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Ciências ROBERTA APARECIDA BUENO HIRANAKA

1 COMPONENTE CURRICULAR: CIÊNCIAS

1O. ANO

ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS

MANUAL DO PROFESSOR MATERIAL DIGITAL

São Paulo | 1a. edição | 2018



Conectados Ciências – 1o ano (Ensino Fundamental – Anos iniciais) Copyright © Roberta Aparecida Bueno Hiranaka, 2018

Diretor editorial Lauri Cericato Gerente editorial Silvana Rossi Júlio

Editora Natalia Taccetti Equipe de edição Ofício do Texto Projetos Editoriais Gerente de produção editorial Mariana Milani Coordenador de produção editorial Marcelo Henrique Ferreira Fontes Gerente de arte Ricardo Borges Coordenadora de ilustrações e cartografia Marcia Berne Coordenadora de preparação e revisão Lilian Semenichin

Supervisora de iconografia e licenciamento de textos Elaine Bueno

Supervisora de arquivos de segurança Silvia Regina E. Almeida

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Hiranaka, Roberta Aparecida Bueno Conectados ciências, 1o ano : componente curricular ciências : ensino fundamental, anos iniciais / Roberta Aparecida Bueno Hiranaka. — 1. ed. — São Paulo : FTD, 2018. ISBN 978-85-96-01248-5 (aluno) ISBN 978-85-96-01249-2 (professor) 1. Ciências (Ensino fundamental) I. Título. 17-11516 CDD-372.35 Índices para catálogo sistemático: 1. Ciências : Ensino fundamental 372.35

EDITORA FTD. Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br

Material disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons – Atribuição não comercial (CC BY NC – 4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros.


Sumário Apresentação ........................................................................................................ 4 1o bimestre Plano de desenvolvimento: Introdução às Ciências da Natureza .................................. 16 Projeto integrador: Corpo, higiene e saúde ...................................................................... 19 1a sequência didática: Elementos vivos e elementos não vivos .................................... 30 2a sequência didática: Plantas e animais ........................................................................ 36 3a sequência didática: O solo e as plantas ...................................................................... 44 4a sequência didática: Ar e água ...................................................................................... 49 Proposta de acompanhamento da aprendizagem .......................................................... 61

2o bimestre Plano de desenvolvimento: Corpo e saúde ...................................................................... 85 Projeto integrador: Caderno de recordações: guardar o presente para recordar o amanhã .............................................................. 88 1a sequência didática: Partes do corpo – Diferenças e semelhanças ........................... 96 2a sequência didática: Reconhecendo os sentidos ....................................................... 103 3a sequência didática: Atividade física e o corpo .......................................................... 108 4a sequência didática: Água e sabão ............................................................................. 112 Proposta de acompanhamento da aprendizagem ........................................................ 117

3o bimestre Plano de desenvolvimento: Escalas de tempo .............................................................. 137 Projeto integrador: Brincadeiras ao ar livre.................................................................... 141 1a sequência didática: O céu de dia e de noite .............................................................. 151 2a sequência didática: Cronograma cotidiano ............................................................... 155 3a sequência didática: Os meses e os dias do ano – Montando um calendário ......... 159 4a sequência didática: Os dias da semana .................................................................... 177 Proposta de acompanhamento da aprendizagem ........................................................ 181

4o bimestre Plano de desenvolvimento: Materiais e máquinas ........................................................ 192 Projeto integrador: Cartas de ontem, de hoje e de amanhã.......................................... 195 1a sequência didática: Diferentes materiais .................................................................. 203 2a sequência didática: Diferentes ferramentas ............................................................. 207 3a sequência didática: Reduzir, reutilizar e reciclar ....................................................... 212 4a sequência didática: Brinquedos com objetos reaproveitados ................................. 217 Proposta de acompanhamento da aprendizagem ........................................................ 223


Ciências – Apresentação

Apresentação A seguir, apresentamos a organização do Manual do Professor – Material Digital, identificando cada tipo de documento disponibilizado e explicando sua função e ordenação, bem como sua relação com a terceira versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Ao final, fundamentamos as escolhas de conteúdo e a organização do material a partir da proposta pedagógica da coleção, mais uma vez explicitando sua relação com a terceira versão da BNCC.

Organização deste Material Digital Este Manual do Professor – Material Digital está organizado de modo a oferecer algumas possibilidades para o trabalho do professor em sala de aula. O objetivo é fornecer subsídios que possam enriquecer o dia a dia do docente e dos alunos. É importante enfatizar que todas as propostas deste material são sugestões. O professor tem total liberdade para adequar cada material à sua realidade escolar. Considerando-se os desafios do ensino-aprendizagem das gerações nascidas no século XXI, em que o acesso às informações está cada vez mais rápido e o volume de conhecimentos disponíveis fica maior a cada dia (BAUMAN, 2007), este material digital contribui para a prática docente nesse contexto. Como mencionado anteriormente, é importante compreender este manual como material de consulta, que pode e deve ser transposto à realidade local, de acordo com as necessidades socioculturais regionais de atuação. Este material está organizado por blocos bimestrais, compostos por Planos de Desenvolvimento, Sequências Didáticas, Propostas de Acompanhamento da Aprendizagem e Projetos Integradores, cujas características principais serão apresentadas a seguir. Cada bimestre deste material digital é composto por um Plano de desenvolvimento. Dentro dele, são oferecidos: Sequências didáticas Projeto integrador Proposta de acompanhamento da aprendizagem

Plano de desenvolvimento Os planos de desenvolvimento apresentam conteúdos, habilidades e metodologias a serem abordados no bimestre. Neles também há propostas de sala de aula que podem contribuir para melhores práticas do professor. O desenvolvimento deste material está pautado na terceira versão da Base Nacional Comum Curricular – BNCC (2017), explicitada nos tópicos Objetos de conhecimento e Habilidades. Há também outras habilidades que complementam a ideia de progressão da aprendizagem e, associados a elas, há conteúdos que funcionam como elos entre os objetos de conhecimento da terceira versão da BNCC.

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Essas habilidades, diferente das habilidades da terceira versão da BNCC, não têm código que as identifiquem e estão indicadas nas questões das propostas de acompanhamento da aprendizagem. O acompanhamento constante da aprendizagem dos alunos é incentivado em sugestões de práticas que, no início da aula, consideram os conhecimentos adquiridos pelos alunos em aulas precedentes. Há também orientação para abordagens diferenciadas, com foco tanto nos alunos que necessitam de maior acompanhamento no processo de aprendizagem quanto para aqueles que buscam certa ampliação dos conhecimentos trabalhados nas aulas. Nos Planos de desenvolvimento também há indicações de livros técnicos, sites, vídeos, músicas, filmes, revistas, artigos de divulgação científica, entre outros, para o aprofundamento dos temas trabalhados. Os conhecimentos essenciais esperados ao final do bimestre também são mencionados. Com isso, o professor tem uma diretriz, um panorama das habilidades esperadas que os alunos tenham desenvolvido ao final do bimestre vigente.

Sequência didática Como um dos itens que compõem o Plano de desenvolvimento, as sequências didáticas oferecem práticas complementares às do material impresso, relacionando conteúdos desenvolvidos no livro-texto a algumas habilidades e competências explicitadas na terceira versão da BNCC. Estruturadas em aulas, nas sequências didáticas são explicitados os objetivos de aprendizagem, bem como os objetos de conhecimento e as habilidades trabalhadas em cada uma. Há orientações de como o espaço e o tempo podem ser organizados para determinada proposta de ensino aprendizagem, além de sugestões de atividades. Em cada sequência didática há ainda propostas de avaliação. Nelas, são sugeridas diferentes formas de avaliar os aprendizados previstos. Os tópicos Para trabalhar dúvidas e Ampliação também estão presentes em muitas das sequências didáticas e buscam oferecer outras possibilidades para a superação de possíveis dificuldades dos alunos ou para a ampliação de uma temática.

Projeto integrador A realização de projetos é uma forma bastante eficaz da abordagem interdisciplinar no contexto escolar. Os projetos integradores consistem no planejamento e na execução de ações que integrem diferentes componentes curriculares e áreas do conhecimento, de modo contextualizado. Desse modo, a aprendizagem se torna vivencial e, por isso, mais significativa, verdadeira e interessante. Como objetivo, o Projeto integrador visa incorporar objetos de conhecimento de diferentes componentes curriculares para o desenvolvimento de, pelo menos, uma das dez competências gerais indicadas na terceira versão da BNCC (2017), além das habilidades específicas das disciplinas que estão sendo trabalhadas no projeto. Neste Material Digital há um Projeto integrador por bimestre. A duração de cada um varia de acordo com a proposta desenvolvida, mas todos apresentam a mesma estrutura: justificativa, objetivos, competências e habilidades da terceira versão da BNCC, materiais utilizados, propostas de avaliação de aprendizagem (incluindo a autoavaliação), cronograma, produtos a serem desenvolvidos e, ainda, materiais de consulta adicionais.

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Os projetos integradores partem de situações reais enfrentadas pela comunidade e direcionam os alunos, com criatividade e inovação, para a resolução dos problemas e exercícios de diferentes habilidades. Por isso, há a possibilidade de diferentes percursos a serem desenvolvidos até o produto final, o qual deve ser, preferencialmente, coletivo e de relevância para a comunidade local. Recomenda-se que a finalização do projeto consista em um seminário, um recital de poesias, uma produção de manual ilustrado, uma caminhada em prol de uma causa da comunidade, uma exposição, a elaboração de um livro, uma carta ou um cartaz, dentre outros, e esta produção final seja apresentada a um público real, seja escolar ou externo.

Proposta de acompanhamento da aprendizagem Complementando o Plano de desenvolvimento de cada bimestre, há ainda a Proposta de acompanhamento da aprendizagem. Com 15 questões, este documento apresenta duas versões: a primeira, para o aluno, possibilita que o professor, se assim o desejar, imprima as questões como são sugeridas e as entregue para os alunos responderem; a segunda versão, para o professor, traz as respostas ou os comentários sobre as possíveis respostas que os alunos podem apresentar, bem como a(s) habilidade(s) desenvolvidas em cada uma das atividades. No texto direcionado ao professor, há orientações que incluem não apenas as respostas consideradas adequadas, mas explicações adicionais, como evidenciar a habilidade que pode ser desenvolvida naquela questão, seja da terceira versão da BNCC, seja das habilidades complementares. As habilidades da terceira versão da BNCC estão identificadas pelos códigos alfanuméricos. Em cada Proposta de acompanhamento da aprendizagem há também uma Ficha de acompanhamento individual estruturada para ser preenchida pelo professor, elencando os avanços e os desafios de seus alunos, caso a caso.

A proposta pedagógica da coleção Ciência, sociedade e educação Como são as relações humanas no século XXI? Essa deve ser uma das perguntas fundamentais de qualquer professor na atualidade. O educador deste milênio deve ter um olhar amplo para a sua prática, pensar no impacto global de suas ações locais, assim como foi proposto na Agenda 21, da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (ONU, 1992). O ser humano da atualidade está conectado às mudanças globais. O educador deve estar atento às constantes mudanças no cenário político-econômico global e em como tal contexto influencia seu trabalho em sala de aula. Segundo o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, vivemos em uma modernidade líquida, pois tudo muda tão rapidamente, nada é feito para durar, para ser “sólido”. Em uma entrevista, ele traça uma analogia entre o cenário político atual e as mudanças de estado físico da matéria:

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[...] líquidos mudam de forma muito rapidamente, sob a menor pressão. Na verdade, são incapazes de manter a mesma forma por muito tempo. No atual estágio “líquido” da modernidade, os líquidos são deliberadamente impedidos de se solidificarem. A temperatura elevada — ou seja, o impulso de transgredir, de substituir, de acelerar a circulação de mercadorias rentáveis — não dá ao fluxo uma oportunidade de abrandar, nem o tempo necessário para condensar e solidificar-se em formas estáveis, com uma maior expectativa de vida. [...] (BAUMAN, 2007.)

Essa perspectiva deve ser levada em consideração dentro das relações na comunidade escolar, visto que, quando as pessoas têm dificuldades de criar laços mais profundos, a educação se torna mais difícil, pois não há conexão. Dentro dessa perspectiva, a percepção sobre a Ciência também sofre influência da liquidez observada na sociedade contemporânea. A observação é um dos passos iniciais para o trabalho científico e, para uma sociedade que pode ter dificuldade de observar atentamente, sempre acostumada a muitos estímulos simultâneos, entender os processos e conceitos científicos torna-se mais desafiador, pois é necessário foco e concentração. Os fenômenos científicos ocorrem ao longo do tempo, sendo necessários meses ou anos para que algumas pesquisas alcancem algum resultado. Os alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental devem passar por experiências que lhes permitam o entendimento de que a ciência é um processo construído ao longo do tempo. Muitas vezes, são apresentadas somente as conclusões finais sem que ao menos o processo de construção daquele conhecimento seja contado. O professor possui grandes desafios pela frente, em contrapartida, a sociedade líquida contém um volume de conhecimentos e um arcabouço de atividades e possibilidade de inovação que nunca existiu. É hora de se empenhar e pensar diferente para tornar a educação mais significativa para todos. Para tanto, é necessário utilizar-se de variados recursos a fim de enriquecer o desenvolvimento do currículo ao longo do ano dentro e fora da sala de aula.

Ciência, valores humanos e cidadania Os conhecimentos científicos abrem possibilidades para o ser humano atuar sobre o mundo de maneira a modificá-lo. O cientista possui o papel de elucidar os fenômenos da natureza e muitos conhecimentos científicos permitem interferir e criar um ambiente mais favorável à sobrevivência do ser humano. Essas interferências geram impactos, tanto negativos como positivos. É necessário que, durante seu processo de formação básica, o indivíduo tenha contato e participe das discussões sobre a importância de cuidar do ambiente e dos seres vivos. Desse modo, terá subsídios para refletir sobre questões éticas, fazendo escolhas mais conscientes, que agridam menos o meio ambiente, valorizando o respeito a todos os seres humanos, independentemente da sua cultura ou local de origem, e às demais espécies. O mesmo conhecimento que pode ser usado para curar doenças pode, também, ser usado para disseminá-las. A diferença está nos valores considerados em cada ação. Por isso, é importante cuidar para que, além dos conteúdos e conceitos, sejam trabalhados em sala de aula princípios e valores, como o respeito às pessoas e à natureza.

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A inovação na educação O avanço da ciência proporcionou mais conforto, segurança e saúde às pessoas. Diversas tecnologias são utilizadas para facilitar as tarefas diárias; a discussão sobre alimentação saudável permite que as pessoas façam escolhas mais conscientes em relação aos alimentos que ingere; o uso de medicamentos e procedimentos médicos melhoram a qualidade de vida, que conta ainda com a construção de meios de transporte mais seguros e novas formas de energias renováveis. Esses são apenas alguns exemplos da aplicação dos conhecimentos científicos na vida das pessoas. Em razão disso, a relação entre os conteúdos trabalhados na escola e o mundo real é cada vez mais necessária para que o ensino se torne significativo. A inovação da educação é indispensável, visto que o mundo e as relações sociais têm mudado de maneira acelerada. Entretanto, o formato predominante da educação ainda está baseado em um modelo originado no século XVIII, apresentando as mesmas estruturas e organizações (EDUCACIÓN PROHIBIDA, 2012). Conta-se a história de que, se uma pessoa do passado fosse transportada ao mundo atual, ela ficaria perdida, não saberia o que é um carro ou um celular, não reconheceria a arquitetura das construções, não entenderia as mudanças da língua, porém reconheceria o ambiente escolar. Por isso, a inovação na educação se faz urgente. É na busca de auxílio a essa inovação que este Material Digital foi preparado, especialmente estruturado para que o professor tenha um arcabouço de atividades e recursos para utilizar na sala de aula e fora dela. Este Material Digital complementa o trabalho desenvolvido na coleção como um todo, possibilitando que os alunos sejam levados a uma experiência diferenciada a cada aula, com dinâmicas, jogos, experimentos de laboratório, vídeos, músicas, textos, notícias, sites, entre tantos outros recursos. As tecnologias digitais são uma realidade para a maioria das crianças do século XXI, por isso é necessária a apropriação desses recursos para aumentar as possibilidades de diálogo com os alunos, estimulando-os a utilizar a tecnologia em prol de seu próprio processo de ensino-aprendizagem. Alfabetizar o aluno em Ciência e Tecnologia é essencial e indispensável nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Segundo Alquéres (2009), [...] o imenso aparato tecnológico que invade nosso cotidiano nos impele cada vez mais a recorrer a equipamentos informatizados para as mais diferentes funções. A inteligência artificial tende a tomar conta de nossa agenda no trabalho, no trânsito, em nossa casa e nas escolas. Se por um lado, o uso dessa tecnologia avançada nos torna cada vez mais dependentes, por outro, são inegáveis os benefícios proporcionados por ela. Na Educação, por exemplo, se bem aplicada, é ferramenta indispensável. (ALQUÉRES, 2009.)

Vale lembrar que toda a proposta é uma sugestão, não um fim em si mesma; o professor pode e deve adequar os materiais à realidade de seus alunos, da sua escola e da sua localidade, para o bom desenvolvimento das atividades.

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Qual o papel do professor? É com essa reflexão que Gusdorf (1970) discute a relação professor-aluno. O autor debate essa relação comparando-a com a relação mestre-discípulo: A discussão do mestre e do discípulo revela assim que toda a verdade humana é uma verdade em diálogo; o sentido da verdade é o que está em jogo num debate em que cada um, enfrentando o outro, se enfrenta a si próprio, e se mede com a verdade, com a sua verdade. (GUSDORF, 1970, p. 204.)

Esse trecho revela a concepção pedagógica que considera que o aluno (discípulo) e o professor (mestre) sejam autores de seu próprio conhecimento. Uma educação ativa, na qual, o pensar e o fazer se relacionam o tempo todo, é necessária em tempos de crianças e jovens que têm acesso a inúmeros canais de conhecimento, os quais não existiam há 20 anos, tempo no qual a maioria dos professores foi educada. Para romper com um ensino sem sentido e sem compromisso com o futuro, é essencial que professores e alunos sejam parceiros no processo de ensino-aprendizagem e, juntos, busquem um ensino reflexivo, no qual fique evidente que não há verdades absolutas. O mesmo autor ainda acrescenta em outro trecho: O mestre não é o repetidor duma verdade já feita. Ele é o que abre uma perspectiva sobre a verdade, o exemplo dum caminho para o verdadeiro que ele designa. Por que a verdade é sobretudo o caminho da verdade. E esse caminho tão atormentado quanto perigoso inaugura-se com a afirmação não apenas da necessidade, mas da possibilidade de ser um homem. (GUSDORF, 1970, p. 93.)

O professor que só detém a capacidade da retórica está perdendo cada vez mais espaço para o educador que deseja se tornar um disseminador de ideias e ações, um provocador de reflexões. O que se busca nos dias de hoje é que o educador seja um guia, aquele que abre o caminho e orienta os seus alunos para que eles sejam capazes de percorrer sozinhos. O educador brasileiro, Paulo Freire (1989), diz que: “Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre”. Essa frase, muito parafraseada nos anos 2000, revela a concepção de professor presente nesta coleção: aquele que está disposto a dialogar e compartilhar conhecimento, tornando-se um partícipe da construção do conhecimento em conjunto com o estudante, incentivando-o a fazer perguntas e a refletir sobre questões diversas. Nos primeiros anos escolares, os alunos veem o professor como um líder e muitos têm por ele uma admiração incondicional. Sendo assim, todas as ações do professor contam como processo pedagógico, desde a maneira como ele trata os outros adultos com os quais trabalha, até seus hábitos cotidianos (LANZ, 2011). Dessa maneira, esta profissão guarda em si uma peculiaridade especial: ser professor pode ser considerado uma filosofia de vida (comportamental e especulativa).

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A BNCC e o ensino de Ciências da Natureza A terceira versão da BNCC (BRASIL, 2017) é o documento-guia para pensar na organização do currículo escolar. É importante que o professor estude esse documento a fim de apropriar-se desse direcionamento curricular que deve ser comum a todos os estudantes do território brasileiro. No caso particular das Ciências da Natureza, a terceira versão da BNCC orienta o professor a trabalhar com processos, práticas e procedimentos da investigação científica com o objetivo de promover o letramento científico do aluno, primeiro passo para a aquisição do conhecimento. O aluno completará sua alfabetização científica nos Anos Finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio. Com o conhecimento básico das Ciências da Natureza nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, espera-se que o aluno desenvolva a compreensão e a interpretação do mundo (natural, social e tecnológico), e também possa transformá-lo com base nos aportes teóricos e processuais dessa ciência. A terceira versão da BNCC organizou os conhecimentos das Ciências da Natureza em três eixos temáticos: Matéria e Energia, Vida e Evolução e Terra e Universo. Esses eixos serão trabalhados ao longo de todo o Ensino Fundamental. Nesse documento, são descritas também sete competências específicas para a área das Ciências da Natureza para o Ensino Fundamental, bem como uma relação de habilidades e objetos de conhecimentos a serem trabalhados ao longo dos anos. Este Material Digital contribui para pôr em prática o desenvolvimento de tais eixos, competências, habilidades e objetos de conhecimento de maneira que os alunos aprendam os conceitos tidos como essenciais para prosseguir nos estudos em fases posteriores. São sugeridas inúmeras atividades, que podem ser utilizadas pelo professor de maneira espontânea, como sugestões abertas para serem adaptadas a diferentes realidades encontradas em cada escola.

O aprendizado do pensamento científico Muito mais significativo do que ensinar as nomenclaturas e termos científicos, é a construção do pensamento científico com os alunos da educação básica durante o ensino das Ciências da Natureza. A ciência moderna inaugura-se com físicos e filósofos europeus que buscaram, após o período conhecido como Renascimento, entender o mundo com seus próprios sentidos, criando um método de pesquisa e estudo. O método científico iniciou-se na Europa no século XVI. Atribui-se sua fundação ao físico italiano Galileu Galilei e ao filósofo inglês Francis Bacon. Uma das características do método científico é que ele busca minimizar a influência da parcialidade e subjetividade (crenças pessoais). Ao método científico interessa os fatos, os dados, aquilo que pode ser observado e medido. Esse método, embora apresente limitações, confere objetividade e rigor lógico e experimental à pesquisa, o que garante uma minimização dos erros e maximização dos acertos. Ou seja, a ciência é uma construção humana voltada ao entendimento dos fenômenos da natureza da maneira mais objetiva possível. Entender a filosofia da ciência é importante para compreender a ciência de maneira mais interessante e aplicável. Quando o estudante compreende a maneira de pensar o mundo com base nas ciências, qualquer local se torna um lugar de investigação e estudo, desde o quintal de sua casa ao museu de ciências naturais. Estimular a curiosidade natural dos alunos é essencial para construir o conhecimento científico. 10


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É preciso desmistificar a figura do cientista. O cientista não é um gênio, com inteligência descomunal. A característica mais marcante de um cientista é a sua curiosidade e habilidade em fazer perguntas. O estudante precisa compreender as ciências como um processo histórico-cultural, que muda com o tempo e com o lugar onde é realizado e que, mesmo com todo o rigor do método científico, a ciência nunca será totalmente neutra de influências pessoais e temporais. Sempre que possível, o docente deve propor e incentivar visitas a museus, leituras de periódicos sobre ciências, realização de experimentos.

Metodologia de ensino de Ciências da Natureza Vários assuntos propostos para serem ensinados nas aulas de Ciências da Natureza podem ser explorados pela experimentação. Existem inúmeras atividades práticas que podem ser realizadas a fim de se trabalhar os conteúdos curriculares de Ciências no Ensino Fundamental. Segundo Bruno (2010), a apresentação de novos conhecimentos a cada aula de maneira prática favorece o aprendizado e a memória. O desenvolvimento de experimentos simples e com poucos materiais facilita a exploração dos conceitos científicos nas aulas. Alguns materiais usados em várias atividades práticas são facilmente encontrados em supermercados, farmácias e casas de construção. Sendo assim, é possível produzir um pequeno laboratório até mesmo na sala de aula, caso a escola não disponha de local construído com esse propósito. Estimular a observação, levantar hipóteses e testá-las coopera com a alfabetização científica, desde o primeiro ano escolar. As conclusões devem ser feitas em conjunto, a partir da observação de fenômenos, do levantamento de conhecimentos prévios, da análise dos resultados e da discussão de fatos. O ensino deve priorizar a união entre o pensar e o fazer; a realização de aulas práticas colabora para o entendimento das ideias fundamentais das ciências. As saídas de campo ou estudo do meio são instrumentos pedagógicos importantes para o currículo de Ciências. Quando o aluno observa a realidade concreta, é capaz de perceber os princípios que explicam os conceitos científicos e, assim, é capaz de compreendê-los e apreendê-los. Levar os estudantes para estudos de campo é uma prática necessária em qualquer contexto escolar. Se possível, programar com os demais professores do corpo docente viagens interdisciplinares em que o local visitado poderá ser apresentado aos alunos pelo enfoque de professores de diferentes disciplinas. É necessário que se tenha um objetivo muito claro para a elaboração de uma atividade de campo, para que ela se torne uma experiência pedagógica significativa e não seja meramente um passeio. Pode-se explorar a própria cidade, aprofundando-se no contexto local, levando o aluno à apropriação de seu espaço social. A diversificação na metodologia de ensino favorece o ensino e a aprendizagem, tornando-os mais eficazes e significativos para educadores e alunos.

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A importância da avaliação no processo de ensino aprendizagem Os Anos Iniciais do Ensino Fundamental representam a fundamentação da atuação da criança no ambiente escolar. Representam o período no qual o aluno inicia sua carreira acadêmica, que deve durar pelo menos doze anos, até a finalização do Ensino Médio. Sendo assim, é importante que o professor esteja atento às mais diversas características do seu alunado, abordando a educação de maneira bem ampla. O professor é responsável por introduzir a criança em um novo mundo de responsabilidade e sociabilidade. O aluno deve aprender a dividir o espaço, bem como a hora e o local adequados para sua atuação. Combinados claros devem ser feitos e, sempre que possível, revistos, para que se tornem cada vez mais coerentes com a realidade ao longo do tempo, e que possam abranger a maior parte da turma. Várias habilidades essenciais são trabalhadas com os alunos do Ensino Fundamental e, portanto, a observação individual do aluno como processo de avaliação contínua comportamental é um ponto-chave na carreira escolar de uma criança. Sempre que achar necessário, o professor deve se sentir livre para convocar reuniões com os pais, coordenação ou direção para orientar seu fazer perante uma situação diferente com a criança. Ao longo deste Material Digital são sugeridas várias atividades de avaliação. O professor deve ter liberdade para utilizar as sugestões no momento e da maneira que achar mais adequados à sua realidade. Todo conteúdo trabalhado deve passar por um momento avaliativo e, vale ressaltar que o uso de diversas metodologias de avaliação é importante. O professor pode propor trabalhos em grupo, apresentações de seminário, confecção de cartazes, pesquisa em diversas fontes, entrevistas etc. para diversificar a maneira de avaliar o aluno, e assim, compreendê-lo de maneira mais integral. Vale lembrar que a prática docente deve ser constantemente repensada, procurando modificar ações que se mostrem ineficientes ao processo de aprendizagem dos alunos. Podem-se produzir fichas de avaliação para os estudantes darem suas opiniões de como estão sendo desenvolvidas as aulas e as atividades práticas, uma ferramenta muito útil para a constante melhoria da prática docente.

A educação ambiental no currículo de Ciências da Natureza Nos últimos anos, as conversas sobre questões ambientais vêm se tornando pauta obrigatória nas escolas. Muitos desses assuntos estão na pauta de importantes instituições internacionais. O aumento das temperaturas mundiais e a desigualdade social vêm sendo alvo de investimentos e políticas públicas (ONU, 2017). A crise ambiental pode ser considerada mais uma vertente da crise de valores humanos (TONSO, 2010), uma crise de âmbito ético, na qual os valores vigentes estão deturpados e geram seres humanos autocentrados e desconectados da sociedade e da natureza. Educar seres humanos com valores baseados no bem-estar social é urgente e necessário. Desde a formulação da Política Nacional de Educação Ambiental - PNEA (BRASIL, 1999), o trabalho nessa área se torna obrigatório em todos os níveis da educação, do ensino básico à pós-graduação, em espaços formais e não formais de ensino. A educação ambiental tornou-se necessária para chamar a atenção da humanidade para as questões ambientais, auxiliando no processo de reconexão do indivíduo aos ciclos naturais, possibilitando com que o ser humano atue novamente em consonância com o ambiente, causando impactos ambientais positivos. 12


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Segundo a PNEA, a educação ambiental tem, obrigatoriamente, caráter interdisciplinar, devendo ser trabalhada e desenvolvida em todas as disciplinas. Recomenda-se o desenvolvimento de projetos integradores que trabalhem diretamente com temas ambientais. O Ministério do Meio Ambiente em parceria com o Ministério da Educação criou o programa “Vamos cuidar do Brasil com escolas sustentáveis” (BRASIL, 2012), uma iniciativa a fim de incentivar a prática da PNEA dentro das escolas públicas do país. Várias ações foram realizadas, como a implementação de tecnologias sociais e sustentáveis, horta na escola, composteira etc., que têm contribuído para a criação de hábitats sustentáveis na escola. Verifique como está o ambiente na escola em que atua, se há oportunidades para trabalhar com temas diretamente relacionados ao meio ambiente e converse com o corpo docente, sugerindo projetos que integrem as disciplinas. A discussão ambiental tornou-se assunto para todas as disciplinas escolares, dada a urgência na diminuição dos impactos ambientais negativos, tornando o planeta um lugar sustentável para se viver.

Considerações finais O uso de ferramentas digitais no ensino é necessário e já se tornou uma realidade em diversos países. Quanto mais o educador se apropriar desse tema, mais seu ensino tende a ser efetivo. Estamos em um mundo no qual muitas pessoas vivem conectadas virtualmente. Ensinar as pessoas a utilizar seus equipamentos de maneira saudável e racional é um dos desafios mais recentes da educação. Outro desafio fundamental da educação é o de gerar seres humanos livres e íntegros. Atribuir uma finalidade para a educação é diminuí-la, limitando-se o potencial humano, o qual é infinito. A liberdade no pensar, no sentir e no fazer como fim do processo educacional escolar é uma meta que deveria ser buscada por todos que trabalham diretamente com a educação. Revolucionar um país é mudar a maneira como suas crianças são educadas. Países como Luxemburgo, Suíça e Noruega são os campeões de investimento em educação básica. O Brasil encontra-se na oitava posição no ranking da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Segundo vários especialistas, o investimento que proporciona a maior rentabilidade é na educação da primeira infância. Crianças bem-educadas dão menos prejuízos para a pasta da Saúde, Segurança e Previdência. Sendo assim, até mesmo do ponto de vista econômico, investir em educação é uma opção eficaz. Utilize este material com liberdade e inove na educação na escola em que atua.

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Ciências – Apresentação

Bibliografia ALCANTARA, A.G.L; ALCANTARA, G.B.; ENDO, R.M. Ainda há esperança: uma proposta do desenvolvimento do cuidado ambiental a partir de um projeto na escola Sathya Sai de Ribeirão Preto. In: RAYMUNDO, M. H. A.; BRIANEZI, T.; SORRENTINO, M. (Org.). Como construir políticas públicas de educação ambiental para sociedades sustentáveis? São Carlos: Diagrama Editorial, 2015. p. 89-96. ALQUÉRES, H. Apresentação. In: ARAÚJO, T. Criatividade na educação. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo: CPDC, 2009. BAUMAN, Z. Vida líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 2007. BAUMAN, Z. Sociólogo polonês cria tese para justificar atual paranoia contra a violência e a instabilidade dos relacionamentos amorosos. Entrevista concedida a Adriana Prado. IstoÉ. Disponível em: <https://istoe.com.br/102755_VIVEMOS+TEMPOS+LIQUIDOS+NADA+E+PARA+ DURAR+/>. Acesso em: dez. 2017. BIZZO, N. Pensamento científico: a natureza da ciência no Ensino Fundamental. São Paulo: Melhoramentos, 2012. BRASIL. Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, DF, 28 abr. 1999. Seção 1, p. 1. BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica. Edital de Convocação 01/2017 – CGPLI. Edital de Convocação para o Processo de Inscrição e Avaliação de Obras Didáticas para o Programa Nacional do Livro e do Material Didático. PNLD 2019. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/busca-geral/318-programas-e-acoes-1921564125/pnld-439702797/1239 1-pnld>. Acesso em: 4 dez. 2017. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base>. Acesso em: 30 out. 2017. BRASIL. Ministério da Educação. Plano Nacional de Educação – PNE e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 26 de junho de 2014. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm>. Acesso em: 23 dez. 2017. BRASIL. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Vamos cuidar do Brasil com escolas sustentáveis: educando-nos para pensar e agir em tempos de mudanças socioambientais globais / Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, Ministério do Meio Ambiente ; elaboração de texto: Tereza Moreira. -- Brasília: A Secretaria, 2012. BRUNO, A. R. Aprendizagem em ambientes virtuais: plasticidade na formação do adulto educador. Ciências & cognição, Rio de Janeiro, v. 15, n. 1, p. 43-54, 2010. CORNELL, J. A alegria de aprender com a natureza: atividades na natureza para todas as idades. São Paulo: Senac, 1997. 186 p. FAZENDA, I. C. A. Interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa. Campinas: Papirus, 2001. FREIRE, P. Ética na educação. Palestra realizada no Mackenzie. Disponível em: <www.acervo.paulo freire.org:8080/jspui/handle/7891/1920>. Acesso em: 4 jul. 2016. FREIRE, P. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Autores Associados: Cortez, 1989. GUSDORF, G. Professores para quê? Lisboa: Moraes Editores, 1970. LANZ, R. A pedagogia Waldorf: caminho para um ensino mais humano. 10. ed. São Paulo: Antroposófica, 2011. LA EDUCACIÓN PROHIBIDA. Direção: Juan Vautisas e German Doin. Produção: Maria Farinha Filmes, 2012. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=OTerSwwxR9Y>. Acesso em: 21 dez. 2017. LA TAILLE, Y. D. A imposição moral e ética. Entrevista concedida a Diogo Dreyer, 2011. Disponível em: <http://www.educacional.com.br/entrevistas/entrevista0091.asp>. Acesso em: 19 jun. 2012. MESQUITA, M. F. N. Valores Humanos na Educação: uma nova prática em sala de aula. São Paulo: Gente, 2003.

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Ciências – Apresentação

OBSERVATÓRIO DO PNE. Indicadores das metas. Disponível em: <http://www.observatoriodopne. org.br/metas-pne/2-ensino-fundamental/indicadores> Acesso em dezembro de 2017. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento. 1992. Disponível em: <http://www.onu.org.br/rio20/img/2012/01/agenda21.pdf>. Acesso em: 21 dez. 2017. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Transformando nosso mundo: a Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável. 2016. Disponível em: <http://www.br.undp.org/content/dam/brazil/ docs/agenda2030/undp-br-Agenda2030-completo-pt-br-2016.pdf>. Acesso em: nov. 2017. TONSO, S. A educação ambiental que desejamos desde um olhar para nós mesmos. 2010. Disponível em: <http://www.projetosustentabilidade.sc.usp.br/index.php/Biblioteca/Documentos/EducacaoAmbiental>. Acesso em: 19 jun. 2012.

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

Plano de desenvolvimento: Introdução às Ciências da Natureza Neste primeiro momento, o estudo de Ciências se concentrará nas ideias básicas necessárias para o aprendizado inicial de Ecologia, com destaque à observação, caracterização e comparação entre os elementos vivos e os não vivos que formam os ambientes. Para introduzir os elementos vivos, serão apresentadas as características básicas dos animais e dos vegetais, organismos próximos ao cotidiano dos alunos. Dando continuidade a essa introdução, serão caracterizados os elementos não vivos – água, ar e solo –, destacando sua importância para os seres vivos. Ao final serão encaminhadas algumas reflexões sobre as transformações dos seres humanos e de outros seres vivos no ambiente, identificando ações que podem ser nocivas aos meios em que vivem.

Conteúdos ● ● ● ● ● ●

Ideia de ambiente e seus elementos. Características básicas de animais e plantas. Elementos não vivos: água, ar e solo. Importância da água, do ar e do solo para os seres vivos. Transformações ambientais causadas pelos seres vivos e pelo ser humano. Transformações ambientais humanas positivas e negativas.

Objetos de conhecimento e habilidades Competência específica das Ciências da Natureza (CN)

Relação com a prática didático-pedagógica

Competência específica das Ciências da Natureza Relação com a prática didático-pedagógica

● (CN2) Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas e socioambientais e do mundo do trabalho. ● Entender a importância da Ciência no estudo dos ambientes. ● Caracterizar e diferenciar elementos vivos e elementos não vivos. ● Observar as fases do crescimento vegetal em diferentes substratos. ● Evidenciar o ar em movimento e alguns de seus efeitos a partir de encaminhamento experimental. ● Vivenciar e conhecer as fases do método científico. ● (CN3) Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, tecnológico e social, como também às relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas e buscar respostas. ● Observação de fenômenos naturais, com destaque para a constatação do ar em movimento e seus efeitos. ● Reconhecer ambientes naturais e modificados pelo ser humano.

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

Competência específica das Ciências da Natureza Relação com a prática didático-pedagógica

Competência específica das Ciências da Natureza Relação com a prática didático-pedagógica

● (CN6) Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza. ● Conhecer as propriedades da água pura e da potabilidade, como forma de garantir a saúde e o bem-estar humano. ● (CN7) Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões frente a questões científico-tecnológicas e socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários. ● Conhecer algumas ações humanas transformadoras do ambiente e seus efeitos.

Práticas de sala de aula O primeiro bimestre do primeiro ano é bastante introdutório e, portanto, fundamental para que o aluno entenda e se familiarize com as ideias e os princípios básicos envolvidos no estudo das Ciências da Natureza, que se estenderá por todo o Ensino Fundamental. A compreensão das etapas básicas do método científico e da construção do conhecimento científico são fundamentais para o entendimento do mundo e da sociedade atuais, assim como da Antiguidade. As competências específicas das Ciências da Natureza CN2 e CN3 sugerem que esse olhar observador e descritivo do ambiente seja objeto de estudo e de prática no ensino de Ciências, objetivando uma alfabetização e letramento científicos no aluno. Para desenvolver competências e habilidades atitudinais e de conteúdos, é necessário selecionar e usar conteúdos, práticas e atividades lúdicas que incentivem os alunos a participar de atividades de observação, a sugerir explicações, a levantar soluções para problemas propostos, a respeitar e aceitar qualquer diversidade, a descrever fenômenos e procedimentos, a expor livremente suas opiniões e a compartilhar e defender seus posicionamentos. Os objetos de conhecimento, inicialmente utilizados para contemplar as habilidades propostas pela Base Nacional Comum Curricular BNCC, envolvem temas como: os componentes do ambiente; a caracterização e diferenciação, de forma simples e básica, de plantas e animais; a caracterização, de forma simples e básica, do solo, do ar e da água; as fases do crescimento das plantas e a sua relação com diferentes substratos; além de aspectos das relações transformadoras do ser humano com o meio ambiente em que vive. Durante o encaminhamento dos conteúdos, orientações e solicitações dos tipos “observe”, “compare”, “localize”, “procure”, “teste”, “relacione”, “suponha”, “explique” e “sugira” são fundamentais e objetivam o desenvolvimento dessas competências e habilidades.

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

Uma das vantagens de conhecermos bem o mundo natural que nos cerca é a de cuidar e promover a saúde individual e da sociedade. A competência específica das Ciências da Natureza CN6 sugere que os alunos sejam capazes de conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza. Nesse sentido, neste momento do curso, apresentam-se as propriedades da água pura e a relação com a sua potabilidade. Instigar o aluno a entender a importância desse tema por meio de questionamentos: como identificar a água potável? Qual a importância de saber se a água é potável ou não? Por que a ingestão de água não potável pode ser prejudicial? De onde vem a água que bebo? As perguntas podem ajudar a incentivar nos alunos a curiosidade e a imaginação a respeito das propriedades da água e do funcionamento do próprio organismo. As Ciências da Natureza também são fundamentais para que cuidemos do meio ambiente que habitamos, tentando promover a manutenção de um equilíbrio ambiental dinâmico e garantir a saúde, proteção e conservação de diferentes espécies. A competência específica de Ciências da Natureza CN7 sugere que o pensamento crítico seja estimulado nos alunos, levando-os a questionar quais são os impactos gerados pela população humana e como eles podem ser minimizados. Neste primeiro bimestre do curso, é propor aos alunos o questionamento de seus hábitos cotidianos, como a quantidade de água usada em seu dia-a-dia, o local onde depositam o lixo, a quantidade de lixo produzida e o consumo de itens desnecessários. Aproveite esses momentos de trabalho para estimular nos alunos as noções de responsabilidade socioambiental e de solidariedade. Como parte das atividades do bimestre, os elementos não vivos – água, solo e ar – e os seres vivos – plantas e animais – são apresentados, diferenciados e caracterizados de forma básica e simples. O objetivo é que o aluno seja capaz de diferenciar plantas de animais tomando como base sua caracterização simples, sem entrar em detalhes sobre o hábitat no qual são encontrados ou as características de seus ciclos de vida. Trata-se de uma simples diferenciação entre elementos não vivos, animais e plantas.

Foco Como os alunos do primeiro ano ainda estão em fase de alfabetização, lembrar, sempre, de ler os enunciados das questões, textos e atividades com eles, estimulando-os e certificando-se do entendimento das propostas. Caso os alunos já estejam lendo, mesmo que inicialmente, estimular a leitura de algumas palavras ou de pequenos trechos, sendo possível permitir um rodízio para a leitura de parte dos enunciados. A prioridade neste momento é a alfabetização, e o conteúdo de Ciências deve contribuir para isso. Muitas das atividades propostas na unidade são sugeridas para serem feitas em duplas, promovendo o compartilhamento de opiniões e a ampliação do repertório dos alunos, isso possibilita também a ocorrência de instrução entre os pares, permitindo que eles pratiquem a habilidade de organizar a leitura dos enunciados e a confecção das respostas. É importante garantir a variação dessas duplas de forma a ampliar o contato entre os alunos e, assim, promover maior troca de repertórios. Nessa unidade, a maior parte das atividades envolve observação de imagens e posterior descrição e comparação. Observar detalhadamente as imagens com os alunos, orientando e conduzindo-os na prática da observação. Estimular a observação de imagens de maneira atenta e minuciosa. Se necessário, guiar as observações com perguntas que indiquem que tipo de observação deve ser feito em cada imagem. Promover o registro de forma simplificada das observações é importante para o entendimento, incorporação e aprendizado de conteúdos. 18


1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua portuguesa, Matemática, História, Geografia e Ciências.

Projeto integrador: Corpo, higiene e saúde 

Conexão com: Língua Portuguesa, Ciências, História, Geografia e Matemática.

Este projeto propõe uma pesquisa sobre os hábitos de higiene pessoal, tais como tomar banho, escovar os dentes, cortar os cabelos, manter as unhas aparadas e limpas e lavar bem as mãos. Espera-se que, ao realizar a pesquisa, os alunos percebam que os hábitos de higiene deixam as pessoas mais limpas e contribuem para a manutenção da saúde, melhorando, inclusive, a autoestima. Além disso, é proposta a produção de um manual ilustrativo sobre os hábitos de higiene pessoal.

Justificativa O projeto Corpo, higiene e saúde visa desenvolver uma reflexão sobre os hábitos de higiene pessoal e conscientizar os alunos sobre a importância desses hábitos para o cuidado com o corpo. Um dos deveres da escola é promover mudanças de comportamento nos alunos, com base na aquisição de conhecimentos relacionados à saúde. Nesse sentido, é importante reforçar a prática de hábitos e atitudes relacionados à higiene. Os hábitos de higiene na escola devem ser reforçados, desde ensinar os alunos a lavar as mãos, a escovar os dentes até explicar a importância de lavar as frutas antes de comê-las. É durante a infância que as crianças aprendem a cuidar do próprio corpo. Por isso, é preciso que elas conheçam o próprio corpo e entendam a importância dos hábitos de higiene para a manutenção da saúde. A metodologia proposta neste projeto permite que os alunos utilizem conhecimentos das áreas de Ciências, Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia para que, por meio de um trabalho em equipe, realizem estudos sobre a higiene corporal.

Objetivos     

Reconhecer a importância de adquirir bons hábitos de higiene para evitar certas doenças. Discutir as formas de higiene corporal e bucal, como tomar banho, escovar os dentes, cortar as unhas e pentear os cabelos. Pesquisar bons hábitos de higiene corporal. Organizar, sintetizar e classificar as informações pesquisadas. Produzir um manual ilustrado sobre hábitos de higiene corporal.

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1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua portuguesa, Matemática, História, Geografia e Ciências.

Competências e habilidades

Competências desenvolvidas

4. Utilizar conhecimentos das linguagens verbal (oral e escrita) e/ou verbo-visual (como Libras), corporal, multimodal, artística, matemática, científica, tecnológica e digital para expressar-se e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e, com eles, produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 5. Utilizar tecnologias digitais de comunicação e informação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas do cotidiano (incluindo as escolares) ao se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas. Ciências: (EF01CI03) Discutir as razões pelas quais os hábitos de higiene do corpo (lavar as mãos antes de comer, lavar os dentes, limpar olhos, nariz e orelhas etc.) são necessários para a manutenção da saúde. História: (EF01HI05) Identificar semelhanças e diferenças entre jogos e brincadeiras atuais e de outras épocas e lugares.

Habilidades relacionadas*

Geografia: (EF01GE05) Observar e descrever ritmos naturais (dia e noite, variação de temperatura e umidade etc.) em diferentes escalas espaciais e temporais, comparando a sua realidade com outras. Língua Portuguesa: (EF01LP01) Expressar-se, em situações de intercâmbio oral, com autoconfiança (sem medo de falar em público), para explorar e apresentar informações, esclarecer dúvidas, trocar ideias, propor, criar ou engajar-se em jogo ou brincadeira. (EF01LP05) Recuperar assuntos e informações pontuais em situações de escuta formal de textos. Matemática: (EF01MA01) Utilizar números naturais como indicador de quantidade ou de ordem em diferentes situações cotidianas.

* A ênfase nas habilidades aqui relacionadas varia de acordo com o tema e as atividades desenvolvidas no projeto.

O que será desenvolvido Os alunos deverão produzir um manual ilustrado sobre práticas de higiene pessoal.

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1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua portuguesa, Matemática, História, Geografia e Ciências.

Materiais ● ● ● ● ● ●

Livros, revistas e jornais Giz de cera Caneta hidrográfica Cartolinas Placas de EVA brancas e vermelhas Tesoura de pontas arredondadas

Etapas do projeto Cronograma  

Tempo de produção do projeto: 1 mês/ 4 semanas Número de aulas sugeridas para o desenvolvimento das propostas: 7 aulas

Aula 1: Sensibilização e apresentação do projeto Contar aos alunos sobre alguns hábitos de povos indígenas tradicionais que datam de antes da chegada dos portugueses ao Brasil (anterior a 1500), tais como: tomar banho todos os dias e lavar e cortar os cabelos. Para isso, utilizavam produtos vegetais naturais, como o óleo de andiroba e o extrato de pitanga, que ainda hoje são utilizados pela indústria de produtos para higiene pessoal. Tais hábitos foram transmitidos aos portugueses que, naquela época, tomavam banho apenas uma ou duas vezes por ano, e, às vezes, só por recomendação médica, pois acreditavam que adoeceriam se ficassem expostos demais à água, já que naquela época, as pessoas ainda não tinham conhecimento que na sujeira poderia haver seres invisíveis a olho nu, causadores de doenças. Após apresentar esses dados históricos, realizar uma conversa informal com os alunos sobre a importância e a necessidade de manter hábitos de higiene. Pedir que apresentem suas ideias sobre o tema. Perguntar também se eles se lembram de lavar as mãos todos os dias antes das refeições e após o banheiro, e se sabem se limpar adequadamente utilizando água e sabonete. Espera-se que a turma indique ações que promovam a higiene corporal, tais como:  ESCOVO OS DENTES DEPOIS DAS REFEIÇÕES;  CORTO AS UNHAS TODA SEMANA;  LIMPO AS ORELHAS;  LAVO OS CABELOS REGULARMENTE. Realizar uma atividade de forma oral e coletiva, relacionando os períodos do dia com cada tipo de hábito de higiene. Perguntar aos alunos:

1. Em quais momentos e horários do dia costumam cuidar da higiene do corpo? 2. Em que lugares fazem?

As respostas podem ser sistematizadas em forma de tabela ou resumo, podendo também ser compartilhadas na lousa para que todos as escrevam no caderno, como no exemplo a seguir:

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1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua portuguesa, Matemática, História, Geografia e Ciências.

HÁBITO DE HIGIENE ESCOVAR OS DENTES TOMAR BANHO CORTAR AS UNHAS CORTAR OS CABELOS

PERÍODO DO DIA AO ACORDAR, DEPOIS DE CADA REFEIÇÃO E ANTES DE DORMIR DE MANHÃ, APÓS CHEGAR DA ESCOLA OU ANTES DE DORMIR QUANDO ESTÃO GRANDES QUANDO DESEJAR OU QUANDO ESTÃO COMPRIDOS

LOCAL NOS BANHEIROS DE CASA E DA ESCOLA NO BANHEIRO DE CASA EM CASA CABELEREIRO OU EM CASA

Indagar os alunos sobre algumas alterações nessa rotina de higiene, por exemplo: quando o clima está frio ou quente, eles alteram a temperatura da água ou o horário do banho? Se o dia está muito quente, costumam tomar mais banhos? Permitir que os alunos compartilhem suas vivências e opiniões a respeito do assunto. Em seguida, apresentar a proposta de projeto sobre hábitos de higiene e a produção de um manual ilustrativo. É importante mostrar o cronograma com todas as etapas do trabalho.

Aula 2: Conhecendo o tema Solicitar aos alunos que se organizem em grupos de três ou quatro alunos e procurem em revistas imagens de produtos de higiene corporal, com a finalidade de identificar os produtos de higiene que devem fazer parte do nosso dia a dia. Os alunos devem colar as imagens em cartolina para a produção de um cartaz que deverá ser exposto na sala. Pedir a cada grupo que apresente seu cartaz e que classifique o produto em: higiene bucal, higiene dos cabelos, banho e assim por diante. Perguntar aos demais alunos se concordam com a classificação de cada produto proposta pelo grupo. Isso possibilita o desenvolvimento da oralidade e da capacidade de argumentação, pois cada um terá que defender seu ponto de vista. Deixar que apresentem as opiniões livremente. Ao término das exposições das opiniões, propor um desafio aos grupos:

1. COMO SÃO SEUS HÁBITOS DE HIGIENE? 2. QUANTAS VEZES VOCÊ REALIZA CADA AÇÃO DE CUIDADO COM A HIGIENE POR DIA? E POR NOITE?

Para sistematizar o conhecimento, propor aos alunos que seus pais ou responsáveis façam uma contagem dos momentos de higiene, seguindo a tabela: QUANTAS VEZES, DE DIA, EU FAÇO A: HIGIENE BUCAL HIGIENE DOS CABELOS

HIGIENE DAS MÃOS HIGIENE DO CORPO

QUANTAS VEZES, DE NOITE, EU FAÇO A: HIGIENE BUCAL HIGIENE DOS CABELOS

HIGIENE DAS MÃOS HIGIENE DO CORPO

Fazer cópias do quadro-síntese e distribuí-las aos alunos. Nas próximas aulas, o professor irá trabalhar esses dados com a classe. 22


1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua portuguesa, Matemática, História, Geografia e Ciências.

Aula 3: Pesquisa de dados e desenvolvimento (Parte 1) Pesquisa 1 – Higiene da boca Com os alunos sentados em roda, pedir que apresentem os dados obtidos com a pesquisa solicitada na Aula 1. Explicar que é importante que eles escovem os dentes depois das refeições. Instigar os cuidados com a higiene bucal por meio das perguntas a seguir:

1. 2. 3. 4.

POR QUE É PRECISO ESCOVAR OS DENTES? COMO VOCÊS ESCOVAM OS DENTES? QUANTAS VEZES AO DIA VOCÊS ESCOVAM OS DENTES? VOCÊS CONHECEM OU JÁ OUVIRAM FALAR SOBRE ALGUMA DOENÇA QUE AFETA A SAÚDE DA BOCA?

É provável que alguns alunos citem a cárie. Se julgar oportuno, comentar que há outros problemas que afetam a saúde bucal, como o tártaro e as aftas. Construir uma boca com EVA em tamanho grande. Nesse modelo, os alunos irão pintar os dentes com canetas hidrocor, reconhecendo a função de cada tipo de dente: os incisivos cortam o alimento; os caninos cortam e rasgam o alimento; os pré-molares e os molares esmagam e trituram o alimento. Também é possível montar uma “maquete da boca” com cartolina vermelha ou papel kraft (pintado com tinta guache vermelha) para representar a gengiva. Nessa parte vermelha podem ser colados fundos de garrafa PET pintados de branco para representar cada dente.

Inked Pixels/Shutterstock.com

Imprimir o texto a seguir e distribuí-lo aos alunos. Pedir que leiam este texto em silêncio; depois, lê-lo em voz alta para os alunos: […] OS DENTES-DE-LEITE SÃO EM NÚMERO DE 20, DEZ EM CADA ARCADA. DIVIDEM-SE EM GRUPOS E CADA GRUPO TEM SUA FINALIDADE ESPECÍFICA NA MASTIGAÇÃO. OS INCISIVOS CORTAM, OS CANINOS RASGAM E OS MOLARES TRITURAM […]. OS DENTES PERMANENTES VÃO SE FORMANDO POR BAIXO DOS TEMPORÁRIOS E, CONFORME EVOLUEM EM SUA FORMAÇÃO, REABSORVEM CONCOMITANTEMENTE AS RAÍZES DOS ANTECESSORES, ATÉ QUE ESTES CAEM E OS PERMANENTES AFLOREM […]. 23


1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua portuguesa, Matemática, História, Geografia e Ciências.

A DENTIÇÃO PERMANENTE INICIA COM A ERUPÇÃO DOS PRIMEIROS MOLARES, OS QUAIS SE LOCALIZAM ATRÁS DE TODOS OS DE LEITE, SEM SUBSTITUIR, PORTANTO, NENHUM TEMPORÁRIO. OS PAIS DEVEM TER CONHECIMENTO DESTE FATO – O NASCIMENTO DOS PRIMEIROS MOLARES AOS 6 ANOS – POIS É COMUM CONFUNDIREM ESTES DENTES COM DENTES-DE-LEITE, EM RAZÃO DE, AO NASCEREM, NÃO TER CAÍDO NENHUM DENTE. […] PEREIRA, Cleber Bidegain; EID, Nayene Leocádia Manzutti. A criança e os dentes. Disponível em: <https://www.abcdasaude.com.br/odontologia/a-crianca-e-os-dentes>. Acesso em: 20 dez. 2017.

Se possível, assistir ao vídeo que orienta como deve ser uma escovação eficiente, disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Y7c5N498lTQ>. Acesso em: 19 dez. 2017. Utilizar a boca construída de EVA para orientar a escovação bucal, que deve ser feita pelo menos três vezes ao dia. Para finalizar a aula, propor aos alunos um desafio sobre as doenças que afetam a saúde bucal:

5. ESCREVA NOS ESPAÇOS ABAIXO O NOME DOS PROBLEMAS QUE PODEM AFETAR A BOCA, DESVENDANDO AS CHARADAS:

A) DOENÇA CAUSADA POR BACTÉRIAS QUE SE ALIMENTAM DE RESTOS DE COMIDA QUE FICAM NOS DENTES.

DICA: 5 LETRAS. Cárie. B) FERIDA QUE APARECE NA BOCA, NOS LÁBIOS OU NA LÍNGUA.

1. DICA: 4 LETRAS. Afta. Organizar os alunos em grupos e pedir que eles façam um cartaz, colando em uma cartolina imagens recortadas de revistas de alimentos que têm muito açúcar. Explicar que alimentos ricos em açúcar, como doces, chocolates e balas, favorecem o aparecimento de cáries e devem ser evitados ou consumidos com moderação. Solicitar aos alunos que apresentem seus cartazes sobre os alimentos que devem ser evitados ou consumidos com moderação em virtude do excesso de açúcar.

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1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua portuguesa, Matemática, História, Geografia e Ciências.

Aula 4: Pesquisa de dados e desenvolvimento (Parte 2) Pesquisa 2 – Higiene das mãos Discutir sobre a importância de lavar as mãos como principal medida para evitar a transmissão de seres causadores de doenças. Explicar que uma das formas de transmissão de doenças é pelas mãos contaminadas. Pedir aos alunos que conversem sobre o que é preciso fazer para evitar a transmissão de doenças pelas mãos sujas. Espera-se que respondam que é necessário sempre lavar as mãos. Demonstrar aos alunos como realizar a lavagem adequada das mãos, levando-os ao banheiro e colocando em prática o que aprenderam. Comentar também sobre a importância de cortar as unhas para manter a higiene das mãos. Montar um cartaz explicativo sobre como deixar as mãos livres de germes, seguindo alguns passos: 1. Abra a torneira e molhe as mãos. 2. Feche a torneira e ensaboe completamente as mãos com sabonete. 3. Esfregue todas as partes das mãos por 15 segundos (contando até 15): a palma da mão, as costas da mão, entre os dedos e as unhas. 4. Abra a torneira e enxague as mãos com água corrente. 5. Feche a torneira e seque bem as mãos com uma toalha limpa ou papel-toalha. Para finalizar a aula, se possível, assistir ao vídeo da Galinha Pintadinha, que apresenta a importância de se lavar as mãos antes das refeições, depois de ir ao banheiro e após chegar da rua. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=CuaUuMNfJQk>. Acesso em: 19 dez. 2017.

Aula 5: Pesquisa de dados e desenvolvimento (Parte 3) Pesquisa 3 – Higiene do corpo Em roda, conversar com os alunos sobre os cuidados que devemos ter com a higiene do corpo. Se possível, apresentar o vídeo Castelo Rá-Tim-Bum, Ratinho tomando banho. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=s9p9m0ebJmg>. Acesso em: 19 dez. 2017. Após o vídeo, perguntar aos alunos:

1. O QUE O RATINHO DO VÍDEO QUIS ENSINAR? 2. POR QUE DEVEMOS MANTER NOSSO CORPO LIMPO? 3. QUAIS AS PARTES DO CORPO QUE O RATINHO LAVOU? EM SEGUIDA, CANTAR A SEGUINTE PARLENDA: O SAPO NÃO LAVA O PÉ: O SAPO NÃO LAVA O PÉ NÃO LAVA PORQUE NÃO QUER ELE MORA LÁ NA LAGOA NÃO LAVA O PÉ PORQUE NÃO QUER MAS QUE CHULÉ! (FOLCLORE.)

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1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua portuguesa, Matemática, História, Geografia e Ciências.

Após os alunos cantarem e dramatizarem a parlenda, pedir que respondam oralmente as seguintes perguntas:

4. O QUE O SAPO NÃO LAVOU? 5. QUAL É A CONSEQUÊNCIA DE NÃO TER LAVADO O PÉ? 6. O QUE É CHULÉ? Pedir aos alunos que se sentem em duplas para realizar a atividade do texto fatiado, colocando-o na ordem correta.

O sapo não lava o pé Mas que chulé! Ele mora lá na lagoa Não lava o pé Não lava porque não quer Porque não quer O sapo não lava o pé COLE AQUI COLE AQUI COLE AQUI COLE AQUI COLE AQUI COLE AQUI COLE AQUI Aula 6: Pesquisa de dados e desenvolvimento (Parte 4) Pesquisa 4 – Higiene dos cabelos Ler com os alunos a parlenda a seguir. Fazer a leitura incluindo as indicações dos dedos das mãos conforme a tradição. DEDO MINDINHO SEU-VIZINHO PAI DE TODOS FURA-BOLO MATA-PIOLHO (Parlenda popular.)

Conversar com os alunos sobre os significados propostos na parlenda, perguntando se já usaram o dedo indicador para “furar bolo”, por exemplo. Verificar se compreendem a relação entre o dedo polegar e o nome “mata-piolho”. 26


1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua portuguesa, Matemática, História, Geografia e Ciências.

Explicar aos alunos que os hábitos de higiene envolvem lavar e pentear os cabelos com frequência. Pedir que se sentem em roda e perguntar se eles sabem o que é o piolho. Deixar que apresentem suas respostas. Lembrá-los da necessidade de cada um falar no seu tempo, esperar sua vez e ouvir os colegas atentamente. Levar os alunos ao laboratório de informática, para que possam procurar imagens sobre esse tipo de animal. Orientar para que todos entendam as características e o modo de viver dos piolhos, assim como sua transmissão, prejuízos que causam ao ser humano e formas de combate. Dividir a turma em grupos e propor o desafio a seguir:

1. PREENCHA O QUADRO DE HIGIENE DE ACORDO COM AS REGRAS A SEGUIR: A) RECORTE DE REVISTAS AS FIGURAS DE UM PENTE, UM XAMPU E UMA ESCOVA DE CABELO. B) COLE CADA FIGURA NO LUGAR CORRESPONDENTE. C) ESCREVA QUANTAS LETRAS TEM CADA PALAVRA. COLE O DESENHO AQUI

PALAVRAS

QUANTAS LETRAS?

PENTE

XAMPU

ESCOVA DE CABELO Aula 7: Relacionando falta de higiene com doenças Nesta aula, os alunos deverão compreender que algumas doenças são causadas pela falta de hábitos de higiene. Explicar aos alunos que existem seres causadores de doenças que são invisíveis a olho nu. Esses seres estão em vários lugares: sobre os brinquedos e objetos em geral; na terra ou na areia; na água; no ar. Sendo assim, podemos carregar esses seres no nosso corpo e é por isso que é importante mantermos hábitos de higiene: ao lavar as mãos, escovar os dentes, lavar os cabelos e cortar as unhas, por exemplo, estamos eliminando do nosso corpo seres causadores de doenças e cooperando para a manutenção da nossa saúde. Lembrar que é importante lavar de forma adequada frutas e verduras antes de consumi-las e tomar água tratada e filtrada. A diarreia é uma doença relacionada com a falta de higiene. Ela pode ser transmitida por água ou alimentos contaminados. Essa doença é caracterizada por fezes líquidas ou muito moles. A pessoa com diarreia pode ficar muito fraca e deve procurar atendimento médico para receber o tratamento adequado. 27


1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua portuguesa, Matemática, História, Geografia e Ciências.

Propor aos alunos a produção na cartolina de um manual ilustrado de bons hábitos de higiene. Dividir a cartolina em oito partes. Para cada uma delas, os alunos devem ilustrar um hábito de higiene. Os manuais ilustrados podem ser expostos na escola para que outras pessoas reconheçam a importância dos hábitos de higiene para a manutenção da saúde. USAR O LENÇO PARA ASSOAR O NARIZ

TOMAR BANHO TODOS OS DIAS

NÃO ANDAR DESCALÇO

CORTAR AS UNHAS

LAVAR OS CABELOS

LAVAR AS MÃOS ANTES DE COMER

USAR ROUPAS LIMPAS

ESCOVAR OS DENTES

Por fim, apresentar aos alunos algumas curiosidades a respeito de alguns objetos relacionados à temática da higiene pessoal. Papel higiênico: antes de sua invenção, a limpeza era feita com o uso de sabugos de milho, folhas e com a mão. Em 1857, surgiu nos Estados Unidos a primeira fábrica de papel higiênico, a qual sofreu grande resistência das pessoas. Banho: antes do século XIX, os banhos não eram muito frequentes. O chuveiro foi inventado em 1867, pelo francês Merry Delabost. Privada: com modelo rudimentar, a primeira privada foi utilizada pela rainha Elizabeth I. Apenas em 1884 foi criado o modelo de privada com descarga pelo inglês George Jennings. Sabonete: por muito tempo foi considerado um artigo de luxo, tornou-se popular apenas após o início da produção industrial pelos norte-americanos. Escova de dentes: a China foi a responsável pela produção das primeiras escovas de dentes. Já as pastas dentárias, feitas de vegetais, começaram a ser utilizadas para a limpeza da boca pelos povos do Egito Antigo e da Índia. As pastas tais como as conhecemos hoje surgiram no século XX, nos Estados Unidos.

Avaliação Aulas 1 2 3 4 5 6 7 8

Proposta de avaliação Avaliar a reflexão e as respostas dos alunos sobre higiene. Verificar a produção da pesquisa e do cartaz sobre os hábitos de higiene. Avaliar a realização dos dados da pesquisa e do desafio proposto. Verificar a realização do cartaz sobre a higiene das mãos. Avaliar as realizações das atividades sobre a higiene do corpo. Verificar a participação nas atividades sobre a higiene dos cabelos. Verificar se o aluno relacionou a falta de higiene com o desenvolvimento de doenças. Avaliação final sobre as relações entre corpo, higiene e saúde.

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1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua portuguesa, Matemática, História, Geografia e Ciências.

Avaliação final Solicitar aos alunos que conversem e respondam se conseguem relacionar o corpo, a higiene e a saúde. Retomar esse assunto para analisar os conhecimentos adquiridos pelos alunos na realização das atividades durante o processo. Pedir que os alunos contem o que eles aprenderam com esse projeto. Entregar uma ficha para os alunos analisarem quais são bons hábitos de higiene e reconhecerem o que podemos fazer para mantermos o corpo limpo. Pedir a eles que respondam um questionário sobre higiene corporal. NOME DO ALUNO: ___________________________________________________________ LEIA CADA AÇÃO. FAÇA UM X AVALIANDO SE É ADEQUADA OU INADEQUADA PARA A MANUTENÇÃO DA SAÚDE.

ADEQUADA

INADEQUADA

1. DORMIR SEM ESCOVAR OS DENTES. 2. CORTAR E LIMPAR AS UNHAS. 3. LAVAR O ROSTO AO ACORDAR. 4. ANDAR DESCALÇO. 5. TOMAR BANHO DIARIAMENTE. 6. COLOCAR OBJETOS SUJOS NA BOCA. 7. PENTEAR OS CABELOS. 8. USAR ROUPAS LIMPAS. 9. LAVAR AS MÃOS APÓS IR AO BANHEIRO. 10. LAVAR AS MÃOS ANTES DAS REFEIÇÕES. 11. ESCOVAR OS DENTES APÓS AS REFEIÇÕES.

Referências complementares ● Higiene corporal. Site que apresenta informações pontuais sobre higiene corporal, pessoal e bucal. Traz também informações sobre tipos de higiene e problemas causados pela falta de higiene. Disponível em: <http://higiene-corporal.info>. Acesso em: 19 dez. 2017. ● A higiene e a nossa saúde. Cartilha com conteúdos que abordam a higiene relacionada à saúde. Com uma linguagem apropriada para o universo infantil, define higiene e o que acontece com as pessoas que não cultivam bons hábitos de higiene. Disponível em: <https://www.unicef.org/cbsc/files/A_HIGIENE_E_A_NOSSA_SAuDE.pdf>. Acesso em: 19 dez. 2017. ● Doenças causadas pela falta de higiene e saneamento básico. Site que apresenta informações sobre a relação direta entre falta de higiene, saneamento básico precário e proliferação de doenças, com dados estatísticos da Organização das Nações Unidas (ONU). Disponível em: <http://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/doencas-causadaspela-falta-de-higiene-e-saneamento-basico>. Acesso em: 19 dez. 2017.

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

1a sequência didática: Elementos vivos e elementos não vivos Esta sequência trabalha as características básicas dos seres vivos e dos elementos não vivos a partir da observação orientada de imagens, entrevistas com os familiares e discussões em sala de aula. No primeiro bimestre do primeiro ano é feita uma introdução geral, apresentando os principais assuntos que costumam ser tratados em Ciências. O estudo tem início com a apresentação do ambiente e dos elementos que fazem parte dele. Nesse momento é feita uma apresentação das características básicas das plantas e dos animais, bem como a relação que esses seres vivos têm com os elementos não vivos do ambiente.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos  Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e

Competências específicas de Ciências da Natureza

Objetivos de aprendizagem Conteúdos

processos relativos ao mundo natural, tecnológico e social, como também às relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas e buscar respostas.  Caracterizar os seres vivos e os elementos não vivos presentes nos ambientes.  Reconhecer as características básicas de plantas e de animais.  Elementos vivos e elementos não vivos.  Os animais e as plantas.

Materiais e recursos    

Cartões com imagem de cachorro, de um copo de vidro e de uma flor em vaso com terra. Folhas avulsas com imagens a serem identificadas como elementos vivos ou não vivos. Lápis nas cores azul e vermelha. Tesouras sem pontas.

Desenvolvimento 

Quantidade de aulas: 2 aulas

Aula 1 Organizar os alunos em duplas e, para cada dupla, entregar três cartões, cada um contendo uma das imagens abaixo (cachorro, copo e flor em vaso com terra). Dividir a lousa em três colunas e pedir que as duplas pensem nas características de cada um dos elementos representados nas imagens para preencher a tabela a seguir:

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

ESTÚDIO ORNITORRINCO

CACHORRO.

BENTINHO

COPO.

LUIS MOURA

FLOR EM VASO COM TERRA.

CACHORRO   

ALIMENTAR E DAR ÁGUA. ESCOVAR E DAR BANHO. DAR CARINHO.

ROCHA/SOLO   

NÃO SE MOVE. NÃO SE ALIMENTA. NÃO CRESCE.

PLANTA   

REGAR. COLOCAR NA LUZ. NÃO DEIXAR CAIR NO CHÃO.

Com a tabela pronta, perguntar aos alunos quais dos itens dos cartões são vivos e quais não são. É esperado que os alunos respondam que copo é um elemento não vivo e cachorro e flor são elementos vivos (seres vivos). Explicar para os alunos que, como lição de casa, eles devem entrevistar quatro pessoas em suas casas fazendo as seguintes perguntas: - QUAIS DOS SEGUINTES ITENS ABAIXO SÃO VIVOS? São vivos: a borboleta, o coqueiro e o esquilo.

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

- QUAL É A DIFERENÇA ENTRE ELEMENTOS VIVOS OU SERES VIVOS E ELEMENTOS NÃO VIVOS? Os seres vivos nascem, crescem, se reproduzem (formando novos seres vivos), se movem e morrem, enquanto os elementos não vivos não possuem essas características.

RONALD MARTINS

Aula 2 Dividir a lousa em duas colunas: elementos vivos e elementos não vivos. Perguntar para cada aluno, um a um, o que eles aprenderam entrevistando as pessoas de casa. Conforme os alunos forem falando, ir adicionando as informações na lousa. Algumas das diferenças que podem ser trazidas pelos alunos são: ELEMENTOS VIVOS   

ALIMENTAM-SE. MOVEM-SE. PODEM MORRER.

ELEMENTOS NÃO VIVOS   

NÃO SE ALIMENTAM. NÃO SE MOVEM SOZINHOS. NÃO PODEM MORRER (MAS PODEM QUEBRAR).

Formar duplas e entregar para cada uma delas uma cópia das imagens a seguir, de preferência colorida. O trabalho da dupla será o seguinte: 1. Identificar os itens representados pelas imagens. Aranha em teia, dois besouros, dois cadernos, um par de sapatos, duas folhas, dois abacaxis, dois chapéus, duas pedras, duas abelhas e duas flores.

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

2. Completar o nome dos itens, adicionando vogais às palavras. _R_NH_S ARANHAS B_S_UR_S BESOUROS C_D_RN_S CADERNOS S_P_T_S SAPATOS F_LH_S FOLHAS _B_C_X_S ABACAXIS CH_PÉ_S CHAPÉUS P_DR_S PEDRAS _B_LH_S ABELHAS FL_R_S FLORES 3. Circular de vermelho os elementos vivos ou seres vivos. Itens vivos: aranhas, besouros, folhas, abacaxis, abelhas e flores. 4. Circular de azul os elementos não vivos. Itens não vivos: cadernos, sapatos, chapéus e pedras.

AVALONE

Pedir que os alunos coloquem os nomes dos integrantes da dupla na parte de trás do papel. Recolher os papéis com as respostas, misturá-los e redistribuí-los entre as duplas. Sem olhar os nomes dos alunos, a dupla deve avaliar se concorda ou discorda das respostas da outra dupla. Organizar, na lousa, as respostas da atividade, valorizando a variabilidade nas resoluções propostas pelos alunos. Em seguida, deixar que eles se expressem livremente e que defendam seus pontos de vista. Ao final, fazer o fechamento retomando as ideias principais da temática discutida e apresentando as respostas corretas.

Avaliação As atividades realizadas em aula podem ser avaliadas com base em observações sobre o envolvimento e a participação dos alunos em sala de aula, na qualidade de suas lições de casa, nas informações trazidas pelos alunos e na atividade de identificação dos elementos vivos e dos elementos não vivos.

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

Outra atividade de avaliação pode ser feita. A sugestão é a de que os alunos repitam o procedimento da atividade anterior, mas agora individualmente e com outro conjunto de elementos. A coleção de imagens a ser utilizada está abaixo, bem como as palavras a serem completadas.

AVALONE

Elementos vivos: borboleta, pássaro e cachorro. Elementos não vivos: anel, pedra, casa, bola, dado, boneca e avião. B_RB_L_T_ _N_L P_SS_R_ R_CH_ C_S_ C_CH_RR_ B_L_ D_D_ B_N_C_ _V_Ã_

BORBOLETA ANEL PÁSSARO ROCHA CASA CACHORRO BOLA DADO BONECA AVIÃO

É possível recolher essa ficha para avaliar o entendimento e aprendizado dos temas envolvidos. Em seguida, permitir que os alunos se expressem e defendam seus pontos de vista. Para finalizar, apresentar as respostas esperadas e fazer a retomada teórica, se necessário.

Ampliação Entregar para os alunos as cinco imagens abaixo, recortadas de forma que cada estágio do ciclo de vida da planta esteja em um cartão. Logo, serão cinco cartões. Se julgar possível, é interessante entregar para uma dupla de alunos uma única folha, com todos os cinco vasos, e pedir que eles recortem cada vaso, separando-os, como parte da atividade. Para encaminhar essa sugestão, certificar-se de que os alunos sabem manusear adequadamente e com segurança as tesouras sem pontas. Em seguida, numerar os cartões entregues, ou cada um dos vasos, antes de recortar. Pedir que os alunos analisem as cinco imagens observando a diferença entre as plantas envasadas. As seguintes perguntas podem ser feitas para instigá-los:

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

- QUAIS SÃO AS PARTES DESSAS PLANTAS? Raiz, caule, folhas, flores. - NO QUE ESSAS PLANTAS DIFEREM? No tamanho e nas partes que apresentam (algumas não têm folhas e/ou flores). - QUAL SERÁ A PLANTA MAIS JOVEM? E A MAIS VELHA? A mais jovem é a menor. A mais velha é a com duas flores. - QUAL VASO AINDA NÃO TEM PLANTA, MAS NO FUTURO TERÁ? O vaso com a semente.

FABIO EUGENIO

Após observação atenta das características de cada planta envasada, os alunos devem colar as figuras em uma folha de papel A4, considerando a sequência em que ocorre o crescimento e o desenvolvimento da planta. Orientar que eles comecem a colagem pelo vaso com a semente, posicionando-o no lado esquerdo da folha, para depois organizarem os demais vasos a partir desse. Organizar os alunos em roda, deixando que eles apresentem os argumentos e critérios que usaram para compor suas sequências. Incentivar o compartilhamento de ideias e a aceitação e respeito pela opinião do colega. Organizar as respostas na lousa. Fechar o debate com a retomada das ideias básicas estabelecidas para a resolução da atividade. Perguntar aos alunos se alguém quer mudar alguma figura de lugar em sua sequência e apresentar a resposta esperada. A ordem correta dos vasos é: 1. 2. 3. 4. 5. 6.

Vaso com semente. Vaso com a menor planta – início do crescimento. Vaso com a planta de tamanho médio e com dois botões florais, ambos ainda fechados. Vaso com a planta grande e com uma flor aberta e a outra ainda fechada. Vaso com a planta grande e com duas flores abertas. Vaso com a planta grande e uma vagem.

Essa atividade pode favorecer uma conversa extra com os alunos sobre o crescimento das plantas, suas flores e botões, a passagem do tempo etc. 35


Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

2a sequência didática: Plantas e animais Esta sequência didática trabalha a caracterização de plantas e animais por meio de dois pequenos textos e resolução de enigmas. No primeiro bimestre do primeiro ano, o estudo das Ciências da Natureza contemplará o estudo do ambiente e de seus elementos, propondo a caracterização básica de plantas e animais, por se tratarem dos elementos vivos mais próximos da realidade dos alunos.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos 

Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, tecnológico e social, como também às relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas e buscar respostas.

Objetivos de aprendizagem

Caracterizar plantas e animais

Conteúdos

Plantas e animais

Competências específicas de Ciências da Natureza

Materiais e recursos   

Folha impressa com imagens de frutos e de animais. Folha impressa com vegetais e animais brasileiros. Lápis de cor.

Desenvolvimento Quantidade de aulas: 2 aulas

Aula 1 Incentivar os alunos à leitura e leia com eles os textos a seguir. De acordo com as condições e orientações da escola, as ilustrações dos textos podem ser projetadas, impressas e mostradas para os alunos ou os textos com as imagens podem ser impressos e entregues a eles. Esses textos foram criados especialmente para esta sequência didática.

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

O MEU GIRASSOL

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MEU GIRASSOL É UMA PLANTA BEM BONITA. TEM FOLHAS GRANDES E VERDES E GOSTA DE BASTANTE ÁGUA. ELE NÃO SE MEXE MUITO, VIVE EM UM VASO COM TERRA E NÃO SAI DE LÁ. COMO GOSTA DE BASTANTE SOL, DE MANHÃ EU COLOCO O SEU VASO PERTO DE UMA JANELA. ACHO MUITO LEGAL QUE ELE FIQUE SEMPRE OLHANDO PARA O SOL. QUANDO O SOL SE MOVE, O GIRASSOL SE VIRA ACOMPANHANDO O SEU MOVIMENTO. ACHO QUE É POR ISSO QUE ELE SE CHAMA GIRASSOL! O MEU GATINHO

PHOTOCREO Michal Bednarek/Shutterstock.com

GATO DESCANSANDO NO PISO ENQUANTO É ACARICIADO POR UMA PESSOA.

O MEU GATO NÃO É MUITO GRANDE. ELE É CINZA e ADORA BRINCAR! TODO DIA QUANDO CHEGO DA ESCOLA, A GENTE BRINCA UM MONTÃO NA SALA. ELE GOSTA MUITO DE CAÇAR UM BRINQUEDO QUE PARECE UM RATINHO. DEPOIS DE BRINCAR BASTANTE ELE SEMPRE TOMA UM POUCO DE ÁGUA DO POTINHO DELE. QUANDO CHEGA A NOITE, A MAMÃE COLOCA COMIDA DE GATO NO POTINHO DE COMIDA DELE. NESSA HORA ELE FICA TÃO FELIZ QUE FICA MIANDO. NO FINAL DO DIA, ELE FICA BEM CANSADO E DORME NO SOFÁ DA SALA ENQUANTO EU FAÇO CARINHO NELE. 37


Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

Após a leitura, dividir a lousa em duas metades e colocar os títulos ANIMAIS e PLANTAS, um de cada lado. Pedir aos alunos que citem características dos animais e das plantas, com base nas informações dos textos. É interessante, durante essa atividade, prestar atenção em cada característica indicada pelos alunos. Nos textos, por exemplo, entende-se que tanto o gato quanto o girassol podem se mover, ou seja, movimentação não é algo exclusivo dos animais, uma vez que as plantas se movem em condições especiais, ainda que não do mesmo jeito. Nem todas as plantas se movem como o girassol, então, tomar cuidado para não generalizar o comportamento do girassol para todas as outras plantas. Alguns exemplos de características que podem ser colocadas no quadro comparativo são: PLANTAS    

Algumas ficam presas ao solo. Movimentam-se muito pouco ou não se movimentam. Precisam de água. Costumam ter folhas verdes.

ANIMAIS     

Comem. Movimentam-se. Bebem água. Podem fazer barulho. Dormem.

Deixar a tabela montada na lousa e organizar os alunos em duplas. Para cada dupla, entregar uma cópia de cada conjunto de imagens abaixo, contendo frutos ou animais. A atividade consiste em resolver um enigma. O(a) professor(a) vai dando dicas e os alunos devem adivinhar qual é a resposta do enigma, com base nas dicas. É importante ressaltar que nenhuma das dicas pode dizer se o ser vivo é um animal ou um vegetal – o aluno terá de descobrir a partir das outras dicas.

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OS ANIMAIS REPRESENTADOS SÃO, RESPECTIVAMENTE: ONÇA, CARNEIRO, TARTARUGA, JACARÉ, ARARA, CAMALEÃO, BICHO-PREGUIÇA, TATU, TUCANO.

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

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OS FRUTOS REPRESENTADOS SÃO, RESPECTIVAMENTE: MORANGO, PERA, MAÇÃ, LARANJA, PÊSSEGO, AMEIXA, BANANA, MELANCIA, ABACAXI, MAMÃO, UVA, CEREJA, KIWI, LIMÃO, MELÃO, MANGA.

Seguem dez exemplos de enigmas, sempre com três dicas. Ler as dicas de maneira pausada, dando tempo para que os alunos pensem nelas, uma por uma. Tomando como exemplo a primeira dica sugerida: primeiro dizer que o item é verde e dar um tempo para que os alunos observem todos os itens verdes; na sequência dizer que é verde e tem olhos e dar um tempo para que os alunos selecionem, dentre as imagens verdes, as que apresentam olhos; por fim, dizer que é verde, tem olhos e dentes e observar como as duplas lidam com as três dicas. 1. É verde; tem olhos; tem dentes. Jacaré. 2. É roxo; tem folha; é composto por várias bolinhas. Cacho de Uva. 3. Está localizado em um galho; é marrom; tem unhas. Bicho-preguiça. 4. É vermelho; tem folha e faz parte da história da Branca de Neve Maçã. 5. É verde e vermelho; tem sementinhas; é bem grande. Melancia. 6. Tem asas; tem penas pretas; tem bico grande e colorido. Tucano. 39


Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

7. É verde; vive na água; tem um casco protegendo suas costas. Tartaruga. 8. É comestível; tem sementinhas pequenas; é marrom por fora e verde por dentro. Kiwi. 9. Pode ser verde ou amarelo; dá para fazer suco com ele; é muito azedo. Limão. 10. Parece um gato grande; tem rabo e manchas pretas em seu pelo. Onça pintada. A dupla não deve dizer em voz alta qual é a sua resposta, mas ouvir os enigmas em silêncio e trocar ideias sobre a possível e única resposta com o colega. Quando chegarem a uma única solução, devem escrever ao lado do número do enigma, a resposta. Se a resposta do enigma 1 é jacaré elas devem escrever, ao lado do número 1 a palavra jacaré. Ao final da atividade, organizar a turma em uma roda. As fichas com os números podem ser recolhidas para que os alunos se expressem sobre o porquê de suas respostas. Em seguida, encaminhar o fechamento e a retomada do conteúdo, se necessário. É interessante conversar com os alunos sobre quais dicas ajudaram a descobrir que se tratava de um animal e quais as que ajudaram a descobrir que se tratava de uma planta.

Ampliação Entregar, impressa, para os alunos, a imagem a seguir, com plantas e animais. Instrua-os a escrever o título ANIMAIS e PLANTAS. Como proposta de atividade para a casa, os alunos devem pintar somente os animais e as plantas que fazem parte da fauna e flora brasileiras.

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

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ALGUNS ANIMAIS E ALGUMAS PLANTAS DA AMÉRICA DO SUL.

Aula 2 Formar duplas e solicitar aos alunos que compartilhem a atividade de colorir os animais e as plantas da fauna e flora brasileiras. É importante debaterem sobre os desenhos que pintaram e se identificaram todos os seres vivos pertencentes à fauna e flora do país. Em seguida, fazer o fechamento da atividade, indicando quais seres vivos deveriam ter sido pintados e retomar as características básicas de animais e plantas, se achar necessário.

Avaliação É possível avaliar a participação do aluno na leitura e na conversa sobre os textos do girassol e do gato, avaliar o desempenho e compartilhamento das respostas dos alunos na atividade do enigma e avaliar também a qualidade dos resultados da atividade de Ampliação. Outro instrumento de avaliação sobre aspectos dos temas apresentados está associado ao entendimento da relação do girassol com o Sol. Entregar aos alunos as duas imagens de girassol impressas e peça-lhes para observar a flor do girassol e desenhar o Sol na posição que justifique o comportamento dessa flor.

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

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O SOL ESTARÁ DO LADO ESQUERDO DE QUEM OBSERVA A IMAGEM.

Ian 2010/Shutterstock.com

O SOL ESTARÁ DO LADO DIREITO DE QUEM OBSERVA A IMAGEM. Em outra sugestão de avaliação, pedir aos alunos que desenhem em uma folha sulfite, um ambiente que conheçam. Orientá-los para que o desenho contenha elementos não vivos, plantas e animais. Os alunos podem fazer o desenho a lápis e, posteriormente, devem representar os elementos não vivos em azul, as plantas em verde e os animais em vermelho. Os diferentes desenhos produzidos pelos alunos podem ser fixados no mural da sala e constituir um acervo de uma exposição para toda a coletividade escolar.

Ampliação A imagem a seguir representa, de forma artística, um veado. Organizar os alunos em duplas. Mostrar-lhes a imagem, projetada ou impressa, e pedir-lhes que, em duplas, encontrem detalhes na imagem que a diferencia de um veado em seu próprio ambiente.

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

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Veados são animais. Flores e folhas são parte de plantas. Os chifres de um veado não têm folhas nem flores.

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

3a sequência didática: O solo e as plantas Entender aspectos da relação entre o solo, o crescimento e o desenvolvimento das plantas.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos  Competências geral (G) e específica de Ciências da Natureza (CN), ambas da Base Nacional Comum Curricular

(G2) Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e inventar soluções com base nos conhecimentos das diferentes áreas. (CN2) Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas e socioambientais e do mundo do trabalho.

Vivenciar a metodologia científica, elaborando hipóteses explicativas com base na análise de resultados experimentais.

Conteúdo

Desenvolvimento e crescimento vegetal.

Objeto de conhecimento

Seres vivos no ambiente

Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, tecnológico e social, como também às relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas e buscar respostas.

Conhecer as fases do crescimento das plantas e as suas relações com o solo

Desenvolvimento das plantas e solo.

Objetivo de aprendizagem

Competências específicas de Ciências da Natureza

Objetivo de aprendizagem Conteúdo

Materiais e recursos      

Sementes de feijão. Chumaços de algodão. Água para regar. Terra de jardim. Recipientes plásticos reutilizáveis, transparentes ou não, como copos, potes de iogurte, de requeijão, de manteiga ou de margarina. Fonte luminosa.

Desenvolvimento 

Quantidade de aulas: 2 aulas (distanciadas em 10 dias) 44


Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

Aula 1 (dia 1) Organizar os alunos em duplas e entregar-lhes um kit contendo:    

1 recipiente plástico reutilizável com um pouco de terra de jardim cobrindo o fundo 1 recipiente plástico reutilizável com um chumaço de algodão cobrindo o fundo bandeja de isopor reutilizável pequena (adquirida na compra de frios em mercados) 6 sementes de feijão Pedir às duplas de alunos que preparem o experimento.

Em primeiro lugar, solicitar que coloquem 3 grãos de feijão em cada um dos dois recipientes plásticos, o que contém terra e o que contém algodão. Em ambos os recipientes, os feijões devem ficar envolvidos pelo substrato, seja a terra ou o algodão. Portanto, pedir aos alunos que abram um pequeno buraco na terra com a ponta dos dedos para colocar os feijões e cobri-los em seguida. No recipiente com algodão, os feijões devem ser colocados no meio do chumaço, entre os filamentos de algodão. Perguntar aos alunos o que deve ser adicionado aos recipientes para que os feijões brotem e se desenvolvam bem. É esperado que os alunos respondam “água”. Após responderem, pedir-lhes que adicionem um pouco de água em cima de todos os feijões, tanto no recipiente com terra como no que contém algodão. Não é necessário adicionar muita água, basta umedecer a terra e o algodão. Em seguida, e com cuidado, as duplas de alunos devem colocar os 2 recipientes sobre as bandejas de isopor e deixá-las em uma mesa ou bancada bem próximas à janela da sala. Esses arranjos experimentais simples ficarão nesse local por dez dias. Orientar os alunos para que, todos os dias, durante 10 dias, assim que chegarem à escola, umedeçam os recipientes com um pouquinho de água, observem detalhadamente os feijões nos dois recipientes, anotem e desenhem em seus cadernos tudo o que observaram. Os alunos devem organizar os seus cadernos para registrarem as observações em cada um dos 10 dias. Deixá-los que expressem como propõem fazer os registros. Finalmente, avaliar as sugestões e propor uma tabela para inserir a observação a cada dia.

Entre as aulas 1 e 2 (dias 2 a 9) Entre o 1o e 10o dias, os alunos devem observar, em todos os dias letivos, a evolução do experimento. É importante guiar a observação dos alunos com perguntas como: “Quais são as partes que formam o corpo da planta?”, “Qual é a função de cada uma dessas partes?”, “Qual a parte da planta que deve surgir primeiro?” ou “Vocês percebem alguma diferença entre os feijões que estão crescendo na terra e os que estão crescendo no algodão?”. Durante os dez dias de observação, e dependendo da disponibilidade de computadores e de acesso à internet, sugerir e encaminhar uma pesquisa sobre as imagens do crescimento das sementes de feijão. Mostrar os resultados da pesquisa aos alunos. Pedir-lhes que desenhem cada fase que observarem nos seus recipientes e que comparem com as imagens obtidas na pesquisa da internet. Solicitar que proponham explicações sobre as eventuais diferenças. Estimular o debate, organizar as informações e fazer o fechamento com as ideias apresentadas. Se for possível, escolher alguns recipientes com terra e com algodão para fotografar todos os dias. Esse material pode ser usado no décimo dia para análise, comparação e discussão com os alunos sobre o que era esperado e o que foi obtido. 45


Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

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REPRESENTAÇÃO DO CRESCIMENTO DE UMA MUDA DE FEIJÃO NA TERRA.

Aula 2 (dia 10) Pedir às duplas de alunos que comparem o desenvolvimento das plantas do recipiente com a terra e com o algodão. Fazer perguntas guiando a observação delas: “Como foi o crescimento em altura dos feijões?”, “Em que condição os feijões cresceram melhor?”. Mostrar as diferenças encontradas no experimento e questionar os alunos qual seria o motivo. Caso os alunos sintam dificuldade para responder, fazer novas perguntas, como: “O que havia de diferente entre as duas experiências?”. Ressaltar que se tratou de um experimento científico simples e que para conseguirmos chegar a uma resposta foi necessário fazer observações, registros e comparações, ou seja, verificar as diferenças entre os dois experimentos realizados. Perguntar aos alunos se eles acham que o solo é importante para todas as fases do desenvolvimento de uma planta. Explicar que para a germinação, o solo tem pouca importância, pois os nutrientes para o crescimento inicial estão no interior da própria semente. Porém, após a germinação, as plantas precisam obter nutrientes para poderem crescer e o solo é a fonte desses nutrientes. Sem uma fonte de nutrientes, a planta pode acabar morrendo ou ter um desenvolvimento deficiente. Além disso, o solo permite que a plante se fixe bem e, assim, possa crescer sem tombar. É possível dedicar uma terceira aula ou um momento planejado para colocar as plantas jovens de feijão em algum canteiro ou espaço adequado no colégio. As plantas, com o tempo, crescerão, e os alunos poderão acompanhar a formação de estruturas adultas, como a casca e as novas folhas, e as estruturas reprodutivas, como flores e frutos, de onde poderão coletar novas sementes e elaborar, sob a orientação do professor, uma salada ou uma refeição simples. Caso os alunos desejem, permitir que levem os recipientes com as plantas para casa. Nesse caso, instruí-los a colocar um pouquinho de água todos os dias e a deixar o vaso em uma região que tenha luz natural.

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

Avaliação É possível avaliar o olhar investigativo dos alunos durante todas as fases do experimento. Pedir aos alunos que meçam a altura das plantas com uma régua, conforme elas crescem, e preencher uma tabela com essas informações. Essa tabela pode ser preenchida de forma individual, em duplas ou coletivamente. Outra opção é a de contar quantas folhas tem cada pé de feijão. A seguir, há algumas perguntas que podem ser utilizadas como avaliação complementar. COMPLETE A SEGUINTE FRASE: PARA QUE AS PLANTAS CRESÇAM SAUDÁVEIS É NECESSÁRIO QUE HAJA _____________, ______________ E _____________. Água, luz e solo. COLOQUE AS PALAVRAS QUE REPRESENTAM AS PARTES DAS PLANTAS NA SEQUÊNCIA EM QUE SURGEM APÓS A GERMINAÇÃO DAS SEMENTES. RAIZ – CAULE – FLORES – SEMENTES – FRUTOS – FOLHAS semente > raiz > caule > folhas > flores > frutos

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CRESCIMENTO VEGETAL.

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

Ampliação Perguntar aos alunos: “Todo solo é bom para o crescimento das plantas? Será que o solo da praia garante um bom crescimento das plantas? Por que não há muitas plantas crescendo na praia?”. Aproveitar a conversa para introduzir o conceito de solo fértil – um solo adequado para o crescimento vegetal. Com os alunos em duplas, pedir que observem as duas imagens de paisagens reproduzidas a seguir. Na primeira, há um solo escuro e fértil; a outra apresenta um solo claro e pouco fértil.

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SOLO ESCURO.

SOLO CLARO.

1. QUAL DOS SOLOS É MAIS FÉRTIL? O MAIS CLARO. O MAIS ESCURO. O ambiente com mais plantas é o que apresenta solo mais escuro, portanto, o solo mais escuro é o mais fértil. 2. CONVERSE COM O COLEGA SOBRE UMA FORMA DE DESCOBRIR COMO UM SOLO É FÉRTIL. Se no solo crescem muitas plantas é indicativo de que ele seja fértil. Se no solo não crescem muitas plantas é indicativo de que o solo não seja fértil.

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

4a sequência didática: Ar e água O objetivo desta sequência didática é trabalhar a caracterização da água pura e suas três propriedades, ou seja, ser: incolor, inodora e insípida. Essas propriedades também constituem a definição de água potável. O estudo do ar propõe a construção de uma biruta de papel e observando seu funcionamento, perceber o sentido do vento e, assim, constatar a existência do ar em movimento. Uma biruta é um objeto composto por um cone de tecido com uma abertura em cada extremidade, de modo que na maior é acoplado um aro de metal e uma haste. Ela é utilizada para indicar o sentido de deslocamento do vento. As birutas também podem ser feitas de papel, garrafas pet, filtros de café e outros materiais. É possível construir birutas que sejam decorativas e utilizá-las em quintais e varandas. O objetivo da atividade é perceber a presença do ar por meio da constatação de seu deslocamento, e do vento, com a utilização da biruta.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos  Competência Específica das Ciências da Natureza   Objetivos de aprendizagem

Conteúdos

   

(CN3) Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, tecnológico e social, como também as relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas e buscar respostas. (CN6) Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza. Conhecer as propriedades da água pura e a definição de água potável Constatar a existência do ar Perceber o sentido de deslocamento do vento Propriedades da água Propriedades do ar

Materiais e recursos       

Cartões com imagens. Ventilador ou ambiente aberto onde o vento possa ser percebido. Tubos de papel higiênico ou cartolina de tamanho A5 ou A4 cortado na metade. Lápis de cor, guache ou canetas hidrográficas. Papel crepom colorido. Cola. Barbante.

Desenvolvimento 

Quantidade de aulas: 4

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

Aula 1 Projetar as imagens a seguir para encaminhar uma atividade coletiva da turma. Organizar os alunos em duplas e pedir que conversem e digam se beberiam ou não a água representada em cada imagem, justificando suas respostas. Estimular o debate, a livre expressão e o compartilhamento e a defesa de opiniões.

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Imagem 1 – ÁGUA QUE NÃO É INCOLOR

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Imagem 2 – ÁGUA COM CHEIRO FORTE

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

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Imagem 3 – ÁGUA COM GOSTO FORTE

Escrever na lousa a seguinte frase: A ÁGUA POTÁVEL É INODORA, INCOLOR E INSÍPIDA. Em seguida, ler com os alunos a frase, explicando o significado de cada um dos conceitos. Incentivá-los a fazer um glossário no mural da sala, na lousa ou no próprio caderno. Sugerir aos alunos que elaborem frases diferentes com as novas palavras aprendidas. POTÁVEL: Que se pode beber INODORA: Sem cheiro

INCOLOR: Sem cor INSÍPIDA: Sem gosto

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CRIANÇA BEBENDO ÁGUA POTÁVEL: INCOLOR, INODORA E INSÍPIDA.

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

Aula 2 Dando continuidade ao tema, perguntar aos alunos se eles sabem de onde vem a água usam para beber e fazer outras atividades, como tomar banho por exemplo. Incentivá-los a participarem com outras perguntas mais objetivas, como “Vem do filtro?”, “Vem da garrafa de água comprada no mercado?”, “Vem do galão de água?”, “Vem da torneira?” e “Onde está guardada toda essa água?”. Organizar a turma para se expressar livremente, mas de modo a compartilhar e defender suas opiniões sobre os temas levantados. Fazer uma lista das respostas, aproveitando para encaminhar e apresentar o conteúdo. Explicar que os mananciais (rios, lagos e represas) representam a grande fonte de água, que deve, depois de coletada, tratada e se tornar potável, ser distribuída, chegando às residências, hospitais, indústrias e demais localidades para ser consumida e usada racionalmente. Finalizando, perguntar aos alunos se conhecem algum manancial e se acham que devem ser protegidos.

Aula 3 Organizar os alunos sentados em roda e projetar a imagem a seguir. Se não houver essa possibilidade, imprimir algumas cópias da imagem e distribui-las aos alunos organizados em duplas. Solicitar aos alunos que observem atentamente a imagem durante alguns instantes. Em seguida, pedir a eles que descrevam o que está sendo representado nessa imagem. Incentivá-los a participarem, compartilharem e defenderem suas opiniões sobre a interpretação da imagem. Permitir que se expressem livremente. Organizar as ideias apresentadas na lousa, aproveitando para encaminhar e apresentar os temas envolvidos. Para o fechamento, se necessário, fazer uma provocação com as seguintes perguntas: “Por que o guarda-chuva está invertido?”, “Por que a gravata do moço está virada para um lado?” ou “Como está o tempo nesse dia?”. Explicar que o ar, apesar de invisível, existe e se movimenta dando origem aos ventos, que podem ser mais ou menos intensos e mover objetos de diversos tamanhos.

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

Para dar continuidade ao trabalho pedagógico, é importante certificar-se de que todos os alunos constataram a presença do vento por meio das imagens. Pedir que falem de situações pelas quais passaram e que se assemelham a essa da imagem. Permitir que se expressem livremente e compartilhem suas vivências. Em seguida, questioná-los se é possível saber de onde o vento vem e para onde vai, ou seja, o seu sentido. Retomar a imagem e perguntar aos alunos: “É possível identificar para onde está soprando o vento?”, “Quais elementos da imagem permitem saber o sentido do vento?”. Novamente, permitir que os alunos se expressem e organizar as opiniões. Decidir com os alunos uma forma de indicar o deslocamento do vento. Propor uma flecha e veja como sugerem a utilização deste símbolo para resolver o problema proposto. Na sequência, projetar a imagem 2. Se houver dificuldade para a projeção, imprimir algumas cópias e distribuir para as duplas de alunos já organizadas anteriormente.

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IMAGEM 2 – CAMPO GRAMADO

Solicitar aos alunos que constatem, nessa imagem, a presença de vento. É esperado que tenham dificuldade, pela ausência de elementos sendo movimentados pelo vento. Nesse momento, mencionar a existência de um instrumento capaz de indicar o sentido do deslocamento do vento: a biruta. PROCEDIMENTO DE MONTAGEM DAS BIRUTAS Organizar os alunos em duplas. Entregar para cada dupla dois tubos de papel higiênico (imagem 3). Uma opção possível é a de pedir aos alunos que tragam de casa esses rolos; basta pedir com uma ou duas semanas de antecedência, promovendo o reúso de material.

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

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IMAGEM 3 – TUBOS DE PAPEL HIGIÊNICO

Orientar cada dupla a pintar ou decorar o seu rolo de papel de acordo com o que achar interessante. Incentivar a criatividade; pedir que usem a imaginação e façam produções coloridas. O ideal é utilizar canetas hidrográficas para que não seja necessário o tempo de secagem do material. O uso de lápis ou giz de cera deve ser feito com cautela para não amassar o material. Pintar com guache requer tempo de secagem, que deve ser considerado, caso seja escolhido. Uma alternativa interessante é a de colar papel crepom sobre o tubo, de forma a cobri-lo completamente. Porém essa alternativa consome mais material e também leva tempo para secagem. Em outra opção, pode-se usar cartolina para produzir os tubos no lugar dos rolos de papel higiênico. Nesse caso, fornecer para cada dupla dois pedaços de cartolina (A5, ou A4 cortado na metade) e pedir que desenhem nessa folha, utilizando lápis de cor ou caneta hidrocor. Assim que os desenhos estiverem prontos, instruir os alunos a enrolar a cartolina de forma que os desenhos fiquem para fora e um tubo seja formado. Basta unir as laterais do papel com ajuda de fita adesiva. Cortar tiras de papel crepom, de diferentes cores, de 30 a 40 centímetros. Fornecer essas tiras para que os alunos as colem em uma das extremidades do tubo, de acordo com os detalhes da imagem 4. Sugerir aos alunos que escolham as cores de papel crepom que combinem com a decoração de seus tubos. Pode ser interessante sugerir às duplas que conversem sobre as cores a serem utilizadas, promovendo trocas. Se algum aluno terminar a atividade antes do tempo previsto, pedir que ajude o colega na colagem. O resultado final da produção será semelhante ao representado na imagem 4, a seguir. Deixar os tubos em um canto protegido da sala com as fitas voltadas para cima até que a cola seque bem.

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

STUDIO DEZ SEXTOS

IMAGEM 4 – CRIANÇAS MONTANDO BIRUTAS

Aula 4 Dando continuidade ao trabalho pedagógico, preparar as birutas antes da aula começar. Com um objeto pontiagudo, fazer quatro furos na margem do tubo oposta ao lado das fitas. É importante que os quatro furos tenham a mesma distância entre si. Em cada furo, amarrar um pedaço de barbante de 20 centímetros. Dar um nó juntando os quatro barbantes e amarrar esse conjunto de barbantes em mais um pedaço de barbante de uns 50 centímetros. Após essa etapa, as birutas estarão prontas. Apresentar a imagem 5, a seguir, impressa ou projetada, aos alunos. Esse arranjo representa uma biruta utilizada, por exemplo, em aeroportos. Pedir aos alunos que indiquem o sentido de deslocamento do vento, conforme o que foi observado com a biruta. Caso eles tenham dificuldade de responder, retomar essa mesma pergunta ao final desta sequência didática. Apresentar as modificações feitas nas birutas dos alunos com a colocação dos barbantes, tomando uma das birutas dos alunos como exemplo. Contar detalhadamente o que foi feito com cada biruta para que eles percebam e entendam seu funcionamento.

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

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IMAGEM 5 – BIRUTA PROFISSIONAL

Organizar novamente os alunos em duplas e entregar duas birutas por dupla. Orientá-los a não embaraçar os fios ou amassar o tubo de papel, segurando a biruta sempre pelo barbante mais longo. Em seguida, pedir às duplas para se deslocarem para o pátio ou para uma área aberta da escola. Um aluno da dupla deve correr segurando a biruta pelo barbante maior mantendo-a alta, enquanto o outro aluno deve observar em que posição ela fica enquanto o primeiro corre. Depois devem trocar de papel. Se for possível, usar um ventilador em sala de aula para simular um vento intenso. Colocar as birutas para perceber o sentido do deslocamento do vento gerado pelo ventilador. Finalizando a atividade, sentar com os alunos em roda. Orientá-los a procurar locais com vento e levar suas birutas até o vento, observando o que acontece com elas. Se não houver vento, os alunos podem caminhar pelo pátio com suas birutas, observando como elas se movimentam enquanto eles caminham. Durante a atividade, estimular os alunos a mudarem os seus deslocamentos, um trecho correndo e outro caminhando e, sempre observando o que acontece com a biruta. Após 10 ou 15 minutos de atividade livre dos alunos com suas birutas, reuni-los novamente em roda e provoque-os com as seguintes perguntas. 1. A biruta inclina-se para trás quando há vento ou quando não há vento? É esperado que os alunos respondam que ela se inclina mais quando há vento. 2. Quando a biruta se inclina mais: ao andarmos rápido ou devagar? É esperado que os alunos respondam que ela se inclina mais quando andamos rápido. Caso não consigam chegar a uma resposta, pedir a eles que voltem a andar, variando a velocidade e observando o instrumento.

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

3. Se vocês quiserem ver a biruta se inclinando bastante, qual seria o melhor lugar em suas casas para pendurá-la? Não há uma única resposta para essa pergunta e, portanto, é interessante ouvir os alunos e avaliar o que eles sugerem. Para que a biruta incline, o importante é pendurá-la em algum lugar com vento, como varanda, quintal, próxima de janelas ou portas. Estimular a participação, o compartilhamento e a defesa de opiniões. A aceitação e o respeito pelo outro devem ser incentivados, mesmo que tenha uma opinião ou pensamento diferente. A diversidade é um fato e deve ser entendida, aceita e respeitada. Organizar as respostas que surgirem, aproveitando para apresentar e retomar o conteúdo envolvido. Permitir que se expressem livremente e intervenha, somente se necessário. Ao final, encaminhar o fechamento e a retomada teóricos, apresentando as respostas esperadas e tirando as dúvidas dos alunos.

Avaliação A discussão em sala sobre a água e seus desdobramentos pode servir para avaliar o entendimento sobre o tema, o envolvimento, o compartilhamento e as demais habilidades atitudinais avaliadas. A seguir, outras sugestões para avaliar habilidades de conteúdo e de atitudes: 1. RELACIONE AS COLUNAS UNINDO AS PALAVRAS AO SEU SIGNIFICADO: INCOLOR INODORA INSÍPIDA

SEM CHEIRO SEM GOSTO SEM COR

INCOLOR – SEM COR; INODORA – SEM CHEIRO; INSÍPIDA – SEM GOSTO.

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

2. COMPLETE A SEGUINTE FRASE COM A PALAVRA ADEQUADA. A ÁGUA QUE É INCOLOR, INODORA E INSÍPIDA, PRÓPRIA PARA O CONSUMO HUMANO, É CHAMADA DE ________________________. POTÁVEL. Avaliar as duplas pela qualidade das birutas montadas. Para isso, analisar se a ilustração foi bem-feita e se todas as etapas foram seguidas corretamente. Avaliar a compreensão dos alunos sobre a capacidade de perceber o sentido do deslocamento do vento ao utilizar a biruta. Para tal, observar a participação de cada aluno durante a atividade no pátio e o debate que se segue. Dando continuidade à avaliação da sequência didática, propor aos alunos que analisem as imagens a seguir, indicando o sentido do deslocamento do vento utilizando setas. Entregar cópias das imagens para os alunos, organizados em duplas, e pedir que debatam e compartilhem opiniões sobre as imagens, decidindo para que lado o vento está soprando, em cada caso. Para cada imagem os alunos devem selecionar uma seta que representa a direção do vento.

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DENTE DE LEÃO.

CAMPO DE TRIGO.

COQUEIROS.

A)

A) B)

A) B)

B) Resposta: A.

Resposta: B.

Resposta: B.

Ampliação Às vezes pode acontecer de a água parecer potável, mas mesmo assim conter alguns microrganismos, que são pequenos seres vivos que podem fazer mal à saúde. Nesses casos, uma alternativa possível é ferver a água para eliminar esses microrganismos. Comentar com os alunos sobre a importância de ferver a água quando não se conhece bem sua origem e sua qualidade. Pode ser interessante, nesse momento, mostrar imagem de água fervendo em panela transparente, uma vez que nem todos os alunos necessariamente conhecem o fenômeno.

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

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ÁGUA FERVENDO EM PANELA TRANSPARENTE.

Com os alunos em duplas, solicitar que desenhem a direção do vento sobre cada uma das ilustrações abaixo. A representação do vento deve ser feita utilizando pequenas setas.

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ÁRVORE, FOLHAS E VENTO.

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VENTO EMPURRANDO PESSOA COM GUARDA-CHUVA.

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

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PESSOA COM CABELOS PARA CIMA.

Além de ampliar o conhecimento a respeito do sentido do vento, essa atividade também cria oportunidade para que aqueles alunos que tiveram certa facilidade na realização da proposta com a biruta possam ajudar seus colegas que têm mais dificuldade.

Sugestões 

Há orientações de como construir uma biruta no seguinte site: Wikihow. Disponível em: <https://pt.wikihow.com/Fazer-uma-Biruta-para-Crian%C3%A7as>. Acesso em: 17 nov. 2017.

Se achar pertinente e houver possibilidade na escola, o seguinte episódio do programa Quintal da Cultura, da TV Cultura, de 19 de agosto de 2011, pode ser interessante para estimular nos alunos o interesse pela construção da biruta. Disponível em: <https://www. youtube.com/watch?v=Tsxf3bPTQkU&t=286s>. Acesso em: 17 nov. 2017.

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

Proposta de acompanhamento da aprendizagem Avaliação de Ciências: 1o bimestre NOME: _______________________________________________________________________________________ TURMA: __________________________ DATA: ____________________________________________________

1. A IMAGEM ABAIXO APRESENTA ITENS DA FAZENDA. - CIRCULE DE VERMELHO DOIS ANIMAIS. - CIRCULE DE VERDE DOIS VEGETAIS. - CIRCULE DE AZUL DOIS ELEMENTOS NÃO VIVOS.

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2. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA UM ELEMENTO NÃO VIVO (A) MORANGO. (B) PÁSSARO. (C) ROCHA. (D) SER HUMANO.

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

3. LIGUE AS DUAS COLUNAS USANDO LINHAS. ELEMENTOS NÃO VIVOS

NÃO CRESCEM E NÃO MORREM

PLANTAS

ANDAM

ANIMAIS

TÊM FOLHAS

4. OBSERVE OS SEGUINTES SERES VIVOS.

Léo Fanelli/ Giz de Cera

Léo Fanelli/ Giz de Cera

PORCO

Alex Rodrigues

VACA

Avalone

CHUVA

Danillo Souza

MAÇÃ

Léo Fanelli/ Giz de Cera

MILHO

GALINHA

CRESÇO EM ÁRVORE. TENHO FOLHAS. SOU VERMELHA. QUEM SOU EU?

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

A IMAGEM ABAIXO REPRESENTA 6 ANIMAIS DIFERENTES. UTILIZE-A PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES 5 E 6.

LENINHA LACERDA

5. COMPLETE ABAIXO OS NOMES DOS 6 ANIMAIS REPRESENTADOS: S ____ R

H _____ M _____ N ____

G ____ L _____ NH _____

J _____ AN _____ NH _____

C _____ CH _____ RR _____

G _____ T _____

M _____ NH _____ C _____

6. QUAL DOS ANIMAIS REPRESENTADOS NA IMAGEM VIVE EMBAIXO DA TERRA? ______________________________________________________________________________________________

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

7. CIRCULE OS ITENS ABAIXO QUE SÃO NECESSÁRIOS PARA UMA PLANTA CRESCER SAUDÁVEL. ÁGUA AR

PASSEIO MÉDICO

LUZ BRINCADEIRA

8. DESENHE ONDE DEVE ESTAR O SOL PARA QUE O GIRASSOL ESTEJA NESTA POSIÇÃO.

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9. OBSERVE O SEGUINTE COPO COM ÁGUA.

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POR QUE ESSA ÁGUA NÃO É POTÁVEL? (A) PORQUE ESSA ÁGUA TEM COR. (B) PORQUE ESSA ÁGUA TEM CHEIRO. (C) PORQUE ESSA ÁGUA TEM GOSTO. (D) PORQUE ESSA ÁGUA ESTÁ LIMPA.

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

10. OBSERVE AS DUAS IMAGENS A SEGUIR. PINTE A ÁGUA DE AZUL.

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11. QUAL SETA INDICA A DIREÇÃO DO VENTO, NA IMAGEM?

Pitchyfoto/Shutterstock.com

(A) (B) (C)

(D)

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

12. LIGUE AS DUAS COLUNAS USANDO LINHAS. SOLO FÉRTIL

PLANTAS NASCEM E CRESCEM SAUDÁVEIS

SOLO INFÉRTIL

PLANTAS NÃO NASCEM NEM CRESCEM SAUDÁVEIS

13. OBSERVE AS IMAGENS ABAIXO. QUAL DELAS CORRESPONDE A UM AMBIENTE QUE NÃO APRESENTA MODIFICAÇÕES FEITAS PELO SER HUMANO? (A)

SURAKIT SAWANGCHIT/Shutterstock.com

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

(B)

lazyllama/Shutterstock.com

(C)

Filipe Frazao/Shutterstock.com

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

(D)

Sergii Rudiuk/Shutterstock.com

14. ASSINALE O MEIO DE LOCOMOÇÃO QUE SE DESLOCA UTILIZANDO O VENTO.

(A)

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

(B)

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(C)

De Visu/Shutterstock.com

(D)

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

15. QUAL DOS ITENS ABAIXO REPRESENTA UMA FORMA DE CONSERVAR E PRESERVAR O AMBIENTE? (A) (B) (C) (D)

CORTAR TODAS AS PLANTAS. DIMINUIR O GASTO DE ÁGUA. COMPRAR MAIS COISAS DO QUE PRECISA. JOGAR LIXO NO CHÃO.

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

Proposta de acompanhamento da aprendizagem Avaliação de Ciências: 1o bimestre NOME: _______________________________________________________________________________________ TURMA: __________________________ DATA: ____________________________________________________

1. A IMAGEM ABAIXO APRESENTA ITENS DA FAZENDA. - CIRCULE DE VERMELHO DOIS ANIMAIS. - CIRCULE DE VERDE DOIS VEGETAIS. - CIRCULE DE AZUL DOIS ELEMENTOS NÃO VIVOS.

Macrovector/Shutterstock.com

Competência específica de Ciências da Natureza: (3) Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, tecnológico e social, como também às relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas e buscar respostas. Resposta sugerida: 1. De vermelho podem estar circulados a galinha, o homem, o porco, a mulher, a ovelha e a vaca. 2. De verde podem estar circulados as frutas, a árvore, o trigo e os legumes. 71


Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

3. De azul podem estar circulados a casa, o moinho, as ferramentas, o caminhão e o seleiro. É possível que os alunos não reconheçam os humanos como animais. Nesse caso, retomar com a sala o fato de que nós, assim como outros animais, nascemos, crescemos, temos um ciclo de vida e necessitamos de alimento para viver. Nós e os demais animais obtemos do ambiente o alimento do qual necessitamos, enquanto as plantas o produzem a partir dos nutrientes e água que retiram do ambiente. É possível que alguns alunos desconheçam o moinho e o trigo, dependendo da região em que vivem. A presença desses itens no material pode servir como novos elementos a serem analisados pelos alunos – uma forma de avaliar outro nível de compreensão do conteúdo por parte dos alunos.

2. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA UM ELEMENTO NÃO VIVO (A) MORANGO. (B) PÁSSARO. (C) ROCHA. (D) SER HUMANO. Competência específica de Ciências da Natureza: (3) Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, tecnológico e social, como também às relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas e buscar respostas. Resposta: C. Distratores: Trata-se de uma questão que avalia a capacidade de leitura e identificação de elementos vivos e não vivos. O item A apresenta um vegetal, item imóvel, o que pode gerar confusão entre os alunos. O item B representa um animal, sendo, portanto, um elemento vivo. O item D apresenta o ser humano, nem sempre reconhecido pelos alunos como um animal, mesmo o sendo.

3. LIGUE AS DUAS COLUNAS USANDO LINHAS. ELEMENTOS NÃO VIVOS

NÃO CRESCEM E NÃO MORREM

PLANTAS

ANDAM

ANIMAIS

TÊM FOLHAS

Competência específica de Ciências da Natureza: (3) Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, tecnológico e social, como também às relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas e buscar respostas. Resposta sugerida: Elementos não vivos não têm ciclo vital, ou seja, não nascem, não crescem e não morrem. Plantas produzem seu próprio alimento a partir de nutrientes e de água retirados do ambiente. Animais obtêm seu alimento diretamente do ambiente. 72


Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

Caso os alunos apresentem dúvidas quanto ao crescimento dos vegetais, lembrar que as sementes germinam e originam plântulas que crescem e se desenvolvem. Lembrar os alunos, que nesse processo, os vegetais utilizam a luz do Sol e retiram nutrientes e água do ambiente.

4. OBSERVE OS SEGUINTES SERES VIVOS.

Léo Fanelli/ Giz de Cera

Léo Fanelli/ Giz de Cera

PORCO

Alex Rodrigues

VACA

Avalone

CHUVA

Danillo Souza

MAÇÃ

Léo Fanelli/ Giz de Cera

MILHO

GALINHA

CRESÇO EM ÁRVORE. TENHO FOLHAS. SOU VERMELHA. QUEM SOU EU? Competência específica de Ciências da Natureza: (2) Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas e socioambientais e do mundo do trabalho. Resposta sugerida: MAÇÃ. Nessa questão é avaliada a capacidade de observação de imagens, bem como a capacidade de leitura e interpretação de texto simples. Caso os alunos tenham dificuldade, retomar as ideias e conceitos envolvidos e diferenciar se o problema encontra-se na leitura do texto, na interpretação da imagem ou no comando da questão.

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Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

A IMAGEM ABAIXO REPRESENTA 6 ANIMAIS DIFERENTES. UTILIZE-A PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES 5 E 6.

LENINHA LACERDA

5. COMPLETE ABAIXO OS NOMES DOS 6 ANIMAIS REPRESENTADOS: S ____ R

H _____ M _____ N ____

G ____ L _____ NH _____

J _____ AN _____ NH _____

C _____ CH _____ RR _____

G _____ T _____

M _____ NH _____ C _____

Competência específica de Ciências da Natureza: (2) Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas e socioambientais e do mundo do trabalho. Resposta sugerida: SER HUMANO GALINHA JOANINHA CACHORRO GATO MINHOCA 74


Ciências – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

Nessa questão é avaliada a capacidade de observação de imagens, bem como a capacidade de escrita. Caso os alunos tenham dificuldade, retomar as ideias e conceitos envolvidos e diferenciar se o problema encontra-se no comando da questão, na leitura da imagem ou na escrita das palavras. Caso o aluno complete o primeiro item da questão tentando formar a palavra HOMEM, comentar a diferença entre os termos “homem” e “ser humano”.

6. QUAL DOS ANIMAIS REPRESENTADOS NA IMAGEM VIVE EMBAIXO DA TERRA? ______________________________________________________________________________________________ Competência específica de Ciências da Natureza: (3) Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, tecnológico e social, como também às relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas e buscar respostas. Resposta sugerida: MINHOCA. Nessa questão é avaliada a capacidade de identificação e caracterização dos animais representados, bem como a capacidade de escrita. A minhoca foi apresentada durante o bimestre como um animal que habita o solo. Caso os alunos tenham dificuldade, retomar as ideias e conceitos envolvidos e diferenciar se o problema encontra-se no comando da questão, na identificação do animal que vive embaixo da terra ou na redação da resposta.

7. CIRCULE OS ITENS ABAIXO QUE SÃO NECESSÁRIOS PARA UMA PLANTA CRESCER SAUDÁVEL. ÁGUA AR

PASSEIO MÉDICO

LUZ BRINCADEIRA

Competência específica de Ciências da Natureza: (3) Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, tecnológico e social, como também às relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas e buscar respostas. Resposta sugerida: Plantas precisam de água, solo e luz para crescer saudáveis. Se os alunos marcarem PASSEIO, MÉDICO ou BRINCADEIRA, lembrá-los de que são as pessoas que precisam de desses elementos. Se os alunos marcarem COMIDA, lembrar que apenas os animais comem.

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8. DESENHE ONDE DEVE ESTAR O SOL PARA QUE O GIRASSOL ESTEJA NESTA POSIÇÃO. Competência específica de Ciências da Natureza: (3) Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, tecnológico e social, como também às relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas e buscar respostas.

pullia/Shutterstock.com

Resposta sugerida: O Sol deverá ser desenhado no canto superior direito da figura. O girassol é uma planta cuja flor normalmente se mantém voltada para o Sol. Com base na posição do girassol, podemos identificar a fonte de luz, no caso, o Sol. Caso os alunos tenham dúvidas, é importante diferenciar se elas derivam da interpretação do enunciado, da articulação dos conhecimentos necessários ou da execução do que foi pedido.

9. OBSERVE O SEGUINTE COPO COM ÁGUA.

Africa Studio/Shutterstock.com

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POR QUE ESSA ÁGUA NÃO É POTÁVEL? (A) PORQUE ESSA ÁGUA TEM COR. (B) PORQUE ESSA ÁGUA TEM CHEIRO. (C) PORQUE ESSA ÁGUA TEM GOSTO. (D) PORQUE ESSA ÁGUA ESTÁ LIMPA. Competência específica de Ciências da Natureza: (6) Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza. Resposta: A. Porque essa água tem cor. Distratores: Trata-se de uma questão que avalia a capacidade de observação da imagem e a identificação de características que tornam a água imprópria para consumo humano. Os itens B e C apresentam descrições impossíveis de serem feitas a respeito dessa água com base apenas na imagem, uma vez que não há elementos que apontem para o cheiro ou para o gosto. O item D não está correto, pois pela imagem, observa-se que a água está turva e, portanto, que não está limpa.

10. OBSERVE AS DUAS IMAGENS A SEGUIR. PINTE A ÁGUA DE AZUL.

Aluna1/Shutterstock.com

Competência específica de Ciências da Natureza: (3) Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, tecnológico e social, como também às relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas e buscar respostas. Resposta sugerida: A água do lago e a água do mar devem ser pintadas de azul. Caso algum aluno pinte o céu de azul, questionar o motivo. Se a resposta indicar a compreensão de que existe água no ar, considerar a resposta correta. Caso contrário (afirmações como “o céu é azul” ou “há nuvens no céu”), considerar a resposta incorreta.

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11. QUAL SETA INDICA A DIREÇÃO DO VENTO, NA IMAGEM?

Pitchyfoto/Shutterstock.com

(A) (B) (C)

(D)

Competência específica de ciência da natureza trabalhada: (3) Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, tecnológico e social, como também às relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas e buscar respostas. Resposta: B. Distratores: Trata-se de uma questão que avalia a capacidade de observação e a identificação da direção do vento com base na posição das folhas. As respostas C e D apresentam direções de vento improváveis para esse caso. O item A pode gerar confusão por parte do aluno, uma vez que apresenta direção horizontal.

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12. LIGUE AS DUAS COLUNAS USANDO LINHAS. SOLO FÉRTIL

PLANTAS NASCEM E CRESCEM SAUDÁVEIS

SOLO INFÉRTIL

PLANTAS NÃO NASCEM NEM CRESCEM SAUDÁVEIS

Competência específica de Ciências da Natureza: (2) Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas e socioambientais e do mundo do trabalho. Resposta sugerida: Em solo fértil, as plantas nascem e crescem saudáveis. Em solo infértil, porém, as plantas não nascem nem crescem saudáveis. Caso os alunos errem essa questão, retomar com eles a diferença entre solo fértil ou infértil, ou ler com eles o enunciado e as alternativas, garantindo a compreensão de todo o texto da questão.

13. OBSERVE AS IMAGENS ABAIXO. QUAL DELAS CORRESPONDE A UM AMBIENTE QUE NÃO APRESENTA MODIFICAÇÕES FEITAS PELO SER HUMANO? (A)

SURAKIT SAWANGCHIT/Shutterstock.com

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(B)

lazyllama/Shutterstock.com

(C)

Filipe Frazao/Shutterstock.com

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(D)

Sergii Rudiuk/Shutterstock.com

Competência específica de Ciências da Natureza: (2) Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas e socioambientais e do mundo do trabalho. Resposta: B. Distratores: Trata-se de uma questão que avalia a capacidade de observação e a identificação das alterações do humano na natureza. O item C será descartado com mais facilidade pelos alunos, uma vez que habitações são alterações dos humanos de fácil identificação. O item A é um pouco mais desafiador – a alteração humana na paisagem é a construção da rodovia.

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14. ASSINALE O MEIO DE LOCOMOÇÃO QUE SE DESLOCA UTILIZANDO O VENTO.

(A)

Mila Supinskaya Glashchenko/Shutterstock.com

(B)

George Rudy/Shutterstock.com

(C)

De Visu/Shutterstock.com

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(D)

Gerald Bernard/Shutterstock.com

Competência específica de Ciências da Natureza: (2) Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas e socioambientais e do mundo do trabalho. Resposta: C. Distratores: Trata-se de uma questão que avalia a capacidade de observação e a identificação dos meios de locomoção movidos pelo vento. O automóvel (item A) é movido pela queima de combustível e a bicicleta (item B) é movida por impulso mecânico do movimento das pernas. Caso os alunos tenham dificuldade, perguntar a eles sobre a obrigatoriedade da existência de vento para andar de carro ou de bicicleta. Outra opção, se a escola tiver recursos (exemplo: computador ou televisão), pode ser a de mostrar um barco a vela se deslocando.

15. QUAL DOS ITENS ABAIXO REPRESENTA UMA FORMA DE CONSERVAR E PRESERVAR O AMBIENTE? (A) (B) (C) (D)

CORTAR TODAS AS PLANTAS. DIMINUIR O GASTO DE ÁGUA. COMPRAR MAIS COISAS DO QUE PRECISA. JOGAR LIXO NO CHÃO.

Competência específica de Ciências da Natureza: (7) Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões frente a questões científico-tecnológicas e socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários. Resposta: B. Distratores: Trata-se de uma questão que avalia a capacidade de leitura e a identificação de práticas fundamentais que objetivam a sustentabilidade, a conservação e a preservação do meio ambiente. Os alunos podem ter dificuldade com a leitura dos textos e do enunciado. Nesse caso, ler o texto coletivamente garantindo a compreensão de todos. 83


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Ficha de Acompanhamento Individual […] A ficha de Acompanhamento Individual é um instrumento de registro onde podemos verificar e avaliar de forma individual, contínua e diária, a evolução da aprendizagem. Ela serve para que nós, professores, possamos acompanhar o progresso de cada um de nossos alunos […]. Fonte: BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Diretoria de Assistência a Programas Especiais. Programa de apoio a leitura e escrita PRALER. Caderno de Teoria e Prática 6 – Avaliação e projetos na sala de aula. Brasília: DIPRO/FNDE/MEC, 2007. p. 20.

Total = TT

Legenda Não desenvolvida = ND

Em evolução = EE

Não observada = NO

Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: _________________________________ Data: ______________________________________________ Data

Habilidade

TT

EE

ND

NO

Anotações

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