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Ciências ROBERTA APARECIDA BUENO HIRANAKA

4 COMPONENTE CURRICULAR: CIÊNCIAS

4O. ANO

ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS

MANUAL DO PROFESSOR MATERIAL DIGITAL

São Paulo | 1a. edição | 2018



Conectados Ciências – 4o ano (Ensino Fundamental – Anos iniciais) Copyright © Roberta Aparecida Bueno Hiranaka, 2018

Diretor editorial Lauri Cericato Gerente editorial Silvana Rossi Júlio

Editora Natalia Taccetti

Gerente de produção editorial Mariana Milani

Coordenador de produção editorial Marcelo Henrique Ferreira Fontes

Gerente de arte Ricardo Borges

Coordenadora de ilustrações e cartografia Marcia Berne Coordenadora de preparação e revisão Lilian Semenichin

Supervisora de iconografia e licenciamento de textos Elaine Bueno

Supervisora de arquivos de segurança Silvia Regina E. Almeida

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Hiranaka, Roberta Aparecida Bueno Conectados ciências, 4o ano : componente curricular ciências : ensino fundamental, anos iniciais / Roberta Aparecida Bueno Hiranaka. — 1. ed. — São Paulo : FTD, 2018. ISBN 978-85-96-01254-6 (aluno) ISBN 978-85-96-01255-3 (professor) 1. Ciências (Ensino fundamental) I. Título. 17-11520 CDD-372.35 Índices para catálogo sistemático: 1. Ciências : Ensino fundamental 372.35

EDITORA FTD. Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br

Material disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons – Atribuição não comercial (CC BY NC – 4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros.


Sumário Apresentação ........................................................................................................4 1o bimestre

Plano de desenvolvimento: Sol, fonte de energia que alimenta a vida na Terra ........... 16 Projeto integrador: Migração e cultura ............................................................................ 20 1a sequência didática: O estudo da botânica .................................................................. 29 2a sequência didática: A nutrição dos seres vivos .......................................................... 35 3a sequência didática: O fluxo da vida ............................................................................. 39 4a sequência didática: Relações humanas ...................................................................... 43 Proposta de acompanhamento da aprendizagem .......................................................... 47

2o bimestre

Plano de desenvolvimento: O microuniverso da célula .................................................. 64 Projeto integrador: Direções e sentidos ........................................................................... 67 1a sequência didática: Do micro ao macro ...................................................................... 77 2a sequência didática: Os tecidos do corpo humano ...................................................... 81 3a sequência didática: Os sentidos .................................................................................. 86 4a sequência didática: O sistema nervoso ....................................................................... 92 Proposta de acompanhamento da aprendizagem .......................................................... 96

3o bimestre

Plano de desenvolvimento: O corpo humano ................................................................ 111 Projeto integrador: População e trabalho ...................................................................... 115 1a sequência didática: Sistema locomotor .................................................................... 124 2a sequência didática: Os hormônios e as glândulas ................................................... 130 3a sequência didática: O sistema genital ....................................................................... 136 4a sequência didática: Fecundação, gestação e parto.................................................. 143 Proposta de acompanhamento da aprendizagem ........................................................ 148

4o bimestre

Plano de desenvolvimento: Descobrindo o Universo .................................................... 169 Projeto integrador: O Universo e o planeta Terra .......................................................... 173 1a sequência didática: Do que é feito o Universo? ........................................................ 183 2a sequência didática: As transformações físicas e químicas ..................................... 188 3a sequência didática: Os limites do conhecimento ..................................................... 194 4a sequência didática: Nossa casa no Universo............................................................ 201 Proposta de acompanhamento da aprendizagem ........................................................ 207


Ciências – Apresentação

Apresentação A seguir, apresentamos a organização do Manual do Professor – Material Digital, identificando cada tipo de documento disponibilizado e explicando sua função e ordenação, bem como sua relação com a terceira versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Ao final, fundamentamos as escolhas de conteúdo e a organização do material a partir da proposta pedagógica da coleção, mais uma vez explicitando sua relação com a terceira versão da BNCC.

Organização deste Material Digital Este Manual do Professor – Material Digital está organizado de modo a oferecer algumas possibilidades para o trabalho do professor em sala de aula. O objetivo é fornecer subsídios que possam enriquecer o dia a dia do docente e dos alunos. É importante enfatizar que todas as propostas deste material são sugestões. O professor tem total liberdade para adequar cada material à sua realidade escolar. Considerando-se os desafios do ensino-aprendizagem das gerações nascidas no século XXI, em que o acesso às informações está cada vez mais rápido e o volume de conhecimentos disponíveis fica maior a cada dia (BAUMAN, 2007), este material digital contribui para a prática docente nesse contexto. Como mencionado anteriormente, é importante compreender este manual como material de consulta, que pode e deve ser transposto à realidade local, de acordo com as necessidades socioculturais regionais de atuação. Este material está organizado por blocos bimestrais, compostos por Planos de Desenvolvimento, Sequências Didáticas, Propostas de Acompanhamento da Aprendizagem e Projetos Integradores, cujas características principais serão apresentadas a seguir. Cada bimestre deste material digital é composto por um Plano de desenvolvimento. Dentro dele, são oferecidos: Sequências didáticas Projeto integrador Proposta de acompanhamento da aprendizagem

Plano de desenvolvimento Os planos de desenvolvimento apresentam conteúdos, habilidades e metodologias a serem abordados no bimestre. Neles também há propostas de sala de aula que podem contribuir para melhores práticas do professor. O desenvolvimento deste material está pautado na terceira versão da Base Nacional Comum Curricular – BNCC (2017), explicitada nos tópicos Objetos de conhecimento e Habilidades. Há também outras habilidades que complementam a ideia de progressão da aprendizagem e, associados a elas, há conteúdos que funcionam como elos entre os objetos de conhecimento da terceira versão da BNCC.

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Essas habilidades, diferente das habilidades da terceira versão da BNCC, não têm código que as identifiquem e estão indicadas nas questões das propostas de acompanhamento da aprendizagem. O acompanhamento constante da aprendizagem dos alunos é incentivado em sugestões de práticas que, no início da aula, consideram os conhecimentos adquiridos pelos alunos em aulas precedentes. Há também orientação para abordagens diferenciadas, com foco tanto nos alunos que necessitam de maior acompanhamento no processo de aprendizagem quanto para aqueles que buscam certa ampliação dos conhecimentos trabalhados nas aulas. Nos Planos de desenvolvimento também há indicações de livros técnicos, sites, vídeos, músicas, filmes, revistas, artigos de divulgação científica, entre outros, para o aprofundamento dos temas trabalhados. Os conhecimentos essenciais esperados ao final do bimestre também são mencionados. Com isso, o professor tem uma diretriz, um panorama das habilidades esperadas que os alunos tenham desenvolvido ao final do bimestre vigente.

Sequência didática Como um dos itens que compõem o Plano de desenvolvimento, as sequências didáticas oferecem práticas complementares às do material impresso, relacionando conteúdos desenvolvidos no livro-texto a algumas habilidades e competências explicitadas na terceira versão da BNCC. Estruturadas em aulas, nas sequências didáticas são explicitados os objetivos de aprendizagem, bem como os objetos de conhecimento e as habilidades trabalhadas em cada uma. Há orientações de como o espaço e o tempo podem ser organizados para determinada proposta de ensino aprendizagem, além de sugestões de atividades. Em cada sequência didática há ainda propostas de avaliação. Nelas, são sugeridas diferentes formas de avaliar os aprendizados previstos. Os tópicos Para trabalhar dúvidas e Ampliação também estão presentes em muitas das sequências didáticas e buscam oferecer outras possibilidades para a superação de possíveis dificuldades dos alunos ou para a ampliação de uma temática.

Projeto integrador A realização de projetos é uma forma bastante eficaz da abordagem interdisciplinar no contexto escolar. Os projetos integradores consistem no planejamento e na execução de ações que integrem diferentes componentes curriculares e áreas do conhecimento, de modo contextualizado. Desse modo, a aprendizagem se torna vivencial e, por isso, mais significativa, verdadeira e interessante. Como objetivo, o Projeto integrador visa incorporar objetos de conhecimento de diferentes componentes curriculares para o desenvolvimento de, pelo menos, uma das dez competências gerais indicadas na terceira versão da BNCC (2017), além das habilidades específicas das disciplinas que estão sendo trabalhadas no projeto. Neste Material Digital há um Projeto integrador por bimestre. A duração de cada um varia de acordo com a proposta desenvolvida, mas todos apresentam a mesma estrutura: justificativa, objetivos, competências e habilidades da terceira versão da BNCC, materiais utilizados, propostas de avaliação de aprendizagem (incluindo a autoavaliação), cronograma, produtos a serem desenvolvidos e, ainda, materiais de consulta adicionais.

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Os projetos integradores partem de situações reais enfrentadas pela comunidade e direcionam os alunos, com criatividade e inovação, para a resolução dos problemas e exercícios de diferentes habilidades. Por isso, há a possibilidade de diferentes percursos a serem desenvolvidos até o produto final, o qual deve ser, preferencialmente, coletivo e de relevância para a comunidade local. Recomenda-se que a finalização do projeto consista em um seminário, um recital de poesias, uma produção de manual ilustrado, uma caminhada em prol de uma causa da comunidade, uma exposição, a elaboração de um livro, uma carta ou um cartaz, dentre outros, e esta produção final seja apresentada a um público real, seja escolar ou externo.

Proposta de acompanhamento da aprendizagem Complementando o Plano de desenvolvimento de cada bimestre, há ainda a Proposta de acompanhamento da aprendizagem. Com 15 questões, este documento apresenta duas versões: a primeira, para o aluno, possibilita que o professor, se assim o desejar, imprima as questões como são sugeridas e as entregue para os alunos responderem; a segunda versão, para o professor, traz as respostas ou os comentários sobre as possíveis respostas que os alunos podem apresentar, bem como a(s) habilidade(s) desenvolvidas em cada uma das atividades. No texto direcionado ao professor, há orientações que incluem não apenas as respostas consideradas adequadas, mas explicações adicionais, como evidenciar a habilidade que pode ser desenvolvida naquela questão, seja da terceira versão da BNCC, seja das habilidades complementares. As habilidades da terceira versão da BNCC estão identificadas pelos códigos alfanuméricos. Em cada Proposta de acompanhamento da aprendizagem há também uma Ficha de acompanhamento individual estruturada para ser preenchida pelo professor, elencando os avanços e os desafios de seus alunos, caso a caso.

A proposta pedagógica da coleção Ciência, sociedade e educação Como são as relações humanas no século XXI? Essa deve ser uma das perguntas fundamentais de qualquer professor na atualidade. O educador deste milênio deve ter um olhar amplo para a sua prática, pensar no impacto global de suas ações locais, assim como foi proposto na Agenda 21, da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (ONU, 1992). O ser humano da atualidade está conectado às mudanças globais. O educador deve estar atento às constantes mudanças no cenário político-econômico global e em como tal contexto influencia seu trabalho em sala de aula. Segundo o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, vivemos em uma modernidade líquida, pois tudo muda tão rapidamente, nada é feito para durar, para ser “sólido”. Em uma entrevista, ele traça uma analogia entre o cenário político atual e as mudanças de estado físico da matéria:

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[...] líquidos mudam de forma muito rapidamente, sob a menor pressão. Na verdade, são incapazes de manter a mesma forma por muito tempo. No atual estágio “líquido” da modernidade, os líquidos são deliberadamente impedidos de se solidificarem. A temperatura elevada — ou seja, o impulso de transgredir, de substituir, de acelerar a circulação de mercadorias rentáveis — não dá ao fluxo uma oportunidade de abrandar, nem o tempo necessário para condensar e solidificar-se em formas estáveis, com uma maior expectativa de vida. [...] (BAUMAN, 2007.)

Essa perspectiva deve ser levada em consideração dentro das relações na comunidade escolar, visto que, quando as pessoas têm dificuldades de criar laços mais profundos, a educação se torna mais difícil, pois não há conexão. Dentro dessa perspectiva, a percepção sobre a Ciência também sofre influência da liquidez observada na sociedade contemporânea. A observação é um dos passos iniciais para o trabalho científico e, para uma sociedade que pode ter dificuldade de observar atentamente, sempre acostumada a muitos estímulos simultâneos, entender os processos e conceitos científicos torna-se mais desafiador, pois é necessário foco e concentração. Os fenômenos científicos ocorrem ao longo do tempo, sendo necessários meses ou anos para que algumas pesquisas alcancem algum resultado. Os alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental devem passar por experiências que lhes permitam o entendimento de que a ciência é um processo construído ao longo do tempo. Muitas vezes, são apresentadas somente as conclusões finais sem que ao menos o processo de construção daquele conhecimento seja contado. O professor possui grandes desafios pela frente, em contrapartida, a sociedade líquida contém um volume de conhecimentos e um arcabouço de atividades e possibilidade de inovação que nunca existiu. É hora de se empenhar e pensar diferente para tornar a educação mais significativa para todos. Para tanto, é necessário utilizar-se de variados recursos a fim de enriquecer o desenvolvimento do currículo ao longo do ano dentro e fora da sala de aula.

Ciência, valores humanos e cidadania Os conhecimentos científicos abrem possibilidades para o ser humano atuar sobre o mundo de maneira a modificá-lo. O cientista possui o papel de elucidar os fenômenos da natureza e muitos conhecimentos científicos permitem interferir e criar um ambiente mais favorável à sobrevivência do ser humano. Essas interferências geram impactos, tanto negativos como positivos. É necessário que, durante seu processo de formação básica, o indivíduo tenha contato e participe das discussões sobre a importância de cuidar do ambiente e dos seres vivos. Desse modo, terá subsídios para refletir sobre questões éticas, fazendo escolhas mais conscientes, que agridam menos o meio ambiente, valorizando o respeito a todos os seres humanos, independentemente da sua cultura ou local de origem, e às demais espécies. O mesmo conhecimento que pode ser usado para curar doenças pode, também, ser usado para disseminá-las. A diferença está nos valores considerados em cada ação. Por isso, é importante cuidar para que, além dos conteúdos e conceitos, sejam trabalhados em sala de aula princípios e valores, como o respeito às pessoas e à natureza.

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A inovação na educação O avanço da ciência proporcionou mais conforto, segurança e saúde às pessoas. Diversas tecnologias são utilizadas para facilitar as tarefas diárias; a discussão sobre alimentação saudável permite que as pessoas façam escolhas mais conscientes em relação aos alimentos que ingere; o uso de medicamentos e procedimentos médicos melhoram a qualidade de vida, que conta ainda com a construção de meios de transporte mais seguros e novas formas de energias renováveis. Esses são apenas alguns exemplos da aplicação dos conhecimentos científicos na vida das pessoas. Em razão disso, a relação entre os conteúdos trabalhados na escola e o mundo real é cada vez mais necessária para que o ensino se torne significativo. A inovação da educação é indispensável, visto que o mundo e as relações sociais têm mudado de maneira acelerada. Entretanto, o formato predominante da educação ainda está baseado em um modelo originado no século XVIII, apresentando as mesmas estruturas e organizações (EDUCACIÓN PROHIBIDA, 2012). Conta-se a história de que, se uma pessoa do passado fosse transportada ao mundo atual, ela ficaria perdida, não saberia o que é um carro ou um celular, não reconheceria a arquitetura das construções, não entenderia as mudanças da língua, porém reconheceria o ambiente escolar. Por isso, a inovação na educação se faz urgente. É na busca de auxílio a essa inovação que este Material Digital foi preparado, especialmente estruturado para que o professor tenha um arcabouço de atividades e recursos para utilizar na sala de aula e fora dela. Este Material Digital complementa o trabalho desenvolvido na coleção como um todo, possibilitando que os alunos sejam levados a uma experiência diferenciada a cada aula, com dinâmicas, jogos, experimentos de laboratório, vídeos, músicas, textos, notícias, sites, entre tantos outros recursos. As tecnologias digitais são uma realidade para a maioria das crianças do século XXI, por isso é necessária a apropriação desses recursos para aumentar as possibilidades de diálogo com os alunos, estimulando-os a utilizar a tecnologia em prol de seu próprio processo de ensino-aprendizagem. Alfabetizar o aluno em Ciência e Tecnologia é essencial e indispensável nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Segundo Alquéres (2009), [...] o imenso aparato tecnológico que invade nosso cotidiano nos impele cada vez mais a recorrer a equipamentos informatizados para as mais diferentes funções. A inteligência artificial tende a tomar conta de nossa agenda no trabalho, no trânsito, em nossa casa e nas escolas. Se por um lado, o uso dessa tecnologia avançada nos torna cada vez mais dependentes, por outro, são inegáveis os benefícios proporcionados por ela. Na Educação, por exemplo, se bem aplicada, é ferramenta indispensável. (ALQUÉRES, 2009.)

Vale lembrar que toda a proposta é uma sugestão, não um fim em si mesma; o professor pode e deve adequar os materiais à realidade de seus alunos, da sua escola e da sua localidade, para o bom desenvolvimento das atividades.

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Qual o papel do professor? É com essa reflexão que Gusdorf (1970) discute a relação professor-aluno. O autor debate essa relação comparando-a com a relação mestre-discípulo: A discussão do mestre e do discípulo revela assim que toda a verdade humana é uma verdade em diálogo; o sentido da verdade é o que está em jogo num debate em que cada um, enfrentando o outro, se enfrenta a si próprio, e se mede com a verdade, com a sua verdade. (GUSDORF, 1970, p. 204.)

Esse trecho revela a concepção pedagógica que considera que o aluno (discípulo) e o professor (mestre) sejam autores de seu próprio conhecimento. Uma educação ativa, na qual, o pensar e o fazer se relacionam o tempo todo, é necessária em tempos de crianças e jovens que têm acesso a inúmeros canais de conhecimento, os quais não existiam há 20 anos, tempo no qual a maioria dos professores foi educada. Para romper com um ensino sem sentido e sem compromisso com o futuro, é essencial que professores e alunos sejam parceiros no processo de ensino-aprendizagem e, juntos, busquem um ensino reflexivo, no qual fique evidente que não há verdades absolutas. O mesmo autor ainda acrescenta em outro trecho: O mestre não é o repetidor duma verdade já feita. Ele é o que abre uma perspectiva sobre a verdade, o exemplo dum caminho para o verdadeiro que ele designa. Por que a verdade é sobretudo o caminho da verdade. E esse caminho tão atormentado quanto perigoso inaugura-se com a afirmação não apenas da necessidade, mas da possibilidade de ser um homem. (GUSDORF, 1970, p. 93.)

O professor que só detém a capacidade da retórica está perdendo cada vez mais espaço para o educador que deseja se tornar um disseminador de ideias e ações, um provocador de reflexões. O que se busca nos dias de hoje é que o educador seja um guia, aquele que abre o caminho e orienta os seus alunos para que eles sejam capazes de percorrer sozinhos. O educador brasileiro, Paulo Freire (1989), diz que: “Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre”. Essa frase, muito parafraseada nos anos 2000, revela a concepção de professor presente nesta coleção: aquele que está disposto a dialogar e compartilhar conhecimento, tornando-se um partícipe da construção do conhecimento em conjunto com o estudante, incentivando-o a fazer perguntas e a refletir sobre questões diversas. Nos primeiros anos escolares, os alunos veem o professor como um líder e muitos têm por ele uma admiração incondicional. Sendo assim, todas as ações do professor contam como processo pedagógico, desde a maneira como ele trata os outros adultos com os quais trabalha, até seus hábitos cotidianos (LANZ, 2011). Dessa maneira, esta profissão guarda em si uma peculiaridade especial: ser professor pode ser considerado uma filosofia de vida (comportamental e especulativa).

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A BNCC e o ensino de Ciências da Natureza A terceira versão da BNCC (BRASIL, 2017) é o documento-guia para pensar na organização do currículo escolar. É importante que o professor estude esse documento a fim de apropriar-se desse direcionamento curricular que deve ser comum a todos os estudantes do território brasileiro. No caso particular das Ciências da Natureza, a terceira versão da BNCC orienta o professor a trabalhar com processos, práticas e procedimentos da investigação científica com o objetivo de promover o letramento científico do aluno, primeiro passo para a aquisição do conhecimento. O aluno completará sua alfabetização científica nos Anos Finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio. Com o conhecimento básico das Ciências da Natureza nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, espera-se que o aluno desenvolva a compreensão e a interpretação do mundo (natural, social e tecnológico), e também possa transformá-lo com base nos aportes teóricos e processuais dessa ciência. A terceira versão da BNCC organizou os conhecimentos das Ciências da Natureza em três eixos temáticos: Matéria e Energia, Vida e Evolução e Terra e Universo. Esses eixos serão trabalhados ao longo de todo o Ensino Fundamental. Nesse documento, são descritas também sete competências específicas para a área das Ciências da Natureza para o Ensino Fundamental, bem como uma relação de habilidades e objetos de conhecimentos a serem trabalhados ao longo dos anos. Este Material Digital contribui para pôr em prática o desenvolvimento de tais eixos, competências, habilidades e objetos de conhecimento de maneira que os alunos aprendam os conceitos tidos como essenciais para prosseguir nos estudos em fases posteriores. São sugeridas inúmeras atividades, que podem ser utilizadas pelo professor de maneira espontânea, como sugestões abertas para serem adaptadas a diferentes realidades encontradas em cada escola.

O aprendizado do pensamento científico Muito mais significativo do que ensinar as nomenclaturas e termos científicos, é a construção do pensamento científico com os alunos da educação básica durante o ensino das Ciências da Natureza. A ciência moderna inaugura-se com físicos e filósofos europeus que buscaram, após o período conhecido como Renascimento, entender o mundo com seus próprios sentidos, criando um método de pesquisa e estudo. O método científico iniciou-se na Europa no século XVI. Atribui-se sua fundação ao físico italiano Galileu Galilei e ao filósofo inglês Francis Bacon. Uma das características do método científico é que ele busca minimizar a influência da parcialidade e subjetividade (crenças pessoais). Ao método científico interessa os fatos, os dados, aquilo que pode ser observado e medido. Esse método, embora apresente limitações, confere objetividade e rigor lógico e experimental à pesquisa, o que garante uma minimização dos erros e maximização dos acertos. Ou seja, a ciência é uma construção humana voltada ao entendimento dos fenômenos da natureza da maneira mais objetiva possível. Entender a filosofia da ciência é importante para compreender a ciência de maneira mais interessante e aplicável. Quando o estudante compreende a maneira de pensar o mundo com base nas ciências, qualquer local se torna um lugar de investigação e estudo, desde o quintal de sua casa ao museu de ciências naturais. Estimular a curiosidade natural dos alunos é essencial para construir o conhecimento científico. 10


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É preciso desmistificar a figura do cientista. O cientista não é um gênio, com inteligência descomunal. A característica mais marcante de um cientista é a sua curiosidade e habilidade em fazer perguntas. O estudante precisa compreender as ciências como um processo histórico-cultural, que muda com o tempo e com o lugar onde é realizado e que, mesmo com todo o rigor do método científico, a ciência nunca será totalmente neutra de influências pessoais e temporais. Sempre que possível, o docente deve propor e incentivar visitas a museus, leituras de periódicos sobre ciências, realização de experimentos.

Metodologia de ensino de Ciências da Natureza Vários assuntos propostos para serem ensinados nas aulas de Ciências da Natureza podem ser explorados pela experimentação. Existem inúmeras atividades práticas que podem ser realizadas a fim de se trabalhar os conteúdos curriculares de Ciências no Ensino Fundamental. Segundo Bruno (2010), a apresentação de novos conhecimentos a cada aula de maneira prática favorece o aprendizado e a memória. O desenvolvimento de experimentos simples e com poucos materiais facilita a exploração dos conceitos científicos nas aulas. Alguns materiais usados em várias atividades práticas são facilmente encontrados em supermercados, farmácias e casas de construção. Sendo assim, é possível produzir um pequeno laboratório até mesmo na sala de aula, caso a escola não disponha de local construído com esse propósito. Estimular a observação, levantar hipóteses e testá-las coopera com a alfabetização científica, desde o primeiro ano escolar. As conclusões devem ser feitas em conjunto, a partir da observação de fenômenos, do levantamento de conhecimentos prévios, da análise dos resultados e da discussão de fatos. O ensino deve priorizar a união entre o pensar e o fazer; a realização de aulas práticas colabora para o entendimento das ideias fundamentais das ciências. As saídas de campo ou estudo do meio são instrumentos pedagógicos importantes para o currículo de Ciências. Quando o aluno observa a realidade concreta, é capaz de perceber os princípios que explicam os conceitos científicos e, assim, é capaz de compreendê-los e apreendê-los. Levar os estudantes para estudos de campo é uma prática necessária em qualquer contexto escolar. Se possível, programar com os demais professores do corpo docente viagens interdisciplinares em que o local visitado poderá ser apresentado aos alunos pelo enfoque de professores de diferentes disciplinas. É necessário que se tenha um objetivo muito claro para a elaboração de uma atividade de campo, para que ela se torne uma experiência pedagógica significativa e não seja meramente um passeio. Pode-se explorar a própria cidade, aprofundando-se no contexto local, levando o aluno à apropriação de seu espaço social. A diversificação na metodologia de ensino favorece o ensino e a aprendizagem, tornando-os mais eficazes e significativos para educadores e alunos.

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A importância da avaliação no processo de ensino aprendizagem Os Anos Iniciais do Ensino Fundamental representam a fundamentação da atuação da criança no ambiente escolar. Representam o período no qual o aluno inicia sua carreira acadêmica, que deve durar pelo menos doze anos, até a finalização do Ensino Médio. Sendo assim, é importante que o professor esteja atento às mais diversas características do seu alunado, abordando a educação de maneira bem ampla. O professor é responsável por introduzir a criança em um novo mundo de responsabilidade e sociabilidade. O aluno deve aprender a dividir o espaço, bem como a hora e o local adequados para sua atuação. Combinados claros devem ser feitos e, sempre que possível, revistos, para que se tornem cada vez mais coerentes com a realidade ao longo do tempo, e que possam abranger a maior parte da turma. Várias habilidades essenciais são trabalhadas com os alunos do Ensino Fundamental e, portanto, a observação individual do aluno como processo de avaliação contínua comportamental é um ponto-chave na carreira escolar de uma criança. Sempre que achar necessário, o professor deve se sentir livre para convocar reuniões com os pais, coordenação ou direção para orientar seu fazer perante uma situação diferente com a criança. Ao longo deste Material Digital são sugeridas várias atividades de avaliação. O professor deve ter liberdade para utilizar as sugestões no momento e da maneira que achar mais adequados à sua realidade. Todo conteúdo trabalhado deve passar por um momento avaliativo e, vale ressaltar que o uso de diversas metodologias de avaliação é importante. O professor pode propor trabalhos em grupo, apresentações de seminário, confecção de cartazes, pesquisa em diversas fontes, entrevistas etc. para diversificar a maneira de avaliar o aluno, e assim, compreendê-lo de maneira mais integral. Vale lembrar que a prática docente deve ser constantemente repensada, procurando modificar ações que se mostrem ineficientes ao processo de aprendizagem dos alunos. Podem-se produzir fichas de avaliação para os estudantes darem suas opiniões de como estão sendo desenvolvidas as aulas e as atividades práticas, uma ferramenta muito útil para a constante melhoria da prática docente.

A educação ambiental no currículo de Ciências da Natureza Nos últimos anos, as conversas sobre questões ambientais vêm se tornando pauta obrigatória nas escolas. Muitos desses assuntos estão na pauta de importantes instituições internacionais. O aumento das temperaturas mundiais e a desigualdade social vêm sendo alvo de investimentos e políticas públicas (ONU, 2017). A crise ambiental pode ser considerada mais uma vertente da crise de valores humanos (TONSO, 2010), uma crise de âmbito ético, na qual os valores vigentes estão deturpados e geram seres humanos autocentrados e desconectados da sociedade e da natureza. Educar seres humanos com valores baseados no bem-estar social é urgente e necessário. Desde a formulação da Política Nacional de Educação Ambiental - PNEA (BRASIL, 1999), o trabalho nessa área se torna obrigatório em todos os níveis da educação, do ensino básico à pós-graduação, em espaços formais e não formais de ensino. A educação ambiental tornou-se necessária para chamar a atenção da humanidade para as questões ambientais, auxiliando no processo de reconexão do indivíduo aos ciclos naturais, possibilitando com que o ser humano atue novamente em consonância com o ambiente, causando impactos ambientais positivos. 12


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Segundo a PNEA, a educação ambiental tem, obrigatoriamente, caráter interdisciplinar, devendo ser trabalhada e desenvolvida em todas as disciplinas. Recomenda-se o desenvolvimento de projetos integradores que trabalhem diretamente com temas ambientais. O Ministério do Meio Ambiente em parceria com o Ministério da Educação criou o programa “Vamos cuidar do Brasil com escolas sustentáveis” (BRASIL, 2012), uma iniciativa a fim de incentivar a prática da PNEA dentro das escolas públicas do país. Várias ações foram realizadas, como a implementação de tecnologias sociais e sustentáveis, horta na escola, composteira etc., que têm contribuído para a criação de hábitats sustentáveis na escola. Verifique como está o ambiente na escola em que atua, se há oportunidades para trabalhar com temas diretamente relacionados ao meio ambiente e converse com o corpo docente, sugerindo projetos que integrem as disciplinas. A discussão ambiental tornou-se assunto para todas as disciplinas escolares, dada a urgência na diminuição dos impactos ambientais negativos, tornando o planeta um lugar sustentável para se viver.

Considerações finais O uso de ferramentas digitais no ensino é necessário e já se tornou uma realidade em diversos países. Quanto mais o educador se apropriar desse tema, mais seu ensino tende a ser efetivo. Estamos em um mundo no qual muitas pessoas vivem conectadas virtualmente. Ensinar as pessoas a utilizar seus equipamentos de maneira saudável e racional é um dos desafios mais recentes da educação. Outro desafio fundamental da educação é o de gerar seres humanos livres e íntegros. Atribuir uma finalidade para a educação é diminuí-la, limitando-se o potencial humano, o qual é infinito. A liberdade no pensar, no sentir e no fazer como fim do processo educacional escolar é uma meta que deveria ser buscada por todos que trabalham diretamente com a educação. Revolucionar um país é mudar a maneira como suas crianças são educadas. Países como Luxemburgo, Suíça e Noruega são os campeões de investimento em educação básica. O Brasil encontra-se na oitava posição no ranking da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Segundo vários especialistas, o investimento que proporciona a maior rentabilidade é na educação da primeira infância. Crianças bem-educadas dão menos prejuízos para a pasta da Saúde, Segurança e Previdência. Sendo assim, até mesmo do ponto de vista econômico, investir em educação é uma opção eficaz. Utilize este material com liberdade e inove na educação na escola em que atua.

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Ciências – Apresentação

Bibliografia ALCANTARA, A.G.L; ALCANTARA, G.B.; ENDO, R.M. Ainda há esperança: uma proposta do desenvolvimento do cuidado ambiental a partir de um projeto na escola Sathya Sai de Ribeirão Preto. In: RAYMUNDO, M. H. A.; BRIANEZI, T.; SORRENTINO, M. (Org.). Como construir políticas públicas de educação ambiental para sociedades sustentáveis? São Carlos: Diagrama Editorial, 2015. p. 89-96. ALQUÉRES, H. Apresentação. In: ARAÚJO, T. Criatividade na educação. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo: CPDC, 2009. BAUMAN, Z. Vida líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 2007. BAUMAN, Z. Sociólogo polonês cria tese para justificar atual paranoia contra a violência e a instabilidade dos relacionamentos amorosos. Entrevista concedida a Adriana Prado. IstoÉ. Disponível em: <https://istoe.com.br/102755_VIVEMOS+TEMPOS+LIQUIDOS+NADA+E+PARA+ DURAR+/>. Acesso em: dez. 2017. BIZZO, N. Pensamento científico: a natureza da ciência no Ensino Fundamental. São Paulo: Melhoramentos, 2012. BRASIL. Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, DF, 28 abr. 1999. Seção 1, p. 1. BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica. Edital de Convocação 01/2017 – CGPLI. Edital de Convocação para o Processo de Inscrição e Avaliação de Obras Didáticas para o Programa Nacional do Livro e do Material Didático. PNLD 2019. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/busca-geral/318-programas-e-acoes-1921564125/pnld-439702797/1239 1-pnld>. Acesso em: 4 dez. 2017. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base>. Acesso em: 30 out. 2017. BRASIL. Ministério da Educação. Plano Nacional de Educação – PNE e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 26 de junho de 2014. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm>. Acesso em: 23 dez. 2017. BRASIL. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Vamos cuidar do Brasil com escolas sustentáveis: educando-nos para pensar e agir em tempos de mudanças socioambientais globais / Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, Ministério do Meio Ambiente; elaboração de texto: Tereza Moreira. -- Brasília: A Secretaria, 2012. BRUNO, A. R. Aprendizagem em ambientes virtuais: plasticidade na formação do adulto educador. Ciências & cognição, Rio de Janeiro, v. 15, n. 1, p. 43-54, 2010. CORNELL, J. A alegria de aprender com a natureza: atividades na natureza para todas as idades. São Paulo: Senac, 1997. 186 p. FAZENDA, I. C. A. Interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa. Campinas: Papirus, 2001. FREIRE, P. Ética na educação. Palestra realizada no Mackenzie. Disponível em: <www.acervo.paulo freire.org:8080/jspui/handle/7891/1920>. Acesso em: 4 jul. 2016. FREIRE, P. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Autores Associados: Cortez, 1989. GUSDORF, G. Professores para quê? Lisboa: Moraes Editores, 1970. LANZ, R. A pedagogia Waldorf: caminho para um ensino mais humano. 10. ed. São Paulo: Antroposófica, 2011. LA EDUCACIÓN PROHIBIDA. Direção: Juan Vautisas e German Doin. Produção: Maria Farinha Filmes, 2012. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=OTerSwwxR9Y>. Acesso em: 21 dez. 2017. LA TAILLE, Y. D. A imposição moral e ética. Entrevista concedida a Diogo Dreyer, 2011. Disponível em: <http://www.educacional.com.br/entrevistas/entrevista0091.asp>. Acesso em: 19 jun. 2012. MESQUITA, M. F. N. Valores Humanos na Educação: uma nova prática em sala de aula. São Paulo: Gente, 2003.

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Ciências – Apresentação

OBSERVATÓRIO DO PNE. Indicadores das metas. Disponível em: <http://www.observatoriodopne. org.br/metas-pne/2-ensino-fundamental/indicadores> Acesso em dezembro de 2017. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento. 1992. Disponível em: <http://www.onu.org.br/rio20/img/2012/01/agenda21.pdf>. Acesso em: 21 dez. 2017. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Transformando nosso mundo: a Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável. 2016. Disponível em: <http://www.br.undp.org/content/dam/brazil/ docs/agenda2030/undp-br-Agenda2030-completo-pt-br-2016.pdf>. Acesso em: nov. 2017. TONSO, S. A educação ambiental que desejamos desde um olhar para nós mesmos. 2010. Disponível em: <http://www.projetosustentabilidade.sc.usp.br/index.php/Biblioteca/Documentos/EducacaoAmbiental>. Acesso em: 19 jun. 2012.

Material disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons – Atribuição não comercial (CC BY NC – 4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros.

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Ciências – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

Plano de desenvolvimento: Sol, fonte de energia que alimenta a vida na Terra Durante o primeiro bimestre, serão abordados conteúdos relacionados à captação de energia solar pelas plantas (produtores) e como ocorre a transferência dessa energia para os demais seres vivos (consumidores e decompositores) por meio das cadeias e teias alimentares. Os estudos têm início a partir da caracterização dos organismos do Reino Plantae, com ênfase no processo da fotossíntese, mas sem deixar de abordar a morfologia, a fisiologia e a reprodução das plantas. Nesse momento, optou-se por tratar esses assuntos, considerando as plantas com flores e frutos (angiospermas), por elas constituírem a maioria das plantas atuais. Ainda neste bimestre, serão estudadas temáticas relacionadas ao fluxo de energia, à ciclagem dos nutrientes e às relações ecológicas.

Conteúdos • • • • • • •

Morfologia e fisiologia vegetais Fotossíntese Reprodução das plantas com flores (angiospermas) Cadeia e teia alimentares Fluxo de energia e ciclo de nutrientes Relações ecológicas Ser humano e ambiente

Objetos de conhecimento e habilidades Objeto de conhecimento

Habilidades

Relação com a prática didático-pedagógica

Cadeias alimentares simples • (EF04CI04) Analisar e construir cadeias alimentares simples, reconhecendo a posição ocupada pelos seres vivos nessas cadeias e o papel do Sol como fonte primária de energia na produção de alimentos. • (EF04CI05) Descrever e destacar semelhanças e diferenças entre o ciclo da matéria e o fluxo de energia entre os componentes vivos e não vivos de um ecossistema. • (EF04CI06) Relacionar a participação de fungos e bactérias no processo de decomposição, reconhecendo a importância ambiental desse processo. • Observar como a progressão das atividades estabelece uma dinâmica com o dia a dia do aluno.

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Ciências – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

Objeto de conhecimento

Habilidades

Relação com a prática didático-pedagógica

Microrganismos • (EF04CI07) Verificar a participação de microrganismos na produção de alimentos, combustíveis, medicamentos, entre outros. • (EF04CI08) Propor, a partir do conhecimento das formas de transmissão de alguns microrganismos (vírus, bactérias e protozoários), atitudes e medidas adequadas para a prevenção de doenças a eles associadas. • A proposta iniciada no terceiro ano é ampliada, tratando dos conceitos de fotossíntese e seres vivos produtores com mais detalhes e explicando a importância do Sol como fonte primária de energia na produção de alimentos.

Práticas de sala de aula Para o início do primeiro bimestre, que coincide com o início do ano letivo, sugere-se uma atividade introdutória que aproveitará a energia inicial e a curiosidade dos alunos, que geralmente se encontram ansiosos para reencontrar os colegas, conhecer o(a) professor(a) e compartilhar o que fizeram durante as férias. Trata-se de uma roda de conversa, na qual os estudantes poderão contar à turma o que vivenciaram em suas férias escolares e o que esperam do ano letivo que está começando. Ao final dessa primeira atividade, aproveitar o momento em roda para a criação, de forma participativa, de uma lista de “combinados” com a turma, regrinhas para a boa convivência e o melhor aproveitamento das aulas, que ficará afixada no interior da sala de aula durante todo o ano letivo. Alguns exemplos de “combinados” que podem constar na lista são: levantar a mão para pedir a palavra, sempre perguntar em caso de dúvida, entregar as tarefas em dia etc. Ainda aproveitando o momento da roda, explicar que um vaso com uma pequena planta será passado cuidadosamente de mãos em mãos e que apenas a criança que estiver segurando o vaso terá a palavra. Chamar a atenção da turma para a planta que está no vasinho e fazer algumas perguntas, como: “Vocês conhecem muitas plantas?”, “Vocês sabem do que as plantas necessitam para viver?”, e outras perguntas que podem surgir, dependendo das respostas apresentadas pela turma. O intuito, nesse momento, não é corrigir ou complementar as respostas dos estudantes, mas apenas introduzir a temática. Ao longo do bimestre, recomenda-se o início de cada aula a partir da retomada dos conteúdos aprendidos na aula anterior, antes que seja dado o prosseguimento com novos aprendizados. Para tanto, iniciar as aulas levantando algumas questões específicas dos conteúdos trabalhados na aula anterior. Por exemplo: “Qual de vocês poderia me explicar de que modo as plantas se alimentam?”, ou “Quem se lembra quais são as condições de que as plantas necessitam para viver e crescer?” etc. É interessante deixar que os estudantes elaborem a construção das respostas e, com isso, retomem e consolidem o aprendizado. Outro fato interessante dessa prática é estimular a interação em grupo, de modo que as respostas da turma se complementem. Caso necessário, corrigir algum ponto que não tenha ficado bem esclarecido. Antes de iniciar os novos conteúdos, recomenda-se que as tarefas de casa, pesquisas ou leituras solicitadas nas aulas anteriores sejam discutidas. A correção pode ser oral ou pode-se solicitar que alguns alunos respondam na lousa. Dessa forma, as respostas podem ser aprimoradas e toda a turma aprende conjuntamente. Ressaltar a importância da atenção às explicações e dos questionamentos dos colegas.

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Ciências – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

Sugere-se apresentar aos alunos a rotina de atividades que deverão ser cumpridas durante aquela aula. A apresentação em tópicos facilita a compreensão dos alunos, que aos poucos entendem quanto tempo cada tarefa demanda e quais as prioridades. Além disso, é importante incluir momentos de intervalos e as atividades ao ar livre, para que eles possam, aos poucos, compreender quais as posturas e os comportamentos esperados em cada ocasião. É recomendado que os novos conhecimentos sejam desenvolvidos a partir dos saberes que os estudantes já possuem. Para tanto, ao utilizar exemplos e preparar atividades práticas, sempre que possível, deve-se relacioná-los com os casos apontados pelos estudantes. Para o desenvolvimento da habilidade EF04CI04, é possível montar um jogo de quebra-cabeça com a turma, a partir de seres vivos que eles conhecem. Para tanto, basta fazer uma lista de animais e plantas conhecidos pelos alunos. Em seguida, selecionar as espécies que componham cadeias alimentares e fazer filipetas com seus nomes. Dividir a turma em grupos e solicitar que os alunos organizem as filipetas como uma cadeia alimentar. Ao final, os estudantes devem compreender que o Sol atua como fonte primária em todas as cadeias formadas pelos grupos (a produção de energia pela quimiossíntese não será abordada). O aprendizado torna-se muito mais efetivo quando os estudantes participam ativamente das aulas e das atividades propostas. Ao vivenciar determinada prática, como plantar sementes em uma terra úmida ou degustar um alimento preparado com vegetais estudados, outros aspectos são estimulados com os sentidos, e o aprendizado torna-se muito mais agradável e eficaz, já que outras partes do corpo também são requisitadas e a memória é ativada. A confecção de uma composteira, por exemplo, permite a observação e a vivência de vários processos, exercitando a habilidade EF04CI06. A observação direta dos resultados de experimentos também é muito importante para desenvolver o raciocínio, a criação de hipóteses e a dedução. Por meio de experimentos bastante simples, pode-se aplicar a habilidade EF04CI06, para que os alunos observem a decomposição de alimentos. Dois pedaços do mesmo tipo de um alimento, como o pão, por exemplo, podem ser acondicionados dentro e fora de uma geladeira. Com o passar de alguns dias, verifica-se com a turma a formação de bolores e colônias de decompositores mais rapidamente no alimento que estava fora da geladeira do que naquele que ficou sob refrigeração. A temática deste bimestre permite o uso da culinária para o estudo tanto das plantas quanto da ação de microrganismos. A habilidade EF04CI07, por exemplo, pode ser aplicada com a preparação de um iogurte, a ser degustado, posteriormente, com toda a turma. A orientação sobre a higienização correta de hortaliças, por exemplo, permite o desenvolvimento da habilidade EF04CI08, que será retomada e ampliada no bimestre seguinte. Finalizar cada aula retomando os tópicos estudados em um mapa conceitual, construindo relações entre os conteúdos trabalhados durante aquela aula e as anteriores. Ao final do bimestre, espera-se que os alunos sejam capazes de compreender como ocorre a ciclagem da matéria na natureza e como a energia luminosa do Sol é transformada pelos produtores em energia química, percorrendo todos os níveis tróficos da cadeia alimentar. É importante que eles tenham compreendido a existência de microrganismos com os quais interagimos, que podem ser benéficos ou maléficos à nossa saúde. Além disso, é essencial que percebam que na natureza os seres vivos dependem uns dos outros para sobreviver e que, embora algumas relações ecológicas sejam consideradas desarmônicas entre as espécies, ou dentro da mesma espécie, todas são essenciais ao equilíbrio da vida no planeta.

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Ciências – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

Foco Durante o desenvolvimento do bimestre, é imprescindível o acompanhamento constante do aprendizado dos alunos. Além de atividades que podem ser realizadas em sala ou como tarefa de casa, as perguntas durante a aula, que são respondidas oralmente por toda a turma ou por algum aluno específico, trazem um feedback sobre como está ocorrendo o processo de aprendizagem daqueles conteúdos. A constância do acompanhamento é essencial, pois permite ajustes didáticos ou metodológicos, por parte do(a) professor(a), ou ampliação no estudo de determinado tópico, por parte dos estudantes. Como explicitado, é importante partir do conhecimento que os estudantes já possuem sobre determinado assunto, antes de prosseguir com o conteúdo. Podem ser usados até mesmo jogos de perguntas e respostas, para uma sondagem do que será ensinado no início das aulas ou de um novo conteúdo. Caso o perfil da turma seja mais agitado, é importante que as aulas sejam mais dinâmicas, usando outros espaços da escola, como pátio e quadras esportivas. Isso irá envolver a turma e usar a energia dos alunos, facilitando que eles mantenham o foco nos momentos em que é necessária maior concentração. Os alunos que têm facilidade com o conteúdo podem compor grupos de trabalhos com aqueles que apresentam maior dificuldade, para que aprendam uns com os outros.

Para saber mais Cosmos – uma odisseia no espaço-tempo. Série Documental Científica. Temporada 1 – Episódio 6 – Aprofundando. Nesse episódio, são abordados aspectos do Universo que ocorrem em esferas microscópicas, mas que são essenciais à sustentação de toda a vida, como a realização da fotossíntese nas células vegetais e a conversão química de dióxido de carbono e água em oxigênio e açúcares. Disponível em: <https://www.xn--documen triosonline-5rb.blog.br/2014/04/cosmos-episodio-06-aprofundando-dublado.html>. Acesso em: 17 nov. 2017. Sem abelha, sem alimento. Site que contém informações sobre o fenômeno do desaparecimento das abelhas no mundo e os impactos na produção de alimentos, bem como para a manutenção das florestas nativas. Disponível em: <http://www.semabelhas emalimento.com.br/>. Acesso em: 17 nov. 2017.

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4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Matemática, Geografia, História, Ciências e Língua Portuguesa

Projeto integrador: Migração e cultura Conexão com: MATEMÁTICA, GEOGRAFIA, HISTÓRIA, CIÊNCIAS e LÍNGUA PORTUGUESA Este projeto propõe a exposição de trabalhos (cartaz, artesanato, fotos e gráfico) sobre a cultura de diversos povos que imigraram para o Brasil. •

Justificativa Nos dias atuais, devido à evolução dos meios de transportes e a facilidade de locomoção, temos contato com pessoas de diferentes regiões do país e até mesmo de outras partes do mundo. Esse movimento de pessoas, temporário ou permanente, é conhecido como migração, e não é um acontecimento novo. Se voltarmos ao passado para verificar quando isso provavelmente começou, chegaremos até a movimentação dos primeiros humanos que saíram da África na direção da Eurásia, há aproximadamente 70 mil anos. Atualmente, a quantidade de pessoas que migram de suas cidades, estados ou países é grande. Em geral, as razões para as pessoas se estabelecerem em outra região que não a sua de origem estão relacionadas à mudança de trabalho, aos estudos, ou seja, à busca de melhores condições de vida. Vale abordar o fato de que o processo de mudança também pode ocorrer sem que haja o desejo, como no caso de desastres ambientais; guerras; perseguições políticas, étnicas, religiosas ou culturais; entre outros. Ao longo do tempo, desde o século XVI, pessoas provenientes de diversas regiões da África uniram-se aos povos indígenas que já habitavam o território brasileiro, trazidas à força para serem escravizadas em terras brasileiras e, posteriormente, do final do século XIX até meados do século XX, também chegaram ao Brasil imigrantes vindos de outros continentes: alemães, italianos, portugueses, espanhóis, holandeses, japoneses, libaneses, poloneses e outros. Atualmente, a intensificação dos movimentos migratórios voltou a ressaltar a condição dos imigrantes; consequentemente, esse é um tema importante para ser debatido nas escolas. Afinal, as fronteiras geográficas muitas vezes são tênues limites de separação cultural. O Brasil tem recebido refugiados de guerras civis e desastres em países como a Síria e o Iraque, e grande número de imigrantes vindos do Haiti e da Venezuela, assim como de diversos países africanos, como a Nigéria, o Senegal, o Mali, entre outros. Com uma metodologia que propõe a mobilização de conhecimento em diversas áreas, este projeto tem o objetivo de propor aos alunos que reflitam sobre a inserção dessas pessoas em outra sociedade, sua retirada do país de origem e as novas relações sociais, políticas e econômicas nos países que as recebem.

Objetivos • • • • • •

Reconhecer a importância dos movimentos migratórios. Associar a diversidade cultural e o movimento migratório. Pesquisar sobre a história de imigrações para o Brasil. Organizar, sintetizar e classificar as informações pesquisadas. Elaborar gráficos. Organizar e realizar a mostra de trabalhos.

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4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Matemática, Geografia, História, Ciências e Língua Portuguesa

Competências e habilidades 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente

Competências desenvolvidas

construídos sobre o mundo físico, social e cultural para entender e explicar a realidade (fatos, informações, fenômenos e processos linguísticos, culturais, sociais, econômicos, científicos, tecnológicos e naturais), colaborando para a construção de uma sociedade solidária. 3. Desenvolver o senso estético para reconhecer, valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também para participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de origem, etnia, gênero, orientação sexual, idade, habilidade/necessidade, convicção religiosa ou de qualquer outra natureza, reconhecendo-se como parte de uma coletividade com a qual deve se comprometer. Ciências da Natureza: 3. Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, tecnológico e social, como também às relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas e buscar respostas. Geografia (EF04GE01) Selecionar, em seus lugares de vivência e em suas histórias familiares, componentes de culturas afro-brasileiras, indígenas, mestiças e migrantes. (EF04GE02) Descrever processos migratórios e suas contribuições para a formação da sociedade brasileira.

Habilidades relacionadas*

História (EF04HI06) Identificar as transformações ocorridas nos processos de deslocamento das pessoas e mercadorias, analisando as formas de adaptação ou marginalização. (EF04HI09) Identificar as motivações dos processos migratórios em diferentes tempos e espaços e avaliar o papel desempenhado pela migração nas regiões de destino. Língua Portuguesa (EF04LP19) Produzir textos sobre temas de interesse, com base em resultados de observações e pesquisas em fontes de informações impressas ou eletrônicas, incluindo, quando pertinente, imagens e gráficos ou tabelas simples, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto. Matemática (EF04MA27) Analisar dados apresentados em tabelas simples ou de dupla entrada e em gráficos de colunas ou pictóricos, com base em informações das diferentes áreas do conhecimento, e produzir texto com a síntese de sua análise.

* A ênfase nas habilidades aqui relacionadas varia de acordo com o tema e as atividades desenvolvidas no projeto.

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O que será desenvolvido Os alunos farão uma mostra dos resultados da pesquisa sobre a cultura de diversos países e a cultura familiar, bem como de artesanatos produzidos por eles, para a comunidade escolar.

Materiais • • • • • • •

Canetas hidrográficas Cartolina Cola Folhas de papel sulfite Lápis de cor Lápis preto Tesoura com ponta arredondada

Etapas do projeto Cronograma • •

Tempo de produção do projeto: 1 mês/4 semanas/2 aulas por semana. Número de aulas sugeridas para o desenvolvimento das propostas: 8 aulas

Aula 1: Sensibilização e apresentação do projeto As pessoas com quem convivemos ou que estão próximas a nós têm uma história familiar, e em muitas delas há relatos de migração e de imigração. Talvez sejam acontecimentos longínquos para os alunos, ou até esquecidos nas memórias da família. Em outros casos, a migração e a imigração podem ser atuais. Assim, com o objetivo de conhecer as histórias da família dos alunos, incentivá-los a contar aos colegas as que já conhecem. Se citarem deslocamentos entre regiões de um mesmo país ou de outro país, perguntar-lhes que motivos levaram seus familiares a tomar essa decisão. Caso os alunos não saibam de histórias assim, perguntar-lhes se conhecem uma história de migração da família de amigos ou conhecidos. Esse primeiro momento é apenas de conversas com os alunos sobre o tema, a fim de motivá-los a conhecer um pouco mais a história da própria família, como também os costumes e os hábitos que podem estar presentes em seu dia a dia e vieram de outras regiões brasileiras ou de outros países, muitas vezes sem que eles saibam – por exemplo, uma tradição religiosa; uma planta medicinal; um hábito que possa contribuir para a preservação ambiental etc.

Aula 2: Questionário familiar Os alunos farão a coleta de informações sobre a família deles, as quais serão utilizadas no censo escolar. É melhor que o questionário, que servirá de roteiro para essa pesquisa, seja respondido em dois momentos: primeiro, quando os alunos completarem as informações em sala de aula; segundo, quando responderem às questões com a ajuda dos pais ou responsáveis.

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Exemplos de perguntas destinadas aos alunos:

1. 2. 3. 4.

Quantas pessoas moram com você? Você tem irmãos? Quantos? Você tem animais de estimação? Quais e quantos são eles? Quais cômodos há em sua moradia? Exemplos de perguntas destinadas aos alunos e aos pais ou responsáveis:

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.

Em que cidade nasceram os pais do aluno ou os responsáveis por ele? Em que cidade nasceu o aluno? Em que bairro mora o aluno? Há quanto tempo a família reside nesse bairro? Vocês já se mudaram alguma vez? Por qual motivo? Há migrantes ou imigrantes em sua família? Sua família tem algum hábito ou costume transmitido pelos avós ou bisavós? Quais?

Registrar as questões na lousa e fornecer aos alunos folhas de papel sulfite, solicitando-lhes que copiem as questões na folha recebida. Para completar a pesquisa, enviar uma solicitação ou requerimento pedindo aos pais ou aos responsáveis que permitam que os alunos levem para a sala de aula fotos da família que mostrem um hábito ou um costume familiar, como uma foto de uma festa ou almoço na qual o aluno esteja vivenciando uma tradição. Após a devolutiva da primeira parte desse questionário, estipular uma data de devolução da segunda parte, para a quinta aula do projeto, quando os alunos elaborarão uma tabela ou um gráfico com base nas informações que coletarem. Além desse tipo de pesquisa proporcionar mais informações para conhecer a realidade dos alunos, seu histórico familiar e onde moram, os dados podem auxiliar a diretoria da escola, por fornecerem uma base para compreender a comunidade onde eles estão inseridos.

Sugestões de fontes de pesquisa para os alunos • • •

FARIA, J. de. Meu avô japonês. São Paulo: Panda Books, 2009. Enquanto o avô conta a Isabel como era a vida dos imigrantes japoneses no Brasil, ela descobre a história de sua família e seu papel na preservação da cultura japonesa. KUCINSKI, B. Imigrantes e mascates. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2016. Filho de polonesa e de origem judaica, o autor conta sua infância em um bairro de São Paulo em meio às dificuldades enfrentadas pelos judeus e pelos imigrantes em geral. MUSEU DA IMIGRAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Disponível em: <http://www.museudaimigracao.org.br/>. Acesso em: 25 jan. 2018. Apresenta dados sobre a imigração em São Paulo e disponibiliza um passeio virtual pelo museu, que antigamente era hospedaria de imigrantes recém-chegados ao estado.

Aula 3: Conhecendo aqueles que migram Solicitar aos alunos que pensem juntos sobre as dificuldades que podem passar os migrantes e os imigrantes. Pedir-lhes que se imaginem indo morar em um lugar completamente diferente daquele onde moram hoje, por exemplo, um lugar com temperaturas muito diferentes das que estão acostumados, onde as pessoas falem uma língua que eles desconhecem. 23


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Pergunte a eles quais seriam as primeiras mudanças que eles sentiriam: “Acham que seria fácil ir à escola?”, “Como seria brincar com outras crianças, comprar comida ou estudar?”. Incentivar a reflexão dos alunos ao imaginar-se nessa nova situação, respondendo às questões, ouvindo os colegas e interagindo com as informações fornecidas nas respostas. Para saber um pouco mais a respeito das adaptações que os migrantes e imigrantes costumam passar, os alunos podem, por exemplo, seguir a metodologia científica. Eles podem elencar um hábito ou outro aspecto cultural que se modificou em função da nova realidade da pessoa que migrou (ou imigrou) e, a partir daí, seguir as etapas de uma investigação científica. Nesse processo, os alunos podem levantar hipóteses, realizar entrevistas, pesquisar em diversas fontes etc. Esse tipo de experiência é enriquecedor para a formação dos alunos no respeito à diversidade na medida que amplia e aprofunda seu contato com outras culturas. A seguir, pedir a eles que façam uma pesquisa – na biblioteca da escola ou na sala de informática. Se possível, ir com os alunos a um desses locais, a fim de acompanhar a pesquisa de perto. Proponha as seguintes questões: • Quais foram os primeiros habitantes do Brasil? • Qual é o país de origem dos primeiros colonizadores do Brasil? • Os portugueses e outros europeus trouxeram negros à força para o Brasil, os quais foram escravizados e aqui realizaram grande parte das atividades braçais do século XVI ao XIX. Qual é a origem dessas pessoas? • Quais são as contribuições culturais desses diferentes povos para a cultura brasileira? • Como a alimentação dos diferentes povos que vieram para o Brasil se modificou? Depois de os alunos responderem às questões sugeridas, solicitar-lhes que comparem essas ideias com as informações que pesquisaram, a fim de identificar semelhanças e diferenças. A seguir, com o objetivo de aprofundar a pesquisa, mostrar a eles o gráfico sobre a quantidade de imigrantes chegados ao Brasil, dividido por nacionalidade e organizado em três períodos. Auxiliá-los a ler e compreender o gráfico por meio de questionamentos como: • Que informações o gráfico apresenta? • Como vocês chegaram a essas informações? • Qual foi o maior contingente de imigração para o Brasil desde 1884? • Entre os períodos apresentados no gráfico, qual teve maior imigração japonesa? • No período de 1945 a 1959, quantas pessoas imigraram de Portugal?

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Ilustração feita pelo autor

* A imigração síria e turca, registrada até 1939, deixou de sê-lo no período 1945-1959. Assim, esses imigrantes foram incluídos aqui na categoria Outros, que conta, em bem menor número, com poloneses, russos, lituanos e ucranianos, entre outros. Fonte dos dados: IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Brasil: 500 anos de povoamento. Rio de Janeiro, 2007. p. 226. Disponível em: <https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv6687.pdf>. Acesso em: 25 jan. 2018.

O objetivo é apresentar dados históricos da imigração para o Brasil e incentivar os alunos a refletir sobre os possíveis desafios que os imigrantes enfrentam ao deixar sua terra natal, além de propor-lhes a análise desses dados em forma de gráfico.

Aula 4: Cultura e imigração Ao desembarcarem no Brasil, os imigrantes trouxeram com eles sonhos e expectativas, além de sua língua, danças, comidas e crenças de sua cultura, que se adicionaram às culturas locais e se miscigenaram, formando a cultura brasileira. A gastronomia é um aspecto da cultura. Assim, incentivar os alunos a contar seus hábitos alimentares e os hábitos alimentares de sua família, perguntando-lhes o que costumam comer no café da manhã, no almoço e no jantar, quais são seus pratos favoritos, se existem refeições especiais em dias de festa etc. Escrever na lousa os alimentos, os pratos e os hábitos apresentados pelos alunos. Essa atividade, além de ampliar o conhecimento dos alunos sobre novos alimentos e pratos, também os incentiva a identificar as semelhanças e as diferenças de seus hábitos alimentares para com os dos colegas. A investigação das modificações ocorridas nos hábitos alimentares pode ser uma linha de pesquisa interessante. Por exemplo: se os alunos buscarem as adaptações que ocorrem devido à falta e necessária substituição de ingredientes. Pedir a eles que transcrevam essa lista no caderno e, se desejarem, completem-na com outras informações que porventura tenham esquecido. A seguir, organizar os alunos em grupos para que pesquisem em livros, revistas, jornais ou sites na internet sobre a herança cultural que são os hábitos alimentares. Fornecer cartolinas para os grupos e orientá-los a registrar os 25


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dados de sua pesquisa nesse suporte, para confeccionarem um cartaz que será exposto ao final do projeto. Para a pesquisa, cada grupo escolherá uma das nações apresentadas no gráfico da aula anterior – Alemanha, Espanha, Itália, Japão e Portugal –, e confeccionará um cartaz com informações sobre as comidas típicas desses países, destacando que tipo de alimento compõe os pratos e como eles são apresentados e apreciados aqui no Brasil. Nesse momento, vale comentar que diversos alimentos, como queijos e pães, são feitos com a participação de microrganismo. Se julgar oportuno, pesquisar qual povo foi responsável por introduzir o hábito de comer pão no Brasil. Incentivar os alunos a comparar a lista de alimentos do seu cotidiano, registrada por eles no caderno, com os pratos e os alimentos citados na pesquisa e apresentados nos cartazes. Os cartazes deverão ser expostos na sala e os alunos podem comparar os alimentos típicos da cultura de cada povo com os que estão acostumados a comer no seu dia a dia. Para tanto, comparar a lista de alimentos que eles têm no caderno com os alimentos que foram citados na pesquisa e que estão expressos nos cartazes. Essa atividade tem o objetivo de proporcionar aos alunos um contexto em que percebam a importância da herança cultural dos diversos povos que compõem a cultura brasileira, conhecer a diversidade gastronômica dos países, herdada por nós, e também valorizar todo tipo de contribuição. Os cartazes deverão ser utilizados na mostra final.

Aula 5: Construindo gráficos Os alunos devolverão os questionários respondidos com o auxílio dos pais ou dos responsáveis. Solicitar-lhes que leiam suas respostas, um de cada vez, para que a turma possa conhecer um pouco mais da vida do colega. Se algum aluno não quiser fazer a leitura, é importante respeitá-lo. Em seguida, organizar grupos de três alunos para que reúnam as informações dos questionários. Distribuir folhas de papel sulfite a cada grupo, elas serão utilizadas na elaboração do gráfico. Sobre a elaboração do gráfico, os alunos do trio deverão primeiramente selecionar itens de seus questionários. É melhor que eles escolham questões quantitativas, em vez de qualitativas, para facilitar a produção do gráfico – assim, auxiliar os alunos na seleção e na confecção do gráfico. Copiar na lousa o modelo de gráfico a seguir, o qual poderá servir de base para os alunos elaborarem seus gráficos.

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Ilustração feita pelo autor

Fonte: Dados do Grupo A.

No gráfico-modelo, vê-se que um aluno tem história de migração ou imigração em sua família. Se acaso surgirem dúvidas, traçar as linhas básicas do gráfico e as colunas para que os alunos apenas pintem as informações. A aula tem como objetivo que os alunos organizem os dados da pesquisa usando recursos gráficos (gráfico ou tabela) e conheçam um pouco mais as famílias dos seus colegas de turma.

Aula 6: Organizando a mostra dos trabalhos Os alunos organizarão uma mostra para outros alunos da escola com os trabalhos desenvolvidos neste projeto. Antes disso, escolher com os alunos uma data para a exposição dos trabalhos. Se possível, conversar com outros professores e verificar a possibilidade de a exposição conter trabalhos de outras turmas. É importante que a direção da escola seja informada sobre a proposta e esteja de acordo com sua realização. No dia escolhido, os alunos deverão organizar o espaço escolhido de modo que permita a movimentação de todos pela exposição. Eles deverão apresentar os cartazes sobre os costumes gastronômicos dos povos que migraram para o Brasil, as fotos que demonstram suas tradições familiares e os gráficos e tabelas produzidos com os dados do minicenso escolar. Os alunos podem ainda decorar o ambiente com bandeirolas com as cores dos países pesquisados e representados em seus trabalhos e um cartaz com o título da exposição.

Aula 7: Mostra dos trabalhos No dia da mostra, com os alunos dispostos perto de seus trabalhos, eles receberão os visitantes (outras turmas, professores e outros funcionários da escola) para que conheçam um pouco mais do que foi feito no projeto. 27


4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Matemática, Geografia, História, Ciências e Língua Portuguesa

É importante que a mostra ocorra em um ambiente de respeito e que os visitantes passeiem e interajam com os alunos da sala, fazendo-lhes perguntas, que eles mesmo deverão responder. O objetivo da mostra é fazer os alunos identificarem as diferenças culturais e entenderem que elas se adicionam, enriquecendo a cultura de um país.

Aula 8: Avaliação Avaliar a participação dos alunos nos trabalhos coletivos e individuais ao longo do projeto. A seguir há algumas propostas de avaliação para cada aula do projeto, a ser ampliadas e/ou modificadas de acordo com a realidade de cada turma e o interesse do(a) professor(a). Aula

Proposta de avaliação

1

Avaliar a participação nos relatos sobre os costumes familiares.

2

Avaliar a participação e a compreensão dos alunos sobre o questionário familiar.

3

Verificar a leitura do gráfico e a reflexão sobre a vida de migrantes.

4

Avaliar a compreensão sobre a influência de outros povos na cultura brasileira.

5

Avaliar o trabalho coletivo de elaboração dos gráficos.

6

Avaliar a participação na organização da mostra.

7

Avaliar a participação na mostra.

8

Autoavaliação do aluno e do professor. Verificar os acertos e as dificuldades na realização do projeto.

Avaliação final Avaliar os trabalhos dos alunos considerando a coleta de dados para produção dos gráficos, a organização e a participação na mostra interna dos trabalhos. Verificar se houve melhora na habilidade de ler e construir gráficos. Identificar as dificuldades enfrentadas ao longo do projeto e julgar as soluções adotadas, a fim de aplicá-las em outros projetos ou criar outras soluções com base na experiência adquirida.

Referências bibliográficas complementares •

HARARI, Y. N. Sapiens: uma breve história da humanidade. Tradução de Janaína Marcoantonio. Porto Alegre: L&PM, 2015. Com base em estudos de Paleontologia, Antropologia, História e Biologia, o autor apresenta aspectos da história da humanidade, relacionando-a com questões do presente, a fim de apresentar as diversas interpretações sobre a humanidade ao longo do tempo. SILLER, R. R. Infância, educação infantil e migrações. Curitiba: Appris, 2016. A autora discorre sobre a importância de os educadores considerarem a diversidade dos ambientes em que os alunos convivem a fim de que a escola seja um lugar em que as práticas culturais deles não sejam menosprezadas, valorizando quaisquer expressões culturais e a interação entre elas.

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Ciências – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

1a sequência didática: O estudo da botânica Abordar a morfologia vegetal, com a apresentação dos principais órgãos vegetativos das plantas (folha, caule e raiz), e a fisiologia vegetal, com ênfase na fotossíntese. Elaborar algumas experiências simples para o reconhecimento da planta como organismo vivo.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Competência específica de Ciências da Natureza

Objetivos de aprendizagem Conteúdos

3. Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, tecnológico e social, como também às relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas e buscar respostas. • Compreender as plantas como seres vivos. • Identificar os principais órgãos vegetativos (folha, caule e raiz). • Reconhecer o papel do processo de fotossíntese para a manutenção da vida no planeta. • Plantas

Materiais e recursos • • • • • • •

Folha de zamioculcas Lâmina de barbear* Microscópio Lâmina e lamínula Pipeta Copo com água Diversas ervas/pequenos arbustos apanhados nos jardins da escola ou em uma praça próxima (plantas em que se possa identificar facilmente suas partes: folha, caule e raiz) * Cuidado no manuseio de objetos cortantes. Eles devem ser manuseados somente pelo professor, que deve orientar os alunos dos perigos relacionados ao seu uso.

Desenvolvimento Quantidade de aulas: 4

Aula 1 Iniciar em sala de aula, estipulando um tempo para que os alunos organizem seus materiais. Orientar para que todos os alunos formem duplas. Cada dupla deve ter em mãos um lápis e um caderno, para uma observação de campo. Ressaltar a importância da observação dos fenômenos da natureza para o aprendizado de Ciências. De início, montar com os alunos o seguinte quadro no caderno:

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Ciências – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

Uma folha áspera

Uma folha brilhante

Folhas pontiagudas

Um caule maleável

Um caule resistente

Folhas arredondadas

Certificar-se de que os alunos entenderam os termos utilizados: maleável, pontiagudas, resistente, áspera, arredondadas. Permitir que eles caminhem pelo espaço da escola ao ar livre ou, se possível, em uma praça nas redondezas. Neste primeiro momento, eles devem somente observar e registrar, sem retirar nada do ambiente. Explicar que a atividade funciona como um bingo: ao observar as plantas, os alunos marcam um X em cada item encontrado. Estipular cerca de 15 minutos para essa observação. Orientar que não se trata de uma competição entre as duplas, portanto, não há necessidade de pressa. Em seguida, reunir todo o grupo em círculo e compartilhar o que foi encontrado. Aguçar a curiosidade dos alunos com perguntas, como: • Quem já havia reparado que as plantas têm folhas e caules com aspectos diferentes? • Vocês notaram texturas muito diferentes entre as folhas e os caules? • Se caminhássemos por uma floresta fazendo essa mesma atividade, vocês acham que encontraríamos folhas e caules com outras características? Quais?

Avaliação Finalizar a aula, pedindo aos alunos que façam um desenho da planta que mais tenha lhes chamado a atenção durante a atividade. Pedir a eles que retratem de forma fiel as características observadas da forma mais realista possível.

Aula 2 Iniciar a aula relembrando com os alunos a atividade realizada na aula anterior. Faça perguntas como: • Quem se lembra do que fizemos na aula passada? • Alguém poderia me contar como foi a atividade? • O que vocês observaram? Antes do início da aula, o professor deverá ter coletado exemplares de gramíneas e pequenas plantas herbáceas que nascem espontaneamente em praças ou jardins. Levar o material coletado para a sala de aula e dividir a turma em pequenos grupos. Pedir para que os alunos observem a posição das folhas, ramificações do caule e tipos diferentes de raízes. Nas gramíneas, será possível observar raízes muito ramificadas, como uma cabeleira. Já em algumas plantas herbáceas, os alunos poderão observar uma raiz principal e várias raízes secundárias. Pedir a cada aluno que faça um registro da atividade no caderno, em forma de desenho. Descartar todas as plantas utilizadas em local adequado.

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Ciências – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

Avaliação Pedir aos alunos que respondam às seguintes questões em casa e as tragam uma semana depois: 1. Descreva uma folha. Quais são suas partes principais? Resposta: A folha possui uma parte verde ampla e pequenas ramificações que seguem por toda sua extensão. Resposta esperada: Espera-se que os alunos percebam que a folha é uma parte da planta, geralmente fina e verde. Devem notar também as nervuras, talvez relacionando essas estruturas com vasos sanguíneos ou rios. 2. Como é o caule? Para que lado ele geralmente cresce? Resposta: O caule se ramifica normalmente por bifurcações. Pode-se notar que ele cresce a partir da ponta, sempre levando a planta em direção à luz. Resposta esperada: Os alunos podem responder que o caule é cheio de ramificações que crescem para várias direções. Também podem notar que o alongamento do caule permite que a planta cresça em altura; a planta cresce para cima, normalmente, em direção à luz. 3. Como é o formato da raiz? Resposta: Podemos encontrar dois tipos básicos de raízes: uma em forma de cabeleira, comum em gramíneas, e outra com um eixo central, comum em ervas de grande porte, arbustos e árvores. Resposta esperada: Os alunos devem notar que existe um tipo de raiz mais espalhada; com ramificações quase do mesmo tamanho, e outro tipo com uma formação principal, mais grossa, com ramificações menores.

Aula 3 Iniciar a aula retomando o assunto da semana anterior, corrigindo as três perguntas propostas como tarefa. Neste momento, sanar as dúvidas individuais e notar se algum aluno está apresentando dificuldades, orientando-o com mais cuidado e atenção. Se possível, reservar o microscópio da escola com antecedência e providenciar todos os materiais necessários, inclusive uma muda de zamioculcas, que pode ser facilmente encontrada em floriculturas ou em supermercados.

Koosen / Shutterstock.com

Planta ornamental zamioculcas, muito utilizada em locais com pouca luz.

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Ciências – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

Separar uma folha de zamioculcas e cortar longitudinalmente um pequeno e fino fragmento da face inferior da folha, utilizando a lâmina de barbear. Reservar. Pingar 5 gotas de água sobre a lâmina e colocar o fragmento da folha. Cobrir o conjunto com uma lamínula. Ajustar o microscópio com aumento de 100×. Com esse zoom é possível observar os estômatos, células responsáveis pela troca de gases e evapotranspiração. Pedir aos alunos que desenhem no caderno o que observarem. Caso não seja possível o uso do microscópio, projetar vídeos ou imagens que retratem o estômato.

Avaliação Os desenhos feitos no caderno podem ser analisados como instrumento avaliativo. Com o desenho, verifica-se se o aluno entendeu a estrutura celular importante para a fotossíntese (estômato). Analisar essa forma avaliativa, buscando as representações utilizadas pelos alunos que indiquem se atingiram ou não os objetivos de aprendizagem associados aos instrumentos. Em seguida, apresentar as seguintes imagens dos estômatos para os alunos, para que comparem e avaliem seus desenhos.

Eduardo Borges

O esquema representa a abertura (acima) e o fechamento (abaixo) dos estômatos. É através dessa estrutura que a planta realiza as trocas gasosas e a transpiração.

Aula 4 Esta aula tem o objetivo de retomar a atividade realizada na aula anterior, a fim de consolidar os aprendizados. Pedir aos estudantes que abram seus cadernos na página em que foi feito o desenho dos estômatos. Em seguida, fazer uma série de perguntas orais sobre o que foi observado, tentando extrair dos alunos os conceitos necessários: • Vocês notaram diferenças entre o formato das células que formam os estômatos e as demais células da planta? • Como era a cor dessas células? • Lembrando que a principal função das folhas é a realização da fotossíntese, o que deve passar pelos estômatos? • Se os estômatos estiverem fechados, a planta consegue eliminar vapor de água e fazer a troca de gases? 32


Ciências – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

Anotar as palavras-chave que forem surgindo. Destacar a importância da fotossíntese para as plantas, ressaltando que o principal órgão responsável pelo processo é a folha. É pelos estômatos que a planta absorve gás carbônico e elimina gás oxigênio. O gás carbônico absorvido entrará na elaboração de vários tipos de açúcares (carboidratos), que serão utilizados para a estruturação dos órgãos vegetais e para a obtenção de energia. Explicar que é pelos estômatos que a planta realiza a transpiração, em que há perda de água em forma de vapor. A saída de água pelas folhas é um dos processos que explica o transporte de substâncias pelo corpo do vegetal; ela cria um fluxo nos vasos condutores, o que faz a água entrar pelas raízes e atingir as partes mais altas da planta.

Avaliação Pedir aos estudantes que respondam no caderno às seguintes questões: 1. Descreva o que foi observado. Resposta: Observaram-se as células da face inferior da folha, revelando os estômatos, estruturas responsáveis pela entrada e saída de gases no corpo do vegetal. 2. Qual é a forma do estômato? Resposta: O estômato possui duas células-guardas em forma de meia-lua e uma abertura central. 3. Todos os estômatos estavam iguais? Resposta: Não, alguns estômatos estavam abertos e outros, fechados. 4. Qual a cor do estômato? Resposta: O estômato possui coloração verde.

Para trabalhar dúvidas A compreensão do nível celular é ainda abstrata para alunos do Ensino Fundamental I. Podem surgir dúvidas em relação ao conceito de níveis de organização. Esclarecer cada um dos níveis utilizando exemplos do organismo humano: célula/tecido/órgão/sistema/organismo. Apresentar ao grupo a seguinte micrografia (imagem de microscopia):

Valentina Moraru / Shutterstock.com

Micrografia de estômatos da epiderme inferior da folha feita por microscópio óptico.

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Ciências – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

Ampliação É possível fazer a extração da clorofila das folhas de forma simples. Basta coletar previamente algumas folhas verde-escuras, separar um pouco de álcool, um recipiente resistente e um objeto para macerar as folhas no álcool. Pique as folhas dentro do recipiente, misture com um pouco de álcool e macere bem. Coar em um filtro de papel, separando a parte sólida da parte líquida. Mostrar aos alunos a solução obtida, que deve apresentar uma coloração verde escura. É possível utilizar a solução de clorofila como tinta. Cada aluno poderá desenhar no caderno uma folha e pintá-la com a solução. Sugestão de vídeo sobre a observação de estômatos ao microscópio. Microscopia da epiderme da planta Setcreasia purpúrea. Estômatos paracíticos. 2013. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=phctz20Fdqc>. Acesso em: 20 nov. 2017.

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Ciências – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

2a sequência didática: A nutrição dos seres vivos Abordar questões relacionadas à nutrição dos seres vivos e ao papel ecológico que estes desempenham nas cadeias e teias alimentares. Além disso, dar ênfase especial aos fungos e às bactérias, que têm demonstrado, nos últimos anos, grande importância à saúde do ambiente e do ser humano.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Objeto de conhecimento

Cadeias alimentares simples 

Habilidade  Objetivos de aprendizagem

Conteúdos

   

(EF04CI04) Analisar e construir cadeias alimentares simples, reconhecendo a posição ocupada pelos seres vivos nessas cadeias e o papel do Sol como fonte primária de energia na produção de alimentos. Compreender que os seres vivos estabelecem entre si relações de alimentação. Aprender a construir e interpretar cadeias e teias alimentares. Compreender o papel ecológico de certas bactérias e dos fungos. Conhecer a importância de medidas de higiene adequadas relacionadas à alimentação. As cadeias e as teias alimentares

Materiais e recursos      

Etiquetas adesivas ou fitas coloridas (de 3 cores diferentes para cada cor representar plantas, animais herbívoros e animais carnívoros) Caneta hidrográfica preta ou de outra cor forte Apito Cartolinas Cola Papel-cartão colorido

Desenvolvimento 

Quantidade de aulas: 4

Aula 1 Iniciar a aula relembrando o conceito de fotossíntese, processo pelo qual os organismos produtores fotossintéticos produzem o próprio alimento e, por meio das cadeias e teias alimentares, transferem parte da energia captada e do alimento produzido aos demais seres vivos; lembrar que os seres produtores (fotossintéticos e quimiossintéticos) são a base das cadeias alimentares do planeta. Iniciar com perguntas que gerem reflexões, como: “É verdade que nos alimentamos de luz?”; “Qual o principal produto da fotossíntese?”. Permitir que os alunos expressem suas ideias livremente. Em seguida, propor a seguinte dinâmica, que se assemelha a uma brincadeira de pega-pega: 35


Ciências – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

1. Dividir a sala em 3 grupos, seguindo a proporção de 1/6, 2/6 e 3/6 do número total de alunos. 2. Cada aluno do menor grupo (1/6) receberá uma etiqueta com a palavra “carnívoro”, colando-a no tórax. Uma alternativa é amarrar uma fita colorida no pulso de cada aluno. Importante que todos os “carnívoros” estejam com a mesma cor de fita. 3. Cada aluno do grupo intermediário (2/6) receberá uma etiqueta com o termo “herbívoro” ou uma fita na cor estabelecida para os “herbívoros”. 4. Cada aluno do grupo maior (3/6) receberá uma etiqueta com a palavra “planta” ou uma fita na cor estabelecida para as “plantas”. 5. Levar os alunos para o pátio da escola ou qualquer local com espaço ao ar livre. 6. Orientar para que o grupo dos “carnívoros” forme um pequeno círculo. 7. O grupo dos “herbívoros” deve formar um círculo ao redor do grupo dos “carnívoros”. 8. O grupo das “plantas” deve ficar espalhado pelo pátio. 9. Os círculos devem estar cerca de 10 passos de distância um do outro. 10. Ao sinal do apito, os “herbívoros” devem tentar pegar as “plantas” que não podem sair do lugar onde estão. Ao mesmo tempo, os “carnívoros” deverão tentar pegar os “herbívoros”. A única defesa dos alunos que representam os herbívoros é se abaixar, como se estivem escondidos dos animais carnívoros (alunos abaixados não podem ser pegos pelos alunos que representam os animais carnívoros). Depois de 3 segundos, um novo sinal de apito é dado e todos devem parar onde estão. As “plantas” que foram pegas passam a fazer parte do grupo dos “herbívoros” e os “herbívoros” capturados, por sua vez, deverão integrar o grupo dos “carnívoros”. Os “carnívoros” e “herbívoros” que não conseguiram alimento devem voltar como plantas na próxima rodada. Não se esquecer de trocar as etiquetas neste momento. 11. Repetir o procedimento anterior mais duas vezes. 12. Analisar o que ocorreu em cada rodada. Explicar aos alunos que os animais que não conseguiram alimento morreram de fome. Seus corpos foram decompostos e transformados em elementos mais simples, que podem ser aproveitados pelas plantas. Por isso na brincadeira, esses alunos voltam para a próxima rodada como plantas. Na brincadeira, as “plantas” que foram pegas voltam como “herbívoros” e os “herbívoros” capturados voltam como “carnívoros” porque, quando um ser vivo serve de alimento para outro, as substâncias que formam seu corpo passam a fazer parte desse outro ser. Na dinâmica, os “herbívoros” e os “carnívoros” que conseguiram alimento não mudam de “função”. Isso porque os animais que conseguem alimento são bem sucedidos, se mantêm saudáveis e se reproduzem, garantindo novos indivíduos para a geração seguinte. Cuidar para que os alunos compreendam que, na natureza, as relações alimentares e os processos de transferência de matéria e de energia são mais complexos do que os representados na dinâmica. A dinâmica é apenas uma brincadeira para que eles percebam a importância das relações alimentares para a manutenção e equilíbrio dos ecossistemas. A partir dessa dinâmica, iniciar uma conversa sobre cadeia alimentar, suscitando reflexões sobre quais organismos desempenham os papéis de produtores, presas e predadores na natureza, relacionando-os aos níveis tróficos (produtores, consumidores primários e consumidores secundários). Pedir que os alunos citem exemplos de seres vivos conhecidos por eles.

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Ciências – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

Avaliação Pedir aos alunos que façam um relato por escrito sobre a dinâmica, descrevendo como foi realizada e elaborando uma pequena conclusão sobre a discussão. De acordo com os textos produzidos, é possível perceber quais alunos estão com dificuldade, auxiliando-os.

Aula 2 Iniciar a aula retomando a atividade realizada na aula anterior. Pedir a um aluno que leia a descrição da dinâmica registrada no caderno. Em seguida, iniciar uma reflexão sobre a interdependência entre os vários elementos que formam determinada cadeia alimentar. As relações de alimentação estabelecidas entre os diversos organismos ajudam a manter as populações em equilíbrio. A partir dessa constatação, continuar levantando questões: “O que aconteceria com uma população de predadores se suas presas deixassem de existir?” Como resposta, provavelmente os alunos responderiam: “Com menos alimento, o número de predadores também diminuiria ao longo do tempo”. O professor pode prosseguir, respeitando o tempo e o entendimento da turma: “Com menos predadores, o que pode acontecer com o número de presas e produtores?”. A resposta esperada seria: “O número desses seres poderia voltar a aumentar”. Explicar que, quando os ambientes naturais estão saudáveis, as próprias espécies, por meio de suas relações alimentares, controlam o crescimento umas das outras, mantendo as populações em equilíbrio. Por fim, colocar na lousa alguns exemplos de cadeias alimentares simples, de três níveis. É importante utilizar seres vivos que façam parte do bioma local. Além disso, o professor pode fazer perguntas mais provocadoras, como: “E vocês, fazem parte de alguma cadeia alimentar?”; “Qual é o papel desempenhado pelo ser humano?”. Ao incluir o ser humano nas cadeias alimentares, provavelmente o debate fique mais interessante. Auxiliar a construção das ideias com esquemas na lousa.

Avaliação Pedir aos alunos que construam uma cadeia alimentar com organismos da flora e fauna brasileiros. Solicitar que a tragam na semana seguinte.

Para trabalhar dúvidas Pedir aos estudantes que pesquisem na internet sobre teias alimentares, trazendo para a próxima aula um ou dois exemplos registrados no caderno. Essa atividade colocará os alunos em contato com o conteúdo futuro. Possivelmente surgirão dúvidas para serem esclarecidas nas próximas aulas. Propor as seguintes questões para orientar a pesquisa: 1. O que são teias alimentares? Resposta: São relações de alimentação formadas entre diversos seres vivos que garantem a sobrevivência das populações. 2. Qual é a relação das cadeias alimentares com as teias alimentares? Resposta: As teias alimentares são formadas por diversas cadeias alimentares unidas.

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Ciências – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

Aula 3 Preparar fichas de papel-cartão com o nome de várias espécies da flora e fauna brasileiras, como: plantas aquáticas, plantas terrestres, anfíbios, peixes, aves, répteis, mamíferos (incluindo o ser humano), fungos e bactérias entre outros. Os alunos podem sugerir alguns animais, plantas e outros seres para compor as fichas. Formar grupos de quatro alunos e entregar um jogo de cartões, uma folha de cartolina, cola e canetas a cada grupo. Solicitar que eles montem cadeias e teias alimentares, colando os cartões na cartolina e desenhando as setas. Após a construção dos cartazes, pedir aos alunos que apresentem os trabalhos realizados e as relações alimentares representadas ao restante da turma. Auxiliar e aproveitar para corrigir possíveis equívocos.

Avaliação A avaliação desta aula é o resultado dos trabalhos realizados. A partir da análise dos cartazes, é possível avaliar o aprendizado dos estudantes, aproveitando para sanar dúvidas e auxiliar os alunos com maior dificuldade.

Aula 4 Iniciar a aula retomando os conceitos de cadeia alimentar e os níveis tróficos estudados anteriormente, registrando-os na lousa. Em seguida, pedir para os estudantes formarem novamente os grupos de trabalho da aula anterior, devolvendo os cartazes para cada grupo. Solicitar que os grupos anotem na cartolina, ao lado de cada ser vivo, o nível trófico que ele está representando: produtor, consumidor primário, consumidor secundário, consumidor terciário, decompositor ou, ainda, se representa mais de um nível. Terminado o exercício, pedir que os grupos apresentem o trabalho desenvolvido para o restante da turma. Neste momento, é importante estar atento para sanar eventuais dúvidas, garantindo que todos tenham compreendido os conceitos.

Avaliação 

Proponha a seguinte questão, que deve ser feita ao final da aula: O que representam os diferentes níveis tróficos em uma teia alimentar? Resposta: Os diferentes níveis tróficos em uma teia alimentar representam a posição que um organismo ocupa em relação aos demais, de acordo com sua nutrição.

Ampliação Série documental The Hunt. A produção está voltada para a relação predador/presa de maneira nunca antes vista.

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Ciências – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

3a sequência didática: O fluxo da vida Serão abordadas questões relacionadas ao fluxo de energia e à ciclagem de matéria ao longo dos ecossistemas.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Objeto de conhecimento

Cadeias alimentares simples •

Habilidades

• •

Objetivos de aprendizagem

Conteúdos

• •

(EF04CI05) Descrever e destacar semelhanças e diferenças entre o ciclo da matéria e o fluxo de energia entre os componentes vivos e não vivos de um ecossistema. (EF04CI06) Relacionar a participação de fungos e bactérias no processo de decomposição, reconhecendo a importância ambiental desse processo. Identificar o Sol como fonte primária de energia para os ecossistemas. Compreender o fluxo de energia nos ecossistemas e o ciclo da matéria (ou ciclo de nutrientes). Compreender o ciclo da matéria ou ciclo de nutrientes. Fluxo de energia e ciclo dos nutrientes

Materiais e recursos • • •

Folhas de árvores em decomposição Húmus de minhoca Pedaços de papel representando “dinheiro fantasia”

Desenvolvimento •

Quantidade de aulas: 3

Aula 1 Iniciar a aula relembrando os conceitos anteriores sobre fotossíntese, cadeias alimentares e teias alimentares. Montar uma cadeia alimentar simples na lousa, com ajuda dos alunos. Iniciar com perguntas que gerem reflexões, como “Os consumidores primários se alimentam dos produtores. E os produtores, alimentam-se de quê?”; “De onde provém a energia para alimentar os produtores?”. Permitir que os alunos expressem suas ideias livremente. Espera-se que essas reflexões levem à conclusão de que a energia usada pelos seres produtores provém do Sol. Quando os alunos chegarem a essa conclusão, convidá-los a formarem uma fila para sair da sala, indo a um local aberto. Importante que a atividade seja feita em um dia ensolarado. Ao chegar ao pátio aberto, fiquem alguns minutos expostos ao Sol. Pedir que eles observem a sensação do calor na pele.

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Ciências – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

Feita a observação, voltar para a sala e fazer algumas perguntas para gerar reflexões, tais como “De onde veio o calor que aquece a pele de vocês?”; “Quais as formas de energia que pudemos observar?”. Espera-se chegar à conclusão de que a energia do Sol, em forma de luz e calor, é responsável por aquecer a pele. Explicar que os produtores são os únicos seres vivos capazes de captar essa mesma energia e utilizá-la para a produção de alimentos pela fotossíntese. Salientar que parte da energia capturada pelos produtores é utilizada para mantê-los vivos. Dessa forma, somente uma parte é transferida para os consumidores primários, e assim por diante. Por isso, as cadeias alimentares não podem ser infinitas, pois a energia se dissipa ao longo do sistema.

Avaliação Pedir aos alunos que façam um relato por escrito sobre a experiência, incluindo uma pequena conclusão sobre a discussão. De acordo com os textos produzidos, é possível perceber quais alunos estão com dificuldades e ajudá-los.

Aula 2 Iniciar a aula mostrando aos alunos o húmus de minhoca e as folhas em decomposição (pode-se encontrar húmus em casas de jardinagem). Solicitar que descrevam o que estão observando. Instigar a curiosidade da turma com perguntas, como “O que está acontecendo com as folhas?” ou “Qual a diferença entre a aparência dessas folhas e as de uma planta viva?”. Após a reflexão dos alunos, deve-se chegar à conclusão de que as folhas (matéria orgânica) estão em decomposição pela ação dos seres vivos decompositores. Explicar que esse processo garante uma constante reutilização da matéria orgânica, como em um ciclo. Desse modo, as moléculas, células e tecidos vivos são decompostos em elementos mais simples, que são liberados na natureza, ou seja, voltam a ficar disponíveis para a utilização de outros seres vivos, como as plantas. Diferenciar que a energia é transferida em um fluxo unidirecional, dos produtores aos consumidores, enquanto a matéria orgânica é reciclada, em um ciclo constante. Pode-se fazer comentários como “Talvez alguns elementos do seu corpo já tenham sido parte do corpo de um Tyrannosaurus rex”; “O que acontece com o corpo de um animal ou de uma planta depois que eles morrem?”. Utilizar o assunto para uma conversa tranquila a respeito da morte é essencial, pois, normalmente, as crianças têm medo desse assunto; uma visão de ciclo pode trazer algum conforto e mostrar algum sentido para o final da vida. Encerrar a aula com um mapa conceitual contendo as principais ideias trabalhadas. Pedir aos alunos que registrem o mapa no caderno.

Avaliação Pedir aos alunos que respondam às seguintes questões:

1. Qual é a fonte primária de energia usada pelos seres produtores?

Resposta: O Sol é a fonte de energia dos produtores, sendo considerada a fonte primária de energia.

2. Toda a energia dos produtores pode ser absorvida pelos consumidores?

Resposta: Não, pois parte da energia é utilizada pelos próprios produtores para se manterem vivos. 40


Ciências – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

3. Como ocorre o ciclo da matéria?

Resposta: Os seres decompositores reciclam a matéria orgânica dos seres vivos após a morte ou seus excrementos (no caso dos animais), transformando-a em elementos mais simples que ficam disponíveis no ambiente para serem reaproveitados pelos seres vivos.

Aula 3 Preparar uma dinâmica com dinheiro fantasia para exemplificar o fluxo de energia. Fazer notas falsas de dinheiro e distribuir R$ 100,00 por aluno em notas de valores variados. Pedir a eles que criem produtos ou serviços fictícios, atribuindo-lhes um valor, que poderá variar de R$ 5,00 a R$ 100,00, e salientando a importância da moderação nesse momento (se forem produtos muito caros, ninguém irá comprar). Para isso, pedir que escrevam em folhas de papel os produtos desenvolvidos por eles e os valores atribuídos. Podem ser alimentos, roupas, calçados, eletrônicos ou consultas médicas, odontológicas etc. Determinar um tempo para que os alunos conheçam os produtos oferecidos pelos colegas e para que usem o dinheiro fornecido para comprar os produtos de que estão precisando naquele momento. Para trabalhar, eles utilizaram energia. Desse modo, o dinheiro representa uma forma de energia, que está disponível para ser trocada. Perguntar “Para que precisamos de dinheiro?”. Dar um tempo para que os alunos se expressem. Espera-se que eles respondam com diversos exemplos. Anotar essas sugestões na lousa. Refletir sobre o que é essencial ou não para o consumo. Usar esse momento para falar sobre consumo consciente. Após o debate, perguntar “E se sobrar dinheiro? O que podemos fazer com a sobra?”. Pedir aos alunos que contem o valor restante após as compras, caso tenha sobrado. Em seguida, sugerir que a sobra vire reserva, para ser utilizada em momentos de dificuldade. Relacionar a dinâmica com os conceitos estudados. Salientar que o dinheiro representa energia que deve ser usada para a sobrevivência. A sobra de dinheiro é a energia que pode ser transmitida para outros níveis da cadeia alimentar.

Avaliação •

Pedir aos alunos que respondam à seguinte questão: Qual é a diferença principal entre o fluxo de energia e o ciclo da matéria? Resposta: A energia tem um fluxo em uma única direção, não sendo possível reintroduzir a energia dissipada na forma de calor nas cadeias alimentares. Já a matéria orgânica é sempre reciclada, retornando ao ambiente e podendo ser reaproveitada pelos seres produtores após a decomposição.

Ampliação Em relação ao ciclo da matéria, pode-se levar os alunos para uma visita a um aterro sanitário próximo da cidade ou para uma estação de tratamento de esgoto. Esses locais permitem que o aluno compreenda que os resíduos descartados no lixo e o esgoto despejado no vaso sanitário não desaparecem instantaneamente; esses dejetos precisam de destinação correta e de tratamento adequado. A parte orgânica deles pode retornar ao ciclo da matéria. Outra sugestão é visitar as estações municipais de compostagem.

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Ciências – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

É possível abordar as diversas formas de aproveitamento da energia solar que vêm sendo desenvolvidas nas últimas décadas. Além da energia solar para o aquecimento da água, atualmente existem instituições e residências que estão utilizando sistemas de energia fotovoltaica, que transformam energia do Sol em energia elétrica. Ou, ainda, usinas eólicas que utilizam a energia do vento, gerado pelo aquecimento do ar para a produção de energia elétrica. Esses exemplos permitem ilustrar a célebre frase do químico Antoine Lavoisier: “Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”. Na internet existem vários projetos que permitem construir um sistema de aquecimento solar de água com materiais reutilizados, como o vídeo “Socioambiental - Aquecedor solar de garrafas PET”. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=EiMGNxRtXoU>. Acesso em: 20 nov. 2017. Também há o vídeo da série Manual do Mundo, “Por que a energia solar não está em todos os telhados?”. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v= vFuI858vRSg>. Acesso em: 20 nov. 2017.

Vinícius Fioratti

Formas de aproveitamento de energia solar.

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4a sequência didática: Relações humanas Serão abordadas questões relacionadas à interação do ser humano com o meio ambiente, enfatizando aspectos positivos.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Competência específica de Ciências da Natureza

Objetivos de aprendizagem

Conteúdos

7. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões frente a questões científico-tecnológicas e socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários. • Discutir sobre a atuação do ser humano no planeta Terra. • Compreender o conceito de ética. • Compreender como o conhecimento científico aliado aos valores humanos pode causar impactos positivos no ambiente. • Compreender o conceito de sustentabilidade. •

Outras relações entre seres vivos

Materiais e recursos • • • • • •

Vídeos diversos que trabalhem com a temática ambiental, enfatizando o consumo consciente Cartolinas Canetas coloridas Revistas para recorte Tesouras com pontas arredondadas Cola branca

Desenvolvimento •

Quantidade de aulas: 4

Aula 1 Iniciar a aula relembrando os conceitos anteriores sobre as relações entre os seres vivos. Após a retomada, introduzir a pergunta “E os seres humanos? Qual nosso papel no planeta Terra?”. Discutir a importância da atuação dos seres humanos no mundo, os quais detêm um grande poder de transformação do ambiente, com ações tanto positivas quanto negativas. Deixar os alunos se expressarem a respeito da relação com os demais seres vivos e os impactos que os seres humanos podem causar no planeta. Enfatizar os aspectos positivos, já que essa faixa etária é muito sensível e haverá oportunidades em anos posteriores do ensino para o debate de outros aspectos dos impactos ambientais. Após a discussão, solicitar que formem grupos de três ou quatro integrantes. Distribuir cartolinas, revistas, tesouras, cola e canetas para os grupos. Pedir que construam cartazes de incentivo à realização de ações que causem impactos positivos ao planeta Terra. 43


Ciências – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

Após o término da atividade, selecionar, com os alunos, alguns locais da escola para a exposição dos trabalhos.

Avaliação A avaliação desta aula corresponde à análise do conteúdo dos cartazes. A partir dessa análise, o professor terá elementos para o desenvolvimento das aulas seguintes.

Aula 2 Iniciar a aula conduzindo os alunos ao espaço multimídia da escola, para a reprodução de vídeos sobre o consumo consciente e o uso dos recursos naturais. Priorizar vídeos de curta duração, estimulando um breve debate após cada exibição. Elaborar diversas perguntas, a fim de permitir a participação ativa dos alunos, tais como: “Qual a mensagem principal do vídeo a que acabamos de assistir?”; “Esse vídeo trata de um problema muito comum nos dias atuais. Quais seriam as melhores soluções para resolvermos esse problema?”; “Os seres humanos são responsáveis pelas ações mostradas no vídeo. Como podemos mudar esse cenário?” etc. Relembrar a dinâmica “teia”, na qual o ser humano puxa o barbante com força em sua direção, representando o uso excessivo de recursos naturais. Após o debate, espera-se que os alunos estejam entusiasmados com a discussão.

Avaliação Pedir aos alunos que produzam um texto sobre as temáticas trabalhadas durante a aula e o debate, trazendo-o na aula seguinte.

Aula 3 Iniciar a aula pedindo aos alunos que leiam o texto produzido na aula anterior. Ressaltar alguns pontos levantados pelos alunos. Recolher todos os textos produzidos para correção. Separar os alunos em pequenos grupos para a elaboração da próxima atividade. Orientar os estudantes para que caminhem pela escola para realizar uma enquete com os funcionários/professores, na qual deverão registrar as respostas para as seguintes perguntas:

1. Você sabe o que é consumo consciente? Explique em poucas palavras. 2. Quais ações você pratica para cuidar do meio ambiente? 3. O que podemos fazer na escola para melhorar nosso ambiente? Após voltar à sala de aula, eles devem compartilhar as descobertas. Encerrar a aula com uma técnica chamada one minute paper, na qual os alunos têm um minuto para escrever no caderno os conceitos mais importantes aprendidos em aula.

Avaliação Recolher os cadernos para verificar o registro da atividade.

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Ciências – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

Aula 4 Iniciar a aula relembrando a atividade de enquete da aula anterior, retomando as respostas mais interessantes. Em seguida, fazer perguntas como “O que você tem feito em casa para cuidar do meio ambiente?”; “Alguém tem alguma sugestão do que podemos fazer na escola para torná-la mais sustentável?”. Permitir que os estudantes se expressem livremente, anotando na lousa os conceitos mais relevantes. Em seguida, apresentar aos alunos o seguinte esquema:

Fabio Eugenio

Algumas pequenas atitudes multiplicadas por muitas pessoas podem fazer grande diferença.

Indagar o que os estudantes percebem na imagem. Explicar que, dentre as atitudes mostradas, existe somente uma que não é sustentável, se não houver necessidade explícita (compra de um carro novo). Desenhar na lousa o seguinte esquema: Economicamente viável

Socialmente justo

Ambientalmente correto

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Ciências – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

O triângulo da sustentabilidade traz a ideia de que, para uma atividade humana ser sustentável, ela deverá ser economicamente viável, socialmente justa e ambientalmente correta. Em seguida, apresentar e discutir com os alunos os princípios da permacultura: I) Princípios éticos: a) Cuidar da Terra. b) Cuidar das pessoas. c) Partilha justa/compartilhar os excedentes. II) Princípios de design: a) Observe e interaja. b) Capte e armazene energia. c) Obtenha um rendimento. d) Pratique a autorregulação e aceite feedback. e) Use e valorize os serviços e recursos renováveis. f) Produza, não desperdice. g) Desenho de padrões e detalhes. h) Integrar ao invés de segregar. i) Use soluções pequenas e lentas. j) Use e valorize a diversidade. k) Utilize margens e valorize o marginal. l) Utilize e responda à mudança criativamente. Em seguida, introduzir o conceito de permacultura como uma filosofia de vida que propõe soluções para os atuais problemas ambientais enfrentados pelos seres humanos. Finalizar destacando que existem várias iniciativas de cuidado com a natureza e com o ser humano, nas quais muitas pessoas trabalham para resolver os desafios ambientais enfrentados atualmente pela humanidade.

Avaliação Pedir aos alunos que anotem ideias para tornar a escola um espaço mais sustentável. De acordo com o que for apresentado, é possível verificar se eles entenderam o conceito de sustentabilidade.

Para trabalhar dúvidas Podem ser apresentados vídeos que trabalhem temas da sustentabilidade, como permacultura, agrofloresta, hortas urbanas etc. Existe um grande acervo na internet.

Ampliação Existem vários materiais preparados por instituições que trabalham com a temática do consumo consciente e sustentabilidade, em destaque: • ALANA. Home page. Disponível em: <http://alana.org.br/>. Acesso em: 20 nov. 2017 e AKATU. Home page. Disponível em: <https://www.akatu.org.br>. Acesso em: 20 nov. 2017. • LEGAN, Lucia. Criando habitats na escola sustentável: livro do Educador. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo/ Pirenópolis: Ecocentro IPEC, 2009. Disponível em: <https://www.imprensaoficial.com.br/downloads/pdf/projetossociais/criando1.pdf> Acesso em: 20 nov. 2017. • A permacultura é uma filosofia de vida que traz soluções aos atuais problemas ambientais. Saiba mais em: PERMACULTURA na escola sustentável. Home page. Disponível em: <https://permaculturanaescola.wordpress.com/principios-de-permacultura/>. Acesso em: 20 nov. 2017. • Reportagem do Globo Rural sobre agricultura sintrópica: G1.GLOBO.COM. Globo Rural. Conheça a cultura sintrópica. Disponível em: <http://g1.globo.com/economia/agronegocios/globo-rural/videos/t/edicoes/v/conheca-a-a gricultura-sintropica/6057740/>. Acesso em: 20 nov. 2017. • Os debates em torno das questões ambientais sempre enfatizam os valores. Como referência de valores humanos, temos: INSTITUTO Sathya Sai de Educação do Brasil. Home page. Disponível em: <http://institutosathyasai.org.br/> Acesso em: 20 nov. 2017.

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Proposta de acompanhamento da aprendizagem Avaliação de Ciências: 1o bimestre Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: ____________________________ Data: ____________________________________________________

1. A matéria orgânica na natureza passa por um processo de reciclagem que é fundamental para a manutenção do equilíbrio do meio ambiente. Para que a reciclagem ocorra de forma satisfatória, são necessários os seguintes seres vivos: (A) Insetos carnívoros e plantas aquáticas. (B) Fungos e vegetais. (C) Certas bactérias e fungos. (D) Tatus e formigas.

2. Em uma aula de Ciências, o professor mostrou as imagens dos organismos a seguir:

Cecília Iwashita

Paulo Nilson

Após analisar as imagens, quatro alunos fizeram afirmações sobre os seres. Assinale a alternativa que corresponde à resposta correta dada por um desses alunos: (A) A primeira imagem mostra uma planta, que é capaz de realizar a fotossíntese. A segunda imagem mostra um fungo, que é responsável pelo processo de decomposição, importante na reciclagem dos nutrientes. (B) A primeira imagem mostra uma planta, que é capaz de realizar a decomposição. A segunda imagem mostra um fungo, que é responsável pela reciclagem dos nutrientes. (C) A primeira imagem mostra uma planta, que é capaz de realizar a fotossíntese. A segunda imagem mostra um fungo, que é responsável pela reciclagem do gás oxigênio. (D) A primeira imagem mostra uma planta, que é capaz de realizar a reciclagem dos nutrientes. A segunda imagem mostra um fungo, que é responsável pela fotossíntese.

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3. Assinale a alternativa que descreve as partes principais de uma flor: (A) Sépala, pétala, semente e androceu. (B) Sépala, pétala, semente e gineceu. (C) Sépala, pétala, gineceu e androceu. (D) Sépala, pétala, gineceu e semente.

4. Para que uma planta realize a fotossíntese, importante processo para a obtenção de alimento e energia, são necessários os seguintes elementos: (A) Gás carbônico e água. (B) Gás carbônico, água e terra. (C) Gás carbônico e terra. (D) Gás carbônico, água e luz solar.

5. Observe o esquema do fluxo de energia a seguir:

Rafael Herrera

Assinale a alternativa que corresponde ao elemento que está simbolizado pelo retângulo: (A) Solo. (B) Água. (C) Sol. (D) Gás carbônico.

6. Assinale a alternativa que apresenta os três níveis principais de uma cadeia alimentar: (A) Produtor, consumidor e decompositor. (B) Produtor, decompositor e reciclador. (C) Produtor, consumidor e reciclador. (D) Produtor, utilizador e consumidor.

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7. Leia o texto a seguir e responda ao que se pede: As abelhas sem ferrão, conhecidas como jataí, são encontradas na Mata Atlântica. Em seu ninho, as abelhas mais jovens desempenham uma função conhecida como “enfermeiras”, pois cuidam das larvas. Já as abelhas mais velhas executam a função de “campeiras”, saindo do ninho para coletar pólen e néctar das flores.” Agora, responda: Como denominamos a relação ecológica estabelecida pelas abelhas? Quais elementos do texto podem justificar sua resposta? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Observe a teia alimentar a seguir. Ela será utilizada para as questões 8 e 9.

RENAN LEEMA

8. Está faltando um importante elemento nessa teia alimentar. Qual é esse elemento? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ 49


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Explique a função desempenhada por esse elemento.

______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

9. Ainda em relação à teia alimentar, responda: (A) Qual o nível ocupado pelo rato? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ (B) Quais os níveis ocupados pela serpente? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

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10. Os predadores são animais que caçam outros animais para se alimentar e para

sobreviver. Observe a imagem que mostra um predador já extinto, o tigre-dente-de-sabre, que viveu há milhares de anos:

Mozart Couto

Pensando nos predadores, responda: (A) Que tipo de relação o predador estabelece com sua presa? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ (B) Caso um predador seja eliminado de seu ambiente natural, o que poderá ocorrer com o equilíbrio nesse ambiente? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

11. Descreva o ciclo de reprodução de uma planta que possui flores e frutos, não deixando faltar os seguintes termos: Gineceu Grão de pólen

Androceu Flor

Polinização Fruto

______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

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12. Os fungos e certas bactérias são seres decompositores muito importantes, pois atuam na reciclagem da matéria orgânica na natureza. Além disso, esses organismos podem participar de vários processos industriais. Cite e explique pelo menos dois desses processos nos quais há participação dos fungos e bactérias. ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

13. O Sol é a fonte primária de energia dos ecossistemas. Os seres produtores utilizam sua

energia, produzindo alimento por meio da fotossíntese. Qual a principal diferença entre o fluxo de energia e o ciclo da matéria orgânica nos ecossistemas? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

14. Pensando no papel do ser humano na natureza, responda: (A) Cite duas ações humanas que ajudam na conservação da água. ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ (B) Cite duas ações humanas que ajudam na conservação das florestas. ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

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15. Atualmente, o termo sustentabilidade aparece com frequência nos meios de comunicação. Esse termo se relaciona a ações sustentáveis, que levam em consideração o meio ambiente, a economia e as relações sociais entre as pessoas. Pensando nisso, responda: (A) O que é sustentabilidade para você? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ (B) Quais ações podemos adotar para deixar a escola mais sustentável? Cite pelo menos duas ações. ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

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Proposta de acompanhamento da aprendizagem Avaliação de Ciências: 1o bimestre Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: ____________________________ Data: ____________________________________________________

1. A matéria orgânica na natureza passa por um processo de reciclagem que é fundamental para a manutenção do equilíbrio do meio ambiente. Para que a reciclagem ocorra de forma satisfatória, são necessários os seguintes seres vivos: (A) Insetos carnívoros e plantas aquáticas. (B) Fungos e vegetais. (C) Certas bactérias e fungos. (D) Tatus e formigas. Habilidade trabalhada: (EF04CI06) Relacionar a participação de fungos e bactérias no processo de decomposição, reconhecendo a importância ambiental desse processo. Resposta: C. Os principais grupos de organismos responsáveis pela ciclagem dos nutrientes nos ecossistemas são os fungos e certas bactérias. Distratores: A alternativa A não traz nenhum organismo relacionado ao processo de decomposição. Já a alternativa B cita os fungos, mas traz também os vegetais, que são seres produtores e não decompositores. A alternativa D descreve seres que vivem no solo, mas que não participam diretamente do processo de ciclagem dos nutrientes.

2. Em uma aula de Ciências, o professor mostrou as imagens dos organismos a seguir:

Cecília Iwashita

Paulo Nilson

Após analisar as imagens, quatro alunos fizeram afirmações sobre os seres. Assinale a alternativa que corresponde à resposta correta dada por um desses alunos: (A) A primeira imagem mostra uma planta, que é capaz de realizar a fotossíntese. A segunda imagem mostra um fungo, que é responsável pelo processo de decomposição, importante na reciclagem dos nutrientes. (B) A primeira imagem mostra uma planta, que é capaz de realizar a decomposição. A segunda imagem mostra um fungo, que é responsável pela reciclagem dos nutrientes. 54


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(C) A primeira imagem mostra uma planta, que é capaz de realizar a fotossíntese. A segunda imagem mostra um fungo, que é responsável pela reciclagem do gás oxigênio. (D) A primeira imagem mostra uma planta, que é capaz de realizar a reciclagem dos nutrientes. A segunda imagem mostra um fungo, que é responsável pela fotossíntese. Habilidade trabalhada: (EF04CI04) Analisar e construir cadeias alimentares simples, reconhecendo a posição ocupada pelos seres vivos nessas cadeias e o papel do Sol como fonte primária de energia na produção de alimentos. Resposta: A. A imagem mostra elementos das duas pontas de uma cadeia alimentar, na qual as plantas são responsáveis por introduzir matéria no ecossistema, enquanto os fungos são responsáveis por reciclá-la. Distratores: As alternativas B, C e D não relacionam corretamente a função das plantas e dos fungos nas cadeias alimentares.

3. Assinale a alternativa que descreve as partes principais de uma flor: (A) Sépala, pétala, semente e androceu. (B) Sépala, pétala, semente e gineceu. (C) Sépala, pétala, gineceu e androceu. (D) Sépala, pétala, gineceu e semente. Habilidade trabalhada: Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, tecnológico e social, como também às relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas e buscar respostas. Resposta: C. A aquisição de vocabulário técnico-científico faz parte da alfabetização científica. Distratores: As alternativas A, B e D trazem a semente como elemento da flor, o que não é correto.

4. Para que uma planta realize a fotossíntese, importante processo para a obtenção de

alimento e energia, são necessários os seguintes elementos: (A) Gás carbônico e água. (B) Gás carbônico, água e terra. (C) Gás carbônico e terra. (D) Gás carbônico, água e luz solar.

Habilidade trabalhada: Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, tecnológico e social, como também às relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas e buscar respostas. Resposta: D. Os principais elementos da reação da fotossíntese são descritos nesta alternativa. Vale lembrar que a fotossíntese é um processo complexo que envolve várias reações químicas, que será estudado em mais detalhes em anos posteriores. Distratores: Na alternativa A faltou trazer a luz solar; as alternativas B e C trazem o solo (“terra”), elemento importante para o desenvolvimento de algumas plantas, mas não essencial para a fotossíntese.

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5. Observe o esquema do fluxo de energia a seguir:

Rafael Herrera

Assinale a alternativa que corresponde ao elemento que está simbolizado pelo retângulo: (A) Solo. (B) Água. (C) Sol. (D) Gás carbônico. Habilidade trabalhada: (EF04CI04) Analisar e construir cadeias alimentares simples, reconhecendo a posição ocupada pelos seres vivos nessas cadeias e o papel do Sol como fonte primária de energia na produção de alimentos. Resposta: C. O Sol é a fonte primária de energia da maioria das cadeias alimentares. Distratores: As alternativas A, B e D citam elementos importantes para as plantas, mas que não representam o elemento a ser identificado.

6. Assinale a alternativa que apresenta os três níveis principais de uma cadeia alimentar: (A) Produtor, consumidor e decompositor. (B) Produtor, decompositor e reciclador. (C) Produtor, consumidor e reciclador. (D) Produtor, utilizador e consumidor. Habilidade trabalhada: (EF04CI04) Analisar e construir cadeias alimentares simples, reconhecendo a posição ocupada pelos seres vivos nessas cadeias e o papel do Sol como fonte primária de energia na produção de alimentos. Resposta: A. Qualquer cadeia/teia alimentar possui como níveis tróficos básicos os produtores, consumidores e decompositores. Distratores: As alternativas B, C e D possuem termos que fazem parte do universo de uma cadeia alimentar, mas que não representam seus níveis tróficos.

7. Leia o texto a seguir e responda ao que se pede: As abelhas sem ferrão, conhecidas como jataí, são encontradas na Mata Atlântica. Em seu ninho, as abelhas mais jovens desempenham uma função conhecida como “enfermeiras”, pois cuidam das larvas. Já as abelhas mais velhas executam a função de “campeiras”, saindo do ninho para coletar pólen e néctar das flores.”

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Agora, responda: Como denominamos a relação ecológica estabelecida pelas abelhas? Quais elementos do texto podem justificar sua resposta? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, tecnológico e social, como também às relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas e buscar respostas. Resposta sugerida: A relação ecológica estabelecida pelas abelhas é de sociedade, já que existe divisão de tarefas, conforme destacado no texto, pelas funções de “enfermeiras” e de “campeiras”. Observe a teia alimentar a seguir. Ela será utilizada para as questões 8 e 9.

RENAN LEEMA

8. Está faltando um importante elemento nessa teia alimentar. Qual é esse elemento? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

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Explique a função desempenhada por esse elemento.

______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF04CI06) Relacionar a participação de fungos e bactérias no processo de decomposição, reconhecendo a importância ambiental desse processo. Respostas: O elemento que está faltando nessa teia alimentar são os seres decompositores, representados por fungos e certas bactérias. A função desempenhada por certas bactérias e fungos é a de decompositores.

9. Ainda em relação à teia alimentar, responda: (A) Qual o nível ocupado pelo rato? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ (B) Quais os níveis ocupados pela serpente? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF04CI04) Analisar e construir cadeias alimentares simples, reconhecendo a posição ocupada pelos seres vivos nessas cadeias e o papel do Sol como fonte primária de energia na produção de alimentos. Respostas sugeridas: A) O rato ocupa o nível de consumidor primário, pois se alimenta somente de vegetais. B) A serpente ocupa os níveis de consumidor secundário e terciário.

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10. Os predadores são animais que caçam outros animais para se alimentar e para sobreviver. Observe a imagem que mostra um predador já extinto, o tigre-dente-de-sabre, que viveu há milhares de anos:

Mozart Couto

Pensando nos predadores, responda: (A) Que tipo de relação o predador estabelece com sua presa? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ (B) Caso um predador seja eliminado de seu ambiente natural, o que poderá ocorrer com o equilíbrio nesse ambiente? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, tecnológico e social, como também às relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas e buscar respostas. Respostas sugeridas: A) O predador estabelece a relação de predação com sua presa. B) Se um predador for eliminado de seu hábitat natural, poderá haver uma reprodução descontrolada de suas presas, causando um desequilíbrio no ecossistema.

11. Descreva o ciclo de reprodução de uma planta que possui flores e frutos, não deixando faltar os seguintes termos: Gineceu Grão de pólen

Androceu Flor

Polinização Fruto

______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ 59


Ciências – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

Habilidade trabalhada: Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, tecnológico e social, como também as relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas e buscar respostas. Resposta sugerida: O grão de pólen, formado no androceu (parte masculina da flor), é transportado por um agente polinizador até o gineceu (parte feminina da flor). Esse processo é conhecido como polinização. A partir desse momento, ocorre a fecundação do óvulo, com a formação da semente e do fruto.

12. Os fungos e certas bactérias são seres decompositores muito importantes, pois atuam na reciclagem da matéria orgânica na natureza. Além disso, esses organismos podem participar de vários processos industriais. Cite e explique pelo menos dois desses processos nos quais há participação dos fungos e bactérias. ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF04CI07) Verificar a participação de microrganismos na produção de alimentos, combustíveis, medicamentos, entre outros. Resposta sugerida: O fermento biológico é um fungo unicelular chamado de levedura, usado na panificação. Certas bactérias são utilizadas na indústria farmacêutica para a produção de medicamentos, como a insulina.

13. O Sol é a fonte primária de energia dos ecossistemas. Os seres produtores utilizam sua

energia, produzindo alimento por meio da fotossíntese. Qual a principal diferença entre o fluxo de energia e o ciclo da matéria orgânica nos ecossistemas? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF04CI05) Descrever e destacar semelhanças e diferenças entre o ciclo da matéria e o fluxo de energia entre os componentes vivos e não vivos de um ecossistema. Resposta sugerida: A principal diferença entre o fluxo de energia e o ciclo da matéria orgânica é que o primeiro é unidirecional, enquanto o segundo é cíclico.

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Ciências – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

14. Pensando no papel do ser humano na natureza, responda: (A) Cite duas ações humanas que ajudam na conservação da água. ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ (B) Cite duas ações humanas que ajudam na conservação das florestas. ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões frente a questões científico-tecnológicas e socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários. Respostas sugeridas: A) Para a conservação da água, podemos cuidar dos vazamentos domésticos, consertando-os assim que aparecerem; tomar banhos rápidos e usar a água com consciência e moderação. B) Para a conservação das florestas, podemos promover ações de plantio de árvores no bairro, usar o papel com consciência pois ele é feito a partir da madeira e promover o uso racional desse recurso natural.

15. Atualmente, o termo sustentabilidade aparece com frequência nos meios de comunicação. Esse termo se relaciona a ações sustentáveis, que levam em consideração o meio ambiente, a economia e as relações sociais entre as pessoas. Pensando nisso, responda: (A) O que é sustentabilidade para você? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

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Ciências – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

(B) Quais ações podemos adotar para deixar a escola mais sustentável? Cite pelo menos duas ações. ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões frente a questões científico-tecnológicas e socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários. Resposta sugerida: A) Sustentabilidade é um termo utilizado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais da geração atual e das futuras gerações. B) Para deixar a escola mais sustentável, podemos construir um espaço para horta e sistemas de captação de água da chuva, por exemplo.

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Ciências – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

Ficha de acompanhamento individual A ficha de acompanhamento individual é um instrumento de registro onde se pode verificar e avaliar de forma individual, contínua e diária, a evolução da aprendizagem. Serve para que o professor possa acompanhar o progresso de cada um dos alunos. BRASIL. Ministério da Educação. Programa de Apoio a Leitura e Escrita: PRALER. Brasília, DF: FNDE, 2007. Caderno de Teoria e Prática 6: Avaliação e projetos na sala de aula, p. 20.

Total = TT

Legenda Não desenvolvida = ND

Em evolução = EE

Não observada = NO

Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: _________________________________ Data: ______________________________________________ Data

Habilidade

TT

EE

ND

NO

Anotações

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