Alfredo Boulos JĂşnior
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788520 003695
11539284
Sociedade & Cidadania
ISBN 978-85-20-00369-5
Alfredo
Boulos JĂşnior
Sociedade & Cidadania
Sociedade & Cidadania
Alfredo
Boulos
Júnior
Doutor em Educação (área de concentração: História da Educação) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Mestre em Ciências (área de concentração: História Social) pela Universidade de São Paulo. Lecionou na rede pública e particular e em cursinhos pré-vestibulares. É autor de coleções paradidáticas. Assessorou a Diretoria Técnica da Fundação para o Desenvolvimento da Educação – São Paulo.
São Paulo, 2015
Copyright © Alfredo Boulos Júnior, 2015 Diretor editorial Lauri Cericato Gerente editorial Silvana Rossi Júlio Editora Natalia Taccetti Editores assistentes Nubia Andrade e Silva, Gabriel Careta Assessoria Carolina Leite de Souza, Leonardo Klein, Thais Videira, Carolina Bianchini Gerente de produção editorial Mariana Milani Coordenadora de produção Marcia Berne Coordenadora de arte Daniela Máximo Projeto gráfico Juliana Carvalho Capa Alexandre Santana de Paula Foto de capa Escola Italiana. Séc. XIV. Iluminura. Biblioteca Nacional, Nápoles. Foto: The Bridgeman Art Library/Keystone Supervisor de arte Fabiano dos Santos Mariano Editor de arte Felipe Borba Diagramação Ponto Inicial Estúdio Gráfico Tratamento de imagens Eziquiel Racheti, Ana Isabela Pithan Maraschin Ilustrações e cartografia Ilustra Cartoon, Mozart Couto, Luís Rubio, Osnei, Pelicano, Rmatias, Alexandre Bueno, Allmaps, Renato Bassani Coordenadora de preparação e revisão Lilian Semenichin Preparação Líder: Sônia R. Cervantes. Preparadora: Lucila V. Segóvia Revisão Líder: Viviam Moreira. Revisores: Aline Araújo, Carina de Luca, Enymilia Guimarães, Fernando Cardoso, Iracema Fantaguci, Lívia Perran, Rita Lopes, Sônia Cervantes, Veridiana Maenaka Supervisora de iconografia Célia Rosa Iconografia Daniel Cymbalista, Graciela Naliati Diretor de operações e produção gráfica Reginaldo Soares Damasceno
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Boulos Júnior, Alfredo História sociedade & cidadania, 7o ano / Alfredo Boulos Júnior. — 3. ed. — São Paulo : FTD, 2015. “Ed. Reform.” ISBN 978-85-20-00369-5 (aluno) ISBN 978-85-20-00370-1 (professor) 1. História (Ensino fundamental) I. Título. 15-04496 CDD-372.89 Índices para catálogo sistemático: 1. História : Ensino fundamental 372.89 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens presentes nesta obra didática. No entanto, colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularidades ou omissões de crédito e consequente correção nas próximas edições. As imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publicidade ou propaganda, ou a ele façam alusão, são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo.
Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à FTD EDUCAÇÃO. Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo-SP CEP 01326-010 – Tel. (11) 3598-6000 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br E-mail: ensino.fundamental2@ftd.com.br
Impresso no Parque Gráfico Editora FTD S.A. Avenida Antonio Bardella, 300 Guarulhos-SP – CEP 07220-020 Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375
APRESENTAÇÃO Caro aluno, Quero lhe dizer algo que para mim é importante e por isso gostaria que você soubesse: para que este livro chegasse às suas mãos, foi necessário o trabalho e a dedicação de muitas pessoas: os profissionais do mundo do livro. O autor é um deles. Sua tarefa é pesquisar e escrever o texto e as atividades, além de sugerir as imagens que ele gostaria que entrassem no livro. A essas páginas produzidas pelo autor damos o nome de originais. O editor e seus assistentes leem e avaliam os originais. Em seguida, solicitam ao autor que melhore ou corrija o que é preciso no texto. Por vezes, pedem que o autor refaça uma ou outra parte. Daí entram em cena outros trabalhadores do mundo do livro: os profissionais da Iconografia, da Arte, da Revisão e do Jurídico, entre outros. Os profissionais da Iconografia pesquisam, selecionam, tratam e negociam as imagens (fotografias, desenhos, gravuras, pinturas etc.) que serão aplicadas no livro. Algumas dessas imagens são os mapas, feitos por especialistas (os cartógrafos), e desenhos baseados em pesquisas históricas, feitos por profissionais denominados ilustradores. Os profissionais da Arte criam um projeto gráfico (planejamento visual da obra), preparam e tratam as imagens e diagramam o livro, isto é, distribuem textos e imagens pelas páginas para que a leitura se torne mais compreensível e agradável. Os profissionais da Preparação e Revisão corrigem palavras e frases, ajustam e padronizam o texto. A equipe do Jurídico solicita a autorização legal para o uso de textos de outros autores e das imagens que irão compor o livro. Todo esse trabalho é acompanhado pela Gerência Editorial. Em seguida, esse material todo, que é um arquivo digital, segue para a gráfica, onde é transformado em livro por técnicos especializados do setor Gráfico. Depois de pronto, o livro chega às mãos da equipe de Divulgação, que o apresenta aos professores, personagens que dão vida ao livro, objeto ao mesmo tempo material e cultural. Meu muito obrigado do fundo do coração a todos esses profissionais, sem os quais esta Coleção não existiria! E obrigado também a você, leitor. O autor
ABERTURA DE UNIDADE
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ARTE E RELIGIÃO
Observe as imagens desta página e a da seguinte com atenção. Quem são os personagens centrais de cada obra? Que semelhanças você vê entre essas imagens? E as diferenças? É possível perceber mudanças no modo de representação da figura humana? Em qual das imagens a figura humana é representada com mais realismo?
Cada unidade é iniciada com uma abertura em página dupla. Nessas aberturas são apresentados, por meio de imagens e textos, os temas que serão trabalhados.
} Imagem 2
Duccio di Buoninsegna. 1285. Têmpera sobre painel. Galeria degli Uffizi, Florença. Foto: The Brigdeman Art Library/Keystone
Giotto di Bondone. c.1300-10. Têmpera sobre painel. Galeria degli Uffizi, Florença. Foto: The Bridgeman Art Library/Keystone
} Imagem 1
Madona e criança, 1285, obra de Duccio di Buoninsegna (c. 1278-1318). Galeria dos Ofícios, Florença, Itália.
AméricA: AstecAs, mAiAs, incAs e tupis
Virgem dos Rochedos, de Leonardo da Vinci, século XV. Museu de Belas Artes de Caen, França. Na obra em tela, as figuras estão dispostas na forma de uma pirâmide cujo vértice é Maria. São João Batista, com as mãos postas, se inclina em direção ao menino Jesus, que tem, a seu lado, um anjo.
A Madona de Ognissanti, c. 1310 (têmpera em madeira) de Giotto di Bondone (c. 12661337). Galeria dos Ofícios, Florença, Itália.
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UNIDADE 2 – ARTE E RELIGIÃO
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UNIDADE 2 – ARTE E RELIGIÃO
Anders Ryman/Corbis/Latinstock
© Blaine Harrington III/Corbis/Latinstock
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} Imagem 3 Leonardo da Vinci. Séc. XV. Óleo sobre tela. Museu des Beaux-Arts, Caen. Foto: The Bridgeman Art Library/Keystone
UNIDADE
COMO ESTÁ ORGANIZADO SEU LIVRO?
O islamismo A religião criada por Maomé é chamada islamismo, e seu princípio fundamental é a crença num único Deus (monoteísmo). O islamismo é uma religião simples, e esse é, com certeza, um dos motivos de sua rápida expansão pelo mundo. Todo muçulmano deve: • crer em um só Deus (Alá) e seguir os ensinamentos de Maomé, seu mensageiro; • orar cinco vezes ao dia com o rosto voltado para Meca; • dar aos necessitados uma ajuda proporcional aos bens que possui; • jejuar durante os trinta dias do Ramadã (mês do jejum). O fiel não deve ingerir nem alimento nem água, do nascer ao pôr do sol; • ir a Meca ao menos uma vez na vida, caso tenha recursos financeiros para isso.
Fabio Colombini
Um garoto da etnia uru murato toca flauta na cidade de Llapallani, no altiplano boliviano, 2002.
Por que será que Meca recebe tantas pessoas todos os anos?
Desafios propostos ao longo do texto para discutir imagens, gráficos, tabelas e textos.
FAYEZ NURELDINE/AFP/Otherimages
Indígena do povo navajo, estado de Utah, EUA, 2012.
Dialogando...
DIALOGANDO...
Jovem indígena kalapalo. Parque Indígena do Xingu (MT), 2011.
Observe as fotografias das pessoas retratadas nesta página. Como estão vestidas? O que estão fazendo? O que elas têm em comum? Em que são diferentes? O certo é dizer: povo indígena da América ou povos indígenas da América?
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Nesta imagem de 2011, milhares de fiéis oram ao redor da Caaba, em Meca, na Arábia Saudita. A cidade hoje é o principal centro religioso do mundo muçulmano e um dos primeiros centros comerciais da Arábia Saudita.
ABERTURA DE CAPÍTULO As aberturas dos capítulos propõem a discussão dos temas que serão trabalhados nas páginas seguintes.
O homem medieval se guiava pelo ritmo da natureza. Acordava com o canto do galo, levantava com a luz do Sol e parava de trabalhar quando anoitecia. Ele não se preocupava em medir o tempo. Acreditava que nada podia fazer para mudar seu destino. Este já tinha sido traçado por Deus. Além disso, trabalhando muito ou pouco, o camponês continuava sendo camponês, e o senhor, senhor.
Uma seção que traz textos estimulantes sobre os conteúdos estudados e propõe a discussão sobre esses temas.
Com o crescimento do comércio e das cidades, a situação mudou. O sapateiro tinha uma data certa para entregar os sapatos encomendados a ele. O comerciante estabelecia o preço conforme o pagamento fosse à vista ou a prazo. O banqueiro cobrava juros de acordo com a duração do empréstimo.
Para saber mais
a) Copie no caderno o trecho que contém exemplos de que o homem medieval se guiava pelo tempo da natureza. b) Segundo o texto, o que gerou a necessidade de calcular, dividir e controlar o tempo? c) Você consulta o relógio muitas vezes ao dia? Por quê?
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Intelectuais que se dedicaram aos estudos da língua e da cultura greco-romana e se inspiravam nelas para produzir suas obras.
Anônimo. Séc. XIV. Castelo de Ambras, Áustria. Foto: Leemage/Corbis/Latinstock
O humanismo Humanistas
Na Europa de Luís XIV, o estilo de pintura predominante foi o barroco; este estilo surgiu na Itália no final do século XVI, e tinha como principais características: a) disposição dos elementos na tela quase sempre em diagonal; b) gosto pelas oposições, com acentuado contraste entre o claro e o escuro e entre luz e sombra; c) predominância de temas religiosos, ou ligados à vida da nobreza ou ainda ao cotidiano das pessoas comuns. Na Espanha, um dos principais representantes do barroco foi o pintor Diego Velázquez, um filho de nobres nascido em 1599, em Sevilha, que na época era a cidade mais rica da Espanha. Ele retratou indivíduos da nobreza espanhola do século XVII, e também pessoas simples do povo, em seus afazeres cotidianos.
Um quadro que apresenta informações extras sobre os conteúdos dos capítulos trabalhados.
Relógio do século XVI, Berna, Suíça.
Francesco Petrarca (1304-1374), um dos mais notáveis humanistas, defendia o ideal de imitação dos pensadores gregos e romanos. Imitação para ele não significava cópia ou repetição, mas inspiração nos ideais greco-romanos de valorização do ser humano e da busca do novo. Segundo Petrarca, era preciso negar o “barbarismo” medieval e recuperar a idade de ouro dos antigos gregos e romanos.
O barroco europeu
PARA SABER MAIS
Assim, calcular e controlar o tempo passou a ser uma necessidade. Para atender a essa necessidade, surgiu na Europa do século XV o relógio mecânico.
No ambiente de grande efervescência cultural que caracteriza o Renascimento surgiu o humanismo: movimento intelectual que propunha o estudo dos autores antigos (gregos e romanos) para, a partir deles, construir um novo conhecimento do homem e do mundo.
Diego Rodríguez de Silva y de Velázquez. 1634. Óleo sobre tela. Museu do Prado, Madri. Foto: The Bridgeman Art Library/Keystone
A nova ideia de tempo
Underwood & Underwood/Corbis/Latinstock
Para refletir
PARA REFLETIR
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Retrato Equestre do Conde-Duque de Olivares, 1634. Óleo sobre tela de Diego Velázquez. Museu do Prado, Madri, Espanha. Nessa imagem, vemos o jogo de claro-escuro e a composição em diagonal, próprios do estilo barroco. Diego Rodríguez de Silva y de Velázquez. 1618. Óleo sobre tela. Coleção particular. Foto: The Bridgeman Art Library/Keystone
CAPÍTULO 11 – AmériCA: AsTeCAs, mAiAs, inCAs e TUPis
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A velha cozinheira, 1618. Pintura de Diego Velázquez. Galeria Nacional da Escócia. Nessa imagem, o autor usa tons escuros para o fundo, e ilumina os rostos e os objetos que pretende destacar.
UNIDADE 3 – A formAção Do EstADo moDErNo
ATIVIDADES I. Retomando
II. Leitura e escrita em História
1558. Coleção particular
Retomando Questões variadas sobre os conteúdos dos capítulos para serem realizadas individualmente ou em grupo. Uma forma de rever aquilo que foi estudado.
a. Leitura de imagem
Leitura de imagem
A imagem é de uma pintura mural que está no Palácio Nacional na Cidade do México, onde funciona a sede do governo mexicano, e mede 4,29 5,27 m. Foi pintada pelo mexicano Diego Rivera (1886-1957), um dos pintores mais respeitados do século XX. Observe-a com atenção.
Gravura de 1558.
a) O que está acontecendo na cena?
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b) Que relação esta imagem tem com o movimento das Grandes Navegações?
The Granger Collection/Otherimages/1951
ATIVIDADES
1. Observe a imagem a seguir com atenção.
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c) A imagem diz respeito aos perigos imaginários, mas havia também perigos reais; por isso o número de naufrágios era alto. Segundo o historiador Fábio Pestana, de cada cinco embarcações portuguesas que seguiam para as Índias, uma naufragava. Qual é então a porcentagem de embarcações que naufragava?
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d) Transforme esse resultado em um gráfico em forma de pizza.
Seção que permite o estudo de imagens relacionadas aos temas dos capítulos.
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2. Leia o texto com atenção e responda ao que se pede. Criada a moderna rota das especiarias 1
Vasco da Gama chegou à Índia em maio de 1498, após nove meses de uma difícil viagem. Era o primeiro europeu a alcançar a Índia pelo mar, vindo do Atlântico. Depois de ancorar os navios no porto de Calicute, enviou dois tripulantes à terra, para observarem a cidade e trazerem informações. Esses tripulantes encontraram Muçulmanos dois muçulmanos que sabiam falar castelhano, e assim os quatro puSeguidores da religião criada por Maomé. derem se entender. Perguntados sobre o que tinham ido fazer ali, tão longe de casa, os dois portugueses não hesitaram em responder:
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— Viemos buscar cristãos e especiarias. Portugal encontrou realmente especiarias e outros fabulosos tesouros da Índia. [...] Após várias batalhas no mar, na Índia e em muitas partes da Ásia e da África, os portugueses conseguiram controlar o comércio no Oceano Índico. Estava assim criada uma nova rota comercial desde a Europa até as especiarias [...]. Diferente da medieval, era uma rota totalmente marítima, que alcançava a Índia pelo Atlântico. Os portugueses chamaram-na de “Rota do Cabo”, porque passava pelo Cabo da Boa Esperança, no extremo sul da África [...].
a) O que você vê ao centro e em primeiro plano (cena 1)?
AMADO, Janaina; FIGUEIREDO, Luiz Carlos. A magia das especiarias: a busca de especiarias e a expansão marítima. São Paulo: Atual, 1999. p. 21. (Nas ondas da história).
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b) O que se vê na cena 2 (à esquerda)? E na cena 3? c) As cenas 4, 5 e 6 mostram o trabalho forçado dos indígenas; descreva-as.
UNIDADE 3 – A FORMAÇÃO DO ESTADO MODERNO
d) Quem ficava com a maior parte da riqueza extraída ou produzida na América? e) Levante uma hipótese: com que intenção a pintura foi produzida? CAPÍTULO 12 – esPAnhóis e ingLeses nA AmériCA
a. Leitura de imagem A imagem ao lado mostra o imperador Carlos Magno. Observe-a com atenção. a) O que Carlos Magno tem nas mãos? b) O que cada um desses elementos simboliza? c) Escreva um pequeno texto relacionando a imagem ao reinado de Carlos Magno. d) A obra que estamos analisando é do pintor Albrecht Dürer; pesquise e elabore uma pequena biografia sobre ele.
Carlos Magno, obra de Albrecht Dürer. Século XVI.
b. Leitura e escrita de textos VOZES DO PASSADO 50 deveres de Carlos Magno e do papa (796) [...] desejo estabelecer com Vossa Santidade um pacto inviolável de fé e caridade [...]. O nosso dever é, com o auxílio da divina piedade, defender por toda a parte com as armas a Santa Igreja de Cristo, tanto das incursões dos pagãos como das devastações dos infiéis [...]. É vosso dever, Santíssimo Padre, levantar as mãos para Deus, como Moisés, para auxiliar o nosso exército de maneira que [...] o povo cristão obtenha para sempre a vitória sobre os inimigos do Seu Santo nome. PEDRERO-SÁNCHES, Maria Guadalupe. História da Idade Média: textos e testemunhos. São Paulo: Editora da Unesp, 2000. p. 69-70.
a) Quem é o autor do texto e que lugar ele ocupava na sociedade da época? b) Quando e por que Carlos Magno assinou esse pacto com o papa? c) Resuma o conteúdo do texto usando suas palavras. d) Qual a importância da aliança entre Carlos Magno e o papa na formação do Império Carolíngio?
Leitura e escrita de textos Seção que trabalha a leitura e a interpretação de diferentes gêneros textuais. Para completar o estudo dos temas, são propostas atividades de pesquisa ou escrita de um texto.
c. Cruzando fontes
O texto a seguir é de uma lei inglesa de 1660. Leia-o com atenção. Lei inglesa de 1660
Uma seção que permitirá a você se aproximar do trabalho de um historiador, por meio da análise e da comparação de diferentes fontes.
Para o andamento dos navios e estímulo à navegação desta nação... fica estipulado que, a partir do primeiro dia de Dezembro de 1660..., nenhum artigo ou mercadoria de qualquer espécie será importado ou exportado das nossas terras, ilhas, plantações ou territórios de propriedade ou posse de Sua Majestade... na Ásia, África ou América, em qualquer outro navio ou navios de qualquer tipo, mas nos navios que realmente e sem fraude pertencerem apenas ao povo da Inglaterra ou Irlanda ou Domínio de Gales... ou construídos e pertencentes a qualquer das ditas terras, ilhas, plantações ou territórios, como verdadeiros proprietários, e dos quais o mestre e três quartos dos marinheiros, pelo menos, sejam ingleses. FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de História. Lisboa: Plátano, 1976, v. 2. p. 224.
} Fonte 2
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CAPÍTULO 1 – OS FRANCOS
Cruzando fontes
} Fonte 1
Atribuído a Robert Peake, o Velho. c. 1600. Óleo sobre tela. Sherborne Castle, Dorset. Foto: Album/AKG-Images/Latinstock
Albrecht Dürer. Séc. XVI. Óleo sobre painel. Germanisches Nationalmuseum, Nuremberg
II. Leitura e escrita em História
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A rainha Elizabeth I, acompanhada por cavaleiros e damas da corte, sendo carregada no Palácio de Whitehall, principal residência dos reis ingleses em Londres, de 1530 a 1698. Pintura atribuída a Robert Peake, o Velho, c. 1600.
CAPÍTULO 9 – esTAdO mOdernO, AbsOLUTismO e merCAnTiLismO
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III. Integrando com... Língua Portuguesa © 2015 King Features Syndicate/Ipress
© 2015 King Features Syndicate/Ipress
Leia a tirinha a seguir.
Fonte: BROWNE, Dik. O melhor de Hagar, o Horrível. Porto Alegre: L&PM, 2006.
Sensível: entre vários significados, uma pessoa sensível pode ser aquela que tem sentimento de compaixão, é solidária ou se impressiona ou se ofende facilmente. O personagem Hamlet é um garotinho viking, povo que atacou a Europa no século IX.
Integrando com...
a) A visão de Hamlet em relação à época em que ele nasceu é positiva ou negativa? Explique.
Nesta seção, a História e outras áreas do conhecimento se encontram, o que permite ampliar ou complementar o que foi visto no capítulo.
b) Como Hamlet imagina a época em que gostaria de viver? c) O autor também dirige uma crítica aos dias atuais? Justifique. d) Opine: você considera graves os problemas apontados por Hamlet? Justifique.
IV. Você cidadão! Em grupo. As escolas fundadas no Império Carolíngio visavam, sobretudo, formar altos funcionários e um clero instruídos. O acesso ao conhecimento escolar era, portanto, restrito a poucos. No Brasil de hoje, a imensa maioria das crianças está matriculada na escola. Pergunta-se: a escola brasileira tem conseguido oferecer um ensino de qualidade? Postem o resultado da reflexão de vocês no blog da turma.
Você cidadão!
Indicações de sites para a pesquisa:
• <http://ftd.li/vh5jjo>. Acesso em: 27 jan. 2015. • <http://ftd.li/qtm2m9>. Acesso em: 27 jan. 2015. • <http://ftd.li/re9xsv>. Acesso em: 27 jan. 2015. • <http://ftd.li/gmwra7>. Acesso em: 27 jan. 2015.
CAPÍTULO 1 – OS FRANCOS
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Seção que permite a reflexão sobre temas como meio ambiente, ética e solidariedade. As atividades visam estimular e preparar o aluno para o exercício da cidadania.
OBRIGADO! Pelos momentos de reflexão e debates que tivemos sobre historiografia e ensino de História, quero agradecer os seguintes colegas: Fábio Duarte Joly [Professor Doutor]
Murilo Mello [Professor]
Cláudio Hiro [Professor Doutor]
Osmar Augusto Fick Júnior [Professor]
Márcio Delgado [Professor Doutor]
Rodolfo Augusto Bravo de Conto [Professor]
Sebastião Leal Ferreira Vargas Neto [Professor Doutor]
Udo Ingo Kunert [Professor]
Vanderlei Machado [Professor Doutor]
Valdeir da Costa [Professor]
Regina Braz da Silva Santos Rocha [Professora Doutora]
Dóris Margarete Assunção [Professora]
Ana de Sena Tavares Bezerra [Professora Mestra]
Maria Cristina Costa [Professora]
Marco Túlio Vilela [Professor Mestre]
Marlúcia Naves Lemos [Professora]
Maria Barjute Bacha [Professora Mestra]
Suzana C. Vargas [Professora]
Vanderlice de Souza Morangueira [Professora Mestra]
José Clodomir Freire [Professor]
Eduardo Góes de Castro [Professor Mestre]
José Cleber Uchoa Gomes [Professor]
Luciana P. Magalhães de Castro [Professora Mestra]
Francisco Waston Silva Souza [Professor]
Cândido Domingues Grangeiro [Professor Mestre]
Francisca Marcia Muniz Chaves [Professora]
Gláucia Borges Nunes [Professora Mestra]
Jorge Tales [Professor]
Alexandre Coelho [Professor]
Marcos Luiz Treigher [Professor]
Augusto Cesar Nery de Lima [Professor]
André Vinícius Bezerra Magalhães [Professor]
Antônio Carlos Felix [Professor]
Marcio de Sousa Gurgel [Professor]
Antônio Carlos do Prado [Professor]
Michelle Arantes Pascoal [Professora]
Augusto Bragança S. P. Rischitelil [Professor]
Silvia Helena Ferreira [Professora]
Cesar Mustafá Tanajura [Professor]
Marília Serra Holanda Pinto [Professora]
Clécio Rodrigues de Lima [Professor]
Carlos José Ferreira de Souza [Professor]
Daniel da Silva Assum [Professor]
Mardonio Cunha [Professor]
Gecionny Souza [Professora]
Joamir Souza [Professor]
Jorge Galdino [Professor]
Gabrielle Werenicz Alves [Professora]
José Augusto Carvalho Santos [Professor]
Hudson de Oliveira e Silva [Professor]
José Carvalho Rios [Professor]
Renato Dias Prado [Professor]
Matheus Targino [Professor]
Juliana Aparecida Costa Silvestre [Professora]
Agradeço também com especial carinho à gerente editorial Silvana Rossi Júlio e a outras três mulheres, cujo apoio foi decisivo para o nascimento desta coleção: Suely Regina, Isaura Feliciano de Paula e Margarete do Rosário Lúcio.
O autor
BLOG DA TURMA Professores, cientes da familiaridade que as novas gerações têm com as redes sociais, e que o uso de tecnologias educacionais pode levá-los a aprender mais e melhor, consideramos importante o esforço que vem sendo feito por vários atores sociais para recorrer a elas no processo de ensinoaprendizagem. Contribuindo com esses esforços e visando estimular o alunado a apresentar sua pesquisa de maneira mais atraente, solicitamos a eles, ao longo de toda a coleção, para que postassem suas reflexões e produções no blog da turma.
1. Aplicar o nome da turma, da escola e do professor responsável; o blog pertencerá, portanto, a um grupo definido e limitado de pessoas. 2. Elaborar uma proposta para o blog explicitada por um nome significativo e uma curta descrição de seus objetivos. 3. Revisar o material a ser postado no blog, a fim de garantir a compreensão e a correção da mensagem (pode-se trabalhar em parceria com o professor de Língua Portuguesa). 4. Avaliar criteriosamente as fotos, tabelas, gráficos, mapas e textos dos mais variados gêneros destinados ao blog. 5. Os alunos poderão se organizar em grupos. Cada grupo será responsável por uma área de atuação; assim sendo teremos: a) EQUIPE DE PESQUISA, responsável por alimentar o blog com novas matérias-primas, que serão transformadas em produto com a ajuda dos outros grupos. b) EQUIPE DE DESIGN, responsável pelos aspectos visuais, incluindo-se aí a diagramação, escolha das fontes de letra e cores, estilos e tamanho das imagens. c) EQUIPE DE REDAÇÃO, responsável por receber e organizar os materiais a serem postados, padronizando e melhorando os textos e as imagens (com a ajuda de programas como o photoshop). d) EQUIPE DE ICONOGRAFIA, responsável pela pesquisa e seleção de imagens (fotografias e ilustrações) e vídeos a serem postados. e) EQUIPE DE PRODUÇÃO, responsável pela integração dos demais aspectos e também pelas questões técnicas de manutenção do blog. f) EQUIPE DE JORNALISMO, responsável por entrevistas e cobertura dos assuntos abordados pelo blog, dentro e fora da escola. Sugestão: poderá haver um rodízio quinzenal ou mensal entre os grupos, de modo que todos os alunos possam vivenciar as várias funções. O blog poderá ser também uma ferramenta de comunicação permanente, em que serão informadas as datas de avaliações, atividades de estudo do meio; visitas técnicas a museus, excursões, passeios etc.
Editoria de arte
A fim de colaborar com os professores, produzimos também um pequeno texto com dicas para a montagem de um blog no ambiente escolar; propomos a seguir alguns passos para a realização desta tarefa:
Unidade 1 | DIVERSIDADE E DISCRIMINAÇÃO RELIGIOSA ............................. 10 Capítulo 1 | Os francos ...................................... 12 Germanos: onde viviam e quem eram? .............. 15 O Reino dos francos ...................................... 18 O Império Carolíngio ...................................... 20 Atividades ................................................... 25 I.
Retomando ......................................... 25
II. Leitura e escrita em História ................. 27 III. Integrando com... Língua Portuguesa ...... 29 IV. Você cidadão! ..................................... 29 Capítulo 2 | O feudalismo .................................. 30 A formação da Europa medieval ....................... 31 O feudalismo ............................................... 31 A sociedade feudal ....................................... 33 Economia .................................................... 36 O senhorio .................................................. 38 Atividades .................................................... 41 I.
Retomando ......................................... 41
II. Leitura e escrita em História ................. 42 III. Você cidadão! ..................................... 44 Capítulo 3 | Os árabes e o islamismo ................. 45 A Península Arábica ...................................... 47 Atividades .................................................... 57 I.
Retomando ......................................... 57
II. Leitura e escrita em História ................... 58 III. Você cidadão! ...................................... 60 Capítulo 4 | Povos e culturas africanas: malineses, bantos e iorubás ....... 61 Árabes na África .......................... 62 O Império do Mali ........................ 63
The Art Archive/Alamy/Glow Images
Os bantos ................................... 66 Os iorubás .................................. 71 Atividades .................................. 79 I.
Retomando ....................... 79
II. Leitura e escrita em História ...................... 82 III. Integrando com... Língua Portuguesa ......................... 82 IV. Você cidadão! ................... 84
Capítulo 5 | China e Japão ..... 85 Dinastia Tang .......... 86 A sociedade ............. 87 O budismo ..................... 88 A dinastia Song ............. 92 A China invadida ............ 94 Japão ........................... 95 Atividades ................... 102 I. Retomando ......... 102 II. Leitura e escrita em História ...... 104 III. Você cidadão! .................................... 107
Unidade 2 | ARTE E RELIGIÃO ............... 108 Capítulo 6 | Mudanças na Europa feudal ............ 110 O revigoramento do comércio e das cidades ..... 113 A força da Igreja ......................................... 117 Conhecimento e arte .................................... 122 Crise, doenças e revoltas .............................. 123 Atividades ................................................. 127 I. Retomando ........................................ 127 II. Leitura e escrita em História ................ 130 III. Você cidadão! .................................... 132 Capítulo 7 | Renascimento e Humanismo .......... 133 O contexto ................................................. 134 Renascimento: características ....................... 135 O humanismo ............................................. 136 Arte e técnica no Renascimento .................... 137 O Renascimento italiano ............................... 137 A expansão do Renascimento ........................ 142 Atividades .................................................. 146 I. Retomando ........................................ 146 II. Leitura e escrita em História ................ 148 III. Integrando com... Língua Portuguesa ..... 149 IV. Você cidadão! .................................... 150 Capítulo 8 | Reforma e Contrarreforma ............. 151 Motivos da Reforma ..................................... 152 Os primeiros reformadores ............................. 153 Martinho Lutero .......................................... 153 João Calvino ............................................... 157 A Reforma na Inglaterra ............................... 158 A Reforma Católica ou a Contrarreforma .......... 160 Atividades .................................................. 163 I. Retomando ........................................ 163
Utagawa Kunisada II. 1857. Xilogravura. Coleção particular. Foto: The Granger Collection/Glow Images
SUMÁRIO
Unidade 3 | A FORMAÇÃO DO ESTADO MODERNO
.......
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Capítulo 9 | Estado moderno, absolutismo e mercantilismo ......... 170 O fortalecimento do poder dos reis ................. 171 A formação das monarquias ibéricas ............... 176 O absolutismo ............................................. 178 O mercantilismo: riqueza e poder para o Estado 183 Atividades .................................................. 185 I. Retomando ........................................ 185 II. Leitura e escrita em História ................ 187 III. Você cidadão! .................................... 190 Capítulo 10 | As Grandes Navegações ............... 191 Desbravando mares ...................................... 192 Portugal, o primeiro nas Grandes Navegações ... 196 A concorrência espanhola ............................. 200 Cabral toma posse das terras brasileiras .......... 202 Ingleses, franceses e holandeses .................... 205 Atividades .................................................. 206 I. Retomando ........................................ 206 II. Leitura e escrita em História ................ 208 III. Integrando com... Ciências ................... 210 IV. Você cidadão! .................................... 210
c. 1400-1521. Museu Britânico, Londres. Foto: Werner Forman/TopFoto/Keystone
Capítulo 11 | América: astecas, maias, incas e tupis .................... 211 Fontes para o estudo dos povos americanos ..... 212 Espaço e diversidade cultural ........................ 213 Os astecas .................................................. 214 Os maias .................................................... 219 Os incas ..................................................... 222 Os tupis ..................................................... 226 Atividades .................................................. 231 I. Retomando ........................................ 231 II. Leitura e escrita em História ................ 232 III. Integrando com... Ciências ................... 234 IV. Você cidadão! .................................... 235
Unidade 4 | NÓS E OS OUTROS
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Capítulo 12 | Espanhóis e ingleses na América .. 238 A Conquista das terras astecas ...................... 239 A Conquista das terras incas ......................... 241 Um novo olhar sobre as razões da Conquista espanhola ................................ 243 Colonização espanhola da América ................. 244 Colonização inglesa da América ..................... 251 Atividades .................................................. 255 I. Retomando ........................................ 255 II. Leitura e escrita em História ................ 257 III. Integrando com... Matemática .............. 258 IV. Você cidadão! .................................... 259 Capítulo 13 | Colonização portuguesa: administração ............................ 260 Expedições, feitorias e pau-brasil ................... 261 A colonização ............................................. 264 Atividades ...................................... 273 I. Retomando ............................ 273 II. Leitura e escrita em História ..................... 275 III. Integrando com... Ciências ..................... 276 IV. Você cidadão! ............. 277 Capítulo 14 | Economia e sociedade colonial açucareira ................ 278 A economia açucareira .......... 279 Engenho colonial ................. 280 Outros produtos coloniais ...... 282 Produção de alimentos e mercado interno ................ 283 A sociedade colonial açucareira ................................. 285 Holandeses no Brasil ................... 289 A Guerra dos Mascates ................................. 294 Atividades .................................................. 295 I. Retomando ........................................ 295 II. Leitura e escrita em História ................ 296 III. Integrando com... Matemática .............. 297 IV. Você cidadão! .................................... 298
Bibliografia
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Mapas de apoio
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299 301
Escola Portuguesa. Séc. XVI. Guache. Biblioteca Nacional, Paris. Foto: The Bridgeman Art Library/Keystone
II. Leitura e escrita em História ................ 165 III. Você cidadão! .................................... 167
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UNIDADE
DIVERSIDADE E DISCRIMINAÇÃO RELIGIOSA
Dominic Lipinski:/PA Wire/ZUMAPRESS/Easypix
A fotografia abaixo foi tirada em Londres, Inglaterra, em 2015, e reúne líderes de três grandes religiões monoteístas; representando o judaísmo, o rabino Jonathan Wittenberg (1); o cristianismo, a reverenda Margaret Cave (2); e o islamismo, o imame Ibrahim Mogra (3). Observe-a com atenção. 2
1
3
Qual será o significado de “coexist” ? A palavra está escrita de um modo muito particular; o que o artista quis dizer com isso? Você já presenciou uma pessoa discriminando outra por sua religião? Você já foi discriminado por sua religião? O que você pensa sobre a intolerância religiosa?
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UNIDADE 1 – DIVERSIDADE E DISCRIMINAÇÃO RELIGIOSA
KMazur/Wire Image/Getty Images
Abaixo, letreiro luminoso no palco de um show da Banda U2 durante a turnê Vertigo, ocorrida em 2005, nos Estados Unidos. Ao lado, o músico e cantor Bono Vox, principal estrela da banda. Sabia que ele já foi candidato ao Prêmio Nobel da Paz?
KMazur/Wire Image/Getty Images
O islamismo, o judaísmo e o cristianismo (cujos símbolos estão presentes na imagem) têm como fundamento o amor ao próximo e a paz entre os seres humanos. Apesar disso, a intolerância religiosa entre seus seguidores já ocasionou muitas guerras ao longo da História. Um exemplo foram as Cruzadas, que vamos estudar nesta unidade; outro exemplo são os conflitos armados entre judeus e palestinos, que já se arrastam há décadas. UNIDADE 1 – DIVERSIDADE E DISCRIMINAÇÃO RELIGIOSA
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OS FRANCOS
Delfim Martins/Pulsar
Aspecto da Festa do Divino Espírito Santo, em Pirenópolis (GO), 2007.
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Observe essa imagem com atenção: você saberia dizer quem são esses cavaleiros? Por que uns estão vestidos de vermelho e outros de azul? O que será que significa a cruz na roupa dos homens que estão de azul? Como informa a legenda, essa imagem é de um aspecto da Festa do Divino Espírito Santo, em Pirenópolis, Goiás. Você já assistiu ou ouviu falar dessa atraente festa popular brasileira? Que relação ela pode ter com o assunto que vamos estudar? UNIDADE 1 – DIVERSIDADE E DISCRIMINAÇÃO RELIGIOSA
Germanos Conjunto de povos que habitavam a Germânia, região da Europa situada ao norte do Império Romano.
Mosaico romano do século III, que representa colonos (mulher e homem) trabalhando na colheita da uva em uma grande propriedade romana localizada no norte da África.
DeA Picture Library/The Granger Collection/Glow Images
No último capítulo do 6o ano, vimos que, a partir do século III, o Império Romano viveu uma crise econômica prolongada: as pessoas não encontravam trabalho nas cidades e tinham dificuldade de sobreviver devido à inflação (alta generalizada dos preços). Além disso, ocorreu também um aumento da insegurança nas cidades romanas, devido à pressão e aos ataques dos germanos ao Império Romano; empobrecida com a crise e temendo os ataques germanos, boa parte da população do Império se mudou das cidades para o campo, em busca de abrigo e trabalho. Com isso, as cidades se esvaziaram e a Europa viveu um processo de ruralização. No campo, os mais pobres passaram a trabalhar para os grandes proprietários rurais na condição de colonos. O colonato era uma relação de trabalho em que o camponês trabalhava em um pedaço de terra do proprietário para retirar o seu sustento e o de sua família. Em troca, entregava a ele uma parte da colheita. Durante esse processo, mais precisamente no final do século IV, os hunos, povos originários das estepes da atual Mongólia, avançaram em direção ao Ocidente por milhares e milhares de quilômetros, conquistando terras e povos. Ao mesmo tempo, ou um pouco depois, para fugir dos hunos, os germanos avançaram na mesma direção. E, ao serem pressionados pelos hunos, intensificaram suas invasões ao Império Romano e conquistaram Roma, sua capital, em 476 (século V). Tradicionalmente, essa data marca o início de um novo período na história da Europa Ocidental.
CAPÍTULO 1 – OS FRANCOS
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Para saber mais De acordo com a divisão clássica da História, a Idade Média vai da queda de Roma, em 476, até a tomada de Constantinopla pelos turcos, em 1453. Nessa divisão, portanto, a Idade Média corresponde a um período de dez séculos. Atualmente vários historiadores questionam essa periodização. O historiador francês Jacques Le Goff, por exemplo, propôs uma nova periodização: uma “longa Idade Média” que iria do século IV ao XIX. Para ele, os aspectos que caracterizam esta “longa Idade Média” são: do ponto de vista das ideias, a predominância do cristianismo e da crença na luta entre Deus e o Diabo; sob o ângulo social, a existência de três grupos principais: sacerdotes, guerreiros e camponeses; no que diz respeito à saúde, o medo da Peste e o aparecimento dos primeiros hospitais; quanto aos transportes, a grande importância da carroça e do cavalo; com relação à cultura, a lenta alfabetização e a crença no milagre.
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c. 1540. Iluminura. Museu Victoria & Albert, Londres. Foto: The Bridgeman Art Library/Keystone
Idade Média: periodizações
Ilustração da obra Livro das Horas, c. 1540, de Simon Bening. Repare na importância do cavalo para o trabalho de arar e semear a terra. Museu Victoria & Albert, Londres, Reino Unido.
UNIDADE 1 – DIVERSIDADE E DISCRIMINAÇÃO RELIGIOSA
Germanos: onde viviam e quem eram? Germanos era o nome dado aos habitantes da Germânia, região da Europa parcialmente limitada pelos mares Báltico e do Norte, e pelos rios Reno, Danúbio e Vístula. Os germanos estavam divididos em vários povos: godos, saxões, francos, alamanos, suevos, burgúndios, vândalos, visigodos, ostrogodos, hérulos e outros. Observe o mapa: Os germanos na epoca da ascensão do rei ostrogodo Teodorico (493-526) Mar do Norte BRITÂNIA
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269
Fonte: DUBY, George. Grand atlas historique. Paris: Larousse, 2003. p. 35.
Guerra, razão de ser do germano Geralmente, o germano se preparava para a guerra desde pequeno. E nisso era ajudado pelo pai. Ao tornar-se um guerreiro, recebia honra e reconhecimento da comunidade. O jovem passava então a integrar um comitatus, isto é, grupo de guerreiros unidos a um chefe militar, a quem deviam servir e honrar. O chefe devia ser servido e honrado, pois era o elemento-chave da comunidade guerreira germânica; ao chefe, cabia o CAPÍTULO 1 – OS FRANCOS
Comitatus O mesmo que séquito militar, isto é, unidade militar formada por guerreiros fiéis ao chefe.
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mérito da vitória. Além da fidelidade ao chefe, os germanos valorizavam também a coragem nos campos de batalha. Era comum um guerreiro se matar por ter sido vencido no campo de batalha. Com o aumento das guerras contra os romanos, os chefes dos comitatus foram ganhando riqueza e poder e, alguns deles, tornaram-se reis.
Elmo de armadura dos francos, séculos IV-VI.
Espada dos Francos, século V.
AKG-Images/Newscom/Glow Images
The Bridgeman Art Library/Keystone
Direito e mitologia dos germanos
Faca dos burgúndios, feita de ferro e folheada a ouro, século VI.
Os achados arqueológicos confirmaram a importância da guerra na vida dos germanos, pois nos túmulos foram encontradas grandes quantidades de armas (lanças, espadas longas com duplo corte e machados).
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Os germanos não tinham lei escrita. As leis, bem como toda a cultura germânica, eram transmitidas oralmente. O direito germânico era, portanto, consuetudinário, ou seja, se baseava nos costumes. Cada comunidade tinha leis e costumes próprios. Entre alguns povos germânicos, se alguém fosse acusado de um crime, podia provar sua inocência por meio de um duelo de espadas; se vencesse, era considerado inocente, pois a vitória era um sinal de que os deuses estavam com ele. Os povos germânicos criaram uma mitologia tão fascinante quanto a dos gregos. Seus deuses também possuíam características humanas. Os principais deuses germanos eram: Odin: era o rei e também o mais misterioso dos deuses. Contam que, para obter uma grande sabedoria, sacrificou ele próprio um de seus olhos. Odin conta com a ajuda de dois corvos, seus fiéis mensageiros: Hugin, o pensamento, e Munin, a memória. Os dois contam-lhe tudo que acontece no mundo. Odin era também o deus da guerra. Durante as batalhas, costumava ajudar seus seguidores. Seu nome original germânico era Wotan. Os bretões o chamavam de Wedan, daí o nome da quarta-feira em inglês: Wednesday. UNIDADE 1 – DIVERSIDADE E DISCRIMINAÇÃO RELIGIOSA
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Thor, filho de Odin, ao contrário de seu pai, era um deus generoso e ingênuo. Era o deus do trovão, das tempestades. Sua principal arma era um grande martelo de pedra chamado de Mjöllnir (pronuncia-se “miolnir”). Pela sua boa índole, Thor era amado e querido por todos. Thursday, quinta-feira em inglês, é uma homenagem a ele e significa “o dia de Thor”. Freya: belíssima deusa da fertilidade; acreditava-se que, graças a ela, as plantações cresciam e as mulheres engravidavam. A sexta-feira em inglês, Friday, é uma homenagem a essa deusa.
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Germanos no Império Romano Em 1963, Stan Lee e Jack Kirby, da empresa estadunidense Marvel Comics, transformaram o deus germânico Thor em um super-herói de histórias em quadrinhos; nas décadas seguintes, ele foi repaginado e atuou também em seriados para TV e filmes. Acima, cena de um filme de 2013, intitulado Thor: o mundo sombrio, com o ator Chris Hemsworth.
1 Museu Nacional da Idade Média e do Thermes de Cluny, Paris. Foto: Art Images Archive/Glow Images
Os germanos entraram no Império Romano por meio de migrações e invasões. Muitos entraram como soldados para servir no exército romano; outros, como lavradores, para trabalhar nas terras dos romanos e, outros, ainda, como comerciantes. Houve também casamentos entre pessoas desses povos. Até o final do século IV, nas fronteiras do Império Romano, germanos e romanos ora entravam em conflito, ora conviviam em paz. A partir do século IV, porém, a violência passou a predominar na relação entre eles: atraídos pelas riquezas romanas e fugindo dos ataques dos hunos, os germanos se lançaram sobre o Império Romano, conquistando grande parte de seu território. Nas terras conquistadas no Império Romano, os germanos estabeleceram vários domínios (também chamados de reinos). Os visigodos dominaram a Hispânia; os vândalos, o norte da África; os ostrogodos, a Península Itálica; os anglos, os saxões e os jutos, a Britânia, e assim por diante. Como os povos germanos viviam em constantes conflitos entre si, a maioria desses reinos durou relativamente pouco tempo. Os francos, porém, se diferenciaram dos demais povos germanos por constituir um reino próspero e duradouro. 2 1. Broche em metal esmaltado
feito por artesãos francos. Escola Merovíngia, século VII. 2. Broche franco do século VII.
CAPÍTULO 1 – OS FRANCOS
Artcolor/Interfoto/Latinsto
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O Reino dos francos Dinastia Conjunto de reis de uma mesma família.
Os francos atravessaram o Rio Reno em direção ao oeste e, por meio de alianças políticas e da guerra, conquistaram a Gália, onde fundaram um reino. A primeira dinastia franca foi a merovíngia, assim chamada em homenagem a um chefe lendário de nome Meroveu, considerado como o primeiro rei dos francos. Mas foi no reinado de Clóvis (482-511), possivelmente neto de Meroveu, que a expansão franca ganhou maior impulso. Este rei estabeleceu a capital do seu reino em Lutécia (cidade que deu origem a Paris), e partiu para a guerra visando à conquista de riquezas que, conforme o costume franco, seriam divididas com seus guerreiros. Depois de vencer outros povos germanos, como os burgúndios e os visigodos, Clóvis passou a reinar sobre uma região extensa que abrangia terras pertencentes hoje à França e à Alemanha. Observe o mapa. Allmaps
Expansão dos francos (séculos V e VI) Mar do Norte Primeira expansão franca no século V, liderada por Clóvis Territórios tomados dos visigodos no século VI
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Territórios tomados dos burgúndios
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Fonte: DUBY, Georges. Atlas historique mondial. Paris: Larousse, 2001. p. 32.
Além de fazer uso das armas, Clóvis ampliou seu poder por meio do matrimônio: casou-se com Clotilde, princesa cristã do Reino da Burgúndia, mulher que teve grande influência na sua vida. Casando-se com Clotilde, o rei Clóvis conseguiu diminuir a resistência ao domínio franco. Influenciado por ela e interessado na aliança com a Igreja Católica, Clóvis converteu-se ao cristianismo em 496. E, com o apoio da Igreja, continuou expandindo seu reino.
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UNIDADE 1 – DIVERSIDADE E DISCRIMINAÇÃO RELIGIOSA
C. 1375. Iluminura. Biblioteca Nacional, Paris. Foto: AKG Images/Latinstock
Os sucessores de Clóvis tiveram pouco cuidado com a administração do Reino. Ocuparam-se principalmente com festas e torneios de esgrima; por isso, ficaram conhecidos como reis indolentes. Devido ao desinteresse desses reis, o governo de fato passou às mãos de um alto funcionário: o prefeito do palácio ou mordomo do paço. O filho e sucessor de um desses mordomos do paço, Pepino, o Breve (assim chamado por sua baixa estatura), depôs o último rei merovíngio por meio de um golpe e se fez aclamar rei, o primeiro da dinastia carolíngia. O papa o reconheceu como rei e, em troca, pediu a ele que defendesse a cristandade dos lombardos, povo que se estabelecera na Itália central e ameaçava assaltar a sede do papado, em Roma. Pepino e seus cavaleiros invadiram a Itália, derrotaram os lombardos e doaram para a Igreja Católica parte das terras conquistadas. Desta doação originou-se o patrimônio de São Pedro, também chamado Estados da Igreja, que permaneceram inalterados por mais de mil anos.
Batismo de Clóvis I em iluminura de manuscrito francês Grandes crônicas de França (1375-1379). Dinastia carolíngia A dinastia iniciada com Pepino, o Breve, foi chamada posteriormente da dinastia carolíngia em razão do seu principal representante: o rei Carlos Magno (768-814).
Dialogando...
Tips/ZUMAPRESS/Easypix
É comum vermos na TV o papa rezando a missa na Basílica de São Pedro, no Estado do Vaticano. Sabe onde fica esse Estado? Sabe por quem é governado?
CAPÍTULO 1 – OS FRANCOS
A igreja que se vê na imagem é a Basílica de São Pedro, situada na praça de mesmo nome. O atual Estado do Vaticano, sede da Igreja Católica, faz parte das terras doadas pelos reis carolíngios Pepino, o Breve, e Carlos Magno, seu filho e sucessor. Fotografia de 2013.
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