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Os Jogos Olímpicos na Antiguidade Para os gregos antigos, mente saudável era resultado de um corpo saudável. Por isso, eles praticavam esportes. As Olimpíadas surgiram para valorizar essa ideia Consulte o e homenagear os deuses, principalmente Zeus, o deus mais poderoso da mitologia glossário. grega. As primeiras Olimpíadas foram realizadas na Grécia, oito séculos antes de Cristo, em um tempo conhecido como Antiguidade. Receberam esse nome porque aconteciam na cidade de Olímpia. Os atletas gregos que venciam os Jogos Olímpicos ganhavam coroas feitas com ramos de oliveira, consideradas as medalhas da época, mas havia também prêmios em dinheiro.
Atenas
Olímpia
Por volta de 168 a.C., os romanos invadiram e conquistaram a Grécia e resolveram acabar com os Jogos Olímpicos, mas não conseguiram destruir o espírito olímpico, que permanece vivo até hoje.
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Os Jogos Olímpicos da Era Moderna Em junho de 1894, na Universidade de Sorbonne, França, em uma conferência sobre esporte internacional, o barão Pierre de Coubertin teve a grande ideia de reviver as Olimpíadas. Assim, foi criado o Comitê Olímpico Internacional (COI). Até hoje, essa entidade é responsável pela realização dos Jogos Olímpicos a cada quatro anos. A Grécia foi escolhida como sede dos primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna, lançados em 6 de abril de 1896. O povo grego e os atletas queriam que Atenas fosse designada como sede permanente do evento, mas o pedido não foi aceito, pois prevaleceu a ideia de que, para promover a união dos povos, os Jogos Olímpicos deveriam percorrer o mundo, sendo realizados em diferentes países a cada edição.
Abertura dos jogos: um show à parte Desde os jogos da Antuérpia, em 1920, para abrir oficialmente cada edição das Olimpíadas, o país anfitrião prepara uma grande festa, em que são realizados alguns rituais: hasteamento das bandeiras do país-sede e do Comitê Olímpico Internacional, execução do hino nacional do país-sede, show de músicas, danças e manifestações artísticas relacionadas à cultura local. Depois, é a vez de as delegações dos países participantes desfilarem. Cada nação escolhe um atleta para ser o porta-bandeira e desfilar à frente de sua delegação. A primeira delegação a entrar no estádio é a grega, justamente para homenagear a origem dos jogos. Em seguida, os demais países apresentam-se em ordem alfabética. Após o desfile de todas as delegações, é a vez de a tocha olímpica entrar no estádio, carregada por um atleta eleito para acender a pira olímpica. Cidade de Atenas, 2012.
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O mundo todo no mesmo espetáculo O crescimento extraordinário dos Jogos Olímpicos pode ser medido em números. Ao longo do tempo, foi aumentando a quantidade de países e atletas participantes. Em 1896, em Atenas, na Grécia, nas primeiras Olimpíadas da Era Moderna, apenas 14 países foram representados, e 241 atletas, todos homens, participaram das competições. Cento e oito anos depois, em 2004, outra Olimpíada foi realizada em Atenas, com a participação de 201 países e 10 625 atletas – 6 296 homens e 4 329 mulheres.
Cerimônia de abertura dos Jogos de Atenas, 2004.
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VOCê SABiA?
O mundo inteiro fica ligado nas Olimpíadas: mais de 4 bilhões de pessoas acompanharam os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, pela televisão e pela internet.
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Os jogos mudam Nos primeiros Jogos Olímpicos as competições eram apenas de corrida. Depois foi incluído o pentatlo, e, com ele, chegaram outras modalidades como luta livre, salto em distância, lançamento de disco e lançamento de dardo. A partir daí, novos esportes passaram a integrar os jogos.
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VOCê SABiA?
Alguns esportes são reconhecidos, mas ainda não fazem parte dos Jogos Olímpicos. É o caso dos esportes aéreos e de sinuca, boliche, bridge, dança, caratê, motociclismo e sumô.
Alguns esportes também deixaram de fazer parte da competição: arremesso de pedra, cabo de guerra, corrida de barcos, críquete e doze horas de ciclismo. É o Comitê Olímpico Internacional (COI) que decide se um esporte é ou não olímpico. Para ser considerado olímpico, o esporte precisa ser praticado por homens em pelo menos 75 países e quatro continentes, ou ser praticado por mulheres em pelo menos 40 países e três continentes.
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Os símbolos da confraternização Os elos interligados, símbolo dos Jogos Olímpicos, representam a união dos cinco continentes. Esse símbolo foi criado pelo barão Pierre de Coubertin e adotado a partir de 1913. As cores azul, amarela, preta, verde e vermelha, além da branca, ao fundo, são as que aparecem nas bandeiras dos países filiados ao Comitê Olímpico Internacional. Inspirado no conceito de sagrado e purificador que os antigos gregos davam ao fogo, o alemão Carl Diem criou o ritual da tocha olímpica, que já percorreu muitos países e é realizado desde 1936. A tocha é conduzida por um atleta do país-sede e acende a pira olímpica. Cada olímpiada costuma ter sua mascote, geralmente uma figura relacionada à cultura ou à fauna do país que sedia os jogos. O mais conhecido deles foi o urso Misha, dos Jogos Olímpicos de 1980, em Moscou, Rússia. Ele apareceu durante as cerimônias de abertura e encerramento.
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VOCê SABiA?
O hino de abertura dos jogos, criado em 1896, é de autoria dos gregos Spirou Samara (música) e Costis Palamas (letra).
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Brasileiros que unem o Brasil O Brasil começou a participar das Olimpíadas em Antuérpia, em 1920. Já na estreia, ganhou três medalhas na modalidade tiro esportivo: ouro, prata e bronze.
Marcelo Ferreira e Torben Grael, Atenas, 2004.
Os velejadores Torben Grael e Robert Scheidt são os atletas brasileiros que mais conquistaram medalhas olímpicas: cinco cada um. Jacqueline e Sandra Pires, jogadoras de vôlei de praia, foram as primeiras mulheres brasileiras a conquistarem medalhas olímpicas: ganharam ouro nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996.
Jacqueline e Sandra, Atlanta, 1996.
A primeira atleta brasileira a ganhar medalha de ouro em prova individual olímpica foi a saltadora Maurren Maggi, em Pequim, em 2008.
César Cielo ganhou a primeira medalha de ouro da natação brasileira, nos 50 m livre em Pequim, em 2008. O técnico de vôlei José Roberto Guimarães é o único brasileiro a conquistar três medalhas de ouro em Olimpíadas: com a equipe masculina, em Barcelona, em 1992, e com a seleção feminina, em Pequim, em 2008 e em Londres, em 2012.
César Cielo, Pequim, 2008.