 pé 1

chulé 5 chu-lé 2

cantiga 7 can-ti-ga 3

b) Retire da cantiga palavras que tenham o número de sílabas indicado.

1sílaba 2sílabas 3sílabas não,pé,quer,lá,na, mas,que sapo,lava,porque,ele, mora,chulé lagoa

Na correção, chame a atenção dos alunos para a composição das sílabas das palavras. Forneça outros exemplos, de maneira a ressaltar que as sílabas podem ser formadas por diferentes composições, como: V-CV-CV-CV (a-ba-ca-xi), CV-CV-CV (ba-na-na), CCV-CV (pra-to), CVCC-CCV (mons-tro), CCVCC-CVC-CV (trans-por-te), CVV-CV-CV (gua-ra-ná), VC-CVV (op-ção), CVC-CV (por-ta). Na discussão, leve-os a perceber que, na Língua Portuguesa, não existem sílabas sem vogais.

Prossiga a exploração, lançando mão da lista de nomes da turma. Estimule-os a procurar nomes formados por diferentes números de sílabas, justificando. Se necessário, promova a contagem de sílabas em voz alta, batendo palma a cada sílaba pronunciada. Aproveite a oportunidade para levar os alunos a perceberem a sílaba mais forte de cada palavra. Pergunte: como é chamada a sílaba pronunciada com mais força nas palavras? Se necessário, retome com a turma que essa sílaba é chamada de sílaba tônica (forte) e que cada palavra tem apenas uma. As sílabas que não são tônicas são chamadas de átonas (fracas).

Informe que as palavras podem ser classificadas de acordo com o número de sílabas e de acordo com a posição da sílaba tônica. Comece apresentando a classificação por número de sílabas, que consiste em: monossílabas, dissílabas, trissílabas e polissílabas. Chame a atenção para os prefixos que compõem as palavras monossílaba, dissílaba, trissílaba e polissílaba,sem,nesse momento,usara nomenclatura prefixo.Oobjetivoélevar os alunos a associarem esses afixos aos seus significados, como: mono – um, único, unidade, unitário = uma sílaba; di – dois = duas sílabas; tri – três = três sílabas; poli – quatro ou mais = quatro ou mais sílabas.

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Para trabalhar os monossílabos tônicos, apresente algumas palavras aos alunos e desafie-os a verbalizar quais entre elas são pronunciadas com mais força (por exemplo, não, vê, há, um, vão, mais, é, só). Só então explique que palavras monossílabas, conforme a tonicidade com que são pronunciadas, podem ser átonas (pronunciadas com menos força) ou tônicas (pronunciadas com mais força).

Explique aos alunos que os monossílabos tônicos podem ser ou não acentuados e apresente-lhesa regra: é obrigatóriaa acentuação dos monossílabostônicos terminados em a, e, o, seguidos ou não de s. Verifique se os alunos diferenciam os acentos agudo e circunflexo e se compreendem que indicam som aberto e fechado, respectivamente.

Por fim, explique que as palavras podem ser classificadas de acordo com a posição da sílaba tônica, sendo chamadas de oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas. As palavras oxítonas são aquelas que têm a última sílaba tônica; as que têm a penúltima sílaba tônica são chamadas de paroxítonas; e as que têm a antepenúltima sílaba tônica são chamadas de proparoxítonas.

Para verificar a compreensão dos alunos em relação à classificação de palavras quanto à posição da sílaba tônica, registre as seguintes palavras na lousa: Ceará, sofás, dominó, urubu, filé, crochê, saci e ninguém. Solicite que façam a leitura em voz alta dessas palavras, separando-as em sílabas e destacando a sílaba tônica e pergunte: o que essas palavras têm em comum em relação à posição da sílaba tônica? Resposta: a última sílaba tônica. Então, como elas são classificadas? Resposta: são palavras oxítonas. Quais dessas palavras são acentuadas?Resposta: Ceará, sofás, dominó, filé, crochê, ninguém Equaisnão são acentuadas? Resposta: urubu e saci. Em seguida, registre a regra na lousa: são acentuadas as palavras oxítonas terminadas em a, e, o, em, seguidas ou não de s. Não são acentuadas as palavras oxítonas terminadas em i e u. Ao completar a regra, estimule os alunos a verbalizarem outras palavras oxítonas e liste-as na lousa, organizando-as em dois grupos: palavras oxítonas acentuadas e palavras oxítonas não acentuadas.

Aula 3

Inicie a aula registrando na lousa a parlenda "Corre cotia"

Corre cotia

Corre cotia

Na casa da tia

Corre cipó

Na casa da avó

Lencinho na mão

Caiu no chão

Mocinha bonita

Do meu coração

PARLENDA popular.

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Abra espaço para que os alunos verbalizem se a conhecem e em que situação ela é recitada. Pergunte: quem conhece a brincadeira que acompanha essa parlenda? Como são as regras dessa brincadeira?

BrincadeiratípicadaregiãoSudeste,naqualtodososparticipantes,menosaqueleque é escolhido como pegador, sentam-se em círculo. O pegador anda em volta do círculo, com um lenço na mão, enquanto todos cantam, de olhos fechados, a parlenda "Corre cotia". Ao mesmo tempo em que os participantes cantam, o pegador coloca o lenço atrás de um dos jogadores.Quando terminam decantara parlenda,oparticipantequerecebeuolenço pega-o e corre atrás do pegador, que deverá ocupar o único lugar vago. Se for alcançado antes de se sentar, ele deve permanecer como pegador. Caso contrário, quem está com o lenço torna-se o pegador.

Duranteaexploraçãodasregrasdabrincadeira,pergunte:oqueopegadordevefazer?

O que os demais participantes fazem enquanto o pegador anda em volta do círculo com o lenço na mão? O que acontece quando os participantes param de recitar a parlenda? Após a exploraçãodasregrasda brincadeira,reserveum momentopara queaturma brinqueecante a parlenda.

Em outro momento, distribua cópias da parlenda aos alunos e peça que a recitem novamente. Então, oriente-os a sublinhar as palavras que possuem a letra r. Os alunos deverão sublinhar as palavras corre e coração. Promova a leitura dessas palavras em voz alta, chamando a atenção para o som representado pela letra r e pelo dígrafo rr

Só, então, registre na lousa o quadro a seguir.

r inicial rr r entrevogais r nofinaldesílaba rato terraço era cardápio

rádio carro vitória martelo

rã barraca arara porta

Leia as palavras de cada coluna em voz alta, chamando a atenção dos alunos para a posiçãodaletra r edodígrafo rr naspalavraseparaadiferençaentreosomquerepresentam em cada uma delas. Então, distribua jornais e revistas e outros materiais impressos entre a turma para que pesquisem outras palavras que poderiam fazer parte de cada grupo. Durante a atividade, leve os alunos a perceberem que, entre vogais, para representar som forte, o r precisa ser duplicado, ou seja, deve-se grafar o dígrafo rr

Em seguida, trabalhe com os alunos as palavras terminadas em r, ressaltando que, na linguagemoral,émuitocomumqueessaletrasejaomitida,tantonasregiõesurbanasquanto no campo. Então, registre na lousa o quadro de palavras a seguir.

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amar comer mentir beber dormir dançar

Promova a leitura das palavras em voz alta e pergunte: o que essas palavras têm em comum em relação à escrita? Todas terminam com a letra r. Depois, registre as palavras a seguir na lousa e desafie os alunos a verbalizarem como elas são encontradas no dicionário. Dê a seguinte dica: todas terminam com a letra r Chame a atenção deles para a diferença na grafia dos verbos no infinitivo e na terceira pessoa do plural.

• comeram comer

• beberam beber

• mentiram mentir

• amaram amar

• dormiram dormir

• dançavam dançar

Em seguida, proponha um ditado. Diga em voz alta os seguintes títulos de cantigas e parlendas para que os alunos os registrem no caderno

• Corre cotia

• Ciranda, cirandinha

• Se essa rua fosse minha

• Um, dois, feijão com arroz

• Papagaio louro

Na correção, discuta com a turma a grafia de palavras com r e rr e o som que representam. Aproveite para chamar a atenção para o espaço em branco entre as palavras.

A fim de sistematizar o conteúdo abordado, organize os alunos em duplas e distribua entre eles a Ficha de atividades a seguir

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Ficha de atividades

1 8 S 7 C

2 B E T E R R A B A A R A R

4 R O D O 6 Á R V O R E

3 R O S A C O

5 P E R A

1. Complete o diagrama a seguir. 1 2 3 4

Crédito: @brgfx/freepik. Crédito: freepik/freepik. Crédito: @pch.vector/freepik.

Crédito: @macrovector/freepik.

5 6 7 8

Crédito: @macrovector/freepik. Crédito: @brgfx/freepik. Crédito: @rawpixel.com/freepik.

2. Complete as palavras com r ou rr. Depois, copie.

 ba ________ iga: ________________________ barriga

 ba ________ o: __________________________ barro

 vitó ________ ia: ______________________________

vitória

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T
O

 go ________ o: ___________________________ gorro

 ________ ua: ________________________________ rua

 bo ________ acha: ______________________ borracha

 ________ estau ________ ante: ___________________ restaurante

 ciga ________ a: ________________________ cigarra

Na correção, solicite aos alunos que façam a leitura em voz alta de todas as palavras e estimule-os a verbalizar o som representado pela letra r e pelo dígrafo rr

Em outro momento, proponha aos alunos a retomada do conteúdo relacionado ao encontro consonantal. Para tanto, distribua cópias da Ficha de atividades a seguir entre eles. Peça, então, que realizem a leitura do trava-língua com velocidade, precisão e prosódia, solicitando, em seguida, que preencham o quadro com palavras do trava-língua.

1. Leia o trava-língua "Três tigres tristes" em voz alta.

Três tigres tristes

Três tigres tristes para Três pratos de trigo Três pratos de trigo Para três tigres tristes. TRAVA-LÍNGUA popular.

 Copie as palavras do trava-língua que sejam escritas com tr, gr ou pr tr gr pr

três tigres pratos tristes trigo

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Na correção, explique que as palavras usadas para completar o quadro apresentam encontros consonantais, ou seja, duas consoantes seguidas na mesma sílaba. Abra espaço para queos alunosverbalizem outras palavrasque tenhamos encontrosconsonantais br, cr, dr, fr, vr e registre-as na lousa (por exemplo, braço,cravo,dragão,frasco,livro).

Para a aula seguinte, reserve com antecedência folhetos e/ou livros de cordéis na biblioteca da escola para trazer para a sala de aula.

Aula 4

Organize os alunos em semicírculo e inicie a aula perguntando se conhecem a literatura de cordel e o que sabem sobre esse gênero textual. Pergunte também se alguém já leu ou ouviu um cordel e se lembra do nome do cordelista que o escreveu. Estabeleça um tempo para esse levantamento de conhecimentos prévios.

Em seguida, distribua os folhetos ou livros de cordéis entre os alunos. Para simular a forma de exposição dos cordéis, pendure-os em um barbante afixado na sala de aula e incentive os alunos a escolherem um deles para folhear e apreciar.

Explique queatualmenteocordelestá presenteem diversoslugares doBrasil,embora seja uma manifestação da cultura popular da região Nordeste, principalmente dos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Trata-se de uma literatura associada à oralidade, pois os poetas recitavam os versos dos cordéis em praças e feiras, e também à escrita, uma vez que os textos eram impressos em folhetos e vendidos nesses mesmos locais. Se possível, projete imagens para os alunos visualizarem a forma de exposição dos folhetos de cordel.

Explique aos alunos que o nome cordel está relacionado à tradição dependurar esses folhetos em uma corda, como em um varal, e que um dos significados de cordel é barbante. Atualmente, os cordéis também podem ser publicados em livros e na internet. Comente também que é muito comum os folhetos ou livros de cordel apresentarem uma ilustração em xilogravura na capa e, algumas vezes, no miolo. Se possível, mostre para os alunos um folheto que tenha xilogravura na capa e/ou livros ilustrados com essa técnica. Explique que axilogravuraéumatécnica parecida com adocarimbo:primeiro,odesenhoéfeitoemrelevo na madeira, coberta por uma camada de tinta; depois, a madeira é utilizada para reproduzir o desenho em uma superfície, como papel ou tecido. Esclareça para a turma que a xilogravura se popularizou no Nordeste brasileiro com a impressão dos folhetos de cordel, mas é uma técnica muito antiga (os primeiros registros de xilogravura são do século V na China). A técnica da xilogravura também era usada para impressão de textos e foi utilizada em obras de arte de diversos artistas do Brasil e do mundo.

Em seguida, escreva na lousa um trecho do cordel "O casamento do bode com a raposa", de Firmino Teixeira do Amaral, cordelista do Piauí, para que os alunos conheçam a estrutura poética do cordel. Se possível, projete a imagem do folheto, disponível no site Acervo Antonio Nóbrega (acesse o link disponível na seção Sugestões, ao final desta

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Sequência didática) e faça a leitura em voz alta, a fim de servir de modelo de leitura para a turma.

O casamento do bode com a raposa

Ouço os velhos dizerem que os bichos da antiguidade falavam como falamos e tinham civilidade nesse tempo até os bichos casavam por amizade

Nesse tempo o mestre burro lia, escrevia e contava ocavalo era escrivão ocachorro advogava ocarneiro era copeiro ojabuti desenhava

Leão era rei dos bichos onça era professora elefante era juiz raposa era agricultora ocamelo era correio a aranha tecedora [...]

Gavião criava pintos guaxinim plantava cana omacaco na sua tenda vendia queijo e banana aos outros à prestação pra receber por semana

Urso era presidente a traça era costureira girafa fazia renda cotia era engomadeira peru era viajante cobra vendia na feira

AMARAL, Firmino Teixeira. O casamento do bode com a raposa. Disponível em: http:// acervoantonionobrega.com.br/cordeis/an-cordel-fta-001. Acesso em: 5 jan. 2022.

Após a leitura, pergunte aos alunos se eles observaram que o cordel está organizado em versos e estrofes e que apresenta rimas ao final de alguns versos. Comente, ainda, que

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uma forma muito comum de organização na literatura de cordel é a divisão em estrofes de seis versos, chamadas de sextilhas, embora existam cordéis organizados de outras maneiras.

Com os alunos, conte os versos de cada estrofe, solicitando que identifiquem as palavras que rimam. Chame a atenção deles para o fato de que, nas sextilhas, as rimas ocorrem nos versos pares (segundo, quarto e sexto versos). Aproveite para trabalhar a fluência em leitura oral da turma, incentivando que, individualmente, leiam um trecho do cordel em voz alta, com entonação e ritmo adequados.

Finalize a aula convidando os alunos a compartilharem suas impressões sobre a literatura decordel,o que acharam mais interessante, quais são as semelhanças com outros gêneros textuais que eles conhecem, como poemas e narrativas, se conhecem outras manifestações culturais populares da região Nordeste ou da região onde vivem etc.

Aula 5

Inicie a aula informando aos alunos que retomarão o estudo de algumas relações entre grafemas e fonemas, a partir da leitura de textos da literatura de cordel, gênero textual apresentado na aula anterior.

Reproduza e distribua aos alunos quatro estrofes do poema "A filha do pescador", de Leandro Gomes de Barros (1865-1918), um poeta brasileiro de literatura de cordel. Comente com a turma que no dia 19 de novembro é comemorado o "Dia do Cordelista", em homenagem ao nascimento desse escritor.

A filha do pescador

AMON era um pescador que na Palestina havia tinha como profissão a caça e a pescaria passava a noite no mar nos montes, parte do dia. [...]

Amon, um pescador sabido conhecendo bem o mar viu que seria impossível naquela noite pescar resolveu voltar à terra até o tempo acalmar

Porém ao chegar na praia a tempestade aumentou

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a chuva ainda mais caía onevoeiro engrossou operigo foi tão grande que Amon ali recuou. [...]

O choro continuava então disse o pescador: neste sítio há uma coisa agora seja o que for se fosse coisa inventada vinha com grande pavor

BARROS,

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/jn000010.pdf.

Sejulgar oportuno,apresenteaos alunosoutrasestrofes desse pequenoromanceem forma de cordel, no qual Leandro Gomes de Barros narra a história de uma criança que, deixada à beira de um mar tempestuoso, é salva por Amon, o pescador, homem simples e caridoso que a leva para casa.

Sepossível, projeteas estrofes eleia-aspara osalunos,solicitando que acompanhem sua leitura. Faça pausas para verificar a compreensão de textos da turma, perguntando: quem era Amon? O que aconteceu na noite em que Amon saiu para pescar? Fazia sol ou chuva? Ao final, abra espaço para que os alunos compartilhem suas impressões sobre o poema e proponha outras perguntas que comprovem a compreensão da leitura realizada.

A partir daqui, vamos usar o cordel lido em sala de aula como base para retomar algumas relações grafema-fonema. Para começar, retome com os alunos que a letra s entre vogais representa o som /z/ e que para representar o som /s/ entre vogais é preciso grafar odígrafo ss. Ressalte que o som /s/ também pode ser representado por s, ss, ç, c, z, x. Se necessário, forneça exemplos de palavras que têm o som /s/ (por exemplo: explorar, nariz, pessoa, sapo, maçã, cérebro).

Então, retome o cordel "A filha do pescador" e distribua entre os alunos a Ficha de atividades a seguir ou copie as atividades na lousa. Os exercícios podem ser realizados coletivamente, como forma de retomar o estudo de algumas relações entre grafemas e fonemas de modo contextualizado. Sempre que possível, faça a primeira linha dos quadros com os alunos, a fim de que a utilizem como exemplo.

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Ficha de atividades

1. Copie do cordel as informações necessárias para completar o quadro.

palavrascom s inicial palavras com ss palavrascom c representando somde s inicial

palavrascom s emfinalde sílaba palavras com ç

palavrascom s representandoo mesmosomque z em zebra sabido profissão conhecendo pescador caça resolveu sítio passava palestina coisa seja impossível pescaria se engrossou nos disse montes fosse pescar tempestade mais neste

 pá ________ aro: _________________________ pássaro

 aga ________ alho: _______________________

agasalho

 de ________ enho: ________________________ desenho

 pa ________ eio: __________________________ passeio

 fanta ________ ia: ________________________ fantasia

 i ________ o: ______________________________ isso

 profe ________ ora: _______________________ professora

 me ________ a: ___________________________ mesa

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Atribuição não comercial (CC BY NC 4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros. 2. Complete as palavras com s ou ss. Depois, copie.

• pre ente:

presente

• te ouro: ________________________

tesouro

Em outro momento, dando continuidade à retomada de algumas relações entre grafemas e fonemas, desafie os alunos a verbalizarem palavras que tenham o som /k/ e registre-as na lousa, organizando-as em dois grupos: palavras com c e palavras com qu

Em seguida, promova a segmentação fonêmica das palavras, de modo que os alunos consigam observar que esse som pode ser representado pela letra c e pelo dígrafo qu Mais uma vez, chame a atenção dos alunos para o fato de que os dígrafos são grafados por duas letras, mas representam apenas um som. Ressalte, no entanto, que, quando seguidas de a ou o, as letras qu são pronunciadas e, portanto, não se trata de um dígrafo.

A fim de sistematizar esse conteúdo, retome novamente o cordel "A filha do pescador" e distribua aos alunos a Ficha de atividades a seguir ou copie as atividades na lousa Faça a primeira linha dos quadros com os alunos, coletivamente, de modo que possam usá-la como exemplo.

Ficha de atividades

1. Copie do cordel as informações necessárias para completar o quadro.

palavras com c representando o som /k/ palavras com o dígrafo qu pescador que como naquela caía recuou coisa

2. Organize as palavras do quadro nas colunas adequadas queijo – quadrado – quase – querosene – aquoso – quiabo – oblíquo – quilo

palavras em que qu representa mais de um som palavras em que qu representa apenas um som quadrado queijo quase querosene aquoso quiabo oblíquo quilo

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Creative Commons

Na correção, é importante estimular os alunos a justificarem os índices que usaram para organizar as palavras nos grupos. É fundamental que eles concluam que, quando seguidas das vogais e, i, as letras qu formam um dígrafo, ou seja, um grupo de duas letras que representa um só fonema e, quando seguidas das vogais a, o, não são dígrafos e, portanto, representam mais de um som. Se necessário, promova a segmentação fonêmica das palavras para que os alunos percebam a alteração na quantidade de fonemas.

Em outro momento, continue a retomada de outras relações entre grafemas e fonemas. Registre na lousa palavras com os dígrafos lh, ch e nh e com a letra h em posição inicial (por exemplo, chuva, milho, minhoca e homem). Promova a segmentação fonêmica dessas palavras coletivamente, evidenciando que os dígrafos são compostos de duas letras, mas representam apenas um som, e que a letra h, em posição inicial, não tem valor fonético.

Retome mais uma vez o cordel "A filha do pescador" e distribua aos alunos a Ficha de atividades a seguir ou copie as atividades na lousa Faça a primeira linha do quadro com os alunos, coletivamente, de modo que possam usá-la como exemplo.

Ficha de atividades

1. Copie do cordel as informações necessárias para completar o quadro.

palavras com h inicial palavras com nh palavras com lh palavras com ch

havia tinha filha chegar há vinha chuva choro

2. Acrescente a letra h e forme outras palavras.

• lance:

lanche

• fila:

filha

• bola:

bolha

• vela: velha

• sono: sonho

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Na correção, chame a atenção dos alunos para a alteração na grafia, no significado e na pronúncia das palavras com o acréscimo da letra h. Ressalte, no entanto, que a quantidade de sons permanece a mesma, uma vez que, apesar de os dígrafos serem compostos de duas letras, representam apenas um som.

Para a próxima aula, reserve previamente a biblioteca e/ou a sala de informática para a realização da pesquisa sobre o gênero textual cordel.

Aula 6

Informe aos alunos que, nesta aula, eles vão conhecer um pouco mais da literatura de cordel e que, para isso, vão realizar uma pesquisa sobre esse gênero textual. A pesquisa pode ser realizada tanto na biblioteca da escola quanto na sala de informática. Dê preferência à biblioteca, caso ela disponha de um número suficiente de exemplares de folhetos e livros de cordel. Caso contrário, opte pela pesquisa na internet.

Solicite ao responsável pelo acervo da biblioteca que reserve os exemplares de folhetos e livros de cordel para que os alunos façam sua consulta. Para o trabalho na sala de informática, é importante abrir, previamente, uma pasta para que os alunos salvem suas pesquisas. Depois, salve as pastas em um pendrive para que os poemas pesquisados possam ser impressos e entregues aos alunos.

Explique que a atividade será realizada em grupos de quatro ou cinco alunos. Cada grupo deverá escolher um cordel para declamá-lo para a turma. Para possibilitar a participação de todos os alunos, oriente-os a dividir entre os membros do grupo a declamação das estrofes do cordel escolhido. Estipule um tempo (por exemplo, 15 minutos) para a escolha dos cordéis e o restante da aula para o ensaio das apresentações.

Se possível, realize o ensaio no pátio ou na quadra da escola, para que os grupos possam estar distantes o suficiente e para que a declamação de um não atrapalhe a dos demais. Antes do ensaio, comente que a estrutura dos cordéis em versos e estrofes, bem como o ritmo e as rimas, contribui para a memorização e desafie-os a memorizar alguma estrofe. Ao longo do ensaio, circule entre os grupos e chame a atenção para a estrutura, a sonoridade dos poemas e para a importância de declamar verso a verso, observando as rimas e o ritmo que se repetem em todas as estrofes.

Aula 7

Esta aula será dedicada à declamação dos poemas. Se necessário, reserve mais uma aula para essa atividade. Inicie organizando a ordem das apresentações e orientando os alunos sobre a importância de ouvirem atentamente e se manterem em silêncio durante a apresentação de cada grupo. Peça que cada grupo que for se apresentar indique o título do cordel e o nome do autor e, se possível, mostre o folheto ou livro do qual foi retirado. Relembre-os da importância de que a leitura em voz alta seja feita respeitando o ritmo e as

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pausas do texto, bem como com expressão e entonação adequadas, e observe como está a fluência em leitura oral da turma.

Após a declamação de todos os grupos, reserve cinco minutos para que os alunos façam comentários sobre cada uma delas. Sugira que façam comentários sobre as histórias, as personagens, os temas, algo que acharam curioso, interessante ou que não conheciam.

Oriente-os a levantar a mão para sinalizar que desejam falar, aguardando sua vez e respeitando a fala dos colegas. Incentive-os também a comentarem as principais características percebidas nos cordéis e registre-as na lousa, complementando-as, ao final, com as características que achar necessário. A seguir, algumas sugestões:

• presença de rimas e ritmo;

• histórias que trazem um conflito que será resolvido;

• presença de humor e ironia;

• ilustrações de xilogravuras.

Aproveite a socialização para apontar a importância de conhecer esse tipo de literatura, destacando sua relação com a cultura popular e mencionando outros exemplos de criações poéticas populares fundadas na oralidade. Informe aos alunos que há outras manifestações culturais populares que, embora diferentes, apresentam semelhanças com a literatura de cordel, como o repente e a embolada. Pergunte se algum aluno conhece essas manifestações e, em caso positivo, peça que compartilhe com os colegas o que sabe. Explique que o repente e a embolada se caracterizam pelo improviso: no repente, os versos são cantados e acompanhados de viola; já na embolada, os versos são acompanhados de pandeiro. Ressalte que a produção da literatura de cordel, diferentemente dessas manifestações, é escrita, ou seja, os versos não são improvisados e, sim, planejados e escritos. Se achar oportuno, proponha aos alunos que pesquisem na internet, com o acompanhamento dos responsáveis, vídeos de declamação de cordel, repente e embolada e, depois, compartilhem com os colegas o que observaram sobre as semelhanças e diferenças entre essas manifestações da cultura popular.

A avaliação deve ser feita em todas as atividades propostas, desde as discussões iniciais, para o levantamento do conhecimento prévio, até a final, para encerrar a aula. Durante a pesquisa e o ensaio da declamação, observe se todos estão participando e se têm a chance de manifestar suas opiniões e compartilhar ideias.

Sugestões

• ACERVO ANTONIO NÓBREGA DE LITERATURA DE CORDEL. Disponível em: http://acervoantonionobrega.com.br/ Acesso em: 5 jan. 2022.

Nesse link, é possível acessar a biblioteca virtual de literatura de cordel, que conta com um grande acervo de cordéis digitalizados, além de informações sobre a história desse gênero textual e suas características.

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• CORDEL NA EDUCAÇÃO.

Disponível em: https://www.cordelnaeducacao.com.br/quemsomos Acesso em: 5 jan. 2022.

O siteCordel na Educação é um projeto que apresenta conteúdos por meio da literatura de cordel, levando aos professores possibilidades múltiplas em sala de aula para o trabalho com esse gênero textual e com outras temáticas.

• CORDELTECA. Disponível em: http://acervosdigitais.cnfcp.gov.br/Literatura_de_Cordel_C0001_a_C7176. Acesso em: 5 jan. 2022.

Nesse link, é possível acessar um acervo composto de títulos de folhetos de cordel, com imensa diversidade temática e de autores. Os cordéis são procedentes de pesquisas de campo e ofertas de cordelistas.

• OS 31 fonemas da língua portuguesa. Vídeo (ca. 4 min). Publicado por: Alfa e Beto. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=pMhHlfZqAYY. Acesso em: 18 jan. 2022.

Esse vídeo apresenta os 31 fonemas da língua portuguesa de modo simplificado, com o objetivo de ajudar professores e alunos no trabalho com as relações entre grafemas e fonemas.

Sequência didática 2 • Conhecer relatos de memória e estudar substantivos, verbos e adjetivos

Nesta Sequência didática, os alunos produzirão relatos de memória orais e escritos. Inicialmente, será realizada uma roda de conversa com a turma para que troquem experiências e memórias e desenvolvam a oralidade e a habilidade de expressar seus pensamentos e sentimentos. Com isso, a escuta também será trabalhada, de maneira que os alunos entendam que descobrir as histórias uns dos outros é uma oportunidade de reconhecer diferentes formas de conviver com o ambiente que os cerca. O intercâmbio de memórias permite o exercício do respeito às diferenças, favorecendo a construção de identidade e a socialização entre os alunos da turma, valorizando as subjetividades.

A partir do trabalho com o gênero textual relato de memória, esta Sequência explora também os conceitos de substantivo, verbo e adjetivo, de forma a estimular a identificação e a diferenciação dessas classes de palavras na formação de frases, bem como o reconhecimento de processos de formação de palavras, como a derivação sufixal, com enfoque nos sufixos -inho e -oso/-osa

Objetivos de aprendizagem

• Compreender a função social e as características do gênero textual relato de memória.

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• Conhecer a formação de palavras a partir do sufixo -inho/-inha

• Reconhecer características da conversação espontânea, identificar e escutar as diversas formas de interações orais.

• Produzir relatos de memória orais e escritos

• Identificar e diferenciar substantivos e verbos em relatos

• Identificar e diferenciar adjetivo de substantivo e conhecer a formação de novas palavras a partir do sufixo -oso/-osa

Plano de aulas

Aula 1: Refletir sobre o conceito de memória e ler a definição de memória no dicionário.

Aula 2: Assistir a relato de memória ou ouvi-lo e identificar a formação de novas palavras a partir do sufixo -inho/-inha.

Aulas 3 e 4: Produzir relato de memória oral a partir de objetos de lembrança.

Aula 5: Escrever relato de memória a partir do relato oral.

Aula 6: Revisar o relato de memória escrito e preparar a versão final.

Aula 7: Editar a versão final do relato de memória em formato digital.

Aula 8: Ler relatos de memória e diferenciar substantivos de verbos.

Aula 9: Diferenciar substantivos de adjetivos e identificar a formação de palavras a partir do sufixo -oso/-osa

Componentes essenciais para a alfabetização: Compreensão de textos, fluência em leitura oral e produção de escrita.

Competências gerais da Educação Básica: 4 e 9

Competências específicas de Língua Portuguesa: 2, 3 e 5.

Habilidades: EF15LP02, EF15LP05, EF15LP06, EF15LP07, EF15LP08, EF15LP11, EF15LP13, EF35LP04, EF35LP05 e EF35LP18, EF03LP08, EF03LP09 e EF03LP10

Materiais necessários: Uma caixa pequena de papelão com objetos que remetam a lembranças (do professor), uma caixa pequena de papelão para cada aluno (solicitar), objetos que remetam à infância e a momentos de lazer (solicitar), lápis de cor, canetas hidrográficas, papel pardo, cartolina, dicionário, computadores para consulta, folhas de papel sulfite e projetor

Aula 1

Nesta aula, os alunos vão refletir sobre a ideia de memória a partir de uma dinâmica que ocorrerá em três etapas: discussão sobre o que é memória, atividade em que os alunos associarão objetos a memórias e leitura do significado da palavra no dicionário.

Na primeira etapa da aula, entregue um pedaço de papel pardo a cada aluno. Peça que escrevam uma definição para a palavra memória. Estipule um tempo para que componham a definição de forma individual e livre (por exemplo, 10 minutos). Antes da atividade escrita, estimule os alunos a comentarem o que entendem por memória. Pergunte:

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o que vocês lembram quando pensam nessa palavra? Informe os alunos de que a definição pode ser simples, mas precisa ser clara Peça que não compartilhem com os colegas o que escreveram e recolha os papéis escritos.

Em seguida, organize a turma em círculo e mostre uma caixa, organizada previamente, com alguns objetos do universo da infância, como: bola, peteca, corda, bola de gude, elástico, peão, boné, kitpara brincar na areia e chapéu de palha Informe que abrirá a caixa e que eles vão comentar suas memórias sobre cada objeto retirado dela. Instigue a turma a participar desse momento de expressão oral. Pergunte, por exemplo: quem tem memória de um momento especial com uma peteca? E com a bola? Exercite perguntas que incitem os alunos a contarem suas lembranças, lembrando-os sempre do respeito aos turnos de fala e às opiniões dos colegas. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 20 minutos).

Na última etapa, leia em voz alta as definições dadas por cada aluno. Depois, leia a definição de memória em um dicionário que esteja disponível e relacione o significado com a atividade de associar lembranças aos objetos que estavam na caixa.

Ao final da aula, montem coletivamente um mural com as definições que escreveram para a palavra memória e incluam o verbete de dicionário. Permita que os alunos decidam outros aspectos com relação ao mural: qual será a cor de fundo? Haverá borda? Como as definições serão organizadas?

Aula 2

Inicie a aula retomando o mural com as definições que escreveram da palavra memória Em seguida, para estimular os alunos a refletirem sobre a temática da aula, peça que tentem distinguir os conceitos de memória, lembrança e objetos de lembrança Não é necessário insistir nessa diferenciação de maneira rígida, pois o objetivo é mobilizar as experiências da turma em relação a esse campo semântico e construir hipóteses que possam aproximá-los dos conceitos, aguçando a criatividade, sem necessariamente fixar definições. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, dez minutos).

Depois de conversarem, leve os alunos à sala de informática e apresente o site Museu da Pessoa (acesse o linkdisponível na seção Sugestões, ao final desta Sequência didática)

É importante fazer uma seleção prévia do material que desejar compartilhar com a turma. Dê preferência aos depoimentos com vídeos, pois, assim, os alunos poderão perceber quais informações costumam ser apresentadas em relatos de memória; além disso, será uma oportunidade de a turma observar gestos e expressões faciais que contribuem para a construção do sentido do relato.

Utilize o depoimento do escritor Yaguarê Yamã, cujo nome é Ozias Glória de Oliveira, que está disponível na seção Sugestões. Primeiramente, reproduza o áudio do vídeo e peça aos alunos que respondam às perguntas abaixo sobre o relato que ouviram. Informe também

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que o autor do relato se chama Ozias Glória de Oliveira, mas é conhecido como Yaguarê Yamã, que significa "tribo de onças pequenas "

Em seguida, proponha uma discussão sobre o relato a que assistiram, fazendo as perguntas da Ficha de atividades a seguir e pedindo que respondam oralmente.

Ficha de atividades

1. Como Yaguarê Yamã fez o relato?

Chame a atenção da turma para a estratégia de narrativa de Yaguarê Yamã Comente que ele não se apresentou e focou seu depoimento na lembrança que tem do pai, sua referência como grande contador de histórias, o que o inspirou a escrever um livro em homenagem a ele, relatando os momentos, no final da tarde, em que o pai contava histórias no terreiro, a forma como o pai atraía as crianças, tocando uma flauta, sentado num banquinho, o irmão menorzinho, sentado no colo do pai, o suspense que o pai causava como forma de abertura das histórias e como as fábulas/histórias eram lições de vida e formas de aprender.

2. Como Yaguarê Yamã organizou as lembranças dele?

O objetivo da atividade é chamar a atenção dos alunos para a necessidade de, em um relato, expor uma ideia de cada vez, sem misturar os assuntos. Se julgar necessário, deixe que assistam novamente ao vídeo e vá pontuando cada etapa da narração.

3. Que ritmo Yaguarê Yamã imprimiu em sua fala?

Dirija a atenção dos alunos para o fato de o escritor falar pausadamente, articulando as palavras para transparecer o máximo de clareza.

4. Yaguarê Yamã usou um tom de voz adequado durante o relato? Justifique sua resposta.

Leve os alunos a perceberem que o escritor falou em tom de voz adequado (nem alto nem baixo), de maneira que pudesse ser ouvido e a escuta fosse agradável.

5. A memória relatada por Yaguarê Yamã fez parte de qual momento de sua vida?

Espera-se que os alunos reconheçam que a memória narrada fez parte da infância do escritor.

6. Como estudado, as memórias se referem à capacidade de se lembrar de algo do passado. Ao relatar sua história, Yaguarê Yamã mostra como a memória relatada foi importante para sua vida. Que importância é possível identificar a partir das memórias do escritor?

Resposta pessoal. Espera-se que os alunos identifiquem que as histórias contadas pelo pai de Yaguarê Yamã, além de construírem um universo lúdico e mágico, também foram responsáveis por transmitir a ele diversos ensinamentos. É possível, ainda, que os alunos associem essa importância ao fato de Yaguarê Yamã ter se tornado escritor, inspirado pelas histórias contadas pelo pai.

Ao término da atividade, pergunte aos alunos o que acharam da experiência de falar sobre memória e relacionar objetos com memórias e o que acharam de ouvir o relato de uma memória de alguém que não conhecem. Incentive-os a se expressarem livremente

Em seguida, relembre com eles duas palavras usadas por Yaguarê Yamã para nomear um objeto e uma pessoa mencionados no relato. Pergunte aos alunos em qual objeto o pai

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de Yaguarê Yamã se sentava para contar as histórias. Espera-se que os alunos identifiquem, pela narração do escritor, a palavra banquinho. Se necessário, reproduza esse trecho do vídeo para auxiliar na identificação da palavra.

Em seguida, pergunte aos alunos como Yaguarê Yamã caracteriza o irmão caçula, que sesentavanocolo dopai.Espera-se queas criançasidentifiquem a palavra menorzinho

Se necessário, reproduza esse trecho do vídeo para auxiliar na identificação da palavra.

Escreva as palavras banquinho e menorzinho em letras maiúsculas na lousa e peça aos alunos que observem o que elas têm em comum. Espera-se que a turma identifique a presença da terminação (sufixo) -inho. Peça que copiem as palavras identificadas no caderno e sublinhem o que se repete.

Pergunteaosalunosquesentidoaterminação -inho confereàspalavras.Expliqueque ela corresponde ao grau diminutivo. Dessa maneira, ao acrescentarmos essa terminação, podemos formar novas palavras para indicar algo menor.

Para auxiliar os alunos na compreensão do uso de sufixo na formação de novas palavras, escreva a lista de objetos escolares abaixo na lousa e solicite que a copiem; em seguida,peçaqueacrescentematerminação -inho (parapalavrasmasculinas)ou -inha (para palavras femininas).

 lápis

lapisinho

 caderno

caderninho

 cola

colinha

 mochila

mochilinha

 mesa

mesinha

 tesoura

tesourinha

Ao término da atividade, informe aos alunos que, para a próxima aula,será necessário que tragam uma caixa de sapatos, que pode ser decorada por eles e será utilizada como parte do trabalho sobre memórias. Explique que nessa caixa deverão colocar no máximo quatro objetos que remetam a lembranças importantes de suas vidas, por exemplo: uma conchinha, um bilhete, um desenho, um livro, um brinquedo, uma embalagem etc.

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disponibilizado em
aberta do tipo
BY
a criação de obra derivada com
as

Comunique à turma que você registrará um bilhete na lousa pedindo aos pais ou responsáveis a colaboração para conseguir a caixa e os objetos que serão colocados dentro dela.Expliquequeelesdeverãocopiarobilhetenaagendaounocaderno.Seráumaexcelente atividade de cópia com função social, já que haverá um destinatário para o bilhete que precisará compreender todas as informações.

Para muitos alunos, haverá uma infinidade de objetos que poderão ser escolhidos comorepresentativosdesuamemóriaehistóriadevida,porquemuitasfamíliastêmohábito de registrar os fatos mais marcantes da história dos filhos em álbuns de fotografia, diários e coleções de objetos mais significativos, mas há também muitos alunos para os quais essa tarefa poderá representar um grande desafio emocional por terem dificuldades para recuperar, em casa e em outros espaços da vida familiar, objetos que representem suas memórias e histórias de vida. Se perceber que há dificuldades para reconstituir suas memórias por meio de objetos guardados, ajude-os dando exemplos de objetos simples que podem resgatar essas lembranças: desenhos, folhas de árvores, sementes etc.

Aulas 3 e 4

Considerando o tempo para a apresentação dos alunos, serão destinadas duas aulas (ou mais, dependendo da quantidade de alunos e do ritmo da turma) para as atividades propostas. Inicie a primeira aula informando que os alunos vão compartilhar, por meio de relatos orais, experiências vividas associadas aos objetos que eles colocaram nas caixas de lembranças. Peça, então, que explorem suas caixas, buscando relembrar experiências vividas, histórias e acontecimentos marcantes que gostariam de narrar para os colegas. Nessa parte, os objetos escolhidos servirão de suporte para a rememoração e para a articulação dos fatos durante o relato oral. Ajude a organizar os alunos, para que façam os relatos alternando-se nos papéis de narradores e de ouvintes. Estipule um tempo para cada apresentação (por exemplo, 5 minutos).

Ocupe o lugar de modelo expositor; leve para a sala de aula sua caixa de memórias e faça uma breve exposição sobre uma memória que cada objeto represente. Durante o seu relato, mantenha a postura corporal adequada e fique atento ao ritmo e ao tom da sua fala, aos gestos e às expressões faciais, de maneira a contribuírem para o entendimento das informações.

Escolha alguns objetos que representem lembranças afetivas de sua vida pessoal ou profissional e relate aos alunos as histórias que esses objetos representam. Ao terminar a exposição, faça perguntas que levem a turma a identificar elementos característicos da exposição oral que organizam a fala e ajudam a imprimir sentido ao relato. Ao final da sua exposição, comente com o que pôde observar do interesse da plateia ao que estava sendo relatado. O objetivo é fazer com que os alunos percebam que as expressões corporais e faciais dos ouvintes dão pistas ao expositor sobre sua impressão em relação ao que estava sendo relatado, se estavam entendendo, se acharam interessante etc. Pontue, então, se percebeu um aluno muito interessado, outro curioso, outro entediado, por exemplo.

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Em seguida, explique que, quando vamos fazer uma exposição oral, ela pode ser mais formal, por exemplo, como em uma palestra, ou menos formal, como a apresentação de um relato para os colegas. Cada perfil de exposição depende do seu objetivo, bem como do público ao qual se destina.

Explique que há também outros momentos em que a exposição oral é realizada de modo informal e descontraído e que, entre os recursos utilizados, podem estar cartazes, projetores, músicas e vídeos. Por vezes, pode acontecer de o objetivo da apresentação pedir uma maior proximidade entre o narrador e os ouvintes, o que pode possibilitar maior interação.

Em seguida, abra espaço para a apresentação da turma, que pode ser feita em ordem alfabética. Relembre os alunos da importância da postura corporal, do tom de voz e do ritmo da fala, além do uso de gestos e expressões faciais que contribuam para a transmissão das informações. Deixe claro que a cada objeto retirado eles devem informar o motivo de sua escolha e o tipo de lembrança que esse objeto traz. Peça aos alunos que não interrompam oscolegas queestiverem apresentandoeoriente-osaanotarem asperguntas para otérmino da apresentação.

Avaliação

Realizeumaavaliaçãooralecoletivacomosalunos,perguntandooqueconsideraram interessante na atividade e o quanto a forma de relatar influencia a atenção dos ouvintes. Peça que comentem as apresentações dos colegas e digam do que mais gostaram e o que os confundiu. Durante todas as aulas, avaliea interação entre os alunos e o desenvolvimento da oralidade e da escuta atenta. Verifique se entenderam a função social do relato e se há necessidade de atender a dificuldades de alunos em específico.

Aula 5

Inicie a aula informando aos alunos que vão escolher um dos objetos da caixa para produzirum relatoescritoapartirdo relatooralque foifeitoanteriormente.Informe,também, que osrelatosda turma serão reunidosem um livro,que poderá ser lido por todos oscolegas da turma e seus familiares. Se houver possibilidade, os relatos podem ser publicados na internet, no siteda escola ou em umblog

Ressalte a importância de planejarem o que vão escrever. Informe que podem registrar um pequeno roteiro com as principais ideias que serão expostas no relato.

Roteiro

 A que fato o objeto está relacionado?

 Quem participou desse fato?

 Quando o fato aconteceu?

 Onde o fato aconteceu?

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 Qual será o título do relato?

Combine com os alunos que eles podem explorar novamente suas caixas de memórias para decidirem o tema sobre o qual vão escrever. O contato e o manuseio dos objetos podem ajudar a suscitar mais lembranças e novos detalhes que poderão ser incluídos no relato que vão produzir.

Explique que farão a produção em um rascunho; em seguida, farão a revisão; e depois passarão a limpo. É importante também deixar claro que estratégias de revisão sempre são utilizadasporescritores,experientesouiniciantes,equeaproduçãodeumtextoescritoexige disposição para produzir diferentes versões. Ao mesmo tempo, leve a turma a reconhecer e valorizar a revisão como forma de aprimorar o texto escrito, sempre tendo em vista o futuro leitor.

Alguns alunos podem apresentar dificuldades para compor o relato por escrito. Para auxiliá-los nessa produção, recorra a intervenções individuais, nas quais você deve atuar como audiência, ouvindo a história que o aluno pretende relatar, e como escriba, fornecendo, com a produção de um roteiro, formas de transpor o texto oral para o texto escrito.

Enquanto os alunos produzem o rascunho, circule pela sala de aula para observar como estão escrevendo e verificando como solucionam possíveis dúvidas. Ao concluir a atividade, recolha os rascunhos e informe que a revisão será feita na próxima aula.

Aula 6

Nesta aula, os alunos se dedicarão à revisão e à reescrita dos relatos pessoais. Oriente-os a reler o rascunho para verificarem se:

 informaram o local e a data em que os fatos aconteceram;

 explicaram em detalhes os fatos ocorridos;

 expressaram seus sentimentos e as reações das pessoas envolvidas na situação relatada.

Enquanto revisam os relatos, circule pela sala de aula, observando os ritmos individuais e ajudando os alunos a perceberem incoerências entre o roteiro produzido e o relato que está sendo escrito, levando-os a identificar possíveis inconsistências e lacunas de informação e ajudando-os a solucioná-las.

Avaliação

O foco dessa atividade é, especificamente, o processo de produção textual e as estratégias que podem organizar e favorecer a produção de escrita, como a elaboração prévia de relatos orais e o planejamento do relato escrito. Ao fazer suas intervenções (ao circular pela sala de aula, ao solucionar as dúvidas dos alunos ou ao corrigir aspectos nos relatos escritos), foque o processo de escrita e não o produto final, pois o mais importante é fazer os alunos avançarem em suas ideias sobre a escrita.

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Com as atividades finalizadas, verifique, com os alunos, as produções de acordo com a grade de critérios sugerida. Reproduza e distribua a ficha apresentada a seguir. Leia um critério de cada vez e dê um intervalo de tempo para que os alunos leiam o próprio relato, verificando se atenderam aos critérios ou não, e também para que preencham o quadro Dessa forma, eles vão perceber as habilidades que conseguiram desenvolver durante a produção do relato escrito.

Você deu um título ao relato que produziu?

O título está centralizado?

Você respeitou as margens da folha?

O relato escrito conta em detalhes o fato ocorrido?

O leitor saberá quem são as pessoas que participaram do fato ocorrido?

O relato conta quando os fatos aconteceram?

O relato conta onde os fatos aconteceram?

Peça aos alunos que, quando terminarem a leitura dos critérios e o preenchimento da ficha de avaliação, façam em seus relatos os acréscimos e as modificações necessários e os entreguem a você, para que, então, avalie as produções individuais.

Na etapa de avaliação individual, retome os critérios da ficha exposta anteriormente, verificando se os alunos os atingiram. Em seguida, faça uma avaliação mais específica e dirigida, tendo como foco, por exemplo:

• a clareza das frases;

• a divisão dos parágrafos;

• a coesão entre os parágrafos;

• o uso adequado de marcadores de tempo ou de espaço.

Seus apontamentos, nessa etapa, devem ser feitos na forma de bilhetes ou de comentários em uma folha avulsa, nunca no texto do aluno.

Informe à turma que você fez a leitura dos rascunhos dos relatos. Inicie comentando os aspectos positivos que pôde observar nos textos. Em seguida, explique quais foram as dificuldades comuns às produções e escolha um foco discursivo para essa revisão, por exemplo: clareza das informações. Será interessante dar alguns exemplos de trechos, registrá-los na lousa e, com a turma, editá-los, deixando as informações mais compreensíveis para o leitor. Nesse momento, os alunos também devem verificar se precisam acrescentar

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Critérios Sim Em parte Não

mais informações ou excluir informações repetidas, substituir palavras repetidas por outras de significado semelhante ou por pronomes e até eliminar aquelas que podem ser compreendidas pelo contexto.

Após a análise de aspectos discursivos do relato, os alunos deverão se ocupar da produção da versão revisada do texto. Na presença de cada aluno, corrija aspectos que considere estarem fora do alcance deles nesse momento. Em seguida, distribua folhas de papel pautado e peça aos alunos que passem o relato a limpo em letra legível. Explique que na aula seguinte será feita a edição final do texto, com uso de computador.

Aula 7

Na salade informática, distribua aos alunos a versão do texto que produziram na aula anterior. Oriente-os a acessar um editor de texto, de modo que possam digitar o relato que produziram.

Explique a importânciado usodasletras maiúsculas eminúsculas,dapontuaçãoedo parágrafo. Também oriente sobre a escolha do tamanho da fonte, sobre a edição do título de formacentralizadaesobreapossibilidadedeusodecores.Façaumademonstraçãocoletiva e, em seguida, acompanhe os alunos um a um, para auxiliar com eventuais dúvidas.

Após os alunos digitarem e editarem os textos, imprima-os e grampeie-os de acordo com a ordem alfabética dos nomes dos alunos. Monte o índice e a capa, que pode ser feita por algum aluno que se candidatar (se mais de um aluno quiser fazer, pode ser feita uma votação para a escolhada capa). Depois, os alunos poderão se revezar para levar o livro para casa, ler os relatos dos colegas e mostrar aos familiares.

Caso a escola não disponha de impressora, pode-se produzir um livro digital, no formato e-book , a ser compartilhado com os pais ou responsáveis por redes sociais ou outros aplicativos digitais.

Avaliação

Avalie com o grupo como foi o processo de escrita, revisão, edição e compartilhamento dos relatos. Pergunte aos alunos se foi mais fácil escrever depois de montarem e explorarem as caixas de memórias e se foi interessante poder escrever a partir de lembranças e de experiências reais. Ajude-os a refletir sobre o papel dos roteiros e das fichas de avaliação como instrumentos que explicitam os critérios e elementos que devem estar presentes na escrita, tornando-se mais conscientes do que e de como escrever em cada momento.

Essa retomada favorece a construção da ideia de que a escrita é uma habilidade que pode ser desenvolvida por todas as pessoas, por meio de recursos que servem de apoio à imaginação e à expressividade.

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Inicie a aula explicando aos alunos que eles lerão dois relatos. Comente que o Museu daPessoa, no qual encontraram o relato oral de Yaguarê Yamã, também apresenta versões de relatos escritos e se dedica a publicar histórias tanto de pessoas comuns como de pessoas conhecidas publicamente. Explique aos alunos que eles também podem escrever relatosde suavida oudavida dealguémde quegostem muitoeenviá-losao museu por meio do site

O primeiro relato a ser lido pela turma tem como título "O aniversário mais radical" (acesse o linkdisponível na seção Sugestões, ao final desta Sequência didática). Escreva na lousa esse título e peça que os alunos o leiam coletivamente. Em seguida, oriente-os a imaginarem do que o texto trata, quantos anos o autor ou autora deve ter e o que, para os alunos, seria um aniversário radical.

Depois da exploração de expectativas em relação ao texto, entregue para cada aluno uma cópia do relato sugerido (mantenha informações de autoria e data de publicação) e, em seguida, peça que façam a leitura em voz alta. Convide um a um para ler pequenas partes do texto e observe a prosódia e a entonação, ajudando-os a aprimorar a fluência em leitura oral. Ao término da leitura, faça as perguntas da Ficha de atividades abaixo para que respondam oralmente.

Ficha de atividades

1. Como estudado, o relato apresenta como principal característica a narração sobre algo vivido. Nesse relato, qual fato é contado?

Sugestãoderesposta:oaniversáriode10anosemumachácara.

2. Quem foi o autor do relato e quando ele foi publicado?

Autoriaedatadepublicaçãoestãodisponíveisnosite,antesdoiníciodotexto.

3. Assim como vocês escolheram um objeto para simbolizar o relato que produziram nas aulasanteriores,orelatolidopode ser acompanhadode imagens. Comovocês ilustrariam essa história?

Respostapessoal.Espera-sequeosalunosmencionemmomentosimportantesdorelato,comoacama elásticaouofuteboldesalão,porexemplo.

4. Quais personagens fizeram parte do relato?

OsamigosRian,Tales,Guilherme,MatheuseMatheus,eamãe.

5. O relato conta que o autor ficou triste pela ausência de um dos amigos, mas que depois voltou a brincar. Que informações permitem chegar a essa conclusão?

Depoisde30minutos,oamigoMatheusaindanãotinhachegado,entãoamãedeMiguelveiocomapéssima notíciadequeelenãochegaria.Miguelficoutriste,maslogoatristezapassoueelefoinadar.

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Aula 8

6. O título do relato é "O aniversário mais radical". Como a leitura do relato pode explicar esse título?

Resposta pessoal. Espera-se que os alunos indiquem que os pais alugaram brinquedos, como cama elástica e futebol de salão, e eles puderam nadar. Tudo isso pode significar um aniversário radical.

Explique aos alunos que, agora, eles vão conhecer duas classes gramaticais. Escreva na lousa as palavras amor e amar. Comente que, embora elas apresentem escrita e sentido que as aproximam, indicam classes diferentes.

Solicite que identifiquem qual dessas duas palavras dá nome a um sentimento : amor Em seguida, solicite que identifiquem qual das duas palavras indica o ato relacionado a esse sentimento: amar

Explique aos alunos que as palavras que nomeiam objetos, pessoas, animais, lugares e sentimentos são chamadas de substantivos A palavra amor é denominada de substantivo, pois nomeia um sentimento.

Já as palavras que indicam uma ação, estado ou fenômeno da natureza e variam para passar a ideia de tempo e se referir às pessoas do discurso são chamadas de verbo , como é o caso da palavra amar

A partir dessa explicação, apresente aos alunos as frases abaixo, extraídas do relato, e peça que identifiquem os verbos e os substantivos presentes nelas, completando o quadro:

Frase Substantivos Verbo

Convidei meus melhores amigos para virem a minha festa amigos, festa convidei, virem

Fomos comer o bolo bolo fomos, comer

As mães dos meus amigos começaram a chegar mães, amigos começaram, chegar

Rian almoçou com a gente. Rian, gente almoçou

Para ampliar a identificação e diferenciação de substantivos e verbos, entregue à turma uma folha com o relato abaixo, e solicite que os alunos que não puderam ler em voz alta o relato anterior façam a leitura deste para desenvolver a fluência em leitura oral.

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O sabor da infância

A principal lembrança que tenho da infância são das viagens de férias para a casa da minha avó, num sítio em que ela morava. Sempre que eu e meus pais chegávamos lá, eu corria direto para o pomar. Eu queria ver se a jabuticabeira tinha produzido seu fruto saboroso que iria adoçar meu descanso da escola. Não havia nada mais animador que ver o pé charmoso, carregado de bolinhas pretas, prontas para serem saboreadas. Eu subia bem rápido na jabuticabeira e de longe ouvia minha avó alertar: "Não coma jabuticabas demais, é perigoso! Pode dar dor de barriga à noite" Mas, como resistir às jabuticabas fresquinhas? Até hoje, quando como essa fruta, minha memória viaja para a casa da minha avó, como se me levasse direto para a alegria da minha infância.

BRISAS EDUCATIVAS. Relatosdememória: o sabor da infância. Disponível em: https://brisaseducativas.wordpress.com/2019/12/01/relatos-de-memoria/. Acesso em: 17 jan. 2022.

Para concluir a aula, peça aos alunos que leiam e organizem as palavras destacadas no texto, indicando quais correspondem a verbos e quais correspondem a substantivos.

Palavra que indicam ação (verbos) Palavras que nomeiam coisas (substantivos) corria infância adoçar pomar ver dor subia barriga coma jabuticabas

Aula 9

Inicie a aula relembrando o relato "O sabor da infância". Pergunte aos alunos se se recordam da memória relatada no texto, quais características o texto apresenta em relação ao que já estudaram sobre o gênero textual e de que maneira o título pode explicar o relato lido na aula anterior.

Em seguida, peça que retomem o texto trabalhado na aula anterior e releia-o de modo que possam acompanhar a leitura. Leia cada frase do texto e peça aos alunos que repitam, de modo a treinar a pronúncia e a velocidade. Essa atividade estimula o desenvolvimento da fluência em leitura oral, fundamental para a consolidação da alfabetização.

Após a leitura, escreva na lousa o fragmento a seguir: "como se me levasse direto para minha infância feliz"

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Peça aos alunos que observem as palavras destacadas. Peça que copiem a palavra que corresponde a um substantivo e a palavra que corresponde a um verbo. Espera-se que os alunos indiquem a palavra levasse como verbo e a palavra infância como substantivo. Oriente-os a explicarem como chegaram à resposta.

Em seguida, diga que observem a palavra feliz, escrita junto da palavra infância.

Comente que ela não é um substantivo nem um verbo, mas que tem uma função importante na frase, especialmente para a palavra infância. Estimule-os a levantar hipóteses sobre qual é a importância dessa palavra e qual é o sentido dela dentro da frase. Em seguida, explique que a palavra feliz tem como função atribuir uma característica à palavra infância Acrescente outros exemplos, para que os alunos possam compreender a função das palavras que atribuem características ao substantivo. Por exemplo, proponha a mudança da palavra feliz por animada ou difícil. Estimule-os a observarem como essas palavras alteram o sentido do substantivo, atribuindo a ele uma característica.

Explique que as palavras que atribuem característica a um substantivo são chamadas de adjetivo.

Para que os alunos possam observar o uso dos adjetivos no texto estudado, escreva na lousa os fragmentos abaixo e faça as questões da Ficha de atividades a seguir para que respondam oralmente:

"[...] a jabuticabeira produzira o seu fruto saboroso [ ]".

"[...] o pé charmoso, carregado das bolinhas pretas"

"[...] como resistir às jabuticabas frescas?"

Ficha de atividades

1. Identifique os substantivos presentes em cada fragmento. jabuticabeira / fruto pé / bolinhas jabuticabas

2. Quais são os adjetivos presentes em cada fragmento?

saboroso charmoso / pretas frescas

3. Pensem em outros adjetivos que possam ser utilizados nos fragmentos destacados, garantindo o nexo lógico do texto.

Resposta pessoal. Caso os alunos tenham dificuldade, apresente algumas alternativas, por exemplo: fruto maravilhoso / fruto especial, pé verde / pé exuberante, bolinhas negras / bolinhas apetitosas, jabuticabas brilhantes / jabuticabas doces.

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Para ampliar a aprendizagem com relação aos adjetivos, escreva na lousa as palavras abaixo e realize as atividades da Ficha de atividades a seguir com os alunos, primeiro oralmente e, depois, peça que registrem em seus cadernos. apetitoso – comer – carinhoso – sítio – passear – charmoso – viajar – corajoso – férias

gostoso

Ficha de atividades

1. Quais palavras indicam características?

Apetitoso, carinhoso, charmoso, corajoso e gostoso

2. O que as palavras identificadas apresentam em comum?

A terminação em -oso

3. Se essas palavras fossem escritas no feminino, como ficariam?

Apetitosa, carinhosa, charmosa, corajosa e gostosa

Explique aos alunos que a terminação -oso , quando acrescentada a um substantivo, gera uma nova palavra, que representa uma característica. Portanto, a terminação -oso dá origem a um adjetivo. Para auxiliá-los na compreensão, mostre o exemplo abaixo, que demonstra uma derivação sufixal:

AMOR – NOMEIA UM SENTIMENTO

AMOROSO – CARACTERÍSTICA DE QUEM AMA

Avaliação

Para avaliar a compreensão dos alunos sobre as classes gramaticais estudadas, reproduza o quadro abaixo sem as respostas e distribua-o aos alunos em folha avulsa. Em seguida, oriente a turma a completá-lo com as palavras que faltam. Lembre-os de observar se a palavra que falta é um verbo, um substantivo ou um adjetivo. Caminhe pela sala de aula observando se há dificuldades em realizar a atividade e, ao final, promova uma correção coletiva, aproveitando para dar atenção às dificuldades encontradas.

Verbo Substantivo Adjetivo amar amor amoroso / amorosa

invejar inveja invejoso / invejosa

caprichar capricho caprichoso / caprichosa respeitar respeito respeitoso / respeitosa

saborear sabor saboroso / saborosa

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Sugestões

• BRISAS EDUCATIVAS. Relatos de memória: o sabor da infância. Disponível em: https:// brisaseducativas.wordpress.com/2019/12/01/relatos-de-memoria/ Acesso em: 6 dez 2021.

Utilize o relato escrito para desenvolver o trabalho de compreensão de textos e com classes gramaticais nas Aulas 8 e 9.

• DOLZ, Joaquim; SCHNEUWLY, Bernard. Gêneros orais e escritos na escola Campinas: Mercado das Letras, 2004.

Coletânea de textos que apresenta reflexões sobre como pensar e como realizar o ensino da língua a partir dos gêneros textuais orais e escritos.

• MARCUSCHI, Luiz Antônio Produção textual, análise de gêneros e compreensão. 3. ed. São Paulo: Parábola, 2008.

O autor enfoca questões inerentes à produção textual a partir da linguística do texto, de modo a permitir compreender os processos de compressão textual e produção de sentidos.

• MUSEU DA PESSOA. Disponível em: http://www.museudapessoa.org Acesso em: 6 jan. 2022

Museu virtual e colaborativo, interessante para compartilhar os relatos pessoais dos alunos, além de navegar e conhecer histórias de pessoas diversas.

• MUSEU DA PESSOA. O aniversário mais radical Disponível em: https://acervo.museudapessoa.org/pt/conteudo/historia/o-aniversario-maisradical-200646 Acesso em: 6 jan. 2022

Utilize o relato escrito na Aula 8 para trabalhar compreensão de textos.

• MUSEU DA PESSOA. O saterê escritor Disponível em:

https://acervo.museudapessoa.org/pt/conteudo/historia/o-satere-escritor-44605 Acesso em: 6 jan. 2022

Utilize o vídeo de Yaguarê Yamã contando sua história na Aula 2 para trabalhar relatos orais.

Sequência didática 3 • Conhecer cartas pessoais e cartas de leitor e estudar adjetivos

Nesta Sequência didática, serão abordadas as diferentes situações comunicativas em que os textos manuscritos são utilizados na atualidade e os propósitos comunicativos que justificam seu uso em cada uma das situações. Também será apresentada a diferença entre os textos manuscritos produzidos para serem lidos por um grande público, que exigem maior grau de padronização, como as faixas de saudação e as placas comerciais, e os textos

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produzidos na esfera privada, levando, entre outras possibilidades, a uma maior expressão dos sentimentos e do estilo pessoal, como cartas e diários.

Em seguida, outras situações comunicativas serão abordadas: a carta pessoal e a carta de leitor. Inicialmente, os alunos estudarão aspectos da estrutura composicional e as situações discursivas que envolvem a carta pessoal, de modo a produzir uma carta desse gênero textual. A partir dos conhecimentos acumulados sobre a carta pessoal, será apresentada a carta de leitor, de modo a identificar as especificidades desse gênero textual considerando sua finalidade comunicativa. Os alunos deverão elaborar uma carta de leitor a um jornal, com o objetivo de obter informações sobre uma ação voltada à recuperação de bonecas e brinquedos encontrados no lixo.

Objetivos de aprendizagem

 Compreender os diferentes contextos de uso e funções comunicativas dos textos manuscritos.

 Relacionar os textos manuscritos a diferentes gêneros textuais das esferas pública e privada.

 Compreender a função social e as características do gênero textual carta pessoal.

 Produzir uma carta pessoal.

 Compreender a função social e as características do gênero textual carta de leitor.

 Identificar o uso dos adjetivos como recurso para caracterização de opiniões, sugestões e comentários.

 Elaborar carta de leitor.

Plano de aulas

Aula 1: Refletir sobre os usos e as funções comunicativas dos textos manuscritos.

Aula 2: Expor, manusear e classificar textos manuscritos.

Aula 3: Ler e analisar uma carta pessoal.

Aula 4: Planejar e preparar a primeira versão de uma carta pessoal.

Aula 5: Revisar, preparar a versão final e enviar uma carta pessoal.

Aula 6: Ler notícia sobre uso consciente de recursos naturais e coleta de lixo.

Aula 7: Ler e analisar notícia sobre aumento da produção de lixo doméstico durante a pandemia.

Aula 8: Ler uma carta de leitor sobre a notícia lida na aula anterior e compreender o uso do adjetivo como elemento para caracterizar comentários, opiniões, sugestões e críticas.

Aula 9: Escrever coletivamente e enviar carta de leitor.

Componentes essenciais para a alfabetização: Compreensão de textos, fluência em leitura oral, desenvolvimento de vocabulário e produção de escrita.

Competências gerais da Educação Básica: 1 e 9.

Competências específicas de Língua Portuguesa: 2 e 8.

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Habilidades: EF15LP01, EF15LP02, EF15LP05, EF15LP06, EF15LP07 e EF35LP01.

Materiais necessários: Textos manuscritos em diferentes suportes (como cadernos de receitas, cadernos escolares antigos, bilhetes, listas de compras, cartas, cartões-postais, agendas pessoais, diários, legendas de fotografias etc.), projetor multimídia, folhas de papel sulfite, cartolina, envelope para correspondência, selo e papel para a escrita da carta pessoal.

Aula 1

Inicie a aula compartilhando com os alunos que eles desenvolverão reflexões sobre os usos e as funções comunicativas de textos manuscritos. Ao discutir essa temática, é possível pensar sobre os momentos em que se pode escrever à mão e aqueles em que é necessário digitar o texto e imprimi-lo, por exemplo.

Comentecom osalunosque,aolongodas atividades,tambémserá possívelponderar sobre situações comunicativas da esfera privada, que permitem que sentimentos e estilo pessoal se façam presentes em um texto manuscrito, e sobre situações comunicativas da esfera pública, que, embora possam ainda demandar um texto escrito à mão, exigem certo grau de padronização e formalidade, para que o texto possa ser lido com facilidade e rapidez por um número maior de pessoas.

Para introduzir a discussão, sugere-se o uso de cadernos antigos ou outros manuscritos escolares que despertem a curiosidade dos alunos para os estilos de escrita utilizados e a atenção para o teor afetivo que esses materiais podem ter. Para isso, se possível,traga-osparaasaladeaulaou,comantecedência,reservemateriaisdessatemática na biblioteca, caso haja esse tipo de registro no acervo. Em geral, manuscritos ou cadernos escolares são objetos de lembrança, guardados como forma de preservar as memórias da infânciaeda vida escolar.Para apresentaresses materiais,organize uma rodae distribua-os, estimulando os alunos a abrirem os cadernos e observarem as figuras, as capas e os textos. Chame a atenção deles para a escrita, levando-os a perceber que os textos foram escritos à mão.

Em seguida, trabalhe oralmente as perguntas da Ficha de atividades a seguir, a fim de propor uma discussão coletiva com a turma.

Ficha de atividades

1. Além da escola, em que outras situações do dia a dia é possível escrever à mão?

Respostapessoal.Nestaetapa,espera-sequeosalunosidentifiquemaescritaàmãocomoumrecurso utilizadonãosomentenaesferaescolar,ondeaprendemautilizá-lacomopartedoprocessodealfabetização, mastambémemdiferentessituaçõescotidianasinformais,comonaesferadomésticaepessoal.Leve-osa identificar,também,exemplospráticosdesituaçõesemqueproduzimosmanuscritos,comoaescritade cartas,cartões-postais,agendas,diários,receitas,bilhetes,listasdecomprasetc.

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parâmetros.

2. Na rua e em lugares públicos, é possível encontrar textos que não foram escritos à mão. Vocês poderiam citar algum exemplo?

Respostapessoal.Espera-sequeosalunosfaçamreferênciaadiferentessituaçõesdodiaadiaemquesefaz usodetextosquenãosãomanuscritos,comoplacas,faixaseanúncios.Enfatizeopropósitocomunicativo dessesmateriais,queédiferentedaquelesproduzidosparacomunicarmensagensemcasa,comobilhetese listasdecompras,oufeitospararegistrarmemóriaserelatospessoais,comodiáriosecartas.Nocasode anúncios,placasefaixascomerciaisououtrostextosexpostosemlugarespúblicos,expliquequea mensagemsedirecionaaumpúblicomaior,queenvolve,geralmente,pessoasqueestãotransitandoacerta distânciadessessuportes,porissoousofrequentedaletradeimprensaimpressa,quefavorecea padronizaçãodotextoealegibilidadedamensagem.

3. Hoje,mesmocom computadores,tabletse celulares,ainda escrevemos textos àmão.Por que isso acontece?

Respostapessoal.Espera-sequeosalunosreflitamsobrealigaçãoentreaescritaàmãoeassituações vivenciadasnaesferacotidiana,familiarepessoal.Porsetratardeumaformadeescritamanual,otexto manuscritoémenospadronizadoepermite,assim,umaexpressãomaiordaindividualidadeedoestilo pessoal.Otextoescritoàmãofavorece,porexemplo,aproduçãodetextosdogêneroepistolar(cartas, bilhetes,postais),emqueaexpressãodossentimentoseoestiloindividualdeescritapodemestarpresentes commaiorliberdade,bemcomoopropósitodecomunicarmensagensrápidas,comobilhetes,paraosquais aexigênciadeformalidadeémenorouinexistente.

Ao longo da discussão, registre os principais pontos de vista levantados pelos alunos sobre as questões propostas. Para finalizar a aula, crie em cartolina um quadro que sintetize as principais conclusões do grupo. Veja o exemplo a seguir.

Quadro-resumo:textosqueescrevemosàmão

emcasa

Respostapessoal.Sugestãoderesposta:cartas pessoais,postais,agendas,diários,cadernosdereceitas, bilhetes,listas,legendasdefotografias,entreoutros.

noespaço público

Respostapessoal.Sugestãoderesposta:quadrode avisos,faixasdesaudação,placascomerciais.

A elaboração coletiva do quadro-resumo pode fornecer elementos para que você identifique dúvidas dos alunos em relação aos textos manuscritos. Para que essa atividade forneça informações sobre os conhecimentos prévios de cada aluno, é importante que toda a turma seja incentivada a participar do preenchimento do quadro, fazendo contribuições individuais, expondo oralmente suas dúvidas e dando exemplos. É importante, também, ajudarosalunosaseorganizaremduranteessaatividadecoletiva,paraquealternemasfalas e sejam capazes de ouvir e considerar as contribuições dos demais.

O mais importante nesse momento é perceber se o aluno consegue entender os contextos em que podemos escrever textos à mão. Para isso, uma proposta de avaliação é pedir que escrevam uma carta ou um cartão-postal para um amigo.

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Para a próxima aula, peça aos alunos que tragam de casa diferentes textos escritos à mão. Espera-se que sejam coletados exemplares de cadernos de receitas, agendas, diários, bilhetes, cartas, cartões-postais, agendas pessoais, diários, listas de compras etc. Caso considere que a variedade de manuscritos disponíveis possa ser pequena, prepare com antecedência um conjunto de textos para disponibilizar aos alunos.

Aula 2

Inicie a aula retomando as discussões sobre manuscritos. Em seguida, reúna os materiais trazidos pelos alunos e por você, organize as carteiras no centro da sala de aula e convide-os a observarem e manusearem os objetos trazidos. Esta atividade tem como objetivo permitir que os alunos tenham acesso a uma grande variedade de textos manuscritos e possam, a partir daí, ampliar a reflexão sobre a variedade de usos e situações comunicativas em que eles aparecem. Antes de iniciar a atividade, estabeleça alguns combinadoscomaturma,lembrandoatodosqueessesobjetospertencemaoutraspessoas e podem ter valor real ou afetivo. Por esse motivo, devem ser manuseados com o maior cuidado possível.

Após a exploração inicial, solicite aos alunos que, em trios ou quartetos, separem os textos em dois grupos diferentes: 1) textos escritos para organizar a rotina e as atividades diárias; e 2) textos escritos para registrar ou contar acontecimentos da vida pessoal. Outras classificações são possíveis (textos feitos para guardar e os que são descartados depois do uso; textos mais comuns antigamente etc.), mas o importante é que os alunos possam pensar sobre os diferentes usos que fazemos desses textos e sua presença frequente em nossas atividades cotidianas.

Para concluir a atividade, peça a cada grupo que compartilhe com os demais como fizeram a classificação e a justifiquem. Conduza a atividade para que os alunos percebam que os textos são diferentes por terem funções distintas, uma vez que cada texto tem uma finalidade específica.

Para avaliar a compreensão dos alunos, entregue cópias da Ficha de atividades a seguirouescreva-analousa.Nela,constaumalistadetarefasdiáriasnasquaiscostumamos utilizar a escrita. Peça aos alunos que decidam qual formato de letra consideram mais adequado para realizar cada uma delas.

Ficha de atividades

1. Ao longodo dia,costumamosusar aescrita para realizaruma sériede atividades.Em qual delas você optaria por escrever à mão?

a) Fazer uma lista de compras.

b) Enviar um bilhete a um amigo que faltou à aula.

c) Fazer um anúncio buscando ajuda para encontrar seu cachorrinho perdido.

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d) Escrever uma faixa de "Bem-vindos, novos alunos!" para colocar na fachada da escola no primeiro dia de aula.

e) Preencher uma agenda de contatos impressa.

f) Escrever em uma página do seu diário.

g) Escrever um cartão de aniversário para um parente próximo.

h) Preencher etiquetas para nomear seus cadernos e livros.

Respostapessoal.Espera-sequeosalunosconsigamperceberqueadiferençanaformacomoumtextoé escritoestárelacionadaaogênerotextualnoqualseenquadra,bemcomoàfinalidadeeàsituação comunicativadotexto.

Por fim, peça aos alunos que apresentem suas respostas e expliquem por que fariam tais escolhas, de modo que possam refletir sobre as diferentes possibilidades de uso das letras de imprensa e cursiva em variadas situações comunicativas.

Aula 3

Inicie a aula relembrando com os alunos as diferentes atividades que normalmente realizamos em nosso cotidiano, nas quais costumamos fazer uso da escrita à mão. Estimule-os aretomar as informações discutidas nas aulas anteriores, de modo que possam refletir sobre os diferentes usos da escrita no nosso dia a dia. Em seguida, explique que lerão um texto que é habitualmente escrito à mão.

Pergunte aos alunos se conhecem o gênero textual carta pessoal, se já receberam alguma ou se já enviaram uma carta pessoal para uma pessoa conhecida. Instigue-os a levantar hipóteses sobre o que normalmente se escreve numa carta pessoal, com qual finalidade as pessoas trocam cartas entre si e quais informações são imprescindíveis nesse gênero textual, retomando elementos da estrutura, como destinatário e remetente.

Comente com os alunos que, embora a carta pessoal seja um meio bastante eficaz decomunicação,atualmente,seuusotemdiminuídoemfunçãodeferramentastecnológicas como o e-maile os aplicativos de troca de mensagens. Devido à comunicação quase instantânea que essas ferramentas propiciam, muitas pessoas preferem se conectar por meio delas, fazendo com que a carta pessoal venha perdendo espaço. Comente que, apesar disso, a carta pessoal ainda tem um papel importante na comunicação entre as pessoas que não dispõem de acesso a essas ferramentas tecnológicas ou que preferem se comunicar sem a mediação de uma tecnologia.

Para que os alunos possam entender melhor como se caracteriza uma carta pessoal e verificar se as hipóteses levantadas na mobilização inicial se confirmam, entregue a cada um deles, em folha de papel sulfite, uma cópia da carta abaixo ou, se possível, projete-a com um projetor multimídia.

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Crédito: Cedido especialmente para esta obra.

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Antes de realizar a leitura da carta, pergunte aos alunos se ela foi escrita em letra cursiva ou em letra de imprensa. Só então faça a leitura em voz alta, de modo que todos possam acompanhar, e incentive os alunos a lerem depois de você, a fim de observar a fluência em leitura oral da turma.

Ao término da leitura, faça oralmente as perguntas da Ficha de atividades a seguir.

Ficha de atividades

1. Qual é a primeira informação que aparece na carta?

Olocaleadataemqueelafoiescrita.

2. Qual é a importância dessa informação em uma carta?

Aindicaçãodadataedolocalpermiteaodestinatáriosaberquandoeondeacartafoiescrita,assim,elepode compreendermelhorasinformaçõesconstantesnela.Tambémnocasodoenvio,pode-sesaberquanto tempodemorouparaacartachegaratéseudestinoapósserescritaeenviada.

3. Para quem a carta foi escrita?

AcartafoiescritaparaGabi.

4. Quem escreveu a carta?

FoiLuanaquemescreveuacarta.

5. Como a autora da carta se despede? Copie.

Umgrandebeijo,desuaamiga,Luana.

6. Por essa despedida, é possível imaginar o nível de proximidade entre a destinatária e a remetente?

Sim.Adespedidatemtraçosdeinformalidadeedemonstraumarelaçãoafetuosaentreasduas.Dessa maneira,espera-sequeosalunosidentifiquemqueadespedidaindicaumgraudeintimidadeentre destinatáriaeremetente,possivelmenteporseremamigasdeescolae,porisso,teremconvividodiariamente pordeterminadoperíodo.

7. Na carta, Luana conta para a amiga as novidades sobre a cidade e sobre a escola nova. Como é possível saber qual é a cidade para a qual Luana se mudou?

Pelaindicaçãodolocal,escritanoiníciodacarta.Alémdisso,logonocomeço,aautoratambémcitaonome dacidadeemqueestá.

8. Em qual parte da carta é possível saber o nome da cidade na qual Luana morava antes de se mudar?

Nofinaldacarta,quandoelaescreve: "Nasférias,setudodercerto,iremosparaVitória,aípodemosnosvere matarasaudade"

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Após os alunos responderem às perguntas, comente que as cartas pessoais, embora possam apresentar estrutura variada, geralmente trazem elementos que são indispensáveis e aparecem em todas elas. Para que os alunos possam visualizar esses elementos, projete na lousa a carta estudada, com a identificação do local e data, destinatário, remetente, saudação inicial, despedida, assinatura e corpo da mensagem.

Explique aos alunos que geralmente as cartas pessoais apresentam essas informações, pois elas conferem dados essenciais para compreender os propósitos comunicativos do texto.

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4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros. Crédito: Cedido especialmente para esta obra.

Após a análise da estrutura da carta pessoal, proponha aos alunos que reflitam sobre as características desse gênero textual. Pergunte quais aspectos observaram no texto lido que permitem identificá-lo como uma carta pessoal. Estimule-os a observar, por exemplo: a informalidade da despedida; a forma como Luana trata a destinatária Gabi na saudação inicial; as informações de cunho pessoal, como o passeio pela cidade de Manaus, a preferência pela cor rosa, a pergunta sobre Júlia, Karina e João e o recado enviado para eles; a informação sobre a possível viagem de férias; e a pergunta sobre as novidades que a destinatária tem para contar.

Conforme os alunos forem tecendo comentários, registre-os na lousa, de forma a construir uma sistematização das características do gênero textual carta pessoal. Por fim, para concluir, registre na lousa as informações abaixo e peça aos alunos que verbalizem quais são verdadeiras e quais são falsas para caracterizar uma carta pessoal

( ) Geralmente, apresenta linguagem informal e descontraída.

( ) Sempre indica distanciamento entre destinatário e remetente.

( ) Contém informações pessoais.

( ) É comum que estabeleça a comunicação entre pessoas próximas ou íntimas.

( ) Em geral, apresenta linguagem formal e impessoal.

( ) Geralmente, é escrita entre pessoas que não se conhecem

( ) Podem-se pedir notícias e contar coisas que envolvem o dia a dia.

Os alunos devem indicar, nessa ordem: V, F, V, V, F, F e V.

Aula 4

Em sala de aula, com as carteiras dispostas em semicírculo, retome com a turma as principais características do gênero textual carta pessoal. Pergunte quais são os elementos indispensáveis na escrita desse texto e quais informações costumamos relatar em uma carta pessoal. Registre na lousa os comentários dos alunos, de modo que essas informações sirvam de base para a atividade seguinte.

A partir dessa mobilização inicial, explique aos alunos que eles produzirão uma carta pessoal que deverá ser enviada para um amigo, parente ou pessoa que eles não veem ou com as quais não conversam há um tempo. Explique que o propósito da carta é estabelecer a comunicação com alguém com quem não falamos diariamente ou com tanta facilidade.

Em um primeiro momento, explique que farão o planejamento do texto, definindo as informações essenciais para a escrita da carta. Para isso, distribua entre os alunos uma ficha contendo o quadro de planejamento abaixo, que deverá ser preenchido com as informações que constarão na carta. Acompanhe o preenchimento do quadro, passando de carteira em carteira para auxiliar os alunos que tenham eventuais dúvidas.

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Quadro de planejamento textual

Local e data Orientar os alunos a preencherem com a cidade em que estão e a data na qual a carta está sendo escrita.

Destinatário

Orientar os alunos a registrarem nessa coluna o nome da pessoa para quem enviarão a carta.

Saudação inicial Orientar os alunos a registrarem qual saudação usarão para se dirigir ao destinatário.

Conteúdo da carta Orientar os alunos a elencarem quais assuntos querem contar ou perguntar para o destinatário. Podem-se registrar essas informações em tópicos.

Despedida Orientar os alunos a registrarem como pretendem redigir a despedida da carta.

Após o planejamento, oriente os alunos a redigirem a primeira versão da carta tendo como base o quadro de planejamento. Oriente-os a registrar o local e a data, em seguida, a saudação inicial e o nome do destinatário. Para o corpo da carta, lembre-os de organizar cada assunto em um parágrafo e, ao concluir, a despedida e a assinatura.

Ao término da escrita da primeira versão, recolha os textos, para que possam ser concluídos na aula seguinte. Também envie um bilhete aos pais ou responsáveis, solicitando dados de endereço do destinatário que cada aluno indicou para sua carta. Essa informação será importante para a produção do envelope e para o envio da carta.

Aula 5

Em sala de aula, distribua aos alunos a primeira versão da carta pessoal que produziram na aula anterior. Explique que esta aula será destinada à revisão e à preparação da versão final da carta pessoal, para posterior envio.

Primeiro, oriente-os a ler a carta pessoal que redigiram na aula anterior e peça que verifiquem se todos os itens elencados no quadro de planejamento foram inseridos no texto. Em seguida, peça que observem se as ideias estão compreensíveis, se a pontuação está correta e se todas as palavras foram escritas corretamente. Em caso de dúvidas ortográficas ou quanto ao significado de alguma palavra, estimule-os a consultarem o dicionário. Por fim, oriente-os a conferir se todas as informações necessárias numa carta pessoal constam no texto que produziram, como local, data, saudação inicial, destinatário, corpo da mensagem, despedida e assinatura.

Durante o processo de revisão, circule entre as carteiras para auxiliar os alunos e realizar intervenções de correção, caso seja necessário. Finalizada a revisão, peça que

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redijam a versão final da carta pessoal, que pode ser incrementada com pequenos desenhos ou arabescos. Distribua envelopes aos alunos e oriente-os com relação ao preenchimento. Mostre à turma em qual local do envelope deve-se registrar o nome e o endereço do destinatário e onde se deve registrar o nome e o endereço do remetente. Explique sobre a importância de escrever essas informações no local correto, pois, caso contrário, a carta não chegará a seu destino.

Ao término da aula, recolha as cartas e poste-as no correio. Caso haja possibilidade, pode-se planejar uma aula-passeio no correio da cidade, de modo que as cartas sejam postadas nesse dia com toda a turma.

Aula 6

Nesta aula, os alunos refletirão sobre o uso consciente dos recursos naturais e a coleta seletiva do lixo. Para iniciar a aula, prepare cópias do texto informativo a seguir e distribua-o para os alunos ou apresente-o usando um projetor multimídia. Leia as informações em voz alta, como forma de sensibilizar a turma para o tema do uso consciente dos recursos e da coleta seletiva do lixo, que será retomado na leitura de uma notícia sobre uma cooperativa de reciclagem.

Embalagem: quanto mais simples, melhor

Você já prestou atenção na quantidade e variedade de embalagens que acompanham os produtos que consumimos? Será que precisamos de todas elas? É certo que as embalagens são muito úteis: protegem os produtos contra sujeira e o ataque de insetos e roedores, conservam os produtos por mais tempo e os deixam mais atraentes, facilitam o transporte e trazem informações importantes para o consumidor. O problema é que, depois de cumprir sua função, elas acabam indo para o lixo.

O pior é que as embalagens estão ficando cada vez mais sofisticadas e complexas. Com o aperfeiçoamento das técnicas de conservação de produtos, novos materiais foram agregados às embalagens para torná-las mais eficientes. Essas misturas, no entanto, dificultam tanto a sua degradação natural como a sua reciclagem. [...]

A produção de embalagens consome uma grande quantidade de recursos naturais. São latas, papel, papelão, vidros, plásticos e outros itens cuja fabricação emprega toneladas de metais, madeira e outras fibras vegetais, petróleo e muita energia. Evitando o uso de embalagens que podem ser dispensadas e aumentando a reciclagem, é possível não apenas reduzir de forma significativa o consumo dos recursos naturais como também diminuir bastante o volume de lixo.

BRASIL. Consumo Sustentável: Manual de Educação. Brasília: Ministério do Meio Ambiente; Ministério da Educação; Instituo Brasileiro de Defesa do Consumidor, Consumers International, 2005 Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao8.pdf

Acesso em: 14 mar. 2023

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mesmos parâmetros. 60
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Inicie uma conversa sobre o que foi lido e sobre os impactos do consumo no cotidiano. Releia as perguntas presentes no texto, agregando outras e incentivando a reflexão por parte dos alunos sobre o tema. Para tanto, faça oralmente as perguntas da Ficha de atividades a seguir

Ficha de atividades

1. Você já observou a quantidade de lixo descartada todos os dias em sua casa e na escola? Converse com os colegas sobre o assunto.

Resposta pessoal. Espera-se que os alunos comentem que diariamente descartamos grande quantidade de lixo e que relacionem isso aos itens que costumamos descartar nas lixeiras de nossas casas, da sala de aula e do pátio da escola, por exemplo.

2. De acordo com o texto, como é possível diminuir a quantidade de lixo produzido diariamente?

Sugestão de resposta: Evitando o uso de embalagens que podem ser dispensadas e aumentando a reciclagem

3. É possível dar outros usos às embalagens jogadas fora? Quais?

Resposta pessoal. Espera-se que os alunos comentem que é possível reaproveitar as embalagens para fazer outros objetos, como brinquedos, instrumentos musicais, porta-trecos etc. Certamente, os alunos terão muitos exemplos a dar. Talvez, no início, seja necessário estimulá -los, apresentando exemplos pessoais ou de atividades feitas na escola com sucatas.

Ao final da discussão, explique que esse tema será abordado nas próximas aulas e que a turma produzirá uma carta para um jornal sobre uma cooperativa de reciclagem.

Aula 7

Retome brevemente a conversa da aula anterior e explique aos alunos que, nesta aula, lerão uma notícia sobre a qual foi escrita uma carta de leitor, gênero textual que lhes será apresentado na próxima aula.

Organize os alunos sentados em semicírculo e distribua cópias da notícia "Índice de lixo doméstico é crescente na pandemia, revela pesquisa" (acesse o linkdisponível na seção Sugestões, ao final desta Sequência didática) ou apresente-a para a turma usando um projetor multimídia. Antes de iniciar a leitura da notícia, leia o título e pergunte aos alunos se conseguem inferir o assunto que será abordado. Abra espaço para que levantem hipóteses e escreva-as na lousa para que os alunos verifiquem, durante a leitura, se elas se confirmam.

Após a leitura, inicie uma conversa com a turma sobre o conteúdo, incentivando a reflexão por parte dos alunos. Então, para verificar a compreensão de textos referentes à leitura da notícia, faça as perguntas da Ficha de atividades a seguir oralmente.

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Material
com
as

Ficha de atividades

1. Qual é o impacto da pandemia para o meio ambiente?

Oaumentodaproduçãodelixodomésticoemrazãodamudançadehábitoscausadapelapandemia.

2. Qual hábito tem contribuído para aumentar a produção de lixo doméstico?

Devidoànecessidadedeaspessoaspassaremmaistempoemcasa,cresceramascompraspordelivery

3. Qual é o problema do aumento da produção de lixo?

Odescarteinadequado,quedificultaoprocessodereciclagem.

4. De acordo com a notícia, qual é uma das consequências do descarte incorreto do lixo nos centros urbanos?

Osalagamentos.

5. Nasuaopinião,porqueodescarteinadequadodelixopode causaressetipode problema?

Respostapessoal.Discutaaquestãocomaturma.Espera-sequeosalunosinfiramqueolixodescartadode maneirainadequadapodeentupirbueiros,oque,emépocadechuva,provocaalagamentos,poisaáguanão escorreparaesseslocais.

Após a discussão, abra espaço para que os alunos verbalizem a relevância das informações obtidas pela leitura da notícia e peça que compartilhem suas opiniões sobre o que acabaram de ler. Para concluir, diga que, na aula seguinte, eles serão apresentados a uma carta de leitor escrita com base na notícia que acabaram de ler e enviada à editora do jornal em que foi publicada. Explique que a carta de leitor é um gênero textual cuja finalidade é estabelecer a comunicação entre leitores e veículos de mídia.

Aula 8

Com os alunos em suas respectivas carteiras, inicie a aula relembrando a notícia lida na aula anterior, sobre o aumento da produção de lixo doméstico durante a pandemia. Estimule-os a recordar informações veiculadas na notícia, de modo que possam se lembrar de seu conteúdo. Em seguida, releia a notícia com eles.

Após essa mobilização inicial, comente com os alunos que é bastante frequente os leitores de jornais,revistas esitesde notícias se comunicarem com os editores responsáveis poressesveículosdecomunicaçãoparafazercomentários,expressaropiniões,tirardúvidas, fazer sugestões, tecer elogios ou expor alguma crítica em relação ao que leram.

Explique que esse tipo de comunicação é chamado de carta de leitor e tem uma função um pouco diferente do objetivo da carta pessoal, estudada nas aulas anteriores.

Pergunte aos alunos se eles já leram ou escreveram uma carta de leitor. Pergunte, também, se já sentiram vontade de expressar alguma opinião ou fazer algum comentário sobre algo que leram em um site , jornal ou revista. Na discussão, questione os alunos sobre

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qual imaginam ser a importância desse tipo de comunicação entre o leitor e os editores de veículos de comunicação. Ouça atentamente os comentários e as hipóteses levantados pelos alunos e instigue-os a refletir sobre o papel da carta de leitor como forma de retorno aos veículos de comunicação sobre as notícias, as reportagens e outros textos que produzem.

Em seguida, comente que, antes da popularização do acesso à internet, as cartas de leitores costumavam ser enviadas pelo correio, podendo ser manuscritas ou digitadas/datilografadas, porém, hoje em dia, essas cartas costumam ser enviadas de forma eletrônica, via e-mail , dadas a facilidade e a agilidade proporcionadas por esse recurso.

Complemente informando que eles lerão uma carta de um leitor a respeito da notícia " Índice de lixo doméstico é crescente na pandemia, revela pesquisa", enviada por e-mail ao jornal que publicou o texto.

Para melhor compreensão das características da carta de leitor, entregue uma cópia da carta para cada aluno ou projete-a, usando algum recurso multimídia.

Crédito: Elaborado especialmente para esta obra.

Faça a leitura da carta em voz alta e peça aos alunos que façam o mesmo depois de você. Aproveite para trabalhar a fluência em leitura oral, observando se leem respeitando as pausas do texto. Em seguida, explore as características da carta de leitor. Para isso, faça oralmente as perguntas da Ficha de atividades a seguir com os alunos

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Ficha de atividades

1. Quem redigiu a carta?

A carta foi redigida por Júlia Andrade.

2. Para quem a carta foi enviada?

Para a editora do jornal responsável pela publicação da notícia "Índice de lixo doméstico é crescente na pandemia, revela pesquisa"

3. Quais palavras a autora da carta usa na saudação inicial e na despedida?

"Prezada", para a saudação inicial; "atenciosamente", para a despedida.

4. Essas palavras indicam um tom mais formal ou informal usado pela autora da carta?

Indicam um tom mais formal.

5. A carta contém elogios, críticas ou sugestões?

A carta contém elogios e sugestões.

6. Por que a autora da carta elogia a notícia?

A autora da carta considerou a notícia esclarecedora, pois, por meio dela, ela e as pessoas com quem mora puderam perceber que estão contribuindo para o aumento da produção de lixo doméstico.

7. Que medidas a autora da carta tomará após ter lido a notícia?

A autora afirma que ficará mais atenta ao consumo de alimentos comprados por deliverye produtos comprados pela internet e que fará a separação correta do lixo.

Após a análise da carta, explique aos alunos que, para fazer comentários, expressar nossa opinião ou fazer alguma crítica, é importante que façamos uso de palavras que caracterizem objetos, pessoas, situações etc. Nesse momento, retome com a turma o conceito de adjetivo.

Registre na lousa os seguintes trechos da notícia e peça aos alunos que façam a leitura em voz alta. Em seguida, desafie-os a localizar as palavras que caracterizam os substantivos destacados:

• "[…] parabenizar toda a equipe pela notícia esclarecedora "

• "Será muito interessante ler mais matérias sobre a importância do descarte adequado de lixo."

• "Muito obrigada pelo alerta e por nos manter informados sobre esse relevante assunto "

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Depois que os alunos identificarem os adjetivos (esclarecedora, adequado e relevante), faça a leitura dos trechos suprimindo os adjetivos, de forma que os alunos reflitam sobre a importância dessa classe gramatical nesse gênero textual. Para concluir, informe aos alunos que, na aula seguinte, lerão outra notícia e, em seguida, elaborarão uma carta de leitor para o jornal responsável.

Aula 9

Nesta aula, os alunos deverão escrever, coletivamente, uma carta de leitor. Para isso, sugere-se a leitura de uma notícia que possa servir de base para a escrita da carta. Organize os alunos sentados em semicírculo e distribua cópias da notícia "Moradoras de Cordeirópolis restauram bonecas encontradas no lixo para crianças carentes" (acesse o linkdisponível na seção Sugestões, ao final desta Sequência didática) ou apresente-a para a turma usando um projetor multimídia. Antes de iniciar a leitura da notícia, leia o título e pergunte se os alunos conseguem inferir o assunto que será abordado. Abra espaço para que levantem hipóteses e escreva-as na lousa para que os alunos verifiquem, durante a leitura, se elas se confirmam.

Então, faça a leitura da notícia de forma pausada, para que todos possam acompanhar e esclarecer eventuais dúvidas de compreensão de textos e de vocabulário Após a leitura, estimule-os a verbalizar impressões sobre a notícia e a iniciativa das pessoas de restaurar bonecas. Instigue-os, também, a comentar se tiveram alguma dúvida que gostariam de esclarecer e quais sugestões, críticas ou comentários gostariam de fazer ao veículo de comunicação responsável pela notícia.

Essa mobilização tem como propósito ajudar os alunos a formularem o conteúdo da carta que deverão produzir. Também vale lembrar que o assunto da carta deve ser levantado pelo professor junto com os alunos, de acordo com aquilo que eles querem saber sobre a iniciativa de restauração de bonecas encontradas no lixo.

Explique que todos devem participar e que, para que todos tenham oportunidade de se manifestar, precisam se organizar para falar, respeitando os turnos de fala e levantando a mão quando desejarem fazer alguma colocação. Todos devem respeitar a vez do colega e ouvi-lo com atenção.

Em seguida, retome com a turma os elementos que devem estar presentes para garantir a legibilidade e a compreensão da mensagem transmitida em uma carta de leitor:

• saudação inicial e remetente;

• assunto da carta, com sugestões, perguntas, elogios ou críticas;

• despedida e assinatura.

Após o levantamento do conteúdo e dos elementos constitutivos de uma carta de leitor, inicie a produção coletiva da carta, tendo você, professor, como o escriba da turma Informe aos alunos que, assim, eles poderão se concentrar no conteúdo da carta, considerando aspectos relacionados a coesão e coerência, linguagem adequada ao

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destinatário da carta etc. Escreva na lousa a primeira versão da carta, fazendo intervenções que considerar pertinentes.

Ao final, faça a revisão do texto, lendo-o mais uma vez, por inteiro, em voz alta, de modo que os alunos possam fazer sugestões de alteração nas frases e expressões utilizadas.

Depois de finalizada, peça aos alunos que copiem a carta no caderno. Explique que, como a carta será enviada por e-mail , pelo endereço eletrônico da escola, uma vez que essa forma de comunicação é mais rápida, não é necessário incluir a data, pois isso é feito automaticamente. Providencie o endereço eletrônico do veículo de comunicação responsável pela publicação da notícia.

Para finalizar, pergunte aos alunos o que eles acharam da atividade, considerando todasasetapas,desdealeituradanotíciaparaobterinformaçõessobreconsumoedescarte de embalagens e sobre a cooperativa até o processo de elaboração da carta de leitor. Será interessante acompanhar o e-mailpara verificar se o destinatário da carta enviou uma resposta.

Sugestões

 FERREIRA, Letícia. Índice de lixo doméstico é crescente na pandemia, revela pesquisa. Folha de Pernambuco, 30 abr. 2021. Disponível em:

https://www.folhape.com.br/noticias/indice-de-lixo-domestico-e-crescente-na-pandemiarevela-pesquisa/181892//. Acesso em: 7 jan. 2022. Notícia sobre o aumento do lixo doméstico durante a pandemia que pode ser utilizada na Aula 7.

 FURNARI, Eva. Felpo Filva. São Paulo: Moderna, 2006. O livro narra a história de Felpo, um coelho escritor que, ao receber a carta de umaleitora, Charlô, que discordava de seus poemas, mostra-se bastante indignado e iniciauma série de trocas de cartas com ela.

 JOLIBERT, Josette; SRAIKI, Christine. Caminhos para aprender a ler e escrever. 2. ed.São Paulo: Contexto, 2015. As autoras apresentam nesse livro reflexões importantes sobre o que caracteriza o ensino da leitura e da escrita no processo de alfabetização e oferecem um conjunto depropostas didáticas para efetivar a aprendizagem da língua na perspectiva interativa e discursiva.

 SILVA, Jane Quintiliano Guimarães. Um estudo sobre o gênero carta pessoal: daspráticas comunicativas aos indícios de interatividade na escrita de textos. Tese (Doutorado em Letras) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2002. Nessa tese, a autora analisa o funcionamento social e comunicativo das cartas pessoais,

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de modo a deter-se nos traços da estrutura composicional e nas situações discursivas inerentes às cartas.

• SILVA, Júlia Heloisa. Moradoras de Cordeirópolis restauram bonecas encontradas no lixo para crianças carentes G1 Piracicaba e Região, 6 fev. 2021 Disponível em: https://g1.globo.com/sp/piracicaba-regiao/noticia/2021/02/06/moradoras-decordeiropolis-restauram-bonecas-encontradas-no-lixo-para-criancas-carentes.ghtml. Acesso em: 7 jan. 2022.

Notícia que pode ser utilizada na Aula 9 para elaboração de uma carta de leitor produzida pela turma.

• SILVA, Maria Emília Lins. Criando oportunidades significativas de leitura e produção de cartas. In: BRANDÃO, A. C. P.; ROSA, E. C. de S (org.) Leitura e produção de textos na alfabetização Belo Horizonte: Autêntica, 2005. p. 113-126.

A autora discute nesse capítulo de livro o caráter dialógico das cartas no cotidiano público e privado e propõe reflexões sobre o uso dos textos epistolares no contexto da sala de aula.

Sequência didática 4 • Conhecer notícias e produzir um jornal mural e um tele jornal

Nesta Sequência didática, os alunos produzirão um jornal mural e um telejornal para a sala de aula e para o blog da escola, alimentado por elaborações coletivas de textos de diversos gêneros, mas com foco no aprendizado do gênero textual notícia.

Os textos deverão ser organizados em seções definidas pela turma após o contato e a identificação dos diferentes componentes que estruturam o jornal impresso e, também, após a reflexão sobre a relação existente entre esses dois suportes textuais distintos: o jornal impresso e o jornal mural. Espera-se que, ao longo do processo de reflexão e elaboração da escrita, os alunos possam relacionar os conhecimentos construídos às suas práticas cotidianas de leitura, dentro e fora da escola. Com o telejornal, os alunos compreenderão também a diferença entre o suporte vídeo e o suporte impresso.

Objetivos de aprendizagem

• Reconhecer e valorizar diferentes usos e funções sociais do jornal impresso

• Identificar as diferentes seções ou os diferentes cadernos do jornal impresso: editorial, cotidiano, cultura, esportes, classificados etc.

• Compreender a relação entre o jornal impresso e os jornais-murais, identificando as principais semelhanças e diferenças entre os dois suportes.

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• Identificar os gêneros textuais que podem fazer parte das seções de um jornal e suas principais características.

• Organizar, sintetizar e classificar dados pesquisados.

• Compreender a relação entre linguagem verbal e linguagem não verbal.

Plano de aulas

Aula 1: Conhecer características do jornal impresso.

Aula 2: Introduzir os gêneros textuais presentes no jornal.

Aula 3: Estudar seções do jornal em grupos.

Aula 4: Conhecer o gênero notícia.

Aulas 5 e 6: Planejar a produção do jornal mural.

Aula 7: Produzir as seções do jornal mural.

Aulas 8 e 9: Revisar, reescrever e expor o jornal mural e produzir um telejornal.

Componentes essenciais para a alfabetização: Compreensão de textos, desenvolvimento de vocabulário e produção de escrita.

Competências gerais da Educação Básica: 1 e 5

Competências específicas de Língua Portuguesa: 2, 4 e 5.

Habilidades: EF15LP01, EF15LP03, EF15LP05, EF15LP06, EF15LP07, EF15LP09, EF35LP17 e EF35LP18, EF03LP18 e EF03LP22

Materiais necessários: Jornais impressos de variadas fontes, formatos e esferas de circulação, painel (pode ser de madeira, isopor, feltro ou cortiça, por exemplo), caneta hidrocor, lápis de cor, giz de cera e papéis coloridos, tachinhas, papel pardo, fita adesiva, dispositivo para gravação de vídeo, computadores ou tabletscom acesso à internet e impressora (se possível); caso não seja possível, utilizar livros, revistas ou jornais da biblioteca da escola e fita adesiva

Aula 1

Inicie a aula com o levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre o jornal impresso, buscando identificar a familiaridade da turma com esse suporte textual. Para começar essa etapa, proponha uma discussão sobre a presença do jornal na vida cotidiana dos alunos. Pergunte: vocês conhecem alguém que costuma ler jornais diariamente? E vocês já leram alguma vez um jornal impresso? Onde? Em qual situação? Por que costumamos ler jornais? Que tipos de textos, assuntos e informações podemos encontrar em um jornal impresso? Em que lugares podemos comprar ou ter acesso a jornais impressos?

Em seguida, disponibilize exemplares de jornais impressos de variadas fontes, formatos e esferas de circulação (jornais de uma comunidade, do bairro, da cidade, do estado etc.). Divida a turma em quartetos, garantindo que haja pelo menos um exemplar de jornal para cada grupo. Explique aos alunos que, nesta atividade, eles poderão manipular o jornal, explorando elementos como: formato, tamanho e quantidade de páginas, tipo de papel utilizado, quantidade de cadernos e organização, presença de imagens, bem como suas

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parâmetros. 68

cores e seus tamanhos. Estimule os alunos a fazerem perguntas, elaborarem hipóteses e trocarem informações entre si, solicitando sua ajuda sempre que julgarem necessária

Quando todos os grupos tiverem terminado, afixe uma folha de papel pardo na lousa e desenhe nela um quadro, conforme o modelo abaixo, para registrar e compartilhar as informações coletadas por todos os grupos

Jornais analisados Tipo de papel utilizado Tamanho e quantidade de páginas

grupo 1

grupo 2

grupo 3

grupo 4

grupo 5 grupo 6

Quantidade e nome dos cadernos Tipos e cores das imagens (se houver)

Solicite aos grupos que compartilhem com a turma as informações coletadas durante a exploração dos diferentes exemplares de jornal e registre as contribuições de todos. Ao final da atividade, coloque o quadro em uma parede da sala de aula, para que possa ser retomado e consultado ao longo das aulas desta Sequência.

Avaliação

Durante a aula, verifique o desenvolvimento da oralidade dos alunos e se cada um deles conseguiu fazer colocações pertinentes relacionadas ao tema debatido. Avalie também se a turma conseguiu expressar com clareza suas opiniões, explorando conhecimentos prévios e expondo as dúvidas que surgiram. Verifique se, de modo geral, a turma conseguiu se organizar para alternar os turnos de fala, respeitando e considerando as contribuições dos demais. Avalie se cada aluno conseguiu observar o exemplar disponível, identificando os principais elementos que compõem o jornal, caracterizado como suporte de diferentes gêneros textuais. Verifique, por fim, se os conhecimentos prévios dos alunos e a familiaridade de cada um com os jornais impressos foram ampliados e se há necessidade de retomar os conhecimentos dessa aula com uma abordagem que auxilie os alunos que tiverem dificuldades.

Aula 2

Explique que o objetivo da atividade será dar continuidade à exploração dos jornais impressos, aprofundando as observações. Separe a turma em quartetos e distribua entre eles os exemplares de diferentes jornais. Oriente os grupos a explorarem o jornal que receberam, procurando identificar as diversas seções ou cadernos com base nos quais o

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jornal impresso se estrutura. Antes que iniciem a atividade, dê exemplos de seções que poderão encontrar: editorial, cotidiano, cultura, esportes, classificados etc. Escolha um dos exemplares disponíveis e mostre-o à turma, folheando as páginas e identificando os cadernos e as seções, a fim de fornecer aos alunos um modelo de observação.

Encerrada essa etapa, peça aos grupos que listem as seções ou os cadernos que puderam identificar no exemplar observado. Registre na lousa as contribuições. Analise com a turma o título dos cadernos, buscando associar cada um ao tipo de informação que pode conter. Pergunte: que gêneros textuais vocês acreditam que podem ser publicados no caderno "Cultura"? E no caderno "Cotidiano", o que poderia ser publicado? Se escrevêssemos um texto sobre o campeonato de xadrez da escola, por exemplo, em que caderno vocês acreditam que ele deveria ser publicado? E se quiséssemos publicar uma entrevistafeitacom osalunosda turma sobrehábitos alimentares,qualseriaocadernomais adequado?

Depois da discussão, informe aos alunos que as informações obtidas nas aulas iniciais serão utilizadas para aprofundar a análise de seções específicas na próxima aula.

Avaliação

Durante a aula, avalie se os alunos estão conseguindo identificar as diversas seções ou cadernos com base nos quais o jornal impresso se estrutura e se estão sendo capazes de fazer inferências adequadas sobre os tipos de informação que podem ser incluídos nos diferentes cadernos do jornal, considerando seu título. Avalie se, de modo geral, os alunos estão conseguindo cooperar para atingir o objetivo proposto e se foram necessárias muitas intervenções para que trabalhassem, coletivamente, de modo organizado.

Aula 3

O objetivo desta aula é analisar seções específicas do jornal para que os alunos reconheçam os gêneros textuais que fazem parte desse suporte. Organize novamente a turma em quartetos. Cada um ficará responsável pelo estudo de uma seção em particular, buscando identificar o que está publicado nela e suas características.

Nessa faixa etária, não se espera que os alunos conheçam todos os gêneros textuais que circulam em um jornal. O foco é que eles percebam diferenças na macroestrutura dos textos, no layoututilizado, nas imagens que os acompanham ou o motivo de não terem imagens etc. e associem o nome da seção a seu conteúdo.

Como exemplo do que eles devem analisar, peça a todos que iniciem pela primeira página e digam o que chama a atenção deles. Espera-se que percebam que há um título em destaque,comletras maiores. Explique oqueéa manchete,ouseja,otítuloque recebemaior destaque no jornal e tem a função de chamar a atenção do leitor, por isso está geralmente no alto da página e com letras maiores e, algumas vezes, com cores diferentes. Também chame a atenção para o número da página que vem logo em seguida de cada título com o objetivo de facilitar a localização para o leitor.

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as
sejam

Registre na lousa alguns gêneros textuais encontrados nos jornais, como a manchete, o anúncio classificado, a notícia, a legenda, a entrevista, a reportagem, a carta de leitor e as tirinhas e forneça uma explicação sobre eles, para auxiliar a turma na identificação das características principais desses gêneros. Dê destaque àqueles que podem aparecer no jornal mural.

Quando todos os grupos tiverem concluído suas observações, solicite que compartilhem as informações coletadas e registrem as contribuições em uma lista. Afixe essa lista ao lado do quadro produzido na Aula 1 e deixe ambos disponíveis para consulta ao longo de todo o projeto.

Aula 4

Informe aos alunos que nesta aula estudarão as características do gênero textual notícia.

Inicie a aula perguntando o que sabem sobre esse gênero textual. Pergunte aos alunos o que sabem sobre como deve ser o conteúdo, o formato da notícia, a linguagem da notícia e o suporte em que geralmente circula.

Conduza a discussão de modo que os alunos percebam que a notícia deve ser baseada em fatos recentes, com pouca ou nenhuma opinião do autor.

Ressalte que, geralmente, no primeiro parágrafo, as notícias respondem às perguntas a seguir

• O quê?

• Quem?

• Quando?

• Onde?

• Como?

• Por quê?

Sobre o formato, destaque:

• o título ou manchete que objetiva atrair o leitor;

• o subtítulo;

• a data e o local;

• a presença de fotografias ou gráficos (e sua respectiva legenda)

Os elementos da notícia são:

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• manchete: frase em destaque que objetiva chamar a atenção do leitor;

• subtítulo: é o complemento da manchete e objetiva atrair o leitor;

• lide: são as principais informações da notícia, expostas no primeiro parágrafo. É importante que o lide responda a algumas das perguntas: o quê? Quem? Quando? Onde? Como? Por quê?;

• corpo da notícia: são as informações detalhadas do acontecimento.

Escolha uma notícia de jornal impresso que contenha todos esses elementos, reproduza-a em um retroprojetor e realize as atividades coletivamente.

Primeiro, leia o texto inteiro, em voz alta, para os alunos. Depois, faça a leitura por partes, destacando os elementos da notícia. Peça que localizem a manchete e o subtítulo.

Pergunte se o primeiro parágrafo responde a algumas questões importantes sobre a notícia: o que (o que aconteceu ou vai acontecer), quem (os agentes da ação), quando (dia da semana e do mês, horas), onde (o local do acontecimento), por que (os motivos e as razões) e como (as circunstâncias). Ressalte que nem todas essas perguntas precisam ser respondidas no primeiro parágrafo; as duas últimas, por exemplo, podem ser esclarecidas nos parágrafos seguintes.

Caso não seja possível projetar a notícia, providencie uma cópia dela para cada aluno ou para cada dupla de alunos.

Em seguida, divida a turma em grupos de quatro integrantes e entregue um jornal para cada quarteto, especificando a notícia a ser analisada.

Entregue para cada grupo a Ficha de atividades a seguir

Ficha de atividades

1. Qual é o título ou manchete da notícia?

Resposta pessoal.

2. E o seu subtítulo?

Resposta pessoal.

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3. O primeiro parágrafo responde às questões o que, quem, quando, onde, como e por quê? Justifique.

Resposta pessoal.

4. Há uma imagem acompanhando a notícia? Se sim, como ela se relaciona com o texto? Se não, que tipo de imagem faria sentido?

Resposta pessoal.

Circule pelos grupos e ajude os alunos na compreensão do texto e de sua estrutura. Depois, peça que um aluno do grupo, eleito pelos demais, apresente à turma as respostas que constituem a notícia do seu grupo.

Aula 5

Nesta aula, os alunos farão o planejamento para a produção do jornal mural. A turma deverá decidir quais seções vão compor o jornal e quais notícias serão veiculadas em cada seção.

Proponha uma discussão sobre a especificidade do jornal mural como um suporte para textos de diferentes gêneros que guarda semelhança com o jornal impresso, mas também apresente algumas diferenças importantes. Estas perguntas podem nortear a discussão ao serem respondidas oralmente:

• Em relação ao formato, quais diferenças é possível identificar entre o jornal impresso e o jornal mural?

Leve os alunos a perceberem que o jornal mural é fixo na parede, contendo textos impressos ou escritos à mão, os quais são expostos todos em uma única "página". O jornal

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impresso, por sua vez, traz textos diversos publicados em várias páginas, que podem ser organizadas em cadernos.

• Que diferenças é possível identificar em relação à forma de lê-los?

Certifique-se de que os alunos entendam que o jornal impresso pode ser transportado e lido em diferentes lugares, distantes de seu lugar de impressão. O leitor pode lê-lo em diferentes posições, adequando seu formato à postura que lhe pareça mais confortável para ler. O jornal mural, por sua vez, só pode ser lido no local onde está fixado.

• Essas diferenças provocam mudanças no tipo de informação que será publicado em cada um desses suportes?

Por ser uma publicação de menor circulação, cujo público-alvo seja composto, principalmente, dos próprios membros do grupo que o produziu (no caso, os alunos e os professores da turma), um jornal mural pode conter textos ligados ao cotidiano do grupo envolvido com sua publicação.

Ao longo dessa discussão, enfatize, especialmente, a possibilidade de o jornal mural retratar aspectos menos formais da vida cotidiana, permitindo a inclusão de elementos que expressem a identidade daquele grupo que o produziu.

Além de seções que normalmente estão presentes no jornal impresso, o jornal mural da turma pode conter outras ligadas ao cotidiano dos alunos na escola e a interesses específicos, por exemplo:

Seções Conteúdos

Agenda de eventos da turma

Calendário de aniversário

Registro de datas de passeios e atividades diversas da turma e da escola (festas, reunião de pais, campeonatos esportivos, datas de avaliações).

Registro mensal das datas de aniversário dos alunos da turma

Informações úteis Lembretes ou informações sobre regras de funcionamento da escola, por exemplo.

Espaços literários Histórias da turma: textos diversos produzidos durante as aulas.

Recados Recados dados por professores e alunos e que ajudem na organização cotidiana da turma.

Assim que as seções estiverem definidas, solicite aos alunos que sugiram um nome para o jornal mural e, também, para as diferentes seções. Registre todas as sugestões e faça uma enquete para definir o título do jornal mural e das seções, bem como o conteúdo que cada seção conterá. Registre os dados dessa enquete na lousa; você pode também formular um gráfico.

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Quando essas etapas estiverem concluídas, oriente a reflexão sobre quais serão as dimensões do jornal mural e a organização das seções no espaço disponível (layout). Desenhe na lousa um esboço do jornal mural, buscando antecipar, com os alunos, as possibilidades de divisão do espaço do painel entre as diferentes seções escolhidas.

Avaliação

Durante a aula, verifique como se deu o envolvimento de cada aluno com o processo de planejamento do jornal mural. Verifique também se todos estão conseguindo identificar as características do jornal mural como um suporte textual que guarda semelhanças e diferenças com o jornal impresso. Para essa verificação, realize questões orais, principalmente para os alunos que participam menos, sobre as características do jornal mural e do jornal impresso e registre as respostas na lousa.

Aula 6

Divida a turma em grupos e atribua a cada um a responsabilidade pela elaboração de uma seção. Eles devem pensar em seções em que o gênero textual notícia esteja presente. Por exemplo:notícias locaiseinternacionais,esportes,meioambiente,arteecultura,eventos etc.

Para isso, imprima ou reproduza na lousa o roteiro a seguir.

Roteiro

 Qual é o objetivo da seção?

 Ela terá destaque ou será uma seção secundária?

 Como será a disposição do texto nessa seção?

 Qual é o espaço no jornal mural para essa seção?

 Com base nesse espaço, como pode ser o texto?

 Com o texto, haverá alguma imagem ou ilustração?

Distribua folhas pautadas e solicite a cada grupo que registre, na forma de tópicos, as informações coletadas sobre o texto que será publicado nessa seção. Explique que cada grupo deverá expor aos demais as informações coletadas e que poderão utilizar os tópicos registrados como apoio para essa apresentação oral.

Aula 7

Nesta aula, os alunos realizarão, em grupo, a produção textual para cada uma das diferentes seções do jornal mural. Distribua folhas pautadas, orientando-os a produzir rascunhos que serão, em seguida, revisados e reescritos antes de serem expostos no mural.

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Lembre-os de que, por se tratar de textos que serão expostos em um mural e não publicados em jornal impresso, devem ser escritos levando em consideração algumas características específicas, quais sejam:

 título em letras legíveis que destaquem o texto, chamando a atenção do leitor;

 textos curtos e escritos com letra em tamanho adequado para leitura a certa distância do jornal mural;

 o texto produzido deve se adequar ao espaço disponibilizado para aquela seção;

 o texto deve pertencer ao gênero textual notícia, bem como abordar temas pertinentes à seção correspondente e ser destinado ao público infantil.

Encerrada a produção dos rascunhos, recolha os textos e faça apontamentos quanto aoscritériosanteriormentemencionados,bemcomoemrelaçãoaaspectosgráficos.Guarde as produções para devolvê-las aos alunos na aula seguinte, que será dedicada à revisão e, também, à montagem do jornal mural.

Agora, proponha aos alunos que se debrucem sobre a produção das imagens que vão acompanhar, ilustrar ou completar as produções textuais, atentando para aspectos que tratem, especificamente, da função e da legibilidade das imagens produzidas. Diga que devem escolher o tipo de imagem que complementará a informação de cada seção do jornal mural. Então, se vão noticiar um acontecimento em um jogo de futebol ou o aniversário de fundação da escola, por exemplo, devem escolher fotografias, desenhos ou recortes que representem esses acontecimentos.

Para orientar os alunos na produção e revisão das imagens, proponha o roteiro a seguir.

Roteiro de produção e revisão das imagens

 As imagens produzidas transmitem a ideia que gostaríamos?

 Elas estão legíveis e têm relação com a informação transmitida pelo texto escrito?

 O material utilizado permite chegar ao resultado de imagem que gostaríamos?

 As imagens têm tamanho e cores adequadas para serem vistas e reconhecidas a certa distância?

 As imagens serão acompanhadas de legendas?

Avaliação

Nesta aula, verifique se cada aluno conseguiu expressar com clareza suas opiniões, levando em conta as informações levantadas e expondo as dúvidas que surgiram. Na segundapartedaaula,verifiqueseosgruposestãoconseguindoproduzirtextosorganizados e claros. Aponte as correções necessárias e cheque se conseguiram realizá-las.

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parâmetros.

Avalie,naúltimapartedaatividade,secadagrupoestáconseguindoproduzirimagens pertinentes ao tema proposto para o jornal mural e se todos os alunos de cada grupo estão engajados na atividade, contribuindo para a execução da tarefa. Avalie, também, se estão conseguindo compartilhar opiniões e tomar decisões coletivas para resolver possíveis problemas que ocorram no momento de realização do trabalho. Analise se, de modo geral, os alunos estão conseguindo cooperar para atingir o objetivo proposto e se foram necessárias muitas intervenções para que trabalhassem, coletivamente, de modo organizado.

Aulas 8 e 9

Para iniciar esta atividade, devolva aos alunos as produções textuais. Explique que os grupos devem retomar os textos e reescrevê-los, considerando todos os apontamentos realizados.

Em seguida, verifique se as imagens estão adequadas e separe um tempo para que a turma possa terminá-las, caso ainda faltem ajustes ou precisem ser refeitas (por exemplo, 20 minutos).

Quando todos os grupos tiverem concluído a reescrita, proponha que os alunos gravem a notícia que escreveram e distribua as funções no grupo: um aluno vai falar, outro vai gravar, e os outros vão editar a gravação da notícia. Verifique a possibilidade de editá-las com os alunos; caso não seja possível, utilize um programa de edição para fazê-lo ou peça ao responsável pela sala de informática. Prepare um cenário para a gravação. Ressalte que as notícias que comporão o mural também comporão um telejornal, que depois de editado poderá ficar disponível nas redes sociais da escola.

Estipule um tempo para os alunos ensaiarem e se prepararem (por exemplo, 10 minutos). Circule pelos grupos, oferecendo ajuda quando necessário.

Caso seja possível, utilize, para essa gravação, um aparelho da escola. Mas, se achar conveniente, use o próprio aparelho celular ou o de um integrante dos grupos.

Após a gravação, recolha as produções textuais e peça à turma que se organize em semicírculo,dispondo-sedefrenteparaojornalmural.Distribuaostextoseasimagensfinais no mural, fixando-as provisoriamente com fita adesiva. É possível testar vários layouts , ouvindo as opiniões dos alunos, até que cheguem a um consenso sobre a melhor forma de dispor as seções.

Se for possível, convide outras turmas para visitarem o jornal mural da sala ou fotografe a atividade para expor nas redes sociais ou noblogda escola.

Para avaliar o aprendizado com esta Sequência didática, solicite aos alunos que retomem e listem as etapas desenvolvidas, ao longo do projeto, para a elaboração do jornal mural. Peça que comentem quais foram as mais difíceis de realizar e quais dessas etapas foram menos desafiadoras.

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Proponha também uma discussão sobre como os desafios que enfrentaram puderam trazer novas aprendizagens e como acreditam que poderão mobilizar tais conhecimentos em outras situações de sua vida, na escola e fora dela. Para favorecer ainda mais essa reflexão e o registro das avaliações, ofereça um quadro com critérios de avaliação, como sugerimos a seguir

Autoavaliação

Nome:

1 Participei da análise para identificar os cadernos e as seções do jornal impresso?

2 Entendi quais são as principais semelhanças e diferenças entre o jornal impresso e o jornal mural?

3 Identifiquei os principais textos que podem estar presentes em cada seção do jornal mural?

4 Participei do planejamento do jornal mural, dando ideias sobre como ele poderia ser organizado?

5 Colaborei com meu grupo na produção das imagens para complementar os textos do jornal mural?

Sim Não Às vezes

Em relação à prática pedagógica, avalie se o tempo e as estratégias metodológicas escolhidos favoreceram a realização da produção escrita em cada uma de suas etapas. Verifique também se as atividades propostas permitiram um encadeamento adequado dos conteúdos trabalhados.

Sugestões

• BARBOSA. Jaqueline Peixoto. Outras mídias e linguagens na escola. In:CARVALHO, Maria Angélica Freire de; MENDONÇA, Rosa Helena (org.) Práticas de leitura e escrita Brasília: Ministério da Educação, 2006. p. 174-180. Disponível em:

http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/grades/salto_ple.pdf Acesso em: 6 jan. 2022.

Material de consulta sobre práticas de leitura e escrita com capítulos sobre alfabetização, modos orais de comunicação e tradição cultural, literatura, leitura e o fazer poético e processos de leitura e escrita em diferentes áreas de conhecimento.

• MENDONÇA, Márcia (coord.). Diversidade textual: propostas para a sala de aula. Recife: MEC/CEEL, 2008. Disponível em:

http://www.serdigital.com.br/gerenciador/clientes/ceel/arquivos/35.pdf Acesso em: 6 jan. 2022.

Livro sobre diversidade textual que abarca sequências didáticas de vários gêneros textuais disponíveis.

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• RIBEIRO, Ananery Lacerda O gênero notícia trabalhado na sequência didática

Disponível em:

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/ producoes_pde/ 2013/2013_uepg_port_pdp_ananery_lacerda_ribeiro.pdf

Acesso em: 6 jan. 2022. Estudo sobre o gênero textual notícia em sequência didática disponibilizado pelo Programa de Desenvolvimento Educacional, do governo do estado do Paraná.

Sequência didática 5 • Conhecer entrevistas e estudar marcas de nasalidade e palavras com as letras e, i , o , u em final de sílaba

Nesta Sequência didática, serão abordados textos informativos e textos expositivos a partir do trabalho com o gênero textual entrevista Para tanto, inicialmente, os alunos deverão entrevistar alguém da comunidade escolar, com apoio de questionário escrito, para reunir informações sobre animais de estimação criados por eles ou por outras pessoas com as quais convivem (familiares, amigos, vizinhos etc.). Em seguida, será realizada uma pesquisa sobre os meios de transporte utilizados pelos alunos para ir à escola Em ambos os casos, serão elaboradas tabelas e gráficos para organização e exposição dos dados coletados. Por fim, haverá também um momento de retomada de conteúdos linguísticos, a partir da revisão de palavras com marcas de nasalidade (til, m, n) e das regras de uso das letras e, i, o e u em final de sílaba.

Objetivos de aprendizagem

• Compreender a função social e as características do gênero textual entrevista.

• Produzir entrevista.

• Produzir tabelas e gráficos para organizar os dados coletados na entrevista

• Identificar palavras com marcas de nasalidade (til, m, n).

• Compreender a regra de uso das letras e e i, o e u em final de sílaba.

Plano de aulas

Aula 1: Levantamento de conhecimentos prévios sobre o gênero textual entrevista e apresentação de suas características e função social

Aula 2: Leitura e interpretação de entrevistas e atividades de análise linguística (palavras com marcas de nasalidade e regras de uso das letras e e i, o e u em final de sílaba).

Aula 3: Planejamento de entrevista sobre animais de estimação a partir da elaboração de questionário escrito

Aula 4: Organização dos dados coletados na entrevista em tabelas e gráficos.

Aulas 5 e 6: Planejamento de entrevista sobre meios de transporte.

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Aula 7: Aplicação do questionário para realização da entrevista e elaboração de gráfico para organizar os dados coletados

Aula 8: Comparação entre gráficos e produção de texto expositivo com as conclusões da pesquisa

Componentes essenciais para a alfabetização: Compreensão de textos, desenvolvimento de vocabulário e produção de escrita

Competências gerais da Educação Básica: 1, 2 e 5.

Competências específicas de Língua Portuguesa: 2 e 5.

Habilidades: EF15LP01, EF15LP03, EF15LP12, EF03LP01, EF03LP24, EF03LP25, EF03LP26, EF35LP04, EF35LP05, EF35LP10 e EF35LP17.

Materiais necessários: Folhas pautadas, cartolinas, folha de papel pardo, folhas de papel sulfite, fita adesiva, canetas hidrográficas coloridas ou lápis de cor, régua

Aula 1

Comece explicando aos alunos que, nesta aula, eles vão conhecer um pouco mais sobre o gênero textual entrevista, para, então, planejar as perguntas que fariam em uma entrevista com pessoas da comunidade escolar, vizinhos e familiares, a fim de colher informações sobre hábitos relacionados a animais de estimação.

Comente também que as entrevistas serão realizadas oralmente, mais adiante, mas que poderão utilizar como apoio um questionário escrito, no qual serão registradas as respostas dos entrevistados.

Para levantar os conhecimentos prévios da turma sobre o gênero textual entrevista, use a Ficha de atividades a seguir. Faça as perguntas oralmente, levando os alunos a verbalizarem conhecimentos prévios sobre esse gênero textual. Estipule um tempo para a realização desta atividade (por exemplo, 15 minutos).

Ficha de atividades

1. Vocês já presenciaram ou participaram de uma entrevista?

a) Qual era o objetivo da entrevista?

b) Qual era o assunto da entrevista?

Respostas pessoais. Abra espaço para que os alunos mobilizem vivências anteriores nas quais presenciaram ou até mesmo participaram de entrevistas. O objetivo dessa discussão é levar os alunos a identificarem os temas e as razões pelas quais as entrevistas são realizadas, por exemplo, fazer uma pesquisa com especialistas sobre um assunto; conhecer hábitos de consumo; saber a opinião de clientes sobre um produto ou atendimento; avaliar um candidato para uma vaga de emprego; entre outras.

2. Durante uma entrevista, os participantes falam espontaneamente, como se estivessem apenas conversando?

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Resposta pessoal. É importante que os alunos reconheçam que, ao responderem a entrevistas orais, mesmo as menos formais, os entrevistados costumam utilizar um tom de voz audível e se preocupam em pronunciar as palavras com clareza e com ritmo mais lento do que aquele utilizado nas conversas espontâneas. Os entrevistados geralmente escolhem um vocabulário específico, que não usariam necessariamente no dia a dia, de modo que suas respostas sejam as mais claras possíveis e estejam no contexto das perguntas.

3. As perguntas são inventadas no momento da entrevista ou precisam ser planejadas antecipadamente? Por quê?

As perguntas de uma entrevista, mesmo aquelas menos formais, devem ser pensadas com certa antecedência e antecipação, pois, desse modo, o entrevistador pode garantir que atingirá a maior parte de seus objetivos. O entrevistador usa, geralmente, um questionário ou um roteiro elaborado em um planejamento anterior à entrevista.

Na discussão, comente com a turma que a entrevista é um gênero textual jornalístico em que são divulgados opiniões e relatos dos entrevistados. Algumas vezes, as entrevistas são feitas por escrito, mas se trata de um gênero textual predominantemente oral. É comum, por exemplo, que entrevistas feitas oralmente sejam transcritas em forma de diálogo, para a divulgação em revistas ou outros meios de comunicação.

Ao longo da discussão, leve os alunos a refletirem que uma entrevista oral não é igual a uma conversa espontânea. Há diferenças entre essas duas modalidades, ainda que se configurem como orais. Na conversa com um amigo, por exemplo, é comum gesticular (movimentando os braços, fazendo expressões com o rosto etc.), utilizar uma linguagem informal e abordar vários assuntos, desde o nosso brinquedo favorito até a lição de casa que temos para fazer. Já na entrevista, há um planejamento prévio que direciona os entrevistados para que eles respondam a uma sequência de perguntas que levarão a um resultado específico, o qual atenderá aos objetivos da entrevista. O entrevistado, geralmente, fala sobre o que está sendo perguntado, e não livremente sobre qualquer assunto.

Ao final da explicação, questione a turma sobre as perguntas que poderiam ser feitas durante uma entrevista com membros da comunidade escolar sobre os hábitos de pessoas que têm animais de estimação. Reserve alguns minutos para que os alunos pensem nas questões. Enquanto isso, cole uma folha de cartolina ou papel pardo na lousa e escreva no centro o seguinte título:

"Sugestões de perguntas para a entrevista sobre animais de estimação"

Anote as sugestões dos alunos na cartolina em forma de lista. Estabeleça um tempo para essa atividade (por exemplo, 20 minutos). Por fim, afixe essa lista em local visível, para que possa ser consultada e ampliada pelos alunos ao longo das atividades.

Aula 2

Informe aos alunos que, nesta aula, eles lerão um trecho de duas entrevistas cujos temas envolvem animais de estimação. Se possível, escolha com os alunos um dos textos a seguir e apresente-o na íntegra para trabalhar compreensão de textos e análise linguística, além de ampliar o trabalho com o gênero textual.

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Texto 1: Trecho da entrevista realizada com Luisa Mell, ativista na causa animal, publicada em 16/03/2017.

Entrevista com Luisa Mell

De todas as suas conquistas com o envolvimento na causa animal, quais as que mais te dão orgulho?

Tenho muito orgulho de ter praticamente extinguido o circo com animais no país. Eu não consegui uma lei federal, mas consegui em várias cidades, além da conscientização das pessoas. Acho que meu trabalho também é um dos grandes responsáveis pelo aumento do número de adoções, que cresceu muito nos últimos anos, desde que eu comecei a fazer esse trabalho. Cada vida que eu salvo eu considero uma conquista. Cada vida salva vale todo o esforço.

Texto 2: Trecho da entrevista realizada com Thierry Correia, médico-veterinário, publicada em 16/08/2018.

Entrevista: Como devo proteger o meu animal de estimação no verão?

Qual a melhor forma de proteger o animal de estimação no verão? Ter sempre água à sua disposição para que possa beber a quantidade que quiser e sempre que tenha sede é bastante importante. Pode até colocar vários bebedouros nos locais que o animal frequenta, de modo a que o consumo de água seja facilitado e estimulado. A água deve ser sempre limpa e natural. A água gelada, apesar de ser boa para refrescar, pode levar a que o animal tenha um choque térmico.

PEDRO, Alexandra Entrevista: como devo proteger o meu animal de estimação no verão? DN Life, 16 ago. 2018. Disponível em: https://life.dn.pt/entrevista-como-devo-proteger-omeu-animal-de-estimacao-no-verao/comportamento/342967/ Acesso em: 10 jan. 2022.

Antes de começar, peça que os alunos façam uma leitura silenciosa. Em seguida, leia os trechos em voz alta e peça a voluntários que façam o mesmo. Se possível, reproduza-os com auxílio de um projetor multimídia ou entregue uma cópia para cada aluno. Após a leitura, proponha oralmente questões que visem explorar as características do gênero textual e a compreensão da leitura realizada, como: o que esses textos têm em comum? Ambos pertencem ao gênero textual entrevista, falam sobre o tema animal e foram publicados usando o mesmo suporte (sitesda internet). Do que cada um dos textos trata? No texto 1, a ativista Luisa Mell fala das conquistas ao longo de seu envolvimento na causa animal. No

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OLIVETO, Paloma. Entrevista com Luisa Mell Correio Braziliense, 16 mar. 2017. Disponível em: https://blogs.correiobraziliense.com.br/maisbichos/category/entrevista/ Acesso em: 10 jan. 2022

texto2,omédico-veterinárioThierryCorreiacontasobreamelhorformadeprotegeroanimal de estimação no verão.

Em seguida, a fim de explorar habilidades de análise linguística, reproduza e distribua os trechos das entrevistas e a Ficha de atividades a seguir.

Ficha de atividades

1. Leia novamente a pergunta feita no texto 2 e observe a palavra em destaque.

Qual a melhor forma de proteger o animal de estimação no verão?

a) O que faz com que a letra a nessa palavra tenha som nasal? Ousodosinaldiacríticotil(~).

b) Como essa palavra seria pronunciada sem o til? Avogal a perderiaosomnasal,representandosom/a/.

2. Leia em voz alta as palavras a seguir, retiradas do texto 1.

a) Sublinhe as palavras que têm som nasal.

Osalunosdevemsublinhar: extinguido, não, consegui, além, conscientização, também, grandes, aumento, adoções, considero e conquista

b) Organize no quadro as palavras que você sublinhou.

somnasalportil somnasalpelaletram somnasalpelaletran não além extinguido conscientização também consegui adoções grandes aumento considero conquista

3. Leia em voz alta as palavras a seguir, retiradas do texto 2.

extinguido animal não circo consegui país além conscientização cidades ––– também grandes aumento últimos adoções considero conquista número sempre quantidade sede importante pode

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Estimule os alunos a separarem oralmente as palavras em sílabas, batendo palma a cada parte pronunciada, de modo que observem qual é a sílaba tônica de cada palavra.

a) Ao pronunciar as palavras terminadas em o , você pronunciou o ou u?

É provável que os alunos respondam que, nessas palavras, a letra o representa o som /u/. Comente que, em muitas regiões do país, quando a sílaba tônica não é a última e a palavra termina em o, é comum as pessoas pronunciarem o som /u/

b) Ao pronunciar as palavras terminadas em e, você pronunciou e ou i?

É provável que os alunos respondam que, nessas palavras, a letra e representa o som /i/. Comente que, em muitas regiões do país, quando a sílaba tônica não é a última e a palavra termina em e, é comum as pessoas pronunciarem o som /i/

Amplie as atividades, registrando algumas palavras na lousa e solicitando aos alunos que façam a leitura e a segmentação silábica em voz alta (por exemplo: tatu, corri, parti, jabuti, urubu, chuchu). Pergunte: nessas palavras, qual é a posição da sílaba tônica (última, penúltima ou antepenúltima)? É importante que os alunos percebam que, nessas palavras, a sílaba tônica é a última e que todas elas terminam com i ou u Com isso, apresente aos alunos a seguinte regra: quando a sílaba tônica é a última, usa-se i, e não e, e u, e não o

Para sistematizar esse conteúdo, distribua aos alunos a Ficha de atividades a seguir.

Ficha de atividades

1. Leia as palavras em voz alta, observando a posição da sílaba tônica. Depois, complete-as:

a) com e ou i;

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Crédito: @studiogstock/freepik Crédito: @rawpixel.com/freepik. Alicat_____
Abacax_____
que deve choque modo consumo facilitado estimulado térmico

Crédito: @macrovector/freepik.

Crédito: @macrovector/freepik.

Caqu_____ Pent_____

Os alunos devem usar a letra e para formar as palavras pente e alicate e a letra i para formar as palavras abacaxi e caqui

b) com o ou u

Crédito: freepik/freepik.

Crédito: @macrovector/freepik.

Cangur____ Pirulit____

Crédito: @macrovector/freepik.

Crédito: @upklyak/freepik.

Bamb____ Palit____

Os alunos devem usar a letra o para formar as palavras pirulito e palito e a letra u para formar as palavras bambu e canguru

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Explique aos alunos que produzirão um questionário escrito, com perguntas que servirão de apoio para as entrevistas orais que serão feitas com a comunidade escolar Para tanto, afixe novamente na lousa a lista "Sugestões de perguntas para a entrevista sobre animais de estimação", elaborada na primeira aula desta Sequência. Organize os alunos em grupos e peça a eles que releiam a lista, de modo a elaborar, com base nela, questões para serem incluídas no questionário. Ajude-os a se organizar para que consigam revezar os papéis de falantes e ouvintes, aguardando a vez de falar e considerando as contribuições dos demais. Anote na lousa as questões sugeridas na forma de lista e também algumas possibilidades de respostas.

No questionário, podem ser incluídas várias perguntas. Veja algumas sugestões:

• Você tem animal de estimação?

• Qual?

• Ele tem nome?

• Seu animal de estimação foi adotado?

• O que ele costuma comer?

• Ele foi vacinado?

• Quais cuidados você precisa ter com seu animal de estimação?

Registre na lousa como deve ficar o questionário final, com as perguntas e as alternativas, bem como a disposição na página. Explique que as perguntas, na estrutura do questionário, devem estar organizadas na ordem em que serão feitas, de acordo com os objetivos da entrevista. Veja a seguir um modelo de questionário com exemplos de perguntas e possibilidades de resposta.

Questionário sobre animais de estimação

Você tem animal de estimação?

Seu animal de estimação é um(a):

( ) Sim. ( ) Não.

( ) Gato. ( ) Cachorro.

( ) Tartaruga. ( ) Peixe.

( ) Outro. Qual? _______________________

Qual é o nome dele?

Ele foi adotado?

O que ele costuma comer?

( ) Sim. ( ) Não.

( ) Ração.

( ) Sobras de comida.

( ) Vegetais (sementes, frutas, verduras).

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Aula 3

Quaissãoosprincipaiscuidadosquevocê devetercomseubichinho?

()Alimentaçãoadequada.

()Limpezadoambienteemqueelevive.

()Higiene.

()Banho.

()Passeiosdiários.

()Atençãoecarinho.

()Outro.Qual?________________________

Após escolher as questões que vão compor o questionário e a organização da ordem das perguntas, distribua folhas pautadas para que os alunos copiem o questionário com as perguntas e respostas prévias, de acordo com o modelo escrito na lousa. Explique que cada aluno deverá escolher uma pessoa conhecida (parente, amigo, vizinho etc.) para entrevistar e registrar as respostas nesse questionário. Oriente os alunos para que, antes de iniciarem a entrevista, preparem-se, considerando alguns aspectos que podem influir no desenvolvimento da atividade, como:

 ler o questionário antes da entrevista para relembrar as perguntas;

 separar lápis e borracha para registrar as respostas;

 escolher um local adequado para receber o entrevistado;

 lembrar que é necessário falar pausadamente, com tom de voz adequado e pronunciando as palavras de modo claro.

Nesse momento, também é fundamental lembrar os alunos sobre a atenção que precisarão dispensar para aspectos não linguísticos da fala no momento de realizar as entrevistas, como: direção do olhar, riso, gestos, movimentos da cabeça (de concordância ou discordância), expressão corporal e tom de voz. Esses elementos podem interferir tanto na disposição do entrevistado para falar e responder ao que se pede quanto no modo como ele compreenderá as perguntas propostas, além de interferir também na compreensão das respostas fornecidas. Por isso, os alunos devem estar preparados para antecipar sua ocorrência e escolher as melhores formas de articular tais elementos no momento da entrevista.

Para finalizar aaula,retome com osalunosa relaçãoentre omaterialproduzidonessa atividade e outras situações da vida cotidiana em que podemos construir e utilizar questionáriosdiversosparaorientarnossabuscadeinformaçõesjuntoaumpúblicodefinido (porexemplo,pesquisas deopiniãosobreas condições demoradianobairro,sobreodestino que se pretende dar a recursos financeiros partilhados por um grupo, sobre interesses comuns da comunidade etc.). Ajude-os, por fim, a refletirsobre a relação específica que deve existir entre o tema escolhido para a entrevista, as perguntas elaboradas e o público ao qual se destina.

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()Sim. () ()Não.
Elefoivacinado?(segatooucachorro)

Anote na agenda ou no caderno de comunicação com os familiares a proposta da atividade, indicando a data na qual o questionário preenchido deve ser entregue a você, professor. Assim, os responsáveis pelo aluno poderão ajudá-lo a organizar a entrevista no prazo estipulado.

Aula 4

Na data marcada para que os alunos tragam as entrevistas respondidas, peça que se organizem em semicírculo. Antes de apresentar a atividade desta aula, avalie com o grupo como foi o processo de planejamento e realização da entrevista. Pergunte aos alunos se tiveram dificuldades para encontrar pessoas dispostas a responderem ao questionário e quais foram as soluções encontradas para esse problema. Pergunte também se acreditam que ter elaborado previamente as questões, em grupo, facilitou o processo de coleta das informações e se tiveram dificuldades para registrar as respostas por escrito.

Ajude-os, por fim, a refletir sobre o papel dos elementos não linguísticos no decorrer das entrevistas, fazendo perguntas como: ao iniciar a entrevista, você se sentiu nervoso? Quais sinais de nervosismo você pôde perceber? Você acha que ter o questionário pronto, já planejado, ajudou no momento da entrevista? O entrevistado estava nervoso? Estava disposto a responder a todas as questões ou estava agindo de modo desinteressado e apressado? Quais sinais fizeram você chegar a essa conclusão? Você prestou atenção em seu ritmo de fala, tom de voz e postura corporal? Precisou fazer mudanças na entrevista ou em seu modo de falar para chamar a atenção ou auxiliar a compreensão de seu entrevistado quanto às perguntas? Você acredita que expôs as questões de modo claro e foi compreendido pelo entrevistado ao longo de toda a entrevista? Você fez alguma pergunta além das que estavam no questionário?

Ao fazer essa retomada, os alunos constroem a ideia de que a produção de textos de determinados gêneros orais, como entrevistas, palestras, aulas expositivas, relatos de experimentos científicos etc., pode ser objeto de planejamento e reflexão, nos quais o falante faz escolhas, resolve dúvidas e busca informações complementares para dar suporte e gerar conteúdo ao texto que produzirá oralmente.

Em seguida, apresente a atividade que será realizada nesta aula: recolher as informações coletadas por todos e organizá-las na forma de tabelas e gráficos que facilitem a leitura e a comparação dos dados em seu conjunto.

Explique que as perguntas e as respostas serão organizadas em tabelas, com exceção da segunda pergunta da entrevista ("Seu animal de estimação é um(a) " ), que será organizada na forma de um gráfico, uma vez que os gráficos favorecem a exposição de perguntas para as quais há mais de uma alternativa de resposta.

Para começar, desenhe um gráfico na lousa, nomeando cada um dos elementos e explicando suas diferentes funções:

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• Título – nomeia o gráfico, informando o tema pesquisado e a pergunta feita aos entrevistados. Exemplo: "Seu animal de estimação é um(a)… "

• Eixo horizontal – onde se localizam as opções de resposta para a pergunta. Exemplo: "gato, cachorro, tartaruga, peixe e outro"

• Eixo vertical – onde se localiza a quantidade de respostas para cada alternativa. No exemplo, espera-se que cada aluno realize uma entrevista, então o número máximo de votos para cada alternativa (registrado no eixo vertical) seria o número total de entrevistas realizadas. Essa parte deve ser tabulada (contada) pelo professor e pelos alunos de acordo com as respostas obtidas. Assim, será possível verificar a quantidade de pessoas entrevistadas que afirmaram ter cada um dos animais de estimação mencionados nas entrevistas.

Feito isso, peça aos alunos que tenham em mãos os questionários preenchidos e que informem, à medida que forem sendo chamados, as respostas que receberam para essa pergunta. Registre as respostas individuais.

Na segunda parte da aula, desenhe em papel pardo, afixado na lousa, uma ou mais tabelas que contemplem as demais perguntas e respostas não incluídas no gráfico. Afixe o gráfico e as tabelas produzidos em uma parede da sala de aula que esteja vazia e disponível. Explore as informações organizadas nas tabelas e no gráfico, fazendo perguntas que promovam a análise e a comparação dos dados, por exemplo: a maior parte das pessoas entrevistadas tem ou não animais de estimação? Qual foi o animal mais citado? Qual deles ficou em segundo lugar? Qual foi o menos citado? A maioria dos entrevistados alimenta os animais de estimação com restos de comida ou com alimentos específicos, como ração?

Finalize a aula retomando a utilidade de instrumentos como gráficos e tabelas, que nos ajudam, em diversos contextos, a organizar, comparar e validar informações. Ao avaliar essa última etapa do trabalho, faça perguntas que ajudem os alunos a refletirem sobre a função de tabelas e gráficos na organização das informações. Por exemplo: vocês acharam que foi mais fácil fazer as tabelas ou o gráfico? As tabelas ajudaram a organizar as informações que selecionamos? Ficou mais fácil compreender o conjunto das informações coletadas quando cada um de vocês foi citando as respostas oralmente ou quando foram colocadas nas tabelas e no gráfico?

Ao propor essa avaliação, você auxiliará os alunos a construírem a compreensão de que as tabelas e os gráficos são instrumentos eficazes para registrar, organizar, sintetizar e expor informações que podem ser compartilhadas e consultadas por muitas pessoas em diferentes situações, sendo instrumentos que favorecem a comparação de dados e a construção de relações entre diferentes tipos de informações coletadas oralmente ou por escrito. Poderá, ao mesmo tempo, ajudá-los a compreender a função social dessas aprendizagens, que poderão ser utilizadas em muitas outras situações cotidianas, como na coleta de dados sobre as necessidades dos moradores do bairro ou da comunidade em que vivem; na coleta de opinião sobre serviços prestados ou sobre produtos oferecidos pelo comércio etc.

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Aulas 5 e 6

Explique aos alunos que eles farão uma pesquisa, por meio de uma entrevista, para investigar quais são os meios de transporte utilizados pelos alunos para ir à escola. Antes de iniciar, pergunte como eles vêm para a escola. Depois, leia o trecho da reportagem a seguir em voz alta e solicite a eles que acompanhem a leitura. Se possível, reproduza a reportagem completa, por meio do link indicado na fonte, usando um projetor multimídia, para que os alunos entrem em contato com o texto completo e observem a estrutura desse gênero textual.

Especialista explica as vantagens de cada meio de transporte Brasília e Rio de Janeiro – Para cada situação há um meio de transporte mais adequado. Consultado pela Agência Brasil, o especialista em políticas públicas de transportes e pesquisador da Universidade de Brasília (UnB), Artur Morais, mostrou em quais casos é mais vantajoso andar a pé, de bicicleta, usar moto, carro ou o transporte público para se locomover

"As pessoas associam o carro à rapidez. Nem sempre isso é verdade. Carro faz parte do nosso imaginário desde o tempo em que éramos crianças, e isso acaba refletindo na nossa cultura. Há muitas situações em que você chega mais rápido indo a pé, de bicicleta ou de moto", disse Morais.

Segundo ele, estudos da Comissão Europeia mostram que para distâncias de até 8 quilômetros a bicicleta é mais rápida que os outros meios. "Mas há que se levar em consideração a existência de ciclovias seguras para o trajeto, coisa que, no Brasil, existe predominantemente em orlas e parques porque temos o hábito de associar esse meio de transporte apenas ao lazer", acrescenta.

PEDUZZI, Pedro Especialista explica as vantagens de cada meio de transporte. Agência Brasil, 7 maio 2011. Disponível em: https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ noticia/2011-05-07/especialista-explica-vantagens-de-cada-meio-de-transporte Acesso em: 10 jan. 2022

Ao terminar a leitura, proponha a realização coletiva da Ficha de atividades a seguir. As questões apresentadas podem ser trabalhadas oralmente e servirão para orientar a discussão sobre a reportagem e a construção de relações entre seu conteúdo e a entrevista que será feita pelos alunos.

Ficha de atividades

1. Qual é o assunto da reportagem?

A reportagem trata das vantagens de utilizar meios de transporte específicos de acordo com cada situação

2. Quais meios de transporte foram citados na matéria? Você utiliza ou já utilizou algum desses meios de transporte? Em quais situações?

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não comerciais,
que seja atribuído crédito autoral
criações
licenciadas
os mesmos parâmetros. 90
a criação de obra derivada com fins
desde
e as
sejam
sob

Os meios de transporte citados foram: a pé, bicicleta, motocicleta, carro e transporte público. Espera-se que os alunos mobilizem vivências de seu cotidiano para participar da discussão, citando os meios de transporte que costumam utilizar e outros que possam ter usado, eventualmente, justificando a opção por um ou outro, a depender da situação.

3. De acordo com o especialista Artur Morais, o que é preciso considerar ao optar pela bicicleta como meio de transporte?

De acordo com o especialista, é preciso considerar a existência de ciclovias seguras para o trajeto.

4. Observe as palavras destacadas no texto.

a)Qual é o significado de cada uma delas?

b)O contexto da frase ou do texto pode ajudar nessa compreensão? Por quê?

Volte à reportagem, desafiando os alunos a tentarem compreender o significado dessas palavras pelo contexto. Na discussão, explique que é possível inferir o significado de palavras pelo contexto em que estão inseridas, incentivando-os a verbalizar o significado de cada uma delas. Em seguida, peça aos alunos que consultem o dicionário para verificar se conseguiram inferir o significado correto das palavras.

vantajoso: que traz algum benefício;

locomover: deslocar-se;

ciclovia: pista destinada exclusivamente à circulação de bicicletas;

trajeto: distância a ser percorrida, caminho;

orla: beira, borda.

5. Releia o parágrafo a seguir. Depois, marque F, para as afirmativas falsas, e V, para as verdadeiras.

"Aspessoasassociam ocarroàrapidez.Nemsempreissoé verdade. Carro faz parte do nosso imaginário desde o tempo em que éramos crianças, e isso acaba refletindo na nossa cultura. Há muitas situações em que você chega mais rápido indo a pé, de bicicleta ou de moto", disse Morais.

PEDUZZI, Pedro. Especialista explica as vantagens de cada meio de transporte. Agência Brasil, 7 maio 2011. Disponível em: https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2011-05-07/ especialista-explica-vantagens-de-cada-meio-de-transporte. Acesso em: 10 jan. 2022.

( ) Andar de carro é sempre mais rápido.

( ) O carro faz parte da imaginação das pessoas desde a adolescência.

( ) O imaginário infantil reflete na cultura de valorização do carro.

( ) Em muitas situações, é mais rápido ir de bicicleta ou a pé.

Os alunos devem marcar: F, F, V e V

Durante a correção, explore com a turma a habilidade de inferir informações que não estão explícitas no texto, comentando que nossos conhecimentos prévios sobre o tema ou sobre o gênero textual contribuem para a realização de inferências.

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Em outro momento, considerando que, em algumas localidades, o transporte público e escolar é fluvial, proponha aos alunos que realizem uma pesquisa sobre esse tipo de transporte. Leve os alunos à sala de informática e divida-os em duplas ou trios, dependendo do número de computadores disponíveis, e solicite que realizem uma pesquisa com as seguintes palavras-chave: "transporte fluvial"; "crianças vão para a escola de barco".

Então, distribua uma ficha aos alunos, como a apresentada a seguir, e peça que a preencham durante a pesquisa.

Título do texto

Autor

Data de publicação

Ideia central

Fonte

De volta à sala de aula, abra espaço para que os grupos socializem as informações coletadas. Caso a escola não disponha de sala de informática, leve para a sala de aula materiais de diversos gêneros textuais sobre o tema ou conduza os alunos à biblioteca.

Após concluir essa discussão, proponha aos alunos que elaborem, coletivamente, uma lista de perguntas que podem ser incluídas no questionário que será aplicado por eles a alunos de outras turmas para investigar as formas como as pessoas se locomovem pela cidade; mais especificamente, peça que elaborem perguntas sobre os meios de transporte utilizados pelos alunos para irem à escola. Escreva, em uma folha de cartolina ou papel pardo, as perguntas sugeridas e explique que, para o questionário, será preciso selecionar aquelas que podem ajudar a compreender o tema que eles estão investigando. Algumas questões possíveis seriam:

• Qual ou quais meios de transporte você utiliza para ir à escola?

• Você usa a pista exclusiva de ônibus?

• Você usa as ciclovias?

Quando todos os alunos tiverem dado suas sugestões, selecione as perguntas que farão parte do questionário e monte-o na lousa, como o modelo a seguir.

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Meiosdetransporteusadosparairàescola

Nomedoentrevistado: Turma:

Perguntas Respostas

Qualouquaismeiosdetransportevocêutilizaparair àescola?

Vocêusaapistaexclusivadeônibus?

Vocêusaasciclovias?

Prepare cópias do questionário, garantindo que haja quantidade suficiente para todos os alunos que serão entrevistados. Divida a turma em grupos de quatro alunos. Explique que cada quarteto será responsável pela aplicação do questionário em um grupo diferente de entrevistados. A seleção dos entrevistados deve ser feita antes da aplicação dos questionários. As entrevistas podem ser feitas com um recorte específico de alunos (por exemplo,comtodos osalunos da mesmasérie)ouqualquer outrorecortequeaturmajulgue conveniente.

Oriente a turma a visitar os grupos de alunos que serão entrevistados. Lembre-os de explicar o objetivo da pesquisa e solicitar ao professor permissão para entregar os questionários. Pode ser necessário agendar um momento posterior para aplicação dos questionários, então, o professor deve combinar com a turma um prazo máximo para que estes sejam aplicados e recolhidos.

Avaliação

Ao final desta aula, avalie o grau de familiaridade dos alunos com a temática e proponha questões que favoreçam a reflexão sobre a ligação entre as atividades desenvolvidas e algumas das experiências vividas por eles em seu cotidiano. As perguntas da Ficha de atividades a seguir podem ser trabalhadas oralmente.

Ficha de atividades

1. Vocês observaram que há uma relação entre o tema que estudamos nesta aula e as situações quevivemosem nossodiaa dia?Éinteressantepoderfalardessas experiências na escola? Por quê?

2. Vocêsacharamdifícilrelacionarotemadareportagemcomasexperiênciasedificuldades que enfrentamos diariamente no deslocamento pela cidade?

3. Foi difícil elaborar o questionário? Vocês já realizaram entrevistas nesse formato?

4. É possível fazer questionários desse tipo para realizar pesquisas sobre outros temas, em outros espaços, fora da escola? Deem exemplos. Respostaspessoais.

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No dia marcado para aplicação dos questionários, oriente os grupos a planejarem as falas de apresentação da pesquisa, considerando:

 o tema da pesquisa e o objetivo que se pretende alcançar;

 a estrutura do questionário, que deve ser explicado aos entrevistados;

 os aspectos não linguísticos da fala que devem ser observados no momento da realização da entrevista: tom de voz, segurança e tranquilidade ao falar, gestos de simpatia e acolhimento para com os entrevistados e os professores das turmas visitadas, direção do olhar ao apresentar a proposta e também ao responder às dúvidas, expressão e postura corporal durante a aplicação dos questionários.

Osalunosentrevistadoresdevemacompanharaaplicaçãodosquestionários.Quando todos os questionários tiverem sido preenchidos e devolvidos, os alunos devem retornar à sala de aula para compartilhar com a turma os dados coletados.

Afixe na lousa uma folha grande de papel pardo e trace sobre ela um gráfico para apresentar as respostas de uma das perguntas do questionário (por exemplo, "Qual ou quais meios de transporte você utiliza para ir à escola?"). À medida que traçar o gráfico de barras, nomeie cada um dos elementos que o compõem: título, eixo horizontal, eixo vertical, colunas (uma para cada tipo de meio de transporte citado). Solicite que cada grupo apresente os dados coletados referentes a essa pergunta e registre-os nas barras correspondentes. Quando todos os dados já tiverem sido incluídos, afixe o gráfico em uma parede da sala de aula e deixe-o disponível para consulta.

Em seguida, peça aos alunos que se reúnam nos grupos formados inicialmente. Entregue duas metades de uma cartolina para cada grupo e proponha a eles que produzam novos gráficos com as informações relativas às demais perguntas (por exemplo, "Você usa a pista exclusiva de ônibus?").

Aula 8

Nestaaula,seráabordadaacomparaçãodasinformaçõesrecolhidaspelosdiferentes grupos durante as entrevistas e será proposta a produção de um texto expositivo que apresente por escrito os dados representados nos gráficos.

Afixe na lousa, lado a lado, os gráficos produzidos pelos grupos para sintetizar os dados sobre cada uma das perguntas do questionário. Inicie, por exemplo, com a questão "Você usa a pista exclusiva de ônibus?", analisando as informações e comparando os números de cada gráfico. Em seguida, faça o mesmo com os gráficos produzidos para a questão "Você usa as ciclovias?". As conclusões dessa análise devem ser apresentadas na forma de textos expositivos, que podem ser produzidos de acordo com o modelo a seguir.

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Aula 7

Meiosdetransporteusadosparairàescola

Realizamosumapesquisasobreosmeiosdetransporteusadosparairàescolaetambémsobreaopiniãodas pessoasarespeitodanecessidadedequeacidadetenhamaispistasexclusivasdeônibuseciclovias.

Elaboramosgráficoscomasinformaçõesobtidasefizemosaanálisecoletivadosdados.Osresultadoscoletados podemserapresentadosassim:

Das____pessoasentrevistadasnosdiferentesgrupos,

_____vêmparaaescoladeônibus;

_____vêmparaaescoladecarro;

_____vêmparaaescolaapé;

_____utilizammaisdeummeiodetransporteparachegaràescola.

Detodasaspessoasentrevistadas,

_____acreditamqueseriabomtermaispistasexclusivasdeônibusnacidadee_______achamquenãoseriabom.Além disso,________pensamqueseriabomtermaiscicloviase________achamqueissonãoseriapositivo.

Avaliação

Avalie o nível de envolvimento com a proposta e o grau de domínio da turma em relação aos procedimentos de elaboração de gráficos e de produção de textos expositivos dos resultados dos gráficos. Faça perguntas que levem à reflexão sobre a relação entre os questionários produzidos na primeira aula, a preparação das falas de apresentação da pesquisa aos alunos entrevistados e a produção dos gráficos.

Faça aos alunos as perguntas da Ficha de atividades a seguir oralmente.

Ficha de atividades

1. O que vocês acharam de participar dessas atividades, desde a leitura da entrevista, na Aula 1, até a produção do texto coletivo para apresentação dos resultados colhidos com o questionário e transformados em gráficos?

2. Qual etapa vocês acharam mais difícil? E qual foi a mais fácil?

3. Quais dos recursos que estudamos vocês acreditam que será mais útil? Como vocês acreditam que poderão usar esses conhecimentos em outras situações de estudo e de aprendizagem dentro e fora da escola?

Respostaspessoais.

Sugestões

 CUMMINS, Sunday. PrincípiosepráticasparaacompreensãotextualnoEnsino Fundamental. Rio de Janeiro: Vozes, 2016. O livro trata da importância da seleção de textos realizada pelo professor e do

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entendimento sobre a estrutura e os objetivos dos textos selecionados. E orienta sobre a utilização de textos informativos na construção da aprendizagem.

 CURTO, Luís Maruny; MORILLO, Maribel Ministral; TEIXIDÓ, Manuel Miralles. Escrevere ler: materiais e recursos para a sala de aula. Trad. Ernani Rosa. Porto Alegre: Artmed, 2000. v. 2.

O objetivo do livro é divulgar os processos fundamentais da construção da leitura e da escrita, mostrando as bases de uma proposta construtivista de ensino. Por meio de diferentes planos de aula e diversos gêneros textuais, o livro mostra a importância da leitura em sala de aula para a fluência em leitura oral.

Sequência didática 6 • Conhecer anúncios e estudar verbos no imperativo

Nesta Sequência didática, os alunos entrarão em contato com os gêneros textuais anúncio classificado e anúncio publicitário. A partir da compreensão das particularidades e características próprias desses gêneros textuais, como estrutura e função social, os alunos serão convidados, em um primeiro momento, a produzirem anúncios que poderiam ser usados para oferecer produtos na seção de classificados de um jornal impresso e, em seguida, a criarem uma campanha de conscientização sobre as regras de convivência relativas aos usos dos espaços escolares. Com isso, eles desenvolverão também a compreensão sobre o uso de adjetivos e locuções adjetivas, bem como a presença dos verbos no imperativo como recurso persuasivo nos anúncios.

Objetivos de aprendizagem

 Compreender a função social e as características do gênero textual anúncio classificado.

 Produzir um anúncio classificado.

 Compreender o uso de adjetivos e locuções adjetivas, bem como de verbos no imperativo, como recurso persuasivo nos anúncios.

 Participar das discussões, aguardando a vez de falar, apresentando argumentos coerentes e respeitando a opinião dos colegas.

 Compreender a função social e as características do gênero textual anúncio publicitário.

 Compreender o uso do cartaz como suporte.

 Produzir uma campanha usando cartaz como suporte.

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Plano de aulas

Aula 1: Elaborar um texto descritivo a partir da observação de uma imagem, a fim de expor conhecimentos prévios sobre o gênero textual anúncio classificado

Aula 2: Conhecer as particularidades do gênero textual anúncio classificado

Aula 3: Produzir o rascunho de um anúncio classificado para jornal impresso

Aula 4: Escrever a versão final do anúncio produzido e apresentá-lo para a turma

Aula 5: Refletir sobre o uso do suporte cartaz em anúncios.

Aula 6: Analisar o anúncio de uma campanha de vacinação antirrábica.

Aula 7: Observar o uso de verbos no imperativo como elemento de convencimento em campanhas.

Aula 8: Produzir anúncio em cartaz para a campanha "Todos por uma escola melhor"

Componentes essenciais para a alfabetização: Compreensão de textos, desenvolvimento de vocabulário e produção de escrita.

Competências gerais da Educação Básica: 1, 5 e 10.

Competências específicas de Língua Portuguesa: 2 e 5.

Habilidades: EF15LP05, EF15LP06, EF15LP07, EF15LP09, EF15LP10, EF03LP19, EF03LP21, EF35LP07, EF35LP20, EF03LP19 e EF03LP21.

Materiais necessários: Folhas de papel sulfite, cartolinas, fita adesiva, canetas hidrográficas coloridas, lápis de cor, giz de cera, jornais impressos (com caderno de classificados), projetor multimídia.

Aula 1

Esta primeira aula será importante para observar como os alunos se expressam por meio da escrita. Para tanto, explique a eles que, com base em uma imagem, deverão produzir um texto descritivo A partir disso, será possível verificar na prática os conhecimentos prévios dos alunos sobre o gênero textual anúncio classificado e observar a produção de escrita da turma.

Organize os alunos em duplas. Projete ou imprima a imagem de um carrinho de brinquedo antigo, de colecionador, como na sugestão a seguir. A intenção é despertar a curiosidade dos alunos em relação a esse objeto. Peça a eles que, em duplas, listem as características desse carrinho e estimem o valor desse brinquedo em reais. Chame a atenção para o fato de ser um artigo que pode ser considerado de colecionador e explique que há coleções de várias coisas, como bonecas, figurinhas etc., e que, com o tempo, esses artigos passam a ter valor de venda por representarem uma parte da história ou pela geração de conhecimento, por exemplo.

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Emseguida,conversecoma turma,dizendoque você gostariade trocar essecarrinho por uma bicicleta usada e que, para isso, precisa escrever um anúncio propondo essa troca em um jornal da cidade. Informe, então, que a tarefa de cada dupla será escrever esse anúncio da forma que acharem mais atrativa. Ressalte que oanúnciopode ser ilustrado com desenhos do carrinho,se desejarem. Estipule um tempopara esta atividade (por exemplo,15 minutos) e observe o desenvolvimento da produção de escrita da turma, caminhando entre as duplas para solucionar possíveis dúvidas de vocabulário ou grafia.

Após terem escrito o anúncio, peça às duplas que exponham no mural suas produções escritas e os desenhos. Explique que, nessa exposição, podem comentar com os autores dos anúncios o que acharam de mais interessante e o que poderia ser aprimorado. Ressalte, contudo, que os comentários devem ser feitos de forma respeitosa e construtiva.

Em seguida, reorganize a turma em uma roda e proponha uma discussão oral a respeito dos anúncios, usando como base as questões indicadas na Ficha de atividades a seguir. Estipule um tempo para esta atividade (por exemplo, 15 minutos).

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Ficha de atividades

1. Quais anúncios foram mais convincentes, aumentando a possibilidade de a troca ser realizada?

Respostapessoal.Estimuleosalunosajustificaremasescolhasdeformacoerenteeleve-osaconcluirqueo anúncioconvincenteéaquelecujadescriçãodetalhadageraumdesejonoleitoretransmitesegurançaem relaçãoaoquesevaicomprar/adquirir/trocar.Ousodeadjetivoselocuçõesadjetivasnadescriçãopode ajudaroleitoraformaraimagemmentaldoobjetoqueestásendoanunciadoe,assim,despertarseudesejo pelatroca.

2. Os anúncios apresentaram o contato da pessoa interessada em trocar o carrinho?

Respostapessoal.Osalunosdevemobservarseosanúncioscontêmnome,telefone,endereço,e-mailou outraformadecontato.Casoissonãoaconteça,leve-osarefletirsobrequãoimportantessãoessas informaçõesparaqueatrocaseconcretize.

3. Vocês acham importanteincluirno anúncio informações que permitam entrar em contato com a pessoa que está anunciando? Por quê?

Respostapessoal.Osdadossãoimportantesparaque aspessoasinteressadaspossamsecomunicare efetuaratroca.

4. Os anúncios vieram acompanhados de título? O que é possível encontrar nele?

Seosanúnciosnãotiveremtítulo,proponhaaosalunosquevoltemaelesecompletem-nos.Ampliea pergunta,levantandoquestõescomo:notítulo,éespecificadooprodutoqueestásendooferecido?Ele contémapropostadonegócio(vender,trocar,procurar,achar,compraretc.)?Éimportantequeoanúncio tenhadadosdapropostadonegócioedoprodutooferecido?Espera-sequeosalunosconcluamqueesses dadossãoimportantes,porqueotítulogeralmentedápistasdoquevamoslernocorpodotextoounos despertaacuriosidadeemlerotextonaíntegraparasaberdoquesetrata.

Durante a aula, observe como está a produção de escrita da turma, se os alunos participam da elaboração do anúncio, assim como da discussão, e analise quais deles já tiveram contato com jornais e revistas que contêm classificados e quais não tiveram. Para a próxima aula, providencie páginas de cadernos de classificados de jornais impressos para apresentar aos alunos.

Aula 2

Inicie a aula perguntando aos alunos se sabem o que são classificados. Estimule-os a verbalizar o que sabem, observando o conhecimento préviosobre o gênero textual anúncio classificado. Só então informe a eles que, nesta aula, conhecerão anúncios classificados de jornais impressos.

Em seguida, e, a partir das respostas, dê início a um debate com a turma sobre os classificados, realizando oralmente algumas perguntas norteadoras, como as sugeridas na Ficha de atividades a seguir. Para isso, peça que se sentem em semicírculo e estipule um tempo para esta atividade (por exemplo, 10 minutos).

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Ficha de atividades

1. (Se nunca ouviram falar) O que a palavra "classificados" lembra? O que significa?

Apalavralembra"classificar",nosentidodeseparardiferentesobjetosdeacordocomumacaracterística comum.Registrenalousaasrespostasdosalunos,deformaqueelestenhamumalistasobreoquepodeser classificado(palavras,classesgramaticais,objetos,seresetc.),parapoderemcompararcomostextosque vãoexplorarapósesselevantamentodehipóteses.

2. (Se já ouviram falar) Onde é possível encontrar classificados/anúncios classificados?

Éprovávelqueosalunosjátenhamouvidofalarouvistoalguémbuscaralgumprodutoouempregoem classificadosdejornaisdegrandecirculação,jornaisdebairro,sites,revistasealgunsgibis.

3. O que vocês acham que pode ser anunciado em um classificado?

Senecessário,ressalteparaosalunosqueoclassificadoanunciavendaealugueldeimóveis,deveículos, vendaetrocademóveiseeletrônicos,ofertadeempregoseserviços,entreoutros.Osanúnciossão classificadosdeacordocomoqueestásendooferecido,eosprodutostambémpodemsersubdivididospor categoriasligadasàssuascaracterísticasmaisimportantes(porexemplo:anúnciosdeimóveispodemser separadosdeacordocomaquantidadededormitóriosquecadaimóvelpossui).

Apósexplorarosconhecimentospréviosdosalunos,organize-osemgruposdequatro integrantes e distribua páginas de cadernos de classificados de jornais impressos para cada grupo. Estimule-os a manusear os cadernos livremente e a analisar os principais aspectos desse gênero textual. Afixe na lousa quatro cartolinas e escreva uma pergunta da Ficha de atividades a seguir em cada uma delas. Estipule um tempo para esta atividade (por exemplo, 15 minutos).

Ficha de atividades

1. Qual elemento aparece com maior destaque nos anúncios classificados?

Espera-sequeosalunosreconheçamque,namaiorpartedosanúnciosobservados,éotítuloqueestáem destaque,oqualpodeconteroprodutoanunciado,umaqualidadeaelerelacionadaouumamensagemmais objetiva,queindicacomooanunciantedesejanegociarseubem(porexemplo:"Vendoapartamentobem conservadonocentrodacidade","Trococarroporterreno","Precisa-sedegerentecomexperiência"etc.).

2. Os anúncios classificados costumam apresentar textos longos ou curtos? Por quê?

Osanúnciosclassificadosapresentamtextoscurtos,compalavrasabreviadas,poisoanunciantepagapelo espaçonapáginadojornal.

3. Há palavras abreviadas nos anúncios classificados? Cite exemplos.

Sim,hápalavrasabreviadasnosanúnciosclassificados(porexemplo:qtos.";"ap.";"bhos.";"gars.";"sal.";"coz.").

4. O que costuma ser anunciado em um classificado? Onde é possível encontrar essa informação?

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Nos classificados, podem ser anunciados apartamentos, terrenos, casas, sítios, chácaras, fazendas, carros, caminhões, utilitários, televisores, videogames , vagas de empregos, entre outros. Essas informações podem ser encontradas no título de cada anúncio classificado e na descrição do que está sendo oferecido.

5. Quem costuma ler os anúncios classificados?

Pessoas interessadas em realizar negócios procuram classificados, uma vez que, por meio deles, é possível vender, comprar, trocar ou alugar mercadorias e até mesmo buscar ou oferecer vagas de emprego. Combine um tempo com a turma para cada grupo analisar os classificados que têm em mãos, discutindo entre si as questões propostas. Em seguida, solicite que cada grupo apresente para a turma as conclusões a que chegaram e registre em tópicos as contribuições feitas. Ao final, quando todos tiverem apresentado o resultado das discussões, esses tópicos devem ser escritos nos cartazes. Mantenha-os visíveis para que todos possam consultá-los, sempre que necessário.

Em seguida, peça aos alunos que observem novamente os anúncios classificados para elencarem as características desse gênero textual, os tópicos abordados e a ordem em que aparecem. As observações realizadas podem ser dispostas na lousa como no modelo a seguir. Estipule um tempo para esta atividade (por exemplo, 10 minutos).

Principais características do gênero textual anúncio classificado

• O título do anúncio deve estar em destaque e deve ser atraente para o leitor.

• Além do título, o anúncio deve conter outras informações que permitam ao leitor saber como é o produto/serviço e quais são suas principais características.

• A descrição do produto/serviço deve ressaltar sua utilidade e sua qualidade.

• O anúncio deve conter informações que permitam o contato com o anunciante.

• O texto deve ser curto e objetivo e pode conter abreviações de palavras.

Proponha aos alunos que voltem aos textos elaborados na primeira aula e criem um anúncio classificado com base nas observações realizadas nesta aula. A correção dessa atividade deve ser realizada na própria sala de aula, com as orientações orais do professor para a produção dos alunos. Chame a atenção da turma para os cartazes produzidos, que podem ser consultados durante a atividade.

Avaliação

A participação durante esta atividade poderá oferecer informações sobre a familiaridade dos alunos com esse gênero textual, mas é importante promover entre os alunos uma reflexão que ajude a tecer relações entre os textos analisados nesta atividade e outros anúncios lidos em diferentes situações do cotidiano.

Para iniciar essa discussão, proponha aos alunos que respondam oralmente a algumas perguntas, como as sugeridas na Ficha de atividades a seguir.

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Ficha de atividades

1. O que vocês acharam desta atividade?

Resposta pessoal.

2. Vocês consideram que seria fácil ou difícil escrever um anúncio classificado como es ses que analisamos?

Resposta pessoal.

3. Vocês ou pessoas que vocês conhecem já publicaram anúncios como esses no jornal?

Resposta pessoal.

4. Os anúncios classificados são a única forma de oferecer produtos e serviços? Vocês podem dar outros exemplos?

Resposta pessoal. Espera-se que os alunos percebam que há outras formas de anunciar e oferecer produtos e serviços, como os anúncios publicitários e as propagandas, bem como alguns aplicativos direcionados para isso. Além disso, é cada vez mais comum as pessoas anunciarem produtos e serviços por meio de faixas ou pela internet.

O quadro a seguir é uma sugestão de análise para que você, professor, complete ao longo desta Sequência, avaliando as produções de cada aluno.

Nas produções escritas: 1ª versão (antes de ter contato com o gênero textual)

o aluno colocou um título?

o título tem os elementos característicos de um anúncio classificado?

no corpo do texto, são apresentadas características detalhadas do produto?

são apresentadas vantagens em adquirir o produto?

há o contato de quem deseja realizar a troca?

2ª versão (depois de ter contato com o gênero textual)

Para a próxima aula, solicite aos alunos que registrem em seus cadernos objetos que têm em casa e que poderiam ser anunciados em classificados. Explique que a turma elaborará anúncios classificados que envolverão a troca desses objetos por outros que lhes seriam mais úteis.

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Aula 3

Inicie a aula relendo com os alunos os cartazes da aula anterior. Ressalte a importância do título do anúncio, da descrição do produto e dos dados do anunciante. Oriente-os a consultar os cartazes com os tópicos sempre que tiverem dúvidas com relação ao tema.

Em seguida, peça a eles que contem quais objetos elencaram como possíveis produtos a serem anunciados em classificados. Lembre-os de que, muitas vezes, os produtos oferecidos na seção de classificados não são novos, e sim usados, uma vez que os proprietários desejam revendê-los, trocá-los etc.

Forme grupos com quatro alunos, no máximo, de acordo com o objeto que cada um escolheu. Por exemplo: alunos que queiram trocar um videogamefazem um anúncio juntos, escolhendo qual dos videogames vão anunciar e planejando como farão esse anúncio. Comente que devem produzir um anúncio de troca desse produto por outro que lhes seria útil entre aqueles apresentados pela turma. Chame a atenção deles para a importância de utilizarem recursos de persuasão para convencer o consumidor (como título breve e atrativo, uso de adjetivos e locuções adjetivas etc.) e oriente-os a ficarem atentos à concordância nominal e verbal.

Antes que os alunos iniciem a escrita, lembre a todos que, por se tratar de anúncios fictícios e por questões de segurança e privacidade, os dados fornecidos nos anúncios, como número de telefone e de celular, e-mail e endereço, entre outros, também devem ser inventados.

Explique aos alunos que os anúncios devem conter as características do gênero textual anúncio classificado: título, corpo do texto contendo a descrição do produto e dados do anunciante, que devem ser fictícios. Ressalte também que os anúncios classificados são textos curtos e objetivos. Distribua novamente alguns cadernos de classificados de jornais impressos para que eles vejam outros exemplos. Antes de recolher as produções, destaque a importância de revisar o anúncio produzido. Peça a eles que observem se o produto oferecido é importante para o dia a dia, mesmo que seja para lazer; se as palavras estão escritas corretamente e as frases pontuadas de forma que o anúncio fique claro para o leitor; e se usaram adjetivos, locuções adjetivas e outras palavras para descrever o produto anunciado.

Recolha a primeira versão dos anúncios produzidos e explique para a turma que, depois de lê-los, você dará dicas, em uma folha avulsa, de como torná-los ainda mais interessantes e atraentes, apresentando suas considerações na próxima aula.

Avaliação

Por fim, distribua entre os grupos uma ficha de avaliação, como a do modelo a seguir, depois da apresentação dos esboços, para que os alunos reflitam sobre a participação deles durante essa primeira etapa da produção do anúncio classificado.

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Sim Não Precisamos melhorar Observações do professor

O título do anúncio está em destaque?

O título é atraente para o leitor?

Além do título, há outras informações que permitem saber como é o produto e quais são suas principais características?

A descrição do produto ressalta sua utilidade e sua qualidade?

Há informações fictícias que permitiriam o contato com o anunciante?

Aula 4

Inicie a aula conversando com a turma a respeito das produções de forma geral. Ressalte os pontos positivos dos anúncios (por exemplo: os grupos contemplaram, em seus textos, as características do gênero textual, as trocas propostas foram justas, as descrições estão detalhadas etc.) e aponte o que pode ser melhorado (por exemplo: utilizar as regras ortográficas estudadas, escrever um título mais apropriado para um anúncio, não esquecer que os dados do anunciante devem ser fictícios etc.).

Em seguida, entregue os anúncios corrigidos, com o quadro de autoavaliação, para que cada grupo reescreva o texto, aprimorando-o de acordo com tudo o que foi apontado, e produza a versão final do anúncio.

Com as versões finais prontas, peça aos grupos que apresentem os anúncios produzidos para a turma, tanto a primeira quanto a segunda versão, para observarem as mudanças realizadas. Para isso, peça a eles que se sentem em círculo, facilitando a visualização de todos. Cada grupo deve também planejar como fará essa apresentação, se cada componente do grupo falará uma parte ou se apenas um aluno falará etc. Lembre os alunos de que eles devem contar todo o processo de criação, desde a escolha do produto para troca (qual seria trocado e por qual), o que consideraram importante para colocar no classificado e por quê. Depois, eles devem relatar o que precisaram ajustar ou não até chegar ao produto.

Espera-se que os alunos, após essa atividade, consigam perceber a função social e o meio em que os anúncios classificados circulam, seu propósito, quando e por que os utilizamos.

Avaliação

Organize a turma em semicírculo e proponha uma discussão sobre como se deu o processo de confecção dos anúncios. Oriente a discussão, propondo questões como as listadas na Ficha de atividades a seguir

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Ficha de atividades

1. A versão final do anúncio ficou exatamente igual à primeira versão?

2. Foi necessário mudar algo da primeira para a segunda versão? Por quê?

3. Algo não saiu como desejavam? O que poderiam fazer para melhorar?

4. O grupo todo trabalhou cooperativamente para alcançar o objetivo proposto?

5. Como foi participar dessas atividades? Qual foi a etapa mais fácil? E qual parte foi a mais difícil?

6. Quais dos conhecimentos construídos ao longo desta Sequência vocês acreditam que poderão utilizar em outras situações do dia a dia?

7. Comparando o texto produzido individualmente na primeira aula e o anúncio classificado escrito em grupo, quais semelhanças e diferenças perceberam? Qual texto foi mais fácil de ser produzido? Por quê? Respostaspessoais.

Ao final, apresente à turma uma devolutiva geral, considerando os avanços desde a escrita inicial (retome a grade de avaliação preenchida na Aula 2) até a versão final do anúncio, para que os alunos continuem avançando na produção de escrita desse gênero textual.

Aula

5

Comece a aula contando aos alunos que, depois de aprenderem sobre o gênero textualanúncioclassificado,agoraaprofundarãooentendimentodocartazcomoumsuporte importante para o gênero textual anúncio. Suporte é aquilo que serve de base para a materialização dos gêneros em textos (por exemplo: folder , faixa, encarte, livro etc.). Comente que é comum nos depararmos com cartazes no cotidiano e pergunte aos alunos em que situações ou locais é comum vê-los. É provável que citem os murais da escola, os mercados, as lojas, os banheiros públicos, entre outros. Peça que digam que tipo de informação costuma ser encontrado em cartazes (por exemplo: divulgação de eventos, anúncio de produtos e marcas, regras de conduta em espaços públicos etc.) e deixe-os compartilhar livremente as opiniões.

Explique à turma que as atividades serão organizadas em três aulas. Nesta aula, os alunos definirão as regras de convivência em espaços da escola e as atitudes esperadas de alunos, professores, funcionários, pais e outras pessoas que circulam por esses locais. Na Aula6, deverão reconhecer um anúncio divulgado por meio de cartaz.Na Aula 7,entrarão em contato com outros anúncios, a partir de uma pesquisa na sala de informática. E, por fim, na

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Aula 8, será criada a campanha "Todos por uma escola melhor", por meio da qual serão divulgadasinstruçõesarespeitodasregrasdeconvivêncianosespaçosdaescoladiscutidas inicialmente, tendo como suporte o cartaz.

Comente com os alunos que, para a produção dos cartazes, deverão discutir, coletivamente, sobre as regras e as atitudes necessárias para uma boa convivência nos diferentes espaços compartilhados da escola. Para tanto, organize a turma em semicírculo eescrevana lousa aseguintequestão:quaissão oscombinadosqueprecisamosseguirpara conviver em harmonia no ambiente escolar? Ao longo da discussão, chame a atenção dos alunos para a importância de todos participarem atentamente, respeitando os turnos de fala. Estabeleça um tempo para a atividade (por exemplo, 10 minutos).

Proponha a eles que, na definição das instruções, considerem um espaço da escola porvez.Assim,poderãolevaremcontaasdiferentesdinâmicasdosespaçoscompartilhados e elaborar regras que sejam adequadas a cada um deles. Para mediar a discussão, faça perguntas do tipo: quem utiliza os banheiros da escola? Quais são os principais problemas que encontramos quando precisamos usá-los? Na opinião de vocês, quais regras devem ser seguidas para que possamos compartilhar melhor o uso dos banheiros? Quem utiliza os corredores e em quais situações? Quais problemas ocorrem nos corredores? O que é necessário fazer para convivermos bem utilizando esse espaço? Quem utiliza as quadras da escola? Quais são os problemas que enfrentamos ao compartilhar o espaço da quadra e como podemos evitá-los?

Após a discussão sobre os espaços que consideram relevantes e as atitudes necessárias a uma boa convivência nesses locais compartilhados, explique aos alunos que essas atitudes são chamadas de regras de convivência. Diga que eles deverão verbalizar as regras de cada espaço para que você as registre na lousa. Sugira que as regras sejam apresentadas de modo propositivo, indicando as atitudes esperadas, sem que haja necessidade de listar ou vetar comportamentos considerados inadequados. Assim, os alunos serão orientados a definir as regras de forma propositiva, ou seja, explicitando regras instrucionais relativas ao que se espera das ações e atitudes nos espaços de convivência, e não focalizando proibições. Deve-se, portanto, evitar escrever os combinados na forma de sanções ou com foco em comportamentos negativos (por exemplo, a regra "Não jogar lixo fora dos cestos" poderia ser elaborada da seguinte maneira: "Mantenha o banheiro limpo e agradável. Jogue o lixo nos cestos e nas lixeiras.").

Registre em uma cartolina as regras de convivência propostas. Ao final da aula, explique que essa atividade será retomada na última aula desta Sequência para a confecção de cartazes, que serão expostos nos espaços da escola. Fique atento à participação de cada aluno, incentivando-os a fazerem suas colocações, respeitando as opiniões dos colegas e expondo seu posicionamento e suas dúvidas. Verifique a compreensão da turma em relação ao tema e a capacidade individual de relacionar problemas coletivos que ocorrem no espaço escolar e suas possíveis soluções.

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É importante avaliar também se os alunos demonstram perceber o sentido de discussões como essa, feitas para problematizar conflitos gerados pela convivência em espaçoscoletivosebuscarsoluçõesquedependemdaarticulaçãodeaçõesindividuais.Para tanto, proponha oralmente aos alunos as perguntas sugeridas na Ficha de atividades a seguir.

Ficha de atividades

1. Vocês consideram que discussões como essa nos ajudam a pensar sobre os conflitos do cotidiano e as possíveis soluções?

2. Será que, depois de discutirmos juntos, poderemos conviver melhor nos diversos ambientes da escola?

3. Vocês acham que seria importante fazer discussões como essa com frequência? Sobre quais temas?

Respostaspessoais.

Aula 6

Ao iniciar esta aula, afixe na lousa a cartolina com a lista de regras elaboradas na etapa anterior. Converse com a turma e exponha os objetivos das próximas atividades: conhecer anúncios e elaborar cartazes que relembrem aos alunos da escola as atitudes e regras que devem ser observadas em cada espaço, de modo que a convivência no dia a dia escolar seja respeitosa e cooperativa.

Para ajudar na elaboração dos cartazes, os alunos serão apresentados a um exemplo de anúncio que tem o cartaz como suporte. Afixe na lousa ou apresente no projetor multimídia o anúncio a seguir.

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Faça perguntas que ajudem os alunos a identificarem os principais elementos que constituem o anúncio dessa campanha: título da campanha,slogan , textos complementares e imagens. Explore cada elemento e sua disposição no corpo do anúncio, o vocabulário utilizado e a construção das frases, a fim de transmitir a mensagem com clareza, estimulando a participação das pessoas na campanha. Para tanto, faça oralmente as perguntas da Ficha de atividades a seguir.

Ficha de atividades

1. Qual é o objetivo dessa campanha?

Acampanhatemporobjetivodivulgaradatadavacinaçãodeanimaiscontraaraivaeincentivarpessoasque tenhamanimaisdomésticosalevá-losparaavacinação.

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Crédito: Reprodução/Ministério da Saúde.

2. A que público essa campanha se destina? Como você chegou a essa conclusão?

A campanha se destina a donos de cães e gatos. Espera-se que os alunos expliquem que foi possível chegar a essa conclusão a partir das informações que completam a mensagem central do anúncio da campanha, como as imagens. Percebemos que as informações estão direcionadas a donos de animais domésticos que precisam ser vacinados ao observar o uso de palavras (pronomes possessivos) que indicam que os donos dos animais devem ter essa responsabilidade: "Proteja e vacine seus animais [ ]"; "Proteja seu animal"

3. O anúncio da campanha utiliza textos escritos e imagens para transmitir a mensagem. Por que você acha que inseriram a imagem de gatos e cachorros no anúncio?

Espera-se que os alunos concluam que as imagens dos cães e gatos têm o propósito de comunicar que são esses os animais que devem ser vacinados contra a raiva, especialmente por serem os animais de estimação mais numerosos nas cidades. Chame a atenção dos alunos para o fato de as imagens também apelarem para a emoção dos donos de animais, uma vez que remetem a animais de estimação reais.

4. Em que locais os cartazes dessa campanha poderiam ser afixados?

Esses cartazes poderiam ser afixados em locais de grande circulação, especialmente nos quais é permitido circular com animais de estimação, como parques públicos, praças e lojas que vendem artigos para pets

5. Por que vocês acham que o título "Campanha de vacinação contra raiva" foi escrito em letras grandes e destacadas?

Espera-se que os alunos digam que esse tipo de letra foi usado para chamar a atenção para o objetivo da campanha.

6. Quais outras informações do anúncio da campanha têm o objetivo de convencer o leitor a levar seu animal de estimação para vacinar?

As informações: "Está na hora de retribuir toda a alegria que seu amigo traz para a sua vida. Proteja e vacine seus animais contra a raiva " e "A raiva mata. Proteja seu animal " Essas informações são escritas com letras um pouco menores que o título, mas também ajudam a convencer o leitor da importância da campanha que está sendo veiculada.

Para a próxima aula, reserve a sala de informática da escola com antecedência para que os alunos possam avaliar anúncios veiculados on-line

Aula 7

Inicie a aula retomando as características já estudadas sobre anúncios e projete novamente a campanha da aula passada para a turma. Explique que os anúncios costumam ter como objetivo levar o leitor a realizar alguma ação, por isso é comum o uso de frases curtas e diretas e verbos no modo imperativo. Nesta etapa, os alunos ainda não estudaram os modos verbais com essa nomenclatura. É possível, entretanto, levá-los a perceber um padrão nos verbos usados nas frases do anúncio. Escreva na lousa os verbos proteger e levar e peça que observem como eles foram grafados no anúncio. Amplie a discussão, escrevendo outros verbos na lousa (sugestões: cuidar, trazer, amar, trazer, amar) e pedindo

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aos alunos que os substituam nas frases do anúncio (por exemplo: "Cuide de seu animal"; "Traga seu animal")

Amplie a análise linguística dos verbos nas campanhas publicitárias com uma pesquisa na internet, a partir da qual os alunos poderão realizar uma análise de campanhas impressas e campanhas on-line divulgadas em plataformas digitais. Selecione antecipadamente alguns produtos e marcas (por exemplo: leites, achocolatados, iogurtes) e realize uma pesquisa prévia Então, leve-os à sala de informática, divida-os em duplas ou trios, dependendo do número de computadores disponíveis, e entregue uma cópia do quadro a seguir para cada um, solicitando que o preencham de acordo com a pesquisa que farão em plataformas já selecionadas por você

Nome do produto

Plataforma

Como os verbos aparecem

Tema do anúncio

Semelhanças e diferenças nos anúncios comparados Acompanhe as duplas ou trios, esclareça as dúvidas e faça orientações de pesquisa. Na volta à sala de aula, liste na lousa os verbos que os alunos pesquisaram, levando-os a perceber o caráter decisivo, autoritário e injuntivo dos verbos no imperativo e promova uma discussão coletiva acerca das semelhanças e diferenças dos anúncios nas diferentes plataformas.

Os anúncios usam linguagem verbal e não verbal com a intenção de divulgar algo ao público, o que pode estar relacionado não só a produtos, mas também a ideias; ou seja, as mensagens veiculadas em anúncios podem ter fins comerciais, mas também políticos, culturais ou institucionais, como é o caso da campanha de vacinação.

Sintetize com a turma as descobertas feitas a respeito dos elementos presentes no anúncio, que, neste caso, foi usado como suporte para veicular uma campanha do governo para incentivar a vacinação de animais, mas que pode ser suporte para outros gêneros textuais. Peça aos alunos que escrevam em uma cartolina os elementos que costumam estar presentes em anúncios de campanhas publicitárias, como os apresentados a seguir.

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4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros.

Principaiscaracterísticasdogênerotextualanúnciopublicitário

 Título

 Slogan(frase de efeito, de fácil memorização)

 Textos complementares (para ajudar no convencimento do leitor)

 Imagens (linguagem não verbal para despertar a atenção do leitor para o texto) Para concluir esta aula, trabalhe oralmente as perguntas da Ficha de atividades a seguir, com o objetivo de auxiliar a turma a retomar os conteúdos estudados até aqui.

Ficha de atividades

1. Na sua opinião, é comum encontrarmos anúncios em outros suportes (outdoors , faixas, letreiros, painéis etc.)?

2. Vocês já haviam pensado nos elementos que precisamos incluir em um anúncio para que ele comunique adequadamente uma ideia?

3. Vocês acham que poderão utilizar esses conhecimentos em outras situações do cotidiano? Deem exemplos de situações em que poderão produzir cartazes para comunicar ideias.

Respostaspessoais.

Aula 8

Nesta aula, os alunos deverão produzir anúncios em cartazes com os combinados necessários para melhor convivência nos diferentes espaços coletivos da escola. Anteriormente, os alunos discutiram, a partir da análise de um anúncio de campanha de vacinação, os elementos que devem estar presentes para garantir a legibilidade, a compreensão da mensagem transmitida em um cartaz e a adesão à campanha. Comente com a turma que os cartazes podem também ser suporte para textos instrucionais.

Explique que os textos instrucionais transmitem instruções para executar uma tarefa (como o gênero textual receita, por exemplo) e podem também apresentar regras ou orientações de como agir. Assim, a atividade consiste em produzir cartazes com as regras de convivência ou as orientações de atitudes que devem ser tomadas no ambiente escolar.

Organize os alunos em duplas para que realizem a atividade. Comente com eles que a instrução sobre determinada conduta deve ser direcionada ao leitor, utilizando-se de linguagem objetiva e direta, com verbos que indicam comandos ou orientações.

Apresente novamente a cartolina com a lista de regras e o roteiro com os itens que devem fazer parte dos cartazes. Peça a cada dupla que escolha um dos espaços da escola para os quais foram definidas regras de convivência na Aula 1 e defina as regras, os combinados e as imagens que considera que possam compor os cartazes. Entregue a cada

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dupla uma folha de papel sulfite e oriente os alunos a elaborarem um rascunho do cartaz, considerando:

• a mensagem que desejam transmitir e como poderiam transmiti-la do modo mais convincente possível;

• a disposição gráfica do texto e das imagens (em que partes da cartolina escreverão cada parte da mensagem);

• a escolha do vocabulário e dos verbos;

• o tamanho e o tipo de letra adequado a cada informação do cartaz, garantindo a legibilidade.

Veja algumas sugestões de instruções para uma convivência harmônica nos espaços escolares: "Depois de usar o banheiro, dê a descarga"; "Lembre-se de que outros usarão o banheiro depois de você!"; "Use os materiais da quadra com cuidado e guarde-os quando terminar!"; "Fale baixo nos corredores! Todas as turmas agradecem!"

Oriente a produção das duplas na elaboração dos rascunhos, fazendo apontamentos sobre alterações e possibilidades de aprimoramento, considerando todos os aspectos relativos:

• ao texto (significado, clareza e coesão das frases; vocabulário adequado e ortografia);

• às imagens (sentido e clareza da mensagem transmitida pelo desenho e a relação entre imagem e texto);

• à disposição e à articulação desses elementos e os espaços reservados a cada um deles.

Oriente os alunos a compartilharem suas produções com outras duplas, trocando impressões e sugestões. Após a etapa de revisão, entregue uma cartolina para cada dupla e peça que iniciem a produção dos cartazes. Sugere-se que os alunos iniciem a produção a lápis e somente depois passem a limpo com canetas hidrográficas e giz de cera.

Quando os cartazes estiverem prontos, decida com a turma como eles ficarão expostos nos espaços da escola. Comente que, por terem o objetivo de comunicar e orientar as pessoas da escola sobre as regras de convivência, os cartazes devem ser afixados em locais de fácil visualização, como paredes e murais. Verifique com a direção ou coordenação da escola se há necessidade de autorização para expor os cartazes. Explique para os alunos que não se devem colar os cartazes sem conversar com os responsáveis pela organização do espaço da escola antes

Após a exposição nos locais selecionados, converse com os alunos sobre como perceberam que os cartazes foram recebidos pelo restante da comunidade escolar. Pergunte quais mudanças esperam que aconteçam na maneira como os demais alunos têm utilizado e se relacionado com os diferentes espaços escolhidos para fixação dos cartazes.

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Avaliação

Os cartazes produzidos podem oferecer informações ao professor sobre o grau de apropriação dos alunos em relação aos conteúdos trabalhados, especialmente sobre o cartaz como suporte, ou seja, como meio para materialização do gênero textual anúncio e do texto instrucional – como nos casos trabalhados nesta Sequência. A observação do processo de produção dos cartazes pode fornecer dados para avaliar o domínio dos alunos em relação aos procedimentos de planejamento, escrita, revisão e reescrita, razão pela qual é fundamental acompanhar todas as etapas da elaboração dos cartazes, verificando se há dúvidas e esclarecendo-as por meio de intervenções pontuais e diretivas.

É fundamental avaliar, ao final da Sequência, com os alunos, a percepção que tiveram sobre as atividades. Para tanto, sugere-se elaborar perguntas, como as da Ficha de atividades a seguir, que favoreçam a reflexão dos alunos sobre a relação entre as atividades aqui realizadas e outras situações do dia a dia em que poderão elaborar cartazes e outros textos que possam comunicar mensagens a um público maior

Ficha de atividades

1. O que vocês acharam de participar da campanha "Todos por uma escola melhor" e poder planejar, escrever e expor os cartazes?

2. As ilustrações foram importantes?

3. Existem outras situações em que é possível transmitir mensagens para muitas pessoas por meio de textos escritos?

4. O que vocês aprenderam nessas aulas pode ajudá-los a resolver essas outras situações? Respostas pessoais.

Sugestões

• FIGUEIREDO, Laura Inês Breda de; COSTA, Sueli da; BARBOSA, Jacqueline Peixoto. Anúncio publicitário. Ensino Médio em rede. Programa de formação continuada de professores.

O livro traça um panorama da história da publicidade e discute as estratégias visuais e linguísticas nos anúncios publicitários.

• MENDONÇA, Márcia (org.). Diversidade textual: propostas para a sala de aula. Recife: MEC/CEEL, 2008. Disponível em: http://www.serdigital.com.br/gerenciador/clientes/ceel/arquivos/35.pdf Acesso em: 12 jan. 2022.

Livro com propostas de sequências didáticas com diferentes gêneros textuais.

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Sequência didática 7 • Conhecer fábulas e estudar sinais de pontuação e elementos da oração

Nesta Sequência didática, os alunos conhecerão fábulas, histórias contadas desde a Antiguidade, e as características desse gênero textual. Será explorado o uso dos sinais de pontuação para organizar diálogos em narrativas, como os dois-pontos e o travessão, empregados no discurso direto para diferenciar as falas das personagens e a voz do narrador.

Em seguida, serão abordadas estratégias de produção de escrita que têm como foco a paragrafação de textos escritos. A divisão dos parágrafos será proposta com base em um roteiro que identifica as partes da narrativa e o assunto de cada parágrafo. Então, será trabalhado o reconto oral e escrito de fábulas por meio de roteiros.

Para trabalhar aspectos linguísticos, propõe-se a análise de frases, com intuito de identificar os elementos linguísticos mais comuns e característicos dessa construção comunicativa.Para asistematização desse conhecimentolinguístico,serápropostoum jogo com partes de frases que correspondem ao sujeito (agente), ao verbo (ações) e ao complemento deste.

Objetivos de aprendizagem

 Identificar elementos constitutivos da narrativa.

 Identificar falas de personagens e do narrador nos diálogos escritos.

 Identificar o assunto de cada parágrafo do texto e compreender que a divisão em parágrafos colabora para a organização textual.

 Identificar e utilizar, na produção de textos, marcadores de tempo e espaço e expressões que indicam relações de causa e efeito.

 Recontar oralmente e por escrito uma fábula com base em roteiro.

 Compreender o uso de dois-pontos e travessão para pontuar diálogos em textos narrativos.

 Reconhecer e organizar os elementos que constituem uma frase: sujeito, verbo e complemento.

Plano de aulas

Aula 1: Ler e compreender uma fábula.

Aula 2: Reconhecer as características do gênero textual fábula.

Aula 3: Roda de leitura de fábulas e ensaio da apresentação oral.

Aulas 4 e 5: Leitura em voz alta de fábulas escolhidas pelos alunos.

Aula 6: Identificar a função dos sinais de pontuação no discurso direto.

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Aula 7: Reconhecer a organização do texto narrativo em parágrafos

Aula 8: Identificar expressões utilizadas para introduzir parágrafos, como marcadores de tempo, de espaço e de relações de causalidade.

Aula 9: Produzir reconto escrito de fábulas criando diálogos para as narrativas.

Aula 10: Introduzir os conceitos de frase, agente, ação e complemento.

Aula 11: Brincar com um jogo de montar frases com os elementos sintáticos: sujeito, verbo e complemento.

Componentes essenciais para a alfabetização: Compreensão de textos, desenvolvimento de vocabulário e produção de escrita.

Competências gerais da Educação Básica: 3 e 4 Competências específicas de Língua Portuguesa: 2, 3 e 9.

Habilidades: EF15LP01, EF15LP03, EF15LP09, EF15LP10, EF35LP01, EF35LP02, EF35LP03, EF35LP07, EF35LP09, EF35LP21, EF35LP22, EF35LP25, EF35LP26, EF03LP07 e EF03LP08.

Materiais necessários: Cópias das fábulas indicadas nas aulas, lápis grafite, borracha, apontador, folhas pautadas, lápis de cor e papel-cartão para produzir as fichas do jogo

Aula 1

Inicie a aula perguntando aos alunos se sabem o que é fábula e se já leram ou ouviram alguma, de modo a levantar os conhecimentos prévios da turma sobre esse gênero textual. Caso conheçam, peça que mencionem o título ou algum aspecto da história do qual se lembrem.

Depois, distribua cópias da fábula "A formiga e a pomba" e solicite aos alunos que leiam o texto silenciosamente. Em seguida, peça que o leiam em voz alta. Caso considere conveniente, organize a turma para que cada aluno leia um parágrafo do texto e, em seguida, faça uma leitura para eles.

A formiga e a pomba

Uma formiga sedenta chegou à margem do rio para beber água. Para alcançar a água, precisou descer por uma folha de grama. Ao fazer isso, escorregou e caiu dentro da correnteza.

Pousada numa árvore próxima, uma pomba viu a formiga em perigo. Rapidamente, arrancou uma folha de árvore e jogou dentro do rio, perto da formiga, que pôde subir nela e flutuar até a margem.

Logo que alcançou a terra, a formiga viu um caçador de pássaros, que se escondia atrás de uma árvore, com uma rede nas mãos. Vendo que a pomba corria perigo, correu até o caçador e mordeu-lhe o calcanhar. A dor fez o caçador largar a rede e a pomba fugiu para um ramo mais alto.

De lá, ela arrulhou para a formiga: Obrigada, querida amiga.

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Uma boa ação se paga com outra

ABREU, Ana Rosa etal Alfabetização: livro do aluno. Brasília: Fundescola/SEF-MEC, 2000. p. 104-105. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000589.pdf. Acesso em: 15 jan. 2022.

Após a leitura, peça aos alunos que comentem sobre o ensinamento que essa fábula tenta transmitir. Espera-se que mencionem a importância de retribuir o bem com boas ações. Peça que deem exemplos concretos em que esse ensinamento poderia ser aplicado. Depois, explique que fábulas são narrativas nas quais as personagens são, geralmente, animais que falam e agem como seres humanos. A maioria dessas histórias trata de atitudes opostas, como: esperteza e tolice, ganância e humildade, arrogância e gratidão etc. Ressalte que as fábulas são conhecidas por trazerem um ensinamento, uma moral, ou seja, são utilizadas com fins educacionais.

Amplie a exploração pedindo que respondam oralmente às perguntas da Ficha de atividades a seguir.

Ficha de atividades

1. Quem são as personagens da fábula?

A formiga, a pomba e o caçador de pássaros.

2. Que ajuda a pomba prestou à formiga?

Ela arrancou uma folha de árvore e jogou-a no rio para que a formiga subisse nela e não se afogasse.

3. A formiga pôde retribuir a ajuda da pomba? Como?

Sim. A formiga salvou a pomba de ser pega pelo caçador, picando o calcanhar, fazendo com que ele acabasse largando a rede que usaria como armadilha.

Sugere-se que a ficha a seguir seja reproduzida e distribuída para que os alunos possam realizar uma atividade sobre a fábula lida.

Ficha de atividades

1. Leia o seguinte trecho da fábula:

De lá, ela arrulhou para a formiga: Obrigada, querida amiga.

Responda às questões:

a)A quem se refere a palavra em destaque?

À pomba.

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b) Que pontuação foi usada para indicar que a personagem teria uma fala?

Dois-pontos (:).

c) De quem é a fala que aparece na fábula?

Da pomba.

d) Que sinal de pontuação foi usado para indicar a fala dessa personagem?

O travessão.

2. Você conhece as palavras que indicam o som que os animais fazem? Escreva cada som do quadro abaixo na frente do nome do animal que o produz.

berra – zune – carcareja – zumbe – sibila – muge – ruge – coaxa

• cabrito

berra

• abelha

zumbe

• mosquito zune

• galinha

carcareja

• sapo coaxa

• cobra

sibila

• leão ruge

• vaca muge

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Realize a correção coletiva e registre as respostas na lousa para que os alunos observem a grafia das palavras.

Ao final da aula, recolha as cópias da fábula que você entregou aos alunos para reutilizá-las posteriormente.

Aula 2

Inicie a aula perguntando aos alunos o que eles lembram sobre a fábula lida na aula anterior. Retome algumas características do gênero textual: história curta com poucas personagens – geralmente animais que agem como seres humanos –, que transmite um ensinamento ou moral. Reproduza e distribua cópias da fábula "A rã e o touro". Solicite que os alunos leiam silenciosamente e, em seguida, faça sua leitura em voz alta. Depois da leitura, peça que comentem se essa fábula também traz um ensinamento e expliquem qual é Espera-se que os alunos percebam que a lição é não invejar outras pessoas e que é melhor ser autêntico, pois cada um tem o seu jeito de ser e suas características próprias. Destaque que esse ensinamento não está explícito na fábula, mas que é inferido pelos leitores Esclareça que, nas fábulas, o ensinamento ou a moral pode estar explícita, como na primeira fábula lida, ou implícita, como na segunda.

A rã e o touro

Um grande touro passeava pela margem de um riacho. A rã ficou com muita inveja de seu tamanho e de sua força. Então, começou a inchar, fazendo enorme esforço, para tentar ficar tão grande quanto o touro.

Perguntou às companheiras do riacho se estava do tamanho do touro. Elas responderam que não.

A rã tornou a inchar e inchar, mas, ainda assim, não alcançou o tamanho do touro.

Pela terceira vez, a rã tentou inchar. Mas fez isso com tanta força que acabou explodindo, por culpa de tanta inveja.

ABREU, Ana Rosa etal Alfabetização: livro do aluno. Brasília: Fundescola/SEF-MEC, 2000. p. 102. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000589.pdf Acesso em: 15 jan. 2022.

Depois, pergunte aos alunos o que acharam de cada fábula, se gostaram, se consideraram interessante ter animais como personagens etc. Abra uma discussão para que eles percebam a função social desses textos e sua importância ao longo do tempo.

Em seguida, reproduza e distribua a Ficha de atividades a seguir.

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Ficha de atividades

1. Qual é a relação entre o título da fábula e as personagens da história?

Espera-se que os alunos concluam que o título apresenta as personagens da fábula.

2. Considerando a extensão do texto, é possível afirmar que as fábulas têm textos longos ou curtos?

Espera-se que os alunos concluam que as fábulas são curtas.

3. Releia o início da fábula e responda ao que se pede:

Um grande touro passeava pela margem de um riacho. A rã ficou com muita inveja de seu tamanho e de sua força.

• É possível saber quando aconteceu a história? Por quê?

Não. A fábula não especifica quando a história ocorreu.

4. Marque a alternativa adequada.

a) Quem conta a fábula, ou seja, quem é o narrador?

( ) Uma das personagens.

( ) Alguém que não participa da história.

Alguém que não participa da história.

b) A atitude da rã revela:

( ) orgulho.

( ) inveja.

( ) pobreza.

Inveja.

5. Você já deve ter ouvido alguém dizer frases do tipo "em casa de ferreiro, o espeto é de pau " e "mais vale um pássaro na mão do que dois voando". Essas frases são chamadas de provérbios e costumam encerrar muitas fábulas. Marque o provérbio que combina com a fábula que você leu.

( ) "Quando um não quer, dois não brigam."

( ) "Quem, mais do que é, quiser ser, aqui seu fim pode ver."

( ) "A vingança é um prato que se come frio."

"Quem, mais do que é, quiser ser, aqui seu fim pode ver."

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6. Qual é a finalidade dos provérbios nas fábulas?

( ) Eles expressam a intenção de aconselhar ou criticar atitudes, comportamentos e sentimentos humanos.

( ) Eles servem para deixar a fábula mais engraçada.

( ) Eles servem para mostrar a experiência do narrador, evidenciando que ele sabe o que diz.

Elesexpressamaintençãodeaconselharoucriticaratitudes,comportamentosesentimentoshumanos.

Pesquise previamente em livros disponíveis na biblioteca e na internet outras fábulas para realizar uma roda de leitura na próxima aula.

Aula 3

Inicieaaulacomosalunosemroda,sentadosnochão.Disponhaoslivroseasfábulas que você providenciou em um tapete ou pano no centro da roda.

Comente com os alunos que as fábulas, assim como os contos tradicionais e as lendas,sãohistóriastransmitidaspelatradiçãooral,ouseja,originalmentepassadasdeboca em boca e somente depois de muito tempo escritas e publicadas. Lembre os alunos de que as fábulas são pequenas histórias que têm a intenção de transmitir uma moral ou um ensinamento.

Deixe que os alunos explorem os livros e textos dispostos na roda de leitura. Estipule um tempo para essa atividade (por exemplo, 15 minutos). Depois, peça aos alunos que se organizem em trios e escolham uma fábula para ser lida aos colegas em uma data combinada. Informe que cada trio terá entre 5 e 8 minutos para fazer a leitura. Além disso, esclareça para os alunos que geralmente as fábulas têm personagens e um narrador e oriente-os a decidir quem vai ler as falas do narrador e de cada personagem. Cuide para que não escolham fábulas repetidas. Se isso ocorrer, proponha outros títulos para a leitura.

Peça que os grupos leiam juntos a fábula escolhida e organizem a apresentação. Destaque a importância de ensaiarem a leitura para fazê-la com entonação e ritmo adequados, de forma a envolver a plateia. Explique sobre a relevância dos aspectos paralinguísticos fundamentais para exposições orais, como os gestos das mãos, o tom de voz e a postura corporal.

Se possível, providencie cópias da fábula escolhida pelo grupo a todos os seus integrantes, pois assim eles poderão realizar marcações sobre as partes que cada um ficará encarregado de ler no dia da apresentação.

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Aulas 4 e 5

Antes de iniciar a primeira apresentação, comente com os alunos a importância de ouvir os grupos com atenção e respeito, sem interromper a leitura dos colegas. Peça que observem não apenas o enredo da história, mas também a forma de ler, a entonação da voz, os gestos e as expressões, e que tenham cuidado para não posicionar a folha de papel na frente do rosto.

Combine com os grupos que, antes da apresentação, eles devem cumprimentar a plateia e informar o título e o autor da fábula escolhida.

Avaliação

Distribua a Ficha de atividades para os alunos e avalie como se sentem com relação aos aprendizados sobre a fábula e o conhecimento adquirido sobre esse gênero textual.

Ficha de atividades

1. Responda à autoavaliação a seguir.

Nomedoaluno:

Turma:

Expressei-mecomfluênciaeautoconfiança.

Useigestoseexpressõesdeacordocomostrechosqueli. Liostrechosquemecouberamnasequênciacorreta. Ouviosdemaisgruposcomatençãoerespeito.

2.

O que são fábulas?

Sim Parcialmente Não

Respostapessoal.Espera-sequeosalunosrespondamqueasfábulassãotextosnarrativosquetêmanimais queagemcomosereshumanosequesãoproduzidascomoobjetivodetransmitirensinamentosàspessoas.

Aula 6

Inicie a aula com os alunos sentados às suas carteiras e informe que eles vão ler a fábula"O galoearaposa",com oobjetivode observar,especialmente,ossinaisde pontuação

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usados para indicar diálogos na narrativa e a função dos trechos do narrador. Prepare cópias da fábula e distribua-as aos alunos, solicitando que acompanhem atenta e silenciosamente a leitura que você fará em voz alta. Prepare sua leitura para fazê-la com entonação e ritmos adequados e altere as vozes das personagens e diferencie-as dos trechos de fala do narrador. Desse modo, os alunos poderão identificar com maior facilidade as diferentes vozes presentes na narrativa e ficarão atentos a cada personagem

O galo e a raposa

O galo e as galinhas viram que lá longe vinha uma raposa. Empoleiraram-se na árvore mais próxima, para escapar da inimiga. Com sua esperteza, a raposa chegou perto da árvore e se dirigiu a eles:

Ora, meus amigos, podem descer daí. Não sabem que foi decretada a paz entre os animais? Desçam e vamos festejar esse dia tão feliz!

Mas o galo, que também não era tolo, respondeu: Que boas notícias! Mas estou vendo daqui de cima alguns cães que estão chegando. Decerto eles também vão querer festejar. A raposa mais que depressa foi saindo: Olha, é melhor que eu vá andando. Os cães podem não saber da novidade e querer me atacar.

ABREU, Ana Rosa etal Alfabetização: livro do aluno. Brasília: Fundescola/SEF-MEC, 2000. p. 104. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000589.pdf. Acesso em: 15 jan. 2022

Após a leitura em voz alta, utilize as perguntas da Ficha de atividades a seguir para conduzir uma conversa que favoreça a reflexão sobre a organização do discurso direto e sobre a pontuação utilizada para diferenciar as falas das personagens

Ficha de atividades

1. Quais são as personagens dessa história? Todas elas participam do diálogo?

As personagens são o galo, as galinhas, a raposa e os cães. Somente o galo e a raposa participam do diálogo.

2. Vocês conseguiram identificar as falas das personagens na leitura oral? Resposta pessoal.

3. Como podemos identificar as falas das personagens no texto escrito? Há marcas que nos ajudam a identificá-las?

As falas das personagens iniciam com travessão e são antecedidas por dois-pontos.

4. A frase "Mas o galo, que também não era tolo, respondeu:" é uma fala de personagem ou um trecho do narrador?

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É um trecho do narrador.

5. O narrador dessa fábula participa da história ou apenas narra o que está acontecendo?

O narrador apenas narra o que está acontecendo.

Após a discussão, registre um trecho da fábula em uma cartolina, utilizando uma cor diferente para escrever as falas de cada uma das personagens e outra para os trechos de fala do narrador. Destaque de vermelho os travessões e os dois-pontos Afixe esse registro em uma parede da sala de aula para que os alunos possam usá-lo como referência quando forem produzir seus textos.

Avaliação

Nesta aula, é importante analisar se os alunos estão compreendendo o uso da pontuação nos diálogos como forma de diferenciar as falas das personagens e separá-las dos trechos de fala do narrador. A participação e as contribuições de cada aluno ao longo da discussão sobre a narrativa apresentada poderão lhe oferecer informações importantes nesse sentido.

Ao finalizar a aula, pergunte aos alunos se compreenderam as formas utilizadas para distinguir as falas de diferentes personagens e os trechos do narrador. Pergunte se já conheciam essa forma de organização de diálogos escritos, se tinham facilidade para usar a pontuação própria desses textos e se, depois de participar dessa atividade, sentem-se um pouco mais seguros para utilizá-la em novas produções escritas.

Aula 7

Para iniciar esta aula, explique aos alunos que nesta atividade eles serão levados a identificarem o assunto de cada parágrafo de uma fábula que já leram, para que possam, com base nisso, compreender como organizar em parágrafos textos do gênero narrativo, como lendas, fábulas, contos etc. Peça que os alunos expliquem o que entendem por parágrafo e, com base nas respostas, certifique-se de que compreendem que os parágrafos são partes do texto que iniciam com a primeira letra maiúscula e em cujo final há um sinal de pontuação. Comente também que, geralmente, há um espaço antes do parágrafo.

Distribua para os alunos as cópias da fábula a seguir, que foi utilizada na Aula 1, e solicite que acompanhem a leitura que você fará em voz alta.

A formiga e a pomba

Uma formiga sedenta chegou à margem do rio, para beber água. Para alcançar a água, precisou descer por uma folha de grama. Ao fazer isso, escorregou e caiu dentro da correnteza.

Pousada numa árvore próxima, uma pomba viu a formiga em perigo. Rapidamente, arrancou uma folha de árvore e jogou dentro do rio, perto da formiga, que pôde subir nela e flutuar até a margem.

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Logo que alcançou a terra, a formiga viu um caçador de pássaros, que se escondia atrás de uma árvore, com uma rede nas mãos. Vendoquea pombacorria perigo, correu até o caçador e mordeu-lhe ocalcanhar. A dor fez o caçador largar a rede e a pomba fugiu para um ramo mais alto.

De lá, ela arrulhou para a formiga: — Obrigada, querida amiga. Uma boa ação se paga com outra.

ABREU, Ana Rosa etal Alfabetização: livro do aluno. Brasília: Fundescola/SEF-MEC, 2000. p. 104-105. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000589.pdf. Acesso em: 15 jan. 2022.

Terminada a leitura, proponha aos alunos queprocurem identificar o assunto de cada um dos quatro parágrafos. Após ouvir as hipóteses de todos, escreva na lousa o esquema a seguir, definindo o assunto de cada parágrafo (podem ser feitas adaptações considerando as respostas dos alunos). Estipule um tempo para essa atividade (por exemplo, aproximadamente 10 minutos).

Fábula: "A formiga e a pomba"

Parágrafo 1

A formiga vai beber água no rio, escorrega e cai na correnteza.

Parágrafo 2 Uma pomba vê a formiga em perigo e a ajuda a subir pela margem.

Parágrafo 3 A formiga percebe que a pomba está em perigo e a ajuda.

Parágrafo 4 A pomba agradece a ajuda recebida.

Ao finalizar a leitura, peça aos alunos que recontem oralmente a fábula "A cegonha e a raposa". Registre na lousa a sequência dos acontecimentos, refazendo com eles o fio da narrativa. Em seguida, escreva ao lado dessa sequência de acontecimentos o roteiro com a indicação dos parágrafos. Mostre para a turma que o roteiro de divisão dos parágrafos corresponde, em grande parte, à sequência dos principais acontecimentos da história.

Fábula: "A cegonha e a raposa"

Parágrafo 1 A raposa convida a cegonha para jantar, mas prepara comidas moles e líquidas e as serve sobre uma pedra lisa.

Parágrafo 2 A cegonha não consegue comer e machuca o bico.

Parágrafo 3 Por não conseguir comer, a cegonha vai embora.

Parágrafo 4 A cegonha convida a raposa para jantar.

Parágrafo 5 A cegonha serve a comida em vasos compridos e altos e a raposa não consegue comer.

Parágrafo 6 A raposa vai embora com fome.

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Verifique o grau de compreensão dos alunos sobre o modo como foi feita a divisão da fábula em seis parágrafos. Aparticipação e as contribuições deles ao longo da discussão sobrecada umadasfábulasapresentadaspoderãooferecerinformaçõesimportantesnesse sentido.

Ao finalizar a aula, pergunte se compreenderam a relação entre os roteiros e a divisão dos parágrafos em cada fábula. Pergunte também se já conheciam essa forma de dividir os textos e se, depois de participar das duas atividades, sentem-se mais confiantes para tentar fazer a divisão dos parágrafos em outras histórias.

Aula 8

Nesta aula, informe que serão abordadas expressões que costumamos utilizar para introduzir parágrafos, como marcadores de tempo, marcadores de espaço e outras expressões que podem fazer a ligação entre dois parágrafos, explicitando, por exemplo, relações de causa e consequência.

Depois, distribua cópias da fábula a seguir e faça a leitura em voz alta.

O lobo e o cão

Certo dia, um lobo e um cão se encontraram num caminho. Disse o lobo:

— Companheiro, você está com ótimo aspecto: gordo, o pelo lustroso… Estou até com inveja!

— Ora, faça como eu — respondeu o cão. — Arranje um bom amo. Eu tenho comida na hora certa, sou bem tratado... Minha única obrigação é latir à noite, quando aparecem ladrões. Venha comigo e você terá o mesmo tratamento.

No mesmo instante, o lobo aceitou a proposta e os dois se puseram a caminho. Mas, de repente, o lobo reparou numa coisa.

— O que é isso no seu pescoço, amigo? Parece um pouco esfolado… — observou ele.

— Bem — disse o cão — isso é da coleira. Sabe? Durante o dia, meu amo me prende com uma coleira, que é para eu não assustar as pessoas que vêm visitá-lo.

Então, o lobo se despediu do amigo ali mesmo:

— Vamos esquecer — disse ele. — Prefiro minha liberdade à sua fartura.

ABREU, Ana Rosa etal Alfabetização: livro do aluno. Brasília: Fundescola/SEF-MEC, 2000. p. 107. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ me000589.pdf. Acesso em: 15 jan. 2022. (Adaptado.)

Depois de ler, informe que todos farão juntos uma nova leitura, procurando identificar algumas expressões utilizadas para iniciar os parágrafos, marcando o tempo ou o lugar em queosacontecimentosocorrerameoutrasexpressõesqueindicamrelaçõesdecausalidade

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(causa-efeito). Na fábula "O lobo e o cão", as expressões que podem ser destacadas são: "Certo dia", "No mesmo instante" (marcadores temporais) e " Então" (conjunção que aponta relação de causalidade).

Para dar continuidade à atividade anterior, organize a turma em duplas e solicite que façam a leitura de mais uma fábula: "O leão e o ratinho". Proponha que, durante a leitura, identifiquem e destaquem com lápis de cor as expressões que iniciam os parágrafos: marcadores de tempo, marcadores de lugar e expressões conectivas, ou seja, expressões que ligam um parágrafo a outro. Combine o tempo que terão para realizar essa atividade e, ao final, solicite que listem as expressões destacadas. Por fim, registre-as na lousa. Nesta fábula, as expressões a serem destacadas são: "Há muito tempo", "Rapidamente", "Algum tempo depois", "Nisso".

O leão e o ratinho

Há muito tempo, um leão, cansado de tanto caçar, dormia espichado à sombra de uma boa árvore. Vieram uns ratinhos passear em cima dele e ele acordou.

Rapidamente, todos conseguiram fugir, menos um, que o leão prendeu embaixo da pata. Tanto o ratinho pediu e implorou que o leão desistiu de esmagá-lo e deixou que fosse embora.

Algum tempo depois, o leão ficou preso na rede de uns caçadores. Não conseguia se soltar, e fazia a floresta inteira tremer com seus urros de raiva.

Nisso, apareceu o ratinho. Com seus dentes afiados, roeu as cordas e soltou o leão.

Uma boa ação ganha outra.

ABREU, Ana Rosa etal Alfabetização: livro do aluno. Brasília: Fundescola/SEF-MEC, 2000. p. 101. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ me000589.pdf. Acesso em: 15 jan. 2022. (Adaptado.)

Aula 9

Nestaaula,informeaosalunosqueelesdeverãoreescreverumadasfábulaslidasnas aulas anteriores, de modo a ampliar o texto com o acréscimo de diálogos entre as personagens. Retome com os alunos a distinção entre o discurso do narrador e o discurso das personagens, atentando para o uso das pontuações. Em seguida, retome os estudos anteriores sobre a organização do parágrafo, de modo que os alunos compreendam a importância de pensar os novos diálogos em articulação direta com o assunto que é tratado em cada parágrafo.

Para que os alunos possam compreender a atividade proposta, faça a leitura de uma fábula em sua versão original e, em seguida, na reescrita. Sugere-se a fábula "A rã e o touro", lida na segunda aula desta Sequência didática. Abaixo, encontra-se a versão resultante da reescrita dessa fábula.

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A rã e o touro

Um grande touro passeava pela margem de um riacho. A rã ficou com muita inveja de seu tamanho e de sua força. Sua inveja era tanta, que comentou com as companheiras do riacho:

O touro acha que somente ele pode ser forte e grande. Mas vou mostrar que ele está enganado. Então, começou a inchar, fazendo enorme esforço, para tentar ficar tão grande quanto o touro.

Depois de grande esforço, perguntou às companheiras do riacho se estava do tamanho do touro. Uma delas então respondeu:

Não, você ainda continua miúda e franzina. Está longe de alcançar o touro.

A rã tornou a inchar e inchar, mas, ainda assim, não alcançou o tamanho do touro.

Mais confiante no seu propósito, a rã perguntou novamente:

E agora, já ultrapassei o touro?

As companheiras riram e disseram que faltava bastante para que a pequena rã se igualasse ao touro.

Pela terceira vez, a rã tentou inchar. Mas fez isso com tanta força que acabou explodindo, por culpa de tanta inveja.

ABREU, Ana Rosa etal Alfabetização: livro do aluno. Brasília: Fundescola/SEF-MEC, 2000. p. 102. (Adaptado.)

Após a leitura do texto, mostre a versão original e a versão adaptada, destacando as alterações, de modo que os alunos verifiquem o uso da pontuação, a articulação entre o discurso das personagens e o discurso do narrador e a organização dos parágrafos em função dos assuntos. A comparação entre as versões possibilita que os alunos compreendam a necessidade de pequenos ajustes no texto, de modo a garantir a progressão textual e o encadeamento lógico das informações.

Após essa análise, providencie cópias dos textos "O galo e a raposa", "A formiga e a pomba", "A cegonha e a raposa", "O lobo e o cão" e "O leão e o ratinho", estudados nas aulas anteriores, para que os alunos, em duplas, possam escolher qual fábula vão recontar.

Oriente-os com relação ao uso da criatividade, mas garantindo que a reescrita não descaracterize a fábula originalmente escolhida. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 20 minutos aproximadamente).

Ao final da atividade, recolha os textos produzidos para fazer, em uma folha avulsa, os apontamentos necessários, relacionados especialmente à coerência entre as falas das personagens e o discurso do narrador, ao uso correto das pontuações e à conexão entre um parágrafo e outro (se foi feita ou não)

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Depois, devolva as produções de cada dupla e solicite que façam a revisão e produzam a versão final. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, cerca de 10 minutos).

Quando todas as fábulas estiverem concluídas, organize a turma em grupos para que as duplas compartilhem, lendo em voz alta para os amigos, suas produções.

Avaliação

A avaliação deve levar em conta não apenas a produção escrita, mas também as exposições orais e os momentos de discussão em grupo. Para isso, observe e realize anotações durante todo o processo de aprendizagem.

Para avaliar a produção textual, observe o modelo de quadro a seguir, que é uma grade de correção. Desenhe-o na lousa e solicite aos alunos que façam o mesmo no caderno, preenchendo-o nas duplas.

Modelo de quadro

Nomes:

O diálogo envolve as personagens citadas?

O diálogo liga-se ao parágrafo anterior de forma coerente?

A pontuação para demarcar as falas das personagens foi utilizada?

Parágrafo 1

Parágrafo 2

Parágrafo 3

Parágrafo 4 Respostas pessoais.

Depois, entregue às duplas a Ficha de atividades a seguir, com atividades de produção de escrita. Leia-a com os alunos e caminhe pela sala de aula, ajudando-os com possíveis dúvidas.

Ficha de atividades

1. Vocês consideram que a identificação dos parágrafos facilitou a reescrita com acréscimo de diálogos? Por quê?

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2. Vocês consideram que a análise de um modelo de reescrita ajudou na produção autoral?

Por quê?

3. Vocês acham que os roteiros com "assuntos dos parágrafos" podem auxiliar na produção de textos de outros gêneros textuais? Por quê?

Respostaspessoais.

Aula 10

Com os alunos em suas carteiras, dispostas em semicírculo, explique que nesta aula eles conhecerão alguns dos elementos que constituem as frases, de modo que possam compreender como eles são fundamentais na escrita de um texto. Pergunte se recordam como se denominam as palavras que dão nome às coisas, às pessoas, aos objetos e aos sentimentosouemoções etc.Em seguida,perguntesobrepalavras quevariamparadarideia de tempo (presente, passado ou futuro) e indicar pessoas do discurso (eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas) às quais se referem. Explique que as palavras que atribuem nomes a algo ou alguémsãodenominadas substantivos eque aspalavras quevariam paradarideiade tempo e indicar pessoas do discurso são denominadas verbos. Comente que, em praticamente

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todos os textos que produzimos, sejam escritos, sejam orais, fazemos usos dessas palavras, pois elas garantem a coerência entre uma ação, o sujeito e o complemento dessa ação.

Com base nessas reflexões iniciais, proponha a análise de uma frase para identificar os elementos que a compõem.

Escreva na lousa a frase abaixo e solicite à turma a leitura em coro.

"[

…] o lobo se despediu do amigo ali mesmo."

Após a leitura, faça as perguntas da Ficha de atividades a seguir para que os alunos respondam oralmente.

Ficha de atividades

1. Quais são os substantivos da frase?

Lobo e amigo

2. Qual palavra varia para passar a ideia de tempo e para indicar uma pessoa do discurso?

Despediu

3. Qual expressão indica um lugar?

Ali mesmo

4. Quem realizou a ação de se despedir, ou seja, quem foi o agente dessa ação?

O lobo

5. De quem o lobo se despediu?

Do amigo. Faça a correção das perguntas de forma coletiva, de modo que os alunos possam expor eventuais dúvidas.

Em seguida, explique que os verbos, quando indicam ação, demandam um agente dessa ação e, por vezes, também demandam um complemento para esclarecer essa ação. No caso da frase analisada, o agente da ação, ou seja, aquele que executa a ação expressa pelo verbo (despedir-se) é o substantivo lobo. Quando dizemos que nos despedimos de alguém, faz-se necessário esclarecer de quem nos despedimos. Dessa maneira, na frase analisada, o substantivo amigo e o indicativo de localidade ali mesmo exercem essa função de complemento do verbo.

Para auxiliar os alunos na compreensão desses conceitos gramaticais, apresente as frases abaixo e solicite que identifiquem nelas o agente, o verbo e o complemento, a fim de preencher a tabela.

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Frase

Agente Ação

Complemento

O galo e as galinhas viram uma raposa. O galo e as galinhas viram (ver) uma raposa

Um grande touro passeava pela margem do rio.

Um grande touro passeava (passear) pela margem do rio

A rã tornou a inchar A rã tornou (tornar) a inchar

Uma pomba viu a formiga em perigo Uma pomba viu (ver) a formiga em perigo

A cegonha convidou a raposa para jantar.

Aula 11

A cegonha convidou (convidar) a raposa para jantar

Nesta aula, informe aos alunos que eles farão um jogo utilizando algumas frases das fábulas lidas nas aulas anteriores. Em seguida, organize a turma em grupos de quatro alunos e explique as regras e as etapas do jogo. Liste as regras em um cartaz e afixe-o em uma parede da sala de aula para que possa ser consultado por todos ao longo da atividade. Segue a sugestão:

Jogo de frases

Como jogar

1. Cada grupo receberá uma folha pautada e três saquinhos: o primeiro saquinho contém fichas com expressões que podemos usar como sujeito/agentes de uma frase; o segundo contém fichas com verbos; e o terceiro, fichas com expressões que podemos usar como complemento de uma frase (sugere-se usar as expressões a seguir, retiradas das fábulas):

SAQUINHO 1 – SUJEITO

GALO

FORMIGA

CEGONHA

LOBO

CÃO

LEÃO

RATINHO

RAPOSA

GALINHAS

SAQUINHO 2 – VERBO

ARRANCOU

CORRIA

ACABOU

PERGUNTARAM

ALCANÇOU

FEZ

PRENDEU

FAZIA

RESPONDERAM

CONVIDOU

CAIU

PUSERAM

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2. Ao receberem os saquinhos, cada grupo deverá formar ao menos oito frases, utilizando, em cada uma delas, necessariamente, 1 cartão de cada saquinho (sujeito+verbo+ complemento). Além disso, para construir as frases, é necessário que o grupo esteja atento a dois aspectos fundamentais:

 O sujeito e o verbo devem combinar entre si (concordância verbal). Exemplo: na frase "Asgalinhacaiudaárvore", o verbo não combina com o sujeito,porque o sujeito está no plural e o verbo, no singular. Para valer 1 ponto, a frase deveria ser construída do seguinte modo: "Asgalinhascaíramdaárvore"

 A frase deve ter sentido (aspecto semântico) e transmitir uma ideia que seja possível compreender. Para que os alunos entendam esse critério, ofereça exemplos. É possível usar um cartão de cada saquinho e formar "Arãprendeuocaminho", mas essamensagemnãotemsentido,entãonãovaleponto.Paratersentido,deve-seusar outro verbo e formar "Arãfezocaminho"

Após explicar as regras do "jogo de frases", estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 20 minutos). Então, solicite aos grupos que se organizem e comecem a jogar. Para formar as frases, os alunos devem posicionar os cartõezinhos sobre as carteiras.

Terminado o tempo combinado para o jogo, solicite que cada grupo dite, de uma vez, as frases elaboradas e as registre na lousa. Não é necessário registrar mais de uma vez as frases repetidas. Os demaisgruposdevem acompanhar o registro nalousa, conferindo se as frases elaboradas respeitam os critérios estabelecidos no início do jogo. Para cada frase elaborada que tenha sentido e que apresente sujeito e verbo combinando, o quarteto ganha 1 ponto.

Nessa atividade, é fundamental que o professor circule pela sala de aula observando o envolvimento e o desempenho de cada aluno no trabalho em grupo. Caso perceba que alguns alunos apresentam dificuldades para participar, faça intervenções que possam ajudá-los a resolvê-las.

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SAQUINHO3 – COMPLEMENTO

É possível, por exemplo, que alguns alunos tenham dificuldades para associar o sujeito ao verbo de modo que respeite as regras de concordância verbal. Nesse caso, leia a frase construída, em voz alta, e trabalhe conduzindo o raciocínio dos alunos com perguntas semelhantes às que estão na Ficha de atividades a seguir.

Ficha de atividades

1. Na frase que vocês construíram: "As galinhas fez o jantar", será que o verbo fez combina com o sujeito As galinhas? Por quê?

O sujeito e o verbo não estão combinando, porque o sujeito está no plural e o verbo, no singular.

2. Se substituirmos fez por fizeram, o verbo combinará com o sujeito? Por quê?

Sim, porque o verbo estará no plural e o sujeito também.

3. Entre os verbos das fichas, quais outros combinam exatamente com o sujeito As galinhas?

Puseram; perguntaram; responderam.

É possível, também, que haja alunos que apenas associem as fichas dos diferentes saquinhos, sem atentar para o sentido das orações produzidas (aspecto semântico). Nesses casos, é possível apontar a falta de sentido e a dificuldade em compreender a mensagem elaborada, sugerindo novas combinações entre as fichas.

Avaliação

Avalie o grau de compreensão dos alunos em relação aos conteúdos trabalhados (a divisão das orações em três blocos, de acordo com a sintaxe: sujeito + verbo + complemento). Distribua uma lista com dez frases, escolhidas entre as que foram elaboradas pelos grupos e analisadas no "jogo das frases" Solicite aos alunos que destaquem os elementos de cada uma, sublinhando: em amarelo o sujeito; em vermelho, o verbo; em azul, o complemento.

Em seguida, faça perguntas que permitam aos alunos compreenderem a relação entre o jogo desenvolvido e as situações do cotidiano em que terão de usar os verbos em frases e textos, respeitando as regras de concordância verbal, para se comunicarem com clareza, oralmente ou por escrito.

É fundamental ajudar a turma a entender que o principal objetivo do trabalho com esse conteúdo é aprender a usar os verbos para construir frases claras, em diferentes contextos significativos, ou seja, é aprender a utilizar os verbos em frases que permitam comunicar ideias em diferentes situações do cotidiano. Para avaliar esse aspecto, pergunte: saber como uma frase é formada (sujeito + verbo + complemento) usando o "Jogo das frases" nos ajuda a nos expressarmos melhor quando falamos ou escrevemos? Atividades como essa nos ajudam a escrever de forma mais clara?

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Por fim, utilize suas anotações durante a Sequência didática e as respostas a essas perguntas para avaliar se há necessidade de retomar conteúdos estudados e analisar quais abordagens podem ser mais interessantes para a sua turma em um momento de revisão. Procure avaliar também a sua atuação na mediação de conteúdo, identificando se houve desafios e entendendo como superá-los.

Sugestões

• ABREU, Ana Rosa etal Alfabetização: livro do aluno. Brasília: Fundescola/SEF-MEC, 2000.

O livro apresenta uma coletânea de contos tradicionais, fábulas, lendas e mitos de domínio público.

• JAHN, Heloísa. Fábulas de Esopo. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2004.

O livro é composto de 53 fábulas de Esopo ilustradas por 29 artistas.

• LA FONTAINE, Jean de. Fábulas de La Fontaine São Paulo: Estação Liberdade, 2004.

O livro apresenta 43 fábulas ilustradas com guaches do francês Marc Chagall.

Sequência didática 8 • Conhecer textos instrucionais e estudar verbos

Nesta Sequência didática, serão abordados textos instrucionais dos gêneros textuais receita e manual de instruções. Por meio da análise de uma receita culinária, serão observadas as características do gênero: estrutura composicional, função comunicativa e características linguísticas. Com isso, os alunos produzirão uma receita culinária, incluindo procedimentos de planejamento, escrita, revisão e edição de texto. Para compreender a relação entre os gêneros textuais e seus suportes, haverá a análise e a produção de um vídeo de receita culinária.

A abordagem de diversos textos instrucionais desenvolve a percepção da presença desses textos no dia a dia. Para aprofundar o conhecimento sobre eles, será elaborado um manual de instruções para a criação de um terrário. Ao final, com o objetivo de visualizar a sua função na prática, os alunos experimentarão a criação de um terrário, coletivamente, em sala de aula.

Objetivos de aprendizagem

• Compreender a função social e as características do gênero textual receita.

• Identificar os elementos característicos dos textos instrucionais e compreender o uso de verbos no imperativo.

• Planejar, escrever, revisar e editar uma receita de suco.

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 Analisar um vídeo de receita culinária.

 Compreender a relação entre os gêneros textuais e seus suportes, mediante a comparação entre a receita escrita e a receita apresentada por meio de vídeo de receita culinária.

 Roteirizar e produzir vídeo de receita culinária.

 Identificar os aspectos não linguísticos (paralinguísticos) observados na fala, como direção do olhar, riso, gestos, movimentos da cabeça (de concordância ou discordância), expressão corporal, tom de voz.

 Planejar e escrever um manual de forma coletiva.

Plano de aulas

Aula 1: Introduzir o texto instrucional receita culinária.

Aula 2: Produzir receitas em grupo.

Aula 3: Editar e finalizar a receita.

Aula 4: Analisar um vídeo de receita culinária.

Aula 5: Planejar e produzir um roteiro de receita culinária.

Aula 6: Gravar um vídeo de receita culinária.

Aula 7: Introduzir o texto instrucional: manual de criação de terrário.

Aula 8: Compor coletivamente um terrário.

Componentes essenciais para a alfabetização: Compreensão de textos, desenvolvimento de vocabulário, consciência fonológica e fonêmica e produção de escrita.

Competências gerais da Educação Básica: 1, 4 e 9.

Competências específicas de Língua Portuguesa: 2 e 8.

Habilidades: EF15LP05, EF15LP06, EF03LP11, EF03LP14, EF03LP15, EF03LP16, EF35LP18 e EF35LP20.

Materiais necessários: Canetas hidrocor ou giz de cera, cópias da receita sugerida, retroprojetor ou equipamento multimídia, cópias da imagem de um terrário (também pode ser usado o projetor de imagens para mostrar diversos terrários), 1 garrafa PET de 2 litros cortada na altura de cerca de 20 cm e lavada ou outro recipiente com abertura na parte superior, pedrinhas ou cascalho, areia, carvão triturado, terra, pequenas plantas variadas com raízes (samambaias, musgos, avencas, heras etc.), galhos secos, plástico para fechar o recipiente, fita adesiva, se possível, pequenos animais de jardim (formigas, minhocas, joaninhas, tatuzinhos, bichos-pau, caracóis, lesmas etc.), regador ou garrafa PET de 500 mL com a tampa furada, água, plástico, câmera fotográfica, tablets ou celulares para gravação do vídeo e cartolina.

Aula 1

Inicie a aula organizando os alunos em semicírculo. Em seguida, peça que verbalizem os alimentos de que mais gostam. Depois, pergunte como imaginam que esses alimentos são preparados para o consumo. Estimule os alunos com perguntas, levando-os a perceber

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que deve haver um planejamento para preparar um alimento: decidir o que será feito, como será feito e em que ordem será feito. Também é preciso pensar nos ingredientes necessários para o preparo.

Explique que, para preparar um prato, é preciso seguir alguns procedimentos, que podem variar a depender da cultura culinária de quem o prepara. Por exemplo, para uma das maneiras de fazer o arroz, que é comum no Brasil, é necessário pensar na quantidade que se pretende fazer, separar essa quantidade, lavar o arroz e deixar escorrer a água. Depois, em uma panela, fritar cebola e/ou alho, para ajudar a dar gosto ao arroz, acrescentar o arroz e fritá-lo, colocar a água e deixá-lo cozinhando. Certifique-se de que a turma perceba a necessidade de seguir passos e obedecer a uma ordem.

Informe que essa estrutura é comum na maioria das receitas culinárias, ou seja, há os ingredientes e suas quantidades e o modo de preparo, no qual são apresentados os passos e a ordem em que os ingredientes devem ser incorporados para que se chegue ao resultado esperado.

Abra espaço para que os alunos comentem se já fizeram alguma receita ou se já viram alguém fazendo. Espera-se que a turma relacione essa discussão com o que já viram em casa, por exemplo, ou mesmo em programas de culinária na TV.

Selecione um ou dois exemplos de receitas citados pelos alunos e registre na lousa o que eles lembram em relação aos ingredientes e ao modo de fazer dessas receitas.

Durante a discussão, informe que à lista de ingredientes é necessário inserir a quantidade necessária de cada produto para aquela receita.

Em seguida, apresente o exemplo de uma receita, distribuindo cópias para os alunos.

PANQUECA COLORIDA

Ingredientes

½ xícara de chá de farinha de trigo branca

½ xícara de chá de farinha de trigo integral

1 xícara de chá de leite

1 colher de café de sal (ou uma pitada)

1 ovo

Para colorir:

Meia beterraba (para ficar cor-de-rosa)

Meia cenoura (para ficar alaranjada)

Folhas de dois talos de espinafre (para ficar verde)

Modo de fazer

Coloque o leite, as farinhas, o ovo e o sal no liquidificador. Bata tudo até que a massa fique uniforme e lisa. Em seguida, escolha com qual cor vai colorir a massa e acrescente o legume ou hortaliça sugerida. Bata novamente até que a massa misture por completo.

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Aqueça uma frigideira e unte com um fio de azeite. Despeje um pouco da massa, o suficiente para cobrir o fundo da frigideira. Quando perceber que a massa já está secando, vire-a com a ajuda de uma espátula. Deixe por 1 minuto e reserve em um prato. Repita o mesmo processo até acabar a massa. Com as massas prontas, escolha o recheio de sua preferência e enrole as panquecas.

Elaborado especialmente para esta obra.

Chame a atenção dos alunos para o título e para as duas partes que compõem a receita: ingredientes e modo de fazer. Explique que o título informa o nome do prato que será feito. Nos ingredientes, além dos nomes dos itens que fazem parte da receita, são apresentadas as quantidades deles, que geralmente são especificadas com medidas de utensílios de cozinha, como: colher de sopa, colher de café, xícara etc. No modo de fazer, há a explicação dos passos que devem ser seguidos e a ordem correta a ser seguida para que a receita dê certo. Chame a atenção para os verbos nessa parte: coloque, misture, bata, aqueça, repita etc.

Para finalizar, pergunte à turma para que servem as receitas culinárias e quando são utilizadas. Espera-seque osalunosfaçam associações comatividadesdo diaa dia,tantoem relaçãoàprópriacasaquantoemrelaçãoarestauranteselanchonetes,porexemplo,fazendo menção aos profissionais que atuam na área, como cozinheiros e chefs .

Aula 2

Inicie a aula retomando a estrutura de uma receita. Em seguida, informe aos alunos que eles criarão uma receita de suco. Comece perguntando quais são os sucos preferidos da turma. Registre na lousa os nomes dos sucos mais citados. Nesse momento, chame a atenção dos alunos para a importância de falar um por vez, levantar a mão para pedir a fala e ouvir os colegas com atenção e respeito.

Em seguida, pergunte se já tomaram sucos feitos de mais de uma fruta, por exemplo, laranjaeacerola.Pergunteseépossívelfazerumsucocomváriasfrutaseseépossívelfazer sucos misturando frutas, legumes e verduras, por exemplo, laranja e cenoura ou laranja e couve.Abra espaço para queos alunosverbalizem ascombinaçõesque conheceme registre na lousa os sucos citados.

Proponha quea turma faça umalista coletivacomas frutas,os legumes easverduras que costumam consumir. Para isso, combine que todos terão oportunidade de contribuir para a formação da lista e que devem fazer isso de forma organizada, respeitando a vez do colega de falar. Proponha que levantem a mão para falar e aguardem a vez. Registre a lista em uma folha de papel pardo e afixe-a na sala de aula para que seja consultada durante a atividade.

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Depois, divida a turma em quartetos e explique que cada grupo deverá criar a receita de um suco natural, além dos que já foram citados. Peça que observem a lista das frutas, legumes e verduras preferidos, feita em conjunto, e que pensem em combinações de sabores que poderiam ficar gostosos e atrativos.

Em seguida, distribua folhas pautadas e solicite aos quartetos que escrevam o rascunho da receita do suco que criaram. Antes de começarem, registre na lousa uma lista com as partes específicas que receitas culinárias costumam conter:

• título;

• ingredientes;

• modo de fazer

Nessa etapa, é importante que os alunos sejam estimulados a criarem receitas diferentes das tradicionais e que procurem misturar frutas, legumes e verduras para compor novos sabores de sucos. Oriente-os também em relação ao que é comum encontrar na região onde moram, valorizando a agricultura local. Ressalte que devem usar verbos como: pegue, misture, mexa, faça etc.

Leve os alunos a perceberem que nos textos instrucionais, como a receita, os verbos podem assumir duas formas, denominadas, respectivamente, infinitivo e imperativo. No infinitivo, o verbo não é conjugado. Lembre os alunos da forma como os verbos aparecem em dicionários. Já o imperativo corresponde ao modo de conjugação do verbo que indica a determinação de uma ação, ou seja, os alunos deverão concluir que, nesse modo, o verbo indica uma ordem, orientação. Dessa forma, em receitas culinárias e outros textos instrucionais, os verbos passam orientações sobre a execução de uma ação. Comente que os verbos aparecem dessa maneira em receitas e demais textos instrucionais para transmitir as orientações de forma objetiva e clara, garantindo que o leitor da receita compreenda exatamente o que deve ser feito.

A participação dos alunos na discussão demonstrará os conhecimentos prévios que cada aluno é capaz de mobilizar ao discutir sobre frutas, legumes e verduras consumidos no dia a dia. Por isso, é importante circular pelos grupos enquanto discutem, estimulando a participação de todos e verificando a pertinência ou não das contribuições feitas por cada um. A produção da primeira versão da receita de suco permite observar o conhecimento prévio da turma sobre esse gênero textual e seus aspectos de composição e de disposição gráfica.

Ao final dessa etapa, recolha os rascunhos produzidos e diga aos alunos que eles serão devolvidos na próxima aula. Em uma folha avulsa, faça anotações relativas à:

• presença dos elementos que devem compor a receita;

• disposição gráfica do texto;

• clareza das orientações incluídas no tópico "modo de fazer".

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Informe aos alunos que retomarão a primeira versão da receita criada para fazer os ajustes necessários de acordo com suas indicações e com a avaliação do próprio grupo.

Peça que voltem aos mesmos grupos da aula anterior. Distribua a primeira versão da receita e as anotações que você fez para que analisem o que escreveram e passem para a escrita da versão final.

Faça algumas perguntas da Ficha de atividades a seguir, a serem debatidas oralmente,paraqueosgruposreflitamsobreosaspectosespecíficosdasreceitasculinárias.

Ficha de atividades

1. Lembram-se da receita de panqueca colorida? Observando essa receita, quais partes podemos identificar? Que tipo de informações cada uma dessas partes apresenta?

Aspartesquepodemosidentificarsãotítulo(nomedareceita),ingredientes(alimentosquedevemserusados paraprepararareceita),mododepreparo(listadeprocedimentosnaordememquedevemserrealizados paraprepararareceita).Seacharconveniente,informequealgumasreceitascontêmtambémapartede rendimento,queindicaquantasporçõessãofeitascomaquelaquantidadedeingredientesouaquantas pessoasaquelaquantidade serve.

2. No modo de fazer, quais palavras foram usadas para iniciar as orientações? Quais outras podemos usar?

Espera-sequeosalunosmencionemverbosnoimperativopresentesnareceitaequedeemexemplosde outrosverbos,como: adicione, espere e transfira

Em seguida, distribua os rascunhos das receitas produzidas pelos quartetos na aula anterior. Peça que leiam o rascunho para verificar se atenderam à estrutura e às características do gênero textual. Oriente-os a observar se todos os ingredientes estão descritos corretamente, com as devidas quantidades. Também alerte para o modo de fazer, de maneira que analisem se todos os passos se encontram descritos na ordem correta e de maneira compreensível.

Emseguida,orienteosquartetosatrocaremsuasreceitasparaqueoutrogrupopossa verificar se o texto está claro e com instruções suficientes para que ela seja executada. Após essa revisão por um outro quarteto, cada grupo deve retomar a receita que produziu para fazer os ajustes necessários e produzir a versão final.

Distribua aos quartetos uma folha pautada, na qual devem registrar a versão final do texto. Recolha as receitas produzidas, pois serão utilizadas no vídeo de culinária a ser feito naspróximasaulas.Antesdeencerrar,pergunteoqueacharammaisdesafiadornoprocesso de criação da receita: a escolha dos ingredientes e quantidades ou a indicação do modo de fazer.

Se observar que há, nos grupos, alunos com dificuldades para participar dos procedimentos de revisão e reescrita das receitas e para realizá-los, procure identificar a

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Aula 3

dúvida e auxiliá-los na superação. Selecione um trecho da receita que precise ser revisto, registre-o na lousa, leia-o em voz alta e, com a turma, reescreva-o com as modificações necessárias. Nesse procedimento, atue como modelo, mostrando aos alunos marcas de revisão e a melhor forma de registrar por escrito o que se planejou durante a discussão. Pelo fato de você, professor, atuar como escriba, os alunos não precisarão se preocupar com a grafia das palavras, mas sim com a linguagem adequada a ser usada.

Aula 4

Nesta aula, os alunos assistirão a um vídeo de culinária infantil. Organize-os em um semicírculo, de modo que consigam visualizar a projeção do vídeo.

Inicie a aula perguntando quais são as características do texto instrucional receita, estudado nas aulas anteriores. Estimule-os a relembrar as partes que compõem a estrutura composicional desse gênero textual, as informações que são imprescindíveis e como devemos fazer uso dos verbos na explicação do passo a passo de uma receita.

Em seguida, diga que assistirão a um vídeo de culinária infantil. Pergunte se já assistiram a algum vídeo ou programa de TV de culinária. Pergunte também como esses vídeos ou programas são feitos, como as receitas são ensinadas e quais semelhanças ou diferenças há entre uma receita escrita e uma receita explicada por vídeo. Abra espaço para que os alunos possam comentar sobre vídeos ou programas que conhecem e como reconhecem as particularidades do texto instrucional. Comente como o recurso audiovisual pode facilitar o entendimento na execução de uma receita, além de conter dicas que nem sempre estão registradas numa receita escrita.

Após a mobilização inicial, projete aos alunos um vídeo de culinária infantil, para que possam observar as características instrucionais e os procedimentais presentes nesse suporte (acesse o vídeo "Receita: Oba, sacolé" no linkdisponível na seção Sugestões, ao final desta Sequência didática).

Antes de iniciar a projeção,leiao título dovídeo epergunteaosalunosse sabemoque é um sacolé, se já provaram ou se já fizeram. Esse tipo de sorvete, geralmente preparado de forma caseira, recebe diferentes nomes dependendo da região do país. Aproveite para ampliar o vocabulário dos alunos, perguntando se conhecem outras formas de denominar esse tipo de sorvete, como gelinho, chup-chup e dindim Após a visualização do vídeo, proponha aos alunos as perguntas da Ficha de atividades a seguir.

Ficha de atividades

1. Como é feita a abertura do vídeo?

Anarradorainformaqualreceitaseráfeitanoepisódiododia.

2. Após a abertura, quais informações a apresentadora do vídeo compartilha?

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Elainformaquevaicomeçarcomareceitadosacolédecoco.

3. Além do sacolé de coco, quais outros são ensinados no vídeo?

Sacolédemaracujáesacolédemelancia.

4. Por que as receitas são apresentadas separadamente no vídeo?

Porqueutilizamingredientesdiferenteserequeremmodosdefazertambémdiferentes.

5. Para a apresentação da receita, como foram organizadas as etapas de explicação?

Primeiro,apresentam-seosingredientesdecadasabordesacolée,emseguida,sãoapresentadososmodos depreparodecadaumdeles.

6. Após a apresentadora informar os ingredientes, ela diz que vai repetir essas informações. Por quê?

Paraquesejapossívelanotarcorretamentetodososingredientes.Comoafalaémaisrápidaqueaescrita,a repetiçãotemcomofinalidadeauxiliarosouvintesaanotaremcorretamentetudooqueseránecessário utilizarparafazerossacolés.

7. Na explicação do modo de preparo dos sacolés, quais verbos foram usados pela apresentadora?

Sacolédecoco: bata; encha; leve Sacolédemaracujá: abra; coloque; bata; coar; limpar; colocar, encha; leve Sacolédemelancia: bata; encha; coloque

8. Além de falar os nomes dos ingredientes e explicar oralmente o modo de preparo dos sacolés, que outro recurso é utilizado no vídeo para facilitar a compreensão e a execução da receita?

Mostram-seemimagensosingredienteseomododepreparo.Tambémnadescriçãodosingredientes,faz-se usodetextoescrito.

Para que os alunos possam refletir sobre as semelhanças e as diferenças entre uma receita registrada no suporte papel/caderno e uma receita registrada no suporte vídeo, produzanalousaumquadroconformeoexemploabaixo,demodoqueelesdescrevamquais características e recursos são comumente utilizados em cada um desses suportes.

Modelo de quadro

Tabeladecomparação

Receitanosuportepapel(escrita)

Descreveosingredientes.

Receitanosuportevídeo(vídeodeculinária)

Descrevem-seosingredientes.

Informaasquantidadesdecadaingrediente. Osingredientessãodemonstradosporfotografia ouporvídeo.

Explicamaisdetalhadamentesobreomodode preparo.

Informaasquantidadesdecadaingrediente.

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Podeconterdicasdecomorealizaropreparo corretamente.

Demonstraomododepreparocomimagensou vídeosexplicativos.

Poderepetirinformações,parafacilitaraanotação ouacompreensão.

Podeterumaaberturaexplicativasobreareceita.

Estimule os alunos a refletirem sobre os diferentes recursos utilizados em cada um dos suportes pelos quais estudaram a receita, ouvindo atentamente quais são as semelhanças e diferenças identificadas por eles.

É importante que os alunos observem que, apesar de o vídeo de culinária apresentar apossibilidadede usode diferentesrecursos,comovisualizaçãodosingredientesedomodo de preparo, a receita mantém seus elementos cruciais em qualquer um dos dois suportes estudados.

Em seguida, pergunte aos alunos qual dos dois formatos de receita torna mais fácil a preparação de um prato ou sobremesa para alguém que não tem experiência com culinária. Peça que os alunos justifiquem suas respostas. Embora a resposta seja de cunho pessoal, é possível que identifiquem o vídeo de culinária como mais fácil, uma vez que nele é possível ver os ingredientes e observar o modo de preparo.

Paraconcluir,informeaosalunosquenaaulaseguinteiniciarãoaprodução,emgrupo, de um vídeo de receita culinária, com a explicação sobre os ingredientes e modo de preparo de uma receita. Para isso, cada grupo deverá selecionar uma receita que será ensinada por meio de um vídeo.

Aula 5

Inicie a aulaexplicitando para a turma os conhecimentos construídos até omomento. Ressalte que essas e outras aprendizagens poderão ser usadas para atingir outros objetivos presentes em sua vida cotidiana. Informe que nesta aula eles deverão planejar suas falas e ensaiá-las antes de fazerem a gravação do vídeo, utilizando roteiros escritos como suporte. Esse passo a passo (1 – planejamento, 2 – ensaio, 3 – exposição oral) poderá ser usado por eles em diversas situações em que escolherem ou precisarem utilizar a linguagem oral para transmitir instruções que ajudem outras pessoas a aprenderem ou a realizarem uma nova tarefa.

Informe que os grupos vão apresentar suas receitas em um vídeo que será gravado na próxima aula. Para isso, devem discutir em grupo sobre como farão, qual será a ordem de apresentação, quem vai falar o que etc. Segue uma sugestão de roteiro.

Roteiro

 Como faremos a abertura da nossa apresentação?

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 Como mostraremos os ingredientes usados na receita?

 Qual é a melhor forma de explicar as etapas do modo de fazer?

 Além deexpor oralmentea receita,há algoquepossamosfazer para tornar ovídeo mais dinâmico e envolvente para os ouvintes? Como podemos fazer isso?

 Como vamos controlar o tempo para que a apresentação dure no máximo 10 minutos?

 Como faremos o fechamento do vídeo?

Nessa etapa, espera-se que os alunos percebam que podem usar ilustrações ou mesmoprodutosinnaturaaseremmostradosaosouvintes.Tambéméimportanteajudá-los a perceber que a exposição oral da receita para um vídeo de culinária supõe a reflexão sobre elementos não linguísticos (paralinguísticos) observados na fala, como direção do olhar, risos, gestos, movimentos da cabeça (de concordância ou discordância), expressão corporal e tom de voz.

Peça, então, aos grupos que planejem como farão suas apresentações, utilizando a receita escrita como roteiro, e estipule um tempo para cada apresentação (por exemplo, cerca de 10 minutos). Oriente-os a dividir os papéis e auxilie-os nessa tarefa:

 organizar os ingredientes e utensílios antes de iniciar a gravação;

 abertura: apresentar o grupo e dizer que receita vão fazer;

 mostrar os ingredientes e nomeá-los;

 executar (se for possível) ou explicar os procedimentos (modo de fazer);

 fazer o fechamento.

Por fim, solicite aos alunos que providenciem os materiais e os ingredientes necessários para a apresentação das receitas na próxima aula. Registre na lousa um bilhete aos responsáveis para que seja copiado na agenda ou no caderno.

A atividade de cópia do bilhete será uma excelente oportunidade de os alunos copiarem um texto com função social e, assim, atentarem para não omitir ou acrescentar letras nas palavras, além de dar espaço entre elas, de forma que a mensagem seja compreendida. Essa atividade oferece informações sobre o quanto os alunos estão familiarizados com as diferenças entre textos escritos e textos orais produzidos com base em textos escritos. Se perceber que há alunos com dificuldade para participar da discussão, identifique as dúvidas que apresentam e ajude-os a mobilizar seus conhecimentos prévios para solucioná-las.

Aula 6

No dia da gravação, combine com a turma a ordem dos grupos e ajude-os a se organizarem.

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Ressalte os combinados com a turma sobre ouvir os colegas com atenção e respeito e espere pela sua vez de falar. Também diga que ao final da gravação eles poderão fazer perguntas aos grupos em relação à receita gravada.

Disponha a turma em semicírculo e posicione a sua mesa ou duas mesas do aluno centralizadas. O grupo que estiver apresentando deve ficar à frente da sala de aula para poder usar os recursos disponíveis, como a lousa, para afixar cartazes com as imagens, por exemplo. Estipule um tempo para cada apresentação (por exemplo, 10 minutos aproximadamente) e inicie as gravações.

Ao final, incentive os alunos a comentarem o que acharam das criações Se os grupos provaram os sucos que inventaram, pergunte o que acharam

Avaliação

Distribua a ficha abaixo para que seja possível avaliar a participação dos alunos e o entendimento sobre a instrução.

Nomes dos componentes do grupo:

1. No roteiro, as etapas de apresentação estavam claras?

2. O grupo apresentou a receita de forma objetiva, indicando todos os passos e fazendo uso de imagens ou produtos innatura?

3. O grupo observou como deveria se portar quanto à postura, ao tom de voz, aos gestos etc.?

Aula 7

( ) Sim. ( ) Não.

( ) Sim. ( ) Não.

( ) Sim. ( ) Não.

Inicie a aula retomando os conhecimentos sobre receita estudados nas aulas anteriores. Conte aos alunos que, nas próximas aulas, eles lerão outro texto instrucional: o manual de criação de um terrário. Primeiro, proponha perguntas que ajudem os alunos a organizar as informações que têm ou que imaginam ter sobre um terrário: como, o que, como é um terrário? Alguém já viu um? Quem não viu, como imagina que seja? Espera-se que, mesmo que os alunos não saibam o que é um terrário, possam inferir pela palavra que seja algo que tenha relação com terra e que, com base nessa informação, seja possível explicar à turma o que é um terrário: a reprodução de um ambiente natural (ecossistema) em escala reduzida.

Mostre aos alunos a imagem de um terrário, para que tenham ideia de como ele é, distribuindo cópias ou usando o projetor de imagens. Chame a atenção para o fato de que, para o terrário da imagem, foi utilizado um pote de vidro. Ressalte que muitas pessoas fazem terrários como passatempo, incluindo elementos decorativos, por exemplo, casinhas.

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Crédito: @artandsoil/Unsplash

Após a discussão, apresente o material necessário para a produção de um terrário. Registre na lousa uma lista com os materiais necessários para a confecção, na ordem em que devem ser dispostos:

 garrafa PET de 2 litros, cortada na altura de cerca de 20 cm, lavada, ou outro recipiente com abertura na parte superior;

 pedras ou cascalhos (para cobrir o fundo);

 areia para cobrir, aproximadamente, 2,5 cm do recipiente;

 carvão triturado;

 terra (aproximadamente 5 cm);

 pequenas plantas variadas com raízes;

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 pedras e galhos secos;

 se possível, insetos (formigas e joaninhas, por exemplo) e/ou outros pequenos animais;

 água (sem encharcar nem formar poças);

 plástico e fita adesiva (sem vedar totalmente a boca do recipiente).

Façaaleitura dalista emvozaltaepromova uma discussãocomosalunos,combase nas perguntas da Ficha de atividades abaixo, a serem respondidas oralmente.

Ficha de atividades

1. Com base nessa lista, é possível compreender exatamente como montar um terrário?

Combasenalista,épossívelidentificarosmateriaisaseremutilizadoseinferirpartedasaçõesaserem realizadas,masaausênciadeorientaçõespodegerardúvidasobrecomoutilizarcadaumdosmateriaiseem queordem.

2. Quais outros elementos poderiam ser acrescentados a essa lista para que fosse possível compreender os passos para a confecção de um terrário?

Espera-sequeosalunosapontemqueserianecessário,porexemplo,detalharcadaetapa/procedimento, explicandocomoacomodarcadamaterialdentrodoterrário,qualéarelaçãoentreosdiferentesmateriais, paraqueservecadaumdelesetc.

3. Ver imagens de terrários ajuda na compreensão do que deve ser feito?

Verimagensdeterráriosprontosajudaacompreenderoquedeveserfeito,poishádetalhesquepodemser observadosnaimagemquenemsemprepodemserdescritoscomclarezapormeiodaescrita.

Após encerrar a exploração dessas questões, reproduza e afixe na lousa a imagem a seguir.

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Faça perguntas que levem os alunos a refletir sobre a função dessa imagem em um texto instrucional que explique como fazer um terrário. Ajude-os a pensar sobre como a imagem poderiaauxiliar nacompreensãodaquiloquedeveser feitoparachegaraoresultado esperado. Pergunte se ter uma imagem, diferente dessa, com legendas indicando a disposição de cada material, tornaria mais claras as informações sobre as etapas para a confecção do terrário. Nesse momento, espera-se que os alunos compreendam que as imagens e eventuais legendas podem complementar o sentido de um texto instrucional.

RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL
(CC
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Crédito: Karolina Grabowska/Pikrepo

As discussões realizadas nessa aula e a percepção de elementos que podem auxiliar na compreensão doque deveser executado, no caso,a construção do terrário, servem como ferramentas para que seja possível identificar aquilo que os alunos já sabem sobre textos instrucionais. Por isso, é muito importante incentivar a participação de todos, garantindo que sejam respeitados e valorizados em suas colocações.

Também é importante ajudar os alunos a refletirem sobre a utilidade de montar um instrumentocomooterrário,comoqualépossível,porexemplo,compreendermelhoralguns elementos naturais, como o desenvolvimento das plantas e as mudanças ocorridas em um microssistema natural.

Aula 8

Afixe novamente na lousa a imagem analisada na aula anterior e a lista com os materiais necessários para a construção do terrário. Retome a discussão sobre as legendas e combine com a turma qual legenda pode ser acrescentada à imagem. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 5 minutos aproximadamente).

Ao lado da lista e da imagem, afixe uma cartolina branca, com o título "Como fazer um terrário". Então, na lousa, propõe-se que fiquem afixadas: lista de materiais, a imagem com legenda e cartolina com o título "Como fazer um terrário". O produto será um manual de instruções de como montar um terrário. Chame a atenção dos alunos para o uso dos verbos no imperativo na parte de como fazer.

Organize os materiais necessários para a produção do terrário em uma mesa, diante de toda a turma, e peça aos alunos que se posicionem em círculo ao redor dela. Leia, então, em voz alta, a lista de materiais necessários e confira, com a ajuda dos alunos, se todos os materiais listados estão disponíveis.

Em seguida, comece a montagem do terrário de acordo com o desenho afixado na lousa. A cada etapa montada, registre, com ajuda dos alunos, uma instrução. Aponte a relação entre as ações e o texto escrito das instruções, pois os alunos por si mesmos talvez não areconheçam. Estabeleça umtempopara amontagemdoterrárioea produçãodotexto instrucional (por exemplo, cerca de 35 minutos).

Ao final, leia as instruções em voz alta e verifique com a turma se é necessário fazer algumaalteração.Pergunte:listamostodos osmateriaisque foram utilizados?Descrevemos cada etapa exatamente como ela deve ser realizada? Vocês acreditam que esse texto cumpre a função de explicar como se monta um terrário? Vocês acreditam que outras pessoas poderiam se orientar por esse texto, caso desejassem montar um terrário como o nosso? Há mudanças que vocês acreditam que sejam necessárias para deixar o texto mais completo ou mais claro para novos leitores?

Durante toda a produção de escrita, é fundamental chamar aatenção dos alunos para os futuros leitores, sempre perguntando: será que o leitor desse texto compreenderá essa

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parte da instrução? Podemos deixar a instrução mais clara? Como? Só então passe as instruções para a cartolina.

Ao final da montagem, oriente os alunos a compararem o terrário montado com a imagem que foi utilizada como modelo, solicitando que apontem diferenças e semelhanças entre os dois materiais: objeto terrário e fotografia

Ao término da atividade, retome em uma roda de conversa a utilidade que os alunos percebem em escrever um texto como o que acabaram de produzir. Espera-se que todos possam indicar a necessidade de explicar, por escrito, a forma de realizar algumas tarefas. Além do terrário, eles devem relacionar, por exemplo, esse material aos manuais que instruem sobre o uso de eletrodomésticos, aos manuais com regras de jogos, às receitas culinárias etc. Por meio dessas associações, eles podem reconhecer que saber produzir textos instrucionais pode ter muita utilidade em diferentes situações da vida cotidiana.

Avaliação

A participação dos alunos na discussão em grupo oferece informações sobre sua familiaridade com o texto produzido. Por isso, no decorrer da aula, é importante estimular a participação de todos e verificar a pertinência ou não das contribuições feitas por cada aluno. Com base na sua observação, faça anotações sobre a aprendizagem em relação aos textos instrucionais, bem como sobre o desenvolvimento da oralidade dos alunos.

Reproduza e entregue à turma a autoavaliação abaixo sobre a produção do manual de como montar um terrário.

Autoavaliação

1. Compreendi o que é um terrário?

2. Só ter a lista de materiais do terrário foi o suficiente para reproduzi-lo?

3. Entendi que, muitas vezes, as imagens ajudam a entender as instruções escritas?

4. Compreendi que as instruções devem ser claras e que devem ser usados verbos como "pegue", "plante" e "coloque" para instruir e orientar o leitor?

5. Percebi que cada etapa deve ser colocada no manual na ordem certa para que o leitor consiga chegar ao produto final?

( ) Sim. ( ) Não.

( ) Sim. ( ) Não.

( ) Sim. ( ) Não.

( ) Sim. ( ) Não.

( ) Sim. ( ) Não.

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Sugestões

• BARBOSA, Jacqueline Peixoto. Receita São Paulo: FTD, 2003. (Coleção trabalhando com os gêneros do discurso: instruir).

A autora discute aspectos da estrutura, do contexto de produção, do conteúdo temático e das marcas linguísticas do gênero textual receita.

• GARCIA-REIS, Andreia Rezende; BOTELHO, Laura Silveira; MAGALHÃES, Tânia Guedes (org.). Leitura e escrita de textos instrucionais. Recife: Pipa Comunicação, 2017. Coletânea de textos produzida com o objetivo de subsidiar o planejamento de atividades que envolvem o uso dos textos instrucionais. Apresenta diferentes atividades de leitura, produção textual, oralidade e análise linguística dos textos com finalidade de instruir sobre algo.

• LEAL, Telma Ferraz; BRANDÃO, Ana Carolina Perrusi. Usando textos instrucionais na alfabetização sem manual de instruções In: BRANDÃO, Ana Carolina Perrusi; ROSA, Ester Calland de Sousa (org.). Leitura e produção de textos na alfabetização. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. O texto ressalta a caracterização dos textos instrucionais em razão de suas funções sociais e esferas discursivas. Aborda também a relação entre os gêneros textuais e a escola, de maneira a discutir formas de uso desses textos no contexto da sala de aula.

• RECEITA: Oba, sacolé! Vídeo (ca. 2 min.). Publicado por: Mundo Gloob. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=40-Mh5BsTks. Acesso em: 12 jan. 2022. Vídeo de receita culinária a ser utilizado na Aula 4 para exemplificar e gerar reflexões sobre a diferença entre suportes de escrita e de oralidade.

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Relatórios e indicadores do acompanhamento da aprendizagem

Para que professores, gestores, familiares ou responsáveis tenham uma visão integral do processo de ensino-aprendizagem, é importante realizar continuamente práticas de avaliação, planejadas pelos docentes e aplicadas em sala de aula ao longo do ano, cujo resultado seja, posteriormente, apresentado à comunidade escolar. Isso pode ser feito com oapoio de certos recursos pedagógicos, entre os quais encontram-se os relatórios de indicadores de aprendizagem.

Produção de relatórios

Os relatórios de indicadores de aprendizagem são o resultado de uma análise profunda e global de todo o processo educativo. Eles devem apresentar considerações a respeito das aprendizagens estabelecidas para o período e observações sobre a prática pedagógica dos professores. Esses relatórios ajudam a conhecer as particularidades de cada aluno, respeitando sua individualidade; permitem planejar intervenções e práticas com base em um conjunto de aprendizagens, competências e habilidades que se pretende desenvolver; fornecem subsídios para a ação de outros agentes da prática educativa, como gestores e coordenadores escolares; ajudam a promover uma comunicação assertiva com familiares ou responsáveis, engajando-os no processo de ensino-aprendizagem; e possibilitam aos alunos acompanharem o próprio desenvolvimento, auxiliando-os no planejamento e na execução de ações efetivas que visem a superar eventuais defasagens e dificuldades de aprendizagem.

Esses relatórios devem ser elaborados com base na análise de indicadores do acompanhamento da aprendizagem, um conjunto de parâmetros que podem ser estabelecidos pelo professor com base nas expectativas de aprendizagem de conteúdos, competências e habilidades indispensáveis do ponto de vista formativo. Neste Recurso Educacional Digital, apresentamos alguns indicadores em forma de fichas que podem ser utilizadas pelos docentes. As informações registradas nessas fichas podem servir de base para a reflexão e possíveis adaptações das práticas pedagógicas em curso e para a elaboração dos relatórios de indicadores de aprendizagem.

Apesar de não existir um modelo fixo de relatório a ser seguido, alguns pontos importantes podem ser considerados pelo professor na elaboração desse material. O texto do relatório deverá ser escrito de forma clara, concisa e objetiva, adequada ao público a que se destina. Devem ser registrados os conteúdos e as habilidades trabalhados, apresentando como foram avaliados e outras considerações pertinentes ao processo de ensino-aprendizagem. Também é importante descrever quais foram os encaminhamentos adotados em caso de dificuldades dos alunos.

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Para quea comunicaçãodosrelatóriosse tornemaisefetiva,éprecisoconsiderar que toda apresentação deve ser planejada em função do público ao qual se destina e em relação ao tempo e ao espaço disponíveis para que se realize. Por exemplo, para uma apresentação aospaisouresponsáveis,alinguagemtécnicadeveseradaptada,demodoapromovermaior entendimento e clareza. Também deve-se tomar cuidado com os efeitos comparativos, uma vez que cada aluno apresenta tempos e modos de aprendizagem distintos, o que deve ser considerado e respeitado.

Uma forma eficaz de apresentar os dados registrados e sistematizados ao longo do processo de ensino-aprendizagem é fazer uso de recursos multimodais, como gráficos e tabelas ilustradas, apresentados de forma impressa ou por meio de projetor multimídia. A partir dos dados registrados nas fichas, por exemplo, é possível produzir, com o uso de softwares livres, gráficos indicativos dos progressos ou dificuldades em relação a determinadas habilidades e competências, com parâmetro entre as metas estabelecidas e a situação de cada aluno e de toda a turma. Pode ser feita, por exemplo, a distribuição percentual dos conceitos atribuídos aos alunos a cada uma das competências gerais trabalhadas no período. Veja:

PorcentagemdealunosdaturmaAdeacordocomos conceitosatribuídosaelesemrelaçãoàscompetências geraistrabalhadasnoperíodo

Fonte: Dados fictícios.

Além de subsidiar o acompanhamento dos progressos efetuados pelos alunos no processo de ensino-aprendizagem, os relatórios são indispensáveis para a orientação cotidiana do trabalho docente. É por meio deles que os professores podem planejar de

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Necessitaserconsolidado(NC)Emprocessodeconsolidação(PC)Consolidado(C)

maneira mais adequada os conteúdos que devem ser trabalhados para fins de revisão, de consolidação ou de intervenções sistemáticas, tanto individual quanto coletivamente.

Quando o processo de aprendizagem dos alunos é acompanhado de perto, é possível perceber os avanços e as dificuldades presentes nesse percurso. Nesse sentido, ao elaborar os relatórios de indicadores de aprendizagem, o professor pode identificar a necessidade de organizar o grupo de outras formas, de realizar atividades que favoreçam e enriqueçam a aprendizagemdosalunosedeadotarnovasestratégiasdeensinoquepromovamresultados mais efetivos. Dessa maneira, a elaboração dos relatórios possui um efeito preventivo no percurso formativo dos alunos, pois fornece dados para a ação docente imediata em favor da retomada do aprendizado, sem que se precise esperar o término do bimestre, de um ciclo avaliativo ou até mesmo do ano letivo.

Assim,osrelatóriosdeindicadoresdasaprendizagenssãoferramentasfundamentais no contexto escolar, seja em sala de aula, como instrumento norteador da prática pedagógica, seja em reuniões de conselho de classe, como referência para a tomada de decisões coletivas e para o acompanhamento dos alunos, seja em reuniões com familiares ou responsáveis, como suporte para apresentar os avanços, as dificuldades e o percurso trilhado por cada aluno e pelo grupo no qual está inserido.

Indicadores do acompanhamento da aprendizagem

Neste Recurso Educacional Digital, são apresentados modelos de quatro tipos de ficha que podem ser utilizados como indicadores do acompanhamento das aprendizagens, elaborados com base na PNA e na BNCC:

 Fichadeavaliaçãodiagnóstica: permite obter um diagnóstico dos conhecimentos prévios dos alunos.

 Fichadeacompanhamentodasaprendizagens: permite avaliar o desenvolvimento das habilidades, competências e dos componentes essenciais para a alfabetização ao longo do processo educacional, identificando avanços e dificuldades na consolidação das aprendizagens pelos alunos.

 Fichadeverificaçãoderesultados: permite avaliar se os objetivos de aprendizagem foram atingidos aofinaldo anoletivo,podendotambémservirde fontede dadospara a elaboração de estratégias para o próximo ano escolar.

 Ficha de acompanhamento do desenvolvimento de competências socioemocionais: permite acompanhar de forma planejada o desenvolvimento de competências socioemocionais dos alunos.

O preenchimento das fichas requer a observação do desempenho dos alunos em atividades individuais ou em grupos, realizadas em sala de aula ou em casa, bem como em propostas voltadas especificamente para avaliação. Com isso, torna-se possível registrar e acompanhar o histórico de desenvolvimento dos alunos, observando suas potencialidades e

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dificuldades, seja com o objetivo de elaborar planos de ação capazes de remediar defasagens, seja para produzir devolutivas que estimulem avanços, fazendo com que os alunos compreendam a importância do momento avaliativo e sintam-se parte desse processo.

Ao preencher as fichas, o professor poderá refletir sobre o processo de ensino-aprendizagem, estabelecer as metas a serem alcançadas e identificar os pontos mais frágeis que requerem novas intervenções Trata-se, então, de registros que permitem identificar avanços, lacunas ou defasagens no processo de ensino-aprendizagem, e que, portanto, incidem diretamente na tomada de decisão sobre o que, como e quando ensinar, visando a um direcionamento mais apropriado das práticas pedagógicas em função das demandas formativas dos alunos.

Por fim, é importante ressaltar a relevância do arquivamento dessas fichas, pois configuram relatório circunstanciado de percurso trilhado pelos alunos ao longo do ano letivo, podendo ser utilizadas por docentes dos anos seguintes ou mesmo para a própria avaliação da prática docente em um momento futuro.

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Ficha de avaliação diagnóstica

Professor(a):

Turma:

Sugestãodecritériosdeavaliação

C = consolidado (aluno faz sozinho); PC = em processo de consolidação (aluno precisa de apoio de um mediador); NC = necessita de novas oportunidades de consolidação (aluno não consegue realizar a atividade proposta)

Ficha de avaliação diagnóstica (Literacia)

Consciênciafonológicaefonêmica

Aluno Isolamento dos sons (fonemas) de uma palavra

Substituição de sons para formar novas palavras

Segmentação de palavras em sílabas

Segmentação de frases em palavras

Identificação e produção de rimas

Identificação e produção de aliterações

Conhecimentoalfabético

Recitação do alfabeto e identificação dos nomes das letras

Reconhecimento da ordem alfabética

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Conhecimento alfabético Fluência em leitura oral

Aluno Identificação da relação letra-som (grafema-fonema) de todas as letras do alfabeto

Associação de cada letra a palavras que contenham a relação grafema-fonema estudada

Identificação e produção de palavras com som (fonema) inicial, medial e final representado pela letra trabalhada

Reconhecimento da mudança sonora que as letras representam quando acompanhadas de outras letras

Identificação das mudanças sonoras que os sinais gráficos acarretam quando aplicados sobre letras já conhecidas

Leitura de palavras simples e complexas, de palavras com sinais gráficos e de frases simples

Criação de palavras suprimindo, adicionando ou trocando letras

Leitura de textos curtos, com ritmo, altura e entonação adequados

Velocidade de leitura de 80 palavras por minuto e precisão de 95%

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Desenvolvimentodevocabulário Compreensãodetextos

Aluno Classificação de palavras em categorias

Detalhamento de frases simples utilizando adjetivos e advérbios

Compreensão e utilização de novas palavras apresentadas em glossário

Compreensão de novas palavras com base no contexto

Recontagem de histórias lidas pelo professor

Levantamento de hipóteses sobre o texto que será lido com base em elementos como título e imagens

Identificação e descrição dos elementos da história, como personagens, cenários, situações e ações

Identificação da ideia principal e/ou do tema do texto

Identificação e compreensão da estrutura e função social de gêneros textuais variados

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Compreensãodetextos Produçãodeescrita

Aluno Identificação de informações explícitas em texto, praticando a releitura

Realização de inferências e antecipações

Escrita independente de palavras

Escrita independente de frases

Escrita de palavras e frases simples em ditados

Escrita compartilhada de textos de gêneros textuais variados, tendo o professor como escriba

Escrita independente de textos breves com base em perguntas propostas pelo professor (Quem? O quê? Onde?)

Escrita independente de narrativas breves

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Ficha de acompanhamento das aprendizagens

Professor(a):

Turma:

Aluno:

Sugestãodecritériosdeavaliação

C = consolidado (aluno faz sozinho); PC = em processo de consolidação (aluno precisa de apoio de um mediador); NC = necessita de novas oportunidades de consolidação (aluno não consegue realizar a atividade proposta)

Ficha de acompanhamento das aprendizagens (Língua Portuguesa)

Legenda

AD = avaliação diagnóstica; AP = avaliação de processo; AR = avaliação de resultados

Habilidades

(EF03LP01) Ler e escrever palavras com correspondências regulares contextuais entre grafemas e fonemas – c/qu; g/gu; r/rr; s/ss; o (e não u) e e (e não i) em sílaba átona em final de palavra – e com marcas de nasalidade (til, m, n).

(EF03LP02) Ler e escrever corretamente palavras com sílabas CV, V, CVC, CCV, VC, VV, CVV, identificando que existem vogais em todas as sílabas.

(EF03LP03) Ler e escrever corretamente palavras com os dígrafos lh, nh, ch.

(EF03LP04) Usar acento gráfico (agudo ou circunflexo) em monossílabos tônicos terminados em a, e, o e em palavras oxítonas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de s.

(EF03LP05) Identificar o número de sílabas de palavras, classificando-as em monossílabas, dissílabas, trissílabas e polissílabas.

(EF03LP06) Identificar a sílaba tônica em palavras, classificando-as em oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.

(EF03LP07) Identificar a função na leitura e usar na escrita ponto-final, ponto de interrogação, ponto de exclamação e, em diálogos (discurso direto), dois-pontos e travessão.

(EF03LP08) Identificar e diferenciar, em textos, substantivos e verbos e suas funções na oração: agente, ação, objeto da ação.

(EF03LP09) Identificar, em textos, adjetivos e sua função de atribuição de propriedades aos substantivos.

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AD AP AR Observações

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(EF03LP10) Reconhecer prefixos e sufixos produtivos na formação de palavras derivadas de substantivos, de adjetivos e de verbos, utilizando-os para compreender palavras e para formar novas palavras.

(EF03LP11) Ler e compreender, com autonomia, textos injuntivos instrucionais (receitas, instruções de montagem etc.), com a estrutura própria desses textos (verbos imperativos, indicação de passos a ser seguidos) e mesclando palavras, imagens e recursos gráfico-visuais, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

(EF03LP12) Ler e compreender, com autonomia, cartas pessoais e diários, com expressão de sentimentos e opiniões, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero carta e considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

(EF03LP13) Planejar e produzir cartas pessoais e diários, com expressão de sentimentos e opiniões, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções dos gêneros carta e diário e considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

(EF03LP14) Planejar e produzir textos injuntivos instrucionais, com a estrutura própria desses textos (verbos imperativos, indicação de passos a ser seguidos) e mesclando palavras, imagens e recursos gráfico-visuais, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

(EF03LP15) Assistir, em vídeo digital, a programa de culinária infantil e, a partir dele, planejar e produzir receitas em áudio ou vídeo.

(EF03LP16) Identificar e reproduzir, em textos injuntivos instrucionais (receitas, instruções de montagem, digitais ou impressos), a formatação própria desses textos (verbos imperativos, indicação de passos a ser seguidos) e a diagramação específica dos textos desses gêneros (lista de ingredientes ou materiais e instruções de execução – "modo de fazer").

(EF03LP17) Identificar e reproduzir, em gêneros epistolares e diários, a formatação própria desses textos (relatos de acontecimentos, expressão de vivências, emoções, opiniões ou críticas) e a diagramação específica dos textos desses gêneros (data, saudação, corpo do texto, despedida, assinatura).

(EF03LP18) Ler e compreender, com autonomia, cartas dirigidas a veículos da mídia impressa ou digital (cartas de leitor e de reclamação a jornais, revistas) e notícias, dentre outros gêneros do campo jornalístico, de acordo com as convenções do gênero carta e considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

(EF03LP19) Identificar e discutir o propósito do uso de recursos de persuasão (cores, imagens, escolha de palavras, jogo de palavras, tamanho de letras) em textos publicitários e de propaganda, como elementos de convencimento.

(EF03LP20) Produzir cartas dirigidas a veículos da mídia impressa ou digital (cartas do leitor ou de reclamação a jornais ou revistas), dentre outros gêneros do campo político-cidadão, com opiniões e críticas, de acordo com as convenções do gênero carta e considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

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(EF03LP21) Produzir anúncios publicitários, textos de campanhas de conscientização destinados ao público infantil, observando os recursos de persuasão utilizados nos textos publicitários e de propaganda (cores, imagens, slogan , escolha de palavras, jogo de palavras, tamanho e tipo de letras, diagramação).

(EF03LP22) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas, telejornal para público infantil com algumas notícias e textos de campanhas que possam ser repassados oralmente ou em meio digital, em áudio ou vídeo, considerando a situação comunicativa, a organização específica da fala nesses gêneros e o tema/assunto/finalidade dos textos.

(EF03LP23) Analisar o uso de adjetivos em cartas dirigidas a veículos da mídia impressa ou digital (cartas do leitor ou de reclamação a jornais ou revistas), digitais ou impressas.

(EF03LP24) Ler/ouvir e compreender, com autonomia, relatos de observações e de pesquisas em fontes de informações, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

(EF03LP25) Planejar e produzir textos para apresentar resultados de observações e de pesquisas em fontes de informações, incluindo, quando pertinente, imagens, diagramas e gráficos ou tabelas simples, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

(EF03LP26) Identificar e reproduzir, em relatórios de observação e pesquisa, a formatação e diagramação específica desses gêneros (passos ou listas de itens, tabelas, ilustrações, gráficos, resumo dos resultados), inclusive em suas versões orais.

(EF03LP27) Recitar cordel e cantar repentes e emboladas, observando as rimas e obedecendo ao ritmo e à melodia.

(EF35LP01) Ler e compreender, silenciosamente e, em seguida, em voz alta, com autonomia e fluência, textos curtos com nível de textualidade adequado.

(EF35LP02) Selecionar livros da biblioteca e/ou do cantinho de leitura da sala de aula e/ou disponíveis em meios digitais para leitura individual, justificando a escolha e compartilhando com os colegas sua opinião, após a leitura.

(EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.

(EF35LP04) Inferir informações implícitas nos textos lidos.

(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da frase ou do texto.

(EF35LP06) Recuperar relações entre partes de um texto, identificando substituições lexicais (de substantivos por sinônimos) ou pronominais (uso de pronomes anafóricos – pessoais, possessivos, demonstrativos) que contribuem para a continuidade do texto.

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(EF35LP07) Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais como ortografia, regras básicas de concordância nominal e verbal, pontuação (ponto-final, ponto de exclamação, ponto de interrogação, vírgulas em enumerações) e pontuação do discurso direto, quando for o caso.

(EF35LP08) Utilizar, ao produzir um texto, recursos de referenciação (por substituição lexical ou por pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos), vocabulário apropriado ao gênero, recursos de coesão pronominal (pronomes anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação), com nível suficiente de informatividade.

(EF35LP09) Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos segundo as normas gráficas e de acordo com as características do gênero textual.

(EF35LP10) Identificar gêneros do discurso oral, utilizados em diferentes situações e contextos comunicativos, e suas características linguístico-expressivas e composicionais (conversação espontânea, conversação telefônica, entrevistas pessoais, entrevistas no rádio ou na TV, debate, noticiário de rádio e TV, narração de jogos esportivos no rádio e TV, aula, debate etc.).

(EF35LP11) Ouvir gravações, canções, textos falados em diferentes variedades linguísticas, identificando características regionais, urbanas e rurais da fala e respeitando as diversas variedades linguísticas como características do uso da língua por diferentes grupos regionais ou diferentes culturas locais, rejeitando preconceitos linguísticos.

(EF35LP12) Recorrer ao dicionário para esclarecer dúvida sobre a escrita de palavras, especialmente no caso de palavras com relações irregulares fonema-grafema.

(EF35LP13) Memorizar a grafia de palavras de uso frequente nas quais as relações fonema-grafema são irregulares e com h inicial que não representa fonema.

(EF35LP14) Identificar em textos e usar na produção textual pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos, como recurso coesivo anafórico.

(EF35LP15) Opinar e defender ponto de vista sobre tema polêmico relacionado a situações vivenciadas na escola e/ou na comunidade, utilizando registro formal e estrutura adequada à argumentação, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

(EF35LP16) Identificar e reproduzir, em notícias, manchetes, lides e corpo de notícias simples para público infantil e cartas de reclamação (revista infantil), digitais ou impressos, a formatação e diagramação específica de cada um desses gêneros, inclusive em suas versões orais.

(EF35LP17) Buscar e selecionar, com o apoio do professor, informações de interesse sobre fenômenos sociais e naturais, em textos que circulam em meios impressos ou digitais.

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(EF35LP18) Escutar, com atenção, apresentações de trabalhos realizadas por colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sempre que necessário.

(EF35LP19) Recuperar as ideias principais em situações formais de escuta de exposições, apresentações e palestras.

(EF35LP20) Expor trabalhos ou pesquisas escolares, em sala de aula, com apoio de recursos multissemióticos (imagens, diagrama, tabelas etc.), orientando-se por roteiro escrito, planejando o tempo de fala e adequando a linguagem à situação comunicativa.

(EF35LP21) Ler e compreender, de forma autônoma, textos literários de diferentes gêneros e extensões, inclusive aqueles sem ilustrações, estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.

(EF35LP22) Perceber diálogos em textos narrativos, observando o efeito de sentido de verbos de enunciação e, se for o caso, o uso de variedades linguísticas no discurso direto.

(EF35LP23) Apreciar poemas e outros textos versificados, observando rimas, aliterações e diferentes modos de divisão dos versos, estrofes e refrões e seu efeito de sentido.

(EF35LP24) Identificar funções do texto dramático (escrito para ser encenado) e sua organização por meio de diálogos entre personagens e marcadores das falas das personagens e de cena.

(EF35LP25) Criar narrativas ficcionais, com certa autonomia, utilizando detalhes descritivos, sequências de eventos e imagens apropriadas para sustentar o sentido do texto, e marcadores de tempo, espaço e de fala de personagens.

(EF35LP26) Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais que apresentem cenários e personagens, observando os elementos da estrutura narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a construção do discurso indireto e discurso direto.

(EF35LP27) Ler e compreender, com certa autonomia, textos em versos, explorando rimas, sons e jogos de palavras, imagens poéticas (sentidos figurados) e recursos visuais e sonoros.

(EF35LP28) Declamar poemas, com entonação, postura e interpretação adequadas.

(EF35LP29) Identificar, em narrativas, cenário, personagem central, conflito gerador, resolução e o ponto de vista com base no qual histórias são narradas, diferenciando narrativas em primeira e terceira pessoas.

(EF35LP30) Diferenciar discurso indireto e discurso direto, determinando o efeito de sentido de verbos de enunciação e explicando o uso de variedades linguísticas no discurso direto, quando for o caso.

(EF35LP31) Identificar, em textos versificados, efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos rítmicos e sonoros e de metáforas.

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(EF15LP01) Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam.

(EF15LP02) Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.

(EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos.

(EF15LP04) Identificar o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos expressivos gráfico-visuais em textos multissemióticos.

(EF15LP05) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa, os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e forma do texto e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações necessárias à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.

(EF15LP06) Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para corrigi-lo e aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação.

(EF15LP07) Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, ilustrando, quando for o caso, em suporte adequado, manual ou digital.

(EF15LP08) Utilizar software , inclusive programas de edição de texto, para editar e publicar os textos produzidos, explorando os recursos multissemióticos disponíveis.

(EF15LP09) Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza, preocupando-se em ser compreendido pelo interlocutor e usando a palavra com tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado.

(EF15LP10) Escutar, com atenção, falas de professores e colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sempre que necessário.

(EF15LP11) Reconhecer características da conversação espontânea presencial, respeitando os turnos de fala, selecionando e utilizando, durante a conversação, formas de tratamento adequadas, de acordo com a situação e a posição do interlocutor.

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(EF15LP12) Atribuir significado a aspectos não linguísticos (paralinguísticos) observados na fala, como direção do olhar, riso, gestos, movimentos da cabeça (de concordância ou discordância), expressão corporal, tom de voz.

(EF15LP13) Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações, apresentar opiniões, informar, relatar experiências etc.).

(EF15LP14) Construir o sentido de histórias em quadrinhos e tirinhas, relacionando imagens e palavras e interpretando recursos gráficos (tipos de balões, de letras, onomatopeias).

(EF15LP15) Reconhecer que os textos literários fazem parte do mundo do imaginário e apresentam uma dimensão lúdica, de encantamento, valorizando-os, em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade.

(EF15LP16) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor e, mais tarde, de maneira autônoma, textos narrativos de maior porte como contos (populares, de fadas, acumulativos, de assombração etc.) e crônicas.

(EF15LP17) Apreciar poemas visuais e concretos, observando efeitos de sentido criados pelo formato do texto na página, distribuição e diagramação das letras, pelas ilustrações e por outros efeitos visuais.

(EF15LP18) Relacionar texto com ilustrações e outros recursos gráficos.

(EF15LP19) Recontar oralmente, com e sem apoio de imagem, textos literários lidos pelo professor.

CompetênciasespecíficasdeLínguaPortuguesaparaoEnsinoFundamental

1. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio de construção de identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem.

2. Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como forma de interação nos diferentes campos de atuação da vida social e utilizando-a para ampliar suas possibilidades de participar da cultura letrada, de construir conhecimentos (inclusive escolares) e de se envolver com maior autonomia e protagonismo na vida social.

3. Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo.

4. Compreender o fenômeno da variação linguística, demonstrando atitude respeitosa diante de variedades linguísticas e rejeitando preconceitos linguísticos.

5. Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de linguagem adequados à situação comunicativa, ao(s) interlocutor(es) e ao gênero do discurso/gênero textual.

Material disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons – Atribuição não comercial (CC BY NC – 4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros.

AD AP AR Observações

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RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL

6. Analisar informações, argumentos e opiniões manifestados em interações sociais e nos meios de comunicação, posicionando-se ética e criticamente em relação a conteúdos discriminatórios que ferem direitos humanos e ambientais.

7. Reconhecer o texto como lugar de manifestação e negociação de sentidos, valores e ideologias.

8. Selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com objetivos, interesses e projetos pessoais (estudo, formação pessoal, entretenimento, pesquisa, trabalho etc.).

9. Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-culturais como formas de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial transformador e humanizador da experiência com a literatura.

10. Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens, mídias e ferramentas digitais para expandir as formas de produzir sentidos (nos processos de compreensão e produção), aprender e refletir sobre o mundo e realizar diferentes projetos autorais.

CompetênciasgeraisdaEducaçãoBásica AD AP AR Observações

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

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RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL

7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Componentesessenciaisparaaalfabetização

Conhecimento alfabético

Consciência fonológica e fonêmica

Compreensão de textos

Fluência em leitura oral

Desenvolvimento de vocabulário

Produção de escrita

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AD AP AR Observações

Ficha de verificação de resultados

Professor(a):

Turma:

Sugestão de critérios de avaliação

C = consolidado (aluno faz sozinho); PC = em processo de consolidação (aluno precisa de apoio de um mediador); NC = necessita de novas oportunidades de consolidação (aluno não consegue realizar a atividade proposta)

Ficha de verificação de resultados

Principais objetivos de aprendizagem

Aluno Compreender a classificação de palavras de acordo com a quantidade de sílabas e com a posição da sílaba tônica

Compreender a regra de acentuação de palavras monossílabas tônicas e de oxítonas

Compreender a função social e as características do gênero textual cordel

Compreender o conceito de encontro consonantal

Identificar a relação grafema-fonema da letra r e do dígrafo rr

Identificar a relação grafema-fonema de qu

Compreender a função social e as características do gênero textual relato de memória

Identificar a relação

grafema-fonema da letra h

Identificar letras que podem representar o som /s/: s, ss, ç, c, z, x

Conhecer a formação de palavras a partir do sufixo -inho/ -inha

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RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL
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Aluno Identificar e diferenciar adjetivo de substantivo

RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL

Conhecer a formação de novas palavras a partir do sufixo -oso/-osa

Compreender os diferentes contextos de uso e as funções comunicativas dos textos manuscritos

Compreender a função social e as características do gênero textual carta pessoal

Compreender a função social e as características do gênero textual carta de leitor

Identificar o uso dos adjetivos como recurso para caracterização de opiniões, sugestões e comentários

Reconhecer e valorizar diferentes usos e funções sociais do jornal impresso

Identificar as diferentes seções ou os diferentes cadernos do jornal impresso

Identificar os gêneros textuais que podem fazer parte das seções de um jornal e suas características

Compreender a relação entre linguagem verbal e linguagem não verbal

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Aluno Organizar, sintetizar e classificar dados pesquisados

RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL

Compreender a função social e as características do gênero textual entrevista

Identificar palavras com marcas de nasalidade (til, m, n)

Compreender a regra de uso das letras e e i, o e u em final de sílaba

Compreender a função social e as características do gênero textual anúncio classificado

Compreender o uso de adjetivos e locuções adjetivas, bem como de verbos no imperativo, como recurso persuasivo nos anúncios

Compreender a função social e as características do gênero textual anúncio publicitário

Compreender o uso do cartaz como suporte

Produzir uma campanha usando cartaz como suporte

Participar das discussões, aguardando a vez de falar, apresentando argumentos coerentes e respeitando a opinião dos colegas

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Aluno Identificar elementos constitutivos da narrativa

RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL

Identificar falas de personagens e do narrador nos diálogos escritos

Identificar o assunto de cada parágrafo do texto e compreender que a divisão em parágrafos colabora para a organização textual

Identificar e utilizar, na produção de textos, marcadores de tempo e espaço e expressões que indicam relações de causa e efeito

Compreender o uso de dois-pontos e travessão em diálogos de textos narrativos

Reconhecer e organizar os elementos que constituem uma frase: sujeito, verbo e complemento

Compreender a função social e as características do gênero textual receita

Roteirizar e produzir um vídeo de receita culinária

Identificar os elementos característicos dos textos instrucionais e compreender o uso de verbos no imperativo

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RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL

Ficha de acompanhamento do desenvolvimento de competências socioemocionais

Professor(a):

Turma:

Período: Ficha de acompanhamento do desenvolvimento de competências socioemocionais

Competênciassocioemocionais Sempre Frequentemente Raramente Nunca

Determinação

Foco

Organização

Persistência

Responsabilidade

Empatia

Respeito

Confiança

Tolerância ao estresse

Autoconfiança

Tolerância à frustração

Iniciativa social

Assertividade

Entusiasmo

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Catálogo dos audiovisuais

Este catálogo apresenta o conjunto de materiais audiovisuais que compõem o Recurso Educacional Digital desta coleção, com orientações para o uso de cada recurso audiovisual em sala de aula, incluindo sugestões de atividades relacionadas ao conteúdo abordado.

A coletânea de audiovisuais tem como objetivo complementar e aprofundar a prática pedagógica e pode ser utilizada de acordo com as características da turma e com o planejamento das aulas. Os recursos audiovisuais possibilitam o trabalho com diversos conteúdos curriculares, uma vez que os vídeos e áudios, quando explorados de maneira dinâmica e em sua potencialidade, favorecem a compreensão dos conteúdos pelos alunos, ampliando e tornando mais significativo o processo de aprendizagem.

Por meio dos materiais audiovisuais, o aluno aprende, por exemplo, a se informar, a conhecer os outros, o mundo e a si mesmo. Trata-se de um importante meio de interação, que oportuniza vivenciar múltiplos usos sociais da linguagem, tornando mais prazerosas e enriquecedoras as práticas de ensino e de aprendizagem. A linguagem audiovisual é muito presente na sociedade contemporânea, por isso, tomá-la como ferramenta para a aprendizagem é uma forma de aproximar ainda mais a escola da realidade dos alunos.

Audiovisuais da coletânea

Relação de audiovisuais da coletânea

Título do audiovisual Descrição

Literatura de cordel Vídeo sobre literatura de cordel

Objetivos de aprendizagem

Ler e conhecer o gênero textual cordel. Compreender as características da literatura de cordel e sua relação com os aspectos culturais.

Produzir estrofe de cordel de acordo com as características desse gênero textual Expressar-se artisticamente por meio da xilogravura.

Declamar estrofes de cordel, com ritmo e entonação adequados.

Conteúdos abordados

Literatura de cordel

Estrutura do cordel: estrofes e rimas

Xilogravura

Expressão oral

A avó de Francisco Vídeo sobre a relação entre histórias familiares e os hábitos e costumes de uma família

Refletir sobre as histórias familiares e sua relação com os hábitos e costumes de uma família

Valorizar a diversidade étnico-cultural

Diversidade étnico-cultural

Histórias familiares

Relato de memória

RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL Material disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons – Atribuição não comercial (CC BY NC – 4.0 International). Permitida a cria ção de obra derivada com fins n ão comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros. 173

De um lugar a outro Vídeo sobre meios de transportes terrestres, aquáticos e aéreos

Valorizar o conhecimento transmitido entre gerações como um meio de refletir sobre o eu, o outro e o mundo. Produzir relato de memória.

Conhecer os meios de transportes: terrestres, aquáticos e aéreos. Refletir sobre problemas relacionados ao transporte.

Compreender as mudanças ocorridas ao longo do tempo nos meios de transporte

Produzir um texto descritivo sobre um meio de transporte do futuro. Reconhecer a função dos adjetivos em textos descritivos

Produzir ilustração relacionada ao texto.

Meios de transporte

Texto descritivo

A produção de frutas em cada região do Brasil

Vídeo sobre as principais frutas cultivadas nas diferentes regiões do Brasil

Conhecer e valorizar as principais frutas nativas cultivadas nas diferentes regiões do país.

Ampliar a curiosidade sobre diferentes sabores de frutas.

Produzir um texto instrucional: receita com frutas típicas da região onde os alunos vivem.

Produção de frutas no Brasil

Texto instrucional

Vamos trabalhar em grupo!

Vídeo sobre a importância do trabalho em grupo e as melhores maneiras de realizá-lo.

Compreender o trabalho em grupo como forma de aprendizagem.

Desenvolver a cooperação para trabalhar em equipe.

Realizar pesquisa sobre tema de interesse

Produzir apresentação oral com apoio de texto e imagem

Cooperação

Pesquisa na internet Cartaz informativo Apresentação oral

Orientações para o uso dos audiovisuais

Audiovisual • Literatura de cordel

Este vídeo apresenta as características da literatura de cordel, com destaque para os elementos que constituem esse gênero textual, sua vinculação geográfica e cultural, os aspectos rítmicos, bem como o formato gráfico e a xilogravura como elemento visual presente nos folhetos de cordel. Explica-se que o cordel tem uma forte tradição oral e apresentam-se trechos de cordéis, de maneira a destacar os ritmos de fala e a expressão oral de quem está recitando.

Antes de apresentar o vídeo, pergunte aos alunos se conhecem a literatura de cordel e se já leram algum cordel. Dê-lhes um tempo para que expressem seus conhecimentos

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RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL
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Adjetivo

prévios e, em seguida, reproduza o vídeo na íntegra. Terminada a exibição, chame a atenção dos alunos para a entonação e o ritmo com que a pessoa recitou os cordéis, bem como para a estrutura das estrofes e para as rimas, que contribuem para a sonoridade do texto.

Sugestão de atividade

Após a exibição do vídeo, proponha aos alunos as seguintes atividades, que podem ser copiadas na lousa ou impressas em folha de papel sulfite e distribuídas entre eles:

1. Por que o cordel recebeu esse nome?

Os cordéis eram impressos em pequenos folhetos e ficavam pendurados em barbantes ou cordas, para serem vendidos. Daí o nome cordel, que significa "corda fina" ou "barbante".

2. Geralmente, os cordéis estão organizados em estrofes de quantos versos?

Seis versos (sextilha)

3. Nessa estrutura fixa, as rimas se repetem em quais versos?

As rimas se repetem nos 2º, 4º e 6º versos.

4. Quais temas podem estar presentes na literatura de cordel?

Os temas presentes na literatura de cordel são variados: histórias populares, lendas, batalhas entre repentistas, histórias de amor, acontecimentos do cotidiano, fatos históricos, entre outros.

Após a realização das atividades, seguindo a sugestão do vídeo, proponha aos alunos a produção de novas estrofes para o trecho inicial do cordel "O casamento do bode com a raposa", atribuindo uma profissão para outros animais ainda não mencionados. Também é possível escolher novas profissões para os animais que já constam no texto.

Organize os alunos em grupos para que possam elaborar coletivamente os novos versos. Lembre-os da importância de seguir a estrutura desse cordel: estrofe com seis versos, rimas nos 2º, 4º e 6º versos. Se necessário, escreva as estrofes de "O casamento do bode com a raposa" na lousa, para que os alunos as tenham como referência. Segue o trecho do cordel apresentado no vídeo:

O casamento do bode com a raposa

Ouço os velhos dizerem que os bichos da antiguidade falavam como falamos e tinham civilidade nesse tempo até os bichos casavam por amizade

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Nesse tempo o mestre burro lia, escrevia e contava ocavalo era escrivão ocachorro advogava ocarneiro era copeiro ojabuti desenhava

Leão era rei dos bichos onça era professora elefante era juiz raposa era agricultora ocamelo era correio a aranha tecedora

AMARAL, Firmino Teixeira. O casamento do bode com a raposa. Disponível em: http:// acervoantonionobrega.com.br/cordeis/an-cordel-fta-001. Acesso em: 5 jan. 2022.

Com as novas estrofes prontas, abra espaço a fim de que os grupos possam declamá-las para o restante da turma, com entonação e expressividade adequadas, explorando a sonoridade dos versos.

Em outro momento, oriente os grupos a criarem uma xilogravura para a estrofe que produziram. Para isso, serão necessários os seguintes materiais: bandejas de isopor, tesouras com pontas arredondadas, canetas, tinta guache preta e folhas de papel sulfite. Apresenteaosalunosasseguintesetapaspara aproduçãodaxilogravurae,sepossível,faça com eles para demonstrar cada passo.

 Corte as bordas elevadas da bandeja de isopor, fazendo uma placa reta (se achar necessário, corte as bordas previamente).

 Faça um desenho na bandeja de isopor. Se preferir, faça um desenho com traços simples para iniciar essa experiência com a xilogravura.

 Passe uma caneta por cima do desenho com bastante força, fazendo um vinco na bandeja (o vinco é importante para realizar a impressão do desenho na folha).

 Passe uma tinta preta em cima do desenho, cobrindo toda a bandeja.

 Coloque uma folha de papel sobre a bandeja e passe a mão na superfície da folha para imprimir o desenho.

Aofinal,orienteosalunosacopiaremaestrofequeproduziramemumafolhadepapel sulfite e exponha os cordéis com as xilogravuras em um varal na sala de aula. Para isso, pode-se utilizar barbante ou corda para varal e prendedores de roupa. Se julgar conveniente, organize a exposição em outro espaço da escola e convide a comunidade escolar e familiares. Também podem-se digitar as estrofes que produziram e fotografar as xilogravuras para publicar as produções dos alunos em meios digitais, como no blogou na página da rede social da escola.

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parâmetros. 176
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mesmos

Audiovisual • A avó de Francisco

Ao narrar a história da família de Francisco, seus costumes e tradições, este vídeo destaca que toda família tem uma história e que essas histórias são muito diferentes umas das outras. Também mostra que os hábitos e as comidas de que mais gostamos, muitas vezes, têm relação com a história de nossa família.

Antes da exibição do vídeo, pergunte aos alunos se os avós ou outras pessoas da família costumam narrar histórias para eles. Durante a conversa, questione se existem costumes que vêm de gerações passadas e que permanecem como tradições em suas famílias. Essa conversa inicial tem como objetivo levantar os conhecimentos prévios dos alunos e, por isso, pode ser proposta de maneira mais informal e descontraída. Provavelmente, depois de assistirem ao vídeo e verem alguns exemplos de hábitos e costumes familiares, conseguirão falar sobre o assunto com mais propriedade.

Sugestão de atividade

Após a exibição, retome com os alunos a conversa inicial e pergunte se, depois de assistirem ao vídeo, eles se lembraram de algum hábito ou costume que existe em suas famílias e que pode estar relacionado à história familiar. Abra espaço para os alunos falarem livremente sobre as tradições, os hábitos e os costumes de suas famílias e o que sabem sobre suas origens.

Em seguida, proponha aos alunos que produzam um relato de memória sobre a história de suas famílias. Para isso, oriente-os a fazer uma pesquisa com os familiares sobre a possível origem de algum hábito ou costume que eles têm. Também pode pedir que relatem um fato ou uma história marcante da família, por exemplo, sobre o lugar de origem de pessoas das gerações anteriores, sobre algum prato especial feito por um familiar, entre outras possibilidades. Antes de iniciarem a produção, retome com os alunos que o relato de memória é um gênero textual no qual o narrador conta fatos da sua vida, ou seja, relata suas lembranças. Explique também que o relato de memória geralmente é dividido em início, desenvolvimento e conclusão e é narrado em primeira pessoa, apresentando, se possível, algum exemplo desse gênero textual. Para as etapas de produção, oriente os alunos a fazerem,primeiro,oplanejamentoeumrascunhodo texto.Após aescrita,promovaarevisão do texto, auxiliando-os em aspectos textuais e ortográficos. Por fim, oriente-os a fazer a edição final do texto, realizando as correções necessárias. Se quiserem, também podem fazer um desenho para ilustrar o texto que escreveram.

Ao final, faça uma roda de leitura em que todos possam ler para os colegas os seus relatos de memória. Se possível, organize também um livro com os relatos de memória da turma ou publique os textos dos alunos em meios digitais, como no blogou na página da rede social da escola.

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Audiovisual • De um lugar a outro

Este vídeo apresenta os meios de transportes utilizados para a locomoção de pessoas e mercadorias, que podem ser terrestres, aquáticos ou aéreos Além disso, promove a reflexão sobre problemas relacionados aos meios de transporte, especialmente nas grandes cidades, e sobre as mudanças que ocorreram, ao longo do tempo, nas formas de as pessoas se deslocarem de um lugar para o outro

Antes de exibir o vídeo para a turma, realize uma roda de conversa sobre os meios de transporte que os alunos conhecem e verifique se sabem classificá-los como terrestres, aquáticos ou aéreos Permita que se manifestem livremente e anote os exemplos citados para que possam confirmar ou rever suas ideias depois de assistirem ao vídeo

Sugestão de atividade

Após a exibição, proponha questões que possam ser respondidas com base em informações apresentadas no próprio vídeo, por exemplo: os carros são meios de transporte terrestres, aquáticos ou aéreos? E os aviões? E os barcos, como são classificados? Espera-se que indiquem que os carros são meios terrestres, os aviões são meios aéreos e os barcos, aquáticos. Retome os exemplos indicados pelos alunos antes da exibição, a fim de que eles possam confirmar ou reformular as hipóteses iniciais.

Prossiga na conversa sobre o vídeo apresentado, ressaltando a questão das mudanças ocorridas, com o passar do tempo, nos meios de transportes e sobre as mudanças que podem ocorrer no futuro. Repita as perguntas apresentadas ao final do vídeo para fomentar essa discussão: como vocês imaginam que serão os meios de transporte no futuro? Como esse meio de transporte em que vocês pensaram funciona? Ele é grande ou pequeno?

Com base nessa conversa, realize as atividades a seguir com os alunos:

1. Escreva um texto descrevendo o meio de transporte do futuro que você imaginou e represente-o por meio de desenho Lembre-se de usar adjetivos para descrever as características desse meio de transporte, como tamanho, formato, velocidade, entre outras

2. Conte para os colegas como, no futuro, usaremos esse transporte que você imaginou para nos deslocarmos de um lugar para o outro.

Oriente os alunos a fazerem a primeira versão do texto no caderno. Em seguida, proponha que façam a revisão e passem o texto a limpo em uma folha avulsa, editando-o para aprimorar aspectos gramaticais e ortográficos. Os textos produzidos pelos alunos podem ser expostos na sala de aula e, se possível, publicados em meios digitais, como no blogou na página da rede social da escola

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Para a apresentação oral, auxilie os alunos a aprimorarem habilidades orais, como expressar-se com clareza, tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado, além de escutar com atenção e respeito as apresentações dos colegas.

Audiovisual • A produção de frutas em cada região do Brasil

Neste vídeo, são apresentadas as cinco regiões brasileiras e as frutas mais conhecidas e cultivadas em cada uma delas, ressaltando as frutas nativas. Além disso, o vídeo incentiva a experimentação da maior variedade possível de frutas típicas do Brasil e destaca a importância de uma alimentação variada para se ter uma vida mais saudável.

Antes da exibição do vídeo, se possível, providencie um mapa do Brasil em que as cinco regiões estejam em evidência, preferencialmente diferenciadas por cores. Apresente o mapa aos alunos e verifique se eles sabem quais são essas regiões – Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Pergunte também em qual dessas regiões eles vivem e se conhecem as frutas nativas, ou seja, aquelas próprias dessa região. Faça outras perguntas para levantar os conhecimentos prévios dos alunos: vocês conhecem as frutas produzidas na nossa região? Quais são as frutas preferidas de vocês? Vocês conhecem frutas típicas de outra região que não seja a nossa? Quais são essas frutas? Permita que se expressem livremente e, então, informe a eles que assistirão a um vídeo por meio do qual poderão conhecer frutas nativas das cinco regiões do Brasil.

Sugestão de atividade

Após a exibição do vídeo, proponha aos alunos as seguintes atividades:

1. Quais, das frutas apresentadas no vídeo, vocês já experimentaram?

Respostapessoal.

2. Vocês conhecem alguma receita que tem como ingrediente uma das frutas típicas da região em que vivemos?

Respostapessoal.

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3. Ligue os nomes das frutas às regiões brasileiras das quais são nativas.

• Região Norte

• Região Nordeste

• Região Centro-Oeste

• Região Sudeste

• Região Sul

RegiãoNorte:açaí,guaraná,maracujáecacau;RegiãoNordeste:caju,pitomba,cajá,uvaeumbu;Região Centro-Oeste:abacaxi,araçá,guabiroba,jatobáepequi;RegiãoSudeste:jabuticaba,uvaia,goiaba,cambuci, abacate,laranja,limãoebanana;RegiãoSul:butiá,guabiroba,jabuticaba,goiaba-serrana,laranja,banana,uva, pêssego,maçãemanga.

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RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL
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guaraná jabuticaba cacau caju pitomba pequi cajá açaí uvaia abacaxi banana araçá limão goiaba laranja guabiroba uva jatobá abacate cambuci goiaba-serrana umbu pêssego maracujá
manga
maçã butiá

4. Em duplas, pesquisem e escrevam uma receita com frutas típicas da nossa região.

Para a realização da pesquisa e produção escrita da receita, relembre os alunos de que a receita é um gênero textual que apresenta os ingredientes e o passo a passo para que seja possível produzir algum prato da culinária. A maioria das receitas apresenta ao menos três partes: título, ingredientes e modo de preparo. Após a produção, promova as etapas de revisão ereescrita dotexto. Por fim, convide aturmaaconfeccionar um livro de receitas com frutas típicas da região.

Audiovisual • Vamos trabalhar em grupo!

Este vídeo trata da importância do trabalho em grupo como meio de aprendizagem e de interação com o outro. Apresenta dicas sobre as melhores formas de desenvolver um trabalho em grupo, como prestar atenção nas orientações dadas pelo professor, variar os integrantes da equipe, listar todas as tarefas a serem realizadas, dividir as tarefas com base nas potencialidades de cada um, partilhar as ideias e valorizar a participação de todos da equipe.

Antes da exibição do vídeo, organize uma roda de conversa e pergunte aos alunos se eles gostam de trabalhar em grupo e quais vantagens identificam nesse modo de organização da turma. Após essedebate inicial,cujo objetivo é mobilizar osalunos elevantar conhecimentos prévios, apresente o audiovisual para a turma.

Sugestão de atividade

Após a exibição do vídeo,proponha aos alunos que se organizem em grupos para que possam realizar uma pesquisa sobre um assunto que considerem importante para toda a turma. Pode ser, por exemplo, um conteúdo sobre o qual alguns alunos tiveram dificuldade ou um tema que precisa ser objeto de conscientização.

Para essa organização, sugira que sigam as orientações apresentadas no vídeo, em especial, sobre a importância de alternar os colegas com quem costumam formar grupo. Após a formação dos grupos, oriente-os sobre a realização da pesquisa, de acordo com os seguintes passos:

1. Definição dotemada pesquisa: osintegrantes decada grupodeverãodiscutirentre siqual assunto consideram importante partilhar com o restante da turma.

2. Realização da pesquisa: depois de definido o tema da pesquisa, oriente os grupos a buscarem na internet notícias, reportagens e textos informativos sobre o assunto que selecionaram. Eles poderão fazer anotações sobre as informações principais, de modo que possam utilizar esse material na produção do trabalho final.

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3. Preparação da apresentação: para que cada grupo possa apresentar o resultado de sua pesquisa, oriente-os a produzir um cartaz, com informações textuais e imagéticas sobre o tema que selecionaram. Lembre-os dos cuidados com a utilização dos recursos gráficos, por exemplo, com a escolha do tamanho da letra, a disposição do texto e das imagens, bem como a organização das informações para subsidiar a apresentação.

4. Apresentação da pesquisa: agende um dia para a apresentação dos grupos. Convide um grupo por vez para apresentar a pesquisa e explicar por que aquele tema foi escolhido como o mais importante para a turma. Oriente os alunos a respeitarem os turnos de fala unsdosoutros,deformaaorganizarasapresentações.Aotérminode cadaapresentação, abra espaço para comentários ou perguntas.

RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL Material
– Atribuição
(CC
parâmetros. 182
disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons
não comercial
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Competências gerais da Educação Básica

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Competências específicas de Língua

Portuguesa para o Ensino Fundamental

1. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio de construção de identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem.

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2. Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como forma de interação nos diferentes campos de atuação da vida social e utilizando-a para ampliar suas possibilidades de participar da cultura letrada, de construir conhecimentos (inclusive escolares) e de se envolver com maior autonomia e protagonismo na vida social.

3. Ler,escutareproduzirtextosorais,escritosemultissemióticosquecirculamemdiferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo.

4. Compreender ofenômenoda variação linguística,demonstrandoatitude respeitosadiante de variedades linguísticas e rejeitando preconceitos linguísticos.

5. Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de linguagem adequados à situação comunicativa, ao(s) interlocutor(es) e ao gênero do discurso/gênero textual.

8. Selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com objetivos, interesses e projetos pessoais (estudo, formação pessoal, entretenimento, pesquisa, trabalho etc.).

9. Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-culturais como formas de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial transformador e humanizador da experiência com a literatura.

Habilidades comuns de 1º a 5º ano

(EF15LP01) Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam.

(EF15LP02) Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentospréviossobreascondiçõesdeproduçãoerecepçãodessetexto,ogênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.

(EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos.

(EF15LP05) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa, os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação (onde o texto vai circular); o suporte (qual

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éoportadordotexto);alinguagem,organizaçãoeformadotextoeseutema,pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações necessárias à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.

(EF15LP06) Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para corrigi-lo e aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação.

(EF15LP07) Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, ilustrando, quando for o caso, em suporte adequado, manual ou digital.

(EF15LP08) Utilizar software , inclusive programas de edição de texto, para editar e publicar os textos produzidos, explorando os recursos multissemióticos disponíveis.

(EF15LP09) Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza, preocupando-se em ser compreendido pelo interlocutor e usando a palavra com tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado.

(EF15LP10) Escutar, com atenção, falas de professores e colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sempre que necessário.

(EF15LP11) Reconhecer características da conversação espontânea presencial, respeitando os turnos de fala, selecionando e utilizando, durante a conversação, formas de tratamento adequadas, de acordo com a situação e a posição do interlocutor.

(EF15LP12) Atribuir significado a aspectos não linguísticos (paralinguísticos) observados na fala, como direção do olhar, riso, gestos, movimentos da cabeça (de concordância ou discordância), expressão corporal, tom de voz.

(EF15LP13) Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações, apresentar opiniões, informar, relatar experiências etc.).

(EF15LP15) Reconhecer que os textos literários fazem parte do mundo do imaginário e apresentam uma dimensão lúdica, de encantamento, valorizando-os, em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade.

(EF15LP18) Relacionar texto com ilustrações e outros recursos gráficos.

Habilidades comuns de 3º a 5º ano

(EF35LP01) Ler e compreender, silenciosamente e, em seguida, em voz alta, com autonomia e fluência, textos curtos com nível de textualidade adequado.

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(EF35LP02) Selecionar livros da biblioteca e/ou do cantinho de leitura da sala de aula e/ou disponíveis em meios digitais para leitura individual, justificando a escolha e compartilhando com os colegas sua opinião, após a leitura.

(EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.

(EF35LP04) Inferir informações implícitas nos textos lidos.

(EF35LP05) Inferiro sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da frase ou do texto.

(EF35LP07) Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais comoortografia,regrasbásicasdeconcordâncianominaleverbal,pontuação(ponto-final, ponto de exclamação, ponto de interrogação, vírgulas em enumerações) e pontuação do discurso direto, quando for o caso.

(EF35LP09) Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos segundo as normas gráficas e de acordo com as características do gênero textual.

(EF35LP10) Identificar gêneros do discurso oral, utilizados em diferentes situações e contextos comunicativos, e suas características linguístico-expressivas e composicionais (conversação espontânea, conversação telefônica, entrevistas pessoais, entrevistas no rádio ou na TV, debate, noticiário de rádio e TV, narração de jogos esportivos no rádio e TV, aula, debate etc.).

(EF35LP17) Buscar e selecionar, com o apoio do professor, informações de interesse sobre fenômenos sociais e naturais, em textos que circulam em meios impressos ou digitais.

(EF35LP18) Escutar, com atenção, apresentações de trabalhos realizadas por colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sempre que necessário.

(EF35LP20) Exportrabalhosoupesquisas escolares,emsaladeaula,comapoiode recursos multissemióticos (imagens, diagrama, tabelas etc.), orientando-se por roteiro escrito, planejando o tempo de fala e adequando a linguagem à situação comunicativa.

(EF35LP21) Ler e compreender, de forma autônoma, textos literários de diferentes gêneros e extensões, inclusive aqueles sem ilustrações, estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.

(EF35LP22) Perceber diálogos em textos narrativos, observando o efeito de sentido de verbos de enunciação e, se for o caso, o uso de variedades linguísticas no discurso direto.

(EF35LP23) Apreciar poemas e outros textos versificados, observando rimas, aliterações e diferentes modos de divisão dos versos, estrofes e refrões e seu efeito de sentido.

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Atribuição não comercial

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parâmetros. 186

(EF35LP25) Criar narrativas ficcionais, com certa autonomia, utilizando detalhes descritivos, sequências de eventos e imagens apropriadas para sustentar o sentido do texto, e marcadores de tempo, espaço e de fala de personagens.

(EF35LP26) Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais que apresentem cenários e personagens, observando os elementos da estrutura narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a construção do discurso indireto e discurso direto.

(EF35LP27) Ler e compreender, com certa autonomia, textos em versos, explorando rimas, sons e jogos de palavras, imagens poéticas (sentidos figurados) e recursos visuais e sonoros.

(EF35LP28) Declamar poemas, com entonação, postura e interpretação adequadas.

Habilidades específicas de 3º ano

(EF03LP01) Ler e escrever palavras com correspondências regulares contextuais entre grafemas e fonemas – c/qu; g/gu; r/rr; s/ss; o (e não u) e e (e não i) em sílaba átona em final de palavra – e com marcas de nasalidade (til, m, n).

(EF03LP02) Ler e escrever corretamente palavras com sílabas CV, V, CVC, CCV, VC, VV, CVV, identificando que existem vogais em todas as sílabas.

(EF03LP03) Ler e escrever corretamente palavras com os dígrafos lh, nh, ch.

(EF03LP04) Usar acento gráfico (agudo ou circunflexo) em monossílabos tônicos terminados em a, e, o e em palavras oxítonas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de s.

(EF03LP05) Identificar o número de sílabas de palavras, classificando-as em monossílabas, dissílabas, trissílabas e polissílabas.

(EF03LP06) Identificar a sílaba tônica em palavras, classificando-as em oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.

(EF03LP07) Identificar a função na leitura e usar na escrita ponto-final, ponto de interrogação, ponto de exclamação e, em diálogos (discurso direto), dois-pontos e travessão.

(EF03LP08) Identificar e diferenciar, em textos, substantivos e verbos e suas funções na oração: agente, ação, objeto da ação.

(EF03LP09) Identificar, em textos, adjetivos e sua função de atribuição de propriedades aos substantivos.

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(EF03LP10) Reconhecer prefixos e sufixos produtivos na formação de palavras derivadas de substantivos, de adjetivos e de verbos, utilizando-os para compreender palavras e para formar novas palavras.

(EF03LP11) Ler e compreender, com autonomia, textos injuntivos instrucionais (receitas, instruções de montagem etc.), com a estrutura própria desses textos (verbos imperativos, indicação de passos a ser seguidos) e mesclando palavras, imagens e recursos gráfico-visuais, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

(EF03LP14) Planejar e produzir textos injuntivos instrucionais, com a estrutura própria desses textos (verbos imperativos, indicação de passos a ser seguidos) e mesclando palavras, imagens e recursos gráfico-visuais, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

(EF03LP15) Assistir, em vídeo digital, a programa de culinária infantil e, a partir dele, planejar e produzir receitas em áudio ou vídeo.

(EF03LP16) Identificar e reproduzir, em textos injuntivos instrucionais (receitas, instruções de montagem, digitais ou impressos), a formatação própria desses textos (verbos imperativos, indicação de passos a ser seguidos) e a diagramação específica dos textos desses gêneros (lista de ingredientes ou materiais e instruções de execução – "modo de fazer").

(EF03LP18) Ler e compreender, com autonomia, cartas dirigidas a veículos da mídia impressa ou digital (cartas de leitor e de reclamação a jornais, revistas) e notícias, dentre outros gêneros do campo jornalístico, de acordo com as convenções do gênero carta e considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto

(EF03LP19) Identificar e discutir o propósito do uso de recursos de persuasão (cores, imagens, escolha de palavras, jogo de palavras, tamanho de letras) em textos publicitários e de propaganda, como elementos de convencimento.

(EF03LP21) Produzir anúncios publicitários, textos de campanhas de conscientização destinados ao público infantil, observando os recursos de persuasão utilizados nos textos publicitários e de propaganda (cores, imagens, slogan , escolha de palavras, jogo de palavras, tamanho e tipo de letras, diagramação).

(EF03LP22) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas, telejornal para público infantil com algumas notícias e textos de campanhas que possam ser repassados oralmente ou em meio digital, em áudio ou vídeo, considerando a situação comunicativa, a organização específica da fala nesses gêneros e o tema/assunto/finalidade dos textos.

(EF03LP24) Ler/ouvir e compreender, com autonomia, relatos de observações e de pesquisas em fontes de informações, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

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(EF03LP25) Planejar e produzir textos para apresentar resultados de observações e de pesquisas em fontes de informações, incluindo, quando pertinente, imagens, diagramas e gráficos ou tabelas simples, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

(EF03LP26) Identificar e reproduzir, em relatórios de observação e pesquisa, a formatação e diagramação específica desses gêneros (passos ou listas de itens, tabelas, ilustrações, gráficos, resumo dos resultados), inclusive em suas versões orais.

(EF03LP27) Recitar cordel e cantar repentes e emboladas, observando as rimas e obedecendo ao ritmo e à melodia.

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Referências bibliográficas comentadas

• ADAMS, Marilyn Jager etal Consciência fonológica em crianças pequenas Porto Alegre: Artmed, 2006.

Essa obra traz um programa de atividades de consciência fonológica que contribuem para o ensino da leitura e da escrita na fase pré-escolar.

• ANTUNES, Irandé. Língua, texto e ensino: outra escola possível. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.

Nessa obra, a autora ressalta a importância de professores estarem conscientes das funções e dos diversos usos da língua, bem como de ampliarem seus conhecimentos sobre questões textuais e sobre como articular ensino e avaliação.

• ANTUNES, Irandé. Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo: Parábola Editorial, 2005.

A autora discorre sobre noções básicas de coesão e coerência textual e fornece ferramentas para desenvolver habilidades ligadas a falar, ouvir, ler e escrever textos.

• BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.

O autor desse livro apresenta as bases para que professores e educadores possam abordar a variação linguística em sala de aula.

• BAKHTIN, Mikhail. Os gêneros do discurso São Paulo: Editora 34, 2016. Nesse livro, são apresentados ensaios de Bakhtin, fundamentais para a compreensão de sua abordagem com relação ao texto e à linguagem.

• BEVILACQUA, Cleci Regina; HUMBLÉ, Philippe René Marie; XATARA, Claudia (org.). Dicionários na teoria e na prática: como e para quem são feitos. São Paulo: Parábola Editorial, 2011.

Trata-se de uma coletânea de artigos de especialistas que participam da produção de dicionários.

• BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília: SEB, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pd

f. Acesso em: 4 jan 2022

Documento normativo que objetiva garantir o desenvolvimento e o direito à aprendizagem. Para isso, orienta definições curriculares, com base na progressão de aprendizagens desenvolvidas na Educação Básica.

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• BRASIL. Ministério da Educação. Com direito à palavra: dicionários em sala de aula. Brasília: SEB, 2012. Disponível em:

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=12059dicionario-em-sala-de-aula-pnld-pdf&Itemid=30192 Acesso em: 4 jan. 2022

A obra é destinada a professores e fornece informações sobre dicionários, suas características e usos com o objetivo de otimizar o trabalho em sala de aula.

• BRASIL. Ministério da Educação. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa Brasília: SEB, 2014. Disponível em: http://pacto.mec.gov.br/images/pdf/doc_orientador/doc_orientador_versao_final.pdf

Acesso em: 4 jan. 2022.

Documento oficial que se destina à alfabetização em Língua Portuguesa e em Matemática e se baseia em quatro ações estratégicas: formação de professores alfabetizadores, fornecimento de materiais didáticos, avaliação e gestão e mobilização.

• BRASIL. Ministério da Educação. PNA: Política Nacional de Alfabetização. Brasília: Sealf, 2019. Disponível em: http://alfabetizacao.mec.gov.br/images/pdf/ caderdo_final_pna.pdf Acesso em: 4 jan. 2022.

A Política Nacional de Alfabetização se baseia em seis componentes para a alfabetização: consciência fonêmica, instrução fônica sistemática, fluência em leitura oral, desenvolvimento de vocabulário, compreensão de textos e produção de escrita.

• BRASIL. Ministério da Educação. Relatório Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências (Renabe). Brasília: Sealf, 2020. Disponível em: https://www.gov.br/mec/pt-br/ media/acesso_informacacao/pdf/RENABE_web.pdf Acesso em: 4 jan. 2022.

Trata-se de um relatório que consolida experiências exitosas de alfabetização desenvolvidas em diversos países e sintetiza pesquisas sobre alfabetização, literacia e numeracia, com o objetivo de contribuir para melhorar a qualidade das políticas públicas e práticas de ensino no Brasil

• CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e linguística São Paulo: Scipione, 2006. (Coleção Pensamento e Ação no Magistério).

Essa obra faz parte de uma coleção que reúne contribuições teóricas e práticas sobre alfabetização. Nesse volume, o autor apresenta a importância dos conhecimentos linguísticos para a busca de soluções relacionadas à fala, à escrita e à leitura das crianças.

• CAPOVILLA, Fernando César; SEABRA, Alessandra Gotuzo. Alfabetização: método fônico. São Paulo: Memnon, 2010.

Essa obra apresenta dados científicos nacionais e internacionais sobre o método fônico, além de fornecer estratégias sobre como adotá-lo em sala de aula.

• CUNHA, Celso. Nova gramática do português contemporâneo. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

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Trata-se de uma das gramáticas mais conceituadas da Língua Portuguesa. O livro procura facilitar a consulta com informações breves e objetivas.

• KAUFMAN, Ana María etal Leer y escribir: el día a día en las aulas. Buenos Aires: Aique Grupo Editor, 2012.

A obra fornece ferramentas propositivas ao desenvolvimento da prática docente na alfabetização, pautada na premissa de os alunos "aprenderem a ler e escrever textos lendo e escrevendo textos".

• KLEIMAN, Angela. Oficina de leitura: teoria e prática. 6. ed. Campinas: Pontes, 1998. A obra esclarece questões sobre como professores de outras disciplinas colaboram para odesenvolvimento da leitura e da compreensão.

• LEMLE, Miriam. Guia teórico do alfabetizador. São Paulo: Ática, 2009. Destinada a professores de alfabetização, essa obra apresenta fundamentos teóricos relacionados ao processo de alfabetização e de compreensão da fala e da escrita.

• LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002.

A autora reúne, nessa obra, artigos que apresentam um panorama reflexivo sobre como a língua é tratada na escola, trazendo parâmetros para a transposição didática.

• MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão . São Paulo: Parábola Editorial, 2008. Nesse livro, o autor discorre sobre noções de língua, texto, gênero, compreensão e sentido, partindo da perspectiva sociointeracionista da língua.

• MORAIS, Artur Gomes de. Ortografia: ensinar e aprender. São Paulo: Ática, 2001. Obra que trata sobre o conceito de ortografia, apresentando princípios e encaminhamentos didáticos relacionados à aprendizagem dos alunos.

• MORAIS, Artur Gomes de. Sistema de escrita alfabética. São Paulo: Melhoramentos, 2012.

O autor identifica, nessa obra, as especificidades do processo de alfabetização, propondo o ensino sistemático da notação alfabética, aliado às práticas de leitura e escrita.

• MORAIS, José. Alfabetizar para a democracia. Porto Alegre: Penso, 2014.

Nessa obra, o professor José Morais propõe uma reflexão sobre a alfabetização como caminho para a construção de uma sociedade mais democrática e justa.

• MORAIS, José. Criar leitores: para professores e educadores. Barueri: Minha Editora, 2013.

Nessa obra, o autor visa orientar pais, professores, educadores e outros profissionais a

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compreenderem o que acontece no cérebro da criança quando ela aprende a ler. Além disso, explora as origens das dificuldades que podem surgir nessa fase e sugere estratégias para superá-las.

• OLIVEIRA, João Batista de Oliveira. Aprender e ensinar. Belo Horizonte: Instituto Alfa e Beto, 2008.

Trata-se de um livro escrito por professores para professores do Ensino Fundamental e Ensino Médio, que apresenta subsídios para que planejem, ministrem e avaliem melhor suas aulas.

• PRIETO, Rosângela; MANTOAN, Maria Teresa. Inclusão escolar. São Paulo: Summus, 2010.

Nesse livro, as autoras abordam a inclusão escolar por meio de um diálogo em que discorrem sobre pontos polêmicos e controversos a respeito do tema.

• SAVAGE, John F. Aprender a ler e a escrever a partir da fônica: um programa abrangente de ensino. 4. ed. Porto Alegre: AMGH, 2015.

Nessa obra, o autor trata de questões teóricas e práticas em relação ao trabalho com a fônica na sala de aula, com sugestões de atividades, inclusive para alunos com dificuldade de aprendizagem.

• SCHEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim. Gêneros orais e escritos na escola. Tradução: Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas: Mercado de Letras, 2004. Nessa obra, são apresentados artigos sobre o ensino escolar de gêneros escritos e orais, bem como encaminhamentos para a prática do ensino.

• SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Tradução: Cláudia Schilling. Porto Alegre: Artmed, 1998.

Nessa obra, a autora apresenta várias estratégias que podem ser adotadas pelos alunos para atingir a compreensão leitora de forma autônoma, a fim de que se tornem leitores proficientes.

• TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação : uma proposta para o ensino de gramática. São Paulo: Cortez, 2006.

Nessa obra, o autor discorre sobre a gramática como conteúdo indispensável para a produção e a compreensão textuais. Além disso, o autor deixa clara a importância de abordar a gramática em sala de aula sob a perspectiva da interação comunicativa e do funcionamento textual-discursivo para chegar ao objetivo primeiro do ensino da língua.

• ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998. Nessa obra, o autor propõe análises sobre a prática educativa, buscando uma prática reflexiva e coerente, bem como a constante avaliação do trabalho pelo professor.

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