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História CÂNDIDO DOMINGUES GRANGEIRO

2 COMPONENTE CURRICULAR: HISTÓRIA

2O. ANO

ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS

MANUAL DO PROFESSOR MATERIAL DIGITAL

São Paulo | 1a. edição | 2018



Encontros História – 2o ano (Ensino Fundamental – Anos iniciais) Copyright © Cândido Domingues Grangeiro, 2018

Diretor editorial Lauri Cericato Gerente editorial Silvana Rossi Júlio

Editora Natalia Taccetti Gerente de produção editorial Mariana Milani Coordenador de produção editorial Marcelo Henrique Ferreira Fontes Gerente de arte Ricardo Borges Coordenadora de ilustrações e cartografia Marcia Berne Coordenadora de preparação e revisão Lilian Semenichin

Supervisora de iconografia e licenciamento de textos Elaine Bueno

Supervisora de arquivos de segurança Silvia Regina E. Almeida

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Grangeiro, Cândido Domingues Encontros história, 2º ano : componente curricular história : ensino fundamental, anos iniciais / Cândido Domingues Grangeiro. — 1. ed. — São Paulo : FTD, 2018. ISBN 978-85-96-01330-7 (aluno) ISBN 978-85-96-01331-4 (professor) 1. História (Ensino fundamental) I. Título. 17-11613 CDD-372.89 Índices para catálogo sistemático: 1. História : Ensino fundamental 372.89

EDITORA FTD. Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br

Material disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons – Atribuição não comercial (CC BY NC – 4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros.


Sumário Apresentação ........................................................................................................ 4 1o bimestre Plano de desenvolvimento: Memórias e Histórias .......................................................... 15 Projeto integrador: Livro de receitas ................................................................................ 19 1a sequência didática: Objetos e memórias .................................................................... 27 2a sequência didática: Casas com histórias .................................................................... 31 3a sequência didática: As memórias da sua cidade........................................................ 35 4a sequência didática: Histórias de pessoas ................................................................... 40 Proposta de acompanhamento da aprendizagem .......................................................... 44

2o bimestre Plano de desenvolvimento: Comunicação e povos indígenas ....................................... 62 Projeto integrador: A importância da água: como uso a água na minha escola? ......... 66 1a sequência didática: Feira de troca ............................................................................... 74 2a sequência didática: Jogando com mímica.................................................................. 79 3a sequência didática: Povos indígenas e suas culturas ................................................ 84 4a sequência didática: Qual é o tempo do tempo? .......................................................... 89 Proposta de acompanhamento da aprendizagem .......................................................... 95

3o bimestre Plano de desenvolvimento: A música e os diferentes grupos sociais ......................... 113 Projeto integrador: O corpo e os movimentos ............................................................... 117 1a sequência didática: As crianças e seus espaços de sociabilidade ......................... 125 2a sequência didática: O Carnaval .................................................................................. 132 3a sequência didática: O que essa música conta? ........................................................ 137 4a sequência didática: A rotina das crianças ................................................................. 143 Proposta de acompanhamento da aprendizagem ........................................................ 149

4o bimestre Plano de desenvolvimento: O mundo da leitura e da escrita ........................................ 169 Projeto integrador: As estrelas que desenham o céu ................................................... 174 1a sequência didática: O que você quer ser quando crescer? ...................................... 183 2a sequência didática: O mundo dos livros e das bibliotecas ...................................... 190 3a sequência didática: No tempo das cartas ................................................................. 198 4a sequência didática: Por que ler e escrever? .............................................................. 206 Proposta de acompanhamento da aprendizagem ........................................................ 212


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Apresentação No texto a seguir apresentamos a organização do Manual do Professor – Material Digital, identificando cada tipo de documento disponibilizado e explicando sua função e ordenação, bem como sua relação com a terceira versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Em seguida, fundamentamos as escolhas de conteúdo e organização do material com base na proposta pedagógica da coleção, mais uma vez explicitando sua relação com a BNCC – terceira versão.

Organização deste Material Digital O material digital desta coleção de História está organizado em bimestres. Cada um deles contém Plano de desenvolvimento, Sequências didáticas, Proposta de acompanhamento da aprendizagem e Projeto integrador. Essas ferramentas visam complementar o que está proposto no livro didático impresso e oferecer outras possibilidades de atuação ao professor. O objetivo é apresentar subsídios que possam enriquecer o dia a dia do docente. É importante enfatizar que todas as propostas deste material são sugestões. O professor tem total liberdade para adequar cada material à sua realidade escolar.

Plano de desenvolvimento O Plano de desenvolvimento consiste em um documento de apresentação dos conteúdos tratados no bimestre e a relação deles com a terceira versão da Base Nacional Comum Curricular, esmiuçando os objetos de conhecimento e habilidades desenvolvidos e a relação destes com a prática didático-pedagógica. Cada habilidade indicada nas sequências didáticas aparece no Plano de desenvolvimento com instruções de como trabalhar para melhor desenvolvê-las. No plano, também são sugeridas práticas de sala de aula que auxiliam a realização do trabalho de acordo com a proposta da coleção. Orientamos o professor quanto à organização do espaço, às formas de tratamento dos estudantes, à resolução de possíveis conflitos, às maneiras de inserir os estudantes no processo de aprendizagem, entre outras sugestões. Ao conceber o plano também foram consideradas as competências gerais e específicas previstas na BNCC, que buscam, além da aquisição de conhecimentos e habilidades, a formação de valores e atitudes, incluindo, por exemplo, autonomia, senso crítico, respeito à diversidade e empatia. Com base no conteúdo previsto e nas práticas sugeridas, espera-se que os estudantes desenvolvam essas e outras competências, contribuindo para sua formação integral, conforme exposto na terceira versão da BNCC:

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“[...] a BNCC afirma, de maneira explícita, o seu compromisso com a educação integral, reconhecendo que a educação básica deve visar à formação e ao desenvolvimento humano global [...], o conceito de educação integral com o qual a BNCC está comprometida se refere à construção intencional de processos educativos que promovam aprendizagens sintonizadas com as necessidades, as possibilidades e os interesses dos estudantes e, também, com os desafios da sociedade contemporânea, de modo a formar pessoas autônomas, capazes de se servir dessas aprendizagens em suas vidas.” (BRASIL, 2017, p. 17)

No subtítulo “Foco”, há orientações quanto ao trabalho com possíveis dificuldades que os estudantes possam apresentar em cada bimestre, garantindo a possibilidade de aprendizagem para todos, respeitando, dentro do possível, os diferentes tempos e abordagens que cada estudante necessita. Ao final do documento há sugestões de sites, leituras, vídeos e visitas que podem auxiliar o trabalho proposto, seja no conteúdo a ser desenvolvido, seja nas atividades previstas.

Sequência didática As Sequências didáticas integram o Plano de desenvolvimento e são propostas de trabalho estruturadas aula a aula, que apresentam sugestões de ampliação, aprofundamento ou retomada dos temas vistos na obra impressa. O conjunto de ações propostas nas sequências didáticas também busca mobilizar objetos de conhecimento e habilidades da terceira versão da BNCC (2017). Ao longo de cada Sequência são apresentadas diversas possibilidades de trabalho, o que ressalta o caráter sugestivo e não prescritivo do material. Espera-se, com isso, oferecer ao professor subsídios e alternativas para adequar o conteúdo proposto à realidade da escola e da turma. O número de aulas e o tempo estipulado para a realização de algumas atividades também são sugestões, que devem ser adequadas de acordo com o desenvolvimento dos estudantes e a familiaridade deles com os temas, assim como o planejamento da instituição.

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História – Apresentação

As Sequências didáticas são divididas em tópicos: 1. Relação entre a terceira versão da BNCC, objetivos e conteúdos: quadro que apresenta conteúdos, objetivos de aprendizagem, objetos de conhecimento e habilidades da terceira versão da BNCC que serão desenvolvidos parcial ou integralmente na Sequência didática. 2. Materiais e recursos: descritivo dos materiais que poderão ser utilizados por professores e estudantes ao longo das aulas da Sequência. 3. Desenvolvimento: sugestões de número de aulas para o desenvolvimento da Sequência didática. 4. Aulas: são propostos diferentes procedimentos e estratégias de ensino-aprendizagem, e apresentados alguns materiais de apoio, como sugestões de imagens, textos, e acesso a diferentes sites. 5. Avaliação: neste subitem são apresentadas diversas propostas de avaliação das aprendizagens, privilegiando-se a avaliação contínua e permanente. 6. Para trabalhar dúvidas: neste subitem são apresentadas as dúvidas que os estudantes possam vir a ter ao longo das aulas e possibilidades de trabalho alternativas para a superação delas. 7. Ampliação: são apresentadas atividades complementares que ampliam o repertório da turma ou apresentam sugestões para o aprofundamento dos temas trabalhados no decorrer da Sequência didática.

Projeto integrador O Projeto integrador é uma estratégia de ensino-aprendizagem que alia o planejamento e a execução de ações estruturadas em torno de problemas reais e existentes no cotidiano da comunidade escolar e relacionados aos objetivos de aprendizagem estabelecidos no bimestre. Em geral, parte-se do conhecimento prévio que os estudantes possuem sobre os temas, com o objetivo de transformá-los em conhecimento formal e estruturado. Neste Material Digital é proposto um Projeto integrador por bimestre. Os projetos integradores têm caráter interdisciplinar e procuram mobilizar diferentes componentes curriculares, trabalhando as competências gerais e específicas das diversas áreas de conhecimento. Com isso, espera-se tornar a aprendizagem mais significativa, almejando um produto de valor e uso social para os estudantes e sua comunidade. Os projetos reúnem argumentos que demonstram sua importância e relação com a realidade escolar. Em seguida, no título “Objetivos”, apresentam-se os objetivos gerais e específicos esperados com a realização do Projeto. No quadro “Competências e habilidades” são apresentadas as competências e habilidades da BNCC que serão mobilizadas ao longo do Projeto. No item “O que será desenvolvido” é apresentado o produto final, resultado das atividades, que pode ser a criação de um livro de receitas, a organização de uma mostra, a elaboração de cartas, a apresentação de um seminário, a criação de uma campanha, entre outras atividades. O professor encontrará a lista dos materiais necessários para a realização das atividades do Projeto em “Materiais”. No item “Etapas do projeto” é apresentada uma proposta de duração, que pode variar de acordo com opções feitas para seu desenvolvimento. É possível, também, adequá-las para melhor atender as necessidades e o perfil de seus estudantes. Recomenda-se, ainda, que o professor se aproprie do Projeto com antecedência para planejar os recursos e a distribuição das aulas dentro das disciplinas envolvidas. As problematizações e os itinerários sugeridos em cada aula do Projeto são apresentados de forma lúdica e procuram trabalhar diferentes competências e habilidades, em especial aquelas de resolução dos problemas. Apresentam-se, ainda, materiais de referência para o aprofundamento do trabalho docente e dos estudantes. 6


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No título “Avaliação”, sugerimos um quadro com diferentes situações que podem ser observadas aula a aula. Há, também, uma “Avaliação final”, em que são propostas avaliações dos percursos e apresentadas possibilidades de autoavaliação, para o professor e o estudante reverem a própria prática. Ao final, são listadas referências complementares, sugestões de sites, vídeos, livros e visitas que podem ajudar o professor a realizar e ampliar as atividades propostas no Projeto.

Proposta de acompanhamento da aprendizagem A Proposta de acompanhamento da aprendizagem é um conjunto de 15 questões que tem como objetivo acompanhar o desenvolvimento do estudante ao longo do bimestre. As atividades privilegiam estratégias distintas, como a leitura de imagens, a realização de associações e relações, entre outras. As Propostas são compostas de uma versão para os estudantes, o que possibilita uma seleção, por parte do professor, das atividades que atendam adequadamente as especificidades de sua turma, e as mesmas questões na versão para o professor, acompanhadas de gabarito, relações com as habilidades propostas pela BNCC e que são mobilizadas nas atividades, além de outras orientações. Para facilitar o processo de avaliação, há a “Ficha de acompanhamento individual”, um instrumento de registro que viabiliza a verificação e avaliação do processo de aprendizagem de cada estudante.

A proposta pedagógica da coleção O Ensino de História muda com o tempo O ensino de História é dinâmico e mudou ao longo do tempo. Analisando a trajetória da disciplina escolar desde o século XIX, pode-se depreender que ela foi utilizada com objetivos específicos em cada momento, como fomentar a construção de identidades nacionais que atendessem a projetos de nação distintos. No Brasil, ao longo do século XIX, seu objetivo estava pautado na construção de um nacionalismo identificado com o mundo europeu. Após a Proclamação da República, em 1889, houve a tentativa de evocar uma identidade nacional patriótica – almejando um Brasil da civilização e do progresso, até meados da década de 1940. Já no contexto anticolonialista do pós-guerra, o país, reconhecendo a sua dependência do mundo desenvolvido, formulou objetivos para o ensino de História que estavam calcados na busca de um lugar “merecido” num futuro não muito distante (BITTENCOURT, 2005). No entanto, ao final do século XX, com o fim da ditadura civil-militar e a abertura política, várias outras vozes reivindicavam o seu direito à memória e ao reconhecimento de sua história. Dessa forma, o conceito de pluralidade e identidades cultural, social e política foi valorizado e ainda hoje é presente nos currículos escolares, deslocando-se de uma única identidade, hegemônica e nacional. Atores sociais que eram tratados de forma secundária e genérica nos currículos e livros didáticos conquistaram nome e rosto: é o caso de africanos, afro-brasileiros, indígenas, mulheres e crianças, por exemplo. Isso se deve à consolidação de diversas linhas historiográficas, como é a dos Annales, e discussões pautadas no conceito de cultura.

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Assim, percebe-se na trajetória da disciplina uma batalha pelos usos e apropriação de um determinado passado e a produção de memórias sobre ele. A História passa a ser, assim, um discurso evocativo que enaltece a presença de um grupo e silencia as vozes de outros. Os currículos de História são marcos de memória, quando se decide o que deve ser “lembrado” ou “esquecido” em sua formulação. Nesse sentido, assegurar o direito à memória e o conhecimento da história dos diversos grupos sociais que compõem a sociedade brasileira, é imprescindível. Outra especificidade da disciplina é como se aproximar do passado. Ele é um ente temporal que se faz presente por meio de vestígios variados: objetos, saberes, memórias, textos, entre muitos outros. A partir deles é possível se aproximar de um determinado contexto sociocultural, distante temporalmente do nosso. Por meio desses vestígios, formulamos narrativas sobre o passado que mudam ao longo do tempo. Dessa forma, todo conhecimento histórico é provisório, está sempre em construção. Nesta aproximação dos acontecimentos passados, a percepção de uma cultura material e imaterial tem grande importância. Móveis, objetos, cartas, bilhetes, filmes, músicas, ideias, práticas e saberes, entre outros recursos, nos trazem indícios de múltiplos sujeitos, seu lugar social e sua relação com seu próprio tempo. A matéria é tão potente quanto a palavra e o fazer, e de ambos podemos nos utilizar na tentativa de reduzir os silenciamentos e escapar ao que é apenas evidente. Outro demarcador da disciplina de História também pode ser colocado: sua essência está na forma de se relacionar com o passado, com os diversos tempos. Nas palavras de Lowenthal: “As relíquias tangíveis sobrevivem na forma de características naturais ou de artefatos humanos. O conhecimento adquirido por meio da memória e da história. Mas nenhum objeto ou vestígio físico são guias autônomos para épocas remotas; eles iluminam o passado quando sabemos que eles lhe pertencem. A memória e a história escolhem apenas determinadas coisas como relíquias; o restante que nos circunda parece referir-se apenas ao presente, desvinculando do passado. E a convivência cotidiana despoja de sua condição de passado muitos artefatos anteriormente identificados como relíquias.” (LOWENTHAL, 1998, p. 149)

O autor nos traz uma reflexão sobre como escolhemos os nossos marcos de memória, nos desfazendo de outros, sempre em consonância com opções e conjunturas do presente. Nesse sentido, é fundamental que a disciplina escolar de História forneça subsídios para um pensar historicamente, mais do que apenas evocar grandes feitos e datas comemorativas, como feito em momentos anteriores. Quando situamos coisas, pessoas e saberes num determinado momento, talvez não extraiamos nenhuma lição objetiva, mas somente a possibilidade de compreender as sociedades no tempo, relativizando aquilo que é tido como “natural” (PALTÍ, 2000). Atualmente, vivemos um fenômeno debatido por diversos estudiosos. Ele é chamado de presentismo e anuncia uma percepção temporal que não rompe com o passado.

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Nessa progressiva invasão do horizonte por um presente mais e mais ampliado, hipertrofiado, está claro que a força motriz foi o crescimento rápido e as exigências sempre maiores de uma sociedade de consumo, onde as descobertas científicas, as inovações técnicas e a busca de ganhos tornam as coisas e os homens cada vez mais obsoletos. A mídia, cujo extraordinário desenvolvimento acompanhou esse movimento que é a sua razão de ser, deriva do mesmo: produzindo, consumindo e reciclando mais palavras e imagens. (HARTOG, 1996, p.135)

Essa sensação de reciclagem constante modifica nossa percepção temporal, com a desqualificação do antigo, do velho, do passado. Vivemos mesmo uma sensação de risco constante e catástrofes de diversas naturezas, que nos impede de criar um horizonte de expectativas para o futuro. Entender as especificidades e multiplicidade do tempo nos traz a possibilidade de enxergar ritmos de mudanças e permanências e, assim, vislumbrar a construção do mundo que queremos. Nesse sentido, a disciplina de História colabora para conhecermos múltiplas experiências vividas ao longo do tempo, e assim construir a noção de alteridade e respeito às diferenças e a convicção de buscar a construção do futuro desejado.

A escola também muda Nas últimas décadas, o Brasil passou por mudanças significativas nas diversas áreas do conhecimento. Houve, por exemplo, grandes transformações nas metodologias utilizadas nos processos de ensinar e aprender. Estudos atuais mostram que os conhecimentos são fomentados com mais facilidade quando os conteúdos são ensinados de forma significativa, levando o estudante à participação, ao envolvimento e à construção da aprendizagem, encontrando, assim, um ambiente favorável a esta prática. As transformações sociais, culturais e tecnológicas das últimas décadas têm impactado de forma significativa a vida das pessoas, com a escola precisando acompanhar essas transformações e proporcionar experiências pedagógicas inovadoras. As atuais demandas sociais exigem do docente um novo olhar e uma nova relação com o processo de ensino e aprendizagem, uma vez que cabe a ele sua condução. Com isso, as novas exigências implicam novas aprendizagens, no desenvolvimento de novas competências e na construção de um novo sentido à prática docente; um novo perfil de professor. Para isso, é necessário que o professor busque novos caminhos e novas metodologias de ensino que foquem no protagonismo do estudante e fortaleçam sua motivação e autonomia. Por meio de propostas que dão ao estudante a oportunidade de elaborar ideias fundamentadas em sólida argumentação, valorizar atitudes, exercitar a empatia, entre outras, o professor cria um ambiente favorável ao aprendizado. Nesse método ativo, os estudantes passam a ser compreendidos como sujeitos históricos e assumem um protagonismo na abordagem; suas experiências, suas opiniões e seus conhecimentos prévios são utilizados como ponto de partida na construção de novos conhecimentos, estimulando a autonomia e tornando o professor um mediador desse processo.

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Nessa intensa reorganização das práticas escolares, o uso da tecnologia tem ganho enorme importância. O uso da linguagem digital, por exemplo, multiplica as possibilidades de aprendizagem, potencializando o desenvolvimento das habilidades e competências e abrindo infinitas portas para o conhecimento.

O papel do professor no ensino de História dos anos iniciais Nos novos parâmetros pensados para a educação, espera-se do professor o papel de um mediador capaz de estabelecer estratégias para o pleno desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, baseado na valorização do estudante e de sua realidade local, para a partir desse ponto ampliar sua visão de mundo. No ensino de História nos anos iniciais do Ensino Fundamental, espera-se que a disciplina esteja relacionada à construção da identidade do estudante, estabelecendo relações entre o individual e o coletivo. Essa relação visa favorecer uma formação para o exercício da cidadania, para que os estudantes construam formas de participação social, política e de atitudes críticas diante da realidade que os cerca, aprendendo a perceber limites e possibilidades em sua atuação na transformação de seu contexto sociocultural. Nesse contexto, entende-se que a alfabetização em História é um processo de apropriação de uma dada linguagem, com conceitos e procedimentos próprios, dentro das Ciências Humanas, voltados a observar e interpretar os fenômenos sociais ocorridos ao longo do tempo. Espera-se, assim, que a disciplina de História promova ao estudante a apropriação e o uso de conceitos como tempo, espaço, sujeito, evidência e processo histórico. Desse modo, os conteúdos para os primeiros anos do Ensino Fundamental deverão partir da história do cotidiano da criança, em seu tempo e espaço específicos, e incluir contextos históricos mais amplos, sempre partindo do tempo presente e percebendo nele diversas temporalidades, além de outros modos de vida e costumes diferentes do nosso. Nessa perspectiva, o professor tem um papel fundamental na construção desse saber histórico, pois: A história tem como papel central a formação da consciência histórica dos homens, possibilitando a construção de identidades, a elucidação do vivido, a intervenção social e praxes individual e coletiva. (FONSECA, 2005, p. 89.) A finalidade principal da escola é a educação integral do indivíduo, reconhecendo a importância de contemplar o ser humano como um todo, estabelecendo uma conexão da pessoa com seu meio, entendido como ambiente próximo ou distante que influi na aprendizagem do estudante. A escola e o professor têm como princípio básico a formação para a cidadania nas suas concepções mais amplas e democráticas, promovendo situações que levem o estudante a compreender o estudo da disciplina como elemento necessário para sua formação como indivíduo. Desse modo, o professor de História nos anos iniciais do Ensino Fundamental deve estabelecer um diálogo construtivo com os estudantes e a comunidade escolar, constituindo um processo educativo fundamentalmente democrático, construído em conjunto com os sujeitos de seu tempo e lugar e balizado pelo desenvolvimento de capacidades como percepção, crítica e autoconhecimento. Segundo Caniato:

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A escola deve e pode ser o lugar onde, de maneira mais sistemática e orientada, aprendemos a Ler o Mundo e a interagir com ele. Ler o mundo significa aqui poder entender e interpretar o funcionamento da Natureza e as interações dos homens com ela e dos homens entre si. Na escola podemos exercitar, aferir e refletir sobre a Ação que praticamos e que é feita sobre nós. Isso não significa que só na escola se faça isso. Ela deve ser o lugar em que praticamos a Leitura do Mundo e a Interação com ele de maneira orientada, crítica e sistemática. (CANIATO, 1997. p. 65.)

Nesse sentido, o professor ocupa posição central na análise dessa conjuntura e na possibilidade de construir situações concretas de superação por meio da prática pedagógica por ele desenvolvida. Sua aula possibilita a construção do saber histórico por meio da relação interativa entre educador, educando e a comunidade, transformando essa prática em ato consciente do fazer social.

O ensino de História nos anos iniciais e a BNCC O material digital desta obra foi construído em consonância com a BNCC e tem como base os principais pilares da disciplina de História, entre eles as noções de tempo, de mudanças e permanências, de identidades culturais, de sujeito e evidências históricas. Em um processo complexo, a criança constrói percepções de si e, à medida que seus espaços de convivência se ampliam, ela toma contato com o externo à sua realidade. Valorizando a identidade individual dentro de uma comunidade, com base no olhar de si mesmo, lança-se a atenção para o “outro” em sua pluralidade. A terceira versão da Base Nacional Curricular Comum traz essa problemática como objeto de conhecimento. Esse “outro” pode estar em um contexto próximo, ou distante no tempo. Em um primeiro momento, é essencial a sua identificação. Com base nessa indagação, sobre “eu” e “eles”, e o conhecimento desse universo, é possível traçar um “nós”, aproximando-se de diferentes realidades. E como conhecê-las? Por meio da cultura material e imaterial produzida por diferentes sociedades em diferentes tempos. A partir das inferências sobre esse “outro”, as evidências podem, ou não, nos trazer respostas. Nesse sentido, inicia-se a operacionalização do conhecimento histórico no âmbito escolar. O reconhecimento do “outro”, seus registros e narrativas, nos trazem subsídios para a sua análise. Evidentemente o objetivo desse movimento é principalmente desenvolver a capacidade de indagar criticamente sobre seu mundo e a sua pluralidade, tensões, conflitos e conciliações. Em um segundo momento, o estudo dos registros e das fontes traz a possibilidade de conhecer empiricamente diversas realidades e produzir um conhecimento escolar com base na sua análise. Por isso, o uso das mais diversas evidências históricas na sala de aula é imprescindível. E para otimizar essa abordagem, os recursos tecnológicos do passado e do presente são essenciais. Internalizando processualmente os conceitos, concomitantemente, a criança desenvolve dimensões temporais. Em nosso cotidiano somos atravessados por diversos tempos: o tempo individual, o tempo social, o tempo da natureza, entre outros. Nos anos iniciais o primeiro tempo é o do cotidiano: ontem, hoje, amanhã para se chegar ao passado, presente e futuro. Esse trabalho começa na identificação de si e de suas memórias, do seu grupo de convívio, sua comunidade e se expande aos espaços públicos presentes e valorizados ou não por ela. A terceira versão da BNCC salienta, também, as diferenças entre um “Eu” e um “Outro”, demarcação necessária para a construção de noções de alteridade no tempo e no espaço. 11


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Na terceira versão da BNCC são propostos objetos de conhecimento que tratam dos locais públicos, territórios urbanos e rurais, bens culturais e patrimoniais, com o objetivo de refletir sobre a distinção de cada um e a produção de memória, assim como a sua análise. O ensino de História deve possibilitar, ainda, que os estudantes se compreendam a partir de suas próprias representações, inseridos num grupo e no tempo em que vivem e, ao mesmo tempo, conheçam a pluralidade e pratiquem uma análise crítica de uma memória que é construída e transmitida. O ensino de História nos anos iniciais do Ensino Fundamental deve promover uma reflexão e cabe ao professor fazer que esta reflexão seja efetivada, podendo partir da própria história de vida do estudante, avançando para o estudo da história local que deve ser apresentada como algo vivo, vibrante, capaz de despertar paixão e colaborar para a compreensão do mundo.

Competências: transcendendo a disciplina A terceira versão da BNCC define um conjunto de 10 competências gerais que não se encerram nos conteúdos disciplinares. Essas competências visam garantir aos estudantes uma educação que os estimule para um desenvolvimento pleno, de forma que eles possam saber lidar com as próprias emoções, se relacionar com os outros e construir métodos de análise crítica. As competências gerais devem estar articuladas com as 9 competências específicas da disciplina de História, e é esse conjunto que deve nortear o trabalho do professor e referenciar suas escolhas pedagógicas e avaliativas em relação aos temas apresentados. São temas organizados em unidades temáticas que se dividem em objetos de conhecimento que, por sua vez, destacam as habilidades a serem desenvolvidas. As competências foram definidas a partir dos direitos assegurados pelas Diretrizes Curriculares Nacionais e de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores essenciais para a vida no século XXI. Fazem parte das competências desenvolver, por exemplo, empatia, autonomia e respeito. Já as habilidades são base para o desenvolvimento das competências desejadas. Essas aprendizagens são essenciais e devem ser desenvolvidas por todos os estudantes da Educação Básica, mantendo a liberdade dos entes federados de construir currículos de acordo com suas realidades, garantindo-se, porém, a igualdade de oportunidades para todos as crianças e jovens do país. O professor é responsável por nortear esse caminho de desenvolvimento pleno. É também o responsável por avaliar esse processo de aprendizagem, por meio de contínuos instrumentos de observação e acompanhamento dos estudantes, de forma a se garantir que os objetivos finais sejam atingidos. A avaliação formativa consiste em orientar e regular a prática pedagógica, auxiliando o desenvolvimento das habilidades e competências, e tem como objetivo central orientar o trabalho do professor, não servindo nunca como forma de classificar e hierarquizar os estudantes.

Aprender História nesta Coleção A concepção dessa coleção não recorre a uma organização linear do tempo. A ideia central é partir do universo da criança para trabalhar aquilo que é mais caro à História: conseguir se movimentar no tempo e no espaço, conhecer diferentes realidades e experiências, para formar a própria identidade e adquirir instrumentos para compreender o mundo ao redor.

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As habilidades previstas na BNCC para o segmento podem assim ser desenvolvidas em consonância com uma abordagem apropriada aos anos iniciais. Mergulhando pelo próprio universo, o estudante consegue começar o domínio de procedimentos como identificar, conhecer e reconhecer, descrever, selecionar, compilar, comparar, mapear e analisar os mais diferentes acontecimentos do passado – sempre aos olhos do seu presente. Nesse sentido, utilizam as mais diversas linguagens, meios e suportes para se aprender História. Desde o conhecimento das memórias da família, fotografias, mapas, paisagens, leituras de imagens e poesias até a utilização de aplicativos e outras ferramentas tecnológicas contemporâneas para ampliar o processo de aprendizagem. Nesse material digital você irá encontrar propostas que complementam a abordagem da coleção, com atividades diversificadas e lúdicas. A ideia é proporcionar uma ampla aprendizagem. Nesse sentido, o reconhecimento dos diversos saberes e a sua transformação em conhecimento são sistematizados por meio de jogos e brincadeiras, estudos do meio, mapeamentos, intervenções na comunidade, entre outros métodos. Essas ações pedagógicas favorecem a ideia de educação integral, pois mobilizam também procedimentos atitudinais em consonância com as competências gerais e específicas de História da terceira versão da BNCC.

Considerações finais O material digital desta coleção foi concebido para atender os diversos públicos existentes na rede pública, que têm realidades e recursos bastante distintos. Na tentativa de democratizar o acesso ao conhecimento e às ferramentas tecnológicas disponíveis em cada comunidade escolar, são propostos percursos de aprendizagem que podem ser adaptados a diversos contextos sociais. A mobilização de temas, conceitos, habilidades e competências da disciplina de História, pretende contribuir para uma ampliação da leitura do nosso mundo, para compreendermos um pouco mais quem somos e como podemos agir para alcançar uma sociedade mais igual e justa, um horizonte de futuros. Além disso, exercitar a alteridade no tempo e no espaço pode contribuir com a empatia e a solidariedade, essenciais para a educação de nossos tempos.

Bibliografia BITTENCOURT, Circe. Identidade nacional e ensino de história do Brasil. In: Karnal, Leandro (org). História em sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2005, p. 185-204. BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica. Edital de Convocação 01/2017 – CGPLI. Edital de convocação para o processo de inscrição e avaliação de obras didáticas para o Programa Nacional do Livro e do Material Didático. PNLD 2019. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/busca-geral/318-%20programas-e-%20acoes1921564125/pnld-439702797/12391-pnld>. Acesso em: 9 dez. 2017. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum. mec.gov.br/a-base>. Acesso em: 09 dez. 2017. CANIATO, Rodolpho. Com ciência na educação. 3ª reimpressão. Campinas: São Paulo. Papirus, 1997. FONSECA, Selva Guimarães. Didática e prática de ensino de História: experiências, reflexões e aprendizados. 7. ed. São Paulo: Papirus, 2003. 13


História – Apresentação

LOWENTHAL, David. Como conhecemos o passado. Projeto História. São Paulo, 17, p. 63-201, nov. 1998. HARTOG, François. Tempo e patrimônio. Belo Horizonte: Varia História, v. 22, n. 36: p. 261-273, jul/dez 2006. OLIVEIRA, S. R. F. de. O ensino de História nas séries iniciais: cruzando as fronteiras entre a História e a Pedagogia. História & Ensino: Revista do Laboratório de Ensino de História / UEL. v. 9. Londrina: UEL, out. 2003. p. 259-272. PALTI, Elías ¿Qué significa “enseñar a pensar históricamente”? Clio & Asociados. Santa Fé/La Plata, n. 5, p. 27-42, 2000. ZAMBONI, E. O ensino de História e a construção da identidade. São Paulo: SEE/Cenp, 1993. Material disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons – Atribuição não comercial (CC BY NC – 4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros.

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História – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

Plano de desenvolvimento: Memórias e Histórias Neste bimestre, os conteúdos serão abordados por meio dos estudos de noções de passado e presente, permanências e mudanças e semelhanças e diferenças, com ênfase para o papel dos sujeitos históricos e da passagem do tempo. As percepções particulares de histórias e de memórias dos alunos serão relacionadas a lugares, como a casa e a cidade, e a outras pessoas, possibilitando a identificação e a construção de diferentes discursos históricos.

Conteúdos    

Passagem do tempo: passado e presente Trabalhar noções ligadas aos sujeitos históricos Noções de mudanças e permanências Relações entre História e Memória

Objetos de conhecimento e habilidades Objeto de conhecimento Habilidade

A noção do “Eu” e do “Outro”: comunidade, convivências e interações entre pessoas 

Relação com a prática  didático-pedagógica

Objeto de conhecimento Habilidade

(EF02HI02) Identificar e descrever práticas e papéis sociais que as pessoas exercem em diferentes comunidades. Notar a variedade de histórias individuais e suas relações com o contexto familiar e espacial em que vivem.

A noção do “Eu” e do “Outro”: comunidade, convivências e interações entre pessoas 

(EF02HI03) Selecionar situações cotidianas que remetam à percepção de mudança, pertencimento e memória.

Perceber mudanças e permanências da História, em espaços privados dos alunos, particularmente, em suas residências. Compreender as mudanças e as permanências da História, em espaços públicos, como na cidade habitada pelos alunos.

Relação com a prática didático-pedagógica 

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História – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

Objeto de conhecimento

Formas de registrar e narrar histórias (marcos de memória materiais e imateriais) 

Habilidade Relação com a prática didático-pedagógica

Objeto de conhecimento

Habilidades

As fontes: relatos orais, objetos, imagens (pinturas, fotografias, vídeos), músicas, escrita, tecnologia e inscrições nas paredes, ruas e espaços sociais  (EF02HI08) Compilar histórias da família e de conhecidos registradas em diferentes fontes.  (EF02HI09) Identificar objetos e documentos pessoais que remetam à própria experiência ou à da família, e discutir as razões pelas quais alguns objetos são preservados e outros são descartados.

Relação com a prática  didático-pedagógica

Objeto de conhecimento

(EF02HI04) Selecionar e comparar objetos e documentos pessoais como fontes de memórias e histórias nos âmbitos pessoal, familiar e escolar. Observar transformações das histórias dos indivíduos, ao longo do tempo, a partir da percepção das mudanças ocorridas na vida dos próprios alunos.

Compreender a noção de fonte histórica com base em objetos, documentos e relatos pessoais.

A sobrevivência e a relação com a natureza  

(EF02HI10) Identificar diferentes formas de trabalho existentes na comunidade em que vive, suas especificidades e importância. (EF02HI11) Identificar impactos no meio ambiente causados pelas diferentes formas de trabalho existentes na comunidade em que vive.

Relação com a prática  didático-pedagógica

Compreender que as ações cotidianas impactam o meio em que se vive e as transformações históricas.

Habilidades

Práticas de sala de aula Para garantir um ambiente saudável e verdadeiramente educativo em sala de aula é necessário muito compromisso, organização e respeito por parte de todos. Sobretudo nas aulas de História, que desenvolve noções de cidadania com base na compreensão das ações dos indivíduos, dos seus papéis sociais e da organização das sociedades humanas no tempo. É sempre importante chamar a atenção dos alunos sobre os temas que serão trabalhados, buscando promover o interesse deles pelos conteúdos. No 1o bimestre, cujo tema principal é a relação entre a História e a Memória, busca-se realizar a aproximação dos conhecimentos históricos à vida cotidiana dos alunos, resgatando e valorizando, em aula dialogada, seus conhecimentos prévios. São muito bem-vindas as rodas de conversa que incitem os alunos a se expressar, valorizando seus depoimentos acerca de suas histórias e/ou memórias pessoais, de família, sobre seu bairro e sua cidade. Nesse sentido, vale comentar sobre a importância do respeito à diversidade de opiniões e depoimentos dos alunos sobre os variados temas trazidos por eles para a sala de aula. Deve-se sempre incentivar e valorizar a fala/participação dos alunos, garantindo um debate saudável, democrático e respeitoso com relação a todos os conteúdos e a todas as pessoas. 16


História – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

As quatro sequências didáticas propostas possuem o intuito de resgatar a História e a Memória dos alunos, explorando os conhecimentos relativos à vida deles e suas histórias, ligando-os ao seu entorno mais imediato, como sua casa e sua cidade, enfim, explorando as noções do “Eu” e do “Outro”. Nas sequências 1 e 2, por exemplo, os alunos são instigados a reconhecer que eles e seus espaços mais particulares, como a residência, possuem histórias e memórias. Essas atividades têm como objetivo fazer com que os alunos reconheçam essas dimensões e as compartilhem com os colegas, por meio da elaboração de exposições de objetos e cartazes, por exemplo. Nas sequências 3 e 4, os alunos são orientados a perceber que fora de sua vida particular também existem histórias e memórias a serem ouvidas, estudadas e valorizadas, como as da sua cidade e as dos indivíduos que nela vivem. Os trabalhos sugeridos nessas sequências didáticas procuram promover o conhecimento sobre alguns lugares de memórias de seu município e valorizar as histórias de terceiros, ouvindo depoimentos de antigos moradores da cidade. As estratégias lúdicas com propósitos didáticos, como jogos e/ou brincadeiras, músicas ou filmes, possibilitam interações, interpretações e trocas de ideias entre toda a turma. As sequências didáticas também propõem dinâmicas interativas: a sequência 3 orienta a elaboração de um jogo de memória pelos alunos; e a sequência 4 sugere a brincadeira de telefone sem fio. Devido à maior interação entre os alunos, deve-se privilegiar a elaboração de atividades em duplas ou grupos. Se feitos de forma organizada e construtiva, os trabalhos coletivos proporcionam que alunos com mais facilidade em determinados conteúdos ajudem os outros a resolverem problemas, tornando-se uma rica troca de conhecimentos, de experiências e de aprendizados. Até os conflitos de ideias que possam vir a ocorrer nessas situações de trabalhos coletivos servem de aprendizado, não só escolar, mas também de convivência social e cidadã, valores muito importantes para a disciplina de História.

Foco As quatro sequências didáticas sugeridas enriquecem as aulas com materiais diversos e ampliam o leque de aprendizagem para além das anotações de lousa e resolução de atividades. Elas pressupõem a elaboração de uma exposição em sala de aula com objetos de memórias pessoais (1); a produção de um cartaz apresentando a residência dos alunos, a história e as memórias que esse espaço guarda (2); a criação de um jogo da memória, representando monumentos relativos à história do município dos alunos (3); e a realização da brincadeira do telefone sem fio para a compreensão de como os relatos históricos podem se transformar ao longo do tempo (4). Sugere-se, sempre que possível, retomar os conteúdos trabalhados na(s) aula(s) anterior(es) para que o(s) conteúdo(s) do dia não pareça(m) deslocado(s) do que já vinha sendo estudado. Para isso, pode-se orientar os alunos que, no começo das aulas, revejam as anotações do caderno e, assim, percebam a importância da elaboração de registros bem feitos. A correção das tarefas solicitadas pode ser feita de forma coletiva, discutindo com toda a turma as respostas. Outra estratégia interessante em caso de correções coletivas é a troca de materiais entre os alunos, ensinando-os a se responsabilizarem pela correção das respostas dos colegas, de forma respeitosa e tendo muito cuidado nos apontamentos necessários no caderno dos outros. Quanto aos cadernos dos alunos, nessa faixa etária, em que ainda estão em processo de alfabetização, é pertinente, eventualmente, recolhê-los para analisar a qualidade dos registros feitos em sala, assim como para avaliar se estão realizando as correções das atividades destinadas para casa e de sala de aula. 17


História – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

Para saber mais 

Museu da pessoa. Museu virtual, construído recorrentemente com depoimentos de pessoas que contam suas histórias de vida. Disponível em: <http://www.museudapessoa.net/ pt/home>. Acesso em: 20 nov. 2017.

Museu da República. O site possibilita a realização de um tour virtual pelo prédio e pelo acervo do museu, consistindo em uma rica ferramenta de trabalho com as referências de “antigo” e de “atual” trabalhadas nos conteúdos iniciais de História. Disponível em: <http://museudarepublica.museus.gov.br/>. Acesso em: 20 nov. 2017.

Memória e História. Livro clássico, do historiador francês Jacques Le Goff, que trata das relações entre a memória e a História, refletindo sobre como a memória, individual e coletiva, é construída nas sociedades ocidentais. Além disso, o autor problematiza a monumentalização da memória, como marca de construções de histórias oficiais no Ocidente. LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas: Ed. UNICAMP, 2014.

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2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Matemática, Língua Portuguesa, História e Geografia

Projeto integrador: Livro de receitas 

Conexão com: MATEMÁTICA, LÍNGUA PORTUGUESA, HISTÓRIA e GEOGRAFIA Este projeto propõe a criação de um livro de receitas culinárias, resgatando tradições familiares de preparação dos alimentos. Espera-se que os alunos, ao construir um livro de receitas, tenham contato com conhecimentos transmitidos por outras gerações e percebam a importância de conservar esses saberes.

Justificativa A ação de cozinhar é praticada pela humanidade desde quando começou a se controlar o fogo. O preparo dos alimentos varia muito de acordo com a região, cultura e momento histórico. A alimentação ultrapassa as necessidades básicas de sobrevivência, caminha em conjunto com o desenvolvimento de variadas técnicas, como de preservação dos alimentos, e abre espaço para a busca por novos sabores e receitas ao longo da história. No início, e por milhares de anos, o registro de receitas e sabores eram transmitidos oralmente. Apenas recentemente, do ponto de vista da história, com o desenvolvimento das técnicas de impressão, houve a propagação dos livros de receitas. Hoje, os livros de culinária – e as receitas – são destaques em livrarias, blogues, programas de televisão, compartilhadas em redes sociais. Resultado, saber cozinhar o próprio alimento tornou-se uma habilidade valorizada e vista como prazerosa em nossa sociedade. A metodologia utilizada permite aos alunos mobilizar conhecimentos das áreas de História, Geografia, Matemática e Língua Portuguesa, desenvolvendo um trabalho colaborativo para planejar as etapas do projeto e realizar as atividades, elaborando ao final um livro de receitas culinárias.

Objetivos ● ● ● ● ●

Reconhecer a importância da culinária e da produção dos alimentos para as pessoas. Pesquisar sobre diferentes receitas. Organizar e classificar as informações pesquisadas. Identificar a origem dos alimentos. Produzir um livro de receitas.

Competências e habilidades Competências desenvolvidas

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social e cultural para entender e explicar a realidade (fatos, informações, fenômenos e processos linguísticos, culturais, sociais, econômicos, científicos, tecnológicos e naturais), colaborando para a construção de uma sociedade solidária. 4. Utilizar conhecimentos das linguagens verbal (oral e escrita) e/ou verbo-visual (como Libras), corporal,

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2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Matemática, Língua Portuguesa, História e Geografia

Habilidades relacionadas*

multimodal, artística, matemática, científica, tecnológica e digital para expressar-se e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e, com eles, produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao seu projeto de vida pessoal, profissional e social, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. Geografia (EF02GE07) Descrever as atividades extrativas (minerais, agropecuárias e industriais) de diferentes lugares. História (EF02HI04) Selecionar e comparar objetos e documentos pessoais como fontes de memórias e histórias nos âmbitos pessoal, familiar e escolar. (EF02HI08) Compilar histórias da família e de conhecidos registradas em diferentes fontes. Língua Portuguesa (EF02LP19) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa, os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização, estrutura; o tema e assunto do texto. (EF02LP20) Escrever listas de nomes ou de objetos, associando, quando pertinente, texto verbal e visual, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto. (EF02LP23) Produzir pequenos relatos de observação de processos, de fatos, de experiências pessoais, mantendo as características do gênero textual, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto. (EF02LP26) Reler os textos produzidos, com a mediação do professor e colaboração dos colegas, para fazer cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação. (EF02LP27) Reescrever o texto incorporando as alterações feitas na revisão e obedecendo às convenções de disposição gráfica e de inclusão de título e autoria. Matemática (EF02MA01) Comparar e ordenar números naturais (até a ordem de centenas) pela compreensão de características do sistema de numeração decimal (valor posicional e função do zero).

* A ênfase nas habilidades aqui relacionadas varia de acordo com o tema e as atividades desenvolvidas no projeto.

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2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Matemática, Língua Portuguesa, História e Geografia

O que será desenvolvido Os alunos deverão produzir um livro de receitas de tradições culinárias de suas famílias, que ficará disponível na biblioteca da escola para a consulta de todos.

Materiais      

Livros, revistas e jornais Lápis de cor, lápis grafite, caneta preta ou canetas hidrográficas Papel A4 Cola Tesoura sem ponta Computadores ou tablets conectados à internet (se disponível)

Etapas do projeto Cronograma  

Tempo de produção do projeto: 1 mês/4 semanas/2 aulas por semana Número de aulas sugeridas para o desenvolvimento do projeto: 8 aulas

Aula 1: Sensibilização e apresentação do projeto Perguntar aos alunos se eles participam da preparação dos alimentos em seu cotidiano, quem mais cozinha na casa deles, se costumam comer mais em casa ou em estabelecimentos comerciais, se participam da compra desses alimentos. Pedir-lhes que façam duas listas: uma com as comidas mais preparadas na casa deles e outra com aquelas que mais gostam – ambas com pratos salgados e doces. Promover com os alunos uma reflexão sobre a importância de uma refeição saudável e balanceada, com muitas cores no prato, sempre com a presença de verduras e legumes. Pautar na discussão em grupo a importância do momento da refeição; apresentar aos alunos esse ambiente como criador de laços afetivos e espaço de troca de experiências e saberes. Perceber sempre a realidade deles e entender que, caso esse lugar não exista no cotidiano de alguns, é possível inspirá-los a promover essa troca. Apresentar-lhes a proposta do projeto, incluindo explicações sobre o livro de receitas e suas características, assim como o cronograma. Para estimular, pode-se ainda apresentar suas próprias experiências no que se refere à alimentação e de sua família ou chamar as merendeiras para contar a rotina da escola que frequentam. Solicitar aos alunos que busquem para a próxima aula as receitas culinárias da família que gostariam de compartilhar com os colegas. Orientá-los a escrever, com a ajuda dos adultos, a receita em uma folha avulsa e a incluir memórias e histórias relacionadas a esse prato, seja ou não no ambiente doméstico. Os textos devem ser curtos (5 a 10 linhas). Alerte-os ainda que esse material vai compor o livro de receitas.

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2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Matemática, Língua Portuguesa, História e Geografia

Salientar que todas as receitas são interessantes e que a busca por esses hábitos familiares pode ser boa novidade para todos de casa. Explicar-lhes que a produção do livro de receitas será um trabalho coletivo e que é muito importante todos fazerem essa pesquisa em casa, conversando com as pessoas da família. É importante haver no livro uma receita de cada aluno, e também uma receita dos(das) professores(as).

Aula 2: Conhecendo o tema Por meio de uma conversa coletiva, apresentar aos alunos as receitas pesquisadas e enfatizar a importância das histórias registradas por eles. Sugerir um momento de leitura, para criar ambientes de oralidade e respeito entre os alunos na hora da exposição dessas histórias. Definir em conjunto como será esse momento, e sempre incentivar a importância de todos participarem. Respeitar o tempo de leitura de cada um e as dificuldades enfrentadas na hora da leitura. Ao final, perguntar aos alunos de que receitas mais gostaram, quais delas tiveram vontade de experimentar, quais pareciam desafiadoras e com quais já estavam familiarizados. Ater-se às observações dos alunos e perguntar a eles se conhecem todos os ingredientes, se são alimentos acessíveis, se conhecem a origem e como são produzidos os alimentos utilizados na receita. Verificar com antecedência se haverá condições para os estudantes fazerem na aula seguinte uma pesquisa na internet sobre a origem de alguns alimentos, como sal, açúcar, arroz, feijão, trigo, leite e batata. Se possível, solicitar à escola o uso de tablets ou da sala de informática; se não houver disponibilidade, utilizar o acervo da biblioteca da escola ou do município para fazerem a pesquisa. Se for utilizada a biblioteca na escola, solicitar ao(à) bibliotecário(a) que separe alguns materiais relevantes para a pesquisa dos alunos. Retomar o cronograma com os alunos e avisá-los sobre as atividades que serão realizadas na aula seguinte.

Sugestões de materiais para a pesquisa dos alunos 

KEZO, Luciano Ariabo. Boloriê: a origem dos alimentos. São Carlos: Leetra/UFSCar, 2015. Ilustracões de Eld Johonny e Pedro Alberto Ribeiro Pinto. Disponível em: <https://issuu.com/grupo.leetra/docs/bolorie_-_a_origem_dos_alimentos>. Acesso em: 28 dez. 2017.

RANDALL, Ronne. De onde vem minha comida? Explicando a origem dos alimentos. 3. ed. São Paulo: Melhoramentos, 2010.

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2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Matemática, Língua Portuguesa, História e Geografia

Aula 3: Pesquisa de dados Auxiliar os alunos a pesquisar em livros, jornais ou na internet a origem de alguns produtos muito comuns em receitas culinárias brasileiras que estão listados na tabela abaixo. Conhecer a origem de um produto é importante, pois, junto com o(a) professor(a), os alunos podem identificar se é um produto local ou se vem de muito longe; se é de origem mineral, vegetal ou animal. Como é feita a produção desses alimentos; se em larga ou pequena escala. Como é o modo de cultivo; se respeita o solo ou o agride. Alerte-os que aqui vamos trabalhar com os produtos in natura e não aqueles que recebem adição de ingredientes, como sal e açúcar, ou processados pela indústria. Pedir aos alunos que completem a tabela a seguir, marcando um X na origem do produto. Observação: possibilitar aos alunos que modifiquem as indicações na tabela de acordo com as observações e indagações deles.

PRODUTO

ALIMENTO IN NATURA (PRODUZIDO NO CAMPO)

ORIGEM ANIMAL

ORIGEM VEGETAL

ALFACE

X

LEITE

X

CEBOLA

X

X

GOIABA

X

X

CARNE

X

MANGA

X

ORIGEM MINERAL

X X

X X

Em seguida, solicitar aos estudantes que respondam no caderno às questões sobre os ingredientes da tabela acima que são comuns em receitas culinárias. Orientá-los a pesquisar com os familiares.

1. VOCÊ JÁ COMEU ALGUM DOS ALIMENTOS DA TABELA? DE QUAIS GOSTOU E DE QUAIS NÃO GOSTOU? ESCREVA POR QUÊ.

2. SUA FAMÍLIA JÁ PLANTOU EM CASA ALGUM DESSES ALIMENTOS OU OUTRO TIPO DE PLANTAS COMESTÍVEIS? QUAIS?

3. VOCÊS JÁ COMPRARAM ALIMENTOS DE PRODUTORES LOCAIS OU EM ALGUMA FEIRA LIVRE? SE JÁ COMPRARAM, QUAIS FORAM OS PRODUTOS?

Solicitar aos alunos que tragam na aula seguinte essas informações e suas observações para que todos compartilhem a pesquisa. Incentivar a interação entre os colegas e observar os hábitos alimentares da comunidade escolar. 23


2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Matemática, Língua Portuguesa, História e Geografia

Sugestões de materiais para a pesquisa dos alunos: 

Dona Benta para crianças: viagem culinária pelo mundo com a turma do Sítio do Picapau Amarelo. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2006. Livro da turma do Sítio do Picapau Amarelo que apresenta a culinária de outros países do mundo.

CHRISTO, Maria Stella Libanio. Fogãozinho: culinária infantil em histórias para as crianças aprenderem a cozinhar sem usar a faca. São Paulo: Mercuryo, 2005. A autora mostra as mais variadas receitas culinárias, todas elas adaptadas para que crianças possam praticá-las de maneira saudável e divertida.

Aula 4: Sistematizando as informações Após compartilhar as respostas dos alunos às questões da aula anterior, a proposta é que eles organizem a produção de texto para as páginas do livro de receitas. Após pesquisa e roda de conversa, propor aos alunos a produção de texto das receitas que vão compor o livro coletivo. Combinar com o grupo quantas receitas serão inseridas no livro e como serão catalogadas. Criar essa catalogação coletivamente. A partir da receita trazida de casa, eles vão reescrever os ingredientes em uma ordem numérica crescente da quantidade; por exemplo: 1/2 dúzia de ovos, 1 litro de leite, 1 xícara de açúcar, 2 colheres de fermento, 3 pedaços de queijo provolone, e assim por diante. O importante aqui é que a quantidade de ingredientes esteja em ordem crescente. Caso os alunos já tenham estudado em Matemática o dobro e triplo, pedir-lhes como atividade que eles aumentem ou diminuam a receita para outra quantidade de pessoas. Escrever um rascunho com informações quantitativas da receita. Em seguida, escrever o modo de preparo da receita. Revisar esse texto posteriormente, junto com os alunos. Todos devem participar de todo o processo de elaboração do livro.

Aula 5: Criando os textos que acompanharão o livro de receitas Revisar coletivamente os textos; formar pequenos grupos para os alunos ajudarem-se mutuamente nessa tarefa. Corrigir também o texto das experiências, memórias e histórias familiares envolvendo as receitas. Explicar aos alunos a importância de deixar um espaço no livro para os relatos da memória e histórias das famílias sobre as receitas.

Aula 6: Ilustrando o livro Esta aula servirá para fazer as ilustrações e dar o acabamento ao livro. Os estudantes podem utilizar este momento para pensar nas sequências dos trabalhos dentro do livro, como tudo será organizado, quais serão as imagens aplicadas. O importante é a participação de todos em cada passo da produção e entender que um livro é feito em etapas.

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2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Matemática, Língua Portuguesa, História e Geografia

Aula 7: Criando um livro de receitas Este é o momento de finalizar o livro de receitas. Orientar os alunos a pensar coletivamente como será a capa e como será produzida a imagem aplicada nela. Apresentar a eles possibilidades de materiais para que possam criar livremente. Incentivar a elaboração de desenhos, trazer revistas e livros para a produção de colagens, trazer referências de capas de livro, revistas, discos etc. Pensar em soluções para o material da capa: Deverá ser um material resistente? Qual material é melhor para a confecção da capa? Posteriormente, organizar o sumário e a sequência decidida pelo grupo. Com o auxílio do(da) professor(a), os alunos precisam ainda elaborar coletivamente o sumário do livro da maneira como todos acharem mais interessante. Se possível, trazer referências de tipos de sumários diferentes para ajuda-los a refletir sobre a tarefa. Furar as páginas para que os alunos iniciem a montagem do livro. É possível montar o livro de diversos modos: espiral, amarração, grampo, costura; eles devem decidir a maneira mais adequada para fixar as páginas do livro. O livro de receitas estará pronto para ser exposto em uma reunião de pais ou evento da escola, e até mesmo reproduzido em cópias para todos os alunos.

Avaliação No quadro a seguir são sistematizadas as propostas de avaliação presentes neste projeto. Elas são sugestões e devem ser ampliadas e/ou modificadas de acordo com a realidade de cada turma. Aulas

Proposta de avaliação

1

Verificar se os alunos ouviram com respeito as histórias dos colegas.

2

Conferir se os alunos trouxeram de casa uma receita de família anotada.

3

Verificar a participação deles na pesquisa sobre a origem dos ingredientes da receita como também as respostas deles às questões da tabela.

4

Verificar se souberam enumerar em ordem crescente os números e quantidades.

5

Avaliar a criação de um texto com a história familiar ligada à culinária.

6

Verificar o trabalho em equipe e os desenhos individuais.

7

Avaliar a colaboração de todos na montagem final do livro de receitas.

8

Autoavaliação dos alunos e do(da) professor(a). Verificar os acertos e dificuldades na produção do livro.

Avaliação final Conversar com os alunos sobre a proposta deste projeto e as impressões que eles tiveram ao longo do processo de produção do livro de receitas, contando sobre o que acharam difícil, de que gostaram na produção desse livro de receitas e por quê.

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2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Matemática, Língua Portuguesa, História e Geografia

Quanto à prática pedagógica, o(a) professor(a) pode avaliar a ocorrência de influências externas ou eventos externos favoráveis ou desfavoráveis à obtenção dos resultados e como foram as interações entre os alunos. Descrever quais foram as dificuldades deles na implantação do projeto e quais foram as causas, apontando as medidas adotadas para superar os obstáculos. Avaliar, ainda, se o cronograma foi suficiente para a implantação do projeto e se os objetivos definidos no início foram alcançados de maneira satisfatória ou insatisfatória e por quê.

Referências bibliográficas complementares 

BARBOSA, Jacqueline Peixoto. Receita: trabalhando com os gêneros do discurso. São Paulo: FTD, 2003.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/novembro/05/GuiaAlimentar-para-a-pop-brasiliera-Miolo-PDF-Internet.pdf>. Acesso em: 07 jan. 2018.

FRANCA, Thyago Madeira; PORTO, Aparecida Clemilda. Receita: conhecendo e produzindo gêneros do cotidiano. 2011. Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/ficha TecnicaAula.html?aula=26736>. Acesso em: 28 dez. 2017.

SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. 4. ed. São Paulo: Autêntica, 2007.

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História – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

1a sequência didática: Objetos e memórias Nesta sequência didática, serão trabalhados os conceitos introdutórios de memória e de história individual com base na coleta, catalogação e exposição de objetos pessoais dos alunos. Pretende-se que o compartilhamento das memórias se torne um momento de interação e de identificação entre os alunos, promovendo laços de amizade, de respeito, de reciprocidade e de pertencimento a determinados espaços sociais.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Objeto de conhecimento Habilidade

Objetivos de aprendizagem

Conteúdos

Formas de registrar e narrar histórias (marcos de memória materiais e imateriais)  (EF02HI04) Selecionar e comparar objetos e documentos pessoais como fontes de memórias e histórias nos âmbitos pessoal, familiar e escolar.  Compreender as informações sobre o passado que os objetos podem trazer.  Diferenciar o passado do presente por meio de objetos (evidências históricas)  Conhecer histórias e memórias de suas famílias  Objetos que trazem lembranças

Materiais e recursos     

Objetos pessoais dos alunos Caderno de História Lápis Canetas hidrográficas Carteiras para exposição dos objetos

Desenvolvimento 

Quantidade de aulas: 2 aulas

Aula 1 Nesta aula, propor à turma que faça, em casa, um trabalho de “detetive” em busca de sinais do passado. Para iniciar a discussão, imprimir ou projetar a seguinte imagem:

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História – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

Alexcoolok / Shutterstock.com

Martelo antigo

Questionar oralmente os alunos: 

O QUE É ESSE OBJETO? Espera-se que os alunos identifiquem o objeto como uma marreta ou um martelo.

VOCÊ SABE QUANTOS ANOS TEM ESSE OBJETO? Espera-se que os alunos percebam que é um objeto fabricado em um período anterior aos nossos dias.

PARA QUE SERVE OU SERVIA ESSE OBJETO? Espera-se que os alunos citem que esse objeto pode ser utilizado para martelar, pregar, estacar, fazer pressão sobre outros, etc.

O QUE ESSE OBJETO PODE DIZER SOBRE QUEM O UTILIZOU? O objeto pode ter tido um uso doméstico ou profissional. Ele pode, por exemplo, ter sido utilizado para pequenos reparos em uma casa ou como ferramenta em uma carpintaria. Além disso, ele é feito de madeira, o que pode informar sobre os recursos existentes no lugar onde vivia quem o utilizava. Hoje, ele pode ter o valor de despertar memória. Por meio dele, podemos conhecer o passado.

Após essa etapa, sugerir aos alunos que investiguem algum objeto da sua casa que possa trazer informações sobre o passado de sua família. Nesse momento, é importante orientá-los a buscar ajuda dos adultos, pais ou responsáveis, para coletar esses objetos, pois podem querer levar para a escola documentos ou objetos delicados e/ou de muito valor para a família. Os alunos podem escolher objetos como: brinquedos, roupas, fotografias, materiais escolares, acessórios, enfeites etc. Escrever na lousa, ou entregar em um modelo impresso, a ficha a seguir. Orientar os alunos a preenchê-la com informações referentes a cada um dos objetos trazidos de casa de forma caprichada, colorida e com letra legível. 

Qual o nome do objeto de sua escolha?

Quantos anos ele tem? (pode ser aproximado)

Para que serve ou servia esse objeto?

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História – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

Avisar a turma que, na próxima aula, as fichas devem estar prontas e serão recolhidas. Se permitido pelos alunos e suas famílias, os objetos devem ser trazidos à escola para serem guardados, em lugar seguro, para uma atividade de exposição. Os registros dos alunos devem passar por possíveis correções de ortografia e de gramática.

Avaliação O empenho dos alunos, com a ajuda da família, em coletar objetos de memória e de trazê-los para a sala de aula já é um primeiro sinal de comprometimento e de interesse a ser avaliado. As anotações nas fichas podem ser instrumentos avaliativos, à medida que permitem analisar como os alunos trabalharam com a sistematização dessas informações. É importante também observar como os alunos se relacionam ou se identificam com seus objetos, representativos de sua história de vida. Além disso, para a construção de dimensões de tempo, é importante que os alunos escolham objetos antigos.

Para trabalhar dúvidas É possível que os alunos encontrem dificuldades para datar os objetos, ou seja, para responder à questão “Quantos anos ele tem?”. Nesse caso, você pode lançar a pergunta para toda a turma e, de forma conjunta, com o auxílio da lousa, ajudá-los a fazer contas simples. Por exemplo: o aluno tem 7 anos de idade e acha que ganhou o urso de pelúcia que trouxe de casa quando tinha 3 anos. Então, você pode ajudá-lo a contar que o urso possui, mais ou menos, 4 anos de idade. No caso de dúvidas quanto a objetos já em desuso, como, por exemplo, um telefone de discar (real ou de brinquedo), pode-se utilizar o mesmo método de solicitar ajuda aos demais colegas, promovendo um diálogo na sala de aula.

Aula 2 Nesta aula, trazer para a classe os objetos que guardam memória dos alunos e as fichas que eles elaboraram. Com a ajuda de toda a turma, organizar o espaço em círculo, conforme os recursos disponíveis, para que no centro cada aluno possa ajeitar seus objetos para exposição. Embaixo de cada peça ou ao lado, o aluno deve colocar a ficha correspondente. Pronta a exposição, orientar os alunos que, de forma organizada, observem os objetos de seus colegas para que conheçam as experiências passadas do outro. Eles devem conversar entre si e explicar suas lembranças uns aos outros. Para instigar a interação e a curiosidade da turma, o professor, no papel de mediador, poderia estabelecer relações entre as explicações de cada um sobre o que foi escolhido, buscando construir identidades e noções de pertencimento, articulando as diferentes e semelhantes percepções dos alunos sobre o passado e o presente.

Avaliação Avaliar o comprometimento com a organização dos objetos e com a sistematização de catalogação pelos alunos. A participação colaborativa e construtiva nos diálogos estabelecidos sobre passado e presente também pode ser avaliada. Outro ponto a ser avaliado são as explicações, educadas, atenciosas e representativas, de como aqueles objetos constituem a memória e a história de vida de cada aluno. Por fim, você pode solicitar aos alunos que façam um relato oral de como foi o desenvolvimento dessa atividade e o que aprenderam com ela.

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História – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

Ampliação Para ampliar os conhecimentos em torno da construção de dimensões temporais, propor a seguinte atividade para a turma: Observe as imagens a seguir e responda às questões.

Eakkachai2520 / Shutterstock.com

Gramofone.

Spinetta / Shutterstock.com

Máquina de escrever.

1. O QUE SÃO ESSES OBJETOS? Espera-se que os alunos reconheçam características dos objetos que possam indicar para que eles serviam. Por exemplo, o tubo acústico em que sai o som do gramofone e as teclas da máquina de escrever. 2. ELES SÃO ANTIGOS OU ATUAIS? Espera-se que os alunos percebam que ambos são antigos. 3. AINDA SÃO USADOS HOJE EM DIA? Podem ser, porém seu uso não é muito recorrente. 4. QUAIS SÃO OS OBJETOS DE HOJE COM FUNÇÕES PARECIDAS COM ESSES? Espera-se que os alunos citem os aparelhos de som, até mesmo dos celulares, e os computadores e notebooks.

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História – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

2a sequência didática: Casas com histórias Nesta sequência didática, os alunos serão convidados a refletir sobre os espaços (públicos e privados), as memórias que guardam e suas histórias. A sequência enfocará o estudo da própria casa deles, por meio de uma investigação da história do lugar onde vivem, dormem, brincam, se alimentam, se higienizam e convivem com suas famílias. Dividir com os colegas a localização e as informações sobre a história das suas casas possibilita que os alunos percebam graus de vizinhança e de identificação com seus colegas e estabelece também a possibilidade de reconhecimento social do espaço que habitam.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Objeto de conhecimento

Habilidades

Objetivos de aprendizagem Conteúdos

A noção do “Eu” e do “Outro”: comunidade, convivências e interações entre pessoas  (EF02HI03) Selecionar situações cotidianas que remetam à percepção de mudança, pertencimento e memória.  (EF02HI09) Identificar objetos e documentos pessoais que remetam à própria experiência ou à da família, e discutir as razões pelas quais alguns objetos são preservados e outros são descartados.  Identificar mudanças e permanências nos lugares, de acordo com a passagem do tempo.  Adquirir noções de preservação.  Memórias e histórias  Passagem do tempo: permanências e mudanças

Materiais e recursos         

Caderno de História Lápis Folhas A4 para desenhos Cartolinas ou papel kraft Canetas hidrográficas Lápis de colorir Régua Cola bastão Fita adesiva

Desenvolvimento 

Quantidade de aulas: 2 aulas

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História – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

Aula 1 Nesta aula, propor aos alunos a análise da ilustração a seguir: uma casa antiga, antes e após uma reforma. Sugira a eles algumas perguntas que dialoguem com a ideia “manutenção”, “preservação” e “descarte”.

Aleutie/Shutterstock.com

Casa antiga, antes e depois da reforma.

Questionar oralmente os alunos:

1. O QUE MOSTRA A IMAGEM?

Espera-se que os alunos respondam que a imagem mostra uma casa, antes e depois de uma reforma.

2. QUAL A DIFERENÇA ENTRE AS DUAS CASAS?

Espera-se que os alunos percebam que a casa da esquerda parece velha, enquanto a da direita parece nova e reformada.

3. VOCÊ JÁ VIU UMA CASA REFORMADA? Resposta pessoal.

4. QUAL A IMPORTÂNCIA DE A GENTE MANTER E PRESERVAR OBJETOS E COISAS?

Resposta pessoal. Além de questões ecológicas e de sustentabilidade, oriente para que percebam a ideia de preservação da memória e das histórias presentes em objetos e coisas.

Com o auxílio da lousa, apresentar a próxima atividade à turma, explicando todos os passos a serem seguidos e solucionando possíveis dúvidas. A atividade será dividida em três etapas: 1) realização de pesquisa sobre a história da casa; 2) registros da história da casa no caderno de História; 3) elaboração de um cartaz sobre a história de sua casa. 32


História – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

Nesse momento, orientar os alunos a fazerem, como lição, uma pesquisa sobre a história da sua casa, para ser trazida na próxima aula. A pesquisa deve ser feita com a ajuda dos pais ou responsáveis, que podem mostrar a eles desde o registro da casa (escritura), a planta do imóvel, caso ela exista, e até fotos da fachada ou situações vividas nos quintais e outros ambientes domésticos. Você pode sugerir o seguinte roteiro para facilitar a compreensão do processo pelos alunos:    

LOCALIZAÇÃO DA CASA. DATA APROXIMADA DA CONSTRUÇÃO. JÁ FOI REFORMADA? QUANTAS VEZES? QUANTAS FAMÍLIAS PODEM TER MORADO NELA?

Uma conversa com a vizinhança, acompanhada de um responsável, também pode ajudar os alunos a obterem mais informações sobre o lugar onde vivem. Sugerir questões como: “Quem morava na sua casa antes de sua família? A casa foi construída há muito tempo? A casa foi reformada?”. É importante solicitar que todas as informações sejam registradas no caderno. Também como lição, orientar os alunos a fazerem um desenho da fachada de suas casas.

Avaliação A participação dos alunos na atividade de sala, assim como seu comprometimento em realizar as tarefas de casa para dar sequência ao trabalho, serve como instrumento de avaliação.

Aula 2 Dispor os alunos em círculo na própria sala de aula, ou em uma roda em local de sua preferência, e solicitar que contem aos colegas qual a história da casa que habitam, instigando-os a relatarem o que descobriram. Estimular os alunos com questões como: “É uma casa antiga?”, “Construída nos dias de hoje?”, “Reformada?”, “Você e sua família são os primeiros moradores desse lugar?”, “Se não, sabe quem morou ali antes?”, entre outras que você considerar adequadas. Na aula, para dar continuidade à atividade, os alunos devem ter trazido os desenhos da fachada de suas casas. De posse desse material, além das cartolinas, das canetas hidrográficas, dos lápis de cor e da régua, cada aluno deve elaborar um cartaz que represente a história da sua casa. No cartaz podem constar desenhos, frases, enfim, tudo aquilo que, para cada aluno, seja importante para a percepção e o reconhecimento da história do lugar em que vive com sua família. Para valorizar o trabalho dos alunos, fixar os cartazes na classe. Assim todos podem visualizá-los e também conhecer um pouco mais sobre os colegas e suas histórias de vida.

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História – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

Avaliação A qualidade dos registros nas fichas, correspondentes à pesquisa feita em casa e/ou na vizinhança, deve servir como instrumento de avaliação. De igual maneira, a realização da tarefa de desenhar a fachada da casa e trazê-la à classe pode servir como avaliação do compromisso dos alunos perante a atividade. A elaboração, caprichada, organizada e interativa, do cartaz também deve ser avaliada, pois demonstra a compreensão com relação ao tema da história dos espaços (no caso, privado) e a responsabilidade de cada aluno com sua aprendizagem.

Ampliação Para ampliar os conhecimentos sobre a importância da história dos lugares, sugerir que seja apresentada aos alunos a história do Museu da República, antiga sede do governo federal brasileiro, no Rio de Janeiro. O palácio foi um importante casarão de cafeicultor, no século XIX, até se transformar em sede do governo. O Rio de Janeiro era capital do país e abrigava a sede do poder central. O palácio funcionou com este perfil até a construção da cidade de Brasília, a nova capital. É importante dizer aos alunos que os museus são locais onde são guardados objetos que têm importância para a história de um país, de um povo, ou mesmo de uma determinada cultura. O próprio edifício é parte da história e ele serve para nos ajudar a imaginar como era viver em tempos passados. Acesse o site do Museu da República (disponível em: <http://museudarepublica.museus. gov.br/galeria-virtual/>. Acesso em: 7 dez. 2017.) e imprima fotos da fachada e do interior do palácio para mostrar aos alunos. Conte um pouco da história do Palácio do Catete e, em seguida, questione-os oralmente sobre as imagens obtidas. O objetivo da atividade é salientar os vários usos que um imóvel pode ter ao longo do tempo.

1. DESCREVA O QUE VOCÊ VÊ NA IMAGEM.

Espera-se que os alunos identifiquem o jardim e a fachada do palácio e que, pelas fotografias do interior do palácio, percebam um local luxuoso, evidenciado pelos lustres, utensílios e móveis, além da arquitetura e decoração, às quais somente famílias de alto poder aquisitivo tinham acesso, como a do cafeicultor que morou nessa residência, ou mesmo o presidente da República, uma das figuras mais importantes do Estado brasileiro.

2. ESSE LUGAR AINDA É UMA CASA?

Espera-se que, por meio de uma conversa inicial, os alunos compreendam que hoje o local abriga o Museu da República, na cidade do Rio de Janeiro.

3. ATUALMENTE ALGUÉM MORA LÁ?

Espera-se apenas que os alunos entendam o fato de que hoje, com o palácio transformado em um museu, não há ninguém morando, mas que no passado pessoas viveram lá.

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História – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

3a sequência didática: As memórias da sua cidade Nesta sequência didática serão abordados os conceitos de história e memória da cidade dos alunos. Por meio da visita guiada a um centro de memória, eles perceberão que, assim como suas casas, os espaços públicos também têm uma história. Ao conhecerem um pouco mais sobre seu município, reconhecerão que pertencem àquela história.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Objeto de conhecimento Habilidade

Objetivos de aprendizagem

Conteúdos

A noção do “Eu” e do “Outro”: comunidade, convivências e interações entre pessoas 

(EF02HI03) Selecionar situações cotidianas que percepção de mudança, pertencimento e memória.

  

Conhecer o espaço de memória da cidade. Identificar os monumentos históricos da cidade. Compreender as relações entre a história da cidade e a história e o papel dos indivíduos que habitam nela. Memória e História Os lugares têm história

 

remetam

à

Materiais e recursos        

Caderno de História Lápis Régua Tesoura sem pontas Lápis de cor Canetas hidrográficas Cartolinas para recorte Papel adesivo transparente

Desenvolvimento 

Quantidade de aulas: 3 aulas

Aula 1 Apresentar inicialmente a atividade aos alunos, orientando-os sobre como devem proceder diante das seguintes etapas de trabalho: 1) visitar um centro de memória da cidade ou museu; 2) fazer registros no caderno sobre os principais monumentos e/ou prédios antigos da cidade; 3) elaborar um jogo da memória com alguns dos principais monumentos e/ou prédios antigos da cidade. 35


História – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

Com o apoio e o consentimento prévios da escola e dos pais e/ou responsáveis, levar a turma para conhecer um centro de memória ou museu da cidade. Muitas cidades brasileiras possuem centros de memória, onde são guardados vestígios de sua história. Esse lugar pode ser um museu, uma biblioteca, um arquivo histórico ou ainda um local que pode ser importante para a memória dos moradores, como uma praça. Caso não seja possível visitar pessoalmente o lugar, sugerir aos alunos uma visita virtual. Você pode recorrer aos sites do município ou um aplicativo de mapas de sua preferência. Em última instância, se não for possível sequer a visita virtual, você pode levar para a sala de aula imagens de monumentos e/ou prédios antigos da cidade. O fundamental é que, ao visitar o lugar escolhido com toda a classe ou mostrar aos alunos imagens de monumentos e/ou prédios antigos do município, deve-se estabelecer um diálogo com eles, incentivando-os a compreenderem que a cidade também tem história. É comum os centros de memória disponibilizarem educadores para as visitas escolares. Caso seja possível essa mediação, questionar os alunos quanto às informações obtidas por meio desses profissionais, ajudando-os a compreenderem as relações entre os objetos do museu e a história da cidade. Por fim, sugerir aos alunos que escolham um bem cultural de que gostaram mais e que preencham o quadro a seguir no caderno: NOME DO BEM ESCOLHIDO E LOCALIZAÇÃO: MOTIVO DA ESCOLHA:

O QUE ESSE BEM CONTA SOBRE A HISTÓRIA DA CIDADE?

Avaliação As condutas durante a visita ao centro de memória/museu da cidade devem passar por combinados prévios entre professor e alunos e serem consideradas na avaliação, pois medem os graus de responsabilidade e comprometimento dos alunos com esta atividade de aprendizagem.

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História – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

A elaboração dos registros no caderno também deve ser levada em consideração para a avaliação. Por meio deles, pode-se analisar o grau de envolvimento e participação na atividade, assim como, ao corrigi-los, ajudá-los a melhor redigir, organizar seu caderno e sistematizar informações coletadas.

Para trabalhar dúvidas Ao final da visita ao centro de memória/museu, reunir os alunos no pátio ou no jardim do museu, ou até mesmo na sala de aula, em duplas ou em grupos. Eles devem preencher a ficha do caderno com informações sobre o bem cultural escolhido, ajudando, uns aos outros, a sanar suas dúvidas e/ou dificuldades. Nesse momento, esteja atento(a) a eles e circule, de grupo em grupo, para verificar como estão procedendo com a atividade em conjunto, bem como estão relacionando os objetos (bens culturais) à história do município.

Aula 2 Em sala de aula, os alunos devem estar com todos os materiais necessários, anteriormente descritos, para a atividade. Dividir a turma em duplas ou grupos de trabalho, conforme lhe for mais conveniente, para a elaboração do “Jogo da memória da nossa cidade”. Atividades em conjunto são muito interessantes e importantes para o desenvolvimento do senso coletivo, da organização e da divisão igualitária de tarefas, assim como para suas interações interpessoais. Pode-se levar alguns moldes de papelão de 12 cm × 8 cm, ensinar e ajudar os alunos a reproduzirem 12 cartas (em forma de retângulos), do mesmo tamanho, nas cartolinas. As 12 cartas devem ser recortadas por eles. Os grupos devem escolher seis monumentos e/ou prédios históricos que acham mais importantes da cidade. Você pode fornecer fotografias impressas em duplicata a cada grupo, ou orientar a turma a desenhá-los, de forma igual, ou muito semelhante, em cada par de cartas. Os desenhos podem ser bem coloridos e ilustrativos. Por isso, a utilização de canetas hidrográficas e/ou lápis de cor. Em seguida, por causa da dificuldade desta etapa, auxiliar os alunos a passarem o papel adesivo transparente em cada uma das cartas, para que elas fiquem mais firmes e, assim, os alunos possam jogá-las com mais frequência, sem danificá-las.

Avaliação A qualidade no esforço da representação dos monumentos e/ou prédios históricos da cidade deve ser utilizada como instrumento avaliativo do que foi compreendido pelos alunos. Da mesma forma, o zelo com a elaboração das cartas do jogo da memória e a dinâmica do trabalho em grupo podem ser avaliados, pois indicam a responsabilidade, o espírito de trabalho coletivo e a compreensão dos aspectos relativos à memória da cidade.

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História – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

Para trabalhar dúvidas Os alunos com menos habilidade para desenhar e/ou colorir podem se sentir inseguros ou desmotivados para desempenharem essa atividade. Para evitar constrangimentos, bem como possibilitar que todos participem do trabalho, orientar os grupos a dividirem as tarefas conforme as aptidões de cada um. Assim, alguns se dedicarão ao tracejado do modelo das cartas na cartolina, outros se responsabilizarão por cortar os cartões, outros por desenhar, e assim por diante.

Aula 3 Nesta aula, os alunos devem brincar com o “Jogo da memória da nossa cidade” em sala. A regra segue a dos jogos de memória já conhecidos pelos alunos desta idade. Em duplas, com as 12 cartas viradas sobre o chão ou uma mesa, cada participante vira duas cartas de uma vez, procurando encontrar as mesmas figuras. Caso as encontrem, deve-se retirar as cartas da mesa. Vence quem tiver encontrado mais cartas semelhantes. É importante que as duplas se revezem e joguem entre si, assim como junto ao professor. Este deve ser um momento de interação de toda a turma e da turma com o professor, que, por sua vez, deverá sempre chamar a atenção dos alunos para os monumentos e/ou prédios encontrados nas cartas, perguntando à classe: “Vocês conhecem esse monumento?”; “Qual o seu nome?”; “Sabem por que ele é importante para a nossa cidade” etc. Destaca-se, também, a importância de não fazer desta atividade de jogo um momento de disputa acirrada, em que o mais importante seja vencer. Trata-se de uma atividade lúdica de aprendizado, que deve ser compreendida como tal e, por isso, é fundamental deixar claro que ganhar ou perder não importa, mas sim aprender mais sobre a história de sua cidade.

Avaliação A participação no jogo, a interação, a compreensão e o reconhecimento dos principais monumentos e/ou prédios que contam a história da cidade podem ser instrumentos de avaliação. Para auxiliar o processo, pode-se ainda sugerir aos alunos que façam uma autoavaliação, considerando o quanto aprenderam, o quanto trabalharam bem em equipe, o quanto se dedicaram a esta atividade e o quanto aproveitaram a visita ao museu.

Ampliação Para ampliar os conhecimentos sobre o tema, pode-se fazer com os alunos uma visita à página virtual do Museu da Inconfidência, localizado na cidade de Ouro Preto, antiga Vila Rica, em Minas Gerais (disponível em: <http://www.museudainconfidencia.gov.br/pt_BR>. Acesso em: 12 dez. 2017). Apresentar aos alunos a fotografia da fachada e a história do Museu da Inconfidência. Eles devem saber que o edifício está localizado na cidade de Ouro Preto (MG) e que antes de se tornar museu ele foi usado como cadeia pública e como Câmara Municipal, local em que os representantes do município (atuais vereadores) se reúnem para fazer as leis municipais. Informar que o museu guarda a história de Ouro Preto e das cidades vizinhas. Nele há registros de movimentos políticos e artísticos. Seu nome se refere à conjuração, ocorrida no século XVIII, que ficou conhecida por muitos anos como Inconfidência Mineira. 38


História – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

Após apresentar as informações, você pode elaborar um material, como sugerimos abaixo, cujas perguntas deverão ser posteriormente respondidas pelos alunos. UM MUSEU, UMA HISTÓRIA E UMA CIDADE

Vinicius Naves/Shutterstock.com

Fachada do Museu da Inconfidência, em Ouro Preto, Minas Gerais.

1. QUE PRÉDIO É ESSE?

É o Museu da Inconfidência.

2. ELE SEMPRE FOI UM MUSEU?

Não, antes foi um prédio público, onde funcionou a cadeia da cidade e depois a Câmara Municipal.

3. POR QUE ESSE PRÉDIO LEVA O NOME DE MUSEU DA INCONFIDÊNCIA?

Porque ele guarda parte da história da cidade de Ouro Preto, onde ocorreu a Inconfidência Mineira, no século XVIII.

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História – 2o ano – 1o bimestre –Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

4a sequência didática: Histórias de pessoas Valorizar as histórias e as memórias de indivíduos ajuda os alunos a entender e a respeitar as pessoas e os lugares pelo que são e o que carregam, tornando-os mais conscientes dos seus papéis nas sociedades. Com base nessa premissa, essa sequência está focada no estudo de histórias de pessoas, estimulando a escuta e a percepção de como elas mudam conforme são recontadas várias vezes e, também, por muitas gerações.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Objeto de conhecimento Habilidade

Objetivos de aprendizagem

Conteúdos

A noção do “Eu” e do “Outro”: comunidade, convivências e interações entre pessoas 

(EF02HI02) Identificar e descrever práticas e papéis sociais que as pessoas exercem em diferentes comunidades.

  

Perceber que todos os indivíduos têm história e memória. Identificar as histórias e as memórias das pessoas. Aprender a valorizar e a respeitar as histórias e as memórias dos indivíduos, especialmente as dos mais velhos. Memórias e histórias Histórias de indivíduos

 

Materiais e recursos   

Gravador (pode ser celular) Caderno de História Lápis

Desenvolvimento 

Quantidade de aulas: 3 aulas

Aula 1 Em um primeiro momento, deve-se explicar aos alunos no que consiste a proposta, o que eles precisarão fazer e quanto tempo ela levará. Você pode registrar as etapas desse trabalho na lousa e solicitar aos alunos que as copiem. Essa atividade será dividida em três etapas, que durarão três aulas: 1) fazer um roteiro de entrevista e realizá-la como tarefa; 2) ouvir as entrevistas em sala; 3) brincar de telefone sem fio.

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História – 2o ano – 1o bimestre –Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

Nesta aula, portanto, os alunos deverão, com o auxílio do professor, elaborar um roteiro para realizar, como lição de casa, uma entrevista com algum adulto mais velho de sua família: avós ou tios – ou até vizinhos, no caso de ausência de membros da família. É importante ajudá-los a pensar em quais perguntas podem ser feitas, além de orientá-los a serem muito respeitosos com os entrevistados e suas histórias. Por exemplo, oriente-os a chamar, inicialmente, os mais velhos de “senhora” e “senhor”. De forma coletiva, o roteiro de entrevista pode ser construído e definido por toda a classe. Registre no quadro as perguntas e peça aos alunos que, para se orientarem, copiem-nas em seu caderno de História. Segue uma sugestão de roteiro de entrevista: ROTEIRO DE ENTREVISTA

1. QUAL É O SEU NOME? 2. QUAL É A SUA IDADE? 3. EM QUE CIDADE NASCEU? 4. HÁ QUANTOS ANOS VIVE NESSA CIDADE? 5. QUAL HISTÓRIA DA SUA VIDA GOSTARIA DE ME CONTAR? Caso os alunos encontrem dificuldades para conseguir um gravador, eles podem registrar por escrito as respostas, sem se preocupar em escrever integralmente a última questão, mas sabendo que terão de recontá-la oralmente aos colegas de turma.

Avaliação O envolvimento com o trabalho a ser feito e a participação construtiva em sala de aula, ajudando a elaborar um roteiro interessante e pertinente de entrevista, pode ser um instrumento inicial de avaliação para esta atividade.

Para trabalhar dúvidas Caso os alunos tenham dificuldades para compreender os objetivos da entrevista, dê-lhes alguns exemplos que ilustrem mais a proposta. Eles podem ser de programas de televisão, de telejornais ou de entrevistas escritas. Explique a eles que se trata de um conjunto de perguntas, feitas por um entrevistador, que estimulam respostas dadas pelos entrevistados. A entrevista desta atividade permitirá que os alunos obtenham mais conhecimentos sobre a história de pessoas próximas.

Aula 2 Nesta aula, pode-se sugerir aos alunos que se disponham em um círculo na sala para ouvirem as entrevistas. Os responsáveis por elas devem contar o seu possível grau de parentesco com os entrevistados. 41


História – 2o ano – 1o bimestre –Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

Todos devem ouvir as histórias, silenciosa e respeitosamente. Mediar os comentários suscitados por elas, a fim de promover o interesse geral pelas falas dos entrevistados e incitar análises sobre suas histórias de vida. Isso pode promover a importância do ato de ouvir a todos, assim como incentivar os alunos a perceberem a grande diversidade de pessoas e de histórias de vida no mundo. Como lição de casa, pode-se orientar os alunos a redigirem, no caderno da disciplina, uma história que eles conheçam ou a sua própria história de vida.

Avaliação A realização da lição de casa (realização da entrevista com algum membro da família ou conhecido), a escuta respeitosa das histórias narradas e os comentários feitos em torno delas devem ser instrumentos de avaliação. Pode-se assim verificar o grau de compromisso, criatividade, responsabilidade e participação construtiva dos alunos em sala.

Aula 3 Nesta aula, para dar continuidade ao tema das histórias de outras pessoas, sugere-se propor aos alunos a brincadeira do telefone sem fio, que, muito provavelmente, já deve ser conhecida por eles. A brincadeira consiste na construção de uma frase por um aluno, que deve ser transmitida, muito discretamente, em forma de cochicho, ao colega do lado, até que chegue aos ouvidos da última pessoa. É ela quem deve dizer, em voz alta, o que chegou aos seus ouvidos. Normalmente, essa brincadeira gera risos, pois quase nunca a frase chega à última pessoa tal como foi criada. Brincar de telefone sem fio em sala de aula proporciona aos alunos a percepção exata de como as histórias mudam e, às vezes, distorcem-se completamente, ao serem repassadas, transmitidas, de pessoa a pessoa e, ainda mais, com o passar do tempo. Por isso, ao final da brincadeira, é fundamental encerrar a aula e a atividade refletindo com os alunos sobre como as histórias que eles ouviram na aula passada ou aquelas que eles conhecem já foram recontadas várias vezes. Tal percepção pode incitar os alunos a refletirem sobre como as histórias, as pessoas e o mundo estão em permanente construção e que não existe uma única verdade absoluta, mas sim indícios de algo que aconteceu. Este é o pressuposto básico dos estudos históricos.

Avaliação A realização da tarefa de casa (relatar uma história ou a história de sua vida, no caderno) bem como a participação construtiva dos alunos durante a brincadeira de telefone sem fio podem ser instrumentos de avaliação para qualificar o nível de responsabilidade, de comprometimento e de atitudes que promovam a respeitosa sociabilidade em sala de aula. Sempre que julgar necessário, pode-se recorrer à autoavaliação, solicitando aos alunos que respondam, em seu caderno, “O que você aprendeu com essa atividade?”; “Como foi sua participação nessa atividade?”; “Em que você contribuiu para o desenvolvimento dessa aula/atividade?” etc.

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História – 2o ano – 1o bimestre –Plano de desenvolvimento – 4a sequência didática

Ampliação Para ampliar o conteúdo, pode-se explicar aos alunos que uma só palavra pode mudar completamente o sentido de uma frase. Assim, dependendo da frase, transforma-se a história contada. Para isso, mostre aos alunos os exemplos a seguir. Todas são frases com as mesmas palavras, mas a colocação da palavra “só” modifica o sentido. Escreva as três frases na lousa e solicite aos alunos que as copiem no caderno de História. Peça-lhes que, após lerem, escrevam o significado de cada uma delas. 

FRASE 1: SÓ ELE GANHOU MIL REAIS NA LOTERIA. Somente “ele”, e mais ninguém, ganhou na loteria. Ou seja, uma pessoa ganhou na loteria.

FRASE 2: ELE SÓ GANHOU MIL REAIS NA LOTERIA. A pessoa (“ele”) ganhou mil reais, nem mais nem menos, na loteria. Esse valor foi considerado pouco por quem fez esse comentário.

FRASE 3: ELE GANHOU MIL REAIS SÓ NA LOTERIA. A pessoa (“ele”) ganhou dinheiro de vários lugares, entre eles, mil reais vieram da loteria.

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História – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

Proposta de acompanhamento da aprendizagem Avaliação de História: 1o bimestre NOME: _______________________________________________________________________________________ TURMA: __________________________ DATA: ____________________________________________________

1. OBSERVE A IMAGEM:

GUILHERMEMESQUITA/SHUTTERSTOCK.COM

CASARÃO COLONIAL DA CIDADE DE MARIANA, MINAS GERAIS.

AGORA RESPONDA: ESTA EDIFICAÇÃO FOI CONSTRUÍDA HÁ MUITO TEMPO OU NOS DIAS DE HOJE? ESCREVA CARACTERÍSTICAS DELA PARA JUSTIFICAR SUA RESPOSTA. ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

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História – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

2. CIRCULE OS OBJETOS DO PASSADO QUE NÃO SÃO NORMALMENTE MAIS USADOS HOJE EM DIA.

BRAT82/SHUTTERSTOCK.COM

GUTEKSK7/SHUTTERSTOCK.COM

OMNIART/SHUTTERSTOCK.COM

SPINETTA/SHUTTERSTOCK.COM

3. LIGUE AS COLUNAS: BONDE PASSADO METRÔ CARRO

PRESENTE

LITEIRA

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História – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

4. LEIA O TEXTO A SEGUIR: NO LIVRO DE BABETTE COLE, A PRINCESA SABICHONA [...], UMA PRINCESA REBELDE FAZ UM ACORDO COM O PAI PARA NÃO SE CASAR E SIM FAZER OUTRAS COISAS NA VIDA ANTES DE TOMAR DECISÃO TÃO IMPORTANTE. ESTUDAR, VIAJAR E FAZER AMIGOS ESTÃO NOS PLANOS E NA HISTÓRIA DESTA PRINCESA DIFERENTE. ANA PAULA CARDOSO. LIVRO INFANTIL: HISTÓRIAS QUE VÃO ALÉM DAS PRINCESAS. DISPONÍVEL EM: <HTTP://AREVISTADAMULHER.COM.BR/FAMILIA/CONTENT/2189657-LIVRO-INFANTIL -HISTORIAS-QUE-VAO-ALEM-DAS-PRINCESAS>. ACESSO EM: 20 NOV. 2017.

A) QUEM É O SUJEITO DA HISTÓRIA EM A PRINCESA SABICHONA? _______________________________________________________________ B) O QUE ESTÁ NOS PLANOS DA PRINCESA? _______________________________________________________________

5. PINTE O ESPAÇO AO LADO DOS ALIMENTOS DE ORIGEM INDÍGENA: [ [ [ [

] BEIJU (TAPIOCA) ] QUINDIM ] AZEITE DE DENDÊ ] MANDIOCA

6. MARQUE A ALTERNATIVA QUE CONTÉM UM PRODUTO FEITO PELA INDÚSTRIA: (A) LARANJA-LIMA. (B) ALFACE LISA. (C) BISCOITO RECHEADO. (D) MANGA-ROSA.

7. COMPLETE AS FRASES COM A PALAVRA MAIS ADEQUADA: NO AGRONEGÓCIO O CULTIVO É FEITO EM _______________ PROPRIEDADES. (PEQUENAS / GRANDES) NA AGRICULTURA FAMILIAR SE CULTIVAM ALIMENTOS EM _______________ PROPRIEDADES. (PEQUENAS / GRANDES)

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História – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

8. LEIA O TEXTO A SEGUIR: DIZ A LENDA QUE, ANTES DE SE CHAMAR BRIGADEIRO, O DOCINHO DE LEITE CONDENSADO, CHOCOLATE, MANTEIGA E GEMAS TINHA OUTRO NOME: NEGRINHO. TUDO INDICA QUE ELE TERIA SIDO INVENTADO NO RIO GRANDE DO SUL [...]. O RIO GRANDE DO SUL É O ÚNICO ESTADO BRASILEIRO QUE AINDA CHAMA BRIGADEIRO DE NEGRINHO. TRECHOS DE O LIVRO DO BRIGADEIRO, DA DOCEIRA JULIANA MOTTER, PELA EDITORA PANDA BOOKS, P. 10. DISPONÍVEL EM: <HTTP://WWW.ESTADAO.COM.BR/BLOGS/REVISTA/ A-HISTORIA-DO-BRIGADEIRO-RECEITAS-DELICIOSAS/>. ACESSO EM: 20 NOV. 2017.

AGORA RESPONDA: A) O BRIGADEIRO TEM OUTRO NOME? SE SIM, QUAL? _______________________________________________________________ B) QUAL É A ORIGEM DESTE DOCE? _______________________________________________________________

9. DEVEMOS DESCARTAR RESTOS DE ALIMENTOS NA MESMA LIXEIRA DOS PLÁSTICOS E DOS PAPÉIS? EXPLIQUE POR QUÊ.

______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

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História – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

10. NOS ESPAÇOS ABAIXO, FAÇA DOIS DESENHOS: UMA CASA ANTIGA E UMA CASA CONSTRUÍDAS NOS DIAS DE HOJE.

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História – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

11. LEIA A CONVERSA A SEGUIR. – CHAPEUZINHO, CHAPEUZINHO, VÁ À CASA DA VOVÓ ENTREGAR ESSA CESTINHA. SÃO DOCES, BOLOS E FRUTAS. A VOVÓ ESTÁ DOENTE. – VOU CORRENDO, MAMÃEZINHA! VOVÓ VAI FICAR CONTENTE! TRANSCRIÇÃO DE TRECHO DA HISTÓRIA DE CHAPEUZINHO VERMELHO. CHAPEUZINHO VERMELHO. COLEÇÃO DISQUINHO, ALTA FIDELIDADE, 1960 (COMPACT DISC).

QUEM SÃO OS PERSONAGENS DESSA CONVERSA? ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA. (A) VOVÓ, LOBO MAU E CHAPEUZINHO. (B) CHAPEUZINHO, MAMÃEZINHA E VOVÓ. (C) MAMÃEZINHA, CHAPEUZINHO E CAÇADORES. (D) CHAPEUZINHO, LOBO MAU E MAMÃEZINHA.

12. OBSERVE AS IMAGENS. I

II

III

IV

NYS/SHUTTERSTOCK.COM LEANDRO ESPINO/SHUTTERSTOCK.COM

MILOS LUZANIN/SHUTTERSTOCK.COM

BALEIKA TAMARA/SHUTTERSTOCK.COM

QUAIS DELAS SERVEM PARA CONTAR A HISTÓRIA DE UMA PESSOA? ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA. (A) AS IMAGENS I E III. (B) AS IMAGENS II E III. (C) AS IMAGENS I, II E IV. (D) AS IMAGENS I, II, III E IV.

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História – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

13. OBSERVE AS IMAGENS DE MESAS DE CAFÉ DA MANHÃ. QUAL DELAS CONTÉM UM CAFÉ DA MANHÃ TIPICAMENTE BRASILEIRO?

(A)

BETO CHAGAS/SHUTTERSTOCK.COM

(B)

ANNA MENTE/SHUTTERSTOCK.COM

(C)

WINUTURN/SHUTTERSTOCK.COM

(D)

OLGA NAYASHKOVA/SHUTTERSTOCK.COM

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História – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

14. MUITOS LUGARES GUARDAM AS MEMÓRIAS DE UMA CIDADE. UM DELES É ESPECIAL

PORQUE É ABERTO PARA VISITAS DAS PESSOAS INTERESSADAS NA HISTÓRIA QUE ELE GUARDA. QUE LUGAR É ESSE?

(A) ESCOLA. (B) PREFEITURA. (C) MUSEU. (D) PRAÇA.

15. OBSERVE AS IMAGENS. QUAL É O ÚNICO PRODUTO QUE DEVE SER DESCARTADO NO LIXO ORGÂNICO?

(A)

SANIT FUANGNAKHON/SHUTTERSTOCK.COM

(B)

JOCIC/SHUTTERSTOCK.COM

(C)

BILLION PHOTOS/SHUTTERSTOCK.COM

(D)

PANNAKOTTA/SHUTTERSTOCK.COM

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História – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

Proposta de acompanhamento da aprendizagem Avaliação de História: 1o bimestre NOME: _______________________________________________________________________________________ TURMA: __________________________ DATA: ____________________________________________________

1. OBSERVE A IMAGEM:

GUILHERMEMESQUITA/SHUTTERSTOCK.COM

CASARÃO COLONIAL DA CIDADE DE MARIANA, MINAS GERAIS.

AGORA RESPONDA: ESTA EDIFICAÇÃO FOI CONSTRUÍDA HÁ MUITO TEMPO OU NOS DIAS DE HOJE? ESCREVA CARACTERÍSTICAS DELA PARA JUSTIFICAR SUA RESPOSTA. ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF02HI03) Selecionar situações cotidianas que remetam à percepção de mudança, pertencimento e memória. Resposta: Essa edificação foi construída há muito tempo e é diferente das atuais. Ela possui muitas janelas na fachada. Tem um espaço para a porta de entrada principal, é alta e apresenta um enfeite no centro e acima.

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História – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

2. CIRCULE OS OBJETOS DO PASSADO QUE NÃO SÃO NORMALMENTE MAIS USADOS HOJE EM DIA.

BRAT82/SHUTTERSTOCK.COM

GUTEKSK7/SHUTTERSTOCK.COM

OMNIART/SHUTTERSTOCK.COM

SPINETTA/SHUTTERSTOCK.COM

Habilidade trabalhada: (EF02HI04) Selecionar e comparar objetos e documentos pessoais como fontes de memórias e histórias nos âmbitos pessoal, familiar e escolar. Resposta: Devem ser circulados: telefone antigo e máquina de escrever.

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3. LIGUE AS COLUNAS: BONDE PASSADO METRÔ PRESENTE

CARRO LITEIRA

Habilidade trabalhada: (EF02HI03) Selecionar situações cotidianas que remetam à percepção de mudança, pertencimento e memória. Resposta: Devem ser ligados: Bonde e liteira a passado; metrô e carro a presente.

4. LEIA O TEXTO A SEGUIR: NO LIVRO DE BABETTE COLE, A PRINCESA SABICHONA [...], UMA PRINCESA REBELDE FAZ UM ACORDO COM O PAI PARA NÃO SE CASAR E SIM FAZER OUTRAS COISAS NA VIDA ANTES DE TOMAR DECISÃO TÃO IMPORTANTE. ESTUDAR, VIAJAR E FAZER AMIGOS ESTÃO NOS PLANOS E NA HISTÓRIA DESTA PRINCESA DIFERENTE. ANA PAULA CARDOSO. LIVRO INFANTIL: HISTÓRIAS QUE VÃO ALÉM DAS PRINCESAS. DISPONÍVEL EM: <HTTP://AREVISTADAMULHER.COM.BR/FAMILIA/CONTENT/2189657-LIVRO-INFANTIL -HISTORIAS-QUE-VAO-ALEM-DAS-PRINCESAS>. ACESSO EM: 20 NOV. 2017.

A) QUEM É O SUJEITO DA HISTÓRIA EM A PRINCESA SABICHONA? Resposta: A própria Princesa Sabichona, uma princesa rebelde e diferente. _______________________________________________________________ B) O QUE ESTÁ NOS PLANOS DA PRINCESA? Resposta: Não casar cedo para poder estudar, viajar e fazer amigos. _______________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF02HI02) Identificar e descrever práticas e papéis sociais que as pessoas exercem em diferentes comunidades.

5. PINTE O ESPAÇO AO LADO DOS ALIMENTOS DE ORIGEM INDÍGENA: [ [ [ [

] BEIJU (TAPIOCA) ] QUINDIM ] AZEITE DE DENDÊ ] MANDIOCA Habilidade trabalhada: (EF02HI03) Selecionar situações cotidianas que remetam à percepção de mudança, pertencimento e memória. Resposta: Os alimentos de origem indígena são o beiju (tapioca) e a mandioca. 54


História – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

6. MARQUE A ALTERNATIVA QUE CONTÉM UM PRODUTO FEITO PELA INDÚSTRIA: (A) LARANJA-LIMA. (B) ALFACE LISA. (C) BISCOITO RECHEADO. (D) MANGA-ROSA. Habilidade trabalhada: (EF02HI10) Identificar diferentes formas de trabalho existentes na comunidade em que vive, suas especificidades e importância. Resposta: C. O biscoito recheado é o alimento industrializado. Distratores: Laranja-lima, alface lisa e manga-rosa são alimentos oriundos de produção agrícola.

7. COMPLETE AS FRASES COM A PALAVRA MAIS ADEQUADA: NO AGRONEGÓCIO O CULTIVO É FEITO EM _______________ PROPRIEDADES. (PEQUENAS / GRANDES) NA AGRICULTURA FAMILIAR SE CULTIVAM ALIMENTOS EM _______________ PROPRIEDADES. (PEQUENAS / GRANDES) Habilidade trabalhada: (EF02HI10) Identificar diferentes formas de trabalho existentes na comunidade em que vive, suas especificidades e importância. Resposta: “No agronegócio o cultivo é feito em GRANDES propriedades.”; “Na agricultura familiar se cultivam alimentos em PEQUENAS propriedades.”.

8. LEIA O TEXTO A SEGUIR: DIZ A LENDA QUE, ANTES DE SE CHAMAR BRIGADEIRO, O DOCINHO DE LEITE CONDENSADO, CHOCOLATE, MANTEIGA E GEMAS TINHA OUTRO NOME: NEGRINHO. TUDO INDICA QUE ELE TERIA SIDO INVENTADO NO RIO GRANDE DO SUL [...]. O RIO GRANDE DO SUL É O ÚNICO ESTADO BRASILEIRO QUE AINDA CHAMA BRIGADEIRO DE NEGRINHO. TRECHOS DE O LIVRO DO BRIGADEIRO, DA DOCEIRA JULIANA MOTTER, PELA EDITORA PANDA BOOKS, P. 10. DISPONÍVEL EM: <HTTP://WWW.ESTADAO.COM.BR/BLOGS/REVISTA/ A-HISTORIA-DO-BRIGADEIRO-RECEITAS-DELICIOSAS/>. ACESSO EM: 20 NOV. 2017.

AGORA RESPONDA: A) O BRIGADEIRO TEM OUTRO NOME? SE SIM, QUAL? Resposta: Sim. O brigadeiro também é chamado de negrinho pelos gaúchos, pessoas nascidas no estado do Rio Grande do Sul. _______________________________________________________________ B) QUAL É A ORIGEM DESTE DOCE? Resposta: Acredita-se que o brigadeiro tenha sido criado no Rio Grande do Sul. _______________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF02HI03) Selecionar situações cotidianas que remetam à percepção de mudança, pertencimento e memória. 55


História – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

9. DEVEMOS DESCARTAR RESTOS DE ALIMENTOS NA MESMA LIXEIRA DOS PLÁSTICOS E DOS PAPÉIS? EXPLIQUE POR QUÊ.

______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF02HI11) Identificar impactos no meio ambiente causados pelas diferentes formas de trabalho existentes na comunidade em que vive. Resposta: Não, pois restos de alimentos devem ser descartados em lixo orgânico, plásticos e papéis em lixo reciclável. Papéis e plásticos podem ser reciclados e, assim, transformados em outros objetos para nosso uso cotidiano. Restos de comida não podem ser reciclados.

10. NOS ESPAÇOS ABAIXO, FAÇA DOIS DESENHOS: UMA CASA ANTIGA E UMA CASA CONSTRUÍDA NOS DIAS DE HOJE.

Habilidade trabalhada: (EF02HI03) Selecionar situações cotidianas que remetam à percepção de mudança, pertencimento e memória. Resposta: Resposta pessoal. Independentemente das habilidades para desenho de cada aluno, é importante que eles usem elemento que remetam a diferenças entre antigo e atual, por exemplo, para as casas construídas antigamente: mais baixas, iluminação com lampião, ausência de portão ou portões baixos; para as casas feitas atualmente: sobrados de dois andares, portões, janelas e portas com materiais novos e com traços atuais. Como há grande variedade nos modelos arquitetônicos das diferentes regiões brasileiras, há grande espaço para criatividade aqui.

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História – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

11. LEIA A CONVERSA A SEGUIR. – CHAPEUZINHO, CHAPEUZINHO, VÁ À CASA DA VOVÓ ENTREGAR ESSA CESTINHA. SÃO DOCES, BOLOS E FRUTAS. A VOVÓ ESTÁ DOENTE. – VOU CORRENDO, MAMÃEZINHA! VOVÓ VAI FICAR CONTENTE! TRANSCRIÇÃO DE TRECHO DA HISTÓRIA DE CHAPEUZINHO VERMELHO. CHAPEUZINHO VERMELHO. COLEÇÃO DISQUINHO, ALTA FIDELIDADE, 1960 (COMPACT DISC).

QUEM SÃO OS PERSONAGENS DESSA CONVERSA? ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA. (A) VOVÓ, LOBO MAU E CHAPEUZINHO. (B) CHAPEUZINHO, MAMÃEZINHA E VOVÓ. (C) MAMÃEZINHA, CHAPEUZINHO E CAÇADORES. (D) CHAPEUZINHO, LOBO MAU E MAMÃEZINHA. Habilidade trabalhada: (EF02HI02) Identificar e descrever práticas e papéis sociais que as pessoas exercem em diferentes comunidades. Resposta: B. Porque somente Chapeuzinho, Mamãezinha e Vovó são personagens citados na conversa. Distratores: As alternativas A e D estão incorretas pois o Lobo Mau não aparece como personagem nessa conversa. Já a alternativa C está errada porque os Caçadores não aparecem como personagens na conversa.

12. OBSERVE AS IMAGENS. I

II

III

IV

NYS/SHUTTERSTOCK.COM LEANDRO ESPINO/SHUTTERSTOCK.COM

MILOS LUZANIN/SHUTTERSTOCK.COM

BALEIKA TAMARA/SHUTTERSTOCK.COM

QUAIS DELAS SERVEM PARA CONTAR A HISTÓRIA DE UMA PESSOA? ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA. (A) AS IMAGENS I E III. (B) AS IMAGENS II E III. (C) AS IMAGENS I, II E IV. (D) AS IMAGENS I, II, III E IV. 57


História – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

Habilidade trabalhada: (EF02HI04) Selecionar e comparar objetos e documentos pessoais como fontes de memórias e histórias nos âmbitos pessoal, familiar e escolar. Resposta: D. Porque todos os objetos apresentados (imagens I, II, III e IV) são fontes para contar a história de vida dos indivíduos. Distratores: A alternativa A está errada, pois exclui brinquedos (II) e roupas de bebês (IV) para contar as histórias de vida das pessoas. Já a alternativa B está errada porque exclui os documentos (I) e as roupas de bebês (IV) para contar a história de pessoas. Por fim, a alternativa C é incorreta pois exclui a fotografia de família (III) como um objeto importante para contar a história das pessoas.

13. OBSERVE AS IMAGENS DE MESAS DE CAFÉ DA MANHÃ. QUAL DELAS CONTÉM UM CAFÉ DA MANHÃ TIPICAMENTE BRASILEIRO?

(A)

BETO CHAGAS/SHUTTERSTOCK.COM

(B)

ANNA MENTE/SHUTTERSTOCK.COM

(C)

WINUTURN/SHUTTERSTOCK.COM

(D)

OLGA NAYASHKOVA/SHUTTERSTOCK.COM

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História – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

Habilidade trabalhada: (EF02HI03) Selecionar situações cotidianas que remetam à percepção de mudança, pertencimento e memória. Resposta: A. Porque pão com manteiga e café com leite compõem refeição matinal muito típica do Brasil. Distratores: A alternativa B está errada, pois não temos o costume de comer verduras pela manhã. A alternativa C está errada porque não costumamos comer no café da manhã pizza com refrigerante. Por fim, a alternativa D está incorreta, pois no café da manhã não nos alimentamos com arroz, feijão e carnes.

14. MUITOS LUGARES GUARDAM AS MEMÓRIAS DE UMA CIDADE. UM DELES É ESPECIAL

PORQUE É ABERTO PARA VISITAS DAS PESSOAS INTERESSADAS NA HISTÓRIA QUE ELE GUARDA. QUE LUGAR É ESSE?

(A) ESCOLA. (B) PREFEITURA. (C) MUSEU. (D) PRAÇA. Habilidade trabalhada: (EF02HI03) Selecionar situações cotidianas que remetam à percepção de mudança, pertencimento e memória. Resposta: C. Neste bimestre, os alunos aprenderam que o museu é o lugar destinado à preservação da memória e aberto à visitação pública. Distratores: Embora os lugares das alternativas A, B e D também possam ser espaços de memória, não são como os museus, que têm essa atribuição específica e preparo para visitação de interessados.

15. OBSERVE AS IMAGENS. QUAL O ÚNICO PRODUTO QUE DEVE SER DESCARTADO NO LIXO ORGÂNICO?

(A)

SANIT FUANGNAKHON/SHUTTERSTOCK.COM

(B)

JOCIC/SHUTTERSTOCK.COM

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História – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

(C)

BILLION PHOTOS/SHUTTERSTOCK.COM

(D)

PANNAKOTTA/SHUTTERSTOCK.COM

Habilidade trabalhada: (EF02HI11) Identificar impactos no meio ambiente causados pelas diferentes formas de trabalho existentes na comunidade em que vive. Resposta: A. Porque somente restos de comidas podem ser descartados em lixo orgânico. O próprio nome do lixo já identifica que deve receber produtos de origem orgânica, ou seja, proveniente de animais e de vegetais. Distratores: A alternativa B está errada, pois caixas de papelão devem ser descartadas em lixo reciclado. A alternativa C está incorreta, pois garrafas de plástico são lixos recicláveis e, por isso, devem ser descartadas em lixo de produtos para reciclagem, e não em lixeiras orgânicas. Por fim, a alternativa D está errada, pois papéis não devem ser jogados em lixo orgânico, mas em lixeiras especiais, para produtos reciclados, a fim de serem reutilizados.

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História – 2o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

Ficha de acompanhamento individual A ficha de acompanhamento individual é um instrumento de registro onde podemos verificar e avaliar de forma individual, contínua e diária, a evolução da aprendizagem. Ela serve para que nós, professores, possamos acompanhar o progresso de cada um de nossos alunos. BRASIL. Ministério da Educação. Programa de Apoio a Leitura e Escrita: PRALER. Brasília: FNDE/MEC, 2007. Caderno de Teoria e Prática 6: Avaliação e projetos na sala de aula, p. 20.

Total = TT

Legenda Não desenvolvida = ND

Em evolução = EE

Não observada = NO

Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: _________________________________ Data: ______________________________________________ Data

Habilidade

TT

EE

ND

NO

Anotações

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