Projetos de aprendizagem colaborativa Ensino Fundamental – 1o. ano
São Paulo 1ª edição, 2016
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Sumário Conceituação e definição dos Projetos 1 Introdução | 3 2 Conceituação | 3
A aprendizagem e a construção de capacidades | 3 Aprendizagem e Educação | 4 Aprendizagem ativa interativa e colaborativa | 6 Projetos de aprendizagem colaborativa | 7 Competências básicas, genéricas e transdisciplinares | 8 O conceito de competência | 8 Aprendizagem baseada em projetos (PBL) | 10
3 Definição dos dez projetos colaborativos| 10 A construção do eu | 11
Projeto 3: Para onde posso ir? | 11 Projeto 4: Para onde quero ir? | 11
O desenvolvimento de competências pessoais básicas | 11
Projeto 5: Iniciativa e proatividade | 11 Projeto 6: Visão e definição de objetivos | 11 Projeto 7: Definição de prioridades e gestão do tempo | 11
O desenvolvimento de competências interpessoais básicas | 11
Projeto 1: Quem sou eu? | 11 Projeto 2: Onde estou? | 11
Projeto 8: Comunicação | 11 Projeto 9: Negociação | 11 Projeto 10: Colaboração | 11
Projetos Colaborativos para o 1o. ano Projeto 1
Quem sou eu?
Identidade geral, identidade pessoal e o papel do nome na definição da identidade | 15 Atividades do projeto | 25 Pontos de contato com o material didático | 31 Projeto 2
Problema a ser enfrentado | 32 Atividades do projeto | 37 Pontos de contato com o material didático | 40
Bibliografia | 45
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Projetos colaborativos para o 1o. ano Nesta segunda parte do caderno Projetos de aprendizagem colaborativa serão apresentados dois projetos destinados ao 1o. ano do Ensino Fundamental. • Projeto 1: Quem sou eu? • Projeto 2: De onde venho? Esses projetos compõem o bloco A construção do eu que visa a formação da identidade pessoal, o reconhecimento do contexto social em que a identidade é construída, bem como a compreensão espacial (geográfico) e temporal (histórico) essenciais para a consolidação desse processo. A proposta de cada projeto envolve diferentes áreas do conhecimento, o que favorece um trabalho transdisciplinar e adequado ao planejamento escolar.
Bloco: A construção do eu Projeto
Competências pessoais básicas
Áreas de conexão
Quem sou eu?
Explorando identidades Identidade geral Identidade pessoal O papel do nome na definição da identidade
• • • • • • •
Arte História Geografia Ciências Matemática Tecnologia Língua Portuguesa
De onde venho?
Explorando contextos Origem no espaço Origem no tempo Origem na natureza humana e no ambiente
• • • • •
História Geografia Ciências Matemática Língua Portuguesa
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A proposta desses projetos acontece em um período da escolaridade em que estão em destaque o desenvolvimento da identidade e da autonomia, a construção de conceitos básicos, a percepção corporal e de movimento, além do desenvolvimento das linguagens, especialmente a oral e a escrita. Por essa razão e por esses projetos apoiarem a formação de competências pessoais básicas, ressalta-se aqui a importância do papel do professor ao observar e apoiar os alunos, identificando as habilidades de cada um em diferentes tarefas e etapas do projeto e percebendo os interesses do grupo. Dessa forma, os projetos colaborativos sugeridos, e outros que venham a ser desenvolvidos, podem e devem ser constantemente ajustados e ampliados.
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Projeto 1 Quem sou eu? O trabalho acerca da temática "Identidade pessoal" exige uma compreensão sobre o que representa a identidade e todos os sentidos e elementos que a compõem, como nome, sobrenome, apelido, jeito de ser etc.
Bloco: A construção do eu. Temática principal: Identidade pessoal. Temas: Identidade no sentido global, identidade pessoal e o papel do nome na formação da identidade.
A citação de William Shakespeare, destacada a seguir, nos propõe uma reflexão sobre as denominações, ou seja, sobre os nomes que usamos para identificar pessoas, objetos, plantas etc.
O que chamamos rosa, sob outra designação teria igual perfume. Assim Romeu, se não tivesse o nome de Romeu, conservara a tão preciosa perfeição que dele é sem esse título. William Shakespeare, Romeu e Julieta, ato II, cena II.
Quem é o autor? Ferdinand de Saussure (1857-1913), linguista e filósofo suíço, com seus estudos sobre a língua, contribuiu para o desenvolvimento de uma nova disciplina autônoma, a Linguística. Lecionou na Universidade de Paris e depois na Universidade de Genebra, onde ministrou três cursos sobre Linguística, os quais seriam compilados após sua morte no livro Curso de linguística geral, obra seminal dessa ciência.
Podemos concordar com as palavras do dramaturgo inglês William Shakespeare, quando ele se refere à denominação da rosa. A Linguística, já nos textos de um dos seus criadores, Saussure, nos ensina que o significante – no caso, a imagem sonora evocada pelo nome rosa – não carrega em si qualquer característica dessa flor, ou seja, independe do seu significado. Mas as coisas se complicam quando dizemos que tanto faria Romeu ser chamado por esse nome ou outro qualquer. Com efeito, a rosa continuaria sendo a mesma flor se fosse chamada de jasmim. E o nome Romeu pode ser dado a homens completamente diferentes uns dos outros. Mas imagine você, professor(a), sendo chamado(a) por outro nome que não o seu...
Problema a ser enfrentado O problema a ser enfrentado neste projeto tem duas faces:
Primeira, a questão da definição da identidade dos seres em geral – isto é, a questão da necessidade de identificar cada coisa, animal, pessoa etc. como algo único, individual, singular, inconfundível; Segundo, a questão do papel do nome que é atribuído a cada ser (coisa, animal, pessoa, entidade mental) no processo de definição de sua identidade, com foco no caso dos seres humanos.
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Identidade geral, identidade pessoal e o papel do nome na definição da identidade
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O tema escolhido para este primeiro projeto está alinhado aos conteúdos comumente estudados no 1o. ano (e até no 2o. ano) do Ensino Fundamental e atrai o interesse dos alunos por diversas razões. É importante destacar que uma criança de 6 ou 7 anos está consciente de sua identidade pessoal porque: • sabe que é um ser humano, distinto de objetos, plantas e animais; • sabe que é criança, e, como tal, diferente dos adultos em geral; • muitas vezes consegue se distinguir de outras crianças da mesma idade, como seus irmãos e colegas, e sabe por quais motivos; • não se confunde com nada mais que existe no universo, portanto, é única e um ser humano individual e singular. Uma criança dessa faixa etária também está razoavelmente consciente do papel de seu nome na defi nição de sua identidade pessoal, pois: • sabe seu nome completo (prenome e sobrenome); • reconhece o nome completo dos pais (e até mesmo dos avós); • já é capaz de perceber que alguns pais (os dela ou de outra criança) têm o mesmo sobrenome ou sobrenomes diferentes; • compreende que quando as pessoas se casam, podem mudar o sobrenome ou não; • sabe que algumas crianças têm nome (prenome e sobrenome) estrangeiro, mesmo tendo nascido no Brasil; • identifi ca o animal de estimação pelo nome e percebe que até alguns animais reconhecem o próprio nome quando chamados. Neste projeto procurou-se abordar questões, assuntos e práticas que interessem aos alunos e que sejam possíveis de compreensão. Entretanto, cabe ao professore decidir se algum aspecto do projeto deve ser desconsiderado no momento, com a devida transposição didática, de modo a gerar, nos alunos, o interesse – mola propulsora do entendimento.
Para informações sobre transposição didática, sugerimos a leitura do texto de Lurdes de Fátima Polidoro e Robson Stigar, A transposição didática: a passagem do saber científico para o saber escolar, Ciberteologia: Revista de Teologia & Cultura. Disponível em: <http://ciberteologia.paulinas.org. br/ciberteologia/wp-content/uploads/2009/12/02Atransposicao-didatica.pdf>. Acesso em: 5 set. 2016.
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Tudo tem um nome Tudo o que existe tem um nome – mesmo classes (ou categorias) têm nomes. Existe um nome até para a classe de “tudo o que existe”: esse nome é ser. Um ser é qualquer coisa que é, que existe, que tem existência: um objeto ou uma coisa qualquer; uma planta ou um animal é um ser; até mesmo uma entidade puramente mental, como uma ideia ou um conceito, é um ser – afinal de contas, ideias e conceitos existem, não é verdade? Existem mesmo que não os possamos ver, ouvir, cheirar, degustar ou tocar.
O Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (Objetiva, Rio de Janeiro, 2001) define “classe”, no sentido aqui relevante, ou seja, no sentido lógico do termo como “conjunto de seres [...] que apresentam um ou mais aspectos distintivos em comum” (p. 736).
Nomes comuns Uma classe de seres reúne indivíduos com um número de características ou aspectos em comum considerado suficiente para permitir sua inclusão (classificação) em uma mesma categoria. Um mesmo ser pode compor em mais de uma classe. Uma pessoa pode ser incluída na classe de seres, de seres vivos (ou animados), de seres humanos (ou racionais), de professores, de professores de Ciências, de professores de Ciências que usam óculos etc.
As classes também têm nome, como já assinalado. O nome de uma classe de seres aplica-se, individualmente, a todos os seres que a ela pertencem. Carro, ônibus, pedra, árvore, cadeira, mesa, lápis, caneta, computador, telefone, brinquedo, girafa, cachorro, pensamento, sentimento, vontade etc. designam, cada um deles, não só uma classe de seres, mas todos os seres, individualmente, que pertencem a essa classe. Pelo fato de esses nomes serem comuns a todos os seres que pertencem à mesma classe, são chamados de nomes comuns.
Nomes comuns são, portanto, nomes de classes de seres, mas que se aplicam igualmente a todos os seres que, individualmente, fazem parte de cada classe.
No Projeto 2: De onde venho?, discutiremos a questão do nome próprio de localidades e logradouros e a questão do nome próprio de seres do espaço virtual, como domínio, site, página, arquivo, agência postal, caixa postal, correspondência eletrônica etc.
Todos nós, pessoas que vivemos, que já viveram ou que ainda vão viver aqui nesta Terra, também temos um nome comum: humano ou ser humano. Qualquer um compartilha esse nome comum.
Nomes próprios Vários seres têm, além de seu nome comum, um nome que lhe é próprio. Um nome próprio é aquele que, em princípio, se aplica apenas àquele ser, individualmente. Entre os seres que possuem ou podem possuir um nome próprio, estão animais e objetos de estimação e, naturalmente, seres humanos.
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Nomes próprios de animais e objetos de estimação Animais de estimação – e mesmo alguns objetos de estimação! – têm, na maioria dos casos, um nome próprio: Nero, Totó, Mimi, Pipoca, Ximbica etc. Nomes próprios de animais e objetos de estimação em geral são escritos com a inicial maiúscula; os nomes comuns, não. Quando se trata de um animal, por exemplo, um gato ou um cachorro, que não é de nossa estimação, referimo-nos a ele simplesmente como gato ou cachorro: “Há um gato no portão”; “O cachorro da casa da esquina está doente”. Mas a um animal de nossa estimação, além do nome comum gato ou cachorro, damos um nome que lhe é próprio: Mimi ou Totó. Esse nome é só dele, ou quase... É possível que mais de um gato ou cachorro da estimação de outra pessoa tenha o mesmo nome próprio. Então, distinguimos esses animais chamando aqueles que conhecemos melhor de “Mimi” e “Totó”, e os outros, de “A Mimi da Priscila” e “O Totó do Marcelo”. Nomes próprios de pessoas: prenomes Nomes próprios de pessoas se dividem geralmente em duas partes: o prenome e o sobrenome. No Brasil, o Código Civil de 2002 (atualmente em vigência) estabelece, em seu artigo 16:
“Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome”.
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O prenome de uma pessoa é o nome que antecede o nome de família (sobrenome). Às vezes é chamado de "nome dado", porque é livremente escolhido pelos pais, familiares ou pessoa próxima. O prenome pode ser simples – Maria, José, William – ou composto (dois nomes que funcionam como se fossem um só) – Antônio Carlos, Vera Lúcia, Luís Otávio, Ana Carolina. Os pais às vezes dão um prenome aos filhos em homenagem aos avós da criança, ou até a si mesmos. Não raro, tentam combinar no prenome de um filho ou de uma filha os próprios prenomes. Se o pai se chama Álvaro e a mãe Marilise, eles podem escolher dar à filha o prenome Alvalise. Embora se tenha dito que os pais ou parentes têm liberdade de dar aos filhos o prenome que quiserem, os cartórios em geral controlam o registro de prenomes que fazem lembrar nomes considerados palavrões ou prenomes compostos que caracterizam cacófatos que podem soar muito mal.
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Nomes próprios de pessoas: sobrenomes O sobrenome de uma pessoa, que segue o prenome, também é chamado de nome de família”, pois é ele que identifica a família da qual a pessoa faz parte, a origem dela. Assim como o prenome, o sobrenome também pode ser composto. Alguns autores preferem dizer, alternativamente, que uma pessoa pode ter vários sobrenomes. A razão é simples: como uma pessoa é normalmente registrada em nome de uma mãe e de um pai, e cada um tem um sobrenome próprio, eles podem optar por incluir, como sobrenome do filho ou da filha, tanto o sobrenome original da mãe como o do pai. Nomes próprios de pessoas: agnomes Quando uma pessoa tem exatamente o mesmo nome de um parente próximo, é costume acrescentar um qualificativo diferenciador ao seu nome, como Filho (ou Júnior), Neto, Sobrinho etc. para distingui-lo do pai – nos dois primeiros casos –, do avô, do tio etc. Esses qualificativos diferenciadores são chamados por alguns autores de agnomes.
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Também são usados como agnomes os ordinais Primeiro, Segundo, Terceiro etc. ou, alternativamente, os números romanos I, II, III. No caso de reis e imperadores, isso é comum. Os dois únicos imperadores da história do Brasil tinham o mesmo nome (Pedro) e adotaram os agnomes Primeiro e Segundo para serem diferenciados. No caso dos papas da Igreja Católica Apostólica Romana, há nomes que se tornam favoritos, por exemplo, João. O papa que convocou e presidiu em parte o Concílio Vaticano II, reunido de 1962 a 1965, era João XXIII – o que indica que vinte e dois outros papas escolheram o mesmo nome antes dele. Já o atual papa (2016) chama-se Francisco, sem agnome algum, pelo simples fato de que nunca houve um papa com esse nome.
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Os agnomes integram-se ao nome completo da pessoa e passam a fazer parte dele. Contudo, a regra é que eles não são transmissíveis aos descendentes. Se alguém com o agnome “Filho” quiser que o filho tenha o mesmo nome do pai, a criança não terá os agnomes “Filho Filho”, mas, sim, o agnome “Neto”. No entanto, Tereza Rodrigues Vieira, em sua obra Nome e sexo: mudanças no registro civil (Editora Revista dos Tribunais, São Paulo, 2008), anota exceções: por exemplo, o fi lho de alguém chamado José Nunes da Silva Sobrinho que foi registrado como José Nunes da Silva Sobrinho Júnior – ou seja, com dois agnomes.
Quem é o autor? Tereza Rodrigues Vieira é graduada, mestre e doutora em Direito, com pós-doutorado pela Université de Montreal, Canadá. Possui pós-graduação em Bioética pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em Sexualidade Humana pela Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana e em Interesses Difusos e Coletivos pela Escola Superior do Ministério Público de São Paulo. Tem experiência na área de Direito, Bioética e Biodireito, atuando principalmente nos temas: bioética, saúde, mudança de nome civil, transexualidade, homossexualidade, genética, direito das minorias e sexualidade.
Não é comum que pessoas do sexo feminino usem agnomes como “filha”, “neta” e “sobrinha” em relação à mãe, avó e tia, embora não haja impedimento legal a fazê-lo. Nomes próprios de pessoas: o nome completo O nome completo de uma pessoa inclui seu prenome (que, como visto, pode ser composto), seu sobrenome (que pode ser mais de um) e, quando usado, um agnome ao final. Imaginemos que uma pessoa tenha um nome completo bem longo: José Roberto Magalhães e Machado da Costa Carvalho. No total, seis nomes, mais os conectivos “e” e “de”. O prenome composto é “José Roberto”. O sobrenome ou o tudio/Shutterstoc g-stocks k.com nome que indica a família em que ele nasceu é “Costa Carvalho”. Os outros dois sobrenomes, “Magalhães e Machado”, nossa pessoa fi ctícia adotou quando se casou: Magalhães é o sobrenome da mãe de sua esposa (sogra dele) e Machado é o sobrenome do pai dela (sogro dele).
No dia a dia, José Roberto só usa o nome “J. Carvalho” – o primeiro e o sexto nomes, sendo que o primeiro ainda está abreviado. Esse é seu nome profissional, digamos. Ele deixa fora quatro nomes do meio, inclusive a segunda parte do prenome composto.
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É possível que haja inúmeras pessoas com esta combinação de nome e sobrenome: J. Carvalho (ou José Carvalho, ou mesmo José Roberto Carvalho). Mas com todos os seis nomes, incluindo os conectivos “e” e “de”, provavelmente só há ele. Assim, o nome completo identifica melhor a pessoa e impede que ela seja confundida com outra: é mais adequado para lhe dar identidade e singularidade. Em uma sala de aula pode haver mais de um aluno com o mesmo prenome. Isso acontece mesmo no caso de prenomes compostos. Às vezes há mais de uma pessoa com o mesmo prenome e sobrenome. Elas são chamadas de homônimas, termo que quer dizer “nomes iguais”. Em casos assim, é preciso encontrar formas adicionais de diferenciá-las e distingui-las. Nomes próprios de pessoas e apelidos As pessoas às vezes têm apelidos, como Zezé, para quem tem o prenome composto Maria José, ou Fefê, para quem tem o prenome composto Luiz Fernando. Mas apelidos em geral não são nomes oficialmente reconhecidos, e são usados só na intimidade – no entanto, não é raro que um apelido se torne parte oficial do nome de uma pessoa, se o interessado solicitar à Justiça que isso seja feito e houver bom motivo para fazê-lo. No sentido vulgar, o apelido é um nome alternativo que informalmente a família ou os amigos dão a uma pessoa, pelo qual ela passa a ser conhecida em ambientes não formais e extralegais. Nesse sentido, apelido tem como sinônimos os termos alcunha, epíteto ou cognome. No sentido técnico, o apelido costumava ser sinônimo do que aqui se chama sobrenome ou nome de família.
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O nome e a formação da identidade da pessoa O nosso nome é instrumento importante na identificação de quem somos. Ele se torna parte de nossa identidade. A propósito, vejamos o que diz a autora Tereza Rodrigues Vieira sobre o tema:
Visa o nome ministrar o conjunto de elementos que permitem, de um lado, distinguir socialmente uma pessoa da outra; de outra parte, a sua fi xação jurídica, quando necessária. Essa individualização é conseguida por meio do nome, correspondendo a uma necessidade de ordem pública, qual seja, a de impedir que uma pessoa com outra se confunda, e a facilitar a aplicação da lei, o exercício de direitos e o adimplemento de obrigações. [...] Inúmeras são as conceituações do nome civil; porém, tendem a um aspecto importante: a necessidade do nome na identifi cação da pessoa. Trata-se de uma forma efi caz para a identifi cação de uma pessoa, distinguindo-a das demais. VIEIRA, Tereza Rodrigues, op.cit. p. 27.
A identidade da pessoa: aspectos relacionados ao nome
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Um dos principais documentos pessoais brasileiros é o Registro Geral (RG), também chamado de Carteira de Identidade ou Cédula de Identidade. Esse documento apresenta (além do número do próprio documento, a data em que foi emitido, por que instituição etc.) informações escritas sobre uma pessoa: nome completo, nome dos pais e da cidade e estado em que a pessoa nasceu e a data de nascimento (dia, mês e ano). Além disso, o RG contém duas informações que só a pessoa pode registrar: a fotografi a e a assinatura, ou a impressão digital do polegar da mão direita para aqueles que não podem assinar o nome.
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O Estado é o órgão responsável pelo registro de nascimentos, casamentos, divórcios e óbitos. Por isso, o Estado toma muito cuidado para preservar informações confiáveis sobre o nome de uma pessoa. Mudar de nome é possível, mas não é fácil: precisa haver boa razão para mudar e a mudança tem de ser autorizada por um juiz, com base na lei, como será discutido no item a seguir. Era comum, no Brasil, e até certo ponto continua a sê-lo, que cada pessoa tivesse pelo menos dois sobrenomes: o primeiro sobrenome em geral vindo da família da mãe e o segundo, da família do pai.
Cidadania: o nome e a conquista de direitos No Brasil, a adoção do sobrenome do cônjuge tem passado por mudanças significativas na legislação, em consonância com as mudanças dos papéis sociais do homem e da mulher. A linha do tempo representada a seguir mostra as mudanças ocorridas na legislação brasileira, bem como os avanços e a conquista de direitos em relação ao nome.
A mudança de nome Como já citado, o Estado moderno se arvora em guardião do nome completo das pessoas dada a sua importância na identificação delas. Antigamente competia a uma instituição privada (no caso brasileiro, a Igreja Católica) registrar nascimentos, casamentos, divórcios e óbitos. Hoje isso é atribuição do Estado, que delega a tarefa do registro aos Cartórios de Registro Civil da Pessoa Física.
Lei do Divórcio (Lei n. 6.515, de 1977) A mulher pode escolher se quer ou não adotar o sobrenome do marido.
Código Civil de 1916 Obrigatoriamente, a mulher assume o sobrenome do marido.
1916
1962
1977
Estatuto da Mulher Casada Mudança nas atribuições da mulher – agora, além de coloboradora do marido, ela é responsável por velar pela direção material e moral da família.
A partir da equiparação da união civil entre pessoas do mesmo sexo ao casamento feita pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a opção de adotar ou não o sobrenome do cônjuge estende-se a uniões homoafetivas.
2002
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Código Civil de 2002 Tanto a mulher quanto o homem podem escolher adotar ou não o sobrenome do cônjuge.
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Contudo, os cartórios não podem mudar o nome das pessoas simplesmente a pedido delas. Só o fazem por determinação judicial. E um juiz só autoriza a mudança de nome se houver uma razão plausível e a mudança atender ao que dispõe a lei. Os juízes tomam muito cuidado ao analisar um pedido de mudança de nome porque reconhecem que é importante, para o funcionamento das instituições e do próprio Estado, preservar informações confiáveis sobre o nome das pessoas.
Outros aspectos da identidade pessoal Evidentemente, embora tenha recebido grande atenção neste texto, não é só o nome da pessoa que constitui sua identidade – e a identidade da pessoa tem aspectos que não se exaurem em questões formais e jurídicas. A origem regional, étnica ou nacional também tem seu papel na questão da identidade pessoal. Embora hoje haja certo cuidado em relação ao hábito de designar pessoas não por seu nome, mas por sua origem (real ou assumida), ainda é comum ouvirem-se expressões como “aquele gaúcho que mora na rua de trás”, ou “aquela japonesa da quitanda”, ou “o português da padaria”. A questão da origem regional, étnica ou nacional da pessoa será discutida em mais detalhes no segundo projeto deste caderno. A aparência da pessoa também tem, na prática, relação com sua identidade, o que se constata pelo uso de expressões como “aquele baixinho do posto de gasolina”, “aquela magrela que trabalha no bar”, “aquele senhor de bigode que dirige um carro branco” etc. No entanto, é preciso ter muita cautela no uso de expressões desse tipo, porque elas, apesar de nos ajudarem a identificar e singularizar as pessoas, podem ofendê-las. As pessoas têm prenome e sobrenome para que não precisemos usar essas formas de identificá-las.
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Às vezes as pessoas são identificadas em função da profissão que exercem ou de algum feito que realizaram ou acontecimento de que foram vítimas, como: “aquele professor de Matemática engraçado do colégio”, “aquela menina que ganhou o troféu de melhor jogadora de futebol do torneio”, “aquela senhora que foi assaltada na frente da escola”.
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A identidade pessoal e a autopercepção Até aqui considerou-se a identidade como o que identifica e singulariza a pessoa do ponto de vista de sua percepção pelos outros. Mas a identidade também pode ser considerada do ponto de vista daquilo que caracteriza, identifica e singulariza o indivíduo pela percepção dele mesmo, ou seja, pela autopercepção. Nessa questão incluem-se, entre outros aspectos, a visão de mundo e os valores da pessoa, suas crenças mais básicas acerca de seu papel no mundo e do sentido da vida. É desafiador tratar desses aspectos com crianças pequenas. Por isso, é imprescindível adotar uma abordagem pedagógica que também seja acolhedora, respeitosa, não discriminatória ou imbuída de valores de outras pessoas ou instituições para se trabalhar com questões importantes da identidade de cada aluno, que poderão ser aprofundadas em projetos subsequentes.
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A autopercepção envolve as impressões internas e externas. É por meio delas que uma pessoa pode compreender a si mesma.
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Atividades do projeto Este projeto está organizado em etapas, que podem ser distribuídas no planejamento escolar do primeiro semestre do 1º. ano, considerando uma etapa a cada mês. No entanto, esse tempo pode ser ajustado conforme o trabalho desenvolvido com cada turma. Durante as etapas, os alunos poderão trocar ideias, compartilhar conhecimentos, registrar (em lista, cartaz, ficha, quadro ou outro suporte) informações pessoais, entre outras, para que consolidem ao final do trabalho um Portfólio individual.
Etapa 1 – Levantamento de informações CONEXÃO COM
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Conversa sobre os animais de estimação. • Perguntar aos alunos se eles têm animal de estimação, pedir que contem como ele é e registrar os nomes dos animais no quadro. • Chamar a atenção para as diferenças entre os nomes dos animais: machos e fêmeas, prenome ou apelido etc. • Perguntar se algum dos alunos possui animal de estimação que tem nome e sobrenome (algo que animais registrados quanto ao pedigree possuem). Registrar esse nome no quadro.
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Discussão em grupo. • Fazer perguntas aos alunos para que troquem ideias: Por que dar nomes diferentes aos animais de estimação machos e fêmeas? Seria inapropriado chamar um gato macho de Totó ou uma cachorrinha delicada de Tarzan? Por quê?
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Registro por meio de desenho. • Orientar os alunos a copiarem alguns nomes de animais escritos no quadro e a desenharem esse animal, levando em consideração a descrição feita no item 1. Este desenho deve ser guardado para compor o Portfólio.
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Escrita e discussão coletiva. • Escrever no quadro, ou em um cartaz, o nome completo dos alunos – ou pedir que cada um escreva o próprio nome, se já dominar essa escrita.
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• Discutir algumas diferenças entre prenomes de meninos e meninas: Paulo e Paula, Luís e Luísa etc. Indagar os alunos se o mesmo prenome para menino e menina, como Juracy ou Valdinei, pode gerar algum problema, seja de identificação ou nas brincadeiras por parte de algumas pessoas (abordar a questão do bullying se considerar pertinente neste momento). 5
Preenchimento de ficha e discussão. • Elaborar com antecedência uma fi cha com espaço para a escrita do nome do aluno, idade, apelido, nomes dos animais de estimação, data e local de nascimento, nomes dos pais ou responsáveis, dos irmãos, dos avós e bisavós maternos e paternos. • Distribuir aos alunos a fi cha pessoal para que preencham em casa com os próprios nomes, os nomes completos dos pais ou responsáveis (dependendo da história de cada um), dos avós maternos e paternos e dos bisavós (se possível). Essa ficha será utilizada em outras etapas do projeto e levada para o Portfólio. • Discutir com os alunos como os sobrenomes dos pais foram usados para compor o nome completo deles. Oriente bem essa atividade para evitar constrangimentos caso algum aluno não tenha o nome do pai registrado ou tenha escolhido outra pessoa para desempenhar esse papel, alguém que possui sobrenome diferente.
Etapa 2 – Constelação familiar CONEXÃO COM
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LÍNGUA PORTUGUESA | HISTÓRIA | GEOGRAFIA | CIÊNCIAS | ARTE
Conversa sobre ascendentes. • Retomar a fi cha pessoal preenchida com os nomes dos pais e avós e discutir com os alunos quantos pais (sentido genérico), quantos avós (sentido genérico), quantos bisavós (sentido genérico), quantos trisavós (sentido genérico) uma pessoa pode ter. • Conversar sobre o fato de termos dois pais (sentido genérico), quatro avós (sentido genérico), oito bisavós (sentido genérico) etc. É importante aceitar as possibilidades de a criança ter dois pais ou duas mães, avós de consideração (afetivos), não ter informação sobre o nome de algum dos avós etc.
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Elaboração de esquema ou árvore genealógica. • Entregar para os alunos um modelo de árvore genealógica e orientar a montagem da constelação familiar com os nomes dos familiares (incluindo os
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irmãos), que podem já estar escritos em tiras de papel para colagem. Disponibilizar diferentes materiais para que os alunos possam personalizar a árvore. • Discutir se os prenomes e/ou sobrenomes de seus ascendentes indicam algo sobre sua origem nacional ou étnica. Usar como exemplos os sobrenomes da árvore genealógica de alguns alunos. Observar com os alunos que alguns sobrenomes indicam o local de origem da pessoa (por exemplo: Sobral, Valadares) ou a principal atividade dos ancestrais dela (como Caldeira). 8
Discussão sobre relações de parentesco. • Discutir com os alunos parentescos colaterais ou horizontais: irmãos (sentido genérico), primos (sentido genérico), tios (sentido genérico) etc. • Discutir a questão de padrastos e madrastas, “avós postiços”, meios-irmãos, irmãos adotivos, “irmãos postiços” (irmãos de meios-irmãos, que não têm nem o mesmo pai nem a mesma mãe) etc. • Verifi car se os alunos compreenderam que a família é formada tanto de parentes consanguíneos como de pessoas ligadas entre si por laços afetivos, compondo todos eles a constelação familiar.
Etapa 3 – Identidade formal CONEXÃO COM
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Levantamento de informações pessoais. • Perguntar aos alunos e pedir que escrevam na fi cha pessoal onde e quando nasceram e verificar se há coincidências. • Localizar em um mapa político as cidades em que os alunos nasceram; conversar sobre cidade como um lugar de moradia e convivência; explicar que cada lugar tem seu nome, como as cidades. • Perguntar aos alunos se já encontraram alguém com exatamente o mesmo nome que eles, alguém que nasceu na mesma cidade ou no mesmo dia. Tabular os dados da classe: quantos têm o mesmo nome, quantos têm a mesma idade, quantos nasceram no mesmo mês.
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Noção de identidade formal. • Mostrar diferentes documentos formais (legais ou documentais) e as informações fornecidas pelos dados pessoais em diversos documentos. Utilizar como apoio para essa conversa documentos como: certidão de nascimento, RG, carteirinha escolar, carteira de vacinação etc.
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• Começar a discutir com os alunos a função de documentos pessoais legais (Certidão de Nascimento, RG, CPF, Título de Eleitor, Carteira Nacional de Habilitação – CNH, passaporte) e de outros documentos ofi ciais (carteirinha de estudante, crachá) que também podem ser utilizados no cotidiano, dependendo da situação e local. • Perguntar quais documentos uma pessoa menor de idade (menor de 18 anos) pode ter e quais não precisa ter nessa idade. • Verifi car quem da classe tem RG e passaporte. Discutir o que é um passaporte e quais são as suas funções.
Etapa 4 – Identidade real CONEXÃO COM
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LÍNGUA PORTUGUESA | HISTÓRIA | GEOGRAFIA | MATEMÁTICA | CIDADANIA | TECNOLOGIA | ARTE
Noção de identidade real. • Propor uma roda de conversa sobre gostos e preferências e pedir que cada aluno traga na próxima aula algo de sua preferência: objeto, fi lme, jogo, música etc. • Fazer uma vivência com os elementos trazidos para a aula. Deixe que mostrem os objetos, ouçam as músicas, contem histórias, brinquem etc. Os alunos têm de se sentir à vontade e respeitados para compartilhar a própria história por meio de suas preferências. • Explicar aos alunos que esses elementos trazidos contam muito sobre a pessoa e sua história. O objeto trazido também é uma fonte histórica. • Fazer um registro fotográfi co do aluno com seu objeto preferido ou pedir que um colega faça o desenho do outro com o objeto para que fique documentado no Portfólio. • Explicar que há documentos que trazem informações reais sobre uma pessoa (baseadas em fatos e experiências vividos). Para exemplificar a identidade real, ler para os alunos algum relato disponível em: <http://www.museudapessoa.net/pt/home>. Acesso em: 15 set. 2016. No site também é possível registrar histórias, atividade que os alunos podem realizar com seu apoio (<http://www.museudapessoa.net/pt/intro-contesua-historia>).
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Etapa 5 – Portfólio CONEXÃO COM
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LÍNGUA PORTUGUESA | HISTÓRIA | GEOGRAFIA | MATEMÁTICA | CIDADANIA | TECNOLOGIA | ARTE
Jogo de simulação. • Pedir aos alunos que formem trios e mostrem uns aos outros seus Portfólios com informações pessoais. • Propor o jogo em que um aluno apresenta seu colega a outra pessoa (representada por um participante do trio); em uma variante, cada aluno deve chegar a um desconhecido (papel que pode ser representado pelo professor) e se apresentar. Questionar a turma: O que se diz em uma apresentação de modo que a pessoa possa identifi car você em um eventual encontro futuro?
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Escola e turma.
Editoria de Arte.
• Fazer coletivamente um cartão com o nome e endereço da escola, o nome do diretor ou da diretora da escola, do coordenador ou coordenadora, do professor ou professora e a identificação da classe (1o. ano B, por exemplo). Reproduzir esse cartão e levá-lo para o Portfólio de cada aluno. • Fazer uma árvore de digitais dos alunos da classe. Cada aluno carimba sua digital (se quiser, escreve também seu nome e apelido perto da digital), formando a copa da árvore da turma. • Orientar a organização fi nal do Portfólio: capa, encadernação e exposição na escola ou na última reunião de pais para os familiares reconhecerem a identidade pessoal da criança.
Árvore personalizada com digitais.
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Pontos de contato com o material didático A estrutura e o tema desse projeto colaborativo permitem o estabelecimento de pontos de contato com material didático do 1o. ano do Ensino Fundamental.
Unicidade e singularidade de cada pessoa
Contexto geográfico e social
Nomes pessoais Pessoas e lugares
Características físicas das pessoas
Relação dos seres humanos com os animais (os domésticos, os silvestres, os criados em zoológico, os que rastejam, os que nadam e apreciam jardins etc.)
Geografia
Ciências
Projeto 1 Quem sou eu? Língua Portuguesa Nomes, identidade de pessoas e coisas Línguagem corporal O papel de documento, crachás etc.
História
Matemática
Lugares e a identidade deles
Tabelas, esquemas, gráficos
Jeitos de ser, de pensar e agir
Análise de dados e informações
As pessoas são diferentes
Nomes de figuras e unidades de medida
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