GESLIE COELHO CARVALHO DA CRUZ
COMPONENTE CURRICULAR:
CIÊNCIAS
5O. ANO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
MANUAL DO PROFESSOR MATERIAL DIGITAL
São Paulo | 1a. edição | 2018
Ciências – Ciências – 5o ano (Ensino Fundamental – Anos iniciais) Copyright © Geslie Coelho, 2018
Diretor editorial Lauri Cericato Gerente editorial Silvana Rossi Júlio
Editora Natalia Taccetti Equipe de edição IEA Soluções Educacionais Gerente de produção editorial Mariana Milani
Coordenador de produção editorial Marcelo Henrique Ferreira Fontes
Gerente de arte Ricardo Borges
Coordenadora de ilustrações e cartografia Marcia Berne Coordenadora de preparação e revisão Lilian Semenichin
Supervisora de iconografia e licenciamento de textos Elaine Bueno
Supervisora de arquivos de segurança Silvia Regina E. Almeida
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Cruz, Geslie Coelho Carvalho da Ciências, 5o ano : componente curricular ciências : ensino fundamental : anos iniciais / Geslie Coelho Carvalho da Cruz. – 1. ed. – São Paulo : FTD, 2018. ISBN 978-85-96-01326-0 (aluno) ISBN 978-85-96-01327-7 (professor) 1. Ciências (Ensino fundamental) I. Título. 17-11673 CDD-372.35 Índices para catálogo sistemático: 1. Ciências : Ensino fundamental 372.35
EDITORA FTD. Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br
Material disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons – Atribuição não comercial (CC BY NC – 4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros.
Sumário Apresentação ........................................................................................................ 4 1o bimestre Plano de desenvolvimento: De olhos voltados para o céu ............................................. 14 Projeto integrador: Evolução da tecnologia ..................................................................... 16 1a sequência didática: Estudando a Lua .......................................................................... 22 2a sequência didática: Ampliando e expandindo imagens ............................................. 26 3a sequência didática: Mapeando estrelas ...................................................................... 29 Proposta de acompanhamento da aprendizagem .......................................................... 31
2o bimestre Plano de desenvolvimento: Conhecer outros fenômenos naturais................................ 44 Projeto integrador: Adivinhando características ............................................................. 47 1a sequência didática: Investigando a corrente elétrica ................................................. 57 2a sequência didática: Inovações espaciais no dia a dia ................................................ 60 3a sequência didática: Conhecendo os nossos resíduos ............................................... 62 4a sequência didática: Os destinos dos resíduos sólidos............................................... 65 Proposta de acompanhamento da aprendizagem .......................................................... 69
3o bimestre Plano de desenvolvimento: Nutrição do corpo humano ................................................. 79 Projeto integrador: A nutrição do corpo humano – sistemas digestório, circulatório, urinário e respiratório ................................................................................................... 82 1a sequência didática: Alimentação saudável e balanceada. O que isso quer dizer? ... 88 2a sequência didática: O sistema digestório – como o corpo humano aproveita os nutrientes consumidos nas refeições? .................................................................. 96 a 3 sequência didática: O sistema circulatório – como são transportados os nutrientes que ingerimos?.................................................................................... 102 4a sequência didática: O sistema respiratório ............................................................... 109 Proposta de acompanhamento da aprendizagem ........................................................ 113
4o bimestre Plano de desenvolvimento: Água no cotidiano ............................................................. 127 Projeto integrador: Mananciais da minha região .......................................................... 130 1a sequência didática: O ciclo hidrológico ..................................................................... 140 2a sequência didática: Os reservatórios de água .......................................................... 143 3a sequência didática: Cobertura vegetal ...................................................................... 145 4a sequência didática: Energia elétrica .......................................................................... 150 Proposta de acompanhamento da aprendizagem ........................................................ 155
Ciências – Apresentação
Apresentação Organização deste Material Digital Este Manual do Professor – Material Digital tem como objetivo ampliar as possibilidades de trabalho em sala de aula. Sua finalidade é fornecer subsídios que possam enriquecer o dia a dia do professor com conteúdos que complementam o manual impresso e que contribuam para a atualização contínua do professor. É importante enfatizar que todas as propostas deste material são sugestões, e o professor tem total liberdade para adequar cada material à sua realidade escolar. É necessário reconhecer que a sociedade contemporânea se organiza e se desenvolve com base no desenvolvimento científico e tecnológico. Aprender a pensar em Ciências e a articular a linguagem específica dessa área do conhecimento depende do fazer científico. Isso implica transformar a sala de aula em lugar privilegiado capaz de oferecer fácil acesso às informações, de criar situações a fim de simular o fazer e o pensar científico, de levar os alunos a refletir sobre conceitos de maneira a construir significado, de promover a interação dos conhecimentos e sua aplicação em situações diversificadas. Voltado ao ensino de Ciências, este Material Digital abre espaço para que o professor trabalhe essas novas habilidades que lhe permitam utilizar de forma construtiva procedimentos, conceitos e estratégias, a partir dos quais poderá desenvolver a educação integral, que visa à aprendizagem e ao desenvolvimento global dos alunos (BRASIL, 2017). Isso significa valorizar e promover, nos espaços escolares, a inclusão social, o respeito à diversidade étnica e cultural, o discernimento e a responsabilidade de atuar no mundo e sobre o mundo (digital ou não), o desenvolvimento de habilidades de pensamento, entre outros aspectos. Este Material Digital visa à contínua atualização do professor, por isso foi elaborado com linguagem clara e objetiva, fundamentado na terceira versão da Base Nacional Comum Curricular – BNCC (BRASIL, 2017). Ele está organizado por blocos bimestrais, compostos por planos de desenvolvimento, cujos conteúdos são apresentados a seguir. Cada bimestre deste Material Digital é composto por um Plano de desenvolvimento. Dentro dele, são oferecidos: Sequências didáticas Projeto integrador Proposta de acompanhamento da aprendizagem
Plano de desenvolvimento O plano de desenvolvimento explicita os conteúdos, os objetos do conhecimento e habilidades e as metodologias a serem empregados em cada bimestre. A estrutura do plano apresenta resumidamente os conteúdos, explicitando as relações dos objetos de conhecimento e as respectivas habilidades da BNCC com a prática didático-pedagógica.
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As propostas de sala de aula visam contribuir com as práticas do professor, procurando abordar diferentes práticas didático-pedagógicas nas aulas de Ciências, entre as quais se destacam, por exemplo, levantamento de conhecimento prévio, investigação, observação e comparação de fenômenos, registro sistemático das observações, resolução de problemas, desenvolvimento de experimentos, vivências e atividades lúdicas etc. Essas práticas servem também para guiar a formação dos alunos como cidadãos críticos, analíticos, proativos e inovadores, que buscam soluções para problemas e que tenham discernimento para lidar com informações de fontes cada vez mais diversificadas. Ao final do plano, há indicações de fontes de pesquisa para o aprofundamento dos temas trabalhados, como livros técnicos, sites, vídeos, músicas, filmes, revistas, artigos de divulgação científica entre outros. Elas cumprem uma dupla função: sugerir ao professor recursos relacionados aos conteúdos, ampliando seu repertório temático, procedimental e metodológico a respeito do conhecimento científico; indicar ao professor materiais que podem ser usados com os alunos, como os livros paradidáticos, por exemplo, a fim de aprofundar certos tópicos ou abordá-los de maneira significativa ao contexto dos alunos. Os conhecimentos essenciais esperados ao final do bimestre também são mencionados. Com isso, o professor tem uma diretriz, um panorama das habilidades esperadas que os alunos tenham desenvolvido ao final do bimestre vigente.
Sequência didática A sequência didática apresenta, em cada bimestre, um conjunto de atividades para o professor expandir o desenvolvimento dos conteúdos do livro dos alunos e leva em conta que a construção do conhecimento configura em um processo que se dá por aproximações sucessivas, requerendo, portanto, a diversificação das possibilidades de ensino-aprendizagem. Um planejamento aula a aula traz orientações sobre a organização dos alunos para determinada atividade em sala (em grupos, duplas, individualmente etc.) e sobre a disposição do espaço e do tempo necessários para o desenvolvimento de cada uma. Além disso, estão indicados os materiais e os recursos necessários para o andamento das aulas em cada etapa da sequência didática. A estrutura da sequência didática se inicia com uma atividade introdutória, a fim de explorar os conhecimentos prévios dos alunos. O levantamento desses conhecimentos permite que eles mobilizem conceitos e informações que os ajudarão a realizar as atividades, direcionando produtivamente a apreensão dos conceitos. Cada sequência didática é acompanhada de propostas de avaliação. Por meio delas, o professor poderá observar se os alunos alcançaram as habilidades esperadas ou se ainda demandam novas abordagens de conhecimentos e habilidades. É importante que a avaliação seja tida como tarefa didática necessária e permanente do trabalho do professor no processo de ensino-aprendizagem (LIBÂNEO, 1994). Nesse sentido, a observação sistemática do desempenho dos alunos permite ao professor questionar, orientar, propor desafios, diagnosticar problemas e dificuldades em aprendizagens, direcionar caminhos, repensar uma ação para encaminhamentos pedagógicos, diversificar os instrumentos de avaliação e redimensionar ações educativas, para que os alunos consigam avançar no conhecimento. Os tópicos “Para trabalhar dúvidas” e “Ampliação” também estão presentes em muitas das sequências didáticas, e buscam oferecer outras possibilidades para a superação de possíveis dificuldades dos alunos ou para a ampliação de uma temática.
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Ciências – Apresentação
Projeto integrador Cada bimestre propõe um projeto integrador, uma proposta que explora um problema ou uma questão pertinente relacionada a algum momento da vida dos alunos e aos conteúdos abordados nas aulas. O trabalho com projetos é uma das formas de desenvolver ações pedagógicas nas aulas de Ciências, fornecendo aos alunos, ao mesmo tempo, contexto e sentido à aprendizagem. Neste Material Digital, o projeto integrador destaca diferentes objetos de conhecimento e habilidades de Ciências, relacionando-as com os conhecimentos de ao menos uma das demais disciplinas do Ensino Fundamental. Além disso, o Projeto integrador visa articular objetos de conhecimento de diferentes componentes curriculares para o desenvolvimento de pelo menos uma das dez competências gerais indicadas na terceira versão da Base Nacional Comum Curricular (2017), além das habilidades específicas das disciplinas que estão sendo trabalhadas no projeto. Um projeto não deve se confundir com um simples sequenciamento de atividades. Por isso, ele parte de uma problemática e deve terminar com uma apresentação ou exposição de um produto final. Para isso, podem ser utilizados recursos variados – aula expositiva, apresentação artística, teatro, oficina, evento cultural, produção de um livro, periódico ou cartaz, relatório de pesquisas, entrevistas, uso de recursos digitais etc. Nesse processo, a autoria e a autonomia dos alunos devem ser valorizadas, e cabe ao professor viabilizar situações para que eles desenvolvam seus próprios projetos (PRADO, 2005). Os alunos têm a oportunidade de explorar habilidades de análise, interpretação, intervenção e modificação de situações de seu dia a dia. Explorar um problema, uma ideia ou produzir um material envolve significados para quem o executa. Nesse sentido, a elaboração de um projeto envolvendo atividades contextualizadas distribuídas pelos temas das aulas de Ciências traz a oportunidade de novos entendimentos e permite aos alunos a resolução de problemas que envolvam os mais variados assuntos. O trabalho com projetos exige uma nova postura diante do conhecimento como: cooperação, esforço pessoal, desenvolvimento de estratégias e planejamento para concebê-lo. Com projetos os alunos aprendem a trabalhar coletivamente, privilegiando a interação com os colegas e favorecendo o desenvolvimento da capacidade de argumentar e organizar as informações. A interdisciplinaridade é valorizada ao integrar outras disciplinas no desenvolvimento das investigações científicas, articulando de maneira horizontal os conhecimentos de outras disciplinas enquanto aprofunda os conhecimentos de Ciências (ALMEIDA, 2002). Os alunos ganham experiência em diferentes contextos, construindo um conhecimento global, que aproxima as partes de um todo em vez de compartimentá-las (MORIN, 2000). No decorrer do desenvolvimento do projeto, são indicadas avaliações de execução e de etapas concluídas, estabelecidas pelo cronograma de atividades. Há orientações de avaliação pontuais, direcionadas às dificuldades enfrentadas. A duração de cada projeto varia de acordo com a proposta desenvolvida, mas todos apresentam a mesma estrutura: justificativa, objetivos, competências e habilidades da terceira versão da BNCC, materiais utilizados, propostas de avaliação de aprendizagem (incluindo a autoavaliação), cronograma, produtos a serem desenvolvidos e, ainda, materiais de consulta adicionais.
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Proposta de acompanhamento da aprendizagem Complementando o Plano de desenvolvimento de cada bimestre, há ainda a Proposta de acompanhamento da aprendizagem. Composta por 6 questões de múltipla escolha e 9 questões dissertativas, essa avaliação tem como propósito dar instrumentos ao professor para verificar se houve domínio das habilidades pelos alunos. As questões de múltipla escolha apresentam comentários específicos das respostas, entre as quais só uma é correta. As questões dissertativas indicam as respostas esperadas, com explicitação das habilidades envolvidas, orientando o professor a respeito das possíveis interpretações das produções dos alunos. Em cada proposta de acompanhamento da aprendizagem, uma ficha de acompanhamento individual (para ser usada pelo professor) elenca os avanços e os desafios de seus alunos, caso a caso. Trata-se de uma referência para a reflexão e interpretação dos registros, que permite avaliar individualmente a evolução da aprendizagem dos alunos no bimestre.
A proposta pedagógica da coleção As Ciências da Natureza e a BNCC O material digital foi formulado a partir das Competências gerais da BNCC, das Competências específicas de ciências da natureza para o Ensino Fundamental e dos objetos de conhecimento e habilidades para cada etapa dos anos iniciais, de forma que todos os elementos da coleção estejam conectados a essas competências, conhecimentos e habilidades. Além disso, a própria BNCC prevê que outros conhecimentos diversificados sejam articulados em favor de uma formação adequada à realidade local, às necessidades dos alunos, às características regionais da sociedade, da cultura e da economia etc. (BRASIL, 2013a). Isso implica que esta coleção seja usada de maneira flexível pelo professor, a fim de adaptá-la à realidade e às especificidades locais. Nesta coleção, este Manual Digital se integra baseado em uma forma híbrida de aprendizagem, em que são providos diferentes materiais didáticos para o aluno trabalhar em sala, em campo e em casa, individual ou coletivamente. A terceira versão da BNCC, fruto de amplo processo de debate e negociação com diferentes atores do campo educacional e da sociedade civil, é um documento de caráter normativo que define o conjunto de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas da Educação Básica. Todos os conhecimentos da BNCC se articulam em torno de uma proposta que visa a afirmar valores e estimular ações que contribuam para a transformação da sociedade, tornando-a mais humana, socialmente justa e, também, voltada à preservação da natureza (BRASIL, 2013b). Ela se materializa em dez competências gerais inter-relacionadas que perpassam todos os componentes curriculares, sobrepondo-se e interligando-se na construção de conhecimentos e habilidades e na formação de atitudes e valores. 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social e cultural para entender e explicar a realidade (fatos, informações, fenômenos e processos linguísticos, culturais, sociais, econômicos, científicos, tecnológicos e naturais), colaborando para a construção de uma sociedade solidária. 7
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2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e inventar soluções com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 3. Desenvolver o senso estético para reconhecer, valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também para participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. 4. Utilizar conhecimentos das linguagens verbal (oral e escrita) e/ou verbo-visual (como Libras), corporal, multimodal, artística, matemática, científica, tecnológica e digital para expressar-se e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e, com eles, produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 5. Utilizar tecnologias digitais de comunicação e informação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas do cotidiano (incluindo as escolares) ao se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas. 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao seu projeto de vida pessoal, profissional e social, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. 8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas e com a pressão do grupo. 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de origem, etnia, gênero, orientação sexual, idade, habilidade/necessidade, convicção religiosa ou de qualquer outra natureza, reconhecendo-se como parte de uma coletividade com a qual deve se comprometer.
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10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões, com base nos conhecimentos construídos na escola, segundo princípios éticos democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. (BRASIL, 2017, p. 18-19.)
Percebe-se nessas competências a valorização do conhecimento humano como fruto do exercício da curiosidade intelectual e o papel das abordagens das ciências (investigação, reflexão, análise crítica, imaginação e criatividade) na investigação de causas, na elaboração de teste de hipóteses, na formulação e resolução de problemas e na busca por soluções. De acordo com as diretrizes da BNCC, os alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental, na disciplina de Ciências da Natureza, devem ser capazes de:
ter compromisso com o desenvolvimento do letramento científico, que envolve a capacidade de compreender e interpretar o mundo (natural, social e tecnológico), mas também de transformá-lo com base nos aportes teóricos e processuais da ciência; ter o acesso à diversidade de conhecimentos científicos produzidos ao longo da história, bem como a aproximação gradativa aos principais processos, práticas e procedimentos da investigação científica; ter um novo olhar sobre o mundo que os cerca, como também fazer escolhas e intervenções conscientes e pautadas nos princípios da sustentabilidade e do bem comum. Diante disso, há vários caminhos para fazer Ciências na sala de aula. É imprescindível que os alunos sejam estimulados e apoiados no planejamento e na realização de atividades investigativas, sozinhos ou em grupo, bem como no compartilhamento dos resultados dessas investigações (BRASIL, 2017). É essencial também organizar situações de aprendizagem partindo de questões que sejam desafiadoras, estimulem o interesse e a curiosidade científica dos alunos e possibilitem definir problemas, levantar, analisar e representar resultados; comunicar conclusões e propor intervenções (BRASIL, 2017).
Pressupostos para o ensino de Ciências Nesta coleção, o ensino de Ciências depende necessariamente de reconhecer que o conhecimento significativo é aquele que estabelece conexões entre os temas científicos, as demais áreas do conhecimento e a realidade. Trata-se de uma ruptura com a educação baseada na memorização de informações; em vez disso, busca-se valorizar os contextos onde o conhecimento é produzido e onde ele circula. A BNCC explicita os pressupostos que promovem essa postura, articulando-os em procedimentos como definição de problemas; levantamento, análise e representação; comunicação; intervenção. Nesse sentido, é essencial promover, ao longo do processo de ensino-aprendizagem, situações variadas nas quais os alunos possam articular tais procedimentos.
Observar o mundo a nossa volta e fazer perguntas. Analisar demandas, delinear problemas e planejar investigações. Propor hipóteses. 9
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Realizar atividades de campo (experimentais, teóricas, leituras, visitas etc.). Desenvolver e utilizar ferramentas para análise e representação de dados (imagens, esquemas, tabelas, gráficos, quadros, diagramas, mapas, modelos, representações de sistemas, fluxogramas, mapas conceituais, simulações etc.). Avaliar informação (validade, coerência e adequação ao problema formulado). Elaborar explicações e/ou modelos. Associar explicações e/ou modelos à evolução histórica dos conhecimentos científicos envolvidos. Selecionar e construir argumentos com base em evidências, modelos e/ou conhecimentos científicos. Aprimorar seus saberes e incorporar, gradualmente, e de modo significativo, o conhecimento científico. Desenvolver soluções para problemas cotidianos, usando diferentes ferramentas. Organizar e/ou extrapolar conclusões. Relatar informações de forma oral, escrita ou multimodal. Apresentar, de forma sistemática, dados e resultados de investigações. Participar de discussões de caráter científico com colegas, professores, familiares e comunidade em geral. Considerar contra-argumentos para rever processos investigativos e conclusões. Implementar soluções e avaliar sua eficácia para resolver problemas cotidianos. Desenvolver ações de intervenção para melhorar a qualidade de vida individual, coletiva e socioambiental. (BRASIL, 2017, p. 275.)
Competências específicas da BNCC Considerando esses pressupostos, e em articulação com as competências gerais da BNCC, a área de Ciências da Natureza deve garantir aos alunos o desenvolvimento de competências específicas. 1. Compreender as ciências como empreendimento humano, reconhecendo que o conhecimento científico é provisório, cultural e histórico. 2. Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas e socioambientais e do mundo do trabalho.
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3. Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, tecnológico e social, como também às relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas e buscar respostas. 4. Avaliar aplicações e implicações políticas, socioambientais e culturais da ciência e da tecnologia e propor alternativas aos desafios do mundo contemporâneo, incluindo aqueles relativos ao mundo do trabalho. 5. Construir argumentos com base em dados, evidências e informações confiáveis e negociar e defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioambiental e o respeito a si próprio e ao outro, acolhendo e valorizando a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza. 6. Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza. 7. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões frente a questões científico-tecnológicas e socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários. (BRASIL, 2017, p. 276.)
Este Material Digital considera em sua abordagem a mesma organização das unidades temáticas adotadas pela BNCC, ou seja, temas relacionados à matéria e energia; vida e evolução; terra e universo. A partir dos diversos objetos de conhecimento e habilidades, nos diferentes anos, essas temáticas são exploradas e problematizadas de forma a conduzir à reflexão e proporcionar caminhos em direção a um processo de aprendizagem. A unidade temática Matéria e energia contempla o estudo de materiais e suas transformações, fontes e tipos de energia utilizados na vida em geral, na perspectiva de construir conhecimento sobre a natureza da matéria e dos diferentes usos da energia. (BRASIL, 2017, p. 277.)
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A unidade temática Vida e evolução propõe o estudo de questões relacionadas aos seres vivos (incluindo os seres humanos), suas características e necessidades, e a vida como fenômeno natural e social, os elementos essenciais à sua manutenção e à compreensão dos processos evolutivos que geram a diversidade de formas de vida no planeta. Estudam-se características dos ecossistemas destacando-se as interações dos seres vivos com outros seres vivos e com os fatores não vivos do ambiente, com destaque para as interações que os seres humanos estabelecem entre si e com os demais seres vivos e elementos não vivos do ambiente. Aborda-se, ainda, a importância da preservação da biodiversidade e como ela se distribui nos principais ecossistemas brasileiros. (BRASIL, 2017, p. 278.)
Na unidade temática Terra e universo, busca-se a compreensão de características da Terra, do Sol, da Lua e de outros corpos celestes – suas dimensões, composição, localizações, movimentos e forças que atuam entre eles. Ampliam-se experiências de observação do céu, do planeta Terra, particularmente das zonas habitadas pelo ser humano e demais seres vivos, bem como de observação dos principais fenômenos celestes. Além disso, ao salientar que a construção dos conhecimentos sobre a Terra e o céu se deu de diferentes formas em distintas culturas ao longo da história da humanidade, explora-se a riqueza envolvida nesses conhecimentos, o que permite, entre outras coisas, maior valorização de outras formas de conceber o mundo. (BRASIL, 2017, p. 280.)
As unidades temáticas estão estruturadas em um conjunto de habilidades cuja complexidade cresce progressivamente ao longo dos anos. Essas habilidades mobilizam conhecimentos conceituais, linguagens e alguns dos principais processos, práticas e procedimentos de investigação envolvidos na dinâmica da construção de conhecimentos na ciência. Este Material Digital está, portanto, em sintonia com o desenvolvimento de atividades de aprendizagem propostas de forma agradável e dinâmica, ampliando o universo de conhecimento, além do desenvolvimento de aprendizagens essenciais que estão agrupadas em competências e habilidades, que vão além da simples transmissão de informações e são tratadas de maneira progressiva, sequencial e com flexibilidade de adaptação aos diversos contextos escolares do país.
Bibliografia ALMEIDA, F. J.; FONSECA JÚNIOR, F. M. Projetos e ambientes inovadores. Brasília: Secretaria de Educação a Distância – Seed / Proinfo – Ministério da Educação, 2000. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base>. Acesso em: 30 out. 2017.
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BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013a. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=15548-d-c-n-educ acao-basica-nova-pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 20 dez. 2017. BRASIL. Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Caderno de Educação em Direitos Humanos. Educação em Direitos Humanos: Diretrizes Nacionais. Brasília: Coordenação Geral de Educação em SDH/PR, Direitos Humanos, Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, 2013. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=32131-educacaodh-diretrizesnacionaispdf&Itemid=30192>. Acesso em: 23 mar. 2017. LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 2. ed. São Paulo: Cortez; Brasília: Unesco, 2000. PRADO, M. E. B. B. Pedagogia de projetos: fundamentos e implicações. In: ALMEIDA, M. E. B.; MORAN, J. M. Integração das Tecnologias na Educação. Brasília: Ministério da Educação – MEC / Secretaria de Educação a Distância – SEED, 2005.
Material disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons – Atribuição não comercial (CC BY NC – 4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros.
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Ciências – 5o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento
Plano de desenvolvimento: De olhos voltados para o céu Serão abordados neste bimestre temas que se relacionam com observações do céu noturno. Os alunos registrarão dados sobre a Lua em determinado intervalo de tempo, compreendendo como se dão os movimentos desse satélite no sistema Terra-Sol-Lua. Os alunos também poderão expandir conhecimentos sobre cartas celestes – mapas das estrelas observáveis no céu tanto a olho nu quanto por meio de instrumentos de observação, como lunetas e telescópios, além de suas características e utilidade para a orientação do ser humano.
Conteúdos
Movimentos aparentes da Lua no céu Posição da Lua e Terra e do Sol Instrumentos de observação Carta celeste
Objetos de conhecimento e habilidades Objeto de conhecimento Habilidade
Objeto de conhecimento
Habilidade
Objeto de conhecimento Habilidade
Periodicidade das fases da Lua (EF05CI12) Concluir sobre a periodicidade das fases da Lua, com base na observação e no registro das formas aparentes da Lua no céu ao longo de, pelo menos, dois meses. Instrumentos óticos (EF05CI13) Projetar e construir dispositivos para observação à distância (luneta, periscópio etc.), para observação ampliada de objetos (lupas, microscópios) ou para registro de imagens (máquinas fotográficas) e discutir usos sociais desses dispositivos. Constelações e mapas celestes (EF05CI10) Identificar algumas constelações no céu, com o apoio de recursos, como mapas celestes e aplicativos, entre outros, e os períodos do ano em que elas são visíveis no início da noite.
Práticas de sala de aula No primeiro bimestre, é importante construir a rotina escolar. Para isso, deve-se reservar momentos com os alunos a fim de estabelecer combinados de convivência que garantam um ambiente agradável para as atividades escolares. Programar uma aula para debater essas combinações, defini-las e registrá-las em cartazes, os quais podem ser expostos na sala de aula no início do bimestre. Depois de algumas semanas de aula, os próprios alunos podem avaliar se os cartazes devem ou não ser retirados. 14
Ciências – 5o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento
Outra prática é registrar em um canto da lousa as atividades diárias, incluindo períodos como alimentação, diversão (lanche, recreio, parque, pátio etc.) e produção, a fim de que os alunos compreendam a importância de organizar o tempo e diferenciem os momentos e a postura a adotar em cada situação. Eles mesmos podem fazer essas anotações na lousa, sob a orientação do professor, além de manter o registro no caderno para consultas posteriores. A retomada de conteúdos trabalhados é tão importante quanto criar uma rotina, especialmente no início da semana ou após feriados e férias. Explicações breves, com a ajuda dos próprios alunos, são suficientes para que eles relembrem onde pararam nas aulas anteriores, principalmente as aulas práticas. Também pode ser útil registrar na lousa palavras capazes de resgatar esse aprendizado. Aproveitar esse resgate para verificar, entre outros combinados, tarefas realizadas em casa, documentos pedidos em recados na agenda, devolução de atividades etc. À medida que se desenrolarem as atividades propostas, ressaltar a importância das orientações do professor e de comentários e dúvidas dos colegas, enfatizando a necessidade de se ter uma fala ordenada e respeitar o próximo. Avisá-los de que o conhecimento se constrói conjuntamente pela turma, o que torna parte do aprendizado a exposição de ideias e dúvidas. Como neste bimestre haverá momentos de experimentação e atividades em grupo, considerar a necessidade de mudar a composição dos grupos, com o objetivo de ampliar a interação entre os alunos. Para mantê-los concentrados, é uma boa prática propor questões que aprimorem os conhecimentos abordados de maneira informal e descontraída. A utilização de recursos complementares – fotos, gráficos simples, filmes e registros históricos com linguagem apropriada para a faixa etária – pode ajudar a conquistar a atenção deles e já iniciar o estudo de outro conteúdo. Nas sequências didáticas deste bimestre, serão desenvolvidas habilidades associadas a procedimentos característicos da metodologia científica, como: Sequência 1 – Observar as regularidades dos movimentos aparentes da Lua em torno da Terra para estudar nosso satélite natural. Sequência 2 – Estudar instrumentos ópticos. Sequência 3 – Observar o céu para identificar estrelas e constelações por meio da consulta a uma carta celeste. Com o projeto integrador “Evolução da tecnologia”, os conhecimentos científicos se integrarão ao conteúdo de Língua Portuguesa e de Geografia para desenvolver as habilidades EF05CI05 e EF05CI13. No final, os alunos elaborarão cartazes com informações a respeito do consumo de tecnologia de ponta, buscando, simultaneamente, o desenvolvimento da consciência para o descarte adequado dos aparelhos celulares usados.
Foco Como alguns alunos podem apresentar facilidade com o conteúdo, incentivá-los a solucionar dúvidas dos demais, propondo que se formem grupos ou duplas, de modo que quem domina o assunto estudado auxilie quem tem dificuldade. Recomenda-se variar a organização desses grupos ou duplas para evitar que os alunos com dúvida se sintam julgados. Normalmente, as facilidades e as dificuldades de cada aluno mudam de acordo com o conteúdo abordado. Procurar identificar essas situações para incentivar o aluno que recebeu apoio, a fim de que possa ajudar um colega em outro momento. Apresentar essa proposta de troca como uma oportunidade de aprendizado coletivo.
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Ciências – 5o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Ciências, Geografia e Língua Portuguesa
Projeto integrador: Evolução da tecnologia
Conexão com: CIÊNCIAS, GEOGRAFIA e LÍNGUA PORTUGUESA Este projeto propõe a criação de cartazes para apresentar o resultado de uma pesquisa sobre a evolução do telefone celular, mostrando que o desenvolvimento tecnológico provém de avanços científicos e provoca transformações sociais. Tal produção se iniciará depois de uma reflexão a respeito da aplicação da tecnologia nos projetos de análise do meio ambiente e das mudanças que este tem sofrido. Os cartazes também apelarão às pessoas para que se conscientizem da necessidade de reduzir o uso de aparelhos eletrônicos, visando à preservação de impactos futuros no ambiente.
Justificativa Atualmente, a tecnologia é essencial para a humanidade em diversas esferas. Em virtude da grande influência de dispositivos tecnológicos – os quais, com o passar dos anos, acumulam a cada dia um número maior de funções –, é importante entender as mudanças por eles provocadas nas atividades cotidianas. A fim de orientar os rumos dos avanços tecnológicos, desenvolvem-se conhecimentos científicos relativos à compreensão da dinâmica de preservação da natureza. Como a comunicação faz parte da interação entre homens e mulheres para diversos fins, criaram-se aparelhos que permitem a troca de mensagens a distâncias cada vez maiores, até mesmo em viagens de exploração do espaço. Entre tantos outros avanços tecnológicos, o telefone, antes fixo, tornou-se móvel e dotado de funções que vão além da comunicação oral – aliás, principal motivo de sua criação. O celular é um aparelho moderno muito disseminado e reúne diversas tecnologias (comunicação por voz e vídeo, fotografia, jogos, editor de textos etc.). Assim, conhecendo a sua evolução, entende-se melhor seu impacto na sociedade. Vale destacar que essa e outras experiências proporcionadas pelo progresso tecnológico têm origem em pesquisas e estudos científicos. Para acompanhar o desenvolvimento da tecnologia nos aparelhos celulares e nos demais eletroeletrônicos, as pessoas frequentemente buscam os modelos mais recentes. No entanto, esse consumo desenfreado gera problemas para o ambiente no momento de descartar os aparelhos usados.
Objetivos
Entender o que é tecnologia e como ela influencia o cotidiano. Pesquisar alguns tipos de aparelhos tecnológicos. Analisar o processo de transformação de paisagens por meio da análise de imagens obtidas por satélites artificiais. Organizar, classificar e sistematizar as informações pesquisadas. Converter informações de uma linguagem para outra. Produzir cartazes sobre a evolução tecnológica de telefones móveis. Compartilhar e expor para a comunidade escolar os produtos finais deste projeto. Iniciar uma campanha de consumo consciente de aparelhos celulares.
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Competências e habilidades
Competências desenvolvidas
4. Utilizar conhecimentos das linguagens verbal (oral e escrita) e/ou verbo-visual (como Libras), corporal, multimodal, artística, matemática, científica, tecnológica e digital para expressar-se e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e, com eles, produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 5. Utilizar tecnologias digitais de comunicação e informação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas do cotidiano (incluindo as escolares) ao se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas. Geografia (EF05GE08) Analisar transformações de paisagens nas cidades, comparando sequência de fotografias, fotografias aéreas e imagens de satélite de épocas diferentes.
Habilidades relacionadas*
Ciências (EF05CI13) Projetar e construir dispositivos para observação à distância (luneta, periscópio etc.), para observação ampliada de objetos (lupas, microscópios) ou para registro de imagens (máquinas fotográficas) e discutir usos sociais desses dispositivos. (EF05CI05) Construir propostas coletivas para um consumo mais consciente, descarte adequado e ampliação de hábitos de reutilização e reciclagem de materiais consumidos na escola e/ou na vida cotidiana. Língua Portuguesa (EF05LP24) Produzir texto sobre tema de interesse, organizando resultados de pesquisa em fontes de informação impressas ou digitais, incluindo imagens e gráficos ou tabelas, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
*A ênfase nas habilidades aqui relacionadas varia de acordo com o tema e as atividades desenvolvidas no projeto.
O que será desenvolvido Neste projeto os alunos ampliarão seu conhecimento sobre a relação da sociedade com os avanços tecnológicos. Esse estudo se iniciará com uma conversa sobre o entendimento dos alunos a respeito do que é tecnologia e como ela se insere nas atividades do dia a dia. Depois, serão discutidas imagens obtidas por satélites, em épocas distintas, com o objetivo de analisar as transformações ocorridas na natureza e na organização das cidades. Os alunos montarão uma câmara escura para entender como funciona a captação da imagem. Em seguida, pesquisarão modelos de aparelhos celulares e farão um cartaz mostrando a evolução desses dispositivos tecnológicos, destacando as informações referentes à funcionalidade, ao ano de lançamento e à qualidade da imagem. Com essas informações, eles deverão criar frases e perguntas de efeito que conscientizem as pessoas sobre o impacto ambiental que pode ocorrer quando não nos preocupamos com o descarte de aparelhos de celulares usados. Por exemplo, se um cartaz mostrar as vantagens do aparelho celular mais recente, deverá apresentar também uma frase como “Doe seu aparelho celular usado para uma ONG que reaproveita cada um de seus componentes”. Essa atitude reduz o impacto ambiental. 17
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Materiais
Livros, revistas e jornais com propagandas de celulares Folhas de papel sulfite Folhas de cartolina Tesoura com pontas arredondadas Lápis de cor Lápis preto Borracha Giz de cera Régua Computadores ou tablets com acesso à internet
Para construir uma câmara escura Uma lata vazia de leite em pó ou achocolatado; um pedaço de papel-alumínio com cerca de 10 centímetros de comprimento; metade de uma folha de cartolina ou cartão preto; um pano preto com cerca de 70 centímetros por 50 centímetros; uma folha de papel vegetal; fita isolante ou adesiva; um pedaço de barbante com cerca de 50 cm de comprimento
Etapas do projeto Cronograma
Tempo de produção do projeto: 1 mês/4 semanas/2 aulas por semana Número de aulas sugeridas para o desenvolvimento das propostas: 8 aulas
Aula 1: Investigando a tecnologia Para começar o projeto, os alunos precisam entender a realidade tecnológica em que vivem e compreender que ela resulta de um processo de estudos e pesquisas que se transforma com o tempo. É muito importante discutir com eles o que é tecnologia – tema tão significativo na atualidade – e o impacto que ela provoca na sociedade. Depois, elaborar na lousa, com a ajuda dos alunos, um resumo das ideias. Promover uma reflexão sobre a importância da tecnologia e das atividades realizadas no cotidiano. Em seguida, apresentar aos alunos a proposta do projeto de trabalho, com explicações sobre o produto final e suas características, assim como o cronograma de trabalho. Solicitar que os alunos procurem e selecionem em casa, em revistas e jornais, imagens de aparelhos celulares, computadores e máquinas fotográficas. É muito provável que só encontrem imagens de modelos mais modernos desses aparelhos. Caso isso aconteça nessa primeira pesquisa de imagens, não há problema; mais adiante, a pesquisa será ampliada para que eles conheçam modelos mais antigos desses dispositivos.
Aula 2: Uso das tecnologias, com foco na fotografia Neste momento, a turma se aprofundará no uso da fotografia no estudo da sociedade e do planeta. A intenção da segunda aula é mostrar aos alunos que as fotos tiradas por satélites proporcionam uma visão ampla da organização dos espaços ocupados pelo ser humano e permitem comparar épocas diferentes. Para isso, levar à sala de aula fotos de uma paisagem que foi transformada pela ação humana ao longo dos anos, como as publicadas na notícia que está na página virtual <https://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/nasa-divulga-imagens18
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que-mostram-mudancas-drasticas-no-planeta-20758217> (acesso em: 5 fev. 2018). Mostrar nas imagens os traços principais da transformação e ressaltar que tal análise foi possível graças aos avanços tecnológicos que criaram e puseram os satélites em órbita da Terra e garantem sua manutenção. Para ampliar o conhecimento sobre o tema, visitar o site de mudanças climáticas da Nasa (Agência Nacional de Aeronáutica e Espaço, dos Estados Unidos), em inglês, que apresenta uma série de fotografias de satélite que mostram o antes e o depois quando se arrasta uma seta dupla central para um lado e para o outro (disponível em: <https://climate.nasa.gov/ images-of-change?id=629#629-drought-shrinks-theewaterskloof-reservoir-in-south-africa>; acesso em: 5 fev. 2018). No segundo momento da aula, explicar aos alunos como funciona a máquina fotográfica e como ela capta as imagens. Pedir a eles que tragam na aula seguinte o material descrito em “Para construir uma câmara escura”, no início deste projeto.
Aula 3: Captando a luz A classe montará uma câmara escura para entender o processo de captação de imagens. É importante analisar a montagem com antecedência, para a eventualidade de ser necessário trocar materiais. O endereço a seguir é de um vídeo que ensina a fazer essa montagem: <https://www.youtube.com/watch?v=yZlt8VgjKdc> (acesso em: 5 fev. 2018). Escrever as instruções na lousa e explicar os passos aos alunos. Iniciadas as montagens, circular pela sala de aula para observar os grupos e ajudar os alunos que tiverem dúvida. Ver a seguir orientações para fazer uma câmara escura caseira. Retirar a tampa da lata (o professor deve ajudar a pôr uma fita adesiva em volta da boca da lata para evitar que os alunos se machuquem). Fazer um furo com prego no fundo da lata (a cargo do professor). Colar o papel-alumínio na parte externa da lata, cobrindo o furo. Forrar a parte interna da lata com um pedaço do papel preto. O objetivo é deixar o interior da lata bem escuro. Cuidado: o furo da lata não pode ser tapado. Fazer um furinho no papel-alumínio com alfinete bem pequeno (atividade que o professor precisa realizar). A luz deve entrar na câmara escura apenas por esse furinho. Com a fita adesiva, adaptar a folha de papel vegetal exatamente no lugar da tampa retirada. Amarrar uma das pontas do pano preto por fora da lata, deixando o restante solto. Esse pedaço servirá para cobrir o rosto do fotógrafo. Orientar os alunos que tiverem finalizado a câmara escura a olhar pela parte com papel vegetal e cobrir a cabeça com o pano. Pedir que olhem para objetos bem iluminados e perguntar o que estão vendo. Certamente eles dirão que a imagem está invertida. Explicar a todos que a luz passa pelo buraquinho no fundo da lata e inverte a imagem na folha de papel vegetal. Por outro lado, a imagem é vista corretamente em máquinas fotográficas comerciais porque as imagens invertidas passam por outra inversão, aparecendo na posição correta no visor.
Aula 4: Buscando informações Pedir aos alunos que levem para a sala de aula revistas e jornais que contenham publicidade ou informações em textos sobre celulares. Levar também publicações com dados e imagens de celulares mais antigos. Essa pesquisa também pode ser feita na internet. Os alunos devem anotar no caderno, em forma de tópico, as principais funções dos telefones móveis em épocas diferentes. Reforçar que um dos objetivos deste trabalho é construir uma linha da evolução tecnológica dos telefones móveis. 19
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Aula 5: Sistematização dos dados Nesta aula, os alunos deverão escolher as imagens, produzir os textos e as frases ou perguntas de conscientização que comporão o cartaz, o qual poderá ter o desenho de um celular do futuro que imaginarem e um texto com suas prováveis funções. Lembrar os alunos de que as informações precisam ser bem resumidas para caber no espaço disponível na cartolina.
Aulas 6 e 7: Planejando e criando os cartazes Elaborar um primeiro rascunho da evolução da tecnologia dos telefones móveis. Organizar a lista de funções dos aparelhos e seu ano de lançamento, a fim de transpor essas informações para o cartaz. Ressaltar a importância de informações importantes, como nome, título, dados de pesquisas e fonte (pelo menos uma referência). Cada um apresentará em seu cartaz a evolução tecnológica dos telefones móveis. Nessa etapa final do projeto, o aluno deve rever, em conversa com colegas e o professor, o que se enfocou e concluiu nas aulas anteriores. É também importante que façam parte dessa linha de evolução imagens dos modelos de telefone selecionados.
Aula 8: Exposição de cartazes Expor os trabalhos da classe em uma área acessível da escola e convidar os colegas e professores de outras salas a ver os trabalhos. Propor uma conversa para refletir e avaliar com a turma o resultado desse projeto, solicitando aos alunos que exponham as dificuldades e as conquistas que vivenciaram.
Avaliação Aula 1 2 3 4 5 6e7 8
Proposta de avaliação Verificar as concepções prévias sobre tecnologia. Avaliar o aprendizado com o uso de imagens de satélite para analisar transformações da paisagem. Verificar se a câmara escura funciona. Verificar a coleta de dados significativos para a elaboração do trabalho. Avaliar a sistematização da pesquisa. Verificar se a mensagem e a linguagem usadas no cartaz se adéquam à proposta de trabalho. Analisar a criatividade do cartaz. Analisar a capacidade dos alunos de refletir sobre a sua aprendizagem.
Avaliação final Solicitar aos alunos que conversem sobre a atividade realizada e manifestem suas impressões ao longo do trabalho, desde a pesquisa até a elaboração do cartaz, citando suas eventuais dificuldades e as soluções encontradas para resolvê-las e reconhecendo as conquistas no aprendizado de novos conteúdos. Perguntar a eles quais atividades apreciaram mais e por quê. Quanto à prática pedagógica, avaliar a ocorrência de influências ou eventos externos favoráveis ou desfavoráveis à obtenção dos resultados e sua interação com os alunos. Descrever as dificuldades na implantação do projeto e suas causas, apontando as medidas adotadas para superar os obstáculos. Avaliar, ainda, se o tempo previsto para a implantação do projeto foi suficiente e se os objetivos definidos no início foram alcançados de maneira satisfatória ou insatisfatória e os motivos. 20
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Referências bibliográficas complementares
CONHEÇA a evolução do telefone celular. O Globo. Tecnologia. Disponível em: <http://infograficos.oglobo.globo.com/tecnologia/conheca-a-evolucao-do-telefone-celular.html>. Acesso em: 7 fev. 2018. Essa página apresenta um infográfico que mostra a evolução dos aparelhos celulares ao longo do tempo.
VOCÊ sabe como os equipamentos tecnológicos evoluíram? Olhar Digital. Disponível em: <https://olhardigital.com.br/noticia/voce-sabe-como-os-equipamentos-tecnologicos-evoluiram/ 7273>. Acesso em: 31 jan. 2018. Esse artigo apresenta a evolução dos principais equipamentos eletrônicos.
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Ciências – 5o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática
1a sequência didática: Estudando a Lua Nesta sequência de aulas serão abordados os movimentos da Lua e suas aparentes mudanças de forma e as posições do Sol, da Lua e da Terra no espaço.
Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Objeto de conhecimento
Periodicidade das fases da Lua
Habilidade Objetivos de aprendizagem
Conteúdos
(EF05CI12) Concluir sobre a periodicidade das fases da Lua, com base na observação e no registro das formas aparentes da Lua no céu ao longo de, pelo menos, dois meses. Compreender o motivo da mudança aparente no formato da Lua vista no céu. Entender os movimentos da Lua. Identificar as fases lunares. Visualizar as posições do Sol, da Lua e da Terra e suas consequências. Movimentos da Lua Posições do Sol, da Lua e da Terra Mês lunar
Materiais e recursos
Folha de papel sulfite Jornal ou papel já utilizado Lanterna Computador com acesso à internet
Desenvolvimento
Quantidade de aulas: 5 aulas
Aula 1 Começar a primeira aula desta sequência didática com uma conversa para que os alunos exponham o que sabem da Lua. Se algum aluno não conseguir apresentar informações a esse respeito, ajudá-lo com imagens e livros, filmes ou páginas da internet. A seguir, orientar os alunos sobre uma lição de casa que exigirá um registro diário. Entregar a cada um deles uma folha de papel A4 e pedir que ponham seu nome na folha. Depois, organizar na lousa uma tabela que, nas linhas horizontais, mostre ao menos 14 dias consecutivos; e, nas colunas, apresente: dias, horário do registro, formato aparente da Lua, céu limpo ou nublado. Explicar para a classe cada uma dessas informações. Horário do registro – Hora em que observaram a Lua. Se julgar conveniente, preencher em sala os horários de observação da Lua e ressaltar a importância de usar horários diferentes para notar mudanças de forma e posição. Formato aparente da Lua – Desenhar ou escrever qual é o formato da Lua no momento da observação. 22
Ciências – 5o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática
Céu limpo ou nublado – Qual é o aspecto do céu no momento da observação, nublado ou limpo (sem nuvens ou com poucas nuvens). A tabela ficará assim: OBSERVAÇÃO DAS FASES DA LUA DIAS
HORÁRIO DO REGISTRO
FORMATO APARENTE DA LUA
CÉU LIMPO OU NUBLADO
1o dia 2o dia 3o dia 4o dia 5o dia 6o dia 7o dia 8o dia 9o dia 10o dia 11o dia 12o dia 13o dia 14o dia
Pedir à turma que copie a tabela no caderno e explicar que cada um deve observar o céu de sua residência, localizar a Lua e registrar as informações na tabela durante esses 14 dias. Se considerar pertinente, adicionar mais uma ou duas colunas na tabela ou ampliar os dias de coleta de dados.
Avaliação Como esta aula tem um caráter introdutório, a avaliação consiste na participação dos alunos no diálogo inicial e na demonstração de interesse por eles de cumprir as tarefas do dia.
Aula 2 Começar a aula representando na lousa dados sobre a distância entre a Terra e a Lua e o diâmetro delas. Na lousa, desenhar um círculo de 15 cm de diâmetro e outro de 4,1 cm de diâmetro. Explicar à classe que o maior dos dois círculos representa a Terra e o menor, a Lua – ambas com diâmetros reduzidos na mesma proporção. Providenciar esferas feitas com papel velho ou jornal que tenham o mesmo diâmetro dos desenhos, a fim de mostrar o volume desses corpos celestes também proporcionalmente. As esferas podem ser feitas de papel machê, de baixo custo e fácil de moldar. Pode-se até enfiar um arame ou um palito de churrasco nessas representações para manuseá-las e apresentá-las com mais facilidade. 23
Ciências – 5o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática
Com essas esferas nas mãos, explicar aos alunos os movimentos de rotação e translação da Lua. Providenciar imagens que mostrem esses movimentos da Lua. Com a ajuda de um aluno, simular o movimento de translação da Lua em torno da Terra e depois, simular, separadamente, o movimento de rotação da Lua. Para concluir, simular os dois movimentos ao mesmo tempo. Dizer à classe que o período de translação da Lua, de 29 dias e meio, é chamado de mês lunar (ou revolução sinódica), base do calendário lunar, seguido ainda hoje por certos povos e tradições. Lembrar os alunos de que eles devem continuar a preencher a tabela da aula anterior e trazê-la para a escola na aula seguinte.
Aulas 3 e 4 Essas aulas precisam ocorrer somente após o período de 14 dias de observação do céu. Organizar a classe em grupos de 2 a 3 alunos e pedir que comparem seus registros e tirem conclusões sobre os formatos aparentes e o movimento da Lua no céu. Escrever na lousa perguntas como: Quais foram os formatos da Lua observados? É possível ver a Lua com nitidez nos dias de céu nublado? A Lua foi vista na mesma posição no céu ao longo dos dias registrados? Essas questões podem ajudar os alunos a tirar determinadas conclusões com base em seus registros. Estabelecer uma conversa com os alunos e solicitar a cada grupo que exponha as suas conclusões. Conduzir a troca de informações entre os alunos, para que o grupo-classe entre em acordo e elabore uma conclusão coletiva. No final da discussão, os grupos devem registrar em uma folha identificada e por meio de desenhos e textos curtos quais são os formatos da Lua e qual foi o raciocínio que os levou a essa conclusão.
Avaliação As folhas com o registro final compõem um instrumento de avaliação do aprendizado do formato da Lua, com base nos registros diários elaborados pelos alunos. Espera-se que os grupos notem que a Lua aparenta ter formatos diferentes, se vista da Terra. Isso se deve ao seu movimento de translação, isto é, o movimento que a Lua descreve em volta da Terra. Além do registro em folha, também deve ser considerada a participação de cada aluno na discussão coletiva, que faz parte da construção do conhecimento e envolve raciocínio.
Aula 5 Levar a lanterna para a sala de aula. Antes de fazer as simulações das posições da Lua, da Terra e do Sol e depois a produção de desenhos com legendas, relembrar com os alunos, no começo da aula, os movimentos da Lua. Escolher dois deles, um para representar a Lua e o outro, a Terra. Com as luzes da sala de aula apagadas, ligar a lanterna e deixá-la paralela à lousa. Essa fonte de luz fará o papel de Sol. Jogar na frente dela um pouco de pó de giz para fazer lembrar os raios emitidos por essa estrela. Pedir à “Terra” que fique diante da lanterna. Para marcar o dia e a noite, a “Terra” deve girar lentamente em torno de si mesma (não apenas para efeito da simulação, como também para o aluno não ficar tonto). Relacionar essa rotação no próprio eixo ao fenômeno de rotação do planeta Terra, movimento que, quando completo, determina a duração de um dia. Pedir agora ao aluno “Terra” que gire em torno da lanterna. Enquanto isso, explicar à classe que o Sol é um corpo esférico que emite luz para todas as direções, e a lanterna não passa de 24
Ciências – 5o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática
uma representação do Sol. Dizer que esse movimento da Terra é o de translação, que dura um ano inteiro e é dividido em estações. Voltar o aluno “Terra” à posição inicial e colocar o aluno “Lua” entre o “Sol” e a “Terra”. Mostrar as partes iluminada e escura da “Lua” e da “Terra”. Pedir ao aluno “Lua” que imite os movimentos já vistos de rotação e translação – primeiro, um de cada vez; depois, os dois ao mesmo tempo, sempre lentamente. Fazer esses movimentos reproduzindo as quatro posições identificadas na imagem. A cada posição, mostrar onde estão as partes iluminadas e escuras dos astros que fazem parte desse sistema e por que estão iluminadas ou escuras.
Designua/Shutterstock.com
Imagem que representa as posições do sistema Terra-Lua-Sol.
Mostrar e explicar aos alunos que, conforme as posições relativas da Terra, da Lua e do Sol, ocorrem fenômenos chamados de eclipse. Distribuir uma folha de papel sulfite a cada aluno e pedir que desenhem as posições da Lua, do Sol e da Terra para que ocorram os dois tipos de eclipse, solar e lunar.
Avaliação As representações das posições dos astros que determinam os eclipses já são um instrumento de avaliação para o professor.
Ampliação Há vários sites na internet com simuladores que permitem uma interação maior com o conteúdo e uma compreensão melhor de determinados fenômenos naturais. A página <https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/gravity-and-orbits> oferece um simulador do sistema Terra-Lua-Sol, todos juntos, em pares ou isoladamente, permitindo regular o volume relativo e mostrando a contagem dos dias de translação. Em uma aula programada na sala de informática, os alunos podem visualizar a dinâmica desse sistema. É importante lembrar que o trabalho com recursos tecnológicos pressupõe uma verificação prévia da compatibilidade entre os programas e os dispositivos que serão utilizados.
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2a sequência didática: Ampliando e expandindo imagens Esta sequência abordará instrumentos de ampliação de imagens, como lupa, microscópio e telescópio, e dará aos alunos a oportunidade de construir uma câmara escura.
Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Objeto de conhecimento
Instrumentos óticos
(EF05CI13) Projetar e construir dispositivos para observação à distância (luneta, periscópio etc.), para observação ampliada de objetos (lupas, microscópios) ou para registro de imagens (máquinas fotográficas) e discutir usos sociais desses dispositivos.
Objetivos de aprendizagem
Conhecer situações de uso de instrumentos de observação. Caracterizar um microscópio e um telescópio.
Conteúdos
Ampliação de imagens Instrumentos de observação Formação de imagem
Habilidade
Materiais e recursos
Lupa Pedras Terra Folhas de papel sulfite Material para desenho Espelho de aumento, espelho pequeno e plano Fotos tiradas por telescópio
Desenvolvimento
Quantidade de aulas: 3 aulas
Aula 1 Organizar a turma em pequenos grupos, de dois ou três alunos. Entregar a cada grupo uma lupa, uma pedra ou uma porção pequena de terra – e a cada aluno uma folha de papel sulfite. Pedir aos alunos que escrevam seu nome na folha. Na lousa, desenhar uma folha de papel dividida ao meio de alto a baixo. De um lado do desenho, escrever no alto da folha “Pedra observada a olho nu”; do outro lado, escrever “Pedra observada com lupa”. Orientar os alunos a observar a superfície de uma pedra e registrar em desenho o que viram, de acordo com as identificações feitas na folha de papel, isto é, “a olho nu” e “com lupa”. Acompanhar a turma e verificar se os alunos percebem bem que, ao fazer a observação através da lupa, a imagem da superfície da pedra se amplia. Caso um aluno não consiga manusear a lupa e enxergar a pedra mais de perto e detalhes de sua superfície, explicar a ele que o olho deve ficar próximo da lupa e então é preciso regular a distância entre a lupa e o objeto, para 26
Ciências – 5o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática
focá-lo. Caso ele não consiga enxergar através da lupa, solicitar a um colega do grupo que o auxilie. Em seguida, pedir aos alunos que mostrem seus desenhos uns para os outros, a fim de garantir que todas as produções sejam apreciadas pela classe. Organizar a sala para começar um diálogo com a turma. Escrever na lousa as perguntas a seguir e pedir aos alunos que as copiem e respondam no caderno. Se acaso alguns alunos não conseguirem terminar a atividade na aula, pedir que a façam em casa.
1. Com base no teste feito, responda: para que serve a lupa?
Resposta esperada: A lupa serve para ampliar uma imagem. Podem surgir ideias vagas, como ver ou aumentar coisas, mas essas respostas não identificam a função da lupa.
2. Que tipo de objetos você veria com uma lupa?
A resposta é pessoal, mas se espera que os alunos falem de objetos ou insetos pequenos. Também precisam entender que a lupa é um instrumento para ampliar imagens.
Avaliação Os desenhos e as listas podem ser o primeiro instrumento de avaliação, já que, pelos desenhos, verifica-se o que os alunos entendem por lupa. Ainda com relação ao desenho, avaliar a reprodução dos detalhes de uma imagem ampliada; quanto à lista, analisar o aprendizado da aplicação do uso da lupa.
Aula 2 No começo da aula, recapitular com a turma os conhecimentos desenvolvidos na aula anterior, destacando a função da lupa como instrumento de observação. Explicar que existem outros instrumentos com a mesma função de ampliar imagens. Nesta aula; os alunos conhecerão dois outros instrumentos desse tipo, o microscópio e o telescópio. Para isso, o professor pode levar a turma a outro local da escola onde haja um microscópio. Não é preciso manusear o equipamento; basta observar um profissional da escola demonstrar como o instrumento funciona. Caso isso não seja possível, mostrar uma imagem (como a que está a seguir) ou apresentar um vídeo aos alunos. Comparar a lupa com o microscópio, explicando que o microscópio tem maior definição e capacidade de ampliação das imagens muito superior. Mostrar ainda imagens de materiais observados ao microscópio, preferencialmente com diferentes ampliações, para que os alunos possam identificar melhor as características desses materiais. Associar esse instrumento à realização dos chamados exames de análises clínicas, por meio dos quais os laboratórios especializados analisam amostras de materiais do corpo humano, como sangue, urina, fezes, tecidos de órgãos diversos etc.
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Ciências – 5o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática
Macrovector/Shutterstock.com
Microscópio óptico (em destaque, microrganismos encontrados em uma gota de água).
Providenciar uma imagem de telescópio e explicar aos alunos, em linhas gerais, como esse equipamento funciona. Para isso, utilizar um vídeo postado por um especialista na área de Astronomia. Comente com os alunos que, para ver adequadamente as estrelas com um telescópio, é preciso que a observação seja feita em noite de céu aberto e em local com pouca iluminação artificial. Mostre também aos alunos fotos tiradas por telescópios e identifique os astros celestes fotografados. Caso julgue interessante, pode-se aprofundar a atividade de observação mostrando à classe uma carta celeste; explicar que ela é construída com base em observações feitas através de telescópios.
Aula 3 Relembrar a turma dos instrumentos estudados na aula anterior. Levar duas fotos tiradas por telescópio e duas de observação feita por meio de um microscópio. Pedir aos alunos que associem as imagens aos respectivos instrumentos. Após a atividade, corrigi-la na sala de aula. Depois, ensinar os alunos a montar um telescópio caseiro com um espelho de aumento, um espelho plano e uma lupa. Numa noite de céu limpo, colocar o espelho de aumento na janela voltado para a Lua, colocar o espelho plano onde será projetada a imagem do espelho de aumento e, então, com uma lupa, observar a imagem no espelho plano. Pedir aos alunos que desenhem o que observaram.
Avaliação A atividade de associação das fotos e o desenho são material de avaliação para acompanhar o aprendizado do conteúdo pelos alunos.
Ampliação Levar os alunos a um laboratório onde seja possível observar um microscópio eletrônico, mesmo que em uma observação a distância, e programar uma visita a um planetário. Outra alternativa é levar a turma à sala de informática da escola para mostrar na internet imagens feitas por telescópios, ou ainda usar um aparelho para projetar essas imagens em uma parede. Ao pesquisar na internet, encontram-se vários vídeos de imagens feitas por telescópios poderosos, como nos links <https://www.youtube.com/watch?v=b9nugR6WK-s> (duração de 12 min.) e <https://www.youtube.com/watch?v=3PHBWh7iW2Y> (duração de 30s). Acesso em: 5 fer. 2018. Dependendo do objetivo da aula, há vídeos da Lua, de planetas e galáxias. 28
Ciências – 5o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática
3a sequência didática: Mapeando estrelas Nesta aula, serão identificados representações e o significado dos mapas celestes, bem como reproduzidos mapas de constelações criadas pela turma. Também serão criados mapas celestes com elementos do dia a dia, para que sejam interpretados por outras pessoas.
Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Objeto de conhecimento
Constelações e mapas celestes
Habilidade Objetivos de aprendizagem
Conteúdos
(EF05CI10) Identificar algumas constelações no céu, com o apoio de recursos, como mapas celestes e aplicativos, entre outros, e os períodos do ano em que elas são visíveis no início da noite. Compreender a forma de representação e interpretar informações de mapas celestes. Identificar em constelações figuras que tenham um significado. Construir um mapa celeste. Mapas celestes Constelações
Materiais e recursos
Imagens de cartas celestes e constelações Folha de papel sulfite Material para desenho
Desenvolvimento
Quantidade de aulas: 2 aulas
Aula 1 Começar a aula retomando com a classe o significado de estrela. Perguntar quais estrelas, além do Sol, eles conhecem. Se aparecerem nomes de planetas ou outros corpos celestes que não sejam estrelas, aproveitar o momento para identificar com os alunos o que caracteriza uma estrela. Após essa etapa inicial, mostrar a imagem de uma constelação conhecida – as que têm nomes mitológicos podem ser mais significativas ou cativantes para as crianças. Apresentar também a imagem de uma carta celeste, explicando que se trata de um tipo de mapa que mostra a posição das constelações no céu, do ponto vista de um observador na Terra. Além disso, conforme o local em que esteja o observador, as constelações vistas à noite também podem ser outras. Pedir aos alunos que identifiquem constelações na carta celeste e mostrar que as constelações estão dentro de um campo determinado de visão do céu à noite. Alguns sites oferecem informações interativas sobre cartas celestes, entre eles o do Planetário do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://www.planetariodorio.com.br/astronomia/ cartas-celestes>. Acesso em: 5 fev. 2018. 29
Ciências – 5o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática
Aula 2 Nesta aula, os alunos elaborarão cartas celestes para que os colegas possam identificar a referência utilizada. Entregar a cada aluno uma folha de papel sulfite e pedir que desenhe nela uma constelação que tenha formato de um objeto, planta ou animal muito significativo para ele. Orientar aos alunos a decidir primeiramente o que desejam representar. Depois, eles deverão desenhar a imagem escolhida para, finalmente, refazê-la com uma sequência só de pontos, que, interligados com o lápis, voltem a formar aquela figura. Em outra folha de papel sulfite, não identificada com o nome do aluno, pedir que cada um desenhe mais uma vez a constelação e escreva o nome que atribuiu a ela. Quando todos os alunos tiverem encerrado o trabalho, permutar os desenhos das constelações entre eles e pedir que identifiquem a figura que o colega quis representar.
Avaliação Avaliar a participação dos alunos durante as atividades, bem como sua postura e seu progresso na aprendizagem. A atividade de compor uma constelação serve de instrumento de avaliação do aprendizado da organização estelar nas cartas celestes.
Ampliação O aplicativo Carta Celeste (Escapist Games Limited) é uma opção para mostrar as constelações em tempo real e como a mudança do local e o horário de observação muda o campo de visão. Existem outros aplicativos para vários tipos de dispositivos que permitem navegar em cartas celestes.
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Ciências – 5o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem
Proposta de acompanhamento da aprendizagem Avaliação de Ciências: 1o bimestre Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: _____________________________ Data: ____________________________________________________
1. Qual é a fase lunar representada nesta imagem?
Shivram/Shutterstock.com
(A) Lua cheia. (B) Lua crescente. (C) Lua minguante. (D) Lua nova.
2. Assinale a alternativa correta com relação aos movimentos lunares.
(A) Translação é o movimento da Lua em volta da Terra e rotação é o movimento da Lua em torno de si mesma. (B) Translação é o movimento da Lua em torno de si mesma e rotação é o movimento dela em volta da Terra. (C) Translação e rotação são os movimentos que a Lua descreve em volta da Terra. (D) Translação e rotação são os movimentos que a Lua realiza em torno de si mesma.
3. Para que serve uma carta celeste? (A) Mapear somente estrelas. (B) Mapear constelações (C) Mapear asteroides. (D) Mapear as fases da Lua.
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Ciências – 5o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem
4. Que instrumento de observação é representado na fotografia abaixo?
Francesco Milanese/Shutterstock.com
(A) Um microscópio. (B) Uma máquina fotográfica. (C) Uma lupa. (D) Um telescópio.
5. Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna da frase. __________________ é um instrumento utilizado para observar a imagem de bactérias ampliada milhares de vezes. (A) A lupa. (B) A luneta. (C) O microscópio. (D) O telescópio.
6. No espaço abaixo, desenhe a sequência das fases lunares e escreva a legenda de cada fase representada.
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Ciências – 5o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem
7. Explique o que é a translação da Lua e indique o intervalo de tempo em que ela ocorre. ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________
8. Cite o nome de duas constelações. ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________
9. Desenhe no espaço em branco um trecho de uma carta celeste em que se vejam duas constelações.
10. Por que a observação por meio de um telescópio deve ser feita no período da noite e com céu limpo, sem nuvens?
______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________
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Ciências – 5o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem
11. Escreva na linha abaixo de cada fotografia o nome do instrumento de observação usado para registrá-la.
photowind/Shutterstock.com
NASA images/Shutterstock.com
_______________________________________ ______________________________________________________
12. O que significa dizer que a Lua cheia se transforma em Lua minguante? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________
13. Desenhe no espaço abaixo a posição da Lua, da Terra e do Sol para que ocorra um eclipse lunar.
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Ciências – 5o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem
14. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto.
A ilustração a seguir mostra a imagem captada por uma câmara escura, dispositivo que funciona como uma máquina fotográfica simples. A vela e sua imagem, identificadas respectivamente pelos números ________ e __________, estão em posições ________________________________.
Café
(A) 1; 2; paralelas entre si. (B) 1; 2; perpendiculares entre si. (C) 2; 1; iguais entre si. (D) 2; 1; invertidas entre si.
15. Qual movimento da Terra é associado à ocorrência dos dias e das noites? Explique como ele ocorre.
______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________
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Ciências – 5o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem
Proposta de acompanhamento da aprendizagem Avaliação de Ciências: 1o bimestre Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: _____________________________ Data: ____________________________________________________
1. Qual é a fase lunar representada nesta imagem?
Shivram/Shutterstock.com
(A) Lua cheia. (B) Lua crescente. (C) Lua minguante. (D) Lua nova. Habilidade trabalhada: (EF05CI12) Concluir sobre a periodicidade das fases da Lua, com base na observação e no registro das formas aparentes da Lua no céu ao longo de, pelo menos, dois meses. Resposta: B. Quando vista da Terra, nessa fase lunar há um aumento da parte da Lua iluminada pelo Sol, como representado na imagem. Distratores: As alternativas A e D estão erradas, pois a primeira indica a fase de quando a Lua se torna totalmente iluminada pelo Sol e a segunda, a fase em que não é possível observar a Lua com nitidez daqui da Terra. Na fase lunar indicada na alternativa C, há diminuição da iluminação da Lua pelo Sol.
2. Assinale a alternativa correta com relação aos movimentos lunares.
(A) Translação é o movimento da Lua em volta da Terra e rotação é o movimento da Lua em torno de si mesma. (B) Translação é o movimento da Lua em torno de si mesma e rotação é o movimento dela em volta da Terra. (C) Translação e rotação são os movimentos que a Lua descreve em volta da Terra. (D) Translação e rotação são os movimentos que a Lua realiza em torno de si mesma. 36
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Habilidade trabalhada: (EF05CI12) Concluir sobre a periodicidade das fases da Lua, com base na observação e no registro das formas aparentes da Lua no céu ao longo de, pelo menos, dois meses. Resposta: A. Translação é o movimento que a Lua descreve em volta da Terra, conhecido como mês lunar, e rotação é o movimento que a Lua realiza em torno de si mesma. Distratores: As alternativas C e D, incorretas, sugerem que rotação e translação são o mesmo movimento realizado pela Lua. Na alternativa B, as definições de rotação e translação estão trocadas.
3. Para que serve uma carta celeste? (A) Mapear somente estrelas. (B) Mapear constelações (C) Mapear asteroides. (D) Mapear as fases da Lua.
Habilidade trabalhada: (EF05CI10) Identificar algumas constelações no céu, com o apoio de recursos, como mapas celestes e aplicativos, entre outros, e os períodos do ano em que elas são visíveis no início da noite. Resposta: B. A carta celeste é um conjunto de constelações identificadas pela humanidade; dependendo da posição da Terra, compreende diferentes constelações. Distratores: A alternativa A poderia ser considerada pelos alunos, porém a carta celeste não mapeia somente estrelas, já que estas formam as constelações representadas nesse tipo de carta. As alternativas C e D identificam corpos que não são representados em cartas celestes, já que apenas as estrelas compõem as constelações. Lembrar que uma constelação é composta de todas as estrelas dentro do seu limite imaginário.
4. Que instrumento de observação é representado na fotografia abaixo?
Francesco Milanese/Shutterstock.com
(A) Um microscópio. (B) Uma máquina fotográfica. (C) Uma lupa. (D) Um telescópio. Habilidade trabalhada: (EF05CI13) Projetar e construir dispositivos para observação à distância (luneta, periscópio etc.), para observação ampliada de objetos (lupas, microscópios) ou para registro de imagens (máquinas fotográficas) e discutir usos sociais desses dispositivos. 37
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Resposta: D. A imagem é de um telescópio, o formato e a lente apontada para cima sugerem ser um instrumento para observação do céu. Distratores: Na alternativa A, o aluno pode se confundir com a função do microscópio, que é ampliar seres invisíveis a olho nu, mas o formato do microscópio e o do telescópio são bem distintos. A alternativa B indica um instrumento cujo objetivo principal não é observar o céu. A alternativa C indica um instrumento pequeno, e mais simples, usado para ampliação de imagens.
5. Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna da frase. __________________ é um instrumento utilizado para observar a imagem de bactérias ampliada milhares de vezes. (A) A lupa. (B) A luneta. (C) O microscópio. (D) O telescópio. Habilidade trabalhada: (EF05CI13) Projetar e construir dispositivos para observação à distância (luneta, periscópio etc.), para observação ampliada de objetos (lupas, microscópios) ou para registro de imagens (máquinas fotográficas) e discutir usos sociais desses dispositivos. Resposta: C. O microscópio é o instrumento que permite ampliar a imagem de seres invisíveis a olho nu, como bactérias, que estejam relativamente perto do observador. Distratores: Na alternativa A, a lupa é um instrumento de aumento para a observação de objetos próximos do observador, mas não faz as ampliações necessárias para o estudo de bactérias. As alternativas B e D citam instrumentos que ampliam objetos que estejam muito distantes do observador.
6. No espaço abaixo, desenhe a sequência das fases lunares e escreva a legenda de cada fase representada.
Habilidade trabalhada: (EF05CI12) Concluir sobre a periodicidade das fases da Lua, com base na observação e no registro das formas aparentes da Lua no céu ao longo de, pelo menos, dois meses. Resposta sugerida: Espera-se que o aluno desenhe as quatro fases da Lua – nova, crescente, cheia e minguante – em uma sequência que não precisa começar obrigatoriamente na Lua nova. As legendas precisam corresponder à fase lunar desenhada.
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7. Explique o que é a translação da Lua e indique o intervalo de tempo em que ela ocorre. ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF05CI12) Concluir sobre a periodicidade das fases da Lua, com base na observação e no registro das formas aparentes da Lua no céu ao longo de, pelo menos, dois meses. Resposta sugerida: Espera-se que o aluno responda que a translação é o movimento que a Lua descreve em volta da Terra em 29 dias, 12 horas, 44 minutos e 33 segundos, completando o mês lunar, período usado na Antiguidade – e ainda hoje, por alguns povos e tradições – como base do calendário lunar anual. O aluno pode confundir esse movimento com a rotação lunar ou com a translação da Terra em torno do Sol, a qual tem duração de 365 dias – 1 ano ou 12 meses.
8. Cite o nome de duas constelações. ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF05CI10) Identificar algumas constelações no céu, com o apoio de recursos, como mapas celestes e aplicativos, entre outros, e os períodos do ano em que elas são visíveis no início da noite. Resposta sugerida: Possivelmente as constelações dos signos serão as mais citadas: Carneiro; Touro; Gêmeos; Caranguejo; Leão; Virgem; Balança; Escorpião; Sagitário; Bode; Aquário e Peixes. Outras constelações menores também podem aparecer.
9. Desenhe no espaço em branco um trecho de uma carta celeste em que se vejam duas constelações.
Habilidade trabalhada: (EF05CI10) Identificar algumas constelações no céu, com o apoio de recursos, como mapas celestes e aplicativos, entre outros, e os períodos do ano em que elas são visíveis no início da noite.
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Resposta sugerida: Espera-se que os alunos desenhem duas constelações com estrelas que lembrem formatos conhecidos por eles. Eles não precisam representar perfeitamente nenhuma constelação conhecida, mas desenhar dois conjuntos de estrelas que formem uma possível constelação.
10. Por que a observação por meio de um telescópio deve ser feita no período da noite e com céu limpo, sem nuvens?
______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF05CI13) Projetar e construir dispositivos para observação à distância (luneta, periscópio etc.), para observação ampliada de objetos (lupas, microscópios) ou para registro de imagens (máquinas fotográficas) e discutir usos sociais desses dispositivos. Resposta sugerida: Porque a luz do Sol, que é uma estrela muito próxima da Terra, dificulta uma visão nítida de estrelas mais distantes, visto que o telescópio capta essa luz. Além disso, as nuvens impedem que a luz das estrelas se torne visível à noite. Também é provável que um aluno justifique que a iluminação das cidades atrapalha o funcionamento do telescópio, o que explicaria o fato de o céu ser mais estrelado em locais distantes dos centros urbanos.
11. Escreva na linha abaixo de cada fotografia o nome do instrumento de observação usado para registrá-la.
photowind/Shutterstock.com
NASA images/Shutterstock.com
_______________________________________ ______________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF05CI13) Projetar e construir dispositivos para observação à distância (luneta, periscópio etc.), para observação ampliada de objetos (lupas, microscópios) ou para registro de imagens (máquinas fotográficas) e discutir usos sociais desses dispositivos. Resposta sugerida: A primeira foto foi obtida por meio de um microscópio. Nela se veem microrganismos – mais precisamente, bactérias do grupo dos bacilos, que não podem ser vistas a olho nu, daí a necessidade de ampliar a imagem. A segunda foto foi obtida por um telescópio e mostra estrelas e poeira cósmica. 40
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12. O que significa dizer que a Lua cheia se transforma em Lua minguante? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF05CI12) Concluir sobre a periodicidade das fases da Lua, com base na observação e no registro das formas aparentes da Lua no céu ao longo de, pelo menos, dois meses. Resposta sugerida: Espera-se que o aluno explique que essa mudança ocorre quando a posição da Lua muda em relação à posição da Terra, acarretando uma diminuição aparente da parte iluminada da Lua vista da Terra. Essa observação não significa que a Lua não está iluminada, significa apenas que não é possível ver a Lua por inteiro do ponto de vista da Terra. O aluno pode confundir essa transformação com o aumento, e não a diminuição, da parte iluminada da Lua visível da Terra.
13. Desenhe no espaço abaixo a posição da Lua, da Terra e do Sol para que ocorra um eclipse lunar.
Habilidade trabalhada: (EF05CI12) Concluir sobre a periodicidade das fases da Lua, com base na observação e no registro das formas aparentes da Lua no céu ao longo de, pelo menos, dois meses. Resposta sugerida: Espera-se que os alunos coloquem em ordem linear o Sol, a Lua e a Terra, de modo que a Lua faça uma sombra na Terra por alguns instantes. Esse movimento, visto daqui da Terra, é denominado eclipse lunar.
14. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto.
A ilustração a seguir mostra a imagem captada por uma câmara escura, dispositivo que funciona como uma máquina fotográfica simples. A vela e sua imagem, identificadas respectivamente pelos números ___ e ___, estão em posições _____________________________.
Café
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(A) 1; 2; paralelas entre si. (B) 1; 2; perpendiculares entre si. (C) 2; 1; iguais entre si. (D) 2; 1; invertidas entre si. Habilidade trabalhada: (EF05CI13) Projetar e construir dispositivos para observação à distância (luneta, periscópio etc.), para observação ampliada de objetos (lupas, microscópios) ou para registro de imagens (máquinas fotográficas) e discutir usos sociais desses dispositivos. Resposta: D. A vela corresponde ao número 2 e sua imagem, ao número 1. Uma câmara escura, assim como ocorre em uma máquina fotográfica, inverte a imagem ao captá-la. Distratores: A alternativa A está incorreta porque a posição dos números 1 e 2 está trocada. O mesmo ocorre com a alternativa B. Na alternativa C, as posições entre imagem e objeto (vela) não são iguais, mas sim invertidas.
15. Qual movimento da Terra é associado à ocorrência dos dias e das noites? Explique como ele ocorre.
______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF05CI11) Associar o movimento diário do Sol e demais estrelas no céu ao movimento de rotação da Terra. Resposta esperada: O movimento de rotação da Terra possibilita que as regiões do globo terrestre se alternem da seguinte maneira: enquanto parte da superfície terrestre recebe luz solar durante o que chamamos de dia, o lado oposto da superfície não recebe a luz do Sol, configurando o que chamamos de noite. Depois de aproximadamente 12 horas, em função do movimento de rotação, essa situação se inverte e na região onde era dia passa a ser noite, e vice-versa.
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Ficha de acompanhamento individual A ficha de acompanhamento individual é um instrumento de registro onde podemos verificar e avaliar de forma individual, contínua e diária, a evolução da aprendizagem. Ela serve para que nós, professores, possamos acompanhar o progresso de cada um de nossos alunos. BRASIL. Ministério da Educação. Programa de Apoio a Leitura e Escrita: PRALER. Brasília, DF: FNDE, 2007. Caderno de Teoria e Prática 6: Avaliação e projetos na sala de aula, p. 20.
Total = TT
Legenda Não desenvolvida = ND
Em evolução = EE
Não observada = NO
Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: _________________________________ Data: ______________________________________________ Data
Habilidade
TT
EE
ND
NO
Anotações
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