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ilustrado com textos de heloisa pires lima
© Gildásio Jardim, 2024
© Heloisa Pires Lima, 2024
Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à EDITORA FTD.
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diretor-geral Ricardo Tavares de Oliveira diretor de c onteúdo e n egócios Cayube Galas gerente editorial Isabel Lopes Coelho
editor Estevão Azevedo
editor-assistente Bruno Salerno Rodrigues analista de r elações internacionais Tassia R. S. de Oliveira coordenador de p rodução editorial Leandro Hiroshi Kanno preparadora Lívia Perran revisoras Kandy Saraiva e Marina Nogueira
editor de a rte Daniel Justi projeto gráfico e d iagramação Daniel Justi tratamento de i magem Edição da Imagem diretor de o perações e p rodução gráfica Reginaldo Soares Damasceno
gildásio jardim nasceu em Joaíma (MG), no Vale do Jequitinhonha, em 1981. Realizou mais de mil criações de pinturas caracterizadas pelas estampas de tecido típicas do Vale do Jequitinhonha.
heloisa pires lima nasceu em Porto Alegre (RS) e, aos nove anos, mudou-se para São Paulo (SP). Antropóloga, educadora e escritora, já publicou diversos títulos para crianças e jovens.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Lima, Heloisa Pires Giraflor e outros jequitinhonhas / Heloisa Pires Lima; ilustrações de Gildásio Jardim. – 1. ed. – São Paulo: FTD, 2024. ISBN 978-85-96-04239-0
1. Literatura infantojuvenil I. Jardim, Gildásio. II. Título. 23-178137 CDD-028.5
Índice para catálogo sistemático:
1. Literatura infantojuvenil 028.5
Cibele Maria Dias – Bibliotecária – CRB-8/9427
Sabe aquele instante exato em que o vapor escorre fios de água? Esse derretimento nada mais é que a passagem do estado gasoso para o líquido sob certa temperatura. Pode parecer magia para as vistas que apenas não conseguiram acompanhar a microscópica transformação. Também na inexata fronteira entre o virar destas páginas pode acontecer a metamorfose do real para o suprarreal. Atente! A dissolução das tintas trança ilusões enquanto invade o seu juízo. heloisa pires lima
quando levei o baita susto. Paralisei. E juro que vi.
Ah! Lá tá ele. Prenderam ele aquele dia aqui dentro, foi? No dia do presente. O brinco que ele me deu eu nunca mais tirei da orelha. Que nem a aliança do dedo.
— A cor da sua pele faz brilhar o dourado ainda mais... — ele dizia. — Combina bonito!
Veja só, naquele tempo meu cabelo era pretinho. E meu velho era todo carinho. Dançamos a festa toda. Ah! Que música agradável era essa aí. Que nem o abraço dele que me levava pra lá e pra cá. Ai, ai! E quando as crianças botaram a gente na dança corridinha? Foi a maior algazarra e eu ri tanto, mas tanto! Que coisa boa é uma risada boa. Igual ao bolo de fubá que ele tá comendo aqui, com bastante erva-doce, docinha. Tinha muito pé que eu plantei em volta da casa.
Quando ele chegava do serviço, atravessava aquele mar de primavera miúda, branquinha. E logo arrumava um buquê pro vasinho do quarto. Era um perfume que não acabava nunca. Tô respirando com ele nesse fim de túnel do tempo vermelho-coração. Tempo foi, mas pode voltar. Depressa, moço! Faz um retrato, moço, de eu espiando ele do jeitinho que eu tô agora. Não precisa prender quem tá lendo na contraluz dessa felicidade. Faz a pintura, moço. Pra todo mundo espiar minha saudade. Depressa, moço!