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Geografia EDILSON ADÃO CÂNDIDO DA SILVA LAERCIO FURQUIM JUNIOR

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COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA

1O. ANO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS

MANUAL DO PROFESSOR MATERIAL DIGITAL

São Paulo | 1a. edição | 2018



Conectados Geografia – 1o ano (Ensino Fundamental – Anos iniciais) Copyright © Edilson Adão Cândido da Silva, Laercio Furquim Junior, 2018

Diretor editorial Lauri Cericato Gerente editorial Silvana Rossi Júlio

Editora Natalia Taccetti Equipe de edição Ofício do Texto Projetos Editoriais Gerente de produção editorial Mariana Milani Coordenador de produção editorial Marcelo Henrique Ferreira Fontes Gerente de arte Ricardo Borges Coordenadora de ilustrações e cartografia Marcia Berne Coordenadora de preparação e revisão Lilian Semenichin

Supervisora de iconografia e licenciamento de textos Elaine Bueno

Supervisora de arquivos de segurança Silvia Regina E. Almeida

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Silva, Edilson Adão Cândido da Conectados geografia, 1º ano : componente curricular geografia : ensino fundamental, anos iniciais / Edilson Adão Cândido da Silva, Laercio Furquim Junior. — 1. ed. — São Paulo : FTD, 2018. ISBN 978-85-96-01358-1 (aluno) ISBN 978-85-96-01359-8 (professor) 1. Geografia (Ensino fundamental) I. Furquim Junior, Laercio. II. Título. 17-11595 CDD-372.891 Índices para catálogo sistemático: 1. Geografia : Ensino fundamental 372.891

EDITORA FTD. Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br

Material disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons – Atribuição não comercial (CC BY NC – 4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros.


Sumário Apresentação ........................................................................................................ 4 1o bimestre Plano de desenvolvimento: Direitos das crianças ........................................................... 15 Projeto integrador: Conhecendo o espaço da moradia .................................................. 21 1a sequência didática: Para entender as regras de convívio .......................................... 34 2a sequência didática: Espaço público: reconhecimento e uso ..................................... 40 3a sequência didática: Família e trabalho comunitário ................................................... 47 4a sequência didática: Meu caminho para a escola ........................................................ 54 Proposta de acompanhamento da aprendizagem .......................................................... 61

2o bimestre Plano de desenvolvimento: Brincadeiras ......................................................................... 84 Projeto integrador: Aprendendo referenciais espaciais e fazendo um brinquedo ........ 90 1a sequência didática: Os brinquedos e a cultura indígena .......................................... 102 2a sequência didática: Brincadeira e poema.................................................................. 108 3a sequência didática: As brincadeiras e as atividades de trabalho ............................ 115 4a sequência didática: Brincando e cuidando do ambiente .......................................... 121 Proposta de acompanhamento da aprendizagem ........................................................ 128

3o bimestre Plano de desenvolvimento: Lugares de vivência ........................................................... 158 Projeto integrador: Vivências .......................................................................................... 163 1a sequência didática: Lugar e identidade ..................................................................... 177 2a sequência didática: Minha casa, meu direito, meu lar .............................................. 183 3a sequência didática: Objetos da escola e do lar: conhecer e organizar .................... 194 4a sequência didática: À casa, à escola, à praça: com que roupa eu vou? ................. 201 Proposta de acompanhamento da aprendizagem ........................................................ 211

4o bimestre Plano de desenvolvimento: Ritmos da natureza ........................................................... 233 Projeto integrador: Ritmos da natureza ......................................................................... 238 1a sequência didática: Minhas atividades nos períodos do dia.................................... 248 2a sequência didática: Conhecendo o tempo: lá vem o sol, lá vem a chuva ................ 258 3a sequência didática: Observando o céu: como está o tempo? .................................. 264 4a sequência didática: O que vejo no céu de dia e o que vejo no céu à noite .............. 270 Proposta de acompanhamento da aprendizagem ........................................................ 277


Geografia – Apresentação

Apresentação No texto a seguir apresentamos a organização do Manual do Professor – Material Digital, identificando cada tipo de documento disponibilizado e explicando sua função e ordenação, bem como sua relação com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Em seguida, fundamentamos as escolhas de conteúdo e organização do material com base na proposta pedagógica da coleção.

Organização deste Material Digital O material digital desta coleção de Geografia está organizado em bimestres. Cada um deles contém Plano de desenvolvimento, Sequências didáticas, Proposta de acompanhamento da aprendizagem e Projeto integrador. Essas ferramentas visam complementar o que está proposto no livro didático impresso e oferecer outras possibilidades de atuação ao professor. O objetivo é apresentar subsídios que possam enriquecer o dia a dia do docente. É importante enfatizar que todas as propostas deste material são sugestões. O professor tem total liberdade para adequar cada material à sua realidade escolar.

Plano de desenvolvimento O Plano de desenvolvimento bimestral consiste em um documento de apresentação dos objetivos de cada bimestre. Nele estão indicados os conteúdos tratados e a relação deles com a Base Nacional Comum Curricular (2017), esmiuçando os objetos de conhecimento e habilidades desenvolvidos e a relação dos mesmos com a prática didático-pedagógica. São indicadas as habilidades mínimas esperadas que sejam desenvolvidas pelos estudantes em cada bimestre, a fim de garantir a continuidade do trabalho no bimestre seguinte. No plano, sugerimos práticas de sala de aula que auxiliam a realização do trabalho proposto, seguindo a metodologia adotada na coleção, orientamos o professor quanto à organização do espaço, às formas de tratamento dos estudantes, à resolução de possíveis conflitos, às maneiras de inserir os estudantes no processo de aprendizagem, entre outras sugestões. Ao conceber o plano, também temos em mente as competências gerais e específicas previstas na BNCC, que desenvolvem qualidades e valores mais amplos e fundamentais, como autonomia, senso crítico, respeito à diversidade e empatia. O professor deve, com base no conteúdo previsto e das práticas sugeridas, auxiliar os estudantes no desenvolvimento dessas e de outras competências, contribuindo para sua formação integral, conforme exposto na BNCC:

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[...] a BNCC afirma, de maneira explícita, o seu compromisso com a educação integral, reconhecendo que a educação básica deve visar à formação e ao desenvolvimento humano global (...), o conceito de educação integral com o qual a BNCC está comprometida se refere à construção intencional de processos educativos que promovam aprendizagens sintonizadas com as necessidades, as possibilidades e os interesses dos alunos e, também, com os desafios da sociedade contemporânea, de modo a formar pessoas autônomas, capazes de se servir dessas aprendizagens em suas vidas. (BRASIL, 2017, p. 17.)

No subtítulo Foco, orientamos o professor quanto ao trabalho com as possíveis dificuldades que os estudantes podem apresentar em cada bimestre, garantindo a possibilidade de aprendizagem para todos, respeitando, dentro do possível, os diferentes tempos e abordagens que cada um necessita. Ao final do documento, há sugestões de sites, leituras, vídeos e passeios que podem auxiliar o professor no trabalho proposto, seja no conteúdo a ser desenvolvido, seja nas atividades previstas ou ainda na postura dentro da sala de aula.

Sequência didática As Sequências didáticas são “sequências de atividades planejadas para a efetivação de objetivos educacionais específicos” (CASTELLAR, 2016); nesse caso, sugestões para aprofundar ou trabalhar de forma alternativa alguns conteúdos propostos no livro impresso, possibilitando um melhor desenvolvimento de certas habilidades. A Sequência didática coloca o aluno não apenas como receptor de conteúdo, ela proporciona espaço para o debate e a construção coletiva de conhecimento, pois possibilita, segundo Zabala (1998 apud CASTELLAR, 2016), a articulação de diferentes modalidades de atividades, visando a um objetivo que deve ser conhecido tanto pelo professor, como pelos estudantes. O autor destaca a importância da organização sequencial das atividades e da determinação da função de cada atividade proposta. O conhecimento do planejamento permite aos estudantes fazer parte do percurso que está programado, do que foi acordado entre professor e estudantes. Na criação dos planos de aula da sequência didática, o professor deve considerar seu público, conforme explica a autora: [...] Este é o momento em que o professor procura se aproximar da realidade do alunado e da instituição para definir as direções do ensino e, simultaneamente, refletir sobre os conteúdos em relação ao contexto social e cognitivo dos alunos. (CASTELLAR, 2016, p. 32.)

É importante ressaltar que o ideal é que o professor adeque as sequências de acordo com as possibilidades e a realidade de cada escola e turma, visto que a ideia da sequência didática é minimizar os imprevistos. Nas próprias sequências há indicações de momentos em que é interessante a realização de pesquisa complementar, a fim de aproximar o conteúdo da realidade dos estudantes, por exemplo. Há também um esforço para que as sequências possam ser realizadas em qualquer escola; portanto, ao sugerir atividades que requerem o uso de tecnologia, tentamos sempre oferecer outra opção para que o professor possa desenvolver as mesmas habilidades na ausência dos materiais e recursos indicados no início do documento. 5


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O número de aulas mencionado em cada sequência didática é uma sugestão; assim, elas podem ser realizadas em mais ou menos tempo, a critério do professor que deve considerar o planejamento bimestral e a familiaridade da turma com o conteúdo trabalhado. Cada sequência contém um quadro indicando os objetos de conhecimento e as habilidades da BNCC, em que são desenvolvidos, parcial ou integralmente, os objetivos de aprendizagem traçados para as atividades propostas e os conteúdos que são trabalhados com aquela sequência didática. As Sequências estão divididas em aulas. Nelas, descrevemos os procedimentos sugeridos para cada aula, fornecendo material de apoio, como textos e imagens, e propondo questões avaliativas e outras formas de análise do trabalhado a ser realizado. Há um subtítulo Avaliação para melhor explicar de que forma é possível realizá-la e o que deve ser considerado com base nas atividades propostas. No subtítulo Para trabalhar dúvidas prevemos algumas possíveis dificuldades e damos sugestões ao professor quanto às melhores maneiras de auxiliá-los na sua superação. Em Ampliação, sugerimos uma atividade complementar às aulas da sequência didática, a fim de aprofundar o conteúdo trabalhado.

Projeto integrador O Projeto integrador, como o próprio nome indica, objetiva integrar diferentes áreas do conhecimento, de forma a atribuir maior sentido aos componentes curriculares e seus conteúdos, aproximando-os da realidade dos estudantes, preferencialmente por meio do trabalho com situações que fazem parte de suas vivências. Um método sistemático de ensino que envolve os alunos na aquisição de conhecimentos e de habilidades por meio de um extenso processo de investigação estruturado em torno de questões complexas e autênticas e de produtos e tarefas cuidadosamente planejados. (Buck Institute for Education, 2008)

Os projetos são apresentados indicando seus temas, as disciplinas que os compõem, os objetivos e o produto final. Um projeto pode acompanhar o desenvolvimento do conteúdo de todo o bimestre ou, focar em alguns temas em cada disciplina, dependendo de como foi pensado. Os componentes curriculares devem ser trabalhados de forma equilibrada, sem um destaque para determinada disciplina, em detrimento de outras. A interdisciplinaridade presente no projeto propicia um momento muito rico e, às vezes, raro na educação básica, que é o de fazer relações entre diferentes conteúdos, buscando compreender algum fenômeno da realidade em sua totalidade, e não por meio de recortes e métodos próprios de cada disciplina. Cada projeto tem uma justificativa, que consiste em uma questão que guia seu desenvolvimento e a forma como esse trabalho colabora para a aprendizagem. Essa questão deve ter relação com a realidade dos estudantes e com os conteúdos trabalhados no bimestre. Os projetos também têm o subtítulo Objetivos, em que listamos os objetivos gerais e específicos do trabalho proposto. Seguindo os objetivos, são elencadas as competências gerais da BNCC e as habilidades específicas de cada disciplina a serem desenvolvidas. Posteriormente, apresentamos mais detalhadamente o produto final do projeto, que pode ser muito variado, mas em geral sugerimos que seja apresentado à comunidade de alguma forma, aproximando a escola de seu entorno. 6


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Após a lista de materiais, que pode ser adequada de acordo com a necessidade de cada professor, há as etapas do projeto, descritas passo a passo. Sua realização está prevista para um período predeterminado de aulas. Sugerimos ao professor que se aproprie do projeto com antecedência e planeje a distribuição das aulas dentro das disciplinas correspondentes, explicitando o máximo possível a relação entre o tema e cada disciplina, e entre elas. Por se tratar de um trabalho mais longo, é importante fornecer as informações referentes ao planejamento do projeto aos estudantes e relembrá-los de cada etapa, de forma que eles possam ter a dimensão do trabalho como um todo, fazendo as conexões entre as etapas. As avaliações são realizadas em diferentes momentos, durante a realização do projeto, e de formas variadas, algumas são atitudinais e outras, referentes ao conteúdo, podem ser usadas para avaliação dos estudantes ou do trabalho, fornecendo informações para que o professor determine a melhor maneira de prosseguir. Durante as descrições de cada aula e etapa do projeto, em uma tentativa de facilitar o trabalho do professor, sugerimos formas de lidar com questões e possíveis dificuldades apresentadas pelos estudantes. Detalhamos os procedimentos que devem ser seguidos na confecção do produto final e de que forma ele pode ser apresentado e avaliado. Após a finalização de todas as etapas previstas para o projeto, há um subtítulo Avaliação, em que organizamos, em uma tabela, todas as possibilidades de avaliação, aula a aula, sugerindo o que o professor pode observar e analisar. Em Avaliação final sugerimos estratégias de autoavaliação para o professor, a fim de auxiliá-lo a repensar em sua prática pedagógica e a realização do projeto, identificando os pontos fortes e fracos de sua elaboração, e também para os estudantes, proporcionando-lhes um momento de percepção e análise do processo que vivenciaram. No final do documento, há referências bibliográficas complementares, indicações de sites, vídeos, livros e passeios que podem auxiliar os estudantes e/ou o professor no desenvolvimento dos temas ou nas atividades trabalhadas no projeto.

Proposta de acompanhamento da aprendizagem A Proposta de acompanhamento da aprendizagem visa possibilitar o acompanhamento da evolução dos estudantes e a verificação do desenvolvimento das habilidades previstas a cada bimestre. Ela é composta de 15 questões e está organizada, de acordo com o grau de dificuldade, das questões mais simples para as mais complexas. Esse documento contém as questões prontas para impressão, seguidas pelas mesmas questões acompanhadas dos respectivos gabaritos, indicação das habilidades trabalhadas e orientações para o professor referentes às possíveis interpretações ao indicar as respostas. O professor deve estimular a interpretação textual para que os estudantes consigam entender corretamente o que está sendo proposto em cada uma delas. As questões abertas possibilitam diferentes formas de expressão. Algumas são escritas, enquanto outras podem solicitar um desenho, ou relacionar a colunas, localize e indique elementos em imagens com base em alguma classificação, entre outras possibilidades. Ao final de cada proposta, há uma Ficha de Acompanhamento Individual a ser preenchida pelo professor, com o objetivo de analisar a evolução de cada estudante, especificando seus avanços e suas dificuldades.

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A proposta pedagógica da Coleção Ensino de Geografia hoje Desde a década de 1990, quando teve início intenso processo de transformações na educação, o ensino de Geografia vem se adequando às mudanças decorrentes da era da informação e da renovação da educação brasileira, que é entendida de forma mais abrangente, incluindo em seus planos, além dos conteúdos a serem trabalhados, habilidades, competências, expectativas atitudinais e temáticas atuais. Objetiva-se assim, dar conta não só do ensino de Geografia, mas da formação integral do cidadão, entendendo o pensamento espacial e raciocínio geográfico como algumas das ferramentas para compreensão da realidade, obtidas na educação básica como um todo. É papel do Estado democrático investir na escola, para que ela prepare e instrumentalize crianças e jovens para o processo democrático, forçando o acesso à educação de qualidade para todos e às possibilidades de participação social. (BRASIL, 1997, p. 27)

Considerando a fase de aprendizagem em que se encontram nos anos iniciais do Ensino Fundamental, a Geografia é uma disciplina que favorece a compreensão do mundo, apresentando relações existentes entre fenômenos e lugares, e desenvolvendo uma leitura crítica e questionadora dos episódios identificados. O ensino de Geografia, nesse sentido, contribui para a construção da identidade dos estudantes, a compreensão de suas próprias vivências e a apreensão de noções de espaço e tempo, as quais permitem a análise de transformações no mundo. Ler o mundo da vida, ler o espaço e compreender que as paisagens que podemos ver são resultado da vida em sociedade, dos homens na busca da sua sobrevivência e da satisfação das suas necessidades. Em linhas gerais, esse é o papel da Geografia na escola. (CALLAI, 2005, p. 229)

A fim de acompanhar essas transformações decorrentes da era da informação, não é preciso apenas a adoção de novas tecnologias na escola, mas também o estabelecimento de outra relação com o conhecimento, pois deve-se considerar que o acesso a ele é diferente do que era há 15 anos e a velocidade das transformações é outra. Os meios de comunicação informática, revistas, televisão, vídeo têm atualmente grande poder pedagógico visto que se utilizam da imagem e também apresentam conteúdo com agilidade e interatividade. Assim, torna-se cada vez mais necessário que a escola se aproprie dos recursos tecnológicos, dinamizando o processo de aprendizagem. Como a educação e a comunicação são indissociáveis, o professor pode utilizar-se de um aparato tecnológico na escola visando à transformação da informação em conhecimento. (SERAFIM e SOUSA, 2011, p. 24-25)

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A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o ensino de Geografia Esta coleção foi toda elaborada à luz da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), publicada em 2017, e das principais mudanças em curso na educação brasileira. A BNCC define as principais habilidades e competências que devem ser desenvolvidas em cada ano do Ensino Fundamental, em cada disciplina, e também de forma geral, nessa etapa da educação básica. O papel central da Geografia, segundo a BNCC, é o desenvolvimento do pensamento espacial e do raciocínio geográfico. Para garantir o alcance do “raciocínio geográfico para representar e interpretar o mundo em permanente transformação e relacionando componentes da sociedade e da natureza” (BRASIL, 2017, p. 312), é importante a apropriação de conceitos geográficos, como espaço, território, lugar, região, natureza e paisagem, bem como o desenvolvimento da noção de tempo, com a qual há forte diálogo com História. A BNCC indica o trabalho com os princípios do raciocínio geográfico: analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem. Em todos os anos, há atividades que visam trabalhar esses princípios com os alunos. Há, para todo o Ensino Fundamental – Anos Iniciais, cinco unidades temáticas em Geografia: O sujeito e seu lugar no mundo; Conexões e escalas; Mundo do Trabalho; Formas de representação e pensamento espacial; e Natureza, ambientes e qualidade de vida. A cada ano, o que é alterado são os objetos de conhecimento a ser trabalhados em cada unidade, e as habilidades correspondentes. Portanto, as unidades temáticas devem ser trabalhadas concomitantemente, de forma integrada, analisando situações e fenômenos por diferentes perspectivas. Como já previsto nos PCN: Abordagens atuais da Geografia têm buscado práticas pedagógicas que permitam apresentar aos alunos os diferentes aspectos de um mesmo fenômeno em diferentes momentos da escolaridade, de modo que os alunos possam construir compreensões novas e mais complexas a seu respeito. Espera-se que, dessa forma, eles desenvolvam a capacidade de identificar e refletir sobre diferentes aspectos da realidade, compreendendo a relação sociedade-natureza. (BRASIL, 1997, p. 77)

Por meio do desenvolvimento do raciocínio geográfico, espera-se chegar a uma melhor compreensão da sociedade, formando cidadãos preparados para contribuir com um mundo melhor e mais solidário.

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A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e as expectativas de aprendizagem As expectativas de aprendizagem são organizadas em competências e habilidades que devem ser desenvolvidas ao longo do Ensino Fundamental. As competências são mais amplas e trabalhadas durante os nove anos do ciclo. Há competências gerais, que não estão ligadas a nenhuma disciplina em específico, que visam à formação humana integral e à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva; competências específicas de ciências humanas, que são relativas à interpretação do mundo, processos e fenômenos sociais políticos e culturais, e a compreensão do estudante do seu papel em tais processos; e por fim, as competências específicas de Geografia, que tratam da formação da identidade e o desenvolvimento do raciocínio geográfico. Já as habilidades são expectativas de aprendizagem mais específicas, resultantes das competências previstas, organizadas por disciplina e ano, de forma a orientar o trabalho do professor, garantindo que todas as competências e habilidades sejam desenvolvidas ao final do Ensino Fundamental. O trecho a seguir expõe o objetivo da proposta da BNCC: [...] define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica [...] para a formação humana integral e para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. (BRASIL, 2017, p. 7)

Proposta que visa, de acordo também com as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), ofertar a todos as mesmas oportunidades com base na equidade na educação, respeitando as diferentes necessidades provenientes da diversidade regional ao não criar um currículo único, mas sim esse conjunto de orientações referentes às expectativas de aprendizagem, conforme está em: A equidade reconhece, aprecia e acolhe os padrões de sociabilidade das várias culturas que são parte da identidade brasileira. Compreende que todos são diversos, que a diversidade é inerente ao conjunto dos alunos, inclusive no que diz respeito às experiências que trazem para o ambiente escolar e aos modos como aprendem. (BRASIL, 2017, p. 11)

Desenvolvimento do conteúdo É importante atentar para a faixa etária dos estudantes, tendo em vista, nos anos iniciais, a preocupação com uma transição tranquila da Educação Infantil para o Ensino Fundamental, desenvolvendo atividades lúdicas. Também, a alfabetização e o letramento devem estar presentes em todo o trabalho, incorporado a cada disciplina, especialmente nos dois primeiros anos. Com a Geografia, propriamente, iniciamos trabalhando com os lugares de vivência e a noção de pertencimento da criança, de forma a atribuir mais sentido aos temas estudados, o que aproxima a aprendizagem de Geografia da vida real. 10


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No primeiro ano, trabalhamos os lugares das crianças, desenvolvendo noções básicas de espacialidade e temporalidade, usando para isso os direitos básicos das crianças, brincadeiras, moradia, escola, espaços públicos e privados, diferentes escalas de tempo, entre outras atividades. A ludicidade está presente nas atividades propostas neste ano, assim como nas do ano seguinte. No segundo ano, novamente abordamos a moradia e a escola, aprofundando o trabalho com a identidade dos alunos, e introduzindo temas relacionados ao trabalho e aos materiais, diferenciando os vários espaços da escola e identificando características deles que denotem suas funções. Aos poucos, ampliamos a escala trabalhada, abordando novos conceitos, lugares e as relações entre lugares. Ainda no segundo ano, expandimos a área de estudo, abordando a rua e o bairro, ainda lugares de vivência das crianças, ligados à identidade e ao pertencimento, reforçando o papel dos estudantes como agentes de transformação desses espaços, mas apresentamos outras ruas e bairros, assim como moradias e escolas. Tratamos também de meios de transporte e comunicação. A partir do terceiro ano, introduzimos o trabalho com os conceitos: paisagem, região, território e natureza. No terceiro ano, trabalhamos prioritariamente com paisagem, identificando elementos naturais e humanizados, as transformações na paisagem causadas pelo ser humano e pela natureza, e a diferenciação entre campo e cidade. Introduzimos a questão ambiental, apontando problemas ambientais no campo e na cidade. No quarto ano trabalhamos novamente com o campo e a cidade, agora buscando explicitar as relações existentes entre eles, por meio do estudo de processos de produção e circulação, bem como de problemas ambientais, como o uso da água. Afastamo-nos mais dos lugares de vivência, focando no Brasil. Com base nele estudamos aspectos do município e das grandes regiões. Terminamos o ano retomando a questão ambiental, descrevendo as principais características físicas do país. No quinto ano, expandimos ainda mais a área de estudo, introduzindo demografia, não só do Brasil, mas do mundo. Falamos também de trabalho, desigualdade social, rede urbana, transporte, energia e comunicação. As relações entre lugares e fenômenos, trabalhadas especialmente no quarto e quinto anos, dizem respeito ao princípio geográfico da analogia.

Metodologia no ensino de Geografia O material digital se propõe como um complemento ao livro didático, oferecendo outras possiblidades de trabalho, de maneira a amparar o alcance das expectativas de aprendizagem da BNCC. O presente material prioriza atividades que partem da vivência dos estudantes, valorizam o pensamento crítico e os tiram da passividade, da posição de mero receptor de conhecimento. Baseando-se no que já foi exposto, entende-se o espaço geográfico como objeto central do estudo de Geografia. Com base no extenso trabalho de Milton Santos, buscamos sintetizar alguns conceitos e categorias-chave para a compreensão do espaço geográfico de forma simples, traduzindo-os à linguagem adequada à faixa etária dos alunos. Milton Santos coloca a importância da inseparabilidade dos elementos físicos e humanos, dado que: [...] o espaço é, hoje, um sistema de objetos cada vez mais artificiais, povoados por sistemas de ações igualmente imbuídos de artificialidade, e cada vez mais tendentes a fins estranhos ao lugar e a seus habitantes. Neste nosso mundo se estabelece, por isso mesmo, um novo sistema da natureza [...]. (SANTOS, 1994, p. 90)

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Portanto, devemos ter em vista sempre, e transmitir aos alunos, a ideia de totalidade e integração entre os elementos geográficos que trabalhamos em aula. Para compreensão do espaço geográfico como espaço dinâmico determinado pela relação sociedade/natureza, é preciso trabalhar os conceitos já mencionados: paisagem, lugar, território, região e natureza. O trabalho com esses conceitos desenvolve o pensamento geográfico criando noções de espacialidade e representação. O lugar é um conceito muito presente no material, ele está associado à identidade, “É o espaço passível de ser sentido, pensado, apropriado e vivido através do corpo” (CARLOS, 2007, p. 17), sendo, então, possível a apreensão desse conceito por meio do trabalho com o cotidiano e o espaço de vivência dos alunos. A paisagem aparece no material com diferentes abordagens teórico-metodológicas, julgadas como as mais adequadas e significativas em cada momento da aprendizagem, considerando o objetivo final de compreensão do espaço geográfico. Para Milton Santos, é tudo que pode ser apreendido por meio da visão; logo, se relaciona à forma; porém, também é possível entendê-la relacionada à percepção, incluindo outros sentidos na sua apreensão. A paisagem é material e diz respeito a um produto presente, resultado da acumulação de tempos passados (SANTOS, 1996, p. 83). Por meio do estudo de elementos constituintes das paisagens, desenvolvemos a capacidade de reconhecer elementos artificiais e naturais e relacioná-los a diferentes organizações espaciais. O território é um conceito atrelado à ideia de poder, introduzido nos anos finais desse material. Diz respeito a determinada área que é dominada por alguém ou algum grupo, há o território nacional, delimitado por fronteiras, que marcam o poder político do Governo Federal, mas há também territórios marcados pelo campo de forças de outros atores sociais, indicando um poder social que determina o uso do território. A região é parte do espaço geográfico. É uma área que pode ser delimitada com base nos mais variados critérios, considerando o que aquela porção do espaço tem em comum. A regionalização melhor exposta aqui é a divisão do Brasil em grandes regiões pelo IBGE, que considera aspectos físicos, econômicos e culturais, entre outros. Presente no discurso geográfico desde os trabalhos pioneiros de Alexander von Humboldt no século XIX, o conceito de natureza acompanha a Geografia desde seus primórdios. Com base nessa premissa, nesta obra, busca-se garantir a interação entre a paisagem, a região e o território nos momentos em que os conceitos são abordados, obedecendo sempre a adequação à faixa etária.

O trabalho de campo e estudo do meio Trabalho de campo é um passeio a um determinado lugar com a finalidade de coletar informações, enquanto o estudo do meio é um trabalho mais elaborado de estudo de aspectos de algum lugar, que inclui um trabalho de campo. Acreditamos que esses passeios são fundamentais para o ensino de Geografia, uma vez que o objeto de estudo dessa ciência é o espaço geográfico. O contato com o espaço e a observação de seus elementos naturais e sociais permite a verificação empírica de teses ou informações vistas em sala de aula. Além disso, o trabalho de campo possibilita a interdisciplinaridade, posto que a realidade não é apreendida exclusivamente por meio da Geografia. Esse tipo de trabalho costuma ter grande potencial de atração, envolvendo os estudantes no seu processo de aprendizagem. No material, sugerimos alguns passeios, a fim de observar e interpretar a paisagem e determinados elementos. Geralmente são realizados na escola ou no seu entorno, de acordo com a proposta, com base nos espaços de vivência dos estudantes e, também, viabilizando sua realização na maioria das escolas do país. 12


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O trabalho de campo deve sempre ser precedido pelo planejamento de percurso e pelos objetivos, em um primeiro momento realizado pelo professor, e em seguida com os estudantes; deve também envolver alguma forma de registro e um trabalho de análise posterior.

A cartografia Juntamente com a alfabetização, propomos ensinar a leitura espacial e cartográfica. Buscamos instrumentalizar pouco a pouco as crianças para a compreensão do espaço geográfico, e a produção e leitura de mapas é parte importante desse processo. A cartografia aparece em todos os anos no material, uma vez que a proposta é sua integração aos conteúdos tratados, conforme previsto na da BNCC, apresentando-a de forma significativa e expondo sua utilidade, em contraposição a apresentá-la separadamente, colocando o mapa como um fim em si mesmo. Buscamos aumentar, a cada ano, a complexidade das representações espaciais apresentadas aos estudantes, bem como das habilidades necessárias para as elaborações cartográficas pedidas.

A avaliação No material digital há sugestões de diferentes formas de avaliação, incluindo questões abertas, fechadas, autoavaliação, avaliação da participação, avaliações individuais, em duplas e em grupos, atividades práticas, entre outras. A avaliação deve ser pensada continuamente durante o processo de ensino-aprendizagem. Seu objetivo central é orientar o trabalho do professor, oferecendo um panorama da aprendizagem, não servindo nunca como castigo ou forma de classificação dos estudantes. Entretanto, há diferentes funções para as avaliações em diferentes momentos do processo de ensino-aprendizagem. As avaliações devem seguir critérios claros, conforme aponta Hadji (2001); nesse caso, estão atreladas ao desenvolvimento das competências e habilidades da BNCC, sendo indicadas em cada material disponibilizado, a fim de possibilitar ao professor uma visão clara do que está sendo avaliado em cada atividade proposta.

Considerações finais O material digital foi elaborado com a finalidade de oferecer alternativas que colaborem para o desenvolvimento das competências e habilidades exigidas pela da BNCC para o Ensino Fundamental – Anos Iniciais. Intencionamos que esse material possibilite também uma maior inserção das tecnologias digitais em sala de aula, incentivando o professor a se apropriar dos dispositivos disponíveis para utilizá-los da melhor forma possível em seu trabalho, o que, por sua vez, proporciona familiaridade dos estudantes com as novas tecnologias, melhorando as suas possibilidades de uso. Buscamos também o entendimento da educação como formação integral, a fim de preparar os estudantes não apenas para seu desenvolvimento e sucesso profissional, mas enquanto cidadãos prontos para atuar de forma justa, participando da construção de uma sociedade mais igualitária. Lembramos que o material apresentado pode e deve ser adaptado de acordo com as necessidades de cada turma e professor.

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Geografia – Apresentação

Bibliografia BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Lei 9.394/1996. Brasília, 1996. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 15 dez. 2017. ______. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – Versão final. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_publicacao.pdf>. Acesso em: 2 dez. 2017. ______. Ministério da Educação/Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Brasília: MEC/SEB, 2013. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br>. Acesso em: 9 dez. 2017. ______. Ministério da Educação. Programa de Apoio a Leitura e Escrita PRALER. Caderno de Teoria e Prática 6 – avaliação e projetos na sala de aula. Brasília: FNDE/MEC, 2007. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/praler/tp/tp6.pdf>. Acesso em: 3 dez. 2017. ______. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília, 1997. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf>. Acesso em: 15 dez. 2017. BUCK INSTITUTE FOR EDUCATION. Aprendizagem baseada em projetos: guia para professores de ensino fundamental e médio. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. CALLAI, Helena Copetti. Aprendendo a ler o mundo: a Geografia nos anos iniciais do ensino fundamental. Cedes. Campinas, v. 25, n. 66, 2005. CARLOS, Ana Fani A. O lugar no/do mundo. São Paulo: FFLCH, 2007. CASTELLAR, Sonia M. Vanzella (org.). Metodologias ativas: sequências didáticas. 1. ed. São Paulo: FTD, 2016. HADJI, Charles. Avaliação desmistificada. Porto Alegre: Artmed, 2001. SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996. ______. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1988. ______. Técnica espaço tempo. Globalização e meio técnico-científico-informacional. São Paulo: Hucitec, 1994. SERAFIM, Maria Lúcia; SOUSA, Robson Pequeno de. Multimídia na educação: o vídeo digital integrado ao contexto escolar. In: MIOTA, F. M. C. S. C.; R. P. CARVALHO, A. B. G. (Orgs.). Tecnologias digitais na educação. Campina Grande: Eduepb, 2011. Disponível em: <http://books.scielo.org/id/6pdyn/pdf/sousa-9788578791247-02.pdf>. Acesso em: 16 dez. 2017. VITTE, Antonio Carlos; SILVEIRA, Roberison W. D. Considerações sobre os conceitos de natureza, espaço e morfologia em Alexander Von Humboldt e a gênese da geografia física moderna. Geousp: espaço e tempo, São Paulo. n. 27, 2010. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/geousp/article/view/74156>. Acesso em: 23 dez. 2017. Material disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons – Atribuição não comercial (CC BY NC – 4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros.

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

Plano de desenvolvimento: Direitos das crianças A partir do trabalho cujo tema refere-se aos direitos das crianças, serão introduzidos conceitos referentes a direitos básicos e universais das crianças, regras de convívio, respeito às diferenças e construção de identidades. Também serão trabalhados aspectos relativos ao desenvolvimento da consciência espacial, à relação entre os lugares de vivência e ao senso comunitário.

Conteúdos   

Direitos fundamentais das crianças Regras de convívio e vida em comunidade Noções de diferenciação espacial

Objetos de conhecimento e habilidades Objeto de conhecimento Habilidade Relação com a prática didático-pedagógica Objeto de conhecimento Habilidade Relação com a prática didático-pedagógica Objeto de conhecimento Habilidade

Relação com a prática didático-pedagógica

Situações de convívio em diferentes lugares  (EF01GE04) Discutir e elaborar, coletivamente, regras de convívio em diferentes espaços (sala de aula, escola etc.).  Introduzir noções de direitos, deveres e cidadania, apresentando a importância do respeito às diferenças, das regras de convívio e do senso comunitário. Diferentes tipos de trabalho existentes no seu dia a dia  (EF01GE07) Descrever atividades de trabalho relacionadas com o dia a dia da sua comunidade.  Observar a relação estabelecida entre tarefas individuais e convívio coletivo por meio dos espaços de vivência como família, comunidade, bairro, escola etc. Pontos de referência  (EF01GE08) Criar mapas mentais e desenhos com base em itinerários, contos literários, histórias inventadas e brincadeiras.  Estabelecer relações espaciais entre lugares de vivência, estimular as ideias de representações e introduzir as primeiras noções de escala, elementos presentes, isoladamente ou em conjunto, nas sequências didáticas dessa unidade.

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

Objeto de conhecimento Habilidade

Relação com a prática didático-pedagógica

Situações de convívio em diferentes lugares  (EF01GE03) Identificar e relatar semelhanças e diferenças de usos do espaço público (praças, parques) para o lazer e diferentes manifestações.  Relacionar o conteúdo das sequências didáticas por meio do binômio direitos/deveres, bem como o uso dos espaços mais frequentes dos alunos, para trabalhar noções de convívio, e diferenciar espaços públicos e privados, caracterizando-os.

Práticas de sala de aula Durante o bimestre, serão aplicadas distintas práticas pedagógicas em sala de aula para assegurar a mobilização dos temas propostos e das habilidades previstas. As aulas deverão iniciar com a apresentação oral dos conteúdos que serão abordados, bem como das atividades que eventualmente serão realizadas pelos estudantes. Como os estudantes dessa faixa etária estão iniciando o processo de alfabetização, mostrar-lhes como as atividades serão realizadas em sala de aula e quais tipos de materiais serão utilizados. Por exemplo: antes de solicitar-lhes uma atividade, mostrar materiais como giz de cera, caneta hidrocor, tinta guache, pincel etc. Para que as etapas fiquem evidentes, ler os itens escritos na lousa. O diálogo deverá servir para explicitar os objetivos, estabelecer condições de comportamentos, e também para despertar o interesse e curiosidade. Concluída a etapa inicial, procurar reestabelecer a dinâmica da sequência de aulas. Se a aula consistir em uma sequência direta da aula anterior, retomar tarefas e trabalhos não acabados e reconectar os estudantes aos assuntos não finalizados. Caso a aula seja uma sequência de uma tarefa específica, redistribuir os trabalhos e materiais e reorganizar a sala para a conclusão das atividades. Se a aula for o início de uma sequência nova, preparar todos de acordo com os objetivos e as propostas pedagógicas a serem desenvolvidos. Durante o desenvolvimento da sequência didática inicial, a principal habilidade a ser trabalhada será a (EF01GE04). Inicialmente, mostrar cartazes que ilustrem conceitos e regras de convívio e, com base neles, dialogar essa questão com os estudantes. É importante reforçar que as regras são necessárias, inclusive para o convívio escolar, e que o respeito ao professor e aos demais colegas é fundamental. A utilização de recursos visuais, como cartazes e fotos, ajuda no desenvolvimento dessa habilidade, pois é a expressão mais simples para lhes esclarecer o que pode e o que não pode. Além disso, é importante discutir com os alunos as razões pelas quais devemos seguir as regras e justificar salientando a importância do convívio em comunidade. Algumas regras podem ser explicadas de modo que faça sentido para eles respeitar seu cumprimento, como fazer silêncio enquanto o professor explica, não jogar papel no chão, escovar os dentes após as refeições e antes de dormir, atravessar na faixa de pedestres, não pisar a grama etc. Essa habilidade também pode ser trabalhada de forma conjunta com os estudantes. Para tanto, a sala deverá ser reorganizada em círculo, para a realização de jogos e brincadeiras que estimulem o cumprimento de regras, bem como sua reflexão.

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

Devem ser trabalhadas atividades orais/expositivas, sobretudo para o desenvolvimento da habilidade (EF01GE03), para a qual também serão utilizados cartazes com figuras e imagens. Espera-se, com o desenvolvimento desta sequência, que as habilidades relacionadas às regras de convívio sejam relacionadas aos lugares. Em outras palavras, os estudantes deverão desenvolver atividades nas quais o lugar, público e privado, seja planejado com base em lógicas individuais e coletivas. Convém atentar para a importância da condução das atividades orais nessa sequência, especialmente nas quais os estudantes participam à medida que o professor faz os questionamentos. Nos momentos de exposição, garantir que a sala esteja atenta para evitar dispersões que inviabilizem a realização das tarefas previstas, especialmente nas aulas em que a dinâmica exige modificação da estrutura da sala ou desenvolvimento de brincadeiras e jogos. Acompanhar as atividades de raciocínio, especialmente para o desenvolvimento da habilidade (EF01GE07), que exigirá dos alunos capacidade de identificação e relação entre pessoas, trabalhos e lugares. Na abordagem de determinados temas, haverá dificuldade com o vocabulário, pois alguns verbetes podem não ser familiares aos alunos. Nas atividades realizadas em duplas ou grupos, ficar atento à participação de todos os integrantes e monitorar a construção conjunta das tarefas. O desenvolvimento da habilidade (EF01GE08), por exemplo, exigirá uma série de materiais que visa estimular os mapas mentais dos estudantes e mobilizar as noções básicas de escala, lugares de conhecimento, que são parte de seu cotidiano, ou lugares abstratos. Nas aulas em que haverá utilização de materiais e recursos específicos, lembrar-se de comunicá-los anteriormente, sempre com lembrete em lousa e recados mais detalhados para os familiares na agenda, tais como: PARA AULA SEGUINTE: TRAZER BARBANTE, TESOURA SEM PONTA, REVISTAS DE VARIEDADES E 12 CORES DE CANETAS HIDROCOR Indicar, também em lousa, os tipos de materiais que não podem ser manuseados sem a permissão e supervisão do professor ou de outro adulto, como tesouras sem pontas, colas e barbantes, para minimizar o risco de acidentes entre os estudantes. As atividades da sequência sobre o espaço e o caminho da escola empregarão uma série desses recursos, além de brinquedos de montagem, que poderão ser utilizados tanto individualmente quanto em grupo. Organizar a sala de acordo com a quantidade de material disponível e o número de estudantes. É importante deixá-los livres a fim de retirar o máximo de informações sobre os conhecimentos espaciais, para que a atividade possa evidenciar a capacidade de relacionar lugares, distâncias, tempo e velocidade. A utilização de práticas expositivas e participativas e de tarefas vai permitir que os alunos acionem diferentes dispositivos de aprendizagem. Para isso, procurar sempre relembrar as atividades realizadas em sala de aula como exemplos, de modo que eles passem a relacionar fatos objetivos com temas e, assim, desenvolver as habilidades propostas. Nas sequências propostas, as quatro habilidades mencionadas estão em constante interação e, por vezes, são hierarquizadas entre si, como as regras de convívio em comunidade e o tipo de comportamento nos espaços públicos e privados, que fazem parte da percepção do espaço e da diferenciação de lugares de vivência dos alunos. A noção de “direitos e deveres” está presente em todas as aulas sugeridas para o bimestre. Reforçar o uso dessa expressão nas aberturas iniciais das aulas.

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

Foco Para permitir que o foco da unidade não se disperse ao longo das aulas e para garantir o entendimento dos assuntos, sempre que houver possibilidade nas exposições orais, tarefas individuais e em grupo, introduzir o tema dos direitos fundamentais da criança: moradia, segurança familiar, saúde e educação. Nos assuntos trabalhados nessa unidade do primeiro bimestre, alguns estudantes poderão demonstrar dificuldade ou constrangimento em expressar as informações sobre o grupo familiar, moradia e comunidades nas quais estão inseridos. Para evitar situações desse tipo, procurar reduzir os espaços de especificações das moradias se, por exemplo, em uma atividade oral, os alunos passarem a descrever detalhes; monitorar os diálogos a respeito dos grupos familiares, pois, sendo a diversidade familiar uma realidade brasileira, é importante desvincular o sentimento de estranhamento para alunos que não moram com pais ou mães, e sim com pessoas com as quais possuem outros vínculos, como avós/avôs, tios/tias etc.; também a respeito das comunidades nas quais vivem, considerando a possibilidade de haver estudantes de distintas classes sociais. Monitorar as falas e interromper e/ou mudar a dinâmica da abordagem didático-pedagógica, se perceber a possibilidade de algum tipo de constrangimento para explorar o tema da aula. Como as descrições são necessárias para o desenvolvimento das habilidades (EF01GE03) e (EF01GE08), é importante que os estudantes as façam durante as atividades individuais das sequências didáticas. Para garantir que todos os estudantes pensem a respeito da percepção de suas realidades individuais, e de forma a minimizar os riscos de conflitos e constrangimentos em sala de aula, propor a seguinte atividade: após a introdução e o desenvolvimento da primeira aula sobre direitos, distribuir uma folha sulfite A4 para os estudantes e pedir que desenhem cada tipo de direito, de acordo com as indicações na base do espaço destinado. O formato do cartaz deverá ser como o modelo a seguir:

DIREITO À EDUCAÇÃO E A FREQUENTAR ESCOLA

DIREITO AO CONVÍVIO FAMILIAR

DIREITO A POSSUIR UMA IDENTIDADE E NACIONALIDADE

DIREITO AO LAZER E A BRINCAR 18


Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

DIREITO À ALIMENTAÇÃO

DIREITO A PRATICAR ESPORTES

DIREITO À MORADIA E À SEGURANÇA

DIREITO AOS CUIDADOS COM A SAÚDE

A atividade deverá ser realizada em sala e individualmente pelos estudantes, para que cada um possa expressar a percepção sobre os direitos, sem que haja conflitos entre realidades. Registrar o cartaz dos estudantes em suas anotações, para não haver identificação com o nome dos alunos. Posteriormente, uma vez concluída a atividade, todos deverão plastificar os cartazes, que serão afixados em um mural dentro da própria sala durante as aulas do bimestre que abordam temas relacionados aos direitos. No decorrer do bimestre e da realização das atividades, lembrá-los dos cartazes e da riqueza da diversidade em sala de aula, salientando que todos os alunos, apesar de realidades distintas, possuem os mesmos direitos. No desenvolvimento da habilidade (EF01GE07), especificamente, os estudantes podem ter dificuldade de associar uma palavra ou verbete a um tipo de objeto ou lugar. É importante utilizar imagens, desenhos e figuras que associem os objetos aos seus respectivos lugares, para facilitar o desenvolvimento das atividades.

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

Iconic Bestiary

ILUSTRAÇÃO DE UMA PESSOA TRABALHANDO EM UM ESCRITÓRIO.

Abscent

ILUSTRAÇÃO DOS ITENS ENCONTRADOS NAS LAVANDERIAS CASEIRAS, COMO MÁQUINAS DE LAVAR, TÁBUAS, PRODUTOS DE LIMPEZA ETC.

Para saber mais 

Estatuto da Criança e do Adolescente. O Estatuto é a lei federal n.º 8.069, de 13 de julho de 1990, que prevê um conjunto de normas para a proteção das crianças e dos adolescentes, regulamentando, além de direitos, medidas e ações em caso de abusos e abandono. Fazer uma leitura dos principais itens dessa lei no site indicado a seguir. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm>. Acesso em: 8 dez. 2017. As famílias não são todas iguais. Esse livro poderá ser utilizado diretamente com os alunos, pois se propõe a debater, de maneira lúdica e instrutiva, sobre os diferentes formatos das famílias atuais. Algumas das famílias apresentadas pelo livro poderão servir de referência para os alunos, e fazê-los compreender que a diversidade das relações sociais existe e deve ser respeitada por todos. Autores: Tango Books e Rachel Fuller, Editorial Presença, 2010. Os direitos das crianças. A escritora Ruth Rocha apresenta os direitos universais da criança, declarados pela ONU e Unicef, em 1959, ilustrando as atividades cotidianas, como educação, vivência familiar, saúde, alimentação, entre outros aspectos. Autora: Ruth Rocha, Editora Salamandra, 2014. 20


1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Matemática e Geografia

Projeto integrador: Conhecendo o espaço da moradia 

Conexão com: LÍNGUA PORTUGUESA, MATEMÁTICA E GEOGRAFIA

Este projeto propõe a criação de um mural com desenho de uma rua e colagens com informações sobre as moradias dos estudantes, trabalhando com indicações numéricas e noções de orientação. Devem ser enfatizados os aspectos físicos da moradia e a quantidade de objetos e pessoas com os quais dividem esse espaço. Espera-se que, ao produzir esse mural e analisar as características das suas casas, os estudantes sejam capazes de compreender a espacialidade de onde vivem, representando objetos e pessoas por meio de figuras ilustrativas. Na etapa final, o relato individual sobre as experiências de seu cotidiano conduzirá à reflexão sobre a importância de compreender o espaço compartilhado com a família e outras pessoas na moradia, ressaltando que se trata de um direito da criança, que as protege, serve de abrigo e é onde se estabelecem laços e vínculos sociais e afetivos. Como fechamento do projeto, a proposta é realizar uma exposição dos materiais elaborados pelos estudantes no pátio da escola. Se não for possível, a exposição pode ser feita em outro espaço público da escola ou, em último caso, na própria sala de aula. A atividade visa demonstrar a percepção das características espaciais das moradias dos estudantes, estimulando o relato e a reflexão da proximidade, vizinhança e convívio com os colegas de escola.

Justificativa A moradia é a primeira noção que a criança tem sobre uma organização social e espacial, na qual a convivência familiar é condicionada por variáveis ligadas à quantidade de pessoas e de objetos que existem na casa, onde o espaço é compartilhado. A noção de ocupação e as percepções espacial e numérica trazem questões ligadas ao uso e à ocupação do espaço e ao viver junto. A isso, somam-se, também, as pessoas que apenas passam pela casa, mas que não moram lá, como outros parentes e amigos. Nesse momento, as noções de escala e proporção começam a ser mais bem delineadas. O espaço da moradia é, então, o primeiro lugar que o corpo ocupa, se desenvolve e também o lugar que traz emoções e contatos sociais, o que começa a despertar no aluno a consciência dele com o meio. Logo, realizar atividades sobre essas noções é importante para expandir a capacidade cognitiva e a percepção espacial. A metodologia utilizada possibilita a mobilização de conhecimentos das áreas de Matemática, Geografia, Língua Portuguesa e Arte. O objetivo é realizar um trabalho colaborativo em equipe, para refletir e construir uma integração de memórias e entendimentos do seu cotidiano, quantificando e relatando elementos ligados ao seu espaço de moradia por meio de representações gráficas.

Objetivos  

Reconhecer a importância da noção espacial do indivíduo e das pessoas que convivem com ele. Refletir sobre o direito da criança à moradia como algo fundamental para seu acolhimento, desenvolvimento e criação de vínculos afetivos. 21


1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Matemática e Geografia

    

Correlacionar o espaço e seu uso, analisando sistemática e matematicamente as situações cotidianas de sua moradia. Listar os relatos dos estudantes sobre os objetos e as pessoas com quem dividem o mesmo espaço. Organizar as informações relatadas e convertê-las em imagens e colagens. Produzir um mural em que cada estudante retratará sua moradia em termos numéricos e espaciais, colocando as representações lado a lado em uma rua imaginária onde todos são vizinhos. Realizar uma exposição na escola do mural produzido.

Competências e habilidades

Competências desenvolvidas

Habilidades relacionadas

2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e inventar soluções com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 3. Desenvolver o senso estético para reconhecer, valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também para participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. 4. Utilizar conhecimentos das linguagens verbal (oral e escrita) e/ou verbo-visual (como Libras), corporal, multimodal, artística, matemática, científica, tecnológica e digital para expressar-se e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e, com eles, produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. Geografia: (EF01GE06) Descrever e comparar diferentes tipos de moradia ou objetos de uso cotidiano (brinquedos, roupas, mobiliários), considerando técnicas e materiais utilizados em sua produção. (EF01GE09) Elaborar e utilizar mapas simples para localizar elementos do local de vivência, considerando referenciais espaciais (frente e atrás, esquerda e direita, em cima e embaixo, dentro e fora) e tendo o corpo como referência. Matemática: (EF01MA01) Utilizar números naturais como indicador de quantidade ou de ordem em diferentes situações cotidianas. (EF01MA09) Organizar e ordenar objetos familiares ou representações por figuras, por meio de atributos, tais como cor, forma e medida. Língua Portuguesa: (EF01LP06) Relatar experiências pessoais de seu cotidiano, em sequência cronológica e nível de informatividade adequado. (EF01LP35) Reconhecer a separação das palavras, na escrita, por espaços em branco.

* A ênfase nas habilidades aqui relacionadas varia de acordo com o tema e as atividades desenvolvidas no projeto.

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1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Matemática e Geografia

O que será desenvolvido Os estudantes deverão produzir um mural ilustrando sua moradia inserida em um espaço onde haverá outras, notando-se as semelhanças e as diferenças entre elas.

Materiais      

Cola branca Tesoura sem ponta Revistas e jornais Lápis de cor ou canetas hidrocor Barbante Papel kraft contínuo

Etapas do projeto Cronograma Tempo de produção do projeto: 2 meses/8 semanas/1 aula por semana Número de aulas sugeridas para o desenvolvimento das propostas: 8

Aula 1: Sensibilização e apresentação do projeto Inicialmente, perguntar aos estudantes onde moram. Pedir que cada um relate com quantas pessoas mora e qual a parte da casa onde mais gosta de brincar. Distribuir a tabela a seguir aos estudantes, a fim de que preencham com informações sobre sua moradia, destacando, na primeira coluna, o espaço mais utilizado para brincar, e na segunda coluna, as pessoas com as quais moram. Essa representação pode ser feita por meio de desenhos ou descrições escritas, mas incentivar os alunos a fazer desenhos. EM QUAL LUGAR DA MINHA CASA EU MAIS GOSTO DE BRINCAR?

QUEM MORA COMIGO?

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Conduzir o exercício para que os estudantes reflitam sobre o espaço de suas moradias, seja ela grande ou pequena, apontando, na primeira coluna, o local com o qual mais se identificam para brincar. Na segunda coluna, pedir aos estudantes que escrevam quem são os familiares ou outras pessoas que compartilham o seu espaço de moradia. Averiguar se algum estudante não mora com os familiares, mas com outros responsáveis adultos. Se houver casos assim, cuidar para que, ao falar quem são as pessoas com quem divide o espaço onde mora, isso não gere constrangimento, e ele se sinta à vontade para realizar todas as atividades propostas. Escrever na lousa o nome dos familiares e das outras pessoas que possam morar com eles, tais quais: MÃE, PAI, AVÔ, AVÓ, IRMÃO, IRMÃ, TIA, TIO, PRIMO, PRIMA, AMIGO, AMIGA, PADRINHO, MADRINHA, MADRASTA, PADRASTO ETC. Com isso, procurar desenvolver uma reflexão acerca do espaço da moradia, bem como das noções quantitativas sobre o número de pessoas que vivem com eles, com base na seguinte pergunta: 1. COM QUEM EU DIVIDO O LUGAR ONDE MORO E COMO É DIVIDIR A MORADIA COM ESSAS PESSOAS? Espera-se que os estudantes façam um relato sobre o cotidiano com as pessoas que convivem em suas moradias, citando, ainda, as atividades que cada morador desempenha e as relações entre eles. Após a conclusão da atividade, guardar as tabelas dos estudantes para serem utilizadas nas próximas aulas. Nesse exercício, é possível que haja diferentes tipos de configuração das moradias em relação às pessoas que compartilham o espaço com o estudante. É necessário levar em consideração e conciliar as prováveis diferenças de formato dessas casas, estabelecendo que o respeito às diversidades deve prevalecer e que todas os modelos são importantes e respeitáveis, não havendo um “modelo certo” na configuração de como isso acontece em cada residência.

Aula 2: Recordando e organizando os objetos comuns na moradia Iniciar a aula conversando sobre os objetos e móveis que existem nas moradias, que variam conforme tipo e quantidade, como portas, janelas, pias etc. Durante a conversa, perguntar: 1. VOCÊS LEMBRAM QUANTAS PORTAS E JANELAS EXISTEM EM SUAS CASAS? Espera-se que os estudantes relatem, informalmente, aspectos de suas moradias, quantificando as portas (internas e externas) e as janelas que existem nelas. A conversa inicial deve durar cerca de 10 minutos. Na sequência, distribuir a atividade a seguir para que pintem e escrevam ao lado o número de portas e janelas que veem nas figuras:

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Pensiri/Shutterstock.com

REPRESENTAÇÕES DE DIFERENTES TIPOS DE MORADIAS.

Fazer a atividade e escrever na lousa o numeral correspondente às portas e às janelas de cada figura: A PRIMEIRA CASA: 4 (QUATRO) JANELAS. A SEGUNDA CASA: 1 (UMA) PORTA E 1 (UMA) JANELA. A TERCEIRA CASA: 1 (UMA) PORTA. E assim por diante. Refletir com os estudantes sobre os numerais e as quantidades. Eles devem colorir as figuras nesse exercício. Aproveitar o momento para conversar sobre as características dos apartamentos e das casas. Embora os apartamentos estejam dentro do prédio, devem ser consideradas as portas que dão entrada ao lugar onde a pessoa vive, e não a porta de entrada do prédio.

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Aula 3: Os objetos da moradia: quais são seus nomes e quais são suas sílabas? Nesta atividade, os estudantes vão conhecer os nomes e as sílabas dos objetos mais comuns em uma moradia. Colocar na lousa o nome dos objetos das imagens a seguir e fazer o exercício. Pedir que identifiquem, descrevam e separem as sílabas do objeto, escrevendo em uma folha de exercícios. Distribuir as seguintes imagens aos alunos:

profa_35/Shutterstock.com

IMAGEM DE CAMA.

profa_35/Shutterstock.com

IMAGEM DE JANELA.

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profa_35/Shutterstock.com

IMAGEM DE PORTA.

profa_35/Shutterstock.com

IMAGEM DE MESA.

Após mostrar as imagens, separar as sílabas na lousa, enquanto eles dizem os nomes dos objetos. Fazer as seguintes perguntas: 1. QUAIS OS NOMES DOS OBJETOS? Cama, janela, porta e mesa. 2. COMO PODEMOS FAZER A SEPARAÇÃO DE SÍLABAS DESSAS PALAVRAS? CAMA

CA

MA

JANELA

JA

NE

PORTA

POR

TA

MESA

ME

SA

LA

3. QUANTAS SÍLABAS TEM CADA PALAVRA? Cama: 2 sílabas. Janela: 3 sílabas. 27


1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Matemática e Geografia

Porta: 2 sílabas. Mesa: 2 sílabas. Pedir que escolham mais três objetos fáceis de serem encontrados em residências, para que escrevam os nomes e separem as sílabas. Nesse momento, escolher algumas das palavras mencionadas e fazer o exercício na lousa. Ao final, escrever um lembrete na agenda dos estudantes para que tragam jornais e revistas para a colagem, na próxima aula.

Aula 4: Os objetos do espaço da moradia Iniciar a aula recuperando com os estudantes a proposta do projeto, lembrando que o mural é o trabalho final, e que será exposto na escola com os desenhos e as colagens sobre a moradia em uma rua imaginária onde todos eles são vizinhos. Expor o cronograma e estimulá-los a realizar as tarefas. Pedir a eles que recortem das revistas e jornais aqueles objetos que existem em uma casa. Distribuir uma figura em forma de casa, como a do modelo a seguir, e pedir que colem nesse espaço os objetos encontrados.

Editoria de Arte

Nessa atividade, os estudantes devem ser estimulados a procurar objetos nas revistas e nos jornais, e a contá-los. Fazer as perguntas a seguir para que eles reflitam sobre seu cotidiano e sobre como quantificar os objetos: 1. QUAIS SÃO OS OBJETOS MAIS COMUNS EM UM QUARTO? E NA SALA? E NA COZINHA? Os estudantes devem responder livremente, de acordo com as características de suas moradias e do que encontrarem no material que pesquisarão (revistas e jornais). Estender a pergunta a todos os cômodos, para que pensem em espaço, relacionando-o à quantidade de objetos. Guardar essas atividades para as próximas aulas. Retomar o cronograma e avisar sobre as atividades que serão realizadas na aula seguinte, na qual os estudantes utilizarão lápis de cor e/ou caneta hidrocor.

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1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Matemática e Geografia

Aula 5: Recordando e organizando o espaço de convivência: quem mora com você? Nesta atividade, os estudantes vão relatar com quais pessoas eles dividem o lugar onde moram e quantificá-las. Para tanto, distribuir uma folha com a seguinte figura em forma de casa, com a pergunta: quem mora com você?

Editoria de Arte

Pedir que desenhem dentro da figura as pessoas com quem eles dividem o espaço da moradia. Devem indicar todas as pessoas e também registrar o número total. Os trabalhos deverão ser guardados para a continuação do projeto, na aula seguinte.

Aula 6: Relatando as noções espaciais, de convivência e de quantidade na moradia Iniciar a aula retomando os conceitos de quantificação da atividade anterior, fazendo as seguintes perguntas: 1. COM QUEM VOCÊS DIVIDEM OS ESPAÇOS? Resposta pessoal. Incentivar os alunos a responder o mesmo número de pessoas que desenharam dentro da figura da casa. 2. QUAIS CÔMODOS VOCÊS COSTUMAM DIVIDIR COM MAIS FREQUÊNCIA COM OS OUTROS MORADORES? Resposta pessoal. 3. QUAIS TAREFAS SÃO FEITAS COLETIVAMENTE EM SUAS MORADIAS? Resposta pessoal. Os alunos devem fazer os relatos relacionando o espaço com a quantidade de pessoas, tarefas realizadas e objetos.

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Distribuir uma folha com a figura da casa e a frase “tarefas coletivas da família em casa”, como a do modelo a seguir, para que eles desenhem a cena da qual mais se recordam da família fazendo suas tarefas coletivamente em casa.

Editoria de Arte

Ao final da tarefa, propor a reflexão sobre a importância das tarefas coletivas em família. Levantar as seguintes questões: 4. COMO VOCÊ AJUDA NAS TAREFAS DOMÉSTICAS? Resposta pessoal. Estimular os alunos a pensar na realização das tarefas domésticas, lembrar quem são os responsáveis por atividades relacionadas à limpeza, ao cuidado com as roupas, compras etc. 5. QUEM PREPARA AS REFEIÇÕES? Resposta pessoal. Ajudar os alunos a resgatar a memória do preparo das refeições, estimulando a lembrança de quem prepara o alimento, quem lava e guarda as louças etc. 6. COMO A FAMÍLIA PODE CONVIVER DE FORMA COLABORATIVA? Espera-se que os alunos relatem aspectos do seu cotidiano, e pensem na importância da divisão de tarefas entre todos que vivem na mesma moradia. Os trabalhos deverão ser guardados para a etapa seguinte do projeto. Na próxima aula, será usado papel kraft contínuo, caneta hidrocor, cola branca e barbante.

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Aula 7: Sistematizando as informações e a primeira etapa do mural No início da aula, distribuir os três trabalhos realizados nas aulas anteriores e pedir que os recortem na forma de casas, seguindo a linha que consta na folha que desenharam. Pedir que colem a pontinha mais alta do telhado de todas as casas, como se ficasse um caderninho de três folhas. No papel kraft contínuo, fazer o contorno de uma rua, e depois colar um barbante fazendo seu desenho longilíneo, resultando em uma rua onde todos os alunos são vizinhos. Orientar os alunos a decorar essa rua de maneira a deixá-la agradável para todos viverem. Após uma reflexão conjunta, é importante pensar sobre a arborização, a limpeza e a organização do lugar, a fim de que todos possam conviver de forma cooperativa e harmoniosa. Essa primeira etapa do mural será utilizada na próxima aula. Guardar também os caderninhos de três folhas em forma de casa, para que os estudantes finalizem o trabalho na aula seguinte. Além disso, serão usados alguns materiais, tais como cola branca, caneta hidrocor/lápis de cor, revistas, jornais e tesoura sem ponta.

Aula 8: Refletindo sobre as características numéricas e espaciais de uma moradia e seu conjunto e relatando-as – a finalização do mural Ao iniciar a aula, abrir o mural em folha kraft contínua para que os alunos o finalizem. Distribuir os jornais e as revistas a fim de que eles pesquisem e coloquem, na rua criada com barbante, os objetos que julguem importantes para a convivência entre vizinhos e para sua habitação, como postes de rede elétrica, semáforos, plantas e árvores, faixa de pedestres na rua etc. Nessa etapa, auxiliá-los a identificar os elementos que podem ser inseridos. Após a tarefa da colagem, distribuir para cada estudante seus respectivos caderninhos de três folhas, para que colem, ao longo dessa rua, suas casas nos espaços como se fossem vizinhos. Trazer a reflexão e relembrar, nessa finalização do projeto, as características de uma moradia, com as seguintes perguntas: 1. QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS OBJETOS DE UMA CASA? Resposta pessoal. Caso os alunos se sintam desconfortáveis, dar exemplos práticos mais ligados à percepção das crianças, como cama, brinquedos, móveis, objetos do banheiro e de outros cômodos da casa etc. 2. COMO AS PESSOAS QUE DIVIDEM A CASA PODEM COOPERAR PARA VIVER BEM NO MESMO ESPAÇO? Resposta pessoal. Com a ajuda do professor, os alunos devem resgatar as ideias trabalhadas nas aulas anteriores para a conclusão do projeto. Finalizar o mural com a ajuda dos estudantes e, subsequentemente, organizar uma exposição no pátio da escola (ou algum outro espaço da escola que propicie a exposição do trabalho). A exposição visa revelar aos outros estudantes e professores a conclusão desse trabalho. Dessa maneira, serão compartilhadas as reflexões em relação ao espaço e à organização dele, à quantificação e à nomeação da moradia e de seus cômodos e objetos.

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1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Matemática e Geografia

Avaliação Aulas 1

2 3 4 5 6

7

8

Proposta de avaliação Avaliar a capacidade do estudante de se recordar do espaço de sua moradia e descrevê-lo brevemente, propiciando que ele comece a quantificar o número de pessoas que moram com ele, dividindo esse espaço. Averiguar se o estudante é capaz de enumerar, em ordem e em sequência, o número de objetos pedidos, as janelas e as portas presentes nas figuras, bem como escrever por extenso esses números com a ajuda do professor. Analisar a capacidade do estudante de identificar, escrever e dividir as sílabas. Além disso, ele deve descrever alguns objetos ligados à moradia, com a apresentação de imagens. Orientar o estudante a selecionar de revistas e jornais aqueles objetos comuns em uma casa, quantificando-os, como primeira etapa da construção do mural sobre colagens. A escolha do aluno é livre. Propor a atividade de descrição da quantidade de pessoas com quem o aluno divide sua moradia, relembrando a aula 1 para a construção do mural. Estimular o estudante a perceber como o espaço dividido na moradia influencia nas tarefas domésticas. Basear a avaliação no modo como o aluno relata esse cotidiano e como as tarefas de casa precisam ser divididas para uma melhor convivência. Incentivar a construir uma rua onde as casas estarão localizadas. Nesse momento, é feita a reflexão de como pode ser uma rua onde todos os alunos são vizinhos e quais objetos são importantes para essa vizinhança. Verificar quais objetos há em uma casa e em uma rua onde são todos os colegas vizinhos. Depois, eles devem construir um mural com a colagem dos trabalhos das casinhas nessa rua. Finalizar a atividade com a exposição na escola.

Avaliação final Pedir aos estudantes que relatem seu cotidiano em suas casas respondendo às questões: como os familiares podem dividir de forma mais harmoniosa e solidária o espaço em suas casas? Quais são os objetos mais comuns que existem em uma casa? E quais as quantidades desses objetos? Fazer os seguintes questionamentos: quais foram as tarefas mais difíceis realizadas em sala de aula? Na sua opinião, foi mais difícil pensar na proporção de suas moradias ou na divisão da convivência com os familiares? Quais atividades foram mais agradáveis? Avaliar a ocorrência de influências das relações com a família ou outros adultos que moram com eles para obtenção do trabalho final, e como os alunos interagiram nos relatos e nas comparações em relação às suas moradias. Caracterizar quais foram as dificuldades para realizar o projeto e como superá-las. Avaliar também se o cronograma foi suficiente para a implantação do projeto e se os objetivos definidos no início foram alcançados de maneira satisfatória ou insatisfatória e por quê. Compreender a realidade daqueles que não conseguem relatar e quantificar o espaço de moradia onde vivem, caso alguns estudantes tenham dificuldades nas atividades. Em caso de problemas ligados à família e à moradia, eles devem ser assistidos com mais atenção, propondo-se uma casa imaginária em que eles morarão perto dos colegas de classe na rua imaginária. 32


1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Matemática e Geografia

Referências bibliográficas complementares 

LIMA, Mayumi Souza. A criança e a percepção do espaço. Cadernos de pesquisa, São Paulo: Fundação Carlos Chagas/Coordenadoria Geral de Planejamento da Prefeitura de São Paulo, n. 31, p. 73-80, 1979. Disponível em: <http://www.fcc.org.br/pesquisa/ publicacoes/cp/arquivos/507.pdf>. Acesso em: 9 dez. 2017. Nesse texto uma equipe de arquitetos, jornalistas e psicólogos capta como as crianças percebem o espaço em que vivem. MAGALHÃES, Joully Mayrink. A influência da moradia nas relações familiares: uma análise das famílias em risco social. In: Simpósio Mineiro de Assistentes Sociais, 4., 2016, Belo Horizonte. Anais. Belo Horizonte: CRESS-MG, 2016. p. 1-14. Disponível em: <http://cress-mg.org.br/hotsites/Upload/Pics/d6/d6ec3ae3-ac4f-46ef-9f9c-4bf610b8a6 0c.pdf>. Acesso em: 9 dez. 2017. A abordagem desse texto considera o convívio dos grupos familiares, com crescente diversidade de formatos: pessoas vivendo sós, famílias monoparentais, casais sem filhos, coabitantes sem vínculo conjugal ou de parentesco, entre outros, e a influência da moradia.

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

1a sequência didática: Para entender as regras de convívio Nesta sequência didática, serão introduzidas noções básicas sobre os princípios e direitos fundamentais de toda criança para o convívio social.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Objeto de conhecimento

Situações de convívio em diferentes lugares

Habilidade

● (EF01GE04) Discutir e elaborar, coletivamente, regras de convívio em diferentes espaços (sala de aula, escola etc.).

● Compreender os princípios fundamentais para o convívio social Objetivos de aprendizagem

Conteúdos

● ● ● ●

das crianças na escola. Introduzir as primeiras ideias sobre os diferentes espaços e suas regras. Princípios e direitos das crianças Espaço Regras de convívio

Materiais e recursos ● ● ● ● ● ●

Cartazes com imagens. Projetor de imagens (caso haja na escola) Papel sulfite branco Cartolina para que as regras de convivência sejam preenchidas Lápis de cor e canetas hidrocor Lápis, borracha e caneta esferográfica

Desenvolvimento ● Quantidade de aulas: 3 aulas

Aula 1 Primeiramente, organizar a sala de aula para os estudantes sentarem em círculo e iniciar uma conversa a fim de levantar o conhecimento prévio deles sobre o que são regras de convívio. Em seguida, introduzir o tema com alguns exemplos, como as regras de trânsito que devem ser respeitadas durante o trajeto percorrido pelos estudantes até a escola, a regra que determina que somente pessoas com mais de 18 anos podem dirigir automóveis etc. Explicar aos estudantes que regras de convívio são um conjunto de normas sociais que asseguram a convivência pacífica e respeitosa entre as pessoas. Aproveitar para citar outros exemplos de regras a serem respeitadas no cotidiano, como atravessar a rua na faixa de pedestres, respeitar o sinal vermelho dos semáforos, cumprimentar as pessoas ao chegar a ambientes, respeitar os sinais de identificação das portas como banheiro feminino ou masculino, placas de “proibido entrar”, placas de “não correr” etc.

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

Utilizar imagens impressas (ou projetá-las, caso a escola disponha de projetor de imagens) de situações que demonstrem normas estabelecidas socialmente, como imagens de semáforos fechados para os carros, placas que indicam se é banheiro feminino ou masculino, placas que proíbam pisar a grama, placas de trânsito que indicam permissão para estacionar ou limite de velocidade etc. Essa atividade será realizada de forma oral com os estudantes. Segurar o cartaz (ou mostrar a imagem projetada), mostrá-lo aos estudantes e perguntar:  QUAL É A REGRA ESTABELECIDA NESTA IMAGEM? Espera-se que os estudantes sejam estimulados a reconhecer e descrever as regras de convivência implícitas na imagem, com base na leitura de placas, códigos etc.  ONDE A REGRA É APLICADA? A resposta vai depender da regra mostrada. Os estudantes poderão citar escolas, ruas, parque, cinemas, bibliotecas.  A QUEM ESSA REGRA SE DESTINA? Os estudantes deverão citar as pessoas que circulam nas ruas (pedestres), donos de animais de estimação, pessoas que frequentam cinemas e bibliotecas etc. Permitir a espontaneidade dos estudantes e que aqueles que não se sintam confortáveis em falar não sejam excluídos da discussão. A seguir, há alguns exemplos de imagens que podem ser trabalhadas para o alcance dos objetivos da aula. É importante que os estudantes sejam questionados onde tais regras de convívio são estabelecidas, por exemplo, nas ruas, nos cinemas, em lojas, em restaurantes, em banheiros públicos etc. Explicar aos estudantes que muitas regras são convenções mundiais e que, portanto, devem ser interpretadas por qualquer pessoa, independentemente do idioma falado.

Standard Studio/Shutterstock.com

REGRA PRESENTE NO SÍMBOLO ILUSTRADO PELA PLACA, APLICADA EM LOCAIS QUE PROÍBEM A PRESENÇA DE ANIMAIS, TAIS COMO RESTAURANTES, ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS, EDIFÍCIOS, TRANSPORTES PÚBLICOS ETC.

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

IZZ HAZEL/Shutterstock.com

REGRA DE TRÂNSITO PRESENTE NO SÍMBOLO CUJA ILUSTRAÇÃO MOSTRA QUE É PERMITIDO QUE O PEDESTRE ATRAVESSE A RUA.

Jamesbin/Shutterstock.com

REGRA PRESENTE NO SÍMBOLO ILUSTRADO, APLICADO EM LOCAIS ONDE DEVE HAVER SILÊNCIO, TAIS COMO HOSPITAIS, BIBLIOTECAS, CINEMAS ETC.

Avaliação Para avaliar se a atividade atingiu o objetivo da aula, isto é, mostrar aos estudantes algumas regras de convívio em locais coletivos, pedir que exemplifiquem algumas outras por meio de desenhos. Para tanto, distribuir uma folha de papel sulfite e solicitar-lhes a sua divisão em três colunas. Em cada coluna, eles deverão ilustrar uma regra de convívio que já tiveram de seguir em algum lugar. A princípio, deixar que sejam espontâneos, para que adquiram autonomia na construção do raciocínio. Em seguida, pedir que mostrem o desenho e expliquem em que situação tiveram que conviver com essa regra e como se sentiram em relação a ela.

Para trabalhar dúvidas Caso os estudantes tenham dificuldade de fazer os desenhos por não lembrar regras de convívio que já tenham experimentado no cotidiano deles, ajudá-los dando novos exemplos de locais e situação, sem que a resposta seja indicada diretamente. Os exemplos podem ser: proibido pisar a grama, proibido buzinar, fazer silêncio, “bater antes de entrar”, regras para uso de piscinas, outras placas de trânsito, proibido comer ou beber no estabelecimento etc. 36


Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

Ampliação Propor uma atividade para ser feita em casa, em que os estudantes, com ajuda de familiares ou outras pessoas, devem ilustrar três regras de convívio que devem ser respeitadas no lugar onde moram. Na aula seguinte, eles deverão levar os desenhos e você deverá mostrá-los à turma. O objetivo é que os identifiquem quais regras estão implícitas. Ao final da exposição, sistematizar os dados na lousa para quantificar quais regras são mais comuns entre os alunos e as famílias. Após a elaboração do quadro e a identificação geral das regras trazidas, pedir que comentem as regras dos outros colegas. Com isso, espera-se avaliar as competências socioemocionais que serão mobilizadas, como empatia, identificação com o próximo, tolerância, sensibilidade e respeito, pois uma regra identificada por um estudante pode causar estranheza a outro. Procurar mediar possíveis conflitos ou estranhamentos, lembrando-lhes da importância de se respeitar os hábitos dos colegas.

Aula 2 Na aula seguinte, para desenvolver melhor o conceito de regra, fazer a brincadeira “Eu fui à lua”. Essa atividade pode ajudar a formalizar o conceito de normas e regras para os estudantes partindo da verbalização objetiva e simples sobre o tipo de objeto que poderá ou não ser levado à lua. Se um estudante indicar um objeto que está fora da regra da brincadeira, negá-lo para reforçar o conceito. A brincadeira consiste no estabelecimento oculto de uma regra, que permite levar um objeto à lua. Por exemplo, se a regra inicial for “objetos que possam ser levados à praia”, a orientação deverá ser “eu fui à lua e levei um guarda-sol”. Os estudantes deverão descobrir a regra com base no primeiro exemplo e, então, dar prosseguimento à brincadeira. Caso um estudante diga que levará um objeto que não compõe a regra, ele será alertado negativamente, porque o objeto não atende à regra inicial. A brincadeira, então, segue para o colega ao lado, e assim sucessivamente, até que algum deles descubra qual é a regra imposta nessa etapa. Para iniciar a atividade, dizer a frase “eu fui à lua e levei um/uma…”, que será completada com o objeto de acordo com a regra estabelecida. Tendo já iniciado, passar a vez para o primeiro estudante, que deverá dizer a frase com outro objeto pertencente à regra. Daí em diante, supervisionar o que os estudantes irão dizer, verificar se eles conseguem identificar com facilidade a regra estabelecida inicialmente (lembre-se de que a regra deve ser muito simples, pois estudantes do primeiro ano podem ter dificuldades para adivinhar uma regra mais complexa). Ficar atento para lidar com possíveis frustrações, caso não consigam identificar a regra e, se for o caso, mudar a regra da brincadeira, porque o importante é que seja possível terminá-la adquirindo melhor o conhecimento sobre regras. No final da atividade, explicar as razões da realização da brincadeira e reforçar o conceito de regras, a fim de que fique mais evidente e que os estudantes adquiram um conhecimento mais amplo para o desenvolvimento das próximas atividades sobre o tema.

Avaliação Observar se todos compreenderam o conceito de regra, ainda que a brincadeira não tenha sido finalizada. Se perceber que alguns estudantes ainda não compreenderam a regra, e sobretudo se isso estiver dificultando o objetivo da atividade, introduzir uma regra mais fácil. No decorrer da atividade, relembrá-los dos objetos que são permitidos e dos que não são, para que possam visualizar semelhanças e particularidades entre eles, levando-os ao descobrimento da regra. 37


Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

Se alguns estudantes ainda não tiverem compreendido a referida regra, abri-la e explicar de maneira clara o que pode ou não fazer parte do jogo. Nesse momento, não identificar os estudantes que não compreenderam a regra, a fim de evitar constrangimento. Tendo em vista que a brincadeira foi finalizada com a compreensão geral, permitir que eles desenvolvam autonomia para estabelecer as próprias regras e, então, continuar a brincadeira entre eles. Supervisionar para que não haja conflito e que as regras estabelecidas por eles sejam coerentes e respeitadas. Caso estudantes mais tímidos não estejam participando da brincadeira e/ou ofereçam resistência, procurar estimulá-los de maneira sutil para que façam parte da atividade junto aos demais colegas. Para facilitar, criar uma regra que seja de fácil compreensão, revelá-la a esses alunos e pedir que iniciem a atividade novamente.

Para trabalhar dúvidas É possível que os estudantes tenham dificuldades para entender o objetivo e o desenvolvimento da brincadeira, sobretudo para identificar as regras estabelecidas. Para minimizar esses problemas, ser claro nas orientações e iniciar utilizando regras muito simples, que sejam de fácil interpretação. Por exemplo, trabalhar com objetos de algum cômodo específico das casas, como banheiro, cozinha e garagem; ou objetos da sala de aula, como giz, caneta, apagador, mesa, cadeira, mochila etc. Se ainda assim houver dificuldade, contar a regra aos estudantes, como exemplo, e iniciar a próxima rodada.

Aula 3 Pedir aos estudantes que se organizem em fila. Em seguida, escolher alguns cômodos da escola e levá-los para que possam discutir quais regras de convivência deverão ser respeitadas naqueles locais. Nesse momento, haverá a abertura a novas experiências, uma vez que sairão do ambiente da sala de aula, interagindo em ambientes menos ou não frequentados por eles na própria escola. Voltar para a sala de aula e conversar com os estudantes sobre as regras a serem respeitadas nesse ambiente. Distribuir a cartolina e pedir que escrevam ou desenhem algumas regras de convívio que serão aplicadas na sala de aula, ao longo do ano. Estimular a participação de todos, pedir a opinião sobre as regras e ouvir suas necessidades. Dessa maneira, eles poderão adquirir consciência acerca da necessidade do respeito ao professor e aos demais colegas, sobretudo para que o ensino-aprendizagem seja o objetivo principal a ser alcançado durante o ano. Avaliar a coerência e a importância das regras criadas pelos estudantes. Caso alguma pareça estranha ou não faça sentido, questioná-los sobre o porquê de eles acreditarem que devem inseri-la. Organizar os cartazes e, após a participação de todos, selecionar as regras mais importantes a serem respeitadas na escola. Aproximadamente 10 regras serão suficientes para o objetivo da aula, e espera-se que todas elas tenham como fundamento organizar o comportamento no ambiente escolar. Promover a criação de um novo cartaz, em que serão inseridas as regras que julgar mais importantes e gerais para todos. Essa seleção pode ser feita em conjunto com os alunos. Ao final da aula, afixar o cartaz na parede da sala de aula e repassar as regras com eles.

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

Avaliação Nesta avaliação final, fazer uma revisão para garantir que o contexto geral sobre as regras de convívio em diferentes espaços esteja minimamente esclarecido e, após esse momento, passar a observar se haverá mudanças de comportamento no cotidiano escolar. Para enfatizar entre os estudantes que o respeito à regra de convivência é necessário, sistematizar as informações no quadro exemplificado a seguir e afixá-lo na parede da sala de aula. NOME DO ALUNO

REGRA RESPEITADA

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre –Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

2a sequência didática: Espaço público: reconhecimento e uso Nesta sequência didática, serão abordadas as definições de espaço público e privado e as características socioespaciais dos espaços públicos, especialmente das praças e dos parques. A proposta inclui que se reflita como esses espaços são usados e compartilhados por todos os grupos que os frequentam – das crianças aos idosos – e também por pessoas com deficiência física –, sendo áreas que possibilitam momentos de lazer e inclusão.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Objeto de conhecimento Habilidade

Situações de convívio em diferentes lugares

● (EF01GE03) Identificar e relatar semelhanças e diferenças de usos ●

Objetivos de aprendizagem

● ● ● ●

Conteúdos

do espaço público (praças, parques) para o lazer e diferentes manifestações. Identificar distintos espaços, nomeadamente público e privado, e suas respectivas regras de comportamento e possibilidades de vivências. Observar e reconhecer a diversidade e as diferenças socioespaciais dos espaços públicos, com destaque para praças e parques. Caracterizar formas de uso das praças e parques, enfatizando as práticas cotidianas de lazer de pessoas com deficiência física, idosos e crianças. Definição e diferenciação de espaço público e espaço privado Identificação da infraestrutura e dos equipamentos que caracterizam espaços públicos Reconhecimento de características de pessoas (pessoas com deficiência física, idosos e crianças) que frequentam o espaço público Discussão de propostas para melhorias no espaço público

Materiais e recursos ● ● ● ● ●

Cartazes com imagens exemplificadas Papel sulfite branco Revistas, jornais e imagens previamente selecionadas Tesoura sem ponta Cola branca

Desenvolvimento ● Quantidade de aulas: 2 aulas

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre –Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

Aula 1 O objetivo inicial é definir e identificar espaços públicos e privados, e, para isso, sugerimos organizar os estudantes em roda e, em conversa, verificar o conhecimento deles acerca do assunto. Registrar o que os estudantes apresentam, com base no questionamento do que são esses espaços. Perguntar se eles sabem a diferença entre espaço público e privado e se já frequentaram ambos. Ajudar os estudantes no discernimento entre o público e o privado. Pedir que ofereçam exemplos de cada um desses espaços, exemplificando, também, as principais diferenças observadas. As ilustrações a seguir poderão auxiliar esta exploração inicial do tema. Pedir que identifiquem quais são espaços públicos e quais são privados, relatando as semelhanças e as diferenças de usos para o lazer e demais manifestações.

Sidney Meireles/Giz de Cera

ADULTOS E CRIANÇAS FREQUENTANDO PRAÇAS OU PARQUES COMO ESPAÇO PÚBLICO DE LAZER.

Tel Coelho/Giz Cera

PESSOAS CIRCULANDO EM RUAS, AVENIDAS E CICLOVIAS, ISTO É, ESPAÇOS PÚBLICOS PRESENTES NAS CIDADES.

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre –Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

Danillo Souza

CLUBE ESPORTIVO, LUGAR ONDE APENAS OS SÓCIOS PODEM DESFRUTAR DO LAZER.

Com base nos comentários, explicar, de modo sistematizado, o que é espaço privado. Tal espaço define-se como a propriedade de uma ou algumas pessoas ou empresas, que são responsáveis pela sua manutenção, organização e segurança. Assim, podemos considerar como espaços privados as casas onde os alunos moram, lojas, escritórios, pet-shops, centros comerciais, como galerias ou shopping centers etc. Como os exemplos demonstram, esses espaços podem ter uso individual, familiar ou coletivo, porém, são os donos de cada um deles que impõem as regras de uso a que estão sujeitas as pessoas que não são proprietárias. Explicar, em seguida, o que é espaço público. Este não possui um dono específico. Isso não significa que esse espaço não pertence a ninguém, mas, pelo contrário, ele pertence a todos. A responsabilidade pela manutenção, formulação das regras de uso e segurança dos espaços públicos é do governo, da prefeitura e, também, da própria população, da qual fazemos parte. As ruas e as avenidas, as praças públicas, os parques, o transporte coletivo, algumas escolas, as bibliotecas e a maioria das praias são exemplos de espaços públicos. Enfatizar que cada espaço tem suas regras de uso. Respeitar as regras é um dever. Além disso, esses espaços requerem comportamentos comuns, por exemplo, manter a limpeza do local. Essa explicação deve ser feita em, aproximadamente, 20 minutos, de modo dialogado com os alunos e será retomada durante a condução a aula. Convém estimulá-los à participação nas explicações, atentando àqueles que pouco interagem e oferecendo oportunidades para que exponham o que pensam. Para estimular o diálogo e a participação, indicamos que seja feito na lousa um quadro síntese com questões a serem respondidas. Sugerimos o formato a seguir:

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre –Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

CARACTERÍSTICA

ESPAÇO PRIVADO

ESPAÇO PÚBLICO SIM. PERTENCE A TODAS AS PESSOAS.

3. QUEM DEFINE AS REGRAS DE USO?

SIM. PODE SER UMA OU MAIS PESSOAS OU EMPRESAS. DEPENDE DA PROPOSTA DO ESPAÇO. PODE SER USADO APENAS PELOS DONOS OU TAMBÉM POR OUTRAS PESSOAS. OS DONOS ESTABELECEM AS REGRAS DE USO.

4. EXEMPLOS DE ESPAÇOS QUE VOCÊ FREQUENTOU.

REGISTRAR EXEMPLOS DADOS PELOS ALUNOS.

REGISTRAR EXEMPLOS DADOS PELOS ALUNOS.

1.TEM DONO?

2. QUEM PODE USAR?

PODE SER USADO POR TODA A POPULAÇÃO.

O PODER PÚBLICO ESTABELECE AS REGRAS DE USO, MAS A POPULAÇÃO DEVE PARTICIPAR DAS DECISÕES.

Avaliação Após as explicações, os diálogos, a observação de imagens e os registros na lousa, os estudantes devem estar preparados para identificar e diferenciar os espaços públicos e privados, bem como ter discernimento sobre os comportamentos pertinentes a cada um desses lugares. Utilizar o restante do tempo de aula para realizar uma atividade que permita avaliar se as explicações foram suficientes. Pedir aos estudantes que se dividam em grupos de quatro integrantes. Cada grupo deve produzir duas colagens: uma que represente um espaço público e outra um espaço privado. Para a realização da tarefa, oferecer revistas, jornais e outras imagens previamente selecionadas que ilustrem o que foi pedido e que possam ser recortadas. Na entrega da atividade, cada grupo deverá comentar suas colagens, apresentando as especificidades de cada espaço, os seus possíveis usos, os comportamentos e os cuidados que exigem.

Para trabalhar dúvidas 1. Caso os estudantes tenham dificuldade para fazer as colagens por não se lembrarem das

explicações ou das suas próprias vivências, oferecer exemplos cotidianos. Remeter aos mercados como espaços privados de uso coletivo ou às feiras livres como espaços públicos são algumas das possibilidades. Além disso, ajudar e orientar os grupos na escolha das imagens de acordo com o tema.

Ampliação Como atividade a ser realizada em casa, e com a ajuda de familiares ou outras pessoas responsáveis, pedir aos estudantes que visitem uma praça ou um parque próximo à escola ou a sua casa. Orientá-los à observação de como é esse lugar e de como são as pessoas que o frequentam. Solicitar-lhes que, com a ajuda de uma pessoa adulta, registrem a sua experiência. As questões a seguir podem ajudar na observação e na descrição: 43


Geografia – 1o ano – 1o bimestre –Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

    

COMO ESTAVA A TEMPERATURA NO DIA? DO QUE VOCÊ BRINCOU NA PRAÇA OU NO PARQUE? COM QUEM VOCÊ FOI À PRAÇA OU AO PARQUE? LÁ, VOCÊ ENCONTROU ALGUÉM QUE CONHECIA? O QUE TEM NA PRAÇA OU NO PARQUE PARA VOCÊ USAR (EXEMPLOS: BANHEIRO, BEBEDOURO, BRINQUEDOS ETC.)? VOCÊ USOU-OS?

Aula 2 Nesta aula, retomar o tema das possíveis diferenças e semelhanças entre espaços públicos e privados. Conversar sobre as regras e os comportamentos a serem respeitados em cada um desses distintos ambientes. Verificar o que eles se recordam do que foi discutido na aula anterior. Explicar aquilo que porventura não tenha sido compreendido. O resgate desses conteúdos não deve ultrapassar os 10 minutos iniciais. Após esse resgate, com a sala de aula organizada em círculo para facilitar que se desenvolva uma roda de conversa, introduzir a questão: quem já foi a um parque ou a uma praça pública? O estudante deve contar a todos sua própria experiência. Utilizar os registros feitos na atividade de ampliação sugerida na aula anterior, lendo em voz alta os registros. Convém aprofundar as questões sobre a experiência de visitar uma praça ou um parque. Para isso, as perguntas a seguir podem ser proveitosas:  COMO ERA ESSA PRAÇA OU ESSE PARQUE QUE VOCÊ VISITOU? Essa pergunta visa estimular os alunos a descrever as características do espaço público que visitaram. Eles podem mencionar presença de árvores, lagos, parquinhos, animais etc.  ONDE SE LOCALIZA ESSA PRAÇA OU ESSE PARQUE? Os alunos devem utilizar como referência a proximidade com a escola ou com a casa onde vivem.  COMO ERAM AS PESSOAS QUE ESTAVAM NA PRAÇA OU NO PARQUE? Espera-se que os alunos identifiquem as pessoas de acordo com a idade, as capacidades físicas, o gênero etc.  NA PRAÇA OU NO PARQUE QUE VOCÊ VISITOU HAVIA BANHEIRO, BEBEDOURO, RAMPAS DE ACESSO ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA? Estimular os alunos a se recordar da infraestrutura do parque ou da praça.  VOCÊ GOSTOU DE VISITAR A PRAÇA OU O PARQUE? POR QUÊ? A resposta é pessoal, mas convém estimular os alunos a justificar a resposta e dizer do que mais gostaram e do que menos gostaram. A duração dessa conversa deve ser de, aproximadamente, 15 minutos. É importante que todos compartilhem suas experiências. Registrar na lousa as informações trazidas pelos alunos. Aprofundar a discussão sobre quem utiliza as praças e os parques. Mostrar aos estudantes as imagens sugeridas a seguir (ou levar outras imagens semelhantes a essas), e pedir que descrevam o que observam. Orientar as descrições, comparando-as. Fazer registros na lousa. As perguntas a seguir podem nortear a conversa:  O QUE ESSAS PESSOAS ESTÃO FAZENDO? Os alunos devem perceber que em todas as imagens as pessoas estão brincando ou praticando algum esporte.  ONDE ELAS ESTÃO? Os estudantes devem notar que as pessoas representadas estão em parques. 44


Geografia – 1o ano – 1o bimestre –Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

 O QUE ELAS TÊM EM COMUM? As pessoas têm em comum o fato de estarem utilizando o espaço público para se divertir, e em todas as imagens, estão acompanhadas por uma ou mais pessoas.  O QUE ELAS TÊM DE DIFERENTE? São pessoas de distintas idades, diferentes características e capacidades físicas.

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CRIANÇAS CORRENDO EM PARQUE PÚBLICO.

Photographee.eu/Shutterstock.com

PESSOA COM DEFICIÊNCIA FÍSICA USANDO PARQUE PÚBLICO PARA SE DIVERTIR EM JOGO COM AMIGO.

Ljupco Smokovski/Shutterstock.com

IDOSOS JOGANDO FUTEBOL EM PARQUE.

Chamar atenção para o fato de que tanto as praças quanto os parques são espaços públicos de convivência e de lazer, que são utilizados por diversos tipos de pessoas. Todas têm necessidades próprias e necessidades comuns, por exemplo, precisam ir ao banheiro. Este, por sua vez, deve ser preparado para ser usado por todas as pessoas. Assim, é importante que em uma praça ou um parque haja banheiros limpos. Isso significa não apenas que deve haver alguém para limpá-los, mas também que nós devemos ter cuidado para não os sujar, jogar papel higiênico na lata de lixo, lavar as mãos após o uso etc. Além disso, os banheiros públicos devem oferecer áreas acessíveis para pessoas com deficiência (por exemplo, banheiros maiores para pessoas com deficiência física etc.). Ressaltar, também, a questão da capacidade de locomoção. Alguns idosos, por exemplo, caminham mais lentamente ou têm dificuldades para subir escadas, sendo necessário que os espaços possuam rampas para facilitar a sua circulação. É importante, em um parque, que se preste atenção às áreas onde não é permitido correr, evitando-se, assim, acidentes com outras pessoas. 45


Geografia – 1o ano – 1o bimestre –Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

Perguntar aos estudantes o que eles se recordam a esse respeito na praça ou no parque que visitaram. Questionar, segundo o que observaram, se o parque estava preparado para ser usado por todos. Pedir que justifiquem a sua resposta, e fazer registros na lousa. Explicar aquilo que for necessário para a compreensão do tema. Essa discussão deve ser realizada em, aproximadamente, 15 minutos.

Avaliação Nesta avaliação final, fazer uma revisão para garantir que o contexto geral sobre espaços públicos e privados seja apreendido e tenha ficado claro. Destacar o espaço público como um espaço de todos. Para isso, retomar a discussão sobre praças e parques. Propor aos alunos que reflitam sobre como seria um parque público ideal. Discutir com eles as características desse parque. Elencar como cada um pode e deve cuidar para que o parque ideal funcione da maneira adequada para todos. Por fim, os estudantes devem fazer um desenho que represente um parque público ideal. No desenho, orientá-los à inclusão de distintas pessoas cuidando desse espaço. A avaliação deve ser processual, levando em conta a incorporação dos debates realizados. Convém pedir que expliquem o seu próprio desenho.

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

3a sequência didática: Família e trabalho comunitário Nesta sequência didática, serão introduzidos temas relacionados aos diferentes tipos de composições familiares, bem como às responsabilidades de cada membro ou integrante para a realização das tarefas domésticas.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Objeto de conhecimento Habilidade

Situações de convívio em diferentes lugares

● (EF01GE07) Descrever atividades de trabalho relacionadas com o dia a dia da sua comunidade.

● ● Objetivos de aprendizagem ●

Conteúdos

● ● ● ●

Compreender as diferenças entre composições familiares. Introduzir noções de igualdade e respeito às diferenças. Compreender o senso de comunidade. Introduzir noções sobre a importância do trabalho coletivo. Família Trabalho coletivo Noções de comunidade

Materiais e recursos ● ● ● ●

Cartazes com imagens exemplificadas Papel sulfite branco Lápis de cor e canetas hidrocor Lápis, borracha e caneta esferográfica

Desenvolvimento ● Quantidade de aulas: 2 aulas

Aula 1 Iniciar a aula distribuindo ficha similar ao modelo a seguir para cada estudante da sala. Instruções para o preenchimento: na primeira coluna, o estudante deverá fazer um desenho simples de cada pessoa com quem reside e escrever o nome dela e, na segunda coluna, deverá indicar o grau de parentesco. DESENHO DAS PESSOAS QUE MORAM COM VOCÊ

RELAÇÃO DE PARENTESCO ( ( ( ( ( ( ( (

) MÃE ) PAI ) IRMÃO ) IRMÃ ) TIO ) TIA ) AVÔ ) AVÓ 47


Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( (

) MADASTRA ) PADASTRO ) OUTRO:_________________________ ) MÃE ) PAI ) IRMÃO ) IRMÃ ) TIO ) TIA ) AVÔ ) AVÓ ) MADASTRA ) PADASTRO ) OUTRO:_________________________ ) MÃE ) PAI ) IRMÃO ) IRMÃ ) TIO ) TIA ) AVÔ ) AVÓ ) MADASTRA ) PADASTRO ) OUTRO:_________________________ ) MÃE ) PAI ) IRMÃO ) IRMÃ ) TIO ) TIA ) AVÔ ) AVÓ ) MADASTRA ) PADASTRO ) OUTRO:_________________________ ) MÃE ) PAI ) IRMÃO ) IRMÃ ) TIO ) TIA ) AVÔ ) AVÓ ) MADASTRA ) PADASTRO ) OUTRO:_________________________ ) MÃE ) PAI ) IRMÃO 48


Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

( ( ( ( ( ( ( (

) IRMÃ ) TIO ) TIA ) AVÔ ) AVÓ ) MADASTRA ) PADASTRO ) OUTRO:_________________________

Ao entregar as folhas, explicar os objetivos da aula e iniciar a conversa pedindo que escrevam as respostas e utilizem o papel sulfite para fazer os desenhos dos integrantes que moram com eles, sejam familiares ou não. Após a explicação inicial, perguntar aos estudantes: vocês acreditam que as famílias são todas iguais? Iniciada a atividade, acompanhar as possíveis dificuldades, como pensar nas relações de parentesco, nos desenhos e na escrita. Após 10 ou 15 minutos, solicitar a atenção de todos para que relatem quem são as pessoas desenhadas, citando os nomes e o grau de parentesco. Após a fala inicial, cada estudante deverá mostrar o desenho e fazer uma descrição breve sobre as características do membro retratado. Na lousa, escrever as relações familiares e explicar cada uma delas para que todos compreendam: TIO(A), AVÔ(Ó), IRMÃO(Ã), PRIMO(A), CUNHADO(A), SOGRO(A) ETC. Durante a exposição, procurar identificar as possíveis reações negativas à atividade, ou constrangimentos na hora de revelar os nomes ou as características do grupo familiar. Caso algum estudante não queira revelar os nomes ou afirmar as características, pedir apenas que ele diga o número de pessoas que moram em sua residência. Procurar identificar a dificuldade e valorizar os aspectos familiares do próprio estudante. Esse trabalho pode ser feito fora do horário da aula, individualmente, com aquele estudante que esteja nessa situação. Em suas anotações, marcar as diferenças entre os grupos familiares apresentados, com base em fatores como: tamanho da família (se pequena ou grande), relações de parentesco (se ausência de pai/mãe), presença de etnias diferentes na mesma família, verificados por meio dos desenhos (orientais, negros, brancos, indígenas etc.). Ao término da apresentação da atividade pelos estudantes, conversar sobre a importância de respeitar todas as características dos grupos familiares distintos e afirmar que nenhuma família é melhor nem pior do que a outra em função de suas características, sejam elas monoparentais, sejam os alunos criados por outros familiares como avós e tios etc., ou as mais diversas situações. Ou seja: as famílias são diferentes.

Avaliação Pedir aos estudantes que descrevam oralmente um tipo de família com a qual se identificam. Observar atentamente a reação deles durante a aula, sobretudo no momento em que a execução dessa atividade expositiva for iniciada. Permitir que os estudantes dialoguem entre si para apontar ou sublinhar algumas diferenças, sempre controlando o tom e a proposição do diálogo. Com o desenvolvimento da atividade, permitir que os estudantes expandam as descrições para os grupos familiares de conhecidos, vizinhos, amigos do bairro etc.

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

Para trabalhar dúvidas Para ajudar os estudantes na identificação dos integrantes das famílias, reforçar alguns substantivos com a atividade de memorização a seguir. 1. Escrever na lousa as seguintes frases e pedir que respondam em voz alta: A IRMÃ DO MEU PAI É MINHA __________________ Tia. A MÃE DA MINHA MÃE É MINHA _______________ Avó. O FILHO DA MINHA TIA É MEU _________________ Primo. O PAI DO MEU IRMÃO É MEU ___________________ Pai. O FILHO DO MEU IRMÃO É MEU ________________ Sobrinho. Caso os estudantes demonstrem dificuldade para identificar os graus de parentesco e/ou não se sintam confortáveis em revelar as relações oralmente, minimizar as dúvidas e os desconfortos com a imagem de uma árvore genealógica para facilitar a compreensão e estimular a reflexão.

Clara Gavilan

A IMAGEM REPRESENTA UM EXEMPLO DE ÁRVORE GENEALÓGICA QUE PODE SER TRABALHADA PARA MINIMIZAR AS DÚVIDAS A RESPEITO DOS GRAUS DE PARENTESCO DAS PESSOAS COM AS QUAIS HAJA UMA RELAÇÃO FAMILIAR MAIS PRÓXIMA.

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

Aula 2 Iniciar a aula retomando a questão sobre as diferenças entre os grupos familiares da aula anterior. Falar sobre a importância do convívio em grupo, seja ele de familiares ou não, da divisão das tarefas, do trabalho em conjunto e da ajuda mútua entre membros de uma família. Pontuar alguns exemplos das dificuldades e problemas que podem decorrer em razão da falta de comprometimento de alguns, tais como sobrecarregar uma pessoa com muitas tarefas ou deixar afazeres incompletos. Procurar trazer a discussão sobre as diferenças nas rotinas do dia a dia ao questionar os estudantes sobre a organização das tarefas domésticas em suas moradias, pois é esperado que cada um apresente uma resposta distinta em função da quantidade de pessoas que habitam a mesma casa, da idade, das características físicas etc. A conversa inicial deve ter a duração de, aproximadamente, 10 minutos. Nesse momento, para compreender melhor o objetivo da aula, apresentar um exemplo de organização das tarefas de casa, que pode ser um exemplo fictício ou o próprio exemplo da casa do professor. O exemplo fictício poderá ser: Uma casa com cinco pessoas e um gato, pai, mãe, dois filhos e mãe da mãe (sogra do pai, caso o conceito de sogra já seja compreendido pelos alunos), as quais dividem as tarefas da seguinte forma: PAI

LEVA OS FILHOS PARA A ESCOLA, PREPARA O JANTAR E LAVA A LOUÇA.

MÃE

FAZ O CAFÉ DA MANHÃ E CUIDA DAS ROUPAS.

FILHO

FAZ AS TAREFAS DA ESCOLA, RETIRA O LIXO E ARRUMA SEU QUARTO.

FILHA

FAZ AS TAREFAS DA ESCOLA, CUIDA DO GATO E ARRUMA SEU QUARTO.

AVÓ

PREPARA O ALMOÇO E TIRA O PÓ DOS MÓVEIS.

O exemplo pode ser adaptado de acordo com a realidade e o contexto nos quais a escola, os estudantes e os professores estão inseridos. Dado o exemplo, fazer as seguintes perguntas: 1. COMO SUAS FAMÍLIAS SE ORGANIZAM PARA REALIZAR AS TAREFAS DE CASA? A resposta é pessoal, mas espera-se que os alunos consigam responder com base na observação das tarefas realizadas pelas pessoas que habitam suas casas, citando todos os membros, mesmo os que não têm uma tarefa específica. 2. O QUE OS INTEGRANTES DE SUA FAMÍLIA FAZEM PARA COLABORAR COM AS TAREFAS DO DIA A DIA? Resposta pessoal. Nesse momento, os alunos devem pensar individualmente nos membros da casa, indicando as atividades mais frequentes realizadas diária ou semanalmente. 3. COM QUE FREQUÊNCIA AS TAREFAS DE COZINHAR, VARRER O CHÃO, ARRUMAR A CASA ETC. SÃO FEITAS? Resposta pessoal, com base na observação dos alunos. 4. E VOCÊS, COMO PARTICIPAM? HÁ ALGUMA ATIVIDADE QUE É DESTINADA A VOCÊ? Resposta pessoal. Deixar que os estudantes respondam de forma espontânea, um de cada vez, sem a necessidade de que todos falem sobre suas famílias.

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

Avaliação Distribuir uma folha de papel sulfite para cada e pedir que façam um desenho indicando o integrante da família ou outra pessoa que more na mesma residência e alguma tarefa feita por essa pessoa. Depois que todos terminarem o desenho, pedir que digam quais são as tarefas que já realizaram ou costumam realizar em casa e de que forma eles acham que estão contribuindo para ajudar. À medida que forem respondendo, reforçar os pontos mais significativos para o senso de comunidade e da realização das tarefas em grupo. Verificar novamente se todos associaram corretamente as pessoas com o grau de parentesco, que deverá ser indicado na folha de papel sulfite. Perguntar o nome da pessoa e a relação. Observar o grau de importância atribuído pelos estudantes às tarefas domésticas, de modo que limpeza, organização, alimentação etc. sejam consideradas atividades em seus desenhos. Se houver falha nesse entendimento, retomar a atenção dos estudantes para reforçar que essas são atividades tão importantes quanto o trabalho exercido pelos adultos. A ideia é a de que não se tenha uma separação formal entre o esforço para a realização de atividades que são coletivas dentro do ambiente familiar e as atividades individuais exercidas por membro da família ou outra pessoa que mora na mesma residência.

Para trabalhar dúvidas Para ajudar os estudantes a entender o objetivo da aula, aprofundar as questões a respeito do acúmulo de tarefas por apenas uma pessoa. 1. VOCÊS ACHAM QUE É CORRETO QUE APENAS UMA PESSOA FAÇA TODAS AS TAREFAS DOMÉSTICAS? Espera-se que os estudantes não concordem que apenas uma pessoa faça todas as tarefas, para que você possa ressaltar os aspectos negativos que o acúmulo de trabalho pode causar à vida de uma pessoa. Caso algum estudante responda afirmativamente, pedir que justifique e, após a justificativa, fazer a pergunta seguinte, a fim de que ele reflita sobre a falta de tempo para realizar todas as tarefas, bem como para atividades de lazer, como brincar, jogar, descansar etc.

2. E SE VOCÊS TIVESSEM DE FAZER TODAS AS ATIVIDADES DE CASA, HAVERIA TEMPO PARA VIR À ESCOLA OU PARA BRINCAR? Espera-se que respondam que não. Em caso de resposta positiva por algum estudante, reforçar que todas as tarefas levam muito tempo e gastam energia física, e que se eles cuidassem de todos os afazeres, não haveria tempo disponível para realizar atividades cotidianas, como as brincadeiras, os jogos, a alimentação, o descanso, o banho etc.

Ampliação Pedir aos estudantes que recortem e montem o quebra-cabeça a seguir, que possibilitará a compreensão de algumas atividades feitas por outras pessoas nos locais de convívio, como faxina, jardinagem etc. Esta atividade permitirá observem o sentido de comunidade no contexto no qual estão inseridos.

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

Edson Farias

ILUSTRAÇÃO COM OS PROFISSIONAIS E SUAS RESPECTIVAS ATIVIDADES COMUNITÁRIAS.

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

4a sequência didática: Meu caminho para a escola Nesta sequência didática, serão abordados temas relativos aos direitos das crianças, com ênfase no direito à educação e aos itinerários que os estudantes realizam cotidianamente de suas residências para a escola.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Objeto de conhecimento Habilidade

Situações de convívio em diferentes lugares ●

(EF01GE08) Criar mapas mentais e desenhos com base em itinerários, contos literários, histórias inventadas e brincadeiras.

● ●

Conhecer os direitos fundamentais das crianças. Compreender o direito à educação como um dos princípios fundamentais da criança. Introduzir as primeiras ideias sobre itinerários e suas representações. Princípios e direitos das crianças. Trajeto casa-escola. Espaço e representação.

Objetivos de aprendizagem ●

Conteúdos

● ● ●

Materiais e recursos ● Cartazes com imagens, conforme as sugeridas nas aulas ● Cartolina para cartaz ● Peças de madeira de encaixe, blocos de montar, ou cubos previamente feitos com cartolina, no formato de bloquinhos de montar ● Fita crepe ● Lápis de cor e caneta hidrocor ● Lápis ● Borracha ● Caneta esferográfica ● Massinha de modelar ● Barbante ● Cola branca ● Tesoura sem ponta

Desenvolvimento ● Quantidade de aulas: 3 aulas

Aula 1 Iniciar a aula perguntando aos estudantes o que eles sabem ou pensam sobre os direitos das crianças. Para isso, estabelecer uma conversa estimulando a participação de todos. Esta atividade será facilitada se a turma estiver organizada em forma de círculo ou semicírculo na sala de aula, porque isso permite que todos escutem com mais atenção o que os colegas têm a dizer sobre o assunto. 54


Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

Explicar aos alunos que existe um documento denominado Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o qual estabelece o modo como as crianças devem ser tratadas e cuidadas no Brasil. As regras determinadas pelo ECA procuram garantir que todas as crianças tenham uma vida saudável garantida. Dessa maneira, perguntar: 1. O QUE TODAS AS CRIANÇAS PRECISAM PARA VIVER? Espera-se que os alunos citem as necessidades básicas, tais como comer, vestir-se, ter local de moradia, ter acesso a tratamento médico etc. 2. DO QUE TODAS AS CRIANÇAS PRECISAM PARA TER SAÚDE? Os alunos devem associar a saúde ao acesso aos hospitais, médicos, remédios etc. É importante destacar que o saneamento básico e a alimentação adequada também são elementos fundamentais para ter boa saúde. 3. QUEM DEVE CUIDAR PARA QUE TODAS AS CRIANÇAS TENHAM VIDA E SAÚDE? Garantir a vida e a saúde é uma tarefa dos responsáveis pelas crianças, da família e de toda a sociedade. Registrar na lousa palavras-chave que os estudantes mencionarem ao responder cada uma das perguntas. Colaborar na discussão, orientando a conversa, promovendo a participação de todos e observando se os estudantes respeitam a vez de o colega falar. Fazer as interferências necessárias para atentar ao fato de que toda a sociedade brasileira deve cuidar das suas crianças. Contudo, evidenciar que tais cuidados devem estar presentes, principalmente, na família, na escola e nos hospitais. Discutir, com base no que foi mencionado pelos estudantes, que o direito à vida e à saúde está na base dos direitos das crianças, por isso é um direito fundamental. Dele se desdobram outros, como o direito de brincar e o direito à educação, por exemplo. Após a roda de conversa, que deve ser desenvolvida em, aproximadamente, 15 minutos, propor aos alunos que realizem uma atividade lúdica, representando o ECA como se fosse a construção de um edifício. Explicar a eles que os edifícios são altos e sustentam-se porque estão apoiados em bases fortes, em estruturas que não se desgastam facilmente. Assim, para uma boa representação do ECA, é preciso colocar os direitos fundamentais na base, com peças maiores e fortes, pois nessa base todo o restante estará apoiado. Organizar os estudantes em grupos de quatro integrantes. Recomendamos realizar a atividade conforme o passo a passo a seguir: 1. Distribuir peças de encaixe ou os cubos previamente feitos de cartolina que serão usados como “bloquinhos” para construir o ECA. Caso haja tempo disponível, é possível criar os “bloquinhos”, solicitando aos próprios alunos que façam os cubos de cartolina ou papel, conforme modelo a seguir:

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

Olesia Misty/Shutterstock.com

MODELO DE CUBO A SER MONTADO PARA SUBSTITUIR PEÇAS DE ENCAIXE.

2. Pedir que escrevam com caneta hidrocor o nome de um direito presente no ECA, em um pequeno pedaço de fita crepe. 3. Orientar os estudantes a colar o pedaço de fita na peça adequada para representar aquele direito. 4. Deixar que eles montem, em grupo, seu edifício ECA. A atividade de montagem dos edifícios deve durar, aproximadamente, 30 minutos. Os minutos restantes da aula devem ser utilizados para a avaliação.

Avaliação Para avaliar se a atividade atingiu o objetivo da aula, isto é, mostrar que as crianças possuem direitos fundamentais garantidos pelo ECA, pedir que cada grupo apresente aos demais suas construções, explicando o que montaram com base nas orientações oferecidas. Verificar se eles associaram corretamente os direitos às peças, considerando, especialmente, o tamanho delas. Deixar que se expressem espontaneamente sobre a maneira como usaram as peças, atribuindo importância aos direitos e procurando identificar por que a peça foi colocada naquele lugar.

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

Aula 2 Na aula seguinte, sugerimos aprofundar a discussão sobre direito à educação. Iniciar questionando se os estudantes sabem que têm direito de ir à escola. Permitir que eles expressem o que sabem sobre o assunto. Informar que o ideal é que todas as crianças frequentem uma escola localizada perto de sua casa (e que as escolas sejam de qualidade, assegurando boa educação a todos). Mas, nem sempre isso é possível, e algumas famílias, por exemplo, preferem colocar suas crianças em escolas próximas ao local de trabalho de um dos pais ou responsáveis. Após essas explicações, perguntar: 1. VOCÊ ESTUDA PERTO DE ONDE MORA? É importante saber se os alunos moram próximo à escola, para trazer exemplos pertinentes à realidade do seu cotidiano. 2. VOCÊ DEMORA MUITO OU POUCO TEMPO PARA CHEGAR À ESCOLA? Esta questão permite uma aproximação ao tema distância e sua relação com o tempo de deslocamento. A resposta irá depender, também, do meio de transporte utilizado pelos alunos para irem de suas moradias à escola. 3. COM QUEM VOCÊ COSTUMA VIR PARA A ESCOLA? Permitir que os alunos digam quem os acompanha cotidianamente à escola. Em caso de algum aluno fazer o trajeto casa-escola sozinho, chamar atenção para os cuidados que devem ter para que isso ocorra de modo seguro. 4. VOCÊ SEMPRE FAZ O MESMO CAMINHO PARA CHEGAR À ESCOLA? Deixar que expressem como é a rotina diária deles para chegar à escola. 5. QUAL TRANSPORTE VOCÊ UTILIZA PARA CHEGAR À ESCOLA? Os alunos poderão expor que vão para a escola a pé, de ônibus, metrô, barco, carona etc. Pedir que comparem os diferentes meios de transportes para chegar à escola. Estimular os estudantes a narrar as experiências pessoais cotidianas que envolvem o deslocamento para a escola. Destacar que cada família se organiza de uma forma própria para garantir o exercício do direito à educação de suas crianças. Chamar atenção ao fato de que algumas escolas também interferem nesses deslocamentos, oferecendo transporte para buscar seus estudantes em casa e levá-los de volta ao final das atividades escolares. Essa etapa deve durar, aproximadamente, 15 minutos. Como atividade prática sistematizadora, propor aos estudantes que usem a massinha de modelar para representar a pessoa que o traz à escola e o meio de transporte que utiliza para fazer o trajeto. Caso o estudante vá sozinho e a pé, sugerir que ele se represente. Lembrar de que, se andarem a pé, é importante usar sapatos apropriados que, além de mais confortáveis, contribuem para a saúde.

Avaliação Nesta etapa, avaliar o que os compreenderam do que foi discutido, pedindo que criem uma história curta (fictícia ou não) de uma personagem que vá do lugar onde mora à escola. A história será contada oralmente. Oriente-os na criação, explicando o que é uma personagem e que uma história deve ter começo, meio e fim. Pedir que registrem o que ouviram dos colegas, pois eles devem desenhar uma das histórias contadas. Certificar-se de que as histórias contadas por todos serão aproveitadas por algum colega. Depois, solicitar-lhes que mostrem o desenho aos demais colegas. Indicamos afixar os respectivos desenhos em um mural na sala de aula. Finalmente, avaliar se os alunos absorveram em sua história os elementos do que foi discutido sobre trajeto. 57


Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

Aula 3 A aula final desta sequência didática visa à elaboração de mapas mentais do itinerário da casa para a escola. No primeiro momento da aula, explicar que os mapas são desenhos que representam os espaços. Nessa representação é importante que se usem alguns pontos de referência que podem estar presentes no itinerário e que devem constar no mapa, como, nomes de ruas, lojas, mercadinhos, farmácias etc. Para exemplificar, mostrar um cartaz com uma imagem de um trajeto em que se destacam pontos de referência simples, conforme indicamos a seguir. Discutir o desenho com os alunos.

Luís Moura

CROQUI DE TRAJETO COM PONTOS DE REFERÊNCIAS SIMPLES.

Orientá-los à observação da imagem e propor a eles a seguinte questão: 1. O QUE CHAMA SUA ATENÇÃO NESSE TRAJETO? Deixar que os alunos descrevam espontaneamente o que observam. Eles devem destacar os traços, as árvores, as casas e outros pontos de referência. Explicar que se os estudantes fizessem o trajeto desenhado no cartaz, encontrariam na realidade as árvores, a casa e os demais elementos e objetos representados no papel. Fazer as seguintes perguntas aos alunos: 2. O QUE VOCÊ VÊ QUANDO VAI DA SUA CASA PARA A ESCOLA? Deixar que os alunos descrevam quais elementos estão presentes na paisagem cotidiana, no trajeto de casa para a escola. 58


Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

3. DE SUA CASA ATÉ A ESCOLA, HÁ ÁRVORES, PRÉDIOS OU CASAS? Dar exemplo do que eles podem observar na paisagem, caso os alunos encontrem dificuldade para descrever o que observam. Diga-lhes que podem observar construções, comércios, elementos naturais etc. 4. O CAMINHO QUE VOCÊ FAZ DE CASA ATÉ A SUA ESCOLA TEM LADEIRAS OU É PLANO? Esta questão permite observar se os alunos notam aspectos relacionados às formas de relevo, e se sentem a diferença durante o trajeto, mesmo que seja sutil. 5. NO CAMINHO QUE VOCÊ FAZ DE CASA PARA A ESCOLA, HÁ MUITAS PESSOAS NAS RUAS OU ELE É VAZIO? Esta questão está relacionada à densidade demográfica dos diferentes lugares. É provável que, no contexto urbano, as áreas por onde caminham tenham mais pessoas que em pequenas cidades ou áreas rurais. Permitir que exponham suas experiências cotidianas e descrevam o trajeto para a escola, induzindo à exploração, sobretudo, da forma do terreno, das construções e dos fluxos (de pessoas, carros etc.). Esclarecer que todos esses elementos observados nos seus descolamentos entre a casa e a escola são passíveis de ser representados em um mapa. Orientá-los a elaborar o mapa mental, segundo os passos a seguir:  Organizar a turma em grupos de quatro alunos (esse número poderá variar de acordo com a quantidade de alunos na sala).  Distribuir para cada grupo uma cartolina com a imagem da escola no meio, conforme o exemplo a seguir:

NiD Possibilidades Ilustradas

SUGESTÃO DE REPRESENTAÇÃO DA ESCOLA A SER INSERIDA NO MEIO DA CARTOLINA.

     

Dependendo do tempo disponível para a realização da atividade, propor que os próprios estudantes façam um desenho da escola no meio da cartolina. Cada estudante deverá representar sua casa em uma das extremidades da folha. Cada uma das casas representa a moradia dos integrantes do grupo. Cada estudante deverá desenhar o trajeto de sua casa até a escola. Pedir que destaquem o trajeto colando um pedaço de barbante. Marcar o barbante com caneta hidrocor para cada ponto de referência existente (farmácia, mercado etc.) que o aluno julgar importante no caminho e na sequência correta em que ele está localizado. Desenhar na cartolina os pontos de referências marcados no caminho.

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

Para tirar dúvidas Os estudantes podem sentir dificuldade em compreender os pontos de referência do trajeto até a escola. Se necessário, exemplificar na lousa alguns itinerários dentro da própria escola, por exemplo, o que é possível observar da sala de aula ao pátio ou à cantina. Fazer os demais esclarecimentos acompanhando os trabalhos que estão sendo desenvolvidos por cada grupo.

Avaliação Quando os cartazes estiverem prontos, devem ser expostos na sala de aula. Chamar atenção para o fato de que há diferentes caminhos para se chegar à escola. Cada caminho tem características próprias e, ao mesmo tempo, cada criança nota características específicas dos trajetos realizados. Mesmo que algumas crianças façam o mesmo trajeto diário, provavelmente, apresentarão desenhos distintos. Explicar que isso é normal e ocorre porque cada pessoa tem uma percepção individual do que vê nos trajetos que faz. Avaliar se conseguiram representar os elementos solicitados.

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

Proposta de acompanhamento da aprendizagem Avaliação de Geografia: 1o bimestre NOME: _______________________________________________________________________________________ TURMA: __________________________ DATA: ____________________________________________________

1. OBSERVE A IMAGEM.

SIDNEY MEIRELES/ GIZ DE CERA

NESSA ESCOLA, OS ESTUDANTES ESTÃO: A) CUIDANDO CORRETAMENTE DELA. B) JOGANDO LIXO EM LUGAR INADEQUADO. C) FAZENDO BAGUNÇA EM HORA ERRADA. D) CONVERSANDO MUITO ALTO.

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

2. OBSERVE A IMAGEM A SEGUIR E INDIQUE O QUE NÃO COSTUMAMOS FAZER NO PARQUE.

Sidney Meireles/Giz de Cera

(A) BRINCAR. (B) PASSEAR COM O CACHORRO. (C) JANTAR. (D) TIRAR FOTOGRAFIA.

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

3. QUAL ATIVIDADE DE TRABALHO É REPRESENTADA PELO PROFISSIONAL DA IMAGEM A SEGUIR?

Avalone

(A) ASSAR PÃO. (B) APAGAR FOGO. (C) COLETAR LIXO. (D) ENTREGAR CORRESPONDÊNCIAS.

4. INDIQUE QUAIS CÔMODOS ENCONTRAMOS NA ESCOLA E TAMBÉM EM NOSSA CASA: (A) BANHEIRO. (B) QUARTO DE DORMIR. (C) SALA DE AULA. (D) REFEITÓRIO.

5. INDIQUE A ALTERNATIVA QUE COMPLETA A FRASE A SEGUIR: NA BIBLIOTECA DA ESCOLA, EU COSTUMO______________________. (A) CORRER (B) LER (C) ESCOVAR OS DENTES (D) COMER MEU LANCHE

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

6. OBSERVE A IMAGEM E INDIQUE DUAS ATIVIDADES DOMÉSTICAS QUE VOCÊ CONSEGUE NOTAR.

Galvão Bertazzi

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

7. ASSOCIE CORRETAMENTE AS CRIANÇAS AOS LOCAIS EM QUE ELAS DEVERÃO IR.

Tél Coelho/Giz de Cera

8. OBSERVE O QUARTO DE ANA E CIRCULE OS OBJETOS QUE PODEM SER LEVADOS À ESCOLA.

Chris Borges

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

9. DESENHE NO QUADRO A SEGUIR UMA TAREFA QUE VOCÊ COSTUMA FAZER PARA AJUDAR EM SUA CASA.

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

10. PINTE AS FIGURAS QUE REPRESENTAM AS PESSOAS QUE MORAM COM VOCÊ:

Chris Borges

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11. NA ESCOLA, OS ALUNOS APRENDEM, BRINCAM, FAZEM AMIGOS E DEVEM RESPEITAR AS REGRAS DE CONVÍVIO. ESCOLHA UMA DAS REGRAS INDICADAS A SEGUIR E FAÇA UM DESENHO PARA ILUSTRAR. RESPEITO – COOPERAÇÃO – RESPONSABILIDADE – COMPANHEIRISMO

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

12. FAÇA UM X NO CÔMODO ONDE COSTUMAMOS FAZER NOSSAS REFEIÇÕES.

Tel Coelho/Giz de Cera

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

13. PINTE AS CENAS QUE REPRESENTAM ATIVIDADES QUE PODEMOS FAZER EM UM PARQUE OU EM UMA PRAÇA.

Marco A. Cortez

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

14. LIGUE OS PERSONAGENS ÀS SUAS RESPECTIVAS CASAS:

Marcos Guilherme

15. ESCREVA A ATIVIDADE QUE VOCÊ MAIS GOSTA DE FAZER NA ESCOLA: ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

Proposta de acompanhamento da aprendizagem Avaliação de Geografia: 1o bimestre NOME: TURMA: __________________________ DATA: ____________________________________________________

1. OBSERVE A IMAGEM.

SIDNEY MEIRELES/ GIZ DE CERA

NESSA ESCOLA, OS ESTUDANTES ESTÃO: A) CUIDANDO CORRETAMENTE DELA. B) JOGANDO LIXO EM LUGAR INADEQUADO. C) FAZENDO BAGUNÇA EM HORA ERRADA. D) CONVERSANDO MUITO ALTO. Habilidade trabalhada: (EF01GE04) Discutir e elaborar, coletivamente, regras de convívio em diferentes espaços (sala de aula, escola etc.). Resposta: A. A ilustração torna claro que os estudantes estão cuidando de forma correta da escola. Distratores: B) O lixo está sendo jogado no lugar correto e não incorreto; C) Os estudantes não estão fazendo bagunça; D) Os estudantes não estão conversando.

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

2. OBSERVE A IMAGEM A SEGUIR E INDIQUE O QUE NÃO COSTUMAMOS AZER NO PARQUE.

SIDNEY MEIRELES/ GIZ DE CERA

(A) BRINCAR. (B) PASSEAR COM CACHORRO. (C) JANTAR. (D) TIRAR FOTOGRAFIA. Habilidade trabalhada: (EF01GE03) Identificar e relatar semelhanças e diferenças de usos do espaço público (praças, parques) para o lazer e diferentes manifestações. Resposta: C. Porque indica um tipo de uso que não costumamos fazer no parque. Na ilustração, não há referências de pessoas alimentando-se nesse local. Distratores: As alternativas A, B e D indicam diversos tipos de usos que ocorrem no parque, como exemplo de espaço público familiar ao cotidiano dos alunos.

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Geografia – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

3. QUAL ATIVIDADE DE TRABALHO É REPRESENTADA PELO PROFISSIONAL DA IMAGEM A SEGUIR?

Avalone

(A) ASSAR PÃO. (B) APAGAR FOGO. (C) COLETAR LIXO. (D) ENTREGAR CORRESPONDÊNCIAS. Habilidade trabalhada: (EF01GE07) Descrever atividades de trabalho relacionadas com o dia a dia da sua comunidade. Resposta: D. Porque indica corretamente a atividade de trabalho sendo realizada pelo carteiro ilustrado na imagem. Distratores: As alternativas A, B e C indicam outras atividades de trabalho relacionadas com o dia a dia da comunidade dos alunos, tais como padeiro, bombeiro e lixeiro, respectivamente.

4. INDIQUE QUAIS CÔMODOS ENCONTRAMOS NA ESCOLA E TAMBÉM EM NOSSA CASA: (A) BANHEIRO. (B) QUARTO DE DORMIR. (C) SALA DE AULA. (D) REFEITÓRIO. Habilidade trabalhada: (EF01GE01) Descrever características observadas de seus lugares de vivência (moradia, escola etc.) e identificar semelhanças e diferenças entre esses lugares. Resposta: A. Porque indica corretamente um tipo de cômodo que os alunos poderão encontrar tanto nas escolas como em suas moradias. Distratores: As alternativas B, C e D indicam cômodos que costumamos encontrar somente em moradia, como o quarto de dormir, ou somente nas escolas, como sala de aula e refeitório. 74


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5. INDIQUE A ALTERNATIVA QUE COMPLETA A FRASE A SEGUIR: NA BIBLIOTECA DA ESCOLA, EU COSTUMO______________________. (A) CORRER (B) LER (C) ESCOVAR OS DENTES (D) COMER MEU LANCHE Habilidade trabalhada: (EF01GE01) Descrever características observadas de seus lugares de vivência (moradia, escola etc.) e identificar semelhanças e diferenças entre esses lugares. Resposta: B. Porque indica corretamente que a leitura é o que se costuma fazer nas bibliotecas das escolas. Distratores: As alternativas A, C e D indicam outras atividades que os alunos podem fazer na escola, porém fora do espaço da biblioteca.

6. OBSERVE A IMAGEM E INDIQUE DUAS ATIVIDADES DOMÉSTICAS QUE VOCÊ CONSEGUE NOTAR.

Galvão Bertazzi

Habilidade trabalhada: (EF01GE07) Descrever atividades de trabalho relacionadas com o dia a dia da sua comunidade. Resposta sugerida: Os alunos poderão mencionar: as crianças estão plantando; a moça e seu filho estão jogando uma garrafa plástica no lixo reciclável.

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7. ASSOCIE CORRETAMENTE AS CRIANÇAS AOS LOCAIS EM QUE ELAS DEVERÃO IR.

TEL COELHO/GIZ DE CERA

Habilidade trabalhada: (EF01GE03) Identificar e relatar semelhanças e diferenças de usos do espaço público (praças, parques) para o lazer e diferentes manifestações. Resposta sugerida: Os alunos deverão relacionar o garoto de pijama com a cama; a garota com skate com a rampa de skate; o garoto segurando o livro com a mesa de estudos; e a garota com a mochila com a escola.

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8. OBSERVE O QUARTO DE ANA E CIRCULE OS OBJETOS QUE PODEM SER LEVADOS À ESCOLA.

Chris Borges

Habilidade trabalhada: (EF01GE01) Descrever características observadas de seus lugares de vivência (moradia, escola etc.) e identificar semelhanças e diferenças entre esses lugares. Resposta sugerida: Os alunos poderão circular um dos livros ou papéis jogados no chão do quarto ou as canetas e lápis localizados em cima da mesa de estudos.

9. DESENHE NO QUADRO A SEGUIR UMA TAREFA QUE VOCÊ COSTUMA FAZER PARA AJUDAR EM SUA CASA.

Habilidade trabalhada: (EF01GE07) Descrever atividades de trabalho relacionadas com o dia a dia da sua comunidade. Resposta sugerida: Os alunos deverão desenhar a atividade doméstica que costumam ajudar a fazer no lugar onde moram, tais como arrumar a cama, guardar os brinquedos, guardar roupas e sapatos, molhar as plantas, varrer o chão, ajudar na cozinha etc. 77


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10. PINTE AS FIGURAS QUE REPRESENTAM AS PESSOAS QUE MORAM COM VOCÊ:

Chris Borges

Habilidade trabalhada: (EF01GE01) Descrever características observadas de seus lugares de vivência (moradia, escola etc.) e identificar semelhanças e diferenças entre esses lugares. É possível que alguns alunos não consigam encontrar nas figuras apresentadas uma referência específica de alguém que more com eles. Nesse caso, peça que desenhem a pessoa ou animal de estimação nos espaços ao lado das figuras já apresentadas. Tais desenhos deverão, necessariamente, ser coloridos.

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11. NA ESCOLA, OS ALUNOS APRENDEM, BRINCAM, FAZEM AMIGOS E DEVEM RESPEITAR AS REGRAS DE CONVÍVIO. ESCOLHA UMA DAS PALAVRAS INDICADAS A SEGUIR E FAÇA UM DESENHO PARA ILUSTRAR. RESPEITO – COOPERAÇÃO – RESPONSABILIDADE – COMPANHEIRISMO

Habilidade trabalhada: (EF01GE04) Discutir e elaborar, coletivamente, regras de convívio em diferentes espaços (sala de aula, escola etc.). Resposta sugerida: Os alunos deverão desenhar uma das regras de convívio do ambiente escolar descrita anteriormente. No entanto, como se trata de um conteúdo subjetivo, poderão encontrar dificuldade em compreender o significado de cada uma. Para esclarecer tais dúvidas, dar exemplos práticos presentes no cotidiano do aluno, por exemplo: respeito – aceitar e permitir que o colega tenha a vez dele na hora de brincar, se expressar na sala de aula etc.; cooperação – ajudar os colegas que têm dificuldades na realização de determinadas tarefas; responsabilidade – mostrar aos alunos que eles devem realizar uma tarefa e cumprir o tempo estipulado pelo professor; companheirismo – saber brincar, conversar, fazer tarefas com o colega.

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12. FAÇA UM X NO CÔMODO ONDE COSTUMAMOS FAZER NOSSAS REFEIÇÕES.

Tel Coelho/Giz de Cera

Habilidade trabalhada: (EF01GE01) Descrever características observadas de seus lugares de vivência (moradia, escola etc.) e identificar semelhanças e diferenças entre esses lugares. Resposta sugerida: Ao observar as características da moradia apresentada pela ilustração, os alunos deverão marcar o X no cômodo do canto inferior direito, representado pela cozinha ou sala de jantar. Os outros cômodos representam sala de estar, quarto, biblioteca ou escritório.

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13. PINTE AS CENAS QUE REPRESENTAM ATIVIDADES QUE PODEMOS FAZER EM UM PARQUE OU EM UMA PRAÇA.

Marco A. Cortez

Habilidade trabalhada: (EF01GE03) Identificar e relatar semelhanças e diferenças de usos do espaço público (praças, parques) para o lazer e diferentes manifestações. Resposta sugerida: Os alunos deverão pintar a cena na qual há crianças correndo ao ar livre e a cena na qual há crianças brincado com bola. As outras cenas ilustram atividades que não costumamos fazer no espaço público (praças, parques).

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14. LIGUE OS PERSONAGENS ÀS SUAS RESPECTIVAS moradias:

Marcos Guilherme

Habilidade trabalhada: (EF01GE08) Criar mapas mentais e desenhos com base em itinerários, contos literários, histórias inventadas e brincadeiras. Resposta sugerida: Para criar os itinerários corretamente, os alunos deverão ligar as formigas ao formigueiro, o garoto indígena à oca, o coelho ao buraco com a cenoura, o pássaro ao ninho, o tatu ao buraco no chão, o garoto de camiseta listrada à casa e o garoto esquimó ao iglu.

15. ESCREVA A ATIVIDADE QUE VOCÊ MAIS GOSTA DE FAZER NA ESCOLA: ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF01GE01) Descrever características observadas de seus lugares de vivência (moradia, escola etc.) e identificar semelhanças e diferenças entre esses lugares. Resposta sugerida: A resposta dessa questão deve partir da reflexão dos próprios alunos. No entanto, é necessário auxiliá-los durante a escrita da atividade.

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Ficha de acompanhamento individual "A Ficha de Acompanhamento Individual é um instrumento de registro onde podemos verificar e avaliar de forma individual, contínua e diária, a evolução da aprendizagem. Ela serve para que nós, professores, possamos acompanhar o progresso de cada um de nossos." Programa de Apoio a Leitura e Escrita: PRALER. Caderno de Teoria e Prática 6 – Avaliação e projetos na sala de aula. Brasília: FNDE/MEC, 2007. p. 20.

Total = TT

Legenda Não desenvolvida = ND

Em evolução = EE

Não observada = NO

Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: _________________________________ Data: ______________________________________________ Data

Habilidade

TT

EE

ND

NO

Anotações

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