Língua Portuguesa ANGÉLICA ALVES PRADO DEMASI CRISTINA TIBIRIÇÁ HÜLLE
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COMPONENTE CURRICULAR: LÍNGUA PORTUGUESA
1O. ANO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
MANUAL DO PROFESSOR MATERIAL DIGITAL
São Paulo | 1a. edição | 2018
Conectados Língua Portuguesa – 1o ano (Ensino Fundamental – Anos iniciais) Copyright © Angélica Alves Prado Demasi, Cristina Tibiriçá Hülle, 2018
Diretor editorial Lauri Cericato Gerente editorial Silvana Rossi Júlio
Editora Natalia Taccetti Equipe de edição Ofício do Texto Projetos Editoriais Gerente de produção editorial Mariana Milani
Coordenador de produção editorial Marcelo Henrique Ferreira Fontes
Gerente de arte Ricardo Borges
Coordenadora de ilustrações e cartografia Marcia Berne Coordenadora de preparação e revisão Lilian Semenichin
Supervisora de iconografia e licenciamento de textos Elaine Bueno
Supervisora de arquivos de segurança Silvia Regina E. Almeida
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Demasi, Angélica Alves Prado Conectados língua portuguesa, 1o ano : componente curricular língua portuguesa : ensino fundamental, anos iniciais / Angélica Alves Prado Demasi, Cristina Tibiriçá Hülle. — 1. ed. — São Paulo : FTD, 2018. ISBN 978-85-96-01268-3 (aluno) ISBN 978-85-96-01269-0 (professor) 1. Português (Ensino fundamental) I. Hülle, Cristina Tibiriçá. II. Título. 17-11522 CDD-372.6 Índices para catálogo sistemático: 1. Português : Ensino fundamental 372.6
EDITORA FTD. Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br
Material disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons – Atribuição não comercial (CC BY NC – 4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros.
Sumário Apresentação ........................................................................................................ 4 1o bimestre Plano de desenvolvimento: Começo de conversa........................................................... 15 Projeto integrador: Corpo, higiene e saúde ...................................................................... 21 1a sequência didática: Combinando as regras ................................................................ 33 2a sequência didática: Brincar, contar e recontar ........................................................... 38 3a sequência didática: Trocando as sílabas! ................................................................... 43 4a sequência didática: Aprender brincando! .................................................................... 47 Proposta de acompanhamento da aprendizagem .......................................................... 51
2o bimestre Plano de desenvolvimento: Listas que organizam .......................................................... 67 Projeto integrador: Caderno de recordações: guardar o presente para recordar o amanhã ............................................................................................... 71 1a sequência didática: Vamos às compras!..................................................................... 79 2a sequência didática: Ordenação de palavras................................................................ 84 3a sequência didática: A ordem alfabética e o dicionário ............................................... 90 4a sequência didática: Lendo um pouco mais ................................................................. 93 Proposta de acompanhamento da aprendizagem .......................................................... 98
3o bimestre Plano de desenvolvimento: Apropriação da escrita ...................................................... 115 Projeto integrador: Experiências ao ar livre ................................................................... 120 1a sequência didática: Brincando com as palavras ....................................................... 129 2a sequência didática: O convite .................................................................................... 135 3a sequência didática: Cantigas de roda ........................................................................ 140 4a sequência didática: Segmentação das palavras ....................................................... 145 Proposta de acompanhamento da aprendizagem ........................................................ 150
4o bimestre Plano de desenvolvimento: Conhecimentos linguísticos ............................................. 167 Projeto integrador: Cartas de ontem, de hoje e de amanhã.......................................... 171 1a sequência didática: Recadinho carinhoso! ................................................................ 179 2a sequência didática: Ortografia ................................................................................... 184 3a sequência didática: Sequências narrativas ............................................................... 188 4a sequência didática: “Os viajantes e o urso”............................................................... 193 Proposta de acompanhamento da aprendizagem ........................................................ 198
Língua Portuguesa – Apresentação
Apresentação No texto a seguir, apresentamos a organização do Manual do Professor – Material Digital, identificando cada tipo de documento disponibilizado e explicando sua função e ordenação, bem como sua relação com a terceira versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Em seguida, justificamos as escolhas de conteúdo e a organização do material a partir da proposta pedagógica da coleção, mais uma vez explicitando sua relação com a BNCC.
Organização deste Material Digital O Material Digital desta Coleção de Português está organizado em bimestres. Cada um deles contém o material relacionado a seguir, que visa complementar o conteúdo proposto no livro didático impresso, oferecendo outras possibilidades de atuação ao professor em sua prática educacional. Na sequência, serão abordados, individualmente, os documentos, com o objetivo de explorar suas características e funções, bem como relacioná-los à terceira versão da Base Nacional Comum Curricular. É importante salientar que todas as propostas contidas neste material são sugestões, que poderão ser adaptadas às diversas realidades escolares e aos propósitos educacionais dos docentes. A composição do material consiste em:
Plano de desenvolvimento; Projeto integrador; Sequência didática; Proposta de acompanhamento da aprendizagem.
Plano de desenvolvimento O Plano de desenvolvimento apresenta conteúdos, habilidades e metodologias a serem empregados no bimestre; para isso, o documento oferece ao professor informações úteis, que são divididas em: Objetos de conhecimento; Habilidades (baseadas na terceira versão da BNCC); Relações com a prática didático-pedagógica; Práticas em sala de aula; e Foco. Tal compilação resulta em um documento com o propósito de contribuir para melhores práticas do professor. Logo no início, há a tabela com os Objetos do conhecimento e as Habilidades, distribuídos tal qual se apresentam na terceira versão da Base Nacional Comum Curricular, na seção de Língua Portuguesa, bem como a Relação com a prática didático-pedagógica. Na seção Práticas em sala de aula, procuramos sugerir atividades que podem ser recorrentes na sala de aula, fornecer orientações adicionais acerca da organização dos alunos no dia a dia, orientar o professor em relação à abordagem das habilidades durante o bimestre e, por fim, aos conhecimentos essenciais esperados ao final do bimestre. Com isso, o professor tem uma diretriz, ou seja, um panorama das habilidades esperadas que os alunos tenham desenvolvido ao final daquele bimestre. Como uma subseção, apresentamos a seção Foco, na qual há sugestões ao professor quanto ao acompanhamento regular das aprendizagens dos alunos ou como solucionar possíveis dúvidas ou dificuldades em relação a algum conteúdo ou situação de sala de aula. 4
Língua Portuguesa – Apresentação
Ao final, propomos o Para saber mais com indicações de sites, vídeos, filmes, revistas, entre outras publicações associadas a algum conteúdo abordado no decorrer do bimestre ou sugestão de gerenciamento de classe, por exemplo. Com esse conteúdo, esperamos que as sugestões sejam interessantes e que possam agregar ideias à prática do professor em sala de aula.
Sequência didática Outro tópico do Plano de desenvolvimento é a Sequência didática, que oferece práticas complementares às do material impresso, relacionando conteúdos desenvolvidos no livro impresso a algumas habilidades e competências explicitadas na terceira versão da Base Nacional Comum Curricular. Divididas em aulas, as sequências poderão ser adaptadas, dependendo do desenrolar das atividades em cada realidade escolar. Portanto, o professor tem a liberdade de trabalhar a ideia sugerida de acordo com a sua turma e a sua região, bem como a organização quanto ao seu desenvolvimento e distribuição do tempo necessário para a execução da proposta de atividades indicadas, embora haja sugestões no desenvolvimento das aulas. Em sequência de aulas, há procedimentos de abordagem do tema, contemplando tanto gêneros diversos quanto ilustrações relacionadas ao conteúdo estudado, para atingir os objetivos e desenvolver as habilidades propostas. Também em cada Sequência didática sugere-se, no mínimo, uma avaliação, pela qual o professor poderá medir os avanços obtidos pelos alunos, se alcançaram o objetivo relacionado ao desenvolvimento da(s) habilidade(s) proposta(s). Os tópicos Para trabalhar dúvidas e Ampliação também estão presentes em muitas das sequências didáticas e buscam oferecer outras possibilidades para a superação de uma possível dificuldade dos alunos ou para a ampliação de uma temática.
Proposta de acompanhamento da aprendizagem Outro documento abordado é a Proposta de acompanhamento da aprendizagem, que visa identificar individualmente se foram alcançados os objetivos previstos no bimestre. Esse documento apresenta duas versões: a primeira, para o aluno, possibilita que o professor, se assim desejar, imprima as questões como são sugeridas e as entregue para os alunos responderem; a segunda versão, para o professor, apresenta respostas e comentários. No texto direcionado ao professor, há orientações que incluem não apenas as sugestões de respostas, mas também as explicações adicionais, como evidenciar a habilidade da terceira versão da Base Nacional Comum Curricular, que pode ser desenvolvida naquela questão, por exemplo. Ao final, há uma Ficha de acompanhamento de aprendizagem, que inclui as habilidades trabalhadas nas questões da Proposta, bem como a identificação do nível de compreensão para cada questão. Na sequência, apresentamos um modelo de Ficha de acompanhamento individual, estruturada para ser preenchida pelo professor, elencando os avanços e os desafios de seus alunos, caso a caso.
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Língua Portuguesa – Apresentação
Projeto integrador Uma das formas mais eficazes de ação interdisciplinar no contexto escolar é a realização de projetos. Segundo Fazenda (2001), a interdisciplinaridade concretiza-se na busca de respostas ou durante a realização de pesquisas. Os Projetos integradores consistem no planejamento e na execução de ações que integram diferentes componentes curriculares e áreas do conhecimento, de modo aplicado ao contexto dos alunos em suas comunidades. Desse modo, a aprendizagem torna-se vivencial e, por isso, mais significativa, verdadeira e interessante. O Projeto integrador objetiva proporcionar a interdisciplinaridade e a contextualização dos assuntos propostos, por meio da conexão entre as disciplinas estabelecidas ao início do documento. A interdisciplinaridade é a interação entre duas ou mais disciplinas, que pode ir desde a simples comunicação de ideias até a integração recíproca dos conceitos fundamentais e da teoria do conhecimento, da metodologia e dos dados de pesquisa. [...] ZABALA, A. (Org.). A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2010. p. 143.
Diante disso, o Projeto integrador vem ao encontro da ideia de realizar conexões entre as disciplinas, proporcionando ao aluno um enriquecimento do conteúdo exposto, motivando-os a participar do processo de aprendizagem e estabelecer mais relações com os temas estudados. Neste Material Digital, há um projeto integrador por bimestre. A duração de cada um varia de acordo com a proposta desenvolvida, mas todos apresentam a mesma estrutura: justificativa, objetivos, competências e habilidades da terceira versão da BNCC, materiais utilizados, propostas de avaliação de aprendizagem (incluindo a Autoavaliação), cronograma, produtos a serem desenvolvidos e, ainda, materiais de consulta adicionais. Conforme descrito na introdução deste texto acerca da organização do material, tratamos de explanar até aqui quais são as características principais de cada documento que compõe o Material Digital. Em síntese, para cada bimestre, temos o Plano de desenvolvimento, funcionando como um documento norteador dos principais temas propostos no livro impresso, e a ele estão atrelados todos os outros documentos, ou seja, com base no Plano são extraídos os conhecimentos e as competências, os conteúdos, a relação com a prática didático-pedagógica, que serão desenvolvidos nas Sequências didáticas, bem como na Proposta de aprendizagem e no Projeto integrador.
A proposta pedagógica da coleção O Material Digital tem um caráter complementar ao livro impresso. Portanto, será possível encontrar caminhos alternativos para a exploração dos conteúdos tratados em cada disciplina, favorecendo o desenvolvimento realizado na Educação Infantil, nas habilidades e competências estabelecidas nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, dispostos na terceira versão da Base Nacional Comum Curricular. Vale lembrar que os conteúdos propostos, bem como as atividades e avaliações disponibilizadas na coleção, são sugestões, que poderão ser adaptadas, conforme a realidade de seus alunos. Assim, ressaltamos que o professor tem total liberdade para realizar as adequações que considerar necessárias para aproximar o material aos seus propósitos educacionais. 6
Língua Portuguesa – Apresentação
Para dar início às propostas pedagógicas presentes na coleção, faz-se necessário mencionar as Competências específicas de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental, extraídas da terceira versão da Base Nacional Comum Curricular, conforme segue:
1. Reconhecer a língua como meio de construção de identidades de seus usuários e da
comunidade a que pertencem. 2. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso. 3. Demonstrar atitude respeitosa diante de variedades linguísticas, rejeitando preconceitos linguísticos. 4. Valorizar a escrita como bem cultural da humanidade. 5. Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de linguagem adequado à situação comunicativa, ao interlocutor e ao gênero textual. 6. Analisar argumentos e opiniões manifestados em interações sociais e nos meios de comunicação, posicionando-se criticamente em relação a conteúdos discriminatórios que ferem direitos humanos e ambientais. 7. Reconhecer o texto como lugar de manifestação de valores e ideologias. 8. Selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com objetivos e interesses pessoais (estudo, formação pessoal, entretenimento, pesquisa, trabalho etc.). 9. Ler textos que circulam no contexto escolar e no meio social com compreensão, autonomia, fluência e criticidade. 10. Valorizar a literatura e outras manifestações culturais como formas de compreensão do mundo e de si mesmo. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – Versão final. Brasília: MEC, 2017. p. 66.
Distribuídas em eixos, as competências são organizadas em: Oralidade; Conhecimentos linguísticos e gramaticais; Leitura; Escrita e Educação literária, proporcionando o desenvolvimento de cada habilidade proposta nos eixos por meio de diferentes procedimentos e estratégias para aprendizagem. A seguir, apresentamos a proposta pedagógica da coleção, com destaque para o conhecimento e ensino transmitidos, para a organização dos conteúdos e para as formas de avaliação. [...] para ser considerado competente em Língua Portuguesa, o aluno precisa dominar habilidades que o capacitem a viver em sociedade, atuando, de maneira adequada e relevante, nas mais diversas situações sociais de comunicação. Para tanto, o aluno precisa saber interagir verbalmente, isto é, precisa ser capaz de compreender e participar de um diálogo ou de uma conversa, de produzir textos escritos, dos diversos gêneros que circulam socialmente. BRASIL. Ministério da Educação. PDE: Plano de Desenvolvimento da Educação: Prova Brasil: Ensino Fundamental: matrizes de referência, tópicos e descritores. Brasília: MEC, SEB; Inep, 2008. p. 19.
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A oralidade O ser competente na própria língua perpassa também a oralidade, a qual pode ser trabalhada em atividades em sala de aula para que o aluno esteja preparado às mais variadas situações em que tenha de se expressar em público. Assim, ele terá de perceber o contexto em que a interação acontece para adequar seu discurso ao público e escolher o registro que irá usar, a postura que terá e o gênero mais apropriado para a ocasião. Para alcançar isso, as práticas comunicativas em sala de aula podem proporcionar o desenvolvimento de estratégias para que o aluno utilize também em situações fora da escola. Outro ponto importante é que as atividades que envolvam a oralidade façam sentido aos interlocutores. Em virtude disso, nos anos iniciais, as práticas orais têm de ser significativas para os alunos, levando-os a compreender e produzir textos orais que estejam relacionados não somente ao contexto, mas também aos aspectos linguísticos e não linguísticos, como, por exemplo, entonação, dicção, ritmo, gesto e postura. Expressar suas próprias opiniões ao discutir um assunto em sala de aula, levantar hipóteses sobre o tema tratado, ou, ainda, identificar o momento de ouvir o colega, respeitando não somente a vez dele como também sua opinião são habilidades a serem desenvolvidas durante o ano. Os combinados da sala feitos logo nos primeiros dias também incentivam os alunos a colaborar nos momentos em que estão trabalhando a oralidade e a organizarem suas interações.
A produção escrita A proposta da coleção abrange, para a produção escrita, o uso de diferentes categorias didáticas, como reproduções e escrita de textos em conformidade com o gênero trabalhado, levando os alunos a refletir sobre as regularidades da língua. Durante a produção textual, os alunos são levados a refletir sobre a situação comunicativa, os interlocutores, a finalidade do texto, o suporte, a circulação, a linguagem, na organização, a estrutura, o tema e o assunto determinado para desenvolverem o texto. Trabalhar com os diferentes gêneros textuais possibilita aos alunos a percepção da estrutura de cada um, bem como os elementos que os caracterizam e a função social de cada um, entendendo sua finalidade. É importante considerar que os processos que envolvem escrita, planejamento, revisão, reescrita e edição acontecem sucessiva e concomitantemente à produção textual e buscam aprimorar as diversas versões de escrita e reescrita, considerando que, ao reler um texto autoral, o aluno tem condições de fazer recortes, incluir ou excluir informações, realizar correções e/ou modificações necessárias para torna-lo o mais claro possível. Para tanto, o acompanhamento do professor no processo de desenvolvimento das capacidades linguísticas dos alunos é essencial para orientá-los e esclarecer as dúvidas durante as atividades. A revisão, procedimento de autoria por excelência, reúne as ferramentas mais valiosas para a atividade de escrita porque obriga o escritor a observar a forma, aprender a buscar uma estética que responda melhor aos seus objetivos, a moldar o seu texto experimentando diferentes recursos, a manipular o signo e a conhece-lo melhor. A revisão ensina o escritor a compreender que um texto é uma construção complexa porque envolve todo o conhecimento de que dispõe. FORTUNATO, M. V. Procedimentos de autoria. In: ______. Autoria e aprendizagem da escrita. 2009. fls. 130-148. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009. p.145. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde02092009142512/ptbr.php>. Acesso em: 14 nov. 2017. 8
Língua Portuguesa – Apresentação
A compreensão leitora Com relação à prática de leitura, enfatizamos que os contextos sociais, nos quais a leitura se faz necessária em nosso dia a dia, são variados. Por uma infinidade de razões, realizamos leituras o tempo todo: o letreiro de um ônibus, os preços e a validade de determinados produtos, o manual de um equipamento, a manchete do jornal, o capítulo antecipado da novela (na revista ou on-line), um bilhete deixado por alguém, um e-mail, um recado em páginas sociais, uma crônica, uma poesia, um romance, uma letra de música, a sinopse de um filme ou de uma peça teatral, o resultado do jogo, um contrato, uma proposta política, a bula de um medicamento, o extrato bancário, entre tantas outras possibilidades. Ao refletir sobre a multiplicidade de usos da leitura em nosso cotidiano, faz-se necessário considerar o quão fundamental é o papel do professor no estímulo à leitura. “Como mediador, o docente deve colocar-se tal qual um facilitador” (MASETTO, 2010, p. 43), incentivando a prática da leitura, buscando alternativas diversificadas, num processo de continuidade e recriação de estratégias funcionais que valorizem a interação autor-leitor. No processamento textual, o leitor utiliza várias estratégias simultaneamente, ou seja, vários passos para conseguir interpretar o texto, ativando os três grandes sistemas do conhecimento, como mencionado por Koch (ELIAS e KOCH, 2015, p. 40): conhecimento linguístico, conhecimento enciclopédico e conhecimento interacional. O primeiro envolve o conhecimento gramatical e linguístico; o segundo são os conhecimentos gerais, os quais são adquiridos pela nossa experiência e convívio em sociedade; o último é como ocorre a interação por meio da linguagem. Para ampliar nosso conhecimento de mundo, o contato com diversos gêneros textuais, tanto orais como escritos, é importante e pode ser proporcionado em situações de leitura e de escrita. O leitor, para atingir a compreensão leitora, usa várias estratégias simultaneamente, como ativar os conhecimentos de mundo e fazer as relações com o campo semântico; por isso, quanto mais familiarizado tanto com o assunto que está lendo, bem como com o gênero, maior será sua compreensão. Cabe destacar que estão presentes na coleção diversos textos que priorizam práticas de leituras de textos verbais, não verbais e multimodais que exigem a localização de informações explícitas e implícitas, bem como a dedução dos sentidos de palavras e expressões desconhecidas ou pouco familiares. Tais práticas demandam que os alunos compreendam a finalidade dos textos em estudo e construam comparações entre gêneros textuais a outras áreas do conhecimento. Para contemplar o universo da leitura, é importante que o professor viabilize estratégias diversificadas, considerando em sua rotina escolar oportunidades distintas de possibilidades da prática leitora, que pode ser realizada individualmente, em duplas ou grupos; por meio de rodas de leitura; em voz alta ou silenciosa; como tarefa para casa; envolvendo pesquisas e consultas a publicações impressas ou virtuais; entre outras alternativas. Promover essas atividades desperta a curiosidade dos alunos por novas leituras, trazendo, ainda, ocasiões favoráveis para que participem ativamente do processo de desenvolvimento das competências e habilidades propostas para essa etapa da educação básica.
Aprendendo com a diversidade Outro tema que merece atenção especial na proposta pedagógica está relacionado à aprendizagem na diversidade.
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Levando-se em conta que as oportunidades de ensino devem ser igualitárias a todos os alunos, é importante considerar os diferentes ritmos de aquisições do conhecimento, bem como as diferenças sociais, culturais, entre outras, que poderão fazer parte de uma mesma sala de aula. Nesse contexto, é preciso planejar ações que abranjam essa diversidade, de modo que a escola tenha condições de contribuir para uma educação justa, igualitária e inclusiva, como mencionado anteriormente. A diversidade cultural e social, por exemplo, pode se tornar um elemento rico, se considerarmos o levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos como premissa da aprendizagem. Ao compartilhar experiências e vivências, como é proposto em algumas sequências didáticas, o aluno se sente parte do processo de ensino-aprendizagem, uma vez que percebe que seus conhecimentos e suas características individuais são valorizados e respeitados pelo professor e pelos colegas. Dessa forma, os alunos têm a oportunidade de comparar, analisar e ampliar o que já sabiam a respeito do tema abordado e, assim, começam a identificar que as diferenças, sejam elas culturais, sociais, intelectuais ou físicas, são inerentes aos seres humanos e fazem parte da vida em sociedade. [...] a aprendizagem é uma construção pessoal que cada menino e cada menina realizam graças à ajuda que recebem de outras pessoas. Esta construção, através da qual podem atribuir significado a um determinado objeto de ensino, implica a contribuição por parte da pessoa que aprende, de seu interesse e disponibilidade, de seus conhecimentos prévios e de sua experiência. Em tudo isto desempenha um papel essencial a pessoa especializada, que ajuda a detectar um conflito inicial entre o que já se conhece e o que se deve saber, que contribui para que o aluno se sinta capaz e com vontade de resolvê-lo, que propõe o novo conteúdo como um desafio interessante, cuja resolução terá alguma utilidade, que intervém de forma adequada nos progressos e nas dificuldades que o aluno manifesta, apoiando-o e prevendo, ao mesmo tempo, a atuação autônoma do aluno. É um processo que não só contribui para que o aluno aprenda certos conteúdos, mas também faz com que aprenda a aprender e que aprenda que pode aprender. Sua repercussão não se limita ao que o aluno sabe, igualmente influi no que sabe fazer e na imagem que tem de si mesmo. ZABALA, A. (Org.). A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2010. p. 63.
Para o exercício do trabalho coletivo, no qual os alunos têm a oportunidade de se relacionar com seus colegas e estão expostos a outras ideias, formas de pensar, de agir, de se comportar, os agrupamentos são uma alternativa interessante para o estabelecimento de vínculos de amizade e de interação com o outro. Nessas situações, ao mesmo tempo em que devem interagir, aprendem a incluir o outro, respeitando as diferenças e colaborando para que todos se sintam parte integrante do grupo. Da mesma maneira, o trabalho interdisciplinar exerce uma função que favorece o respeito à diversidade, pois possibilita o reconhecimento de que os conteúdos estudados têm significados e intenções, motivando os alunos a participar ativamente do processo de aprendizagem. Essa estratégia, na coleção, é abordada, especialmente, no projeto integrador – quando se propõe que os alunos realizem determinado trabalho que envolve outras áreas do conhecimento e ao mesmo tempo estão vinculados a situações que fazem parte da realidade do aluno. O trabalho com os gêneros, desenvolvido na coleção, viabiliza a discussão de temas e 10
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conhecimentos que permitem inserir os alunos na sociedade, considerando suas experiências. [...] Compete à escola, pela ampliação da produção e circulação de variados textos/gêneros, a responsabilidade de criar condições para que o aluno envolva-se em múltiplas práticas de letramentos que possibilitem sua inserção e participação em inúmeras esferas da atividade humana presentes na sociedade. ROJO, Roxane Helena. Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola Editorial, 2012. p. 214.
No que se refere ao uso da internet durante o processo educacional, salientamos que são sugeridos na coleção diferentes tecnologias e suportes de conteúdo, indicações de sites de jogos e brincadeiras, opções de ouvir a leitura de histórias e poemas, assistir a filmes, documentários, animações e telejornais. Entretanto, é fundamental que o professor tenha conhecimento dos objetivos que se pretende alcançar ao fazer uso dessas ferramentas digitais, para que os resultados sejam educativos e produtivos.
Avaliação No que se refere à Avaliação, partimos de uma breve definição, da autora Jussara Hoffmann, que diz: A avaliação é substancialmente reflexão, capacidade única e exclusiva do ser humano de pensar sobre seus atos, analisa-los, julgá-los, interagindo com o mundo e com os outros seres, influindo e sofrendo influências pelo seu pensar e agir. HOFFMANN, J. Avaliar para promover. Porto Alegre: Mediação. 2001. p. 10. In: Programa de Apoio a Leitura e Escrita: PRALER. Caderno de Teoria e Prática 6 – Avaliação e projetos na sala de aula. Brasília: FNDE/MEC, 2007. p. 14.
Nesse sentido, é importante que as propostas avaliativas contemplem seu uso social, que reflitam sua função real. Uma vez estabelecido um exercício, é preciso que o aluno saiba o porquê de estar realizando-o, com qual objetivo, qual a relação que poderá fazer com situações reais de sua vida. Tal prática possibilita ao aluno realizar conexões do que se aprende na escola com suas experiências, fato que o auxiliará na apropriação do conhecimento e das habilidades que se espera que alcance. Por esse motivo, tivemos a preocupação de inserir nas propostas de avaliação questões que reflitam esse propósito educacional. A seguir, indicamos alguns métodos avaliativos, que poderão ser encontrados no material da coleção, a partir de questões que auxiliem o professor na avaliação do desenvolvimento das competências e habilidades preestabelecidas:
Projetos; Trabalhos em grupo; Apresentações; Entregas por meios digitais (vídeos, fotos, apresentações, websites etc.); Propostas de autoavaliação pelos alunos. 11
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O conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), elaborado por Vygotsky, também deve ser considerado. Com ele, o professor pode verificar qual a distância entre o nível de desenvolvimento real obtido pelo próprio aluno ao resolver um problema e o nível de desenvolvimento potencial, pelo qual ele só chega à resolução do problema com a orientação de um adulto ou em colaboração com um colega. Ao ter essa percepção de forma sistematizada, o professor pode calcular a zona proximal identificando o que é real do que é potencial e, assim, estipular estratégias educativas que funcionem de forma sistemática e individualizada. Ao elaborar a avaliação, é importante que o professor utilize instrumentos variados, que permitam observar a progressão dos alunos e suas relações com as estratégias didáticas adotadas. As avaliações devem ser realizadas continuamente, tendo-se o cuidado para que essa prática ocorra em diferentes momentos e de formas variadas e que possam ser usadas para analisar os avanços obtidos pelos alunos, fornecendo informações para que o professor estabeleça a melhor maneira de prosseguir. A avaliação não ocorre somente com instrumentos sistemáticos, por exemplo, uma prova com dia e horário marcados, uma aula somente para que os alunos leiam, às vezes, de forma mecânica, apenas para cumprir o ritual de obter uma nota. Quando temos uma forma contínua e individual de avaliar a construção de conhecimentos do aluno, podemos rever constantemente nossa prática pedagógica e melhorá-la, dentro do possível. Programa de Apoio a Leitura e Escrita: PRALER. Caderno de Teoria e Prática 6 – Avaliação e projetos na sala de aula. Brasília: FNDE/MEC, 2007. p. 21.
É possível elaborar instrumentos de levantamento de dados para cada ano escolar, de modo que se mapeiem os diferentes aspectos do estudo da língua, que podem estar associados à ortografia, à produção de textos orais e escritos, à gramática, à leitura, a fim de possibilitar ao professor o planejamento de intervenções pertinentes, no sentido de auxiliar os alunos em seu desenvolvimento constante. De forma resumida, destacamos outro método importante de avaliação que permite tanto ao professor quanto ao aluno observar os avanços obtidos no decorrer das aulas. Trata-se da Autoavaliação, instrumento complementar de análise do professor e participação direta dos alunos. Por meio desse recurso, é possível que os estudantes desenvolvam uma postura crítica diante de seu processo de aprendizagem e participem ativamente, esclarecendo possíveis dúvidas acerca das propostas de trabalho. Contudo, é fundamental que o professor explicite o objetivo da autoavaliação e explique de forma coerente à idade do aluno os motivos de tal atividade. Portanto, antes da aplicação desse procedimento, deve-se elucidar aos alunos em que aspecto eles devem se autoavaliar. Outra modalidade avaliativa que merece destaque é a Avaliação diagnóstica, cujo objetivo é investigar as habilidades dos alunos em determinada área do conhecimento. Esse instrumento permite ao professor acompanhar o processo de aprendizagem dos alunos, permitindo que realize intervenções necessárias para o alcance dos objetivos preestabelecidos.
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Tendo mapeado o conhecimento prévio dos alunos, nessa espécie de avaliação inicial, e pondo em prática as situações planejadas para leva-los a avançar, o professor passa a precisar de um outro instrumento para verificar como eles estão progredindo, já que o conhecimento não é construído igualmente, ao mesmo tempo e da mesma forma por todos. Esse instrumento é a avaliação de percurso – formativa ou processual, como muitos a chamam – feita durante o processo de aprendizagem. Ela serve para verificar se o trabalho do professor está sendo produtivo e se os alunos estão, de fato, aprendendo com as situações didáticas propostas. Como um observador privilegiado das ações do aprendiz, o professor tem condições de avaliar o tempo todo, e é essa avaliação que lhe dá indicadores para sustentar sua intervenção. Mas isso é diferente de planejar e implementar uma atividade para avaliar a aprendizagem. Ao montar uma situação de avaliação, o professor precisa ter clareza sobre as diferenças que existem entre situações de aprendizagem e situações de avaliação. WEISZ, T.; SANCHEZ, A. O diálogo entre o ensino e a aprendizagem. São Paulo: Ática, 2002. p. 9394.
Diante da perspectiva da nova dimensão para o projeto pedagógico, estabelecida na terceira versão da Base Nacional Comum Curricular, esperamos que o material digital, que complementa o livro impresso, seja um instrumento colaborativo na prática educacional e que proporcione oportunidades de reflexão e novas ideias para um trabalho docente cada vez mais eficaz e conectado aos princípios de formação humana integral e construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. Desejamos um excelente trabalho e ótimo aproveitamento do material!
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Língua Portuguesa – Apresentação
Bibliografia BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – Versão final. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_ publicacao.pdf>. Acesso em: 2 dez. 2017. BRASIL. Ministério da Educação. PDE: Plano de Desenvolvimento da Educação: Prova Brasil: ensino fundamental: matrizes de referência, tópicos e descritores. Brasília: MEC, SEB; Inep, 2008. BRASIL. Ministério da Educação. Programa de Apoio a Leitura e Escrita PRALER. Caderno de Teoria e Prática 6 – avaliação e projetos na sala de aula. Brasília: FNDE/MEC, 2007. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/praler/tp/tp6.pdf>. Acesso em: 3 dez. 2017. FORTUNATO, Marcia Vescovi. Procedimentos de autoria. In: _____. Autoria e aprendizagem da escrita. 2009. fls. 130148. Tese (Doutorado em Educação) – São Paulo: Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, 2009. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/ disponiveis/48/48134/tde-02092009-142512/pt-br.php>. Acesso em: 14 nov. 2017. KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2015. p. 40. MASETTO, Marcos, Tarciso. O professor na hora da verdade. São Paulo: Avercamp, 2010. ROJO, Roxane Helena. Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola Editorial, 2012. ZABALA, Antoni. (Org.). A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2010.
Material disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons – Atribuição não comercial (CC BY NC – 4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros.
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Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento
Plano de desenvolvimento: Começo de conversa Neste plano, serão sugeridas atividades com a finalidade de desenvolver as habilidades propostas no bimestre. Serão trabalhadas atividades de escuta e participação espontânea em rodas de conversa, bem como práticas de leitura de textos de memória, com parlendas, quadrinhas e cantiga de roda, para favorecer a apropriação do sistema de escrita, ao reconhecer o sentido das palavras no texto.
Conteúdos
Linguagem oral Exposição de opinião Gêneros textuais parlenda, quadrinha e cantiga de roda Leitura de textos por meio de pistas gráficas e semânticas
Objetos de conhecimento e habilidades Objetos de conhecimento
Habilidades
Relação com a prática didático-pedagógica
Constituição da identidade psicossocial, em sala de aula, por meio da oralidade Regras de convivência em sala de aula Características da conversação espontânea (EF01LP01) Expressar-se, em situações de intercâmbio oral, com autoconfiança (sem medo de falar em público), para explorar e apresentar informações, esclarecer dúvidas, trocar ideias, propor, criar ou engajar-se em jogos ou brincadeira. (EF01LP02) Escutar, com atenção e compreensão, instruções orais, acordos e combinados que organizam a convivência em sala de aula. (EF01LP03) Participar de conversação espontânea reconhecendo sua vez de falar e de escutar, respeitando os turnos de fala e utilizando fórmulas de cortesia (cumprimentos e expressões como “por favor”, “obrigado(a)”, “com licença” etc.), quando necessário. As práticas didático-pedagógicas podem favorecer a autonomia do aluno, ao proporcionar momentos de interação em que ele deverá apresentar seu ponto de vista sobre determinado assunto, o que contribui de maneira efetiva para o desenvolvimento da linguagem oral.
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Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento
Objeto de conhecimento Habilidade
Relação com a prática didático-pedagógica
Objeto de conhecimento
Habilidades
Relação com a prática didático-pedagógica
Objeto de conhecimento Habilidade
Relação com a prática didático-pedagógica
Objetos de conhecimento
Habilidades
Relação com a prática didático-pedagógica
Procedimentos de escuta de textos (EF01LP05) Recuperar assuntos e informações pontuais em situações de escuta formal de textos. As práticas didático-pedagógicas estimulam a escuta de textos e o desenvolvimento da percepção auditiva. Um dos meios utilizados é o reconhecimento das parlendas como parte da tradição oral – elemento da cultura popular. Decodificação (EF01LP07) Ler palavras e pequenos textos, apoiando-se em pistas gráficas e semânticas. (EF01LP08) Ler, em textos, palavras conhecidas via memória ou relacionadas à sua experiência pessoal (nomes próprios, nomes dos dias do ano, da semana, marcas de produtos etc.). As práticas didático-pedagógicas contribuem para a apropriação e reconhecimento do código escrito ao incentivar a leitura de textos de memória e a identificação de palavras habitualmente utilizadas. Reflexão sobre o léxico do texto (EF01LP15) Reconhecer o significado de palavras conhecidas em textos. As práticas didático-pedagógicas proporcionam uma progressão da leitura com atividades de localização de informações no texto e auxiliam o desenvolvimento de estratégias de leitura, assim como a compreensão dos sentidos das palavras de acordo com o texto. A realização das atividades favorecem a identificação da função sociocomunicativa desses textos, introduzindo o conceito de gêneros.
Escrita de palavras e frases Escrita de dados pessoais Cópia (EF01LP16) Escrever, espontaneamente ou por ditado, palavras e frases de forma alfabética – usando letras/grafemas que representem fonemas. (EF01LP17) Escrever, corretamente, mesmo que de memória, o próprio nome, o nome dos pais ou responsáveis, o endereço completo no preenchimento de dados pessoais em fichas de identificação impressas ou eletrônicas. (EF01LP18) Copiar textos breves, mantendo suas características e voltando para o texto sempre que tiver dúvidas sobre sua distribuição gráfica, espaçamento entre as palavras, escrita das palavras e pontuação. A proposta das práticas didático-pedagógicas sugere que a escrita espontânea auxilia o aluno na produção textual, respeitando o seu momento, ao passar por 16
Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento
etapas no processo de elaboração da escrita. Por meio de intervenções adequadas e estímulos do professor, o aluno avança na hipótese de escrita.
Objetos de conhecimento
Habilidades
Relação com a prática didático-pedagógica
Objetos de conhecimento Habilidades Relação com a prática didático-pedagógica
Compreensão do sistema alfabético de escrita Consciência fonológica Consciência grafofonêmica (EF01LP24) Reconhecer o sistema de escrita alfabética como representação dos sons da fala. (EF01LP26) Escrever o próprio nome e utilizá-lo como referência para escrever e ler outras palavras. (EF01LP28) Comparar palavras identificando semelhanças e diferenças entre sons de sílabas iniciais, mediais e finais. (EF01LP29) Identificar fonemas e sua representação por letras comparando unidades sonoras (palavras) com significados próprios, mas que se diferenciam por apenas um fonema/letra (como faca/vaca, mola/sola/cola/bola, mapa/mala). As práticas didático-pedagógicas que desenvolvem as atividades são produzidas de modo a ajudar o aluno a compreender que as palavras são constituídas por sequências de sons e fonemas representados por grafemas e, consequentemente, desenvolve a consciência fonológica. Elementos constitutivos do discurso poético em versos: estratos fônico e semântico Processos de criação (EF01LP38) Reconhecer, em textos versificados, rimas, sonoridades, jogos de palavras, palavras, expressões, comparações, relacionando-as com sensações e associações. (EF01LP41) Recitar parlendas, quadras, quadrinhas e poemas, com entonação e emotividade. As práticas didático-pedagógicas que procuram ensinar o reconhecimento das unidades fonológicas, como sílabas e rimas em terminações de palavras, auxiliam os alunos a compreender o funcionamento do sistema de escrita, assim como a aquisição da escrita.
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Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento
Práticas de sala de aula A fim de envolver os alunos no processo de ensino-aprendizagem, de modo que se apropriem dos conhecimentos propostos neste bimestre, é necessário organizar um planejamento que favoreça esse processo. Uma sugestão é a rotina escolar, pois visa à organização das ações realizadas na sala de aula junto aos alunos. Essa estratégia apresenta uma previsão do que possa vir a acontecer no dia e auxilia no aproveitamento do tempo para trabalhar os conteúdos elencados, permitindo à turma que antecipe o que irá acontecer em seguida, pois favorece que a turma atue com maior autonomia e tranquilidade no ambiente escolar. É possível propor uma rotina diária, com a participação dos alunos na construção dela, para servir de orientação das ações tanto da turma quanto dos professores. O registro da rotina ajuda a identificar o que está em demasia ou mesmo a apontar quais são as prioridades, além da possibilidade de garantir que os alunos completem suas tarefas e que o professor atinja os objetivos educacionais desejados. O planejamento deve garantir ações que se repitam periodicamente, a fim de desenvolver as habilidades propostas no bimestre. Para organizar a rotina da sala de aula, o professor precisa definir as áreas a serem trabalhadas, as ações e atividades a serem realizadas e com que frequência os conteúdos que serão abordados. A rotina escolar deve ser planejada a fim de assegurar diferentes atividades como permanentes, sequenciadas e sistematizadas, por exemplo, pensando a organização da sala como um todo. É importante dividir momentos para calendário, chamada, ajudante do dia, roda da conversa, revisão da tarefa de casa, apresentação das atividades do dia, momento do lanche, retorno do recreio, atividade para relaxar e concentrar, apresentação da tarefa de casa ao final da aula, organização do espaço escolar, recados na agenda e encerramento. É necessário ter um acompanhamento constante do desenvolvimento dos alunos no processo de ensino-aprendizagem, visto que as atividades de avaliação auxiliam na identificação de dificuldades específicas dos estudantes na assimilação do conteúdo e, ao mesmo tempo, no resultado da metodologia utilizada. A disposição da turma também contribui para o desenvolvimento no processo de ensino-aprendizagem. Para as habilidades EF01LP01, EF01LP02, EF01LP03 e EF01LP05, é relevante distribuir a turma em rodas, pois irá colaborar para que os alunos possam se expressar oralmente, espontaneamente ou não, nas diversas situações comunicativas propostas na escola, ao reconhecer sua vez de falar e também de ouvir. Essas habilidades abarcam a constituição da identidade psicossocial. Neste momento da aquisição de escrita, a sala de aula tem de proporcionar um ambiente alfabetizador, com um conjunto de situações de usos reais de leitura e escrita. Assim, é necessário que o professor organize a sala de aula de modo que o aluno se sinta motivado e estimulado a, cada vez mais, fazer parte daquele ambiente. É necessário garantir para as habilidades EF01LP07, EF01LP08, EF01L16, EF01LP17 e EF01LP18, que iniciam o processo de alfabetização, a disponibilização de um alfabeto móvel em que os alunos tenham acesso livremente e uma lista visível com o nome dos alunos, organizada em ordem alfabética. A disposição dos alunos em grupos, proporcionando a interação e a troca de informações entre eles, também é relevante nessa fase, são os agrupamentos produtivos. O intercâmbio de conhecimentos nas atividades que envolvem a decodificação – compreensão do sistema alfabético de escrita, consciências fonológica e grafofonêmica contribui para o desenvolvimento das habilidades e sua posterior apropriação.
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Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento
Para esse propósito, é necessário um acompanhamento constante das aprendizagens dos alunos com as sondagens, a fim de identificar a hipótese de escrita em que cada aluno se encontra. É importante ter clareza do objetivo da atividade que será proposta à dupla, assim como intervir quando necessário. Realizar perguntas enquanto os alunos desenvolvem as atividades faz com que eles reflitam a respeito delas para resolvê-las. Essas intervenções asseguram expectativas de aprendizagem como reconhecer os alunos como leitores potenciais, ao acreditar que todos são capazes de aprender a ler/escrever. É necessário observar o desempenho dos alunos durante as atividades, bem como as suas interações nas situações de parceria, para fazer intervenções pedagógicas adequadas. Assim, devem-se utilizar instrumentos de registro do desempenho e da evolução dos alunos com o propósito de identificar os alunos que necessitem de maior investimento para alcançar as aprendizagens esperadas, para que todos tenham condições de avançar em suas aprendizagens. Para as habilidades (representação dos sons da fala) (EF01LP24), (EF01LP28) e (EF01LP29), é importante, em alguns momentos, trabalhar individualmente com os alunos, usando um material mais lúdico, sobre a discriminação auditiva e a escrita da palavra, associando grafema-fonema. Como alguns alunos precisam de mais tempo para a apropriação do sistema de escrita, sugere-se um contato maior com material de estimulação manual e visual. Uma possibilidade é utilizar o próprio nome para escrever outras palavras, assegurando inclusive o desenvolvimento da habilidade (EF01LP26). O trabalho com o nome é favorável por ser uma palavra fixa, que o aluno assimila com facilidade e a aprendizagem se torna significativa. Para isso, é necessário selecionar situações de aprendizagem em que seja necessária a escrita do nome como identificar os alunos que estão presentes ou ausentes na aula, quem serão os ajudantes do dia, etiquetar materiais e até mesmo organizar listas de trabalho e brincadeiras, por exemplo. Ao identificar a escrita do próprio nome ou a do colega, o aluno amplia o repertório de conhecimento de letras; ao interpretar as escritas dos nomes dos alunos da turma, utiliza o conhecimento adquirido sobre nome para resolver outros problemas de escrita que envolvem quantidade, seleção e ordem das letras que terá de usar. Nesse processo de apropriação da escrita, os textos de memória contribuem para que os alunos avancem na hipótese de escrita. As parlendas, as quadrinhas e as cantigas de roda são gêneros que favorecem o desenvolvimento das habilidades (EF01LP38) (EF01LP41). Ao trabalhar com os textos de memória, o aluno tem a possibilidade de comparar o que sabe de cor com o texto escrito, buscando relações entre a fala e a escrita/as letras e os sons, pois procuram pistas para checar se o som que estão recitando corresponde à letra do fim do verso, por exemplo. As atividades com textos de memória podem ser trabalhadas com alunos em diferentes níveis de conhecimento, promovendo aprendizagem para todos. Espera-se, no decorrer do bimestre, que os alunos tenham desenvolvido as habilidades de comunicar-se no cotidiano, expressar-se oralmente e ouvir com atenção, respeitando opiniões, ocupando seu turno de fala adequadamente, bem como ler, mesmo que não convencionalmente, ao localizar palavras em um texto de memória.
Foco Durante este bimestre, é relevante acompanhar individual e constantemente os alunos por meio de uma avaliação diagnóstica, já que esta auxilia a identificar as possíveis causas de dificuldades específicas dos alunos na assimilação do conteúdo. Circular pela sala de aula e fazer perguntas aos alunos durante a execução das atividades, assim como auxiliá-los na resolução das atividades, são atitudes que ajudam o professor a observar a progressão dos alunos: quais são as dúvidas e lacunas de aprendizagem que devem ser superadas para que os objetivos do bimestre e o desenvolvimento das habilidades propostas sejam alcançados. 19
Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento
A circulação e a conversa com os alunos durante as atividades, sejam durante as tarefas individuais, como também em duplas ou grupos, ajudam o professor a perceber vários aspectos do processo de aprendizagem e também a observar o desenvolvimento do aluno individualmente e em grupo. O acompanhamento constante possibilita que os mais tímidos ou aqueles com maior dificuldade de se expressar em público compartilhem suas dúvidas e, também, suas descobertas, criando oportunidades para o crescimento de todos. Quanto às tarefas para casa, os alunos devem entender a razão e o objetivo para fazê-las, de forma a ajudá-los não apenas no dia a dia escolar, mas também em várias outras situações; ou seja, as tarefas para casa são uma oportunidade de sistematizar os conhecimentos individualmente nas mais variadas situações que podem se apresentar para ele. Outro ponto importante é a participação dos familiares para que os alunos consigam desenvolver as habilidades necessárias para atingir os objetivos estabelecidos pelas tarefas, ajudando-os e orientando-os a organizar o momento de fazer as tarefas de casa.
Para saber mais
Psicogênese da Língua Escrita, de Emília Ferreiro e Ana Teberosky (Porto Alegre: Artes Médicas, 1985). Conheça como ocorre o processo de alfabetização, na perspectiva de Emília Ferreiro e Ana Teberosky, ao investigarem a aquisição da leitura e da escrita. Alfabetização e letramento. Magda Soares. (São Paulo: Contexto, 2008). Magda apresenta a alfabetização como um processo de aprendizagem contínuo na vida de uma criança que envolve práticas sociais de linguagem e propõe uma reflexão sobre práticas escolares de alfabetização e letramento. Formando crianças produtoras de textos, de Josette Jolibert (Porto Alegre: Artmed, 1994). Neste livro, a autora aborda com profundidade as práticas escolares de produção de textos, considerando que o objetivo de formar crianças escritoras só pode ser atingido plenamente se abordamos a escrita como prática social, ou seja, orientada por objetivos reais e explícitos, que consideram a relação entre o leitor, o texto e seu leitor. Alfabetização e letramento: conceitos e relações, de Carmi Ferraz Santos e Márcia Mendonça. (Belo Horizonte: Autêntica, 2007). Material pedagógico para a formação de professores de Língua Portuguesa, que articula e sistematiza as discussões sobre os conceitos de alfabetização e letramento. Disponível em: <http://www.plataformado letramento.org.br/acervo-para-aprofundar/164/alfabetizacao-e-letramento-conceitos-e-relac oes.html >. Acesso em: 22 out. 2017. Canções, parlendas, quadrinhas, para crianças novinhas, de Ruth Rocha (São Paulo: Salamandra, 2009). Livro que reúne canções, parlendas e quadrinhas para os alunos conhecerem mais desses textos da tradição oral.
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1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia e Ciências
Projeto integrador: Corpo, higiene e saúde
Conexão com: LÍNGUA PORTUGUESA, MATEMÁTICA, HISTÓRIA, GEOGRAFIA E CIÊNCIAS. Este projeto propõe uma pesquisa sobre os hábitos de higiene pessoal, tais como tomar banho, escovar os dentes, cortar os cabelos, manter as unhas aparadas e limpas e lavar bem as mãos. Espera-se que, ao realizar a pesquisa, os alunos percebam que os hábitos de higiene apresentam duas funções: deixar as pessoas mais cheirosas, limpas e contribuir para uma boa saúde, prevenindo doenças e outros problemas. Além disso, é proposta a produção de um manual ilustrativo sobre os hábitos de higiene pessoal.
Justificativa O projeto Corpo, higiene e saúde visa desenvolver uma reflexão sobre os bons hábitos de higiene pessoal e conscientizar os alunos sobre a importância de colocar em prática certos hábitos que contribuirão decisivamente com o cuidado do corpo. A escola tem como função promover mudanças de comportamento nos alunos, com base na aquisição de conhecimentos relacionados à saúde e do reforço da prática para que eles melhorem hábitos e atitudes relacionados à higiene. Os hábitos de higiene na escola devem ser reforçados, desde ensinar os alunos a lavar as mãos, a escovar os dentes até explicar a importância de lavar as frutas antes de comê-las. É durante a infância também que se deve aprender a cuidar do próprio corpo. Em princípio, os alunos devem conhecer o próprio corpo para entender a importância de cada hábito higiênico. A metodologia proposta estimula que os alunos utilizem conhecimentos das áreas de Ciências, Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia para que, por meio de um trabalho em equipe, realizem estudos sobre a higiene corporal.
Objetivos
Identificar a necessidade de adquirir bons hábitos de higiene a fim de prevenir doenças. Discutir as formas de higiene corporal e bucal, como a prática correta de tomar banho, cortar as unhas, pentear os cabelos e escovar os dentes. Pesquisar sobre hábitos de higiene corporal. Organizar, sintetizar e classificar as informações pesquisadas. Produzir um manual ilustrado sobre hábitos de higiene corporal.
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1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia e Ciências
Competências e habilidades
Competências desenvolvidas
4. Utilizar conhecimentos das linguagens verbal (oral e escrita) e/ou verbo-visual (como Libras), corporal, multimodal, artística, matemática, científica, tecnológica e digital para expressar-se e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e, com eles, produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 5. Utilizar tecnologias digitais de comunicação e informação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas do cotidiano (incluindo as escolares) ao se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas. Ciências: (EF01CI03) Discutir as razões pelas quais os hábitos de higiene do corpo (lavar as mãos antes de comer, lavar os dentes, limpar olhos, nariz e orelhas etc.) são necessários para a manutenção da saúde. História: (EF01HI05) Identificar semelhanças e diferenças entre jogos e brincadeiras atuais e de outras épocas e lugares.
Habilidades relacionadas*
Geografia: (EF01GE05) Observar e descrever ritmos naturais (dia e noite, variação de temperatura e umidade etc.) em diferentes escalas espaciais e temporais, comparando a sua realidade com outras. Língua Portuguesa: (EF01LP01) Expressar-se, em situações de intercâmbio oral, com autoconfiança (sem medo de falar em público), para explorar e apresentar informações, esclarecer dúvidas, trocar ideias, propor, criar ou engajar-se em jogo ou brincadeira. (EF01LP05) Recuperar assuntos e informações pontuais em situações de escuta formal de textos. Matemática: (EF01MA01) Utilizar números naturais como indicador de quantidade ou de ordem em diferentes situações cotidianas.
* A ênfase nas habilidades aqui relacionadas varia de acordo com o tema e as atividades desenvolvidas no projeto.
O que será desenvolvido Os alunos deverão produzir um manual ilustrado de boas práticas de higiene pessoal.
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1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia e Ciências
Materiais ● ● ● ● ● ●
Livros, revistas e jornais Giz de cera Canetinhas Cartolinas Placas de EVA brancas e vermelhas Tesoura sem ponta
Etapas do projeto Cronograma
Tempo de produção do projeto: 1 mês/ 4 semanas Número de aulas sugeridas para o desenvolvimento das propostas: 7 aulas
Aula 1: Sensibilização e apresentação do projeto Contar aos alunos sobre alguns hábitos de povos indígenas tradicionais que datam de antes da chegada dos portugueses ao Brasil (anterior a 1500), tais como: tomar banho todos os dias, lavar e cortar os cabelos e, em algumas tribos, se depilar. Para isso, utilizavam produtos vegetais naturais, como o óleo de andiroba e o extrato de pitanga, que ainda hoje são utilizados pela indústria de produtos para higiene pessoal. Tais hábitos foram transmitidos aos portugueses que, naquela época, tomavam banho apenas uma ou duas vezes por ano, e, às vezes, só por recomendação médica, pois acreditavam que adoeceriam se ficassem expostos demais à água. Após apresentar esses dados históricos, realizar uma conversa informal com os alunos sobre a importância e a necessidade de se ter uma boa higiene. Pedir que apresentem suas ideias sobre o tema. Perguntar também se eles se lembram de lavar as mãos todos os dias antes das refeições e após o banheiro, e se sabem se limpar adequadamente utilizando água e sabonete. Espera-se que a turma indique ações que promovam a higiene corporal, tais como: Escovo os dentes depois das refeições; Corto as unhas toda semana; Limpo as orelhas; Lavo os cabelos regularmente. Realizar uma atividade de forma oral e coletiva, relacionando os períodos do dia com cada tipo de hábito de higiene. Perguntar aos alunos:
1. Em quais momentos e horários do dia fazem a higiene pessoal? 2. Em que lugares fazem? As respostas podem ser sistematizadas em forma de tabela ou resumo, podendo também ser compartilhadas na lousa para que todos as escrevam no caderno, como no exemplo a seguir: 23
1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia e Ciências
TIPO DE HIGIENE
PERÍODO DO DIA
LOCAL
ESCOVAR OS DENTES.
AO ACORDAR, DEPOIS DE CADA REFEIÇÃO E ANTES DE DORMIR.
NOS BANHEIROS DE CASA E DA ESCOLA.
TOMAR BANHO.
DE MANHÃ OU APÓS CHEGAR DA ESCOLA.
NO BANHEIRO DE CASA.
CORTAR AS UNHAS.
QUANDO ESTÃO GRANDES.
EM CASA.
CORTAR OS CABELOS.
QUANDO DESEJAR OU QUANDO ESTÃO GRANDES.
CABELEREIRO OU EM CASA.
Indagar os alunos sobre as mudanças na rotina de higiene, por exemplo: quando o clima está frio ou quente, eles alteram a temperatura da água ou o horário do banho? Deixar que os alunos apresentem suas opiniões a respeito do assunto. Em seguida, apresentar a proposta de projeto sobre bons hábitos de higiene e a produção de um manual ilustrativo. É importante mostrar o cronograma com todas as etapas do trabalho.
Aula 2: Conhecendo o tema Solicitar aos alunos que se sentem em grupos e procurem em revistas imagens de produtos de higiene, com a finalidade de reconhecer os produtos que devem fazer parte do nosso dia a dia. Pedir que colem as imagens em cartolina para a produção de um cartaz que deverá ser exposto na sala. Pedir a cada grupo que apresente seus recortes colados no cartaz e que classifique o produto em: higiene bucal, higiene dos cabelos, banho e assim por diante. Perguntar aos demais alunos se concordam com a classificação de cada produto proposta pelo grupo. Isso possibilita o desenvolvimento da oralidade e da capacidade de argumentação, pois cada um terá que defender seu ponto de vista. Deixar que apresentem as opiniões livremente. Ao término das exposições das opiniões, propor um desafio aos grupos:
1. Quais são seus hábitos de higiene? Como realiza a higiene? 2. Conte qual a quantidade de ações realizadas por você durante um dia e uma noite. Para sistematizar o conhecimento, propor aos alunos que seus familiares ou responsáveis façam uma contagem dos momentos de higiene, seguindo a tabela: QUANTAS VEZES, DE DIA, EU FAÇO A: HIGIENE BUCAL
HIGIENE DAS MÃOS
HIGIENE DOS CABELOS
HIGIENE DO CORPO
QUANTAS VEZES, DE NOITE, EU FAÇO A: HIGIENE BUCAL
HIGIENE DAS MÃOS
HIGIENE DOS CABELOS
HIGIENE DO CORPO 24
1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia e Ciências
Fazer cópias do quadro-síntese proposto aos alunos e solicitar que realizem a enquete com os familiares, para que esses dados sejam utilizados nas aulas seguintes.
Aula 3: Pesquisa de dados e desenvolvimento (Parte 1) Pesquisa 1 – Higiene bucal Com os alunos sentados em roda, pedir que apresentem os dados obtidos com a pesquisa solicitada na Aula 1 e comentar quais são as melhores práticas, a fim de estimular a percepção da necessidade de uma quantidade correta de escovações dentárias ou de banhos por dia, por exemplo. Em seguida, enfatizar os cuidados bucais com as seguintes perguntas:
1. 2. 3. 4.
Por que escovam dentes? Como escovam? Quantas vezes escovam? Vocês conhecem ou já ouviram falar sobre alguma doença bucal?
Provavelmente, os alunos citarão como exemplo a cárie. Construir uma boca gigante com EVA, cujos dentes os alunos pintarão com canetinha, reconhecendo sua função de cortar e triturar os alimentos. Também é possível montar a “maquete da boca” com cartolina vermelha ou papel kraft (pintado com tinta guache vermelha), em que podem ser colados fundos de garrafa PET para representar cada dente e, depois, pintados de branco.
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REPRESENTAÇÃO DOS DENTES PARA AUXILIAR NA MONTAGEM DA MAQUETE.
Imprimir o texto a seguir e distribuí-lo aos alunos. Pedir que leiam o texto em silêncio; depois, lê-lo em voz alta para os alunos: […] OS DENTES-DE-LEITE SÃO EM NÚMERO DE 20, DEZ EM CADA ARCADA. DIVIDEM-SE EM GRUPOS E CADA GRUPO TEM SUA FINALIDADE ESPECÍFICA NA MASTIGAÇÃO. OS INCISIVOS CORTAM, OS CANINOS RASGAM E OS MOLARES TRITURAM […]. OS DENTES PERMANENTES VÃO SE FORMANDO POR BAIXO DOS TEMPORÁRIOS E, CONFORME EVOLUEM EM SUA FORMAÇÃO, REABSORVEM CONCOMITANTEMENTE AS RAÍZES DOS ANTECESSORES, ATÉ QUE ESTES CAEM E OS PERMANENTES AFLOREM […]. 25
1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia e Ciências
A DENTIÇÃO PERMANENTE INICIA COM A ERUPÇÃO DOS PRIMEIROS MOLARES, OS QUAIS SE LOCALIZAM ATRÁS DE TODOS OS DE LEITE, SEM SUBSTITUIR, PORTANTO, NENHUM TEMPORÁRIO. OS PAIS DEVEM TER CONHECIMENTO DESTE FATO – O NASCIMENTO DOS PRIMEIROS MOLARES AOS 6 ANOS – POIS É COMUM CONFUNDIREM ESTES DENTES COM DENTES-DE-LEITE, EM RAZÃO DE, AO NASCEREM, NÃO TER CAÍDO NENHUM DENTE. […] PEREIRA, Cleber Bidegain; EID, Nayene Leocádia Manzutti. A criança e os dentes. Disponível em: <https://www.abcdasaude.com.br/odontologia/a-crianca-e-os-dentes>. Acesso em: 20 dez. 2017.
Se possível, assistir ao vídeo que orienta uma escovação eficiente, disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Y7c5N498lTQ>. Acesso em: 19 dez. 2017. Utilizar a boca construída de EVA para orientar a escovação bucal, que deve ser feita pelo menos três vezes ao dia. Para finalizar a aula, propor aos alunos um desafio sobre as doenças causadas pela falta de higiene bucal:
1. ESCREVA O NOME DE PROBLEMAS BUCAIS QUE PODEM SER CAUSADOS PELA FALTA DE HIGIENE:
A) APARECE POR CAUSA DE RESTOS DE ALIMENTOS QUE FICAM NO DENTE.
DICA: 5 LETRAS. Cárie. B) TIPO DE FERIDA QUE APARECE NA BOCA, NOS LÁBIOS OU NA LÍNGUA.
1. DICA: 4 LETRAS. Afta. Pedir aos alunos que confeccionem um cartaz com colagens de revistas contendo alimentos que têm muito açúcar e devem ser evitados, como doces, chocolates e balas.
Aula 4: Pesquisa de dados e desenvolvimento (Parte 2) Solicitar aos alunos que apresentem seus cartazes sobre os alimentos que devem ser consumidos com moderação, em virtude do excesso de açúcar. Pesquisa 2 – Higiene das mãos Se possível, passar o vídeo As mãos, da dupla Patati Patatá. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=1H9dkN0T0tQ>. Acesso em: 19 dez. 2017. 26
1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia e Ciências
Discutir sobre a importância de se lavar as mãos como principal medida para evitar a transmissão de germes causadores de doenças. Explicar que uma das formas de transmissão de doenças é pelas mãos. Pedir aos alunos que conversem sobre o que é preciso fazer para evitar essa transmissão. Espera-se que respondam que é necessário sempre lavar as mãos. Demonstrar aos alunos como realizar a lavagem das mãos, levando-os ao banheiro e colocando em prática o que aprenderam. Comentar também sobre a importância de cortar as unhas para manter a higiene das mãos. Montar um cartaz explicativo sobre como deixar as mãos livres de germes, seguindo alguns passos: 1. ABRA A TORNEIRA E MOLHE AS MÃOS. 2. ENSABOE COMPLETAMENTE AS MÃOS COM SABONETE. 3. ESFREGUE TODAS AS PARTES DAS MÃOS POR 15 SEGUNDOS (CONTE ATÉ 15). 4. ENXAGUE AS MÃOS COM ÁGUA CORRENTE. 5. SEQUE BEM AS MÃOS COM UMA TOALHA LIMPA OU PAPEL-TOALHA. Para finalizar a aula, se possível, assistir ao vídeo da Galinha Pintadinha, que apresenta a importância de se lavar as mãos antes das refeições, depois de ir ao banheiro e após chegar da rua. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=CuaUuMNfJQk>. Acesso em: 19 dez. 2017.
Aula 5: Pesquisa de dados e desenvolvimento (Parte 3) Pesquisa 3 – Higiene do corpo Em roda, conversar com os alunos sobre os cuidados que devemos ter com a higiene do nosso corpo. Se possível, apresentar o vídeo Castelo Rá-Tim-Bum, Ratinho tomando banho. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=s9p9m0ebJmg>. Acesso em: 19 dez. 2017. Após o vídeo, perguntar aos alunos:
1. O QUE O RATINHO NOS ENSINOU? 2. POR QUE DEVEMOS PRATICAR BONS HÁBITOS DE HIGIENE? 3. QUAIS AS PARTES DO CORPO QUE O RATINHO LAVOU? Em seguida, cantar a seguinte canção: O SAPO NÃO LAVA O PÉ: O SAPO NÃO LAVA O PÉ NÃO LAVA PORQUE NÃO QUER ELE MORA LÁ NA LAGOA NÃO LAVA O PÉ PORQUE NÃO QUER MAS QUE CHULÉ! (Canção popular)
Após os alunos cantarem e dramatizarem a canção, pedir que respondam oralmente as seguintes perguntas: 27
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1. O QUE O SAPO NÃO LAVOU? 2. QUAL É A CONSEQUÊNCIA DE NÃO TER LAVADO O PÉ? 3. O QUE É CHULÉ? Pedir aos alunos que se sentem em duplas para realizar a atividade do texto, colocando-o na ordem correta.
O SAPO NÃO LAVA O PÉ MAS QUE CHULÉ! ELE MORA LÁ NA LAGOA NÃO LAVA O PÉ NÃO LAVA PORQUE NÃO QUER PORQUE NÃO QUER O SAPO NÃO LAVA O PÉ COLE AQUI COLE AQUI COLE AQUI COLE AQUI COLE AQUI COLE AQUI COLE AQUI Aula 6: Pesquisa de dados e desenvolvimento (Parte 4) Pesquisa 4 – Higiene dos cabelos Ler com os alunos a parlenda a seguir. Fazer a leitura incluindo as indicações dos dedos das mãos conforme a tradição. DEDO MINDINHO SEU-VIZINHO PAI DE TODOS FURA-BOLO MATA-PIOLHO (Parlenda popular)
Conversar com os alunos sobre os significados propostos na parlenda, perguntando se já usaram o dedo indicador para “furar bolo”, por exemplo. Verificar se compreendem a relação entre o dedo polegar e o nome “mata-piolho”. Explicar aos alunos que os hábitos de higiene envolvem lavar e pentear os cabelos com frequência. 28
1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia e Ciências
Pedir que se sentem em roda e perguntar se eles sabem o que é o piolho. Deixar que apresentem suas respostas. Lembrá-los da necessidade de cada um falar no seu tempo, esperar sua vez e ouvir os colegas atentamente. Levar os alunos ao laboratório de informática, para que possam procurar imagens sobre esse tipo de inseto. Orientar para que todos entendam as características e o modo de viver dos piolhos, assim como sua transmissão, prejuízos que causam ao ser humano e formas de combate. Dividir a turma em grupos e propor o desafio a seguir:
1. PREENCHA O QUADRO DE HIGIENE DE ACORDO COM AS REGRAS A SEGUIR: A) RECORTE DE REVISTAS UM PENTE, UM XAMPU E UMA ESCOVA DE CABELO. B) COLE A IMAGEM DO OBJETO NO LUGAR CORRESPONDENTE. C) ESCREVA QUANTAS LETRAS TEM CADA PALAVRA. COLE O DESENHO AQUI
PALAVRAS
QUANTAS LETRAS?
PENTE
XAMPU
ESCOVA DE CABELO
Aula 7: Relacionando falta de higiene com doenças Nesta aula, os alunos deverão compreender que a qualidade da água interfere na nossa saúde. Realizar uma pesquisa com os alunos no laboratório de informática, a fim de identificar as doenças relacionadas à água contaminada. Explicar que a falta de água potável e de coleta de esgoto propaga inúmeros tipos de doenças. Listar na lousa as ações que os alunos julgam importantes e que ajudam a prevenir as doenças relacionadas à água contaminada, por exemplo: ● Não tomar água de rios e riachos. ● Ferver a água para eliminar microrganismos. ● Lavar alimentos, como verduras, frutas e hortaliças, utilizando água tratada. Concluir que as principais doenças relacionadas à água contaminada são: diarreia, cólera, leptospirose, hepatite e esquistossomose. Explicar cada uma dessas doenças, a fim de que percebam sua gravidade. 29
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Diarreia Se a pessoa vai muitas vezes ao banheiro e as fezes saem líquidas ou muito moles, ela pode estar com diarreia. Ela pode ser provocada por micróbios presentes em comida ou água contaminada. Cólera A cólera é transmitida principalmente pela água e por alimentos contaminados. Uma vez ingerido, o vibrião instala-se no intestino do ser humano e libera uma substância tóxica que altera o funcionamento normal das células intestinais, provocando a diarreia e o vômito. Leptospirose A leptospirose é uma doença causada pela bactéria do gênero Leptospira. Transmitida pela água e por alimentos contaminados com a urina de animais, como o rato. Trata-se de uma doença que pode ser contraída após enchentes, pois nessa situação as pessoas andam sem proteção em águas contaminadas. Hepatite Trata-se de uma inflamação no fígado que pode ser provocada por vários tipos de vírus. Os sintomas são parecidos com os da gripe, aparecendo também a icterícia, que é a coloração amarelada da pele causada pelo depósito de uma substância produzida pelo fígado. Algumas formas de hepatite são transmitidas pela água e pelos alimentos contaminados por fezes, como as do tipo A e do tipo E. Esquistossomose A esquistossomose é provocada pelo esquistossomo, verme que vive nas veias do intestino e pode provocar diarreia, emagrecimento, dores na barriga, aumento do volume da barriga (barriga-d'água) e problemas em vários órgãos do corpo. Propor aos alunos a produção na cartolina de um manual ilustrado de bons hábitos de higiene. Dividir a cartolina em oito partes. Para cada uma delas, os alunos devem ilustrar um hábito de higiene. USAR O LENÇO PARA ASSOAR O NARIZ
TOMAR BANHO TODOS OS DIAS
NÃO ANDAR DESCALÇO
CORTAR AS UNHAS
ESCOVAR OS CABELOS
LAVAR AS MÃOS ANTES DE COMER
USAR ROUPAS LIMPAS
ESCOVAR OS DENTES
Por fim, apresentar aos alunos algumas curiosidades a respeito de alguns objetos relacionados à temática da higiene pessoal. 30
1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia e Ciências
Papel higiênico: antes de sua invenção, a limpeza era feita com o uso de sabugos de milho, folhas e com a mão. Em 1857, surgiu nos Estados Unidos a primeira fábrica de papel higiênico, a qual sofreu grande resistência das pessoas. Banho: antes do século XIX, os banhos não eram muito frequentes. O chuveiro foi inventado em 1867, pelo francês Merry Delabost. Privada: com modelo rudimentar, a primeira privada foi utilizada pela rainha Elizabeth I. Apenas em 1884 foi criado o modelo de privada com descarga pelo inglês George Jennings. Sabonete: por muito tempo foi considerado um artigo de luxo, tornou-se popular apenas após o início da produção industrial pelos norte-americanos. Escova de dentes: a China foi a responsável pela produção das primeiras escovas de dentes. Já as pastas dentárias, feitas de vegetais, começaram a ser utilizadas para a limpeza da boca pelos povos do Egito Antigo e da Índia. As pastas tais como as conhecemos hoje surgiram no século XX, nos Estados Unidos.
Avaliação Aulas
Proposta de avaliação
1
Avaliar a reflexão e as respostas dos alunos sobre higiene.
2
Verificar a produção do cartaz e da pesquisa sobre os hábitos de higiene.
3
Avaliar a realização dos dados da pesquisa e do desafio proposto.
4
Verificar a realização do cartaz sobre a higiene das mãos.
5
Avaliar as realizações das atividades sobre a higiene do corpo.
6
Verificar a participação nas atividades sobre a higiene dos cabelos e sobre os piolhos.
7
Verificar se o aluno relacionou a falta de higiene com o desenvolvimento de doenças.
Avaliação final Solicitar aos alunos que conversem sobre a questão do corpo, da higiene e da saúde, e que expliquem a relação que esses elementos têm entre si. Retomar esse assunto para analisar os conhecimentos adquiridos pelos alunos na realização das atividades ao longo das aulas. Pedir que contem o que aprenderam com esse projeto. Entregar uma ficha de perguntas para que os alunos verifiquem o que está de acordo com o tipo de higiene discutido até o momento. Questioná-los sobre o que podemos fazer para mantermos o corpo limpo e saudável. Para isso, propor que respondam um questionário sobre higiene corporal.
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1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia e Ciências
NOME DO ALUNO: ___________________________________________________________ FAÇA UM X NAS AÇÕES PARA MANTER O CORPO LIMPO E SAUDÁVEL, AVALIANDO SE SÃO VERDADEIRAS OU FALSAS.
VERDADEIRO
FALSO
1. DORMIR SEM ESCOVAR OS DENTES. 2. CORTAR E LIMPAR AS UNHAS. 3. LAVAR O ROSTO AO ACORDAR. 4. ANDAR DESCALÇO. 5. TOMAR BANHO DIARIAMENTE. 6. COLOCAR OBJETOS SUJOS NA BOCA. 7. PENTEAR OS CABELOS. 8. USAR ROUPAS LIMPAS. 9. LAVAR AS MÃOS APÓS IR AO BANHEIRO. 10. LAVAR AS MÃOS ANTES DAS REFEIÇÕES. 11. ESCOVAR OS DENTES APÓS AS REFEIÇÕES.
Referências complementares ● Higiene corporal. Site que apresenta informações pontuais sobre higiene corporal, pessoal e bucal. Traz também informações sobre tipos de higiene e problemas causados pela falta de higiene. Disponível em: <http://higiene-corporal.info>. Acesso em: 19 dez. 2017. ● Doenças causadas pela falta de higiene e saneamento básico. Site que apresenta informações sobre a relação direta entre falta de higiene, saneamento básico precário e proliferação de doenças, com dados estatísticos da Organização das Nações Unidas (ONU). Disponível em: <http://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/doencas-causadaspela-falta-de-higiene-e-saneamento-basico>. Acesso em: 19 dez. 2017.
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Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática
1a sequência didática: Combinando as regras Nesta sequência didática serão abordadas especificamente as questões relacionadas à convivência em sala de aula. Para isso, por meio de reflexões, discussões e debates realizados coletivamente, serão elaborados cartazes com os conjuntos de regras propostos pelos alunos para promover uma convivência harmoniosa no contexto escolar, incentivando-os a exprimir os seus pontos de vista, ouvir os dos demais e aprender a respeitá-los, quando divergentes.
Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Objetos de conhecimento
Habilidades
Objetivos de aprendizagem
Conteúdos
Constituição da identidade psicossocial, em sala de aula, por meio da oralidade Regras de convivência em sala de aula Características da conversação espontânea (EF01LP01) Expressar-se, em situações de intercâmbio oral, com autoconfiança (sem medo de falar em público), para explorar e apresentar informações, esclarecer dúvidas, trocar ideias, propor, criar ou engajar-se em jogo ou brincadeira. (EF01LP02) Escutar, com atenção e compreensão, instruções orais, acordos e combinados que organizam a convivência em sala de aula. (EF01LP03) Participar de conversação espontânea reconhecendo sua vez de falar e de escutar, respeitando os turnos de fala e utilizando fórmulas de cortesia (cumprimentos e expressões como “por favor”, “obrigado(a)”, “com licença” etc.), quando necessário. Identificar ações que podem favorecer ou prejudicar a convivência entre colegas e professores no ambiente escolar. Estimular a expressão oral dos alunos por meio das interações cotidianas em sala de aula. Incentivar os alunos a expor os seus pontos de vista e a expressar ideias em discussões sobre um determinado tema. Salientar a importância em ouvir os demais. Destacar a importância em respeitar pontos de vista diferentes. Regras de convivência em sala de aula Relacionamento interpessoal Respeito à opinião alheia
Materiais e recursos
Cartolina Fichas de autoavaliação sobre as regras de convivências estipuladas Canetas hidrográficas Fita adesiva Folhas de papel sulfite Giz de cera
Desenvolvimento
Quantidade de aulas: 2 aulas
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Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática
Aula 1 Organizar os alunos em uma roda de conversa e explicar que eles realizarão uma atividade conjunta cujo objetivo será refletir, discutir e debater o tema da convivência em sala de aula. Em seguida, dar início à conversa pedindo para que pensem sobre as razões pelas quais frequentam aquele espaço e quem o constitui a partir de questões como “Para que serve este espaço?”, “Qual é a importância dele para a nossa vida?”, “Quem são as pessoas que o frequentam?”, “Que papéis essas pessoas desempenham?” etc. Depois, considerando as respostas dos alunos a respeito, perguntar que atitudes eles acreditam que podem prejudicar o bom funcionamento deste espaço e o convívio entre as pessoas neste contexto. Neste momento, espera-se que os alunos consigam identificar que ações como as de falar ao mesmo tempo que os colegas, falar alto ou correr durante as explicações são inadequadas à sala de aula no momento da aprendizagem. Caso os alunos apresentem dificuldade para expor essas ações, partir das respostas dadas no momento anterior para formular perguntas correlacionadas, como “Conseguiremos compreender uma explicação do(a) professor(a) se os alunos falarem ao mesmo tempo que ele (ela) na sala?” etc. Em seguida, propor uma discussão conjunta para que, reconhecendo as funcionalidades e as dinâmicas da sala de aula, bem como a importância de todos que a frequentam, os alunos definam as regras para uma convivência positiva. Exemplificar os tipos de regras que podem estipular dizendo que para poderem realizar essa tarefa, por exemplo, terão de organizar as falas por ordem de manifestação de interesse, respeitando o momento reservado a cada um para expressar suas ideias. Lembrar os alunos de que as regras devem ser escritas de forma sintética e objetiva, como nos exemplos abaixo, para que todos entendam. Depois, dizer que as sugestões de regras estipuladas serão escritas em uma cartolina com letra bastão, que ficará constantemente exposta para que todos possam visualizá-la sempre que necessário. Estipular 30 minutos para a confecção do cartaz coletivo. REGRAS DE CONVIVÊNCIA
RESPEITAR OS PROFESSORES E OS COLEGAS. USAR PALAVRAS COMO “OBRIGADO(A)”, “POR FAVOR”, “COM LICENÇA” E “ME DESCULPE”. LEVANTAR O BRAÇO PARA DEMONSTRAR QUE QUER FALAR. RESPEITAR O TEMPO DE FALA DOS COLEGAS.
Após a confecção do cartaz, sugerir aos alunos que pensem individualmente sobre as regras estipuladas durante a aula e avaliem mentalmente se já seguem todas elas ou não. Em seguida, distribuir uma folha de papel sulfite, da qual conste um quadro como o do exemplo a seguir, e orientá-los a escrever o nome atrás da folha. Pedir para que ilustrem no espaço superior as atitudes que eles consideram praticar para contribuir com uma convivência harmoniosa na sala de aula e, no espaço inferior, as atitudes que ainda não praticam e/ou poderiam praticar mais. Caso os alunos tenham dificuldade em identificar as atitudes que podem ser melhoradas, sugerir que desenhem ações que consideram inadequadas para a vivência que têm na escola, como alguém pegando uma borracha sem a permissão do colega. Em seguida, promover um momento de socialização dos desenhos, destacando que, por meio da socialização, podemos adquirir outros conhecimentos.
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Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática
ATITUDES POSITIVAS QUE PRATICO
ATITUDES EM QUE POSSO MELHORAR
Para finalizar, pontuar aos alunos que vivemos em uma sociedade e que, para um convívio respeitoso entre todos, é necessário seguirmos algumas normas e regras preestabelecidas.
Avaliação A avaliação tomará como base o envolvimento dos alunos no momento da elaboração do cartaz com as regras de convivência, a fim de identificar a contribuição de cada um. Espera-se que essa primeira atividade sirva de fundamento para os alunos realizarem os seus desenhos, porque isso possibilitará que reflitam sobre suas próprias atitudes. De forma complementar, pode-se auxiliar os alunos preencher uma ficha de autoavaliação, elaborada como no exemplo a seguir, para que eles percebam se já cumprem ou não as regras de convivência estipuladas. Essa é uma forma de desenvolver autonomia e responsabilidade sobre o conteúdo aprendido. Os alunos deverão escrever os nomes nas fichas e marcar com um X a resposta mais apropriada a cada caso.
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Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática
NOME DO ALUNO: ________________________________________________________________________ AUTOAVALIAÇÃO SOBRE AS REGRAS ESTIPULADAS EM SALA DE AULA SIM, SEMPRE
ÀS VEZES
RARAMENTE
1. USO AS PALAVRAS “OBRIGADO(A)”, “POR FAVOR”, “COM LICENÇA”, “ME DESCULPE”. 2. LEVANTO O BRAÇO PARA DEMONSTRAR QUE QUERO FALAR. 3. RESPEITO O TEMPO DE FALA DOS COLEGAS.
Aula 2 Para iniciar esta aula, organizar os alunos em uma roda de conversa. Em seguida, explicar que irão falar sobre as semelhanças e as diferenças entre as pessoas. Dar início à atividade perguntando se eles já pensaram sobre aspectos em que se assemelham ou se diferem dos demais colegas de sala, como o fato de serem meninos ou meninas, mais altos ou mais baixos, gostarem de brincadeiras distintas etc. Reservar 15 minutos para que os alunos exponham aquilo que percebem em relação aos demais colegas e, ao longo da discussão, sublinhar a importância de todos apresentarem suas impressões de forma respeitosa, sublinhando que as diferenças podem e devem ser compreendidas do ponto de vista da diversidade, e não de julgamentos valorativos que podem hierarquizar e distanciar as pessoas, como “melhor” ou “pior”, “mais bonito” ou “mais feio” etc. Partindo deste momento de discussão inicial, propor que, em uma folha de papel sulfite, cada aluno faça um desenho de si próprio, no qual busque enfatizar as suas características físicas, como cor, tipo e comprimento do cabelo, cor da pele, uso de acessórios (como óculos, brincos etc.). Ao final, quando todos tiverem terminado, juntar os desenhos feitos pelos alunos e organizá-los de modo a realizar uma exposição na sala. Por fim, pedir para aos alunos que observem com atenção os desenhos expostos buscando notar semelhanças e diferenças frente aos colegas que ainda não haviam percebido. Em seguida, abrir novamente uma discussão sobre o que eles perceberam ao se desenhar e ao observar os desenhos dos colegas, questionando se é possível afirmarmos que somos unicamente iguais ou unicamente diferentes aos demais. Neste momento é importante fazê-los perceber que estes conceitos são relativos e variáveis, razões pelas quais não devem ser tomados como motivos para exclusão de pessoas, mas sim para uma melhor compreensão da diversidade em nossa sociedade. Através desta atividade espera-se que os alunos percebam que podemos nos assemelhar e nos diferenciar das mesmas pessoas a depender daquilo que tomamos como base para nos compararmos.
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Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática
Avaliação Analisar a participação dos alunos durante a exposição de suas ideias e verificar se, na ocasião, respeitaram devidamente o seu momento de fala e mantiveram-se atentos no momento da escuta. Propor que preencham uma ficha sobre seus gostos e preferências pessoais, como a sugerida abaixo, para que apresentem posteriormente à turma. Para tanto, pedir aos alunos que marquem com um X aquilo que se adapta ao que gostam ou preferem. Depois, avaliar se durante a exposição os alunos respeitaram os gostos e as preferências dos demais. NOME DO ALUNO: ________________________________________________________________________ MEUS GOSTOS E PREFERÊNCIAS VOCÊ GOSTA DE CANTAR?
SIM
NÃO
VOCÊ PREFERE COMIDA SALGADA OU DOCE?
SALGADA
DOCE
VOCÊ PREFERE DIAS QUENTES OU FRIOS?
QUENTES
FRIOS
VOCÊ GOSTA DE ACORDAR CEDO OU DE DORMIR ATÉ TARDE?
CEDO
TARDE
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Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática
2a sequência didática: Brincar, contar e recontar A sequência proposta apresentará estratégias de escuta de textos orais, assim como irá estimular a linguagem oral. O trabalho com a oralidade auxilia no desenvolvimento da competência linguística – fala e escrita –, visto que são processos interdependentes. Será proposta uma produção oral para que o aluno reconte a parlenda Cadê o toucinho. Essa atividade visa desenvolver segurança e confiança ao falar em público e garante que os alunos aprendam a respeitar os diversos modos de falar.
Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Objetos de conhecimento Habilidades
Objetivos de aprendizagem
Conteúdos
Constituição da identidade psicossocial, em sala de aula, por meio da oralidade Procedimentos de escuta de textos (EF01LP01) Expressar-se, em situações de intercâmbio oral, com autoconfiança (sem medo de falar em público), para explorar e apresentar informações, esclarecer dúvidas, trocar ideias, propor, criar ou engajar-se em jogo ou brincadeira. (EF01LP05) Recuperar assuntos e informações pontuais em situações de escuta formal de textos. Desenvolver a comunicação oral por meio da exposição de ideias. Escutar textos, a fim de desenvolver a percepção auditiva. Produzir textos orais com o propósito de organização coerente da fala e da escuta. Reconhecer parlendas como parte da tradição oral – elemento da cultura popular. Expressão oral Gênero parlenda
Materiais e recursos
Giz de cera Sulfite Tesoura de pontas arredondadas Cola Palitos de sorvete Caneta hidrocor
Desenvolvimento Quantidade de aulas: 2 aulas
Aula 1 No início da aula, dispor os alunos sentados em uma roda. Em seguida, questioná-los se conhecem as parlendas e se se lembram de alguma para dar como exemplo. Em seguida, explicar que geralmente são versos recitados em brincadeiras, pois apresentam palavras com o mesmo som final, que rimam.
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Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática
Espera-se que os alunos falem das parlendas que já utilizaram para brincar junto com familiares ou amigos, como a parlenda popular “Serra, serra, serrador. Serra o papo do vovô!”, por exemplo. Enfatizar que elas fazem parte da cultura popular brasileira e são utilizadas também para a diversão. Explicar que, como não têm um autor específico, fazem parte da tradição oral e são cantadas ou recitadas de geração em geração. Muitas vezes, o autor, ao longo do tempo, acaba sendo esquecido, ou até mesmo nunca foi conhecido. Caso os alunos apresentem dificuldade para lembrar de alguma parlenda, apresentar a sugerida a seguir e recitar junto com eles, ajudando-os a construir esse conhecimento. Antes da leitura, escrever a parlenda na lousa, para que eles possam associar a pronúncia à grafia das palavras. CADÊ O TOUCINHO QUE ESTAVA AQUI? O GATO COMEU CADÊ O GATO? FOI PRO MATO CADÊ O MATO? O FOGO QUEIMOU CADÊ O FOGO? A ÁGUA APAGOU CADÊ A ÁGUA? O BOI BEBEU CADÊ O BOI? FOI CARREGAR TRIGO. CADÊ O TRIGO? A GALINHA ESPALHOU CADÊ A GALINHA? FOI BOTAR OVO CADÊ O OVO? [...] Fonte: Disponível em: <http://portal.educacao.salvador.ba.gov.br/site/documentos/espaco-virtual/espaco-alfa betizar-letrar/lecto-escrita/publicacoes/escola-%20ativa%20-livro-%20do-aluno%20vol.%2 01.pdf>. Acesso em: 26 dez. 2017.
Logo em seguida, estipular um tempo de 10 minutos para que os alunos, em duplas, se lembrem de outras parlendas, as quais deverão apresentar à turma. Para organizar a atividade, combinar qual será a ordem das apresentações. Explicar para os alunos que as parlendas refletem o estilo local (regional) e preservam a herança cultural de uma região. Como são passadas oralmente de geração para geração, podem sofrer mudanças ao longo do tempo. Por isso, é muito comum a mesma parlenda, por exemplo, ter outras versões. Como as parlendas são textos de memória recitados ou cantados em brincadeiras, auxiliam na aquisição da linguagem. Por meio da ludicidade, o aluno desenvolve a dicção e a pronúncia das palavras.
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Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática
Para a próxima atividade, distribuir, para cada dupla, uma cópia da parlenda Cadê o toucinho dividida em versos, para que eles recortem nas linhas pontilhadas. O texto estará disposto em uma ordem diferente do que foi apresentado para os alunos. Depois de recortarem, eles terão de colar os versos da parlenda na ordem em que ela foi recitada. Estabelecer 20 minutos para a realização da atividade. RECORTE UM TRECHO DA PARLENDA CADÊ O TOUCINHO E COLE, NO CADERNO, NA ORDEM CORRETA. DEPOIS, RECITE COM A TURMA.
CADÊ O TOUCINHO FOI BOTAR OVO CADÊ A ÁGUA? O BOI BEBEU CADÊ O TRIGO? A GALINHA ESPALHOU CADÊ O BOI? CADÊ A GALINHA? FOI CARREGAR TRIGO Resposta: CADÊ A ÁGUA? O BOI BEBEU CADÊ O BOI? FOI CARREGAR TRIGO. CADÊ O TRIGO? A GALINHA ESPALHOU CADÊ A GALINHA? FOI BOTAR OVO
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Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática
Após o término da atividade, a dupla poderá conferir se a colagem está de acordo com o texto recitado, observando o texto escrito na lousa. É importante pedir aos alunos que apresentem as estratégias que utilizaram para a montagem do texto, ou seja, o que os levou a decidir por aquela ordem e não outra. Estabelecer 10 minutos para essa apresentação e combinar a ordem da apresentação das duplas, lembrando-os que devem respeitar a vez dos colegas e prestar atenção ao que está sendo exposto. Espera-se que os alunos, ao final desta aula, percebam que saber o texto de memória é um processo cognitivo que favorece a retenção e a evocação de informações, o que é fundamental para a aquisição de novos conhecimentos. É de grande importância que os alunos participem de práticas de leitura com textos que já memorizaram, pois a linguagem é simples e promove o desenvolvimento da oralidade e avanços na leitura e escrita. Com o texto na mão, sabendo-o de cor, o aluno tem o desafio de ajustar aquilo que fala àquilo que está escrito, e, com o apoio do professor, acaba por analisar o texto e buscar relações entre as letras e os sons.
Aula 2 Nesta aula, com o objetivo de que os alunos aprendam a se expressar em situações de interação com os colegas, será proposto que eles dramatizem a parlenda Cadê o toucinho, utilizando palitos de sorvete. Explicar que é importante, nas situações de intercâmbio oral, saber ouvir com atenção, demonstrar interesse por ouvir, expressar sentimentos, experiências, ideias e opiniões. Dramatizar a parlenda é uma oportunidade de desenvolver a linguagem oral e a autoconfiança ao falar em público. A seguir, tem-se uma sugestão para a realização da dramatização. Para começar, perguntar aos alunos se eles se lembram da parlenda trabalhada na aula anterior e, em seguida, recitar junto com eles. Depois, organizá-los em duplas e estabelecer 10 minutos para a discussão de como a parlenda será recontada. Os alunos poderão confeccionar os fantoches com palitos de sorvete, usando canetinhas hidrográficas e giz de cera. Cada dupla será responsável por confeccionar uma personagem ou elemento citado na parlenda. Para essa etapa, estipular mais 15 minutos. Uma sugestão para ajudar os alunos a organizar a história é escrever um roteiro na lousa, como o exemplo a seguir. Explicar a eles que o roteiro irá ajudá-los a montar a história, mas que eles têm a liberdade de criação.
ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO TEXTO ORAL QUAL SERÁ O TÍTULO DA HISTÓRIA? ONDE A HISTÓRIA IRÁ ACONTECER? QUAIS SÃO OS PERSONAGENS DA HISTÓRIA? COMO A HISTÓRIA IRÁ TERMINAR?
Para a apresentação das histórias, estabelecer 20 minutos e organizar os alunos para que assistam a ela sentados em semicírculo no chão. Ao finalizarem as apresentações, ainda sentados em semicírculo, pedir aos alunos que expliquem os motivos que os levaram a recontar a história daquela forma. Cada grupo terá de 2 a 5 minutos, por exemplo, para expor seus pensamentos. É importante que eles apresentem os motivos das escolhas que o grupo fez. Esse momento requer organização do pensamento, saber escutar e esperar a vez para falar. Espera-se que, ao final, os alunos compreendam que, não só no momento da exposição oral, mas também ao trabalhar em grupo para a realização da atividade, eles tiveram de conversar para conseguir definir como seria a história recontada e que isso faz parte da oralidade – saber se expressar, saber ouvir os outros, esperar a vez para falar. 41
Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática
Avaliação Acompanhar os avanços dos alunos ao realizar as atividades propostas sobre a linguagem oral e, durante a contação da história, verificar se o grupo conseguiu inserir novos fatos na história e como foi realizada a exposição oral. É importante verificar a participação dos alunos em situações de intercâmbio oral, com relação às competências/habilidades básicas: falar-ouvir. Com isso, espera-se que os alunos tenham aprendido a organizar as ideias para uma exposição oral e que compreendam a necessidade de aprender a ouvir. A atividade desenvolve segurança e confiança durante a exposição. Como sugestão, solicitar aos alunos que respondam a um questionário, a fim de que percebam o desenvolvimento da linguagem oral ao recontarem a história e ao apresentarem argumentos sobre as escolhas que fizeram na produção do texto oral. NOME DO ALUNO: ________________________________________________________________________ AUTOAVALIAÇÃO: EXPOSIÇÃO ORAL
SIM
NÃO
FALEI COM CLAREZA NA APRESENTAÇÃO DA HISTÓRIA. RESPEITEI MEUS AMIGOS, OUVINDO SUAS HISTÓRIAS. ORGANIZEI MINHAS IDEIAS PARA APRESENTAR OS MOTIVOS DAS ESCOLHAS DO GRUPO PARA A CRIAÇÃO DA HISTÓRIA. ESPEREI MINHA VEZ PARA FALAR.
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Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática
3a sequência didática: Trocando as sílabas! Será abordada, nesta sequência, a elaboração de um ditado silábico com palavras presentes em um texto do gênero cantiga de roda, no qual os alunos irão identificar as sílabas finais das palavras. Esse gênero auxilia o processo de consciência fonológica por ser um texto curto e rimado, que favorece a memorização das palavras. Será desenvolvida uma lista com palavras que apresentam rimas para perceber que há partes das palavras que se repetem em outras palavras.
Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Objetos de conhecimento
Habilidades
Objetivos de aprendizagem
Conteúdos
Consciência fonológica Decodificação Compreensão do sistema alfabético de escrita (EF01LP28) Comparar palavras, identificando semelhanças e diferenças entre sons de sílabas iniciais, mediais e finais. (EF01LP07) Ler palavras e pequenos textos, apoiando-se em pistas gráficas e semânticas. (EF01LP24) Reconhecer o sistema de escrita alfabética como representação dos sons da fala. Desenvolver a consciência fonológica, por meio da exploração dos sons iniciais ou finais das palavras. Reconhecer a repetição dos fonemas nas sílabas finais das palavras no verso. Rimas Ampliação de vocabulário Gênero cantiga de roda
Materiais e recursos
Papel sulfite Cola Tesoura de pontas arredondadas Cartela com sílabas para o ditado silábico Giz de cera
Desenvolvimento
Quantidade de aulas: 2 aulas
Aula 1 Para iniciar a aula, dispor os alunos em roda. Logo em seguida, explicar que nesta aula eles irão aprender um pouco mais sobre as cantigas de roda. Para isso, iniciar perguntando quais cantigas eles conhecem ou, até mesmo, se já brincaram de roda. Espera-se que os alunos se lembrem de alguma cantiga; caso isso não aconteça, apresentar Pai Francisco a eles, primeiro recitando-a, depois colocando-a na lousa. Logo em seguida, propor que todos cantem e dancem juntos, para que os alunos percebam o ritmo e as rimas. Estipular um tempo de 5 minutos, por exemplo, para esta atividade. 43
Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática
PAI FRANCISCO PAI FRANCISCO ENTROU NA RODA TOCANDO O SEU VIOLÃO DÃO RÃO RÃO DÃO DÃO [BIS] VEM DE LÁ SEU DELEGADO PAI FRANCISCO VAI PRA PRISÃO COMO ELE VEM TODO REQUEBRADO PARECE UM BONECO DESENGONÇADO. (FOLCLORE.)
Como as cantigas de roda são textos muito significativos por sua forma divertida e ritmada, e natureza essencialmente lúdica, explicar aos alunos que irão trabalhar com esse texto em várias atividades; com isso, irão reconhecer as palavras e as sílabas presentes nessa cantiga. Em seguida, voltar a atenção dos alunos para a lousa, observando a musicalidade e o ritmo do texto, e verificar se percebem que isso ocorre por causa das rimas. Algumas palavras apresentam, geralmente, uma repetição de sons na última sílaba. É importante trabalhar com rimas, porque aumentam a consciência fonológica da criança, auxiliando no processo de alfabetização. Como sugestão, solicitar que os alunos identifiquem, oralmente, as palavras que apresentam esses sons parecidos no final de cada verso, como violão, dão e prisão; delegado, requebrado e desengonçado. Nos 20 minutos seguintes, propor um ditado silábico com as palavras da cantiga trabalhada. Para isso, utilizar uma cartela, como a sugerida a seguir, para a organização do ditado, que deve funcionar como um bingo. Distribuir uma cartela para cada aluno e solicitar que recortem as sílabas nos pontilhados para, depois, montarem as palavras que serão ditadas pelo professor. Fazer uma vez, como exemplo, ditando “roda”, depois pedir a eles que encontrem as sílabas correspondentes para formar essa palavra. Lembre-se de dar um tempo após cada palavra, para que os alunos possam montá-la com as peças. Sugerimos as seguintes palavras, baseadas na cantiga, para o ditado: pai, Francisco, tocando, violão, delegado, prisão, requebrado, boneco, desengonçado. Há outras possibilidades.
DE TO CO DE PRI NE FRAN SEN CAN DO RO QUE LÃO CIS GON DO PAI GA DA CO SÃO ÇA BRA DO RE
O LE BO VI CO
Para o desenvolvimento da atividade, os alunos podem sentar em grupo, mesmo que cada um faça o seu ditado.
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Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática
Para finalizar a aula, solicitar que os alunos conversem com os familiares e descubram, juntos, outras palavras que rimam com as palavras do ditado silábico. Eles devem escrever as novas palavras na coluna indicada. Para isso, entregar uma folha, conforme o modelo a seguir, e dar um exemplo. Pedir que tragam para a próxima aula.
NOME DO ALUNO: _______________________________________________________________________ QUAL PALAVRA RIMA COM: PALAVRA DA CANÇÃO
NOVA PALAVRA PARA RIMAR
CORDA VIOLÃO DELEGADO
Esta atividade estimula a construção da escrita do aluno no início do processo de alfabetização, pois trabalha com a escrita de palavras, marcando partes que se repetem. Isso favorece a percepção de que para escrever alguns finais de rimas utilizamos as mesmas letras.
Avaliação A avaliação poderá ser realizada no decorrer do ditado silábico. Nesse momento, é importante acompanhar os alunos durante a execução, verificando se eles compreenderam as rimas e como elas são formadas. É possível verificar também os avanços que os alunos tiveram ao juntar as sílabas para formar palavras. Por fim, fazer uma discussão com os alunos perguntando se foi fácil ou não fazer essa atividade e como eles solucionaram as dificuldades.
Aula 2 Ao iniciar a aula, dispor os alunos em círculo. Depois, explicar que, nesta aula, eles irão apresentar as palavras que descobriram em casa, que rimam com corda, violão e delegado. Depois, solicitar que peguem a atividade proposta para casa. Explicar que, de acordo com a ordem combinada, cada um irá apresentar aos colegas as palavras que conseguiu encontrar juntamente com os familiares, para rimar com corda, violão e delegado. Dizer que, primeiro, todos devem ler a palavra que rima com corda para, então, passar para a próxima. Essa dinâmica favorece que os alunos percebam outras palavras que rimam com cada uma selecionada. Espera-se que os alunos consigam compreender que as palavras são formadas por sílabas, as quais podem se repetir em outras palavras. Anotar as palavras que os alunos trouxeram na lousa e grifar as sílabas finais delas com giz colorido. É importante que os alunos visualizem e identifiquem as semelhanças sonoras nas sílabas finais de cada palavra. Estipular um tempo de 15 minutos para a atividade. Pode acontecer de mais de um aluno citar a mesma palavra. Explicar que isso pode acontecer. Para sedimentar a apropriação do conteúdo, propor uma brincadeira com palavras e rimas. Para isso, confeccionar cartelas com palavras utilizadas pelos alunos em seu cotidiano. Dispor os alunos em duplas e distribuir cinco cartelas para cada uma. Explicar que eles devem tentar ler as palavras nas cartelas e, depois, cada aluno da dupla terá de fazer uma rima para a palavra lida. Explicar que a próxima etapa da brincadeira é formar um verso com a palavra lida e com a outra encontrada para rimar. Por exemplo, “O pé tem chulé”. A seguir, uma sugestão de palavras para as cartelas e possíveis palavras que rimam. 45
Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática
PÉ
CHULÉ
MEL
PASTEL
PANELA
CANELA
BANANA
BACANA
FLOR
COR
CÃO
PÃO
LAR
MAR
SETE
TROMPETE
LINHA
VIZINHA
Estipular um tempo de 15 a 20 minutos para a atividade. Espera-se que os alunos compreendam que se trata de uma brincadeira e, por isso, devem se divertir enquanto tentam encontrar uma palavra que rima com o nome escrito na cartela. Por meio da brincadeira, eles irão reconhecer o que é uma rima e associar várias palavras formadas pela mesma sílaba final, compreendendo também como é feita a formação das palavras. Esta atividade proporciona que o aluno aprenda a reconhecer as palavras que rimam e, assim, desenvolver a consciência fonológica. Ao identificar as partes que se repetem nas palavras trabalhadas, ele verifica que consegue criar novas rimas.
Avaliação Analisar, durante a realização da brincadeira, se os alunos compreenderam o que são as rimas e que elas favorecem a apropriação de outras palavras com o mesmo som final. Observar se os alunos acompanharam a proposta da brincadeira, valendo-se da participação contínua, bem como a socialização durante a atividade. Para que o aluno tenha consciência do seu processo de aprendizagem quanto ao conhecimento proposto a respeito de rimas, ele poderá responder, com a ajuda do professor, a uma autoavaliação. Veja sugestão de modelo para autoavaliação. NOME DO ALUNO: _______________________________________________________________________ AUTOAVALIAÇÃO SOBRE RIMA 1. RECONHECE AS RIMAS?
( ) SIM. ( ) NÃO.
( ) EM PROGRESSO.
2. CRIOU NOVAS RIMAS?
( ) SIM. ( ) NÃO.
( ) EM PROGRESSO.
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Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática
4a sequência didática: Aprender brincando! Nesta sequência, o aluno poderá comparar palavras com o propósito de identificar semelhanças e diferenças entre sons de sílabas iniciais, mediais e finais, usando a cantiga de roda Ciranda Cirandinha. As atividades propostas terão como objetivo desenvolver a consciência grafofonêmica e auxiliar o aluno a compreender o sistema alfabético. A partir dessa cantiga, os alunos terão a oportunidade de explorar sons finais das palavras nos versos (rimas) e comparar as palavras quanto às semelhanças e diferenças sonoras, a fim de compreender o sistema de escrita.
Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Objetos de conhecimento
Habilidades
Objetivos de aprendizagem
Conteúdos
Consciência fonológica Consciência grafofonêmica Caracterização da conversação espontânea Compreensão do sistema alfabético de escrita (EF01LP28) Comparar palavras identificando semelhanças e diferenças entre sons de sílabas iniciais, mediais e finais. (EF01LP29) Identificar fonemas e sua representação por letras, comparando unidades sonoras (palavras) com significados próprios, mas que se diferenciam por apenas um fonema/letra (como faca/vaca, mola/sola/cola/bola, mapa/mala). (EF01LP03) Participar de conversação espontânea reconhecendo sua vez de falar e de escutar, respeitando os turnos de fala e utilizando fórmulas de cortesia (cumprimentos e expressões como “por favor”, “obrigado(a)”, “com licença” etc.), quando necessário. (EF01LP24) Reconhecer o sistema de escrita alfabética como representação dos sons da fala. Desenvolver a consciência grafofonêmica. Compreender o sistema alfabético. Comparar palavras com o propósito de identificar semelhanças e diferenças entre sons de sílabas iniciais, mediais e finais. Explorar sons finais das palavras nos versos (rimas) e comparar as palavras quanto às semelhanças e diferenças sonoras. Sistema alfabético e os sons das sílabas Expressão oral Ritmos e rimas Gênero textual – Cantigas de roda
Materiais e recursos
Papel-cartão Cola Tesoura com pontas arredondadas Giz de lousa colorido
Desenvolvimento
Quantidade de aulas: 2 aulas 47
Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática
Aula 1 Nesta aula, trabalhar uma cantiga de roda para que os alunos identifiquem os sons parecidos das palavras no final de cada verso. Levantar o conhecimento prévio dos alunos sobre cantiga de roda. Perguntar se já brincaram de roda, cantando uma música que faz parte da brincadeira. Espera-se que os alunos se lembrem das brincadeiras com música, como Ciranda Cirandinha. Estipular cinco minutos para que os alunos digam de quais cantigas eles se lembram. Caso eles tenham dificuldade, perguntar se eles sabem Ciranda Cirandinha. Em seguida, propor que, de mãos dadas e em círculo, todos cantem a cantiga. CIRANDA CIRANDINHA CIRANDA, CIRANDINHA, VAMOS TODOS CIRANDAR, VAMOS DAR A MEIA-VOLTA, VOLTA E MEIA VAMOS DAR. O ANEL QUE TU ME DESTES, ERA VIDRO E SE QUEBROU, O AMOR QUE TU ME TINHAS, ERA POUCO E SE ACABOU. POR ISSO MENINA AGORA ENTRE DENTRO DESSA RODA, DIGA UM VERSO BEM BONITO, DIGA ADEUS E VÁ EMBORA. Ana Rosa Abreu et al. Alfabetização: livro do aluno. Brasília: FUNDESCOLA/SEF/MEC, 2000. n. 1, p. 64. 3 v.
Depois, pedir a cada aluno que apresente a cantiga de que se lembra. Se o aluno tiver citado mais de uma, pedir a ele que selecione uma para apresentar à classe. Reservar 10 minutos para esta atividade. Comentar que, ao final das apresentações, eles irão selecionar uma das canções apresentadas para cantar e dançar. Para organizar a atividade, solicitar aos alunos que levantem as mãos indicando que quer falar e esperem pela sua vez. Em seguida, escrever a cantiga Ciranda Cirandinha na lousa para que a turma identifique, visualmente, a cantiga de roda. Explicar aos alunos que elas são brincadeiras do universo infantil, nas quais as crianças formam uma roda de mãos dadas e cantam as composições que apresentam ritmo por causa das rimas. Depois, grifar as rimas do texto, utilizando giz de lousa colorido, de modo que se pinte cada rima com uma cor diferente, chamando a atenção do aluno para a rima e o ritmo que ela emprega à canção. Para facilitar a percepção do aluno, escrever na lousa as palavras que rimam, para que a turma possa reconhecer os sons semelhantes.
CIRANDAR DAR
QUEBROU ACABOU
AGORA EMBORA
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Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática
Após explorar as rimas encontradas na cantiga de roda, pedir aos alunos que falem outras palavras que rimem com cirandar/dar; quebrou/acabou; agora/embora. Para desenvolver a atividade, organizar os alunos em um círculo e combinar que, para falar, terão de levantar a mão e esperar a sua vez. Escrever as palavras, uma embaixo da outra, formando uma lista, para que os alunos possam visualizar as partes que se repetem. Estipular 15 minutos para o desenvolvimento da atividade. Caso os alunos tenham dificuldade, auxiliá-los, dizendo algumas palavras como: CIRANDAR DAR CANTAR BRINCAR LEMBRAR RECORTAR
QUEBROU ACABOU PASSOU FALOU FUROU DANÇOU
AGORA EMBORA AMORA HORA PANDORA SENHORA
Esta atividade com rimas auxilia no desenvolvimento da consciência fonológica e grafofonêmica e, consequentemente, na aquisição da escrita, porque favorece não apenas a percepção global do tamanho da palavra, como também a identificação de semelhanças fonológicas entre as palavras e até a segmentação de sílabas e fonemas.
Aula 2 Nesta aula, explicar aos alunos que eles irão confeccionar um jogo da memória com rimas. Essa brincadeira auxilia no desenvolvimento do raciocínio lógico, da atenção, da concentração, da memorização da ortografia das palavras e faz o aluno refletir sobre o sistema de escrita, estabelecendo relação entre a fala e a escrita. Para isso, dividir os alunos em grupos e estipular 20 minutos para a realização da atividade. Uma sugestão para o jogo é entregar uma cartela com palavras que apresentem rimas. Inclusive, podem ser as mesmas palavras utilizadas na aula anterior. Pedir aos alunos que colem a cartela em uma folha de papel-cartão para que fique mais resistente. Em seguida, os alunos terão de recortar as palavras nas linhas pontilhadas, transformando-as em peças do jogo, para, então, começar a jogar.
1. JOGO DA MEMÓRIA COM RIMAS. COLE A CARTELA NO PAPEL-CARTÃO. EM SEGUIDA, RECORTE AS PALAVRAS SEGUINDO O PONTILHADO E DIVIRTA-SE COM OS COLEGAS.
RECORTAR DANÇOU AGORA CIRANDAR PANDORA BRINCAR ACABOU AMORA PASSOU
CANTAR QUEBROU EMBORA REBOLAR SENHORA LEMBRAR PASSOU HORA FALOU
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Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática
Para que os alunos possam jogar, explicar as regras do jogo da memória. Pedir que organizem grupos com três alunos. Distribuir as peças no centro da mesa ou da roda com o lado das palavras virado para baixo. Combinar quem iniciará a partida. O primeiro jogador deverá escolher duas cartas, desvirando-as. Se essas cartas formarem um par, elas são retiradas e colocadas ao lado. Quem acertar continuará a jogada. Caso o jogador desvire duas cartas e elas não formarem pares com rima, elas são devolvidas para a mesa, no mesmo lugar em que estavam, e o próximo jogador ganhará a vez. Ganha o jogo quem tiver mais pares de carta. Esse jogo auxilia os alunos a desenvolver, de forma lúdica, a consciência fonológica e grafofonêmica no desenvolvimento da alfabetização.
Avaliação Observar, nas atividades propostas, se os alunos aprenderam a reconhecer as palavras que rimam e desenvolveram a consciência grafofonêmica, identificando que, com a troca de uma letra, há a criação de outra palavra. É importante que os alunos observem que há partes que se repetem nas palavras trabalhadas, além de verificar se conseguem criar novas rimas. NOME DO ALUNO: _________________________________________________________________________ AVALIAÇÃO SOBRE PALAVRAS COM RIMAS 1. OBSERVE A PALAVRA EM DESTAQUE E PINTE AS QUE POSSUEM O MESMO SOM FINAL. BEIJOU
CHOROU
–
FALAR
–
ANDOU
ABRAÇAR
AMAR
–
CANTAR
–
VIVER
EMBORA
HORA
–
VERDE
–
CARTOLA
Com o auxílio do professor, o aluno terá de encontrar as palavras que rimam; assim, é possível identificar se o aluno compreendeu o processo de formação da rima e ao mesmo tempo possibilita a ampliação do vocabulário. Esta é uma atividade em que o aluno tem de pensar em palavras que rimam, o que proporciona um desafio.
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Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem
Proposta de acompanhamento da aprendizagem Avaliação de Língua Portuguesa: 1o bimestre NOME: _______________________________________________________________________________________ TURMA: __________________________ DATA: ____________________________________________________
1. A PALAVRA CAPIM COMEÇA COM A SÍLABA CA. QUAL A OUTRA PALAVRA QUE TAMBÉM COMEÇA COM ESSA MESMA SÍLABA? (A) CASA. (B) MACACO. (C) BONECA. (D) FACA.
2. SE VOCÊ TROCAR A PRIMEIRA LETRA DA PALAVRA MAPA PELA LETRA C, VOCÊ DESCOBRIRÁ A PALAVRA: (A) TAPA. (B) CAPA. (C) PACA. (D) CALA.
3. LEIA O TEXTO A SEGUIR.
NO TEXTO, HÁ UMA PALAVRA PARECIDA COM GATO, MAS DIFERENTE POR CAUSA DE UMA LETRA. QUAL É ESSA PALAVRA? CADÊ O TOUCINHO QUE ESTAVA AQUI? O GATO COMEU CADÊ O GATO? FOI PRO MATO. CADÊ O MATO? O FOGO QUEIMOU CADÊ O FOGO? A ÁGUA APAGOU. (PARLENDA POPULAR.)
(A) GATO. (B) MATO. (C) FOGO. (D) ÁGUA.
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Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem
4. LEIA O TEXTO. REI CAPITÃO SOLDADO LADRÃO MOÇA BONITA DO MEU CORAÇÃO. (PARLENDA POPULAR.)
O CONJUNTO DE PALAVRAS QUE TÊM O MESMO SOM FINAL É: (A) CAPITÃO, LADRÃO, CORAÇÃO. (B) REI, CAPITÃO, SOLDADO. (C) SOLDADO, CAPITÃO. (D) BONITA, MOÇA.
5. LEIA O TEXTO. LÁ VAI A BOLA GIRAR NA RODA PASSEAR DEPRESSA E SEM DEMORA E SE NO FIM DESTA CANÇÃO VOCÊ ESTIVER COM A BOLA NA MÃO DEPRESSA PULE FORA. (FOLCLORE.)
A PALAVRA TERMINA COM O MESMO SOM DA PALAVRA DEMORA É (A) BOLA. (B) RODA. (C) FORA. (D) MÃO.
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Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem
6. A BARATINHA VOOU E CHEGOU ONDE? A BARATINHA VOOU, VOOU CHEGOU NA BOCA DE MARIA E PAROU. (PARLENDA POPULAR.)
(A) CASA. (B) JARDIM. (C) VOOU. (D) BOCA DE MARIA.
7. A TABELA A SEGUIR POSSUI AS LETRAS DO ALFABETO. PINTE OS QUADRINHOS COM AS LETRAS QUE VOCÊ USA PARA ESCREVER SEU NOME.
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
K
L
M
N
O
P
Q
R
S
T
U
V
W
X
Y
Z
ESCREVA SEU NOME: __________________________________________________________________________________________ MARQUE EM QUAIS SITUAÇÕES COSTUMAMOS USAR O NOME PRÓPRIO. (A) MESA (B) CRACHÁ (C) CADERNO (D) CASA
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Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem
8. OUÇA O TEXTO QUE O PROFESSOR IRÁ LER E COMPLETE OS QUADRINHOS PARA FORMAR DUAS PALAVRAS QUE ESTÃO NO TEXTO. OBSERVE QUE HÁ INDICAÇÃO DE ALGUMAS LETRAS.
M
A N
E
9. PODEMOS MUDAR O SIGNIFICADO DE UMA PALAVRA TROCANDO APENAS UMA DE SUAS LETRAS.
COMO POSSO TRANSFORMAR A PALAVRA MOLA, TROCANDO APENAS UMA LETRA? MOLA : __________________. LEIA O TEXTO A SEGUIR E RESPONDA ÀS QUESTÕES 10 E 11. MEIO-DIA MACACO ASSOBIA PANELA NO FOGO BARRIGA VAZIA. (PARLENDA POPULAR.)
10. O MACACO ASSOBIA, PORQUE A BARRIGA ESTÁ __________________. 11. É MEIO-DIA, POR ISSO A PANELA ESTÁ NO ________________. LEIA O TEXTO A SEGUIR E RESPONDA ÀS QUESTÕES 12 E 13. HOJE É DOMINGO PEDE CACHIMBO O CACHIMBO É DE BARRO BATE NO JARRO (FOLCLORE.)
12. AS PALAVRAS BARRO E JARRO COMEÇAM COM LETRAS IGUAIS OU DIFERENTES? _________________________________________________________________________________
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Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem
13. NO TEXTO, QUAL É O DIA DA SEMANA CITADO? ______________________________________________________________________________________________
14. LEIA O TEXTO. EU QUERIA TER AGORA UM CAVALINHO DE VENTO PARA DAR UM GALOPINHO NA ESTRADA DO PENSAMENTO. (QUADRINHA POPULAR.)
QUAIS PALAVRAS TÊM O MESMO SOM FINAL? _____________________________________________________________________________________
15. NO TEXTO A SEGUIR, MEU BEM QUER DIZER: ALECRIM VERDE, CHEIROSO NA JANELA DO MEU BEM AINDA BEM NÃO ME CASEI JÁ ME DÃO OS PARABÉNS. (QUADRINHA POPULAR.)
______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________
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Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem
Proposta de acompanhamento da aprendizagem Avaliação de Língua Portuguesa: 1o bimestre Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: ____________________________ Data: ____________________________________________________
1. A PALAVRA CAPIM COMEÇA COM A SÍLABA CA. A PALAVRA QUE TAMBÉM COMEÇA COM ESSA MESMA SÍLABA É? (A) CASA. (B) MACACO. (C) BONECA. (D) FACA. Habilidade trabalhada: (EF01LP28) Comparar palavras identificando semelhanças e diferenças entre sons de sílabas iniciais, mediais e finais. Resposta: A. A palavra que começa com a sílaba CA é casa. Distratores: A alternativa B tem a sílaba CA, mas no meio da palavra. As alternativas C e D têm a sílaba CA no final das palavras.
2. SE VOCÊ TROCAR A PRIMEIRA LETRA DA PALAVRA MAPA PELA LETRA C, VOCÊ DESCOBRIRÁ A PALAVRA: (A) TAPA. (B) CAPA. (C) PACA. (D) CALA. Habilidade trabalhada: (EF01LP29) Identificar fonemas e sua representação por letras comparando unidades sonoras (palavras) com significados próprios, mas que se diferenciam por apenas um fonema/letra (como faca/vaca, mola/sola/cola/bola, mapa/mala). Resposta: B. Espera-se que o aluno compreenda que a palavra descoberta é CAPA. Distratores: A alternativas A apresenta a mesma estrutura após a primeira letra APA, mas o enunciado da questão pede para trocar a letra inicial M por C. A alternativa C inverte as sílabas (PA-CA ao invés de CA-PA, que seria o correto). A alternativa D não apresenta a mesma sequência de letras da palavra MAPA, pois seu final é ALA e não, APA.
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Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem
3. LEIA O TEXTO A SEGUIR. NO TEXTO, HÁ UMA PALAVRA PARECIDA COM GATO, MAS DIFERENTE POR CAUSA DE UMA LETRA. QUAL É ESSA PALAVRA? CADÊ O TOUCINHO QUE ESTAVA AQUI? O GATO COMEU CADÊ O GATO? FOI PRO MATO. CADÊ O MATO? O FOGO QUEIMOU CADÊ O FOGO? A ÁGUA APAGOU. (PARLENDA POPULAR.)
(A) GATO. (B) MATO. (C) FOGO. (D) ÁGUA. Habilidade trabalhada: (EF01LP29) Identificar fonemas e sua representação por letras comparando unidades sonoras (palavras) com significados próprios, mas que se diferenciam por apenas um fonema/letra (como faca/vaca, mola/sola/cola/bola, mapa/mala). Resposta: B. A palavra que pode ser relacionada a gato é mato. Distratores: A alternativa A é a mesma palavra, o mesmo significado, não tendo nenhuma letra/fonema diferente que atribua um novo significado. Nas alternativas C e D, as palavras fogo e água, respectivamente, ficam muito distantes da palavra GATO, para podermos trocar apenas um fonema/letra e ter uma outra palavra. O aluno também pode usar como estratégia para perceber a resposta mais adequada o fato de a resposta rimar com a pergunta, o que facilita.
4. LEIA O TEXTO. REI CAPITÃO SOLDADO LADRÃO MOÇA BONITA DO MEU CORAÇÃO. (PARLENDA POPULAR.)
O CONJUNTO DE PALAVRAS QUE TÊM O MESMO SOM FINAL É: (A) CAPITÃO, LADRÃO, CORAÇÃO. (B) REI, CAPITÃO, SOLDADO. (C) SOLDADO, CAPITÃO. (D) BONITA, MOÇA. Habilidade trabalhada: (EF01LP28) Comparar palavras identificando semelhanças e diferenças entre sons de sílabas iniciais, mediais e finais. 57
Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem
Resposta: A. As palavras que têm o mesmo som final são: capitão, ladrão, coração. Distratores: As alternativas B, C e D não poderiam ser, já que as palavras rei e soldado, soldado e capitão, bonita e moça não apresentam o mesmo som final.
5. LEIA O TEXTO. LÁ VAI A BOLA GIRAR NA RODA PASSEAR DEPRESSA E SEM DEMORA E SE NO FIM DESTA CANÇÃO VOCÊ ESTIVER COM A BOLA NA MÃO DEPRESSA PULE FORA. (PARLENDA POPULAR.)
QUAL PALAVRA TERMINA COM O MESMO SOM DA PALAVRA DEMORA É (A) BOLA. (B) RODA. (C) FORA. (D) MÃO. Habilidade trabalhada: (EF01LP28) Comparar palavras identificando semelhanças e diferenças entre sons de sílabas iniciais, mediais e finais. Resposta: C. Porque a palavra FORA apresenta as mesmas unidades sonoras finais da palavra DEMORA. Distratores: As alternativas A e B apresentam as mesmas vogais da palavra DEMORA, mas não apresentam semelhança sonora com a palavra em destaque. A alternativa D não apresenta semelhança sonora com DEMORA.
6. A BARATINHA VOOU E CHEGOU ONDE? A BARATINHA VOOU, VOOU CHEGOU NA BOCA DE MARIA E PAROU. (PARLENDA POPULAR.)
(A) CASA. (B) JARDIM. (C) VOOU. (D) BOCA DE MARIA.
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Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem
Habilidade trabalhada: (EF01LP15) Reconhecer o significado de palavras conhecidas em textos. Resposta: D. Espera-se que o aluno compreenda que a baratinha voou para a boca da Maria e as outras palavras não fazem parte do texto. Distratores: As alternativas A e B são distratores, porque a palavra CASA e jardim não estão no texto. O aluno pode associar que barata (inseto) pode entrar em casa ou estar no jardim, mas no texto a barata chega na boca da Maria. A alternativa C é um distrator, porque, além de a palavra não estar no texto, ela não é um lugar. A palavra VOOU traz uma ação que a barata pode realizar.
7. A TABELA A SEGUIR POSSUI AS LETRAS DO ALFABETO. PINTE OS QUADRINHOS COM AS LETRAS QUE VOCÊ USA PARA ESCREVER SEU NOME. A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
K
L
M
N
O
P
Q
R
S
T
U
V
W
X
Y
Z ESCREVA SEU NOME: _______________________________________________________________________________________ MARQUE EM QUAIS SITUAÇÕES COSTUMAMOS USAR O NOME PRÓPRIO. (A) MESA (B) CRACHÁ (C) CADERNO (D) CASA Habilidade trabalhada: (EF01LP17) Escrever, corretamente, mesmo que de memória, o próprio nome, o nome dos pais ou responsáveis, o endereço completo, no preenchimento de dados pessoais em fichas de identificação impressas ou eletrônicas. Resposta sugerida: Espera-se que o aluno escreva seu primeiro nome utilizando as letras do alfabeto apresentado na tabela, ainda que tenha de repetir letras. Distratores: As alternativas A e D são distratores, pois são de uso social e pessoal, mas não é comum nomeá-los ou identifica-los com o nome próprio.
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Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem
8. OUÇA O TEXTO QUE O PROFESSOR IRÁ LER E COMPLETE OS QUADRINHOS PARA FORMAR DUAS PALAVRAS QUE ESTÃO NO TEXTO. OBSERVE QUE HÁ INDICAÇÃO DE ALGUMAS LETRAS. M
A N
E
Habilidade trabalhada: (EF01LP16) Escrever, espontaneamente ou por ditado, palavras e frases de forma alfabética – usando letras/grafemas que representem fonemas. Resposta sugerida: Espera-se que o aluno ouça com atenção o texto lido pelo professor e identifique as palavras que devem ser preenchidas observando as sílabas que ajudam a indicar quais são. O texto a ser lido é: MEIO-DIA MACACO ASSOBIA PANELA NO FOGO BARRIGA VAZIA. O aluno pode escrever outras palavras que comecem com PA, por exemplo, panela, fazendo o mesmo raciocínio para a sílaba MA. Reforçar que eles devem escrever as palavras de acordo com o texto e não com outras palavras que se encaixam nos quadrinhos.
9. PODEMOS MUDAR O SIGNIFICADO DE UMA PALAVRA TROCANDO APENAS UMA DE SUAS LETRAS. COMO POSSO TRANSFORMAR A PALAVRA MOLA, TROCANDO APENAS UMA LETRA? MOLA: __________________. Habilidade trabalhada: (EF01LP29) Identificar fonemas e sua representação por letras comparando unidades sonoras (palavras) com significados próprios, mas que se diferenciam por apenas um fonema/letra (como faca/vaca, mola/sola/cola/bola, mapa/mala). Resposta esperada: Espera-se que o aluno identifique outras palavras que possuem só uma letra diferente em relação à palavra MOLA, por exemplo: BOLA, GOLA, COLA, SOLA. É importante deixar o aluno explorar sua criatividade. LEIA O TEXTO A SEGUIR E RESPONDA ÀS QUESTÕES 10 E 11. MEIO-DIA MACACO ASSOBIA PANELA NO FOGO BARRIGA VAZIA. (FOLCLORE.)
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Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem
10. O MACACO ASSOBIA, PORQUE A BARRIGA ESTÁ __________________. Habilidade trabalhada: (EF01LP15) Reconhecer o significado de palavras conhecidas em textos. Resposta sugerida: VAZIA. Espera-se que o aluno identifique a palavra vazia, associando-a à palavra barriga e meio-dia, referindo-se ao momento da refeição. Deixar que o aluno tente preencher um texto com lacuna é fazer que o aluno participe ativamente da leitura.
11. É MEIO-DIA, POR ISSO A PANELA ESTÁ NO ________________. Habilidade trabalhada: (EF01LP18) Copiar textos breves, mantendo suas características e voltando para o texto sempre que tiver dúvidas sobre sua distribuição gráfica, espaçamento entre as palavras, escrita das palavras e pontuação. Resposta sugerida: FOGO. Espera-se que o aluno recupere a informação no texto sobre colocar a panela no fogo para fazer comida e que o horário (meio-dia) é o período em que as pessoas, geralmente, fazem uma refeição (almoçam). LEIA O TEXTO A SEGUIR E RESPONDA ÀS QUESTÕES 12 E 13. HOJE É DOMINGO PEDE CACHIMBO O CACHIMBO É DE BARRO BATE NO JARRO (FOLCLORE.)
12. AS PALAVRAS BARRO E JARRO COMEÇAM COM LETRAS IGUAIS OU DIFERENTES? _________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF01LP28) Comparar palavras identificando semelhanças e diferenças entre sons de sílabas iniciais, mediais e finais. (EF01LP29) Identificar fonemas e sua representação por letras comparando unidades sonoras (palavras) com significados próprios, mas que se diferenciam por apenas um fonema/letra (como faca/vaca, mola/sola/cola/bola, mapa/mala). Resposta esperada: Espera-se que o aluno, ao comparar as duas palavras, identifique as letras iniciais diferentes nas duas palavras e que reconheça que o som também é diferente, não apenas o traço gráfico. Nesta questão, pode-se explorar a sequência das letras iguais e que no texto formam rima pela disposição no texto.
13. NO TEXTO, QUAL É O DIA DA SEMANA CITADO? ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF01LP18) Copiar textos breves, mantendo suas características e voltando para o texto sempre que tiver dúvidas sobre sua distribuição gráfica, espaçamento entre as palavras, escrita das palavras e pontuação.
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Resposta esperada: Espera-se que o aluno identifique o dia da semana, domingo, identificando as informações pertencentes ao texto dessa linha, o espaçamento entre as palavras e sua escrita.
14. LEIA O TEXTO ABAIXO. EU QUERIA TER AGORA UM CAVALINHO DE VENTO PARA DAR UM GALOPINHO NA ESTRADA DO PENSAMENTO. (QUADRINHA POPULAR.)
QUAIS PALAVRAS TÊM O MESMO SOM FINAL? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF01LP28) Comparar palavras identificando semelhanças e diferenças entre sons de sílabas iniciais, mediais e finais. Resposta esperada: Espera-se que o aluno identifique as palavras VENTO/PENSAMENTO, porque o final das palavras apresenta a mesma sequência sonora -ENTO e constitui uma rima. Outra sugestão de resposta são as palavras CAVALINHO/GALOPINHO, que não estão no final do verso, mas também apresentam o mesmo som final -INHO.
15. NO TEXTO A SEGUIR, MEU BEM QUER DIZER: ALECRIM VERDE, CHEIROSO NA JANELA DO MEU BEM AINDA BEM NÃO ME CASEI JÁ ME DÃO OS PARABÉNS. (QUADRINHA POPULAR.)
______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF01LP15) Reconhecer o significado de palavras conhecidas em textos. Resposta sugerida: Espera-se que o aluno compreenda que a expressão “MEU BEM” no texto refere-se a uma pessoa querida, a quem se quer bem. O aluno pode chegar à interpretação de bem-estar se pensar isoladamente. Por isso, é importante assegurar o sentido da palavra no texto.
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Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem
Ficha de acompanhamento das aprendizagens Esta ficha de acompanhamento sugerida é apenas uma possibilidade. É importante ter em mente que a avaliação não deve ser entendida como um fim em si mesma, mas como uma ferramenta a serviço de uma compreensão dos avanços e das necessidades de cada aluno, respeitando o período de aprendizagem de cada um. Legenda Total = TT
Em evolução = EE
Não desenvolvida = ND
Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: _________________________________ Data: ______________________________________________ Questão
Habilidades
TT
EE
ND
(EF01LP28) Comparar palavras identificando semelhanças e diferenças entre sons de sílabas iniciais, mediais e finais.
Identifica os sons e as sílabas iniciais que são semelhantes por meio da comparação entre as palavras. Troca-se a letra inicial da palavra mapa, por C e localizou CAPA.
Identifica os sons e as sílabas, mas não tem clareza se são iniciais, mediais ou finais.
Não identifica os sons e as sílabas.
Assinala-se TAPA, pois demonstrou compreender que uma parte da palavra não modifica, mas não percebeu o comando de trocar por C. Consegue identificar que precisa mudar a letra para produzir um novo fonema, mas não identifica qual.
Não consegue fazer a troca da letra inicial M para produzir CAPA.
Não identifica palavras que apresentam o mesmo som final ÃO. Não semelhança s sonoras entre as palavras DEMORA/
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(EF01LP29) Identificar fonemas e sua representação por letras comparando unidades sonoras (palavras) com significados próprios, mas que se diferenciam por apenas um fonema/letra (como faca/vaca, mola/sola/cola/bola, mapa/mala). (EF01LP29) Identificar fonemas e sua representação por letras comparando unidades sonoras (palavras) com significados próprios, mas que se diferenciam por apenas um fonema/letra (como faca/vaca, mola/sola/cola/bola, mapa/mala). (EF01LP28) Comparar palavras identificando semelhanças e diferenças entre sons de sílabas iniciais, mediais e finais.
Troca-se a letra inicial da palavra gato, por M e localizou MATO.
Compara as palavras e identifica o som final ÃO nas palavras.
Identifica duas palavras que apresentam o mesmo som final ÃO.
(EF01LP28) Comparar palavras identificando semelhanças e diferenças entre sons de sílabas iniciais, mediais e finais.
Compara as palavras e identifica semelhança entre os sons finais
Reconhece parcialmente sons, identificando a sonoridade das vogais
Anotações
Não consegue fazer a troca da letra inicial G por M para produzir MATO.
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Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem das palavras demora e fora.
(EF01LP15) Reconhecer o significado de palavras conhecidas em textos.
Localiza no texto o local onde a barata parou: BOCA da Maria.
(EF01LP17) Escrever, corretamente, mesmo que de memória, o próprio nome, o nome dos pais ou responsáveis, o endereço completo, no preenchimento de dados pessoais em fichas de identificação impressas ou eletrônicas.
Identifica de memória as letras do nome e escreve as letras na sequência correta.
(EF01LP16) Escrever, espontaneamente ou por ditado, palavras e frases de forma alfabética – usando letras/grafemas que representem fonemas.
Escreve as duas palavras após a leitura do professor.
(EF01LP29) Identificar fonemas e sua representação por letras comparando unidades sonoras (palavras) com significados próprios, mas que se diferenciam por apenas um fonema/letra (como faca/vaca, mola/sola/cola/bola, mapa/mala). (EF01LP15) Reconhecer o significado de palavras conhecidas em textos.
Localiza a palavra que rima com MOLA.
Identifica palavras com M, mas que não rimam com MOLA.
Compreende que o macaco está com a barriga vazia quando assobia.
(EF01LP18) Copiar textos breves, mantendo suas características e voltando para o texto sempre que tiver dúvidas sobre sua distribuição gráfica, espaçamento entre as palavras, escrita das palavras e pontuação.
Localiza no texto a palavra FOGO. Uma pista seria a palavra meio-dia, em que se pode inferir pelo horário que, geralmente, as pessoas preparam suas
Identifica alguma palavra que aparece no texto, mas não associa ao enunciado da questão. Identifica a palavra FOGO com a mediação do professor.
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O/A, na sequência. Ainda que não formem rima com a palavra DEMORA, mas o som é muito próximo com BOLA/ RODA. Sinaliza a palavra VOOU, ainda que não seja a resposta, mas a palavra aparece no texto. Identifica parcialmente as letras do nome ou identifica as letras do nome, mas não escreve na sequência correta. Escreve uma palavra.
FORA.
Não localiza o lugar onde a barata chegou.
Não identifica nenhuma letra do nome.
Não escreve as palavras ou escreve palavras diferentes das lidas pelo professor. Não compreende a rima da palavra MOLA e não identifica a sonoridade OLA. Não associa informações do texto e nem do enunciado.
Não localiza a palavra FOGO.
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Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem
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(EF01LP28) Comparar palavras identificando semelhanças e diferenças entre sons de sílabas iniciais, mediais e finais. (EF01LP29) Identificar fonemas e sua representação por letras comparando unidades sonoras (palavras) com significados próprios, mas que se diferenciam por apenas um fonema/letra (como faca/vaca, mola/sola/cola/bola, mapa/mala).
(EF01LP18) Copiar textos breves, mantendo suas características e voltando para o texto sempre que tiver dúvidas sobre sua distribuição gráfica, espaçamento entre as palavras, escrita das palavras e pontuação.
Localiza no texto o dia da semana, DOMINGO, e copia a linha inteira.
(EF01LP28) Comparar palavras identificando semelhanças e diferenças entre sons de sílabas iniciais, mediais e finais.
Reconhece os sons semelhantes de sílabas finais ao comparar as palavras. Vento/ pensamento; Cavalinho/ galopinho.
(EF01LP15) Reconhecer o significado de palavras conhecidas em textos.
Compreende o significado da expressão MEU BEM no texto.
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refeições. Comparar palavras e identificar a semelhança sonora entre as palavras no final da sílaba. Identificar a semelhança sonora entre as palavras e diferenciá-la s por um fonema.
Identificar a semelhança sonora entre as palavras no final da sílaba, mas não localiza o fonema diferente. Ou localiza o fonema diferente, mas não identificar a semelhança sonora entre as palavras no final da sílaba. Localiza no texto o dia da semana, DOMINGO, copiando apenas a palavra. Reconhece os sons semelhantes de sílabas finais das palavras: vento/ pensamento, mas não identificam cavalinho/ galopinho. Ou reconhecem cavalinho/ galopinho e não identificam vento/ pensamento. Associa a expressão MEU BEM a outros significados, mas não compreende o significado no texto. Ou compreende o sentido da expressão no texto com a ajuda do professor.
Não identificar a semelhança sonora entre as palavras no final da sílaba e nem localiza o fonema diferente.
Não localiza o dia da semana, DOMINGO e, portanto, não copia nenhuma informação. Não reconhece os sons semelhantes de sílabas finais ao comparar as palavras.
Não compreende o significado da expressão MEU BEM no texto.
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Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem
Ficha de acompanhamento individual "A ficha de Acompanhamento Individual é um instrumento de registro onde podemos verificar e avaliar de forma individual, contínua e diária, a evolução da aprendizagem. Ela serve para que nós, professores, possamos acompanhar o progresso de cada um de nossos alunos." Programa de Apoio a Leitura e Escrita: PRALER. Caderno de Teoria e Prática 6 - Avaliação e projetos na sala de aula. Brasília: FNDE/MEC, 2007. p. 20.
Total = TT
Legenda Não desenvolvida = ND
Em evolução = EE
Não observada = NO
Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: _________________________________ Data: ______________________________________________ Data
Habilidade
TT
EE
ND
NO
Anotações
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