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Língua Portuguesa ANGÉLICA ALVES PRADO DEMASI CRISTINA TIBIRIÇÁ HÜLLE

2 COMPONENTE CURRICULAR: LÍNGUA PORTUGUESA

2O. ANO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS

MANUAL DO PROFESSOR MATERIAL DIGITAL

São Paulo | 1a. edição | 2018



Conectados Língua Portuguesa – 2o ano (Ensino Fundamental – Anos iniciais) Copyright © Angélica Alves Prado Demasi, Cristina Tibiriçá Hülle, 2018

Diretor editorial Lauri Cericato Gerente editorial Silvana Rossi Júlio

Editora Natalia Taccetti Equipe de edição Ofício do Texto Projetos Editoriais Gerente de produção editorial Mariana Milani

Coordenador de produção editorial Marcelo Henrique Ferreira Fontes

Gerente de arte Ricardo Borges

Coordenadora de ilustrações e cartografia Marcia Berne Coordenadora de preparação e revisão Lilian Semenichin

Supervisora de iconografia e licenciamento de textos Elaine Bueno

Supervisora de arquivos de segurança Silvia Regina E. Almeida

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Demasi, Angélica Alves Prado Conectados língua portuguesa, 2o ano : componente curricular língua portuguesa : ensino fundamental, anos iniciais / Angélica Alves Prado Demasi, Cristina Tibiriçá Hülle. — 1. ed. — São Paulo : FTD, 2018. ISBN 978-85-96-01270-6 (aluno) ISBN 978-85-96-01271-3 (professor) 1. Português (Ensino fundamental) I. Hülle, Cristina Tibiriçá. II. Título. 17-11524 CDD-372.6 Índices para catálogo sistemático: 1. Português : Ensino fundamental 372.6

EDITORA FTD. Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br

Material disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons – Atribuição não comercial (CC BY NC – 4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros.


Sumário Apresentação ........................................................................................................ 4 1o bimestre Plano de desenvolvimento: Leituras e rimas ................................................................... 15 Projeto integrador: Livro de receitas ................................................................................ 19 1a sequência didática: Sílabas e palavras ........................................................................ 26 2a sequência didática: Vamos rimar? ............................................................................... 31 3a sequência didática: Ler, ouvir e produzir ..................................................................... 37 4a sequência didática: Salada de frutas ........................................................................... 43 Proposta de acompanhamento da aprendizagem .......................................................... 48

2o bimestre Plano de desenvolvimento: Lenda e cartaz ..................................................................... 67 Projeto integrador: Como eu uso a água?........................................................................ 71 1a sequência didática: Leitura de conto ........................................................................... 79 2a sequência didática: Ler e escrever............................................................................... 84 3a sequência didática: Lenda ............................................................................................ 89 4a sequência didática: Cartaz ........................................................................................... 96 Proposta de acompanhamento da aprendizagem ........................................................ 102

3o bimestre Plano de desenvolvimento: Fábulas e cartas ................................................................ 119 Projeto integrador: O corpo e os movimentos ............................................................... 123 1a sequência didática: Cartas ......................................................................................... 131 2a sequência didática: Escrevendo um bilhete .............................................................. 137 3a sequência didática: Fábulas ....................................................................................... 142 4a sequência didática: Fábulas e marcas nasais .......................................................... 147 Proposta de acompanhamento da aprendizagem ........................................................ 152

4o bimestre Plano de desenvolvimento: História em quadrinhos e conto maravilhoso.................. 166 Projeto integrador: As estrelas que desenham o céu ................................................... 170 1a sequência didática: Onomatopeias e histórias em quadrinhos ............................... 178 2a sequência didática: Histórias em quadrinhos – produções ..................................... 185 3a sequência didática: Conto maravilhoso .................................................................... 189 4a sequência didática: Conto e atividades ..................................................................... 195 Proposta de acompanhamento da aprendizagem ........................................................ 199


Língua Portuguesa – Apresentação

Apresentação No texto a seguir, apresentamos a organização do Manual do Professor – Material Digital, identificando cada tipo de documento disponibilizado e explicando sua função e ordenação, bem como sua relação com a terceira versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Em seguida, justificamos as escolhas de conteúdo e a organização do material a partir da proposta pedagógica da coleção, mais uma vez explicitando sua relação com a BNCC.

Organização deste Material Digital O Material Digital desta Coleção de Português está organizado em bimestres. Cada um deles contém o material relacionado a seguir, que visa complementar o conteúdo proposto no livro didático impresso, oferecendo outras possibilidades de atuação ao professor em sua prática educacional. Na sequência, serão abordados, individualmente, os documentos, com o objetivo de explorar suas características e funções, bem como relacioná-los à terceira versão da Base Nacional Comum Curricular. É importante salientar que todas as propostas contidas neste material são sugestões, que poderão ser adaptadas às diversas realidades escolares e aos propósitos educacionais dos docentes. A composição do material consiste em:  Plano de desenvolvimento;  Projeto integrador;  Sequência didática;  Proposta de acompanhamento da aprendizagem.

Plano de desenvolvimento O Plano de desenvolvimento apresenta conteúdos, habilidades e metodologias a serem empregados no bimestre; para isso, o documento oferece ao professor informações úteis, que são divididas em: Objetos de conhecimento; Habilidades (baseadas na terceira versão da BNCC); Relações com a prática didático-pedagógica; Práticas em sala de aula; e Foco. Tal compilação resulta em um documento com o propósito de contribuir para melhores práticas do professor. Logo no início, há a tabela com os Objetos do conhecimento e as Habilidades, distribuídos tal qual se apresentam na terceira versão da Base Nacional Comum Curricular, na seção de Língua Portuguesa, bem como a Relação com a prática didático-pedagógica. Na seção Práticas em sala de aula, procuramos sugerir atividades que podem ser recorrentes na sala de aula, fornecer orientações adicionais acerca da organização dos alunos no dia a dia, orientar o professor em relação à abordagem das habilidades durante o bimestre e, por fim, aos conhecimentos essenciais esperados ao final do bimestre. Com isso, o professor tem uma diretriz, ou seja, um panorama das habilidades esperadas que os alunos tenham desenvolvido ao final daquele bimestre. Como uma subseção, apresentamos a seção Foco, na qual há sugestões ao professor quanto ao acompanhamento regular das aprendizagens dos alunos ou como solucionar possíveis dúvidas ou dificuldades em relação a algum conteúdo ou situação de sala de aula. 4


Língua Portuguesa – Apresentação

Ao final, propomos o Para saber mais com indicações de sites, vídeos, filmes, revistas, entre outras publicações associadas a algum conteúdo abordado no decorrer do bimestre ou sugestão de gerenciamento de classe, por exemplo. Com esse conteúdo, esperamos que as sugestões sejam interessantes e que possam agregar ideias à prática do professor em sala de aula.

Sequência didática Outro tópico do Plano de desenvolvimento é a Sequência didática, que oferece práticas complementares às do material impresso, relacionando conteúdos desenvolvidos no livro impresso a algumas habilidades e competências explicitadas na terceira versão da Base Nacional Comum Curricular. Divididas em aulas, as sequências poderão ser adaptadas, dependendo do desenrolar das atividades em cada realidade escolar. Portanto, o professor tem a liberdade de trabalhar a ideia sugerida de acordo com a sua turma e a sua região, bem como a organização quanto ao seu desenvolvimento e distribuição do tempo necessário para a execução da proposta de atividades indicadas, embora haja sugestões no desenvolvimento das aulas. Em sequência de aulas, há procedimentos de abordagem do tema, contemplando tanto gêneros diversos quanto ilustrações relacionadas ao conteúdo estudado, para atingir os objetivos e desenvolver as habilidades propostas. Também em cada Sequência didática sugere-se, no mínimo, uma avaliação, pela qual o professor poderá medir os avanços obtidos pelos alunos, se alcançaram o objetivo relacionado ao desenvolvimento da(s) habilidade(s) proposta(s). Os tópicos Para trabalhar dúvidas e Ampliação também estão presentes em muitas das sequências didáticas e buscam oferecer outras possibilidades para a superação de uma possível dificuldade dos alunos ou para a ampliação de uma temática.

Proposta de acompanhamento da aprendizagem Outro documento abordado é a Proposta de acompanhamento da aprendizagem, que visa identificar individualmente se foram alcançados os objetivos previstos no bimestre. Esse documento apresenta duas versões: a primeira, para o aluno, possibilita que o professor, se assim desejar, imprima as questões como são sugeridas e as entregue para os alunos responderem; a segunda versão, para o professor, apresenta respostas e comentários. No texto direcionado ao professor, há orientações que incluem não apenas as sugestões de respostas, mas também as explicações adicionais, como evidenciar a habilidade da terceira versão da Base Nacional Comum Curricular, que pode ser desenvolvida naquela questão, por exemplo. Ao final, há uma Ficha de acompanhamento de aprendizagem, que inclui as habilidades trabalhadas nas questões da Proposta, bem como a identificação do nível de compreensão para cada questão. Na sequência, apresentamos um modelo de Ficha de acompanhamento individual, estruturada para ser preenchida pelo professor, elencando os avanços e os desafios de seus alunos, caso a caso.

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Língua Portuguesa – Apresentação

Projeto integrador Uma das formas mais eficazes de ação interdisciplinar no contexto escolar é a realização de projetos. Segundo Fazenda (2001), a interdisciplinaridade concretiza-se na busca de respostas ou durante a realização de pesquisas. Os Projetos integradores consistem no planejamento e na execução de ações que integram diferentes componentes curriculares e áreas do conhecimento, de modo aplicado ao contexto dos alunos em suas comunidades. Desse modo, a aprendizagem torna-se vivencial e, por isso, mais significativa, verdadeira e interessante. O Projeto integrador objetiva proporcionar a interdisciplinaridade e a contextualização dos assuntos propostos, por meio da conexão entre as disciplinas estabelecidas ao início do documento. A interdisciplinaridade é a interação entre duas ou mais disciplinas, que pode ir desde a simples comunicação de ideias até a integração recíproca dos conceitos fundamentais e da teoria do conhecimento, da metodologia e dos dados de pesquisa. [...] ZABALA, A. (Org.). A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2010. p. 143.

Diante disso, o Projeto integrador vem ao encontro da ideia de realizar conexões entre as disciplinas, proporcionando ao aluno um enriquecimento do conteúdo exposto, motivando-os a participar do processo de aprendizagem e estabelecer mais relações com os temas estudados. Neste Material Digital, há um projeto integrador por bimestre. A duração de cada um varia de acordo com a proposta desenvolvida, mas todos apresentam a mesma estrutura: justificativa, objetivos, competências e habilidades da terceira versão da BNCC, materiais utilizados, propostas de avaliação de aprendizagem (incluindo a Autoavaliação), cronograma, produtos a serem desenvolvidos e, ainda, materiais de consulta adicionais. Conforme descrito na introdução deste texto acerca da organização do material, tratamos de explanar até aqui quais são as características principais de cada documento que compõe o Material Digital. Em síntese, para cada bimestre, temos o Plano de desenvolvimento, funcionando como um documento norteador dos principais temas propostos no livro impresso, e a ele estão atrelados todos os outros documentos, ou seja, com base no Plano são extraídos os conhecimentos e as competências, os conteúdos, a relação com a prática didático-pedagógica, que serão desenvolvidos nas Sequências didáticas, bem como na Proposta de aprendizagem e no Projeto integrador.

A proposta pedagógica da coleção O Material Digital tem um caráter complementar ao livro impresso. Portanto, será possível encontrar caminhos alternativos para a exploração dos conteúdos tratados em cada disciplina, favorecendo o desenvolvimento realizado na Educação Infantil, nas habilidades e competências estabelecidas nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, dispostos na terceira versão da Base Nacional Comum Curricular. Vale lembrar que os conteúdos propostos, bem como as atividades e avaliações disponibilizadas na coleção, são sugestões, que poderão ser adaptadas, conforme a realidade de seus alunos. Assim, ressaltamos que o professor tem total liberdade para realizar as adequações que considerar necessárias para aproximar o material aos seus propósitos educacionais.

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Para dar início às propostas pedagógicas presentes na coleção, faz-se necessário mencionar as Competências específicas de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental, extraídas da terceira versão da Base Nacional Comum Curricular, conforme segue: 1. Reconhecer a língua como meio de construção de identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem. 2. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso. 3. Demonstrar atitude respeitosa diante de variedades linguísticas, rejeitando preconceitos linguísticos. 4. Valorizar a escrita como bem cultural da humanidade. 5. Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de linguagem adequado à situação comunicativa, ao interlocutor e ao gênero textual. 6. Analisar argumentos e opiniões manifestados em interações sociais e nos meios de comunicação, posicionando-se criticamente em relação a conteúdos discriminatórios que ferem direitos humanos e ambientais. 7. Reconhecer o texto como lugar de manifestação de valores e ideologias. 8. Selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com objetivos e interesses pessoais (estudo, formação pessoal, entretenimento, pesquisa, trabalho etc.). 9. Ler textos que circulam no contexto escolar e no meio social com compreensão, autonomia, fluência e criticidade. 10. Valorizar a literatura e outras manifestações culturais como formas de compreensão do mundo e de si mesmo. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017. p. 66.

Distribuídas em eixos, as competências são organizadas em: Oralidade; Conhecimentos linguísticos e gramaticais; Leitura; Escrita e Educação literária, proporcionando o desenvolvimento de cada habilidade proposta nos eixos por meio de diferentes procedimentos e estratégias para aprendizagem. A seguir, apresentamos a proposta pedagógica da coleção, com destaque para o conhecimento e ensino transmitidos, para a organização dos conteúdos e para as formas de avaliação. [...] para ser considerado competente em Língua Portuguesa, o aluno precisa dominar habilidades que o capacitem a viver em sociedade, atuando, de maneira adequada e relevante, nas mais diversas situações sociais de comunicação. Para tanto, o aluno precisa saber interagir verbalmente, isto é, precisa ser capaz de compreender e participar de um diálogo ou de uma conversa, de produzir textos escritos, dos diversos gêneros que circulam socialmente. BRASIL. Ministério da Educação. PDE: Plano de Desenvolvimento da Educação: Prova Brasil: Ensino Fundamental: matrizes de referência, tópicos e descritores. Brasília: MEC, SEB; Inep, 2008. p. 19.

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A oralidade O ser competente na própria língua perpassa também a oralidade, a qual pode ser trabalhada em atividades em sala de aula para que o aluno esteja preparado às mais variadas situações em que tenha de se expressar em público. Assim, ele terá de perceber o contexto em que a interação acontece para adequar seu discurso ao público e escolher o registro que irá usar, a postura que terá e o gênero mais apropriado para a ocasião. Para alcançar isso, as práticas comunicativas em sala de aula podem proporcionar o desenvolvimento de estratégias para que o aluno utilize também em situações fora da escola. Outro ponto importante é que as atividades que envolvam a oralidade façam sentido aos interlocutores. Em virtude disso, nos anos iniciais, as práticas orais têm de ser significativas para os alunos, levando-os a compreender e produzir textos orais que estejam relacionados não somente ao contexto, mas também aos aspectos linguísticos e não linguísticos, como, por exemplo, entonação, dicção, ritmo, gesto e postura. Expressar suas próprias opiniões ao discutir um assunto em sala de aula, levantar hipóteses sobre o tema tratado, ou, ainda, identificar o momento de ouvir o colega, respeitando não somente a vez dele como também sua opinião são habilidades a serem desenvolvidas durante o ano. Os combinados da sala feitos logo nos primeiros dias também incentivam os alunos a colaborar nos momentos em que estão trabalhando a oralidade e a organizarem suas interações.

A produção escrita A proposta da coleção abrange, para a produção escrita, o uso de diferentes categorias didáticas, como reproduções e escrita de textos em conformidade com o gênero trabalhado, levando os alunos a refletir sobre as regularidades da língua. Durante a produção textual, os alunos são levados a refletir sobre a situação comunicativa, os interlocutores, a finalidade do texto, o suporte, a circulação, a linguagem, na organização, a estrutura, o tema e o assunto determinado para desenvolverem o texto. Trabalhar com os diferentes gêneros textuais possibilita aos alunos a percepção da estrutura de cada um, bem como os elementos que os caracterizam e a função social de cada um, entendendo sua finalidade. É importante considerar que os processos que envolvem escrita, planejamento, revisão, reescrita e edição acontecem sucessiva e concomitantemente à produção textual e buscam aprimorar as diversas versões de escrita e reescrita, considerando que, ao reler um texto autoral, o aluno tem condições de fazer recortes, incluir ou excluir informações, realizar correções e/ou modificações necessárias para torna-lo o mais claro possível. Para tanto, o acompanhamento do professor no processo de desenvolvimento das capacidades linguísticas dos alunos é essencial para orientá-los e esclarecer as dúvidas durante as atividades.

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A revisão, procedimento de autoria por excelência, reúne as ferramentas mais valiosas para a atividade de escrita porque obriga o escritor a observar a forma, aprender a buscar uma estética que responda melhor aos seus objetivos, a moldar o seu texto experimentando diferentes recursos, a manipular o signo e a conhece-lo melhor. A revisão ensina o escritor a compreender que um texto é uma construção complexa porque envolve todo o conhecimento de que dispõe. FORTUNATO, M. V. Procedimentos de autoria. In: ______. Autoria e aprendizagem da escrita. 2009. fls. 130-148. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009. p.145. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde02092009142512/ptbr.php>. Acesso em: 14 nov. 2017.

A compreensão leitora Com relação à prática de leitura, enfatizamos que os contextos sociais, nos quais a leitura se faz necessária em nosso dia a dia, são variados. Por uma infinidade de razões, realizamos leituras o tempo todo: o letreiro de um ônibus, os preços e a validade de determinados produtos, o manual de um equipamento, a manchete do jornal, o capítulo antecipado da novela (na revista ou on-line), um bilhete deixado por alguém, um e-mail, um recado em páginas sociais, uma crônica, uma poesia, um romance, uma letra de música, a sinopse de um filme ou de uma peça teatral, o resultado do jogo, um contrato, uma proposta política, a bula de um medicamento, o extrato bancário, entre tantas outras possibilidades. Ao refletir sobre a multiplicidade de usos da leitura em nosso cotidiano, faz-se necessário considerar o quão fundamental é o papel do professor no estímulo à leitura. “Como mediador, o docente deve colocar-se tal qual um facilitador” (MASETTO, 2010, p. 43), incentivando a prática da leitura, buscando alternativas diversificadas, num processo de continuidade e recriação de estratégias funcionais que valorizem a interação autor-leitor. No processamento textual, o leitor utiliza várias estratégias simultaneamente, ou seja, vários passos para conseguir interpretar o texto, ativando os três grandes sistemas do conhecimento, como mencionado por Koch (ELIAS e KOCH, 2015, p. 40): conhecimento linguístico, conhecimento enciclopédico e conhecimento interacional. O primeiro envolve o conhecimento gramatical e linguístico; o segundo são os conhecimentos gerais, os quais são adquiridos pela nossa experiência e convívio em sociedade; o último é como ocorre a interação por meio da linguagem. Para ampliar nosso conhecimento de mundo, o contato com diversos gêneros textuais, tanto orais como escritos, é importante e pode ser proporcionado em situações de leitura e de escrita. O leitor, para atingir a compreensão leitora, usa várias estratégias simultaneamente, como ativar os conhecimentos de mundo e fazer as relações com o campo semântico; por isso, quanto mais familiarizado tanto com o assunto que está lendo, bem como com o gênero, maior será sua compreensão. Cabe destacar que estão presentes na coleção diversos textos que priorizam práticas de leituras de textos verbais, não verbais e multimodais que exigem a localização de informações explícitas e implícitas, bem como a dedução dos sentidos de palavras e expressões desconhecidas ou pouco familiares. Tais práticas demandam que os alunos compreendam a finalidade dos textos em estudo e construam comparações entre gêneros textuais a outras áreas do conhecimento. 9


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Para contemplar o universo da leitura, é importante que o professor viabilize estratégias diversificadas, considerando em sua rotina escolar oportunidades distintas de possibilidades da prática leitora, que pode ser realizada individualmente, em duplas ou grupos; por meio de rodas de leitura; em voz alta ou silenciosa; como tarefa para casa; envolvendo pesquisas e consultas a publicações impressas ou virtuais; entre outras alternativas. Promover essas atividades desperta a curiosidade dos alunos por novas leituras, trazendo, ainda, ocasiões favoráveis para que participem ativamente do processo de desenvolvimento das competências e habilidades propostas para essa etapa da educação básica.

Aprendendo com a diversidade Outro tema que merece atenção especial na proposta pedagógica está relacionado à aprendizagem na diversidade. Levando-se em conta que as oportunidades de ensino devem ser igualitárias a todos os alunos, é importante considerar os diferentes ritmos de aquisições do conhecimento, bem como as diferenças sociais, culturais, entre outras, que poderão fazer parte de uma mesma sala de aula. Nesse contexto, é preciso planejar ações que abranjam essa diversidade, de modo que a escola tenha condições de contribuir para uma educação justa, igualitária e inclusiva, como mencionado anteriormente. A diversidade cultural e social, por exemplo, pode se tornar um elemento rico, se considerarmos o levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos como premissa da aprendizagem. Ao compartilhar experiências e vivências, como é proposto em algumas sequências didáticas, o aluno se sente parte do processo de ensino-aprendizagem, uma vez que percebe que seus conhecimentos e suas características individuais são valorizados e respeitados pelo professor e pelos colegas. Dessa forma, os alunos têm a oportunidade de comparar, analisar e ampliar o que já sabiam a respeito do tema abordado e, assim, começam a identificar que as diferenças, sejam elas culturais, sociais, intelectuais ou físicas, são inerentes aos seres humanos e fazem parte da vida em sociedade. [...] a aprendizagem é uma construção pessoal que cada menino e cada menina realizam graças à ajuda que recebem de outras pessoas. Esta construção, através da qual podem atribuir significado a um determinado objeto de ensino, implica a contribuição por parte da pessoa que aprende, de seu interesse e disponibilidade, de seus conhecimentos prévios e de sua experiência. Em tudo isto desempenha um papel essencial a pessoa especializada, que ajuda a detectar um conflito inicial entre o que já se conhece e o que se deve saber, que contribui para que o aluno se sinta capaz e com vontade de resolvê-lo, que propõe o novo conteúdo como um desafio interessante, cuja resolução terá alguma utilidade, que intervém de forma adequada nos progressos e nas dificuldades que o aluno manifesta, apoiando-o e prevendo, ao mesmo tempo, a atuação autônoma do aluno. É um processo que não só contribui para que o aluno aprenda certos conteúdos, mas também faz com que aprenda a aprender e que aprenda que pode aprender. Sua repercussão não se limita ao que o aluno sabe, igualmente influi no que sabe fazer e na imagem que tem de si mesmo. ZABALA, A. (Org.). A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2010. p. 63.

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Para o exercício do trabalho coletivo, no qual os alunos têm a oportunidade de se relacionar com seus colegas e estão expostos a outras ideias, formas de pensar, de agir, de se comportar, os agrupamentos são uma alternativa interessante para o estabelecimento de vínculos de amizade e de interação com o outro. Nessas situações, ao mesmo tempo em que devem interagir, aprendem a incluir o outro, respeitando as diferenças e colaborando para que todos se sintam parte integrante do grupo. Da mesma maneira, o trabalho interdisciplinar exerce uma função que favorece o respeito à diversidade, pois possibilita o reconhecimento de que os conteúdos estudados têm significados e intenções, motivando os alunos a participar ativamente do processo de aprendizagem. Essa estratégia, na coleção, é abordada, especialmente, no projeto integrador – quando se propõe que os alunos realizem determinado trabalho que envolve outras áreas do conhecimento e ao mesmo tempo estão vinculados a situações que fazem parte da realidade do aluno. O trabalho com os gêneros, desenvolvido na coleção, viabiliza a discussão de temas e conhecimentos que permitem inserir os alunos na sociedade, considerando suas experiências. [...] Compete à escola, pela ampliação da produção e circulação de variados textos/gêneros, a responsabilidade de criar condições para que o aluno envolva-se em múltiplas práticas de letramentos que possibilitem sua inserção e participação em inúmeras esferas da atividade humana presentes na sociedade. ROJO, Roxane Helena. Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola Editorial, 2012. p. 214.

No que se refere ao uso da internet durante o processo educacional, salientamos que são sugeridos na coleção diferentes tecnologias e suportes de conteúdo, indicações de sites de jogos e brincadeiras, opções de ouvir a leitura de histórias e poemas, assistir a filmes, documentários, animações e telejornais. Entretanto, é fundamental que o professor tenha conhecimento dos objetivos que se pretende alcançar ao fazer uso dessas ferramentas digitais, para que os resultados sejam educativos e produtivos.

Avaliação No que se refere à Avaliação, partimos de uma breve definição, da autora Jussara Hoffmann, que diz: A avaliação é substancialmente reflexão, capacidade única e exclusiva do ser humano de pensar sobre seus atos, analisa-los, julgá-los, interagindo com o mundo e com os outros seres, influindo e sofrendo influências pelo seu pensar e agir. HOFFMANN, J. Avaliar para promover. Porto Alegre: Mediação. 2001. p. 10. In: Programa de Apoio a Leitura e Escrita: PRALER. Caderno de Teoria e Prática 6 – Avaliação e projetos na sala de aula. Brasília: FNDE/MEC, 2007. p. 14.

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Nesse sentido, é importante que as propostas avaliativas contemplem seu uso social, que reflitam sua função real. Uma vez estabelecido um exercício, é preciso que o aluno saiba o porquê de estar realizando-o, com qual objetivo, qual a relação que poderá fazer com situações reais de sua vida. Tal prática possibilita ao aluno realizar conexões do que se aprende na escola com suas experiências, fato que o auxiliará na apropriação do conhecimento e das habilidades que se espera que alcance. Por esse motivo, tivemos a preocupação de inserir nas propostas de avaliação questões que reflitam esse propósito educacional. A seguir, indicamos alguns métodos avaliativos, que poderão ser encontrados no material da coleção, a partir de questões que auxiliem o professor na avaliação do desenvolvimento das competências e habilidades preestabelecidas:     

Projetos; Trabalhos em grupo; Apresentações; Entregas por meios digitais (vídeos, fotos, apresentações, websites etc.); Propostas de autoavaliação pelos alunos.

O conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), elaborado por Vygotsky, também deve ser considerado. Com ele, o professor pode verificar qual a distância entre o nível de desenvolvimento real obtido pelo próprio aluno ao resolver um problema e o nível de desenvolvimento potencial, pelo qual ele só chega à resolução do problema com a orientação de um adulto ou em colaboração com um colega. Ao ter essa percepção de forma sistematizada, o professor pode calcular a zona proximal identificando o que é real do que é potencial e, assim, estipular estratégias educativas que funcionem de forma sistemática e individualizada. Ao elaborar a avaliação, é importante que o professor utilize instrumentos variados, que permitam observar a progressão dos alunos e suas relações com as estratégias didáticas adotadas. As avaliações devem ser realizadas continuamente, tendo-se o cuidado para que essa prática ocorra em diferentes momentos e de formas variadas e que possam ser usadas para analisar os avanços obtidos pelos alunos, fornecendo informações para que o professor estabeleça a melhor maneira de prosseguir. A avaliação não ocorre somente com instrumentos sistemáticos, por exemplo, uma prova com dia e horário marcados, uma aula somente para que os alunos leiam, às vezes, de forma mecânica, apenas para cumprir o ritual de obter uma nota. Quando temos uma forma contínua e individual de avaliar a construção de conhecimentos do aluno, podemos rever constantemente nossa prática pedagógica e melhorá-la, dentro do possível. Programa de Apoio a Leitura e Escrita: PRALER. Caderno de Teoria e Prática 6 – Avaliação e projetos na sala de aula. Brasília: FNDE/MEC, 2007. p. 21.

É possível elaborar instrumentos de levantamento de dados para cada ano escolar, de modo que se mapeiem os diferentes aspectos do estudo da língua, que podem estar associados à ortografia, à produção de textos orais e escritos, à gramática, à leitura, a fim de possibilitar ao professor o planejamento de intervenções pertinentes, no sentido de auxiliar os alunos em seu desenvolvimento constante.

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De forma resumida, destacamos outro método importante de avaliação que permite tanto ao professor quanto ao aluno observar os avanços obtidos no decorrer das aulas. Trata-se da Autoavaliação, instrumento complementar de análise do professor e participação direta dos alunos. Por meio desse recurso, é possível que os estudantes desenvolvam uma postura crítica diante de seu processo de aprendizagem e participem ativamente, esclarecendo possíveis dúvidas acerca das propostas de trabalho. Contudo, é fundamental que o professor explicite o objetivo da autoavaliação e explique de forma coerente à idade do aluno os motivos de tal atividade. Portanto, antes da aplicação desse procedimento, deve-se elucidar aos alunos em que aspecto eles devem se autoavaliar. Outra modalidade avaliativa que merece destaque é a Avaliação diagnóstica, cujo objetivo é investigar as habilidades dos alunos em determinada área do conhecimento. Esse instrumento permite ao professor acompanhar o processo de aprendizagem dos alunos, permitindo que realize intervenções necessárias para o alcance dos objetivos preestabelecidos. Tendo mapeado o conhecimento prévio dos alunos, nessa espécie de avaliação inicial, e pondo em prática as situações planejadas para leva-los a avançar, o professor passa a precisar de um outro instrumento para verificar como eles estão progredindo, já que o conhecimento não é construído igualmente, ao mesmo tempo e da mesma forma por todos. Esse instrumento é a avaliação de percurso – formativa ou processual, como muitos a chamam – feita durante o processo de aprendizagem. Ela serve para verificar se o trabalho do professor está sendo produtivo e se os alunos estão, de fato, aprendendo com as situações didáticas propostas. Como um observador privilegiado das ações do aprendiz, o professor tem condições de avaliar o tempo todo, e é essa avaliação que lhe dá indicadores para sustentar sua intervenção. Mas isso é diferente de planejar e implementar uma atividade para avaliar a aprendizagem. Ao montar uma situação de avaliação, o professor precisa ter clareza sobre as diferenças que existem entre situações de aprendizagem e situações de avaliação. WEISZ, T.; SANCHEZ, A. O diálogo entre o ensino e a aprendizagem. São Paulo: Ática, 2002. p. 93-94.

Diante da perspectiva da nova dimensão para o projeto pedagógico, estabelecida na terceira versão da Base Nacional Comum Curricular, esperamos que o material digital, que complementa o livro impresso, seja um instrumento colaborativo na prática educacional e que proporcione oportunidades de reflexão e novas ideias para um trabalho docente cada vez mais eficaz e conectado aos princípios de formação humana integral e construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. Desejamos um excelente trabalho e ótimo aproveitamento do material!

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Língua Portuguesa – Apresentação

Bibliografia BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_publicacao.pdf>. Acesso em: 2 dez. 2017. BRASIL. Ministério da Educação. PDE: Plano de Desenvolvimento da Educação: Prova Brasil: ensino fundamental: matrizes de referência, tópicos e descritores. Brasília: MEC, SEB; Inep, 2008. BRASIL. Ministério da Educação. Programa de Apoio a Leitura e Escrita PRALER. Caderno de Teoria e Prática 6 – avaliação e projetos na sala de aula. Brasília: FNDE/MEC, 2007. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/praler/tp/tp6.pdf>. Acesso em: 3 dez. 2017. FORTUNATO, Marcia Vescovi. Procedimentos de autoria. In: _____. Autoria e aprendizagem da escrita. 2009. fls. 130-148. Tese (Doutorado em Educação) – São Paulo: Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, 2009. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/ disponiveis/48/48134/tde-02092009-142512/pt-br.php>. Acesso em: 14 nov. 2017. KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2015. p. 40. MASETTO, Marcos Tarciso. O professor na hora da verdade. São Paulo: Avercamp, 2010. ROJO, Roxane Helena. Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola Editorial, 2012. ZABALA, Antoni. (Org.). A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2010. Material disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons – Atribuição não comercial (CC BY NC – 4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

Plano de desenvolvimento: Leituras e rimas Neste plano, apresentamos um conjunto de práticas de sala de aula que podem ajudar no desenvolvimento das habilidades abordadas ao longo do primeiro bimestre, as quais serão apresentadas aos alunos por meio da leitura de poemas, receitas culinárias, parlendas, cantigas e acrósticos. Também serão desenvolvidas práticas relacionadas à consciência grafofonêmica, à consciência silábica e às estruturas silábicas.

Conteúdos   

Abordagem de diferentes gêneros textuais Ampliação vocabular Leitura e produção escrita

Objetos de conhecimento e habilidades

Objetos de conhecimento

           

Habilidades  

Procedimentos de escuta de textos Fluência de leitura para compreensão de texto Autodomínio do processo de leitura Reflexão sobre o léxico do texto Consciência grafofonêmica Consciência silábica Estruturas silábicas Elementos constitutivos do discurso poético em versos: estratos fônico e semântico (EF02LP07) Usar estratégias de escuta de textos em situações formais: formular perguntas de esclarecimento, recuperar informações. (EF02LP09) Ler, com autonomia e fluência, textos curtos, com nível de textualidade adequado, silenciosamente e, em seguida, em voz alta. (EF02LP11) Formular hipóteses sobre o conteúdo de textos, com base em títulos, legendas, imagens e pistas gráficas, confirmando, ou não, as hipóteses realizadas. (EF02LP12) Localizar, em textos curtos, informações pontuais. (EF02LP17) Deduzir o significado de palavras desconhecidas ou pouco familiares, com base no contexto da frase ou do texto. (EF02LP29) Ler e escrever palavras com correspondências regulares diretas entre letras e fonemas (f, v, t, d, p, b) e correspondências regulares contextuais (c e g; e e o, em posição átona em final de palavra). (EF02LP30) Segmentar palavras em sílabas e remover e substituir sílabas iniciais, mediais ou finais para criar novas palavras. 15


Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

Relação com a prática didático-pedagógica

 (EF02LP32) Escrever palavras, frases, textos curtos nas formas imprensa e cursiva.  (EF02LP33) Ler e escrever corretamente palavras com sílabas CV, V, CVC, CCV, identificando que existem vogais em todas as sílabas.  (EF02LP42) Identificar recursos rítmicos e sonoros e o efeito de sentido de metáforas, em textos versificados.  (EF02LP46) Recitar parlendas, quadras, quadrinhas e poemas, além de cantar músicas e canções, com ritmo, melodia e sonoridade, observando as rimas.  Oferecer aos alunos oportunidades de contato com diferentes gêneros textuais, sejam eles literários, informativos, instrucionais ou outros, com o objetivo de possibilitar a autonomia de leitura. Durante o desenvolvimento das atividades, o professor poderá observar a progressão dos alunos, bem como suas deficiências e, a partir desse momento, elaborar atividades pontuais para a melhoria contínua do ato de ler e compreender.  Trabalhar ressignificação de palavras por meio da substituição de sílabas, rimas etc.

Práticas de sala de aula É importante que o professor estabeleça, no início do bimestre, quais serão os conteúdos trabalhados durante esse período. Pode-se fazer uma listagem na lousa ou impressa para entregar aos alunos. Esse registro auxiliará na organização tanto do docente quanto dos alunos. Alguns outros lembretes no início do período letivo se fazem necessários: alertar os alunos quanto à importância da entrega das atividades nos prazos estabelecidos; estabelecer regras de convívio – enquanto um estiver falando os outros ouvem como um sinal de respeito; orientá-los quanto ao respeito pela diversidade cultural, linguística, regional, étnica. Convém investigar os conteúdos aprendidos no ano anterior, resgatando com os próprios alunos o que recordam, quais foram os temas estudados, quais deles tiveram mais facilidade ou dificuldade. Esse processo de retomada permitirá que os alunos façam associações das aprendizagens anteriores com os novos conteúdos propostos. Neste primeiro bimestre, com o objetivo do alcance da autonomia leitora, citada na habilidade (EF02LP09), é de fundamental importância motivar a leitura, criar ambientes propícios ao ato de ler, organizar momentos de leitura individual e de escolhas de livros, instigar os alunos a conhecer autores, livros, poemas e propor atividades em que todos possam contribuir para um melhor entendimento do texto lido. Uma boa prática para a leitura compartilhada é a formação de rodas de leitura. O professor pode dar início à leitura, e, posteriormente, cada aluno poderá contribuir fazendo comentários, pedindo esclarecimentos ou recuperando informações. Esse tipo de intercâmbio de ideias no momento pós-leitura permitirá que os alunos façam associações do texto lido com situações fora do ambiente escolar, além de desenvolver a habilidade de escuta (EF02LP07). No processo inicial de leitura, o aluno desenvolverá a habilidade vinculada à formulação de hipóteses e inferências (EF02LP11). Já no decorrer da leitura, trabalha-se a dedução de significados de palavras desconhecidas por meio do contexto (EF02LP17). Ao longo da leitura é importante que o professor possibilite momentos para que o aluno reformule as hipóteses levantadas com a exploração do título, mostrando a eles que é natural que nossas hipóteses sejam adequadas às novas informações encontradas no decorrer da leitura. 16


Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

Outro ponto a ser destacado é que a atividade não deve se encerrar com a conclusão da leitura. É importante que os alunos tenham alguma tarefa adicional posterior: solicitar aos alunos que realizem a comparação entre um poema lido e uma letra de canção, destacando as semelhanças e diferenças existentes entre os dois textos, explorando os recursos rítmicos e sonoros e o efeito de sentido das metáforas. (EF02LP42). As atividades poderão ser armazenadas em uma pasta, no decorrer do bimestre. Assim, ao final daquele período, os alunos terão em mãos um portfólio com os trabalhos realizados, composto por produções escritas, desenhos, recortes de jornais ou revistas, entre outras possibilidades. Outras ideias de atividades complementares à leitura são: criação de acrósticos, reprodução de uma cantiga, escrita de receita culinária etc. Pode-se decidir como será a melhor maneira de exposição dos materiais produzidos. Nessa faixa etária, as crianças estão bastante vinculadas à fantasia e encantam-se com uma história bem contada. Portanto, o professor também deve ser um contador de histórias que despertem a vontade de ler. Por isso, no planejamento, o professor, deve proporcionar momentos de contação de histórias. Os conhecimentos linguísticos, como os das habilidades EF02LP29, EF02LP30 e EF02LP33, são mais bem apreendidos quando trabalhados de forma lúdica, por meio de jogos para desenvolver a consciência grafofonêmica, consciência silábica e estrutura silábica ao completar palavras, elaborar diagramas, criar acrósticos, ou anagramas. Para o próximo bimestre, espera-se que os alunos tenham desenvolvido as habilidades a seguir para poder progredir de acordo com os objetivos propostos. Nessa fase, o aluno já deve ler textos curtos de forma autônoma, o que envolve a habilidade (EF02LP09), que é essencial para o desenvolvimento das demais habilidades (EF02LP29, EF02LP30, EF02LP33) de leitura relacionadas à consciência grafofonêmica, à consciência silábica e às estruturas silábicas. São habilidades fundamentais para que os alunos prossigam no processo de alfabetização. É importante salientar que a proposta de trabalhar com gêneros textuais permitirá aos alunos contato com uma variedade textual que irá estimulá-los e aguçar a curiosidade, para que a leitura faça parte de suas vidas, trazendo novas informações e possibilitando a reflexão sobre a multiplicidade de uso da leitura em seu cotidiano.

Foco É muito comum nesta etapa da aprendizagem que as crianças apresentem dificuldades com a escrita de sílabas compostas por três letras: consoante – vogal – consoante (CVC) ou consoante – consoante – vogal (CCV), por exemplo: POR-ta, CAL-ma, PRA-to, BLU-sa, es-TRE-la etc. Por esse motivo, é fundamental a presença do professor para auxiliá-los na identificação correta do som, na transposição para a escrita, considerando que o professor não é um mero observador do processo de aprendizagem dos alunos. Ele deve auxiliá-los fazendo uso de diversos recursos, como: agrupamentos, perguntas, pedido de interpretação, ou seja, ações intencionais que os estimulem a avançar. O acompanhamento constante dos resultados obtidos no decorrer das aulas permitirá ao professor a observação dos progressos obtidos e também será uma oportunidade de buscar melhorias para o desenvolvimento dos alunos.

Para saber mais 

A leitura em sala de aula: diferentes possibilidades de ouvir, ler e conhecer. TV Escola – Série: Letra Viva. Nesse link o professor terá acesso a quatro atividades, relacionadas à leitura, para desenvolver em sala de aula. Oportunidade para reproduzir, complementar, modificar as propostas sugeridas e explorar o máximo possível das experiências vivenciadas em sala de aula. 17


Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=51329>. Acesso em: 12 out. 2017. Vídeo do Programa Escrevendo o Futuro: Escrevendo na sala de aula – poemas. Nesse vídeo, são apresentados na prática os recursos didáticos utilizados pela professora de Língua Portuguesa para se trabalhar a leitura em sala de aula e a produção de textos, de uma maneira que se evidencia tanto os acertos quanto os erros encontrados nesse processo. Além disso, valoriza-se a manifestação da realidade social dos estudantes. A conclusão do projeto se solidifica por meio da compilação dos textos produzidos pelos alunos, no formato de um livro. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=1wy5q E0LggQ>. Acesso em: 12 out. 2017.

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2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Matemática, Língua Portuguesa, Ciências, História e Geografia

Projeto integrador: Livro de receitas 

Conexão com: MATEMÁTICA, LÍNGUA PORTUGUESA, CIÊNCIAS, HISTÓRIA e GEOGRAFIA Este projeto propõe a criação de um livro de receitas culinárias, resgatando tradições familiares de preparação dos alimentos. Espera-se que os alunos, ao construir um livro de receitas, tenham contato com os conhecimentos transmitidos por outras gerações e percebam a importância de conservar esses saberes.

Justificativa A ação de cozinhar é uma habilidade muito praticada pela humanidade a partir da descoberta do fogo. O preparo dos alimentos varia muito de acordo com a região, cultura e momento histórico. A alimentação ultrapassa as necessidades básicas de sobrevivência, caminha em conjunto com o desenvolvimento da preservação dos alimentos e abre espaço para a busca por novos sabores e receitas ao longo da história. No início, registros de receitas e sabores eram transmitidos apenas oralmente. Após a invenção da escrita e, muito posteriormente, com o desenvolvimento da imprensa, houve a propagação dos livros impressos, e as receitas foram então amplamente divulgadas pelo mundo. Hoje, as receitas culinárias são destaques em livrarias, blogues, programas de televisão e compartilhadas em redes sociais, passando de geração em geração em muitas famílias. Assim, a ação de cozinhar rompeu barreiras, preconceitos, fronteiras, e hoje ser chef de cozinha ou saber cozinhar o próprio alimento é uma habilidade muito valorizada na sociedade. A metodologia utilizada permite aos alunos mobilizar conhecimentos das áreas de Ciências, História, Geografia, Matemática e Língua Portuguesa, desenvolvendo um trabalho colaborativo para planejar as etapas do projeto e realizar as atividades, elaborando ao final um livro de receitas culinárias.

Objetivos     

Reconhecer a importância da culinária e da produção dos alimentos para o consumo. Pesquisar diferentes receitas. Organizar e classificar as informações pesquisadas. Identificar a origem e matérias-primas dos alimentos. Produzir um livro de receitas.

Competências e habilidades Competências desenvolvidas

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social e cultural para entender e explicar a realidade (fatos, informações, fenômenos e processos linguísticos, culturais, sociais, econômicos, científicos, tecnológicos e naturais), colaborando para a construção de uma sociedade solidária. 4. Utilizar conhecimentos das linguagens verbal (oral e escrita) e/ou verbo-visual (como Libras), corporal, multimodal, artística, matemática, científica, tecnológica e digital para expressar-se e partilhar informações,

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2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Matemática, Língua Portuguesa, Ciências, História e Geografia

Habilidades relacionadas*

experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e, com eles, produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao seu projeto de vida pessoal, profissional e social, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. Geografia: (EF02GE07) Descrever as atividades extrativas (minerais, agropecuárias e industriais) de diferentes lugares. História: (EF02HI04) Selecionar e comparar objetos e documentos pessoais como fontes de memórias e histórias nos âmbitos pessoal, familiar e escolar. (EF02HI08) Compilar histórias da família e de conhecidos registradas em diferentes fontes. Língua Portuguesa: (EF02LP19) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa, os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização, estrutura; o tema e assunto do texto. (EF02LP20) Escrever listas de nomes ou de objetos, associando, quando pertinente, texto verbal e visual, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto. (EF02LP23) Produzir pequenos relatos de observação de processos, de fatos, de experiências pessoais, mantendo as características do gênero textual, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto. (EF02LP26) Reler os textos produzidos, com a mediação do professor e colaboração dos colegas, para fazer cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação. (EF02LP27) Reescrever o texto incorporando as alterações feitas na revisão e obedecendo às convenções de disposição gráfica e de inclusão de título e autoria. Matemática: (EF02MA01) Comparar e ordenar números naturais (até a ordem de centenas) pela compreensão de características do sistema de numeração decimal (valor posicional e função do zero). Ciências: (EF02CI06) Identificar as principais partes de uma planta (raiz, caule, flores e frutos) e a função desempenhada por cada uma delas e analisar as relações entre as plantas, os

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2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Matemática, Língua Portuguesa, Ciências, História e Geografia

demais seres vivos e outros elementos componentes do ambiente. * A ênfase nas habilidades aqui relacionadas varia de acordo com o tema e as atividades desenvolvidas no projeto.

O que será desenvolvido Os alunos deverão produzir um livro de receitas de tradições culinárias das famílias deles, que ficará disponível na biblioteca da escola para a consulta por todos.

Materiais      

Livros, revistas e jornais Lápis de cor, lápis grafite, caneta preta ou canetas hidrocor Folhas avulsas de papel A4 Cola Tesoura sem ponta Computadores ou tablets conectados à internet (se disponível)

Etapas do projeto Cronograma  

Tempo de produção do projeto: 1 mês/4 semanas/2 aulas por semana Número de aulas sugeridas para o desenvolvimento das propostas: 7 aulas

Aula 1: Sensibilização e apresentação do projeto Perguntar aos alunos se participam da preparação dos alimentos em seu cotidiano; se participam da compra desses alimentos; quem cozinha na casa deles, se costumam comer mais em casa ou em estabelecimentos comerciais. Pedir-lhes que listem as comidas de que mais gostam e aquelas que são as mais preparadas na casa deles, tanto pratos doces quanto salgados. Promover com os alunos uma reflexão sobre a importância de uma refeição saudável e balanceada, com muitas cores no prato, destacando frutas e legumes como acompanhamento. Comentar no grupo a importância do momento da refeição; apresentar aos alunos o ambiente e o momento da refeição como criador de laços afetivos e espaço de troca de experiências e saberes, considerando um momento de encontro dos familiares. Perceber sempre a realidade deles e entender que, caso esse lugar não exista no cotidiano de alguns, é possível inspirá-los a promover essa troca. Incentivar os alunos a buscar receitas recorrentes nos grupos familiares deles. Apresentar-lhes a proposta do projeto (incluindo explicações sobre o livro de receitas e suas características, assim como o cronograma), usando como exemplos as experiências do(a) próprio(a) professor(a) e experiências do(da) funcionário(a) da escola responsável pela merenda como motivação em relação à realidade da escola que frequentam. Solicitar aos alunos que busquem as receitas culinárias de tradição familiar que gostariam de compartilhar com os colegas. Orientá-los a escrever a receita em uma folha avulsa e a pesquisar sobre a experiência da degustação feita pelos familiares, na primeira vez que esse alimento foi preparado. Cada aluno deve escrever um pequeno texto (5 a 10 linhas) para compor o livro de receitas com a história da receita familiar. 21


2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Matemática, Língua Portuguesa, Ciências, História e Geografia

Salientar que as receitas simples também são interessantes, e que essas tradições familiares podem ser novidade para todos, se compartilhadas. Pedir aos alunos que tragam anotada em folha avulsa na aula seguinte a receita favorita deles, seja uma receita doce ou salgada. Explicar-lhes que a produção do livro de receitas será um trabalho coletivo e que é muito importante fazerem essa pesquisa em casa, conversando com as pessoas da família. É importante que o livro tenha uma receita de cada aluno, e também uma receita dos(das) professores(as).

Aula 2: Conhecendo o tema Por meio de uma conversa coletiva, apresentar aos alunos as receitas familiares pesquisadas e enfatizar a importância de compartilhar as histórias registradas por eles incentivando o respeito entre os alunos na hora da exposição dessas histórias. Definir em conjunto como será esse momento, e i destacar a importância de todos participarem. Respeitar o tempo de leitura de cada um. Perguntar aos alunos de que receitas mais gostaram, quais delas tiveram vontade de experimentar, quais pareciam desafiadoras para realizar e com quais já estavam familiarizados. Ficar atento às observações dos alunos e perguntar a eles se conhecem todos os ingredientes, se são alimentos acessíveis, se conhecem a origem desses alimentos e como são produzidos. Verificar com antecedência se haverá condições para realizarem na aula seguinte uma pesquisa na internet sobre a origem de alguns alimentos, como sal, açúcar, arroz, feijão, trigo, leite e batata. Solicitar à escola o uso de recursos da internet; se não houver disponibilidade, utilizar o acervo da biblioteca da escola ou do município para fazer a pesquisa. Se for utilizada a biblioteca na escola, solicitar ao(à) bibliotecário(a) que separe alguns materiais relevantes para a pesquisa dos alunos. Após a consulta às fontes de pesquisa, propiciar um momento de compartilhamento entre os alunos. Retomar o cronograma com os alunos e avisá-los sobre as atividades que serão realizadas na aula seguinte.

Sugestões de materiais para a pesquisa dos alunos 

KEZO, Luciano Ariabo. Boloriê: a origem dos alimentos. São Carlos: Leetra/UFSCar, 2015. Ilustracões de Eld Johonny e Pedro Alberto Ribeiro Pinto. Disponível em: <https://issuu.com/grupo.leetra/docs/bolorie_-_a_origem_dos_alimentos>. Acesso em: 28 dez. 2017. RANDALL, Ronne. De onde vem minha comida? Explicando a origem dos alimentos. 3. ed. São Paulo: Melhoramentos, 2010.

Aula 3: Pesquisa de dados Auxiliar os alunos a pesquisar em livros, jornais ou na internet sobre a origem de alguns produtos muito comuns em receitas culinárias brasileiras que estão listados na tabela a seguir. Conhecer a origem de um produto é importante, pois permite identificar o produtor, se o produto é local ou se vem de muito longe, se é orgânico, se é de origem mineral, vegetal ou animal, como é feita sua produção – em larga ou em pequena escala –, como é o modo de cultivo – se respeita o solo ou o agride. Pedir aos alunos que completem a tabela a seguir, marcando um X na origem do produto, identificando se vem diretamente do campo para nossas casas, ou se é necessário passar por um processo industrial que vai transformá-lo. Observação: possibilitar aos alunos que modifiquem as indicações na tabela de acordo com as observações e pesquisas deles. 22


2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Matemática, Língua Portuguesa, Ciências, História e Geografia

PRODUTO

PASSA PELA INDÚSTRIA

X

X X

X

CARNE

X

AÇÚCAR

X

ORIGEM MINERAL

X

X

GOIABA

MANGA

ORIGEM VEGETAL

X

X

CEBOLA SAL

ORIGEM ANIMAL

X

ALFACE LEITE

VEM DIRETO DO CAMPO

X X X

X

X

Em seguida, solicitar aos estudantes que respondam no caderno às questões sobre os ingredientes da tabela acima que são comuns em receitas culinárias. Orientá-los a pesquisar com os familiares.

1. Você já comeu algum dos alimentos da tabela? De quais gostou e de quais não gostou? Escreva por quê. 2. Sua família já plantou em casa algum desses alimentos ou outro tipo de plantas? Quais? 3. Vocês já compraram alimentos de produtores locais ou em alguma feira livre? Se já compraram, quais foram os produtos? 4. Qual a diferença entre comprar em uma feira livre ou em um supermercado?

Solicitar aos alunos que tragam na aula seguinte essas informações e suas observações para que compartilhem a pesquisa. Incentivar a interação entre os colegas e observar os hábitos alimentares da comunidade escolar.

Sugestão de material para a pesquisa dos alunos: 

CHRISTO, Maria Stella Libanio. Fogãozinho: culinária infantil em histórias para as crianças aprenderem a cozinhar sem usar a faca. São Paulo: Mercuryo, 2005. A autora mostra as mais variadas receitas culinárias, todas elas adaptadas para que crianças possam praticá-las de maneira saudável e divertida.

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2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Matemática, Língua Portuguesa, Ciências, História e Geografia

Aula 4: Sistematizando as informações Após compartilhar as respostas dos alunos às questões propostas na aula anterior, combinar com o grupo quantas receitas serão inseridas no livro e como serão catalogadas. As receitas serão organizadas em ordem alfabética? Separadas em doces ou salgados? Se possível, trazer referências de tipos de sumários diferentes em livros de receita para pesquisarem. Sugerir, caso os alunos já tenham estudado em Matemática o dobro e triplo, pedir-lhes como atividade que eles aumentem ou diminuam a receita para outra quantidade de pessoas. Escrever na lousa um rascunho com informações quantitativas da receita, pesquisadas na aula 1. Em seguida, escrever o modo de preparo da receita. Revisar esse texto posteriormente, junto com os alunos. Todos devem participar de todo o processo de elaboração do livro. Com o auxílio do(da) professor(a), os alunos vão elaborar coletivamente o sumário do livro.

Aula 5: Criando os textos do livro de receitas Revisar o texto das experiências dos familiares ao provar pela primeira vez a receita preparada e as histórias coletadas em casa a respeito de cada receita. Conversar sobre a importância do espaço no livro para as histórias das famílias e os relatos da memória de cada uma sobre as receitas.

Aula 6: Ilustrando o livro Nesta aula os alunos produzirão as ilustrações e farão o acabamento ao livro pensando como tudo será organizado, quais serão as imagens aplicadas. O importante é a participação de todos em cada passo da produção para entender que um livro é feito em etapas.

Aula 7: Finalizando o livro de receitas Este é o momento de finalizar o livro de receitas. Orientar os alunos a pensar coletivamente como será a capa. Deverá ser um material resistente? Qual material é melhor para a confecção da capa? Posteriormente, organizar o sumário e a sequência decidida pelo grupo. Furar as páginas para que os alunos iniciem a montagem do livro. É possível montar o livro de diversos modos: espiral, amarração, grampo, costura; eles devem decidir a maneira mais adequada para fixar as páginas do livro. O livro de receitas estará pronto para ser exposto em uma reunião de pais ou evento da escola, e até mesmo reproduzido em cópias para todos os alunos.

Avaliação No quadro a seguir são sistematizadas as propostas de avaliação presentes neste projeto. Elas são sugestões e devem ser ampliadas e/ou modificadas de acordo com a realidade de cada turma. Aulas 1 2

Propostas de avaliação Conferir se os alunos trouxeram de casa uma receita de família. Verificar se os alunos ouviram com respeito as histórias dos colegas sobre as receitas que trouxeram.

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2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Matemática, Língua Portuguesa, Ciências, História e Geografia

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Verificar a participação deles na pesquisa on-line e/ou na biblioteca sobre a origem dos ingredientes da receita como também as respostas deles às questões da tabela.

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Avaliar a escrita do texto com a história familiar ligada à receita culinária.

5

Verificar o trabalho em equipe e os desenhos individuais na confecção da capa e do sumário.

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Avaliar a colaboração de todos na montagem final do livro de receitas.

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Autoavaliação dos alunos e do(da) professor(a). Verificar os acertos e dificuldades na produção do livro.

Avaliação final Conversar com os alunos sobre a proposta deste projeto e as impressões que eles tiveram ao longo do processo de produção do livro de receitas, contando sobre o que acharam difícil, o que gostaram na produção desse livro de receitas e por quê. Quanto à prática pedagógica, o(a) professor(a) pode avaliar a ocorrência de influências externas ou eventos externos favoráveis ou desfavoráveis à obtenção dos resultados e como foram as interações entre os alunos. Descrever quais foram as dificuldades na implantação do projeto e as causas, apontando as medidas adotadas para superar os obstáculos. Avaliar, ainda, se o cronograma foi suficiente para a implantação do projeto e se os objetivos definidos no início foram alcançados de maneira satisfatória ou insatisfatória e por quê.

Referências bibliográficas complementares  

BARBOSA, Jacqueline Peixoto. Receita: trabalhando com os gêneros do discurso. São Paulo: FTD, 2003. FRANCA, Thyago Madeira; PORTO, Aparecida Clemilda. Receita: conhecendo e produzindo gêneros do cotidiano. 2011. Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=26736>. Acesso em: 28 dez. 2017. SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. 4. ed. São Paulo: Autêntica, 2007.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

1a sequência didática: Sílabas e palavras Nesta sequência didática, serão trabalhados dois temas importantes, que ajudarão os alunos no processo de alfabetização e aquisição da escrita: a consciência silábica e a formação de palavras. Por meio de uma breve revisão do alfabeto, passando pelas vogais e consoantes, será proposta inicialmente uma atividade de associação entre imagem e escrita. Na sequência, serão realizados exercícios de formação de palavras e separação de sílabas.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Objetos de conhecimento

Consciência silábica Conhecimento do alfabeto 

Habilidades

Objetivos de aprendizagem

Conteúdos

     

(EF02LP30) Segmentar palavras em sílabas e remover e substituir sílabas iniciais, mediais ou finais para criar novas palavras. (EF02LP31) Recitar o alfabeto na ordem das letras. Auxiliar os alunos no processo de compreensão da segmentação das palavras em sílabas. Possibilitar a identificação das sílabas iniciais, mediais e finais. Explorar a transposição, adição e substituição de sílabas para a formação de novas palavras. Separação silábica Formação de palavras

Materiais e recursos     

Material impresso com as atividades sugeridas Folhas de papel sulfite Tesoura de pontas arredondadas Cola Jornais e revistas

Desenvolvimento 

Quantidade de aulas: 2 aulas

Aula 1 A proposta desta aula é trabalhar a consciência silábica por meio de um exercício de associação entre linguagem não verbal (imagem) e verbal (palavra). Neste exercício, os alunos pesquisarão algumas imagens em revistas e jornais, e escreverão, de forma separada, as palavras que se referem às figuras que as compõem, conforme o exemplo a seguir. Isso dará aos alunos as condições necessárias para reproduzir os processos realizados na atividade em outros contextos. Por exemplo, ao ir a um supermercado, a criança poderá se deparar com alguma ilustração na embalagem de um produto e pensar na forma escrita daquela imagem. Isso os auxiliará no processo de apropriação vocabular e também no desenvolvimento da consciência silábica. 26


Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

Em um primeiro momento, dizer aos alunos que eles darão continuidade ao que já estudaram no primeiro ano recordando algo que foi estudado: o alfabeto. Para isso, trabalhar oralmente a recuperação da memória sobre este conjunto de letras, pedindo a eles que o ditem sequencialmente a ordem das letras no alfabeto. Ao passo que as letras forem mencionadas, anotá-las na lousa ou no quadro para que visualizem cada uma delas. Depois, perguntar aos alunos quais dessas letras são consideradas vogais e, a partir das respostas, grifá-las ou circulá-las com giz ou com pincel marcador colorido. Em seguida, perguntar quais são as consoantes. Ouvir as hipóteses dos alunos e explicar que as letras que não foram circuladas são as consoantes. Comentar que a combinação entre elas e as vogais permite a criação de muitas palavras, como LA-TA; MA-LA, BO-LA; PRA-TO etc. Escrever exemplos de palavras como essas na lousa ou no quadro para que os alunos possam visualizá-las. Em seguida, organizar duplas de alunos, entregar-lhes as folhas de papel sulfite, as revistas e os jornais para recorte, e certificar-se de que todos têm uma tesoura de pontas arredondadas e cola para a realização do exercício. Orientar cada dupla para pesquisar e selecionar quatro imagens que contenham animais, recortá-las e colá-las na folha que possuem. Por fim, instruir os alunos a escrever, abaixo ou ao lado das imagens e com as sílabas separadas, a palavra correspondente ao animal representado, como no exemplo a seguir.

John Carnemolla/Shutterstock.com

Esse mamífero vive na África subsaariana e passa a maior parte do tempo em rios, lagos ou pântanos, por isso seu nome, de origem grega, significa "cavalo do rio".

HI

PO

TA

MO

Durante a realização da atividade, circular pela sala e acompanhar a realização do trabalho dos alunos, intervindo quando considerar necessário para auxiliá-los em suas dificuldades. Ao concluírem, pedir a cada dupla que apresente aos colegas as imagens dos animais que selecionaram, bem como as palavras usadas para nomeá-los, como por exemplo: “O primeiro animal que encontramos foi o MA-CA-CO, o segundo foi a GI-RA-FA” e, assim, sucessivamente. Ao findar as apresentações, explicar aos alunos que esse tipo de atividade os 27


Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

auxiliará a compreender melhor as manifestações escritas a que somos expostos diariamente, por exemplo, os cartazes nas ruas, manchetes de jornal, textos na internet, entre outros. Essa atividade permitirá que os alunos realizem um exercício de pesquisa, associem conteúdos não verbais (imagem) a conteúdos verbais (palavras), revisem o alfabeto e segmentem palavras. Todos esses processos os auxiliarão a expandir os seus conhecimentos alfabéticos e silábicos, permitindo que compreendam melhor a linguagem escrita nos seus mais diversos âmbitos sociais. Para o desenvolvimento desta atividade, também é possível partir de outros temas para a pesquisa de imagens, como alimentos, membros da família, peças de roupas, eletrônicos, meios de transporte, objetos que podem ser encontrados em diferentes ambientes da casa etc.

Avaliação Avaliar o desenvolvimento dos alunos na aquisição da consciência silábica e separação de sílabas por meio das atividades propostas a seguir.

1. LEIA AS DESCRIÇÕES A SEGUIR E ESCREVA O NOME DOS ANIMAIS CORRESPONDENTES. SEPARE AS SÍLABAS DAS PALAVRAS QUE VOCÊ DESCOBRIR.

A) TENHO A TROMBA GRANDE E SOU BEM PESADO. E-LE-FAN-TE. B) SOU CONHECIDO COMO O MELHOR AMIGO DOS SERES HUMANOS. CA-CHOR-RO.

2. FAÇA UMA LISTA DE DEZ FRUTAS QUE PODEMOS ENCONTRAR NA FEIRA.

Resposta pessoal. A escolha das frutas deverá ficar por conta dos alunos. O objetivo é fazê-los exercitar a produção escrita partindo de elementos que podem integrar de maneiras diversas o seu cotidiano, como as frutas, valorizando suas vivências.

Aula 2 Na segunda aula, serão realizadas atividades que envolvem a consciência silábica e alfabética dos alunos para ampliar os seus conhecimentos relativos à formação de palavras. Observar que, por meio dessas atividades, será possível explorar o uso dos dígrafos, que geralmente causam dúvidas aos alunos nessa etapa do conhecimento por serem sílabas que não seguem a ordem consoante + vogal. A partir disso, será ainda possível abordar o caso das letras que, quando juntas, representam um único som, como os dígrafos “lh” e “nh” em palavras como casinha, mesinha, abelha, ovelha etc. No início desta aula, retomar com os alunos o conteúdo estudado na aula anterior e acrescentar que se dará continuidade aos estudos das palavras por meio de um exercício que os auxiliará a colocar em prática a formação delas, permitindo-lhes aprender sobre a transposição, substituição e acréscimo de sílabas para formar novos vocábulos.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

Em seguida, entregar aos alunos um material impresso com as atividades sugeridas a seguir, chamando a atenção para a figura e as sílabas existentes dentro das bolhas que a compõem. Pedir para formarem no mínimo dez palavras a partir da junção dessas sílabas. Ressaltar aos alunos que este será um momento para levantar hipóteses e refletir sobre elas para escrever palavras correspondentes. Explicar que, caso encontrem mais do que dez palavras, podem escrevê-las no caderno. Por meio desta atividade, avaliar a capacidade dos alunos de unir sílabas e formar vocábulos.

1. OBSERVE A IMAGEM A SEGUIR. DEPOIS, UNA AS SÍLABAS DE DIFERENTES MODOS PARA FORMAR PALAVRAS.

Edde Wagner

Respostas possíveis: alho; olho; abelha; repolho; bolha; olhinho; telhado; velho; orelha; ovelha; velhinha etc.

2. LEIA AS PALAVRAS A SEGUIR. DEPOIS, SUBSTITUA OU ADICIONE NOVAS SÍLABAS A ELAS PARA FORMAR OUTRAS PALAVRAS.

A) A-LHO Resposta possível: substituir a sílaba inicial “A” por “GA” e formar a palavra “GA-LHO”. B) O-RE-LHA Resposta possível: substituir a sílaba medial “RE” por “VE” e formar a palavra “O-VE-LHA”. 29


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C) TE-LHA Resposta possível: adicionar a sílaba final “DO” e formar a palavra “TE-LHA-DO”. Assim que os alunos concluírem as atividades, organizá-los em um semicírculo e pedir que compartilhem as respostas. Por fim, explicar que as práticas empregadas para descobrir novas palavras nos exercícios podem ser também usadas fora do ambiente escolar, por exemplo, nas ruas, ao juntarmos as sílabas do letreiro de um ônibus para descobrir o destino final daquele transporte coletivo ou juntar as sílabas de uma placa de rua para descobrir onde estamos.

Avaliação Todas as atividades sugeridas nesta aula podem ser usadas para avaliar o aprendizado do aluno. Com a primeira atividade, avaliar se os alunos conseguiram atingir a meta de descoberta das dez palavras e verificar se observaram a grafia correta delas. No segundo exercício, analisar os resultados obtidos por meio da verificação individual, o que ajudará a perceber quais pontos devem ser reforçados para que os alunos desenvolvam as habilidades propostas. Espera-se que com essas aulas os alunos tenham adquirido as habilidades de formação de palavras, revisão do alfabeto e consciência silábica. Propor uma autoavaliação aos alunos, explicando que a proposta dessa atividade é que eles percebam o que aprenderam com os temas estudados e auxiliá-los no processo de desenvolvimento da consciência silábica. Explicar que eles devem marcar com um X a resposta que acharem mais adequada. NOME DO ALUNO: ________________________________________________________________ AUTOAVALIAÇÃO NA ATIVIDADE 1, CONSEGUI FORMAR VÁRIAS PALAVRAS UNINDO AS SÍLABAS DA IMAGEM? NA ATIVIDADE 2, CONSEGUI FORMAR OUTRAS PALAVRAS ADICIONANDO OU TROCANDO AS SÍLABAS? COMO FOI JUNTAR AS SÍLABAS PARA FORMAR NOVAS OU OUTRAS PALAVRAS?

( ) SIM

( ) EM PROGRESSO

( ) SIM

( ) EM PROGRESSO

( ) FÁCIL

( ) DIFÍCIL

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

2a sequência didática: Vamos rimar? Nesta sequência didática será trabalhada a sonoridade das palavras por meio de modelos de rimas, a partir do gênero literário parlenda. Além disso, se exercitará a compreensão da linguagem não verbal e a produção textual baseando-se na observação de uma imagem e, partindo das leituras realizadas, será explorada também a habilidade de interpretar textos.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Objetos de conhecimento

Habilidades

Objetivos de aprendizagem

Conteúdos

Processos de criação Autodomínio do processo de leitura Conhecimento do alfabeto  (EF02LP46) Recitar parlendas, quadras, quadrinhas e poemas, além de cantar músicas e canções, com ritmo, melodia e sonoridade, observando as rimas.  (EF02LP11) Formular hipóteses sobre o conteúdo de textos, com base em títulos, legendas, imagens e pistas gráficas, confirmando, ou não, as hipóteses realizadas.  (EF02LP32) Escrever palavras, frases, textos curtos nas formas imprensa e cursiva.  Compreender a sonoridade das palavras, por meio do uso de rimas.  Compreender a dinâmica das combinações sonoras entre vocábulos, apropriar-se delas e reproduzi-las.  Estimular o interesse pela leitura, a ampliação vocabular e a reflexão sobre novos vocábulos.  Estimular os processos de criação para a escrita.  Rimas  Parlendas  Interpretação de texto

Materiais e recursos 

Material impresso contendo os textos, imagens e as atividades sugeridas para cada uma das aulas  Cartolina  Fita adesiva  Lápis de cor ou pincel marca textos

Desenvolvimento 

Quantidade de aulas: 2 aulas

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

Aula 1 A proposta desta aula é trabalhar o conceito de rima a partir do gênero literário parlenda por meio de atividades de fixação, as quais não só permitirão que os alunos compreendam o conceito de rimas, como também identifiquem a presença delas em diferentes tipos de textos, dentro e fora do ambiente escolar. Também será realizada uma atividade de produção textual, com base na observação da figura de uma casa, buscando exercitar a compreensão da linguagem não verbal e estimular a formulação de hipóteses interpretativas a partir da leitura de imagens. Para finalizar, será proposto um exercício de interpretação de texto. Com estas práticas, que poderão articular-se a partir de leituras em grupo ou individuais, espera-se ampliar os conhecimentos vocabulares dos alunos e estimular o seu interesse pela leitura. Em um primeiro momento, organizar os alunos em duplas e entregar-lhes imagens previamente selecionadas contendo diferentes casas. Depois, estimulá-los a observar com atenção a imagem e explorar os elementos que a constituem ao máximo, propondo dois questionamentos iniciais: “O que está representado na imagem?” e “Que palavras podemos usar para caracterizar os elementos representados nela?”. Aproveitar para introduzir o conceito de adjetivo sem apresentá-lo formalmente como uma classe gramatical de palavras, isto é, apenas mostrando aos alunos que, em nossa língua, algumas palavras são usadas para caracterizar e/ou especificar objetos, lugares e pessoas. Salientar a importância dessas palavras por nos auxiliarem a detalhar e descrever aquilo que queremos, enriquecendo as nossas produções escritas e orais. Compartilhar algumas das respostas dos alunos juntamente com a imagem para que os colegas também possam formar frases a partir delas. Selecionar uma das imagens e pedir que cada um escreva duas palavras diferentes para caracterizar o que vê. Depois, pedir que cada um construa duas frases empregando estas mesmas palavras. Explicar aos alunos que a proposta dessas atividades é justamente praticar o uso de palavras que caracterizam e especificam seres ou objetos, e que esse treino os ajudará a se expressarem melhor tanto na escrita como na fala. Circular pela sala para acompanhar a produção dos alunos resolvendo eventuais dúvidas. Propor como atividade avaliativa: FAÇA UM DESENHO OU UMA COLAGEM PARA ILUSTRAR UM LUGAR POSSÍVEL DE MORAR. APÓS A ELABORAÇÃO DA IMAGEM, ESCREVA DUAS FRASES REFERENTES AO QUE SE VÊ. Ao concluírem a atividade, pedir que observem a ilustração novamente e imaginem: “de quem é a casa?”, “quantas pessoas moram nela?”, “em que lugar ela fica?”, “há animais vivendo na casa ou ao seu redor?” etc. Em seguida, orientá-los a produzir um texto curto descrevendo esses aspectos. Reservar cerca de 15 minutos para a realização desse momento. Após finalizar esta etapa, propor aos alunos que eles irão falar sobre uma outra casa: a casinha da vovó. Explicar que esta casa é citada em uma parlenda que tem este título, e que as parlendas são constituídas por versos de temáticas diversas que normalmente contêm rimas. Iniciar a exposição perguntando se alguém sabe ou imagina o que é uma rima. Registrar na lousa as respostas dadas pelos alunos e, depois, partindo do que eles disseram, dizer que as rimas consistem em uma repetição de sons similares ou exatamente iguais das sílabas finais entre as palavras, como entre panela e canela, banana e semana, Isabela e Gabriela, Monique e Caíque etc.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

Usando fita adesiva, prender na lousa um cartaz previamente elaborado no qual a parlenda “A casinha da vovó”, indicada a seguir, tenha sido escrita em letras grandes e de fôrma. Em seguida, organizar os alunos em um semicírculo próximo à lousa para que consigam visualizar o texto a ser lido. Pedir que prestem bastante atenção na sonoridade das palavras que ouvirão e, então, iniciar uma leitura pausada da parlenda, articulando bem as palavras. A CASINHA DA VOVÓ A CASINHA DA VOVÓ CERCADINHA DE CIPÓ O CAFÉ ESTÁ DEMORANDO COM CERTEZA NÃO TEM PÓ. (PARLENDA POPULAR.)

Após a primeira leitura, sugerir que alguns alunos façam uma nova leitura da parlenda, pedindo que cada verso seja lido por um deles. Depois, pedir que respondam individualmente, no caderno, as perguntas a seguir.

1. EXISTEM RIMAS NESSE TEXTO? SE SIM, IDENTIFIQUE-AS. __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ Sim, existem rimas. Elas ocorrem entre as palavras casinha e cercadinha e entre vovó, cipó e pó. No momento da correção, escrever na lousa os vocábulos encontrados pelos alunos e grifar as rimas por eles identificadas, para observarem a sonoridade entre as sílabas que constituem as palavras, e visualizar a grafia. Aproveitar o momento para destacar que algumas palavras têm som parecido, mas são escritas de maneiras diferentes, por exemplo: papel e chapéu; massa e taça etc.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

2. POR QUE O CAFÉ ESTÁ DEMORANDO A SAIR NA CASINHA DA VOVÓ? __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ Porque não tem pó de café. Por meio do trabalho com a sonoridade das palavras que rimam na parlenda, espera-se que os alunos consigam atentar-se e reconhecer sons semelhantes ou iguais em outros contextos, identificando rimas ao ouvir músicas, ao ler poemas etc.

Avaliação O primeiro aspecto que pode ser avaliado é a compreensão do uso de adjetivos para caracterizar ou especificar um substantivo. Essa avaliação deve levar em conta a compreensão e o uso dos adjetivos sem que, no entanto, os alunos tenham de classificá-los e nomeá-los como tal. Para realizar a avaliação, peça para que os alunos façam as atividades recomendadas a seguir. COMPLETE AS FRASES COM AS PALAVRAS QUE ESTÃO NO QUADRO. INCRÍVEL

FRESCAS

DELICIOSAS

A) MINHA FAMÍLIA E EU FIZEMOS UMA VIAGEM ____________________. Incrível. B) JULIA COMPROU FRUTAS ____________________ NA FEIRA. Respostas possíveis: frescas e deliciosas. C) ERA UMA SOBREMESA ____________________. Respostas possíveis: deliciosa e incrível. Para avaliar o trabalho e compreensão dos alunos com as rimas, pedir que pensem em outras palavras que rimam com as que são mencionadas na parlenda “A casinha da vovó”. ENCONTRE OUTRAS PALAVRAS QUE RIMEM COM AS SEGUINTES PALAVRAS. VOVÓ

CIPÓ

__________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ Respostas possíveis: trenó; jiló; totó; dominó; só; carijó; mocotó; paletó.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

Aula 2 O propósito desta aula é dar continuidade aos estudos sobre a sonoridade das palavras, aprimorando a consciência fonológica dos alunos por meio da realização de atividades que trabalharão de modo mais aprofundado o uso de rimas em parlendas. Para tanto, começar dizendo aos alunos que será realizada uma atividade lúdica com o uso da “Parlenda do macaco” que eles poderão reproduzir em outros ambientes, com seus familiares ou vizinhos. Em seguida, organizar os alunos em uma roda, distribuir uma cópia da parlenda que será trabalhada. Pedir para que eles façam primeiramente uma leitura individual do texto. Depois, explicar-lhes que a proposta é recitar a parlenda adicionando o nome de algum outro colega da sala no texto quando virem escrito “(NOME DA PESSOA)”, como indicado a seguir. Iniciar recitando, para ensinar o ritmo aos alunos, e depois orientá-los a acompanhar a cantiga. As palmas são bem-vindas para animar a brincadeira. PARLENDA DO MACACO O MACACO FOI À FEIRA NÃO TEVE O QUE COMPRAR COMPROU UMA CADEIRA PRA/O (NOME DA PESSOA) SE SENTAR A CADEIRA ESBORRACHOU COITADA/O DA/O (NOME DA PESSOA) FOI PARAR NO CORREDOR. (PARLENDA POPULAR.)

A brincadeira deverá acontecer até que se tenha mencionado todos os alunos. Depois, estabelecer um tempo para que os alunos se organizem novamente em seus lugares. Em seguida, propor que realizem as atividades a seguir, que estão relacionadas ao tema das rimas. Explicar aos alunos que esses exercícios são importantes para compreendê-las melhor, e que poderão valer-se das mesmas práticas exigidas para compor uma canção, criar poemas e, sobretudo, para distinguir a sonoridade das palavras. LOCALIZE NO TEXTO PALAVRAS QUE RIMAM COM: A) CADEIRA __________________________________________________________________________________________ Feira. B) COMPRAR __________________________________________________________________________________________ Sentar; parar. C) SENTOU __________________________________________________________________________________________ Comprou; esborrachou. 35


Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

LOCALIZE AS PALAVRAS QUE RIMAM E PINTE-AS COM A MESMA COR: ABACATE

FALAR

AMORA

CHAPÉU

SORVETE

PAPEL

SENHOR

MOLHO

DENTE

CALOR

ALICATE

SEMANA

PINCEL

TROFÉU

COLETE

CALAR

JOANA

IRMÃO

FRIO

QUENTE

RIO

AGORA

OLHO

AVIÃO

Os alunos deverão pintar da mesma cor os seguintes pares de palavras: abacate e alicate; sorvete e colete; dente e quente; pincel e papel; Joana e semana; rio e frio; falar e calar; calor e senhor; troféu e chapéu; irmão e avião; agora e amora; olho e molho. Espera-se que os alunos tenham ampliado seu vocabulário, desenvolvido a consciência fonológica e o conhecimento do alfabeto, além de associado os sons à escrita. Todos esses aprendizados são de grande valia no processo de formação dos alunos, que poderão fazer uso dessas novas aquisições para produzir textos e compreender as rimas nas produções dos mais variados gêneros textuais.

Avaliação Solicitar que os alunos formem duplas para a realização de um trabalho que deverá ser entregue no prazo de duas semanas. Explicar que eles deverão buscar na biblioteca da escola um exemplo de poema ou de música que contenha rimas. Devem copiá-lo/a em uma folha de papel sulfite ou pautada e, depois, marcar as rimas encontradas com lápis coloridos ou, então, com caneta marca textos. Na ocasião da entrega, perguntar as impressões que tiveram, quais foram suas curiosidades, suas facilidades e dificuldades ao realizar a atividade de pesquisa, e identificar as rimas em diferentes textos. Após todo trabalho realizado na sequência, espera-se que os alunos já tenham conseguido apreender o conhecimento sobre as rimas.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

3a sequência didática: Ler, ouvir e produzir Serão abordadas estratégias para a prática de leitura, por meio de texto e sugestões de atividades que envolvam o uso do gênero textual poema. A proposta destas aulas é oferecer aos alunos a oportunidade de entrar em contato com o texto literário, permitir que apreciem a leitura, façam inferências, compartilhem conhecimentos e experiências de vida. Todas essas estratégias são importantes para o desenvolvimento das habilidades relacionadas à leitura e à escrita, o que permitirá aos alunos melhores condições de comunicação.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Objetos de conhecimento

Habilidades

Objetivos de aprendizagem

Conteúdos

Procedimentos de escuta de textos Fluência de leitura para a compreensão do texto Autodomínio do processo de leitura Reconstrução das condições de produção e recepção de textos  (EF02LP07) Usar estratégias de escuta de textos em situações formais: formular perguntas de esclarecimento, recuperar informações.  (EF02LP09) Ler, com autonomia e fluência, textos curtos, com nível de textualidade adequado, silenciosamente e, em seguida, em voz alta.  (EF02LP11) Formular hipóteses sobre o conteúdo de textos, com base em títulos, legendas, imagens e pistas gráficas, confirmando, ou não, as hipóteses realizadas.  (EF02LP15) Identificar a função sociocomunicativa de textos que circulam em esferas da vida social, reconhecendo para que foram produzidos, onde circulam, quem os produziu, a quem se destinam.  Estabelecer relação entre o oral e o escrito.  Identificar e reproduzir a sonoridade das palavras, por meio do exercício de leitura e combinação de palavras que contenham rima.  Despertar o interesse pelo hábito da leitura.  Compreender o uso prático do gênero lista e quando usá-lo.  Entender o processo de criação de um acróstico.  Gênero poema e lista  Interpretação de texto  Acróstico

Materiais e recursos   

Cópias do poema “Havia um menino”, de Fernando Pessoa Folha sulfite Lápis de cor ou canetinha

Desenvolvimento 

Quantidade de aulas: 2 aulas

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

Aula 1 Neste momento inicial, a proposta da aula é trabalhar essencialmente a prática de leitura compartilhada. Para tanto, providenciar um clima propício para tal atividade, de modo a organizar os alunos sentados em forma de círculo. Feito isso, introduzir o tema a ser abordado com a pergunta: Quem sabe o que é um poema? Anotar na lousa as respostas obtidas. Esse registro beneficia os alunos, que poderão observar a passagem do oral para o escrito, visualizando a grafia correta das palavras e associando o som à forma escrita. Explicar aos alunos que um poema é composto de versos (cada linha do poema) que, geralmente, rimam (repetição do som). Colocar na lousa alguns exemplos de pares de rimas, como saiu – sumiu; voltou – ficou; amigão – coração; animada – encantada. Com a ajuda dos alunos, evidenciar outros exemplos na lousa. Dada essa introdução sobre o tema que será abordado, revelar aos alunos o título do poema que eles lerão, dizendo que se trata de um poema muito interessante, escrito por Fernando Pessoa, cujo título é “Havia um menino”. Perguntar que ideias eles têm ao ouvir esse título. Do mesmo modo sugerido anteriormente, realizar as anotações, na lousa, das respostas obtidas. Esse é um momento oportuno para formular hipóteses e instigar os alunos a pensar no título e relacioná-lo ao conteúdo do texto. Estipular um tempo para essa parte da atividade – por exemplo, 5 minutos. Todas as hipóteses levantadas devem ser trabalhadas ao longo da leitura, para que os alunos entendam que podemos ir ajustando nossas hipóteses iniciais à medida que vamos avançando na leitura e percebendo do que se trata o texto. No terceiro momento da aula, distribuir aos alunos o material impresso com o poema e anunciar o início da leitura, pedindo a todos que prestem bastante atenção e que não se preocupem, caso desconheçam o significado de alguma das palavras do texto. No entanto, pedir para grifá-las e tentar entendê-las até o final da leitura. É importante ler devagar, articulando muito bem as palavras, justamente para que todos consigam acompanhar de maneira tranquila o ritmo da leitura. Conforme a leitura for avançando, relacionar o que está no texto com as hipóteses propostas, levando os alunos a readequá-las e a fazer inferências pertinentes ao texto, a fim de construir aos poucos sua compreensão leitora. Fazer a primeira leitura do poema a seguir. HAVIA UM MENINO HAVIA UM MENINO QUE TINHA UM CHAPÉU PARA PÔR NA CABEÇA POR CAUSA DO SOL. EM VEZ DE UM GATINHO TINHA UM CARACOL. TINHA O CARACOL DENTRO DE UM CHAPÉU; FAZIA-LHE CÓCEGAS NO ALTO DA CABEÇA. POR ISSO ELE ANDAVA DEPRESSA, DEPRESSA PRA VER SE CHEGAVA A CASA E TIRAVA O TAL CARACOL DO CHAPÉU, SAINDO 38


Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

DE LÁ E CAINDO O TAL CARACOL. MAS ERA, AFINAL, IMPOSSÍVEL TAL, NEM FAZIA MAL NEM VÊ-LO, NEM TÊ-LO: PORQUE O CARACOL ERA DO CABELO. Disponível em: <http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt/fileadmin/CASA_FERNANDO_PESSOA/Imagen s/servico_educativo/Havia_um_menino.pdf>. Acesso em: 16 nov. 2017.

Realizar uma segunda leitura, agora com a participação oral dos alunos. Solicitar que cada um leia um verso até que o poema seja lido por completo. Caso concluam a leitura do poema e ainda restem alguns alunos para ler, pode-se repetir do início até que todos tenham tido a oportunidade de participar e praticar a pronúncia e a dicção. Ao final, abrir espaço para ouvir os comentários dos alunos acerca de suas impressões sobre o poema. Eles poderão relacionar com outros textos já lidos, associar a histórias que já vivenciaram, semelhantes à da personagem e, assim, ampliar seu olhar sobre a leitura, por meio do intercâmbio de ideias. Para tanto, estimular suas participações com as perguntas: Vocês gostaram do poema? Já leram alguma história semelhante? Alguma vez já aconteceu algo parecido com vocês? Quem pode dar algum exemplo? E assim, permitir que os alunos se manifestem dando suas opiniões, o que contribuirá para a desenvoltura na oralidade e para a melhor compreensão do texto. Em seguida, explicar aos alunos que eles responderão a algumas questões sobre o texto no caderno, a fim de entender melhor o conteúdo e praticar a escrita. Mostrar-lhes que essas práticas são importantes para o avanço do aprendizado deles, especialmente no que se refere à leitura e à escrita. Exemplificar que necessitam dessas habilidades para diversas situações, como preenchimento de formulários, leitura de um bilhete, uma fábula, um poema, entre outros gêneros textuais; enfim, a leitura e a escrita estão fortemente presentes em nosso dia a dia e dominá-las é o grande desafio que se tem pela frente. As questões a seguir devem ser respondidas no caderno.

1. POR QUE O MENINO USAVA CHAPÉU? Para se proteger do Sol.

2. COMO ERA O CABELO DO MENINO?

O menino tinha o cabelo encaracolado. Espera-se que os alunos observem que o caracol mencionado ao longo do poema faz parte do cabelo do menino, apesar de ele imaginar que era um bicho, já que fazia cócegas.

3. EXISTEM RIMAS NO POEMA? QUAIS EXEMPLOS PODEMOS CITAR?

Sim. Andava – chegava – tirava; saindo – caindo; afinal – mal; tê-lo – cabelo. Instigar os alunos a pensar na sonoridade das palavras, convidando-os a repetir o som das rimas. Aproveitar a oportunidade para retomar a função da rima, trabalhada em aulas anteriores, explicando-lhes que esse recurso é bastante utilizado não somente em poemas, mas também em músicas.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

Espera-se que, ao final da aula, os alunos tenham tido oportunidade de compartilhar ideias acerca da leitura realizada, relacionando o poema a situações vivenciadas por eles, atribuindo sentido ao texto. Além disso, é esperado que tenham recuperado o estudo sobre a rima, abordada em aulas anteriores, e que possam identificá-la na composição de uma música, por exemplo, observando a sua importância para transmitir sonoridade às letras.

Avaliação Esta avaliação visa auxiliar os alunos a atribuir sentido à leitura. Pretende-se oferecer também oportunidade de produção escrita, o que os ajudará a avançar no desenvolvimento dessa habilidade e permitirá que façam uso em situações do dia a dia, como escrever para um amigo, escrever um recado, anotar algo que acharam interessante, registrar os acontecimentos em seu diário etc.

1. NO POEMA “HAVIA UM MENINO”, A PERSONAGEM ANDA DEPRESSA PARA CHEGAR RÁPIDO A CASA. VOCÊ SE LEMBRA DE QUANDO FOI A ÚLTIMA VEZ QUE ANDOU DEPRESSA? QUAL FOI O MOTIVO? Resposta pessoal. Com esta questão, espera-se que os alunos desenvolvam a produção escrita, relacionando o texto lido com situações vivenciadas por eles.

2. AUTOAVALIAÇÃO AVALIANDO MINHA LEITURA DE “HAVIA UM MENINO” Espera-se que os alunos respondam que as rimas foram identificadas com base na terminação das palavras que possuem sons semelhantes. Resposta pessoal. Os alunos poderão comparar, por exemplo, a leitura que QUAIS FORAM MINHAS realizaram com a do professor e observar que fazem DIFICULDADES NA LEITURA interrupções e leem mais pausadamente. É importante ORAL? intervir e motivá-los a continuar praticando para avançar nesse desenvolvimento. PENSE EM UMA MÚSICA DA QUAL Resposta pessoal. VOCÊ GOSTE. DEPOIS, TENTE Espera-se que os alunos consigam localizar rimas, tanto ENCONTRAR PARES DE RIMAS, na música quanto no poema, percebendo a presença do COMO ESTES: “MAS ERA, AFINAL, recurso rima nos dois gêneros textuais. IMPOSSÍVEL TAL”. COMO IDENTIFIQUEI AS PALAVRAS COM RIMAS?

Para trabalhar dúvidas É possível que alguns alunos continuem com dificuldades em relação ao significado de determinada palavra, mesmo após o término da leitura. Caso isso ocorra, procurar delimitar a dúvida e auxiliá-los na superação. Para isso, uma das sugestões é levantar oralmente quais palavras foram grifadas durante a leitura e colocá-las na lousa, como, por exemplo, “afinal”. Reproduzir, na lousa, o verso em que ela está inserida: “Mas era, afinal,” e convidá-los a pensar qual palavra poderia substituir "afinal" dentro desse contexto, mantendo o mesmo significado. Depois, perguntar com que palavra “afinal” se parece, se ela lembra “fim”, e assim sucessivamente, até ter esclarecido todas as dúvidas. 40


Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

Aula 2 No início desta aula, retomar com os alunos o que foi estudado na aula anterior: o título do poema, o assunto, a característica marcante do menino (cabelo encaracolado) etc. Em seguida, pedir a eles que formem duplas para a realização da próxima atividade. Explicar aos alunos o significado de acróstico, que é uma composição formada com base em um tema, cujas letras (iniciais, intermediárias ou finais) de uma palavra abrem possibilidades para a criação de novas palavras ou frases. Para trabalhar o acróstico, pode-se partir do conceito de lista. Pedir a colaboração dos alunos para produzir modelos de listas na lousa, como lista de brincadeiras de crianças, de material escolar, de disciplinas escolares, de feira etc. Após a introdução do conceito lista, apresentar aos alunos exemplos de acróstico, reproduzindo-os na lousa ou em material impresso. Com a exposição dos referidos exemplos, mostrar aos alunos que há palavras que qualificam ou caracterizam o tema do poema, no caso, Maria, e também rimas, o que vai ao encontro do assunto visto em aulas anteriores. Além disso, chamar a atenção para a disposição do texto e a formatação estética de um acróstico.

M A R I A

enina mável isonha nteligente qui ela está sempre contente.

O objetivo desta atividade é aumentar o repertório linguístico dos alunos, relacionar o nome às características de uma pessoa, ampliar o léxico, efetuar a produção escrita e desenvolver a consciência silábica. Logo em seguida, dispor os alunos em duplas e entregar folhas de sulfite para cada aluno. Pedir a eles que criem um acróstico com o nome do seu colega da dupla, levantando características positivas sobre ele. Estabelecer um tempo de uns 20 minutos para essa atividade. Terminada a produção, informá-los de que poderão ilustrar e colorir como desejarem. Para isso, estipular mais 10 minutos. Durante a execução, circular entre as duplas e intervir quando considerar necessário para ajudá-los a alcançar o objetivo da atividade. Ao final, solicitar às duplas que apresentem o acróstico produzido aos demais colegas; cada um deve falar de seu par. Para tanto, convidar uma dupla por vez à frente da sala e perguntar quem irá começar. A ordem de chamada das duplas poderá seguir a das fileiras. Feito isso, buscar um espaço na sala de aula, onde será feita a exposição dos acrósticos. Antes dela, conversar com os alunos sobre o respeito devido aos trabalhos apresentados pelos colegas. Lembrá-los de que cada acróstico é produto da criatividade do autor, portanto, não há um melhor do que o outro, nem mais adequado; cada um representa a expressão e o ponto de vista de quem o criou. Dessa maneira, deve-se respeitar a vez de o colega expor o seu trabalho, ouvindo-o com atenção. Para concluir a aula, expor que, com as atividades dessa aula, eles puderam explorar as características positivas dos colegas e apresentar oralmente suas produções aos demais, que são fatores importantes para a desenvoltura da oralidade e da exposição. Tal experiência poderá ser útil em determinadas situações, como falar publicamente em reuniões familiares, em jogos e brincadeiras, em encontros com amigos etc. Além disso, eles aprimoraram a consciência silábica e trabalharam a produção escrita.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

Avaliação Esta avaliação visa medir os conhecimentos adquiridos no decorrer da aula, no que se refere à produção do acróstico e, também, ao conceito de lista. O primeiro instrumento avaliativo será o material produzido pelas duplas, considerando a obediência à formatação estética de um acróstico, as escolhas das palavras, o cumprimento da regra de inserção de qualidades positivas. Estabelecer um critério para pontuar as produções, por exemplo, um ponto para cada dupla que atendeu totalmente ao que foi solicitado e meio ponto às duplas que atenderam parcialmente. O segundo critério avaliativo será obtido com base nas respostas dadas às seguintes questões, que têm o objetivo de fazê-los refletir sobre o conteúdo estudado e analisar suas contribuições na vida social, trazendo um exemplo prático de uso no dia a dia.

1. VOCÊ CONSIDERA IMPORTANTE FAZER UMA LISTA ANTES DE IR AO SUPERMERCADO? POR QUÊ? Resposta pessoal.

2. IMAGINE QUE IRÁ ACOMPANHAR SEUS PAIS AO SUPERMERCADO PARA UMA COMPRA MENSAL. NA SUA OPINIÃO, ESCOLHA 10 ITENS QUE NÃO PODERIAM FALTAR. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos tenham compreendido como é uma lista, enumerando os itens importantes em sua opinião.

Para trabalhar dúvidas Caso algum aluno apresente dificuldade na elaboração do acróstico, o professor poderá intervir colocando na lousa alguns exemplos de palavras iniciadas com a letra A, por exemplo: amigável, amiga, amorosa, animada, atenciosa, entre outras. Tal registro poderá auxiliá-los a ter ideias para a composição de seu próprio material.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

4a sequência didática: Salada de frutas Por meio do desenvolvimento de estratégias de leitura a serem abordadas a partir dos gêneros textuais cantiga e receita, será trabalhada a compreensão textual e o levantamento de hipóteses sobre o que será lido.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Autodomínio do processo de leitura Localização de informações em textos Objetos de conhecimento Reflexão sobre o léxico do texto Processos de criação  (EF02LP11) Formular hipóteses sobre o conteúdo de textos, com base em títulos, legendas, imagens e pistas gráficas, confirmando, ou não, as hipóteses realizadas.  (EF02LP12) Localizar, em textos curtos, informações pontuais. Habilidades  (EF02LP17) Deduzir o significado de palavras desconhecidas ou pouco familiares, com base no contexto da frase ou do texto.  (EF02LP46) Recitar parlendas, quadras, quadrinhas e poemas, além de cantar músicas e canções, com ritmo, melodia e sonoridade, observando as rimas.  Possibilitar que os alunos façam uso real das aprendizagens obtidas no ambiente escolar, como cantar uma cantiga em uma brincadeira ou identificar e compreender uma receita culinária. Objetivos de aprendizagem  Desenvolver a compreensão leitora por meio de estratégias de leitura.  Compreender os gêneros textuais por meio de atividades lúdicas e interativas.  Gênero textual cantiga popular Conteúdos  Gênero textual receita  Compreensão de texto

Materiais e recursos 

Material impresso contendo a cantiga “Da abóbora faz melão” e uma receita de salada de frutas  Uma colher de pau

Desenvolvimento 

Quantidade de aulas: 2 aulas

Aula 1 No início da aula, explicar aos alunos que eles irão (re)conhecer uma nova cantiga popular e, em um primeiro momento, irão ler e cantar para, em seguida, formular hipóteses interpretativas para melhor compreendê-la.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

Começar a atividade perguntando se os alunos conhecem alguma cantiga popular. Neste momento, dar-lhes oportunidade de se manifestarem, destacando que, para falarem, devem levantar a mão e esperar pela sua vez. Estipular um tempo de 5 minutos para esta conversa inicial. Depois, explicar como funcionará a brincadeira da qual participarão com base na cantiga “De abóbora faz melão” e convidá-los a ir à cozinha da dona Sinhá. Em seguida, completando o sentido proposto no convite, perguntar se eles conseguem imaginar sobre o que será a cantiga. Para ajudá-los, escrever o título na lousa, chamando a atenção dos alunos para ele. Espera-se que levantem algumas hipóteses sobre a temática da canção, confirmando-as ou reformulando-as ao longo da primeira leitura. Para dar início a essa etapa, dispor os alunos sentados em círculo, se possível, no chão. Dessa maneira o ambiente ficará mais propício para a atividade. Depois, entregar uma folha para cada um contendo a cantiga sugerida a seguir. DE ABÓBORA FAZ MELÃO DE ABÓBORA FAZ MELÃO DE ABÓBORA FAZ MELÃO DE MELÃO, FAZ MELANCIA [BIS] FAZ DOCE, SINHÁ FAZ DOCE, SINHÁ FAZ DOCE SINHÁ MARIA. QUEM QUISER APRENDER A DANÇAR VÁ NA CASA DO SEU JUQUINHA [BIS] ELE PULA, ELE RODA ELE FAZ REQUEBRADINHA. (Cantiga popular) Disponível em: <http://portal.educacao.salvador.ba.gov.br/site/documentos/espaco-virtual/espaco-alfa betizar-letrar/lecto-escrita/publicacoes/escola-%20ativa%20-livro-%20do-aluno%20vol.%2 01.pdf>. Acesso em: 05 jan. 2018.

Inicialmente, a cantiga será lida de acordo com a seguinte dinâmica: cada aluno deverá ler uma frase, seguindo o sentido horário do círculo. Quando concluída a letra, o próximo aluno deverá iniciá-la novamente, até que todos leiam. Concluída a leitura, dar início à leitura ritmada da cantiga, convidando todos a acompanharem. Depois dessa dinâmica, propor que cada aluno cante um verso da música segurando a colher de pau na mão, simulando que está mexendo o doce em uma panela e, em seguida, passe-a para o colega do lado, que deverá dar continuidade à brincadeira do mesmo modo. Explicar que, quando o trecho “Ele pula, ele roda” for cantado, o aluno que cantar deverá ficar em pé para poder pular e rodar e, da mesma forma, o aluno que cantar o verso “Ele faz requebradinho” deverá ficar em pé e fazer uma dancinha. Enquanto a colher de pau for passando entre os alunos, os demais deverão bater palmas no ritmo da cantiga. A ideia é que se faça no mínimo três rodadas completas, aumentando a velocidade do cantar. Estipular um tempo de 15 minutos para esta etapa da atividade.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

Ao finalizar a brincadeira, manter os alunos sentados em círculo e dar início a uma conversa sobre a cantiga. Elaborar oralmente algumas perguntas sobre a letra para auxiliá-los no processo de interpretação textual, como “Quais são as frutas mencionadas na cantiga?” (melão, melancia, maracujá), “O que os nomes dessas frutas têm em comum?” (explicar que é a letra “m” e pronunciar pausadamente cada uma das palavras para enfatizar o som correspondente a esta letra), “Qual é o significado da palavra sinhá?” (primeiramente, incentivar que compreendam o significado do termo a partir do contexto de leitura. Depois, explicar que a palavra sinhá deriva da palavra senhora e era usada pelos escravos para se referir a suas patroas. Quando terminarem a conversa em grupo, pedir aos alunos que voltem a seus lugares e colem a letra da cantiga no caderno. Ao final da aula, espera-se que os alunos tenham aprendido uma brincadeira nova para fazer com os amigos em momentos de lazer e, ao mesmo tempo, tenham trabalhado a oralidade, a formulação de hipóteses — que no decorrer da atividade deverão ter sido confirmadas ou repensadas — e praticado a leitura para o desenvolvimento da autonomia leitora. Todas essas aprendizagens são importantes para a interação social das crianças.

Aula 2 Dando continuidade ao desenvolvimento das estratégias de leitura e de produção textual, explicar aos alunos que, nesta aula, irão falar de alimentação saudável e, ao final, aprender uma receita deliciosa. A autonomia na leitura e na escrita irá auxiliá-los em diversas situações como ler artigos em revistas e/ou livros, escrever um recado para um amigo etc. Para começar, organizar os alunos em um semicírculo e, em seguida, fazer algumas perguntas sobre suas preferências alimentares, como “Qual é a sua fruta favorita?”, “Qual é a fruta de que menos gosta?”. Durante esse momento de conversa inicial, reforce aos alunos que, para responder às perguntas, eles devem levantar a mão e esperar pela sua vez, assim como ouvir o colega com atenção e respeito. Finalizada essa dinâmica, pedir aos alunos que se organizem em duplas e, depois, distribuir uma folha na qual constem a receita de salada de frutas e a atividade relacionada a ela, como sugerido a seguir. Dizer que, na sala de aula, eles irão trabalhar apenas com a compreensão do conteúdo mencionado na receita e que, portanto, não irão prepará-la, embora eventualmente possam fazê-la em casa, acompanhados de um adulto para auxiliá-los no manuseio da faca ou do descascador. Se considerar necessário, substituir as frutas da receita por outras da região ou da época. Antes de iniciar a leitura, perguntar aos alunos em que tipo de texto eles pensam ao ouvirem a palavra receita. Em seguida, pedir que eles leiam o título Salada de frutas e, partindo de seus comentários iniciais sobre o gênero receita, solicitar que falem sobre o que acreditam que o texto trata. Neste momento, espera-se que eles compreendam que, pelo título, é possível deduzir que o texto trata de uma receita, por meio da qual é possível aprender como fazer uma salada de frutas. Em seguida, pedir que eles olhem a receita impressa para visualizar as partes que a compõem. Neste momento, chamar a atenção dos alunos para os ingredientes e os números que aparecem antes das palavras. Explicar que eles representam a quantidade necessária de cada ingrediente para fazer a receita. Depois, explicar as quantidades referidas, dando especial atenção para a fração ½, dizendo que ela indica que se deve fazer uso de metade dos ingredientes a que se refere, isto é, do melão e do abacaxi. Antes de iniciar a leitura da segunda parte do texto, perguntar o que eles entendem por modo de preparo e, ouvidas as respostas, sublinhar que se trata da parte em que se explica como devemos fazer a receita. Trabalhados os aspectos principais desse gênero textual, iniciar a leitura, destacando o uso frequente de verbos (como descasque, corte, faça, misture, sirva) para dar as instruções de como preparar a salada de frutas. Muitas receitas apresentam verbos no imperativo, outras apresentam no infinitivo. 45


Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

Na sequência, pedir que respondam às perguntas por escrito no caderno ou na folha entregue. Estipule cerca de 10 minutos para realização desta atividade. LEIA A RECEITA A SEGUIR. SALADA DE FRUTAS INGREDIENTES 3 BANANAS ½ MELÃO 3 MAÇÃS ½ ABACAXI 3 LARANJAS MODO DE PREPARO 1. DESCASQUE AS BANANAS, O MELÃO, AS MAÇÃS E O ABACAXI. 2. DEPOIS, CORTE AS FRUTAS DESCASCADAS EM PEDAÇOS BEM PEQUENOS. 3. FAÇA UM SUCO COM AS LARANJAS. 4. MISTURE TODAS AS FRUTAS EM UMA TIGELA E DESPEJE O SUCO DAS LARANJAS POR CIMA DAS FRUTAS PICADAS. 5. LEVE A MISTURA À GELADEIRA POR ALGUNS MINUTOS. SIRVA GELADA. AGORA, COM BASE NA RECEITA, RESPONDA ÀS PERGUNTAS. A) QUAIS FRUTAS SÃO NECESSÁRIAS PARA FAZER ESSA RECEITA? ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ São necessárias bananas, melão, maçãs, abacaxi e laranjas. B) COMO DEVERÃO SER PREPARADAS AS FRUTAS? ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ Deverão ser descascadas e cortadas em pedaços bem pequenos. C) EXPLIQUE A DIFERENÇA NO PREPARO DA LARANJA. ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ Em vez de ser descascada e cortada em pedaços bem pequenos, com as laranjas deverá ser feito um suco.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

Para terminar, verifique as respostas em conjunto com toda a turma e pergunte aos alunos se eles conseguem imaginar outros tipos de salada de frutas e quais seriam. Espera-se que consigam perceber que ao trocar algumas ou todas as frutas, bem como seu modo de preparo, eles poderão criar novas receitas.

Avaliação No primeiro momento, acompanhar os avanços dos alunos ao realizar as atividades propostas sobre a cantiga, observando a participação deles nas discussões, durante a brincadeira e nas atividades de compreensão dos textos para verificar se atingiram os objetivos da aula. No segundo momento, observar como os alunos desenvolveram os trabalhos de pré-leitura, o levantamento de hipóteses e a pós-leitura. Para isso, segue a sugestão de uma ficha de progresso do aluno. Nome do aluno: ________________________________________________________________________ Sim

Em progresso

1. Acompanhou as discussões de pré e pós-leitura. 2. Percebeu que a cantiga tem um ritmo. 3. Levantou hipóteses, confirmando-as ou modificando-as de acordo com o avanço da leitura. 4. Entendeu a estrutura e função uma receita.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

Proposta de acompanhamento da aprendizagem Avaliação de Língua Portuguesa: 1o bimestre NOME: _______________________________________________________________________________________ TURMA: __________________________ DATA: ____________________________________________________

1. SUBSTITUA AS SÍLABAS EM DESTAQUE PELAS SÍLABAS DO QUADRO E ASSINALE A ALTERNATIVA QUE CORRESPONDE ÀS NOVAS PALAVRAS FORMADAS: CA-NE-CA

MA-LA

BA

TA

A-BA-CA-TE

LI

(A) CA-DER-NO, VA-LA, A-LI-CA-TE (B) CA-NE-TA, BA-LA, A-LI-CA-TE (C) CA-NE-LA, TA-LA, AL-FAI-A-TE (D) CA-NE-TA, SA-LA, AL-FI-NE-TE LEIA ESTES VERSOS PARA RESPONDER ÀS PERGUNTAS 2 E 3: BICHO MANSO E SALTADOR, GOSTA DE IR AOS PINOTES, LEVANDO, CHEIO DE AMOR, DENTRO DA BOLSA OS FILHOTES. (DOMÍNIO PÚBLICO.)

2. QUAL É O BICHO? (A) O LEÃO. (B) O GATO. (C) O CANGURU. (D) A COBRA.

3. O QUE SIGNIFICA A PALAVRA PINOTES? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

LEIA O TRECHO DO CONTO “O GATO DE BOTAS” E RESPONDA ÀS QUESTÕES 3 E 4: O REI VÊ OS FAZENDEIROS NOS CAMPOS E ABRE A JANELA. — ESSES CAMPOS SÃO LINDOS. — O REI DIZ PARA OS FAZENDEIROS. — DE QUEM SÃO ESSES CAMPOS? — ELES PERTENCEM AO GRANDE MARQUÊS DE CARABÁS. — DIZEM OS FAZENDEIROS. ENTÃO O REI VÊ ALGUNS FAZENDEIROS COM VACAS. — ESSAS VACAS SÃO LINDAS. — ELE DIZ. — DE QUEM SÃO ESSAS VACAS? — ELAS PERTENCEM AO GRANDE MARQUÊS DE CARABÁS. — DIZEM OS FAZENDEIROS. O REI PENSA: “O MARQUÊS DE CARABÁS É UM HOMEM MUITO RICO”. RICHARD NORTHCOTT. TRADUÇÃO: CAMILA WERNER. O GATO DE BOTAS. SÃO PAULO: FTD, 2016. P. 15.

4. DE ACORDO COM O TRECHO, A QUEM PERTENCEM OS CAMPOS E AS VACAS? ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA. (A) AO REI. (B) AO MARQUÊS DE CARABÁS. (C) AOS FAZENDEIROS. (D) NÃO TÊM DONO.

5. DEPOIS DE CONVERSAR COM OS FAZENDEIROS, A QUE CONCLUSÃO CHEGA O REI A RESPEITO DO MARQUÊS DE CARABÁS? (A) QUE O MARQUÊS É UM HOMEM MUITO POBRE. (B) QUE O MARQUÊS É FAZENDEIRO. (C) QUE O MARQUÊS NÃO TRABALHA. (D) QUE O MARQUÊS É UM HOMEM MUITO RICO.

LEIA A NOTÍCIA A SEGUIR E RESPONDA À QUESTÃO 6: O ESTADO DE SÃO PAULO PASSOU A INTEGRAR HOJE (16) O SISTEMA DE ALERTAS DE DESASTRES NACIONAIS POR CELULAR, COORDENADO PELA DEFESA CIVIL NACIONAL. OS PAULISTAS JÁ PODEM CADASTRAR SUAS LINHAS PARA RECEBER MENSAGENS SOBRE RISCOS DE TEMPESTADES, RAIOS, ENCHENTES, DESLIZAMENTOS E EMERGÊNCIAS DE VERÃO. O MODELO JÁ ESTÁ ATIVO NO PARANÁ E EM SANTA CATARINA E DEVE ALCANÇAR TODOS OS ESTADOS ATÉ MARÇO DE 2018. [...] DÉCIO TRUJILO. AGÊNCIA BRASIL. DISPONÍVEL EM: <HTTP://AGENCIABRASIL.EBC.COM.BR/GERAL/NOTICIA/2017-11/SAO-PAULO-PASSA-T ER-SERVICO-DE-ALERTA-PARA-DESASTRES-NATURAIS>. ACESSO EM: 19 NOV. 2017.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

6. DE ACORDO COM A NOTÍCIA, SOBRE QUAIS DESASTRES NATURAIS OS PAULISTAS PODERÃO SER AVISADOS POR MEIO DO CELULAR? (A) RAIOS E DESLIZAMENTOS. (B) RAIOS E ENCHENTES. (C) RISCOS DE TEMPESTADES, RAIOS, ENCHENTES, DESLIZAMENTOS. (D) ENCHENTES E RISCOS DE TEMPESTADES. LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER À QUESTÃO 7:

Studio Caparroz

7. QUAL É O TÍTULO DA RECEITA? (A) BOLO DE FUBÁ. (B) BOLO DE CHOCOLATE. (C) BOLO DE MILHO. (D) BOLO DE CENOURA.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

8. QUAL É O SEU BOLO FAVORITO E QUEM COSTUMA PREPARÁ-LO? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

9. ESCREVA NOMES DE INGREDIENTES QUE PODEM SER USADOS PARA FAZER E TEMPERAR UMA SALADA.

______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

LEIA A CANTIGA A SEGUIR: PEIXE VIVO COMO PODE UM PEIXE VIVO VIVER FORA DA ÁGUA FRIA [BIS] COMO PODEREI VIVER [BIS] SEM A TUA, SEM A TUA SEM A TUA COMPANHIA. [BIS] (CANTIGA POPULAR.)

10. SUBSTITUA AS SÍLABAS DESTACADAS NA CANTIGA E FORME CINCO NOVAS PALAVRAS.

VOCÊ TAMBÉM PODERÁ ACRESCENTAR SÍLABAS. A SEGUIR, ESCREVA AS PALAVRAS QUE VOCÊ FORMOU.

______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

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OBSERVE AS IMAGENS A SEGUIR PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES 11 E 12:

Ilustra Cartoon

11. QUAIS SÃO OS NOMES DESSAS FRUTAS? ESCREVA AS PALAVRAS UTILIZANDO LETRAS DE IMPRENSA E CURSIVA.

______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

12. AGORA, ESCOLHA DUAS DESSAS FRUTAS E CRIE UMA FRASE PARA CADA UMA DELAS. UTILIZE AS LETRAS DE IMPRENSA E CURSIVA PARA ESCREVER AS PALAVRAS.

______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

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13. LEIA A QUADRINHA A SEGUIR E OBSERVE QUE ALGUMAS PALAVRAS ESTÃO UNIDAS UMAS ÀS OUTRAS:

PLANTEI UMABACATEIRO PARACOMER ABACATE MAS NÃO SEI O QUE PLANTAR PARA COMERCHOCOLATE. (QUADRINHA POPULAR.)

 COPIE O TEXTO, SEPARANDO CORRETAMENTE UMA PALAVRA DA OUTRA. ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

LEIA AS PALAVRAS DO QUADRO:

GABRIELA

ANIMAL

GATA

POETA

14. COMPLETE AS FRASES COM AS PALAVRAS DO QUADRO. A) EU TENHO VÁRIOS ANIMAIS EM CASA, MAS EU GOSTO MAIS DA MINHA _____________________ PORQUE ELA FICA SEMPRE NO MEU COLO. B) ______________________ CHOROU MUITO QUANDO PERDEU O SEU _____________________ DE ESTIMAÇÃO. C) DANIEL LEU O LIVRO DE UM __________________ MUITO FAMOSO.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

15. LEIA ESTE TRECHO DE CANTIGA ESCRITO COM ALGUMAS PALAVRAS TODAS JUNTAS: SEESTA RUA, SEESTARUA FOSSEMINHA EUMANDAVA, EUMANDAVALADRILHAR COMPEDRINHAS, COMPEDRINHASDEBRILHANTES PARAOMEU, PARAOMEUAMORPASSAR. [...] (CANTIGA POPULAR.)

 REESCREVA O TRECHO DE CANTIGA, COM OS ESPAÇOS CORRETOS ENTRE AS PALAVRAS. ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

Proposta de acompanhamento da aprendizagem Avaliação de Português: 1o bimestre NOME: _______________________________________________________________________________________ TURMA: __________________________ DATA: ____________________________________________________

1. SUBSTITUA AS SÍLABAS EM DESTAQUE PELAS SÍLABAS DO QUADRO E ASSINALE A ALTERNATIVA QUE CORRESPONDE ÀS NOVAS PALAVRAS FORMADAS: CA-NE-CA

BA

MA-LA

TA

A-BA-CA-TE

LI

(A) CA-DER-NO, VA-LA, A-LI-CA-TE (B) CA-NE-TA, BA-LA, A-LI-CA-TE (C) CA-NE-LA, TA-LA, AL-FAI-A-TE (D) CA-NE-TA, SA-LA, AL-FI-NE-TE Habilidade trabalhada: (EF02LP30) Segmentar palavras em sílabas e remover e substituir sílabas iniciais, mediais ou finais para criar novas palavras. Resposta: B. Em conformidade com o comando do exercício, as novas palavras formadas pelas substituições de sílabas são, respectivamente, CANETA, BALA e ALICATE. Distratores: As alternativas A, C e D apresentam sílabas inexistentes nas opções do quadro acima, como: DER, VA, LA, AL, FAI, A, SA, FI, NE. LEIA ESTES VERSOS PARA RESPONDER ÀS PERGUNTAS 2 E 3: BICHO MANSO E SALTADOR, GOSTA DE IR AOS PINOTES, LEVANDO, CHEIO DE AMOR, DENTRO DA BOLSA OS FILHOTES. (DOMÍNIO PÚBLICO.)

2. QUAL É O BICHO?

(A) O LEÃO. (B) O GATO. (C) O CANGURU. (D) A COBRA. Habilidade trabalhada: (EF02LP14) Inferir, em textos curtos, informações implícitas de fácil identificação. 55


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Resposta: C. O aluno é capaz de descobrir que o bicho é o canguru pela descrição das características, principalmente pelos trechos: “saltador” e “levando [...] dentro da bolsa os filhotes”. Distratores: As alternativas A, B e D estão incorretas, pois as características não correspondem às características dos animais citados.

3. O QUE SIGNIFICA A PALAVRA PINOTES? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF02LP17) Deduzir o significado de palavras desconhecidas ou pouco familiares, com base no contexto da frase ou do texto. Resposta sugerida: Significa saltos, pulos. Caso o aluno não chegue a essa conclusão, trabalhar o contexto da situação referida na adivinha, retomando as características do animal. LEIA O TRECHO DO CONTO “O GATO DE BOTAS” E RESPONDA ÀS QUESTÕES 3 E 4: O REI VÊ OS FAZENDEIROS NOS CAMPOS E ABRE A JANELA. — ESSES CAMPOS SÃO LINDOS. — O REI DIZ PARA OS FAZENDEIROS. — DE QUEM SÃO ESSES CAMPOS? — ELES PERTENCEM AO GRANDE MARQUÊS DE CARABÁS. — DIZEM OS FAZENDEIROS. ENTÃO O REI VÊ ALGUNS FAZENDEIROS COM VACAS. — ESSAS VACAS SÃO LINDAS. — ELE DIZ. — DE QUEM SÃO ESSAS VACAS? — ELAS PERTENCEM AO GRANDE MARQUÊS DE CARABÁS. — DIZEM OS FAZENDEIROS. O REI PENSA: “O MARQUÊS DE CARABÁS É UM HOMEM MUITO RICO”. RICHARD NORTHCOTT. TRADUÇÃO: CAMILA WERNER. O GATO DE BOTAS. SÃO PAULO: FTD, 2016. P. 15.

4. DE ACORDO COM O TRECHO, A QUEM PERTENCEM OS CAMPOS E AS VACAS? ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA. (A) AO REI. (B) AO MARQUÊS DE CARABÁS. (C) AOS FAZENDEIROS. (D) NÃO TÊM DONO. Habilidade trabalhada: (EF02LP12) Localizar, em textos curtos, informações pontuais. Resposta: B. Como referido no segundo, terceiro, quinto e sexto parágrafos, o dono dos campos e das vacas é o marquês de Carabás.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

Distratores: As alternativas A, C e D estão incorretas porque apresentam opções interpretativas que não condizem com a informação apresentada no fragmento. No caso da alternativa A, sabe-se que não pode ser o rei o dono dos campos e das vacas pois a personagem é apresentada como aquele que observa os campos e as vacas e pergunta sobre o que observou (“Esses campos são lindos. [...] — De quem são esses campos?”; “Essas vacas são lindas. [...] De quem são essas vacas?”). No caso da alternativa C, sabe-se que não podem ser os fazendeiros pois eles são os que respondem ao rei e não se apresentam como os donos dos campos e das vacas (“Eles pertencem ao grande marquês de Carabás.”; “Elas pertencem ao grande marquês de Carabás.”). No caso da alternativa D, sabe-se que não é possível afirmar que os campos e as vacas não têm dono pois os fazendeiros mencionam a quem os campos e as vacas pertencem (“Eles pertencem ao grande marquês de Carabás.”; “Elas pertencem ao grande marquês de Carabás.”).

5. DEPOIS DE CONVERSAR COM OS FAZENDEIROS, A QUE CONCLUSÃO CHEGA O REI A RESPEITO DO MARQUÊS DE CARABÁS? (A) QUE O MARQUÊS É UM HOMEM MUITO POBRE. (B) QUE O MARQUÊS É FAZENDEIRO. (C) QUE O MARQUÊS NÃO TRABALHA. (D) QUE O MARQUÊS É UM HOMEM MUITO RICO. Habilidade trabalhada: (EF02LP12) Localizar, em textos curtos, informações pontuais. Resposta: D. Como referido no sétimo parágrafo, o rei chega à conclusão de que o marquês é um homem muito rico. Distratores: A alternativa A está incorreta porque afirma que o rei chega à conclusão de que o marquês de Carabás é pobre, quando na verdade, como referido no último parágrafo do trecho, se afirma o contrário (“O marquês de Carabás é um homem muito rico”). A alternativa B está incorreta porque afirma que o marquês é um fazendeiro, mas na verdade ele é apresentado como o dono dos campos nos quais os fazendeiros estão, como referem os três primeiros parágrafos. A alternativa C está incorreta, pois não há no texto referência de que o rei considere o marquês como trabalhador. LEIA A NOTÍCIA A SEGUIR E RESPONDA À QUESTÃO 6: O ESTADO DE SÃO PAULO PASSOU A INTEGRAR HOJE (16) O SISTEMA DE ALERTAS DE DESASTRES NACIONAIS POR CELULAR, COORDENADO PELA DEFESA CIVIL NACIONAL. OS PAULISTAS JÁ PODEM CADASTRAR SUAS LINHAS PARA RECEBER MENSAGENS SOBRE RISCOS DE TEMPESTADES, RAIOS, ENCHENTES, DESLIZAMENTOS E EMERGÊNCIAS DE VERÃO. O MODELO JÁ ESTÁ ATIVO NO PARANÁ E EM SANTA CATARINA E DEVE ALCANÇAR TODOS OS ESTADOS ATÉ MARÇO DE 2018. [...] DÉCIO TRUJILO. AGÊNCIA BRASIL. DISPONÍVEL EM: <HTTP://AGENCIABRASIL.EBC.COM.BR/GERAL/NOTICIA/2017-11/SAO-PAULO-PASSA-T ER-SERVICO-DE-ALERTA-PARA-DESASTRES-NATURAIS>. ACESSO EM: 19 NOV. 2017.

6. DE ACORDO COM A NOTÍCIA, SOBRE QUAIS DESASTRES NATURAIS OS PAULISTAS PODERÃO SER AVISADOS POR MEIO DO CELULAR? (A) RAIOS E DESLIZAMENTOS. (B) RAIOS E ENCHENTES.

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(C) RISCOS DE TEMPESTADES, RAIOS, ENCHENTES, DESLIZAMENTOS. (D) ENCHENTES E RISCOS DE TEMPESTADES. Habilidade trabalhada: (EF02LP12) Localizar, em textos curtos, informações pontuais. Resposta: C. O texto informa que os paulistas poderão receber mensagens sobre riscos de tempestades, raios, enchentes, deslizamentos. Distratores: As opções A, B e D apresentam apenas alguns dos desastres naturais mencionados no texto, portanto são incompletas. LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER À QUESTÃO 7:

Studio Caparroz

7. QUAL É O TÍTULO DA RECEITA?

(A) BOLO DE FUBÁ. (B) BOLO DE CHOCOLATE. (C) BOLO DE MILHO. (D) BOLO DE CENOURA. Habilidade trabalhada: (EF02LP14) Inferir, em textos curtos, informações implícitas de fácil identificação. Resposta: A. Para descobrir que o título da receita é “Bolo de fubá”, o aluno precisa ler todos os elementos que compõem o texto, incluindo o título. Distratores: As respostas B, C e D estão incorretas porque esses ingredientes (chocolate, milho e cenoura) não aparecem no título da receita. 58


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8. QUAL É O SEU BOLO FAVORITO E QUEM COSTUMA PREPARÁ-LO? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF02LP36) Segmentar corretamente as palavras ao escrever frases e textos. Resposta pessoal. Como critério avaliativo, considerar a coerência da resposta dada pelo aluno, analisando simultaneamente o seu domínio da ortografia.

9. ESCREVA NOMES DE INGREDIENTES QUE PODEM SER USADOS PARA FAZER E TEMPERAR UMA SALADA.

______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF02LP33) Ler e escrever corretamente palavras com sílabas CV, V, CVC, CCV, identificando que existem vogais em todas as sílabas. Resposta sugerida: tomate, ovo, milho, batata, limão. LEIA A CANTIGA A SEGUIR: PEIXE VIVO COMO PODE UM PEIXE VIVO VIVER FORA DA ÁGUA FRIA [BIS] COMO PODEREI VIVER [BIS] SEM A TUA, SEM A TUA SEM A TUA COMPANHIA. [BIS] (CANTIGA POPULAR.)

10. SUBSTITUA AS SÍLABAS DESTACADAS NA CANTIGA E FORME CINCO NOVAS PALAVRAS.

VOCÊ TAMBÉM PODERÁ ACRESCENTAR SÍLABAS. A SEGUIR, ESCREVA AS PALAVRAS QUE VOCÊ FORMOU.

______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF02LP30) Segmentar palavras em sílabas e remover e substituir sílabas iniciais, mediais ou finais para criar novas palavras. 59


Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

Respostas sugeridas: PO-TE, PO-DER, PO-DRE, PO-VO; VI-DRO, VI-DA, VI-LA, VI-VO, VI-; CO-LO, CO-PO, CO-NE, CO-LAR, CO-LA; TU-DO, TÚ-NEL, TU-FÃO, TU-BO, TU-BA-RÃO; COM-PA-DRE, COM-PA-RE, COM-PA-RE-CER, COM-PA-DE-CER. Nas respostas sugeridas foram propostos apenas alguns exemplos das substituições, supressões e acréscimos que poderão ser realizados para formação de novas palavras partindo da sílaba destacada. O importante é que os alunos mantenham inalteradas as sílabas que não estão em destaque e modifiquem somente as que estão grifadas, fazendo substituições e/ou acréscimos de sílabas ou mesmo suprimindo-as. OBSERVE AS IMAGENS A SEGUIR PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES 11 E 12:

Ilustra Cartoon

11. QUAIS SÃO OS NOMES DESSAS FRUTAS? ESCREVA AS PALAVRAS UTILIZANDO LETRAS DE IMPRENSA E CURSIVA.

______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF02LP32) Escrever palavras, frases, textos curtos nas formas imprensa e cursiva. Resposta sugerida: abacaxi, uva, maçã, pera e banana. Caso os alunos confundam o nome de alguma das frutas, mostrar-lhes a palavra correta e associá-las com outras palavras que tenham a mesma formação para que eles possam relacioná-las.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

12. AGORA, ESCOLHA DUAS DESSAS FRUTAS E CRIE UMA FRASE PARA CADA UMA DELAS. UTILIZE AS LETRAS DE IMPRENSA E CURSIVA PARA ESCREVER AS PALAVRAS.

______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF02LP32) Escrever palavras, frases, textos curtos nas formas imprensa e cursiva. Resposta pessoal. Como critérios de avaliação, verificar o desempenho ortográfico dos alunos, bem como suas capacidades de formar frases. Caso apresentem dificuldades, propor mais atividades de escrita.

13. LEIA A QUADRINHA A SEGUIR E OBSERVE QUE ALGUMAS PALAVRAS ESTÃO UNIDAS UMAS ÀS OUTRAS:

PLANTEI UMABACATEIRO PARACOMER ABACATE MAS NÃO SEI O QUE PLANTAR PARA COMERCHOCOLATE. (QUADRINHA POPULAR.)

 COPIE O TEXTO, SEPARANDO CORRETAMENTE UMA PALAVRA DA OUTRA. ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF02LP36) Segmentar corretamente as palavras ao escrever frases e textos. Resposta: Plantei um abacateiro / Para comer abacate / Mas não sei o que plantar / Para comer chocolate.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

LEIA AS PALAVRAS DO QUADRO:

GABRIELA

ANIMAL

GATA

POETA

14. COMPLETE AS FRASES COM AS PALAVRAS DO QUADRO. A) EU TENHO VÁRIOS ANIMAIS EM CASA, MAS EU GOSTO MAIS DA MINHA _____________________ PORQUE ELA FICA SEMPRE NO MEU COLO. B) ______________________ CHOROU MUITO QUANDO PERDEU O SEU _____________________ DE ESTIMAÇÃO. C) DANIEL LEU O LIVRO DE UM __________________ MUITO FAMOSO. Habilidade trabalhada: (EF02LP33) Ler e escrever corretamente palavras com sílabas CV, V, CVC, CCV, identificando que existem vogais em todas as sílabas. Resposta: gata; Gabriela; animal; poeta.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

15. LEIA ESTE TRECHO DE CANTIGA ESCRITO COM ALGUMAS PALAVRAS TODAS JUNTAS: SEESTA RUA, SEESTARUA FOSSEMINHA EUMANDAVA, EUMANDAVALADRILHAR COMPEDRINHAS, COMPEDRINHASDEBRILHANTES PARAOMEU, PARAOMEUAMORPASSAR. [...] (CANTIGA POPULAR.)

 REESCREVA O TRECHO DE CANTIGA, COM OS ESPAÇOS CORRETOS ENTRE AS PALAVRAS. ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF02LP36) Segmentar corretamente as palavras ao escrever frases e textos. Resposta: Se esta rua, se esta rua / fosse minha / eu mandava, / eu mandava ladrilhar / com pedrinhas, / com pedrinhas de brilhantes / par ao meu, / para o meu amor passar.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

Ficha de acompanhamento das aprendizagens Esta ficha de acompanhamento é apenas uma das muitas possibilidades para avaliar a progressão dos alunos. É importante ter em mente que a avaliação não deve ser entendida como um fim em si mesma, mas como uma das muitas ferramentas a serviço de uma compreensão dos avanços e das necessidades de cada aluno, respeitando o período de aprendizagem de cada um. Legenda Total = TT

Em evolução = EE

Não desenvolvida = ND

Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: _________________________________ Data: ______________________________________________ Questão 1

2

Habilidades

TT

EE

ND

(EF02LP30) Segmentar palavras em sílabas e remover e substituir sílabas iniciais, mediais ou finais para criar novas palavras.

Substitui todas as sílabas iniciais, mediais ou finais para formação de novas palavras.

Não consegue fazer as substituições.

(EF02LP14) Inferir, em textos curtos, informações implícitas de fácil identificação.

Identifica a resposta correta ao ler a descrição das características do bicho. Deduz corretamente o significado da palavra.

Substitui parcialmente as sílabas iniciais, mediais ou finais para formação de novas palavras. Identifica um dos bichos, mas não relaciona com as características descritas. Deduz incorretamente, ou seja, utiliza palavra inadequada ao contexto. Localiza outra personagem, no lugar do marquês. Localiza qualquer outra alternativa.

Não identifica nada.

Localiza a informação equivocada.

Não responde.

Reconhece um ou mais nomes dos bolos, mas não os relaciona ao título ou aos ingredientes da receita. Segmenta parcialmente as palavras em frases e textos, ainda precisa de alguns ajustes. Identifica e escreve parcialmente os

Não responde.

4

(EF02LP17) Deduzir o significado de palavras desconhecidas ou pouco familiares, com base no contexto da frase ou do texto (EF02LP12) Localizar, em textos curtos, informações pontuais.

5

(EF02LP12) Localizar, em textos curtos, informações pontuais.

6

(EF02LP12) Localizar, em textos curtos, informações pontuais.

3

7

(EF02LP14) Inferir, em textos curtos, informações implícitas de fácil identificação.

8

(EF02LP36) Segmentar corretamente as palavras ao escrever frases e textos.

9

(EF02LP33) Ler e escrever corretamente palavras com

Localiza corretamente a quem pertencem os campos e as vacas. Localiza corretamente que o marquês é um homem muito rico. Localiza adequadamente a informação solicitada no texto. Reconhece o título da receita, pois lê o texto todo e localiza as informações em sua estrutura. Segmenta corretamente as palavras em frases e textos. Identifica e escreve corretamente os

Anotações

Não identifica e não responde. Não deduz.

Não responde.

Não segmenta as palavras em frases e textos. Não identifica e não escreve

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem sílabas CV, V, CVC, CCV, identificando que existem vogais em todas as sílabas.

nomes dos ingredientes.

nomes dos ingredientes.

corretamente os nomes dos ingredientes.

(EF02LP30) Segmentar palavras em sílabas e remover e substituir sílabas iniciais, mediais ou finais para criar novas palavras.

Realiza as substituições e/ou acréscimos de todas as palavras indicadas.

Realiza as substituições e/ou acréscimos de algumas palavras indicadas.

Não realiza as substituições e acréscimo de nenhuma palavra.

11

(F02LP32) Escrever palavras, frases, textos curtos nas formas imprensa e cursiva.

Domina as 2 formas de escrita.

Ainda não domina 1 ou formas de escrita.

12

(EF02LP32) Escrever palavras, frases, textos curtos nas formas imprensa e cursiva.

Domina as 2 formas de escrita.

Ainda não domina 1 ou formas de escrita.

(EF02LP36) Segmentar corretamente as palavras ao escrever frases e textos.

Segmenta corretamente as palavras em frases e textos.

Segmenta as palavras em frases e textos, mas ainda comete alguns erros.

Não reconhece nenhuma forma de escrita. Não reconhece nenhuma forma de escrita. Não segmenta as palavras em frases e textos.

(EF02LP33) Ler e escrever corretamente palavras com sílabas CV, V, CVC, CCV, identificando que existem vogais em todas as sílabas.

Identifica e escreve corretamente as palavras do quadro.

EF02LP36) Segmentar corretamente as palavras ao escrever frases e textos.

Segmenta corretamente as palavras em frases e textos.

Identifica parcialmente e escreve corretamente algumas palavras do quadro. Segmenta as palavras em frases e textos, mas ainda comete alguns erros.

10

13

14

15

Não identifica e não escreve corretamente as palavras do quadro. Não segmenta as palavras em frases e textos.

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Língua Portuguesa – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

Ficha de acompanhamento individual A ficha de acompanhamento individual é um instrumento de registro onde podemos verificar e avaliar de forma individual, contínua e diária, a evolução da aprendizagem. Ela serve para que nós, professores, possamos acompanhar o progresso de cada um de nossos alunos [...]. BRASIL. Ministério da Educação. Programa de Apoio a Leitura e Escrita: PRALER. Brasília, DF: FNDE, 2007. Caderno de Teoria e Prática 6: Avaliação e projetos na sala de aula, p. 20.

Total = TT

Legenda Não desenvolvida = ND

Em evolução = EE

Não observada = NO

Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: _________________________________ Data: ______________________________________________ Data

Habilidade

TT

EE

ND

NO

Anotações

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