digital-encontros-portugues1 by Editora FTD

Língua Portuguesa

ISABELLA PESSÔA DE MELO CARPANEDA ANGIOLINA DOMANICO BRAGANÇA

1 Componente curricular: Língua Portuguesa

1o. ano Ensino Fundamental Anos iniciais

manual do professor MATERIAL DIGITAL

São Paulo | 1a. edição | 2018

Diretor editorial Lauri Cericato Gerente editorial Silvana Rossi Júlio

Editora Natalia Taccetti Equipe de edição IEA Soluções Educacionais Gerente de produção editorial Mariana Milani Coordenador de produção editorial Marcelo Henrique Ferreira Fontes Gerente de arte Ricardo Borges Coordenadora de ilustrações e cartografia Marcia Berne Coordenadora de preparação e revisão Lilian Semenichin

Supervisora de iconografia e licenciamento de textos Elaine Bueno

Supervisora de arquivos de segurança Silvia Regina E. Almeida

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Carpaneda, Isabella Pessôa de Melo Encontros língua portuguesa, 1º ano : componente curricular língua portuguesa : ensino fundamental, anos iniciais / Isabella Pessôa de Melo Carpaneda, Angiolina Domanico Bragança. – 1. ed. – São Paulo : FTD, 2018. ISBN 978-85-96-01298-0 (aluno) ISBN 978-85-96-01299-7 (professor) 1. Português (Ensino fundamental) I. Bragança, Angiolina Domanico. II. Título. 17-11506 CDD-372.6 Índices para catálogo sistemático: 1. Português : Ensino fundamental 372.6

EDITORA FTD. Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br

Material disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons – Atribuição não comercial (CC BY NC – 4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros.

Sumário Apresentação ........................................................................................................ 4 1o bimestre Plano de desenvolvimento: Construção da identidade ................................................... 16 Projeto integrador: A construção da identidade .............................................................. 22 1a sequência didática: Constituição da identidade psicossocial ................................... 31 2a sequência didática: Construção de regras para o convívio escolar .......................... 35 3a sequência didática: Prática de leitura e contação de parlendas ................................ 41 Proposta de acompanhamento da aprendizagem .......................................................... 49

2o bimestre Plano de desenvolvimento: Leitura e escrita ................................................................... 66 Projeto integrador: Cantigas de roda ............................................................................... 71 1a sequência didática: Exploração de cantigas para o desenvolvimento da leitura e da escrita .......................................................... 82 2a sequência didática: Brincando com cantigas ............................................................. 90 3a sequência didática: Como trabalhar a leitura e a produção de bilhetes .................... 97 4a sequência didática: Compreensão e produção de bilhetes...................................... 102 Proposta de acompanhamento da aprendizagem ........................................................ 107

3o bimestre Plano de desenvolvimento: Legendas e contos de acumulação.................................. 122 Projeto integrador: Ler para conhecer – A importância das legendas em imagens para compreender textos ..................................................................... 128 a 1 sequência didática: Conhecendo as legendas .......................................................... 138 2a sequência didática: Vamos conhecer os contos de acumulação? .......................... 145 3a sequência didática: Vamos conhecer mais um conto de acumulação? ................. 151 Proposta de acompanhamento da aprendizagem ........................................................ 159

4o bimestre Plano de desenvolvimento: Escrita, leitura e compreensão textual ............................. 175 Projeto integrador: Produção de histórias em quadrinhos ........................................... 180 1a sequência didática: Compreensão e produção de convites ..................................... 188 2a sequência didática: Leitura e entendimento de conto .............................................. 193 3a sequência didática: O que é, o que é? ........................................................................ 199 Proposta de acompanhamento da aprendizagem ........................................................ 204

Língua Portuguesa – Apresentação

Apresentação Organização deste Material Digital Este documento apresenta o Manual do Professor – Material Digital, considerando os seguintes aspectos: organização do material; conteúdos e objetivos; e relação com a Base Nacional Comum Curricular – BNCC (BRASIL, 2017). Este Material Digital tem um caráter complementar ao livro impresso, mas também pode ser trabalhado separadamente. Portanto, será possível encontrar caminhos alternativos para a exploração dos conteúdos tratados em cada disciplina, favorecendo o desenvolvimento das habilidades e competências estabelecidas nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, dispostas na terceira versão da BNCC. O Material Digital desta coleção de Português é organizado em volumes, de 1o a 5o ano, divididos em orientações didáticas para cada um dos quatro bimestres do ano letivo. Essas orientações estão organizadas em: 

Plano de desenvolvimento



Sequência didática



Projeto integrador



Proposta de acompanhamento da aprendizagem

É importante salientar que todas as propostas contidas neste material são sugestões. Portanto, podem ser adaptadas às diversas realidades escolares e aos propósitos educacionais docentes.

Plano de desenvolvimento O Plano de desenvolvimento apresenta os objetivos, habilidades e conteúdos que serão trabalhados ao longo do bimestre letivo. Ele orienta os objetivos, as competências, os conteúdos e a relação com a prática didático-pedagógica que serão desenvolvidos nas Sequências Didáticas, bem como na Proposta de Aprendizagem e no Projeto Integrador. Em resumo, para cada bimestre, há um Plano de desenvolvimento, funcionando como um documento norteador dos principais temas propostos no livro impresso. Ele está organizado em: Objetos de conhecimento; Habilidades; Relações com a prática didático-pedagógica; Práticas em sala de aula, Foco e Para saber mais. A seções Objetos de conhecimento, Habilidades e Relações com a prática didático-pedagógica estão de acordo com as orientações apresentadas na terceira versão da BNCC para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Na seção Práticas em sala de aula, são sugeridas orientações que podem ser adotadas para o desenvolvimento das atividades propostas. A seção indica ainda os resultados esperados, de modo a fornecer ao professor diretrizes para avaliação ao final do bimestre. A subseção Foco indica sugestões quanto ao acompanhamento das aprendizagens dos alunos e orientações quanto a situações em que os alunos apresentem dúvidas em relação a algum conteúdo ou situação de sala de aula. 4

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Ao final, pode apresentar ainda a seção Para saber mais, com indicações de livros, sites, vídeos, filmes, revistas, entre outras publicações, associadas aos conteúdos abordados no decorrer do bimestre ou às práticas docentes em sala de aula, por exemplo.

Sequência didática A Sequência didática oferece práticas complementares às do material impresso. Cada bimestre apresenta três ou quatro sequências didáticas para abordar os conteúdos propostos, indicando propostas para organização e desenvolvimento das aulas e para distribuição do tempo necessário para a execução da atividades. As sequências indicam procedimentos de abordagem do tema, contemplando diferentes gêneros textuais trabalhados no material impresso. Em cada sequência é sugerida, no mínimo, uma avaliação, por meio da qual o professor poderá verificar o desenvolvimento da aprendizagem, se foi alcançado o objetivo relacionado ao desenvolvimento da(s) habilidade(s) proposta(s). Algumas sequências apresentam ainda os tópicos Para trabalhar dúvidas e Ampliação, que indicam possibilidades para o professor auxiliar os alunos em eventuais dúvidas, bem como fornece referencial teórico para ampliação das temáticas desenvolvidas. Essas sequências podem ser adaptadas aos diferentes contextos e realidades escolares. Assim, o professor pode adaptar a sequência sugerida de acordo com sua turma e sua região.

Projeto integrador Uma das formas mais eficazes de ação interdisciplinar no contexto escolar é a realização de projetos. Os Projetos integradores consistem no planejamento e na execução de ações que integrem diferentes componentes curriculares e áreas de conhecimento, de modo aplicado ao contexto dos alunos em suas comunidades. Dessa forma, a aprendizagem se torna vivencial e, por isso, mais significativa, verdadeira e interessante. O Projeto integrador objetiva proporcionar a interdisciplinaridade e a contextualização dos assuntos propostos por meio da conexão entre diferentes disciplinas. A interdisciplinaridade é a interação entre duas ou mais disciplinas, que pode ir desde a simples comunicação de ideias até a integração recíproca dos conceitos fundamentais e da teoria do conhecimento, da metodologia e dos dados de pesquisa. (ZABALA, 2010. p. 143.)

Diante disso, o Projeto vai ao encontro da ideia de realizar conexões entre as disciplinas, proporcionando aos alunos um enriquecimento do conteúdo exposto, motivando-os a participar do processo de aprendizagem e estabelecendo relações com os temas estudados. Neste Material Digital, há um Projeto integrador por bimestre. A duração de cada um varia de acordo com a proposta desenvolvida, mas todos apresentam a mesma estrutura: Justificativa; Objetivos; Competências; Habilidades (conforme a terceira versão da BNCC); Materiais utilizados; Propostas de avaliação de aprendizagem (incluindo a autoavaliação); Cronograma; Produtos a serem desenvolvidos e, ainda, materiais de consulta adicionais. Vale lembrar que os conteúdos propostos, bem como as atividades e avaliações disponibilizadas na coleção, são sugestões que poderão ser adaptadas conforme a realidade dos alunos. Assim, ressaltamos que o professor tem total liberdade para realizar as adequações que considerar necessárias para aproximar o material de seus propósitos educacionais. 5

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Proposta de acompanhamento da aprendizagem A Proposta de acompanhamento da aprendizagem visa a identificar se foram alcançados os objetivos previstos no bimestre. Apresenta duas versões: uma para ser entregue aos alunos para que responda às questões sugeridas; outra para o professor, que apresenta também respostas e comentários às questões. No texto direcionado ao professor, há orientações que incluem não apenas as sugestões de respostas, mas também explicações adicionais, como, por exemplo, a relação das questões com as habilidades indicadas na BNCC. Ao final, há uma Ficha de Acompanhamento de Aprendizagem, que inclui as habilidades trabalhadas nas questões, bem como a identificação do nível de compreensão para cada uma delas; e um modelo de Ficha de Acompanhamento Individual, estruturada para ser preenchida pelo professor, elencando os avanços e os desafios dos alunos, caso a caso.

A proposta pedagógica da coleção de Língua Portuguesa Ensino e aprendizagem no letramento e na alfabetização Com o avanço em estudos que contemplam o ensino e a aprendizagem na alfabetização, sabemos que não basta decodificar as letras e compreendê-las em uma ou outra situação comunicativa. Nesse momento, o importante é contribuir para o letramento e possibilitar a formação de leitores e escritores competentes nas mais variadas situações. As novas tecnologias colaboram para aprimorar as práticas didáticas. Com isso, o Material Digital apresenta ao professor sugestões de atividades complementares aos conteúdos abordados no livro do aluno, enriquecendo, assim, sua prática. Esse material é uma das possibilidades de atuação do professor no sentido de complementar a prática docente e auxiliar os alunos no alcance dos objetivos de aprendizagem pretendidos. A coleção tem como ponto de partida a terceira versão da BNCC, cujos objetivos, expectativas e estratégias são contemplados no livro do aluno e também no manual do professor. Saber ler e escrever é um direito de todo cidadão. Assim, para propiciar a cidadania, é preciso promover estratégias que valorizem a leitura e escrita como meios de comunicação, propondo atividades que sejam significativas para os alunos em situações sociocomunicativas reais. As práticas de leitura e produção textual de diferentes gêneros textuais podem contribuir para que os alunos compreendam e exercitem os diferentes usos da língua.

Leitura Durante muito tempo, a tradição escolar definiu como conteúdo de leitura o exercício de decifrar letras. Ler emitindo sons para cada uma das letras era a situação que ilustrava a aprendizagem da leitura. Hoje, sabemos que não basta ler um texto em voz alta para que seu conteúdo seja compreendido, e a decifração é apenas uma, entre muitas, das competências envolvidas nesse ato. Ler é, acima de tudo, atribuir significado. Para tanto, é fundamental oferecer aos alunos textos que circulam em diferentes esferas e de diferentes gêneros. 6

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Um leitor ativo deve ser crítico, estabelecer relações entre seus conhecimentos prévios e o os conhecimentos adquiridos na leitura. Deve, ainda, rever suas hipóteses formadas antes da leitura, para confirmá-las ou para reformulá-las. Por isso é importante retomar com os alunos as hipóteses levantadas no decorrer da leitura para que as predições possam ou não ser validadas. Ao trabalhar os três conhecimentos no processamento textual – linguístico, de mundo e interacional –, o leitor, segundo Kock (2002 apud KOCK; ELIAS, 2015, p. 40), usa várias estratégias simultâneas para compreender o texto. O contato com uma variedade de gêneros textuais, tanto orais quanto escritos, resulta em ampliação do conhecimento de mundo. Ao ter consciência de que ler não é só decodificar palavras ou frases, mas fazer uso de operações mais complexas que levam a relacionar, deduzir, inferir e formular hipóteses, atinge-se a compreensão leitora. O conhecimento prévio é um dos aspectos que constituem esse complexo processo. Ao ser ativado, auxilia o leitor na análise e interpretação textual, a partir da realização de inferências e da formulação de hipóteses. É mediante a interação de diversos níveis de conhecimento, como o conhecimento linguístico, o textual, o conhecimento de mundo, que o leitor consegue construir o sentido do texto. É porque o leitor utiliza justamente diversos níveis de conhecimento que interagem entre si, a leitura é considerada um processo interativo. Pode-se dizer com segurança que sem o engajamento do conhecimento prévio do leitor não haverá compreensão. (KLEIMAN, 2013. p. 15.)

Para atingir a proficiência leitora, desde cedo, os alunos precisam participar efetivamente das práticas de leitura. Nos anos iniciais de escolarização, essa participação se dará em boa parte por meio da mediação do professor, que, muitas vezes, precisará atuar como leitor para seus alunos. A leitura de um texto tem início antes mesmo de o leitor começar a lê-lo de fato. Ao entrar em contato com um texto, na maioria das vezes, o leitor realiza várias operações, ainda que de modo inconsciente: observa a apresentação gráfica, as imagens, lê o título, as legendas, tenta identificar o gênero textual que tem diante dos olhos. Atualmente, uma capacidade leitora importante é perceber as relações estabelecidas entre o texto e as imagens, e isso pode ser observado pela presença expressiva de textos multimodais na sociedade em que vivemos, especialmente no meio digital. O texto é o centro das práticas de linguagem e, portanto, o centro da BNCC para Língua Portuguesa, mas não apenas o texto em sua modalidade verbal. Nas sociedades contemporâneas, textos não são apenas verbais: há uma variedade de composição de textos que articulam o verbal, o visual, o gestual, o sonoro – o que se denomina multimodalidade de linguagens. (BRASIL, 2017. p. 63.)

Nesse sentido, Dionisio (2006) chama a atenção para o fato de que nossa sociedade está cada vez “mais visual”, mostrando que os textos multimodais “são textos especialmente construídos que revelam as nossas relações com a sociedade e com o poder que a sociedade representa”. 7

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Segundo Rojo e Moura (2011), a multimodalidade não é apenas a soma de linguagens, mas a interação entre linguagens diferentes em um mesmo texto. A leitura deve ser considerada um processo interativo entre o leitor, o texto e seu autor. Conforme Antunes (2003, p. 67), “a atividade da leitura completa a atividade da produção escrita. É, por isso, uma atividade de interação entre sujeitos e supõe muito mais que a simples decodificação dos sinais gráficos.”. Para tanto, o leitor precisa mobilizar diversas estratégias e capacidades de leitura. Um primeiro aspecto fundamental para o desenvolvimento do processo de leitura é estabelecer um objetivo. Além dos objetivos sugeridos pelo material didático, é necessário que o professor explore e enfatize outras possibilidades, de acordo com as necessidades dos alunos. Outro aspecto importante durante o processo de leitura é a exploração dos conhecimentos prévios dos alunos para auxiliá-los na compreensão das entrelinhas do texto. Durante a leitura propriamente dita, diferentes capacidades de leitura são acionadas, como as de localização, comparação e generalização de informações, as quais permitem encontrar informações, compará-las ou generalizá-las. Além disso, o leitor proficiente é capaz de produzir inferências sobre o texto e ser capaz de construir as relações de intertextualidade e interdiscursividade presentes nele. Por fim, a compreensão de um texto supõe um diálogo com ele, pois, para Antunes “a leitura é parte da interação verbal escrita, enquanto implica a participação cooperativa do leitor na interpretação e na reconstrução do sentido das intenções pretendidas pelo autor” (2003, p. 66). Portanto, neste Material Digital, são oportunizadas atividades que exploram a leitura como um ponto de partida para inserir os alunos no mundo letrado, fazendo-os perceber a relevância da leitura nas mais diversas situações comunicativas.

Práticas e estratégias de leitura Ao ler um texto, é fundamental que algumas estratégias sejam acionadas. Neste Material Digital, são sugeridas algumas ações que propiciam o interesse dos alunos pela leitura, levando-os a percebê-las como prática social. Entre as ações que envolvem a prática da leitura, destacam-se: a seleção do material; o levantamento de hipóteses, por meio de questionamentos que acionem os conhecimentos prévios dos alunos; a confirmação ou não das hipóteses levantadas; e o entendimento depreendido a partir do texto. Nesse sentido, Solé (1998) nos mostra as estratégias necessárias para que a leitura aconteça de forma eficiente, apresentando três momentos: antes, durante e depois. De acordo com a autora, a estratégia de trabalhar com o texto antes de lê-lo propicia o levantamento de hipóteses sobre o assunto que será abordado a partir do título, das imagens, do gênero, do suporte textual, etc. Essas hipóteses podem ou não ser validadas no momento em que a leitura é realizada, esclarecendo informações e aumentando o repertório de conhecimento do leitor. Depois da leitura, espera-se que o leitor seja capaz de construir inferências, trocar impressões, bem como sintetizar e analisar o texto lido. As estratégias de leitura são processos cognitivos que facilitam a compreensão da leitura, tornando-a mais ágil e eficaz. No Material Digital desta coleção, espera-se que os alunos ampliem habilidades relacionadas à prática de leitura, instigando-os a acionar seus conhecimentos prévios para adquirir um novo aprendizado, o qual pode ser construído por meio de leituras diversas, permitindo a eles confirmar ou refutar o que imaginaram previamente para serem capazes, posteriormente, de extrair da leitura algo que lhes tenha sido significativo, o que transformará seu conhecimento.

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Leitura silenciosa A leitura silenciosa é parte fundamental no processo de compreensão do texto. Para que o processo de leitura silenciosa seja significativo para os alunos, é importante que o professor explicite quais são os objetivos da leitura a ser realizada. No primeiro contato com o texto, é importante levantar hipóteses a partir de seu título, bem como de suas imagens, auxiliando na construção da autonomia leitora. Neste Material Digital, são sugeridos diversos momentos que oportunizam a leitura silenciosa, com o objetivo de propiciar aos alunos o contato com o texto para acionar seus conhecimentos prévios de forma autônoma e realizar a leitura construindo sentidos para o texto escrito, considerando as hipóteses depreendidas no primeiro contato com o texto.

Leitura em voz alta De acordo com os objetivos das atividades das aulas, a leitura em voz alta pode ser trabalhada de duas maneiras: ora deve ser realizada pelo professor, ora pelos alunos. A leitura realizada em voz alta pelo professor promove a aproximação dos alunos ao universo literário. Durante os Anos Iniciais do Ensino Fundamental, é importante que o professor seja um modelo de leitor, tornando-se, dessa forma, uma referência para os alunos. Por outro lado, o trabalho com leitura em voz alta, feita pelos alunos, dá a eles oportunidades de associar os sons das letras a suas grafias, permitindo que utilizem seu conhecimento para antecipar o que pode estar escrito no texto. Assim, eles também constroem hipóteses sobre o texto lido, validando-as durante a leitura ou reformulando-as, o que torna a leitura significativa. As atividades sugeridas neste Material Digital associam as atividades de leitura à produção da escrita, uma vez que os textos propiciam a ampliação dos conhecimentos sobre o sistema de escrita, além de favorecerem o aprendizado da leitura sem precisar decodificar cada letra.

Textos, vários textos A diversidade de gêneros textuais existentes no mundo letrado colabora para o reconhecimento de textos diversos que pertencem à esfera social, facilitando o trabalho do professor, partindo do “já conhecido” para apresentar algo novo aos alunos. Nesse sentido: Tal como acontece na vida fora da escola, as oportunidades de leitura devem variar, no sentido de que os textos propostos sejam de gêneros diferentes (contos, fábulas, poemas, editoriais, notícias, comentários, cartas, avisos, propagandas etc.) e no sentido de que os objetivos propostos para a leitura sejam também diferentes, alterando-se, para tanto, as estratégias de leitura e de interpretação. Deve-se fortalecer também a atenção dos alunos para as diferenças lexicais (de vocabulário) e morfossintáticas entre o texto falado de forma coloquial e o texto escrito formal; também se deve exercitar o uso apropriado dessas diferenças. Nessa mesma perspectiva da diversificação, devem-se providenciar oportunidades para os alunos manusearem diferentes tipos de material escrito (por exemplo: rótulos, listas, cartazes, folhetos, revistas, jornais, livros), de maneira que possam perceber diferenças de linguagem e de apresentação, por conta das diferenças do suporte em que o texto circula. (ANTUNES, 2003. p. 82-83.)

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Linguagem oral A prática da oralidade está presente nas diferentes situações sociocomunicativas do mundo letrado. Permitir aos alunos aprender a escutar com atenção o professor e os colegas, a falar respeitando sua vez, emitir opiniões sobre assuntos discutidos em sala de aula, bem como participar de rodas de conversa para expor suas experiências vividas são algumas sugestões presentes neste Material Digital que visam à formação de um cidadão crítico e que se sinta seguro para colocar seus pontos de vista diante de quaisquer públicos, sendo esse um dos objetivos do ensino da Língua Portuguesa. Vale ressaltar que as práticas que exploram a oralidade também desenvolvem o reconhecimento e o respeito pela diversidade linguística, o que é fundamental para evitar situações de preconceito. Sendo assim, o eixo Oralidade inclui conhecimentos sobre as diferenças entre língua oral e língua escrita e os usos adequados da oralidade em interações formais e convencionais. Além disso, considerando que a língua oral não é uniforme, pois varia em função de diferenças de registros – formais ou informais –, de diferenças regionais (relativamente numerosas na vastidão do território nacional), de diferenças sociais (determinadas pelo pertencimento a esta ou àquela camada social) –, esse eixo inclui também conhecer as variedades linguísticas da língua oral e assumir atitude de respeito a essas variedades, o que é fundamental para que se evitem preconceitos linguísticos. (BRASIL, 2017. p. 64.)

Produção de textos Assim como a leitura, as práticas de escrita estão presentes nas mais variadas situações sociocomunicativas, estando atreladas, dessa forma, ao letramento. Portanto, toda escrita responde a um propósito funcional qualquer, isto é, possibilita a realização de alguma atividade sociocomunicativa entre as pessoas e está inevitavelmente em relação com os diversos contextos sociais em que essas pessoas atuam. (ANTUNES, 2003. p. 48.)

Para desenvolver a competência escritora, é preciso relacioná-la diretamente à competência leitora, uma vez que ambas possibilitam o contato com as especificidades presentes em diferentes gêneros textuais. Ao escrever, é necessário compreender o objetivo dessa prática. Assim, nesse momento, deve-se ter clareza em relação a alguns aspectos, como para que escrever, para quem escrever e como escrever, adequando a linguagem à sua função social.

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A escrita compreende a aprendizagem da codificação de palavras e textos (o domínio do sistema alfabético de escrita), o desenvolvimento de habilidades para produzir textos com coerência, coesão e adequado nível de informatividade. Além disso, a aprendizagem da produção textual envolve habilidades de uso adequado de variedades linguísticas; por exemplo, a escolha do registro apropriado à situação de interação (formal ou informal), a consideração da variedade social ou regional ao se dar voz a personagens de determinada região ou camada social em uma narrativa ou relato, entre outros. (BRASIL, 2017. p. 64.)

Para que o processo de produção textual tenha êxito, é fundamental propor diferentes atividades que contemplem as distintas e integradas etapas da escrita, tais como o planejamento, a elaboração, a revisão e a reescrita. A primeira etapa, o planejamento, consiste na delimitação do tema, bem como dos objetivos. Nessa etapa, também se escolhe o gênero textual. A segunda etapa, a elaboração da escrita, corresponde à tarefa de registrar no papel o que foi planejado anteriormente. A terceira etapa é o momento de análise do que foi escrito, ou seja, quando o sujeito avalia o que produziu, podendo perceber como suas ideias estão organizadas, se o texto traz a mensagem desejada, decidindo o que está bom e o que precisa ser retirado e/ou reformulado. A quarta e última etapa corresponde ao momento da reescrita com base na análise realizada durante a revisão do texto. Toda escrita pressupõe a reescrita. Por isso é importante mostrar aos alunos a necessidade de escrever e reescrever o texto, revisando-o até que seja considerado adequado à sua finalidade e possa, assim, ser finalizado. Durante o processo de escrita, é importante que o professor planeje intervenções baseadas nas produções dos alunos, estabelecendo critérios específicos para cada intervenção, como ortografia, concordância, marcas da oralidade. Essas intervenções devem ter como objetivo proporcionar a reflexão dos alunos sobre seus próprios textos e estimular, assim, o pensamento crítico e a autonomia dos alunos. Tornar-se um usuário da escrita eficiente e independente implica saber planejar, escrever, revisar (reler cuidadosamente), avaliar (julgar se está bom ou não) e reelaborar (alterar, reescrever) os próprios textos. Isso envolve bem mais que conhecimentos e procedimentos, mais do que saber fazer, porque requer a atitude reflexiva de voltar-se para os próprios conhecimentos e habilidades pra avaliá-los e reformulá-los. (BRASIL, 2008. p. 52.)

Revisão em função da situação comunicativa O processo de revisão da escrita pressupõe o aprimoramento da linguagem a ser utilizada, considerando, para isso, a função comunicativa do gênero em questão, para poder revisá-lo com base em alguns recursos discursivos. As produções textuais podem ser voltadas para as mais diversas situações, tais como texto particular, texto voltado aos alunos da mesma turma, texto dirigido aos pais ou a outros alunos da escola e texto público. Os textos particulares são escritas pessoais dos alunos, os quais não necessitam da intervenção do professor, podendo o próprio escritor revisar e alterar o que achar pertinente. 11

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Os textos voltados aos alunos da mesma turma são atividades que podem ficar expostas na sala de aula, podendo o professor e os colegas revisarem os textos juntos e sugerirem alterações para melhorar o texto do colega, visando, dessa forma, ao aprimoramento da escrita. Já em relação aos textos dirigidos aos pais ou a outros alunos da escola, a revisão poderá ser realizada coletivamente até que a turma esgote suas possibilidades de correção, respeitando o aprendizado adquirido até o momento. Por fim, o texto público visa à produção textual para alguém que está fora do ambiente escolar. Nesse caso, é importante que o professor corrija aspectos que os alunos ainda não são capazes de alcançar nessa fase de escolarização. Neste Material Digital, são sugeridas diferentes atividades que propiciam o processo de escrita em cada uma das etapas já citadas, como planejamento, elaboração, revisão e reescrita, visando à formação de escritores competentes, respeitando, para isso, as especificidades de cada turma dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

Ortografia, por que ensinar? Neste Material Digital, são sugeridas atividades que exploram a ortografia em dois sentidos: as palavras regulares e as irregulares. As regulares são palavras que obedecem a regras, permitindo sua escrita, mesmo sem antes nunca ter sido vista pelo escritor; e as irregulares dependem do conhecimento prévio de quem vai escrevê-las. Em relação à irregularidade das palavras, são sugeridas propostas de atividades que exploram a ativação dos conhecimentos prévios dos alunos para permitir a conscientização da existência de tais irregularidades e a necessidade de memorizar a grafia correta das palavras. Para isso, o professor poderá usufruir de banco de palavras e/ou dicionários para permitir aos alunos refletir sobre o processo de escrita de tais palavras e, assim, apropriarem-se do aprendizado, podendo retomá-lo em situações futuras. Incorporar a norma ortográfica é consequentemente um longo processo para quem se apropriou da escrita alfabética. Não podemos nos assustar e, em nome da correção ortográfica, censurar ou diminuir a produção textual no dia a dia. Enfatizo que o ensino sistemático de ortografia não pode se transformar em “freio” às oportunidades de a criança apropriar‑se da linguagem escrita pela leitura e composição de textos reais. Se o trabalho de reescrita e produção de textos é fundamental para nossos alunos avançarem em seus conhecimentos sobre a língua escrita, não se pode, por outro lado, esperar que eles aprendam ortografia apenas “com o tempo” ou “sozinhos”. É preciso garantir que, enquanto avançam em sua capacidade de produzir textos, vivam simultaneamente oportunidades de registrá‑los cada vez mais de forma correta. (MORAIS, 1982.)

Análise linguística A análise linguística visa a oportunizar o aprofundamento do conhecimento prévio dos alunos nas mais variadas situações comunicativas, levando-os a refletir sobre o processo de leitura e escrita e aprimorando seu entendimento sobre esse processo.

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Fazer os alunos compreenderem as modalidades oral e escrita da língua é o objetivo deste Material Digital. Portanto, são sugeridas atividades que exploram os eixos de conhecimentos linguísticos e gramaticais, de acordo com a BNCC, de modo que propiciem aos alunos o reconhecimento de estruturas linguísticas para, assim, poder elaborar novos textos, sejam eles orais ou escritos. Nesse sentido, o eixo Conhecimentos linguísticos e gramaticais compreende, no Ensino Fundamental – Anos Iniciais, o processo de alfabetização, e se amplia, ao longo do Ensino Fundamental, pelas práticas de análise linguística e gramatical, estreitamente relacionadas com o desenvolvimento produtivo das práticas de oralidade, leitura e escrita. A alfabetização – a aprendizagem do sistema alfabético de escrita – é importante porta de acesso ao mundo letrado. A reflexão sobre as estruturas linguísticas e as regras de concordância e de regência e a apropriação de recursos semânticos, sintáticos e morfológicos são fundamentais para a expansão da capacidade de produzir e de interpretar textos. (BRASIL, 2017. p. 64-65)

Construção de pontes entre as diferentes disciplinas Atualmente, a construção do conhecimento visa trabalhar de forma integrada as diferentes disciplinas presentes no âmbito escolar, para que o objeto de ensino seja significativo para os alunos, podendo ser percebido em situações reais de comunicação. Uma característica importante da Língua Portuguesa nesse processo é a variedade de gêneros textuais trabalhados na disciplina, os quais possibilitam sua relação com outras áreas do conhecimento. Ao longo deste Material Digital, para cada bimestre, é sugerido um Projeto integrador, que visa trabalhar a Língua Portuguesa integrada com outras disciplinas, de forma que explore a linguagem em outras áreas, a fim de contribuir para a ampliação do olhar dos alunos em relação ao conteúdo que estão aprendendo.

Pesquisa escolar A pesquisa é parte fundamental no processo de ensino e aprendizagem. Ao realizar uma pesquisa, os alunos acionam estratégias que permitem a apropriação de novos saberes. Porém, para que essa atividade seja realizada com êxito, é preciso ensiná-la. A pesquisa é desenvolvida com prática e orientação do professor. Ao mostrar aos alunos alguns documentos para pesquisa, por exemplo, eles poderão ter contato com suportes textuais reais, com a oportunidade de aprender como utilizá-los e qual a função deles na sociedade letrada. Para pesquisar, é preciso oferecer aos alunos um ponto de partida, direcionando-os à pesquisa. Nesse momento, também é importante instruir em qual suporte textual a pesquisa deverá ser realizada, o qual é uma fonte de informação e de conhecimento. Além disso, é importante que as atividades de pesquisa sejam planejadas pelo professor, para que os alunos percebam a seriedade de tal atividade e passem a realizá-la, futuramente, com autonomia.

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A realização das pesquisas explora habilidades linguísticas fundamentais a serem trabalhadas nas aulas de Língua Portuguesa, tais como a escrita e a leitura das informações registradas e, também, a oralidade, uma vez que os alunos podem expor oralmente a pesquisa realizada. No decorrer deste Material Digital, são sugeridas algumas atividades de pesquisa que têm como objetivo estimular o conhecimento de mundo dos alunos para, assim, aprofundá-lo, bem como aprimorar seus conhecimentos linguísticos.

Avaliação Uma forma de analisar o desenvolvimento de aprendizagem dos alunos, bem como nortear a continuidade do trabalho do professor, é realizar o processo de avaliação por diferentes estratégias. Inicialmente, deve-se realizar uma avaliação diagnóstica para conhecer as necessidades dos alunos, para, então, planejar o trabalho que será feito com eles. Depois, é importante que a avaliação seja realizada durante o processo de aprendizagem, em uma avaliação contínua, de modo que o professor possa rever suas ações e planejar novas propostas, buscando uma aprendizagem efetiva. Diante disso, a avaliação diagnóstica será, com certeza, um instrumento fundamental para auxiliar cada educando no seu processo de competência e crescimento para a autonomia, situação que lhe garantirá sempre relações de reciprocidade. (LUCKESI, 2006. p. 44.)

Considerando a terceira versão da BNCC, os eixos organizadores que contemplam leitura, escrita, oralidade, conhecimentos linguísticos e gramaticais colaboram para o desenvolvimento da aprendizagem de Língua Portuguesa e, portanto, merecem ser avaliados, para que, assim, o processo seja analisado em seu todo e o conhecimento prévio dos alunos seja desenvolvido e aprofundado. Ao longo deste Material Digital, são sugeridas avaliações que visam à qualidade do processo de ensino e aprendizagem. Por isso são propostas avaliações dos alunos em relação aos conteúdos trabalhados, para subsidiar o professor na verificação do que os alunos já aprenderam, bem como do que ainda precisa ser assimilado por eles, apontando, assim, a necessidade de novas estratégias para alcançar o objetivo proposto. Outra sugestão de avaliação são as autoavaliações, que permitem que tanto o professor quanto o aluno reconheçam os avanços obtidos no decorrer das atividades, propiciando um melhor direcionamento. Esperamos que o Material Digital desta coleção possa contribuir para as práticas em sala de aula, proporcionando oportunidades de reflexão por meio de sugestões para o trabalho docente, a fim de propiciar o reconhecimento do ser humano em sua integridade, para, dessa forma, construir uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

Língua Portuguesa – Apresentação

Bibliografia ANTUNES, Irandé. Aula de português – encontro e interação. São Paulo: Parábola, 2003. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Terceira versão. Brasília, DF: MEC, 2017. BRASIL. Ministério da Educação/Secretaria de Educação Básica. Pró-Letramento: programa de formação continuada de professores dos anos/séries iniciais do ensino fundamental – alfabetização e linguagem. Brasília, DF: MEC/SEB, 2008. DIONISIO, Ângela P. Gêneros multimodais e multiletramento. In: KARWOSKI, A. M.; GAYDECZKA, B.; BRITO, K. S. (Org.). Gêneros textuais, reflexões e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2006. KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 15. ed. Campinas: Pontes, 2013. KOCK, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2015. LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 18. ed. São Paulo: Cortez, 2006. MORAIS, Artur Gomes de. Ortografia: ensinar e aprender. São Paulo: Ática, 1982. ROJO, Roxane; MOURA, Eduardo. Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola, 2011. SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998. ZABALA, Antoni (Org.). A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2010.

Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

Plano de desenvolvimento: Construção da identidade Será abordado o reconhecimento da língua como meio de construção de identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem. Serão tratados a constituição da identidade e o processo de alfabetização em suas mais variadas formas de comunicação para a compreensão da língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso.

Conteúdos     

A construção da identidade A ordem alfabética Escuta de cantigas e parlendas Textos injuntivos (listas) Reescrita de pequenos textos

Objetos de conhecimento e habilidades Objetos de conhecimento

    

 Habilidades

 

 Relação com a prática didático-pedagógica

Características da conversação espontânea Procedimentos de escuta de textos Regras de convivência em sala de aula Constituição da identidade psicossocial, em sala de aula, por meio da oralidade (EF01LP03) Participar de conversação espontânea reconhecendo sua vez de falar e de escutar, respeitando os turnos de fala e utilizando fórmulas de cortesia (cumprimentos e expressões como “por favor”, “obrigado(a)”, “com licença” etc.), quando necessário. (EF01LP05) Recuperar assuntos e informações pontuais em situações de escuta formal de textos. (EF01LP02) Escutar, com atenção e compreensão, instruções orais, acordos e combinados que organizam a convivência em sala de aula. (EF01LP01) Expressar-se, em situações de intercâmbio oral, com autoconfiança (sem medo de falar em público), para explorar e apresentar informações, esclarecer dúvidas, trocar ideias, propor, criar ou engajar-se em jogo ou brincadeira. As práticas didático-pedagógicas podem propiciar que os alunos participem de atividades com intercâmbio oral, na qual deverão ouvir os colegas e aguardar a sua vez, planejando assim sua fala de acordo com a situação comunicativa em que estão inseridos.

Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

Objeto de conhecimento Habilidade

  

Relação com a prática didático-pedagógica

Objetos de conhecimento

  

 Habilidades



 Relação com a prática didático-pedagógica

Objetos de conhecimento

  

Habilidades  

Relação com a prática didático-pedagógica

Compreensão do sistema alfabético de escrita (EF01LP24) Reconhecer o sistema de escrita alfabética como representação dos sons da fala. As práticas didático-pedagógicas podem propiciar o reconhecimento das letras do alfabeto e a sua organização no funcionamento da escrita. Nessa fase de aprendizagem, é importante que o aluno utilize esse conhecimento para escrever, mesmo que ainda seja de maneira não convencional. Também é relevante que o aluno utilize a escrita de seu próprio nome para escrever novas palavras. Escrita de dados pessoais Texto injuntivo: instrucional e procedimental (EF01LP17) Escrever, corretamente, mesmo que de memória, o próprio nome, o nome dos pais ou responsáveis, o endereço completo, no preenchimento de dados pessoais em fichas de identificação impressas ou eletrônicas. (EF01LP20) Escrever, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, agendas, bilhetes, recados, avisos, convites, listas e legendas para fotos ou ilustrações, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto. (EF01LP21) Escrever, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, textos com regras de convivência escolar ou combinados, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto. As práticas didático-pedagógicas favorecem a produção de textos, como dados pessoais e combinados em sala de aula, mesmo que coletivamente e/ou com a ajuda do professor. Nesse momento, é importante reconhecer que a escrita serve, entre outras coisas, para registrar e organizar o dia a dia na sala de aula, além de ser uma fonte de informação, diversão e prazer. Apreciação do texto literário Processos de criação (EF01LP44) Selecionar livros da biblioteca e/ou do cantinho de leitura da sala de aula para leitura individual, na escola ou em casa, explicando os motivos de sua escolha. (EF01LP41) Recitar parlendas, quadras, quadrinhas e poemas, com entonação e emotividade. As práticas didático-pedagógicas que visam propiciar o encantamento pela leitura permitem que os alunos apreciem os momentos da história. Uma forma de oportunizar tal encantamento é por meio de rodas de leitura em que os alunos tenham contato com a história e saibam o que está escrito, mesmo que seja apenas por meio das imagens da história associadas ao texto escrito ou de suas memórias de conteúdos já apresentados anteriormente. 17

Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

Práticas de sala de aula Nesse momento, para garantir que os alunos se sintam parte do processo, é importante que eles participem de forma ativa no desenvolvimento e na organização das atividades que serão realizadas no dia, proporcionando, assim, uma construção colaborativa. Começar o dia com atividades lúdicas, como cantar uma cantiga de roda ou parlenda, permite indicar como será a rotina de atividades da turma, que se sugere ser, diariamente, registrada na lousa ou em outro suporte que permita a leitura e visualização de todos. Ao valorizar as situações lúdicas de aprendizagem, aponta-se para a necessária articulação com as experiências vivenciadas pelos alunos em situações anteriores. Além disso, a percepção da ordem das atividades que serão realizadas no dia ajudará os alunos a compreenderem a importância da organização do tempo para a realização de cada atividade, o que os levará, aos poucos, à construção das noções de prioridade em seu tempo na escola. Ressalta-se que a rotina passa a ser uma lista que serve como modelo fixo de escrita e pode ser usada nos momentos de escritas. É importante desafiar os alunos a fazer a leitura da lista em voz alta todos os dias. Para isso, é necessário que essa lista não venha acompanhada de qualquer tipo de ilustração de modo que os alunos usem como índice de leitura apenas as letras. Uma sugestão de prática para organizar a ordem das atividades do dia é imprimir fichas com ilustrações que representem diferentes atividades, como leitura em voz alta, roda de conversa e escrita etc. Tais ilustrações também podem ser desenhadas em folhas de papel sulfite e colocadas dobradas dentro de um saquinho plástico. Em seguida, deve-se solicitar que alguns alunos, aleatoriamente, retirem as fichas com as atividades do saquinho. As sugestões de atividades das fichas poderão ser usadas diariamente, durante a aula, uma vez que suas especificações serão oferecidas aos alunos dia a dia. Por exemplo, ao ser sorteada a roda de leitura, deve-se especificar qual leitura será realizada e estipular um tempo para essa atividade (dez minutos). Ao ser realizada diariamente, essa prática se tornará automática, o que facilitará a realização, não demandando tempo demasiado da rotina. Cada aluno será convidado a retirar apenas uma ficha de atividade do saquinho plástico. Oriente os alunos a ficarem sentados em círculo e peça para que, um de cada vez, fale o que está representado em sua ficha. Se achar conveniente, em alguns momentos, organize a ordem de fala dos alunos, usando a ordem alfabética, com auxílio do alfabeto móvel. Nesse caso, solicite a cada aluno que segure a letra inicial do seu nome e acompanhe a sua ordem no alfabeto exposto na sala de aula. Explique que a participação oral seguirá a ordem do alfabeto. Em caso de alunos cujos nomes começam com a mesma letra do alfabeto, informe que a ordem alfabética será pela segunda letra. Nos casos de nomes compostos, a ordem alfabética pode se dar pelo segundo nome. Durante a participação oral, registre as falas dos alunos na lousa. Será uma excelente oportunidade de os alunos perceberem a diferença entre a ilustração que representa determinada atividade e a escrita da palavra correspondente a essa atividade. É fundamental que antes dessas atividades orais seja explicitada a importância de respeitarem os turnos de fala e de ouvirem os colegas com atenção e respeito. Ajude os alunos a perceberem a prioridade das atividades e organize, junto com eles, a rotina do dia na lousa em forma de lista, um item abaixo do outro. É importante refletir sobre os momentos de entrada, saída, alimentação e diversão (lanche, parque etc.) para que compreendam a separação entre as situações e as posturas que devem adotar de acordo com cada contexto e como essa organização pode contribuir na execução de suas atividades.

Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

Uma vez que a rotina do dia já esteja organizada e as atividades iniciadas, peça aos alunos que marquem a finalização de uma atividade com um traço ou um desenho de sua preferência antes de partirem para a próxima, indicando o fim de uma situação e o início de outra. Dessa forma estará contribuindo para maior autonomia e organização em suas ações, uma vez que o aluno saberá identificar que atividade já foi realizada e quais ainda faltam realizar. A seguir, é apresentada uma sugestão de como os alunos podem ficar dispostos em roda de conversa para dialogarem com o professor sobre a organização das atividades do dia.

Veronica Louro/Shutterstock.com

Roda de conversa para a organização das tarefas do dia.

Após esse momento inicial, retome alguns dos conhecimentos trabalhados anteriormente, especialmente no início da semana ou após feriados e férias. Uma breve retomada pedindo a ajuda dos próprios alunos e direcionando as respostas é suficiente para que voltem ao contexto de onde pararam. Aproveite esse resgate para solicitar a entrega de lição de casa, documentos pedidos em recados na agenda e outros combinados estabelecidos. Em seguida, proponha questões que desenvolvam os conhecimentos trabalhados anteriormente de maneira informal, buscando atrair a atenção dos alunos por meio do levantamento de hipóteses que possam explorar seus conhecimentos prévios. A utilização de recursos lúdicos, como brincadeiras apoiadas em parlendas e/ou em cantigas de roda, ilustrações que explorem o conteúdo trabalhado até o momento, ou jogos que desenvolvam a autonomia e a criatividade dos alunos permitem a construção de novas aprendizagens e a inserção do aluno no mundo letrado, além de promover a interação aluno-aluno e aluno-professor. Brincadeiras ou músicas pertinentes aos conteúdos abordados permitem que os alunos se sintam mais à vontade na sala de aula, o que os torna participantes ativos e colaborativos no processo de ensino e aprendizagem.

Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

Durante as atividades propostas, destaque com os alunos a importância de ficarem atentos às suas orientações, professor, assim como aos comentários e às dúvidas dos colegas. Leve-os a perceber que os conhecimentos estão sendo construídos em conjunto pela turma, o que torna a troca tão importante. É sempre válido retomar a lista de atividades para que os alunos percebam a quantidade de tarefas do dia adequando-as ao tempo. Sempre que determinada atividade se estender muito além do tempo previsto, deixe claro para os alunos que irão prosseguir com a rotina, mas que aquela atividade poderá ser retomada em outro momento. Esse tipo de combinado contribui para que os alunos compreendam que a aula não acontece no distanciamento entre professor e aluno, mas na interação entre eles. Assim, a afirmação de sua identidade em relação ao coletivo no qual se inserem resulta em formas mais ativas de se relacionarem com as pessoas dentro e fora da escola, pelo reconhecimento de suas potencialidades e pelo acolhimento e valorização de seus interesses. Incentive a construção das reflexões coletivamente. As atividades individuais também podem exigir esse tipo de troca, o que ajuda os alunos a desenvolverem a habilidade de trabalharem sozinhos e, ao mesmo tempo, pensar no leitor de sua produção ou no colega que dará continuidade a seu trabalho. As atividades sugeridas para o bimestre têm como propósito propiciar ao aluno o conhecimento da escrita alfabética (EF01LP24), em especial, associando-a à construção de sua identidade ao reconhecer as letras do alfabeto em seu próprio nome. Espera-se que, ao valorizar a constituição de sua identidade, o aluno adquira autoconfiança para se expressar, participar das atividades por meio da interação com os colegas e também com o professor (EF01LP01) e, assim, seja possível assimilar novos conhecimentos. Para ampliar o conhecimento sobre as letras do alfabeto, é importante começar a reconhecer situações nas quais a ordem alfabética é utilizada e a identificar os portadores de texto que são organizados dessa forma (EF01LP20 e EF01LP21), como dicionário, lista telefônica, agenda de telefones, índices, diário de classe etc. Nesse momento, é importante incentivar os alunos a escreverem, corretamente, mesmo que em situação de cópia, o próprio nome, o nome dos pais ou responsáveis, o endereço completo, no preenchimento de dados pessoais em fichas de identificação impressas ou eletrônicas (EF01LP17). Uma forma de permitir que os alunos avancem em seus conhecimentos sobre a linguagem escrita é oportunizar momentos de leitura (EF01LP44), que podem acontecer, pelo menos, uma vez por semana, por meio de rodas de leitura, nas quais os alunos deverão sentar em círculo para ouvir a história lida pelo professor ou poderão ter acesso a vários livros dispostos sobre um tecido no chão, por exemplo, para que tenham oportunidade de tocá-los, observar sua capa, seu título, seu autor e suas imagens. Esses momentos favorecem o interesse em conhecer novas histórias e/ou novos livros, o que permitirá um progresso no conhecimento da escrita por proporcionar o prazer na descoberta de um novo mundo por meio das leituras e oportunizará a recitação de parlendas, poemas, associando a prática da leitura às brincadeiras (EF01LP41). No momento de a turma socializar os livros escolhidos na roda de leitura, é importante que os alunos ouçam (EF01LP02) e valorizem a opinião dos colegas (EF01LP03), e expressem suas ideias relacionando-as ao tema e façam perguntas sobre os assuntos abordados (EF01LP05). Trabalhar com a oralidade desde cedo permite que comecem a desenvolver as competências necessárias para que, em diferentes situações comunicativas, saibam o que falar, como falar e o modo mais adequado de se expressar, fazendo uso de postura, tom de voz e gestos adequados.

Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

As atividades propostas têm por objetivo levar os alunos, ao final do 1º bimestre, a: manifestar interesse crescente por ouvir e expressar sentimentos, experiências, ideias e opiniões; compreender a importância do respeito ao próximo; ampliar suas estratégias de leitura; e expressar o interesse por livros literários. Também, nesse momento, é importante que compreendam que: escreve-se com letras, as quais não podem ser inventadas; as letras são diferentes dos números e de outros símbolos; as letras possuem um repertório finito e têm formatos fixos, embora uma letra possa assumir formatos variados; e que uma letra pode se repetir no interior de uma palavra e em diferentes palavras. Espera-se também que consigam identificar e grafar o próprio nome e de alguns colegas e responsáveis. As habilidades até aqui exploradas são o que se espera que os alunos tenham desenvolvido para que seja possível avançar em seus conhecimentos no próximo bimestre.

Foco Ao longo do 1o ano, é fundamental que se considere o maior ou o menor domínio dos alunos em relação ao funcionamento do sistema de escrita alfabética. Assim, incentive constantemente o intercâmbio de conhecimentos entre os alunos, propondo, sempre que possível, trabalhos em duplas ou pequenos grupos de forma que os alunos possam interagir com colegas com conhecimentos próximos, embora diferentes, de forma a se beneficiarem e avançarem em relação às suas hipóteses de escrita. Proponha, sempre que possível, atividades diferenciadas e separadas por nível de dificuldade sobre o mesmo conteúdo e as aplique nos grupos para que os alunos possam interagir cognitivamente e, assim, avançarem em seus conhecimentos.

Para saber mais 

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A velhinha que dava nome às coisas. Uma velhinha nomeia todos os objetos de sua casa para não se sentir sozinha. O importante é notar que os nomes representam coisas ou pessoas diferentes. RYLANT, Cynthia. A velhinha que dava nome às coisas. Il. Kathryn Brown. Trad. Gilda de Aquino. 2ª ed. São Paulo: Brinque-Book, 1998. Ler e escrever: guia de planejamento e orientações didáticas para o professor alfabetizador. Material pedagógico para a formação do professor alfabetizador com o objetivo de sistematizar os conceitos essenciais para a alfabetização. ARATANGY, Claudia R; VASCONCELOS, Rosalinda S.R. (Org). Ler e escrever: guia de planejamento e orientações para o professor alfabetizador. São Paulo: FDE, 2010. Disponível em: <http://lereescrever. fde.sp.gov.br/SysPublic/InternaMaterial.aspx?alkfjlklkjaslkA=302&manudjsns=0&tpMat=1& FiltroDeNoticias=3>. Acesso em: 05 nov. 2017. Alfabetização e letramento: conceitos e relações. Material pedagógico para a formação de professores de Língua Portuguesa que articula e sistematiza as discussões sobre os conceitos de alfabetização e letramento. SANTOS, Carmi F.; MENDONÇA, Márcia (Org.). Alfabetização e letramento: conceitos e relações. Belo Horizonte: Autêntica, 2007. Disponível em: <http://www.plataformadoletramento.org.br/arquivo_upload/2014-04/ 20140429130643-alfabetizacao_e_letramento_conceitos_relacões_ceel.pdf>. Acesso em: 22 out. 2017. Canções, parlendas, quadrinhas, para crianças novinhas. Livro que reúne canções, parlendas e quadrinhas para os alunos conhecerem mais textos da tradição oral. ROCHA, Ruth. Canções, parlendas, quadrinhas, para crianças novinhas. São Paulo: Salamandra, 2009. 21

1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, História, Arte e Geografia

Projeto integrador: A construção da identidade 

Conexão com Língua Portuguesa, História, Arte e Geografia.

Este projeto propõe colaborar com o desenvolvimento da construção da identidade dos alunos. Espera-se que, ao construir suas identidades, eles se reconheçam como pessoas especiais e importantes no espaço em que vivem. Assim, são valorizadas a autoestima e a autoconfiança, o que propicia melhores resultados durante o processo de ensino e aprendizagem.

Justificativa Durante a infância, fase de construção da identidade, são definidos aspectos essenciais da vida, como a valorização da imagem, da autoestima e da confiança em aprender novos saberes. Nessa etapa, os alunos desenvolvem a capacidade de representação, base necessária para compreender a natureza do sistema alfabético de escrita e outros sistemas de registro, como os signos matemáticos, os registros artísticos, cartográficos e científicos. A ressignificação dessas interações vivenciadas pelos alunos, envolvendo escrita, oralidade, espaço, tempo, som, silêncio, imagem, gesto e movimento, possibilita a sistematização inicial das práticas de ler, escrever, falar, ouvir, movimentar-se e expressar-se em diferentes situações comunicativas. Perguntas sobre seus nomes e sobre quem são num determinado espaço propiciam o reconhecimento de si próprios num dado contexto; por exemplo: se um aluno se chama João e é aluno do 1º ano B, mesmo que exista outro João na mesma turma, eles não serão uma única pessoa. Quanto à metodologia, serão feitas atividades individuais e em grupos, com provocações que mobilizem conhecimentos das áreas de Língua Portuguesa, História, Arte e Geografia e que colaborem com a construção da identidade dos alunos, de modo que se reconheçam como parte fundamental do meio em que vivem.

Objetivos       

Construir a identidade pessoal. Relacionar seu nome à sua pessoa. Reconhecer a família e os amigos como delimitadores de sua identidade. Promover a valorização de sua autoestima. Reconhecer sua importância nos espaços em que vive. Produzir autorretratos com mensagens positivas. Confeccionar um mural com os autorretratos produzidos.

1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, História, Arte e Geografia

Competências e habilidades 

Competências desenvolvidas

Desenvolver o senso estético para reconhecer, valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também para participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.  Utilizar conhecimentos das linguagens verbal (oral e escrita) e/ou verbo-visual (como Libras), corporal, multimodal, artística, matemática, científica, tecnológica e digital para expressar-se e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e, com eles, produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. Arte (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fazendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas convencionais e não convencionais. Matemática (EF01MA21) Ler dados expressos em tabelas e em gráficos de colunas simples.

Habilidades relacionadas*

Geografia (EF01GE01) Descrever características observadas de seus lugares de vivência (moradia, escola etc.) e identificar semelhanças e diferenças entre esses lugares. Língua Portuguesa (EF01LP01) Expressar-se, em situações de intercâmbio oral, com autoconfiança (sem medo de falar em público), para explorar e apresentar informações, esclarecer dúvidas, trocar ideias, propor, criar ou engajar-se em jogo ou brincadeira. (EF01LP24) Reconhecer o sistema de escrita alfabética como representação dos sons da fala. (EF01LP26) Escrever o próprio nome e utilizá-lo como referência para escrever e ler outras palavras.

* A ênfase nas habilidades aqui relacionadas varia de acordo com o tema e as atividades desenvolvidas no projeto.

O que será desenvolvido Os alunos deverão produzir um mural com autorretratos que deverão ser construídos por meio de desenhos para a valorização da identidade pessoal.

Materiais    

Alfabeto exposto na sala de aula e alfabeto móvel Cartolinas Papel Kraft Cola 23

1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, História, Arte e Geografia

 Câmera fotográfica ou câmera de celular  Lápis de cor  Papel pardo  Carimbo com tinta  Giz de cera

Etapas do projeto Cronograma  

Tempo de produção do projeto: 2 meses / 8 semanas/ 1 aula por semana. Número de aulas sugeridas para o desenvolvimento das propostas: 8.

Aula 1: Sensibilização e apresentação do projeto Apresente aos alunos o projeto a ser trabalhado durante o bimestre. Explique a eles que, por meio desse projeto, poderão se conhecer mais e melhor, valorizando suas características pessoais. Destaque que, ao final do projeto, irão expor seus autorretratos em um mural, com gráficos que representem as preferências da turma. Comente com a turma a importância de se conhecerem mais para que possam se relacionar cada vez melhor. Abra espaço para que os alunos comentem o que gostariam de contar sobre eles para os colegas e o que gostariam que os colegas contassem sobre eles. Informe aos alunos que distribuirá uma ficha que será preenchida com sua ajuda. O tempo estimado para esta etapa é de 20 minutos. Leia em voz alta as informações que deverão ser preenchidas. Se necessário, informe como deverão preencher cada item, dando exemplos de respostas. CONHECENDO MEUS AMIGOS DA TURMA

IMPRESSÃO DIGITAL

NOME: GOSTO DE: SOU MUITO: GOSTO DE BRINCAR DE: MINHA COMIDA FAVORITA É: MEU ANIMAL PREFERIDO É:

No momento do registro, percorra as carteiras, auxiliando os alunos, oferecendo sugestões de palavras que possam ajudar a escrever as que desejam e até mesmo registrando na lousa algumas palavras que eles pretendam escrever. Nesse caso, será uma cópia com reflexão, pois terão de observar que letras compõem a palavra e em que ordem, pois a ficha será exposta no mural da classe e servirá como apoio à memória no momento de socializarem as respostas. 24

1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, História, Arte e Geografia

Em outro momento, informe aos alunos que ouvirão uma parlenda. Peça que, caso a conheçam, recitem junto. COROA, COROINHA SALSA, CEBOLINHA UM, DOIS, TRÊS (FOLCLORE.)

Ao terminar o último verso, aponte para um aluno e solicite a ele que fale seu próprio nome e conte aos colegas as informações que registrou na ficha. Continue a brincadeira, orientando esse aluno a escolher um colega que dará sequência à atividade – essa dinâmica deverá se repetir até que todos tenham socializado suas informações. Após essa exploração oral, explique que todos nós temos impressões digitais nas pontas dos dedos e que essas impressões são marcas muito pessoais e que nenhuma impressão digital é igual à outra. Ressalte que, por não serem iguais, elas servem para identificar as pessoas e são usadas em documentos. Só então, peça aos alunos que estampem a impressão digital do polegar no local indicado na ficha. Para isso, utilize a almofada de carimbo para que os alunos apoiem o dedo na almofada e depois na ficha. Chame a atenção da turma para as diferenças nas impressões digitais de cada aluno. Para a próxima aula, providencie cartolinas (5) para registrar os gráficos que representarão as respostas dos alunos dadas nas fichas. Será interessante que analise previamente as fichas preenchidas pelos alunos para que monte a estrutura dos gráficos de barras verticais, ou seja, verifique as respostas que mais apareceram em cada pergunta para registrar na cartolina.

Aula 2: Conhecendo sua história Peça a cada aluno que leia as respostas de sua ficha. Informe aos alunos que montará um gráfico de barras verticais para organizar as informações dadas em cada resposta da ficha. Deixe claro que o eixo vertical informa a quantidade de alunos da turma e o eixo horizontal, as palavras referentes às respostas que mais apareceram nas fichas. Por exemplo, no item “MEU ANIMAL PREFERIDO É”, as respostas que mais apareceram foram: CACHORRO, GATO, PASSARINHO, TARTARUGA e PEIXE. O item OUTROS se refere a outros animais que apareceram e foram menos votados. Leia cada item em voz alta e peça aos alunos que levantem a mão quando ouvirem, por exemplo, o nome do animal. Conte quantos alunos preferem aquele animal e marque no gráfico, no sentido vertical, o número de quadrinhos correspondente. Ao final, faça a leitura de cada gráfico com os alunos. Os gráficos devem ficar semelhantes a este:

1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, História, Arte e Geografia

ANIMAL PREFERIDO DA TURMA 10

8 7 6

Tartaruga

Peixe

2 1

0 Cachorro

Gato

Passarinho

Outros

Ilustração do autor

O objetivo desta atividade é explorar preferências de cada aluno para que percebam que cada um tem seus gostos pessoais, que precisam ser respeitados. Para a próxima aula, solicite aos pais ou responsáveis autorização para fotografar os alunos e providencie cola.

Aula 3: Hora das fotografias Solicite aos alunos que se dirijam ao pátio da escola ou a algum outro lugar de sua preferência para realizar, com autorização prévia dos pais ou responsáveis, uma sessão de fotos. Tire fotos individuais dos alunos e também com os amigos – nesse caso, mais espontâneas. Depois, peça aos alunos que se sentem em círculo no chão e, com auxílio de um retroprojetor, mostre a imagem deles nas fotografias. Abra espaço para que comentem as fotos e façam descrições do que estão vendo. Ajude-os a perceber características físicas evidenciadas pelas imagens e aspectos emocionais das crianças que podem ser percebidos. Durante a atividade, ressalte que as fotografias registram momentos da vida, servindo de recordação, além de contar um pouco da história de cada um. Espera-se, dessa forma, valorizar a unicidade de cada aluno, ressaltando sua importância no mundo e a importância que as coisas e as pessoas ao seu redor têm em sua vida. Se houver a possibilidade de imprimir as fotografias na escola, elas serão um importante recurso para a futura exposição no mural. Para a próxima aula, providencie folhas de sulfite, lápis de cor, régua e canetas hidrocor.

Aula 4: Representação dos lugares favoritos Entregue uma folha de sulfite para cada um dos alunos e solicite a eles que desenhem seus lugares favoritos e escrevam, da melhor forma que souberem, o motivo de gostarem desse local. Nessa atividade, espera-se que, por meio do uso da expressão artística – nesse caso, o desenho –, consigam descrever características observadas nesses lugares, nesses espaços. 26

1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, História, Arte e Geografia

O propósito desta atividade é usufruir dos espaços ou lugares que os alunos descrevem para mostrar que eles pertencem a esse espaço, propiciando novamente o reconhecimento de sua identidade no mundo. Antes da escrita, organize os alunos sentados em círculo no chão. Um por vez, eles deverão descrever para os colegas o que desenharam e explicar o motivo de o lugar desenhado ter sido escolhido. Dessa forma, no momento em que serão estimulados a escrever os motivos de gostarem do local, já saberão o que escrever e poderão se preocupar apenas em como escrever, ou seja, que palavras usar, com que letras e em que ordem. Percorra as carteiras, orientando os alunos a consultarem as escritas presentes na sala de aula (lista de nomes de alunos da turma, parlendas, cantigas, rotina das atividades e o alfabeto) para escrever o que desejam. A ideia é que, guiados pelo contexto, os alunos consigam antecipar aquilo que está escrito e refletir sobre as partes do escrito (quais letras, quantas e em que ordem elas aparecem) e poderem fazer uso desses escritos para escrevem outras palavras. Procure sempre incentivar o intercâmbio entre os alunos, de forma que se beneficiem com a troca de conhecimentos e experiências relacionadas ao sistema de escrita. É importante que essa escrita seja feita primeiro em um rascunho, de forma que os alunos possam experimentar as etapas de planejamento do que vão escrever, de textualização, de revisão e de reescrita. Vale ressaltar que não é possível, tampouco desejável, que realizem essas etapas em um mesmo dia. Também não se espera como produto final uma escrita alfabética. É conveniente que leve os alunos a focar em algumas palavras do texto que desejam escrever, para usar os materiais escritos disponíveis na sala para aprimorar ao máximo a escrita dessas palavras. Ao final, se achar conveniente, escreva legendas para esses textos, de forma que possam ser compreendidos pelos visitantes. Quando todos já tiverem falado, destaque que cada desenho retratado ou cada fotografia tirada representa parte da história de cada um deles e que um desenho ou uma imagem que os representa torna cada um especial. Informe aos alunos que esses desenhos também farão parte do mural, pois representam espaços por eles escolhidos e que, por isso, também os representam, o que contribui com a valorização de sua pessoa, ou seja, de sua identidade.

Aula 5: Roda de obras de arte Para enriquecer ainda mais a aula, apresente aos alunos imagens de autorretratos de artistas reconhecidos mundialmente. Prepare com antecedência informações para dar sobre cada um. Sugestões de artistas: Frida Kahlo (Autorretrato com Colar de Espinhos e Beija-flor, 1940), Vincent Van Gogh (1889), Pablo Picasso (1907).

1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, História, Arte e Geografia

Explore com os alunos as semelhanças e diferenças no modo de pintar de cada artista, a expressão facial, as cores usadas e a ocupação da imagem na tela. Faça perguntas do tipo: “Na obra de Frida Kahlo, o que é possível observar na cena?”. O macaco, o gato, folhagens e a artista com um colar de espinhos. Chame a atenção dos alunos para a expressão facial da artista na tela. Pergunte: “Na pintura, Frida parece estar com a expressão de quem está feliz, pensativa, triste ou séria?”. Leve-os a perceber a expressão séria da artista, para retratar o sofrimento que ela passou. Aproveite para comentar que autorretratos captam não só a fisionomia mas também um pouco dos sentimentos do artista naquele momento. “Que cores predominam na imagem?”. É provável que comentem as cores da folhagem e as usadas para representar o tom de pele de Frida. “As cores mais usadas no quadro de Frida Kahlo e de Van Gogh são as mesmas?”. Espera-se que concluam que não, pois no quadro de Van Gogh predomina o azul enquanto no de Frida predomina o verde. Leve os alunos a perceber o rosto carrancudo, quase zangado de Van Gogh, as rugas bem vincadas em volta do nariz e das maçãs do rosto e as sobrancelhas salientes. Também é possível perceber que os cantos da boca parecem voltados para baixo. As pinceladas serpenteadas, característica de muitas obras de Van Gogh, aparecem nesse autorretrato. “Na opinião de vocês, as três pinturas foram produzidas com a mesma técnica?”. Chame a atenção dos alunos para os diferentes traços de cada artista. Os traços do quadro de Picasso possuem uma espessura mais grossa, como se o artista imprimisse mais força ao pintar a obra. Além disso, o contraste com o plano de fundo dá uma noção tridimensional à figura. Providencie, para a próxima aula, folhas de sulfite e lápis de cor ou giz de cera.

Aula 6: Produção de autorretrato Entregue uma folha de sulfite para cada aluno e solicite a eles que façam um autorretrato. Relembre que autorretrato é o retrato ou a imagem de si próprio. Os alunos deverão se expressar artisticamente, em folhas de sulfite, representando, com criatividade, sua imagem e a forma como se veem no mundo. Espera-se que desenhem a si próprios e que, por meio dessas produções, seja possível ressaltar e discutir com a turma as diferenças entre eles e como se veem no mundo. Solicite aos alunos que assinem o nome nos autorretratos.

Aula 7: Produção da exposição Relembre os alunos que os autorretratos serão apresentados em uma exposição composta da ficha, dos gráficos, das fotografias e dos desenhos de seus lugares favoritos. Junto com os alunos, organize o mural fora da sala de aula. Cole um pedaço de papel pardo, com tamanho similar à largura da lousa, na parede do local escolhido. Em seguida, com a ajuda deles, cole as fichas, se possível com suas fotografias (devem ser previamente autorizadas pelos pais ou responsáveis), os gráficos, os desenhos de seus lugares favoritos e os autorretratos com título. Espera-se que, ao final desta atividade, os alunos sintam-se parte de um espaço familiar, escolar e social e compreendam a importância de sua identidade, o que reforçará sua autoestima, propiciando o sucesso no processo de alfabetização e letramento.

1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Projeto integrador: Língua Portuguesa, História, Arte e Geografia

Avaliação A avaliação deverá ocorrer durante todo o projeto, para que possa nortear o trabalho realizado. Marque com um X a avaliação correspondente à aula realizada. Aulas 1 2

3 4

Proposta de avaliação geral Os alunos recitaram a parlenda para a escolha da ordem da apresentação oral das fichas? ( ) Sim ( ) Não ( ) Alguns Os alunos responderam à ficha? ( ) Sim ( ) Não ( ) Alguns Durante a aula, socializaram com autonomia as respostas dadas na ficha? ( ) Sim ( ) Não ( ) Alguns Os alunos explicaram o motivo pelo qual escolheram a fotografia? ( ) Sim ( ) Não ( ) Alguns Os descreveram com coerência os lugares representados nas fotografias? ( ) Sim ( ) Não ( ) Alguns Os alunos desenharam os lugares onde mais gostam de estar? ( ) Sim ( ) Não ( ) Alguns a) Os alunos justificaram oralmente o motivo de apreciarem o local representado em seus desenhos? ( ) Sim ( ) Não ( ) Alguns b) Os alunos registraram os motivos para a escolha do local que desenharam? ( ) Sim ( ) Não ( ) Alguns c) A escrita dos alunos avançou durante o processo de revisão dos textos? ( ) Sim ( ) Não ( ) Alguns a) Os alunos expuseram oralmente suas impressões sobre as obras de arte apresentadas? ( ) Sim ( ) Não ( ) Alguns b) Os alunos conseguiram se enxergar nos retratos que produziram? ( ) Sim ( ) Não ( ) Alguns a) Os alunos escreveram com autonomia os próprios nomes nos autorretratos? ( ) Sim ( )Não ( ) Alguns b) Os alunos participaram com interesse da montagem do mural? ( ) Sim ( ) Não ( ) Alguns

Avaliação final A avaliação final do projeto será a socialização da identidade dos alunos. Para isso, estimule-os a falar com liberdade e autonomia, usando tom de voz que todos possam ouvir, gesticulando e usando expressões faciais que contribuam para passar as informações desejadas e encorajando-os por meio da exaltação de suas qualidades. Espera-se que se sintam orgulhosos de se apresentarem para os colegas e que consigam expressar um pouco quem são e suas preferências.

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Referências complementares 

A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores, de Lev S. Vygotsky. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989. Esse livro apresenta uma seleção dos ensaios mais importantes de Vygotsky sobre sua teoria do desenvolvimento.



Aprendizagem e desenvolvimento intelectual na idade escolar, de Lev S. Vygotsky. In: VYGOTSKY, Lev S.; LURIA, Alexander. R.; LEONTIEV, Alex. N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. Tradução de Maria da Pena Villalobos. São Paulo: Ícone, 2001. Coletânea organizada por professores do Instituto de Biomédicas e da Faculdade de Educação da USP, esse livro apresenta estudos e teorias de três dos principais representantes da psicologia soviética: Leontiev, Luria e Vygotsky.

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As origens do caráter na criança, de Henri Wallon. Tradução de Heloysa Dantas de Souza Pinto. São Paulo: Nova Alexandria, 1995. Wallon, nessa obra, desvenda os mecanismos da formação emotiva e suas relações com as funções neurológicas, intelectuais e afetivas.

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O mundo no black power de Tayó, de Kiusam de Oliveira. Ilustração de Taisa Borges. São Paulo: Peirópolis, 2013. Trata-se de um livro de literatura infantil que trabalha a construção da identidade, bem como seu reconhecimento no espaço em que vive.

Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

1a sequência didática: Constituição da identidade psicossocial Será abordada a construção da identidade do aluno a partir de sua imagem pessoal relacionada ao seu nome. Para reforçar o uso das letras do alfabeto, também será cantada uma cantiga de roda, usando as letras iniciais dos nomes dos alunos da turma.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Objetos de conhecimento

Habilidades

Objetivos de aprendizagem

Conteúdos

Constituição da identidade psicossocial, em sala de aula, por meio da oralidade Procedimentos de escuta de textos Compreensão do sistema alfabético de escrita  (EF01LP01) Expressar-se, em situações de intercâmbio oral, com autoconfiança (sem medo de falar em público), para explorar e apresentar informações, esclarecer dúvidas, trocar ideias, propor, criar ou engajar-se em jogo ou brincadeira.  (EF01LP05) Recuperar assuntos e informações pontuais em situações de escuta formal de textos.  (EF01LP24) Reconhecer o sistema de escrita alfabética como representação dos sons da fala.  (EF01LP26) Escrever o próprio nome e utilizá-lo como referência para escrever e ler outras palavras.  Reconhecer sua imagem refletida no espelho.  Reconhecer o próprio nome.  Reconhecer a letra inicial de seu nome.  Construir sua identidade.  Quem sou eu?  Letras do alfabeto.  Cantiga de roda.

Materiais e recursos       

Espelho de mão Alfabeto para ficar exposto na sala de aula Alfabeto móvel Filmadora ou celular com câmera Projetor de imagens Papel pardo Cantiga de roda

Desenvolvimento 

Quantidade de aulas: 2 aulas

Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

Aula 1 Explique aos alunos que, para a atividade a ser realizada, deverão se olhar no espelho. Para motivá-los em relação ao que será trabalhado, pergunte o que veem ao se olharem no espelho. Espera-se que comentem que é a própria imagem refletida. Logo após, peça a eles que comecem a pensar como descreveriam essa imagem, instigando-os a perceber a identidade pessoal. Para ajudá-los nesse processo de descrição, inicie a atividade descrevendo sua imagem, a fim de que os alunos tenham um exemplo. Em seguida, organize-os em ordem alfabética de acordo com a letra inicial dos nomes. Nesse momento, sugere-se que segure o espelho de mão e peça a cada aluno que se veja. Assim, não há a necessidade de manusearem o objeto, evitando acidentes. Depois, solicite aos alunos que, para continuar a atividade, cada um, na ordem estabelecida, fale o que vê no espelho, isto é, descreva oralmente sua imagem para a turma. É relevante destacar a importância de ouvirem com atenção e respeito as falas dos colegas, pois todos têm características físicas pessoais que, quando relacionadas aos seus nomes, acabam por torná-los seres únicos. Medeie a atividade de forma a tentar evitar comentários desrespeitosos e/ou preconceituosos. Nessa parte da atividade, outra estratégia interessante é filmar os alunos enquanto descrevem a própria imagem, para depois, ao assistirem ao vídeo, discutir algumas questões. Esse recurso é importante para que avaliem a própria fala e seu comportamento durante as falas dos colegas, dando aos alunos, assim, a oportunidade de se verem em outro contexto e explorando, mais uma vez, a imagem, ou seja, a construção da identidade. Para isso, solicite autorização prévia aos pais ou responsáveis. Para ajudá-los a perceber mais claramente a ordem alfabética no momento da fala, utilize um alfabeto móvel, se possível, entregue para cada um a letra inicial de seu nome. Chame a atenção, também, para o alfabeto exposto na sala de aula para que percebam como ele é organizado. Esse é um bom recurso para que entendam qual será sua vez de falar. Combine com a turma que cada um terá, no máximo, dois minutos para falar. Faça as perguntas a seguir aos alunos e solicite a eles que as respondam um de cada vez. Tais questões colaboram para a concretização da construção da identidade. Outra sugestão é montar um painel com as respostas dos alunos e, então, tabulá-las, o que poderá nortear a continuidade das atividades.

1. QUAL FOI A PRIMEIRA IMPRESSÃO DE VOCÊS AO SE OLHAREM CUIDADOSAMENTE NO ESPELHO? Resposta pessoal. Ao olhar no espelho, o estudante reconhece sua imagem e, assim, constrói sua identidade. Espera-se que os alunos respondam como se veem no espelho com base na descrição de suas imagens e exponha qual sentimento tiveram ao se olhar.

2. VOCÊS, ALGUMA VEZ, JÁ TINHAM SE OLHADO ATENTAMENTE NO ESPELHO? Reposta pessoal.

Distribua para cada aluno a lista de nomes da turma. Desafie-os a encontrar o próprio nome na lista. Em seguida, peça que pintem de cor clarinha a primeira letra do próprio nome e do nome dos colegas. Faça perguntas do tipo:

3. EXISTEM, NA SALA, COLEGAS COM NOMES IGUAIS? QUEM? Resposta pessoal. 4. O FATO DE TEREM O MESMO NOME OS TORNA A MESMA PESSOA? POR QUÊ? 32

Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

5. VOCÊS CONHECEM ALGUÉM QUE TENHA O MESMO NOME QUE O DE VOCÊS?

O objetivo das questões é chamar a atenção dos alunos para o fato de que, mesmo que haja na sala de aula, na família ou na comunidade pessoas com o mesmo nome, são pessoas diferentes.

Para encerrar a aula, pergunte aos alunos como foi a experiência de se olhar no espelho e se descrever. Questione também se já se viram daquela maneira antes ou somente conseguiram perceber alguns detalhes depois de olhar a própria imagem mais atentamente. Explique que cada um é de um jeito, ou seja, são pessoas únicas. Aproveite para ressaltar que as pessoas também se diferenciam pelo jeito de ser e agir e que é importante respeitarem o outro como ele é. Depois dessa discussão, comente que, na aula 2, assistirão ao vídeo gravado durante a aula, contendo as falas de cada um, ou seja, serão os personagens principais.

Para ampliar o trabalho Ainda no trabalho de descrição da própria imagem e de assimilação da ordem alfabética, proponha as seguintes atividades.

1. Percepção da singularidade de sua identidade. A) FORME DUPLAS E EXPLIQUE QUE UM ALUNO DEVE DEITAR SOBRE UM PEDAÇO DE PAPEL PARDO PARA O OUTRO DESENHAR O CONTORNO DE SEU CORPO. O ALUNO QUE TEVE SEU CORPO DESENHADO DEVERÁ ESCREVER SEU NOME DENTRO DO DESENHO. INFORME QUE, EM SEGUIDA, AS FUNÇÕES SERÃO INVERTIDAS, DANDO OPORTUNIDADE DE TODOS VISUALIZAREM O CONTORNO DO PRÓPRIO CORPO E ESCREVEREM SEUS NOMES. No primeiro momento da atividade, os alunos podem escolher quem desenhará e quem será desenhado. O importante aqui é que percebam como um pode ajudar o outro, desenvolvendo, assim, o espírito de cooperação. No segundo momento, quando o aluno escrever seu nome dentro do contorno de seu corpo, valorize suas características físicas e emocionais, demonstrando que cada pessoa possui sua singularidade. Ressalta-se que, se necessário, os alunos podem recorrer à lista de nomes da turma, ao crachá ou outros suportes em que seus nomes estejam escritos, para que copiem ou confiram a grafia.

2. Relacionar grafema e fonema com a cantiga e rever a ordem alfabética.

Nesse momento, explique aos alunos que cantarão uma cantiga de roda com o auxílio do alfabeto. A) CANTE COM A TURMA A SEGUINTE CANTIGA DE RODA. O M É UMA LETRA QUE SE ESCREVE NO ABC. MARIA VOCÊ NÃO SABE COMO EU GOSTO DE VOCÊ. [BIS] (FOLCLORE.)

Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 1a sequência didática

Registre na lousa a cantiga proposta e cante-a apontando as palavras com o dedo. Depois, pergunte aos alunos se conhecem a cantiga de roda apresentada e com que letra começa o nome Maria, por exemplo. Caso não consigam fazer essa relação, mostre a letra M e escreva na lousa o nome Maria ao lado, para que associem o som à forma. Cante a cantiga com os alunos trocando a letra M pela inicial do nome dos alunos da turma. O alfabeto móvel é um bom recurso para auxiliar o aluno a identificar a letra inicial do próprio nome e do nome dos colegas.

Aula 2 No início da aula, explique aos alunos que vão assistir ao vídeo gravado na aula anterior. Em seguida, com o auxílio do projetor de imagens, ou mesmo do telefone celular, apresente o vídeo a eles. Enfatize a importância de assistirem com atenção e respeito, de forma que todos possam ouvir e apreciar as imagens. Estipule um tempo – por exemplo, dez minutos – para questionar os alunos sobre o que perceberam em suas falas e em seus comportamentos. Realce a importância do respeito ao colega, seja enquanto ele estiver falando, seja ouvindo-o com atenção ou aguardando sua vez de falar. Trabalhe com os alunos o respeito à ordem nas falas, ressaltando a importância de atender os turnos de fala e ouvir os colegas com atenção. Mais uma vez, ressalte o uso da ordem alfabética, relacionando-a à letra inicial do seu próprio nome e a dos nomes dos colegas. Para finalizar, peça aos alunos que desenhem o próprio rosto, escrevam o próprio nome (podendo usar como fonte de consulta a lista de nomes da turma ou o crachá) e também algo sobre si (do que gosta, cor preferida, brincadeira de que mais gosta, entre outros). Antes da escrita, estimule a turma a comentar o que pretende registrar. Assim, no momento da escrita se preocuparão em como escrever, não com o que escrever. É interessante que instigue cada um a observar se o nome dele ou de algum colega ajuda a escrever alguma palavra que desejam. Por fim, se achar conveniente, peça aos alunos que, individualmente, leiam o que escreveram apontando as palavras. Assim, você poderá criar uma legenda que acompanhe cada trabalho. Exponha os trabalhos em um mural da escola. Será uma ótima oportunidade para verificar as hipóteses dos alunos sobre o sistema de escrita.

Avaliação Primeiramente, avalie o comportamento dos alunos durante a apresentação do vídeo, ou seja, se ficaram satisfeitos e felizes ao se verem em um outro contexto. Nesse momento, é importante ressaltar o quanto interagiram uns com os outros e o valor de perceberem a diversidade entre as pessoas e o respeito que devemos ter com todos. Depois, avalie a compreensão da turma sobre a ordem alfabética e a relação das letras com a escrita das palavras. Uma boa estratégia para enriquecer esse processo e orientar a continuidade do trabalho é solicitar uma autoavaliação, na qual os alunos preencherão a tabela com o auxílio da leitura do professor. Eles deverão marcar X na(s) habilidade(s) que foi(foram) bem executada(s). NOME DO ALUNO: HABILIDADES DE OUVIR AGUARDEI A MINH VEZ DE FALAR DE FALAR.

OUVI OS COLEGAS E O PROFESSOR COM ATENÇÃO.

RESPEITEI A OPINIÃO DOS COLEGAS.

COMPREENDI O QUE OS COLEGAS E O PROFESSOR RELATARAM SOBRE SI.

COMENTEI O QUE OS COLEGAS E O PROFESSOR RELATARAM.

Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

2a sequência didática: Construção de regras para o convívio escolar Será abordada a importância das regras ou combinados no dia a dia escolar dos alunos. O objetivo também será chamar a atenção dos alunos para o fato de que parlendas são geralmente recitadas em brincadeiras e que há brincadeiras que contêm regras. Por último, os alunos construirão uma lista de combinados para a sala de aula.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Objetos de conhecimento

Habilidades

Objetivos de aprendizagem

Conteúdos

Regras de convivência em sala de aula Compreensão do sistema alfabético de escrita Texto injuntivo: instrucional e procedimental  (EF01LP02) Escutar, com atenção e compreensão, instruções orais, acordos e combinados que organizam a convivência em sala de aula.  (EF01LP24) Reconhecer o sistema de escrita alfabética como representação dos sons da fala.  (EF01LP20) Escrever, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, agendas, bilhetes, recados, avisos, convites, listas e legendas para fotos ou ilustrações, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.  (EF01LP21) Escrever, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, textos com regras de convivência escolar ou combinados, considerando a situação comunicativa e o tema/ assunto do texto.  Estabelecer regras para as rodas de conversa do início da aula.  Perceber que há regras nas brincadeiras.  Construir regras ou combinados.  Parlenda.  Apresentação de combinados para brincadeiras e de regras para as rodas de conversa.

Materiais e recursos       

Parlenda Ordem Bolas Parlenda Ordem com lacunas alternadas em folhas impressas Fichas com as palavras faltantes na parlenda Giz branco e giz colorido Regras da brincadeira em folhas impressas, uma para cada aluno Cartolina

Desenvolvimento 

Quantidade de aulas: 3 aulas

Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

Aula 1 Inicie a aula com os alunos sentados em roda e pergunte se alguém já recitou versinhos em brincadeiras. Instigue-os a recitar alguns versinhos recitados em brincadeiras. Participe deste momento recitando alguns, como: UNI, DUNI, TÊ SALAMÊ MINGUÊ UM SORVETE COLORÊ O ESCOLHIDO FOI VOCÊ. (Folclore.)

VOCÊ DIZ QUE SABE MUITO LAGARTIXA SABE MAIS ELA SOBE NA PAREDE COISA QUE VOCÊ NÃO FAZ. (Folclore.)

CORRE CUTIA, NA CASA DA TIA. CORRE CIPÓ, NA CASA DA VÓ. LENCINHO NA MÃO, CAIU NO CHÃO. MOÇA BONITA DO MEU CORAÇÃO. (Folclore.)

Durante as respostas, lembre os alunos de falarem um por vez e levantarem a mão para falar, enquanto os outros ouvem atentamente. Só então, informe que esses versinhos são chamados de parlendas. Comente que as parlendas são versos recitados em muitas brincadeiras e que podem ser usadas para escolher quem começa a brincadeira ou apenas divertir. Peça aos alunos que sentem em círculo no chão e explique a eles que vão ouvir uma parlenda, a qual poderá ser recitada. Caso a conheçam, solicite que recitem junto com você. Uma sugestão de parlenda para explorar regras de brincadeiras é a parlenda Ordem. ORDEM EM SEU LUGAR SEM RIR SEM FALAR SEM UM PÉ SEM O OUTRO COM UMA MÃO COM A OUTRA BATE PALMAS PIRUETA PERDÃO (Folclore.) 36

Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

Registre a parlenda na lousa ou em uma folha de papel pardo e recite-a várias vezes apontando as palavras com o dedo, para ser acompanhada pelos alunos, a fim de que possam associar o som à forma escrita. Depois de ouvirem a parlenda, solicite a eles que fiquem em pé, ainda formando uma roda, e estipule um tempo – por exemplo, cinco minutos – para que ouçam a parlenda novamente e façam o que ela manda. Recite-a pelo menos duas vezes para que aqueles que não a conhecem possam se familiarizar com ela e memorizá-la. É importante recitar a parlenda com os alunos e executar seus comandos com uma bola, servindo de exemplo para eles. Depois, com bolas, vá para o pátio da escola e próximo a uma parede brinque com os alunos recitando a parlenda. Na volta para a sala, faça as perguntas propostas e outras que achar conveniente, lembrando-os da importância de respeitarem os turnos de fala e de ouvir os colegas com atenção. Estas perguntas devem colaborar para a compreensão da importância de regras e combinados em nossas vidas, inclusive, nas brincadeiras presentes no dia a dia deles.

1. VOCÊS JÁ CONHECIAM A PARLENDA ORDEM? NA OPINIÃO DE VOCÊS, POR QUE ELA TEM ESSE NOME? Resposta pessoal. Independentemente de os alunos já conhecerem ou não a parlenda ouvida, espera-se que percebam que ela é formada por comandos que devem ser cumpridos para que os versos se tornem uma brincadeira de bola.

2. QUAL É A BRINCADEIRA FAVORITA DE VOCÊS? COMO VOCÊS BRINCAM? ESSAS BRINCADEIRA TÊM REGRAS? Resposta pessoal. Espera-se que os alunos digam quais são suas brincadeiras favoritas e expliquem algumas regras dessas brincadeiras.

3. NA OPINIÃO DE VOCÊS, É IMPORTANTE SEGUIR AS REGRAS DAS BRINCADEIRAS? POR QUÊ? Resposta pessoal. É importante explicar que em algumas brincadeiras as regras são essenciais para que a brincadeira aconteça.

É importante que os alunos percebam que as regras estão presentes em seu cotidiano e em muitas de suas brincadeiras.

AULA 2 Lembre aos alunos a brincadeira de bola que fizeram recitando a parlenda Ordem. Avalie oralmente com os alunos se compreenderam quais são as regras dessa brincadeira. Ajude-os a identificar cada uma das ações que fizeram durante a brincadeira. Durante essa exploração oral, vá registrando na lousa as ações na sequência em ocorreram. Só então, distribua para cada aluno a tabela abaixo. Informe que, nessa tabela, estão listadas as ações que tiveram que fazer durante a brincadeira. Leia-as uma a uma em voz alta e peça que marquem com um x as colunas adequadas: sim, quando tiverem conseguido realizar a ação; e não, quando não realizaram a ação. REGRAS DA BRINCADEIRA DE BOLA COM A PARLENDA ORDEM CUMPRIU REGRAS SIM NÃO JOGAR A BOLA NA PAREDE COM AS DUAS MÃOS E APOIADOS NOS DOIS PÉS 37

Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

JOGAR A BOLA NA PAREDE RECITANDO A PARLENDA SEM RIR JOGAR A BOLA NA PAREDE SEM FALAR NADA JOGAR A BOLA NA PAREDE APOIADO EM UM SÓ PÉ JOGAR A BOLA NA PAREDE APOIADO EM UM SÓ PÉ, DIFERENTE DO PRIMEIRO JOGAR A BOLA NA PAREDE COM APENAS UMA DAS MÃOS JOGAR A BOLA NA PAREDE COM APENAS UMA DAS MÃOS, DIFERENTE DA PRIMEIRA JOGAR A BOLA NA PAREDE E BATER PALMA JOGAR A BOLA NA PAREDE E FAZER UMA PIRUETA JOGAR A BOLA E FICAR DE JOELHOS Depois de preencherem a tabela, abra espaço para que os alunos comentem o que já conseguem realizar e por isso marcaram sim e o que ainda terão de treinar mais para conseguir, por isso marcaram não. O mais importante é levar os alunos a perceber que as regras são fundamentais para o convívio com outras pessoas, uma vez que as brincadeiras funcionam como um importante recurso para desenvolver o convívio com o grupo e estimulam a organização de regras e combinados que fortalecem os laços de amizade, respeito, cooperação e autonomia entre as crianças.

AULA 3 Apresente mais uma vez a parlenda Ordem. Leia-a em voz alta, apontando as palavras. Depois, solicite a leitura da turma. Combine com os alunos a troca de duas ações apresentadas na parlenda. Por exemplo: em vez de “sem rir”, diga “dando risada”. Espera-se que os alunos ouçam a parlenda novamente e consigam trocar seus comandos por outros de sua escolha. Nesse momento, é importante apontar para as palavras da parlenda, escrita anteriormente na lousa, para que os alunos possam acompanhá-las e associar seus sons à forma escrita. Destaque com giz colorido a palavra ou expressão que deverá ser substituída e registre na lousa as sugestões de troca dos alunos. Escreva essas sugestões ao lado do termo que deverá ser trocado. Use giz de outra cor para diferenciar as respostas.

Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

Na sequência, leia para os alunos a parlenda com os novos comandos criados. Finalize abrindo espaço para que os alunos brinquem com a parlenda a partir dos novos comandos. Leve-os a perceber que a troca de comando fez com que tivessem que mudar as ações realizadas na brincadeira. Associe essa atividade a combinados que fazem durante aos trabalhos realizados na escola, ou seja, devem perceber que combinados ajudam a organizar o dia a dia, pois, de comum acordo, regras de convívio são estabelecidas, de forma que todos tomam conhecimento de comportamentos adequados para o bom convívio durante as atividades do grupo. Em outro momento, leia mais uma vez a parlenda. Depois entregue-a para as crianças reproduzida com lacunas, junto com fichas que contenham as palavras para completá-la. A seguir, há uma sugestão. ORDEM EM SEU LUGAR SEM _______ SEM FALAR SEM UM _______ SEM O OUTRO COM UMA MÃO COM A OUTRA BATE _________ __________ PERDÃO (Folclore.)

As lacunas devem ser alternadas para que o aluno ouça a parlenda e reconheça o que está escrito e o que está faltando. Em seguida, entregue para os alunos fichas com as palavras faltantes. Cada palavra deve estar em uma ficha. RIR

PÉ

PALMA

PIRUETA

Recite a parlenda novamente para que os alunos ouçam ou recitem-na. Solicite que preencham as lacunas com as palavras das fichas que estão em suas mãos. Espera-se que consigam relacionar o som das palavras à forma escrita e preencham adequadamente as lacunas. Se achar conveniente, a atividade pode ser realizada em duplas. É provável que os alunos usem como índices de leitura letras iniciais e finais das palavras e quantidade de letras nas palavras.

Avaliação Primeiramente, avalie se os alunos compreenderam o que são regras. Depois, como se comportam em relação a elas. Questione-os: “Na opinião de vocês, o que são regras? Para que servem? É importante cumprir as regras? Por quê?”. Para responder as questões, informe uma regra ou combinado: levantar a mão para pedir a palavra. Registre na lousa as respostas dos alunos em forma de lista, para auxiliar o acompanhamento do que está sendo falado. Leia em voz alta o que foi listado. Será uma oportunidade de os alunos observarem que o que é falado pode ser escrito e retomado em outro momento. 39

Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática

Espera-se que os alunos compreendam que as regras ou combinados são formas de organização importantes para a convivência com as pessoas, seja numa brincadeira, seja no comportamento em sala de aula ou em qualquer outra situação. Um bom recurso para enriquecer esse processo é solicitar a elaboração de um cartaz com combinados a serem seguidos durante as rodas de conversa no início da aula, que poderá ser feito em cartolina e deverá ser construído colaborativamente com a participação de toda a turma. Registre no cartaz as sugestões de combinados. Ao fim releia a lista de combinados. Lembre os alunos do combinado a ser seguido: levantar a mão para pedir a palavra. Nesse momento, é importante destacar como a linguagem é utilizada para expressar uma instrução ou orientação, ou seja, os verbos no modo imperativo, que representam ordem, instrução ou orientação de como algo deve ser realizado, e que as regras devem ser claras e curtas. COMBINADOS: ESCOLHENDO BRINCADEIRAS E JOGOS

Depois, fixe o cartaz em algum lugar visível da sala de aula para que os combinados possam ser retomados e também alterados quando necessário. Espera-se, portanto, que, ao construir conjuntamente os combinados, os alunos percebam a importância deles, inclusive durante o processo de escolha das regras e de construção do cartaz, bem como para o bom convívio com as pessoas ao nosso redor, ou seja, respeitando para ser respeitado.

Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

3 a sequência didática: Prática de leitura e contação de parlendas Serão abordadas diferentes versões de uma mesma parlenda, bem como diferentes parlendas presentes no dia a dia dos alunos e de suas famílias. Também será produzida uma parlenda com base nas diferentes canções que surgirem em sala de aula, respeitando a preferência da turma.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos Objetos de conhecimento

Habilidades

Objetivos de aprendizagem

Conteúdos

Apreciação do texto literário Procedimentos de escuta de textos Processos de criação  (EF01LP44) Selecionar livros da biblioteca e/ou do cantinho de leitura da sala de aula para leitura individual, na escola ou em casa, explicando os motivos de sua escolha.  (EF01LP05) Recuperar assuntos e informações pontuais em situações de escuta formal de textos.  (EF01LP40) Recontar oralmente, com e sem apoio de imagem, e tendo ou não o professor como escriba, textos literários lidos pelo professor.  Instigar o interesse por livros.  Recontar histórias ouvidas.  Brincar com parlendas.  Pesquisa sobre parlendas  Roda de contação de parlendas  Leitura de parlendas

Materiais e recursos        

Livros sobre parlendas Cartolina Tesoura de pontas arredondadas Lápis de cor 2 metros de tecido colorido Alfabeto móvel Giz colorido Régua

Desenvolvimento 

Quantidade de aulas: 4 aulas

Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

Aula 1 Inicie a aula pedindo aos alunos que citem brincadeiras em que são recitadas parlendas. Espera-se que citem brincadeiras como pular corda, pega-pega e esconde-esconde. Mais uma vez, recite um trecho de uma parlenda conhecida, a fim de ajudá-los a construir o conhecimento, como a sugerida a seguir. DEDO MINDINHO SEU VIZINHO MAIOR DE TODOS FURA BOLO MATA PIOLHO. (Folclore.)

Estipule, então, um tempo para que apresentem as parlendas utilizadas em suas brincadeiras (dez minutos). Organize os alunos sentados em roda no chão para cantarem cantigas ou recitarem parlendas que utilizam em suas brincadeiras. Lembre que devem falar um por vez, levantar a mão para pedir a fala e que, enquanto um colega estiver falando, devem ficar em silêncio e ouvi-lo com atenção e respeito. Em seguida, registre uma parlenda na lousa. Se achar conveniente, registre a mesma parlenda utilizada como exemplo anteriormente, de modo que os alunos associem o som pronunciado às palavras registradas. Chame a atenção dos alunos para o ritmo das parlendas, ocasionado, na maioria das vezes, pela presença de rimas. Nesse momento, explique que rimas são formadas por palavras que terminam com o mesmo som e que elas colaboram para a memorização das parlendas. Destaque as partes das palavras que rimam entre si usando giz colorido; assim, associarão o som da palavra à forma escrita. Informe aos alunos que as parlendas são recitadas oralmente e repassadas de geração para geração e que, por isso, cada pessoa recita os versos à sua maneira, como lembra. Devido a essa característica, típica da tradição oral, há muitas versões de uma mesma parlenda, as quais são passadas de geração em geração, representando, nesse caso, as brincadeiras tradicionais e a cultura de um povo. As parlendas existentes no Brasil são criações de determinada comunidade de uma região do país e pertencem ao nosso folclore, representando parte dos costumes da sociedade, uma vez que são versos recitados para entreter, acalmar ou divertir as crianças nas brincadeiras, ajudando na interação entre as pessoas. Nos próximos vinte minutos de aula, confeccione, em cartolinas, com a ajuda dos alunos, jogos da memória com rimas. Com o auxílio de uma régua, faça seis colunas divididas em cinco linhas e, então, complete os espaços com palavras que pertençam ao contexto infantil. A seguir, há sugestões de palavras que podem ser usadas no jogo. É interessante que as palavras sejam acompanhadas de imagens que as representem de modo que os alunos possam realizar a leitura. BOLA BONECA CARRINHO PANELA VACA

COLA PETECA NINHO JANELA JACA

TUCANO BATATA PIÃO DADO TOMATE

PIANO GRAVATA AVIÃO SOLDADO ABACATE

ELEFANTE BODE PALITO UVA JOANINHA

BARBANTE BIGODE PIRULITO LUVA RAINHA

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Ajude os alunos a recortar todas as cartas com o auxílio de uma tesoura com ponta arredondada. Proponha a eles que joguem em duplas, organizando as carteiras da sala de aula em pares. Ao iniciar o jogo, explique aos alunos que as palavras devem ser viradas para a mesa e que deverão “desvirar” duas delas por vez, fazer a leitura apontando o que está lendo e verificar se formam um par que rima, justificando. Quando houver a rima, é interessante chamar a atenção dos alunos para o fato de que, nesse caso, há semelhança entre som e grafia no final dessas palavras. Se não rimarem, elas deverão retornar a seus lugares. Explique também que uma boa estratégia é tentar memorizar a localização das palavras que foram viradas e não formaram pares, para conseguirem formar pares futuramente. Por isso, chama-se Jogo da Memória. Ganha o jogo quem conseguir o maior número de pares. Ao finalizar o jogo (após aproximadamente cinco minutos), pergunte aos alunos o que perceberam com o Jogo da Memória com rimas. Espera-se que tenham compreendido que rimas são palavras que terminam com o mesmo som.

Aula 2 Apresente outra parlenda para os alunos e leia-a em voz alta, apontando as palavras. Peça que identifiquem as que rimam entre si justificando. Sublinhe com giz colorido as palavras apontadas pelos alunos. O PATO NADA DENTRO DA LAGOA DIZ PRA TODA GENTE AI QUE VIDA BOA. (Folclore.)

Leve-os a perceber que as rimas proporcionam ritmo durante a leitura e colaboram na memorização da parlenda, o que as tornam grandes aliadas nas brincadeiras com parlendas. Registre na lousa as palavras LAGOA e BOA. Chame a atenção dos alunos para as letras finais dessas palavras. Estimule-os a falarem outras palavras que rimam com essas. Ouça as sugestões e liste-as na lousa, uma embaixo da outra: leoa, broa, canoa, coroa, leitoa, pessoa. Em seguida, leia as palavras em voz alta e, mais uma vez, destaque com giz colorido as letras finais, de forma que os alunos percebam que a coincidência é sonora e gráfica. Solicite uma tarefa para casa que explore o conteúdo aprendido durante a aula. Os alunos deverão perguntar oralmente aos familiares ou responsáveis se conhecem alguma parlenda e, se a resposta for positiva, perguntar qual. Sugere-se que entregue para cada aluno uma ficha com a atividade, conforme consta a seguir. Explique a eles que devem pedir a seus familiares ou responsáveis que assinalem X em suas respostas e, se possível, registrem na ficha uma parlenda de que gostem.

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NOME DO ALUNO: NOME DO ENTREVISTADO: PESQUISA – TEMA: PARLENDAS 1. VOCÊ CONHECE ALGUMA PARLENDA? 2. SE A RESPOSTA DA PERGUNTA ANTERIOR FOR SIM, QUANTOS ANOS VOCÊ TINHA QUANDO CONHECEU AS PARLENDAS?

( ) SIM.

( ) NÃO.

( ) MENOS DE 8 ANOS.

( ) MAIS DE 8 ANOS.

( ) NÃO CONHEÇO PARLENDAS.

( ) OUTROS. ESCREVA EM QUAL 3. EM QUAL OCASIÃO ( ) NÃO ( ) PARA ( ) PARA SE OCASIÃO VOCÊ VOCÊ RECITAVA CONHEÇO BRINCAR. ACALMAR. USAVA A PARLENDAS? PARLENDAS. PARLENDA: ____________________. ( ) OUTROS. 4. COM QUEM VOCÊ ( ) NÃO ( ) ( ) COM QUEM VOCÊ APRENDEU AS CONHEÇO FAMILIARES. PROFESSORES. APRENDEU: PARLENDAS? PARLENDAS. ________________. REGISTRE UMA PARLENDA DE QUE VOCÊ GOSTE. DEPOIS, RECITE-A. _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________

Combine um dia para que os alunos possam socializar as entrevistas. Nesse momento, deixe claro que devem contar para os colegas quem foi a pessoa entrevistada e qual parlenda ela registrou na ficha. Peça que recitem para os colegas a parlenda registrada. Será mais uma oportunidade de os alunos observarem que uma das funções da escrita é escrever para não esquecer, pois as escritas podem ser retomadas em outros momentos. Se achar conveniente, exponha as entrevistas no mural da classe. Com base na apresentação das parlendas para os alunos, no Jogo da Memória com rimas e na tarefa que deverá ser realizada em casa com a família, providencie os livros sobre parlendas disponíveis na biblioteca da escola, que serão utilizados na roda de leitura da próxima aula. Providencie também dois metros de tecido colorido para colocar no chão.

Avaliação A avaliação ocorrerá durante o jogo da memória de rimas. É importante notar as contribuições dos alunos durante a confecção dos jogos e como relacionaram as cartelas em relação ao som das palavras. Espera-se, assim, que, durante a brincadeira, eles compreendam o que são rimas e como estas proporcionam ritmo durante a leitura, além de facilitarem a memorização das parlendas. 44

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Durante o jogo da memória, verifique se os alunos atingiram ou não os objetivos de aprendizagem associados à atividade. Para isso, distribua uma ficha de autoavaliação para cada aluno. Explique como a ficha deve ser preenchida, ou seja, deverão assinalar um X nos tópicos que aprenderam durante a aula. Só então, leia cada item em voz alta. É provável que, ao preencherem a ficha, os alunos percebam o quanto compreenderam o conteúdo rima. Além disso, será uma oportunidade de registrarem os nomes em uma situação real, pois a autoria da ficha só será conhecida se o nome for preenchido no local adequado e com as letras adequadas e na ordem em que aparecem no nome. NOME DO ALUNO: AUTOAVALIAÇÃO SOBRE RIMAS ( ) SEI O QUE É RIMA.

( ) SOU CAPAZ DE IDENTIFICAR PALAVRAS QUE RIMAM.

( ) SOU CAPAZ DE CRIAR RIMAS PARA AS PALAVRAS.

Aula 3 Para ampliar o trabalho com rimas e apresentar a noção de sílaba, propõem-se outras atividades. 1. Registre a parlenda em uma folha de cartolina ou papel pardo e leia-a várias vezes, apontando as palavras. Leve-os a perceber que algumas palavras rimam. Sugestão parlenda: REI, CAPITÃO, SOLDADO, LADRÃO, MOÇA BONITA, DO MEU CORAÇÃO. (Folclore.)

Estimule-os a falar outras palavras que rimam com CAPITÃO, LADRÃO e CORAÇÃO e registreas na lousa. Espera-se que os alunos percebam que o final de algumas palavras é igual, o que proporcionará o mesmo som ao pronunciar a palavra. Depois, tire a parlenda da vista dos alunos e distribua fichas com os versos da parlenda para que façam a ordenação. Após a ordenação é importante solicitar a leitura em voz alta apontando as palavras. Desafie os alunos a localizar algumas palavras da parlenda. Faça perguntas do tipo: “Onde está escrito CORAÇÃO?”. Mesmo que os alunos apontem corretamente as palavras, pergunte: “Por que vocês acham que aí está escrito CORAÇÃO?”. Se os alunos usarem como índice de leitura o final da palavra, aponte outras que também terminam em –ÃO e pergunte: “Essa palavra também termina com –ÃO. Por que vocês acham que CORAÇÃO está escrito nesse lugar e não nesse?”. O importante é estimular as reflexões e as justificativas dos alunos de forma que usem como índices as letras das palavras. Só então, exponha novamente a parlenda registrada por você.

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2. Desafie os alunos a, em duplas, escreverem duas palavras que rimem com CAPITÃO. Nesse momento, caminhe pelas carteiras, chamando a atenção dos alunos para a lista de nomes da turma e outras palavras expostas na sala que ajudem a grafar as palavras desejadas. Sempre que oportuno, escreva à vista dos alunos palavras os ajudem nessa tarefa. Por exemplo, se os alunos desejam escrever CAMINHÃO, o nome CAMILA pode ajudar. 3. Divida a turma em duplas e desafie-os a encontrar na parlenda a palavra CORAÇÃO e sublinhá-la. Depois, distribua as letras do alfabeto móvel e peça que formem essa palavra. Estimule-os a fazer a leitura apontando as partes com o dedo. Pergunte: “Com que letras começa a palavra CORAÇÃO? E com que letras essa palavra termina?”. Em seguida, pergunte: “Quantas vezes abrimos a boca para formar a palavra CORAÇÃO?”. Cada uma dessas partes pronunciadas de uma só vez recebe o nome de sílaba. Então, pergunte: “Quantas sílabas tem a palavra CORAÇÃO?”; “Quantas letras tem essa palavra?”. Por fim, desafie as duplas a encontrar outras palavras dentro da palavra CORAÇÃO. É importante que justifiquem as respostas. É possível que os alunos encontrem algumas dessas palavras: COR, ORAÇÃO, RAÇÃO, AÇÃO. 4. Distribua para cada aluno uma ficha como a proposta abaixo. Informe aos alunos que todas as palavras listadas fazem parte da parlenda que leram e recitaram. Desafie-os a descobrir quais são essas palavras e a lê-las em voz alta. Explique como preencher a ficha. PALAVRAS

PALAVRAS SEPARADAS EM SÍLABAS

NÚMERO DE SÍLABAS

REI

NÚMERO DE LETRAS

CAPITÃO

TÃO

SOLDADO

SOL

BONITA

MOÇA

ÇA

Aproveite para levar os alunos a perceber a quantidade de letras de cada sílaba e o fato de todas as sílabas terem vogal.

Aula 4 Informe aos alunos que vão estender um tecido colorido no chão e colocar sobre ele livros de parlendas, montando, assim, um “mar de parlendas”. Depois, solicite que se sentem no chão ao redor do tecido e estipule um tempo (por exemplo, 20 minutos) para que os alunos apreciem os livros, suas imagens e suas histórias em uma roda de leitura.

Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

Comece a trabalhar com os livros chamando a atenção para: capas, títulos, autores, ilustrações, cores, editoras, entre outros elementos. Atividades como essa ajudam a despertar o interesse das crianças pela leitura. Depois, escolha um dos livros, usando a parlenda Uni duni tê, permitindo, dessa forma, que associem as parlendas às brincadeiras e a outras atividades realizadas no dia a dia. Leia o título em voz alta e estimule os alunos a levantarem hipóteses sobre o conteúdo do livro apenas pela leitura do título e observação da capa. Se necessário, informe que se trata de um livro de parlendas e leia algumas das parlendas para a turma. Antes de propor a leitura, nos próximos dez minutos de aula, pergunte aos alunos o que mais lhes chamou a atenção em relação às capas dos livros. Nesse momento, é importante lembrá-los de que é preciso ouvir e respeitar as falas dos colegas e aguardar a sua vez de falar para que todos se escutem também. Depois, incentive os alunos a fazerem a leitura oral de parlendas dos livros. Chamar a atenção dos alunos para o caso de a mesma parlenda ser apresentada de formas diferentes, isto é, apresentar versões diferentes, e pergunte o que percebem em relação a tais diferenças. Registre na lousa os versos recitados pelos alunos. Nesse momento, chame a atenção deles para o ritmo das parlendas, ocasionado pelas rimas, as quais devem ser destacadas com giz colorido, a fim de, mais uma vez, enfatizar a presença delas nas parlendas. Lembre os alunos de que as rimas são palavras que terminam com o mesmo som e colaboram para a memorização das parlendas. Explique a eles que isso ocorre por serem versos recitados e passados de geração em geração oralmente e que cada pessoa recitava da forma que se lembrava. Por exemplo: BORBOLETINHA TÁ NA COZINHA FAZENDO CHOCOLATE PARA A MADRINHA. (Folclore.)

BORBOLETINHA TÁ NA COZINHA FAZENDO CHOCOLATE PARA A VIZINHA. (Folclore.)

Avaliação Avalie como os alunos se relacionaram com os livros no tapete. É provável que tenham ficado curiosos para conhecer os livros. Depois, como interagiram com as parlendas lidas no livro escolhido, ou seja, se recitaram junto, se brincaram durante a leitura realizada por você, professor, de forma pertinente à parlenda ouvida. Sugere-se que responda ao questionário abaixo com os alunos, para que possam perceber o que aprenderam durante a aula. As respostas deverão ser assinaladas com X.

Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 3a sequência didática

NOME DO ALUNO: QUESTIONÁRIO AUTOAVALIATIVO COSTUMO BRINCAR COM MEUS AMIGOS RECITANDO PARLENDAS.

( ) SIM

( ) NÃO

GOSTEI DOS LIVROS DE PARLENDAS EXPOSTOS NO “MAR DE PARLENDAS”.

SIM, PORQUE ELES SÃO ( ) COLORIDOS. ( ) TÊM RIMAS. ( ) CHEIOS DE VERSINHOS FÁCEIS DE MEMORIZAR.

NÃO, PORQUE EU ( ) NÃO GOSTO DE RECITAR VERSINHOS. ( ) NÃO BRINCO COM PARLENDAS.

EU JÁ TINHA LIDO OUTROS LIVROS DE PARLENDAS.

( ) SIM

( ) NÃO

Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

Proposta de acompanhamento da aprendizagem Avaliação de Língua Portuguesa: 1o bimestre NOME: _______________________________________________________________________________________ TURMA: __________________________ DATA: ____________________________________________________

1. OBSERVE AS PLACAS DE TRÂNSITO. 1

Vanessa Volk/Shutterstock.com

2. COMPLETE O ALFABETO COM AS LETRAS QUE ESTÃO FALTANDO. A

I Q

Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

3. ESCREVA NOS QUADRINHOS A LETRA INICIAL DO NOME DOS ANIMAIS.

irin-k/Shutterstock.com; Patryk Kosmider/Shutterstock.com; Gaschwald/Shutterstock.com; N-sky/Shutterstock.com; Eric Isselee/Shutterstock.com

BELHA

LEFANTE

GUANA

VELHA

RUBU

AS LETRAS QUE VOCÊ ESCREVEU SÃO: (A) VOGAIS (B) CONSOANTES

4. COM QUAL LETRA COMEÇA O NOME DO ANIMAL REPRESENTADO NA ILUSTRAÇÃO ABAIXO?

Andrey Yaroslavtsev/Shutterstock.com

(A) M (B) P (C) A (D) T

5. MARQUE A ALTERNATIVA QUE CONTÉM AS LETRAS QUE O PROFESSOR VAI DITAR. (A) B, R, A (B) P, S, W (C) B, S, W (D) B, S, M

6. ESCREVA SEU NOME E O NOME DO COLEGA QUE SENTA NA SUA FRENTE OU AO SEU LADO.

SEU NOME ___________________________________________________________________________________ 50

Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

NOME DO COLEGA ___________________________________________________________________________

7. ESCREVA O NOME DE UMA FRUTA QUE COMECE COM UMA LETRA QUE COMPÕE SEU NOME.

LETRA: ______________________________________________________________________________________ FRUTA _______________________________________________________________________________________

8. ACOMPANHE A LEITURA QUE O PROFESSOR VAI FAZER DA PARLENDA ABAIXO. DEPOIS, SUBLINHE AS TRÊS PALAVRAS QUE RIMAM. SUCO GELADO CABELO ARREPIADO QUAL É A LETRA DO SEU NAMORADO? (FOLCLORE.)

AGORA, MARQUE A ALTERNATIVA QUE CONTÉM AS PALAVRAS QUE VOCÊ SUBLINHOU. (A) SUCO, QUAL, SEU (B) CABELO, LETRA, É (C) DO, SEU, LETRA (D) GELADO, ARREPIADO, NAMORADO

9. COPIE DA PARLENDA DA QUESTÃO ANTERIOR O VERSO QUE SE RELACIONA COM A FIGURA ABAIXO.

GrigoryL/Shutterstock.com

Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

10. ACOMPANHE A LEITURA QUE O PROFESSOR VAI FAZER DA PARLENDA. DEPOIS, ASSINALE A RESPOSTA COM A PALAVRA QUE CORRESPONDE AO DESENHO E QUE COMPLETA A PARLENDA. REI CAPITÃO SOLDADO LADRÃO MOÇA BONITA DO MEU Fine Art/Shutterstock.com

(FOLCLORE.)

(A) CORAÇÃO (B) AMOR (C) BAIRRO (D) BRASIL

11. PARA TERMOS UM BOM CONVÍVIO ESCOLAR, DEVEMOS RESPEITAR OS COMBINADOS DA TURMA. O PROFESSOR VAI LER OS COMBINADOS. MARQUE V PARA AS AFIRMATIVAS VERDADEIRAS E F PARA AS FALSAS. ( ) MANTER A SALA SUJA. ( ) NÃO BRIGAR COM OS COLEGAS. ( ) SER EDUCADO. ( ) DEIXAR OS BRINQUEDOS ESPALHADOS.

12. ACOMPANHE A LEITURA DA PARLENDA. UNI DUNI TÊ SALAMÊ MINGUÊ UM SORVETE COLORÊ O ESCOLHIDO FOI ______________. (FOLCLORE.)

SE FOSSE AJUDAR O PROFESSOR A ESCOLHER O AJUDANTE DO DIA, COM QUAL NOME VOCÊ COMPLETARIA A LACUNA DA PARLENDA ACIMA? ESCREVA.

______________________________________________________________________________________________

Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

13. OBSERVE A IMAGEM E MARQUE A ALTERNATIVA QUE COMBINA COM ELA.

Ljupco Smokovski/Shutterstock.com

(A) O MENINO COME PÃO. (B) O MENINO COME PIPOCA. (C) O MENINO COME CHOCOLATE. (D) O MENINO COME BOLO.

14. OBSERVE AS IMAGENS E COMPLETE AS PALAVRAS.

Neo Tribbiani/Shutterstock.com; Monika Chodak/Shutterstock.com; phototravelua/Shutterstock.com

_______ÃO

15. LEIA A PALAVRA E ESCREVA UMA SÍLABA EM CADA QUADRINHO.

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PATO 53

Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

AGORA, COMPLETE AS PALAVRAS A SEGUIR. A PALAVRA PATO TEM UMA SÍLABA QUE VOCÊ VAI USAR.

exopixel/Shutterstock.com; alekleks/Shutterstock.com; Photo Melon/Shutterstock.com

______NELA

SA_____TO

PI____

AGORA, COMPLETE AS PALAVRAS A SEGUIR. A PALAVRA PATO TEM UMA SÍLABA QUE VOCÊ VAI USAR.

Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

1. OBSERVE AS PLACAS DE TRÂNSITO. 1

Vanessa Volk/Shutterstock.com

ESCREVA O NÚMERO DA PLACA QUE: (A) SÓ TEM DESENHOS. ______________________________________________________________________________________________ (B) SÓ TEM LETRAS. ______________________________________________________________________________________________ (C) TEM LETRAS E NÚMEROS. ______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF01LP25) Distinguir as letras do alfabeto de outros sinais gráficos. Resposta: 3, 1, 2. O objetivo da atividade é identificar se a criança desenvolveu critérios para definir o que é uma letra em relação a outros sinais gráficos e desenhos.

2. COMPLETE O ALFABETO COM AS LETRAS QUE ESTÃO FALTANDO. A

I 55

Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

Habilidade trabalhada: (EF01LP32) Nomear as letras do alfabeto. (EF01LP33) Recitar o alfabeto na ordem das letras. Resposta sugerida: C, E, H, J, M, P, T, Z.

3. ESCREVA NOS QUADRINHOS A LETRA INICIAL DO NOME DOS ANIMAIS.

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BELHA

LEFANTE

GUANA

VELHA

RUBU

AS LETRAS QUE VOCÊ ESCREVEU SÃO: VOGAIS CONSOANTES

Habilidade trabalhada: (EF01LP30) Completar palavras com fonema/letra inicial ou medial, com base na escuta da palavra ou em desenho que a represente. Resposta: A, E, I, O, U. Depois, os alunos deverão marcar a letra A – VOGAIS.

4. COM QUAL LETRA COMEÇA O NOME DO ANIMAL REPRESENTADO NA ILUSTRAÇÃO ABAIXO?

Andrey Yaroslavtsev/Shutterstock.com

(A) M (B) P (C) A (D) T 56

Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

Habilidade trabalhada: (EF01LP30) Completar palavras com fonema/letra inicial ou medial, com base na escuta da palavra ou em desenho que a represente. Resposta: B. A letra inicial da palavra que o desenho representa é P; no caso, P de peixe. Distratores: Apesar de as alternativas A, C e D representarem letras iniciais que pertencem ao universo aquático, como M de mar, A de água e T de tubarão, não seria possível aceitálas como resposta, pois a pergunta se refere à letra inicial da palavra representada na ilustração, ou seja, à letra inicial do desenho apresentado na atividade.

5. MARQUE A ALTERNATIVA QUE CONTÉM AS LETRAS QUE O PROFESSOR VAI DITAR. (A) B, R, A (B) P, S, W (C) B, S, W (D) B, S, M Habilidade trabalhada: (EF01LP32) Nomear as letras do alfabeto. Resposta: C. Nessa atividade, o aluno precisa identificar, dentre as alternativas, a sequência de letras ditadas pelo professor. As letras ditadas serão B, S, W, ou seja, as da alternativa C. Ao marcar a alternativa correta, provavelmente, o aluno demonstra que já relaciona fonemas ditados ao sinal gráfico correspondente. Distratores: Ao marcar a alternativa A, o aluno, provavelmente, considerou apenas a primeira letra da sequência. Caso tenha marcado a alternativa B, é possível que tenha realizado a troca surdo-sonora dos fonemas /p/ e /b/. Se o aluno marcar a alternativa D, é provável que tenha confundido a forma gráfica da letra W com a letra M.

6. ESCREVA SEU NOME E O NOME DO COLEGA QUE SENTA NA SUA FRENTE OU AO SEU LADO.

SEU NOME ___________________________________________________________________________________

NOME DO COLEGA ___________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF01LP26) Escrever o próprio nome e utilizá-lo como referência para escrever e ler outras palavras. Resposta: Resposta pessoal. Espera-se que o aluno consiga escrever outras palavras com base nas letras existentes em seu nome.

7. ESCREVA O NOME DE UMA FRUTA QUE COMECE COM UMA LETRA QUE COMPÕE SEU NOME.

LETRA: ______________________________________________________________________________________ FRUTA _______________________________________________________________________________________ 57

Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

Habilidade trabalhada: (EF01LP26) Escrever o próprio nome e utilizá-lo como referência para escrever e ler outras palavras. Resposta: Resposta pessoal. Espera-se que o aluno consiga escrever outras palavras com base nas letras existentes em seu nome.

8. ACOMPANHE A LEITURA QUE O PROFESSOR VAI FAZER DA PARLENDA ABAIXO. DEPOIS, SUBLINHE AS TRÊS PALAVRAS QUE RIMAM. SUCO GELADO CABELO ARREPIADO QUAL É A LETRA DO SEU NAMORADO? (FOLCLORE.)

AGORA, MARQUE A ALTERNATIVA QUE CONTÉM AS PALAVRAS QUE VOCÊ SUBLINHOU. (A) SUCO, QUAL, SEU (B) CABELO, LETRA, É (C) DO, SEU, LETRA (D) GELADO, ARREPIADO, NAMORADO Habilidade trabalhada: (EF01LP38) Reconhecer, em textos versificados, rimas, sonoridades, jogos de palavras, palavras, expressões, comparações, relacionando-as com sensações e associações Resposta: D. As três palavras presentes na alternativa têm as três últimas letras iguais – GELADO, ARREPIADO, NAMORADO. Distratores: As demais alternativas não apresentam palavras com as mesmas letras na terminação.

9. COPIE DA PARLENDA DA QUESTÃO ANTERIOR O VERSO QUE SE RELACIONA COM A FIGURA ABAIXO.

GrigoryL/Shutterstock.com

Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

Habilidade trabalhada: (EF01LP18) Copiar textos breves, mantendo suas características e voltando para o texto sempre que tiver dúvidas sobre sua distribuição gráfica, espaçamento entre as palavras, escrita das palavras e pontuação. Resposta: SUCO GELADO. Os alunos deverão reconhecer o que é um verso e relacionar as palavras de um verso à imagem apresentada. Além disso, deverão copiar o verso, observando as letras que compõem as palavras.

10. ACOMPANHE A LEITURA QUE O PROFESSOR VAI FAZER DA PARLENDA. DEPOIS,

ASSINALE A RESPOSTA COM A PALAVRA QUE CORRESPONDE AO DESENHO E QUE COMPLETA A PARLENDA. REI CAPITÃO SOLDADO LADRÃO MOÇA BONITA DO MEU

Fine Art/Shutterstock.com

(FOLCLORE.)

(A) CORAÇÃO (B) AMOR (C) BAIRRO (D) BRASIL Habilidade trabalhada: (EF01LP07) Ler palavras e pequenos textos, apoiando-se em pistas gráficas e semânticas. Resposta: A. A palavra que apresenta rima com os dois primeiros versos é CORAÇÃO e também o desenho representa um coração. Distratores: Apesar de a alternativa B apresentar o sentimento amor, que, muitas vezes, é representado pelo coração, ela não apresenta rima em relação aos versos da quadrinha. As alternativas C e D referem-se a locais geográficos e também não apresentam rima em relação aos versos da quadrinha.

11. PARA TERMOS UM BOM CONVÍVIO ESCOLAR, DEVEMOS RESPEITAR OS COMBINADOS

DA TURMA. O PROFESSOR VAI LER OS COMBINADOS. MARQUE V PARA AS AFIRMATIVAS VERDADEIRAS E F PARA AS FALSAS. ( ) MANTER A SALA SUJA. ( ) NÃO BRIGAR COM OS COLEGAS. ( ) SER EDUCADO. ( ) DEIXAR OS BRINQUEDOS ESPALHADOS. 59

Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

Habilidade trabalhada: (EF01LP02) Escutar, com atenção e compreensão, instruções orais, acordos e combinados que organizam a convivência em sala de aula. Resposta: F, V, V, F. Todos os itens representam orientações a serem seguidas, mas apenas o segundo e o terceiro representam combinados a serem respeitados na escola, a fim de se ter um bom convívio escolar. Distratores: Apesar De o primeiro e o quarto item representarem orientações ou instruções a serem seguidas, por explorarem os verbos no modo imperativo, não seria possível considerálos como combinados, pois são exemplos do que não se deve fazer, o que poderia levar os alunos a entrar em conflito uns com os outros, já que representam o contrário dos combinados a serem seguidos para se ter um bom convívio escolar.

12. ACOMPANHE A LEITURA DA PARLENDA. UNI DUNI TÊ SALAMÊ MINGUÊ UM SORVETE COLORÊ O ESCOLHIDO FOI ______________. (FOLCLORE.)

E FOSSE AJUDAR O PROFESSOR A ESCOLHER O AJUDANTE DO DIA, COM QUAL NOME VOCÊ COMPLETARIA A LACUNA DA PARLENDA ACIMA? ESCREVA.

______________________________________________________________________________________________ Habilidade trabalhada: (EF01LP16) Escrever, espontaneamente ou por ditado, palavras e frases de forma alfabética – usando letras/grafemas que representem fonemas. Resposta: Resposta pessoal. Espera-se que o aluno complete a lacuna da parlenda com o nome de um colega da classe. Outra resposta possível é o aluno completar a lacuna com seu próprio nome, caso queira dizer que ele quer ser o ajudante do dia.

13. OBSERVE A IMAGEM E MARQUE A ALTERNATIVA QUE COMBINA COM ELA.

Ljupco Smokovski/Shutterstock.com

(A) O MENINO COME PÃO. (B) O MENINO COME PIPOCA. 60

Língua Portuguesa – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – Proposta de acompanhamento da aprendizagem

(C) O MENINO COME CHOCOLATE. (D) O MENINO COME BOLO. Habilidade trabalhada: (EF01LP07) Ler palavras e pequenos textos, apoiando-se em pistas gráficas e semânticas. Resposta: B. As palavras “menino” e “come” estão presentes em todas as alternativas. O aluno, então, deverá reconhecer a palavra correta ou ler toda a frase, para identificar aquela que representa a imagem, nesse caso a alternativa B. Distratores: Ao marcar as demais alternativas (A, C ou D), o aluno, possivelmente, fez leituras parciais das frases e não identificou a palavra pipoca.

14. OBSERVE AS IMAGENS E COMPLETE AS PALAVRAS.

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_______ÃO

Habilidade trabalhada: (EF01LP30) Completar palavras com fonema/letra inicial ou medial, com base na escuta da palavra ou em desenho que a represente. (EF01LP29) Identificar fonemas e sua representação por letras comparando unidades sonoras (palavras) com significados próprios, mas que se diferenciam por apenas um fonema/letra (como faca/vaca, mola/sola/cola/bola, mapa/mala). Resposta: Espera-se que os alunos completem as palavras MÃO, CÃO e PÃO atentando-se para as letras iniciais.

15. LEIA A PALAVRA E ESCREVA UMA SÍLABA EM CADA QUADRINHO.

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PATO

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AGORA, COMPLETE AS PALAVRAS A SEGUIR. A PALAVRA PATO TEM UMA SÍLABA QUE VOCÊ VAI USAR.

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______NELA

SA_____TO

PI____

Habilidade trabalhada: (EF01LP30) Completar palavras com fonema/letra inicial ou medial, com base na escuta da palavra ou em desenho que a represente. (EF01LP27) Segmentar oralmente palavras em sílabas. Resposta: Os alunos deverão segmentar em sílabas a palavra pato e observar que uma mesma sílaba pode estar presente em outras palavras (inicial, medial, final).

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Ficha de acompanhamento das aprendizagens Esta grade de correção sugerida é apenas uma das muitas possibilidades. É importante ter em mente que a avaliação não deve ser entendida como um fim em si mesma, mas como uma das muitas ferramentas a serviço de uma compreensão dos avanços e das necessidades de cada aluno, respeitando o período de aprendizagem de cada um. Total = TT

Legenda Em evolução = EE

Não desenvolvida = ND

Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: _________________________________ Data: ______________________________________________ Questão Habilidades

(EF01LP25) Distinguir as letras do alfabeto de outros sinais gráficos.

Distingue letras de outros sinais gráficos e desenhos.

Não distingue letras de outros sinais gráficos e desenhos.

(EF01LP32) Nomear as letras do alfabeto. / (EF01LP33) Recitar o alfabeto na ordem das letras. (EF01LP30) Completar palavras com fonema/letra inicial ou medial, com base na escuta da palavra ou em desenho que a represente.

Reconhece a ordem alfabética.

Distingue parcialmente letras de outros sinais gráficos e desenhos. Identifica a ordem alfabética com algumas falhas.

Reconhece as letras que faltam numa palavra com base em sua escuta ou em desenho que a represente.

Completa as palavras, porém com fonemas/ letras diferentes das esperadas.

Não associa o som à forma gráfica das letras.

Reconhece as letras que faltam numa palavra com base em sua escuta ou em desenho que a represente.

Completa as palavras, porém com fonemas/ letras diferentes das esperadas.

Não associa o som à forma gráfica das letras.

(EF01LP30) Completar palavras com fonema/letra inicial ou medial, com base na escuta da palavra ou em desenho que a represente.

(EF01LP32) Nomear as letras do alfabeto.

Reconhece a ordem alfabética.

Não reconhece a ordem alfabética.

(EF01LP26) Escrever o próprio nome e utilizá-lo como referência para escrever e ler outras palavras. (EF01LP26) Escrever o próprio nome e utilizá-lo como referência para escrever e ler outras palavras.

Escreve o próprio nome corretamente e escreve e lê novas palavras a partir das letras do seu nome. Escreve o próprio nome corretamente escreve e lê novas palavras a partir das letras do seu nome.

Identifica a ordem alfabética com algumas falhas. Escreve o nome corretamente, mas não formula novas palavras a partir das letras de seu nome. Escreve o nome corretamente, mas não formula novas palavras a partir das letras de seu nome.

(EF01LP38) Reconhecer, em textos versificados, rimas, sonoridades,

Reconhece, em textos versificados, as rimas das

Reconhece palavras que rimam, mas não consegue associar

Não compreende as rimas das palavras.

Anotações

Não reconhece a ordem alfabética.

Não associa as letras do nome à formação de novas palavras. Não associa as letras do nome à formação de novas palavras.

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jogos de palavras, palavras, expressões, comparações, relacionando-as com sensações e associações.

palavras por meio de brincadeiras e associações com seu som.

palavras para a formação de rimas.

(EF01LP18) Copiar textos breves, mantendo suas características e voltando para o texto sempre que tiver dúvidas sobre sua distribuição gráfica, espaçamento entre as palavras, escrita das palavras e pontuação. (EF01LP07) Ler palavras e pequenos textos, apoiando-se em pistas gráficas e semânticas. (EF01LP02) Escutar, com atenção e compreensão, instruções orais, acordos e combinados que organizam a convivência em sala de aula.

Copia adequadamente textos breves, mantendo as características e observando as letras e a sequência delas nas palavras.

Copia textos breves, mantendo parcialmente as características e observando as letras e a sequência delas nas palavras.

Não copia adequadamente textos breves, mantendo as características e observando as letras e a sequência delas nas palavras.

Lê com autonomia palavra apoiando-se em imagem.

Lê com autonomia parcial palavra apoiando-se em imagem. Presta atenção parcialmente nos combinados que organizam a convivência em sala de aula.

Não lê com autonomia palavra apoiando-se em imagem. Não respeita os combinados que organizam a convivência em sala de aula.

(EF01LP16) Escrever, espontaneamente ou por ditado, palavras e frases de forma alfabética – usando letras/grafemas que representem fonemas. (EF01LP07) Ler palavras e pequenos textos, apoiando-se em pistas gráficas e semânticas. (EF01LP30) Completar palavras com fonema/letra inicial ou medial, com base na escuta da palavra ou em desenho que a represente. (EF01LP27) Segmentar oralmente palavras em sílabas. (EF01LP30) Completar palavras com fonema/letra inicial ou medial, com base na escuta da palavra ou em desenho que a represente.

Escreve, alfabeticamente, as palavras e frases de forma espontânea ou por ditado.

Escreve palavras de forma espontânea ou por ditado, mas omite, acrescenta ou troca letras.

Não escreve de forma alfabética.

Lê com autonomia palavra apoiando-se em imagem.

Lê com autonomia parcial palavra apoiando-se em imagem. Completa as palavras, porém com fonemas/ letras diferentes das esperadas.

Não lê com autonomia palavra apoiando-se em imagem. Não associa o som à forma gráfica das letras.

Segmenta adequadamente a palavra em sílabas, mas não reconhece, em todas as palavras, a sílaba que falta com base na escuta ou em desenho que represente as palavras.

Não segmenta a palavra em sílabas e não reconhece a sílaba que falta nas palavras com base em sua escuta ou em desenho que as representem.

Ouve com atenção e cumpre os combinados propostos em sala de aula.

Reconhece as letras que faltam em uma palavra com base em sua escuta ou em desenho que a represente. Segmenta adequadamente a palavra em sílabas e reconhece a sílaba que falta em palavras com base em sua escuta ou em desenho que as represente.

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Ficha de acompanhamento individual “A Ficha de Acompanhamento Individual é um instrumento de registro onde podemos verificar e avaliar de forma individual, contínua e diária, a evolução da aprendizagem. Ela serve para que nós, professores, possamos acompanhar o progresso de cada um de nossos alunos.” BRASIL. Programa de Apoio a Leitura e Escrita: PRALER. Caderno de teoria e prática 6 – Avaliação e projetos na sala de aula. Brasília: FNDE/MEC, 2007. p. 20.

Total = TT

Legenda Não desenvolvida = ND

Em evolução = EE

Não observada = NO

Nome: _______________________________________________________________________________________ Turma: _________________________________ Data: ______________________________________________ Data

Habilidade

Anotações