A Conquista - Língua Portuguesa - Volume 4

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Ensino Fundamental - Anos Iniciais

ISABELLA CARPANEDA LÍNGUA PORTUGUESA 4

Área: Língua Portuguesa

Componente: Língua Portuguesa

RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL

Ensino Fundamental - Anos Iniciais

LÍNGUA PORTUGUESA 4

Área: Língua Portuguesa

Componente: Língua Portuguesa

RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL

ISABELLA PESSÔA DE MELO CARPANEDA

Pós-graduada em Língua Portuguesa pelo Instituto AVM – Faculdade Integrada – RJ. Licenciada em Pedagogia pela Universidade de Brasília e pelo Centro de Educação Unificado de Brasília, com habilitação em Administração Escolar.

Coordenadora pedagógica e elaboradora de material pedagógico para a Educação Infantil e para o Ensino Fundamental há mais de 25 anos.

Professora em cursos de formação de professores de Educação Infantil e Ensino Fundamental em vários estados desde 1990.

Assessora pedagógica de Educação Infantil e Ensino Fundamental em Brasília desde 1984.

1ª edição, São Paulo, 2021 -

A conquista – Língua Portuguesa – Recurso Educacional Digital – 4o ano (Ensino Fundamental – Anos Iniciais)

Copyright © Isabella Pessôa de Melo Carpaneda, 2021

Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira

Direção de Conteúdo e Negócios Cayube Galas

Direção editorial adjunta Luiz Tonolli

Gerência editorial Natalia Taccetti

Edição Nubia de Cassia de Moraes Andrade e Silva (coord.)

Preparação e revisão de textos Viviam Moreira (sup.)

Adriana Périco, Caline Devèze, Camila Cipoloni, Carina Luca, Fernanda Marcelino, Fernando Cardoso, Graziele Ribeiro, Paulo José Andrade

Gerência de produção e arte Ricardo Borges

Design Daniela Máximo (coord.)

Arte e produção Rodrigo Carraro Moutinho (coord.)

Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga

Licenciamento de textos Erica Brambilla

Iconografia Érika Nascimento

Coordenação de audiovisuais Diego Vieira Cury Morgado de Oliveira

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Carpaneda, Isabella Pessôa de Melo

A conquista [livro eletrônico] : língua portuguesa : 4o ano : ensino fundamental : anos iniciais / Isabella Pessôa de Melo Carpaneda. –

1. ed. – São Paulo : FTD, 2021.

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Área: Língua portuguesa. Componente: Língua portuguesa. ISBN 978-85-96-03222-3 (recurso educacional digital professor – coleção)

1. Língua portuguesa (Ensino fundamental)

I. Título.

21-90753

CDD-372.6

Índices para catálogo sistemático:

1. Língua portuguesa : Ensino fundamental 372.6 Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427

EDITORA FTD

Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo-SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br

Material disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons – Atribuição não comercial (CC BY NC – 4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros.

RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL Sumário Carta ao professor.......................................................................................... 5 Instrumentos pedagógicos........................................................................... 7 Plano de desenvolvimento anual .......................................................................... 7 Sequências didáticas .............................................................................................16 Sequência didática 1 • Conhecer verbetes de dicionário e estudar palavras com ç ou ss 16 Sequência didática 2 • Conhecer resenhas críticas, aprender sobre pronomes pessoais e estudar palavras com g ou j 37 Sequência didática 3 • Conhecer histórias em quadrinhos e estudar palavras terminadas em -ram e -rão 52 Sequência didática 4 • Conhecer notícias e aprender sobre elementos de coesão e coerência ........................................................................... 64 Sequência didática 5 • Conhecer entrevistas, aprender sobre acentuação de paroxítonas e estudar palavras terminadas em -eza e -esa 79 Sequência didática 6 • Conhecer textos instrucionais e aprender sobre encontros vocálicos 95 Sequência didática 7 • Conhecer contos e aprender sobre elementos da narrativa 109 Sequência didática 8 • Conhecer artigos de divulgação científica e artigos de opinião e estudar palavras terminadas em -isar e -izar 126 Relatórios e indicadores do acompanhamento da aprendizagem............ 142 Produção de relatórios 142 Indicadores do acompanhamento da aprendizagem ......................................144 Catálogo dos audiovisuais........................................................................162
RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL Audiovisuais da coletânea................................................................................. 162 Orientações para o uso dos audiovisuais....................................................... 163 Audiovisual • Animais do Pantanal nos verbetes de enciclopédia 163 Audiovisual • Entrevista com a escritora Mirna Pinsky 165 Audiovisual • Mudanças que ocorrem com o passar do tempo 167 Audiovisual • A diversidade das paisagens naturais da América Latina 168 Audiovisual • Autoavaliação ..................................................................................169 BNCC.............................................................................................................172 Referências bibliográficas comentadas.................................................178

Carta ao professor

Olá, professora! Olá, professor!

Este material digital tem como objetivo fornecer subsídios e sugestões que apoiem o trabalho pedagógico e a ação educativa em sala de aula no ensino de Língua Portuguesa para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

O conteúdo deste material digital foi elaborado tendo em vista os componentes essenciais para a alfabetização definidos pela Política Nacional de Alfabetização (PNA), os direitos e objetivos de aprendizagem e as competências e habilidades estabelecidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Do ponto de vista teórico-metodológico, as propostas apresentadas neste material enfatizam a participação ativa e reflexiva dos alunos nas mais diversas situações comunicativas, de modo que possam ampliar seus níveis de literacia por meio do uso de diferentes linguagens em contextos variados e da ampliação de seu repertório cultural.

Este material também se alinha às práticas pedagógicas que valorizam a construção de conhecimentos e o desenvolvimento de aprendizagens relacionados a saberes não restritos à escola, promovendo integração com as tecnologias digitais de informação e comunicação e com as mais variadas demandas da vida cotidiana.

Este volume promove o desenvolvimento da literacia dos alunos de 4º ano, possibilitando a aquisição de habilidades relativas ao conhecimento alfabético, à fluência em leitura oral, à compreensão de textos, à ampliação de vocabulário e à produção de textos orais e escritos. Assim, são abordados os seguintes conteúdos: sistematização de aspectos ortográficos; identificação de pronomes pessoais e de tempos verbais; retomada de sinais de pontuação e de regras de acentuação; reconhecimento de encontros vocálicos; identificação de elementos de coesão e coerência; reflexão sobre temas relevantes, como culturas regionais e variação linguística, memória e história da escola, saúde e preservação do meio ambiente; e estudo dos gêneros textuais verbete de dicionário, resenha crítica, história em quadrinhos, notícia, entrevista, conto, artigo de divulgação científica e artigo de opinião.

Todos os volumes deste material digital são compostos dos seguintes recursos pedagógicos:

• Plano de desenvolvimento anual: sugestão de planejamento para a abordagem de conteúdos, habilidades e componentes essenciais para a alfabetização no ano letivo, com possibilidades de organização bimestral, trimestral e semestral. O Plano conta, também, com orientações pedagógicas que contribuem para o ensino desses conteúdos em sala de aula, orientações a respeito do processo de avaliação das aprendizagens e sugestões de materiais voltados à formação do professor.

Material disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons

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• Sequências didáticas: propostas de planejamento aula a aula, com a indicação dos objetivos de aprendizagem, dos componentes essenciais para a alfabetização, das competências e habilidades da BNCC e sugestões de atividades para desenvolver esses conhecimentos.

• Relatórios e indicadores do acompanhamento da aprendizagem: orientações para a produção de relatórios e fichas de avaliação que ajudam o professor a diagnosticar os conhecimentos dos alunos; acompanhar o desenvolvimento de habilidades, competências e componentes essenciais para a alfabetização; verificar se os objetivos de aprendizagem foram alcançados; e acompanhar o desenvolvimento de habilidades socioemocionais.

• Catálogo deaudiovisuais: apresentação e descrição dos audiovisuais que acompanham a coleção, com sugestões de atividades e orientações para trabalhar os conteúdos desenvolvidos nesses audiovisuais.

Busca-se, com os recursos disponibilizados neste material digital, fomentar a liberdade criativa dos professores na produção e disseminação de propostas didáticas medianteacesso a conteúdoseducacionaisque permitemuso, reúso, adaptação e mixagem, estimulando novas formas de desenvolver o processo de ensino-aprendizagem.

Este material, portanto, contribui para a adoção de novas práticas pedagógicas, conferindo ao professor lugar central na criação, desenvolvimento e compartilhamento de propostas alinhadas às demandas formativas da escola na contemporaneidade. Espera-se, assim, ampliar e potencializar práticas educativas que promovam aprendizagens significativas e fundamentais para os alunos.

Bom trabalho!

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Instrumentos pedagógicos

Plano de desenvolvimento anual

Este Plano de desenvolvimento anual apresenta uma proposta de planejamento para a abordagem dos conteúdos, das habilidades da BNCC e dos componentes essenciais para a alfabetização, trabalhados nas Sequências didáticas deste material digital, com possibilidades de organização em bimestres, trimestres e semestres.

São apresentadas, também, estratégias e práticas docentes que podem ajudar o professornotrabalhocomasatividadespropostasnomaterialdigitaldestacoleçãoe,assim, favorecer o processo de alfabetização e o desenvolvimento da literacia, bem como das aprendizagens específicas de Língua Portuguesa.

Este Plano de desenvolvimento anual apresenta, ainda, uma visão geral sobre a importância da avaliação para o constante aprimoramento do processo de ensino-aprendizagem e oferece indicações de materiais complementares que visam a atualizar abordagens teóricas e metodológicas em relação à alfabetização e ao ensino de Língua Portuguesa nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

BNCC

Multiculturalismo: culturas regionais e variação linguística

Verbete de dicionário

Conto

Palavras com ç e ss

Resenha

Pronomes pessoais

Aprendizagens desenvolvidas no 4º ano 1º semestre 1º trimestre 1º bimestre

Letras g e j

Estratégias de argumentação

EF15LP02, EF15LP05, EF15LP06, EF15LP07, EF15LP09, EF15LP10, EF35LP03, EF35LP04, EF35LP05, EF35LP06, EF35LP11, EF35LP14, EF35LP17, EF35LP20, EF35LP26, EF04LP01, EF04LP03.

Componentes essenciais para a alfabetização

Consciência fonológica e fonêmica

Compreensão de textos

Fluência em leitura oral

Desenvolvimento de vocabulário

Produção de escrita

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2º bimestre

História em quadrinhos

Tipos de balões

Onomatopeia

Sinais de pontuação

Tempos verbais (verbos terminados em -ram e -rão)

Legenda

Notícia

2º trimestre

2º semestre 3º bimestre

3º trimestre

Jornal impresso

Entrevista

Sílaba tônica

Regras de acentuação (paroxítonas)

Expressões adversativas

Palavras terminadas em -eza e -esa

Texto instrucional

Encontro vocálico

Vogal e semivogal

Conto

Manual de instruções

BNCC

EF15LP01, EF15LP02, EF15LP04, EF15LP05, EF15LP06, EF15LP07, EF15LP09, EF15LP14, EF15LP18, EF35LP03, EF35LP04, EF35LP07, EF35LP17, EF35LP20, EF04LP01, EF04LP05, EF04LP21

Componentes essenciais para a alfabetização

Compreensão de textos

Fluência em leitura oral Desenvolvimento de vocabulário

Produção de escrita

BNCC

EF15LP01, EF15LP02, EF15LP03, EF15LP04, EF15LP05, EF15LP06, EF15LP07, EF15LP09, EF15LP10, EF35LP03, EF35LP04, EF35LP05, EF35LP06, EF35LP10, EF04LP01, EF04LP02, EF04LP03, EF04LP04, EF04LP08, EF04LP13, EF04LP18

Componentes essenciais para a alfabetização

Consciência fonológica e fonêmica

Compreensão de textos

Fluência em leitura oral

Desenvolvimento de vocabulário

Produção de escrita

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4º bimestre

Saúde: prevenção à dengue

Diferença entre fato e opinião

Conto

Elementos composicionais da narrativa

Artigo de divulgação científica

Artigo de opinião

Palavras terminadas em -isar e -izar

Práticas de ensino na sala de aula

BNCC

EF15LP01, EF15LP02, EF15LP03, EF15LP09, EF15LP11, EF15LP15, EF15LP16, EF15LP19, EF35LP01, EF35LP03, EF35LP04, EF35LP06, EF35LP17, EF35LP25, EF35LP26, EF35LP29, EF04LP03, EF04LP08, EF04LP14, EF04LP15, EF04LP19

Componentes essenciais para a alfabetização

Consciência fonológica e fonêmica

Compreensão de textos

Fluência em leitura oral

Desenvolvimento de vocabulário

Produção de escrita

A sala de aula nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental deve ser um ambiente que proporciona uma variedade de experiências com diferentes linguagens, sobretudo com a linguagem escrita, visto que esse espaço é fundamental no processo de alfabetização e no desenvolvimento da literacia dos alunos. Por isso, livros de literatura de diversos gêneros, jornais, revistas, cartazes, alfabetos móveis, jogos de letras e palavras, lista de nomes da turma, entre outros recursos, constituem um universo favorável e envolvente para o contato com diferentes práticas comunicativas e para a aquisição das habilidades de leitura e escrita. As propostas deste material digital possibilitam a adoção de diferentes estratégias e práticas docentes que favorecem o desenvolvimento de habilidades fundamentais para a alfabetização no 1º ano e sua consolidação no 2º ano, priorizando, nesses anos iniciais, a aquisição do conhecimento alfabético, da consciência fonológica e fonêmica e da produção de escrita, e promovendo também a fluência em leitura oral, a compreensão de textos e o desenvolvimento de vocabulário. Nos 3º, 4º e 5º anos, além da consolidação dos conhecimentos relacionados à alfabetização, a ênfase se dá no desenvolvimento de habilidades de leitura, de produção de texto e de análises linguística e semiótica, com vistas à ampliação dos conhecimentos relativos aos usos sociais da língua, bem como sua articulação com outras linguagens e com o desenvolvimento do pensamento criativo, lógico e crítico

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No que se refere à aprendizagem da escrita alfabética, no 1º ano, propõem-se a apresentação do alfabeto, dos nomes das letras e de suas diferentes grafias, e a exploração sistematizada dos sons que cada letra pode representar, de modo a promover a compreensão dos alunos sobre a relação letra-som. A partir do 2º ano, a retomada das relações grafema-fonema e o estudo das regularidades e irregularidades ortográficas são fundamentais para a consolidação da alfabetização e para o desenvolvimento das habilidades de leitura e de escrita dos alunos, uma vez que a internalização da ortografia é parte do processo de aquisição do sistema de escrita.

Para o desenvolvimento da consciência fonológica e fonêmica, podem ser realizados jogos de manipulação de letras e sílabas, atividades de segmentação e síntese fonêmica, de segmentação silábica, de substituição de sons nas palavras e de identificação de palavras, com base nas sílabas ou nos fonemas que as compõem, bem como atividades de identificação e produção de rimas e aliterações, que podem ser realizadas, por exemplo, explorando-se textos da tradição oral, como parlendas, trava-línguas, quadrinhas e cantigas.

As práticas de leitura de textos em voz alta devem ser realizadas sistematicamente em todos os anos, com o objetivo de promover a fluência em leitura oral dos alunos, de modo que possam ler textos com velocidade, precisão e prosódia. Para isso, podem ser propostas atividades de leitura compartilhada, de leitura com parceiro ou em grupos e de leitura independente, auxiliando os alunos na utilização da entonação adequada, na realização das pausas e na expressão clara durante a leitura.

Em relação à produção de escrita, no 1º ano, é importante promover exercícios de caligrafia para que os alunos se apropriem do traçado de cada letra, em suas diferentes grafias, bem como atividades de escrita de sílabas, de palavras e de frases. Além disso, em todos os anos, as propostas de produção de texto envolvem a escrita de frases cada vez mais complexas, de textos progressivamente mais extensos e de gêneros textuais variados, seja em atividades de escrita coletiva/compartilhada, seja em atividades de escrita independente

É importante destacar que, mesmo antes de escreverem convencionalmente por si próprios, os alunos poderão criar textos por meio de escrita coletiva/compartilhada. O professor poderá exercer o papel de escriba e averbar o texto dos alunos na lousa ou no projetor multimídia, chamando a atenção para a estrutura e a organização do texto, bem como para aspectos de coesão e de coerência, com a seleção e a organização de ideias e assuntos, a separação das palavras e a utilização da pontuação. Além disso, nas proposições em que o professor é o escriba, os alunos têm a oportunidade de observar aspectos relacionados ao sistema de escrita e de refletir sobre as diferenças entre texto oral e texto escrito.

Sobre as práticas de leitura, compreensão e produção de textos, o enfoque deve se dar nos usos sociais de diferentes gêneros textuais, com base na compreensão de que toda atividade humana, por mais variada que possa ser, sempre se relaciona ao uso da linguagem e se realiza por meio de um gênero textual produzido historicamente Por meio da abordagem

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de diferentes gêneros textuais, é possível desenvolver os processos gerais de compreensão de textos: localizar e retirar informação explícita; fazer inferências diretas; interpretar e relacionar ideias e informação; analisar e avaliar conteúdo e elementos textuais. Nas atividades de leitura, também é importante explorar o significado de palavras desconhecidas pelos alunos, contribuindo para o desenvolvimento de vocabulário da turma. Como se observa nas Sequências didáticas, antes de se propor a produção de um texto, é fundamental que os alunos tenham contato com o gênero textual por meio da leitura e da compreensão de seus aspectos composicionais e reflitam sobre a situação comunicativa relacionada ao texto (a finalidade, a circulação, quem o produz e a quem se dirige).

Assim, a produção de texto compreende atividades de leitura, análise linguística e escrita que visam à apropriação do gênero textual em estudo. Nesse sentido, ao desenvolver a Sequência didática, podem-se realizar as seguintes etapas: compartilhar a proposta de trabalho com os alunos; mapear o conhecimento prévio da turma; ampliar o repertório com leitura de textos exemplares; analisar as marcas do gênero textual; buscar informações sobre o tema a ser desenvolvido; produzir um texto coletivo ou individual; fazer a revisão e a edição final do texto; publicar ou viabilizar a circulação dos textos produzidos pelos alunos.

Escrever um texto é uma atividade que nunca é a mesma nas diferentes circunstâncias em que ocorre, porque cada escrita se caracteriza por diferentes condições que determinam a produção dos discursos. Para aproximar a produção de escrita das necessidades comunicacionais do cotidiano, é importante proporcionar situações em que os alunos participem de maneira ativa de atividades da vida social que envolvam ler e escrever. As situações de interação, por meio de práticas que possibilitem aos alunos fazer uso real da língua, empregando-a adequadamente nas mais diversas situações de comunicação, concretizam-se neste material nas atividades que compreendem os gêneros textuais. Nessa perspectiva, são propostas atividades que envolvem leitura, reconhecimento, compreensão e produção de diferentes gêneros textuais em contextos sociais variados, despertando o interesse dos alunos pela leitura e pela escrita, de modo que adquiram confiança em suas capacidades de se expressar utilizando diferentes linguagens.

É importante destacar, ainda, que o trabalho com a leitura, a compreensão e a produção de textos deve se pautar em práticas que envolvem estratégias de antecipação, com levantamento de hipóteses e retomada de conhecimentos e saberes prévios. A socialização acerca da compreensão dos textos lidos e o compartilhamento dos textos produzidos pelos alunos também são essenciais para a formação da competência comunicativa. Essas práticas são exploradas nas Sequências didáticas deste material, pois enriquecem o desenvolvimento da linguagem por parte dos alunos e situam o trabalho com os textos em relação aos seus usos sociais, promovendo o desenvolvimento da literacia.

A Sequência didática é um conjunto de atividades organizadas de acordo com os objetivos de aprendizagem que se pretende alcançar, possibilitando que os alunos desenvolvam diversas habilidades e competências. Nesse percurso, os conhecimentos prévios dos alunos são valorizados, e eles exercem um papel ativo no processo de aprendizagem, uma vez que a dinâmica da Sequência didática é desenvolvida com base em

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sua participação. Essa modalidade organizativa de ensino possibilita articular e encadear diferentes propostas didáticas e conteúdos, explorando a aprendizagem da escrita alfabética e o desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita concernentes aos usos sociais da língua, com base no estudo dos gêneros textuais e de temas relevantes para os alunos.

Além disso, nas Sequências didáticas, são propostas atividades individuais, em duplas e em grupos, proporcionando aos alunos o desenvolvimento da autonomia e o desafio de trabalhar em equipe. Os jogos e as brincadeiras também são recursos pedagógicos explorados neste material digital, pois tornam a aprendizagem mais lúdica e prazerosa e despertam o interesse dos alunos pelo conteúdo trabalhado em sala de aula, além de promoverem a reflexão sobre o respeito às regras e aos colegas, o uso de estratégias para a resolução de problemas, a curiosidade, a motricidade, entre outros aspectos.

Avaliação

O processo de avaliação é fundamental para o acompanhamento e a consolidação das aprendizagens. Uma maneira de analisar o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos, bem como de nortear a continuidade do trabalho do professor, é realizar a avaliação por meio de diferentes estratégias. Neste material digital, são apresentadas propostas de avaliação diagnóstica, avaliação formativa e avaliação de resultados.

A avaliação diagnóstica, ou inicial, é entendida como o instrumento pelo qual se busca conhecer os alunos, seus saberes e suas aprendizagens, para melhor condução do processo educativo. Inicialmente, deve-se realizar uma avaliação diagnóstica para conhecer as necessidades dos alunos e, então, planejar o trabalho que será realizado com eles.

A avaliação formativa tem caráter contínuo e pode ser utilizada como parâmetro para o professor rever suas estratégias de ensino. Assim, essa avaliação busca retomar, aplicar e ampliar as aprendizagens desenvolvidas.

A avaliação de resultados, por sua vez, tem valor cumulativo e propicia a verificação dos objetivos de aprendizagem alcançados ao longo do processo formativo.

Para o 1º e o 2º anos, o foco da avaliação está no acompanhamento e na verificação dos componentes essenciais para a alfabetização, tendo como centralidade o desenvolvimento do conhecimento alfabético, da consciência fonológica e fonêmica, da fluência em leitura oral, da compreensão de textos, do desenvolvimento de vocabulário e da produção de escrita.

Para o 3º, o 4º e o 5º anos, além de verificar a consolidação do processo de alfabetização, a avaliação deve acompanhar o desenvolvimento das habilidades de leitura, de produção de textos e de análise linguística, considerando-se as múltiplas situações comunicativas vivenciadas pelos alunos em seu cotidiano, dentro e fora da escola.

Nesse sentido, os conhecimentos prévios dos alunos e suas diversidades devem ser objetos de avaliação, pois só com a integração de conhecimentos prévios e objetivos

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pretendidos é que será possível verificar se houve aprendizagem. Compreender as experiências que os alunos trazem, suas concepções e formas de aprendizagem é fundamental para a proposição e a abordagem dos conteúdos a serem ensinados.

Uma das principais funções da avaliação é aperfeiçoar a prática educativa, uma vez que,duranteoprocessodeavaliação,oprofessorpoderáavaliarnãosomenteodesempenho e a aprendizagem dos alunos, mas também a sua prática de ensino.

Ressalta-se a importância de a avaliação ser realizada continuamente, de modo que o professor possa rever suas ações e planejar novas propostas, buscando uma aprendizagem efetiva. Por esse motivo, no desenvolvimento das Sequências didáticas apresentadas neste material, há propostas de avaliação, com atividades abrangentes e variadas, que possibilitam ajustes no processo de ensino-aprendizagem. São apresentadas, também, propostas de autoavaliação, que permitem aos alunos reconhecerem os avanços obtidos no decorrer das atividades e refletirem sobre sua própria aprendizagem.

Espera-se, assim, que as práticas e os instrumentos presentes nesta coleção proporcionem oportunidades de reflexão sobre o trabalho docente e contribuam para o desenvolvimento de diferentes aprendizagens pelos alunos, colaborando para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva.

Para saber mais

 ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.

Nessa obra, a autora apresenta práticas significativas de leitura e escrita e chama a atenção para os principais equívocos no estudo de Língua Portuguesa relacionado à escrita, à leitura e à gramática.

 BATISTA, Antônio Augusto Gomes etal Avaliação diagnóstica na alfabetização. Belo Horizonte: Ceale: FAE: UFMG, 2003. Material orientador para a formação continuada de professores em relação às práticas de avaliação diagnóstica da alfabetização. Apresenta sugestões de instrumentos de avaliação e monitoramento do ensino das competências em leitura e escrita.

 CAPOVILLA, Fernando César; SEABRA, Alessandra Gotuzo. Alfabetização: método fônico. São Paulo: Memnon, 2010.

Nessa obra, são apresentados dados científicos nacionais e internacionais sobre o método fônico, além de fornecer estratégias sobre como adotá-lo em sala de aula.

 EDUCAÇÃO no século 21: tendências, ferramentas e projetos para inspirar. São Paulo: Fundação Santillana, 2016.

Trata-se de um livro digital, produzido pelo grupo Young Digital Planet, que oferece um panorama das metodologias educacionais da atualidade, comobigdata , gamificação, storytelling , sala de aula invertida, STEM, cultura makeretc.

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 ESCREVENDO O FUTURO. Disponível em: https://www.escrevendoofuturo.org.br/. Acesso em: 30 nov. 2021.

Nesse portal, são apresentados atividades, textos e práticas pedagógicas voltados para o ensino da produção de texto como uma prática social, que pode ser desenvolvida quando considerados seus agentes, usos sociais e contextos de produção.

 ILHA, Susie Enke etal Consciência fonológica: coletânea de atividades orais para a sala de aula. Curitiba: Appris, 2017. Compilado de atividades que envolvem a consciência fonológica com o objetivo de incentivar professores a desenvolverem a oralidade em sala de aula.

 JOLIBERT, Josette. Formando crianças produtoras de textos. Porto Alegre: Artmed, 1994.

Nesse livro, a autora aborda as práticas escolares de produção de textos, considerando a escrita como prática social, com base em uma pedagogia de projetos.

 JOLIBERT, Josette etal Formando crianças leitoras. Porto Alegre: Artmed, 1992. Nesse livro, são abordadas questões ligadas à construção da leitura pelas crianças.

 LEMLE, Miriam. Guia teórico do alfabetizador. São Paulo: Ática, 2009. Destinada a professores da alfabetização, essa obra apresenta fundamentos teóricos relacionados ao processo de alfabetização e de compreensão da fala e da escrita.

 LERNER, Délia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. São Paulo: Artmed, 2006.

A autora reúne, nessa obra, artigos que apresentam um panorama reflexivo sobre como a língua é tratada na escola, trazendo parâmetros para a transposição didática.

 MORAIS, Artur Gomes de. Sistema de escrita alfabética. São Paulo: Melhoramentos, 2012.

Nesse livro, é discutido o ensino da notação alfabética na escola, considerando as vivências cotidianas relacionadas às práticas de leitura e escrita. É destacada, também, a importância do desenvolvimento da consciência fonológica, enfatizando o papel dos jogos e do trabalho com textos da tradição oral.

 MUNDÓ, Anna Camps etal . Propostas didáticas para aprender a escrever. Porto Alegre: Artmed, 2006.

Nessa obra, são apresentadas experiências e propostas didáticas que envolvem a aprendizagem da escrita, considerando a diversidade de gêneros textuais nos diferentes níveis de ensino.

 PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens entre duas lógicas. Porto Alegre: Artmed, 1999.

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Nesse livro, o autor promove uma reflexão sobre a complexidade do processo da avaliação, no que se refere à construção, ao reconhecimento e à negação das diferenças.

 ROBERTO, Mikaela. Fonologia, fonética e ensino: guia introdutório. São Paulo: Parábola Editorial, 2016.

Nessa obra, são abordados conceitos básicos sobre os estudos da fonética e da fonologia.

 SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim. Gêneros orais e escritos na escola. 2. ed.

Campinas: Mercado de Letras, 2010.

Na obra, são apresentados artigos sobre o ensino escolar de gêneros escritos e orais, bem como os devidos encaminhamentos para a sua aplicação em sala de aula.

 SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Porto Alegre: Artmed, 2009. Nessa obra, a autora apresenta várias estratégias que podem ser adotadas pelos alunos para que atinjam a compreensão leitora de forma autônoma, a fim de se tornarem leitores proficientes.

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Sequências didáticas

Sequência didática 1 • Conhecer verbetes de dicionário e estudar palavras com ç ou ss

Nesta sequência, será abordado o uso do dicionário, seu manuseio e sua estrutura. A construção desse conhecimento será ampliada a partir da produção, para posterior doação à biblioteca da escola, de um dicionário de palavras e expressões regionais, no qual os alunos poderão inserir verbetes, organizados em seções, criados pela própria turma. Para tanto, serão realizadas pesquisas em fontes diversificadas (sites , livros, canções regionais etc.) a partir das quais os alunos poderão identificar palavras e expressões pouco conhecidas por eles e outras que já dominam, de modo a desenvolver o vocabulário da turma, bem como levá-la a refletir sobre a preservação da tradição e da cultura por meio da língua. Também será trabalhada a compreensão textual de um trecho do conto "Os doze meses", de Helen Holwill, bem como a relação grafofonêmica envolvendo o uso de ç e ss

Objetivos de aprendizagem

• Compreender a função social e as características do gênero textual verbete de dicionário.

• Produzir um dicionário.

• Identificar a relação grafema-fonema de ç e ss

Plano de aulas

Aula 1: Conhecer o conteúdo, a função e a forma de organização do dicionário.

Aula 2: Identificar as diferentes acepções das palavras apresentadas em um verbete e selecionar o significado mais apropriado ao contexto.

Aula 3: Identificar e selecionar palavras e expressões características da região onde vivem.

Aula 4: Planejar a organização e a estrutura do dicionário a ser produzido.

Aula 5: Pesquisar sobre a região e refletir sobre a relação entre aspectos socioculturais e linguísticos.

Aula 6: Registrar os significados das palavras e expressões regionais para compor o dicionário.

Aula 7: Organizar as partes do dicionário previamente elaboradas.

Aula 8: Estabelecer relações entre texto e imagem para ilustrar o dicionário.

Aula 9: Planejar o evento de lançamento do dicionário refletindo sobre sua contribuição.

Aula 10: Organizar e dividir tarefas e responsabilidades na realização do lançamento do dicionário.

Aula 11: Ler o conto "Os doze meses", identificando as ideias principais e fazendo inferências de informações implícitas.

Aula 12: Identificar em texto palavras grafadas com ç e ss

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Componentes essenciais para a alfabetização: Consciência fonológica e fonêmica, compreensão de textos, desenvolvimento de vocabulário e produção de escrita.

Competências gerais da Educação Básica: 1, 2 e 9. Competências específicas de Língua Portuguesa: 1, 2 e 4.

Habilidades: EF15LP02, EF15LP05, EF15LP06, EF15LP07, EF15LP09, EF15LP10, EF35LP04, EF35LP05, EF35LP11, EF04LP01 e EF04LP03.

Materiais necessários: Lápis grafite, borracha, apontador, dicionários, projetor multimídia, cópias de notícia, jornais e revistas regionais, dicionários, dicionários ilustrados, papel pardo, canetas hidrocor coloridas, lápis de cor, giz de cera, papéis coloridos, computador ou tablets , pendrive , fita adesiva, folha de cartolina, cola branca, tesoura com pontas arredondadas, papel sulfite, papel com gramatura maior para capa e cópias do conto "Os doze meses"

Aula 1

Inicie a aula organizando os alunos em duplas. Em seguida, introduza o assunto, apresentando o dicionário e oferecendo exemplares às duplas, a fim de que possam manuseá-los livremente para que levantem hipóteses sobre sua função, conteúdo e forma de organização. Caso os dicionários disponíveis sejam da mesma edição, separe previamente três exemplares de diferentes edições em que o verbete dicionário apareça. Abra espaço para que os alunos comentem se já conheciam o dicionário e se sabem qual é a função desse livro. Na discussão, explique que, em dicionários, é possível, entre outras coisas, encontrar os significados de diversas palavras, inclusive de palavras desconhecidas, bem como seus sinônimos e antônimos e, também, tirar dúvidas quanto à grafia de palavras.

Após essa exploração, peça aos alunos que observem a capa do dicionário que lhes foi entregue e que vejam quais são as informações contidas (autor, editora, ano de publicação, alguma informação referente àquela edição etc.). Depois, peça que o abram e observem sua estrutura.

Chame a atenção dos alunos para a parte interna do dicionário, como ele é organizado, a palavra que fica no topo da página, as abreviações em cada verbete indicando se é substantivo, adjetivo etc. Estipule um tempo para que os alunos tenham esse primeiro contato com o dicionário (por exemplo, 15 minutos)

Em seguida, chame a atenção dos alunos para o significado da palavra dicionário Peça que abram seus livros nessa palavra e leiam o verbete. Depois, leia os verbetes das outras edições para que seja possível compará-los. Durante a leitura de cada um dos itens que apresentam significados da palavra dicionário, forneça outros exemplos para que os alunos possam refletir sobre cada um dos significados com base em um contexto.

Peça que folheiem o dicionário e encontrem uma palavra que começa com a letra a, como abelha. Depois, peça que encontrem uma que começa com a letra d, como dado; na sequência, uma com a letra s, como sapato. Chame a atenção dos alunos para a maneira

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como é organizado o dicionário, ou seja, em ordem alfabética. Explique que a organização das palavras é feita dessa maneira para facilitar a busca.

Em seguida, desafie-os a responder como imaginam que é feita a organização em casos de palavras que iniciam com a mesma letra, como abelha e apagador, por exemplo. Peça a eles que folheiem algumas páginas do dicionário para tentarem descobrir de que forma é feita essa organização. Espera-se que os alunos percebam que a ordem de palavras que iniciam com a mesma letra também é a ordem alfabética, porém, de acordo com a segunda letra.

Explorado o verbete relativo à palavra dicionário , pergunte aos alunos se sabem o que significa a palavra verbete Reproduza o significado da palavra verbete em um projetor ou peça que leiam em seus dicionários.

Explique aos alunos que o conjunto de acepções e demais explicações de determinada palavra apresentado em dicionários é chamado de verbete. Forneça explicações, também, sobre as demais acepções dessa palavra e leve-os a compreender a estrutura e a função do gênero textual verbete.

Mostre aos alunos, em uma edição diferente de dicionário, a palavra verbete E, se possível, acesse o dicionário on-line(disponível na seção Sugestões ao final desta Sequência didática) Certifique-se de que haverá pequenas diferenças a serem comparadas, como a estrutura, palavras por extenso ou abreviadas, por exemplo. Comente que são apenas padrões definidos pela editora que publicou os dicionários, mas que isso não interfere nos significados da palavra pesquisada. Chame a atenção, ainda, para a separação silábica da palavra e sua etimologia, ou seja, sua origem.

Ressalte para a turma que, em dicionários on-line ou em CD-ROMs, a busca pelas palavras é mais rápida, pois basta digitar a palavra no campo de pesquisa para encontrá-la. No entanto, a organização do dicionário continua sendo em ordem alfabética, mesmo nessas versões.

Em seguida, desafie as duplas a localizarem três palavras no dicionário que têm em mãos. Selecione, previamente, três palavras para cada dupla e estabeleça um tempo de cerca de 20 minutos Neste primeiro momento, os alunos apenas localizarão as palavras e lerão as acepções disponíveis, bem como poderão perceber a estrutura em que cada verbete é apresentado, a disposição gráfica, o layout , as palavras que o antecedem e precedem, qual é a palavra em destaque no topo da página etc. O objetivo é que eles se familiarizem com o manuseio do dicionário.

A seguir, são apresentadas sugestões de palavras escolhidas aleatoriamente para essa atividade: tempestade, gato, estudo , jornada, passeio, livro , viagem, gavião , chuva Na aula seguinte, os alunos vão construir pequenos textos ou frases em que possam utilizar algumas das acepções das palavras pesquisadas, percebendo os significados de acordo com cada contexto.

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Finalize a aula dando oportunidade às duplas de compartilhar com a turma o que descobriram sobre cada palavra, comentando algumas acepções e outras informações disponíveis sobre o termo (classe gramatical, separação silábica, se possui mais de um significado etc.). Combine com a turma a ordem das apresentações orais e lembre a todos que, enquanto um colega estiver falando, os demais devem prestar atenção e agir respeitosamente.

Após a apresentação de todas as duplas, pergunte aos alunos o que já sabiam e o que puderam aprender sobre dicionários. Estimule-os a comentar também sobre o que acham da função desse livro, em que situações podem usá-lo etc.

Aula 2

Inicie a aula retomando os estudos sobre a estrutura do dicionário. Depois, peça aos alunos que formem as mesmas duplas da aula anterior

Peça a cada dupla que retome as palavras pesquisadas. Informe que devem formular frases, no caderno, utilizando uma das acepções de cada uma delas. Explique que também podem pesquisar imagens e escrever legendas para elas, utilizando as palavras que pesquisaram. O objetivo é levar os alunos a refletirem sobre os diferentes significados que uma mesma palavra pode ter e selecionarem o que mais se adéqua a determinado contexto. Estipule um tempo para essa atividade (por exemplo, 15 minutos).

Enquanto os alunos estiverem produzindo as frases, circule pela sala para orientá-los, identificando possíveis aspectos que não ficaram plenamente claros para que possam ser retrabalhados com outras atividades. Ressalte que, caso tenham dúvidas quanto à grafia de alguma palavra, também podem procurá-la no dicionário.

Para finalizar, cada dupla deve apresentar sua produção, desafiando os demais colegas a verbalizar com qual sentido a palavra foi usada e se está adequada ao contexto em que foi inserida. Organize as duplas de acordo com a sequência das apresentações e estipule o tempo que cada dupla terá para expor as produções, de modo que todos tenham a oportunidade de compartilhá-las com os colegas.

Ao término da aula, abra espaço para que comentem o que acharam mais desafiador no momento de produzir a frase. Promova um debate sobre a importância do uso do dicionário no dia a dia.

Avaliação

A seguir, há uma sugestão de ficha de avaliação sobre a compreensão quanto à estrutura e ao uso de dicionários.

Nome do aluno:

1. Localiza palavras no dicionário. ( ) Sim. ( ) Não.

2. Identifica a estrutura e outras informações (autor, editora, ano de publicação etc.) do dicionário. ( ) Sim. ( ) Não.

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3. Conhece o dicionário e sua função e como manuseá-lo.

4. Percebe, ao consultar um verbete no dicionário e ler suas várias acepções, o significado que mais se ajusta ao contexto.

( ) Sim. ( ) Não.

( ) Sim. ( ) Não.

5. Constrói frases com base em palavras e suas acepções. ( ) Sim. ( ) Não.

6. Tira dúvidas quanto à grafia de alguma palavra com base em procura no dicionário. ( ) Sim. ( ) Não.

Aula 3

As atividades desta aula e das aulas seguintes (4 a 10) serão direcionadas à produção de um dicionário de palavras e expressões regionais. Esta aula será dedicada à sensibilização inicial e à primeira etapa da produção do dicionário. Selecione previamente os materiais de pesquisa para disponibilizar aos alunos na segunda parte da aula. A sensibilização inicial tem como objetivo o levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos em relação às expressões regionais de onde vivem e contribuirá para observar a familiaridade deles com a cultura e a tradição locais

Inicie a aula, selecionando algumas palavras pesquisadas e utilizadas na aula anterior. Depois, retome as diversas acepções presentes no dicionário, assim como os diferentes significados apresentados, a depender do contexto de uso.

Em seguida, peça aos alunos que verbalizem exemplos de palavras e expressões que costumam utilizar e apresentam significados diferentes. Durante a discussão, registre na lousa a palavra bola e indique algumas expressões que podem ser encontradas em dicionários on-line , em que a palavra bola integra composições diversas, tais como: abaixar a bola e pisar na bola.

Explore as expressões apresentadas, chamando a atenção para a diversidade de significados. Em seguida, estimule os alunos a verbalizarem exemplos de palavras e expressões características de determinados lugares, ou seja, que costumam ser utilizadas apenas nesses locais ou apresentam um significado específico em determinadas regiões, cidades, bairros etc.

Para ajudá-los, pergunte se já vivenciaram alguma situação em que não entenderam a fala de uma pessoa que vivia em uma cidade ou região diferente da sua, ou se já aconteceu de os interlocutores não compreenderem algo comum de se dizer na região em que os alunos vivem. Proponha outras perguntas, como as sugeridas a seguir, que levem a turma a refletir sobre a presença das expressões regionais na vida cotidiana.

• Vocês já ouviram falar de expressões regionais?

• Quais palavras ou expressões aqui da região vocês conhecem?

• Vocês conhecem alguém que geralmente usa essas palavras ou expressões?

• Há alguma delas de que vocês não saibam o significado?

• Vocês costumam usar alguma palavra ou expressão que imaginam ser regional?

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• Vocês já tiveram que explicar o significado de alguma palavra ou expressão regional que a pessoa com quem conversavam não entendia?

• Por que vocês acham que existe essa diferença?

• Vocês sabem qual é a origem dessas palavras e expressões?

Registre na lousa as palavras e expressões regionais que os alunos citarem, para que elas possam servir de ponto de partida para o dicionário que vão produzir.

Após essa etapa, informe aos alunos que realizarão um levantamento de palavras e expressões específicas da região onde vivem, para produzirem um dicionário que será doado à biblioteca da escola.

Organize a turma em duplas para a pesquisa das palavras e expressões regionais em diversos meios. Disponibilize exemplares de textos impressos de variadas fontes, formatos e esferas de circulação, como revistas e jornais da comunidade, do bairro, da cidade, do estado etc., bem como letras de músicas de grupos regionais ou tradicionais, adequadas à faixa etária dos alunos. Explique que devem procurar nesses textos palavras e expressões que acreditam ser regionais.

Para garantir a interação entre todos, informe que, nesta atividade, poderão manusear tipos de fontes, explorando todos os seus elementos para auxiliá-los na confecção do dicionário de palavras e expressões regionais e que, embora estejam trabalhando com um colega apenas, também podem compartilhar informações e discutir suas descobertas com as outras duplas.

Estimule-os a fazer perguntas, elaborar hipóteses e trocar informações entre si, solicitando sua ajuda sempre que necessário.

Quando todos tiverem terminado suas pesquisas, solicite que compartilhem com a turma as informações coletadas e defina com eles quais palavras e expressões regionais consideram mais adequadas para compor o dicionário. Só então registre em uma folha de papel pardo as que forem escolhidas. Lembre-se de acrescentar as palavras escritas na lousa no momento do levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos.

Ao final da atividade, afixe a folha de papel pardo em uma parede da sala de aula para que possa ser consultada por todos no decorrer do projeto.

Ao término da aula, avalie se todos os alunos conseguiram trazer contribuições relacionadas ao tema debatido. Verifique também se expressaram com clareza suas opiniões, explorando conhecimentos prévios e expondo as dúvidas que surgiram. Avalie, ainda, se a turma, de modo geral, conseguiu se organizar para alternar os turnos de fala, respeitando e considerando as contribuições dos demais colegas

Aula 4

Inicie a aula explicando aos alunos que darão continuidade à criação do dicionário. Para isso, nesta aula, farão o planejamento da produção: como será a distribuição e a

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quantidade de verbetes por página, os locais para as possíveis ilustrações que ajudarão a complementar o significado do verbete etc. Explique que essa etapa é fundamental para que tenham noção do espaço disponível, tanto para registrar o verbete quanto para inserir a imagem, por exemplo. Também é importante decidir se usarão uma folha A4 inteira para cada página ou se a dividirão ao meio, além da ordem dos elementos na página.

Divida a turma em dois grupos para que possam discutir e planejar a estrutura do dicionário. Estipule um tempo para essa atividade (por exemplo, 10 minutos). Depois, peça a cada grupo que selecione alguns representantes para apresentar a ideia de cada um. À medida que cada grupo for descrevendo sua ideia, registre na lousa as características principais e como ficará o formato do dicionário da turma.

Disponibilize alguns exemplares de dicionários, inclusive ilustrados, para que possam ter uma ideia de como é o layout da página e a estrutura, além de despertar a criatividade sobre como farão o dicionário da turma.

Para isso, divida a lousa em três partes: na primeira parte, escreva grupo A; na segunda parte, A + B; e na terceira parte, grupo B. Ao final da apresentação dos dois grupos, selecione com os alunos as características em comum e registre-as na coluna A + B As características que forem diferentes serão discutidas coletivamente para chegar a um consenso sobre qual é a mais adequada e qual será utilizada Se necessário, proponha adaptações para que as ideias dos alunos sejam empregadas

Feita a etapa de planejamento da estrutura/formato do dicionário, discuta com a turma como serão a capa e a organização das palavras e expressões que já foram registradas na folha de papel pardo. Para isso, faça algumas perguntas para responderem oralmente:

• Como as palavras selecionadas devem aparecer para que fiquem com a mesma disposição de um dicionário, ou seja, em ordem alfabética?

• Vocês usarão figuras recortadas de revistas e jornais, como uma colagem, ou farão desenhos para ilustrar o dicionário?

• Geralmente, como são as capas de dicionários? O que elas contêm? Como será a capa do dicionário da turma?

Ao final, reúna toda a turma para o levantamento do que foi desenvolvido durante a aula, ou seja, o que foi decidido sobre a estrutura/formato do dicionário, a capa, as ilustrações/colagens e a organização das palavras e expressões. Então, registre essas informações em uma folha de cartolina ou de papel pardo para que fiquem visíveis para os alunos durante o desenvolvimento das demais etapas da produção do dicionário.

Verifique se cada aluno conseguiu observar os exemplares disponíveis e identificar os principais elementos que compõem a estrutura dos dicionários consultados, bem como se planejaram a organização da estrutura do dicionário de expressões regionais que elaborarão. Avalie, por fim, os conhecimentos prévios que os alunos trouxeram de sua própria vivência para contribuir com esse planejamento.

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parâmetros.

Aula 5

Esta aula será dedicada à pesquisa e ao aprofundamento dos conhecimentos acerca da região em que os alunos moram, o que contribuirá para a montagem do dicionário, de modo a destacar a importância das particularidades socioculturais da região e a maneira como são incorporadas à língua por seus falantes.

Reúna a turma em grupos de três ou quatro alunos para realizarem uma pesquisa sobre a região onde vivem, buscando informações sobre aspectos que caracterizam a origem da região, como a localização geográfica e os diferentes povos que participam de sua ocupação; aspectos socioculturais que atravessam diferentes gerações, como os hábitos alimentares, as vestimentas, as festas e as manifestações culturais tradicionais; aspectos como o clima, as plantas e os animais nativos, as atividades agrícolas, entre outras atividades que sejam importantes para apresentar a região.

O objetivo da pesquisa, além de aprofundar o conhecimento dos alunos sobre a região onde vivem, é contribuir para que compreendam o significado das palavras ou expressões selecionadas para compor o dicionário. Embora se trate de uma atividade de aproximação com o tema, ao trabalhar as variedades linguísticas regionais, é importante estimular o interesse da turma para conhecer mais a cultura local, de modo a construir uma apresentação não estereotipada da região e do modo de falar de seus habitantes.

A pesquisa pode ser realizada tanto na biblioteca da escola quanto na internet, a fim de que as informações se complementem. Reserve previamente a biblioteca e/ou a sala de informática para a realização da pesquisa. Caso não haja disponibilidade desses recursos, verifique se é possível conduzir o trabalho na biblioteca do município, e como última alternativa, colete os materiais e entregue-os para a turma.

Em relação à biblioteca, verifique com o responsável qual parte do acervo os alunos poderão utilizar e peça que separe os livros e os outros materiais indicados. Antes de se dirigir à biblioteca com a turma, ressalte que é um ambiente de estudo e leitura, por isso seus usuários não podem fazer barulho ou conversar e, se o fazem, é em voz baixa para não atrapalhar os demais. Também explique as regras da biblioteca da escola e como ela funciona

Para o trabalho na sala de informática, converse com os alunos sobre suas regras de uso e explique como podem acessar os sitesindicados para as pesquisas e como selecionar fontes confiáveis de informação. Quando chegar ao local, peça ao responsável que faça uma breve explicação sobre o acesso aos sites de busca, dando oportunidade para que todos participem e compreendam de que maneira usar esse recurso produtivamente. Também para essa atividade na internet, é importante abrir, previamente, uma pasta para que os alunos salvem suas pesquisas. Como a sala de informática é de uso coletivo e as pastas criadas podem se perder, pouco antes do final da aula, salve as pastas em um pendrivepara que, posteriormente, os alunos utilizem o material selecionado em uma pequena apresentação.

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Explique à turma que todas as informações levantadas nessa pesquisa serão expostas para a turma posteriormente e farão parte da introdução do dicionário, apresentando ao leitor conhecimentos importantes sobre a cultura da região, ajudando-o a entender o significado das palavras e expressões selecionadas. Além disso, informe aos alunos que as informações pesquisadas também ajudarão no momento de compor os significados das palavras selecionadas e, portanto, devem fazer anotações Essa também é uma forma de os alunos compreenderem na prática uma das funções da escrita: escrever para não esquecer.

Registre na lousa um roteiro a ser seguido durante a pesquisa, indicando quais aspectos os alunos podem considerar para definir as estratégias de busca. Elabore perguntas de modo a guiá-los na criação de um texto introdutório do dicionário e os significados das palavras selecionadas.

Avaliação

Para avaliar esta aula, verifique as estratégias que os alunos utilizaram em cada grupo, selecionando as notícias e as reportagens mais significativas para o tipo de pergunta a que querem responder. Observe também como cada aluno interage com o coletivo, se participa e consegue expressar seu ponto de vista. Ao final, observe se eles conseguiram coletar as informações necessárias sobre a região.

Aula 6

Nesta aula, os alunos trabalharão com as palavras e expressões regionais selecionadas para compor o dicionário. Lembre a turma da organização feita em aula anterior e informe que nesta aula os alunos vão registrar os significados das palavras ou expressões selecionadas. Para isso, divida-os em grupos, de modo que todos tenham a mesma quantidade de palavras para compor os significados.

Distribua folhas de papel sulfite para que escrevam a primeira versão dos verbetes e também distribua as palavras ou expressões com as quais cada grupo deve trabalhar. É importante que determine as palavras e expressões para cada grupo em ordem alfabética, para facilitar a organização final do dicionário.

Ressalte que devem alternar os papéis de escriba e de ditante, de modo que todos tenham a oportunidade de participar tanto da discussão sobre os significados quanto da escrita.

É provável que os alunos possam ter mais dificuldade em compor significados de palavras ou expressões que não são conhecidas e que não fazem parte do repertório deles. Então, ressalte que aplicar a palavra a um contexto é uma ferramenta que contribui para a compreensão do significado de determinada acepção. Dessa forma, ao final de cada acepção, podem acrescentar um exemplo de frase com determinada palavra ou expressão.

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Nessa primeira etapa, peça aos alunos que façam duas colunas na folha, como no modelo a seguir. Em uma coluna, ficará a palavra ou expressão e, na outra, os respectivos significados com os exemplos, quando for o caso. Informe que devem registrar as palavras e os significados como um verbete de dicionário e usar a ordem alfabética para organizá-las.

Ressalte que podem usar as anotações feitas durante a pesquisa para auxiliá-los no momento de registrar o significado da palavra ou expressão.

Modelo de ficha

Palavra ou expressão

Significado(s)

Após a produção dos rascunhos, peça aos grupos que troquem entre si o que foi produzido, para que um segundo grupo faça a leitura e a revisão. Nesse momento, é importante explicar que a atividade deve ser feita com respeito ao que os colegas criaram. Eles devem observar: se o significado composto está claro para o leitor; se o leitor, ao lê-lo, consegue entender o que a palavra/expressão quer dizer; e se a grafia, a pontuação e o uso de letras maiúsculas e minúsculas estão adequados. Além disso, devem analisar se a estrutura usada se parece com a de um verbete de dicionário, como os que observaram nas aulas anteriores. Eles também podem, em uma folha avulsa, propor sugestões de melhoria para o texto.

Durante a produção do rascunho do verbete e a revisão pelos outros grupos, circule pela sala para ajudá-los e orientá-los em relação ao que devem analisar.

Após a revisão pelo outro grupo, os verbetes devem voltar ao grupo de origem, que deverá fazer os ajustes necessários, acatando ou não as sugestões. Peça aos alunos que leiam mais uma vez a produção, para verificarem se ainda é necessário realizar alguma alteração, acréscimo ou supressão. Reserve um tempo com os grupos para auxiliá-los a corrigir aspectos que ainda não dominam

Só então distribua mais folhas de papel sulfite para que possam passar os verbetes a limpo.

Para terminar a aula, pergunte aos alunos de quais palavras eles já conheciam o significado e quais eles puderam aprender com o trabalho. Abra espaço, também, para que

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comentem o que acharam mais interessante na produção dos verbetes e se consideraram que pesquisar informações sobre a cultura e a história locais foi importante para ajudá-los a compor o significado das palavras

Depois, recolha as produções dos grupos, que serão utilizadas em aula posterior.

Avaliação

Ao final, avalie se os alunos conseguiram relacionar o verbete com o significado apropriado dentro da cultura local, se lançaram mão de outros recursos nessa construção, como outros dicionários ou a pesquisa feita sobre a região. Essa avaliação contribuirá para verificar se os alunos estão conseguindo perceber a relação entre cada uma das atividades que fazem parte de um processo maior de reunir os diversos conhecimentos necessários para a produção do dicionário.

Aula 7

Nesta aula, será feita a organização das partes do dicionário: texto de introdução, verbetes, disposição do texto na página, confecção da capa e definição dos espaços para as ilustrações.

Divida a turma em grupos para que cada um seja responsável por uma tarefa, como na sugestão a seguir:

• Grupo 1: capa

• Grupo 2: sumário (que deverá ser finalizado apenas depois que todas as demais partes estiverem prontas, para que o número das páginas já esteja definido )

• Grupo 3: texto introdutório

• Grupos 4 e 5: escrita das palavras/expressões regionais com os significados, empregando a ordem alfabética nas páginas do dicionário.

Provavelmente, haverá mais de um grupo para a parte da escrita dos verbetes, de modo que todas as etapas sejam feitas nesta aula.

Oriente o grupo responsável pela capa a fazê-la como foi decidido em aula anterior e distribua o material necessário para essa confecção, ou seja, um papel com gramatura maior, lápis de cor ou canetas hidrocor, cola, tesoura com pontas arredondadas, materiais para recorte etc. O texto introdutório deve ser feito com a utilização da pesquisa elaborada sobre a região, apresentando aspectos importantes da cultura e da tradição locais. Combine com os alunos qual será o tamanho dessa introdução e quais informações podem ser interessantes para os leitores. Distribua as folhas, que devem ter o mesmo tamanho da capa e das demais páginas em que serão escritos os verbetes. Lembre o grupo de que devem planejar o que vão escrever, registrar o rascunho, revisar várias vezes, para, só então, passar a versão final a limpo.

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Reveja com os grupos responsáveis pela cópia dos verbetes como cada página do dicionário (layout) foi combinada e lembre-os de deixar o espaço para as ilustrações ou colagens. Distribua os verbetes com os respectivos significados (feitos em aula anterior) e folhas de papel sulfite para que os alunos possam fazer a página definitiva do dicionário.

Ao final desta aula, o dicionário deve estar quase todo pronto, faltando apenas as ilustrações ou colagens, que serão realizadas na aula seguinte.

Aula 8

Esta aula será dedicada a ilustrar o dicionário, exercitando a percepção dos alunos sobre as diversas possibilidades de relação entre texto e imagem. Para isso, proponha o uso de algumas técnicas possíveis, como desenho, pintura e colagem. Com eles, decida qual técnica será empregada ou se utilizarão várias técnicas, de acordo com os materiais disponíveis e já previstos para o projeto. Oriente-os a refletir sobre a relação que a ilustração escolhida estabelece com as palavras e expressões correspondentes e suas respectivas definições, destacando que as ilustrações desempenham um importante papel no dicionário e complementam as informações do texto escrito.

Divida a turma em grupos, sendo para que cada um fique com a mesma quantidade de páginas com verbetes para ilustrar (o dicionário será encadernado ou grampeado apenas ao final de todas as etapas). Distribua os materiais necessários, como lápis de cor, giz de cera, tesoura com pontas arredondadas e cola. Durante a atividade, circule pela sala para ajudá-los com o tipo de ilustração ou colagem escolhido. Oriente-os a fazer um traço com lápis de cor clara, de modo que as ilustrações ou colagens fiquem dentro dessa margem, já que depois o dicionário será grampeado ou encadernado; evitando que alguma parte fique "escondida".

Ao final da aula, recolha as páginas, organize-as na ordem em que vão compor o dicionário e junte-as à capa e ao texto final para encadernar ou grampear

Avaliação

Para avaliar esta aula, verifique qual técnica cada grupo escolheu para ilustrar o dicionário e como os alunos a desenvolveram. Verifique também se a escolha da ilustração demonstra que os alunos perceberam a relação de complementaridade entre imagem e texto escrito.

Aula 9

Inicie a aula promovendo um debate com os alunos, para que reflitam sobre a importância de um dicionário regional para a comunidade Pergunte como imaginam que o dicionário produzido pode contribuir com a valorização e a preservação da cultura e da tradição regionais e qual é o objetivo de doá-lo à biblioteca.

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Ao refletir sobre o uso de um dicionário regional, os alunos são levados a ativar seus conhecimentos prévios, bem como os que adquiriram com a pesquisa sobre a região e os significados das palavras e expressões, percebendo a dimensão social, cultural e histórica da língua. Também deve ser abordado o respeito que todos devem ter em relação aos regionalismos e à cultura de cada região.

Comente com a turma sobre o que é cultura e como é transmitida de geração a geração. Leve os alunos a perceberem que a cultura é formada com base nas criações e transformações feitas pelos seres humanos de determinada sociedade e que, muitas vezes, define o modo de ser, agir e ver o mundo de um povo. É igualmente importante que os alunos se sintam parte da cultura local, que desenvolvam o sentimento de pertencimento e que percebam que a cultura de uma região é tão importante quanto a de outras, por isso todas devem ser tratadas com respeito e preservadas para as gerações futuras.

Ao abordar a cultura da região, também fale da pluralidade cultural do Brasil, criando relações de intertextualidade que valorizem esses aspectos, e promova o respeito às diferenças. Depois de esclarecer o que é cultura e como ela está presente não só na região em que os alunos moram, mas também em outras regiões do país, levante os principais elementos que configuram a cultura local, resgatando parte do que pesquisaram sobre a região, como: imagens dos grupos e povos que compõem a população local, informações ou imagens que abordem os processos migratórios, a localização geográfica, o clima, as plantas e os animais nativos, as atividades agrícolas, os hábitos alimentares, as festas e manifestações culturais tradicionais, entre outras atividades predominantes na região Encerrada a discussão, combine com a turma como será feito o lançamento do dicionário para a comunidade escolar.

Organize-os sentados em semicírculo para começar a discussão dos pontos elencados no roteiro sugerido a seguir. Este roteiro também pode ser registrado na lousa:

• Data de lançamento e horário.

• Local.

• Convidados.

• Apresentação do dicionário e recursos necessários.

• Entrega do dicionário para a biblioteca.

• Encerramento do lançamento.

Combine com os alunos o dia e o horário para o lançamento do dicionário. Em seguida, defina com a turma quem serão os convidados e avise-os de que será necessário estabelecer um número máximo de pessoas. Lembre-os de que o diretor da escola e o responsável pela biblioteca, por exemplo, devem ser convidados, pois a entrega simbólica do dicionário que vai compor o acervo da biblioteca será feita a eles.

Em seguida, leve os alunos a pensarem em como será feito esse convite: se vão confeccionar convites individuais, se um grupo de representantes vai pessoalmente à sala

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de aula de alguma turma para convidá-la, se farão cartazes para afixar pela escola, abrindo o convite a todos, ou se reproduzirão um convite digital no siteou nas redes sociais da escola.

Coletivamente, estipulem quem fará a apresentação, quanto tempo durará e quais recursos serão necessários, como cartazes ou projetor multimídia. Os alunos devem fazer o planejamento do texto de apresentação de forma coletiva, revezando entre quem se dedicará à escrita, à revisão e à reescrita. Os responsáveis pela apresentação oral deverão ensaiar previamente suas respectivas falas (o que pode ser feito em casa). Em seguida, combine com a turma se a entrega será feita após a apresentação ou ao final, no encerramento. Lembre os alunos de que deve ser reservado um tempo para que a pessoa que vai receber o dicionário possa dizer algumas palavras. Por fim, com a turma, decida quem fará o encerramento e como.

Aula 10

No dia da apresentação, informe à turma que todos precisam ajudar a organizar o evento, já que tudo deve estar pronto antes de os convidados chegarem O dicionário deve ficar em um lugar de destaque, para que todos os convidados tenham a oportunidade de vê-lo.

Acerte com os alunos a ordem em que cada etapa da apresentação vai acontecer e quem será responsável por elas Lembre-os de escolher quem vai recepcionar os convidados e encaminhá-los a seus lugares, quem vai cronometrar o tempo das apresentações etc. Será interessante filmar e fotografar o evento para apresentar aos pais ou responsáveis e para divulgar na página da escola na internet.

Por fim, abra uma roda de conversa entre os alunos participantes e os alunos convidados, para que contem como foi a experiência de confeccionar um dicionário e o que aprenderam com as pesquisas e a construção dos significados de cada verbete.

Avaliação

Solicite aos alunos que relembrem as etapas pelas quais passaram para a montagem do dicionário, propondo uma roda de conversa na qual eles poderão falar dos desafios que enfrentaram, das aprendizagens que tiveram e como o que aprenderam poderá contribuir para a vida deles, dentro e fora da escola. Para contribuir com essa autoavaliação, sugere-se a ficha a seguir.

Proposta de autoavaliação

1 Participei contribuindo para o desenvolvimento do dicionário.

2 Entendi quais eram as principais informações que deveria pesquisar para a confecção do dicionário.

Sim Não Às vezes

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3 Participei do planejamento do dicionário, trazendo ideias, imagens e a maneira como ele poderia ser organizado.

4 Colaborei com meu grupo na produção do dicionário de palavras e expressões regionais.

5 Consegui aprender mais sobre as palavras e expressões da minha região.

6 Contribuí com ilustrações ou colagens na composição das páginas do dicionário para deixar o significado do verbete mais claro.

7 Gostei da minha atuação, do meu grupo e da minha turma como um todo na construção do dicionário.

Aula 11

Inicie a aula com a leitura do título do conto "Os doze meses", de Helen Holwill, e pergunte aos alunos: do que vocês acham que trata o conto? A que esse título nos remete? Estimule-os a levantar hipóteses, anote-as na lousa e, no decorrer da leitura, pause-a nos pontos em que tais hipóteses podem ser confirmadas, precisam ser ajustadas ou até mesmo descartadas. Caso haja alunos que já conheçam a história, solicite a um ou dois voluntários que contem para os demais colegas o que se lembram dela.

Na sequência, organize a turma em semicírculo e informe que fará a primeira leitura sem interrupções para explicar o significado das palavras. Deixe claro que, muitas vezes, é possível compreender o significado de palavras pouco usuais pelo contexto.

Antes da leitura, é importante deixar claro para os alunos que quando há verão nos países do Hemisfério Sul, como o Brasil, há inverno nos países localizados no Hemisfério Norte, como a Inglaterra. Caso julgue pertinente, faça essa explicação com o auxílio de um globo terrestre ou mapa e aproveite para apontar os países nos quais o inverno é muito rigoroso e há neve

Sugere-se que algumas imagens, como as indicadas a seguir, sejam utilizadas para que a turma possa associar o fenômeno à palavra que o representa, o que facilitará o entendimento deles na atividade posterior de busca de palavras no dicionário. A imagem da cabana na floresta em pleno inverno é importante, por exemplo, para que os alunos visualizem como é essa construção, feita de madeira, e analisem outros elementos ali presentes, como a neve nas árvores, em cima do telhado e no chão, a fim de que percebam o porquê de, no texto, ser usada várias vezes a palavra gélido . Espera-se, com isso, que os alunos tenham o embasamento necessário para chegar ao entendimento do texto, relacionando o campo semântico de palavras como inverno a outras, como frio , neve, nevasca etc., bem como compreendam o significado das palavras com base no que acontece na realidade, para depois transpor para o mundo da imaginação por meio do conto.

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Depois de conversarem sobre o tempo e analisarem as imagens, inicie a leitura do conto em voz alta. Certifique-se de que você detém a atenção dos alunos, já que, nesta primeira parte, eles ainda não terão o conto impresso para acompanhar a leitura. O objetivo é que, por meio da audição, a turma consiga fazer as inferências e as relações necessárias para construir o entendimento, bem como levantar novas hipóteses.

Os doze meses

Três pessoas moram nesta casinha no campo: uma senhora e duas garotas. Uma das garotas se chama Rosalina e é filha da senhora. A senhora ama sua filha e lhe dá comida boa e belos vestidos. A outra garota, Alena, é enteada da senhora, que não é muito gentil com ela. Alena tem apenas vestidos velhos e come comida ruim.

A senhora e Rosalina não ajudam nas tarefas de casa. Alena é quem sempre cozinha e faz a faxina.

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Ela sai da cabana para buscar água e lenha para o fogo. A mãe de Alena morreu, mas Alena pensa nela noite e dia. Ela trabalha muito na casa e no jardim e se sente muito triste. Agora estamos no inverno, no mês de janeiro. Faz muito frio, e há muita neve nas árvores. Certa tarde, a senhora abre a porta. Ela vê que está chegando uma forte nevasca

Ela diz a Alena:

Vá à floresta apanhar algumas violetas para Rosalina. Hoje é o aniversário dela.

Mas estamos em janeiro. Não posso ir à floresta. Faz muito frio, e a tempestade está feia. E não há violetas nesta época. diz Alena. Alena está muito preocupada. Está nevando e ela sabe que no inverno não há violetas na floresta. As violetas florescem em março, ou seja, somente daqui a dois meses.

Vá! E não volte sem violetas! diz Rosalina.

Isso! Vá agora! diz a madrasta.

Alena fica muito triste e começa a chorar. No inverno, a floresta é um lugar escuro e perigoso. Ela veste a sua velha jaqueta, botas, chapéu e luvas. Sai da casa e entra na nevasca.

A neve está muito forte, mas Alena caminha pela floresta. Não consegue enxergar direito; há muita neve e está escuro.

Agora Alena está no meio da floresta. Ela está cansada, assustada e infeliz. Não sabe onde está, mas sabe que em janeiro não há violetas por ali. Ela para e se senta sobre uma árvore morta. Sua meia-irmã e sua madrasta não a amam. Ela começa a chorar de novo.

O que ela pode fazer? Está muito frio e escuro na floresta, e ela está congelando! Mas ela não pode voltar para casa sem as violetas. Então Alena olha dentro da floresta e avista uma luz. A luz entre as árvores é fraca, mas agora Alena fica muito feliz.

Haverá alguém ali para ajudá-la?

Seus joelhos já estão afundados na neve, e ela está cansada, mas está decidida. “Eu vou até a luz”, pensa ela, começando a caminhar. Há muita neve, e ela passa por cima de árvores mortas.

A luz está forte e ela pode ver que é uma fogueira.

Haverá pessoas ao redor do fogo? Elas poderão ajudá-la?

Alena se aproxima da fogueira. Ela consegue ver pessoas sentadas ao redor. Há doze homens e garotos.

Todos usam belas roupas verdes, prateadas e douradas.

Três deles são muito idosos, três são de meia-idade, três são rapazes e os últimos três são garotos. Os garotos estão sentados perto da fogueira, e os mais velhos estão sentados perto das árvores.

Um dos idosos se vira e vê a garotinha nas árvores. Ele é muito velho e alto, com uma barba comprida. Ele se levanta.

Alena está com medo e deseja correr para casa, mas não consegue se mexer.

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De onde você vem? O que deseja? ele pergunta.

Estou procurando violetas.

O velho fica muito surpreso e diz: Violetas? Em janeiro?

Sim. Hoje é aniversário da minha meia-irmã e minha madrasta quer que eu colha violetas para ela. Não posso voltar para casa sem elas! responde Alena. Agora todos os homens e garotos estão olhando para a garotinha. O velho alto diz a Alena:

Mas não há violetas na floresta agora; elas florescem em março, não em janeiro!

Sei disso. diz Alena, que começa a chorar.

O que foi? pergunta o homem.

Alena diz:

Estou com medo de voltar sem as violetas. Posso aguardar o florescimento delas aqui com vocês nessa neve congelante? Então um garoto se levanta e caminha até o velho. Ele usa belas roupas verdes.

Irmão Janeiro, deixe-me ficar no seu lugar, por uma hora. diz o garoto.

O velho Janeiro olha para ele e diz:

Não. Março não pode vir antes de Fevereiro.

Não tem problema. Ficarei feliz se Março ficar no seu lugar por uma hora. Todos conhecemos essa garotinha. Sempre busca água para a madrasta e apanha lenha todo dia. Ela é uma de nós, e eu quero ajudá-la diz um outro velho.

Tem certeza, Fevereiro? pergunta o velho Janeiro.

Sim. diz o outro velho.

O velho Janeiro levanta seu machado de gelo e diz a todos:

Estamos no mês de janeiro. Faz um frio congelante! Está nevando!

Toda a floresta está em silêncio. Faz muito frio e começa a nevar. Depois, o velho Janeiro dá o machado de gelo a seu irmão, o velho Fevereiro.

Pode ficar no meu lugar. diz ele a Fevereiro.

O velho Fevereiro ergue o machado, que se transforma em um galho seco. Ele diz a todos:

Agora é Fevereiro. Há muita tormenta! Há muita ventania!

Então vem o vento. Há muita ventania e tormenta, e os galhos das árvores se mexem.

O velho Fevereiro dá o galho seco ao seu jovem irmão Março. Mas Alena percebe que agora o galho não está mais seco: é um galho com folhas novas!

Agora você fica no meu lugar. diz Fevereiro ao seu irmãozinho Março.

Março está segurando o galho na mão. Ele parece feliz e diz:

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Estamos em março. Adeus, neve! Adeus, vento! Agora não faz frio. Pássaros e coelhos, podem vir! Violetas, floresçam!

Alena ouve os pássaros iniciarem seu canto. Vê coelhos na floresta e as folhas das árvores começando a ficar verdes. Para onde foi a neve? E o vento? Não está mais frio. Ela fica muito surpresa e aplaude alegremente.

Pare de aplaudir e comece a procurar. diz Março a Alena. Você tem uma hora para fazer o que precisa!

Alena corre no meio das árvores e passa a procurar violetas. Há centenas delas! Ela colhe belas violetas e as põe em seu cesto. Ela fica contente e já não está com frio. Começa a caminhar de volta à fogueira. Mas agora não consegue ver a fogueira nem os doze homens. Para onde teriam ido?

Alena quer dizer “obrigada” aos homens, mas eles não estão mais na floresta, e não há mais fogueira. Ela corre para casa com o cesto de violetas. De novo começa a nevar, mas depois de cinco minutos ela consegue avistar a cabana.

A senhora fica muito surpresa e diz:

Oh, você chegou! Onde estão as violetas? Alena está contente. Ela traz as violetas e as põe sobre a mesa para que a senhora e Rosalina vejam.

A senhora e Rosalina ficam muito surpresas. Como pode haver violetas em janeiro? Alena conta a elas tudo sobre a fogueira, os homens e a ajuda que lhe deram. Conta sobre as centenas de violetas na floresta.

A velha e Rosalina ouvem a história de Alena. Será verdade? Então a senhora pergunta a Alena:

Esses homens têm mais coisas para nos dar?

Não sei, mas tenho as violetas que você pediu. diz Alena. Rosalina e sua mãe ficam bravas.

Como você é tola! Você consegue ajuda de todos os doze meses do ano, e pede violetas? Não se pode comer violetas! Por que não pediu maçãs, morangos, peras e mirtilos? Rosalina briga com Alena.

Sim! Rosalina tem razão. Estamos no inverno, e as frutas são raras. Podemos vender frutas por um bom dinheiro, mas não violetas! diz a velha.

[…]

Ao final da leitura do trecho do conto, promova uma discussão com a turma por meio das perguntas sugeridas a seguir:

• Como é a relação da menina com a madrasta e a meia-irmã?

• Por que os meses ajudaram Alena a conseguir as violetas?

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HOLWILL, Helen. Os doze meses Tradução: Fabio Bonillo. São Paulo: FTD, 2016. p. 4-19.

• O que Fevereiro quis dizer ao falar "Ela é uma de nós, e eu quero ajudá-la"?

• Vocês concordam com o pensamento da madrasta e da meia-irmã de que Alena foi tola por não ter pedido algo para comer?

É importante levar os alunos a compreenderem que a história se passa no inverno e que é justamente essa época do ano que traz dificuldade para a personagem Alena. Retome com os alunos os locais (a cabana e a floresta) onde alguns momentos da história se passam, fazendo-os perceber a mudança de cenário e as personagens atuantes nele. Relembre quais são as personagens presentes na floresta, por exemplo, e questione por que "Janeiro" e "Fevereiro" são considerados velhos enquanto os demais meses são garotos. Chame a atenção para os nomes das personagens que representam cada um dos meses do ano e explique que, como representam os nomes das personagens, essas palavras são escritas com letra inicial maiúscula, mas que, quando se referem apenas aos meses do ano, são escritas com letra inicial minúscula.

Finalize a aula instigando os alunos a compartilharem opiniões sobre o final do conto.

Aula 12

Inicie a aula relembrando a leitura do trecho do conto "Os doze meses " e a discussão feita com base nele, bem como as interpretações, as inferências e as hipóteses levantadas e confirmadas.

Depois, organize os alunos em duplas e disponibilize cópias do conto. Oriente-os a realizar as atividades propostas usando o dicionário e discutindo entre si para que cheguem a uma resposta.

Explique a eles que, primeiramente, as duplas devem observar as palavras destacadas no texto, encontrá-las no dicionário e, entre os significados listados, selecionar aquele que melhor se adéqua ao conto lido. Em seguida, a frase em que a palavra destacada aparece deve ser reescrita no caderno, de modo que seja utilizado o significado escolhido no dicionário. Ressalte que o significado da frase original não pode ser alterado, ou seja, é preciso reler o período para se atentar às possíveis alterações. Determine um tempo para a resolução do exercício.

Sugestões

Frase original: Ela sai da cabana para buscar água e lenha para o fogo.

Ela sai da choupana para buscar água e lenha para o fogo.

Frase original: Ela vê que está chegando uma forte nevasca

Ela vê que está chegando uma forte tempestade de neve

Frase original: – Agora é Fevereiro. Há muita tormenta! Há muita ventania!

Agora é Fevereiro. Há muita tempestade! Há muita ventania!

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Na sequência, solicite aos alunos que encontrem no conto palavras escritas com ss e ç e escrevam no caderno.

Peça a eles que leiam essas palavras em voz alta e pergunte qual é o som que ss e ç representam. Espera-se que eles percebam que o som é /s/ nos dois casos. Explique que a tarefa seguinte consiste em procurar em jornais e revistas palavras com ss e ç para escrever no caderno

Ao final desta aula, disponha de um tempo para analisar as respostas das atividades propostas e tirar eventuais dúvidas.

Avaliação

Avalie os alunos durante as atividades de leitura, compreensão de texto e consciência grafofonêmica. Sugere-se utilizar a ficha de avaliação a seguir.

Nome do aluno:

1. Levantou hipóteses com base no conto lido junto com o professor e os colegas. ( ) Sim. ( ) Não.

2. Identificou as personagens do conto. ( ) Sim. ( ) Não.

3. Interpretou corretamente o enredo do conto. ( ) Sim. ( ) Não.

4. Compreendeu as palavras desconhecidas por meio do contexto em que estavam inseridas no conto. ( ) Sim. ( ) Não.

5. Discutiu junto com o professor e os colegas as questões propostas após a leitura. ( ) Sim. ( ) Não.

6. Localizou as palavras escritas com ss e ç no conto? ( ) Sim. ( ) Não.

Sugestões

• DICIONÁRIO de expressões do Rio Grande do Sul. Guia da Semana Disponível em:

https://www.guiadasemana.com.br/turismo/noticia/dicionario-de-expressoes-do-riogrande-do-sul. Acesso em: 26 jan. 2022.

O artigo apresenta uma série de expressões usadas no Rio Grande do Sul, podendo contribuir para a pesquisa das expressões regionais pedidas aos alunos.

• DICIONÁRIO de expressões nordestinas. Vídeo (ca. 1 min). Publicado por: EBC: TV Brasil, 5 jul. 2013. Disponível em:

https://tvbrasil.ebc.com.br/interprogramas/episodio/dicionario-de-palavras-nordestinas1. Acesso em: 26 jan. 2022.

Nesse pequeno vídeo, algumas expressões da região Nordeste são apresentadas, bem como seus significados.

• FAVERO, Daniel. Dê uma conferida no dicionário de gauchês. Terra Disponível em:

https://www.terra.com.br/noticias/brasil/cidades/dicionario-gaucho/ Acesso em: 26 jan. 2022.

Nesse link, os alunos encontrarão um dicionário com palavras e expressões gaúchas.

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• MICHAELIS: Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa São Paulo: Melhoramentos.

Disponível em: https://michaelis.uol.com.br/. Acesso em: 26 jan. 2022

Dicionário brasileiro da língua portuguesa disponívelon-line

• SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.

O livro traz o resultado de uma pesquisa realizada por Solé sobre a compreensão do processo da leitura, por meio de estratégias que permitem interpretar e compreender os textos escritos.

Sequência didática 2 • Conhecer resenhas críticas, aprender sobre pronomes pessoais e estudar palavras com g ou j

Nesta sequência didática, será utilizada a lenda "A espada na pedra", que faz parte do livro Histórias do rei Arthur. Assim, será ampliado o repertório literário dos alunos, estabelecendo estratégias de leitura, como a pesquisa sobre o tema para reconhecer relações intertextuais e possibilitar o levantamento de hipóteses. Com base nessa aproximação, será abordado o gênero textual resenha, buscando apresentar aos alunos suas especificidades. Também serão abordados os pronomes pessoais retos por meio de atividades que objetivam levar a turma a entender o uso dos pronomes anafóricos, isto é, que referenciam um termo anterior A abordagem, no entanto, será feita sem empregar essa nomenclatura, uma vez que o foco está no uso e na percepção dos alunos desse recurso da língua. Será abordada, ainda, a consciência fonológica e a relação grafofonêmica envolvendo ouso de g e j, com base em uma notícia e um ditado imagético. O objetivo é levar os alunos a perceberem as correspondências entre fonemas e grafemas regulares e contextuais.

Objetivos de aprendizagem

• Buscar informações on-linecomo estratégia de pré-leitura

• Organizar exposição oral norteada por roteiro.

• Compreender a função social e as características do gênero textual resenha

• Identificar estratégias de descrição e argumentação de uma resenha.

• Compreender o uso de pronomes anafóricos para a coesão de um texto.

• Identificar a relação grafema-fonema das letras g e j

Plano de aulas

Aula 1: Pesquisar referências sobre a lenda do rei Arthur e levantar hipóteses sobre o tema.

Aula 2: Produzir o roteiro e ensaiar a apresentação oral.

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Aula 3: Apresentar oralmente a pesquisa realizada na aula anterior.

Aula 4: Ler e examinar hipóteses de leitura, identificando informações implícitas e explícitas.

Aula 5: Conhecer as características do gênero textual resenha.

Aula 6: Identificar a presença de pronomes anafóricos na leitura de um trecho de reportagem.

Aula 7: Analisar o uso dos pronomes, identificando as palavras às quais se referem.

Aula 8: Ler e compreender uma notícia.

Aula 9: Reconhecer o uso das letras g e j na grafia das palavras.

Componentes essenciais para a alfabetização: Consciência fonológica e fonêmica, compreensão de textos e fluência em leitura oral.

Competências gerais da Educação Básica: 1 e 2.

Competências específicas de Língua Portuguesa: 3 e 9.

Habilidades: EF15LP02, EF35LP03, EF35LP05, EF35LP06, EF35LP14, EF35LP17, EF35LP20, EF35LP26 e EF04LP01.

Materiais necessários: Cópias da lenda "A espada na pedra" e fichas de atividades, dispositivo eletrônico com acesso à internet, cópias com trechos de resenhas de livros e filmes inspirados na lenda do Rei Arthur, projetor multimídia, revistas, lápis de cor ou marcador de texto e cópias da notícia.

Aula 1

Inicie a aula perguntando quem já ouviu falar em lendas, leu alguma ou assistiu a filmes sobre o rei Arthur. Abra espaço para que os alunos compartilhem com os colegas o que sabem. Em seguida, pergunte quem já ouviu falar da Inglaterra e se sabem onde esse país se localiza. Se necessário, use um mapa e complemente as informações de acordo com o que os alunos verbalizarem. Comente que a Inglaterra é um país que pertence ao Reino Unido (Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte), chamado de reino porque seu governo é regido por uma monarquia constitucional, ou seja, possui uma rainha que rege o reino, príncipes e princesas.

Relembre aos alunos que lendas são histórias criadas pela imaginação popular e passadas de geração em geração ao longo do tempo. Depois, informe que lerão uma lenda de um livro chamado Histórias do rei Arthur. Comente que o rei Arthur aparece em muitas histórias medievais e romances como um líder que defendeu a Grã-Bretanha contra os saxões há muitos anos (entre o final do século V e o início do VI). No entanto, até hoje não há provas de sua existência; essas histórias fazem parte do folclore e da cultura inglesa. Estipule um tempo de 10 minutos, por exemplo, para a introdução e o envolvimento dos alunos no tema da aula

Em seguida, leve os alunos à sala de informática (ou à biblioteca) para que façam uma pesquisa sobre a lenda do rei Arthur. Separe os alunos em grupos de três ou quatro integrantes Oriente-os a selecionar as informações de acordo com o roteiro sugerido e a salvá-las em uma pasta aberta previamente. Pouco antes do final da aula, salve as pastas em um pendrive , para que possam acessá-las depois.

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Informe que terão até o final da aula para a pesquisa do material, a seleção das informações e das imagens e a escrita do roteiro que norteará a apresentação oral do grupo.

A seguir, é apresentada uma proposta de roteiro de pesquisa. Ressalte que outros itens podem ser incluídos ou retirados, de acordo com o que julgar conveniente.

• Origem da lenda do rei Arthur.

• Local em que se localizava seu reino.

• Quem eram seus cavaleiros.

• Como os cavaleiros se comportavam.

• Como alguém recebia o título de cavaleiro.

• O que era necessário para ser um cavaleiro.

• Em que época havia reis e cavaleiros.

• Quais eram os costumes daquela época.

Aula 2

Reúna a turma nos grupos formados na aula anterior e informe que, feito o levantamento das informações necessárias para que todos entendam como era a época em que o rei Arthur supostamente viveu, cada grupo deve registrar as informações sobre o assunto que considerar mais relevantes. Ressalte que essas informações serão expostas oralmente para a turma, de modo que possam compartilhar o conhecimento e contribuir para a conversa sobre a lenda do rei Arthur e seus cavaleiros.

Peça aos alunos que organizem as informações e, com elas, produzam o roteiro da apresentação oral. Combine também quanto tempo cada grupo terá para a apresentação e oriente-os a considerar o tempo ao compor o roteiro. É importante ajudá-los a organizar a sequência de apresentação das ideias e imagens, ensinando-os a fazer a introdução, o desenvolvimento e a finalização da apresentação. Destaque que os grupos devem combinar a ordem em que cada integrante vai apresentar e ensaiar suas falas antes da apresentação.

Ressalte, também, que durante os ensaios e no decorrer das apresentações devem atentar para o tom de voz, o ritmo da fala, a postura corporal e os gestos, elementos que contribuem para o entendimento dos ouvintes e que fazem parte do desenvolvimento da comunicação oral

Aula 3

Inicie a aula pedindo aos alunos que se sentem em semicírculo. Ressalte que os membros dos grupos da pesquisa devem estar próximos.

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Com os alunos, organize a ordem das apresentações e relembre o tempo combinado para cada uma Lembre-os da importância de ouvir as falas dos colegas com atenção e respeito e que, ao final, terão um tempo para fazer perguntas sobre as informações expostas. Solicite um voluntário para ser o mediador, ou seja, aquele que vai controlar o tempo avisando aos grupos quando devem começar a fazer a finalização para não ultrapassá-lo. Combine também como será a participação da turma: com perguntas ou declarações, complementando o que o grupo expositor está falando, e se isso poderá ser feito durante as apresentações ou no final. Estipule um tempo de, aproximadamente, 5 minutos após o término de cada apresentação para a participação da turma. Determine um tempo total de 40 minutos para essa atividade, deixando alguns minutos finais para o fechamento da aula. Para finalizar a aula, pergunte o que acharam das histórias que envolvem o rei Arthur, já que conhecem um pouco mais sobre os costumes e a cultura daquela época. Pergunte também se, após a pesquisa, acham que o rei Arthur existiu ou é apenas parte do folclore inglês.

Aula 4

Inicie a aula retomando o que foi trabalhado até o momento e informe que farão a leitura de uma lenda do livro Histórias do rei Arthur

A seguir, distribua cópias da lenda sugerida e, antes de começar a leitura, levante hipóteses com base no título "A espada na pedra" Peça que analisem o título e pergunte do que eles imaginam que a lenda vai tratar. É provável que, durante as pesquisas, alguns grupos tenham encontrado informações sobre a história Oriente-os a contar o que sabem e a prestar atenção na leitura para confirmar ou não as hipóteses levantadas.

Durante a leitura em voz alta, dê pausas em alguns momentos para estimular o levantamento de hipóteses sobre o que poderá acontecer

A espada na pedra

O rei Uther é o rei da Inglaterra. Ele é um rei corajoso e inteligente, e a Inglaterra é um país pacífico. Uther vive em um grande castelo com sua rainha e muitos servos.

Uther e sua rainha não têm filhos. Ele deseja ter um filho para que seja rei depois dele. Mas muitos anos se passam e Uther ainda não tem um filho.

Um velho mago vive no castelo. O nome dele é Merlin, e ele é um grande amigo do rei.

Certo dia, chegam boas notícias. A rainha teve um menino. Uther fica feliz e mostra o filho a Merlin.

Veja, Merlin! Um dia, essa criança será o rei da Inglaterra. diz ele.

Merlin olha para o bebê e diz ao rei:

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Uther, este país não está seguro. Precisamos esconder seu filho. Uther fica surpreso.

O que está dizendo, Merlin? diz ele. A Inglaterra é pacífica. Você não pode levar o meu filho embora.

Acredite em mim. Por favor, deixe-me levá-lo a um lugar seguro. Uther sempre ouve Merlin, e entrega a ele o bebê. Merlin leva o bebê a um cavaleiro chamado Sir Ector. Uther não volta a ver o bebê. Anos depois, o rei Uther morre. Ninguém sabe que ele tem um filho. Muitos cavaleiros diferentes querem ser o rei e começam a brigar. Merlin sabe onde está o verdadeiro rei e cria um plano. Ele faz uma mágica e põe uma grande pedra em frente à grande igreja de Londres. Uma espada de prata se encontra cravada na pedra. Na pedra está escrito: "Quem conseguir tirar a espada da pedra será o rei da Inglaterra". Cavaleiros vindos de toda a parte da Inglaterra vão até Londres. Tentam tirar a espada da pedra, mas ninguém consegue.

Mais anos se passam. A espada continua na pedra e a Inglaterra está sem rei. Um dia, Merlin diz: Vamos realizar um torneio. Convidaremos os mais fortes cavaleiros. Precisamos encontrar um rei. Centenas de cavaleiros chegam a Londres. Um deles se chama Kay, e é filho de Sir Ector. Ele vem acompanhado de seu pai e de seu irmão, Arthur.

Chegam a Londres, mas Kay encontra sua espada quebrada.

Oh, não! O torneio é amanhã, e eu preciso de uma espada! Arthur, por favor, vá comprar uma nova para mim. diz ao irmão.

Arthur cavalga em seu cavalo até o centro da cidade. Todas as lojas estão fechadas. Todos estão se preparando para o grande torneio. "O que fazer?", pensa Arthur. Ele está próximo à igreja e avista a espada na pedra. "Posso pegar esta espada. Kay pode usá-la e amanhã eu a devolvo". Ele tira a espada da pedra. Ele regressa e dá a espada a Kay. O irmão fica surpreso.

Obrigado! Que belíssima espada! diz Kay. O seu pai fica ainda mais surpreso.

Essa é a espada cravada na pedra! diz Ector. Eles voltam à igreja. Alguns cavaleiros olham para a pedra, surpresos.

Meu filho Arthur é o rei da Inglaterra. Vejam! Ele tem a espada que estava na pedra. diz Ector.

Ele não pode ser o rei! É muito jovem e não é forte. diz um dos cavaleiros.

Não o queremos. Não pode ser o nosso rei! diz outro. Neste momento, surge Merlin.

Devolva a espada à pedra. diz ele a Arthur.

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Os cavaleiros se revezam e tentam tirar a espada da pedra, mas não conseguem. Arthur se aproxima da pedra e a remove com facilidade. Agora todos os cavaleiros veem que Arthur é o verdadeiro rei da Inglaterra.

SVED, Rob. Histórias do rei Arthur. Tradução: Fábio Bonillo. São Paulo: FTD, 2016. p. 4-9.

Para trabalhar a compreensão de textos e a produção de escrita, distribua entre os alunos a Ficha de atividades a seguir.

Ficha de atividades

1. Quem são as personagens da lenda lida?

O rei Uther, os servos do rei, o mago Merlin, a rainha, o bebê, Sir Ector, Kay (filho de Sir Ector), o rei Arthur (filho do rei Uther), vários cavaleiros de todos os lugares.

2. Onde se passa a lenda?

Na Inglaterra.

3. Qual é a situação-problema da lenda?

Depois da morte de Uther, o país precisa de um novo rei, mas ninguém tem conhecimento da história de seu filho. Para resolver a questão, o mago Merlin diz a todos que o rei será quem tirar a espada que está em uma pedra, mas faz uma magia para que apenas o verdadeiro herdeiro do trono consiga fazê-lo

4. Qual trecho da lenda confirma que Arthur é o novo rei da Inglaterra? Sublinhe.

Os alunos devem sublinhar o seguinte trecho: "Arthur se aproxima da pedra e a remove com facilidade "

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5. Merlin é o único a saber que o rei Uther tinha um filho. Por que ele fez a mágica com uma espada de prata em uma grande pedra diante da grande igreja de Londres?

Porque somente o verdadeiro herdeiro do trono, Arthur, conseguiria retirar a espada de prata da pedra e assim se tornar o novo rei da Inglaterra, título que já era seu por direito, mas que ninguém sabia.

6. Arthur sabia que quem tirasse a espada da pedra seria o rei da Inglaterra?

Não, ele chegou à cidade para o torneio que apenas Kay, seu irmão, participaria. Arthur pegou a espada por acaso para ajudar Kay, já que a dele havia quebrado.

7. Por que os cavaleiros não aceitaram Arthur como rei desde o início?

Porque Arthur era muito jovem e fraco.

8. Como os cavaleiros foram convencidos de que Arthur era o novo rei?

Arthur teve de devolver a espada à pedra para que outros cavaleiros tentassem tirá-la. No entanto, nenhum dos cavaleiros obteve sucesso; apenas Arthur, ao tentar novamente, conseguiu retirar a espada da pedra.

9. O que você achou da lenda?

Resposta pessoal.

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10. Durante a pesquisa que fizeram sobre o rei Arthur, vocês encontraram essa lenda? Se sim, foi contada da mesma maneira? O que há de diferente?

Respostas pessoais

Ao final da aula, proponha aos alunos que compartilhem as respostas e, se necessário, peça que as complementem ou corrijam.

Avaliação

A avaliação deve ser feita durante as atividades de pesquisa, exposição oral, leitura e compreensão da lenda. A seguir, propõe-se uma ficha de avaliação individual.

Nome do aluno:

1. Participou da discussão inicial com o levantamento do conhecimento prévio.

2. Participou da pesquisa, baseando-se no roteiro proposto.

3. Compôs com o grupo o roteiro de apresentação oral.

4. Expôs para a turma, compartilhando conhecimentos.

5. Levantou hipóteses com base no título da lenda junto ao professor e aos colegas.

6. Identificou as personagens da lenda.

7. Percebeu qual era o conflito.

8. Percebeu como o conflito foi resolvido.

9. Compreendeu a lenda por meio da leitura e das perguntas.

Aula 5

Para esta aula, realize uma pesquisa prévia sobre filmes e livros inspirados na lenda do rei Arthur e selecione resenhas sobre eles. A proposta é trabalhar com trechos de duas resenhas de filmes e de duas indicações literárias. Dê preferência para os trechos a partir dos quais os alunos possam identificar o objetivo do gênero textual resenha e, com base em comentários e apreciações acerca do filme/livro que está sendo apresentado, despertar o interesse dos leitores e espectadores.

Nesse sentido, selecione resenhas nas quais seja possível identificar a obra analisada Para cada resenha a ser trabalhada, é necessário indicar o título, o autor e o meio

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( ) Sim. ( ) Não.
( ) Sim. ( ) Não.
( ) Sim. ( ) Não.
( ) Sim. ( ) Não.
( )
(
Sim.
) Não.
( )
( ) Não.
Sim.
( )
Sim. ( ) Não.
( ) Sim. ( ) Não.
( ) Sim. ( ) Não.

onde foram publicadas (jornais, revistas, blogs). Reúna os trechos selecionados com os respectivos créditos e prepare cópias para distribuir aos alunos.

Retome a atividade da aula anterior e destaque que a lenda "A espada na pedra" faz parte do livro Histórias do rei Arthur, de Rob Sved, que é um dos muitos livros escritos sobre as lendas arthurianas. Comente que a lenda, tal como a conhecemos hoje, é resultado de diversas interpretações e apresenta diferentes versões em livros e filmes. Pergunte aos alunos se, na pesquisa sobre a lenda do Rei Arthur, encontraram indicações de outras obras, ou se eles já assistiram a filmes ou leram livros inspirados na lenda, dando espaço para que se manifestem. Em seguida, distribua a cada aluno uma cópia com os trechos das resenhas e indicações literárias.

Inicie a leitura do primeiro trecho, dando ênfase ao título da resenha e ao título do filme/livro que está sendo indicado, bem como chamando a atenção para as informações sobre o autor e o meio onde a resenha foi publicada. Solicite voluntários para a leitura dos outros trechos, orientando-os a não se esquecer de ler o título e cada uma das informações apresentadas.

Após a leitura de cada trecho, abra espaço para que os alunos o comentem sobre as suas impressões sobre a resenha. Para aqueles que leram o livro ou assistiram ao filme, pergunte se concordam com as opiniões do autor da resenha. Para aqueles que apenas ouviram falar do rei Arthur, pergunte se o trecho da resenha/indicação lido despertou o interesse pela história. Comente que as resenhas podem recontar parte da história do filme/livro apresentado, mas nunca revelam o final, pois isso tiraria do leitor/espectador a oportunidade de descobrir o final por si mesmo e, consequentemente, o texto não atingiria sua finalidade: despertar o interesse para que leiam o livro ou assistam ao filme

Em seguida, reúna a turma em grupos de quatro ou cinco alunos e peça que releiam as resenhas e identifiquem as estratégias utilizadas pelos autores para despertar o interesse dos leitores/espectadores. Registre na lousa um roteiro a ser seguido durante a leitura, indicando quais aspectos eles podem considerar para identificar as estratégias utilizadas na resenha/indicação, elaborando perguntas como estas.

• O título do texto desperta curiosidade no leitor?

• O texto apresenta um resumo da história do livro/filme, sem apresentar o final?

• Apresenta comentários sobre as personagens, as situações e o enredo, que contribuem para que leitor/espectador se aproxime da história?

• Traz informações sobre o autor do livro/filme que está comentando?

• Apresenta uma opinião sobre o livro/filme?

• O texto estimula o interesse do leitor em assistir ao filme ou ler o livro?

Estipule um tempo para essa atividade (20 minutos, por exemplo). Depois, peça que cada grupo apresente as respostas elaboradas para a resenha/indicação que mais despertou o interesse dos membros do grupo. É possível que haja consenso, mas também

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mais de uma indicada; por isso, abra espaço para que todas as opiniões sejam consideradas. Conforme cada grupo for apresentando as respostas, registre na lousa as características apontadas. Incentive os alunos a verbalizem suas opiniões acerca das indicações que despertaram seu interesse, bem como sobre as indicações que acharam desinteressantes, pedindo que justifiquem suas opiniões com base no roteiro apresentado. Lembre-os de que, apesar de terem opiniões diferentes, todas devem ser ouvidas e respeitadas.

Ao final, sistematize na lousa as principais características de uma resenha, como: descrição do enredo; apresentação breve das principais personagens, da trama; menção a autor, ilustrador, tradutor, editora, ano de publicação e número de páginas, e peça que os alunos registrem essas características no caderno.

Aula 6

Organize a turma de modo que os alunos fiquem dispostos em semicírculo e explique que lerão trechos de uma reportagem. A fim de verificar o conhecimento prévio dos alunos a respeito desse gênero textual, pergunte: onde podemos ler uma reportagem? Qual tipo de conteúdo encontramos em uma reportagem: real ou fictício? Narração ou informação? Espera-se que os alunos compreendam que se trata de um gênero presente no cotidiano e que veicula textos de cunho informativo.

Escreva os trechos da reportagem a seguir na lousa ou use o projetor de imagens para promover sua leitura coletiva. Explique que Janine Rodrigues é uma escritora brasileira e que os trechos constituem partes de uma entrevista que ela concedeu ao blog"Mulherias".

A carioca Janine Rodrigues, de 39 anos, tem o tom de voz suave e acolhedor dos bons contadores de histórias. Ela sempre quis ser escritora infantil, mas só em 2015 realizou o sonho de ter um livro publicado pela editora que ela mesma criou, a Piraporiando.

[...]

Seu primeiro livro, "No Reino de Pirapora", foi idealizado quando ela ainda era uma menina e trata sobre bullying. "Tive uma amiga de escola que sofria de uma doença rara que a impedia de tomar sol. Ela não podia brincar na hora do recreio, era caçoada e ficava agressiva." Janine, então, pediu à mãe uma festa de aniversário à noite para a colega participar.

[...]

O livro inspirado no episódio virou seu primeiro sucesso nas escolas

[...] Suas oficinas e contações de histórias têm metodologia própria e atividades educativas que ampliam debates e reflexões sobre o assunto com crianças.

MARTINELLI, Flávia. Conheça a escritora quelevou educação antirracistapara 57mil crianças. UniversaUOLMulherias, 5mar. 2021. Disponível em: https://www.uol.com.br/universa/colunas/mulherias/2021/03/05/conheca-a-escritora-que-levoueducacao-antirracista-para-57-mil-criancas.htm Acesso em: 26jan. 2022

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Ao término da leitura, chame a atenção para a palavra ela, para que os alunos entendam que essa palavra deixa claro para o leitor "de quem se está falando". Explique que são chamadas de pronomes pessoais e que por meio deles é possível identificar, em um texto, quem fala, com quem se fala e de quem se fala.

Em seguida, destaque um dos trechos em que o pronome evita a repetição de um termo:

A carioca Janine Rodrigues, de 39 anos, tem o tom de voz suave e acolhedor dos bons contadores de histórias. Ela sempre quis ser escritora infantil, mas só em 2015 realizou o sonho de ter um livro publicado pela editora que ela mesma criou, a Piraporiando. Seu primeiro livro, "No Reino de Pirapora", foi idealizado quando ela ainda era uma menina e trata sobre bullying.

MARTINELLI, Flávia. Conheça a escritora quelevou educação antirracistapara 57mil crianças. UniversaUOLMulherias, 5mar. 2021. Disponível em: https://www.uol.com.br/universa/colunas/mulherias/2021/03/05/conheca-a-escritora-que-levoueducacao-antirracista-para-57-mil-criancas.htm Acesso em: 26jan. 2022.

O pronome ela refere-se ao nome Janine Rodrigues e foi usado três vezes para substituí-lo, recurso que permitiu que o nome não fosse repetido. Ressalte que o nome também poderia ter sido retomado por outra expressão, como a escritora ou a autora Destaque que esse mecanismo disponível na língua ajuda a não deixar o texto repetitivo, tornando-o mais claro e facilitando a leitura.

Explique aos alunos que o mesmo acontece em outro trecho da reportagem. Para identificá-lo, peça que os alunos digam a quem o pronome ela se refere na próxima ocorrência do texto lido

As duas primeiras ocorrências foram exemplificadas anteriormente Na terceira ocorrência, os alunos devem identificar que o pronome ela se refere à amiga de infância de Janine Rodrigues.

Em seguida, chame a atenção dos alunos para a posição desses pronomes no texto, ou seja, que eles sempre vêm depois do termo que referenciam.

Depois, organize a turma em duplas e distribua revistas. Explique aos alunos que devem procurar dois textos, como reportagens, notícias, carta do leitor etc., para analisar a localização dos pronomes pessoais retos e circulá-los.

A fim de recordar pronomes e auxiliar as duplas na atividade proposta, escreva na lousa um quadro como o sugerido a seguir e peça-lhes que o registrem no caderno para posterior consulta. Estipule um tempo para a atividade (15 minutos, por exemplo).

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Pronomes pessoais retos

Pessoa Singular Plural

1ª quem fala

2ª com quem se fala

3ª de quem se fala

nós

vós

ele, ela eles, elas

Explique aos alunos que, em muitas regiões do Brasil, os falantes usam você em vez de tu Aula 7

Inicie a aula relembrando com os alunos o trecho da reportagem lida na aula anterior e o quadro dos pronomes pessoais retos registrados no caderno.

Em seguida, peça às duplas que se reúnam novamente para finalizar a atividade. Explique que devem retomar o texto escolhido na aula passada já com os pronomes pessoais retos circulados. Depois, peça que leiam novamente o texto e analisem a que palavra ou expressão cada pronome se refere. Sugere-se que os referentes também sejam destacados com lápis de cor ou marcador de texto. Determine previamente um tempo para a realização dessa atividade.

Enquanto os alunos fazem a atividade, circule pela sala para tirar dúvidas, acompanhar o desenvolvimento da atividade e verificar se estão conseguindo identificar os termos que os pronomes estão substituindo. Solicite que cada dupla selecione um ou dois trechos para compartilhar as respostas com seus colegas.

Avaliação

Aproveite os momentos em que estiver circulando entre as duplas para verificar o desenvolvimento de cada atividade e avaliá-las quanto à identificação dos pronomes e das palavras ou expressões que estão substituindo.

Aula 8

Inicie a aula organizando a turma de modo que todos estejam dispostos em semicírculo e, depois, leia o título da notícia "O Museu da Língua Portuguesa está de volta" Possibilite que os alunos compartilhem suas impressões a respeito do assunto da notícia,

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de obra derivada com fins
crédito
as criações sejam
eu
tu

bem como falem o que conhecem do Museu da Língua Portuguesa, se já o visitaram ou se viram alguma reportagem na TV sobre ele etc.

Em seguida, leia com os alunos a notícia "O Museu da Língua Portuguesa está de volta" (acesse o link disponível na seção Sugestões, ao final desta Sequência didática) projetando-o para que os alunos leiam coletivamente. Caso não seja uma opção, imprima e distribua os trechos da notícia destacados a seguir

O Museu da Língua Portuguesa está de volta

Fechada desde 2015, instituição retorna com novidades para o público “Quem não tem amigo, mas tem um livro, tem uma estrada.” Como sugere a escritora Carolina Maria de Jesus em Quarto de Despejo, o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, possui a Rua da Língua, mas ela não é só construída por livros. Há também expressões, poemas, inscrições, propagandas e outros fragmentos verbais que fazem refletir sobre a linguagem. Essa “estrada” poderá ser vista pelo público a partir deste sábado, dia 31, com a reabertura do Museu da Língua Portuguesa, depois de seis anos de reforma, em razão de um incêndio, ocorrido em 2015.

Seis anos após a tragédia, “o museu reabre com um novo projeto de segurança, que dispõe de toda uma série de equipamentos em caso de emergência, com sistemas automatizados de alerta que detectam qualquer anomalia, além de uma brigada treinada para impedir tragédias”, relata Marília Bonas, diretora técnica do Museu da Língua Portuguesa.

[...]

Logo na entrada, os visitantes têm acesso ao Pátio Oeste, ligado à Estação da Luz, onde se encontra a exposição que marca a reinauguração do museu, Língua Solta. A mostra explora as várias perspectivas da língua portuguesa na arte e no cotidiano.

[...]

O Museu da Língua Portuguesa será reinaugurado neste sábado, dia 31, e estará aberto para o público a partir de domingo, dia 1º de agosto.

Após a leitura, aproveite para retomar com a turma o estudo de pronomes e palavras ou expressões com função anafórica em textos.

Releia o título e o lide da notícia:

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ALVES, Juliana. O Museu da Língua Portuguesa está devolta. JornaldaUsp, 27jul. 2021 Disponível em: https://jornal.usp.br/cultura/o-museu-da-lingua-portuguesa-esta-de-volta/ Acesso em: 26 jan. 2022.

O Museu da Língua Portuguesa está de volta

Fechada desde 2015, instituição retorna com novidades para o público

ALVES, Juliana. O Museu da Língua Portuguesa está devolta. JornaldaUsp, 27jul. 2021 Disponível em: https://jornal.usp.br/cultura/o-museu-da-lingua-portuguesa-esta-de-volta/ Acesso em: 26 jan. 2022.

Pergunte: a que se refere a palavra instituição ? Leve os alunos a perceberem que a palavra foi usada para retomar "Museu da Língua Portuguesa", evitando a repetição.

Em seguida, releia o trecho.

“Quem não tem amigo, mas tem um livro, tem uma estrada.” Como sugere a escritora Carolina Maria de Jesus em Quarto de Despejo, o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, possui a Rua da Língua, mas ela não é só construída por livros. Há também expressões, poemas, inscrições, propagandas e outros fragmentos verbais que fazem refletir sobre a linguagem. Essa “estrada” poderá ser vista pelo público a partir deste sábado, dia 31, com a reabertura do Museu da Língua Portuguesa, depois de seis anos de reforma, em razão de um incêndio, ocorrido em 2015.

ALVES, Juliana. O Museu da Língua Portuguesa está devolta. JornaldaUsp, 27jul. 2021 Disponível em: https://jornal.usp.br/cultura/o-museu-da-lingua-portuguesa-esta-de-volta/ Acesso em: 26 jan. 2022.

Solicite aos alunos que localizem e sublinhem o pronome pessoal nesse trecho e pergunte: a que termo esse pronome se refere? Verifique se identificam "a Rua da Língua" e se compreendem que ela faz parte do Museu da Língua Portuguesa.

Na sequência, faça algumas perguntas aos alunos sobre o entendimento do texto, como as sugeridas a seguir.

Ficha de atividades

1. A qual evento a notícia se refere?

À reabertura do Museu da Língua Portuguesa.

2. Quando aconteceu esse evento?

A reinauguração aconteceu no sábado, 31 de julho.

3. O que há no museu?

Exposições, dentre elas, a exposição Língua Solta, que explora características da língua portuguesa na arte e no cotidiano.

4. Onde se localiza o prédio do Museu?

Na Estação da Luz, na cidade de São Paulo

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5. Por que o prédio teve de ser reconstruído?

Porque foi destruído em um incêndio em dezembro de 2015.

6. Pelo que você leu, qual é sua opinião sobre o Museu da Língua Portuguesa?

Resposta pessoal.

Durante a discussão realizada com o auxílio dos questionamentos, direcione os alunos à compreensão do texto por meio do levantamento de hipóteses e da realização de inferências.

Para finalizar, pergunte a todos o que mais chamou a atenção deles no texto, o que consideraram mais importante e por quê. Questione também qual é a importância de termos um museu da nossa língua.

Aula 9

Inicie a aula relembrando a leitura e a discussão da aula anterior. Depois, peça aos alunos que retomem as duplas para a realização da atividade referente ao reconhecimento do uso das letras g e j na grafia de algumas palavras.

Oriente-os a ler novamente a notícia completa (acesse o link disponível na seção Sugestões, ao final desta sequência didática) e a encontrar palavras com g e j Em seguida, pronuncie as palavras do quadro, que estão na notícia, em voz alta, de maneira clara, a fim de despertar na turma a consciência fonológica relacionada ao som que essas letras representam nessas palavras. Depois, registre o quadro proposto na lousa e peça auxílio dos alunos para completá-lo. Para isso, explique que devem ditar as palavras que você pronunciou e especificar em que coluna cada uma deve ser registrada Determine um tempo para a realização desta atividade.

O objetivo é que, ao ditar as palavras, os alunos tenham a oportunidade de perceber, por meio da própria fala, como elas são pronunciadas e que, nessas palavras, as letras g e j representam o mesmo som. Solicite que verifiquem a letra que vem depois do g e leve-os a

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os
Jesus linguagem projeto tragédia já tecnologia objetos genealógica trajetória imagem
Palavras com j Palavras com g

perceber que nesses exemplos são as letras e e i. Explique que, quando temos as vogais e ou i depois da letra g, essa letra representa o som /j/.

Em seguida, apresente algumas imagens acompanhadas de seus nomes, por exemplo: gelo, gesso, laranja, gema, majestade, e dite para os alunos palavras da mesma família, para que as escrevam no caderno. Sugestões: geladeira, engessado, laranjeira, gemada, majestoso.

Sempre, ao ditar uma palavra, peça aos alunos que justifiquem se a escreverão com j ou g. O objetivo é levá-los a perceber que palavras da mesma família podem auxiliar na escrita de outras.

Avaliação

Para verificar a compreensão do conteúdo pelos alunos, proponha a resolução da atividade a seguir no caderno, a qual possibilitará que tanto os alunos quanto o professor verifiquem o entendimento do conteúdo.

Disponibilize revistas e oriente os alunos a resolverem a atividade em duplas para que possam trocar informações, levantar questionamentos e, assim, construir o conhecimento juntos. Peça que cada dupla procure jornais e revistas doze palavras escritas com g e j com som /j/, recorte-as e cole-as no caderno. Oriente que cada integrante deve fazer ficar com seis palavras.

Sugest ão

• CADERNO de leituras: orientações para o trabalho em sala de aula. Companhia das Letras. Disponível em: https://www.companhiadasletras.com.br/sala_professor/pdfs/ CadernoLeiturasCompanhiadasLetrinhas.pdf Acesso em: 26 jan. 2022 Nesse link, é possível acessar o PDF de um material produzido pela Companhia das Letras que traz orientações para o professor trabalhar diferentes gêneros literários, apresentando sugestões de atividades e títulos das obras presentes no catálogo da editora.

Sequência didática 3 • Conhecer histórias em quadrinhos e estudar palavras terminadas em -ram e -rão

Nesta sequência, os alunos terão a oportunidade de ler, compreender e produzir histórias em quadrinhos, interpretando as narrativas e identificando os efeitos de sentido de recursos gráficos e da pontuação, entre outros aspectos marcantes desse gênero textual. Em seguida, serão abordadas as diferenças entre as terminações verbais -ram e -rão , para

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que os alunos percebam que elas se referem a tempos verbais distintos (passado e futuro) e aprendam a empregá-las adequadamente.

Objetivos de aprendizagem

• Compreender a função social e as características do gênero textual história em quadrinhos.

• Ler e compreender textos multimodais.

• Produzir histórias em quadrinhos.

• Empregar adequadamente as terminações verbais -ram e -rão para expressar, respectivamente, formas verbais nos tempos passado e futuro.

Plano de aulas

Aula 1: Ler e compreender uma história em quadrinhos, identificando elementos característicos do gênero.

Aula 2: Ler, compreender e transformar em prosa uma história em quadrinhos.

Aula 3: Elaborar roteiro de uma história em quadrinhos.

Aula 4: Produzir uma história em quadrinhos e refletir sobre o processo de criação.

Aula 5: Identificar o emprego adequado das terminações -ram e -rão para indicar as formas dos verbos na terceira pessoa do plural, no passado e no futuro.

Aula 6: Produzir frases utilizando adequadamente as terminações -ram e -rão estudadas na aula anterior.

Componentes essenciais para a alfabetização: Consciência fonológica e fonêmica, compreensão de textos e produção de escrita.

Competências gerais da Educação Básica: 2, 3 e 4.

Competências específicas de Língua Portuguesa: 2, 3 e 9.

Habilidades: EF15LP04, EF15LP09, EF15LP14, EF15LP18, EF35LP04, EF35LP07, EF04LP01 e EF04LP05.

Materiais necessários: Lápis grafite, borracha, apontador, histórias em quadrinhos em diferentes suportes, canetas hidrocor coloridas, lápis de cor, giz de cera, fita adesiva, papel sulfite A4, papel pardo e imagens disponíveis nas descrições das aulas.

Aula 1

Comece a aula despertando a curiosidade dos alunos: antes de entrar na sala de aula, esconda um gibi dentro de uma caixa ou de um saco que seja opaco. Leve para os alunos e diga que ali dentro há um objeto com o qual trabalharão nas próximas aulas. Em seguida, explique que terão que descobrir do que se trata, a partir das dicas que você der. Para aumentar o desafio, inicie revelando características de histórias em quadrinhos que sejam comuns em outros gêneros textuais e vá especificando aos poucos. Você pode dar dicas como:

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• É algo feito por alguém para ser visto por outras pessoas

• É algo que pode ser muito divertido e compartilhado entre amigos e familiares

• É algo que conta uma história, com começo, meio e fim

• Essa história pode ter diferentes personagens, como pessoas, animais, plantas e objetos

• É algo em que é possível contar histórias sem nenhuma palavra

• Quando as personagens conversam entre si, as falas delas aparecem dentro de balões, que podem ter diferentes formatos

Após a revelação de que se trata de um gibi, abra espaço para que os alunos compartilhem suas impressões sobre histórias em quadrinhos. Pergunte quais gibis conhecem, quais são suas personagens preferidas e do que mais gostam nas histórias em quadrinhos. Aproveite para identificar o que já sabem sobre esse gênero. Em seguida, chame a atenção para a capa do gibi que você levou: apresente todos os elementos que aparecem no layout , como título, personagem, autor, numeração, editora, preço e ano. Se puder, leve outros suportes de histórias em quadrinhos, como tirinhas de jornal e panfletos informativos, para que os alunos reconheçam a presença do gênero em outros formatos, além de gibis. Em seguida, leia para os alunos uma história em quadrinhos pré-selecionada por você. Opte por uma que apresente diferentes tipos de elementos visuais e recursos gráficos. Faça a leitura com o auxílio de um projetor multimídia.

Atente-se à entonação adequada das falas de cada personagem. Após o término da história, retome oralmente a narrativa estimulando a participação dos alunos. Peça a eles que identifiquem as partes centrais da história (início, conflito e desfecho) e interpretem seu sentido, comentando as características das personagens. Complemente as interpretações dos alunos, chamando a atenção para o sentido da história: se for engraçada, destaque o motivo da graça; se for surpreendente, realce a causa da surpresa, e assim por diante.

Chame a atenção para os elementos visuais e recursos gráficos presentes na história, registrando-os em tópicos na lousa.

Aponte para as diferenças de formatos dos balões em que as falas das personagens estão contidas. Explique que a variação é utilizada para identificar pensamentos, gritos, sussurros, entre outras ações. Independentemente do formato, todos os balões possuem os chamados rabichos, que apontam para a personagem correspondente da fala. Por vezes, há também caixas de texto sem rabichos, que fornecem informações sobre o contexto da história, como datas e lugares. Essas caixas, eventualmente, podem ocupar a função do narrador da história, expondo considerações e conclusões distintas das personagens.

Outro elemento característico do gênero são as onomatopeias, representação gráfica de sons ou ruídos produzidos por objetos, animais, pela natureza e pelo próprio ser humano. Alguns exemplos mais comuns são tic-tac (para indicar o som da batida do relógio), toc-toc

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(som da batida na porta), triiiim (toque do telefone), entre outros. Ressalte a importância das expressões faciais das personagens e do cenário em que estão inseridas.

Todos os elementos visuais em uma história em quadrinhos nos dão informações importantes para a compreensão da narrativa. Organize as anotações dos recursos gráficos na lousa Para isso, utilize o material "Os elementos dos quadrinhos" (acesse o linkdisponível na seção Sugestões, ao final desta Sequência didática).

Caso considere interessante, compartilhe com os alunos que a produção e a leitura de histórias em quadrinhos, assim como os demais gêneros textuais, apoiam-se em convenções estabelecidas socialmente. No Ocidente, a história em quadrinhos é lida de cima para baixo e da esquerda para a direita. Já no Oriente, histórias em quadrinhos, como os conhecidos mangás, são lidas de cima para baixo, mas da direita para a esquerda. Assim, a primeira página de um mangá corresponde, para nós, à última página de um gibi.

Aula 2

Inicie a aula relembrando oralmente os elementos característicos das histórias em quadrinhos vistos na aula anterior. Durante o processo de retomada, incentive a participação dos alunos. Em seguida, comunique que nesta aula, e nas duas aulas seguintes, além de conhecerem mais histórias em quadrinhos, aprenderão a criar as suas próprias HQ

Caso haja gibis na biblioteca da escola, prepare os alunos para visitá-la. Reserve-a previamente e solicite ao responsável pelo acervo que separe exemplares de gibis para que os alunos façam sua consulta. Caso não haja, reúna cópias de diferentes histórias em quadrinhos e as disponibilize em uma mesa para que os alunos tenham acesso a diversas opções.

Organize a turma em duplas. Cada dupla selecionará a história em quadrinhos de que mais gostar. Para facilitar as próximas etapas da aula e impedir que sejam selecionadas histórias muito longas, estabeleça uma quantidade máxima de quadrinhos. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 25 minutos) e comunique aos alunos quanto tempo terão para realizar a leitura e a seleção. Comente com os alunos sobre a importância das informações técnicas das histórias em quadrinhos, bem como de saber quais foram os profissionais que trabalharam nela. Peça aos alunos que registrem no caderno as informações a seguir sobre a história em quadrinhos escolhida pela dupla: autor, ilustrador, tradutor, editora, ano de publicação e número de páginas

Em seguida, distribua a ficha disponível abaixo com elementos de compreensão das personagens. Leia todos os itens da ficha e explique o que se espera como resposta. Caso considere oportuno, dê exemplos de respostas a partir da história em quadrinhos que você leu na primeira aula. Estimule as duplas a debaterem entre si antes de preencherem cada informação. Peça que identifiquem as personagens e as cenas principais para o desenvolvimento da história, deixando de fora elementos secundários.

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É importante que a ficha possibilite aos alunos reconhecerem e sintetizarem os elementos centrais da história em quadrinhos. Você poderá se basear na ficha a seguir, adicionando outros campos e adaptando-a conforme seu interesse.

Modelo de ficha

Nome dos alunos

Título da história

Personagem 1 Nome

Características físicas Características de comportamento, personalidade etc.

Personagem 2 Nome

Características físicas Características de comportamento, personalidade etc.

Personagem 3 Nome

Características físicas Características de comportamento, personalidade etc.

Cena 1 Cenário (onde se passa) Ação (o que acontece)

Cena 2 Cenário (onde se passa) Ação (o que acontece)

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Peça que cada dupla redija, com o apoio da ficha, um pequeno texto descrevendo a história, transformando-a em prosa. O texto e a ficha constituirão o material a partir do qual outra dupla de alunos conceberá uma nova história em quadrinhos. Por isso, chame a atenção para a importância de detalhar as descrições, de seguir a sequência correta dos acontecimentos e de oferecer elementos que permitam que a outra dupla, que não conhece a história, possa imaginá-la.

Caso considere necessário, ofereça um exemplo a partir da história em quadrinhos que você leu na primeira aula. Aproveite para enfatizar a importância da pontuação na compreensão do texto. Lembre as duplas de que os textos serão lidos por outras duplas Por isso precisarão dar uma atenção especial à caligrafia, a fim de possibilitar a leitura correta de todos. Ao final, recolha as fichas e os textos para que sejam utilizados nas aulas seguintes

Aula 3

Inicie a aula comunicando aos alunos que darão início ao processo de elaboração das próprias histórias em quadrinhos. Organize a turma seguindo as mesmas duplas da aula anterior. Comente que os quadrinistas elaboram um roteiro antes de desenhar a história. O roteiro de história em quadrinhos pode ser definido como uma espécie de rascunho, no qual as primeiras ideias principais são organizadas. Explique que a aula será dedicada à elaboração de um roteiro, tendo como material de apoio a ficha e o texto produzidos nas aulas anteriores.

Entregue a cada dupla uma ficha e o texto correspondente, de autoria de outra dupla. Dê tempo para que os alunos leiam com atenção, comentem entre si aspectos que mais consideram relevantes e, ocasionalmente, tirem dúvidas com a dupla autora da história.

Em seguida, distribua uma folha de papel sulfite A4 a cada dupla e peça que dobrem a folha ao meio, de modo que fique com tamanho A2. Explique que a primeira página será a capa e as demais corresponderão, respectivamente, às cenas 1, 2 e 3.

Os alunos irão esboçar, a lápis, os primeiros desenhos. Nesse momento, a intenção é dispor as personagens, seus respectivos balões e as ações que estão realizando em cada cena/página. Oriente a turma a não se preocupar com o desenho, pois o acabamento será dado na aula seguinte. Reforce a importância da diversidade de traços e de representações em torno de uma mesma referência.

Incentive os alunos a compartilhar informações sobre personagens clássicas de histórias em quadrinhos brasileiras e como foram criadas. Para tanto, utilize a matéria sobre criação de personagens "Maurício de Souza: filhos serviram de inspiração para personagens" (acesso o linkdisponível na seção Sugestões, ao final desta Sequência didática) Estimule os alunos a representarem as personagens atendo-se às descrições da ficha, mas com liberdade para criar os próprios desenhos. Lembre-os de acrescentar recursos visuais e gráficos aprendidos nas aulas anteriores, como diferentes formatos de balões e onomatopeias.

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Aula 4

Inicie a aula retomando os roteiros. Organize a turma seguindo as mesmas duplas da aula anterior. Peça para os alunos finalizarem os desenhos, colorindo toda a área dos quadrinhos, incluindo figuras e fundo. Caso seja necessário, eles poderão fazer adaptações nas falas das personagens, sintetizando as frases para melhor adequação no interior dos balões. Estipule um tempo para a atividade e comunique à turma (por exemplo, 20 minutos)

Em seguida, inaugure o momento de compartilhamento dos trabalhos. Estimule os alunos a dividirem com a turma as ideias que surgiram e as dificuldades que enfrentaram durante o processo. Peça a cada dupla que apresente a história em quadrinhos selecionada na primeira etapa, a ficha e o texto que serviram de base para o roteiro e a história em quadrinhos criada.

Após o término das apresentações, os alunos deverão distribuir espacialmente os materiais trabalhados em papel pardo, que pode ser afixado nas paredes da sala de aula ou da escola, de modo a permitir a visualização de todo o processo

Antes de finalizar a aula, peça aos alunos que avaliem sua participação no trabalho em dupla. Avalie o feedbackda realização desse trabalho e a evolução de cada dupla, desde a escolha da história para a elaboração da ficha e do roteiro até a finalização do quadrinho.

Aula 5

No início da aula, projete ou distribua aos alunos cópias das três imagens sugeridas a seguir.

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Crédito: pch.vector/Freepik

Oriente os alunos a observarem as imagens e a produzirem um parágrafo narrando a situação representada em cada uma delas. Ressalte que devem escrever os fatos no passado. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 20 minutos). Na sequência, convide um dos alunos a escrever na lousa o parágrafo que criou. Sublinhe os verbos usados que terminam em -ram. Peça aos demais alunos que façam o mesmo processo nos parágrafos que escreveram. Em seguida, pergunte à turma em que situação são usados verbos com essa terminação. Direcione as respostas para que percebam que são usados quando se referem à terceira pessoa do plural e ao tempo passado.

Solicite aos alunos, então, que passem o parágrafo escrito na lousa para o futuro. À medida que indicam o verbo, apague as palavras que se alteram e escreva as ditadas pelos alunos. Em seguida, chame a atenção deles para os verbos terminados em -rão. Pergunte por que houve a alteração de -ram para -rão. É esperado que eles digam que a alteração ocorreu porque o verbo, que antes estava no passado, foi para o futuro. Reforce que a terminação -rão é usada quando o verbo se refere à terceira pessoa do plural e ao tempo futuro. Estabeleça um tempo aproximado de 15 minutos para esta atividade.

Em seguida, escreva na lousa as seguintes palavras:

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Crédito: upklyak/Freepik Crédito: macrovector/Freepik

acamparam acamparão

Peça aos alunos que digam qual é a sílaba mais forte de cada uma dessas palavras. Certifique-se de que todos perceberam que, na primeira, é -pa, e, na segunda, é -rão. Comente que identificar a sílaba tônica (aquela pronunciada com maior intensidade) auxilia a registrar os verbos terminados em -ram e -rão. Quando a palavra é paroxítona, ou seja, a sílaba tônica é a penúltima, usa-se a terminação -ram. Quando a palavra é oxítona, ou seja, a sílaba tônica é a última, usa-se -rão. Reforce, então, que, quando a palavra é paroxítona, o verbo que está no passado é grafado com -ram. Quando a palavra é oxítona, o verbo que está no futuro é grafado com -rão

Para finalizar a aula, solicite aos alunos que reescrevam os parágrafos no caderno, passando os verbos para o futuro, assim como fizeram com o parágrafo transcrito na lousa.

Aula 6

Para iniciar a aula, relembre com a turma que a terminação -ram é usada para verbos no plural e no passado, enquanto -rão é usada para verbos no plural e no futuro.

Em seguida, distribua aos alunos cópias das imagens sugeridas a seguir e peça que imaginem e escrevam, para cada uma delas, uma legenda. O objetivo é que usem as terminações -ram e -rão adequadamente. Estabeleça um tempo aproximado de 35 minutos para esta atividade

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Crédito: pikisuperstar/Freepik

Crédito: brgfx/Freepik

Para finalizar, oriente os alunos a partilharem as legendas que escreveram lendo-as para a turma. Selecione uma ou duas para colocar como exemplos na lousa e mostrar os verbos terminados em -ram e -rão

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Por fim, retome com eles as situações em que se usam -ram e -rão e pergunte por que acham que é importante saber a diferença entre os usos dessas terminações. Leve-os a perceberem que compreender essa diferença permite identificar o tempo e a pessoa do discurso a que se referem os verbos Saber se a ação já aconteceu ou irá acontecer auxilia na leitura e interpretação de textos de diferentes gêneros, bem como nas produções textuais.

Avaliação

Avalie o desempenho dos alunos durante as atividades propostas. Para isso, observe a participação deles em aula e a contribuição dada por eles com informações pertinentes ao conteúdo abordado durante os momentos coletivos.

Nas produções individuais, avalie se empregaram adequadamente as terminações -ram e -rão. As questões da Ficha de atividades a seguir também ajudam a perceber se os alunos atingiram os objetivos propostos.

Ficha de atividades

1. Escreva frases com os verbos do quadro a seguir: duas usando a forma verbal na terceira pessoa do plural e no passado, e duas frases com a forma verbal na terceira pessoa do plural e no futuro.

estudar comemorar vender comer partir dormir

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Respostas sugeridas: Eles estudaram muito; Eles estudarão muito. / Eles comemoraram o aniversário; Eles comemorarão o aniversário. / Eles venderam a casa; Eles venderão a casa. / Eles comeram muito; Eles comerão muito. / Eles partiram; Eles partirão. / Eles dormiram; Eles dormirão.

2. Marque P para passado e F para futuro.

( ) Eles chegaram tarde.

( ) Eles chegarão tarde.

( ) Meus irmãos viajarão à Amazônia.

( ) Meus irmãos viajaram à Amazônia.

( ) Os cientistas produziram a vacina.

( ) Os cientistas produzirão a vacina.

( ) Os professores tomarão a vacina.

( ) Os professores tomaram a vacina

( ) As aulas presenciais voltarão.

( ) As aulas presenciais voltaram.

Os alunos devem marcar: P, F, F, P, P, F, F, P, F, P.

Sugestões

• ABEAÇO: Associação Brasileira de Embalagem de Aço Os elementos dos quadrinhos: Akilata. Disponível em:

http://www.lataco.com.br/zipzapzup/downloads/elementosdoquadrinho.pdf Acesso em: 26 jan. 2022

Nesse link, há um material que apresenta os principais elementos constitutivos das histórias em quadrinhos. A publicação integra o projeto "ZIPZAPZUP: As aventuras do Lataço", do programa "Aprendendo com o Lataço", que disponibiliza a educadores planejamentos de atividades em torno de conteúdos, como nutrição, saúde e meio ambiente. Utilize-a para organizar as informações sobre recursos gráficos na Aula 1.

• GARFUNKEL, Yuri. Desenhando a canção: oficina on-linede criação de HQ com Yuri Garfunkel Vídeo (ca. 49 min). Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=9fps93WGr28&ab_channel=AViolaEncarnada Acesso em: 26 jan. 2022

Nesse link, é possível acessar uma oficina on-linede criação de histórias em quadrinhos com base em canções. Inspirado na canção "Riacho de Areia", de domínio público,

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recolhida por Frei Chico e Lira Marques, o oficineiro propõe caminhos criativos para a realização de cada etapa de elaboração de histórias em quadrinhos.

 SANTOS, R. E.; VERGUEIRO, W. Histórias em quadrinhos no processo de aprendizado: da teoria à prática. EccoS: Revista Científica, São Paulo, n. 27, p. 81-95, jan./abr. 2012. Disponível em: https://periodicos.uninove.br/eccos/article/view/3498/2269. Acesso em: 13 mar. 2023.

O artigo traz um breve panorama sobre o emprego das histórias em quadrinhos em sala de aula no Brasil. Apresenta os elementos constitutivos do gênero e chama a atenção para a importância de considerá-los em sua totalidade, sem prevalência da linguagem verbal sobre a visual.

Sequência didática 4 • Conhecer notícias e aprender sobre elementos de coesão e coerência

Nesta sequência, será trabalhado o gênero textual notícia, suas características e as estratégias de compreensão de textos por meio de perguntas anteriores à leitura, durante a leitura (inferências) e pós-leitura, abordando também a importância desse gênero presente em diversoscamposda vida socialenocotidiano. Emseguida,seráabordadooprocesso de criação deumjornal,apresentando eexecutandoosváriosestágiosnecessários,apartirdos quais os alunos compreenderão as etapas de produção e a atuação dos profissionais envolvidos em sua publicação. A proposta busca também possibilitar o desenvolvimento da produção de texto dos alunos. Ao longo das aulas, eles serão estimulados a ampliar e a enriquecer seu desenvolvimento leitor e de interpretação para definir o tema, pesquisar e selecionarmateriaisepensarnamaneiracomoqueremcriaroprópriojornal,seguindoregras de escrita, mas inserindo os próprios estilos e preferências nas produções.

Objetivos de aprendizagem

 Compreender a função social e as características do gênero textual notícia.

 Entender o público-alvo e considerá-lo na leitura e na produção de notícias.

 Planejar e produzir a caracterização e a montagem de um jornal.

 Identificar e utilizar elementos de coesão e coerência durante o processo de produção de escrita.

 Selecionar imagens e/ou ilustrações que contribuam para o sentido dos textos escritos.

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Plano de aulas

Aula 1: Ler uma notícia, levantar hipóteses e identificar informações implícitas e explícitas.

Aula 2: Conhecer as características que conferem à notícia o caráter informativo.

Aula 3: Possibilitar o contato dos alunos com o jornal impresso e propor a criação de um jornal da turma.

Aula 4: Definir as seções que farão parte do jornal.

Aula 5: Selecionar o conteúdo pesquisado e iniciar a montagem do jornal.

Aula 6: Definir as imagens e/ou ilustrações de cada uma das seções do jornal.

Aulas 7 e 8: Revisar as produções textuais.

Aula 9: Montar e planejar a divulgação do jornal.

Aula 10: Apresentar o jornal para a escola e avaliar coletivamente o processo de produção.

Componentes essenciais para a alfabetização: Desenvolvimento de vocabulário, compreensão de textos, fluência em leitura oral e produção de escrita.

Competências gerais da Educação Básica: 1, 2 e 4.

Competências específicas de Língua Portuguesa: 2, 3 e 4.

Habilidades: EF15LP01, EF15LP02, EF15LP05, EF15LP06, EF15LP07, EF35LP03, EF35LP04, EF35LP17, EF35LP20 e EF04LP21.

Materiais necessários: Cópias da notícia e das atividades, jornais impressos diversos, canetas hidrocor, giz de cera, lápis de cor, papéis coloridos, computadores, impressora, papel sulfite A4 e projetor multimídia.

Aula 1

Inicie a aula organizando os alunos em semicírculo. Pergunte a eles se já leram alguma notícia em um jornal ou numa revista, tanto impressos quanto on-line . Abra espaço para que verbalizem seus conhecimentos prévios sobre o gênero. Neste momento, o importante é verificar se os alunos já tiveram contato com gêneros jornalísticos, mesmo que não seja uma notícia, pois talvez ainda não tenham definidas as diferenças entre reportagem e notícia, por exemplo.

Em seguida, pergunte se sabem os motivos pelos quais as pessoas leem jornais ou revistas. Se necessário, comente que esses suportes trazem informações escritas importantes sobre a cidade, o estado ou o país e alguns trazem informações de interesse mundial, por meio de reportagens, notícias, entrevistas etc. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 10 minutos)

Depois, peça aos alunos que se sentem em duplas e, se possível, distribua cópias da versão completa da notícia sugerida a seguir ou projetá-la para que seja lida coletivamente (acesse o linkdisponível na seção Sugestões, ao final desta Sequência didática)

Expedição inédita vai mapear a preguiça-de-coleira, no norte da Bahia

Pesquisadores saíram nesta sexta-feira de Ilhéus

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Começou nesta sexta-feira (1°) uma expedição inédita na Bahia, com o objetivo de estudar a preguiça-de-coleira (Bradypus torquatus), espécie endêmica ameaçada de extinção. O projeto é liderado pelo Instituto Tamanduá Brasil e tem apoio da Concessionária Litoral Norte (CLN), empresa do Grupo Invepar.

[...]

A preguiça-de-coleira é do grupo dos Xenarthras, que inclui os tamanduás, tatus e as preguiças. “São todos parentes. É um grupo evolutivo muito antigo. Tem mais de 60 milhões de anos e é exclusivo da América Latina. Uma coisa que é importante a gente lembrar é que essa espécie é única do Brasil. Só ocorre aqui no Brasil, é endêmica, e a distribuição dela vai do Rio de Janeiro até o Sergipe”. GANDRA,Alana. Expedição inédita vai mapear a preguiça-de-coleira no norte da Bahia. Agência Brasil, 1º out. 2021. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/ noticia/2021-10/expedicao-inedita-vai-mapear-preguica-de-coleira-no-norte-da-bahia. Acesso em: 26jan.2022

Glossário

expedição: trata-se de uma excursão científica, em que os pesquisadores se deslocam com um objetivo específico.

pesquisador: pessoa que se dedica a pesquisar uma informação para responder a uma pergunta.

endêmico: espécie ou população que estão restritas ou são nativas de uma região geográfica específica.

Instigue os alunos a levantarem hipóteses sobre o que lerão na notícia. Inicie perguntando se já ouviram falar ou conhecem Ilhéus, no norte da Bahia, e se já viram uma preguiça-de-coleira. Converse sobre os tipos de bicho-preguiça que existem, aguçando a curiosidade dos alunos. Se possível, projete imagens de preguiças de várias espécies, como a pigmeu e a bicho-preguiça. Deixe-os comparar as imagens.

Em seguida, leia o título da notícia e pergunte aos alunos do que ela vai tratar, descubra se sabem o que é uma expedição e peça que digam do que lembram quando escutam essa palavra, quem faz expedições e por quê. Se julgar necessário, peça que abram odicionário e procurem a palavra expedição ou peça que leiam o glossário.

Projete a imagem a seguir e converse sobre o que fazem os cientistas. Chame a atenção para o lead da notícia e pergunte o que entendem por pesquisadores. Peça que retomem o dicionário e leiam as definições para essas duas palavras (cientista e pesquisador). Leve-os a perceberem que os pesquisadores procuram responder a uma pergunta, mas as respostas nem sempre precisam ser aprofundadas e discutidas com outros pesquisadores, e que os cientistas também desenvolvem pesquisas, mas se aprofundam nelas para trazer resultados baseados em evidências científicas.

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Só então inicie a leitura da notícia completa em voz alta, fazendo interrupções para estimular o levantamento de hipóteses sobre as informações apresentadas. Também é interessante, ao longo da leitura da notícia, perguntar aos alunos se é possível confirmar ou refutar as hipóteses levantadas e por quê. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 10 minutos).

Após a leitura, abra espaço para que os alunos comentem suas impressões sobre a notícia e sobre o que acham da tentativa de se preservar a preguiça-de-coleira por meio de uma expedição. Em seguida, peça a eles que, ainda em duplas, respondam às perguntas sugeridas a seguir. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 10 minutos).

Ficha de atividades

Leia novamente a notícia para responder às questões a seguir.

1. Na sua opinião, o título atrai a atenção do leitor? Por quê?

Resposta pessoal.

2. Qual é o assunto da notícia?

A expedição feita por pesquisadores para estudar a preguiça-de-coleira.

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3. Quem escreveu essa notícia? Como você descobriu?

Alana Gandra. Se necessário, chame a atenção dos alunos para a referência bibliográfica que consta do final da notícia

4. Quando ela foi publicada? Sublinhe na notícia o trecho que confirma sua resposta.

1º de outubro de 2021. Os alunos poderão sublinhar a data que consta da referência bibliográfica da notícia. Ressalte que são objetos de notícias fatos novos e de interesse de determinada população naquele contexto de produção. Podem ser fatos inusitados, polêmicos, tratar-se de escândalos, tragédias, descobertas científicas e novidades políticas e econômicas.

5. A quem se destina essa notícia, ou seja, qual é seu público-alvo?

À população em geral, especialmente às pessoas que se interessam por ciência e preservação da biodiversidade

6. A notícia foi publicada em meio impresso ou on-line? Qual é o nome desse meio?

Espera-se que os alunos concluam que a notícia foi publicada em meio on-line , no siteda Agência Brasil.

7. É possível saber a opinião do jornalista em relação à expedição?

O objetivo da questão é levar os alunos a perceberem que, geralmente, em notícias, os jornalistas apenas registram fatos e não emitem sua opinião sobre o assunto. Ou seja, em uma notícia, o objetivo é informar os leitores com maior neutralidade possível e com muita veracidade. Na discussão, ressalte para a turma que, nas notícias, predomina o uso da 3ª pessoa e a linguagem é objetiva, de modo que o leitor não tenha dificuldade em compreendê-la.

Ao término da aula, peça às duplas que localizem na notícia as informações que julguem mais importantes. Depois, informe aos alunos que o trabalho com a notícia continuará na aula seguinte. Prepare-se previamente para utilizar o projetor multimídia ou recolha as notícias impressas para reutilizá-las.

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Inicie pedindo que os alunos se organizem nas mesmas duplas da aula anterior e retome o conteúdo trabalhado

Em seguida, projete novamente a notícia ou distribua as cópias utilizadas e peça a cada dupla que leia em voz alta as partes do texto que acharam mais importantes. Ressalte à turma que devem justificar suas respostas, comentando o porquê de escolherem os trechos. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 15 minutos). Aproveite o momento para desenvolver a escuta atenta e a oralidade Ressalte para a turma a importância de ouvir os colegas com atenção e respeito e de esperar em silêncio a vez de falar.

Depois, registre na lousa as perguntas a que geralmente as notícias respondem: O quê? Por quê? Onde? Com quem? Quando? Como?

Pergunte aos alunos se eles acham que a notícia lida responde a todas essas perguntas e, se julgar necessário, conduza-os trazendo essas questões, conforme exemplo a seguir: O que aconteceu? Por que os pesquisadores saíram em expedição? Para onde foram? Peça que justifiquem suas respostas apontando trechos e registre-os na lousa. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 15 minutos). Explique que essas perguntas garantem o caráter informativo do gênero textual notícia.

Depois, peça às duplas que leiam o texto completo novamente e respondam à Ficha de atividades a seguir, na qual são propostas questões que exploram a compreensão da notícia, tanto de informações explícitas quanto implícitas.

Ficha de atividades

1. Com que objetivo os pesquisadores irão até Ilhéus, na Bahia?

O objetivo é estudar a preguiça-de-coleira, que está ameaçada de extinção, e trabalhar pela sua preservação.

2. Que outros animais são parentes da preguiça-de-coleira?

Os tamanduás, tatus e as preguiças

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Aula 2

3. Quais são os lugares em que a preguiça-de-coleira é endêmica?

Ela é comum no Brasil, do Rio de Janeiro a Sergipe.

4. Você considera essa notícia importante? Por quê?

Resposta pessoal.

Para finalizar a aula, abra espaço para que os alunos discutam a importância do estudo de animais brasileiros para a preservação da fauna e da flora, em especial quando estão ameaçados de extinção. De maneira interdisciplinar, leve-os a compreender a biodiversidade como um organismo em que animais, plantas e microrganismos são interdependentes.

Avaliação

Avalie a turma desde o início das atividades propostas, verificando a compreensão dos alunos em relação ao tema tratado na notícia e como interagem entre si.

Para verificar a compreensão dos alunos sobre o gênero textual notícia, sugere-se utilizar os critérios a seguir, que podem ser tabelados, com os nomes dos alunos, configurando uma avaliação individual de seu aprendizado

• Localiza informações explícitas na notícia.

• Localiza informações implícitas na notícia.

• Identifica o assunto da notícia.

• Identifica o público-alvo ao qual a notícia é destinada.

• Percebe as características principais do gênero textual notícia.

Aula 3

Inicie a aula fazendo o levantamento dos conhecimentos prévios que os alunos têm sobre o jornal impresso. Durante a discussão, analise a familiaridade deles com os gêneros textuais que podem ser encontrados nesse suporte.

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Pergunte se sabem como é um jornal, a disposição dos textos escritos e das imagens na página, se sabem o nome de algum jornal, se os jornais costumam apresentar data, qual é a periodicidade em que um jornal é publicado, ou seja, de quanto em quanto tempo, se se lembram de alguma seção que compõe um jornal e qual seria etc. Em seguida, apresente a imagem a seguir no projetor.

Faça perguntas aos alunos como: O que mostra a imagem? Vocês acham que é uma cena comum? Vocês conhecem alguém que lê jornais impresso s? De que outras maneiras podemos nos manter informados?

Continue a sondagem perguntando se já leram um jornal e qual foi. Comente que, atualmente, é mais comum as pessoas acessarem jornais on-line , mas que os jornais impressos continuam circulando. Em seguida, estimule-os com outras perguntas: Como vocês imaginam que é feito um jornal? No caso de jornais impressos, instigue-os a falarem sobre o tipo de papel, a disposição e as tipologias das letras, as separações que apresenta (cadernos), os tipos de imagens que são escolhidos etc. Por fim, pergunte que tipos de informação eles acham que são publicados em um jornal. Se necessário, comente sobre os variados assuntos que compõem um jornal: informações sobre política, cultura, saúde, esporte, economia, entre outros.

Após essa etapa inicial, disponibilize para os alunos diversos exemplares de jornais impressos para que os explorem, possam folheá-los e observar como são dispostos os textos escritos, as imagens, os anúncios, as seções etc.

Depois, peça que façam um semicírculo para discutir o que puderam observar nos jornais, garantindo que haja interação entre os alunos e que possam se ver durante as discussões. Estimule-os a levantar hipóteses e trocar informações entre si, colocando-se à disposição para tirar dúvidas e orientá-los durante o contato com o jornal impresso.

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Quando todos terminarem suas observações, informe que criarão um jornal da turma, a ser disponibilizado para toda a comunidade escolar.

Então, abra espaço para que planejem as possíveis seções, o nome e a periodicidade do jornal. Comente que também devem decidir quem serão os colaboradores que escreverão as notícias ou reportagens, por exemplo, e se haverá apenas a versão impressa ou se o jornal também será disponibilizado no siteda escola ou em outro meio que amplie a divulgação. Como forma de avaliação, verifique qual é a familiaridade dos alunos com o jornal impresso, se acham interessante esse tipo de suporte e qual é o interesse deles em participar do projeto montando o jornal da turma. Após o contato com os exemplares disponibilizados em sala de aula, verifique se todas as hipóteses levantadas e sugestões feitas aos alunos despertaram o interesse sobre o tema do trabalho.

Aula 4

Inicie retomando com os alunos o que discutiram na aula anterior. Informe que neste momento definirão quais seções farão parte do jornal da turma. Abra espaço para que verbalizem suas opiniões e registre-as na lousa. Conforme forem citando, vá agrupando por temas. Defina com a turma quantas seções o jornal terá. A ideia é que o jornal conte com poucas seções, por exemplo: cultura, comunidade, ciências/meio ambiente, novidades e brincadeiras.

Depois, é preciso decidir o nome do jornal e de cada seção e o número de páginas de todo o jornal e de cada seção. Também devem decidir como será a disposição do texto escrito e das imagens, quando houver, na página.

Outro ponto a ser discutido com toda a turma é a periodicidade do jornal. Sugira que a publicação seja bimestral. Quanto às seções, proponha que cada uma tenha em média duas páginas.

Organize a turma em grupos, de acordo com o número de seções, de modo que cada grupo fique responsável por uma seção. Informe-os de que a pauta a ser seguida para a seleção e produção de notícias, reportagens e imagens é de responsabilidade do grupo e que devem discutir e selecionar o que será publicado em conjunto. Além dos grupos responsáveis por cada seção, ressalte que um grupo ficará responsável pela organização, divulgação e distribuição do jornal.

Informe que, para organizar as tarefas que cada grupo desenvolverá, será necessário montar um roteiro a ser seguido por todos para que cheguem a um resultado comum.

Oriente os alunos em relação às questões práticas para a montagem do jornal e sobre como trabalhar em grupo, de modo que todos tenham a oportunidade de participar, dando opiniões ou sugestões e expressando seu ponto de vista de forma autônoma e descontraída, tendo a percepção de que estão em um ambiente acolhedor de discussão construtiva. Ressalte que devem sempre respeitar o trabalho e a opinião dos colegas e dos outros grupos.

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Definidas essas questões, peça aos grupos que planejem quais conteúdos serão apresentados na seção pela qual estão responsáveis para que possam montar os roteiros e pesquisar notícias, reportagens e entrevistas, com ou sem imagens, sobre o assunto. Informe que poderão pesquisar em livros, jornais, revistas ou na internet. Ajude-os na busca dando dica de sitesou jornais impressos que possam servir de consulta.

Lembre-os de que os conteúdos devem ter relação com o tema de cada seção, como Ciências e meio ambiente, Notícias da comunidade, Cultura e brincadeiras, Educação

Direcione os alunos, apontando as informações que deverão pesquisar para alimentar as seções do jornal

Com as seções definidas, leve os alunos à biblioteca ou à sala de informática para que realizem a pesquisa. Antes de sair, lembre-os das regras que devem seguir em cada ambiente.

Aula 5

Esta aula será dedicada à seleção do conteúdo pesquisado e ao início da montagem do jornal.

Peça aos grupos que se reúnam novamente e iniciem a seleção das informações que realmente vão usar para a produção do conteúdo das notícias das seções. Em seguida, os alunos poderão começar a produção dos textos. Ressalte que o material pesquisado servirá apenas de apoio para que eles possam redigir a notícia.

Cada grupo deve decidir o número de notícias que vai escrever, o que deve se adequar ao número de páginas de cada seção acordado previamente.

Todos os grupos deverão passar pelo mesmo processo de criação, cada qual com o tema de suas seções e desenvolvendo suas escritas coerentemente com o tema escolhido.

Acompanhe o processo de seleção do material escolhido e ajude os alunos a começarem a escrita, registrando na lousa as principais características do gênero textual notícia.

Informe que deverão produzir as notícias inicialmente no rascunho e que devem ler e reler a produção para verificar se a linguagem está adequada ao público-alvo, se usaram a pontuação adequada, se grafaram as palavras conforme a ortografia oficial e se desejam acrescentar ou retirar alguma informação, se o título atrai a atenção dos leitores, se o primeiro parágrafo responde às perguntas: O que? Quando? Onde? Por quê? Com quem? Como? Durante a produção dos rascunhos, circule entre os grupos e verifique a interação entre os alunos e se precisam de mais explicações Ofereça orientações e sugestões.

Ao final, recolha os rascunhos e informe-os de que, na próxima aula, poderão terminá-los para, posteriormente, revisá-los, de modo que deixem as notícias ainda mais interessantes para os futuros leitores.

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Avaliação

Avalie se a pesquisa de material para a composição do jornal foi feita com facilidade pelos alunos, se conseguiram usar de forma proveitosa o material disponível para contribuir com o conteúdo escrito do jornal da turma e se interagiram de maneira adequada e produtiva.

Aula 6

Esta aula será dedicada à seleção do conteúdo de imagens e ilustrações que farão parte das notícias publicadas no jornal da turma.

Os grupos deverão, primeiro, discutir entre si para definir de qual tipo de imagem precisam e, depois, iniciar a pesquisa para encontrá-las.

Proponha que definam a técnica a ser utilizada, se serão fotografias ou se farão desenhos etc. Caso optem por usar fotografias, poderão produzir as próprias fotografias ou selecioná-las de outros meios. Nesse momento, oriente-os a pesquisar imagens com autorização de uso. Nos sites de busca, durante a pesquisa por imagens, é possível direcioná-los para as imagens que podem ser utilizadas livremente. É importante explicar também que não podem publicar nenhuma fotografia de pessoas sem o consentimento delas por escrito, para não violar seu direito à privacidade.

Distribua folhas de papel sulfite caso os alunos queiram fazer alguma ilustração, bem como o material para desenho, como canetas hidrocor, lápis de cor e giz de cera. Explique também que devem produzir as ilustrações primeiro no rascunho, ou seja, devem fazer um esboço do que pretendem desenhar.

Projete imagens que sirvam de inspiração para os alunos no momento de produção de suas ilustrações ou fotografias. A seguir, são apresentadas sugestões de imagens a serem reproduzidas.

Para a seção Educação:

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Crédito: pikisuperstar/Freepik

Para a seção Cultura e brincadeiras:

Crédito: sentavio/Freepik

Para a seção Ciências e meio ambiente:

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Para a seção Notícias da comunidade:

Crédito: pch.vector/Freepik

Ajude os grupos a pesquisarem, selecionarem e organizarem as imagens. Explique aos alunos que as imagens poderão fazer parte da capa de cada seção ou acompanhar alguma notícia. Para isso, cada grupo deverá pensar em uma fotografia ou ilustração.

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Lembre-os de que devem observar a disposição da imagem e do texto na página, ou seja, observar seu layout

Avalie se os alunos conseguem escolher com facilidade ilustrações e imagens que transmitem a ideia principal da seção.

Aulas 7 e 8

Estas duas aulas serão destinadas à releitura e revisão dos textos produzidos pelos grupos responsáveis por cada seção. Informe que deverão revisar as produções em grupo e que depois você reservará um tempo para auxiliar cada grupo nesse processo. Ajude-os na revisão, dando sugestões de como aprimorar as notícias. Ressalte que a revisão é muito importante, pois, como as produções terão leitores reais, eles precisam atentar para a coesão e coerência das informações, bem como para a ortografia e pontuação.

Estimule os alunos a verificarem se registraram todas as informações que pretendiam, se desejam acrescentar ou retirar algum trecho e se o texto escrito tem relação com a imagem selecionada.

Explique previamente como serão feitas as marcas de revisão.

É preciso que os alunos participem do momento de revisão, pois receberão orientações e poderão ficar mais atentos em outros momentos de produção de textos, tanto em relação aos aspectos de coerência, coesão, grafia e pontuação como em relação às características específicas do gênero textual produzido.

Essa etapa é propícia para avaliar algumas questões de comportamento dos alunos em relação ao grupo, como:

• Independência

• Proatividade.

• Criatividade

• O trabalho de cada aluno em grupo.

• A exposição de ideias e opiniões de cada aluno.

Após a revisão, peça que reescrevam a notícia observando todas as anotações que foram feitas para chegar à versão final que será publicada no jornal.

Como forma de avaliação, verifique se o processo de revisão e reescrita transcorreu bem, se todos os critérios foram observados e se os alunos aceitaram de forma positiva as orientações que foram dadas.

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Nesta aula, todas as seções deverão estar prontas, escritas e com as respectivas imagens. Todo esse material deverá ser entregue ao grupo responsável pela montagem do jornal.

Com sua ajuda, o grupo deve conferir se em todas as notícias constam o nome do responsável por ela e a data, se todas as ima gens têm crédito e legenda etc. Oriente-os a fazer uma lista de conferência, na qual devem ser elencadas todas as etapas e detalhes que precisam conferir no jornal antes de aprovar a liberação da publicação.

Na sala de informática, reservada previamente, e depois de o layout ter sido estabelecido pelos alunos, inicie com o grupo a fase de montagem do jornal. As notícias devem ser digitadas em um editor de texto no computador. Neste momento, chame a atenção dos alunos para a escolha do tipo e tamanho das fontes. Lembre o grupo de que a manchete tem maior destaque na capa e de que os títulos de cada notícia têm tamanho diferente do corpo do texto.

Após a montagem, oriente os alunos a revisarem as digitações, de modo que verifiquem se grafaram todas as palavras de forma adequada e se checaram todos os itens da lista de conferência criada.

Ao final, imprima uma cópia para ser exposta na biblioteca e outra para colocar no mural da escola. Se julgar conveniente, outras cópias podem ser impressas para distribuir para os alunos e seus familiares ou responsáveis. A tiragem do jornal deve ser combinada com os alunos.

O jornal está pronto! Os alunos já conseguem visualizar o jornal da turma e, agora, podem definir como vão divulgá-lo e quantas cópias (exemplares) serão distribuídas.

Enquanto o grupo de montagem organiza e compõe o jornal, o grupo de divulgação pensa em sua estratégia, discutindo como será feita a divulgação, por qual meio, se haverá algum evento de lançamento, quem serão os convidados, quem fará uma exposição oral sobre o jornal, contando todo o processo de concepção e desenvolvimento etc.

Outro ponto que deve ser discutido é se haverá só a versão impressa ou se disponibilizarão uma versão virtual, seja no siteda escola ou no blogda turma.

O grupo deve combinar a data do lançamento, o horário e o local, bem como quais serão os convidados.

A exposição oral para os convidados deve ser planejada. Para isso, proponha um roteiro para os alunos. Explique que essa apresentação deve ter introdução, desenvolvimento e finalização/encerramento.

Verifique a possibilidade de lançar, no futuro, novas edições. Durante o lançamento do jornal, os alunos podem convidar outros colaboradores, ou seja, colegas de outras turmas séries que queiram também escrever para o jornal. Oriente-os a estabelecer critérios para

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Aula 9

que os colaboradores saibam como proceder, o que escrever e como, para que tudo esteja dentro da proposta do jornal.

Aula 10

No dia do lançamento, combine com os grupos quem ficará responsável pelas tarefas: preparação do ambiente, recepção dos convidados, distribuição de cópias ou não, exposição do jornal ao público, explicando a sua concepção e planejamento, bem como seu desenvolvimento até chegar ao produto final.

Durante o evento de lançamento, oriente os alunos para que estejam aptos a esclarecer qualquer dúvida dos convidados, mostrando o envolvimento de todos na produção coletiva.

Por fim, aproveite o momento para convidar outras turmas a também participarem do jornal como colaboradores, explicando quais critérios devem ser seguidos para que sigam a linha do jornal.

Avaliação

Finalizado o trabalho da criação do jornal, reúna os alunos para que juntos avaliem como foi participar desse projeto.

Peça que se sentem em semicírculo e lembre a turma da importância de respeitar os turnos de fala e as colocações dos colegas.

Para iniciar a discussão, use um roteiro de questões, como sugerido a seguir, sobre o projeto de criação do jornal, e peça que todos respondam a ele oralmente.

• Quais eram as suas expectativas em relação à criação do jornal?

• O que vocês aprenderam sobre a montagem de um jornal?

• Como foi preparar os conteúdos para escrever as notícias?

• Ao trabalhar coletivamente, sentiram-se confortáveis?

• Como foi trabalhar em grupo para a execução desse projeto?

• Participariam e contribuiriam novamente em um novo projeto?

• O que vocês fariam diferente?

• O que vocês fariam da mesma maneira?

Observe as respostas e avalie a participação dos alunos durante todo o processo, garanta um bom feedback sobre as produções, o que precisa ser melhorado para as próximas edições e como podem se organizar para esse tipo de publicação no futuro.

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Sugest ão

• GANDRA, Alana. Expedição inédita vai mapear a preguiça-de-coleira no norte da Bahia. Agência Brasil, 1º out 2021. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2021-10/expedicao-inedita-vai-mapearpreguica-de-coleira-no-norte-da-bahia Acesso em: 26 jan. 2022

Notícia a ser utilizada nas Aulas 1 e 2, por meio de projeção ou impressão e distribuição de cópias.

Sequência

palavras terminadas em -eza e -esa

Nesta sequência didática, os alunos produzirão e apresentarão entrevistas com a intenção de coletar informações sobre a história da escola onde estudam. Em seguida, será trabalhada a identificação de palavras paroxítonas, acentuadas ou não, com ênfase na percepção da sílaba tônica. Serão estudados, ainda, aspectos relacionados a regularidades ortográficas, mecanismo linguístico fundamental para que os alunos possam apropriar-se do sistema de escrita da Língua Portuguesa. Para tornar o assunto mais atraente, propõe-se um jogo por meio do qual os alunos perceberão a regularidade do emprego das terminações -esa e -eza

Objetivos de aprendizagem

• Identificar as características e a função social do gênero textual entrevista.

• Produzir entrevistas.

• Identificar a sílaba tônica de palavras com e sem acento.

• Compreender a regra de acentuação gráfica de palavras paroxítonas terminadas em -r, -l, -n, -x, -ã(s), -ão(s) e -i(s)

• Empregar adequadamente as terminações -esa e -eza

Plano de aulas

Aula 1: Retomar o gênero entrevista e mapear os objetivos da produção.

Aula 2: Planejar e preparar as entrevistas.

Aula 3: Realizar entrevistas.

Aula 4: Organizar e analisar informações coletadas.

Aula 5: Produzir uma linha do tempo a partir da análise das entrevistas.

Aula 6: Conhecer a classificação de palavras quanto à sílaba tônica e identificar a acentuação de palavras paroxítonas.

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didática 5 • Conhecer entrevistas, aprender sobre acentuação de paroxítonas e estudar

Aula 7: Procurar exemplos de palavras paroxítonas em notícias, reportagens, entrevistas etc

Aula 8: Identificar palavras terminadas em -esa ou -eza e confeccionar um dominó de palavras.

Aula 9: Estudar o emprego de -esa e -eza a partir do jogo de dominó confeccionado.

Componentes essenciais para a alfabetização: Consciência fonológica e fonêmica, compreensão de textos, fluência em leitura oral e produção de escrita

Competências gerais da Educação Básica: 2 e 4.

Competências específicas de Língua Portuguesa: 2, 3 e 6

Habilidades: EF35LP10, EF04LP01, EF04LP04, EF04LP08 e EF04LP18

Materiais necessários: Folhas pautadas, lápis, borracha, folhas de cartolina, lápis de cor, canetas hidrocor coloridas, papel pardo, tesoura com pontas arredondadas, cola, folhas de papel sulfite.

Aula 1

Para iniciar esta aula, explique aos alunos que, nesta sequência didática, eles vão realizar entrevistas com pessoas da comunidade escolar com o intuito de coletar informações sobre a história da escola onde estudam.

Retome o gênero textual entrevista, enfatizando que ele tem a função de informar e coletar informações para análise e divulgação de assuntos específicos. Relembre que se trata de um gênero marcado pela interação e pela oralidade, que considera o tema a ser abordado para a escolha dos entrevistados, bem como a veiculação e o objetivo para decidir a linguagem utilizada. Ressalte que realizarão uma entrevista formal, de maneira que devem ficar atentos à maneira como formulam as perguntas.

Antes de iniciar a preparação da entrevista, organize os alunos em semicírculo e proponha algumas questões para discussão.

• Vocês sabem o que significa o nome da nossa escola?

• Sabem em que ano a escola foi fundada e por quem?

• Vocês conhecem algum adulto que estudou aqui quando era criança?

• Como podemos descobrir essas informações? Quem vocês acreditam que podemos entrevistar?

Depois de discutirem sobre as questões propostas, combine com a turma o tempo que terão para finalizar essa etapa e também como vão organizar a entrevista. Esse momento é apenas de discussão para levantar ideias e envolver os alunos de forma a motivá-los para uma nova descoberta – como as informações sobre a escola, mostrando que eles também poderão usar essa estrutura para pesquisar outros assuntos que sejam do interesse deles –, bem como levá-los a entender como é feita uma entrevista e quando podem usá-la.

Ao longo da discussão, registre em uma folha de cartolina as primeiras descobertas, os conhecimentos prévios levantados pelos alunos e a lista de pessoas citadas como

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possíveis entrevistados. Afixe esse registro em um ponto visível da sala de aula, para que sirva de suporte quando a turma for iniciar as próximas discussões.

Para finalizar a aula, peça aos alunos que pensem em casa quais seriam as possíveis perguntas a serem feitas para atingir os objetivos da pesquisa: a história da escola

Aula 2

Nesta aula, retome a discussão realizada na atividade anterior, relembrando com a turma o objetivo desta sequência de atividades: realizar entrevistas com pessoas que conhecem nossa escola, para produzir, com base nas informações coletadas nas entrevistas, uma linha do tempo sobre a história da instituição.

Organize a turma em grupos de quatro alunos, distribua a cada um deles uma folha pautada, e peça a eles que elaborem perguntas sobre o que gostariam de saber a respeito da escola onde estudam. Ao longo da atividade, circule pela sala, observando como cada aluno está se envolvendo na discussão e incentivando a participação de todos. Oriente-os a se alternar nas funções de escriba e ditante, de modo organizado, para que todos tenham a chance de participar, serem ouvidos e terem suas sugestões, consideradas pelo grupo.

Ao mesmo tempo, ao acompanhar o trabalho dos quartetos, faça observações sobre o modo como podem transformar as questões produzidas oralmente em perguntas escritas. Explique que, por se tratar de uma entrevista formal, não devem utilizar expressões informais ou gírias, além disso, devem tomar cuidado com o vocabulário utilizado.

Combine o tempo que terão para fazer esse levantamento (cerca de 20 minutos) e, quando todos os grupos já tiverem terminado o registro das questões, encerre essa etapa do trabalho, pedindo que se organizem em semicírculo para socializar as questões produzidas.

Para organizar a atividade, solicite a um grupo de cada vez que dite uma pergunta que gostaria de incluir na entrevista e registre-a na lousa. Explique que nem todas as questões serão incluídas, pois pode haver algumas muito parecidas, mas que ainda assim diferentes grupos podem se sentir contemplados ao perceber que foi incluída uma questão parecida com aquela produzida, uma vez que se trata de um trabalho coletivo, elaborado por toda a turma, cooperativamente.

Registre, na lousa, as perguntas ditadas, sugerindo modificações que atentem aos aspectos de clareza e coesão. Algumas questões podem ser elaboradas de modo parecido com as apresentadas a seguir:

• O (A) senhor (a) sabe o que significa o nome de nossa escola?

• Sabe em que ano foi fundada e por quem?

• Dos fundadores e primeiros funcionários, há algum que ainda trabalha aqui? Quem?

• O prédio onde estudamos passou por alguma reforma ao longo do tempo?

• As regras de convivência e de disciplina eram as mesmas que temos hoje?

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• As disciplinas que os alunos estudavam eram as mesmas ou passaram por mudanças? Em caso positivo, é possível citar exemplos?

• O uniforme era o mesmo que usamos?

• O (A) senhor(a) tem fotografias de nossa escola em outra época? Sabe onde podemos consegui-las?

Quando a lista de questões estiver pronta, faça a leitura em voz alta, pedindo aos alunos que atentem, mais uma vez, para os aspectos de clareza e coerência dos textos, e faça as últimas modificações necessárias. Peça a um aluno de cada grupo que registre, em uma folha pautada, as perguntas selecionadas.

Em seguida, retome a lista de pessoas citadas na aula anterior como possíveis entrevistados. Explique que, nesta etapa, precisarão produzir coletivamente um convite para enviar a essas pessoas, explicando:

• o objetivo do trabalho

• os motivos que levaram a turma a desejar fazer a entrevista com elas

• os horários e os locais de realização da entrevista.

Antes de começar a escrita do convite, registre na lousa os itens que ele deve conter: saudação, corpo do texto (motivo, local, data e horário), despedida e assinatura. Peça aos alunos que deem sugestões de como escrever o convite e registre-as na lousa. Chame a atenção para a linguagem que o convite deve conter, quando a utilizamos e em quais situações é apropriado empregá-la. O convite pode ser produzido de acordo com o modelo a seguir:

Senhora diretora,

Estamos realizando um trabalho de pesquisa sobre a história de nossa escola e gostaríamos de entrevistá-la para que pudesse nos oferecer algumas informações sobre esse assunto. A senhora poderia nos ajudar vindo até nossa sala para realizarmos essa entrevista na segunda-feira, depois do recreio? Agradecemos a atenção.

Alunos do 4º ano.

Estabeleça um tempo para a atividade de confecção dos convites e organize como e quem fará a distribuição deles para as pessoas convidadas.

Ao final da aula, converse com os alunos sobre as atividades feitas, levantando o que acharam mais interessante e o que foi mais desafiador. Converse também sobre a importância do planejamento do que pretendemos escrever e de sabermos para quem

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vamos escrever, como no caso do convite, para adequar a linguagem, ou seja, verificar se será formal ou informal.

Avaliação

Ao finalizar esta etapa da sequência didática, proponha aos alunos que façam uma reflexão sobre as atividades realizadas até o momento. Faça perguntas, como as seguintes, que os ajudem a refazer o caminho percorrido e para verificar se o objetivo de cada atividade está claro para todos.

• O que vocês acharam dessas atividades?

• Vocês já tinham feito o planejamento de uma entrevista?

• Foi importante essa etapa de planejamento das perguntas ou poderíamos improvisar as questões quando os entrevistados chegassem à nossa sala?

• Vocês acreditam que o planejamento nos ajuda a ter mais confiança e tranquilidade para a atividade?

A avaliação permite a coleta de informações sobre o grau de envolvimento da turma com as atividades propostas e também incentiva os alunos a refletirem sobre a função da escrita como suporte para situações em que a fala será utilizada como o instrumento principal para se comunicar e coletar informações.

Aula 3

Na terceira aula, os alunos, divididos em grupos, farão as entrevistas com as pessoas convidadas. Explique que receberão os convidados nesse dia. Depois, distribua a cada grupo a lista de questões produzidas na aula anterior e releia as perguntas em voz alta, para relembrá-los dos temas a serem abordados. Oriente os alunos sobre o tipo de anotações que farão.

Essa é uma etapa muito importante na preparação das entrevistas, pois muitos alunos acreditam que precisarão anotar todas as informações fornecidas pelo entrevistado exatamente como foram enunciadas. É fundamental, então, explicar que a entrevista é uma atividade oral e que, portanto, as principais informações serão fornecidas e coletadas por meio da fala, da escuta e da memória. Ao mesmo tempo, é importante explicar que eles poderão usar os registros escritos como apoio para a escuta e a memorização. Também é importante sugerir que os alunos se revezem nas funções de fazer as perguntas e registrar as informações.

Se possível, sugira aos alunos que gravem as entrevistas para ouvi-las depois e, assim, registrarem todas as informações mais relevantes. É possível utilizar gravadores ou mesmo telefones celulares que possuam essa função.

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Em seguida, discuta com a turma a importância de alguns aspectos que constituem a fala e que devem ser observados pelos alunos durante a realização da entrevista, tais como: a direção do olhar, os gestos, os movimentos da cabeça, o tom de voz e o ritmo da fala.

Feita essa primeira reflexão sobre a relação entre fala, escuta e registro escrito, liste na lousa os tipos de informações que podem ser registrados com mais facilidade em meio à fala dos entrevistados:

• Nomes de pessoas importantes e função que desempenharam na escola

• Datas importantes para a história da instituição

• Palavras-chave que ajudam a lembrá-los de fatos significativos, como mudança de prédio, construção da quadra, organização da biblioteca etc.

Ao terminar essa discussão, organize a turma em tantos grupos quantos forem os entrevistados, pois cada grupo entrevistará um convidado. Receba os convidados e encaminhe cada um deles a um grupo diferente. Distribua folhas pautadas para que os alunos registrem as informações centrais.

Durante todo o período de realização das entrevistas, circule entre os grupos observando como os alunos estão se articulando para expor as perguntas e registrar os dados coletados. Levante possíveis dúvidas e disponha-se a ajudá-los na resolução delas.

Aula 4

Para iniciar a aula, peça que os grupos compartilhem com a turma as informações coletadas nas entrevistas. Nesta atividade, atue como mediador Para tanto, registre na lousa uma pergunta de cada vez e, para cada pergunta, as informações oferecidas pelos convidados. É importante lembrar aos alunos de que eles podem utilizar seus registros escritos como suporte para retomar as informações recebidas, mas que também é essencial recuperar os dados fornecidos oralmente pelo entrevistado e guardados na memória pelos alunos. Para facilitar o registro e a articulação das informações, faça na lousa, ou em um papel pardo, um quadro como o representado a seguir.

Perguntas Entrevistado 1 Entrevistado 2 Entrevistado 3 Entrevistado 4

A senhora sabe o que significa o nome de nossa escola?

Sabe em que ano foi fundada e por quem?

Dos fundadores e primeiros funcionários, há algum que ainda trabalha aqui? Quem?

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desde
crédito autoral e as
sejam

O prédio onde estudamos já passou por alguma reforma?

As regras de convivência e de disciplina sempre foram as mesmas ou já mudaram?

As disciplinas que os alunos estudavam eram as mesmas ou passaram por mudanças? Em caso positivo, é possível citar exemplos?

O uniforme era o mesmo que usamos?

A senhora tem fotografias de nossa escola em outra época? Sabe onde podemos consegui-las?

Depois desse levantamento, quando todas as informações já tiverem sido compartilhadas, elabore perguntas que levem a turma a refletir sobre a possibilidade de entrevistar pessoas diferentes para coletar informações diversas e complementares sobre o mesmo tema. Esse fator, que é um elemento característico das pesquisas e das dinâmicas de coleta de informações realizadas socialmente, por meio de práticas sociais reais, pode ser explicitado para os alunos e problematizado com perguntas como:

• Vocês consideram que essa atividade atingiu o objetivo de fornecer informações sobre a história de nossa escola?

• Comparando as respostas dadas pelos diferentes entrevistados a uma mesma pergunta, podemos notar que alguns dados se repetem e outros são diferentes. Por que isso ocorre? O que faremos com essas informações distintas no momento de produzir nossa linha do tempo?

Para encerrar a discussão, explique à turma que, na aula seguinte, retomarão essas questões para decidir quais informações serão selecionadas para compor a linha do tempo com os fatos que considerarem mais relevantes sobre a história da escola.

Aula 5

Para iniciar a aula, prepare a linha do tempo, forrando com papel pardo ou com folhas de cartolina uma parede da sala que esteja vazia. Trace sobre o papel uma linha horizontal, com uma seta para indicar a passagem do tempo.

Explique aos alunos que precisarão decidir, coletivamente, quais são os marcos da história da escola que serão incluídos na linha do tempo e também produzir os textos para explicar o que ocorreu em cada marco. Para fazer essa escolha, será necessário consultar

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as informações registradas no quadro produzido na Aula 4, por isso é importante que ele esteja visível para todos até o final desta sequência de atividades.

Retome a discussão anterior sobre a necessidade de comparar as informações para escolher quais serão utilizadas na linha do tempo. Explique que, do ponto de vista do conhecimento histórico, há diferentes possibilidades de lidar com os dados coletados. Uma delas é incluir na linha do tempo apenas as informações citadas por mais de um entrevistado, considerando, desse modo, que a variedade de fontes indica mais credibilidade à informação. Outra forma de lidar com dados conflitantes ou discrepantes é deixar explícitas na linha do tempo as diferentes versões fornecidas para narrar um mesmo fato ou acontecimento. O texto na linha do tempo poderia, nesse caso, conter duas informações conflitantes, como no exemplo a seguir:

• De acordo com o diretor, a escola passou a ter uma biblioteca apenas em meados de 1980. Mas, segundo outros entrevistados, o acervo já existia desde 1970, porém estava organizado no espaço improvisado de uma sala de aula.

Ao optar por expor informações divergentes na linha do tempo da história da escola, explore a necessidade de usar expressões específicas da Língua Portuguesa que indicam divergências, conflitos, inconsistências ou duplicidade das informações: porém, contudo , ao contrário , ao mesmo tempo , por outro lado , diferentemente, por sua vez

Quando a linha do tempo estiver traçada e os principais marcos estiverem definidos, organize a turma em grupos de quatro alunos e oriente-os a escrever as informações para explicar os fatos ocorridos em cada marco histórico selecionado para compor a linha do tempo. Durante a atividade de produção dessas informações, é fundamental que circule pela sala, intervindo junto aos grupos para levantar dúvidas e ajudá-los a resolvê-las. Encerre a aula anexando à linha do tempo as informações produzidas. Leia em voz alta os textos elaborados pelos quartetos, seguindo a ordem histórica indicada. Acolha sugestões de mudança e faça os últimos apontamentos necessários, atentando para os critérios de clareza e coerência das informações.

Solicite aos alunos que criem um título para a linha do tempo e registre-o na lousa. Caso tenha sido possível providenciar fotografias, peça autorização a quem as cedeu e anexe-as aos textos.

Para finalizar a atividade, proponha aos alunos que convidem os entrevistados para visitarem o local onde está exposta a linha do tempo, momento em que alguns alunos (por exemplo, um representante de cada grupo) podem expor como foi feita cada etapa do trabalho e quais são os elementos selecionados para traçar a linha do tempo da escola.

Depois, esse trabalho pode ser exposto em um lugar comum a todos na escola, divulgando as informações com a comunidade escolar.

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Avaliação

As informações produzidas pelos grupos podem ajudá-lo a verificar o grau de envolvimento dos alunos com a atividade e o grau de familiaridade com o tema abordado. Ao mesmo tempo, podem fornecer dados sobre o domínio dos alunos em relação à escrita convencional e aos critérios de coerência e coesão que devem ser observados para produzir textos expositivo -informativos.

Para favorecer a reflexão dos alunos sobre a relação entre as atividades desenvolvidas e outras situações vividas em seu dia a dia, sugerem-se os questionamentos a seguir:

• O que acharam dessas atividades? Foi muito difícil selecionar as informações que incluiríamos na linha do tempo? Por quê?

• Alguma informação relevante não foi incluída? Qual?

• Vocês já haviam feito uma atividade parecida com essa? Já pensaram, por exemplo, em fazer a linha do tempo da própria vida ou da história de sua família?

• Para que podemos usar as linhas do tempo? Em que elas podem nos ajudar?

• Quais diferenças existem entre consultar um quadro como o que elaboramos e a linha do tempo?

• O que aprendemos sobre a nossa escola é importante?

Aula 6

Inicie a aula apresentando aos alunos os assuntos que serão abordados: classificação de palavras quanto à sílaba tônica (oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas) e acentuação de palavras paroxítonas.

Abra espaço para que eles comentem o que sabem sobre a classificação de palavras quanto à sílaba tônica e peça que deem exemplos de palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas. Registre os exemplos na lousa e complemente com outros, chamando a atenção dos alunos para a sílaba tônica das palavras. Anote todas as palavras paroxítonas sugeridas, acentuadas ou não. O foco neste momento é a identificação da sílaba tônica. Se necessário, retome com os alunos a explicação sobre como identificar as sílabas tônicas das palavras.

Em seguida, com todos sentados em seus lugares, registre na lousa um quadro, como sugerido a seguir, para exemplificar algumas terminações em que as palavras paroxítonas são acentuadas. Complete o quadro com a ajuda dos alunos, levando-os a concluir em quais situações as palavras paroxítonas são acentuadas.

Para montar o quadro, comece com os exemplos dados pelos alunos, registrando algumas palavras com a mesma terminação na mesma linha. Peça aos alunos que leiam essas palavras e digam o que elas têm em comum. Espera-se que percebam a terminação -r,

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por exemplo. Então, destaque a terminação -r nas palavras e escreva-a na coluna Terminação. O procedimento é o mesmo para as demais terminações trabalhadas neste momento.

Ressalte que as palavras paroxítonas são maioria na Língua Portuguesa e que a maior parte delas não é acentuada, por isso memorizar essas terminações auxilia os alunos a saberem se a palavra é acentuada ou não. Estipule um tempo para esta atividade (por exemplo, 20 minutos).

Paroxítonas acentuadas Terminação

ímpar, cadáver, caráter -r

fóssil, réptil, têxtil -l

hífen, éden, dólmen -n

córtex, tórax, fênix -x

órfã, órgãos, sótão -ã, -ãs, -ão, -ãos

júri, íris, tênis -i, -is

Após completar o quadro, registre-o em uma folha de papel pardo ou cartolina e afixe-o em um local visível na sala de aula para que os alunos possam consultá-lo

Em seguida, proponha outras atividades, como as sugeridas a seguir. Peça aos alunos que se sentem em duplas para responder a elas e estipule um tempo para essa etapa (por exemplo, 15 minutos). Depois, abra espaço para que todos socializem as respostas.

Ficha de atividades

1. Circule a sílaba tônica das palavras.

a) Cidade

b) Café

c) Jornal

d) Feliz

e) Amigo

f) Vizinho

g) Rapidamente.

h) Sótão.

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Os alunos devem circular as sílabas em destaque: cidade, café, jornal, feliz, amigo, vizinho, rapidamente, sótão.

2. No grupo de palavras a seguir, identifique qual delas não é uma palavra paroxítona.

abelha álbuns bracelete ervilha coalhada

coitado borboleta álbum cavalo Amapá

A palavra Amapá não é paroxítona.

Para finalizar a aula, retome com os alunos as terminações das palavras paroxítonas acentuadas e leve-os a perceber que identificar a sílaba tônica da palavra auxilia no momento de pronunciá-la ou acentuá-la de acordo com a ortografia oficial.

Aula 7

Ao iniciar a aula, peça aos alunos que se sentem em duplas e retome com eles o conteúdo trabalhado na aula anterior.

Depois, distribua revistas e folhas de papel sulfite entre as duplas e oriente-os a fazerem, uma cópia por dupla, um quadro como o modelo abaixo.

Terminação Paroxítonas acentuadas

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-r -l -n -x -ã, -ãs, -ão, -ãos -i, -is

Em seguida, peça aos alunos que encontrem, em notícias, reportagens, entrevistas, anúncios, palavras paroxítonas acentuadas terminadas em -r, -l, -n, -x, -ã(s), -ão(s), -i(s) Ressalte que cada dupla deve achar dois exemplos de cada terminação, recortá-los e colá-los no quadro, na linha correspondente à terminação. Estipule um tempo para essa atividade (por exemplo, 35 minutos).

Durante a realização da tarefa, circule pela sala oferecendo suporte aos alunos, caso ainda tenham dúvidas, e orientando-os sobre a forma como devem preencher o quadro.

Para terminar a aula, peça aos alunos que se sentem em semicírculo para que possam compartilhar com os colegas os exemplos que encontraram. Por fim, pergunte o que eles acharam da atividade, como fizeram para encontrar as palavras e peça que as pronunciem enfatizando a sílaba tônica de cada uma.

O objetivo é que essa tarefa se dê por meio de aproximações sucessivas, ou seja, espera-se que os alunos, ao localizar palavras paroxítonas e justificar o motivo do acento, apropriem-se naturalmente das regras e as internalizem de forma espontânea.

Avaliação

A avaliação deverá acontecer desde o momento da discussão sobre a classificação quanto à sílaba tônica feita na primeira aula. A participação dos alunos com sugestões de palavras é uma maneira de verificar se absorveram o conteúdo. Também deverá ser avaliada a compreensão da turma em relação à grafia das palavras, ao uso dos acentos, bem como sua percepção em relação às sílabas tônicas.

A seguir, é proposta uma sugestão de ficha avaliativa individual.

Nome do aluno:

Participou dando exemplos e/ou fazendo perguntas?

Identificou a sílaba tônica das palavras? ( ) Sim. ( ) Não.

Compreendeu que as paroxítonas podem ser acentuadas ou não?

Compreendeu quando as palavras paroxítonas são acentuadas?

) Sim. ( ) Não.

Participou ativamente do trabalho em duplas, demonstrando conhecimento do conteúdo e disposição para a execução da tarefa? ( ) Sim. ( ) Não.

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( ) Sim. ( ) Não.
( ) Sim. ( ) Não.
(

No início da aula, peça aos alunos que citem as palavras que conhecem que terminem em -esa ou -eza. Anote todas as palavras na lousa, separando-as em três grupos: substantivos derivados de adjetivos (por exemplo: tristeza), palavras que indicam local de origem ou título de nobreza (exemplos: chinesa ou baronesa), e demais palavras (exemplo: mesa). Depois disso, explique à turma que, nesta aula, serão estudadas palavras pertencentes aos dois primeiros grupos. Informe que os substantivos derivados de adjetivos com a inclusão do sufixo -eza sempre serão grafados com z, e que os adjetivos femininos terminados por -esa, que indicam local de origem ou título de nobreza, sempre serão grafados com s. É esperado que os alunos percebam que conhecer as classes gramaticais contribui para a compreensão das regras de ortografia das palavras terminadas em -esa ou -eza. Estabeleça um tempo aproximado de 10 minutos para essa atividade.

Em seguida, informe aos alunos que prepararão um dominó para jogarem na aula seguinte. Organize a turma em quartetos, distribua a cada um 28 retângulos de cartolina e oriente-os a fazer um contorno em cada retângulo com caneta preta e a traçar um risco no meio dele. Esses retângulos serão as peças do dominó.

Feito isso, eles devem separar 14 peças e escrever, em cada uma delas, apenas o radical de uma palavra que termine em -eza ou -esa, como: franc- (para francesa), lev- (para leveza), bel- (para beleza), espert- (para esperteza). Não é necessário utilizar a nomenclatura radical, mas se achar oportuno, explique seu significado aos alunos. É importante atentar para que sejam contemplados substantivos derivados de adjetivos e também adjetivos femininos que indiquem local de origem ou título de nobreza. As peças de dominó com as palavras deverão ficar assim: franc- lev-

As outras 14 peças serão preenchidas com as terminações -esa ou -eza. Os alunos podem, em uma mesma peça, colocar duas palavras do mesmo grupo ou duas vezes a mesma terminação. Nesse caso, a peça será "deitada" no jogo, como ocorre no dominó tradicional quando o número é igual nos dois lados da peça. Para selecionar as palavras, os alunos podem recorrer a um dicionário. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 30 minutos).

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com
e as
sejam
Aula 8

Sugestões de peças

chin- gentil- bel- espert- duqu- grandlev- marselh- baron- japon- alban- pobr-

franc- polon- magr- cert- pur- arquiduqu-

irland- fri- mol- lind- noruegu- javanbrab- portugu- sutil- marqu- -esa -eza

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-esa -eza -esa -esa -eza -esa -eza -esa -esa -eza -eza -eza -esa -esa -eza -eza -esa -eza -eza -esa -eza -esa -eza -esa -eza -esa

Ao final da aula, distribua um envelope a cada grupo e peça que escrevam nele os nomes dos integrantes e guardem ali as peças, que serão usadas na aula seguinte.

Aula 9

Inicie a aula relembrando os alunos sobre o que foi feito na aula anterior: o estudo das regras do emprego de -esa e -eza e a elaboração de peças para um jogo de dominó. Distribua os envelopes com as peças para os grupos e estipule um tempo para que os alunos joguem (por exemplo, 35 minutos) As regras são as mesmas do dominó tradicional. Informe-os de que o primeiro jogador deve começar com uma peça que contenha as palavras, e não as terminações. O jogador seguinte, então, deve colocar uma peça com a terminação que forma corretamente uma das palavras da primeira peça. O jogo termina quando algum dos jogadores ficar sem nenhuma peça ou quando o tempo estipulado terminar. Nesse caso, vence o jogador que tiver o menor número de peças.

Terminada a atividade, peça aos alunos que criem frases usando o maior número possível de palavras do jogo. Incentive-os a usar a criatividade, formando frases engraçadas. Escreva um exemplo de frase na lousa para auxiliá-los. Ao final da aula, forme uma roda de conversa e peça aos grupos que leiam as frases que elaboraram.

Avaliação

Avalie a participação dos alunos na criação das peças e durante o jogo. Para isso, observe o envolvimento e a contribuição deles, durante as aulas, com informações pertinentes ao conteúdo abordado.

Para avaliar se os alunos atingiram os objetivos propostos, sugerimos a ficha de atividades a seguir.

Ficha de atividades

1. Complete as lacunas com as letras s ou z. Em seguida, preencha o quadro com as palavras nas colunas correspondentes

a) Duque____a

b) Tailande____a

c) Fraque____a

d) Fine____a

e) Prince____a

f) Mole____a.

Respostas: Duquesa, Tailandesa, Fraqueza, Fineza, Princesa, Moleza.

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Local de origem Título de nobreza Substantivo derivado de adjetivo tailandesa

2. Escreva frases com as palavras da atividade anterior. Respostas pessoais.

Sugest ão

• VIEIRA, Maria Clara. Entrevista: Eva Furnari fala sobre seu novo livro. Revista Crescer, 7 nov. 2016. Disponível em:

https://revistacrescer.globo.com/Diversao/noticia/2016/11/entrevista-eva-furnari-falasobre-seu-novo-livro.html Acesso em: 26 jan. 2022

Nesse link, é possível acessar a breve entrevista de Eva Furnari sobre o seu livro Drufs Se julgar oportuno, o conteúdo pode ser utilizado nesta sequência didática como exemplo do gênero textual entrevista.

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fraqueza princesa fineza moleza
duquesa

Sequência didática 6 • Conhecer textos instrucionais e aprender sobre encontros vocálicos

Nesta Sequência didática, os alunos produzirão um manual de instrução de brincadeiras e poderão identificar as características e a linguagem utilizadas nesse gênero textual, compreendendo a estrutura e a função social de textos instrucionais.

As diversas etapas envolvidas na produção do manual possibilitarão, ainda, o exercício da produção compartilhada de conhecimento, por meio da experimentação das brincadeiras e da avaliação coletiva das instruções produzidas. Serão trabalhadas, também, a compreensão de textos e a identificação de encontros vocálicos.

Objetivos de aprendizagem

• Compreender as funções sociais e as características de textos instrucionais.

• Elaborar instruções de brincadeiras.

• Pesquisar a origem de brincadeiras e refletir sobre a importância do brincar.

• Reconhecer vogais, semivogais e encontros vocálicos.

Plano de aulas

Aula 1: Ler uma instrução de brincadeira, identificando as características do texto instrucional.

Aulas 2 e 3: Elaborar instruções de brincadeiras para produzir um manual da turma.

Aula 4: Pesquisar a origem das brincadeiras selecionadas para fazer parte do manual.

Aula 5: Experimentar as brincadeiras para verificar se as instruções estão claras.

Aula 6: Planejar a estrutura do manual e elaborar o texto introdutório.

Aula 7: Elaborar os textos sobre as origens das brincadeiras e as instruções do manual.

Aula 8: Revisar os textos e produzir a capa, o sumário e as referências.

Aula 9: Montar o manual e avaliar o processo de envolvimento na atividade

Aula 10: Identificar encontros vocálicos.

Aula 11: Interpretar uma notícia e trabalhar encontros vocálicos.

Componentes essenciais para a alfabetização: Consciência fonológica e fonêmica, compreensão de textos, desenvolvimento de vocabulário e produção de escrita.

Competências gerais da Educação Básica: 2, 4 e 10

Competências específicas de Língua Portuguesa: 3, 5 e 6

Habilidades: EF15LP01, EF15LP02, EF15LP03, EF15LP04, EF15LP05, EF15LP06, EF15LP07, EF15LP09, EF15LP10, EF35LP03, EF35LP04, EF35LP05, EF35LP06, EF04LP02, EF04LP03 e EF04LP13

Materiais necessários: Cópias da instrução da brincadeira "telefone sem fio", lápis de cor, giz de cera, computadores ou tabletscom acesso à internet e impressora (se houver), pendrive(pode ser um único, para o professor reunir as pesquisas realizadas pelos alunos), cola branca, tesoura com

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pontas arredondadas, papel sulfite A4, papel com gramatura maior para a capa do manual, projetor multimídia, cópias da notícia e das atividades propostas, revistas para recorte e dicionários.

Aula 1

Inicie a aula organizando os alunos em semicírculo e comunique que, na primeira parte da aula, eles participarão de uma brincadeira. Pergunte se conhecem a brincadeira do "telefone sem fio" e abra espaço para que compartilhem o que sabem sobre ela. Caso não a conheçam, incentive-os a formular hipóteses com base no nome. Explique que, assim como diversas brincadeiras, o telefone sem fio possui regras que devem ser seguidas por todos os participantes para não prejudicar seu andamento. Chame a atenção para a importância de que todos entendam a dinâmica da brincadeira e respeitem as regras. Antes de apresentar as regras, explique que se trata de uma brincadeira em que o primeiro da fila cochicha na orelha do amigo mais próximo uma palavra ou frase. Este faz o mesmo com o colega seguinte, e assim por diante. O último aluno diz em voz alta o que entendeu e a graça está aí, já que a palavra ou frase dita em voz alta pelo último participante geralmente é bem diferente daquela que o primeiro falou.

Em seguida, apresente as instruções da brincadeira por escrito para que possam se aproximar das características dos textos que serão trabalhados nesta aula e nas seguintes. Distribua cópias com as instruções ou faça a projeção, para que os alunos possam visualizar o texto e acompanhar a leitura.

Como brincar de "telefone sem fio"

Primeiro passo: Organize os participantes. Cada um deve ficar alinhado em fila ou formando um círculo a uma certa distância para não ouvir o que os colegas estão cochichando na orelha dos outros.

Segundo passo: Escolha o participante que vai dar início à brincadeira. Ele precisa pensar em uma palavra ou frase e falar para o colega seguinte. É interessante que a palavra escolhida seja composta de várias sílabas e tenha uma sonoridade que apresente alguma dificuldade para quem está escutando, já que a ideia é ver o quanto a palavra ou a frase é modificada ao longo da brincadeira. Quando a palavra escolhida for cochichada para o próximo participante, este deverá repassá-la para o seguinte.

Terceiro passo: Aguarde até que a palavra/frase repetida chegue ao último participante. Após ouvir e repassar a palavra/frase, os participantes devem permanecer em silêncio até chegar a vez do último colega, que deverá falar em voz alta a frase/palavra escutada.

Quarto passo: O participante que falou a primeira palavra/frase deve dizer em voz alta para todos os colegas. Neste momento, todos irão conhecer a palavra/frase original e perceber se ela mudou, observando as diversas interferências ocorridas ao longo do percurso.

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Regras

para que a brincadeira cumpra a sua finalidade:

• Só fale a palavra/frase uma única vez.

• Não escolha qualquer palavra/frase. Lembre-se de que a graça da brincadeira está na dificuldade de cada participante em entender e transmitir o que acabou de ouvir.

• Mantenha a palavra em segredo para não atrapalhar a dinâmica.

• Fale em voz baixa. O ideal é cochichar a palavra/frase para o participante ao lado, ajudando, assim, a manter o que foi dito em segredo e dificultar a interpretação.

Variações que tornam a brincadeira mais interessante

• Jogue em times, pois essa é uma maneira de tornar a brincadeira mais dinâmica. Cada equipe deve jogar da mesma forma, com um membro cochichando a palavra/frase para o próximo até chegar ao último participante. O que muda é que o aluno selecionado para escolher a palavra/frase deve cochichar para os dois times. O objetivo é ver qual deles consegue chegar ao fim da partida acertando a palavra/frase ou chegando mais perto da palavra original.

Verifique gratuitamente uma versão on-lineda brincadeira, (acesse o linkdisponível na seção Sugestões, ao final desta Sequência didática).

Após a leitura, inicie a brincadeira e verifique se os alunos entenderam as instruções e compreenderam a importância de respeitar as regras. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 20 minutos). Ao final, abra espaço para que os alunos compartilhem suas impressões.

Retome a leitura das instruções e pergunte aos alunos se houve dificuldade em compreendê-las. Pergunte se conseguiriam ensinar a brincadeira para quem não a conhece, seguindo essas instruções. Pergunte, também, se eles acham necessário incluir alguma explicação para facilitar o entendimento e proponha que deem sugestões para melhorar essas instruções.

Em seguida, questione se eles se recordam de situações nas quais tiveram que ler instruções para realizar alguma atividade ou tarefa, participar de algum jogo ou brincadeira. Abra espaço para que falem dessas situações e comentem suas impressões sobre as instruções lidas. A partir desses comentários, chame a atenção para as características do texto instrucional.

Explique que a finalidade do texto instrucional é ensinar, orientar sobre algo e dê exemplos da variedade de textos instrucionais: receitas culinárias, manual de instrução de equipamentos eletrônicos e eletrodomésticos, regras de jogos, folhetos explicativos, bula de remédio, entre outros

Chame a atenção para as características desse tipo de texto: a importância dos verbos, a conjugação no modo imperativo (organize, escolha, aguarde, mantenha) ou no modo infinitivo (pensar, ouvir, repassar, dizer), a indicação de passos a serem seguidos, a listagem/apresentação das ações, os ingredientes e materiais necessários. Estimule-os a

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observar esses aspectos na instrução da brincadeira (os verbos destacados, a objetividade, a estrutura de tópicos e a enumeração da instrução lida) e explique que esses recursos são importantes para que as instruções fiquem claras ao leitor e atinjam seu objetivo.

Finalize a aula pedindo aos alunos que conversem com os pais ou responsáveis sobre as brincadeiras de sua infância, solicitando que eles expliquem como elas eram. Peça que escolham uma dessas brincadeiras e, com a ajuda dos responsáveis, escrevam um texto com as instruções para brincarem.

Aulas 2 e 3

Inicie a aula pedindo que os alunos se reúnam em duplas e compartilhem com o colega as instruções da brincadeira que escolheram a partir da conversa com os pais ou responsáveis. Caso não tenham registrado as instruções, estipule um tempo de para que se recordem da brincadeira e façam o registro no caderno (por exemplo, 10 minutos). Peça que leiam individualmente as instruções do colega e verifiquem se, a partir delas, é possível compreender como funciona a brincadeira apresentada, levantando possíveis dúvidas. Em seguida, o autor de cada instrução deverá esclarecer as dúvidas e reescrever as instruções com a ajuda do colega, buscando tornar o texto mais claro e objetivo. Estipule um tempo para esta atividade (por exemplo, 20 minutos) Enquanto isso, circule entre as duplas e verifique a interação entre os alunos e se precisam de mais explicações, orientações ou sugestões.

Encerrada a atividade, comunique aos alunos que selecionarão algumas brincadeiras para criar o "Manual de instruções de brincadeiras da turma". Para escolher quais brincadeiras farão parte do manual, cada dupla deverá explicar para a turma como ela funciona com base na leitura das instruções que elaborou. Defina uma ordem para a apresentação de cada dupla e oriente os alunos a lerem as instruções, atentando-se para a entonação, as pausas e os gestos, de modo a despertar o interesse dos colegas e a chamar a atenção para os aspectos que considerarem importantes. A cada apresentação, registre na lousa o nome da brincadeira e, entre uma apresentação e outra, reserve um tempo para que os colegas exponham dúvidas ou deem sugestões que deixem a informação mais clara e objetiva (por exemplo, 10 minutos). Peça à dupla que propôs a brincadeira que registre os comentários no caderno.

Ao final das apresentações, os alunos deverão indicar quais brincadeiras acharam mais interessantes para comporem o manual. Explique que não se trata de um concurso para escolher a melhor brincadeira, e sim da seleção de brincadeiras que eles julgam mais interessantes, considerando, por exemplo, o fato de serem brincadeiras pouco conhecidas. Registre as indicações dos alunos na lousa e distribua folhas de papel sulfite para que as duplas que elaboraram as instruções das brincadeiras escolhidas possam anotá-las

Passe recolhendo os textos e comunicando aos alunos que, na aula seguinte, realizarão uma pesquisa sobre a origem das brincadeiras que farão parte do manual.

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Aula 4

Esta aula será dedicada à pesquisa da origem das brincadeiras selecionadas para fazer parte do "Manual de instruções de brincadeiras da turma". A pesquisa pode ser realizada tanto no acervo da biblioteca da escola quanto pela internet. Para isso, reserve previamente a biblioteca e/ou a sala de informática Avalie se o ideal seria utilizar esses dois meios para que as informações se complementem.

Em relação à biblioteca, verifique com o responsável qual parte do acervo os alunos poderão utilizar para a pesquisa e peça que separe os livros e outros materiais indicados. Para o trabalho na sala de informática, é importante orientar os alunos em relação às estratégias de busca, pedir que abram previamente uma pasta para salvar suas pesquisas e, ao final da atividade, salvar as pastas em um pendrive

Inicie a aula organizando a turma em grupos de quatro ou cinco alunos e comunique que realizarão uma pesquisa sobre a origem das brincadeiras selecionadas. Distribua proporcionalmente entre os grupos as folhas com as instruções das brincadeiras para que cada um fique responsável por pesquisar a origem delas. Informe-lhes que também devem pesquisar imagens que representem essas brincadeiras. Se a pesquisa for realizada na sala de informática, entregue uma folha avulsa a cada grupo e peça que os alunos registrem as informações sobre a origem das brincadeiras escolhidas e salvem as imagens em uma pasta no computador. Oriente-os a registrar também as informações sobre as fontes pesquisadas.

Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 25 minutos). Em seguida, informe-lhes que, na aula seguinte, eles vivenciarão algumas das brincadeiras selecionadas. Peça que cada grupo faça o levantamento do material necessário para a realização das respectivas brincadeiras. Depois, coletivamente, definam quais delas serão vivenciadas na aula seguinte. É necessário considerar o tempo de realização de cada uma e a possibilidade de viabilizar os materiais necessários, os quais poderão ser adaptados, como as bolas, que podem ser feitas de meia, por exemplo. Verifique quais materiais conseguem trazer de casa e se a escola pode disponibilizar alguns deles. Registre os nomes dos alunos responsáveis por trazê-los e peça que anotem no caderno o item que ficou sob sua responsabilidade.

Recolha as folhas com as instruções das brincadeiras e com as informações pesquisadas para utilizar nas aulas seguintes.

Aula 5

Nesta aula, os alunos experimentarão algumas das brincadeiras eleitas para compor o manual da turma. Reserve, previamente, a quadra ou o pátio da escola. Caso não seja possível, utilize a sala de aula com as carteiras afastadas. Reúna os materiais necessários para cada brincadeira e verifique o número mínimo de participantes para cada uma delas, formando grupos, distribua as folhas com as instruções das brincadeiras e, na primeira parte da aula, deixe que brinquem para que compreendam as regras de cada brincadeira

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selecionada. Depois, oriente-os a verificar se as instruções estão claras e se é necessário fazer alguma adaptação.

Abra espaço para que eles compartilhem as impressões sobre as brincadeiras vivenciadas e peça que registrem no caderno informações que considerarem interessantes para compor o manual de instruções.

Ao final da aula, peça que recolham os materiais utilizados e organizem o espaço. Recolha novamente as folhas com as instruções para que sejam utilizadas na aula seguinte.

Aula 6

Esta aula será dedicada ao planejamento da estrutura do manual, à organização das informações sobre as origens, à elaboração de um texto introdutório e à definição das ilustrações. Para definir as ilustrações, será necessário organizar e imprimir previamente as imagens pesquisadas pelos alunos. Para isso, reúna as imagens com as respectivas instruções e informações sobre as origens das brincadeiras.

Explique aos alunos que darão continuidade à produção do "Manual de brincadeiras da turma" e que, nesta aula, definirão a sua organização: a ordem das brincadeiras, como vão apresentar as informações sobre as origens, quais serão as ilustrações, como será o texto introdutório.

Na primeira parte da aula, defina com eles critérios para estabelecer a ordem das instruções das brincadeiras e montar um sumário. Esse critério pode ser: a ordem alfabética dos títulos, o agrupamento de brincadeiras que têm origens ou características semelhantes, ou que utilizam os mesmos materiais, entre outros que considerem interessantes. Em seguida, é possível definir como as informações sobre as origens vão ser apresentadas. Se as brincadeiras forem agrupadas pelas origens em comum, por exemplo, é possível apresentar essas informações na introdução de cada bloco de brincadeiras reunidas. Se o critério for outro, essas informações podem vir na mesma página de cada brincadeira, antes ou depois das instruções. Em seguida, com base nas imagens reunidas na pesquisa, escolham quais ilustrações farão parte do manual e como serão distribuídas, além de decidirem sobre a capa, quais ilustrações farão sentido e como organizá-las; uma vez que as imagens pesquisadas serão impressas, se é possível recortá-las e utilizá-las na montagem do material etc

Na segunda parte da aula, componha com os alunos o texto introdutório. Para tanto, oriente-os a retomar os registros feitos no caderno nas aulas anteriores. Peça que compartilhem as informações e impressões registradas e vá sistematizando na lousa aquelas que podem compor o texto. Para elaborar essa apresentação, propõe-se o roteiro de perguntas a seguir:

• Por que é importante brincar e conhecer diferentes brincadeiras?

• Qual é a importância de entender o funcionamento das brincadeiras e conhecer suas regras?

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• Qual é a importância de conhecer a origem dessas brincadeiras?

• O que vocês aprenderam com a pesquisa, com as brincadeiras e com a elaboração das instruções para o manual?

Sistematize a discussão em uma parte da lousa e na outra vá formulando a primeira versão do texto coletivamente, acatando e mediando as ideias dos alunos. Essa versão deve ser simples e breve, para que todos acompanhem a elaboração, contribuam com a sua construção e registrem no caderno. Após a elaboração dessa primeira versão, apague a parte da sistematização e registre a versão definitiva, reorganizando o texto de forma que ele apresente uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão. Solicite que algum voluntário escreva em uma folha de sulfite a versão definitiva, que você a escreverá na lousa. Durante a reescrita, chame a atenção dos alunos para aspectos da produção textual, como coerência, coesão, grafia e pontuação, bem como para as características específicas dos textos instrucionais

Por fim, comunique aos alunos que, na próxima aula, eles elaborarão as partes que faltam para montar o manual.

Aula 7

Inicie a aula registrando na lousa, em tópicos, cada uma das partes do manual de instruções das brincadeiras:

• Capa

• Sumário

• Texto de introdução

• Texto com as informações sobre as origens

• Instruções das brincadeiras

Organize grupos de cinco alunos e, seguindo o planejamento definido na aula anterior, peça que elaborem um breve texto com as informações sobre a origem das brincadeiras, de acordo com o critério de organização estipulado. Caminhe entre os grupos, auxiliando-os na produção. Em seguida, peça que passem a limpo as instruções de cada brincadeira, deixando espaço para as ilustrações. Avise a turma de que, na próxima aula, os textos serão revisados e as ilustrações serão feitas.

Aula 8

Nesta aula, os grupos ficarão responsáveis por tarefas distintas: dois grupos revisarão e passarão a limpo os textos com as informações sobre as origens das brincadeiras, dois grupos ficarão responsáveis por incluir as ilustrações e os grupos restantes deverão elaborar a capa, o sumário e as referências.

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Durante a realização dessas tarefas, circule pela sala orientando-os conforme a tarefa que lhes foi atribuída.

Ressalte aos responsáveis pela revisão dos textos que é importante ficarem atentos à clareza e à coerência das informações, bem como à ortografia e à pontuação.

Os responsáveis pela capa devem incluir as informações necessárias (título, referência à autoria coletiva da turma, ano), bem como organizar essas informações com tamanhos de fontes diferentes (o título deve ser em letras maiores e coloridas, ocupando a parte superior da página). Oriente-os a fazer um esboço na folha de papel sulfite e a versão final no papel com gramatura maior, bem como colorir o fundo da página, incluindo as imagens selecionadas ou as ilustrações, trabalhando em parceria com o grupo responsável pelas ilustrações.

O grupo responsável pelo sumário deverá circular entre os outros grupos verificando a quantidade de páginas e atribuindo a numeração de acordo com o planejamento definido.

O grupo responsável pelas referências também deve circular entre os outros grupos reunindo as informações das fontes consultadas.

Em seguida, recolha o material elaborado e comunique aos alunos que eles poderão fazer os ajustes finais na próxima aula.

Aula 9

Inicie a aula relembrando aos alunos que finalizarão as tarefas iniciadas e montarão o manual. Peça aos grupos da aula passada que se reúnam e entregue o material correspondente a cada grupo. Estipule um tempo para que façam os ajustes finais (por exemplo, 20 minutos) e, em seguida, reúna os elementos para montar o manual.

Quando estiver pronto, reserve o tempo que achar necessário para que os alunos folheiem o material e observem como ficou o trabalho.

No dia agendado para o lançamento, combine com os grupos quem ficará responsável pelas tarefas: preparação do ambiente, recepção dos convidados, distribuição de cópias, caso esteja no cronograma, e exposição do manual ao público, explicando sua concepção e o planejamento, bem como seu desenvolvimento até ficar pronto para publicação.

Durante o lançamento do "Manual de instruções de brincadeiras da turma", oriente-os para que estejam aptos a esclarecer qualquer dúvida dos convidados, mostrando o envolvimento de todos na produção coletiva.

Avaliação

Em seguida, reúna os alunos para que juntos avaliem como foi participar da elaboração desse trabalho

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Peça que sentem em semicírculo e enfatize para a turma a importância de respeitar os turnos de fala e as colocações dos colegas.

Para iniciar a discussão, use um roteiro de questões, como o sugerido a seguir:

• O que vocês aprenderam ao elaborar instruções para brincadeiras?

• O que vocês aprenderam com a pesquisa sobre as origens das brincadeiras?

• Como foi trabalhar em grupo em cada uma das etapas da produção do manual?

• Participariam e contribuiriam novamente em um novo projeto?

• O que vocês fariam diferente?

• O que vocês fariam da mesma maneira?

Este é um momento importante de avaliação, pois é possível analisar o interesse e o envolvimento dos alunos, bem como avaliar o feedbackda realização desse trabalho e o desenvolvimento que os grupos tiveram desde o começo até a finalização do manual.

Abra espaço para que os alunos comentem o que acharam de cada etapa do processo e o que poderiam fazer para aprimorá-lo quando realizarem um projeto semelhante.

Para contribuir com essa autoavaliação, sugere-se utilizar a ficha a seguir.

Nome do aluno:

1 Participei contribuindo para o desenvolvimento do manual.

2 Entendi a importância das instruções e de seguir as regras das brincadeiras.

( ) Sim. ( ) Não. ( ) Às vezes.

( ) Sim. ( ) Não. ( ) Às vezes.

Participei do planejamento do manual, trazendo ideias sobre as brincadeiras, as imagens e a maneira como ele poderia ser organizado.

Colaborei com meu grupo na realização da pesquisa e nas outras etapas de produção do manual.

5 Consegui aprender mais sobre as características dos textos instrucionais.

( ) Sim. ( ) Não. ( ) Às vezes.

( ) Sim. ( ) Não. ( ) Às vezes. 4

( ) Sim. ( ) Não. ( ) Às vezes.

6

O uso de ilustrações na composição do manual contribuiu para deixar as instruções mais divertidas e despertar o interesse pela leitura.

( ) Sim. ( ) Não. ( ) Às vezes. 7

Gostei da minha atuação, do meu grupo e da minha turma como um todo na construção do manual de brincadeiras.

( ) Sim. ( ) Não. ( ) Às vezes.

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Aula 10

Para iniciar a aula, peça que se sentem em semicírculo de maneira que consigam ter uma boa visualização do que será projetado. Explique a eles que, inicialmente, haverá uma introdução aos encontros vocálicos, aprendendo a identificá-los nas palavras.

Chame a atenção dos alunos para este conteúdo, projete as imagens sugeridas a seguir e peça a eles que digam o nome que representa cada imagem e como se escreve. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 15 minutos).

Crédito: Clker-Free-Vector-Images/Pixabay

Crédito: lesyaskripak/Freepik

Após mostrar as imagens para os alunos e escrever na lousa os nomes que ditarem, peça que identifiquem as vogais dessas palavras. Espera-se que leiam as palavras e participem oralmente, apontando as vogais encontradas.

Explique aos alunos que encontros vocálicos são sons vocálicos pronunciados um seguido do outro em uma mesma palavra. É importante que os alunos consigam reconhecê-los, pois isso poderá ajudá-los na divisão silábica.

Relembre as vogais /a/ – /e/ – /i/ – /o/ – /u/, comentando que são os fonemas que conseguimos falar livremente pela boca, sem interrupção no som.

Durante a explanação do conteúdo, peça aos alunos que digam outros exemplos de palavras que apresentam encontros vocálicos, anotando-as na lousa. A seguir, sugestões de palavras que podem complementar as que os alunos citarem.

• chuveiro – viagem

• besouro – poesia

• leite – história

• silêncio – ouvido

• Paraguai – série

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Atribuição não comercial (CC BY NC – 4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros. Crédito: Rachel C/Pixabay

Avaliação

Ao término da aula, avalie e compartilhe com a turma suas impressões sobre a participação coletiva durante as atividades. A partir disso, pergunte o que eles aprenderam na aula, reveja os pontos principais e abra espaço para que todos exponham o que compreenderam das atividades.

Aula 11

Inicie a aula explicando aos alunos que lerão a notícia cujos trechos estão destacados e distribua a seguir cópias para eles e, se possível, compartilhe a versão completa do texto (acesse o linkdisponível na seção Sugestões, ao final desta Sequência didática). Nesse caso, substitua os trechos pela notícia completa. Leia com eles o título da notícia e, em seguida, pergunte qual assunto imaginam que é abordado. Depois, pergunte também se é possível obter outras informações pela leitura do título, como: local, data, pessoas envolvidas etc. Faça perguntas como: Onde ocorreu o fato? Quando? O que aconteceu? Com quem aconteceu? Pergunte aos alunos quais outros elementos da notícia podem dar pistas para responder a essas perguntas. Leve-os a relembrar o lead e os créditos de um texto jornalístico, lendo-os para a turma.

Em seguida, peça aos alunos que continuem a leitura e circulem as palavras que não conhecem ou cujo significado não compreenderam. Oriente-os a reler o trecho e a buscar compreender os significados dessas palavras de acordo com o contexto. Se for necessário, peça que consultem o dicionário para procurar qual é a melhor acepção que se ajusta ao contexto.

Organize os alunos em duplas, distribua a ficha de atividades e peça que leiam novamente a notícia para responder às questões propostas.

Começa a temporada de baleias no litoral brasileiro

Ao longo do período são avistadas baleias Franca e Jubarte

Começou neste mês a temporada das baleias no litoral brasileiro, que se estenderá até novembro. A diretora do Projeto ProFranca, Karina Groch, informou que, no caso das baleias Franca, a temporada começou um pouco mais cedo. As primeiras baleias dessa espécie foram registradas no dia 12 de junho. “Desde então, o número vem aumentando”, disse Karina.

[...]

Em setembro de 2020, no pico da temporada, foram observadas 42 baleias Franca na costa catarinense e gaúcha, sendo 33 em Santa Catarina. Este ano, nessa mesma área, já foram contabilizadas 36 baleias, com auxílio de drones. Segundo Karina Groch, essa espécie está crescendo a uma taxa de 4,8% ao ano.

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A baleia Franca é uma espécie ameaçada de extinção. Foi caçada durante quatro séculos e começou recentemente a retornar à costa do Brasil no início da década de 1980. Em 2018, houve um pico de ocorrências, com o recorde registrado de 273 baleias Franca na costa de Santa Catarina. Karina explicou que as flutuações estão relacionadas ao ciclo reprodutivo da espécie, que ocorre a cada três anos, quando as fêmeas vêm para o litoral brasileiro para ter os filhotes. A vinda ao país para o nascimento dos filhotes tem a ver também com a disponibilidade de alimentos na Antártida. [...]

GANDRA, Alana. Começa a temporada de baleias no litoral brasileiro. AgênciaBrasil, Rio de Janeiro, 18 jul. 2021. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/ noticia/2021-07/comecou-temporada-de-baleias-no-litoral-brasileiro. Acesso em: 29 nov. 2021.

Ficha de atividades

1. A hipótese que você levantou sobre qual assunto seria abordado na notícia se confirmou? Por quê?

Respostas pessoais

2. Por quanto tempo as baleias costumam aparecer no litoral brasileiro?

Elas ficam entre junho e novembro, 6 meses.

3. Por que os pesquisadores imaginam que as baleias voltaram ao litoral brasileiro?

Espera-se que os alunos possam inferir que a falta de alimentos na Antártida prejudica o nascimento dos filhotes, portanto, as fêmeas vêm para o Brasil.

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4. Na frase "As primeiras baleias dessa espécie foram registradas no dia 12 de junho", a que a palavra espécie se refere e por que ela é utilizada?

Às baleias Franca A palavra é utilizada para evitar repetições.

5. Escreva, no quadro a seguir, cinco palavras retiradas do texto que contenham encontros vocálicos.

Sugestões de resposta:

6. Agora, pesquise, em jornais e revistas, cinco palavras que também tenham encontros vocálicos. Recorte-as e cole-as em uma folha avulsa

Produção pessoal.

Para encerrar a aula, corrija a atividade coletivamente. Peça aos alunos que participem, organizando os turnos de fala e incentivando que todas as duplas colaborem na elaboração das respostas, complementando-a e acrescentando mais informações, se necessário.

Avaliação

Por fim, com todos os alunos, retome alguns pontos estudados sobre os encontros vocálicos para consolidar o que foi visto.

A avaliação deve ser feita durante todas as atividades propostas, de modo que seja possível identificar quais são as dificuldades e trabalhar de forma a ajudar os alunos a superá-las ao longo das aulas. A seguir, há uma sugestão de ficha avaliativa.

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espécie
baleias primeiras aumentando
fêmeas

Nome do aluno:

1.Participou contribuindo com exemplos durante as explicações. ( ) Sim. ( ) Não.

2.Identificou os encontros vocálicos. ( ) Sim. ( ) Não.

3. Compreendeu que encontro vocálico é o encontro de dois ou mais sons vocálicos na mesma palavra. ( ) Sim. ( ) Não.

4.Participou do trabalho em dupla de forma ativa e colaborativa. ( ) Sim. ( ) Não.

5.Participou atentamente da correção coletiva. ( ) Sim. ( ) Não.

Proponha outra atividade com revistas para que encontrem novos exemplos de encontros vocálicos. Peça aos alunos que se sentem em duplas e cada um deve procurar dez palavras.

Sugestões

• CARVALHO, Ana Maria; MAGALHÃES, Celina. Brincadeira e cultura: viajando pelo Brasil que brinca. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003. O livro oferece uma ampla documentação sobre as brincadeiras infantis de diferentes regiões brasileiras, mostrando simultaneamente a diversidade e a universalidade cultural.

• GANDRA, Alana. Começa a temporada de baleias no litoral brasileiro. Agência Brasil, Rio de Janeiro, 18 jul. 2021. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2021-07/comecou-temporada-de-baleiasno-litoral-brasileiro. Acesso em: 26 jan. 2022. Notícia completa sobre a temporada de baleias no litoral brasileiro que pode ser utilizada na Aula 11.

• GUIA do brincar inclusivo: projeto Incluir Brincando. Sesame Workshop: Unicef, 2012. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/media/8141/file. Acesso em: 26 jan. 2022. Nesse guia, é possível encontrar sugestões de brinquedos, brincadeiras e jogos que permitem a participação de todas as crianças de forma a valorizar as diferenças e respeitar os ritmos, as potencialidades e a individualidade nas situações de interação.

• TELEFONE sem fio: Gartic Phone. Disponível em: https://garticphone.com/pt. Acesso em: 26 jan. 2022.

Versãoon-lineda brincadeira "telefone sem fio" que mescla palavras e imagens e pode ser utilizada na Aula 1.

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Sequência didática 7 • Conhecer contos e aprender sobre elementos da narrativa

Nesta sequência didática, será abordado o gênero textual conto. Com base na leitura do conto "Chapeuzinho Vermelho", será feito um trabalho com a compreensão de informações, tanto explícitas quanto implícitas, bem como o uso de pronomes anafóricos e a identificação dos elementos que caracterizam esse gênero. A partir da abordagem desses elementos e das diferentes versões que caracterizam a difusão do conto tradicional infantil, será realizada a leitura de outro conto "João e Maria", propondo a criação de diferentes versões, de modo que os alunos manipulem os elementos estudados e encontrem novas possibilidades para narrativas tradicionais. A atividade possibilita tanto a apreensão de aspectos que constituem os contos clássicos quanto o reconhecimento da importância de cada elemento (espaço, personagens, conflito gerador, clímax e desfecho) para a construção das narrativas.

Objetivos de aprendizagem

• Compreender a função social e as características do gênero textual conto

• Identificar pronomes anafóricos em um texto

• Identificar diferenças e semelhanças em versões de contos clássicos.

• Criar nova versão de um conto clássico e elaborar roteiro para apresentá-lo oralmente.

Plano de aulas

Aula 1: Ler a primeira parte do conto "A Chapeuzinho Vermelho" e levantar hipóteses mobilizando o conhecimento prévio dos alunos.

Aula 2: Ler a segunda parte do conto, identificando os elementos da narrativa e a utilização dos pronomes anafóricos.

Aula 3: Comparar diferentes versões de uma mesma história, refletindo sobre o ponto de vista narrativo e sobre a caracterização das personagens.

Aula 4: Ler o conto "João e Maria" e criar outras versões.

Aula 5: Elaborar o roteiro para apresentação oral do conto recriado.

Aula 6: Apresentar o conto recriado e avaliar a participação individual e coletiva.

Componentes essenciais para a alfabetização: Compreensão de textos, fluência em leitura oral e produção de escrita.

Competências gerais da Educação Básica: 3, 4 e 9

Competências específicas de Língua Portuguesa: 3 e 9

Habilidades: EF15LP02, EF15LP09, EF15LP11, EF15LP15, EF15LP16, EF15LP19, EF35LP04, EF35LP06, EF35LP18, EF35LP25, EF35LP26 e EF35LP29

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Materiais necessários: Cópias do conto "A Chapeuzinho Vermelho" e fichas de atividades, e cópias do conto "João e Maria"

Aula 1

Organize a sala de aula para que os alunos se sentem em um semicírculo. Inicie a aula perguntando se conhecem a história "A Chapeuzinho Vermelho", se já ouviram falar sobre ela ou se já leram.

Peça aos alunos que contem a história da forma como se lembrarem para levá-los a observar que, mesmo sendo o mesmo conto e narrado na mesma ordem, ele não permanece igual, pois cada um está contando os fatos da maneira como se lembra. Essa é uma característica dos contos de tradição oral: há várias versões, pois cada pessoa conta de forma diferente. Ressalte que isso é apenas uma característica da oralidade, por conta do funcionamento da memória.

Em seguida, pergunte aos alunos o que acham que acontecerá na história que vão ler. Ajude-os a levantar hipóteses, que devem ser verificadas no decorrer da leitura.

Informe à turma que, nesta aula, lerão a primeira parte do conto e estipule um tempo para realizarem a leitura (por exemplo, 15 minutos). Distribua as cópias da primeira parte do conto. Será interessante propor que cada aluno leia um trecho em voz alta, de modo a promover o desenvolvimento da fluência em leitura oral.

A Chapeuzinho Vermelho

Chapeuzinho Vermelho mora em uma casa com um lindo jardim. Ela mora com sua mãe, seu pai e seu irmão menor. Chapeuzinho ama sua mãe, seu pai e seu irmão menor, e ela ama sua casa.

A casa de Chapeuzinho Vermelho fica perto de uma grande floresta. A floresta é perigosa, porque um lobo mora nela.

A avó de Chapeuzinho Vermelho mora em uma pequena casa na floresta.

Chapeuzinho Vermelho, sua mãe diz um dia vovó está doente. Por favor, vá e faça uma visita. E leve uma cesta com comidas gostosas para ela.

Claro! diz Chapeuzinho Vermelho. Chapeuzinho Vermelho coloca um pouco de comida na cesta. Ela coloca um pedaço de pão, algumas maçãs, um queijo pequeno, suco, um pouco de frango e um grande peixe. Vovó adora peixe. Ela veste sua linda capa. É uma linda capa com um gorro vermelho.

Estou pronta, mamãe! Chapeuzinho Vermelho diz.

Tome cuidado, Chapeuzinho Vermelho. diz sua mãe. Há um lobo na floresta e ele é perigoso. Ele come criancinhas. Siga o caminho, e não vá entre as árvores para colher flores. É lá que o lobo se esconde.

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Tudo bem, mamãe. responde Chapeuzinho Vermelho.

Até logo! diz sua mãe.

Até logo, mamãe! diz Chapeuzinho Vermelho. Chapeuzinho Vermelho caminha pela floresta. O sol está brilhando e os pássaros cantam. As flores debaixo das árvores são bonitas, mas ela continua no caminho.

O lobo está atrás de uma árvore. Ele está olhando a Chapeuzinho Vermelho.

Estou com fome diz o lobo. Aquela menina parece ser uma boa refeição. Mas não posso comê-la no caminho.

Chapeuzinho Vermelho! chama o lobo.

Venha para a floresta. Há lindas flores. Você pode colhê-las.

Não! diz Chapeuzinho Vermelho.

Aonde você vai, Chapeuzinho Vermelho? Pergunta o lobo.

Vou visitar minha avó diz Chapeuzinho Vermelho. Ela está doente. Estou levando um pouco de comida para ela na minha cesta.

Eu posso ir até a casa da vovó”, pensa o lobo. “Posso colocar a avó dela no armário. E posso comer a Chapeuzinho Vermelho e sua cesta cheia de comida.”

Ele corre até a casa da avó. A porta não está trancada e a avó está na cama. O lobo sobe as escadas. Ele tira a vó da cama e a empurra para dentro do armário.

“Eu quero que a Chapeuzinho Vermelho pense que eu sou sua avó” , pensa o lobo.

O lobo veste algumas roupas da avó: uma camisola e um gorro de dormir. Depois ele deita na cama. Ele está com muita fome.

BULLARD, Nick. AChapeuzinhoVermelho. Tradução de Camila Werner. São Paulo: FTD, 2016. p. 4-11.

Como a leitura foi fragmentada em duas partes, estimule os alunos a levantarem hipóteses sobre como poderia ser o final do conto, a partir do trecho que leram. Informe que elaborarão um final, coletivamente, e que depois lerão o trecho original para confirmar ou não suas hipóteses. Explore a compreensão da leitura realizada com perguntas como:

• Será que o lobo somente pretendia dar um susto na Chapeuzinho Vermelho?

• Será que o lobo só queria mesmo ser amigo dela, pois vivia sozinho?

• Será que o lobo queria ter uma netinha também?

• Será que a Chapeuzinho Vermelho vai fugir ou vai ser devorada pelo lobo?

Durante a discussão, sugira aos alunos que se coloquem no papel de autores e imaginem como será o final da história. Organize a discussão para que todos possam contribuir com ideias sobre o final do conto. Registre na lousa, fazendo as alterações necessárias até chegar ao resultado esperado, mostrando aos alunos os processos de escrita, releitura, revisão e reescrita. Quando todos estiverem de acordo com a versão do

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texto, passe-a a limpo em uma folha de cartolina e afixe-a em um local visível na sala de aula, para que seja consultada posteriormente. Estipule um tempo para essa atividade (por exemplo, 15 minutos)

Para finalizar, abra espaço para que os alunos comentem o que acharam da experiência de serem autores e criarem um final para o conto. Pergunte se, como autores, mudariam algo no trecho lido até agora. Questione, também, se eles acham que criar uma história partindo de outra é mais interessante do que criar uma partindo de outro tipo de inspiração, como uma notícia de jornal, um fato que aconteceu no dia ou que foi presenciado etc.

Aula 2

Organize os alunos sentados em semicírculo, retome o que foi trabalhado na aula anterior e inicie a leitura compartilhada da segunda parte do conto. Combine com a turma que, novamente, cada aluno vai ler um trecho.

Durante a leitura, faça intervenções que ajudem os alunos a compreenderem melhor o que está sendo lido, relacionando o trecho da aula passada com este outro, levantando novas hipóteses ou retomando as que foram feitas.

Chapeuzinho Vermelho chega na casa de sua avó. Ela bate na porta. A porta não está trancada. Ela sobe as escadas e vai até o quarto da avó. Ela bate na porta do quarto.

Boa tarde, vovó. diz Chapeuzinho Vermelho.

Boa tarde, Chapeuzinho Vermelho. diz o lobo. Entre. Chapeuzinho Vermelho entra no quarto da avó.

Qual o problema, vovó? pergunta Chapeuzinho Vermelho. Como sua voz está grossa!

Estou muito doente, Chapeuzinho. diz o lobo. Estou feliz em te ver. Venha aqui! O que tem na sua cesta?

Mas Chapeuzinho Vermelho não chega perto da cama. O lobo está olhando para Chapeuzinho Vermelho.

Qual o problema com os seus olhos, vovó? pergunta Chapeuzinho Vermelho. Como eles estão grandes e vermelhos!

Estou muito doente. diz o lobo. Venha aqui, deixe-me ver sua cesta.

Mas Chapeuzinho Vermelho não chega perto da cama. Chapeuzinho Vermelho está olhando para o lobo. Ela está preocupada.

Como suas orelhas estão compridas, vovó ela diz. E como seus dentes estão grandes.

Eu sei, eu sei, minha netinha. diz o lobo. Mas sou apenas sua vovó de sempre.

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Mas Chapeuzinho Vermelho não chega perto da cama. Ela está um pouco assustada.

Qual o problema com os seus olhos, vovó? Como sua boca está grande. diz Chapeuzinho Vermelho. Você não é minha avó!

Não, não sou! diz o lobo, pulando para fora da cama. Vou comer sua comida. E vou comer você!

Chapeuzinho Vermelho está muito assustada. Mas ela não foge.

O lobo corre na direção de Chapeuzinho Vermelho. Chapeuzinho olha dentro de sua cesta.

O peixe é muito grande. Ela pega o peixe e bate na cabeça do lobo.

Ai! diz o lobo. Então ela bate nele de novo. E de novo. Agora o lobo está assustado. Ele abre a porta do quarto e foge.

O lobo está fugindo. Chapeuzinho Vermelho joga uma maçã nele. Ela bate na sua orelha.

Ai! diz o lobo. Chapeuzinho Vermelho ouve alguma coisa e presta atenção. É a avó que está batendo na porta do armário. Chapeuzinho Vermelho abre a porta e sua avó sai.

Obrigada, minha netinha. diz a avó. A avó e Chapeuzinho Vermelho descem as escadas. Elas trancam a porta da frente.

Vamos almoçar. diz a avó

Sim, vamos. diz Chapeuzinho Vermelho. Não podemos comer o peixe, mas trouxe um pouco de frango e um pedaço de pão.

É um bom almoço. diz a avó Que gostoso, Chapeuzinho!

BULLARD, Nick. AChapeuzinhoVermelho. Tradução de Camila Werner. São Paulo: FTD, 2016. p. 12-19.

Após a leitura, abra espaço para que a turma comente o final dessa versão do conto e compare com o final criado na aula anterior. Levante uma breve discussão sobre as similaridades, se houver, e diferenças. Pergunte se acham que esse conto é igual ao tradicional ou se é possível considerá-lo uma nova versão da mesma história.

Em seguida, distribua a Ficha de atividades proposta e peça que, sentados em duplas, respondam às questões

Ficha de atividades

1. Quem fazia parte da família de Chapeuzinho Vermelho?

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O pai, a mãe, o irmão mais novo e sua avó.

2. Quais são as personagens principais do conto?

A Chapeuzinho Vermelho, o lobo e a avó.

3. Onde acontece a maior parte do conto?

Na casa da avó, que fica na floresta.

4. Por que a mãe de Chapeuzinho Vermelho lhe pediu que visitasse a avó?

Porque a avó estava doente, e Chapeuzinho poderia levar-lhe comidas gostosas ao fazer a visita.

5. O que Chapeuzinho levou para a avó comer?

Um pedaço de pão, algumas maçãs, um queijo pequeno, suco, um pouco de frango e um grande peixe.

6. Qual é o conflito da história?

Espera-se que os alunos concluam que o conflito da história é o aparecimento do lobo e o fato de ele querer devorar a Chapeuzinho Vermelho.

7. O que acontece no caminho para a casa da avó? E o que Chapeuzinho faz?

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Ela encontra o lobo, que a convida a sair do caminho e entrar na floresta, mas ela obedece a sua mãe e continua pelo caminho.

8. O lobo tenta se passar pela avó de Chapeuzinho para poder enganá-la. Isso funciona?

Não, porque a menina fica desconfiada e faz várias perguntas. Então, pelas respostas do lobo, ela deduz que não é sua avó.

9. Por que o lobo se surpreendeu?

Porque Chapeuzinho, ao descobrir que o lobo não era a sua avó, bateu nele com o peixe que estava na cesta, fazendo com que ele ficasse assustado e fugisse.

10. Qual foi o desfecho do conto?

Chapeuzinho Vermelho espantou o lobo, salvou sua avó e elas tiveram uma refeição bem agradável.

11. Sublinhe, no trecho a seguir, todos os pronomes.

Chapeuzinho Vermelho mora em uma casa com um lindo jardim. Ela mora com sua mãe, seu pai e seu irmão menor. Chapeuzinho ama sua mãe, seu pai e seu irmão menor, e ela ama sua casa.

BULLAR, Nick. A Chapeuzinho Vermelho. Tradução de Camila Werner. São Paulo: FTD, 2016. p. 4

Resposta: ela, sua, seu.

12. Em sua opinião, por que foram usados pronomes nesse trecho?

Para não deixá-lo repetitivo, já que esses pronomes retomam substantivos utilizados anteriormente.

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13. O final dessa versão do conto é parecido com o do conto tradicional? Há alguma personagem que não aparece nessa versão?

Espera-se que os alunos concluam que essa versão apresenta um final inusitado, no qual a própria Chapeuzinho Vermelho espanta o lobo. Já na versão tradicional, há mais uma personagem, o caçador, que chega para salvar a Chapeuzinho e sua avó das garras do lobo.

14. O que você achou do final do conto? Por quê?

Resposta pessoal

15. Você daria um final diferente a esse conto? Qual?

Resposta pessoal.

16. Em sua opinião, a expressão "E viveram felizes para sempre..." é adequada para ser usada no final desse conto?

Resposta pessoal.

Ao término das atividades, verifique se os alunos conseguiram compreender as questões, sugerindo que a correção seja feita de modo compartilhado. Organize a atividade a fim de que todas as duplas possam dar suas respostas, complementá-las com as dos colegas ou modificá-las, se necessário.

Avalie a compreensão dos alunos acerca da identificação das informações implícitas e explícitas existentes no conto. Avalie, também, se os alunos conseguiram fazer as retomadas necessárias para a compreensão do que foi lido. Para isso, aproveite os

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momentos em que estiver circulando pela sala e os de compartilhamento das respostas para avaliar o desenvolvimento de cada atividade.

Para verificar a compreensão da turma em relação a alguns aspectos do conto e de sua estrutura, sugere-se a ficha de atividades a seguir.

Ficha de atividades

1. No conto "Chapeuzinho Vermelho", há vários diálogos marcados pelo uso do travessão.

• Identifique de qual personagem é cada fala a seguir.

Venha para a floresta. Há lindas flores. ____________________________

Chapeuzinho Vermelho, vovó está doente. _________________________

Estou muito doente. ____________________________________________

É um bom almoço. _______________________________

Eu sei, eu sei, minha netinha. _____________________________

Resposta: Lobo; Mãe; Lobo; Avó; Lobo

2. Escreva V, para verdadeiro, e F, para falso, de acordo com os acontecimentos do conto.

( ) Chapeuzinho vai visitar a avó.

( ) O lobo não veste a roupa da vovó.

( ) O lobo fica assustado.

( ) Chapeuzinho e sua avó almoçam frango e pão.

( ) Chapeuzinho não consegue ver o tamanho das orelhas da avó.

Resposta: V – F – V – V – F

Aula 3

Retome aspectos da leitura realizada nas aulas anteriores. Chame a atenção, especialmente, para a existência de diferentes versões de uma mesma história, ressaltando que se trata de uma característica comum dos contos de tradição oral. Lembre os alunos das hipóteses levantadas na leitura da primeira parte do conto "A Chapeuzinho Vermelho" e de como a leitura da segunda parte surpreendeu as expectativas iniciais. Chame a atenção para o modo como essa versão do conto modifica o desfecho das versões mais conhecidas (aquela em que o lobo devora a avó e a Chapeuzinho Vermelho ou aquela em que o lobo também as devora, mas o caçador aparece para salvá-las). Peça que eles apontem as diferenças que acharam mais significativas e vá anotando em um canto da lousa, deixando

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espaço para o registro sistematizado dessas informações. Em seguida, componha na lousa um quadro com os seguintes elementos: personagens, espaço, situação inicial, conflito, desfecho. Retome os elementos de uma das versões mais conhecidas do conto e da versão lida com os alunos e vá preenchendo o quadro, de modo que eles percebam as diferenças e semelhanças entre as duas versões. Peça que os alunos registrem o quadro no caderno.

Depois dessa sistematização, convide-os a refletir sobre o ponto de vista a partir do qual as histórias são contadas, propondo que imaginem como seria a história se ela fosse contada pelo lobo. Estimule-os a considerar pontos de vista diferentes e a refletir sobre as personagens consideradas boas e más. Faça perguntas como as sugeridas a seguir:

• Será que existem sempre uma personagem boazinha e uma malvada? Por quê?

• Será que toda personagem é sempre boa ou má ao longo de toda a história?

• No caso do lobo, que vive na floresta e é um animal carnívoro, seria possível imaginá-lo como uma personagem que não é necessariamente má?

• Vocês já tentaram imaginar os vilões das histórias como personagens que têm muitos sentimentos e não caracterizá-las simplesmente como boas ou más?

• Já tentaram imaginar que as personagens apresentadas como boas não praticam boas ações o tempo todo?

Pergunte se eles conhecem histórias tradicionais que possuem versões que modificam o ponto de vista a partir do qual a história é contada, as características das personagens, o ambiente em que a história se passa, as situações, o desfecho etc.

Ofereça alguns exemplos e amplie o escopo, permitindo que mencionem outros gêneros e linguagens artísticas, como filmes (Malévola pode ser uma boa referência), histórias em quadrinhos, desenhos animados. Dê espaço para que falem sobre essas histórias e suas diferentes versões.

Em seguida, peça que formem grupos e, a partir de alguma dessas histórias que conhecem, comparem a versão original com a versão modificada da história que escolheram, escrevendo as conclusões no modelo de ficha a seguir. Ao longo da atividade, circule entre os grupos e verifique a interação entre os alunos e se precisam de mais orientações ou sugestões.

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Modelo de ficha

Título

Personagens

Características das personagens principais

Versão 1

Versão 2

Espaço onde se passa a história

Situação inicial

Aula 4

Inicie a aula distribuindo uma cópia do conto "João e Maria" para cada aluno. E, em seguida, inicie a leitura em voz alta, pedindo que a acompanhem

João e Maria

Às margens de uma extensa mata existia, há muito tempo, uma cabana pobre, feita de troncos de árvore, na qual morava um lenhador com sua segunda esposa e seus dois filhinhos, nascidos do primeiro casamento. O garoto chamava-se João e a menina, Maria. A vida sempre fora difícil na casa do lenhador, mas naquela época as coisas haviam piorado ainda mais: não havia pão para todos.

Minha mulher, o que será de nós? Acabaremos todos por morrer de necessidade. E as crianças serão as primeiras…

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Conflito Desfecho

Há uma solução… disse a madrasta, que era muito malvada. Amanhã daremos a João e Maria um pedaço de pão, depois os levaremos à mata e lá os abandonaremos. O lenhador não queria nem ouvir falar de um plano tão cruel, mas a mulher, esperta e insistente, conseguiu convencê-lo. No aposento ao lado, as duas crianças tinham escutado tudo, e Maria desatou a chorar.

João, e agora? Sozinhos na mata, estaremos perdidos e morreremos.

Não chore tranquilizou-a o irmão Tenho uma ideia. Esperou que os pais estivessem dormindo, saiu da cabana, catou um punhado de pedrinhas brancas que brilhavam ao clarão da lua e as escondeu no bolso. Depois voltou para a cama. No dia seguinte, ao amanhecer, a madrasta acordou as crianças.

Vamos cortar lenha na mata. Este pão é para vocês. Partiram os quatro. O lenhador e a mulher na frente, as crianças, atrás. A cada dez passos, João deixava cair no chão uma pedrinha branca, sem que ninguém percebesse. Quando chegaram bem no meio da mata, a madrasta disse:

João e Maria, descansem enquanto nós vamos rachar lenha para a lareira. Mais tarde passaremos para pegar vocês.

Após longa espera, os dois irmãos comeram o pão e, cansados e fracos como estavam, adormeceram. Quando acordaram, era noite alta e, dos pais, nem sinal.

Estamos perdidos! Nunca mais encontraremos o caminho de casa! soluçou Maria.

Esperemos que apareça a lua no céu, e acharemos o caminho de casa consolou-a o irmão.

Quando a lua apareceu, as pedrinhas que João tinha deixado cair pelo atalho começaram a brilhar; seguindo-as, os irmãos conseguiram voltar até a cabana.

Ao vê-los, os pais ficaram espantados. Em seu íntimo, o lenhador estava até contente; mas a mulher, assim que foram se deitar, disse que precisavam tentar novamente, com o mesmo plano. João, que tudo escutara, quis sair à procura de outras pedrinhas, mas não pôde, pois, a madrasta trancara a porta.

Mariazinha estava desesperada:

Como poderemos nos salvar desta vez?

Daremos um jeito, você vai ver respondeu o irmão. Na madrugada do dia seguinte, a madrasta acordou as crianças e foram novamente para a mata. Enquanto caminhavam, Joãozinho esfarelou todo o seu pão e o da irmã, fazendo uma trilha. Dessa vez se afastaram ainda mais de casa e, chegando a uma clareira, os pais deixaram as crianças com a desculpa de cortar lenha, abandonando-as.

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João e Maria adormeceram, por fome e cansaço e, quando acordaram, estava muito escuro. Maria desatou a chorar. Mas, desta vez, não conseguiram encontrar o caminho: os pássaros da mata tinham comido todas as migalhas. Andaram por muito tempo, durante a noite, e, após um breve descanso, caminharam o dia seguinte inteirinho, sem conseguir sair daquela mata imensa. Estavam com tanta fome que comeram frutinhas azedas e retomaram o caminho. Quando o sol se pôs, deitaram-se sob uma árvore e adormeceram. O piar de um passarinho branco que voava sobre suas cabeças, como querendo convidá-los, acordou-os.

Seguiram o passarinho e, de repente, se viram diante de uma casinha muito mimosa. Aproximaram-se, curiosos, e admiraram-se ao ver que o telhado era feito de chocolate, as paredes de bolo e as janelas de jujuba.

Viva! gritou João.

E correu para morder uma parte do telhado, enquanto Mariazinha enchia a boca de bolo, rindo. Ouviu-se então uma vozinha aguda, gritando no interior da casinha:

Quem está o teto mordiscando e as paredes roendo?

Nada assustadas, as crianças responderam:

É o Saci-pererê que está zombando de você!

E continuaram deliciando-se à vontade. Mas, subitamente, abriu-se a porta da casinha e saiu uma velha muito feia, mancando, apoiada em uma muleta. João e Maria assustaram-se, mas a velha lhes deu um largo sorriso, com a boca desdentada.

Não tenham medo, crianças. Vejo que têm fome, a ponto de quase destruir a casa. Entrem! Vou preparar uma jantinha.

O jantar foi delicioso, e gostosas também as caminhas macias aprontadas pela velha para João e Maria, que adormeceram felizes. Não sabiam, os coitadinhos, que a velha era uma bruxa que comia crianças e, para atraí-las, tinha construído a casinha de doces. Agora ela esfregava as mãos, satisfeita.

Estão em meu poder, não podem me escapar. Porém, estão um pouco magros. É preciso fazer alguma coisa.

Na manhã seguinte, enquanto ainda estavam dormindo, a bruxa agarrou João e o prendeu em um porão escuro; depois, com uma sacudida, acordou Maria.

De pé, preguiçosa! Vá tirar água do poço, acenda o fogo e apronte uma boa refeição para seu irmão. Ele está fechado no porão e tem de engordar bastante. Quando chegar no ponto, vou comê-lo.

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Mariazinha chorou e desesperou-se, mas foi obrigada a obedecer. Cada dia cozinhava para o irmão os melhores quitutes. E também, a cada manhã, a bruxa ia ao porão e, por ter vista fraca e não enxergar a um palmo do nariz, mandava:

João, dê-me seu dedo, quero sentir se já engordou! Mas, o esperto João, em vez de mostrar seu dedo, estendia-lhe um ossinho de frango. A bruxa ficava zangada porque, apesar do que comia, o moleque estava cada vez mais magro! Um dia perdeu a paciência.

Maria, amanhã acenda o fogo logo cedo e coloque água pare ferver. Magro ou gordo, pretendo comer seu irmão. Venho esperando há muito tempo!

A menina chorou, suplicou, implorou, em vão.

Na manhã seguinte, Mariazinha tratou logo de colocar no fogo o caldeirão cheio de água, enquanto a bruxa estava ocupada em acender o forno, dizendo que ia preparar o pão mas, na verdade, queria assar a pobre Mariazinha. E do João, faria um cozido. Quando o forno estava bem quente, a bruxa disse a Maria:

Entre ali e veja se está na temperatura certa para assar o pão. Mas Maria, que já compreendera, não caiu na armadilha. Como se entra no forno? perguntou ingenuamente.

Você é mesmo uma boba! Olhe para mim! E enfiou a cabeça dentro do forno.

Mariazinha, então, mais que depressa deu-lhe um empurrão, enfiando-a no forno, e fechou a portinhola com a corrente. E a bruxa malvada queimou até o último osso.

Maria correu ao porão e libertou o irmão. Abraçaram-se, chorando lágrimas de alegria; depois, nada mais tendo a temer, exploraram a casa da bruxa. E quantas coisas acharam! Cofres e mais cofres, cheios de pedras preciosas e de pérolas.

Reluzem mais que as minhas pedrinhas disse João Vou levar algumas para casa.

E encheu os bolsos de pérolas. Com seu aventalzinho, Maria fez uma trouxinha com diamantes, rubis e esmeraldas. Deixaram a casa da feiticeira e avançaram pela mata, mas não sabiam para que lado deveriam ir. Andaram bastante, até chegar perto de um rio.

Como vamos atravessar o rio? disse Maria, pensativa. Não vejo ponte em nenhum lado.

Também não há barcos acrescentou João. Mas, lá adiante, estou vendo um marreco. Quem sabe nos ajudará?

Gritou na direção, mas o marreco estava longe e pareceu não escutá-lo. Então João começou a entoar:

Senhor marreco, bom nadador, somos filhos do lenhador, nos leve para a outra margem, temos que seguir viagem.

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O marreco aproximou-se docilmente. João subiu em suas costas e acenou para a irmã fazer o mesmo.

Não, disse Maria. Um de cada vez, para não cansar demais o bichinho.

E assim fizeram. Um de cada vez, atravessaram o rio na garupa do marreco e, após agradecer carinhosamente, continuaram seu caminho.

Depois de algum tempo, perceberam que conheciam aquele lugar. Certa vez tinham apanhado lenha naquela clareira, de outra vez tinham ido colher mel naquelas árvores.

Finalmente, avistaram a cabana de um lenhador. Começaram a correr naquela direção, escancararam a porta e caíram nos braços do pai que, assustado, não sabia se ria ou chorava.

Quanto remorso sentira desde que abandonara os filhos na mata! Quantos sonhos horríveis tinham perturbado suas noites! Cada porção de pão que comia ficava atravessada na garganta. Por grande sorte, a madrasta ruim, que o obrigara a se livrar dos filhos, já tinha morrido.

João esvaziou os bolsos, retirando as pérolas que havia guardado; Maria desamarrou o aventalzinho e deixou cair ao chão uma chuva de pedras preciosas.

Agora já não deveriam mais temer nem miséria, nem carestia. E assim, desde aquele dia o lenhador e seus filhos viveram na fartura, sem mais nenhuma preocupação.

Ao final da leitura, proponha questões que visem comprovar a compreensão de texto, como:

• Quem são as personagens principais desse conto?

• Onde se passa a história?

• Qual é a situação-problema desse conto?

• E qual é o desfecho?

• Vocês conhecem outra versão dessa história? Como ela é?

Em seguida, informe aos alunos que, a partir da versão lida do conto "João e Maria", criarão uma versão para ser contada oralmente, modificando alguns elementos da narrativa.

Organize a turma nos mesmos grupos formados na aula anterior e explique que a escolha dos aspectos da história a serem modificados deverá ser feita coletivamente, com a participação de todos e respeitando todas as sugestões, até chegarem a um consenso. Incentive-os a usar a criatividade e apresente sugestões de mudanças com base nos elementos da narrativa estudados, propondo alterações como:

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GRIMM, Willhelm; GRIMM, Jacob. João e Maria. In : ABREU, Ana Rosa etal Alfabetização: livro do aluno Brasília: Fundescola: SEF: MEC, 2000 v. 3, n. 2, p. 69.

• Alterar as características emocionais e físicas das personagens e imaginar as implicações disso

• Introduzir modificações no enredo da narrativa original e, a partir disso, criar uma continuidade para ela

• Acrescentar personagens de outros contos ou personalidades da atualidade em um conto tradicional.

• Registrar encontros de personagens de dois ou mais contos distintos no decorrer de suas histórias.

Para ajudá-los a elaborar essa versão, distribua a cada grupo uma cópia da Ficha de atividades realizada na Aula 3 e oriente-os a anotar, na primeira coluna, os elementos da versão do conto que acabaram de ler e, na segunda, anotar os elementos que querem modificar.

Ao final da aula, recolha as fichas e informe que, na próxima aula, poderão terminar de preenchê-la para, posteriormente, elaborar o roteiro da história que cada grupo apresentará oralmente para toda a turma.

Aula 5

Nesta aula, os alunos terminarão de preencher a ficha de atividades e elaborarão um roteiro de apresentação oral da versão que criaram a partir do conto "João e Maria". Oriente a turma a organizar a apresentação dividindo entre os membros do grupo cada uma das partes da história que criaram e apresente um roteiro para ajudá-los a compor cada uma delas. A proposta é que eles componham cada uma das partes conjuntamente e só as dividam na hora de apresentar, de maneira que todos participem de todas as etapas. A seguir, veja uma sugestão de roteiro para a composição da apresentação oral.

Momento inicial

• Quem são as personagens principais?

• Apresente essas personagens e fale sobre o lugar onde elas vivem.

• Fale sobre a relação que essas personagens têm entre si.

• Apresente a situação a partir da qual se desenvolverá a história.

Momento intermediário 1

• De que modo a situação colocada no início desafia as personagens principais?

• Quais sentimentos essa situação desperta nas personagens?

• Como elas reagem à essa situação?

• Quais características das personagens podem ser percebidas a partir dessa reação?

Momento intermediário 2

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• Apresente outras situações desafiadoras (se houver).

• Apresente personagens que não apareceram no início da história, mas estão envolvidas nessas situações (se houver).

• Como são essas personagens?

• Como interagem com as personagens principais?

Momento final

• Como as situações intermediárias se desenrolam?

• Apresente personagens que não apareceram no início da história, mas são importantes para seu desfecho (se houver).

• Qual é o desfecho da história?

• Fale sobre a reação e os sentimentos das personagens diante desse desfecho.

Durante a atividade, circule pela sala verificando a interação entre os alunos e se precisam de mais orientações ou sugestões. Aproveite esse momento para observar a compreensão dos alunos em relação aos elementos da narrativa estudados.

Estipule um tempo para a realização da atividade e para que possam ensaiá-la e apresentá-la (por exemplo, 20 minutos). Estabeleça uma média de cinco a dez minutos para a apresentação de cada grupo e explique aos alunos a importância de se considerar o tempo na hora de planejarem a apresentação.

Durante o ensaio, oriente-os a levar em consideração as pausas, a entonação da voz, os gestos, explicando a eles a importância desses recursos para que os ouvintes se envolvam com a história contada.

Aula 6

Esta aula será dedicada à apresentação das histórias criadas. Ordene as apresentações e chame a atenção dos alunos para a importância de serem colaborativos, de ouvirem atentamente e não interromper os colegas durante a apresentação.

Ao final, abra espaço para que comentem cada uma das apresentações e percebam as diferenças e semelhanças das modificações propostas por cada grupo. Aproveite esse momento para avaliar o feedbackda realização desse trabalho e a evolução que os grupos tiveram em cada uma das etapas Abra espaço para que tragam suas impressões sobre a experiência da criação em grupo e para que avaliem sua participação.

Sugestão

• ABREU, Ana Rosaetal Alfabetização: livro do aluno. Brasília: Fundescola: SEF: MEC, 2000. v. 2. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000589.pdf. Acesso em: 26 jan.

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O linkreúne, entre outros contos tradicionais, duas versões do conto "A Chapeuzinho Vermelho", uma versão dos Irmãos Grimm e outra de Charles Perrault, que podem servir de referência para comparar com a versão indicada para a leitura nas aulas iniciais desta Sequência didática

Sequência didática 8 • Conhecer artigos de divulgação científica e artigos de opinião e estudar palavras terminadas em -isar e -izar

Nesta Sequência didática, serão abordadas a leitura e a interpretação de um artigo de divulgação científica para que os alunos identifiquem e selecionem as principais ideias e os conceitos apresentados, observando aspectos relacionados à composição desse gênero textual. Explorando o mesmo tema do artigo, haverá, ainda, a leitura e a compreensão de uma reportagem fundamentada em descobertas científicas.

Em seguida, com o objetivo de possibilitar a leitura proficiente de textos em diferentes veículos de comunicação, será estudada a diferenciação entre fatos e opiniões, articulada à apresentação do gênero textual artigo de opinião.

Visando à consolidação de aprendizagens anteriores e à ampliação de conhecimentos linguísticos dos alunos, esta Sequência didática trabalhará também a grafia de palavras terminadas em -isar e -izar

Objetivos de aprendizagem

• Compreender a função social e as características do gênero textual artigo de divulgação científica.

• Compreender a função social e as características do gênero textual artigo de opinião.

• Diferenciar fato de opinião.

• Empregar adequadamente as terminações em -isar e -izar

Plano de aulas

Aula 1: Ler e compreender um artigo de divulgação científica, identificando as principais informações apresentadas.

Aula 2: Reler o artigo e sistematizar as informações, compondo desenhos e legendas para os aspectos considerados mais relevantes.

Aula 3: Ler uma reportagem mobilizando os conhecimentos prévios sobre o assunto.

Aula 4: Reler e discutir a reportagem a partir de atividades de compreensão de texto.

Aula 5: Ler um artigo de opinião, identificando a importância dos argumentos utilizados na defesa de um ponto de vista.

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Aula 6: Reler o artigo da aula anterior e identificar a diferença entre fato e opinião.

Aula 7: Estudar a grafia de palavras terminadas em -isar e -izar

Aula 8: Identificar a grafia das palavras terminadas em -isar e -izar a partir de um jogo de bingo.

Componentes essenciais para a alfabetização: Compreensão e textos, fluência em leitura oral, desenvolvimento de vocabulário, conhecimento alfabético e produção de escrita.

Competências gerais da Educação Básica: 1 e 2

Competências específicas de Língua Portuguesa: 2 e 3.

Habilidades: EF15LP01, EF15LP02, EF15LP03, EF15LP09, EF35LP01, EF35LP03, EF35LP04, EF35LP17, EF04LP03, EF04LP08, EF04LP14, EF04LP15 e EF04LP19

Materiais necessários: Folhas de papel sulfite, canetas hidrocor, lápis de cor, lápis grafite, fita adesiva, projetor multimídia, cópias da reportagem do artigo de divulgação científica e do artigo de opinião, dicionário, borracha, revistas para recorte, tesoura com pontas arredondadas, saquinho, cartelas de bingo e apontador.

Aula 1

Nesta aula, os alunos farão a leitura compartilhada do artigo de divulgação científica "Dengue", com o pequeno trecho abaixo. Para isso, prepare cópias do artigo completo aos alunos (acesse o linkdisponível na seção Sugestões, ao final desta Sequência didática). O objetivo é que a turma possa identificar e compreender as principais informações apresentadas. Se achar válido, leia mais de um artigo sobre o assunto com a turma e compare-os, produzindo, coletivamente, respostas às perguntas desta aula.

Distribua as cópias e peça que acompanhem sua leitura em voz alta. Depois, proponha a leitura compartilhada, dando oportunidade para que todos participem, mesmo que tenham de reiniciar a leitura do artigo. Para isso, peça aos alunos que se sentem em semicírculo. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 15 minutos).

Dengue

É uma doença infecciosa febril aguda, que pode se apresentar de forma benigna ou grave [...]

O doente pode apresentar sintomas como febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, náuseas ou até mesmo não apresentar qualquer sintoma. [...]

É importante procurar orientação médica ao surgirem os primeiros sintomas, pois as manifestações iniciais podem ser confundidas com outras doenças.

[...]

A doença é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. [...]

Todas as pessoas com febre de menos de sete dias durante uma epidemia ou por casos suspeitos de dengue, cuja evolução não é possível predizer, devem procurar tratamento médico [...]

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A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor [...].

BRASIL. Ministério da Saúde. Dengue. Brasília: Biblioteca Virtual em Saúde. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/dengue-16/. Acesso em: 26 jan. 2022.

Após a leitura do artigo completo, explore com a turma a compreensão em relação ao seu conteúdo, localizando e identificando as informações principais e fomentando a reflexão sobre o tema. Estipule um tempo para a exploração do texto (por exemplo, 20 minutos) Registre a ficha de atividades na lousa ou distribua cópias aos alunos, dispostos em duplas. Estimule a turma a responder às questões. Depois, peça que compartilhem com o restante da turma.

1. Qual é o assunto do artigo de divulgação científica?

O artigo de divulgação científica traz informações sobre a dengue, forma de transmissão, principais sintomas, formas de tratamento e prevenção.

2. Qual é o público-alvo desse artigo de divulgação científica?

O artigo de divulgação científica se destina a qualquer pessoa que queira conhecer mais sobre a dengue e à população em geral, já que é um assunto de interesse de todos.

3. Qual é a principal forma de transmissão da dengue? Há outras?

A dengue é transmitida principalmente pela picada do mosquito Aedesaegyptiinfectado com a doença.

4. Quais são os principais sintomas da doença?

Os principais sintomas da doença são febre, dor de cabeça, dores no corpo, náuseas e, em casos de dengue hemorrágica, manchas pelo corpo, sangramentos de nariz e gengivas, dor abdominal intensa e contínua e vômitos.

5. Como é feito o tratamento da doença?

Deve-se procurar o serviço de saúde o quanto antes.

6. É possível evitar a dengue? Como?

A principal forma de prevenção é eliminar possíveis criadouros para impedir a proliferação do mosquito transmissor.

Avaliação

Para finalizar a aula, abra a discussão para todo o grupo perguntando por que esse tipo de artigo é importante para a população, se ele cumpre o objetivo de informar sobre a doença e se a linguagem utilizada está clara e adequada para o leitor leigo, ou seja, para o público em geral.

No decorrer da discussão, fique atento ao nível de participação de cada aluno e incentive-os a fazer suas colocações, considerando o que já foi dito pelos demais e expondo

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opiniões e dúvidas. Verifique a compreensão da turma sobre o tema e se consegue relacionar informações do artigo com sua vida cotidiana.

É importante também que avalie se os alunos reconhecem a relevância do tema para a própria vida, a de seus familiares e da comunidade onde vivem. Para tanto, proponha uma discussão com a seguinte pergunta:

 Por que é importante nos informarmos sobre algumas doenças e sua forma de transmissão e prevenção?

Espera-se que os alunos sejam capazes de relacionar esse tipo de conhecimento com a prevenção dessas doenças no seu cotidiano, além de se perceberem como agentes de mudança e conscientização.

Aula 2

Inicie a aula solicitando aos alunos que releiam, individualmente, o artigo de divulgação científica discutido anteriormente sobre a dengue. Em seguida, com a ajuda dos alunos, construa na lousa um quadro com os principais aspectos abordados no artigo sobre a doença: transmissão, sintomas, formas de tratamento e prevenção. Estipule um tempo para esta atividade (por exemplo, 15 minutos).

Feito o registro, agrupe os alunos em duplas, distribua uma folha de papel sulfite a cada uma e solicite que façam desenhos com legendas para apresentar o aspecto que consideram mais relevante sobre o tema. Enquanto os alunos estiverem produzindo seus trabalhos, é fundamental que circule pela sala de aula para fazer os apontamentos necessários em relação à clareza das informações e sua articulação com as imagens produzidas.

Ao término desta etapa, cada dupla deverá trocar sua produção com outra. Liste, na lousa, os aspectos que cada uma deve considerar antes de tecer comentários sobre o trabalho produzido pelos colegas: clareza da mensagem, adequação texto-imagem, questões ortográficas conhecidas. Solicite que cada dupla reveja suas produções, considerando as sugestões dadas pelos colegas ou sua própria observação.

Quando todos os desenhos e as legendas estiverem revisados e prontos, afixe-os em um local visível na sala de aula com o título "O que aprendemos sobre a dengue?".

O objetivo é chamar a atenção dos alunos para a importância da leitura de artigos de divulgação científica para obter informações sobre determinado assunto.

As ilustrações produzidas e as legendas correspondentes podem oferecer informações sobre a apropriação dos alunos em relação aos conteúdos trabalhados, especialmente sobre a identificação de informações centrais em artigos de divulgação científica e sobre sua representação por meio de desenhos e legendas. Além disso, é fundamental que avalie, com os alunos, a percepção que eles têm sobre o sentido e a relevância das atividades realizadas.

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Para tanto, proponha algumas perguntas que favoreçam a reflexão dos alunos sobre a relação entre as atividades realizadas e outras situações do dia a dia em que precisarão ler artigos de divulgação científica, selecionar e registrar suas informações centrais, de modo a compreender, com base na leitura, diferentes aspectos da realidade.

1. O que vocês aprenderam com o artigo de divulgação científica pode ajudá-los a combater e a ensinar outras pessoas a combaterem o mosquito Aedes aegypti , causador de inúmeras doenças, entre elas a dengue?

2. Vocês acreditam que o conhecimento adquirido por meio das informações presentes nesse artigo de divulgação científica pode ajudar vocês na vida cotidiana, dentro e fora da escola? Como?

Respostas pessoais.

Aula 3

Inicie a aula organizando os alunos em semicírculo. Reproduza a imagem a seguir, ou uma semelhante, e estimule-os a levantar hipóteses sobre o que ela significa, perguntando se já viram imagens semelhantes e em quais situações.

Crédito: brgfx/Freepik

Com a imagem projetada, faça perguntas, como as sugeridas a seguir, para levantar os conhecimentos prévios dos alunos sobre o tema. Estipule um tempo para esta atividade (por exemplo, 15 minutos).

• Na opinião de vocês, o que essa imagem representa?

• Que inseto aparece na imagem?

• O que esse círculo cortado representa?

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• Vocês acham que o fato de o círculo ser vermelho causa mais impacto em quem observa a imagem?

• A que doença esse inseto está relacionado?

• Vocês sabem se todos os mosquitos são transmissores da dengue?

• Onde, geralmente, é possível encontrar imagens como essa? Discuta as questões e abra espaço para que os alunos comentem a que a imagem se refere. Provavelmente, responderão que:

• A imagem representa um mosquito que está proibido

• O inseto é o mosquito da dengue, o Aedesaegypti

• O círculo cortado representa algo proibido

• O vermelho chama mais a atenção do leitor

• O mosquito está relacionado à dengue

• Só as fêmeas do Aedesaegyptisão capazes de picar os seres humanos

• Imagens como essa são encontradas acompanhando textos que falam sobre o Aedesaegyptiou doenças relacionadas a esse inseto.

Em seguida, estimule a turma a levantar conhecimentos sobre a dengue e o mosquito Aedesaegypti . Faça referência à atividade realizada na aula anterior, a partir da leitura do artigo de divulgação científica, e pergunte onde mais é possível obter informações sobre essa doença e suas formas de transmissão. É provável que respondam que é comum encontrarmos reportagens, notícias, entrevistas etc. sobre o tema em sites , jornais (impressos ou on-line), telejornais, revistas e rádios, entre outros

Instigue os alunos a comentarem se já leram sobre o assunto ou assistiram a notícias, reportagens sobre a dengue e quais informações geralmente são dadas

Finalizada a discussão, organize-os em duplas, imprima previamente cópias da reportagem completa (acesse o linkdisponível na seção Sugestões, ao final desta Sequência didática) e distribua-as aos alunos e combine um tempo para que façam a primeira leitura de forma silenciosa (por exemplo, 10 minutos), pedindo que, primeiramente, leiam o título e discutam sobre o que imaginam que a reportagem vai tratar. Ressalte que não precisam parar a leitura caso não conheçam alguma palavra, pois é possível, muitas vezes, entendê-las pelo contexto. Caso não consigam compreender o sentido de alguma palavra pelo contexto, peça que a sublinhem para depois procurá-la no dicionário e identificar qual significado é o mais adequado. A seguir, um pequeno trecho da reportagem.

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Bactérias do intestino do Aedes aegypti podem ajudar a combater a dengue

Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu (SP), identificaram seis espécies de bactérias com potencial para serem usadas como biolarvicidas [agente natural que destrói larvas] no combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, Zika, febre amarela e chikungunya

SOUZA, Ludmilla. Bactérias do intestino do Aedesaegyptipodem ajudar a combater a dengue. AgênciaBrasil, 4 jan. 2018. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/pesquisa-einovacao/noticia/2018-01/bacterias-do-intestino-do-aedes-aegypti-podem-ajudar-combater. Acesso em: 26 jan. 2022.

Após finalizarem a leitura, abra espaço para que os alunos comentem se as hipóteses que levantaram sobre o tema, junto com o título, se confirmaram com a leitura do texto na íntegra. Estimule-os também a verbalizar o que acharam de mais interessante na reportagem. É importante que justifiquem suas respostas, para verificar se associam o que leram a seus conhecimentos prévios sobre o assunto.

Ao término da aula, recolha as cópias para que sejam utilizadas na próxima aula.

Aula 4

Inicie a aula organizando os alunos em duplas e retome o conteúdo trabalhado na aula anterior, inclusive a imagem do inseto.

Em seguida, peça a eles que releiam a notícia e proponha perguntas que auxiliem em sua compreensão global. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 10 minutos).

A seguir, são apresentadas sugestões de questões orais a serem discutidas com a turma.

• Qual é o assunto da reportagem?

• Na opinião de vocês, esse assunto é importante para o público em geral ou apenas para um público específico? Por quê?

• Vocês acharam a reportagem interessante? Por quê?

• A descoberta de que trata essa reportagem poderá ajudar as pessoas? Por quê?

Proponha às duplas que respondam, por escrito, às questões da Ficha de atividades a seguir. Estipule um tempo para esta atividade (por exemplo, 15 minutos).

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Ficha de atividades

1. Onde a reportagem foi publicada?

Na página da Agência Brasil na internet. Se necessário, chame a atenção da turma para a fonte que consta do final do trecho da reportagem.

2. Quando a reportagem foi publicada? Como vocês descobriram?

Em 4 de janeiro de 2018. É possível localizar essa informação na fonte ao final da notícia

3. Do que trata a reportagem?

De uma descoberta de pesquisadores que identificaram seis espécies de bactérias com potencial para serem usadas como biolarvicidas.

4. Quem fez essa descoberta?

Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu (SP).

5. De acordo com a reportagem, o que são biolarvicidas?

Agente natural que destrói larvas.

6. Segundo a reportagem completa, o estudo já está pronto?

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Não. Ainda são necessários mais estudos para caracterizar melhor o potencial larvicida dos microrganismos, avaliar as concentrações necessárias para que a ação ocorra, o período mínimo de exposição e o tempo que as bactérias permanecem ativas, entre outros fatores.

7. Se as pesquisas confirmarem que as bactérias citadas podem ser biolarvicidas, elas poderão ser usadas apenas contra a dengue? Por quê?

Não, também ajudarão no combate à Zika, à febre amarela e à chikungunya, pois as bactérias serão usadas contra as larvas do mosquito Aedesaegypti , transmissor dessas doenças.

8. O que os pesquisadores pretendem fazer no futuro?

Isolar alguns produtos liberados por essas bactérias no meio para entender como ocorre a ação larvicida.

Em um segundo momento, faça a leitura compartilhada da reportagem. Combine com a turma que cada aluno lerá uma parte (a ordem de leitura pode ser estipulada, previamente, por você ou por sorteio) e, portanto, deverá estar atento à leitura dos colegas para que o próximo a ler prossiga sem interrupções. Estipule um tempo para concluir a leitura (por exemplo, 15 minutos). Durante a atividade, avalie a fluência leitora dos alunos, verificando se respeitam a pontuação, usando a entonação adequada e se pronunciam as palavras também de maneira adequada.

Para finalizar a aula, abra espaço para que comentem se a releitura da reportagem, após responderem às questões, facilitou a compreensão do assunto, se conseguiram compreender palavras desconhecidas pelo contexto e se o dicionário os ajudou a compreender o significado das que não conseguiram. Durante a discussão, leve-os a perceber que, em algumas situações, ao consultar o dicionário, é preciso verificar qual sentido da palavra é o mais adequado ao contexto

Avaliação

A avaliação deve ser registrada em todos os momentos das aulas, desde a interpretação da imagem até a leitura silenciosa e a leitura compartilhada. Avalie também a compreensão de textos e a interação entre as duplas nas atividades propostas. Durante a leitura silenciosa e a resolução das atividades em duplas, circule pela sala para verificar os

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índices usados pelos alunos em relação à interpretação das informações, explícitas e implícitas, abordadas no texto

Para avaliar de forma coletiva, proponha uma roda de conversa e desafie-os a verbalizar o que compreenderam das informações lidas na reportagem. Fique atento às considerações que os alunos trazem da leitura e verifique o grau de entendimento sobre o assunto.

Em seguida, verifique as relações que fazem entre as informações lidas e seus conhecimentos prévios sobre o tema. Pergunte quais são as atitudes preventivas que devem ser tomadas para evitar a proliferação do Aedesaegypti(como tampar a caixa-d’água e não deixar água parada em vasos de plantas, verificar objetos que possam acumular água parada, como pneus, copos, garrafas etc.). Proponha outras questões de acordo com as respostas dos alunos, de modo que ampliem a discussão, e leve-os a perceber a importância de estarem bem-informados para se prevenirem de doenças como as transmitidas pelo

Aedesaegypti

Aula 5

No início da aula, pergunte aos alunos em quais situações é necessário defender uma opinião. Abra espaço para uma discussão sobre as situações em que defendemos nossos pontos de vista. Escute as colocações dos alunos e participe da discussão, levando-os a perceber que, se quisermos convencer alguém de nossas opiniões, precisamos elaborar argumentos consistentes. Em seguida, explique a eles que, nesta aula, será estudado o gênero textual artigo de opinião. Explique que os textos desse gênero objetivam expor uma opinião sobre questões que podem ser controversas, valendo-se de argumentos que sustentem aquele ponto de vista. Informe que os artigos de opinião costumam ser publicados em jornais, revistas, sitesda internet ou outros meios de comunicação. Esclareça que essa opinião retrata o ponto de vista de seu autor e não é, necessariamente, a opinião do veículo de imprensa que publicou o artigo.

Previamente, faça cópias do artigo de opinião "Esporte na infância é direito, liberdade e diversão" (acesse o linkdisponível na seção Sugestões, ao final desta Sequência didática). Distribua-as aos alunos e proponha a leitura compartilhada do texto. Estabeleça um tempo aproximado de 20 minutos para esta atividade. Se for viável, projete o texto para uma leitura coletiva; caso não seja possível, faça cópias em que o nome da coluna apareça

Antes de iniciar a leitura, pergunte aos alunos sobre a autoria do artigo de opinião, em que ano foi publicado e por qual veículo de comunicação. Direcione as perguntas de modo que todos percebam que a autoria e a informação referente à data estão abaixo do título Chame a atenção para o nome da coluna e reforce o fato de que o artigo de opinião provavelmente aborda o ponto de vista da autora que o escreveu.

Peça a um dos alunos para ler o primeiro parágrafo do texto e, depois, pergunte para a turma se acredita que as meninas e os meninos têm os mesmos direitos de aprendizagem,

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como preparar um alimento ou andar de skate , por exemplo. Solicite aos alunos que, ao emitirem as opiniões sobre o assunto, pensem em argumentos que as sustentem. Questione-os se é possível inferir a opinião da autora com base na leitura desse primeiro parágrafo. Ajude-os a perceber que a última frase do parágrafo ("Agora, o que precisamos é de mecanismos que tornem essas garantias em realidade") indica a opinião da autora de que esses direitos não estão assegurados na prática.

Em seguida, solicite a outro aluno que leia o segundo parágrafo. Quando ele terminar, pergunte à turma se consegue perceber qual recurso a autora usou para justificar a sua opinião. Se necessário, explique aos alunos que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é um estatuto que ajuda a garantir os direitos das crianças. Passe, então, à leitura do terceiro parágrafo e, na sequência, pergunte aos alunos se a noção de que o esporte é um direito ajuda a expressar a opinião da autora e a convencer o leitor de que tanto meninas quanto meninos podem praticar os esportes que quiserem. Pergunte também qual é o novo elemento, a nova opinião expressa pela autora nesse parágrafo e leve-os a perceber que a autora introduz a ideia de proteção integral à infância de uma criança esportista.

Terminada a leitura, oriente os alunos a marcarem na lateral do texto e com três cores diferentes o ponto de vista da autora, a justificativa e a conclusão. Solicite que apontem os argumentos utilizados na defesa do ponto de vista de que as crianças devem ter direitos iguais ao esporte e que, ao mesmo tempo, é necessário proteger as crianças medalhistas para que continuem tendo o esporte como diversão e brincadeira. Ajude-os a perceber o percurso argumentativo do texto, com o uso de documentos constitucionais, de argumentos sobre educação e direitos das crianças e sobre a falta de apoio para a prática de esportes. Por fim, pergunte à turma quem seriam as pessoas interessadas em ler esse artigo. Leve os alunos a perceberem que pais ou responsáveis, professores e outras pessoas interessadas na educação de crianças são o público para o qual o artigo de opinião foi escrito. Estabeleça um tempo aproximado de 15 minutos para esta atividade.

Ao final da aula, oriente os alunos a fazerem, coletivamente, uma síntese do que foi visto na aula sobre artigos de opinião. Espera-se que eles retomem o que foi trabalhado, apontando que o artigo de opinião é um gênero textual que defende, com argumentos, determinado ponto de vista e geralmente é publicado em livros, jornais, revistas ou sitesda internet. Os leitores dos artigos de opinião são pessoas interessadas no tema abordado. Anote, na lousa, as principais informações e solicite a todos que as copiem no caderno.

Aula 6

Para iniciar a aula, pergunte aos alunos se sabem identificar a diferença entre fato e opinião. Leve-os a perceberem que fato é algo que aconteceu ou acontecerá e opinião é o que se pensa a respeito do fato. Escreva, na lousa, as seguintes frases:

• A loja fechará mais cedo hoje.

• Infelizmente, a loja fechará mais cedo hoje.

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Pergunte aos alunos qual frase retrata apenas um fato e qual demonstra também uma opinião. Ajude-os a perceber que o advérbio infelizmente demonstra uma opinião sobre o fato de a loja fechar mais cedo.

Em seguida, oriente os alunos a pegarem novamente as cópias do artigo lido na aula anterior e peça-lhes que releiam o texto. Solicite, então, a algum aluno que releia o primeiro parágrafo do texto. Estabeleça um tempo para esta atividade (por exemplo, 15 minutos).

Retome o que foi conversado na aula anterior sobre os argumentos utilizados para defender a opinião da autora. Em seguida, oriente os alunos a pintarem, com cores diferentes, as frases que apresentam predominantemente fatos e as que apresentam opiniões. Determine um tempo para esta atividade (por exemplo, 15 minutos). Quando terminarem, pergunte o que marcaram em cada parágrafo.

Avaliação

A avaliação pode ser realizada durante as atividades propostas. Para isso, observe a participação em aula e a contribuição com informações pertinentes ao conteúdo abordado durante a leitura e nos momentos de compartilhamento de informações.

As duas questões a seguir ajudam a perceber se os alunos atingiram os objetivos propostos

1. Defina artigo de opinião.

Sugestão de resposta: Artigo de opinião é um texto publicado em livros, jornais, revistas ou sitesda internet que defende, com argumentos, determinado ponto de vista.

2. Marque F para fato e O para opinião.

( ) O Sol é uma estrela.

( ) Adoro dias de sol.

( ) A internet foi a melhor invenção tecnológica do século 20

( ) A internet surgiu no século 20

Os alunos devem marcar: F, O, O, F.

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Inicie esta aula organizando os alunos em semicírculo. Explique a eles que estudarão a grafia de palavras terminadas em -isar e -izar

Registre na lousa algumas palavras, como as sugeridas nos quadros a seguir, e peça aos alunos que as pronunciem. Explique que se trata de palavras primitivas. Os substantivos primitivos são aqueles que não derivam de outros e que podem dar origem a novas palavras. Depois, peça a eles que digam como ficariam essas palavras se acrescentássemos os sufixos -isar e -izar. Pergunte, para cada palavra formada com o acréscimo do sufixo, se são escritas com s ou z. Caso os alunos tenham dúvidas com relação à grafia, chame a atenção para a palavra de origem, perguntando se é grafada com s na última sílaba. Leve-os a perceber que as palavras derivadas costumam ser formadas com o sufixo -izar, mas que isso depende da palavra que deu origem a ela. Assim, se a palavra primitiva é grafada com s na última sílaba, a derivada será grafada com -isar. No caso das demais palavras, a derivada será grafada com -izar. Preencha os quadros com os alunos. Estipule um tempo aproximado de 20 minutos para esta atividade

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Aula 7
derivada eterno eternizar canal canalizar símbolo simbolizar real realizar hospital hospitalizar fiscal fiscalizar
Palavra primitiva Palavra

Palavra primitiva Palavra derivada

análise analisar

revisão revisar

improviso improvisar

liso alisar

pesquisa pesquisar

visão visar

Depois da explicação, peça aos alunos que completem os quadros com outras palavras que podem ser acrescidas dos sufixos -izar e -isar

Em seguida, peça a eles que procurem em revistas e recortem palavras com os sufixos -isar e -izar, pois elas serão utilizadas no bingo da próxima aula. Estipule um tempo para esta atividade (por exemplo, 20 minutos).

Ao final da aula, todos os alunos devem colocar as palavras recortadas em um saquinho para serem utilizadas no jogo da próxima aula. Recolha os recortes e retire palavras repetidas. Monte as cartelas do bingo com as palavras escolhidas pelos alunos. Caso seja necessário, complemente com outras palavras. Monte cada cartela com cinco ou seis palavras. As cartelas podem ser feitas com papéis coloridos. A seguir, uma sugestão de como pode ficar a cartela.

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visar revisar analisar eternizar alisar simbolizar

Aula 8

Para iniciar a aula, peça aos alunos que se sentem em semicírculo e explique que, neste dia, será realizado um bingo. As cartelas devem ser preparadas previamente e conter as palavras encontradas pelos alunos nas revistas.

Um dos alunos pode ficar responsável por ler as palavras retiradas do saquinho, e os demaisalunosvão marcando,emsuas cartelas,com umtraço(um x ouuma cruz),apalavra que foi dita. O aluno que completar primeiro a cartela grita "Bingo!". Combine com os alunos quantas rodadas jogarão. Estipule um tempo para esta atividade (por exemplo, 30 minutos).

Ao final, peça a cada aluno que escreva uma ou duas palavras da cartela na lousa (oriente-os a não repetir palavras) e depois, ao lado dela, a palavra primitiva que a originou.

Para finalizar, reveja com os alunos quando se usa s ou z, de acordo com a palavra primitiva.

A avaliação deve ser constante e construtiva, para que seja feita a interferência necessária no momento certo, ajudando-os com o conteúdo e orientando-os durante a execuçãodas atividades. Aseguir,sugerem-sealgumas questões para verificar se os alunos compreenderam o uso de -isar e -izar

1. Preencha o quadro com -isar ou -izar

canal canalizar improviso improvisar

fiscal fiscalizar hospital hospitalizar

visão visar liso alisar

2. Quando temos dúvidas quanto à grafia das palavras terminadas em -isar ou -izar, o que podemos fazer?

Podemos observar a palavra primitiva. Se ela tiver s na última sílaba, usamos -isar, se não tiver, usamos -izar

Sugestões

 SOUSA, Mauricio de. A Turma da Mônica em: Estatuto da Criança e do Adolescente.

Disponível em: https://crianca.mppr.mp.br/arquivos/File/publi/turma_da_monica/monica_estatuto.pdf.

Acesso em: 13 mar. 2023.

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A Turma da Mônica apresenta o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para crianças em forma de revista em quadrinhos.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Dengue. Brasília: Biblioteca Virtual em Saúde. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/dengue-16/. Acesso em: 26 jan. 2022. Artigo de divulgação científica sobre a dengue para ser abordado na Aula 1.

• SOUZA, Ludmilla. Bactérias do intestino doAedesaegyptipodem ajudar a combater a dengue. Agência Brasil, 4 jan. 2018. Disponível em:

https://agenciabrasil.ebc.com.br/pesquisa-e-inovacao/noticia/2018-01/bacterias-dointestino-do-aedes-aegypti-podem-ajudar-combater Acesso em: 26 jan. 2022. Reportagem sobre pesquisa que estuda bactérias a serem utilizadas no combate ao Aedesaegypti. O texto deve ser trabalhado na Aula 3.

• SOUZA, Mayara Silva de. Esporte na infância é direito, liberdade e diversão. Uol, 2 ago. 2021. Disponível em:

https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/opiniao/2021/08/02/esporte-na-infancia-edireito-liberdade-e-diversao.htm. Acesso em: 26 jan. 2022. Artigo de opinião a ser utilizado na Aula 5 para desenvolver a compreensão de textos e identificar estratégias argumentativas.

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Relatórios e indicadores do acompanhamento da aprendizagem

Paraqueprofessores,gestores,familiaresouresponsáveistenhamumavisãointegral do processo de ensino-aprendizagem, é importante realizar continuamente práticas de avaliação, planejadas pelos docentes e aplicadas em sala de aula ao longo do ano, cujo resultado seja, posteriormente, apresentado à comunidade escolar. Isso pode ser feito com o apoio de certos recursos pedagógicos, entre os quais encontram-se os relatórios de indicadores de aprendizagem.

Produção de relatórios

Os relatórios de indicadores de aprendizagem são o resultado de uma análise profunda e global de todo o processo educativo. Eles devem apresentar considerações a respeito das aprendizagens estabelecidas para o período e observações sobre a prática pedagógicadosprofessores.Essesrelatóriosajudamaconhecerasparticularidadesdecada aluno, respeitando sua individualidade; permitem planejar intervenções e práticas com base emumconjuntodeaprendizagens,competênciasehabilidadesquesepretendedesenvolver; fornecem subsídios para a ação de outros agentes da prática educativa, como gestores e coordenadores escolares; ajudam a promover uma comunicação assertiva com familiares ou responsáveis, engajando-os no processo de ensino-aprendizagem; e possibilitam aos alunos acompanharem o próprio desenvolvimento, auxiliando-os no planejamento e na execução de ações efetivas que visem a superar eventuais defasagens e dificuldades de aprendizagem.

Esses relatórios devem ser elaborados com base na análise de indicadores do acompanhamento da aprendizagem, um conjunto de parâmetros que podem ser estabelecidos pelo professor com base nas expectativas de aprendizagem de conteúdos, competências e habilidades indispensáveis do ponto de vista formativo. Neste Recurso Educacional Digital, apresentamos alguns indicadores em forma de fichas que podem ser utilizadas pelos docentes. As informações registradas nessas fichas podem servir de base para a reflexão e possíveis adaptações das práticas pedagógicas em curso e para a elaboração dos relatórios de indicadores de aprendizagem.

Apesar de não existir um modelo fixo de relatório a ser seguido, alguns pontos importantes podem ser considerados pelo professor na elaboração desse material. O texto do relatório deverá ser escrito de forma clara, concisa e objetiva, adequada ao público a que se destina. Devem ser registrados os conteúdos e as habilidades trabalhados, apresentando como foram avaliados e outras considerações pertinentes ao processo de ensino-aprendizagem. Também é importante descrever quais foram os encaminhamentos adotados em caso de dificuldades dos alunos.

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Para que a comunicação dos relatórios se torne mais efetiva, é preciso considerar que toda apresentação deve ser planejada em função do público ao qual se destina e em relação ao tempo e ao espaço disponíveis para que se realize. Por exemplo, para uma apresentação aos pais ou responsáveis, a linguagem técnica deve ser adaptada, de modo a promover maior entendimento e clareza. Também deve-se tomar cuidado com os efeitos comparativos, uma vez que cada aluno apresenta tempos e modos de aprendizagem distintos, o que deve ser considerado e respeitado.

Uma forma eficaz de apresentar os dados registrados e sistematizados ao longo do processo de ensino-aprendizagem é fazer uso de recursos multimodais, como gráficos e tabelas ilustradas, apresentados de forma impressa ou por meio de projetor multimídia. A partir dos dados registrados nas fichas, por exemplo, é possível produzir, com o uso de softwares livres, gráficos indicativos dos progressos ou dificuldades em relação a determinadas habilidades e competências, com parâmetro entre as metas estabelecidas e a situação de cada aluno e de toda a turma. Pode ser feita, por exemplo, a distribuição percentual dos conceitos atribuídos aos alunos a cada uma das competências gerais trabalhadas no período. Veja:

Porcentagem de alunos da turma A de acordo com os conceitos atribuídos a eles em relação às competências gerais trabalhadas no período

Necessita ser consolidado (NC) Em processo de consolidação (PC) Consolidado (C)

Dados fictícios.

Além de subsidiar o acompanhamento dos progressos efetuados pelos alunos no processo de ensino-aprendizagem, os relatórios são indispensáveis para a orientação cotidiana do trabalho docente. É por meio deles que os professores podem planejar de

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Fonte:
15% 5% 20% 10% 5% 10% 35% 55% 50% 50% 80% 60% 50% 40% 30% 40% 15% 30% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% CG 1 CG 2 CG 5 CG 7 CG 9 CG 10

maneira mais adequada os conteúdos que devem ser trabalhados para fins de revisão, de consolidação ou de intervenções sistemáticas, tanto individual quanto coletivamente.

Quando o processo de aprendizagem dos alunos é acompanhado de perto, é possível perceber os avanços e as dificuldades presentes nesse percurso. Nesse sentido, ao elaborar os relatórios de indicadores de aprendizagem, o professor pode identificar a necessidade de organizar o grupo de outras formas, de realizar atividades que favoreçam e enriqueçam a aprendizagem dos alunos e de adotar novas estratégias de ensino que promovam resultados mais efetivos. Dessa maneira, a elaboração dos relatórios possui um efeito preventivo no percurso formativo dos alunos, pois fornece dados para a ação docente imediata em favor da retomada do aprendizado, sem que se precise esperar o término do bimestre, de um ciclo avaliativo ou até mesmo do ano letivo.

Assim, os relatórios de indicadores das aprendizagens são ferramentas fundamentais no contexto escolar, seja em sala de aula, como instrumento norteador da prática pedagógica, seja em reuniões de conselho de classe, como referência para a tomada de decisões coletivas e para o acompanhamento dos alunos, seja em reuniões com familiares ou responsáveis, como suporte para apresentar os avanços, as dificuldades e o percurso trilhado por cada aluno e pelo grupo no qual está inserido.

Indicadores do acompanhamento da aprendizagem

Neste Recurso Educacional Digital, são apresentados modelos de quatro tipos de ficha que podem ser utilizados como indicadores do acompanhamento das aprendizagens, elaborados com base na PNA e na BNCC:

• Ficha de avaliação diagnóstica: permite obter um diagnóstico dos conhecimentos prévios dos alunos.

• Ficha de acompanhamento das aprendizagens: permite avaliar o desenvolvimento das habilidades, competências e dos componentes essenciais para a alfabetização ao longo do processo educacional, identificando avanços e dificuldades na consolidação das aprendizagens pelos alunos.

• Ficha de verificação de resultados: permite avaliar se os objetivos de aprendizagem foram atingidos ao final do ano letivo, podendo também servir de fonte de dados para a elaboração de estratégias para o próximo ano escolar.

• Ficha de acompanhamento do desenvolvimento de competências socioemocionais: permite acompanhar de forma planejada o desenvolvimento de competências socioemocionais dos alunos.

O preenchimento das fichas requer a observação do desempenho dos alunos em atividades individuais ou em grupos, realizadas em sala de aula ou em casa, bem como em propostas voltadas especificamente para avaliação. Com isso, torna-se possível registrar e acompanhar o histórico de desenvolvimento dos alunos, observando suas potencialidades e

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dificuldades, seja com o objetivo de elaborar planos de ação capazes de remediar defasagens, seja para produzir devolutivas que estimulem avanços, fazendo com que os alunos compreendam a importância do momento avaliativo e sintam-se parte desse processo.

Ao preencher as fichas, o professor poderá refletir sobre o processo de ensino-aprendizagem, estabelecer as metas a serem alcançadas e identificar os pontos mais frágeis que requerem novas intervenções Trata-se, então, de registros que permitem identificar avanços, lacunas ou defasagens no processo de ensino-aprendizagem, e que, portanto, incidem diretamente na tomada de decisão sobre o que, como e quando ensinar, visando a um direcionamento mais apropriado das práticas pedagógicas em função das demandas formativas dos alunos.

Por fim, é importante ressaltar a relevância do arquivamento dessas fichas, pois configuram relatório circunstanciado de percurso trilhado pelos alunos ao longo do ano letivo, podendo ser utilizadas por docentes dos anos seguintes ou mesmo para a própria avaliação da prática docente em um momento futuro.

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Ficha de avaliação diagnóstica

Professor(a):

Turma:

Sugestão de critérios de avaliação

C = consolidado (aluno faz sozinho); PC = em processo de consolidação (aluno precisa de apoio de um mediador); NC = necessita de novas oportunidades de consolidação (aluno não consegue realizar a atividade proposta)

Ficha de avaliação diagnóstica (Literacia)

Consciência fonológica e fonêmica Conhecimento alfabético

Aluno Substituição, adição e deleção de sons para formar novas palavras

Segmentação de palavras em sílabas

Classificação de palavras quanto à posição da sílaba tônica

Segmentação de textos em frases

Identificação, produção e recitação de rimas

Identificação da relação letra-som (grafema-fonema) de todas as letras do alfabeto

Identificação de relações grafema-fonema mais complexas, como dígrafos, sinais gráficos e cedilha

Leitura de palavras com correspondências regulares e irregulares entre grafemas e fonemas

Uso correto de acentos gráficos

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Fluência em leitura oral Desenvolvimento de vocabulário Compreensão de textos

Aluno Leitura oral independente de textos, com ritmo, altura e entonação adequados

Compreensão da função de sinais de pontuação para realizar leitura oral com ritmo e pausas adequados

Velocidade de leitura de 90 palavras por minuto e precisão de 95%

Compreensão e utilização de novas palavras apresentadas em glossário

Compreensão de novas palavras com base no contexto

Reconhecimento de prefixos e sufixos para compreender e formar novas palavras

Levantamento de hipóteses sobre o texto que será lido com base em elementos como título e imagens

Identificação e compreensão da estrutura e função social de gêneros textuais variados

Identificação e descrição dos elementos da narrativa, como personagens, cenários, situações e ações

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Compreensão de textos Produção de escrita

Aluno Localização e retirada de informações explícitas em texto

Realização de inferências diretas e de antecipações para previsão de desfechos

Interpretação de textos relacionando ideias e informações

Análise e avaliação de conteúdos e elementos textuais

Identificação da ideia principal e/ou do tema do texto

Escrita de frases com maior variedade de ideias e de vocabulário

Escrita independente de textos de gêneros textuais variados, de acordo com as características e convenções do gênero

Escrita coletiva de textos de gêneros textuais variados, de acordo com as características e convenções do gênero

Utilização de regras gramaticais e ortográficas nas produções de escrita

Identificação, classificação e utilização de substantivos, verbos e adjetivos em frases e textos

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Ficha de acompanhamento das aprendizagens

Professor(a):

Turma:

Aluno:

Sugestão de critérios de avaliação

C = consolidado (aluno faz sozinho); PC = em processo de consolidação (aluno precisa de apoio de um mediador); NC = necessita de novas oportunidades de consolidação (aluno não consegue realizar a atividade proposta)

Ficha de acompanhamento das aprendizagens (Língua Portuguesa)

Legenda

AD = avaliação diagnóstica; AP = avaliação de processo; AR = avaliação de resultados

Habilidades

(EF04LP01) Grafar palavras utilizando regras de correspondência fonema-grafema regulares diretas e contextuais.

(EF04LP02) Ler e escrever, corretamente, palavras com sílabas VV e CVV em casos nos quais a combinação VV (ditongo) é reduzida na língua oral (ai, ei, ou).

(EF04LP03) Localizar palavras no dicionário para esclarecer significados, reconhecendo o significado mais plausível para o contexto que deu origem à consulta.

(EF04LP04) Usar acento gráfico (agudo ou circunflexo) em paroxítonas terminadas em -i(s), -l, -r, -ão(s).

(EF04LP05) Identificar a função na leitura e usar, adequadamente, na escrita ponto-final, de interrogação, de exclamação, dois-pontos e travessão em diálogos (discurso direto), vírgula em enumerações e em separação de vocativo e de aposto.

(EF04LP06) Identificar em textos e usar na produção textual a concordância entre substantivo ou pronome pessoal e verbo (concordância verbal).

(EF04LP07) Identificar em textos e usar na produção textual a concordância entre artigo, substantivo e adjetivo (concordância no grupo nominal).

(EF04LP08) Reconhecer e grafar, corretamente, palavras derivadas com os sufixos -agem, -oso, -eza, -izar/-isar (regulares morfológicas).

(EF04LP09) Ler e compreender, com autonomia, boletos, faturas e carnês, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero (campos, itens elencados, medidas de consumo, código de barras) e considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto.

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RECURSO
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AD AP AR
Observações

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(EF04LP10) Ler e compreender, com autonomia, cartas pessoais de reclamação, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero carta e considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto.

(EF04LP11) Planejar e produzir, com autonomia, cartas pessoais de reclamação, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero carta e com a estrutura própria desses textos (problema, opinião, argumentos), considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto.

(EF04LP12) Assistir, em vídeo digital, a programa infantil com instruções de montagem, de jogos e brincadeiras e, a partir dele, planejar e produzir tutoriais em áudio ou vídeo.

(EF04LP13) Identificar e reproduzir, em textos injuntivos instrucionais (instruções de jogos digitais ou impressos), a formatação própria desses textos (verbos imperativos, indicação de passos a ser seguidos) e formato específico dos textos orais ou escritos desses gêneros (lista/ apresentação de materiais e instruções/passos de jogo).

(EF04LP14) Identificar, em notícias, fatos, participantes, local e momento/tempo da ocorrência do fato noticiado.

(EF04LP15) Distinguir fatos de opiniões/sugestões em textos (informativos, jornalísticos, publicitários etc.).

(EF04LP16) Produzir notícias sobre fatos ocorridos no universo escolar, digitais ou impressas, para o jornal da escola, noticiando os fatos e seus atores e comentando decorrências, de acordo com as convenções do gênero notícia e considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

(EF04LP17) Produzir jornais radiofônicos ou televisivos e entrevistas veiculadas em rádio, TV e na internet, orientando-se por roteiro ou texto e demonstrando conhecimento dos gêneros jornal falado/televisivo e entrevista.

(EF04LP18) Analisar o padrão entonacional e a expressão facial e corporal de âncoras de jornais radiofônicos ou televisivos e de entrevistadores/entrevistados.

(EF04LP19) Ler e compreender textos expositivos de divulgação científica para crianças, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

(EF04LP20) Reconhecer a função de gráficos, diagramas e tabelas em textos, como forma de apresentação de dados e informações.

(EF04LP21) Planejar e produzir textos sobre temas de interesse, com base em resultados de observações e pesquisas em fontes de informações impressas ou eletrônicas, incluindo, quando pertinente, imagens e gráficos ou tabelas simples, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

(EF04LP22) Planejar e produzir, com certa autonomia, verbetes de enciclopédia infantil, digitais ou impressos, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto.

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(EF04LP23) Identificar e reproduzir, em verbetes de enciclopédia infantil, digitais ou impressos, a formatação e diagramação específica desse gênero (título do verbete, definição, detalhamento, curiosidades), considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto.

(EF04LP24) Identificar e reproduzir, em seu formato, tabelas, diagramas e gráficos em relatórios de observação e pesquisa, como forma de apresentação de dados e informações.

(EF04LP25) Representar cenas de textos dramáticos, reproduzindo as falas das personagens, de acordo com as rubricas de interpretação e movimento indicadas pelo autor.

(EF04LP26) Observar, em poemas concretos, o formato, a distribuição e a diagramação das letras do texto na página.

(EF04LP27) Identificar, em textos dramáticos, marcadores das falas das personagens e de cena.

(EF35LP01) Ler e compreender, silenciosamente e, em seguida, em voz alta, com autonomia e fluência, textos curtos com nível de textualidade adequado.

(EF35LP02) Selecionar livros da biblioteca e/ou do cantinho de leitura da sala de aula e/ou disponíveis em meios digitais para leitura individual, justificando a escolha e compartilhando com os colegas sua opinião, após a leitura.

(EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.

(EF35LP04) Inferir informações implícitas nos textos lidos.

(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da frase ou do texto.

(EF35LP06) Recuperar relações entre partes de um texto, identificando substituições lexicais (de substantivos por sinônimos) ou pronominais (uso de pronomes anafóricos – pessoais, possessivos, demonstrativos) que contribuem para a continuidade do texto.

(EF35LP07) Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais como ortografia, regras básicas de concordância nominal e verbal, pontuação (ponto-final, ponto de exclamação, ponto de interrogação, vírgulas em enumerações) e pontuação do discurso direto, quando for o caso.

(EF35LP08) Utilizar, ao produzir um texto, recursos de referenciação (por substituição lexical ou por pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos), vocabulário apropriado ao gênero, recursos de coesão pronominal (pronomes anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação), com nível suficiente de informatividade.

(EF35LP09) Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos segundo as normas gráficas e de acordo com as características do gênero textual.

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(EF35LP10) Identificar gêneros do discurso oral, utilizados em diferentes situações e contextos comunicativos, e suas características linguístico-expressivas e composicionais (conversação espontânea, conversação telefônica, entrevistas pessoais, entrevistas no rádio ou na TV, debate, noticiário de rádio e TV, narração de jogos esportivos no rádio e TV, aula, debate etc.).

(EF35LP11) Ouvir gravações, canções, textos falados em diferentes variedades linguísticas, identificando características regionais, urbanas e rurais da fala e respeitando as diversas variedades linguísticas como características do uso da língua por diferentes grupos regionais ou diferentes culturas locais, rejeitando preconceitos linguísticos.

(EF35LP12) Recorrer ao dicionário para esclarecer dúvida sobre a escrita de palavras, especialmente no caso de palavras com relações irregulares fonema-grafema.

(EF35LP13) Memorizar a grafia de palavras de uso frequente nas quais as relações fonema-grafema são irregulares e com h inicial que não representa fonema.

(EF35LP14) Identificar em textos e usar na produção textual pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos, como recurso coesivo anafórico.

(EF35LP15) Opinar e defender ponto de vista sobre tema polêmico relacionado a situações vivenciadas na escola e/ou na comunidade, utilizando registro formal e estrutura adequada à argumentação, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

(EF35LP16) Identificar e reproduzir, em notícias, manchetes, lides e corpo de notícias simples para público infantil e cartas de reclamação (revista infantil), digitais ou impressos, a formatação e diagramação específica de cada um desses gêneros, inclusive em suas versões orais.

(EF35LP17) Buscar e selecionar, com o apoio do professor, informações de interesse sobre fenômenos sociais e naturais, em textos que circulam em meios impressos ou digitais.

(EF35LP18) Escutar, com atenção, apresentações de trabalhos realizadas por colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sempre que necessário.

(EF35LP19) Recuperar as ideias principais em situações formais de escuta de exposições, apresentações e palestras.

(EF35LP20) Expor trabalhos ou pesquisas escolares, em sala de aula, com apoio de recursos multissemióticos (imagens, diagrama, tabelas etc.), orientando-se por roteiro escrito, planejando o tempo de fala e adequando a linguagem à situação comunicativa.

(EF35LP21) Ler e compreender, de forma autônoma, textos literários de diferentes gêneros e extensões, inclusive aqueles sem ilustrações, estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.

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(EF35LP22) Perceber diálogos em textos narrativos, observando o efeito de sentido de verbos de enunciação e, se for o caso, o uso de variedades linguísticas no discurso direto.

(EF35LP23) Apreciar poemas e outros textos versificados, observando rimas, aliterações e diferentes modos de divisão dos versos, estrofes e refrões e seu efeito de sentido.

(EF35LP24) Identificar funções do texto dramático (escrito para ser encenado) e sua organização por meio de diálogos entre personagens e marcadores das falas das personagens e de cena.

(EF35LP25) Criar narrativas ficcionais, com certa autonomia, utilizando detalhes descritivos, sequências de eventos e imagens apropriadas para sustentar o sentido do texto, e marcadores de tempo, espaço e de fala de personagens.

(EF35LP26) Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais que apresentem cenários e personagens, observando os elementos da estrutura narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a construção do discurso indireto e discurso direto.

(EF35LP27) Ler e compreender, com certa autonomia, textos em versos, explorando rimas, sons e jogos de palavras, imagens poéticas (sentidos figurados) e recursos visuais e sonoros.

(EF35LP28) Declamar poemas, com entonação, postura e interpretação adequadas.

(EF35LP29) Identificar, em narrativas, cenário, personagem central, conflito gerador, resolução e o ponto de vista com base no qual histórias são narradas, diferenciando narrativas em primeira e terceira pessoas.

(EF35LP30) Diferenciar discurso indireto e discurso direto, determinando o efeito de sentido de verbos de enunciação e explicando o uso de variedades linguísticas no discurso direto, quando for o caso.

(EF35LP31) Identificar, em textos versificados, efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos rítmicos e sonoros e de metáforas.

(EF15LP01) Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam.

(EF15LP02) Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.

(EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos

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(EF15LP04) Identificar o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos expressivos gráfico-visuais em textos multissemióticos.

(EF15LP05) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa, os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e forma do texto e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações necessárias à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.

(EF15LP06) Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para corrigi-lo e aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação.

(EF15LP07) Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, ilustrando, quando for o caso, em suporte adequado, manual ou digital.

(EF15LP08) Utilizar software , inclusive programas de edição de texto, para editar e publicar os textos produzidos, explorando os recursos multissemióticos disponíveis.

(EF15LP09) Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza, preocupando-se em ser compreendido pelo interlocutor e usando a palavra com tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado.

(EF15LP10) Escutar, com atenção, falas de professores e colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sempre que necessário.

(EF15LP11) Reconhecer características da conversação espontânea presencial, respeitando os turnos de fala, selecionando e utilizando, durante a conversação, formas de tratamento adequadas, de acordo com a situação e a posição do interlocutor.

(EF15LP12) Atribuir significado a aspectos não linguísticos (paralinguísticos) observados na fala, como direção do olhar, riso, gestos, movimentos da cabeça (de concordância ou discordância), expressão corporal, tom de voz.

(EF15LP13) Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações, apresentar opiniões, informar, relatar experiências etc.).

(EF15LP14) Construir o sentido de histórias em quadrinhos e tirinhas, relacionando imagens e palavras e interpretando recursos gráficos (tipos de balões, de letras, onomatopeias).

(EF15LP15) Reconhecer que os textos literários fazem parte do mundo do imaginário e apresentam uma dimensão lúdica, de encantamento, valorizando-os, em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade.

Material disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons – Atribuição não comercial (CC BY NC – 4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros.

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(EF15LP16) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor e, mais tarde, de maneira autônoma, textos narrativos de maior porte como contos (populares, de fadas, acumulativos, de assombração etc.) e crônicas.

(EF15LP17) Apreciar poemas visuais e concretos, observando efeitos de sentido criados pelo formato do texto na página, distribuição e diagramação das letras, pelas ilustrações e por outros efeitos visuais

(EF15LP18) Relacionar texto com ilustrações e outros recursos gráficos.

(EF15LP19) Recontar oralmente, com e sem apoio de imagem, textos literários lidos pelo professor.

Competências específicas de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental AD AP AR Observações

1. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio de construção de identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem.

2. Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como forma de interação nos diferentes campos de atuação da vida social e utilizando-a para ampliar suas possibilidades de participar da cultura letrada, de construir conhecimentos (inclusive escolares) e de se envolver com maior autonomia e protagonismo na vida social.

3. Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo.

4. Compreender o fenômeno da variação linguística, demonstrando atitude respeitosa diante de variedades linguísticas e rejeitando preconceitos linguísticos.

5. Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de linguagem adequados à situação comunicativa, ao(s) interlocutor(es) e ao gênero do discurso/gênero textual.

6. Analisar informações, argumentos e opiniões manifestados em interações sociais e nos meios de comunicação, posicionando-se ética e criticamente em relação a conteúdos discriminatórios que ferem direitos humanos e ambientais.

7. Reconhecer o texto como lugar de manifestação e negociação de sentidos, valores e ideologias.

8. Selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com objetivos, interesses e projetos pessoais (estudo, formação pessoal, entretenimento, pesquisa, trabalho etc.).

9. Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-culturais como formas de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial transformador e humanizador da experiência com a literatura.

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10. Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens, mídias e ferramentas digitais para expandir as formas de produzir sentidos (nos processos de compreensão e produção), aprender e refletir sobre o mundo e realizar diferentes projetos autorais.

Competências gerais da Educação Básica AD AP AR Observações

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

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10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Componentes essenciais para a alfabetização AD AP AR Observações Conhecimento alfabético

Consciência fonológica e fonêmica

Compreensão de textos

Fluência em leitura oral

Desenvolvimento de vocabulário

Produção de escrita

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Ficha de verificação de resultados

Professor(a):

Turma:

Sugestão de critérios de avaliação

C = consolidado (aluno faz sozinho); PC = em processo de consolidação (aluno precisa de apoio de um mediador); NC = necessita de novas oportunidades de consolidação (aluno não consegue realizar a atividade proposta)

Ficha de verificação de resultados

Principais objetivos de aprendizagem

Aluno Compreender a função social e as característica s do gênero textual verbete de dicionário

Identificar a relação grafema-fonema de ç e ss

Compreender a função social e as características do gênero textual resenha

Identificar estratégias de descrição e argumentação de uma resenha

Compreender o uso de pronomes anafóricos para a coesão de um texto

Identificar a relação grafema-fonema das letras g e j

Compreender a função social e as características do gênero textual história em quadrinhos

Produzir histórias em quadrinhos

Empregar adequadamente as terminações verbais -ram e -rão

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Aluno Compreender a função social e as características do gênero textual notícia

Compreender o público-alvo e considerá-lo na leitura e na produção de notícias

Selecionar imagens e/ou ilustrações que contribuam para o sentido dos textos escritos

Identificar e utilizar elementos de coesão e coerência durante o processo de produção de escrita

Planejar e produzir a caracterização e a montagem de um jornal

Identificar as características e a função social do gênero textual entrevista

Identificar a sílaba tônica de palavras com e sem acento

Compreender a regra de acentuação gráfica de palavras paroxítonas terminadas em -r, -l, -n, -x, -ã(s), -ão(s) e -i(s)

Empregar adequadamente as terminações -esa e -eza

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Aluno Compreender as funções sociais e as características de textos instrucionais

Elaborar instruções de brincadeiras

Reconhecer vogais, semivogais e encontros vocálicos

Compreender a função social e as características do gênero textual conto

Criar nova versão de um conto clássico e elaborar roteiro para apresentá-lo oralmente

Compreender a função social e as características do gênero textual artigo de divulgação científica

Compreender a função social e as características do gênero textual artigo de opinião

Empregar adequadamente as terminações em -isar e -izar

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Ficha de acompanhamento do desenvolvimento de competências socioemocionais

Professor(a):

Turma:

Período: Ficha de acompanhamento do desenvolvimento de competências socioemocionais

Competências socioemocionais Sempre Frequentemente Raramente Nunca

Determinação

Foco

Organização

Persistência

Responsabilidade

Empatia

Respeito

Confiança

Tolerância ao estresse

Autoconfiança

Tolerância à frustração

Iniciativa social

Assertividade

Entusiasmo

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Catálogo dos audiovisuais

Este catálogo apresenta o conjunto de materiais audiovisuais que compõem o Recurso Educacional Digital desta coleção, com orientações para o uso de cada recurso audiovisual em sala de aula, incluindo sugestões de atividades relacionadas ao conteúdo abordado.

A coletânea de audiovisuais tem como objetivo complementar e aprofundar a prática pedagógica e pode ser utilizada de acordo com as características da turma e com o planejamento das aulas. Os recursos audiovisuais possibilitam o trabalho com diversos conteúdos curriculares, uma vez que os vídeos e áudios, quando explorados de maneira dinâmica e em sua potencialidade, favorecem a compreensão dos conteúdos pelos alunos, ampliando e tornando mais significativo o processo de aprendizagem.

Por meio dos materiais audiovisuais, o aluno aprende, por exemplo, a se informar, a conhecer os outros, o mundo e a si mesmo Trata-se de um importante meio de interação, que oportuniza vivenciar múltiplos usos sociais da linguagem, tornando mais prazerosas e enriquecedoras as práticas de ensino e de aprendizagem. A linguagem audiovisual é muito presente na sociedade contemporânea, por isso, tomá-la como ferramenta para a aprendizagem é uma forma de aproximar ainda mais a escola da realidade dos alunos.

Audiovisuais da coletânea

Relação de audiovisuais da coletânea

Título do audiovisual

Animais do Pantanal nos verbetes de enciclopédia

Descrição

Vídeo sobre o gênero textual verbete de enciclopédia

Objetivos de aprendizagem

Compreender as características do gênero textual verbete de enciclopédia. Reconhecer a finalidade e os meios de circulação do gênero textual verbete de enciclopédia

Realizar pesquisa em meios digitais e/ou impressos.

Planejar e produzir verbetes de enciclopédia

Conteúdos abordados

Verbete de enciclopédia Situação comunicativa e finalidade do texto Animais do Pantanal

Entrevista com a escritora Mirna Pinsky

Vídeo que apresenta uma entrevista com a escritora Mirna Pinsky sobre seu processo criativo

Compreender as características do gênero textual entrevista.

Analisar a situação comunicativa de uma entrevista oral

Planejar e produzir entrevista.

Entrevista

Condições de produção e circulação da entrevista

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Mudanças que ocorrem com o passar do tempo

Vídeo sobre a importância do registro do tempo

Compreender a função e a importância de registrar o tempo.

Conhecer diferentes formas de registro do tempo.

Produzir infográfico (linha do tempo).

Passagem e registro do tempo

Marcação de datas e eventos importantes

Calendário

Linha do tempo

Infográfico

A diversidade das paisagens naturais da América Latina

Vídeo sobre as características de algumas paisagens naturais da América Latina

Autoavaliação Vídeo sobre a importância da autoavaliação no processo de aprendizagem

Conhecer características de diferentes paisagens naturais

Reconhecer a importância da utilização de imagem e texto de acordo com a finalidade comunicativa.

Planejar e produzir texto sobre temas de interesse com base em pesquisa.

Refletir sobre a importância da autoavaliação no processo de aprendizagem

Planejar o texto que será produzido. Reler e revisar o texto produzido.

Paisagens naturais

Relação entre texto verbal e texto não verbal

Legenda

Galeria de imagens

Autoavaliação

Produção textual

Orientações para o uso dos audiovisuais

Audiovisual • Animais do Pantanal nos verbetes de enciclopédia

Este vídeo apresenta algumas informações sobre o Pantanal e as espécies de animais que vivem nessa região, abordando a função social dos verbetes de enciclopédia em meios impressos e digitais O vídeo apresenta um exemplo de verbete enciclopédico sobre a onça-pintada e as características desse gênero textual Por fim, convida os alunos a realizarem uma pesquisa e a produzirem um verbete de enciclopédia sobre animais da região pantaneira.

Antes da exibição do vídeo, pergunte aos alunos se sabem o que é um verbete de enciclopédia. Se necessário, retome o conhecimento que eles têm dos verbetes de dicionário. Relembre que cada palavra do dicionário é chamada de verbete e que este é um texto informativo com explicações sobre as palavras Rememore, também, que, no dicionário, os verbetes são organizados em ordem alfabética e trazem informações sobre os possíveis significados da palavra procurada, uma vez que muitas palavras têm mais de um sentido Comente então que os verbetes estão presentes também nas enciclopédias Explique que a enciclopédia é uma obra que reúne conhecimentos sobre diversos assuntos e que nela os verbetes não apresentam apenas o significado da palavra, mas também informações necessárias para conhecer melhor o assunto pesquisado. Comente que as enciclopédias

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podem ser impressas ou digitais e pergunte aos alunos se já consultaram alguma enciclopédia e em qual formato.

Sugestão de atividade

Após a exibição, pergunte aos alunos se, com base nos exemplos apresentados no vídeo, conseguem reconhecer que os verbetes de enciclopédia estão presentes nos materiais que costumam pesquisar. Chame a atenção deles para o fato de que muitas vezes as pesquisas que fazemos na internet apresentam links que nos direcionam para sites de enciclopédias, com informações sobre algum elemento do texto. Em seguida, inicie a exibição do vídeo. Uma sugestão é utilizar um projetor multimídia e projetar uma consulta em alguma enciclopédia digital, para que eles acompanhem o percurso da pesquisa. Com base nessa consulta, peça a eles que visualizem como os verbetes estão dispostos na tela e observem a presença dos linksque direcionam a outros verbetes. Destaque a linguagem utilizada, enfatizando a importância de que seja objetiva e explique que boa parte das enciclopédias digitais menciona as fontes consultadas, aproveitando para falar sobre a importância de as informações serem confiáveis, ou seja, de que elas tenham respaldo em pesquisas realizadas por especialistas e/ou instituições reconhecidas

Após analisar essas características com os alunos, peça que formem trios para realizar a atividade sugerida no vídeo. Eles deverão pesquisar informações sobre os animais do Pantanal e cada membro do grupo precisará escolher um animal, reunir informações de fontes confiáveis e escrever um verbete sobre ele. Auxilie-os a definir as estratégias de busca, bem como as informações que consideram importantes para apresentar o animal escolhido, como as características biológicas, o lugar onde costumam viver, os alimentos que consomem, alguma curiosidade, entre outras Solicite a eles que registrem as fontes consultadas e selecionem uma imagem para ilustrar o verbete. Após a pesquisa, oriente-os a planejar a escrita do texto, selecionando e organizando as informações pesquisadas. Peça que apresentem aos colegas do grupo o texto que escreveram para verificar se está compreensível e se há necessidade de fazer ajustes. Em seguida, oriente-os a realizar a revisão do texto Tanto durante a produção do verbete quanto na etapa de revisão, circule pela sala para ajudar os grupos e orientá-los em relação ao que devem analisar

Por fim, proponha uma roda de conversa para que os alunos compartilhem suas impressões sobre o processo de elaboração do verbete e para que definam, em conjunto, uma forma de organizar e divulgar os verbetes produzidos, sendo que uma possibilidade é organizar uma enciclopédia impressa com os verbetes produzidos por toda a turma, que pode ser disponibilizada na biblioteca da escola. Os verbetes também podem ser publicados em meios digitais, como no blogou no siteda escola.

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Audiovisual • Entrevista com a escritora Mirna Pinsky

Este vídeo apresenta uma entrevista com a escritora Mirna Pinsky, em que ela fala sobre sua experiência com a leitura e a escrita e sobre o processo de composição de seus livros

Antes da exibição do vídeo, proponha uma roda de conversa com os alunos para levantar os conhecimentos prévios acerca do gênero textual entrevista. Pergunte, primeiro, se eles já viram ou ouviram uma entrevista e, em caso positivo, quais eram as pessoas entrevistadas e em quais meios eles tiveram esse contato (televisão, rádio, vídeo, podcast etc.) Com base nessa mobilização inicial, complemente explicando que a entrevista é um gênero textual essencialmente oral, assim como a conversação espontânea, a conversação telefônica, os seminários, o debate, entre outros

Retome algumas características da entrevista oral, de acordo com os exemplos apontados pelos alunos, enfatizando que as entrevistas têm a função de extrair informações sobre assuntos específicos. Comente que elas podem ser realizadas também com o objetivo de conhecer a opinião de uma ou mais pessoas sobre determinado tema, ou aspectos da experiência pessoal e profissional. Ressalte que se trata de um gênero marcado pela interação e pela oralidade e que a linguagem utilizada depende da(s) pessoa(s) entrevistada(s) e do tema abordado, considerando também o objetivo e o público a que se destinam Comunique, então, que eles vão assistir a uma entrevista e oriente-os a observar os aspectos apontados.

Sugestão de atividade

Após a exibição, abra espaço para que eles comentem o que acharam mais interessante na fala da escritora, retomando algumas informações apresentadas na entrevista. Ressalte que os aspectos indicados por Mirna Pinsky foram fundamentais ao seu desenvolvimento como escritora, bem como as recomendações e o incentivo à leitura e à escrita que ela dá aos espectadores.

Comente que a elaboração de uma entrevista envolve diversas etapas, anteriores e posteriores à sua realização. Chame a atenção deles, por exemplo, para o fato de que a entrevista a que acabaram de assistir não é a mera reprodução do que foi gravado, explicando que, antes de chegar a esse resultado, o vídeo passou por um processo de edição, ou seja, de seleção, cortes e combinação de falas e imagens captadas em momentos diferentes e depois reunidas até chegar a essa forma final.

Em seguida, comente que, apesar de serem, geralmente, divulgadas em programas de televisão, rádio, canais de vídeo epodcasts , as entrevistas gravadas em áudio ou filmadas também podem ser transcritas para serem, posteriormente, publicadas em jornais, revistas ou livros. Explique que, ao realizar a transcrição de uma entrevista, é necessário fazer

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adaptações no texto para retirar marcas de oralidade, além de indicar as falas do entrevistador e do entrevistado. Também é comum que haja um texto inicial apresentando o entrevistado.

Em seguida, sistematize com eles as etapas necessárias à realização de uma entrevista, escrevendo-as na lousa e pedindo que as registrem no caderno. Para essa sistematização, sugerem-se os tópicos a seguir:

1. Definição do tema e do objetivo da entrevista

2. Escolha da pessoa a ser entrevistada

3. Definição do local adequado e agendamento da entrevista.

4. Pesquisa sobre o tema e o planejamento prévio das perguntas

5. Organização dos materiais necessários para a realização da entrevista

6. Realização da entrevista.

7. Edição e finalização de acordo com o formato (vídeo, áudio, texto escrito) em que a entrevista será divulgada

Após essa sistematização, retome aspectos da entrevista a que acabaram de assistir, como as perguntas feitas à escritora e a linguagem utilizada pelo entrevistador. Se preciso, reproduza o vídeo mais uma vez, possibilitando a observação desses aspectos.

Sugere-se definir com os alunos um tema para a realização das entrevistas, como profissões. Em seguida, oriente-os a se organizar em grupos e definir uma pessoa que podem entrevistar para obterem informações sobre determinada profissão. Ressalte a importância de pesquisarem previamente informações sobre o tema e sobre a vida da pessoa a ser entrevistada antes de elaborarem as perguntas.

Defina um cronograma para a realização de cada uma das etapas indicadas. Auxilie os alunos na elaboração das perguntas que serão feitas ao entrevistado e oriente-os a combinar quem ficará responsável por cada pergunta Ressalte também a necessidade de usarem um tom de voz adequado e de ouvirem atentamente as respostas do entrevistado, sem interrupções ou conversas paralelas Se possível, providencie a gravação das entrevistas em vídeo ou áudio, permitindo que os alunos possam avaliar a atividade posteriormente

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Audiovisual • Mudanças que ocorrem com o passar do tempo

Este vídeo aborda a função e a importância de registrar o tempo, com base na percepção da passagem do tempo e das mudanças acarretadas pela sucessão de dias, meses ou anos. Essas noções são relevantes, entre outros aspectos, para que os alunos identifiquem a sequência de acontecimentos e a passagem do tempo em narrativas ficcionais, por exemplo, nas quais são utilizados marcadores temporais

Antes da exibição do vídeo, proponha uma discussão inicial, escrevendo na lousa a palavra mudança e pedindo aos alunos que falem sobre o que vem à mente quando pensam nessa palavra. Comente, com base nas respostas da turma, que a ideia de mudança pode estar relacionada à noção de espaço, mudança de um lugar a outro, mas também à noção de tempo. Peça a eles que deem exemplos de mudanças relacionadas ao tempo, considerando transformações experimentadas por eles, individualmente ou em grupo. Chame a atenção, por exemplo, para as mudanças recentes vivenciadas pela turma.

Sugestão de atividade

Após a exibição, abra espaço para que os alunos compartilhem suas impressões e apontem aquilo que acharam mais interessante no vídeo. Em seguida, evidencie os elementos relacionados ao tempo e as possibilidades de representação e registro de sua passagem. Comente, por exemplo, a maneira como os dias, os meses e os anos são representados no calendário. Retome o exemplo dado no vídeo sobre a observação da germinação da semente, chamando a atenção deles para como registrá-la, tanto por uma sequência de imagens que ilustram seu desenvolvimento ao longo de um determinado intervalo de tempo – um dia, uma semana –, como pela descrição daquilo que acontece com a semente a cada dia.

Peça aos alunos que se sentem em duplas e conversem sobre acontecimentos importantes e sobre mudanças marcantes na vida de cada um Com base nessa conversa, proponha a elaboração de uma linha do tempo para situar cada um dos momentos apontados. Oriente-os a considerar, por exemplo, a data do próprio nascimento e aquilo que sabem sobre esse momento; o nascimento de um irmão; uma mudança de escola, de casa ou cidade; uma viagem ou um passeio; um momento em que aprenderam algo novo ou conheceram alguém, entre tantos outros. Proponha, ainda, que conversem com familiares ou responsáveis e, com base nessa conversa, incluam outras mudanças marcantes ou complementem informações sobre os acontecimentos escolhidos para compor essa linha do tempo, incluindo, se possível, fotos ou registros desses momentos.

Para auxiliá-los na produção da linha do tempo, explique que essa é uma forma de apresentação de dados e informações e que há diferentes maneiras de elaborá-la. Comente que a mais comum é por meio de uma linha horizontal na qual são colocados pontos para

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indicar a ocorrência de determinado acontecimento, em ordem cronológica, da esquerda para a direita Se possível, mostre um exemplo de linha do tempo para os alunos.

Explique também que, além da linha do tempo, existem outras formas de representação gráfico-visual, como gráficos, tabelas, diagramas etc., e que esses textos são chamados infográficos. Há, inclusive, plataformas digitais que disponibilizam, gratuitamente, recursos e modelos para a elaboração de diferentes representações gráficas. É possível buscar uma dessas plataformas para que os alunos elaborem a linha do tempo em versão digital

Para a composição da linha do tempo, seja no papel ou em formato digital, oriente os alunos a registrarem em tópicos os acontecimentos de suas vidas e a situar cada um deles em uma sequência cronológica de acordo com o momento em que ocorreram. O calendário, cuja exploração e utilização foram sugeridas no vídeo, pode servir de apoio a essa produção.

Após essa organização, peça a eles que escrevam pequenos textos detalhando esses momentos e comentando as mudanças que experimentaram. Em seguida, solicite que, em duplas, façam a revisão dos textos escritos.

Ao final da atividade, proponha uma roda de conversa para que avaliem coletivamente o processo de elaboração da linha do tempo e defina com os alunos uma forma de compartilhar essas produções com os familiares ou responsáveis e a comunidade escolar, seja realizando uma exposição em algum espaço da escola, seja publicando os infográficos produzidos em meios digitais, como em um blogou no siteda escola.

Audiovisual • A diversidade das

da América Latina

paisagens naturais

Este vídeo apresenta imagens e informações sobre algumas paisagens naturais da América Latina, como localização, clima, fauna, entre outros aspectos característicos dessas paisagens. O objetivo da exibição desse vídeo é ampliar o conhecimento de mundo e o repertório cultural, ambiental e geográfico dos alunos e explorar os recursos que podem ser utilizados para apresentar informações sobre determinado assunto, como o uso de imagens para apoiar uma apresentação oral, realizada presencialmente ou por vídeo Além disso, após a exibição, serão propostas a realização de uma pesquisa sobre as paisagens da região onde os alunos vivem e a elaboração de uma galeria de imagens acompanhadas de legendas.

Antes da exibição do vídeo, pesquise na internet e projete uma imagem de paisagem natural, explorando com os alunos diferentes possibilidades de apresentar e descrever essa imagem Instigue-os a descrever oralmente a imagem, mencionando diferentes detalhes da paisagem, conforme a imagem selecionada.

Em seguida, comunique que eles vão assistir a um vídeo que apresenta diferentes paisagens da América Latina e peça que observem as imagens e os textos, falados e escritos, que aparecem no audiovisual.

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Sugestão de atividade

Após a exibição, peça aos alunos que comentem o modo como as imagens e os textos, falados e escritos, foram utilizados no vídeo para apresentar as diferentes paisagens. Sugira a eles que imaginem como seria a apresentação dessas paisagens se o vídeo utilizasse apenas imagens ou apenas o texto falado e chame atenção para a importância de utilizar essas duas linguagens em conjunto, no vídeo, para apresentar as características das paisagens, de modo que reconheçam que as imagens contribuem para a transmissão da informação e que os textos apresentam informações adicionais, importantes para a compreensão da imagem exibida

Proponha, então, que eles se reúnam em grupos de quatro ou cinco alunos e realizem uma pesquisa sobre as paisagens naturais da região onde vivem. Se possível, reserve previamente a sala de informática para que os alunos possam realizar as pesquisas na internet. Oriente-os a pesquisar tanto informações sobre as características geográficas da região quanto imagens que ilustrem a diversidade de paisagens naturais e que representem as características da região. Os alunos deverão anotar as principais informações pesquisadas em uma folha avulsa, para que possam utilizá-las ao compor as legendas para as imagens selecionadas. Lembre-os de que a legenda de uma imagem, preferencialmente, deve trazer informações além daquelas que podem ser apreendidas pela simples observação da imagem

Após a realização da pesquisa e das primeiras anotações, oriente-os a planejar e a definir qual será o conteúdo da legenda que acompanhará cada uma das imagens selecionadas, além de decidirem, em grupo, quem escreverá o texto de cada legenda.

Depois de elaboradas as primeiras versões das legendas, peça aos alunos que as apresentem aos colegas de grupo para que verifiquem se os textos estão compreensíveis, se estão condizentes com as imagens e se há necessidade de fazer ajustes Enquanto realizam a revisão, circule pela sala para orientar os grupos em relação aos aspectos que devem considerar ao fazerem as correções

Com base nas imagens selecionadas e nas legendas elaboradas, oriente a turma a montar uma galeria de imagens das paisagens da região. Para montá-la, tanto em formato digital ou impresso, oriente os alunos a utilizarem um softwareou plataforma de design gráfico (há diversos disponíveis gratuitamente na internet) que permita combinar imagens e textos. Promova uma exposição das produções dos alunos em um mural externo à sala de aula ou no blogou siteda escola, conforme o caso

Audiovisual • Autoavaliação

Esse vídeo trata da importância da autoavaliação como ferramenta para que os alunos percebam a evolução dos próprios processos de aprendizagem Nas atividades

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sugeridas a seguir, terão a oportunidade de produzir um texto de autoavaliação, colocando em prática o que o vídeo apresenta

Antes de exibir o vídeo, realize uma atividade de sensibilização dos alunos em relação ao processo de aprendizagem em diferentes momentos da vida e em espaços variados Inicie a atividade perguntando se eles se lembram – ou se já ouviram seus familiares ou responsáveis contarem – de quando deram os primeiros passos e aprenderam a andar Pergunte se já observaram um bebê aprendendo a andar e estimule-os a compartilhar suas impressões sobre essa experiência. Busque reconstituir com eles o processo de uma criança aprendendo a dar os primeiros passos. Peça a eles que imaginem um bebê levantando, caindo, levantando de novo, conseguindo se equilibrar, caindo de novo e repetindo esses movimentos dia a dia, constantemente. Então, aos poucos, esse bebê passa a se equilibrar melhor, a dar alguns passinhos até o momento em que adquire a habilidade de andar. Pergunte o que aconteceria se os bebês desistissem de aprender a andar depois do primeiro tombo que levaram e, com base nesse exemplo, chame a atenção para o fato de que, desde que nascemos, estamos constantemente aprendendo novas habilidades e que as dificuldades são parte do processo dessa aprendizagem.

Em seguida, peça a eles que indiquem coisas que gostariam de aprender, mas que acham muito difíceis, pois envolvem habilidades que eles ainda não desenvolveram; por exemplo, tocar um instrumento musical, andar de skate , de patins ou bicicleta, entre outras Abra espaço para que falem sobre as dificuldades e, relembrando o exemplo do bebê, enfatize que as dificuldades fazem parte do processo de aprendizagem.

Pergunte se eles acham que às vezes desistem de aprender algo novo por medo de errar. Comente que, muitas vezes, quando temos dificuldade para fazer algo, acabamos desistindo porque nos esquecemos de que a dificuldade faz parte do processo de aprendizagem. Explique, ainda, que o processo de aprender algo novo envolve observação, apoio de quem já sabe, dedicação e prática para que esse novo conhecimento seja aprimorado. Destaque que as pessoas têm tempos de aprendizagem e dificuldades diferentes e que isso não significa que quem leva mais tempo para aprender alguma coisa aprende melhor ou pior. Depois dessa sensibilização inicial, exiba o vídeo para a turma

Sugestão de atividade

Após a exibição, abra espaço para que os alunos comentem os aspectos que mais lhes chamaram a atenção. Em seguida, retome o significado de autoavaliação apresentado no vídeo e contextualize os aspectos apontados com base na experiência de avaliação que eles realizam na escola Evidencie o fato de que a autoavaliação não diz respeito apenas ao conhecimento escolar, apesar de ser um dos recursos usados na escola para que os alunos reflitam sobre a própria aprendizagem. Retome o exemplo apresentado no vídeo para mostrar que os conhecimentos adquiridos na escola são utilizados na vida cotidiana, como em jogos e brincadeiras, e peça que deem outros exemplos de como utilizam o que

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aprenderam na escola em atividades fora da sala de aula, enfatizando a importância desses aprendizados em diferentes situações

Reforce que a autoavaliação ajuda a identificar a evolução do nosso processo de aprendizagem, a refletir sobre nossos comportamentos e interesses e a entender os nossos objetivos em relação ao estudo e à vida. Retome a reflexão de que as dificuldades fazem parte desse processo e explique que a autoavaliação é uma forma de percebermos essas dificuldades e aquilo que podemos melhorar, além de reconhecermos as conquistas desse percurso

Proponha, então, que os alunos escrevam um texto de autoavaliação, levando em consideração os objetivos de estar na escola e o papel deles na realização desses objetivos. Para isso, deverão observar as etapas descritas a seguir. Você também, professor, pode escrever uma autoavaliação, tendo em vista o seu papel, e compartilhá-la com os alunos.

1. Para auxiliá-los no planejamento do texto de autoavaliação, relembre que, de acordo com o que foi apresentado no vídeo, o objetivo de estar na escola é o desenvolvimento da aprendizagem e que, para isso, alunos e professores devem cooperar como uma equipe a fim de que essa aprendizagem aconteça da melhor maneira possível. Relembre, também, que nesta equipe cada um tem uma função. De acordo com o vídeo, no papel de alunos, devem contribuir participando das aulas, fazendo perguntas quando têm dúvidas, respeitando e ouvindo os colegas, realizando as tarefas solicitadas, dedicando-se aos estudos, entre outras responsabilidades que eles podem indicar para compor a autoavaliação de como estão contribuindo com o objetivo da equipe.

2. Oriente-os a sistematizar em tópicos os aspectos que vão considerar na autoavaliação e, em seguida, a elaborar um rascunho avaliando como eles têm se comprometido com cada um desses aspectos, apontando as dificuldades e os pontos que precisam melhorar.

3. Peça a eles que releiam o rascunho, observem se é necessário complementar alguma informação e como podem deixar o texto mais claro Solicite que avaliem se o texto escrito atende à finalidade da autoavaliação, ou seja, se contribui para que percebam o desenvolvimento de sua aprendizagem e reconheçam o que é necessário aprimorar, apontando caminhos para lidar com as dificuldades que fazem parte desse processo. Depois, oriente-os a reescrever o texto, enfatizando a importância da reescrita para aprimorar suas produções textuais. Ressalte que essa etapa de releitura do texto, visando à revisão e à reescrita, consiste em uma autoavaliação bastante comum durante as produções textuais. Espera-se que eles compreendam a importância dessa etapa ao desenvolvimento e ao aprimoramento das habilidades relacionadas à escrita e à produção de textos.

4. Por fim, organize uma roda de conversa para que os alunos compartilhem a experiência de escrever uma autoavaliação e discutam coletivamente aquilo que, como grupo, podem aprimorar para que o desenvolvimento da aprendizagem aconteça com sucesso

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Competências gerais da Educação Básica

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Competências específicas de Língua

Portuguesa para o Ensino Fundamental

1. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio de construção de identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem.

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2. Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como forma de interação nos diferentes campos de atuação da vida social e utilizando-a para ampliar suas possibilidades de participar da cultura letrada, de construir conhecimentos (inclusive escolares) e de se envolver com maior autonomia e protagonismo na vida social.

3. Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo.

4. Compreender o fenômeno da variação linguística, demonstrando atitude respeitosa diante de variedades linguísticas e rejeitando preconceitos linguísticos.

5. Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de linguagem adequados à situação comunicativa, ao(s) interlocutor(es) e ao gênero do discurso/gênero textual.

6. Analisar informações, argumentos e opiniões manifestados em interações sociais e nos meios de comunicação, posicionando-se ética e criticamente em relação a conteúdos discriminatórios que ferem direitos humanos e ambientais.

9. Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-culturais como formas de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial transformador e humanizador da experiência com a literatura.

Habilidades comuns de 1º a 5º ano

(EF15LP01) Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam.

(EF15LP02) Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas

(EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos.

(EF15LP04) Identificar o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos expressivos gráfico-visuais em textos multissemióticos.

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(EF15LP05) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa, os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e forma do texto e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações necessárias à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.

(EF15LP06) Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para corrigi-lo e aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação.

(EF15LP07) Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, ilustrando, quando for o caso, em suporte adequado, manual ou digital.

(EF15LP09) Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza, preocupando-se em ser compreendido pelo interlocutor e usando a palavra com tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado.

(EF15LP10) Escutar, com atenção, falas de professores e colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sempre que necessário.

(EF15LP11) Reconhecer características da conversação espontânea presencial, respeitando os turnos de fala, selecionando e utilizando, durante a conversação, formas de tratamento adequadas, de acordo com a situação e a posição do interlocutor.

(EF15LP14) Construir o sentido de histórias em quadrinhos e tirinhas, relacionando imagens e palavras e interpretando recursos gráficos (tipos de balões, de letras, onomatopeias).

(EF15LP15) Reconhecer que os textos literários fazem parte do mundo do imaginário e apresentam uma dimensão lúdica, de encantamento, valorizando-os, em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade.

(EF15LP16) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor e, mais tarde, de maneira autônoma, textos narrativos de maior porte como contos (populares, de fadas, acumulativos, de assombração etc.) e crônicas.

(EF15LP18) Relacionar texto com ilustrações e outros recursos gráficos.

(EF15LP19) Recontar oralmente, com e sem apoio de imagem, textos literários lidos pelo professor.

Habilidades comuns de 3º a 5º ano

(EF35LP01) Ler e compreender, silenciosamente e, em seguida, em voz alta, com autonomia e fluência, textos curtos com nível de textualidade adequado

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(EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.

(EF35LP04) Inferir informações implícitas nos textos lidos.

(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da frase ou do texto

(EF35LP06) Recuperar relações entre partes de um texto, identificando substituições lexicais (de substantivos por sinônimos) ou pronominais (uso de pronomes anafóricos – pessoais, possessivos, demonstrativos) que contribuem para a continuidade do texto.

(EF35LP07) Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais como ortografia, regras básicas de concordância nominal e verbal, pontuação (ponto-final, ponto de exclamação, ponto de interrogação, vírgulas em enumerações) e pontuação do discurso direto, quando for o caso.

(EF35LP10) Identificar gêneros do discurso oral, utilizados em diferentes situações e contextos comunicativos, e suas características linguístico-expressivas e composicionais (conversação espontânea, conversação telefônica, entrevistas pessoais, entrevistas no rádio ou na TV, debate, noticiário de rádio e TV, narração de jogos esportivos no rádio e TV, aula, debate etc.).

(EF35LP11) Ouvir gravações, canções, textos falados em diferentes variedades linguísticas, identificando características regionais, urbanas e rurais da fala e respeitando as diversas variedades linguísticas como características do uso da língua por diferentes grupos regionais ou diferentes culturas locais, rejeitando preconceitos linguísticos.

(EF35LP14) Identificar em textos e usar na produção textual pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos, como recurso coesivo anafórico.

(EF35LP17) Buscar e selecionar, com o apoio do professor, informações de interesse sobre fenômenos sociais e naturais, em textos que circulam em meios impressos ou digitais.

(EF35LP18) Escutar, com atenção, apresentações de trabalhos realizadas por colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sempre que necessário.

(EF35LP20) Expor trabalhos ou pesquisas escolares, em sala de aula, com apoio de recursos multissemióticos (imagens, diagrama, tabelas etc.), orientando-se por roteiro escrito, planejando o tempo de fala e adequando a linguagem à situação comunicativa.

(EF35LP25) Criar narrativas ficcionais, com certa autonomia, utilizando detalhes descritivos, sequências de eventos e imagens apropriadas para sustentar o sentido do texto, e marcadores de tempo, espaço e de fala de personagens.

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(EF35LP26) Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais que apresentem cenários e personagens, observando os elementos da estrutura narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a construção do discurso indireto e discurso direto.

(EF35LP29) Identificar, em narrativas, cenário, personagem central, conflito gerador, resolução e o ponto de vista com base no qual histórias são narradas, diferenciando narrativas em primeira e terceira pessoas.

Habilidades específicas de 4º ano

(EF04LP01) Grafar palavras utilizando regras de correspondência fonema-grafema regulares diretas e contextuais.

(EF04LP02) Ler e escrever, corretamente, palavras com sílabas VV e CVV em casos nos quais a combinação VV (ditongo) é reduzida na língua oral (ai, ei, ou).

(EF04LP03) Localizar palavras no dicionário para esclarecer significados, reconhecendo o significado mais plausível para o contexto que deu origem à consulta

(EF04LP04) Usar acento gráfico (agudo ou circunflexo) em paroxítonas terminadas em -i(s), -l, -r, -ão(s).

(EF04LP05) Identificar a função na leitura e usar, adequadamente, na escrita ponto-final, de interrogação, de exclamação, dois-pontos e travessão em diálogos (discurso direto), vírgula em enumerações e em separação de vocativo e de aposto.

(EF04LP08) Reconhecer e grafar, corretamente, palavras derivadas com os sufixos -agem, -oso, -eza, -izar/-isar (regulares morfológicas).

(EF04LP13) Identificar e reproduzir, em textos injuntivos instrucionais (instruções de jogos digitais ou impressos), a formatação própria desses textos (verbos imperativos, indicação de passos a ser seguidos) e formato específico dos textos orais ou escritos desses gêneros (lista/apresentação de materiais e instruções/passos de jogo).

(EF04LP14) Identificar, em notícias, fatos, participantes, local e momento/tempo da ocorrência do fato noticiado.

(EF04LP15) Distinguir fatos de opiniões/sugestões em textos (informativos, jornalísticos, publicitários etc.).

(EF04LP18) Analisar o padrão entonacional e a expressão facial e corporal de âncoras de jornais radiofônicos ou televisivos e de entrevistadores/entrevistados.

(EF04LP19) Ler e compreender textos expositivos de divulgação científica para crianças, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

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parâmetros. 176
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(EF04LP21) Planejar e produzir textos sobre temas de interesse, com base em resultados de observações e pesquisas em fontes de informações impressas ou eletrônicas, incluindo, quando pertinente, imagens e gráficos ou tabelas simples, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

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Referências bibliográficas comentadas

• ADAMS, Marilyn Jager etal Consciência fonológica em crianças pequenas. Porto Alegre: Artmed, 2006.

Essa obra traz um programa de atividades de consciência fonológica que contribuem para o ensino da leitura e da escrita na fase pré-escolar.

• ANTUNES, Irandé. Língua, texto e ensino: outra escola possível. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.

Nessa obra, a autora ressalta a importância de professores estarem conscientes das funções e dos diversos usos da língua, bem como de ampliarem seus conhecimentos sobre questões textuais e sobre como articular ensino e avaliação.

• ANTUNES, Irandé. Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo: Parábola Editorial, 2005.

A autora discorre sobre noções básicas de coesão e coerência textual e fornece ferramentas para desenvolver habilidades ligadas a falar, ouvir, ler e escrever textos.

• BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.

O autor desse livro apresenta as bases para que professores e educadores possam abordar a variação linguística em sala de aula.

• BAKHTIN, Mikhail. Os gêneros do discurso. São Paulo: Editora 34, 2016. Nesse livro, são apresentados ensaios de Bakhtin, fundamentais para a compreensão de sua abordagem com relação ao texto e à linguagem.

• BEVILACQUA, Cleci Regina; HUMBLÉ, Philippe René Marie; XATARA, Claudia (org.). Dicionários na teoria e na prática: como e para quem são feitos. São Paulo: Parábola Editorial, 2011.

Trata-se de uma coletânea de artigos de especialistas que participam da produção de dicionários.

• BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília: SEB, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pd f. Acesso em: 4 jan. 2022.

Documento normativo que objetiva garantir o desenvolvimento e o direito à aprendizagem. Para isso, orienta definições curriculares, com base na progressão de aprendizagens desenvolvidas na Educação Básica.

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• BRASIL. Ministério da Educação. Com direito à palavra: dicionários em sala de aula. Brasília: SEB, 2012. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=12059dicionario-em-sala-de-aula-pnld-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 4 jan. 2022. A obra é destinada a professores e fornece informações sobre dicionários, suas características e usos com o objetivo de otimizar o trabalho em sala de aula.

• BRASIL. Ministério da Educação. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Brasília: SEB, 2014. Disponível em: http://pacto.mec.gov.br/images/pdf/doc_orientador/doc_orientador_versao_final.pdf.

Acesso em: 4 jan. 2022.

Documento oficial que se destina à alfabetização em Língua Portuguesa e em Matemática e se baseia em quatro ações estratégicas: formação de professores alfabetizadores, fornecimento de materiais didáticos, avaliação e gestão e mobilização.

• BRASIL. Ministério da Educação. PNA: Política Nacional de Alfabetização. Brasília: Sealf, 2019. Disponível em: http://alfabetizacao.mec.gov.br/images/pdf/caderdo_final_pna.pdf.

Acesso em: 4 jan. 2022.

A Política Nacional de Alfabetização se baseia em seis componentes para a alfabetização: consciência fonêmica, instrução fônica sistemática, fluência em leitura oral, desenvolvimento de vocabulário, compreensão de textos e produção de escrita.

• BRASIL. Ministério da Educação. Relatório Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências (Renabe). Brasília: Sealf, 2020. Disponível em: https://www.gov.br/mec/pt-br/ media/acesso_informacacao/pdf/RENABE_web.pdf. Acesso em: 4 jan. 2022.

Trata-se de um relatório que consolida experiências exitosas de alfabetização desenvolvidas em diversos países e sintetiza pesquisas sobre alfabetização, literacia e numeracia, com o objetivo de contribuir para melhorar a qualidade das políticas públicas e práticas de ensino no Brasil.

• CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e linguística. São Paulo: Scipione, 2006. (Coleção Pensamento e Ação no Magistério).

Essa obra faz parte de uma coleção que reúne contribuições teóricas e práticas sobre alfabetização. Nesse volume, o autor apresenta a importância dos conhecimentos linguísticos para a busca de soluções relacionadas à fala, à escrita e à leitura das crianças.

• CAPOVILLA, Fernando César; SEABRA, Alessandra Gotuzo. Alfabetização: método fônico. São Paulo: Memnon, 2010.

Essa obra apresenta dados científicos nacionais e internacionais sobre o método fônico, além de fornecer estratégias sobre como adotá-lo em sala de aula.

• CUNHA, Celso. Nova gramática do português contemporâneo. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

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Trata-se de uma das gramáticas mais conceituadas da Língua Portuguesa. O livro procura facilitar a consulta com informações breves e objetivas

• KAUFMAN, Ana María etal Leer y escribir: el día a día en las aulas. Buenos Aires: Aique Grupo Editor, 2012.

A obra fornece ferramentas propositivas ao desenvolvimento da prática docente na alfabetização, pautada na premissa de os alunos "aprenderem a ler e escrever textos lendo e escrevendo textos".

• KLEIMAN, Angela. Oficina de leitura: teoria e prática. 6. ed. Campinas: Pontes, 1998. A obra esclarece questões sobre como professores de outras disciplinas colaboram para o desenvolvimento da leitura e da compreensão.

• LEMLE, Miriam. Guia teórico do alfabetizador. São Paulo: Ática, 2009. Destinada a professores de alfabetização, essa obra apresenta fundamentos teóricos relacionados ao processo de alfabetização e de compreensão da fala e da escrita.

• LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002.

A autora reúne, nessa obra, artigos que apresentam um panorama reflexivo sobre como a língua é tratada na escola, trazendo parâmetros para a transposição didática.

• MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008. Nesse livro, o autor discorre sobre noções de língua, texto, gênero, compreensão e sentido, partindo da perspectiva sociointeracionista da língua.

• MORAIS, Artur Gomes de. Ortografia: ensinar e aprender. São Paulo: Ática, 2001. Obra que trata sobre o conceito de ortografia, apresentando princípios e encaminhamentos didáticos relacionados à aprendizagem dos alunos.

• MORAIS, Artur Gomes de. Sistema de escrita alfabética. São Paulo: Melhoramentos, 2012.

O autor identifica, nessa obra, as especificidades do processo de alfabetização, propondo o ensino sistemático da notação alfabética, aliado às práticas de leitura e escrita.

• MORAIS, José. Alfabetizar para a democracia. Porto Alegre: Penso, 2014. Nessa obra, o professor José Morais propõe uma reflexão sobre a alfabetização como caminho para a construção de uma sociedade mais democrática e justa.

• MORAIS, José. Criar leitores: para professores e educadores. Barueri: Minha Editora, 2013.

Nessa obra, o autor visa orientar pais, professores, educadores e outros profissionais a

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compreenderem o que acontece no cérebro da criança quando ela aprende a ler. Além disso, explora as origens das dificuldades que podem surgir nessa fase e sugere estratégias para superá-las.

• OLIVEIRA, João Batista de Oliveira. Aprender e ensinar. Belo Horizonte: Instituto Alfa e Beto, 2008.

Trata-se de um livro escrito por professores para professores do Ensino Fundamental e Ensino Médio, que apresenta subsídios para que planejem, ministrem e avaliem melhor suas aulas.

• PRIETO, Rosângela; MANTOAN, Maria Teresa. Inclusão escolar. São Paulo: Summus, 2010.

Nesse livro, as autoras abordam a inclusão escolar por meio de um diálogo em que discorrem sobre pontos polêmicos e controversos a respeito do tema.

• SAVAGE, John F. Aprender a ler e a escrever a partir da fônica: um programa abrangente de ensino. 4. ed. Porto Alegre: AMGH, 2015.

Nessa obra, o autor trata de questões teóricas e práticas em relação ao trabalho com a fônica na sala de aula, com sugestões de atividades, inclusive para alunos com dificuldade de aprendizagem.

• SCHEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim. Gêneros orais e escritos na escola. Tradução: Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas: Mercado de Letras, 2004. Nessa obra, são apresentados artigos sobre o ensino escolar de gêneros escritos e orais, bem como encaminhamentos para a prática do ensino.

• SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Tradução: Cláudia Schilling. Porto Alegre: Artmed, 1998.

Nessa obra, a autora apresenta várias estratégias que podem ser adotadas pelos alunos para atingir a compreensão leitora de forma autônoma, a fim de que se tornem leitores proficientes.

• TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática. São Paulo: Cortez, 2006.

Nessa obra, o autor discorre sobre a gramática como conteúdo indispensável para a produção e a compreensão textuais. Além disso, o autor deixa clara a importância de abordar a gramática em sala de aula sob a perspectiva da interação comunicativa e do funcionamento textual-discursivo para chegar ao objetivo primeiro do ensino da língua.

• ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998. Nessa obra, o autor propõe análises sobre a prática educativa, buscando uma prática reflexiva e coerente, bem como a constante avaliação do trabalho pelo professor.

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