digital-conectados-geo3 by Editora FTD

Geografia EDILSON ADÃO CÂNDIDO DA SILVA LAERCIO FURQUIM JUNIOR

3 COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA

3O. ANO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS

MANUAL DO PROFESSOR MATERIAL DIGITAL

São Paulo | 1a. edição | 2018

Diretor editorial Lauri Cericato Gerente editorial Silvana Rossi Júlio

Editora Natalia Taccetti Equipe de edição Ofício do Texto Projetos Editoriais Gerente de produção editorial Mariana Milani Coordenador de produção editorial Marcelo Henrique Ferreira Fontes Gerente de arte Ricardo Borges Coordenadora de ilustrações e cartografia Marcia Berne Coordenadora de preparação e revisão Lilian Semenichin

Supervisora de iconografia e licenciamento de textos Elaine Bueno

Supervisora de arquivos de segurança Silvia Regina E. Almeida

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Silva, Edilson Adão Cândido da Conectados geografia, 3o ano : componente curricular geografia : ensino fundamental, anos iniciais / Edilson Adão Cândido da Silva, Laercio Furquim Junior. – 1. ed. – São Paulo : FTD, 2018. ISBN 978-85-96-01362-8 (aluno) ISBN 978-85-96-01363-5 (professor) 1. Geografia (Ensino fundamental) I. Furquim Junior, Laercio. II. Título. 17-11597 CDD-372.891 Índices para catálogo sistemático: 1. Geografia : Ensino fundamental 372.891

EDITORA FTD. Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br

Material disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons – Atribuição não comercial (CC BY NC – 4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros.

Sumário Apresentação ........................................................................................................ 4 1o bimestre Plano de desenvolvimento: O que é paisagem? .............................................................. 15 Projeto integrador: Álbum de paisagens .......................................................................... 19 1a sequência didática: Minha paisagem .......................................................................... 29 2a sequência didática: As paisagens e seus olhares ...................................................... 36 3a sequência didática: Os elementos da paisagem ........................................................ 42 4a sequência didática: Visões da paisagem .................................................................... 48 Proposta de acompanhamento da aprendizagem .......................................................... 56

2o bimestre Plano de desenvolvimento: As mudanças na paisagem ................................................ 76 Projeto integrador: Transformar o lixo ............................................................................. 82 1a sequência didática: De onde vem a madeira? ............................................................. 93 2a sequência didática: Ações humanas sobre a natureza e a paisagem ....................... 99 3a sequência didática: A luz solar e as paisagens......................................................... 105 Proposta de acompanhamento da aprendizagem ........................................................ 110

3o bimestre Plano de desenvolvimento: O campo e a cidade ........................................................... 129 Projeto integrador: O caminho dos alimentos ............................................................... 133 1a sequência didática: Olhar a paisagem ....................................................................... 143 2a sequência didática: As comunidades indígenas ....................................................... 147 3a sequência didática: As atividades do campo ............................................................ 153 4a sequência didática: As atividades da cidade ............................................................ 160 Proposta de acompanhamento da aprendizagem ........................................................ 165

4o bimestre Plano de desenvolvimento: Os impactos no ambiente ................................................. 178 Projeto integrador: Repensando o desperdício ............................................................. 181 1a sequência didática: A poluição das águas e seus impactos .................................... 189 2a sequência didática: Compostagem ........................................................................... 193 3a sequência didática: Transgênicos – heróis ou vilões? ............................................. 198 4a sequência didática: A agricultura e a água................................................................ 202 Proposta de acompanhamento da aprendizagem ........................................................ 209

Geografia – Apresentação

Apresentação No texto a seguir apresentamos a organização do Manual do Professor – Material Digital, identificando cada tipo de documento disponibilizado e explicando sua função e ordenação, bem como sua relação com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Em seguida, fundamentamos as escolhas de conteúdo e organização do material com base na proposta pedagógica da coleção.

Organização deste Material Digital O material digital desta coleção de Geografia está organizado em bimestres. Cada um deles contém Plano de desenvolvimento, Sequências didáticas, Proposta de acompanhamento da aprendizagem e Projeto integrador. Essas ferramentas visam complementar o que está proposto no livro didático impresso e oferecer outras possibilidades de atuação ao professor. O objetivo é apresentar subsídios que possam enriquecer o dia a dia do docente. É importante enfatizar que todas as propostas deste material são sugestões. O professor tem total liberdade para adequar cada material à sua realidade escolar.

Plano de desenvolvimento O Plano de desenvolvimento bimestral consiste em um documento de apresentação dos objetivos de cada bimestre. Nele estão indicados os conteúdos tratados e a relação deles com a Base Nacional Comum Curricular (2017), esmiuçando os objetos de conhecimento e habilidades desenvolvidos e a relação dos mesmos com a prática didático-pedagógica. São indicadas as habilidades mínimas esperadas que sejam desenvolvidas pelos estudantes em cada bimestre, a fim de garantir a continuidade do trabalho no bimestre seguinte. No plano, sugerimos práticas de sala de aula que auxiliam a realização do trabalho proposto, seguindo a metodologia adotada na coleção, orientamos o professor quanto à organização do espaço, às formas de tratamento dos estudantes, à resolução de possíveis conflitos, às maneiras de inserir os estudantes no processo de aprendizagem, entre outras sugestões. Ao conceber o plano, também temos em mente as competências gerais e específicas previstas na BNCC, que desenvolvem qualidades e valores mais amplos e fundamentais, como autonomia, senso crítico, respeito à diversidade e empatia. O professor deve, com base no conteúdo previsto e das práticas sugeridas, auxiliar os estudantes no desenvolvimento dessas e de outras competências, contribuindo para sua formação integral, conforme exposto na BNCC:

Geografia – Apresentação

[...] a BNCC afirma, de maneira explícita, o seu compromisso com a educação integral, reconhecendo que a educação básica deve visar à formação e ao desenvolvimento humano global (...), o conceito de educação integral com o qual a BNCC está comprometida se refere à construção intencional de processos educativos que promovam aprendizagens sintonizadas com as necessidades, as possibilidades e os interesses dos alunos e, também, com os desafios da sociedade contemporânea, de modo a formar pessoas autônomas, capazes de se servir dessas aprendizagens em suas vidas. (BRASIL, 2017, p. 17.)

No subtítulo Foco, orientamos o professor quanto ao trabalho com as possíveis dificuldades que os estudantes podem apresentar em cada bimestre, garantindo a possibilidade de aprendizagem para todos, respeitando, dentro do possível, os diferentes tempos e abordagens que cada um necessita. Ao final do documento, há sugestões de sites, leituras, vídeos e passeios que podem auxiliar o professor no trabalho proposto, seja no conteúdo a ser desenvolvido, seja nas atividades previstas ou ainda na postura dentro da sala de aula.

Sequência didática As Sequências didáticas são “sequências de atividades planejadas para a efetivação de objetivos educacionais específicos” (CASTELLAR, 2016); nesse caso, sugestões para aprofundar ou trabalhar de forma alternativa alguns conteúdos propostos no livro impresso, possibilitando um melhor desenvolvimento de certas habilidades. A Sequência didática coloca o aluno não apenas como receptor de conteúdo, ela proporciona espaço para o debate e a construção coletiva de conhecimento, pois possibilita, segundo Zabala (1998 apud CASTELLAR, 2016), a articulação de diferentes modalidades de atividades, visando a um objetivo que deve ser conhecido tanto pelo professor, como pelos estudantes. O autor destaca a importância da organização sequencial das atividades e da determinação da função de cada atividade proposta. O conhecimento do planejamento permite aos estudantes fazer parte do percurso que está programado, do que foi acordado entre professor e estudantes. Na criação dos planos de aula da sequência didática, o professor deve considerar seu público, conforme explica a autora: [...] Este é o momento em que o professor procura se aproximar da realidade do alunado e da instituição para definir as direções do ensino e, simultaneamente, refletir sobre os conteúdos em relação ao contexto social e cognitivo dos alunos. (CASTELLAR, 2016, p. 32.)

É importante ressaltar que o ideal é que o professor adeque as sequências de acordo com as possibilidades e a realidade de cada escola e turma, visto que a ideia da sequência didática é minimizar os imprevistos. Nas próprias sequências há indicações de momentos em que é interessante a realização de pesquisa complementar, a fim de aproximar o conteúdo da realidade dos estudantes, por exemplo. Há também um esforço para que as sequências possam ser realizadas em qualquer escola; portanto, ao sugerir atividades que requerem o uso de tecnologia, tentamos sempre oferecer outra opção para que o professor possa desenvolver as mesmas habilidades na ausência dos materiais e recursos indicados no início do documento. 5

Geografia – Apresentação

O número de aulas mencionado em cada sequência didática é uma sugestão; assim, elas podem ser realizadas em mais ou menos tempo, a critério do professor que deve considerar o planejamento bimestral e a familiaridade da turma com o conteúdo trabalhado. Cada sequência contém um quadro indicando os objetos de conhecimento e as habilidades da BNCC, em que são desenvolvidos, parcial ou integralmente, os objetivos de aprendizagem traçados para as atividades propostas e os conteúdos que são trabalhados com aquela sequência didática. As Sequências estão divididas em aulas. Nelas, descrevemos os procedimentos sugeridos para cada aula, fornecendo material de apoio, como textos e imagens, e propondo questões avaliativas e outras formas de análise do trabalhado a ser realizado. Há um subtítulo Avaliação para melhor explicar de que forma é possível realizá-la e o que deve ser considerado com base nas atividades propostas. No subtítulo “Para trabalhar dúvidas” prevemos algumas possíveis dificuldades e damos sugestões ao professor quanto às melhores maneiras de auxiliá-los na sua superação. Em Ampliação, sugerimos uma atividade complementar às aulas da sequência didática, a fim de aprofundar o conteúdo trabalhado.

Projeto integrador O Projeto integrador, como o próprio nome indica, objetiva integrar diferentes áreas do conhecimento, de forma a atribuir maior sentido aos componentes curriculares e seus conteúdos, aproximando-os da realidade dos estudantes, preferencialmente por meio do trabalho com situações que fazem parte de suas vivências. Um método sistemático de ensino que envolve os alunos na aquisição de conhecimentos e de habilidades por meio de um extenso processo de investigação estruturado em torno de questões complexas e autênticas e de produtos e tarefas cuidadosamente planejados. (Buck Institute for Education, 2008)

Os projetos são apresentados indicando seus temas, as disciplinas que os compõem, os objetivos e o produto final. Um projeto pode acompanhar o desenvolvimento do conteúdo de todo o bimestre ou, focar em alguns temas em cada disciplina, dependendo de como foi pensado. Os componentes curriculares devem ser trabalhados de forma equilibrada, sem um destaque para determinada disciplina, em detrimento de outras. A interdisciplinaridade presente no projeto propicia um momento muito rico e, às vezes, raro na educação básica, que é o de fazer relações entre diferentes conteúdos, buscando compreender algum fenômeno da realidade em sua totalidade, e não por meio de recortes e métodos próprios de cada disciplina. Cada projeto tem uma justificativa, que consiste em uma questão que guia seu desenvolvimento e a forma como esse trabalho colabora para a aprendizagem. Essa questão deve ter relação com a realidade dos estudantes e com os conteúdos trabalhados no bimestre. Os projetos também têm o subtítulo Objetivos, em que listamos os objetivos gerais e específicos do trabalho proposto. Seguindo os objetivos, são elencadas as competências gerais da BNCC e as habilidades específicas de cada disciplina a serem desenvolvidas. Posteriormente, apresentamos mais detalhadamente o produto final do projeto, que pode ser muito variado, mas em geral sugerimos que seja apresentado à comunidade de alguma forma, aproximando a escola de seu entorno. 6

Geografia – Apresentação

Após a lista de materiais, que pode ser adequada de acordo com a necessidade de cada professor, há as etapas do projeto, descritas passo a passo. Sua realização está prevista para um período predeterminado de aulas. Sugerimos ao professor que se aproprie do projeto com antecedência e planeje a distribuição das aulas dentro das disciplinas correspondentes, explicitando o máximo possível a relação entre o tema e cada disciplina, e entre elas. Por se tratar de um trabalho mais longo, é importante fornecer as informações referentes ao planejamento do projeto aos estudantes e relembrá-los de cada etapa, de forma que eles possam ter a dimensão do trabalho como um todo, fazendo as conexões entre as etapas. As avaliações são realizadas em diferentes momentos, durante a realização do projeto, e de formas variadas, algumas são atitudinais e outras, referentes ao conteúdo, podem ser usadas para avaliação dos estudantes ou do trabalho, fornecendo informações para que o professor determine a melhor maneira de prosseguir. Durante as descrições de cada aula e etapa do projeto, em uma tentativa de facilitar o trabalho do professor, sugerimos formas de lidar com questões e possíveis dificuldades apresentadas pelos estudantes. Detalhamos os procedimentos que devem ser seguidos na confecção do produto final e de que forma ele pode ser apresentado e avaliado. Após a finalização de todas as etapas previstas para o projeto, há um subtítulo Avaliação, em que organizamos, em uma tabela, todas as possibilidades de avaliação, aula a aula, sugerindo o que o professor pode observar e analisar. Em Avaliação final sugerimos estratégias de autoavaliação para o professor, a fim de auxiliá-lo a repensar em sua prática pedagógica e a realização do projeto, identificando os pontos fortes e fracos de sua elaboração, e também para os estudantes, proporcionando-lhes um momento de percepção e análise do processo que vivenciaram. No final do documento, há referências bibliográficas complementares, indicações de sites, vídeos, livros e passeios que podem auxiliar os estudantes e/ou o professor no desenvolvimento dos temas ou nas atividades trabalhadas no projeto.

Proposta de acompanhamento da aprendizagem A Proposta de acompanhamento da aprendizagem visa possibilitar o acompanhamento da evolução dos estudantes e a verificação do desenvolvimento das habilidades previstas a cada bimestre. Ela é composta de 15 questões e está organizada, de acordo com o grau de dificuldade, das questões mais simples para as mais complexas. Esse documento contém as questões prontas para impressão, seguidas pelas mesmas questões acompanhadas dos respectivos gabaritos, indicação das habilidades trabalhadas e orientações para o professor referentes às possíveis interpretações ao indicar as respostas. O professor deve estimular a interpretação textual para que os estudantes consigam entender corretamente o que está sendo proposto em cada uma delas. As questões abertas possibilitam diferentes formas de expressão. Algumas são escritas, enquanto outras podem solicitar um desenho, ou relacionar a colunas, localize e indique elementos em imagens com base em alguma classificação, entre outras possibilidades. Ao final de cada proposta, há uma Ficha de Acompanhamento Individual a ser preenchida pelo professor, com o objetivo de analisar a evolução de cada estudante, especificando seus avanços e suas dificuldades.

Geografia – Apresentação

A proposta pedagógica da Coleção Ensino de Geografia hoje Desde a década de 1990, quando teve início intenso processo de transformações na educação, o ensino de Geografia vem se adequando às mudanças decorrentes da era da informação e da renovação da educação brasileira, que é entendida de forma mais abrangente, incluindo em seus planos, além dos conteúdos a serem trabalhados, habilidades, competências, expectativas atitudinais e temáticas atuais. Objetiva-se assim, dar conta não só do ensino de Geografia, mas da formação integral do cidadão, entendendo o pensamento espacial e raciocínio geográfico como algumas das ferramentas para compreensão da realidade, obtidas na educação básica como um todo. É papel do Estado democrático investir na escola, para que ela prepare e instrumentalize crianças e jovens para o processo democrático, forçando o acesso à educação de qualidade para todos e às possibilidades de participação social. (BRASIL, 1997, p. 27)

Considerando a fase de aprendizagem em que se encontram nos anos iniciais do Ensino Fundamental, a Geografia é uma disciplina que favorece a compreensão do mundo, apresentando relações existentes entre fenômenos e lugares, e desenvolvendo uma leitura crítica e questionadora dos episódios identificados. O ensino de Geografia, nesse sentido, contribui para a construção da identidade dos estudantes, a compreensão de suas próprias vivências e a apreensão de noções de espaço e tempo, as quais permitem a análise de transformações no mundo. Ler o mundo da vida, ler o espaço e compreender que as paisagens que podemos ver são resultado da vida em sociedade, dos homens na busca da sua sobrevivência e da satisfação das suas necessidades. Em linhas gerais, esse é o papel da Geografia na escola. (CALLAI, 2005, p. 229)

A fim de acompanhar essas transformações decorrentes da era da informação, não é preciso apenas a adoção de novas tecnologias na escola, mas também o estabelecimento de outra relação com o conhecimento, pois deve-se considerar que o acesso a ele é diferente do que era há 15 anos e a velocidade das transformações é outra. Os meios de comunicação informática, revistas, televisão, vídeo têm atualmente grande poder pedagógico visto que se utilizam da imagem e também apresentam conteúdo com agilidade e interatividade. Assim, torna-se cada vez mais necessário que a escola se aproprie dos recursos tecnológicos, dinamizando o processo de aprendizagem. Como a educação e a comunicação são indissociáveis, o professor pode utilizar-se de um aparato tecnológico na escola visando à transformação da informação em conhecimento. (SERAFIM e SOUSA, 2011, p. 24-25)

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A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o ensino de Geografia Esta coleção foi toda elaborada à luz da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), publicada em 2017, e das principais mudanças em curso na educação brasileira. A BNCC define as principais habilidades e competências que devem ser desenvolvidas em cada ano do Ensino Fundamental, em cada disciplina, e também de forma geral, nessa etapa da educação básica. O papel central da Geografia, segundo a BNCC, é o desenvolvimento do pensamento espacial e do raciocínio geográfico. Para garantir o alcance do “raciocínio geográfico para representar e interpretar o mundo em permanente transformação e relacionando componentes da sociedade e da natureza” (BRASIL, 2017, p. 312), é importante a apropriação de conceitos geográficos, como espaço, território, lugar, região, natureza e paisagem, bem como o desenvolvimento da noção de tempo, com a qual há forte diálogo com História. A BNCC indica o trabalho com os princípios do raciocínio geográfico: analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem. Em todos os anos, há atividades que visam trabalhar esses princípios com os alunos. Há, para todo o Ensino Fundamental – Anos Iniciais, cinco unidades temáticas em Geografia: O sujeito e seu lugar no mundo; Conexões e escalas; Mundo do Trabalho; Formas de representação e pensamento espacial; e Natureza, ambientes e qualidade de vida. A cada ano, o que é alterado são os objetos de conhecimento a ser trabalhados em cada unidade, e as habilidades correspondentes. Portanto, as unidades temáticas devem ser trabalhadas concomitantemente, de forma integrada, analisando situações e fenômenos por diferentes perspectivas. Como já previsto nos PCN: Abordagens atuais da Geografia têm buscado práticas pedagógicas que permitam apresentar aos alunos os diferentes aspectos de um mesmo fenômeno em diferentes momentos da escolaridade, de modo que os alunos possam construir compreensões novas e mais complexas a seu respeito. Espera-se que, dessa forma, eles desenvolvam a capacidade de identificar e refletir sobre diferentes aspectos da realidade, compreendendo a relação sociedade-natureza. (BRASIL, 1997, p. 77)

Por meio do desenvolvimento do raciocínio geográfico, espera-se chegar a uma melhor compreensão da sociedade, formando cidadãos preparados para contribuir com um mundo melhor e mais solidário.

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A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e as expectativas de aprendizagem As expectativas de aprendizagem são organizadas em competências e habilidades que devem ser desenvolvidas ao longo do Ensino Fundamental. As competências são mais amplas e trabalhadas durante os nove anos do ciclo. Há competências gerais, que não estão ligadas a nenhuma disciplina em específico, que visam à formação humana integral e à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva; competências específicas de ciências humanas, que são relativas à interpretação do mundo, processos e fenômenos sociais políticos e culturais, e a compreensão do estudante do seu papel em tais processos; e por fim, as competências específicas de Geografia, que tratam da formação da identidade e o desenvolvimento do raciocínio geográfico. Já as habilidades são expectativas de aprendizagem mais específicas, resultantes das competências previstas, organizadas por disciplina e ano, de forma a orientar o trabalho do professor, garantindo que todas as competências e habilidades sejam desenvolvidas ao final do Ensino Fundamental. O trecho a seguir expõe o objetivo da proposta da BNCC: [...] define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica [...] para a formação humana integral e para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. (BRASIL, 2017, p. 7)

Proposta que visa, de acordo também com as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), ofertar a todos as mesmas oportunidades com base na equidade na educação, respeitando as diferentes necessidades provenientes da diversidade regional ao não criar um currículo único, mas sim esse conjunto de orientações referentes às expectativas de aprendizagem, conforme está em: A equidade reconhece, aprecia e acolhe os padrões de sociabilidade das várias culturas que são parte da identidade brasileira. Compreende que todos são diversos, que a diversidade é inerente ao conjunto dos alunos, inclusive no que diz respeito às experiências que trazem para o ambiente escolar e aos modos como aprendem. (BRASIL, 2017, p. 11)

Desenvolvimento do conteúdo É importante atentar para a faixa etária dos estudantes, tendo em vista, nos anos iniciais, a preocupação com uma transição tranquila da Educação Infantil para o Ensino Fundamental, desenvolvendo atividades lúdicas. Também, a alfabetização e o letramento devem estar presentes em todo o trabalho, incorporado a cada disciplina, especialmente nos dois primeiros anos. Com a Geografia, propriamente, iniciamos trabalhando com os lugares de vivência e a noção de pertencimento da criança, de forma a atribuir mais sentido aos temas estudados, o que aproxima a aprendizagem de Geografia da vida real. 10

Geografia – Apresentação

No primeiro ano, trabalhamos os lugares das crianças, desenvolvendo noções básicas de espacialidade e temporalidade, usando para isso os direitos básicos das crianças, brincadeiras, moradia, escola, espaços públicos e privados, diferentes escalas de tempo, entre outras atividades. A ludicidade está presente nas atividades propostas neste ano, assim como nas do ano seguinte. No segundo ano, novamente abordamos a moradia e a escola, aprofundando o trabalho com a identidade dos alunos, e introduzindo temas relacionados ao trabalho e aos materiais, diferenciando os vários espaços da escola e identificando características deles que denotem suas funções. Aos poucos, ampliamos a escala trabalhada, abordando novos conceitos, lugares e as relações entre lugares. Ainda no segundo ano, expandimos a área de estudo, abordando a rua e o bairro, ainda lugares de vivência das crianças, ligados à identidade e ao pertencimento, reforçando o papel dos estudantes como agentes de transformação desses espaços, mas apresentamos outras ruas e bairros, assim como moradias e escolas. Tratamos também de meios de transporte e comunicação. A partir do terceiro ano, introduzimos o trabalho com os conceitos: paisagem, região, território e natureza. No terceiro ano, trabalhamos prioritariamente com paisagem, identificando elementos naturais e humanizados, as transformações na paisagem causadas pelo ser humano e pela natureza, e a diferenciação entre campo e cidade. Introduzimos a questão ambiental, apontando problemas ambientais no campo e na cidade. No quarto ano trabalhamos novamente com o campo e a cidade, agora buscando explicitar as relações existentes entre eles, por meio do estudo de processos de produção e circulação, bem como de problemas ambientais, como o uso da água. Afastamo-nos mais dos lugares de vivência, focando no Brasil. Com base nele estudamos aspectos do município e das grandes regiões. Terminamos o ano retomando a questão ambiental, descrevendo as principais características físicas do país. No quinto ano, expandimos ainda mais a área de estudo, introduzindo demografia, não só do Brasil, mas do mundo. Falamos também de trabalho, desigualdade social, rede urbana, transporte, energia e comunicação. As relações entre lugares e fenômenos, trabalhadas especialmente no quarto e quinto anos, dizem respeito ao princípio geográfico da analogia.

Metodologia no ensino de Geografia O material digital se propõe como um complemento ao livro didático, oferecendo outras possiblidades de trabalho, de maneira a amparar o alcance das expectativas de aprendizagem da BNCC. O presente material prioriza atividades que partem da vivência dos estudantes, valorizam o pensamento crítico e os tiram da passividade, da posição de mero receptor de conhecimento. Baseando-se no que já foi exposto, entende-se o espaço geográfico como objeto central do estudo de Geografia. Com base no extenso trabalho de Milton Santos, buscamos sintetizar alguns conceitos e categorias-chave para a compreensão do espaço geográfico de forma simples, traduzindo-os à linguagem adequada à faixa etária dos alunos. Milton Santos coloca a importância da inseparabilidade dos elementos físicos e humanos, dado que: [...] o espaço é, hoje, um sistema de objetos cada vez mais artificiais, povoados por sistemas de ações igualmente imbuídos de artificialidade, e cada vez mais tendentes a fins estranhos ao lugar e a seus habitantes. Neste nosso mundo se estabelece, por isso mesmo, um novo sistema da natureza [...]. (SANTOS, 1994, p. 90)

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Portanto, devemos ter em vista sempre, e transmitir aos alunos, a ideia de totalidade e integração entre os elementos geográficos que trabalhamos em aula. Para compreensão do espaço geográfico como espaço dinâmico determinado pela relação sociedade/natureza, é preciso trabalhar os conceitos já mencionados: paisagem, lugar, território, região e natureza. O trabalho com esses conceitos desenvolve o pensamento geográfico criando noções de espacialidade e representação. O lugar é um conceito muito presente no material, ele está associado à identidade, “É o espaço passível de ser sentido, pensado, apropriado e vivido através do corpo” (CARLOS, 2007, p. 17), sendo, então, possível a apreensão desse conceito por meio do trabalho com o cotidiano e o espaço de vivência dos alunos. A paisagem aparece no material com diferentes abordagens teórico-metodológicas, julgadas como as mais adequadas e significativas em cada momento da aprendizagem, considerando o objetivo final de compreensão do espaço geográfico. Para Milton Santos, é tudo que pode ser apreendido por meio da visão; logo, se relaciona à forma; porém, também é possível entendê-la relacionada à percepção, incluindo outros sentidos na sua apreensão. A paisagem é material e diz respeito a um produto presente, resultado da acumulação de tempos passados (SANTOS, 1996, p. 83). Por meio do estudo de elementos constituintes das paisagens, desenvolvemos a capacidade de reconhecer elementos artificiais e naturais e relacioná-los a diferentes organizações espaciais. O território é um conceito atrelado à ideia de poder, introduzido nos anos finais desse material. Diz respeito a determinada área que é dominada por alguém ou algum grupo, há o território nacional, delimitado por fronteiras, que marcam o poder político do Governo Federal, mas há também territórios marcados pelo campo de forças de outros atores sociais, indicando um poder social que determina o uso do território. A região é parte do espaço geográfico. É uma área que pode ser delimitada com base nos mais variados critérios, considerando o que aquela porção do espaço tem em comum. A regionalização melhor exposta aqui é a divisão do Brasil em grandes regiões pelo IBGE, que considera aspectos físicos, econômicos e culturais, entre outros. Presente no discurso geográfico desde os trabalhos pioneiros de Alexander von Humboldt no século XIX, o conceito de natureza acompanha a Geografia desde seus primórdios. Com base nessa premissa, nesta obra, busca-se garantir a interação entre a paisagem, a região e o território nos momentos em que os conceitos são abordados, obedecendo sempre a adequação à faixa etária.

O trabalho de campo e estudo do meio Trabalho de campo é um passeio a um determinado lugar com a finalidade de coletar informações, enquanto o estudo do meio é um trabalho mais elaborado de estudo de aspectos de algum lugar, que inclui um trabalho de campo. Acreditamos que esses passeios são fundamentais para o ensino de Geografia, uma vez que o objeto de estudo dessa ciência é o espaço geográfico. O contato com o espaço e a observação de seus elementos naturais e sociais permite a verificação empírica de teses ou informações vistas em sala de aula. Além disso, o trabalho de campo possibilita a interdisciplinaridade, posto que a realidade não é apreendida exclusivamente por meio da Geografia. Esse tipo de trabalho costuma ter grande potencial de atração, envolvendo os estudantes no seu processo de aprendizagem. No material, sugerimos alguns passeios, a fim de observar e interpretar a paisagem e determinados elementos. Geralmente são realizados na escola ou no seu entorno, de acordo com a proposta, com base nos espaços de vivência dos estudantes e, também, viabilizando sua realização na maioria das escolas do país. 12

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O trabalho de campo deve sempre ser precedido pelo planejamento de percurso e pelos objetivos, em um primeiro momento realizado pelo professor, e em seguida com os estudantes; deve também envolver alguma forma de registro e um trabalho de análise posterior.

A cartografia Juntamente com a alfabetização, propomos ensinar a leitura espacial e cartográfica. Buscamos instrumentalizar pouco a pouco as crianças para a compreensão do espaço geográfico, e a produção e leitura de mapas é parte importante desse processo. A cartografia aparece em todos os anos no material, uma vez que a proposta é sua integração aos conteúdos tratados, conforme previsto na da BNCC, apresentando-a de forma significativa e expondo sua utilidade, em contraposição a apresentá-la separadamente, colocando o mapa como um fim em si mesmo. Buscamos aumentar, a cada ano, a complexidade das representações espaciais apresentadas aos estudantes, bem como das habilidades necessárias para as elaborações cartográficas pedidas.

A avaliação No material digital há sugestões de diferentes formas de avaliação, incluindo questões abertas, fechadas, autoavaliação, avaliação da participação, avaliações individuais, em duplas e em grupos, atividades práticas, entre outras. A avaliação deve ser pensada continuamente durante o processo de ensino-aprendizagem. Seu objetivo central é orientar o trabalho do professor, oferecendo um panorama da aprendizagem, não servindo nunca como castigo ou forma de classificação dos estudantes. Entretanto, há diferentes funções para as avaliações em diferentes momentos do processo de ensino-aprendizagem. As avaliações devem seguir critérios claros, conforme aponta Hadji (2001); nesse caso, estão atreladas ao desenvolvimento das competências e habilidades da BNCC, sendo indicadas em cada material disponibilizado, a fim de possibilitar ao professor uma visão clara do que está sendo avaliado em cada atividade proposta.

Considerações finais O material digital foi elaborado com a finalidade de oferecer alternativas que colaborem para o desenvolvimento das competências e habilidades exigidas pela da BNCC para o Ensino Fundamental – Anos Iniciais. Intencionamos que esse material possibilite também uma maior inserção das tecnologias digitais em sala de aula, incentivando o professor a se apropriar dos dispositivos disponíveis para utilizá-los da melhor forma possível em seu trabalho, o que, por sua vez, proporciona familiaridade dos estudantes com as novas tecnologias, melhorando as suas possibilidades de uso. Buscamos também o entendimento da educação como formação integral, a fim de preparar os estudantes não apenas para seu desenvolvimento e sucesso profissional, mas enquanto cidadãos prontos para atuar de forma justa, participando da construção de uma sociedade mais igualitária. Lembramos que o material apresentado pode e deve ser adaptado de acordo com as necessidades de cada turma e professor.

Geografia – Apresentação

Bibliografia BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Lei 9.394/1996. Brasília, 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 15 dez. 2017. ______. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – Versão final. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_ publicacao.pdf>. Acesso em: 2 dez. 2017. ______. Ministério da Educação/Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Brasília: MEC/SEB, 2013. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br>. Acesso em: 9 dez. 2017. ______. Ministério da Educação. Programa de Apoio a Leitura e Escrita PRALER. Caderno de Teoria e Prática 6 – avaliação e projetos na sala de aula. Brasília: FNDE/MEC, 2007. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/praler/tp/tp6.pdf>. Acesso em: 3 dez. 2017. ______. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília, 1997. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf>. Acesso em: 15 dez. 2017. BUCK INSTITUTE FOR EDUCATION. Aprendizagem baseada em projetos: guia para professores de ensino fundamental e médio. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. CALLAI, Helena Copetti. Aprendendo a ler o mundo: a Geografia nos anos iniciais do ensino fundamental. Cedes. Campinas, v. 25, n. 66, 2005. CARLOS, Ana Fani A. O lugar no/do mundo. São Paulo: FFLCH, 2007. CASTELLAR, Sonia M. Vanzella (org.). Metodologias ativas: sequências didáticas. 1. ed. São Paulo: FTD, 2016. HADJI, Charles. Avaliação desmistificada. Porto Alegre: Artmed, 2001. SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996. ______. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1988. ______. Técnica espaço tempo. Globalização e meio técnico-científico-informacional. São Paulo: Hucitec, 1994. SERAFIM, Maria Lúcia; SOUSA, Robson Pequeno de. Multimídia na educação: o vídeo digital integrado ao contexto escolar. In: MIOTA, F. M. C. S. C.; R. P. CARVALHO, A. B. G. (Orgs.). Tecnologias digitais na educação. Campina Grande: Eduepb, 2011. Disponível em: <http://books.scielo.org/id/6pdyn/pdf/sousa-9788578791247-02.pdf>. Acesso em: 16 dez. 2017. VITTE, Antonio Carlos; SILVEIRA, Roberison W. D. Considerações sobre os conceitos de natureza, espaço e morfologia em Alexander Von Humboldt e a gênese da geografia física moderna. Geousp: espaço e tempo, São Paulo. n. 27, 2010. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/geousp/article/view/74156>. Acesso em: 23 dez. 2017. Material disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons – Atribuição não comercial (CC BY NC – 4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros.

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

Plano de desenvolvimento: O que é paisagem? Serão abordados o conceito de paisagem, os elementos que a formam e as maneiras como podemos enxergá-la. Serão tratados os aspectos da observação das paisagens relacionados aos planos que as constituem, as diferenças de longe e de perto e as formas de suas representações.

Conteúdos      

Paisagem natural e seus elementos Paisagem humanizada e seus elementos Planos da paisagem A paisagem de longe e a de perto Representações da paisagem As vistas da paisagem

Objetos de conhecimento e habilidades Objeto de conhecimento Habilidade Relação com a prática didático-pedagógica

Representações cartográficas  (EF03GE06) Identificar e interpretar imagens bidimensionais e tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográfica.  Trabalhar a constituição de uma representação espacial para criar noções cartográficas.

Práticas de sala de aula Para começar a estudar a paisagem, é preciso compreender que se trata de tudo aquilo que a vista alcança, aquilo que vemos. Sendo assim, consideramos de grande importância o estímulo à percepção. A paisagem que o professor vê da sala de aula pode ser diferente daquela vista pelos estudantes. Apesar disso, a paisagem da sala de aula é formada pelos mesmos objetos, independentemente se está no campo de visão do professor ou no de algum estudante. Esses objetos que a formam são chamados de elementos. Compreender os aspectos relacionados à paisagem requer que os estudantes estejam aptos a trabalhar com o seguinte verbo de comando: OBSERVAR. Quanto maior a capacidade de observação, mais facilmente serão absorvidos os conceitos a serem adquiridos ao longo do bimestre. Ao tratar de um verbo abstrato, levando-se em consideração o desenvolvimento cognitivo de estudantes do 3o ano do Ensino Fundamental, torna-se necessário estimulá-los, a priori, a observar realidades próximas vivenciadas por eles. 15

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

O ponto de partida deve ser completamente conhecido por eles. Por isso, a sugestão é que comecem observando a própria sala de aula, de maneira coletiva, para que um enriqueça a observação do outro. Essa observação poderá ser reproduzida em forma de desenho, pois, dessa forma, estaremos desenvolvendo a habilidade EF03GE06. Questionar sobre o que há na sala de aula, o que podem ver em cada uma das paredes, como podem descrever a localização de alguns estudantes, quais elementos existem na sala de aula, como esses elementos foram construídos, o que fica mais próximo, o que está mais distante etc., como no exemplo a seguir (1).

vectortatu/Shutterstock.com

(1) Representação da sala de aula.

Quando a construção dessa observação coletiva estiver pronta, ampliar a capacidade de observação individual solicitando aos estudantes que descrevam um lugar que lhes é especial. Aliar o treino da observação das paisagens a lugares com um significado emocional para eles é uma eficiente estratégia para envolvê-los nessa proposta. Com base na descrição individual de paisagens distintas, o professor poderá ampliar as realidades a serem observadas para locais mais extensos, distantes e desconhecidos, gradativamente. Vale salientar que a repetição da prática ajuda a treinar aquilo que se deve observar, portanto, é essencial retomar questionamentos a respeito da observação da sala de aula, principalmente quando algo for modificado, como um novo quadro, uma mudança na disposição das carteiras etc. Além de observar, o trabalho com as paisagens oferece a possibilidade de trabalhar consistentemente com a representação. Os desenhos serão os grandes aliados do professor nesse sentido. É por meio de desenhos simples de reprodução de realidades observadas que se desenvolvem as noções de orientação, de lateralidade e de proporção, fundamentais para o conhecimento cartográfico. Esperar que os estudantes sejam capazes de observar, descrever e representar imagens de maneira simples no fim dessa etapa. As sequências didáticas almejam que esse objetivo seja cumprido de maneira integral. Na primeira sequência, o estudante é levado a reconhecer o que são paisagens e quais os elementos que as formam de maneira geral. Na segunda sequência, desenvolvem a habilidade de descrevê-las.

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

Na terceira sequência, os estudantes aprendem a diferenciar os elementos naturais dos humanizados, além de começarem a entender os diversos planos de uma paisagem. Na quarta sequência, comparam as diferentes formas de observar uma paisagem, seja de diferentes distâncias, seja pelo ângulo de observação.

Foco Para incentivar os estudantes que têm mais facilidade com o conteúdo e evitar que se dispersem enquanto o professor tenta solucionar dúvidas dos demais, propor que se organizem em grupos ou duplas, como na ilustração (2), de modo que aqueles que dominam o assunto estudado possam auxiliar os que apresentam alguma dificuldade.

Alexandre Matos

(2) Organização da sala em duplas.

É importante variar a organização desses grupos e duplas para evitar que os estudantes se sintam julgados por suas capacidades e habilidades com o conteúdo. Apresentar essa proposta de troca como uma oportunidade para o aprendizado de todos os integrantes. Quando houver dificuldade com o conteúdo da proposta, tentar deixá-lo o mais próximo do concreto possível, sempre aproximando o que está sendo estudado da realidade dos estudantes. Por exemplo, quando o assunto for descrição, pedir que os estudantes descrevam o local onde dormem. No caso da representação, o estudante pode reproduzir o ambiente da sala de aula para que os colegas de classe e o próprio professor participem dessa construção. Na observação e identificação dos diferentes elementos da paisagem, a proposta é que os estudantes observem o ambiente escolar. Caso o professor conte com um tempo maior para desenvolver uma atividade como essa, a sugestão é fazer uma roda de conversa no pátio da escola para que os estudantes digam em voz alta o que podem observar, quais elementos naturais e humanizados são capazes de enxergar. Fora da sala de aula, a atividade ocorre de maneira diferente do tradicionalmente desenvolvido por eles, gerando mais satisfação, o que auxiliará a fixar os conceitos trabalhados. Uma estratégia pode ser desenvolver essa atividade de maneira informal, durante a hora do lanche dos estudantes. 17

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

Para saber mais 

Museu Virtual de Patrimônio Cultural. Em seu site, o museu disponibiliza uma seção de modos de vida com informações sobre paisagens. Disponível em: <http://lucioengenharia. weebly.com/>. Acesso em: 27 nov. 2017.  NAME, Leo. O conceito de paisagem na geografia e sua relação com o conceito de cultura. O artigo realiza uma revisão bibliográfica do conceito de paisagem, abordando sua relação com o conceito de cultura. Disponível em: <https://portalseer.ufba.br/index.php/ geotextos/article/download/4835/3584>. Acesso em: 27 nov. 2017  PANIZZA, Andrea de Castro. Paisagem. São Paulo: Melhoramentos, 2015. 176 p. O livro é voltado a professores do Ensino Fundamental e abrange o conceito de paisagem, permitindo interpretações desta ao longo do tempo. Também traz sugestões para trabalhos em sala de aula.

3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Arte e Geografia

Projeto integrador: Álbum de paisagens 

Conexão com: LÍNGUA PORTUGUESA, ARTE E GEOGRAFIA Este projeto propõe a criação de um álbum com diferentes representações de uma paisagem e sua respectiva descrição. Espera-se que, ao produzi-lo e analisá-lo, os estudantes desenvolvam a habilidade da escrita descritiva, bem como da percepção da paisagem, reconhecendo os diversos elementos que a compõe.

Justificativa Compreender a formação de paisagens é uma tarefa desafiadora sob a perspectiva teórica. Ao darmos aos estudantes a oportunidade de criar representações de paisagens próprias, por meio de colagens e desenhos, e incentivando-os a descrever as próprias criações, facilitamos e tornamos prazeroso o estudo do conceito de paisagem. Acrescenta-se a isso uma forma de desenvolver o senso de estética, de observação, de trabalho em grupo e de desenvolvimento da escrita descritiva.

Objetivos       

Conhecer o conceito de paisagem. Compreender os elementos que formam as paisagens. Perceber os diferentes planos das paisagens. Identificar as diferentes perspectivas de uma paisagem. Desenvolver o senso estético na criação de paisagens por meio de colagens. Trabalhar a elaboração de texto descritivo. Produzir um álbum de paisagens.

Competências e habilidades 1. Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a

Competências desenvolvidas

interação sociedade/natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigar e resolver problemas. 2. Experimentar o lúdico, a percepção, a expressividade e a imaginação, dando novo significado a espaços da escola e de fora dela no âmbito da arte. 3. Nas interações sociais, empregar a variedade e o estilo de linguagem adequado à situação comunicativa, ao interlocutor e ao gênero textual.

3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Arte e Geografia

Geografia (EF03GE06) Identificar e interpretar imagens bidimensionais e tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográfica. (EF03GE07) Reconhecer e elaborar legendas com símbolos de diversos tipos de representações em diferentes escalas cartográficas.

Habilidades relacionadas*

Arte (EF15AR26) Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios, animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia, softwares etc.) nos processos de criação artística. Língua Portuguesa (EF03LP08) Localizar informações explícitas em textos. (EF03LP09) Com o apoio do professor, buscar e selecionar informações de interesse sobre fenômenos sociais e naturais, em textos que circulam em meios impressos ou digitais. (EF03LP19) Produzir textos para apresentar resultados de observações, pesquisas em fontes de informações, incluindo, quando pertinentes, imagens e gráficos ou tabelas simples, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

* A ênfase nas habilidades aqui relacionadas varia de acordo com o tema e as atividades desenvolvidas no projeto.

O que será desenvolvido Os estudantes deverão produzir coletivamente um álbum de paisagens.

Materiais         

Jornais e revistas Lápis de cor ou canetas hidrográficas Tesoura sem ponta Cola em bastão Régua Uma pasta com saquinhos Folhas de papel sulfite ou, se possível, papel-cartão Furador (para o professor) Computador e impressora (se disponíveis na escola)

Etapas do projeto Cronograma  

Tempo de produção do projeto: 15 dias/2 semanas/2 aulas por semana. Número de aulas sugeridas para o desenvolvimento das propostas: 4 aulas

3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Arte e Geografia

Aula 1: Sensibilização e apresentação do projeto Perguntar aos estudantes se sabem o que são paisagens. Espera-se que todos reconheçam que paisagem é tudo aquilo que vemos. Destacar que as paisagens podem ser vistas, sentidas e ouvidas. Apresentar a eles a sequência de paisagens de (1) a (4) a seguir. Imagem 1

archideaphoto/Shutterstock.com

(1) Sala de televisão.

Imagem 2

ESB Professional/Shutterstock.com

(2) Sala de aula.

3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Arte e Geografia

Imagem 3

Phonlamai Photo/Shutterstock.com

(3) Padaria.

Imagem 4

Tatiana Belova/Shutterstock.com

(4) Circo.

Deixar as imagens expostas para que os estudantes as observem. Depois, fazer as seguintes perguntas: 22

3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Arte e Geografia

1. Vocês sabem que lugares são mostrados nessas imagens?

Espera-se que os estudantes reconheçam que a imagem 1 é uma sala de televisão; a 2, uma escola; a 3, uma padaria e a 4, um circo.

2. Como descobriram que lugares são esses?

Espera-se que tenham chegado à conclusão do que era cada lugar, observando os elementos que compõem as paisagens representadas.

Comentar com eles que toda paisagem é composta de diversos elementos, os quais tornam uma diferente da outra. Dividir a sala em quatro grupos. Sortear um dos temas a seguir para cada grupo. Os temas são: casa, escola, padaria e circo. Distribuir a cada grupo a imagem do tema correspondente. Orientar os estudantes a observar as imagens e dividi-las em dois planos. Essa divisão fará os estudantes observarem com mais atenção as paisagens. Solicitar que respondam:

1. O que há no primeiro plano da paisagem?

Respostas esperadas: Sala _ o piso e dois sofás cinza. Escola _ os estudantes sentados de costas, com as mãos levantadas. Padaria: uma moça atrás de um balcão. Circo _ o picadeiro onde há apresentações.

2. O que há no segundo plano da paisagem?

Respostas esperadas: Sala _ uma estante, uma TV e vários objetos. Escola _ a professora, a lousa e um quadro branco. Padaria _ as prateleiras com pães. Circo _ luzes e as cadeiras da plateia. Solicitar que cada grupo anote em seus cadernos o que havia em cada um dos planos da paisagem e explicar que essa informação será necessária para a próxima etapa do trabalho. Orientar que na aula seguinte terão de trazer tesoura, revistas e jornais para serem recortados. Explicar que será proposta uma atividade em grupo e terão de construir as próprias paisagens.

Aula 2: Reconhecendo os elementos das paisagens Pedir a cada grupo da aula anterior que preencha o quadro a seguir, de acordo com o tema sorteado. Solicitar que encontrem pelo menos dez elementos que apareçam nas paisagens de cada tema. O que há nesse lugar? 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 23

3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Arte e Geografia

Depois de elaborada a lista, é hora de procurar os elementos nas revistas e nos jornais. Eles deverão identificar aqueles que podem fazer parte da paisagem que produzirão de acordo com o tema. Quando cada grupo tiver uma quantidade boa de elementos, pelo menos seis, poderá começar a criar as próprias paisagens. Primeiramente, distribuir uma folha de sulfite a cada grupo para que elaborem a representação de um dos objetos recortados em outro ponto de vista, por exemplo: se o objeto recortado é visto de frente, peça aos estudantes que o desenhem do alto, exatamente de cima para baixo; ou do alto e de lado. Se notar que o grupo está com dificuldade para elaborar os desenhos, auxiliar os estudantes a escolher algum objeto que seja mais simples, com linhas retas. Se considerar pertinente, retomar com eles os conceitos relacionados às vistas de observação, pois posteriormente os estudantes deverão elaborar um croqui. Depois que todos os grupos terminarem os desenhos sobre os objetos em diferentes vistas de observação, é hora de elaborar a colagem das figuras recortadas. Para isso, distribuir mais uma folha de papel sulfite a cada grupo. Pedir que reúnam as figuras para formar uma paisagem. Orientar os estudantes a inserir os elementos da paisagem em diferentes planos. Solicitar a eles que desenhem um croqui da paisagem que criaram. Para isso, deverão desenhá-la na vista vertical, ou seja, do alto, de cima para baixo. O desenho pode ser feito com lápis de cor e canetas hidrográficas.

3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Arte e Geografia

No croqui, os elementos deverão ser agrupados estar para posterior elaboração de uma legenda, como no modelo (7) a seguir:

Luís Moura

(7) Croqui de representação do bairro da escola.

Se necessário, distribua mais uma folha de sulfite a cada grupo para que passem a limpo o croqui elaborado. Uma pessoa do grupo deverá guardar as imagens produzidas e trazê-las na aula seguinte.

Aula 3: Descrevendo as paisagens Solicitar que se reúnam em grupos de trabalho. Reproduzir a imagem (8) a seguir e deixar que a observem, enquanto a leitura do texto deverá ser feita em voz alta.

3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Arte e Geografia

Imagem 8

TaMaNKunG/Shutterstock.com

(8) Estádio de futebol.

Ao observarmos a paisagem de frente, podemos ver o gramado verde. É ele que recebe os reis da bola e a emoção do futebol. A arquibancada rodeia todo o campo e possui milhares de cadeiras para os torcedores. Muitas luzes ajudam a iluminar o gramado. Perguntar aos estudantes do que se trata a imagem e a descrição. Esperar que respondam que se trata de um campo de futebol. Comentar com eles que o texto lido é chamado de descritivo por descrever algo. Pedir que descrevam, nos grupos, as paisagens construídas com as colagens e os desenhos. Orientar que os detalhes sejam descritos e que releiam o texto produzido para verificar se não ficou faltando nada. Cada paisagem deverá ter a sua descrição, ou seja, cada grupo deverá produzir um texto.

3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Arte e Geografia

Aula 4: Identificando os elementos das paisagens Com a paisagem construída e a descrição elaborada, chegou o momento de pensar a respeito dos tipos de elementos que as compõem. Cada grupo deverá receber um quadro como o a seguir para elencar todos os elementos naturais e todos os elementos humanizados que compõem sua paisagem. Paisagem Elementos naturais

Elementos humanizados

Ao concluírem, organizar a sala de aula em um semicírculo para que cada grupo possa apresentar o seu trabalho. Orientar que todos os integrantes do grupo deverão falar algo do trabalho elaborado. Sugerir que cada um fale de uma etapa do que produziram. Disponibilizar cinco minutos para que se organizem. Pela ordem de sorteio dos temas, cada grupo deverá se apresentar ao restante da sala, mostrando as paisagens confeccionadas (a de colagens e o croqui na vista vertical), lendo a descrição feita e destacando os elementos que fazem parte dela. No fim das apresentações, o professor deverá recolher os trabalhos, tanto as paisagens quanto as suas descrições e seus quadros de elementos, e organizá-los em conjunto com a turma. O álbum deverá ser confeccionado pelos estudantes. A turma poderá elaborar a capa na sala de informática, se disponível na escola. Nela, deverão constar o nome da escola, o ano de elaboração, o título do álbum de paisagens e desenhos que ilustrem e sejam representativos do conteúdo do álbum. Se a sala de informática não estiver disponível, a capa poderá ser feita com colagens e desenhos, lápis de cor, revistas, canetas coloridas etc. Na segunda página, inserir o nome de todos os que participaram da elaboração do “Álbum de paisagens”. As demais páginas do álbum serão as folhas produzidas pelos grupos.

3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Arte e Geografia

Avaliação Aulas 1 2 3 4

Proposta de avaliação O instrumento avaliativo dessa aula são as respostas das perguntas feitas sobre as paisagens apresentadas, bem como a participação e o comportamento em relação à divisão dos grupos de trabalho. Lista de elementos identificados nas paisagens relacionadas ao tema sorteado. Pertinência dos recortes feitos com o tema selecionado. A elaboração do croqui com a legenda. Deverão ser analisadas as descrições das paisagens produzidas. Avaliar se há coerência no texto e se os elementos foram descritos de maneira geral. Deverá ser avaliado se os estudantes souberam separar os elementos naturais dos humanizados e se houve participação e desenvoltura na apresentação dos trabalhos.

Avaliação final Solicitar aos estudantes que conversem sobre a atividade e as impressões que tiveram ao longo do processo, desde o sorteio do tema até a elaboração final do álbum. Perguntar a eles quais atividades apreciaram fazer e por que gostaram dela(s). Pedir que detalhem os problemas que tiveram e se foram resolvidos; se foram, solicitar que expliquem as soluções encontradas. Quanto à prática pedagógica, o professor deve avaliar a ocorrência de influências externas ou eventos externos favoráveis ou desfavoráveis à obtenção dos resultados e como foi a interação com os estudantes. Descrever quais foram as dificuldades em implantar o projeto e suas causas, apontando as medidas adotadas para superar os obstáculos. Avaliar, ainda, se o cronograma foi suficiente para implantar o projeto e se os objetivos definidos no início foram alcançados de maneira satisfatória ou insatisfatória e por quê.

Referências bibliográficas complementares 



MARQUESI, Sueli Cristina. A organização do texto descritivo em língua portuguesa. Rio de Janeiro: Lucerna, 1996. A obra estuda o texto descritivo utilizando o instrumental teórico da linguística textual. A autora faz uma revisão dos modelos existentes e propõe uma superestrutura ou esquema para esse tipo de gênero textual. NAME, Leo. O conceito de paisagem na geografia e sua relação com o conceito de cultura. GeoTextos, Salvador, v. 6, n. 2, dez. 2010. Disponível em: <https://portalseer.ufba.br/ index.php/geotextos/article/download/4835/3584>. Acesso em: 27 nov. 2017. O artigo objetiva realizar uma revisão bibliográfica do conceito de paisagem na Geografia e enfoca a relação que tal conceito sempre manteve com o conceito de cultura. PANIZZA, Andrea de Castro. Paisagem. São Paulo: Melhoramentos, 2015. 176 p. O livro é voltado a professores do Ensino Fundamental e abrange o conceito de paisagem, permitindo interpretações desta ao longo do tempo. Também traz sugestões para trabalhos em sala de aula.

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

1a sequência didática: Minha paisagem Será abordado o conceito de paisagem, como observá-la e representá-la. Também será confeccionado um desenho com paisagem produzida pelos alunos.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Objeto de conhecimento Habilidade

Objetivos de aprendizagem

Conteúdos

Paisagens naturais e antrópicas em transformação 

(EF03GE06) Identificar e interpretar imagens bidimensionais e tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográfica.

 

Compreender o que é uma paisagem. Identificar os diferentes tipos de elementos que constituem uma paisagem. Representar uma paisagem. Paisagens Elementos das paisagens Caracterização de uma paisagem

   

Materiais e recursos      

Folha sulfite A3 Lápis Revistas antigas para recorte Tesoura sem ponta Cola branca Caderno de aula

Desenvolvimento 

Quantidade de aulas: 2 aulas

Aula 1 Antes de iniciar a aula, organizar os estudantes em um círculo para que todos possam se ver. Para começar, sondar, oralmente, os alunos sobre o que conhecem a respeito de paisagens por meio das seguintes perguntas: 1. Vocês sabem o que é uma paisagem? 2. Quais paisagens vocês estão vendo agora? Provavelmente, os alunos responderão que paisagens são lugares bonitos, como a praia, um campo florido etc., e ficarão na dúvida se realmente estão vendo uma paisagem naquele momento. A dúvida é aliada do aprendizado, pois instiga-os a buscar respostas. Essa busca por resposta é a construção do conhecimento. Depois de escutar a opinião deles a respeito do conceito de paisagem, é chegada a hora de unificar as respostas e buscar uma definição única. Explicar que paisagem é tudo aquilo que nossa visão alcança. 29

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

Retomar, então, a pergunta do início da aula: 1. Que paisagem vocês veem? Deixar que expressem suas respostas oralmente, em voz alta. A fala de um estudante enriquecerá o pensamento do outro. Dar espaço para que três ou quatro se manifestem para, então, retomar a palavra. Comentar com os alunos que diariamente estamos expostos a muitas paisagens diferentes, umas mais e outras menos atraentes. Solicitar que retornem aos seus lugares para fazer uma lista no caderno de paisagens que eles observam no dia a dia, no caminho entre a casa e a escola, por exemplo. Pedir que as separem em paisagens agradáveis e desagradáveis, como no quadro a seguir. Caso não terminem a atividade em sala, avisar que deverão fazê-la como tarefa de casa.

Paisagens agradáveis

Observação de paisagens Paisagens desagradáveis

A separação entre esses dois tipos de paisagem colaborará para o entendimento de temas que serão abordados nas próximas aulas, como a mudança na paisagem proporcionada pela degradação ambiental. Solicitar que providenciem, para a próxima aula, os seguintes materiais: folha de papel sulfite, tesoura sem ponta, cola e revistas para recorte.

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

Aula 2 Na aula 2, os alunos deverão estar sentados individualmente. Solicitar que respondam às seguintes perguntas com relação às paisagens (1), (2) e (3) a seguir:

windwalk / Shutterstock.com

(1) Praça em Fortaleza, Ceará, 2017.

Ijansempoi / Shutterstock.com

(2) Automóveis em túnel de estrada.

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

Vasin Lee / Shutterstock.com

(3) Tempestade com raios.

1. Das paisagens observadas, de qual você mais gostou? Por quê? Resposta pessoal. É possível que os alunos que têm medo de tempestades ou do escuro optem pela primeira imagem. Já aqueles que se interessam pelos fenômenos da natureza talvez optem pela última imagem. 2. Quais objetos você pode observar nessa paisagem de que mais gostou? Possíveis respostas: primeira imagem – árvore, piso, arbustos e construções ao fundo. Segunda imagem – carros, rua e túnel. Terceira imagem – céu, raios e construções. 3. De qual das paisagens observadas você menos gostou? Por quê? Resposta pessoal. Os alunos que não gostam do escuro e assustam-se com tempestades provavelmente escolherão a última imagem. 4. Quais objetos você pode observar nessa paisagem de que menos gostou? Possíveis respostas: primeira imagem – árvore, piso, arbustos e construções ao fundo. Segunda imagem – carros, rua e túnel. Terceira imagem – céu, raios e construções. As respostas serão pessoais e darão ao professor uma ideia sobre as preferências de cada estudante. São informações importantes para traçar o perfil da sala de aula. Quanto mais próximo o professor estiver, mais fácil será o aprendizado deles. A afetividade é uma importante ferramenta de aprendizado. É esperado que as paisagens menos atrativas sejam aquelas que remetam os estudantes a momentos de tristeza, angústia, medo ou tédio. Da mesma forma, as favoritas serão aquelas que lembrem momentos de prazer, entusiasmo e alegria. Selecionar três ou quatro estudantes que quiserem dividir suas respostas com a classe e questionar sobre as paisagens escolhidas para aprofundar a lembrança da observação destas. Isso pode ser feito com perguntas do tipo:

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

1. O que mais era possível enxergar nessa paisagem? Espera-se que os estudantes completem com os elementos que não haviam observado nas perguntas anteriores. Possibilidades: primeira imagem – árvore, piso, arbustos e construções ao fundo. Segunda imagem – carros, rua e túnel. Terceira imagem – céu, raios e construções. 2. Havia árvores, pássaros ou outros animais? Espera-se que respondam que existem árvores na primeira imagem, não sendo possível identificá-las nas demais. Animais e pássaros não aparecem nas paisagens. 3. Havia pessoas, carros e postes? Não é possível identificar pessoas nem postes nas imagens, mas é provável que afirmem a sua existência por se tratar de paisagens de cidades. Os carros podem ser vistos na segunda imagem. Dessa maneira, os estudantes aprofundarão e expandirão a sua percepção da paisagem. Pode-se passar, então, para a segunda parte dessa proposta de sequência didática, que trata da representação da paisagem. Ainda individualmente, distribuir para cada estudante uma folha de papel sulfite A3. Solicitar que pensem na paisagem preferida deles. Destacar que é importante que seja um lugar que conheçam bem e saibam descrevê-lo com detalhes. Quanto mais próxima da vivência deles, mais rica será a descrição. Pedir que reproduzam no papel a paisagem escolhida. Essa reprodução deverá ser feita por meio de colagem de elementos parecidos com os verdadeiros, recortados de revistas. Na representação, devem constar todos os elementos que constituem essa paisagem. Estipular um tempo para a criação das representações das paisagens de acordo com a sua disponibilidade. A sugestão é que seja em torno de 35 minutos. Ao término das criações, o professor deverá expor os trabalhos elaborados pelos alunos para cada um observar a representação do outro.

Avaliação O quadro de paisagens agradáveis e não agradáveis observadas pelos alunos deve ser usada como o primeiro instrumento avaliativo. Com ela, o professor poderá identificar se o estudante conseguiu compreender o que é uma paisagem, com seus elementos naturais e culturais. É possível que alguns deles completem a tabela com elementos que formam a paisagem; para esses, a definição de paisagem deve ser retomada. Espera-se que chegue à segunda aula compreendendo bem a noção de paisagem. O segundo instrumento avaliativo são as quatro perguntas feitas no começo da segunda aula. Espera-se que os estudantes sejam capazes de observar e descrever diferentes tipos de paisagens nessa etapa. O terceiro e último instrumento de avaliação são os desenhos criados pelos estudantes. Por meio deles, o professor conseguirá avaliar a capacidade do aluno em representar as paisagens. Não deverá ser levada em consideração a desproporcionalidade, visto que não se trata de uma habilidade desenvolvida em alunos dessa faixa etária. O importante é analisar a presença de diferentes elementos, a localização e a orientação espacial. Analisar essas três formas avaliativas e buscar representações utilizadas pelos estudantes que indiquem se atingiram ou não os objetivos de aprendizagem associados aos instrumentos. 33

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

Para trabalhar dúvidas Caso algum estudante tenha dificuldade em assimilar o conceito de paisagem ou em representá-la, procurar auxiliá-lo nessa superação. A seguir, há duas dificuldades que os estudantes podem apresentar e algumas sugestões de atividades para superá-las. Se apresentarem dificuldade em diferenciar os elementos, ou seja, os objetos que constituem a paisagem do que é a paisagem propriamente dita, poderá ser desenvolvida a seguinte atividade. Apresentar ao aluno a imagem de uma paisagem, como a do modelo (4) a seguir:

Various-Everythings / Shutterstock.com

(4) Estrada rodeada de árvores.

Solicitar que o estudante descreva a paisagem, mencionando o que há nela. Pedir que a imagine sem a presença da estrada e questionar se mesmo sem ela a paisagem continuará a existir. Reforçar que a paisagem continuará a existir, pois é formada por outros elementos, como as árvores. Dessa forma, o aluno será capaz de perceber a diferença entre esses dois conceitos.

Ampliação Propor as perguntas a seguir para que os estudantes busquem as respostas por meio da observação. O objetivo desta atividade é, além de ampliar o conhecimento a respeito dos diferentes tipos de paisagens, como a da imagem (5), criar oportunidade para que comecem a construir o conceito de paisagens naturais e de paisagens humanizadas.

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

Galyna Andrushko / Shutterstock.com

(5) Nascer do sol na praia.

1. Quais elementos da natureza formam a paisagem anterior? A vegetação, o céu, o sol e a praia. 2. Quais elementos da paisagem foram construídos pelo ser humano? A ponte e a cerca.

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

2a sequência didática: As paisagens e seus olhares Serão abordadas as diferentes interpretações do relato de uma mesma paisagem. Também será construído um descritivo, em grupos, de uma mesma paisagem.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Objeto de conhecimento Habilidade

Objetivos de aprendizagem

Conteúdos

Representações cartográficas 

(EF03GE06) Identificar e interpretar imagens bidimensionais e tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográfica.



Compreender como são construídas as representações cartográficas. Interpretar descrições de paisagens. Construir representações por meio de relato. Desenvolver a escrita por meio da construção de um texto descritivo. Paisagens Texto descritivo Representação de paisagem

     

Materiais e recursos     

Folhas em branco Lápis de cor Lousa Reprodução de imagens Folha pautada

Desenvolvimento 

Quantidade de aulas: 2 aulas

Aula 1 Iniciar a aula perguntando aos estudantes se já se imaginaram em algum lugar em que nunca estiveram antes. Comentar que quando ouvimos alguém falar sobre um lugar ou lemos um livro que descreve uma paisagem, mesmo sem nunca ter estado lá, conseguimos imaginá-la. Retomar que paisagem é tudo aquilo que vemos. Reproduzir na lousa o trecho a seguir e pedir que imaginem a paisagem descrita: O parque O parque era um círculo grande, cheio de flores e árvores ao seu redor. Bem no meio dele, havia um escorregador colorido: vermelho, verde e azul. De um lado do escorregador, havia um balanço amarelo e, do outro, um gira-gira laranja. Logo atrás do escorregador, havia um tanque de areia. Na frente do escorregador, um banco de madeira, onde as mães podiam ficar observando os filhos brincarem. Elaborado pelos autores.

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

Perguntar se conseguiram se observar na paisagem e questionar em qual brinquedo eles imaginaram estar. Reservar cinco minutos para que tenham a oportunidade de comentar aquilo que puderam imaginar. Estimular esse tipo de pensamento é uma maneira de desenvolver a criatividade e o poder de abstração dos alunos. Isso é fundamental para que mais tarde eles consigam fazer correlações e interpretações mais complexas. Solicitar que, sozinhos, leiam o texto mais uma vez e atentem para as cores e a localização dos elementos, ou seja, às coisas que compõem a paisagem do parque. Assim que acabarem a leitura, faça em voz alta as seguintes perguntas:

1. Quais brinquedos havia no parquinho?

Um escorregador, um balanço, um tanque de areia e um gira-gira.

2. Qual era o formato do espaço do parquinho? Um círculo.

3. Qual dos brinquedos do parquinho era amarelo? O balanço.

4. Qual era o brinquedo laranja? O gira-gira.

5. Qual brinquedo ficava atrás do escorregador? O tanque de areia.

6. O que havia na frente do escorregador?

Um banco de onde as mães podiam ver as crianças brincando.

Tais perguntas farão os estudantes exercitarem a memória e remeterão aos principais elementos descritos na paisagem. Para concluir, distribuir uma folha em branco para cada um deles e solicitar que reproduzam no papel a paisagem do parque. Para facilitar o trabalho dos alunos, reproduzir na lousa o seguinte quadro:  O parque era um círculo grande, cheio de flores e árvores ao seu redor.  Bem no meio dele, havia um escorregador colorido: vermelho, verde e azul.  De um lado do escorregador, havia um balanço amarelo.  Do outro lado do escorregador, havia um gira-gira laranja.  Logo atrás do escorregador, havia um tanque de areia.  Na frente do escorregador, havia um banco de madeira. Deixar que os alunos façam os desenhos com calma. Ressaltar que todos os elementos devem estar representados e pintados de acordo com a descrição. Após finalizados, expor os desenhos para cada um observar o desenho do outro. Comentar que, apesar de representarem o mesmo local, as imagens ficaram diferentes porque cada um a imaginou da sua forma.

Avaliação A percepção dos estudantes em relação à paisagem descrita pode ser avaliada pelas respostas dadas aos questionamentos referentes aos objetos, à disposição e às cores na paisagem. 37

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

As representações criadas podem ser usadas como o segundo instrumento avaliativo dessa aula. Na leitura, o estudante deve ser capaz de reconhecer alguns elementos descritos e reproduzi-los no desenho. Aquilo nas representações que foge do descrito pode ser usado para medir a criatividade de cada estudante.

Para trabalhar dúvidas A maneira mais eficaz de sanar dúvidas a respeito da localização, disposição e descrição dos elementos de uma paisagem relatada é por meio da representação gráfica. Se os alunos apresentarem dificuldade em realizar a atividade, o professor deverá fazer uma representação do parque com um desenho na lousa.

Aula 2 A capacidade de representar uma paisagem descrita foi trabalhada durante a primeira aula desta sequência didática. É proposto agora o caminho inverso. Em forma de brincadeira, será trabalhada a elaboração de um texto descritivo. Manter a sala organizada em grupos de quatro estudantes. Para cada grupo, reproduzir a cópia de uma das imagens a seguir (de 1 a 6):

Alexandre Matos

(1) Representação de crianças brincando em um parque.

Bentinho

(2) Representação de crianças brincando.

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

Laís Bicudo

(3) Representação de crianças na escola brincando com a sombra.

Fabio Eugenio

(4) Crianças brincando de esconde-esconde.

Laís Bicudo

(5) Crianças jogando bolinha de gude na escola.

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

Bentinho

(6) Representação de crianças brincando no pátio.

Solicitar que cada grupo cuide da imagem recebida para os demais não a verem. Cada grupo deverá receber uma folha pautada na qual deverá criar, coletivamente, uma descrição da imagem recebida. Orientar que a descrição deverá contemplar a paisagem com os principais elementos apresentados. Para perceberem possíveis erros nas redações, pedir que releiam o que escreveram antes de entregá-las. As redações de alunos nessa faixa etária são curtas, com frases simples e muitas vezes desconexas. Exercitar o hábito da escrita é fundamental para o aprendizado gramatical, bem como para o estímulo da criatividade. As descrições deverão ser feitas em 30 minutos. Quando forem finalizadas, expor as imagens que os grupos descreveram de forma misturada. Ler cada uma das redações e escolher algum grupo para tentar descobrir de qual imagem se trata.

Avaliação O instrumento avaliativo dessa etapa serão os textos confeccionados. Os estudantes deverão ser capazes de escrever a respeito de alguns elementos observados. É importante reparar se perceberam a diversidade de cores e texturas e se algum grande elemento passou despercebido. Poderá ser proposto que os estudantes de um grupo representem, por meio de desenhos, as paisagens descritas por outros grupos, antes de o professor revelar a ilustração. Dessa maneira, poderão comparar os elementos descritos com aqueles presentes na paisagem.

Ampliação A reprodução de desenhos por meio de relatos e os relatos desenvolvidos por meio da observação de uma paisagem podem ser trabalhados constantemente durante as aulas de qualquer disciplina. Seria muito interessante trabalhar essa proposta em um cenário conhecido pelos estudantes, por exemplo, uma parte da escola. Levá-los para o pátio da escola ou jardim, caso a escola possua um, e solicitar que criem, em duplas, um texto descrevendo aquilo que estão observando. Ao voltar para a sala de aula, poderão desenhar o que descreveram e montar cartazes com as duas produções, conforme o modelo a seguir:

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

3a sequência didática: Os elementos da paisagem Serão abordados os elementos que formam a paisagem. Será proposta a elaboração de uma tabela com os elementos naturais e os culturais que compõem a paisagem da escola.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Objeto de conhecimento Habilidade

Objetivos de aprendizagem

Conteúdos

Impactos das atividades humanas 

(EF03GE06) Identificar e interpretar imagens bidimensionais e tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográfica.

 

Observar os diferentes tipos de paisagem. Identificar os elementos naturais e os elementos humanizados de uma paisagem. Reconhecer os diferentes planos das paisagens. Elementos que formam a paisagem Paisagem natural Paisagem humanizada Planos da paisagem

    

Materiais e recursos 

Reprodução de imagens

Desenvolvimento 

Quantidade de aulas: 2 aulas

Aula 1 Começar a aula retomando com os estudantes que paisagem é tudo aquilo que podemos ver. Expor a eles as seguintes paisagens (1 e 2).

Creative Travel Projects / Shutterstock.com

(1) Paisagem rural.

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

mr_renderman / Shutterstock.com

(2) Paisagem urbana.

Solicitar que observem com atenção as paisagens mostradas e respondam às seguintes perguntas:

1. Qual imagem vocês preferem?

Resposta pessoal. Essa questão visa introduzir os alunos no contexto apresentado e estimular que percebam os diferentes elementos existentes em cada uma das imagens.

2. Vocês acham essas paisagens muito diferentes? Por quê?

Espera-se que os estudantes respondam que sim, por haver diferentes elementos, e percebam que enquanto uma delas tem muitas construções, a outra não.

3. Na primeira paisagem, há alguma coisa construída pelo ser humano?

Sim, uma pequena casa. Atentar para um possível questionamento: houve desmatamento.

4. Na segunda imagem é possível identificar elementos da natureza?

Espera-se que os estudantes identifiquem que apenas o céu faz parte da natureza.

Comentar que as paisagens se diferenciam de acordo com os elementos presentes nelas. Explicar que elementos são todas as coisas que constituem a formação de uma paisagem. Quando as paisagens apresentam apenas elementos naturais, são classificadas como paisagens naturais, enquanto aquelas formadas por elementos construídos pelo ser humano são classificadas como humanizadas. Distribuir para cada aluno a reprodução da seguinte imagem (3):

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

DCBeltrame / Shutterstock.com

(3) Paisagem rural.

Solicitar que os alunos façam um X sobre dois ou mais elementos naturais existentes nessa paisagem e circulem dois elementos humanizados. Verificar se assimilaram a diferença entre esses dois elementos pelas respostas apresentadas. Os alunos poderão fazer um X sobre os seguintes elementos naturais: árvores, flores, céu, grama, cavalo e lago. Os elementos humanizados a serem circulados são porteira, cerca, estrada, antena e casa.

Avaliação As questões propostas para a interpretação do texto poderão ser utilizadas como o primeiro instrumento avaliativo. Os estudantes deverão ser capazes de perceber as diferenças entre as paisagens. A identificação dos elementos naturais e humanizados da paisagem deverá ser usada como o segundo instrumento avaliativo.

Para trabalhar dúvidas Para sanar possíveis dúvidas, os estudantes deverão “treinar o olhar” para identificar os elementos da paisagem. Para isso, deverão fazer o mesmo exercício proposto com diversas paisagens.

Aula 2 Iniciar a aula lembrando que paisagem é tudo aquilo que vemos e pode ser formada por elementos naturais e humanizados. Explicar que para observarmos detalhadamente uma paisagem, devemos dividi-la em partes. Cada parte é chamada de plano. Pedir que observem a seguinte imagem (4): 44

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

3o plano

2o plano

1o plano

Mark Schwettmann / Shutterstock.com

(4) Cristo Redentor, Rio de Janeiro.

Em primeiro plano, aparece o que tem mais destaque quando olhamos a paisagem e, em último plano, aquilo que há de mais distante. Solicitar que respondam às seguintes perguntas:

1. Quais elementos humanizados podemos ver em primeiro plano? A escultura do Cristo Redentor e o acesso à estátua.

2. Quais elementos naturais podem ser observados no primeiro plano da imagem? Espera-se que os alunos respondam que há árvores e rochas.

3. Qual plano apresenta a maior quantidade de elementos humanizados?

Espera-se que os alunos identifiquem que o segundo plano apresenta a maior quantidade de elementos humanizados.

Para reforçar a divisão em planos da paisagem, solicitar que, em trios, os alunos dividam a imagem a seguir (5) em planos:

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

Patrícia dos Santos / Shutterstock.com

(5) Brasília.

Espera-se que os estudantes façam a divisão colocando a escultura em primeiro plano, o prédio em segundo plano e as árvores e o céu em terceiro plano.

Avaliação Nesta segunda aula, há dois instrumentos avaliativos. O primeiro seriam as respostas das questões relacionadas à interpretação dos planos da paisagem do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Como os planos já estão divididos e identificados, os estudantes não terão dificuldade em responder às questões com relação aos planos. O que poderia gerar dúvida seria a classificação em elementos naturais e humanizados. Caso isso aconteça, relembrar que elementos humanizados são aqueles que sofreram qualquer tipo de modificação pela ação do ser humano. O segundo instrumento avaliativo refere-se à divisão da imagem em planos. Para ajudá-los a perceber a diferença de planos, solicitar que imaginem a paisagem como ela é realmente, em três dimensões, e dividam-na de acordo com o que está mais próximo e o que está mais distante.

Para trabalhar dúvidas Caso haja dúvidas em relação à identificação da classificação dos elementos de uma paisagem, poderão ser sanadas por meio da pergunta: como surgiu esse elemento? Se a resposta indicar qualquer atividade humana, trata-se de um elemento humanizado. Se o elemento está disponível na natureza e não sofreu nenhum tipo de intervenção humana, trata-se de um elemento natural. Em relação aos planos das paisagens, as dúvidas devem ser sanadas quando os estudantes, por meio da observação, identificarem aquilo que está mais perto, em destaque, e aquilo que está mais longe, com menos destaque na paisagem.

Ampliação Para ampliar o tema, os alunos devem reunir as duas práticas utilizadas para assimilar o conteúdo durante as aulas. Para isso, reproduzir a seguinte imagem (6): 46

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

Aleksandar Todorovic / Shutterstock.com

(6) Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Solicitar que respondam às seguintes perguntas:

1. Quais elementos naturais podem ser observados na imagem? As árvores e o céu.

2. Quais elementos humanizados podemos ver na imagem?

As ruas, as lixeiras, as placas de sinalização, o teatro, os prédios e as placas de trânsito.

3. Se essa imagem fosse dividida em dois planos, o que estaria no primeiro plano?

Espera-se que os alunos respondam o teatro, a rua da frente, as lixeiras e a placa de trânsito.

4. O que estaria em segundo plano?

Espera-se que os alunos respondam os prédios e o céu.

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

4a sequência didática: Visões da paisagem Serão abordados os elementos que formam as paisagens, bem como as diferentes formas de observá-las. Por meio de desenhos, será proposta a representação de um mesmo objeto em diferentes perspectivas.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Objeto de conhecimento Habilidade

Representações cartográficas 

(EF03GE06) Identificar e interpretar imagens bidimensionais e tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográfica.

 

Compreender os diferentes elementos que formam uma paisagem. Identificar as diferentes formas de se observar e representar uma paisagem. Construir uma representação por meio de um desenho em diferentes tipos de visão. Elementos da paisagem Paisagens de longe e de perto Tipos de visão da paisagem

Objetivos de aprendizagem 

Conteúdos

  

Materiais e recursos     

Reprodução de imagem Frasco de vidro Grãos de diferentes tamanhos Mochila, estojo ou lancheira Computador com acesso à internet

Desenvolvimento 

Quantidade de aulas: 2 aulas

Aula 1 Iniciar a aula explicando aos estudantes que tudo aquilo que surge aos nossos olhos chamamos de paisagens. Assim, a paisagem que o professor vê da sala de aula pode ser diferente da vista pelos estudantes. Apesar disso, a paisagem de uma sala de aula é formada pelos mesmos objetos, independentemente de estar no campo de visão do professor ou no de algum estudante. Os objetos que formam as paisagens são chamados de elementos. Ressaltar que, quando os elementos são construídos pela própria natureza, são classificados como naturais. Já aqueles que foram construídos pelo homem são chamados de humanizados. Instigar a observação por meio da seguinte pergunta: a sala de aula é formada por mais elementos naturais ou humanizados?

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

Distribuir aos alunos uma cópia da seguinte imagem (1):

Waldomiro Neto

(1) Ilustração de adultos e crianças em um parque.

Solicitar aos alunos que observem a imagem para responder às seguintes questões:

1. O que aparece nessa imagem?

Aparecem cinco pessoas, três crianças e dois adultos; duas crianças estão brincando com uma bola, a outra está andando de bicicleta e os dois adultos estão sentados em um banco. Alguns animais, como um cachorro e pássaros, também estão presentes na imagem. Ao fundo, é possível observar um ônibus e alguns prédios no horizonte.

2. Quais elementos naturais, ou seja, construídos pela natureza, aparecem nessa imagem? O solo e as árvores, por exemplo.

3. Quais elementos construídos pelo homem podem ser vistos nessa imagem?

A ciclofaixa, a bicicleta, o ônibus, o banco, a bola, as roupas e os prédios ao fundo.

Comentar com os alunos que, se essa imagem fosse observada mais de perto, poderíamos visualizar mais detalhes. Questionar sobre quais outros elementos poderiam ser vistos caso pudéssemos entrar na imagem e observá-la bem de perto. Deixar que se expressem livremente. Não há respostas certas ou erradas para esse questionamento, pois serão resultado da imaginação dos estudantes (nessa faixa etária, eles costumam imaginar coisas e fatos irreais). Concluir dizendo que pequenos insetos, folhas e flores caídas no chão talvez pudessem ser vistos caso nos aproximássemos do local da imagem. 49

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

Agora que tiveram contato com esses diferentes pontos de vista, o professor poderá treiná-los a fazer diferentes observações do mesmo objeto, propondo a atividade a seguir. Pedir que peguem as lancheiras, as mochilas ou os estojos. O professor deverá escolher o objeto de acordo com a disponibilidade de espaço da sala de aula. Os estudantes observarão esse objeto de três perspectivas: na direção dos olhos (com o objeto colocado sobre a mesa), de cima para baixo (ficando em pé e olhando-o para baixo) e de cima e de lado (colocando o objeto no chão, ao lado da cadeira). Para cada uma dessas observações, o aluno deverá criar uma representação na forma de desenho, completando o quadro a seguir.

De frente

Diferentes pontos de vista do mesmo objeto De cima De cima e de lado

Expor os quadros prontos para que os alunos possam comparar suas produções. Para a próxima aula, deixar reservado o laboratório de informática com computadores conectados ao programa de imagens de satélite, disponível no seguinte endereço: <https://www.google.com.br/intl/pt-PT/earth/> (acesso em: 17 jan. 2018). Localizar o endereço da escola no aplicativo. Para isso, basta inseri-lo no campo de busca. Caso computadores e internet não estejam disponíveis para o uso do professor, preparar a reprodução das imagens a seguir (2 e 3):

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

marchello74 / Shutterstock.com

(2) Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro.

Celso Diniz / Shutterstock.com

(3) Arcos da Lapa, Rio de Janeiro.

Avaliação O primeiro instrumento avaliativo dessa aula serão as respostas dadas aos questionamentos feitos sobre a imagem. Espera-se que sejam capazes de identificar quais são os elementos naturais e os elementos humanizados que constituem a imagem. Além disso, deverão perceber que a riqueza de detalhes aumenta com a proximidade da observação.

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

O segundo instrumento avaliativo desta etapa são as reproduções em diferentes perspectivas do objeto de uso escolar (estojo, mochila ou lancheira). Nessa etapa, os estudantes deverão ser capazes de reconhecer as diferenças de visões. Vale ressaltar que distorções e desproporcionalidades são naturais nessa faixa etária e devem ser desconsideradas.

Para trabalhar dúvidas Caso os estudantes apresentem dificuldade para compreender que a riqueza de detalhes é mais facilmente percebida com a proximidade, o professor poderá realizar a seguinte atividade: colocar diferentes materiais misturados em um frasco de vidro, como farinha, arroz, café, milho e feijão. Deixar o frasco distante deles e perguntar:

1. O que podem observar dentro do frasco?

Espera-se que identifiquem apenas os grãos maiores, como o feijão e o milho.

Solicitar que se aproximem do frasco e repetir a pergunta:

2. O que podem observar dentro do frasco?

Espera-se que sejam capazes de identificar os grãos maiores e os menores, como o arroz, o café e a farinha.

Dessa maneira, por meio da representação concreta daquilo que está sendo ensinado, os estudantes terão mais facilidade de compreender os ensinamentos do professor. Nessa faixa etária, lembrar que ainda estão na fase concreta. Abstrações dificilmente são assimiladas por eles.

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

Aula 2 Começar a aula afirmando que uma mesma paisagem pode ser vista de diferentes direções. Solicitar que observem a seguinte paisagem (4):

Basilio T. Freitas / Shutterstock.com

(4) Parque do Ibirapuera, São Paulo.

Pedir que respondam às seguintes perguntas oralmente:

1. De qual direção esta imagem está sendo vista?

Espera-se que identifiquem que está sendo vista de cima e de lado.

2. Quais elementos naturais podem ser observados na imagem?

Espera-se que sejam capazes de identificar as copas das árvores, o gramado e o lago (à esquerda).

3. Quais elementos humanizados podem ser observados na imagem?

Espera-se que sejam capazes de identificar prédios, ruas, o monumento e carros.

4. Como essa fotografia pode ter sido tirada?

Espera-se que sejam capazes de perceber que essa fotografia foi tirada de um helicóptero, de um avião ou de um drone.

Explicar que as imagens aéreas são feitas por câmeras localizadas em balões, em aviões, em helicópteros ou em drones. Há também imagens feitas por satélites artificiais. 53

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

Levar os estudantes ao laboratório de informática para terem contato com as imagens de satélite. Caso isso não seja possível, o professor deverá apresentar reproduções com as imagens aéreas sugeridas anteriormente. Deixá-los em duplas para observarem as imagens de satélite no computador ou a reprodução em papel. Questioná-los:

1. O que é possível observar?

Para a imagem da escola pesquisada no laboratório: é possível observar as construções da escola e dos lugares em seu entorno. Para a representação da primeira imagem: as construções do estádio e do ginásio, as árvores, as casas, os prédios, os morros etc. Para a representação da segunda imagem: os Arcos da Lapa, as ruas, os prédios, as árvores e as casas.

2. Há muitos elementos naturais na paisagem observada?

Para a imagem da escola pesquisada no laboratório: essa resposta dependerá da localização da sua escola. Para a representação da primeira imagem: espera-se que os alunos reconheçam as árvores e os morros. Para a representação da segunda imagem: espera-se que reconheçam as árvores.

3. Há muitos elementos humanizados nessa paisagem observada?

Para a imagem da escola pesquisada no laboratório: essa resposta dependerá da localização da sua escola. Para a representação da primeira imagem: espera-se que os alunos reconheçam as construções do estádio e do ginásio de esportes, as casas, os prédios, as ruas etc. Para a representação da segunda imagem: espera-se que reconheçam os Arcos da Lapa, as ruas, os prédios e as casas.

Reservar os dez minutos finais da aula para os estudantes manipularem as imagens de satélite ou mexerem no programa. Isso aumentará a curiosidade deles e o interesse pelo assunto.

Avaliação O instrumento avaliativo desta aula serão as respostas dadas pelos alunos aos questionamentos feitos sobre a imagem de satélite apresentada e sobre a imagem pesquisada no site. Espera-se que sejam capazes de identificar quais são os elementos naturais e os elementos humanizados que constituem a imagem, bem como percebam a perspectiva da qual a imagem foi tirada.

Ampliação Para ampliar esse tema, o professor poderá expandir os níveis de observação e ampliar o número de perspectivas de observação de um objeto. Escolher um objeto qualquer, por exemplo, uma maçã, e solicitar que os estudantes a representem em todas as suas perspectivas, conforme o quadro a seguir:

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

De frente

Diferentes pontos de vista do mesmo objeto De cima De cima e de lado

De lado

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

Proposta de acompanhamento da aprendizagem Avaliação de Geografia: 1o bimestre Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: ____________________________ Data: ____________________________________________________

1. Que nome recebe tudo aquilo que vemos nos lugares, o que ouvimos, os cheiros que

sentimos e as sensações de frio e de calor e que pode conter elementos naturais ou humanizados? A) Miragem. B) Paisagem. C) Imagem. D) Sombra.

2. Observe a imagem (1) a seguir. Qual dos elementos é classificado como natural?

LMspencer / Shutterstock.com

(1) Praia.

A) A bandeira. B) Os barcos. C) Os caiaques. D) As árvores.

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

3. De acordo com os elementos que compõem essa paisagem (2), podemos classificá-la como:

mandritoiu / Shutterstock.com

(2) Paisagem da cidade de Nova York, Estados Unidos.

A) paisagem natural. B) paisagem irreal. C) paisagem humanizada. D) paisagem concretizada.

4. Escolha a alternativa que apresenta apenas elementos naturais: A) Sol, lua e estrelas. B) carro, bicicleta e avião. C) televisão, computador e telefone. D) vaso de planta, árvore e flor.

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

5. Para melhor estudar e compreender as paisagens, podemos dividi-las em partes chamadas planos. Observe a imagem a seguir para escolher a alternativa que apresenta o elemento que está em primeiro plano na paisagem (3):

Tel Coelho/Giz de Cera

(3) Representação de luar no rio.

A) a árvore. B) o rio. C) a lua. D) as montanhas.

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

6. As paisagens podem ser observadas de diferentes visões. Observe a ilustração (4) a seguir e escolha a alternativa que representa o tipo de visão que temos dela:

Betinho

(4) Representação de maquete de uma casa.

A) de trás. B) de cima e de lado. C) de frente. D) de lado.

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

9. Cite três elementos que podem ser observados na paisagem (5) a seguir:

. Aluca69 / Shutterstock.com

(5) Paisagem.

10. As paisagens são formadas por elementos que podem ser naturais ou humanizados. Explique o que são elementos humanizados.

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

11. Na paisagem (6) a seguir, circule os elementos humanizados:

LuckyImages / Shutterstock.com

(6) Pai e filho pescando.

12. Leia o texto a seguir: O cantinho preferido do José De todos os cantinhos lá de casa, o meu preferido é embaixo da minha cama! Toda vez que vou para lá, consigo viajar para outro lugar. A escuridão vira o abrigo de um cometa, onde posso pegar carona no espaço, ou o fundo do oceano, onde nado com todos os tipos de peixinhos. Desenvolvido pelos autores.

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

13. Escreva um parágrafo descrevendo a paisagem da ilustração (7) a seguir:

Gustavo Gassen / Shutterstock.com

(7) Ponte sobre um rio.

Geografia – 3o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

14. Observe a ilustração (8) a seguir e associe os elementos a cada um dos planos da paisagem:

Danillo Souza

(8) Ilustração sem escala de paisagem natural.

Primeiro plano

Rio

Segundo plano

Montanhas

Terceiro plano

Árvores

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15. Observe a imagem (9) a seguir. Trata-se de uma imagem aérea. Explique como são feitas as imagens aéreas:

ESB Professional / Shutterstock.com

(9) Vista aérea de uma cidade.

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1. Que nome recebe tudo aquilo que vemos nos lugares, o que ouvimos, os cheiros que sentimos e as sensações de frio e de calor e que pode conter elementos naturais ou humanizados? A) Miragem. B) Paisagem. C) Imagem. D) Sombra. Habilidade trabalhada: (EF03GE06) Identificar e interpretar imagens bidimensionais e tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográfica. Resposta: B. Porque o enunciado é a definição da palavra “paisagem”. Distratores: As alternativas A e C apresentam sonoridades semelhantes, mas definições completamente diferentes de paisagem. Miragem é um efeito óptico produzido pela reflexão da luz solar. Imagem é uma representação, reprodução ou imitação da forma de uma pessoa ou objeto. A alternativa D apresenta sonoridade e definição complemente distintas de paisagem, porém é uma palavra conhecida pelos alunos; sombra é uma obscuridade produzida pela passagem da luz em corpos opacos.

2. Observe a imagem (1) a seguir. Qual dos elementos é classificado como natural?

LMspencer / Shutterstock.com

(1) Praia.

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A) A bandeira. B) Os barcos. C) As pranchas. D) As árvores. Habilidade trabalhada: (EF03GE06) Identificar e interpretar imagens bidimensionais e tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográfica. Resposta: D. Porque dentre as opções é a única que não foi construída nem modificada pelo homem. Distratores: As demais alternativas representam objetos construídos pelo homem, portanto são classificados como elementos humanizados.

3. De acordo com os elementos que compõem essa paisagem (2), podemos classificá-la como:

mandritoiu / shutterstock.com

(2) Paisagem da cidade de Nova York, Estados Unidos.

A) paisagem natural. B) paisagem irreal. C) paisagem humanizada. D) paisagem concretizada. Habilidade trabalhada: (EF03GE06) Identificar e interpretar imagens bidimensionais e tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográfica. Resposta: C. Porque a definição de paisagens formadas por elementos construídos pelo homem é paisagem humanizada. Outra definição para esse tipo de paisagem é antrópica ou cultural. Distratores: A alternativa A só estaria correta se relacionada a um tipo de paisagem sem elementos humanizados. A alternativa B cita uma definição de paisagem que não existe. A alternativa D pode confundir o aluno, uma vez que paisagens culturais como a apresentada possuem muitas edificações de concreto. Trata-se, porém, de uma definição que não existe. 66

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4. Escolha a alternativa que apresenta apenas elementos naturais: A) Sol, lua e estrelas. B) carro, bicicleta e avião. C) televisão, computador e telefone. D) vaso de planta, árvore e flor.

Habilidade trabalhada: (EF03GE06) Identificar e interpretar imagens bidimensionais e tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográfica. Resposta: A. Trata-se da única alternativa que apresenta todos os elementos formados pela natureza. Distratores: As demais alternativas, B, C e D, apresentam pelo menos um elemento construído pelo homem. As alternativas B e C apresentam todos os elementos construídos pelo homem. A alternativa D poderá causar dúvida por apresentar um único elemento humanizado, mas que está relacionado à planta, que é um elemento natural.

Tel Coelho/Giz de Cera

(3) Representação de luar no rio.

A) a árvore. B) o rio. C) a lua. D) as montanhas. Habilidade trabalhada: (EF03GE06) Identificar e interpretar imagens bidimensionais e tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográfica. Resposta: A. A árvore e um pedaço de solo estão em primeiro plano na paisagem apresentada. Distratores: A alternativa B constitui o segundo plano. As alternativas C e D fazem parte do terceiro plano da paisagem. 67

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6. As paisagens podem ser observadas de diferentes visões. Observe a ilustração (4) a seguir e escolha a alternativa que representa o tipo de visão que temos dela:

Betinho

(4) Representação de maquete de uma casa.

A) de trás. B) de cima e de lado. C) de frente. D) de lado. Habilidade trabalhada: (EF03GE06) Identificar e interpretar imagens bidimensionais e tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográfica. Resposta: B. A vista da imagem é superior e oblíqua. Distratores: As demais alternativas representam outras opções de tipos de visão de uma paisagem.

7. Explique o que são paisagens. ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF03GE06) Identificar e interpretar imagens bidimensionais e tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográfica. Resposta sugerida: Paisagem é, além de tudo, o que vemos nos lugares, o que ouvimos, os cheiros que sentimos e as sensações de frio e de calor de um lugar. Alunos de 3o ano costumam responder de forma mais simplificada. É esperado que respondam apenas que imagem é tudo aquilo que vemos. 68

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8. Explique o que são elementos naturais. ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF03GE06) Identificar e interpretar imagens bidimensionais e tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográfica. Resposta sugerida: Elementos naturais foram produzidos pela natureza e não sofreram nenhum tipo de transformação feita pelo homem. É possível aceitar os dois tipos de respostas: aquela que explica o que são os elementos naturais e a que vai pelo caminho da exclusão, ou seja, os alunos podem explicar que elementos naturais são aqueles não humanizados. Essa segunda resposta exige o complemento de que elementos humanizados são criados ou modificados pelo ser humano.

9. Cite três elementos que podem ser observados na paisagem (5) a seguir:

. Aluca69 / Shutterstock.com

(5) Paisagem.

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Habilidade trabalhada: (EF03GE06) Identificar e interpretar imagens bidimensionais e tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográfica. Resposta sugerida: As árvores, o gramado, serras ou colinas, o arco-íris e o céu. A paisagem apresentada nesse exercício é uma paisagem natural. Todos os elementos que a constituem são naturais.

10. As paisagens são formadas por elementos que podem ser naturais ou humanizados. Explique o que são elementos humanizados.

______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF03GE06) Identificar e interpretar imagens bidimensionais e tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográfica. Resposta sugerida: Elementos humanizados são aqueles construídos ou modificados pelo homem. A resposta da questão também pode sugerir a exclusão daqueles elementos naturais, ou seja, o aluno pode conceituar elementos humanizados como aqueles não naturais.

11. Circule na paisagem (6) a seguir os elementos humanizados:

LuckyImages / Shutterstock.com

(6) Pai e filho pescando.

Habilidade trabalhada: (EF03GE06) Identificar e interpretar imagens bidimensionais e tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográfica.

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Resposta sugerida: O aluno deverá circular o homem, o menino, a ponte, a vara de pescar e as edificações ao fundo. Essas são as únicas possibilidades de resposta para essa imagem.

O cantinho preferido do José foi descrito como duas paisagens diferentes. Quais são elas? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF03GE04) Explicar como os processos naturais e históricos atuam na mudança das paisagens naturais e antrópicas nos seus lugares de vivência, comparando-os a outros lugares. Resposta sugerida: O espaço onde José pode pegar carona em um cometa e o fundo do oceano, onde pode nadar com todos os peixinhos.

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13. Escreva um parágrafo descrevendo a paisagem da ilustração (7) a seguir:

Gustavo Gassen / Shutterstock.com

(7) Ponte sobre um rio.

______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF03GE06) Identificar e interpretar imagens bidimensionais e tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográfica. Resposta sugerida: É uma paisagem formada por muitos elementos naturais. Possui uma ponte sobre um rio e muitas árvores. A beira do rio é de pedras. A descrição dessa imagem permite diversos tipos de respostas. O fundamental é os alunos identificarem que se trata de uma paisagem com elementos naturais e humanizados e consigam descrever alguns desses elementos.

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14. Observe a ilustração (8) a seguir e associe os elementos a cada um dos planos da paisagem:

Danillo Souza

(8) Ilustração sem escala de paisagem natural.

Primeiro plano

Rio

Segundo plano

Montanhas

Terceiro plano

Árvores

Habilidade trabalhada: (EF03GE06) Identificar e interpretar imagens bidimensionais e tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográfica. Resposta sugerida: Primeiro plano: árvores. Segundo plano: rio. Terceiro plano: montanhas. Os alunos poderão questionar sobre o céu, as nuvens e o sol. Trata-se de elementos presentes no terceiro plano da imagem.

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15. Observe a imagem (9) a seguir. Trata-se de uma imagem aérea. Explique como são feitas as imagens aéreas.

ESB Professional / Shutterstock.com

(9) Vista aérea de uma cidade.

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Ficha de acompanhamento individual A ficha de acompanhamento individual é um instrumento de registro onde podemos verificar e avaliar de forma individual, contínua e diária, a evolução da aprendizagem. Ela serve para que nós, professores, possamos acompanhar o progresso de cada um de nossos estudantes. BRASIL. Ministério da Educação. Programa de Apoio a Leitura e Escrita: PRALER. Brasília, DF: FNDE, 2007. Caderno de Teoria e Prática 6: Avaliação e projetos na sala de aula, p. 20.

Total = TT

Legenda Não desenvolvida = ND

Em evolução = EE

Não observada = NO

Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: _________________________________ Data: ______________________________________________ Data

Habilidade

Anotações