Geografia EDILSON ADÃO CÂNDIDO DA SILVA LAERCIO FURQUIM JUNIOR
4 COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA
4O. ANO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
MANUAL DO PROFESSOR MATERIAL DIGITAL
São Paulo | 1a. edição | 2018
Conectados Geografia – 4o ano (Ensino Fundamental – Anos iniciais) Copyright © Edilson Adão Cândido da Silva, Laercio Furquim Junior, 2018
Diretor editorial Lauri Cericato Gerente editorial Silvana Rossi Júlio
Editora Natalia Taccetti
Gerente de produção editorial Mariana Milani
Coordenador de produção editorial Marcelo Henrique Ferreira Fontes
Gerente de arte Ricardo Borges
Coordenadora de ilustrações e cartografia Marcia Berne Coordenadora de preparação e revisão Lilian Semenichin
Supervisora de iconografia e licenciamento de textos Elaine Bueno
Supervisora de arquivos de segurança Silvia Regina E. Almeida
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Silva, Edilson Adão Cândido da Conectados geografia, 4º ano : componente curricular geografia : ensino fundamental, anos iniciais / Edilson Adão Cândido da Silva, Laercio Furquim Junior. — 1. ed. — São Paulo : FTD, 2018. ISBN 978-85-96-01364-2 (aluno) ISBN 978-85-96-01365-9 (professor) 1. Geografia (Ensino fundamental) I. Furquim Junior, Laercio. II. Título. 17-11598 CDD-372.891 Índices para catálogo sistemático: 1. Geografia : Ensino fundamental 372.891
EDITORA FTD. Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br
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Sumário Apresentação ........................................................................................................ 4 1o bimestre Plano de desenvolvimento: O campo e a cidade ............................................................. 15 Projeto integrador: Campanha de consumo consciente – Produção de lixo e mudanças de estilo de vida .......................................................................... 19 a 1 sequência didática: Paisagens do campo e paisagens da cidade............................. 28 2a sequência didática: De onde veio isso? ....................................................................... 38 3a sequência didática: Meios de transporte – Como venho, como vou, como posso ir? ........................................................................................... 45 Proposta de acompanhamento da aprendizagem .......................................................... 53
2o bimestre Plano de desenvolvimento: O município .......................................................................... 78 Projeto integrador: Município ........................................................................................... 82 1a sequência didática: Divisões administrativas brasileiras ........................................... 89 2a sequência didática: Área rural e área urbana do município ....................................... 94 3a sequência didática: Gestão de serviços públicos do município .............................. 100 Proposta de acompanhamento da aprendizagem ....................................................... 104
3o bimestre Plano de desenvolvimento: Regiões brasileiras ............................................................ 130 Projeto integrador: Regiões brasileiras .......................................................................... 134 1a sequência didática: Região e território ...................................................................... 150 2a sequência didática: Territórios indígenas e quilombolas ......................................... 156 3a sequência didática: Regiões Norte e Nordeste: cultura............................................ 163 4a sequência didática: Regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul ....................................... 171 Proposta de acompanhamento da aprendizagem ........................................................ 184
4o bimestre Plano de desenvolvimento: A paisagem ........................................................................ 212 Projeto integrador: Relevo............................................................................................... 215 1a sequência didática: Relevo ......................................................................................... 221 2a sequência didática: Planeta água .............................................................................. 227 3a sequência didática: Clima e vegetação ..................................................................... 236 4a sequência didática: Vegetação brasileira .................................................................. 248 Proposta de acompanhamento da aprendizagem ........................................................ 256
Geografia – Apresentação
Apresentação No texto a seguir apresentamos a organização do Manual do Professor – Material Digital, identificando cada tipo de documento disponibilizado e explicando sua função e ordenação, bem como sua relação com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Em seguida, fundamentamos as escolhas de conteúdo e organização do material com base na proposta pedagógica da coleção.
Organização deste Material Digital O material digital desta coleção de Geografia está organizado em bimestres. Cada um deles contém Plano de desenvolvimento, Sequências didáticas, Proposta de acompanhamento da aprendizagem e Projeto integrador. Essas ferramentas visam complementar o que está proposto no livro didático impresso e oferecer outras possibilidades de atuação ao professor. O objetivo é apresentar subsídios que possam enriquecer o dia a dia do docente. É importante enfatizar que todas as propostas deste material são sugestões. O professor tem total liberdade para adequar cada material à sua realidade escolar.
Plano de desenvolvimento O Plano de desenvolvimento bimestral consiste em um documento de apresentação dos objetivos de cada bimestre. Nele estão indicados os conteúdos tratados e a relação deles com a Base Nacional Comum Curricular (2017), esmiuçando os objetos de conhecimento e habilidades desenvolvidos e a relação dos mesmos com a prática didático-pedagógica. São indicadas as habilidades mínimas esperadas que sejam desenvolvidas pelos estudantes em cada bimestre, a fim de garantir a continuidade do trabalho no bimestre seguinte. No plano, sugerimos práticas de sala de aula que auxiliam a realização do trabalho proposto, seguindo a metodologia adotada na coleção, orientamos o professor quanto à organização do espaço, às formas de tratamento dos estudantes, à resolução de possíveis conflitos, às maneiras de inserir os estudantes no processo de aprendizagem, entre outras sugestões. Ao conceber o plano, também temos em mente as competências gerais e específicas previstas na BNCC, que desenvolvem qualidades e valores mais amplos e fundamentais, como autonomia, senso crítico, respeito à diversidade e empatia. O professor deve, com base no conteúdo previsto e das práticas sugeridas, auxiliar os estudantes no desenvolvimento dessas e de outras competências, contribuindo para sua formação integral, conforme exposto na BNCC:
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Geografia – Apresentação
[...] a BNCC afirma, de maneira explícita, o seu compromisso com a educação integral, reconhecendo que a educação básica deve visar à formação e ao desenvolvimento humano global (...), o conceito de educação integral com o qual a BNCC está comprometida se refere à construção intencional de processos educativos que promovam aprendizagens sintonizadas com as necessidades, as possibilidades e os interesses dos alunos e, também, com os desafios da sociedade contemporânea, de modo a formar pessoas autônomas, capazes de se servir dessas aprendizagens em suas vidas. (BRASIL, 2017, p. 17.)
No subtítulo Foco, orientamos o professor quanto ao trabalho com as possíveis dificuldades que os estudantes podem apresentar em cada bimestre, garantindo a possibilidade de aprendizagem para todos, respeitando, dentro do possível, os diferentes tempos e abordagens que cada um necessita. Ao final do documento, há sugestões de sites, leituras, vídeos e passeios que podem auxiliar o professor no trabalho proposto, seja no conteúdo a ser desenvolvido, seja nas atividades previstas ou ainda na postura dentro da sala de aula.
Sequência didática As Sequências didáticas são “sequências de atividades planejadas para a efetivação de objetivos educacionais específicos” (CASTELLAR, 2016); nesse caso, sugestões para aprofundar ou trabalhar de forma alternativa alguns conteúdos propostos no livro impresso, possibilitando um melhor desenvolvimento de certas habilidades. A Sequência didática coloca o aluno não apenas como receptor de conteúdo, ela proporciona espaço para o debate e a construção coletiva de conhecimento, pois possibilita, segundo Zabala (1998 apud CASTELLAR, 2016), a articulação de diferentes modalidades de atividades, visando a um objetivo que deve ser conhecido tanto pelo professor, como pelos estudantes. O autor destaca a importância da organização sequencial das atividades e da determinação da função de cada atividade proposta. O conhecimento do planejamento permite aos estudantes fazer parte do percurso que está programado, do que foi acordado entre professor e estudantes. Na criação dos planos de aula da sequência didática, o professor deve considerar seu público, conforme explica a autora: [...] Este é o momento em que o professor procura se aproximar da realidade do alunado e da instituição para definir as direções do ensino e, simultaneamente, refletir sobre os conteúdos em relação ao contexto social e cognitivo dos alunos. (CASTELLAR, 2016, p. 32.)
É importante ressaltar que o ideal é que o professor adeque as sequências de acordo com as possibilidades e a realidade de cada escola e turma, visto que a ideia da sequência didática é minimizar os imprevistos. Nas próprias sequências há indicações de momentos em que é interessante a realização de pesquisa complementar, a fim de aproximar o conteúdo da realidade dos estudantes, por exemplo. Há também um esforço para que as sequências possam ser realizadas em qualquer escola; portanto, ao sugerir atividades que requerem o uso de tecnologia, tentamos sempre oferecer outra opção para que o professor possa desenvolver as mesmas habilidades na ausência dos materiais e recursos indicados no início do documento. 5
Geografia – Apresentação
O número de aulas mencionado em cada sequência didática é uma sugestão; assim, elas podem ser realizadas em mais ou menos tempo, a critério do professor que deve considerar o planejamento bimestral e a familiaridade da turma com o conteúdo trabalhado. Cada sequência contém um quadro indicando os objetos de conhecimento e as habilidades da BNCC, em que são desenvolvidos, parcial ou integralmente, os objetivos de aprendizagem traçados para as atividades propostas e os conteúdos que são trabalhados com aquela sequência didática. As Sequências estão divididas em aulas. Nelas, descrevemos os procedimentos sugeridos para cada aula, fornecendo material de apoio, como textos e imagens, e propondo questões avaliativas e outras formas de análise do trabalhado a ser realizado. Há um subtítulo Avaliação para melhor explicar de que forma é possível realizá-la e o que deve ser considerado com base nas atividades propostas. No subtítulo “Para trabalhar dúvidas” prevemos algumas possíveis dificuldades e damos sugestões ao professor quanto às melhores maneiras de auxiliá-los na sua superação. Em Ampliação, sugerimos uma atividade complementar às aulas da sequência didática, a fim de aprofundar o conteúdo trabalhado.
Projeto integrador O Projeto integrador, como o próprio nome indica, objetiva integrar diferentes áreas do conhecimento, de forma a atribuir maior sentido aos componentes curriculares e seus conteúdos, aproximando-os da realidade dos estudantes, preferencialmente por meio do trabalho com situações que fazem parte de suas vivências. Um método sistemático de ensino que envolve os alunos na aquisição de conhecimentos e de habilidades por meio de um extenso processo de investigação estruturado em torno de questões complexas e autênticas e de produtos e tarefas cuidadosamente planejados. (Buck Institute for Education, 2008)
Os projetos são apresentados indicando seus temas, as disciplinas que os compõem, os objetivos e o produto final. Um projeto pode acompanhar o desenvolvimento do conteúdo de todo o bimestre ou, focar em alguns temas em cada disciplina, dependendo de como foi pensado. Os componentes curriculares devem ser trabalhados de forma equilibrada, sem um destaque para determinada disciplina, em detrimento de outras. A interdisciplinaridade presente no projeto propicia um momento muito rico e, às vezes, raro na educação básica, que é o de fazer relações entre diferentes conteúdos, buscando compreender algum fenômeno da realidade em sua totalidade, e não por meio de recortes e métodos próprios de cada disciplina. Cada projeto tem uma justificativa, que consiste em uma questão que guia seu desenvolvimento e a forma como esse trabalho colabora para a aprendizagem. Essa questão deve ter relação com a realidade dos estudantes e com os conteúdos trabalhados no bimestre. Os projetos também têm o subtítulo Objetivos, em que listamos os objetivos gerais e específicos do trabalho proposto. Seguindo os objetivos, são elencadas as competências gerais da BNCC e as habilidades específicas de cada disciplina a serem desenvolvidas. Posteriormente, apresentamos mais detalhadamente o produto final do projeto, que pode ser muito variado, mas em geral sugerimos que seja apresentado à comunidade de alguma forma, aproximando a escola de seu entorno. 6
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Após a lista de materiais, que pode ser adequada de acordo com a necessidade de cada professor, há as etapas do projeto, descritas passo a passo. Sua realização está prevista para um período predeterminado de aulas. Sugerimos ao professor que se aproprie do projeto com antecedência e planeje a distribuição das aulas dentro das disciplinas correspondentes, explicitando o máximo possível a relação entre o tema e cada disciplina, e entre elas. Por se tratar de um trabalho mais longo, é importante fornecer as informações referentes ao planejamento do projeto aos estudantes e relembrá-los de cada etapa, de forma que eles possam ter a dimensão do trabalho como um todo, fazendo as conexões entre as etapas. As avaliações são realizadas em diferentes momentos, durante a realização do projeto, e de formas variadas, algumas são atitudinais e outras, referentes ao conteúdo, podem ser usadas para avaliação dos estudantes ou do trabalho, fornecendo informações para que o professor determine a melhor maneira de prosseguir. Durante as descrições de cada aula e etapa do projeto, em uma tentativa de facilitar o trabalho do professor, sugerimos formas de lidar com questões e possíveis dificuldades apresentadas pelos estudantes. Detalhamos os procedimentos que devem ser seguidos na confecção do produto final e de que forma ele pode ser apresentado e avaliado. Após a finalização de todas as etapas previstas para o projeto, há um subtítulo Avaliação, em que organizamos, em uma tabela, todas as possibilidades de avaliação, aula a aula, sugerindo o que o professor pode observar e analisar. Em Avaliação final sugerimos estratégias de autoavaliação para o professor, a fim de auxiliá-lo a repensar em sua prática pedagógica e a realização do projeto, identificando os pontos fortes e fracos de sua elaboração, e também para os estudantes, proporcionando-lhes um momento de percepção e análise do processo que vivenciaram. No final do documento, há referências bibliográficas complementares, indicações de sites, vídeos, livros e passeios que podem auxiliar os estudantes e/ou o professor no desenvolvimento dos temas ou nas atividades trabalhadas no projeto.
Proposta de acompanhamento da aprendizagem A Proposta de acompanhamento da aprendizagem visa possibilitar o acompanhamento da evolução dos estudantes e a verificação do desenvolvimento das habilidades previstas a cada bimestre. Ela é composta de 15 questões e está organizada, de acordo com o grau de dificuldade, das questões mais simples para as mais complexas. Esse documento contém as questões prontas para impressão, seguidas pelas mesmas questões acompanhadas dos respectivos gabaritos, indicação das habilidades trabalhadas e orientações para o professor referentes às possíveis interpretações ao indicar as respostas. O professor deve estimular a interpretação textual para que os estudantes consigam entender corretamente o que está sendo proposto em cada uma delas. As questões abertas possibilitam diferentes formas de expressão. Algumas são escritas, enquanto outras podem solicitar um desenho, ou relacionar a colunas, localize e indique elementos em imagens com base em alguma classificação, entre outras possibilidades. Ao final de cada proposta, há uma Ficha de Acompanhamento Individual a ser preenchida pelo professor, com o objetivo de analisar a evolução de cada estudante, especificando seus avanços e suas dificuldades.
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A proposta pedagógica da Coleção Ensino de Geografia hoje Desde a década de 1990, quando teve início intenso processo de transformações na educação, o ensino de Geografia vem se adequando às mudanças decorrentes da era da informação e da renovação da educação brasileira, que é entendida de forma mais abrangente, incluindo em seus planos, além dos conteúdos a serem trabalhados, habilidades, competências, expectativas atitudinais e temáticas atuais. Objetiva-se assim, dar conta não só do ensino de Geografia, mas da formação integral do cidadão, entendendo o pensamento espacial e raciocínio geográfico como algumas das ferramentas para compreensão da realidade, obtidas na educação básica como um todo. É papel do Estado democrático investir na escola, para que ela prepare e instrumentalize crianças e jovens para o processo democrático, forçando o acesso à educação de qualidade para todos e às possibilidades de participação social. (BRASIL, 1997, p. 27)
Considerando a fase de aprendizagem em que se encontram nos anos iniciais do Ensino Fundamental, a Geografia é uma disciplina que favorece a compreensão do mundo, apresentando relações existentes entre fenômenos e lugares, e desenvolvendo uma leitura crítica e questionadora dos episódios identificados. O ensino de Geografia, nesse sentido, contribui para a construção da identidade dos estudantes, a compreensão de suas próprias vivências e a apreensão de noções de espaço e tempo, as quais permitem a análise de transformações no mundo. Ler o mundo da vida, ler o espaço e compreender que as paisagens que podemos ver são resultado da vida em sociedade, dos homens na busca da sua sobrevivência e da satisfação das suas necessidades. Em linhas gerais, esse é o papel da Geografia na escola. (CALLAI, 2005, p. 229)
A fim de acompanhar essas transformações decorrentes da era da informação, não é preciso apenas a adoção de novas tecnologias na escola, mas também o estabelecimento de outra relação com o conhecimento, pois deve-se considerar que o acesso a ele é diferente do que era há 15 anos e a velocidade das transformações é outra. Os meios de comunicação informática, revistas, televisão, vídeo têm atualmente grande poder pedagógico visto que se utilizam da imagem e também apresentam conteúdo com agilidade e interatividade. Assim, torna-se cada vez mais necessário que a escola se aproprie dos recursos tecnológicos, dinamizando o processo de aprendizagem. Como a educação e a comunicação são indissociáveis, o professor pode utilizar-se de um aparato tecnológico na escola visando à transformação da informação em conhecimento. (SERAFIM e SOUSA, 2011, p. 24-25)
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A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o ensino de Geografia Esta coleção foi toda elaborada à luz da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), publicada em 2017, e das principais mudanças em curso na educação brasileira. A BNCC define as principais habilidades e competências que devem ser desenvolvidas em cada ano do Ensino Fundamental, em cada disciplina, e também de forma geral, nessa etapa da educação básica. O papel central da Geografia, segundo a BNCC, é o desenvolvimento do pensamento espacial e do raciocínio geográfico. Para garantir o alcance do “raciocínio geográfico para representar e interpretar o mundo em permanente transformação e relacionando componentes da sociedade e da natureza” (BRASIL, 2017, p. 312), é importante a apropriação de conceitos geográficos, como espaço, território, lugar, região, natureza e paisagem, bem como o desenvolvimento da noção de tempo, com a qual há forte diálogo com História. A BNCC indica o trabalho com os princípios do raciocínio geográfico: analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem. Em todos os anos, há atividades que visam trabalhar esses princípios com os alunos. Há, para todo o Ensino Fundamental – Anos Iniciais, cinco unidades temáticas em Geografia: O sujeito e seu lugar no mundo; Conexões e escalas; Mundo do Trabalho; Formas de representação e pensamento espacial; e Natureza, ambientes e qualidade de vida. A cada ano, o que é alterado são os objetos de conhecimento a ser trabalhados em cada unidade, e as habilidades correspondentes. Portanto, as unidades temáticas devem ser trabalhadas concomitantemente, de forma integrada, analisando situações e fenômenos por diferentes perspectivas. Como já previsto nos PCN: Abordagens atuais da Geografia têm buscado práticas pedagógicas que permitam apresentar aos alunos os diferentes aspectos de um mesmo fenômeno em diferentes momentos da escolaridade, de modo que os alunos possam construir compreensões novas e mais complexas a seu respeito. Espera-se que, dessa forma, eles desenvolvam a capacidade de identificar e refletir sobre diferentes aspectos da realidade, compreendendo a relação sociedade-natureza. (BRASIL, 1997, p. 77)
Por meio do desenvolvimento do raciocínio geográfico, espera-se chegar a uma melhor compreensão da sociedade, formando cidadãos preparados para contribuir com um mundo melhor e mais solidário.
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A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e as expectativas de aprendizagem As expectativas de aprendizagem são organizadas em competências e habilidades que devem ser desenvolvidas ao longo do Ensino Fundamental. As competências são mais amplas e trabalhadas durante os nove anos do ciclo. Há competências gerais, que não estão ligadas a nenhuma disciplina em específico, que visam à formação humana integral e à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva; competências específicas de ciências humanas, que são relativas à interpretação do mundo, processos e fenômenos sociais políticos e culturais, e a compreensão do estudante do seu papel em tais processos; e por fim, as competências específicas de Geografia, que tratam da formação da identidade e o desenvolvimento do raciocínio geográfico. Já as habilidades são expectativas de aprendizagem mais específicas, resultantes das competências previstas, organizadas por disciplina e ano, de forma a orientar o trabalho do professor, garantindo que todas as competências e habilidades sejam desenvolvidas ao final do Ensino Fundamental. O trecho a seguir expõe o objetivo da proposta da BNCC: [...] define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica [...] para a formação humana integral e para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. (BRASIL, 2017, p. 7)
Proposta que visa, de acordo também com as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), ofertar a todos as mesmas oportunidades com base na equidade na educação, respeitando as diferentes necessidades provenientes da diversidade regional ao não criar um currículo único, mas sim esse conjunto de orientações referentes às expectativas de aprendizagem, conforme está em: A equidade reconhece, aprecia e acolhe os padrões de sociabilidade das várias culturas que são parte da identidade brasileira. Compreende que todos são diversos, que a diversidade é inerente ao conjunto dos alunos, inclusive no que diz respeito às experiências que trazem para o ambiente escolar e aos modos como aprendem. (BRASIL, 2017, p. 11)
Desenvolvimento do conteúdo É importante atentar para a faixa etária dos estudantes, tendo em vista, nos anos iniciais, a preocupação com uma transição tranquila da Educação Infantil para o Ensino Fundamental, desenvolvendo atividades lúdicas. Também, a alfabetização e o letramento devem estar presentes em todo o trabalho, incorporado a cada disciplina, especialmente nos dois primeiros anos. Com a Geografia, propriamente, iniciamos trabalhando com os lugares de vivência e a noção de pertencimento da criança, de forma a atribuir mais sentido aos temas estudados, o que aproxima a aprendizagem de Geografia da vida real. 10
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No primeiro ano, trabalhamos os lugares das crianças, desenvolvendo noções básicas de espacialidade e temporalidade, usando para isso os direitos básicos das crianças, brincadeiras, moradia, escola, espaços públicos e privados, diferentes escalas de tempo, entre outras atividades. A ludicidade está presente nas atividades propostas neste ano, assim como nas do ano seguinte. No segundo ano, novamente abordamos a moradia e a escola, aprofundando o trabalho com a identidade dos alunos, e introduzindo temas relacionados ao trabalho e aos materiais, diferenciando os vários espaços da escola e identificando características deles que denotem suas funções. Aos poucos, ampliamos a escala trabalhada, abordando novos conceitos, lugares e as relações entre lugares. Ainda no segundo ano, expandimos a área de estudo, abordando a rua e o bairro, ainda lugares de vivência das crianças, ligados à identidade e ao pertencimento, reforçando o papel dos estudantes como agentes de transformação desses espaços, mas apresentamos outras ruas e bairros, assim como moradias e escolas. Tratamos também de meios de transporte e comunicação. A partir do terceiro ano, introduzimos o trabalho com os conceitos: paisagem, região, território e natureza. No terceiro ano, trabalhamos prioritariamente com paisagem, identificando elementos naturais e humanizados, as transformações na paisagem causadas pelo ser humano e pela natureza, e a diferenciação entre campo e cidade. Introduzimos a questão ambiental, apontando problemas ambientais no campo e na cidade. No quarto ano trabalhamos novamente com o campo e a cidade, agora buscando explicitar as relações existentes entre eles, por meio do estudo de processos de produção e circulação, bem como de problemas ambientais, como o uso da água. Afastamo-nos mais dos lugares de vivência, focando no Brasil. Com base nele estudamos aspectos do município e das grandes regiões. Terminamos o ano retomando a questão ambiental, descrevendo as principais características físicas do país. No quinto ano, expandimos ainda mais a área de estudo, introduzindo demografia, não só do Brasil, mas do mundo. Falamos também de trabalho, desigualdade social, rede urbana, transporte, energia e comunicação. As relações entre lugares e fenômenos, trabalhadas especialmente no quarto e quinto anos, dizem respeito ao princípio geográfico da analogia.
Metodologia no ensino de Geografia O material digital se propõe como um complemento ao livro didático, oferecendo outras possiblidades de trabalho, de maneira a amparar o alcance das expectativas de aprendizagem da BNCC. O presente material prioriza atividades que partem da vivência dos estudantes, valorizam o pensamento crítico e os tiram da passividade, da posição de mero receptor de conhecimento. Baseando-se no que já foi exposto, entende-se o espaço geográfico como objeto central do estudo de Geografia. Com base no extenso trabalho de Milton Santos, buscamos sintetizar alguns conceitos e categorias-chave para a compreensão do espaço geográfico de forma simples, traduzindo-os à linguagem adequada à faixa etária dos alunos. Milton Santos coloca a importância da inseparabilidade dos elementos físicos e humanos, dado que: [...] o espaço é, hoje, um sistema de objetos cada vez mais artificiais, povoados por sistemas de ações igualmente imbuídos de artificialidade, e cada vez mais tendentes a fins estranhos ao lugar e a seus habitantes. Neste nosso mundo se estabelece, por isso mesmo, um novo sistema da natureza [...]. (SANTOS, 1994, p. 90)
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Portanto, devemos ter em vista sempre, e transmitir aos alunos, a ideia de totalidade e integração entre os elementos geográficos que trabalhamos em aula. Para compreensão do espaço geográfico como espaço dinâmico determinado pela relação sociedade/natureza, é preciso trabalhar os conceitos já mencionados: paisagem, lugar, território, região e natureza. O trabalho com esses conceitos desenvolve o pensamento geográfico criando noções de espacialidade e representação. O lugar é um conceito muito presente no material, ele está associado à identidade, “É o espaço passível de ser sentido, pensado, apropriado e vivido através do corpo” (CARLOS, 2007, p. 17), sendo, então, possível a apreensão desse conceito por meio do trabalho com o cotidiano e o espaço de vivência dos alunos. A paisagem aparece no material com diferentes abordagens teórico-metodológicas, julgadas como as mais adequadas e significativas em cada momento da aprendizagem, considerando o objetivo final de compreensão do espaço geográfico. Para Milton Santos, é tudo que pode ser apreendido por meio da visão; logo, se relaciona à forma; porém, também é possível entendê-la relacionada à percepção, incluindo outros sentidos na sua apreensão. A paisagem é material e diz respeito a um produto presente, resultado da acumulação de tempos passados (SANTOS, 1996, p. 83). Por meio do estudo de elementos constituintes das paisagens, desenvolvemos a capacidade de reconhecer elementos artificiais e naturais e relacioná-los a diferentes organizações espaciais. O território é um conceito atrelado à ideia de poder, introduzido nos anos finais desse material. Diz respeito a determinada área que é dominada por alguém ou algum grupo, há o território nacional, delimitado por fronteiras, que marcam o poder político do Governo Federal, mas há também territórios marcados pelo campo de forças de outros atores sociais, indicando um poder social que determina o uso do território. A região é parte do espaço geográfico. É uma área que pode ser delimitada com base nos mais variados critérios, considerando o que aquela porção do espaço tem em comum. A regionalização melhor exposta aqui é a divisão do Brasil em grandes regiões pelo IBGE, que considera aspectos físicos, econômicos e culturais, entre outros. Presente no discurso geográfico desde os trabalhos pioneiros de Alexander von Humboldt no século XIX, o conceito de natureza acompanha a Geografia desde seus primórdios. Com base nessa premissa, nesta obra, busca-se garantir a interação entre a paisagem, a região e o território nos momentos em que os conceitos são abordados, obedecendo sempre a adequação à faixa etária.
O trabalho de campo e estudo do meio Trabalho de campo é um passeio a um determinado lugar com a finalidade de coletar informações, enquanto o estudo do meio é um trabalho mais elaborado de estudo de aspectos de algum lugar, que inclui um trabalho de campo. Acreditamos que esses passeios são fundamentais para o ensino de Geografia, uma vez que o objeto de estudo dessa ciência é o espaço geográfico. O contato com o espaço e a observação de seus elementos naturais e sociais permite a verificação empírica de teses ou informações vistas em sala de aula. Além disso, o trabalho de campo possibilita a interdisciplinaridade, posto que a realidade não é apreendida exclusivamente por meio da Geografia. Esse tipo de trabalho costuma ter grande potencial de atração, envolvendo os estudantes no seu processo de aprendizagem. No material, sugerimos alguns passeios, a fim de observar e interpretar a paisagem e determinados elementos. Geralmente são realizados na escola ou no seu entorno, de acordo com a proposta, com base nos espaços de vivência dos estudantes e, também, viabilizando sua realização na maioria das escolas do país. 12
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O trabalho de campo deve sempre ser precedido pelo planejamento de percurso e pelos objetivos, em um primeiro momento realizado pelo professor, e em seguida com os estudantes; deve também envolver alguma forma de registro e um trabalho de análise posterior.
A cartografia Juntamente com a alfabetização, propomos ensinar a leitura espacial e cartográfica. Buscamos instrumentalizar pouco a pouco as crianças para a compreensão do espaço geográfico, e a produção e leitura de mapas é parte importante desse processo. A cartografia aparece em todos os anos no material, uma vez que a proposta é sua integração aos conteúdos tratados, conforme previsto na da BNCC, apresentando-a de forma significativa e expondo sua utilidade, em contraposição a apresentá-la separadamente, colocando o mapa como um fim em si mesmo. Buscamos aumentar, a cada ano, a complexidade das representações espaciais apresentadas aos estudantes, bem como das habilidades necessárias para as elaborações cartográficas pedidas.
A avaliação No material digital há sugestões de diferentes formas de avaliação, incluindo questões abertas, fechadas, autoavaliação, avaliação da participação, avaliações individuais, em duplas e em grupos, atividades práticas, entre outras. A avaliação deve ser pensada continuamente durante o processo de ensino-aprendizagem. Seu objetivo central é orientar o trabalho do professor, oferecendo um panorama da aprendizagem, não servindo nunca como castigo ou forma de classificação dos estudantes. Entretanto, há diferentes funções para as avaliações em diferentes momentos do processo de ensino-aprendizagem. As avaliações devem seguir critérios claros, conforme aponta Hadji (2001); nesse caso, estão atreladas ao desenvolvimento das competências e habilidades da BNCC, sendo indicadas em cada material disponibilizado, a fim de possibilitar ao professor uma visão clara do que está sendo avaliado em cada atividade proposta.
Considerações finais O material digital foi elaborado com a finalidade de oferecer alternativas que colaborem para o desenvolvimento das competências e habilidades exigidas pela da BNCC para o Ensino Fundamental – Anos Iniciais. Intencionamos que esse material possibilite também uma maior inserção das tecnologias digitais em sala de aula, incentivando o professor a se apropriar dos dispositivos disponíveis para utilizá-los da melhor forma possível em seu trabalho, o que, por sua vez, proporciona familiaridade dos estudantes com as novas tecnologias, melhorando as suas possibilidades de uso. Buscamos também o entendimento da educação como formação integral, a fim de preparar os estudantes não apenas para seu desenvolvimento e sucesso profissional, mas enquanto cidadãos prontos para atuar de forma justa, participando da construção de uma sociedade mais igualitária. Lembramos que o material apresentado pode e deve ser adaptado de acordo com as necessidades de cada turma e professor.
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Geografia – Apresentação
Bibliografia BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Lei 9.394/1996. Brasília, 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 15 dez. 2017. ______. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – Versão final. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_ publicacao.pdf>. Acesso em: 2 dez. 2017. ______. Ministério da Educação/Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Brasília: MEC/SEB, 2013. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br>. Acesso em: 9 dez. 2017. ______. Ministério da Educação. Programa de Apoio a Leitura e Escrita PRALER. Caderno de Teoria e Prática 6 – avaliação e projetos na sala de aula. Brasília: FNDE/MEC, 2007. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/praler/tp/tp6.pdf>. Acesso em: 3 dez. 2017. ______. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília, 1997. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf>. Acesso em: 15 dez. 2017. BUCK INSTITUTE FOR EDUCATION. Aprendizagem baseada em projetos: guia para professores de ensino fundamental e médio. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. CALLAI, Helena Copetti. Aprendendo a ler o mundo: a Geografia nos anos iniciais do ensino fundamental. Cedes. Campinas, v. 25, n. 66, 2005. CARLOS, Ana Fani A. O lugar no/do mundo. São Paulo: FFLCH, 2007. CASTELLAR, Sonia M. Vanzella (org.). Metodologias ativas: sequências didáticas. 1. ed. São Paulo: FTD, 2016. HADJI, Charles. Avaliação desmistificada. Porto Alegre: Artmed, 2001. SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996. ______. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1988. ______. Técnica espaço tempo. Globalização e meio técnico-científico-informacional. São Paulo: Hucitec, 1994. SERAFIM, Maria Lúcia; SOUSA, Robson Pequeno de. Multimídia na educação: o vídeo digital integrado ao contexto escolar. In: MIOTA, F. M. C. S. C.; R. P. CARVALHO, A. B. G. (Orgs.). Tecnologias digitais na educação. Campina Grande: Eduepb, 2011. Disponível em: <http://books.scielo.org/id/6pdyn/pdf/sousa-9788578791247-02.pdf>. Acesso em: 16 dez. 2017. VITTE, Antonio Carlos; SILVEIRA, Roberison W. D. Considerações sobre os conceitos de natureza, espaço e morfologia em Alexander Von Humboldt e a gênese da geografia física moderna. Geousp: espaço e tempo, São Paulo. n. 27, 2010. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/geousp/article/view/74156>. Acesso em: 23 dez. 2017. Material disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons – Atribuição não comercial (CC BY NC – 4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros.
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Geografia – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento
Plano de desenvolvimento: O campo e a cidade Serão abordadas questões relacionadas à temática campo e cidade, suas especificidades e suas relações de interdependência. Esses assuntos são importantes, pois representam os conjuntos espaciais em torno dos quais as sociedades humanas se organizam. A relação entre campo e cidade, também será trabalhada abordando-se os meios e vias de transporte. O estudo cartográfico também é focado com base em leituras de mapas de localização e ligação por vias de transportes de alguns estados e municípios.
Conteúdos
Paisagens do campo e da cidade Trabalho no campo e na cidade Produção, circulação e consumo Diferentes tipos de meios de transporte Rede de transportes Vias de circulação Infraestrutura de transporte Leitura de mapas
Objetos de conhecimento e habilidades Objetos de conhecimento
Habilidades
Objetivos de aprendizagem
Objetos de conhecimento
Habilidades
Objetivos de aprendizagem
Relação campo e cidade Trabalho no campo e na cidade (EF04GE04) Reconhecer especificidades e analisar a interdependência do campo e da cidade, considerando fluxos econômicos, de informações, de ideias e de pessoas. (EF04GE07) Comparar as características do trabalho no campo e na cidade. Descrever as paisagens do campo e da cidade. Ler imagens. Diferenciar o campo da cidade. Caracterizar o trabalho no campo e na cidade. Relação campo e cidade Trabalho no campo e na cidade (EF04GE04) Reconhecer especificidades e analisar a interdependência do campo e da cidade, considerando fluxos econômicos, de informações, de ideias e de pessoas. (EF04GE07) Comparar as características do trabalho no campo e na cidade. Identificar e descrever os caminhos percorridos de determinados produtos industrializados. Compreender a relação das atividades desenvolvidas no campo e na cidade.
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Geografia – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento
Objetos de conhecimento
Habilidades
Objetivos de aprendizagem
Relação campo e cidade Unidades político-administrativas do Brasil Elementos constitutivos dos mapas (EF04GE04) Reconhecer especificidades e analisar a interdependência do campo e da cidade, considerando fluxos econômicos, de informações, de ideias e de pessoas. (EF04GE05) Distinguir unidades político-administrativas oficiais nacionais (Distrito, Município, Unidade da Federação e grande região), suas fronteiras e sua hierarquia, localizando seus lugares de vivência. (EF04GE10) Comparar tipos variados de mapas, identificando suas características, elaboradores, finalidades, diferenças e semelhanças. Identificar os meios de transporte. Classificar e distinguir os meios de transporte marítimo, aéreo e terrestre. Ler mapas temáticos.
Práticas de sala de aula O primeiro passo para garantir que o estudante aprenda é o planejamento: momento de pensar o que desejamos atingir. Existem diferentes níveis de planejamento: como o anual, o bimestral e o semanal. Todos têm seu papel e importância no processo de ensino e aprendizagem e devem ser utilizados ao longo do ano. Para que esses diferentes instrumentos deixem de ser meramente documentos burocráticos, devemos revisitá-los constantemente a fim de repensarmos as estratégias de intervenção com o grupo e com cada estudante, principalmente nas situações depois da atividade avaliativa. Também é fundamental a organização em sala de aula, de modo a favorecer a participação do estudante. Por isso, inserir no planejamento da aula a organização do espaço físico da sala. A organização da sala de aula depende do propósito da atividade. Por exemplo, em situações de apresentação de trabalhos, socialização de saberes e discussões coletivas, a disposição das carteiras em círculo ou semicírculo é uma boa estratégia, pois promove maior interação. Se for um momento de sistematização de conteúdos, como uma aula expositiva, colocar os estudantes enfileirados pode ser a boa disposição para manter o foco no professor. Em momentos de estudo, deixá-los em duplas pode ser uma solução. No planejamento, deve-se pensar na realização de trabalhos em grupo – oportunidade de construir conhecimento coletivamente. Essa atividade exercita diferentes habilidades, tais como ouvir, argumentar, dividir, respeitar, gerenciar tempo etc. Aulas em outros ambientes, como biblioteca, laboratório, quadra, e pátio, são também pontos a serem considerados no planejamento. Estudo do meio e visitas pedagógicas também colaboram para a aprendizagem dos estudantes. A avaliação também deve constar no planejamento, considerando-a como um instrumento para classificar e selecionar, possibilitando diagnósticos e acompanhamento do processo de aprendizagem. Devem ser criados instrumentos diversificados que favoreçam a análise do que o estudante sabe, do que ele precisa saber e deem pistas das intervenções necessárias com cada um. O acompanhamento da aprendizagem pode envolver atividades de autoavaliação ou a construção de portfólios.
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Geografia – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento
Sobre a prática de sala de aula, um ponto de partida pertinente é compartilhar a pauta do dia. O estudante passa a saber a rotina, o que favorecerá o desenvolvimento de sua autonomia e da administração do tempo. Outro ponto que favorece o envolvimento do estudante é uma breve retomada dos conhecimentos trabalhados na aula anterior. O rememorar pode ocorrer logo em seguida à exposição da pauta e com participação ativa dos estudantes. Na sequência, pode-se criar um momento de correção de lição de casa ou de recolhimento de trabalhos. Neste bimestre, o principal objeto de conhecimento é aprofundar o estudo sobre os conceitos de cidade e campo, iniciados no 3o ano, dessa vez com o foco nas relações de interdependência. Assim, a primeira sequência didática abrange a leitura de imagens relativas à cidade e ao campo, permitindo a descrição e diferenciação entre eles, e caracterizando as paisagens e os tipos de trabalho realizados no campo e na cidade. Desse modo, ficam assegurados o desenvolvimento das habilidades (EF04GE04) e (EF04GE07). O trabalho no campo e na cidade continua a ser abordado na segunda sequência didática, com ênfase nas mesmas habilidades desenvolvidas na sequência anterior. Os estudantes poderão relacionar as atividades de produção de matérias-primas no campo, o beneficiamento ou industrialização do produto e sua venda no comércio. Para finalizar, a terceira sequência didática trata dos meios de transporte utilizados tanto no espaço urbano como no rural, concluindo os estudos de fluxos trabalhados na habilidade (EF04GE04). Além disso, será abordada a leitura de mapa temático do Brasil, assegurando o desenvolvimento da habilidade (EF04GE10) – comparar tipos variados de mapas, identificando suas características, elaboradores, finalidades, diferenças e semelhanças. Ressalta-se, aqui, que essa habilidade será parcialmente trabalhada, dado que os procedimentos serão explorados apenas em um tipo de mapa temático: infraestrutura de transportes do Brasil. Nele, o trabalho focará na identificação de características, traçados, relações, símbolos e localização. Este trabalho de exploração de um mapa abre a perspectiva para realização de comparação entre dois ou mais mapas.
Foco Para incentivar os estudantes que apresentam mais facilidade com o conteúdo (conceitual e procedimental) e evitar que dispersem enquanto o professor tenta solucionar dúvidas dos demais estudantes, propor que se organizem em grupos ou duplas, de modo que aqueles que já dominam o assunto estudado possam auxiliar os que apresentem alguma dificuldade. Este se constitui num potente trabalho com conteúdo atitudinal. É importante variar a organização desses grupos e duplas, para evitar que os estudantes se sintam julgados por suas capacidades e habilidades. Por isso, é de extrema importância apresentar essa proposta de troca como uma oportunidade para o aprendizado de todos os integrantes. Também podem ser propostas atividades em duplas, em grupos ou discussões coletivas, de modo que haja um maior envolvimento dos estudantes. É importante promover situações de aula em que os estudantes tenham voz e possam emitir opiniões e falar sobre seus conhecimentos. Devem-se escolher estratégias que os levem a se sentirem parte integrante do processo de aprendizagem. Para que isso ocorra, deve-se garantir um clima e um ambiente em que os estudantes se sintam seguros para falar e se expor. Outra forma importante de manter o foco dos estudantes baseia-se nos registros do caderno. Esse método favorece o acompanhamento constante da aprendizagem pelo professor, tornando possível propor atividades complementares para aqueles que apresentam mais dificuldades.
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Geografia – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento
Para casos de dificuldades com questões relacionadas às características da cidade e do campo, uma proposta é a leitura de imagens, tais como as presentes na primeira sequência didática. Essa atividade permite trabalhar as habilidades de descrever, analisar, interpretar, diferenciar e relacionar. Com essa atividade, o professor pode aprofundar as interpretações, fazendo com que os estudantes busquem uma relação entre diferentes imagens. Por exemplo, por meio de análise de imagens, identificar semelhanças e diferentes características da pecuária extensiva e da intensiva.
Para saber mais
Educação integral. Reportagem do portal “educação integral” apresenta diferentes formas de organização da sala de aula, de acordo com a intenção pedagógica do professor. Ver: BASÍLIO, Ana Luiza. Organização de estudantes na sala de aula não deve ser fixa, mas mudar conforme intenção pedagógica. Centro de Referências em Educação Integral, [S.l.], [201-]. Disponível em: <http://educacaointegral.org.br/reportagens/organizacao-deestudantes-na-sala-de-aula-nao-deve-ser-fixa-mas-mudar-conforme-intencao-pedagogica>. Acesso em: 21 jan. 2018. BASÍLIO, Ana Luiza. Organização da sala de aula deve mudar conforme intenção pedagógica. Porvir, São Paulo, 23 fev. 2017. Disponível em: <http://porvir.org/ organizacao-da-sala-de-aula-deve-mudar-conforme-intencao-pedagogica>. Acesso em: 21 jan. 2018. Geografia visual. Site que possui diversos materiais para uso em aulas de Geografia, tais como vídeos, fotografias, notícias e mapas. Os temas dos materiais também são variados, havendo alguns sobre trabalho e cidades. Disponível em: <http://geografiavisual.com.br>. Acesso em: 21 jan. 2018.
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4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Geografia e Arte
Projeto integrador: Campanha de consumo consciente – Produção de lixo e mudanças de estilo de vida
Conexão com: LÍNGUA PORTUGUESA, GEOGRAFIA e ARTE. Este projeto propõe a criação de um panfleto informativo sobre a importância do consumo consciente, para diminuirmos a quantidade de lixo produzido em nosso dia a dia. Sugere que os estudantes conheçam os impactos do consumo exagerado e as maneiras de o reduzirem para o equilíbrio dos recursos do planeta. Temas como lixo, consumo consciente, sustentabilidade, estilo de vida e consciência ambiental farão parte deste projeto integrador.
Justificativa De acordo com a edição de 2016 do Indicador de Consumo Consciente (ICC), três em cada 10 brasileiros são consumidores conscientes. Faixa chamada de transição, esse resultado é considerado abaixo do ideal. Também foi levantado que as práticas dos brasileiros são mais relacionadas a aspectos financeiros do que à percepção dos impactos do consumo exagerado no meio ambiente. Consumir de forma responsável é fundamental para diminuirmos os efeitos negativos de nossos atos na natureza, reduzindo a produção diária de lixo. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2017, foram coletadas mais de 228 mil toneladas de lixo por dia. Em razão do ritmo diário de produção de resíduos, a redução do desperdício por meio do consumo consciente se faz necessária. É importante promover a discussão desse tema para que as pessoas repensem seu estilo de vida. Com pequenas mudanças de hábitos, podemos alterar a forma e o ritmo de consumo e, consequentemente, promover situações que favoreçam a preservação do meio ambiente e, assim, ampliar as possibilidades de melhorias na qualidade de vida. Este projeto pretende envolver os estudantes nessas discussões, a fim de que tenham consciência de que, para o bem-estar social e a preservação ou conservação ambiental, é necessário repensarmos hábitos. Será nosso objetivo, também, que eles promovam uma campanha na comunidade, com o objetivo de evitar o consumo desmedido, sobretudo de produtos industrializados.
Objetivos
Reconhecer os hábitos de consumo e identificar o exagero na produção de lixo. Compreender os problemas causados pelo consumo desmedido e pelo descarte do lixo. Reconhecer a importância do consumo consciente. Pesquisar impactos provocados pelo excesso de lixo. Reconhecer os diferentes destinos para o lixo. Organizar, sintetizar e classificar as informações pesquisadas. Converter informações de uma linguagem para outra. Criar e produzir campanha de consumo consciente. Apresentar o resultado à comunidade escolar e ao público externo.
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4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Geografia e Arte
Competências e habilidades
Competências desenvolvidas
Habilidades relacionadas*
1. Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas. 5. Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação para compreender o mundo natural, social, econômico, político e o meio técnico-científico e informacional, avaliar ações e propor perguntas e soluções para questões que requerem conhecimentos científicos da Geografia. 7. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, propondo ações sobre as questões socioambientais, com base em princípios éticos democráticos, sustentáveis e solidários. Geografia (EF04GE08) Descrever e discutir o processo de produção (transformação de matérias-primas), circulação e consumo de diferentes produtos. (EF04GE11) Identificar as características das paisagens naturais e antrópicas (relevo, cobertura vegetal, rios etc.) no ambiente em que vive, bem como a ação humana na preservação ou degradação dessas áreas. Língua Portuguesa (EF04LP01) Participar das interações orais em sala de aula, com liberdade, desenvoltura e respeito aos interlocutores, para resolver conflitos e criar soluções. (EF04LP03) Escutar com atenção apresentações de trabalhos por colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sobre dados apresentados em imagens, tabelas, textos. (EF04LP17) Discutir o propósito do uso de recursos de persuasão (cores, imagens, escolha de palavras, jogo de palavras, tamanho de letras) em textos publicitários e de propaganda. (EF04LP19) Produzir textos sobre temas de interesse, com base em resultados de observações e pesquisas em fontes de informações impressas ou eletrônicas, incluindo, quando pertinente, imagens e gráficos ou tabelas simples, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto. Arte (EF15AR26) Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios, animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia, softwares etc.), nos processos de criação artística.
* A ênfase nas habilidades aqui relacionadas varia com o tema e as atividades desenvolvidas no projeto.
O que será desenvolvido Ao final do projeto, os estudantes produzirão uma campanha com o objetivo de repensar hábitos e adotar práticas de consumo consciente. Os meios serão escolhidos pelo grupo. A socialização e a divulgação da campanha poderão ser feitas por meio de panfleto, vídeo, podcast, cartaz ou seminário. 20
4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Geografia e Arte
Materiais e recursos
Livros, revistas e jornais Imagem de lata de lixo com muitos resíduos sólidos Lápis de cor ou canetas hidrográficas Cartolina, papel kraft ou papel sulfite A3 Se disponível, projetor e computadores ou tablets com acesso à internet
Etapas do projeto Cronograma
Tempo de produção do projeto: 2 meses/8 semanas/2 aulas por semana. Número de aulas sugeridas para o desenvolvimento das propostas: 15 aulas.
Aula 1: Atividade desencadeadora Apresentar a imagem a seguir, projetando-a ou ampliando-a a um tamanho que possa ser visto por todos da sala. Propor aos estudantes que observem, levantando as seguintes questões: O que vocês observam na imagem? O que a imagem representa? Dos objetos que estão presentes na lixeira e próximo a ela, quais poderiam ter sido jogados por você? Por quê?
Petovarga/Shutterstock.com
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Deixar que os estudantes explorem livremente as informações contidas na imagem e socializem em voz alta o que observam. Em seguida, propor que façam uma lista enumerando o que produzem de lixo em uma semana. A ideia é iniciar a conversa com eles sobre os objetos consumidos e a produção diária de resíduos. Perguntar a eles: Nós produzimos pouco ou muito lixo diariamente? Em nossa classe, quais são os tipos de lixo mais comuns? Espera-se que, com a primeira pergunta, os estudantes cheguem à conclusão de que produzimos muito lixo diariamente. Quanto à segunda pergunta, a resposta será diferente em cada classe, mas, geralmente, o plástico é o produto que mais aparece no cotidiano como objeto de descarte.
Aula 2: Atividade de reflexão e levantamento do problema Rememorar a atividade da aula anterior. Em seguida, organizar a classe em grupos de quatro a cinco estudantes. Propor, inicialmente, a seguinte questão: Para onde vai todo o lixo que produzimos? Determinar um tempo de, no máximo, 15 minutos e abrir para que um representante de cada grupo exponha a discussão realizada. Depois, pedir que respondam à próxima pergunta: Quais são os problemas do descarte errado do lixo produzido? Depois de 15 minutos, abrir para discussão com o grupo todo. Solicitar aos estudantes que façam um breve relato da aula, considerando os seguintes pontos: tema central, questões discutidas e principais pontos levantados. Se necessário, realizar a síntese coletivamente.
Aulas 3 e 4: Pesquisa Os estudantes permanecerão em grupo e farão uma pesquisa, na qual espera-se que encontrem informações relacionadas ao tempo de decomposição do lixo quando descartado na natureza, problemas decorrentes da proliferação de animais como ratos e insetos, doenças originadas do descarte inadequado de resíduos, lixo nas ruas e relação com enchentes etc. O objetivo é que os estudantes pesquisem problemas socioambientais relacionados com o descarte inadequado de lixo. Solicitar que procurem informações sobre o tema central, fazendo a seguinte pergunta: Quais são os impactos ambientais provocados pelo lixo quando não descartado adequadamente? Dividir a classe em seis grupos; cada grupo terá um foco de pesquisa. Grupos 1 e 4: que problemas relacionados à saúde humana são provocados pelo lixo quando não descartado adequadamente? Grupos 2 e 5: que problemas ambientais são gerados pelo lixo quando não descartado adequadamente? Grupos 3 e 6: qual é o tempo de decomposição de cada tipo de material jogado no lixo? Se a escola tiver uma biblioteca disponível, fazer uma visita prévia e selecionar alguns livros relacionados ao tema e agendar a visita dos estudantes. Caso não possua esse espaço, é possível procurar uma biblioteca municipal próxima da escola. Se a escola tiver uma sala de informática disponível, também é interessante agendar uma visita. Em relação à pesquisa em sites na internet, é fundamental que os estudantes sejam orientados a buscar informações em sites confiáveis. É recomendável que sejam visitados previamente para serem indicados aos estudantes.
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Sobre o tempo de decomposição do lixo, é possível encontrar muitos infográficos na internet. Basta fazer a busca de imagens. O importante é acompanhar os grupos nesse processo de pesquisa de informações e ajudá-los na curadoria dos sites confiáveis para que, também, tragam textos adequados à faixa etária. Quanto ao registro, orientar os estudantes a anotar em seus cadernos: a questão central; o subtema; as fontes de pesquisa; a síntese das descobertas.
Aulas 5 e 6: Socialização da pesquisa Os grupos mostrarão as descobertas feitas durante a pesquisa. Cada um deles apresentará seu tema, e os ouvintes deverão anotar no caderno as informações principais. Oriente os estudantes dizendo que perguntas devem ser feitas depois da apresentação de cada grupo. Encerradas as apresentações dos seis grupos, concluir que todo lixo deve ser descartado adequadamente, a fim de evitar os problemas apresentados nas pesquisas.
Aula 7: Aula expositiva Preparar, antecipadamente, uma síntese sobre o assunto central: “Os diferentes destinos do lixo”. Iniciar a aula com a seguinte pergunta: Para onde vai o lixo quando o jogamos em um lugar adequado? Escutar alguns estudantes e anotar na lousa as respostas; em seguida, apresentar os diferentes destinos do lixo. Outra possibilidade é entregar uma ficha com o texto já impresso para cada estudante e fazer uma leitura coletiva, explicando, a cada item, o conteúdo e ir tirando as dúvidas. É fácil encontrar na internet informações sobre esse assunto. O objetivo é que eles conheçam as diferentes formas de descarte: lixões, aterros sanitários, usinas de incineração, compostagem, coleta seletiva, reciclagem e tratamentos especiais (resíduos que não podem ser misturados, como pilhas e baterias). Pesquisar os diferentes destinos do lixo do município onde está situada a escola. Apresentar os dados para os estudantes. Depois da exposição do conteúdo, discutir com os estudantes quais são os destinos do lixo que provocam menor impacto no meio ambiente, ou seja, os que são os mais adequados.
Aulas 8 e 9: Pensando sobre outro problema: a quantidade de lixo Apresentar os dados a seguir, registrando-os na lousa, escrevendo-os em um cartaz ou por meio de um computador conectado a um projetor: O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que, em 2017, o total de lixo coletado no Brasil foi de mais de 228 mil toneladas por dia!
O IBGE também divulgou que a produção de lixo no Brasil é cinco vezes maior que o crescimento da população do país.
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Explicar aos estudantes que uma tonelada equivale a mil quilogramas. Se eles não compreenderem alguma palavra, explicar o que significa. Em seguida, lançar a seguinte questão: A quantidade de lixo que produzimos é um problema para nossa sociedade? Por quê? Escutar os estudantes. Espera-se que eles considerem que sim. Em seguida, perguntar: O que podemos fazer quanto a isso? Ouvir as hipóteses e registrar as sugestões na lousa. Lançar a proposta de repensar o consumo: Como diminuir o consumo? Se for possível, para sensibilizá-los ainda mais, apresentar os vídeos do Instituto Akatu sugeridos a seguir e discutir com os estudantes sobre os problemas do consumo exagerado e as possíveis soluções. Consciente coletivo: resíduos. São Paulo: Instituto Akatu. Giroscópio Filmes, Canal Futura/HP do Brasil, 2010. (2 min). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=5Cbijm9ucg4>. Acesso em: 23 jan. 2018. Consciente coletivo: consumir somente o necessário. São Paulo: Instituto Akatu; Giroscópio Filmes. Canal Futura/HP do Brasil, 2010. (2 min). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=vpcY7WW6f4M>. Acesso em: 23 jan. 2018. Dividir a classe em grupos de quatro a cinco estudantes. Solicitar que pesquisem informações sobre consumo consciente. Orientá-los a procurar respostas para as seguintes questões: Quais são os problemas com o consumo exagerado? (Problema) Por que devemos repensar nosso consumo? (Justificativa) Quais são as dicas de consumo consciente? (Solução) É importante fazer um levantamento dos materiais que os estudantes têm em casa sobre o assunto: livros, revistas, enciclopédias etc. Se houver possibilidade, permitir que visitem a biblioteca da escola para realizar a pesquisa. Levá-los ao laboratório de informática para a pesquisa em sites confiáveis.
Sugestões de materiais para a pesquisa dos estudantes
Instituto Akatu. Organização não governamental (ONG) que trabalha pela conscientização e mobilização da sociedade para o consumo consciente. Disponível em: <www.akatu.org.br>. Acesso em: 23 jan. 2018. Britannica Escola. Enciclopédia em que os estudantes podem encontrar várias informações sobre os temas pesquisados, consultando verbetes como “desenvolvimento sustentável” e “reciclagem”. Disponível em: <https://escola.britannica.com.br>. Acesso em: 23 jan. 2018. Depois da consulta às fontes de pesquisa, propiciar um momento de troca entre os estudantes. Deixar que eles comentem sobre o que pesquisaram, o que aprenderam, o que acharam interessante e até o que não gostaram. Caso seja possível, para ampliar o repertório dos estudantes, reproduzir outras animações do Instituto Akatu. Assim que terminar, propor que discutam sobre as informações contidas nos curtas-metragens e as dicas de consumo consciente apresentadas. Lembrar que, nesta fase do projeto, os estudantes estão coletando informações para, posteriormente, criar as campanhas.
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Aula 10: Planejando a campanha Com a pesquisa pronta e socializada entre os grupos, chegou o momento de criar a campanha de consumo consciente, a fim de estimular uma mudança de hábitos nos estudantes, em suas famílias e na comunidade escolar como um todo, o que pode diminuir a produção de lixo. Conversar sobre o que é uma campanha e sobre sua linguagem direta, que procura convencer o outro acerca da ideia que está sendo divulgada. Cada grupo escolherá uma linguagem de comunicação para a divulgação da campanha. Estudar as possibilidades e incentivar os estudantes a criar situações que chamem a atenção e mobilizem as pessoas que terão acesso à campanha, a fim de que mudem seus hábitos de consumo de energia. Assim que decidirem o veículo de comunicação, que poderá ser cartaz, panfleto, vídeo ou podcast, os estudantes discutirão o conteúdo. Pedir que elaborem um primeiro rascunho da campanha, elencando os elementos que não podem faltar: título, apresentação do problema, soluções, justificativa. Verificar se falta alguma informação importante; em caso positivo, solicitar que completem.
Aulas 11 e 12: Criando a campanha Retomar com os estudantes os itens obrigatórios para compor a campanha: título, apresentação do problema, soluções – dicas de consumo consciente –, justificativa. Dizer que devem usar imagens e textos curtos. Utilizar o laboratório de informática da escola ou tablets para montar a campanha com as informações levantadas pelos estudantes. Caso a escola não possua sala de informática, rede com acesso à internet ou tablets, sugerir aos estudantes que façam a campanha em cartolinas, folhas de papel sulfite A3 ou papel kraft.
Aulas 13 e 14: Divulgando a campanha Para a divulgação da campanha, informar aos outros professores que os estudantes passarão nas salas de aula para socializar seus aprendizados e incentivar os demais a mudar os hábitos de consumo. Agendar com os professores o momento adequado. A divulgação também pode ser feita em uma mostra cultural ou na reunião de pais.
Aula 15: Avaliação do projeto e encerramento Solicitar aos estudantes que conversem sobre a atividade e as impressões que tiveram ao longo do processo, desde a leitura inicial de imagem até a elaboração e apresentação da campanha. Deixar que falem das eventuais dificuldades de realização do trabalho, mas que também enfatizem o aprendizado. Perguntar a eles de que atividades gostaram e por quê. Pedir que detalhem os problemas que tiveram e se eles foram resolvidos. Se foram, solicitar que expliquem as soluções encontradas.
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Avaliação Aulas
1
2 3e4
5e6
7
8e9
10 11 e 12 13 e 14 15
Proposta de avaliação Avaliar a participação durante as atividades coletivas, as discussões e socializações dos trabalhos. Perceber se interage com os colegas, se respeita o turno de fala e complementa dados. Avaliar o desenvolvimento e a leitura de imagens. Observar se o estudante faz a descrição do que observa, retira e interpreta as informações contidas em detalhes da imagem. Avaliar a lista do lixo produzido individualmente. Observar se o estudante identifica o que ele produz de lixo em seu cotidiano. Avaliar se o estudante levanta hipóteses a respeito dos problemas do descarte inadequado. E se reconhece que são problemas que todos devem se envolver em solucioná-los. Avaliar se o estudante identifica os impactos provocados pelo descarte inadequado do lixo. Avaliar se o estudante consegue buscar informações, analisá-las e resumi-las. Avaliar se o estudante consegue expor o conhecimento adquirido de maneira objetiva e clara, socializando o resultado de sua pesquisa. Avaliar se o estudante reconhece os impactos provocados pelo excesso de lixo produzido e a importância de se repensar os hábitos de consumo, apresentando propostas. Avaliar a participação durante as atividades coletivas, as discussões e socializações dos trabalhos. Perceber se interage com os colegas, se respeita o turno de fala e complementa dados. Avaliar se o estudante lê, retira informações e interpreta dados de um vídeo. Avaliar se o estudante desenvolve resposta completa interpretando as informações solicitadas na pergunta. Avaliar se o estudante compartilha ideias ao trabalhar em grupo e respeita as opiniões dos colegas, negocia e participa das atividades, de acordo com os combinados do grupo. Avaliar se o estudante utiliza as ferramentas de pesquisa de acordo com o que foi solicitado e se escolhe uma linguagem adequada para a comunicação. Avaliar o empenho do estudante na construção da campanha. Avaliar se o estudante se envolve na socialização da campanha para a comunidade escolar. Avaliar se o estudante reflete sobre o seu processo de aprendizagem.
Avaliação final Quanto à prática pedagógica, avaliar a ocorrência de influências externas ou eventos externos favoráveis ou desfavoráveis à obtenção dos resultados e como foram as interações com os estudantes. Descrever quais foram as dificuldades na implantação do projeto e quais foram suas causas, apontando as medidas adotadas para superar os obstáculos. Avaliar, ainda, se o cronograma foi suficiente para a implantação do projeto e se os objetivos definidos no início foram alcançados de maneira satisfatória ou insatisfatória e por quê.
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4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Geografia e Arte
Referências bibliográficas complementares
A política dos 5 R’s. Texto de apresentação do que significam os 5 R’s e sua importância quando pensamos em consumo consciente. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/ informma/item/9410>. Acesso em: 23 jan. 2018. Edukatu. O site reúne diversos materiais e conteúdos relacionados ao consumo consciente e incentiva a troca de experiências. Disponível em: <https://edukatu.org.br>. Acesso em: 23 jan. 2018. Pegada Ecológica. Mede a quantidade de recursos naturais renováveis para manter nosso estilo de vida. Disponível em: <http://www.pegadaecologica.org.br/2015/index.php>. Acesso em: 23 jan. 2018. Mundo Podcast. Site que ensina a criar podcasts com tutoriais. Ver: MIRO, Thiago. Tutorial: como criar um podcast. Mundo Podcast, Olinda, 18 fev. 2013. Disponível em: <https://mundopodcast.com.br/podcasteando/tutorial-como-criar-um-podcast>. Acesso em: 23 jan. 2018. WWF. Site do World Wildlife Fund (WWF), que apresenta respostas para dúvidas sobre temas como desenvolvimento sustentável, mudanças climáticas e unidades de conservação. Disponível em: <https://www.wwf.org.br>. Acesso em: 23 jan. 2018.
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Geografia – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática
1a sequência didática: Paisagens do campo e paisagens da cidade As paisagens revelam o que caracteriza os lugares. Nesta sequência didática, serão abordadas as características do campo e da cidade, a fim de que, posteriormente, os estudantes compreendam melhor as relações entre os dois. Serão usadas a descrição e a análise de imagens como estratégias para trabalhar os conceitos. O objetivo é criar oportunidades para que os estudantes pensem a respeito das diferenças entre as paisagens, reconheçam os diferentes ambientes e as formas de trabalho praticadas tanto no campo como na cidade.
Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Objetos de conhecimento
Habilidades
Objetivos de aprendizagem
Conteúdos
Relação campo e cidade Trabalho no campo e na cidade (EF04GE04) Reconhecer especificidades e analisar a interdependência do campo e da cidade, considerando fluxos econômicos, de informações, de ideias e de pessoas. (EF04GE07) Comparar as características do trabalho no campo e na cidade. Descrever as paisagens do campo e da cidade. Ler imagens. Diferenciar o campo da cidade. Caracterizar o trabalho no campo e na cidade. Paisagens do campo e da cidade. Trabalho no campo e na cidade.
Materiais e recursos
Imagens de diferentes paisagens do campo e da cidade Papel kraft, papel sulfite A3 ou cartolina Materiais de papelaria diversos: cola, régua, canetas hidrográficas de diferentes cores
Desenvolvimento
Quantidade de aulas: 3 aulas.
Aula 1 Organizar a turma em pequenos grupos. Deixar as carteiras em uma disposição que favoreça a troca de informações entre todos do grupo e possibilite a produção do trabalho. Em seguida, distribuir para cada grupo duas imagens distintas entre as sugeridas a seguir:
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Geografia – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática
Syda Productions/Shutterstock.com
1. Criação de gado bovino confinados.
Diego Cervo/Shutterstock.com
2. Criação de gado bovino ao ar livre.
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Geografia – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática
Fotokostic/Shutterstock.com
3. Agricultura mecanizada.
CRS Photo/Shutterstock.com
4. Agricultura familiar.
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Geografia – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática
Convidar os estudantes a observar as imagens distribuídas por, aproximadamente, 5 minutos, para que cada grupo explore bem cada detalhe delas. Em seguida, entregar a metade de uma cartolina (pode ser papel kraft ou sulfite A3) a cada grupo e solicitar que organizem a folha de acordo com o exemplo a seguir: COLAR IMAGEM 1
COLAR IMAGEM 2
(No espaço abaixo da imagem, solicitar aos estudantes que façam uma lista das características nela observadas.)
(No espaço abaixo da imagem, solicitar aos estudantes que façam uma lista das características nela observadas.)
SEMELHANÇAS (Solicitar aos estudantes que registrem todas as semelhanças observadas entre as duas imagens/paisagens.) DIFERENÇAS (Solicitar aos estudantes que registrem todas as diferenças observadas entre as duas imagens/paisagens.)
É fundamental combinar com os estudantes um tempo para a discussão e a produção do cartaz de, aproximadamente, 20 minutos. Depois, se possível, organizar a turma em semicírculo, que é uma estratégia mais adequada para a discussão coletiva. Orientar cada grupo a escolher dois representantes para apresentar brevemente o trabalho realizado por eles. Com as produções fixadas na parede ou em um varal, propor uma conversa em que os estudantes respondam às seguintes perguntas: O que há de semelhante entre as imagens? O que está sendo feito em cada imagem? Com que objetivo? O que há de diferente entre as imagens? Vocês conhecem lugares semelhantes a essas paisagens? Onde? Como são esses lugares? Enquanto os estudantes falam a respeito das imagens, é importante fazer anotações na lousa de palavras-chave para, posteriormente, construir o conceito do que é o campo na perspectiva do trabalho. Os estudantes podem observar semelhanças, como plantações, animais, paisagem do campo, e diferenças, como trabalho mecanizado versus trabalho manual, animais presos versus animais ao ar livre. Apesar das diferenças, um dos principais objetivos do trabalho no campo é produzir alimentos para o consumo dos seres humanos.
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Geografia – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática
Avaliação Durante as duas etapas da aula, é importante observar e avaliar a participação dos estudantes na discussão, tanto no grupo menor como no coletivo, e o produto da discussão, isto é, o conteúdo dos cartazes. Também é essencial observar e anotar o que os estudantes já sabem sobre o assunto, bem como levantar o que eles ainda precisam saber. Essa análise será o registro para refletir sobre as intervenções necessárias, a fim de que eles compreendam o conceito de campo.
Para trabalhar dúvidas Caso algum estudante apresente dificuldade para colaborar na discussão em grupo, na produção dos cartazes ou na apresentação, é fundamental fazer pequenas intervenções. Procurar saber se é por dificuldade conceitual ou por outras razões, como timidez. Esses estudantes precisam de ajuda para conseguir trabalhar em grupo e se expressar adequadamente. Durante a primeira etapa da aula, circular entre os grupos e, mais do que dar a resposta, intervir com outras questões para estimular a observação das imagens. A etapa de descrição é de extrema importância, pois é o momento de identificar os detalhes e não de tirar conclusões. Muitas vezes, quando é feita a proposta de leitura de imagens, os estudantes analisam, mas não descrevem. Um bom exercício para descreverem a imagem é listar o que pode ser observado nas imagens.
Aula 2 Iniciar a aula rememorando as atividades anteriores. Pedir a um ou dois estudantes que contem o que realizaram. É importante essa retomada, pois nesta aula serão repetidas as mesmas estratégias de descrição de imagens de diferentes paisagens, mas com relação a cidades. É interessante alterar a configuração dos grupos. Repetir os procedimentos da etapa da aula anterior de elaboração de um cartaz e, depois, explorar as semelhanças e diferenças entre as imagens.
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Geografia – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática
Leigh Trail/Shutterstock.com
1. Pequena cidade do interior dos Estados Unidos.
Stephan Guarch/Shutterstock.com
2. Metrópole de Nova York, Estados Unidos.
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Geografia – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática
Vitoriano Junior/Shutterstock.com
3. Bairro residencial na cidade de Fortaleza, Ceará.
Vinicius Tupinamba/Shutterstock.com
4. Pequena cidade de Lençóis, Bahia.
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Geografia – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática
Convidar os estudantes a observar as imagens distribuídas. Deixar um tempo de, aproximadamente, 5 minutos para que cada grupo explore bem os detalhes delas. Em seguida, entregar a metade de uma cartolina (pode ser papel kraft ou sulfite A3) a cada grupo e solicitar a eles que organizem a folha de acordo com o exemplo a seguir: COLAR IMAGEM 1
COLAR IMAGEM 2
(No espaço abaixo da imagem, solicitar aos estudantes que façam uma lista das características nela observadas.)
(No espaço abaixo da imagem, solicitar aos estudantes que façam uma lista das características nela observadas.)
SEMELHANÇAS (Solicitar aos estudantes que registrem todas as semelhanças observadas entre as duas imagens/paisagens.)
DIFERENÇAS (Solicitar aos estudantes que registrem todas as diferenças observadas entre as duas imagens/paisagens.)
É fundamental combinar com os estudantes um tempo para a discussão e a produção do cartaz de, aproximadamente, 20 minutos. Depois, organizar a sala em semicírculo, uma estratégia mais adequada para a discussão coletiva. Orientar cada grupo a escolher dois representantes para apresentar brevemente o trabalho realizado por eles. Com as produções fixadas na parede ou em um varal, propor uma conversa em que os estudantes respondam às seguintes perguntas: O que há de semelhante entre as imagens? O que está sendo feito em cada imagem? Com que objetivo? O que há de diferente entre as imagens? Vocês conhecem lugares semelhantes a essas paisagens? Onde? Como são esses lugares? Enquanto os estudantes falam a respeito das imagens, é importante fazer anotações na lousa de palavras-chave para, posteriormente, construir o conceito do que é a cidade na perspectiva do trabalho. Os estudantes podem observar semelhanças, como a presença de veículos e de vegetação. Algumas imagens passam a ideia de movimento: cidades mais intensas, cidades mais pacatas, ruas, veículos e construções; e diferenças, como altura e densidade das construções.
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Geografia – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática
Avaliação Durante as duas etapas da aula, é importante observar e avaliar a participação dos estudantes na discussão, tanto no grupo menor como no coletivo, e o produto da discussão, isto é, o conteúdo dos cartazes. Também é essencial observar e anotar o que os estudantes já sabem sobre o assunto e levantar o que eles ainda precisam saber. Essa análise será o registro para refletir sobre as intervenções necessárias, a fim de que eles compreendam o conceito de cidade.
Para trabalhar dúvidas Como na aula 1, durante a primeira etapa da aula, circular entre os grupos e, mais do que dar a resposta, intervir com outras questões para estimular a observação das imagens. Lembrar que a etapa de descrição é de extrema importância, pois é o momento de identificar os detalhes, e não de tirar conclusões. Muitas vezes, quando é feita a proposta de leitura de imagens, os estudantes analisam, mas não descrevem. Descrever é listar o que pode ser visto nas imagens.
Aula 3 Organizar a turma em duplas, procurando deixar as carteiras viradas para a direção onde estão os cartazes. Será o momento de sistematizar as discussões realizadas nas duas aulas anteriores e apresentar os conceitos de campo e cidade. O objetivo é levar o estudante a discutir e compreender a dicotomia entre esses conceitos e reconhecer as diversidades existentes nas paisagens do campo e da cidade. As cidades não são iguais, tampouco o campo, mas, mesmo diante de suas diferenças, o que os assemelha são suas funções e as atividades desenvolvidas nesses ambientes. Apontar para os cartazes com imagens do campo e iniciar a discussão com as seguintes perguntas: O que se pode saber sobre essas paisagens? O que eles têm em comum? Que tipo de trabalho se pode encontrar nesses lugares? Repetir a mesma estratégia ao tratar das paisagens das cidades. Orientar os estudantes a registrar no caderno as definições de campo e cidade e a ilustrar com dois exemplos de paisagens do campo e da cidade.
Avaliação Para verificar os conhecimentos conceituais dos estudantes, propor a eles que respondam à pergunta de acordo com o que é apresentado no texto a seguir, que devem ler.
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Geografia – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática
O BAIRRO DOS MEUS SONHOS
Não posso reclamar muito de onde moro. No meu bairro encontro tudo de que preciso: padaria, supermercado, vizinhos amigáveis… Minha casa fica perto do metrô, o que facilita muito minha ida à escola, pois posso chegar a ela com mais rapidez, se comparar com o tempo que gastaria se dependesse apenas de ônibus, pois o trânsito é muito intenso. Mas confesso que ainda não estou totalmente satisfeita com meu bairro. Sinto muita falta de árvores na calçada e praças com flores e bancos para sentar e olhar os pássaros. Ah, como seria maravilhoso se ele tivesse um rio limpo para poder passear nas suas margens com meu cachorro… Renata
Renata mora no campo ou na cidade? Por quê? Justifique sua resposta utilizando duas informações contidas no relato e, ao menos, uma informação discutida em sala de aula.
Espera-se que os estudantes percebam que Renata mora em uma cidade. O bairro dela tem comércio com padaria e supermercado, além de trânsito intenso. As paisagens das cidades trabalhadas na Aula 2 apresentam características semelhantes às descritas no relato de Renata, por exemplo, concentração de comércio. Para acompanhar a aprendizagem dos estudantes, verificar o que eles analisaram no relato e o que identificaram na paisagem de uma cidade.
Ampliação Propor aos estudantes que observem o percurso da escola para casa e vice-versa. Sugerir que anotem ao menos cinco elementos da paisagem. A ideia é que eles exercitem a observação do espaço onde vivem e identifiquem conceitos trabalhados em sala de aula. Com a lista pronta, pedir que respondam, no caderno, às seguintes perguntas, justificando a resposta com o que aprenderam nas aulas e observaram no trajeto percorrido:
1. Nossa escola está localizada no campo ou na cidade? Justifique. 2. Sua casa está situada no campo ou na cidade? Justifique.
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Geografia – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática
2a sequência didática: De onde veio isso? Nesta sequência didática, serão abordadas as relações entre a cidade e o campo, por meio da análise de produtos industrializados previamente escolhidos. Serão identificados os caminhos percorridos do campo à cidade – da produção, passando pela circulação, à venda dos produtos – e os profissionais envolvidos em todo o processo.
Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Objetos de conhecimento
Habilidades
Objetivos de aprendizagem
Conteúdos
Relação campo e cidade Trabalho no campo e na cidade (EF04GE04) Reconhecer especificidades e analisar a interdependência do campo e da cidade, considerando fluxos econômicos, de informações, de ideias e de pessoas. (EF04GE07) Comparar as características do trabalho no campo e na cidade. Identificar e descrever os caminhos percorridos de determinados produtos industrializados. Compreender a relação das atividades desenvolvidas no campo e na cidade. Trabalho no campo e na cidade. Produção, circulação e consumo.
Materiais e recursos
Imagens impressas ou digitalizadas para serem visualizadas por meio de projetor Revistas para recortar Tesoura sem ponta Embalagem de suco Cartolina, papel sulfite A3 ou papel kraft Material diverso de papelaria: cola, tesoura, revistas, canetas hidrocor, lápis de cor
Desenvolvimento
Quantidade de aulas: 3 aulas.
Aula 1
Apresentar a imagem a seguir para o grupo e perguntar: O que podemos observar na paisagem? O que as pessoas estão fazendo? A paisagem representa o campo ou a cidade? Por quê?
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Geografia – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática
Tel Coelho/Giz de Cera
1. Pomar.
Em seguida, apresentar a imagem a seguir e perguntar aos estudantes: Onde as pessoas estão? O que estão fazendo? Onde encontramos um supermercado, no campo ou na cidade?
Bentinho
2. Supermercado.
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Geografia – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática
Depois de apresentar as imagens aos estudantes, fazer as seguintes perguntas: Qual é a relação que existe entre os dois locais? Ao observar as fotos, aponte um tipo de relação existente entre o campo e a cidade. Escutar a resposta dos estudantes e discutir com eles a relação existente entre campo e cidade com base na observação das imagens. Apresentar a embalagem de um suco de qualquer sabor, como no exemplo a seguir:
Marcos Machado
Suco industrializado.
Contar sobre o lugar onde comprou, por exemplo: “Eu comprei este suco de laranja no supermercado perto da escola”. Em seguida, perguntar para a classe: Onde estava o suco de laranja antes do supermercado? E depois da plantação? Como a laranja foi parar na garrafa? Como foi parar no supermercado? Espera-se que os estudantes falem da plantação de laranja, comentem sobre a indústria da embalagem e do suco e pensem sobre o transporte, respectivamente. Deve-se ouvir as hipóteses dos estudantes e registrá-las na lousa. Conversar com eles sobre os caminhos que um produto percorre até chegar às mãos dos consumidores. Dar ênfase, também, aos trabalhadores envolvidos: agricultor, motorista de caminhão, operário da fábrica da embalagem do suco, caixa do supermercado são alguns dos trabalhadores envolvidos na produção e distribuição do suco industrializado. Atentar para o fato de que a indústria de suco pode estar localizada tanto no campo como na cidade. Depois da discussão, organizar a classe em grupos de quatro estudantes e propor que façam um cartaz com ilustrações. Cada grupo representará, à sua maneira, as relações entre cidade e campo, considerando um objeto que tem na sala de aula: móveis, material escolar ou lanche. Poderá ser entregue uma imagem de algum produto industrializado, como os exemplos a seguir:
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Geografia – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática
Ronald Martins
Lucas Farauj
1. Lápis.
2. Milho para pipoca.
Rodrigo Figueiredo/Yancom
Fabio Eugenio
3. Camiseta.
4. Cadeira.
Com base no objeto escolhido ou entregue ao grupo, traçar o percurso de sua produção até o consumidor, como no exemplo do suco de laranja. Nesta aula, os grupos irão somente realizar o planejamento em seus cadernos. Ajudar com ideias e questões para pensarem nos diferentes lugares e nas pessoas envolvidas no processo de produção e distribuição.
Avaliação Analisar a participação dos estudantes em todos os momentos da aula. Durante as discussões coletivas, garantir que todos participem, assim como na atividade em grupo de planejamento do trabalho. Auxiliar os grupos no planejamento, observar se eles identificam o percurso do objeto, as diferentes paisagens, os diferentes lugares, o trabalho e os trabalhadores envolvidos até chegar ao consumidor. Notar os grupos mais autônomos e os que necessitam de apoio. Recolher o planejamento para verificar se os estudantes reconheceram a relação entre campo e cidade, considerando o objeto de análise, e planejar as intervenções necessárias.
Para trabalhar dúvidas É fundamental que, durante a atividade coletiva de pensar no percurso do suco de laranja até chegar ao consumidor, sejam feitos registros na lousa e os estudantes copiem-nos em seus cadernos. O registro pode ser visual, com legendas, para que os grupos tenham um exemplo. Se durante a discussão em grupo perceber que alguns estudantes não compreenderam ou não identificaram a relação entre campo e cidade, ajudá-los levantando questões e rememorando o caso do suco de laranja. 41
Geografia – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática
Aula 2 Retomar a atividade em grupo e pedir que produzam um cartaz para apresentar aos colegas. Distribuir os materiais: cartolina, lápis de cor, canetas hidrográficas, revistas, cola. Explicar que o cartaz deverá ter um título e que os trajetos dos produtos deverão ser representados por meio de desenhos e legendas. Durante a produção, conversar com cada grupo, estimular a discussão, levantar perguntas e dar sugestões.
Avaliação Acompanhar o processo de produção dos cartazes. Fazer registros da produção dos grupos e da participação de cada estudante. Para que haja um bom resultado, é importante que todos participem da produção do cartaz de forma colaborativa. Distribuir papéis é uma maneira de garantir que todos colaborem.
Aula 3 Nesta aula, os grupos irão apresentar os trabalhos. Orientá-los que contem, primeiramente, sobre o produto, a matéria-prima básica para a produção e o percurso da produção até o consumidor. Os integrantes dos demais grupos devem ouvir atentamente e reservar suas perguntas para o fim de cada apresentação. Assim que todos terminarem, fixar as produções na parede ou em um varal. Propor uma discussão coletiva, fazendo as seguintes perguntas: O que é semelhante entre os trabalhos? O que é diferente? De que forma o campo se relaciona com a cidade? Pedir que os estudantes façam registros em seus cadernos escolhendo um dos produtos para utilizar como exemplo. Nesta etapa, é importante garantir que todos manifestem que compreenderam a relação entre campo e cidade e consigam fazer registros com certa autonomia. Por isso, é fundamental ir até os grupos para verificar os registros de cada estudante.
Avaliação Avaliar a apresentação de cada grupo, observando a clareza e a objetividade na fala. Avaliar o cartaz, verificando se foram contempladas as relações existentes entre o campo e a cidade, com base no objeto de análise. Se considerar pertinente, utilizar os quadros a seguir como sugestão:
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Geografia – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática
AUTOAVALIAÇÃO Participei do trabalho em grupo: Colaborando com ideias e sugestões Respeitando as ideias dos colegas Ajudando na confecção do cartaz Apresentando de forma clara e objetiva Observações
AVALIAÇÃO Organização do grupo e distribuição da fala
Tom de voz e clareza na fala
Domínio do conteúdo e preparo da fala
Conteúdo do cartaz
Observações
Sugestões
Intervenção
Ampliação Solicitar aos estudantes que, em casa, escolham três produtos industrializados para pesquisarem sobre sua origem. Pedir que analisem a embalagem e identifiquem a origem dos produtos. Avisar que precisam levar para a sala de aula ao menos um produto para mostrar a embalagem, em que é possível encontrar informações sobre a localização da fábrica onde o produto foi feito. Lembrá-los de que devem fazer o registro no caderno das informações recolhidas e levar para a sala de aula na data combinada.
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Geografia – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática
Na data combinada, separar um mapa político do Brasil, convidar dois estudantes para explicar sobre um produto pesquisado e sua origem. Por exemplo, um perfume cuja indústria produtora fica em Camaçari, Bahia. Conforme os dois estudantes vão apresentando as informações coletadas, mostrar no mapa a localização dos fabricantes (pode ser aproximada). Em seguida, formar grupos com quatro integrantes e entregar a cada um deles o mapa do Brasil impresso. Pedir que apresentem aos colegas do grupo o resultado da pesquisa que fizeram em casa, localizem no mapa o local de fabricação do produto e criem uma legenda para cada produto. Quando todos terminarem, pedir aos grupos que apresentem seus mapas e, coletivamente, analisem os resultados, fazendo a eles as seguintes perguntas: Como é a distribuição das indústrias no Brasil? Que produtos são fabricados mais longe de nosso município? Há indústria no estado onde moramos? Cite exemplos. A que conclusões se pode chegar com as informações dos mapas?
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Geografia – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática
3a sequência didática: Meios de transporte – Como venho, como vou, como posso ir? Nesta sequência didática, serão abordados os diferentes meios de transporte, sua classificação e capacidade, além de ser analisado o mapa da infraestrutura de transportes do Brasil. Também serão trabalhados os elementos que constituem um mapa e a identificação de unidades político-administrativas em mapas políticos do Brasil.
Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Objetos de conhecimento
Habilidades
Objetivos de aprendizagem
Conteúdos
Relação campo e cidade Unidades político-administrativas do Brasil Elementos constitutivos dos mapas (EF04GE04) Reconhecer especificidades e analisar a interdependência do campo e da cidade, considerando fluxos econômicos, de informações, de ideias e de pessoas. (EF04GE05) Distinguir unidades político-administrativas oficiais nacionais (Distrito, Município, Unidade da Federação e grande região), suas fronteiras e sua hierarquia, localizando seus lugares de vivência. (EF04GE10) Comparar tipos variados de mapas, identificando suas características, elaboradores, finalidades, diferenças e semelhanças. Identificar os meios de transporte. Classificar e distinguir meios de transporte marítimo, aéreo e terrestre. Ler e retirar informações de mapas. Diferentes tipos de meios de transporte Rede de transportes Vias de circulação Infraestrutura de transporte Unidades político-administrativas brasileiras
Materiais e recursos
Caderno Ilustrações de diferentes meios de transporte Mapa das regiões brasileiras Mapa da infraestrutura de transportes do Brasil Mapa político do Brasil em branco Atlas geográfico escolar
Desenvolvimento
Quantidade de aulas: 4 aulas.
Aulas 1 e 2
Iniciar a aula dizendo como você vai à escola e, em seguida, perguntar aos estudantes: Como vocês vêm para a escola? 45
Geografia – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática
Ouvir as respostas da turma e registrá-las na lousa, contabilizando o número de respostas para cada meio de transporte citado: a pé, ônibus, carona, carro, trem, ônibus escolar etc. Na sequência, propor a classificação dos meios de transporte, completando um quadro como o sugerido a seguir. Pedir aos estudantes que o registrem no caderno. Particular Carro Bicicleta (Completar com a lista dos estudantes.)
TIPOS DE TRANSPORTE Coletivo Ônibus Metrô (Completar com a lista dos estudantes.)
Outros A pé Carona (Completar com a lista dos estudantes.)
Depois de completar o quadro com a lista dos estudantes, perguntar a eles: Que outros meios de transporte existem e não estão na lista? Podem surgir respostas como: avião, barco, navio etc. Propor que façam uma segunda classificação, preenchendo outro quadro, como o sugerido a seguir: Terrestre Rodoviário: carro, ônibus, motocicleta, caminhão, bicicleta Ferroviário: trem Metroviário: metrô
MEIOS DE TRANSPORTE Aéreo Avião Helicóptero Balão
Aquático Marítimo e fluvial: navio, lancha, balsa, canoa, veleiro etc.
Por fim, levantar a última discussão da aula, considerando a importância de cada serviço para o deslocamento de pessoas (passageiros) e cargas (matéria-prima e mercadorias). Pedir aos estudantes que façam o registro no caderno. Na sequência, solicitar que respondam no caderno às três perguntas a seguir. Reservar um tempo da aula para que eles respondam e, depois, fazer a correção de maneira coletiva.
1. Se organizássemos uma visita a um parque da cidade, qual seria o melhor meio de transporte para todos nós irmos juntos? Por quê? O meio de transporte mais adequado para uma excursão é o ônibus, pois ele possui tamanho e espaço adequados para transportar um número grande de pessoas.
2. Que meios de transporte coletivo existem em nosso município?
Resposta pessoal. Os estudantes podem responder, por exemplo, ônibus, trem, metrô etc.
3. Quais são os meios de transporte mais adequados para transportar carga, como produtos para serem vendidos na feira? Justifique sua resposta. Os meios de transporte mais adequados para o transporte de mercadorias de feira são: trem, navio, caminhão. Esses meios transportam uma quantidade maior de mercadorias.
Avaliação Garantir a participação de todos durante a discussão coletiva. Observar os estudantes que apresentam dificuldades ou que pouco participam da aula. Levantar questões e chamá-los para dar opinião. Ao notar estudantes que pouco colaboram, estimulá-los a participar e mostrar o que sabem.
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Geografia – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática
Recolher os cadernos, verificar se os estudantes fizeram os registros e corrigir as respostas às três perguntas. Caso algum estudante não tenha conseguido respondê-las de forma satisfatória, seguir as orientações de como trabalhar as dúvidas.
Para trabalhar dúvidas Caso os estudantes apresentem dificuldades durante as discussões ou para responder às perguntas, utilizar imagens para ilustrar e estimular o conhecimento. Às vezes, uma simples imagem desperta o conhecimento do estudante. Por exemplo, a imagem a seguir pode ser utilizada em diversas discussões: diferentes tipos de meios de transporte, meios de transporte mais adequados para a circulação de pessoas e mercadorias etc. Outras imagens de diferentes meios de transporte podem ser escolhidas como exemplo.
Hugo Araújo
1. Meios de transporte: ônibus, van escolar, carroça, trem, cavalo, navio e automóvel.
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Geografia – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática
Aulas 3 e 4 Dividir a classe em trios. Entregar o quadro, o mapa do Brasil em branco e o Atlas. Os trios utilizarão o mapa de Infraestrutura de transporte no Brasil. Caso não possuir Atlas disponível para cada trio, o mapa anexo poderá ser impresso e entregue para cada trio. Outra possibilidade é procurar mapa que achar adequado em sites como o do IGBE <https://mapas.ibge.gov.br/>, acesso em 30 jan. 2018. Os estudantes criarão um roteiro de viagem seguindo a orientação descrita nos critérios: visitar ao menos oito cidades, e no total da viagem deverão utilizar todos os meios de transportes: rodoviário, ferroviário, aéreo e o aquático. As informações deverão estar registradas no quadro. No mapa político do Brasil em branco traçar o roteiro de viagem. Conteúdos do mapa: Criar um título e legenda, localizar aproximadamente as cidades visitadas na viagem, traçar o roteiro de uma cidade a outra. Utilizar os mesmos símbolos do mapa de infraestrutura. Da cidade
À cidade
Meio de transporte
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Geografia – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática
MAPA DAS REGIÕES BRASILEIRAS
Allmaps
Fonte: Gisele Girardi; Jussara Vaz. Atlas geográfico. São Paulo: FTD, 2016. p. 47. Mapa político do Brasil.
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Geografia – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática
MAPA DA INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES DO BRASIL
Allmaps
Fonte: IBGE. Atlas escolar. Disponível em: <http://atlasescolar.ibge.gov.br/images/atlas/mapas_brasil/brasil_redes_de_transporte.pdf>. Acesso em: 27 jan. 2018. Mapa da infraestrutura de transportes do Brasil.
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Geografia – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática
MAPA POLÍTICO DO BRASIL
Renato Bassani
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. Mapa político do Brasil.
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Geografia – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática
Avaliação Circular entre os estudantes a fim de incentivar a participação de todos e observar aqueles que precisam de mais ajuda para contribuir com o trabalho. Utilizar como instrumento de avaliação o quadro e o mapa. Considerar se atenderam aos critérios para a produção e, ao preencherem o roteiro no mapa, se utilizaram corretamente os símbolos e construíram a legenda. Avaliar o processo de trabalho e o produto por meio do preenchimento da ficha a seguir: Nome: Objetivos
Turma: P
S
I
Todos realizaram a atividade em trios com colaboração e troca de ideias? Planejaram a viagem seguindo os critérios de percorrer as cinco regiões brasileiras, conhecer dois estados (e duas cidades de cada um) e utilizar todos os meios de transporte? Preencheram o quadro conforme orientação e com todos os dados? Produziram o mapa com título, legenda, símbolos e identificação dos estados e das cidades? Observações
Legenda: P – Plenamente satisfatório; S – Satisfatório; I – Insatisfatório.
Ampliação Dividir a turma em seis grupos: dois grupos pensarão na infraestrutura básica de um tipo de meio de transporte; dois grupos pensarão na infraestrutura dos meios de transporte terrestre: rodoviário e ferroviário; outros dois grupos pensarão na infraestrutura dos meios de transporte aéreo: avião, jato, helicóptero; e ainda dois grupos pensarão na infraestrutura dos meios de transporte aquático: navio, lancha, canoa etc. Levantar algumas perguntas, por exemplo: O que é preciso construir e ter para o avião circular? O que é necessário construir e ter para um trem circular? E o ônibus? É possível que respondam que, para o avião circular, é preciso ter espaço apropriado para o aeroporto; para ter trem, é preciso ter a ferrovia que liga um ponto a outro, estações etc.; para ter transporte rodoviário, é preciso que existam ruas e estradas etc. Caminhar entre os grupos a fim de garantir que a discussão aconteça e os estudantes pensem nas questões. Pedir que registrem no caderno em forma de lista. Depois, distribuir um cartaz e sugerir que façam uma ilustração com título e legenda. Assim que todos terminarem os cartazes, expor os trabalhos em um painel ou varal. Organizar a turma em um semicírculo para que cada grupo faça a apresentação do trabalho. Depois de todos se apresentarem, conversar sobre as diferenças e semelhanças entre a infraestrutura necessária para cada tipo de meio de transporte. É fundamental promover a discussão sobre a transformação do espaço necessária para cada meio de transporte.
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Geografia – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem
Proposta de acompanhamento da aprendizagem Avaliação de Geografia: 1o bimestre Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: ____________________________ Data: ____________________________________________________
1. Leia o relato “O bairro dos meus sonhos”. O bairro dos meus sonhos Não posso reclamar muito do lugar onde moro. No meu bairro encontro tudo de que eu preciso: padaria, supermercado, posto de saúde, vizinhos amigáveis… Minha casa fica perto do metrô, o que facilita muito minha ida à escola, pois posso chegar a ela com mais rapidez, se comparar com o tempo que gastaria se dependesse apenas de ônibus. Sabe como é: o trânsito por aqui é muito intenso. Mas confesso que ainda não estou totalmente satisfeita com meu bairro. Sinto muita falta de árvores na calçada e praças com flores, bancos para sentar e olhar os pássaros. Ah, como seria maravilhoso se ele tivesse um rio limpo para poder passear nas suas margens com meu cachorro… Renata
Depois de ler esse relato em uma aula, os estudantes tiveram de responder à pergunta a seguir: “De acordo com o relato, o bairro dos sonhos de Renata fica na cidade ou no campo? Por quê?”. Um dos estudantes escreveu o seguinte: O bairro dos sonhos de Renata fica no campo, pois ela queria morar em um lugar onde pudesse encontrar pássaros e um rio limpo. Rio limpo e pássaros só existem no campo.
Na sua opinião, a professora Renata mora no campo?
______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________
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2. Que relação existe entre o campo e a cidade? Em sua resposta, utilize como exemplo as informações presentes nas ilustrações a seguir.
Roberto Zoellner
Leonardo Conceição
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3. Observe com atenção a imagem a seguir. Ela representa uma paisagem do campo ou da cidade? Justifique sua resposta, indicando um elemento desta paisagem.
Aleksandr Lutcenko/Shutterstock.com
Vista da cidade de Tbilisi, na Geórgia, país do Leste europeu, em 25 de setembro de 2016.
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4. Ana Maria está tomando um suco de laranja. De onde será que o suco veio? Nos espaços a
seguir, faça ilustrações que mostrem o caminho do suco de laranja desde sua produção até chegar às mãos de Ana Maria.
Khamidulin Sergey/Shutterstock.com
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Observe a imagem e responda às questões 5 e 6.
Hedgehog94/Shutterstock.com
Fábrica de suco de laranja.
5. Qual é a matéria-prima utilizada para produzir o suco de laranja? De onde ela vem: do campo ou da cidade?
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6. Como o suco é produzido? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________
7. Assinale a alternativa que indica o meio de transporte mais indicado para levar, por rodovia asfaltada, 500 caixas de suco de laranja de uma fábrica até o supermercado. (A) Trem. (B) Avião. (C) Navio. (D) Caminhão.
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O mapa a seguir representa a infraestrutura de transportes do Brasil. Observe-o para responder às questões 8 e 9. MAPA DA INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES DO BRASIL
Allmaps
Fonte: IBGE. Atlas escolar. Disponível em: <http://atlasescolar.ibge.gov.br/images/atlas/mapas_brasil/brasil_redes_de_transporte.pdf>. Acesso em: 27 jan. 2018.
8. É possível viajar de navio de Fortaleza (CE) até Brasília (DF)? Por quê? Se não for possível, qual seria o melhor meio de transporte?
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9. Assinale a única alternativa com informação correta. (A) É possível fazer uma viagem de carro, por rodovia asfaltada, de Macapá (AP) até Belém (PA). (B) Há aeroportos em todas as capitais da região Sudeste do Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Vitória. (C) No Brasil não existem portos. (D) Todas as rodovias no Brasil são asfaltadas.
10. Observe as imagens a seguir e escreva se retratam meios de transporte terrestre, aquático ou aéreo. Escreva também se transportam cargas ou pessoas.
(A)
(B)
Alex Kolokythas Photography/Shutterstock.com
Andrei Kholmov/Shutterstock.com
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(C)
Milos Muller/Shutterstock.com
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11. Leia as informações a seguir. Elas expressam características típicas das paisagens do campo e da cidade. Preencha as lacunas (
) com:
C CD
para os elementos que encontramos em uma paisagem do campo. para os elementos que encontramos em uma paisagem da cidade.
(A) (
) Plantação com agricultores colhendo algodão.
(B) (
) Bancos e grandes avenidas.
(C) (
) Prédios e casas em rua asfaltada.
(D) (
) Pasto com bois e vacas.
12. Assinale a alternativa que contém informações incorretas sobre os meios de transporte. (A) Terrestre Carro Avião
Meios de transporte Aéreo Bicicleta Helicóptero
Navio Canoa
Meios de transporte Aéreo Helicóptero Avião
Navio Lancha
Aquático
(B) Terrestre Ônibus Automóvel
Aquático
(C) Terrestre Navio Metrô
Meios de transporte Aéreo Avião Balão
Aquático Lancha Barco
(D) Terrestre Trem Ônibus
Meios de transporte Aéreo Jato Helicóptero
Aquático Navio Caminhão
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13. Qual é o tipo de rede de transporte representado na imagem a seguir?
Marina Onokhina/Shutterstock.com
(A) Rodovia. (B) Aeroporto. (C) Hidrovia. (D) Ferrovia.
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14. Observe com atenção a imagem a seguir.
Hugo Araújo
Agora, escolha a alternativa correta: (A) A imagem mostra uma paisagem do campo, com área verde, morro e uma casa com varanda. (B) A imagem mostra uma paisagem típica da agricultura moderna, com a presença de máquinas e tecnologia. (C) A imagem mostra uma paisagem do campo, com elementos típicos do trabalho desenvolvido nesse ambiente, como animais no pasto e trator em uma estrada de terra. No fundo, um silo, espaço para armazenar grãos. (D) A imagem mostra o trabalho na cidade, com a presença de máquinas e tecnologia; silo, ao fundo, representa a agroindústria.
15. Assinale a única alternativa que contém informação incorreta. (A) Entre o campo e a cidade há uma relação de muita dependência. (B) As atividades realizadas no campo e na cidade são diferentes e não há nenhuma relação entre os dois ambientes. (C) As paisagens do campo e as da cidade são definidas pelas atividades desenvolvidas tanto no campo quanto nas cidades. (D) O trabalho reflete o modo de vida no campo e na cidade, sendo muito importante na formação das paisagens. 63
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Proposta de acompanhamento da aprendizagem Avaliação de Geografia: 1o bimestre Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: ____________________________ Data: ____________________________________________________
1. Leia o relato “O bairro dos meus sonhos”. O bairro dos meus sonhos Não posso reclamar muito do lugar onde moro. No meu bairro encontro tudo de que eu preciso: padaria, supermercado, posto de saúde, vizinhos amigáveis… Minha casa fica perto do metrô, o que facilita muito minha ida à escola, pois posso chegar a ela com mais rapidez, se comparar com o tempo que gastaria se dependesse apenas de ônibus. Sabe como é: o trânsito por aqui é muito intenso. Mas confesso que ainda não estou totalmente satisfeita com meu bairro. Sinto muita falta de árvores na calçada e praças com flores, bancos para sentar e olhar os pássaros. Ah, como seria maravilhoso se ele tivesse um rio limpo para poder passear nas suas margens com meu cachorro… Renata
Depois de ler esse relato em uma aula, os estudantes tiveram de responder à pergunta a seguir: “De acordo com o relato, o bairro dos sonhos de Renata fica na cidade ou no campo? Por quê?”. Um dos estudantes escreveu o seguinte: O bairro dos sonhos de Renata fica no campo, pois ela queria morar em um lugar onde pudesse encontrar pássaros e um rio limpo. Rio limpo e pássaros só existem no campo.
Na sua opinião, a professora Renata mora no campo?
______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF04GE04) Reconhecer especificidades e analisar a interdependência do campo e da cidade, considerando fluxos econômicos, de informações, de ideias e de pessoas.
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Resposta sugerida: Espera-se que o estudante afirme que a Renata mora na cidade. O estudante que elaborou a resposta usou como justificativa o fato de ela querer morar perto de um rio limpo e em um lugar que tenha pássaros, como se isso fosse somente possível no campo. Para que o bairro dos sonhos de Renata ficasse no campo, o relato deveria apresentar outras informações relacionadas ao trabalho, por exemplo, paisagem de uma plantação ou criação de gado. A resposta correta seria que o bairro dos sonhos de Renata fica na cidade, por causa das características apresentadas: padaria, supermercado, metrô, trânsito etc.
2. Que relação existe entre o campo e a cidade? Em sua resposta, utilize como exemplo as informações presentes nas ilustrações a seguir.
Roberto Zoellner
Leonardo Conceição
______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF04GE07) Comparar as características do trabalho no campo e na cidade. Resposta sugerida: Muitos produtos que encontramos na feira, nos supermercados ou em qualquer estabelecimento comercial têm origem no campo. Como podemos observar nas duas ilustrações, as frutas vendidas na feira (segunda imagem) foram cultivadas em sítios e fazendas no campo, em um pomar com videiras (primeira imagem).
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3. Observe com atenção a imagem a seguir. Ela representa uma paisagem do campo ou da cidade? Justifique sua resposta, indicando um elemento desta paisagem.
Aleksandr Lutcenko/Shutterstock.com
Vista da cidade de Tbilisi, na Geórgia, país do Leste europeu, em 25 de setembro de 2016.
______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF04GE04) Reconhecer especificidades e analisar a interdependência do campo e da cidade, considerando fluxos econômicos, de informações, de ideias e de pessoas. Resposta sugerida: A imagem ilustra uma paisagem da cidade. É possível observar a presença de muitas construções, possivelmente moradias, e o adensamento populacional.
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4. Ana Maria está tomando um suco de laranja. De onde será que o suco veio? Nos espaços a
seguir, faça ilustrações que mostrem o caminho do suco de laranja desde sua produção até chegar às mãos de Ana Maria.
Khamidulin Sergey/Shutterstock.com
Habilidade trabalhada: (EF04GE04) Reconhecer especificidades e analisar a interdependência do campo e da cidade, considerando fluxos econômicos, de informações, de ideias e de pessoas. Resposta sugerida: Em cada um dos espaços, o estudante deve ilustrar o processo de produção do suco da laranja. Espera-se que, no primeiro espaço, desenhe uma plantação de laranja; no segundo espaço, a indústria de suco de laranja (que pode ser na cidade ou uma agroindústria, no campo); no terceiro, pode ser o transporte até um mercado, uma padaria, uma lanchonete ou outro espaço comercial.
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Observe a imagem e responda às questões 5 e 6.
Hedgehog94/Shutterstock.com
Fábrica de suco de laranja.
5. Qual é a matéria-prima utilizada para produzir o suco de laranja? De onde ela vem: do campo ou da cidade?
______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF04GE08) Descrever e discutir o processo de produção (transformação de matérias-primas), circulação e consumo de diferentes produtos. Resposta sugerida: Laranja. Do campo.
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6. Como o suco é produzido? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF04GE08) Descrever e discutir o processo de produção (transformação de matérias-primas), circulação e consumo de diferentes produtos. Resposta sugerida: O suco é produzido em uma fábrica, com uso de máquinas e matérias-primas, como frutas e água.
7. Assinale a alternativa que indica o meio de transporte mais indicado para levar, por rodovia asfaltada, 500 caixas de suco de laranja de uma fábrica até o supermercado.
(A) Trem. (B) Avião. (C) Navio. (D) Caminhão. Habilidade trabalhada: (EF04GE04) Reconhecer especificidades e analisar a interdependência do campo e da cidade, considerando fluxos econômicos, de informações, de ideias e de pessoas. Resposta: D. O meio de transporte mais adequado para levar as 500 caixas de suco de laranja da fábrica ao supermercado é o caminhão, pois, além de ele circular em estrada asfaltada ou não, carrega grande quantidade de mercadorias. Distratores: (A): A pergunta cita meio de transporte que circula por rodovia, e os trens circulam por ferrovias; (B): os aviões fazem o transporte aéreo de cargas, não o terrestre; (C): os navios fazem o transporte marítimo ou fluvial de cargas, não o terrestre.
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O mapa a seguir representa a infraestrutura de transportes do Brasil. Observe-o para responder às questões 8 e 9. MAPA DA INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES DO BRASIL
Allmaps
Fonte: IBGE. Atlas escolar. Disponível em: <http://atlasescolar.ibge.gov.br/images/atlas/mapas_brasil/brasil_redes_de_transporte.pdf>. Acesso em: 27 jan. 2018.
8. É possível viajar de navio de Fortaleza (CE) até Brasília (DF)? Por quê? Se não for possível, qual seria o melhor meio de transporte?
______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF04GE10) Comparar tipos variados de mapas, identificando suas características, elaboradores, finalidades, diferenças e semelhanças. 70
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Resposta sugerida: Seria impossível viajar de Fortaleza a Brasília de navio, pois não existe trecho com hidrovia ou trecho navegável entre as duas cidades. O mais indicado seria ir de avião, pois nas duas cidades há aeroportos, ou por rodovias.
9. Assinale a única alternativa com informação correta. (A) É possível fazer uma viagem de carro, por rodovia asfaltada, de Macapá (AP) até Belém (PA). (B) Há aeroportos em todas as capitais da região Sudeste do Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Vitória. (C) No Brasil não existem portos. (D) Todas as rodovias no Brasil são asfaltadas. Habilidade trabalhada: (EF04GE05) Distinguir unidades político-administrativas oficiais nacionais (Distrito, Município, Unidade da Federação e grande região), suas fronteiras e sua hierarquia, localizando seus lugares de vivência. Resposta: (B). As capitais da região Sudeste do Brasil – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Vitória – possuem aeroportos, assim como todas as outras capitais do Brasil. Distratores: (A). É impossível fazer uma viagem de carro de Macapá até Belém, pois não há nenhuma rodovia que liga as duas capitais. (C). No Brasil, há portos em toda a extensão do litoral, como em muitos trechos de rios navegáveis. (D). Ainda temos rodovias sem asfalto no Brasil.
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10. Observe as imagens a seguir e escreva se retratam meios de transporte terrestre, aquático ou aéreo. Escreva também se transportam cargas ou pessoas. (A)
(B)
Alex Kolokythas Photography/Shutterstock.com
Andrei Kholmov/Shutterstock.com
_______________________________________
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(C)
Milos Muller/Shutterstock.com
_______________________________________ _______________________________________ Habilidade trabalhada: (EF04GE04) Reconhecer especificidades e analisar a interdependência do campo e da cidade, considerando fluxos econômicos, de informações, de ideias e de pessoas. Resposta sugerida: (A) Aquático e de carga. (B) Aéreo e de pessoas. (C) Terrestre e de carga.
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11. Leia as informações a seguir. Elas apresentam características típicas das paisagens do campo e da cidade. Preencha as lacunas (
) com:
C CD
para os elementos que encontramos em uma paisagem do campo. para os elementos que encontramos em uma paisagem da cidade.
(A) (
) Plantação de algodão durante colheita feita porcom agricultores colhendo algodão.
(B) (
) Bancos e grandes avenidasHospital e posto de saúde.
(C) (
) Prédios e casas em rua asfaltada.
(D) ( ) Pasto com bois e vacas. Habilidade trabalhada: (EF04GE07) Comparar as características do trabalho no campo e na cidade. Resposta: (A) C. Uma das características de uma paisagem do campo é o trabalho agrícola, como uma plantação de algodão. (B) CD. Nas cidades encontramos os diferentes serviços, como hospitais e postos de saúde. (C) CD. Uma das características típicas de uma paisagem de cidade é a presença de construções como prédios e casas em ruas asfaltadas. (D) C. Uma das paisagens encontradas no campo é a criação de animais, como bois e vacas.
12. Assinale a alternativa que contém informações incorretas sobre os meios de transporte. (A) Terrestre Carro Avião
Meios de transporte Aéreo Bicicleta Helicóptero
Aquático Navio Canoa
(B) Terrestre Ônibus Automóvel
Meios de transporte Aéreo Helicóptero Avião
Aquático Navio Lancha
(C) Terrestre Navio Metrô
Meios de transporte Aéreo Avião Balão
Aquático Lancha Barco
(D) Terrestre Trem Ônibus
Meios de transporte Aéreo Jato Helicóptero
Aquático Navio Caminhão 73
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Habilidade trabalhada: (EF04GE04) Reconhecer especificidades e analisar a interdependência do campo e da cidade, considerando fluxos econômicos, de informações, de ideias e de pessoas. Resposta: (B). Distratores: (A), (C) e (D). Todas as informações nos quadros não correspondem corretamente a exemplos de meios de transporte. Na alternativa (A), avião aparece como um meio de transporte terrestre, e não aéreo, assim como bicicleta como um meio de transporte terrestre e não aéreo. Na alternativa (C), navio aparece como meio de transporte terrestre e não aquático. Na alternativa (D), Caminhão aparece como meio de transporte aquático, e não como terrestre.
13. Qual é o tipo de rede de transporte representado na imagem a seguir?
Marina Onokhina/Shutterstock.com
(A) Rodovia. (B) Aeroporto. (C) Hidrovia. (D) Ferrovia. Habilidade trabalhada: (EF04GE04) Reconhecer especificidades e analisar a interdependência do campo e da cidade, considerando fluxos econômicos, de informações, de ideias e de pessoas. Resposta: (D). A imagem retrata uma ferrovia, isto é, uma via de circulação de trens. Distratores: (A) Rodovia é o local de circulação de carros, caminhões e ônibus; (B) aeroporto é o lugar onde circulam aviões e (C) hidrovia é o local de circulação de navios e barcos, por exemplo.
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14. Observe com atenção a imagem a seguir.
Hugo Araújo
Agora, escolha a alternativa correta: (A) A imagem mostra uma paisagem do campo, com área verde, morro e uma casa com varanda. (B) A imagem mostra uma paisagem típica da agricultura moderna, com a presença de máquinas e tecnologia. (C) A imagem mostra uma paisagem do campo, com elementos típicos do trabalho desenvolvido nesse ambiente, como animais no pasto e trator em uma estrada de terra. No fundo, um silo, espaço para armazenar grãos. (D) A imagem mostra o trabalho na cidade, com a presença de máquinas e tecnologia; silo, ao fundo, representa a agroindústria. Habilidade trabalhada: (EF04GE07) Comparar as características do trabalho no campo e na cidade. Resposta: (C). Distratores: (A) A imagem mostra uma paisagem do campo, porém os elementos descritos para justificar não correspondem apenas às características do campo. Área verde, montanha e casa com varanda podem ser encontradas em uma paisagem da cidade. (B) A paisagem é do campo e, apesar de ter um trator, não ilustra a agricultura moderna, com a presença de máquinas de ponta e tecnologia. (D) A paisagem não é da cidade nem representa a agroindústria.
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15. Assinale a única alternativa que contém informação incorreta. (A) Entre o campo e a cidade há uma relação de muita dependência. (B) As atividades realizadas no campo e na cidade são diferentes e não há nenhuma relação entre os dois ambientes. (C) As paisagens do campo e as das cidade são definidas pelas atividades desenvolvidas tanto no campo como nas cidades. (D) O trabalho reflete o modo de vida no campo e na cidade, sendo muito importante na formação das paisagens. Habilidade trabalhada: (EF04GE04) Reconhecer especificidades e analisar a interdependência do campo e da cidade, considerando fluxos econômicos, de informações, de ideias e de pessoas. Resposta: (B) A alternativa está incorreta, pois as atividades do campo e da cidade, embora diferentes, estão inter-relacionadas. Distratores: (A), (C) e (D) afirmam a relação de interdependência da cidade e do campo e enfatizam o papel do trabalho na formação da paisagem nos dois ambientes.
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Ficha de acompanhamento individual A ficha de acompanhamento individual é um instrumento de registro onde podemos verificar e avaliar de forma individual, contínua e diária, a evolução da aprendizagem. Ela serve para que nós, professores, possamos acompanhar o progresso de cada um de nossos estudantes. BRASIL. Ministério da Educação. Programa de Apoio a Leitura e Escrita: PRALER. Brasília, DF: FNDE, 2007. Caderno de Teoria e Prática 6: Avaliação e projetos na sala de aula, p. 20.
Total = TT
Legenda Não desenvolvida = ND
Em evolução = EE
Não observada = NO
Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: _________________________________ Data: ______________________________________________ Data
Habilidade
TT
EE
ND
NO
Anotações
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