Língua Portuguesa
Componente curricular: Língua Portuguesa
Ensino Fundamental • Anos Finais
Manual do Professor
Editor responsável: Marcos Rogério Morelli
Organizadora: FTD EDUCAÇÃO
Componente curricular: Língua Portuguesa
Componente curricular: Língua Portuguesa
Ensino Fundamental • Anos Finais
Manual do Professor
Editor responsável: Marcos Rogério Morelli
Organizadora: FTD EDUCAÇÃO
Componente curricular: Língua Portuguesa
Editor responsável: Marcos Rogério Morelli
Licenciado em Letras Anglo-Portuguesas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Especialista em Língua Portuguesa pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Professor em escolas da rede particular de ensino e editor de materiais didáticos da área de Linguagens.
Organizadora: FTD EDUCAÇÃO
Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela FTD Educação.
1ª edição
São Paulo, 2022
Marcos Rogério Morelli
Licenciado em Letras Anglo-Portuguesas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Especialista em Língua Portuguesa pela Universidade
Estadual de Londrina (UEL-PR).
Professor em escolas da rede particular de ensino e editor de materiais didáticos da área de Linguagens.
Taciane Marcelle Marques
Licenciada em Letras Vernáculas e Clássicas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Especialista em Psicologia Aplicada à Educação pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Mestra em Estudos da Linguagem pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Doutora em Estudos da Linguagem pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Professora em escolas da rede particular de ensino e elaboradora de materiais didáticos da área de Linguagens
Natália Cristina Martins de Sá
Licenciada em Letras Vernáculas e Clássicas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Elaboradora de materiais didáticos da área de Linguagens.
Luísa Moreira Vianna Moura
Licenciada em Letras (Português e Literaturas) pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ).
Especialista em Edição de Texto pela Universidade Nova de Lisboa (UNL-PT).
Elaboradora de materiais didáticos da área de Linguagens.
Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira
Direção de Conteúdo e Negócios Cayube Galas
Direção editorial adjunta Luiz Tonolli
Gerência editorial Roberto Henrique Lopes da Silva
Edição Paulo Roberto Ribeiro (coord.)
Preparação e Revisão Maria Clara Paes (coord.)
Gerência de produção e arte Ricardo Borges
Design Andréa Dellamagna (coord.)
Arte e Produção Rodrigo Carraro (coord.)
Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno
Projeto e produção editorial Scriba Soluções Editoriais
Edição Marcos Rogério Morelli, Raquel Teixeira Otsuka, Isabela Ventura
Silvério Biz e Sabrina Vieira Mioto
Assistência editorial Alan Magno Schein Santoro e Ricardo César Pereira
Preparação e Revisão Moisés Manzano da Silva (coord.),
Raisa Rodrigues da Fonseca
Gerência de produção editorial Camila Rumiko Minaki Hoshi
Supervisão de produção editorial Priscilla de Freitas Cornelsen Rosa
Coordenação de produção editorial Daiana Fernanda Leme de Melo
Coordenação de produção de arte Tamires Rose Azevedo
Edição de arte Rogério Casagrande
Projeto gráfico e capa Marcela Pialarissi
Imagens de capa Album/Universal Images Group/Universal History Archive/ Charles Chaplin Productions (Charles Chaplin), Tithi Luadthong/Shutterstock.com (homem com lanternas), evgeniy jamart/Shutterstock.com (robôs), durantelallera/ Shutterstock.com (ilustração)
Diagramação Ana Maria Puerta Guimarães, Laryssa Dias Almeron dos Santos, Vivian Larissa Morita, Formato Comunicação Ltda.
Autorização de recursos Marissol Martins Maia (coord.) e Diana Alves
Iconografia Silvia de Luca Ferreira
Tratamento de imagens Janaina Oliveira e Jéssica Sinnema
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Trajetórias língua portuguesa : 6º ano : ensino fundamental : anos finais / organizadora FTD Educação ; obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela FTD Educação ; editor responsável Marcos Rogério Morelli. -- 1. ed. -- São Paulo : FTD, 2022.
Componente curricular: Língua portuguesa.
ISBN 978-85-96-03421-0 (aluno)
ISBN 978-85-96-03422-7 (professor)
1. Língua portuguesa (Ensino fundamental)
I. Morelli, Marcos Rogério.
22-114451
CDD-372.6
Índices para catálogo sistemático:
1. Língua portuguesa : Ensino fundamental 372.6
Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427
Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à
EDITORA FTD
Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP
CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300
Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970
www.ftd.com.br
central.relacionamento@ftd.com.br
Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada.
Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD CNPJ 61.186.490/0016-33
Avenida Antonio Bardella, 300
Guarulhos-SP – CEP 07220-020
Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375
Caro professor, Para tornar a jornada dos estudantes e seu trabalho ainda mais agradável e interessante, apresentamos a você este guia prático com o objetivo de ajudá-lo a orientar os estudantes no desenvolvimento de suas capacidades leitoras, na consolidação das aprendizagens dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, na preparação para o Ensino Médio e, de certa forma, para o mundo do trabalho.
Ao produzirmos este manual, consideramos a importância de incentivá-los a encontrar o prazer de estudar e a assumir cada vez mais o protagonismo de suas vidas, considerando você, professor, um colaborador importante nesse processo. Este material também visa contribuir para sua formação profissional por meio de orientações didáticas e metodológicas atualizadas, apresentar sugestões para seu trabalho em sala de aula e dispor de informações que favorecem a revisão dos conteúdos desenvolvidos.
Bom trabalho!
Conheça a estrutura da coleção ◆ VI
Livro do Estudante ◆ VI
Manual do Professor ◆ VIII
Proposta teórico-metodológica da coleção ◆ IX
A leitura em sala de aula ◆ IX
O ensino de gêneros textuais ◆ X
Gêneros multimodais e multissemióticos ◆ XI
A interação entre os textos ◆ XI
A produção escrita ◆ XII
A produção oral ◆ XIII
Os conhecimentos linguísticos ◆ XIV
Práticas pedagógicas ◆ XV
O papel do professor ◆ XV
O ensino interdisciplinar e o planejamento ◆ XV
Metodologias ativas ◆ XVII
Recursos didáticos ◆ XXI
Práticas de pesquisa ◆ XXII
Pensamento computacional ◆ XXIV
A avaliação ◆ XXVI
A defasagem em sala de aula ◆ XXVIII
O estudante e os Anos Finais do Ensino Fundamental ◆ XXX
Culturas juvenis ◆ XXX
Saúde mental, cultura de paz e bullying ◆ XXXI
A Base Nacional Comum Curricular ◆ XXXI
As competências da BNCC ◆ XXXII
Os temas contemporâneos transversais e a formação cidadã ◆ XXXIV
Habilidades da BNCC • 6º ano ◆ XXXVII
Articulação entre a abordagem teórico-metodológica e a BNCC ◆ XLV
Quadro de conteúdos • 6º ano ◆ XLVI
Sugestões de cronogramas ◆ LIII
Ampliando conhecimentos ◆ LIV
Referências bibliográficas comentadas ◆ LX
Referências bibliográficas complementares comentadas ◆ LXII
Sumário ◆ 9
UNIDADE 1 Fábula e causo ◆ 14
CAPÍTULO 1 Fábula ◆ 16
CAPÍTULO 2 Causo ◆ 32
UNIDADE 2 Poema e conto de suspense ◆ 56
CAPÍTULO 3 Poema ◆ 58
CAPÍTULO 4 Conto de suspense ◆ 79
UNIDADE 3 Notícia e foto-denúncia ◆ 98
CAPÍTULO 5 Notícia ◆ 100
CAPÍTULO 6 Foto-denúncia ◆ 127
UNIDADE 4 História em quadrinhos e meme ◆ 144
CAPÍTULO 7 História em quadrinhos ◆ 146
CAPÍTULO 8 Meme ◆ 168
UNIDADE 5 Texto de divulgação científica e carta aberta ◆ 186
CAPÍTULO 9 Texto de divulgação científica ◆ 188
CAPÍTULO 10 Carta aberta ◆ 205
UNIDADE 6 Lenda e texto dramático ◆ 222
CAPÍTULO 11 Lenda ◆ 224
CAPÍTULO 12 Texto dramático ◆ 243
UNIDADE 7 Anúncio para internet e cartaz de campanha ◆ 262
CAPÍTULO 13 Anúncio para internet ◆ 264
CAPÍTULO 14 Cartaz de campanha ◆ 280
Referências bibliográficas comentadas ◆ 303
Esta coleção é composta de quatro volumes destinados aos estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental – do 6º ano ao 9 º ano – e quatro volumes destinados a você, professor. Além disso, a coleção é composta pela versão digital-interativa, que conta com alguns objetos de enriquecimento que complementam o material impresso.
Cada volume do Livro do Estudante apresenta sete unidades, as quais dispõem de dois capítulos. Nessas unidades são trabalhados dois gêneros textuais que podem pertencer ao mesmo campo de atuação ou a campos de atuação afins. Os capítulos têm uma hierarquia clara com relação à disposição dos conteúdos e um texto didático adequado à faixa etária dos estudantes. Em todos os volumes, os gêneros textuais são desenvolvidos em seções e subseções, acompanhados de imagens, boxes informativos e vocabulários, quando necessários, para ampliar o conhecimento a respeito do objeto em estudo.
Os conteúdos abordados nos volumes obedecem a uma progressão linear da aprendizagem pelos estudantes e são desenvolvidos por meio de uma abordagem estrutural, funcional e interacional, de modo que eles tenham um contato significativo e prazeroso com os objetos de ensino.
Esta coleção foi organizada a fim de levar os estudantes a desenvolver atitudes e habilidades que possibilitam sua formação integral. A seguir, confira mais informações sobre a organização das unidades e dos capítulos desta coleção.
Antes de iniciar cada unidade, você poderá fazer uma avaliação diagnóstica dos estudantes e verificar os conhecimentos prévios deles a respeito dos conteúdos que serão estudados na unidade por meio de atividades diversificadas. Sempre que possível, nas orientações ao professor, são sugeridas estratégias e metodologias ativas que podem auxiliar no desenvolvimento das atividades dessa seção.
Nessas páginas, são apresentadas imagens relacionadas ao menos a um dos gêneros que serão lidos e
estudados na unidade. Essas imagens são acompanhadas sempre de questões para você explorar os conhecimentos prévios e a realidade próxima dos estudantes, além de poder relacionar esses recursos imagéticos com os gêneros a serem estudados. Na abertura, também é possível ter acesso à lista de conteúdos que serão estudados na unidade.
Essa seção aparece uma vez por capítulo. A cada nova ocorrência, você terá a oportunidade de explorar com os estudantes um texto de um gênero diferente. No estudo do texto, as atividades estão organizadas em Conversando sobre o texto, Escrevendo sobre o texto, Explorando a linguagem e, quando for pertinente, Discutindo ideias, construindo valores. Além da troca de ideias entre os estudantes, essas atividades proporcionam interpretação e reflexão sobre a estrutura e a linguagem do texto lido.
Nessa seção, você explorará com os estudantes outro texto do mesmo gênero estudado na seção Leitura Assim, eles terão a oportunidade de retomar as características de cada gênero, auxiliando nas atividades de produção textual.
Nessa seção, os estudantes poderão perceber como um texto pode dialogar com outros. Os textos foram escolhidos por se relacionarem, tematicamente, com os estudados na seção Leitura ou Outra leitura . Quando houver mais de um texto nessa seção, eles também poderão apresentar relações entre si.
Nessa seção, explore com os estudantes os diferentes conteúdos gramaticais e ortográficos, permitindo-lhes perceber que o sistema linguístico é um processo dinâmico e de interação. Além de aprender as regras da norma-padrão, em muitos momentos, eles refletem sobre aspectos da língua em uso. Na subseção Praticando, são apresentadas atividades diversificadas visando à prática e à aplicabilidade dos conteúdos estudados.
Essa seção possibilita a você trabalhar com os estudantes atividades que exploram aspectos estruturais,
linguísticos, estilísticos e funcionais dos textos, ampliando a competência linguística necessária para a comunicação no cotidiano e para as produções orais e escritas. Na subseção Praticando, são apresentadas atividades diversificadas visando à prática e à aplicabilidade dos conteúdos estudados.
Por meio da apresentação de textos verbais e não verbais, nessa seção, os estudantes percebem que os conteúdos estudados, de forma geral, relacionam-se aos conteúdos de outros componentes curriculares. É possível planejar as aulas referentes a essa seção de modo individual, quando não há a necessidade de trabalhar com o professor de outro componente curricular ou área de conhecimento, ou coletivo, quando for pertinente o trabalho em parceria com o professor de outro componente curricular ou área de conhecimento.
Essa seção promove momentos de interação e discussão entre os estudantes, convidando-os a refletir a respeito de diversos temas contemporâneos transversais e relevantes para a vida em sociedade.
Nessa seção, os estudantes são incentivados a produzir textos orais mais elaborados, que possibilitam vivenciar experiências significativas de comunicação. Para isso, reforce com eles as características do gênero a ser produzido, aproveitando as orientações apresentadas na própria seção, produzidas para auxiliar você e a turma nesse trabalho.
Nessa seção, os estudantes são incentivados a produzir textos escritos de gêneros variados. Por meio das etapas de planejamento, produção e avaliação do texto, você poderá orientá-los, reforçando sempre que eles podem voltar à leitura dos textos do capítulo para tê-los como base para a produção. Ao final, você poderá auxiliá-los de diversas formas a compartilhar e divulgar os textos produzidos em sites, murais da escola, blogs, ou ainda por meio de coletâneas, vlogs, podcasts, entre outros.
Ponto de verificação
No final de cada unidade, você poderá avaliar as aprendizagens da turma a respeito dos conteúdos estudados ao longo da unidade. Esse momento é impor-
tante para remediar eventuais defasagens, esclarecer dúvidas e, se necessário, retomar e fixar algum conteúdo. Ao final da seção, é apresentado o boxe Autoavaliação, para que os estudantes avaliem o próprio desempenho e reflitam sobre o que é necessário mudar ou melhorar nas próximas unidades. Você pode usar estratégias e metodologias ativas para desenvolver esse momento de autoavaliação com a turma.
Localizada no final do livro, essa seção avalia o aprendizado dos estudantes com relação a alguns dos principais conteúdos estudados ao longo do ano. No 6º e no 7º anos, são apresentadas atividades de múltipla escolha que abordam interpretação de texto, além de conteúdos linguísticos e gramaticais. Ao final da seção, também é apresentada uma atividade de produção textual. No 8º e no 9º anos, a seção apresenta atividades de vestibulares e do Enem, tanto de múltipla escolha quanto de produção textual, a fim de preparar os estudantes para o Ensino Médio e para os exames de larga escala. Ao final, após a proposta de produção, é apresentado o boxe Autoavaliação, para que eles avaliem e reflitam sobre o próprio desempenho, possibilitando-lhes identificar em quais conteúdos tiveram dificuldades e retomá-los com a ajuda do professor e dos colegas de turma, exercitando a cooperação e a aprendizagem em grupos.
Cinema
Esse boxe apresenta sugestões para os estudantes de filmes relacionados ao assunto estudado. Utilize-os para despertar o interesse por esses recursos culturais e ampliar o conhecimento deles.
Internet
Esse boxe mostra sugestões para os estudantes de sites relacionados ao assunto ou ao gênero estudado. Utilize-os para despertar o interesse pela leitura e pesquisa, ampliando o conhecimento deles.
Biblioteca
Esse boxe oferece sugestões para os estudantes de livros relacionados ao gênero ou ao assunto estudado. Utilize-os para despertar o interesse pela leitura e ampliar o conhecimento deles.
Visite
Esse boxe apresenta sugestões de passeios e visitas a espaços fora da sala de aula, com o objetivo de ampliar as
formas de estudo e as possibilidades de aprendizagem. Utilize-os como meio de despertar o interesse dos estudantes pela aprendizagem em espaços não formais, ampliando o conhecimento deles e seus repertórios culturais.
Use o conteúdo apresentado nesse boxe para, em alguns momentos, apresentar dicas para melhor orientar os estudantes na realização de atividades.
Faça uso do vocabulário para levar os estudantes a compreender melhor o texto lido. Esse recurso é utilizado, em alguns momentos, para apresentar explicações de palavras que eles possam não compreender apenas pela leitura do texto, considerando e valorizando os possíveis conhecimentos prévios deles.
Boxe conceito
Esse boxe apresenta algumas definições dos conteúdos estudados e pode ser utilizado para sintetizar ou retomar o que foi trabalhado com os estudantes.
Boxe informativo
Com o auxílio desse boxe, durante as aulas, você apresentará curiosidades e/ou informações complementares sobre o assunto estudado, o autor do texto lido ou ainda outros dados interessantes que possam ampliar os conhecimentos dos estudantes.
O Manual do Professor apresentado nesta coleção é organizado em duas partes. A primeira, localizada no início de cada volume, dispõe de informações gerais sobre a coleção, incluindo a estrutura do Livro do Estudante e do Manual do Professor ; as competências gerais e específicas desenvolvidas na coleção; a proposta teórico-metodológica da coleção, os conteúdos e as habilidades a serem desenvolvidos pelos estudantes em cada volume. A segunda parte, por sua vez, apresenta a reprodução do Livro do Estudante com eventuais respostas e, nas laterais e no rodapé dessa reprodução, é possível encontrar orientações para auxiliar o trabalho com o conteúdo em sala de aula, apresentando possíveis estratégias. Em algumas páginas ímpares, para que o sentido de leitura fique mais claro, na lateral e no rodapé, é utilizado o seguinte recurso visual:
A seguir, confira as características das divisões presentes nas orientações do Manual do Professor página a página.
Apresentados nas orientações ao professor sempre que uma nova seção for iniciada no Livro do Estudante, os objetivos de aprendizagem podem auxiliá-lo no modo de orientar suas aulas, além de ser uma informação importante para acompanhar o aprendizado dos estudantes.
No decorrer dos conteúdos, são apresentadas informações, sugestões e orientações que visam auxiliá-lo no trabalho em sala de aula. Sempre que possível, também são sugeridos diferentes modos de apresentação e ordenação dos conteúdos.
Essa seção indica momentos em que o trabalho desenvolvido no material estabelece uma relação com outros componentes curriculares e apresenta possibilidades de trabalho interdisciplinar, sugerindo formas simples de realizá-lo seja individual ou coletivamente.
Nessa seção são indicadas as relações entre os conteúdos desenvolvidos na coleção e as habilidades, competências e temas contemporâneos transversais da BNCC. Aproveite essas informações para complementar seu planejamento e avaliar quais habilidades ou competências já podem ser consideradas consolidadas e quais ainda precisam ser desenvolvidas com os estudantes.
Essa seção é utilizada sempre que houver necessidade de apresentar as respostas das questões nesse espaço reservado às orientações ao professor.
Quando necessário, são sugeridas atividades a serem trabalhadas com os estudantes, para aprofundar o conhecimento deles ou consolidar um conteúdo específico. Essas atividades também podem ser usadas como instrumento de avaliação formativa.
Com a finalidade de possibilitar aos estudantes participar de forma significativa e crítica das diversas práticas sociais, as atividades que você desenvolverá com eles em sala de aula apresentarão os conhecimentos de língua, texto, gênero, norma-padrão e semioses. Além disso, para que seja possível ampliar continuamente a competência leitora dos estudantes, esta coleção contempla a diversidade cultural e linguística e os novos multiletramentos, com gêneros e textos cada vez mais multissemióticos e multimidiáticos.
Ao considerar as práticas da linguagem como os eixos norteadores ao ensino de língua portuguesa, esta coleção pretende estabelecer uma relação com as propostas da BNCC
[...] os eixos de integração considerados na BNCC de Língua Portuguesa são aqueles já consagrados nos documentos curriculares da Área, correspondentes às práticas de linguagem: oralidade, leitura/ escuta, produção (escrita e multissemiótica) e análise linguística/semiótica (que envolve conhecimentos linguísticos – sobre o sistema de escrita, o sistema da língua e a norma-padrão –, textuais, discursivos e sobre os modos de organização e os elementos de outras semioses).
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. p. 71. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 11 fev. 2022.
Com o auxílio desta coleção, você desenvolverá em sala de aula atividades de leitura e de escuta importantes para o desenvolvimento de habilidades necessárias para que os estudantes possam acessar e analisar conteúdos dos mais diversos. Ter acesso à informação de qualidade e saber compreendê-la são habilidades essenciais para a vida em sociedade, pois é por meio da informação que as pessoas conhecem e organizam dados, fatos e instruções.
Por esse motivo, nesta coleção, o eixo da leitura é compreendido como um processo de interação entre o leitor e o texto, no qual o leitor/ouvinte/espectador analisa os diferentes textos escritos/orais/multissemióticos com base em um objetivo específico (desfrutar, procurar informações, seguir instruções etc.). Nesse processo, o leitor deverá considerar seus conhecimen-
tos prévios para compreender os diferentes textos e construir significados.
As atividades de leitura propostas consideram que a compreensão final de um texto está atrelada ao objetivo do leitor ao fazer a leitura. Convém destacar que o texto pode pressupor mais de um objetivo de leitura, cabendo ao leitor, naquele momento específico, definir o principal.
Além de considerar os objetivos da leitura, você também verificará que o trabalho dedicado à leitura prioriza a natureza funcional e interativa da língua. Funcional porque habilita os estudantes a identificar as informações mais relevantes de um texto e interativa porque os convida a analisar e desvendar os recursos expressivos que propiciam efeitos de sentido, em suas dimensões polissêmicas e discursivas, de forma que eles construam significados com base no texto e em seus conhecimentos prévios.
Para promover a interação entre texto e leitor em sala de aula, antes é preciso motivar os estudantes para a leitura; por isso, nenhuma atividade de leitura deve ser iniciada sem que eles se encontrem suficientemente motivados. Justamente por isso, as atividades desse tipo desenvolvidas nesta coleção levam em conta seus conhecimentos prévios, incentivando-os a expor o que já sabem sobre o tema ou gênero em estudo e impulsionando-os para dentro do texto. Apresentar algumas informações também pode ajudar a instigar a leitura. Confira, a seguir, alguns exemplos:
• chamar a atenção para as informações do título do texto e da ilustração que o acompanha;
• fazer uma pequena síntese contextualizando o texto;
• tratar da estrutura composicional, do conteúdo e do estilo do texto;
• informar sobre o autor do texto e a época em que ele foi escrito, considerando, ainda, o contexto de produção e circulação;
• relacionar o texto com outros conhecidos pelos estudantes;
• correlacionar o texto com obras de arte ou outros conteúdos de diferentes áreas do conhecimento. Desse modo, ao considerar os aspectos discursivos e enunciativos da linguagem, é possível compreender que os textos são objetos inacabados, que só se completam no momento da interação com o leitor.
Para explorar um texto com os estudantes, é importante considerar que a leitura e a interpretação de um texto pressupõem um trabalho de reconstrução de sentidos e não mera decodificação. É válido destacar, ainda, que a compreensão textual é muito mais uma atividade de relação de vários elementos do que a extração de uma informação objetiva de certo enunciado.
Concebendo o texto como um evento comunicativo, no qual convergem ações linguísticas, cognitivas e sociais, é imprescindível apresentar aos estudantes textos que contemplem as diferentes formas de interagir pelas linguagens. Além disso, proporcionar-lhes o contato com um recorte significativo de diversos gêneros textuais que circulam na sociedade contribuirá para que pensem na prática da leitura como um dos fundamentos do processo educacional, que pode lhes garantir autonomia de aprendizagem.
Assim, para a escolha dos textos a serem explorados com os estudantes nesta coleção, alguns critérios foram considerados:
• apresentar um recorte significativo da diversidade de gêneros textuais que circulam socialmente;
• contemplar os diferentes campos de atuação indicados na BNCC (jornalístico-midiático, artístico-literário, atuação na vida pública, práticas de estudo e pesquisa);
• apresentar textos que são compostos por linguagens e mídias diversas;
• considerar a autenticidade dos textos e sua relevância, buscando-os sempre em suportes textuais significativos;
• prezar a unidade de sentido dos recortes realizados;
• disponibilizar uma diversidade de autores representativos da literatura brasileira e universal, tanto canônicos quanto contemporâneos;
• considerar a adequação dos textos (linguagem e extensão) à faixa etária dos estudantes;
• dosar o nível de dificuldade que a seleção textual apresenta, considerando o processo de desenvolvimento de competências e habilidades de leitura dos estudantes.
Com base no que foi exposto a respeito da leitura, ao abordá-la com os estudantes no ensino da língua materna, é importante promover ações que, além de levá-los a compreender o texto, despertem neles o interesse e o prazer pela leitura.
A abordagem de gêneros textuais está presente no ensino de língua portuguesa, visto que seu estudo favorece um olhar mais atento ao funcionamento da língua tanto quanto as práticas culturais e sociais. Segundo Marcuschi, gêneros textuais referem-se aos
[...] textos materializados em situações comunicativas recorrentes. Os gêneros textuais são os textos que encontramos em nossa vida diária e que apresentam padrões sociocomunicativos característicos definidos por composições funcionais, objetivos enunciativos e estilos concretamente realizados na integração de forças históricas, sociais, institucionais e técnicas. [...] os gêneros são entidades empíricas em situações comunicativas e se expressam em designações diversas, constituindo em princípio listagens abertas. [...]
Os gêneros são entendidos como uma ferramenta que amplia a competência comunicativa dos estudantes tanto na compreensão quanto na produção de textos adequados ao que temos chamado campos de atuação. A adoção dos gêneros como um dos objetos de ensino-aprendizagem fundamenta-se no favorecimento do ensino da leitura e da produção, que permite a incorporação dos elementos sociais e históricos, da situação de produção, dos conteúdos temáticos, das construções composicionais e dos estilos de cada enunciador. Outro fator importante a se considerar é que os gêneros apresentam sempre um conteúdo, uma forma composicional e um estilo peculiar.
É importante destacar que os gêneros textuais são dinâmicos, visto que são textos orais e escritos produzidos por falantes de uma língua em determinado momento histórico, sendo impossível determinar e elencar todos eles. Sobre isso, Marcuschi afirma:
[...] uma simples observação histórica do surgimento dos gêneros revela que, numa primeira fase, povos de cultura essencialmente oral desenvolveram um conjunto limitado de gêneros. Após a invenção da escrita alfabética por volta do século VII a.C., multiplicam-se os gêneros, surgindo os típicos da escrita. Numa terceira fase, a partir do século XV, os gêneros expandem-se com o florescimento da
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais no ensino de língua. In: MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008. p. 155. (Educação Linguística).cultura impressa para, na fase intermediária de industrialização iniciada no século XVIII, dar início a uma grande ampliação. Hoje, em plena fase da denominada cultura eletrônica, com o telefone, o gravador, o rádio, a TV e, particularmente, o computador pessoal e sua aplicação mais notável, a internet, presenciamos uma explosão de novos gêneros e novas formas de comunicação, tanto na oralidade como na escrita. [...]
Com a finalidade de apresentar diferentes gêneros aos estudantes, esta coleção tem as seções Leitura , Outra Leitura , Interação entre os textos , Produção escrita e Produção oral, nas quais são trabalhadas as características do gênero, seja por meio da leitura e compreensão de texto, seja por meio de orientações para a produção textual (escrita ou oral).
Na contemporaneidade, especialmente com o advento de novas tecnologias e mídias, ocorre constantemente o surgimento de diversos gêneros textuais (multissemióticos e multimodais), que circulam em espaços digitais e envolvem diversas modalidades da linguagem. Sobre esses gêneros, Rojo destaca:
[...] os gêneros se transformaram em entidades multimodais, isto é, utilizam-se de diversas modalidades de linguagem – fala, escrita, imagens (estáticas e em movimento), grafismos, gestos e movimentos corporais – de maneira integrada e em diálogo entre si, para compor os textos. Basta ver uma propaganda televisiva ou um videoclipe na internet, para constatar este fenômeno.
Mesmo nas mídias impressas, como revistas, livros e jornais, podemos constatar esta multimodalidade. Basta abrir o livro didático ou uma revista para jovens para ver que as diversas modalidades de linguagem, hoje, constituem mutuamente os sentidos do texto.
Assim, faz-se necessário que o trabalho com gêneros textuais multimodais contemple novas possibilidades de multiletramento, marcado pela concomitância de linguagens e mídias. Esse trabalho exige competências variadas de leitura. Ao explorar esses gêneros, é fundamental levar os estudantes a perceber a hipertextualidade e as relações entre as múltiplas modalidades de linguagem que constituem um gênero, reconhecendo os significados produzidos por essa articulação.
Muitas vezes, a leitura de um texto pressupõe o conhecimento de outros com os quais se estabelece um diálogo. Reconhecer a intertextualidade auxilia na construção dos sentidos de um texto. Dessa forma , é preciso compreender o texto como um objeto heterogêneo, o qual traz em si outros textos que lhe deram origem, com os quais dialoga, retoma, alude ou se opõe. Como escreve Marcuschi:
O que se pode dizer é que a intertextualidade, mais do que um simples critério de textualidade, é também um princípio constitutivo que trata o texto como uma comunhão de discursos e não como algo isolado. E esse fato é relevante porque dá margem a que se façam interconexões dos mais variados tipos para a própria interpretação [...].
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Processos de produção textual. In: MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008. p. 132. (Educação Linguística).
Um gênero não é completamente inédito. Os gêneros evoluem, transformam-se, surgem, desaparecem e são absorvidos por outros. Os elementos estruturais mudam porque muda a forma como a realidade é refletida e/ou refratada no gênero. As transformações dos gêneros são elos em que um dá origem a outro. Essas transformações dependem do desenvolvimento e da complexificação das esferas de atividade humana, das novas motivações sociais e do embate das forças que se empenham em manter as coisas iguais ou diferenciadas umas das outras.
O conceito de intertextualidade foi introduzido pela crítica literária Julia Kristeva, em meados da década de 1960, baseado na concepção de dialogismo de Bakhtin. Para ela, todo texto também constitui um intertexto, formando uma sucessão de textos já escritos ou não. Assim, forma-se o que Kristeva (1974) chamou de “mo-
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONISIO, Angela Paiva; MACHADO, Anna Rachel; BEZERRA, Maria Auxiliadora (org.). Gêneros textuais e ensino. 4. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005. p. 19.saico de citações”, muitas vezes não explícitas, mas que dá ao texto o estatuto de ser absorção ou transformação de outro texto.
Diante disso, é interessante mostrar aos estudantes o texto como um “mosaico”, a fim de instigar a reflexão acerca da produção dele, ou seja, como ele se constrói e como absorve outras informações, dados, argumentos etc. Esse caráter do texto também proporciona aos estudantes diferentes compreensões com base em novas leituras do mesmo texto, de modo que em cada uma delas ele perceba algo novo. Ao trabalhar o texto considerando-o como um mosaico, você poderá promover leituras mais críticas e construtivas, que permitirão aos estudantes aprofundar o tema em questão.
Esta coleção apresenta atividades na seção Interação entre os textos , que possibilitam a você desenvolver com os estudantes um trabalho de leitura reflexiva de forma que eles percebam como outros textos permeiam a construção daquele que estão lendo. Esse tipo de trabalho também os habilitará a identificar o recurso da intertextualidade em novos textos, nas seções Leitura e Outra leitura , além de possibilitar a eles que se apropriem desse recurso em suas criações, nas seções Produção escrita e Produção oral
No cotidiano, os estudantes estão em contato com textos diversos, midiáticos e multissemióticos, oriundos das mais diferentes situações comunicativas, tais como anúncios publicitários, e-mails , notícias, textos de materiais didáticos, artigos informativos, entrevistas, receitas, posts de redes sociais, mensagens instantâneas em aplicativos de aparelhos celulares, entre outros. Assim, o ensino da língua portuguesa, na atualidade, deve propiciar aos estudantes não só o contato com essa diversidade de gêneros (e respectivas situações de comunicação), mas também os meios para que eles sejam bons produtores desses textos.
É por meio das produções de texto que os estudantes desenvolvem competências cognitivas para se comunicar de forma autônoma dentro e fora do meio escolar. Para isso, nesse processo de ensino-aprendizagem de língua portuguesa, é preciso proporcionar-lhes o contato com a diversidade de gêneros por intermédio da leitura e, concomitantemente, das produções escritas.
Seguindo essa concepção de ensino, a proposta de produção escrita desta coleção é baseada nos concei-
tos de gêneros textuais, conforme o trabalho desenvolvido com a leitura. Os estudos propostos no trabalho com a produção de textos escritos objetivam a formação de estudantes que sejam capazes de planejar seus textos e discursos com base em objetivos previamente definidos e de acordo com os gêneros mais adequados às situações comunicativas e aos leitores a que os textos se destinam.
Segundo a BNCC ,
Da mesma forma que na leitura, não se deve conceber que as habilidades de produção sejam desenvolvidas de forma genérica e descontextualizadas, mas por meio de situações efetivas de produção de textos pertencentes a gêneros que circulam nos diversos campos de atividade humana. [...]
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. p. 78. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 11 fev. 2022.
Para que esses objetivos sejam alcançados, é preciso que os estudantes sejam orientados quanto às condições de produção nas quais devem pautar-se. Nesse sentido, antes de iniciar a produção, devem compreender o que vão produzir, para quem, com qual objetivo e como e onde esse texto vai circular ou ser socializado.
Determinadas as condições de produção, o texto passa a ser tratado como um processo e não como um fim em si mesmo. Desse modo, os estudantes percebem a necessidade não apenas de planejá-lo e escrevê-lo, mas também de revisá-lo e refazê-lo.
Nesse sentido, a produção de texto passa a ser vista como:
[...] uma atividade recursiva, o que significa que se volta constantemente ao estágio inicial, avança-se, revisa-se o texto várias vezes, para só depois dar a tarefa por encerrada. Portanto, duas contribuições são importantes nessa abordagem para o ensino da escrita: a primeira é a reflexão sobre a necessidade de se providenciar situações que favoreçam o desenvolvimento das potencialidades cognitivas do aprendiz, isto é, de ampliação do seu conhecimento de mundo e dos diversos modelos de texto; e a segunda é a compreensão do ato de escrever como um processo de monitoração que envolve várias revisões do texto.
Nessa perspectiva, avaliação, revisão e reescrita do texto ganham nova dimensão e tornam-se fundamentais no processo de produção; e tanto a revisão do próprio autor como a de colegas de turma e professores podem ser úteis nesse processo, uma vez que permitem ao estudante ter uma visão ampla sobre a própria produção.
Portanto, permitir aos estudantes refletir sobre as características estruturais dos gêneros leva-os inevitavelmente a apropriar-se delas para produzir textos, entendendo suas especificidades, distinguindo suas esferas de circulação e dominando esses modelos comunicativos. Nas diferentes propostas de produção escrita desta coleção, os estudantes são motivados a interagir e a compartilhar seus textos, por meio da divulgação, da circulação e da avaliação deles. Trabalhando a produção, é possível aproximar a escrita deles às necessidades cotidianas, tornando-os aptos a adequá-la a diferentes contextos, bem como a diferentes objetivos, gêneros, conteúdos temáticos ou outros aspectos relativos à textualidade.
O componente curricular de Língua Portuguesa deve oferecer aos estudantes possibilidades de desenvolver competências discursivas a serem utilizadas em diversas situações de comunicação.
Nesse sentido, o trabalho com uma diversidade de gêneros orais e a prática da oralidade precisam ser desenvolvidos sistematicamente junto aos conteúdos estudados, pois possibilitam aos estudantes tornar-se mais eficientes para exercer com sucesso sua cidadania. De acordo com a BNCC ,
O Eixo da Oralidade compreende as práticas de linguagem que ocorrem em situação oral com ou sem contato face a face, como aula dialogada, webconferência, mensagem gravada, spot de campanha, jingle, seminário, debate, programa de rádio, entrevista, declamação de poemas (com ou sem efeitos sonoros), peça teatral, apresentação de cantigas e canções, playlist comentada de músicas, vlog de game, contação de histórias, diferentes tipos de podcasts e vídeos, dentre outras. Envolve também a oralização de textos em situações socialmente significativas e interações e discussões envolvendo temáticas e outras dimensões linguísticas do trabalho nos diferentes campos de atuação. [...]
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. p. 78-79. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 11 fev. 2022.
Além dessas práticas, participar de debates e discussões, defender ideias e direitos são outros exemplos de atividades humanas em que se faz uso da língua falada de forma mais sistematizada. Essas necessidades sociais exigem cada vez mais do cidadão um aprimoramento de sua capacidade de produzir textos orais. Dessa forma , é reconhecida a importância de a escola dedicar mais atenção ao uso da linguagem oral, ou seja, é função da escola ensinar os estudantes a fazer uso dessa atividade de linguagem nas mais diversas situações comunicativas.
As propostas de atividades didáticas envolvendo gêneros orais possibilitam aos estudantes experiências significativas com a comunicação oral. Esse estudo deve auxiliá-los a reconhecer que o trabalho com a oralidade vai muito além da leitura de textos em voz alta, e que a prática de produção de textos orais demanda planejamento e reconhecimento de determinadas características específicas. Desse modo, é preciso capacitá-los para que consigam perceber as estruturas dos discursos orais, em especial de gêneros mais formais de atuação pública.
Joaquim Mattoso Camara Júnior ressalta que a linguagem pode ser falada e escrita e que esses são tipos distintos de exposição linguística. No entanto, ele chama a atenção para um aspecto relacionado à valoração da língua escrita sobre a língua falada:
A civilização deu uma importância extraordinária à escrita e, muitas vezes, quando nos referimos à linguagem, só pensamos nesse seu aspecto. É preciso não perder de vista, porém, que lhe há ao lado, mais antiga, mais básica, uma expressão oral. [...]
Acrescenta, ainda, que os traços característicos da exposição oral são, inevitavelmente, diferentes da escrita, por utilizar outros tipos de recursos e elementos expressivos.
É claro que o grande número de traços característicos da exposição oral, ausentes na escrita, impõe o dever de bem utilizá-los para que a linguagem seja boa: quem fala em público tem de atentar para o timbre da voz, para a altura da emissão vocal, para o complexo fenômeno que se chama entoação das frases, bem como saber jogar, adequadamente, com gestos do corpo, dos braços, das mãos e da fisionomia.
Vale destacar que as diferenças entre a fala e a escrita não devem ser vistas em termos de separações, mas trabalhadas com base em critérios iguais de funções.
Entende-se, nesta coleção que é por meio das situações didáticas de produção que os estudantes terão acesso aos diversos gêneros textuais orais, inclusive aqueles que necessitam de diferentes recursos para sua produção. O trabalho com a diversidade de gêneros orais em sala de aula possibilitará a eles apreender de modo eficaz as diferentes exigências sociais que envolvem a expressão oral, alcançando o efeito pretendido com os textos que almejam produzir dentro e fora do ambiente escolar.
O trabalho com a língua portuguesa tem a finalidade de tornar os estudantes aptos a fazer uso da língua em diversas situações de comunicação, seja por meio da leitura e compreensão textual, seja alcançando os efeitos pretendidos com sua produção de texto (oral, escrita ou multissemiótica).
Nesse sentido, dá-se na coleção a importância de promover estudos em que serão explorados aspectos estruturais, linguísticos, estilísticos e funcionais do texto, que visam potencializar nos estudantes as competências linguísticas necessárias. Desse modo, os trabalhos que envolvem conhecimentos linguísticos devem abordar os fatores fundamentais para a construção textual e, consequentemente, para a comunicação.
Assim, recursos estruturais, linguísticos, estilísticos e funcionais atuam como instrumentos necessários à construção do sentido. Ao dominar o uso desses recursos, os estudantes estarão aptos a ampliar suas capacidades linguísticas de forma a pluralizá-las e, com isso, empregá-las em situações reais de comunicação.
Para que os estudantes se comuniquem efetivamente em todas as esferas sociais, tornando-se falantes competentes discursivamente, consideramos necessário combinar o conhecimento de regras gramaticais com outras questões relativas à língua, tanto para que eles desenvolvam proficiência nas modalidades oral, escrita e multissemiótica quanto para que sejam capazes de analisar fatos de língua e de linguagem.
Os estudantes, enquanto usuários da língua, devem estar preparados para se comunicar em situações es-
pecíficas de interação, nas quais o uso da língua nem sempre está de acordo com a norma-padrão (preconizada pela gramática normativa). Desse modo, é necessário não apenas propiciar o contato deles com a norma-padrão, mas ainda com as variedades linguísticas para levá-los a refletir sobre os conhecimentos linguísticos e analisar o uso da língua em diversas situações comunicativas.
Corroboramos nosso posicionamento com a colocação de Antunes:
Vale a pena insistir numa questão central: a de providenciar para o aluno oportunidades de acesso ao padrão valorizado da língua [...] Longe de qualquer teoria linguística a orientação de negar a todos os falantes esse acesso. O problema é discernir sobre o que faz parte desse padrão e adotar uma visão não purista, de flexibilidade, de abertura, para incorporar as alterações que vão surgindo; o problema é, ainda, não julgar essas mudanças como, simplesmente, provas de decadência da língua e, assim, não subestimar ou não ridicularizar aqueles que fogem a esse padrão socialmente prestigiado. [...]
ANTUNES, Irandé. A norma socialmente prestigiada não é a única norma linguisticamente válida. In: ANTUNES, Irandé. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. 3. ed. São Paulo: Parábola, 2007. p. 101. (Estratégias de Ensino).
De acordo com a BNCC , [...]
Cabem também reflexões sobre os fenômenos da mudança linguística e da variação linguística, inerentes a qualquer sistema linguístico, e que podem ser observados em quaisquer níveis de análise. Em especial, as variedades linguísticas devem ser objeto de reflexão e o valor social atribuído às variedades de prestígio e às variedades estigmatizadas, que está relacionado a preconceitos sociais, deve ser tematizado. [...]
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. p. 81. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 11 fev. 2022.
Nesse sentido, esta coleção busca trabalhar com as possibilidades significativas dos elementos linguísticos, os quais podem ser ativados tanto na compreensão quanto na produção textual nas diversas práticas sociais de linguagem, pois a construção dos sentidos por parte dos estudantes está ligada à sua competência comunicativa. Por isso, consideramos essencial apre-
sentar a eles diferentes recursos linguísticos utilizados em variadas situações de interação comunicativa.
Para tanto, com o auxílio das seções A língua em estudo e Ampliando a linguagem e da subseção Explorando a linguagem, você poderá abordar os principais recursos linguísticos que os estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental precisam conhecer para interagir em diferentes situações. Ainda, sempre que possível e necessário, são apresentados usos linguísticos não registrados na norma-padrão, mas que fazem parte do cotidiano dos usuários da língua, a fim de que os estudantes prestigiem, além da norma-padrão, os diferentes usos linguísticos.
Ao desenvolver as atividades das seções propostas nesta coleção, é importante evidenciar aos estudantes que os conhecimentos do componente curricular de Língua Portuguesa, ou seja, as práticas de uso e análise da
Compreendemos que você, professor, desempenha cada vez mais um papel de mediador entre os conteúdos específicos de cada componente curricular e os conhecimentos adquiridos pelos estudantes. E que, assim, deve desenvolver, de maneira constante, a reflexão para demonstrar que o ato de estudar não é apenas fundamental, mas que pode ser uma tarefa prazerosa e enriquecedora.
A união entre teoria e prática geralmente ocorre quando se propicia aos estudantes momentos em que eles possam debater, refletir e emitir opiniões sobre acontecimentos ocorridos em contextos locais e mundiais. Dessa forma , a prática reflexiva a respeito dos conteúdos estudados é essencial para o ensino contextualizado.
É fundamental ter a sensibilidade para perceber as singularidades do relacionamento professor-estudante e estudante-estudante, propondo intervenções em casos de possíveis dificuldades de aprendizagem e conduzindo as aulas de modo a promover a construção do conhecimento pautada em respeito e empatia. Para isso, o docente deve ter autonomia tanto perante seus estudantes quanto perante os colegas professores. Essa autonomia refere-se à capacidade de fazer escolhas
linguagem, são apresentadas separadamente para fins didáticos. No entanto, na interação comunicativa, elas podem ocorrer simultaneamente.
Por fim, é fundamental ressaltar que na exploração dos conhecimentos linguísticos nesta coleção, em alguns momentos, recorremos à reflexão epilinguística, com atividades que possibilitam aos estudantes refletir sobre o uso de expressões e recursos linguísticos para chegar à construção de um conhecimento focalizado e também à reflexão metalinguística, com atividades que se voltam para a identificação de termos e regras como alternativa para instrumentalizar os estudantes com relação aos conteúdos gramaticais trabalhados. Nesse sentido, a sistematização de conceitos é viabilizada na coleção, de forma recorrente, pois eles são levados a construí-los por meio dos questionamentos que antecedem os boxes conceitos.
e de posicionar-se, participando de maneira cooperativa diante de percalços e desafios.
Além disso, compreendemos a importância de incentivar essa autonomia nos estudantes, a fim de que eles assumam um papel proativo em sala de aula – e também fora dela –, encorajando-os e conduzindo-os a questionamentos e a argumentações em suas tomadas de decisões. Para isso, é necessário assumir a responsabilidade de educador no processo de ensino-aprendizagem, preservando a consciência de que suas ações refletem diretamente no desenvolvimento dos estudantes.
O conceito norteador de um trabalho educacional feito em parceria, fruto de uma pedagogia integradora, é o de interdisciplina , definido a seguir.
Interdisciplina — Interação existente entre duas ou mais disciplinas. Essa interação pode ir da simples comunicação de ideias à integração mútua dos conceitos diretores da epistemologia, da terminologia, da metodologia, dos procedimentos, dos dados e da organização referentes ao ensino e à
pesquisa. Um grupo interdisciplinar compõe-se de pessoas que receberam sua formação em diferentes domínios do conhecimento (disciplinas) com seus métodos, conceitos, dados e termos próprios.
A ideia de integrar as áreas do conhecimento tem como objetivo a formação integral dos estudantes por meio de um estudo mais contextualizado e, por isso, mais significativo. Em sala de aula, essa integração pode ocorrer, por exemplo, com projetos investigativos ou pesquisas. Por apresentarem etapas, como planejamento, levantamento de hipóteses, coletas de dados, análises, deduções e conclusões, essas atividades possibilitam maior integração entre os componentes curriculares. Além disso, elas podem criar situações de aprendizagem de forma dinâmica, por intermédio da reflexão, do questionamento e da argumentação dos estudantes.
Dentro dessa perspectiva, um trabalho interdisciplinar preocupa-se em relacionar os conceitos de maneira articulada, levando em conta os objetivos gerais e específicos de cada componente curricular envolvido, com o propósito de evitar a fragmentação do conhecimento e instigar o interesse dos estudantes para envolvê-los diretamente no processo de aprendizagem. Cabe enfatizar que o trabalho interdisciplinar deve estar ligado à vida dos estudantes e às suas motivações, de modo que os envolva e torne o processo, além de útil, prazeroso.
Nessas atividades, os estudantes aprendem a trabalhar coletivamente, interagindo com os colegas de turma, favorecendo assim o desenvolvimento da capacidade de argumentar e organizar informações. O envolvimento dos estudantes motiva o fortalecimento das relações entre professores de diferentes componentes curriculares.
Na escola, uma postura interdisciplinar traz contribuições quando os estudantes começam a estabelecer um relacionamento de parceria e colaboração com a equipe escolar, bem como com a comunidade onde a escola está inserida.
Propostas como essas abrangem estratégias mais dinâmicas, interativas e colaborativas com relação à gestão do ensino e da aprendizagem, possibilita a formulação de um saber crítico-reflexivo com base no diálogo entre os conteúdos de diferentes componentes curriculares e permite uma nova postura de professores e estudantes diante do conhecimento, deixando de concebê-lo como algo estanque.
“Interdisciplinaridade” é um termo utilizado para caracterizar a colaboração existente entre disciplinas diversas ou entre setores heterogêneos de uma mesma ciência [...]. Caracteriza-se por uma intensa reciprocidade nas trocas, visando a um enriquecimento mútuo.
Cabe dizer ainda que o movimento integrador, decorrente da interdisciplinaridade, exige tanto por parte dos professores quanto dos estudantes o desenvolvimento de três atitudes essenciais: amplitude, profundidade e síntese:
[...] A amplitude assegura uma larga base de conhecimento e informação. A profundidade assegura o requisito disciplinar, profissional e/ou conhecimento e informação interdisciplinar para a tarefa a ser executada. A síntese assegura o processo integrador [...] KLEIN, Julie Thompson. Ensino interdisciplinar: didática e teoria. In: FAZENDA, Ivani Catarina Arantes (org.). Didática e interdisciplinaridade 17. ed. Campinas: Papirus, 2012. (Coleção Práxis). p. 121.
O estilo de educação que prioriza o trabalho em equipe, que busca a interdisciplinaridade e o compromisso com a integralidade das ações e que procura respeitar as especificidades de cada profissão, está pautado nas concepções teóricas das metodologias ativas de ensino-aprendizagem.
Nesse sentido, docentes e discentes devem ser capazes de aliar um conhecimento geral a conteúdos das diversas áreas de conhecimento e, ao final, promover uma síntese, adquirindo uma compreensão maior do conhecimento que a do início. Contudo, sem dúvida, é necessário que você seja o primeiro a desenvolver esse trajeto. Para tanto, as seguintes habilidades devem estar envolvidas: [...]
• diferenciação, comparação e contraste entre diferentes perspectivas disciplinares, profissionais e interdisciplinares;
• identificação de pontos comuns e esclarecimento de como as diferenças se relacionam com a tarefa a ser cumprida;
• delineamento de um entendimento holístico baseado nos pontos comuns, mas que continua suscetível às diferenças.
Se não houver a possibilidade do trabalho em parceria com o professor de outro componente curricular, conduza a realização de pesquisas para que a turma adquira os conhecimentos necessários para desenvolver a proposta interdisciplinar. Oriente os estudantes com relação a:
• quais fontes de pesquisa devem consultar ou como fazer a escolha delas;
Ao identificar os componentes curriculares que podem ser associados no trabalho de determinado objeto de conhecimento, iniciamos uma caminhada em direção a um processo de ensino-aprendizagem integrador.
A fim de promover a superação da fragmentação disciplinar, em sintonia com a BNCC , esta coleção propõe em diversos momentos uma articulação entre os componentes curriculares e seus respectivos objetos de conhecimento com base em temas, conteúdos, recursos e seções que favoreçam tal abordagem. A seção Conexões, por exemplo, apresenta essa proposta de maneira clara e fácil de ser reconhecida. Em outros momentos, na seção Integrando saberes, no Manual do Professor, são apresentadas orientações de desenvolvimento específicas para compreender quais componentes podem ser desenvolvidos com base na leitura de um texto ou no desenvolvimento de determinada atividade.
Para alcançar a interdisciplinaridade com outro componente curricular, é necessário partir dos objetivos de aprendizagem estabelecidos para o conteúdo a ser trabalhado e, depois, para a aula em específico. Em seguida, é necessário conversar com o outro professor e saber quais objetivos de aprendizagem delineados por você são pertinentes à área de conhecimento dele e, por fim, de que modo é possível trabalhá-los em conjunto. Tendo em vista que ambos lecionam para a turma em questão, é pressuposto que já tenham uma avaliação diagnóstica do que os estudantes sabem a respeito desse conteúdo e do que necessitam aprender no momento.
Outro ponto importante a salientar é, sempre que possível, considerar os interesses específicos dos estudantes, permitindo que opinem e participem das escolhas dos assuntos ou das atividades a serem realizadas. Desse modo, favorece-se o protagonismo da turma no processo de ensino-aprendizagem e, ao mesmo tempo, permite-se que temáticas relacionadas à vivência deles, como as pertencentes às culturas juvenis, possam ser discutidas em sala de aula.
• como executar as anotações, discernindo o que é relevante para o estudo do que não é;
• como organizar as informações obtidas;
• como elas deverão ser entregues (impressas, por meio de cartazes, posts no blog da turma etc.).
Tanto no trabalho individual quanto em conjunto com um professor colega, defina os objetivos de cada aula, os tópicos a serem estudados, as etapas necessárias para a realização deles, os prazos para a conclusão de cada etapa e os critérios de avaliação a serem utilizados. Defina o que se espera dos estudantes e atente para que todo o processo fique claro para eles.
As metodologias ativas são estratégias pedagógicas que buscam instigar o papel do professor como mediador, em vez de unicamente transmissor de informação, e o protagonismo dos estudantes. Por meio delas,
[...] os alunos passam a ter um comportamento mais ativo, envolvendo-os de modo que eles sejam mais engajados, realizando atividades que possam auxiliar o estabelecimento de relações com o contexto, o desenvolvimento de estratégias cognitivas e o processo de construção de conhecimento.
De acordo com Moran,
O que constatamos, cada vez mais, é que a aprendizagem por meio da transmissão é importante, mas a aprendizagem por questionamento e experimentação é mais relevante para uma compreensão mais ampla e profunda. Nos últimos anos, tem havido uma ênfase em combinar metodologias ativas em contextos híbridos, que unam as vantagens das metodologias indutivas e das metodologias dedutivas. Os modelos híbridos procuram equilibrar a experimentação com a dedução, invertendo a ordem
tradicional: experimentamos, entendemos a teoria e voltamos para a realidade (indução-dedução, com apoio docente).
A aprendizagem é ativa e significativa quando avançamos em espiral, de níveis mais simples para mais complexos de conhecimento e competência em todas as dimensões da vida. Esses avanços realizam-se por diversas trilhas com movimentos, tempos e desenhos diferentes, que se integram como mosaicos dinâmicos, com diversas ênfases, cores e sínteses, frutos das interações pessoais, sociais e culturais em que estamos inseridos.
Com relação às tecnologias e ao hibridismo, o autor ainda afirma:
[...] As metodologias ativas dão ênfase no papel protagonista do aluno, ao seu envolvimento direto, participativo e reflexivo em todas as etapas do processo, experimentando, desenhando, criando, com orientação do professor; a aprendizagem híbrida destaca a flexibilidade, a mistura e compartilhamento de espaços, tempos, atividades, materiais, técnicas e tecnologias que compõem esse processo ativo. Híbrido, hoje, tem uma mediação tecnológica forte: físico-digital, móvel, ubíquo, realidade física e aumentada, que trazem inúmeras possibilidades de combinações, arranjos, itinerários, atividades.
Metodologias ativas são estratégias de ensino centradas na participação efetiva dos estudantes na construção do processo de aprendizagem, de forma flexível, interligada e híbrida. As metodologias ativas, num mundo conectado e digital, expressam-se por meio de modelos de ensino híbridos, com muitas possíveis combinações. A junção de metodologias ativas com modelos flexíveis e híbridos traz contribuições importantes para o desenho de soluções atuais para os aprendizes de hoje.
MORAN,
O que se pretende com a utilização de metodologias ativas na educação é conduzir os estudantes para o centro do processo de ensino-aprendizagem, conferindo-lhes mais autonomia quanto aos assuntos e conteúdos que deseja estudar e em formatos que favoreçam
a descoberta e o desenvolvimento de suas habilidades pessoais (de fala, escrita, produção audiovisual, expressões artísticas, gerenciamento, liderança etc.).
Dessa forma , as metodologias ativas devem ser utilizadas com o intuito de engajar os estudantes e tornar a aprendizagem mais significativa em sala de aula, promovendo o trabalho em equipe, a cooperação, a empatia, o pluralismo de ideias, a argumentação, o pensamento crítico, a curiosidade intelectual, a investigação científica, entre outros inúmeros aspectos.
Sabemos que, com uma mudança de postura do professor e seu olhar direcionado às necessidades e anseios de cada estudante, é possível reconfigurar a prática pedagógica para tornar a aprendizagem mais significativa, por isso, apresentamos a seguir algumas das estratégias mais recorrentes nesta coleção, o que não inviabiliza que você utilize em suas aulas outras estratégias que sejam condizentes com o perfil de seus estudantes.
A estratégia contempla a aprendizagem por meios de diferentes recursos, como a investigação, a leitura, a troca de ideias com os pares, a escrita e elaboração de materiais visuais. Cada indivíduo compreende melhor certos tipos de informação (visuais, sonoras, táteis etc.), portanto, é necessário que, em uma aula, sejam usados diferentes estímulos para conduzir estudantes de diferentes perfis na construção do objeto do conhecimento. Essa estratégia prevê a execução de uma série de atividades que auxiliam o professor a promover essa diversidade de experiências, além de levar os estudantes a desenvolver o poder de síntese.
Essa estratégia consiste, basicamente, em expor os trabalhos (que podem ser o resultado de uma pesquisa – individual ou coletiva –, produção textual, atividade avaliativa, entre outros) como se fossem obras de arte em uma galeria: os estudantes produzem cartazes e os fixam nas paredes da sala de aula. Em seguida, a turma caminha por ela analisando os trabalhos dos colegas e conversando sobre eles.
Nas aulas do componente curricular de Língua Portuguesa, é possível empregar essa estratégia em diversos momentos, como na socialização de produções textuais, na apresentação do resultado das atividades de pesquisa, na sistematização ou revisão de conteúdos, entre outros. Ao final da atividade, é sempre interessante promover um encerramento reunindo a tur-
ma toda para uma discussão acerca do próprio trabalho e do dos colegas. Com isso, é possível detectar possíveis erros de compreensão e sanar dúvidas.
Confira a seguir um resumo do passo a passo dessa estratégia.
1º momento
Os estudantes elaboram cartazes com as principais ideias do tema ou conteúdo proposto.
2º momento
Os cartazes são afixados na sala de aula, como obras de arte em uma galeria.
Os estudantes circulam, analisando o trabalho dos colegas, refletindo e conversando sobre as informações expostas.
3º momento
A turma é reunida e os estudantes discutem o próprio trabalho e o dos colegas, esclarecendo eventuais dúvidas e promovendo um debate geral acerca da atividade.
A estratégia pode ser utilizada no momento da avaliação diagnóstica ou formativa ou ao longo do trabalho com os conteúdos. Consiste na escrita rápida, em um minuto, a respeito dos conhecimentos prévios sobre determinado tema ou conteúdo (no caso da avaliação diagnóstica) ou conceitos, respostas, opiniões, considerações, dúvidas com relação a um conteúdo recentemente visto (no caso da avaliação formativa ou durante o trabalho com os conteúdos).
Essa atividade pode ser feita utilizando tiras de papel, nas quais os estudantes devem escrever, em um minuto, o que é solicitado e entregar, sem identificação, ao professor, que terá a opção de abordar coletivamente os aspectos verificados nessas contribuições.
No caso de usá-la como avaliação diagnóstica, estruture a aula do conteúdo a ser estudado de forma a não repetir o que os estudantes já sabem. Se essa estratégia servir como avaliação formativa, elabore atividades específicas para atender às dificuldades identificadas.
Confira a seguir um resumo do passo a passo dessa estratégia.
• Início da aula ou abordagem de algum conteúdo, como avaliação diagnóstica.
• Durante a aula ou ao final da abordagem do conteúdo, como avaliação formativa.
Objetivo
• Explorar os conhecimentos prévios dos estudantes.
• Verificar a compreensão do conteúdo estudado.
• Identificar dúvidas ou dificuldades.
Exemplo
• O que você entende por argumentação?
• Dê um exemplo de texto jornalístico.
Estratégia que consiste na escrita rápida e curta sobre um tema em um tempo breve determinado pelo professor. Serve tanto para ativar conhecimentos prévios quanto para auxiliar na fixação e esclarecimento de ideias. Além disso, ajuda os estudantes a desenvolver a fluência na escrita e a capacidade de síntese. A principal diferença entre essa e a estratégia One-minute paper é o tempo: nesse, caso, o tempo máximo é de cinco minutos.
Uma das vantagens dessa estratégia é que ela favorece estudantes que não se sentem seguros para se expor oralmente. Não é necessário que o texto criado seja compartilhado com os colegas, mas após a realização da atividade, os estudantes podem ser orientados a discutir as ideias registradas em grupos ou duplas.
Até que os estudantes se familiarizem com essa estratégia, de início, oriente-os a escrever as primeiras ideias que surgirem em sua mente. Com o tempo, eles poderão concentrar-se mais facilmente no tema proposto e registrar o que pensam com maior clareza.
Trata-se de uma estratégia que incentiva o desenvolvimento de diferentes habilidades dos estudantes, como refletir, dialogar e expor-se oralmente, sendo também uma excelente ferramenta para avaliação diagnóstica e formativa.
Essa estratégia consiste em, primeiro, pensar individualmente a respeito de uma pergunta feita pelo pro-
fessor. Depois, em duplas, os estudantes devem compartilhar suas respostas e trocar informações sobre as ideias que tiveram, buscando juntos chegar a uma resposta para a questão. Por fim, devem socializar com um grupo maior ou com toda a turma as conclusões da dupla e elaborar uma nova resposta ou conclusão coletiva.
É interessante empregar essa estratégia com estudantes mais tímidos e que não se sentem à vontade para compartilhar suas respostas com a turma toda, pois antes de se exporem ao grupo maior, há o momento de troca de ideias com um colega de turma.
Nas aulas do componente curricular de Língua Portuguesa, essa estratégia pode ser usada nas seções avaliativas, ao longo do desenvolvimento dos conteúdos, durante a leitura para elaborar hipóteses com relação ao texto e em diversos outros momentos em que o professor julgar pertinentes.
Confira a seguir um resumo do passo a passo dessa estratégia.
THINK
O professor faz uma pergunta que conduza os estudantes a uma reflexão e solicita-lhes que pensem individualmente sobre ela.
Antes de colocar essa estratégia em prática, é importante esclarecer à turma como se dará a atividade, certificar-se de que todos a entenderam (exemplificar a estratégia com dois voluntários pode ser uma opção) e buscar formar duplas que se complementem (um estudante que fale pouco com outro que se expresse mais; um que domine mais o conteúdo com outro que demonstre ter mais dificuldade etc.), associando estudantes de diferentes perfis.
Essa estratégia consiste na exposição de ideias a respeito de um conteúdo, assunto ou problema, de forma livre e espontânea. É importante que o professor certifique-se de que os estudantes se sintam à vontade para falar sem vergonha ou medo de errar, pois o objetivo é que uma ideia “puxe” outra, para que, juntos, eles cheguem às conclusões necessárias.
É interessante que, durante o brainstorming , as ideias mencionadas sejam anotadas – na lousa, no caderno ou em uma folha avulsa – para que nada seja perdido. Após esse primeiro momento, o grupo deve analisar e organizar as ideias levantadas.
Os estudantes reúnem-se em duplas para trocar ideias sobre a resposta.
SHARE
As duplas reúnem-se em grupos maiores ou toda a turma se reúne para compartilhar as respostas. O grupo discute as respostas de cada dupla e elabora uma nova resposta coletiva, com base nas conversas e conclusões anteriores.
Com base em uma pergunta motivadora ou em um assunto previamente definido pelo professor, em duplas, os estudantes são convidados a conversar. Essa estratégia é propícia ao desenvolvimento da exposição oral, do intercâmbio conversacional e da escuta ativa, podendo ser usada como avaliação formativa. A vantagem dela é proporcionar a toda a turma a chance de responder ao questionamento ou comentar o assunto proposto.
Essa estratégia favorece o trabalho em grupo, a cooperação, a empatia e a criatividade dos estudantes. Nas aulas do componente curricular de Língua Portuguesa, essa estratégia pode ser usada em atividades coletivas, como produções de texto, para definir títulos e slogans , por exemplo, e em momentos de avaliação diagnóstica ou formativa e em atividades que exigem conversa e troca de ideias.
A estratégia é desenvolvida ao sugerir aos estudantes projetos, pesquisas, leituras específicas ou até a visualização de um vídeo com o objetivo de que eles cheguem à sala de aula com algumas informações sobre o conteúdo ou tema a ser estudado. Dessa maneira, você pode lançar um tema ou assunto a ser pesquisado, de acordo com o perfil e a autonomia dos estudantes, que se empenham na busca pelas informações utilizando as Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação ( TDIC), somadas aos recursos físicos, como livros, enciclopédias, dicionários, combinando aos seus conhecimentos prévios e estratégias particulares de estudo. Outra forma de desenvolver essa estratégia é direcionando aos estudantes a leitura de parte do material
didático antecipadamente, indicando a eles que assistam a um vídeo ou entregando alguns textos previamente selecionados para que leiam e destaquem suas dúvidas ou percepções. Em sala de aula, eles compartilham suas descobertas, impressões, conclusões e dúvidas com a turma sob sua monitoração.
A sala de aula invertida é um ambiente de interação resultante da participação, da troca, da síntese e da discussão entre colegas com a supervisão do professor, que passa a assumir o papel de orientador e tutor. Aos estudantes cabe a responsabilidade pelo estudo antecipado, tendo de buscar fontes confiáveis para a pesquisa. Em sala de aula, a cooperação entre eles e sua mediação tornam o processo mais criativo e enriquecedor. No trabalho com o componente curricular de Língua Portuguesa, você pode solicitar aos estudantes que leiam os textos das seções Leitura e Outra leitura antes da aula, e pedir-lhes que pesquisem as características dos gêneros a serem estudados, assistam aos vídeos e filmes sugeridos para enriquecer discussões em momentos específicos, pesquisem textos jornalístico-midiáticos atuais, considerando o gênero em estudo, entre outras atividades.
O uso de recursos didáticos variados propicia maior dinâmica em sala de aula, além de possibilitar aos estudantes acesso à informação por meio de diferentes linguagens, desenvolvendo assim estratégias de aprendizagem diversas. Afinal, realizar uma pesquisa em um livro é diferente de pesquisar um conteúdo em uma revista ou na internet, ainda que seja sobre o mesmo assunto; ler uma imagem é diferente de ler um texto verbal e assim por diante.
Dessa maneira, é importante compreender quais recursos podem ser utilizados em sala de aula e como esse uso pode efetivamente auxiliar os estudantes a ser protagonistas de seu aprendizado.
A tecnologia faz parte da evolução do ser humano e da história da humanidade. Atualmente, temos as Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação ( TDIC), que modificam as noções de tempo e espaço e influenciam diretamente as relações humanas. Elas permitem o processamento de qualquer tipo de informação, e a comunicação ocorre em tempo real mesmo entre pessoas distantes geograficamente.
A presença das TDIC ampliou a gama de elementos disponíveis para enriquecer o trabalho em sala de aula, que há muito tempo já contava com recursos tecnológicos como televisão, filmes, músicas e projeções.
O uso de tecnologias em sala de aula potencializa o processo de aprendizagem, favorecendo a interação entre professor, estudante e conhecimento. Além disso, utilizar a internet, os recursos e as ferramentas tecnológicas transforma a escola em um espaço aberto, conectado com o mundo, capaz de promover trocas de experiências entre professores e estudantes de outras localidades.
É importante ressaltar, porém, que o uso de TDIC é um instrumento para o processo de ensino-aprendizagem, e não o foco. A lousa, o giz e o professor compartilham espaço na sala de aula com televisores, CDs , DVDs , computadores, softwares , lousas digitais e projetores multimídia e não reduzem o papel da escola ou do professor na educação.
[...] Os recursos semióticos que encontramos nas telas dos computadores são basicamente os mesmos que podemos encontrar em uma sala de aula convencional: letras e textos escritos, imagens estáticas ou em movimento, linguagem oral, sons, dados numéricos, gráficos, etc. A novidade, em resumo, está realmente no fato de que as TIC digitais permitem criar ambientes que integram os sistemas semióticos conhecidos e ampliam até limites inimagináveis à capacidade humana de (re) apresentar, processar, transmitir e compartilhar grandes quantidades de informação com cada vez menos limitações de espaço e de tempo, de forma quase instantânea e com um custo econômico cada vez menor.
Ao longo da coleção, é possível encontrar sugestões de como aproveitar as novas ferramentas e recursos tecnológicos multimidiáticos e multimodais, presentes no dia a dia dos estudantes, para ampliar o campo da educação e torná-la mais significativa e prazerosa, um desafio para a formação das novas e futuras gerações.
É inegável que a educação seja influenciada pela tecnologia e pelas diferentes formas de comunicação, assim como não é possível desvincular o ensino da co -
municação em massa, seja ela impressa ou digital. Se julgar pertinente, acesse com os estudantes a versão digital-interativa desta coleção, que contém alguns objetos de enriquecimento que complementam o material impresso e poderão tornar as aulas mais atrativas e interessantes.
A televisão e o cinema podem ser utilizados para mostrar fatos históricos, construção de conceitos científicos e conceitos errôneos presentes em muitas ideias de senso comum. Os filmes e os programas de televisão têm em comum o aspecto motivador e podem ser utilizados de forma contextualizada, complementando os conceitos científicos do currículo escolar. Ao longo da coleção são encontradas orientações de trabalho com essas ferramentas.
O trabalho com leitura de imagens é extremamente importante e pode ser utilizado em diferentes momentos. O próprio material didático apresenta fotografias, pinturas, ilustrações, entre outras imagens que podem ser exploradas em sala de aula, considerando sempre que possível o contexto em que a imagem foi produzida, a técnica utilizada, o artista que a produziu (quando for o caso) e o objetivo da imagem (apresentar uma crítica social, expressar um sentimento, retratar um momento etc.).
Outra possibilidade é o trabalho com literatura, que, além de incentivar a leitura, permite aos estudantes desenvolver a criatividade e a imaginação. É importante conhecer o contexto da obra (autor, época, público) antecipadamente, para que, dessa forma , o conteúdo se torne mais instigante. Essas informações de contexto podem ser pesquisadas por eles, permitindo usar a estratégia sala de aula invertida, ou podem ser apresentadas por você antes de realizar a leitura da obra. Atividades como essas auxiliam no desenvolvimento da competência leitora.
Ler jornais – impressos ou digitais – oferece diversos benefícios ao trabalho em sala de aula, pois além de contribuir para o desenvolvimento da competência leitora, o jornal é uma importante fonte de informações atuais. Nele estão registradas informações, opiniões, fatos históricos, descobertas científicas e conflitos
políticos e econômicos. Trata-se de um veículo de comunicação capaz de auxiliar na formação de cidadãos críticos.
O trabalho com jornais na escola desenvolve nos estudantes habilidades como: identificar, relacionar, combinar, comparar, selecionar, classificar e ordenar, codificar, esquematizar, reproduzir, transformar, memorizar, conceituar, criar e reaplicar conhecimentos. Esse trabalho também promove a capacidade de indução, dedução, levantamento e verificação de hipóteses, além do desenvolvimento da criticidade diante das fake news (notícias falsas) e da importância da busca por fontes seguras e confiáveis, além da checagem dos fatos e da curadoria da informação.
As revistas especializadas (História, Ciências, Linguística, Arte) geralmente têm uma preocupação com o caráter didático de suas reportagens, que facilita a compreensão e aumenta o comprometimento com o assunto estudado. Elas são indicadas tanto para a sua leitura quanto para a dos estudantes, sempre que o momento for propício.
Nesta coleção, em vários momentos, os estudantes são instruídos a realizar pesquisas, tanto individuais quanto coletivas. Para que a pesquisa escolar obtenha resultados satisfatórios, existem algumas etapas importantes que devem ser seguidas sempre que possível: definição do tema, planejamento, coleta de dados, análise e interpretação dos dados, produção do texto, revisão, socialização.
A pesquisa incentiva os estudantes a analisar a realidade e a levantar hipóteses para explicá-la e/ou modificá-la, instigando sua curiosidade intelectual, a reflexão sobre seu contexto de vida, suas experiências pessoais e seu projeto de vida. Além disso, aproxima-os do saber científico, que lhes permite o contato com o pluralismo de ideias, o desenvolvimento do pensamento crítico e, futuramente, facilitará sua inserção no mundo do trabalho.
A internet é uma das principais ferramentas utilizadas por eles quando se trata de pesquisa. Para desenvolver essa prática com os estudantes, é necessário atentar à restrição de alguns conteúdos para determinadas faixas etárias, de acordo com critérios éticos e legais. Ao solicitar a eles a pesquisa na internet, é preciso orientá-los em relação aos cuidados que devem
ter nas redes e em acessar fontes confiáveis e adequadas à faixa etária. A supervisão do professor ou dos responsáveis é imprescindível para o uso dessas tecnologias de forma crítica, significativa, reflexiva e ética.
Visando ampliar a perspectiva dos estudantes a respeito do fazer científico, são trabalhadas nesta coleção noções introdutórias das seguintes práticas de pesquisa: revisão bibliográfica; análise documental; construção e uso de questionários; estudo de recepção; observação, tomada de nota e construção de relatórios; entrevistas e análise de mídias sociais.
Ao longo das orientações ao professor, essas práticas de pesquisa são indicadas em momentos específicos e propícios, mas o professor tem a liberdade para empregá-las em outros momentos do livro que julgar pertinentes e também em outras atividades que dispensem o uso do livro didático, de acordo com o perfil de sua turma.
Conheça a seguir um pouco mais sobre cada uma delas.
A base para uma pesquisa consiste em conhecer todo o repertório de conhecimento produzido a respeito da questão ou problema que se quer averiguar. A revisão bibliográfica é feita, principalmente, por meio da escolha de fontes confiáveis e da identificação de conceitos e palavras-chave a fim de distinguir, na bibliografia disponível, o que é relevante para a investigação do que não é. Ao desenvolver esse tipo de pesquisa, é importante que os estudantes pesquisem fontes recentes e atualizadas sobre o tema e também os autores clássicos e canônicos. Em seguida, devem registrar as informações selecionadas para apresentar à turma.
Essa prática de pesquisa pode ser usada em momentos diversos, por exemplo, nas seções Produção escrita e Produção oral quando os estudantes precisam fazer uma pesquisa para produzir um texto de divulgação científica ou um vlog científico. Também pode ser usada nas seções Conexões e Atitude Cidadã a fim de ampliar a discussão de temas relevantes.
Diferentemente da revisão bibliográfica, na qual os estudantes devem buscar fontes secundárias, ou seja, estudos que já foram feitos a respeito de determinado tema ou obra, na análise documental se busca por fontes primárias, como correspondências, filmes, livros, gravações de áudio etc. Nesse caso, não há análise produzida para esses objetos, sendo o pesquisador o res-
ponsável por verificar a validade dele para a sua pesquisa. Esse tipo de pesquisa, muitas vezes, é usado como um complemento à revisão bibliográfica, reforçando a relevância das fontes secundárias pesquisadas. Durante a pesquisa, os estudantes devem registrar as informações selecionadas.
Assim como a revisão bibliográfica, essa prática de pesquisa pode ser usada em diferentes momentos. É interessante empregá-la para analisar obras literárias e imagéticas, nas seções Leitura , Outra leitura e Interação entre os textos , e também para explorar os livros e filmes sugeridos nos boxes ao longo do material, além de áudios e documentos históricos, por exemplo.
Constituídos de um conjunto de questões (abertas ou fechadas), os questionários são ótimas ferramentas quando se quer obter informações diretamente de um público específico. Ao construir um questionário, o pesquisador deve ter em mente qual é o assunto ou tema a ser explorado, quem será seu público-alvo e deve ter o cuidado necessário na elaboração das questões, para que sejam neutras, isto é, não podem induzir as respostas dos entrevistados. As perguntas também devem seguir uma sequência predeterminada pelo pesquisador (das mais gerais para as mais específicas). Ao finalizar a construção do questionário, é interessante que o pesquisador faça o “pré-teste”, ou seja, após alguns dias, ele mesmo deve ler o questionário e tentar respondê-lo para verificar se é preciso algum ajuste. Após a aplicação do questionário, deve ser feita a análise dos dados de acordo com o objetivo da pesquisa e, por fim, a apresentação deles.
Essa prática de pesquisa pode ser usada pelos estudantes em contextos de participação política e social, por exemplo, para saber a opinião da comunidade escolar com relação à criação de um grêmio estudantil ou para fazer um levantamento de problemas a fim de escrever uma carta de solicitação ou reclamação endereçada à direção ou coordenação da escola, proposta na seção Produção de texto
Essa prática de pesquisa pode ser usada para analisar e compreender como é a recepção de uma obra cultural ou produto midiático por parte de um público específico, considerando esse processo como uma forma de interação social. Para tanto, essa metodologia pode
se valer de outras práticas de pesquisa, como a entrevista, o questionário e a observação.
O estudo de recepção pode ser usado quando o objeto de estudo apresentado no Livro do Estudante é uma obra de arte, um filme, uma letra de música ou um texto dramático, por exemplo. Para além do livro didático, pode-se estudar a recepção de filmes, programas de televisão, música, videoclipes, programas de rádio, moda, dança, cinema, teatro e outros produtos da indústria cultural.
A observação científica é diferente daquela que procedemos habitualmente. O investigador busca a todo o momento estar integralmente nas situações que envolvem a pesquisa (ambiente físico e humano, problemas, fatos, histórias etc.), refletindo e atentando aos detalhes que o circundam. De modo a não confiar apenas em sua memória ou no que lhe marca no momento, é necessária a tomada de nota. Por fim, com base nas anotações, deve ser feita a construção do relatório, cujo objetivo é socializar o resultado da pesquisa/investigação. Os relatórios de pesquisa devem ser escritos em registro formal e costumam seguir uma estrutura determinada (folha de rosto, sumário, introdução, desenvolvimento, conclusão, recomendações, referências e anexos).
Essa prática de pesquisa pode ser usada ao se desenvolver, por exemplo, experimentos científicos, permitindo o trabalho com o gênero textual relatório de experimento.
A entrevista é um gênero textual que faz parte dos objetos de ensino de Língua Portuguesa, portanto, os estudantes costumam ter certa familiaridade com ela. Enquanto prática de pesquisa, as entrevistas possibilitam a interação entre o pesquisador e o entrevistado. Ela é guiada por um roteiro, contudo, como é esperado em qualquer relação humana, não pode ser determinada por ele. Ao estar diante do entrevistado, o entrevistador deve saber que postura assumir (não julgar qualquer resposta obtida), como abordar o assunto, que registro utilizar (mais formal ou mais informal), de que modo deixar a pessoa à vontade para falar e diversos outros fatores relacionados ao ato conversacional em si. Por fim, as percepções e conclusões a respeito da
pesquisa realizada por meio da entrevista devem ser compartilhadas com a turma.
Além de estar presente nas seções Leitura , Outra leitura , Produção escrita e Produção oral, como gênero a ser lido e produzido, é possível solicitar aos estudantes que façam entrevistas durante a produção de outros textos jornalísticos, como notícias e reportagens, e em outras atividades investigativas.
As mídias sociais têm cada vez mais ganhado destaque em nossa sociedade, permitindo a interação entre as pessoas e o compartilhamento de conteúdos. Partindo de seu caráter democrático de participação, é pertinente analisar suas métricas verificando de que maneira o público tem reagido às publicações divulgadas nelas. Termos como alcance (mede quantas pessoas recebem uma publicação) e engajamento (mede o número de curtidas, compartilhamentos e comentários de uma publicação) já circulam entre os jovens e são algumas das métricas utilizadas para saber se determinada publicação alcançou ou está alcançando os resultados esperados.
Essa prática de pesquisa pode ser usada ao explorar com a turma gêneros midiáticos, como notícias e reportagens publicadas na internet e posts em redes sociais. Outra atividade em que pode ser empregada a análise de mídias sociais é quando se trabalha com os estudantes a disseminação de fake news (notícias falsas) na internet, solicitando que façam a análise do poder de alcance dessas notícias. Além disso, quando eles compartilham suas produções textuais em blogs e redes sociais, eles podem analisar as métricas de suas publicações.
Vivemos em um mundo cada vez mais tecnológico e conectado, e a necessidade de acompanhar todas essas transformações impulsionou o uso das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação ( TDIC) como recursos pedagógicos. Diante desse cenário, é imprescindível o desenvolvimento do pensamento computacional, que se constitui na utilização de fundamentos e conceitos da Ciência da Computação para resolver problemas cada vez maiores e mais complexos.
Pensamento computacional baseia-se no poder e limites de processos computacionais, sejam eles executados por um humano ou por uma máquina. Métodos e modelos computacionais nos dão a coragem para resolver problemas e projetar sistemas que nenhum de nós seria capaz de enfrentar sozinhos. [...]
WING, Jeannette. Pensamento computacional: um conjunto de atitudes e habilidades que todos, não só cientistas da computação, ficaram ansiosos para aprender e usar. Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia, Ponta Grossa, v. 9, n. 2, p. 2, maio/ago. 2016. Disponível em: https://periodicos.utfpr.edu.br/rbect/ article/download/4711/pdf. Acesso em: 30 maio 2022.
É importante assinalar que para desenvolver o pensamento computacional não é indispensável o uso do computador, havendo o pensamento computacional plugado (aquele que exige o uso de ferramentas tecnológicas, como softwares e aplicativos) e o desplugado (aquele que não exige o uso de ferramentas tecnológicas, mas de materiais impressos, como o próprio livro didático).
O pensamento computacional designa um mecanismo de atuação que pode ser reproduzido quando temos em mente seus quatro pilares: decomposição, reconhecimento de padrões, abstração e algoritmo. Confira uma breve explicação de cada um deles a seguir.
Decomposição
Dividir um problema em partes menores para compreendê-lo e resolvê-lo mais facilmente.
Reconhecimento de padrões
Comparar uma dessas partes com problemas parecidos que foram solucionados, reconhecendo semelhanças.
Pensamento computacional plugado Pensamento computacional desplugado
• Atividades de pesquisa na internet.
• Atividades de análise de mídias sociais.
• Leitura de textos multissemióticos e hipermidiáticos, próprios da cultura digital.
• Uso de softwares ou aplicativos de edição de texto, imagem e vídeo.
• Atividades práticas, de pesquisa e investigativas.
• Atividades de produção de texto escrito que envolvem planejamento, pesquisa, produção, revisão e edição.
• Atividades de produção de texto oral, que envolvem planejamento, como dramatização ou organização de sarau.
• Atividades de análise linguística, em que é possível desenvolver o reconhecimento de padrões.
Há outros momentos em que é possível explorar conceitos do pensamento computacional na abordagem de conteúdos do componente curricular de Língua Portuguesa. Exemplificamos no quadro a seguir algumas dessas possibilidades.
Conceitos de pensamento computacional
Aquisição de dados
Análise de dados
Representação de dados
Abstração
Algoritmos e procedimentos
Abstração
Extrair dessa comparação informações relevantes para a solução do problema.
Algoritmos
Elaborar e seguir um passo a passo ou um conjunto de regras para a solução do problema.
Esta coleção proporciona o uso tanto do pensamento computacional plugado quanto do desplugado. Confira a seguir algumas sugestões de abordagens.
Identificar padrões em diferentes exemplares de um mesmo gênero textual; pesquisar e coletar informações para discutir sobre algum tema proposto.
Representar padrões de diferentes elementos de composição de um gênero textual.
Produzir um novo exemplar do gênero textual, colocando em prática o que foi estudado.
Compreender metáforas, hipérboles e outras figuras de linguagem.
Descrever o passo a passo necessário para produzir um exemplar de determinado gênero textual.
Paralelismo Utilizar o corretor ortográfico.
Simulação Encenar um texto.
Fonte: BRACKMANN, Christian Puhlmann. Desenvolvimento do pensamento computacional através de atividades desplugadas na educação básica. Tese (Doutorado em Informática na Educação) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Centro de Estudos Interdisciplinares em Novas Tecnologias na Educação, Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação, Porto Alegre, 2017. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/172208. Acesso em: 3 maio 2022.
A BNCC orienta a incorporação de tecnologias digitais por meio da competência geral 5, da competência específica de Linguagens 6 e da competência específica de Língua Portuguesa 10. Além disso, segundo a BNCC , o pensamento computacional
Língua Portuguesa[...] envolve as capacidades de compreender, analisar, definir, modelar, resolver, comparar e automatizar problemas e suas soluções, de forma metódica e sistemática, por meio do desenvolvimento de algoritmos [...]
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular Versão final. Brasília: MEC, 2018. p. 474. Disponível em: http://basenacionalcomum. mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 11 fev. 2022.
Percebe-se, então, que o objetivo pretendido não é só proporcionar o contato dos estudantes com ferramentas digitais, mas torná-los capazes de entender a estrutura desse mundo tecnológico e de atuar nele, de maneira crítica, reflexiva e ética. Sem dúvida, isso os auxiliará em outros contextos, fora do ambiente escolar, no estabelecimento e na realização de seus projetos de vida.
A avaliação é um instrumento essencial para sistematizar e orientar as ações pedagógicas do professor com base no diagnóstico e na análise do desenvolvimento dos estudantes.
Reforçamos também que, além de a avaliação ser importante, seu processo deve ser contínuo e não se restringir a resultados ou a momentos definidos e estanques, pois ela diagnostica os reais problemas e defasagens na aprendizagem dos estudantes e colabora para a evolução de seu conhecimento.
Assim, professores e estudantes participam da avaliação, que só acontece efetivamente se as dificuldades, os erros e acertos fizerem sentido para ambos, como uma via de mão dupla para o ensino e a aprendizagem.
Dentro de sua atuação em sala de aula, podem ser desenvolvidos três tipos de avaliação: diagnóstica, formativa e somativa.
A avaliação diagnóstica deve ser realizada a cada início de um ciclo de estudos, com o objetivo de sondar os conhecimentos que os estudantes já têm sobre determinado assunto. Essa avaliação auxilia no planejamento do seu trabalho com os próximos conteúdos, pois revela um possível ponto de partida. Segundo Santos e Varela (2007), essa etapa tem como objetivo averiguar como e em que medida ocorreram os conhecimentos anteriores e o que precisa para selecionar as dificuldades que surgiram.
Nesta coleção, a avaliação diagnóstica está na seção Iniciando o trajeto, no começo de cada unidade, mas também pode ser desenvolvida durante o trabalho
com as páginas de abertura, ao explorar os gêneros a serem estudados, e no início de cada conteúdo.
A avaliação formativa deve ser utilizada durante todo o processo de ensino-aprendizagem, pois está relacionada aos aspectos que proporcionam a formação dos estudantes e, por esse motivo, considera o processo de aprendizagem tão importante quanto aquilo que se aprende.
A avaliação formativa privilegia a observação do processo ensino-aprendizagem por meio de diversos instrumentos que podem ser utilizados para verificar o alcance dos objetivos almejados, o domínio do conhecimento, os avanços, as dificuldades em que o aluno necessita de uma nova abordagem. O erro é visto como parte integrante de uma caminhada e revela a necessidade interventiva em determinado conteúdo ou em dado momento.
Diversas atividades do Livro do Estudante podem ser utilizadas como avaliação formativa, como as propostas na subseção Praticando das seções A língua em estudo e Ampliando a linguagem, além das atividades relacionadas à leitura e interpretação, atividades de produção escrita e oral, entre outras. No Manual do Professor, também são sugeridas atividades extras, que podem desempenhar essa função. A seção Ponto de verificação pode ser usada tanto como avaliação formativa quanto somativa, a depender dos seus objetivos no planejamento das aulas. Nela, os estudantes são convidados a examinar o que aprenderam durante o estudo da unidade e também a refletir, com base nessas informações, sobre seu papel no processo, avaliando o que é necessário melhorar.
A avaliação somativa, por sua vez, pretende ajuizar o progresso realizado pelo estudante no final de uma unidade de aprendizagem, no sentido de aferir resultados já colhidos pelas avaliações formativas e obter indicadores que permitam aperfeiçoar o processo de ensino. Corresponde a um balanço final, a uma visão de conjunto relativo a um todo sobre o qual, até então, só haviam sido feitos juízos parciais. É fato que a avaliação somativa é a mais utilizada nas escolas e que, em muitos casos, representa um caráter classificatório.
Nesta coleção, a seção Finalizando o trajeto funciona tanto como avaliação somativa ao final do ano letivo quanto como preparação para os exames de larga escala. Além dela, como citado anteriormente, a seção Ponto de verificação pode ser utilizada também como
forma de avaliação somativa, pois as questões contidas nela contemplam os conteúdos da unidade.
É importante pensar na avaliação como um processo que vai além de sua mera realização e que precisa ser cuidadosamente elaborado. O resultado dessa avaliação, por sua vez, deve ser devolvido e revisado com os estudantes, para que percebam o ensino como um processo, o que implica analisar os motivos de seus erros a fim de avançar na aprendizagem. O planejamento avaliativo deve incluir conteúdos trabalhados em sala de aula de maneira contextualizada e reflexiva, levando em consideração o processo de aprendizagem dos estudantes. Deve, ainda, na medida do possível, conter atividades que valorizem diferentes formas de expressão do conhecimento dos estudantes, como atividades objetivas, dissertativas, trabalhos em grupo, debates, e assim por diante.
Para que a avaliação não se torne uma forma de seleção e exclusão, focada apenas em princípios de eficiência e competitividade, é importante haver um canal de comunicação entre os estudantes e o professor.
Desse modo, os critérios da avaliação, seja ela formativa ou somativa, precisam ser apresentados e discutidos antes de sua realização, para que os estudantes saibam como e sob quais aspectos serão avaliados.
Quando elaborada, aplicada e revisada corretamente, a avaliação perde seu caráter punitivo e excludente e passa a avaliar os estudantes de maneira formativa e continuada, além de possibilitar a revisão e o aprimoramento da sua prática pedagógica.
A seguir, apresentamos um modelo de ficha de desenvolvimento individual, que pode ser usado para mapear tanto os conhecimentos quanto as habilidades, atitudes e valores dos estudantes no início do processo de ensino-aprendizagem, auxiliando no acompanhamento da aprendizagem de cada estudante ao longo do ano letivo e também no planejamento das aulas.
Essa ficha pode ser adaptada de acordo com as necessidades de cada turma. Por exemplo, o campo dos objetivos avaliados pode ser preenchido com habilidades e competências da BNCC ou com os objetivos de aprendizagem do ano letivo, de acordo com seu planejamento. O campo de acompanhamento socioemocional permite um diagnóstico das habilidades e competências socioemocionais de cada estudante e também pode ser adequado da maneira que julgar melhor.
Os campos de avaliação diagnóstica inicial e de observações podem auxiliar no planejamento de suas aulas, conforme o diagnóstico de sua turma. Ficha
Ler e compreender uma notícia.
Produzir uma notícia de acordo com as características do gênero.
Produzir uma notícia radiofônica.
Compreender o conceito de variação linguística e reconhecer as diferentes variedades linguísticas.
Desenvolve as atividades com autonomia?
É participativo e cooperativo nas aulas?
Trabalha bem em grupo?
Demonstra empatia e respeito com os colegas de turma e demais pessoas de seu convívio?
Demonstra interesse com relação aos conteúdos estudados?
Avaliação diagnóstica inicial • considerações gerais
Sem dúvida, o professor deve levar em conta, ainda, o contexto das avaliações extraescolares, como o Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Básico (Saeb), conjunto de avaliações governamentais que medem a qualidade da educação básica brasileira e, em um futuro próximo, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que, além de avaliar o desempenho dos estudantes ao término da educação básica, permite o ingresso em um grande número de universidades.
O alinhamento desta coleção com as competências e habilidades da BNCC , assim como a escolha dos textos e atividades propostas tanto no Livro do Estudante quanto no Manual do Professor permitem aos estudantes estar preparados para esses exames de larga escala. As avaliações diagnóstica, formativa e somativa propostas ao longo da obra viabilizam um acompanhamento constante do professor quanto ao desenvolvimento da turma, possibilitando intervenções estratégicas para melhor condução do processo de ensino-aprendizagem.
A autoavaliação tem um papel fundamental na democratização da avaliação. A utilização dessa ferramenta possibilita tanto a estudantes quanto a professores avaliar seu desempenho em sala de aula.
Para o aluno autoavaliar-se, é altamente favorável o desafio do professor, provocando-o a refletir sobre o que está fazendo, retomar passo a passo seus processos, tomar consciência das estratégias de pensamento utilizadas. Mas não é tarefa simples. Para tal, ele precisará ajustar suas perguntas e desafios às possibilidades de cada um, às etapas do processo em que se encontra, priorizando uns e outros aspectos, decidindo sobre o quê, como e quando falar, refletindo sobre o seu papel frente à possível vulnerabilidade do aprendiz. [...]
Portanto, ao desafiar os estudantes, o professor também passa a refletir sobre sua atuação nos processos didáticos, adequando-se às necessidades do dia a dia em sala de aula e tomando consciência de seu papel diante dos desafios do processo de ensino-aprendizagem.
Confira, a seguir, sugestões de questionamentos autoavaliativos que podem ser apresentados aos estudantes.
• O que estou aprendendo?
• O que eu aprendi?
• De que forma eu poderia aprender melhor?
• Como eu poderia agir/participar para aprender mais?
• Como desenvolvi as tarefas e atividades solicitadas?
• O que eu aprendi com elas?
• O que mais eu poderia aprender?
• O que eu aprendi, com meus colegas e professores, a ser e a fazer?
• De que forma contribuí para que todos aprendessem mais?
Cada indivíduo aprende de um jeito. Dentro de uma mesma sala de aula, temos uma diversidade de estudantes quando pensamos em características comportamentais e cognitivas. Cada um tem uma história, que é única e decorre das particularidades de sua estrutura biológica, psicológica, familiar e sociocultural, resultando em diferenças que interferem diretamente na maneira como eles se apropriam do conhecimento na escola. Como salienta Bencini (2003), para entender o desenvolvimento das crianças e dos adolescentes, é necessário considerar, por exemplo, suas experiências, o espaço onde vivem, suas práticas culturais e a forma como constroem significados. A questão norteadora do trabalho docente deve ser: como enfrentar a heterogeneidade das turmas – principalmente em turmas grandes?
Tendo em vista essas condições, é importante estarmos conscientes de que os níveis de aprendizagem em uma sala de aula serão distintos, e devemos estar preparados para lidar com esse aspecto do trabalho docente, de modo que o desenvolvimento dos estudantes não seja prejudicado. É função da escola
[...] detectar a diversidade presente nas salas de aula e criar condições para que os conteúdos trabalhados, quando não são bem compreendidos, sejam retomados em classe com novas atividades e estratégias de ensino.
FRAIDENRAICH, Verônica. O reforço que funciona. Nova Escola, 1 out. 2010. Disponível em: https://gestaoescolar.org.br/conteudo/575/ o-reforco-que-funciona. Acesso em: 5 jun. 2022.
Antes mesmo de refletirmos sobre rendimento e defasagem escolar, salientamos que, para um bom desem-
penho dos estudantes em sala de aula, é fundamental que eles compreendam a importância dos estudos e abandonem a visão pessimista que muitos têm de que “estudar é chato”. Atividades instigantes, desafiadoras, que colocam o estudante no centro do processo de ensino-aprendizagem e que saiam da rotina contribuem para atrair a atenção deles e para o desenvolvimento de competências que favoreçam tanto sua aprendizagem quanto sua formação socioemocional. O envolvimento da família nesse processo é de suma importância para criar uma relação de confiança com a escola.
O rendimento escolar dos estudantes e a possível defasagem em sala de aula podem ser influenciados por aspectos cognitivos (crianças com necessidades especiais relacionadas à linguagem, à percepção ou ao raciocínio, por exemplo, ou outros problemas de saúde), socioculturais (ambiente familiar, lugar onde mora, convívio social, oportunidade de desenvolvimento de atividades extracurriculares, tempo e lugar para se dedicar aos estudos em casa, relação da família com a escola e participação no processo de educação, entre outros) e político-institucionais (legislação educacional, trabalhista e de saúde em seus diversos níveis, metodologia de ensino adotada pela escola, corpo diretivo escolar, qualificação e motivação dos professores, infraestrutura da escola etc.). Desse modo, é necessário refletirmos a respeito das situações de ensino e aprendizagem que podem detectar os tipos de defasagens dos estudantes.
É preciso, ainda, considerar os efeitos resultantes da pandemia de covid-19, vivenciada recentemente, na aprendizagem dos estudantes. As diferentes realidades das instituições escolares brasileiras dificultaram ainda mais o nivelamento da frequência e dos conteúdos das aulas remotas ou híbridas. Apesar dos esforços para minimizar essa defasagem, estudos realizados ainda em 2021 mostraram que os estudantes brasileiros apresentaram até quatro anos de defasagem educacional. Nesse contexto, é importante considerar não só a defasagem com relação aos conteúdos, mas também a relacionada ao desenvolvimento socioemocional dessas crianças e adolescentes.
Para conhecer os níveis de aprendizagem dos estudantes e detectar uma possível defasagem, as ferramentas de avaliação e o trabalho do professor em conjunto com a coordenação pedagógica da escola são fundamentais. Segundo Fraidenraich (2010), alguns dos instrumentos que podem ajudar o professor a ter um panorama da turma são: o diagnóstico inicial, as provas, a observação da sala de aula, as atividades de sondagem, as tarefas de casa e a análise de cadernos e portfólios.
Geralmente, o que se faz em sala de aula é desenvolver o mesmo tipo de atividade para todos os estudantes. Em vários casos, alguns terminam mais rápido, outros precisam de mais tempo, e outros nem conseguem realizar a atividade, de maneira que o objetivo de ensino-aprendizagem nem sempre é atingido. Essa situação acaba desestimulando aqueles que têm resultados e ritmos diferentes da maioria da classe.
Uma possibilidade de auxiliar todos a atingir os objetivos de aprendizagem de maneira satisfatória e eficiente é diversificar as estratégias de ensino, respeitando essa diversidade de modo a potencializar as habilidades de cada estudante.
E quais são as estratégias de ensino que podem contribuir para corrigir as defasagens dos estudantes?
São muitas e devem variar de acordo com a realidade de cada comunidade escolar. No entanto, podem começar pelo espaço da sala de aula: em vez de trabalhar permanentemente com as carteiras enfileiradas, é possível alterar a organização delas em círculo ou em grupos, para que a interação entre os estudantes flua naturalmente. O importante é que a sala de aula seja um ambiente flexível. Diferentes metodologias ativas podem contribuir para essa diversificação de atividades e estratégias.
Também devem fazer parte da rotina os trabalhos em grupos, em duplas e individuais. Para cada um deles, é possível desenvolver diferentes habilidades. Ao propor trabalhos em duplas ou em grupos, é importante misturar estudantes de diferentes perfis e que tenham diferentes níveis de aprendizagem, pois, no trabalho colaborativo, eles aprendem mais do que apenas o conteúdo em estudo. Quando se ajudam, eles desenvolvem competências como organização, liderança, cooperação, respeito, paciência e empatia, além de certamente melhorar suas habilidades de comunicação. Em outros momentos, concentrar nos grupos estudantes com níveis de aprendizagem semelhantes é relevante para dar a atenção necessária, e de maneira integrada, para o grupo. Já os trabalhos individuais permitem a eles momentos de autonomia, responsabilidade, autoconhecimento e criatividade.
Do mesmo modo, é importante utilizar outros espaços, além da sala de aula, para atividades de ensino e aprendizagem, como o pátio da escola, o laboratório, o bairro, uma praça, um parque municipal, um museu etc. Tais espaços possibilitam, muitas vezes, a aprendizagem de forma lúdica, informal, fortalecendo o objetivo educativo.
Outro ponto importante é alternar o uso de materiais pedagógicos – revistas, mapas, jogos didáticos, histórias em quadrinhos, músicas, filmes – que desafiam os estudantes a refletir e a diversificar as formas de aprendizagem e a expressão do conhecimento formulado. Isso porque há estudantes que são mais visuais, outros são mais auditivos, e outros, cinestésicos. A avaliação diagnóstica inicial, com atividades variadas de escrita, leitura e interpretação de diferentes linguagens, auxilia a detectar as principais características dos estudantes: alguns podem ter facilidades em interpretar uma música (estímulo auditivo), enquanto outros podem ter bom desempenho em analisar uma imagem (estímulo visual), por exemplo.
Utilizar ferramentas digitais também é um ótimo recurso quando corretamente empregado. Se a escola dispuser de uma sala de tecnologia, aproveite esse espaço e utilize ferramentas como sites e aplicativos para
instigar a curiosidade dos estudantes e auxiliar na correção das defasagens.
Em alguns casos, quando se detecta que determinado estudante está muito aquém do desempenho da turma, é importante desenvolver atividades educativas separadas dos demais, para avançar com ele na compreensão de certos conteúdos. Para isso, sempre que possível, reserve momentos, ainda que semanais, para acompanhar individualmente as atividades realizadas por alguns deles. Em outros casos, atividades extras em sala separada, com auxílio de outro professor e da coordenação pedagógica, são conduções relevantes para o progresso do estudante.
Em todas essas situações, o professor deve planejar seu cotidiano, por isso Bencini (2003) defende que o professor precisa saber exatamente quais são os objetivos e resultados que almeja alcançar com cada atividade, para que não exija da turma aquém nem além do esperado.
É importante compreender que os estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental estão em período de transição entre a infância e a adolescência, fase marcada por inúmeras mudanças, e que é necessário entendê-los como sujeitos com suas próprias histórias de vida, experiências e individualidades.
As mudanças próprias dessa fase da vida implicam a compreensão do adolescente como sujeito em desenvolvimento, com singularidades e formações identitárias e culturais próprias, que demandam práticas escolares diferenciadas, capazes de contemplar suas necessidades e diferentes modos de inserção social. [...]
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. p. 60. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 11 fev. 2022.
Nesse sentido, é importante que professores e toda a comunidade escolar estejam preparados para entender as culturas juvenis e dialogar com elas, uma vez que os jovens não constituem um grupo homogêneo,
muito pelo contrário, os diferentes contextos – histórico, social, cultural, econômico, regional – nos quais estão inseridos contribuem para a existência de variadas realidades e culturas juvenis.
É necessário, portanto, revisitar constantemente as práticas pedagógicas de modo a avaliar se contemplam as mais variadas culturas juvenis e se compreendem esses estudantes como sujeitos ativos no processo de ensino-aprendizagem, considerando suas ideias, vivências e opiniões.
Nesta coleção, além de instigar o protagonismo dos jovens por meio de atividades que envolvem metodologias ativas, pesquisa, argumentação, reflexão e autoavaliação, há a preocupação em trabalhar com a cultura digital e os gêneros multimidiáticos, como meme, vlog , post em redes sociais, fanfic, podcast , entre outros, que possibilitam a leitura e a produção por parte dos estudantes, assegurando-lhes espaço para expressão de seus pensamentos, sentimentos e ideias. Além disso, a escolha dos textos e dos temas visa abarcar as culturas juvenis, para que estudantes de diferentes perfis e contextos se sintam mais acolhidos e desenvolvam o prazer em estudar.
Utilizamos as mais diferentes linguagens – verbal, corporal, visual, sonora, digital – para nos expressar e produzir sentidos. Por meio dos textos, temas e conteúdos apresentados nesta coleção, buscamos enfatizar o cuidado consigo e com o próximo, a importância de comportamentos éticos, democráticos e inclusivos para o estabelecimento de um diálogo, a resolução de conflitos e a construção de uma sociedade mais justa e democrática.
Apresentando manifestações culturais de diferentes matrizes étnico-culturais e expressando diferentes experiências e visões de mundo, os textos artísticos e literários prestam-se à compreensão da diversidade da vivência humana, ao confronto com o pluralismo de ideias, à propagação da não violência e ao reconhecimento de distintas realidades sociais. A linguagem artístico-literária, em suma, constitui uma forma inegável de contato com o outro.
Em um tempo em que as pessoas, sobretudo os jovens, estão constantemente conectados, é preciso destacar, mais do que nunca, os aspectos humanos que nos ligam e desenvolver competências e habilidades socioemocionais que nos habilitem a resolver pacificamente os problemas com os quais nos defrontamos.
Tem-se notado, há algum tempo, o fenômeno do bullying nas escolas e, mais recentemente, o cyberbullying, os quais devem ser combatidos e desencorajados no ambiente escolar e fora dele. Para isso, é necessário que haja
uma relação de confiança e, principalmente, respeito entre estudantes e professores.
Não haverá uma cultura de paz se não a incentivarmos desde a infância. É necessário contribuir para que as relações que acontecem no ambiente escolar promovam não só a superação das diferenças, mas também a valorização delas. Se todos os profissionais da escola estiverem sensibilizados a perceber situações problemáticas e conseguirem oferecer suporte aos estudantes e às famílias, certamente será possível evitar que episódios mais sérios ocorram. O professor, sem dúvida, tem papel preponderante na observação do que ocorre em sala de aula e muito tem a contribuir no combate ao bullying
Esta coleção desenvolve competências e habilidades socioemocionais e propõe a discussão de temáticas de relevância social, especialmente na seção Atitude cidadã , que aborda também os temas contemporâneos transversais. Na subseção Discutindo ideias, construindo valores , os estudantes também têm a oportunidade de conversar com os pares, desenvolvendo a escuta ativa, a empatia e o respeito ao próximo. O bullying também é tema de textos propostos para leitura e interpretação, dando ao professor o ensejo para trabalhá-lo. Outros temas de relevância social, apresentados por meio da escolha dos textos para leitura e interpretação, podem servir de ponto de partida para aprofundar discussões importantes com a turma. Além disso, o pensamento crítico, o diálogo e o questionamento são constantemente incentivados nas atividades, oferecendo aos estudantes a oportunidade de discutir e se posicionar diante dos temas abordados.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) tem como objetivo definir as aprendizagens essenciais que os estudantes desenvolverão de modo progressivo ao longo das etapas da educação básica. Em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, esse documento normativo apresenta uma concepção de educação baseada em princípios éticos, políticos e estéticos que favorecem a formação integral dos estudantes.
Nesse sentido, a BNCC valoriza a formação cognitiva dos estudantes, mas também reconhece a necessi-
dade de trabalhar com aspectos socioemocionais, buscando combater problemas como o preconceito e valorizar a diversidade. Além disso, a BNCC apresenta orientações para a construção de uma sociedade justa, democrática, inclusiva e preocupada com os problemas contemporâneos.
Independentemente da duração da jornada escolar, o conceito de educação integral com o qual a BNCC está comprometida se refere à construção intencional de processos educativos que promovam aprendizagens sintonizadas com as necessidades,
as possibilidades e os interesses dos estudantes e, também, com os desafios da sociedade contemporânea. Isso supõe considerar as diferentes infâncias e juventudes, as diversas culturas juvenis e seu potencial de criar novas formas de existir.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. p. 14. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 11 fev. 2022.
Na etapa dos Anos Finais do Ensino Fundamental, a BNCC sugere a realização de um trabalho de retomada e aprofundamento do que foi desenvolvido nos Anos Iniciais. Nessa etapa, os estudantes devem fortalecer também sua autonomia ao refletir de modo crítico, realizando argumentações coerentes, análises embasadas criteriosamente e buscando sempre valorizar o diálogo e os princípios dos direitos humanos.
A organização da BNCC foi estabelecida por meio da definição de competências gerais, competências específicas de área e competências específicas dos componentes curriculares. Nesta coleção, as competências gerais serão trabalhadas ao longo dos conteúdos, nas atividades e nas propostas disponibilizadas nas orientações ao professor. Nesses momentos, os estudantes serão incentivados a realizar reflexões que os levem a desenvolver seu senso crítico e sua capacidade de mobilização social diante dos desafios contemporâneos. Destacamos, aqui, a competência geral 9, dada a importância do desenvolvimento e exercício da empatia, do diálogo, da cooperação e da resolução de conflitos para a construção de relações saudáveis e respeitosas entre os estudantes e seus pares, professores, familiares e outras pessoas de seu convívio.
Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.O trabalho com o desenvolvimento das competências gerais auxilia os estudantes a estabelecer relações com sua vida cotidiana, resolver problemas e atuar de modo consciente no mundo.
Algumas iniciativas em sala de aula podem favorecer o trabalho com as competências gerais, auxiliando os estudantes a mobilizar seus conhecimentos para se tornar pessoas atuantes na sociedade. Leia a seguir algumas estratégias didáticas que podem ser desenvolvidas para que as competências gerais sejam contempladas no trabalho com essa coleção.
Pesquisa Competências gerais 1, 2 e 5
Em atividades que permitem desenvolver essas competências, os estudantes são orientados a usar de modo responsável os meios digitais, além de exercitar sua curiosidade intelectual.
Competências gerais 1, 4 e 7
Durante a coleção, os estudantes poderão utilizar os conhecimentos construídos ao longo dos capítulos para se expressar por meio da linguagem escrita para argumentar, formular reflexões, registrar informações etc.
Diálogo Competências gerais 4, 7, 8 e 9
Diferentes abordagens de diálogo são propostas ao longo da coleção, nas quais os estudantes são levados a utilizar diversas linguagens para se expressar, desenvolvendo também a capacidade de argumentação.
Interpretação Competências gerais 1, 4 e 7
Para compreender de modo crítico os conteúdos apresentados no material é necessário trabalhar a capacidade de interpretação. Desse modo, os estudantes terão fundamentação para explicar a realidade e reconhecer a diversidade.
Contexto local Competências gerais 6, 8 e 10
Em alguns momentos da coleção, serão estabelecidas relações entre os conteúdos e a vivência dos estudantes. Desse modo, eles poderão refletir sobre a realidade em que vivem e propor possíveis intervenções.
Análise de imagens Competências gerais 1, 2 e 3
As análises de imagens permitem aos estudantes desenvolver seu senso estético, valorizando diferentes manifestações culturais.
Esta coleção também contempla as competências específicas da área de Linguagens e as competências específicas de Língua Portuguesa, propostas pela BNCC
Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e cultural, de natureza dinâmica, reconhecendo-as e valorizando-as como formas de significação da realidade e expressão de subjetividades e identidades sociais e culturais.
Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e linguísticas) em diferentes campos da atividade humana para continuar aprendendo, ampliar suas possibilidades de participação na vida social e colaborar para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva.
Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao diálogo, à resolução de conflitos e à cooperação.
Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que respeitem o outro e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, atuando criticamente frente a questões do mundo contemporâneo.
Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico-cultural, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas. Compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares), para se comunicar por meio das diferentes linguagens e mídias, produzir conhecimentos, resolver problemas e desenvolver projetos autorais e coletivos.
Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio de construção de identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem.
1. 2. 3. 4. 5. 6. Produção de textos escritos BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. p. 65. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 11 fev. 2022.Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como forma de interação nos diferentes campos de atuação da vida social e utilizando-a para ampliar suas possibilidades de participar da cultura letrada, de construir conhecimentos (inclusive escolares) e de se envolver com maior autonomia e protagonismo na vida social.
Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo.
Compreender o fenômeno da variação linguística, demonstrando atitude respeitosa diante de variedades linguísticas e rejeitando preconceitos linguísticos.
Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de linguagem adequados à situação comunicativa, ao(s) interlocutor(es) e ao gênero do discurso/gênero textual. Analisar informações, argumentos e opiniões manifestados em interações sociais e nos meios de comunicação, posicionando-se ética e criticamente em relação a conteúdos discriminatórios que ferem direitos humanos e ambientais.
Reconhecer o texto como lugar de manifestação e negociação de sentidos, valores e ideologias.
Selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com objetivos, interesses e projetos pessoais (estudo, formação pessoal, entretenimento, pesquisa, trabalho etc.).
Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-culturais como formas de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial transformador e humanizador da experiência com a literatura.
Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens, mídias e ferramentas digitais para expandir as formas de produzir sentidos (nos processos de compreensão e produção), aprender e refletir sobre o mundo e realizar diferentes projetos autorais.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão final.
Brasília:
De acordo com a BNCC ,
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/
âmbito pedagógico, os direitos de aprendizagem e desenvolvimento.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. p. 8. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec. gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 11 fev. 2022.
Sendo assim, as competências gerais orientam o trabalho pedagógico ao longo das três etapas da educação básica, de todos os componentes curriculares, norteando também o desenvolvimento das competências específicas da área e das competências específicas do componente curricular. As habilidades constituem as aprendizagens essenciais para cada ano (ou bloco de anos) e devem ser desenvolvidas de forma articulada às competências específicas do componente, às competências da área e às competências gerais.
As competências e as habilidades referentes a cada um dos objetos de conhecimento do componente curricular de Língua Portuguesa são contempladas pelas seções que integram esta coleção, seja na leitura, compreensão ou produção de textos orais ou escritos, seja no estudo de tópicos de análise linguística e semiótica. No tópico Quadro de conteúdos deste Manual do Professor, são explicitadas as habilidades e competências (gerais, específicas da área de Linguagens e específicas de Língua Portuguesa) de cada capítulo, além dos temas contemporâneos transversais. Nas orientações ao professor, são indicadas as relações entre os conteúdos da coleção e a BNCC , demonstrando a diferença de trabalhar com as competências gerais, as competências específicas da área de Linguagens, as competências específicas de Língua Portuguesa e as habilidades.
Ao longo da Educação Básica, as aprendizagens essenciais definidas na BNCC devem concorrer para assegurar aos estudantes o desenvolvimento de dez competências gerais, que consubstanciam, no
Nesta coleção, procuramos incentivar os estudantes à participação social, política e cidadã. Desse modo, o trabalho com os temas contemporâneos transversais propicia reflexões importantes a respeito de temas relevantes da contemporaneidade.
Por que abordar Temas Contemporâneos Transversais nas escolas? A abordagem da contemporaneidade é uma busca pela melhoria da aprendizagem. Ao contextualizar o que é ensinado em sala de aula juntamente com os temas contemporâneos, espera-se aumentar o interesse dos estudantes durante o processo e despertar a relevância desses temas no seu desenvolvimento como cidadão. O maior
Os temas contemporâneos transversais e a formação cidadã
objetivo dessa abordagem é que o estudante conclua a sua educação formal reconhecendo e aprendendo sobre os temas que são relevantes para sua atuação na sociedade. [...]
Já a transversalidade é um princípio que desencadeia metodologias modificadoras da prática pedagógica, integrando diversos conhecimentos e ultrapassando uma concepção fragmentada, em direção a uma visão sistêmica. Os TCTs não são de domínio exclusivo de um componente curricular, mas perpassam a todos de forma transversal e integradora.
[...]
Nesse sentido, os Temas Contemporâneos Transversais ( TCTs) têm a condição de explicitar a ligação entre os diferentes componentes curriculares de forma integrada, bem como de fazer sua conexão com situações vivenciadas pelos estudantes em suas realidades, contribuindo para trazer contexto e contemporaneidade aos objetos do conhecimento descritos na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Temas contemporâneos transversais na BNCC: proposta de práticas de implementação. Brasília, 2019. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/ implementacao/guia_pratico_temas_contemporaneos.pdf. Acesso em: 31 maio 2022.
Nesta coleção os temas contemporâneos transversais são contemplados principalmente na seção Atitude cidadã , mas é possível abordá-los também durante a leitura e interpretação de textos, ao explorar os recursos imagéticos das páginas de abertura, ao utilizar as tecnologias digitais durante as propostas de produções de texto e em diversos outros momentos. Sempre que for pertinente o trabalho com um dos temas, haverá nas orientações ao professor a indicação da relação do conteúdo com o tema em questão, acompanhada de uma sugestão de como abordá-lo com a turma. Conheça mais sobre esses temas a seguir.
Considerando as perspectivas alarmantes divulgadas nos últimos anos sobre a situação do planeta, discutir a educação ambiental na escola tornou-se algo essencial. Essa formação visa preparar cidadãos que sejam preocupados, conscientes e que consigam tomar atitudes adequadas com relação ao consumo de recursos, à poluição, ao despejo indevido de resíduos, à implantação de energias alternativas, entre outras questões. Nesse sentido, assuntos como o desenvolvimento sustentável e o consumo consciente devem fazer parte do cotidiano dos estudantes.
Nos últimos anos, o estabelecimento de políticas de consumo responsável tem sido um grande desafio, levando em
conta a repercussão dos meios de comunicação em incentivar o consumo de bens e serviços de modo desenfreado. Com isso, a educação para o consumo visa contribuir para que os estudantes analisem criticamente o contexto atual, identificando atitudes consumistas e possíveis alternativas sustentáveis em seu dia a dia.
Refletir criticamente sobre as aplicações do desenvolvimento científico, analisando as tecnologias sob diferentes perspectivas e olhares, torna-se essencial no contexto contemporâneo. O espaço escolar deve estar aberto às transformações e às modernizações, aplicando-as com responsabilidade e capacitando os estudantes a desenvolverem o uso consciente desses recursos.
Entrar em contato com povos e culturas variados permite aos estudantes desenvolver a ideia de diversidade, reconhecendo, portanto, que o mundo é formado por diferentes modos de vida e tradições. Uma educação escolar voltada à valorização da diversidade favorece a desconstrução de ideias etnocêntricas. Nesse sentido, o Brasil surge como país privilegiado para discutir tais questões, tendo em vista a grande diversidade de etnias que contribuíram para a formação do povo brasileiro.
Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras
A aprovação de leis afirmativas, como a lei nº 10.639, de 2003, que determinou a introdução do ensino de história da África e da cultura afro-brasileira, e a lei nº 11.645, de 2008, que estabeleceu a obrigatoriedade da inclusão de história e cultura dos povos indígenas aos estudantes dos níveis Fundamental e Médio, colabora para a desconstrução de preconceitos e estereótipos, fortemente impregnados no conteúdo escolar, sobre africanos, afro-brasileiros e indígenas. No caso da inserção da história da África e da cultura afro-brasileira e da história e cultura dos povos indígenas, nos currículos dos ensinos Fundamental e Médio, vemos a expansão dos direitos de grupos tradicionalmente marginalizados, os quais têm agora sua cultura e sua contribuição para a construção da sociedade brasileira reconhecidas, ao mesmo tempo em que as especificidades desses grupos devem ser valorizadas como responsáveis por contribuições originais na formação de nosso povo.
Vida familiar e social
na escola reflexões sobre: diferentes constituições familiares, conceitos patriarcais e matrilineares, papel dos membros familiares, regras de convivência com diferentes grupos, a importância do diálogo e do respeito, entre outras discussões.
Problemas relacionados à convivência no trânsito se impõem como um dos grandes desafios atuais, principalmente em um mundo cada vez mais urbanizado e com escassos investimentos em planejamento de infraestrutura. Nesse sentido, a educação para o trânsito tem como objetivo contribuir para reflexões sobre posturas responsáveis de pedestres, ciclistas e motoristas.
A noção de direitos humanos foi construída historicamente, ao longo de anos de lutas e mobilizações. Tratar o outro com dignidade, considerando sua condição humana fundamental é um dever de todos. A escola se apresenta então como um espaço ideal para que essas noções sejam discutidas. Desse modo, busca-se combater concepções e atitudes que tenham como base perspectivas discriminatórias.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), aprovado no Brasil em 1990, trata da necessidade de conceder proteção integral à criança e ao adolescente, atribuindo prioridade a essa parcela da sociedade em diversos setores públicos e na destinação de recursos. Essa nova concepção a respeito das crianças e dos adolescentes passou a compreendê-los como pessoas em estágio de desenvolvimento e que requerem atenção e proteção da sociedade como um todo. Nesse sentido, prima-se por uma educação que destaque elementos como a prevenção do trabalho e da exploração infantil, a promoção da convivência familiar saudável, o combate à violência intrafamiliar, além do incentivo e apoio à ampliação do universo cultural das crianças e adolescentes.
O Estatuto do Idoso foi aprovado no Brasil em 2003, visando garantir o bem-estar das pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. Nesse documento, uma série de leis busca promover o respeito, a autonomia, a integração e a participação efetiva dos idosos na sociedade brasileira. A educação tem um papel relevante a cumprir na efetivação dessas leis, atuando na conscientização dos estudantes sobre a importância das pessoas idosas em nossa sociedade, buscando promover a sociabilização e o compartilhamento de experiências entre pessoas idosas e estudantes.
A escola apresenta um papel importante nas reflexões dos estudantes sobre sua saúde. Os conhecimentos apreendidos com base nos componentes curriculares e na convivência diária no ambiente escolar devem sempre contribuir para a formação de hábitos saudáveis, como a prática de atividades físicas e de higiene, além de promover o cuidado com o bem-estar físico, mental e emocional.
A preocupação com a alimentação e com o aprimoramento nutricional também é muito importante no contexto atual. Com os altos níveis de industrialização vivenciados nos últimos anos e com a aceleração do ritmo de vida imposta pelo sistema capitalista, nos submetemos a uma alimentação muitas vezes de má qualidade e sem critérios adequados para saúde. Assim, a educação nutricional se faz necessária, para que possamos identificar e seguir melhores hábitos.
Reflexões sobre as relações de trabalho são importantes para os estudantes compreenderem de modo crítico o mundo em que vivemos. Temas como trabalho infantil, desemprego e direitos trabalhistas devem ser abordados em sala de aula para auxiliá-los a perceber as dinâmicas do sistema capitalista nas quais estão inseridos. Com base em discussões como essas, é possível ajudar os estudantes a analisar as condições adversas que podem estar presentes em seu dia a dia, como é o caso da desigualdade social.
A escola pode contribuir para a formação inicial dos estudantes com relação à educação financeira, apresentando reflexões que envolvam noções de planejamento financeiro, aplicação, investimentos, consumo consciente, tomada de decisões etc. Além de aprender a importância do planejamento financeiro, a educação financeira ajuda a formar cidadãos mais conscientes em relação ao consumo e que compreendam a relação direta que há entre economia, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.
É papel do cidadão compreender as dinâmicas que envolvem a aplicação de investimentos tributários pelo poder público. Assim, é de suma importância que os estudantes aprendam desde cedo sobre educação fiscal para que possam fiscalizar e cobrar dos governantes a destinação adequada dos tributos arrecadados, que devem ser convertidos em benfeitorias para a população.
Os conteúdos apresentados neste volume permitem aos estudantes desenvolver as habilidades propostas pela BNCC para este ano escolar. O quadro a seguir indica as habilidades a serem desenvolvidas pelos estudantes no decorrer do trabalho com este volume. Cada habilidade é identificada por um código alfanumérico, que varia de acordo com o ano ou o bloco de anos a que ela se refere. No componente curricular de Língua Portuguesa, há três variações de composição do código a cada volume. Confira os exemplos a seguir.
EF69LP01
EF: Ensino Fundamental
69: 6º ao 9 º ano
LP : Língua Portuguesa
01: numeração sequencial da habilidade
(EF69LP01) Diferenciar liberdade de expressão de discursos de ódio, posicionando-se contrariamente a esse tipo de discurso e vislumbrando possibilidades de denúncia quando for o caso.
(EF69LP02) Analisar e comparar peças publicitárias variadas (cartazes, folhetos, outdoor, anúncios e propagandas em diferentes mídias, spots , jingle, vídeos etc.), de forma a perceber a articulação entre elas em campanhas, as especificidades das várias semioses e mídias, a adequação dessas peças ao público-alvo, aos objetivos do anunciante e/ou da campanha e à construção composicional e estilo dos gêneros em questão, como forma de ampliar suas possibilidades de compreensão (e produção) de textos pertencentes a esses gêneros.
(EF69LP03) Identificar, em notícias, o fato central, suas principais circunstâncias e eventuais decorrências; em reportagens e fotorreportagens o fato ou a temática retratada e a perspectiva de abordagem, em entrevistas os principais temas/subtemas abordados, explicações dadas ou teses defendidas em relação a esses subtemas; em tirinhas, memes, charge, a crítica, ironia ou humor presente.
(EF69LP04) Identificar e analisar os efeitos de sentido que fortalecem a persuasão nos textos publicitários,
EF67LP01
EF: Ensino Fundamental
67: 6º e 7 º anos
LP : Língua Portuguesa
01: numeração sequencial da habilidade
relacionando as estratégias de persuasão e apelo ao consumo com os recursos linguístico-discursivos utilizados, como imagens, tempo verbal, jogos de palavras, figuras de linguagem etc., com vistas a fomentar práticas de consumo conscientes.
(EF69LP05) Inferir e justificar, em textos multissemióticos – tirinhas, charges, memes, gifs etc. –, o efeito de humor, ironia e/ou crítica pelo uso ambíguo de palavras, expressões ou imagens ambíguas, de clichês, de recursos iconográficos, de pontuação etc.
(EF69LP06) Produzir e publicar notícias, fotodenúncias, fotorreportagens, reportagens, reportagens multimidiáticas, infográficos, podcasts noticiosos, entrevistas, cartas de leitor, comentários, artigos de opinião de interesse local ou global, textos de apresentação e apreciação de produção cultural – resenhas e outros próprios das formas de expressão das culturas juvenis, tais como vlogs e podcasts culturais, gameplay, detonado etc.– e cartazes, anúncios, propagandas, spots , jingles de campanhas sociais, dentre outros em várias mídias, vivenciando de forma significativa o papel de repórter, de comentador, de analista, de crítico, de editor ou articulista, de booktuber, de vlogger (vlogueiro) etc., como forma de compreender as condições de produção
EF06LP01
EF: Ensino Fundamental
06: 6º ano
LP : Língua Portuguesa
01: numeração sequencial da habilidade
que envolvem a circulação desses textos e poder participar e vislumbrar possibilidades de participação nas práticas de linguagem do campo jornalístico e do campo midiático de forma ética e responsável, levando-se em consideração o contexto da Web 2.0, que amplia a possibilidade de circulação desses textos e “funde” os papéis de leitor e autor, de consumidor e produtor.
(EF69LP07) Produzir textos em diferentes gêneros, considerando sua adequação ao contexto produção e circulação – os enunciadores envolvidos, os objetivos, o gênero, o suporte, a circulação –, ao modo (escrito ou oral; imagem estática ou em movimento etc.), à variedade linguística e/ ou semiótica apropriada a esse contexto, à construção da textualidade relacionada às propriedades textuais e do gênero), utilizando estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição, reescrita/redesign e avaliação de textos, para, com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, corrigir e aprimorar as produções realizadas, fazendo cortes , acréscimos, reformulações, correções de concordância, ortografia, pontuação em textos e editando imagens, arquivos sonoros, fazendo cortes , acréscimos, ajustes, acrescentando/alterando efeitos, ordenamentos etc.
(EF69LP08) Revisar/editar o texto produzido – notícia, reportagem, resenha, artigo de opinião, dentre outros –, tendo em vista sua adequação ao contexto de produção, a mídia em questão, características do gênero, aspectos relativos à textualidade, a relação entre as diferentes semioses, a formatação e uso adequado das ferramentas de edição (de texto, foto, áudio e vídeo, dependendo do caso) e adequação à norma culta.
(EF69LP09) Planejar uma campanha publicitária sobre questões/problemas, temas, causas significativas para a escola e/ou comunidade, a partir de um levantamento de material sobre o tema ou evento, da definição do público-alvo, do texto ou peça a ser produzido – cartaz, banner, folheto, panfleto, anúncio impresso e para internet, spot , propaganda de rádio, TV etc. –, da ferramenta de edição de texto, áudio ou vídeo que será utilizada, do recorte e enfoque a ser dado, das estratégias de persuasão que serão utilizadas etc.
(EF69LP10) Produzir notícias para rádios, TV ou vídeos, podcasts noticiosos e de opinião, entrevistas, comentários, vlogs, jornais radiofônicos e televisivos, dentre outros possíveis, relativos a fato e temas de interesse pessoal, local ou global e textos orais de apreciação e opinião – podcasts e vlogs noticiosos, culturais e de opinião, orientando-se por roteiro ou texto, considerando o contexto de produção e demonstrando domínio dos gêneros.
(EF69LP11) Identificar e analisar posicionamentos defendidos e refutados na escuta de interações polêmicas em entrevistas, discussões e debates (televisivo, em sala de aula, em redes sociais etc.), entre outros, e se posicionar frente a eles.
(EF69LP12) Desenvolver estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição, reescrita/redesign (esses três últimos quando não for situação ao vivo) e avaliação de textos orais, áu-
dio e/ou vídeo, considerando sua adequação aos contextos em que foram produzidos, à forma composicional e estilo de gêneros, a clareza, progressão temática e variedade linguística empregada, os elementos relacionados à fala, tais como modulação de voz, entonação, ritmo, altura e intensidade, respiração etc., os elementos cinésicos, tais como postura corporal, movimentos e gestualidade significativa, expressão facial, contato de olho com plateia etc.
(EF69LP13) Engajar-se e contribuir com a busca de conclusões comuns relativas a problemas, temas ou questões polêmicas de interesse da turma e/ou de relevância social.
(EF69LP14) Formular perguntas e decompor, com a ajuda dos colegas e dos professores, tema/questão polêmica, explicações e ou argumentos relativos ao objeto de discussão para análise mais minuciosa e buscar em fontes diversas informações ou dados que permitam analisar partes da questão e compartilhá-los com a turma.
(EF69LP15) Apresentar argumentos e contra-argumentos coerentes, respeitando os turnos de fala, na participação em discussões sobre temas controversos e/ou polêmicos.
(EF69LP16) Analisar e utilizar as formas de composição dos gêneros jornalísticos da ordem do relatar, tais como notícias (pirâmide invertida no impresso X blocos noticiosos hipertextuais e hipermidiáticos no digital, que também pode contar com imagens de vários tipos, vídeos, gravações de áudio etc.), da ordem do argumentar, tais como artigos de opinião e editorial (contextualização, defesa de tese/opinião e uso de argumentos) e das entrevistas: apresentação e contextualização do entrevistado e do tema, estrutura pergunta e resposta etc.
(EF69LP17) Perceber e analisar os recursos estilísticos e semióticos dos gêneros jornalísticos e publicitários, os aspectos relativos ao tratamento
da informação em notícias, como a ordenação dos eventos, as escolhas lexicais, o efeito de imparcialidade do relato, a morfologia do verbo, em textos noticiosos e argumentativos, reconhecendo marcas de pessoa, número, tempo, modo, a distribuição dos verbos nos gêneros textuais (por exemplo, as formas de pretérito em relatos; as formas de presente e futuro em gêneros argumentativos; as formas de imperativo em gêneros publicitários), o uso de recursos persuasivos em textos argumentativos diversos (como a elaboração do título, escolhas lexicais, construções metafóricas, a explicitação ou a ocultação de fontes de informação) e as estratégias de persuasão e apelo ao consumo com os recursos linguístico-discursivos utilizados (tempo verbal, jogos de palavras, metáforas, imagens).
(EF69LP18) Utilizar, na escrita/reescrita de textos argumentativos, recursos linguísticos que marquem as relações de sentido entre parágrafos e enunciados do texto e operadores de conexão adequados aos tipos de argumento e à forma de composição de textos argumentativos, de maneira a garantir a coesão, a coerência e a progressão temática nesses textos (“primeiramente, mas, no entanto, em primeiro/segundo/terceiro lugar, finalmente, em conclusão” etc.).
(EF69LP19) Analisar, em gêneros orais que envolvam argumentação, os efeitos de sentido de elementos típicos da modalidade falada, como a pausa, a entonação, o ritmo, a gestualidade e expressão facial, as hesitações etc.
(EF69LP20) Identificar, tendo em vista o contexto de produção, a forma de organização dos textos normativos e legais, a lógica de hierarquização de seus itens e subitens e suas partes: parte inicial (título – nome e data – e ementa), blocos de artigos (parte, livro, capítulo, seção, subseção), artigos (caput e parágrafos e incisos) e parte final (disposições pertinentes à sua implementação) e anali-
sar efeitos de sentido causados pelo uso de vocabulário técnico, pelo uso do imperativo, de palavras e expressões que indicam circunstâncias, como advérbios e locuções adverbiais, de palavras que indicam generalidade, como alguns pronomes indefinidos, de forma a poder compreender o caráter imperativo, coercitivo e generalista das leis e de outras formas de regulamentação.
(EF69LP21) Posicionar-se em relação a conteúdos veiculados em práticas não institucionalizadas de participação social, sobretudo àquelas vinculadas a manifestações artísticas, produções culturais, intervenções urbanas e práticas próprias das culturas juvenis que pretendam denunciar, expor uma problemática ou “convocar” para uma reflexão/ação, relacionando esse texto/produção com seu contexto de produção e relacionando as partes e semioses presentes para a construção de sentidos.
(EF69LP22) Produzir, revisar e editar textos reivindicatórios ou propositivos sobre problemas que afetam a vida escolar ou da comunidade, justificando pontos de vista, reivindicações e detalhando propostas (justificativa, objetivos, ações previstas etc.), levando em conta seu contexto de produção e as características dos gêneros em questão.
(EF69LP23) Contribuir com a escrita de textos normativos, quando houver esse tipo de demanda na escola – regimentos e estatutos de organizações da sociedade civil do âmbito da atuação das crianças e jovens (grêmio livre, clubes de leitura, associações culturais etc.) – e de regras e regulamentos nos vários âmbitos da escola –campeonatos, festivais, regras de convivência etc., levando em conta o contexto de produção e as características dos gêneros em questão.
(EF69LP24) Discutir casos, reais ou simulações, submetidos a juízo, que envolvam (supostos) desrespeitos a arti-
gos, do ECA , do Código de Defesa do Consumidor, do Código Nacional de Trânsito, de regulamentações do mercado publicitário etc., como forma de criar familiaridade com textos legais –seu vocabulário, formas de organização, marcas de estilo etc. -, de maneira a facilitar a compreensão de leis, fortalecer a defesa de direitos, fomentar a escrita de textos normativos (se e quando isso for necessário) e possibilitar a compreensão do caráter interpretativo das leis e as várias perspectivas que podem estar em jogo
(EF69LP25) Posicionar-se de forma consistente e sustentada em uma discussão, assembleia, reuniões de colegiados da escola, de agremiações e outras situações de apresentação de propostas e defesas de opiniões, respeitando as opiniões contrárias e propostas alternativas e fundamentando seus posicionamentos, no tempo de fala previsto, valendo-se de sínteses e propostas claras e justificadas.
(EF69LP26) Tomar nota em discussões, debates, palestras, apresentação de propostas, reuniões, como forma de documentar o evento e apoiar a própria fala (que pode se dar no momento do evento ou posteriormente, quando, por exemplo, for necessária a retomada dos assuntos tratados em outros contextos públicos, como diante dos representados).
(EF69LP27) Analisar a forma composicional de textos pertencentes a gêneros normativos/jurídicos e a gêneros da esfera política, tais como propostas, programas políticos (posicionamento quanto a diferentes ações a serem propostas, objetivos, ações previstas etc.), propaganda política (propostas e sua sustentação, posicionamento quanto a temas em discussão) e textos reivindicatórios: cartas de reclamação, petição (proposta, suas justificativas e ações a serem adotadas) e suas marcas linguísticas, de forma a incrementar a compreensão de textos pertencentes a esses gêneros e a possibilitar a produção de
textos mais adequados e/ou fundamentados quando isso for requerido.
(EF69LP28) Observar os mecanismos de modalização adequados aos textos jurídicos, as modalidades deônticas, que se referem ao eixo da conduta (obrigatoriedade/permissibilidade) como, por exemplo: Proibição: “Não se deve fumar em recintos fechados.”; Obrigatoriedade: “A vida tem que valer a pena.”; Possibilidade: “É permitido a entrada de menores acompanhados de adultos responsáveis”, e os mecanismos de modalização adequados aos textos políticos e propositivos, as modalidades apreciativas, em que o locutor exprime um juízo de valor (positivo ou negativo) acerca do que enuncia. Por exemplo: “Que belo discurso!”, “Discordo das escolhas de Antônio.”, “Felizmente, o buraco ainda não causou acidentes mais graves.”.
(EF69LP29) Refletir sobre a relação entre os contextos de produção dos gêneros de divulgação científica – texto didático, artigo de divulgação científica, reportagem de divulgação científica, verbete de enciclopédia (impressa e digital), esquema, infográfico (estático e animado), relatório, relato multimidiático de campo, podcasts e vídeos variados de divulgação científica etc. – e os aspectos relativos à construção composicional e às marcas linguística características desses gêneros, de forma a ampliar suas possibilidades de compreensão (e produção) de textos pertencentes a esses gêneros.
(EF69LP30) Comparar, com a ajuda do professor, conteúdos, dados e informações de diferentes fontes, levando em conta seus contextos de produção e referências, identificando coincidências, complementaridades e contradições, de forma a poder identificar erros/imprecisões conceituais, compreender e posicionar-se criticamente sobre os conteúdos e informações em questão.
(EF69LP31) Utilizar pistas linguísticas – tais como “em primeiro/segundo/
terceiro lugar”, “por outro lado”, “dito de outro modo”, “isto é”, “por exemplo” – para compreender a hierarquização das proposições, sintetizando o conteúdo dos textos.
(EF69LP32) Selecionar informações e dados relevantes de fontes diversas (impressas, digitais, orais etc.), avaliando a qualidade e a utilidade dessas fontes, e organizar, esquematicamente, com ajuda do professor, as informações necessárias (sem excedê-las) com ou sem apoio de ferramentas digitais, em quadros, tabelas ou gráficos.
(EF69LP33) Articular o verbal com os esquemas, infográficos, imagens variadas etc. na (re)construção dos sentidos dos textos de divulgação científica e retextualizar do discursivo para o esquemático – infográfico, esquema, tabela, gráfico, ilustração etc. – e, ao contrário, transformar o conteúdo das tabelas, esquemas, infográficos, ilustrações etc. em texto discursivo, como forma de ampliar as possibilidades de compreensão desses textos e analisar as características das multissemioses e dos gêneros em questão.
(EF69LP34) Grifar as partes essenciais do texto, tendo em vista os objetivos de leitura, produzir marginálias (ou tomar notas em outro suporte), sínteses organizadas em itens, quadro sinóptico, quadro comparativo, esquema, resumo ou resenha do texto lido (com ou sem comentário/análise), mapa conceitual, dependendo do que for mais adequado, como forma de possibilitar uma maior compreensão do texto, a sistematização de conteúdos e informações e um posicionamento frente aos textos, se esse for o caso.
(EF69LP35) Planejar textos de divulgação científica, a partir da elaboração de esquema que considere as pesquisas feitas anteriormente, de notas e sínteses de leituras ou de registros de experimentos ou de estudo
de campo, produzir, revisar e editar textos voltados para a divulgação do conhecimento e de dados e resultados de pesquisas, tais como artigo de divulgação científica, artigo de opinião, reportagem científica, verbete de enciclopédia, verbete de enciclopédia digital colaborativa, infográfico, relatório, relato de experimento científico, relato (multimidiático) de campo, tendo em vista seus contextos de produção, que podem envolver a disponibilização de informações e conhecimentos em circulação em um formato mais acessível para um público específico ou a divulgação de conhecimentos advindos de pesquisas bibliográficas, experimentos científicos e estudos de campo realizados.
(EF69LP36) Produzir, revisar e editar textos voltados para a divulgação do conhecimento e de dados e resultados de pesquisas, tais como artigos de divulgação científica, verbete de enciclopédia, infográfico, infográfico animado, podcast ou vlog científico, relato de experimento, relatório, relatório multimidiático de campo, dentre outros, considerando o contexto de produção e as regularidades dos gêneros em termos de suas construções composicionais e estilos.
(EF69LP37) Produzir roteiros para elaboração de vídeos de diferentes tipos (vlog científico, vídeo-minuto, programa de rádio, podcasts) para divulgação de conhecimentos científicos e resultados de pesquisa, tendo em vista seu contexto de produção, os elementos e a construção composicional dos roteiros.
(EF69LP38) Organizar os dados e informações pesquisados em painéis ou slides de apresentação, levando em conta o contexto de produção, o tempo disponível, as características do gênero apresentação oral, a multissemiose, as mídias e tecnologias que serão utilizadas, ensaiar a apresentação, considerando também elementos paralinguísticos e cinési-
cos e proceder à exposição oral de resultados de estudos e pesquisas, no tempo determinado, a partir do planejamento e da definição de diferentes formas de uso da fala – memorizada, com apoio da leitura ou fala espontânea.
(EF69LP39) Definir o recorte temático da entrevista e o entrevistado, levantar informações sobre o entrevistado e sobre o tema da entrevista, elaborar roteiro de perguntas, realizar entrevista, a partir do roteiro, abrindo possibilidades para fazer perguntas a partir da resposta, se o contexto permitir, tomar nota, gravar ou salvar a entrevista e usar adequadamente as informações obtidas, de acordo com os objetivos estabelecidos.
(EF69LP40) Analisar, em gravações de seminários, conferências rápidas, trechos de palestras, dentre outros, a construção composicional dos gêneros de apresentação – abertura/saudação, introdução ao tema, apresentação do plano de exposição, desenvolvimento dos conteúdos, por meio do encadeamento de temas e subtemas (coesão temática), síntese final e/ou conclusão, encerramento –, os elementos paralinguísticos (tais como: tom e volume da voz, pausas e hesitações – que, em geral, devem ser minimizadas –, modulação de voz e entonação, ritmo, respiração etc.) e cinésicos (tais como: postura corporal, movimentos e gestualidade significativa, expressão facial, contato de olho com plateia, modulação de voz e entonação, sincronia da fala com ferramenta de apoio etc.), para melhor performar apresentações orais no campo da divulgação do conhecimento.
(EF69LP41) Usar adequadamente ferramentas de apoio a apresentações orais, escolhendo e usando tipos e tamanhos de fontes que permitam boa visualização, topicalizando e/ou organizando o conteúdo em itens, inserindo de forma adequada imagens, gráficos, tabelas, formas e elementos
gráficos, dimensionando a quantidade de texto (e imagem) por slide, usando progressivamente e de forma harmônica recursos mais sofisticados como efeitos de transição, slides mestres, layouts personalizados etc.
(EF69LP42) Analisar a construção composicional dos textos pertencentes a gêneros relacionados à divulgação de conhecimentos: título, (olho), introdução, divisão do texto em subtítulos, imagens ilustrativas de conceitos, relações, ou resultados complexos (fotos, ilustrações, esquemas, gráficos, infográficos, diagramas, figuras, tabelas, mapas) etc., exposição, contendo definições, descrições, comparações, enumerações, exemplificações e remissões a conceitos e relações por meio de notas de rodapé, boxes ou links ; ou título, contextualização do campo, ordenação temporal ou temática por tema ou subtema, intercalação de trechos verbais com fotos, ilustrações, áudios, vídeos etc. e reconhecer traços da linguagem dos textos de divulgação científica, fazendo uso consciente das estratégias de impessoalização da linguagem (ou de pessoalização, se o tipo de publicação e objetivos assim o demandarem, como em alguns podcasts e vídeos de divulgação científica), 3ª pessoa, presente atemporal, recurso à citação, uso de vocabulário técnico/especializado etc., como forma de ampliar suas capacidades de compreensão e produção de textos nesses gêneros.
(EF69LP43) Identificar e utilizar os modos de introdução de outras vozes no texto – citação literal e sua formatação e paráfrase –, as pistas linguísticas responsáveis por introduzir no texto a posição do autor e dos outros autores citados (“Segundo X; De acordo com Y; De minha/nossa parte, penso/amos que”...) e os elementos de normatização (tais como as regras de inclusão e formatação de citações e paráfrases, de organização de referências bibliográficas) em textos científicos, desen-
volvendo reflexão sobre o modo como a intertextualidade e a retextualização ocorrem nesses textos.
(EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em textos literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção.
(EF69LP45) Posicionar-se criticamente em relação a textos pertencentes a gêneros como quarta-capa, programa (de teatro, dança, exposição etc.), sinopse, resenha crítica, comentário em blog/vlog cultural etc., para selecionar obras literárias e outras manifestações artísticas (cinema, teatro, exposições, espetáculos, CD´s , DVD´s etc.), diferenciando as sequências descritivas e avaliativas e reconhecendo-os como gêneros que apoiam a escolha do livro ou produção cultural e consultando-os no momento de fazer escolhas, quando for o caso.
(EF69LP46) Participar de práticas de compartilhamento de leitura/recepção de obras literárias/manifestações artísticas, como rodas de leitura, clubes de leitura, eventos de contação de histórias, de leituras dramáticas, de apresentações teatrais, musicais e de filmes, cineclubes, festivais de vídeo, saraus, slams , canais de booktubers , redes sociais temáticas (de leitores, de cinéfilos, de música etc.), dentre outros, tecendo, quando possível, comentários de ordem estética e afetiva e justificando suas apreciações, escrevendo comentários e resenhas para jornais, blogs e redes sociais e utilizando formas de expressão das culturas juvenis, tais como, vlogs e podcasts culturais (literatura, cinema, teatro, música), playlists comentadas, fanfics , fanzines, e-zines , fanvídeos, fanclipes, posts em fanpages, trailer honesto, vídeo-minuto, dentre outras possibilidades de práti-
cas de apreciação e de manifestação da cultura de fãs.
(EF69LP47) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do tempo e articulam suas partes, a escolha lexical típica de cada gênero para a caracterização dos cenários e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de discurso, dos verbos de enunciação e das variedades linguísticas (no discurso direto, se houver) empregados, identificando o enredo e o foco narrativo e percebendo como se estrutura a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do foco narrativo típico de cada gênero, da caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos cronológico e psicológico, das diferentes vozes no texto (do narrador, de personagens em discurso direto e indireto), do uso de pontuação expressiva, palavras e expressões conotativas e processos figurativos e do uso de recursos linguístico-gramaticais próprios a cada gênero narrativo.
(EF69LP48) Interpretar, em poemas, efeitos produzidos pelo uso de recursos expressivos sonoros (estrofação, rimas, aliterações etc.), semânticos (figuras de linguagem, por exemplo), gráfico-espacial (distribuição da mancha gráfica no papel), imagens e sua relação com o texto verbal.
(EF69LP49) Mostrar-se interessado e envolvido pela leitura de livros de literatura e por outras produções culturais do campo e receptivo a textos que rompam com seu universo de expectativas, que representem um desafio em relação às suas possibilidades atuais e suas experiências anteriores de leitura, apoiando-se nas marcas linguísticas, em seu conhecimento sobre os gêneros e a temática e nas orientações dadas pelo professor.
(EF69LP50) Elaborar texto teatral, a partir da adaptação de romances, contos, mitos, narrativas de enigma e de aventura, novelas, biografias romanceadas, crônicas, dentre outros, indicando as rubricas para caracterização do cenário, do espaço, do tempo; explicitando a caracterização física e psicológica dos personagens e dos seus modos de ação; reconfigurando a inserção do discurso direto e dos tipos de narrador; explicitando as marcas de variação linguística (dialetos, registros e jargões) e retextualizando o tratamento da temática.
(EF69LP51) Engajar-se ativamente nos processos de planejamento, textualização, revisão/edição e reescrita, tendo em vista as restrições temáticas, composicionais e estilísticas dos textos pretendidos e as configurações da situação de produção – o leitor pretendido, o suporte, o contexto de circulação do texto, as finalidades etc. – e considerando a imaginação, a estesia e a verossimilhança próprias ao texto literário.
(EF69LP52) Representar cenas ou textos dramáticos, considerando, na caracterização dos personagens, os aspectos linguísticos e paralinguísticos das falas (timbre e tom de voz, pausas e hesitações, entonação e expressividade, variedades e registros linguísticos), os gestos e os deslocamentos no espaço cênico, o figurino e a maquiagem e elaborando as rubricas indicadas pelo autor por meio do cenário, da trilha sonora e da exploração dos modos de interpretação.
(EF69LP53) Ler em voz alta textos literários diversos – como contos de amor, de humor, de suspense, de terror; crônicas líricas, humorísticas, críticas; bem como leituras orais capituladas (compartilhadas ou não com o professor) de livros de maior extensão, como romances, narrativas de enigma, narrativas de aventura, literatura infantojuvenil, – contar/recontar histórias tanto da tradição oral (causos, contos
de esperteza, contos de animais, contos de amor, contos de encantamento, piadas, dentre outros) quanto da tradição literária escrita, expressando a compreensão e interpretação do texto por meio de uma leitura ou fala expressiva e fluente, que respeite o ritmo, as pausas, as hesitações, a entonação indicados tanto pela pontuação quanto por outros recursos gráfico-editoriais, como negritos, itálicos, caixa-alta, ilustrações etc., gravando essa leitura ou esse conto/reconto, seja para análise posterior, seja para produção de audiobooks de textos literários diversos ou de podcasts de leituras dramáticas com ou sem efeitos especiais e ler e/ou declamar poemas diversos, tanto de forma livre quanto de forma fixa (como quadras, sonetos, liras, haicais etc.), empregando os recursos linguísticos, paralinguísticos e cinésicos necessários aos efeitos de sentido pretendidos, como o ritmo e a entonação, o emprego de pausas e prolongamentos, o tom e o timbre vocais, bem como eventuais recursos de gestualidade e pantomima que convenham ao gênero poético e à situação de compartilhamento em questão.
(EF69LP54) Analisar os efeitos de sentido decorrentes da interação entre os elementos linguísticos e os recursos paralinguísticos e cinésicos, como as variações no ritmo, as modulações no tom de voz, as pausas, as manipulações do estrato sonoro da linguagem, obtidos por meio da estrofação, das rimas e de figuras de linguagem como as aliterações, as assonâncias, as onomatopeias, dentre outras, a postura corporal e a gestualidade, na declamação de poemas, apresentações musicais e teatrais, tanto em gêneros em prosa quanto nos gêneros poéticos, os efeitos de sentido decorrentes do emprego de figuras de linguagem, tais como comparação, metáfora, personificação, metonímia, hipérbole, eufemismo, ironia, paradoxo e antítese e os efeitos de sentido decorrentes do empre -
go de palavras e expressões denotativas e conotativas (adjetivos, locuções adjetivas, orações subordinadas adjetivas etc.), que funcionam como modificadores, percebendo sua função na caracterização dos espaços, tempos, personagens e ações próprios de cada gênero narrativo.
(EF69LP55) Reconhecer as variedades da língua falada, o conceito de norma-padrão e o de preconceito linguístico.
(EF69LP56) Fazer uso consciente e reflexivo de regras e normas da norma-padrão em situações de fala e escrita nas quais ela deve ser usada.
(EF67LP01) Analisar a estrutura e funcionamento dos hiperlinks em textos noticiosos publicados na Web e vislumbrar possibilidades de uma escrita hipertextual.
(EF67LP02) Explorar o espaço reservado ao leitor nos jornais, revistas, impressos e on-line, sites noticiosos etc., destacando notícias, fotorreportagens, entrevistas, charges, assuntos, temas, debates em foco, posicionando-se de maneira ética e respeitosa frente a esses textos e opiniões a eles relacionadas, e publicar notícias, notas jornalísticas, fotorreportagem de interesse geral nesses espaços do leitor.
(EF67LP03) Comparar informações sobre um mesmo fato divulgadas em diferentes veículos e mídias, analisando e avaliando a confiabilidade.
(EF67LP04) Distinguir, em segmentos descontínuos de textos, fato da opinião enunciada em relação a esse mesmo fato.
(EF67LP05) Identificar e avaliar teses/opiniões/posicionamentos explícitos e argumentos em textos argumentativos (carta de leitor, comentário, artigo de opinião, resenha crítica etc.), manifestando concordância ou discordância.
(EF67LP06) Identificar os efeitos de sentido provocados pela seleção lexical, topicalização de elementos e seleção e hierarquização de informações, uso de 3 ª pessoa etc.
(EF67LP07) Identificar o uso de recursos persuasivos em textos argumentativos diversos (como a elaboração do título, escolhas lexicais, construções metafóricas, a explicitação ou a ocultação de fontes de informação) e perceber seus efeitos de sentido.
(EF67LP08) Identificar os efeitos de sentido devidos à escolha de imagens estáticas, sequenciação ou sobreposição de imagens, definição de figura/ fundo, ângulo, profundidade e foco, cores/tonalidades, relação com o escrito (relações de reiteração, complementação ou oposição) etc. em notícias, reportagens, fotorreportagens, foto-denúncias, memes, gifs, anúncios publicitários e propagandas publicados em jornais, revistas, sites na internet etc.
(EF67LP09) Planejar notícia impressa e para circulação em outras mídias (rádio ou TV/vídeo), tendo em vista as condições de produção, do texto – objetivo, leitores/espectadores, veículos e mídia de circulação etc. –, a partir da escolha do fato a ser noticiado (de relevância para a turma, escola ou comunidade), do levantamento de dados e informações sobre o fato – que pode envolver entrevistas com envolvidos ou com especialistas, consultas a fontes, análise de documentos, cobertura de eventos etc.–, do registro dessas informações e dados, da escolha de fotos ou imagens a produzir ou a utilizar etc. e a previsão de uma estrutura hipertextual (no caso de publicação em sites ou blogs noticiosos).
(EF67LP10) Produzir notícia impressa tendo em vista características do gênero – título ou manchete com verbo no tempo presente, linha fina (opcional), lide, progressão dada pela ordem decrescente de importância dos fatos, uso de 3 ª pessoa, de palavras que
indicam precisão –, e o estabelecimento adequado de coesão e produzir notícia para TV, rádio e internet, tendo em vista, além das características do gênero, os recursos de mídias disponíveis e o manejo de recursos de captação e edição de áudio e imagem.
(EF67LP11) Planejar resenhas, vlogs, vídeos e podcasts variados, e textos e vídeos de apresentação e apreciação próprios das culturas juvenis (algumas possibilidades: fanzines, fanclipes, e-zines, gameplay, detonado etc.), dentre outros, tendo em vista as condições de produção do texto – objetivo, leitores/espectadores, veículos e mídia de circulação etc. –, a partir da escolha de uma produção ou evento cultural para analisar – livro, filme, série, game, canção, videoclipe, fanclipe, show, saraus, slams etc. – da busca de informação sobre a produção ou evento escolhido, da síntese de informações sobre a obra/evento e do elenco/ seleção de aspectos, elementos ou recursos que possam ser destacados positiva ou negativamente ou da roteirização do passo a passo do game para posterior gravação dos vídeos.
(EF67LP12) Produzir resenhas críticas, vlogs, vídeos, podcasts variados e produções e gêneros próprios das culturas juvenis (algumas possibilidades: fanzines, fanclipes, e-zines, gameplay, detonado etc.), que apresentem/descrevam e/ou avaliem produções culturais (livro, filme, série, game, canção, disco, videoclipe etc.) ou evento (show, sarau, slam etc.), tendo em vista o contexto de produção dado, as características do gênero, os recursos das mídias envolvidas e a textualização adequada dos textos e/ou produções.
(EF67LP13) Produzir, revisar e editar textos publicitários, levando em conta o contexto de produção dado, explorando recursos multissemióticos, relacionando elementos verbais e visuais, utilizando adequadamente estratégias discursivas de persuasão e/ ou convencimento e criando título ou
slogan que façam o leitor motivar-se a interagir com o texto produzido e se sinta atraído pelo serviço, ideia ou produto em questão.
(EF67LP14) Definir o contexto de produção da entrevista (objetivos, o que se pretende conseguir, porque aquele entrevistado etc.), levantar informações sobre o entrevistado e sobre o acontecimento ou tema em questão, preparar o roteiro de perguntar e realizar entrevista oral com envolvidos ou especialistas relacionados com o fato noticiado ou com o tema em pauta, usando roteiro previamente elaborado e formulando outras perguntas a partir das respostas dadas e, quando for o caso, selecionar partes, transcrever e proceder a uma edição escrita do texto, adequando-o a seu contexto de publicação, à construção composicional do gênero e garantindo a relevância das informações mantidas e a continuidade temática.
(EF67LP15) Identificar a proibição imposta ou o direito garantido, bem como as circunstâncias de sua aplicação, em artigos relativos a normas, regimentos escolares, regimentos e estatutos da sociedade civil, regulamentações para o mercado publicitário, Código de Defesa do Consumidor, Código Nacional de Trânsito, ECA , Constituição, dentre outros.
(EF67LP16) Explorar e analisar espaços de reclamação de direitos e de envio de solicitações (tais como ouvidorias, SAC , canais ligados a órgãos públicos, plataformas do consumidor, plataformas de reclamação), bem como de textos pertencentes a gêneros que circulam nesses espaços, reclamação ou carta de reclamação, solicitação ou carta de solicitação, como forma de ampliar as possibilidades de produção desses textos em casos que remetam a reivindicações que envolvam a escola, a comunidade ou algum de seus membros como forma de se engajar na busca de solução de problemas pessoais, dos outros e coletivos.
(EF67LP17) Analisar, a partir do contexto de produção, a forma de organização das cartas de solicitação e de reclamação (datação, forma de início, apresentação contextualizada do pedido ou da reclamação, em geral, acompanhada de explicações, argumentos e/ou relatos do problema, fórmula de finalização mais ou menos cordata, dependendo do tipo de carta e subscrição) e algumas das marcas linguísticas relacionadas à argumentação, explicação ou relato de fatos, como forma de possibilitar a escrita fundamentada de cartas como essas ou de postagens em canais próprios de reclamações e solicitações em situações que envolvam questões relativas à escola, à comunidade ou a algum dos seus membros.
(EF67LP18) Identificar o objeto da reclamação e/ou da solicitação e sua sustentação, explicação ou justificativa, de forma a poder analisar a pertinência da solicitação ou justificação.
(EF67LP19) Realizar levantamento de questões, problemas que requeiram a denúncia de desrespeito a direitos, reivindicações, reclamações, solicitações que contemplem a comunidade escolar ou algum de seus membros e examinar normas e legislações.
(EF67LP20) Realizar pesquisa, a partir de recortes e questões definidos previamente, usando fontes indicadas e abertas.
(EF67LP21) Divulgar resultados de pesquisas por meio de apresentações orais, painéis, artigos de divulgação científica, verbetes de enciclopédia, podcasts científicos etc.
(EF67LP22) Produzir resumos, a partir das notas e/ou esquemas feitos, com o uso adequado de paráfrases e citações.
(EF67LP23) Respeitar os turnos de fala, na participação em conversações e em discussões ou atividades coletivas, na sala de aula e na escola e for-
mular perguntas coerentes e adequadas em momentos oportunos em situações de aulas, apresentação oral, seminário etc.
(EF67LP24) Tomar nota de aulas, apresentações orais, entrevistas (ao vivo, áudio, TV, vídeo), identificando e hierarquizando as informações principais, tendo em vista apoiar o estudo e a produção de sínteses e reflexões pessoais ou outros objetivos em questão.
(EF67LP25) Reconhecer e utilizar os critérios de organização tópica (do geral para o específico, do específico para o geral etc.), as marcas linguísticas dessa organização (marcadores de ordenação e enumeração, de explicação, definição e exemplificação, por exemplo) e os mecanismos de paráfrase, de maneira a organizar mais adequadamente a coesão e a progressão temática de seus textos.
(EF67LP26) Reconhecer a estrutura de hipertexto em textos de divulgação científica e proceder à remissão a conceitos e relações por meio de notas de rodapés ou boxes.
(EF67LP27) Analisar, entre os textos literários e entre estes e outras manifestações artísticas (como cinema, teatro, música, artes visuais e midiáticas), referências explícitas ou implícitas a outros textos, quanto aos temas, personagens e recursos literários e semióticos.
(EF67LP28) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes –, romances infantojuvenis, contos populares, contos de terror, lendas brasileiras, indígenas e africanas, narrativas de aventuras, narrativa de enigma, mitos, crônicas, autobiografias, histórias em quadrinhos, mangás, poemas de forma livre e fixa (como sonetos e cordéis), vídeo-poemas, poemas visuais, dentre outros, expressando avaliação sobre o
texto lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.
(EF67LP29) Identificar, em texto dramático, personagem, ato, cena, fala e indicações cênicas e a organização do texto: enredo, conflitos, ideias principais, pontos de vista, universos de referência.
(EF67LP30) Criar narrativas ficcionais, tais como contos populares, contos de suspense, mistério, terror, humor, narrativas de enigma, crônicas, histórias em quadrinhos, dentre outros, que utilizem cenários e personagens realistas ou de fantasia, observando os elementos da estrutura narrativa próprios ao gênero pretendido, tais como enredo, personagens, tempo, espaço e narrador, utilizando tempos verbais adequados à narração de fatos passados, empregando conhecimentos sobre diferentes modos de se iniciar uma história e de inserir os discursos direto e indireto.
(EF67LP31) Criar poemas compostos por versos livres e de forma fixa (como quadras e sonetos), utilizando recursos visuais, semânticos e sonoros, tais como cadências, ritmos e rimas, e poemas visuais e vídeo-poemas, explorando as relações entre imagem e texto verbal, a distribuição da mancha gráfica (poema visual) e outros recursos visuais e sonoros.
(EF67LP32) Escrever palavras com correção ortográfica, obedecendo as convenções da língua escrita.
(EF67LP33) Pontuar textos adequadamente.
(EF67LP34) Formar antônimos com acréscimo de prefixos que expressam noção de negação.
(EF67LP35) Distinguir palavras derivadas por acréscimo de afixos e palavras compostas.
(EF67LP36) Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão referencial (léxica e pronominal) e sequencial e outros
recursos expressivos adequados ao gênero textual.
(EF67LP37) Analisar, em diferentes textos, os efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos linguístico-discursivos de prescrição, causalidade, sequências descritivas e expositivas e ordenação de eventos.
(EF67LP38) Analisar os efeitos de sentido do uso de figuras de linguagem, como comparação, metáfora, metonímia, personificação, hipérbole, dentre outras.
(EF06LP01) Reconhecer a impossibilidade de uma neutralidade absoluta no relato de fatos e identificar diferentes graus de parcialidade/ imparcialidade dados pelo recorte feito e pelos efeitos de sentido advindos de escolhas feitas pelo autor, de forma a poder desenvolver uma atitude crítica frente aos textos jornalísticos e tornar-se consciente das escolhas feitas enquanto produtor de textos.
(EF06LP02) Estabelecer relação entre os diferentes gêneros jornalísticos, compreendendo a centralidade da notícia.
(EF06LP03) Analisar diferenças de sentido entre palavras de uma série sinonímica.
(EF06LP04) Analisar a função e as flexões de substantivos e adjetivos e de verbos nos modos Indicativo, Subjuntivo e Imperativo: afirmativo e negativo.
(EF06LP05) Identificar os efeitos de sentido dos modos verbais, considerando o gênero textual e a intenção comunicativa.
(EF06LP06) Empregar, adequadamente, as regras de concordância nominal (relações entre os substantivos e seus determinantes) e as regras de concordância verbal (relações entre o verbo e o sujeito simples e composto).
(EF06LP07) Identificar, em textos, períodos compostos por orações separadas por vírgula sem a utilização de co-
Esta coleção foi construída com base na perspectiva enunciativo-discursiva da linguagem, como orienta a BNCC . Cada unidade apresenta dois capítulos, que abordam as práticas de leitura e produção de textos, oralidade e análise linguística. Dessa forma , busca-se desenvolver a autonomia dos estudantes por meio de atividades que os auxiliam no desenvolvimento de competências, habilidades, atitudes e valores, possibilitando sua formação integral.
Ao longo dos quatro volumes, desenvolvemos a totalidade de competências e habilidades da BNCC , considerando a especificidade de cada ano escolar. Em nossa proposta, destacamos a importância da competência geral 9, uma vez que a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos, a cooperação, o respeito e a valorização da
nectivos, nomeando-os como períodos compostos por coordenação.
(EF06LP08) Identificar, em texto ou sequência textual, orações como unidades constituídas em torno de um núcleo verbal e períodos como conjunto de orações conectadas.
(EF06LP09) Classificar, em texto ou sequência textual, os períodos simples compostos.
(EF06LP10) Identificar sintagmas nominais e verbais como constituintes imediatos da oração.
(EF06LP11) Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: tempos verbais, concordância nominal e verbal, regras ortográficas, pontuação etc.
(EF06LP12) Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão referencial (nome e pronomes), recursos semânticos de sinonímia, antonímia e homonímia e mecanismos de representação de diferentes vozes (discurso direto e indireto).
diversidade são essenciais para todas as relações sociais, não só no contexto de sala de aula; das competências específicas de Linguagens 2 e 3, pois os estudantes conhecem e exploram diversas práticas de linguagem ao longo do ano e utilizam diferentes linguagens para se expressar e aprender; da competência específica de Língua Portuguesa 3, uma vez que leem, escutam e produzem textos orais, escritos e multissemióticos; das habilidades EF69LP13, EF69LP25 e EF67LP23, pois participam de discussões orais acerca de temas relevantes, que perpassam o material, respeitando a opinião do outro; das habilidades EF69LP55 e EF69LP56, visto que reconhecem as variedades linguísticas e o conceito de norma-padrão, fazendo uso da variedade mais adequada a cada situação comunicativa; das habilidades EF67LP20 e EF67LP24, pois realizam pesquisas e tomam nota de aulas e apresentações como procedimento de apoio à compreensão; das habilidades EF06LP06, EF06LP11 e EF06LP12 , uma vez que utilizam conhecimentos linguísticos nas produções de texto.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. p. 141-175. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 11 fev. 2022.O quadro a seguir apresenta os principais conteúdos de cada capítulo, os objetivos e a justificativa da pertinência desses objetivos, assim como as habilidades, as principais competências e os temas contemporâneos transversais da BNCC que se relacionam com tais conteúdos.
CG : Competência geral
CEL : Competência específica de Linguagens
CAPÍTULO
• Fábula
• Substantivo (substantivo comum e substantivo próprio; substantivo simples e substantivo composto; substantivo primitivo e substantivo derivado; substantivo coletivo)
• Audiolivro de fábulas
CELP : Competência específica de Língua Portuguesa
TCT: Tema contemporâneo transversal
O objetivo deste capítulo é apresentar aos estudantes o gênero fábula, permitindo-lhes que desenvolvam habilidades de oralidade, leitura, compreensão e produção textual. Os conhecimentos linguísticos propostos contribuem para atingir esse objetivo, além de possibilitar aos estudantes utilizar a língua portuguesa com autonomia e criticidade. Esse estudo se justifica não apenas na relação que estabelece com a BNCC , mas também pelos conhecimentos que podem ser incorporados ao cotidiano dos estudantes, auxiliando-os a utilizar a linguagem como um recurso de participação social.
• EF69LP12; EF69LP40; EF69LP44; EF69LP46; EF69LP47; EF69LP53; EF69LP54; EF67LP23; EF67LP27; EF67LP28; EF67LP35; EF06LP04; EF06LP12
• CG5; CG9
• CEL6
• CELP3; CELP7; CELP10
• TCT: Vida familiar e social
• Causo
Conteúdos Objetivos e justificativas
• A cultura popular na música brasileira
• Variedades linguísticas (variedade geográfica; variedade histórica; diferentes graus de monitoramento nos usos da língua)
• Gênero, número e grau do substantivo
O objetivo deste capítulo é apresentar aos estudantes o gênero causo, permitindo-lhes que desenvolvam habilidades de oralidade, leitura, compreensão e produção textual. Os conhecimentos linguísticos propostos contribuem para atingir esse objetivo, além de possibilitar aos estudantes compreender o fenômeno da variação linguística e a importância do combate ao preconceito linguístico. Esse estudo se justifica não apenas na relação que estabelece com a BNCC , mas também pela importância de reconhecer a língua como meio de construção de identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem.
BNCC
• EF69LP03; EF69LP34; EF69LP44; EF69LP46; EF69LP47; EF69LP49; EF69LP51; EF69LP53; EF69LP55; EF67LP28; EF67LP30; EF67LP32; EF67LP33; EF67LP37; EF06LP04; EF06LP06; EF06LP11; EF06LP12
• CELP1; CELP3; CELP4; CELP5
• TCT: Diversidade cultural
CAPÍTULO
Conteúdos
• Poema
• Sentido próprio e sentido figurado
• Figuras de linguagem (aliteração; assonância; onomatopeia)
• Adjetivo (gênero e número do adjetivo)
• Sarau poético
O objetivo deste capítulo é apresentar aos estudantes o gênero poema, permitindo-lhes que desenvolvam habilidades de oralidade, leitura, compreensão e produção textual. Os conhecimentos linguísticos propostos contribuem para atingir esse objetivo, uma vez que o trabalho com a linguagem é uma característica marcante desse gênero. Esse estudo se justifica não apenas na relação que estabelece com a BNCC , mas também pela importância da valorização da literatura, reconhecendo seu potencial transformador e humanizador.
• EF69LP05; EF69LP46; EF69LP48; EF69LP51; EF69LP53; EF69LP54; EF67LP23; EF67LP27; EF67LP28; EF67LP31; EF67LP32; EF67LP33; EF67LP38; EF06LP04; EF06LP06; EF06LP11
• CG1; CG3; CG4; CG9
• CEL1; CEL2; CEL5
• CELP1; CELP2; CELP3; CELP9
• Conto de suspense
• As reações do corpo diante do medo
• Resenha crítica
• Artigo (flexão e classificação do artigo)
• Desfecho de conto
• Podcast
O objetivo deste capítulo é apresentar aos estudantes o gênero conto de suspense, permitindo-lhes que desenvolvam habilidades de oralidade, leitura, compreensão e produção textual. Os conhecimentos linguísticos propostos contribuem para atingir esse objetivo, além de possibilitar aos estudantes utilizar a língua portuguesa com autonomia e criticidade. Esse estudo se justifica não apenas na relação que estabelece com a BNCC , mas também pelos conhecimentos que podem ser incorporados ao cotidiano dos estudantes, auxiliando-os a utilizar a linguagem como um recurso de participação social.
• EF69LP03; EF69LP06; EF69LP12; EF69LP19; EF69LP42; EF69LP44; EF69LP45; EF69LP46; EF69LP47; EF69LP49; EF69LP51; EF69LP53; EF69LP54; EF69LP56; EF67LP11; EF67LP12; EF67LP27; EF67LP28; EF67LP30; EF67LP32; EF67LP33; EF67LP37; EF06LP06; EF06LP11; EF06LP12
• CG2; CG3; CG4; CG5; CG8; CG9
• CEL1; CEL3; CEL5; CEL6
• CELP1; CELP3; CELP4; CELP5; CELP7; CELP8; CELP9; CELP10
• TCT: Ciência e tecnologia
• Notícia
• A subjetividade nas notícias
• Pronome (pronome pessoal; pronome de tratamento; pronome possessivo)
• Reportagem
• Fake news
• Notícia radiofônica
O objetivo deste capítulo é apresentar aos estudantes o gênero notícia, permitindo-lhes que desenvolvam habilidades de oralidade, leitura, compreensão e produção textual. Os conhecimentos linguísticos propostos contribuem para atingir esse objetivo, além de possibilitar aos estudantes utilizar a língua portuguesa com autonomia e criticidade. Esse estudo se justifica não apenas na relação que estabelece com a BNCC , mas também pela importância de desenvolver nos estudantes um olhar crítico diante de textos jornalísticos e midiáticos, exercitando a curadoria da informação e combatendo a proliferação de fake news
• EF69LP01; EF69LP03; EF69LP06; EF69LP07; EF69LP08; EF69LP10; EF69LP12; EF69LP13; EF69LP14; EF69LP15; EF69LP16; EF69LP17; EF69LP34; EF69LP55; EF69LP56; EF67LP01; EF67LP02; EF67LP03; EF67LP06; EF67LP09; EF67LP10; EF67LP14; EF67LP20; EF67LP23; EF67LP24; EF67LP25; EF67LP32; EF67LP33; EF06LP01; EF06LP02; EF06LP11; EF06LP12
• CG1; CG5
• CEL1; CEL6
• CELP4; CELP6; CELP10
• TCT: Saúde; Ciência e tecnologia
• Foto-denúncia
• Poema e fotografia
• O uso do dicionário
• Pronome (pronome indefinido; pronome demonstrativo)
• Seminário
O objetivo deste capítulo é apresentar aos estudantes o gênero foto-denúncia, permitindo-lhes que desenvolvam habilidades de oralidade, leitura, compreensão e produção textual. Esse estudo se justifica não apenas na relação que estabelece com a BNCC , mas também pela importância de conhecer gêneros que pretendem denunciar ou expor uma problemática e incentivar a participação social. Os conhecimentos linguísticos propostos possibilitam aos estudantes utilizar a língua portuguesa com autonomia e criticidade.
• EF69LP01; EF69LP12; EF69LP13; EF69LP14; EF69LP15; EF69LP21; EF69LP26; EF69LP32; EF69LP38; EF69LP40; EF69LP41; EF69LP42; EF67LP02; EF67LP08; EF67LP21; EF67LP22; EF67LP23; EF67LP24; EF67LP27; EF06LP12
• CG10
• CELP7
• TCT: Educação ambiental
Conteúdos Objetivos e justificativas
• História em quadrinhos
• Os planos nas HQs
• Conto
• Tipos de linguagem
• Concordância nominal
O objetivo deste capítulo é apresentar aos estudantes o gênero história em quadrinhos, permitindo-lhes que desenvolvam habilidades de oralidade, leitura, compreensão e produção textual. Os conhecimentos linguísticos propostos contribuem para atingir esse objetivo, além de possibilitar aos estudantes utilizar a língua portuguesa com autonomia e criticidade. Esse estudo se justifica não apenas na relação que estabelece com a BNCC , mas também pelos conhecimentos que podem ser incorporados ao cotidiano dos estudantes, auxiliando-os a utilizar a linguagem como um recurso de participação social.
• EF69LP03; EF69LP05; EF69LP07; EF69LP08; EF69LP51; EF69LP53; EF69LP54; EF69LP55; EF67LP23; EF67LP27; EF67LP28; EF67LP30; EF67LP32; EF67LP33; EF06LP06; EF06LP10; EF06LP11; EF06LP12
• CG1; CG9
• CEL1; CEL2; CEL3; CEL4
• CELP1; CELP3; CELP4; CELP5
• Meme
• A ambiguidade na construção dos textos
• Verbo e flexões verbais
O objetivo deste capítulo é apresentar aos estudantes o gênero meme, permitindo-lhes que desenvolvam habilidades de oralidade, leitura, compreensão e produção textual. Esse estudo se justifica não apenas na relação que estabelece com a BNCC , mas também por sua relação com as culturas juvenis e pela presença cada vez mais forte dos gêneros multimidiáticos e multissemióticos no dia a dia dos estudantes. Os conhecimentos linguísticos propostos possibilitam aos estudantes utilizar a língua portuguesa com autonomia e criticidade.
• EF69LP03; EF69LP05; EF69LP07; EF69LP08; EF69LP55; EF67LP08; EF06LP04; EF06LP05
• CG1; CG3; CG4; CG9
• CEL2; CEL3
• CELP3; CELP5; CELP10
Conteúdos
• Texto de divulgação científica
• Verbo e tempos verbais (pretérito; presente; futuro)
• Vlog científico
e justificativas
O objetivo deste capítulo é apresentar aos estudantes o gênero texto de divulgação científica, permitindo-lhes que desenvolvam habilidades de oralidade, leitura, compreensão e produção textual. Os conhecimentos linguísticos propostos contribuem para atingir esse objetivo, além de possibilitar aos estudantes utilizar a língua portuguesa com autonomia e criticidade. Esse estudo se justifica não apenas na relação que estabelece com a BNCC , mas também pela importância de conhecer os gêneros de divulgação científica e de exercitar a curiosidade intelectual e recorrer às abordagens próprias das ciências, valorizando o conhecimento científico.
• EF69LP01; EF69LP12; EF69LP29; EF69LP30; EF69LP31; EF69LP32; EF69LP33; EF69LP34; EF69LP35; EF69LP36; EF69LP37; EF69LP38; EF69LP40; EF69LP41; EF69LP42; EF69LP43; EF67LP01; EF67LP02; EF67LP20; EF67LP21; EF67LP22; EF67LP23; EF67LP24; EF67LP25; EF67LP26; EF67LP32; EF67LP33; EF67LP36; EF06LP04; EF06LP06; EF06LP11; EF06LP12
• CG2; CG4; CG9
• CELP2; CELP3; CELP6; CELP7; CELP10
• TCT: Educação ambiental; Trabalho; Ciência e tecnologia
• Carta aberta
• O consumo excessivo de açúcar
• Sinônimos e antônimos
• Advérbio
O objetivo deste capítulo é apresentar aos estudantes o gênero carta aberta, permitindo-lhes que desenvolvam habilidades de oralidade, leitura, compreensão e produção textual. Esse estudo se justifica não apenas na relação que estabelece com a BNCC , mas também pela importância de conhecer e incentivar diferentes formas de participação social e política. Os conhecimentos linguísticos propostos possibilitam aos estudantes utilizar a língua portuguesa com autonomia e criticidade.
• EF69LP07; EF69LP11; EF69LP14; EF69LP18; EF69LP22; EF69LP27; EF69LP28; EF69LP31; EF69LP39; EF69LP54; EF69LP56; EF67LP04; EF67LP05; EF67LP07; EF67LP14; EF67LP16; EF67LP17; EF67LP18; EF67LP19; EF67LP23; EF67LP24; EF67LP25; EF67LP32; EF67LP33; EF67LP34; EF67LP36; EF67LP37; EF06LP03; EF06LP11; EF06LP12
• CG4; CG6; CG7; CG9
• CEL3; CEL4; CEL6
• CELP2; CELP3; CELP5; CELP6; CELP7; CELP10
• TCT: Educação alimentar e nutricional; Saúde
•
CAPÍTULO
• Lenda
• Discurso direto e discurso indireto
• Verbos de elocução
• O uso da vírgula
• A herança cultural indígena
• Reconto de lenda
• Contação de lendas
O objetivo deste capítulo é apresentar aos estudantes o gênero lenda, permitindo que desenvolvam habilidades de oralidade, leitura, compreensão e produção textual. Os conhecimentos linguísticos propostos contribuem para atingir esse objetivo, além de possibilitar aos estudantes utilizar a língua portuguesa com autonomia e criticidade. Esse estudo se justifica não apenas na relação que estabelece com a BNCC , mas também pela importância da valorização da literatura, reconhecendo seu potencial transformador e humanizador.
• EF69LP03; EF69LP11; EF69LP12; EF69LP44; EF69LP46; EF69LP47; EF69LP49; EF69LP51; EF69LP53; EF69LP54; EF67LP23; EF67LP27; EF67LP28; EF67LP30; EF67LP32; EF67LP33; EF67LP37; EF06LP11; EF06LP12
• CG3; CG4; CG7
• CEL3
• CELP3; CELP7; CELP9
• TCT: Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras
•
• Dramatização
O objetivo deste capítulo é apresentar aos estudantes o gênero texto dramático, permitindo-lhes que desenvolvam habilidades de oralidade, leitura, compreensão e produção textual. Os conhecimentos linguísticos propostos contribuem para atingir esse objetivo, além de possibilitar aos estudantes utilizar a língua portuguesa com autonomia e criticidade. Esse estudo se justifica não apenas na relação que estabelece com a BNCC , mas também pela importância da valorização da literatura, reconhecendo seu potencial transformador e humanizador.
• EF69LP12; EF69LP23; EF69LP44; EF69LP46; EF69LP49; EF69LP50; EF69LP51; EF69LP52; EF69LP53; EF69LP54; EF69LP56; EF67LP27; EF67LP28; EF67LP29; EF67LP32; EF67LP33; EF67LP36; EF06LP06; EF06LP08; EF06LP10; EF06LP11; EF06LP12
• CG3; CG4
• CEL2; CEL3; CEL5
• CELP3; CELP7; CELP8; CELP9
UNIDADE 6 ◆ Lenda e texto dramáticoConteúdos Objetivos e justificativas BNCC
• Anúncio para internet
• Recursos de linguagem nos textos publicitários
• Sujeito e predicado
• Concordância verbal
• Campanha publicitária
O objetivo deste capítulo é apresentar aos estudantes o gênero anúncio para internet, permitindo-lhes que desenvolvam habilidades de oralidade, leitura, compreensão e produção textual. Os conhecimentos linguísticos propostos contribuem para atingir esse objetivo, além de possibilitar aos estudantes utilizar a língua portuguesa com autonomia e criticidade. Esse estudo se justifica não apenas na relação que estabelece com a BNCC , mas também pela importância de desenvolver nos estudantes um olhar crítico diante de textos publicitários, refletindo sobre a importância do consumo consciente.
• EF69LP02; EF69LP04; EF69LP06; EF69LP07; EF69LP08; EF69LP09; EF69LP17; EF69LP25; EF67LP08; EF67LP13; EF67LP32; EF67LP33; EF06LP05; EF06LP06; EF06LP10; EF06LP11; EF06LP12
• CG4; CG9
• CEL3; CEL4
• CELP1; CELP2; CELP3; CELP4; CELP7
• TCT: Educação ambiental CAPÍTULO
• Cartaz de campanha
• Os problemas do trabalho infantil
• Texto expositivo
• Declaração Universal dos Direitos da Criança
• Período simples e período composto (período composto por coordenação)
O objetivo deste capítulo é apresentar aos estudantes o gênero cartaz de campanha, permitindo-lhes que desenvolvam habilidades de oralidade, leitura, compreensão e produção textual. Os conhecimentos linguísticos propostos contribuem para atingir esse objetivo, além de possibilitar aos estudantes utilizar a língua portuguesa com autonomia e criticidade. Esse estudo se justifica não apenas na relação que estabelece com a BNCC , mas também pela importância dos temas e discussões que esse gênero suscita, levando os estudantes a refletir sobre empatia, solidariedade e direitos humanos, por exemplo.
• EF69LP02; EF69LP03; EF69LP04; EF69LP06; EF69LP07; EF69LP08; EF69LP09; EF69LP11; EF69LP13; EF69LP14; EF69LP15; EF69LP17; EF69LP20; EF69LP24; EF69LP30; EF69LP38; EF69LP41; EF67LP08; EF67LP13; EF67LP15; EF67LP22; EF67LP23; EF67LP24; EF67LP32; EF67LP33; EF06LP05; EF06LP07; EF06LP08; EF06LP09
• CG9
• CELP2; CELP3; CELP8
• TCT: Direitos da criança e do adolescente; Educação em direitos humanos; Saúde
Nestas sugestões de cronogramas, consideramos que o componente curricular de Língua Portuguesa será trabalhado com uma carga horária de cinco aulas por semana em média. Dessa forma , apresentamos duas sugestões de como os conteúdos do livro podem ser organizados por bimestre ou por semestre. Caso a
carga horária semanal seja outra, estes cronogramas podem ser adequados de acordo com as suas necessidades. Além disso, ressaltamos que, nestes exemplos, não foram representadas as aulas utilizadas para o desenvolvimento de outras atividades que possam surgir ao longo do ano letivo e que deverão ser consideradas no planejamento anual.
Salientamos que essa essas sugestões devem ser adaptadas de acordo com o perfil de cada turma e seu planejamento, considerando, por exemplo, o uso de outros recursos e materiais, além do livro didático, e também aulas usadas para aplicação de avaliações, aulas em espaços não formais de aprendizagem etc.
Enfatizamos também que este material possibilita diferentes modos de apresentação e ordenação dos
conteúdos, sendo possível, por exemplo, alterar a ordem de algumas unidades ou capítulos ou, ainda, mudar a ordem do trabalho de algumas seções em cada capítulo. Ao longo das orientações ao professor, é possível encontrar algumas dessas sugestões. Cabe a você também selecionar atividades para serem feitas em casa, envolvendo, dessa forma , a família no processo de ensino-aprendizagem.
Apresentamos a seguir uma seleção de textos que contribuem para a ampliação dos seus conhecimentos sobre importantes questões abordadas nesta coleção.
Sempre ouvimos dizer que o português falado em um estado ou região é “melhor” que o de outras regiões. No livro Preconceito linguístico de Marcos Bagno, por exemplo, o autor critica a ideia de que o português falado no Maranhão seria melhor do que o de outros estados. Será que podemos considerar a variedade de uma região melhor, mais bonita e mais recomendável que as variedades de outras regiões? Será que existe algum estado brasileiro que use melhor a língua portuguesa?
Essas crenças sobre a superioridade de uma variedade ou falar sobre os demais é um dos mitos que se arraigaram na cultura brasileira. Toda variedade regional ou falar é, antes de tudo, um instrumento identitário, isto é, um recurso que confere identidade a um grupo social. Ser nordestino, ser mineiro, ser carioca etc. é um motivo de orgulho para quem o é, e a forma de alimentar esse orgulho é alimentar o linguajar de sua região e praticar seus hábitos culturais. No entanto, verifica-se que alguns falares têm mais prestígio no Brasil como um todo que outros. Por que isso ocorre?
Em toda comunidade de fala onde convivem falantes de diversas variedades regionais, como é o caso das grandes metrópoles brasileiras, os falantes detentores de maior poder – e por isso gozam de mais prestígio – transferem esse prestígio para a variedade linguística que falam. Assim, as variedades faladas pelos grupos de maior poder político e econômico passam a ser vistas como variedades mais bonitas e até mais corretas. Mas essas variedades, que ganham prestígio porque são faladas por grupos de maior poder, nada têm de intrinsecamente superior às demais. O prestígio que adquirem é mero resultado de fatores políticos e econômicos. [...]
As atitudes da professora em sala de aula, no tratamento dado aos fenômenos de variação linguística, podem exercer uma grande influência no comportamento de seus alunos. [...] a variação linguística está intimamente ligada a aspectos de natureza social, cultural, política – humana, enfim. Por isso, devemos prestar toda a atenção possível ao que está acontecendo no espaço pedagógico em termos de discriminação, desrespeito, humilhação e exclusão por meio da linguagem . É inadimissível, nos dias de hoje, que o modo de falar de uma pessoa continue sendo usado como justificativa para atitudes preconceituosas e humilhantes.
Sem sombra de dúvida, uma das principais tarefas da reeducação sociolinguística que estamos propondo aqui é elevar a autoestima linguística das pessoas, mostrar a elas que nada na língua é por acaso e que todas as maneiras de falar são lógicas, corretas e bonitas. Para desempenhar essa tarefa, cada um de nós, educadores, tem que se munir de um instrumental adequado, onde o principal componente é, sem dúvida, a sensibilidade. [...]
A formação de hipóteses de leitura é uma estratégia cognitiva baseada em diversos elementos textuais, explorados antes de começar a ler o conteúdo propriamente dito: a capa do livro, o título, as imagens – fotos, gráficos, tabelas, figuras – que fazem parte do texto, as informações tipográficas e de diagramação, na página ou na tela, como fontes, tamanho das letras, cores. Tudo isso são aspectos em que o leitor se apoia para, junto com os conhecimentos que ele já tem e ativa mentalmente para realizar a atividade de leitura, elaborar hipóteses. [...]
[...] Quando o aluno tem a oportunidade de se engajar num diálogo que lhe permite perceber as relações entre seus conhecimentos prévios – o que ele já sabe – e novos conhecimentos via leitura de textos, ele será capaz, um dia, de formular suas próprias hipóteses, com autonomia, além de revisá-las, se assim for necessário.
Em geral, o professor faz muitas perguntas depois da leitura, mas as perguntas antecipadas, que podem gerar as hipóteses sobre o texto, poderiam orientar o aluno no seu percurso – muitas vezes meio às cegas – pelo texto. [...]
[...] para legitimar o estudo da literatura, é necessário construir práticas de leitura que promovam o encontro entre os textos literários e seus leitores, visando, em decorrência disso, deflagrar uma reflexão sobre a literatura e sobre a ética dos comportamentos humanos. Todavia, a atitude, simultaneamente crítica e ética, transita por reflexões de natureza teórica, visto que o posicionamento contraditório da escola em face da literatura decorre de equívocos conceituais que podem ser exemplificados pela compreensão de que o texto literário é um objeto de estudo antes de ser objeto de uma experiência pessoal e intransferível.
Portanto, o problema da inserção da literatura no ensino – com base na análise de textos literários ou de sua leitura crítica – pressupõe que seja especificada a compreensão de aspectos que constituem os fundamentos dessa ação pragmática: o primeiro diz respeito ao processo de leitura do texto literário e às suas condições de existência e de legitimação; e o segundo deles abrange a reflexão sobre a influência da literatura sobre seus receptores; o terceiro prevê a remissão à instrumentação teórica ou aos fundamentos que definem a compreensão da natureza e da finalidade do texto literário, aqui expressos. O esclarecimento desses aspectos, que se amalgamam ou se entrelaçam, contribui para elucidar a metodologia aplicada à leitura enquanto esta comprova que a transferência d aparato teórico para a prática pedagógica não só é proveitosa, mas também imprescindível, tendo em vista que, sem algu-
ma forma de teoria, seja ela consciente ou implícita, não é possível analisar um texto literário ou, até mesmo, apreciá-lo.
Texto literário e leitura: construção entre o previsível e o imprevisível
Todo ato de linguagem é uma aventura em que o jogo entre a significação explícita e implícita coloca em risco a eficácia do processo comunicativo. Todavia, os riscos dessa aventura e o prazer dela decorrente são maiores quando o receptor se defronta com um texto em que deve não só identificar possibilidades interpretativas, mas também se situar como responsável pela produção de sentidos. Assim, a reflexão centra-se, inicialmente, no texto literário, cujos traços peculiares dele fazem um ato de linguagem singular para, a seguir, tratar de seu processo da leitura. Esse processo apresenta aspectos comuns, mesmo quando se concretiza em diferentes modalidades textuais; porém, a especificidade do texto literário traz desafios que distinguem o contrato e os procedimentos de leitura, bem como os efeitos dela resultantes, quando se contrapõe sua apreensão à de outros textos verbais.
[...] Os gêneros emergentes nessa nova tecnologia são relativamente variados, mas a maioria deles tem similares em outros ambientes, tanto na oralidade como na escrita. Contudo, sequer se consolidaram, esses gêneros já provocam polêmicas quanto à natureza e proporção de seu impacto na linguagem e na vida social. Isso porque os ambientes virtuais são extremamente versáteis e hoje competem, em importância, entre as atividades comunicativas, ao lado do papel e do som. Em certo sentido, pode-se dizer que, na atual sociedade da informação, a Internet é uma espécie de protótipo de novas formas de comportamento comunicativo. Se bem aproveitada, ela pode tornar-se um meio eficaz de lidar com as práticas pluralistas sem sufocá-las, mas ainda não sabemos como isso se desenvolverá.
Já nos acostumamos a expressões como “e-mail”, “bate-papo virtual” (chat), “aula-chat”, “listas de
KLEIMAN, Angela B. Levantamento de hipóteses de leitura. Glossário Ceale. Disponível em: https://www.ceale.fae.ufmg.br/glossarioceale/verbetes/levantamento-dehipoteses-de-leitura. Acesso em: 15 jun. 2022.“blog” e outras expressões da denominada “e-comunicação”. Qual a originalidade desses gêneros em relação ao que existe? De onde vem o fascínio que exercem? Qual a função de um bate-papo pelo computador, por exemplo? passar o tempo, propiciar divertimento, veicular informação, permitir participações interativas, criar novas amizades? Pode-se dizer que parte do sucesso da nova tecnologia deve-se ao fato de reunir num só meio várias formas de expressão, tais como texto, som e imagem, o que lhe dá maleabilidade para a incorporação simultânea de múltiplas semioses, interferindo na natureza dos recursos linguísticos utilizados. A par disso, a rapidez da veiculação e sua flexibilidade linguística aceleram a penetração entre as demais práticas sociais.
A intertextualidade stricto sensu (daqui por diante, apenas intertextualidade) ocorre quando, em um texto, está inserido outro texto (intertexto) anteriormente produzido, que faz parte da memória social de uma coletividade ou da memória discursiva [...] dos interlocutores. Isto é, em se tratando de intertextualidade stricto sensu, é necessário que o texto remeta a outros textos ou fragmentos de textos efetivamente produzidos, com os quais estabelece algum tipo de relação.
Diversos tipos de intertextualidade têm sido relacionados, cada qual com suas características próprias: intertextualidade temática, intertextualidade estilística; intertextualidade explícita, intertextualidade implícita; autotextualidade, intertextualidade com textos de outros enunciadores, inclusive um enunciador genérico; intertextualidade “das semelhanças” e “das diferenças [...]; intertextualidade intergenérica; intertextualidade tipológica. [...]
A intertextualidade temática é encontrada, por exemplo, entre textos científicos pertencentes a uma mesma área do saber ou uma mesma corrente de pensamento, que partilham temas e se servem
de conceitos e terminologia próprios, já definidos no interior dessa área ou corrente teórica; entre matérias de jornais e da mídia em geral, em um mesmo dia, ou durante um certo período em que dado assunto é considerado focal; entre as diversas matérias de um mesmo jornal que tratam desse assunto; entre as revistas semanais e as matérias jornalísticas da semana; entre textos literários de uma mesma escola ou de um mesmo gênero, como acontece, por exemplo, nas epopeias, ou mesmo entre textos literários de gêneros e estilos diferentes [...] [...] A intertextualidade estilística ocorre, por exemplo, quando o produtor do texto, com objetivos variados, repete, imita, parodia certos estilos ou variedades linguísticas: são comuns os textos que produzem a linguagem bíblica, um jargão profissional, um dialeto, o estilo de um determinado gênero, autor ou segmento da sociedade. [...]
A intertextualidade será explícita quando, no próprio texto, é feita menção à fonte do intertexto, isto é, quando um outro texto ou um fragmento é citado, é atribuído a outro enunciador; ou seja, quando é reportado como tendo sido dito por outro ou por outros generalizados (“Como diz o povo...”, “segundo os antigos...”). É o caso das citações, referências, menções, resumos, resenhas e traduções; em textos argumentativos, quando se emprega o recurso à autoridade; e, em se tratando se situação de interação face a face, nas retomadas do texto do parceiro, para encadear sobre ele ou contraditá-lo, ou mesmo para demonstrar atenção ou interesse na interação [...]
Tem-se a intertextualidade implícita quando se introduz, no próprio texto, intertexto alheio, sem qualquer menção explícita da fonte, com o objetivo quer de seguir-lhe a orientação argumentativa, quer de contraditá-lo, colocá-lo em questão, de ridicularizá-lo ou argumentar em sentido contrário. [...]
Nos casos de intertextualidade implícita, o produtor do texto espera que o leitor/ouvinte seja capaz de reconhecer a presença do intertexto, pela ativação do texto-fonte em sua memória discursiva, visto que, se tal não ocorrer, estará prejudicada a construção do sentido, mais particularmente, é claro, no caso da subversão. Também nos casos de captação, a reativação do texto primeiro se afigura de relevância; contudo, por se tratar de uma paráfrase, mais ou menos fiel, do sentido original, quando mais próximo o segundo texto for do texto-fonte, menos é exigida a recuperação deste para que se
possa compreender o texto atual (embora, é claro, tal recuperação venha incrementar a possibilidade de construção de sentidos mais adequados ao projeto de dizer do produtor do texto).
O texto, como objeto cultural, tem uma existência física que pode ser apontada e delimitada por nós: um filme, um romance, um anúncio, uma música. Entretanto, esses objetos não estão ainda prontos, pois destinam-se ao olhar, à consciência e à recriação dos leitores. Cada texto constitui uma proposta de significação que não está inteiramente construída. A significação se dá no jogo de olhares entre o texto e seu destinatário. Este último é interlocutor ativo no processo de significação, na medida em que participa do jogo intertextual tanto quanto o autor.
O processo cultural jamais se interrompe. Entretanto, os próprios seres humanos, que o vivenciam ininterruptamente, efetuam cortes e recortes nesse conjunto para atender a seus interesses e necessidades. O movimento de produção e recepção de um texto faz parte desse processo que pode ser chamado de semiose cultural. O sentido de texto é por isso relativo: o texto será sempre trecho da semiose cultural que se constitui como um processo constante. Há momentos da produção de da recepção capazes de conferir a um “pedaço” da rede cultural a totalidade e a unidade necessárias para ser um texto. Falar em autonomia de um texto é, a rigor, improcedente, uma vez que ele se caracteriza por ser um “momento” que se privilegia entre um início e um final escolhidos. Ninguém conseguiria, quer como produtor, quer como receptor, esgotar a extensão simbólica da cultura inteira. Os textos funcionam, então, como unidades necessárias à própria existência da rede cultural. São recortes que se fazem, e aos quais se atribuem uma integridade, um sentido, uma função.
Num país como o Brasil, os dicionários de língua portuguesa estão em toda parte. Sempre que possível, as famílias dispõem de um: às vezes, herdado de pai para filho, já desatualizado, com grafia antiga; outras vezes, em edição recente e revista, estalando de novo. Há quem carregue o seu, de pequeno formato, mas “com tudo o que é essencial”, “no bolso”, porque... nunca se sabe, não é? Há quem mantenha sempre em casa aquele outro, “completo”, às vezes em mais de um volume, em uma bonita encadernação. Na empresa, chefes, secretárias e todos aqueles que escrevem cartas, documentos, informes, orientações etc. recorrem a algum dicionário, pelo menos de vez em quando. Na escola, professores e alunos em geral podem dispor de mais de um título, na biblioteca ou mesmo na sala de aula. E atualmente, onde quer que esteja, qualquer um pode ter acesso a um dicionário pela internet: muitos sites apresentam versões eletrônicas, de rápida e fácil consulta, de dicionários “de bolso” ou “completos”.
Tão presentes estão os dicionários em nosso cotidiano que raramente nos perguntamos: “O que é um dicionário? Para que serve?” E a resposta parece tão óbvia que, se por acaso essa dúvida nos acomete, dificilmente sabemos responder de imediato, com um discurso tão claro e bem articulado quanto as próprias definições que procuramos nos dicionários. [...]
Talvez possamos começar a dizer que um dicionário é um produto legítimo dessa sede de saber que nos leva a formular perguntas do tipo “o que é X?”, “para que serve X?” Tentando responder a perguntas desse tipo, criaram-se, ao longo dos séculos,
• objetos de conhecimento — como o inconsciente, a linguagem e a vida em sociedade, por exemplo;
• disciplinas — a psicanálise, a linguística e as ciências sociais, entre outras;
• e as grandes áreas epistemológicas — como as ciências humanas, as exatas e as naturais.
Considerando-se esse panorama, poderíamos dizer:
A intertextualidade e a relação entre texto e leitor
• que o objeto de conhecimento visado pelos dicionários é a palavra;
• que a disciplina a que ele está mais diretamente associado é uma especialidade da linguística, a lexicografia;
• e que, do ponto de vista epistemológico, a área em que nos situamos é a das ciências humanas; afinal, nada é mais humano que a linguagem, ou o nosso desejo de conhecê-la e dominá-la cada vez melhor.
De alguma forma, esta ainda é a dupla orientação dos dicionários contemporâneos: o primeiro caso é o da preocupação enciclopédica, que leva os dicionários a associar a cada palavra registrada o máximo possível de informações a respeito da coisa que ela designa; o segundo caso é o da orientação linguística, que procura revelar de que forma estão organizadas na língua as palavras repertoriadas. Assim, uma palavra como abacaxi virá associada, num dicionário, a informações tanto relativas à coisa (classificação botânica, usos culinários, região de origem etc.) quanto ao vocábulo: substantivo masculino, origem tupi, usado também como gíria, com o sentido de “coisa trabalhosa e complicada”. E é exatamente a orientação predominante para a coisa ou para o vocábulo que está na base da diferença entre dicionários enciclopédicos, no primeiro caso, e linguísticos, no segundo.
Em qualquer dos casos, o que distingue o dicionário de outros gêneros é exatamente essa dupla aposta no poder da palavra e no seu estreito compromisso com o léxico, que ele pretende inventariar e descrever. Na qualidade de componente de uma língua, o léxico pode ser definido, inicialmente, como o conjunto de todos os vocábulos de que essa língua dispõe. De forma geral, é nesses termos que ele vem definido em boa parte das gramáticas escolares, mas também em muitos manuais e dicionários de linguística.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Com direito à palavra: dicionários em sala de aula. Brasília, 2006. p. 9-11. Disponível em: http://portal.mec. gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=12059-dicionario
-em-sala-de-aula-pnld-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 16 jun. 2022.
Originário da mesma raiz de “poesia” — poieîn (fazer) —, o vocábulo “poema” tem sido empregado
histórica e universalmente para designar o texto em que o fenômeno poético se realiza. De forma que, por tradição, um vocábulo lembra o outro: sempre que falamos em poesia, pensamos em poema, e sempre que nos referimos ao poema, subentendemos a poesia. A despeito da etimologia comum e de a tradição haver consagrado o emprego, tal vínculo é não só questionável como também equívoco. Tomado ao pé da letra, gera uma natural mecanização de conceitos, que perturba, ao invés de esclarecer, a pesquisa do fenômeno poético. Com efeito, se a poesia se exprimisse unicamente no poema, como interpretar os textos em que sua presença é notória?, como encarar a poesia inscrita nos textos que não são poemas? E se o poema contivesse necessariamente poesia, como avaliar os textos em que, apesar de todas as aparências, não se observa o fenômeno poético?
A experiência mostra, desde Aristóteles, que nenhum elo de necessidade liga a poesia ao poema, e vice-versa. O que se nota é a tendência para o estabelecimento duma aliança entre a categoria abstrata ou semiabstrata (a poesia) e a categoria formal (o poema), de modo que, ao compor um poema, o criador de arte estaria cônscio de, por meio dele, exprimir poesia. Reciprocamente, quando aspirasse a vazar em palavras o “sentimento do mundo” que o habita, buscaria a forma do poema. [...]
Ao trabalhar com textos literários, os professores podem favorecer uma riqueza de possibilidades investigativas, permitindo o contato dos alunos com diferentes linguagens, sobretudo a literária e a teatral, proporcionando situações de aprendizagens lúdicas e prazerosas e ainda favorecendo o gosto pela leitura.
Assim, trabalhar o gênero “peça de teatro” no contexto escolar envolve uma série de atividades: escolher a peça, fazer a leitura silenciosa e dramática de partes da peça teatral e depreender as características mais importantes do gênero; explicar as principais características de uma peça de teatro; em grupos, verificar a estrutura da peça, a articulação dos atos, as cenas principais, a definição e a caracterização das personagens para encenação;
promover exercícios de expressão corporal, vocal e dramática; criar cenários, figurinos, escolher objetos de cena, iluminação e trilha sonora; ensaiar e dramatizar a peça.
Para viabilizar esse projeto, é fundamental que o professor consiga envolver o aluno em processos de produção e recepção. O envolvimento será gerado pela seleção de materiais e pelo planejamento de atividades que sejam atraentes para os alunos e possíveis conforme as condições de espaço e tempo na escola.
[...]
Trabalhar com o teatro no contexto escolar – não apenas fazer os alunos assistirem às peças, mas leva-los a representá-las – inclui uma série de vantagens: estimula o aluno a improvisar; desenvolve sua oralidade, a expressão corporal e a impostação da voz; ensina-o a se relacionar com as pessoas; amplia seu vocabulário; trabalha seu lado emocional; desenvolve suas habilidades para as artes plásticas (confecção de figurino, montagem de cenário, pintura corporal); ajuda-o a de desinibir e estimula sua imaginação.
Em síntese, o teatro é uma alternativa metodológica extremamente rica, que contribui para a formação de leitores, amplia o desenvolvimento da expressão e da comunicação e ajuda o aluno a desenvolver suas potencialidades estéticas.
como a objetividade e a impessoalidade da linguagem, ainda se encontram (em maior ou menor grau) presentes no discurso de DC .
[...]
O cientista, a fim de divulgar sua pesquisa no interior da comunidade científica, o fará através da elaboração de um artigo ou paper (termo proveniente do jargão científico) a ser publicado num periódico ou revista especializada. [...]
Na medida em que a circulação deste discurso é circunscrita ao próprio meio científico, tornando-se, dessa forma, produzido por especialistas e para eles, a elaboração do paper se fundamentará, consequentemente, nas convenções linguísticas próprias ao jargão científico. [...]
O discurso jornalístico, enquanto um discurso de transmissão de informação, caracteriza-se, num primeiro momento, pela objetividade, clareza e concisão da linguagem. Dentro desta modalidade discursiva, é o fato que ocupa a posição central, cabendo ao jornalista apenas noticiá-lo. Neste sentido, poderíamos mesmo comparar o discurso jornalístico ao científico, na medida em que ambos procuram camuflar a presença do autor, emprestando voz às próprias coisas. [...]
LEIBRUDER, Ana Paula. O discurso de divulgação científica. In: BRANDÃO, Helena Nagamine (coord.). Gêneros do discurso na escola: mito, conto, cordel, discurso político, divulgação científica. São Paulo: Cortez, 2000. p. 229-230, 232. v. 5. (Coleção Aprender e Ensinar com Textos).
O texto de divulgação científica se constitui a partir da intersecção de dois gêneros discursivos: o discurso da ciência e o discurso do jornalismo, enquanto discurso de transmissão de informação. [...]
Em linhas gerais, pode-se dizer que a divulgação científica (desde já abreviada DC ) opera uma espécie de tradução intralingual, na medida em que busca a equivalência entre o jargão científico e o jornalístico. Em linhas gerais, o texto de vulgarização científica, contrapondo-se ao hermetismo próprio do discurso científico, busca propiciar ao leitor leigo o contato com o universo da ciência atrás de uma linguagem que seja familiar. Por outro lado, aspectos característicos do discurso científico, tais
Considera-se cada vez mais relevante preparar os alunos para a era digital e móvel, de forma a levá-los a desenvolver competências necessárias para uma vida em constante evolução tecnológica.
Ao ser bem preparado, esse aluno não estará suscetível à obsolescência tecnológica, pois traz aspectos essenciais para lidar com ela, nem ao despreparo para novos raciocínios que essa vida contemporânea em constante transformação propõe. Para tanto, é preciso aproveitar e incentivar a curiosidade humana, a capacidade de ouvir e de buscar conhecimentos diversos no contexto de espaços de informação integrados, compartilhamento constante, identidades públicas e baixas barreiras à produção [...]
COENGA, Rosemar Eurico. Teatro. In: GREGORIN FILHO, José Nicolau (org.). Literatura infantil em gêneros. São Paulo: Mundo Mirim, 2012. p. 132-133.ANTUNES, Irandé. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. 3. ed. São Paulo: Parábola, 2007. (Estratégias de Ensino).
Nesse livro, a autora apresenta aos leitores uma compreensão melhor da gramática e da linguística, desmistificando a visão de que compreender, conhecer e ensinar as regras de linguagem não é apenas para profissionais e letrados da área, mas para conhecimento de todos.
BACICH, Lilian; MORAN, José (org.). Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática.
Porto Alegre: Penso, 2018.
Esse livro apresenta práticas pedagógicas em diferentes níveis de ensino que empregam as metodologias ativas e valorizam o protagonismo dos estudantes. Nos capítulos, os autores analisam por que e para que usar metodologias ativas na educação de forma inovadora.
BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística. São Paulo: Parábola, 2007. Com uma perspectiva sociolinguística, essa obra trata de conceitos relacionados à variação linguística e contém exemplos de atividades para tratar sobre esses temas na escola, sendo uma importante ferramenta didática para auxiliar no trabalho dos professores de Língua Portuguesa.
BASSIT, Ana Zahira (org.). O interdisciplinar: olhares contemporâneos. São Paulo: Factash Editora, 2010.
O livro traz um olhar diferente sob a ótica interdisciplinar e a linguagem, apresentando recursos linguísticos que podem ser trabalhados de modo interdisciplinar e que se baseiam na cultura e na sociedade brasileira por meio da representação da língua. Além disso, aborda métodos interdisciplinares dentro de diferentes contextos educacionais e menciona o papel do professor nessa ótica.
BENCINI, Roberta. Cada um aprende de um jeito. Nova Escola, 1 jan. 2003. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/1444/ cada-um-aprende-de-um-jeito. Acesso em: 19 maio 2022.
A autora demonstra as diferentes formas pelas quais os estudantes aprendem, considerando que cada um tem um ritmo de aprendizagem. Além disso, apresenta dois exemplos de trabalho em sala de aula com grupos numerosos de estudantes e demonstra, por meio de ilustrações, como é a organização de uma aula. O intuito é que todos aprendam, que o professor consiga avaliar os estudantes e que o planejamento seja efetivo na sala de aula.
BEZERRA, Maria Auxiliadora; DIONISIO, Angela Paiva (org.). O livro didático de português: múltiplos olhares. Rio de Janeiro: Lucerna, 2001.
A obra trata de questões referentes ao livro didático de Língua Portuguesa e às regras da língua ensinada nas instituições escolares, além de apresentar as visões de educadores que usam o livro didático de Língua Portuguesa em todas as etapas da educação.
BORTONI-RICARDO, Stella Maris. Educação em língua materna: a sociolinguística na sala de aula. São Paulo: Parábola, 2004. Esse livro responde a questionamentos sobre maneiras de reduzir o preconceito linguístico, o estigma e a exclusão social por conta do uso da língua no Brasil. Além dos fundamentos teóricos, apresenta opções de atividades para um trabalho transformador com a língua materna.
BRACKMANN, Christian Puhlmann. Desenvolvimento do pensamento computacional através de atividades desplugadas na educação básica. Tese (Doutorado em Informática na Educação) – Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Centro de Estudos Interdisciplinares em Novas Tecnologias na Educação, Porto Alegre, 2017. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/172208. Acesso em: 3 maio 2022.
Esse trabalho trata do pensamento computacional e de sua relevância na educação como importante ferramenta para promover uma aprendizagem mais crítica e reflexiva por parte dos estudantes.
BRANDÃO, Helena Nagamine (coord.). Gêneros do discurso na escola: mito, conto, cordel, discurso político, divulgação científica. São Paulo: Cortez, 2000. v. 5. (Coleção Aprender e Ensinar com Textos).
Essa obra seleciona textos de diversos gêneros textuais com orientações de como conduzir sua leitura, análise e interpretação com os estudantes, para um aprendizado com base em práticas de discurso e em situações comunicativas reais.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 11 fev. 2022.
A Base Nacional Comum Curricular é o documento oficial que define as competências e habilidades que devem ser desenvolvidas pelos estudantes em cada etapa da Educação Básica em todo o Brasil.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Com direito à palavra: dicionários em sala de aula. Brasília, 2006. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option= com_docman&view=download&alias=12059-dicionario-em-sala-de-aula-pnld-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 16 jun. 2022.
Essa publicação tem o objetivo de apoiar o trabalho do professor ao utilizar o dicionário com os estudantes. Para isso, ela apresenta os parâmetros do que deve ser esperado de dicionários de uso escolar, como utilizá-los e como aprimorar a leitura e a escrita com essa ferramenta. Também expõe os objetivos do uso do dicionário em cada etapa da Educação Básica e as atividades a serem desenvolvidas para alcançá-los.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Temas contemporâneos transversais na BNCC: proposta de práticas de implementação. Brasília, 2019. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/guia_pratico_temas_contemporaneos.pdf. Acesso em: 31 maio 2022.
Esse documento apresenta os temas contemporâneos transversais, a importância deles para os currículos da Educação Básica, além de uma proposta de práticas de implementação.
CAMARA JÚNIOR, Joaquim Mattoso. Manual de expressão oral e escrita. 16. ed. Petrópolis: Vozes, 1986.
Nesse livro, o autor faz um amplo trabalho sobre a língua portuguesa: na primeira parte, trata da expressão oral e, na segunda, aborda aspectos de ortografia, redação, correção da linguagem, entre outros.
COLL, César; MONEREO, Carles. Psicologia da educação virtual: aprender e ensinar com as tecnologias da informação e da comunicação. Porto Alegre: Artmed, 2010.
Nesse livro, são apontadas análises e ferramentas para o trabalho do professor com as tecnologias educacionais, além de técnicas que podem ser desenvolvidas no processo de ensino.
DIONISIO, Angela Paiva; MACHADO, Anna Rachel; BEZERRA, Maria Auxiliadora (org.). Gêneros textuais e ensino. 4. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.
Nessa obra, propõe-se que a prática escrita de diversos gêneros textuais seja desenvolvida na sala de aula. Para isso, há orientações e sugestões teóricas e práticas de atividades e exemplos para professores aplicarem em aula.
FAZENDA, Ivani Catarina Arantes (org.). Didática e interdisciplinaridade. 17. ed. Campinas: Papirus, 2012. (Coleção Práxis).
Nessa coletânea, os autores abordam questões referentes à interdisciplinaridade, considerando as mudanças pelas quais passam a educação e o papel do professor.
FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. Integração e interdisciplinaridade no ensino brasileiro: efetividade ou ideologia. 6. ed. São Paulo: Loyola, 2011.
A autora apresenta os significados dos termos ligados à interdisciplinaridade. É uma obra que busca promover a sistematização do modelo interdisciplinar ao ensino por meio do diálogo e propõe uma educação inovadora.
FRAIDENRAICH, Verônica. O reforço que funciona. Nova Escola, 1 out. 2010. Disponível em: https://gestaoescolar.org.br/conteudo/575/o-reforco-que-funciona. Acesso em: 5 jun. 2022.
Nesse texto, a autora defende que um trabalho constante durante todo o ano é a melhor maneira de lidar com os diferentes níveis de aprendizagem em sala de aula. Ela ressalta a importância de a escola detectar a diversidade que há nas turmas e empregar diferentes estratégias de ensino.
GARCIA, Marilene Santana dos Santos; CZESZAK, Wanderlucy. Curadoria educacional: práticas pedagógicas para tratar (o excesso de) informação e fake news em sala de aula. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2019.
A obra possibilita reflexões sobre o impacto das mídias digitais na educação e como professores e estudantes podem usar a curadoria da informação, além de apresentar exemplos e modelos para as aulas.
GAVASSI, Susana Lisboa. Avaliação formativa: um desafio aos professores das séries finais do ensino fundamental. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Educação: Métodos e técnicas de ensino) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Medianeira, 2012.
O trabalho apresenta referenciais teóricos e suscita a importância de avaliar formalmente estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental. A autora ainda acrescenta as três principais formas de avaliação e aponta os objetivos de cada uma delas para o ensino.
GREGORIN FILHO, José Nicolau (org.). Literatura infantil em gêneros. São Paulo: Mundo Mirim, 2012.
Esse livro levanta reflexões acerca das literaturas infantil e infantojuvenil, indicando a importância de trabalhar gêneros do campo artístico-literário na escola, além de apresentar múltiplas possibilidades de leitura e modos de fomentar a formação de leitores.
HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do caminho. 15. ed. Porto Alegre: Mediação, 2014.
A autora apresenta o ato de avaliar como uma avaliação mediadora e enfatiza a importância de ser um processo de diálogo entre estudante e professor. Promove também a reflexão dos leitores sobre o processo avaliativo em todas as dimensões da aprendizagem.
KLEIMAN, Angela B. Levantamento de hipóteses de leitura. Glossário Ceale. Disponível em: https://www.ceale.fae.ufmg.br/ glossarioceale/verbetes/levantamento-de-hipoteses-de-leitura. Acesso em: 15 jun. 2022.
O texto apresenta aos docentes a importância de levantar hipóteses de leitura com os estudantes, a fim de promover um engajamento durante todo o processo de ler e interpretar um texto, desde a análise dos elementos verbais e não verbais até a verificação da estrutura do gênero e de seu contexto de produção e circulação na sociedade.
KOCH, Ingedore G. Villaça; BENTES, Anna Christina; CAVALCANTE, Mônica Magalhães. Intertextualidade: diálogos possíveis. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2008.
Esse livro apresenta a intertextualidade no campo de estudo da linguística textual e busca analisar, mostrando vários exemplos, os diversos tipos de intertextualidade existentes.
KRISTEVA, Julia. Introdução à semanálise. São Paulo: Perspectiva, 1974.
Nessa obra clássica, a autora cunhou o termo mosaico de citações e resumiu as últimas conquistas da época na análise da significação, agregando à semiótica as perguntas fundamentais ligadas ao texto.
MARCUSCHI, Luiz Antônio; XAVIER, Antonio Carlos (org.). Hipertexto e gêneros digitais: novas formas de construção de sentido. 2. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.
Cada vez mais presentes em nosso cotidiano, os gêneros textuais digitais alteraram nossa maneira de lidar com o intertexto e ampliaram suas possiblidades de sentido. Com base nisso, o livro aborda essas mudanças e discute maneiras de tratá-las no processo de ensino-aprendizagem da língua.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008. (Educação Linguística).
Nesse livro, o autor apresenta materiais de um curso sobre linguística textual, gêneros textuais e compreensão e produção de sentido do texto. O autor obtém uma visão da linguagem com base na perspectiva sociointeracionista, abordando no livro um conjunto de práticas de diálogo entre leitor e texto.
MOISÉS, Massaud. A criação literária: poesia. 16. ed. São Paulo: Cultrix, 2003.
O autor expõe, nessa obra, conceitos já consagrados a respeito da poesia na Teoria da Literatura e estabelece também novos conceitos com exemplos de textos escritos em língua portuguesa a fim de um estudo coerente com a literatura criada e lida no Brasil.
PAULINO, Graça; WALTY, Ivete; CURY, Maria Z. Intertextualidades: teoria e prática. 4. ed. Belo Horizonte: Lê, 1998. Esse livro explora amplamente o diálogo entre textos. Além da conceituação teórica, o livro fornece subsídios para o trabalho pedagógico da intertextualidade com a proposta de 21 atividades sobre o tema.
ROJO, Roxane. As relações entre fala e escrita: mitos e perspectivas: caderno do professor. Belo Horizonte: Ceale, 2006. (Coleção Alfabetização e Letramento).
Nessa obra, a autora apresenta a relação entre a fala e a escrita, traz críticas aos mitos sobre essa relação e aponta meios para o trabalho do professor com a linguagem oral e escrita e a forma como elas se relacionam. Além disso, a autora trata de conceitos e perspectivas históricas que buscam compreender a relação entre a fala e a escrita, o ato de se comunicar, as diferentes linguagens e as linguagens tecnológicas, além de chamar a atenção para o trabalho com essa variedade linguística em sala de aula.
SANTOS, Monalize Rigon dos; VARELA, Simone. A avaliação como um instrumento diagnóstico da construção do conhecimento nas séries iniciais do ensino fundamental. Revista Eletrônica de Educação, São Carlos, n. 1. ago./dez. 2007. Disponível em:
http://web.unifil.br/docs/revista_eletronica/educacao/Artigo_04.pdf. Acesso em: 19 maio 2022.
O artigo traz a concepção da avaliação diagnóstica como parte do processo de aprendizagem, enfatizando que avaliar diagnosticamente possibilita ao professor atingir seus objetivos durante o desenvolvimento do ensino. Além disso, demonstra que tal avaliação serve como base para tomadas de decisões frente aos diagnósticos obtidos.
SARAIVA, Juracy Assmann et al. Literatura na escola: propostas para o ensino fundamental. Porto Alegre: Artmed, 2006.
Essa obra apresenta ideias para explorar poesia e prosa no Ensino Fundamental, desenvolvendo o trabalho com textos de modo lúdico e eficaz para o ensino da língua portuguesa e para a formação de leitores assíduos.
VALENTE, José Armando; ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de; GERALDINI, Alexandra Flogi Serpa. Metodologias ativas: das concepções às práticas em distintos níveis de ensino. Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 17, n. 52, p. 455-478, jun. 2017. Disponível em: https://periodicos.pucpr.br/dialogoeducacional/article/view/9900. Acesso em: 5 jun. 2022.
Esse artigo aborda o resultado de uma prática pedagógica com estudantes do Ensino Básico ou Superior, baseada em metodologias ativas e no uso das TDIC, possibilitando entender as diferentes concepções sobre metodologias ativas e suas potencialidades em diferentes níveis de ensino.
WING, Jeannette. Pensamento computacional: um conjunto de atitudes e habilidades que todos, não só cientistas da computação, ficaram ansiosos para aprender e usar. Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia, Ponta Grossa, v. 9, n. 2, p. 1-10, maio/ago. 2016. Disponível em: https://periodicos.utfpr.edu.br/ rbect/article/download/4711/pdf. Acesso em: 30 maio 2022.
Nesse texto, a autora explica o que é o pensamento computacional, além de apresentar seus benefícios e sua importância para nossa sociedade, pois cada vez mais as pessoas precisam aprender a resolver problemas de diferentes níveis de complexidade utilizando as estratégias que envolvem o pensamento computacional.
A ESCOLA tá ON. Cultura escolar × cultura juvenil: possibilidades de diálogo na escola. Google Podcasts, 9 fev. 2022. Disponível em: https://podcasts.google.com/feed/aHR0cHM6Ly9hbm
Nob3IuZm0vcy83ZjEyMzA4NC9wb2RjYXN0L3Jzcw/episode/
YTk3ZDVjNmMtOTY0MC00YmU3LTk3MDQtNDJjYWQwNWRhY
TEy?sa=X&ved=0CAgQuIEEahgKEwigmIfKrqP4AhUAAAAAH
QAAAAAQvEg. Acesso em: 10 jun. 2022.
Nesse episódio do podcast, são entrevistados um professor, uma pedagoga e uma estudante, que debatem o favorecimento do ambiente escolar para expressão da cultura juvenil. Eles destacam que, para que essa expressividade ocorra, a cultura escolar deve estar alinhada ao progresso da cultura juvenil em
atividades, projetos, planejamentos, métodos, interdisciplinaridade e espaços alternativos e tecnológicos.
ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola, 2003.
Nesse livro, a autora apresenta os principais equívocos no ensino de Língua Portuguesa com relação à escrita, leitura e gramática. Ela sugere orientações e atividades, além de redimensionar a avaliação para que haja uma aprendizagem efetiva por parte dos estudantes.
BARROS, José Augusto. Pesquisa escolar na internet. Belo Horizonte: Formato, 2001. (Série Dicas & Informações).
Esse livro propõe trabalhar a pesquisa como método de conhecimento. Considerando a internet como fonte de informação, a obra busca ensinar a pesquisar utilizando a internet.
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.
O autor aponta transformações estéticas e históricas que a gramática portuguesa sofreu e ainda sofre com suas reformulações ao longo dos anos e propõe elementos de reflexão e prática de trabalho com base nela.
BONA, Aline Silva de (org.). (Des)Pluga: o pensamento computacional atrelado a atividades investigativas e a uma metodologia inovadora. São Paulo: Pragmatha, 2021.
Nesse livro, são apresentadas pesquisas que relatam como estudantes da Educação Básica, com base em projetos e programas voltados para a educação, desenvolvem a autonomia e o pensamento crítico, utilizando o pensamento computacional de modo desplugado ao solucionar situações-problemas de forma transdisciplinar.
BONINI, Adair et al. (org.). Os gêneros do jornal. Florianópolis: Insular, 2014. v. 4. (Coleção Linguística).
Organizada em três partes, essa obra apresenta os aportes teóricos que fundamentaram o trabalho feito no decorrer do livro, expõe maneiras de analisar os gêneros jornalísticos e explica o conceito e a constituição desses gêneros. Trata também da relação e da distinção entre notícia e reportagem e de modos de trabalhar esses dois gêneros proveitosamente.
BORELLI, Silvia H. S.; FREIRE FILHO, João (org.). Culturas juvenis no século XXI. São Paulo: Educ, 2008. Disponível em: https:// www.revistas.usp.br/ra/article/download/27340/29112/31803.
Acesso em: 12 maio 2022.
O artigo apresenta pesquisas sobre as transformações pelas quais a juventude vem passando ao longo do século por meio das mídias, da cultura, da arte e das tecnologias, que são fontes de informação e comunicação entre os jovens. Desse modo, o texto demonstra a relação social que a juventude vem tendo com as categorias étnicas, de gênero e de classe social.
CAMPOS, Ricardo. Juventude e visualidade no mundo contemporâneo: uma reflexão em torno da imagem nas culturas juvenis. Disponível em: https://repositorio.iscte-iul.pt/handle/10071/2439. Acesso em: 29 abr. 2022.
Esse artigo debate as culturas juvenis, os interesses da juventude e as sugestões que emergem das indústrias culturais, da tecnologia informacional e comunicacional, entre outros recursos que produzem constantemente a cultura juvenil.
CASTILHO, Ataliba T. de. Nova gramática do português brasileiro. São Paulo: Contexto, 2016.
O livro é composto de pesquisas feitas em universidades no Brasil e no exterior, que exploram a gramática considerando seus conceitos e transformações em seus processos.
CECHINEL, Andre et al. Estudo/análise documental: uma revisão teórica e metodológica. Revista Criar Educação, Criciúma, v. 5, n. 1, jan./jun. 2016. Disponível em: http://periodicos.unesc.net/ criaredu/article/view/2446/2324. Acesso em: 5 jun. 2022.
Importante ferramenta para o trabalho com o desenvolvimento de práticas de pesquisa, esse artigo apresenta o conceito da análise documental e os processos para realizá-la, além de elucidar as diferenças, por vezes tênues, entre a pesquisa bibliográfica e a documental.
DAYRELL, Juarez. A escola “faz” as juventudes?: reflexões em torno da socialização juvenil. Educação e Sociedade, Campinas, v. 28, n. 100, p. 1105-1128, out. 2007. Edição especial. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/es/v28n100/a2228100.pdf. Acesso em: 5 jun. 2022.
Nesse texto, o autor discute as relações entre a juventude contemporânea e a escola, buscando entender os problemas e desafios na relação desses jovens com a escola e conclui que ela se tornou menos desigual, mas ainda é injusta.
GERALDI, João Wanderley et al. (org.). O texto na sala de aula. 4. ed. São Paulo: Ática, 1997. (Na Sala de Aula).
Os autores desse livro trazem descrições às concepções da escrita textual, que devem ser desenvolvidas em sala de aula, além de sugerir como o professor deve ensinar gramática e literatura e como desenvolver a prática leitora, entre outros recursos que compõem o desenvolvimento de leitura e interpretação do texto. Os autores também registram esquemas e exemplos de como trabalhar esses recursos textuais em sala de aula.
GOLEMAN, Daniel. O cérebro e a inteligência emocional: novas perspectivas. Tradução: Carlos Leite da Silva. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.
Esse livro conta com descobertas científicas acerca da inteligência emocional, propondo, com base nisso, maneiras de aperfeiçoar o desempenho dos estudantes, de incentivar a empatia e de promover relacionamentos produtivos nos ambientes de trabalho e de estudo.
GOMES, Luiz Fernando. Hipertexto no cotidiano escolar. São Paulo: Cortez, 2015.
A proposta do livro é apresentar e discutir questões metodológicas sobre leitura e produção de textos, sugerindo também maneiras de aplicar esses métodos em sala de aula.
JOLIBERT, Josette. Formando crianças leitoras. Tradução: Bruno Charles Magne. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994. v. 1.
A autora apresenta propostas teóricas e pedagógicas sobre leitura e escrita para professores, além de partilhar experiências que podem influenciar a prática docente.
JUNQUEIRA, Sonia. Pesquisa escolar: passo a passo. Belo Horizonte: Formato Editorial, 1999. (Série Dicas e Informações).
Esse livro é uma espécie de manual que visa instruir os estudantes na realização de pesquisas escolares e demonstra maneiras de utilizar recursos com informações seguras e referenciadas, como jornais, internet e revistas.
KAUFMAN, Ana María; RODRÍGUEZ, María Helena. Escola, leitura e produção de textos. Tradução: Inajara Rodrigues. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
O livro apresenta diversos gêneros textuais e os articula às propostas pedagógicas de ensino para que seja possível desenvolver a prática leitora e a escrita autônoma dos estudantes.
KAUFMANN, Jean Claude. A entrevista compreensiva: um guia para pesquisa de campo. Petrópolis: Vozes, 2013.
O autor aborda, nesse livro, a prática de pesquisa chamada compreensiva e aponta alguns suportes para que o pesquisador tenha um trabalho efetivo com o método de pesquisa abordado.
A proposta do autor é apresentar o método de pesquisa de análise e levantamento de dados baseado na pesquisa qualitativa, exemplificando e explicando o método compreensivo.
KOCH, Ingedore G. Villaça. O texto e a construção dos sentidos. 5. ed. São Paulo: Contexto, 2001. (Caminhos da Linguística).
A obra traz estudos referentes à escrita e à fala e esclarece como acontece a produção de sentidos nessas modalidades.
LEAL, Telma Ferraz et al. (org.). A oralidade na escola: a investigação do trabalho docente como foco de reflexão. Belo Horizonte: Autêntica, 2012.
Os autores apresentam pesquisas feitas com professores da Educação Básica, desenvolvem uma discussão sobre a oralidade na escola e sugerem estratégias didáticas que podem ser trabalhadas para desenvolver a competência discursiva oral dos estudantes.
MELLO, Cleyson de Moraes; ALMEIDA NETO, José Rogério Moura de; PETRILLO, Regina Pentagna. Educação 5.0: educação para o futuro. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2021.
Diante de um mundo em constante evolução e cada vez mais dinâmico e tecnológico, essa obra aponta modos de utilizar ferramentas e metodologias recentes para uma educação que atenda às necessidades atuais e futuras dos estudantes.
METODOLOGIAS ativas para engajar seus alunos. Canal Futura. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=WEPHFb5_9eU. Acesso em: 10 jun. 2022.
Nesse vídeo, são abordadas as metodologias ativas que promovem a autonomia e o protagonismo dos estudantes. Ele apresenta respostas às dúvidas sobre como aplicar as metodologias ativas em sala de aula, além de trazer um relato de efetividade dos métodos aplicados em aula.
O QUE É o pensamento computacional e para que ele serve?
Instituto Ayrton Senna. Disponível em: https://www.youtube. com/watch?v=IpUbdH7ZuuA. Acesso em: 10 jun. 2022.
O vídeo apresenta uma definição de pensamento computacional e exemplos de sua aplicabilidade em diversas situações.
O USO das tecnologias nos processos de ensino e aprendizagem. Canal Futura. Disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=6Rv0IlDAGI8. Acesso em: 10 jun. 2022.
Nesse vídeo, é apresentado um debate sobre o uso das tecnologias no processo de ensino-aprendizagem. Ele coloca em evidência o professor como mediador do acesso aos conteúdos pelos estudantes, a necessidade de sua formação continuada com relação às tecnologias educacionais e o preparo da instituição escolar para uma educação que promova o uso da tecnologia.
RIBEIRO, Ana Elisa. Textos multimodais: leitura e produção. São Paulo: Parábola, 2016.
Esse livro indica estratégias para trabalhar textos multimodais
em todos os componentes curriculares, principalmente em aulas de linguagens. A autora apresenta recursos multimodais que podem ser somados às práticas de leitura e escrita, como quadros, fluxogramas, infográficos, mapas e imagens.
SAMPIERI, Roberto Hernández; COLLADO, Carlos Fernández; LUCIO, María del Pilar Baptista. Tradução: Daisy Vaz de Moraes. Metodologia de pesquisa. 5. ed. Porto Alegre: Penso, 2013. Essa obra apresenta os enfoques qualitativos e quantitativos na pesquisa, oferecendo também subsídios para mesclá-los e, com base nessa combinação, desenvolver pesquisas completas e aprofundadas nos diferentes níveis de educação e em diversas áreas do conhecimento.
SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.
Esse livro trata de conceitos de práticas de leitura e oferece estratégias didáticas ao professor para trabalhar a leitura e a escrita em sala de aula.
TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática: ensino plural. São Paulo: Cortez, 2003.
Nesse livro, o autor aborda diferentes conhecimentos linguísticos que podem ser aplicados em sala de aula a fim de que, quando trabalhados na escola, o estudante desenvolva competências e habilidades do uso da língua escrita e falada.
TEBEROSKY, Ana et al. (org.). Compreensão de leitura: a língua como procedimento. Tradução: Fátima Murad. Porto Alegre: Artmed, 2003. (Inovação Pedagógica).
O livro traz a compreensão e a reflexão de como ocorre o processo da leitura na perspectiva construtivista e na interação com os sujeitos.
VAL, Maria da Graça Ferreira da Costa; ROCHA, Gladys (org.). Reflexões sobre práticas escolares de produção de texto: o sujeito-autor. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. (Coleção Linguagem e Educação).
Os autores propõem uma reflexão sobre a importância do contato com diferentes gêneros textuais para que estudantes do Ensino Fundamental escrevam e reescrevam textos com base no conhecimento adquirido.
VIEIRA, Silvia Rodrigues; BRANDÃO, Silvia Figueiredo (org.). Ensino de gramática: descrição e uso. São Paulo: Contexto, 2007. Os autores desse livro abordam, no decorrer da obra, estudos da área da Linguística e ideias e sugestões para o ensino da gramática e de habilidades discursivas.
WOMMER, Fernanda Gabriela Bitencourt et al. Métodos ativos de aprendizagem: uma proposta de classificação e categorização. Revista Cocar, Belém, v. 14, n. 28, p. 109-131, jan./abr. 2020. Disponível em: https://periodicos.uepa.br/index.php/cocar/ article/view/3111. Acesso em: 15 jun. 2022.
Esse artigo tem como objetivo servir de fonte de pesquisa ao professor que deseja aplicar as metodologias ativas de aprendizagem em sua prática docente. Para isso, ele categoriza e descreve diferentes métodos ativos e maneiras de praticá-lo a fim de que os estudantes formem seu próprio conhecimento com o auxílio dessas ferramentas.
Componente curricular: Língua Portuguesa
Ensino Fundamental Anos Finais
Editor responsável: Marcos Rogério Morelli
Licenciado em Letras Anglo-Portuguesas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Especialista em Língua Portuguesa pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Professor em escolas da rede particular de ensino e editor de materiais didáticos da área de Linguagens.
Organizadora: FTD EDUCAÇÃO
Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela FTD Educação.
1ª edição São Paulo, 2022Todos os direitos reservados à Editora FTD S.A.
Marcos Rogério Morelli
Licenciado em Letras Anglo-Portuguesas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Especialista em Língua Portuguesa pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Professor em escolas da rede particular de ensino e editor de materiais didáticos da área de Linguagens
Taciane Marcelle Marques
Licenciada em Letras Vernáculas e Clássicas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Especialista em Psicologia Aplicada à Educação pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Mestra em Estudos da Linguagem pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Doutora em Estudos da Linguagem pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Professora em escolas da rede particular de ensino e elaboradora de materiais didáticos da área de Linguagens
Natália Cristina Martins de Sá
Licenciada em Letras Vernáculas e Clássicas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Elaboradora de materiais didáticos da área de Linguagens.
Luísa Moreira Vianna Moura
Licenciada em Letras (Português e Literaturas) pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ).
Especialista em Edição de Texto pela Universidade Nova de Lisboa (UNL-PT).
Elaboradora de materiais didáticos da área de Linguagens.
Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira
Direção de Conteúdo e Negócios Cayube Galas
Direção editorial adjunta Luiz Tonolli
Gerência editorial Roberto Henrique Lopes da Silva
Edição Paulo Roberto Ribeiro (coord.)
Preparação e Revisão Maria Clara Paes (coord.)
Gerência de produção e arte Ricardo Borges
Design Andréa Dellamagna (coord.)
Arte e Produção Rodrigo Carraro (coord.)
Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno
Projeto e produção editorial Scriba Soluções Editoriais
Edição Marcos Rogério Morelli, Raquel Teixeira Otsuka, Isabela Ventura
Silvério Biz e Sabrina Vieira Mioto
Assistência editorial Alan Magno Schein Santoro e Ricardo César Pereira
Preparação e Revisão Moisés Manzano da Silva (coord.), Raisa Rodrigues da Fonseca
Gerência de produção editorial Camila Rumiko Minaki Hoshi
Supervisão de produção editorial Priscilla de Freitas Cornelsen Rosa
Coordenação de produção editorial Daiana Fernanda Leme de Melo
Coordenação de produção de arte Tamires Rose Azevedo
Edição de arte Rogério Casagrande
Projeto gráfico e capa Marcela Pialarissi
Imagens de capa Album/Universal Images Group/Universal History Archive/ Charles Chaplin Productions (Charles Chaplin), Tithi Luadthong/Shutterstock.com (homem com lanternas), evgeniy jamart/Shutterstock.com (robôs), durantelallera/ Shutterstock.com (ilustração)
Diagramação Ana Maria Puerta Guimarães, Laryssa Dias Almeron dos Santos, Vivian Larissa Morita, Formato Comunicação Ltda.
Autorização de recursos Marissol Martins Maia (coord.) e Diana Alves
Iconografia Silvia de Luca Ferreira
Tratamento de imagens Janaina Oliveira e Jéssica Sinnema
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Trajetórias língua portuguesa : 6º ano : ensino fundamental : anos finais / organizadora FTD Educação ; obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela FTD Educação ; editor responsável Marcos Rogério Morelli. -- 1. ed. -- São Paulo : FTD, 2022.
Componente curricular: Língua portuguesa.
ISBN 978-85-96-03421-0 (aluno)
ISBN 978-85-96-03422-7 (professor)
1. Língua portuguesa (Ensino fundamental)
I. Morelli, Marcos Rogério.
22-114451
CDD-372.6
Índices para catálogo sistemático:
1. Língua portuguesa : Ensino fundamental 372.6
Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à EDITORA FTD
Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300
Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br
Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada.
Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD CNPJ 61.186.490/0016-33
Avenida Antonio Bardella, 300
Guarulhos-SP – CEP 07220-020 Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375
Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427 03/08/2022
Estudar Língua Portuguesa é uma oportunidade de viajar pelo maravilhoso mundo da literatura e de entrar em contato com informações fundamentais para seu desenvolvimento como leitor e escritor.
Afinal, estamos sempre encontrando situações que requerem o emprego de múltiplas linguagens e discursos. Além disso, somos levados a ler e a produzir diferentes gêneros textuais, seja para nos informarmos, seja para nos relacionarmos com outras pessoas.
Esta coleção visa despertar em você o desejo de compreender melhor o mundo do qual faz parte, desenvolvendo habilidades que o preparem para os desafios do presente e do futuro.
Bom estudo!
Antes de iniciar cada unidade, você poderá verificar seus conhecimentos prévios a respeito dos conteúdos que serão estudados na unidade por meio de atividades diversificadas.
Nessas páginas, é apresentada uma imagem relacionada ao menos a um dos gêneros que serão lidos e estudados na unidade. Essa imagem é acompanhada sempre de questões que exploram seus conhecimentos prévios, sua realidade próxima e a relação desses recursos com os gêneros a serem estudados. Além disso, na abertura é possível ter acesso à lista de conteúdos que serão estudados na unidade.
Essa seção aparece uma vez por capítulo. A cada nova ocorrência, você terá a oportunidade de ler um texto de um novo gênero. No Estudo do texto, você realizará diversas atividades de exploração do texto. Essas atividades estão organizadas em Conversando sobre o texto, Escrevendo sobre o texto, Explorando a linguagem e, quando for pertinente, Discutindo ideias, construindo valores. Além da troca de ideias entre você e seus colegas, essas atividades proporcionam interpretação e reflexão sobre a estrutura e a linguagem do texto lido.
Capítulo 11 ◆ Lenda Leitura
explicações para o surgimento, por exemplo, do Universo, do Sol, da Lua, das estrelas dos animais. Você tem curiosidade de conhecer origem das coisas? A lenda seguir traz uma explicação para a origem de um importante rio. O que você imagina que pode ter ocasionado o surgimento desse rio? Qual povo você acha que criou essa explicação? Leia o texto para descobrir. A lenda de Jurutaí Muito tempo atrás, no fundo da Floresta Amazônica, havia um pássaro chamado Jurutaí. Uma noite, Jurutaí olhou para cima, através do ar quente, e viu a Lua. Ela estava completamente redonda. A luz prateada brilhou sobre a face de Jurutaí como se Lua estivesse se esticando para tocá-lo. E Jurutaí se apaixonou. Jurutaí se apaixonou pela Lua e quis ir até onde ela estava. Assim, voou até o topo da árvore mais alta que podia ver. Mas Lua ainda estava longe. Ele voou até o cume de uma montanha. Mas a Lua ainda estava longe. Então ele voou até céu. Jurutaí bateu as asas, subindo, subindo até o ar ficar rarefeito Mas a Lua estava muito longe.
O pássaro continuou voando para cima até as asas doerem, os olhos arderem e parecer que cada respiração só enchia seus pulmões de vazio. Queria prosseguir, mas era muito difícil. A força de suas asas chegou ao fim e de repente ele começou cair. Rodopiava, através do ar negro, e batia as asas céu abaixo. Ele caiu de volta nas folhas úmidas perfumadas das árvores. E se empoleirou ali, piscando ofegante para a Lua. Ela estava distante demais para que ele a alcançasse. Assim, tudo o que Jurutaí podia fazer era cantar para ela. Ele cantou a mais bela canção que pôde. Uma canção cheia de tristeza e amor, que se espalhou pela floresta.
Cume: parte mais alta, ápice. Rarefeito: menor densidade. Ofegante: que respira com dificuldade.
224
A Lua olhou para baixo, mas não respondeu. E lágrimas encheram os olhos de Jurutaí. Suas lágrimas rolaram pelo chão da floresta. Encheram vales e escorreram
cantar. Eles sabem que cantar a mais bela canção que se conhece é a melhor maneira de se livrar da tristeza. E acreditam
Izaac Brito/Arquivo
Atitude cidadã Educação para valorização do multiculturalismo
A herança cultural indígena Nas páginas anteriores, lemos algumas lendas de origem indígena. Assim como as lendas, muitos outros aspectos da nossa cultura têm origem nesses povos, que foram os primeiros habitantes do nosso território. Por exemplo, você sabia que diversas palavras que usamos no dia a dia, como jacaré mandioca pipoca são provenientes de línguas indígenas? que a brincadeira da peteca, os hábitos de descansar em redes e de tomar banhos diários também foram herdados
Echeverri
Atitude cidadã Nessa seção, você será convidado a refletir sobre diversos temas contemporâneos transversais relevantes para a vida em sociedade.
Luis
das
conhecer a cultura indígena a influência dela na cultura brasileira? Por quê?
3. Você acha importante que esses aspectos culturais que herdamos dos indígenas continuem sendo praticados pelas pessoas? Comente.
240
Conexões Arte
A cultura popular na música brasileira
que retratam, por meio dos causos da música, a diversidade da cultura nacional. Em 2003, lançou álbum Brincadeira de viola destinado às crianças. O disco é repleto de músicas infantis de origem popular. Déa Trancoso e a poesia do Vale do Jequitinhonha Filha de pais seresteiros, Déa Trancoso uma compositora, cantora produtora cultural brasileira. Em 2006, depois de pesquisar muito sobre a cultura popular do Vale do Jequitinhonha, sua região natal, Déa Trancoso lançou o álbum Tum tum tum uma obra que traz diversas canções populares dessa região. Em suas produções musicais, é possível reconhecer diversas sonoridades que reforçam a cultura popular nacional, como catimbó, o coco, os sambas de caboclo e de roda, o maracatu, o lundu, entre outros.
Fotografia de Paulo Freire, em 2009.
Conexões
Fotografia de Déa Trancoso, em 2006. Confira as respostas das questões nas orientações ao professor.
1. O que você achou dos artistas apresentados? Você já conhecia o trabalho deles?
2. Em sua opinião, qual é a importância de música, enquanto manifestação artística, resgatar a tradição oral brasileira?
Valéria Gonçalvez/Estadão Conteúdo Izaac Brito/Arquivo editora 36
Ampliando a linguagem
A.
Por meio da apresentação de textos verbais e não verbais, nessa seção, você perceberá que os conteúdos estudados, de forma geral, relacionam-se aos conteúdos de outros componentes curriculares.
Recursos de linguagem nos textos publicitários 1. Os textos publicitários empregam diferentes recursos para convencer o leitor aderir a determinada ideia ou produto. Para conhecer alguns desses recursos, analise os textos seguir e responda às questões.
1. F/Nazca Saatchi&Saatchi/SOS Mata Atlântica/Acervo
Ampliando a linguagem Essa seção possibilita que você trabalhe com atividades que exploram diferentes conhecimentos linguísticos, ampliando a competência linguística necessária para as produções orais e escritas.
Cartaz de campanha da Fundação SOS Mata Atlântica FNazca, 2001.
1.
2.
268
instituição
2.
B. Cartaz de campanha da Escola Municipal Anita Paes Barreto, Recife, Pernambuco, 2008.
Educação/Secretaria de Defesa Social/Governo do Estado de Pernambuco/Blackninja/Acervo
1.
Secretaria
1. a. Resposta: texto verbal “Eu vi as árvores que você cortou.” e “A natureza vê o homem destruir, mas não pode fazer nada.”. A imagem se relaciona com texto porque apresenta um tronco de árvore cortado formando imagem (representada pela árvore) estivesse observando o ser humano suas atitudes em relação ao meio ambiente.
a. Analise texto verbal do cartaz de campanha A Explique relação entre imagem a ideia expressa por meio desse texto.
B.
C.
A.
Resposta:
b. Escreva no caderno a alternativa correta respeito da relação entre o texto verbal e a imagem no cartaz de campanha
A imagem apresenta a ilustração de uma criança atrás das linhas de uma pauta em que não há nada escrito, simbolizando grades e sugerindo que ela está presa. Essa imagem dialoga com informação presente na oração “o silêncio aprisiona”.
A imagem apresenta as linhas de uma pauta em que não há nada escrito, relacionando-se com a oração “Se as palavras libertam”, mostrando que as palavras que haviam sido escritas nessa pauta se libertaram.
1. Resposta: No texto A foi usado pronome você A intenção estabelecer uma comunicação mais próxima direta com leitor.
agência 269
A imagem apresenta ilustração de uma criança sozinha, que se libertou por meio da escrita das palavras. Em um dos textos foi usada uma palavra que dialoga com o leitor. Que palavra essa? que intenção isso foi feito?
O audiolivro audiobook (em inglês) consiste em um livro falado, ou seja, é uma gravação do conteúdo de determinado livro ou de diversas narrativas, lidos em voz alta. O conteúdo gravado pode ser acessado por aplicativos ou aparelhos de MP3 ou CD.
atividade, você seus colegas vão gravar a leitura de diversas fábulas. Leia, seguir, as orientações para a produção do audiolivro. a. Primeiro, é interessante que turma conheça um audiolivro e note como uma história pode ser narrada. Enquanto história estiver sendo reproduzida, ouça-a com atenção procure perceber o modo como ela narrada, a entonação e o volume da voz, o ritmo da leitura (pausas e hesitações). Anote as características que você considerar importantes.
A história poderá ser gravada com o uso de um computador, de um gravador ou de um aparelho de telefone celular. d. Ao narrar a história, procure ler a fábula de forma expressiva, respeitando ritmo dos fatos, as pausas e as hesitações, indicadas por recursos como a pontuação, e também empregar um tom de voz adequado, que dependerá dos trechos que estiver lendo (em alguns momentos, você pode variar intencionalmente o tom de voz, aumentando-o ou diminuindo-o, de modo a dar mais expressividade). e. Depois de pronta, a gravação deverá ser transferida para um CD. f. Ao final das gravações, o professor vai providenciar a reprodução das fábulas, fim de que a turma possa ouvir as histórias narradas. g. Com os colegas, definam um título para o audiolivro. Pensem em títulos possíveis e citem as opções. O professor vai anotar na lousa. Depois de finalizarem as sugestões, façam uma votação para escolher o título preferido pela maioria. Finalizada a atividade, reúna-se com seus colegas, ouçam os áudios criados por vocês e avaliem o desempenho da turma em relação ao tom e ao volume de voz empregados, às pausas e hesitações necessárias, de acordo com a pontuação, e também avaliem os pontos positivos o que pode ser melhorado em futuras produções. Conversem também sobre como foi a experiência de contar e gravar histórias, se gostaram de fazer atividade, ou seja, que acharam de participar da gravação do audiolivro em sala de aula, e peçam aos colegas que expliquem porquê.
Leia, seguir, alguns títulos que você pode escolher para fazer parte do audiolivro.
Produção oral
Editora Livro Falante Editora DCL 30
Rapunzel.com: uma história cabeluda Nesse audiolivro, você vai conhecer uma história envolvendo a personagem Rapunzel outros personagens do conto de fadas vivendo aventuras bem diferentes: Rapunzel cria suas roupas observando revistas de moda, bruxa gosta de assistir novelas, o príncipe se diverte muito andando de skate praticando esportes radicais. Rapunzel.com: uma história cabeluda de José Carlos Aragão.
Capa do audiolivro Rapunzel.com: uma história cabeluda
Dom Quixote Um dos maiores clássicos da literatura mundial também pode ser lido com os ouvidos. Nesse audiolivro, que conta a história criada pelo escritor espanhol Miguel de Cervantes, adaptada por Leonardo Chianca, você vai se encantar com as aventuras e desventuras do nobre cavaleiro Dom Quixote seu fiel escudeiro, Sancho Pança, narradas e interpretadas por diversos atores. Dom Quixote de Miguel de Cervantes. Editora DCL, 2010.
Capa do audiolivro Dom Quixote b. Em seguida, cada estudante deverá escolher uma fábula para ler fazer parte da gravação. Para isso, você poderá pesquisar fábulas em livros na biblioteca da escola ou na internet.
Produção escrita
Meme Neste capítulo, você leu dois e conheceu as principais características desse gênero tex-
tual. Agora, é a sua vez de criar seu próprio meme com base em uma obra de arte. Ao final da atividade, você deverá combinar com o professor para que ele crie uma página da turma em uma rede social, na qual ele vai postar os memes de vocês.
Planejando o texto
Antes de produzir seu texto, você deverá planejá-lo. Para isso, siga algumas orientações. Escolha uma das pinturas a seguir ou pesquise outra de seu interesse.
Museu do Louvre, Paris, França Museu de Arte Moderna de São
A lebre a tartaruga
O sapo e o boi
A raposa e as uvas
O leão e o ratinho
A assembleia dos ratos
A raposa e cegonha
A menina e leite
A raposa e corvo
A formiga e pomba
O menino e os pregos O carvalho e o caniço O cão e pedaço de carne
h. Após escolher a fábula, providencie uma cópia da história. Leia-a quantas vezes forem necessárias, a fim de gravar bem sequência da história, os fatos que dela fazem parte e os momentos em que deve haver pausas e hesitações.
Dica Dicas para que a atividade seja bem-sucedida
Para exercitar a leitura, você pode ensaiar em casa, de frente para o espelho, ou ler a fábula para seus familiares.
a. Tenha em mãos cópia da fábula que você escolheu para usá-la no momento da gravação, se for necessário. b. Inicie a gravação citando o título da fábula e o nome de quem a registrou. Se desejar, utilize efeitos sonoros e/ou músicas que auxiliem simular melhor atmosfera criada durante leitura. 31
Nessa seção, você vai realizar atividades orais mais elaboradas, algumas em conjunto com colegas, que possibilitam vivenciar experiências significativas de comunicação. Para isso, apresentaremos as características do gênero a ser produzido e algumas orientações para auxiliar nesse trabalho.
Produzindo o texto Para produção do seu meme leia as orientações a seguir. Verifique com o professor a melhor forma de providenciar uma cópia da imagem escolhida.
Uma possibilidade é procurá-la na internet imprimi-la após acrescentar o texto verbal. b. Na imagem escolhida, insira o texto verbal. Você pode colocar um trecho na parte superior e outro na inferior, para valorizar imagem e não a prejudicar.
Dica
É importante não apresentar nos memes situações preconceituosas, ofensivas e inadequadas.
Na parte superior, por exemplo, insira palavras ou frases que criem determinado sentido e, na parte inferior, empregue um texto que quebre essa expectativa. d. Lembre-se de empregar frases ou expressões que, na relação com a imagem, construam ambiguidade e contribuam para o efeito humorístico do meme Se necessário, empregue intencionalmente marcas de oralidade e expressões que evidenciam variedades linguísticas regionais.
Avaliando o texto
Antes de finalizar publicar o meme troque-o com um colega e verifiquem os itens a seguir.
A parte verbal do traz uma situação cotidiana que, de alguma forma se relaciona imagem escolhida? b. Foram empregadas palavras e expressões ambíguas para a construção do texto?
c. O texto verbal ficou posicionado de forma a valorizar e não prejudicar imagem do meme? d. O ficou engraçado e/ou traz uma crítica a uma situação do dia a dia? e. O texto verbal do meme apresenta particularidades na maneira de se expressar?
Por fim, faça os ajustes que forem pertinentes da leitura do colega e finalize o utilizando, se possível, um programa de edição de texto ou imagem.
Mona Lisa de Leonardo da Vinci. Óleo sobre madeira de álamo, 77 cm × 53 cm 1503. Rosa e Azul de Pierre-Auguste Renoir. Óleo sobre tela, 119 cm × 74 cm 1881.
b. Escolhida imagem, analise os elementos que a compõem, as ideias e os sentimentos que ela transmite a você. Pense em outro contexto em que a imagem poderá ser usada, recriando os sentidos expressos produzindo humor.
d. Se possível, pense em uma situação cotidiana que possa ser bem conhecida pela maioria das pessoas (política, esporte, filmes, séries, música etc.). Escolha palavras ou frases que, na relação com imagem, possam criar ambiguidade.
54
O professor vai criar uma página da turma em uma rede social para publicar os Façam uma votação escolham juntos um nome para página da rede social. b. No dia combinado com o professor, ele vai postar os de vocês.
Acessem página constantemente para ver recepção do pelos usuários, se eles curtiram, comentaram, compartilharam Ao final da atividade, avaliem o que vocês acharam mais produtivo e o que pode ser melhorado em uma próxima produção. Conversem também sobre forma de divulgar página para as demais pessoas da escola.
Postando o meme em uma rede social 183
Ponto de verificação
1. A alternativa em que todos os substantivos apresentados são compostos é:
Nessa seção, você vai produzir textos escritos com base nos gêneros textuais estudados no capítulo. Para isso, você deverá seguir as orientações das etapas de planejamento, produção e avaliação do texto, com instruções de revisão e reescrita, além de compartilhar e divulgar seus textos de diversas formas.
2. Qual dos substantivos seguir é derivado? Dinossauro. Tabuada. Floricultura. Ovo. A. B. C. D.
3. Em qual das frases a seguir há conformidade entre o gênero e número do substantivo? Tempere o alface que está na vasilha. Fui à piscina ontem com meus amigo. Fabiana perdeu o óculos na volta do trabalho. Os irmãos da Marina irão à festa sábado.
Segunda-feira; passatempo; arranhão. Girassol; super-homem; parabólica. A. C. Paraquedas; fim de semana; ultrassom. Minissaia; condensado; autodidata. B. D. Resposta: B. Resposta: C. Resposta: D.
A. B. C. 4. Sobre variação linguística, é correto afirmar que: A maneira como escrevemos ou falamos pode variar, dependendo da situação em que estamos e das pessoas com quem falamos. Em algumas regiões do Brasil, as pessoas falam e escrevem de maneira mais correta do que em outras. O registro linguístico usado na oralidade (fala) sempre mais informal do que o usado O registro linguístico empregado na escrita sempre formal, mas na oralidade é sempre informal.
A. B. C. D.
5. Explique o que é uma fábula.
6. Nos causos, muito comum notarmos marcas de oralidade. Por que isso acontece?
Possível resposta: Texto narrativo que geralmente apresenta personagens animais com comportamentos humanos cujo objetivo apresentar uma moral. Como toda narrativa, apresenta situação inicial, complicação, clímax desfecho. Sugestão de resposta: Por serem transmitidos oralmente de geração em geração, os causos são textos muito comuns na língua falada. Quando são registrados por escrito, muitos contadores optam por não eliminar essas marcas, mantendo tal característica peculiar dos causos.
Autoavaliação Com base no seu desempenho ao longo da unidade, escreva um ponto positivo, um ponto negativo uma sugestão de melhoria para os estudos nas próximas unidades.
No final de cada unidade, você poderá testar o que aprendeu ao longo da unidade, além de tirar dúvidas e, se necessário, retomar e fixar algum conteúdo.
01/08/2022 10:35:29
um ensinamento e que costumam abordar? que ela vai tratar, quais hipóteses estão de acor-
Iniciando o trajeto ◆ 13
Unidade 1
Fábula e causo ◆ 14
Capítulo 1
um lado para outro, endivertindo. frio, foi pedir alimento à para o inverno? respondeu a cigarra. Ao
Fábula ◆ 16
Leitura
A cigarra e a formiga • Katia Canton ◆ 16
Interação entre os textos
A cigarra, a formiga e Esopo • Sérgio Capparelli ◆ 20
A língua em estudo
Substantivo ◆ 22
Outra leitura
se arrepender depois. Esopo São Paulo: DCL, 2006. p. 19.
O pastor e os lobos • Esopo, recontado por Felipe Torre ◆ 28
Produção oral
Audiolivro de fábulas ◆ 30
Iniciando o trajeto ◆ 55
Unidade 2
Poema e conto de suspense ◆ 56
Capítulo 3
Poema ◆ 58
Leitura
O Livro ou o Sonho... • Ricardo Dalai ◆ 58
Ampliando a linguagem
Sentido próprio e sentido figurado ◆ 61
Figuras de linguagem ◆ 63
A língua em estudo
Adjetivo ◆ 68
Outra leitura
Vento perdido • Pedro Bandeira ◆ 73
Causo ◆ 32
Leitura
Ara, que susto danado! • Rolando Boldrin ◆ 32
Conexões
A cultura popular na música brasileira ◆ 36
Ampliando a linguagem
Variedades linguísticas ◆ 37
A língua em estudo
Gênero, número e grau do substantivo ◆ 44
Outra leitura
Respeito • Olavo Romano ◆ 49
Produção escrita
Causo ◆ 52
Produção oral
Causo ◆ 53
Ponto de verificação ◆ 54
Capítulo 4
Conto de suspense ◆ 79
Leitura
Encontro à meia-noite • Liliana Iacocca ◆ 79
Conexões
As reações do corpo diante do medo ◆ 83
Interação entre os textos
Quem matou o saci? • Clara de Cápua ◆ 84
A língua em estudo
Artigo ◆ 86
Outra leitura
Recado de fantasma • Flavia Muniz ◆ 90
Produção escrita
Desfecho de conto ◆ 92
Produção oral
Podcast ◆ 94
Produção escrita
Se o anúncio apresentasse mensagem não fosse
compreendam que os animais companhia mais comuns em nossa com agilidade a informação um animal de estimação.
Poema ◆ 76
Produção oral
Sarau poético ◆ 78
cachorro e do gato nesexemplo, o anúncio teria o página anterior? Cointernet? Comente com onde mais ele podea marca; em que é ampliada apresentação do representa uma marcante que
folhetos, outdoors indoors, spots, TV etc. divulgado em folhetos e cartazes,
Ponto de verificação ◆ 96 28/07/2022 14:49:12
Iniciando o trajeto ◆ 97
Unidade 3
Notícia e foto-denúncia ◆ 98
Capítulo 5
Notícia ◆ 100
Leitura
Adolescente descobre tesouro de rei viking do século 10 • Jornal Joca ◆ 100
Ampliando a linguagem
A subjetividade nas notícias ◆ 105
A língua em estudo
Pronome (parte 1) ◆ 108
Outra leitura
Museu da Língua Portuguesa é reinaugurado após quase seis anos fechado em reforma por causa de incêndio • G1 ◆ 116
Interação entre os textos
A reinauguração do Museu da Língua Portuguesa e a homenagem ao povo mais falante de português no mundo • Jornal da Criança ◆ 119
Iniciando o trajeto ◆ 143
Unidade 4
História em quadrinhos
e meme ◆ 144
Capítulo 7
História em quadrinhos ◆ 146
Leitura
Chico Bento em: Pra casa da Vó Dita • Mauricio de Sousa ◆ 146
Conexões
Os planos nas HQs ◆ 153
Interação entre os textos
Um encontro fantástico •
João Anzanello Carrascoza ◆ 154
Ampliando a linguagem
Tipos de linguagem ◆ 156
A língua em estudo
Concordância nominal ◆ 160
Atitude cidadã
Fake news ◆ 122
Produção escrita
Notícia ◆ 123
Produção oral
Notícia radiofônica ◆ 125
Capítulo 6
Foto-denúncia ◆ 127
Leitura
Foto-denúncia • Veja ◆ 127
Interação entre os textos
Poema e fotografia • José Eduardo Rodrigues
Camargo e André Luís Fontenelle ◆ 130
Ampliando a linguagem
O uso do dicionário ◆ 131
A língua em estudo
Pronome (parte 2) ◆ 134
Outra leitura
Foto-denúncia • Folha de S.Paulo ◆ 138
Produção oral
Seminário ◆ 140
Ponto de verificação ◆ 142
Outra leitura
O melhor de Hagar, o horrível •
Dik Browne ◆ 163
Produção escrita
História em quadrinhos ◆ 166
Capítulo 8
Meme 168
Leitura
Meme • Artes Depressão 168
Ampliando a linguagem
A ambiguidade na construção dos textos 170
A língua em estudo
Verbo e flexões verbais ◆ 172
Outra leitura
Meme • Palavrinhas ◆ 180
Produção escrita
Meme ◆ 182
Ponto de verificação ◆ 184
Iniciando o trajeto ◆ 185
Unidade 5
e carta aberta ◆ 186
Capítulo 9
Texto de divulgação científica ◆ 188
Leitura
Pássaros encolhem? • Henrique Caldeira Costa ◆ 188
A língua em estudo
Verbo e tempos verbais ◆ 192
Outra leitura
Megadescoberta! • Alessandra Ribeiro ◆ 198
Produção escrita
Texto de divulgação científica ◆ 201
Produção oral
Vlog científico ◆ 203
Iniciando o trajeto ◆ 221
Unidade 6
Lenda e texto dramático ◆ 222
Capítulo 11
Lenda ◆ 224
Leitura
A lenda de Jurutaí • Sean Taylor ◆ 224
Interação entre os textos
Lenda do Rio Amazonas ◆ 229
Ampliando a linguagem Discurso direto e discurso indireto ◆ 230
Verbos de elocução ◆ 232
A língua em estudo
Uso da vírgula ◆ 234
Outra leitura
Vitória-Régia, a estrela das águas • Ciência Hoje das Crianças ◆ 237
Atitude cidadã
A herança cultural indígena ◆ 240
Capítulo 10
Carta aberta 205
Leitura
Carta aberta aos prefeitos(as) e vereadores(as) • Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável ◆ 205
Atitude cidadã
O consumo excessivo de açúcar ◆ 208
Ampliando a linguagem Sinônimos e antônimos ◆ 209
A língua em estudo
Advérbio ◆ 212
Outra leitura
Carta aberta à prefeitura de Salvador • Ana Verena
Almeida Mendes e outros ◆ 216
Produção escrita
Carta aberta ◆ 218
Ponto de verificação ◆ 220
Produção escrita
Reconto de lenda ◆ 241
Produção oral
Contação de lendas ◆ 242
Capítulo 12
Texto dramático ◆ 243
Leitura
Sangue de dragão: palco de paixões • Flávia Savary ◆ 243
A língua em estudo
Frase e oração ◆ 249
Outra leitura
Os dois viajantes e a onça • José Carlos Aragão ◆ 252
Produção escrita
Texto dramático ◆ 256
Produção oral
Dramatização ◆ 258
Ponto de verificação ◆ 260
28/07/2022 14:49:12
Iniciando o trajeto ◆ 261
Unidade 7
Capítulo 13
◆ 262
Anúncio para internet 264
Leitura
Anúncio para internet • Projeto Sete Vidas ◆ 264
Ampliando a linguagem Recursos de linguagem nos textos publicitários ◆ 268
A língua em estudo
Sujeito e predicado ◆ 272
Concordância verbal ◆ 273
Outra leitura
Anúncio para internet • Sesc-PR ◆ 276
Produção escrita
Campanha publicitária ◆ 278
Capítulo 14
Cartaz de campanha ◆ 280
Leitura
Cartaz de campanha • Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude do Governo de Pernambuco ◆ 280
Conexões
Os problemas do trabalho infantil ◆ 283
Interação entre os textos
Trabalho infantil • Jornal Joca ◆ 284
Atitude cidadã
Declaração Universal dos Direitos da Criança 286
A língua em estudo
Período simples e período composto ◆ 288
Período composto por coordenação ◆ 290
Outra leitura
Cartaz de campanha
• Ministério Público do Trabalho ◆ 294
Produção escrita
Cartaz de campanha ◆ 296
Ponto de verificação ◆ 298
Finalizando o trajeto ◆ 299
Referências bibliográficas comentadas ◆ 303
Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes reconheçam o gênero fábula, mencionando que se trata de um texto narrativo com uma moral no final, além de apresentar personagens animais com comportamentos humanos.
1. Pesquise uma fábula e leia-a. Depois, produza um cartaz de acordo com as orientações a seguir.
a. Faça a ilustração de uma cena que represente a fábula lida.
b. Em um canto do cartaz, escreva as principais características de uma fábula.
c. Fixe o cartaz no local determinado pelo professor.
d. Apresente o trabalho para seus colegas.
2. Forme um grupo com mais três colegas e analisem as imagens a seguir.
Objetivos
• Verificar os conhecimentos acerca dos substantivos.
• Avaliar a percepção das principais características do gênero causo.
• Identificar o fenômeno da variação linguística em canções.
Orientações
• Na atividade 1 , viabilize a pesquisa e leitura dos textos e a confecção dos cartazes. Organize a exposição dos cartazes na sala de aula utilizando a estratégia Gallery walk . Oriente-os a explicar de que fábula se trata, a cena representada, a moral e as características de uma fábula. Avalie o que eles sabem do gênero e faça anotações das defasagens. Caso tenham escolhido outro gênero, inicie o trabalho pelas características mais básicas. Perceba aquelas em que apresentarem dificuldades ou as que não conhecem e retome-as nas atividades futuras.
Escrevam o nome dos elementos que aparecem nessas imagens, classificando-os conforme as seguintes definições, sem repeti-los.
a. Deve ser escrito obrigatoriamente com letra inicial maiúscula.
b. Nomeia um conjunto de seres da mesma espécie.
c. É formado por duas palavras.
Resposta: Cata-vento.
d. É originado de uma palavra já existente.
Resposta: Neymar.
Resposta: Enxame.
Resposta: Fogueira.
3. Agora é o momento de contar e ouvir uma história. O professor vai selecionar alguns estudantes para contar um causo para a turma apreciar. Ao final, aponte as características que você percebeu nesses textos.
4. Pesquise duas canções interpretadas por cantores de diferentes regiões do Brasil. Ouça as duas com atenção e liste as palavras e expressões que são diferentes dos termos que você costuma empregar e que foram pronunciadas de outra maneira em relação à forma como você as pronuncia. Depois, compartilhe suas anotações com a turma.
na pesquisa das canções, sugira como exemplo a canção “As canções que você fez pra mim”, interpretada por Roberto Carlos, no álbum O inimitável , de 1968, faixa 7, e Sandy, no álbum Elas cantam Roberto Carlos , v. 2, de 2009, faixa 3. Nessa canção, é possível observar a diferença de pronúncia entre os dois intérpretes nos seguintes termos : as canções , porque , esqueceu , nós dois , mais , existe , triste e ter. Chame atenção para o sotaque
• Na atividade 2 , oriente os grupos a comparar as respostas produzidas. Durante a realização da atividade, verifique se há colaboração de todos e o que eles sabem ou se apresentam dificuldades. Ao final, eles devem fixar as respostas na lousa para a correção. Utilize as informações coletadas durante a atividade para preparar e conduzir a aula desse conteúdo.
• Para realizar a atividade 3 , verifique se alguns estudantes já conhecem um causo ou se é necessário promover uma pesquisa. Para verificar o que eles sabem desse gênero textual, utilize a estratégia One-minute paper Peça-lhes que escrevam rapidamente uma ou duas características de um causo. Fixe as respostas na lousa e analise-as. Verifique o que a turma já sabe do conteúdo para que, durante o trabalho das atividades relacionadas a ele, você possa reforçar os conhecimentos já assimilados e explorar os elementos do gênero ainda não conhecidos.
• Na atividade 4, caso os estudantes demonstrem hesitação
13
3. Resposta esperada: Texto de tradição oral, geralmente curto, com poucos personagens, podendo apresentar variações de acordo com quem conta, humor, acontecimentos fantásticos ou suspense etc.• Analisar uma imagem e discutir os gêneros trabalhados na unidade.
• Refletir sobre contação de histórias e as histórias de tradição oral.
• Ao conversar sobre as questões propostas, os estudantes desenvolvem a habilidade
EF67LP23
• O trabalho com a tradição oral de contar histórias permite que os estudantes desenvolvam a habilidade EF69LP44
Orientações
• Para iniciar o trabalho, leia o título da unidade com a turma e relembre-os das atividades desenvolvidas na seção Iniciando o trajeto a respeito dos gêneros fábula e causo. Em seguida, leia a lista dos principais conteúdos da unidade e faça uma breve retomada das outras atividades desenvolvidas na seção Iniciando o trajeto . Considerando o conhecimento da turma e as eventuais dificuldades apresentadas nas atividades de avaliação diagnóstica, se julgar pertinente, inverta a ordem de trabalho de alguns conteúdos. Uma sugestão é iniciar cada capítulo com os conhecimentos linguísticos da seção A língua em estudo . Outra opção é deixar os conhecimentos linguísticos para o final do capítulo, após terminarem a análise e produção dos textos.
• Fábula
• Substantivo
• Causo
• Gênero, número e grau do substantivo
• Variedades linguísticas
1. O que essa cena retrata? Em sua opinião, essa cena era frequente na época em que a pintura foi produzida? Que elementos presentes na imagem transmitem essa informação?
2. Você gosta mais de contar ou de ouvir histórias? Justifique sua resposta.
3. Nesta unidade, vamos ler algumas histórias de tradição oral, que foram transmitidas de geração em geração. Isso significa que, antes de serem escritas, elas foram contadas oralmente. Quais histórias de tradição oral você conhece?
1. Resposta: Uma mulher sentada, gesticulando como se estivesse contando algo, e as pessoas ao redor ouvindo atentamente sua fala. Auxilie a turma a concluir que essa cena era bastante comum na época em que a pintura foi produzida, visto que se trata de um tempo em que era um hábito nas famílias as pessoas se reunirem para contar e ouvir histórias. Destaque também que,
naquela época, as pessoas não tinham acesso à tecnologia, como TVs, computadores, aparelhos celulares, internet, e que isso contribuía para que elas tivessem esse hábito de se reunir para contar histórias.
2. Resposta pessoal. Solicite aos estudantes que expliquem por que preferem uma opção e não outra.
3. Resposta pessoal. Peça aos estudantes que anotem os títulos das histórias apresentadas, a
• No momento da conversa inicial e ao responder às atividades, oriente os estudantes a respeitar os colegas que quiserem falar, para que todos possam ser ouvidos.
• Explore a pintura apresentada, orientando os estudantes a analisar a expressão facial das pessoas representadas na cena, sobretudo os ouvintes. Com base nessa análise, pergunte se eles acham que a história que está sendo contada parece interessante e se eles gostariam de estar participando desse momento.
• Sobre a tradição de contar e ouvir histórias, explique à turma que essas práticas são uma experiência de interação, prazerosa e educativa, que une e aproxima as pessoas envolvidas. Trata-se de uma arte muito antiga e também uma forma de resgatar a memória cultural e afetiva de um povo. Antigamente, as pessoas costumavam se reunir ao redor do fogo para conversar e praticar essa arte.
fim de sistematizarem a atividade no caderno. Sugestão para o título dessa sistematização: Histórias da tradição oral. As histórias citadas podem ser resumidas. Caso os estudantes se interessem por conhecê-las na íntegra, oriente-os a pesquisá-las em livros ou sites , ou ainda podem pedir a algum familiar ou responsável que lhes contem alguma delas com todos os detalhes.
História de uma noite de inverno, de Daniel Maclise. Óleo sobre tela, 101,3 × 126,3 cm, 1867. Galeria de Arte, Manchester, Inglaterra. Confira as respostas das questões nas orientações ao professor.• Ler uma fábula e conhecer as características e a função sociocomunicativa desse gênero.
• Refletir sobre as virtudes e os defeitos das pessoas por meio da moral da fábula.
BNCC
• A leitura desta fábula leva os estudantes a aprimorar a competência geral 9 , ao incentivar reflexões sobre a importância de desenvolver e exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação entre si, o que também compreende o tema contemporâneo transversal Vida familiar e social
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF67LP28 ao ler a fábula de forma silenciosa, buscando compreendê-la autonomamente.
• A exploração das características do gênero fábula permite o desenvolvimento da habilidade
EF69LP47
• Com a análise do emprego de uma palavra com sentido conotativo, na subseção Explorando a linguagem , os estudantes podem desenvolver a habilidade
EF69LP54
Orientações
• O trabalho com o gênero fábula possibilita a reflexão sobre valores humanos por meio de narrativas curtas e divertidas. Atualmente as crianças e os adolescentes recebem passivamente inúmeras influências dos meios de comunicação, assim o estudo de fábulas auxilia na discussão de comportamentos e valores morais, como respeito, igualdade, solidariedade e ética, tão importantes na formação cidadã. Outro aspecto positivo das fábulas é evidenciar a importância da convivência harmoniosa, do respeito ao próximo, da empatia e do diálogo.
• Antes da leitura do texto, leia com os estudantes as questões de levantamento de hipóteses que aparecem no início da página e peça-lhes que comentem o que sabem dos animais citados no título da fábula. Pergunte também se conhecem alguma característica desses animais. Diga ainda que os personagens
A seguir, você vai ler uma fábula, um gênero textual que sempre traz um ensinamento e que encanta leitores de todas as idades. Você sabe o que as fábulas costumam abordar?
Pelo título da fábula, “A cigarra e a formiga”, é possível imaginar sobre o que ela vai tratar, quais são os personagens e qual é o ensinamento que ela transmitirá?
Após conversar com os colegas, leia a fábula para verificar se as suas hipóteses estão de acordo com a história.
Era verão. A formiga carregava suas folhas e seus alimentos de um lado para outro, enquanto a cigarra, caçoando dela, passava os dias cantando e se divertindo.
Mas não tardou e o inverno chegou. A cigarra, faminta e com frio, foi pedir alimento à formiga, que lhe disse assim:
— Por que é que você não trabalhou no verão e guardou comida para o inverno?
— Eu não fiquei à toa, não! Criei as mais doces melodias... — respondeu a cigarra. Ao que a formiga logo acrescentou:
— Ah, você flauteou no verão? Agora dance no inverno!
A fábula mostra que é preciso pensar no dia de amanhã para não se arrepender depois.
Flauteou: viveu de forma despreocupada, vadiou.
Nascida em São Paulo, é escritora, jornalista, professora, crítica de arte e curadora do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP). Publicou diversos livros para o público infantojuvenil e alguns deles lhe renderam prêmios, como o Jabuti, com o livro O mistério das formas, além de outros prêmios no exterior.
Fotografia de Katia Canton, em 2013.
da história vão viver um conflito e pergunte qual conflito imaginam que vai ocorrer.
• Peça-lhes que façam uma leitura silenciosa, atentando à pontuação e identificando as diferentes vozes da história: a do narrador e as dos personagens.
• Posteriormente, leia a fábula em voz alta, dando a entonação correta de acordo com a pontuação e, com as
informações do texto e destacando as vozes dos personagens. Durante essa leitura, faça pausas para a verificação de alguma dúvida com relação às informações do texto ou ao vocabulário.
• Por fim, peça a um estudante que leia o boxe que apresenta a autora do texto, a fim de que aumentem cada vez mais seu repertório de obras e autores literários.
1. Após ler a fábula, suas hipóteses sobre o que ela iria tratar, os personagens e o ensinamento que ela transmitiria se confirmaram? Comente com os colegas.
Resposta pessoal.
2. Essa história lembra algum comportamento que você já vivenciou ou observou em outras pessoas? Comente.
Resposta pessoal.
3. Qual é o assunto tratado nessa fábula?
Resposta esperada: A importância de se planejar e se preparar para o futuro e não pensar apenas no presente.
4. Releia o título do livro em que o texto foi publicado. Quem você imagina que seja Esopo?
Resposta pessoal.
1. Sobre as personagens que aparecem na fábula lida, responda às questões a seguir.
a. Quem são as personagens que participam dessa história?
Resposta: Uma cigarra e uma formiga.
b. Leia as informações a seguir e copie a que apresenta as características dos animais nessa fábula.
A. B.
Os animais não apresentam características e comportamentos diferentes das espécies às quais pertencem.
Os animais pensam, agem e sentem como os seres humanos.
Resposta: B.
A fábula é um gênero de origem oral que, ao longo do tempo, foi sendo transmitida de geração em geração.
2. Com base na leitura da fábula, com que objetivo a formiga passou a armazenar folhas e alimentos? Explique.
Resposta: Para se aquecer e ter alimentos no inverno, época muito fria e com escassez de alimentos para as formigas.
3. A cigarra não agiu de forma semelhante à da formiga. Por quê? Que consequências esse comportamento trouxe a ela?
Resposta: A cigarra não se preocupou em guardar alimentos para o inverno e folhas para se aquecer. Como consequência, ela passou fome e frio.
4. Na fábula, a cigarra apresenta um argumento tentando justificar suas atitudes e convencer a formiga a ajudá-la. O argumento dela foi convincente, ou seja, ela conseguiu convencer a formiga? Justifique sua resposta.
Resposta: Não, o argumento não foi convincente, pois a formiga se recusou a fazer qualquer coisa para ajudar a cigarra.
5. A formiga representa a pessoa cautelosa, o indivíduo que sabe pensar e guardar para o dia de amanhã. Você concorda com a atitude da formiga ou da cigarra? Por quê?
Resposta pessoal.
6. Normalmente, comparamos ações do ser humano com características de outros animais. Se uma pessoa trabalha muito, dizemos que ela trabalha como uma formiga. Tente se lembrar de outros exemplos de comparações como essa.
Possíveis respostas: Inocente como um cordeiro; fiel como um cão; forte como um leão; arisco como um gato; falante como um papagaio.
• A atividade 6 busca ativar os conhecimentos de mundo dos estudantes. Permita-lhes que se ajudem mutuamente ao citar exemplos de comparações. Retome a importância de respeitarem o momento de fala dos colegas.
• A atividade 1 da subseção Conversando sobre o texto tem como objetivo levar os estudantes a verificar as hipóteses levantadas antes da leitura da fábula. Assim, é muito importante resgatá-las, a fim de que eles possam confirmá-las ou não.
• Por meio da atividade 2 , leve os estudantes a refletir sobre comportamentos próprios ou de outras pessoas com as quais convivem, de modo que percebam práticas comuns do ser humano. No entanto, é importante também que reflitam sobre determinadas atitudes prejudiciais ao convívio social e ao desenvolvimento pessoal.
• Na atividade 3 , verifique se compreenderam a ideia central do texto, aproveitando para avaliar o nível de leitura e interpretação da turma.
• Já na atividade 4, incentive os estudantes a comentar se já ouviram falar sobre o fabulista Esopo ou se já leram alguma fábula dele. Em seguida, comente que Esopo viveu no século 6 a.C. e inventava histórias sobre animais para ensinar as pessoas a agirem de maneira exemplar e com sabedoria.
• Na atividade 1 da subseção Escrevendo sobre o texto , ajude os estudantes a identificar os personagens da fábula e suas características principais (agem, pensam e falam como seres humanos). Ressalte que esses personagens apresentam características que, muitas vezes, são empregadas para fazer comparação com atitudes humanas. Essas comparações são uma forma de criticar a sociedade quanto aos defeitos das pessoas, levando o leitor ou o ouvinte à reflexão.
• Nas atividades 2 , 3 e 4, verifique se os estudantes localizam informações explícitas no texto. Se necessário, releia os respectivos trechos do texto para que comprovem as respostas.
• Na atividade 5 , é importante levar os estudantes a compreender o que representa o comportamento da cigarra (tranquilidade, despreocupação etc.), a fim de que consigam comparar os dois comportamentos e expor uma opinião de forma mais embasada.
• Na atividade 7, explore com os estudantes as diferentes vozes no texto (do narrador e dos personagens em discurso direto). Nesse momento, é importante deixar claro para os estudantes a diferença entre autor e narrador: autor é a pessoa que cria o texto, é a pessoa real. Já o narrador é o ser criado pelo autor para contar a história. Aproveite o estudo sobre tipos de narrador e explique à turma que os textos também podem apresentar diferentes focos narrativos (primeira e terceira pessoas). O foco narrativo também recebe outros nomes: ponto de vista, visão da narrativa, perspectiva narrativa e aspecto da narrativa.
• Ao realizar a atividade 8 , leve os estudantes a compreender que a fábula é uma narrativa e explore com eles os elementos composicionais do gênero. Aproveite para comparar a fábula com outros textos narrativos que os estudantes já conheçam.
• Na atividade 9, chame a atenção dos estudantes para o modo como o tempo e o espaço são indicados nesse gênero textual. Se necessário, retome o conceito de tempo e espaço nos textos narrativos.
7. Em um texto narrativo, como a fábula, há o narrador, ou seja, aquele que conta a história. Confira, a seguir, os tipos de narrador.
O narrador-observador é aquele que não participa da história, apenas a observa e assiste aos acontecimentos. Emprega a terceira pessoa para se referir aos personagens da narrativa.
O narrador-personagem participa da história, podendo ser protagonista, antagonista ou personagem secundário. Para se incluir na história, faz uso da primeira pessoa.
a. Que tipo de narrador aparece na fábula lida?
b. Em alguns momentos, o narrador dá voz às personagens da história. Cite uma dessas falas e indique a qual personagem ela se refere.
8. A fábula “A cigarra e a formiga” é um texto narrativo. O conjunto de fatos que compõem uma narrativa recebe o nome de enredo. Geralmente, o enredo é composto das partes a seguir.
• Situação inicial: situação de tranquilidade em que são apresentados os personagens, o espaço e o tempo em que vivem e os fatos.
• Complicação ou conflito: fato que determina a quebra da tranquilidade em razão do surgimento de um problema/uma complicação. Nessa parte do enredo, há uma sucessão de acontecimentos que tornam a narrativa interessante e movimentada.
• Clímax: ponto alto da narrativa, marcado por um confronto ou dificuldade.
• Desfecho: final da narrativa, com resolução do conflito e revelação do destino dos personagens.
Identifique essas partes na fábula lida, relacionando as informações a seguir. Anote no caderno.
Situação inicial Complicação ou conflito Clímax
Desfecho
7. b. Possíveis respostas: “ — Por que é que você não trabalhou no verão e guardou comida para o inverno?” (voz da formiga); “ — Eu não fiquei à toa, não! Criei as mais doces melodias...” (voz da cigarra); “ — Ah, você flauteou no verão? Agora dance no inverno!” (voz da formiga).
1.
A cigarra resolveu pedir ajuda à formiga. Esta perguntou à cigarra por que ela não havia guardado alimento durante o verão.
A formiga se recusou a ajudar a cigarra.
4.
A formiga trabalhava enquanto a cigarra cantava e se divertia. Chegou o inverno, e a cigarra ficou faminta e com frio.
Resposta: Narrador-observador. Resposta:
9. É possível saber quando e onde essa história ocorreu? O que isso indica sobre o tempo e o espaço nas fábulas?
Resposta: Não, na fábula não é especificado quando e onde os fatos ocorreram. Isso indica que o tempo e o espaço são indeterminados, imprecisos.
10. Uma fábula tem o objetivo de retratar aspectos próprios de comportamentos humanos e apresentar um ensinamento moral, levando o leitor a uma reflexão. Leia as informações a seguir para responder às questões.
Uma característica das fábulas é que elas são finalizadas com uma moral, uma frase final, geralmente apresentada com destaque, sintetizando o tema abordado.
a. Qual é a moral da fábula lida? Que ensinamento ela transmite?
b. A que tipo de público as fábulas são destinadas? Por quê?
Resposta esperada: A qualquer tipo de público (adulto ou infantil), pois se trata de uma história que traz um ensinamento universal e atemporal.
11. A moral de uma fábula pode aparecer, às vezes, sob a forma de um provérbio, ou seja, uma frase curta que expressa um ensinamento. Dos provérbios a seguir, copie os dois que apresentam um ensinamento semelhante ao da moral da fábula “A cigarra e a formiga”.
A. C.Quem diz o que quer, ouve o que não quer. É melhor prevenir que remediar.
Resposta: C e D.
B. D.
Vai muito do dizer ao fazer. Primeiro o dever, depois o prazer.
10. a. Resposta: A moral diz que “é preciso pensar no dia de amanhã para não se arrepender depois”. Ela ensina sobre a importância da responsabilidade de pensar no futuro, planejar-se e agir de modo que atitudes do presente não tragam prejuízos no futuro.
1. Dependendo do contexto em que as palavras são empregadas, elas podem apresentar diferentes significados. Releia o seguinte trecho da fábula.
— Ah, você flauteou no verão? Agora dance no inverno!
a. Com que sentido a palavra dance foi empregada?
1. b. Resposta esperada: O emprego da palavra dance torna o texto menos agressivo, ou seja, abranda um pouco a irritação ou insatisfação da formiga em relação ao pedido da cigarra.
Resposta: Com o sentido de se dar mal, sair-se mal.
b. Em silêncio, leia esse trecho trocando a palavra dance por uma das expressões que você identificou na resposta do item a . Que efeito o emprego dessa palavra trouxe ao texto?
c. Em qual das frases a seguir a palavra dance foi empregada com o mesmo sentido desse trecho da fábula? Escreva no caderno a resposta certa.
Na festa de 15 anos da minha filha, quero que ela dance com o avô também. Filha, estude bastante para que não dance na prova de amanhã.
Resposta: B.
Fábula é um gênero textual que, geralmente, tem como personagens animais que se comportam (agem, pensam e falam) como seres humanos. Na fábula, sempre há um ensinamento, apresentado por meio de uma moral, chamada também moral da história.
1. a. Resposta esperada: Sim, certas dificuldades que enfrentamos, muitas vezes, são ocasionadas por falta de planejamento. Por isso, é importante que reflitamos a respeito do que precisamos planejar para que sejamos bem-sucedidos em nosso dia a dia.
1. Observando o comportamento da formiga, verificamos que ela tem uma grande virtude: a capacidade de planejar. Ela se prepara com antecedência para o inverno.
a. Muitas das dificuldades que enfrentamos são ocasionadas pela falta de planejamento. Você acha importante haver planejamentos em nosso dia a dia? Por quê?
b. Dê exemplos de situações em que o planejamento é necessário em nossa vida.
comportamentos e suas consequências. Durante essas reflexões, é importante evidenciar a importância da empatia e da solidariedade para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
• No item a da atividade 10 , ajude os estudantes a perceber que cada fábula tem o objetivo de retratar aspectos próprios de comportamentos humanos. Evidencie que, por meio da moral, o fabulista busca transmitir conselhos e criticar atitudes e comportamentos humanos prejudiciais. Já no item b, peça a eles que utilizem elementos do texto para comprovar as respostas apresentadas.
• Na atividade 11 , explore com os estudantes os sentidos expressos pelos demais provérbios, levando-os a relacioná-los a situações do cotidiano. Para isso, peça a eles que expliquem o que entenderam dos provérbios e em quais situações eles poderiam ser utilizados. Se julgar pertinente, empregue a estratégia Turn and talk para realizar esta atividade.
• Na atividade 1 da subseção Explorando a linguagem , auxilie os estudantes a refletir acerca do uso do verbo dançar com sentido conotativo e sobre a função de transmitir um ensinamento com base em seu emprego. Para ampliar o trabalho, peça aos estudantes que criem duas frases utilizando cada um desses sentidos. Eles podem ler as frases em voz alta para a turma apontar o sentido do verbo em cada uma delas, se denotativo ou conotativo.
• Após finalizar a atividade da subseção Discutindo ideias, construindo valores , amplie o estudo dos valores que se podem depreender da fábula lida, de modo a incentivar a participação dos estudantes como leitores autônomos e perspicazes, tornando a leitura mais aprofundada. Para isso, pergunte: “Com relação ao comportamento dos personagens, quais outros valores é possível identificar?”. Solicite a eles que compartilhem suas ideias e auxilie-os a identificar esses valores, como o esforço e o trabalho. É possível que também citem características opostas a valores, por exemplo, podem considerar má a atitude final da formiga ao não socorrer a cigarra. Caso isso ocorra, direcione a discussão de modo que argumentem o motivo de chegarem a conclusões como essa e reflitam sobre os
A. B.• Ler uma fábula contemporânea e perceber a relação intertextual que ela estabelece com uma fábula clássica.
BNCC
• Nesta seção, os estudantes desenvolvem a habilidade EF67LP27 por meio da exploração e da análise das relações entre os fatos e os elementos do texto trabalhado e os fatos e os elementos de outro texto lido anteriormente.
• Por meio da leitura proposta, os estudantes aprimoram a habilidade EF67LP28 , porque, a todo momento, selecionam procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos.
• Ao participar de um momento de leitura de uma obra literária e ao tecer comentários sobre o texto, os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP46
Orientações
• Peça aos estudantes que leiam a fábula silenciosamente. Em seguida, oriente-os a ler de forma compartilhada em sala de aula, a fim de desenvolverem a fluência leitora e a compreensão do sentido do texto e também de identificar previamente a relação que há entre os dois textos.
• Questione -os sobre qual texto mais gostaram de ler: a fábula tradicional ou o texto que faz um diálogo com ela e peça-lhes que justifiquem a resposta. Reforce com a turma a necessidade de respeitar o momento de fala dos colegas, bem como opiniões divergentes.
As fábulas são textos bastante antigos e, inicialmente, foram sendo transmitidas pelos povos de geração em geração. Essas histórias inspiraram muitos outros escritores, que as recontaram e também criaram textos que estabelecem um diálogo com elas. Confira um exemplo lendo o texto a seguir.
A formiga havia carregado os restos de um besouro para o formigueiro e estava muito cansada. Foi se queixar a Esopo.
— Não aguento mais, Esopo! — disse a formiga — Essa cigarra canta o tempo todo, enquanto eu trabalho.
Esopo perguntou:
— Já leu o que escrevi? A cigarra vai morrer de frio no inverno.
— Tem certeza?
— Está na moral da fábula, formiga! Se quiser saber mais, leia o livro.
No outro dia, a cigarra subiu no alto de um pessegueiro, olhou para um lado, para o outro e soltou a voz. Nesse momento passava por ali um representante da indústria de discos.
Ele exclamou:
— Que belíssimo canto! Que voz maviosa!
A cigarra fez um teste como intérprete de música popular, teve seu nome aprovado e assinou um contrato milionário.
Ao saber disso, a formiga irritou-se ainda mais e foi procurar Esopo novamente. Ele desculpou-se:
— Sinto muito pelo acontecido. Nem sempre as coisas acontecem segundo minhas previsões ou segundo a moral de fábulas.
Não se deve confiar muito em moral de fábula.
CAPPARELLI, Sérgio. A cigarra, a formiga e Esopo. In : CAPPARELLI, Sérgio. 30 fábulas contemporâneas para crianças Ilustrações originais: Eduardo Uchôa.
Porto Alegre: L&PM, 2011. p. 41. Maviosa: melodiosa.
Nascido em Uberlândia, Minas Gerais, é escritor de literatura infantojuvenil, jornalista e professor universitário. Já morou em várias cidades do Brasil e do mundo e escreveu mais de 30 livros, entre eles: Os meninos da Rua da Praia , Boi da cara preta , A jiboia Gabriela , Um elefante no nariz , Poesia de bicicleta e 111 poemas para crianças. Recebeu diversos prêmios, entre eles, cinco vezes o prêmio Jabuti.
2. Resposta: Ambos apresentam como personagens a cigarra e a formiga. Nesse texto, o autor incluiu o escritor de fábulas clássicas, Esopo, também como personagem da história.
Fotografia de Sérgio Capparelli, em 2016.
1. Esse texto faz um diálogo com qual texto? Qual elemento deixa clara essa relação entre eles? Explique.
Resposta: O texto lido faz um diálogo com a fábula “A cigarra e a formiga”, que foi registrada por Esopo. O elemento que já esclarece essa relação é o título, que cita os personagens: cigarra, formiga e o escritor Esopo.
2. Qual é a principal semelhança entre esse texto e a fábula lida anteriormente?
3. Até certo ponto da história, os fatos narrados nos dois textos são muito semelhantes. A partir de que momento o texto da página anterior se diferencia do texto com o qual dialoga?
4. Quais outros fatos diferenciam completamente o texto "A cigarra, a fomiga e Esopo" da fábula à qual ela se refere?
5. No final da história, a formiga fica novamente irritada e volta a se queixar com Esopo. Releia o seguinte trecho.
Ao saber disso, a formiga irritou-se ainda mais e foi procurar Esopo novamente.
a. Que sentimentos teriam movido a formiga a ter essa atitude?
Sugestões de resposta: Irritação, raiva, inveja, despeito.
b. O que a formiga esperava que acontecesse à cigarra e por quê?
c. Qual é a sua opinião sobre essa atitude da formiga?
Resposta: A formiga esperava que a cigarra se desse mal porque não se planejava para o futuro. Resposta pessoal.
Como você pôde notar, alguns textos estabelecem um diálogo entre si. Isso permite a um texto fazer referência a outro por meio de uma releitura. Esse tipo de diálogo é chamado intertextualidade
Diálogos como esse podem ocorrer, por exemplo, com relação à temática ou à estrutura dos textos; e podem ser estabelecidos entre textos escritos, e entre estes e outros de diferentes linguagens (escrita, oral, visual), como obras de arte, letras de canções, filmes e peças publicitárias.
3. Resposta: A partir do final do primeiro parágrafo, essa história já começa a se diferenciar da fábula, quando a formiga vai se queixar a Esopo sobre o comportamento da cigarra.
Shrek Terceiro
Em Shrek Terceiro, assim como nos outros filmes da saga, é possível perceber a intertextualidade com diversos textos clássicos universais, como Os três porquinhos , Pinóquio , Robin Hood , Branca de Neve e os sete anões , entre outros. Nessa aventura, Shrek precisa encontrar alguém que possa substituí-lo no cargo de soberano do Reino de Tão, Tão Distante.
Shrek Terceiro, de Chris Miller e Raman Hui, 2007. 93 min.
4. Resposta: A fala de Esopo tentando acalmar a formiga, ao dizer que a cigarra ia morrer de frio no inverno; o fato de a cigarra ter sido descoberta por uma indústria de discos e assinar um contrato milionário para atuar como intérprete de música popular; e a formiga ter ficado indignada com o que aconteceu à cigarra.
• Proponha aos estudantes que mostrem o texto estudado a um familiar que conheça a fábula “A cigarra e a formiga”. Oriente-os a conversar sobre os textos e os
• Para realizar as atividades 1 a 4, caso necessário, retome a leitura da fábula original com a turma. Pode-se escolher dois estudantes voluntários para ler os dois textos, sendo lido um parágrafo de cada vez, alternadamente, para que a turma consiga perceber o momento exato no qual as histórias se diferenciam. Dessa forma , durante a realização das atividades, reforce a necessidade de retomar a leitura dos dois textos sempre que surgirem dúvidas.
• Ao realizar o item c da atividade 5 , peça aos estudantes que reflitam sobre a atitude da formiga e compartilhem o que acham que ela deveria ter feito. Espera-se que eles percebam que a formiga sentiu inveja da cigarra por ela ter assinado um contrato milionário. Conduza a discussão de modo que atentem para o comportamento da formiga e reflitam sobre qual deveria ter sido a atitude mais adequada dela em relação ao que aconteceu com a cigarra.
• Ao ler o boxe conceito, explique aos estudantes que, para compreender o diálogo entre textos, é necessário conhecer o texto primitivo, isto é, essa característica textual depende do conhecimento do leitor para se tornar efetiva.
• No boxe de indicação, aborda-se a relação entre textos e outras manifestações artísticas por meio da sugestão da animação Shrek Terceiro. Se possível, assista ao trailer com a turma na escola e sugira aos estudantes que assistam a ela na íntegra em casa, com os familiares. Depois, explore com eles os diálogos que podem ser observados no filme, fazendo -lhes questionamentos como: “Que elementos presentes na animação dialogam com outros textos?”; “Quais são esses textos?”.
28/07/2022 14:54:39
fatos neles narrados a fim de verificar a impressão de outras pessoas a respeito do mesmo texto. Peça-lhes que falem como foi essa experiência e qual foi a apreciação da pessoa em relação ao texto.
• Conhecer a classe gramatical dos substantivos.
• Identificar as características dos substantivos e classificá-los.
BNCC
• Com o estudo do substantivo, ao serem exploradas as funções dessa classe gramatical, bem como suas classificações, os estudantes desenvolvem a habilidade EF06LP04
• Os estudantes exercitam a habilidade EF06LP12 por meio do estudo da substituição lexical por sinônimos e de substantivos coletivos como elementos de coesão referencial.
• Ao distinguir substantivos simples de substantivos compostos, os estudantes aprimoram a habilidade EF67LP35
Orientações
• Antes de iniciar o trabalho com esta seção, retome a atividade da seção Iniciando o trajeto que explorava esse conteúdo. Avalie quais eram as principais dificuldades da turma em relação à classe dos substantivos, para que apreendam da melhor forma o conteúdo.
• O trabalho com as funções do substantivo e com as classificações que ele recebe ocorre tanto na construção dos conceitos quanto nas atividades de fixação e de reflexão acerca do uso dos diferentes tipos de substantivos. Sempre que oportuno, aponte a função deles para fixar o conteúdo em estudo.
• A atividade 1 busca levar os estudantes a refletir sobre os substantivos no texto, a fim de levá-los a compreender o conceito dessa classe gramatical. Oriente-os a realizar as atividades consultando o trecho apresentado e refletindo sobre o que é questionado. Se perceber que surgiram dificuldades, proponha aos estudantes que se organizem em duplas para debater e chegar às respostas esperadas. Sempre que possível, forme duplas e grupos grandes com estudantes de diferentes perfis, para que um ajude o outro.
1. Releia este trecho da fábula “A cigarra, a formiga e Esopo”.
A formiga havia carregado os restos de um besouro para o formigueiro e estava muito cansada. Foi se queixar a Esopo.
— Não aguento mais, Esopo! — disse a formiga — Essa cigarra canta o tempo todo, enquanto eu trabalho.
Esopo perguntou:
— Já leu o que escrevi? A cigarra vai morrer de frio no inverno.
— Tem certeza?
— Está na moral da fábula, formiga! Se quiser saber mais, leia o livro.
a. Que palavras foram empregadas para nomear os personagens que participam dessa fábula?
Resposta: As palavras formiga , cigarra e Esopo
b. De acordo com Esopo, em que estação do ano a cigarra iria passar por complicações por causa do frio?
Resposta: No inverno.
c. Nesse trecho, Esopo cita o nome do texto que ele escreveu. Que nome esse texto recebe?
Resposta: Fábula.
d. Onde Esopo sugeriu que a formiga lesse o texto que ele escreveu?
Resposta: Em um livro.
e. A formiga havia carregado os restos de que animal e para onde ela os levou?
Resposta: De um besouro para o formigueiro.
As palavras formiga , cigarra , Esopo, inverno, fábula , livro, besouro e formigueiro, empregadas no trecho lido, são chamadas substantivos Substantivo é a palavra empregada para nomear todos os seres que existem (reais ou imaginários), objetos, sentimentos, lugares, ações, estados etc.
Os substantivos podem receber diferentes classificações: comum e próprio, simples e composto, primitivo e derivado e coletivo. Nas próximas páginas, você vai conhecer as principais características de cada um deles.
1. Leia um trecho de um conto intitulado “Uma menina chamada Chapeuzinho Azul”.
Aposto que você adivinhou que essa menina conhecida pelo apelido de Chapeuzinho Azul era irmã daquela outra menina conhecida pelo apelido de Chapeuzinho Vermelho.
As duas meninas ganharam seus chapeuzinhos no mesmo dia. Foi no Dia da Criança de mil seiscentos e me esqueci. […]
SOUZA, Flavio de. Uma menina chamada Chapeuzinho Azul. In : SOUZA, Flavio de. Que história é essa? novas histórias, adivinhações, charadas, enigmas, curiosidades, diversões e desafios com personagens de contos antigos. Ilustrações: Daniel Kondo. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2000. v. 2. p. 70.
1. a. Resposta: Trata-se do conto “Chapeuzinho Vermelho”. Os elementos que remetem a esse conto são: o fato de a personagem principal ter o nome Chapeuzinho Azul e a referência à personagem Chapeuzinho Vermelho.
a. Esse texto faz um diálogo com um conto bem conhecido. Qual é esse conto? Que elementos presentes nesse trecho fazem referência ao conto com o qual ele dialoga?
b. Qual dos substantivos destacados pode ser empregado para se referir a qualquer criança do gênero feminino? Ele é escrito com letra inicial maiúscula ou minúscula?
Resposta: O substantivo menina . Minúscula.
c. Com que função o outro substantivo destacado foi empregado: nomear uma criança em particular, diferenciando-a das demais, ou para referir-se a qualquer criança, sem especificá-la? Explique.
Resposta: Nomear uma criança em particular, diferenciando-a das demais. O emprego de inicial maiúscula indica a particularização de algo.
O substantivo que nomeia qualquer ser de uma mesma espécie sem distingui-lo em particular é chamado substantivo comum e sempre é escrito com letra inicial minúscula. Exemplos: menina , irmã , apelido, dia
O substantivo que nomeia um ser específico da espécie recebe o nome substantivo próprio e sempre é escrito com letra inicial maiúscula. Exemplos: Chapeuzinho Azul, Ceará , Brasil, Tietê
1. Leia o diálogo entre o ratinho Níquel Náusea e um inseto.
GONSALES, Fernando. Níquel Náusea : com mil demônios. São Paulo: Devir, 2002. p. 17.
a. Bicho-pau e bicho-folha são insetos que imitam, respectivamente, um pedaço de pau e uma folha, a fim de enganar seus predadores. Com base nessa informação, explique o que causa o humor na tirinha.
Resposta: Causa humor o fato de que, se um bicho-pau se “disfarçar” de bicho-folha, acabará se camuflando duplamente.
• A atividade 1 do tópico Substantivo comum e substantivo próprio busca levar os estudantes a formar o conceito desses substantivos por meio de uma reflexão comparativa. Comente que, por questão de estilo, nem sempre a letra maiúscula é respeitada nos substantivos próprios, porém, se a pretensão é seguir as regras ortográficas, esse aspecto deve se manter.
• Após ler o boxe com os conceitos de substantivo comum e substantivo próprio , explique aos estudantes que o substantivo Chapeuzinho Azul particulariza um ser em especial, no caso a personagem do trecho lido, e, por isso, é um substantivo próprio.
• Na atividade 1 do tópico Substantivo simples e substantivo composto , inicialmente, evidencie para a turma a importância de ler a tirinha observando as linguagens verbal e não verbal. Caso surjam dificuldades na compreensão da tirinha, organize os estudantes em duplas para que um explique ao outro o que compreendeu.
28/07/2022 14:54:40
• No item b , possibilite aos estudantes que apresentem para a turma suas hipóteses para a utilização do negrito. Já no item c , explore o significado de cada palavra separadamente (bicho, pau e folha). Por fim, no item d , levante hipóteses sobre as palavras, questionando os estudantes sobre o motivo de um animal ser chamado de bicho-pau ou de bicho-folha.
• Para auxiliar nos itens da atividade 1 do tópico Substantivo primitivo e substantivo derivado, se necessário, oriente os estudantes a consultar um dicionário. Para ampliar a compreensão do conteúdo, liste algumas palavras do texto e peça-lhes que as transformem em substantivos derivados. Por exemplo: coragem (corajoso), história (historiador), animal (animalesco).
• Para avaliar a compreensão do conteúdo, além das atividades propostas, sugira aos estudantes que pesquisem e leiam uma fábula e transcrevam dela uma frase que contenha os tipos de substantivos estudados nesta seção. Caso não seja possível pesquisar outra fábula, podem ser retomados os textos estudados no capítulo.
b. Por que, no segundo quadrinho, a fala de Níquel Náusea está em negrito?
c. As palavras bicho-pau e bicho-folha são formadas por quais palavras?
Resposta: O negrito está sendo empregado para enfatizar o tom de surpresa de Níquel Náusea diante da declaração do inseto. Resposta: São formadas pelas palavras bicho e pau e bicho e folha , respectivamente.
d. Analise o significado das palavras que formaram as palavras bicho-pau e bicho-folha . O que é possível concluir a respeito do significado que elas apresentam sozinhas e do sentido que apresentam ao formar essas palavras?
Resposta esperada: Sozinhas, cada uma das palavras possui seu significado, mas, ao se juntarem para formar outra palavra, passam a ter um novo significado.
Alguns substantivos são formados por uma única palavra, como guarda , chuva , flor, cultura e tempo, e são chamados substantivos simples
Há também substantivos formados por mais de uma palavra, que podem ou não ser separados por hífen (-), como guarda-chuva ( guarda e chuva), floricultura (flor e cultura), passatempo ( passa e tempo). Eles são chamados substantivos compostos
1. Leia a fábula a seguir.
Certo dia, um caçador saiu à procura das pegadas de um leão. No caminho, acabou encontrando um lenhador que carregava feixes de lenha. Então, perguntou a ele:
— Meu amigo, por acaso você viu alguma pegada de leão?
O lenhador respondeu:
— Pegadas de leão? Ah, se você quiser, posso levá-lo até a gruta onde ele vive.
Assustado e com muito medo, o caçador respondeu:
— Não, não, não... muito obrigado. Só queria mesmo ver os rastros do animal.
Ao perceber a reação do caçador, o lenhador exclamou:
— Você é mesmo um caçador?
Moral da história: Não se mostra coragem com palavras, mas com ações. ESOPO. O caçador e o lenhador. Recontado por: José Carlos Pamplona. Palavrinhas , 18 jun. 2018. Disponível em: http://www.palavrinhas.org/2018/06/o-cacador-e-o-lenhador.html. Acesso em: 11 fev. 2022.
a. Explique a relação entre a moral e os fatos narrados na história.
b. A palavra em destaque na fábula foi criada com base em qual palavra?
Resposta: Na palavra lenha
c. Identifique no título da fábula um substantivo que se originou de outra palavra e indique de qual se trata.
São chamados substantivos primitivos aqueles que não se originam de outra palavra da língua e podem dar origem a outras palavras, como caça, cavalo, rio, boi e carro
São chamados substantivos derivados aqueles que são formados por uma palavra já existente, ou seja, que se originam de outra palavra, como caçador, cavaleiro, riacho, boiada e carreteiro.
1. a. Resposta: A moral alerta para o fato de que a coragem não se mostra com palavras, mas com ações. Na fábula, o caçador disse que estava à procura das pegadas de um leão, o que deu a entender que ele queria enfrentar a fera. No entanto, quando o lenhador disse
Resposta: A palavra caçador, que se originou da palavra caça que mostraria a gruta do leão, o caçador ficou com muito medo e mostrou que ele apenas queria se passar por corajoso.
• Para ampliar o trabalho com a reflexão sobre substantivo simples e substantivo composto, proponha a atividade a seguir.
• Escreva na lousa um quadro com as seguintes palavras: couve, cachorro, arco, vidas, ponta, salva, flor, tira, dúvidas, pé, quente e íris.
• Peça aos estudantes que unam as palavras e formem substantivos compostos. Resposta: Couve-flor; cachorro-quente; arco-íris; salva-vidas; pontapé; tira-dúvidas.
• Solicite aos estudantes que criem frases ou textos curtos empregando os substantivos compostos que formaram.
Possíveis respostas: A couve-flor possui muitos nutrientes.; Sábado é dia de comer cachorro-quente.; Na praia, o arco-íris é ainda mais bonito.; O salva-vidas alertou os banhistas do perigo.; O jogador saiu do jogo após levar um pontapé.; Esse tira-dúvidas me ajuda muito.
• Oriente-os a refletir sobre a grafia. Lembre-se de evidenciar para os estudantes que essas palavras estão nomeando seres, de forma a levá-los a compreender melhor a função do substantivo.
1. Leia a seguir o trecho de uma notícia.
Os índios brasileiros foram retratados por diversos fotógrafos do século 19, muitos deles representados no acervo da Brasiliana Fotográfica, que hoje, Dia do Índio, destaca esses registros. […] Acessando o link para as fotografias
de índios disponíveis na Brasiliana Fotográfica, o leitor poderá magnificar as imagens e verificar todos os dados referentes a elas.
O ÍNDIO no acervo da Brasiliana Fotográfica. Brasiliana Fotográfica , 19 abr. 2018. Disponível em: https://brasilianafotografica.bn.gov.br/?p=11371. Acesso em: 11 fev. 2022.
a. Onde essa notícia foi veiculada?
Resposta: Em um site
b. Qual é a importância de preservar as imagens dos antigos indígenas que viveram no Brasil no século 19? Leia as alternativas a seguir e copie as duas corretas.
A.
b.
C.
Resposta: A e B.
Permite conhecer como eram os povos indígenas que viveram no século 19.
Propicia a identificação de alguns dos hábitos e costumes dos povos indígenas que viveram no século 19.
Mostra que no século 19 havia apenas os Munduruku no Brasil.
2. Releia este trecho, analisando a palavra em destaque.
[...] o leitor poderá magnificar as imagens e verificar todos os dados referentes a elas.
a. Que sentido essa palavra apresenta nesse contexto?
Resposta: O sentido de apreciar com honras; enaltecer.
b. Que outra palavra poderia ter sido empregada sem alterar o sentido do contexto?
Resposta esperada: Admirar, apreciar, contemplar, venerar.
3. Leia o seguinte trecho e compare-o com o primeiro parágrafo dessa notícia.
Os índios brasileiros foram retratados por diversos fotógrafos do século 19, muitos deles representados no conjunto de obras da Brasiliana Fotográfica, que hoje, Dia do Índio, destaca esses registros.
a. Qual é a diferença entre os dois trechos?
b. Essa mudança alterou o sentido da frase? Por quê?
Resposta: A mudança na sua redação, por meio da troca da palavra acervo pela expressão conjunto de obras Resposta: Não, porque a palavra acervo é empregada para nomear um conjunto de obras.
Recebe o nome de substantivo coletivo o substantivo comum que, no singular, nomeia uma coleção ou um conjunto de seres de uma mesma espécie.
• As atividades desta página buscam construir com os estudantes o conceito de substantivo coletivo. Para a realização da atividade 1, peça aos estudantes que leiam a notícia silenciosamente. Caso surjam dificuldades na interpretação do texto, releia-o para a turma e desenvolva os itens a e b coletivamente.
• Explique aos estudantes que o uso da palavra índio , embora ainda presente em algumas publicações, está associado a um olhar pejorativo e colonialista dos povos nativos do Brasil. Atualmente, utilizamos a palavra indígena para identificar os povos que moravam em nosso território antes da chegada dos europeus. Isso porque a palavra indígena significa “ originário, aquele que está ali antes dos outros ”, valorizando, assim, a importância desses povos, sua cultura e sua diversidade.
• Para aumentar as possiblidades de trabalho pedagógico, conheça o portal Brasiliana Fotográfica , um acervo documental considerado patrimônio digital. Ele foi criado com o objetivo de preservar a memória por meio de imagens, como fotografias, gravuras e pinturas, produzidas em diferentes épocas. Além de possuir diversos materiais úteis para a sala de aula, também é uma ótima indicação para levar os estudantes a conhecerem mais o passado.
BRASILIANA Fotográfica. Disponível em: https://brasilianafotografica.bn.gov.br/. Acesso em: 13 maio 2022.
28/07/2022 14:56:24
• As atividades 2 e 3 , mais especificamente, têm como objetivo trabalhar com um recurso de coesão referencial, a substituição lexical por sinônimos. Trata-se de um importante aspecto empregado na construção de um bom texto. Mostre aos estudantes essa ferramenta textual que pode evitar repetições desnecessárias no texto, tornando-o mais coeso.
• Na atividade 1 da subseção Praticando, acompanhe a leitura e a interpretação do trecho do conto. Chame a atenção dos estudantes para o título e para a relação entre ele e os elementos citados, levando-os a compreender o encadeamento das ideias que se fundem para construir o sentido do conto. No item b, aponte que alguns substantivos são acompanhados de palavras e expressões que os caracterizam (adjetivos – dental , quente e fria – e locuções adjetivas – de barbear e para cabelo). No item c , aponte que os substantivos não estão dispostos aleatoriamente no conto. Eles são sequenciados propositalmente a fim de criar esse sentido para o leitor.
• Por meio da atividade 2 , verifique se os estudantes compreenderam os conceitos de substantivos simples, compostos, comuns e próprios. Se necessário, retome o que foi estudado no início da seção para que relembrem os principais aspectos e características deles.
1. Leia um trecho do conto “Circuito fechado (1)”, de Ricardo Ramos (1929-1992).
Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, gravata, paletó. [...]
RAMOS, Ricardo. Circuito fechado (1). In : LADEIRA, Julieta de Godoy (org.). Contos brasileiros contemporâneos . São Paulo: Moderna, 1991. p. 89. (Travessias).
a. Nesse trecho, o narrador apresenta uma situação cotidiana. Identifique que situação é essa.
Resposta: São ações comuns de higiene pessoal e de preparação para sair de casa, realizadas por uma pessoa pela manhã.
b. O conto é composto basicamente por substantivos comuns e simples. O que eles nomeiam?
Resposta: Eles nomeiam objetos e materiais usados pelo personagem ao acordar e se preparar para sair de casa.
c. Que efeito de sentido as sequências de substantivos atribuem a esse conto?
Resposta: As sequências possibilitam ao leitor imaginar as ações do personagem sem a necessidade de mais palavras.
d. Como você representaria a sua rotina matinal usando a mesma estrutura desse conto, ou seja, usando basicamente substantivos comuns e simples?
Resposta pessoal. Avalie as respostas dos estudantes, comparando-as.
2. Leia as manchetes a seguir.
2. a. Resposta: A manchete A se destina a agricultores e a leitores interessados em agricultura. Pode-se comprovar pela editoria do portal em que a manchete foi publicada e pela própria matéria. A manchete B se destina a pessoas em geral que gostam de ler matérias relacionadas a descobertas científicas ou a pesquisadores de seres marinhos. Pode-se comprovar isso pelo veículo no qual foi publicada e pela própria matéria.
Disponível em: https://g1.globo.com/economia/agronegocios/globorural/noticia/2018/05/plantacoes-de-girassol-dao-cor-aos-camposde-mato-grosso.html. Acesso em: 11 fev. 2022.
Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2018/08/ nova-especie-de-cavalo-marinho-brilhante-e-descoberta-no-japao. html. Acesso em: 11 fev. 2022.
a. As manchetes que você leu são destinadas a algum público específico? Que elementos comprovam sua resposta?
b. Analise os substantivos compostos destacados nas manchetes. Por quais palavras eles são formados?
Resposta: Girassol: gira e sol; cavalo-marinho: cavalo e marinho
c. Escreva outros exemplos de palavras que você conhece e que são formadas por duas ou mais palavras.
Possíveis respostas: Pé-de-moleque, porta-retratos, autorretrato, paraquedas, bem-te-vi, beija-flor.
d. Os substantivos Mato Grosso e Japão poderiam ser escritos com letra inicial minúscula? Por quê?
Resposta: Não, pois são substantivos que nomeiam lugares específicos, sendo, portanto, substantivos próprios.
Plantações de girassol dão cor aos campos de Mato Grosso
Nova espécie de cavalo-marinho “brilhante” é descoberta no JapãoA. b.
3. Leia a cantiga de roda (texto A) e a quadrinha (texto B) a seguir.
Meu limão, meu limoeiro meu pé de jacarandá uma vez tindô lê lê outra vez tindô lá lá. Origem popular.
b.
Roseira, dá-me uma rosa; Craveiro, dá-me um botão; Menina, dá-me um abraço, que eu te dou meu coração. Origem popular.
a. Na cantiga de roda e na quadrinha, foram empregados substantivos primitivos com seus respectivos substantivos derivados. Escreva-os.
Resposta: Na cantiga de roda: limão, limoeiro; na quadrinha: rosa , roseira
b. Na quadrinha, aparece um substantivo derivado sem seu primitivo. Registre-o e escreva o substantivo que deu origem a ele.
Resposta: Craveiro. O substantivo que deu origem a ele é cravo
4. Leia o texto a seguir para conhecer um pouco sobre o comportamento dos lobos.
Os lobos uivam para a lua cheia?
Os lobos são animais de hábitos noturnos e geralmente uivam durante a noite. Porém, não fazem isso para a lua, e sim para demarcar seu território. O uivo serve também como uma forma de comunicação com os outros lobos da alcateia.
DOMENICHELLI, Guilherme. Os lobos uivam para a lua cheia? In: DOMENICHELLI, Guilherme. Girafa tem torcicolo? : e outras perguntas divertidas do mundo animal. São Paulo: Panda Books, 2008. p. 19.
a. Você já conhecia as informações apresentadas no texto? Qual delas você achou mais interessante? Por quê?
Resposta pessoal.
b. Nesse texto, há um substantivo coletivo. Identifique-o e diga o que ele nomeia.
Resposta: O substantivo coletivo é alcateia , que nomeia um grupo de lobos.
• Para ampliar o trabalho com a reflexão sobre substantivo primitivo e substantivo derivado, proponha a atividade a seguir.
• Escreva na lousa substantivos primitivos. Sugestões: dente, peixe, pedra e casa.
• Em seguida, peça a alguns voluntários que se dirijam
• Além de levar os estudantes a praticar a leitura e a compreensão de textos, as atividades propostas nesta página buscam verificar a compreensão deles acerca dos substantivos primitivos, derivados e coletivos.
• Na atividade 3 , solicite aos estudantes que formem duplas para que possam debater suas respostas. Caso ainda existam dificuldades em relação ao conteúdo, releia com a turma os conceitos de substantivos derivados e primitivos e proponha a atividade extra a seguir.
• Finalize a atividade 4 incentivando a turma a citar outros exemplos de substantivos coletivos. Caso os estudantes não se lembrem de outros exemplos, como cardume (peixes) e enxame (abelhas), solicite-lhes que façam uma pesquisa e, na próxima aula, comparem os substantivos coletivos encontrados.
14:56:26
até a lousa e criem outros substantivos com base neles. Sugestões de resposta: Dentadura, dentista, dentinho; pedreira, pedregulho, pedreiro; peixaria, peixeiro, peixão; casarão, casebre, casinha.
• Caso os estudantes criem uma palavra derivada que não seja substantivo, por exemplo: amor e amoroso, explique -lhes que tal palavra não nomeia um ser e sim serve para atribuir uma característica.
• Ler outra fábula e identificar as características e a função sociocomunicativa desse gênero.
• Compreender a relação de causa e consequência, característica marcante no gênero fábula.
• Ao serem levados a reconhecer as fábulas como gêneros textuais que propiciam a divulgação e a formação de valores sociais, ajudando a ensiná-los, de modo que podem ser aplicados no dia a dia, os estudantes desenvolvem a competência específica de Língua Portuguesa 7
• A habilidade EF67LP28 é desenvolvida nesta seção por meio da leitura de uma fábula.
• A exploração das características do gênero permite o desenvolvimento parcial da habilidade EF69LP47
• A habilidade EF69LP54 é desenvolvida parcialmente na exploração do efeito de sentido decorrente do emprego de uma expressão com sentido conotativo.
• Se julgar pertinente, explore esta seção com a turma logo depois do trabalho com a seção Interação entre os textos , pois, assim, os estudantes vão ler as três fábulas seguidas e poderão comparar os textos com mais facilidade.
• Peça aos estudantes que, primeiro, façam uma leitura silenciosa da fábula, identificando as diferentes vozes que aparecem na história: a do narrador e a dos personagens. Em seguida, escolha alguns voluntários para fazer a leitura em voz alta. Enquanto isso, se necessário, oriente-os quanto à entonação adequada de acordo com a pontuação empregada, elemento que auxilia a construir o sentido do texto.
• Após finalizarem a leitura, promova uma análise de apreciação do texto a fim de avaliar a impressão que tiveram da fábula. Para isso, faça perguntas, como: “Vocês gostaram da história?”; “Que impressão tiveram da
O texto a seguir também é uma fábula cujos personagens são um pastor e alguns lobos. Que tipo de problema ou conflito pode ocorrer entre eles? Qual ensinamento trarão?
Após conversar com os colegas sobre algumas expectativas do texto, leia-o e conheça a história.
Um jovem pastor, cansado de cuidar o dia todo do seu rebanho, teve uma ideia: enganar os habitantes de sua aldeia para poder se divertir. Certo dia, após levar seus numerosos carneiros rumo à montanha, lá do alto, começou a berrar:
— Socorro! Socorro! Os lobos estão nos atacando!
Preocupados com o pastor e os pobres carneiros, os moradores da aldeia correram para o topo da montanha para conseguir agarrar os esfomeados lobos antes que eles atacassem. Chegando lá, encontraram os carneiros descansando, e o pastor morrendo de rir.
— Que mentira! Que brincadeira mais sem graça! — disseram magoados.
Essa cena se repetiu muitas e muitas vezes. Eis que num belo entardecer os lobos realmente apareceram! Então, em alto e bom som, o jovem pastor deu seu grito de horror:
— Socorro! Socorro! Os lobos estão nos atacando!
Porém, dessa vez ninguém acreditou. Nenhuma pessoa nem sequer atendeu ao seu chamado, pois todos estavam cansados de ser enganados.
Assim, os lobos atacaram o rebanho inteiro. E o pastor, triste e sozinho na montanha, concluiu:
— De nada adianta mentir, pois quando falamos a verdade ninguém acredita.
ESOPO. O pastor e os lobos. Recontado por: Felipe Torre. O jardim das letras , 7 abr. 2011. Disponível em: https://ojardimdasletras.wordpress. com/2011/04/07/o-pastor-e-o-lobo-3/. Acesso em: 14 fev. 2022.
postura e da atitude do pastor?”; “O que mais lhes chamou a atenção na história?”; “Após conhecer as fábulas neste capítulo, vocês se sentiram motivados a ler outras fábulas?”.
1. Os fatos narrados na fábula e o ensinamento que ela traz correspondem às hipóteses que você levantou antes da leitura? Converse com os colegas.
Resposta pessoal.
2. Analise o título dessa fábula e o título “A cigarra e a formiga”. O que é possível concluir sobre como costumam ser compostos os títulos das fábulas?
Resposta: É possível concluir que os títulos das fábulas, geralmente, fazem referência aos nomes dos personagens.
3. A fábula mostra que os moradores costumavam atender ao chamado do pastor. Por que eles faziam isso?
Resposta: Eles faziam isso porque se preocupavam com o pastor e o rebanho.
4. Em uma narrativa como a fábula, é comum a relação de causa e consequência entre os acontecimentos. Quais foram as consequências das constantes mentiras do pastor?
Resposta: Além de os moradores deixarem de acreditar nele, o pastor teve um grande prejuízo, pois perdeu seu rebanho.
5. Que reflexão para a vida em sociedade é possível obter com base nessa fábula?
Resposta: Que ninguém acredita em um mentiroso, mesmo quando ele fala a verdade ou, ainda, que a mentira só traz prejuízos.
6. Nessa fábula, as falas dos personagens aparecem separadas da voz do narrador ou apenas o narrador apresenta os fatos?
Resposta: Em alguns momentos, aparecem em destaque algumas falas dos personagens.
7. Em um momento, o narrador esclarece a quem pertence determinada fala.
a. Copie o trecho em que isso ocorre e destaque a expressão que o narrador utilizou para indicar quem está falando.
Resposta: O trecho em que isso ocorre é: “— Que mentira! Que brincadeira mais sem graça! — disseram magoados.”. O narrador emprega a expressão disseram magoados para indicar que se trata da fala dos moradores da aldeia.
b. Leia as alternativas a seguir e copie a que contém a informação correta sobre o efeito que o narrador consegue expressar no texto ao dar voz aos personagens.
Resposta: A.
Confere mais credibilidade aos fatos, pois os personagens auxiliam a confirmar que o ocorrido é de fato o que está sendo narrado.
Apresenta os fatos e destaca a informalidade dos personagens no jeito de se expressarem.
8. Compare as fábulas “O pastor e os lobos” e “A cigarra e a formiga” e registre as semelhanças e as diferenças em relação:
8. a. Resposta: Os personagens são diferentes, pois na fábula “O pastor e os lobos” os personagens são
a. aos personagens.
pessoas e animais, e não somente animais, como na fábula “A cigarra e a formiga”.
b. à extensão dos textos.
c. à indicação do tempo e do espaço onde os fatos ocorrem.
Resposta: Em ambas as fábulas, o tempo e o espaço não são determinados.
d. ao tipo de narrador.
Resposta: Tanto na fábula “O pastor e os lobos” quanto na fábula “A cigarra e a formiga” o narrador é observador.
9. Releia o seguinte trecho da fábula e analise a palavra em destaque.
— De nada adianta mentir, pois quando falamos a verdade ninguém acredita.
a. Que sentido é expresso pela palavra em destaque: conclusão, explicação, adição ou oposição?
Resposta: Explicação.
b. Por qual das alternativas a seguir a palavra em destaque pode ser substituída sem que o sentido da frase seja alterado?
• As atividades propostas nesta página, além de aprimorar a compreensão leitora dos estudantes, visam ampliar e aprofundar os conhecimentos acerca do gênero fábula. Proponha-as sempre comparando o que está sendo cobrado ao que eles já estudaram na seção Leitura
• Na atividade 1 , organize-os em trios para comentarem suas hipóteses com os colegas. Essa atividade pode ser desenvolvida por meio da estratégia Think-pair-share
• Ao desenvolver a atividade 2 , amplie a compreensão dos estudantes sobre a composição dos títulos das fábulas, apresentando alguns deles, como: “A lebre e a tartaruga”, “O galo e a raposa”, “O sapo e o boi”, “O lobo e o cordeiro”, “A raposa e a cegonha”, “O padre e o morto”, “O cão e o pedaço de carne”, “O homem e sua imagem”. Explore com eles os tipos de personagens que aparecem nos títulos e quais deles predominam. Finalize essa exploração perguntando à turma que outro título essa fábula poderia ter sem que fosse revelado o assunto do texto. Se necessário, auxilie-os comentando algumas possibilidades, por exemplo: “O pastor e o rebanho de carneiros”; “Os carneiros, o pastor e os lobos ”; “O rebanho do pastor e os lobos ”. Explique -lhes ainda que o título de uma fábula não deve apresentar detalhes sobre o que será tratado no texto. As fábulas somente revelam seus objetivos ao final, com a apresentação da moral.
Porém. Todavia. Porque. No entanto. A. B. C. D.
10. Que efeito o emprego da expressão morrendo de rir, no terceiro parágrafo, transmite em relação ao comportamento do pastor?
Resposta: C. Resposta: O emprego dessa expressão revela com mais intensidade o prazer que o pastor estava sentindo com sua atitude.
8. b. Resposta: As fábulas são semelhantes quanto à extensão, pois ambas são curtas (característica própria desse gênero).
• Na atividade 9, se necessário, peça-lhes que escrevam uma frase utilizando cada palavra apresentada pelas alternativas, comparando assim seus significados com a palavra destacada no enunciado.
• Nas atividades 1 a 7, reforce com a turma a necessidade de retomarem a leitura do texto. Caso surjam dificuldades na realização das atividades, promova uma breve encenação da fábula, para que a situação narrada seja plenamente compreendida.
28/07/2022 14:56:28
em seu comportamento e se esse comportamento foi importante para o conflito da história. Por fim, explique a eles que a expressão morrendo de rir é uma expressão idiomática. Expressões como essa pertencem a determinado idioma e não devem ser traduzidas literalmente para outras línguas.
• Para desenvolver a atividade 8 , solicite aos estudantes que releiam a fábula “A cigarra e a formiga”. Se necessário, para auxiliar na atividade, faça um quadro comparativo na lousa e vá preenchendo conforme a turma indicar as respostas.
• Praticar a oralidade por meio da produção de um audiolivro de fábulas.
• Esta seção possibilita o desenvolvimento da competência geral 5 , competência específica de Língua Portuguesa 10 e competência específica de Linguagens 6 , pois propõe o uso de ferramentas das tecnologias digitais, permitindo que a turma conheça uma forma diferente de produzir conhecimento, e da competência específica de Língua Portuguesa 3 , pois os estudantes deverão ler, escutar e ouvir fábulas, etapas fundamentais para a produção e avaliação de um audiolivro.
• As orientações fornecidas para o planejamento e para a criação do audiolivro buscam levar os estudantes a desenvolver a habilidade EF69LP12
• Por meio do planejamento, da execução e da avaliação da atividade proposta, os estudantes desenvolvem a habilidade EF67LP23
• No momento de leitura das fábulas, os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP53
• No final da seção, quando os estudantes avaliam o desempenho que tiveram na atividade, também desenvolvem a habilidade EF69LP40
• A socialização da produção de texto proposta nesta seção leva os estudantes a desenvolver a habilidade EF69LP46
Orientações
• Esta seção pode ser usada como uma avaliação para verificar a compreensão das características do gênero estudadas no capítulo. Caso os estudantes ainda apresentem alguma dificuldade ou defasagem, apresente-lhes outras fábulas e faça um trabalho comparativo apontando as características estudadas. Confira algumas opções de livros que podem ser usadas para isso.
FERNANDES, Mônica T. O. S. Fábula : trabalhando com os gêneros do discurso. São Paulo: FTD, 2002.
PERRAULT, Charles. Contos e fábulas Tradução: Mário Laranjeira. São Paulo: Iluminuras, 2007.
Neste capítulo, você leu duas fábulas e conheceu as características desse gênero textual. Agora, você e seus colegas de turma participarão de uma atividade em que vão recontar fábulas, que deverão ser gravadas em um formato de audiolivro, a fim de desenvolver ainda mais o prazer de ouvir e de contar histórias.
O audiolivro ou audiobook (em inglês) consiste em um livro falado, ou seja, é uma gravação do conteúdo de determinado livro ou de diversas narrativas, lidos em voz alta. O conteúdo gravado pode ser acessado por aplicativos ou aparelhos de MP3 ou CD.
Nesta atividade, você e seus colegas vão gravar a leitura de diversas fábulas. Leia, a seguir, as orientações para a produção do audiolivro.
a. Primeiro, é interessante que a turma conheça um audiolivro e note como uma história pode ser narrada. Enquanto a história estiver sendo reproduzida, ouça-a com atenção e procure perceber o modo como ela é narrada, a entonação e o volume da voz, o ritmo da leitura (pausas e hesitações). Anote as características que você considerar importantes.
Rapunzel.com: uma história cabeluda
Nesse audiolivro, você vai conhecer uma história envolvendo a personagem Rapunzel e outros personagens do conto de fadas vivendo aventuras bem diferentes: Rapunzel cria suas roupas observando revistas de moda, a bruxa gosta de assistir a novelas, e o príncipe se diverte muito andando de skate e praticando esportes radicais. Rapunzel.com: uma história cabeluda , de José Carlos Aragão. Editora Livro Falante, 2016.
Capa do audiolivro Rapunzel.com: uma história cabeluda
Dom Quixote
Um dos maiores clássicos da literatura mundial também pode ser lido com os ouvidos. Nesse audiolivro, que conta a história criada pelo escritor espanhol Miguel de Cervantes, adaptada por Leonardo Chianca, você vai se encantar com as aventuras e desventuras do nobre cavaleiro Dom Quixote e seu fiel escudeiro, Sancho Pança, narradas e interpretadas por diversos atores. Dom Quixote , de Miguel de Cervantes. Editora DCL, 2010.
Capa do audiolivro Dom Quixote
b. Em seguida, cada estudante deverá escolher uma fábula para ler e fazer parte da gravação. Para isso, você poderá pesquisar fábulas em livros na biblioteca da escola ou na internet.
• A produção de audiolivro na escola é uma ferramenta que pode ser aplicada para contribuir com a educação literária, a fim de despertar e/ou ampliar entre as crianças e os jovens o gosto de ler literatura. Além disso, é uma forma de trabalhar nas aulas de Língua Portuguesa com um suporte de leitura que vai além do tradicional papel.
• Oriente os estudantes com relação à pesquisa na bi-
blioteca ou na internet. Se possível, converse antecipadamente com o bibliotecário da escola, a fim de que ele previamente faça uma seleção de livros de fábulas para que os estudantes possam realizar a pesquisa.
• Para aprimorar o desenvolvimento da atividade, providencie um audiolivro para ser apresentado previamente aos estudantes, a fim de que conheçam essa ferramenta.
c. A história poderá ser gravada com o uso de um computador, de um gravador ou de um aparelho de telefone celular.
d. Ao narrar a história, procure ler a fábula de forma expressiva, respeitando o ritmo dos fatos, as pausas e as hesitações, indicadas por recursos como a pontuação, e também empregar um tom de voz adequado, que dependerá dos trechos que estiver lendo (em alguns momentos, você pode variar intencionalmente o tom de voz, aumentando-o ou diminuindo-o, de modo a dar mais expressividade).
e. Depois de pronta, a gravação deverá ser transferida para um CD.
f. Ao final das gravações, o professor vai providenciar a reprodução das fábulas, a fim de que a turma possa ouvir as histórias narradas.
g. Com os colegas, definam um título para o audiolivro. Pensem em títulos possíveis e citem as opções. O professor vai anotar na lousa. Depois de finalizarem as sugestões, façam uma votação para escolher o título preferido pela maioria.
Finalizada a atividade, reúna-se com seus colegas, ouçam os áudios criados por vocês e avaliem o desempenho da turma em relação ao tom e ao volume de voz empregados, às pausas e hesitações necessárias, de acordo com a pontuação, e também avaliem os pontos positivos e o que pode ser melhorado em futuras produções. Conversem também sobre como foi a experiência de contar e gravar histórias, se gostaram de fazer a atividade, ou seja, o que acharam de participar da gravação do audiolivro em sala de aula, e peçam aos colegas que expliquem o porquê.
Leia, a seguir, alguns títulos que você pode escolher para fazer parte do audiolivro.
A lebre e a tartaruga
O sapo e o boi
A raposa e as uvas
O leão e o ratinho
A assembleia dos ratos
A raposa e a cegonha
A menina e o leite
A raposa e o corvo
A formiga e a pomba
O menino e os pregos
O carvalho e o caniço
O cão e o pedaço de carne
h. Após escolher a fábula, providencie uma cópia da história. Leia-a quantas vezes forem necessárias, a fim de gravar bem a sequência da história, os fatos que dela fazem parte e os momentos em que deve haver pausas e hesitações.
Para exercitar a leitura, você pode ensaiar em casa, de frente para o espelho, ou ler a fábula para seus familiares.
a. Tenha em mãos a cópia da fábula que você escolheu para usá-la no momento da gravação, se for necessário.
b. Inicie a gravação citando o título da fábula e o nome de quem a registrou.
c. Se desejar, utilize efeitos sonoros e/ou músicas que auxiliem a simular melhor a atmosfera criada durante a leitura.
• Para realizar a gravação, será necessário o uso de uma ferramenta multimídia. Caso a escola disponha de um laboratório de informática, você poderá fazer as gravações usando algum software de gravação de áudio, ou ainda poderá usar um gravador ou um aparelho de telefone celular. Verifique antecipadamente a possibilidade de usar uma dessas ferramentas.
• Organize com os estudantes a ordem em que serão feitas as gravações. Como se trata de uma atividade que demanda um tempo grande de realização, monte um cronograma delimitando os dias em que as gravações serão realizadas e quais serão os estudantes que participarão em cada dia. Dessa forma , eles terão um tempo para se prepararem antecipadamente e realizarem uma boa apresentação.
• Se possível, verifique a possibilidade de transferir as gravações para outro tipo de suporte de reprodução de voz, como MP3 player, ou algum outro dispositivo de armazenamento de arquivos de áudio.
• Oriente a turma a produzir uma capa para o CD do audiolivro. Para isso, poderão comprar um suporte de plástico para CDs ou confeccionar um envelope para guardar o CD. Em ambos os casos, peça-lhes que anotem o título que escolheram para o audiolivro e façam uma ilustração com elementos que remetam ao universo das fábulas e que chamem a atenção do público.
• Ler um causo e conhecer as características e a função sociocomunicativa desse gênero.
• A leitura silenciosa do causo permite aprimorar a habilidade EF67LP28 , cujo objetivo é desenvolver e incentivar a autonomia de leitura dos estudantes.
• Ao responder às atividades e ler os boxes informativos, os estudantes podem reconhecer a origem oral dos causos e sua disseminação ao longo do tempo de geração em geração e, com isso, desenvolver a habilidade EF69LP44
• O gênero causo também permite aos estudantes o desenvolvimento da habilidade EF69LP47, pois lhes possibilita explorar o espaço, a passagem do tempo, o foco narrativo e a linguagem do texto, com a presença das marcas de oralidade.
• Ao serem apresentados a obras literárias e incentivados a lê-las, os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP49
• Por meio da análise da sequência dos fatos ordenados na narrativa, os estudantes aprimoram a habilidade EF67LP37
• Antes da leitura do texto, permita aos estudantes que levantem hipóteses sobre o causo por meio da questão apresentada no início da página. Peça-lhes que imaginem o que a história vai narrar e digam se o que está sendo representado na ilustração poderia provocar um susto nos personagens. Questione-os, ainda, a respeito das sensações que eles imaginam que a história pode despertar neles. Ao final da leitura, retome essas hipóteses por meio da atividade 1 da subseção Conversando sobre o texto
• Proponha, primeiro, que os estudantes leiam silenciosamente o causo, de forma a incentivar a autonomia de leitura.
Em seguida, proponha a cada estudante que leia um parágrafo do texto. Quando necessário, interrompa essa leitura em momentos estratégicos e leve-os a
O texto que você vai ler a seguir é um causo. Por meio do título dele, “Ara, que susto danado!”, o que você imagina que vai acontecer na história que pode ter causado um “susto danado”? Vamos ler para conferir?
Ara, que susto danado!
Um caminhão velho, desses de carregá tranquera nas fazendas e trabalhadores de roça, foi encarregado de buscar no comércio (cidade) um caixão de defunto para ser usado por um dito cujo que tinha falecido lá praquelas redondezas da minha querida (de novo) São Joaquim.
Lá vinha o caminhão pelas estradas empoeiradas da tal fazenda do falecido, levando em cima da carroceria um caixão de defunto, sem nada dentro (é claro, pois o dito defunto morto ainda tava quente lá na casa de moradia dele).
Eis que, ao passar por um capiau que caminhava na mesma direção, o motorista do dito cujo é interpelado na tentativa do referido capiau cavar com isso uma bêra, que é como lá praquelas bandas se fala quando alguém quer uma carona. O capiau queria evitar umas boas léguas de caminhada a pé.
CAPIAU (para o motorista) — Oh, moço! Será que o sinhô pode me dar uma bêra até o Lageado?
MOTORISTA — Pode trepá lá em cima, coió. E óia: lá na carroceria tem um caixão de defunto, mas o sinhô não se preocupe porque ele tá vazio. Tô levando ele pra servir prum morto que morreu essa madrugada.
CAPIAU (trepando) — Brigado, moço.
O capiau sobe na carroceria e o caminhão segue caminho. De repente, começa a chuviscar uma chuvinha boa de molhar milharal e outras roças de lá. O tar capiau tinha tomado remédio quente e, portanto, não poderia levar aquele chuvisqueiro na cachola. O que foi que ele fez? Abriu a tampa do caixão de defunto vazio e se agasalhou dentro lá dele, de um jeito até que bem gostoso. Fechou o caixão com a tampa, sem medo de nada, pois se tratava de um caso extremado de cuidado.
perceber as relações de causa e consequência entre os acontecimentos da história, a presença de marcas de oralidade, que aproximam o texto escrito da modalidade oral da língua, a descrição do espaço rural distante dos centros urbanos, os diálogos entre os personagens iniciados pelo nome de cada um deles em letras maiúsculas etc.
Acontece que, conforme o caminhão passava na estrada, outros capiaus que iam a pé também pediam bêra, chegando mesmo a formar uns 20 e tantos capiau em riba daquele caminhão. E a chuva engrossando.
De vez em quando, um daqueles capiaus olhava para o outro e comentava, observando o caixão: “Coitado desse aí, heim? Foi pra uma mió, né?”. Os capiaus achavam naturalmente que ali tinha um defunto fresco, pois o motorista ia sempre avisando: “Óia. Pode subí, mas num liga praquele lá de riba, não”.
Eis que, de repente, a chuva dá uma parada boa, arreganhando até um tiquinho de sol. Foi nessa hora, dessa estiada que falo, que o capiau que ia dentro do tal caixão de defunto abre num impacto a tampa e, sentando-se num gesto brusco, pergunta a todos:
CAPIAU (dentro do caixão) — Cumé, moçada? Já parô de chuvê no mundo?
Nem é preciso dizer o que aconteceu. Foi capiau pra tudo quanto era lado, com o caminhão em movimento.
BOLDRIN, Rolando. Ara, que susto danado! In : BOLDRIN, Rolando. Proseando: causos do Brasil. Ilustrações originais: Murilo. São Paulo: Nova Alexandria, 2010. p. 54-56. (Prazer em ler).
Nascido em São Joaquim da Barra, São Paulo, além de cantor e compositor, é ator e apresentador de programa de TV. Ainda criança, começou a se dedicar à música e, aos sete anos, já tocava viola. Em 1981, começou a apresentar programas de TV e divulgou a música sertaneja e os causos do Brasil. É considerado um dos maiores contadores de causos deste país.
Fotografia de Rolando Boldrin, em 2015.
28/07/2022 15:04:02
• Finalizada a leitura do texto, aproveite para conversar com os estudantes sobre o causo e outros gêneros de tradição oral, característicos dos povos do campo e outras comunidades tradicionais. Se julgar pertinente, solicite a eles uma pesquisa para que conheçam outros gêneros de tradição oral e também a importância da cultura e das tradições populares.
• Se achar interessante, leve para a sala de aula outros exemplos de causos e mostre aos estudantes como os diálogos foram sinalizados, geralmente introduzidos por dois-pontos e marcados por travessões ou aspas. Confira a seguir uma boa referência para isso.
VILLAS BÔAS, Orlando. História e causos . São Paulo: FTD, 2006. › Explore o boxe sobre o autor Rolando Boldrin perguntando aos estudantes se já o conheciam. Avalie a possibilidade de mostrar a eles o próprio Boldrin contando um causo, o que pode ser encontrado em vídeos de seu canal Sr. Brasil, que conta com a participação de artistas populares que representam a diversidade da cultura brasileira. SR. BRASIL. Disponível em: https://www.youtube.com/channel/UCvHoefD7sh9pYOX4k0b_ nfQ. Acesso em: 2 maio 2022.
Sabrina Eras/Arquivo da editora• Estas atividades, bem como os boxes informativos, permitem aos estudantes reconhecer a origem oral dos causos e sua disseminação ao longo do tempo de geração em geração.
• Aproveite as atividades da subseção Conversando sobre o texto para retomar as hipóteses levantadas pelos estudantes antes da leitura e para que eles possam trocar ideias e percepções acerca do texto.
• Na atividade 1 , convide alguns estudantes a compartilhar o que haviam imaginado sobre a história, permitindo que indiquem se o susto narrado no causo foi o mesmo que imaginaram.
• Na atividade 2 , peça-lhes que compartilhem com os colegas o que sentiram ao ler a história e leve-os a perceber que nem sempre os textos despertam as mesmas reações nos leitores.
• Na atividade 3 , permita-lhes comentar suas diferentes versões. É possível que alguns digam que se assustariam de fato, mesmo com o desfecho engraçado.
• As atividades da subseção Escrevendo sobre o texto podem ser realizadas em duplas ou pequenos grupos, de modo que os estudantes possam trocar ideias entre si. As atividades 1 , 2 e 3 tratam do contexto de produção do texto, ao explorar autoria, público-alvo e o registro escrito de histórias da tradição oral. Na atividade 1, verifique se eles percebem que as informações solicitadas podem ser encontradas na referência bibliográfica ao final do texto. Converse sobre a noção de público-alvo na atividade 2 e pergunte-lhes se eles se consideram possíveis leitores de uma obra de causos, de modo que explicitem suas preferências.
• Com a atividade 4 , auxilie os estudantes a perceber os efeitos de sentido criados com a ordenação dos eventos apresentados pelo narrador do texto.
• Explore, na atividade 5 , o espaço recorrente nos causos, bem como o efeito do emprego do adjetivo para caracterizar e reforçar o espaço rural.
1. Após ler o causo, o que você imaginou sobre a história se confirmou?
2. Que sensação a história lida provocou em você? Por quê?
Resposta pessoal. Resposta pessoal.
3. O título do causo sugere que vai acontecer algo assustador. Para você, o que aconteceu na história foi realmente assustador? Por quê?
Resposta esperada: Não, porque é narrado um fato que se torna engraçado em razão da suposição dos capiaus de que no caixão havia realmente um defunto.
1. Quem foi o responsável por recontar esse causo? Onde ele foi publicado?
Resposta: O músico Rolando Boldrin. No livro Proseando: causos do Brasil
2. A quem você imagina que essa obra é destinada?
Resposta: Às pessoas que se interessam por histórias da cultura popular.
3. Apesar de o causo ser de origem oral, qual é a importância de registrá-lo por escrito?
Resposta esperada: Ao registrar por escrito os causos, os autores estão conservando e valorizando essas histórias.
Os causos fazem parte da nossa cultura popular e são transmitidos oralmente de geração em geração, sendo recontados por diversos contadores. Às vezes, eles são transcritos e publicados em livros.
4. Logo depois que o capiau pegou carona com um caminhão, começou a chover.
a. Por que o capiau não poderia tomar chuva?
b. Como ele se protegeu da chuva?
Resposta: Porque havia tomado remédio quente e não poderia se molhar.
Resposta: O capiau entrou no caixão que estava na carroceria do caminhão.
c. Ao longo do caminho, outros capiaus pegaram carona no mesmo caminhão. O que aconteceu quando parou de chover?
Resposta: O capiau que estava no caixão se levantou, e os demais saíram correndo com medo.
d. O que esse acontecimento causa na história? Explique.
5. Sobre o espaço do causo, releia o trecho a seguir.
Resposta: Causa humor, pois os capiaus que estavam no caminhão acreditaram que havia um morto se levantando do caixão.
Lá vinha o caminhão pelas estradas empoeiradas da tal fazenda do falecido […].
a. O espaço descrito é característico de uma área urbana ou de uma área rural?
Resposta: O espaço é característico de uma área rural.
b. Que expressões empregadas nesse trecho permitem identificar o espaço? Por que elas são importantes no texto?
Resposta: Estradas empoeiradas e fazenda . Essas expressões são importantes para caracterizar o espaço e reforçar o ambiente rural do causo, criando para o leitor a imagem de uma estrada não asfaltada em uma fazenda.
6. O narrador do causo é narrador-personagem ou narrador-observador? Que efeito a escolha por esse tipo de narrador atribui ao causo?
7. Um causo pode apresentar tipos sociais (personagens nomeados pela ocupação que exercem).
a. Que tipos sociais aparecem no causo?
Resposta: Os capiaus e o motorista.
b. Quais desses personagens são típicos do espaço em que a história se passa?
Resposta: Os capiaus.
Além dos tipos sociais , os causos também apresentam como personagens bichos, assombrações, seres inanimados ou imaginários.
6. Resposta: Narrador-observador. A escolha pelo narrador-observador reforça que os causos são narrados por alguém que apenas ouviu a história, mas não participou dela nem a testemunhou.
• Na atividade 6 , os estudantes são levados a reconhecer o tipo de narrador do texto e a refletir sobre a importância de um causo apresentar, geralmente, um narrador-observador na terceira pessoa do discurso. Após realizá-la, mostre como seria um trecho escrito em primeira pessoa.
• Na atividade 7, comente com a turma que apresentar tipos sociais é uma forma de provocar identificações com os ouvintes e leitores. No item b , se necessário, leve-os a concluir que capiau é o mesmo que roceiro (pessoa que trabalha na roça).
8. Em relação à passagem do tempo no causo, analise os trechos a seguir. De repente, começa a chuviscar uma chuvinha boa de molhar milharal […]. Acontece que, conforme o caminhão passava na estrada, outros capiaus que iam a pé também pediam bêra […].
a. Identifique nesses trechos expressões que marcam a passagem do tempo.
Resposta: No trecho A: “de repente”; no trecho B: “conforme o caminhão passava na estrada”.
b. Releia os trechos suprimindo as expressões que você identificou na questão anterior e explique por que essas marcações de tempo são importantes.
8. b. Resposta: Porque, ao indicar a passagem do tempo, essas marcações contribuem para a sequência das ações que são apresentadas, organizando melhor as ações narradas.
1. Alguns textos escritos podem conter marcas que são próprias da língua falada. Leia a seguir algumas informações sobre isso.
As marcas do texto oral no texto escrito são chamadas marcas de oralidade, as quais podem ser apresentadas por meio de reduções e abreviações de palavras, hesitações, entre outras.
Agora releia este trecho do causo.
MOTORISTA — Pode trepá lá em cima, coió. E óia: lá na carroceria tem um caixão de defunto, mas o sinhô não se preocupe porque ele tá vazio. Tô levando ele pra servir prum morto que morreu essa madrugada.
a. Identifique as marcas de oralidade presentes no trecho.
b. Com que objetivo essas marcas foram empregadas?
Resposta: Trepá, coió, óia, sinhô, tá, tô, pra, prum. personagem e reforçar a origem oral do gênero, deixando-o mais próximo da fala.
Resposta: Para reproduzir o jeito de falar do
c. Qual dessas marcas de oralidade é empregada com mais frequência pelos falantes de algumas regiões rurais do Brasil?
Resposta: Coió e sinhô.
d. Em sua opinião, uma pessoa da área rural do Nordeste fala da mesma forma que uma pessoa da área rural do Sul?
Resposta pessoal.
O causo não tem autoria reconhecida e é transmitido oralmente, mas pode ser registrado e publicado em livros. Além dos personagens (tipos sociais, animais, assombrações, seres imaginários) e das marcas de oralidade, outra característica do causo é que as histórias ocorrem, geralmente, em localidades afastadas dos centros urbanos.
Causos de Pedro Malasartes
Esse livro é uma ótima oportunidade para você conhecer os causos de Pedro Malasartes, um importante personagem da cultura popular da Península Ibérica (Portugal e Espanha) e do Brasil.
Causos de Pedro Malasartes , de Júlio Emílio Braz. Editora Cortez, 2017.
Capa do livro Causos de Pedro Malasartes
var o gosto por obras literárias, proponha a leitura de outros exemplares desse gênero, como o livro de causos indicado. Se possível, leia com a turma alguns dos textos de Malasartes, observando neles as características do gênero.
• Na atividade 8 , ao explorar o elemento tempo, os estudantes são levados a refletir sobre a importância de expressões que marcam a passagem do tempo e que contribuem para a organização das ações do texto. Destaque-as e solicite a eles que, oralmente, substituam-nas por outras equivalentes (repentinamente, inesperadamente; à medida que, enquanto, ao passo que).
• O trabalho com variação linguística, mais especificamente a variedade regional, será discutido e desenvolvido na seção Ampliando a linguagem . Nesse sentido, na atividade 1 da subseção Explorando a linguagem , o objetivo é levar os estudantes a refletir sobre o uso de algumas palavras e expressões do texto, reconhecendo que elas são exemplos de variedade regional e que algumas variedades, como a rural, podem ser mais estigmatizadas em comparação à variedade regional urbana. Essa discussão também será retomada posteriormente com algumas reflexões sobre preconceito linguístico.
• A atividade 1 da subseção Explorando a linguagem permite a reflexão sobre as marcas da oralidade no texto escrito. Explore o boxe conceito e pergunte aos estudantes quais termos eles associam a essas marcas e em que outros textos podem encontrá-las (conversas em redes sociais e aplicativos de mensagens, por exemplo).
28/07/2022 15:04:02
• Ao explorar o item d , reforce que os causos representam a variedade linguística dos falantes da região em que surgem ou são contados, mas mesmo essa variação regional pode se alterar, ou seja, a região rural do Sul do Brasil, por exemplo, apresenta marcas linguísticas que a diferem da região rural do Nordeste, sinalizando que mesmo entre os regionalismos (variantes frequentes em uma região específica) há variação. No entanto, algumas expressões, como oia e pranta , são comuns e frequentes em zonas rurais de diferentes regiões.
• Atente à reação dos estudantes com relação à recepção do causo e verifique se eles mostraram interesse . Para incenti -
A. B.• Analisar produções culturais populares literárias e de tradição oral.
• Refletir sobre a importância da música como manifestação artística que resgata tradições orais.
BNCC
• O contato com a cultura popular brasileira por meio da música permite aos estudantes o desenvolvimento da habilidade EF69LP49 e do tema contemporâneo transversal Diversidade cultural
Orientações
• Se possível, convide o professor de Arte para uma aula conjunta ou um artista popular de sua região (contador de causo, repentista, cordelista, cantor, violeiro etc.) para participar da aula e compartilhar com a turma suas experiências.
• As atividades 1 e 2 buscam instigar os estudantes a manifestar suas opiniões sobre os artistas apresentados. Caso eles respondam que não os conheciam, indague-os a respeito do que leram, destacando sobretudo a relação com a pesquisa da cultura popular, ou seja, ambos os artistas contribuem não somente para a divulgação das manifestações populares, mas também para seu resgate, perpetuando a tradição oral e registrando conteúdos que poderiam ficar perdidos no tempo.
• Após as discussões promovidas pela seção, apresente aos estudantes a canção “Canarim do mato”, de Déa Trancoso. Inicialmente, peça-lhes que ouçam a canção apreciando-a, a fim de despertar o prazer pela cultura musical de origem popular. Depois, oriente-os a ouvi-la novamente, atentando para a melodia e para o ritmo de modo que analisem a linguagem empregada. Promova uma roda de conversa, com o intuito de possibilitar que se manifestem sobre o que acharam da canção, o que mais lhes agradou ou desagradou, que sentimentos ou lembranças a música despertou neles etc.
• Para complementar o trabalho, indique os sites a seguir aos
Paulo Freire e o Sertão de Urucuia
Paulo Freire é considerado um dos maiores contadores de causos e violeiros do Brasil. O compositor aprendeu a tocar viola no Sertão de Urucuia, em Minas Gerais, onde aprofundou seus conhecimentos sobre a cultura popular brasileira, ouvindo dos moradores diversas histórias e crendices populares.
Paulo Freire publicou livros e lançou diversos álbuns que retratam, por meio dos causos e da música, a diversidade da cultura nacional. Em 2003, lançou o álbum Brincadeira de viola , destinado às crianças. O disco é repleto de músicas infantis de origem popular.
Filha de pais seresteiros, Déa Trancoso é uma compositora, cantora e produtora cultural brasileira. Em 2006, depois de pesquisar muito sobre a cultura popular do Vale do Jequitinhonha, sua região natal, Déa Trancoso lançou o álbum Tum tum tum, uma obra que traz diversas canções populares dessa região. Em suas produções musicais, é possível reconhecer diversas sonoridades que reforçam a cultura popular nacional, como o catimbó, o coco, os sambas de caboclo e de roda, o maracatu, o lundu, entre outros.
1. O que você achou dos artistas apresentados? Você já conhecia o trabalho deles?
2. Em sua opinião, qual é a importância de a música, enquanto manifestação artística, resgatar a tradição oral brasileira?
estudantes para que conheçam mais Paulo Freire e Déa Trancoso.
PAULO Freire. Disponível em: http://www.paulofreirevioleiro.com.br/index.htm. Acesso em: 25 abr. 2022.
DÉA Trancoso. Disponível em: https://www.youtube. com/channel/UCQIPQtq9EmcqZU-yKC0-Kaw. Acesso em: 25 abr. 2022.
1. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes deem suas opiniões sobre os artistas e se o trabalho é conhecido por eles ou por alguém da família.
2. Resposta pessoal. Leve os estudantes a concluir que a música resgata aspectos da tradição oral e conserva, divulga e valoriza a cultura popular oral. Conhecer nossa diversidade cultural é uma das formas de valorizá-la.
A língua, como forma de comunicação entre os homens, é dinâmica e passa por um constante processo de transformação, pois seus usuários também estão em constantes mudanças. As variações linguísticas são influenciadas por fatores extralinguísticos, como o grupo social, a escolaridade, a idade, a época ou a região onde o falante vive ou já viveu. Os diferentes usos que um grupo social faz da língua em um tempo e em um espaço determinados são chamados variedades linguísticas
1. Releia a seguir um trecho do causo “Ara, que susto danado!”.
CAPIAU (para o motorista) — Oh, moço! Será que o sinhô pode me dar uma bêra até o Lageado?
a. Que palavra foi empregada nesse trecho como sinônimo de carona?
• Identificar os diferentes modos de falar com o intuito de reconhecer a heterogeneidade da língua portuguesa.
• Desenvolver atitudes respeitosas com relação à variedade linguística e aos usuários da língua.
• Por meio dos textos, os estudantes serão apresentados a exemplos diversos do caráter heterogêneo da língua, desenvolvendo, dessa forma , a competência específica de Língua Portuguesa 1
b. Você imagina que essa palavra empregada no trecho seja usual em todas as regiões do Brasil? Na região onde você vive, é comum o uso dessa palavra?
Resposta: A palavra bêra Resposta pessoal.
A diversidade linguística que ocorre, por exemplo, entre uma região e outra do Brasil, entre o português brasileiro e o português de Portugal ou o dos outros países lusófonos é chamada variedade geográfica . Dessa forma , podemos perceber esse tipo de variedade, por exemplo, entre a fala de um mineiro e a de um carioca, ou entre o falar de uma pessoa que mora na área rural e uma da área urbana. As palavras e expressões típicas de certas regiões são chamadas regionalismos. A forma de pronunciar certas palavras e organizar os enunciados também é um exemplo de variedade linguística.
2. Analise a tirinha a seguir.
2. c. Resposta: Provavelmente, porque ele está acostumado com brinquedos mais sofisticados e não sabe como brincar com uma arraia. Isso é comprovado no último quadrinho, em que o personagem aparece enrolado na linha do brinquedo.
CEDRAZ, Antônio. Xaxado ano 1: 365 tiras em quadrinho. Salvador: Editora e Estúdio Cedraz, 2011. p. 66.
a. Você já ouviu a palavra arraia? Pelo contexto da tirinha, a que ela se refere?
Refere-se a um brinquedo, popular no Brasil, que, preso a uma linha, fica suspenso no ar, de acordo com a intensidade do vento.
b. Como esse objeto é chamado na região onde você vive?
Resposta pessoal.
c. Por que Arturzinho afirma que prefere aviãozinho eletrônico a uma arraia? De que forma a imagem do último quadrinho reforça isso?
d. Há diversas palavras para se referir à arraia. Faça uma pesquisa e liste alguns exemplos, indicando a localidade onde são mais usuais.
Confira a resposta da questão nas orientações ao professor.
2. d. Resposta pessoal. Possíveis respostas: Curica, cângula, jamanta, pepeta, casqueta, cambeta (região Norte); barril, bolacha, morcego, lebreque, bebeu, coruja, tapioca (região Nordeste); pipa (São Paulo e Rio de Janeiro); quadrado, papagaio (interior de São Paulo); estilão e pião (região Sudeste).
• Os estudantes podem aprimorar a competência específica de Língua Portuguesa 4 por meio da discussão sobre a diversidade linguística com a finalidade de promover atitudes respeitosas diante desse fenômeno.
• A reflexão e a compreensão das variedades linguísticas permitem aos estudantes desenvolver a habilidade EF69LP55
Orientações
• Leve os estudantes a compreender o caráter heterogêneo da língua portuguesa e a reconhecê-la como parte da identidade dos usuários e da comunidade, apresentando os diferentes textos desta seção, que foi subdivida em tipos de variação linguística.
• Conduza os estudantes a refletir sobre algumas variedades da língua e a compreendê-las: a variedade influenciada pela região geográfica onde o falante vive; a variedade influenciada pelo momento histórico em que o falante vive; e a variedade influenciada pela situação comunicativa em que o falante se encontra. Nesta seção, os estudantes também conhecerão o conceito de norma-padrão.
28/07/2022 15:04:04
• Na atividade 1 , leve os estudantes a concluir que bêra não é empregada em todas as regiões do Brasil.
• Na atividade 2 , além da ênfase na variação linguística, verifique a recepção da tirinha por parte dos estudantes e se compreenderam de que ela trata.
• Com relação à atividade 3, explique aos estudantes que a palavra bala foi utilizada por ser um termo mais recorrente. Aproveite o momento para comentar que todas as variantes devem receber o mesmo prestígio.
• Aproveite para perguntar aos estudantes se eles sabem citar algumas palavras do português brasileiro que têm origem nas línguas indígenas e africanas. Diga que muitas dessas palavras estão incorporadas no cotidiano e enriqueceram de maneira considerável o idioma. É possível, ainda, estabelecer uma articulação entre os componentes curriculares de Língua Portuguesa e de História , destacando o fato de que, no século 18, quando o português foi decretado como língua oficial, o ensino do tupi, que era a principal língua de comunicação entre os indígenas, foi proibido pelo Marquês de Pombal – primeiro-ministro português da época. Ainda assim, muitas palavras permaneceram no vocabulário, como mingau, tocaia, capivara, tatu, capim e tantas outras.
• Dar visibilidade às diferentes variedades geográficas é uma maneira de consolidar a importância de cada uma delas e valorizar os aspectos que as caracterizam. Algumas iniciativas na internet fomentam a diversidade e disponibilizam acervos com áudios de falantes de várias localidades. Verifique a possibilidade de acessar com a turma o site sugerido no boxe, promovendo um momento de descobertas. Forme grupos de três ou quatro estudantes e peça-lhes para escolherem um ponto do território brasileiro. Clique no comando para ouvir as vozes da região e peça aos estudantes que leiam as frases antes de ouvi-las, tentando adivinhar como cada um será pronunciada pelo falante da região.
3. No mapa a seguir, é possível verificar como uma guloseima muito conhecida é chamada nas capitais dos estados brasileiros.
a. Como é chamada essa guloseima onde você mora?
Resposta pessoal.
b. Qual palavra foi encontrada em quase todas as capitais? Nas capitais de quais estados ela foi registrada como única resposta?
Resposta: A palavra bala . Nas capitais dos estados Sergipe, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
c. A capital de qual estado apresentou maior diversidade de denominações para essa guloseima? Quais foram as variantes registradas?
Resposta: A capital do Rio Grande do Norte. Foram registradas: bala , bombom, confeito e caramelo
O Brasil, em virtude da grande extensão territorial, é marcado por uma expressiva variedade geográfica . É importante lembrar que o português brasileiro recebeu influência das línguas indígenas (dos povos nativos), das línguas africanas (dos povos escravizados que foram trazidos para o Brasil durante a escravidão) e das línguas dos diversos imigrantes que vieram para nosso país. Essa influência reforça a diversidade cultural no Brasil, a qual é refletida também na língua.
Variedade geográfica
No site a seguir, é possível conhecer um pouco mais sobre a variedade geográfica. Ao clicar no mapa do Brasil, existe a possibilidade de selecionar alguma região e ouvir áudios com exemplos de regionalismos e/ou formas de pronunciar determinadas palavras, conforme a região. Localingual, em: https://localingual.com/. Acesso em: 9 jul. 2022.
1. O anúncio publicitário reproduzido a seguir foi criado em 1914. Leia-o para perceber como algumas palavras eram escritas de maneira diferente da que costumamos escrever atualmente.
• Se achar interessante, permita aos estudantes que naveguem por anúncios antigos, reconhecendo palavras que não são escritas como são hoje. O site a seguir contém anúncios de uma revista brasileira que circulou entre 1907 e 1958, com conteúdos leves sobre os costumes da época.
FON-FON! Disponível em: http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_periodicos/fonfon/ fonfon_anos.htm. Acesso em: 25 abr. 2022.
• Ao explorar a atividade 1 , leve os estudantes a concluir que a ortografia das palavras segue um sistema ortográfico resultante de uma convenção.
Anúncio publicitário de uma indústria de máquinas agrícolas, criado em 1914.
As marcas e as empresas presentes nos textos e imagens desta coleção têm apenas finalidade didática.
a. Quais palavras do anúncio estão escritas de maneira diferente da que escrevemos atualmente?
Resposta: As palavras Cuyabá , unico, Matto-Grosso, mechanica , productos, agricolas e machinas
b. Como essas palavras são grafadas nos dias atuais?
c. O que é possível concluir sobre a ortografia das palavras em 1914 e atualmente?
Resposta: São grafadas Cuiabá , único, Mato Grosso, mecânica , produtos, agrícolas e máquinas, respectivamente. Resposta: É possível concluir que a ortografia das palavras se alterou.
Ao longo do tempo, algumas palavras da língua tiveram sua grafia alterada. A esse processo de evolução da língua dá-se o nome de mudança linguística , que ocorre em função dos diferentes estágios pelos quais passa a evolução da língua. Além de mudanças na grafia, com o tempo, muitas palavras tornam-se ultrapassadas e acabam sendo substituídas por outras. É o caso, por exemplo, de janota , que significa rapaz . O uso que o falante faz da língua, de acordo com determinado tempo histórico, é chamado variedade histórica , a qual é mais perceptível na modalidade escrita da língua, que permite registrar os usos da língua de diferentes épocas.
2. Converse com uma pessoa mais velha para saber o sentido dos termos a seguir e anote no caderno.
vossa mercê D. ceroula C. por obséquio B. quiçá
28/07/2022 15:04:04
• Na atividade 2 , leve os estudantes a reconhecer que as palavras apresentadas não são usadas com frequência na atualidade. Auxilie-os a perceber a mudança ocorrida na língua e, em seguida, destaque esse caráter dinâmico, pois ela está ligada às mudanças do indivíduo e da sociedade.
A. A. A. Resposta: A: talvez; B: por favor; C: cueca; D: você.• Após a leitura da tirinha, na atividade 1 , permita aos estudantes que identifiquem o uso do registro formal nos dois primeiros quadrinhos, tanto na escolha do vocabulário (guloseima láctea/substância lacticinosa) quanto nos empregos prescritos pela norma-padrão do pronome oblíquo átono em posição de ênclise no início de frase (forneça-me/ceda-me) e do pronome demonstrativo empregado para se referir a algo que está próximo dos falantes (esta). Em seguida, leve-os a perceber o uso do registro informal no terceiro quadrinho por meio da escolha da palavra gororoba , da forma contraída daqui para a expressão dá aqui e do pronome essa , utilizado para se referir a algo próximo apenas em situações informais. • Ao explorar o item a , pergunte aos estudantes se foi adequada a fala do Rato Ruter nos primeiros quadrinhos e por quê. Leve-os a concluir que, naquele momento, porque falava com um amigo em uma situação cotidiana, seria mais adequado usar as variantes populares, como gororoba, rango, grude etc.
1. d. Resposta: Rato Ruter, ao fazer uso do registro formal, com a finalidade de ser educado, não foi compreendido. Por isso, ele perdeu a paciência e usou, aos gritos, um registro, monitorando menos o uso da língua e permitindo que Níquel Náusea compreendesse a mensagem. Assim, o emprego de uma expressão informal, em vez de buscar uma terceira maneira formal, é o que quebra a expectativa na tirinha.
1. Leia um diálogo entre o grandão Rato Ruter e Níquel Náusea.
a. Nos três quadrinhos, Rato Ruter faz o mesmo pedido para Níquel Náusea. Mas por que Níquel Náusea não entendeu o pedido de Rato Ruter desde o início?
Resposta: Porque Rato Ruter empregou um registro muito formal.
b. Que palavras indicam informalidade nessa tirinha? O que elas significam?
Resposta: Gororoba , que se refere ao queijo (comida, alimento); daqui, que é a forma contraída da expressão dá aqui
c. Que expressões Rato Ruter empregou para dizer o que queria?
Resposta: Guloseima láctea e substância lacticinosa
d. No início da tirinha, Rato Ruter faz uso do registro formal da língua. Ao final, ele fala de forma mais espontânea. Explique como isso quebra a expectativa da tirinha.
Confira a resposta da questão nas orientações ao professor.
e. Em que situações seria apropriado o emprego da palavra gororoba?
Possível resposta: No intervalo da aula, conversando com os amigos; em casa, conversando em situações comunicativas mais informais.
Quando alguém está fazendo uso da língua, está em uma situação comunicativa (oral ou escrita), a qual é composta por alguns fatores, como os interlocutores (quem fala/escreve, quem ouve/lê), a relação de intimidade entre os interlocutores, o objetivo com que o texto é produzido, onde ele vai circular e onde será publicado, exposto ou veiculado.
Conforme as diferentes situações comunicativas do dia a dia, orais ou escritas, monitora-se mais ou menos a fala ou a escrita. Assim, em uma conversa com os colegas na escola, há um menor grau de monitoramento da língua , ou seja, um menor planejamento e maior espontaneidade, e, por isso, usa-se um registro mais informal. Por outro lado, quando se ministra uma palestra, por exemplo, há um maior grau de monitoramento da língua (maior planejamento), ou seja, evita-se o uso de expressões informais, empregam-se as concordâncias obedecendo-se às regras da variedade padrão da língua, escolhem-se com mais cuidado as palavras. Nesse caso, utiliza-se um registro mais formal
O modelo da língua orientado pelas gramáticas normativas é chamado norma-padrão Quando nos referimos à língua em suas situações reais de uso em contextos mais formais, dizemos norma urbana de prestígio (também conhecida como norma culta), que é comumente utilizada em documentos oficiais, no meio diplomático, científico, jornalístico e em contextos que exigem uma expressão linguística mais formal.
Conhecer e valorizar as diferentes variedades do português brasileiro é uma das formas de contribuir para combater o preconceito linguístico, o qual ocorre quando se atribui um valor positivo apenas ao que está de acordo com a norma-padrão, e um valor negativo às variedades linguísticas.
GONSALES, Fernando. Níquel Náusea : com mil demônios. São Paulo: Devir, 2002. p. 24.1. Leia as manchetes a seguir, extraídas de jornais de Portugal.
Portugueses podem alimentar cães e gatos abandonados através do telemóvel
Disponível em: https://boasnoticias.pt/portugueses-podem-alimentar-caes-e-gatos-abandonados-atravesdo-telemovel/. Acesso em: 15 fev. 2022.
Motorista retirou passageiros de autocarro em chamas
Disponível em: https://www.publico.pt/2018/05/29/local/noticia/autocarro-incendeiase-no-lumiar-1832510. Acesso em: 15 fev. 2022.
Comboio entre Lisboa e Porto vai demorar mais dez minutos
Disponível em: https://www.publico.pt/2018/05/09/economia/noticia/comboio-entre-lisboa-e-porto-vai-demorarmais-dez-minutos-1829271. Acesso em: 15 fev. 2022.
a. Identifique, nessas manchetes, palavras que são comuns no português europeu e não usuais no português brasileiro.
Resposta: Telemóvel, autocarro e comboio
b. No Brasil, que palavras são usadas para se referir a cada uma dessas palavras? Se necessário, faça uma pesquisa.
Resposta: Telemóvel: celular; autocarro: ônibus; comboio: trem.
2. Dependendo da região do Brasil, são usadas diferentes palavras ou expressões para se referir a um mesmo referente. A palavra menino, por exemplo, corresponde a piá em Santa Catarina e a guri no Rio Grande do Sul.
a. Pesquise as variantes para o que está representado nas imagens a seguir.
• Aproveite as atividades propostas nesta página para propor uma reflexão com a turma sobre o preconceito linguístico. Leve os estudantes a perceber que esse tipo de preconceito advém da atribuição de aspectos valorativos positivos ou negativos às características de algumas variedades linguísticas, avaliação essa que acaba se estendendo ao falante. Por meio dessas características, o falante pode ser “rotulado”, como se o seu modo de falar fosse identitário de um status social mais ou menos elevado. Tal ideologia amplia a violência simbólica e incentiva o sentimento de exclusão social, de modo que os estudantes que sofrem tal preconceito se sentem “menos capazes”, sobretudo por não fazer parte de seu cotidiano o acesso a bens culturais comuns das culturas juvenis como a ida a cinemas, museus, exposições e manifestações artísticas, que são classificados como capital cultural. Desse modo, deve-se reforçar a luta contra o preconceito linguístico, explicando a eles que todas as variedades devem ser respeitadas, atitude que prima também pela cultura da paz e da não violência.
Possíveis respostas: A : tangerina, bergamota, mandarina,
b. Quais dessas variantes são empregadas na região onde você mora?
Resposta pessoal.
• Aproveite a atividade 1 e proponha que os estudantes pesquisem outras palavras do português europeu que são diferentes do português falado no Brasil. Uma maneira de agilizar a pesquisa é acessar sites dos jornais cujas manchetes estão estampadas e buscar outras notícias que contenham palavras diferentes e, pelo contexto, que permitam a apreensão do significado e a correspondência no vocabulário brasileiro.
• Na atividade 2 , destaque o fato de que, muitas vezes, os falantes se deparam com palavras desconhecidas por eles em suas próprias línguas, mesmo que elas signifiquem algo já conhecido. Isso faz parte da riqueza da variedade geográfica.
A. B. C. D. C. B. A.• A atividade 3 também serve para comparações entre os falares do nosso país e permite uma reflexão sobre erro e preconceito linguístico, levando os estudantes a compreender que todas as formas de nomear a mesma brincadeira são corretas e que nenhuma deve ter mais prestígio que a outra.
• Ao explorar a atividade 4, retome com os estudantes os causos que eles conhecem. Leve-os a perceber que, mesmo se tratando de histórias que comumente se passam em espaços distantes dos grandes centros urbanos, a variedade regional empregada em cada um dos textos é diversa. Reforce que, no causo de Mario Quintana, é comum o emprego de regionalismos mais frequentes na área rural da região Sul do Brasil, mais especificamente do Rio Grande do Sul.
4. b. Resposta: Piazinho se refere a menino pequeno; petiço, no texto, foi atribuído com o significado de cavalo de pernas curtas, mas pode ser relacionado a um homem pequeno; capão se refere à mata; rilhando é rangendo os dentes; corcoveios, aos pulos; e matungo é um termo para se referir a cavalo velho.
3. Algumas brincadeiras e alguns brinquedos também recebem diferentes nomes, dependendo da região do Brasil. Note como é conhecida uma brincadeira tradicional infantil em alguns estados brasileiros.
Rio de Janeiro – amarelinha, marelinha
Minas Gerais – maré
Rio Grande do Norte – avião Bahia – pular macaco
Como é conhecida essa brincadeira na região onde você vive?
Resposta pessoal.
4. O texto a seguir é um trecho do causo gaúcho “Aquele estranho animal”, recontado pelo escritor Mario Quintana (1906-1994). Nele, é narrado como foi o aparecimento do primeiro carro no Rio Grande do Sul.
[...]
Ia um piazinho estrada fora no seu petiço — trop, trop, trop — (este é o barulho do trote) — quando de repente ouviu — fufufupubum! Fufufupubum chiiiipum!
E eis que a “coisa”, até então invisível, apontou por detrás de um capão bufando que nem touro brigão [...].
O piazinho deu meia-volta e largou numa disparada louca rumo da cidade, com os olhos do tamanho de um pires e os dentes rilhando, mas bem cerrados para que o coração aos corcoveios não lhe saltasse pela boca.
É claro que o petiço ganhou luz do bicho, pois no tempo dos primeiros autos eles perdiam para qualquer matungo.
[...]
QUINTANA, Mario. Aquele estranho animal. In : QUINTANA, Mario. Sapo amarelo. Ilustrações originais: Marco Cena. 5. ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993. p. 19-20. (O menino poeta).
a. No texto, algumas expressões foram empregadas para reproduzir o som de algo. Analise-as a seguir.
A.
Trop, trop, trop.
Fufufupubum! Fufufupubum chiiiipum! Cada uma dessas expressões se refere ao som de quê?
Resposta: A expressão Trop, trop, trop refere-se ao barulho do trote do cavalo. Já as expressões Fufufupubum! Fufufupubum chiiiipum! referem-se ao barulho do carro.
b. Analise alguns exemplos de variedades regionais empregadas no causo. Em seguida, explique o sentido dessas palavras no contexto em que aparecem.
B. piazinho capão corcoveios petiço rilhando matungo
Confira a resposta da questão nas orientações ao professor.
c. Nesse causo, o emprego da variedade geográfica é bem expressivo. Considerando as características do causo estudadas anteriormente, explique por que é comum o emprego da variedade geográfica nesses textos.
Resposta: Porque os causos narram histórias que ocorrem, geralmente, em localidades afastadas dos centros urbanos. Para caracterizar a forma como as pessoas dessas regiões falam, pode ser empregada a variedade geográfica.
5. Leia a seguir um anúncio produzido em 1925 e divulgado na Revista do Brasil, dirigida por Paulo Prado e Monteiro Lobato.
• Na atividade 5 , reflita com a turma sobre as mudanças ortográficas ocorridas na língua em relação ao anúncio analisado.
Anúncio publicitário de um toca-discos, da Casa Odeon, criado em 1925.
As marcas e as empresas presentes nos textos e imagens desta coleção têm apenas finalidade didática.
6. e. Resposta: Houve menor grau de monitoramento, pois há emprego de palavras e expressões informais, como deu pau, e a redução de palavras, como pro e vcs
a. Considerando que esse anúncio publicitário foi produzido em 1925, identifique nele as palavras que naquela época eram grafadas de forma diferente da que usamos na atualidade.
Resposta: As palavras são paiz , nelles, applicados, acessorios, egual, apparelho, extrangeiro, quasi, despezas, cambio e examinal-os
b. Como essas palavras são grafadas atualmente?
Resposta: São grafadas país, neles, aplicados, acessórios, igual, aparelho, estrangeiro, quase, despesas, câmbio e examiná-los
6. Leia o trecho a seguir, extraído do livro O blog da Marina , em que a personagem principal é autora de um blog. Ao escrever, ela leva em consideração a situação comunicativa em que se encontra.
Oi, gente!!! Desculpem, porque demorei a voltar. Mas aconteceram milhões de coisas, o micro deu pau, entrou um vírus daqueles, foi pro conserto e fiquei ilhada todo esse tempo, morrendo de saudades de vcs! Puxa, como é tudo sem graça sem o meu blog! [...]
BRÁZ, Júlio Emílio; VIEIRA, Janaína. O blog da Marina . Ilustrações: César Landucci e Renato Moriconi. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 19. (Jabuti).
a. Para quem Marina escreve?
Resposta: Para os leitores de seu blog
b. Qual é o objetivo da escrita desse blog?
Resposta: Compartilhar informações pessoais cotidianas.
c. Como a mensagem de Marina é transmitida aos leitores?
d. Qual é o assunto tratado no trecho?
Resposta: Por meio de um post no blog
Resposta: Justificativa pela ausência no blog nos últimos dias.
e. No trecho, houve maior ou menor grau de monitoramento do uso da língua? Explique.
f. O monitoramento em relação ao uso da língua nesse texto está adequado à situação comunicativa? Por quê?
Resposta: Sim, pois a autora do blog dialoga com seus leitores, com quem
• Após a realização da atividade 6 , é preciso ter em mente também que é necessário saber monitorar mais ou menos a língua, a depender da situação comunicativa, e que todos devem ter acesso às variedades da língua, incluindo a norma-padrão. A inserção dos estudantes no mundo da escrita (letramento) é ampliada de acordo com a maior quantidade de gêneros e variedades linguísticas com que eles tenham contato. O letramento pode ser dominado pelos discentes quando se envolvem em variadas práticas sociais de leitura e escrita. Dessa forma , por meio do trabalho com os diversos gêneros textuais em diferentes contextos e da ampliação da noção de monitoração estilística, eles podem ampliar sua competência comunicativa.
• A atitude do professor deverá ser, portanto, a de contribuir para eliminar o preconceito linguístico e a exclusão dos estudantes por causa da variedade que eles utilizam.
demonstra não ter formalidades, sobre um assunto cotidiano. Casa Odeon. 1925.• Conhecer o gênero, o número e o grau dos substantivos.
• Analisar os efeitos de sentido do gênero, do número e do grau do substantivo.
BNCC
• O contato com situações reais de uso da língua distanciadas da norma-padrão propicia aos estudantes o desenvolvimento da competência específica de Língua Portuguesa 4
• O desenvolvimento da habilidade EF06LP04 se dá na medida em que são explorados o gênero e o número do substantivo.
• Ao analisar uma tirinha e manchetes nas atividades propostas, os estudantes aprimoram a habilidade EF69LP03
Orientações
• O trabalho sugerido nesta seção é pré-requisito para, posteriormente, os estudantes desenvolverem a habilidade EF06LP06, que menciona concordância nominal. Utilizamos a nomenclatura variação e não flexão. Para teóricos como Evanildo Bechara, Camara Jr. e José Carlos de Azeredo, gênero e grau são processos derivacionais de formação de palavras.
• Aproveite as atividades 1 e 2 e questione os estudantes sobre outros exemplos de palavras que determinam o gênero do substantivo, como pronomes demonstrativos (esse , essa) e possessivos (meu, minha).
• Durante a exploração do gênero do substantivo, considere não o associar ao sexo do ser indicado. Gênero é uma convenção da língua para tratar dessa variação. Um exemplo pode ser o substantivo criança , do gênero feminino, mas que faz referência a ambos os sexos. Comente que a maneira mais fácil de classificar o gênero do substantivo é pelas palavras que o acompanham (artigos e pronomes).
• A respeito da variação de gênero, apresente as palavras dono (gênero masculino e que faz referência a uma pessoa do sexo masculino) e vítima (gênero feminino e que se refere a ambos os sexos). O mesmo ocorre com: testemunha, pessoa, criatura, indivíduo, ídolo, a nimal etc.
1. Releia um trecho do causo “Ara, que susto danado!”.
Eis que, ao passar por um capiau que caminhava na mesma direção, o motorista do dito cujo é interpelado na tentativa do referido capiau cavar com isso uma bêra, que é como lá praquelas bandas se fala quando alguém quer uma carona . O capiau queria evitar umas boas léguas de caminhada a pé.
a. Copie os substantivos destacados, agrupando-os em femininos e masculinos.
Resposta: Substantivos femininos: carona , léguas; substantivos masculinos: capiau, motorista
b. Que palavras determinam se esses substantivos são femininos ou masculinos?
Resposta: As palavras que indicam os substantivos são um e o (masculino); uma e umas (feminino).
O substantivo pode variar em gênero, ou seja, ser masculino ou feminino. Os masculinos podem ser determinados por palavras como o(s), um(uns). Os femininos, por a(s), uma(s).
O gênero do substantivo não deve ser confundido com o sexo do ser.
[…]
Os mamíferos possuem hábitos alimentares que estão relacionados com o seu modo de vida. Muitos são herbívoros, como o boi, o carneiro, o cavalo, o elefante; outros são carnívoros, como o leão, o lobo, a raposa, a onça, o cão. Existem ainda insetívoros, como os musaranhos, a toupeira; e os onívoros, que se alimentam de carne e também de plantas, como é o caso do homem.
MAMÍFEROS: animais com glândulas mamárias. Portal Brasil. Disponível em: https://www.portalbrasil.net/educacao_ seresvivos_vertebrados_mamiferos.htm. Acesso em: 20 fev. 2022.
a. Que característica diferencia animais herbívoros, carnívoros e insetívoros?
b. Cite o feminino dos animais em destaque nesse trecho.
Resposta: O hábito alimentar. Herbívoros são animais que se alimentam de vegetais; carnívoros, de carne; e insetívoros, de insetos. Resposta: Vaca, ovelha, égua, aliá/elefanta, leoa, loba e cadela, respectivamente.
c. Em sua opinião, por que nesse trecho foram empregados esses substantivos masculinos, e não os femininos que você citou na resposta anterior?
Resposta: Porque os substantivos masculinos, nesse caso, se referem aos animais de forma geral, generalizando-os.
A formação do gênero feminino geralmente ocorre pela troca do -o final pelo -a , ou pelo acréscimo do -a no final da palavra, como: lobo – loba ; cantor – cantor a . Há casos em que a indicação do gênero masculino ou feminino é feita por meio de substantivos diferentes, como: boi – vaca; carneiro – ovelha.
Na língua portuguesa, há palavras em que o gênero é determinado pelos termos que as antecedem, como: o/a artista; um/uma estudante; meu/minha dentista.
Existem substantivos que têm apenas uma forma , mas podem ser usados para designar seres do gênero masculino ou do feminino, por exemplo: mamífero, cônjuge, gênio, monstro, cuja forma é masculina; e criança , pessoa , testemunha , vítima , cuja forma é feminina.
• Ainda há os que necessitam das palavras macho e fêmea para determinar o sexo do ser (e não o gênero da palavra), por exemplo: jacaré fêmea, baleia macho, tatu fêmea, onça macho etc. Assim, optou-se por não os nomear, pois a intenção é levar os estudantes a perceber que é primordial observar o contexto e refletir sobre a intencionalidade para uma análise mais apurada da língua e um uso mais adequado dela.
2. Leia o trecho de um texto que apresenta as características de alguns animais.1. Leia o poema a seguir.
1. b. Resposta: O eu lírico destaca que é importante guardar apenas as coisas importantes do passado; sobre o futuro, ele afirma que é preciso deixar um espaço vazio para os acontecimentos inesperados.
1. c. Resposta: O substantivo pólen está no singular. Os substantivos raízes , retratos, bilhetes, horários, navios piratas, sinos, surpresas e desatinos estão no plural.
separe coisa por coisa: de um lado o pólen do passado as raízes do que foi importante os retratos os bilhetes os horários de chegada de todos os navios piratas
os sinos que anunciam que há um amigo na estrada do outro lado um espaço vazio para o que vai acontecer as surpresas do destino os desatinos do acaso
MURRAY, Roseana. RECEITA de arrumar gavetas. In : MURRAY, Roseana. Receitas de olhar Ilustrações: Elvira Vigna. São Paulo: FTD, 1997. p. 26. (Falas poéticas).
a. O que significa a expressão arrumar gavetas no título do poema?
Resposta: Refere-se a uma reflexão proposta pelo eu lírico sobre como devemos nos comportar diante do passado e do futuro.
b. Para o eu lírico, como devemos agir diante do passado e diante do futuro?
c. Qual dos substantivos em destaque está no singular? E quais deles estão no plural?
d. Como você identificou os substantivos no plural?
Resposta: Pela terminação final em -s e pelas palavras que aparecem antes dos substantivos, que também estão no plural.
e. A maioria dos substantivos em destaque está no plural ou no singular? De que forma isso se relaciona ao sentido do poema?
Resposta: A maioria dos substantivos em destaque está no plural. A predominância de substantivos no plural enfatiza a quantidade de coisas que precisam ser organizadas.
O substantivo pode variar em número, isto é, indicar algo que está no singular, como mesa , jarro, ou no plural, como cadeiras , flores
2. Em geral, os substantivos terminados em vogal formam o plural pelo acréscimo do -s no final da palavra. Mas essa regra não se aplica em alguns casos. Leia as regras a seguir.
Terminação do substantivo Exemplos Formação do plural
-r, -s ou -z
roedor, gás, rapaz acrescenta-se -es
-l animal, anel, anzol substitui-se o -l por -is -ão cidadão, casarão, capitão acrescenta-se -s ou substitui-se o -ão por -ões ou -ães
-x (com som de /cs/) xerox, tórax não se alteram no plural
-s (paroxítonas) lápis, atlas, pires não se alteram no plural
Escreva no caderno o plural das palavras citadas como exemplos, de acordo com as regras que você conheceu.
Resposta: Roedores, gases, rapazes; animais, anéis, anzóis; cidadãos, casarões, capitães; xerox, tórax; lápis, atlas e pires.
• A atividade 1 proposta nesta página, além de possibilitar a prática de leitura e compreensão de textos, leva os estudantes a refletir sobre o número do substantivo e consequentemente sobre relações de concordância dentro dos sintagmas nominais.
• Proponha a realização da atividade 2 em duplas, para que os estudantes se auxiliem mutuamente na resolução dela. Para esse trabalho conjunto, vale a pena priorizar a formação de duplas com estudantes de diferentes perfis. Escreva as palavras de modo aleatório na lousa e peça a eles para copiar cada uma delas em uma linha. Em seguida, solicite-lhes que conversem com seus colegas para buscar no quadro qual regra funciona para cada palavra. A correção pode ser feita em voz alta ou pedindo para irem até a lousa, de modo que toda a turma participe.
28/07/2022 15:06:41
• É importante destacar que alguns teóricos, como Evanildo Bechara e Joaquim Mattoso Camara Júnior, tratam o grau como um processo derivacional. Isso significa dizer que, para formar o aumentativo ou o diminutivo, a estrutura dos nomes é alterada pelo falante de maneira voluntária, ou seja, é intencional a criação de novas palavras e, por consequência, de novos sentidos por meio desse mecanismo da língua. Assim, o uso do aumentativo e do diminutivo em algumas palavras não seria obrigatório, mas é utilizado para produzir ou acrescentar um novo sentido aos termos . Dessa forma , o grau indica se o termo formado é maior ou menor que o substantivo primitivo ou ainda se nele há o sentido de afetividade ou ironia. Lembrando que a depreensão das características que o grau atribui ao substantivo depende do contexto em que ele é empregado.
• Por outro lado, estudiosos como Celso Cunha e Lindley Cintra, bem como a Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB), mantêm uma visão mais tradicional e postulam que o grau é, sim, um processo flexional, sendo natural, obrigatório e sistemático, como ocorre com o número, necessário para que haja a concordância na língua.
• Na atividade 1, se os estudantes souberem a história da Chapeuzinho Vermelho, peça-lhes que a comentem com os colegas; caso eles não se lembrem dela ou não a conheçam, apresente-a para eles. Comente que o diminutivo pode indicar também afetividade e que é uma forma carinhosa de se referir à menina.
1. Leia um trecho de Chapeuzinho Amarelo, do escritor e compositor Chico Buarque.
E Chapeuzinho Amarelo, de tanto pensar no LOBO, de tanto sonhar com LOBO, de tanto esperar o LOBO, um dia topou com ele que era assim: carão de LOBO, olhão de LOBO, jeitão de LOBO e principalmente um bocão tão grande que era capaz de comer duas avós, um caçador, rei, princesa, sete panelas de arroz e um chapéu de sobremesa.
BUARQUE, Chico. Chapeuzinho Amarelo. Ilustrações: Ziraldo. 15. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2004. p. 16.
1. b. Resposta: Para indicar que se trata de um objeto (chapéu) de tamanho pequeno, visto que é um acessório usado por uma criança, também de tamanho pequeno.
a. Esse texto faz uma intertextualidade com um conto bem conhecido. Que conto é esse?
Resposta: O texto dialoga com o conto “Chapeuzinho Vermelho”.
b. Chapeuzinho foi nomeada dessa maneira por causa do acessório que usa: um chapéu. Por que a palavra Chapeuzinho foi escrita com a terminação -inho?
c. A expressão olhão de LOBO também poderia ser escrita como olho grande de LOBO. O que as expressões olhão e olho grande indicam?
Resposta: Indicam o tamanho dos olhos do lobo
d. Embora essas expressões indiquem a mesma coisa, em qual delas intensifica-se o aspecto assustador do lobo?
Resposta: Na expressão olhão de LOBO
Os substantivos podem apresentar dois graus: o aumentativo e o diminutivo. Para mostrar o tamanho dos olhos do lobo, por exemplo, podemos usar o substantivo acompanhado da palavra grande ou apresentando a terminação -ão. No entanto, nem todos os substantivos admitem a terminação -ão para expressar aumento de tamanho, como: janelona (janela); boc arra (boca); vozeirão (voz). Para indicar o diminutivo, pode-se empregar o substantivo acompanhado da palavra pequeno ou com terminações, como: chapeuzinho (chapéu); ruela (rua); riacho (rio); lugarejo (lugar); barbicha (barba); ilhota (ilha).
2. b. Resposta: O segundo quadrinho mostra os cães fazendo festa, rompendo com a ideia de que os cães ficam tristes quando os donos saem.
• Na atividade 2 , leve os estudantes a analisar as imagens e o texto da tirinha e auxilie-os a concluir quais são os elementos que contribuem para a construção do humor.
GONSALES, Fernando. Níquel Náusea : botando os bofes de fora . São Paulo: Devir, 2002. p. 11.
a. No primeiro quadrinho da tirinha, o que é possível concluir sobre como os cães se sentem quando os donos saem?
Resposta: É possível concluir que os cães se sentem tristes.
b. De que forma o segundo quadrinho rompe com essa ideia inicial?
c. Que efeito essa quebra de expectativa cria na tirinha?
Resposta: Essa quebra de expectativa cria humor.
d. Os substantivos festinha e festona têm origem em qual palavra?
Resposta: Eles têm origem na palavra festa
e. Apesar de se originarem da mesma palavra, os substantivos festinha e festona possuem o mesmo sentido? Explique-os.
Confira a resposta da questão nas orientações ao professor.
O aumentativo e o diminutivo podem ser usados para expressar, além de tamanho, carinho, ironia, intensidade e desprezo. Esses sentidos só podem ser identificados considerando-se o contexto em que as palavras foram empregadas.
1. Analise a capa do DVD O Fada do Dente
a. O substantivo fada é feminino ou masculino?
Resposta: É feminino.
b. Que palavra aparece antes do substantivo? Essa palavra concorda com ele em gênero?
Resposta: A palavra o (artigo). Não, pois é masculina.
c. Com base na imagem, quem você imagina que seja a fada do dente no filme? Como você chegou a essa conclusão?
d. Explique o efeito de sentido da construção desse título.
Resposta: Como o personagem principal do filme, em destaque em primeiro plano, é a fada da história e é um homem, intencionalmente foi empregado o artigo o antes do substantivo feminino fada . Assim, a não concordância de gênero entre o substantivo feminino e seu determinante foi intencional para provocar humor.
1. c. Resposta: O homem em primeiro plano na imagem, pois ele está com asas, indicando que ele é a fada do dente na história do filme.
A não concordância de gênero entre os substantivos e seus determinantes pode ser intencional, a fim de criar efeitos estilísticos e expressivos nos textos.
• Na atividade 1 do tópico Reflexão sobre o uso da língua: gênero e número do substantivo , é importante que os estudantes consigam inferir os efeitos de sentido explorados nas questões, pois o cartaz do filme emprega propositalmente o gênero feminino do substantivo sem realizar as variações necessárias de acordo com a norma-padrão.
2. e. Resposta esperada: Não. Festinha indica uma comemoração simples e afetiva que o cão faz por rever o dono. Festona, por outro lado, indica uma festa mais elaborada, com vários cães e fartura de bebida e de comida. Comente com os estudantes que festona é uma expressão informal. De acordo com os dicionários, o aumentativo de festa é festão ou festança
2. Leia a tirinha a seguir. Capa do DVD O Fada do Dente, de Michael Lembeck, Estados Unidos, 2010.• Ao trabalhar as atividades 1 e 2 , verifique se os estudantes compreenderam o conteúdo e a diferenciação de gênero, número e grau do substantivo, bem como se eles já são capazes de fazer as flexões corretamente. Aproveite as atividades desta seção para avaliar o aprendizado da turma com relação ao conteúdo explorado. Se necessário, retome a atividade da seção Iniciando o trajeto para verificar se as dúvidas dos estudantes foram sanadas e avaliar sua evolução.
• Questione os estudantes a respeito do uso do diminutivo por eles e pelas pessoas com quem convivem. Se possível, proponha a eles que eles notem entre seus familiares e amigos quando o diminutivo é empregado e com que sentido. Permita-lhes compartilhar com a turma suas descobertas. Por fim, leve-os a compreender que o uso do grau diminutivo nos substantivos pode ocorrer em diversas situações comunicativas e com diferentes finalidades. Saliente que esse emprego pode indicar aproximação, afinidade, afetividade por algo, mas em outras situações pode indicar também desprezo , afastamento, pena.
• No item b da atividade 2 , explora-se o substantivo óculos , cujo número é sempre plural. Comente com a turma que, em situações menos monitoradas de uso da língua, o substantivo óculos é comumente usado no singular: o óculos . No item c , proponha aos estudantes que façam uma pesquisa de palavras empregadas apenas no plural e, posteriormente, compartilhem-nas com a turma. Se julgar conveniente, solicite a criação de frases ou pequenos textos com o emprego delas. Chame a atenção deles para as palavras que devem se flexionar com elas.
1. Leia as manchetes a seguir.
1. b. Resposta: Masculino, pois, antes do substantivo, aparece uma palavra masculina (o artigo um).
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ ilustrissima/2018/06/uma-pintura-de-rubens-me -ensinou-o-que-e-ser-um-artista-diz-vik-muniz.shtml. Acesso em: 15 fev. 2022.
Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/ educacao/criaturas-da-noite/. Acesso em: 15 fev. 2022.
a. Identifique na manchete A um substantivo que pode ser empregado tanto no feminino quanto no masculino.
Resposta: O substantivo artista
b. Nessa manchete, esse substantivo é utilizado para indicar qual gênero? Explique.
c. Na manchete B, os substantivos corujas , urutaus e criaturas se referem a um sexo específico ou generalizam as espécies?
Resposta: Generalizam as espécies, fazendo referência a animais de ambos os sexos.
d. Esses três substantivos estão flexionados no singular ou no plural?
e. Qual é o aumentativo e o diminutivo do substantivo coruja?
Resposta: No plural.
Resposta: O diminutivo é corujinha ; o aumentativo é corujona
2. Leia o trecho extraído do romance Harry Potter e a Câmara Secreta , escrito por J. K. Rowling. Nele, o narrador descreve o protagonista do livro, Harry Potter.
[...]
Harry não se parecia nada com o resto da família. [...] Usava óculos redondos e, na testa, tinha uma cicatriz fina em forma de raio.
Era esta cicatriz que tornava Harry tão diferente, mesmo para um bruxo. A cicatriz era o único vestígio do seu passado muito misterioso, da razão por que fora deixado no batente dos Dursley, onze anos antes.
ROWLING, J. K. Harry Potter e a Câmara Secreta . Tradução: Lia Wyler. Rio de Janeiro: Rocco, 2000. p. 11.
a. Quais características físicas de Harry Potter são descritas nesse trecho?
Resposta: O uso de óculos redondos e a presença de uma cicatriz na testa, em formato de raio.
b. Releia esta frase.
Usava óculos redondos e, na testa, tinha uma cicatriz fina em forma de raio. Na língua portuguesa, há substantivos que só apresentam a forma no plural. Identifique nesse trecho um exemplo de substantivo com essa característica.
Resposta: O substantivo óculos
c. A seguir, há três substantivos que são usados apenas no plural. Copie-os e crie uma frase empregando cada um deles.
Capa do livro Harry Potter e a Câmara Secreta cócegas A. pés B. férias C. pessoas D. parabéns E.
Resposta: A, C e E. Professor, Avalie as frases elaboradas pelos estudantes.
A. “Uma pintura de Rubens me ensinou o que é ser um artista”, diz Vik Muniz
Corujas, urutaus e outras criaturas
O texto a seguir é outro exemplo de causo. Para você, o que é respeito? Será que o texto vai tratar sobre o que você imagina que seja respeito?
Leia o causo para descobrir a que ele se refere. Respeito
Coronel Cipriano era o deus do lugar. Dono de muita terra, do armazém e do posto de gasolina, sócio de mais uma porção de coisa, mandava e desmandava no povoado. É como lá diz: “Quem pode, manda; quem tem juízo, obedece.”
Na política, então, era de ver. Ele espojava mesmo, estufava o peito pro pessoal da cidade, roncava forte. Se, numa comparação, tinha mil pessoas votando numa eleição, quase mil pro partido dele era fava contada. Só um ou outro, muito pouca gente, tinha o topete de desobedecer. [...]
Mas o caso que eu quero contar não é de política, não. É sobre um costume do Coronel, o procedimento da dona dele e a obediência do pessoal. O costume era o seguinte: coronel Cipriano não dispensava, de forma nenhuma, uma cochiladazinha depois do almoço. Isso era sagrado. [...] Até que não dormia muito não. Coisa de dez, quinze minuto, no máximo. Mas, nessa hora, ninguém tinha a cachimônia de interromper o sono do patrão. O mundo podia desabar, não adiantava. Dona Constança, a patroa, parecia uma onça vigiando. Nada nesse mundo podia interromper o sono do dono da casa. Também o pessoal, sabendo daquilo, ciente da brabeza da patroa, andava pé por pé, falava baixinho, era como se a casa virasse igreja, um lugar assim meio santo.
Espojava: abusava. Cachimônia: ousadia.
• Ler outro causo e identificar as características e a função sociocomunicativa desse gênero
• Por meio das leituras silenciosa e em voz alta, propostas nesta seção, os estudantes aprimoram as habilidades EF67LP28 e EF69LP53
• A percepção da situação apresentada no causo permite aos estudantes desenvolver a habilidade EF69LP44
• A habilidade EF69LP47 é desenvolvida por meio da análise da escolha lexical típica do gênero, das vozes do discurso, da caracterização do espaço, do uso de palavras e expressões conotativas e de recursos linguístico-gramaticais próprios do gênero causo.
• Ao analisar a descrição do personagem do texto, os estudantes desenvolvem a habilidade EF67LP37
Orientações
• Antes da leitura do texto, permita aos estudantes que levantem hipóteses sobre ele. Peça-lhes que analisem a ilustração, o título do causo e o título do livro em que ele foi publicado e busquem imaginar o que a história vai apresentar. Utilize o texto que consta no início da página para verificar o que eles entendem por respeito e leve-os a imaginar que situações de respeito poderiam ser apresentadas no texto. Ao final da leitura, é importante que essas hipóteses sejam retomadas.
• Solicite aos estudantes que, primeiro, façam uma leitura silenciosa do causo, para desenvolver e incentivar a autonomia de leitura deles. Em seguida, proponha uma leitura em que cada estudante leia um parágrafo do causo. Durante a leitura em voz alta e em conjunto, faça as pausas necessárias e leve-os a perceber as características do causo estudadas anteriormente, bem como o sentido global do texto.
• Ao ler o primeiro parágrafo do texto, se julgar pertinente, chame a atenção da turma para a palavra caboclo . Explique-lhes que, embora presente em algumas publicações, essa palavra pode apresentar, em certos contextos, um sentido pejorativo e estereotipado. Comente com os estudantes que devemos evitar empregar adjetivos que se referem a características físicas de outras pessoas ou usar apelidos que se referem a tais características, pois pode ser um ato desrespeitoso.
• No final do texto, chame a atenção dos estudantes para o emprego das reticências que indicam a hesitação do personagem, com medo do patrão. Esse emprego reflete uma marca de oralidade.
• Após a leitura do causo, é importante retomar com os estudantes o sentido do título e a forma como o “respeito”, no desfecho, quebra a expectativa do leitor, criando uma situação exagerada, absurda que, consequentemente, provoca humor.
• Para levar os estudantes a conhecer um pouco mais sobre esse gênero, sugira que assistam ao filme a seguir.
MALASARTES e o duelo com a Morte, de Paulo Morelli, 2017. 107 min.
• Conduza os estudantes a observar que a situação apresentada no causo (a presença de um coronel influente e poderoso) representa um resquício do coronelismo. Para isso, pergunte-lhes se sabem o que significava antigamente ser um coronel nas áreas rurais. Informe a eles que o coronelismo foi uma prática de cunho político social comum na história do Brasil. Por meio dessa prática, o proprietário rural exercia o poder e controlava os meios de produção e o poder econômico e social de determinadas regiões rurais ou interioranas. Dessa forma , promove-se uma articulação entre os componentes de Língua Portuguesa e de História
Deu-se que um dia o Coronel precisou fazer uma viagem. Pra não ir sozinho, levou de companhia o Domício, empregado de toda confiança. Era caboclo ajeitado, bom de conversa, especial pra contar potoca, inventava caso de tudo quanto há. Distraía o Coronel, ele apreciava demais aquela patacoada.
Entraram no automóvel, um carrão intimado, e saíram. O trato era voltar a tempo da janta. Logo depois do almoço, nem meia hora tinha passado, o carro desgovernou, saiu rodopiando, caiu num abismo. Os dois escaparam por milagre.
O patrão deu mais sorte, logo voltava pra casa. Domício, com a perna e um monte de costela quebrada, demorou mais a sarar. Um dia, o Coronel, fazendo uma visita ao empregado, perguntou:
— Mas você não viu quando eu comecei a cochilar na direção, Domício?
O empregado, muito sem jeito:
— Quer dizer, Coronel, ver eu até que vi, mas...
— Mas o quê, homem?
— ... a Dona Constança não deixa a gente acordar o senhor!?
ROMANO, Olavo. Respeito. In : ROMANO, Olavo. Minas e seus casos . São Paulo: Ática, 1984. p. 118-119. (Minas de livros).Nascido em Morro do Ferro, Olavo Romano é advogado, professor, procurador do Estado e escritor. Os livros publicados por ele são destinados a adultos e jovens. Em suas obras, é possível encontrar muitos causos do interior de Minas Gerais, como o apresentado no texto que você leu, publicado no livro Minas e seus casos
Capa do livro Minas e seus casos, de Olavo Romano, publicado pela editora Ática, em 1984.
1. Após a leitura, o que você imaginou que o texto ia tratar sobre respeito se confirmou? Comente com os colegas.
Resposta pessoal.
2. Como o Coronel Cipriano é descrito no início do causo? Por que essa descrição é importante para o desenrolar da história?
Resposta: Como um homem cheio de posses e um político influente. Essa descrição é importante para justificar o “respeito” que as pessoas tinham por ele.
3. Cipriano tinha o costume de cochilar depois do almoço
a. De que forma a esposa do coronel garantia que esse costume fosse respeitado?
Resposta: Ela não deixava ninguém atrapalhar o sono do marido.
b. Por que as pessoas, de forma geral, respeitavam esse costume?
Resposta: Porque as pessoas tinham medo da esposa do coronel e, por consequência, dele próprio.
4. Quando o Coronel precisou viajar, levou com ele o funcionário Domício.
a. Enquanto dirigia, Cipriano dormiu e causou um acidente. Por que Domício não acordou o patrão?
Resposta: Porque, como a patroa impedia que as pessoas acordassem o marido, Domício não quis interrompê-lo, ou seja, não quis desrespeitar a ordem da patroa.
b. Como você classificaria a atitude de Domício?
Resposta esperada: Exagerada, absurda.
c. O que essa atitude de Domício gera no causo lido?
Resposta: A atitude de Domício de não acordar o patrão gera humor no causo.
5. Agora, compare esse causo com o causo “Ara, que susto danado!”.
a. O tipo de narrador é o mesmo nos dois causos? Por quê?
Resposta: Sim, nos dois causos o tipo de narrador é o mesmo: narrador-observador.
5. b. Resposta: A semelhança é que ambos se passam em lugares distantes dos centros urbanos. A diferença é que o causo “Ara, que susto danado!” se passa em uma estrada de terra, na área rural. O causo “Respeito” se passa em um povoado no interior.
b. Em relação ao espaço, qual é a semelhança e a diferença entre os dois causos?
6. Releia o trecho a seguir e analise a expressão em destaque.
Só um ou outro, muito pouca gente, tinha o topete de desobedecer.
a. Por qual outra palavra essa expressão poderia ser substituída sem alterar o sentido do trecho?
b. O emprego dessa expressão revela qual característica do coronel?
Resposta: Poderia ser substituída por ousava Resposta: Revela que o coronel era um homem autoritário.
c. Qual dos usos é mais expressivo para destacar a característica do coronel: a expressão em destaque no trecho ou a que você respondeu na questão a?
7. Releia estes trechos, observando as palavras em destaque.
Resposta: A expressão empregada no texto tinha o topete de é mais expressiva para evidenciar o aspecto autoritário do coronel. Era caboclo ajeitado, bom de conversa, especial pra contar potoca […].
• Leia com a turma o boxe que apresenta o autor Olavo Romano. Pergunte aos estudantes se já conheciam o autor ou alguma de suas obras e diga que ele é membro da Academia Mineira de Letras. Assinale que o autor tem extensas participações em projetos artísticos, destacando-se, sobretudo, na publicação de causos mineiros. O causo “Como a gente negoceia”, por exemplo, foi adaptado para as telas em um curta-metragem. Avalie a possibilidade de assistir com a turma ao curta, que pode ser encontrado na internet.
NEGÓCIO fechado, de Rodrigo Costa, 2001. 15 min.
• Utilize a questão 1 para retomar as hipóteses levantadas antes da leitura. Essa atividade pode ser desenvolvida por meio da estratégia Turn and talk
• Na questão 2 , os estudantes podem analisar a descrição do personagem pelo narrador e refletir sobre os efeitos de sentido provocados no texto.
• Por meio das atividades 3 e 4, além de informações explícitas no texto, os estudantes podem refletir sobre algumas atitudes dos personagens e opinar sobre elas.
• Aproveite a atividade 5 para explorar o espaço e o tipo de narrador do causo, reforçando a importância desses elementos para a compreensão do gênero.
• Verifique a compreensão por parte dos estudantes acerca da expressão trabalhada na atividade 6. Se necessário, apresente outros exemplos de uso dela.
B.
A. Distraía o Coronel, ele apreciava demais aquela patacoada .
a. Analisando o contexto, explique o sentido de cada uma das palavras.
Resposta: Tanto potoca quanto patacoada são palavras empregadas para se referir a histórias mentirosas, exageradas.
b. Na região onde você vive, que palavras são empregadas com esse mesmo sentido?
Resposta pessoal.
• Na atividade 7, leve os estudantes a concluir que essas palavras são exemplos de variedade geográfica e, por isso, são comuns em determinadas localidades do Brasil e menos frequentes em outras.
• Após desenvolver as atividades propostas, retome com os estudantes as principais características do gênero causo e permita-lhes identificar essas características nos textos estudados neste capítulo. Essa prática permite também avaliar o processo de aprendizagem referente às características do gênero trabalhado.
• Praticar a escrita por meio do reconto de causo.
• À medida que os estudantes empregam regionalismos para caracterizar o jeito de falar dos personagens que aparecem em seus textos, eles desenvolvem a competência específica de Língua Portuguesa 5. Ao fazer isso demonstrando atitude respeitosa diante de variedades linguísticas e rejeitando preconceitos linguísticos, eles desenvolvem a competência específica de Língua Portuguesa 4
• A proposta de produção de texto desta seção leva os estudantes a desenvolver a habilidade EF67LP30, tendo em vista a criação de uma narrativa ficcional observando os elementos estruturais próprios do gênero causo.
• O incentivo para que se mostrem engajados nas etapas de produção de texto (planejamento, elaboração, revisão e avaliação) leva-os a aprimorar a habilidade EF69LP51
• Ao empregar seus conhecimentos linguísticos e gramaticais, bem como de elementos de coesão textual, os estudantes aperfeiçoam as habilidades EF06LP11 e EF06LP12
• Ao escrever corretamente as palavras conforme as convenções ortográficas e pontuar o texto adequadamente, ampliam-se as habilidades EF67LP32 e EF67LP33
Orientações
• Para se apropriar das características do gênero causo, os estudantes foram levados, desde o início do capítulo, a perceber a importância da descrição do cenário, dos personagens e dos elementos da narrativa. Se necessário, retome mais uma vez essas características.
• Antes de iniciar a produção, auxilie-os a reconhecer o que vão produzir, para quem, com que objetivo e onde o texto vai circular. As etapas descritas na atividade os direcionam para as etapas fundamentais da produção: planejamento, elaboração, revisão, edição e avaliação. Destaque cada um desses momen-
Neste capítulo, você estudou o gênero causo. O objetivo desta produção é que você amplie seus conhecimentos sobre esse gênero e reconte um causo por escrito, o qual deverá ser apresentado oralmente em uma roda de causos na seção Produção oral
Para se planejar, verifique as orientações a seguir.
a. Converse com pessoas mais velhas e peça a elas que contem a você um causo. Outra possibilidade é pesquisar em livros, jornais, sites etc.
b. Faça anotações sobre os personagens do causo, as características deles, o espaço, a ordem dos acontecimentos e procure entender como a história termina.
Em uma folha ou em um programa de edição de texto, comece a escrever seu causo.
a. Ao escrevê-lo, consulte constantemente suas anotações para verificar se você não se esqueceu de nada.
b. Inicie a história apresentando os personagens principais e suas características, ou seja, como eles são fisicamente e como é a personalidade de cada um.
c. Atente à escrita das palavras e à pontuação de seu texto.
d. Descreva o espaço do causo, detalhe a região onde a história se passa. Para isso, empregue palavras que caracterizam o ambiente, por exemplo, “estrada bem afastada da cidade”, “povoado tranquilo e distante”.
e. Apresente a sequência das ações, indicando a relação de causa e consequência entre elas.
f. Para indicar a passagem de uma ação para outra, empregue palavras e expressões que indicam tempo. Exemplo: “Depois”, “Na manhã seguinte”, “Um dia depois”.
g. Para caracterizar o jeito de falar dos personagens, use regionalismos e marcas de oralidade em suas falas.
h. Por fim, crie um título sugestivo para o causo.
Após a produção, avalie seu causo verificando os itens a seguir.
a. Os personagens e o espaço foram descritos?
b. As ações foram narradas de acordo com a sequência em que ocorreram?
c. Foram empregados regionalismos e/ou marcas de oralidade?
d. O título ficou criativo e instigante para o leitor?
Por fim, escreva a versão definitiva do seu causo, fazendo os ajustes necessários. Se for preciso, corte trechos, acrescente outros ou, ainda, inverta-os.
tos a fim de que fiquem bem-marcados e não haja equívocos no momento de execução da atividade.
• Na etapa de planejamento, auxilie os estudantes a desenvolver noções introdutórias de práticas de pesquisa, incentivando-os a realizar uma revisão bibliográfica de material sobre cultura popular. Disponibilize livros e sites que possam servir de inspiração para o texto que será produzido. Outra possibilidade é coletar informações sobre o causo por meio da entrevista. Para isso, além de pedir à pessoa entrevistada que conte o causo, eles podem elaborar outras perguntas, como: “De que modo
você conheceu esse causo?”; “Você reconhece o emprego de variedades regionais no causo?”; “Você conhece outros causos?” etc.
Agora, vocês deverão organizar uma roda de causos para compartilhar as experiências de leitura com os colegas. Para isso, verifiquem as orientações a seguir.
a. Escolham com o professor um dia e um local para fazer a roda de causos.
b. O professor vai definir a ordem de apresentação dos causos.
c. No dia marcado, estejam preparados. Para isso, releiam o texto quantas vezes forem necessárias, pois é importante que vocês memorizem os detalhes da história para o momento em que forem contá-la aos ouvintes.
d. Se possível, imprimam os causos, grifem as partes mais importantes e façam anotações pertinentes. Se, no dia da apresentação, esquecerem-se de algo, consultem rapidamente as anotações.
No dia e local escolhidos, cada estudante deverá apresentar seu causo assim que o professor indicar sua vez. Nesse momento, atente para as dicas a seguir.
a. Apresente aos colegas o título do seu causo e comente como você teve acesso a essa história (se ouviu de alguém ou se a pesquisou).
b. Comece a apresentação da história introduzindo os personagens principais e descrevendo o espaço onde a história se passou.
c. Lembre-se de apresentar as ações de acordo com a relação de causa e consequência entre elas.
d. Ao narrar o causo, empregue regionalismos e marcas de oralidade, que constituem as marcas linguísticas presentes comumente nesse gênero.
e. Empregue um tom de voz adequado. Conforme o trecho que estiver apresentando, você pode variar intencionalmente o tom de voz, aumentando-o, diminuindo-o, fazendo alongamentos. Por exemplo, ao descrever o espaço: “Aquela estrada ficava MUUUUITO longe”.
f. Empregue e varie os gestos e as expressões faciais, dependendo das situações narradas.
g. Ao falar, busque cativar a atenção do público.
• Praticar a oralidade por meio da leitura de causos.
• Nesta seção, os estudantes deverão ler, contar e ouvir causos como etapas fundamentais para a compreensão do gênero produzido. Com isso eles desenvolvem a competência específica de Língua Portuguesa 3
• Solicitar aos estudantes que imprimam a versão final de seu texto e grifem as partes mais importantes para auxiliá-los durante a apresentação oral desenvolve a habilidade EF69LP34
• A habilidade EF69LP46 é desenvolvida na realização da roda de leitura de causos, proposta na seção, para que os estudantes compartilhem os textos com os colegas.
Preste bastante atenção e não converse durante a apresentação dos colegas.
No link a seguir, é possível ouvir um causo contado e cantado por Paulo Freire em um programa televisivo e perceber como um exemplar desse gênero pode ser narrado. Ao ouvi-lo, procure atentar à forma como o autor apresenta a história, à entonação empregada e ao clima de suspense criado pelas pausas da narrativa e pela ênfase nas palavras.
Paulo Freire conta o causo “Pedro Paulo”. Canal TV Cultura , em: https://www.youtube.com/ watch?v=8CQ2Am0n1Ko. Acesso em: 9 jul. 2022.
• Se achar oportuno, peça aos estudantes que dramatizem, em duplas ou grupos, trechos dos causos. O curta-metragem Negócio fechado , indicado anteriormente, pode auxiliá-los na observação de trejeitos e comportamentos.
• Ao final da roda de causos, peça aos estudantes que comentem suas impressões a respeito dos causos apresentados pelos colegas, orientando-os a fazer apontamentos de ordem estética e a se posicionar criticamente sobre o que ouviram. Reforce a importância de sempre tecer comentários de maneira respeitosa.
• Antes de os estudantes recontarem seus causos, se possível, marque um dia para apresentar a eles o vídeo indicado nesta página, para que, antes da produção, eles tenham contato com um causo oral sendo narrado. Leve-os a perceber os elementos empregados por Paulo Freire para cativar a atenção do ouvinte, como o tom de voz, as pausas, a entonação etc.
• Para que façam a autoavaliação em relação ao reconto oral do causo, uma possibilidade é gravar, em vídeo ou áudio, a apresentação deles, para que depois se autoavaliem. Para isso, é necessário que eles e seus responsáveis estejam cientes e de acordo. Após a gravação, deve-se marcar um dia para que eles assistam a ela e verifiquem o resultado da atividade. Leve-os a observar quais foram os pontos positivos e os negativos durante a apresentação.
• Avaliar o reconhecimento de substantivos de acordo com sua classificação.
• Verificar os conhecimentos sobre a relação de concordância de gênero e número dos substantivos.
• Avaliar o reconhecimento do fenômeno da variação linguística e de alguns aspectos relacionados a ele.
• Avaliar os conhecimentos sobre os gêneros fábula e causo.
Orientações
• Nas atividades 1 e 2 , se houver dificuldades por parte dos estudantes, escreva na lousa os substantivos apresentados em cada uma das questões e, com a participação deles, analise-os classificando-os. Se necessário, retome os conceitos trabalhados ao longo da unidade.
• Ao realizar a atividade 3 , para corrigir eventuais defasagens, analise cada frase escrevendo-as na lousa para que apontem o que está correto e o que está incorreto. Forme grupos, escreva na lousa substantivos variados (como criança, lápis, carros e férias) e oriente-os a produzir uma frase, realizando a concordância em gênero e número.
• Na atividade 4, analise com a turma o que não está correto nas alternativas: B - não há maneira correta ou errada de falar e escrever (aproveite para conscientizá-los sobre o preconceito linguístico); C e D - há contextos formais de uso da fala (como uma palestra) e contextos informais de uso da escrita (como mensagens instantâneas a amigos). Se necessário, retome as explicações a respeito das variedades linguísticas.
• Se os estudantes apresentarem dificuldades para explicar o que é a fábula, na atividade 5, forme dois grupos, de modo que cada um pesquise uma fábula e elabore um cartaz com as características do gênero. Com os cartazes expostos, analise-os e, juntos, elaborem um terceiro cartaz com todas as características da fábula.
• Após a realização da atividade 6 , se notar que há necessidade de corrigir defasagens, selecione alguns vídeos de contação de causos do programa Sr. Brasil e,
1. A alternativa em que todos os substantivos apresentados são compostos é:
Segunda-feira; passatempo; arranhão. Girassol; super-homem; parabólica.
B. D.
A. C. Paraquedas; fim de semana; ultrassom. Minissaia; condensado; autodidata.
2. Qual dos substantivos a seguir é derivado?
Resposta: B. Resposta: C.
Dinossauro. Tabuada. Floricultura. Ovo. A. B. C. D.
3. Em qual das frases a seguir há conformidade entre o gênero e o número do substantivo?
Tempere o alface que está na vasilha. Fui à piscina ontem com meus amigo. Fabiana perdeu o óculos na volta do trabalho. Os irmãos da Marina irão à festa sábado.
Resposta: D.
4. Sobre variação linguística, é correto afirmar que:
A maneira como escrevemos ou falamos pode variar, dependendo da situação em que estamos e das pessoas com quem falamos. Em algumas regiões do Brasil, as pessoas falam e escrevem de maneira mais correta do que em outras.
O registro linguístico usado na oralidade (fala) é sempre mais informal do que o usado na escrita.
O registro linguístico empregado na escrita é sempre formal, mas na oralidade é sempre informal.
Resposta: A.
5. Explique o que é uma fábula.
Possível resposta: Texto narrativo que geralmente apresenta personagens animais com comportamentos humanos cujo objetivo é apresentar uma moral. Como toda narrativa, apresenta situação inicial, complicação, clímax e desfecho.
6. Nos causos, é muito comum notarmos marcas de oralidade. Por que isso acontece?
Sugestão de resposta: Por serem transmitidos oralmente de geração em geração, os causos são textos muito comuns na língua falada. Quando são registrados por escrito, muitos contadores optam por não eliminar essas marcas, mantendo tal característica peculiar dos causos.
Autoavaliação
Com base no seu desempenho ao longo da unidade, escreva um ponto positivo, um ponto negativo e uma sugestão de melhoria para os estudos nas próximas unidades.
no momento de apreciação, faça pausas e peça-lhes que apontem algumas características do gênero vistas na unidade.
• Autoavaliação: usando a estratégia One-minute paper, peça aos estudantes que escrevam os itens em um minuto e os compartilhem para que você analise os principais pontos levantados a fim de refletir sobre a prática pedagógica e eventualmente rever e/ou ajustar seu planejamento para atender às necessidades da turma.
1. Pesquise um poema e transcreva-o em seu caderno. Em seguida, junte-se a mais três ou quatro colegas, leia-o para eles e ouça a leitura deles. Considere as seguintes orientações.
Resposta pessoal.
a. Transcreva o poema mantendo a mesma diagramação do texto original.
b. Antes de ler, apresente o título e o autor do poema.
c. No momento da leitura, pronuncie bem as palavras, expressando emoção por meio da entonação da voz.
2. Resuma em um parágrafo as características que você identificou no texto escolhido que comprovam se tratar de um poema, e não de outro gênero. Troque seus apontamentos com um colega e avalie o que ele escreveu. Se necessário, discutam algo que tenha provocado dúvida ou que esteja errado e apresentem as considerações à turma.
Possível resposta: Texto estruturado em estrofes e versos, geralmente com rimas e linguagem figurativa, além do trabalho artístico com a linguagem.
3. Redija duas frases para cada palavra a seguir. Em uma, empregue a palavra no sentido próprio, na outra, use a palavra no sentido figurado.
a. explodiu
Sugestão de resposta: O rojão explodiu no
b. brilhante
Sugestão de resposta: Ela ganhou um
• Avaliar os conhecimentos sobre o gênero poema.
• Avaliar o domínio dos conceitos de sentido próprio e sentido figurado.
• Sondar os conhecimentos acerca da classe dos adjetivos.
• Verificar os conhecimentos sobre o gênero conto de suspense.
• Sondar os conhecimentos acerca da classe dos artigos.
c. morto
e. estrela
Sugestão de resposta: Os caçadores viram
d. branco
um papel em branco. Durante a prova me deu um branco.
Sugestão de resposta: O professor me entregou Sugestão de resposta: Ontem vi uma estrela Sugestão de resposta: A onça-pintada é uma fera
f. fera
céu. Ele quase explodiu de tanto comer. anel de brilhante. O rapaz é um estudante brilhante. um peixe morto. Após o futebol, fiquei morto de cansaço. que habita nossas florestas. Meu irmão é fera no basquete. no céu. Aquela atriz é uma estrela do cinema.
4. Analise atentamente sua sala de aula. Usando adjetivos, atribua cinco características a esse espaço ou a algum objeto existente nele.
Possível resposta: Sala: grande, pequena, arejada, iluminada, suja, limpa, moderna, antiga; lousa: verde, retangular; carteira: forte, quebrada etc.
5. Usando cinco adjetivos, atribua cinco características a si mesmo. Escreva-os em uma tira de papel e entregue-a ao professor. Ele vai ler os adjetivos para que a turma adivinhe de quem se trata.
Resposta pessoal.
6. Quais são os principais elementos da narrativa? Escreva o máximo de elementos de que se lembrar. Em seguida, o professor vai elencar na lousa as respostas corretas que a turma citar.
Resposta esperada: Enredo, tempo, espaço, narrador, personagens e as partes do enredo: situação inicial, conflito, clímax e desfecho.
7. Considerando os elementos da narrativa, quais são as principais características de um conto de suspense?
8. Leia a oração a seguir e aponte o artigo presente nela. Depois diga em que gênero e número ele está e por quê.
Todo fim de tarde a padaria faz promoção de pães.
Resposta: a . Está no feminino e no singular, pois se refere ao substantivo padaria , que também está no feminino e no singular.
9. Aponte a diferença de sentido entre as duas frases a seguir.
A. B.
Raul chamou um cachorro.
Resposta: Na frase A , subentende-se qual seja o cachorro, trata-se de um cachorro conhecido pelos interlocutores, provavelmente o cachorro de Raul. Na frase B, trata-se de um cachorro qualquer, comum, sem ser especificado.
7. Possível resposta: O enredo é marcado por acontecimentos misteriosos e incomuns; o tempo e o espaço costumam ser sombrios, geralmente à noite e em ambientes como cemitérios, casas abandonadas, ruas escuras etc.; alguns dos personagens são suspeitos ou sobrenaturais; a situação inicial é quebrada por algum acontecimento misterioso, que pode causar medo; em geral o clímax é o momento mais pavoroso e com suspense.
• Analise as respostas das atividades 8 e 9 e considere-as na hora de planejar o trabalho com a seção A língua em estudo. Verifique se ainda é necessária uma retomada acerca das classes gramaticais artigo e substantivo e
• Nas atividades 1 e 2 , viabilize a pesquisa e, após as leituras, peça aos estudantes que, nas trocas, analisem a estrutura dos poemas, comparando-os. Em seguida, solicite-lhes que comparem as particularidades apontadas e o tema de cada texto. Analise as dificuldades apresentadas e retome esses conteúdos nas atividades futuras.
• Ao realizar a atividade 3 , proponha a escrita em tiras de papel (duas para cada estudante, identificadas), usando a estratégia One-minute paper. Misture-as e, sem citar o autor, leia-as para a turma identificar de qual sentido se trata. Por meio da correção das tiras, é possível sondar possíveis defasagens e elaborar as estratégias mais apropriadas para corrigi-las.
• No momento da realização das atividades 4 e 5, atente às dificuldades que surgirem nessas caracterizações, a fim de perceber se há alguma confusão quanto aos conceitos de substantivo e de adjetivo. Com isso será possível corrigir eventuais defasagens e medir o que já sabem e o que ainda não sabem para o melhor planejamento do trabalho.
28/07/2022 15:10:30
confira se percebem as diferenças em questão, identificando eventuais fragilidades na aprendizagem. Considere essas informações no planejamento das aulas sobre esse conteúdo nas páginas seguintes do capítulo.
• Após as atividades 6 e 7, com base nas respostas, será perceptível o nível dos estudantes em relação ao conhecimento acerca da narrativa. Verifique os eventuais déficits de aprendizagem, para que as dúvidas e fragilidades percebidas sirvam como ponto de partida para o planejamento das próximas atividades, de forma que haja o melhor proveito dos conteúdos que serão explorados.
Raul chamou o cachorro.• Analisar uma imagem e conversar sobre os gêneros trabalhados na unidade.
• As atividades das páginas de abertura promovem uma conversa e uma troca de experiências que, por meio da oralidade, levam os estudantes a desenvolver a habilidade EF67LP23 e a competência geral 4
• Ao avaliar os textos que já leram, expressar suas experiências e compartilhar suas preferências, os estudantes desenvolvem a competência geral 3 e a habilidade EF67LP28
• Por se tratar de um momento de exploração e prática da oralidade, oriente os estudantes a respeitar a fala dos colegas, de modo que todos sejam ouvidos.
• Explore com eles a ilustração apresentada, incentivando-os a analisar todos os detalhes dela: a legenda, a posição do personagem, a expressão facial dele, os objetos que segura nas mãos, as roupas que usa e o ambiente onde está.
• Com base no que analisaram nas ilustrações, pergunte se já passaram por uma situação que exigisse o uso da criatividade e o que fizeram para que ela fluísse, comparando com a estratégia adotada pelo personagem ilustrado.
• Ao realizare as atividades 1 e 2 , os estudantes provavelmente já terão identificado que a cena da ilustração não retrata algo real, mas imaginário, como uma “viagem” pelo universo criativo do personagem. Conduza a percepção deles para a forma como o personagem foi caracterizado e chame a atenção também para os prédios: igreja, torres e teatro (este com escritos em uma língua estrangeira, provavelmente russo, já que o artista é dessa nacionalidade). Avalie a coerência das respostas dadas.
• Poema
• Sentido próprio e sentido figurado
• Figuras de linguagem (aliteração, assonância e onomatopeia)
• Adjetivo
• Conto de suspense
• Artigo
1. O título dessa ilustração é O escritor durante o momento de inspiração criativa . Que elementos da imagem remetem a esse universo criativo?
2. Que elementos ilustrados indicam que o personagem é um escritor?
3. Nesta unidade, vamos ler poemas e contos de suspense, gêneros textuais que permitem ao autor e ao leitor uma “viagem na imaginação”. Cite um poema ou conto de suspense de que tenha gostado muito e que fez você “viajar na imaginação”. Comente com os colegas.
• A atividade 3 relaciona o universo criativo à escrita. Procure incentivar os estudantes a comentar como é o processo de elaboração textual para eles e como imaginam que isso ocorre com os escritores. Como em qualquer manifestação artística, a literatura é produzida primeiramente no universo mental do autor, que depois transpõe ao papel suas ideias, buscando dar forma ao que idealizou na imaginação. Leve-os a perceber que esse processo é de construção, não sendo tarefa fácil colocar em palavras aquilo que queremos transmitir no texto.
• A atividade 3 também pode ser usada como uma avaliação diagnóstica para sondar o que os estudantes já sabem desses gêneros. É possível apontar uma diferença bem evidente entre eles: a estrutura – um em versos e estrofes, outro em prosa e parágrafos. Aproveite para incentivar os estudantes a compartilhar as experiências de leitura que têm acerca desse universo literário. Para isso, primeiramente, peça-lhes que expliquem o que entendem por “viajar na imaginação” por meio de uma leitura. Em seguida, incentive-os a pensar em textos que já tenham lido ou ouvido e que tenham provocado neles essa sensação. Após a apresentação dos textos desses gêneros que já leram, leve-os a compreender a literatura como um recurso de acesso às dimensões lúdicas, de imaginação e encantamento.
1. Resposta: O semblante tranquilo do personagem, como quem está imaginando, pensando em algo; o fato de ele parecer estar flutuando como se estivesse voando na imaginação.
2. Resposta: A pena na mão direita e a folha na mão esquerda.
3. Resposta pessoal.
15:10:32
O escritor durante o momento de inspiração criativa, ilustração do artista russo Eugene Ivanov. Confira as respostas das questões nas orientações ao professor.• Ler um poema e conhecer as características e a função sociocomunicativa desse gênero.
• Por meio da leitura proposta nesta seção, os estudantes desenvolvem a competência específica de Língua Portuguesa 9 e a habilidade EF69LP46
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP48 ao explorar as características do gênero estudado e ao relacionar o texto com os efeitos buscados nos diferentes recursos empregados.
• À medida que os estudantes leem em voz alta um texto literário e fazem a análise dos recursos linguísticos, estilísticos e semióticos e dos efeitos de sentido produzidos, eles desenvolvem a habilidade EF69LP53
• Pela análise dos recursos empregados no poema, como a comparação e a aliteração, e de seus efeitos de sentido, a habilidade EF69LP54 é desenvolvida.
• Os estudantes são levados a verificar se conhecem os personagens e personalidades citados no poema, retomando, se necessário, outros textos literários para que compreendam o sentido e o efeito alcançados com os recursos intertextuais, trabalhando, dessa forma , a habilidade EF67LP27
• Com a leitura silenciosa, os estudantes são incentivados a ler de forma autônoma e a perceber os recursos estilísticos no texto, desenvolvendo, assim, a habilidade EF67LP28
Orientações
• Antes da leitura, permita aos estudantes que levantem hipóteses sobre o texto. Peça-lhes que analisem os personagens representados na ilustração e o título do poema e que imaginem o que vai ser apresentado. Utilize o texto introdutório para isso.
• Se necessário, explique à turma o conceito de eu lírico: a voz que fala no poema, também chamada eu poético
• Proponha primeiramente uma leitura silenciosa e, em seguida, uma compartilhada ou jogralizada.
Ler poemas é muito bom! Você já leu um poema que tenha sido inesquecível? A seguir, você vai conhecer um poema intitulado “O Livro ou o Sonho...”. Qual você imagina que seja o tema desse texto? Vamos ler para descobrir e viajar com o eu lírico?
O Livro ou o Sonho...
Na floresta, há um menino que corre à procura de gnomos pequeninos, de bruxas obscuras.
Depois da meia-noite, vira abóbora (coitado), vira sapo que espera da donzela o beijo dado.
A princesa aparece e ao vê-la se apaixona. Pensa ser Branca de Neve, ou Aurora, até Fiona. Não era nenhuma dessas, nem princesa: era plebeia, mas seu beijo funciona. No deserto, na secura, quase morre, sente sede; mas o pequeno amigo surge, sua água oferece. Tão loiro que cativa, fala de planetas bem distantes, fala de rosas, de raposas, e de cobras e elefantes. Mas despede quando a noite vence o dia com seu breu, o menino vai-se embora: o Pequeno Príncipe conheceu.
Pelos mares e oceanos, nosso menino navegou. Viu sereias, monstros marinhos, em Atlantis mergulhou. Encontrou cidades perdidas, navegou em mais de mil ilhas, até o Olimpo ele chegou.
Na Europa se entreteve, emoções ele viveu: bateu papo com Cervantes, enfrentou moinhos gigantes, para Shakespeare, foi Romeu. Deu madeira pro Gepeto fazer boneco (não espeto), e ensinou o Grilo a falar. Sua maior emoção foi conhecer Peter Pan, que o levou para voar.
Então, em casa, cerrou os olhos, fechou o livro e sorriu. Na capa não tinha seu nome, mas mundos distantes descobriu: as histórias são seus sonhos; para vivê-las, então, dormiu. Ler é sonhar de olho aberto; sonho é um livro que se abriu.
2022.
1. O que você imaginou sobre o tema do poema se confirmou após a leitura? Comente.
2. Um poema pode provocar diversas reações no leitor, como divertir, emocionar, criticar, conscientizar etc. Que sentimentos a leitura desse poema causou em você? Resposta pessoal.
1. Leia a definição a seguir.
A voz que fala no poema é chamada eu lírico ou eu poético. Ele expressa de forma subjetiva um conjunto de sentimentos, expressões e opiniões sobre o tema do poema.
No poema lido, o eu lírico destaca vários personagens de livros com os quais o menino “teria se encontrado” em suas leituras.
a. Quais desses personagens você conhece?
b. Que escritores são citados no poema?
Resposta pessoal.
Resposta: São citados Miguel de Cervantes, que escreveu o livro O engenhoso fidalgo Dom Quixote de La Mancha , e William Shakespeare, que escreveu Romeu e Julieta
2. O poema faz referência a alguns acontecimentos de histórias da literatura, como o “virar abóbora” após a meia-noite, o beijo transformador da princesa no sapo e o enfrentamento dos moinhos de vento. A quais histórias, respectivamente, essas situações fazem referência?
Resposta: A Cinderela , O Príncipe Sapo e Dom Quixote, respectivamente.
3. Releia alguns versos do poema e, em seguida, um trecho do livro O Pequeno Príncipe, em que o personagem conversa com uma raposa sobre uma rosa.
Tão loiro que cativa, fala de planetas bem distantes, fala de rosas, de raposas, e de cobras e elefantes.
[…]
— Foi o tempo que perdeste com tua rosa que a fez tão importante.
— Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... — repetiu ele, para não se esquecer.
— Os homens esqueceram essa verdade — disse ainda a raposa. — Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela tua rosa...
— Eu sou responsável pela minha rosa... — repetiu o principezinho, para não se esquecer.
[…]
SAINT-EXUPÉRY, Antoine de. O Pequeno Príncipe: com aquarelas do autor. São Paulo: Agir, 2006. p. 72, 74.
a. A que personagem o eu lírico faz referência nesse trecho do poema?
Resposta: Ao Pequeno Príncipe.
b. Quais elementos presentes nesses versos permitem concluir que há um diálogo entre o poema e o trecho do livro O Pequeno Príncipe?
Resposta: A raposa, a rosa e a característica cativante do Pequeno Príncipe.
• Ao propor a atividade 3 , certifique-se de que todos conhecem a história do Pequeno Príncipe e se lembram das personagens raposa e rosa do livro. Caso não, resuma o conteúdo da obra para a turma e verifique se os estudantes percebem a relação intertextual entre os trechos apresentados.
• Comente o título do poema perguntando, por exemplo, por que as palavras livro e sonho estão grafadas com letras iniciais maiúsculas. Espera-se que os estudantes compreendam que isso valoriza e individualiza esses elementos. Questione-os, ainda, sobre que sensações eles esperam sentir na leitura de um texto poético. Ao final da leitura, é importante que essas hipóteses sejam retomadas e trabalhadas.
• Na leitura compartilhada, proponha a cada estudante que leia uma estrofe do poema. Se achar mais conveniente, escolha um voluntário para declamá-lo. Destaque a importância da entonação e da postura nessa leitura. Caso julgue apropriado, analise oralmente alguns recursos linguísticos e semióticos e seus efeitos de sentido durante essa leitura.
• Na atividade 1 da subseção Conversando sobre o texto, retome as hipóteses levantadas antes da leitura.
• Ao realizar a atividade 2 , promova um clima amistoso para o compartilhamento dos sentimentos experimentados pelos estudantes.
• No item a da atividade 1 da subseção Escrevendo sobre o texto , permita aos estudantes que identifiquem os personagens que conhecem e comentem com a turma. Retome com eles os personagens não conhecidos, apresentando-os. No item b , informe que Cervantes foi um escritor espanhol, criador dos personagens Dom Quixote e Sancho Pança, e Shakespeare, um escritor inglês, criador de obras como Hamlet e Romeu e Julieta , ambos autores do século 16.
• Na atividade 2 , leve os estudantes a perceber as referências explícitas e implícitas no poema, que constituem as relações intertextuais. Permitam-lhes contar oralmente quais são os personagens aludidos nos fragmentos do poema. Provavelmente Dom Quixote seja desconhecido da maioria, por isso, se possível, relate algumas passagens famosas dessa obra para a turma antes da realização dessa atividade.
• Nas atividades 4 e 5 , verifique se os estudantes se recordam dos nomes das partes estruturais do poema. Se necessário retome-as com eles.
• Na atividade 1 da subseção Explorando a linguagem , comente a figura de linguagem metáfora presente nos versos. Sugira à turma que crie outras sobre a relação do livro ou do ato de ler com o sonho, verificando se a compreenderam de fato. Incentive também a retomada de metáforas que possam ter sido empregadas nos poemas lidos na seção Iniciando o trajeto
• Na atividade 2 , é trabalhada a figura de linguagem aliteração. Oriente os estudantes a ler os versos em voz alta a fim de perceber os sons que se repetem (além do s , há reiteração das nasais m e n). Leve-os a perceber que não se trata de uma mera repetição de sons, mas a ideia do poeta, com esse recurso, é fazer o leitor adentrar o mundo criado por ele, evocando-o por meio do aspecto sonoro do texto. No caso, o autor quis reforçar o ambiente marinho da passagem.
• Esta seção encerra-se com o conceito de poema, gênero textual caracterizado fundamentalmente por ter uma estrutura em versos, que pode ou não apresentar rimas. Saliente a fluidez dele, que pode inclusive contar uma história, tal qual uma narrativa.
• Leve os estudantes a perceber que a poesia não é exclusividade do poema e pode ser encontrada até mesmo fora do universo da literatura, como em pinturas, filmes, esculturas etc.
5. a. Resposta: Primeira estrofe: menino, pequeninos; procura, obscuras. Segunda estrofe: coitado, dado. Terceira estrofe: aparece, Neve; apaixona, Fiona, funciona. Quarta estrofe: distantes, elefantes; breu, conheceu. Quinta estrofe: navegou, mergulhou, chegou. Sexta estrofe: viveu, Romeu; viveu/bateu; Romeu/deu; Cervantes, gigantes; Gepeto, espeto ; falar, voar. Sétima estrofe: sorriu, descobriu, dormiu, abriu.
5. b. Resposta esperada: É possível perceber que as palavras que rimam podem aparecer ou no
4. Um poema é estruturado em estrofes e versos.
Cada linha de um poema recebe o nome de verso. O conjunto de versos é chamado estrofe
Analise a primeira estrofe do poema “O Livro ou o Sonho...”. Na floresta, há um menino que corre à procura de gnomos pequeninos, de bruxas obscuras.
Não. A primeira e a segunda estrofes são compostas de quatro versos; a terceira e a quinta, de sete versos; a quarta, de doze versos; a sexta, de onze versos; e a sétima, de oito versos.
a. Essa estrofe possui quantos versos?
Resposta: Quatro versos.
b. Ao todo, o poema é composto por quantas estrofes?
Resposta: O poema é composto por sete estrofes.
c. Todas as estrofes possuem a mesma quantidade de versos? Explique.
5. Leia a seguir a definição de rima, um recurso muito recorrente em poemas.
Rima é a repetição de sons semelhantes no final de dois ou mais versos ou, ainda, no início e no meio dos versos.
Releia o poema e perceba que todas as estrofes apresentam rimas.
a. Escreva algumas rimas empregadas no poema lido.
b. O que foi possível concluir sobre a posição das palavras que rimam no poema?
Confira a resposta da questão nas orientações ao professor. Confira a resposta da questão nas orientações ao professor.
1. Releia estes versos do poema. Ler é sonhar de olho aberto; sonho é um livro que se abriu.
1. b. Resposta: Podemos concluir que tudo é possível no mundo da leitura, os sonhos se materializam no livro e na imaginação, proporcionando ao leitor a experiência de vivenciar e sonhar as aventuras por meio das histórias.
a. Que elementos são comparados pelo eu lírico?
Resposta: A leitura com um sonho de olho aberto; e o sonho com um livro.
b. Com base nos elementos comparados, o que podemos concluir sobre o mundo da leitura?
2. Releia, em voz alta, os versos a seguir.
Pelos mares e oceanos, nosso menino navegou. Viu sereias, monstros marinhos Em Atlantis mergulhou.
a. Sobre o que trata essa estrofe?
Resposta: Trata sobre a viagem do menino pelos mares e oceanos.
b. Qual som é repetido nesses versos?
Resposta: O som de s
c. Qual é a relação entre o que trata o trecho e a repetição desse som?
Possível resposta: A repetição do som s sugere o som do movimento das ondas do mar.
O poema é um texto em versos que pode ou não ser organizado em estrofes. Esses versos podem apresentar rimas e ter uma extensão variável. Um dos recursos que contribuem para a expressividade do poema é a musicalidade.
final dos versos ou no final e no meio dos versos. Chame a atenção dos estudantes para a construção das rimas internas, como acontece em viveu/bateu, Romeu/deu Reforce que foram empregadas palavras que não formam rimas idênticas, como: menino/pequeninos e perdidas/ilhas. Informe que, nesses casos, a rima ocorre pela aproximação de sons.
4. c. Resposta:1. Leia as manchetes a seguir.
Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/ tecnologia/centenas-de-fios-misteriosos-sao -encontrados-no-coracao-da-via-lactea/. Acesso em: 23 fev. 2022.
Disponível em: https://g1.globo.com/fantastico/ noticia/2022/01/16/transplante-inedito-de-coracao -de-porco-em-humanos-pode-mudar-a-historia-da -medicina.ghtml. Acesso em: 23 fev. 2022.
a. A palavra coração tem o mesmo sentido nas duas manchetes?
Resposta: Não.
b. Em qual das manchetes a palavra coração foi usada em seu sentido usual, comum? Qual é esse sentido?
Resposta: Na manchete B. Órgão do corpo responsável por bombear o sangue.
c. Em qual das manchetes a palavra coração leva o leitor a reinterpretar o sentido dela? Qual seria esse sentido?
Resposta: Na manchete A . O sentido seria de área interna ou área central de um lugar.
2. Agora, leia os seguintes versos do poema “Primeiro mar”, de Ana Maria Machado.
[...]
Nos tempos sem tevê e sem imagem
As palavras fabricavam paisagem [...]
MACHADO, Ana Maria. Primeiro mar. In : MACHADO, Ana Maria. Sinais do mar. São Paulo: Cosac Naify, 2009. p. 45.
a. A qual elemento a forma verbal em destaque nesses versos foi atribuída?
Resposta: Às palavras.
b. O emprego dessa forma verbal nesse contexto leva o leitor a reinterpretar seu sentido. Leia as opções a seguir e copie a que contém o sentido assumido por essa palavra nesse contexto. Produzir, confeccionar algo a partir de uma matéria-prima.
A.
B.
C.
Sugerir, propor, criar algo. Construir, edificar algo.
Resposta: B.
As palavras podem ter sentido próprio, ou seja, habitual e comum. Dependendo do contexto e das intenções do interlocutor, elas podem ser empregadas de forma criativa, ter seu sentido ampliado ou, ainda, assumir outros significados. Nesse caso, dizemos que essas palavras têm sentido figurado
fim de que percebam que as escolhas dos poetas causam determinados efeitos na leitura.
• Após a leitura dos conceitos de sentido próprio e sentido figurado, chame a atenção dos estudantes para o fato de que alguns dicionários indicam, por meio da abreviação fig. , o sentido figurado de um termo. Comente que, em textos literários, como o poema, o emprego de palavras e de expressões no sentido figurado é recorrente.
• Conhecer os conceitos de sentido próprio e sentido figurado e identificar seus usos.
• Conhecer as figuras de linguagem aliteração , assonância e onomatopeia
BNCC
• A leitura de textos literários, bem como a análise e compreensão deles por meio das atividades propostas, visam desenvolver a habilidade EF67LP28 , as competências gerais 1 , 3 e 4, as competências específicas de Linguagens 1 , 2 e 5 e as competências específicas de Língua Portuguesa 1 , 2 e 3
• As atividades propostas nesta seção levam os estudantes a desenvolver a habilidade EF69LP54, pois propõem a eles analisar com autonomia os efeitos de sentido decorrentes do emprego de palavras e de expressões com sentido figurado.
• O trabalho com as figuras de linguagem aliteração, assonância e onomatopeia contribuem especificamente para o desenvolvimento das habilidades EF67LP38 e EF69LP48
• A exploração das onomatopeias nas tirinhas aprimora a habilidade EF69LP05
Orientações
• Para ampliar a interação dos estudantes com o dicionário, promova, durante as atividades, a consulta a dicionários impressos e digitais. Reforce com eles a estrutura do gênero verbete de dicionário, chamando a atenção para as abreviações, os números que indicam as acepções, a divisão silábica da palavra etc.
• As atividades 1 e 2 objetivam levar os estudantes a refletir sobre os sentidos que as palavras podem adquirir de acordo com o contexto em que são empregadas.
28/07/2022 15:10:34
• No item a da atividade 2 , aponte aos estudantes que, nesse caso, tal ação (fabricar) é atribuída usualmente a seres humanos, máquinas, empresas e instituições.
• Explore com os estudantes o emprego de outros termos , a
• Se possível, promova a audição da canção “De repente Califórnia” para trabalhar o trecho apresentado na atividade 1 da subseção Praticando. Incentive os estudantes a comentar as paisagens e as sensações que são evocadas ao longo dos versos.
• Por meio dos itens a , b e c da atividade 1, a turma deve perceber como o significado das palavras pode ser usado de maneiras inesperadas pelos poetas, ficando a cargo do leitor decifrar os sentidos delas e captar a atmosfera que conferem ao texto. Comente também que, nos versos, é usada a figura de linguagem personificação, que consiste na atribuição de características humanas a animais, objetos e seres inanimados em geral.
• Na atividade 2 , peça aos estudantes outros exemplos empregando a palavra doce . Se necessário, consulte o verbete dessa palavra no dicionário, a fim de verificar a utilização do termo em outros contextos.
• No item c da atividade 2 , auxilie os estudantes a compreender que o emprego da palavra em sentido figurado leva o leitor a estabelecer relações de sentido que vão além do significado comum da palavra, provocando um efeito mais instigante.
1. Leia a seguir o trecho de uma letra de canção.
[...]
O vento beija meus cabelos
As ondas lambem minhas pernas
O sol abraça o meu corpo
Meu coração canta feliz
[...]
SANTOS, Lulu; MOTTA, Nelson. De repente Califórnia. Intérprete: Lulu Santos. In : Tempos modernos , 1982. Faixa 3.
a. As palavras em destaque nesses versos expressam ações. Liste essas ações e os respectivos termos a que elas são atribuídas.
Resposta: Beija se refere a vento; lambem, a ondas; abraça , a sol; canta , a coração.
b. Essas ações foram empregadas com sentido próprio ou sentido figurado? Explique.
Resposta: Com sentido figurado, pois são ações características de seres humanos, e não desses elementos.
c. Os versos teriam a mesma expressividade caso fossem empregadas as ações comuns desses elementos, por exemplo “O vento toca meus cabelos / As ondas batem em minhas pernas / O sol esquenta o meu corpo / Meu coração bate feliz”? Explique.
Resposta: Não, os versos se tornam mais expressivos, criativos e poéticos ao expressar essas ações com sentido figurado.
2. Leia a tirinha (texto A) e o trecho de letra de canção (texto B) apresentados a seguir.
B. e a vida? e a vida o que é, diga lá, meu irmão? ela é a batida de um coração? ela é uma doce ilusão?
GONZAGA JÚNIOR, Luiz. O que é o que é. Intérprete: Gonzaguinha. In : Gonzaguinha no samba , 1993. Faixa 1.
a. Em qual desses textos a palavra doce tem sentido próprio? Explique.
Resposta: Na tirinha,pois a palavra doce significa alimento com sabor açucarado.
b. Em qual texto a palavra doce tem sentido figurado? Explique.
Resposta: Na letra de canção, pois o termo doce e significa bela, suave.
c. Em qual texto o emprego dessa palavra gera mais expressividade?
Resposta: Na letra de canção, pois o emprego da palavra em sentido figurado leva o leitor a estabelecer relações de sentido que vão além do significado comum da palavra, provocando um efeito mais criativo.
SOUSA, Mauricio de. Thuga: doce feitiço. Chico Bento, São Paulo, Panini, n. 20, ago. 2008. p. 25. (Turma da Mônica). A.1. Leia, em voz alta, alguns versos do poema “Enchente”, da escritora Cecília Meireles (1901-1964).
Olha a chuva que encharca a gente. Põe a chave na fechadura.
Fecha a porta por causa da chuva, olha a rua como se enche!
MEIRELES, Cecília. Enchente. In : MEIRELES, Cecília. Ou isto ou aquilo. Ilustrações originais: Thais Linhares. 6. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002. p. 73.
a. O título do poema, “Enchente”, dá uma pista do que será abordado. Analise as informações a seguir e copie a que apresenta o assunto tratado nesse poema.
O poema descreve um dia de chuva, que acarreta uma enchente.
O poema alerta sobre os problemas ambientais que causam enchentes.
O poema faz o leitor refletir sobre as forças da natureza.
O poema ensina o leitor a como lidar com uma chuva forte.
Resposta: A.
b. Quais são as formas verbais presentes no início de cada verso?
Resposta: Olha , põe, fecha e olha
Copie a informação correta sobre essas formas verbais.
As formas verbais presentes no início de cada verso indicam a possibilidade de que algo venha a acontecer.
As formas verbais presentes no início de cada verso indicam algo que já ocorreu.
As formas verbais presentes no início de cada verso indicam ordens.
As formas verbais presentes no início de cada verso indicam uma previsão do que vai acontecer.
Resposta: C.
c. Você deve ter percebido a repetição de um som ao ler esses versos. Quais letras representam esse som?
Resposta: O som é representado pelo dígrafo ch
d. De que modo a repetição sonora presente no poema se relaciona ao título? Explique essa relação.
Resposta: A repetição do ch lembra o barulho da chuva caindo, que é responsável pela enchente.
e. Em um poema, os sons que se repetem ajudam a proporcionar musicalidade e ritmo aos versos. A chuva retratada no poema é forte ou branda? Isso indica que ela cai em um ritmo lento ou acelerado?
Resposta: A chuva é forte, pois é capaz de provocar uma enchente. Esse fato pressupõe que a chuva cai em ritmo acelerado.
f. Em sua opinião, a repetição constante do som está de acordo com o ritmo da chuva? Explique sua resposta.
Resposta esperada: Sim, pois o som do ch se repete diversas vezes no poema, reproduzindo, assim, a velocidade da chuva.
A repetição regular de sons consonantais em um texto recebe o nome de aliteração. Essa figura de linguagem é muito utilizada para reforçar a ideia que o autor deseja transmitir e também conferir musicalidade ao texto.
• Nesta seção, os estudantes se deparam com algumas figuras de linguagem que, em Portugal e por uma parcela da crítica e da teoria linguística no Brasil, recebem o nome figuras de estilo Isso ocorre porque parte das ciências linguísticas se preocupa em identificar os efeitos de sentido criados pelas variadas escolhas enunciativas em um texto, ou seja, seu estilo.
• Antes de iniciar a seção, converse com os estudantes sobre o fato de, muitas vezes, ser difícil conseguirmos nos expressar em situações inusitadas e até mesmo desconhecidas. Nessas situações, as figuras de linguagem são de grande auxílio para o estabelecimento da comunicação. Elas também são recorrentes em textos literários e publicitários, visto que seus autores precisam fazer uso de estratégias para expressar suas ideias e tornar a mensagem artística ou convincente.
• A concisão é uma qualidade presente nos textos poéticos, que condensam inúmeras camadas de significados, construídas com o emprego de recursos sonoros, imagéticos etc., e por isso foram escolhidos para o estudo das figuras de linguagem.
28/07/2022 15:10:35
• Na atividade 1 , os itens a a f abordam a aliteração em um dos poemas contidos em Ou isto ou aquilo , de Cecília Meireles, no qual a autora explora de forma exemplar a sonoridade das palavras. Com isso, faz-se necessária sempre a leitura em voz alta dos versos para que os estudantes percebam melhor as repetições de sons. É importante que fique claro para a turma como o estrato sonoro do texto contribui para o tema desenvolvido nele, a enchente, conferindo musicalidade aos versos, efeito que os distancia da linguagem cotidiana e determina o ritmo de leitura. Releia o poema quantas vezes forem necessárias para que todos alcancem esse entendimento.
• Já um pouco familiarizados com o emprego da repetição sonora em textos poéticos, os estudantes conhecerão a assonância . O que deve ser apreendido por eles, essencialmente, é a reiteração de aspectos da bola com a repetição dos sons vocálicos dessa palavra ao longo do poema. Apesar de a vogal e também se repetir, são as letras a e o as que mais aparecem nos quatro versos reproduzidos na página.
• Na atividade 1 , os itens a a c exigem propriamente a identificação das repetições sonoras e seu reflexo no significado das palavras do texto. Rebola e rola são atos nos quais estão presentes o movimento circular, que remete à imagem da bola, portanto foram propositalmente escolhidas pelo poeta. Talvez o sentido de rebolar não seja facilmente ligado à bola pelos estudantes, por isso foi proposto o uso do dicionário no enunciado do item c . Ressalte que, apesar de o vocábulo escola não se relacionar diretamente à bola, a forma dessa palavra a recorda pela semelhança sonora, o que também revela uma escolha não aleatória do poeta, que poderia ter utilizado o termo colégio , de mesmo significado, mas não conseguiria a musicalidade pretendida no poema.
• No item d , de acordo com o trabalho desenvolvido até aqui, os estudantes não terão dificuldade de explicar que a sonoridade do poema representa o uso consciente, por parte do poeta, dos recursos linguísticos disponíveis, no intuito de comunicar melhor sua mensagem. Ressalte que isso também é importante para propiciar a fruição do texto pelo leitor, função estética muito presente na produção literária.
• Os itens e e f encerram o trabalho com o poema de Bartolomeu Queirós checando a compreensão da história contada nele. O trecho “já sabe” é chave para uma das respostas. Caso seja necessário, repasse com a turma o que acontece em cada um dos versos para que eles consigam entender o desfecho.
1. Leia o poema a seguir em voz alta.
A bola entrou na escola para aprender a rebolar. A bola rola e rola e já sabe requebrar.
QUEIRÓS, Bartolomeu Campos de. A bola. In: QUEIRÓS, Bartolomeu Campos de. De bichos e não só Ilustrações originais: Orlando Pedroso. São Paulo: Global, 2016. p. 11.
a. Assim como nos versos do poema "Enchente", que você leu na página anterior, os versos de "A bola" também contêm repetições de sons. Identifique os sons de vogais que se repetem nesses versos e anote no caderno as letras que os representam.
Resposta: Nesses versos, repetem-se as vogais a , e e o
b. Quais dessas vogais que você anotou estão presentes na palavra bola?
Resposta: Constam na palavra bola as vogais a e o
c. As palavras em que essas vogais aparecem estão relacionadas ao objeto bola? Explique. Se necessário, consulte o dicionário.
Resposta: As palavras rebola e rola se relacionam a bola , pois são ações que têm certa relação com o formato desse objeto. A única palavra com essas vogais que não está relacionada a bola é escola
d. De acordo com o que você já sabe sobre a repetição proposital de sons nos textos, que efeito sonoro a repetição dessas vogais cria no poema? Analise as informações a seguir e copie a que estiver correta.
Resposta: B.
Torna a leitura do poema mais lenta. Confere musicalidade e ritmo ao poema. Cria um efeito de leveza ao poema. Obriga o leitor a ler o poema rapidamente. Ensina o leitor algumas táticas com a bola.
e. Ao entrar na escola, a bola tinha um objetivo. Qual era o objetivo da bola?
Resposta: Aprender a rebolar.
f. A bola conseguiu atingir seu objetivo ao entrar na escola? Escreva em seu caderno o verso que comprova sua resposta.
Resposta: Sim, pois o último verso apresenta a informação “e já sabe requebrar”, que demonstra que ela alcançou seu objetivo.
A repetição regular de um mesmo som vocálico em um texto recebe o nome de assonância Assim como na aliteração, essa figura de linguagem busca atribuir mais musicalidade ao texto.
• Como forma de preparar os estudantes para os estudos posteriores de literatura, no Ensino Médio, é indispensável mostrar-lhes que os textos literários são fruto de escolhas minuciosamente pensadas pelo autor, por isso devem ser analisados em detalhe, a fim de não deixar escapar nenhuma camada de significado da obra.
1. Leia a seguir a tira de Armandinho.
a. O que a expressão RONC! indica nos dois primeiros quadrinhos?
Resposta: Essa expressão indica um barulho feito pela barriga de Armandinho.
b. Em qual quadrinho temos a confirmação disso?
Resposta: No segundo quadrinho, em que a mãe de Armandinho ouve o barulho e identifica de que se trata.
c. Por que a mãe de Armandinho diz que a barriga dele quer alguma coisa?
d. A resposta de Armandinho, no último quadrinho, é esperada ou inesperada? Explique o motivo, levando em consideração o humor produzido pela tirinha.
e. Se não houvesse a representação do som nessa tirinha, seria possível entendê-la? Justifique sua resposta.
Resposta: Não. O leitor não saberia o que Armandinho está sentindo na cena sem a reprodução do som de sua barriga.
2. Analise as expressões a seguir.
1. c. Resposta: Porque, normalmente, a barriga de uma pessoa emite ruídos quando quer alguma coisa, ou seja, quando indica que precisamos nos alimentar.
• Na leitura, muitas vezes o contexto encarrega-se de esclarecer o sentido de uma onomatopeia, mas, na escrita, o autor deve dominar algumas formas de expressão dessa figura de linguagem para comunicar-se adequadamente.
• Os itens a a c da atividade 1 trabalham com o conhecimento dos estudantes acerca da expressão Ronc!. O contexto dado pelo primeiro quadrinho já permite o entendimento de seu significado, pois a palavra aparece junto da barriga de Armandinho. Contudo, é no segundo quadrinho que ficamos sabendo que esse ruído é alto a ponto de ser, inclusive, ouvido pela mãe. É por meio desse ruído também que é construído o humor na tirinha.
O que essas expressões indicam?
Resposta: A expressão A indica uma pancada; já a expressão B
1. d. Resposta: É inesperada. O esperado seria que ele quisesse comer algo, e não que precisava jogar videogame, e isso contribui para o efeito de humor da tirinha.
Onomatopeia é o nome que se dá à figura de linguagem que consiste na reprodução de sons ou ruídos por meio de palavras e expressões. Esses sons podem ser de animais, de ações, de objetos, de fenômenos da natureza, entre outros.
• No item d , aborda-se a interpretação textual da tirinha, que implica reconhecer que a fala de Armandinho é inesperada. Provavelmente os estudantes não terão dificuldade em compreendê-la, portanto, aproveite para incentivá-los a explicar oralmente o que entenderam. Eles devem expor que Armandinho aproveita o ruído de sua barriga para conseguir que a mãe o deixe jogar videogame
• Já o item e proporciona o momento ideal para que seja explicitada à turma a importância do emprego de recursos paralinguísticos em um texto. Incentive-os a pensar como poderia ser expressa a ideia da onomatopeia somente com palavras e como isso desconstruiria a mensagem original da tirinha.
• Por fim, na atividade 2 , verifica-se a compreensão de variados tipos de onomatopeia pelos estudantes. É importante que tenha ficado claro que essa figura de linguagem busca imitar um som, portanto, diferencia-se
65
BECK, Alexandre. Armandinho Três . Florianópolis: A. C. Beck, 2014. p. 72.• A subseção Praticando destina-se à fixação das figuras de linguagem apresentadas anteriormente. Destaque, em cada um dos textos apresentados, o efeito de sentido obtido por meio do uso delas. Promova sempre a leitura em voz alta deles antes de passar às atividades, a fim de facilitar a percepção da sonoridade pelos estudantes. Se houver dificuldade na realização das atividades, apresente outros textos de modo que a turma aprofunde seus conhecimentos.
• A atividade 1 apresenta um poema narrativo, assim como “A bola”, visto anteriormente. Leve os estudantes a perceber o encadeamento rítmico propiciado pela sonoridade do texto, fazendo com que o leitor não só entre em contato com a história, mas tenha uma experiência estética maior quando o poema é lido em voz alta. O enredo é composto de versos curtos, que tornam a leitura mais ágil, e a repetição constante da letra t , principalmente, também contribui para o ritmo mais acelerado do poema.
• Na atividade 2 , são retomadas a aliteração e a assonância. A repetição da consoante r é a que mais chama atenção no trava-línguas, por isso essa provavelmente será a primeira figura de linguagem mencionada pelos estudantes. Incentive-os, porém, a verificar se há mais alguma repetição depois da identificação dessa aliteração. Permita-lhes que se divirtam tentando pronunciar rapidamente as frases em competição com os colegas.
1. Leia, a seguir, o início de um poema do escritor Kalunga.
Tatu
Onde tá o tatu?
Na toca não tá.
— Tatu, tu tá onde?
— Eu tô que nem tô vendo a tatu-tia fazendo tricô. [...]
a. O poema tem um ritmo de leitura, que é marcado por frases curtas e também pela repetição de uma consoante. Qual é essa consoante?
Resposta: A letra t
b. Que nome recebe a figura de linguagem presente nesse poema? Copie a opção correta. Aliteração. Assonância. Onomatopeia.
Resposta: A.
A. B. C.
c. Se o nome do personagem principal fosse minhoca , por exemplo, o ritmo desse poema seria o mesmo? Explique.
Resposta: Não, pois o som da palavra tatu, uma palavra curta e com a repetição do t , também contribui para o ritmo do poema.
2. Leia o trava-língua a seguir em voz alta. Depois, tente lê-lo o mais rápido que conseguir também em voz alta. Na sequência, responda às questões.
O rato roeu a roupa do rei de Roma. A rainha raivosa rasgou o resto. Origem popular.
a. De acordo com o que você estudou sobre figuras de linguagem, identifique e indique as que estão presentes nesse trava-língua.
Resposta: Estão presentes a aliteração, pela repetição do som da letra r, e a assonância, por conta da repetição do som das vogais a e o
b. Qual é a ação realizada pelo rato? E a ação da rainha?
Resposta: A ação realizada pelo rato é a de roer a roupa do rei. A ação da rainha é a de rasgar o resto.
c. Um dos sons que se repetem nesse trava-língua está relacionado com alguma das ações apresentadas? Explique.
Resposta: Sim, o som da consoante r lembra o barulho que se faz ao roer ou rasgar alguma coisa.
d. Levando-se em conta que esse texto é um trava-língua, cite uma das funções da repetição sonora presente nele.
Resposta: A repetição de sons visa tornar difícil ao leitor a pronúncia rápida e correta das palavras, provocando humor.
KALUNGA. Tatu. In: KALUNGA. Quero-quero. Ilustrações originais: Simone Matias. São Paulo: FTD, 2009. p. 8.3. Leia a seguir um trecho do poema “O rock do iaque”, de Sérgio Capparelli.
Servi um prato de nhoque pro iaque
Ele comeu
Ele comeu
Nhac , nhac , nhac , nhac , nhac , nhac
[...]
CAPPARELLI, Sérgio. O rock do iaque. In : CAPPARELLI, Sérgio. Poesia de bicicleta
Ilustrações: Ana Gruszynski. Porto Alegre: L&PM, 2009. p. 26.
Iaque: boi selvagem asiático.
a. Identifique o verso do poema em que há onomatopeias e copie-o no caderno.
Resposta: “Nhac, nhac, nhac, nhac, nhac, nhac.”
b. Que som essas onomatopeias representam?
Resposta: O som do boi comendo nhoque.
c. Quais outras palavras poderiam ser usadas para imitar esse som?
Possível resposta: Nhoc! ou Chomp!. Considere também outras respostas pertinentes.
4. As onomatopeias a seguir são muito usadas em histórias em quadrinhos. Analise-as e identifique a situação em que poderiam ser utilizadas.
• Os itens a e b da atividade 3 exigem dos estudantes uma atenta interpretação textual do poema, na qual percebam a relação entre o campo sonoro e o do significado na história narrada. Podem ser necessárias várias leituras para que essa ligação seja absorvida adequadamente, por isso leia com eles algumas vezes o poema e explicite os recursos empregados pelo poeta. Assim, eles terão condições de responder, com suas próprias palavras, a essa atividade. Ao propor o item c , explique -lhes também que qualquer mudança pensada para o poema deve considerar essa relação, a fim de que não se perca a estrutura rítmica.
Resposta: Para representar o choro de alguém ou de algum personagem.
Resposta: Para representar o som de um relógio.
Resposta: Para representar a tosse de alguém ou de algum personagem.
• Após a realização da atividade 4, pode ser proposta a elaboração de ilustrações, em duplas de diferentes perfis de estudantes, das situações descritas. Se possível, indique a utilização de uma ferramenta digital para a execução dos trabalhos e compartilhe-os, se possível, com outras turmas.
Resposta: Para representar o som de alguém ou algum personagem bebendo alguma coisa.
Resposta: Para representar o som de um trem.
Resposta: Para representar o som de uma pancada.
• Para sistematização do trabalho realizado até aqui, utilize a estratégia Gallery walk . Oriente os estudantes a formar duplas ou trios e atribua uma figura de linguagem estudada a cada equipe. Eles devem pesquisar exemplos do uso dela em jornais, revistas, gibis etc. Viabilize esses recursos ou, caso não seja possível, solicite-lhes que realizem essa parte da atividade em casa. Forneça os materiais necessários para a confecção de cartazes e organize uma exposição na sala de aula. Realize a apreciação dos trabalhos de forma coletiva para que identifiquem as figuras de linguagem empregadas em conjunto. Durante as discussões, perceba se ainda há defasagens na compreensão desse conteúdo na turma e trabalhe de forma individual com esses estudantes a realização de novos cartazes.
A. B. C. D. E. F.• Conhecer a classe gramatical dos adjetivos.
• Identificar as locuções adjetivas.
• Identificar a concordância dos adjetivos em gênero e número com as palavras que acompanham.
• Ao explorar as flexões dos adjetivos, os estudantes desenvolvem a habilidade EF06LP04, percebendo que os adjetivos se flexionam em gênero e número em relação às palavras a que se referem.
• Ao explorar o efeito de sentido do emprego dos adjetivos nos textos literários trabalhados, que contribuem para a ambientação e a criação de uma atmosfera de suspense, os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP54
Orientações
• O conteúdo desta seção é um pré-requisito para os estudantes desenvolverem a habilidade EF06LP06 , pois os adjetivos estão envolvidos na concordância nominal.
• Na atividade 1 , os estudantes são levados a refletir sobre o uso de algumas palavras até chegarem à conclusão de que se trata de adjetivos. Ao final dela, incentive-os a comparar os adjetivos aos substantivos a fim de perceberem a diferença entre eles.
• Ao propor a atividade 2 , leve-os a perceber que ambas as palavras destacadas estão precedidas de artigo. Em contextos como esse , é fácil confundir um substantivo com um adjetivo, por isso é preciso ter muito clara a diferença entre um e outro. Esclareça que, no caso da frase B , temos um adjetivo substantivado, ou seja, um adjetivo cuja função foi deslocada para a de um substantivo.
• Comente que, geralmente, o adjetivo anteposto ao substantivo exprime valor apreciativo (uma bela ideia, uma comovente dedicação), já o posposto enuncia particularidade e caracteriza o objeto, definindo-o, distinguindo-o, classificando-o
1. Leia o início do conto “O casal de velhos”, do escritor Edson Gabriel Garcia.
O céu estava escurecendo rapidamente, fechado, com nuvens escuras, quase pretas, anunciando uma tempestade de trovões, relâmpagos e água pesada. Manezinho apressou o passo na estrada deserta meio sem saber o que fazer. Tinha pegado uma carona até o trevo e agora caminhava em direção à cidade que se escondia do lado de lá da pequena montanha. Quase uma hora de caminhada e via apenas a estradinha se espichando em direção ao monte de terra. Tomaria chuva, com certeza. No máximo, tentaria se esconder debaixo de uma daquelas arvorezinhas raquíticas que margeavam o caminho. A escuridão aumentou ainda mais, fazendo com que ele, um homem danado de corajoso, tivesse medo do temporal e do aguaceiro que estavam para vir. […]
Raquíticas: que não cresceram devidamente.
a. Por que Manezinho apressou o passo pela estrada?
Resposta: Porque o tempo estava mudando, indicando chuva.
b. Releia o trecho e escreva as palavras empregadas para caracterizar:
• o céu;
Resposta: Fechado.
• as nuvens;
Resposta: Escuras, pretas.
• a intensidade da água da chuva;
Resposta: Pesada.
• a estrada;
Resposta: Deserta.
• a montanha;
Resposta: Pequena.
• as arvorezinhas.
Resposta: Raquíticas.
c. O que o emprego das palavras que você identificou na questão anterior confere ao conto?
Resposta: Confere um clima de apreensão e suspense.
d. No final do trecho, é empregada uma palavra para caracterizar o personagem Manezinho. Qual é essa palavra?
Resposta: A palavra é corajoso
e. Apesar de o personagem ser caracterizado dessa forma , como ele se sentiu diante da mudança do tempo?
Resposta: O céu estava tão escuro que, apesar de ser corajoso, o personagem sentiu medo.
As palavras que foram usadas para indicar como era o personagem ou como estavam o céu, as nuvens e a estrada são exemplos de adjetivos
Adjetivos são palavras que modificam os substantivos, indicando-lhes características e atribuindo-lhes um estado (modo de ser) ou uma qualidade.
2. Leia as frases a seguir.
Eu vi uma pequena montanha. A pequena acabou de chegar.
a. Em qual das frases a palavra em destaque caracteriza um substantivo?
b. Em qual das frases a palavra em destaque nomeia um ser?
(homens ignorantes , fama internacional). A colocação anteposta do adjetivo em relação ao substantivo é comumente considerada mais pessoal e subjetiva, da mesma forma que a posposta é impessoal e objetiva.
• Explique aos estudantes também que a colocação do adjetivo na frase, no entanto, também depende de fatores como preferência do falante, natureza do discurso, constituição fônica do substantivo e do adjetivo, emprego literal ou figurado etc.
Resposta: Na frase A
Resposta: Na frase B
GARCIA, Edson Gabriel. O casal de velhos. In : GARCIA, Edson Gabriel. Sete gritos de terror. Ilustrações originais: André Ianni. São Paulo: Moderna, 1991. p. 17. (Veredas). A. B.c. Com base na comparação do emprego da palavra pequena , leia as informações a seguir e copie a que estiver correta.
Resposta: A.
A palavra será classificada como adjetivo quando acompanhar um substantivo, caracterizando-o.
A palavra será classificada como adjetivo quando for acompanhada de um artigo e nomear um ser.
3. Releia este trecho do conto “O casal de velhos”, analisando a expressão em destaque. O céu estava escurecendo rapidamente, fechado, com nuvens escuras, quase pretas, anunciando uma tempestade de trovões, relâmpagos e água pesada.
a. A qual substantivo a expressão em destaque atribui uma característica?
Resposta: Ao substantivo tempestade
b. Se não houvesse essa expressão, a frase teria o mesmo sentido?
Resposta: Não.
c. Com que função essa expressão foi usada?
Resposta esperada: Para indicar o tipo de tempestade que estava acontecendo.
Além do adjetivo, existem expressões formadas por duas ou mais palavras que caracterizam os substantivos. Essas expressões que desempenham o papel de adjetivo são chamadas locuções adjetivas. É o caso da locução de trovões da atividade anterior. Em alguns casos, é possível substituir uma locução adjetiva pelo adjetivo correspondente. Exemplos: período da noite — período noturno; carne de boi — carne bovina
4. Leia as capas de livro a seguir e responda às questões.
Capa do livro Meu avô japonês, de Juliana de Faria, publicado pela editora Panda Books, em 2009.
Capa do livro Contos africanos para crianças brasileiras, de Rogério Andrade Barbosa e ilustrações de Maurício Veneza, publicado pela editora Paulinas, em 2004.
a. Identifique, nos títulos desses livros, exemplos de adjetivos.
Capa do livro As muitas notas da música brasileira: Nossas canções e o jeito brasileiro de ser, de Luís Pimentel e Januária Cristina Alves, publicado pela editora Moderna, em 2015.
b. O que esses adjetivos revelam para os leitores sobre o conteúdo dos livros apresentados?
Confira a resposta da questão nas orientações ao professor.
Alguns adjetivos, chamados adjetivos pátrios , são empregados para fazer referência a países, estados, cidades ou localidades, indicando o lugar de origem do ser.
4. a. Resposta: No título Meu avô japonês: japonês; no título Contos africanos para crianças brasileiras: africanos e brasileiras; no título As muitas notas da música brasileira: Nossas canções e o jeito brasileiro de ser : brasileira e brasileiro
• Na atividade 3 , os estudantes verificam a estrutura de locuções adjetivas. Apresente outros exemplos a eles e mostre dois aspectos: em alguns casos é possível substituir uma locução adjetiva por um adjetivo equivalente (de mãe = materno); porém, em outros casos, isso não é possível (de trovões).
• Sobre as capas de livros apresentadas na atividade 4, se pertinente, apresente aos estudantes breves resumos das obras, disponibilizados a seguir, e instigue-os a conhecer as histórias integralmente.
› Meu avô japonês – Mostra a relação da menina Isabel e seu avô, que conta como ocorreu a chegada e a adaptação dos imigrantes japoneses no Brasil, além de ensinar cultura japonesa, como os rituais e as celebrações típicas.
› Contos africanos para crianças brasileiras – Apresenta dois contos da literatura oral de Uganda: um explica às pessoas como nasceu a inimizade entre o gato e o rato, e o outro, por que os jabutis têm os cascos rachados.
› As muitas notas da música brasileira: nossas canções e o jeito brasileiro de ser – Livro que trata da música brasileira com uma linguagem fácil, acessível e interessante para jovens leitores. • Ao explorar os adjetivos pátrios, ressalte que a ordem dos adjetivos especificativos e pátrios é geralmente posposta ao substantivo, porém, da mesma forma que os qualificativos, eles podem aparecer pospostos ou antepostos.
4. b. Resposta: Na capa A, o adjetivo japonês designa a origem do avô, indicando que a história é sobre um senhor dessa nacionalidade. Na capa B, os adjetivos africanos e brasileiras designam, respectivamente, a origem das histórias apresentadas e a origem do público para o qual essas histórias são destinadas. Por fim, na capa C, os adjetivos brasileira e brasileiro indicam de qual tipo de música o livro vai tratar (música brasileira) e uma característica do povo de determinado país (jeito brasileiro de ler).
• As atividades 1 e 2 explicitam aos estudantes a relação de concordância entre adjetivo e substantivo. Apesar de esse fenômeno ser naturalmente aprendido pelos falantes nativos de língua portuguesa, por influência de algumas situações de registro mais informal, os estudantes podem não pluralizar todos os elementos de uma frase. Nesses casos, é necessário reforçar a importância de analisar o contexto linguístico para empregar a variante exigida pela situação, sendo necessário, portanto, que eles conheçam as formas preconizadas pela norma-padrão para transitar por gêneros que a utilizem.
• Escreva na lousa a seguinte frase: “Turista francês experimenta comida de praia alagoana”.
• Em seguida, explique à turma que o adjetivo alagoana , na posição em que se encontra, refere-se ao substantivo praia
• Depois, pergunte aos estudantes como a frase deveria ser escrita sem problema de sentido caso o autor quisesse caracterizar a comida como alagoana. Espera-se que respondam “Turista francês experimenta comida alagoana de praia”.
• Explique a eles que, ao aproximar o adjetivo do substantivo a que se refere, o sentido da frase não é prejudicado. Essa atividade permite aos estudantes analisar os sentidos produzidos pela posição do adjetivo na frase e reescrever um texto eliminando a ambiguidade.
1. Leia a tirinha a seguir e responda às questões.
a. Identifique os adjetivos que caracterizam estes substantivos:
• ferramentas (primeiro quadrinho);
• pedra (segundo quadrinho);
• trabalho (quarto quadrinho).
Resposta: pequenas e delicadas
Resposta: escovada e limpa
Resposta: monótono
b. Esses adjetivos concordam em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural) com os substantivos a que se referem? Explique.
Confira a resposta da questão nas orientações ao professor.
c. O que Calvin está descrevendo nessa tirinha?
Resposta: As tarefas feitas por um arqueólogo.
d. No início da tirinha, a expectativa sobre o que Calvin descreve parece ser positiva ou negativa?
Resposta: Parece ser positiva, pois Calvin está concentrado e descrevendo com minúcia o trabalho do arqueólogo.
e. Com base na expressão facial de Calvin no último quadrinho e no adjetivo empregado por ele para caracterizar o trabalho do arqueólogo, como Calvin imaginava que seria esse trabalho?
Resposta esperada: A expressão facial de decepção e o emprego do adjetivo monótono sugerem que Calvin esperava que o trabalho dos arqueólogos fosse mais criativo, dinâmico, emocionante.
Os adjetivos concordam em gênero (feminino e masculino) e número (singular e plural) com os substantivos aos quais se referem. Exemplos: menina bonit a /meninas bonit as; menino bonito/meninos bonitos
2. Leia a frase a seguir.
O pequeno menino brincava sem parar.
a. Como seria essa frase se ela estivesse no feminino singular? E como seria se estivesse no feminino plural?
Resposta: Se estivesse no feminino singular, seria: A pequena menina brincava sem parar. No feminino plural, seria: As pequenas meninas brincavam sem parar.
b. O que você observou ao escrever o adjetivo nas respostas?
Resposta: Houve a troca da terminação o por a ao passar o adjetivo pequeno para o feminino; e o acréscimo de s ao final do adjetivo, ao passá-lo para o plural.
Alguns adjetivos seguem outras regras de formação do feminino, como ateu – ateia, mau – má, europeu – europeia, bom – boa. Há também os que apresentam apenas uma forma no masculino e no feminino, como estressante (a época estressante, o ano estressante); fácil (a atividade fácil, o exercício fácil); selvagem (um animal selvagem, uma floresta selvagem).
1. b. Resposta: Sim. Os adjetivos pequenas e delicadas estão no feminino e plural, concordando em gênero e número com o substantivo ferramentas; os adjetivos escovada e limpa estão no feminino e singular, concordando em gênero e número com o substantivo pedra ; já o adjetivo monótono, masculino e singular, concorda em gênero e número com o substantivo trabalho
WATTERSON, Bill. Criaturas bizarras de outro planeta! : as aventuras de Calvin & Haroldo. Tradução: Adriana Schwartz. 2. ed. São Paulo: Conrad Editora do Brasil, 2011. p. 37.1. Leia um trecho de O diário de Zlata: a vida de uma menina na guerra , escrito por uma garota de 11 anos que vivenciou, na década de 1990, a guerra da Bósnia.
Sábado, 11 de julho de 1992.
Dear Mimmy, Nedo nos trouxe uma visita. Uma gatinha. Vinha andando atrás dele, seguia Nedo por toda parte, aí ele não teve coragem de deixá-la do lado de fora. Pegou-a no colo e a trouxe para nós. Que nome vamos escolher para ela? Tanjo, Tanjko, Mada, Mikana, Persa, Cici?... Ela é alaranjada com as patinhas brancas e tem uma coleirinha. É a maior gracinha, mas só um pouquinho selvagem.
Zlata.
FILIPÓVIC, Zlata. O diário de Zlata : a vida de uma menina na guerra.
Tradução: Antonio de Macedo Soares e Heloisa Jahn.
São Paulo: Companhia das Letras, 1994. p. 74-75
a. Com que intenção um diário é escrito?
2. b. Resposta: Os adjetivos são: branca , nova , preta , usada; as locuções adjetivas são: de alumínio, de aço. São importantes porque destacam as características do objeto anunciado, a fim de despertar o desejo de algum leitor em adquiri-lo.
• Inicie o trabalho com a atividade 1 da subseção Praticando incentivando uma discussão sobre o gênero diário. Pergunte se os estudantes já redigiram um ou leram algum publicado em livro. Pergunte quais temas são comumente abordados por aqueles que escrevem um diário, como costumam se dirigir a ele, com que frequência costumam atualizá-lo etc.
Resposta: O diário é produzido para registrar fatos do cotidiano, ideias, opiniões, emoções, desejos, desabafos, segredos etc.
b. Escreva o que Zlata registra em seu diário.
Resposta: Ela registra como uma gatinha passou a viver com ela e sua família.
c. Quais adjetivos Zlata empregou para caracterizar a cor do corpo e das patas da gatinha? E para expressar sua opinião sobre o animal?
Resposta: Para a cor do corpo: alaranjada ; para as patas: brancas Para expressar sua opinião sobre o animal: gracinha e selvagem
d. Por que são empregados adjetivos para caracterizar a gata e a impressão de Zlata sobre o animal?
Resposta: Para que o leitor possa visualizar como é o animal, tanto fisicamente quanto em relação ao seu comportamento.
2. Leia os anúncios classificados a seguir. A.
VENDE-SE B.
Bicicleta branca, aro 26, nova, quadro de alumínio.
Tel.: (XX) XXXX-XXXX
VENDE-SE
Bicicleta preta, aro 26, usada, quadro de aço.
Tel.: (XX) XXXX-XXXX
a. Com que objetivo os anúncios classificados são produzidos?
Confira a resposta da questão nas orientações ao professor.
b. Quais são os adjetivos e as locuções adjetivas empregados nesses textos? Explique qual é a importância deles nesse gênero, considerando o objetivo desses anúncios.
c. O que permite distinguir as bicicletas anunciadas nesses dois classificados?
Resposta: O emprego de adjetivos que as caracterizam.
15:13:08
• Na atividade 2 , proponha também uma discussão sobre o gênero classificado com a seguinte pergunta: o que as pessoas geralmente anunciam em classificados? Os estudantes podem lembrar-se de sites nos quais pode ser divulgada praticamente qualquer coisa que alguém queira vender, por isso poderão citar diversos elementos, como carros, eletrodomésticos, computadores, móveis etc. Incentive-os, após a realização da atividade, a redigir um pequeno anúncio de algo que gostariam de vender para que possam praticar o uso de alguns adjetivos. Se for possível, crie um classificado-mural na sala de aula para que possam ler os textos dos colegas.
2. a. Resposta: Para anunciar algo (comprar ou vender), ofertar um emprego, comunicar um evento, entre outros. Comente com os estudantes que, para atingir seu objetivo, o anúncio classificado deve apresentar algumas informações, como objetivo (venda, compra etc.), dados, descrição do que está sendo anunciado, qual é a forma de contato e valores.
• A atividade 3 pode ser explorada de forma dinâmica propondo-se que os estudantes selecionem um texto de sua preferência (pode-se aproveitar o poema trabalhado na seção Iniciando o trajeto , por exemplo) e o copiem no caderno, deixando um espaço em branco onde aparecer um adjetivo. Eles deverão trocar o texto com um colega e completar as lacunas um do outro. Ao final, oriente-os a comparar o original com a versão criada pelo colega.
• Na atividade 4, se houver dificuldade em realizá-la, permita aos estudantes que trabalhem em duplas, para que busquem juntos as respostas no texto. Possibilite o agrupamento de estudantes de diferentes perfis para que o trabalho seja mais produtivo. Depois, faça a correção oralmente, verificando se as defasagens foram sanadas.
• Após a realização da atividade 4, converse com os estudantes sobre o assunto de que trata o texto. Pergunte-lhes o que sabem do artesanato da região onde moram e se conhecem o artesanato típico de outras regiões brasileiras. Cite como exemplos os diversos objetos e obras de arte feitos de pedra-sabão, em Minas Gerais, e a cerâmica marajoara, da Ilha de Marajó, no Pará. Se julgar pertinente, peça uma pesquisa sobre o artesanato brasileiro. Outra opção é solicitar aos estudantes que pesquisem sobre as comunidades quilombolas e as regiões Brejo, Cariri e Sertão, citadas no texto, para conhecer um pouco mais sua cultura.
• Com o objetivo de levar os estudantes a refletir sobre os sentidos do adjetivo de acordo com a anteposição ou posposição em relação ao substantivo, escreva os seguintes pares de frases na lousa:
› A. Meu vizinho é um pobre homem. / Aquele senhor é um homem pobre.
› B. Encontrei na estante um livro velho. / Vou apresentar um velho livro.
• Então, peça aos estudantes que analisem as frases e apontem os diferentes sentidos de
3. Leia o trecho de um conto.
3. c. Resposta: Os adjetivos tornam o texto mais detalhado ao caracterizar os substantivos, tornando possível imaginar com mais facilidade o que está sendo lido e colaborando para a criação de uma ideia de que se trata de um ser horroroso e sujo e gera humor ao texto.
Uma besta ■ , feita da mistura do Heterocephalus, o rato-toupeira-pelado, com a Babirusa, um tipo de porco com chifres ■ e ■ . Esse bicho ■ cheira a enxofre e faz qualquer um desmaiar a quilômetros ■ . […] CANTON, Katia. Ratorruter fetidus. In : CANTON, Katia. Bestiário transgênico
3. b. Resposta: “Uma besta roedora, feita da mistura do Heterocephalus, o rato-toupeira-pelado, com a Babirusa, um tipo de porco com chifres enormes e tortuosos. Esse bicho estranho cheira a enxofre e faz qualquer um desmaiar a quilômetros de distância.”. Essa é a versão original do texto.
a Nesse trecho, é possível compreender exatamente como é o animal descrito?
Resposta esperada: Não, porque faltam informações a respeito das características dele.
b. Reescreva o texto, substituindo os ■ pelos adjetivos ou pelas locuções adjetivas a seguir. enormes • estranho • de distância • roedora • tortuosos
c. Que diferença há entre o trecho sem adjetivos e o trecho que você reescreveu?
4. Leia o artigo expositivo a seguir, publicado em um site de viagens.
Museu de artesanato de João Pessoa mostra Paraíba em todas as suas formas
Madeira, cerâmica, lata e couro. Na Paraíba, a arte popular é tão variada quanto a geografia deste pequeno estado nordestino conhecido pelas suas praias de falésias alaranjadas e pelo interior cenográfico do sertão.
Mais do que endereço de faixas de areia com ares selvagens, a Paraíba surpreende com trabalhos artesanais produzidos em regiões distantes como Brejo, Cariri e Sertão, mesorregiões paraibanas que respiram arte em forma de bordados, brinquedos populares, talhados de comunidades quilombolas e objetos de couro.
Artesanatos em Cabedelo, na Paraíba, em 2017.
As distâncias entre os destinos turísticos nem sempre animam o visitante a deixar o litoral, mas em João Pessoa é possível fazer uma viagem pelo mundo da arte popular em um único espaço. Conhecido como Casa do Artista Popular, o museu abriga mais de mil peças produzidas em 115 municípios paraibanos.
[…]
VESSONI, Eduardo. Museu de artesanato de João Pessoa mostra Paraíba em todas as suas formas Viagem UOL , 17 set. 2014. Disponível em: https://viagem.uol.com.br/guia/roteiros/2014/09/17/museu-de-artesanato-de-joaopessoa-mostra-paraiba-em-todas-as-suas-formas.htm. Acesso em: 16 fev. 2022. © Folhapress.
4. a. Resposta: Divulgar um museu localizado em João Pessoa, valorizando a riqueza cultural dessa cidade e incentivando os turistas a visitarem o local citado.
a. Esse texto foi extraído de um site de turismo. Com que objetivo ele foi escrito?
b. Identifique no primeiro parágrafo os adjetivos empregados.
Resposta: Os adjetivos são: popular, variada, pequeno, nordestino, conhecido, alaranjadas, cenográfico.
c. Considerando o objetivo desse artigo, por que é importante o emprego de adjetivos em textos como esse?
Resposta: Para caracterizar positivamente os lugares citados e despertar o interesse dos leitores para visitá-los.
acordo com as posições dos adjetivos. Espera-se que respondam que no par de frases A , na primeira frase, a palavra pobre denota infelicidade e, na segunda, indica falta de recursos. Já no par de frases B , na primeira frase, o termo velho indica um livro gasto, deteriorado, e, na segunda, o contrário de moderno.
A seguir, você vai ler um poema do escritor e poeta brasileiro Pedro Bandeira. Com base no título “Vento perdido”, sobre o que você imagina que ele vai tratar? Vamos ler o poema para descobrir?!
Vem que vem o vento, vem que sopra num momento; vou, montado num jumento, cavalgar o arco-íris.
Vem que vem cantar, vem que vem sobrar, vem que vai voltar, vem que vai trazer tudo aquilo que eu tive e que o vento carregou, quando eu estava distraído a olhar pro meu umbigo, e o momento já passou.
Vem que o vento volta, devolvendo o meu sonho; pesadelo tão medonho que eu não quero nem lembrar.
Vem que vai ventar, vem que vai voltar, vento vai ventar, apagando num momento todo o arrependimento de um vento tão ventado, de um momento tão demais, de um vento tão perdido que não vai ventar jamais...
BANDEIRA, Pedro. Vento perdido. In : BANDEIRA, Pedro. Cavalgando o arco-íris . Ilustrações originais: Michio.
4. ed. São Paulo: Moderna, 2009. p. 32. (Risos e rimas).
• Ler outro poema e identificar as características e a função sociocomunicativa desse gênero.
• Com a exploração de palavras e de recursos sonoros e com a compreensão da relação entre esses recursos expressivos e os sentidos construídos no poema, os estudantes desenvolvem as habilidades EF69LP48 e EF69LP54
• Para os estudantes desenvolverem a habilidade EF69LP53 , é proposta uma leitura em voz alta com expressividade e fluência para se analisar o modo como os recursos expressivos e sonoros foram explorados.
• Por meio da leitura do poema, cujo objetivo é desenvolver e incentivar a autonomia de leitura e a percepção de recursos estilísticos em textos poéticos, os estudantes desenvolvem a habilidade EF67LP28
• Com a análise do efeito de sentido da aliteração no poema, os estudantes aprimoram a habilidade EF67LP38
Orientações
• Antes da leitura do poema, leia o texto e a atividade que se encontram no início da página, a fim de que os estudantes levantem hipóteses acerca do conteúdo do poema. Peça-lhes que analisem o título, buscando imaginar o que vai ser apresentado no texto. Questione-os, ainda, sobre que sensações eles esperam sentir na leitura de um texto poético. Ao final da leitura, é importante que as hipóteses sejam retomadas e trabalhadas na subseção Conversando sobre o texto
• Em um primeiro momento, leve os estudantes a realizar uma leitura silenciosa do poema. Em seguida, proponha uma leitura em voz alta. Devido ao ritmo acelerado do texto, talvez seja mais conveniente pedir a um único estudante que faça a leitura declamatória. Se não, leia-o, solicitando-lhes antes que acompanhem pelo livro.
• Pedro Bandeira é um importante nome da literatura infantojuvenil. Comente um pouco da sua minibiografia, contida no boxe no início da página, a fim de saber se os estudantes já o conhecem ou para incentivá-los a ler suas obras. Solicite aos que já entraram em contato com um dos títulos mencionados que compartilhem sua opinião e prepare antecipadamente um pequeno resumo desas obras para ler para a turma.
• Nas atividades 1 e 2 , permita aos estudantes que exponham o resultado da comparação entre o que previram que o texto abordaria e o que de fato foi tratado nele. Incentive-os a exprimir também o que esperavam experimentar com o poema e o que sentiram ao longo da leitura. Incentive a participação voluntária.
• A atividade 3 busca manter o tema do poema no horizonte do estudante, uma vez que ter em vista essa unidade significativa é importante para os sentidos que o poema pretende construir.
• A atividade 4 explora também o gênero verbete de dicionário. Mostre aos estudantes que, ainda que os significados apontados para uma palavra no dicionário não sejam o que foi usado em um texto, conhecer os sentidos em que ela pode ser usada de forma denotativa é imprescindível para compreender o uso figurado dela.
• Ao propor a atividade 5 , solicite aos estudantes que indiquem trechos do poema que justifiquem a resposta dada.
• Para mais informações sobre o gênero trabalhado neste capítulo, leia os livros indicados a seguir.
MERQUIOR, José G. Razão do poema : ensaios de crítica e de estética. São Paulo: É Realizações, 2003.
SECCHIN, Antonio C. Percursos da poesia brasileira . Belo Horizonte: Autêntica: UFMG, 2018.
Pedro Bandeira nasceu na cidade de Santos e, atualmente, é considerado um dos principais autores de literatura infantojuvenil no Brasil. Durante a década de 1980, publicou obras que encantaram gerações, como A marca de uma lágrima , O fantástico mistério de Feiurinha , que ganhou o prêmio Jabuti e adaptação para o cinema em 2009, e a série Os Karas , que durante 30 anos (1984-2014) foi sucesso com alguns títulos, como A droga da obediência e O anjo da morte
Fotografia de Pedro Bandeira, em 2016.
1. Após ler o poema, suas hipóteses sobre o que ele trataria se confirmaram? Comente com seus colegas.
Resposta pessoal.
2. Que sensações, sentimentos, emoções ou lembranças a leitura do poema despertou em você? Compartilhe sua experiência com os colegas.
Um poema pode versar sobre um fato ou uma situação, um sentimento, um momento em particular que o eu lírico quer capturar no texto, sobre uma pessoa, um animal ou um lugar, ou pode simplesmente contar uma história de uma forma mais subjetiva, poética.
3. Sobre o que versa o poema “Vento perdido”? Explique.
Resposta: O poema trata sobre um sentimento. No caso, o sentimento do eu lírico diante da efemeridade dos acontecimentos, em virtude do efeito da passagem do tempo.
4. No verbete de dicionário a seguir, são atribuídos vários significados para a palavra vento. Leia.
ven.to s.m.: 1 movimento natural do ar atmosférico
4. c. Resposta: O vento representa, no poema, o tempo, ou seja, é o vento (tempo) o responsável por transformar as coisas. Esse sentido não aparece no verbete de dicionário.
2 agitação do ar provocado artificialmente (v. do leque, do ventilador) 3 o ar atmosférico (crescer ao v.)
4 infrm. ventosidade, flatulência
VENTO. In : HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles. Minidicionário Houaiss da língua portuguesa . 4. ed. rev. e aum. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010. p. 796.
a. Quantos significados foram atribuídos à palavra vento?
Resposta: Quatro significados.
b. Como você identificou a quantidade de significados da palavra vento?
Resposta: É possível identificar a quantidade de significados da palavra vento pelos números que ordenam cada um dos significados.
c. Que sentido a palavra vento adquire no poema? Esse sentido aparece no verbete?
d. O emprego da palavra vento confere expressividade ao poema?
Resposta esperada: Sim, pois o emprego da palavra vento em sentido figurado cria um efeito poético e expressivo no poema.
5. Leia as afirmativas a seguir e copie a que apresenta o sentimento que o eu lírico demonstra ter no poema.
Resposta: B.
A. B.
Um sentimento de esperança diante do que ainda vai acontecer. Um sentimento de melancolia diante do tempo que passou.
Resposta pessoal.Vem que vai ventar, vem que vai voltar, vento vai ventar, apagando num momento todo o arrependimento de um vento tão ventado, de um momento tão demais, de um vento tão perdido que não vai ventar jamais...
a. Identifique nessa estrofe as palavras que rimam.
6. e. Resposta: Não, no poema “Vento perdido”, o ritmo é mais acelerado do que no outro poema, pois sugere a ação do passar do tempo, enfatizando a velocidade com que ele passa.
Resposta: As palavras são ventar, voltar ; momento, arrependimento; jamais, demais
b. Nesse trecho do poema, há uma aliteração e uma assonância. Quais são elas?
Resposta: Aliteração: a repetição do som do v ; assonância: a repetição do som do e
c. Aliterações e assonâncias podem contribuir para os sentidos do texto. De que forma essa repetição de sons sugere os sentidos do poema lido?
Resposta esperada: A repetição do v pode sugerir o barulho do vento; a repetição do e (nasalizado) pode sugerir um tom de melancolia.
d. Que efeito o emprego das rimas e da repetição de sons confere ao poema?
Resposta: As rimas e a repetição do som de v e do som de e nasalizado conferem ao poema musicalidade e ritmo.
e. O ritmo desse poema é o mesmo do poema “O Livro ou o Sonho...”? Explique.
f. Em sua opinião, o que o emprego das reticências sugere no último verso do poema “Vento perdido”?
Confira a resposta da questão nas orientações ao professor.
Nos poemas, o ritmo pode ser marcado por meio da pontuação, das aliterações, das assonâncias, da pronúncia intensa de algumas sílabas e da posição das palavras e das rimas.
7. Releia os versos a seguir.
tudo aquilo que eu tive e que o vento carregou, quando eu estava distraído a olhar pro meu umbigo, e o momento já passou.
A expressão em destaque é um exemplo de emprego de palavras com sentido figurado. Qual é o sentido dessa expressão? Resposta: A expressão olhar pro meu umbigo significa ser egoísta, preocupar-se apenas consigo mesmo.
A pescaria do curumim e outros poemas indígenas Nesse livro, você poderá conhecer a fauna e a flora da região amazônica, além dos costumes dos povos indígenas que vivem nessa região por meio dos poemas de Tiago Hakiy, descendente do povo Sateré Mawé.
A pescaria do curumim e outros poemas indígenas , de Tiago Hakiy. Editora Panda Books, 2015.
Capa do livro A pescaria do curumim e outros poemas indígenas
• Reforce com a turma a leitura do título sugerido ao fim da página. Trata-se de um escritor indígena do Amazonas. Se possível, oriente os estudantes a procurar outros livros do autor e de outros autores indígenas, como Daniel Munduruku, Aline Rochedo Pachamama, Cristino Wapichana e Denízia Cruz, a fim de ampliar o repertório literário deles e de valorizar a cultura dos povos indígenas.
28/07/2022 15:18:43
6. f. Resposta pessoal. Possível resposta: As reticências podem sugerir a continuação do efeito do tempo na vida do eu lírico ou, ainda, imprimir ao poema um tom de tristeza e melancolia. Considere a coerência das respostas dos estudantes, pois, como é um texto literário, pode haver várias possibilidades de sentido.
• Na atividade 6 , chame a atenção dos estudantes para outras repetições ao longo do poema: de sons, de palavras e de expressões, como vem , que e tão Durante a leitura do poema, ressalte que os recursos expressivos e sonoros empregados no texto conferem novos sentidos a ele. No fim dessa atividade, peça aos estudantes que realizem outra leitura do poema, enfatizando as repetições sonoras que ocorrem.
• No item b da atividade 6 , antes de os estudantes responderem à atividade, faça uma leitura expressiva destacando os sons que se repetem. Leve-os a perceber a aliteração de v e a assonância de e (nasalizado).
• Se necessário, reescreva alguns trechos do poema na lousa e destaque a assonância e a aliteração.
› Assonância: Vem que vai v entar, / v em que vai voltar, / v ento vai v entar, / apagando num momento / todo o arrep endimento / de um v ento tão v entado, / de um mom e nto tão d e mais, / d e um v ento tão p erdido / que não vai v entar jamais...
› Aliteração: Vem que v ai v entar, / v em que v ai v oltar, / v ento v ai v entar,
• No item f da atividade 6 , destaque aos estudantes que a pontuação pode ser um importante recurso na construção dos sentidos do texto literário. Por exemplo, as reticências podem marcar a suspensão de uma ideia, uma interrupção, mas também podem indicar tom de tristeza, alegria, sarcasmo, ironia, ansiedade etc.
• Ao final da atividade 6 , é importante que os estudantes tenham concluído que, nesse poema, as aliterações se combinam com as assonâncias para conferir musicalidade e ritmo ao texto.
• A atividade 7 é ideal para mostrar que não só as palavras podem ter sentido conotativo, mas uma expressão também. Mostre que, se a interpretação do trecho buscar apenas a acepção de umbigo , em nada ajudará na sua compreensão. Olhar para o seu umbigo indica uma ação de voltar-se para si mesmo, que é comparada com a posição de alguém que olha o próprio umbigo.
6. Releia a última estrofe do poema.• Praticar a escrita por meio da produção de um poema inspirado em uma pintura.
• Ao compreenderem a situação comunicativa da proposta desta seção (o que vão produzir, para quem, com que objetivo e onde o poema vai circular) e ao realizarem o planejamento das etapas de produção de texto (escrita, revisão e avaliação) para criar o poema, os estudantes desenvolvem a habilidade
EF69LP51
• Com a execução da proposta de produção textual e a produção de um poema utilizando diversos recursos que auxiliam a dar poeticidade ao texto, entre eles visuais, semânticos e sonoros, os estudantes desenvolvem a habilidade EF67LP31
• Ao empregar seus conhecimentos linguísticos e gramaticais, os estudantes aprimoram as habilidades EF06LP06 e EF06LP11
• Ao escrever de acordo com as convenções ortográficas e pontuar o texto adequadamente, os estudantes desenvolvem as habilidades EF67LP32 e EF67LP33
Orientações
• Esta seção pode ser usada como uma avaliação diagnóstica para verificar a compreensão das características do gênero poema estudadas no capítulo. Caso eles ainda apresentem alguma dificuldade ou defasagem, apresente-lhes outros poemas e faça um trabalho comparativo apontando as características trabalhadas. As sugestões a seguir podem servir para isso.
DAROS, Lauro. Paisagens poéticas . São Paulo: FTD, 2015.
MEIRELES, Cecília. Ou isto ou aquilo. São Paulo: Global, 2014.
Neste capítulo, você leu dois poemas, que tinham como temas leitura/livros e o vento, e também conheceu as principais características desse gênero textual. Agora, você vai produzir um poema cujo tema será baseado em uma tela que você vai escolher.
Os poemas produzidos deverão ser declamados para seus colegas de turma em um evento a ser organizado na escola. Assim, o público será a comunidade escolar, e o objetivo da atividade é que você e seus colegas aprendam a produzir poemas baseando-se em textos não verbais, como as pinturas, e apreciem poemas de diversos temas.
Você vai planejar seu poema com base em uma pintura. Para isso, siga as orientações.
a. Pesquise em livros ou na internet uma pintura para servir de apoio na elaboração de seu poema. É importante que o poema se relacione ao que está representado na pintura. Se preferir, você pode fazer seu poema com base na tela Aves e meninos , apresentada a seguir.
Dica
Você pode pesquisar na biblioteca da escola, em livros e revistas que tenha em casa ou em sites da internet.
Aves e meninos, de Meiga Vasconcellos. Óleo sobre tela, 80 cm × 60 cm, 2000. Coleção particular, Contagem (MG).
• As subseções Planejando o texto , Produzindo o texto e Avaliando o texto direcionam os estudantes para os passos fundamentais da produção: planejamento, elaboração, revisão, edição e avaliação. Nesse sentido, incentive-os a seguir cada etapa para que a atividade atinja seu objetivo.
b. Escolhida a pintura, verifique o que está sendo representado na imagem e os sentimentos que ela desperta em você.
c. Destaque alguns dos elementos que sugerem o ambiente representado na pintura, a fim de descrevê-los poeticamente.
d. Pense em possíveis elementos sensoriais sugeridos pela pintura, que podem ser incluídos no seu poema, como condições de temperatura, cheiros, sensações táteis, sons.
e. Planeje a quantidade de estrofes e versos do poema e decida se ele apresentará rimas ou não. Caso as apresente, faça uma lista de palavras que possam estar relacionadas à pintura e rimar entre si.
f. Anote os elementos e as cores presentes na pintura, que poderão ser trabalhados no poema, atentando às expressões faciais (caso haja pessoas representadas na pintura) ou aos detalhes das paisagens ou dos objetos.
g. Pense em um título para o poema, de modo que ele também evidencie as imagens ilustradas na pintura.
Agora, em uma folha ou em um programa de edição de texto, escreva seu poema.
a. Organize o poema em versos e estrofes.
b. Caso você tenha incluído versos com rimas, escolha, entre as palavras que você listou, as mais expressivas.
c. Inclua, de alguma forma , as sensações que a pintura despertou em você. Para caracterizar esses elementos, você pode empregar adjetivos, locuções adjetivas e verbos de estado (ser e estar).
d. Atente à escrita das palavras e às concordâncias e utilize figuras de linguagem a fim de ajudar na poeticidade, expressividade e musicalidade do poema.
e. Faça uso da pontuação expressiva, com o objetivo de contribuir para os sentidos pretendidos no poema.
f. Insira o título que você criou para o poema.
Após produzir seu poema, avalie-o verificando os itens a seguir.
a Os elementos citados no poema estão presentes também na pintura?
b. O poema foi estruturado em versos e estrofes?
c. Caso você tenha incluído rimas, elas estão expressivas?
d Foram empregados adjetivos e locuções adjetivas para caracterizar os sentimentos que a pintura despertou?
e O título esclareceu os elementos trazidos tanto no poema quanto na pintura?
Faça as alterações necessárias. Depois, passe o poema a limpo e prepare-se para apresentá-lo no evento que será organizado na escola.
• Para a realização da produção, distribua folhas de papel sulfite aos estudantes e oriente-os a colar a imagem da tela junto do poema na folha, após passar o texto a limpo.
• Se achar pertinente, monte uma exposição dos poemas na sala de aula e oriente os estudantes a convidar os colegas de outras turmas para conhecer o resultado do trabalho. Peça-lhes que aproveitem a oportunidade para contar aos colegas como foi a experiência dessa produção. Outra possibilidade é incentivá-los a convidar os familiares para ver os trabalhos desenvolvidos.
• Para conhecer mais informações sobre círculos de leitura e letramento literário, leia o livro indicado a seguir.
COSSON, Rildo. Círculos de leitura e letramento literário. São Paulo: Contexto, 2014.
• Esta proposta de produção textual possibilita uma articulação com o componente curricular de Arte . Peça aos estudantes que analisem as informações das pinturas que escolherem (título, autor, ano, dimensões e técnica), bem como as cores , formas e imagens representadas.
• Antes da produção do poema, apresente, se possível, outras pinturas, para que explorem os elementos das imagens e percebam quais sensações elas transmitem, o que retratam e o que representam.
28/07/2022 15:18:43
• Praticar a oralidade por meio da realização de um sarau.
• Compreender a importância de um sarau na divulgação de textos literários.
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP46 com a proposta de organização de um sarau, além da competência geral 9, pois se veem em um contexto de trabalho coletivo em que se requerem o respeito mútuo e a cooperação.
• Empregando adequadamente recursos linguísticos e paralinguísticos, os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP53
Orientações
• Esta seção orienta os estudantes a organizar um sarau para declamar os poemas elaborados na Produção escrita como forma de divulgá-los e de valorizar essa prática, permitindo-lhes conhecer características e funções de um sarau poético.
• Para que os estudantes conheçam a origem do sarau, comente que essa palavra vem dos termos latinos seranus e sérum, antes empregados para se referir ao pôr do sol. Os primeiros saraus consistiam em pequenas reuniões ao anoitecer, mais reservadas, para compartilhar diferentes atividades, como leitura de poemas, contação de histórias, dança e música. Com o tempo, o sarau foi reorganizado, tanto em relação aos horários quanto aos lugares, tornando-se mais acessível.
• Para iniciar a atividade, disponha as carteiras da sala de aula em semicírculo. Se possível, utilize o pátio da escola. Determine a ordem e o tempo máximo de apresentação de cada estudante.
• Chame a atenção para ritmo, entonação, pronúncias e pausas, elementos fundamentais para a declamação.
Agora, chegou o momento de você e seus colegas apresentarem os poemas que produziram. Para essa apresentação, vocês vão organizar um evento conhecido como sarau. Esse evento é um encontro em que as pessoas se reúnem para se expressar artisticamente. Assim, é uma grande oportunidade de aproximar as pessoas de maneira descontraída, criativa e envolvente, além de compartilhar conhecimento e informação.
Para organizar o sarau poético, com os colegas, sigam algumas instruções.
a . Combinem com o professor o dia para fazer esse evento.
b. Antes das apresentações, você e seus colegas deverão organizar a sala de aula em semicírculo, deixando um espaço à frente para os declamadores.
Se preferirem, utilizem uma música de fundo, uma iluminação diferente e alguns elementos cenográficos para criar um ambiente poético.
c. Separem uma folha em branco para anotar o nome dos colegas, o tema dos poemas declamados e se eles os declamaram de modo expressivo.
a Faça diversas leituras em voz alta para memorizar seu poema.
b Procure ensaiar, declamando-o para outros colegas ou parentes, e peça-lhes opiniões, a fim de melhorar seu desempenho.
Se possível, cronometre seu tempo de declamação e prepare-se para o sarau.
c Você poderá usar uma cópia do poema para consultar caso se esqueça de algum verso. No entanto, você não deverá fazer uma leitura do poema, e sim uma declamação.
d. Ao declamar, você pode variar o tom de voz, dependendo da expressividade que pretende transmitir em cada verso. Isso vai contribuir para que o ritmo e a sonoridade do poema sejam evidenciados.
e. Pronuncie as palavras com clareza e preste atenção às pausas necessárias.
f Declame o poema de modo que os ouvintes percebam sua emoção.
g É importante manter a naturalidade e uma boa postura. Isso torna a apresentação mais agradável e a plateia mais atenta.
h. Quando estiver assistindo à declamação dos colegas, demonstre atenção e respeito.
Após as apresentações, você, seus colegas e o professor farão comentários sobre os poemas e as declamações, com base nas anotações que fizeram.
Após concluir a atividade, verifique se foram exploradas sensações que despertam emoções no leitor; se a leitura do poema foi apreciada pelos ouvintes; se o resultado da atividade foi produtivo e se você se sentiu motivado a declamar outros poemas.
• Atente à participação dos estudantes em todas as etapas, do planejamento à declamação. Leve-os a compreender a necessidade do respeito mútuo, em que todos falam e são ouvidos sem interrupções.
• Verifique se fizeram anotações sobre as declamações dos colegas, pois serão a base para a conversa final, em que avaliarão o desempenho de todos e compartilharão as apreciações dos poemas.
• Se possível, convide outros professores e funcionários da escola e os pais dos estudantes para o evento.
Você já combinou um encontro com um amigo e ficou esperando um tempão? Foi isso que aconteceu com Pedro. Ele e André haviam combinado de se encontrar à meia-noite na esquina de uma rua para uma aventura. Mas o amigo não apareceu e, sozinho, Pedro viveu terríveis emoções. Que aventuras você acha que um garoto sozinho poderia viver? Leia o trecho do conto a seguir e descubra.
Uma hora da manhã
Parecia que alguma coisa estava se mexendo, entre as folhagens, atrás do muro em que eu estava parado.
Imaginei que não devia ser nada.
Com certeza era só impressão minha ou algum sopro de vento mais forte.
Uma hora e dez minutos
Não era impressão minha.
Continuei ouvindo os mesmos barulhos.
Aquilo não era normal. Eu sabia que não era normal ouvir aqueles barulhos naquela hora da noite. E me descontrolei todo.
Meus dentes começaram a bater uns nos outros e eu não conseguia falar, nem gritar, nem nada.
Pelo barulho que estava ouvindo, devia ser uma pessoa tentando atingir o alto do muro. Sem dúvida que era uma pessoa tentando atingir o alto do muro.
Não precisei pensar muito para adivinhar quem era.
Quem é que naquela hora da noite fica fazendo barulhos atrás de um muro?
Só podia ser um ladrão que tinha acabado de assaltar a casa da esquina e estava querendo pular o muro para escapar.
• Ler um conto de suspense e conhecer as características e a função sociocomunicativa desse gênero.
• A leitura do conto de suspense feita de diferentes formas permite aos estudantes que aprimorem as habilidades EF67LP28 e EF69LP53
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP44 ao perceberem que a ideia de noite contribui para a criação do medo na narrativa, como um reflexo dos valores sociais e culturais da nossa sociedade.
• A análise das características do conto de suspense; dos efeitos de sentido do emprego do tempo verbal (pretérito); da identificação de elementos do enredo ; dos efeitos de sentido decorrentes do foco narrativo; da caracterização do tempo cronológico; e do uso da pontuação expressiva permite aprimorar a habilidade EF69LP47
• Ao identificar o efeito de sentido decorrente do emprego da onomatopeia na narrativa, os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP54
• Ao analisar as sequências descritivas e expositivas do conto, os estudantes aprimoram a habilidade EF67LP37
Orientações
• Por meio da atividade e do texto que iniciam a página, promova um levantamento de hipóteses sobre o conto. Trabalhe diferentes formas de leitura, solicitando primeiro uma leitura silenciosa e organizando, em seguida, uma leitura em voz alta ou lendo o conto para eles acompanharem. É importante variar intencionalmente o tom de voz, para criar determinados efeitos expressivos, permitindo que certos sentidos e sensações de uma narrativa de mistério sejam mais bem explorados sob a expectativa da descoberta.
• Trabalham-se as características do conto de suspense e seus efeitos na leitura proposta para este capítulo. Textos assim costumam manter a tensão até o clímax, após o qual, geralmente, a narrativa se estabiliza. Além disso, esse gênero é muito apreciado pelos estudantes, fazendo parte das culturas juvenis.
• Permita aos estudantes que percebam as nuances do personagem que narra o conto e como isso pode afetar o foco narrativo. Ao ouvir o barulho, Pedro entra no jogo de mostrar e esconder e leva consigo o leitor, que passa a ter acesso às informações diretamente através do olhar amedrontado do menino.
Imaginando isso me descontrolei muito mais, e fiquei pensando o que é que eu devia fazer diante de tão aterrorizante situação.
Pensei em sair correndo, mas não consegui tirar as pernas do lugar de tanto que elas tremiam.
Logo cheguei à conclusão de que sair correndo seria pior. Seria muito pior.
Aquele ladrão ouviria os meus passos e Pum... Pum... Pum... atiraria impiedosamente em mim, sem dar tempo para eu explicar nada.
Então, fiquei ali, batendo os dentes, tremendo todo, ouvindo o barulho aumentar a cada segundo.
Tive de admitir que a qualquer instante tudo podia acontecer comigo.
Uma hora e doze minutos
O tempo ia passando.
Eu pensava em mil coisas e nenhuma delas era a solução.
Nem em filme, nem em livro, nem em lugar nenhum eu tinha visto alguém viver situação igual.
Então, simplesmente eu não encontrava solução. Podia-se dizer que era um caso perdido.
Uma hora e treze minutos
De repente, de uma só vez, o barulho foi tanto que parecia que o mundo ia acabar.
Foi quando ele atingiu o alto do muro.
Levei um violento golpe na cabeça, me desequilibrei todo e caí esparramado no chão... ... e, quase desfalecido, vi quando um enorme gato cinzento passou sobre meu corpo, correu pela calçada e desapareceu.
Uma hora e vinte minutos
Levei um bom tempo para me recuperar, e ainda aflito apoiei as mãos no chão e levantei.
Sem dúvida aquilo tudo não tinha sido estardalhaço meu.
Quem é que iria imaginar que um barulhão daqueles fosse simplesmente um gato?
Eu tinha certeza de que aquele gato não era um gato qualquer. Devia ser pelo menos quatro ou cinco vezes maior do que um gato comum, desses que a gente sempre encontra por aí.
Eu tinha certeza de que era.
A escritora e jornalista paulistana trabalhou em importantes jornais brasileiros e se dedicou à literatura infantojuvenil. Publicou mais de 70 títulos e vários deles lhe renderam diversos prêmios. Suas obras tratam de temas cotidianos, como o meio ambiente, o preconceito, o comportamento humano e as amizades. Entre suas obras, destacam-se De boca bem fechada , Caça ao tesouro: uma viagem ecológica , Mão e contramão: a aventura no trânsito e Encontro à meia-noite, da qual foi retirado o texto que você leu.
Capa do livro Encontro à meia-noite, de Liliana Iacocca, publicado pela editora FTD, em 1996.
1. Após a leitura do conto, suas hipóteses sobre quais aventuras o garoto poderia ter vivido se confirmaram? Comente com os colegas.
Resposta pessoal.
2. Essa história ocorreu em uma madrugada. Se ela tivesse ocorrido durante o dia, o efeito dos acontecimentos sobre o personagem teria sido o mesmo? Por quê?
Confira a resposta da questão nas orientações ao professor.
3. Em sua opinião, por que é comum as pessoas sentirem mais medo à noite?
Resposta esperada: Porque, geralmente, à noite, as pessoas se concentram mais em seus temores, pois tudo quase sempre fica silencioso e propício a ansiedades e tensões.
1. O texto que você leu é um trecho de um conto, que apresenta uma breve sucessão de acontecimentos (enredo).
a. Onde e quando ocorreram as ações do conto lido?
b. O tempo e o espaço desse conto são extensos ou limitados?
Resposta: Em uma esquina, de madrugada. Resposta: O tempo e o espaço são limitados.
c. Em torno de qual personagem a história é desenvolvida? O que é possível concluir sobre a quantidade de personagens nesse conto?
Resposta: Em torno
de Pedro. É possível concluir que o conto apresenta poucos personagens.
2. Em um conto em primeira pessoa, o narrador-personagem tende a não ter uma visão global dos fatos, o que pode contribuir para criar o clima de suspense.
a. Isso acontece no conto “Encontro à meia-noite”? Explique.
Resposta: Sim, o personagem não consegue ter uma visão global dos fatos, o que é percebido pelo levantamento de hipóteses sobre o que estaria ocasionando o barulho.
• Após ler o boxe sobre a autora do conto, peça aos estudantes uma pesquisa de autores, brasileiros ou estrangeiros, que escrevem contos de suspense. Oriente-os durante as pesquisas e, ao final, permita-lhes compartilhar as informações.
• Aproveite as atividades da subseção Conversando sobre o texto para resgatar as hipóteses levantadas pelos estudantes antes da leitura.
• Na atividade 1 , oriente a turma a trocar ideias, levando os estudantes a pensar no que o título provocou em seus imaginários ao apresentar um encontro pela madrugada.
• Na atividade 2 , mostre como a descrição do ambiente leva o leitor a mergulhar no mundo fictício do conto e como a madrugada remete a uma atmosfera sombria, ao silêncio, ao mistério, ao medo.
• Na atividade 3 , leve os estudantes a perceber que a ideia de a noite contribuir para a criação do medo nos contos de suspense é um reflexo dos valores sociais e culturais da nossa sociedade. Permita-lhes refletir também sobre suas vivências, como saírem sozinhos à noite. Enfatize que andar sozinho pelas ruas à noite não é recomendável.
• Na atividade 1 da subseção Escrevendo sobre o texto, direcione os estudantes a voltar ao texto para buscar marcas do espaço, do tempo e da existência de personagens na narrativa.
b. Identifique e copie um trecho do texto em que é possível perceber a reação do narrador diante do medo e, consequentemente, a criação de um clima de suspense.
Respostas esperadas: “Eu sabia que não era normal
ouvir aqueles barulhos naquela hora da noite. E me descontrolei todo.”; “Imaginando isso me descontrolei muito mais, e fiquei pensando o que é que eu devia fazer diante de tão aterrorizante situação.”.
2. Resposta esperada: Não, porque ambientes diurnos, com claridade, maior presença de pessoas etc. não costumam gerar medo, tensão, suspense. Pergunte sobre situações hipotéticas ou cotidianas, como entrar em
cemitério ou passar próximo de um durante o dia e durante a noite, ouvir um barulho no quintal durante o dia e durante a noite etc. Possibilite aos estudantes perceber os efeitos causados pela ambientação da narrativa tanto nos personagens quanto no leitor.
28/07/2022 15:21:38
• Na atividade 2 , destaque os efeitos de sentido decorrentes do foco narrativo. Ao tratar do narrador-personagem, por exemplo, mostre aos estudantes que a ficcionalidade da primeira pessoa permite uma diversidade de leituras e interpretações. Verifique, portanto, a coerência das respostas fornecidas a essa atividade, partindo sempre do texto como fundador de sentido. Em seguida, ressalte que uma narrativa em primeira pessoa aproxima os acontecimentos do leitor com espírito de verdade, mesmo que seja uma história ficcional, já que o protagonista participa da ação e experimenta o medo e outros sentimentos.
• Na atividade 3 , comente que a ênfase dada à passagem do tempo, marcada pelos subtítulos, reforça o caráter de apreensão em relação aos fatos da narrativa.
• Na atividade 4, verifique se os estudantes dominam os conceitos de clímax e desfecho. Se necessário, retome-os e guie a identificação desses momentos.
• Na atividade 5 , leve-os a pensar em como o medo e o desespero fazem o personagem ter pensamentos de insegurança, demonstrados pela repetição.
• Na atividade 1 da subseção Explorando a linguagem , retome o conceito de onomatopeia e oriente os estudantes a pensar em como a reprodução dos sons constrói tal efeito de sentido.
• Na atividade 2 , promova reflexão sobre o uso das reticências e dos verbos no passado, levando-os a pensar em que ideias transmitem. No item a , mostre como a queda do personagem interfere na escrita, trazendo as reticências como consequência dela. Para complementar o item b e demonstrar a importância do tempo verbal para o ritmo narrativo, leia um trecho do conto e peça a eles que substituam o pretérito perfeito pelo imperfeito, e vice-versa. Por exemplo: Levava ; desequilibrava ; caía ; via ; passava ; corria ; desaparecia . Ou ainda: Levei ; me desequilibrei ; caí; via ; passava ; corria ; desaparecia . Mostre como, na primeira alteração, toda a ação parece manter uma continuidade, já na segunda alteração, confere um tom de devaneio, incerteza, justificado pelo golpe na cabeça. Ao serem empregados verbos próximos e no pretérito perfeito, a ação se torna mais ágil, complementando a experiência literária. • Mostre que a atitude de Pedro provoca humor e questione-os sobre como lidam com situações parecidas. Pergunte-lhes se têm medos e se têm coragem de relatá-los. Isso possibilita a partilha e o coleguismo entre eles. Pergunte-lhes ainda o que achariam se Pedro confessasse sentir medo de um gatinho; o que eles diriam? E por quê? Nesse momento, esteja atento para evitar possíveis manifestações de desrespeito e preconceito.
3. Sobre as sequências descritivas e expositivas do conto lido, responda às questões a seguir.
a. Que recurso foi empregado para marcar a ordenação sequencial dos fatos ocorridos?
Resposta: O uso de subtítulos para a identificação das horas, marcando cronologicamente a passagem do tempo.
b. Leia as afirmativas a seguir e copie a que indica o efeito desse recurso na construção de um texto de suspense.
A.
Resposta: B.
Provoca no personagem a noção de que o tempo está demorando para passar. Aumenta a expectativa e a ansiedade do leitor em desvendar o mistério.
4. Identifique e escreva o momento em que ocorrem o clímax e o desfecho no conto.
Resposta: O clímax ocorre quando Pedro é atingido na cabeça e identifica que o golpe foi dado por um gato; o desfecho ocorre
5. Releia a seguir um trecho do conto “Encontro à meia-noite”.
B. Pelo barulho que estava ouvindo, devia ser uma pessoa tentando atingir o alto do muro. Sem dúvida que era uma pessoa tentando atingir o alto do muro.
já na resolução do mistério e prossegue na recuperação do menino.
Nesse trecho, foi empregada uma repetição. O que esse recurso sugere sobre como o personagem estava se sentindo?
Resposta: A repetição de palavras sugere que Pedro não conseguia pensar de forma segura e estava com medo.
1. No conto, o narrador emprega uma onomatopeia.
a. Identifique e escreva qual é essa onomatopeia.
Resposta: “Pum... Pum... Pum...”
b. O que essa onomatopeia representa e que efeito ela provoca no conto de suspense?
2. Releia o trecho a seguir.
Resposta: Ela representa o som de arma de fogo sendo disparada e cria uma expectativa no leitor sobre o que poderia acontecer caso a hipótese de Pedro se confirmasse, isto é, se o barulho fosse, de fato, causado por um ladrão.
Levei um violento golpe na cabeça, me desequilibrei todo e caí esparramado no chão...
... e, quase desfalecido, vi quando um enorme gato cinzento passou sobre meu corpo, correu pela calçada e desapareceu.
a. Leia as afirmativas a seguir sobre as reticências e copie a que explica a função delas no trecho.
Resposta: B.
As reticências indicam a interrupção da ação e do pensamento do narrador-personagem em função do susto que levou com o gato cinzento.
As reticências indicam a interrupção da ação e do pensamento do narrador-personagem em função da queda.
b. O emprego de alguns verbos no passado, principalmente na segunda parte do trecho, causa que efeito quanto à percepção de ocorrência dos fatos?
Confira a resposta da questão nas orientações ao professor.
O conto de suspense é um gênero narrativo, fictício, marcado por um clima de suspense, que é produzido por meio de acontecimentos misteriosos e incomuns, provocados pelas ações de certos personagens, pela sucessão dos acontecimentos marcados pela passagem do tempo e pela caracterização do ambiente.
2. b. A sequência de verbos no pretérito perfeito do indicativo marca a pontualidade e a curta duração da ação, assim como sua velocidade, diminuindo o espaço entre verbos no pretérito e conferindo novo ritmo à narrativa.
A. B.No conto “Encontro à meia-noite”, vimos que a situação vivida por Pedro o deixou amedrontado. Quando sentimos medo, ocorrem certas reações em nosso organismo. Confira algumas delas a seguir.
1.
O suor é liberado para esfriar e acalmar o corpo.
2.
As pupilas dilatam.
• Conhecer as reações do corpo humano diante do medo.
• Estabelecer relação entre um elemento do texto lido (medo) e o componente curricular de Ciências
BNCC
• A análise da estrutura composicional do infográfico permite aos estudantes o aprimoramento da habilidade EF69LP42
5.
O coração dispara.
A respiração acelera.
• Por meio da leitura e análise de um texto multissemiótico que explora um tema relacionado à área científica, exercita a curiosidade intelectual, usa a linguagem científica e trabalha o autoconhecimento por meio das reações corporais, os estudantes desenvolvem as compe tências gerais 2 , 4 e 8 e o tema contemporâneo transversal Ciência e tecnologia
O estômago se contrai.
A salivação diminui.
Os pelos arrepiam.
A circulação sanguínea se concentra nos músculos.
Fonte: GOVERNO DO RIO DE JANEIRO. Secretaria de Saúde. Luta e Fuga: as reações do corpo ao medo. Disponível em: https://www.saude.rj.gov. br/noticias/2020/10/luta-e-fuga-as-reacoes-do -corpo-ao-medo. Acesso em: 25 jul. 2022.
1. Em uma situação em que teve de enfrentar algum medo, você já sentiu alguma das sensações descritas nessa imagem? Quais?
2 Se você visse alguém em uma situação de perigo, quais dessas sensações perceberia mais claramente?
3 Você sabe de outra reação que o medo causa no corpo humano? Comente com os colegas.
4. No conto de suspense lido na seção anterior, que outras reações no corpo o personagem demonstra ter quando fica com medo?
• Por se tratar de uma seção em que os estudantes dialogam e trocam informações, promove-se o respeito mútuo e a empatia, aprimorando-se, dessa forma , a competência geral 9
Orientações
• Peça aos estudantes que indiquem a qual área do conhecimento o assunto do infográfico está relacionado, permitindo-lhes que o liguem à área da saúde ou das ciências.
• Possibilite a eles que analisem a estrutura composicional do infográfico, trabalhando os seguintes elementos: título, organização e apresentação do texto verbal por meio de frases curtas e em blocos de textos e a imagem ilustrativa. Explique-lhes que esse gênero costuma ser composto de imagens e texto verbal.
1.
2. Resposta esperada: Pelos eriçados, pupilas dilatadas e talvez a respiração mais acelerada.
• Ler uma resenha crítica de um livro de suspense, conhecer sua estrutura e características e perceber a relação temática que se estabelece com o trecho do conto de suspense lido anteriormente.
• Escrever uma resenha de uma obra literária de suspense com comentários de ordem estética e afetiva com sequências descritivas e avaliativas.
BNCC
• A leitura de uma resenha crítica permite aos estudantes que aprimorem as competências específicas de Língua Portuguesa 1 e 7 e a habilidade EF69LP45 , visto que poderão se posicionar criticamente em relação a ela e analisar as sequências descritivas e as avaliações feitas pela autora, além de perceber a resenha como importante gênero de apoio à escolha de livro ou outra produção cultural.
• Outra importante contribuição desta seção é para o aprimoramento da habilidade EF69LP46 , pois possibilita aos estudantes a participação em práticas de compartilhamento de leitura/recepção de obras literárias/manifestações artísticas, instrumentalizando-os para tecer comentários estéticos e afetivos acerca de suas leituras.
• A análise temática proposta na seção possibilita o aprimoramento da habilidade EF67LP27
Orientações
• Promova a leitura compartilhada da resenha crítica, com a turma em círculo, incentivando-os a discutir e expressar suas impressões de forma coletiva. Atue mediando e introduzindo questionamentos referentes ao texto, com o objetivo de conduzir a interpretação dos sentidos contidos nele.
• Na atividade 1 , verifique se os estudantes são capazes de identificar o assunto do texto. Se necessário, releia em voz alta a primeira frase do texto.
• Na atividade 2 , auxilie os estudantes a reconhecer os personagens de acordo com a participação que eles têm na trama principal do texto. No item c , chame a atenção deles para o
No conto “Encontro à meia-noite”, a situação vivida por Pedro causou-lhe muito medo, em virtude de ele não saber realmente o que estava acontecendo ao seu redor.
O texto a seguir é uma resenha crítica em que a autora analisa um livro cuja história também é de suspense. Leia-a para conhecer uma forma de fazer uma dessas análises.
A detetive Billy Conrado e o detetive Joaquim de Jeremias colhem pistas e não poupam esforços para solucionar o misterioso assassinato de um conhecidíssimo personagem do folclore brasileiro. Quem teria motivos para matar o saci em sua própria festa de aniversário? Muitos convidados ilustres do folclore brasileiro são suspeitos, tais como o boto, o caipora e a pisadeira. Mas quem seria o verdadeiro culpado?
Difícil algum leitor que não goste de um bom enigma. Aqui temos um bem diferente: o saci morreu! Então, é possível que um personagem tão conhecido e tão famoso possa mesmo ter morrido? Parece que sim...
Esse texto de aventura e suspense tem todas aquelas características que o gênero precisa ter: muitas perguntas para todos os envolvidos, muita descrição de cenário, de personagens e situações, além de ficha criminal, cena do crime e... os suspeitos, claro! O leitor pode acompanhar os depoimentos e fazer sua própria investigação, ter seus suspeitos mais duvidosos.
Capa do livro Quem matou o saci?, de Alexandre de Castro Gomes, publicado pela editora Escarlate, em 2017.
Temos aqui dois livros em um só: enquanto acompanhamos Billy e sua trama numa narrativa de suspense, o autor nos conta também sobre os personagens de nosso folclore e de como eles vivem fazendo o leitor se embrenhar pela literatura fantástica. Por isso é também um gostoso mergulho no universo das lendas e da mitologia. Enquanto isso, o saci aguarda o desfecho e o esclarecimento de sua morte. Atenção especial para as ilustrações, que trazem informações muito ricas sobre o que se passou e a história de cada personagem. Certamente cada leitor vai se sentir um pouco a Billy!
CÁPUA, Clara de. Quem matou o saci? Blogão Alexandre de Castro Gomes , 10 set. 2018. Disponível em: http:// alexandredecastrogomes.blogspot.com/2018/09/quem-matou-o-saci-resenha-de-clara-de.html. Acesso em: 15 fev. 2022.
Embrenhar-se: adentrar, penetrar em algo ou em algum lugar.
1. Qual é o assunto do livro Quem matou o saci? ?
Resposta: O mistério por trás da morte do saci.
2. Sobre os personagens dessa história, responda às questões a seguir.
a. Quem são os personagens principais?
b. E os personagens secundários?
Resposta: O saci, a detetive Billy Conrado e o detetive Joaquim de Jeremias.
Resposta: O boto, o caipora e a pisadeira.
c. Em qual parágrafo do texto a autora apresenta os personagens?
Resposta: No primeiro parágrafo.
fato de que a autora dedicou o primeiro parágrafo da resenha para fazer também uma apresentação geral da história narrada no livro e que nele prevalece uma sequência descritiva, e não avaliativa, como nos demais parágrafos.
3. A partir do segundo parágrafo do texto, a autora faz comentários apreciativos que revelam sua opinião sobre o livro.
Resposta: Na frase "Aqui temos um bem diferente".
a. Em qual frase do segundo parágrafo a autora demonstra uma opinião positiva sobre o livro?
b. Analise os trechos a seguir e copie os dois em que também é possível perceber a opinião da autora sobre o livro.
Resposta: B e C.
Enquanto isso, o saci aguarda o desfecho e o esclarecimento de sua morte. Por isso é também um gostoso mergulho no universo das lendas e da mitologia. Atenção especial para as ilustrações, que trazem informações muito ricas sobre o que se passou [...].
c. Das frases que você copiou do texto nas atividades a e b, quais adjetivos são responsáveis por deixar a opinião da autora mais evidente?
Resposta: Os adjetivos diferente, gostoso e ricas
4. Em sua opinião, por que a história questiona a possibilidade de morte do saci?
Resposta esperada: Porque ele é um personagem lendário do folclore brasileiro e acredita-se que lendas não morrem.
5. Considerando o público-alvo do livro apresentado na resenha, você acha que a análise feita pela autora contribui para que os leitores conheçam a história? Por quê?
Possível resposta: Sim, pois a autora apresenta o livro de forma
positiva e isso contribui para despertar ainda mais a curiosidade de quem já se interessa por esse tipo de leitura.
6. Qual dos elementos a seguir estabelece uma relação entre a resenha e o conto “Encontro à meia-noite”? Espaço. Temática.
Personagens. Gênero. B. D.
7. O professor vai organizar um festival de leitura de histórias de suspense. Você vai escolher uma obra para ler. Posteriormente, deverá escrever uma resenha curta sobre o livro lido a fim de convencer mais leitores a lê-lo. Para escrever a resenha, organize as informações de acordo com os tópicos a seguir.
• Apresentação do livro (título, autoria e tema);
• Personagens, espaço e enredo (quem participa da história, onde ela se passa e o que acontece);
• Parte física e visual (tamanho e formato do livro e das ilustrações);
• Outros aspectos que julgar interessantes.
Quando todas as resenhas estiverem prontas, o professor vai promover um momento para a turma postá-las nas redes sociais da escola.
Use adjetivos para revelar sua apreciação. E cuidado com spoilers !
Na sua escola ou cidade há uma biblioteca? Em caso afirmativo, combine com o professor e os colegas um momento para visitá-la. Assim, você poderá escolher um livro de suspense sobre o qual vai escrever sua resenha. Se houver um bibliotecário, você pode pedir sugestões a ele e também aprender um pouco mais sobre como funciona a biblioteca.
ser evitadas para não estragar as surpresas que o leitor terá no momento da leitura.
• Na atividade 3 , explicite que comentários apreciativos são aqueles que atribuem juízos de valor, faça uma avaliação do texto lido e evidencie os adjetivos. Faça as intervenções necessárias.
• Na atividade 4 , leve os estudantes a pensar no fato de o saci ser um personagem de uma lenda, de caráter fantástico, que é transmitida pela tradição oral, por isso a possibilidade de sua morte ser questionável.
• Na atividade 5 , oriente os estudantes a analisar o texto percebendo se a resenha é capaz de incentivar a leitura do livro.
• Na atividade 6 , leia o enunciado em voz alta e peça aos estudantes para definirem, oralmente, os elementos apresentados nas alternativas, retomando os conhecimentos prévios. Aproveite para rever os pontos de defasagem, identificados na seção Iniciando o trajeto referentes a esse conteúdo, e sanar as dúvidas.
• Na atividade 7, organize o festival selecionando livros adequados ao tema e à faixa etária, que sejam viáveis de ler durante uma aula e sejam relevantes. Você poderá selecionar livros da biblioteca escolar. Organize a turma em círculo e disponha-os sobre o chão, no centro da sala de aula. Instrua os estudantes a circular, verificando as capas e os títulos e lendo as contracapas, para, por fim, fazer as suas escolhas.
• Promova a leitura e depois auxilie na produção das resenhas críticas, mostrando que esse gênero textual analisa o conteúdo do livro lido objetivando emitir opiniões sobre ele e incentivar sua leitura. Para isso, não devem contar a história, mas apenas apresentar uma prévia e uma avaliação.
• Oriente-os a fazer anotações de acordo com os tópicos elencados na atividade e, a seguir, um rascunho. Depois, instrua-os a analisar seus textos, trocando ideias com os colegas, e auxilie-os a verificar possíveis erros e pontos de melhora. Por fim, encaminhe a reescrita da resenha e a postagem nas redes sociais da escola. Ao ler a dica com a turma, explique -lhe que spoilers são revelações que devem
85
• Conhecer a classe gramatical dos artigos.
• Identificar as características dos artigos e classificá-los.
• A análise de situações reais de uso da língua, com o emprego do artigo na construção de uma expressão regional, permite aos estudantes que desenvolvam a competência específica de Língua Portuguesa 4
• A análise dos textos verbal e não verbal e a percepção do humor em uma tirinha permite aos estudantes que desenvolvam a habilidade EF69LP03
Orientações
• O trabalho com o artigo é um pré-requisito para desenvolver a habilidade EF06LP11 , que prevê o trabalho com a concordância nominal.
• Na atividade 1, retome a seção Iniciando o trajeto e os pontos de dificuldade identificados em relação à classe gramatical artigo. Nos itens a e b , verifique se os estudantes reconhecem as características principais do gênero anedota. Leve-os a reconhecer os fatos engraçados que geram o efeito de humor pertencente a esse gênero.
• No item c da atividade 1 , leve os estudantes a perceber que, em geral, em um texto emprega-se primeiramente o artigo indefinido, como forma de apresentar um elemento (substantivo), e, nas menções seguintes a ele, o definido. No entanto, pode ocorrer o emprego do definido na primeira aparição, dependendo da intenção do que se pretende comunicar.
• No item d , leve-os a verificar que no início da anedota o rapaz já havia sido citado e, por isso, já era conhecido.
1. Leia a anedota a seguir e responda às questões.
Um rapaz estava passeando com seu cachorro, quando um homem lhe perguntou:
— De que raça é?
— É um policial.
— Pois sabe que não parece nem um pouco?
— Porque é da polícia secreta — respondeu o rapaz.
ERBURU, Lourdes; MORÁN, José. Piadas para toda a família
Adaptação: Maria Luisa A. Lima Paz. Ilustrações originais: Margarita Menéndez. Barueri: Girassol, 2001. p. 76.
a. Qual é o principal efeito de uma anedota no leitor?
Resposta: O humor.
b. Para criar o efeito pretendido no leitor, uma anedota pode usar diversas estratégias. Qual das informações a seguir mostra a estratégia usada nessa anedota para criar o efeito pretendido no leitor?
Resposta: B.
Quebra de expectativa. B. Falta de entendimento. C. Ideias não concluídas. D.
Confusão. A.
Explique como essa estratégia é construída nessa anedota.
* Resposta: A quebra de expectativa é decorrente de o cachorro não aparentar ser da raça dita pelo rapaz e ele dizer que o cão é da polícia secreta, quando se esperava outro motivo. *
c. No início do texto, um rapaz estava passeando com seu cachorro. Para se referir a ele, foi empregada a expressão um rapaz . Nesse momento, o leitor já tinha conhecimento de quem era esse rapaz?
Resposta: Não. O rapaz era uma pessoa qualquer, indefinida.
d. No final do texto, foi empregada a expressão o rapaz . Nesse momento, o rapaz já é alguém conhecido do leitor?
Resposta: Sim. No final do texto, o rapaz torna-se uma pessoa específica: o rapaz que estava passeando com seu cachorro e que já havia sido citado no início da anedota.
2. Ao comparar as expressões um rapaz e o rapaz na anedota, percebemos que há diferença de sentido.
a. Em qual das expressões o sentido do substantivo rapaz é indefinido, vago, incerto, generalizado?
Resposta: Na expressão um rapaz
b. Em qual das expressões o sentido do substantivo rapaz é definido, específico, preciso?
Resposta: Na expressão o rapaz
As palavras o, os , a , as , um, uns , uma , umas que antecedem o substantivo e que podem defini-lo (especificá-lo) ou indefini-lo (generalizá-lo) são chamadas artigos
A seguir, você vai estudar a flexão do artigo e a classificação que ele recebe.
• Na atividade 2 , auxilie os estudantes a analisar quando o artigo é capaz de caracterizar o substantivo de forma vaga, imprecisa e quando o especifica. Dê novos exemplos e faça as intervenções necessárias.
• Nesta seção, trabalhe algumas particularidades semânticas do uso dos artigos, destacando efeitos estilísticos promovidos pelo emprego ou pela supressão deles.
A supressão confere carga expressiva à frase, realçando a intensidade e a afetividade dos sentidos expressos.
Exemplo: Bonecas, ursinhos, brinquedos – tudo relembrava sua infância. O uso do substantivo sem artigo enfatiza mais a qualidade do objeto a que se refere. Exemplo: Para a festa de formatura, vestido dourado, sapatos de salto alto, coque benfeito vestiam a garota que se formava.
1. Leia a tirinha a seguir.
a. O que a fala, a expressão facial e os gestos do personagem no primeiro quadrinho indicam?
b. A partir do segundo quadrinho, a reação do personagem muda diante dos animais que ele encontra. Explique de que forma isso ocorre.
Confira a resposta da questão nas orientações ao professor.
c. O que essa mudança na reação do personagem confere à tirinha?
Resposta: Confere humor à tirinha.
2. Releia a seguir uma das frases ditas pelo personagem.
“... as vespas, a capivara, o ...”
1. a. Resposta: No primeiro quadrinho, o personagem está alegre, feliz ao se deparar com elementos da fauna e da flora, que transmitem paz, alegria.
a. Reescreva a frase completando-a com os substantivos que nomeiam os animais que ele observou no segundo e no terceiro quadrinho.
Resposta: ... as vespas, a capivara, o jacaré, o urso, a cobra, a aranha.
b. Os substantivos que você empregou para completar a frase do personagem estão no singular ou no plural? No feminino ou no masculino?
Resposta: Os substantivos jacaré e urso estão no singular e no masculino; os substantivos cobra e aranha estão no singular e no feminino.
3. Analise, a seguir, algumas expressões empregadas na tirinha.
as flores os passarinhos as vespas a capivara
O que as palavras em destaque indicam em cada uma das expressões?
O artigo determina o substantivo quanto ao gênero (masculino ou feminino) e quanto ao número (singular ou plural). Isso ocorre porque o artigo concorda com o substantivo a que se refere em gênero e número. Exemplos: a floresta/as florestas, o pássaro/os pássaros, um animal/uns animais, uma árvore/umas árvores.
Agora, confira a classificação e as funções dos artigos.
Classificação Artigos Função
definidos o, a, os, as define, especifica o substantivo indefinidos um, uma, uns, umas indefine, generaliza o substantivo
• Em uma enumeração, a repetição do artigo diante dos elementos que a compõem acentua seu valor. Exemplo: Os sorrisos, os abraços, os beijos demonstravam o quanto aquele casal era apaixonado.
• Em alguns contextos, a presença do artigo indefinido funciona como uma espécie de superlativo ao elemento que o acompanha, intensificando seu sentido. Exemplo: Era uma felicidade rever a amiga depois de tantos anos.
• Os artigos podem adquirir sentido diferente do habitual. Exemplos: Este não é um livro qualquer. É o livro. (ideia de intensidade); Tinha uns vinte anos quando partiu. (ideia de aproximação); O menino conhecia as atrações do circo. (ideia de totalidade).
• Na atividade 1 , você pode indicar que uma das marcas da fala cotidiana não monitorada é a ausência da concordância nominal conforme prescreve a gramática normativa. Destaque aos estudantes que nesses casos a marca do plural se mantém nos artigos. Por exemplo, diz-se muito “Os menino bonito”, mas dificilmente “O meninos bonitos”.
• Destaque a importância dos artigos definidos (o, os , a , as) na construção de cadeias referenciais ou anafóricas em um texto, tendo, assim, uma função remissiva. Assim, esses artigos são empregados quando os substantivos que eles determinam já são conhecidos.
• Na atividade 2 , guie os estudantes a verificar os animais que aparecem nos quadrinhos e não foram mencionados. Depois, auxilie-os na identificação de gênero e número dos substantivos.
Respostas
1. b. Resposta: Do segundo quadrinho em diante, ao se deparar com outros animais perigosos, jacaré, urso, serpente e aranha, o semblante do personagem se altera, e ele não consegue pronunciar as palavras, pois são animais selvagens e incomuns de se encontrar no dia a dia. Em seguida, ele sai de perto deles e volta a expressar os sentimentos de antes.
3. Resposta: Em as flores , o artigo indica que se trata de um substantivo feminino e que está no plural; em os passarinhos , substantivo masculino no plural; em as vespas , substantivo feminino no plural; em a capivara , substantivo feminino no singular.
• Na atividade 3 , leve os estudantes a pensar na relação de concordância entre as palavras do sintagma nominal. Chame a atenção deles para as flexões iguais entre artigo e substantivo. Oriente a leitura do boxe e do quadro e utilize-os para auxiliar na resolução da atividade.
LAERTE. Piratas do Tietê. Folha de S.Paulo, São Paulo, 10 jul. 2003. Ilustrada, p. 13.• Na subseção Reflexão sobre o uso da língua: flexão do artigo , explore com os estudantes uma situação real de uso da língua, por meio do emprego do artigo na construção de uma expressão regional. É importante que eles consigam inferir os efeitos de sentido pretendidos ao empregar essa expressão no título do CD. Para isso, chame a atenção deles para a importância de Jackson do Pandeiro no cenário cultural da música popular brasileira.
• Na atividade 1 , os estudantes são levados a refletir sobre o uso do artigo em uma expressão regional e poderão compreender o fenômeno da variação linguística. Aproveite a oportunidade e leve-os a reconhecer a importância de respeitar o jeito de falar das pessoas, contribuindo, assim, para o combate ao preconceito linguístico.
• Promova a leitura silenciosa e individual do boxe sobre a origem da expressão cabra da peste e uma troca de ideias sobre o assunto, indagando se a turma já conhecia essa expressão, como a interpretava e quais referências são suscitadas por ela. Mostre que as expressões regionais são muito importantes, pois carregam a história de um povo e são formadoras de identidade. Como o Brasil é um país continental, são diversos os falares e é importante valorizar a diversidade. Incentive-os a pesquisar outras expressões regionais e seus significados.
• Na atividade 1 da subseção Praticando , leve os estudantes a perceber que os substantivos citados na atividade são comuns aos dois gêneros. Dê outros exemplos, como artista , imigrante , jovem . A seguir, atribua artigos diferentes a cada um deles e mostre como é possível de especificar o gênero por meio deles.
1. Analise a capa de CD a seguir.
1. c. Resposta: O substantivo cabra se refere ao homem em destaque na imagem. Isso é reforçado pela imagem da mulher apontando para ele, como se o estivesse apresentando, e pela mão erguida do homem, sinalizando que ele é o "cabra da peste".
a. O substantivo cabra pode ser empregado tanto no feminino quanto no masculino. Na capa do CD, o substantivo cabra é feminino ou masculino?
Resposta: O substantivo cabra é masculino.
b. Como você descobriu isso?
Resposta: Pelo emprego do artigo o que antecede o substantivo.
c. Observando a imagem da capa do CD, a quem o substantivo cabra se refere? Como você chegou a essa conclusão?
d. A expressão o cabra da peste é comum na região Nordeste do Brasil. O que essa expressão significa?
Resposta: Significa homem valente, corajoso, batalhador.
Capa do CD O Cabra da Peste, de Jackson do Pandeiro, lançado originalmente pela Continental, em 1966.
e. Jackson do Pandeiro foi um cantor e compositor paraibano de forró e samba. Assim como Luiz Gonzaga, é considerado um dos responsáveis por difundir e valorizar a canção nordestina. Com base nessa informação, qual é a relação entre a importância do músico no cenário nacional e o uso dessa expressão?
Resposta: Como responsável por difundir a música nordestina, o cantor e compositor empregou uma expressão popular do Nordeste para intitular seu álbum, reforçando o caráter regional de sua obra.
A origem da expressão cabra da peste Há mais de uma versão para a origem dessa expressão. No Dicionário do Folclore Brasileiro, Luís da Câmara Cascudo destaca que cabra era uma palavra empregada pelos navegadores portugueses para se referir aos indígenas que mascavam uma folha medicinal e nutritiva. Com o passar do tempo, por associação, cabra passou a significar homem forte Peste é uma palavra empregada, no Nordeste, para se referir a doenças graves. Nesse sentido, cabra da peste é uma expressão que se refere a todo homem sertanejo que é valente e superou desafios. Outros especialistas defendem que a expressão é uma variação de cabra de peia , também usada para designar a valentia do nordestino diante de adversidades.
Praticando o pianista o cliente um artista
a. Escreva o feminino desses substantivos.
Resposta: A pianista, a cliente, uma artista.
b. Ocorreu alguma mudança na escrita dos substantivos?
Resposta: Não.
c. O que permite reconhecer o gênero de cada um deles?
Resposta: O emprego do artigo definido ou indefinido no masculino ou no feminino.
1. Leia as seguintes expressões.2. Leia os pares de frases a seguir.
Ela se dedica, todo dia, à natureza. Ela se dedica, todo o dia, à natureza.
Eu li poemas para os colegas. Eu li os poemas para os colegas.
Que diferença de sentido existe entre cada par de frases? O que determinou essa diferença?
Resposta: No item A , a primeira frase indica que a ação é feita todos os dias; a segunda frase indica que a ação é feita durante
3. Leia as seguintes frases.
todo o período de um dia. No item B, a primeira frase indica que o sujeito leu poemas quaisquer; a segunda frase indica que leu poemas específicos.
A capital do estado receberá o evento.
O capital daquela empresa é o maior do país.
3. a. Resposta: Na frase A , significa a principal cidade de um estado ou país, onde se concentra a alta administração. Na frase B, significa bem econômico, riqueza.
a. Explique o sentido dos substantivos em destaque nessas frases.
b. O que define os sentidos do termo capital ?
4. Leia a tirinha a seguir.
Resposta: O emprego do artigo (feminino ou masculino). Em A , o artigo a revela que a palavra capital é a cidade onde está a sede administrativa do estado. Em B, o artigo o revela que capital é o conjunto de bens materiais daquela empresa.
• Na atividade 2 , leia cada frase dando a entonação correta para que os estudantes percebam a diferença de sentido com o uso ou não do artigo.
• Na atividade 3 , guie os estudantes a refletir como os artigos podem especificar substantivos iguais que tenham diferentes significados quando empregados no masculino ou no feminino. Caso mostrem dificuldades em definir os termos , oriente-os a consultar o dicionário.
• Na atividade 4, peça aos estudantes que façam a leitura individual da tirinha. Depois, leia os itens a , b e c em voz alta, abrindo debate sobre a interpretação do texto, verificando se identificam a quebra de expectativa e o que causa o humor.
• No item e da atividade 4, verifique se os estudantes interpretam a expressão corretamente e se eles identificam a que classe de palavras ela pertence. Se necessário, relembre esse conteúdo explicando -lhes o papel das interjeições.
a. No primeiro quadrinho da tirinha, o personagem encontra um biscoito da sorte. O que ele decide fazer com o biscoito?
Resposta: Dividir com um colega.
b. No segundo quadrinho, o que a imagem sugere sobre a decisão do personagem?
Resposta: Sugere que ele vai dividir (meio a meio) o biscoito com um colega.
c. No entanto, de que forma a fala do personagem no segundo e no terceiro quadrinho quebra a expectativa criada anteriormente?
Resposta: Nas falas do segundo e do terceiro quadrinho, o personagem esclarece que vai ficar com o biscoito todo e dar apenas o papel à traça.
d. Além dessa quebra de expectativa, que outro elemento contribui para a construção do humor na tirinha? Explique.
Resposta: O fato de a personagem que vai receber o papel ser uma traça, animal que se alimenta, entre outras coisas, de papel.
e. A traça emprega a expressão Uêba . O que essa expressão sugere?
Resposta: Sugere que a traça ficou feliz com o papel que vai ganhar.
f. Releia as falas do primeiro e do segundo quadrinho, respectivamente.
Resposta: No trecho A , o emprego do artigo indefinido um indica que o personagem achou um biscoito da sorte qualquer.
Um biscoito chinês da sorte! A.
Eu fico com o biscoito... B.
Já no trecho B, o personagem emprega o artigo definido o e se refere a um biscoito específico, ou seja, àquele que encontrou.
Nessas falas, há o substantivo biscoito, mas os artigos que o antecedem são diferentes. Explique a diferença de sentido provocada pelo uso desses artigos.
g. Explique o emprego de artigos definidos no terceiro quadrinho da tirinha.
4. g. Resposta: No terceiro quadrinho, os artigos definidos empregados nos termos a traça e o papelzinho especificam os substantivos. Os artigos empregados são definidos, uma vez que traça e papelzinho estão representados no desenho do quadrinho, sendo, portanto, informações já dadas ao leitor.
28/07/2022 15:23:53
• Solicite aos estudantes que façam a resolução dos itens f e g individualmente. Em seguida, corrija elucidando questões que possam surgir sobre o uso de artigos indefinidos e definidos.
• Há outras particularidades sobre o emprego do artigo que merecem ser destacadas. Após a palavra todos , o uso do artigo é obrigatório, pois está sempre implícita a ideia de totalidade. Exemplo: A autora escreveu todos os capítulos do livro.
• A estratégia Quick writing pode ser útil no desenvolvimento desse conteúdo, principalmente em turmas com mais de 45 estudantes, e auxiliar na internalização dos conceitos de maneira orgânica.
A. B. GONSALES, Fernando. Níquel Náusea. Folha de S.Paulo, São Paulo, 11 mar. 2014. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/cartum/cartunsdiarios/#11/3/2014. Acesso em: 17 fev. 2022. A. B. Confira a resposta da questão nas orientações ao professor. Fernando Gonsales• Ler outro conto e identificar as características e a função sociocomunicativa desse gênero.
BNCC
• As diferentes formas de leitura permitem aos estudantes aprimorar a habilidade EF67LP28
• Ao explorar alguns elementos da narrativa no conto apresentado nesta seção, os estudantes desenvolvem a habilidade
EF69LP47
• Os estudantes também desenvolvem a habilidade EF69LP49 ao serem instigados a conhecer a história do livro proposto ao final da seção.
• A habilidade EF69LP53 é desenvolvida por meio da leitura em voz alta, com entonações e pausas expressivas.
• A exploração do uso de adjetivos para a caracterização do cenário do conto possibilita aos estudantes o desenvolvimento da habilidade EF69LP54
Orientações
• Como motivação para a leitura do conto, utilize o texto que inicia a página e retome, na página seguinte, as informações fornecidas pelos estudantes.
• Solicite uma primeira leitura silenciosa e individual aos estudantes para que identifiquem a estrutura do conto. Em seguida, faça uma leitura coletiva e oriente-os a empregar entonações e pausas expressivas, a fim de manter na leitura o efeito de apreensão causado no conto. Faça pausas estratégicas para que eles atentem à linguagem do texto, como a presença de verbos, adjetivos e marcadores de tempo.
Você vai ler a seguir outro conto de suspense. Pelo título, “Recado de fantasma”, será que realmente um fantasma vai aparecer na história? E por que ele enviaria um recado? Leia o conto e prepare-se para ficar de cabelos em pé.
Tudo começou quando nos mudamos para aquela casa. Era um antigo sobrado, com uma grande varanda envidraçada e um jardim. Eu me sentia tão feliz em morar num lugar espaçoso como aquele, que nem dei atenção aos comentários dos vizinhos, com quem fui fazendo amizade. Eles diziam que a casa era mal-assombrada. Alguns afirmavam ouvir alguém cantando por lá às sextas-feiras.
— Deve ser coisa de fantasma! — falavam.
— Se existe, nunca vi! — E então contava a eles que as casas antigas, como aquela, com revestimentos e assoalho de madeira, estalam por causa das mudanças de temperatura. Isso é um fenômeno natural, conforme meu pai havia me explicado. Mas meus amigos não se convenciam facilmente. Apostavam que mais dia menos dia eu levaria o maior susto.
Certa noite, três anos atrás, aconteceu algo impressionante. Meus pais haviam saído e eu fiquei em casa com minha irmã, Beth. Depois do jantar, fui para o quarto montar um quebra-cabeça de 500 peças, desses bem difíceis.
Faltava um quarto para a meia-noite. Eu andava à procura de uma peça para terminar a metade do cenário quando senti um ar gelado bem perto de mim. As peças espalhadas pelo chão começaram a tremer. Vi, arrepiado, cinco delas flutuarem e depois se encaixarem bem no lugar certo. Fiquei tão assustado que nem consegui me mexer. Só quando tive a impressão de ouvir passos se afastando é que pude gritar e sair correndo escada abaixo. Minha irmã tentou me acalmar, dizendo que tudo não passava de imaginação, mas eu insisti e implorei que ela viesse até o quarto comigo. Uma segunda surpresa me esperava: o quebra-cabeça estava montado, formando a imagem de uma casa com um jardim bem florido. No entanto, meu jogo formava o cenário de uma guerra espacial, eu tinha certeza!
MUNIZ, Flavia. Recado de fantasma. Nova Escola , São Paulo, Abril, v. 1, abr./ago. 2004. p. 13. Edição Especial: Contos para crianças e adolescentes.
Flavia Muniz é uma escritora que se dedica à produção literária infantil e juvenil. Formada em Pedagogia pela PUC de São Paulo, a autora tem experiência na área educacional. Em 1984, lançou seu primeiro livro, intitulado Fantasma só faz buuu! Em 1989, dois de seus livros foram indicados ao prêmio Jabuti de Melhor Livro Infantil: Brincadeira de Saci e O tubo de cola Fotografia de Flavia Muniz, em 2018.
1. Depois de ler o conto, suas hipóteses sobre a história se confirmaram? Comente com os colegas e comparem suas respostas.
Resposta pessoal.
2. Qual é o tipo de narrador desse conto: narrador-observador ou narrador-personagem? Como você identificou isso?
Resposta: Narrador-personagem. É possível perceber isso pelo emprego de verbos e pronomes em primeira pessoa.
3. A escolha do tipo de narrador contribui para criar efeitos e sentidos em uma narrativa. Que efeito a escolha do tipo de narrador provoca nesse conto de suspense?
Resposta: A escolha pelo narrador-personagem, que narra a história em primeira pessoa, permite ao leitor conhecer a
4. Quando o narrador se mudou, fez amizade com a vizinhança.
história com base na perspectiva de quem a vivenciou.
a. O que os vizinhos diziam sobre o casarão? O narrador acreditava nos vizinhos? Explique.
b. Que acontecimento surpreendeu o narrador?
Resposta: Diziam que a casa era mal-assombrada. Não. Ele explicava aos vizinhos que o som no assoalho de madeira era Resposta: As peças do quebra-cabeça começarem a flutuar e, depois, estarem encaixadas no lugar certo.
• Solicite a um estudante que se voluntarie para fazer a leitura em voz alta do boxe com a apresentação da autora. Confira se já conhecem a autora ou alguma das obras citadas. Apresente outras de suas principais obras e, se possível, leve um livro dela para a sala de aula. Permita aos estudantes folhear e ler a contracapa e trechos para despertar curiosidade e interesse
5. Releia os trechos a seguir. Certa noite, três anos atrás, aconteceu algo impressionante. Depois do jantar, fui para o quarto montar um quebra-cabeça de 500 peças, desses bem difíceis. Faltava um quarto para a meia-noite.
a. Que expressões foram empregadas nesses trechos para marcar a passagem do tempo?
b. Por que essas expressões são importantes em um conto de suspense?
6. Releia o início do conto.
um fenômeno natural. mais escuro e os medos costumam ser mais frequentes.
B. Era um antigo sobrado, com uma grande varanda envidraçada e um jardim. Eu me sentia tão feliz em morar num lugar espaçoso como aquele, que nem dei atenção aos comentários dos vizinhos, com quem fui fazendo amizade. Eles diziam que a casa era mal-assombrada .
Resposta: No trecho A , certa noite; no trecho B, depois do jantar e um quarto para a meia-noite Resposta: Porque elas marcam o momento em que as ações ocorrem e situam os acontecimentos à noite, quando está
• Na atividade 1 , peça aos estudantes que digam se suas hipóteses sobre o que seria narrado nesta parte do conto de suspense foram confirmadas. Solicite a eles que apontem os elementos que geram o suspense. Retome com eles a estrutura do conto, constituída por uma sequência de fatos que mantêm entre si uma relação de causa e efeito. Geralmente, seu enredo apresenta a seguinte estrutura: situação inicial (introdução), conflito (desenvolvimento), clímax (momento de maior tensão) e desfecho (conclusão). Informe que, neste conto, foi utilizado propositalmente um sinal para indicar que o desfecho do texto foi suprimido, a fim de convidar o leitor a criar esse final da história. Na seção Produção escrita , eles serão levados a elaborar esse desfecho.
a. O narrador apresenta o espaço onde a história se passa. Que espaço é esse?
Resposta: Um sobrado antigo.
b. Como as palavras em destaque contribuem para a apresentação do espaço?
Resposta: Os adjetivos
em destaque contribuem para a descrição do sobrado onde se passa a história, permitindo ao leitor criar uma imagem do ambiente.
Acampamento fantasma
Esse livro faz parte da série chamada Goosebumps , de autoria de R. L. Stine. Ele apresenta a história de dois irmãos que não acreditavam em fantasmas, mas foram passar as férias no Acampamento do Espírito da Lua, onde vivenciaram diversas histórias de arrepiar.
Acampamento fantasma , de R. L. Stine. Editora Fundamento, 2006. (Goosebumps).
Capa do livro Acampamento fantasma
terização do cenário do conto a fim de transmitir impressões para o leitor.
• Ao final da seção, leia para os estudantes a sinopse do livro indicado. Por meio dela, leve-os a se interessarem pela leitura do livro. Instigue-os a conhecer a história.
28/07/2022 15:23:54
• As atividades 2 , 3 e 6 permitem explorar com os estudantes um elemento da narrativa importante para a compreensão deste conto – o narrador. Instrua-os a identificar o foco narrativo, percebendo sua importância para a construção da narrativa.
• Na atividade 4 , oriente a leitura atenta e individual dos enunciados e sugira-lhes que voltem ao texto, se necessário, para reler e localizar as informações necessárias, mas incentive-os a construir respostas com suas próprias palavras.
• Na atividade 5 , leve os estudantes a refletir sobre os marcadores do tempo, identificando-os e verificando a importância de situar a passagem do tempo como desencadeadora dos fatos e contribuindo para a ambientação.
• Na atividade 6 , explore também o uso de adjetivos. Enfatize que se trata de um recurso linguístico essencial para a carac-
• Produzir um desfecho de conto de suspense.
• Valorizar aspectos estruturais e linguísticos do gênero conto.
• A habilidade EF67LP30 é desenvolvida nesta proposta de produção textual, pois os estudantes devem criar um desfecho para o conto de suspense.
• A proposta de uma leitura clara e fluida de um texto literário em voz alta, considerando entonação, pausa, prolongamento e ritmo, adequando-se ao texto e à situação comunicacional, leva os estudantes a desenvolver a habilidade EF69LP53
• A leitura e a recepção de textos literários permitem aos estudantes desenvolver a habilidade EF69LP46 , quando são solicitados comentários de ordem estética e afetiva.
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP51 com base no engajamento ativo de planejamento e produção textuais, considerando o contexto de produção fornecido.
• Ao empregar conhecimentos linguísticos, gramaticais e elementos de coesão textual, os estudantes aprimoram as habilidades EF06LP06 , EF06LP11 e EF06LP12
• Ao escrever corretamente palavras de acordo com as convenções ortográficas e pontuar o texto adequadamente, os estudantes desenvolvem as habilidades EF67LP32 e EF67LP33
• Esta seção pode ser uma avaliação sobre os elementos e a estrutura do conto de suspense, trabalhados no capítulo. Retome-os antes e após a produção do texto. Se necessário, volte às seções Leitura e Outra leitura
Você viu que o desfecho do conto “Recado de fantasma” foi suprimido. Agora, você vai produzir um desfecho para esse conto, de modo que sua versão mantenha coerência com a parte inicial da história. Depois de pronto, você vai apresentar sua produção para toda a turma, em uma roda de leitura.
Siga algumas orientações para planejar a escrita do desfecho do conto.
a. Releia o conto “Recado de fantasma” quantas vezes forem necessárias para se familiarizar com a história.
b. Faça anotações sobre os principais fatos que antecedem o desfecho no texto, como:
• O que aconteceu?
• Como aconteceu?
• Onde aconteceu?
• Com quem aconteceu?
c. Reflita sobre as várias possibilidades de desfecho. Por exemplo:
• Como o personagem se livrou da situação?
• O personagem teve a ajuda de alguém?
• Aconteceram outras aparições do tal “fantasma”?
d. Lembre-se de que o desfecho deve ser coerente com a história inicial e apresentar uma solução para o conflito.
Em uma folha de rascunho ou em um programa de edição de texto, escreva seu desfecho.
a. Inicie-o do ponto em que a história parou: No entanto, meu jogo formava o cenário de uma guerra espacial, eu tinha certeza!
b. Lembre-se de que você deve resolver os mistérios do conto, mas, mesmo após o desfecho, o clima de suspense pode permanecer.
c. Utilize a primeira pessoa, mantendo o narrador-personagem.
d. Use adjetivos para descrever situações, ambientes, lugares, sensações e emoções dos personagens. Eles intensificam a tensão e o efeito de surpresa do desfecho.
e. Utilize, quando achar necessário, marcadores temporais e espaciais, como: “naquela noite”; “fazia uma noite fria”; “a biblioteca, naquele dia, estava vazia”.
f. Faça uso de artigos para dar continuidade aos tópicos da história.
g. Se necessário, empregue palavras e expressões com sentido figurado.
fundamentais da produção, como planejamento, elaboração, revisão, edição e avaliação de textos ficcionais e não ficcionais. Nesse sentido, mostre-lhes a importância de cada uma dessas etapas, incentivando a verificação atenta delas.
O desfecho pode ser feliz, surpreendente, inquietante, assustador etc.
h. Atente à escrita correta das palavras e à pontuação do texto.
i. Se houver falas no desfecho, empregue-as mantendo a mesma estrutura utilizada na parte inicial do conto, com o uso de travessões.
Após produzir seu desfecho, troque seu texto com um colega para que, com base nos questionamentos a seguir, um avalie o texto do outro.
a. O desfecho está coerente com os fatos narrados no conto?
b. O desfecho foi escrito em primeira pessoa, mantendo o narrador-personagem?
c. Foram utilizados adjetivos para descrever situações, ambientes, lugares, sensações e emoções dos personagens?
d. Foram usados artigos indefinidos para a introdução de informações novas na história (relativas a situações, ambientes, lugares, personagens etc.) e artigos definidos para a retomada das informações?
Avalie os comentários do colega e faça as alterações necessárias.
Chegou o momento de você e seus colegas apresentarem para a turma seus desfechos, organizando uma roda de leitura. Para isso, siga algumas instruções.
a. Releia quantas vezes forem necessárias seu texto, para que, no dia da apresentação, você esteja preparado.
b. No dia combinado com o professor, traga para a sala de aula seu texto finalizado. Se quiser, faça anotações na lateral e sublinhe os trechos que merecem ser lidos com mais expressividade.
c. O professor dará início à atividade. Ele vai ler mais uma vez o conto de Flavia Muniz até a interrupção do texto e chamará cada estudante para fazer sua leitura.
Se achar interessante, escolha com os colegas uma música que sugira suspense para colocar de fundo durante a leitura.
d. Quando chegar sua vez, leia seu desfecho de forma expressiva, atentando para os efeitos de sentido que você pretende provocar no leitor.
e. Além da entonação, fique atento às pausas necessárias entre um trecho e outro. Elas contribuem para a construção de um clima de tensão e suspense.
f. É importante manter a naturalidade e uma boa postura para tornar a apresentação mais agradável e prender a atenção dos ouvintes.
g. Ao ouvir a história de um colega, permaneça em silêncio e preste atenção.
Após todos terem lido, converse com os colegas e com o professor sobre o desfecho de que você mais gostou e quais emoções sentiu ao ouvir a criação dos amigos. Por fim, verifique se seu desfecho produziu o efeito esperado nos ouvintes.
• Inicialmente, oriente os estudantes quanto a elementos básicos: produção, público, objetivo e circulação.
• Esta produção visa contemplar linguagem, recursos estilísticos (adjetivos, indicadores de tempo), espaço narrativo próprio do suspense, ações e emoções dos personagens e tempo narrativo e narrador. Explique aos estudantes a importância das partes de um conto: situação inicial, conflito, clímax e, principalmente, desfecho. Este confere casualidade ao enredo , fazendo os incidentes tender ao desenvolvimento da intenção.
• Ressalte a eles que, compondo o desfecho, tem-se a chance de enfatizar o momento da descoberta e o efeito de surpresa da história. Como autores, eles decidem o que e quanto desejam mostrar.
• Lembre-os da importância de manter a coerência com outras informações e não resolver todas elas. Além disso, não é necessário o final ser feliz ou agradável.
• Os estudantes podem incluir novos personagens e cenários, assim como ampliar o enredo , desde que feito em um espaço textual fornecido pelo gênero conto (poucos personagens, tempo e espaço reduzidos etc.).
• Para a roda de leitura, combine antecipadamente com os estudantes uma data. Se achar conveniente, convide estudantes e professores de outras turmas.
• Oriente os estudantes na organização da sala de aula para a apresentação dos desfechos. Peça-lhes que disponham as carteiras em semicírculo, deixando um espaço à frente para os leitores.
• Estabeleça uma ordem para cada estudante ir até a frente da sala de aula e ler seu desfecho, compartilhando a história com os colegas.
• Durante a socialização dos textos na roda de leitura, promova a conscientização sobre o respeito aos colegas enquanto eles estiverem se apresentando.
• Ao final da atividade, incite a turma a conversar sobre o que acharam mais produtivo e o que pode ser melhorado em outro momento.
• Conhecer a estrutura e produzir um podcast sobre livro ou filme de suspense.
• Aprimorar a habilidade de síntese e apreciação de obras literárias e outras produções culturais.
BNCC
• A produção do podcast possibilita aos estudantes o aprimoramento das habilidades EF67LP11, EF67LP12 e EF69LP12 , pois os coloca em contato com as etapas de planejamento, produção e socialização desse gênero textual oral que, neste caso, objetiva realizar a análise crítica de um filme ou livro de suspense.
• Ao escolher uma obra para analisar e produzir o podcast , os estudantes desenvolvem as habilidades EF69LP44, EF69LP45 , EF69LP46 e EF69LP49 , a competência geral 3 , a competência específica de Linguagens 5 e as competências específicas de Língua Portuguesa 8 e 9 , uma vez que deverão se envolver em práticas e compartilhamento de leitura e reconhecer e valorizar a obra analisada como um objeto cultural, desenvolvendo o senso estético, posicionando-se criticamente em relação a ela e diferenciando sequências descritivas e avaliativas.
• Durante os momentos de ensaio e nos momentos de gravação, contemplam-se a habilidade EF69LP19 , a competência geral 4, a competência específica de Linguagens 3 e a competência específica de Língua Portuguesa 3 , visto que os estudantes deverão utilizar a oralidade e perceber os efeitos de sentido decorrentes de pausas, mudanças na entonação, ritmo etc.
• O processo de publicação faz com que os estudantes desenvolvam a habilidade EF69LP06 , pois os leva a considerar que sua produção será apreciada pelos ouvintes.
Neste capítulo, você conheceu histórias de arrepiar e, com certeza, se divertiu com elas. Agora, você vai ler um livro de suspense ou assistir a um filme desse gênero e produzir um podcast sobre ele, a fim de convencer seus colegas a conhecerem-no também.
O podcast é um arquivo digital de áudio, acessível por meio de um dispositivo eletrônico. Pela internet, ele pode ser baixado ou reproduzido on-line (streaming). Funciona como um programa de rádio que pode ser ouvido quando e onde o usuário desejar. Esse formato, muito usado atualmente, aborda assuntos diversificados como política, cultura, educação, esporte, entretenimento, entre outros.
Para planejar seu podcast , oriente-se com base nas informações a seguir.
a. Antes de produzir seu arquivo, é necessário criar intimidade com o gênero. Por isso, escolha alguns podcasts para ouvir.
Programa Maritaca
Com temas variados, como sonho, povos indígenas, família, folclore, amizade, sentimentos e cinema, no Programa Maritaca , é possível ouvir contações de histórias, músicas, brincadeiras e dicas de livros. Programa Maritaca , em: https://www.programamaritaca.com.br/podcast. Acesso em 9 jul. 2022.
b. Após os primeiros contatos com o gênero, defina o tema da produção, que será uma análise crítica (uma espécie de resenha oral) de algum livro ou filme de suspense.
c. Pesquise uma obra adequada à sua idade. Assista ao filme ou leia o livro integralmente para ter mais certeza dos comentários que serão feitos sobre a obra.
Contos de enganar a morte Nesse livro, você pode se divertir (e se arrepiar) com histórias pra lá de “assustadoras”. São quatro contos de esperteza de personagens que tentam adiar sua morte negociando com ela mais prazo para continuarem vivos. Quem será o mais esperto?
Contos de enganar a morte, de Ricardo Azevedo. Editora Ática, 2019.
Capa do livro Contos de enganar a morte
d. Agora, escreva os principais tópicos do seu podcast. Você pode optar por falar seguindo apenas os tópicos e improvisando as frases para dar mais naturalidade, ou pode escrever tudo o que será dito no podcast para ler na hora de gravar.
• Os estudantes aprimoram a competência geral 5 , a competência específica de Linguagens 6 e a competência específica de Língua Portuguesa 10, pois utilizam as tecnologias digitais para a produção do podcast
• Por serem orientados a escolher a variedade linguística apropriada para o trabalho proposto e fazer uso consciente da norma-padrão, os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP56 , a competência específica de Linguagens 1 e a competência específica de Língua Portuguesa 5
• Antes de iniciar sua prática pedagógica, é importante considerar o contexto social da turma, verificando quais recursos tecnológicos estão presentes no cotidiano dos estudantes, de forma que os direcionamentos dados ao trabalho sejam coerentes com os recursos disponíveis e a quantidade de estudantes na turma.
• Se possível, reproduza um episódio do Programa Ma ritaca e apresente o livro Contos de enganar a morte Você também poderá indicar livros da biblioteca escolar e filmes a que tenha acesso.
e. Definido o conteúdo, é hora de ensaiar para a produção do podcast. Leia seu texto ou os tópicos várias vezes, até sentir segurança no assunto. Lembre-se de que o ideal é que a gravação fique o mais natural possível, como se você estivesse conversando com alguém.
f. Defina com os colegas de turma e o professor onde e quando será realizada a gravação. Escolha um ambiente silencioso e os equipamentos necessários (telefone celular, tablet , microfone).
Se possível, combine com o professor e seus colegas uma visita a uma estação de rádio ou a um estúdio de gravação da sua cidade. Durante a visita, observem como o espaço é organizado, quais cuidados podem ser tomados para evitar ruídos durante a gravação de um áudio e como os narradores e locutores preparam a voz, cuidam da postura e treinam a dicção para melhorar a qualidade de suas gravações.
a. Ao iniciar a gravação, posicione-se de forma confortável, com a coluna ereta, a fim de não prejudicar a fala.
b. Monitore o seu tom de voz para que ele seja agradável aos ouvintes. Você pode alterá-lo, sem exageros, conforme as emoções e sensações que quiser provocar no ouvinte.
c. Busque estabelecer um diálogo formal com o ouvinte, tratando o assunto de forma natural.
d. Comece apresentando a obra sobre a qual você escolheu falar: título, autor ou diretor, ilustrador, editora e outras informações que achar importantes.
e. Use adjetivos para expressar suas opiniões e apreciações a respeito da obra. Cuidado com o uso excessivo dessas palavras!
f. Alterne entre sequências descritivas, apresentado informações genéricas sobre a obra sem revelar detalhes importantes dela, e sequências apreciativas, justificando-as.
g. Se necessário, faça edições no arquivo, apagando trechos ou regravando-os.
h. Ao final, para recapitular, apresente novamente o título analisado, o autor ou diretor e as informações importantes para o ouvinte conseguir procurá-lo.
i. Ouça o podcast e verifique se ele cumpre os objetivos estabelecidos no início desta seção.
Finalizada a atividade, o professor vai promover um momento para que a turma ouça todas as gravações.
Nesse momento, ouça os podcasts com atenção, buscando perceber as estratégias usadas pelos colegas: o tom de voz, as informações apresentadas, as sequências descritivas e apreciativas, entre outros aspectos que achar importantes.
Tente perceber também se os podcasts cumpriram seu objetivo e se são capazes de despertar nos ouvintes o desejo de conhecer as obras analisadas.
Converse com os colegas e com o professor sobre como foi a experiência de gravar um podcast : as impressões, dificuldades, facilidades e pontos a serem aprimorados nas próximas atividades como essa.
Os arquivos podem ser postados no blog ou site da escola para que mais pessoas conheçam o trabalho da turma e se interessem pelas obras analisadas.
• É interessante perguntar quais programas de rádio os estudantes costumam ouvir. Com base nos relatos, apresente o podcast , mostrando as semelhanças existentes entre ambos. Acesse plataformas de música on-line e selecione alguns para apresentar a eles.
• Comente que a grande diferença é que os conteúdos veiculados em podcast podem ser apreciados em qualquer horário, conforme a vontade do público.
• Lembre-se de estabelecer relação entre o gênero podcast e os textos (conto de suspense e resenha crítica) trabalhados anteriormente. Garanta que os estudantes percebam a continuidade do trabalho pedagógico. Relembrar aspectos desses textos também vai ajudar a identificar e corrigir eventuais déficits de aprendizagem que tenham surgido ao longo do trabalho.
• Na etapa de planejamento, ressalte que é importante respeitar a classificação etária de filmes e livros. Os estudantes poderão escolher as obras dentre uma lista de obras pré-selecionadas.
• Ainda no planejamento, retome com os estudantes que a linguagem a ser utilizada precisa obedecer às regras da norma-padrão. Se necessário, enfatize que os gêneros textuais orais também requerem cuidados, principalmente evitando as marcas de oralidade (por exemplo: né, daí, tá).
• Ressalte que, após a produção escrita do roteiro, é essencial que sejam realizados ensaios, para que a gravação seja realizada com maior segurança e naturalidade.
seja os responsáveis legais pelos estudantes. Quando é proposto que a turma crie um blog ou uma rede social, deve-se considerar a idade dos estudantes e ter o cuidado para que o professor seja o responsável por essas mídias, supervisionando as interações que ocorrem nesses ambientes digitais.
• Caso não tenha acesso à internet, as produções podem ser socializadas com a troca de arquivos por meio da tecnologia bluetooth ou gravados em um pen drive e
colocados em um aparelho de som. Nesta última situação, é interessante organizar uma agenda para a apresentação dos podcasts na escola, de forma que todas sejam socializadas.
28/07/2022 15:23:54
• Para finalizar, ressalte a importância de cada estudante apreciar os trabalhos produzidos pelos colegas, percebendo que todos apresentam características específicas de seus autores, valorizando assim a individualidade criativa de cada um.
• Fique atento aos recursos tecnológicos disponíveis tanto na escola quanto no cotidiano dos estudantes. Lembre-se de que o telefone celular pode servir para as gravações e a publicação dos podcasts
• Ao longo desta coleção há diversos momentos em que os estudantes são orientados a pesquisar e a publicar suas produções na internet. É importante lembrar que o uso desse tipo de tecnologia deve ser sempre supervisionado por um adulto –seja o professor em sala de aula,
• Avaliar o reconhecimento de palavras com sentido próprio e sentido figurado.
• Verificar a compreensão do que é um adjetivo e como ele é reconhecido em um contexto.
• Avaliar o reconhecimento do artigo no texto.
• Verificar a compreensão das características do gênero poema.
• Avaliar a compreensão das características do gênero conto de suspense.
• Na atividade 1 , releia cada alternativa com a turma e questione item por item, evidenciando que, nos itens A , B , C e E , as palavras matou , pipocavam , nuvens e voou foram empregadas com sentido figurado. Para remediar defasagens, solicite aos estudantes que retornem ao conteúdo estudado no capítulo ou forneça outros exemplos de texto em que é possível perceber os dois sentidos.
• Ao corrigir a atividade 2 , aponte que as palavras amigo e crianças são substantivos e leve e pesado são verbos. Considere a necessidade de retomar a diferença entre adjetivo e substantivo e entre adjetivo e verbo. Para remediar alguma dificuldade percebida, peça aos estudantes que criem frases em que essas quatro palavras sejam adjetivos e compare-as com os exemplos nas alternativas.
• Comente a resposta da atividade 3 , analisando todas as palavras destacadas, que são numeral, artigo, pronome e preposições, respectivamente. Para remediar defasagens, apresente textos narrativos curtos aos estudantes e oriente-os a localizar os artigos em determinado trecho. Além disso, instrua-os a analisar o sintagma artigo + substantivo.
• Para remediar defasagens com relação ao conteúdo da atividade 4, é possível retornar aos textos analisados no capítulo e também solicitar aos estudantes que pesquisem na internet ou na biblioteca um poema que lhes agrade para analisar e declamar.
1. Analise as orações a seguir e escolha a que apresenta todas as palavras usadas em seu sentido próprio.
O alarme me matou de susto. As mensagens pipocavam no meu celular. O preço dos combustíveis está nas nuvens. Meu cachorro engoliu o remédio. A bola voou e quebrou a vidraça.
Resposta: D.
2. Em qual das alternativas a seguir a palavra em destaque é um adjetivo?
Meu amigo me convidou para jogar futebol. Por favor, não me leve a mal. Aquela era uma questão difícil João já tinha pesado as encomendas. As crianças precisam ser vacinadas.
Resposta: C.
3. Em qual das alternativas a seguir a palavra em destaque é um artigo?
O time fez apenas um gol no jogo. Todos buscavam a resposta certa.
Ele não pegou o telefone, esqueceu- o no carro. Eles ficariam a favor do jogador. Daqui a pouco, faremos nossa última reunião.
Resposta: B.
4. Escreva cinco frases curtas que definam o que é um poema.
Possíveis respostas: Texto escrito em versos. Estruturado em estrofes. Não apresenta parágrafos. Pode ou não conter rimas. Costuma apresentar figuras de linguagem. A linguagem é bem trabalhada com a finalidade de criar efeitos estéticos e sonoros.
5. Quais são as principais características de um conto de suspense?
Resposta. O conto de suspense tem os mesmos elementos de um conto comum (enredo, tempo, espaço, narrador, personagens, e as partes do enredo: situação inicial, conflito, clímax e desfecho), porém apresenta ambientes assustadores, sombrios, personagens sobrenaturais ou suspeitos, tempo noturno, chuvoso, frio, mistérios etc.
Em apenas um minuto, produza um parágrafo descrevendo:
• como você avalia seu desempenho e sua aprendizagem nesta unidade;
• o que você pode melhorar nas próximas aulas.
• Para conduzir a correção da atividade 5, peça a cada estudante que diga apenas uma parte de sua resposta, com apenas uma característica do gênero. Vá fazendo uma lista na lousa, mostrando que existem muitas formas diferentes de falar sobre o mesmo assunto. Se necessário, retome um dos textos do capítulo, fazendo a leitura integral, para que identifiquem as características citadas nas respostas.
• Autoavaliação: Utilize a estratégia One-minute paper, solicitando aos estudantes que escrevam, em um minuto, o que foi solicitado. Na sequência, peça a alguns que leiam suas anotações. Pergunte-lhes se tiveram percepções semelhantes ou diferentes, abrindo espaço para o debate e a interação entre eles. Atente aos principais pontos levantados para refletir sobre a prática pedagógica e eventualmente rever ou ajustar seu planejamento para atender às necessidades da turma.
1. Você já percebeu que, no dia a dia, chegam até nós muitas notícias, dos mais variados assuntos e por diversos meios? Junte-se a um colega e pesquisem um exemplar desse gênero. Depois, apresentem o texto aos colegas, apontando os seguintes itens:
• o fato noticiado;
• o motivo da escolha. • a fonte; • a manchete;
Após a análise, respondam à seguinte questão: Por que o fato noticiado mereceu ser destacado pelo veículo que o publicou?
2. Suponha que um colega seu tenha escrito o texto a seguir.
Na minha rua, não há muitas árvores, por isso meus amigos e eu resolvemos plantar algumas árvores na praça do nosso bairro. Meus amigos e eu queríamos muito ter uma árvore grande perto de nossas casas para montarmos um balanço na árvore. Sabemos que as árvores demorarão a crescer, mas decidimos plantar as árvores mesmo assim. Um dia, depois de muitos anos, meus amigos e eu teremos um pouco mais de verde por aqui. Então, meus amigos e eu poderemos dizer aos nossos filhos que fomos os responsáveis pela existência daquelas árvores.
a. Que problemas você identifica nesse texto?
Resposta: Há repetições desnecessárias no texto.
b. De que forma esse texto poderia ser reescrito para corrigir esses problemas?
• Avaliar a capacidade de reconhecer uma notícia.
• Verificar os conhecimentos acerca do emprego de pronomes.
• Avaliar a capacidade de inferir um problema por meio da análise de fotografias.
• Avaliar os conhecimentos acerca da busca de palavras em um dicionário.
• Para a atividade 1 , viabilize a pesquisa das notícias e perceba se os gêneros apresentados são realmente notícias e o que os estudantes conseguem analisar nos exemplares pesquisados. Questione-os acerca da importância dos fatos noticiados. Com base nessa atividade, faça anotações das defasagens da turma ou do que precisa ser enfatizado no desenvolvimento da unidade.
3. Algumas imagens veiculadas pela imprensa têm o intuito de denunciar, isto é, chamar a atenção para um problema ou uma situação. Entre as fotografias a seguir, qual delas poderia expressar uma denúncia? Explique sua resposta.
Resposta: A fotografia A revela um problema que deve ser denunciado, pois retrata uma cena incomum para uma floresta.
4. Os verbetes de um dicionário são organizados em ordem alfabética.
a. O que justifica essa organização?
Resposta: A facilidade da busca por causa da grande quantidade de verbetes
b. Faça uma lista das palavras a seguir na ordem em que poderiam ser encontradas em um dicionário.
Resposta: Espécie, experimento, jornalismo, nativo, natureza, realidade.
espécie ∙ natureza ∙ experimento ∙ nativo ∙ jornalismo ∙ realidade
2. b. Resposta: Com a omissão do termo “árvores” na primeira frase. Na segunda frase, a troca dos termos “Meus amigos e eu” por nós e “na árvore” por nela. Na terceira frase, a troca do termo “as árvores” por elas; a troca do termo “plantar as árvores” por plantá-las. Na penúltima frase, a troca da expressão “meus amigos e eu” por nós. Na última frase, a omissão do termo “meus amigos e eu”.
• Na atividade 4, caso a turma não compreenda a facilidade de uma busca por meio da ordem alfabética ou não elenque corretamente as palavras, proponha, em duplas, a organização de mais um grupo de palavras para tentar remediar as defasagens. O diagnóstico realizado por meio dessas atividades serve como base para o planejamento do conteúdo a ser trabalhado posteriormente.
28/07/2022 15:26:09
• Na atividade 2 , verifique se os estudantes percebem as repetições excessivas. Verifique como se saem na atividade e anote as abordagens que julgar necessárias na exploração do assunto. Perceba também se eles consideram que algumas repetições são necessárias por causa da distância entre os termos ou para conferir clareza ao texto. Ao final, leia um exemplar reescrito para que eles verifiquem os ajustes e reflita com eles sobre as estratégias usadas para tornar o texto melhor. Conforme as dificuldades apresentadas, faça a reescrita coletiva do texto.
• Durante a atividade 3 , verifique se os estudantes sabem o que pode vir a ser uma denúncia e se associam essa ideia à fotografia que mostra o desmatamento de uma floresta. Questione-os sobre como poderiam usar essa fotografia para chamar a atenção das pessoas para um problema e onde ela poderia ser veiculada e proponha, usando a estratégia One-minute paper, a criação de uma frase que poderia acompanhá-la (legenda). Com base nessa atividade, planeje as estratégias para exploração desse conteúdo na unidade.
Floresta Nacional do Jamanxim, no Pará. Floresta Tropical, no Amazonas. A. B. Resposta pessoal.• Contextualizar os gêneros notícia e foto-denúncia com base na análise de uma escultura e na discussão de questões relacionadas a ela.
• Ativar conhecimentos prévios em relação à leitura de jornais e aos gêneros notícia e foto-denúncia.
• Refletir sobre a importância do hábito de ler jornais.
BNCC
• O trabalho proposto nestas páginas permite aos estudantes o aprimoramento da habilidade EF67LP23, na medida em que as questões propiciam a discussão oral sobre os gêneros a serem tratados na unidade: notícia e foto-denúncia.
Orientações
• Leia a lista de conteúdos com a turma e, conforme as características de seus estudantes e os diagnósticos obtidos na seção Iniciando o trajeto , você pode inverter a sequência de alguns conteúdos e seções, por exemplo, trabalhando as seções Leitura , Outra leitura e Interação entre os textos primeiro, depois a seção Ampliando a linguagem e deixando para o final do capítulo 5 as seções A língua em estudo , Produção escrita e Produção oral . Se julgar pertinente, a seção Atitude cidadã , que discute a questão das fake news , pode ser usada para iniciar o trabalho com o capítulo 5 , de modo a instigar os estudantes a refletir sobre o tema, desenvolvendo a argumentação e a criticidade.
• Notícia
• Pronome
• Foto-denúncia
• O uso do dicionário
Escultura do artista norueguês Per Ung, localizada em Oslo, na Noruega. Confira as respostas das questões nas orientações ao professor.
1. O que está sendo representado nessa escultura?
2. Em sua opinião, com que objetivo algumas pessoas leem jornal diariamente? E você, tem o hábito de ler jornal?
3. Nesta unidade, vamos ler algumas notícias e foto-denúncias, gêneros textuais que costumam circular em jornais. O que você sabe sobre esses gêneros? Comente e troque ideias com os colegas.
-seleção de exemplares de notícias e foto-denúncias e distribuí-los para os grupos lerem e, por fim, pedir que compartilhem com a turma o que perceberam sobre os gêneros.
1. Resposta: Um homem sentado lendo jornal em um ambiente urbano.
2. Resposta pessoal. Questione os estudantes sobre o que mais gostam de ler nos jornais. Caso haja alguma
resposta negativa, aproveite o momento para incentivá-los à leitura de jornais, começando pelos gêneros e seções de que mais gostam.
3. Resposta pessoal. Incentive os estudantes a compartilhar o conhecimento que possuem acerca dos jornais, por exemplo, o que pode ser encontrado nesse veículo de comunicação, onde é possível adquiri-los, em quais formas se apresentam (impresso e digital) etc.
• Oriente os estudantes a analisar a imagem e a descrevê-la. Peça a um estudante que leia as informações da legenda e pergunte aos demais por que eles acham que o artista julgou importante retratar um homem lendo um jornal. Durante a discussão, é importante incentivá-los a respeitar os turnos da fala e as opiniões expressas pelos colegas.
• Se julgar pertinente, comente que o autor da escultura, o norueguês Per Ung (1933-2013), é considerado um dos mais proeminentes da arte contemporânea norueguesa. Durante sua vida, ele criou várias estátuas de retratos públicos, relevos e monumentos em vários locais da Noruega.
• Na atividade 1 , questione a turma sobre a relação entre a escultura fotografada e o tema da unidade.
• Na atividade 2 , permita aos estudantes que troquem ideias sobre o porquê de as pessoas lerem jornais. Leve-os a concluir que a leitura de jornal se tornou um hábito na vida cotidiana de muita gente. Apesar de, hoje em dia, haver os telejornais e os portais de notícias na internet, muitas pessoas ainda preferem o jornal impresso.
• Comente que o jornal como conhecemos hoje, diário e impresso, foi criado no século 17, quando alguns avanços nos métodos de impressão baratearam os custos e permitiram a produção em grande escala e acessível ao público em geral. Daí em diante, a leitura de jornais se tornou um hábito. Hoje em dia, o jornal nos permite conhecer uma variedade de assuntos. Por isso, a leitura atenta de um bom jornal pode nos tornar mais conscientes sobre o mundo em que vivemos.
• Com o objetivo de avaliar o conhecimento prévio dos estudantes, depois de conversar com eles sobre a atividade 3 , peça-lhes que formem grupos e registrem, por escrito, o que sabem dos gêneros ou como imaginam que eles sejam. Ao final, solicite a um representante do grupo que leia para a turma o que foi registrado, compartilhando as informações. Outra possibilidade é fazer uma pré -
• Ler uma notícia e conhecer as características e a função sociocomunicativa desse gênero.
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP03 por meio de questões que exploram o fato central, suas principais circunstâncias e decorrências. Essa abordagem é feita com a exploração das partes estruturantes da notícia: o título, o lide e o corpo da notícia.
• Os estudantes também desenvolvem a habilidade EF69LP16, pois é explorada a ordem em que as informações são organizadas em uma notícia.
• A habilidade EF69LP17 é desenvolvida pelos estudantes ao tratar do emprego do tempo verbal e da terceira pessoa do discurso na notícia, levando-os a refletir sobre esse uso como característica discursiva desse gênero da esfera jornalística.
• Ao verificar a ordenação e enumeração das informações que compõem o lide da notícia, os estudantes são levados a compreender a importância da maneira de organizar os dados apresentados em uma notícia, aprimorando, assim, a habilidade EF67LP25
Orientações
• A formação de um leitor consciente e cidadão é um processo que passa, inevitavelmente, pela leitura de textos do campo jornalístico-midiático. A presença do jornal e de seus textos em sala de aula enriquece e incentiva o diálogo e a troca de ideias e de experiências, incentivando o estudante a refletir sobre assuntos socialmente relevantes no dia a dia.
• Para incentivar a leitura e motivar os estudantes a conhecer as informações da notícia apresentada, utilize o texto que inicia a página, promovendo um levantamento de hipóteses. É importante que essas hipóteses sejam retomadas após a leitura, na subseção Conversando sobre o texto
Você provavelmente já leu alguma história de caça ao tesouro ou já assistiu a algum filme sobre piratas e baú com joias no fundo do mar. Será que esse tipo de aventura acontece no mundo real? Um adolescente descobriu um tesouro viking na Alemanha. Como você acha que ele conseguiu isso? Leia a notícia a seguir para conhecer essa aventura.
Adolescente descobre tesouro de rei viking do século 10
Luca Malaschnitschenko, de 13 anos, ajudou a encontrar moedas de prata, pérolas, colares, broches e um martelo de Thor, do fim do século 10. Aconteceu em Rügen, uma ilha do norte da Alemanha, banhada pelo mar Báltico.
O adolescente procurava por tesouros na companhia de René Schön, voluntário de um programa de arqueologia (ciência que estuda o passado por meio de escavações). Eles usavam um detector de metal quando encontraram fragmentos de moedas antigas.
A descoberta ocorreu em janeiro e foi mantida em sigilo até que arqueólogos escavassem o local e encontrassem 600 peças, entre joias e moedas, com mais de mil anos.
O tesouro pertenceu ao rei viking Haroldo 1º da Dinamarca. Também conhecido por Haroldo Bluetooth (Dente Azul), ele gover -
Quem eram os vikings?
nou, supostamente, entre os anos 958 e 986 (Idade Média), o que hoje é a Dinamarca, o norte da Alemanha, o sul da Suécia e partes da Noruega.
Os tesouros serão conservados e estudados, para que historiadores possam entender mais sobre a época do reinado de Haroldo Dente Azul. Foi em homenagem a ele que um engenheiro, que estava lendo um livro sobre vikings, batizou a tecnologia de conexão sem fio de bluetooth.
Eram um povo originário da Escandinávia que colonizou e saqueou regiões da Europa entre os séculos 9 e 11. Exploradores, comerciantes, piratas e guerreiros, os vikings formavam uma sociedade desenvolvida em diversos aspectos culturais, sociais e tecnológicos. Os vários conflitos contra ingleses e nobres da Normandia desintegraram a civilização, ainda presente na cultura europeia.
• Promova a leitura em voz alta, solicitando que, de maneira voluntária, cada estudante leia um parágrafo. Faça pausas na leitura, quando pertinente, e peça à turma que comente as informações do trecho lido.
• Antes de abordar o boxe sobre os vikings , pergunte aos estudantes o que eles sabem desse povo, se já viram algum filme, seriado ou mesmo uma tirinha do personagem Hagar, o Horrível. Se possível, leve imagens, trailers ou trechos de filmes ou seriados adequados à faixa etária sobre os vikings para ampliar o conhecimento da turma.
O Jornal Joca foi criado em 2011, inspirado nas publicações europeias destinadas a crianças e adolescentes. É possível ter acesso ao jornal em suas versões impressa (veiculada quinzenalmente) e digital (atualizada diariamente). Ciência e Tecnologia, Maluquices, Esportes, Cultura, Brasil e Mundo são algumas das editorias desse jornal.
O ser humano se interessa pela divulgação de acontecimentos há muito tempo. No Império Romano, por exemplo, cerca de 59 a.C., já havia uma espécie de boletim que informava sobre batalhas, jogos, cerimônias religiosas, entre outros eventos, e esse tipo de boletim-mural esteve presente em outras civilizações antigas, como no Egito e na Grécia.
O jornal começou a se popularizar a partir da invenção da prensa por Johann Gutenberg, em 1447. Foi Gutenberg (cerca de 1398-1468) que possibilitou o surgimento dos primeiros jornais impressos. Mas foi apenas após a Revolução Francesa, no século 18, que o jornal começou a ficar parecido com o que conhecemos nos dias atuais.
1. Após ler a notícia, sua opinião sobre como o menino encontrou o tesouro viking foi confirmada? Comente com os colegas.
Resposta pessoal.
2. O que você achou do destino que Luca Malaschnitschenko e René Schön deram ao tesouro encontrado? Justifique sua resposta.
Resposta pessoal.
3. E você, se encontrasse um tesouro histórico, teria tomado a mesma decisão de Luca e René? Explique.
Resposta pessoal.
1. Leia uma das informações presentes no cabeçalho do jornal em que a notícia foi publicada e responda às questões.
O único jornal para jovens e crianças
a. Essa notícia é destinada a que público? Explique como você chegou a essa conclusão.
• Antes de iniciar a leitura do boxe sobre a origem do jornal impresso, levante hipóteses com os estudantes sobre a origem do hábito de divulgar notícias, se eles imaginam quando surgiu e com qual objetivo. Instigue-os a associar as informações com as aulas de História Se possível, convide o professor desse componente curricular para uma aula conjunta sobre Johann Gutenberg e a invenção da prensa e o contexto histórico em que esse fato ocorreu.
• Na atividade 1 da subseção Conversando sobre o texto , oriente os estudantes a relembrar as hipóteses que levantaram antes da leitura, a fim de confirmá-las ou não. Pergunte a eles se conhecem histórias parecidas ou se já participaram de brincadeiras de caça ao tesouro. Permita-lhes compartilhem suas experiências com a turma.
• Na atividade 2 , espera-se que os estudantes compreendam a nobreza da decisão e a importância de conhecer o passado histórico.
• Na atividade 3 , peça aos estudantes que comentem suas respostas com os colegas e posteriormente socializem com a turma. Diante das respostas, promova o debate sobre o conceito de propriedade particular e patrimônio histórico, para que os estudantes possam refletir sobre a importância do tesouro encontrado para a sociedade.
b. Em quais outros suportes (veículos de comunicação) é possível encontrar notícias?
Resposta: A crianças e jovens. É possível concluir isso com base no slogan do jornal, “O único jornal para jovens e Resposta esperada: Jornais digitais, telejornais, rádio, revistas etc.
c. Em sua opinião, considerando o público-alvo do jornal, a notícia foi produzida com que objetivo?
Resposta: A notícia foi produzida para informar aos jovens leitores um assunto curioso envolvendo uma descoberta arqueológica.
• Se julgar pertinente, organize os estudantes em duplas para a realização da atividade 1 da subseção Escrevendo sobre o texto
Fotografia da prensa de Gutenberg.• Antes de iniciar a atividade 2 , comente com os estudantes que as notícias são escritas para informar os leitores sobre acontecimentos do dia a dia. Porém, nem tudo o que acontece diariamente é noticiado nos jornais e revistas. A escolha sobre o que deverá ser notícia é feita com base nos temas que atraem o público-alvo, além de considerar se o fato é atual e inédito, o que despertará mais ainda o interesse pela leitura do texto.
• Pergunte aos estudantes se eles se interessariam em ler a notícia sobre a descoberta do adolescente, caso a vissem em um jornal, e por quê. Esclareça que ela foi publicada em diferentes veículos de comunicação, o que demonstra que os jornais consideraram que ela atrairia o interesse de vários leitores.
• Na atividade 3 , evidencie para a turma a importância de o título ser convidativo para que o leitor tenha vontade de ler o texto.
• Nas atividades 4 e 5 , os estudantes são levados a perceber que as partes mais importantes de uma notícia estão contidas no lide, que “resume” o texto. As informações secundárias e complementares aparecem posteriormente, no corpo da notícia. No jargão jornalístico, a organização das informações de uma notícia da mais importante para a menos importante e secundária recebe o nome de pirâmide invertida.
• Na atividade 6 , peça aos estudantes que releiam o corpo do texto e debatam sua ligação com o lide.
2. Alguns acontecimentos são divulgados em mais de um veículo de comunicação, como é o caso do fato divulgado na notícia que você leu. Leia algumas manchetes.
Adolescente descobre na Alemanha um tesouro de um rei viking do século 10
Disponível em: https://brasil.elpais.com/ brasil/2018/04/16/internacional/1523881638_211194. html. Acesso em: 18 fev. 2022.
Menino descobre tesouro viking do século 10 na Alemanha
Disponível em: https://veja.abril.com.br/mundo/ menino-descobre-tesouro-viking-do-seculo-x-na -alemanha. Acesso em: 18 fev. 2022.
Menino de 13 anos encontra tesouro viking de mil anos
Disponível em: https://www.terra.com.br/noticias/ mundo/europa/menino-de-13-anos-encontratesouro-viking-na-alemanha,c4b7e6d05e58c88b55cd 00bbe132d28av8j5mgox.html. Acesso em: 18 fev. 2022.
Menino de 13 anos encontra tesouro de mil anos enterrado na Alemanha
Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/ geral-43807681. Acesso em: 18 fev. 2022.
Resposta esperada: Porque é um acontecimento inusitado, pois o tesouro encontrado pelo adolescente de apenas 13 anos
a. Em sua opinião, por que essa história se tornou notícia?
pertenceu ao importante rei viking Haroldo 1º da Dinamarca e tem mais de mil anos.
b. Em todas as manchetes lidas, qual acontecimento é evidenciado em primeiro plano: a descoberta, o local da descoberta ou a pessoa responsável por ela?
Resposta: A pessoa responsável pela descoberta, um adolescente/menino.
3. Releia a seguir o título da notícia da página 100
Adolescente descobre tesouro de rei viking do século 10
Qual é a função desse título na notícia lida?
Resposta: Antecipar para o leitor o assunto do texto, atraindo-o para a leitura da notícia.
4. Uma das partes mais importantes de uma notícia é chamada lide. Leia, a seguir, a definição desse item que compõe a notícia.
Lide tem origem na língua inglesa (lead ) e significa guiar, conduzir. O lide de uma notícia, geralmente, traz as informações básicas sobre o assunto abordado, procurando responder aos seguintes questionamentos: O quê? ; Onde? ; Quando? ; Por quê? ; Como? ; Quem?
5. b. Resposta: Em Rügen, uma ilha do norte da Alemanha banhada pelo mar Báltico.
Em quais parágrafos da notícia o lide é apresentado?
Resposta: Nos três primeiros parágrafos.
5. Com base nas informações do lide, responda às questões a seguir.
a. O que aconteceu?
Resposta: Um tesouro viking foi encontrado.
d. Com quem aconteceu?
b. Onde aconteceu?
e. Como aconteceu?
c. Quando aconteceu?
Resposta: Em janeiro de 2018.
Resposta: Os jovens procuravam por tesouros usando um detector de metal.
6. Outra parte importante é o corpo da notícia.
a. Quais parágrafos da notícia apresentada constituem o corpo dela?
Resposta: O quarto e o quinto parágrafo.
b. Explique a função do corpo da notícia, relacionando-o ao lide.
Resposta: O corpo da notícia constitui a parte que amplia o lide e acrescenta novas informações à notícia.
5. d. Resposta: Luca Malaschnitschenko, de 13 anos, e René Schön, um voluntário de um programa de arqueologia.
Diagramação se refere à distribuição dos elementos gráficos em uma página.
A diagramação da notícia foi feita em duas colunas. De forma geral, essa diagramação é bastante comum em notícias impressas. Em sua opinião, por que isso ocorre?
Resposta esperada: Para permitir maior quantidade de informações em um menor espaço e para otimizar a leitura, já que as linhas ficam mais curtas.
8. Na notícia lida, há um mapa. Com que função o mapa foi apresentado na notícia?
Resposta: Com a função de mostrar os países de origem dos povos nórdicos, os vikings ; e, ao mesmo tempo, alguns dos
9. Releia o boxe que aparece ao final da notícia.
Quem eram os vikings?
territórios governados pelo rei Haroldo 1º: Dinamarca, Suécia e Noruega.
Eram um povo originário da Escandinávia que colonizou e saqueou regiões da Europa entre os séculos 9 e 11. Exploradores, comerciantes, piratas e guerreiros, os vikings formavam uma sociedade desenvolvida em diversos aspectos culturais, sociais e tecnológicos. Os vários conflitos contra ingleses e nobres da Normandia desintegraram a civilização, ainda presente na cultura europeia.
a. Com que objetivo esse boxe foi apresentado com a notícia?
Resposta: Com o objetivo de complementar as informações da notícia, esclarecendo quem eram os vikings e como eles
b. Segundo o boxe, de onde os vikings se originaram?
Resposta: Da Escandinávia.
c. Que tipo de atividade os vikings realizavam?
Resposta: Eram exploradores, comerciantes, piratas e guerreiros.
atuavam. Dessa forma , os leitores têm a dimensão da importância da descoberta do tesouro viking
d. Analisando a imagem do barco que acompanha o boxe, por que é possível afirmar que a imagem desse barco ilustra a notícia?
Resposta: Porque a imagem se refere ao modelo de barco usado pelos vikings para explorar territórios da Europa.
e. De que forma essa ilustração se relaciona a uma das principais atividades desempenhadas pelos vikings?
Resposta: O barco viking remete à característica de exploradores desses povos.
1. Releia o título da notícia.
1. c. Resposta: Um adolescente descobre tesouro de rei viking do século 10; Um adolescente descobre na Alemanha um tesouro de um rei viking do século 10; Um menino de 13 anos encontra tesouro viking de mil anos; Um menino descobre tesouro viking do século 10 na Alemanha; Um menino de 13 anos encontra tesouro de mil anos enterrado na Alemanha. Nos títulos em que há a omissão do artigo, observa-se um destaque maior aos eventos que são relatados.
Adolescente descobre tesouro de rei viking do século 10
a. A forma verbal em destaque sugere um tempo presente, passado ou futuro?
Resposta: Sugere um tempo presente.
b. Mesmo se tratando de um fato que já ocorreu, por que, em títulos de notícias, geralmente se emprega esse tempo verbal?
Resposta: Porque a forma verbal no presente sugere a atualidade dos fatos, mesmo relatando algo que já tenha ocorrido.
c. Analise o título da notícia lida e as manchetes da página anterior. Note que a primeira palavra de cada um deles não é acompanhada de artigo. Reescreva-os incluindo um artigo no início de cada um. Em seguida, identifique em qual opção há um destaque maior para os eventos que são relatados: naqueles em que há artigos ou naqueles em que não são empregados artigos?
• Nas atividades 7 e 8 , reflita com os estudantes a respeito da distribuição tanto do texto quanto do mapa ou outras imagens no papel, que é intencional e planejada para facilitar a leitura e atrair a atenção do leitor.
• Na atividade 9, evidencie para a turma a importância dos conhecimentos de geografia e história apresentados no boxe para a plena compreensão da notícia. No item b, informe aos estudantes que a Escandinávia abrange um território da Europa Setentrional, que corresponde à Dinamarca, à Suécia e à Noruega. No item e , leve-os a perceber que os vikings viajavam de barco para explorar outros territórios da Europa. Se necessário, mostre-lhes, em um mapa-múndi, que a Escandinávia é separada do restante da Europa pelo mar, sendo o barco o meio de transporte mais comum na época para essas viagens exploratórias.
• Na atividade 1 da subseção Explorando a linguagem , evidencie para os estudantes a importância de o jornal apresentar as notícias mais atuais possíveis, logo , usa-se o verbo no presente para causar tal efeito.
• A atividade 9 desta página e a seção Discutindo ideias, construindo valores são oportunidades de enfatizar a relação com o componente curricular de História , ao abordar fatos sobre os vikings e de que forma eles influenciaram a cultura europeia. Se possível, converse com o professor de História e, juntos, promovam uma atividade de pesquisa sobre esse povo para complementar o estudo do texto.
28/07/2022 15:26:14
• Antes de iniciar a atividade 2 , se julgar necessário, apresente aos estudantes o conceito de verbo ou retome-o com eles, pois provavelmente já o estudaram anteriormente. Diga a eles que verbos são palavras que expressam ações, estados e fenômenos da natureza. Por exemplo: Comi uma maçã hoje. (ação); Estou bem chateada. (estado); Choveu bastante ontem. (fenômeno da natureza). Aproveite esse momento para avaliar o conhecimento deles a respeito dessa classe gramatical.
• Na atividade 3, auxilie os estudantes na resposta e chame a atenção deles para o fato de que, nas notícias, pode haver subjetividade, conforme será estudado posteriormente.
• Ao explorar com os estudantes a atividade 1 da subseção Discutindo ideias, construindo valores , leve-os a concluir que a descoberta e a preservação de objetos históricos revelam traços de um cotidiano e, por isso, permitem compreender determinada cultura em um tempo histórico específico. Assim, uma xícara, um utensílio para a colheita, uma moeda, tudo isso pode revelar como o ser humano de determinada época e cultura manuseou aquele objeto e como ele fazia parte do cotidiano. Dessa forma , torna-se possível traçar um panorama de como teria sido o dia a dia de povos antigos.
• Na atividade 2 , leve os estudantes a concluir que o contato cultural entre os povos permite a influência na língua, nos costumes etc.
2. Releia um trecho da notícia.
Luca Malaschnitschenko, de 13 anos, ajudou a encontrar moedas de prata, pérolas, colares, broches e um martelo de Thor, do fim do século 10. Aconteceu em Rügen, uma ilha do norte da Alemanha, banhada pelo mar Báltico.
Resposta: B.
a. O que as formas verbais em destaque expressam? Copie a opção correta. Tempo presente. Tempo passado. Tempo futuro. A. B. C.
b. A escolha por esse tempo verbal está coerente com o objetivo das notícias? Explique sua resposta.
Resposta: Sim. Como as notícias relatam fatos que já ocorreram, no corpo do texto empregam-se verbos no passado.
3. A notícia é relatada em que pessoa do discurso: primeira ou terceira? Por que esse tipo de pessoa do discurso é frequente em notícias?
relato de fatos que ocorreram com outras pessoas. Além disso, o emprego de terceira pessoa sugere ao leitor uma imparcialidade ao relatar os fatos.
A notícia é um gênero que tem como objetivo veicular informações recentes sobre fatos nacionais ou internacionais, atualizando os leitores sobre diversos acontecimentos. Ela pode ser veiculada em jornais (impressos ou eletrônicos), revistas (impressas ou eletrônicas) ou sites
Em uma notícia, são apresentados o lide (que traz informações capazes de responder às perguntas: O quê? ; Onde? ; Quando? ; Por quê? ; Como? ; Quem?) e o corpo da notícia (que complementa as informações do lide).
Outras características desse gênero textual são a exposição dos fatos por meio do uso da terceira pessoa do discurso e o uso de formas verbais no pretérito, no corpo da notícia, e do presente, nos títulos.
A notícia pode apresentar outros textos que complementem as informações para o leitor, como fotografias, ilustrações, gráficos, mapas, tabelas, boxes etc.
1. Reúna-se em grupo com alguns colegas e pesquisem sobre a importância de descobertas arqueológicas. Após a pesquisa, respondam: o que vocês concluíram sobre a importância histórica da descoberta apresentada na notícia?
2. Como vocês viram, os vikings eram povos que invadiram e saquearam diversos lugares da Europa. Assim, uma das maiores inovações criadas pelos vikings foi a forma de cruzar os mares, construindo barcos mais leves e dinâmicos. Quais contribuições culturais vocês imaginam que o contato dos vikings com outros povos provocou?
Resposta: Na terceira pessoa do discurso, pois se trata de um Resposta pessoal. Resposta pessoal.
Um dos quadrinhos mais conhecidos sobre a cultura viking foi criado por Dik Browne em 1973. Nessas histórias, Hagar, o personagem principal, é um guerreiro viking que vive seus dilemas familiares e tenta invadir com frequência a Inglaterra e outros países europeus.
Hagar, um personagem viking das histórias em quadrinhos.
1. a. Resposta: O trecho A apresenta um aspecto negativo das Olímpiadas: o “rombo” que os jogos deixaram na economia do país devido à falta dos turistas estrangeiros em virtude da pandemia de covid-19. O trecho B apresenta um aspecto positivo das Olímpiadas: é possível visitar os locais dos jogos, já que eles permanecerão de pé por muito tempo.
1. Leia os trechos iniciais de duas notícias a seguir e perceba como dois veículos de comunicação distintos noticiam o mesmo fato.
Olimpíada de Tóquio 2021: Por que os Jogos deixaram “rombo” na economia do Japão
Estádios, hotéis e restaurantes vazios sem turistas estrangeiros, e a maioria dos negócios com poucos clientes
A decepção daqueles que investiram pesadamente no Japão na expectativa de um boom de negócios desencadeado pela Olimpíada foi brutal.
É que o evento de Tóquio, que foi adiado no ano passado devido à pandemia de covid-19, está ocorrendo sem torcedores e em uma região em estado de emergência devido à crise de saúde.
Apesar dos protestos persistentes contra a realização dos Jogos e do fato de que dois terços da população japonesa se opõem a eles, as competições continuam.
BARRÍA, Cecilia. Olimpíada de Tóquio 2021: Por que os Jogos deixaram “rombo” na economia do Japão. BBC News Brasil, 3 ago. 2021. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-58059432. Acesso em: 26 fev. 2022.
A boa notícia é que muitas das estruturas especiais construídas para o Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 permanecerão de pé por muito tempo; confira Nada como assistir aos Jogos Olímpicos na TV para despertar uma vontade enorme de viajar.
Apesar dos estádios quase sempre vazios (já que espectadores foram proibidos em quase todos os locais), atletas de todo o mundo ainda conseguiram nos maravilhar, tendo como pano de fundo a bela paisagem do Japão.
A boa notícia é que muitas das estruturas especiais construídas para o Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 permanecerão de pé por muito tempo após o término do evento. Então, quando as fronteiras se abrirem, será possível visitar pessoalmente os locais onde seus atletas favoritos competiram pelo ouro.
MARCUS, Lilit. Como visitar os locais das Olimpíadas do Japão. CNN Brasil 8 ago. 2021. Disponível em: https:// www.cnnbrasil.com.br/esporte/como-visitar-os-locais-das-olimpiadas-do-japao/. Acesso em: 26 fev. 2022.
a. Qual das notícias apresenta um aspecto positivo das Olimpíadas do Japão e qual apresenta um aspecto negativo? Explique.
b. Com base em sua resposta anterior, as notícias podem ser consideradas imparciais, ou seja, elas apresentam os fatos de forma neutra?
Resposta esperada: Não, as notícias apresentam os fatos de forma subjetiva, ou seja, há um posicionamento implícito de quem as escreve.
de palavras e expressões que sugerem subjetividade, como a escolha de determinados verbos, adjetivos, substantivos etc. Procure destacá-los sempre para que os estudantes percebam os sentidos criados.
• Refletir sobre a subjetividade nas notícias jornalísticas.
• Comparar notícias e manchetes sobre um mesmo fato e verificar se elas são escritas de forma neutra e objetiva ou não.
• Nesta seção, os estudantes desenvolvem a habilidade EF06LP01 por meio de atividades que os levam a perceber que a notícia, embora tenha como objetivo informar o leitor, não é neutra.
• Ao serem levados a analisar o emprego de determinadas palavras nas notícias e nas manchetes e a concluir o efeito de sentido que elas atribuem aos textos, conferindo subjetividade às informações veiculadas, os estudantes desenvolvem a habilidade EF67LP06
• Com as atividades e discussões propostas na seção, os estudantes desenvolvem a habilidade EF67LP03 , pois são levados a comparar informações sobre um mesmo fato divulgadas em diferentes veículos de comunicação.
28/07/2022 15:26:15
• Para dar início a esta seção, pergunte aos estudantes se eles consideram que os jornalistas têm a obrigação de apresentar as notícias de forma neutra e objetiva, permitindo que os leitores tirem suas próprias conclusões sobre os fatos. Caso eles respondam afirmativamente, pergunte-lhes se acreditam que isso sempre acontece. Com base nas atividades propostas, ajude-os a concluir que, muitas vezes, a objetividade é deixada de lado nos textos jornalísticos, dando lugar à apresentação dos fatos de forma subjetiva, o que conduz os leitores a diferentes compreensões do fato ocorrido. Diga que essa escolha é intencional e demonstra o posicionamento ideológico do veículo de comunicação.
• Os itens a e b da atividade 1 exploram o posicionamento de cada notícia em relação ao mesmo fato, o que pode ser explícito, mas também pode ser perceptível por meio do emprego
• Antes da realização da atividade 2 , explique aos estudantes que há muitas formas de transmitir a mesma informação e que não existem textos totalmente neutros, pois seus autores fazem escolhas lexicais que podem revelar suas opiniões diante dos fatos. Ao explorar as manchetes, chame a atenção da turma para os verbos empregados em cada uma delas (enterra e flexibiliza), além da escolha lexical (em uma, obesidade infantil , e na outra, merenda escolar).
2. Em 2017, o então presidente dos Estados Unidos Donald Trump cortou as verbas destinadas ao programa contra a obesidade infantil e suspendeu a obrigatoriedade de as escolas fornecerem alimentos saudáveis às crianças. Esse programa havia sido iniciado pela ex-primeira-dama Michelle Obama. Note como dois veículos de comunicação intitulam de forma diferente esse fato.
Governo Trump enterra programa de Michelle Obama contra obesidade infantil
Disponível em: https://www.rfi.fr/br/ americas/20170502-governo-trump-enterra -programa-de-michelle-obama-contra-obesidade -infantil. Acesso em: 22 fev. 2022.
Governo Trump flexibiliza algumas regras da era Obama sobre merenda escolar
Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/ noticia/governo-trump-flexibiliza-algumas-regras -da-era-obama-sobre-merenda-escolar.ghtml. Acesso em: 22 fev. 2022.
a. Verifique a forma verbal em destaque em cada uma das manchetes lidas e analise as informações a seguir.
Resposta: Enterra : acaba, finaliza, encerra; flexibiliza : torna-se menos rígido.
Torna-se menos rígido. Acaba, finaliza, encerra.
Em seu caderno, relacione as formas verbais ao sentido que cada uma delas sugere.
b. Em qual das manchetes é possível perceber uma postura mais crítica em relação à atitude do governo Trump? Por quê?
Resposta: Na manchete A , pois a forma verbal enterra sugere o fim do programa, diferentemente da forma verbal flexibiliza , que sugere apenas algumas mudanças.
c. Ao apresentar o assunto, as manchetes são neutras? Explique.
Resposta: Não, pois, nas manchetes, para indicar as ações do governo Trump, são empregadas palavras que criam efeitos de sentido diferentes e expressivos.
Como o propósito de uma notícia é relatar um fato cotidiano, informando o leitor sobre acontecimentos, ela deveria ser neutra e objetiva, relatando os fatos de modo imparcial. Entretanto, na prática, algumas escolhas do jornalista podem revelar seu posicionamento em relação ao que está sendo noticiado. Quando isso ocorre, dizemos que há marcas de subjetividade no tratamento da informação.
Essas marcas de subjetividade podem ser percebidas na escolha das palavras. Por exemplo, denominar de bando uma aglomeração de pessoas é diferente de se referir a ela como grupo. A ordem e a hierarquização dos fatos também revelam subjetividade, pois o autor relata primeiro o que considera mais importante. Além disso, o próprio fato de escolher quais elementos serão ou não transmitidos na notícia revela um posicionamento. A supressão ou inserção de alguma informação no texto, geralmente, depende de quais fatos o autor considera mais convenientes e de qual imagem da situação ele quer transmitir ao leitor.
Saber analisar aspectos como esses em notícias e em textos jornalísticos em geral é importante não só para pôr em prática a criticidade, mas também para detectar a confiabilidade dos dados e possíveis informações falsas, manipuladas ou distorcidas.
A. B. A. B.1. Leia os trechos de notícia a seguir, que tratam da lista de pessoas mais influentes do mundo, publicada por uma revista estadunidense.
Brasileira que provou relação entre zika e microcefalia está entre as 100 pessoas mais influentes do mundo
A pesquisadora Celina Turchi, líder de pesquisas que comprovaram a relação entre o vírus zika e a microcefalia, foi escolhida como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista americana “Time”. A seleção foi divulgada nesta quinta-feira e traz personalidades como o presidente americano, Donald Trump, e o papa Francisco. Além de Celina, outro brasileiro que aparece na lista é Neymar.
Fotografia de Celina Turchi, em 2017.
BRASILEIRA que provou relação entre zika e microcefalia está entre as 100 pessoas mais influentes do mundo. Extra , 20 abr. 2017. Disponível em: https://extra.globo.com/noticias/saude-e-ciencia/mosquito/brasileira-queprovou-relacao-entre-zika-microcefalia-esta-entre-as-100-pessoas-maisinfluentes-do-mundo-21234572.html.
Neymar e cientista brasileira na lista dos 100 mais influentes da revista Time
Donald e Ivanka Trump, Putin, Duterte e papa Francisco estão entre os escolhidos. Cientista Celina Turchi, médica que teve papel importante nas pesquisas sobre zika, também está na lista.
Revista americana “Time” divulgou nesta quinta-feira (20) sua tradicional lista das “100 pessoas mais influentes do mundo”. Dois brasileiros são citados: o jogador de futebol Neymar e a cientista Celina Turchi, médica e especialista em doenças infecciosas que teve papel importante na descoberta da relação entre a microcefalia e o vírus da zika.
[…] NEYMAR e cientista brasileira na lista dos 100 mais influentes da revista Time Gazeta Online , 20 abr. 2017. Disponível em: https://www.gazetaonline.com.br/noticias/mundo/2017/04/neymar-e-cientista-brasileira-na-listados-100-mais-influentes-da-revista-time-1014046864.html. Acesso em: 12 maio 2022.
a. Analise os títulos das duas notícias. A cientista Celina Turchi é destaque em qual deles?
Resposta: O título da notícia A destaca a pesquisadora brasileira Celina Turchi.
b. Que informação esse título traz sobre a cientista Celina Turchi?
Resposta: O título da notícia A apresenta uma das pesquisas em que Celina Turchi se destacou, provando a relação entre o vírus
c. O jogador brasileiro de futebol Neymar é destaque em qual dos títulos?
Resposta: O jogador é destaque no título da notícia B
d. Qual dos brasileiros aparece em mais evidência nos trechos das duas notícias? Como você concluiu isso?
Resposta: A pesquisadora brasileira aparece em mais evidência. É possível concluir isso com base nas informações que são apresentadas sobre ela, destacando sua importância na pesquisa sobre o vírus zika.
e. Na notícia B, é dito que a cientista “teve papel importante na descoberta da relação entre a microcefalia e o vírus da zika”. É possível afirmar que a escolha da expressão em destaque é uma marca de subjetividade? Por quê?
Resposta: Sim. Ao empregar uma expressão que qualifica de forma positiva o trabalho da cientista, o jornalista imprime uma marca de subjetividade aos fatos noticiados, deixando implícito
• Na atividade 1 da subseção Praticando , os estudantes perceberão que, além da escolha de palavras, a ordem com que as informações são apresentadas em uma notícia também sugere subjetividade no trato da informação.
• Explique aos estudantes que a lista mencionada no enunciado é publicada anualmente com o objetivo de destacar pessoas influentes, oriundas de diversos países, e de que forma suas ações afetam positivamente o mundo à sua volta.
• Ao finalizar o estudo da subjetividade nas notícias, leve alguns exemplares de jornais de diferentes veículos de comunicação com a mesma data de publicação. Divida os estudantes em grupos e peça-lhes que localizem notícias comuns nesses jornais. Em seguida, oriente-os a analisar os elementos que sugerem subjetividade nas informações noticiadas, a escolha de palavras, a ordem e a hierarquização das informações etc. Peça-lhes também que analisem as capas de revistas que trazem o mesmo assunto.
A. B.• Conhecer a classe gramatical dos pronomes.
• Conforme os estudantes compreendem os conceitos trabalhados e as situações comunicativas em que os pronomes devem ser empregados, tanto na fala como na escrita, eles desenvolvem a habilidade EF69LP56
• O estudo dos pronomes é um pré-requisito para desenvolver por completo a habilidade
EF06LP12 . Nesta seção, os estudantes desenvolvem essa habilidade ao trabalhar o emprego dos pronomes na construção dos textos como elemento de coesão referencial, que ajuda a dar sentido aos enunciados e a evitar a repetição de palavras.
• Nesta seção, os estudantes desenvolvem a competência específica de Língua Portuguesa 4, ao refletir sobre o uso dos termos tu e você e nós e a gente , compreendendo o fenômeno da variação linguística e rejeitando preconceitos.
• O tema contemporâneo transversal Saúde também pode ser explorado com os estudantes por meio da leitura de um trecho de notícia sobre a importância dos cuidados com a saúde dos olhos.
• Ao trabalhar com a atividade 1, verifique se os estudantes conseguem explicar o efeito de humor provocado na anedota. Nesse momento, é importante que percebam a classe dos pronomes no texto, retomando um termo e sendo usados como tratamento para a pessoa com quem se fala.
1. Leia a seguir uma anedota.
Junim quebrou o braço e ficou um tempão com o braço na tipoia. Um dia, ele perguntou ao médico:
— Doutor, o senhor acha que depois que eu tirar o gesso eu vou conseguir tocar piano?
— Claro, meu filho — respondeu o médico.
— Que bom — disse o Junim. — Antes eu não conseguia de jeito nenhum.
ZIRALDO. O livro do riso do Menino Maluquinho Ilustrações: Ziraldo e Marco Periquito 3. ed. São Paulo: Melhoramentos, 2000. p. 57.
a. Explique como o humor dessa anedota é construído.
Resposta: O humor é construído por meio da esperteza do personagem Junim, que levou o
médico a acreditar que ele já sabia tocar piano antes de quebrar o braço.
b. No início do texto, que palavra foi usada pelo narrador para retomar o nome Junim?
c. Que palavra Junim usou para se dirigir ao médico, depois do vocativo Doutor?
Resposta: A palavra senhor
Ao analisar o emprego das palavras ele e senhor, percebemos que elas apresentam funções diferentes: retomar um nome já mencionado no texto e expressar uma forma de tratamento, respectivamente. Palavras como ele e senhor são chamadas pronomes
1. Leia a tirinha a seguir, com o personagem Armandinho.
BECK, Alexandre. Armandinho, 14 set. 2016. Disponível em: https://www.facebook.com/tirasarmandinho/ photos/a.488361671209144.113963.488356901209621/1286393934739243/?type=3&theater. Acesso em: 18 fev. 2022.
a. Analise as seguintes palavras e copie as duas que dialogam com o tema da tirinha. Egoísmo. A Empatia. B. Conflito. C. Respeito. D
Resposta: A palavra ele Resposta: B e D.
b. No primeiro quadrinho, que palavra Armandinho emprega para se referir à pessoa que está falando? Essa palavra está no singular ou no plural?
Resposta: Eu. Está no singular.
• Na atividade 1 , do tópico Pronome pessoal , explique aos estudantes que o personagem Armandinho é um menino crítico e contestador que está sempre discutindo assuntos importantes, como educação, cidadania e política. No caso dessa tirinha, ele aborda um assunto relevante para a convivência em sociedade: o respeito às pessoas como indivíduos, com suas diferenças e singularidades, sem se esquecer de que juntas elas formam um grupo que compartilha direitos e deveres.
c. No segundo quadrinho, que palavras ele emprega para fazer referência às pessoas com quem ou de quem está falando? Elas estão no singular ou no plural?
Resposta: Tu, ela e ele. Essas palavras estão no singular.
d. No segundo quadrinho, que outra palavra Armandinho poderia ter usado no lugar de tu para fazer referência a uma pessoa com quem se fala?
Resposta esperada: Você
e. No terceiro quadrinho, ele diz “sem nunca esquecer do plural”. Que palavra Armandinho poderia ter empregado para indicar a quem se refere esse plural?
Resposta: Nós, eles, elas
Nessa tirinha, Armandinho emprega palavras para fazer referência a algumas pessoas. Para representar cada uma dessas pessoas do discurso, empregam-se pronomes pessoais: eu, tu (você), ele, ela, nós, vós (vocês), eles e elas.
Os pronomes pessoais têm diferentes formas de acordo com as pessoas do discurso. Examine como isso ocorre.
Primeira pessoa (pessoa que fala) Segunda pessoa (pessoa com quem se fala)
Terceira pessoa (pessoa de quem ou algo de que se fala)
eu (singular) tu ou você (singular) ele, ela (singular) nós (plural) vós ou vocês (plural) eles , elas (plural)
Verifique a seguir como são classificados os pronomes pessoais.
Pronomes pessoais retos oblíquos eu me, mim, comigo nós nos, conosco tu te, ti, contigo vós vos, convosco ele, ela o, a, lhe, se, si, consigo eles, elas os, as, lhes, se, si, consigo
No Brasil, para se referir à pessoa com que se fala, são usados os pronomes tu e você. É possível perceber o emprego do tu por falantes dos estados do Pará, Maranhão, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, por alguns falantes da cidade do Rio de Janeiro e entre jovens do Distrito Federal. Já o pronome você é mais difundido e é utilizado, normalmente, em contextos informais. É encontrado entre falantes de São Paulo e Minas Gerais, mas disseminado também por todas as outras localidades, predominando na publicidade e em meios de comunicação em massa.
Fonte: BAGNO, Marcos. Não é errado falar assim! : em defesa do português brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2009. p. 207.
• Ao trabalhar os pronomes pessoais, esclareça aos estudantes que o pronome pessoal vós e seus correlatos raramente são utilizados na língua portuguesa falada e escrita no Brasil, tanto em situações formais quanto informais. Atualmente, poucas são as pessoas que utilizam esse pronome em seu discurso. É possível vislumbrar o uso dele em textos literários mais antigos e eclesiásticos, bem como em alguns cultos ou missas. Em vez desse pronome, hoje é mais utilizado o pronome vocês • É importante frisar que os pronomes pessoais tu e vós têm sido substituídos pelos pronomes de tratamento você e vocês , respectivamente. Mas é importante entender que a gramática normativa ainda estabelece que o emprego de tu leva o verbo para a segunda pessoa e o de você , para a terceira. Exemplos: Quando eu te falar, tu não vais acreditar. Quando eu lhe falar, você não vai acreditar. • Ao ler o boxe apresentado no final da página com os estudantes, pergunte qual pronome eles costumam usar: tu ou você Ressalte a questão da variação linguística geográfica e a importância do respeito às diferentes variedades, assim como a importância de combater o preconceito linguístico.
28/07/2022 15:27:49
• Segundo a norma-padrão da língua portuguesa, a divisão dos pronomes pessoais em retos e oblíquos ocorre de acordo com a função que o pronome assume em uma oração. Se o pronome é empregado com a função de sujeito ou de predicativo do sujeito, ele é do caso reto. Se tiver a função de objeto direto, indireto, complemento nominal, adjunto adverbial ou agente da passiva, ele é um pronome oblíquo.
• Além dos pronomes citados, há outros que fazem parte do quadro de pronomes pessoais no português brasileiro contemporâneo. Analise a seguir.
› Formal singular : eu, tu, você, o senhor, a senhora, ele, ela.
› Formal plural: nós, vós, os senhores, as senhoras, eles, elas.
› Informal singular : eu/a gente, você/ocê/cê/tu, ele/ei, ela.
› Informal plural : a gente, vocês/ocês/cês, eles/eis, elas.
• Antes de iniciar a leitura do texto apresentado na atividade 1, pergunte se há algum estudante que usa óculos ou que tenha dificuldades para enxergar algo que esteja longe. Reforce com a turma a importância de cuidar da saúde e, se julgar pertinente, explore a importância do combate ao bullying e da importância de respeitar todas as pessoas, independentemente de suas características físicas, como usar ou não óculos, por exemplo.
• No item b , caso os estudantes demonstrem dificuldade em identificar a que termo os pronomes em destaque se referem, pergunte a eles: “Caso você precise usar o quê?”; “Afinal, o que será seu novo amigo de todas as horas?”.
Os pronomes oblíquos o, a , os , as , quando associados a verbos terminados em -r, -s , -z , assumem as formas lo, la , los , las , e os verbos perdem as consoantes finais. Por exemplo: encontrar- + os passa a ser grafado encontrá-los. E, quando associados a verbos terminados em -am, -em, -ão, -õe, assumem as formas no, na , nos , nas. Por exemplo: ajudem- + os passa a ser grafado ajudem-nos
1. Leia o trecho de uma notícia sobre a importância do cuidado com a saúde dos olhos.
Cuidado com a saúde dos olhos
Crianças descobriram a necessidade de usar óculos para estudar ou assistir à TV; dor de cabeça é um alerta
Não importa a idade. Usar óculos de grau para corrigir alguma limitação visual é comum tanto em idosos quanto em crianças. Pode reparar à sua volta: sempre vai ter alguém recorrendo a eles para enxergar melhor.
Quem decide se a pessoa vai precisar de óculos é um médico conhecido como oftalmologista. É importante procurar um deles sempre que notar dificuldades para ver algo de longe ou até mesmo de perto. Dor de cabeça frequente também é sinal de alerta.
A utilização de aparelhos eletrônicos durante muito tempo pode contribuir para possíveis problemas de visão. Pesquisa realizada pelo CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) revelou que, durante a pandemia, houve aumento no número de miopia infantil.
[...]
Usar óculos de grau pode ser muito divertido. Com diversas armações, cores e tamanhos, os itens passam a fazer parte do visual do dia a dia ou do uniforme da escola. Caso você precise usá-los, que seja do seu jeito. Afinal, eles serão seu novo amigo de todas as horas.
ASSAGRA, Yasmin. Cuidado com a saúde dos olhos. Diário do Grande ABC , 13 fev. 2022. Diarinho. Disponível em: https://www.dgabc.com.br/Noticia/3830099/cuidado-com-a-saude-dos-olhos. Acesso em: 26 abr. 2022.
a. De acordo com o texto, quais são alguns dos possíveis sinais de que uma pessoa precisa usar óculos de grau?
Resposta: Dificuldades para ver algo de longe ou até mesmo de perto e dor de cabeça frequente.
b. Leia as palavras destacadas no texto. Elas foram empregadas para fazer referência a uma palavra ou expressão já citada. Qual é ela?
Resposta: Essas palavras foram empregadas para se referir à expressão óculos de grau
Na produção de textos, podemos empregar alguns recursos que auxiliam a evitar a repetição desnecessária de palavras, garantindo a coesão e a continuidade textuais. Um desses recursos é o emprego dos pronomes pessoais retos e oblíquos.
1. Leia o trecho de uma crônica e atente à expressão em destaque.
Todo dia da nossa vida, a gente pega tudo o que não interessa mais e joga fora, certo? Daí vem o lixeiro e leva. Parece simples, mas... para onde o lixeiro leva o lixo?
Há lugares onde eles jogam tudo, que são os lixões. Lá, os homens ficam pondo lixo e enterrando, até que junta tanto lixo que nem todas as máquinas do mundo conseguiriam enterrar. Nessa hora, é preciso encontrar novos lugares para fazer novos lixões. A gente nunca pensa nisso, afinal os lixões são todos longe da casa da maioria de nós. […]
BONASSI, Fernando. Nem tudo que se joga fora é lixo. In : BONASSI, Fernando. Vida da gente: crônicas publicadas no suplemento Folhinha de S.Paulo. Ilustrações: Chico Marinho. Belo Horizonte: Formato Editorial, 1999. p. 21.
a. A quem a expressão a gente se refere? Explique que ideia o emprego dessa expressão transmite.
Resposta: Ao próprio autor e ao leitor. O emprego dessa expressão ajuda a tornar o texto mais informal, buscando maior aproximação com o leitor.
b. Nesse contexto, há outra palavra que foi empregada com sentido equivalente ao da expressão em destaque. Que palavra é essa?
Resposta: A palavra nós
Há duas formas possíveis de indicar a primeira pessoa do plural: nós e a gente. O emprego do pronome nós é mais predominante em situações formais de comunicação; e a expressão a gente é mais comumente utilizada em situações cotidianas informais.
1. Leia a tirinha a seguir, que mostra uma conversa do garoto Teté com seus avós.
1. a. Resposta: Porque ele comentou com o neto que tinha disposição de sobra para fazer as coisas. Entretanto, ele não tinha cortado a grama que sua esposa lhe pedira havia uma semana.
• Destaque para os estudantes que as diferentes formas de falar devem ser aceitas de acordo com o contexto em que são empregadas, e não como uma regra da língua. Leve-os a considerar que o falante deve fazer a escolha mais adequada à situação comunicativa em que estiver envolvido.
• No tópico Reflexão sobre o uso da língua: “nós” ou “a gente”?, são apresentadas para os estudantes situações reais de uso da língua que se distanciam da norma-padrão. É importante, nesse sentido, trabalhar com eles as ocorrências e os exemplos, de modo que consigam perceber as variações necessárias em contraste com a norma-padrão. Sobre o uso de nós ou a gente , explore a importância do respeito à forma de falar das pessoas que fazem uso de determinada variedade linguística. Caso haja na sala de aula algum estudante de outro estado, peça a eles que conversem sobre o que é diferente entre a forma do emprego de pronomes como tu e você , promovendo assim uma conscientização e valorização das diferenças.
ADOLAR. Super-Vó. Folha de S.Paulo, São Paulo, 29 mar. 2003. Folhinha, p. 8.
a. Explique por que a avó de Teté ficou zangada com o marido.
b. No primeiro quadrinho, que palavras Teté utilizou para se referir ao avô? Qual dessas palavras demonstra respeito e cerimônia de Teté para com o avô?
Resposta: Teté utiliza as palavras vô e senhor. A palavra senhor demonstra o respeito que Teté tem pelo avô.
c. Por que, ao se referir ao esposo, a avó não utilizou o mesmo termo que o neto?
Resposta esperada: Porque, culturalmente, no Brasil, somente pessoas mais jovens têm o hábito de tratar as pessoas mais velhas e/ou idosas empregando o pronome de tratamento senhor ou senhora , que evidencia respeito, cerimônia.
• Na atividade 1 do tópico Pronome de tratamento, oriente os estudantes a fazer a leitura da tirinha atentando a todos os elementos (verbais e não verbais). Reforce a importância do respeito aos mais velhos e exemplifique que, além de atitudes respeitosas, também há palavras que fortalecem essa relação.
• Ao trabalhar com a atividade 1 , leve os estudantes a concluir que o uso dessa expressão pretende levar o leitor a perceber que ele é um dos sujeitos envolvidos no problema apresentado na crônica e, com isso, o autor busca uma aproximação com o leitor do texto. Esclareça aos estudantes que a expressão a gente , muitas vezes, também é empregada para substituir o pronome eu . Para que possam ter uma melhor compreensão, trabalhe com eles o seguinte exemplo: “Por favor, eu gostaria que fizessem silêncio, senão a gente não consegue falar.”. Em seguida, leve-os a perceber que, nesse caso, a expressão em destaque pode estar sendo empregada para se referir à pessoa que fala (eu), que está fazendo referência a si mesma. Mas também pode estar sendo empregada para fazer referência à pessoa que está falando (eu) e à pessoa com quem se está falando (ele ou ela); ou ainda pode se referir às pessoas em geral.
• Comente com a turma as transformações pelas quais passou a palavra você . Empregava-se a forma Vossa mercê quando uma pessoa se dirigia a outra de maneira cerimoniosa. Ao longo dos anos, esse pronome sofreu modificações, passando pelas formas vosmecê , vancê , até chegar ao você Esse processo de transformação da língua continua ocorrendo quando empregamos a forma simplificada cê na fala ou quando usamos vc na internet em situações informais.
• Ainda com relação à transformação do pronome você , é interessante enriquecer as informações apresentadas detalhando como ocorreram essas modificações.
• Após a leitura do boxe Outros usos dos pronomes de tratamento , solicite aos estudantes que citem outros exemplos de pronomes de tratamento em frases que eles já tenham ouvido.
• Na atividade 1 do conteúdo Pronome possessivo , se julgar pertinente, providencie o poema “Canção do exílio” na íntegra e leia-o com a turma. No item a , verifique se percebem que esse pronome acompanha o substantivo terra e concorda com ele em gênero (feminino) e número (singular). No item b , se necessário, relacione o termo possessivo à ideia de posse.
Dependendo da situação e da pessoa com quem falamos, utilizamos diferentes pronomes de tratamento. Os mais comuns no português do Brasil são você e senhor
Em alguns contextos, os pronomes de tratamento senhor, senhora e senhorita podem ser empregados com sentido diferente do usual. Verifique a seguir.
• Menino, onde o senhor pensa que vai a essa hora?
• Filha, não suba aí, senão a senhora vai cair o maior tombo.
• Você só tem 12 anos, senhorita . Nada de namorar por enquanto. Nesses exemplos, as palavras em destaque não foram empregadas para evidenciar respeito ou para indicar um tratamento mais cerimonioso. Elas foram empregadas com sentido irônico e buscam criticar ou desaprovar algo.
Além desses pronomes de tratamento, há diversos outros. Confira.
• Vossa Excelência (para se referir a autoridades do governo, altas patentes militares, bispos, arcebispos);
• Vossa Santidade (para se referir ao papa);
• Vossa Senhoria (para se referir a autoridades em geral: chefes, diretores e pessoas a quem se quer tratar com cerimônia).
Além de virem antecedidos da palavra vossa , alguns desses pronomes podem vir precedidos da palavra sua . Verifique quando isso ocorre.
• Usamos vossa quando nos dirigimos diretamente à pessoa com quem falamos. Por exemplo: Vossa Alteza deseja descansar da viagem?
• Utilizamos sua quando falamos dessa pessoa. Por exemplo: Será que Sua Alteza comparecerá à solenidade?
1. Leia os seguintes versos de Gonçalves Dias (1823-1864).
Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá.
[...]
DIAS, Gonçalves. Canção do exílio. In : DIAS, Gonçalves. Poemas . Rio de Janeiro: Ediouro; São Paulo: Publifolha, 1997. p. 27. (Biblioteca Folha, 15).
a. A que substantivo a palavra minha se refere?
Resposta: Refere-se ao substantivo terra
b. Que sentido a palavra minha estabelece em relação a esse substantivo?
Resposta: Estabelece uma relação de posse, ou seja, indica que a terra é do eu lírico.
Quando nos referimos a algo para dar ideia de posse ou com a intenção de dizer que pertence a alguém, empregamos pronomes possessivos. Esses pronomes se referem às três pessoas do discurso, variando a forma de acordo com o possuidor e a coisa possuída.
2. Leia a seguir o título de uma reportagem. Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/ noticia/2022/02/por-que-o-sono-e-importante-para-manter -nossos-genes-saudaveis.html. Acesso em: 3 mar. 2022.
a. Em que gênero e número está o substantivo em destaque? Copie as opções corretas.
Resposta: A e D.
b. Qual é o pronome possessivo que acompanha o substantivo genes? Em que gênero e número ele está?
Resposta: O pronome nossos. Ele também está no masculino e no plural.
c. Reescreva esse título substituindo a palavra em destaque por organismo. Faça os ajustes necessários.
Resposta: Por que o sono é importante para manter nosso organismo saudável?
d. Reescreva a manchete substituindo a expressão em destaque por vidas. Faça os ajustes necessários.
Resposta: Por que o sono é importante para manter nossas vidas saudáveis?
Os pronomes possessivos concordam em gênero e número com o possuidor e com o que se possui. Leia os pronomes possessivos e as pessoas do discurso a quem eles se referem.
Pessoa Singular Plural
primeira: eu/nós meu, meus, minha, minhas nosso, nossos, nossa, nossas segunda: tu/vós teu, teus, tua, tuas vosso, vossos, vossa, vossas terceira: ele, eles, ela, elas seu, seus, sua, suas seu, seus, sua, suas
Em algumas situações, o emprego dos pronomes possessivos seu, sua, seus, suas pode provocar ambiguidade, ou seja, pode gerar duplo sentido. Perceba a seguir como isso pode ocorrer.
Renata comentou com Marcelo sobre sua nota.
Nessa frase, não é possível identificar de quem é a nota mencionada, pois Renata pode estar falando tanto da sua própria nota quanto da nota de Marcelo.
Agora, para eliminar essa ambiguidade, é possível empregar outras palavras ou expressões que esclarecem o que se pretende comunicar. Analise como eliminar essa ambiguidade.
Renata comentou com Marcelo sobre a nota dela . (A nota é de Renata.)
Renata comentou com Marcelo sobre a nota dele. (A nota é de Marcelo.)
• No item c da atividade 2 , caso os estudantes apresentem dificuldades, reescreva a frase na lousa fazendo as substituições necessárias, reforçando a importância da concordância de número. Proceda de igual maneira na correção do item d, evidenciando a correta flexão de gênero.
• Se julgar pertinente, trabalhe com os estudantes uma variação ocorrida com o pronome meu Esse termo foi transformado em gíria e em marcador conversacional, sendo utilizado com sentidos que extrapolam a questão de posse. Explore a variação dessa palavra com os estudantes e explique-lhes que a gíria é uma linguagem popular, criada e empregada por determinados grupos sociais. Elas são criadas e empregadas para substituir termos usados tradicionalmente. Peça aos estudantes que pensem em situações em que a palavra meu é empregada como gíria. Por exemplo:
› Meu , você está muito atrasado!
› Poxa vida, meu ! O que você está falando?
• Ao ler com os estudantes o boxe sobre a ambiguidade com os pronomes possessivos de terceira pessoa, explique a eles que, nesse caso, a ambiguidade é tratada como um vício de linguagem. No entanto, ela também pode ser empregada como recurso estilístico.
• Antes de iniciar a atividade 1 , pergunte aos estudantes se eles conhecem o personagem Snoopy e sua turma. Então, motive-os a ler o enunciado e pergunte se conhecem Charlie Brown e Leland. Em seguida, oriente-os a ler a tirinha, atentando à linguagem verbal e não verbal. Após a leitura da tirinha, abra espaço para os estudantes comentarem com os colegas as respostas dos itens a e b . Ao corrigir o item c , evidencie para a turma a diferença entre a palavra agente e a expressão a gente . Ao trabalhar o item e , leve os estudantes a perceber que, apesar de estar falando com um garoto (Charlie Brown), Leland utiliza um pronome mais respeitoso em virtude de estar conversando com alguém que ele ainda não conhece bem.
• Na atividade 2 , é explorado o emprego dos pronomes oblíquos com função anafórica. O emprego desse recurso é bastante comum nesse gênero textual, visto tratar-se de um gênero com uma linguagem mais formal. No entanto, é importante destacar que a repetição de palavras não pode ser avaliada como um problema textual, pois ela pode ser empregada também como um recurso estilístico, por exemplo, em textos literários ou publicitários, nesses casos, com diferentes intenções. No item c , ajude os estudantes a chegar à conclusão almejada, levando-os a verificar que é possível relacionar os pronomes oblíquos às palavras a que eles se referem por já terem tido acesso a elas, ou seja, porque essas palavras foram empregadas nos enunciados anteriores, e as informações que “carregam” ficaram ativadas em sua memória discursiva (ou modelo cognitivo). Assim, esses pronomes são usados como referenciais de informações ativadas pelo uso de termos empregados anteriormente.
1. Leia a tirinha a seguir, em que aparecem os personagens Charlie Brown e Leland.
a. O que Leland pretendia fazer? Ele conseguiu atingir seu objetivo?
Resposta: Leland pretendia entrar
para o time de futebol americano de Charlie Brown. Não, pois Charlie não tem um time de futebol americano.
b. O que causa humor na tirinha?
Resposta esperada: O fato de Leland explicar que fica falando a expressão a gente por haver mais alguém embaixo do capacete.
c. No primeiro e no terceiro quadrinho, o personagem Leland emprega uma expressão comumente utilizada em situações mais informais para referir-se a si mesmo. Qual é essa expressão?
Resposta: A expressão a gente
d. Que pronome Leland poderia ter empregado no lugar dessa expressão? Como ficariam as falas desse personagem?
Resposta: O pronome nós. Nós gostaríamos de jogar no seu time de futebol americano./ Se tivesse, nós com certeza iríamos querer jogar para você.
e. No primeiro quadrinho, Leland utiliza um pronome de tratamento. Identifique esse pronome e explique o motivo que o levou a empregá-lo nesse contexto.
2. Leia a seguir o trecho de uma notícia curiosa.
Resposta: Leland emprega o pronome
senhor, que aparece abreviado como Sr. Ele emprega esse pronome porque está se dirigindo a uma pessoa de forma respeitosa, demonstrando também formalidade.
[…] Normalmente, a cada metro cúbico de solo, em condições favoráveis, é possível ter duas espécies da minhoca-gigante-de-Gippsland, de tamanho adulto, se movimentando embaixo da terra. Entretanto, é muito raro encontrá-las. Elas só aparecem se seu hábitat é afetado de alguma forma, como por exemplo, chuvas intensas ou quando o local sofreu deslizamento de terra. Apesar de parecerem extremamente fortes, essas minhocas são muito frágeis e a manipulação incorreta pode esmagá-las e até matá-las […]
A Megascolides australis, apelidada de “minhoca-gigante-de-Gippsland”.
MAIOR minhoca do mundo vai lhe causar arrepios. Sobral 24 horas 6 fev. 2014. Disponível em: https://www.sobral24horas.com/2014/02/maior-minhoca-gigante-de-gippsland.html. Acesso em: 18 fev. 2022.
a. A que se referem os pronomes destacados?
Resposta: Referem-se às minhocas
b. Com que finalidade os pronomes pessoais foram empregados no texto?
Resposta: Para dar continuidade ao assunto do texto, evitando a repetição das palavras às quais os pronomes se referem.
c. O emprego desses pronomes no lugar das palavras a que eles se referem causou algum prejuízo para o sentido dos enunciados? Explique.
Resposta esperada: Não, pois é possível compreender os enunciados perfeitamente.
SCHULZ, Charles M. Snoopy : doces ou travessuras. Porto Alegre: L&PM, 2010. p. 110.3. Leia a sinopse que trata sobre um livro de mistério.
O mundo no chão
Seu Antunes projeta filmes em um lençol branco na praça da cidade. Quando ele recolhe tudo e vai-se embora, o que acontece com as histórias? Além desse, outro mistério assombra o narrador: em uma casa, escondido entre os pisos do assoalho, há um segredo do tamanho do mundo. Quando ele se revela, mostra-se também o segredo da própria narrativa, “ouro puro” de acordo com o escritor angolano Valter Hugo Mãe, para quem vão surgir “melhores crianças com livros assim”.
Capa do livro O mundo no chão, de Nuno Casimiro, publicado pela editora SM, em 2014.
O MUNDO no chão. SM. Disponível em: http://smliteratura.edicoessm.com.br/#/livro/204. Acesso em: 18 fev. 2022.
a. Com que objetivo as pessoas leem uma sinopse de livro?
Resposta: Para saber de que trata o livro e, com base nisso, poder decidir se vão lê-lo ou não.
b. Segundo a sinopse do livro O mundo no chão, quais são os dois mistérios que constroem a história do livro?
Resposta: O mistério sobre o que acontece com as histórias após Seu Antunes recolher tudo o que é usado na projeção dos filmes e o mistério que se esconde entre os pisos do assoalho de uma casa.
c. Por que na sinopse a explicação sobre esses mistérios não é revelada?
Resposta: Para instigar o leitor a ler o livro.
d. Releia os trechos a seguir e analise os pronomes em destaque.
Quando ele recolhe tudo e vai-se embora, o que acontece com as histórias?
Quando ele se revela, mostra-se também o segredo da própria narrativa, “ouro puro” de acordo com o escritor angolano Valter Hugo Mãe, para quem vão surgir “melhores crianças com livros assim”.
Que elementos já conhecidos do leitor cada um desses pronomes retoma?
Resposta: No trecho A , o pronome ele retoma Seu Antunes; no trecho B, o pronome ele retoma o segredo do tamanho do mundo.
e. O que é possível concluir sobre a importância do emprego dos pronomes nesses trechos?
Resposta: Os pronomes contribuem para evitar a repetição de termos e garantem a coesão e a continuidade textuais.
4. A forma com que o pronome a seguir foi empregado atribui um duplo sentido ao enunciado. Confira.
Cláudia conversou com João sobre seu projeto ambiental. Reescreva no caderno o enunciado eliminando a ambiguidade.
Possíveis respostas: Cláudia conversou com João sobre o projeto ambiental dela. Cláudia conversou com João sobre o projeto
5. Leia as frases em destaque.
Parabéns e um grande abraço, da sua Amanda.
Aquela casa é da nossa família.
Pode entrar, meu senhor!
a. Em qual dessas frases a palavra em destaque apresenta apenas ideia de posse?
Resposta: B.
b. Explique o sentido que os pronomes em destaque nas demais frases apresentam.
Resposta: Na frase A , o pronome em destaque indica afetividade; na frase C , indica extremo respeito.
Edições
• Antes de pedir aos estudantes que leiam a sinopse do livro, na atividade 3 , oriente-os a analisar a capa do livro e a dizer o que veem nela. Com base na imagem e no título do livro, pergunte do que eles acham que essa história trata.
• Explique aos estudantes que o gênero textual sinopse tem o objetivo de apresentar ao leitor os pontos principais da obra original, que pode ser um livro, um filme etc. No caso dos livros, as sinopses visam familiarizar o leitor com a história e fazê-lo se interessar pela leitura.
• Na atividade 4 , reforce com os estudantes o conceito de ambiguidade e, por meio da estratégia Turn and talk , peça a eles que falem para um colega quais são as duas possibilidades de compreensão da frase.
28/07/2022 15:27:52
115
• Ler outra notícia e identificar as características e a função sociocomunicativa desse gênero.
• Ao ler a notícia e explorar seu fato central, suas principais circunstâncias e decorrências, os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP03
• Ao identificar a ordem em que as informações aparecem na notícia, reconhecendo a estrutura do gênero, os estudantes aprimoram a habilidade EF69LP16
• A habilidade EF69LP17 é desenvolvida pelos estudantes ao explorar o tempo verbal utilizado na notícia.
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF67LP01 ao explorar a função do hiperlink em notícias digitais, reconhecendo esse recurso como parte estruturante de textos digitais.
• Com a exploração do espaço reservado ao leitor nos jornais como sendo um ambiente democrático em que deve prevalecer a ética e o respeito, diferenciando liberdade de expressão de discurso de ódio, desenvolvem-se as habilidades EF67LP02 e EF69LP01
Orientações
• Converse com os estudantes sobre o Museu da Língua Portuguesa de São Paulo, perguntando-lhes se o conhecem, se já o visitaram e o que sabem dele Explique a eles que em dezembro de 2015 o museu pegou fogo, e dois andares do prédio foram destruídos. A reconstrução do prédio foi finalizada em 2019.
• Questione os estudantes sobre quais informações imaginam que a notícia vai apresentar. Espera-se, nesse momento, que eles levantem hipóteses considerando o que estudaram sobre o gênero na seção Leitura . Portanto, devem mencionar elementos como: a data e o local do evento, quem compareceu, como se desenrolou, entre
Você vai ler uma notícia a respeito do Museu da Língua Portuguesa. Você já ouviu falar dele?
O que pode ter acontecido para essa instituição ter virado notícia? Vamos ler para conferir?
Museu da Língua Portuguesa é reinaugurado após quase seis anos fechado em reforma por causa de incêndio
O museu é localizado na Praça da Luz, em São Paulo, cidade que tem o maior número de falantes do português no mundo. Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, discursou durante a cerimônia
Por SP1 e JH – São Paulo
31/07/2021 13h51 Atualizado há 6 meses
O Museu da Língua Portuguesa foi oficialmente reinaugurado neste sábado (31), seis anos depois de um incêndio em 2015 que destruiu parte do prédio.
Um dos primeiros museus totalmente dedicados a um idioma, ele é localizado na Luz, região central de São Paulo, cidade que tem o maior número de falantes do português no mundo. São 260 milhões de falantes dessa língua em todo o planeta.
A visita neste sábado foi apenas para convidados, mas a partir de domingo (primeiro) o museu será aberto ao público.
outras informações que poderiam estar presentes em um texto do gênero.
• Depois, oriente os estudantes a fazer a leitura silenciosa e atenta do texto. Na sequência, peça a um voluntário que o leia em voz alta para a turma.
Museu da Língua Portuguesa é reinaugurado oficialmente após quase seis anos fechado em reforma. Will Rodrigues/Shutterstock.comPor causa da pandemia de covid-19, o museu foi reaberto com protocolos além do cerimonial que cerca as autoridades. Todos os convidados foram testados antes de entrar no museu, as portas foram mantidas abertas e as cadeiras foram afastadas para garantir o distanciamento social.
Na cerimônia oficial de reinauguração o Hino Nacional Brasileiro e o Hino de Portugal foram cantados por Fafá de Belém.
Estiveram presentes representantes de países que falam a língua portuguesa como o ministro da Cultura de Angola e os presidentes de Cabo Verde e Portugal.
O museu recebeu a Ordem de Camões, concedida pelo governo português a pessoas e instituições que prestem serviços relevantes à língua portuguesa. O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, discursou durante a cerimônia.
“Seis anos volvidos, aqui viemos para não esquecer as cinzas do passado, mas para a partir delas construirmos o futuro. (...) Essa é uma celebração do futuro, o nosso futuro, o futuro da nossa língua em comum”, afirmou.
O presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, também discursou durante a cerimônia.
“Língua que nos une a todos que foi sendo recriada através de muitas falas, diferentes sotaques.”
MUSEU da Língua Portuguesa é reinaugurado após quase seis anos fechado em reforma por causa de incêndio. G1, 31 jul. 2021. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/07/31/ museu-da-lingua-portuguesa-e-reinaugurado-apos-quase-seis-anos-fechado-em-reforma-por -causa-de-incendio.ghtml. Acesso em: 23 fev. 2022.
1. Após a leitura do texto, suas hipóteses sobre o assunto da notícia foram confirmadas? Comente com os colegas.
Resposta pessoal.
2. De que forma o título da notícia desperta a atenção do leitor para o conteúdo dela?
Resposta: O título apresenta a ideia central da notícia, despertando no leitor a curiosidade para conhecer os detalhes do fato
3. Na sequência do título da notícia, há a linha fina. Releia-a.
noticiado.
O museu é localizado na Praça da Luz, em São Paulo, cidade que tem o maior número de falantes do português no mundo. Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, discursou durante a cerimônia
a. Que informações a linha fina dessa notícia apresenta?
Resposta: Onde fica o museu e quem discursou durante a cerimônia.
b. Qual é a função da linha fina na notícia?
Resposta: Complementar o título, apresentando novas informações.
4. Sobre as informações apresentadas na notícia, responda às questões a seguir.
a. O que está sendo noticiado?
Resposta: A reinauguração do Museu da Língua Portuguesa após seis anos fechado para reforma.
b. Quando o fato ocorreu?
Resposta: No sábado, dia 31 de julho de 2021.
c. Como você estudou anteriormente, o parágrafo que apresenta essas informações sobre a notícia chama-se lide. Identifique esse parágrafo no texto e copie-o.
• Após a leitura, ao realizar a atividade 1 , retome com a turma as hipóteses levantadas antes da leitura. Essa atividade pode ser desenvolvida oral e coletivamente com toda a turma ou com os estudantes em duplas para que possam trocar ideias.
• Na atividade 2 , espera-se que percebam que o título da notícia apresentou informações que poderiam auxiliá-los a imaginar o que a notícia iria apresentar. Evidencie para a turma que o título de uma notícia precisa ser convidativo, ou seja, despertar no leitor o interesse para ler a notícia. Ao mesmo tempo, o título não deve contemplar todas as informações principais de uma notícia, exatamente para o leitor sentir a necessidade de continuar a leitura no texto.
• Para a atividade 3 , se necessário, retome com os estudantes o conceito de lide, apresentado na seção Leitura , diferenciando-o da linha fina.
28/07/2022 15:27:53
117
• Na atividade 6 , caso julgue interessante, explique aos estudantes que a Ordem de Camões é uma condecoração que foi incorporada às Ordens Nacionais em 2021 e tem como objetivo reconhecer os méritos na defesa e divulgação da Língua Portuguesa. A medalha recebida pelo museu foi a primeira a ser atribuída a alguém ou alguma instituição.
• No item b da atividade 7, chame a atenção dos estudantes para o fato de esse recurso ser característico dos suportes digitais. Nos suportes impressos, os hipertextos aparecem em formato de boxes nas laterais e após o texto ou, ainda, nos rodapés, com remissão numérica ou gráfica. No item c , aproveite a atividade para conscientizar os estudantes sobre a importância de manter uma postura ética e respeitosa nos espaços reservados ao leitor, de modo a refutar discursos de ódio e diferenciá-los de liberdade de expressão.
• Na atividade 8 , evidencie que uma notícia apresenta a voz de uma pessoa envolvida ou especializada no assunto para dar maior credibilidade ao texto, como uma forma de o jornalista ter uma testemunha confirmando o que está escrito.
• Ao final da seção, pergunte aos estudantes se eles consideram que a imagem que acompanha uma notícia é importante para a compreensão do texto. Caso eles respondam afirmativamente, incentive-os a dizer de que forma eles acreditam que o texto não verbal pode contribuir para a compreensão do texto verbal. Complemente o que eles comentarem dizendo que, em uma notícia, a imagem tem o objetivo de ilustrar o assunto do texto e de chamar a atenção do leitor. Mas, em alguns casos, ela também visa proporcionar mais credibilidade, uma vez que comprova os fatos apresentados.
5. Sobre a cerimônia de reinauguração, responda às questões a seguir.
a. Quem compareceu à cerimônia?
b. Os hinos de quais países foram cantados? Por quem?
Resposta: Os hinos do Brasil e de Portugal, cantados por Fafá de Belém.
c. Qual condecoração o museu recebeu? De quem?
Resposta: O museu recebeu a Ordem de Camões, concedida pelo governo português.
d. Quais foram as precauções com relação à pandemia de covid-19?
Resposta: Todos os convidados foram testados antes de entrar no museu, as portas foram mantidas abertas e as cadeiras
6. Releia o trecho a seguir.
Resposta: Apenas convidados, entre eles representantes de países que falam a língua portuguesa, como o ministro da Cultura de Angola e os presidentes de Cabo Verde e Portugal. foram afastadas para garantir o distanciamento social.
O museu recebeu a Ordem de Camões, concedida pelo governo português a pessoas e instituições que prestem serviços relevantes à língua portuguesa.
a. Em que tempo verbal está a palavra em destaque nesse trecho?
b. Porque foi utilizado esse tempo verbal na notícia?
Resposta: Porque, nessa parte, a notícia relata algo que já havia acontecido.
Resposta: No passado.
7. Sobre o suporte em que essa notícia foi publicada, responda às questões a seguir.
a. Onde essa notícia foi publicada?
Resposta: No site de notícias G1
b. Releia o trecho a seguir e analise o recurso em destaque nele, chamado hiperlink
O Museu da Língua Portuguesa foi oficialmente reinaugurado neste sábado (31), seis anos depois de um incêndio em 2015 que destruiu parte do prédio.
Qual é a função desse recurso?
Resposta: Direcionar o leitor para outra página, com um texto relacionado à informação em destaque na notícia.
c. Os sites noticiosos costumam reservar um espaço para os leitores comentarem as notícias e manifestarem, assim, sua liberdade de expressão. Escreva um comentário sobre essa notícia.
Resposta pessoal.
8. A transcrição da fala de pessoas envolvidas no fato noticiado é empregada, a rigor, para dar mais credibilidade às informações da notícia. No entanto, a depender da intencionalidade do jornalista, pode ser apresentada de forma descontextualizada ou em outro contexto, deturpando a informação a fim de manipular o leitor. Releia o trecho a seguir.
“Seis anos volvidos, aqui viemos para não esquecer as cinzas do passado, mas para a partir delas construirmos o futuro. (...) Essa é uma celebração do futuro, o nosso futuro, o futuro da nossa língua em comum”, afirmou.
a. Com qual dos dois objetivos descritos a fala do entrevistado foi citada na notícia lida?
b. Qual é a função das aspas nesse trecho?
Resposta: Identificar o início e o fim de uma citação, no caso, um trecho do discurso do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.
Museu da Língua Portuguesa
Esse museu foi inaugurado em 2006, na cidade de São Paulo, com o objetivo de valorizar a diversidade da língua portuguesa. No site do museu, é possível encontrar informações técnicas sobre ele, além de notícias, fotos e outros materiais. Museu da Língua Portuguesa , em: https://www.museudalinguaportuguesa.org.br/. Acesso em: 9 jul. 2022.
Pesquise se há em sua cidade um museu ou um centro cultural e combine uma visita com o professor e os colegas. Após a visita, conversem sobre como o espaço é organizado e quais pontos mais chamaram a sua atenção.
• Se possível, acesse o site do Museu da Língua Portuguesa com os estudantes. Caso vocês residam próximo a esse ou a outro museu ou centro cultural, organize uma visita com a turma. Diante da impossibilidade de uma visita presencial, comente que é possível conhecer vários museus ao redor do mundo com a ajuda da internet e acesse alguns desses sites com eles para um tour virtual.
8. a. Resposta: Para atribuir mais credibilidade à notícia, ou seja, para evidenciar as considerações de uma autoridade que esteve presente no evento noticiado.Você leu anteriormente uma notícia sobre a reabertura do Museu da Língua Portuguesa. Agora, conheça um pouco mais do patrimônio protegido por esse museu na reportagem a seguir.
• Ler, compreender e reconhecer uma reportagem.
• Compreender a relação entre reportagem e notícia, reconhecendo esta como geradora dos assuntos daquela.
• Reconhecer a diversidade linguística brasileira como patrimônio cultural.
Pelo menos um cidadão de cada estado do mapa geográfico do Brasil já esteve na Estação da Luz, no coração de São Paulo, a cidade com a maior população de falantes de português do mundo. Muitos chegam ali com apenas uma mochila nas costas e a esperança de conquistar um emprego, em busca de um futuro melhor. Certamente é um lugar paulistano, mas que pertence a
O aluno pode ser bom de português, mas quando viaja para outro estado dá um “nó na cabeça” porque, às vezes, é difícil entender as expressões regionais de cada lugar. O nordestino diz “arre égua” quando está surpreso, já o gaúcho diz “tche” enquanto o goiano, “rensga” e o mineiro diz “uai”. Certamente, os sotaques e a língua portuguesa falada em cada região do país têm estilo próprio. Quem fala sobre este assunto é a professora Edjane Nunes Galdino Bertacco [...], de São Paulo. Ela aceitou o desafio de escrever sobre a importância das variações linguísticas no Brasil afora. Veja abaixo como ficou:
“Nossa Língua Portuguesa é de lorde! É importante que só! A sua diversidade é um trem arretado de bão! É como um arco-íris batuta, ligando guris e piás de todos os cantos deste mundão de meu Deus até a baixa da égua! Só não gosta quem é mouco ou quem se amachurra e fica com pantim. Mas não vale mangar, nem ficar metido a sebo!
todos os brasileiros que passam por lá. Por isso, a estação da Luz foi escolhida para sediar o Museu da Língua Portuguesa desde 2006. Fechado em 2015 por causa de um incêndio, enfim, o centro histórico vai reinaugurar em 17 de julho e o JC comemora a reabertura com uma reportagem especial sobre os falantes da língua portuguesa de diversas partes do Brasil.
Bora estudar, pongar, para se tornar égua de largura! É ficar de bubuia e prosear. Essa riqueza de língua junta uma ruma até o tucupi!”.
Parece estranho, no entanto o texto acima está certíssimo. Aliás, não existe palavra errada quando falamos sobre as expressões regionais que enriquecem a cultura brasileira. O leitor de São Paulo pode não entender o que significa “de lorde”, mas o nordestino sabe que é “gente importante”. Da mesma forma, o baiano pode não compreender quando o brasiliense diz que alguém é “metido a sebo”, ou seja, “que está se achando”, como diz o paulista. Sem dúvidas, é difícil o amazonense “ficar de bubuia” quando o mineiro fala “trem arretado de bão”, que apenas quer dizer “coisa boa”. Aliás, se o mineiro não entender que “ficar de bubuia” é o mesmo que “fique tranquilo” ou “de boa”, a conversa entre eles pode acabar em confusão ou diversão. Tudo depende do ponto de vista.
parágrafo, verifique a compreensão acerca do que foi lido.
• No primeiro parágrafo, destaque a informação que revela o intuito da reportagem: comemorar a reabertura do Museu da Língua Portuguesa por meio de uma reportagem especial sobre os falantes brasileiros da língua portuguesa, homenageando-os.
• Após a leitura do segundo parágrafo do intertítulo “Diversidade linguística”, incentive a turma a “decifrar” o texto da professora Edjane Nunes Galdino Bertacco. Re -
• Reconhecer algumas das variedades linguísticas regionais presentes no território brasileiro.
• A leitura e a compreensão de textos jornalísticos, com a análise de suas formas de composição e de recursos estilísticos e semióticos, permitem o desenvolvimento das habilidades EF69LP16 e EF69LP17
• O trabalho específico com a reportagem, identificando sua temática e perspectiva de abordagem, propicia o desenvolvimento da habilidade EF69LP03
• A identificação da relação entre reportagem e notícia contribui para o desenvolvimento da habilidade EF06LP02
• O reconhecimento das variedades linguísticas de diversas regiões, de modo a valorizá-las como integrantes da diversidade cultural brasileira, permite o desenvolvimento da competência geral 1 , da competência específica de Linguagens 1 e da competência específica de Língua Portuguesa 4
• A comparação entre um fato divulgado por diferentes veículos contribui para o desenvolvimento da habilidade EF67LP03
• O texto permite uma reflexão sobre norma-padrão e preconceito linguístico, contemplando a habilidade EF69LP55
28/07/2022 15:30:34
gistre na lousa o que foi “desvendado” por eles e dê continuidade à leitura do texto para que o restante seja esclarecido.
• No parágrafo seguinte, explore o trecho “não existe palavra errada quando falamos sobre as expressões regionais” conversando com a turma sobre a importância de respeitar todas as variedades linguísticas e combater o preconceito linguístico. Explore também as expressões regionais empregadas nesse trecho.
• Peça aos estudantes que leiam o título da reportagem e tentem elaborar hipóteses sobre o assunto dela. Incentive-os a relembrar a notícia lida na seção Outra leitura e compare os títulos dos textos.
• Solicite voluntários para ler a reportagem em voz alta e peça a cada um que leia um parágrafo. Se julgar pertinente, a cada
A reinauguração do Museu da Língua Portuguesa e a homenagem ao povo mais falante de português no mundo
• Na sequência do texto que esclarece algumas expressões regionais, instigue os estudantes a pensar em equivalentes de outros estados e regiões brasileiras. Depois, volte ao texto da professora Edjane Nunes Galdino Bertacco, apresentado anteriormente, e termine de verificar o sentido das expressões que não tinham sido compreendidas na primeira leitura. Faça, com eles, uma “versão” desse texto na variedade da região onde vivem.
• Ao ler com eles o último trecho do texto, referente ao intertítulo “Trocando as palavras”, incentive-os a contar se já vivenciaram uma situação similar à de Davi e Alice. Se julgar pertinente, faça, na lousa, uma lista com as expressões e o vocabulário de diferentes regiões citados por eles ao longo da leitura. Em seguida, oriente-os a copiá-la no caderno.
• Após a leitura do texto, explore a informação “Fontes: Sotaqueando, Museu da Língua Portuguesa” e a referência do texto, a fim de que concluam que essa reportagem foi publicada no Jornal da Criança , com consulta às duas fontes mencionadas anteriormente.
• Finalize o trabalho de leitura explicando-lhes que toda essa diversidade linguística do Brasil, enfatizada pela reportagem, constitui um dos patrimônios culturais de nosso país, é fruto de uma história e merece ter seu valor reconhecido.
Veja outros significados das palavras do texto da professora:
A população NORDESTINA tem um jeito especial de dizer, por exemplo:
“Ficar com patim” é o mesmo que exagerar, fazer “uma tempestade em copo d’água”.
Engana-se que “baixa da égua” pode ser um lugar embaixo do animal, porque a expressão quer demonstrar que o lugar é longe demais.
“Mouco” é a pessoa surda e “mangar” é rir de alguém, fazer pouco caso.
Mas não se incomode porque é bom demais “prosear” com o nordestino, ou seja, conversar!
Além disso, “uma ruma” significa um monte e “pongar” é quando o baiano quer dizer “pegue carona nessa ideia” ou “faça igual”.
LÁ NO NORTE, A POPULAÇÃO FALA:
“Égua de largura” para dizer que a pessoa é muito boa no que faz!
E quando falam até o “tucupi” não se assuste! Quer dizer que encheu tudo, juntou demais.
“Guris” e “piás” é o jeito de chamar os meninos da REGIÃO SUL do Brasil!
“Amachurra” é amoitar-se, aquietar-se, encolher-se assim como diz o CATARINENSE.
Para o Davi Henrique Teófilo de Azevedo Lima, de 12 anos poeta e aluno [...] de Recife, em Pernambuco, faz parte do seu dia a dia brincar com o significado das palavras. Afinal, o garoto é cordelista assim como os seus pais, Sâmia de Azevedo e Jadson de Lima, e vive brincando com os sinônimos em suas rimas e poesias. Um dia, Davi viajou com os pais e amigos para Acau, uma cidade do litoral paraibano. Estava bastante calor e eles foram tomar um “dindim” ou “tabu” e foi quando o Davi ouviu alguém chamando o dindim dele de sacolé ou geladinho. O acontecimento virou motivo de risos, afinal, não
importava o nome porque o produto era apenas um sorvete dentro do saco.
A Alice Silva Teodoro, de 8 anos, também não entendeu quando viu a palavra “guri” escrita em uma placa no parque temático Cidade das Crianças. Ela é estudante [...] em Presidente Prudente, interior de São Paulo.
“Estava escrito assim: “aqui temos projetos para os guris”. Então, a minha mãe explicou que no Sul as pessoas falam guri para chamar os meninos. Ela disse também que lá eles têm a cultura diferente da nossa. Depois que ela me explicou, bem explicadinho, eu entendi tudo e achei bem engraçado”.
Fontes: Sotaqueando e Museu da Língua Portuguesa Acessos em: 16 de maio de 2021.
A REINAUGURAÇÃO do Museu da Língua Portuguesa e a homenagem ao povo mais falante de português no mundo. Jornal da Criança , São Paulo, n. 16, jun. 2021. Cultura, p. 11-12
Cordelista: a pessoa que compõe cordéis.
1. Releia o título da notícia estudada na seção anterior e o título dessa reportagem, respectivamente, e responda às questões a seguir.
2. a. Resposta: A reinauguração do Museu da Língua Portuguesa. Aponte a centralidade da notícia e chame a atenção dos estudantes
para o fato de muitas notícias inspirarem outros gêneros jornalísticos, como reportagens, crônicas, editoriais etc.
4. c. Resposta: Sim, pois o G1, sendo um portal de notícias, tem uma linguagem mais formal, de modo a atingir a população em geral. Já a publicação do Jornal da Criança tem uma linguagem mais divertida e menos formal, mais adequada ao público infantil.
a. Qual é o fato destacado em ambos os títulos?
Resposta: A reinauguração do Museu da Língua Portuguesa.
b. Qual dos dois títulos dialoga com outro fato que envolveu o museu? Justifique sua resposta.
Resposta: O primeiro título. O trecho “por causa de incêndio” remete ao fato ocorrido anteriormente.
c. Com base no que você leu na reportagem, em que consiste a homenagem mencionada no segundo título?
Resposta: A reportagem foi feita para comemorar a reabertura do museu e homenagear os falantes da língua portuguesa de diversas partes do Brasil.
2. Uma reportagem pode retomar conteúdos de uma notícia para aprofundá-los.
a. Qual conteúdo da notícia estudada anteriormente é retomado pela reportagem?
b. A reportagem aprofunda qual aspecto da notícia?
Resposta: A língua portuguesa, que é o patrimônio a ser conservado pelo museu.
3. Na reportagem, há um intertítulo chamado Diversidade linguística . Com base no que você leu, explique o que essa expressão significa.
4. Considerando a notícia e a reportagem lidas, responda às questões a seguir.
a. Onde elas foram publicadas?
Resposta: A notícia foi publicada no portal G1; já a reportagem, no Jornal da Criança
b. A que público cada um desses veículos se destina?
Resposta: O G1 destina-se ao público em geral, e o Jornal da Criança , como o nome já diz, tem como destinatário as crianças.
c. A linguagem utilizada está adequada ao público-alvo de cada veículo? Explique.
5. Junte-se a um colega para realizar esta atividade.
a. Quais das expressões regionais citadas no texto vocês já conheciam? Conversem a respeito disso.
Resposta pessoal.
b. Agora, façam uma pesquisa para conhecer outras expressões regionais do nosso país. Para isso, confiram as orientações a seguir.
• Primeiro, tentem se lembrar de palavras e expressões de sua própria região, anotem-nas no caderno e indiquem o significado de cada uma delas.
até o tucupi!
• Depois, pesquisem outras palavras e expressões de cada região do Brasil, diferentes das que foram citadas no texto e também anotem no caderno e escrevam o que elas significam. Vocês podem pesquisar na internet, em dicionários regionais, em livros etc.
• Selecionem de duas a quatro expressões de cada região e passem a limpo o trabalho em uma cartolina. Vocês podem organizar as informações da maneira que preferirem: em um mapa, em uma tabela, em tópicos, inserir imagens etc.
• Por fim, combinem uma data com o professor para apresentar seu trabalho para os colegas e para conferir os trabalhos das outras duplas.
3. Resposta: Essa expressão faz referência ao modo de falar dos brasileiros de cada região do país. Aproveite para chamar a atenção dos estudantes para as escolhas
• Desenvolva a atividade a seguir para que os estudantes compreendam a centralidade da notícia no jornalismo.
• Oriente-os a formar grupos. A quantidade de grupos e de integrantes por grupo dependerá do tamanho da turma: em turmas grandes – com mais de 45 estudantes – os grupos podem ser maiores ou podem ser formados mais grupos
com uma quantidade menor de integrantes. Avalie qual é a melhor estratégia para sua turma e tente unir estudantes de diferentes perfis e com diferentes habilidades.
• Instrua os grupos a pesquisar um gênero jornalístico exceto notícia (impresso ou digital), como editorial, artigo de opinião, charge, reportagem etc. Depois, oriente-os a encontrar a notícia que deu origem ou está relacionada ao texto escolhido. Uma estratégia para isso é consultar
• Na atividade 1 , leve os estudantes a perceber o enfoque de cada uma: a notícia se centra mais no fato propriamente dito, a reabertura do Museu da Língua Portuguesa, enquanto a reportagem, apesar de iniciar tratando desse assunto, enfoca a diversidade linguística do Brasil.
• A atividade 2 explicita a função de cada um dos gêneros citados. Comente que as reportagens normalmente exploram assuntos do noticiário, de maneira a dar destaque a algum aspecto não aprofundado nas notícias. Enfatize o tratamento dado ao assunto da reabertura do Museu da Língua Portuguesa em ambos os textos.
• A atividade 3 pode ser desenvolvida por meio da estratégia Think-pair-share . Incentive os estudantes a explicar a diversidade linguística com suas palavras.
• Na atividade 4, os estudantes devem perceber como um mesmo fato é apresentado de forma diferente de acordo com o suporte no qual é veiculado, que pressupõe um público-alvo e, portanto, uma linguagem adequada a ele. Se houver dificuldades no entendimento por parte da turma, explore outras matérias de ambos os veículos.
• Na atividade 5 , os estudantes podem utilizar diferentes práticas de pesquisa, como a revisão bibliográfica, a análise documental e até mesmo a entrevista. Os trabalhos produzidos podem ser apresentados utilizando a estratégia Gallery walk
28/07/2022 15:30:34
exemplares imediatamente anteriores ao do texto selecionado ou até a mesma publicação.
• Permita-lhes identificar as semelhanças entre o gênero escolhido e a notícia e refletir sobre a importância da notícia para o campo jornalístico. Ao final, promova um momento para que todos possam compartilhar os textos encontrados e converse com eles a respeito da centralidade da notícia no campo jornalístico.
Portuguesa é reinaugurado após quase seis anos fechado em reforma por causa de incêndio
A reinauguração do Museu da Língua Portuguesa e a homenagem ao povo mais falante de português no mundolexicais da reportagem, que, além de valorizarem nossa diversidade linguística, conferem ao texto um tom de descontração.
• Refletir sobre as fake news e a importância da curadoria de informações.
• O tema contemporâneo transversal Ciência e tecnologia é contemplado ao se abordar as fake news , ampliadas pelo uso das redes sociais, e a importância da checagem de informações. Ao incentivar a compreensão e a utilização das tecnologias digitais de forma crítica, significativa, reflexiva e ética, é propiciado o desenvolvimento da competência geral 5 , da competência específica de Linguagens 6 e da competência específica de Língua Portuguesa 6
• Os estudantes desenvolvem as habilidades EF69LP13 , EF69LP14, EF69LP15 e EF67LP23 ao argumentar e se engajar em discussões relativas a questões relevantes, formulando perguntas e respeitando os turnos de fala nas atividades que propõem exposição oral.
• Por meio da comparação do mesmo fato divulgado em veículos diferentes na internet, os estudantes aprimoram a habilidade EF67LP03 e a competência específica de Língua Portuguesa 10
Orientações
• Esta seção permite a discussão e a reflexão sobre a credibilidade das informações que recebemos. Por isso, é necessário saber lidar com a imensa quantidade de textos que chegam até nós, por fontes diversas, distinguindo o que é relevante do que é descartável. As fake news podem ser notadas há anos na mídia impressa por meio das famosas “barrigas”, em que um jornalista divulga uma informação equivocada. O intuito desta seção é mostrar que até mesmo profissionais da comunicação podem encontrar dificuldade em confirmar a autenticidade das informações que recebem, por isso é necessário atentarmos à veracidade de toda informação que recebemos. A “barriga” abordada nesta seção diz respeito a uma matéria antiga, publicada pela revista Veja em 1983.
Você viu anteriormente que textos jornalísticos são importantes para a divulgação de fatos e informações relevantes para a sociedade. No entanto, nem tudo o que é veiculado pela mídia, principalmente na internet, ou que chega até nós por meio das redes sociais e aplicativos de mensagens é verdadeiro. É preciso que estejamos atentos para não cairmos em fake news, ou seja, notícias falsas.
Até os próprios jornalistas podem ser enganados. Na história da nossa imprensa, uma notícia baseada na reportagem de uma revista inglesa relatou o suposto resultado do trabalho de dois biólogos alemães que, ao fundirem, pela primeira vez, células de um tomate com as de um boi, teriam criado o que a matéria denominou “boimate”. Na verdade, ao publicar essa matéria, a revista tinha o objetivo de fazer uma brincadeira relativa ao dia primeiro de abril, Dia da Mentira.
Essa situação de equívoco da imprensa, chamada “barriga”, no jargão jornalístico, é apenas um dos milhares de casos de fake news, o que comprova que nem sempre é fácil verificar a veracidade de uma informação. A esse trabalho de checagem dá-se o nome de curadoria de informação. Vamos ver como se faz esse trabalho?
• Verifique se o autor do texto está identificado e pesquise seu histórico para confirmar se ele se apresenta de forma correta ao assinar o texto e qual sua experiência com relação ao assunto abordado.
• Depois, pesquise na internet a informação que gerou desconfiança, verificando se há livros ou artigos de revistas e jornais em que ela aparece. Consulte também sites de órgãos públicos ou de grande confiabilidade para conferir o que foi publicado recentemente relacionado ao assunto.
• Busque diversas fontes sobre o assunto antes de tomar uma posição, tentando conhecer até mesmo o pensamento discordante de alguns autores em relação a ele.
• Pesquise indícios de que o texto não é humorístico, ou seja, não se trata de uma brincadeira ou piada.
Com base nessas informações, realize as atividades a seguir.
1. Você acha que, na época em que a publicação foi feita, você teria acreditado na notícia do “boimate”? Se tivesse desconfiado, o que faria para descobrir se era verdadeira ou não?
2. As fake news também são usadas para aplicar golpes na internet, que podem, inclusive, causar prejuízo financeiro. Você já ouviu falar de alguma? Compartilhe com os colegas como foi a situação.
3. Faça, com um colega, um levantamento a respeito de notícias falsas de que vocês tiveram conhecimento. Em seguida, pesquisem-nas na internet e procurem explicar, por meio dos passos descritos anteriormente, por que elas não podem ser consideradas verdadeiras. Compartilhe com a turma o resultado.
• As atividades 1 e 2 promovem a reflexão sobre os impactos das fake news
• Na atividade 3 , os estudantes devem colocar em prática os passos de fact-checking citados. Para que possam se auxiliar mutuamente, a proposta prevê a execução em dupla. Combine com a turma quando e como o resultado será compartilhado.
1. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes digam que pesquisariam sobre o assunto em outras fontes (confiáveis) e que usariam os mecanismos de checagem (curadoria de informação).
2. Resposta pessoal. Provavelmente a maioria dos estudantes conhece alguma história de golpe na internet. Aproveite o momento para reforçar a importância de se manter bem-informado e de utilizar mecanismos de proteção na rede.
3. Resposta pessoal.
Neste capítulo, você leu duas notícias e estudou as principais características e a estrutura desse gênero textual. Agora, é a sua vez de criar uma notícia sobre um acontecimento do seu bairro ou da sua cidade, com o objetivo de informar aos leitores um assunto cotidiano e próximo da realidade em que você vive. Ao final, as notícias produzidas deverão ser expostas em um jornal-mural da turma.
Para que a sua notícia atinja o objetivo a que se propõe, é importante planejá-la. Para isso, siga algumas orientações.
a. Faça uma lista de fatos de repercussão no seu bairro ou em sua cidade. Lembre-se de que eles devem ser interessantes e atrativos. Confira algumas possibilidades.
Um evento cultural Um evento esportivo
Um festival tradicional Um fato que tenha destacado a cidade
Uma situação inusitada e curiosa Uma campanha de adoção de animais
b. Selecione um fato para ser o assunto da notícia. Pesquise sobre ele em diversos meios de comunicação, como jornal, internet e revista.
c. Se achar interessante e for possível, combine com um adulto e entreviste algumas das pessoas envolvidas no fato, a fim de aprofundar seus conhecimentos sobre ele.
d. As falas do entrevistado podem ser selecionadas e incluídas na notícia que você vai produzir. Lembre-se de que é importante pedir autorização da pessoa entrevistada para divulgar as informações obtidas.
e. Registre, em uma folha ou em um programa de edição de textos de computador, as seguintes informações sobre o fato:
O quê? Onde? Quando?
Por quê? Como?
Quem?
f. Faça uma pesquisa de imagens (mapas, ilustrações, fotografias, tabelas etc.) que poderiam ser utilizadas para complementar a notícia.
g. Pense em uma legenda para essas imagens, de modo a contextualizá-las para o leitor.
• Praticar a escrita por meio da produção de uma notícia.
• Produzir um jornal-mural para a socialização dos textos produzidos.
• Os estudantes desenvolvem as habilidades EF69LP06 , EF69LP07, EF67LP09 e EF67LP10 ao produzir uma notícia considerando a situação comunicativa e ao seguir orientações sobre as características estruturais e composicionais do gênero.
• Com as orientações para o processo de revisão e avaliação da notícia, os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP08
• A pesquisa sugerida em uma das etapas da produção permite aos estudantes o desenvolvimento da habilidade EF67LP20
• As habilidades EF67LP32 , EF67LP33, EF06LP11 e EF06LP12 são desenvolvidas, pois os estudantes devem utilizar, ao produzir a notícia, conhecimentos linguísticos e gramaticais, escrever as palavras com correção ortográfica e pontuar o texto adequadamente, além de empregar elementos de coesão textual.
• Por meio da entrevista proposta para enriquecer a notícia a ser produzida e a tomada de notas, os estudantes aprimoram as habilidades EF67LP14 e EF67LP24
Orientações
• Esta seção pode ser usada como uma avaliação para verificar a aquisição dos conhecimentos referentes ao gênero estudado no capítulo. Para isso, retome com a turma o que foi estudado sobre o gênero notícia nas seções Leitura e Outra leitura • Leia com a turma as orientações da subseção Planejando o texto e esclareça eventuais dúvidas.
28/07/2022 15:30:34
• Caso os estudantes optem por entrevistar alguém, oriente-os com relação a essa atividade e, se necessário, auxilie-os a elaborar o roteiro da entrevista.
• Antes do início da produção, leia com os estudantes as orientações das etapas Produzindo o texto e Avaliando o texto para que saibam, com antecedência, o que devem fazer durante a produção e avaliação de suas notícias.
• Na subseção Produzindo o texto , oriente os estudantes com relação às características estruturais e composicionais da notícia: o título, o emprego do lide e do corpo do texto, o uso de terceira pessoa etc.
• Caso os estudantes tenham feito uma entrevista, oriente-os sobre a pontuação adequada para indicar as falas do entrevistado, com o uso de aspas. Se necessário, leve para a sala de aula outras notícias que apresentem esse recurso, a fim de que eles se familiarizem com essas construções.
• Na etapa de revisão e edição, oriente os estudantes a verificar se as palavras estão escritas adequadamente, de acordo com as regras ortográficas, e se o texto está pontuado adequadamente.
• A participação dos colegas durante a avaliação da notícia permite que os estudantes troquem experiências sobre os textos que produziram. Nesse momento, é interessante unir estudantes de diferentes perfis.
• Para a criação do jornal-mural, ao escolher o título, faça uma votação entre os estudantes e permita que todos participem. Durante as atividades, incentive o trabalho em grupo e o respeito.
• A avaliação final da atividade pode ser feita por meio da estratégia One-minute paper
• Para incentivar a leitura e instigar os estudantes a se familiarizarem cada vez mais com os gêneros jornalísticos, se julgar apropriado, indique a eles os portais a seguir, nos quais podem encontrar notícias voltadas ao público infantojuvenil.
JORNAL Joca. Disponível em: https://www.jornaljoca.com.br/. Acesso em: 27 abr. 2022.
SUPLEMENTO Folhinha. Disponível em: https://www1.folha. uol.com.br/folhinha/. Acesso em: 27 abr. 2022.
Para produzir a sua notícia, é importante seguir algumas orientações. Confira.
a. Inicie sua notícia apresentando as informações mais importantes, respondendo às questões: O quê? ; Onde? ; Quando? ; Por quê? ; Como? e Quem?
b. No corpo da notícia, apresente as informações secundárias e use predominantemente os verbos no passado.
c. Una as ideias do texto de forma lógica e harmônica.
d. Empregue os verbos e os pronomes na terceira pessoa do discurso ao relatar os fatos.
e. Crie um título que apresente o assunto da notícia, mas sem detalhá-lo, utilizando formas verbais no presente.
f. Escreva as palavras corretamente e pontue o texto adequadamente.
Depois de pronta, troque a notícia com um colega para que um avalie o texto do outro com base nas seguintes questões:
a. Foi apresentado o lide no início da notícia?
b. As informações secundárias foram inseridas no corpo da notícia?
c. Os verbos e os pronomes estão empregados na terceira pessoa do discurso no relato dos fatos?
d. No título, foi empregado o tempo verbal no presente e, no corpo do texto, o tempo verbal no passado para relatar os fatos?
Após a avaliação, faça as alterações necessárias. Caso tenha escrito o texto à mão, passe-o a limpo. Caso tenha digitado a notícia em um programa de edição de textos, lembre-se de que você pode inserir ou eliminar trechos, corrigir as palavras digitadas incorretamente, aplicar parágrafos, alinhar o texto, inserir destaques no título etc.
Reserve um espaço ao lado ou abaixo da notícia para inserir a imagem que vai complementá-la. Por fim, inclua a legenda da imagem e finalize sua notícia.
Agora, você e seus colegas devem organizar as notícias por assunto e anexá-las em um jornal-mural da turma. Para isso, sigam as orientações.
a. Definam com o professor o espaço onde será criado o jornal-mural.
b. Façam uma lista dos materiais que serão necessários.
c. Escolham um título para o jornal-mural que chame a atenção das pessoas.
d. Organizem as notícias por assuntos afins e agrupem-nas no jornal-mural.
e. Convidem os colegas de outras turmas para conhecerem as produções de vocês.
Ao final, conversem sobre a atividade realizada e listem os aspectos positivos, negativos e que pode ser melhorado na próxima produção.
Com uma letra diferenciada, escrevam antes de cada bloco de notícias os temas em que elas se enquadram.
Agora, é a vez de transformar a notícia produzida na seção anterior em um roteiro de notícia radiofônica e apresentá-la oralmente, simulando um programa de rádio. Antes disso, leia o que é um roteiro e como ele é produzido.
Roteiro
É um material impresso que reúne e sintetiza todas as matérias de um programa radiofônico. Nele, estão previstas todas as partes do programa, as matérias a serem apresentadas e a especificação do tempo de cada uma. Produzir um roteiro é a garantia de que o programa foi planejado. O roteiro de uma notícia radiofônica também é chamado script , alinhamento ou guião
A parte inicial do roteiro é composta do cabeçalho do programa. Nele, devem constar: nome do programa, conteúdo, data e hora de emissão, produção (nome da produtora responsável), locução (nome do locutor), técnica (nome da pessoa responsável pela parte técnica do programa) e duração total do programa. Após o cabeçalho, deve constar uma breve descrição de cada uma das entradas do programa , especificando o tempo exato delas.
Conheça um exemplo simplificado de um roteiro de programa radiofônico.
Programa: Últimas notícias da cidade
Conteúdo: Notícias diversas
Data e hora de emissão: 4 de abril de 2020 (10 horas)
Produção: Antônia da Silva
Locução: José Paulo Ribeiro
Técnica: André Souza
Duração do programa: 6min 20s
Segmento Descrição do conteúdo Duração da notícia
Abertura do programa
de vinheta do programa
• É importante destacar que o modelo de roteiro apresentado foi simplificado, a fim de trazer elementos que serão úteis para a apresentação da notícia radiofônica dos estudantes.
• Praticar a oralidade por meio da simulação de uma notícia radiofônica.
BNCC
• Com a proposta apresentada nesta seção, ao produzir uma notícia radiofônica, os estudantes desenvolvem as habilidades EF67LP09, EF67LP10, EF69LP10 e EF69LP12
• A habilidade EF69LP34 é desenvolvida pelos estudantes por meio do processo de retextualização da notícia escrita (feita na seção Produção escrita ) para a notícia oral.
• Apresente aos estudantes um exemplar de roteiro, para que eles consigam reconhecer, nesse modelo, as partes estruturantes do roteiro de rádio. Nas orientações sobre a produção do roteiro, é importante apresentar, ainda, uma breve descrição dos fatos a serem noticiados.
• Para que os estudantes tenham uma melhor compreensão a respeito do texto que vão produzir, sugira a eles que ouçam um programa de rádio com a apresentação de notícias. Se possível, grave um desses programas e reproduza-o em sala de aula, fazendo, com a turma, a análise das características dessa forma de veiculação de notícias.
• Nessa produção, os estudantes são convidados a fazer uma atividade de retextualização (da notícia impressa para a notícia oral). É importante destacar que a retextualização pode ocorrer da fala para a escrita, da fala para a fala, da escrita para a fala e da escrita para a escrita.
• Chame a atenção dos estudantes para os elementos que devem ser suprimidos e os que devem ser incorporados ao transformar uma notícia impressa em oral, pois retextualizar não é “transcrever” um texto de uma modalidade para outra. Leve-os a perceber quais aspectos devem ser priorizados ao produzir uma notícia oral, considerando a entonação, o ritmo e a vibração que essa locução exige.
• Se achar interessante, proponha uma votação para definir a vinheta e a música para o fecho do programa. Verifique qual estudante se interessa por essa parte técnica do programa e permita-lhe que fique responsável por isso. Caso mais de um estudante se manifeste, faça uma votação.
• Peça a cada estudante que faça, individual e antecipadamente, um breve roteiro de sua notícia e leve essas informações para a sala de aula. Um estudante deve ficar responsável por escrever ou digitar o roteiro, se for possível. Ao final, providencie uma cópia do roteiro para cada um.
• Para a realização da simulação de programa radiofônico, verifique a melhor forma de gravar em áudio a apresentação dos estudantes. Há diversos aplicativos ou até mesmo recursos em ferramentas de mensagem instantânea que permitem a gravação em áudio.
• Ao final da atividade, para que os estudantes possam avaliar o desempenho, reproduza o áudio em sala de aula e peça a eles que apontem aspectos positivos e negativos da apresentação, verificando o que pode ser melhorado em uma próxima atividade como essa.
• Se possível, compartilhem os áudios no blog da turma ou nas redes sociais ou site da escola, para que essa produção atinja um público maior, além da própria turma.
Agora, você e seus colegas transformarão as notícias produzidas na seção Produção escrita em notícias radiofônicas. Para isso, sigam algumas orientações.
Dica
Escolham uma vinheta para iniciar o programa e uma música interessante para finalizá-lo. Um estudante deverá ficar responsável por essa parte técnica do programa. Lembrem-se de que essas informações técnicas devem constar no roteiro.
a. Releiam quantas vezes forem necessárias as notícias produzidas.
b. Façam uma cópia do texto e sublinhem as partes principais das notícias, pois no rádio elas devem ser mais enxutas, apresentando apenas as informações essenciais.
c. Listem, em ordem cronológica de fatos, as principais informações que precisam ser apresentadas.
d. Elaborem juntos um roteiro como o da página anterior e definam um tempo para cada estudante apresentar sua notícia.
e. Anotem na frente da chamada de cada notícia o nome do estudante que irá apresentá-la e algumas informações que orientem sobre as informações que deverão ser apresentadas.
f. Mantenham um espaço entre as linhas e empreguem letras grandes. Se forem digitar o texto, utilizem a formatação com espaço duplo entre as linhas.
g. Definam com o professor um lugar para realizar as gravações, de preferência um local sem ruídos que possam comprometer a qualidade do áudio.
h. Decidam que aparelho vocês vão utilizar para gravar o áudio da simulação do programa radiofônico e quem ficará responsável por providenciá-lo.
i. Durante a simulação do programa, o responsável pela vinheta deve introduzi-la.
j. Na sequência, os demais estudantes, um a um, deverão apresentar suas notícias.
k. Procurem falar empregando um tom de voz que possa ser ouvido claramente no áudio.
l. Façam as pausas necessárias e pronunciem as palavras com clareza.
Dica
Não coloquem nem manuseiem o papel do roteiro perto do aparelho em que vão gravar as notícias. Isso pode atrapalhar a qualidade do áudio.
m. Empreguem alterações rítmicas que julgarem pertinentes em cada trecho da notícia.
n. Mantenham a espontaneidade própria da modalidade oral da língua, evitando que os ouvintes achem que você está lendo a notícia.
o. Ao final da simulação do programa de notícias em rádio, combinem um dia para ouvir as gravações e avaliar o desempenho de vocês, verificando os aspectos positivos, negativos e o que pode ser melhorado em uma próxima atividade.
Uma fotografia pode registrar acontecimentos importantes da história, eternizar momentos de alegria e ainda ser utilizada como forma de manifestação e denúncia contra determinadas ações ou situações. Com que objetivo você imagina que a cena retratada a seguir foi registrada? Analise atentamente a fotografia e leia a legenda para descobrir.
• Ler uma foto-denúncia e conhecer as características e a função sociocomunicativa desse gênero.
• Identificar o papel social da foto-denúncia, no sentido de informar e provocar reflexões.
• Esta seção permite um trabalho com o tema contemporâneo transversal Educação ambiental , uma vez que suscita reflexões sobre o impacto da ação do ser humano no meio ambiente.
Poluição de plástico no oceano: 150 milhões de toneladas de produtos feitos com o material, alguns achados a 6 000 metros de profundidade
THOMAS, Jennifer Ann. Poluição por plásticos no oceano pode quadruplicar até 2050. Veja , 9 fev. 2022. Disponível em: https://veja.abril.com.br/agenda-verde/poluicao-por-plasticos-no-oceano-podequadruplicar-ate-2050/. Acesso em: 19 fev. 2022.
Todos os dias são produzidas toneladas de lixo no mundo, que, muitas vezes, são descartadas de forma indevida. Esse lixo se acumula principalmente em aterros sanitários, mas também é descartado em rios e mares, por exemplo, onde permanece por anos antes de se decompor totalmente. Confira a seguir o tempo que alguns materiais demoram a se decompor na natureza.
• Jornais - De 2 a 6 semanas
• Embalagens de papel - De 3 a 6 meses
• Chiclete - 5 anos
• Tampas de garrafas - 150 anos
• Latas de alumínio - De 200 a 500 anos
• Isopor - 400 anos
• Plásticos - 450 anos
• Vidro - 1 milhão de anos
Fonte: NUNES, Cassia. Reciclagem. Fiocruz Disponível em: http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/reciclagem.htm. Acesso em: 22 fev. 2022.
• A foto-denúncia lida e o boxe Lixo de gerações permitem o trabalho entre os componentes curriculares de Língua Portuguesa e de Ciências . Se possível, convide o professor de Ciências para conversar com os estudantes sobre o tempo de decomposição dos materiais e como isso afeta o meio ambiente.
• Ao discutir o tema proposto, engajando-se e apresentando argumentos sobre o tema da foto-denúncia, os estudantes desenvolvem as habilidades EF69LP13 e EF69LP15
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP14 por meio de uma proposta de pesquisa com levantamento, organização e socialização de informações.
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF67LP08 ao identificar os elementos composicionais do gênero foto-denúncia e a intencionalidade do fotógrafo. Orientações
• Antes de os estudantes analisarem a fotografia, converse com eles a respeito da vida marinha, questionando -os sobre o que sabem dos seres vivos que habitam os oceanos. Destaque que esse ecossistema é formado por muitos outros organismos além dos animais comumente vistos, como peixes, baleias, tubarões e tartarugas. Se considerar oportuno, cite alguns desses organismos, como plantas, crustáceos, moluscos, corais etc., ou incentive a pesquisa sobre eles. Leve-os a compreender que a poluição afeta toda a vida marinha, desde os grandes animais até os microrganismos.
28/07/2022 15:32:52
• Sugira aos estudantes que pensem em materiais que lhes instiguem a curiosidade para que façam uma pesquisa a fim de descobrir o tempo de decomposição de cada um. A turma pode organizar uma exposição com cartazes com as informações coletadas. Se julgar pertinente, essa pesquisa pode ser usada como atividade preparatória para iniciar o trabalho com o capítulo.
• Após essa conversa inicial, peça-lhes que analisem a foto-denúncia e expressem suas hipóteses sobre o objetivo do registro fotográfico. Isso permitirá a avaliação dos conhecimentos prévios dos estudantes.
• Depois que eles analisarem a foto-denúncia em silêncio, explore a imagem, destacando o que está sendo denunciado por meio dela.
Sergio Lima/Arquivo da editora• Na atividade 1 da subseção Conversando sobre o texto , resgate as hipóteses levantadas pelos estudantes antes da leitura, a fim de que possam confirmá-las ou não.
• Na atividade 2 , peça-lhes que compartilhem suas respostas e verifiquem o que mais chamou a atenção dos colegas.
• Na atividade 3 , relembre com os estudantes os organismos que compõem a população marinha, levando-os a perceber como cada população pode ser afetada pela poluição.
• Antes de iniciar as atividades da subseção Escrevendo sobre o texto , se julgar pertinente, comente com os estudantes a história do surgimento da fotografia. Diga-lhes que se trata de uma forma de arte que surgiu oficialmente em Paris, em 1826. No entanto, no século 4 a.C. já havia um método pelo qual se reproduziam imagens em uma câmara escura, que consistia em uma caixa preta com um pequeno orifício em um dos lados. O lado contrário formava a imagem invertida da cena na frente da abertura. No início, tirar fotografias era uma atividade complicada e limitada, pois as câmeras eram enormes. Com o tempo, o processo foi sendo aperfeiçoado até chegar ao que se conhece atualmente.
• Para a realização das atividades 1 e 2 , oriente os estudantes a consultar a referência da foto-denúncia. Se considerar oportuno, acesse com eles o site em que a imagem foi publicada e leia o texto que acompanha a imagem, ampliando com eles as informações apresentadas pela legenda.
1. Após analisar a imagem, suas hipóteses sobre o objetivo do registro dessa cena foram confirmadas? Explique a sua resposta.
Resposta pessoal.
2. O que mais chamou sua atenção na imagem da página anterior? Por quê?
Resposta pessoal.
3. Sabendo que o plástico demora aproximadamente 450 anos para se decompor, que problemas para a população marinha você imagina que esse tipo de poluição pode causar?
Possível resposta: Os animais podem engolir esses materiais ficar presos neles. Além disso, esses materiais podem conter
substâncias tóxicas para a vida marinha.
1. A imagem que você analisou na página anterior é um exemplo de foto-denúncia.
a. Onde essa foto-denúncia foi publicada?
Resposta: No site da revista Veja
b. A foto-denúncia é um gênero jornalístico. De que outra forma as foto-denúncias podem circular?
Resposta esperada: Em jornais e revistas (impressos e/ou digitais) ou ainda em mensagens instantâneas e postagens em redes sociais.
c. Que problema a imagem denuncia?
Resposta: A imagem denuncia a grande quantidade de materiais de plástico descartados cujo destino são os oceanos.
d. Quem são os principais afetados por esse problema? Por quê?
Resposta: Todas as pessoas, pois
os problemas ambientais têm impactos no mundo inteiro, tanto para o meio ambiente quanto para a vida humana.
e. O que o registro dessa cena cotidiana pretende despertar no leitor?
Resposta: O alerta para o descarte descuidado do lixo, provocando uma reflexão sobre os impactos da poluição das águas.
2. O texto que acompanha a foto-denúncia é chamado legenda
a. Que informações são apresentadas na legenda?
Resposta: A descrição da imagem, com informações
adicionais sobre o problema que ela apresenta: a quantidade de lixo encontrada nos oceanos e a profundidade que atinge.
b. Com base nas informações que a legenda apresenta, o que é possível concluir sobre sua função na foto-denúncia?
Resposta: A legenda tem por objetivo contextualizar o leitor sobre o que está sendo representado na imagem ou descrever a imagem para ele.
3. Verifique as fotografias a seguir.
a. Qual dessas imagens poderia ser considerada uma foto-denúncia? Por quê?
Resposta: B. Porque ela retrata um problema ambiental, denunciando-o.
b. Crie uma legenda para a imagem que você escolheu na questão anterior.
Sugestões de resposta: Indústria lança resíduos tóxicos na atmosfera; Poluição do ar registrada em grande centro urbano.
• Na atividade 3 , se considerar pertinente, selecione e apresente aos estudantes algumas fotografias artísticas, de estúdio e jornalísticas, a fim de levá-los a compreender as nuances entre esses tipos de fotografia e a importância do conteúdo registrado para a definição do objetivo de cada gênero. As referências a seguir podem ser usadas para isso.
O MELHOR do fotojornalismo brasileiro: edição 2017. São Paulo: Europa, 2017. (Coleção Fotojornalismo).
VEIGA, Bruno. Pedras portuguesas . Rio de Janeiro: Réptil, 2014.
A. C. B.1. d. Resposta esperada: Sim, pois o destaque ao elemento mais importante contribui para a denúncia feita e para a construção do contraste da cena.
1. Analise a foto-denúncia e responda às questões sobre o enquadramento da cena registrada.
a. Considerando o objetivo com que a foto-denúncia foi feita, qual elemento aparece em primeiro plano?
Resposta: O lixo de plástico, motivo da denúncia da fotografia.
b. Quais elementos estão em segundo plano?
Resposta: A vastidão do oceano e algumas plantas marinhas.
c. A escolha desse enquadramento específico cria um contraste na cena. Que contraste é esse?
Resposta esperada: A escolha por capturar o plástico em primeiro plano cria um contraste entre lixo e natureza, mostrando
d. A escolha desse enquadramento pelo fotógrafo foi intencional?
e. Se a fotografia tivesse sido registrada de cima da superfície da água, o enquadramento teria o mesmo efeito no leitor?
Resposta esperada: Possivelmente não, pois, ao fotografar a poluição de cima para baixo, a fotografia suprimiria a informação que compõe a denúncia, isto é, a interferência do plástico na vida marinha, que causa um impacto e um contraste à cena.
Um dos aspectos mais importantes em uma foto-denúncia é o enquadramento da cena , ou seja, o fotógrafo deve decidir o que pretende capturar com maior destaque. Em uma foto-denúncia, o primeiro plano corresponde aos elementos que estão em evidência na imagem, e o segundo plano refere-se aos elementos secundários e mais distantes do leitor.
A foto-denúncia é uma fotografia produzida com o intuito de denunciar uma situação ou um evento para a sociedade em geral. Ela pode ser publicada em jornais e revistas (impressos e/ou digitais), sites ou ainda ser compartilhada entre leitores por meio de mensagens instantâneas e postagens. A foto-denúncia tem como objetivo problematizar um assunto e, por consequência, chamar a atenção da população para determinado problema. Para produzi-la, o fotógrafo escolhe o enquadramento que melhor possibilite registrar a cena a ser denunciada.
1. Além da poluição das águas, que outros problemas ambientais são provocados pelo descarte de lixo em locais inapropriados? Isso ocorre na cidade e no estado onde você mora? Troque ideias com os colegas.
Sugestões de resposta: Enchentes, contaminação do solo, poluição do ar, proliferação de insetos e doenças, morte de animais, entre outros. A segunda parte da resposta é pessoal.
2. Você já presenciou uma cena que revelasse o impacto da poluição ambiental, como a apresentada na foto-denúncia? Como você se sentiu diante disso?
Resposta pessoal.
3. A poluição das águas é uma preocupação ambiental global. Em sua opinião, o que podemos fazer no dia a dia para amenizar esse problema?
Resposta pessoal. Possível resposta: Descartar corretamente o lixo, realizando a coleta seletiva.
4. Apesar de haver muitas campanhas de conscientização sobre a importância da preservação ambiental, em sua opinião, por que problemas como a poluição das águas ainda persistem?
Resposta pessoal. Possível resposta: Porque, além da conscientização individual, são necessárias ações coletivas de cuidados com a natureza, principalmente por iniciativas governamentais.
como a sujeira afeta a paisagem. 129
• A atividade 1 da subseção Explorando a linguagem tem por objetivo levar os estudantes a perceber a importância do enquadramento da cena na realização do registro da imagem. Ela também permite a reflexão sobre o efeito de sentido da foto-denúncia se o ângulo fosse outro. Se necessário para a realização da atividade, retome a fotografia apresentada e faça uma análise cuidadosa com os estudantes, identificando com eles os elementos representados e a posição deles na imagem.
• As questões da subseção Discutindo ideias, construindo valores trazem a discussão sobre o tema da foto-denúncia: a poluição das águas. Assim, os estudantes poderão refletir sobre as medidas que podem ser tomadas no dia a dia para amenizar essa situação, bem como sobre a insistência do ser humano em poluir o ambiente, apesar das campanhas de conscientização.
• Nas atividades 1 e 2 , mencione também a poluição atmosférica e a poluição sonora, que costumam ser frequentes em centros urbanos e que, apesar de não afetarem diretamente o ecossistema marinho, também afetam negativamente o meio ambiente e a vida de todos.
• Ao explorar as questões 3 e 4, incentive os estudantes a apresentar seus argumentos e, se for o caso, contra-argumentar as ideias dos colegas, a fim de promover uma discussão produtiva sobre o assunto. Reforce a importância do respeito às ideias contrárias.
por meio da estratégia Gallery walk
• Se possível, assista com a turma ao documentário indicado a seguir.
À MARGEM do lixo, de Evaldo Mocarzel, 2008. 84 min.
• As sugestões a seguir podem contribuir com o traba-
lho referente ao gênero deste capítulo.
28/07/2022 15:32:53
BERGER, John. Para entender uma fotografia Tradução: Paulo Geiger. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.
SONTAG, Susan. Sobre fotografia . São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
• Uma das possibilidades de realização da atividade 3 é propor aos estudantes que formem grupos e realizem uma pesquisa sobre o assunto. Nesse caso, os grupos poderão fazer um levantamento das informações, organizá-las em slides , por exemplo, e apresentá-las à turma, socializando o resultado das pesquisas. Durante a apresentação de cada grupo, permita que os colegas formulem perguntas e troquem ideias. Outra opção é confeccionar cartazes e compartilhar a pesquisa
• Analisar e identificar a relação temática entre textos de gêneros textuais distintos.
• A retomada temática proposta nesta seção trabalha com o tema contemporâneo transversal Educação ambiental , resgatando as reflexões em torno dele, permitindo aos estudantes desenvolver as habilidades EF69LP13 e EF69LP15
• Ao relacionar um texto literário à foto-denúncia estudada anteriormente, reconhecendo a aproximação temática entre eles, os estudantes desenvolvem a habilidade EF67LP27
• Os estudantes também desenvolvem a habilidade EF69LP21 ao explorar manifestações artísticas usadas como práticas não institucionalizadas de participação social e que pretendam denunciar uma problemática e incentivar uma postura reflexiva e ativa diante de tais problemas.
• Nesta seção, os estudantes são convidados a comparar tematicamente a foto-denúncia da seção Leitura com um poema acompanhado de uma fotografia. A intenção é que eles percebam a relação entre textos que, apesar de fazerem parte de campos de atuação diversos (jornalístico-midiático e artístico-literário), tratam do mesmo assunto e têm a finalidade de denunciar um problema relacionado ao meio ambiente.
• Para contextualizar, explique aos estudantes que o poema e a imagem que o acompanha foram publicados originalmente no livro Brasil das placas: viagem por um país ao pé da letra , constituído de fotografias de placas encontradas ao longo de 200 km do território nacional, sendo cada uma delas acompanhada por um poema que faz referência à imagem representada na fotografia.
• Para realizar as atividades 1 e 2 , se necessário, oriente os es -
Leia atentamente o poema e analise a fotografia que o acompanha.
Tão à caça de um bicho
Lá na Ilha do Cardoso
Me disseram que o tal bicho
É pra lá de perigoso
Onde passa esse bicho
Deixa um rastro ruinoso
CAMARGO, José Eduardo Rodrigues; FONTENELLE, André Luís. O Brasil das placas : viagem por um país ao pé da letra. São Paulo: Panda Books, 2007. p. 108-109
Ruinoso: referente a ruínas; destrutivo.
1. Esse poema e a foto-denúncia apresentada na página 127 apresentam alguma relação? Qual? Explique.
Resposta: Sim, os dois textos tratam dos danos causados ao meio ambiente pelo ser humano, que joga detritos em locais inadequados.
2. Com que objetivo esse tema foi tratado nos textos?
3. A quem se refere o bicho citado no poema? Por quê?
Resposta: O bicho é o ser humano, pois ele deixa um rastro ruinoso ou restos de produtos que consome por onde passa.
4. Que palavra foi empregada no cartaz retratado na fotografia para fazer referência a esse mesmo “bicho”?
Resposta: A palavra animal
5. Analise a palavra pegadas que aparece na fotografia.
a. A que ela se refere?
Resposta: Refere-se ao lixo deixado pelo ser humano, que evidencia a poluição causada por ele.
b. Qual palavra no poema tem o mesmo sentido que pegadas?
Resposta: A palavra rastro
c. No poema, o eu lírico se referiu ao bicho como “pra lá de perigoso”. Explique o que isso significa.
Resposta: Significa que o ser humano pode ser muito nocivo ao meio ambiente e, portanto, uma ameaça à natureza.
6. Essas “pegadas” deixadas pelo ser humano também são responsáveis pela situação apresentada na foto-denúncia da página 127 ? Comente.
Resposta esperada: Sim, pois jogar lixo em locais inadequados colabora para a poluição de rios e mares, causando danos irreparáveis à natureza.
Lixo extraordinário
Nesse documentário, você poderá conhecer a obra do artista brasileiro Vik Muniz. Em um lixão da periferia do Rio de Janeiro, esse artista plástico retrata os catadores, que vivem em condições precárias, revelando a dignidade dos trabalhadores que lhe serviram de inspiração.
Lixo extraordinário, de Lucy Walker, João Jardim e Karen Harley, 2010. 99 min.
2. Possível resposta: Para discutir a atitude do ser humano ao descartar lixo em lugares impróprios, poluindo e destruindo o meio ambiente. No poema e na imagem, provavelmente, a intenção é advertir os turistas da Ilha do Cardoso a não jogar lixo na natureza, a fim de não a poluir.
tudantes a retomar a análise da foto-denúncia da seção Leitura , para que relembrem do que se trata.
• Caso os estudantes tenham dificuldade em realizar a atividade 3 , peça a eles que atentem ao que está sendo mostrado na fotografia e questione-os sobre que tipo de “bicho” poderia ter deixado aquele rastro. Espera-se que percebam que os elementos representados não são vistos comumente em meio à natureza, mas sim produzidos e descartados pelos seres humanos.
• Nas atividades 4 e 5 , analise com os estudantes o texto e seus sentidos. Questione o motivo da escolha de palavras pelo autor. Espera-se que percebam que o autor fez uma comparação entre o comportamento dos animais e o dos seres humanos.
• Na atividade 6 , se achar oportuno, comente as recentes campanhas de conscientização sobre o uso de plásticos e de outros materiais que causam um enorme impacto ao planeta.
1. No trecho da história em quadrinhos a seguir, o personagem Bocão ficou em dúvida sobre a forma de escrever uma palavra e perguntou a seu amigo Junim. Confira!
• Compreender a função do dicionário e a importância da consulta a essa ferramenta.
• Nesta seção, os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP42 ao analisar a estrutura composicional do dicionário.
Orientações
• Ao final da seção, os estudantes devem ter claro que o dicionário tem por objetivo a divulgação e ampliação de conhecimentos e que as partes que constituem um verbete são: acepções, divisão silábica, classe gramatical, definições, exemplificações, remissões etc.
a. Em vez de pedir ajuda a seu amigo Junim, o que Bocão poderia ter feito para tirar sua dúvida?
Resposta: Ele poderia ter consultado um dicionário.
b. Além da grafia de uma palavra, que outros tipos de informação normalmente são encontrados em um dicionário?
c. Com que frequência você costuma consultar esse material?
Resposta esperada: Os significados de palavras ou expressões, a classe gramatical a que as palavras pertencem, entre outras informações. Resposta pessoal.
2. Leia o verbete de dicionário a seguir.
fotografia (fo.to.gra.fi.a) sf 1 Técnica ou arte de registrar imagens por meio da ação da luz sobre um filme, com a utilização de uma câmera fotográfica. 2 A imagem obtida por essa técnica; FOTO; RETRATO. 3 Fig. A cópia fiel de algo ou alguém • fo to grá fi co a FOTOGRAFIA. In : AULETE, Caldas. Minidicionário contemporâneo da língua portuguesa 2. ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2009. p. 383.
Cada palavra registrada no dicionário com seus respectivos significados recebe o nome de verbete. Em um verbete podem aparecer diferentes significados, que são chamados acepções
a. Quantos significados são apresentados para a palavra fotografia nesse verbete? Como você descobriu isso?
Resposta: Três significados. Pelos números que indicam cada um dos sentidos da palavra.
b. Quais deles se referem à imagem presente no gênero foto-denúncia?
c. Ao consultar o verbete, que informações há no trecho (fo.to.gra. fi.a)?
Resposta: As acepções 1 e 2 Resposta esperada: A divisão silábica da palavra, bem como a sílaba tônica, destacada em itálico.
O dicionário é um importante recurso para ampliar conhecimentos. Em um verbete, a depender do dicionário, é possível conhecer diferentes significados (acepções) de uma mesma palavra, sua divisão silábica, sua classe gramatical, sua origem etc.
ra dinamizar o processo de ensino-aprendizagem. O uso de celular, tablet e outros aparelhos pode instigar o interesse e promover o hábito de consulta a dicionários digi-
tais. Assim, se possível, oriente-os a pesquisar aplicativos gratuitos de dicionários digitais de língua portuguesa para usá-los quando necessário.
• Pergunte aos estudantes se todos utilizam dicionários. Ressalte que o uso do dicionário deve ser um hábito frequente, pois ele é um material essencial à prática da leitura e da escrita.
• No item a da atividade 1 , leve os estudantes a compreender a importância da consulta ao dicionário sempre que necessário. Por exemplo, quando se tem dúvida quanto à grafia de alguma palavra ou ao seu significado.
• Durante o trabalho com o item b, anote na lousa os levantamentos de hipóteses dos estudantes. Ao final da seção, retome essas hipóteses, verificando se elas foram ou não confirmadas.
• No item c , caso muitos estudantes comentem que não têm o hábito de usar o dicionário, destaque a importância dessa prática para tirar dúvidas e aprimorar o vocabulário.
• A atividade 2 tem por objetivo levar os estudantes a identificar alguns dos recursos empregados nos verbetes de dicionários, como as acepções, a divisão silábica, a sílaba tônica e as siglas.
• No item b , é importante levar os estudantes a concluir que o sentido de uma palavra deve sempre ser analisado em seu contexto de uso.
• É importante, nesse momento, destacar a existência de dicionários digitais e on-line e que a tecnologia pode ser usada pa-
ZIRALDO. Junim em: como se escreve?. In: ZIRALDO. O Menino Maluquinho. São Paulo: Globo, 2007. p. 38.• O dicionário, cuja função é registrar e descrever o léxico de uma língua, representa uma parte significativa da memória coletiva de uma sociedade. Como a língua é dinâmica, com permanências e variações em seu acervo lexical, os dicionários precisam acompanhar esse processo e, para isso, é necessário que sejam substituídos por edições atualizadas, revisadas e reeditadas.
• Os dicionários são obras para consulta e, assim como os textos em geral, possuem um público-alvo e são adaptados a ele. Por isso, há diferença entre dicionários: os gerais (maiores e mais completos), os digitais (acessados por meio de computadores, por exemplo), os escolares (que podem estar classificados em faixas etárias), os de sinônimos (que podem auxiliar pessoas que trabalham com a escrita), os de áreas de especialidades, como de termos jurídicos ou linguísticos, entre outros. Se possível, apresente aos estudantes alguns deles, para que possam verificar essas diferenças.
• Inicie a atividade 1 pedindo aos estudantes que analisem as diferentes informações que há nessa página de dicionário. Chame a atenção deles para as duas palavras em destaque no topo da página, para a cor que diferencia as palavras que serão explicadas (entradas), para a letra F na lateral direita, para o número da página etc. Verifique se, além dessas, outras informações na página chamaram a atenção dos estudantes.
a. Escreva as palavras a seguir ordenando-as conforme aparecem na página do dicionário.
fortuna fosfato fortificar forte fortaleza
Resposta: Fortaleza, forte, fortificar, fortuna, fosfato.
b. Que critério é usado para ordenar as palavras no dicionário?
Resposta: A ordem alfabética.
c. No alto da página do dicionário, aparecem em destaque duas palavras, que têm uma finalidade importante. Quais são essas palavras?
Resposta: Forneiro e fóssil
d. Qual é a posição que elas ocupam na página do dicionário?
Resposta: Forneiro: primeira palavra da página; fóssil: última palavra da página.
e. Diante disso, explique com que finalidade essas palavras aparecem no alto da página do dicionário.
Resposta: Para facilitar a pesquisa de uma palavra, pois deixa expressos os limites da página. Com isso, consegue-se identificar se uma palavra está ou não em determinada página.
f. O que indica a letra f na lateral direita e em destaque na página do dicionário?
Resposta: Indica que nessa página são apresentados verbetes que se iniciam com a letra f
g. As abreviações a seguir aparecem na página de dicionário lida. Relacione-as aos seus respectivos significados.
• Se julgar conveniente, comente com os estudantes que a grafia correta das palavras da língua portuguesa pode ser pesquisada também no VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa), disponível para consulta on-line no site indicado a seguir.
ACADEMIA Brasileira de Letras. Disponível em: https://www. academia.org.br/nossa-lingua/ busca-no-vocabulario. Acesso em: 28 abr. 2022.
sm. sf. Quím. adj. Pop.
A. B. C. D. E. Popular/popularmente. Substantivo masculino. Adjetivo. Substantivo feminino. Química.
Respostas: A – substantivo masculino; B – substantivo feminino; C – Química; D – adjetivo; E – Popular/popularmente.
2. Leia os verbetes a seguir.
paisagem [Do fr. paysage.] S.f. 1. Espaço de terreno que se abrange num lance de vista. 2. Pintura, gravura ou desenho que representa uma paisagem natural ou urbana: As paisagens de Ruysdael descortinam vastos horizontes.
cafuné [Do quimb.] S.m. Bras. Angol. Ato de coçar levemente a cabeça de alguém para fazê-lo adormecer.
piquenique [Do ingl. picnic.] S.m. Excursão festiva no campo, em geral entre pessoas de várias famílias e com refeição, para a qual, ordinariamente, cada um leva a sua parte. [Sin., bras., RS: jerra.]
mochila [Do esp. mochila.] S.f. 1. Bolsa unissex usada às costas e presa com alças aos ombros, onde se levam livros, roupas, objetos de uso, etc . 2. Bolsa feminina semelhante à mochila (1), ger. de tamanho médio. 3. Saco de viagem. 4. Gualdrapa.
5. Bras. V. bornal (2). 6. Fig. Corcunda, corcova.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio da língua portuguesa 5. ed. Curitiba: Positivo, 2010. p. 382, 1408, 1538, 1641
a. Qual é a origem das palavras apresentadas nesses verbetes?
Resposta: Paisagem: francês; cafuné: quilombola; piquenique: inglês; mochila : espanhol.
b. Como você identificou a origem das palavras dos verbetes?
Resposta: Pelas abreviações que aparecem entre colchetes logo após cada palavra.
c. O que é possível concluir sobre a origem de algumas palavras do português?
Resposta: Que elas se originam de outras línguas.
d. Esses verbetes foram publicados no mesmo dicionário. Escreva-os na ordem em que eles são apresentadas no dicionário.
Resposta: Cafuné, mochila, paisagem e piquenique.
• Explique -lhes que, por se tratar de uma listagem de palavras, o VOLP não se apresenta como um dicionário, e sim como vocabulário, como o próprio nome indica. Dessa forma , não traz o significado das palavras, mas a grafia, a classe gramatical e outras informações úteis, além de dúvidas que ainda surgiram após o Acordo Ortográfico assinado em 1990, como o emprego do hífen e a acentuação dos ditongos.
• No item b da atividade 1 , leve os estudantes a concluir que se deve verificar a primeira letra de cada palavra e colocá-las em ordem alfabética. Se mais de uma palavra começar com a mesma letra, deve-se considerar a segunda letra, e assim por diante.
• Ao realizar o item g da atividade 1 , se necessário, reproduza na lousa as abreviações presentes nos verbetes e, com a ajuda dos estudantes, escreva-as por extenso, ajudando-os a identificar a que elas se referem. Se oportuno, incentive-os a buscar outras abreviações em um dicionário, conhecendo, assim, outras ocorrências.
• Após a realização da atividade 2 , pergunte aos estudantes se eles conhecem outras palavras do português que têm origem em outra língua. Caso tenham dificuldade em citar essas palavras, oriente uma busca no dicionário ou na internet.
28/07/2022 15:32:57
• Conhecer a classe gramatical dos pronomes (indefinidos e demonstrativos).
BNCC
• O trabalho proposto nesta seção auxilia os estudantes a desenvolver a habilidade EF06LP12 , pois os pronomes são importantes recursos de coesão textual.
Orientações
• Antes de iniciar esta seção, retome com a turma os pronomes pessoais e possessivos, estudados anteriormente, e verifique se é necessário esclarecer alguma dúvida ou remediar eventuais defasagens em relação a esse conteúdo antes de apresentar outras classificações. Aproveite para retomar a atividade da seção Iniciando o trajeto , que abordava o uso dos pronomes como forma de evitar repetições desnecessárias no texto, para planejar as aulas relativas a esta seção da melhor maneira possível de acordo com a realidade de sua turma.
• Para a atividade 1 , converse com os estudantes sobre o provérbio, dizendo a eles que se trata de um gênero de tradição oral, com o objetivo de transmitir ensinamentos e dar conselhos. Se considerar oportuno, peça a voluntários que citem outros provérbios que conheçam e expliquem o que entendem de sua mensagem. Caso não se lembrem ou não tenham certeza, auxilie-os fornecendo outros exemplos, como: “Quem tudo quer nada tem.”; “A cavalo dado não se olham os dentes.”; “Se quiser conhecer verdadeiramente uma pessoa, dê-lhe autoridade.”; “Pra quem sabe ler, pingo é letra.”.
• Ao final das explicações desta página, enfatize quais dos pronomes variam em gênero e número, como algum e alguma , alguns e algumas , certo e certa , certos e certas ; os que são neutros, como o pronome qualquer ; e os que são invariáveis, como os pronomes alguém , algo , ninguém , outrem, nada , cada e tudo
1. a. Resposta: Porque todos são quaisquer pessoas, conhecidas ou não, com as quais não se pode contar quando é preciso. Já o amigo é alguém conhecido, pelo qual se tem afeição, confiança, com quem se pode contar e que não pode ser igualado a qualquer pessoa. Por isso, sua companhia é única.
1. b. Resposta esperada: A ideia de que somente saberemos se vamos conseguir atingir um objetivo ou obter algo que almejamos se nos arriscarmos a trabalhar para isso, caso contrário, não conseguiremos nada.
Nesta seção, continuaremos os estudos sobre pronomes, analisando duas classificações. Pronome indefinido
1. Leia a seguir dois provérbios e atente às palavras em destaque.
A companhia de todos não vale a companhia de um amigo.
Origem popular.
Quem não arrisca não petisca.
Origem popular.
a. Os provérbios transmitem conhecimentos relacionados às mais diversas situações da vida. De acordo com o provérbio A , por que “A companhia de todos não vale a companhia de um amigo”?
b. Que ideia se pretende transmitir por meio do provérbio B ? Explique.
c. No provérbio A , é possível identificar a quem se está fazendo referência por meio do emprego da palavra todos?
Resposta esperada: Não, pois essa palavra não esclarece quem são esses todos, indefinindo de quem é a companhia citada.
d. No provérbio B, que palavra foi empregada para transmitir a ideia de generalização, isto é, de que esse provérbio não se aplica a uma pessoa específica, mas a qualquer pessoa?
Resposta esperada: A palavra quem
e. Você se recorda de algum outro provérbio que tenha lido ou ouvido? Comente com os colegas e explique o que ele significa.
Resposta pessoal.
Palavras como todos e quem são pronomes que fazem referência, de forma vaga e imprecisa, ao elemento de que se fala, ou seja, à terceira pessoa do discurso. Esses pronomes são chamados pronomes indefinidos
Na língua portuguesa existem diferentes pronomes indefinidos. Alguns deles variam em gênero e número, outros são invariáveis. Confira a seguir alguns exemplos.
• Algum, alguma; certo, certa; nenhum, nenhuma; outro, outra; muito, muita; pouco, pouca; todo, toda; quanto, quanta; tanto, tanta.
• Alguns, algumas; certos, certas; nenhuns, nenhumas; outros, outras; muitos, muitas; poucos, poucas; todos, todas; quantos, quantas; tantos, tantas; vários, várias.
• Qualquer, quaisquer, alguém, algo, ninguém, outrem, nada, cada, tudo.
A. B.1. Leia a história em quadrinhos a seguir, em que o personagem Junim mostra suas coleções a alguns amigos.
• Para iniciar a atividade 1, peça a dois voluntários que façam a leitura dramatizada da HQ, cada um representando um personagem. Depois, converse com a turma sobre o tema apresentado e pergunte-lhes se há algum estudante que coleciona algo. Em caso positivo, peça a ele que compartilhe informações com os colegas, dizendo o que coleciona e por que começou a fazer isso.
1. d. Resposta: Maluquinho disse que iria fazer uma coleção de amigos e isso causou surpresa em Junim, porque as pessoas colecionam objetos como brinquedos, selos, livros etc., e não pessoas. A atitude de Maluquinho provoca humor, pois quebra a expectativa em relação ao que ele iria colecionar: pessoas em vez de objetos.
a. O título dessa história em quadrinhos é “O colecionador”. Que tipo de objetos Junim coleciona?
Resposta: Soldadinhos, selos e corujinhas.
b. Você coleciona algo? Se não tem esse hábito, você conhece alguém que colecione alguma coisa? O quê?
Resposta pessoal.
c. Releia a fala de Junim no terceiro quadrinho. Qual foi a intenção dele ao fazer a pergunta ao amigo?
Resposta: Na verdade, Junim estava querendo fazer uma sugestão ao amigo para que também fizesse uma coleção.
d. Maluquinho aceita a sugestão, mas a coleção que resolve fazer causou surpresa em Junim. Explique por que isso ocorreu. Que efeito essa atitude de Maluquinho provoca na história?
2. No primeiro quadrinho, que palavras Junim usa para apontar a posição dos objetos que coleciona?
Resposta: Junim usa as palavras essa , esta e aquela
3. Com base em sua resposta à atividade anterior, você saberia dizer qual é a diferença entre as seguintes falas de Junim: “Essa é minha coleção de soldadinhos...”, “Esta é de selos...” e “Aquela é de corujinhas!”?
Resposta: A diferença consiste no emprego das palavras essa , esta e aquela para indicar a posição, ou seja, onde se encontram os grupos de objetos que compõem as coleções citadas por Junim em relação à posição em que ele se encontra.
• Após a realização das atividades 2 e 3 , se necessário, diga aos estudantes que há algumas diferenças no sentido expresso pelos pronomes utilizados por Junim. Explique-lhes que, no caso da HQ , os pronomes foram utilizados como indicativo de posição. O pronome este indicando algo que está bastante próximo ou junto, esse indicando algo que está um pouco distante e aquele , algo que está distante.
28/07/2022 15:35:38
ZIRALDO. O colecionador. In : ZIRALDO. Curta o Menino Maluquinho: em histórias rapidinhas. São Paulo: Globo, 2006. p. 6.• Já na década de 1970, Joaquim Mattoso Camara Júnior mostrava que a oposição entre este e esse desaparecia na língua coloquial brasileira, tanto no emprego como demonstrativo quanto no emprego anafórico.
• Ao ler o boxe Esse e este, destaque para os estudantes que, principalmente na linguagem oral, praticamente não é feita a distinção no uso desses pronomes.
• Para avaliar a compreensão dos estudantes a respeito do conteúdo pronomes, antes de iniciar a subseção Praticando , proponha a eles uma atividade empregando a estratégia Quick writing
• Para isso, peça-lhes que, em duplas, sumarizem o conteúdo, escrevendo os tipos de pronomes estudados e a função de cada um deles. Peça a voluntários que leiam suas anotações e verifique sua pertinência. Depois, verifique se alguma dupla respondeu de forma diferente e se há estudantes com dúvidas.
• Para desenvolver a atividade, tente unir estudantes de diferentes perfis e, na correção, peça aos estudantes que entenderam melhor o conteúdo para explicá-lo aos colegas que apresentaram dúvidas.
Na HQ, as palavras essa , esta e aquela indicam a proximidade das coleções em relação a Junim (pessoa que fala) e aos amigos dele (pessoas com quem ele fala).
Quando ele diz “essa é minha coleção de soldadinhos”, está se referindo à coleção que deve estar próximo aos amigos, os quais (amigos e soldadinhos) não aparecem no quadrinho. Assim, conclui-se que há uma proximidade entre eles e uma distância em relação a Junim. Quando diz “esta é de selos”, aponta para o álbum que está próximo a ele. E quando fala “aquela é de corujinhas”, está se referindo aos objetos que estão distantes tanto dele quanto dos amigos.
De acordo com a norma-padrão, as palavras essa , esta e aquela situam, no espaço, pessoas ou objetos em relação às três pessoas do discurso: quem fala, com quem se fala e de quem se fala. Elas recebem o nome de pronomes demonstrativos
Além de situar no espaço pessoas e objetos, os pronomes demonstrativos são empregados com outras funções. Confira a seguir.
• Para indicar a posição no tempo: Neste ano, vou à Bienal do Livro em São Paulo. (neste ano refere-se ao ano presente). Naquele tempo, quase não havia livros literários para crianças. (naquele tempo equivale a tempo passado).
• Para indicar a ordem dos termos apresentados em uma frase: Camila e Fernanda são amigas. Esta adora contos; aquela , crônicas. (esta faz referência a Fernanda; aquela refere-se a Camila).
• Para destacar algo que ainda vai ser dito: Grave bem isto: ler é muito importante.
• Para indicar algo que já foi mencionado anteriormente: Cuidem bem dos livros. Isso é fundamental!
Dependendo do contexto, os pronomes demonstrativos são empregados para expressar sentimentos como surpresa, admiração, indignação, pena, ironia e afetividade. Leia os exemplos. No ano passado, eu li aquele livro!!! (aquele livro tem o sentido de livro inesquecível).
Foi você quem escreveu isto? Parabéns! (isto tem o sentido de texto muito bem elaborado).
Esse e este
No idioma português contemporâneo, tanto em situações que exigem menor grau de monitoramento do uso da língua quanto nas que exigem maior monitoramento, a distinção do uso dos pronomes esse e este, com relação à oposição de proximidade, tem sido cada vez menos frequente. O que se vê é o uso de esse sendo equivalente a este e diferenciando-se apenas de aquele. Confira os exemplos.
• Este casaco/esse casaco aí é meu. (este e esse com sentidos equivalentes)
• Aquele casaco lá é meu.
1. Leia, a seguir, um trecho de um poema de Sérgio Capparelli.
O Nada e o Coisa Nenhuma saíram a parte alguma.
Quando chegaram à estrada que leva a parte alguma o Nada disse a Coisa Nenhuma:
— Este passeio vai dar em nada!
a. Analise os empregos da palavra nada em destaque no poema. Elas foram empregadas com o mesmo sentido? Explique.
Resposta: Não. No primeiro verso, o termo Nada foi empregado como um substantivo
que nomeia algo. No último verso, apresenta a função de pronome indefinido e é empregado com o sentido de algo que não se pode definir.
b. Analise as palavras nenhuma e alguma no poema. Qual foi empregada como pronome e qual foi empregada como substantivo? Como você concluiu isso?
c. No verso “— Este passeio vai dar em nada !”, o pronome indefinido nada significa nenhuma coisa . No entanto, em alguns contextos, ele pode significar alguma coisa . Identifique os sentidos que o pronome nada apresenta no diálogo a seguir.
— Oi, Camila. Passei aqui para saber se você não quer nada — Obrigada. Não preciso de nada por enquanto.
Resposta: Na primeira fala, significa alguma coisa. Na segunda, nenhuma coisa.
2. Analise a seguir duas capas de livro.
2. c. Resposta: Sim, pois o pronome este foi empregado para se referir ao próprio livro. Com a exclusão, não seria possível saber de qual livro se trataria.
Capa do livro Não pegue este livro! Fuja! Corra!, de Cláudio Martins, publicado pela editora Geração, em 2003.
a. Que efeito o título do livro A provoca no leitor?
1. b. Resposta: A palavra alguma foi empregada com a função de pronome indefinido, pois tem o sentido de algo que não se pode definir, precisar. A palavra nenhuma apresenta a função de substantivo, pois está escrita com letra inicial maiúscula, formando um nome próprio antecedido de um artigo.
• Inicie a atividade 1 lendo o poema com a turma. Para isso, peça a um voluntário que leia em voz alta para os colegas. Então, solicite que compartilhem suas opiniões sobre o texto, dizendo as sensações e impressões que tiveram. Se considerar oportuno, providencie o poema completo e leia-o, para que o conheçam.
• No item a da atividade 1 , chame a atenção dos estudantes para o fato de que o poema faz uma brincadeira com os pronomes indefinidos, personificando alguns deles e criando uma situação fora do comum. Ao personificar esses pronomes, eles passam a ter a função de substantivos próprios. Ao fazer essa análise, chame a atenção para o uso da letra inicial maiúscula na primeira ocorrência da palavra Nada no poema.
• Dispense uma atenção maior aos estudantes na realização do item b : relembre-os da função do artigo, que substantiva qualquer palavra (verbo, advérbio, pronome etc.) que o acompanha.
• Na atividade 2 , ao analisar as capas dos livros com os estudantes, pergunte a eles se os conhecem ou se já os leram. Se possível, providencie as obras apresentadas e mostre-as aos estudantes, incentivando-os a lê-las.
Capa do livro Aquele estranho colega, o meu pai, de Moacyr Scliar, publicado pela editora Atual, em 2019.
Resposta: Provoca a ação inversa da advertência que ele faz: chama a atenção do leitor e desperta nele a curiosidade sobre o livro.
b. Por que o pronome este foi empregado na capa do livro A?
Resposta: Para fazer referência ao próprio livro.
c. Se o pronome este fosse excluído, haveria mudança de sentido nesse título? Explique.
d. Qual sentido o pronome demonstrativo aquele expressa no título do livro B ?
Resposta: O pronome aquele, no título, indica distância afetiva do filho em relação ao seu pai. A referência ao pai é feita como um estranho colega distante, dando a entender que a relação entre os dois, provavelmente, não é muito próxima.
28/07/2022 15:35:39
• No item a da atividade 2 , comente com os estudantes que no título há uma ironia, isto é, diz algo para o leitor, mas espera-se que ele aja exatamente ao contrário do que está dito.
• Caso os estudantes demonstrem dificuldade em responder ao item b, promova uma análise do título fazendo a substituição de aquele por este , a fim de que verifiquem a diferença de sentido no emprego de um ou de outro pronome. Essa análise os ajudará a compreender o sentido do pronome indicado na atividade.
• Ler outra foto-denúncia e identificar as características e a função sociocomunicativa desse gênero.
• Essa seção dialoga com o tema contemporâneo transversal Educação ambiental , ao apresentar uma problemática relacionada a essa área, e também com a competência específica de Língua Portuguesa 7, ao reconhecer o texto como lugar de manifestação e negociação de sentidos, valores e ideologias.
• Ao identificar os efeitos de sentido decorrentes da escolha de imagem estática em foto-denúncia e refletir sobre o efeito que essa escolha provoca no leitor, os estudantes desenvolvem a habilidade EF67LP08
• Ao refletir sobre o espaço do leitor nos meios de comunicação, os estudantes desenvolvem as habilidades EF69LP01 e EF67LP02 e a competência geral 10
• Com a proposta de levar os estudantes a engajar-se e contribuir com a busca de conclusões comuns relativas a um problema de relevância social, a seção aprimora a habilidade EF69LP13
• A habilidade EF69LP15 é desenvolvida por meio de atividades orais que permitem ao estudante apresentar argumentos e contra-argumentos coerentes, respeitando os turnos de fala.
• A habilidade EF69LP21 é aprimorada na seção, visto que os estudantes devem se posicionar em relação à problemática apontada por meio da foto-denúncia.
Orientações
• Durante o momento de pré-leitura, questione os estudantes a respeito do que sabem do problema da seca e como ela afeta o meio ambiente e a vida das pessoas e dos animais.
• Após a análise inicial da foto-denúncia, leia com os estudantes o boxe A seca na Paraíba . Se possível, pesquise com a turma informações atualizadas sobre o fenômeno. No site a seguir, há dados sobre a seca no Brasil, com mapas e informações mensais.
O Brasil é conhecido mundialmente por suas belezas naturais. Que problemas ambientais você imagina que poderiam atingir nossas belas paisagens? Analise a fotografia a seguir para conhecer um desses problemas.
Ueslei Marcelino – 13 fev. 17/Reuters
Localizado no Nordeste brasileiro, o estado da Paraíba é famoso pela diversidade cultural percebida na música, na dança, na gastronomia, no artesanato; por ser o berço de importantes personalidades como escritores, humoristas, cantores e atores e, claro, por ter um litoral com praias paradisíacas.
Apesar de suas belezas naturais, o estado sofre constantemente com a estiagem, que afeta diretamente a economia e a vida povo paraibano. No ano de 2020, a seca chegou a atingir 100% do estado. Embora esse número tenha melhorado, ainda é um problema grave na região.
1. Após analisar a fotografia, quais detalhes da imagem mais chamam a atenção do leitor?
Resposta esperada: O solo seco.
2. Qual é a importância da legenda para essa fotografia?
3. Essa imagem também é uma foto-denúncia. O que ela denuncia?
Resposta: As consequências da seca na região da Paraíba.
4. O que o registro da cena busca provocar no leitor?
2. Resposta: A legenda contextualiza a cena indicando que se trata de um reservatório de água e informa quem registrou a imagem, onde e quando ela foi registrada. Dessa forma, contribui para a informatividade do gênero.
Resposta: Busca impressioná-lo para alertar sobre a gravidade e as consequências da seca
MONITOR de secas . Disponível em: https://monitordesecas.ana.gov.br/mapa?mes=3&ano=2022. Acesso em: 28 abr. 2022.
• Ao realizar a atividade 1, é importante que os estudantes analisem atentamente os detalhes da foto-denúncia. Pergunte a eles o que a fotografia está mostrando e o que ela não está mostrando (Como está o solo? Tem água? O que a criança está fazendo? O que tem ao fundo?).
• Na atividade 2 , ressalte a importância de analisar as demais informações que acompanham a fotografia, como a legenda e as informações de publicação, para se ter uma compreensão melhor do conteúdo da imagem e de seu significado.
• Nas atividades 3 e 4, os estudantes devem perceber a ideia central apresentada na fotografia, a gravidade do fato denunciado e a intenção do fotógrafo de fazer com que o leitor reflita sobre o prejuízo da seca
GAVRAS, Douglas. Chuvas abaixo da média tiram R$ 80 bi por ano do PIB do país. Folha de S.Paulo, São Paulo, 10 dez. 2021. Mercado, p. A15. Garoto em reservatório seco na região metropolitana de Campina Grande, na Paraíba Foto:5. A fotografia é de um reservatório de água. Ao fundo, é possível ver uma pequena quantidade de água. Em sua opinião, por que o fotógrafo optou por esse enfoque?
Resposta: Para destacar a falta de água e o solo seco, mostrando, ao fundo, o que sobrou da água do reservatório.
6. Em sua opinião, que sensações a presença do garoto na fotografia transmite? Por quê?
7. Leia a seguinte informação apresentada na legenda do texto.
Foto: Ueslei Marcelino – 13 fev. 17/Reuters
a. Que informações são apresentadas nesse trecho?
Resposta: O autor da imagem, ou seja, o fotógrafo, e a data em que foi registrada.
6. Sugestão de resposta: Desolação, melancolia, tristeza. Porque, caso o reservatório estivesse cheio, não seria possível andar no local. Além disso, ao mostrar uma criança nesse ambiente, mostra-se uma preocupação com o futuro, isto é, essa criança vai crescer em um mundo que sofre com o problema da seca.
b. A notícia que acompanha essa fotografia foi publicada em 2021. O que é possível concluir do fato de uma notícia de 2021 estar acompanhada de uma fotografia tirada no ano de 2017?
Resposta: É possível concluir que esse é um problema que persiste ao longo dos anos.
8. Sobre o veículo de comunicação que publicou essa foto-denúncia, responda às questões a seguir.
a. Onde ela foi publicada?
Resposta: No jornal Folha de S.Paulo
b. Muitos jornais e revistas impressos e digitais abrem um espaço para a interação com o leitor, sendo possível comentar as publicações. Que comentário você faria sobre essa foto-denúncia?
Resposta pessoal.
9. A foto-denúncia é uma forma de fazer uma crítica a um problema. Que outras formas de fazer denúncias e críticas por meio de imagens você conhece?
Possíveis respostas: Documentários, charges, cartuns, instalações, tirinhas, cartazes, grafites etc.
10. Debata com os seus colegas acerca do que pode ser feito para evitar a ocorrência de incidentes ecológicos como esse e liste algumas ações e atitudes capazes de frear ou minimizar esses acontecimentos.
Confira a resposta da questão nas orientações ao professor.
11. Compare a denúncia feita nessa fotografia e a que foi feita na foto-denúncia analisada na seção Leitura
a. Qual é a semelhança entre os problemas denunciados?
Resposta: Ambos são problemas ambientais.
b. Que diferença se pode perceber entre os problemas denunciados?
O documentário nacional A lei da água , lançado em 2015, apresenta uma reflexão sobre a crise hídrica no Brasil e sua ligação com o novo Código Florestal. Nele são mostradas entrevistas com especialistas de diversos setores, agricultores, cientistas e ambientalistas. Um dos pontos levantados pelo documentário é a importância das árvores e das florestas para a preservação dos recursos hídricos.
A lei da água , de André D’Elia. 2015. 78 min.
O século da escassez
A falta de água não é um problema recente, entretanto, vem aumentando de forma acentuada nas últimas décadas.
O livro O século da escassez aborda o tema de modo claro e acessível, apresentando os principais conceitos sobre o assunto, dados e estatísticas importantes, além de possíveis soluções para o problema.
O século da escassez , de Marussia Whately e Maura Campanili. Editora Claro Enigma, 2016. (Coleção Agenda Brasileira).
Capa do livro O século da escassez
11. b. Resposta: O problema ambiental apresentado na foto-denúncia da seção Leitura é diretamente provocada pelo ser humano. Já na foto-denúncia desta seção, a situação é provocada por ações indiretas do ser humano, como o desperdício de água, o desmatamento, a poluição atmosférica e a má conservação ambiental.
10. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes considerem que o interior do Nordeste brasileiro é uma região naturalmente mais seca , mas que reflitam principalmente a respeito das alterações climáticas que têm ocorrido no planeta causadas, por exemplo, pelo desmatamento e dialoguem em busca de alternativas, como campanhas de conscientização e maior rigor na fiscalização do cumprimento das leis ambientais.
• Durante a realização da atividade 5 , comente que é necessário pensar nos elementos que foram excluídos da fotografia. Ressalte que, da mesma maneira que há motivos para alguns elementos aparecerem na imagem, também existem razões para outros elementos não estarem presentes. Esse raciocínio também se aplica aos textos verbais.
• Na atividade 6 , são possíveis várias interpretações sobre a presença da criança na fotografia. Nesse momento, deixe os estudantes expressarem livremente suas impressões, pedindo a eles que expliquem os motivos de suas conclusões.
• Ao realizar a atividade 7, retome com os estudantes o boxe lido na página anterior, informando sobre a seca no ano de 2020. Dessa forma , leve-os a perceber que esse não é um problema isolado.
• Nas atividades 8 e 9 , ao explorar o espaço do leitor nos veículos jornalísticos e midiáticos e as formas de fazer uma denúncia, se necessário, retome com os estudantes a diferença entre liberdade de expressão e discurso de ódio, levando-os a se posicionar contrariamente a este com atitudes éticas e respeitosas. Aponte também a importância de fazer denúncias sempre que possível, a fim de evitar que esse tipo de discurso seja proliferado nos ambientes digitais.
• As atividades 10 e 11 trazem o debate acerca dos danos causados pela seca e outros problemas ambientais para toda a sociedade e a natureza. Dessa forma , incentive-os a compartilhar ideias que possam, de alguma maneira, colaborar para a solução do problema.
28/07/2022 15:35:40
• A foto-denúncia proposta para esta seção possibilita uma articulação entre os componentes curriculares de Língua Portuguesa e de Geografia . Se considerar oportuno, convide o professor de Geografia para uma breve explanação sobre a seca na Paraíba e no Brasil.
• Praticar a oralidade por meio da realização de um seminário.
• Pesquisar sobre um tema de relevância ambiental e preparar uma apresentação oral sobre ele.
• Organizar as informações pesquisadas e preparar recursos multissemióticos (painéis, cartazes ou slides , com uso adequado de textos escritos, imagens, gráficos, tabelas etc.) de apoio à apresentação oral.
BNCC
• Os estudantes desenvolvem as habilidades EF69LP12 e EF69LP38 ao planejar e organizar em painéis, cartazes ou slides de apresentação as informações pesquisadas e ao realizar uma apresentação oral.
• O manuseio de ferramentas de apoio a apresentações orais favorece o desenvolvimento da habilidade EF69LP41
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF67LP21 com a apresentação oral, na qual divulgarão o resultado das pesquisas realizadas.
• Por meio de pesquisa sobre o tema para montar uma apresentação oral, os estudantes aprimoram a habilidade
EF69LP32
• Ao analisar seminários, formular perguntas, respeitar os turnos de fala, tomar nota da apresentação dos colegas e produzir resumos dos conteúdos expostos, os estudantes aprimoram as habilidades
EF67LP22 , EF67LP23 , EF67LP24, EF69LP26 e EF69LP40
Orientações
• No momento de separar os grupos, organize de forma que estudantes de diferentes perfis e com diferentes habilidades possam trabalhar juntos, auxiliando uns aos outros. Para trabalhar com turmas grandes (com mais de 45 estudantes, por exemplo), você pode organizar mais grupos e elaborar outros tópicos de pesquisa.
• Durante as etapas, verifique o andamento das atividades, certificando-se de que todos os integrantes dos grupos estão participando ativamente.
Neste capítulo, você e seus colegas de turma estudaram o gênero foto-denúncia e refletiram sobre alguns problemas ambientais. Agora, vocês vão, em grupos, pesquisar mais a respeito dos materiais de plástico descartados nos rios e nos mares para realizarem um seminário.
O professor vai formar quatro grupos. Cada um ficará responsável por um tópico, conforme as sugestões a seguir.
GRUPO 1
Causas da poluição dos oceanos com materiais de plástico.
GRUPO 3
Impactos dessa poluição no planeta.
GRUPO 2
Medidas públicas que estão sendo tomadas para amenizar a poluição.
GRUPO 4
Atitudes que podem ser tomadas para a solução do problema.
Confiram, a seguir, algumas orientações para planejar o seminário.
a. Cada grupo deverá pesquisar seu tópico em diversas fontes impressas (livros, revistas, jornais etc.) e digitais (e-books, jornais, revistas e enciclopédias on-line etc.).
b. Selecionem, entre as informações pesquisadas, as mais importantes e que definem ou esclarecem o tópico escolhido e façam um resumo delas.
c. Vocês poderão incluir citações de pessoas envolvidas no assunto e fotografias representando o problema.
Ao pesquisar na internet, verifiquem a confiabilidade das informações, priorizando os sites governamentais, oficiais ou jornais e revistas comprometidos com a veracidade das informações.
d. Organizem as informações em painéis, cartazes ou slides, agrupando-as de forma coerente e de acordo com o tempo estipulado para a apresentação.
e. Combinem a fala de cada integrante do grupo e estudem bem todo o trabalho.
Para que a atividade atinja os objetivos a que se propõe, sigam as orientações.
a. No dia marcado, iniciem a apresentação introduzindo o tema e, na sequência, abordem cada um dos tópicos a serem apresentados.
b. Empreguem um tom de voz adequado para que todos possam ouvi-los.
c. Mantenham a espontaneidade própria da modalidade oral da língua, evitando ler e falar de forma mecânica evidenciando um texto decorado.
d. Enquanto os demais colegas estiverem apresentando seus trabalhos, tomem nota das principais informações e façam silêncio, respeitando-os.
e. Caso tenham alguma dúvida, não interrompam o grupo, anotem-na em uma folha e, ao final, lancem os questionamentos que julgarem oportunos.
• Na pesquisa, os estudantes podem usar a análise documental, ao buscar os dados e informações em fontes primárias. Instrua-os, no momento da pesquisa, a avaliar a pertinência das informações para o trabalho que estão realizando, além da confiabilidade das fontes. Depois, devem selecionar o que é adequado ao trabalho que vão apresentar, desenvolvendo também a curadoria de informações.
• Ao decidirem as informações que deverão constar no recurso escolhido para apoio à apresentação oral (painéis, cartazes ou slides), os estudantes precisarão considerar o tempo que terão disponível. Estipule es se tempo previamente, considerando a quantidade de equipes e o seu planejamento de aulas.
Caso seu grupo prefira realizar a exposição por meio de slides, vocês precisarão utilizar um programa de criação, edição e exibição de textos e imagens. Confiram, a seguir, um exemplo de programa e algumas orientações sobre como utilizá-lo.
2. No programa selecionado, abram um slide e escolham um tipo de layout para organizarem as informações da apresentação.
• Incentive os grupos a ensaiar antes da apresentação, a fim de acertar os últimos detalhes, organizar as falas dentro do tempo estipulado e pensar em como será a dinâmica, ou seja, em que momentos usarão falas memorizadas, farão a leitura dos textos de apoio e falarão espontaneamente. O ensaio servirá também para o treino do manuseio das ferramentas de apoio escolhidas.
• Seja qual for o recurso escolhido, avalie e oriente o processo de construção dos slides ou cartazes, auxiliando-os a selecionar os estilos e tamanhos de fonte que permitam boa visualização, regulando a distribuição do conteúdo nos slides , inserindo imagens etc.
3. Para inserir as informações, escolham o tipo e o tamanho de letra apropriado a cada informação que vocês vão apresentar. Vocês podem alterar a cor, o tamanho e a letra para cada tipo de informação, como o título e o corpo dos slides.
• Oriente os estudantes que estiverem assistindo à apresentação de um dos grupos a prestigiar a fala dos colegas, evitando conversas paralelas. Incentive-os a formular perguntas, desde que sejam coerentes e feitas em momentos oportunos.
4. Para abrir um novo slide, cliquem nos slides reduzidos que aparecem na coluna à esquerda do programa e pressionem Enter, escolham o tipo de layout e insiram as informações. Após organizarem todas as informações nos slides, cliquem em Arquivo e salvem o trabalho, finalizando-o.
Por fim, reúnam-se com os demais colegas da turma e analisem as apresentações, conversando sobre como foi a realização da atividade e o que aprenderam com esse seminário.
28/07/2022 15:35:41
• Avaliar o reconhecimento dos pronomes pessoais, de tratamento e possessivos.
• Verificar os conhecimentos acerca do verbete de dicionário.
• Avaliar o reconhecimento dos pronomes indefinidos e demonstrativos.
• Avaliar a compreensão das principais características da notícia.
• Verificar a compreensão das principais características da foto-denúncia.
Orientações
• Verifique as dificuldades apresentadas pelos estudantes ao realizar a atividade 1 . Analise cada uma das alternativas, identificando os tipos de pronome presentes em cada frase. Incentive-os a citar outros possíveis pronomes para substituir os que foram usados na frase da resposta, dando, assim, aos que tiveram mais dificuldade oportunidade para chegar à resposta correta e entender melhor o conteúdo.
• Para remediar defasagens identificadas na atividade 2 , solicite aos estudantes que peguem um dicionário, abram-no em qualquer verbete e analisem os elementos mencionados em cada alternativa de acordo com o que está no dicionário. Em duplas, proponha-lhes que escrevam um verbete de dicionário qualquer com os elementos da alternativa correta. Ao final, eles devem montar, em uma parede da sala de aula, uma página de dicionário com os verbetes ordenados corretamente.
• Para a realização das atividades 3 e 4, comente cada alternativa com os estudantes, solicitando-lhes que classifiquem os pronomes presentes nelas. Peça-lhes que justifiquem as escolhas e, ao final, oriente-os a, em duplas, criar uma frase que empregue os dois pronomes. Um estudante de cada dupla pode ir à lousa escrever a frase para a turma analisar e corrigir.
• Analise as respostas dos estudantes para a atividade 5, a fim de verificar se é necessário retomar o conteúdo estudado. Se necessário, volte aos dois textos estudados no capítulo 5, chamando a
1. Em qual das frases a seguir há um pronome pessoal, um pronome de tratamento e um pronome possessivo?
Aquela chuva que caiu ontem derrubou o telhado de uma casa. O senhor sabe se ele pegou meu lápis? Minha mãe sempre me leva para fazer compras com ela. Vossa Excelência examinou os documentos que eu trouxe?
Resposta: B.
2. Além da palavra (entrada), são elementos que compõem um verbete de dicionário: nome de quem o escreveu, classe gramatical, origem e acepções. divisão silábica, classe gramatical e regra de acentuação da palavra. exemplo de uso, classe gramatical e regra de acentuação da palavra. divisão silábica, classe gramatical e acepções.
Resposta: D.
3. Em qual das frases a seguir foi empregado um pronome indefinido? Paulo chegou com seu carro.
Eu sempre espero meu amigo na saída. Beatriz gosta de qualquer animal. Suas ideias não são como as minhas.
Resposta: B.
4. Em qual das frases a seguir foi empregado um pronome demonstrativo?
Eles gostaram do novo professor de Matemática. Os testes foram aplicados a todos os estudantes. Vamos juntar estas coisas e partir mais cedo. Marcelo sempre toma seu remédio ao meio-dia.
Resposta: C.
5. Quais são as principais características de uma notícia?
5. Resposta: É um texto jornalístico que relata um fato relevante e recente. As principais informações costumam se concentrar no primeiro parágrafo, chamado lide. O título recebe o nome de manchete e pode ser seguido de uma linha fina, que complementa o título e tem o intuito de cativar a atenção do leitor para ler o texto.
6. O que diferencia uma foto-denúncia de uma fotografia comum?
Resposta: Uma foto-denúncia é produzida com a intenção de revelar um problema, além de ser acompanhada de legenda. Uma fotografia comum não tem essa intenção, apenas registra uma ocasião.
Autoavaliação
Com base no seu desempenho ao longo da unidade e nas atividades anteriores, mencione um conteúdo que você entendeu muito bem, um que entendeu razoavelmente bem, outro que entendeu parcialmente e um que precisa entender melhor.
atenção deles para as principais características do gênero notícia.
• Na atividade 6 , se necessário, cole na lousa uma fotografia comum e uma foto-denúncia com as respectivas legendas. Peça aos estudantes que digam qual delas é a foto-denúncia e que expliquem as diferenças entre elas. Discuta com eles quais são as intenções das fotografias, levando-os a perceber que na foto-denúncia há a intenção de denunciar um problema.
• Autoavaliação: peça a alguns voluntários que comentem com a turma suas respostas, promovendo um momento de interação. Verifique os principais pontos levantados para refletir sobre a prática pedagógica e eventualmente rever ou ajustar seu planejamento para atender às necessidades da turma com novas abordagens dos assuntos que não foram compreendidos.
1. Pesquise e selecione uma história em quadrinhos. Troque-a com um colega e leia a história que ele escolheu. Durante a leitura, atente às características dela e responda às questões. Em seguida, compartilhe as respostas com os colegas da turma.
• Sondar os conhecimentos acerca do gênero história em quadrinhos.
a. Qual é o tema ou o assunto da história?
Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes depreendam o tema ou assunto da história lida, reconheçam se há humor e como ele é construído, além dos elementos gráfico-visuais que mais chamam a atenção.
b. Há humor na história lida? Como ele é construído?
c. Quais são os elementos gráfico-visuais de maior destaque?
2. Leia as placas a seguir.
A. B. C.
a. Qual dessas placas utiliza apenas a linguagem verbal em sua composição?
b. Qual delas utiliza apenas a linguagem não verbal?
Resposta: A.
c. Qual das placas é composta pelas linguagens verbal e não verbal?
3. Analise a frase a seguir.
Os meninos convocados compareceram ao colégio.
Resposta: B.
Resposta: C.
Agora reescreva essa frase substituindo a palavra meninos por meninas
• Verificar o reconhecimento dos tipos de linguagem (verbal e não verbal).
• Analisar os conhecimentos sobre concordância nominal.
• Verificar a compreensão do gênero meme e o fator que desencadeia o humor nele.
• Avaliar os conhecimentos sobre alguns aspectos do verbo.
• Para a atividade 1 , viabilize a pesquisa dos textos e a leitura deles. Durante as leituras, nas trocas de impressões e comentários, verifique o que eles sabem do gênero e faça anotações de eventuais defasagens da turma. No decorrer do desenvolvimento das atividades no capítulo referente a esse conteúdo, reforce as características já conhecidas pelos estudantes e saliente aquelas em que eles apresentaram dificuldade ou que não conheciam.
4. Pesquise na internet um meme e apresente-o aos colegas da turma apontando o fator que gera humor nele.
Resposta: As meninas convocadas compareceram ao colégio. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes sejam capazes de selecionar um meme e explicar o fator gerador de humor nele.
5. Compare as três orações a seguir.
Eu corro todas as manhãs.
Ele corre todas as manhãs.
Nós corremos todas as manhãs.
a. Qual é a classificação das palavras em destaque nessas orações?
b. O que essas palavras indicam?
Resposta: Indicam ação.
Resposta: Verbo.
c. Qual é a ideia de tempo que essas palavras evidenciam: presente, passado ou futuro?
Resposta: Presente.
• Na atividade 5 , escolha três estudantes para apresentar suas respostas e solicite à turma que as analise uma a uma. Se algum deles responder a uma atividade de forma incorreta, peça a outro estudante para corrigi-la.
• Proponha aos estudantes que façam a atividade 2 em duplas ou trios para que eles se ajudem. Verifique como fazem as análises e como chegam às respostas. Utilize as informações coletadas durante a atividade a fim de preparar e conduzir a aula sobre esse conteúdo.
• Na atividade 3 , utilize a estratégia One-minute paper para propor a análise. Recolha os papéis com as respostas e analise-as uma a uma com a turma. Permita aos estudantes que façam os apontamentos conforme as respostas e verifique todas as colocações para planejar a abordagem desse conteúdo posteriormente na unidade.
28/07/2022 15:37:40
Prossiga desse modo até que as três respostas estejam corretas. Considere as habilidades e dificuldades dos estudantes em relação a esse conteúdo a fim de adequar seu planejamento das aulas da unidade.
• Durante a atividade 4, verifique o que a turma já sabe do conteúdo meme e as possíveis defasagens para que, durante o trabalho com as atividades relacionadas à exploração desse gênero, você possa reforçar os conhecimentos já assimilados e explorar os elementos ainda não conhecidos ou aqueles que os estudantes apresentam dificuldade para compreender.
• Analisar a imagem e discutir os gêneros que serão trabalhados na unidade.
BNCC
• Por meio das atividades desta seção, os estudantes conversarão sobre os gêneros tratados na unidade, desenvolvendo a habilidade EF67LP23
• Ao se expressarem oralmente, expondo o que sabem da imagem e compartilhando suas opiniões pessoais sobre o assunto apresentado, os estudantes desenvolvem as competências específicas de Linguagens
3 e 4
• Por se tratar de uma seção em que os estudantes dialogam e trocam informações, promove-se o respeito mútuo e a empatia, aprimorando-se, dessa forma , a competência geral 9
Orientações
• Como forma de avaliar os conhecimentos prévios dos estudantes a respeito dos gêneros a serem explorados na unidade, organize-os em grupos, considerando os diferentes perfis deles, e peça-lhes que façam uma pesquisa selecionando exemplares de HQs e memes para apresentar para toda a turma. Com base nos textos pesquisados, leve-os a apontar as principais características desses gêneros, suas semelhanças e diferenças, orientando-os a analisar a importância da imagem e sua relação com o texto verbal, caso ele esteja presente. Em sala de aula, proponha a cada representante do grupo que apresente aos colegas os exemplares selecionados e informe as características que notaram nesses gêneros. Oriente os demais estudantes a ouvir com atenção os colegas, respeitando os turnos de fala.
• Leia com a turma a lista de conteúdos da unidade, considerando o perfil dos estudantes, bem como o diagnóstico obtido na seção Iniciando o trajeto. Se necessário, altere a sequência de alguns conteúdos ou seções. É possível, por exemplo, após realizar a pesquisa dos gêneros indicada anteriormente, iniciar o trabalho com a unidade pelas
• História em quadrinhos
• Tipos de linguagem
• Concordância nominal
• Meme
• Verbo e flexões verbais
seções de produção textual e, ao final de cada capítulo, solicitar uma nova produção, a fim de avaliar a progressão do conhecimento e das habilidades de escrita dos estudantes. Se julgar pertinente, as seções Ampliando a
linguagem , do capítulo 7, que explora os tipos de linguagem, e do capítulo 8 , que aborda a ambiguidade na construção do texto, podem ser trabalhadas logo após as seções de Leitura de cada capítulo.
• Explique aos estudantes que a personagem Mafalda foi criada em 1964, em Buenos Aires, na Argentina, e que em 2014, por ocasião de seu 50 º aniversário, ela ganhou uma estátua que foi colocada no bairro San Telmo, onde foi criada.
• Após analisarem a fotografia, apresente aos estudantes informações sobre o cartunista Quino e a personagem Mafalda, bem como a respeito do artista Pablo Irrgang.
• Joaquín Salvador Lavado, o Quino, nasceu na cidade de Mendoza, na Argentina, no ano de 1932. Mafalda, sua personagem mais conhecida, é uma menina de seis anos que faz parte de uma família argentina de classe média. A marca dessa personagem são os comentários reflexivos e críticos sobre a situação política e social de seu país. A produção das histórias dessa personagem foi interrompida no ano de 1973, no entanto elas ainda são lidas e apreciadas no mundo todo.
› Pablo Irrgang nasceu em Buenos Aires, na Argentina, no ano de 1966. Além de um premiado escultor, é pintor, cenógrafo e professor universitário. Já expôs seu trabalho em diversos países e, além da escultura de Mafalda, já produziu diversas obras públicas em cidades da Argentina.
Fotografia da escultura do artista argentino Pablo Irrgang representando Mafalda, personagem de histórias em quadrinhos produzidas pelo cartunista também argentino Quino, em Buenos Aires, na Argentina, em 2011. Confira as respostas das questões nas orientações ao professor.
1. Em sua opinião, por que o artista Pablo Irrgang criou a escultura representando a personagem do cartunista Quino?
2. Você já conhecia a personagem Mafalda? Comente.
3. Quais são os personagens de histórias em quadrinhos de que você mais gosta? Conte para seus colegas.
4. Nesta unidade, vamos ler algumas histórias em quadrinhos e memes, gêneros que atraem leitores das mais diversas idades. Você imagina por que esses textos atraem tanto os leitores? Comente e troque ideias com os colegas.
1. Resposta pessoal. Possível resposta: Para homenagear a personagem de Quino ou o próprio cartunista.
2. Resposta pessoal. Incentive os estudantes a compartilhar o que sabem da personagem Mafalda.
3. Resposta pessoal. Solicite aos estudantes que compartilhem alguma história dos personagens de histórias em quadrinhos de que gostam ou que costumam ler.
4. Resposta pessoal. Leve os estudantes a refletir sobre o porquê de as histórias em quadrinhos e os memes serem gêneros que agradam aos leitores. É possível que a maioria deles diga que é pelo fato de serem textos que contêm humor e que podem entreter e divertir o leitor.
28/07/2022 15:39:33
• Ler uma história em quadrinhos e conhecer as características, o campo de atuação e a função sociocomunicativa desse gênero.
• Os estudantes, ao serem levados a perceber o efeito de humor presente na HQ, desenvolvem a habilidade EF69LP03
• Ao analisar as onomatopeias e as modulações no tom de voz representadas por tamanho, cor e estilo diferentes de fontes, presentes nas HQs , os estudantes refletem sobre o que elas representam e relacionam esses elementos linguísticos da história com os recursos visuais empregados para construir sentido, desenvolvendo a habilidade EF69LP54
• A habilidade EF67LP28 é contemplada nessa seção, uma vez que os estudantes leem a HQ silenciosamente e de forma autônoma e, posteriormente, coletivamente e com o auxílio do professor, a fim de compreender a história.
• Os estudantes desenvolvem a competência específica de Língua Portuguesa 3 ao ler com fluência um texto multissemiótico, compreendendo-o com autonomia e criticidade.
Orientações
• Nesta seção, os estudantes entram em contato com uma história em quadrinhos, gênero cuja característica principal é apresentar uma sequência de acontecimentos organizados em quadros. Entretanto, muito provavelmente esse gênero não seja novidade, pois os estudantes costumam ter contato com ele no dia a dia. A diferença é que agora o estudarão sistematicamente.
• Antes da leitura, sonde os conhecimentos prévios dos estudantes sobre o personagem Chico Bento. Espera-se que a grande maioria já o conheça ao menos de nome. No boxe seguinte à HQ , há mais informações sobre ele e sua turma. Se julgar pertinente, inverta a ordem dessa proposta e apresente o boxe antes da leitura da HQ para explorar com os estudan -
Em diversas histórias folclóricas, há seres sobrenaturais rondando estradas, rios, matas e casas. O que essas histórias geralmente causam nas pessoas: medo, tristeza, alegria ou surpresa? E a história a seguir, será que ela trata desses seres? Vamos ler para descobrir?
tes mais informações a respeito do personagem.
• Oriente os estudantes a ler a HQ silenciosamente e, depois, leia a história com eles, fazendo pausas para questionamentos. Nessa primeira página da HQ, converse com a turma a respeito das seguintes questões: “Qual
é a ordem de leitura dos quadrinhos?”; “Que recursos são empregados para indicar as falas do personagem?”, “A expressão facial de Chico Bento é a mesma em todos os quadros?”, “Por que ela se altera?”, entre outras.
• Durante a leitura dessa segunda página da história, oriente os estudantes a analisar as expressões faciais dos dois personagens e a relacioná-las às suas falas. Nesse sentido, questione-os, por exemplo, sobre quais emoções eles acreditam que o Saci sentiu no terceiro e no quarto quadrinhos da página.
• Converse com os estudantes a respeito dos personagens (Saci e Lobisomem), solicitando-lhes que digam se eles os reconhecem de outras histórias.
• A respeito dos elementos linguísticos e visuais presentes nesses quadrinhos, ajude os estudantes a identificar as onomatopeias e seus significados. Depois, leve-os a reconhecer a função delas na história e, no último quadrinho da página, faça-os refletir sobre a representação gráfica (estilo, tamanho e cor da fonte) empregada ao apresentar a onomatopeia, a fim de perceberem que esse recurso foi utilizado para dar ênfase à onomatopeia e transmitir ao leitor a sensação e os sentimentos dos personagens naquele momento da história.
© Mauricio de Sousa Editora Ltda.• Ao explorar os quadrinhos apresentados nesta página, solicite aos estudantes que digam o nome dos personagens novos e informem de quais histórias eles os conhecem. Se necessário, ajude-os a identificar a Iara, os fantasmas e a mula sem cabeça.
• Durante a leitura, reforce aos estudantes a importância de identificar os elementos não verbais, como a descrição e a caracterização dos personagens e do espaço da história, para compreenderem o contexto e a sequência da narrativa.
• Explore com a turma as onomatopeias apresentadas nos quadros dessa página, a fim de que os estudantes identifiquem o significado delas e expliquem a função que exercem no quadro em que aparecem. Aproveite o momento para destacar o formato dos balões de fala e o motivo das mudanças no formato de balões com onomatopeias.
28/07/2022 15:39:35
• Ao ler o terceiro quadrinho dessa página, mostre aos estudantes a expressão Assim... , ajudando-os a perceber que ela não está em um balão de fala, pois não é a fala de nenhum personagem. Trata-se de uma legenda que representa a passagem do tempo entre um quadrinho e outro. No último quadrinho, evidencie para os estudantes a diferença no formato dos balões de fala e de pensamento e leve-os a perceber quem está falando e quem está pensando.
SOUSA, Mauricio de. Pra casa da Vó Dita. Chico Bento, São Paulo, Globo, n. 388, nov. 2001. p. 22-25 © Mauricio de Sousa Editora Ltda.• Antes de ler o boxe que inicia a página, pergunte aos estudantes o que sabem do personagem retratado na imagem. Se possível, mostre algumas revistinhas de HQ do Chico Bento para que conheçam melhor esse personagem e suas aventuras.
• Atualmente, a sociedade encara as HQs como fontes de lazer, produção e obtenção de conhecimento. Geralmente, são usadas em diferentes contextos e situações e passaram a ser aceitas nos mais diversos ambientes educacionais, sendo utilizadas por professores de diferentes níveis de ensino e áreas do conhecimento.
• Na atividade 1 da subseção Conversando sobre o texto , oriente os estudantes a relembrar suas expectativas sobre o assunto da história ao iniciar a leitura do texto e a compará-las com o que identificaram após a leitura, levando-os a refletir se suas expectativas se confirmaram e, ainda, se elas foram alteradas durante a leitura.
• Na atividade 2 , caso os estudantes não saibam o nome de algum dos personagens folclóricos, viabilize a pesquisa na biblioteca ou no laboratório de informática da escola. Guie a pesquisa, a fim de evitar possíveis riscos de os estudantes lerem livros inadequados à faixa etária ou acessarem sites impróprios ao realizarem a busca por esses personagens.
• Na atividade 3 , comente a importância da contação de histórias, explicando aos estudantes que essa prática ajuda a preservar as tradições, os costumes, as crenças e os valores da sociedade em que estão inseridas.
• Ao responder às perguntas da atividade 4 , os estudantes são levados a perceber o efeito de humor provocado pela cena em que Chico Bento se assusta com os personagens da história de Vó Dita, os quais ele havia ignorado ao longo do caminho.
• Nas atividades 1 e 2 da subseção Escrevendo sobre o texto , evidencie a importância de os estudantes unirem as informações dos elementos verbais e dos não verbais para a construção do sentido. Reforce que é necessário atentar a todos os detalhes das imagens, pois tudo foi criado de maneira intencional.
Personagem criado em 1961 pelo cartunista brasileiro Mauricio de Sousa, Chico Bento é um caipira brasileiro, que anda descalço, usa chapéu de palha, roupas simples, adora pescar e nadar, além de ter uma linguagem característica. Ele frequenta a escola, mas não é um estudante dedicado, pois sempre se atrasa, esquece de fazer os deveres, inventa histórias e tira notas baixas. Apesar disso, é muito bondoso, generoso, amante dos animais e da natureza, e é adorado por todos os leitores de suas histórias. Chico mora com os pais, Seu Tonico e Dona Cotinha. Chico Bento.
1. O texto que você leu é uma história em quadrinhos, também conhecida como HQ. Após a leitura, o que você imaginou sobre a história se confirmou? Comente.
Resposta pessoal.
2. Que nomes os seres folclóricos que aparecem na HQ lida recebem? O que caracteriza cada um deles?
Resposta esperada: Saci-Pererê: menino negro de uma perna só e que usa um capuz vermelho; Lobisomem: ser metade homem, metade lobo; Iara: ser metade mulher, metade peixe; Fantasmas: vultos brancos; Mula sem cabeça: mula que tem uma tocha de fogo no lugar da cabeça.
3. No início da história, Chico Bento cita uma atividade que costuma realizar com frequência.
a. De qual atividade se trata?
Resposta: Ir à casa da Vó Dita e ouvir as histórias que ela conta.
b. Por que Chico Bento gosta dessa atividade?
Resposta: Porque as histórias da Vó Dita lhe provocam medo e ele gosta da sensação proporcionada por essas histórias.
4. Na HQ, Chico não demonstra sentir medo dos seres que encontra pelo caminho.
a. Por que ele enfrentou esses seres de forma tão destemida?
Resposta: Porque Chico Bento queria
chegar logo à casa da avó para ouvir suas histórias. Assim, a pressa para chegar à casa da avó era maior que o medo desses seres.
b. Em que momento da história Chico Bento aparenta sentir medo?
Resposta: Quando a Vó Dita está contando uma história.
c. O que fez Chico Bento sentir medo ao ouvir falar de personagens que ele encontrou pessoalmente no caminho?
Resposta esperada: As histórias envolvendo esses seres geralmente são narradas com tom de suspense, mistério, gerando temor em quem as ouve.
d. É possível afirmar que o medo de Chico Bento no último quadrinho é inusitado? O que isso provoca no texto? Explique.
Resposta esperada: Sim, o medo de Chico Bento não é uma atitude esperada pelo leitor, considerando tudo o que ocorreu antes na história. Isso provoca humor na HQ, pois Chico Bento sente medo das histórias envolvendo os seres que ele encontrou ao longo do seu trajeto para a casa da Vó Dita, dos quais ele não demonstrou medo.
1. Na HQ lida, como os acontecimentos são apresentados ao leitor?
Resposta: Por meio da sequência de imagens, dispostas em quadrinhos, e pela fala dos personagens.
2. As HQs são formadas predominantemente por imagens. No entanto, qual é a importância do texto escrito nessa HQ?
Resposta: O texto escrito se articula às imagens para construir sentidos e formar a história.
3. Identifique na HQ os lugares em que os fatos aconteceram.
Resposta: Casa do Chico Bento, estrada, floresta e casa da Vó Dita.
4. É possível descobrir em que período do dia a história aconteceu? Explique.
Resposta: Sim, os fatos aconteceram à noite, pois é possível observar a presença de estrelas, da Lua e do céu mais escuro.
• Nas atividades 3 e 4, solicite à turma que releia o texto, analisando especificamente os elementos não verbais em cada quadro, a fim de notarem a mudança nos ambientes (da casa do Chico Bento até a da Vó Dita) e os elementos que indicam que a história se passa à noite.
5. Volte ao segundo e ao terceiro quadrinho da página 148 e identifique o que o balão da Iara expressa. E o balão do Chico Bento, o que expressa?
6. Em uma HQ, quando há falas de personagens, elas podem ser apresentadas como um diálogo ou um monólogo.
a. Na HQ lida, ocorrem mais monólogos ou diálogos? Explique.
Resposta: Monólogos.
b. Quando o personagem principal estabelece diálogos com outros personagens?
Monólogo: quando um único personagem fala (consigo mesmo, com o público ou simulando um diálogo).
Diálogo: quando dois ou mais personagens conversam.
Resposta: Ao encontrar o Saci-Pererê, a Iara e com os amigos na casa da Vó Dita.
• Na atividade 5 , reforce com os estudantes a importância de analisarem o formato dos balões de fala para reconhecer o tom de voz empregado pelo personagem.
• Na atividade 6 , reforce com os estudantes o conceito de interação verbal existente num diálogo e solicite que identifiquem tais interações no texto.
7. Ao longo da história, as expressões fisionômicas de Chico Bento foram mudando. Releia os quadrinhos a seguir e relacione os sentimentos indicados ao que sugere cada expressão fisionômica do personagem.
Respostas: A : apreensão/preocupação; B: irritação; C : susto; D: desprezo; E: alegria; F: medo.
irritação susto apreensão/preocupação
• Na atividade 7, peça aos estudantes que analisem, uma por vez, cada expressão facial, orientando-os a perceber o formato da boca, dos olhos e das sobrancelhas, bem como a posição das mãos, para reconhecer o sentimento expresso.
• Para ampliar seus conhecimentos sobre o gênero história em quadrinhos e potencializar o trabalho com esse gênero textual em sala de aula, leia a indicação a seguir.
RAMA, Angela et al. (org.). Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula . São Paulo: Contexto, 2004. (Como Usar na Sala de Aula).
• Na atividade 1 da subseção Explorando a linguagem, destaque as onomatopeias da HQ, levando os estudantes a refletir sobre o que elas representam. Selecione alguns voluntários e oriente-os a reproduzir essas onomatopeias em situações de fala. Depois, peça à turma que avalie se as onomatopeias foram empregadas adequadamente, a fim de verificar se todos compreenderam a função delas nas falas dos personagens.
• Na atividade 2 , auxilie os estudantes a perceber a posição das patas dianteiras da mula sem cabeça, recurso visual fundamental para a construção do sentido (cansaço da mula por ter corrido demais). Explore também a importância de elementos gráficos, como os tracinhos, para indicar o movimento dos personagens nos quadros. Ao final, solicite que encontrem outras ocorrências desses tracinhos na HQ e expliquem seu emprego.
• A fim de avaliar a compreensão dos estudantes acerca das características do gênero história em quadrinhos, proponha uma atividade de análise. Para isso, selecione um novo exemplar desse gênero, escolhendo um que seja adequado à faixa etária e contenha as características trabalhadas nesta seção, como linguagem verbal e não verbal, onomatopeias, humor e elementos gráficos que contribuam para a construção do sentido, como o tamanho da fonte, os tracinhos que indicam movimento e as expressões faciais dos personagens. Após a escolha do texto, providencie cópias para entregar aos estudantes. Depois, empregue a estratégia Quick writing , solicitando-lhes que, durante cinco minutos, escrevam em um papel as características referentes ao gênero que perceberam no texto novo. Na sequência, recolha os papéis, faça um apanhado das principais características anotadas pelos estudantes e as escreva na lousa. Se necessário, complemente as informações apresentadas por eles.
1. Na HQ, aparecem algumas onomatopeias, recursos de linguagem que representam sons ou a voz natural dos seres. Que sons cada uma das onomatopeias a seguir representa na HQ?
Resposta: A : GRAURRR!!: som do grunhido do Lobisomem; B: UUUUUH..: os barulhos emitidos pelos Fantasmas;
C : VUP: som dos Fantasmas sendo capturados; D: ZUP: som de algo sendo jogado fora; E : RIIIINCH!!: relincho da Mula sem cabeça.
2. Analise o quadrinho a seguir.
2. b. Resposta: O fato de Chico Bento ter montado na Mula sem cabeça e tê-la feito cavalgar depressa para chegar mais rápido à casa da Vó Dita.
a. Note a posição das patas dianteiras da Mula sem cabeça. Por que as patas foram representadas dessa forma?
Resposta: Para indicar que a Mula sem cabeça estava cansada.
b. Que acontecimento da história justifica a posição das patas dianteiras da Mula sem cabeça?
c. Analise os tracinhos utilizados acima da Mula sem cabeça e acima da mão do Chico Bento. O que cada um deles indica?
Resposta: Os tracinhos indicam que o corpo dos personagens está em movimento:
a mula está trêmula de cansaço, e a mão do Chico está se movendo para abrir a porta.
O texto que você leu é chamado história em quadrinhos , apresentada por meio de uma sequência de imagens, dispostas em diferentes quadrinhos. Os acontecimentos nela retratados envolvem personagens e ocorrem em determinado tempo e espaço. Obrigatoriamente, uma HQ apresenta imagens; no entanto, ela pode ou não apresentar textos verbais. É comum nas HQs a presença de tipos variados de balões de fala e onomatopeias.
Geralmente utilizados no cinema, os planos, ou as formas de enquadrar uma cena, também aparecem nas HQs. Confira alguns exemplos.
• Estudar os planos nas HQs e perceber que essa é uma característica que elas têm em comum com o cinema.
BNCC
• Ao analisar uma HQ, relacionando-a a manifestações artísticas como o cinema, por exemplo, para comparar recursos, desenvolve-se a habilidade EF67LP27
Plano de detalhe:
1. SOUSA, Mauricio de. Cebolinha: coelhadas que não estão no gibi. São Paulo, Panini Comics, n. 3, jul. 2015. p. 6.
2. ZIRALDO. O melhor do Menino Maluquinho em quadrinhos: Tá na hora da escola. São Paulo: Publifolha, 1998. v. 4. p. 80.
3. ZIRALDO. Curta o Menino Maluquinho. São Paulo: Global, 2007. v. 3. p. 35.
4. GILMAR. Guilber. São Paulo: Sesi-SP Editora, 2016. p. 43.
5. VARGAS, Ruis. Bobo da corte: a pílula da felicidade. São Paulo: Sesi-SP Editora, 2016. p. 39.
6. XAVIER, José Francisco Peligrino. Resgate das histórias em quadrinhos do Menino Caranguejo e seu impacto na comunidade de Joinville. Joinville, SC: Instituto Caranguejo de Educação Ambiental, 2016. p. 19.
1. Por que é importante escolher o plano das cenas que serão ilustradas em uma HQ?
2. Em sua opinião, além dos planos, o que há em comum entre o cinema e as HQs?
3. Em que outras manifestações artísticas você imagina que os planos também possam ser utilizados?
1. Resposta: O plano precisa estar adequado à cena, de modo que escolher o melhor plano para cada situação contribui para a construção dos sentidos da história.
2. Resposta pessoal. Auxilie os estudantes a relacionar o gênero HQ ao cinema e a concluir que os filmes são
compostos de quadros sobrepostos em velocidade, criando o movimento, enquanto as HQs constroem as ações pela disposição sequencial de quadros.
3. Resposta esperada: Em filmes, curtas-metragens, séries de TV etc.
• Com o trabalho proposto nesta seção, os estudantes devem reconhecer a relação entre os quadrinhos e o cinema.
• Na atividade 1, leve os estudantes a refletir sobre a importância dos elementos não verbais para a HQ, mostrando-lhes que planos mais próximos evidenciam as expressões faciais e as emoções, enquanto o plano geral possibilita uma visão mais ampla do momento retratado no quadro.
• Para explorar a atividade 2 , oriente os estudantes a relembrar de cenas de filmes a que já assistiram para perceberem que o cinema utiliza a alternância de planos conforme a cena e o estilo do filme, assim como é feito com as HQs . Outra forma de desenvolver essa atividade comparativa é apresentar um trecho de um filme para a turma, a fim de que os estudantes verifiquem as formas de enquadramento das cenas. Após assistirem ao trecho, solicite-lhes que descrevam e classifiquem os planos de acordo com os tipos apresentados nessa seção. Ao final da análise, diga a eles que a escolha do plano a ser usado em uma cena, por exemplo, controla o que o espectador saberá dela, por isso, essa escolha é importante nas narrativas com elementos visuais. Com essa proposta, é possível estabelecer uma articulação entre os componentes curriculares de Língua Portuguesa e de Artes , ampliando o conhecimento dos estudantes a respeito dessas diferentes manifestações artísticas.
• Por fim, na atividade 3 , reforce que o uso dos planos pode ser explorado em criações artísticas que utilizam elementos imagéticos, como pinturas, filmes, charges, fotografias etc.
• Ler um conto e analisar as relações intertextuais entre ele e a HQ explorada na seção
Leitura
• Por meio de uma leitura coletiva do texto, em que se busca a compreensão evidenciada pela leitura expressiva e fluente, desenvolve-se a habilidade
EF69LP53
• Nesta seção, ao analisar um texto literário e uma HQ , buscando referências explícitas ou implícitas, os estudantes desenvolvem a habilidade
EF67LP27
• A leitura silenciosa e autônoma, bem como a leitura coletiva e expressiva, além da compreensão da narrativa e de sua relação com a HQ, possibilitam aos estudantes desenvolver a habilidade EF67LP28
• Os estudantes aprimoram a competência específica de Língua Portuguesa 3 , uma vez que leem com fluência um texto verbal, compreendendo-o com autonomia e criticidade.
Orientações
• Oriente os estudantes a fazer primeiro uma leitura silenciosa do texto. Promova, em seguida, uma leitura coletiva. Para isso, selecione seis estudantes: cinco lerão cada um a fala de um personagem e o sexto lerá as partes do narrador da história. Destaque aos estudantes a importância de, ao ler as falas dos personagens, empregar entonações variadas, a depender da intencionalidade da fala.
• Se julgar necessário, comente com a turma que Negrinho do Pastoreio é o nome de um personagem folclórico, e essa expressão se manteve pela tradição, mas a palavra negrinho deve ser evitada em outros contextos, pois pode ter uma conotação pejorativa.
Na história a seguir, alguns personagens do folclore brasileiro se reuniram para discutir um problema muito sério. Que problema você imagina que eles possam ter? Leia o texto para descobrir. Um encontro fantástico
Todos os anos eles se reuniam na floresta, à beira de um rio, para ver a quantas andava a sua fama. Eram criaturas fantásticas e cada uma vinha de um canto do Brasil. O Saci-Pererê chegou primeiro. [...]. Logo apontou no céu a Serpente Emplumada e aterrissou aos seus pés. Do meio das folhagens, saltou o Lobisomem, a cara toda peluda, os dentes afiados, enormes. Não tardou, o tropel de um cavalo anunciou o Negrinho do Pastoreio montado em pelo no seu baio.
— Só falta o Boto — disse o Saci, impaciente.
— Se tivesse alguma moça aqui, ele já teria chegado para seduzi-la — comentou a Serpente Emplumada.
— Também acho — concordou o Lobisomem. — Só que eu já a teria apavorado.
Ouviram nesse instante um rumor à margem do rio. Era o Boto saindo das águas na forma de um belo rapaz.
— Agora estamos todos — disse o Negrinho do Pastoreio.
— E então — perguntou o Boto, saudando o grupo. — Como estão as coisas?
— Difíceis — respondeu o Saci e soltou uma baforada. — Não assustei muita gente nessa temporada.
— Eu também não — emendou a Serpente Emplumada. — Parece que as pessoas lá no Nordeste não têm mais tanto medo de mim.
— Lá no Norte se dá o mesmo — disse o Boto. — Em alguns locais, ainda atraio as mulheres, mas em outros elas nem ligam.
— Comigo acontece igual — disse o Negrinho do Pastoreio. — Vivo a achar coisas que as pessoas perdem no Sul. Mas não atendi muitos pedidos esse ano.
— Seu caso é diferente — disse o Lobisomem. — Você não é assustador como eu, o Saci e a Serpente Emplumada. Você é um herói.
— Mas a dificuldade é a mesma — discordou o Negrinho do Pastoreio.
Tropel: ruído, barulho.
—Acho que é a concorrência — disse o Boto. — Andam aparecendo muitos heróis e vilões novos.
— Pois é — resmungou a Serpente Emplumada. — Até bruxas andam importando. Tem monstros demais por aí...
— São todos produzidos por homens de negócios — disse o Saci. — É moda. Vai passar...
— Espero — disse o Lobisomem. — Bons aqueles tempos em que eu reinava no país inteiro, não só no cerrado.
— A diferença é que somos autênticos — disse o Negrinho do Pastoreio. — Nós nascemos do povo.
— É verdade — disse o Boto. — Mas temos de refrescar a sua memória.
— Se pegarmos no pé de uns escritores, a coisa pode melhorar — disse a Serpente Emplumada.
— Eu conheço um — disse o Saci. — Vamos juntos atrás dele! — E foi o primeiro a se mandar, a mil por hora, em uma perna só.
2. Resposta: Ambos apresentam como personagens criaturas fantásticas e conhecidas do folclore brasileiro. No texto “Um encontro fantástico”, os personagens reclamam que não assustam mais as pessoas e, na HQ, os personagens também não assustam Chico Bento ao encontrá-lo no caminho.
CARRASCOZA, João Anzanello. Um encontro fantástico. Nova Escola , São Paulo, Abril, n. 40, abr. 2001. p. 34-35. © by João Anzanello Carrascoza.
• Na atividade 1 , reforce que o texto narrativo precisa apresentar um conflito, um fato gerador da narrativa, ou seja, a situação que motivou o surgimento da história. Se achar interessante, peça aos estudantes que pesquisem as características físicas de cada personagem citado no conto e, em seguida, procurem identificar cada um deles na ilustração apresentada.
• Para desenvolver o que foi proposto na atividade 2 , solicite aos estudantes que retomem a leitura da HQ e, posteriormente, elenquem as semelhanças entre os dois textos.
• Durante a realização das atividades 3 e 4, é importante levar os estudantes a comparar os dois textos, identificando também as diferenças entre os fatos narrados.
• Na atividade 5 , aborde o conceito de patrimônio cultural, bem como a origem da palavra folclore (conhecimento do povo), levando os estudantes a refletir sobre a importância de conhecer e valorizar suas origens. Ajude-os também a adotar uma postura reflexiva e crítica diante da globalização cultural.
1. Anualmente, as criaturas fantásticas se reuniam na floresta para discutir um problema que estavam enfrentando. Qual era esse problema?
Resposta: Eles não estavam mais conseguindo assustar as pessoas.
2. Qual é a principal semelhança entre esse texto e a HQ “Pra casa da Vó Dita”?
3. Na HQ, Chico Bento e seus amigos estão ansiosos para ouvir as histórias da Vó Dita. O texto “Um encontro fantástico” mostra que isso também ocorre com as pessoas em relação às histórias com os personagens do folclore? Justifique.
4. Os personagens desse texto pensaram em uma solução para o problema.
Confira as respostas nas orientações ao professor.
a. Que solução é essa?
Resposta: Não, pois ele apresenta um problema que vai exatamente contra o que foi proposto na HQ. Enquanto na HQ há pessoas que gostam de histórias que envolvem seres fantásticos, no texto, os personagens discutem o fato de as pessoas não estarem valorizando o folclore, trocando-os por outros personagens.
b. É possível relacionar a solução proposta nesse texto com a HQ do Chico Bento? Explique.
5. Qual crítica está implícita no texto, uma vez que a história mostra que seres folclóricos brasileiros estão perdendo a credibilidade em relação a outros heróis, vilões e bruxas, muitos deles pertencentes a outras culturas? Resposta: A crítica consiste em mostrar que as pessoas não estão valorizando o folclore nacional, preferindo ouvir histórias de personagens provenientes de outras culturas.
• Ao final das questões, converse com eles sobre a problemática levantada no texto. Pergunte-lhes se concordam que nosso folclore está sendo desvalorizado e o que acham que pode ser feito para remediar essa situação.
4. a. Resposta: A solução é “pegar no pé” de uns escritores para que eles contem as histórias desses personagens, a fim de que as manifestações folclóricas sejam sempre divulgadas e nunca esquecidas.
28/07/2022 15:43:37
4. b. Resposta: A proposta do texto é divulgar as histórias, e isso é o que acontece na HQ, pois Vó Dita é uma contadora de histórias folclóricas, contribuindo para a preservação e valorização do nosso folclore.
• Construir os conceitos de linguagem e compreender suas múltiplas manifestações.
• Ao estudar os tipos de linguagem e reconhecê-los como formas de significação, os estudantes desenvolvem a competência específica de Linguagens 1
• A competência específica de Linguagens 2 é contemplada nesta seção, pois os estudantes analisam diferentes práticas de linguagem e verificam que a interação e a comunicação ocorrem por meio delas.
• Os estudantes são levados a identificar a relação entre a linguagem verbal e a não verbal para a construção do humor do texto, desenvolvendo, dessa forma as habilidades EF69LP03 e EF69LP05
Orientações
• Nesta seção, os estudantes são convidados a refletir sobre a linguagem como representação do pensamento humano, além de ser um meio pelo qual se expressam subjetividades e identidades. As atividades direcionam os estudantes à construção dos conceitos de linguagem e à compreensão de suas múltiplas manifestações.
• Assim, para levá-los a refletir sobre a linguagem do teatro e da dança, a atividade 1 apresenta duas cenas que empregam a linguagem não verbal por meio da expressão corporal, facial, sonora etc. Peça a eles que analisem por um tempo as imagens dos dois espetáculos. Se achar conveniente, amplie as questões propostas e pergunte a eles quais seriam outras possíveis experiências com linguagens não verbais, como filmes de animação, cinema mudo, Libras (Língua Brasileira de Sinais) etc.
1. Analise a seguir as fotografias de um espetáculo de dança e de uma peça teatral.
Estudantes do projeto Dança Comunidade, na cidade de São Paulo, 2003.
a. Os dançarinos e os atores dessas cenas estão se comunicando? Em caso afirmativo, que forma eles usaram para se comunicar?
Resposta: Sim, por meio da expressão corporal e facial.
b. Quais sensações as cenas lhe transmitem? Que elementos contribuem para despertar essa sensação em você?
Cena da peça Arlequim, servidor de dois patrões, de 2016. A peça foi escrita pelo italiano Carlo Goldoni, em 1745. Resposta pessoal.
Desde os tempos mais remotos, a linguagem faz parte do cotidiano do ser humano de diversas formas , a fim de estabelecer a comunicação, expressar sentimentos, expor ideias etc. Assim, por meio de múltiplas linguagens, o ser humano interage mutuamente e produz sentidos.
Essa atividade de interação e construção de sentidos é o que caracteriza a linguagem.
Para compartilhar suas experiências de vida, o ser humano pré-histórico compartilhava informações oralmente ou registrava as atividades cotidianas por meio de desenhos nas paredes das cavernas. Esses desenhos, conhecidos como pinturas rupestres, permitem resgatar informações sobre o estilo de vida das pessoas dessa época.
Pinturas rupestres em um sítio arqueológico no Parque Nacional Serra da Capivara, Brasil.
Ao longo do tempo, múltiplas linguagens foram surgindo para auxiliar a estabelecer a comunicação e a construir sentidos, como a sonora, a gestual, a musical, a cênica e, mais recentemente, a digital.
• Ao realizar a leitura do boxe As linguagens são múltiplas , leve os estudantes a relacionar as informações do texto com os conteúdos trabalhados no componente curricular de História , principalmente referentes aos po -
vos primitivos e às suas formas de comunicação e registro linguístico, como as pinturas rupestres. É possível solicitar-lhes que pesquisem, em livros de História, as pinturas rupestres, bem como sua finalidade e a importância para a época em que foram feitas.
ARIONAURO. Charge celular. Arionauro Cartuns . Disponível em: http://www. arionaurocartuns.com.br/2018/01/charge-celular.html. Acesso em: 9 mar. 2022.
a. Que cena está sendo representada nesse cartum?
Resposta: Uma família, os animais e o apresentador de televisão utilizando aparelhos de celular.
b. Qual crítica é possível inferir pela leitura desse cartum?
Resposta: Uma crítica ao uso excessivo de aparelhos celulares no dia a dia.
A linguagem verbal é aquela que emprega palavras para a comunicação e a interação social dos indivíduos. Já a linguagem não verbal ocorre quando são empregadas as linguagens gestual, corporal, sonora, visual etc.
3. A linguagem verbal e a linguagem não verbal podem se relacionar para construir os sentidos do texto. Para analisar como isso ocorre, leia uma conversa entre os amigos Sofia e Otto.
• Após a realização das atividades 2 e 3 , destaque para os estudantes a construção do humor do cartum, por meio dos elementos visuais, e da tirinha como resultado da relação entre as linguagens verbal e não verbal.
• Ao ler a tirinha da atividade 3 , aproveite para promover uma discussão sobre a importância de não lançar julgamentos a alguém por causa da cor de sua pele. Incentive os estudantes a praticar a oralidade, respeitando os turnos de fala e as colocações dos colegas.
• Se julgar apropriado, peça aos estudantes que apontem a escolha das cores e dos traços, comparando os dois gêneros apresentados de acordo com o estilo de cada artista.
3. b. Resposta: O terceiro quadrinho apresenta uma variedade de “cores de Resposta: Sofia afirma a Otto que existem várias cores de pele.
LEITE, Pedro. Sofia e Otto: foi assim que tudo começou. Porto Alegre, 2017. p. 7.
pele” nos desenhos feitos pelas crianças, o que ilustra a afirmação de Sofia, que pretende destacar a diversidade.
a. O que Sofia responde a Otto quando ele pede à amiga um lápis cor de pele?
b. Como a imagem do terceiro quadrinho se relaciona com a afirmação feita por Sofia?
c. A tirinha poderia ser compreendida caso a linguagem verbal não tivesse sido empregada? Explique.
Resposta esperada: Não, pois, nesse caso, os sentidos se constroem por meio da relação entre as linguagens verbal e não verbal.
28/07/2022 15:43:41
2. Leia o cartum a seguir. Arionauro Pedro Leite• Na atividade 1 da subseção Praticando , são trabalhadas algumas placas de trânsito. A escolha por trabalhar esse recurso se deve ao fato de serem imagens comuns, encontradas no cotidiano dos estudantes. Aproveite esse estudo e peça a eles que comentem quais dessas placas encontram no caminho para a escola e quais ainda não conheciam. Solicite-lhes também que citem outras placas que conhecem. Conforme forem falando, vá anotando na lousa e, depois, oriente-os a escrever as informações no caderno.
1. Confira estas placas de trânsito.
a. Relacione os significados a seguir às respectivas placas. Vaga reservada para pessoas com deficiência. Siga em frente ou à esquerda. Curva à direita.
Circulação exclusiva de bicicletas. Trecho em obras. Faixa de pedestres.
b. Por que, nessas placas de trânsito, são utilizadas somente imagens?
Resposta: São utilizadas somente imagens para que as pessoas possam identificar as mensagens de forma mais rápida. Além disso, essas imagens são universais e permitem que qualquer pessoa as compreenda.
1. 2. 3. 4. 5. 6. E. F. C.a. Que informações são apresentadas na linguagem não verbal desse cartaz?
b. Escreva algumas informações que são apresentadas na linguagem verbal do cartaz.
c. Considerando a finalidade de um cartaz, qual é a importância de ele ser construído empregando as linguagens verbal e não verbal na criação do sentido do texto?
• Antes de iniciar a atividade 2 , verifique se os estudantes conhecem o filme exposto no cartaz. Caso alguém já tenha assistido a ele, solicite-lhe que comente o filme, contando sua história e as impressões que teve dele. Ao explorar o item c dessa atividade, evidencie para os estudantes as características do texto que o fazem ser um cartaz de filme e os auxilie na identificação da finalidade desse gênero – a divulgação de um produto cultural.
2. c. Resposta: Os elementos representados pela linguagem não verbal ajudam o leitor a compreender características físicas e/ou psicológicas dos personagens em destaque, a inferir informações sobre o roteiro e, muitas vezes, a identificar o tempo e o espaço em que a obra se situa. A linguagem verbal, por outro lado, é usada para indicar o nome do filme e das pessoas que trabalharam nele (atores, diretores, produtores), além de fornecer informações que podem ajudar a atrair o público, como menções a indicações a grandes prêmios ou trechos de elogios feitos ao filme por grandes meios de comunicação que comprovem sua qualidade.
28/07/2022 15:43:43
2. Analise o cartaz de filme a seguir, constituído de linguagem verbal e não verbal. Cartaz do filme Uma viagem extraordinária, de Jean-Pierre Jeunet, 2014. 105 min. Confira a resposta nas orientações ao professor. 2. b. Resposta: O título do filme em português, o título original, o nome de quatro atores do elenco, o nome do diretor, a referência de outro filme desse diretor e o título desse filme, algumas informações sobre ele e, em letras miúdas, parte da ficha 2. a. Resposta: Um menino, vestido de jaqueta e calça jeans, puxando um carrinho de mão com uma mala, uma casa cercada por montanhas e um pôr do sol como pano de fundo. técnica do filme.• Compreender e identificar a relação de concordância de número e gênero entre os substantivos e as palavras que os determinam.
BNCC
• Ao propor o estudo sobre as regras de concordância nominal, inicia-se o desenvolvimento da habilidade EF06LP06
• Estudar as regras de concordância nominal de situações menos monitoradas, reconhecendo que a língua é social e variável, leva os estudantes ao desenvolvimento da habilidade EF69LP55 e da competência específica de Língua Portuguesa 1
• O reconhecimento das variedades linguísticas de regiões do país, de modo a valorizá-las como integrantes da diversidade cultural brasileira, permite o desenvolvimento da competência geral 1 , da competência específica de Linguagens 1 e da competência específica de Língua
Portuguesa 4
• Ao identificar os termos das orações e a relação de concordância entre eles, os estudantes desenvolvem a habilidade
EF06LP10
Orientações
• O conteúdo trabalhado nesta seção é um pré-requisito para os estudantes desenvolverem a habilidade EF06LP11 da BNCC . Por meio desta seção, pretende-se mostrar aos estudantes a noção básica de concordância nominal, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, e, na sequência, levá-los a refletir sobre seu uso no dia a dia.
1. d. Resposta: O artigo um determina o substantivo menino; o pronome possessivo sua determina o substantivo aldeia ; o artigo um e o adjetivo fantástico determinam o substantivo mundo; o artigo uma e o adjetivo inusitada determinam o substantivo animação; o pronome indefinido várias e o adjetivo artísticas determinam o substantivo técnicas
1. Leia a seguir o texto da quarta capa de um DVD de uma animação infantil brasileira.
Sofrendo com a falta do pai, um menino deixa sua aldeia e descobre um mundo fantástico dominado por máquinas-bichos e estranhos seres alienígenas. Uma inusitada animação com várias técnicas artísticas que retrata as questões do mundo moderno através do olhar de uma criança.
ABREU, Alê. O menino e o mundo. Alê Abreu Produções Ltda. 2013. Quarta capa.
Capa do DVD O menino e o mundo, de Alê Abreu, 2013. 96 min.
a. Com que objetivo você imagina que essa sinopse tenha sido produzida?
Resposta esperada: Para apresentar rapidamente informações sobre o enredo e divulgar o filme.
b. Que palavra mostra uma impressão pessoal do autor sobre o conteúdo da animação?
Resposta esperada: O adjetivo inusitada , cujo significado é algo incomum, que causa surpresa.
c. Analise os substantivos em destaque na sinopse. Quais deles estão no singular? Quais estão no plural?
Resposta: Os substantivos menino, aldeia , mundo e animação estão no singular, o substantivo técnicas está no plural.
d. Identifique as palavras que determinam cada um desses substantivos.
e. O que é possível concluir sobre a concordância entre o substantivo e seus determinantes na sinopse lida?
Resposta esperada: Que os determinantes (artigos, adjetivos e pronomes) concordam em gênero e número com os substantivos.
2. Leia novamente este trecho.
Uma inusitada animação com várias técnicas artísticas que retrata as questões do mundo moderno através do olhar de uma criança.
a. Reescreva esse trecho passando o substantivo em destaque para o plural.
b. Ao reescrever o trecho, que outras palavras também foram flexionadas no plural?
Resposta: O artigo uma , o adjetivo inusitada e o verbo retrata
Quando os adjetivos, os artigos, os numerais e os pronomes se flexionam em número e gênero para concordar com o substantivo que determinam, ocorre a concordância nominal
Confira como é feita a concordância nominal de acordo com a norma-padrão.
artigo singular e feminino substantivo singular e feminino substantivo plural e feminino
Uma inusitada animação com várias técnicas artísticas [...] adjetivo singular e feminino pronome plural e feminino adjetivo plural e feminino
• Ao desenvolver a atividade 1 , retome com os estudantes as características de uma quarta-capa, mostrando-lhes que ela apresenta informações sobre o conteúdo da obra à qual se refere. Dessa forma , leve-os a perceber a função dos adjetivos enquanto determinantes dos substantivos e, portanto, importantes para convencer o leitor a ler a obra referida.
• Na atividade 2 , ao perceber dificuldades entre os estudantes, escreva a frase do enunciado na lousa e peça a toda a turma que participe oralmente da reescrita do trecho, fazendo as alterações necessárias.
2. a. Resposta: Umas inusitadas animações com várias técnicas artísticas que retratam as questões do mundo moderno através do olhar de uma criança.1. Leia o trecho de um roteiro do filme brasileiro Narradores de Javé. Na história, os moradores do Vale de Javé ficam preocupados com a construção de uma represa, que pode alagar o vilarejo onde moram. Para impedir essa construção, eles precisam provar que a cidade tem um valor histórico e deve ser preservada. Leia o trecho para saber como eles se sentiram diante da notícia da construção da represa.
[...]
Mas e as terras, as casas, o povo todo... o que vão fazer com a gente?!
ZAQUEU
A gente vai ter que sair...
DEODORA
Não podem!
1. e. Resposta: Na fala de Vado, a concordância nominal não foi feita de acordo com a norma-padrão para reproduzir o jeito de falar, em situações menos monitoradas de uso da língua.
ZAQUEU
Podem. O seu Vado também tava comigo. Então, conta pra eles, Vado!
Seu Vado, um homem bastante humilde, aproxima-se de Zaqueu e um tanto constrangido toma a palavra.
Eles, os engenheiro, abriram os mapa na nossa frente e explicaram tudinho nos pormenor, nas miudeza . Tudo com os números, as fotos, um tantão delas! Iam ensinando pra gente os ganhos e os progresso que a Usina vai trazer. Vão ter que sacrificar uns tantos pra beneficiar a maioria. A maioria não sei quem são, mas nóis é que somos os tantos do sacrifício. Né não, Zaqueu?
Oficial do Estado de São Paulo: Cultura Fundação Padre Anchieta, 2004. p. 18.
a. De que forma a construção da represa afetaria a vida dos moradores?
Resposta: Os moradores teriam de sair de suas casas, mudando suas vidas.
b. Releia os substantivos em destaque no trecho. Eles estão no singular ou no plural?
Resposta: Os substantivos estão no singular.
c. E os artigos que os determinam, também estão flexionados da mesma maneira?
Resposta: Não, eles estão no plural.
d. O que é possível concluir sobre a concordância nominal na fala de Vado?
Resposta: É possível concluir que, na fala de Vado, a concordância nominal não foi feita de acordo com a norma-padrão.
e. Explique por que na fala de Vado a concordância foi feita dessa forma.
f. Caso a fala de Vado tivesse sido apresentada de acordo com a norma-padrão, o efeito no leitor seria o mesmo? Explique.
• Para avaliar a compreensão dos estudantes a respeito da concordância nominal, solicite-lhes que pesquisem algum caso de falta de concordância nominal, registrando no caderno essa ocorrência e o contexto em que ela foi empregada. Agende um dia com a turma para que
• Para a atividade 1 , se for possível, assista ao filme Narradores de Javé com os estudantes. O filme trata da luta dos moradores do Vale de Javé para preservar a história do vilarejo contra seu alagamento em virtude da construção de uma represa. Como não havia documento do surgimento da cidade, requisito para evitar o alagamento, era preciso escrever tal história. Quase todos analfabetos, os moradores pedem ajuda ao antigo carteiro para registrar e defender a existência da cidade. São muitos relatos dos moradores sobre a formação histórica, os valores, as crenças e a cultura do povoado que se tornam ainda mais interessantes pelo jeito de falar dos personagens e a riqueza da linguagem oral.
• Se necessário, no item c , leve os estudantes a perceber que em nos pormenor e nas miudeza , o nos é a contração da preposição em com o artigo os , e nas é a contração da preposição em com o artigo as
28/07/2022 15:45:33
eles mostrem os exemplos encontrados. Promova uma conversa a respeito deles, a fim de que todos reconheçam a ausência da concordância nominal, e aproveite para reforçar a existência da variação linguística e promover o combate ao preconceito linguístico.
ABREU, Luís Alberto de; CAFFÉ, Eliane. Narradores de Javé . São Paulo: Imprensa• Na atividade 1, solicite aos estudantes que reescrevam a frase no caderno inserindo a palavra adequada para que a concordância fique correta. Caso haja dificuldades, escreva as frases na lousa e solicite a um voluntário que as complete corretamente e justifique o motivo da inclusão de determinada palavra em cada uma delas.
• Ao explorar a tirinha da atividade 2 com os estudantes, leve-os a identificar que há outros exemplos de não concordância. Mostre a eles o emprego da forma verbal é para indicar o estado dos japoneses; e o uso de constrói para indicar a ação de eles Na sequência, solicite-lhes que mostrem e expliquem a falta de concordância verbal. Se necessário, diga a eles que a concordância verbal consiste na adequação dos verbos de acordo com os sujeitos: “os japoneses são rápidos” e “eles constroem tudo rapidinho”. Chame a atenção também para a concordância do adjetivo predicativo – rápidos – e o sujeito – japoneses
• Após trabalhar o item d , comente com os estudantes que Zé Pequeno é um dos únicos personagens da Turma do Xaxado em cuja fala costumam ocorrer variantes linguísticas, como “os japonês”.
Disponível em: https://saude.ig.com.br/2022-03-07/estudo-explica-motivo-de-alzheimer-ser -mais-diagnosticado-em-mulheres.html. Acesso em: 24 mar. 2022.
Resposta: Diagnosticado.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2022/03/ sp-deve-manter-mascara-em-area-aberta-de-escola-de-cidades-com -menos-de-80-de-criancas-vacinadas.shtml. Acesso em: 9 mar. 2022.
Resposta: Obrigatória.
Disponível em: https://agencia.ac.gov.br/corpo-de-bombeiros-condecora-mulheres-por -servicos-prestados-a-populacao-acreana/. Acesso em: 9 mar. 2022.
Resposta: Prestados.
• Pesquise tirinhas ou histórias em quadrinhos da Turma do Xaxado em livros, revistas ou na internet. Depois, selecione um exemplo em que haja um diálogo entre o personagem Zé Pequeno e outros. Mostre-o para a turma a fim de explorar a variação linguística social. O fato de esse personagem ser o único da turma a falar dessa forma é um caminho possível para tratar a variação social. Assim, questione os estudantes sobre quais podem ser as possíveis causas da
CEDRAZ, Antonio. Turma do Xaxado. 1000 tiras em quadrinhos da Turma do Xaxado Salvador: Editora e Estúdio Cedraz, 2009. p. 19.
a. Segundo Zé Pequeno, por que os japoneses são rápidos?
Resposta: Porque constroem com muita rapidez tudo o que o Godzila destrói.
b. Releia a fala de Zé Pequeno e o uso da expressão “os japonês”. O substantivo japonês está no plural ou no singular? E o artigo os , está flexionado da mesma forma?
Resposta: O substantivo japonês está no singular; já o artigo os está no plural.
c. O que é possível concluir sobre a concordância nominal nesse trecho da tirinha?
Resposta: É
possível concluir que, em "os japonês", não é feita a concordância de número entre o artigo e o substantivo que ele determina.
d. A não concordância nominal nesse trecho da tirinha foi empregada de forma intencional com que objetivo?
Resposta: A não concordância em número entre o artigo e o substantivo foi feita intencionalmente para representar a forma de falar de Zé Pequeno.
diferença entre a variedade linguística empregada por Zé Pequeno ao se expressar e a dos outros personagens. Leve-os a concluir que a modalidade linguística que Zé Pequeno utiliza é reflexo do contexto comunicativo em que ele vive, visto ser marcado pela limitação do acesso à norma-padrão. Assim, empregando a estratégia Think-pair-share , proponha aos estudantes que conversem e compartilhem suas reflexões acerca da variação linguística empregada na tirinha e também na vida cotidiana deles.
Indague-os, ainda, em quais possíveis contextos essa variante linguística soaria inadequada e por que isso ocorreria. Os estudantes deverão concluir que essa forma de falar não se adequaria a uma situação em que o personagem deveria monitorar mais a língua, ou seja, uma situação mais formal, como em uma conversa com uma autoridade, uma entrevista de emprego ou uma palestra. Reforce a importância do respeito às variedades linguísticas.
1. Leia as manchetes a seguir e escreva as opções que completam as lacunas corretamente. 2. Leia a tirinha a seguir.Na história em quadrinhos a seguir, o personagem Hagar relembra os tempos de menino. O que você imagina que ele está relembrando? Vamos ler a história para conhecer as lembranças de Hagar?!
• Ler outra história em quadrinhos e identificar as características e a função sociocomunicativa desse gênero
BNCC
• Os estudantes, ao analisarem a construção de humor em uma HQ, desenvolvem as habilidades EF69LP03 e EF69LP05
• Por meio de uma leitura silenciosa, autônoma e atenta à pontuação e à entonação, a habilidade EF67LP28 é contemplada.
• Os estudantes aprimoram a competência específica de Língua Portuguesa 3 , uma vez que leem com fluência um texto multissemiótico, compreendendo-o com autonomia e criticidade.
• Nesta leitura, os estudantes são apresentados a outra história em quadrinhos, agora do personagem Hagar, um viking Antes da leitura, sonde os conhecimentos prévios dos estudantes sobre esse personagem. Caso considere necessário, apresente informações sobre Hagar e sua esposa , Helga, antes da leitura da HQ . Para isso, primeiro explore com a turma as informações que constam no boxe da página 165 a respeito do personagem, invertendo, portanto, a apresentação do conteúdo. Se achar conveniente, separe previamente algumas tirinhas do Hagar para leitura em sala. Confira algumas sugestões de livros a seguir.
BROWNE, Dik. O melhor de Hagar, o Horrível Tradução: Alexandre Boide. Porto Alegre: L&PM , 2016. v. 7.
BROWNE, Dik. O melhor de Hagar, o Horrível v. Tradução: Alexandre Boide. Porto Alegre: L&PM, 2018. v. 8.
ção seja mais enfática. Nas ocorrências da palavra nada , em destaque nos últimos quadrinhos, a ênfase também deve ser marcada. Por isso, é importante que eles percebam que, na leitura, é preciso respeitar as entonações sugeridas pelos recursos linguísticos e visuais empregados na HQ
• Proponha aos estudantes uma leitura silenciosa da HQ , a fim de incentivar sua autonomia de leitura. Em seguida, solicite a cada um que leia um quadrinho da história. Nessa leitura em voz alta, peça a eles que atentem para a pontuação do texto. Por exemplo, nas frases exclamativas, finalizadas com ponto de exclamação, eles devem proferir as falas de modo que a entona-
BROWNE, Dik. O melhor de Hagar, o horrível. Tradução: Clarissa Becker. Porto Alegre: L&PM, 1996. p. 22.• Na atividade 1 , oriente os estudantes a retomar as hipóteses que eles levantaram sobre as possíveis lembranças de Hagar antes da leitura da HQ. Essa retomada é muito importante para que eles possam comparar o que haviam comentado com o que realmente aconteceu na história.
• Na atividade 2 , evidencie que a HQ pode atingir diversos públicos, inclusive grupos sociais para os quais não foi originalmente direcionada, justamente por sua popularidade.
• Antes de desenvolver a atividade 3 , destaque a importância de identificar o objetivo dos textos lidos, evidenciando aos estudantes que todo texto possui um objetivo ao ser produzido.
• Ao explorar as atividades de 4 a 9 , solicite aos estudantes que retomem a leitura da HQ quantas vezes forem necessárias, a fim de identificarem as informações e compreenderem o texto.
• Na atividade 6 , comente com os estudantes que o humor é um recurso recorrente nas HQs e é construído, geralmente, por meio do rompimento ou da quebra de uma expectativa do leitor.
• Caso os estudantes apresentem dificuldades para realizar a atividade 10 , escreva a frase na lousa e faça coletivamente a reescrita acrescentando o artigo a e apontando aos estudantes a alteração de sentido em decorrência dessa mudança.
3. Resposta: Provocar humor, entretenimento. Mas pode ser compreendida também como uma crítica às mulheres, mães e esposas, que não entendem as brincadeiras dos meninos/homens.
Nascido em Nova York, iniciou sua carreira como repórter no The Yorker Journal e, na Segunda Guerra Mundial, serviu ao exército como desenhista de mapas. Foi um importante cartunista que, antes de criar, em 1973, sua mais famosa tira, Hagar, o horrível, produziu com o amigo Mort Walker a tira Hi & Lois (Zezé & Cia., no Brasil), em 1954. Ganhou diversos prêmios pela Sociedade Nacional de Cartunistas nos Estados Unidos. Após sua morte, as histórias em quadrinhos com o personagem Hagar passaram a ser criadas por seu filho Chris Browne.
4. Resposta: Quando Hagar era criança, supõe-se que sua mãe brigava com ele quando chegava molhado em casa. Agora, adulto, sua esposa é quem faz a vez de mãe.
1. Após a leitura da história em quadrinhos, o que você imaginou sobre as lembranças de Hagar se confirmou? Comente com os colegas.
Resposta pessoal.
2. A que público de leitores essa HQ pode interessar? Por quê?
Resposta: Principalmente a adolescentes, jovens e adultos.
3. Uma HQ pode ser produzida, por exemplo, com o intuito de provocar humor, entretenimento ou fazer uma crítica social ou política. Identifique o objetivo da HQ lida.
4. Ao relembrar, na prática, as brincadeiras que realizava nos tempos de menino, Hagar também reviveu outra situação que costuma ser vivenciada por crianças. Que situação foi essa?
5. Sobre as expressões faciais e corporais de Hagar, responda às questões a seguir.
a. O que as expressões faciais e corporais de Hagar revelam sobre seu estado de espírito nos primeiros quadrinhos?
Resposta: Revelam que Hagar está feliz, radiante, satisfeito, em uma situação de bem-estar.
b. No último quadrinho da HQ, essas expressões de Hagar se mantêm? Que acontecimento contribui para isso?
Resposta: Não. No último quadrinho, Hagar está chateado porque a esposa chamou a atenção dele.
6. Explique de que forma os dois últimos quadrinhos contribuem para o humor na HQ.
7. Na HQ, há trechos em que Hagar faz um monólogo, conversando com ele mesmo, e, em outros momentos, ele dialoga com Helga. Identifique os quadrinhos em que esses momentos ocorrem.
8. Na HQ, foram empregadas duas interjeições.
furiosa, dá ordens a Hagar, e ele faz um comentário.
a. Identifique-as e explique com qual sentido elas foram empregadas.
Resposta: Monólogo: do 1º ao penúltimo quadrinho, Hagar fala com ele mesmo; diálogo: no último quadrinho, quando Helga, Resposta: Uh oh... O sentido é de admiração, surpresa.
b. Que expressões poderiam ser empregadas no lugar dessas interjeições, de modo que transmitissem o mesmo sentido?
Possíveis respostas: Que legal!; Que delícia!; Olha só!
9. Por meio de qual recurso utilizado pelo cartunista é possível identificar que o personagem Hagar está cantando?
Resposta: Por meio do desenho das notas musicais dispostas dentro do balão.
10. Releia uma das falas de Hagar.
Chuva era divertido quando eu era menino!
a. Reescreva essa frase iniciando-a com o artigo definido a
Resposta: A chuva era divertida quando eu era menino!
b. O que mudou em relação à concordância do adjetivo divertido?
6. Resposta: No penúltimo quadrinho, Hagar diz que ainda é divertido brincar na chuva lembrando que “Nada mudou!” e, no último, ao receber uma bronca da esposa, diz de novo que nada mudou, dessa vez, referindo-se ao fato de receber broncas na infância por brincar na chuva.
Resposta: O adjetivo passou para o gênero feminino, pois ele deve concordar com a determinação realizada pelo artigo definido a Resposta esperada: A ação de chover.
c. Que informação a supressão do artigo permite aparecer em destaque no texto?
11. Com que finalidade foram empregadas as reticências na fala de Helga do último quadrinho? Escreva a afirmativa correta.
Resposta: C.
Indicar que o pensamento de Helga foi interrompido pela fala de Hagar. Permitir que Hagar pudesse explicar o motivo de suas atitudes.
Deixar o sentido da frase indefinido, permitindo outras interpretações do leitor.
12. Nos últimos quadrinhos, o pronome nada aparece em destaque. Explique, de acordo com o contexto, esse destaque.
Resposta: O pronome nada é destacado para enfatizar a semelhança entre o passado e o presente; no último quadrinho, contudo, o destaque também contribui para o efeito de humor, já que integra, inesperadamente, a bronca à semelhança entre passado e futuro.
As histórias de Hagar, o horrível já foram publicadas em 13 idiomas diferentes, em 58 países. No Brasil, suas histórias são publicadas em diversos jornais.
Hagar é um guerreiro viking que tenta invadir a Inglaterra e outros países. Seu melhor amigo, Eddie Sortudo, é um guerreiro às avessas: magrelo, medroso e, principalmente, sem sorte.
Outros personagens fazem parte das histórias: Helga, sua exigente esposa, que governa a casa; Hamlet, um filho fora dos padrões vikings , que vive lendo e filosofando; a filha Honi, de 16 anos, que ainda não se casou, o que para a época era incomum; o cachorro Snert, que não é muito obediente, mas, ainda assim, um companheiro fiel; e Kvack, a pata da família.
Todos esses personagens ajudam a construir as aventuras de Hagar, o horrível, que, apesar de ser um guerreiro saqueador, está longe de ser cruel.
28/07/2022 15:45:34
• Antes de iniciar a atividade 11, retome com os estudantes a função das reticências, solicitando que expliquem por que foram empregadas no contexto da HQ, relacionando-as à ideia de criar uma expectativa no leitor.
• Na atividade 12 , explique à turma que o uso da palavra “nada” em destaque (negrito) na HQ é intencional e tem um objetivo estabelecido por seu autor. Ajude-os a perceber que o intuito é destacar a ironia apresentada quando o personagem indica que nada mudou em sua vida, considerando as semelhanças entre o passado e o presente, inclusive as consequências de suas ações: a censura recebida, que provavelmente é a mesma de quando era criança.
• Praticar a escrita por meio da produção de uma HQ
BNCC
• Com a produção da HQ e, posteriormente, a publicação dela na revista da turma, os estudantes desenvolvem a competência específica de Língua Portuguesa 3 , visto que produzem um texto multissemiótico, de forma autônoma, expressando suas ideias e conhecimentos.
• Na produção da HQ, ao analisar a intenção do texto e decidir a variedade e o estilo adequado à situação comunicativa, os estudantes desenvolvem a competência específica de Língua Portuguesa 5
• Ao produzir o texto e fazer as adequações conforme o contexto de produção e circulação do gênero, nesse caso a revista da turma a ser divulgada na comunidade escolar, os estudantes desenvolvem as habilidades EF69LP07 e EF69LP08
• A habilidade EF69LP51 é contemplada nesta seção, uma vez que os estudantes deverão considerar as etapas do processo de produção da HQ, bem como o assunto a ser abordado e a estrutura do gênero.
• Os estudantes são convidados a participar ativamente de todo o processo, desde a escolha entre narrativa ficcional e adaptação de texto em prosa com base em sua estrutura e discursos para a estrutura e estilo da HQ, desenvolvendo, assim, a habilidade EF67LP30
• Os estudantes são conduzidos a escrever, pontuar e revisar sua escrita, obedecendo às convenções da língua e utilizando recursos de coesão referencial, desenvolvendo as habilidades
EF67LP32 , EF67LP33 , EF06LP11 e EF06LP12
Você leu histórias em quadrinhos e conheceu algumas das principais características desse gênero textual.
Agora, você vai produzir uma história em quadrinhos para fazer parte de uma Revista de HQ da Turma, que, após finalizada, será doada à biblioteca da escola.
Confira, a seguir, um roteiro para a criação de sua HQ.
a. Escolha uma história (crônica, conto, fábula etc.) para recontá-la em forma de HQ, ou, se preferir, crie uma narrativa que tenha começo, meio e fim estruturados.
b. Defina quais serão os personagens da história e em que espaços ela vai ocorrer. Lembre-se de que a história pode se passar em mais de um espaço.
c. Faça um pequeno resumo da história escolhida, já apontando possibilidades de imagens para determinados momentos.
d. Use, como rascunho, folhas de sulfite e divida-as em quadros. Limite o número de quadrinhos a, no máximo, oito em cada página. Além disso, é interessante que sua história tenha apenas uma página, assim todas as HQs da revista terão o mesmo tamanho e facilitará a encadernação final da revista.
Dica
Lembre-se de que os quadrinhos não precisam apresentar o mesmo tamanho. Você é livre para fazer quadrinhos maiores, se necessário.
e. Pense nas imagens que vão compor a HQ e lembre-se de que, para complementá-las, podem ser empregados textos verbais (quando for necessário).
f. Com base no resumo que você produziu, organize a história pela quantidade de quadrinhos estabelecidos. Se necessário, aumente ou diminua os quadrinhos. Lembre-se de que os fatos devem ser os mais importantes e apresentar uma sequência lógica.
g. Pense nos tipos de balões que serão empregados. Se, em sua HQ, houver falas (monólogos, diálogos ou um narrador) ou expressão de pensamentos (verbal ou não verbal), eles podem ser bem variados e de acordo com a intenção das falas dos personagens.
h. O último quadro deve apresentar o desfecho da história e causar algum impacto: humor, surpresa, reflexão etc.
i. Para iniciar a produção, você poderá desenhar os personagens ou, se preferir, recortar de revistas ou jornais imagens de pessoas e/ou animais. Se necessário, recorra à internet.
• Incentive os estudantes a participar da criação da HQ envolvendo-os no planejamento, na estruturação, na revisão, na edição, na produção e na avaliação do texto, considerando a situação de produção (público-alvo, suporte, contexto de circulação, finalidade etc.).
• Inicialmente, leia com a turma o passo a passo das subseções Planejando o texto e Produzindo o texto , sanando dúvidas dos estudantes e explicando-lhes algum item quando necessário.
• Durante a produção, incentive os estudantes a compartilhar suas ideias, experiências e sentimentos, além de empregar a variedade e o estilo de linguagem adequados ao gênero HQ e à situação de produção referida.
Agora, em uma folha de sulfite ou cartolina, produza sua HQ. Leia algumas instruções.
a. Divida o espaço em branco de acordo com a quantidade de quadros de que você precisará. Se necessário, utilize uma régua para dividir exatamente a página.
b. Desenhe primeiro o cenário de cada quadro e, depois, inclua os personagens, respeitando a sequência dos acontecimentos. Lembre-se de que, normalmente, a ordem de leitura de uma HQ é da esquerda para a direita e de cima para baixo.
c. Caso opte por utilizar falas, pensamentos, indicar choros ou falas em uníssono, não se esqueça de deixar espaço para incluir os balões. Escreva a lápis o texto verbal (para poder adequá-lo à situação criada, se for o caso).
d. Nos balões, empregue fonte e letras expressivas, de acordo com as ações dos personagens e as entonações das falas. Se necessário, utilize onomatopeias, que podem ser desenhadas ou recortadas de revistas e gibis.
• A fim de facilitar a encadernação da revista, combine com os estudantes uma determinada medida para as histórias em quadrinhos: na Turma da Mônica, por exemplo, utiliza-se 13 × 21 cm
e. Se preciso, utilize legendas para contextualizar as ações dos personagens.
f. Dê um título criativo à HQ e escreva fim na parte inferior direita do último quadrinho.
Após finalizar a HQ, revise-a com base nas questões a seguir.
a. Os quadros são apresentados em sequência e possuem cenário e personagens?
b. As falas e os pensamentos aparecem em balões e/ou em legendas?
c. O último quadrinho revela o desfecho da história, causa um impacto no leitor e apresenta a palavra fim?
d. Foi dado um título criativo e interessante para a HQ?
Concluídas as histórias em quadrinhos, o professor vai dividir as tarefas para a organização de uma Revista de HQ da Turma. Um grupo deverá reunir as histórias produzidas e ordená-las, em ordem alfabética, de acordo com o título ou pelo nome dos autores.
Outro grupo ficará encarregado de produzir a capa (título, ilustrações, nome da escola, entre outras informações necessárias).
Depois de finalizada a revista de HQ, conversem sobre a atividade realizada, dizendo qual foi, na opinião de vocês, a história mais engraçada, a mais bem desenhada, a mais criativa e quais aspectos poderiam ser melhorados para uma próxima proposta.
• Um exemplar da revista de história em quadrinhos da turma deverá ser doado à biblioteca da escola para se tornar conhecido de toda a comunidade escolar. Contudo, é possível ampliar a proposta de divulgação e doar um exemplar da mesma revista para a biblioteca da cidade. Ou ainda verifique a possibilidade de impressão de algumas cópias para distribuir entre os estudantes, a fim de motivá-los a ler as HQs dos colegas, bem como a compartilhar com amigos, familiares e pessoas interessadas. Dessa forma , eles podem se sentir motivados a escrever mais textos e a se expressarem criativamente como autores.
28/07/2022 15:45:34
• Ler um meme e conhecer as características, o campo de atuação e a função sociocomunicativa desse gênero.
• Nesta seção, os estudantes desenvolvem as habilidades EF69LP03, EF69LP05 e EF67LP08 ao relacionar o texto verbal à imagem e perceber como o contexto de produção e o campo de atuação do meme conferem novo sentido à imagem e ao texto, causando humor.
• Ao utilizar seus conhecimentos prévios sobre o mundo digital e os memes para ler o exemplar apresentado e compreendê-lo como um elemento da realidade, os estudantes desenvolvem a competência geral 1
• Com a leitura e a compressão do meme, bem como a valorização e a fruição desse gênero, os estudantes desenvolvem a competência geral 3 , a competência específica de Linguagens 2 e a competência específica de Língua Portuguesa 3
Orientações
• Se for possível, leve os estudantes a um laboratório de informática a fim de explorar diferentes exemplares desse gênero em seu lugar legítimo de circulação. Converse com a turma a respeito da necessidade da cultura digital para o contato com esse gênero. Comente ainda que se trata de um gênero relativamente novo e aponte que a crescente popularização das mídias digitais tem consolidado cada vez mais novas práticas de linguagem, dando origem, assim, a gêneros como tweets, gifs e memes
• É válido destacar a
que a palavra meme tem nos dias atuais: tudo que pode se tornar viral na internet, isto é, que seja rapidamente compartilhado entre um número significativo de pessoas. Ressalta-se a importância da abordagem do gênero pela alta recorrência com que surge nas interações diárias, além de representar uma nova forma de expressão que, embora nasça no meio digital, traz consigo características intertextuais, híbridas e multissemióticas. Além disso, é um im -
Além de agilizar a comunicação entre as pessoas, a internet transformou a forma de comunicar. Nesse contexto, surgiram novos gêneros, como e-mails, tweets, postagens, memes, entre outros. Neste capítulo, estudaremos os memes. Confira um exemplo a seguir.
CURTIR COMENTAR COMPARTILHAR
ARTES Depressão, 5 fev. 2017. Disponível em: https://www.facebook.com/ArtesDepressao/ photos/a.196281473834625.41807.196260080503431/1087090401420390/?type=3&theater. Acesso em: 24 fev. 2022.
O primeiro uso da palavra meme ocorreu no campo das Ciências Biológicas, em 1976. Na época, o biólogo britânico Richard Dawkins (1941-) relacionou o termo ao gene e sua capacidade de se multiplicar em uma seleção natural por meio de informações e ideias transmitidas de pessoa a pessoa.
Dawkins apropriou-se do termo mimeme, do grego, "aquilo que pode ser imitado". A partir do ano 2000, a palavra ganhou destaque na rede, assumindo a definição pela qual é conhecida popularmente: meme é tudo que se propaga rapidamente na internet, seja uma imagem, um vídeo, uma hashtag, uma ideia, uma palavra ou uma frase.
portante gênero para promover o letramento digital em sala de aula. Assim, contempla-se um gênero que os estudantes, se já não utilizam em suas comunicações cotidianas, muito provavelmente utilizarão para se comunicar e se expressar.
• Oriente os estudantes a observar inicialmente os elementos não verbais do meme , ou seja, a imagem, comentando com os colegas o que estão percebendo na
cena. Posteriormente, solicite a eles que leiam o texto verbal e o associem à imagem, construindo assim o sentido do meme
• Após a leitura do boxe A origem dos memes , ressalte para os estudantes que, com o passar do tempo, os memes ficaram predominantemente carregados de efeitos de humor e ironia, além de serem repletos de intertextualidade.
1. Explique como é constituído o meme lido.
2. Você já conhecia esse meme? O que a leitura dele provocou em você?
3. Quais memes você conhece e a que eles se referem?
Resposta: O meme é constituído de linguagem verbal (palavras) e linguagem não verbal (imagem). Resposta pessoal. Resposta pessoal.
1. Onde foi publicado o meme lido? Em que outros lugares podemos encontrar memes?
Resposta: Na página Artes Depressão, veiculada em uma rede social. Em todos os meios digitais podem ser encontrados memes (blogs, vlogs, vídeos, postagens, comentários, mensagens via celular etc.).
Muitos memes são criados com base em acontecimentos cotidianos específicos. Por isso, eles surgem diariamente e são viralizados na internet.
2. O meme lido foi publicado no dia 5 de fevereiro. Que acontecimento comum no início do ano teria motivado a criação desse meme?
Resposta esperada: O início do ano letivo e a volta às aulas, muitas vezes tidas como não prazerosas, o que causa o desejo pelas férias de julho.
3. O que está sendo representado na imagem do meme?
Resposta: Uma mulher sentada em um quintal pensando.
4. O que a expressão facial e corporal da mulher sugere?
Possível resposta: Sugere que ela está reflexiva, pensativa.
5. A imagem empregada no meme representa a pintura intitulada Meditação, do pintor francês Charles Amable Lenoir (1860-1926). De que forma esse título se relaciona com a cena representada?
Resposta: A cena de uma mulher com postura corporal e expressão facial sugerindo reflexão reforça a ideia do título Meditação
1. Analise apenas a imagem do meme. Ela sugere uma situação séria ou descontraída, engraçada?
Resposta: Sugere uma situação séria, de meditação, reflexão.
2. Agora, analise a relação entre a imagem e o texto verbal. De que forma o texto verbal atribui outro sentido à pintura?
Resposta: Ao apresentar uma situação reflexiva comum aos estudantes no início do ano letivo (o desejo pelas férias de julho), o meme atribui um tom humorístico à pintura Meditação, inserindo-a em outro contexto, diferente daquele em que foi produzida.
3. Releia o texto verbal do meme
Minhas aulas ainda nem começaram... E eu já tô pensando nas férias de julho.
a. Identifique nesse trecho um exemplo de marca de oralidade.
Resposta: A redução da forma verbal estou: tô
b. Que efeito essa marca de oralidade atribui ao meme?
Resposta: O emprego de marca de oralidade aproxima o texto da forma descontraída de falar e de interagir no dia a dia.
Memes são textos que circulam em espaços digitais sendo rapidamente viralizados. Geralmente, são compostos somente de texto verbal, de texto verbal e texto não verbal ou apenas de texto não verbal. Os memes se referem a episódios cotidianos de destaque nas mídias, conferindo efeitos de humor, de ambiguidade, de crítica social, cultural ou até mesmo política.
169
• Na atividade 1 da subseção Conversando sobre o texto , é essencial levar os estudantes a perceber que o sentido só existe na interação entre texto verbal e imagem e na capacidade de inferir os contextos ressignificados trazidos para o meme • Ao explorar a atividade 2 , incentive os estudantes a expressar as sensações que o meme despertou neles. Caso eles não consigam mencioná-las, pergunte-lhes , por exemplo, se acharam o meme engraçado. Em seguida, peça a eles que expliquem o motivo disso, a fim de identificar os elementos que dão o efeito de humor ao texto.
• Na atividade 3 , leve os estudantes a se recordarem de alguns memes , citando alguns fatos do cotidiano. Se necessário, cite alguns famosos, como os dos dançarinos que carregam um caixão, do apresentador Fausto Silva com filtro que o transformou em criança, da personagem Nazaré Tedesco, do personagem Willy Wonka, entre outros.
• Para auxiliar os estudantes a realizar a atividade 1 da subseção Escrevendo sobre o texto , ressalte a importância de analisar com atenção as referências bibliográficas que acompanham os textos, pois apresentam as informações acerca de sua veiculação.
• Ao explorar a atividade 2 , leve os estudantes a perceber que esse meme, por ser relacionado ao início do ano letivo, é mais significativo em fevereiro, pois é nessa época que ocorre comumente o regresso às aulas, embora ele possa ser compreendido em qualquer momento, desde que o leitor consiga inferir o humor da situação retratada.
• Na atividade 1 da subseção Explorando a linguagem , se necessário, apresente outras pinturas clássicas, em que a expressão das pessoas retratadas seja diferente, a fim de que eles possam reconhecer nesse meme uma pessoa pensativa.
• Na atividade 2 , auxilie os estudantes a chegar à conclusão pretendida e destaque que essa é uma característica do meme : ressignificar as imagens utilizadas. É importante ressaltar para a turma que os elementos verbais e não verbais apresentam uma relação de de -
pendência, não sendo possível compreender plenamente o texto sem antes ler todos os detalhes de cada um desses elementos.
28/07/2022 15:48:18
• Já na atividade 3 , retome com os estudantes que a contração de palavras é uma marca da oralidade, como ocorre com os verbos estou (tô) e está (tá ), com a preposição para ( pra ) e com a expressão não é (né).
• Para desenvolver o que foi proposto nas atividades 3 , 4 e 5 , organize os estudantes em duplas ou trios, considerando seus diferentes perfis, e incentive os grupos a debater suas percepções acerca da imagem. Posteriormente, peça a um representante de cada grupo que apresente suas observações e as respostas aos questionamentos. Por fim, deixe que os estudantes avaliem as colocações, caso haja divergências, e reflitam sobre elas.
• Conhecer o recurso estilístico ambiguidade.
• Identificar a ambiguidade em textos.
• Refletir sobre o uso intencional da ambiguidade como recurso estilístico.
• Os estudantes desenvolvem as habilidades EF69LP03 e EF69LP05 ao identificar a ambiguidade e, a partir dela, perceber o efeito de humor.
• Ao ler e explorar os sentidos da tirinha, ampliando seus conhecimentos, os estudantes desenvolvem a competência específica de Linguagens 3 e a competência específica de Língua Portuguesa 3
Orientações
• Nesta seção, é explorada a construção da ambiguidade como um recurso estilístico, que contribui para a expressividade dos textos e, portanto, cria determinados efeitos estilísticos.
• Antes de iniciar o trabalho com essa página, empregue a estratégia Turn and talk , de modo que, em duplas, os estudantes conversem sobre seus conhecimentos prévios acerca da ambiguidade. Solicite a eles que anotem no caderno as hipóteses que levantaram a respeito desse conceito para retomá-las ao final da seção.
• Ao explorar a atividade 1, leve os estudantes a reconhecer que a tirinha do cartunista Alexandre Beck permite discutir a ambiguidade, mostrando-lhes que ela ocorre quando é quebrada a coerência de um mundo lógico reduzido no discurso, quebrando também a expectativa do leitor.
• O item d possibilita aos estudantes a recuperação de outras informações ao questionar o que motivou o adulto a compreender primeiro a palavra vendo do verbo vender e, só depois da explicação de Armandinho, compreender o sentido de ver Dessa forma , amplie a discussão a respeito da crítica ao consumo, por meio da ambiguidade.
1. Leia a tirinha a seguir.
a. Ao ler a placa que Armandinho segurava, que sentido o adulto inferiu do emprego da palavra vendo?
Resposta: O sentido de vender, ou seja, dispor de algo em troca de dinheiro.
b. No segundo quadrinho, Armandinho explicou o sentido com o qual usou a palavra vendo Que sentido é esse?
Resposta: A palavra vendo foi empregada por Armandinho para indicar que ele estava contemplando o pôr do sol.
c. Que efeito esse duplo sentido da expressão vendo pôr do sol causou na tirinha?
Resposta: O duplo sentido causou humor à tirinha.
d. Que crítica está implícita na atitude do adulto em querer saber o valor do pôr do sol?
Resposta esperada: Uma crítica à sociedade do consumo, mais preocupada com os bens materiais do que em contemplar a natureza.
Quando uma palavra apresenta duplo sentido, dizemos que ela é ambígua. A ambiguidade pode ocorrer em textos verbais e não verbais e constituir um recurso estilístico quando usada intencionalmente e de forma expressiva para a construção dos sentidos do texto.
Para fazer a leitura de qualquer texto, seja verbal ou não verbal, é sempre necessário fazer várias leituras.
Analise a imagem reproduzida ao lado. Qual é a primeira imagem que você vê? Agora, mude o foco do olhar, concentrando-se na outra cor utilizada na imagem. O que você conseguiu ver de diferente?
O recurso de construir uma imagem que permita duas possibilidades de leitura é denominado ambiguidade visual Esse recurso é empregado com frequência em imagens que pretendem despertar no leitor uma ilusão de óptica, ou seja, um “engano” aos olhos.
Imagem em que é possível observar ambiguidade visual.
sua cabeça, e a azul, suas orelhas. Mudando a percepção, é possível identificar um gato em cada uma das partes azuis. Se necessário, explique a eles que o texto Dog or cats?, presente na imagem, pode ser traduzido como Cachorro ou gatos?
1. Leia um trecho de uma letra de canção e verifique como a ambiguidade pode ser um recurso expressivo em textos poéticos.
A fé solúvel
[...]
Hoje eu não vivo só... em paz
Hoje eu vivo em paz sozinho
Muitos passarão
Outros tantos passarinho
Muitos passarão
[...] ANITELLI, Fernando. A fé solúvel. Intérprete: O Teatro Mágico. In : Entrada para raros Gravadora Independente, 2003. Faixa 17.
1. a. Resposta: “Hoje eu não vivo só... em paz”. A expressão só pode ser interpretada como o adjetivo sozinho, solitário – o eu lírico hoje não vive em paz sozinho; ou como o advérbio somente — que ele não vive somente em paz.
a. Identifique o verso que contém ambiguidade e explique quais leituras podem ser feitas a partir dele.
b. Explique como o eu lírico desfaz a ambiguidade e qual é o provável sentido desse verso.
Resposta: Ele desfaz a ambiguidade explicando que “Hoje eu vivo em paz sozinho”. Portanto, a expressão só, no verso anterior,
c. De que forma a ambiguidade contribui para a expressividade do texto?
2. Leia o diálogo na tirinha a seguir.
deveria ser interpretada como “Hoje eu não vivo somente em paz”.
• Ao explorar a atividade 1 da subseção Praticando , aborde com os estudantes o efeito que é conferido ao texto pelo uso das reticências no primeiro verso. Leve-os a concluir que elas são empregadas para gerar uma pausa que enfatiza a ambiguidade da expressão vivo só
• Enfatize a intertextualidade que a letra de canção faz com o poema “Poeminho do contra”, de Mario Quintana. Para isso, se possível, apresente-o à turma.
• Após apresentar à turma o poema de Quintana, questione-os sobre qual trecho da letra da canção dialoga com ele, permitindo que identifiquem a intertextualidade ocorrida entre o trecho da letra de canção “muitos passarão/outros tantos passarinho” e o trecho do poema “Eles passarão…/Eu passarinho!”.
• Na atividade 2 , caso algum estudante apresente dificuldade para compreender a tirinha, explique à turma que o sentido de algumas palavras sofre modificações conforme seu contexto de utilização, como ocorre com a palavra ponta empregada no diálogo da tirinha. Além dessa explicação, motive-os a observar os detalhes dos elementos não verbais para que possam compreender o que se passa na história.
1. c. Resposta: A ambiguidade contribui para a expressividade do texto ao quebrar a expectativa do leitor sobre o que se diz, construindo um novo sentido diferente do que se inferiu a princípio.
a. Que sentido possui a expressão tecnologia de ponta no primeiro quadrinho?
Resposta: Possui sentido de algo moderno, de última geração.
b. No terceiro quadrinho, aparece apenas a palavra ponta . Nesse caso, que sentido ela apresenta?
Resposta: O sentido dela é de parte extrema do objeto.
c. Por que a palavra ponta é usada na tira com sentidos distintos?
Resposta: Porque o personagem tenta disfarçar uma falha acidental de seu produto (foguete).
d. O que o emprego dessa dupla interpretação gera na tirinha?
Resposta: Gera humor.
e. Ao cair a ponta do foguete, o que está implícito sobre a qualidade da nave espacial?
Resposta: A queda da ponta da nave espacial evidencia que ela não é fruto de uma tecnologia tão avançada assim, já que uma parte dela caiu ao ser tocada pelo cientista.
28/07/2022 15:48:20
LAERTE. Classificados . São Paulo: Devir, 2001. p. 11.• Conhecer a classe gramatical dos verbos e suas flexões.
• Perceber os diferentes empregos dos modos verbais e seus efeitos de sentido.
• Explorar a variação geográfica ao reconhecer o emprego de variantes linguísticas nas formas verbais.
BNCC
• Os estudantes desenvolvem as habilidades EF69LP03 e EF69LP05 ao estudar a construção do humor e dos sentidos das HQs e das tirinhas desta seção.
• Desenvolve-se parcialmente a habilidade EF69LP55 com a exploração do uso de tu com verbo flexionado na 3 ª - pessoa como variedade regional.
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF06LP04 ao explorar a função e a flexão do verbo ao longo desta seção.
• A percepção do emprego dos modos verbais e dos efeitos de sentido que as flexões garantem ao texto permite aos estudantes desenvolver a habilidade EF06LP05
• Ao participar de um diálogo com os colegas a respeito de experiências relacionadas ao estado emocional, respeitando e valorizando a diversidade de perfis entre eles, os estudantes desenvolvem a competência geral 9
Orientações
• Para iniciar esta seção, ressalte aos estudantes que o verbo é uma classe de palavras muito importante na construção dos textos, pois, muitas vezes, ele é o elemento principal de um enunciado.
• Em relação às locuções verbais, é importante que os estudantes compreendam que nelas a ideia principal é apresentada pelo último verbo, o principal, que vem acompanhado de um verbo auxiliar (sem sentido próprio). Os verbos auxiliares mais comuns são: ser, estar, ficar, ir, haver e ter. Leve-os a compreender que os verbos auxiliares sofrem a flexão de acordo com o que se pretende expressar, enquanto os verbos principais se mantêm em uma forma nominal.
1. Nesta seção, começaremos a estudar os verbos. Para iniciar, leia a HQ a seguir, em que o personagem Marco vive um dia intenso.
a. Ao longo do dia, Marco praticou algumas ações. Quais?
Resposta: Ele acordou, foi para a escola, brincou no balanço, tomou sorvete, conversou com o dinossaurinho.
b. Explique de que forma ocorre o humor nessa HQ
Resposta: O humor ocorre quando, no antepenúltimo quadrinho, Marco comenta que o dia tinha sido muito gostoso, mas parecia que estava faltando alguma coisa. Em seguida, uma menina aparece e o derruba, esclarecendo a situação de que ele sentia falta.
Durante o dia, Marco praticou diversas ações, como acordar, estudar, brincar etc. As palavras que são usadas para indicar ações recebem o nome de verbos. Além de ação, os verbos podem expressar:
• fenômeno meteorológico ou da natureza: Chove muito em Manaus.
• estado: Valéria estava doente e ficou feliz com as visitas que recebeu. Nos exemplos anteriores, chove, estava e ficou são formas verbais. Na língua portuguesa, há expressões formadas por dois ou mais verbos, mas que expressam a ideia de apenas um. Leia alguns exemplos.
• Maurício estava estudando para a prova. (estudava)
• Raquel vai mudar de cidade no próximo ano. (mudará)
Note que uma ação pode ser expressa por mais de um verbo. Quando isso ocorre, essas expressões com dois verbos recebem o nome de locuções verbais. Nessas locuções, a ação que se quer manifestar é expressa pelo segundo verbo, e o primeiro é um verbo auxiliar.
• Para desenvolver a atividade 1 , oriente os estudantes a ler a HQ com atenção especial ao primeiro quadro, no qual aparece o título, e explique-lhes que se trata de uma espécie de cabeçalho. Após a leitura, comente com a turma que a história do personagem Marco costuma apresentar uma menina apaixonada por ele. Dessa forma , eles conseguirão entender melhor o fato gerador de humor no final do texto.
TAKO X. Marco: Marco e sua turma. São Paulo: FTD, 1995.Os verbos são palavras variáveis, isto é, sua forma varia em tempo (passado, presente e futuro), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo), pessoa (primeira, segunda e terceira) e número (singular e plural). Esse processo de modificação das formas verbais recebe o nome de flexão verbal
Flexão de tempo
1. Leia o poema a seguir.
Conjugação
Eu falo tu ouves ele cala.
Eu procuro tu indagas ele esconde.
Eu planto tu adubas ele colhe.
Eu ajunto tu conservas ele rouba.
Eu defendo tu combates ele entrega.
Eu canto tu calas ele vaia.
Eu escrevo tu me lês ele apaga.
SANT’ANNA, Affonso Romano de. Conjugação.
In : SANT’ANNA, Affonso Romano de. Intervalo amoroso e outras poesias . Porto Alegre: L&PM, 1999. p. 77. (Coleção L&PM Pocket).
© by Affonso Romano Sant’Anna.
Ajunto: reuno coisas, dinheiro, por exemplo.
a. De que forma o eu lírico apresentou os personagens do poema?
Resposta: Por meio dos pronomes pessoais eu, tu, ele
b. Analise as formas verbais empregadas no primeiro e no terceiro verso de cada estrofe. Explique que sentido elas expressam entre si.
Resposta: As formas verbais do primeiro e do terceiro verso expressam ideia de oposição.
c. As formas verbais do poema indicam que tipo de ação? Escreva a afirmativa correta.
A. B.
Ações que já aconteceram.
Resposta: B.
Ações que estão acontecendo.
Ações que ainda acontecerão. C.
1. d. Resposta: As ações expressas pelas formas verbais sugerem que há conflito entre o eu e o ele. Ao empregar verbos que expressam ações que ainda estão ocorrendo, sugere-se que esse conflito ocorre de forma constante.
d. O que as ações expressas pelas formas verbais sugerem entre o eu e o ele?
e. O eu lírico expressou as ideias, os sentimentos e as sensações por meio da conjugação de alguns verbos. Que ideia ele transmite com esse recurso?
Resposta: O eu lírico enfatiza a relação entre as ações de eu, tu e ele.
• Informe aos estudantes que as flexões são variações na forma das palavras que estão relacionadas às funções gramaticais. O verbo é a classe de palavras que mais possui formas flexionadas. Para melhor explorar a flexão verbal com os estudantes, destaque para eles as que achar mais apropriadas neste momento.
› Pessoa : 1ª, 2ª - e 3ª -
› Número: singular e plural.
› Modo: indicativo, subjuntivo e imperativo.
› Tempo : presente, passado (ou pretérito) e futuro.
› Voz : ativa, passiva e reflexiva.
• Na atividade 1 , para facilitar a compreensão do poema, escolha três estudantes para lerem o texto de forma dramatizada. Oriente-os a escolher um para ler os versos em que aparece o pronome eu , outro, tu , e o terceiro, ele . Caso julgue pertinente, desenhe na lousa uma situação comunicativa em que haja o falante (eu), o ouvinte (tu) e uma outra pessoa ou elemento a respeito do qual eles estão falando (ele/ela).
• Depois de explorar com os estudantes a atividade 2 , que explicita a flexão verbal de tempo, apresente a eles o boxe que conceitua os três tempos verbais.
• Com relação ao tempo presente, reforce que nele as formas verbais situam o evento de que se fala no momento em que se fala. Em geral, esses eventos são simultâneos ao momento da produção do discurso. Exemplo: Estou lendo um livro interessante. No entanto, leve os estudantes a compreender que o tempo presente também pode ser empregado para expressar outros tipos de eventos já ocorridos ou que ocorrerão, como em ações habituais: Faço aula sobre o uso de planilhas duas vezes por semana.
• Quanto ao presente histórico, explique aos estudantes que a intenção de seu uso é narrar fatos passados, atribuindo a eles atualidade e aproximando-os do leitor. Exemplo: Em 1808, a vinda da família real ao Brasil provoca profundas modificações na organização social e política da nação.
• Leve os estudantes a compreender que o presente também pode indicar um evento a ser realizado em um futuro próximo, como “No próximo fim de semana vou ao teatro”.
• Ao desenvolver a atividade 1 do conteúdo Flexão de pessoa e número, evidencie aos estudantes que a palavra canto pode ser ao mesmo tempo verbo e substantivo. Se necessário, retome com eles essas classes de palavras. No item b , leve a turma a perceber que há um jogo entre dois verbos de mesmo radical.
• Caso eles tenham dificuldade, ajude-os a perceber as pessoas do discurso ao reescrever o poema como proposto na atividade 2 . Por exemplo, pergunte-lhes quem, no 1o- verso, desempenha a ação da forma verbal canto. Por meio desses questionamentos, os estudantes podem identificar todas as pessoas do discurso que foram omitidas. Ressalte que essa omissão foi produzida intencionalmente para dar ritmo ao texto.
2. Agora, leia estes versos e compare-os com os versos da primeira estrofe do poema.
Que diferença se pode observar em relação à ideia de tempo expressa por essas formas verbais?
Resposta: Eles transmitem a ideia de ações que já aconteceram e que não estão ocorrendo mais, diferentemente da primeira estrofe do poema, que mostra ações que ocorrem no momento em que o eu lírico fala.
Os verbos identificam o tempo em que uma ação acontece. Na língua portuguesa, há, essencialmente, três tempos verbais. Conheça-os.
• Pretérito (passado) – indica uma ação ocorrida antes do momento em que se fala.
• Presente – indica uma ação que ocorre no momento em que se fala. É importante destacar que uma forma verbal no presente também pode expressar uma ação que ocorrerá no futuro, como em: “Volto na hora do almoço”. Nesse exemplo, o uso do tempo presente dá certeza ao interlocutor de que tal fato ocorrerá. Ele pode também indicar uma ação habitual constante, como em “Nado todas as manhãs”, “Almoço ao meio-dia”. Ele ainda pode ser usado para expressar uma ação passada no lugar do pretérito, como em “Cabral e sua esquadra atracam em Porto Seguro em 1500.”
• Futuro – indica uma ação que vai ocorrer após o momento da fala.
1. O poema a seguir foi construído por meio da flexão de dois verbos. Leia-o.
Canto que o canto encanta, assim cantamos, Canta que com encanto a todos cantaste, Encanta que com o canto a todos encantamos, Em qualquer canto, todo o seu canto de encantamento me encantaste.
1. b. Possível resposta: A ideia de que existe uma relação de canto e encanto entre duas pessoas (eu lírico e interlocutor). O eu lírico revela que encanta com o canto e deseja que o interlocutor cante e também encante. Por fim, o eu lírico revela que se encantou pelo canto do interlocutor.
YIDA, Vanessa. En(cantamento). Tatiquetatibitate , 30 set. 2013. Disponível em: http://tatiquetatibitate.blogspot. com/2013/09/encantamento.html. Acesso em: 24 fev. 2022.
a. Que verbos foram empregados na construção desse poema?
Resposta: Cantar e encantar
b. Que ideia o uso desses dois verbos flexionados transmite ao texto?
2. No poema, foram omitidos os pronomes que representam as pessoas do discurso que praticam as ações expressas pelas formas verbais. Reescreva o poema, incluindo os respectivos pronomes.
Resposta: Eu canto que o canto encanta, assim nós cantamos / Canta tu que com encanto a todos tu cantaste / Encanta tu que com o canto a todos nós encantamos / Em qualquer canto, todo o seu canto de encantamento me encantaste.
3. Quais formas verbais do poema estão no singular e quais estão no plural? A quais pessoas elas se referem?
Resposta: Singular: canto (primeira), encanta (terceira), canta (segunda), cantaste (segunda), encanta (segunda), encantaste (segunda). Plural: cantamos (primeira), encantamos (primeira).
4. O que a repetição dos verbos cantar e encantar confere ao poema?
Resposta: Confere ritmo.
Os verbos podem ser flexionados de acordo com a pessoa do discurso (primeira, segunda ou terceira) e com o número (singular ou plural).
• Aproveite a atividade 3 para mostrar aos estudantes a importância da concordância verbal e de se observar a flexão de pessoa e de número para que haja concordância entre sujeito e verbo.
• Na atividade 4 , solicite aos estudantes que leiam o texto em voz alta para que possam sentir o ritmo do poema.
Reflexão sobre o uso da língua: o uso do pronome tu
1. Leia a tirinha a seguir para conhecer como o tu é usado em algumas regiões.
a. O que motivou o cachorro e o personagem Xaxado a subirem na árvore?
Resposta: O fato de ter um boi bravo por perto.
b. No segundo quadrinho, ao se dirigir ao cachorro, que pronome Xaxado empregou? Esse pronome está em que pessoa do discurso?
Resposta: O pronome você, que está na segunda pessoa do singular, a pessoa com quem se fala.
c. Que forma verbal acompanha esse pronome? Ela está flexionada em que pessoa do discurso?
Resposta: A forma verbal subiu, que está flexionada na terceira pessoa do singular.
• Antes de iniciar as atividades, retome com os estudantes os pronomes pessoais do caso reto e os pronomes de tratamento. Converse com eles a respeito da origem do pronome você , evidenciando o processo de mudança linguística. Na sequência, ao propor a atividade 1 , ressalte que, conforme a região do Brasil, é mais comum os falantes empregarem o pronome pessoal do caso reto tu em vez do pronome você . Ao final dessa atividade, retome o conceito de variação linguística e discuta com eles a respeito da importância de combater toda e qualquer forma de preconceito linguístico.
d. Reescreva a fala de Xaxado como se fosse você quem estivesse falando com o cachorro. Houve diferença entre a sua fala e a de Xaxado? Por quê?
Resposta pessoal. Dependendo da região em
que os estudantes vivem, eles podem ter escrito o texto da mesma forma que Xaxado ou empregado o pronome tu no lugar de você
e. O que isso permite concluir?
Resposta: É possível concluir que, dependendo da região em que as pessoas vivem, elas empregam ora o tu, ora o você. Quando empregam o tu, muitas vezes, o verbo não é conjugado na segunda pessoa, mas sim na terceira pessoa.
Em alguns estados do Nordeste e do Sul e no Rio de Janeiro, é comum o uso do pronome tu para referir-se à pessoa com quem se fala e, muitas vezes, o verbo não concorda com ele. Em outras regiões, é mais comum o emprego do pronome você, e o verbo que o acompanha é conjugado em terceira pessoa, embora também se refira à segunda pessoa do discurso. Essa variação no emprego do pronome recebe o nome de variação geográfica
1. Leia, na tirinha a seguir, uma conversa entre o menino Calvin e seu amigo Haroldo.
• Na atividade 1 do conteúdo Flexão de modo , leve os estudantes a observar os verbos utilizados no último quadrinho da tirinha e questione-os sobre a possibilidade de reescrever as falas empregando outros modos verbais.
a. De acordo com Calvin, o que a pose com ar contemplativo indica?
Resposta: A pose indica que a pessoa parece responsável.
b. O que é possível concluir sobre o comportamento de Calvin no dia a dia?
Resposta: Calvin é um menino brincalhão e, por sua fala, não tem uma infância que imagina ser a de um adulto responsável.
• Após trabalhar com os estudantes o emprego do pronome tu , proponha-lhes uma atividade a fim de aprofundar esse assunto e avaliar a compreensão da turma em relação a ele. Para isso, solicite a eles que releiam a seguinte fala de Xaxado no 2o- quadrinho: “Como foi que você subiu?”. Chame-lhes a atenção para o fato de que
Xaxado se dirige ao cachorro e, portanto, em um diálogo com um interlocutor, ele deveria empregar a 2 ª - pessoa. Depois, oriente-os a pronunciar essa fala trocando você por tu . Em seguida, aponte o sentido expresso em cada uma das frases, de modo que eles percebam que não há diferença de sentido no uso dos dois pronomes, reforçando os conceitos de variação regional: tanto o pronome tu quanto o pronome você podem
15:48:21
ser usados para se referir à pessoa com quem se fala. Além disso, destaque também que, em determinados contextos, a flexão do verbo com o pronome tu não ocorre segundo o que recomenda a gramática normativa, o que é permitido em situações que não exigem formalidade.
CEDRAZ, Antonio. Xaxado ano 2 . Salvador: Estúdio Cedraz, 2005. p. 17. WATTERSON, Bill. Calvin. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 19 nov. 2002. Caderno 2, p. 38. © 2018 Cedraz/Ipress Calvin & Hobbes, Bill Watterson © 1992 Watterson/Dist. by Andrews McMeel Syndication• No item c da atividade 1 , utilizando como base a tirinha de Calvin, leve os estudantes a inferir o efeito de sentido produzido pela ironia do personagem. Com isso, inicia-se o trabalho com os modos verbais, destacando que Calvin revela suas intenções pela modalização verbal adequada ao contexto de suas ações.
• Leia com a turma o boxe que apresenta os modos verbais. É importante que os estudantes conheçam as características básicas dos modos verbais, pois o modo subjuntivo é mais recorrente em períodos compostos, conteúdo que será estudado posteriormente.
• Reforce aos estudantes que textos jornalísticos informam aos leitores fatos, por isso o modo indicativo é mais utilizado. No entanto, explique-lhes que, quando algum acontecimento ainda não foi totalmente apurado por razões diversas, é comum a cautela, recorrendo-se então ao modo subjuntivo.
• Destaque aos estudantes que o modo imperativo é mais utilizado em textos instrucionais, que orientam como algo deve ser feito: manual de instruções, bula de remédio, receita culinária, entre outros. Se possível, peça-lhes que se reúnam em grupos e pesquisem exemplos desses gêneros para que os verbos e seus efeitos de sentido sejam analisados.
• Volta ndo à tirinha de Xaxado, faça na lousa, com a participação oral dos estudantes, a conjugação do verbo subir no pretérito perfeito, tempo em que ele foi empregado no 2o- quadrinho (eu subi , tu subiste , ele/ você subiu , nós subimos , vós subistes , eles subiram). Destaque, ainda, que, ao ser conjugado na segunda pessoa, o verbo subir tem a forma verbal subiste e, ao ser conjugado com o pronome você , apresenta a forma verbal subiu , conforme apareceu na tirinha. Finalize essa exploração destacando que a variedade culta/padrão não vê com “bons olhos” o uso do tu com o verbo na 3 ª - pessoa.
• Na atividade 1 do conteúdo Infinitivo e conjugação ver bal , oriente a leitura das frases e solicite aos estudantes que localizem o sujeito com o qual o verbo
c. Analise as formas verbais destacadas nas falas de Calvin a seguir.
Toma, tira uma foto minha, tá bem?
É que caso eu decida levar uma vida responsável [...].
As formas verbais destacadas exprimem as diferentes intenções de Calvin ao falar com Haroldo. Quais das formas verbais expressam:
• um pedido de Calvin?
Resposta: Toma,
• uma hipótese de que ele tomará determinada atitude no futuro?
Resposta: Decida.
Podemos usar formas verbais diferentes para indicar pedido, hipótese ou convicção. As diferentes formas de indicar essas maneiras de um fato se realizar recebem o nome de modos verbais. Existem três modos verbais:
• Imperativo: expressa ordem, pedido, conselho, orientação ou súplica e apresenta duas formas: o afirmativo e o negativo. Exemplo: Confie em mim! Não acredite nele.
• Subjuntivo: expressa incerteza, dúvida ou hipótese e apresenta três tempos verbais: o presente, o pretérito imperfeito e o futuro. Exemplo: Talvez eu esclareça a sua dúvida.
• Indicativo: expressa certeza, convicção e apresenta seis tempos verbais: presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente e futuro do pretérito. Exemplo: Viajarei na próxima semana!
O modo verbal imperativo pode ainda ser representado pela forma infinitiva do verbo. Exemplo: Não pisar na grama!
1. Leia as frases a seguir.
Os professores dizem que os estudantes precisam estudar mais.
Os estudantes preferem videogames, e os livros perdem espaço.
As crianças brincaram e depois puseram os brinquedos na caixa. Todos sorriram quando o bebê falou pela primeira vez.
a. Quem realizou as ações expressas pelas formas verbais destacadas?
b. Consulte um dicionário, identifique como cada uma dessas formas verbais aparece registrada e reescreva-as, observando suas terminações.
Na língua portuguesa, os verbos pertencem a três conjugações e é por meio da forma infinitiva que identificamos cada uma delas:
• primeira conjugação: verbos terminados em -ar: perguntar, comprar, amar;
• segunda conjugação: verbos terminados em -er; -or: dizer, querer, pôr;
• terceira conjugação: verbos terminados em -ir: preferir, sorrir, insistir, partir.
O verbo pôr e aqueles que dele derivam (compor, dispor, supor, propor, entre outros) pertencem à segunda conjugação porque a forma antiga de pôr era poer
estabelece relação de concordância. Reforce a necessidade de, segundo a norma-padrão, o verbo sempre concordar com o sujeito.
1. Leia as manchetes a seguir. Disponível em: https://veja.abril. com.br/brasil/neva-em-curitiba-e -em-mais-de-120-cidades-do-sul/.
Neva em Curitiba e em mais de 120 cidades do Sul
Pesquisador brasileiro ganha prêmio equivalente a ‘Nobel’ de matemática
Disponível em: https://g1.globo.com/educacao/ noticia/2014/08/pesquisador-brasileiro-ganha -premio-equivalente-nobel-de-matematica.html.
Acesso em: 24 fev. 2022.
1. a. Resposta: As manchetes divulgam fatos que merecem destaque.
Acesso em: 24 fev. 2022.
a. As manchetes de jornais costumam divulgar qualquer tipo de fato ou os que merecem destaque?
1. b. Resposta: A forma verbal da manchete A expressa um fenômeno da natureza (nevar). A forma verbal da manchete B expressa uma ação (ganhar).
b. Identifique o que as formas verbais em destaque nas manchetes expressam.
c. Em que tempo verbal estão essas formas verbais? De que forma elas se relacionam com o objetivo das manchetes?
Resposta: As formas verbais estão no presente. O tempo verbal se relaciona ao objetivo da manchete de anunciar fatos recentes.
2. Leia uma pergunta enviada por uma criança a uma revista e a resposta a ela.
Por que quando vamos falar com quem gostamos ficamos com vergonha e o coração dispara? (A., 10, por e-mail )
Porque o cérebro identifica a imagem da pessoa como um estímulo e libera várias substâncias químicas, ligadas à sensação de prazer, que mexem com o sistema nervoso. Como consequência, o batimento cardíaco acelera, você pode ficar vermelho, começar a suar, sentir as mãos trêmulas e até um friozinho na barriga.
POR QUE quando vamos falar com quem gostamos ficamos com vergonha e o coração dispara? Recreio, São Paulo: Editora Caras S/A. , ano 14, n. 755, 28 ago. 2014. p. 5.
a. Você já teve a sensação relatada no texto? Em que momentos isso costuma ocorrer? Comente com os colegas.
Resposta pessoal.
b. Na pergunta da criança, há uma locução verbal. Escreva-a indicando que ideia ela expressa: de algo que já aconteceu ou que está acontecendo.
Resposta: Vamos falar. Algo que está acontecendo.
c. Em alguns casos, uma locução verbal pode ser substituída por um único verbo, sem mudança de sentido na frase. Isso é possível na locução identificada?
Resposta: Sim. A locução vamos falar poderia ser substituída por falamos
gas as situações vivenciadas por eles. Diga-lhes que tais sensações são comuns, seja perto das pessoas de quem gostamos, seja em momentos mais formais, como em uma apresentação de teatro na escola ou em uma declamação de poema em um sarau. Permita-lhes que fiquem à vontade para comentar somente o que acharem necessário. Ao propor os itens b e c da atividade 2 , se julgar necessário, retome com os estudantes o conceito de locução verbal e como ela se forma
• No item a da atividade 1, solicite aos estudantes que relembrem outras manchetes já lidas, ou selecione e apresente a eles algumas manchetes do dia veiculadas em um jornal adequado à faixa etária deles. Solicite-lhes que comparem essas manchetes com as apresentadas nessa página a fim de verificar se os fatos divulgados são recentes ou se já ocorreram há muito tempo. • Quanto ao verbo nevar, trabalhado no item b da atividade 1 , leve os estudantes a compreender que, ao exprimir fenômenos da natureza, os verbos impessoais são invariavelmente usados na 3 ª - pessoa do singular, flexionando-se apenas de acordo com o tempo. Contudo, ressalte que essa impessoalidade é quebrada em situações de uso literário (a chamada “licença poética”) e em expressões da oralidade, como em “eu anoiteci em casa” (sentido de passar a noite em casa) ou em “ela chove lágrimas de tristeza” (sentido de chorar em abundância).
28/07/2022 15:50:01
• Após explorar o modo verbal nos textos jornalísticos, auxilie os estudantes a compreender, com base no item c da atividade 1 , a importância do tempo em textos desse gênero. Assim, possibilite um momento para que eles reflitam acerca de os tempos verbais estarem no presente, mesmo que as notícias publicadas pelo jornal sejam de fatos que já ocorreram. Incentive-os a levantar hipóteses sobre os motivos de os verbos estarem no presente. Explique-lhes que a divulgação de fatos recentes, como nas manchetes, liga-se à ideia de tempo presente que não se subdivide, como o pretérito, pois a objetividade da notícia não se presta a abrir possibilidades. Diferentemente de um conto, que coloca, geralmente, seus personagens e situações em tempos passados ou futuros, o momento em que se fala (ou se escreve) de um texto jornalístico é sempre o de hoje e o de agora.
• Ao desenvolver a atividade 2 , possibilite aos estudantes um momento para comentar suas respostas e partilhar suas vivências. Ao explorar o item a da atividade 2 , incentive os estudantes a comentar com os cole -
A. B.• Ao abordar o item a da atividade 3 , explique aos estudantes que, nesse contexto, o presente possui uma característica atemporal, isto é, a ação de ficar com vergonha e com o coração disparado é comum em situações como a apresentada. Destaque a eles que há outros verbos auxiliares implícitos nas orações subsequentes, como [ pode] começar, [ pode] sentir
• Ao explorar o item b da atividade 3, chame a atenção dos estudantes para a mudança dos verbos de todas as orações em que o verbo auxiliar está implícito. Leve-os a compreender as diferenças de sentido entre o trecho original e o reescrito, este sem verbo auxiliar, e como podemos mudar de uma situação possível para uma concreta, certa.
• Na atividade 4 , questione os estudantes sobre os motivos de os bilhetes apresentarem diversos tempos verbais. Se necessário, peça a eles que contextualizem as situações descritas para que reconheçam quando as ações indicadas pelos verbos ocorreram e a ordem delas.
• Durante a correção da atividade 5 , reforce para os estudantes que os verbos no passado utilizam a terminação - ram , enquanto, no futuro, - rão . Explique à turma que, na fala, a pronúncia dessas terminações são parecidas, o que exige mais atenção no momento de escrevê-las, para que não ocorra influência da oralidade nos registros escritos.
• Na atividade 6 é trabalhado um trecho da série infantojuvenil Diário de um Banana , composta de diversos volumes, escrita pelo cartunista estadunidense Jeff Kinney. Pergunte aos estudantes se conhecem esses livros e comente que um dos volumes foi adaptado para o cinema. Oriente-os a assistir ao filme a fim de que conheçam melhor os personagens dessa série.
3. Releia o seguinte trecho do texto da atividade anterior. Como consequência, o batimento cardíaco acelera, você pode ficar vermelho, começar a suar, sentir as mãos trêmulas e até um friozinho na barriga.
a. Que locução verbal foi empregada para expressar a ideia de possibilidade de ficar com a pele avermelhada nessa situação?
Resposta: A locução verbal pode ficar
b. Reescreva o trecho transmitindo uma ideia de certeza de que a pessoa fica com a pele avermelhada nessa situação
Resposta: Como consequência, o batimento cardíaco acelera, você fica vermelho, começa a suar, sente as mãos trêmulas e até um friozinho na barriga.
4. Leia os bilhetes e analise os verbos flexionados em diferentes tempos verbais.
Caros hóspedes, Saí com minha sobrinha para visitar um parente. Volto na hora do almoço. Fiquem à vontade.
Tia Ambrósia
Tia, Acordei tarde e a senhora já tinha saído. Vou passar o dia no laboratório. Chego no fim da tarde. Beijos. Nicolino
FURNARI, Eva. Operação Risoto. São Paulo: Ática, 1999. p. 22. Qual é o tempo verbal de cada uma das formas verbais ou locuções verbais destacadas?
5. Leia as frases a seguir, em que o verbo reunir foi empregado no pretérito e no futuro. Ontem, os estudantes se reuniram para fazer o trabalho. Amanhã, eles se reunirão para continuá-lo. Agora, escreva no caderno as frases a seguir, substituindo os ■ pelos verbos entre parênteses, flexionando-os adequadamente.
4. Resposta: Saí: passado; volto: presente com valor de futuro; fiquem: presente; acordei: passado; tinha saído: passado; vou passar : futuro; chego: presente com valor de futuro.
a. Ontem os meninos do basquete ■ por um ponto de diferença. Amanhã, certamente, ■ por muito mais. (vencer)
Resposta: Venceram/vencerão.
b. Semana passada, os jornais ■ notícias sobre a crise internacional. Semana que vem, ■ algo mais. (publicar)
Resposta: Publicaram/publicarão.
6. Leia um trecho do livro Diário de um banana , escrito pelo personagem Greg.
Hoje foi a festa de aniversário do Rowley, no shopping. Tenho certeza de que teria me divertido muito se tivesse sete anos de idade.
Essa era a média da idade das crianças na festa do Rowley. Ele convidou toda a sua equipe de caratê, e a maioria desses garotos ainda está nos primeiros anos do ensino fundamental. Eu só gostaria de ter sabido antes que iria ser assim, para poder faltar na festa.
KINNEY, Jeff. Diário de um banana : Rodrik é o cara. Tradução: Antonio de Macedo Soares Cotia. São Paulo: Vergara e Riba Editoras, 2009. p. 67-68
a. O que fez Greg ficar incomodado na festa a ponto de desejar não ter ido?
Resposta: Na festa só havia crianças mais novas do que ele.
b. Por qual motivo Greg relatou essas informações em seu diário?
Resposta: Ele fez isso para desabafar.
7. Releia o trecho do diário da atividade 6, atentando para as formas verbais empregadas nele.
a. Quando o texto do diário estava sendo escrito, a festa já tinha acabado ou estava acontecendo?
Resposta: A festa já tinha acabado.
b. Que formas verbais do texto marcam essa situação temporal da festa?
Resposta: As formas verbais foi e convidou, no pretérito perfeito, usadas para indicar fatos já concluídos.
8. Leia a receita a seguir, que mostra como se faz uma cocada de coco verde.
Ingredientes
2 xícaras (chá) de água de coco
1 quilo de açúcar cristal
Coco ralado de dois cocos verdes
Cravo-da-índia
Modo de fazer
Numa panela de fundo grosso, coloque a água de coco, o açúcar, os cravos e mexa um pouco. Leve ao fogo e deixe ferver. Adicione o coco ralado e cozinhe em fogo alto por aproximadamente 20 minutos, mexendo de vez em quando.
O ponto será atingido quando a mistura ficar cremosa.
a. Com que objetivo uma receita é produzida?
Resposta: Para orientar os leitores sobre como preparar um prato.
b. A receita apresentada foi organizada em duas partes. Quais são essas partes?
Resposta: Ela foi organizada em: Ingredientes e Modo de fazer
c. Em qual parte há predominância de verbos que orientam as ações do leitor na preparação do prato? Identifique e escreva as formas verbais usadas para isso.
Resposta: No Modo de fazer Coloque, mexa , leve, deixe, adicione, cozinhe
d. Em que modo verbal estão as formas verbais que orientam as ações?
Resposta: No modo imperativo.
e. Por que em receitas é comum o emprego de verbos nesse modo verbal?
Resposta: Porque as receitas orientam os leitores a como preparar os pratos.
9. Algumas formas verbais da primeira pessoa do plural são iguais quando conjugadas no pretérito e no presente. Nas frases a seguir, indique o tempo das formas verbais destacadas.
a. Todos os dias, nós lemos um conto para as crianças antes de dormir.
Resposta: Presente.
b. No mês passado, nós lemos um livro de contos folclóricos brasileiros na escola.
Resposta: Pretérito.
c. Ontem, eu e meus irmãos emprestamos vários livros para nossos primos.
Resposta: Pretérito.
d. Eu e minhas amigas sempre emprestamos livros da biblioteca para ler.
Resposta: Presente.
e. Eu e minha família viajamos para o sítio dos meus avós todos os meses.
Resposta: Presente.
f. Ano passado, nós viajamos para a praia com nossos tios.
Resposta: Pretérito.
• Para ampliar o estudo do modo imperativo, mostre aos estudantes que a forma infinitiva do verbo também pode cumprir a mesma função desse modo.
• Para desenvolver a atividade 7, retome com os estudantes as terminações verbais características do presente, do passado e do futuro, a fim de que eles possam reconhecer quais delas foram empregadas no relato do diário.
• Na atividade 8 , para os estudantes compreenderem melhor o uso do modo imperativo, comece a atividade questionando-os sobre o objetivo do gênero textual receita. Leve-os a percebê-lo como um texto destinado a orientar alguém sobre como preparar um alimento. Dessa forma , eles conseguirão compreender a função do modo verbal imperativo. Ao final, auxilie-os a relembrar outros gêneros que empregam esse modo verbal, como a receita, relacionando seu uso à ideia transmitida pelo imperativo. Para ampliar essa percepção, liste na lousa alguns gêneros injuntivos nos quais o emprego desse modo é recorrente e expressivo: manuais de instruções, bulas de medicamentos, regras de jogo, anúncios publicitários e de propaganda, regulamentos e regimentos etc.
• Na atividade 9 , ressalte para os estudantes a importância de compreenderem toda a mensagem da frase para que percebam em qual tempo verbal as formas verbais foram empregadas. Auxilie-os a encontrar nas frases elementos que indiquem o tempo em que as ações ocorreram, como os advérbios e as locuções adverbiais.
28/07/2022 15:50:01
• Pesquise outras receitas e leia-as com a turma. Chame a atenção dos estudantes para as formas verbais empregadas nos modos de fazer e peça-lhes que indiquem os sentidos delas e a forma em que estão (imperativo ou infinitivo).
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Alimentos regionais brasileiros . Brasília: Ministério da Saúde, 2002.Objetivos
• Ler outro meme e identificar as características e a função sociocomunicativa desse gênero.
• Ao analisar as imagens e relacioná-las ao texto verbal para construir os sentidos expressos no meme e o humor, os estudantes desenvolvem as habilidades EF69LP03 e EF69LP05
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF67LP08 ao verificar a relação de sentido entre o texto verbal e o não verbal, bem como a escolha pela disposição das imagens em close e pela construção do meme em cenas.
• Aproveite o trabalho com um novo exemplar de um gênero já explorado com os estudantes para avaliar o desenvolvimento deles. Para isso, relembre os conhecimentos que eles possuíam a respeito do gênero meme antes de iniciar o trabalho com esta unidade. Recorde também o conhecimento que eles adquiriram ao ler e compreender um exemplar desse gênero na seção Leitura , a fim de verificar se eles utilizarão esses conhecimentos prévios e adquiridos durante o trabalho com essa seção. É essencial que os estudantes percebam que o sentido e o humor do meme se constroem na relação entre os recursos verbais e não verbais. Além disso, leve-os a constatar que o meme não possui apenas o intuito de fazer rir, mas também de crítica social, política ou cultural ao satirizar fatos e eventos cotidianos.
• Oriente os estudantes a ler o texto silenciosamente, verificando se eles reconhecem que precisam ler o texto verbal e relacioná-lo ao visual.
• Na atividade 1 , destaque a importância do resgate do contexto sociocultural para a construção do sentido do texto. Promova uma discussão para os estudantes compreenderem que uma pessoa que nunca viu a situação de um cachorro correndo atrás de uma pessoa que está andando tranquila por uma rua não vai conseguir entender a brincadeira feita no meme
Como você já estudou, uma das características do meme é abordar situações do cotidiano que serão rapidamente compreendidas pelo leitor de forma satírica e bem-humorada. Que situação cotidiana você imagina que é apresentada no meme a seguir? Leia-o para conferir!
PALAVRINHAS. Disponível em: http://www.palavrinhas.org/2018/09/blog-post.html. Acesso em: 24 fev. 2022.
1. Após a leitura do meme, o que você imaginou sobre a situação cotidiana apresentada se confirmou? Comente com os colegas.
2. Onde o meme foi publicado? Resposta pessoal. Resposta: O meme foi publicado na página de um blog
• Para que os estudantes respondam à atividade 2 , reforce a importância das referências bibliográficas dos textos como importantes fontes de informação acerca da veiculação dos materiais lidos.
3. O meme, por ser um texto que circula com frequência em redes sociais, pode ser curtido, comentado e compartilhado.
a. Nas redes sociais, há diversas formas de curtir uma postagem e expressar nossa opinião. Quais dos ícones a seguir você usaria para expressar o que achou desse meme?
Resposta pessoal.
Ilustrações: Camila Ferreira/ Arquivo da editora
b. Nas redes sociais, também é possível fazer comentários sobre postagens. Escreva um comentário sobre esse meme
Resposta pessoal.
4. Que imagens são destacadas em cada cena?
5. Na segunda cena, há um close (aproximação) na expressão facial do cachorro. Qual é a relação entre essa cena e o texto verbal que a acompanha?
Resposta: A ênfase da cena na expressão facial do
cachorro evidencia a informação do texto verbal (um cachorro que aparece de repente).
6. O que a expressão facial da gata indica em cada cena em que aparece? Que efeito essa mudança da expressão facial causa no leitor?
Resposta: Na primeira cena, a gata está com expressão serena, de tranquilidade; na última, com expressão de pavor e medo. Essa
mudança confere humor ao meme, ao brincar com uma situação do cotidiano.
7. Por que esse meme foi produzido utilizando três cenas?
Resposta esperada: Ao apresentar três cenas sequenciais, o meme cria um movimento mostrando as ações ocorridas.
8. Releia este trecho do meme
Aí do nada aparece um cachorro...
E sai correnu atrás de tu!!!
a. Como você já estudou, o pronome tu é um pronome do caso reto. Na expressão em destaque, ele foi empregado no lugar de um pronome oblíquo. Qual é esse pronome oblíquo?
Resposta: O pronome oblíquo ti
b. Se você fosse escrever a última frase do trecho, como a escreveria?
Possíveis respostas: E sai correndo atrás de ti; E sai correndo atrás de você.
9. Intencionalmente, algumas palavras empregadas no meme não estão escritas de acordo com as regras ortográficas da língua portuguesa.
a. Que palavras são essas?
Resposta: Cumplicado, cê, tá , bunitinha , andanu, correnu
b. Por que essas palavras foram escritas dessa forma?
Resposta: Para reproduzir o jeito de falar e de interagir de algumas pessoas no dia a dia.
10. No terceiro quadrinho a personagem emprega uma expressão popular.
a. Que expressão é essa?
Resposta: A expressão arriégua
b. Analise o emprego dessa expressão e explique o sentido que ela apresenta nesse contexto.
Resposta: Trata-se de uma interjeição empregada em momentos de espanto, desespero, susto e equivale, por exemplo, a “socorro”, “meu Deus”.
c. Essa expressão é bastante comum em determinada região do país. De qual região se trata?
11. Junte-se a um colega para pesquisar um meme na internet.
Resposta: Da região Nordeste do Brasil. Resposta pessoal.
a. Vocês podem pesquisar em redes sociais, sites, blogs ou páginas de humor.
b. Providenciem a impressão do meme ou combinem com o professor se é possível apresentar o arquivo digital.
c. Analisem o meme escolhido, verificando, por exemplo: onde foi publicado, quem o publicou, qual foi a imagem escolhida, como a imagem e o texto se relacionam, como o meme pode ser interpretado por diferentes leitores e as métricas dessa publicação (quantidade de curtidas, comentários, compartilhamentos etc.).
d. Combinem com o professor como apresentar seu trabalho para a turma.
4. Resposta: No primeiro quadro, a imagem de uma gatinha toda bem-vestida e arrumada, como se estivesse passeando; no segundo, a imagem de um cachorro, como se estivesse observando a gatinha passeando, e, no terceiro quadro, a gatinha desesperada e com medo do cachorro, que parece estar correndo na direção dela.
• Após finalizar a atividade 10, promova um debate na sala de aula sobre a utilização das expressões populares. Evidencie para a turma que muitas dessas expressões são patrimônio cultural brasileiro. Aproveite para levar os estudantes a refletir sobre o uso das expressões populares como conhecimento e valorização de uma variedade linguística. Contudo, explique a eles que tais
181
• Ao final da atividade 3 , peça aos estudantes que compartilhem seus comentários a respeito do meme com os colegas, socializando as respostas e trocando impressões sobre o texto.
• Para auxiliar os estudantes a responder à atividade 4, oriente-os a observar com atenção os elementos não verbais e a perceber que o foco de cada quadro são os personagens e suas reações.
• Na atividade 5 , se os estudantes encontrarem dificuldade em concluir os efeitos da relação entre imagem e texto verbal, sugira o seguinte exercício: que excluam o texto verbal ou as imagens. Pergunte, então: “Manteve-se o sentido do meme? O que o meme perdeu quando a linguagem verbal ou as imagens foram suprimidas?”. Espera-se que, ao ler texto verbal e imagem separadamente, os estudantes percebam que o meme perde o efeito de humor, ou seja, os sentidos são construídos na relação entre as duas linguagens e, ainda, no resgate de um contexto histórico e cultural.
• Nas atividades 6 e 7, peça aos estudantes que socializem verbalmente suas respostas e anote na lousa as possibilidades de interpretação que apresentaram.
• Para desenvolver o que foi proposto na atividade 8 , caso necessário, retome com turma os pronomes pessoais do caso reto e os oblíquos, para que eles possam perceber a diferença de emprego entre eles.
28/07/2022 15:50:01
expressões devem ser evitadas em situações formais de uso da língua.
• Ao propor a atividade 11 , forme as duplas unindo estudantes que apresentem perfis comportamentais diferentes, para, dessa forma , promover a socialização entre eles e ampliar a diversidade dos debates durante a realização da pesquisa.
• No item a da atividade 9 , explore também alguns possíveis efeitos de sentido do uso dessas palavras, perguntando a eles, por exemplo, por que a palavra bunitinha foi empregada para a situação, permitindo que percebam seu uso para conferir humor à situação inicial. Em seguida, investigue se eles conhecem a expressão arriégua e seu significado, informando -lhes que se trata de uma forma coloquial e regional para indicar espanto, surpresa.
• Produzir um meme e conhecer as características, o campo de atuação e a função sociocomunicativa desse gênero.
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP07 ao produzirem um meme considerando a situação sociocomunicativa e reconhecendo o que vão produzir, para quem, com que objetivo e onde o texto vai circular, além de participarem da avaliação do meme produzido pelos colegas, trocando experiências.
• Conforme são orientados no processo de revisão e avaliação de seu meme , os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP08
• Ao utilizar seus conhecimentos sobre o mundo social, cultural e digital na construção do meme e compartilhá-lo para que outros tenham acesso a esse tipo de conhecimento, os estudantes desenvolvem a competência geral 1
• A competência geral 4, a competência específica de Linguagens 3 e a competência específica de Língua Portuguesa 3 são contempladas nesta seção, uma vez que os estudantes utilizam diferentes linguagens para produzir um texto multissemiótico, expressando informações, ideias e experiências.
• Ao empregar marcas de oralidade ou variedades linguísticas na escrita do meme , os estudantes desenvolvem a competência específica de Língua Portuguesa 5
• Os estudantes desenvolvem ainda a competência específica de Língua Portuguesa 10 , pois mobilizam práticas da cultura digital, principalmente ferramentas digitais, ao produzir e editar o meme
Orientações
• Antes de propor a produção textual desta seção, aproveite para fazer uma avaliação diagnóstica da aquisição de conhecimentos sobre as características do gênero meme, que serão úteis na produção textual. Para
Neste capítulo, você leu dois memes e conheceu as principais características desse gênero textual. Agora, é a sua vez de criar seu próprio meme com base em uma obra de arte. Ao final da atividade, você deverá combinar com o professor para que ele crie uma página da turma em uma rede social, na qual ele vai postar os memes de vocês.
Antes de produzir seu texto, você deverá planejá-lo. Para isso, siga algumas orientações.
a. Escolha uma das pinturas a seguir ou pesquise outra de seu interesse.
b. Escolhida a imagem, analise os elementos que a compõem, as ideias e os sentimentos que ela transmite a você.
c. Pense em outro contexto em que a imagem poderá ser usada, recriando os sentidos expressos e produzindo humor.
d. Se possível, pense em uma situação cotidiana que possa ser bem conhecida pela maioria das pessoas (política, esporte, filmes, séries, música etc.).
e. Escolha palavras ou frases que, na relação com a imagem, possam criar ambiguidade.
isso, retome as seções Leitura e Outra leitura para apontar tais características.
• As etapas descritas nas subseções Planejando o texto, Produzindo o texto e Avaliando o texto direcionam os estudantes para as etapas fundamentais da produção: planejamento, elaboração, revisão, edição e avaliação.
• O meme em sala de aula é um importante instrumento para promover o letramento digital dos estudantes,
ambientando-os nessa cultura permeada por gêneros multimodais, os quais, cada vez mais, fazem parte da comunicação contemporânea. Assim, é importante enfatizar a observação aos passos descritos na subseção Planejando o texto ao propor a produção do meme para que o resultado seja satisfatório.
Mona Lisa, de Leonardo da Vinci. Óleo sobre madeira de álamo, 77 cm × 53 cm, 1503. Rosa e Azul, de Pierre-Auguste Renoir. Óleo sobre tela, 119 cm × 74 cm, 1881.Para a produção do seu meme, leia as orientações a seguir.
a. Verifique com o professor a melhor forma de providenciar uma cópia da imagem escolhida. Uma possibilidade é procurá-la na internet e imprimi-la após acrescentar o texto verbal.
b. Na imagem escolhida, insira o texto verbal. Você pode colocar um trecho na parte superior e outro na inferior, para valorizar a imagem e não a prejudicar.
É importante não apresentar nos memes situações preconceituosas, ofensivas e inadequadas.
c. Na parte superior, por exemplo, insira palavras ou frases que criem determinado sentido e, na parte inferior, empregue um texto que quebre essa expectativa.
d. Lembre-se de empregar frases ou expressões que, na relação com a imagem, construam ambiguidade e contribuam para o efeito humorístico do meme
e. Se necessário, empregue intencionalmente marcas de oralidade e expressões que evidenciam variedades linguísticas regionais.
Antes de finalizar e publicar o meme, troque-o com um colega e verifiquem os itens a seguir.
a. A parte verbal do meme traz uma situação cotidiana que, de alguma forma , se relaciona à imagem escolhida?
b. Foram empregadas palavras e expressões ambíguas para a construção do texto?
c. O texto verbal ficou posicionado de forma a valorizar e não prejudicar a imagem do meme?
d. O meme ficou engraçado e/ou traz uma crítica a uma situação do dia a dia?
e. O texto verbal do meme apresenta particularidades na maneira de se expressar?
Por fim, faça os ajustes que forem pertinentes da leitura do colega e finalize o meme, utilizando, se possível, um programa de edição de texto ou imagem.
• Oriente os estudantes, com o auxílio das etapas expostas na subseção Produzindo o texto , durante a utilização dos softwares de edição de texto e imagem, mostrando a eles como inserir o texto verbal na imagem. De modo geral, a imagem é aplicada no arquivo e, em seguida, a caixa de texto é inserida no local onde deve aparecer a parte verbal. Há diversos sites para a criação de memes , com opções de imagens e campos para a inserção de texto verbal, podendo ser editados, caso os estudantes precisem alterar sua produção após a avaliação feita pelos colegas. • Espera-se que, no decorrer do capítulo, eles já tenham desenvolvido a habilidade de reconhecer o humor em um meme e fazer as inferências e as relações para a construção dos sentidos. Ao ter domínio dessas capacidades, a produção textual proposta se torna mais significativa para os estudantes.
• Leia a obra a seguir para obter mais informações sobre outras manifestações artísticas a fim de orientar a produção dos estudantes.
GOMBRICH, E. H. A história da arte . Rio de Janeiro: LTC , 2013.
O professor vai criar uma página da turma em uma rede social para publicar os memes
a. Façam uma votação e escolham juntos um nome para a página da rede social.
b. No dia combinado com o professor, ele vai postar os memes de vocês.
c. Acessem a página constantemente para ver a recepção do meme pelos usuários, se eles curtiram, comentaram, compartilharam etc.
Ao final da atividade, avaliem o que vocês acharam mais produtivo e o que pode ser melhorado em uma próxima produção. Conversem também sobre uma forma de divulgar a página para as demais pessoas da escola.
28/07/2022 15:50:02
• Após a realização dos passos descritos na subseção Avaliando o texto , se possível, reserve um dia para que os estudantes possam desenvolver essa atividade na sala de multimídias da escola.
• Outra possibilidade de compartilhamento do meme produzido pelos estudantes, além da sugerida na subseção Postando o meme em uma rede social , é orientá-los a pedir a um responsável que o compartilhe em algum grupo de mensagens instantâneas.
• Avaliar o reconhecimento das características e particularidades das linguagens verbal e não verbal.
• Verificar o reconhecimento da concordância nominal entre as palavras.
• Avaliar o reconhecimento da flexão de número em uma frase.
• Verificar a compreensão acerca do gênero história em quadrinhos.
• Avaliar a compreensão acerca do gênero meme
Orientações
• Diante das possíveis fragilidades apresentadas na atividade 1, retome os conceitos de linguagem verbal e não verbal; além disso, evidencie-os por meio de atividades complementares de leitura e análise de textos multissemióticos, mostrando aos estudantes como essas linguagens se articulam na produção dos sentidos.
• Na atividade 2 , analise com os estudantes cada relação de concordância entre as palavras da frase e das alternativas para que percebam onde se encontram os erros e os acertos. Para remediar defasagens, organize os estudantes em duplas, nas quais cada um deve escrever metade de uma frase, passando-a a seu parceiro para completá-la, atentando à concordância nominal.
• Ao desenvolver a atividade 3 , escreva a oração na lousa e analise com os estudantes os elementos que a constituem. Pergunte a eles, a cada palavra, se ela pode ser flexionada em número e se pode ser reescrita com uma terminação que indique plural ou não. Para remediar alguma defasagem, proponha às duplas a criação de três frases para que outra dupla as analise e aponte as relações de concordância entre os elementos.
• Para remediar possíveis defasagens observadas na atividade 4, retome o conceito de HQ e peça aos estudantes que produzam uma HQ em grupo cuidando para que os elementos desse gênero estejam presentes na produção. Exponha as produções em um mural na escola para que todos apreciem os trabalhos.
1. Qual das alternativas a seguir apresenta uma afirmação incorreta sobre linguagem verbal e linguagem não verbal?
Resposta: C.
Os sentidos de um texto podem ser criados por meio da combinação de elementos verbais e não verbais.
Os elementos verbais são as palavras e frases existentes em um texto composto pelas duas linguagens.
Os elementos não verbais não são essenciais ao texto, pois apenas ilustram o que as palavras (linguagem verbal) estão afirmando.
As linguagens verbal e não verbal podem ser independentes, mas, quando aparecem no mesmo texto, precisam ser igualmente consideradas para se chegar à compreensão.
2. Em qual das frases a seguir há concordância entre as palavras?
Resposta: D.
As instrumentos necessárias para consertar a bicicleta estão na caixa.
Os instrumentos necessárias para consertar a bicicleta estão na caixa.
O instrumentos necessários para consertar a bicicleta estão na caixa.
Os instrumentos necessários para consertar a bicicleta estão na caixa.
3. Qual das alternativas apresenta a frase a seguir no plural?
Resposta: B.
O trabalhador esperava ansioso o salário.
Os trabalhador esperava ansioso os salários.
Os trabalhadores esperavam ansiosos os salários.
C.
O trabalhador esperava ansioso os salários.
D.
Os trabalhadores esperava ansiosos os salário.
4. Possível resposta: Trata-se de um texto que narra uma história fictícia por meio de quadros com imagens com o objetivo, geralmente, de divertir o leitor. Os acontecimentos ocorrem em determinado tempo e espaço e são protagonizados por personagens que podem ou não falar. As falas e os pensamentos dos personagens aparecem dentro de balões. Também pode conter onomatopeias.
4. Imagine que você fez um novo amigo e ele nunca ouviu falar em histórias em quadrinhos. Escreva em seu caderno como você explicaria para ele o que é uma HQ.
5. Pesquise um meme e descreva-o em seu caderno detalhando as características que o definem.
5. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes expliquem por que o texto selecionado é um meme, sendo capazes de identificar suas características, como o contexto de produção, a circulação e viralização por meio da internet, o uso de elementos verbais e não verbais, a referência a episódios cotidianos, bem como os efeitos de humor, ambiguidade e crítica social.
• Agora é hora de você refletir sobre sua participação e aprendizagem e compartilhar com os colegas de turma e o professor. Em um minuto, escreva em seu caderno os aspectos de sua participação nas atividades que considera positivos, as dificuldades enfrentadas e como você pode lidar com elas nas próximas unidades.
• Na atividade 5 , caso algum estudante não tenha compreendido a finalidade e as principais características do meme, organize-os em grupos considerando os diferentes perfis deles, para que um possa auxiliar o outro. Depois, peça-lhes que leiam o que produziram na atividade, comparando com o que os colegas do grupo escreveram e, por último, com o conceito apresentado na unidade. Solicite a eles que pesquisem dois memes e indiquem as principais características desse gênero presentes nesses exemplares.
• Autoavaliação : Use a estratégia One-minute paper, solicitando aos estudantes que escrevam, em um minuto, um ponto positivo, um ponto negativo e o que podem melhorar em relação ao próprio desempenho na unidade. Para finalizar, solicite a alguns estudantes que leiam suas anotações. Possibilite comparações entras as percepções. Com base nas respostas, reflita sobre a prática pedagógica e eventuais ajustes no planejamento de for ma a suprir as demandas da turma.
1. Você já ouviu falar no gênero texto de divulgação científica? Junte-se a um colega e leiam as orientações a seguir para refletirem sobre esse gênero.
a. Pesquisem alguns exemplares desse gênero.
b. Listem o tema de cada texto escolhido.
c. Listem as principais características que perceberam nos textos escolhidos.
d. Compartilhem com a turma a análise feita.
2. Analise as duas frases a seguir.
Rita caminhou uma hora até o trabalho. A.
Rita caminhava uma hora até o trabalho. B.
1. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes concluam que esse gênero divulga importantes descobertas, frutos de pesquisas científicas, relacionadas a diversas áreas, por exemplo, Medicina, cultura, História, Astronomia, meio ambiente etc., e que percebam algumas características semelhantes à notícia e à reportagem, como a presença de linha fina e intertítulos e também depoimentos e citações de cientistas.
a. Qual é a palavra responsável por indicar a ação praticada por Rita em cada frase?
Resposta: Na frase A , caminhou; na frase B, caminhava
b. Com relação ao tempo, o que essas frases têm em comum?
Resposta: Ambas indicam ações ocorridas no passado.
c. Qual é a diferença de sentido entre essas duas frases? Que palavras são responsáveis por essa diferenciação?
Resposta: Na frase A , há a ideia de uma ação concluída; já na frase B, há a ideia de uma ação habitual.
As palavras responsáveis por essa diferenciação são, respectivamente, as formas verbais caminhou e caminhava
3. Selecione uma carta e levante algumas informações sobre ela conforme os itens a seguir. Depois, compartilhe essas informações com os colegas.
Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes
reconheçam facilmente os principais itens que compõem uma carta. Instrua-os a comparar as diferenças entre os exemplares analisados.
Assunto.
Quem escreveu.
Partes que a compõem. Para quem foi escrita.
• Avaliar a compreensão das características do gênero texto de divulgação científica.
• Sondar a percepção da diferença de sentido entre alguns tempos verbais.
• Verificar os conhecimentos sobre o gênero carta.
• Verificar a capacidade de ampliar o sentido de frases usando advérbios.
• Avaliar os conceitos de sinônimos e antônimos.
• Para desenvolver o que foi proposto na atividade 1 , use a estratégia Sala de aula invertida disponibilizando diversos exemplares de textos de divulgação científica para a turma. Organize os estudantes em duplas e oriente-os a analisar um desses textos considerando os itens da atividade. De acordo com o desempenho das duplas no momento das análises e das apresentações, verifique o que será necessário inserir ou ajustar no planejamento do trabalho com o gênero nesta unidade.
4. Leia a frase a seguir.
Complemente essa frase reescrevendo-a e inserindo uma informação que indique:
a. quando João presenciou o fato;
b. o lugar onde o fato ocorreu;
c. como o fato aconteceu;
d. com quem João estava.
João viu um bombeiro resgatar um gato. rápido longe bonito grande
Sugestão de resposta: Hoje pela manhã, João viu um bombeiro resgatar um gato.
Sugestão de resposta: João viu um bombeiro resgatar um gato no centro da cidade.
Sugestão de resposta: João viu um bombeiro resgatar um gato corajosamente.
Sugestão de resposta: João viu, com seu primo, um bombeiro resgatar um gato.
5. Leia as palavras a seguir e liste, para cada uma delas, uma palavra com sentido semelhante e outra com sentido contrário.
Sugestões de respostas: Rápido: ligeiro, lento; longe: distante, perto; bonito: formoso, feio; grande: amplo, pequeno.
185
• Na atividade 2 , proponha a análise das frases em duplas para que os estudantes compartilhem seus conhecimentos. Por meio das respostas, verifique o que será necessário propor para a abordagem do conteúdo na unidade. Se necessário, promova um momento para explorar apenas os conhecimentos mais básicos acerca do verbo. Explore também os tempos presente e futuro.
te-os a fazer de modo semelhante, de acordo com o que é exigido na atividade. Avalie a capacidade dos estudantes de perceber que é possível ampliar o sentido de um enunciado usando advérbios e, considerando o conhecimento demonstrado por eles, estabeleça as metas e estratégias para a abordagem desse conteúdo na unidade.
• Escreva as palavras da atividade 5 na lousa e selecione algumas duplas para indicar um sinônimo e um antôni-
mo das palavras. Com base nisso, analise o nível de conhecimento deles sobre o assunto, permitindo que os próprios estudantes corrijam eventuais equívocos. Durante a abordagem do conteúdo na unidade, retome as palavras exploradas nessa atividade e auxilie-os a verificar se as palavras que eles mencionaram como sendo sinônimos e antônimos podem ser assim consideradas.
28/07/2022 15:51:40
• Organize a turma em grupos com estudantes de perfis diferentes para desenvolver a atividade 3 . Durante a atividade, verifique se eles selecionaram uma carta (de qualquer tipo) para a análise. Avalie o reconhecimento de cada item pelos estudantes para verificar o que será necessário retomar, enfatizar ou corrigir ao abordar o gênero carta aberta, proposto nesta unidade.
• Antes de propor a atividade 4, como exemplo para a turma, amplie o sentido da frase “Ele viu um carro.”, inserindo um advérbio de tempo: “Ontem ele viu um carro.”. Na sequência, orien-
• Contextualizar os gêneros texto de divulgação científica e carta aberta por meio da análise de uma fotografia e da discussão de questões relacionadas a ela.
• Ativar conhecimentos prévios em relação ao conhecimento científico e aos gêneros texto de divulgação científica e carta aberta
• Refletir sobre a importância do hábito de ler.
BNCC
• O trabalho proposto nestas páginas permite aos estudantes o aprimoramento da habilidade EF67LP23 , na medida em que as questões propiciam a discussão oral sobre os gêneros a serem tratados na unidade: texto de divulgação científica e carta aberta.
• Ao participar das discussões expressando-se e ouvindo os colegas com respeito, os estudantes desenvolvem as competências gerais 4 e 9
Orientações
• Leia com os estudantes a lista dos conteúdos desta unidade e note a reação deles a fim de verificar se há conteúdos com os quais eles se identificam mais e outros, menos. Na sequência, pondere a ordem de apresentação de tais conteúdos no decorrer dos capítulos. Para isso, vale a pena se basear nos resultados da avaliação diagnóstica e considerar, por exemplo, se o trabalho com as seções de conhecimentos linguísticos deve ser feito no início ou no fim do capítulo, considerando os conhecimentos, as habilidades e as defasagens dos estudantes. Há, ainda, outras possibilidades de abordagem, conforme as necessidades da turma: uma delas pode ser iniciar o trabalho com o capítulo por meio de duas seções, Produção escrita e Produção oral , e, após todo o trabalho com as outras seções deste capítulo, solicitar uma nova produção do mesmo gênero, a fim de avaliar o desempenho e a progressão dos estudantes.
• Texto de divulgação científica
• Verbo e tempos verbais
• Carta aberta
• Sinônimos e antônimos
• Advérbio
1. Museus são locais onde podemos conhecer descobertas científicas variadas. A que área do conhecimento científico o museu retratado na fotografia está relacionado?
2. Que outras formas de divulgar uma descoberta científica você conhece?
3. Nesta unidade, vamos estudar os gêneros texto de divulgação científica e carta aberta. O que você sabe sobre esses gêneros? Comente e troque ideias com os colegas.
1. Resposta: À área de expedições espaciais.
2. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes citem filmes, documentários, entrevistas, podcasts , artigos de revista e de jornais etc.
• Oriente os estudantes a analisar a imagem e a descrevê-la. Peça a um voluntário que leia as informações da legenda e pergunte aos demais se já conheciam os elementos mencionados: roupas de astronauta e o museu da cosmonáutica. Durante a discussão, é importante incentivá-los a respeitar os turnos de fala e as opiniões expressas pelos colegas.
• Explique aos estudantes que a Cosmonáutica é a ciência que engloba os estudos, as práticas e as técnicas compreendidos nas viagens espaciais. O nome deriva do grego cosmo (universo) com nautes (navegante), e é o mesmo que Astronáutica. A preferência por um termo ou outro tem raízes na Guerra Fria e na corrida espacial entre Rússia e Estados Unidos. No museu referido, além das roupas de astronautas, há peças de satélites e foguetes utilizados nas viagens espaciais, exposição das comidas e dos objetos utilizados pelos cosmonautas e até uma réplica da estação espacial MIR, um dos maiores satélites que já orbitaram a Terra.
• Na atividade 1 , ajude os estudantes a relacionar os elementos retratados na imagem com os elementos presentes no museu e, por consequência, com a área da ciência relacionada às expedições espaciais.
• A atividade 2 avalia o conhecimento dos estudantes a respeito dos gêneros relacionados à divulgação de conhecimento. Incentive-os a compartilhar suas experiências de leitura e de busca por divulgação de conhecimento científico. Para ampliar a proposta, é possível apresentar exemplares de alguns gêneros, como documentários, podcast e artigos.
• Ao propor a atividade 3 , se possível apresente alguns exemplares desses gêneros para que os estudantes os reconheçam pela estrutura e pela visualidade. Depois, anote as informações elencadas por eles, a fim de retomá-las posteriormente para que verifiquem se essas informações realmente são relacionadas aos gêneros em estudo.
Exibição de roupas de astronautas no Museu da Cosmonáutica, em Moscou, na Rússia, em 2019. Confira as respostas das questões nas orientações ao professor.• Ler um texto de divulgação científica e reconhecer as características, o campo de atuação e a função sociocomunicativa desse gênero.
• Esta seção favorece a abordagem do tema contemporâneo transversal Educação ambiental , uma vez que aborda as mudanças climáticas que afetam o meio ambiente. Além disso, aprimora a competência geral 2 , ao exercitar a reflexão e a análise crítica sobre textos de abordagem científica.
• Os estudantes desenvolvem as habilidades EF69LP29 e EF69LP42 ao explorar o texto de divulgação científica em seus aspectos composicionais.
• A leitura e a compreensão do texto de divulgação científica possibilitam aos estudantes desenvolver a competência específica de Língua Portuguesa 3
• Ao ler o texto de divulgação científica organizando as principais informações em tópicos ou esquemas, os estudantes desenvolvem as habilidades EF69LP33 e EF69LP34
• Ao reconhecer as marcas linguísticas presentes no texto, utilizando-as para a compreensão do conteúdo, os estudantes desenvolvem as habilidades EF67LP25 e EF69LP31
• Os estudantes desenvolvem as habilidades EF67LP01 e EF67LP26 ao explorar os hiperlinks presentes no texto.
• Na subseção Discutindo ideias, construindo valores , os estudantes desenvolvem as competências específicas de Língua Portuguesa 6 e 7, bem como as habilidades EF67LP02 , EF67LP23 e EF69LP01 , ao expressarem suas opiniões, ouvindo e respeitando as falas dos colegas.
O universo tem milhares de mistérios que o ser humano ainda não foi capaz de desvendar. Os cientistas trabalham para tentar desvendar muitos desses mistérios ou pelo menos para compreender um pouco sobre eles.
A seguir, você vai ler um texto de divulgação científica sobre os pássaros da Amazônia. O que será que os cientistas observaram em suas pesquisas relacionadas a essas aves?
Leia o texto e descubra!
Mudanças climáticas estão afetando as aves da Amazônia
Em 1979, no norte do Brasil, uma grande área da Floresta Amazônica, praticamente intocada, próximo à cidade de Manaus, recebeu uma expedição de cientistas, que começaram a estudar as aves da região. Cada pássaro capturado pela equipe era pesado, medido, recebia uma anilha – que é um pequeno anel no pé com uma identificação – e depois era solto.
Os pesquisadores estudaram 77 espécies diferentes que vivem no sub-bosque da floresta, ou seja, voam a poucos metros do chão. Passados mais de 40 anos do início da pesquisa, mais de 15 mil aves foram examinadas e os especialistas agora têm em mãos um monte de informações importantes. Algumas novidades, porém, acenderam um sinal de alerta. Os pássaros da maior floresta tropical do mundo estão ficando menores!
• Antes de propor a leitura do texto, verifique os conhecimentos dos estudantes sobre o gênero texto de divulgação científica. Na sequência, leia o parágrafo que antecede o texto e incentive a turma a levantar hipóteses a respeito dos motivos que estão fazendo as aves encolher. Verifique se há algum estudante que já ouviu falar sobre esse assunto, pedindo a ele que compartilhe suas informações com a turma.
O uirapuru-verdadeiro é uma das muitas espécies de aves da Amazônia que têm sofrido os efeitos das mudanças climáticas.
• Oriente os estudantes a primeiro fazer a leitura individual e silenciosa do texto e, depois, peça a voluntários para ler em voz alta cada parágrafo. Aproveite esse momento para avaliar a fluência em leitura de cada estudante, verificando se leem com velocidade, reconhecendo as palavras rapidamente, e com a entonação e a precisão adequadas. Durante a leitura, verifique as palavras que eles têm mais dificuldade de decodificar e/ou pronunciar e se respeitam as pausas e os sinais de pontuação, por exemplo. Se necessário, auxilie-os com essas dificuldades.
A pesquisa concluiu que de 1980 a 2021 a massa corporal das aves estudadas está diminuindo. Ou seja, as aves da Amazônia estão ficando mais magras. Por outro lado, suas asas estão ficando mais compridas. Por que isso está acontecendo?
Desde 1966 a temperatura média da região aumentou entre 1 °C e 1,6 °C . Além disso, tem chovido menos em uma parte do ano. Parece pouco, mas é o suficiente para afetar criaturas sensíveis como as aves. As mudanças no clima podem ter diminuído a oferta de comida, deixando os pássaros mais magros ao longo dos anos. Mas, não é só isso. Animais menores (e mais leves) conseguem dissipar o calor e se refrescar com mais facilidade. Então, se o clima está ficando mais quente, indivíduos menores de uma espécie podem lidar melhor com o calor do que os indivíduos maiores, aumentando suas chances de sobreviver.
Mas por que as asas das aves estão ficando mais compridas? Asas mais longas podem melhorar o voo, mas não parece ser o caso dos pássaros que vivem dentro da floresta. Ao que tudo indica, com corpos mais leves e asas maiores, as aves gastam menos energia e aquecem menos o corpo enquanto voam. Ou seja: com o passar do tempo, os passarinhos da floresta que nascem com asas um pouco maiores, mas que ficam com um corpinho menor, estão sobrevivendo mais do que aqueles mais pesados e com asas menores.
As mudanças climáticas são um assunto sério e urgente. Não apenas as aves, mas lagartos, sapos e outros seres vivos também estão sofrendo com as alterações no clima. Cientistas já fizeram o alerta para governantes de todo o mundo: para frear essas mudanças no clima da Terra precisamos acabar com o desmatamento e diminuir a poluição da atmosfera, entre outras ações. Esta é uma missão para a humanidade!
COSTA, Henrique Caldeira. Pássaros encolhem? Ciência Hoje das Crianças , 25 nov. 2021. Disponível em: http://chc.org.br/artigo/passaros-encolhem/. Acesso em: 24 fev. 2022.
A revista CHC foi criada em 1986 pelo Instituto Ciência Hoje para despertar a curiosidade de crianças sobre os mais variados assuntos do universo científico, como animais ameaçados de extinção, descobertas sobre o passado da Terra, experimentos inusitados, conversas sobre o futuro etc. Além disso, ela é considerada uma fonte de pesquisa para milhares de estudantes e professores das mais diferentes regiões do Brasil.
• Ao final da leitura, incentive-os a comentar sobre as informações presentes no texto de divulgação científica e a refletir a respeito de como os dados apresentados colaboram para a construção de sentido no texto.
• Antes de ler o vocabulário com os estudantes, questione-os sobre a compreensão que possuem da palavra dissipar, a fim de avaliar seus conhecimentos prévios. Em seguida, leia o vocabulário e verifique se há outras palavras ou expressões cujo significado desconhecem. Em caso positivo, oriente-os a primeiro inferir seu sentido com base no contexto em que estão inseridas e, se a dificuldade persistir, peça-lhes que recorram ao dicionário.
• Convide um estudante voluntário para fazer a leitura do boxe Ciência hoje das Crianças e, se julgar pertinente, leve a turma para o laboratório de informática da escola, a fim de explorarem o site da revista; ou, caso a escola disponha de algum exemplar, apresente a versão impressa dessa revista.
• Na subseção Conversando sobre o texto , leia o enunciado das atividades 1 a 3 e disponibilize um tempo para que os estudantes conversem a respeito dessas questões. Incentive-os a trocar ideias e a expor suas opiniões, ressaltando a importância de utilizar formas de tratamento adequadas à situação, bem como de respeitar o momento de fala e o ponto de vista de cada um.
• Na atividade 3 , aproveite que o texto menciona outros animais e seres vivos que sofrem com as alterações climáticas e pergunte aos estudantes se eles conhecem exemplos para compartilhar com os colegas. Proporcione uma conversa sobre algumas outras consequências das mudanças climáticas para a fauna e a flora brasileiras ou ao meio ambiente em geral. Se eles não tiverem nenhum exemplo, uma sugestão é acessar os hiperlinks trazidos no próprio texto sobre lagartos, sapos e observação dos oceanos.
• Leia os enunciados das atividades 1 a 5 da subseção Escrevendo sobre o texto em voz alta para a turma e verifique se há dúvidas em relação a eles. Oriente os estudantes a responder às atividades individualmente e esclareça as dúvidas que surgirem durante a resolução. Incentive-os a retomar a leitura do texto quantas vezes forem necessárias para localizar as informações apropriadas para responder às atividades 1 , 2 , 3 e 5. Já ao explorar a atividade 4, possibilite também um momento de partilha entre os estudantes para que exponham suas propostas para frear a mudança climática, desenvolvendo, dessa forma , o pensamento crítico e a argumentação.
• Na atividade 6, auxilie os estudantes a identificar os efeitos de sentido produzidos pela escolha da imagem e pela definição do ângulo e das cores , bem como a relação desses elementos com a legenda que acompanha essa imagem.
• Na atividade 7, explique à turma que podemos encontrar as principais informações sobre um texto em seu crédito (referência), tais como o título, o nome do autor, o ano de publicação etc. Aproveite a atividade para retomar a
1. Qual é o assunto tratado nesse texto de divulgação científica?
Resposta: As aves da Amazônia estão ficando menores (mais magras) e com as asas mais compridas.
2. Suas hipóteses sobre o assunto do texto estavam de acordo com as informações divulgadas? Comente com os colegas.
Resposta pessoal.
3. Em sua opinião, qual é a importância do assunto tratado nesse texto para o meio ambiente?
Resposta pessoal. Verifique se os estudantes compreendem que as mudanças climáticas, causadas pelo desmatamento e pela poluição da atmosfera, estão prejudicando a qualidade de vida dos animais que vivem na Floresta Amazônica.
2. Resposta: Compararam as aves examinadas na atualidade com as informações das pesquisas realizadas há mais de 40 anos que também analisaram o tamanho das aves da região.
1. Qual é a causa apontada pelo autor do texto para a alteração no tamanho dos pássaros da Amazônia analisados nas pesquisas?
Resposta: As mudanças climáticas.
2. O que os cientistas fizeram para chegar à conclusão de que os pássaros da Amazônia estão ficando mais leves e com as asas mais compridas?
3. Qual foi a vantagem para as aves em terem seu corpo diminuído de tamanho e as asas aumentadas?
Resposta: Maior chance de sobrevivência: sendo menores, as aves conseguem lidar melhor com o calor, dissipando-o, e, com isso, refrescando-se com mais facilidade; já as asas maiores permitem menor gasto de energia.
4. Que exemplo de ações para frear as mudanças climáticas o autor do texto cita? Você concorda com elas? Por quê?
Resposta: Acabar com o desmatamento e diminuir a poluição da atmosfera. A segunda parte da resposta é pessoal. Verifique se os estudantes têm a consciência de que as mudanças climáticas são um problema e precisam ser combatidas.
Resposta: A, B e D.
6. a. Resposta: Uma das espécies de aves que sofrem com as mudanças climáticas: o uirapuru-verdadeiro.
5. Analise os itens a seguir e copie os que fazem parte da estrutura do texto de divulgação científica. Título. Instruções. Falas.
6. b. Resposta: A legenda explica o conteúdo da imagem, complementando-a e enriquecendo as informações para o leitor.
6. Analise a fotografia apresentada no texto e a legenda dela. Depois, responda às questões.
a. O que a fotografia mostra?
b. De que forma essa fotografia e a legenda dela se relacionam?
c. Qual é a finalidade da fotografia em um texto de divulgação científica?
Resposta: Ilustrar o que está sendo divulgado, dando mais credibilidade ao fato.
O uirapuru-verdadeiro é uma das muitas espécies de aves da Amazônia que têm sofrido os efeitos das mudanças climáticas.
Linha fina. Foto com legenda. Cabeçalho.
7. Onde esse texto foi publicado? Que importância esse veículo acaba assumindo para o leitor do texto?
Resposta: No site da revista Ciência Hoje das Crianças. Por ser um veículo especializado em assuntos científicos, ele atesta a credibilidade e a veracidade das informações divulgadas.
8. Considerando o veículo que publicou esse texto, qual é o público-alvo dele? A linguagem do texto está adequada ao público? Explique.
Resposta: Crianças. Sim. Apesar de ser um assunto específico do campo das ciências, ele é exposto de forma acessível, com vocabulário adequado e construções simples. 190
estrutura e o conteúdo do site em que o texto foi publicado, caso tenha apresentado esse texto aos estudantes ao abordar o boxe da página 189
• A atividade 8 pode ser um convite a analisar quais elementos e estratégias do texto justificam a adequação da linguagem ao público infantil. Promova uma conversa sobre esses elementos, destacando, por exemplo, a
ausência de termos técnicos, a preocupação em explicar o significado de alguns termos (como anilha ), a utilização de interrogações e exclamações ao longo do texto, que direcionam o modo de lê-lo, e o uso de diminutivos (como em passarinho e corpinho), que confere afetividade à leitura.
9. No último parágrafo do texto, em que o autor sintetiza, isto é, resume o assunto, é possível visualizar alguns hiperlinks, também chamados hipertextos, muito utilizados em textos on-line
a. De que forma esse recurso é usado?
b. Qual é o aspecto positivo desse recurso?
Resposta: O leitor clica com o mouse ou toca sobre o termo destacado. Com isso, abre-se uma janela ou guia com informações relacionadas àquele termo Resposta: Os hiperlinks evitam que os textos ganhem mais extensão e contribuem para enriquecer ou ampliar as informações apresentadas.
10. Leia o recorte a seguir, extraído do site em que o texto foi publicado.
Marcos
Excelente matéria!!! Parabéns!
Publicado em 21 de fevereiro de 2022 | Responder COMENTÁRIOS. Ciência Hoje das Crianças , 21 fev. 2022. Disponível em: http://chc.org.br/ artigo/passaros-encolhem/. Acesso em: 9 mar. 2022.
a. O que esse comentário evidencia?
Resposta: Evidencia que o leitor gostou do texto. Resposta pessoal.
• Ao realizar a atividade 9 , explique aos estudantes que os textos impressos também dispõem de um recurso parecido, os hipertextos, que consiste em apresentar textos adicionais nas laterais ou abaixo do texto e também em notas de rodapé, remetidos por meio de números ou elementos gráficos ao termo que se pretende complementar. Esses recursos permitem ao leitor escolher os possíveis caminhos de leitura, e não apenas uma leitura linear do texto. Se possível, mostre a eles um exemplo desse recurso.
b. Você já comentou textos na internet? Como foi? Se não comentou, já leu comentários? O que achou?
1. Nesse texto, o autor usou três frases interrogativas. Analise-as. Pássaros encolhem?
A. B.
Por que isso está acontecendo?
Mas por que as asas das aves estão ficando mais compridas?
C. Frases como essas servem como pistas para o leitor imaginar o que é exposto após cada uma delas. Que efeito esse tipo de construção cria para o texto?
2. Releia este trecho do texto.
Resposta: Prende a atenção do leitor, pois remete a um diálogo estabelecido entre o autor e o leitor. O autor do texto busca adivinhar as dúvidas do leitor para respondê-las em seguida.
Cientistas já fizeram o alerta para governantes de todo o mundo: para frear essas mudanças no clima da Terra precisamos acabar com o desmatamento e diminuir a poluição da atmosfera, entre outras ações.
a. Qual é a função dos dois-pontos empregados nesse trecho?
Resposta: Apresentar o alerta feito pelos cientistas.
b. Que palavra o autor usou para se incluir na situação?
Resposta: A forma verbal precisamos
Os textos de divulgação científica têm o objetivo de popularizar a ciência, de modo que ela se torne acessível fora dos centros de pesquisa, com uma linguagem que traduza e simplifique termos os técnicos para que possam ser compreendidos por quem não faz parte dessa área de conhecimento.
1. Com a leitura desse texto, você conheceu uma das consequências das mudanças climáticas no planeta. Quais atitudes podemos tomar para frear essas mudanças?
mentação ao se expressarem oralmente. Para isso, permita-lhes argumentar sobre as atitudes que podem ser incluídas no cotidiano deles e sobre as que eles já fazem. Escreva algumas delas na lousa e, em seguida, peça à turma para analisar em conjunto quais melhorias tais atitudes seriam capazes de gerar.
• Na atividade 10 , permita aos estudantes que exponham suas experiências com relação ao espaço reservado ao leitor, que deve ser usado de forma ética e respeitosa. Aproveite para explicar-lhes a diferença entre liberdade de expressão e discurso de ódio, levando os estudantes a refutar este e a valorizar aquele.
• Ao explorar a atividade 1 da seção Explorando a linguagem , explique aos estudantes que esse tipo de construção também pode ser visto como uma estratégia para destacar e enfatizar pontos que são importantes para a compreensão do texto, de modo a chamar a atenção do leitor. Na fala, é comum dizer para o interlocutor, em conversas informais, “você deve estar se perguntando…”, mas muitas vezes o interesse em transmitir a informação é maior por parte do próprio emissor, o qual pretende gerar inquietação e curiosidade no interlocutor.
28/07/2022 15:53:16
• Na atividade 2 , converse com os estudantes sobre a importância de o autor utilizar a primeira pessoa do plural na afirmação. Pergunte a eles qual efeito essa escolha gera, tendo em vista que ele poderia ter escrito “é preciso acabar com o desmatamento”. Deixe-os se expressarem, orientando-os na percepção de que, ao utilizar o plural, o autor assume junto com os leitores a responsabilidade e indica que é dever de todos.
• Aproveite a atividade do Discutindo ideias, construindo valores para incentivar os estudantes a desenvolver a capacidade de análise, de crítica e de argu-
Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes apontem atitudes como reduzir a produção de lixo, reduzir o consumo de energia elétrica, diversificar as fontes de energia, não poluir rios e mares, diminuir a produção de gases poluentes etc.• Conhecer a classe gramatical dos verbos.
• Identificar as características e os usos dos tempos verbais.
BNCC
• Como se exploram os tempos verbais do modo indicativo, os estudantes desenvolvem a habilidade EF06LP04
• Ao conhecer os tempos verbais para utilizá-los em diferentes situações comunicativas da vida social, ampliando sua participação na cultura letrada, os estudantes desenvolvem a competência específica de Língua Portuguesa 2
Orientações
• Comente com os estudantes que os tempos verbais possuem valores diferentes dependendo do contexto em que são empregados. Com base nisso, podemos nos expressar de modo efetivo em diversas situações de comunicação.
• Na atividade 1 , explore a intertextualidade temática entre o trecho do conto apresentado e a obra de Miguel de Cervantes. Deixe que os estudantes expressem o que sabem do cavaleiro andante e complemente traçando alguns paralelos entre os dois textos. Notem, conjuntamente, que Lívio adquire os acessórios que caracterizam Quixote, como escudo, elmo, espada e até o cavalo, e trava batalha com um gigante, que em vez de ser os moinhos de vento da história original, nesse texto é um ventilador. Outro aspecto interessante a ser mencionado à turma é que, embora o menino não soubesse ler, sua imaginação o levou a uma história consagrada da literatura. No item a , incentive os estudantes a destacar trechos do texto que eles considerarem interessantes. Já no item d, explique aos estudantes que essa predominância ocorre porque se trata de uma narrativa em que a relação temporal de anterioridade ou posterioridade dos episódios relatados é evidenciada pelo uso de verbos no passado.
Nesta seção, continuaremos os estudos sobre verbos, analisando mais especificamente a flexão de tempo.
Pretérito
1. Leia a seguir o trecho de um miniconto.
[...]
Lívio tinha quatro anos e não sabia ainda ler.
— Se pelo menos eu tivesse uns brinquedos legais...
Foi até a cozinha. Abriu o armário embaixo da pia. Do meio das panelas, apareceu um homenzinho.
— Lívio... vamos brincar?
Lívio disse que sim.
O homenzinho deu para Lívio uma tampa de panela.
— Segure isso. É um escudo.
Foi buscar numa gaveta uma colher de pau.
— Tome a sua espada, meu rapaz.
Uma panela pequena serviu direitinho na cabeça de Lívio.
— Pronto. Esse será o seu elmo.
— Elmo?
— É . Uma espécie de capacete. Coragem! Pronto para a batalha?
Faltava o cavalo. Uma vassoura na área de serviço deu conta do recado. Lívio levou a maior bronca quando quis acertar o ventilador com a colher de pau.
— Estava brincando que era um gigante, mamãe... foi o homenzinho quem disse Mas àquela altura o homenzinho já tinha se escondido no meio de uns livros na estante da sala...
O nome do homenzinho, você sabe, era Dom Quixote. COELHO, Marcelo. Dom Quixote. Folha de S.Paulo, São Paulo, 12 fev. 2005. Folhinha. p. 8. © Folhapress.
a. As emoções do encontro do personagem Lívio com Dom Quixote são divididas com o leitor. De qual acontecimento do texto você mais gostou? Por quê?
Resposta pessoal.
b. Os fatos vivenciados por Lívio realmente aconteceram? Explique.
Possível resposta: Não, os fatos aconteceram na imaginação do personagem.
c. Essa história é construída de modo a criar um clima de fantasia, sonho. Que elementos no texto ajudam a construir esse clima?
Resposta: O aparecimento do homenzinho (Dom Quixote), a utilização de objetos de cozinha como instrumentos de defesa e de aventuras.
d. Das formas verbais destacadas no texto, quais predominam: as que indicam algo que já aconteceu, que está acontecendo ou que ainda acontecerá? Explique por que ocorre essa predominância no texto.
Resposta: Formas verbais que indicam algo que já aconteceu. Essa predominância ocorre porque são narrados acontecimentos já vivenciados.
2. Releia os dois trechos a seguir.
A. Foi até a cozinha. Abriu o armário embaixo da pia.
B. Lívio tinha quatro anos e não sabia ainda ler.
a. Em qual dos trechos as formas verbais indicam uma ideia de ação contínua, que já ocorreu no passado, mas que teve certa duração?
Resposta: No trecho B
b. Em qual deles as formas verbais indicam uma ideia de ação já ocorrida e finalizada de maneira rápida?
Resposta: No trecho A
c. De que forma é possível identificar essa mudança de tempo no texto?
Resposta: Por meio do contexto, visto que as situações expostas ocorreram em intervalos de tempo variados.
O tempo pretérito do modo indicativo se subdivide em:
• Pretérito perfeito: indica uma ação completamente concluída.
Exemplo: “Do meio das panelas, apareceu um homenzinho.”.
• Pretérito imperfeito: indica um fato passado, porém não concluído, um fato que continua.
Exemplo: “[...] e não sabia ainda ler.”
• Pretérito mais-que-perfeito: indica uma ação que ocorreu antes de outra ação ocorrida também no passado.
Exemplo: Quando o homenzinho apareceu, Lívio já abrira o armário da cozinha.
1. Leia a seguir o trecho de um poema de Olavo Bilac (1865-1918).
Meio-dia
Meio-dia. Sol a pino.
Corre de manso o regato. Na igreja repica o sino; Cheiram as ervas do mato.
Na árvore canta a cigarra;
Há recreio nas escolas:
Tira-se, numa algazarra, A merenda das sacolas.
O lavrador pousa a enxada
No chão, descansa um momento, E enxuga a fronte suada, Contemplando o firmamento.
Regato: pequeno rio.
a. No poema, o eu lírico trata sobre o quê?
Resposta: Trata sobre situações que ocorrem em um lugar ao meio-dia, descrevendo-as.
b. As situações apresentadas no poema costumam ocorrer com que frequência? Explique.
Resposta: As situações apresentadas acontecem todos os dias, pois indicam ações habituais, rotineiras.
c. O que as formas verbais destacadas no texto expressam: algo que já aconteceu, algo que está acontecendo ou algo que vai acontecer?
Resposta: Ideia de algo que está acontecendo.
Esse tempo verbal é bastante utilizado em materiais didáticos e biografias.
• Sobre o pretérito mais-que-perfeito , informe aos estudantes que, em uma situação informal de comunicação, é comum as pessoas empregarem a forma composta desse tempo verbal em vez da forma simples. Exemplo: Quando o homenzinho apareceu, Lívio já tinha aberto o armário da cozinha. ( tinha aberto em vez de abrira ).
• Para elucidar de maneira simplificada a atividade 2 , explore detalhadamente o contexto em que as frases aparecem. Explique a eles que, durante toda a ocorrência do fato, a idade do menino permaneceu a mesma. Já a abertura da porta do armário começou e acabou quase no mesmo instante.
• Complemente a atividade 1 do conteúdo Presente sugerindo aos estudantes que façam uma paródia do poema, inserindo hábitos e costumes do cotidiano deles. Não é necessário se preocuparem com rimas, basta usar o mote “Meio-dia. Sol a pino.”. Exemplos: “Meio-dia. Sol a pino. O cachorro late, a fome bate./ Meio-dia. Sol a pino. O pai chega, o ônibus passa.”. Verifique se eles compreenderam a ideia de presente habitual trazida pela atividade e pelo contexto.
• O professor e pesquisador João Jonas Veiga Sobral comenta os valores que alguns tempos verbais podem expressar, os quais são destacados a seguir.
• O pretérito imperfeito do indicativo pode expressar:
› um pedido ou dar uma ordem.
Exemplo: Você podia fazer o trabalho para amanhã, por favor?
O uso desse tempo verbal nessas situações de comunicação acentua a informalidade, torna mais exato o pedido expresso na frase e gera uma resposta efetiva por parte do interlocutor.
• O presente do indicativo pode expressar:
› um fato que se repete com frequência, denominando-se presente habitual
Exemplo: Todos os dias, Pedro janta às 19 horas.
› uma intenção velada de que talvez o fato não ocorra.
Exemplo: Assim que eu puder, ligo para você.
› polidez ou a atenuação de uma ordem.
28/07/2022 15:53:17
Exemplo: Você faz isso para mim?
› verdades universais.
Exemplo: Todo ser humano passa por momentos de indecisão.
› aproximação com um fato passado, recebendo o nome de presente histórico ou narrativo
Exemplo: Pedro Álvares Cabral chega ao Brasil em 1 500.
• Complemente a atividade 1 do conteúdo Futuro solicitando aos estudantes que façam uma espécie de paródia do poema, sem a preocupação com rimas, inserindo situações que eles acreditam que existirão no ano 3 000 para se expressarem no tempo futuro. Desta vez, devem utilizar o mote “No ano 3 000” e supor acontecimentos do futuro. Exemplos: “No ano 3 000, os carros voarão pelos ares e haverá água em pó. / No ano 3 000, cada cidadão terá uma árvore com seu nome e todos os pássaros viverão livres.”. No item c , explique aos estudantes que o futuro do presente do indicativo, em alguns contextos, assume valor:
› imperativo.
Exemplo: Não furtarás
› atemporal, estendendo-se a um tempo não marcado.
Exemplo: Quem com ferro fere, com ferro será ferido.
› hipotético, quando o verbo ser aparecer conjugado, podendo denotar, inclusive, ironia.
Exemplo: Será a Carla a culpada por tudo?
• Explique à turma também que o futuro do pretérito pode ser utilizado:
› do mesmo modo que o presente do indicativo, quando o interlocutor deseja expressar polidez, atenuando uma ordem.
Exemplo: Você poderia imprimir essas páginas para mim?
› da mesma forma que o verbo ser quando conjugado no futuro do presente do indicativo, podendo indicar ironia.
Exemplo: Falaríamos nossos reais sentimentos a ela?
• Comente, por fim, que, em situações informais de comunicação, na língua falada, é frequente a troca do futuro do pretérito pelo pretérito imperfeito do indicativo
Exemplo: Se elas quisessem, ajudavam no trabalho de casa. ( ajudavam em vez de ajudariam).
As formas verbais que expressam algo que ocorre no momento em que se fala, que expressam uma ação repetitiva ou de longa duração estão flexionadas no presente do indicativo
Uma forma verbal no presente do indicativo também pode expressar:
• uma ação que ocorrerá no futuro, como em “Amanhã eu lhe devolvo o livro.”;
• uma ação habitual, como em “Acordo cedo todo domingo.”;
• uma ação passada, como em “Cabral e sua esquadra atracam em Porto Seguro, em 1500.”;
• uma verdade científica, um dogma ou uma lei, como em “O planeta Terra gira em torno do Sol.”.
O presente do indicativo que faz remissão a fatos ocorridos no passado é chamado presente histórico
1. Leia o seguinte poema de Roseana Murray.
No ano 3000 No ano 3000 os homens já vão ter se cansado das máquinas e as casas serão novamente românticas.
1. b. Resposta: Casas românticas por condomínios fechados e apartamentos; vida sem pressa por vida apressada; cartas por e-mails e mensagens instantâneas; bondes por trens e metrôs; charretes por automóveis; pianos de cauda por rádio, aplicativos de música etc
O tempo vai ser usado sem pressa: gerânios enfeitarão as janelas, amigos escreverão longas cartas. Cientistas inventarão novamente o bonde, a charrete. Pianos de cauda encherão as tardes de música e a Terra flutuará no céu muito mais leve, muito mais leve.
Gerânios: plantas com flores róseas, cultivadas em vasos e jardins.
a. O fato de os homens, no ano 3000, já terem “se cansado das máquinas” leva o eu lírico a destacar uma série de elementos do passado que passariam novamente a fazer parte do dia a dia das pessoas. Quais são esses elementos?
Resposta: Casas românticas, vida sem pressa, flores nas janelas, cartas de amigos, bonde, charrete, pianos de cauda.
b. Devido ao avanço tecnológico, os elementos citados pelo eu lírico estão sendo substituídos por quais outros?
c. Analise as formas verbais que aparecem destacadas no poema. Elas indicam algo que já aconteceu, que está acontecendo ou que vai acontecer?
Resposta: Indicam algo que ainda vai acontecer, ou seja, expressam uma ideia de tempo futuro.
d. Qual é a relação do tempo verbal utilizado com os sentidos expressos no texto?
Resposta: No texto, são expostas situações projetadas para ocorrer no futuro. Dessa forma , justifica-se o emprego desse tempo verbal. 194
O tempo futuro do modo indicativo indica uma ação que ocorrerá em um tempo posterior ao momento atual. Ele pode ser expresso de duas formas. Confira.
• Futuro do presente – que indica certeza ou probabilidade de ocorrer algo em um tempo posterior ao atual.
Exemplo: “Cientistas inventarão novamente o bonde, a charrete.”
• Futuro do pretérito – que, em um tempo passado, indica ação futura que poderia ter ocorrido se uma condição tivesse sido cumprida.
Exemplo: Se eu pudesse voltar no tempo, me divertiria mais com meus amigos.
Em situações mais informais, é comum o emprego da locução verbal formada pelo verbo ir + um verbo no infinitivo para expressar ações futuras, por exemplo: vão ter (terão), vamos passear (passearemos).
1. Leia o poema a seguir.
1. c. Resposta: As formas verbais indicam que as ações ocorreram no passado e transmitem uma ideia de continuidade e duração, podendo indicar, por exemplo, uma ação que se configurou como hábito.
1. d. Resposta: Houve um menino / Que teve um chapéu / Para pôr na cabeça / Por causa do sol. / Em vez de um gatinho / Teve um caracol. / Teve o caracol / Dentro de um chapéu; / Fez-lhe cócegas / No alto da cabeça.
Havia um menino
Havia um menino
Que tinha um chapéu
Para pôr na cabeça
Por causa do sol.
Em vez de um gatinho
Tinha um caracol.
Tinha o caracol
Dentro de um chapéu; Fazia-lhe cócegas
No alto da cabeça.
[...]
1. a. Resposta: O emprego do artigo um dá a ideia de indeterminação sobre o personagem do poema, ou seja, indica que se trata de um menino qualquer, sobre quem, inicialmente, não se tem informações específicas.
a. No primeiro verso do poema é citado um personagem cujas ações são narradas ao longo dele. Que ideia o uso do artigo um procura transmitir sobre esse personagem?
b. Em que tempo estão as formas verbais em destaque no poema?
Resposta: Estão no pretérito imperfeito.
c. Que sentido é transmitido pelas formas verbais em destaque com relação ao tempo em que os fatos ocorreram e à duração deles?
d. Reescreva o poema de modo que as formas verbais em destaque expressem ações no pretérito perfeito do indicativo.
e. Ao reescrever o poema, que mudanças de sentido você percebeu no texto?
Resposta: As ações passam a designar fatos concluídos completamente, como se não mais acontecessem.
• A atividade 1 da subseção Praticando explora um poema em que o emprego do pretérito imperfeito do indicativo é evidenciado.
• Para complementar o item a , verifique se os estudantes percebem alguma diferença entre o uso dos artigos um e o para acompanhar a palavra caracol nos versos. Aproveite para incentivá-los a desenvolver a capacidade de inferir quais seriam as hipóteses da escolha por um ou outro. Analise as argumentações de cada um sem emitir um parecer de certo ou errado, mas chame a atenção deles para o fato de que, quando o eu lírico apresenta o caracol pela primeira vez, utiliza o artigo indeterminado, pois, como o menino, é um caracol qualquer. Contudo, quando ele cita que o caracol estava dentro do chapéu, utiliza o artigo determinado, posto que é o animal que havia sido referido e apresentado anteriormente.
• Aproveite o questionamento dos itens b e c para estabelecer uma relação entre o poema de Fernando Pessoa e os contos iniciados em “Era uma vez”. Escreva na lousa alguns verbos que possam completar um parágrafo iniciado com “Era uma vez um menino” e peça aos estudantes para preencherem com a conjugação no pretérito imperfeito. Sugestão de verbos: morar, ter, ir, viver, ganhar
• A reescrita e a análise propostas nos itens d e e possibilitam aos estudantes verificar que o emprego de determinada forma verbal em detrimento de outra pode alterar todo o sentido que se quer expressar em um enunciado.
28/07/2022 15:54:36
Melissa Garabeli/ Arquivo da editora PESSOA, Fernando. Havia um menino. In: PESSOA, Fernando. Poemas para crianças . Ilustrações originais: Lu Martins. São Paulo: Martins, 2007. p. 22.• Nas atividades apresentadas nesta página, os estudantes poderão perceber o uso do presente do indicativo para se referir a um fato passado, o presente histórico, e esse mesmo tempo verbal usado para expressar acontecimentos futuros. Se necessário, dê os exemplos a seguir e outros para que os estudantes compreendam esses usos do presente do indicativo com diferentes sentidos: “Ele volta amanhã.” e “ Chego em Roma no próximo dia 7.”.
• Aproveite a atividade 2 para conversar com os estudantes sobre José Saramago. Incentive-os a mencionar qualquer informação que tenham acerca do escritor, tendo em vista que é um nome conhecido da literatura mundial. Para incitar o diálogo, pergunte-lhes se eles sabem qual é a nacionalidade de Saramago e se conhecem alguma de suas obras. Diga que o escritor é o único da língua portuguesa ganhador de um prêmio Nobel (Saramago, natural de Azinhaga, Portugal), o qual recebeu em 1998. Livros como O homem duplicado (2002) e Ensaio sobre a cegueira (1995) foram adaptados para o cinema, sendo avaliados positivamente pelo público.
• Complemente a atividade 3 conversando com os estudantes sobre a previsão do tempo. Falar sobre o tempo costuma ser visto como uma conversa jogada fora , mas hoje em dia, com aplicativos de meteorologia nos celulares, muita gente acaba acessando a previsão do tempo diariamente. Pergunte aos estudantes se eles têm o costume de verificar a previsão e se sabiam que há cursos universitários para quem gosta do assunto ou tem interesse em se profissionalizar, que são os cursos de Bacharelado em Meteorologia ou Ciências Atmosféricas.
2. Leia o trecho de um conto do escritor português José Saramago (1922-2010). Nele, Saramago se transforma em personagem e conta que, certa vez, teve uma ideia para escrever um livro infantil. Então, inventou uma história sobre um menino que faz nascer a maior flor do mundo. Leia um trecho dessa história.
[...]
Logo na primeira página, sai o menino pelos fundos do quintal, e, de árvore em árvore, como um pintassilgo, desce ao rio e depois por ele abaixo, naquela vagarosa brincadeira que o tempo alto, largo e profundo da infância a todos nós permitiu...
Em certa altura, chegou ao limite das terras até onde se aventurara sozinho. Dali para diante começava o planeta Marte, efeito literário de que ele não tem responsabilidade, mas com que a liberdade do autor acha poder hoje aconchegar a frase. Dali para diante, para o nosso menino, será só uma pergunta sem literatura: “Vou ou não vou?” E foi.
2. e. Resposta: As formas verbais no presente do indicativo, ao se referirem a fatos que ocorreram no passado, enfatizam os acontecimentos de modo a aproximar o leitor dos fatos relatados. O uso do presente nas narrações torna mais atual a representação dos fatos.
SARAMAGO, José. A maior flor do mundo. Ilustrações: João Caetano. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2001. p. 10-12.
2. b. Possíveis respostas: O menino teria subido nas árvores, brincado nos galhos como um pássaro (pintassilgo) e brincou ou nadou nos rios.
a. O narrador da história diz que o menino vive aventuras sozinho. Em que lugar essas aventuras teriam acontecido?
Resposta: O menino viveu aventuras pelos fundos do quintal.
b. O narrador não esclarece as aventuras que o menino viveu. Considerando o lugar onde o menino estava, que aventuras você imagina que ele viveu?
c. Os fatos narrados na história já ocorreram, estão ocorrendo ou ainda vão ocorrer?
Resposta: Os fatos fazem referência a acontecimentos que ocorreram no passado.
d. Analise as formas verbais em destaque no primeiro parágrafo. Indique em que tempo verbal elas estão e explique com que valor foram empregadas.
Resposta: As formas verbais estão no presente do indicativo, mas com valor de passado (pretérito).
e. Que efeito de sentido o emprego de formas verbais nesse tempo verbal atribui ao primeiro parágrafo da história?
3. Leia um trecho de uma previsão do tempo.
Ilustrações:
Neste sábado, o sol deve reaparecer sobre Porto Alegre e a temperatura sobe acima da marca dos 20 °C, mas tem previsão de pancadas de chuva. As áreas de instabilidade da nova frente fria provocam chuva forte especialmente sobre o centro-sul do Rio Grande do Sul. A chuva pode vir com fortes rajadas de vento. [...]
PEGORIM, Josélia. Nova frente fria avança sobre o Sul do BR no fim de semana. Climatempo 6 jul. 2018. Disponível em: https://www.climatempo.com.br/noticia/2018/07/06/nova-frente-friaavanca-sobre-o-sul-do-br-no-fim-de-semana-2643. Acesso em: 3 mar. 2022.
a. As formas verbais no trecho estão em que tempo verbal?
Resposta: No presente do indicativo.
b. Essas formas verbais dão a ideia de algo que está acontecendo? Explique.
Resposta: Não, elas dão a ideia de algo que ainda vai acontecer, ideia de futuro.
• Para ampliar o trabalho com os tempos verbais, proponha aos estudantes uma atividade de análise. Para isso, escreva na lousa as formas verbais corro , corria , corri , correra , correrei e correria . Depois, pergunte a eles se essas formas indicam a mesma pessoa do discurso e o mesmo tempo verbal. Verifique se eles indicam que as formas verbais estão todas na mesma pessoa do discurso, mas que os tempos verbais são diferentes. Na
sequência, solicite-lhes que indiquem a pessoa e o tempo de cada forma verbal. Avalie se eles reconhecem que todas as formas verbais estão conjugadas na primeira pessoa do discurso e que a forma corro está no presente; corria , no pretérito imperfeito; corri, no pretérito perfeito; correra , no pretérito mais-que-perfeito; correrei , no futuro do presente; correria , no futuro do pretérito. Se achar oportuno, repita a atividade com outros verbos.
É do Brasil!: Brasileiros garantem bronze na Copa do Mundo… de Física
4. Agora, leia a manchete a seguir. Disponível em: https://www.hypeness.com.br/2018/07/ e-do-brasil-brasileiros-garantem-bronze-na-copa-do-mundo-de-fisica/. Acesso em: 3 mar. 2022.
a. Qual é o fato que surpreende nessa manchete?
Resposta: O fato de a Copa do Mundo ser de Física e não de futebol, como era de se esperar pelo começo dela.
b. As formas verbais empregadas nessa manchete indicam fatos que já tinham ocorrido ou que estavam ocorrendo no dia em que ela foi publicada?
Resposta: Indicam fatos que já haviam ocorrido no dia da publicação da manchete.
c. Qual das afirmativas a seguir explica o emprego desse tempo verbal na manchete? Permite uma aproximação do leitor em relação ao fato e dá veracidade e atualidade aos acontecimentos.
B.
Não deixa claro para o leitor se os fatos apresentados acontecem no presente ou em um passado próximo.
Resposta: A.
5. Leia o trecho de uma reportagem.
Futuro do pretérito
Imaginar o futuro é divertido. Mais divertido ainda é rever as bobagens ditas, escritas e desenhadas em nome de pretensas profecias. Conheça algumas das previsões mais engraçadas feitas no século passado para o mundo de hoje.
Falta espaço?
Em 1895, quando os primeiros prédios muito altos eram erguidos em Nova York, o artista Grant Hamilton imaginou que a vida inteira poderia ser resolvida sem sair de uma cidade-prédio, como esta. Hamilton não foi muito criativo no quesito transporte: no chão, corre um bonde; entre os andares, uma maria-fumaça.
a. Por que o título da reportagem é “Futuro do pretérito”?
b. Identifique, nesse trecho, uma forma verbal no futuro do pretérito e justifique seu emprego
c. Por apresentar uma previsão feita no século 19, a reportagem traz elementos que, atualmente, não fazem mais parte do dia a dia das pessoas. Quais são esses elementos?
Resposta: O bonde e a maria-fumaça.
d. Se essa previsão tivesse sido feita hoje, quais elementos poderiam ser mencionados?
• Na atividade 4 , ressalte para os estudantes que a manchete se caracteriza por apresentar verbo no presente, ainda que tenha sido escrita em um momento posterior aos acontecimentos.
• Ao final da atividade 5 , peça aos estudantes que imaginem se essa reportagem tivesse o seguinte título: Futuro do presente . Oriente-os a escrever uma previsão de algo que, na opinião deles, melhoraria a vida das pessoas em um futuro não muito distante, justificando o tempo verbal empregado em sua previsão. Espera-se que eles empreguem os verbos no futuro do presente para expressar um acontecimento que ainda não ocorreu, mas que é esperado para acontecer em um momento posterior ao atual.
• Para finalizar o trabalho desenvolvido nesta seção, caso considere importante, comente com os estudantes que alguns gêneros textuais se caracterizam pelo uso de determinados tempos verbais. Confira alguns casos em que isso ocorre.
› Pretérito : fábulas, contos maravilhosos, relatórios, relatos, notícias, biografias, piadas, diários.
› Presente : cronologias, resumos de livros, sinopses de filmes, manchetes de jornais, fotos-legenda.
› Futuro: introduções de livros, contratos.
28/07/2022 15:54:37
A.• Ler outro texto de divulgação científica e identificar as características e a função sociocomunicativa desse gênero.
• A discussão promovida nesta seção favorece o estudo dos temas contemporâneos transversais Trabalho e Ciência e tecnologia , uma vez que o texto de divulgação científica aborda o trabalho de cientistas, bem como o uso da ciência e da tecnologia para grandes descobertas. Além disso, aprimora a competência geral 2 , ao exercitar a reflexão e a análise crítica acerca de textos de abordagem científica.
• A leitura e a compreensão do texto de divulgação científica com autonomia e fluência possibilitam aos estudantes desenvolver a competência específica de Língua Portuguesa 3
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP29 ao explorar o texto de divulgação científica em seus aspectos composicionais, por meio de questões relativas à sua estrutura e organização.
• As habilidades EF69LP31 e EF69LP42 são desenvolvidas pelos estudantes ao analisarem a construção composicional do texto e ao reconhecerem as marcas linguísticas presentes como forma de hierarquização das informações.
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF67LP26 ao identificar os hipertextos presentes no texto, os quais fazem remissões a conceitos importantes para a compreensão e ampliação das informações.
• A habilidade EF69LP43 também é desenvolvida, pois os estudantes devem identificar as citações literais que aparecem em alguns momentos, recurso bastante usado em textos desse gênero.
O título do texto de divulgação científica que você vai ler agora é “Megadescoberta!”. O que é uma megadescoberta para você? Será que é a mesma descoberta tratada no texto?
Leia para conferir.
Cientistas encontram ossadas de espécie extinta de preguiça... gigante
Antes de qualquer coisa, permita que eu faça um esclarecimento: se você achou que o assunto de nossa conversa seria aquela dificuldade imensa de sair da cama, principalmente às segundas-feiras, não é nada disso!
Eu quero falar sobre importante descoberta, anunciada no início de 2019, por pesquisadores do Museu de Ciências Naturais [de] Minas – aliás, se ainda não visitou o espaço, vale a pena conhecer! #Ficaadica!
Depois de 20 anos de pesquisas, a equipe de cientistas liderada pelo professor e paleontólogo Cástor Cartelle Guerra descobriu uma espécie extinta de preguiça-gigante, encontrada nos territórios de Minas Gerais e da Bahia, há, pelo menos, 20 mil anos.
“A preguiça atual é do tamanho de um macaco. Agora, imagine um tamanduá multiplicado por cinco. As preguiças-gigantes pesavam mais de uma tonelada, eram herbívoras, pacíficas e desfilavam pelos nossos campos”, explica Cástor.
Muito bem-humorado, o professor é um espanhol que se mudou para o Brasil ainda jovem, aos 19 anos. Hoje, com mais de 80, ele trabalha como curador das coleções de Arqueologia e Paleontologia [...]. Isso quer dizer que realiza a seleção das peças em exposição – o “acervo” – naquele espaço.
A Arqueologia é a ciência que estuda costumes e culturas dos povos antigos, com base em materiais que restaram de suas vidas, descobertos por meio de coletas e escavações. Já a Paleontologia investiga as formas de vida existentes no passado, com base em seus fósseis.
Pulão!
O professor me contou que o achado da preguiça-gigante foi mais ou menos como ganhar na loteria. E ele não falava de dinheiro, que era curto como “cobertor de pobre”, mas da sorte dos pesquisadores ao encontrar cerca de 200 fósseis (materiais petrificados) em cavernas – dentre eles, dois crânios de preguiças, de um macho e uma fêmea.
“É muito raro encontrar um esqueleto inteiro num local. Você não sabe se pula, se dá cambalhota, se solta foguete!”, conta o pesquisador.
Paleontólogo: cientista que estuda os fósseis.
Herbívoras: animais que se alimentam de vegetais.
• Leia o parágrafo que antecede o texto e incentive a turma a levantar hipóteses a respeito do que imaginam que o texto de divulgação científica vai abordar, com base em seu título. Anote as hipóteses a fim de retomá-las após a leitura do texto.
• Solicite que, primeiro, façam uma leitura silenciosa do texto. Em seguida, organize-os em duplas considerando estudantes de diferentes perfis e peça a eles que juntos releiam o texto, observando os efeitos que os hipertextos trazem para a leitura. Oriente-os a ler o texto de
modo corrido e só depois voltar aos hipertextos e ao vocabulário. A leitura silenciosa e o trabalho em pequenos grupos são uma estratégia interessante para turmas grandes. Em turmas menores, pode-se selecionar dois estudantes e pedir a eles que façam a leitura em voz alta para a turma acompanhar.
• Durante a leitura, avalie se há as palavras que os estudantes têm mais dificuldade de decodificar e/ou pronunciar; além disso, note se respeitam as pausas e os sinais de pontuação. Se necessário, auxilie-os a reler o texto com fluência, visando sanar essas dificuldades.
A nova espécie ganhou o nome Glossotherium phoenesis. A primeira palavra já é adotada pelos cientistas para identificar preguiças-gigantes; a segunda diferencia a nova espécie descoberta, e foi escolhida para homenagear a equipe do Museu [...], que ajudou na recuperação do local após um incêndio, em 2013, que destruiu parte do acervo. A palavra phoenesis faz referência à ave fênix que, na mitologia grega, ressurge das próprias cinzas.
RIBEIRO, Alessandra. Megadescoberta! Minas Faz Ciência , Belo Horizonte, Fapemig , Edição para Crianças Especial, 2019. p. 55-57.
1. Após a leitura do texto, suas hipóteses a respeito da megadescoberta foram confirmadas? Converse com os colegas.
Resposta pessoal.
2. Qual é a divulgação científica que esse texto faz?
Resposta: A descoberta de ossadas de preguiças-gigantes que habitaram as regiões de Minas Gerais e da Bahia há mais de 20 mil anos. Resposta pessoal.
3. O que você achou da descoberta apresentada nesse texto? Compartilhe sua opinião com a turma.
4. Que nome científico a espécie descoberta recebeu?
Resposta: Glossotherium phoenesis
5. Quais características dos animais descobertos são apresentadas no texto?
• Antes de ler o vocabulário para os estudantes, questione-os a respeito da compreensão que eles têm de cada palavra, a fim de avaliar seus conhecimentos prévios. Em seguida, faça a leitura do vocabulário e verifique se há outras palavras ou expressões cujo significado desconhecem. Em caso positivo, oriente-os a primeiro inferir seu sentido com base no contexto em que estão inseridas e, se a dificuldade persistir, peça-lhes que consultem um dicionário.
• Faça uma ilustração em seu caderno que represente essa espécie.
Resposta: Os animais eram gigantes, pesavam mais de uma tonelada, eram herbívoros e pacíficos. Resposta pessoal.
6. Qual foi a reação do pesquisador responsável pela descoberta? Explique o motivo dessa reação.
7. Releia o início do texto.
6. Resposta: Ele ficou muito feliz a ponto de pensar em pular, dar cambalhota e soltar foguete. Isso se explica por ser um acontecimento muito raro, comparado à sorte de ganhar na loteria.
Cientistas encontram ossadas de espécie extinta de preguiça... gigante
Antes de qualquer coisa, permita que eu faça um esclarecimento: se você achou que o assunto de nossa conversa seria aquela dificuldade imensa de sair da cama, principalmente às segundas-feiras, não é nada disso!
a. O que levou a autora do texto a fazer esse esclarecimento?
Resposta: O fato de a linha fina dar a entender que a descoberta era sobre a preguiça com o sentido de comportamento, estado, e não a palavra que nomeia uma espécie animal.
b. Ao empregar o pronome você, a autora do texto conversa diretamente com o leitor. Que efeito isso causa no texto?
Resposta: A autora aproxima o leitor do texto, o que pode despertar maior interesse pela leitura.
• Na atividade 1 , retome as hipóteses levantadas pelos estudantes antes da leitura. Convide alguns deles a mencionar o que haviam imaginado sobre a megadescoberta. Na sequência, ajude-os a comparar com as informações presentes no texto lido a fim de confirmar se as hipóteses foram ou não confirmadas.
• Ao explorar a atividade 2 , aproveite para avaliar a capacidade de síntese dos estudantes e o detalhamento do fato.
Resposta: C.
8. Qual dos itens a seguir faz parte da estrutura desse texto de divulgação científica e que não havia no texto lido na seção Leitura? Título. Linha fina. Intertítulo.
• De que forma esse item contribui para a leitura do texto?
Resposta: Ele torna a leitura menos cansativa e ajuda a organizar as informações do texto.
9. Analise os itens a seguir e copie-os elencando-os na ordem em que a autora os apresenta no corpo do texto.
• Exposição dos detalhes da descoberta e das pessoas envolvidas.
• Apresentação da descoberta científica.
• Esclarecimento sobre um possível mal-entendido com a palavra preguiça
Resposta: Primeiro: Esclarecimento sobre um possível mal-entendido com a palavra preguiça . Segundo: Apresentação da descoberta científica. Terceiro: Exposição dos detalhes da descoberta e das pessoas envolvidas.
• Aproveite a atividade 3 para incentivar os estudantes a desenvolver a expressão de suas percepções, convidando-os a compartilhar o que acharam sobre a descoberta e apresentar argumentos para defender um posicionamento a respeito do conteúdo do texto.
• Para responder às atividades 4, 5 e 6 , se necessário, oriente os estudantes a retomar a leitura do texto ou de partes dele, a fim de encontrar as informações solicitadas. Caso tenham dificuldade em localizar as informações, oriente-os a trocar ideias com um colega e juntos procurarem nele o que foi solicitado.
• O objetivo da atividade 8 é levar os estudantes a refletir sobre a estrutura de um texto de divulgação científica e como essa forma de organização das informações pode facilitar a leitura e a compreensão do leitor. Mais especificamente, são abordadas as funções da linha fina e do intertítulo.
• Na atividade 9 , verifique se os estudantes percebem que os itens fazem parte da estrutura de textos desse gênero. Aproveite para avaliar como está a capacidade de análise e de correlação do nome do item ao conteúdo apresentado no trecho ao qual ele se refere.
28/07/2022 15:54:37
• Na atividade 7, deixe que os estudantes expressem quais efeitos o esclarecimento da autora causou neles. Direcione-os à percepção de que, com essa estratégia, o texto confere uma atmosfera descontraída, que quebra a rigidez de textos científicos. O fato de o animal ser conhecido como bicho-preguiça, mas o texto tratá-lo somente como preguiça , pode ser um fator que exige conhecimento prévio ou esclarecimento, tendo em vista que a palavra preguiça tem outros significados enquanto substantivo.
A. B. C. Chame a atenção dos estudantes para a expressão “Em primeiro lugar”, usada pela autora, que funciona como uma pista linguística para perceber a hierarquização do conteúdo do texto.• A atividade 10 possibilita uma conversa sobre o uso da cerquilha dentro do universo juvenil. Pergunte aos estudantes se eles já usaram esse símbolo em suas conversas e em quais contextos costumam utilizá-lo. Uma curiosidade que vale a pena ser mencionada é que o símbolo gráfico foi incorporado à linguagem falada e gestual, pois há quem faça o gesto da cerquilha sobrepondo de modo cruzado os dedos indicadores e médios das duas mãos para simbolizá-la.
• Amplie a atividade 11 solicitando aos estudantes que conversem sobre a credibilidade de informação. Incentive-os a explicar o motivo pelo qual a fala do especialista confere credibilidade ao texto. É possível que relacionem o fato de o pesquisador ser parte da pesquisa com a ideia de ele ser uma espécie de testemunha ocular.
• Na atividade 12 , questione os estudantes sobre o que entendem por citação direta e citação indireta e solicite-lhes que deem exemplos. Após indicarem a resposta correta, evidencie que a citação direta serve para dar suporte, reforçar e confirmar aspectos discutidos no texto.
• Ao desenvolver a atividade 13 , questione os estudantes sobre o que são hiperlinks , deixando que expliquem esse conceito com suas palavras. Depois, comente com eles que são palavras ou expressões que funcionam como um link , ou uma referência de ligação, que remete a outro texto dentro do mesmo texto ou em outro documento. Para ilustrar, selecione previamente alguns textos de sites em que ocorra esse recurso e mostre-os para a turma.
10. Releia o seguinte trecho do texto.
Eu quero falar sobre importante descoberta, anunciada no início de 2019, por pesquisadores do Museu de Ciências Naturais [de] Minas – aliás, se ainda não visitou o espaço, vale a pena conhecer! #Ficaadica!
a. Qual palavra desse trecho deixa evidente a marca de pessoalidade usada pela autora do texto?
Resposta: O pronome eu
b. No final desse trecho, a autora faz uma sugestão ao leitor. Que sugestão é essa?
Resposta: Que o leitor visite o Museu de Ciências Naturais de Minas.
c. A expressão #Ficaadica é formada pelo símbolo cerquilha, lido como hashtag, seguido de uma ou mais palavras, geralmente em letras minúsculas (no caso de mais de uma palavra, não há espaçamento entre elas). Onde esse tipo de expressão é muito usado? Para que ele serve?
Resposta: Nas redes sociais. É usado como hiperlink para direcionar o usuário a outras publicações relacionadas. Comente que, neste caso, a expressão que reforça a sugestão da autora foi usada em tom de descontração.
11. Você já estudou que o veículo que publica o texto tem responsabilidade pela credibilidade das informações apresentadas. Além do veículo, a revista Minas Faz Ciência , o que ajuda a assegurar a veracidade das informações desse texto e a credibilidade dele? Copie a informação correta.
Resposta: A.
As falas do professor e paleontólogo Cástor Cartelle Guerra.
As opiniões da autora.
A organização do texto em parágrafos.
12. Releia uma das falas do paleontólogo responsável pela descoberta.
“A preguiça atual é do tamanho de um macaco. Agora, imagine um tamanduá multiplicado por cinco. As preguiças-gigantes pesavam mais de uma tonelada, eram herbívoras, pacíficas e desfilavam pelos nossos campos”, explica Cástor.
a. Copie o nome que recebe esse recurso do texto. Citação indireta. Citação direta. Exemplificação.
b. Que sinais de pontuação a autora usou para marcar essa fala?
Resposta: As aspas.
13. Na página 198 há um texto que explica o que é Arqueologia e Paleontologia e que funciona de modo semelhante a um recurso próprio dos suportes digitais. Que recurso é esse?
Resposta: Os hiperlinks. Comente com os estudantes que se trata de um hipertexto, o qual pode ser lido de forma não linear, mas sim como o leitor preferir.
Em alguns municípios brasileiros há sítios arqueológicos e paleontológicos. Os sítios arqueológicos são locais onde foram encontrados vestígios de ocupação humana; já os sítios paleontológicos são locais onde foram encontrados fósseis. Na sua região há algum sítio ou museu arqueológico ou paleontológico? Se houver, combine com o professor e os colegas a possibilidade de fazer uma visita a um desses locais. Depois da visita, conversem sobre o que vocês acharam do passeio e o que foi possível aprender.
O texto de divulgação científica sobre a descoberta paleontológica possibilita uma articulação entre os componentes curriculares de Língua Portuguesa e de Geografia . Se a visita aos sítios arqueológico ou paleontológico não for possível, avalie a conveniência de convidar o professor de Geografia para acompanhá-los em uma visita
virtual por algum museu dedicado a essas áreas. A seguir há uma opção de site em que é possível visualizar exposições.
MUSEU de Paleontologia da UFRGS. Disponível em: https://igeo.ufrgs.br/museupaleontologia/tourvirtual360/. Acesso em: 16 maio 2022.
A. B. C. A. B. C. Resposta: B.Neste capítulo, você conheceu as principais características de um texto de divulgação científica. Agora é a vez de praticar a escrita por meio desse gênero.
Com o auxílio do professor, produza um exemplar desse gênero para ser publicado no blog da turma. Ele poderá ser apreciado pelos colegas, pelos familiares e por toda a comunidade escolar.
Para planejar o seu texto de divulgação científica, leia as orientações a seguir.
a. O primeiro passo é definir o que será abordado no texto. Confira algumas sugestões e escolha o tema que desperta seu interesse
• Produzir um texto de divulgação científica.
BNCC
• A atividade promovida nesta seção favorece a abordagem do tema contemporâneo transversal Ciência e tecnologia e da competência geral 2 , uma vez que os estudantes devem produzir um texto de divulgação científica.
Arqueologia Ciência
Astronomia Saúde
b. Após definir o tema, é importante fazer um levantamento de informações sobre as descobertas mais recentes feitas nessa área, a fim de adquirir repertório para realizar a produção. Essa pesquisa pode ser feita em livros, revistas, jornais, enciclopédias e principalmente em sites da internet.
Dica
Ao fazer a pesquisa na internet, verifique a confiabilidade dos sites consultados e das informações pesquisadas. Busque dados em mais de uma fonte, comparando-os.
c. Leia atentamente os textos selecionados, sublinhando, anotando e resumindo as informações que julgar mais importantes. Se possível, sintetize essas informações em tópicos, respondendo às seguintes questões: O que foi descoberto?; Quem fez essa descoberta?; Como os cientistas chegaram a essa descoberta?; Quais os benefícios ou a importância disso para a sociedade?
d. Procure imagens relacionadas ao assunto, desenhe ou crie gráficos e tabelas para facilitar a compreensão das informações por parte do leitor.
e. Pesquise citações de autoridades no assunto para incluí-las em seu texto, a fim de tornar as informações mais confiáveis. Dê preferência a pesquisadores envolvidos no evento científico.
Plantas Animais 201
tes a desenvolver noções introdutórias de práticas de pesquisa. Para isso, incentive-os a realizar uma revisão bibliográfica, uma análise documental e tomada de nota. Com essa finalidade, disponibilize livros e revistas especializadas.
• Programe as pesquisas de acordo com a realidade local, sempre acompanhando os estudantes nas ações a serem realizadas. Explique a eles que devem fazer a leitura atenta dos textos, observando, sublinhando e ano -
• Ao pesquisar, selecionar e reproduzir informações para a produção do texto, os estudantes desenvolvem as habilidades EF69LP32 , EF67LP20 , EF67LP21 e EF67LP22 . Ainda nessa etapa, ao comparar os dados coletados, destacando os pontos mais importantes por meio de anotações, esquemas e quadros, desenvolvem as habilidades EF69LP30 , EF69LP33 e EF69LP34
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP35 e EF69LP36 e a competência específica de Língua Portuguesa 3 ao planejar, produzir e revisar o texto de divulgação científica.
• As habilidades EF67LP32 , EF67LP33 , EF67LP36 , EF06LP06 , EF06LP11 e EF06LP12 são contempladas nesta seção quando os estudantes utilizam, de forma consciente e reflexiva, as prescrições da norma-padrão: regras ortográficas, pontuação, regras básicas de concordâncias nominal e verbal e recursos de coesão.
tando as informações que julgarem mais relevantes. Caso não seja possível pesquisar sobre os temas escolhidos na internet, disponibilize jornais, livros e revistas impressos e oriente-os a pesquisar nesses materiais de consulta as informações de que necessitam para realizar sua produção. Durante todo o processo, analise os veículos em que eles estão fazendo as pesquisas, a fim de verificar se estão utilizando veículos e textos cujos conteúdos são adequados à faixa etária da turma.
28/07/2022 15:54:37
• Leia para os estudantes a proposta de produção escrita de um texto de divulgação científica, retomando e ampliando os conhecimentos já adquiridos sobre esse gênero textual. Aproveite para ressaltar a importância de considerarem todos os aspectos da produção, como o que será produzido, para quem e onde deverá ser publicado.
• Na subseção Planejando o texto , faça a leitura dos temas sugeridos para a turma e, em seguida, solicite-lhes que deem outras sugestões, anotando-as na lousa. Após a definição dos temas, oriente-os a pesquisar informações. Para a realização da atividade, ajude os estudan -
• Para ajudar os estudantes a realizar o que foi proposto na subseção Produzindo o texto , providencie folhas avulsas e oriente-os a escrever o texto de divulgação científica utilizando uma linguagem objetiva e explicativa, de modo que os leitores que não tiveram acesso aos mesmos materiais que eles consigam compreender o que está sendo apresentado. Durante a produção, analise o desempenho dos estudantes, esclareça possíveis dúvidas e, quando necessário, auxilie-os individualmente na elaboração da primeira versão do texto.
• Oriente a turma a utilizar conhecimentos linguísticos e gramaticais, como verificar se foram empregadas as concordâncias verbal e nominal, utilizar recursos de coesão pronominal e referenciação, selecionar vocabulário apropriado etc. Disponibilize dicionários para que consultem as palavras cuja grafia desconhecem.
• Na subseção Avaliando o texto , solicite aos estudantes que troquem os textos produzidos com um dos colegas, a fim de verificar se empregaram as características do gênero corretamente ou se algo ainda precisa ser ajustado ou melhorado. Auxilie-os nesse processo. Para isso, faça a leitura do quadro avaliativo, orientando-os a verificar se todos os itens foram contemplados. Durante a revisão da produção, explique -lhes a importância da reescrita e da avaliação do texto para que aprimorem cada vez mais seus trabalhos escritos.
• Em seguida, solicite a eles que, em uma folha avulsa, no caderno ou no computador, passem a limpo os textos corrigidos.
Agora que você já sabe quais elementos nortearão o seu trabalho, é hora de produzir a versão inicial do texto. Para isso, siga as orientações.
a. Durante a escrita, utilize uma linguagem impessoal, objetiva e um registro formal.
b. Inicie o texto apresentando a descoberta científica ao leitor, como ela foi realizada e os responsáveis por tal feito.
c. Ao longo do texto, detalhe as informações sobre essa descoberta de modo que o leitor consiga compreender o que está sendo divulgado.
d. Conclua o texto sintetizando as informações apresentadas, bem como mostrando a importância da pesquisa e suas contribuições para a sociedade.
e. Apresente, ao longo do texto, tabelas, gráficos, ilustrações ou fotografias que julgar pertinentes.
f. Cite as falas de autoridades no assunto (os pesquisadores envolvidos) de modo direto, utilizando, para isso, as aspas.
g. Atente para ligar as partes do texto de forma lógica.
h. Verifique a escrita das palavras, a concordância entre elas e a pontuação do texto.
i. Evite repetições desnecessárias empregando pronomes e palavras que tenham sentidos semelhantes, por exemplo.
j. Crie um título que chame a atenção do leitor. Se necessário, complemente as informações do título com a linha fina.
k. Produza o texto em uma folha de rascunho. Em seguida, faça a revisão, verificando se você seguiu todas as orientações e digite-o em um programa de edição de textos.
Troque de texto com um colega e avalie a produção dele, utilizando os questionamentos a seguir como referência.
a. O texto divulga uma descoberta científica relacionada ao tema escolhido?
b. Na introdução, foram apresentadas informações para contextualizar o leitor?
c. No decorrer do texto, foram detalhadas as informações sobre a descoberta?
d. Na conclusão, ficou evidente a importância da pesquisa para a sociedade?
e. O registro formal foi empregado, as palavras foram escritas corretamente, as concordâncias foram respeitadas e a pontuação está adequada?
Avalie as indicações apontadas pelo colega, ajuste o que for necessário e insira seu nome e sobrenome ao final do texto. O professor ficará responsável por organizar o acesso e as postagens no blog
Na seção anterior, você produziu um texto de divulgação científica. Agora, com o auxílio do professor, você e seus colegas vão produzir um vlog científico cujo objetivo é divulgar as descobertas científicas sobre as quais escreveram. O público será composto pelos colegas e pela comunidade escolar.
O vlog científico é uma mídia específica de assuntos ligados à área das ciências. Nesse tipo de vlog, os vlogueiros dão dicas, compartilham notícias, curiosidades, descobertas e vários outros assuntos relacionados ao campo das ciências.
Para iniciar o planejamento do vlog, utilize sua criatividade, dê asas à sua imaginação e oriente-se pelas sugestões apresentadas a seguir.
a. Releia o texto de divulgação científica e tente memorizar a sequência dos fatos para facilitar sua fala no momento da gravação.
b. Elabore um roteiro especificando cada etapa do vídeo. Essa ação vai ajudar você no momento da gravação, caso não se lembre de alguma informação.
c. Ensaie antes. Para isso, exponha oralmente o conteúdo do seu texto de divulgação científica para seus familiares ou para alguns colegas de turma e peça a eles que deem sugestões para melhorar sua apresentação.
d. Decida a dinâmica do vídeo, que, entre outras possibilidades, poderá:
• apresentar apenas uma explicação oral sobre o assunto;
• incluir uma animação representando o fato;
• mostrar uma sequência de imagens e uma narração oral complementando-a.
e. Ajude a escolher o ambiente para a gravação, a selecionar o cenário de fundo e a providenciar os equipamentos necessários para a filmagem.
f. Para viabilizar as gravações, todos os estudantes devem se auxiliar quanto ao manuseio da câmera, à organização do cenário, à checagem do som, aos cortes e à edição das imagens e outras ações necessárias para que o vlog tenha uma boa qualidade.
g. Assista a alguns vlogs, analise a postura e a expressão dos vlogueiros e atente à edição dos vídeos. Confira uma sugestão a seguir.
5 canais para quem é apaixonado por ciência!
Neste vlog , além de dicas sobre canais relacionados ao mundo das ciências, você pode observar como o assunto é apresentado pela vlogueira: o tom da fala, a respiração, os gestos, os olhares etc. Preste atenção também aos efeitos e aos cortes e tente imaginar o que ela fez para planejar e produzir o vídeo.
• Produzir um vlog científico com base no texto de divulgação científica produzido na seção Produção escrita
BNCC
• A discussão promovida nesta seção favorece o estudo do tema contemporâneo transversal Ciência e tecnologia e da competência geral 2 , uma vez que os estudantes devem produzir um texto de divulgação científica oralmente, exercitando a reflexão e a análise crítica.
• A competência específica de Língua Portuguesa 10 é desenvolvida, pois os estudantes produzirão um vlog , o qual se traduz em uma prática da cultura digital.
• Ao planejar, produzir, revisar e editar um vlog , considerando o contexto de produção, as características e a estrutura desse gênero, os estudantes desenvolvem a competência específica de Língua Portuguesa 3 e a habilidade EF69LP12
• Os estudantes desenvolvem as habilidades EF69LP37 e EF69LP38 ao produzir um roteiro, organizando as informações pesquisadas para a gravação do vlog
• A habilidade EF67LP21 é desenvolvida durante os preparativos, a gravação e a edição do vídeo e a divulgação do vlog
h. Ao assistir ao vlog sugerido, anote algumas estratégias que poderão servir para auxiliar você durante a gravação. Aproveite e compartilhe-as com os colegas.
i. Combine com os colegas e o professor um dia para que os vídeos sejam gravados.
5 canais para quem é apaixonado por ciência! Nerd Speaking , em: https://www.youtube.com/watch?v=G-5oWq8i7ic. Acesso em: 9 jul. 2022. 203
Orientações
• Leia para os estudantes a proposta de produção oral, retomando e ampliando os conhecimentos adquiridos sobre o gênero textual. Ressalte a importância de considerar todos os aspectos da produção.
• Oriente os estudantes a formar pequenos grupos, designando as funções de cada integrante para as apresentações dos textos de divulgação científica:
• Durante as gravações e edições dos vídeos, os estudantes desenvolvem as habilidades EF69LP40 e EF69LP41 , uma vez que devem atentar ao tom e volume da voz, postura corporal e expressão facial e, ainda, saber usar os equipamentos de apoio nas apresentações orais.
28/07/2022 15:54:37
quem vai organizar o espaço, quem vai providenciar os equipamentos necessários, quem vai filmar, entre outras funções. Nesse momento, opte por unir estudantes de diferentes perfis, para que ocorra uma maior troca de experiências. Acompanhe de perto o trabalho desenvolvido, auxiliando-os sempre que necessário.
• Se possível, acesse com a turma o site indicado, para que assistam alguns vídeos e compreendam melhor o que deverão fazer.
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF67LP24 ao registrar por escrito, enquanto avaliam o vídeo do colega, as principais informações sobre o texto de divulgação científica exposto pelo colega.
Combine antecipadamente com a direção da escola um local adequado para a gravação dos vídeos. Se possível, selecione um local silencioso e no qual não deverá haver interrupções.
• Oriente os estudantes a ensaiar antes da gravação, praticando a pronúncia das palavras e a entonação de voz. Destaque a importância de ficarem dentro do tempo estipulado. Se, no momento do ensaio, estiverem estourando ou ficando muito abaixo do tempo estipulado, ajude-os a fazer ajustes.
• Durante as gravações, oriente os estudantes a apresentar as informações de maneira clara, articulando bem as palavras, bem como a utilizar tom de voz adequado e que seja atrativo aos ouvintes. Nesse momento, destaque a importância do silêncio por parte daqueles que não estiverem participando da gravação.
• Ao final das gravações, retome o processo de elaboração do vlog , a fim de avaliar essa produção com os estudantes. Para isso, solicite a eles que formem um semicírculo para trocar ideias sobre essa produção oral.
• Reforce a importância de respeitar o momento de fala dos colegas. Avalie com eles o desempenho da turma durante o planejamento e a produção do vlog , bem como durante a preparação e a realização das gravações. Verifique se todos colaboraram em todas as etapas, se respeitaram a vez dos colegas se apresentarem, entre outros aspectos que achar pertinente. Avalie também como está a evolução das apresentações orais dos estudantes: se estão melhorando a postura, a entonação de voz etc.
• Antes de publicar os vídeos on-line , providencie a autorização dos responsáveis dos estudantes.
j. Preparem o local de filmagem com antecedência. Prefiram lugares calmos, pois os ruídos externos podem ser captados no vídeo, prejudicando a qualidade do áudio.
k. Determine com os colegas a ordem das gravações e o tempo de cada estudante para fazer sua gravação.
Agora você vai gravar as informações do seu texto de divulgação científica produzido anteriormente. Para isso, leia as orientações a seguir.
a. Cheque os equipamentos de gravação: verifique se a imagem está sendo gravada e se o áudio está sendo captado adequadamente. Faça os ajustes necessários.
b. Durante a gravação, mantenha uma postura ereta.
c. Empregue um tom de voz adequado de modo que as pessoas que forem assistir ao vlog consigam ouvir você confortavelmente.
d. Apresente o assunto com expressões faciais e entonações de voz de acordo com o que estiver sendo exposto. Lembre-se de que o objetivo é transmitir o conteúdo por meio da fala, dos olhares e dos gestos. Essas expressões são muito importantes para ajudar o público a entender melhor o que se quer transmitir com o conteúdo divulgado.
e. Recorra aos recursos planejados (imagens, gráficos, tabelas) no momento adequado.
f. Evite ler tudo o que for falar. Leia apenas uma parte para conferir um tom de naturalidade e descontração ao vídeo.
g. Respeite o seu tempo estipulado para a gravação.
h. Enquanto os colegas estiverem gravando seus vídeos, ofereça apoio para auxiliar no que for preciso.
i. Pense em uma vinheta para iniciar o vlog e escolha uma música interessante para tocar durante o vídeo.
j. Decida com os colegas e com o professor como será a edição do vlog: se será feita por alguns estudantes da própria turma ou se será necessário solicitar apoio.
Verifique se há necessidade de regravar alguma parte. Auxilie a guardar os equipamentos e a organizar o local das gravações.
Procure um programa editor de vídeos para fazer a edição. Você pode buscar tutoriais que ensinam a fazer isso ou solicitar ajuda de quem sabe fazê-lo.
Na etapa da edição:
• verifique os momentos mais apropriados para inserir os elementos audiovisuais;
• insira vinhetas e músicas para tornar o vídeo mais dinâmico e atrativo.
Em seguida, sob a orientação do professor, você e seus colegas deverão publicar os vlogs em alguma plataforma de vídeos e divulgar para toda a comunidade escolar.
Por fim, avalie a atividade e compartilhe com a turma os aspectos de que mais gostou, a parte em que sentiu mais dificuldade, o que poderia ser melhorado etc.
Ao assistir aos vlogs dos colegas, registre por escrito as principais informações sobre o assunto apresentado para aprender mais sobre as descobertas científicas.
Neste capítulo, você vai estudar o gênero carta aberta. Em sua opinião, por que esse tipo de carta recebe esse nome? Que assuntos você imagina que são explorados em uma carta aberta? Vamos conferir?
Nós, organizações, instituições e cidadãos, que fazemos parte da Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável , vimos manifestar nossa preocupação com o aumento da obesidade infantil que já atinge mais de 1 3 das crianças e adolescentes em todo o Brasil . Cientes de que crianças e adolescentes passam o maior tempo do seu dia na escola, é imprescindível tornar o ambiente escolar um espaço de promoção da alimentação adequada e saudável.
Levando em conta o papel importante dos governos municipais para a implementação e o cumprimento das leis e normas que objetivam assegurar uma alimentação adequada para crianças e jovens da rede pública de ensino, solicitamos o comprometimento de V.Exa. com as seguintes propostas:
2. Restringir nas cantinas a oferta, venda e publicidade (cartazes publicitários e outros) de alimentos ultraprocessados tais como: balas, pirulitos e gomas de mascar, chocolates, refrigerantes, sucos artificiais ou à base de pó industrializado; salgadinhos industrializados; salgados fritos e pipocas industrializadas, alimentos que contenham corantes e antioxidantes artificiais;
3. Oferecer opções de refeições e alimentos na escola, comercializados ou não, baseados em alimentos in natura ou minimamente processados tais como: frutas, legumes, verduras, pães, bolos, tortas, salgados e doces assados ou naturais, suco de polpa de fruta ou natural, bebidas à base de fermentados (leite), de preferência agroecológicos ou orgânicos, provenientes da agricultura familiar e integrados à cultura alimentar local;
4. Realizar ações educativas internas e externas à escola que envolvam a comunidade no entorno como visitas a feiras livres, hortas comunitárias, cooperativas agrícolas e atividades promovidas por movimentos sociais locais. Estas atividades devem também ser realizadas no interior da escola, aproximando a comunidade escolar da sociedade que a cerca;
5. Construir hortas escolares, como uma forma de promover o conhecimento e estimular o consumo de alimentos in natura produzidos de forma agroecológica, e utilizar a cozinha como uma extensão da sala de aula, para a realização de atividades.
ALIANÇA PELA ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E SAUDÁVEL. Carta aberta aos prefeitos(as) e vereadores(as). Disponível em: https://view.officeapps.live.com/op/view.aspx?src=https%3A%2F%2Fwww.alimentacaosaudavel.org.br%2Fwp-content%2Fup loads%2F2017%2F06%2Fcarta_municipio_Agenda2017.docx%3F_ga%3D2.52136621.540594315.164270239341958111.1642702393&wdOrigin=BROWSELINK. Acesso em: 12 mar. 2022.
• Ler uma carta aberta e conhecer as características e a função sociocomunicativa desse gênero.
BNCC
• A seção contempla o tema contemporâneo transversal Educação alimentar e nutricional ao abordar a questão dos hábitos alimentares.
• O tema do texto também permite contemplar a competência geral 9 e sua relação com o exercício da empatia e a valorização da diversidade de indivíduos e grupos sociais.
• A leitura e a compreensão da carta aberta, bem como o reconhecimento dos argumentos apresentados e do texto como um lugar de manifestação de sentidos, contemplam as competências específicas de Língua Portuguesa 3 , 6 e 7
• Os estudantes desenvolvem as habilidades EF69LP27 , EF67LP17 e EF67LP37 ao identificar no texto os elementos composicionais, explorando o contexto de produção e as marcas linguísticas.
• Ao analisar pistas linguísticas que revelam uma hierarquização e uma organização de informações, os estudantes aprimoram as habilidades EF69LP31 e EF67LP25
• Ao identificar no texto a presença de argumentos, diferenciando-os de fatos, e reconhecendo o motivo da reclamação, os estudantes desenvolvem as habilidades EF67LP04, EF67LP05 e EF67LP18
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP28 , pois refletem sobre o emprego do adjetivo imprescindível em determinado trecho, por meio do qual é expresso um juízo de valor sobre o objeto da carta lida.
especí fica de Linguagens 4, uma vez que utilizam a linguagem verbal para expor seus argumentos, negociando e defendendo ideias.
• Leia com os estudantes o parágrafo que antecede o texto e conversem acerca das hipóteses que eles têm sobre o gênero, verificando os conhecimentos prévios da turma.
• Peça aos estudantes que, primeiro, façam uma leitura silenciosa da carta aberta. Em seguida, solicite a alguns
voluntários que a leiam em voz alta, distribuindo os trechos entre eles. A leitura silenciosa e o trabalho de distribuição de trechos compõem uma estratégia interessante para turmas grandes. Em turmas menores, pode-se selecionar apenas dois estudantes para que leiam em voz alta para a turma acompanhar.
28/07/2022 15:36:01
• Por fim, promova uma leitura coletiva fazendo pausas para abordar alguns elementos do texto, como as palavras em destaque, os sinais de supressão, os números que organizam o conteúdo da carta em itens, a referência do texto e outros que julgar pertinentes.
• Ao participar das discussões sobre o tema, respeitando os turnos de fala e a opinião dos colegas, os estudantes desenvolvem a habilidade EF67LP23 , as competências gerais 4 e 9 , bem como a competência específica de Linguagens 3 . Também desenvolvem a competência geral 7 e a competência
• Ao explorar as atividades 1 e 2 da subseção Conversando sobre o texto , promova uma discussão para que os estudantes troquem ideias sobre a carta lida, posicionando-se acerca do assunto e dos argumentos apresentados. Reforce a importância do respeito às ideias contrárias e aos turnos de fala durante uma conversa como essa.
• Ao explorar a atividade 3 , leve os estudantes a refletir sobre seus hábitos alimentares diários, reconhecendo em que momentos podem melhorá-los. É importante que eles percebam a importância dos hábitos saudáveis para uma qualidade de vida melhor.
• Nas atividades 1, 2 e 3 da subseção Escrevendo sobre o texto, verifique como os estudantes analisaram a estrutura da carta. Ajude-os a comparar a estrutura dela com a de outras cartas que eles possam conhecer. No item a da atividade 1 , por exemplo, é necessário que eles busquem o remetente no corpo do texto, pois não há uma assinatura no final da carta.
• Ao trabalhar com a atividade 2 , procure estar sensível para possíveis casos de bullying entre os estudantes, posto que a motivação da carta é o aumento da obesidade infantil. Também vale a pena ter cautela ao tratar de temas como a alimentação, uma vez que o Brasil apresenta altos índices de insegurança alimentar. Desse modo, considere sempre a realidade dos estudantes e da comunidade escolar.
1. Você concorda com as medidas apresentadas na carta aberta sobre a alimentação nas escolas? Troque ideias com os colegas.
2. Quais das medidas apresentadas você achou mais importante? Por quê?
Resposta pessoal. Resposta pessoal.
3. Alimentar-se bem, consumindo uma variedade de produtos saudáveis e naturais, é muito importante para a manutenção da saúde. Confira, a seguir, como podemos desenvolver hábitos alimentares mais saudáveis.
Não consumir doces em excesso.
Beber, pelo menos, 2 litros de água diariamente.
Praticar atividade física.
Consumir mais frutas, legumes e hortaliças. Diminuir o consumo de sal, que está ligado a doenças do coração.
Quais desses hábitos você e sua família costumam ter no dia a dia? Quais deles vocês ainda precisam desenvolver ou melhorar?
Resposta pessoal.
1. As cartas abertas apresentam um destinatário (pessoa que recebe a carta) e um remetente (pessoa que escreve a carta).
a. Quem são os remetentes da carta aberta lida?
b. Quem são os destinatários dessa carta?
Resposta: Organizações, instituições e cidadãos que fazem parte da Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável. Resposta: Prefeitos, prefeitas, vereadores e vereadoras das cidades.
c. Apesar de ter um destinatário específico, a carta aberta foi publicada em um site. Ao ser publicada em um site, quem passa a ser o público dessa carta?
Resposta: Todas as pessoas que se interessam pelo assunto e acessam o site
2. A motivação para a escrita dessa carta aberta é decorrente de uma constatação por parte dos remetentes. Que constatação motivou a escrita da carta?
Resposta: O aumento no número de obesidade infantil, um terço das crianças e dos adolescentes em todo o Brasil tem excesso de peso.
3. No início das cartas abertas, costumam ser apresentados os objetivos com que elas são escritas. Com que objetivo a carta aberta foi escrita? Copie a resposta adequada. Criticar medidas alimentares que estão sendo implementadas pelas prefeituras nas escolas dos municípios.
Resposta: B.
Solicitar o cumprimento de algumas medidas e convencer prefeitos e vereadores sobre a importância da alimentação saudável nas escolas.
Contribuir para a campanha de cargos políticos municipais e promover pequenos produtores regionais.
4. Ao elencar as propostas apresentadas a prefeitos e a vereadores, que recurso foi empregado para organizá-las?
Resposta: Os números, que indicam cada uma das propostas.
1. a. Resposta: Fato: crianças passam a maior parte do tempo na escola; argumento: ser imprescindível tornar o ambiente escolar um espaço em que se promova a alimentação saudável. Questione os estudantes sobre o
posicionamento deles em relação ao fato e ao argumento apresentados: se concordam ou não com eles.
1. Nas cartas abertas, costumam ser apresentados argumentos e trechos com exposição de fatos. Leia a seguir a definição de argumento.
Argumento é um conjunto de ideias usadas para comprovar algo, defender nosso ponto de vista e convencer o outro.
Agora releia o seguinte trecho da carta e responda às questões. Cientes de que crianças e adolescentes passam o maior tempo do seu dia na escola, é imprescindível tornar o ambiente escolar um espaço de promoção da alimentação adequada e saudável.
a. Identifique e escreva o fato e o argumento apresentados nesse trecho.
b. O emprego de qual palavra permitiu que você identificasse o argumento?
Resposta: O adjetivo imprescindível, que sugere uma visão subjetiva/pessoal dos remetentes.
c. Em “ tornar o ambiente escolar um espaço de promoção da alimentação adequada e saudável”, o que o verbo em destaque sugere sobre a alimentação nas escolas atualmente?
Resposta: O verbo tornar foi empregado para sugerir que nas escolas a alimentação não costuma ser saudável.
2. Releia os trechos a seguir. Nós, organizações, instituições e cidadãos, que fazemos parte da Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável, vimos manifestar nossa preocupação [...]
[...] frutas, legumes, verduras, pães, bolos, tortas, salgados e doces assados ou naturais, suco de polpa de fruta ou natural , bebidas à base de fermentados (leite) [...].
As vírgulas em destaque foram empregadas com funções diferentes.
a. Em qual dos trechos a vírgula foi usada para isolar uma sequência de itens em uma enumeração?
Resposta: No trecho B
b. Em qual trecho a vírgula introduz uma explicação sobre uma informação citada anteriormente?
Resposta: No trecho A
3. Leia as informações a seguir e copie a que está correta com relação à pessoa do discurso em que a carta foi produzida.
A carta foi escrita na primeira pessoa do plural para reforçar que o remetente representa os interesses de uma coletividade, ressaltando uma preocupação geral.
A carta foi escrita na primeira pessoa do singular para reforçar que o remetente representa os próprios interesses , ressaltando uma preocupação individual.
Resposta: A.
A carta aberta é um texto argumentativo que consiste em uma forma de protesto contra um problema ou uma situação socialmente relevante, alertando as pessoas sobre isso. Por meio da carta aberta, o remetente busca conscientizar a população ou uma pessoa específica (destinatário) sobre o assunto. Nessas cartas, predomina um tom formal e são empregados argumentos para convencer o remetente.
• Na atividade 4 da subseção Escrevendo sobre o texto , pergunte aos estudantes quais outros recursos eles acham que poderiam ser utilizados para organizar as propostas. É provável que digam que, além dos números, poderiam ter sido utilizadas letras e sinais gráficos, como travessões, asteriscos etc.
• Para conhecer um pouco da realidade da alimentação infantil no Brasil, assista ao documentário Muito além do peso , indicado a seguir. O documentário aborda a problemática da obesidade na infância e da qualidade da alimentação das crianças, além da influência da propaganda nesse tipo de consumo. O objetivo central dessa produção é alertar a sociedade sobre os impactos do descuido com a alimentação na infância. MUITO além do peso. de Estela Renner, 2012. 84 min. Disponível em: https://muitoalemdopeso. com.br/. Acesso em: 17 maio 2022.
• Ao explorar a atividade 1 da subseção Explorando a linguagem , instigue os estudantes a também argumentar sobre seus posicionamentos a respeito de o ambiente escolar ter uma política e uma prática favoráveis à alimentação saudável, de modo a incentivá-los a desenvolver a argumentação oral. Para isso, solicite que não apenas respondam se concordam ou não, mas também apresentem os argumentos que sustentam seus posicionamentos.
• Na atividade 2 , acrescente que, além dos usos das vírgulas referidos nos itens, há ainda diversos outros, que serão estudados em outros momentos.
• Aproveite a atividade 3 para reforçar que, embora essa carta tenha sido escrita na primeira pessoa do plural, uma carta aberta escrita na primeira pessoa do singular e que representa um interesse individual tem tanta legitimidade quanto a que representa um anseio coletivo.
A. B. A. B. Alimentos saudáveis.• Refletir sobre a importância de evitar o consumo excessivo de açúcar.
• O tema contemporâneo transversal Educação alimentar e nutricional é contemplado com a ampliação da discussão sobre a importância de bons hábitos alimentares.
• Os estudantes desenvolvem as habilidades EF69LP14 e EF67LP23 ao formular perguntas e respeitar os turnos de fala dos colegas.
• Os estudantes aprimoram a habilidade EF69LP11 e desenvolvem a competência geral 6 , ao analisar as opiniões do entrevistado e se posicionarem frente a elas, valorizando e respeitando os saberes e as experiências dele.
• As habilidades EF69LP39 e EF67LP14 são desenvolvidas ao enquadrar as perguntas em um recorte temático e ao selecionar um especialista.
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF67LP24 ao produzir o relatório da entrevista para apresentá-lo à turma.
• O texto apresentado e as questões a ele atreladas permitem a discussão e a reflexão sobre um dos principais temas relativos à educação alimentar: o consumo do açúcar. Os estudantes poderão pensar em ações práticas que possam adotar no dia a dia para combater seu consumo excessivo. Demonstrar os impactos negativos do alto consumo de açúcar é um importante artifício para sensibilizá-los.
• Proponha uma discussão partindo do ponto de vista e das opiniões dos estudantes a fim de ampliar a discussão levantada pela atividade 1
• Para desenvolver a entrevista proposta na atividade 2 , oriente as duplas a selecionar o entrevistado e fazer uma revisão bibliográfica sobre os benefícios do consumo do açúcar de forma moderada e os malefícios de seu uso excessivo. Com base nas informações coletadas, instrua-os a formular um roteiro cujas perguntas
Educação alimentar e nutricional
Como você e seus colegas viram anteriormente, alimentar-se de forma equilibrada contribui para a qualidade de vida. Nesse sentido, vocês já discutiram atitudes necessárias no dia a dia, como evitar o consumo de açúcar. Mas você sabe por que é preciso evitar consumir açúcar em excesso? O texto a seguir explica o motivo. Leia-o.
Você ingere o açúcar
Ele está no próprio açúcar, na farinha branca (dos pães e da massa), no arroz branco, no suco de frutas coado e em produtos processados com açúcar, como refrigerante.
Dispara a concentração de açúcar no sangue
O cérebro libera dopamina, responsável pela sensação de prazer, que queremos repetir. Aumenta a insulina (hormônio que controla o açúcar no sangue).
Tão rápido quanto subiu, o açúcar despenca
A insulina alta eleva a concentração de gordura. A dopamina cai.
Fome e mais fome
Baixos níveis de açúcar “ativam” a fome e causam vontade de comer mais, cansaço e irritação. Repetição do ciclo.
Confira as respostas das questões nas orientações ao professor.
mL)
Suco de uva: 26 g
Suco de pêssego: 35 g
Suco de laranja: 36 g
Refrigerante: 37 g Suco de limão: 45 g
1. Com base nas informações lidas, o que você conclui sobre a importância de consumir açúcar de forma moderada?
2. O açúcar está presente em diversos alimentos e, em alta concentração, em bebidas industrializadas. Com a supervisão do professor, junte-se a um colega para entrevistarem um profissional da saúde (médico, enfermeiro, nutricionista) sobre os benefícios do consumo moderado do açúcar. Depois, elenquem os principais benefícios e orientações que o profissional mencionar e apresente-os à turma.
considerem a formação do entrevistado e o tema a ser abordado. Se necessário, auxilie-os a definir os profissionais para a entrevista. Incentive-os a analisar as informações e construir um relatório a fim de apresentá-lo a turma. No dia agendado, a apresentação da entrevista e do relatório pode ser feita no intuito de levá-los a discutir as informações coletadas, separar as mais relevantes e colocá-las em um cartaz, para ser fixado na sala de aula.
1. Resposta pessoal. Possível resposta: O consumo moderado de açúcar é importante, porque, em excesso, causa diversas reações negativas no organismo.
2. Resposta pessoal. O objetivo da atividade é que os estudantes realizem entrevistas sobre os benefícios do consumo moderado de açúcar para o organismo, a fim de que percebam, por meio da investigação de informações, a importância e a seriedade desse assunto e também compilem informações para compartilhar com os colegas.
O CICLO viciante do açúcar. Jornal Joca , São Paulo, Editora Magia de Ler, 12 set. 2017. p. 5. Ilustrações: Sergio Lima/ Arquivo da editora1. Leia a tirinha a seguir.
1. a. Resposta: Estão se aproveitando de que Garfield ficou pendurado na árvore, em uma situação desfavorável, e estão zombando dele. Eles estão fazendo isso como uma forma de se “vingar” porque, geralmente, os pássaros são presas dos gatos.
1. b. Resposta: Ao questionar se os pássaros não deveriam estar migrando, Garfield deixa implícito que, se eles estivessem migrando, não estariam ali importunando-o.
• Reconhecer os efeitos semânticos, estilísticos e coesivos provocados pelo uso de antônimos e sinônimos nos textos.
• Ao reconhecer a presença de antônimos e sinônimos e seus efeitos de sentido nos textos apresentados, os estudantes trabalham as habilidades EF06LP12 e EF69LP54
a. O que os passarinhos da tirinha estão fazendo com Garfield? Por que eles estão agindo dessa maneira?
b. De que forma a fala de Garfield no final da tirinha contribui para o humor do texto?
c. A palavra bichano, no primeiro quadrinho, foi empregada para substituir outra com sentido equivalente. Qual é essa palavra?
Resposta: A palavra gato
d. Além de retomar uma palavra já referida no texto, com que intenção a palavra bichano foi empregada?
Resposta: Para evitar a repetição e contribuir para a coesão e a continuidade do texto.
e. Apesar de apresentar sentidos equivalentes, qual é a diferença de sentido entre essas palavras?
Resposta: No contexto da tirinha, gato se refere ao animal que os pássaros estão vendo; bichano
2. Leia o poema a seguir.
também faz referência ao animal, mas de forma irônica.
Há braços longos e curtos, magros e gordos.
Há braços brancos e negros, de velhos, de crianças.
Há braços de homens e de mulheres.
Há braços e braços. Até que um dia
alguém deu um passo, diminuiu o espaço e fez do braço um laço. Foi um sucesso, virou moda, e hoje até na hora do fracasso se há braço há abraço.
a. Sobre o que trata esse poema?
Resposta: Sobre a origem do abraço.
b. Identifique os pares de palavras que foram empregados com sentidos opostos.
Resposta: Longos e curtos; magros e gordos; brancos e negros; velhos e crianças; homens e mulheres
c. O que o emprego dessas palavras sugere sobre os abraços?
Resposta: O uso dessas palavras empregadas com sentidos opostos enfatiza a diversidade de abraços e produz um efeito expressivo.
da tirinha, como passarinho por ave , árvore por planta
• Após desenvolver o item d , leve-os a identificar a função referencial e anafórica dos sinônimos na construção e coesão dos textos.
• No item e , é importante chamar a atenção da turma para as sutilezas existentes em determinadas escolhas lexicais ao se produzir um texto.
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF06LP03 ao refletir sobre a diferença de sentido entre palavras sinônimas.
• Ao reconhecer o uso do sinônimo como recurso semântico e de coesão referencial, os estudantes desenvolvem as habilidades EF06LP12 e EF67LP36
• Ao formar antônimos com o acréscimo de prefixos, os estudantes aprimoram a habilidade EF67LP34
• Os estudantes desenvolvem a competência específica de Língua Portuguesa 2 , uma vez que reconhecem e empregam os sinônimos e antônimos, apropriando-se da linguagem escrita para participar da cultura letrada.
• A atividade 1 promove a leitura e a compreensão da tirinha e amplia o conceito de sinônimo. Ao explorar o item a , converse com os estudantes a fim de acionar o conhecimento de mundo que possuem sobre a relação entre gatos e pássaros. É importante que eles concluam que os gatos costumam, por instinto, caçar os pássaros. Como Garfield ficou preso no galho da árvore, as aves estão zombando dele e se aproveitando da situação.
28/07/2022 15:36:02
• No que diz respeito aos antônimos presentes no poema da atividade 2 , avalie a percepção dos estudantes quanto ao efeito da presença dos antônimos na construção da antítese – recurso estilístico que explora justamente termos que se opõem semanticamente –, reconhecendo a expressividade que esse emprego garante aos textos.
• No item b, explore a construção do humor, evidenciando o fato de Garfield não estar contente com a presença dos pássaros.
• Aproveite o item c para perguntar aos estudantes quais outros termos poderiam substituir a palavra gato. É possível que citem felino , miau . Se achar oportuno, solicite a eles que substituam outros elementos
SILVESTRIN, Ricardo. A invenção do abraço. In : SILVESTRIN, Ricardo. É tudo invenção. Ilustrações originais: Luiz Maia. São Paulo: Ática, 2003. p. 7. DAVIS, Jim. Garfield. Folha de S.Paulo, São Paulo, 8 out. 2013. Disponível em: https://www1.folha.uol. com.br/ilustrada/cartum/cartunsdiarios/#8/10/2013. Acesso em: 3 mar. 2022. Garfield, Jim Davis © 2013 Paws, Inc. All Rights Reserved/Dist. by Andrews McMeel Syndication• As atividades 1 e 2 da subseção Praticando têm o objetivo de levar os estudantes a reconhecer o uso do sinônimo como recurso semântico e de coesão referencial que, ao evitar repetição de termos , contribui para a continuidade do texto. Ao reconhecer os usos e as funções de sinônimos, os estudantes estarão aptos a empregá-los nos próprios textos, a fim de garantir a coesão e a continuidade textual.
• Após a atividade 1 , ajude os estudantes a concluir que as palavras sinônimas apresentam sentido semelhante, mas nunca igual, por isso em determinados contextos é possível substituir uma pela outra, mas não em outros.
• Reconhecer a função dos sinônimos pode propiciar aos estudantes um bom repertório vocabular e, fundamentalmente, um aprendizado que visa levá-los a usar, de forma apropriada, os sentidos que um termo pode apresentar, de acordo com o contexto em que está inserido.
• No item a da atividade 2 , se possível, leve um mapa do Brasil e mostre aos estudantes onde estão localizadas as regiões citadas. Aproveite a oportunidade para trabalhar com a variedade linguística regional, comentando com eles que, em cada região, são utilizadas expressões sinônimas para um mesmo referente, atestando a cultura regional. Saliente o respeito à diversidade linguística.
• No item b , incentive os estudantes a comentar as palavras sinônimas que conhecem para maneiro e arretado . Explore também as outras expressões trazidas no vocabulário. Se necessário, solicite-lhes que utilizem um dicionário para verificar outros sinônimos para essas expressões.
• No item c , caso os estudantes vivam em uma região onde não se usa nenhuma das duas expressões, aproveite para explorar quais palavras são utilizadas no lugar delas (como massa , show de bola , bom demais da
As palavras que apresentam sentidos equivalentes ou semelhantes são chamadas sinônimos É importante destacar que não há sinônimos perfeitos, mas sim sinônimos mais adequados a uma situação comunicativa. Já as palavras que apresentam sentidos contrários entre si, ou que podem ser colocadas em oposição, são chamadas antônimos
1. Leia as duas manchetes a seguir e analise as expressões em destaque.
Livro vai mostrar obra completa do cineasta Rogério
Disponível em: https://www.ehtrend.com.br/news/1103643/livro-vai-mostrar-obra -completa-do-cineasta-rogerio-sganzerla.html. Acesso em: 14 mar. 2022.
Autor de livro sobre Raul Seixas revela inspirações para obra
Disponível em: https://radios.ebc.com.br/tarde-nacional/2022/07/livro-o-raul-que-me-contaram. Acesso em: 26 jul. 2022.
Sergio Lima/ Arquivo da editora Sergio Lima/ Arquivo da editora
1. a. Resposta: Não. Na manchete A , a palavra obra se refere aos trabalhos (filmes) do cineasta. Na manchete B, refere-se à palavra livro, mencionada anteriormente.
a. A palavra obra tem o mesmo sentido nas duas manchetes? Explique.
b. Com que intenção a palavra obra foi empregada na manchete B ?
2. Leia o trecho de um vocabulário trazido no final do livro O surfista e o sertanejo O carioquês
Resposta: Para não repetir o substantivo livro. Dessa forma , o uso de obra garante a continuidade e a progressão do texto.
Veja o significado de alguns termos do carioquês usados pelo Beto: Caraca: expressão que indica surpresa Maluco: pessoa, indivíduo Maneiro: muito bom O pernambuquês
Veja agora o que significam algumas palavras do pernambuquês usadas pelos sertanejos:
Acochar: apertar
Amuado: aborrecido [...]
Aperreado: preocupado
Arretado: muito bom
DREGUER, Ricardo. O surfista e o sertanejo: encontro do mar com o sertão. Ilustrações: Isabel de Paiva. São Paulo: Moderna, 2009. p. 44-45.
a. O trecho apresenta o vocabulário de que lugares?
Resposta: Do Rio de Janeiro (Sudeste) e de Pernambuco (Nordeste).
b. Quais das expressões citadas nos dois falares são sinônimas? O que elas significam?
Resposta: Maneiro e arretado, que significam muito bom
c. Na região onde você vive, qual dessas duas expressões sinônimas é mais utilizada? Quais outras palavras sinônimas você conhece para elas?
Resposta pessoal.
conta etc.). Perceba, juntamente com eles, que muitas dessas palavras são consideradas gírias, pois representam um uso linguístico de determinado grupo de falantes, a fim de marcar a identidade deles.
3. Alguns antônimos são formados com o acréscimo de prefixos como in- e des-. Confira: evitável
– inevitável; fazer – desfazer. Forme antônimos com as palavras a seguir de acordo com esse mesmo processo.
a. Percebido.
d. Constante.
b. Respeito.
c. Justo.
Resposta: Despercebido. Resposta: Desrespeito. Resposta: Injusto.
e. Ligar.
f. Capaz.
• Na atividade 3 , reproduza na lousa o modelo de formação de antônimos por meio de prefixos e permita aos estudantes que componham as palavras seguindo o modelo
Resposta: Inconstante. Resposta: Desligar. Resposta: Incapaz.
4. A notícia que você vai ler trata do resgate de 12 meninos e seu treinador, que ficaram 18 dias presos em uma caverna de difícil acesso, na Tailândia, em 2018.
[...]
Equipes de busca com diversos mergulhadores já entraram e saíram do local de refúgio dos garotos. No entanto, fazer com que os adolescentes façam esse mesmo percurso não é tão simples assim. [...]
O caminho que leva à caverna está inundado em uma mistura de água com lama, o que torna o ambiente muito escuro e difícil de ser iluminado. Para os meninos, que não sabem nadar nem têm nenhuma técnica ou experiência com mergulho, voltar da mesma forma que os grupos de resgate seria muito perigoso.
Como essa possibilidade não foi descartada, os adolescentes e seu treinador estão aprendendo a usar máquinas de oxigênio. Caso essa seja a saída escolhida, eles não deixariam o local todos de uma vez. Os que estivessem mais preparados iriam na frente e o resgate seria feito aos poucos.
JOVENS tailandeses são encontrados em caverna após 10 dias desaparecidos. Jornal Joca , 5 jul. 2018. Mundo. Disponível em: https://www.jornaljoca.com.br/jovens-tailandeses-sao-encontrados-em-caverna-apos-10-diasdesaparecidos/. Acesso em: 4 abr. 2022.
a. Analise a palavra em destaque no texto. Que outras duas palavras foram empregadas na notícia com o mesmo sentido de garotos?
Resposta: As palavras adolescentes e meninos
b. Releia o trecho em voz alta substituindo as palavras encontradas por garotos . O que é possível concluir sobre o uso dessas palavras?
5. Leia a manchete a seguir.
Resposta: As palavras adolescentes e meninos foram utilizadas para evitar a repetição na notícia, contribuindo para a coesão e a continuidade textual.
Profissão centroavante: altos e baixos dos atletas coloca a nobre função em xeque Sergio Lima/ Arquivo da editora Disponível em: https://ndonline.com.br/florianopolis/esportes/profissaocentroavante-altos-e-baixos-dos-atletas-coloca-a-nobre-funcao-em-xeque. Acesso em: 3 mar. 2022.
a. Essa manchete faz parte de uma matéria jornalística relacionada a que área? Que palavras empregadas auxiliam a chegar a essa conclusão?
Resposta: A notícia trata sobre esporte,
b. Analise as palavras em destaque na manchete. Qual é a relação de sentido entre elas?
• Ao explorar a notícia para obter a resposta do item a da atividade 4 , é importante que os estudantes percebam que as palavras adolescentes e meninos retomam garotos e que essa substituição foi feita para garantir a continuidade textual.
• A atividade 5 mostra palavras antônimas que compõem expressões do cotidiano. Ao final, explore ainda mais essas palavras perguntando aos estudantes se eles se recordam de outras expressões do cotidiano também formadas dessa maneira. Ajude-os a identificar, por exemplo, as expressões vai e vem e chove não molha
Resposta: São palavras que apresentam uma relação de oposição entre si.
c. Que sentido a expressão altos e baixos apresenta no contexto em que foi empregada?
Resposta: O sentido de algo que não apresenta uma constância, uma regularidade.
mais especificamente o futebol. As palavras centroavante e atletas fazem referência à área esportiva. 211
• Para ampliar o trabalho com a compreensão de sinônimos e antônimos, proponha esta atividade. Organize a turma em grupos, buscando unir estudantes de diferentes perfis. Selecione temas diferentes para cada grupo. Uns podem ficar com títulos de livros, outros com títulos de músicas, outros de filmes etc. Oriente-os a pesquisar,
dentro do universo do tema escolhido e do universo juvenil, pares de palavras sinônimas e de palavras antônimas. Depois, incentive-os a expor esses pares de palavras para a turma. Ao final, proponha a exposição do resultado em uma lista de sinônimos e antônimos escrita em um cartaz que poderá ficar exposto na sala de aula para consultas futuras.
28/07/2022 15:37:34
• Conhecer a classe gramatical dos advérbios.
• Os estudantes desenvolvem a competência específica de Língua Portuguesa 2 , uma vez que reconhecem e empregam os advérbios, apropriando-se da linguagem escrita para participar da cultura letrada.
• Nesta seção, serão explorados os efeitos de sentido dos advérbios e sua função como modificadores dos verbos, dos adjetivos e dos próprios advérbios. Por isso, é importante esclarecer aos estudantes as diferenças entre adjetivo e advérbio, pois, de acordo com o contexto em que estão empregadas, palavras originalmente classificadas morfologicamente como adjetivos podem passar a ter valor de advérbio.
• Para auxiliar na compreensão da atividade 1 , pergunte aos estudantes se conhecem o relógio que tem um cuco mecânico acoplado. Se necessário, apresente a eles uma imagem desse relógio e diga-lhes que o cuco mecânico informa a hora exata geralmente usando a onomatopeia cuco , de hora em hora. Para complementar o item b, aproveite o termo calma do penúltimo quadrinho e pergunte aos estudantes que outra palavra poderia ser empregada para indicar o modo como o passarinho esperou pelo cuco. Possíveis respostas: tranquilamente, serenamente, sossegadamente etc.
1. Leia a história em quadrinhos a seguir.
CAULOS. Vida de Passarinho. São Paulo: L&PM, 1989. p. 23.
Campina: campo. Cuco: denominação dada a uma ave e, também, a um pássaro mecânico que fica dentro de certos relógios de parede e sai esporadicamente para marcar as horas com o canto similar ao dessa ave.
a. Nessa história, o sabiá está voando para se encontrar com o cuco. De que forma é possível identificar a pressa do passarinho?
Resposta: A pressa é identificada por meio da onomatopeia vuuum
b. Que palavra poderia ser empregada para indicar o modo como o sabiá voou até o local do encontro?
Possíveis respostas: Apressadamente, rapidamente.
c. No terceiro quadrinho, a fala do sabiá é interrompida para indicar que o pássaro cuco estava chegando. De que forma essa interrupção aparece marcada no texto?
Resposta: A interrupção é marcada pelas reticências.
d. Por que, no último quadrinho, aparece repetida a palavra cuco?
Resposta: O animal cuco, ao repetir três vezes a palavra cuco quando chega ao local, faz referência ao cuco mecânico do relógio que indica a hora. Nesse caso, o cuco quer deixar claro que ele chegou exatamente no horário combinado, às três horas, sendo, assim, muito pontual.
2. Releia as seguintes frases da história em quadrinhos.
A. Nós combinamos às três horas
B. Vou pra figueira que fica lá no meio da campina
C. Mas o Cuco não apareceu.
D. O cuco é muito pontual.
2. b. Resposta: Às três horas: combinamos; lá no meio da campina: fica; não: apareceu; muito: pontual. Combinamos, fica e apareceu são verbos; pontual, adjetivo.
a. Relacione as expressões em destaque às respectivas circunstâncias que elas expressam: tempo, lugar, negação e intensidade.
Resposta: Às três horas: tempo; lá no meio da campina: lugar; não: negação; muito: intensidade.
b. A qual palavra cada uma dessas expressões se refere? Qual é a classe gramatical de cada uma dessas palavras modificadas pelas expressões?
As palavras que modificam, principalmente, um verbo ou um adjetivo indicando circunstâncias recebem o nome de advérbios. Quando duas ou mais palavras têm valor de advérbio, recebem o nome de locução adverbial
Os advérbios e as locuções adverbiais são classificados de acordo com as circunstâncias ou as noções que expressam, como: dúvida (talvez, acaso); negação (não, de modo algum); intensidade (muito, pouco, demais); lugar (aqui, ao lado); tempo (agora, ontem, na semana passada); afirmação (sim, com certeza); modo (depressa, lentamente).
O advérbio é invariável (não se flexiona ou varia nem em gênero, nem em número). Exemplo: Marina está meio cansada. (Meio é o advérbio que modifica o adjetivo cansada.)
O advérbio pode modificar também outro advérbio. Exemplo:
• Os melhores amigos de Thiago moravam muito longe. (Muito é o advérbio que intensifica o advérbio longe; longe é o advérbio que se refere ao verbo moravam.)
1. Leia os títulos de livros para perceber a expressividade dos advérbios nos textos.
• Auxilie os estudantes na realização da atividade 2 , caso perceba que apresentam dificuldades. No item b , se for necessário, retome as classes gramaticais na lousa para que eles escolham as que representam os termos modificados pelos advérbios. Aproveite as frases destacadas para apontar que, em um simples quadrinho, há muitos advérbios, ou seja, são termos e expressões fundamentais que aparecem a todo momento na fala e na escrita para complementar o sentido de algo que se quer expressar.
• Aproveite a atividade 1 da subseção Praticando para incentivar a leitura. Oriente os estudantes a observar as capas e ler os títulos das obras. Depois, investigue se eles já leram ou se já conheciam esses livros e, se for possível, leve exemplares para a sala de aula. No item b, se necessário, retome com os estudantes os tipos de advérbios (de lugar, de modo, de tempo, de intensidade, de negação etc.) para que eles os reconheçam nos títulos das duas obras.
Capa do livro Lá dentro tem coisa, de Adriana Falcão, publicado pela editora Salamandra, em 2020.
Capa do livro Tem sempre um diferente, de Blandina Franco e José Carlos Lollo, publicado pela editora Salamandra, em 2012.
a. Escreva os advérbios e as locuções adverbiais empregados nas capas e explique que circunstâncias eles expressam.
b. Explique de que forma os advérbios e as locuções adverbiais se relacionam às ideias sugeridas pelas imagens das capas. Depois, conclua sobre a importância dos advérbios nesses títulos de livros.
28/07/2022 15:37:35
1. b. Resposta: No título A, os advérbios de lugar lá e dentro indicam que há algo dentro de um lugar, e a capa do livro mostra uma personagem abrindo uma porta em um cenário com várias outras portas. No título B, o advérbio sempre indica tempo e reforça a ideia de que, invariavelmente, algo ou alguém será diferente, o que é representado na capa do livro pelo animal diferente dos demais, com uma espécie de turbante e frutas na cabeça.
• Na atividade 2 , pergunte aos estudantes se eles já estiveram em um ambiente como o da Biblioteca Villa-Lobos e, em caso afirmativo, solicite-lhes que relatem suas experiências. Auxilie-os a realizar o item d reorganizando o texto sem os advérbios e as locuções adverbiais destacados. Proponha a leitura em voz alta do texto reorganizado e questione-os sobre o que acharam do resultado, averiguando se reconhecem que houve um empobrecimento das informações.
2. Leia o trecho de uma notícia sobre a Biblioteca Parque Villa-Lobos, em São Paulo, para perceber como os advérbios e as locuções adverbiais são importantes no relato dos fatos apresentados nesse gênero.
Espaço no Parque Villa-Lobos inova até ao permitir barulho em quase todos os ambientes [...]
Priscila Mengue, O Estado de S. Paulo
12 de julho de 2018 | 03h00
SÃO PAULO – Torneio de videogame, sala de coworking, aula de ioga, exibição de jogos da Copa do Mundo, sessão de cinema, curso de informática, cafeteria e exposição de artes. A descrição lembra um centro cultural, mas se refere à Biblioteca Parque Villa-Lobos, no Alto de Pinheiros, zona oeste paulistana.
O espaço foi inaugurado em dezembro de 2015 na área de um antigo lixão. No ano passado, recebeu 287 mil visitantes. Considerado “modelo” pelo governo do Estado, é um dos cinco finalistas do concurso Biblioteca Pública do Ano promovido pela Federação Internacional de Associações de Bibliotecas (International Federation of Library Associations). Ele concorre com instituições de Cingapura, Noruega, Holanda e Estados Unidos, em um total de 35 inscritos. O prêmio é exclusivo para espaços abertos em até três anos. O vencedor será
anunciado em agosto e receberá US$ 5 mil (cerca de R$ 19,4 mil).
Dentre os diferenciais da Villa-Lobos está a permissão do barulho em quase todos os ambientes, a variedade do acervo (que reúne de jogos a DVDs) e a acessibilidade, tanto por deixar os livros dispostos livremente quanto em oferecer ferramentas para leitores com deficiência visual, auditiva ou locomotora. [...]
2. a. Resposta: Nessa biblioteca é permitido fazer barulho em quase todos os espaços, além de ter uma variedade de acervo e a preocupação com a acessibilidade.
a. De que forma a biblioteca Parque Villa-Lobos se diferencia das outras?
b. Que acontecimentos relatados na notícia comprovam que a inovação proposta pela biblioteca foi um sucesso?
Resposta: A biblioteca está concorrendo a um prêmio e, em 2017, recebeu 287 mil visitantes.
c. Analise os advérbios e as locuções adverbiais do texto e relacione-os às circunstâncias indicadas a seguir.
No Parque Villa-Lobos No Alto de Pinheiros. Em dezembro de 2015. Em até três anos. Quase. Na área de um antigo lixão.
Em todos os ambientes. Zona oeste paulistana. No ano passado. Em agosto. Livremente.
Em quase todos os ambientes.
d. Releia a notícia em voz alta suprimindo os advérbios e as locuções adverbiais da atividade anterior. O que é possível concluir sobre o uso de advérbios nessa notícia?
Resposta: É possível concluir que, ao relatar os fatos, os advérbios contribuem para especificar as circunstâncias em que eles ocorreram, permitindo que o leitor saiba onde, quando e como ocorreram os acontecimentos.
MENGUE, Priscila. Biblioteca paulistana em disputa mundial. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 12 jul. 2018. Disponível em: https://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,biblioteca-paulistana-em-disputa-mundial,70002399293. Acesso em: 4 mar. 2022.3. Leia a tirinha a seguir.
• Ao explorar a tirinha na atividade 3 com os estudantes, leve-os a identificar o efeito de humor do texto, na relação que é feita entre a análise da linha da vida na mão do menino e a ideia de que a mão está cheia de bactérias cheias de vida, o que poderá diminuir a qualidade de vida dele. Ressalte que os advérbios e as locuções adverbiais estão modificando outros advérbios.
a. Releia os trechos da tirinha.
3. e. Resposta: O advérbio mais , associado à imagem em zoom da mão do menino, reforça a intensidade da aproximação e análise minuciosa da mão do menino, permitindo ao leitor perceber que a mão estava bem suja.
Vamos ver de perto... mais perto... mais perto... muito mais perto.
Qual locução adverbial expressa uma circunstância de modo? Explique.
b. A qual expressão essa locução adverbial se refere?
Resposta: A locução adverbial de perto, que indica a forma como a mão de Jorginho estava sendo analisada. Resposta: À locução verbal vamos ver, presente no
c. E os demais advérbios empregados no trecho, que circunstância expressam?
segundo quadrinho, e que também aparece de forma implícita no terceiro, quarto e quinto quadrinhos. muito expressam circunstância de intensidade, indicando que a mão do menino está sendo observada bem de perto.
Resposta: Mais e
d. Considerando as imagens do terceiro ao quinto quadrinho, que circunstância os demais advérbios expressam?
Resposta: O advérbio muito intensifica o advérbio de intensidade mais. O advérbio mais modifica o advérbio perto
e. Como as imagens do segundo ao sexto quadrinho contribuem para evidenciar o sentido expresso pelo advérbio mais?
4. Leia o poema a seguir.
Não corra!
Não pule!
Não grite!
Não me amole!
Não coma de boca aberta!
Não faça isso!
Não faça aquilo!
— CHEGA!...
NÃO QUERO MAIS OUVIR ESSA PALAVRA! —
Oh! Não... eu também falei...
NICOLA, José de. Não. In : NICOLA, José de. Alfabetário 2. ed. Ilustrações originais: Deborah E. Abreu. São Paulo: Moderna, 2002. p. 29. (Hora da fantasia).
a. Quem normalmente diz frases como as apresentadas no poema?
Resposta: Espera-se que os
estudantes percebam que o poema representa o falar de um adulto (pai, mãe, tios, avós) ordenando ações a uma criança.
b. Apesar de criticar essa postura, como o eu lírico age no final do poema?
Resposta: Apesar de criticar essas ações imperativas negativas, o eu lírico também as realiza.
c. Qual advérbio foi utilizado para construir o poema? Que circunstância ele expressa?
Resposta: O advérbio não. Expressa circunstância de negação.
d. Como a repetição desse advérbio contribui para a expressividade do poema?
Resposta: A repetição do advérbio não reforça o discurso dos adultos, dando maior expressividade ao texto.
• Da mesma maneira, auxilie os estudantes a identificar o efeito de humor do poema na atividade 4 e explore os signos da imagem, que relaciona diversas ocorrências do advérbio de negação não com placas proibitivas. Para complementar, pergunte a eles se já participaram de um jogo em que não é possível dizer a palavra não . Não existe um nome específico para o jogo , mas vale ressaltar que seu objetivo consiste em não dizer a palavra não enquanto outros participantes tentam induzir uns aos outros a isso fazendo várias perguntas. Assim, é muito raro alguém obter sucesso, dada a dificuldade em não utilizar essa palavra no discurso.
GONSALES, Fernando. Folha de S.Paulo, São Paulo, 12 mar. 2014. Folha Cartum. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/cartum/cartunsdiarios/#12/3/2014. Acesso em: 4 mar. 2022.• Ler outra carta aberta e identificar as características e a função sociocomunicativa desse gênero.
• A discussão promovida nesta seção favorece o estudo do tema contemporâneo transversal Saúde , uma vez que a carta aborda a reflexão a respeito da vacinação como principal elemento no combate à pandemia de covid-19.
• A leitura e a compreensão do gênero carta aberta possibilitam aos estudantes desenvolver a competência específica de Língua Portuguesa 3
• Por meio da análise de informações e argumentos, reconhecendo o texto como um instrumento de manifestação de sentidos, valores e ideologias, são contempladas as competências específicas de Língua Portuguesa 6 e 7
• Os estudantes desenvolvem as habilidades EF67LP16, EF67LP17, EF67LP18 e EF69LP27 ao ler e analisar uma carta aberta, reconhecendo seu propósito e a forma composicional do gênero.
• As habilidades EF67LP05 e EF67LP07 são desenvolvidas na seção, pois os estudantes devem identificar o uso de recursos persuasivos no texto, bem como analisar os argumentos utilizados pelo remetente da carta.
• Ao identificar os critérios de organização de informações do texto e as pistas linguísticas usadas para isso, os estudantes aprimoram as habilidades EF67LP25 e EF69LP31
Orientações
• Antes da leitura, solicite aos estudantes que analisem a estrutura do texto e conversem acerca das hipóteses que eles têm sobre o gênero, permitindo a avaliação dos conhecimentos prévios da turma. Na sequência, leia o parágrafo que antecede a carta e instigue-os a analisar o assunto dela, a fim de motivar a leitura do texto.
Como vimos anteriormente, a carta aberta é um gênero textual predominantemente argumentativo. Sua função é direcionar uma solicitação ou um questionamento de determinado indivíduo ou grupo para uma pessoa ou organização de reconhecimento público. Leia a carta a seguir e descubra por que ela foi escrita.
Assunto: Vacinação para estudantes da área de saúde atuantes no atendimento a pacientes Salvador, 9 de fevereiro de 2021.
Excelentíssimo senhor Bruno Reis, prefeito de Salvador, Reconhecemos e parabenizamos a Prefeitura de Salvador e a Secretaria Municipal de Saúde pelo empenho e pelas ações efetivas no enfrentamento à covid-19. Nessa luta, a chegada de vacinas eficazes precisa ser celebrada com esperança. E percebemos, pelo desejo da população em se vacinar, que a ciência, felizmente, venceu a batalha contra o negacionismo
Não podemos deixar o nosso entusiasmo ser abatido pelo enorme desafio logístico imposto pela escassez de doses de vacinas e compreendemos que decisões estratégicas difíceis precisam ser tomadas, pois agora não há vacina para toda a população.
Há a necessidade de realizar a vacinação de forma escalonada, inclusive no grupo prioritário dos profissionais de saúde. Acreditamos que a maior parte desse grupo já foi vacinada, mas ainda falta uma grande parcela de estudantes da área de saúde que estão em contato direto com pacientes.
Considerando que o próprio Ministério da Saúde e o Governo do Estado da Bahia incluíram os estudantes da área de saúde no grupo prioritário e que eles estão trabalhando lado a lado com os demais profissionais de saúde no atendimento à nossa população, acreditamos que a vacinação imediata desse grupo é necessária e coerente com o PNI , não só para promover a proteção individual de cada aluno como também a proteção dos profissionais de saúde e a dos próprios pacientes que têm a necessidade de atendimento.
Temos a certeza de podermos contar com a inestimável colaboração e compreensão da Prefeitura de Salvador neste momento que exige o envolvimento de toda a sociedade.
Atenciosamente,
Ana V. A. M. – diretora médica do Hospital São Rafael
André N. N. – vice-presidente da área de saúde da UNIFTC
Eduardo S. D. – diretor-geral do Hospital Cárdio Pulmonar
Gilson S. F. – diretor de ensino e pesquisa do Hospital Santa Izabel
Negacionismo: ato de negar uma realidade cientificamente comprovada.
Escalonada: colocado em escala; organizado em grupos.
PNI: Programa Nacional de Imunizações.
Inestimável: impossível de ser estimado, avaliado; que não se pode determinar o valor.
• Peça aos estudantes que leiam a carta aberta silenciosamente. Em seguida, oriente-os a lê-la de forma coletiva e compartilhada, a fim de desenvolver a fluência leitora e a compreensão do sentido do texto. Na sequência, solicite a eles que identifiquem os elementos fundamentais da carta, como remetente, destinatário, objetivo etc.
João C. S. P. da S. – reitor da Universidade Federal da Bahia
José A. L. F. – diretor-geral do Hospital Geral Roberto Santos
José B. de C. – reitor da Universidade do Estado da Bahia
Maria L. C. S. – reitora da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Marilda de S. G. – pesquisadora e diretora do Instituto Gonçalo Moniz da Fiocruz Bahia
Paulo A. J. dos S. – diretor da Escola de Ciências da Saúde e Bem-Estar da UNIFACS
Rogerio P. – diretor técnico do Hospital do Subúrbio
Sandro C. B. – assessor de Ensino e Pesquisa das Obras Sociais Irmã Dulce
MENDES, Ana Verena Almeida et al . Carta aberta à prefeitura de Salvador. Bahiana , 9 fev. 2021. Disponível em: https://www. bahiana.edu.br/upload/bahiana-carta-aberta-ao-prefeito-de-salvador-9-2-2021-20210212141244.pdf. Acesso em: 21 fev. 2022.
1. Identifique o remetente e o destinatário dessa carta.
Resposta: Remetente: representantes de instituições da área da saúde. Destinatário: prefeito da cidade de Salvador.
2. O texto lido é uma carta aberta produzida com dois objetivos específicos. Quais são eles e em que ordem eles foram expostos?
Resposta: Primeiro: parabenizar a Prefeitura de Salvador e a Secretaria Municipal de Saúde pelo empenho e pelas ações efetivas no enfrentamento à
covid-19; segundo: solicitar a vacinação imediata dos estudantes da área de saúde atuantes no atendimento a pacientes.
3. O que teria motivado a escrita dessa carta?
Possível resposta: A chegada de vacinas.
4. No corpo da carta, o remetente chama a atenção do destinatário para duas informações importantes sobre a vacinação. Que informações são essas?
Resposta: A escassez de doses de vacinas e a necessidade de realizar a vacinação de forma escalonada.
5. Para problematizar o assunto e convencer o destinatário, no quarto parágrafo do corpo da carta, foram citados alguns órgãos do Poder Executivo.
a. Quais órgãos foram citados nesse trecho?
Resposta: O Ministério da Saúde e o Governo do Estado da Bahia.
b. Por que esses órgãos foram citados?
5. c. Resposta: Porque os órgãos citados adotaram o que está sendo pedido na carta, portanto serviram como exemplo da vacinação prioritária de estudantes da área da saúde que atendem a pacientes, e isso sustenta o que está sendo requisitado.
Resposta: Os órgãos foram citados como argumento para sensibilizar o destinatário a respeito da solicitação feita na carta.
c. Por que a apresentação desses órgãos pode ser considerada um recurso de argumentação?
d. De acordo com o remetente, qual argumento utilizado no trecho está coerente com o PNI ?
Resposta: Promover a proteção individual de cada estudante, bem como a proteção dos profissionais de saúde e a dos
6. Como o remetente conclui a carta?
Resposta: Contando com a compreensão e a colaboração da Prefeitura de Salvador.
7. Para escrever, o remetente utilizou que pessoa do discurso? Copie a opção correta.
• A atividade 1 solicita aos estudantes que reconheçam elementos fundamentais de uma carta. Verifique se eles apresentam alguma dificuldade em realizá-la e, em caso positivo, retome esses conceitos com a turma.
• Aproveite a atividade 2 para comentar a afirmação trazida pela carta de que a ciência venceu a batalha contra o negacionismo e pergunte-lhes o que entendem por essa expressão. Auxilie-os a entender que se trata de uma postura tendenciosa de ir contra fatos históricos ou científicos já comprovados. No caso das vacinas, trata-se de negar a eficiência delas.
• Na atividade 3 , é possível que os estudantes elenquem outros motivos para a escrita da carta, como a necessidade de se realizar a vacinação de forma escalonada, ou ainda o próprio pedido de vacinação dos estudantes da área de saúde.
A primeira pessoa do plural. A terceira pessoa do singular.
A. C. B. D.
Resposta: A.
• Considerando o objetivo da carta, por que essa pessoa do discurso foi empregada?
Resposta: O emprego da primeira pessoa do plural sugere uma voz que representa a coletividade.
8. Releia o início da carta e analise a estrutura utilizada.
Assunto: Vacinação para estudantes da área de saúde atuantes no atendimento a pacientes
Salvador, 9 de fevereiro de 2021.
Excelentíssimo senhor Bruno Reis, prefeito de Salvador,
8. a. Resposta: Na carta lida nesta seção, há um cabeçalho com a indicação do assunto tratado na carta, a data e o local em que ela foi escrita e um vocativo.
a. Qual é a diferença entre o início dessa carta e o início da carta lida na seção Leitura?
b. Que tratamento foi dado ao destinatário da carta? O que esse tratamento revela?
Resposta: Excelentíssimo senhor. Revela respeito e formalidade.
c. Esse tratamento foi adequado à situação comunicativa da carta? Explique sua resposta.
Resposta: Sim, pois se trata de uma situação em que o registro formal é exigido. Além disso, o tratamento excelentíssimo é adequado a altas autoridades, como prefeitos.
• Para aprofundar o trabalho com o gênero, apresente aos estudantes outras cartas abertas que abordem a mesma temática (saúde), a fim de retomar sua e strutura e ressaltar sua função, os elementos que as compõem e suas principais características. Oriente-os a fazer a leitura do texto e identificar elementos como: ideia central, suporte, público-alvo, estrutura e outros aspectos que julgar relevantes. Se necessário, auxilie-os nesse processo por meio dos questionamentos a seguir.
A primeira pessoa do singular. A terceira pessoa do plural.
› Qual é o assunto da carta?
próprios pacientes que necessitam de atendimento. 217 28/07/2022 15:41:54
› O que caracteriza o texto lido como uma carta aberta?
› De que forma os argumentos são apresentados?
› Para quem o texto foi produzido?
• Faça outras questões que achar pertinentes, avaliando as respostas, a compressão do gênero e a participação dos estudantes.
• As atividades 4 e 5 possibilitam chamar a atenção dos estudantes para a importância da argumentação na carta aberta que carrega algum tipo de solicitação. Oriente-os na percepção de algumas das estratégias utilizadas no processo argumentativo, como a citação de órgãos públicos explorada no item b da atividade 5
• Ao propor a atividade 6 , verifique se os estudantes compreendem a formalidade e o respeito na despedida da carta e pergunte-lhes se esse registro está condizente com a situação.
• Na atividade 7, se necessário, relembre as marcas de 1ª, 2 ª - e 3 ª - pessoa e em que situações elas são usadas. Aproveite a discussão proporcionada nesta atividade e, ao realizar a atividade 8 , questione a turma sobre o tratamento e a adequação das marcas das pessoas do discurso à situação comunicativa. Ao final, oriente os estudantes a refletir sobre a importância das informações apresentadas no cabeçalho da carta.
• Produzir uma carta aberta.
BNCC
• Ao planejar, produzir e editar uma carta aberta, considerando suas características e seu objetivo, os estudantes desenvolvem as habilidades EF69LP07 e EF69LP22
• Ao empregar expressões e pistas linguísticas que garantem a coesão e a progressão temática do texto e a hierarquização das informações, os estudantes desenvolvem as habilidades EF06LP12 , EF69LP18 e EF69LP31
• Ao produzir o texto obedecendo às convenções da língua escrita e da norma-padrão, pontuando corretamente e utilizando de conhecimentos linguísticos e gramaticais, os estudantes desenvolvem as habilidades
EF06LP11 , EF67LP32 , EF67LP33 e EF69LP56
• Os estudantes aprimoram a habilidade EF67LP19 ao levantar problemas vivenciados na escola e produzir uma carta aberta à direção, apresentando-lhe propostas.
• Ao utilizar a linguagem escrita para expor suas ideias, seus posicionamentos e argumentos, os estudantes desenvolvem as competências gerais 4 e 7, as competências específicas de Linguagens 3 e 4 e a competência específica de Língua Portuguesa 3
• A competência específica de Língua Portuguesa 5 é contemplada, uma vez que os estudantes usam a variedade linguística adequada ao contexto de produção para atingir a finalidade da carta aberta, garantindo que todos os interlocutores compreendam seu conteúdo.
• A possibilidade de utilizar tecnologias digitais para editar e divulgar a carta aberta permite aos estudantes desenvolver a competência específica de Linguagens 6 e a competência específica de Língua Portuguesa 10
Neste capítulo, você estudou o gênero carta aberta. Esse gênero textual permite abordar um assunto socialmente relevante, que pode tratar de problemas individuais ou coletivos. Agora, você e seus colegas deverão escrever uma carta aberta à direção da escola, posicionando-se sobre um assunto de interesse de toda a comunidade escolar. Essa produção será feita coletivamente, portanto todos devem participar.
Para a criação da carta, leiam as orientações.
a. Com a ajuda do professor, listem todos os assuntos que podem ser importantes para a comunidade escolar. O professor pode anotá-los na lousa.
b. Façam uma votação para escolher o assunto de que vão tratar na carta aberta.
c. Lembrem-se de que a carta aberta pode apresentar diferentes objetivos. Confira alguns deles.
Denunciar situações de desrespeito a direitos. Reivindicar algo para a comunidade escolar.
Reclamar de situações recorrentes na escola.
Solicitar a atenção da direção para um assunto de interesse da escola.
d. Definidos o assunto e o objetivo da carta, anotem as informações que podem ser empregadas para relatar fatos da escola que justificam a produção da carta.
e. Pensem e listem os argumentos que podem ser empregados para convencer a direção. Façam uma lista de todos e, por fim, escolham os melhores e mais convincentes.
f. Escolham uma forma respeitosa e cerimoniosa para se referir à direção da escola. Confira alguns exemplos.
Senhor(a) diretor(a) Prezado(a) diretor(a)
g. Façam uma votação e definam quem vai ficar responsável por redigir a carta.
h. A pessoa escolhida pela turma deverá registrar as informações conforme os colegas forem apresentando as ideias.
i. Estipulem a quantidade de parágrafos da carta e o que será desenvolvido em cada um deles.
j. Verifiquem com o professor a possibilidade de o estudante escolhido para redigir a carta poder escrevê-la utilizando algum programa de edição de texto no computador ou em bloco de notas em aparelhos celulares.
• Antes da produção da carta aberta, oriente os estudantes a pensar nas causas e consequências dos problemas levantados, a fim de concluir juntos qual é o mais urgente para ser discutido com a direção.
• Leia com os estudantes a proposta de produção escrita, retomando e ampliando os conhecimentos já adquiridos sobre o gênero carta aberta. Aproveite para ressaltar a importância de considerar todos os aspectos da produ-
ção, como o que será produzido e para quem, e como será feita a divulgação do texto, além de seus objetivos.
• Na subseção Planejando o texto, coordene a sugestão de assuntos e a votação do que for mais adequado. Deixe os estudantes expressarem o que acreditam ser importante para a comunidade escolar. Após a escolha, definam conjuntamente um objetivo derivado do assunto mais votado. Em seguida, oriente-os na definição dos argumentos mais adequados e das estratégias utilizadas na argumentação.
Para a produção da carta aberta, sigam as orientações.
a. Iniciem a carta com um cabeçalho. Lembrem-se de que nele devem constar as seguintes informações.
O nome da cidade e a data de envio da carta. O assunto da carta.
O vocativo, isto é, a pessoa ou instituição para quem a carta está sendo escrita.
b. Introduzam a carta apresentando a motivação para a escrita do texto e o objetivo com que ela está sendo escrita.
c. Relatem fatos do dia a dia para contextualizar a direção sobre o assunto a ser discutido.
d. Empreguem argumentos convincentes e coerentes com as ideias e propostas apresentadas.
e. Para organizar, conectar as partes do texto e garantir a progressão das ideias apresentadas, empreguem expressões como “em primeiro lugar”, “além disso”, “portanto”, entre outras.
f. No final da carta, reforcem o objetivo exposto inicialmente, apresentem propostas e despeçam-se do destinatário.
g. Empreguem um tom formal e monitorem mais o uso da língua, obedecendo às regras de pontuação, de concordância verbal e nominal segundo a norma-padrão e evitando o uso de gírias e palavras informais.
h. Façam uso de palavras e expressões que revelem subjetividade em relação às informações apresentadas e indiquem um juízo de valor.
i. Escrevam as palavras corretamente, de acordo com as convenções ortográficas.
j. Para se referir à direção, façam uso de uma forma mais cerimoniosa e respeitosa, como senhor(a) diretor(a), prezado(a) diretor(a), entre outros.
Depois de pronta, avaliem a carta aberta de vocês com base nas questões a seguir.
a. A carta aberta trata de um assunto de interesse de toda a comunidade escolar?
b. Foram relatados fatos para justificar o envio da carta?
c. O objetivo da carta ficou explícito no início do texto e foi retomado na conclusão?
d. Foram empregadas palavras e expressões que revelem subjetividade em relação às informações apresentadas e que indiquem um juízo de valor?
e. Foram empregados argumentos para convencer o destinatário a respeito das ideias de vocês?
f. A pontuação, as concordâncias e a ortografia das palavras foram empregadas adequadamente?
Ao final, editem ou reescrevam a carta, imprimam-na ou passem-na a limpo e definam alguns estudantes responsáveis por entregar a carta aberta à direção da escola. Se possível, publiquem a carta também no blog da turma, a fim de que todos conheçam os anseios da escola.
Depois de um tempo, verifiquem se houve um retorno da direção em relação às propostas apresentadas por vocês.
• Verifique as condições de possibilitar ao estudante escolhido para redigir a carta que ele utilize um programa de edição de texto. Ainda que seja feito dessa maneira, é importante que toda a turma esteja reunida nesta etapa e participe de todo o processo.
• Planeje antecipadamente o espaço, o tempo e o suporte para a produção coletiva da carta aberta. O suporte diz respeito ao local onde as versões do texto serão registradas – se em uma folha, em um cartaz, em um programa de edição de texto, em um bloco de notas no celular etc.
• Acompanhe de perto a etapa de produção do texto, orientando a turma e, principalmente, o estudante escolhido para redigir o texto. Como são muitos pensamentos e vozes ao mesmo tempo, é possível que haja dúvidas e desencontros de informações. Oriente os estudantes a fazer negociações para chegar a um consenso e que o resultado final – a carta aberta – seja verdadeiramente uma obra coletiva da turma. Trata-se de um momento interessante para exercitar o respeito, a escuta atenta, a paciência e a tolerância. Explique-lhes que o redator pode (e deve) contribuir com ideias e argumentos para a construção do texto.
para que eles possam desenvolver as habilidades em jogo neste capítulo. Nesse sentido, ao detectar no texto produzido alguma inconsistência relacionada às características composicionais do gênero ou a aspectos linguísticos, é importante retomar com eles os conteúdos trabalhados ao longo das aulas.
• Você pode avaliar a aprendizagem progressiva dos estudantes por meio das colocações e das contribuições que eles derem para a tessitura do texto. Essa avaliação pode consistir em uma simples observação, sem correções ou advertências. Caso eles percebam que estão sendo avaliados, podem perder a espontaneidade, que é justamente o que trará envolvimento e protagonismo à proposta. Suas intervenções no texto, portanto, podem ser em forma de sugestões, para que eles percebam sua presença como colaborativa, e não puramente avaliativa.
• Quando o rascunho do texto estiver pronto e for o momento da avaliação e reescrita/edição do texto, então suas intervenções poderão ser mais diretas. A sua avaliação, assim como a autoavaliação do grupo, é importante
• Avaliar os conhecimentos acerca do sentido expresso por uma forma verbal no pretérito perfeito.
• Verificar o reconhecimento da distinção entre sinônimos e antônimos.
• Avaliar os conhecimentos sobre a classe gramatical dos advérbios.
• Verificar o reconhecimento das características do gênero texto de divulgação científica.
• Avaliar o reconhecimento das características do gênero carta aberta.
Orientações
• Com base nas respostas dos estudantes para a atividade 1 , retome as informações trabalhadas na unidade, comparando-as. Para reforçar o conteúdo, selecione algumas frases (manchetes, trechos de contos, notícias, reportagens etc.) e analise-as com eles: peça-lhes que identifiquem a forma verbal e indiquem o sentido expresso por elas. Proponha também uma atividade comparativa entre os tempos verbais.
• Após realizar a atividade 2 , para reforçar o conteúdo, proponha um jogo da memória dos sinônimos e antônimos: escreva pares de sinônimos e antônimos em tiras de papel, embaralhe-as, distribua-as com a face para baixo e oriente os estudantes a formar os pares para jogar.
• Na atividade 3 , verifique se há necessidade de retomar os tipos de advérbios com a turma e, caso seja preciso, faça-o classificando-os de acordo com os sentidos que expressam. Depois disso, escreva na lousa pequenas frases para que os estudantes as ampliem usando os advérbios. Instrua-os a avaliar coletivamente os advérbios inseridos, verificando se eles foram empregados corretamente de acordo com o contexto.
• Analise as respostas da atividade 4 e, se houver necessidade de recuperar algum aspecto do gênero, retome os textos lidos na unidade e outros que os estudantes podem pesquisar. Liste as características na lousa e aponte-as em alguns dos exemplares disponíveis. Peça
1. Analise a forma verbal em destaque na frase a seguir. Depois, marque a informação correta sobre ela.
Felipe chegou nesta madrugada.
Apresenta uma ação habitual no passado. Apresenta uma ação pontual concluída no passado. Apresenta uma ação que começou no passado e dura até o presente. Apresenta uma ação no presente. Apresenta uma ação que ainda vai acontecer.
Resposta: B.
2. Em qual das alternativas a seguir as palavras não são antônimas?
C. D. E. Grande – pequeno. Claro – escuro. Antigo – velho. Fácil – complexo. Alto – baixo.
Resposta: C.
4. Resposta esperada: Trata-se de um texto cujo objetivo é divulgar para a sociedade informações ou novas descobertas científicas com linguagem acessível a todos. Nele, há alguns elementos também presentes em gêneros jornalísticos, por exemplo, citações, dados estatísticos e elementos visuais, como fotos, desenhos e esquemas.
3. Em qual das frases a seguir a palavra destacada é um advérbio de intensidade?
Os veículos passavam rapidamente Lentamente a plateia encheu o teatro. Ontem foi um dia maravilhoso. Ela me disse que me ama muito Os estudantes chegaram aqui para fazer a avaliação.
5. Resposta esperada: Trata-se de um texto argumentativo que consiste em um protesto contra determinado problema ou um modo de alertar as pessoas sobre uma situação relevante. O remetente busca conscientizar a população ou uma pessoa específica (destinatário) sobre tal assunto. O registro predominante é o formal e são empregados argumentos para convencer o destinatário. Uma carta aberta deve conter o remetente, o destinatário, o assunto, a saudação, o corpo da mensagem e a despedida.
Resposta: D.
4. Escreva em seu caderno as características de um texto de divulgação científica.
5. Liste as principais características do gênero carta aberta e as partes que o compõem.
Considerando seu desempenho e sua participação nas atividades desta unidade, escreva:
• um ponto positivo;
• um ponto negativo;
• uma sugestão do que você pode fazer para tirar o melhor proveito possível das próximas unidades.
aos estudantes que participem dizendo se os apontamentos estão corretos ou não e explicando o motivo.
• Para remediar eventuais defasagens a respeito do gênero carta aberta identificadas na atividade 5 , proponha uma escrita coletiva de um exemplar para ser entregue a alguma autoridade da cidade. Antes da produção, liste coletivamente as características na lousa e, no momento da produção, verifique se o que eles estão escrevendo está de acordo com o gênero. Ao final, entreguem a carta ao destinatário.
• Autoavaliação : Use a estratégia Think-pair-share , orientando as duplas a compartilhar suas experiências e impressões sobre as atividades realizadas nesta página e instruindo-as a retomar algum conteúdo, se for necessário. Depois, as duplas podem compartilhar os comentários com a turma para terem uma noção geral do que pensam e do desenvolvimento de todos. Com base nisso, ajuste o planejamento das próximas unidades.
1. Pesquise uma lenda do folclore brasileiro e escreva-a no caderno. Depois, reúna-se a três colegas e compartilhem as lendas pesquisadas de acordo com as seguintes instruções.
Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes selecionem lendas e percebam que elas apresentam ensinamentos ou
a. Leia a lenda que você pesquisou para os colegas do grupo a conhecerem.
b. Ouça atentamente a leitura dos colegas.
c. Compartilhe com o grupo suas impressões sobre os textos.
2. Leia e analise os dois textos a seguir.
Murilo chegou esbaforido e disse: — Deixaram uma encomenda para o diretor na recepção.
Murilo chegou esbaforido e disse que tinham deixado uma encomenda para o diretor na recepção.
a. Indique o discurso do personagem Murilo em cada texto.
explicações para algo.
• Avaliar o reconhecimento das principais características do gênero lenda.
• Sondar os conhecimentos sobre discurso direto e discurso indireto.
• Verificar o uso correto da vírgula em enumerações e em indicações de local e data.
• Sondar o reconhecimento do gênero texto dramático.
• Verificar o reconhecimento de frases.
Resposta: A : “— Deixaram uma encomenda para o diretor na recepção.”; B: “tinham deixado uma encomenda para o diretor na recepção.”.
b. Que diferença você percebe quanto à maneira de reproduzir a fala do personagem no texto?
Resposta esperada: No texto A , o discurso do personagem é reproduzido, de modo fiel, pelo narrador; já no texto B, o
3. Leia os textos a seguir.
narrador incorpora o discurso do personagem ao seu discurso.
Para a pesquisa, é necessário lápis borracha caderno e canetas.
Juazeiro do Norte 19 de abril de 2023.
a. Que problemas você consegue identificar nesses textos?
Possível resposta: Os textos estão com problemas de pontuação.
b. Reescreva os textos no caderno, corrigindo os problemas.
Resposta: A : Para a pesquisa, é necessário lápis, borracha, caderno e canetas. B: Juazeiro do Norte, 19 de abril de 2023.
4. Forme um grupo de quatro integrantes, pesquisem um texto dramático e selecionem um trecho curto para fazer a encenação para a turma. Confiram algumas orientações.
a. A encenação deve ter no máximo dois minutos.
b. Improvisem e adaptem o cenário e o figurino.
c. Façam um ensaio antes da apresentação.
Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes selecionem um trecho de texto dramático, atentando às suas características, bem como às indicações cênicas que orientam a encenação.
5. Leia os itens a seguir e identifique quais deles podem ser considerados frases e quais não podem. Explique por quê.
Socorro!
cachorro passear Meu gosta
E.
A bola furou.
B. D. F.
Eu comprei um que me convidaria para Que sorte!
Resposta: São frases os itens A , E e F, pois apresentam sentido. Os itens B, C e D são enunciados incompletos ou desordenados que não têm sentido completo, por isso não são frases.
grupos com estudantes de diferentes perfis, levando os mais expansivos a trabalhar em conjunto com os mais tímidos. Com base no desempenho deles, planeje a abordagem desse conteúdo na unidade a fim de nivelar a turma.
• Durante a análise dos itens da atividade 5 , verifique como os estudantes se saem. Na correção, peça a alguns voluntários que leiam suas respostas a fim de que percebam se há entendimentos diferentes na turma. Com base nisso, planeje as abordagens necessárias para o trabalho com esse conteúdo na unidade.
• Para a realização da atividade 1, viabilize a pesquisa das lendas. Oriente o compartilhamento nos grupos de modo que os estudantes comparem os textos e percebam aspectos em comum entre eles. Analise o que os estudantes já sabem e faça um levantamento das defasagens. Nas atividades da unidade, reforce as características já conhecidas e retome aquelas em que eles apresentaram fragilidades ou as que não conheciam.
• Durante a realização da atividade 2 , caminhe pela sala verificando se os estudantes apresentam dificuldades para diferenciar o discurso direto do discurso indireto. Analise, durante a correção, quais foram os erros mais recorrentes e planeje a abordagem do assunto na unidade com base nisso.
28/07/2022 15:43:19
• Para a correção da atividade 3 , uma estratégia válida é pedir aos estudantes que formem duplas para conferir a reescrita do outro. Caso surjam problemas de compreensão durante a correção das vírgulas nas frases, alguns voluntários podem escrever os textos na lousa para que a turma ajude na correção deles. Com isso, verifique o que eles já sabem e o que é necessário retomar durante o trabalho a ser desenvolvido na unidade.
• Na atividade 4, defina com a turma que a encenação precisa ser curta (até dois minutos), além de dispensar grandes esforços com cenários e figurino, visto que o objetivo da atividade é apenas sondar se eles reconhecem o gênero e alguns de seus elementos composicionais. Incentive a formação de
• Analisar uma imagem e discutir a respeito dos gêneros trabalhados na unidade.
• As atividades trabalhadas nestas páginas têm como objetivo promover uma discussão oral acerca dos conhecimentos dos estudantes sobre histórias de tradição oral, criadas pela imaginação dos povos, promovendo o desenvolvimento da habilidade EF67LP23, da competência geral 4 e da competência específica de Linguagens 3
• O resgate das histórias tradicionais conhecidas pelos estudantes por meio das perguntas propostas, valorizando as manifestações culturais locais, proporciona o desenvolvimento da competência geral 7
Orientações
• Confira os conteúdos que serão abordados neste capítulo e verifique, de acordo com o diagnóstico realizado anteriormente, se convém alterar a ordem de algum deles a fim de adaptar o material à turma. É possível antecipar algum tópico, como a seção A língua em estudo, ou então trabalhar a elaboração de um texto de início e, ao chegar à seção Produção escrita , solicitar mais essa redação para comparar o progresso da aprendizagem dos estudantes. Outra estratégia que pode ser adotada é propor a realização das seções de Produção oral ao final da unidade. Dessa forma , os estudantes teriam a possibilidade de organizar um festival de apresentações tanto de contação de lendas quanto de dramatização.
• As sugestões de leitura a seguir podem contribuir para sua preparação para o trabalho com os temas desenvolvidos nesta unidade.
DANIELS, Mark. A história da mitologia para quem tem pressa
Tradução: Heloísa Leal. Rio de Janeiro: Valentina, 2015.
DESGRANGES, Flávio. Pedagogia do teatro : provocação e dialogismo. 5. ed. São Paulo: Hucitec, 2020.
GOMES, Mércio P. Os índios e o Brasil : passado, presente e futuro. São Paulo: Contexto, 2012.
• Lenda
• Discurso direito e discurso indireto
• Verbos de elocução
• Uso da vírgula
• Texto dramático
• Frase e oração
BERTHOLD, Margot. História mundial do teatro . São Paulo: Perspectiva, 2010.
PIÑON, Ana; FUNARI, Pedro P. A temática indígena na escola : subsídios para os professores. São Paulo: Contexto, 2011.
1. Para muitas pessoas, a vitória-régia é uma planta cercada de mistérios. Analisando a imagem, por que você acha que isso ocorre?
2. O “ar misterioso” da vitória-régia fez surgir histórias envolvendo essa planta. Você conhece alguma dessas histórias? Comente.
3. Nesta unidade, vamos ler histórias criadas pela imaginação de diferentes povos e escritores: lendas e textos dramáticos. Você se recorda de ter lido, ouvido ou assistido a alguma dessas histórias? Quais? Comente com os colegas.
1. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes citem, por exemplo, o fato de ser uma planta aquática, seu formato diferenciado, sua forma de reprodução etc.
2. Resposta pessoal. Incentive-os a contar as histórias que conhecem, mas procure não antecipar informações da lenda da vitória-régia que será estudada nesta unidade.
• Explore com os estudantes a fotografia apresentada nesta página e pergunte por que, na opinião deles, a planta se chama vitória-régia. Incentive-os a levantar hipóteses e explique a eles que os ingleses usaram esse nome para homenagear a rainha Vitória (1837-1901), quando o explorador britânico Robert Hermann Schomburgk levou sementes dessa planta para os jardins de um palácio inglês.
• Diga aos estudantes que, dependendo da localidade, essa planta recebe outros nomes: forno, forno-de-jacaré, forno-d’água. Proponha a eles que levantem hipóteses sobre o motivo desses nomes. Comente que a motivação para esses nomes surgiu do formato da planta, que lembra um forno de produção de farinha de mandioca. Se possível, mostre a eles imagens de alguns fornos de farinha de mandioca. Ao final, peça a alguns voluntários que leiam para a turma o que registraram. Oriente os demais estudantes a ouvir com atenção os colegas, respeitando os turnos de fala.
• Na atividade 1 , os estudantes provavelmente mencionarão o aspecto incomum da vitória-régia. As plantas, mesmo as aquáticas, costumam ter raiz, caule e folhas com formatos diferentes do que se nota no caso dela, daí o fato de as pessoas ficarem curiosas e tentarem buscar uma explicação para o seu caráter exótico. Se houver tempo, mostre imagens da planta em diferentes ângulos a fim de que os estudantes notem que a parte flutuante e arredondada constitui a folha e, abaixo dela, submersa, está a raiz. Comente que, na época propícia, surgem nela flores que costumam abrir à noite.
28/07/2022 15:47:57
3. Resposta pessoal. Esta atividade visa verificar se os estudantes conseguem distinguir esses tipos de história de outros, como contos e fábulas. Peça a eles que citem quais dessas histórias conhecem e, se achar conveniente, que façam resumos orais delas para os colegas.
• Para as atividades 2 e 3 , promova uma roda de conversa e permita aos estudantes que conhecem alguma história relacionada à vitória-régia, narrativas tradicionais ou textos dramáticos que os contem aos demais. Oriente a turma a ouvir com respeito e atenção o colega que estiver com a palavra.
• Ler uma lenda e conhecer as características e a função sociocomunicativa desse gênero.
• Os estudantes participam de uma prática de leitura literária e aprimoram o senso estético para acesso ao imaginário e ao encantamento, trabalho que desenvolve a competência específica de Língua Portuguesa 9
• Ao ler um texto silenciosamente e de forma autônoma, os estudantes desenvolvem as habilidades EF67LP28 e EF69LP53 , bem como a competência específica de Língua Portuguesa 3
• Pela leitura de textos literários da tradição oral, os estudantes podem inferir valores culturais e humanos de diferentes visões de mundo, reconhecendo e valorizando formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades e culturas por meio de uma perspectiva brasileira, desenvolvendo, com isso, a habilidade EF69LP44, a competência geral 3 e a competência específica de Língua Portuguesa 7
• Ao explorar, na narrativa, o espaço, o tempo, o tipo de narrador e o efeito do emprego de figuras de linguagem, os estudantes desenvolvem as habilidades EF67LP37 e EF69LP47
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP54 ao reconhecer as figuras de linguagem hipérbole e personificação na lenda, identificando o efeito de sentido resultante do uso delas.
• Antes da leitura, pergunte aos estudantes como eles acham que se dá o surgimento de um rio e se conhecem o Rio Amazonas. Pergunte-lhes também se alguém já o visitou e qual é a importância dele para o Brasil.
• O importante é verificar se as hipóteses construídas pelos estudantes possuem base científica ou não, visto que a lenda explica, de forma imaginária e poética, um evento natural.
• Oriente os estudantes a fazer uma leitura silenciosa do texto. Depois, peça a voluntários que o leiam em voz alta. Antes da
Ao longo dos tempos, diferentes povos criaram explicações para o surgimento, por exemplo, do Universo, do Sol, da Lua, das estrelas , dos animais. Você tem curiosidade de conhecer a origem das coisas? A lenda a seguir traz uma explicação para a origem de um importante rio. O que você imagina que pode ter ocasionado o surgimento desse rio? Qual povo você acha que criou essa explicação? Leia o texto para descobrir.
Muito tempo atrás, no fundo da Floresta Amazônica, havia um pássaro chamado Jurutaí. Uma noite, Jurutaí olhou para cima, através do ar quente, e viu a Lua. Ela estava completamente redonda. A luz prateada brilhou sobre a face de Jurutaí como se a Lua estivesse se esticando para tocá-lo. E Jurutaí se apaixonou.
Jurutaí se apaixonou pela Lua e quis ir até onde ela estava. Assim, voou até o topo da árvore mais alta que podia ver. Mas a Lua ainda estava longe. Ele voou até o cume de uma montanha. Mas a Lua ainda estava longe. Então ele voou até o céu. Jurutaí bateu as asas, subindo, subindo até o ar ficar rarefeito. Mas a Lua estava muito longe.
O pássaro continuou voando para cima até as asas doerem, os olhos arderem e parecer que cada respiração só enchia seus pulmões de vazio. Queria prosseguir, mas era muito difícil. A força de suas asas chegou ao fim e de repente ele começou a cair. Rodopiava, através do ar negro, e batia as asas céu abaixo. Ele caiu de volta nas folhas úmidas e perfumadas das árvores. E se empoleirou ali, piscando ofegante para a Lua. Ela estava distante demais para que ele a alcançasse. Assim, tudo o que Jurutaí podia fazer era cantar para ela. Ele cantou a mais bela canção que pôde. Uma canção cheia de tristeza e amor, que se espalhou pela floresta.
Cume: parte mais alta, ápice.
Rarefeito: menor densidade.
Ofegante: que respira com dificuldade.
leitura compartilhada, reforce a importância de variar as entonações conforme os trechos, atribuindo-lhes a expressividade necessária para criar os efeitos de sentido pretendidos.
• A lenda proposta para esta seção possibilita uma articulação entre os componentes curriculares de Língua Portuguesa e de Geografia . Se achar conveniente, convide o professor de Geografia para uma breve explanação sobre o Rio Amazonas, que pode ser feita com a utilização de um mapa e de fotografias.
A Lua olhou para baixo, mas não respondeu. E lágrimas encheram os olhos de Jurutaí. Suas lágrimas rolaram pelo chão da floresta. Encheram vales e escorreram em direção ao mar. E dizem que foi assim que o Rio Amazonas surgiu.
Ainda existe um pássaro chamado Jurutaí que vive na Floresta Amazônica hoje em dia. Às vezes, na Lua cheia, ele olha para o céu e canta. E ouvi falar de povos indígenas que acendem fogueiras quando a Lua cheia brilha e cantam e dançam para fazer o Jurutaí cantar. Eles sabem que cantar a mais bela canção que se conhece é a melhor maneira de se livrar da tristeza. E acreditam que deveríamos acender fogueiras no coração quando o Jurutaí dentro de nós se cala.
TAYLOR, Sean. A lenda de Jurutaí. In : TAYLOR, Sean. Cobra-grande: histórias da Amazônia. Tradução: Maria da Anunciação Rodrigues. São Paulo: Edições SM 2008. p. 8-9. (from The Great Snake by Sean Taylor. Published by Frances Lincoln Ltd, copyright © 2008. Reproduced by permission of Frances Lincoln Ltd, an imprint of The Quarto Group. Published in Brazil by SM Edições, translated by Maria da Anunciação Rodrigues)
• O trabalho com o gênero lenda em sala de aula permite o engajamento dos estudantes em práticas de leitura literária. Procure obter informações acerca da cultura local em que sua escola está inserida, identificando se há histórias desse gênero transmitidas entre diferentes gerações.
• Incentive os estudantes a conversar com pessoas mais velhas, a fim de descobrir se elas conhecem narrativas tradicionais – do lugar onde residem ou também de onde nasceram – e, de acordo com os resultados obtidos, planeje uma aula para que o compartilhamento delas seja feito com a turma. Ao propor a realização da pesquisa de lendas na comunidade local por meio de entrevistas com pessoas de seu convívio, instigue-os a tomar nota das informações para que possam retomá-las na discussão em sala de aula.
• Esse envolvimento dos jovens com narrativas pertencentes à história pessoal e às oriundas do lugar onde moram propicia uma aprendizagem significativa, auxiliando no desenvolvimento do gosto pela leitura.
• Para que os estudantes desenvolvam o senso estético em relação às suas leituras, é importante sempre indagá-los sobre o que acharam dos textos e incentivar a troca de ideias e impressões.
• Após a leitura da lenda, leve os estudantes a inferir valores culturais e humanos, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades e culturas. Explique-lhes que, em praticamente todas as culturas, há narrativas etiológicas, ou seja, relacionadas à explicação da origem das coisas existentes no mundo. Isso está relacionado com a necessidade do ser humano de buscar sentido para sua vida e para os acontecimentos ao seu redor
• Ao longo da discussão sobre as lendas que conhecem, proponha a um dos estudantes que conte o início da história e que a turma tente imaginar como ela prossegue. Permita a participação de todos, a fim de que a criação seja feita coletivamente. Depois, solicite ao estudante
que começou a narrativa que conte a versão original da lenda. Por fim, promova uma comparação entre as duas histórias de forma a demonstrar como o universo da ficção é amplo e de inesgotáveis possibilidades.
28/07/2022 15:48:00
• Na atividade 1 da subseção
Conversando sobre o texto, retome as hipóteses levantadas pelos estudantes antes da leitura a fim de verificar se foram confirmadas. Aproveite também para discutir com eles as diferenças entre a explicação oferecida pela lenda e a explicação científica sobre o surgimento de um rio.
• A atividade 2 é importante para sondar a receptividade do texto por parte dos estudantes. Comente que lendas costumam ser textos de fácil memorização, visto que provêm da tradição oral, o que torna sua versão escrita de leitura fácil, e, por isso, são bastante populares.
• Na atividade 3 , chame a atenção dos estudantes para o caráter poético expresso também pelo trecho “acender fogueiras no coração”. Questione-os, primeiro, sobre o que acham que isso significa. Em seguida, peça a eles que retomem a parte do texto que relata o motivo de os indígenas acenderem fogueiras para o Jurutaí, a fim de compararem com o que disseram. Eles devem compreender que, na lenda, o ato de acender fogueiras é literal, ao passo que, no fragmento lido, essa ação remete à forma de nos consolarmos quando temos a tristeza (simbolizada pelo Jurutaí ) dentro de nós.
• Após realizar as atividades 1 e 2 da subseção Escrevendo sobre o texto, proponha aos estudantes que pesquisem outras lendas relacionadas ao Jurutaí , bem como outros motivos para que os indígenas acendam fogueiras, cantem e dancem.
• Na atividade 3, explique à turma que há muitos pesquisadores, nacionais e estrangeiros, que se preocupam em coletar narrativas orais e transcrevê-las, contudo é muito difícil atribuir a autoria dessas histórias, que se perpetuam de geração em geração.
• Nas atividades 4 , 5 e 6 , reforce a motivação etiológica de muitas lendas, comentada anteriormente, que justifica a mescla entre ficção e realidade nesse gênero. Apesar de não apresentarem verdades científicas, leve-os a entender como essas histórias são importantes para a cultura de um povo, pois são algo em comum que to-
226
1. Após a leitura da lenda, as suas hipóteses sobre o que ocasionou o surgimento do rio e qual povo criou essa explicação se confirmaram? Comente com os colegas.
2. Que sentimentos a história lida despertou em você?
Resposta pessoal. Resposta pessoal.
3. Releia a seguir uma afirmação que aparece no último parágrafo.
E acreditam que deveríamos acender fogueiras no coração quando o Jurutaí dentro de nós se cala.
A expressão “quando o Jurutaí dentro de nós se cala” foi empregada para fazer referência a quê?
Resposta esperada: Para se referir a quando estamos tristes com algo ou alguma coisa.
1. Na lenda, Jurutaí tinha um objetivo.
a. Qual era seu objetivo? O que motivou Jurutaí a tentar alcançar esse objetivo?
Resposta: Chegar até a Lua. O que motivou Jurutaí foi a paixão que ele sentia pela Lua.
b. Jurutaí conseguiu atingir seu objetivo? O que ele resolveu fazer?
Resposta: Não. Ele decidiu, então, cantar para a Lua.
2. Releia este trecho que aparece no final da lenda.
E ouvi falar de povos indígenas que acendem fogueiras quando a Lua cheia brilha e cantam e dançam para fazer o Jurutaí cantar.
a. De acordo com esse trecho, é possível afirmar que essa prática é comum a todos os povos indígenas ou a apenas alguns deles?
Resposta: É comum apenas a alguns povos indígenas.
b. Em sua opinião, qual é a importância dessa prática?
Possível resposta: Trata-se de um ritual simbólico que faz parte da cultura de alguns povos indígenas.
3. O texto “A lenda de Jurutaí” é uma lenda brasileira que foi registrada por um autor estrangeiro e posteriormente traduzida.
a. Identifique quem são as pessoas que realizaram essas tarefas.
Resposta: Autor estrangeiro: Sean Taylor; tradutora: Maria da Anunciação Rodrigues.
b. Identifique e escreva um trecho da lenda que evidencia sua autoria não conhecida.
Resposta: “E dizem que foi assim que o Rio Amazonas surgiu.”
Ao longo dos tempos, as lendas foram sendo recolhidas e registradas por diferentes autores, como forma de preservação cultural
4. As lendas buscam explicar, de forma simbólica, a origem de algo que seria desconhecido. O que o texto “A lenda de Jurutaí” busca explicar?
Resposta: O texto busca explicar o surgimento do Rio Amazonas.
5. A lenda mistura eventos e informações reais com acontecimentos imaginários, fictícios. Explique, com base na história lida, como isso ocorre.
Resposta: Os eventos e as informações reais são a existência da Floresta Amazônica, do pássaro Jurutaí, da Lua e do Rio
Amazonas. Os acontecimentos imaginários são a paixão do pássaro, o voo dele até a Lua, a decepção, o choro e a formação do rio.
6. O trecho “E dizem que foi assim que o Rio Amazonas surgiu.” traz uma informação que reforça que a lenda é resultado da intervenção de elementos imaginários contra a razão científica. Por meio de qual palavra isso pode ser percebido?
dos possuem, assim elas refletem a visão de mundo dos seus antepassados.
Jurutaí se apaixonou pela Lua e quis ir até onde ela estava. Assim, voou até o topo da árvore mais alta que podia ver. Mas a Lua ainda estava longe. Ele voou até o cume de uma montanha. Mas a Lua ainda estava longe. Então ele voou até o céu. Jurutaí bateu as asas, subindo, subindo até o ar ficar rarefeito. Mas a Lua estava muito longe.
a. Identifique no trecho os elementos que remetem à natureza.
Resposta: Pássaro Jurutaí, Lua, árvore, montanha, céu.
b. Qual é a importância da natureza nessa lenda?
Resposta: A presença da natureza é importante na
ambientação do espaço (árvores, montanha, céu) e na construção dos personagens (Jurutaí, Lua).
O espaço das lendas costuma ser marcado pela presença de elementos da natureza
8. Releia este trecho para perceber como o tempo e o espaço são marcados na lenda.
Muito tempo atrás, no fundo da Floresta Amazônica, havia um pássaro chamado Jurutaí. Uma noite, Jurutaí olhou para cima, através do ar quente, e viu a Lua.
a. Que expressão foi usada para indicar quando a história aconteceu? E que expressão foi empregada para indicar onde a história se passou?
Resposta: Muito tempo atrás e no fundo da Floresta Amazônica , respectivamente.
b. Essas expressões determinam ou indeterminam o tempo e o espaço da lenda?
Resposta: Indeterminam o tempo e o espaço.
c. Considerando a origem oral e antiga das lendas, por que nelas o tempo e o espaço costumam ser marcados dessa forma?
Resposta: Isso ocorre porque, como se trata de um texto de origem popular, isto é,
criado pela imaginação do povo, não há como saber com exatidão onde e quando os fatos ocorreram ou começaram a ser narrados.
9. Sobre o narrador de “A lenda de Jurutaí”, responda às questões.
a. O narrador da lenda é um narrador-observador ou narrador-personagem?
Resposta: Narrador-observador.
b. Por que é empregado esse tipo de narrador em uma lenda?
Resposta esperada: O narrador-observador
nas lendas representa uma voz coletiva, como se estivesse representando o povo ou a sociedade que criou a lenda.
10. O trecho a seguir apresenta uma explicação sobre a origem das lendas brasileiras, que seriam provenientes de três etnias diferentes. Leia-o.
[...] As lendas vindas do folclore português são, geralmente, de fundo religioso e histórico. As de origem africana são de cunho supersticioso e, muitas vezes, cheias de ternura e sofrimento. As de origem indígena têm sua base na própria natureza, seus fenômenos, seus acidentes, numa tentativa de explicação. Algumas são resultantes da fusão das três.
CARVALHO, Bárbara Vasconcelos de. Literatura infantil: estudos. São Paulo: Lótus. p. 35.
Com base nessas informações, a qual dessas origens “A lenda de Jurutaí” corresponde: portuguesa, africana ou indígena? Que elemento do texto confirma isso?
Resposta: Indígena. O fato de explicar o surgimento de um elemento da natureza, no caso, o Rio Amazonas: “[...] têm sua base na própria natureza, seus fenômenos, seus acidentes, numa tentativa de explicação.”.
• É possível propor aos estudantes a pesquisa de lendas africanas e portuguesas com o objetivo de ampliar seu repertório cultural. Peça-lhes também que assistam a um vídeo de contação de histórias na internet para se inspirarem e promova uma roda de contação de histórias. Organize-os em grupos para que cada
um conte a narrativa pesquisada de forma atraente, utilizando recursos sonoros ou adereços que ajudem a ambientá-la. Como encerramento, propicie uma discussão para que eles comentem os elementos de origem africana ou portuguesa que conseguiram identificar nas lendas contadas ou se, ainda, há fusão entre essas culturas ou presença também da indígena.
• Na atividade 7, para remediar possíveis defasagens, retome toda a ambientação do espaço com elementos da natureza da lenda estudada. Explique aos estudantes como isso é importante para que possamos reconstruir a história em nossa imaginação, visualizando os personagens e os acontecimentos naquele ambiente específico.
• Na atividade 8 , aponte a indeterminação do tempo e do espaço como característica marcante das lendas. Leve os estudantes a perceber como esses elementos, na lenda apresentada, estão intimamente relacionados, pois tanto a floresta como o tempo dos acontecimentos são não só vagos como amplos. A mata descrita é imensa e o tempo transcorrido parece ser de duração infinita, ou seja, os dois expressam um mundo vasto e pouco conhecido pelo narrador.
• Na atividade 9 , é importante que eles reconheçam o papel fundamental do narrador-observador nas lendas. Nesse momento, destaque a importância da escolha das palavras para as sequências descritivas do texto, mostrando como o narrador é o responsável por conferir poesia à narrativa, pois ela poderia ter sido contada de uma forma mais fria e objetiva, a exemplo dos relatos científicos.
• Na atividade 10 , se necessário, complemente a explicação dos textos comentando que as lendas brasileiras têm influência de três matrizes étnico-culturais: a indígena, a africana e a portuguesa. As indígenas utilizam elementos da natureza para explicar a origem de seres e astros, tendo sido divulgadas pelo contato de nossos primeiros habitantes com os brancos. As africanas têm narrativa mais exótica e dinâmica. As lendas portuguesas são mais comuns na literatura popular do Brasil. Histórias de lobisomem, bruxas, fadas, assombrações, entre outras, eram comuns na cultura da Península Ibérica.
7. Releia o trecho a seguir.• Leia com os estudantes as informações do boxe Características das lendas . Ao comentar cada item, solicite-lhes que encontrem o elemento mencionado nas lendas com as quais tiveram contato até o momento. Se possível, aborde também a biografia de Câmara Cascudo, importante pesquisador do folclore brasileiro, e reflita com a turma sobre a importância de trabalhos como o dele para a cultura brasileira, permitindo-nos conhecer como viviam e pensavam nossos predecessores.
• Na atividade 1 da subseção Explorando a linguagem , leve os estudantes a perceber que a poeticidade da lenda é construída por meio do emprego da hipérbole e da personificação. Incentive-os a buscar mais exemplos do uso dessas figuras de linguagem em outras narrativas que conhecem, como fábulas, conto de fadas etc.
• Ao trabalhar o boxe conceitual sobre o que são lendas, explique aos estudantes , de forma mais aprofundada, o que é um símbolo: tudo aquilo que serve para remeter a outra coisa. Exemplo: a pomba branca ou a cor branca, que representam a paz. A ligação entre o símbolo e seu significado parece, inicialmente, arbitrária, mas é possível, em muitos casos, encontrar situações ou histórias que justificam sua existência. Na lenda lida neste capítulo, mencione que o Jurutaí simboliza a tristeza. Para uma determinada comunidade indígena, esse pássaro provavelmente é associado de imediato à tristeza e à formação dos rios, o que nos revela como um símbolo é capaz de comunicar de maneira ágil vários significados.
• Ao propor as atividades 1 e 2 da subseção Discutindo ideias, construindo valores , leve os estudantes a compreender que perceber os limites é importante para não cometer atitudes que causem dano a si próprios ou a outras pessoas. É importante também sabermos até que ponto devemos insistir em algo, superando-nos e desenvolvendo novas habilidades, e qual é o momento de parar, quando o que desejamos alcançar não é razoável. A delimitação desses limites envolve
Segundo o folclorista Luís da Câmara Cascudo, uma lenda conserva quatro características fundamentais. Conheça-as a seguir.
• Antiguidade: as lendas existem há muitos anos.
• Oralidade: é a maneira como as lendas são passadas para as pessoas, por meio da arte de contar histórias.
• Anonimato: indefinição de autoria das narrativas, pois as lendas têm origem popular, são divulgadas oralmente e podem sofrer alterações.
• Persistência : as lendas permanecem no imaginário das pessoas, sendo transmitidas de geração em geração, tornando-se tradição.
Explorando a linguagem
1. Releia os trechos a seguir, extraídos da lenda apresentada. A Lua olhou para baixo, mas não respondeu. Suas lágrimas rolaram pelo chão da floresta. Encheram vales e escorreram em direção ao mar.
B.
a. Agora, relacione os trechos lidos aos respectivos recursos empregados. Hipérbole: expressões e situações que indicam exagero Personificação: atribuição de emoções e ações humanas a objetos, a seres irracionais, sentimentos etc.
Resposta: A – Personificação; B – Hipérbole.
b. Que efeito o emprego de recursos como esses garante à lenda?
Resposta: O emprego da hipérbole
e da personificação contribui para tornar a lenda mais poética ou ainda para dar mais expressividade a ela.
As lendas narram acontecimentos fictícios que se passam em um tempo remoto e apresentam o espaço caracterizado pela presença da natureza. Criadas com o objetivo de tentar explicar, de forma simbólica, fenômenos naturais, sobrenaturais e históricos ou transmitir ensinamentos, as lendas são transmitidas oralmente de geração em geração.
Discutindo ideias,
1. Jurutaí não conseguiu chegar até a Lua, pois era algo que ultrapassava seus limites. No dia a dia, que situações vivenciamos que exigem de nós mais do que conseguimos realizar?
Resposta pessoal.
2. Você já passou por uma situação em que teve de respeitar seus limites para não se prejudicar? Comente.
Resposta pessoal.
Doze lendas brasileiras: como nascem as estrelas Nesse livro, você vai conhecer doze lendas brasileiras, uma para cada mês do ano, recontadas por uma das maiores escritoras brasileiras: Clarice Lispector. Além da lenda que explica como nascem as estrelas, você encontra nessa obra personagens folclóricos como a Yara, o Curupira, o Negrinho do Pastoreio e muito mais.
Doze lendas brasileiras: como nascem as estrelas , de Clarice Lispector. Ilustrações: Suryara. Editora Rocco, 2014.
Capa do livro Doze lendas brasileiras: como nascem as estrelas
autoconhecimento e experiência de vida, por isso devemos sempre refletir sobre nossos desejos e nossas atitudes.
• Aproveite o boxe que encerra a seção para incentivar os estudantes a ler o livro indicado ou outros que apresentem lendas brasileiras ou de outros países do mundo.
A.Leia, a seguir, outra lenda que também busca explicar a origem do Rio Amazonas.
Contam os mais velhos que, durante muito tempo, o Sol e a Lua sonhavam com o dia em que conseguiriam se casar. O amarelo do noivo abrilhantava os dias e a prata da noiva deixava tudo mais cintilante.
Porém, essa alegria durou pouco: como essa união seria possível se com ela o fim do mundo aconteceria? Apesar do amor incondicional, as lágrimas apaixonadas da Lua afogariam todo o planeta, assim como os raios amorosos do Sol queimariam tudo de vivo no mundo. A única saída foi a separação, pois assim as lágrimas da Lua não apagariam os raios solares, e o fogo forte do Sol não faria evaporar toda a água existente.
Tristes, cada um foi para seu lado no céu. Mas de nada adiantou, a Lua não esqueceu. Ela chorou por dois dias seguidos e então seu rio de lágrimas pesou, pesou tanto, que seu pranto criou vales, montanhas e serras.
Para desaguar toda sua tristeza, a Lua formou um vasto e belo rio. Foi assim que, entre florestas e animais, nasceu o rio Amazonas.
surgimento do rio foi o choro do pássaro que estava apaixonado pela Lua. Já a “Lenda do Rio Amazonas” explica que o rio surgiu das lágrimas da Lua, quando ela teve de
Fonte: SALDANHA, Paula; WERNECK, Roberto. Expedições Terras e Povos do Brasil: viagem ao Xingu. Rio de Janeiro: Edições del Prado, 1999.
• Ler uma lenda e analisá-la comparativamente, apontando semelhanças e diferenças com a lenda estudada na seção Leitura
BNCC
• Ao reconhecer a importância do tempo verbal e das escolhas descritivas para o desenrolar do enredo , os estudantes trabalham com as habilidades EF67LP37 e EF69LP47
• Ao ler um texto literário autonomamente, de forma silenciosa, e depois em voz alta, para exercitar a fluência e expressividade, os estudantes desenvolvem as habilidades EF67LP28 e EF69LP53 , bem como as competências específicas de Língua Portuguesa 3 e 9
• Ao perceber o diálogo entre duas lendas na perspectiva temática e na construção e escolha dos personagens, os estudantes desenvolvem a habilidade EF67LP27
1. De acordo com essa lenda, como teria surgido o Rio Amazonas?
2. O que há em comum entre essa lenda e “A lenda de Jurutaí”?
Resposta: Por meio das lágrimas da Lua em decorrência de sua tristeza por ter de se separar do Sol, por quem estava apaixonada. Resposta: Ambas apresentam uma explicação
sobre a origem do Rio Amazonas. Em ambas, o Rio Amazonas surge de lágrimas derramadas.
3. Qual é a diferença entre essas lendas em relação à explicação sobre a origem do rio?
4. Nas duas lendas, a Lua aparece envolvida em situações amorosas. Qual é a principal diferença e a semelhança entre essa personagem nas duas lendas?
5. Releia um trecho de “Lenda do Rio Amazonas”.
Resposta: Diferença: na primeira lenda, a Lua é idealizada por Jurutaí e, na segunda, ela vive
um amor correspondido com o Sol, porém impossível. Semelhança: nos dois textos, a personagem está envolvida em um amor impossível.
Apesar do amor incondicional, as lágrimas apaixonadas da Lua afogariam todo o planeta, assim como os raios amorosos do Sol queimariam tudo de vivo no mundo.
Escreva a frase correta sobre o que as formas verbais em destaque expressam. Certeza ou probabilidade de a Lua e o Sol se casarem no futuro.
Ação futura que poderia ter ocorrido se o Sol e a Lua ficassem juntos.
causa. Se alteramos essa frase do trecho inicial para o presente do indicativo (“O amarelo do noivo abrilhanta os dias e a prata da noiva deixa tudo mais cintilante”), por exemplo, isso faz com que a continuidade da história se dê nesse tempo verbal, tornando os eventos mais próximos do momento da narração. Com isso, passamos a empregar o presente histórico porque as ações não estão acontecendo de fato no momento da enunciação.
Resposta: B.
229
28/07/2022 15:52:48
• A fim de ampliar a percepção da intertextualidade e permitir aos estudantes que a pratiquem, solicite à turma que reconte o texto “Lenda do Rio Amazonas” adicionando personagens secundários à história. Organize-os em grupos pequenos e explique-lhes que podem escolher alguns personagens conhecidos de outras histórias ou criar novos para participar do enredo
• Para o trabalho dessa narrativa com turmas grandes, é possível promover, depois da leitura silenciosa, um momento de reconto da lenda, com o livro fechado, desafiando os estudantes a lembrar do maior número possível de detalhes da narrativa. Depois, solicite-lhes que abram o livro e confiram novamente a versão escrita da lenda.
• Nas atividades 1 a 3 , os estudantes devem demonstrar compreensão a respeito das narrativas, bem como do pertencimento delas ao folclore indígena brasileiro. Além disso, eles devem reconhecê-las como etiológicas. Leve-os a perceber a presença de astros nas lendas, elementos recorrentes nas histórias indígenas.
• Ao propor a atividade 4, aproveite para mencionar o número reduzido de personagens de ambas as lendas, fazendo com que o enredo se construa em torno apenas de personagens protagonistas.
• Na atividade 5 , troque a conjugação de alguns verbos da lenda e peça aos estudantes que identifiquem qual é a mudança de entendimento que isso
A. B. 3. Resposta: Em “A lenda de Jurutaí”, a causa do separar do Sol. Melissa Garabeli/ Arquivo da editora• Conhecer o conceito de discurso direto e discurso indireto e identificar seus usos.
• Identificar os efeitos de sentido dos verbos de elocução e empregá-los de acordo com a situação comunicativa.
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP47 ao analisar, em trechos narrativos, os discursos direto e indireto e os efeitos de sentido dos verbos de elocução.
• Ao explorar o texto da atividade 1 com a turma, comente que a menção à carne de elefante é o que confere o caráter cômico e lúdico da anedota, uma vez que o personagem pede algo absurdo.
• Utilize os textos apresentados nas atividades 1 e 2 para levar os estudantes a identificar os dois tipos de discurso. Na sequência, incentive-os a transcrever trechos de um discurso para outro, a fim de que percebam o que muda na linguagem do texto. A transposição de um discurso para o outro não é simples, visto que, além da pontuação, há adequações nos tempos verbais a serem realizadas. Procure explorar o conhecimento natural deles, como falantes nativos da língua portuguesa, para executar essa atividade. Considerando o perfil da turma, antes de propor a transcrição de um discurso para outro, desenvolva com eles a atividade a seguir.
1. Leia a anedota a seguir para conhecer uma das formas de apresentar as falas dos personagens.
O cara montou um restaurante e anunciou que faria o prato que o freguês quisesse.
Aí veio o chato:
— Quero um sanduíche de filé de elefante.
— Um só?
— É. Só um.
— Não vai ser possível.
— Por quê?
— Porque hoje a padaria não entregou o pão de sanduíche.
a. Que recurso gráfico foi empregado para marcar as falas dos personagens?
Resposta: Os travessões e os dois-pontos.
b. Caso não houvesse esse recurso, a identificação das falas dos personagens ficaria comprometida?
Resposta: Sim, a identificação das falas dos personagens ficaria comprometida, pois os travessões contribuem para sinalizá-las.
2. Agora, leia um trecho do volume No caminho de Swann, do romance Em busca do tempo perdido, do escritor francês Marcel Proust (1871-1922).
Infelizmente, depois do jantar eu era logo obrigado a deixar mamãe, que ficava conversando com os outros, no jardim, se fazia bom tempo, ou na saleta onde todos se abrigavam se chovia. Todos, menos minha avó, que achava que “é uma pena ficar a gente encerrada, no campo” e que tinha discussões intermináveis com meu pai, nos dias em que chovia forte, porque ele me mandava ler no quarto ao invés de ficar de fora. “Não é assim que você vai fazê-lo robusto e enérgico”, dizia ela tristemente, “principalmente este menino que precisa tanto de forças e de vontade.” [...] PROUST, Marcel. No caminho de Swann. Tradução: Fernando Py. Rio de Janeiro: O Globo/São Paulo: Folha de S.Paulo, 2003. p. 16.
a. Sobre o que o narrador-personagem comenta nesse trecho?
Resposta: O narrador-personagem relembra algumas atitudes dos familiares durante sua infância.
b. Além da voz do narrador-personagem, aparece a fala de outro personagem. De qual personagem se trata?
Resposta: Da avó do narrador da história.
c. Que recurso gráfico foi empregado para marcar a fala desse personagem?
Resposta: As falas da avó foram sinalizadas com aspas.
d. Releia este trecho.
“Não é assim que você vai fazê-lo robusto e enérgico”, dizia ela tristemente, “principalmente este menino que precisa tanto de forças e de vontade.”
O que é possível concluir sobre as características do narrador-personagem?
Resposta: Que o narrador-personagem era um menino sem muita força e vontade.
• Para aprofundar o trabalho com o discurso direto e com o discurso indireto, oriente a turma a formar grupos, juntando estudantes de diferentes perfis. Escreva na lousa as frases a seguir destacando o emprego do discurso direto nelas.
› Discurso direto:
Paulo disse:
– Eu vou.
Paulo perguntou:
– Choveu?
Paulo perguntou irritado:
– Quem mexeu na gaveta?
Paulo falou:
– Farei uma viagem de negócios.
Paulo disse:
– Amanhã estarei de volta.
• Distribua as frases entre os grupos e peça-lhes que as transcrevam para o discurso indireto. Então, solicite a um representante de cada
grupo que escreva a nova frase na lousa. Depois, verifique as respostas dos grupos, explicando a eles o que muda de um discurso para outro.
› Discurso indireto:
Paulo disse que iria.
Paulo perguntou se havia chovido.
Paulo perguntou irritado quem havia mexido na gaveta.
Paulo falou que faria uma viagem de negócios. Paulo disse que no dia seguinte estaria de volta.
ZIRALDO. As anedotinhas do Bichinho da Maçã . São Paulo: Editora Melhoramentos, 2006. p. 6.O discurso direto ocorre em um texto quando se reproduzem, de maneira fiel, as falas dos personagens, as quais são indicadas, geralmente, por travessão ou por aspas
3. Para observar outra forma de reproduzir as falas de um personagem, leia um trecho do romance O livro da selva , que conta a história de Mowgli, um menino criado na selva.
[...] Bagheera matava a torto e a direito quando estava com fome, e Mowgli fazia o mesmo — com uma exceção. Assim que ficou com idade suficiente para entender as coisas, Bagheera lhe disse que ele nunca tocasse no gado porque ele havia sido admitido na Alcateia pelo preço da vida de um touro. “A selva é toda sua”, dizia Bagheera, “e você pode matar tudo que sua força lhe permitir; mas em nome daquele touro você nunca deve matar nenhum gado, jovem ou velho. Esta é a Lei da Selva”. Mowgli obedecia fielmente.
E assim cresceu, e cresceu forte como deve crescer um menino que não sabe o que é ficar estudando as lições, e que não tem nada para pensar no mundo a não ser no que comer.
A Mãe Lobo disse-lhe uma ou duas vezes que Shere Khan não era uma criatura em que se devesse confiar, e que um dia ele teria que matar Shere Khan; mas, embora um jovem lobo fosse capaz de se lembrar a qualquer momento daquela recomendação, Mowgli esqueceu-se porque era apenas um menino — embora ele chamasse a si próprio de lobo se fosse capaz de falar alguma língua humana.
KIPLING,
Capa do livro O livro da selva, de Rudyard Kipling, publicado pela editora Ática, em 2019.
a. No primeiro parágrafo, há uma palavra que revela de qual grupo de animais Mowgli fazia parte. Que palavra é essa? Explique-a.
Resposta: A palavra alcateia , que significa grupo de lobos
b. No mesmo parágrafo há outro termo que expressa um grupo de animais. Que termo é esse?
A qual animal ele se refere?
Resposta: O termo gado, que se refere a touro.
4. Releia um trecho extraído da atividade anterior e, na sequência, leia-o reescrito.
A Mãe Lobo disse-lhe uma ou duas vezes que Shere Khan não era uma criatura em que se devesse confiar, e que um dia ele teria que matar Shere Khan. [...]
A Mãe Lobo disse-lhe uma ou duas vezes:
— Shere Khan não é uma criatura em que se deva confiar, e um dia você terá que matar Shere Khan.
a. Em qual dos trechos o narrador apresenta a fala do personagem? E em qual o próprio personagem fala diretamente?
Resposta: No trecho A , o narrador apresenta a fala do personagem; no trecho B, o personagem fala diretamente.
b. Que mudanças você percebeu na reescrita do trecho lido?
Resposta: A introdução de dois-pontos e travessão para sinalizar a fala, a mudança do tempo verbal (era – é, devesse – deva, teria – terá), a exclusão do que
A fala dos personagens também pode ser apresentada por um narrador que a incorpora em sua própria fala. Esse tipo de discurso recebe o nome de discurso indireto
• Ao trabalhar a atividade 3 , os estudantes podem já estar familiarizados com os personagens devido à popularidade da animação Mogli – o menino lobo , dos estúdios Disney. Leia o texto com a turma e permita àqueles que conheçam a história relatar os acontecimentos dela aos demais. Sempre que possível, é interessante incentivar os estudantes a compartilhar seus conhecimentos prévios, de forma que você possa verificar o que já sabem do assunto a ser trabalhado.
• A atividade 4 apresenta o conteúdo discurso indireto. Se possível, aproveite outros fragmentos da história, em discurso direto, para solicitar aos estudantes que os passem ao discurso indireto.
• Após trabalhar com os estudantes os boxes que apresentam os conceitos de discurso direto e discurso indireto, amplie a discussão destacando a importância dessas formas de discurso para o texto narrativo. Lembre-se de que o estudo das formas do discurso tem como objetivo mostrar a eles como é a organização do texto, principalmente narrativo, e como são registradas as falas dos personagens, diferenciando-as da fala do narrador.
28/07/2022 15:52:48
• Ao trabalhar a atividade 1 , proponha uma discussão para que os estudantes identifiquem a parte do texto que é responsável pelo efeito humorístico. A passagem “está bom pra peixe” pode ser interpretada como “está bom para pegar peixe” (em que para indica finalidade), conforme a pergunta do tio de Maluquinho, ou “está bom para o peixe” (em que para indica destinatário), de acordo com a resposta de Maluquinho.
• A respeito dos verbos de elocução, destaque aos estudantes a importância do uso desses verbos para melhor compreensão do texto narrativo, pois o sentido expresso pelo verbo tem a função de complementar a fala a que ele está ligado.
• A atividade 1 da subseção Praticando enfatiza outros verbos de elocução, demonstrando aos estudantes que nem sempre é necessária a presença de dizer, falar ou responder para indicá-los. Comente com a turma a obra Extraordinário , que ganhou uma versão cinematográfica e conta uma história ficcional, criada pela autora R. J. Palacio, sobre uma criança com deformidades faciais que enfrenta dificuldades ao começar a frequentar a escola. Trata-se de uma leitura inspiradora, que busca mostrar como é possível lidar bem com as particularidades de cada pessoa.
1. Leia o texto a seguir.
Na fazenda do tio, o Maluquinho estava pescando num poço quando chegou o Junim e disse baixinho:
— Este lugar aí está bom pra peixe?
O Maluquinho respondeu:
— Está ótimo. Não consegui convencer nenhum a sair daí até agora.
ZIRALDO. O livro do riso do Menino Maluquinho. 3. ed. São Paulo: Melhoramentos, 2004. p. 28.
Nos diálogos, as falas dos personagens são apresentadas de forma direta. Que verbos introduzem as falas dos personagens no trecho apresentado?
Resposta: As formas verbais disse e respondeu
Os verbos identificados na questão são chamados verbos de elocução. Esses verbos introduzem a fala de um personagem, revelando a quem pertence o discurso, e expressam a forma como ele fala, bem como suas atitudes e ações ao falar. Esse recurso é importante para que o autor anuncie o discurso direto ou indireto.
1. Auggie Pullman nasceu com uma deformação facial e, mesmo após 27 cirurgias, tem aulas em casa e evita sair à rua porque todos olham para ele com estranhamento. O diálogo a seguir faz parte do momento em que sua mãe acha que é a hora de ele enfrentar esse desafio.
[...]
— Você deveria contar para ele no que está pensando, Isabel — sugeriu o papai, que estava do outro lado da sala, conversando com o pai do Christopher.
— É melhor falarmos sobre isso depois — disse a mamãe.
— Não. Eu quero saber do que você estava falando — retruquei.
— Você não acha que está pronto para ir à escola, Auggie?
— perguntou a mamãe.
— Não — respondi.
— Eu também não — concordou papai.
— Então é isso. Assunto encerrado — concluí, dando de ombros, e sentei no colo dela, como se fosse um bebê.
[...]
Capa do livro Extraordinário, de R. J. Palacio, publicado pela editora Intrínseca, em 2013.
B.
PALACIO, R. J. Extraordinário. Tradução: Rachel Agavino. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2013. p. 16. Relacione os verbos de elocução em destaque às circunstâncias expressas. Indica propor algo, insinuar. Indica responder contestando algo.
D.
Indica finalizar a conversa. Indica ter a mesma opinião.
Respostas: A – sugeriu; B – concluí; C – retruquei; D – concordou.
• Para verificar a compreensão dos estudantes sobre os verbos de elocução, proponha uma atividade com o objetivo de levá-los a identificar o emprego desses verbos em textos literários. Para desenvolvê-la, leve diferentes textos narrativos para a sala de aula e os distribua entre os estudantes. Em seguida, solicite a eles que localizem nos textos alguns verbos de elocu -
ção. Feito isso, questione-os sobre o que o verbo de elocução anuncia, de modo que eles indiquem a fala do personagem; e questione-os também sobre o porquê de o verbo ter sido empregado, a fim de que eles reconheçam a importância dele para complementar o sentido de como foi expressa a fala do personagem, facilitando a compreensão do leitor.
2. Reescreva o diálogo da atividade 1, alterando o discurso direto para o indireto.
Confira a resposta da questão nas orientações ao professor.
3. O que mudou na passagem do discurso direto para o discurso indireto?
Resposta: Os sinais de travessão
foram eliminados, os verbos empregados nas falas dos personagens passaram a ser escritos em outro tempo verbal, foi incluída a palavra que após os verbos de elocução.
4. Leia a seguir um trecho do livro Luna Clara e Apolo Onze, de Adriana Falcão.
Aventura escreveu um bilhete explicando o atraso e chamou Pilhério.
— Vá voando a Desatino do Norte e entregue isso pra Doravante. O intrometido fez questão de ler o bilhete antes.
— Você sabia que existe uma coisa chamada pontuação [...]?
— Doravante não liga para essas coisas.
— Pelo contrário — observou Divina.
— Como é que eu, pessoa letrada, virei portador de bilhete mal escrito pra marmanjo?
— Você não é pessoa, é papagaio, e vá logo.
E lá se foi Pilhério, voando, com o objetivo de encontrar Doravante.
— Dê um milhão de beijos nele por mim — Aventura gritou lá de longe.
E lá se foi Pilhério, voando, com o objetivo de encontrar Doravante e a obrigação de lhe dar um milhão de beijos.
a. Quais são as falas reproduzidas diretamente nesse trecho?
Confira a resposta da questão nas orientações ao professor.
b. Que recurso gráfico indica que se trata de um discurso direto?
Resposta: Os travessões.
c. Que verbos de elocução foram utilizados nesse trecho?
Melissa Garabeli/ Arquivo da editora• As atividades 2 a 4 podem ser usadas como avaliação formativa, de modo que você possa ter ideia do quanto a turma conseguiu compreender o conteúdo sobre discurso direto e indireto.
• Para o diálogo proposto na atividade 5 , se necessário, estipule um tema com a ajuda dos estudantes.
2. Possível resposta: O papai, que estava do outro lado da sala, conversando com o pai do Christopher, sugeriu à mamãe que me contasse o que estava pensando. Ela disse que era melhor falarmos sobre isso depois. Eu retruquei que não, que queria saber do que Isabel estava falando. Ela perguntou, então, se eu não achava que estava pronto para ir à escola. Eu respondi que não. Papai concordou. Concluí que era isso e disse que o assunto estava encerrado. Dei de ombros e sentei no colo dela, como se fosse um bebê.
d. Agora, localize as falas que não apresentam verbos de elocução e reescreva-as, inserindo os verbos adequados para cada uma delas.
Confira a resposta da questão nas orientações ao professor.
e. Em duplas, releiam o trecho e reescrevam-no transformando o discurso direto em discurso indireto. Nessa reescrita, empreguem também os verbos de elocução que vocês utilizaram na atividade anterior.
Resposta: Observou e gritou Confira a resposta da questão nas orientações ao professor.
f. Agora, concluam o que mudou no texto em relação aos aspectos a seguir.
• A pontuação empregada.
• O tempo verbal dos verbos empregados.
• A inclusão de palavras.
Possível resposta: Os travessões, que sinalizam as falas diretas dos personagens, foram eliminados; o tempo verbal dos verbos foi alterado (por exemplo, os verbos que estavam no presente do indicativo foram para o pretérito imperfeito, e os que estavam no futuro do indicativo foram para o futuro do pretérito); foi incluída a palavra que, para contribuir com a construção do discurso indireto.
5. Em duplas, escrevam um pequeno diálogo utilizando o discurso direto e verbos de elocução. Pensem no que vão conversar e registrem o diálogo no caderno. Depois de finalizado, leiam o diálogo em voz alta para os colegas.
Resposta pessoal.
de pontuação. Ela então disse a ele que Doravante não ligava para essas coisas e Divina concordou. Então Pilhério reclamou por ter virado portador de bilhete mal escrito, pois se considerava uma pessoa letrada. Aventura o lembrou de que ele era um papagaio, e não uma pessoa, e o mandou ir logo. Pilhério saiu voando para entregar o bilhete e Aventura gritou de longe para que ele desse um milhão de beijos em Doravante por ela.
28/07/2022 15:52:49
4. a. Resposta: “— Vá voando a Desatino do Norte e entregue isso pra Doravante.”; — Você sabia que existe uma coisa chamada pontuação, sua burra?”; “— Doravante não liga para essas coisas.”; “— Pelo contrário”; “— Como é que eu, pessoa letrada, virei portador de bilhete mal escrito pra marmanjo?”; “— Você não é pessoa, é papagaio, e vá logo.”; “— Dê um milhão de beijos nele por mim”.
4. d. Possíveis respostas: “— Vá voando a Desatino do Norte e entregue isso pra Doravante. — disse/ordenou Aventura”; — Você sabia que existe uma coisa chamada pontuação [...]? — disse/observou Pilhério.”; “— Doravante não liga para essas coisas. — disse/concluiu Aventura”; “— Como é que eu, pessoa letrada, virei portador de bilhete mal escrito pra marmanjo? — disse/ reclamou/perguntou Pilhério”; “— Você não é pessoa, é papagaio, e vá logo . — disse/ observou/concluiu Aventura.”.
4. e. Possível resposta: Aventura escreveu um bilhete explicando o atraso e chamou Pilhério, pedindo a ele que voasse até Desatino e o entregasse para Doravante. Pilhério leu o bilhete e chamou a atenção de Aventura para a falta
• Estudar o uso da vírgula e as funções que esse sinal de pontuação desempenha nos textos.
BNCC
• O estudo dos usos da vírgula permite aos estudantes desenvolver a habilidade EF67LP33
• O trabalho com a interpretação de uma tirinha, reconhecendo seu efeito humorístico, permite o desenvolvimento da habilidade EF69LP03
• Nesta seção, serão exploradas algumas funções da vírgula. Conhecer os usos da vírgula é um dos pré-requisitos para que os estudantes desenvolvam a habilidade EF06LP11 , pois deverão produzir textos utilizando a pontuação correta.
Orientações
• Para iniciar a atividade 1, sugira aos estudantes que leiam o trecho de diário apresentado e reflitam sobre ele. Discuta as informações presentes no texto e, se for possível, apresente outras partes do diário, de modo a incentivá-los a ler toda a história. O livro apresenta as reflexões de Pedro em sua adolescência, o que provavelmente despertará o interesse da turma pela leitura. Na sequência, explore a presença da vírgula no cabeçalho do diário, indicando sua função: separar uma data, organizando as informações. No item b, permita aos estudantes que analisem as informações do texto e reflitam sobre elas, aproveitando para compartilhar experiências uns com os outros. Conduza essa troca de informações de modo que haja respeito às falas e às ideias expostas.
• Na atividade 2 , escreva na lousa as falas da tirinha sem as vírgulas para demonstrar como a compreensão do diálogo é prejudicada sem o uso delas. Conduza os estudantes também na percepção dos trechos humorísticos, que mencionam aspectos negativos de ir à praia (“queimadura de sol e de água-viva”, “areia [...] pra encher a sunga”), os quais, para Armandinho, são motivos para também gostar de ir à praia. No item c , comente com os estudantes que, no último quadrinho da tirinha, a vírgula separa o termo cara (vocativo), que indica um chamamento.
1. Leia o trecho do diário a seguir, atentando para a vírgula destacada. Sábado, 14 de março. 17:05 e 3 segundos – Sol. Nenhum convite para sair. Será que tenho algum problema? Sofro de mau hálito? Ou as minhas espinhas são pontudas e amarelas? Pensei em comprar uma barba postiça. Falei com papai e ele disse que “isso passa” depois dos dezesseis. Vou ter de sofrer por quatro anos, quase. Quero fazer análise transespinhal. Se não existir, tenho um ataque e invento uma.
[...]
ANDRADE, Telma Guimarães Castro. O diário (nem sempre) secreto de Pedro. São Paulo: Atual, 2004. p. 11.
a. Nesse trecho, Pedro expõe situações bastante comuns vivenciadas por todo adolescente. Quais são elas?
Resposta: Não ser convidado para sair, o crescimento das espinhas no rosto, o exagero diante de uma situação e a insegurança.
b. Em sua opinião, como Pedro deveria agir diante dessa situação?
Resposta pessoal.
c. Geralmente, os diários começam com o cabeçalho. Que informações são apresentadas no cabeçalho desse diário?
Resposta: O cabeçalho traz a data da escrita daquele trecho do diário (dia da semana e dia do mês), o horário e o tempo atmosférico (dia de sol).
d. Considerando essas informações, qual é a função da vírgula no cabeçalho?
Resposta: Separar o dia da semana da data específica, organizando as informações.
2. Leia uma tirinha para conhecer outras funções do uso da vírgula.
BECK, Alexandre. Armandinho, 26 jan. 2017. Disponível em: https://www.facebook.com/tirasarmandinho/ photos/a.488361671209144.113963.488356901209621/1431495060229129/?type=3&theater. Acesso em: 7 mar. 2022.
a. Para justificar que adora a praia, Armandinho faz uma lista. Que elementos são citados por ele?
Resposta: Mar, ondas, tatuíras, siris, queimadura de sol e de água-viva, areia para fazer castelos e para encher a sunga.
b. Escreva a afirmativa que mostra a função da vírgula no primeiro quadrinho da tirinha. Indicar um chamamento.
Separar itens em uma sequência de enumerações.
Isolar a idade após o nome próprio.
Resposta: B.
c. Agora, releia o último quadrinho. Com base nas afirmativas da questão anterior, identifique e escreva a função da vírgula nessa fala de Armandinho.
Resposta: Indicar um chamamento.
A. B. C.Marcelo D’Salete é único do país a concorrer ao Eisner, entregue na próxima sexta (20)
[...]
Em 2004, leituras sobre o quilombo dos Palmares — em sua maioria escritas por autores brancos — despertaram no quadrinista paulistano Marcelo D’Salete, 38, a vontade de imaginar a perspectiva do negro nas narrativas sobre o Brasil colonial.
Desde então, ele se dedica a pesquisas para dar aos negros a possibilidade de contar a própria história.
A que se refere o número 38 citado na notícia? Considerando sua resposta, explique por que essa informação aparece entre vírgulas.
Resposta: O número 38 refere-se à idade de Marcelo D’Salete. A informação está destacada entre vírgulas para isolar a idade do rapaz do restante da informação do texto.
A vírgula tem a função de organizar as ideias de um texto, de modo que o sentido proposto seja o mesmo percebido pelo leitor. Além disso, ela é empregada para indicar momentos em que se deve dar pequenas pausas e quando é preciso variar a entonação da fala.
Conheça, agora, outras situações em que a vírgula é empregada, além das que você viu.
• Para separar ações em uma frase.
Exemplo: Ele chegou, entrou, sentou-se em uma cadeira e permaneceu calado.
• Para isolar expressões explicativas: isto é, ou seja, ou melhor, quer dizer, aliás.
Exemplo: Seu computador precisa de uma boa proteção, isto é, de um bom antivírus.
• Para isolar os elementos que compõem um endereço.
Exemplo: Procure-me no meu escritório, na Avenida Bonsucesso, nº 130, 5º andar, sala 502.
• Para indicar/destacar uma explicação.
Exemplo: Melina, a professora, não participará da reunião.
4. Releia as frases a seguir e explique a mudança de sentido que o emprego da vírgula provocou. Eu não tenho muito medo de fantasmas. Eu, não, tenho muito medo de fantasmas.
Resposta: Em A , a pessoa afirma que não tem medo de fantasmas. Em B, a pessoa nega algo e, em seguida, afirma que tem medo de fantasmas.
Dependendo da posição da vírgula em uma frase, o sentido do texto pode ser alterado.
235
• Ao ler o texto da atividade 3 com a turma, ressalte a importância da produção de Marcelo D’Salete. Se possível, sugira aos estudantes que pesquisem esse autor e seus quadrinhos Angola janga e Cumbe . Sempre que houver a oportunidade, apresente autores afro-brasileiros aos estudantes e incentive esse tipo de leitura, para que possam combater o racismo e valorizar a cultura afro-brasileira.
• Na atividade 3 , se achar conveniente, explore o uso da vírgula na separação dos adjuntos adverbiais antepostos “em 2004” e “desde então”. Explique a eles que, nesses casos, a vírgula separa uma expressão empregada com o sentido de indicar uma circunstância de tempo.
• Aborde as informações do boxe explicativo da página, dando mais exemplos para cada uso da vírgula indicado. Perceba que, nesse momento, optou-se por não apresentar aos estudantes os termos vo cativo e aposto , contudo se certifique de que eles compreenderam o porquê do emprego da vírgula nesses casos.
• A atividade 4 pode ser explorada por meio do trabalho com outras frases em que a vírgula confere um sentido não pretendido por seu autor. Escreva na lousa as seguintes sentenças: “Não puxe, João!” e “Não puxe João!”; “Não, me espere.” E “Não me espere.”; “Isso, só ela sabe fazer” e “Isso só, ela sabe fazer.”. Em seguida, peça aos estudantes que pensem em possíveis contextos para o uso delas, de forma que fique claro o sentido em que cada uma deve ser usada.
• Para avaliar o aprendizado da turma até aqui, utilize a estratégia One-minute paper. Peça aos estudantes que separem uma folha para a atividade. Indique um dos usos da vírgula e oriente-os a escrever um exemplo dele em um minuto. Ao final, recolha as produções e repro -
duza as frases elaboradas na lousa para correção coletiva. Deixe que os estudantes discutam para chegar a uma resposta final sobre a pontuação utilizada, fazendo com que todos possam se manifestar, de forma respeitosa, acerca da redação das frases.
28/07/2022 15:52:50
• As atividades 1 e 2 da subseção Praticando visam fixar o conteúdo por meio do emprego da vírgula em diferentes textos. Finalizadas as atividades propostas, caso considere relevante, distribua jornais e revistas para os estudantes a fim de que eles possam pesquisar exemplos de textos que apresentem cada um dos empregos da vírgula estudados. Na sequência, proponha a socialização dos exemplos coletados, a fim de que os estudantes mostrem o que aprenderam.
• Como uma avaliação diagnóstica, é interessante separar alguns textos e suprimir a pontuação, solicitando aos estudantes que pontuem de acordo com as funções da vírgula estudadas nesta seção.
2. c. ”Guardo cheiros de mato,/ hortelã, terra molhada,/flores, batata assada,/pipoca quente, pão fresquinho,/perfumes dos mais diversos./Tantos gostosos cheirinhos/que não cabem nestes versos.”. A pontuação apresentada é a original. É importante destacar para os estudantes que, em um texto literário como o poema, as vírgulas e outras pontuações podem ser empregadas de forma expressiva, a fim de criar efeitos de sentido diversos.
1. Leia a tirinha a seguir, na qual Calvin passa por uma situação que lhe causa incômodo.
a. No último quadrinho, os pais de Calvin estranham o fato de o filho estar quieto. O que essa constatação revela em relação ao comportamento do garoto?
Resposta: Que, em geral, ele é um garoto muito agitado.
b. Calvin está, de fato, fazendo o dever de casa como supõe sua mãe? Explique.
c. Com que função as vírgulas foram empregadas no primeiro quadrinho?
Resposta: Para isolar, destacar uma explicação sobre Calvin.
d. Agora, leia a primeira fala de Calvin pontuada de forma diferente.
Calvin, o inseto humano leva 10 minutos para caminhar sobre uma página.
O sentido desse trecho é o mesmo do primeiro quadrinho? Explique.
Resposta: Não, da forma como está, alguém estaria
conversando com Calvin (chamando-o) e explicando a ele uma característica de um inseto humano.
2. Leia o poema a seguir e note que as vírgulas foram suprimidas propositalmente.
1. b. Resposta: Calvin deveria estar fazendo o dever de casa, mas se percebe, na verdade, que ele está brincando ao criar uma situação que demonstra que essa é uma tarefa muito difícil, enorme para ele realizar.
Guardo cheiros de mato hortelã terra molhada flores batata assada pipoca quente pão fresquinho perfumes dos mais diversos. Tantos gostosos cheirinhos que não cabem nestes versos.
CARNEIRO, Ângela. Caixa surpresa Rio de Janeiro: Ediouro, 1994. p. 16.
a. Que sentimentos as sensações olfativas provocam no eu lírico?
b. No poema, o eu lírico enumera os elementos cujo cheiro ele guarda na lembrança. Que elementos são esses?
Resposta: Saudade e prazer relacionados às recordações de vários elementos que marcaram a vida do eu lírico. Resposta: Mato, hortelã, terra molhada, flores, batata assada, pipoca quente, pão fresquinho e perfumes dos mais diversos.
c. Reescreva o poema no caderno empregando vírgulas.
d. Que critério você usou para empregar as vírgulas no poema?
Confira a resposta da questão nas orientações ao professor. Resposta esperada: Para isolar os elementos citados em uma enumeração.
WATTERSON, Bill. Calvin. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 19 maio 2000. p. 58. Calvin & Hobbes, Bill Watterson © 1986 Watterson/Dist. by Andrews McMeel SyndicationA lenda indígena a seguir apresenta uma explicação para a origem de uma das mais simbólicas flores da fauna brasileira: a vitória-régia. Com base na ilustração do texto, como você imagina ser a história do surgimento dessa flor? Leia a lenda e conheça essa explicação para a origem da vitória-régia.
No começo do mundo, toda vez que a Lua se escondia no horizonte, parecendo descer a encosta das serras, era porque ia visitar suas índias prediletas. Para explicar o surgimento das estrelas, os velhos adivinhos das tribos contavam que a deusa Lua transformava as índias em luz e as conduzia para as mais elevadas nuvens.
Naiá, princesa da tribo, ficou muito impressionada com a história e, altas horas da noite, quando todos dormiam, ela subia as montanhas para ver a Lua. Querendo ser transformada em estrela, ultrapassava as colinas e ficava cada vez mais fascinada pelo astro, que parecia fugir. A indiazinha ficou tão desolada por não conseguir alcançar a Lua que começou a ficar doente. Nem os pajés, com seus feitiços, conseguiam curar a moça que a cada dia ia ficando mais triste.
• Ler outra lenda e identificar as características e a função sociocomunicativa desse gênero.
• Nesta seção, os estudantes participam de uma prática de leitura literária e desenvolvem o senso estético para acesso ao imaginário e ao encantamento, o que leva ao trabalho com a competência geral 3 e com a competência específica de Língua Portuguesa 9
• Ao inferir a presença de valores culturais e humanos na construção das lendas, percebendo diferentes visões de mundo e reconhecendo múltiplos olhares sobre as identidades, os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP44
• Com a exploração das diferentes formas de composição de uma lenda, desenvolve-se a habilidade EF69LP47
• Os estudantes devem se mostrar interessados e envolvidos pela leitura literária e receptivos a textos que rompam com seu universo de expectativas e seus padrões preestabelecidos, desenvolvendo, assim, a habilidade EF69LP49
• Com a interpretação e análise do texto e dos efeitos de sentido alcançados pelas variadas escolhas linguísticas, os estudantes desenvolvem as habilidades EF67LP37 e EF69LP54
• As habilidades EF67LP28 e EF69LP53, bem como as competências específicas de Língua Portuguesa 3 e 9 são contempladas nesta seção, pois os estudantes lerão uma lenda com expressividade e fluência e tecerão comentários de ordem estética e subjetiva sobre o que leram.
• Retome a conversa realizada nas páginas de abertura desta unidade sobre a planta vitória-régia. Pergunte aos estudantes se eles conhecem a explicação indígena para o surgimento dela. Verifique se as hipóteses dos estudantes possuem base científica, visto que a lenda explica, de forma imaginária e poética, um evento natural. Se julgar necessário, retome algumas ideias e conceitos estudados no texto
“A lenda de Jurutaí”, apresentados nas páginas 224 e 225
28/07/2022 15:54:18
• Peça aos estudantes que, primeiro, leiam a lenda em silêncio e, depois, em voz alta. A leitura em voz alta pode ser conjunta ou individual, o que reforça o caráter da contação de história, respeitando as entonações e as pausas necessárias e a expressividade das falas em discurso direto.
• Finalizada a primeira leitura, comente com a turma que, nesse texto, foram empregadas palavras como índia , índias e indiazinha . Explique aos estudantes que o uso da palavra índio , embora ainda presente em algumas publicações, está associado a um olhar pejorativo e colonialista dos povos nativos do Brasil. Atualmente, utilizamos a palavra indígena para identificar os povos que moravam em nosso território antes da chegada dos europeus. Isso porque a palavra indígena significa “originário, aquele que está ali antes dos outros ”, valorizando, assim, a importância desses povos, sua cultura e sua diversidade. Além disso, comente que a palavra velhos não foi usada de forma pejorativa nesse contexto e que devemos sempre nos referir aos idosos de maneira respeitosa.
• Após a leitura, oriente os estudantes a tecer comentários de ordem estética e subjetiva sobre o que leram. Leve-os a escolher a lenda de que mais gostaram (“A lenda de Jurutaí” ou “Vitória-Régia, a estrela das águas”) e a justificar sua escolha.
• Leve os estudantes a considerar essa lenda como uma leitura literária ou manifestação cultural que persiste ao longo do tempo por meio da transmissão oral, incentivando-os a experimentar envolvimento com a história.
• A lenda proposta para esta seção possibilita uma articulação entre os componentes curriculares de Língua Portuguesa e de Ciências . Se achar conveniente, convide o professor de Ciências para uma breve explanação sobre as particularidades da vitória-régia entre as plantas aquáticas. Caso não seja possível, oriente os estudantes a formar grupos e a pesquisar informações científicas a respeito dessa planta, fazendo uma revisão bibliográfica sobre ela. Separe um momento da aula para que eles possam apresentar os resultados obtidos aos colegas, com o auxílio de cartazes ou slides
Assim vivia a jovem índia a vagar nas noites enluaradas, ferindo-se nas pedras, e aos soluços. Certa vez, quando viu no espelho de um lago a imagem branca da Lua, faiscando luz, atirou-se na água. Durante semanas, todos da tribo procuraram Naiá, inutilmente, nas selvas vizinhas.
No entanto, a Lua que gerava as águas, os peixes e as plantas aquáticas, quis recompensar o sacrifício da jovem. Fez nascer do corpo de Naiá uma misteriosa planta, com folhas largas para receber a luz do luar e na qual a imensa pureza do espírito da jovem desabrochou. Assim nasceu, nas águas mansas do lago, uma grande flor perfumada, a estrela das águas: Vitória-Régia.
A Vitória-Régia é considerada uma planta aquática gigante, porque pode ter até 1,80 metro de diâmetro. Suas flores surgem brancas e desabrocham à noite, exalando seu perfume. Ela é conhecida no Brasil por muitos nomes: bandejas-d'água, uapé, forno-d'água, jaçanã, entre outros. [...]
LENDA: Vitória-Régia, a estrela das águas. Ciência Hoje das Crianças Rio de Janeiro, Instituto Ciência Hoje, ano 17, n. 150, set. 2004. Disponível em: http://chc.org.br/lenda-vitoria-regia-a-estrela-das-aguas/. Acesso em: 7 mar. 2022. © Instituto Ciência Hoje.
1. Após a leitura da lenda, sua hipótese sobre o surgimento da Vitória-Régia se confirmou? Comente com seus colegas.
Resposta pessoal.
2. Uma característica das lendas é que, nelas, o tempo e o espaço são indeterminados.
a. Identifique na lenda as expressões que foram usadas para indicar quando os fatos aconteceram.
b. Que expressões foram empregadas para fazer referência ao espaço onde a história se passa?
Resposta: As expressões tribos/tribo e um lago; todas determinando de modo impreciso o lugar onde os fatos ocorreram.
3. Como os velhos adivinhos das tribos explicavam o surgimento das estrelas?
Resposta: Eles explicavam que a deusa Lua transformava as indígenas em luz e as conduzia para as nuvens mais elevadas.
4. A história sobre a Lua causou algumas reações em Naiá, a princesa da tribo.
a. O que ela achou dessa explicação a respeito do surgimento das estrelas?
Resposta: Ela ficou impressionada com essa história.
b. Como Naiá começou a agir após ouvir a história?
Resposta: Após ouvir a história, toda noite, ela subia as montanhas para ver a Lua.
c. Com o passar do tempo, ela começou a adoecer. Por que isso aconteceu?
Resposta: Naiá adoeceu, pois percebeu que a Lua era inalcançável, independentemente de seu esforço e dedicação.
d. O que aconteceu com a jovem indígena ao ver o reflexo da Lua na água do lago?
Resposta: Ao ver o reflexo da Lua na água, Naiá pulou no lago e se afogou.
5. A lenda explica o surgimento de qual elemento da natureza?
Resposta: O surgimento da vitória-régia.
6. Nas lendas, costumam ser atribuídos poderes aos elementos da natureza. Que acontecimento ocorrido no desfecho da lenda revela o poder atribuído à Lua?
Resposta: No desfecho, o poder da Lua fica evidente quando ela transforma o corpo de Naiá em uma vitória-régia.
7. Note que, nessa lenda, a Lua é personificada, ou seja, ela apresenta algumas características humanas. Que ação realizada pela Lua é própria do ser humano?
Resposta: O fato de a Lua tentar recompensar o sacrifício de Naiá, mostrando que ela sentiu pena da indígena.
8. Na cultura indígena, os mais velhos são valorizados e respeitados por seu conhecimento e sabedoria. Além disso, eles costumam ser responsáveis por transmiti-los aos mais novos.
a. Na lenda, como é possível perceber que o conhecimento dos mais velhos era respeitado?
Confira a resposta da questão nas orientações ao professor.
b. O fato de a lenda ser contada pelos velhos adivinhos das aldeias revela uma característica muito importante desse gênero. Que característica é essa?
Resposta: Esse fato revela a característica da oralidade, pois as lendas são tradicionalmente contadas de geração em geração.
Lendas brasileiras para jovens Você já ouviu a história da Cobra Norato? Conhece a lenda de Itararé? E a do Negrinho do Pastoreio? Essas e outras lendas de diferentes regiões brasileiras você encontrará nesse livro, que convida o leitor a fazer uma viagem pelo Brasil e pela imaginação de nosso povo! Lendas brasileiras para jovens , de Luís da Câmara Cascudo. Editora Global, 2009.
Capa do livro Lendas brasileiras para jovens
2. a. Resposta: A lenda é iniciada com a expressão “No começo do mundo”. Depois, é empregada a expressão “Certa vez” para indicar quando ocorreu a transformação da indígena na flor vitória-régia.
Na região onde você mora há alguma biblioteca, casa de cultura, livraria ou outro espaço cultural onde aconteçam contações de histórias? Ou, ainda, alguém da turma conhece um contador de histórias? Se possível, combine com o professor e os colegas uma visita a um desses locais, ou convidem um contador de histórias para narrar uma história – preferencialmente, uma lenda – para a turma. Ao final, conversem sobre o que vocês acharam da história narrada e da contação.
• Na atividade 1 , leve os estudantes a concluir que a lenda não apresenta uma explicação científica, mas simbólica sobre o surgimento da vitória-régia.
• Na atividade 2 , verifique se os estudantes conseguem, por si mesmos, retomar os elementos característicos das lendas, trabalhados anteriormente.
• Nas atividades 3 e 8 , mostre e enalteça a importância do idoso para os povos indígenas. Aproveite para comentar que são exemplos a ser seguidos em nossa cultura.
• Nas atividades 4 a 8 , incentive os estudantes a tentar responder oralmente, sem consultar o texto, de modo que você possa analisar o que a atenção deles conseguiu reter da leitura. Sempre que possível, promova esse tipo de atividade, principalmente de reconto oral do texto após a leitura, para que exercitem a capacidade de memorização.
• Na atividade 5 , leve os estudantes a perceber o contraste entre as lendas e a explicação científica para a origem das coisas. Pergunte a eles como acham que seria uma explicação científica para o surgimento dessa planta. Avalie a coerência das respostas e, se necessário, apresente algumas hipóteses, como o cruzamento de duas espécies ou a evolução natural de alguma espécie.
• Na atividade 6 , destaque a atribuição de poderes aos elementos da natureza pelos indígenas. Comente que se trata de uma prática muito comum nas lendas e até mesmo nos costumes dos povos indígenas.
• Na atividade 7, leve os estudantes a analisar o texto segundo os recursos utilizados para criar efeitos de sentido, especificamente o uso da personificação.
8. a. Resposta esperada: É possível perceber isso no seguinte trecho: “os velhos adivinhos das tribos contavam que a deusa Lua transformava as índias em luz e as conduzia para as mais elevadas nuvens. Naiá, princesa da tribo, ficou muito impressionada com a história”. Esse tre-
cho revela a participação dos mais velhos na contação de histórias, passando seu conhecimento aos mais novos. E o fato de Naiá acreditar fielmente na história mostra a importância que os jovens dão ao conhecimento transmitido pelos mais velhos.
28/07/2022 15:54:19
• Se possível, selecione algumas lendas do livro indicado no fim desta página e leia-as com os estudantes. Verifique qual é a reação deles diante de outras lendas e, se julgar pertinente, organize uma roda de conversa ou de contação de história, incluindo efetivamente os estudantes na contação sempre que possível. Ao final de cada leitura, proponha atividades para conversa e apreciação sobre o texto.
• Desenvolver atitudes voltadas à valorização e ao respeito à diversidade cultural e ao combate ao preconceito.
• Ampliar os conhecimentos sobre a influência cultural recebida dos indígenas.
• Esta seção aborda o tema contemporâneo transversal Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras , em especial a herança cultural indígena.
• Ao discutir as atividades propostas, expondo suas opiniões e ouvindo e respeitando a ideia defendida pelos colegas, os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP11 e a competência geral 4
Orientações
• Ao realizar as atividades 1 e 2 , leve os estudantes a refletir so bre a importância do respeito à diversidade da formação cultural e étnica brasileira, incentivando-os a falar o que pensam sobre essas origens.
• Na atividade 3 , comente que hábitos, costumes e aspectos da linguagem das culturas indígenas foram herdados durante a formação da cultura brasileira e ainda fazem parte do nosso cotidiano. Para mais exemplos da influência indígena na língua portuguesa, indique aos estudantes a sugestão a seguir. TUFANO, Douglas. Navegando pela língua portuguesa . São Paulo: Moderna, 2007.
• Comente com os estudantes que as palavras mandioca e pipoca vêm de línguas indígenas e pergunte a eles se já viram um maracá, qual é o gesto que fazemos ao tocá-lo e como é o som que ele faz.
1. Resposta pessoal. Incentive os estudantes a escolher a informação mais interessante e a mais presente no dia a dia deles.
2. Resposta pessoal. Enfatize aos estudantes que conhecer a cultura indígena e a influência dela na cultura brasileira é uma
Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras
Nas páginas anteriores, lemos algumas lendas de origem indígena. Assim como as lendas, muitos outros aspectos da nossa cultura têm origem nesses povos, que foram os primeiros habitantes do nosso território.
Por exemplo, você sabia que diversas palavras que usamos no dia a dia, como arara , jacaré, mandioca e pipoca , são provenientes de línguas indígenas? E que a brincadeira da peteca, os hábitos de descansar em redes e de tomar banhos diários também foram herdados dos indígenas? Agora, conheça outras influências desses povos em nosso cotidiano.
Na alimentação, os indígenas costumavam usar milho ou mandioca e seus derivados (tapioca, beiju, polvilho) como ingredientes principais das suas refeições. Foi desses povos que herdamos o hábito de comer esses alimentos e também o costume de nos alimentarmos com peixes, palmito e guaraná.
Mandioca.
Na música, esses povos inventaram muitos instrumentos, entre eles o maracá, um tipo de chocalho.
Maracás indígenas.
No artesanato, os indígenas nos influenciaram com a criação de objetos feitos de barro e de palha.
Cesto indígena.
No folclore, criaram personagens como o Boto, o Saci, a sereia Iara, entre outros. Também é deles que veio a crença nas práticas de cura por meio das plantas.
1. Qual das informações lidas você achou mais interessante? Por quê?
2. Você acha importante conhecer a cultura indígena e a influência dela na cultura brasileira? Por quê?
3. Você acha importante que esses aspectos culturais que herdamos dos indígenas continuem sendo praticados pelas pessoas? Comente.
forma de valorizarmos e preservarmos as origens da nossa cultura.
3. Resposta pessoal. Após os estudantes darem suas opiniões, comente que é importante haver essa preservação como forma de valorizar a atuação desses povos na formação do povo brasileiro. Por meio da influência indígena, africana, europeia e oriental, a cultura brasileira tornou-se bem diversificada, aumentando as opções de festividades, as formas de alimentação, a produção de artesanato, a variedade musical etc., e tudo isso torna a nossa cultura rica e admirável.
Confira as respostas das questões nas orientações ao professor. Luis Echeverri Urrea/Shutterstock.com Fabio ColombiniNeste capítulo, você estudou duas lendas. Agora, é a sua vez de recontar uma lenda de origem indígena ou africana aos seus colegas com o objetivo de conhecer melhor e valorizar essas culturas. Na seção Produção oral, você poderá apresentá-la oralmente à turma.
Para planejar seu texto, siga algumas orientações.
a. Pesquise uma lenda de origem indígena ou africana para ser recontada, mantendo as características do gênero e sendo fiel aos elementos da narrativa presentes no texto original: personagens, narrador, tempo, espaço e enredo
b. Leia a lenda diversas vezes, a fim de compreender bem a história e memorizar os fatos que fazem parte dela e como é o seu desfecho.
c. Você também pode fazer algumas anotações para se lembrar dos aspectos mais importantes da lenda.
• Praticar a escrita por meio do reconto de uma lenda.
BNCC
• A competência específica de Língua Portuguesa 3 é contemplada nesta seção, pois os estudantes deverão produzir o reconto escrito de uma lenda com autonomia a fim de compartilhar conhecimentos da cultura brasileira.
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP51 ao recontar uma lenda considerando sua situação sociocomunicativa e reconhecendo o que vão produzir, para quem, com que objetivo e onde o texto vai circular, além de poder avaliar a lenda produzida pelos colegas e ter sua lenda avaliada por eles, trocando experiências.
Em um programa de edição de texto ou em uma folha de rascunho, reconte a sua lenda.
a. Escreva a lenda com suas próprias palavras, mas não altere as ideias do texto original.
b. Apresente os acontecimentos em uma sequência lógica.
c. Empregue recursos como a personificação, a hipérbole e a repetição intencional de palavras, para dar mais expressividade e poeticidade à lenda.
d. Se necessário, faça uso expressivo da pontuação, a fim de que ela contribua para a construção dos sentidos do texto.
• A habilidade EF67LP30 é desenvolvida nesta seção, na medida em que os estudantes são levados a recontar uma lenda, empregando a construção e o desenvolvimento dos elementos e das partes da narrativa, sequência tipológica dominante nas lendas.
Depois de recontar a lenda, avalie-a com base nas questões a seguir.
a. Os elementos da versão original da lenda foram mantidos?
b. Os acontecimentos foram narrados respeitando a sequência dos fatos conforme aparecem no texto original?
c. Foram empregados recursos que conferem expressividade e poeticidade ao texto, como personificação, hipérbole, repetição de palavras e pontuação expressiva?
Por fim, troque o texto com um colega, peça-lhe que faça sugestões. Depois, avalie as indicações e reescreva sua lenda com as mudanças sugeridas que considerar pertinentes. Para isso, você pode editar o texto em um programa de edição de textos no computador ou passá-lo a limpo em uma folha. Depois, é só se preparar para apresentar sua lenda oralmente aos colegas na Produção oral
28/07/2022 15:54:21
• Ao reescrever a lenda, utilizando conhecimentos linguísticos e gramaticais e fazendo uso de recursos textuais como o discurso direto ou indireto, os estudantes desenvolvem as habilidades EF06LP11 e EF06LP12
• Os estudantes desenvolvem as habilidades EF67LP32 e EF67LP33 ao escrever seu texto seguindo as convenções da língua escrita e utilizando a pontuação adequada.
Orientações
• As etapas descritas nas subseções Planejando o texto, Produzindo o texto e Avaliando o texto direcionam os estudantes para as etapas fundamentais da produção: planejamento, elaboração, revisão, edição e avaliação.
• Além do livro sugerido na página anterior, se necessário, indique as opções a seguir para que os estudantes pesquisem as lendas que vão recontar. LISPECTOR, Clarice. Doze lendas brasileiras : como nasceram as estrelas Ilustrações: Suryara. Rio de Janeiro: Rocco, 2014. MAGALHÃES, Elsa P. ; IBÁÑEZ, Célia R. (org.). Lendas do Brasil São Paulo: Girassol, 2017.
• Praticar a oralidade por meio da contação de lendas.
BNCC
• A competência específica de Língua Portuguesa 3 é aprimorada nesta seção, pois os estudantes deverão recontar oralmente uma lenda com autonomia a fim de compartilhar conhecimentos da cultura brasileira.
• A habilidade EF69LP46 é desenvolvida nesta seção na medida em que os estudantes são incentivados a participar da contação de lendas, compartilhando a leitura e a escuta de histórias.
• A habilidade EF69LP49 é desenvolvida quando os estudantes ouvem as lendas narradas pelos colegas, manifestando-se sobre elas e fazendo comentários que revelem a apreciação estética do texto.
• Ao reescrever a lenda e planejar seu reconto de forma oral, observando o ritmo e tom de voz que devem empregar, além de postura e gestos e outros elementos relacionados à comunicação oral, os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP12
• Os estudantes serão convidados a fazer o reconto oral e em voz alta da lenda escolhida, desenvolvendo a habilidade EF69LP53 e a competência geral 4
Orientações
• No subitem Dicas para que a atividade seja bem-sucedida , os estudantes são incentivados a empregar tom e timbre de voz, entonação, ritmo, pausas, hesitações e prolongamentos adequados a cada situação narrada. Leve-os a perceber que, no texto escrito, esses recursos podem estar sugeridos por meio do emprego de certas pontuações, repetições de palavras, figuras de linguagem etc.
• Explique aos estudantes que, em uma contação de histórias, as expressões faciais ajudam a criar determinados climas, que auxiliam a compreensão das histórias e lhes dão dinamismo. Explique -lhes melhor sobre as variadas expressões faciais.
• Ao final da atividade, os estudantes participarão de uma avaliação e, nesse momento, terão a oportunidade de fazer comen -
Como você já viu, as lendas foram sendo narradas de geração em geração por meio da oralidade, com o objetivo de explicar fatos e fenômenos para os quais não existiam explicações precisas. Atualmente, elas continuam sendo transmitidas de forma oral, mas outros recursos apareceram para auxiliar nessa divulgação. É o caso, por exemplo, dos livros e da internet, que proporcionaram o acesso às lendas por um maior número de pessoas.
Na Produção escrita , você recontou por escrito uma lenda. Agora, você vai contá-la oralmente para os colegas.
Para isso, siga algumas orientações.
a. Releia a sua lenda várias vezes, para que você memorize os fatos e a sequência em que eles ocorrem.
b. Elabore um esquema com breves anotações sobre a história, para lembrar dos detalhes e consultá-lo caso se esqueça de alguma informação.
c. Antes da apresentação, faça alguns ensaios. Você poderá contar a lenda para seus familiares e pedir a eles que deem sugestões para que a sua apresentação fique bem interessante. Outra opção é formar dupla com um colega da turma para que um possa ajudar o outro a ensaiar.
d. Você poderá produzir um figurino, elaborar um cenário ou, ainda, colocar uma música para criar o ambiente da sua história. Use a sua imaginação para que a contação desperte o interesse dos outros colegas.
a. Durante a apresentação, empregue diferentes entonações, dependendo do trecho que estiver narrando.
b. Faça pausas e prolongamentos, sugeridos pela pontuação ou por outros recursos empregados no reconto escrito da lenda.
c. Tome cuidado para não dar as costas ao público durante a contação, a não ser que isso seja intencional e faça parte da contação da lenda.
d. Dependendo do trecho, faça uso de variadas expressões faciais, pois elas são fundamentais para a construção do sentido daquilo que se está apresentando.
e. Esta atividade é uma maneira de você e seus colegas terem a oportunidade de exercitar a arte de contar e ouvir histórias. Por isso, preste atenção quando for a vez de outro colega se apresentar, para poder observar a forma como ele se expressa e também para conhecer a história.
f. O professor vai indicar o tempo de apresentação, por isso não ultrapasse o tempo estipulado. Após as apresentações, sob a orientação do professor, você e seus colegas poderão avaliar a atividade e verificar do que mais gostaram, em que sentiram dificuldades, o que poderia ser melhorado etc.
tários acerca de suas preferências, justificando suas opiniões. Incentive-os a ler algumas versões da lenda recontada pelos colegas.
• Nesse momento final, aproveite também para conduzir a percepção dos estudantes para o caráter moral que as lendas contadas eventualmente tenham. Características como coragem, persistência, cuidado com o outro etc. costumam estar presentes e são importantes na construção de seus projetos de vida.
Você já ouviu a expressão “os opostos se atraem”? A seguir, você vai ler um trecho de um texto dramático com uma história de amor que exemplifica muito bem essa expressão. Sobre quem ou sobre o que você imagina que possa ser essa história? Vamos descobrir?
Sangue de dragão: palco de paixões
1º ATO
O PALCO ESTÁ ÀS ESCURAS. LENTAMENTE. UM FOCO – IGUAL AOS DE LEITURA – ILUMINA UMA MESA DE MADEIRA, EM CIMA DA QUAL HÁ UM GROSSO LIVRO ANTIGO. O FOCO SE AMPLIA, ILUMINANDO O ENTORNO, INCLUINDO A CADEIRA ONDE O NARRADOR ESTÁ SENTADO. ELE VESTE COMPRIDA TÚNICA MEDIEVAL, COM UM CAPUZ CAÍDO PARA TRÁS. SAINDO, AOS POUCOS, DE SEU ENLEVO
NARRADOR Faz muito, muito, muito tempo que se passou essa história. (FECHA O LIVRO) Já nem me lembrava mais dela.
LEVANTA-SE, BATE PALMAS E DIRIGE-SE AO CENTRO DO PALCO, ENQUANTO DOIS ATORES, VESTIDOS COM MALHAS NEGRAS, RETIRAM OS OBJETOS DE CENA.
“Sangue de Dragão” é seu título. Uma história quase trágica, quase cômica e, certamente, poética. Seus heróis são
BATE PALMAS. ENTRA UMA ATRIZ, COBERTA DE VÉUS NO FORMATO DE CHAMAS PRESOS À MALHA VERMELHA JUSTA EM SEU CORPO. NA PASSAGEM PELO PALCO EXPRESSA, NUM CURTO E VIGOROSO NÚMERO DE DANÇA OU MALABARISMO, O TEMPERAMENTO SANGUÍNEO.
a Filha do Fogo
• Pergunte se algum estudante já assistiu a uma peça de teatro e se sabe como funciona a produção de uma, ativando os conhecimentos prévios deles sobre as montagens teatrais. Isso é importante, tendo em vista que o texto dramático se destina à encenação.
• Antes de iniciar a leitura, trabalhe com os estudantes as questões do parágrafo inicial. Peça-lhes que expliquem o que entendem pela expressão “os opostos se atraem”. Em seguida, leia o título do texto e promova uma discussão coletiva sobre as ilustrações que o acom-
• Ler um texto dramático e conhecer as características, o campo de atuação e a função sociocomunicativa desse gênero.
• Apreciar esteticamente uma obra literária.
• Ao conversar sobre valores sociais por meio do uso de ditados e provérbios populares, os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP44
• Ao realizar a leitura dramática do texto, os estudantes aperfeiçoam as habilidades EF69LP46 e EF69LP53 e a competência específica de Língua Portuguesa 9
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP49 ao serem incentivados a conhecer a peça completa, a fim de que possam saber como termina, conhecendo, assim, o gênero mais profundamente.
• Por meio de uma leitura silenciosa e individual do texto, os estudantes desenvolvem a habilidade EF67LP28
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF67LP29 ao identificar no texto dramático sua organização, os personagens, os cenários, as falas, entre outras especificidades do gênero.
• Ao ler, apreciar e realizar a leitura dramatizada do texto dramático, reconhecendo o valor artístico e social do gênero, os estudantes desenvolvem as competências gerais 3 e 4 e a competência específica de Linguagens 5
Orientações
28/07/2022 15:57:25
panham, pedindo a eles que digam o que imaginam que acontecerá na história com base nelas.
• Na sequência, proponha uma primeira leitura silenciosa individual. Em seguida, leia o texto em voz alta para a turma. Nesse momento, faça uma leitura dramática, mudando as vozes para cada personagem e empregando entonação adequada. Dessa forma , eles terão um exemplo de como deve ser feita a leitura dramática para quando forem fazê-la.
• Confira os conteúdos que serão abordados neste capítulo e verifique, de acordo com o diagnóstico realizado anteriormente, se convém alterar a ordem de algum deles a fim de adaptar o material à sua turma. É possível antecipar algum tópico, como a seção A língua em estudo
• Nesta seção, os estudantes vão ler um trecho de texto dramático. Retome o que foi visto na seção Iniciando o trajeto e converse com a turma a respeito desse gênero.
• Explique aos estudantes o que são rubricas e, ao longo da leitura, incentive-os a dizer o que entenderam de cada uma e se, por meio delas, conseguem visualizar como as cenas serão produzidas no palco. Leve-os a perceber que, sem elas, a encenação poderia ser realizada de uma forma totalmente diferente da idealizada pelo autor.
• Comente que há peças que possuem rubricas bem menos explicativas que as deste texto teatral, deixando o diretor da montagem completamente livre para efetuar a encenação a seu modo. Peça a eles que façam uma comparação dessas rubricas com as do texto teatral que encenaram na seção Iniciando o trajeto, no início da unidade, comentando a extensão, o nível de detalhe e o número delas ao longo do texto, por exemplo.
ELA SAI. O NARRADOR REPETE AS PALMAS E ENTRA UM ATOR DE AZUL, RICAMENTE VESTIDO, CONTEMPLATIVO E DE MODOS LENTOS.
e o Filho da Água (ELE SAI). E o que parecia impossível acontece: os dois se apaixonam perdidamente. Apesar da oposição de seus pais e dos próprios elementos que compõem seus reinos… e naturezas. Comprovação do velho ditado popular: os opostos se atraem.
COBRE A CABEÇA COM O CAPUZ, VIRANDO AS COSTAS PARA O PÚBLICO, PRONTO PARA SAIR DE CENA, QUANDO SE LEMBRA:
Ah, quase me esquecia: “Sangue de Dragão” é o nome da prova mais dura que nosso herói terá de enfrentar, antes de conquistar definitivamente o coração da amada. Mas vamos à história.
ENQUANTO O NARRADOR FALA, ATRÁS DELE, NA PENUMBRA, ATORES PREPARAM O PRÓXIMO CENÁRIO: DUAS PEÇAS DE TECIDO, AZUL E VERDE, SÃO EMBOLADAS NO CHÃO, AO LONGO DO PALCO. UM ESPAÇO ENTRE ELAS É DEIXADO PARA PERMITIR A PASSAGEM DE UM BARCO SOBRE RODAS, DENTRO DO QUAL ENTRARÁ EM CENA O DISTRAÍDO FILHO DA ÁGUA. A PRIMEIRA IMAGEM QUE SE VÊ É, AO FUNDO, SOB FOCO DE LUZ VERMELHA, A FILHA DO FOGO EM POSIÇÃO TÍPICA DE ARQUEIRA, PRONTA PARA DISPARAR SUA FLECHA. ELA DEVE SER BELÍSSIMA, USAR MAQUIAGEM CARREGADA DE TONS QUENTES, ESGUIA, UM TANTO VIRIL, ARISCA, COM MOVIMENTOS NERVOSOS E RÁPIDOS, PRÓPRIOS DO FOGO. CONTUDO, NADA CARICATO: ELA É UMA GUERREIRA E FILHA DE REI, QUE CONHECE SUA POSIÇÃO E AGE COMO TAL.
DESLIZANDO DEVAGAR, O BARCO ENTRA EM CENA, DESPERCEBIDO POR ELA. O PRÍNCIPE OLHA PARA O LADO OPOSTO E TAMBÉM NÃO SE DÁ CONTA DA PRESENÇA DA MOÇA. O BARCO É PUXADO POR CORDAS VINDAS DAS COXIAS, ENVOLTAS EM TECIDOS DA COR DAS FAIXAS. A IMPRESSÃO CAUSADA É A DE QUE ELE NAVEGA GRAÇAS
AO VENTO, QUE INSUFLA A VELA. AO ATINGIR O MEIO DO PALCO, ELE AVISTA A PRINCESA. ATURDIDO POR SUA BELEZA, DEIXA CAIR NA ÁGUA O REMO QUE TRAZIA NA MÃO. O RUÍDO CHAMA A ATENÇÃO DELA, FAZENDO-A ERRAR A FLECHADA. OS DOIS SE OLHAM POR UM INSTANTE.
Coxias: bastidores.
Insufla: enche de ar. Aturdido: maravilhado.
FILHA DO FOGO Tonto, mil vezes tonto – fez-me perder a caça! E agora, sem o remo, não poderá voltar pra casa. Poderia matá-lo se quisesse, sabia? Não costumo errar alvo tão próximo.
FILHO DA ÁGUA (ELE NÃO SE INTIMIDA) E por que quereria me matar a mais bela criatura que meus olhos já contemplaram? Pensando bem, é bem capaz de estar morto: meu coração parou de bater!
FILHA DO FOGO Sua conversa melosa não me interessa. Não receia a morte? Acaso desconhece quem lhe dirige a palavra?
FILHO DA ÁGUA Medo de morrer só os mortais têm. Diga-me quem és, bela dama, e andarei sobre as águas, descuidado da prudência de manter minha identidade em segredo, apenas para tê-la nos braços.
FILHA DO FOGO Pois saiba que sou a Filha do Fogo!
FILHO DA ÁGUA E eu, o Filho da Água. Estamos quites: somos ambos príncipes e eternos.
FILHA DO FOGO Porém, de elementos diferentes. (ABAIXANDO O ARCO) Não preciso desperdiçar flechas contra você, um fraco! Basta que encoste em meu flanco e o extermino em questão de minutos!
FILHO DA ÁGUA Eu seria incapaz de destruir a imagem mais linda já vista em toda a minha vida. Mas poderia fazer o mesmo, se quisesse: tenho o poder de apagar o fogo!
FILHA DO FOGO E eu, de evaporar a água!
NESSE PONTO, ENTRA EM CENA O VENTO, COBERTO POR MANTO DE PLUMAS BRANCAS, ESVOAÇADAS POR POTENTE VENTILADOR ESCONDIDO NA COXIA. ELE SOPRA O BARCO DO JOVEM PARA FORA DE CENA. A FILHA DO FOGO O VÊ PARTIR, APARENTEMENTE SEM EMOÇÃO. MAS, NA ALTURA DO CORAÇÃO, SE ACENDE UMA LUZ VERMELHA, EMBUTIDA EM SEU FIGURINO DESDE O INÍCIO. SAI DE CENA CORRENDO PELO LADO OPOSTO. O PALCO É DESMONTADO. ENTRA O NARRADOR.
Flanco: lateral do corpo.
• Se julgar conveniente, proponha a realização de uma leitura dramatizada por parte dos estudantes, verificando se eles conseguem reproduzir a variação de entonação, as pausas etc. da sua leitura em voz alta.
• Antes disso, pergunte se percebem alguma semelhança entre esse texto e as lendas indígenas do capítulo anterior. Eles devem destacar que, nos dois casos, elementos naturais são apresentados como personagens capazes de agir, sentir, pensar etc. e são apresentadas histórias de um amor impossível.
• Também é importante notar que as lendas lidas poderiam ser transformadas em textos teatrais para que pudessem ser representadas no palco. Comente que, desse modo, muitas narrativas podem ser encenadas, sendo necessário, porém, que elas sejam adaptadas à linguagem teatral.
• Estabeleça uma discussão em torno da diferença entre as lendas e os textos dramáticos que os estudantes leram até o momento. Visto que ambos contam uma história, por que recebem nomes diferentes? Leve-os a perceber que o texto dramático é escrito para ser encenado, ao passo que as lendas são escritas para serem lidas ou, de preferência, para serem contadas oralmente.
• Mencione à turma que um texto teatral não precisa conter vários personagens. Ele pode ter um único personagem, recebendo, por isso, o nome de monólogo
• Prepare a leitura dramatizada dos estudantes. Solicite voluntários e atribua um personagem a cada um. Eles podem se movimentar pela sala de aula, representando as ações dos personagens, no entanto diga-lhes que não precisam se preocupar com o cenário e o figurino nesse momento.
• Na sequência, trabalhe com eles a diferença de ler sozinho o texto dramático e ouvi-lo ou lê-lo coletivamente. A leitura em voz alta, com entonação adequada, está muito mais próxima da finalidade do gênero do que a leitura silenciosa, por isso espera-se que os estudantes se sintam muito mais atraídos pela história ao escutá-la ou dramatizá-la.
• Comente com a turma a estreita ligação que o gênero dramático tem com a tragédia e a comédia da Antiguidade, que inspiraram a criação das máscaras de choro e de riso que, atualmente, simbolizam o teatro. A tragédia visava despertar o temor e a piedade do público, enquanto a comédia buscava educar a sociedade expondo os vícios humanos de forma ridícula. Como a escrita tardou em se popularizar, eram os cantadores e atores antigos que propagavam a cultura dos antepassados às gerações mais novas por meio dos gêneros orais, aos quais pertence o texto dramático.
NARRADOR O que você está planejando, Vento? Por que conduziu o barco do príncipe das águas até o campo, onde caçava a Filha do Fogo?
VENTO (AFETADO) Assunto particular.
NARRADOR E por que o despachou, em seguida, interrompendo a conversa?
VENTO Conversa? A mim pareceu que estavam a ponto de se liquidar!
NARRADOR Você se dá conta do que acabou de promover? Um amor impossível!
VENTO Nada é impossível entre os elementos, meu querido. Você devia saber disso.
O NARRADOR SE CALA.
VENTO Além disso, não devo satisfações a ninguém. Fiz, está feito, não está por fazer. Agora é com eles arrumar seus destinos. As coisas andavam muito paradas por aqui. E eu sou doido por um agito!
NARRADOR Irresponsável!
VENTO Hum, até parece que o senhor não faz das suas também.
Te conheço, laranjeira, já foste do meu quintal!
NARRADOR É um perigo gente da sua laia ter acesso a tantos lugares…
VENTO … conhecer tantos segredos. É verdade: eu conheço quase todas as histórias.
NARRADOR Eis uma coisa na qual te suplanto: eu conheço TODAS as histórias (O VENTO FAZ UM MUXOXO. EM DESAGRAVO À SUA DERROTA NA DISCUSSÃO, SE RETIRA BUFANDO).
NARRADOR E essa é uma história bem complicada de resolver.
Muxoxo: expressão de desprezo. Desagravo: resposta a uma ofensa.
Sangue de dragão: palco de paixões
Histórias de amores impossíveis conquistam os leitores há muito tempo. Haveria amor mais impossível do que entre a Filha do Fogo e o Filho da Água? Pois essa é a história apresentada nesse texto dramático, de Flávia Savary, autora que também escreveu poemas, crônicas e narrativas de ficção e ganhou vários prêmios literários.
Capa do livro Sangue de dragão: palco de paixões, de Flávia Savary, publicado pela editora FTD, em 2009.
1. Após a leitura do texto dramático, suas hipóteses sobre quem ou sobre o que seria a história se confirmaram? Comente com os colegas.
Resposta pessoal.
2. De que forma os personagens principais se encaixam no ditado que diz que os opostos se atraem?
3. Após ler o trecho do texto, você se interessou em assistir à encenação dele e saber como essa história termina? Por quê?
2. Resposta: Os personagens são filhos dos elementos fogo e água, que são opostos na natureza, sendo que a água pode apagar o fogo, e o fogo pode fazer a água evaporar. Resposta pessoal.
1. Quais personagens são apresentados nesse trecho?
2. Onde ocorrem os fatos apresentados?
Resposta: O Narrador, a Filha do Fogo, o Filho da Água e Resposta: Inicialmente, aparenta ser em uma sala onde o
Narrador está lendo. Depois, em um campo onde havia por perto um ambiente aquático: rio, lago ou mar.
3. Responda às questões a seguir sobre o encontro dos personagens principais.
a. Qual foi a reação do Filho da Água ao avistar a Filha do Fogo?
b. Como a Filha do Fogo reagiu à presença do Filho da Água?
Resposta: Ele fica aturdido pela beleza da Filha do Fogo e deixa o remo cair na água. Resposta: Ela erra uma flechada e fica irritada com a presença dele.
4. Sobre a interferência do personagem Vento, responda às questões a seguir.
a. Como esse personagem interferiu nos acontecimentos da história? Por que ele fez isso?
b. O que o Narrador achou dessa atitude? Por quê?
Resposta: Ele achou uma atitude irresponsável porque considera impossível o amor entre os personagens.
5. Ao final, é dito que uma luz vermelha se acendeu na altura do coração da Filha do Fogo. O que essa informação revela ao leitor?
Resposta: Revela que o plano do Vento deu certo, que surgiu um sentimento na Filha do Fogo pelo Filho da Água.
• Ao finalizar a leitura do texto, verifique as primeiras impressões dos estudantes em relação a ele. Na sequência, peça a um voluntário que leia o boxe sobre o livro em que o texto foi publicado. Verifique se alguém da turma o conhece e peça-lhe que compartilhe o que sabe com os colegas. Se possível, verifique na biblioteca da escola se há alguma obra de Flávia Savary e leve para a sala de aula, a fim de que os estudantes conheçam outros trabalhos da autora.
• Na atividade 1 da subseção Conversando sobre o texto , peça aos estudantes que resgatem as hipóteses e discussões levantadas antes da leitura, a fim de confirmá-las ou não. Oriente-os a comparar as hipóteses com o que realmente aconteceu no texto, descobrindo se algum deles estava certo sobre o que aconteceria.
• Para a atividade 2 , se necessário, auxilie os estudantes a analisar o ditado. Na sequência, leve-os a refletir que água e fogo são substâncias consideradas opostas na natureza, logo , para o narrador, o envolvimento dos dois elementos não pode acontecer.
6. No texto dramático, como são indicadas as falas dos personagens? Copie a opção correta. Com o uso de dois-pontos e travessão. Pelo nome do personagem antes da fala. São reproduzidas pelo narrador.
Resposta: B.
7. Releia o trecho a seguir.
4. a. Resposta: Primeiro, ele foi responsável por inflar a vela e conduzir o barco do Filho da Água até o campo onde estava a Filha do Fogo caçando, para que ele a visse. Depois ele empurrou o barco, tirando-o de cena. Ele fez isso porque, segundo ele, as coisas estavam paradas e ele queria “um agito”.
LEVANTA-SE, BATE PALMAS E DIRIGE-SE AO CENTRO DO PALCO, ENQUANTO DOIS ATORES, VESTIDOS COM MALHAS NEGRAS, RETIRAM OS OBJETOS DE CENA.
a. O que esse trecho indica?
Resposta: Indica instruções para os atores e para a equipe técnica da peça.
b. Por que ele está escrito em letras maiúsculas?
Resposta: Para diferenciá-lo das falas dos personagens.
texto dramático. Nesse momento, se possível, mostre a eles outros exemplares do gênero e destaque como são indicadas as falas dos personagens e qual é a função das rubricas. Após essas atividades, leia o boxe com a explicação sobre o que é rubrica.
28/07/2022 15:57:27
• Na atividade 3 , permita aos estudantes que exponham suas opiniões. Se possível, providencie o texto completo e leia para a turma, para que conheçam o final da história.
• Na subseção Escrevendo sobre o texto, oriente os estudantes a, se necessário, retornar ao texto e localizar as respostas das atividades 1 a 6
• Nas atividades 1 a 4, incentive os estudantes a responder primeiro oralmente e sem consultar o texto, verificando o que conseguiram reter da história na memória.
• Na atividade 5 , destaque para eles que a luz vermelha poderia ser interpretada como a chama de algum sentimento em relação ao Filho da Água. Leve-os a considerar se seria possível ao leitor, ou a quem assistir à peça, saber o que se passou no mundo interno da Filha do Fogo caso não tivesse sido utilizado esse recurso visual.
• As atividades 6 e 7 trabalham as características estruturais do
• As atividades 8 e 9 levam os estudantes a pensar sobre o objetivo e o público-alvo do gênero. Destaque para eles que, apesar de ser um texto com objetivo e público bastante específicos, há muitas pessoas que leem textos dramáticos apenas por apreciar as obras, e não com a intenção, por exemplo, de produzir uma peça teatral.
• Nas atividades 1 e 2 da subseção Explorando a linguagem , são abordadas expressões de uso popular que aparecem no texto. Nesse momento, se necessário, explique aos estudantes que provérbios são expressões populares, de tradição oral, utilizadas no cotidiano, como forma de transmitir um ensinamento ou uma ideia. Se considerar oportuno, trabalhe com eles outros provérbios, para que compreendam como funciona o jogo de palavras e sentidos que eles buscam transmitir.
• Finalize a seção lendo com os estudantes o boxe explicativo do final da página. Esclareça eventuais dúvidas e pergunte se gostam de ler textos dramáticos ou se preferem vê-los encenados.
No texto dramático, as rubricas orientam os atores e a equipe técnica sobre a encenação da peça.
8. Você leu um exemplar de texto dramático. Com que objetivo esse gênero é produzido? Copie a opção correta.
Resposta: C.
Anunciar uma peça de teatro. Noticiar a estreia de uma peça de teatro. Orientar a encenação de uma peça de teatro.
9. Considerando o objetivo e as características do texto dramático, a quem ele é destinado?
Resposta: Principalmente a pessoas envolvidas na produção de peças de teatro, como atores, diretores e técnicos, mas também pode interessar a pessoas que gostem de literatura.
Explorando a linguagem
1. a. Resposta: Ele significa que uma pessoa conhece muito bem a outra a ponto de não poder ser enganada por ela.
1. Releia o trecho a seguir, retirado de uma fala do texto.
Te conheço, laranjeira, já foste do meu quintal!
a. Essa expressão é um provérbio. O que ele significa?
b. Por que o Vento utilizou esse provérbio para se referir ao Narrador?
Resposta: Para insinuar que o Narrador não era tão inocente, pois sabia que este
também já havia tido atitudes irresponsáveis.
c. Que outra expressão poderia ser utilizada nesse trecho sem alterar o sentido da fala?
Possível resposta: Você não me engana!
2. Agora, releia as falas a seguir.
NARRADOR – É um perigo gente da sua laia ter acesso a tantos lugares…
VENTO – … conhecer tantos segredos. É verdade: eu conheço quase todas as histórias.
a. O que o uso das reticências indica nessas falas?
b. Com que objetivo o Narrador utilizou a expressão “gente da sua laia” para se referir ao Vento?
Resposta: Com o objetivo de ofender o Vento, como se ele fosse um ser inferior ao Narrador.
2. a. Resposta: Indica que o Narrador não terminou sua frase e que o Vento continuou de onde havia parado, finalizando-a.
O texto dramático é produzido para ser encenado. As falas são indicadas pelo nome dos personagens, e as orientações e indicações cênicas são apresentadas nas rubricas. Esse gênero pode ser organizado em cenas ou atos, entre os quais normalmente ocorre mudança de cenário ou de personagens.
• A fim de exercitar a interpretação de textos, coloque todos os provérbios indicados a seguir em tiras de papel. Em seguida, distribua-os entre os estudantes e peça a eles que tentem explicar o sentido deles. Quem estiver com o provérbio na mão deve começar a explicar e, caso queiram, os colegas podem complementar a explanação. Oriente-os também a pensar em situações nas quais esses provérbios poderiam ser utilizados, trabalhando, dessa forma , o texto no contexto.
› Casa de ferreiro, espeto de pau.
› Não cutuque onça com vara curta.
› A morte não chega de véspera.
› Para bom entendedor, meia palavra basta.
› Pimenta nos olhos dos outros é refresco.
› Águas passadas não movem moinhos.
› A pressa é inimiga da perfeição.
› A cavalo dado não se olham os dentes.
› A ocasião faz o ladrão.
› A mentira tem a perna curta.
› Quando um não quer, dois não brigam.
› Gato escaldado tem medo de água fria.
› Papagaio come milho, periquito leva a fama.
A. B. C.1. Leia o trecho de um artigo expositivo sobre mitologia nórdica e saiba mais sobre Thor.
[...]
Thor, o deus do trovão
Filho mais velho de Odin, Thor possuía um martelo que, quando utilizado, fazia um barulho tão estrondoso que parecia um trovão. Para descobrir qual poder é mais importante (a força física ou a mental), Thor se juntou a Loki, descendente dos gigantes, e mais dois amigos para ir à terra dos gigantes. Lá, o grupo enfrentou uma série de desafios, mas perdeu todos. Ao fim da competição, os gigantes contaram que haviam usado truques para vencer e que estavam impressionados com o desempenho dos jovens. Entende-se assim que a força mental sempre triunfará sobre a física.
[...]
VIGGIANO, Giuliana. Tudo o que você precisa saber sobre mitologia nórdica. Galileu, 7 ago. 2017. Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Cultura/noticia/2017/08/tudo-o-que-voce-precisasaber-sobre-mitologia-nordica.html. Acesso em: 7 mar. 2022.
Segundo as informações do texto, quem era Thor?
2. Releia a seguir dois enunciados extraídos do texto.
Thor, o deus do trovão.
Resposta: Thor era o deus do trovão e filho de Odin, o deus dos deuses. Thor possuía um martelo que fazia um barulho estrondoso.
• Compreender os conceitos de frase e oração.
• Diferenciar frases nominais de frases verbais.
• Entender que uma oração se organiza em torno de um verbo.
• Identificar frases e orações em diversas situações comunicativas.
• O conceito de oração e sua relação com o verbo permitem aos estudantes desenvolver a habilidade EF06LP08
• Ao analisar os sintagmas (nominal e verbal) e compreender que são elementos constituintes da oração, os estudantes aprimoram a habilidade EF06LP10
• Para iniciar esta seção, explique aos estudantes que as situações comunicativas (a quem, por que, sobre o que e como se escreve) delimitam o sentido de uma frase, seja ela verbal ou nominal.
Lá, o grupo enfrentou uma série de desafios, mas perdeu todos.
a. Sobre o enunciado A : há verbos nele? Ele apresenta sentido completo? Explique.
Resposta: No enunciado A não há verbo. Sim, pois fica explícita a mensagem: a forma como Thor era caracterizado e reconhecido.
b. No enunciado B, há quantos verbos? Quais são eles?
Resposta: Dois verbos: enfrentou e perdeu
B. Todo enunciado que, em uma situação comunicativa, possui sentido completo recebe o nome de frase. Uma frase pode ou não apresentar verbo. Se não apresentar verbo, é uma frase nominal. Se ela se estruturar em torno de um ou mais verbos, é uma frase verbal
3. Agora, releia esta frase.
Lá, o grupo enfrentou uma série de desafios, mas perdeu todos. Essa frase é verbal ou nominal? Por quê?
Resposta: É
Todo enunciado organizado em torno de um verbo recebe o nome de oração. Toda oração com sentido completo é também uma frase, mas nem toda frase é uma oração, somente as frases verbais.
Dessa forma , a frase apresentada na atividade 3 possui duas orações. Confira. Lá, o grupo enfrentou uma série de desafios , mas perdeu todos.
Oração 1
Oração 2
• Para proporcionar um momento de retomada e verificação de conteúdo com os estudantes, proponha-lhes uma atividade de síntese empregando a estratégia Quick writing. Após ter abordado o conteúdo, solicite aos estudantes que escrevam em uma folha de papel sulfite
o que compreenderam por frase, oração, frase verbal e frase nominal, em um tempo máximo de cinco minutos. Ao final, recolha as folhas e verifique se eles conseguiram sintetizar o conhecimento novo. Caso necessário, retome algum dos conceitos com a turma.
• Na atividade 1 , incentive os estudantes a compartilhar o que sabem da figura mitológica Thor. Devido ao sucesso de filmes em que ele aparece, provavelmente muitos se lembrarão de informações relacionadas a ele para contar. Em seguida, solicite a um ou mais voluntários para realizar a leitura do trecho.
• Na atividade 2 , destaque aos estudantes que o título Thor, o deus do trovão tem significado completo, sendo, portanto, uma frase nominal. Leve-os a perceber que explicitar características de algo ou alguém não é algo que envolve necessariamente um verbo. Se julgar pertinente, retome o uso da vírgula, estudado no capítulo anterior, para justificar o emprego da que aparece nesse título (isolar uma explicação, no caso, o aposto).
• Leia o boxe explicativo quanto à frase verbal e nominal, reforçando aos estudantes que a estrutura frasal em torno de um ou mais verbos é fundamental para compreender o conceito de oração.
• Na atividade 3 , explique-lhes a importância da organização do enunciado e como a frase pode ter uma ou mais orações, sempre pensando na situação comunicativa.
Cena do filme Thor: Ragnarok, de Taika Waititi, 2017. A. uma frase verbal, pois se estrutura em torno de um ou mais verbos.• Na atividade 1 , incentive os estudantes que souberem o enredo a narrar a história da animação Rio 2 . Se houver tempo, peça-lhes que estabeleçam a relação desse segundo filme da animação com o primeiro. Depois, solicite a um ou mais voluntários para realizar a leitura da sinopse da animação Rio 2 Os itens a e b tratam de uma informação que deve ser inferida de um fragmento do texto. Promova uma resolução coletiva dela, oralmente, de forma que os estudantes possam se ajudar para encontrar as respostas, contornando, assim, possíveis defasagens de interpretação de texto. No item c , pergunte a eles quais profissionais estariam indicados no lugar dos nomes dos dubladores caso o filme não fosse uma animação. Espera-se que deduzam que, nesse caso, seriam mencionados os nomes dos atores ou atrizes que representaram os personagens. Se possível, por meio do trecho destacado no item c , leve os estudantes a identificar, ainda, outras categorias morfológicas já estudadas. Solicite-lhes que verifiquem se ele apresenta, além dos substantivos próprios, adjetivo ( feliz ) ou numeral (três), por exemplo.
• Na atividade 2 , verifique se os estudantes compreenderam que los é uma forma equivalente do pronome os
1. Leia uma sinopse da animação Rio 2
Rio 2
Blu (Jesse Eisenberg) vive feliz no Rio de Janeiro ao lado da companheira Jade (Anne Hathaway) e seus três filhotes, Carla (Rachel Crow), Bia (Amandla Stenberg) e Tiago (Pierce Gagnon). Seus donos, Linda (Leslie Mann) e Túlio (Rodrigo Santoro), estão agora na Floresta Amazônica, fazendo novas pesquisas. Por acaso eles encontram a pena de uma ararinha-azul, o que pode significar que Blu e sua família não sejam os últimos da espécie. Após vê-los em uma reportagem na TV, Jade insiste para que eles partam para a Amazônia. Blu inicialmente reluta, mas acaba aceitando a ideia. Assim, toda a família parte em uma viagem pelo interior do Brasil rumo à Floresta Amazônica sem imaginar que, logo ao chegar, encontrarão um velho inimigo: Nigel (Jemaine Clement).
RIO 2. Adoro Cinema . Disponível em: https://www.adorocinema. com/filmes/filme-206727/. Acesso em: 7 mar. 2022.
Cartaz do filme Rio 2, de Carlos Saldanha, 2014.
a. A história presente nesse filme gira em torno de um sério problema ambiental. Identifique qual é esse problema.
Resposta: A extinção das ararinhas-azuis.
b. Em que trecho da sinopse fica claro que se trata desse problema?
Resposta: No trecho “Por acaso eles encontram a pena de uma ararinha-azul, o que pode significar que Blu e sua família
c. Releia o seguinte trecho da sinopse.
Blu ( Jesse Eisenberg) vive feliz no Rio de Janeiro ao lado da companheira Jade (Anne Hathaway) e seus três filhotes, Carla ( Rachel Crow), Bia (Amandla Stenberg) e Tiago (Pierce Gagnon).
Com que função os substantivos próprios em destaque foram empregados na sinopse?
Resposta: Para indicar o nome dos atores que dublaram os personagens na animação.
2. Agora, analise o pronome oblíquo em destaque no trecho a seguir.
Após vê-los em uma reportagem na TV [...]
O pronome los foi empregado para retomar uma informação já conhecida do leitor. A que informação esse pronome se refere?
Resposta: O pronome los foi empregado para retomar a expressão “Blu e sua família”.
3. Releia esta frase. Blu inicialmente reluta, mas acaba aceitando a ideia.
3. b. Resposta: Relação de oposição. As palavras que contribuem para expressar isso são o verbo reluta e a locução verbal acaba aceitando (indicando atitudes opostas) e a palavra mas, uma conjunção que expressa ideia contrária.
a. Quantas orações há nessa frase? Como é possível chegar a essa conclusão?
Resposta: Duas orações, pois há dois verbos/locuções verbais: reluta e acaba aceitando
b. Qual é a relação de sentido entre essas orações: oposição, comparação ou tempo? Que palavras contribuem para expressar isso?
250
4. Leia a capa de revista reproduzida a seguir, analisando as manchetes que aparecem nela.
• Se julgar oportuno, na atividade 4, utilize outros textos da capa para exercitar a análise de tipos de frases. Há os textos “Qualé: para crianças que querem saber de tudo.” e “Em comemoração ao mês da mulher, conversamos com cientistas sobre representatividade e a importância da presença feminina na área.”, sendo duas frases verbais.
• Após a atividade 4, leve os estudantes a refletir sobre o uso das frases nominais e verbais (orações) em seu dia a dia. Pergunte se eles se lembram de alguma frase dita por um familiar ou por um amigo que é recorrente em determinada situação de comunicação. Eles podem citar frases de advertência, de ironia, de interrogação, de ordem, entre outras. Explique-lhes que o uso recorrente dessas frases se liga ao estilo e à identidade de quem as enuncia, ou seja, marcam o discurso de determinada pessoa.
QUALÉ, São Paulo, ed. 42, fev. /mar. 2022.
a. Com base nas informações presentes nessa capa, a que público você acha que ela é dirigida?
Possível resposta: Principalmente a crianças, mas pode ser a qualquer pessoa interessada nos assuntos citados na capa.
b. Releia a manchete que aparece em destaque na capa da revista. O que ela busca despertar no leitor?
Resposta: Ela busca despertar o interesse do leitor em ler a matéria a que a capa se refere.
c. Essa manchete pode ser considerada uma frase? Por quê?
Resposta: Sim, essa manchete é considerada uma frase porque apresenta sentido completo. Trata-se de uma frase nominal.
d. Analise as demais manchetes na parte superior direita da revista. Elas são frases nominais ou verbais?
Resposta: Ambas as manchetes são constituídas por frases verbais: "Conheça as animações indicadas ao maior prêmio do cinema" e "Dicas de jogos que trabalham a matemática sem você nem perceber".
e. As manchetes apresentadas nessa capa de revista são, em sua maioria, curtas ou longas? Por que isso acontece?
Resposta: As manchetes são curtas. Como o espaço da capa é reduzido, frases mais curtas permitem incluir mais manchetes. Além disso, frases curtas facilitam uma leitura rápida e possibilitam ao leitor conhecer, antes, parte do conteúdo da revista rapidamente para decidir se quer ou não comprar/ler a revista.
• Para ampliar o conhecimento dos estudantes a respeito das frases verbais e nominais, proponha-lhes uma atividade prática. Para isso, elabore previamente algumas frases nominais escritas em tiras de papel. Entregue duas ou três a cada estudante e solicite-lhes que as transformem em frases verbais. Após um tempo, em
• pregue a estratégia Turn and talk . Peça a eles que se reúnam em duplas e conversem sobre as frases que escreveram, a fim de confirmarem se foram transformadas em frases verbais. Ao formar as duplas para desenvolver essa estratégia, é importante reunir estudantes de diferentes perfis, com a finalidade de, após a atividade, equiparar o nível de conhecimento da turma.
28/07/2022 15:57:29
• Ler outro texto dramático e identificar as características e a função sociocomunicativa desse gênero.
BNCC
• A leitura e a valorização de um texto dramático levam os estudantes a aprimorar a competência geral 3
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP44, a competência específica de Língua Portuguesa 7 e a competência específica de Linguagens 5 ao identificar a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo no texto lido.
• Ao se envolverem na leitura do texto, compartilhando suas impressões com a turma e demonstrando interesse pelo texto literário, os estudantes desenvolvem as habilidades EF69LP46 e EF69LP49
• Os estudantes aprimoram a habilidade EF67LP29, pois deverão identificar e analisar elementos composicionais do gênero texto dramático.
• A habilidade EF67LP28 e a competência específica de Língua Portuguesa 9 são contempladas à medida que os estudantes se envolvem na leitura de textos literários.
• A atividade de intertextualidade envolvendo indicar personagens de outras obras que são amigos e não se abandonam em situações de perigo, bem com o reconhecimento dos elementos semelhantes e diferentes entre os dois textos teatrais lidos, ou ainda a identificação de um elemento no texto teatral que faz referência implícita à fábula são ações que possibilitam aos estudantes desenvolver a habilidade EF67LP27
Em quais situações você acha que pode reconhecer um amigo de verdade? O texto dramático que você vai ler agora, “Os dois viajantes e a onça”, traz uma história de perigo que põe a amizade de dois viajantes à prova. O que você imagina que vai acontecer de perigoso? Leia o texto para descobrir.
Personagens:
Viajante 1
Viajante 2
Onça
Cenário: uma estrada na floresta
Dois viajantes, carregando pequenas trouxas amarradas em uma vareta, seguem por uma estrada, assoviando e cantando. De repente, surge uma onça à frente deles, rugindo e prestes a atacá-los.
VIAJANTE 1 E agora? O que vamos fazer?
VIAJANTE 2 Você, eu não sei. Mas eu… vou é dar no pé! Viajante 2 sai correndo e se esconde atrás de uma árvore.
VIAJANTE 1 (pensando alto)
Vou fingir de morto! Dizem que alguns animais respeitam os mortos! Joga-se ao chão e finge-se de morto. A onça chega perto, fareja-o todo e afasta-se. Depois de alguns instantes, sentindo-se em segurança, o Viajante 2 reaparece.
• Antes de iniciar a leitura do texto, converse com a turma sobre a época em que poucas pessoas possuíam automóveis ou dispunham de transporte coletivo para viajar. Também é válido questioná-los acerca do conceito de amizade. Durante o momento inicial da aula, deixe que os estudantes falem sobre suas experiências com
relação a amizades, viagens e situações perigosas, para que esses conhecimentos de mundo sejam ativados, facilitando a compreensão do texto.
• Proponha uma leitura silenciosa e uma leitura jogralizada do texto, a fim de que os estudantes percebam na prática o funcionamento do texto dramático.
VIAJANTE 2 Pode se levantar: a onça já foi embora.
(Viajante 1 levanta-se e respira, aliviado. Viajante 2 brinca com ele.)
E então: o que foi que a onça disse ao seu ouvido, hein?
VIAJANTE 1 (juntando suas coisas para seguir viagem) (juntando suas coisas para Pra eu não viajar mais com amigos que deixam a gente sozinho na hora do perigo! (para a plateia) É na hora do aperto que a gente conhece o verdadeiro amigo.
Cai o pano. Fim.
Nascido no interior de Minas Gerais, em Governador Valadares, e atualmente residente na capital mineira, Belo Horizonte, José Carlos Aragão, desde criança, sempre apresentou interesse por livros e pela língua portuguesa. Além de ser escritor e escrever textos teatrais como o que você acabou de ler, é formado em Artes Visuais pela Universidade Federal de Minas Gerais. Ele também escreveu e publicou diversos livros para crianças e adolescentes, além de trabalhar como jornalista, ator, cartunista e roteirista.
28/07/2022 16:00:22
• Procure dar a todos a oportunidade de participar da leitura dramatizada, fazendo uso, caso queiram, do espaço da sala de aula para encenar as ações do texto.
• Depois da leitura, pergunte o que eles fariam se estivessem no lugar dos personagens da história: se esconderiam, ficariam junto do amigo ou adotariam, ainda, outra estratégia para escapar da onça. Especule com eles lugares em que seria possível encontrar esse bicho.
• Ao trabalhar a biografia do autor, questione os estudantes sobre o que é necessário para a pessoa ser escritora. Aproveite para reafirmar a possibilidade de cada criança se tornar escritora, podendo colocar no papel toda a sua imaginação ao criar e recontar histórias.
ARAGÃO, José Carlos. Os dois viajantes e a onça. In : ARAGÃO, José Carlos. Quando os bichos faziam cena : fábulas de Esopo adaptadas para teatro. Ilustrações originais: Luciana Carvalho. São Paulo: Planeta do Brasil, 2006. p. 9-11. Foto de José Carlos Aragão, em 2021.• Na atividade 1, incentive os estudantes a resgatar as hipóteses formuladas antes da leitura e dizer se foram confirmadas ou não ao longo da leitura.
• Ao propor a atividade 2 , permita aos estudantes que exponham suas opiniões e justifiquem suas colocações e posicionamentos. Verifique como foi a recepção geral da obra lida de acordo com os apontamentos feitos por eles.
• Nas atividades 3 e 4, aproveite o momento para comparar o espaço desse texto com o lido anteriormente, ambos pouco delineados, mostrando que não é decisivo para entender essas histórias saber onde exatamente se desenrolam os fatos narrados.
• Após desenvolver as atividades 5 e 6 , discuta com os estudantes sobre seus medos. Comente que existem os medos essenciais para a sobrevivência do ser humano e os medos adquiridos (aqueles temores de coisas que não representam perigo real). Enfatize que o medo do animal era compartilhado por ambos os personagens.
• Ao trabalhar as atividades 7 a 9 , promova reflexões acerca do comportamento dos personagens. Retome o conceito de amizade e companheirismo em contraste com atitudes egoístas. Quando possível, compare a história com situações do cotidiano escolar e do universo juvenil para que os estudantes possam refletir sobre as próprias atitudes. Ainda ao explorar a atividade 9 , estabeleça com os estudantes uma relação temática entre esse texto dramático e outras narrativas que apresentem pares de indivíduos inseparáveis e de amizades inabaláveis, mesmo nos momentos de medo.
• Na atividade 10, compare a rubrica desse texto dramático com o lido anteriormente, que aparece todo em maiúscula. Comente que pode haver variação na forma como essa informação é apresentada, mas a função dela é a mesma. Não há um padrão de formatação para as rubricas.
• Ao propor a atividade 11 , ressalte que no texto dramático desta seção não há narrador, sendo ele composto apenas de falas intercaladas por rubricas.
1. Suas hipóteses sobre o que aconteceria de perigoso nessa história se confirmaram após a leitura? Compartilhe suas expectativas de leitura com os colegas e o professor.
Resposta pessoal.
2. O que você achou do texto que leu? Por quê?
3. Quem são os personagens dessa história?
Resposta pessoal. Permita aos estudantes que exponham suas apreciações e justifiquem suas colocações e posicionamentos. Verifique como foi a recepção da obra lida de acordo com os apontamentos feitos por eles.
Resposta: Os personagens são o Viajante 1, o Viajante 2 e a onça.
4. Onde essa história se passa?
Resposta: Em uma estrada na floresta.
5. O que justifica os dois personagens sentirem medo da onça ao se depararem com esse animal?
6. Os dois viajantes tiveram a mesma reação quando se viram diante de um animal tão perigoso como a onça? Explique.
Resposta: Não, o Viajante 2 saiu correndo, abandonando o Viajante 1; este, por sua vez, deitou-se no chão e fingiu estar morto.
7. Sobre a atitude do Viajante 2, responda às questões a seguir.
a. Como você avalia a atitude dele? Ele agiu corretamente? Por quê?
Resposta pessoal.
b. A atitude que o Viajante 2 teve diante do perigo revela algo sobre a relação de amizade dos dois personagens? Explique.
Resposta: Sim, revela que não se tratava de uma amizade verdadeira por parte do Viajante 2.
8. Que atitude do Viajante 1 revela que ele considerou errado o comportamento do “amigo”?
9. Cite uma dupla ou um grupo de amigos de outras manifestações artísticas, como cinema, quadrinhos ou da própria literatura, que não se separaria em uma situação de perigo.
Possíveis respostas: Calvin e Haroldo; Dom Quixote e Sancho Pança; Sam e Frodo; R2-D2 e C-3PO; Chicó e João Grilo; Timão e
Pumba; Woody e Buzz Lightyear; Batman e Robin, entre outros.
10. Releia o seguinte trecho do texto. Joga-se ao chão e finge-se de morto. A onça chega perto, fareja-o todo e afasta-se. Depois de alguns instantes, sentindo-se em segurança, o Viajante 2 reaparece.
a. Que nome recebe esse recurso tão recorrente em textos dramáticos?
Resposta: Rubrica.
b. Qual é a função desse elemento do texto dramático?
Resposta: Indicar para os atores e demais profissionais envolvidos na peça o que deve acontecer.
c. Analise os trechos a seguir e copie o que tem essa mesma função.
Resposta: C.
A. Cai o pano. Fim. C.
O s dois viajantes e a onça
B.
VIAJANTE 1 – E agora? O que vamos fazer?
11. Sobre a representação das falas dos personagens, analise as afirmações a seguir e copie a que estiver correta.
Resposta: B.
As falas dos personagens são apresentadas entre aspas.
5. Resposta: O fato de a onça ser um animal selvagem, e os dois viajantes compartilharem do mesmo conhecimento sobre o perigo que um animal selvagem oferece.
B. C.
As falas dos personagens aparecem seguidas de seus respectivos nomes.
As falas dos personagens são apresentadas pelo narrador marcadas por dois-pontos e travessão.
8. Resposta: Ao dizer que a onça falou ao seu ouvido que não deveria viajar com quem abandonasse os amigos na hora do perigo, o Viajante 1 revela de forma indireta ao Viajante 2 que reprovou sua atitude.
• Para realizar um trabalho mais aprofundado com o gênero, proponha uma análise comparativa do texto desta seção com o apresentado na seção Leitura , destacando semelhanças e diferenças. Já foram feitas algumas comparações nas orientações das atividades propostas, mas é possível mencionar outras.
• Semelhanças: ambas as histórias se passam na natureza; presença de rubricas e de diálogos.
• Diferenças: apesar de não ser detalhadamente localizado o espaço, há muito mais informações referentes ao ambiente no primeiro texto do que no segundo; há menos detalhes quanto à descrição do figurino das personagens no segundo texto do que no primeiro; os personagens do segundo texto não têm nome; há a presença de um narrador no primeiro texto; há uma moral presente no segundo texto.
A.12. O texto que você leu foi escrito com base em uma fábula.
a. Que nome recebe a frase que transmite um ensinamento ao final das fábulas? Copie a opção correta.
Resposta: A.
Moral. Título. Subtítulo. Despedida.
13. b. Possíveis respostas: “Vou sumir!”; “Vou me escafeder!”; “Vou vazar!”; “Vou picar a mula!”, entre outras. Aproveite para conversar com os estudantes sobre o momento apropriado para o uso de expressões informais.
b. Que frase desse texto dramático cumpre esse mesmo papel?
Resposta: A frase “É na hora do aperto que a gente conhece o verdadeiro amigo.”, dita pelo Viajante 1.
13. Analise a frase a seguir. Mas eu… vou é dar no pé!
a. O que significa a expressão destacada?
Resposta: A expressão é uma forma popular
e informal de dizer que alguém vai fugir correndo de algum lugar ou de alguma situação.
b. De que outras maneiras é possível falar a mesma coisa com o mesmo grau de informalidade?
• A atividade 12 requer que os estudantes percebam que o texto foi publicado em um livro que traz adaptações de fábulas, o que justifica as atividades acerca da estrutura desse gênero, suas características e objetivos, embora a seção apresente a leitura de um texto dramático. Recorde com eles os estudos realizados no início do volume consultando, se necessário, o capítulo 1 Assim, eles poderão estabelecer um comparativo entre elementos similares presentes nos dois gêneros, reconhecendo uma referência implícita no texto dramático que é própria da fábula: a moral da história.
14. Releia a última frase do texto.
c. O que as reticências indicam nesse trecho? O que justifica o emprego delas nessa fala? É na hora do aperto que a gente conhece o verdadeiro amigo.
Resposta: Indicam uma pausa. A situação é apropriada para o emprego das reticências porque elas contribuem para expressar a emoção do personagem.
a. Considerando o contexto da história, o que significa a palavra aperto nessa frase?
Resposta: Significa situação difícil, complicada ou até mesmo perigosa.
b. Quais das palavras a seguir poderiam substituir essa palavra sem que houvesse alteração de sentido? Copie-as.
Resposta: A, C e D.
O bobo do rei
William Shakespeare é um grande nome do teatro mundial. O livro O bobo do rei é uma adaptação bem-humorada de uma de suas peças, Rei Lear. Trata-se da história de um monarca que, cansado de governar o reino, o entrega aos comandos de suas filhas. O que o rei não imaginava é que ele pudesse ser enganado por elas e, em uma menção à famosa imagem do bobo da corte, se tornar um rei bobo.
O bobo do rei, de Angelo Brandini. Editora Companhia das Letrinhas, 2015. (Fora de Cena).
Capa do livro O bobo do rei
• As atividades 13 e 14 exploram elementos linguísticos empregados no texto. Como trabalham com expressões populares reproduzidas nas falas dos personagens, é importante retomar com os estudantes o conceito de linguagem oral e variantes linguísticas, ressaltando que a cena apresenta uma situação informal de uso da língua. Aproveite para ressaltar a necessidade de considerar todo o contexto de uso das expressões destacadas para chegar à correta compreensão de seus efeitos de sentido.
• Leia com os estudantes a indicação de leitura no fim da página. Incentive-os a procurar O bobo do rei na biblioteca da escola ou em bibliotecas da região. Se houver oportunidade, promova uma encenação da peça pela turma.
• Praticar a escrita por meio da produção de um texto dramático.
BNCC
• Ao produzir um texto literário e compartilhá-lo por meio da dramatização utilizando diferentes linguagens, os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP46 , bem como a competência específica de Linguagens 3 e a competência específica de Língua Portuguesa 3
• A pesquisa de um texto narrativo para ser adaptado para texto teatral contempla a competência específica de Língua Portuguesa 8
• Ao mostrar interesse e envolvimento pela leitura de livros de literatura e por outras produções culturais como o teatro, os estudantes desenvolvem as habilidades EF67LP28 e EF69LP49 , aprimorando seus conhecimentos acerca do gênero texto dramático.
• Os estudantes desenvolvem as habilidades EF69LP50 e EF69LP51 ao planejar e elaborar um texto dramático, analisando as características e a função desse gênero.
• Ao produzir o texto obedecendo às convenções da língua escrita e da norma-padrão, pontuando corretamente e fazendo uso de conhecimentos linguísticos e gramaticais, os estudantes desenvolvem as habilidades EF06LP06 , EF06LP11 , EF67LP32 , EF67LP33 e EF69LP56
• Ao fazer uso da coesão referencial e sequencial, os estudantes aprimoram as habilidades EF06LP12 e EF67LP36
• O trabalho proposto leva os estudantes a desenvolver a competência geral 3 , as competências específicas de Linguagens 2 e 5 e a competência específica de Língua Portuguesa 9 , pois pretende estreitar o universo deles com o das manifestações artística s.
Orientações
• Dedique o momento inicial de sua prática pedagógica para retomar com os estudantes todo o trabalho de leitura e análise de textos dramáticos realizado em seções anteriores. Essa retomada, inclusive utilizan -
Neste capítulo, você leu dois exemplares de texto dramático. Agora, chegou a hora de produzir um com base em uma narrativa, assim como o texto “Os dois viajantes e a onça”. Os textos produzidos serão encenados para outras turmas da escola em um festival proposto na seção Produção oral
Para este trabalho, junte-se a mais três colegas e sigam as etapas apresentadas.
Para planejar a produção do texto, é importante seguir as instruções listadas adiante.
a. Façam uma pesquisa de narrativas que poderiam ser adaptadas para um texto dramático. Podem ser fábulas, contos, mitos, lendas, trechos de romance, histórias em quadrinhos, entre outros. Confiram algumas sugestões.
Os contos de Grimm
As histórias fantásticas dos irmãos Grimm já foram adaptadas para o cinema, para quadrinhos, poemas e, claro, para o teatro. Nessa obra, é possível encontrar 49 contos, como “João e Maria”, “Chapeuzinho Vermelho” e “A Gata Borralheira”, traduzidos direto do alemão pela escritora Tatiana Belinky.
Os contos de Grimm , de Jakob Grimm e Wilhem Grimm, Editora Paulus, 2014.
Capa do livro Os contos de Grimm
Mitos gregos para jovens leitores
Sagas de deuses, semideuses e heróis são muito apreciadas por leitores de todas as gerações. Sejam cômicas, sejam trágicas, as narrativas mitológicas são cheias de ação, emoção e reviravoltas, além de promoverem a reflexão de diversos comportamentos humanos.
Nessa edição, os mitos gregos foram adaptados para o público jovem com uma linguagem mais acessível.
Mitos gregos para jovens leitores , de Nathaniel Hawthorne, Editora Principis, 2020.
Capa do livro Mitos gregos para jovens leitores
b. Com o texto escolhido, avaliem o que será preciso adaptar: se farão cortes , inserções de falas, quais partes deverão ser transformadas em indicações cênicas (rubricas) e outras adaptações necessárias.
c. Releiam os textos estudados no capítulo para consultar a estrutura do gênero.
do o livro para mostrar à turma o que já foi feito, é essencial para fixar melhor os conhecimentos, bem como suprir qualquer déficit de aprendizagem, principalmente se houver algum estudante que tenha faltado em aulas anteriores.
• Ao apresentar a proposta de trabalho, considere as características da turma para organizar os grupos. É importante certificar-se de que ninguém seja excluído
deles, buscando sempre reunir estudantes de diferentes perfis. Atente especialmente para os casos de recém-chegados à sua escola ou estudantes com grandes defasagens.
• Na subseção Planejando o texto , deixe claro aos estudantes que os livros indicados são apenas uma sugestão, pois eles têm total liberdade para escolher o texto que mais agrade ao grupo.
Editora Paulus Editorad. Decidam como será a estrutura do texto: se será segmentado por atos ou cenas e a quantidade. Definam também se terá a participação de um narrador ou se os próprios personagens narrarão a histórias por meio de suas falas.
e. No momento do planejamento, considerem a encenação do texto: avaliem o que será necessário para a apresentação: trilha sonora, figurino, cenário etc. Além disso, verifiquem se os próprios integrantes do grupo atuarão em cena e nos bastidores ou se será necessário convidar algum colega para auxiliar.
Com o planejamento feito, confiram a seguir como produzir o texto.
a. Cada integrante deverá escrever uma parte do texto ou ficar responsável por um dos elementos dele (rubricas, falas, cenas, atos). O importante é todos escreverem.
b. Comecem o texto listando os personagens e descrevendo o cenário.
c. Insiram no início uma rubrica situando o tempo e o espaço da história e o que deve acontecer em cena. Ao longo do texto, utilizem esse mesmo recurso para as alterações que vão ocorrer.
d. Escrevam as falas dos personagens, alternando-as com indicações cênicas. Lembrem-se de que as falas são antecedidas do nome de cada personagem. Além das falas, é preciso orientar a atuação dos atores (o que devem fazer, como e quando).
e. As rubricas devem ter uma formatação diferente. Ao escreverem a primeira versão, usem outra cor para elas. Ao digitarem o texto, elas podem ter outro estilo (TODAS AS LETRAS MAIÚSCULAS, em itálico, sublinhado ou negrito).
f. Escrevam as palavras corretamente. Façam as devidas concordâncias entre as palavras. Pontuem o texto adequadamente, dando a ele expressividade.
g. Criem um título para a história e insiram o nome dos integrantes do grupo que a adaptaram.
• Ao desenvolver o proposto na subseção Produzindo o texto , caminhe pela sala averiguando o desempenho dos estudantes a fim de verificar a compreensão e execução da proposta de produção e o trabalho em equipe. Perceba se os estudantes estão seguindo as orientações dadas ou se eles demonstram algum problema em relação à adaptação do texto para a versão teatral.
• Essa atividade é complexa, do ponto de vista da elaboração textual, pois muita informação da narrativa deve ser deixada de lado, trechos devem virar diálogos etc., por isso é essencial acompanhar de perto essa adaptação. Se perceber que os estudantes têm muita dificuldade, faça na lousa a transposição de um trecho como exemplo, com o auxílio de toda a turma. Transcreva um trecho de uma narrativa e vá adaptando-o para texto dramático, solicitando a participação de todos.
• Na subseção Avaliando o texto, ressalte a importância de reler o texto produzido de modo a, além da correção ortográfica, reparar falhas de continuidade ou outros problemas na condução da história.
Chegou a hora de avaliar a produção textual.
a. Avaliem o texto produzido, corrigindo erros ortográficos, de concordância e de pontuação, sempre garantindo a coerência da história, isto é, verificando se a história faz sentido.
b. Confiram se a estrutura do texto está adequada: se as falas são antecedidas do nome do personagem, se as rubricas cumprem o papel de indicar ao ator como deve agir e se elas têm um destaque.
Façam as correções e os ajustes necessários e digitem o texto em um aplicativo de edição de texto. Se necessário, solicitem auxílio do professor para sua formatação.
Façam uma cópia do texto para cada integrante do grupo. Elas serão usadas nos ensaios e na encenação.
28/07/2022 16:00:24
• Ao final, avalie também o aspecto social da atividade, promovendo um ambiente colaborativo entre os grupos, em que todos respeitem a participação dos colegas e, inclusive, possíveis facilidades ou dificuldades de cada um.
• Disponibilize um momento para os estudantes realizarem uma autoavaliação, a qual, conforme o relacionamento entre eles, pode evoluir para uma avaliação em que o grupo opina sobre cada um de seus integrantes.
• Caso julgue conveniente, solicite essa avaliação do trabalho de cada integrante por escrito e de forma anônima. Assim, você pode lê-las, ter uma ideia geral de como se sentiram em relação à participação dos colegas e fazer um comentário geral, indicando aspectos a melhorar em uma próxima oportunidade.
Avaliando o texto• Praticar a oralidade por meio da encenação do texto dramático.
• Ao planejar, produzir e apresentar a dramatização do texto, os estudantes desenvolvem as habilidades EF69LP12 , EF69LP46 e EF69LP52
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP23 ao produzir um regimento para o festival, respeitando as características do gênero.
• Ao ensaiar as apresentações, realizando a leitura do texto dramático produzido, utilizando a entonação adequada e os recursos linguísticos e paralinguísticos necessários, os estudantes desenvolvem as habilidades EF69LP53 e EF69LP54
• O festival proposto também busca aprimorar nos estudantes as competências gerais 3 e 4, as competências específicas de Linguagens 2 , 3 e 5 e as competências específicas de Língua Portuguesa 3 e 9, pois amplia as possibilidades de produção textual, explorando diferentes linguagens, e estreita ainda mais o vínculo deles com o universo das manifestações artísticas.
Orientações
• Dedique o momento inicial de sua prática pedagógica para retomar com os estudantes as etapas anteriores deste trabalho, ou seja, a leitura e a interpretação de dois exemplares do gênero dramático, bem como a produção do texto adaptado de outra narrativa.
• Ao abordar os itens da primeira parte, evidencie que o texto dramático produzido anteriormente é a base para o trabalho dessa produção oral. Porém, o texto escrito pelo grupo poderá ser enriquecido com detalhes do cenário e do figurino que forem acrescidos à peça. Ressalte a importância de descrever, nas indicações cênicas, os gestos, posturas e expressões faciais dos personagens.
• Comente que todo estudante deve escolher a função para a qual acredita ter mais possibilidade de contribuir com o grupo e, caso haja mais de um estu -
Chegou a hora de organizar o Festival de Teatro para a apresentação dos textos dramáticos produzidos pela turma. Guiem-se pelas orientações a seguir.
a. Reúnam-se com o mesmo grupo que produziu o texto dramático.
b. Com a cópia do texto em mãos, leiam e releiam quantas vezes forem necessárias e planejem o que deve acontecer em cada cena ou ato.
c. Determinem as funções de cada integrante na peça. Confiram algumas a seguir.
Ator : atuará em cena.
Cenógrafo: providenciará os objetos para compor o cenário.
Figurinista : definirá e providenciará as roupas dos personagens.
Diretor : coordenará a encenação.
Sonoplasta : providenciará a trilha sonora.
Maquiador : fará a maquiagem dos personagens.
d. Ensaiem a peça quantas vezes for preciso. Façam as adaptações que julgarem necessárias e peçam o apoio do professor para avaliar ou fazer alguma sugestão.
e. Decorem as falas e as ações que devem ser desempenhadas durante a encenação, pois não será permitido o uso do texto em cena, apenas nos bastidores para relembrar algo.
f. Assistam a uma encenação para observar a realização de uma peça e adaptem o que for possível para inserir na peça de vocês. Confiram duas sugestões.
Nessa peça, realizada pelo Projeto Ilhas do Rio, a natureza se expressa para denunciar o problema da poluição ambiental e conclama a ação do ser humano para ajudar na conservação de rios, mares e florestas.
A batalha da natureza, Canal Projeto Ilhas do Rio, em: https://www.youtube.com/watch?v=lDmndKDNsRQ. Acesso em: 9 jul. 2022.
Se possível, combinem com o professor uma visita a um teatro ou a uma companhia de teatro da localidade onde moram e assistam a uma encenação ou a um ensaio. Aproveitem para analisar como os atores se comportam em cena, prestando atenção à linguagem corporal, à entonação das falas etc. Analisem também o cenário, a iluminação, a sonoplastia, entre outros elementos importantes em uma peça teatral.
g. Escolham o dia e o local para a realização do festival, estipulem a ordem das apresentações e divulguem o evento às demais turmas.
h. Produzam, com os demais grupos e o auxílio do professor, um regimento para a participação no festival. Pensem em algumas regras que devem ser respeitadas pelos grupos, a fim de que o evento ocorra sem problemas, e escrevam-nas. Na página seguinte, há um modelo que pode ser adaptado à realidade da turma.
dante interessado na mesma função, lembre-os de que haverá outras oportunidades para realizá-la e que o importante é o resultado do trabalho em equipe.
• Oriente-os quanto a algumas regras básicas das salas de teatro:
› Não se atrasar.
› Desligar os celulares.
› Não conversar durante a apresentação.
• Explique -lhes a importância de segui-las e, caso julgue conveniente, incentive os estudantes a incluí-las no regimento.
1. 3. 5.Regimento do Festival de Teatro
1. O festival deve eleger as três melhores peças da turma.
2. Cada grupo inicia no festival com 100 pontos.
3. O professor pode atribuir uma nota de zero a 10 aos grupos, conforme a reação positiva da plateia.
4. Cada grupo terá no máximo 10 minutos para apresentar a peça.
5. O grupo que não iniciar dentro do prazo perderá 10 pontos.
6. O grupo que atrasar o início da peça não poderá extrapolar o tempo determinado para sua apresentação.
7. As três peças que tiverem maior pontuação poderão ser encenadas para os familiares e serão gravadas para serem postadas no blog da turma.
No dia do festival, guiem-se pelas orientações a seguir para que tudo corra bem.
a. Preparem o cenário, o figurino e a maquiagem com antecedência.
b. Respeitem o tempo da apresentação e a posição ocupada por seu grupo na ordem das encenações.
c. Monitorem o timbre de voz para que toda a plateia compreenda as falas dos personagens.
d. Fiquem atentos às indicações cênicas e ao momento em que cada integrante deve atuar e também ao que deve ser feito para que as ações na história ocorram no momento certo.
e. Caso alguém esqueça alguma fala ou aconteça algo inesperado, ajam normalmente para contornar a situação e retomem a peça de onde pararam.
f. Ao final, posicionem-se de frente para a plateia e agradeçam com um gesto os aplausos.
Após a realização do evento, avaliem a atividade e o protagonismo de cada um nesse processo criativo. Analisem quais foram as maiores dificuldades, as superações e o que pode ser melhorado em eventos futuros.
• A fim de minimizar o estresse característico dos estudantes em dias de apresentação, repasse com eles, no dia anterior, o que é necessário levar à escola (incentive-os a fazer uma lista para que não corram o risco de esquecer algo importante) e oriente-os a finalizar cenários, adereços, figurinos etc.com antecedência, a fim de que possam fazer um último ensaio com todos os elementos que estarão no palco e corrigir algo que não esteja satisfatório.
• As sugestões de materiais para cenografia e figurino devem sempre levar em conta as condições sociais e econômicas dos estudantes, bem como as particularidades da comunidade escolar. Lembre-os de que não são necessários muitos recursos para encantar o público quando dispomos de uma boa história para contar.
• Sempre que possível, sugira aos estudantes que utilizem materiais recicláveis e reaproveitem roupas e objetos na composição do cenário e do figurino. Minimizar a geração de resíduos sólidos é sempre um valor importante a ser trabalhado, com foco na conscientização quanto à preservação ambiental.
• A apresentação dos textos produzidos pelos estudantes pode ser realizada em apenas um dia ou em dias alternados. É importante reservar tempo para que todos os grupos apreciem as obras uns dos outros.
i. Produzam um cartaz de divulgação do evento e fixem-no em um mural da escola.Objetivos
• Verificar a compreensão do emprego da vírgula em algumas situações.
• Avaliar a capacidade de diferenciar frase de oração.
• Verificar a compreensão das características do gênero lenda.
• Avaliar a compreensão de alguns elementos do gênero texto dramático.
Orientações
• Analise com os estudantes cada alternativa da atividade 1 e, caso apresentem dificuldade em identificar os verbos, escreva as alternativas na lousa e peça-lhes que destaquem os verbos de elocução e reflitam sobre o sentido deles. Conforme as dificuldades identificadas, selecione uma lenda, organize os estudantes em duplas e peça a eles que identifiquem os verbos de elocução do texto e reflitam sobre o sentido que expressam.
• Se perceber dificuldades no desenvolvimento da atividade 2 , peça aos estudantes que retomem a seção sobre a utilização da vírgula, comparando as definições apresentadas com as alternativas propostas, de forma que identifiquem o uso correto. Eles podem ser agrupados em duplas para que juntos revisem o conteúdo e recuperem qualquer defasagem.
• Ao propor a atividade 3 , conforme a necessidade, localize com os estudantes o verbo e, caso ainda apresentem dúvidas, escreva as alternativas na lousa, analisando-as caso a caso. Para corrigir qualquer defasagem, selecione trechos de textos ou frases e analise-os com eles, indicando, principalmente, a ausência ou a presença de verbo e a ausência ou a presença de sentido.
• Planeje o desenvolvimento da atividade 4 em duplas, de modo que um estudante auxilie o outro. Em seguida, oriente-os a trocar impressões sobre o que escreveram e verificar se precisam ajustar ou reescrever algum tópico. Depois, solicite a eles que exponham suas considerações à turma. Se perceber que ainda é necessário retomar
260
1. Qual alternativa a seguir apresenta um verbo de elocução que indica que a pessoa compartilha da mesma opinião do narrador?
“Faça isso.”, sugeriu Raul para sua irmã. Diante daquela situação, Fernanda retrucou rapidamente: “Não quero!”. Por isso, eu concluí sem pensar: “É melhor não correr esse risco.”.
Enfim, Jordana concordou comigo: “Tenho que dar valor às coisas simples.”. “Estou pensando em me mudar.”, disse o rapaz de repente.
Resposta: D.
2. Em qual das alternativas a seguir a vírgula foi empregada corretamente?
Jonas comprou maçã laranja maracujá, e melancia. Pedro eu gostaria que você viesse à minha festa.
São Paulo, 23 de maio de 2023.
Francisco professor de História será homenageado pela turma este ano. Marina saiu comeu se divertiu e voltou para casa.
Resposta: C.
3. Qual das frases a seguir é também uma oração?
Em Brasília, 17 horas. Cuidado ao atravessar a rua. Silêncio!
Resposta: C.
4. Quais são as características de uma lenda indígena?
Área com alto risco de acidentes. Perigo! Risco de choque elétrico.
Resposta: Trata-se de um texto narrativo fictício geralmente com espaço bem marcado (natureza) e
tempo remoto impreciso. Busca transmitir um ensinamento ou explicar o surgimento de algo. Tem origem na oralidade e é transmitida de geração em geração.
5. Cite os seguintes aspectos de um texto dramático: objetivo organização estrutura
Para encerrar o trabalho com esta unidade, pense em como foi sua participação na realização das atividades. Sobre o seu desempenho, escreva em seu caderno:
• um ponto positivo;
• um aspecto negativo;
• uma sugestão para melhorar sua aprendizagem na próxima unidade.
os conhecimentos relativos ao gênero lenda indígena, proponha a análise de outras lendas, sempre associando alguma característica ao que acabaram de estudar.
• Na atividade 5 , conforme for necessário, retome com os estudantes as características do gênero texto dramático para responder à atividade. Para a correção, peça-lhes que troquem o caderno com o de algum colega, solicitando a eles que um leia a resposta do outro e confira se o colega mencionou realmente um elemento ou característica do gênero texto dramático.
1. Pesquise e selecione um anúncio para internet com finalidade comercial para analisá-lo e apresentá-lo à turma. Para isso, considere algumas informações.
a. Quem é o anunciante e o que ele pretende vender?
b. Que estratégias o anunciante usou para vender o produto ou a marca?
c. O que você achou da composição e da eficácia do anúncio? Por quê?
2. Analise a seguinte oração.
Os fãs aplaudiram o cantor.
a. Qual é o sujeito dessa oração?
b. Qual é o predicado dela?
Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes selecionem anúncios para internet que divulguem produtos, marcas ou empresas e apontem seus objetivos e as estratégias usadas para a persuasão do leitor, indicando aspectos como jogo de palavras, seleção de imagens, tema etc. Além disso, é esperado que eles façam uma análise apreciativa desses textos. Resposta: O sujeito é “Os fãs”.
Resposta: O predicado é “aplaudiram o cantor.”.
3. Explique por que a forma verbal em destaque na oração a seguir não deve ficar no singular de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
Resposta: A forma verbal deve ser flexionada no plural para concordar com o sujeito da frase (Os funcionários), que está no plural.
Os funcionários recebeu uma gratificação da empresa.
4. Analise o cartaz de campanha a seguir e aponte as principais diferenças entre ele e o anúncio para internet analisado na atividade 1
Resposta: O cartaz de campanha busca divulgar uma ideia (neste caso, alertar a população do perigo da dengue), e não vender um produto, como o anúncio para internet com finalidade comercial. Além disso, o anúncio para internet é veiculado on-line, enquanto o cartaz de campanha pode ser encontrado afixado em espaços físicos de instituições, por exemplo.
5. Leia as duas orações a seguir.
O time treinou muito. O time não venceu o último jogo
• Avaliar o reconhecimento do gênero anúncio para internet e suas principais características.
• Sondar os conhecimentos acerca dos termos sujeito e predicado em uma oração.
• Verificar a habilidade de reconhecer a falta de concordância verbal entre sujeito e verbo.
• Avaliar o reconhecimento do gênero cartaz de campanha e suas principais características.
• Verificar a capacidade de transformar dois períodos simples em um período composto e analisar o sentido estabelecido pela conjunção entre as orações.
• Para desenvolver a atividade 1, viabilize a pesquisa dos textos e, durante as análises e apresentações, perceba o que os estudantes sabem do gênero, anotando as defasagens, a fim de adaptar o planejamento. Ao abordar o gênero anúncio para internet nesta unidade, reforce as características já assimiladas e dê ênfase aos tópicos nos quais os estudantes apresentaram dificuldade de compreensão.
Cartaz de campanha do Governo do Estado do Ceará, 2020.
a. Reescreva as duas orações, unindo-as. Para isso, use uma das palavras do quadro e faça as adaptações necessárias.
Resposta: O time treinou muito, mas não venceu o último jogo
b. Que sentido a palavra usada para unir as orações expressa?
Resposta: Expressa um sentido de oposição de ideias.
campanha e, ao final, proponha a composição da resposta usando a estratégia Quick writing , escrevendo sua análise em no máximo dois minutos. Verifique as respostas comparando-as e analise o que precisa ser retomado, corrigido ou ampliado durante a abordagem desse conteúdo nesta unidade.
• Na atividade 2 , organize os estudantes em duplas considerando seus diferentes perfis, de modo que um contribua para o aprendizado do outro. Considerando sua percepção a respeito do desempenho das duplas, avalie o que será necessário abordar antes e durante o trabalho com esse conteúdo ao longo da unidade, a fim de nivelar a turma.
• Ao realizar a atividade 5 , solicite aos estudantes que analisem cada oração explicando a relação entre elas. Verifique se são capazes de eleger a palavra que as une, estabelecendo o devido sentido entre as frases. De acordo com o que for identificado, planeje a abordagem do conteúdo, verificando, por exemplo, se é necessário reforçar algum conceito gramatical não compreendido.
28/07/2022 16:03:03
• Na atividade 3 , se necessário, retome o conceito de norma-padrão e avalie as análises feitas pelos estudantes sobre a concordância verbal. Aproveite para conscientizá-los sobre o combate ao preconceito linguístico em casos em que essa concordância não ocorre. Com base no desempenho deles, faça um planejamento que possibilite tirar maior proveito das atividades, de forma a proporcionar uma aprendizagem significativa dos termos essenciais da oração.
• Ao propor a atividade 4, permita aos estudantes que façam a análise geral do cartaz de
• Analisar a fotografia de uma instalação artística e discutir os gêneros textuais trabalhados na unidade.
• Ao analisar as características da instalação e discutir os sentidos que ela expressa, os estudantes desenvolvem a competência geral 4 , bem como as competências específicas de Linguagens 3 e 4
• Durante a discussão sobre a temática da imagem, contempla-se a competência geral 9, uma vez que os estudantes devem agir com empatia, fazendo-se respeitar e respeitando os outros.
• A apresentação do acúmulo de garrafas plásticas e outros resíduos provoca reflexão sobre os prováveis danos ao meio ambiente e à saúde humana. Sendo assim, favorece a abordagem do tema contemporâneo transversal Educação ambiental
Orientações
• Leia a lista dos principais conteúdos da unidade, apresentando-os aos estudantes e aproveitando para verificar com quais deles eles já têm familiaridade, retomando, assim, a avaliação diagnóstica da seção Iniciando o trajeto
• Tomando por base essa avaliação feita na seção Iniciando o trajeto , com relação à turma e a cada estudante, faça o planejamento das abordagens pedagógicas que poderão ser utilizadas para desenvolver o conteúdo da unidade de maneira a remediar as defasagens apresentadas. Para isso, é possível alterar a ordem de apresentação dos conteúdos à turma. Uma proposta é apresentar a seção Outra leitura já na sequência da seção Leitura , enfatizando as características do gênero, e somente depois propor o trabalho com a linguagem e os elementos linguísticos.
• Anúncio para internet
• Sujeito e predicado
• Concordância verbal
• Cartaz de campanha
• Período simples e período composto
• Período composto por coordenação
-midiático neste capítulo tem como objetivo levar os estudantes a compreender as formas de persuasão empregadas no discurso publicitário, que promovem o apelo ao consumo de um produto ou de um serviço ou, ainda, solicitam a adesão do público-alvo a uma ideia.
Fotografia da instalação À Deriva, exposta no Parque Ibirapuera, em São Paulo. A obra é de autoria do artista brasileiro Jaime Prades e foi exibida entre agosto e setembro de 2014 em um evento que promoveu centenas de atividades culturais relacionadas ao tema meio ambiente, como exposições, palestras, brincadeiras e apresentações musicais.
1. Que elementos foram utilizados na instalação representada na imagem?
2. Em sua opinião, com que objetivo o artista criou essa instalação?
3. Ao criar essa obra de arte, o artista buscou provocar uma reação no público tentando persuadi-lo, ou seja, convencê-lo sobre algo. Em sua opinião, que reação ele pretendia provocar? Converse com os colegas.
4. Nesta unidade, vamos estudar alguns textos criados para convencer as pessoas acerca do produto ou da ideia anunciados: anúncios para internet e cartazes de campanhas. Que tipos de textos publicitários você se lembra de ter visto ou lido? O que eles divulgavam?
1. Resposta: Foram utilizados vários galões de água vazios, um barco e um monte de entulho de construção.
2. Resposta pessoal. Resposta esperada: O artista quis abordar o problema da falta de água, usando galões de água vazios para representar o consumo excessivo e o desperdício. E também a poluição dos rios, córregos, lagos e oceanos, usando o entulho.
3. Resposta esperada: O artista quis provocar uma reflexão acerca de um problema ambiental, levando as pessoas a repensar o consumo de água e a evitar seu desperdício.
4. Resposta pessoal. Incentive os estudantes a compartilhar os anúncios e cartazes de campanhas que já encontraram e peça-lhes que comentem o que anunciavam e quais recursos usaram para tentar convencer as pessoas.
• Explore com os estudantes a fotografia apresentada nesta página, incentivando-os a analisar o espaço ocupado pela instalação, um local aberto ao público, e a utilização da linguagem visual para apresentar um problema e persuadir o público a aderir à ideia veiculada. Na sequência, discuta a importância de reflexões que conduzem à consciência socioambiental. Para ampliar essa discussão, é possível promover a prática de pesquisa que envolve o estudo de recepção, para avaliar a recepção e a compreensão dessa imagem pelo público da escola, por exemplo, ou outro do universo juvenil. Dessa forma , será necessário elaborar um questionário, promover entrevistas com outras turmas da escola ou jovens e analisar como os participantes reagem à imagem. Auxilie a turma a produzir um questionário em duas partes: na primeira, deverão investigar o perfil dos participantes; na segunda, deverão identificar seus conhecimentos prévios a respeito da preservação do meio ambiente, bem como a percepção e a interpretação deles a respeito da imagem. Oriente-os a anotar as respostas e a explicar aos participantes que seus dados pessoais não serão divulgados. No dia agendado com a turma, incentive os estudantes a apresentar os materiais coletados, a fim de analisá-los em conjunto e, se possível, expô-los em gráficos e tabelas.
• Nas atividades 1, 2 e 3, oriente os estudantes a analisar atentamente a fotografia para reconhecer todos os seus elementos. Depois, converse com eles sobre possíveis motivações para a produção dessa instalação e como ela influencia a atitude de seu público. A estratégia Brainstorming pode auxiliar no desenvolvimento dessa atividade, especialmente em uma turma grande, com mais de 45 estudantes.
• Na atividade 4, analise o que os estudantes sabem dos gêneros anúncio para internet e cartaz de campanha. Converse com eles sobre quais gêneros publicitários eles conhecem e o que costumam divulgar.
Confira as respostas das questões nas orientações ao professor.• Ler um anúncio para internet e conhecer as características e a função sociocomunicativa desse gênero.
BNCC
• A leitura do anúncio com autonomia e criticidade contempla a competência específica de Língua Portuguesa 3
• Ao ler o anúncio, analisando nele os efeitos de sentido causados pela relação entre linguagem verbal e não verbal, os estudantes desenvolvem a habilidade EF67LP08
• A análise e a leitura comparativa de peças publicitárias proporcionam a percepção das especificidades de várias semioses e mídias e sua adequação aos objetivos da campanha, o que promove o desenvolvimento da habilidade EF69LP02
• Como identificam e analisam os efeitos de sentido que fortalecem a persuasão no texto publicitário, os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP04
• Ao perceber e analisar os recursos estilísticos e semióticos dos gêneros publicitários, os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP17
• Ao se posicionar por meio de argumentos fundamentando seus posicionamentos no tempo de fala previsto, fazendo uso de sínteses e propostas claras, respeitando as opiniões e posicionamentos contrários, os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP25
• Conduza a leitura do anúncio para internet, solicitando aos estudantes que a façam individual e silenciosamente. Depois, leia-o em voz alta e pergunte aos estudantes se eles têm contato diário com anúncios para internet ou outras peças publicitárias e quais sensações essas peças despertam. Socialize as respostas anotando na lousa quais os gêneros publicitários e meios de comunicação mais citados e demais informações que achar relevantes.
Todos os dias nos deparamos com as mais diversas peças publicitárias divulgando ideias, eventos, produtos, empresas, serviços e muito mais. Com o desenvolvimento das tecnologias digitais, surgiu um novo gênero de publicidade: o anúncio para internet.
A seguir você vai ler um exemplar desse gênero. Leia-o, analise as imagens escolhidas para esse anúncio e o destaque dado às informações e verifique como a mensagem publicitária é construída nesse texto.
Anúncio para internet do Projeto Sete Vidas da cidade de Londrina, Paraná, 2022.
• Explore as imagens e os demais recursos visuais do anúncio, levando os estudantes a percebê-los como elementos utilizados para atrair o leitor. Mostre a eles que os elementos visuais contribuem para a persuasão, como as cores , a fonte, as imagens e demais aspectos gráficos.
A publicidade, como toda a comunicação humana, sofreu transformações ao longo do tempo. Sua origem remonta à Antiguidade Clássica, período em que era realizada oralmente. Os anunciantes eram chamados pregoeiros e anunciavam vendas de gado e de outros produtos. Apenas em 1482, na França, surgiu o primeiro cartaz de que se tem conhecimento, produzido para anunciar um evento religioso. A primeira campanha publicitária foi criada por John Wanamaker e teve, inclusive, desfile de carros. Hoje as empresas investem em anúncios que circulam nos mais diferentes veículos, incluindo os aplicativos de celular e as redes sociais, pois esses meios atingem um número significativo de pessoas com maior agilidade.
Anúncio inglês produzido em 1889, divulgando uma marca de sabonete.
2. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes compreendam que os animais escolhidos para o anúncio são os animais de companhia mais comuns em nossa cultura. Dessa maneira, o uso dessas imagens passa com agilidade a informação
de que tipo de animal está para adoção. Se o anúncio apresentasse a imagem de outro bicho, talvez essa mensagem não fosse entendida pelo leitor de forma tão clara.
1. O que o anúncio para internet lido na página anterior está divulgando?
Resposta: Um evento de adoção de animais de companhia.
2. Em sua opinião, por que o anunciante optou por usar as imagens do cachorro e do gato nesse anúncio? Se ele tivesse escolhido a imagem de um hamster, por exemplo, o anúncio teria o mesmo impacto visual?
3. Em sua opinião, o que mais chama a atenção do público no anúncio da página anterior? Comente.
Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes citem a imagem do gato e do cachorro.
• O anúncio publicitário apresentado no boxe Breve história da publicidade permite uma articulação entre os componentes de Língua Portuguesa e Língua Inglesa . Explore com os estudantes o significado dos elementos verbais empregados, levando-os a identificar como o emprego dos adjetivos contribui para persuadir o leitor a comprar o sabonete.
• Na atividade 1 da subseção Conversando sobre o texto , os estudantes devem compreender que a principal função de um anúncio para internet é persuadir o leitor a fazer alguma coisa, como comprar um produto ou serviço, tomar uma atitude ou apoiar uma causa. Desse modo, podem relacionar esse objetivo ao que é divulgado no anúncio em questão.
4. Você conhece outros tipos de peças publicitárias além do anúncio para internet? Comente com os colegas.
Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes citem cartazes de campanha, folhetos, outdoors, indoors, spots, jingles, vídeos de propaganda, fôlderes, banners, panfletos, propagandas de rádio e TV etc.
1. Qual é o público-alvo do anúncio da página anterior? Explique.
Sugestão de resposta: O público em geral, mas principalmente pessoas interessadas em adotar um animal de estimação.
2. Considerando o conteúdo e o público-alvo do anúncio, além da internet, onde mais ele poderia ser veiculado?
Sugestão de resposta: Poderia ser exposto em outdoor e indoor e divulgado em folhetos e cartazes, por exemplo.
Elementos dos anúncios
Os anúncios geralmente apresentam a seguinte estrutura:
• título: criativo e atraente, para instigar o interesse do leitor;
• imagens: diversificadas e que evidenciem o evento, a ideia, o produto ou a marca;
• corpo do texto: linguagem verbal com frases curtas, claras e objetivas, em que é ampliada a ideia sugerida no título do anúncio;
• identificação do elemento anunciado (ideia, evento, marca ou produto): apresentação do que é anunciado e do anunciante; logomarca (símbolo que identifica e representa uma empresa ou instituição) acompanhada do slogan (enunciado curto e marcante que concentra uma ideia relativa a uma empresa ou instituição).
• Na atividade 1 da subseção Escrevendo sobre o texto, verifique se eles sabem identificar o público-alvo de um anúncio. Se necessário, explique-lhes que esse conceito define o perfil de determinado grupo de pessoas que se caracterizam como possíveis interessadas por aquilo que está sendo anunciado.
• Na atividade 2 , avalie a coerência das respostas. Espera-se que os estudantes citem suportes de leitura rápi-
• Ao desenvolver a atividade 2 , leve os estudantes a analisar a escolha das imagens utilizadas no anúncio como um recurso utilizado para gerar identificação com a maior quantidade possível do público e promover um entendimento rápido do que está sendo divulgado.
• Na atividade 3 , é possível que alguns estudantes tenham a atenção mais capturada pela imagem do cachorro ou do gato dependendo de suas experiências com animais de companhia. Permita-lhes conversar sobre os animais de estimação com os quais já tiveram contato, pergunte se já foram a eventos de adoção e, caso não conheçam esses eventos, se gostariam de conhecê-los.
28/07/2022 16:10:34
da, como outdoors e indoors , mas podem também mencionar folhetos, cartazes e TV, por exemplo.
• Promova a leitura compartilhada do boxe Elementos dos anúncios e ajude os estudantes a relembrar como esses elementos são apresentados em anúncios que eles já viram.
• Ao realizar a atividade 4 , retome a discussão realizada antes da leitura do anúncio, questionando-lhes quais as peças publicitárias mais comuns em seu dia a dia e quais peças já viram ocasionalmente. Escreva na lousa os gêneros publicitários mencionados por eles. É possível que não saibam alguns termos, como spots ou jingles , mas já tenham tido contato com essas peças. Nesse caso, nomeie-as e, caso alguns estudantes não as conheçam, apresente-lhes exemplos.
• Na atividade 3 , oriente os estudantes a consultar o boxe da página anterior e o anúncio sempre que necessário, verificando os elementos mencionados no boxe e seus correspondentes no anúncio. Promova a correção da atividade de forma coletiva e verifique se todos foram capazes de desenvolvê-la. Se necessário, aborde outros anúncios, indicando neles esses elementos.
• Ao desenvolver a atividade 4, leve os estudantes a relacionar o conteúdo que é divulgado ao tipo de anúncio, reconhecendo que, além do público-alvo, a finalidade pretendida também é levada em consideração para a decisão do veículo ideal para cada peça publicitária.
• Na atividade 5 , avalie a coerência das respostas. Espera-se que os estudantes concluam que as cores alegres, as imagens cativantes dos animais e as letras arredondadas conseguem atrair o público e convencê-lo a comparecer ao evento anunciado.
• Inicie a atividade 6 lendo cada alternativa em voz alta. Depois explique aos estudantes que, apesar de todos os elementos mencionados nas alternativas fazerem parte do texto, eles devem copiar no caderno apenas aqueles que são usados para persuadir o leitor. Converse com eles a respeito do fato de que algumas informações são importantes, como a data e o horário do evento, mas têm por objetivo informar o leitor que se interessa por comparecer ao evento, e não persuadi-lo. A logomarca também não exerce um apelo para convencer o público, apenas identifica a instituição que promove o que está sendo anunciado. Elementos como as imagens atrativas, as frases curtas e marcantes com verbos no modo imperativo e o título com destaque são os responsáveis por chamar a atenção do público-alvo e atrair seu interesse para aderir à ideia anunciada.
3. Considerando as informações do boxe “Elementos dos anúncios”, responda às questões a seguir.
a. Qual é o título do anúncio lido?
Resposta: Evento de adoção.
b. De que forma as imagens que compõem o anúncio se relacionam com o que é divulgado?
c. Que informações compõem o corpo do texto do anúncio?
d. Qual é a instituição que está divulgando esse anúncio?
Resposta: A data e o horário do
evento de adoção.
Resposta: O Projeto Sete Vidas.
e. Analise a logomarca dessa instituição e explique de que forma ela se relaciona com o conteúdo do anúncio.
Resposta: A logomarca é composta do nome do projeto (Sete Vidas) acompanhado da imagem de um gato, indicando que se trata de uma instituição que dá suporte a esses animais.
3. b. Resposta: Elas indicam que os animais disponíveis para adoção no evento divulgado são animais de companhia, especialmente gatos e cachorros.
f. Leia o slogan dessa instituição.
Ele está de acordo com as características que um slogan deve ter, conforme o boxe da página anterior? Explique.
Resposta: Sim, uma vez que se trata de um enunciado curto e marcante, que concentra a ideia do projeto: adotar os animais de companhia e, dessa forma, ajudar e apoiar a causa defendida pelo projeto.
4. Releia as informações a seguir, que compõem o corpo do texto do anúncio.
Considerando que o evento ocorre em dia e horário específicos, a divulgação na internet é uma boa estratégia? Explique.
Resposta: Sim, pois a internet é um bom meio para divulgar o anúncio de forma rápida, podendo atingir uma grande quantidade de pessoas em pouco tempo.
5. Em sua opinião, os elementos presentes no anúncio conseguem atrair o público-alvo de modo a convencê-lo a aderir à ideia anunciada? Por quê?
Resposta pessoal.
6. Copie em seu caderno apenas os recursos empregados no anúncio lido para convencer o público.
Resposta: A, B e F.
a. Imagens atrativas.
c. A data do evento.
e. A logomarca do projeto.
b. Frases curtas e marcantes.
d. O horário do evento.
f. Título com destaque.
1. Leia novamente o slogan do anúncio e responda às questões.
a. Em que modo verbal estão esses verbos?
Resposta: No modo imperativo.
b. Que efeito de sentido o emprego desse modo verbal confere ao anúncio?
Resposta: Esse modo verbal expressa ordem, pedido, conselho, orientação ou súplica. Dessa forma, ao ser empregado no anúncio, indica apelo ao leitor para que considere aderir à ideia anunciada.
O anúncio para internet tem como finalidade divulgar uma ideia, um evento, um produto ou uma marca on-line (em sites, blogs ou redes sociais) de forma objetiva e criativa. Geralmente, no anúncio para internet, são utilizadas as linguagens verbal e não verbal, a fim de atrair a atenção do leitor e persuadi-lo a aderir à ideia ou à ação promovida ou, ainda, a adquirir o produto anunciado.
1. O anúncio lido divulga um evento de adoção de animais, portanto, não tem finalidade comercial. Mas existem diversas peças publicitárias que divulgam um produto, uma marca ou uma empresa com o objetivo de convencer o leitor a consumi-los. Agora você vai fazer uma pesquisa para analisar algumas dessas peças publicitárias. Para isso, leia as orientações a seguir.
Respostas pessoais.
a. Pesquise peças publicitárias variadas: anúncios para internet, cartazes de campanha, folhetos, outdoors, indoors, spots, jingles, vídeos de propaganda, fôlderes, banners , panfletos, propagandas de rádio e TV, entre outras.
b. Escolha três peças, providencie a imagem ou o arquivo de vídeo ou áudio e traga para a sala de aula no dia combinado com o professor.
Você também pode pesquisar diferentes peças de uma mesma campanha publicitária.
c. Em sala de aula, analise os recursos empregados pelas peças publicitárias para convencer o leitor. No caso dos textos escritos, verifique se há título, imagens (e como elas se relacionam com o texto verbal), slogan, logomarca e o corpo do texto. No caso de peças audiovisuais, analise os recursos próprios dessas mídias, como ângulo, foco, sobreposição de imagens, cores (em vídeos e outras imagens) e ritmo, melodia, instrumentos, sampleamentos e efeitos sonoros (no caso dos áudios).
2. Após a análise das peças publicitárias, converse com os colegas sobre as questões a seguir.
a. Você já teve vontade de adquirir algo após ter visto um anúncio? O que você sentiu e o que fez?
Resposta pessoal.
b. Em sua opinião, por que as peças publicitárias influenciam tanto os hábitos das pessoas?
Resposta pessoal.
c. De que forma as pessoas devem agir para não se deixar influenciar tanto pela publicidade?
Resposta pessoal.
d. De modo geral, as campanhas publicitárias criam uma falsa ideia de felicidade. Você concorda com essa afirmação? Por quê?
Resposta pessoal. 267
Chame a atenção para tipos de publicidade mais expressivos, como promoções e liquidações, além do comércio em épocas de datas festivas, como Dia das Mães, Dia dos Pais e Natal.
• Ao propor o item c , conduza os estudantes a pensar que as pessoas devem adquirir consciência em relação ao próprio consumo, evitando comprar produtos por impulso.
• Após a realização da atividade 1 da subseção Explorando a linguagem , evidencie aos estudantes o apelo construído pelo modo imperativo. Além disso, as palavras “Ajude. Apoie. Adote.” complementam o sentido umas das outras, construindo uma gradação de sugestões de boas ações ao leitor. As imagens do cão e do gato, ao acompanhar essas palavras, podem transmitir a sensação de que esse pedido partiu dos próprios animais, que serão beneficiados por uma possível atitude do leitor, intensificando o tom de súplica.
• Para orientar a atividade 1 da subseção Discutindo ideias, construindo valores , solicite aos estudantes que atentem à pesquisa de diferentes peças publicitárias para que seja possível, na análise, compará-las e verificar a maneira como os recursos persuasivos são mantidos em gêneros diferentes e nas mais diversas mídias. Se julgar pertinente, oriente-os a pesquisar e analisar as peças em duplas e, em seguida, compartilhá-las com a turma, apontando as características e os recursos que identificaram e trocando ideias, verificando se os colegas concordam com a análise e se notam alguma característica diferente.
• A atividade 2 permite aos estudantes refletir sobre o consumo exagerado e o apelo empregado nas peças publicitárias. Incentive-os a se posicionar de forma consistente e crítica, desenvolvendo a argumentação oral, fundamentando seus posicionamentos, no tempo de fala previsto, fazendo uso de sínteses e propostas claras, respeitando as opiniões e posicionamentos contrários.
28/07/2022 16:10:34
• Ao explorar o item d , espera-se que os estudantes respondam que sim, pois, na medida em que oferecem uma grande quantidade de produtos e serviços, cria-se a falsa ideia de que dinheiro e bens de consumo são suficientes para preencher a vida de uma pessoa e fazê-la feliz. Leve-os a concluir que a publicidade cria necessidades ilusórias ao anunciar produtos supérfluos aproveitando tendências e modas, e que é necessário agir com criticidade diante dos apelos ao consumo.
• No item a , pergunte aos estudantes se eles e seus familiares ou responsáveis já compraram algo que nunca utilizaram. Deixe-os compartilhar a experiência, desenvolvendo o pensamento autocrítico.
• Já no item b, espera-se que os estudantes concluam que as peças publicitárias influenciam os hábitos das pessoas, em especial os relacionados ao consumo, pois criam a ilusão de que o produto anunciado é necessário.
• Conhecer recursos de linguagem empregados nos textos publicitários.
BNCC
• Como analisam a construção de sentido dos cartazes de campanha, levando em consideração, por exemplo, o público-alvo e a intenção comunicativa, os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP02
• Com a análise dos recursos presentes nos textos publicitários, de modo a verificar as estratégias persuasivas utilizadas, os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP04
• Por meio dos recursos estilísticos evidenciados nos cartazes de campanha, os estudantes analisam a construção desse gênero, desenvolvendo a habilidade EF69LP17
• Os estudantes analisam o modo como as imagens foram apresentadas, suas relações com os textos verbais e como isso contribuiu para os efeitos de sentido pretendidos, desenvolvendo a habilidade EF67LP08
• Os estudantes estudam o modo imperativo como um dos recursos utilizados para influenciar o leitor, desenvolvendo a habilidade EF06LP05
Orientações
1. Os textos publicitários empregam diferentes recursos para convencer o leitor a aderir a determinada ideia ou produto. Para conhecer alguns desses recursos, analise os textos a seguir e responda às questões.
ção do público-alvo. Entre esses recursos destacam-se: expressões que indicam chamamento (vocativo), palavras que indicam ordem, pedido, conselho ou apelo (verbos no imperativo), palavras e expressões que fazem referência ao interlocutor de maneira familiar, ironias, trocadilhos, humor, gírias, palavras de origem estrangeira e palavras no diminutivo, por exemplo.
A. Cartaz de campanha da Fundação SOS Mata Atlântica e FNazca, 2001. 1. 2. 2.1. a. Resposta: O texto verbal é “Eu vi as árvores que você cortou.” e “A natureza vê o homem destruir, mas não pode fazer nada.”. A imagem se relaciona com o texto porque apresenta um tronco de árvore cortado formando a imagem de um olho, como se a natureza (representada pela árvore) estivesse observando o ser humano e suas atitudes em relação ao meio ambiente.
a. Analise o texto verbal do cartaz de campanha A . Explique a relação entre a imagem e a ideia expressa por meio desse texto.
b. Escreva no caderno a alternativa correta a respeito da relação entre o texto verbal e a imagem no cartaz de campanha B.
Resposta: A
A imagem apresenta a ilustração de uma criança atrás das linhas de uma pauta em que não há nada escrito, simbolizando grades e sugerindo que ela está presa. Essa imagem dialoga com a informação presente na oração “o silêncio aprisiona”.
A imagem apresenta as linhas de uma pauta em que não há nada escrito, relacionando-se com a oração “Se as palavras libertam”, mostrando que as palavras que haviam sido escritas nessa pauta se libertaram.
A imagem apresenta a ilustração de uma criança sozinha, que se libertou por meio da escrita das palavras.
c. Em um dos textos foi usada uma palavra que dialoga com o leitor. Que palavra é essa? Com que intenção isso foi feito?
Resposta: No texto A foi usado o pronome você. A intenção é estabelecer uma comunicação mais próxima e direta com o leitor.
• No item a da atividade 1 , pergunte à turma quais os textos verbais do cartaz de campanha A . Após identificarem as partes verbais do cartaz, pergunte a eles quem se apresenta como enunciador do trecho “Eu vi as árvores que você cortou.”, a fim de que eles concluam que o trecho em primeira pessoa e o tronco de árvore cortado em formato de olho indicam que foi a árvore quem “viu” a ação mencionada e, portanto, a fala seria metaforicamente da árvore, representando a natureza. Dessa maneira, ao empregar esses elementos e a frase “A natureza vê o homem destruir, mas não pode fazer nada.”, a natureza é mostrada como impotente diante da destruição que o ser humano causa ao meio ambiente. Assim, compreende-se que as pessoas são as responsáveis por proteger a natureza.
• No item b, promova a resolução da atividade de forma coletiva, indagando à turma qual a alternativa correta, depois de fazer a leitura em voz alta do enunciado e das alternativas. Perceba se os estudantes chegam a um consenso. Se julgar pertinente, peça a eles que expliquem por que as outras duas alternativas estão erradas (ambas mencionam elementos presentes no cartaz, mas não relacionam corretamente o texto verbal ao não verbal).
• No item c , diga aos estudantes que, em textos publicitários, dialogar com o leitor também pode ser um recurso de linguagem que atrai sua atenção a fim de persuadi-lo. Assim, ajude-os a perceber que o pronome você foi empregado no cartaz A com o intuito de estabelecer um diálogo com o leitor e chamar a atenção para a responsabilidade dele em relação ao desmatamento.
28/07/2022 16:10:42
• Destaque, nesta página, os recursos linguísticos que podem aparecer em peças publicitárias. Ressalte que esses recursos são utilizados como estratégias para atrair a atenção e persuadir o leitor a respeito da ideia, do evento, do produto ou do serviço que está sendo divulgado.
• Se necessário, ao trabalhar o recurso empregado no cartaz de campanha contra o coronavírus, explique aos estudantes que algumas campanhas publicitárias possuem um caráter temporal, ou seja, alguns recursos linguísticos e visuais utilizados por elas podem fazer mais sentido na época em que foram produzidas. Dê como exemplo outros textos publicitários, como os anúncios de produtos antigos, como fitas K7 (fitas de música), VHS (fitas de filmes), de filmes fotográficos, carros antigos etc. Se possível, organize com os estudantes uma pesquisa de anúncios publicitários antigos em revistas e jornais velhos ou na internet.
• Para ampliar o conhecimento dos estudantes, se possível, conduza-os a uma visita a uma agência de publicidade e propaganda com a turma. O objetivo é promover a compreensão mais aprofundada do funcionamento interno dessa agência, a participação em práticas de criação e o conhecimento de anúncios produzidos, além do entendimento sobre como funciona o processo criativo dos profissionais.
• Para aprofundar o trabalho com a turma a respeito dos recursos empregados em textos publicitários, proponha-lhe uma atividade de pesquisa. Para isso, empregue a estratégia Sala de aula invertida , disponibilizando aos estudantes revistas e jornais, e solicite-lhes que pesquisem, em grupos, peças publicitárias que apresentam os recursos de linguagem indicados nesta página e outros estudados anteriormente. Oriente-os a realizar um estudo prévio dos textos selecionados, anotando suas impressões e interpretações, bem como os recursos linguísticos que encontraram.
As frases a seguir foram retiradas de peças publicitárias variadas. Leia-as e confira alguns recursos comuns utilizados para chamar a atenção do leitor.
• EXPRESSÕES QUE INDICAM CHAMAMENTO. VAI MORANGO AÍ, FREGUESIA?
(ANÚNCIO PUBLICITÁRIO DE SORVETES)
• PALAVRAS QUE INDICAM ORDEM, PEDIDO, CONSELHO OU APELO.
VENHA SENTIR ESSA EMOÇÃO.
(ANÚNCIO PARA INTERNET DE UM CONCERTO)
• PALAVRAS E EXPRESSÕES QUE FAZEM REFERÊNCIA AO INTERLOCUTOR DE MANEIRA FAMILIAR.
MUITO BOM TER VOCÊ DE VOLTA. MAS O CUIDADO CONTINUA.
(CARTAZ DE CAMPANHA CONTRA O CORONAVÍRUS)
• PALAVRAS DE ORIGEM ESTRANGEIRA E NEOLOGISMOS.
PET NO VAGÃO.
OS PELUDÍNEOS ESTÃO EM BUSCA DE UMA NOVA FAMÍLIA.
(ANÚNCIO PARA INTERNET DO METRÔ DE SÃO PAULO)
• PALAVRAS NO DIMINUTIVO.
FAÇA O SOL SE PÔR UM POUQUINHO MAIS TARDE.
(ANÚNCIO PUBLICITÁRIO DE SANDÁLIAS)
As marcas e as empresas presentes nos textos e imagens desta coleção têm apenas finalidade didática.
Na região onde você mora há agências de publicidade? Se possível, combine com o professor e os colegas uma visita a uma dessas agências para conhecer o trabalho dos profissionais dessa área. Depois, conversem a respeito do que vocês aprenderam sobre publicidade e propaganda.
Atente ao desempenho de todos enquanto avaliam a peça. Depois, permita-lhes compartilhar com os colegas os textos publicitários encontrados e expor as informações anotadas com base na análise prévia. Aproveite o momento para incentivar estudantes de outros grupos a expressar opiniões ou dúvidas sobre o conteúdo. Ao final, verifique, junto à turma, se os recursos foram indicados corretamente.
Ilustrações de Rogério Casagrande/Arquivo da editora1. Confira o cartaz de campanha a seguir e analise os elementos que o compõem.
1. d. Resposta esperada: Um evento como esse é importante para a divulgação e legitimação da cultura quilombola, contribuindo para fortalecer essas comunidades e dar visibilidade à história e à contribuição da população negra para a formação do país.
1. e. Resposta: A imagem representa a importância e a relevância da população negra na formação da cultura do povo brasileiro. Além disso, ao reconhecer parte do território do mapa ocupado pelo rosto da mulher, podemos compreender também que a maior parte da população brasileira é formada por negros, o que reforça a relevância do evento.
1. f. Resposta: Sim, pois no fundo do cartaz há um grafismo africano, e à frente, a imagem do perfil de uma pessoa negra, com cabelo afro, formando com seu rosto uma imagem que retrata o território brasileiro. Dessa forma, a linguagem não verbal está adequada ao conteúdo do cartaz e ao seu público-alvo, uma vez que se trata de um encontro de comunidades quilombolas.
Cartaz de campanha da Comunidade Quilombola de Sapé, Caldeiras, 2019.
a. O que está sendo anunciado nesse cartaz de campanha?
Resposta: C
Um produto. Uma marca. Um evento. Uma ideia.
b. Quem é o anunciante desse cartaz de campanha?
Resposta: O anunciante é a Comunidade Quilombola de Sapé, em Caldeiras.
c. A que público-alvo esse cartaz de campanha é destinado?
Resposta: O cartaz é destinado às comunidades quilombolas de Caetité, na Bahia.
d. Em sua opinião, qual é a importância desse evento?
e. A imagem utilizada no anúncio apresenta a silhueta de uma mulher negra, e seu rosto forma parte do mapa do Brasil. O que essa imagem representa? Que relação existe entre a silhueta da mulher e o mapa do Brasil?
f. A linguagem não verbal utilizada está adequada ao conteúdo do cartaz e ao público-alvo que se pretende atingir? Explique.
g. Nesse cartaz foram empregados antônimos. Identifique-os e explique o efeito que o uso dessas palavras causa no texto.
Resposta: Resistir e desistir ; sempre e nunca . A oposição de ideias expressa pelos pares de antônimos mostra a importância da resistência para as comunidades quilombolas (resistir sempre) em oposição à possibilidade da desistência (desistir jamais).
• Para desenvolver a atividade 1, organize a turma em grupos de até quatro integrantes, priorizando a união de estudantes de diferentes perfis, pois assim cada um poderá contribuir com diferentes habilidades. Durante a atividade, esclareça possíveis dúvidas relacionadas à estrutura e às características principais do gênero, bem como aos recursos linguísticos empregados. Corrija a atividade de forma coletiva, solicitando a alguns estudantes voluntários que leiam as respostas construídas em grupo.
• Nos itens a , b e c , espera-se que eles identifiquem o que é anunciado, quem anuncia e para qual público esse cartaz de campanha é destinado. Caso os estudantes apresentem dificuldades, leia o cartaz com eles, auxiliando-os a buscar essas informações no texto.
• No item d , por meio da conversa com os colegas e da inferência com base no cartaz e em seus conhecimentos prévios, os estudantes devem compreender a importância do evento. Se houver dúvidas, converse com eles sobre a importância da cultura quilombola em nosso país.
• Nos itens e e f, eles devem interpretar os elementos não verbais e relacioná-los ao texto verbal e ao direcionamento do cartaz ao público-alvo. Caso haja dificuldades, solicite aos estudantes que descrevam as imagens e os demais recursos gráficos que compõem o texto e escreva-os na lousa para, em seguida, relacioná-los ao texto verbal do cartaz e à adequação ao público-alvo.
28/07/2022 16:16:03
• No item g , ao identificar os antônimos utilizados no texto, eles devem compreender o efeito da oposição de ideias na frase “Resistir sempre, desistir nunca”, enfatizando a necessidade de continuar lutando pelo fortalecimento dessas comunidades. Caso os estudantes demonstrem dificuldades, apresente-lhes outras frases com antônimos, analisando os efeitos de sentido que o emprego deles provoca.
• Reconhecer os termos da oração sujeito e predicado.
• Reconhecer a relação de concordância entre verbo e sujeito.
• Os estudantes percebem e refletem sobre a falta de concordância verbal no uso de uma variante linguística, reconhecendo de forma contextualizada os fatores que contribuem para isso, desenvolvendo as competências específicas de Língua Portuguesa 1 e 4
• Ao reconhecer a flexão do verbo em número e pessoa para concordar com o sujeito, os estudantes desenvolvem a habilidade EF06LP06
• Nesta seção, ao estudar os termos da oração sujeito e predicado, os estudantes identificam o nome como constituinte do sintagma nominal e o verbo como constituinte do sintagma verbal, desenvolvendo a habilidade
EF06LP10
• Ao compreender, explorar e empregar a concordância verbal, os estudantes apropriam-se da linguagem escrita, ampliando suas possibilidades de participação em situações comunicativas da cultura letrada, desenvolvendo, dessa forma , a competência específica de Língua Portuguesa 2
• O trabalho com as noções de sujeito e predicado e de concordância verbal desenvolvido nesta seção, por meio da análise de textos, é pré-requisito para o desenvolvimento da habilidade
EF06LP11
Orientações
• Ao explorar o texto apresentado na atividade 1, destaque que, em 1947, Assis Chateaubriand fundou o Museu de Arte de São Paulo, um dos mais importantes museus do Brasil. No item c , auxilie os estudantes a reconhecer o sujeito da oração, indicando-lhes que se trata do ser ou elemento sobre o qual algo é enunciado.
• Na atividade 2 , oriente os estudantes a reler o texto sempre que necessário para identificar as informações solicitadas e aproveite para retomar os termos essenciais da oração, usando a avaliação feita na seção
1. O texto a seguir traz algumas informações sobre Assis Chateaubriand. Você já ouviu falar sobre essa pessoa?
[...]
Quem foi Assis Chateaubriand?
Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo foi o dono de um império jornalístico no Brasil. Nascido em Umbuzeiro, na Paraíba, em 1892, ele pode ser definido
como jornalista, advogado, empresário e político, mas é lembrado, principalmente, por ter sido dono dos Diários Associados, conglomerado que reuniu dezenas de jornais, revistas e estações de rádio. [...] E vamos lembrar, claro, de seu feito mais conhecido: Chatô trouxe a televisão para o Brasil ao criar a TV Tupi em 1950.
Chateaubriand cursou Direito em Recife e estreou no jornalismo aos 15 anos, escrevendo para jornais. [...] Ficou conhecido entre empresários, intelectuais e políticos e comprou O Jornal em 1924. Quatro anos depois, fundou a revista O
Foto de Assis Chateaubriand, em 1950.
RIZZATTO, Mariana. Quem foi Assis Chateaubriand? Superinteressante , São Paulo, 28 set. 2017. Disponível em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/ quem-foi-assis-chateaubriand/. Acesso em: 11 mar. 2022.
a. Por que Chateaubriand é considerado o pioneiro da televisão brasileira?
Resposta: Porque ele trouxe a televisão para o Brasil ao fundar a emissora Tupi, em 1950.
b. Qual é a importância de Chateaubriand para a comunicação no Brasil?
c. Releia a oração extraída do texto.
A respeito de quem se declara algo nessa oração? O que é declarado? Chateaubriand cursou Direito em Recife [...].
1. b. Resposta: Ele foi responsável pelo desenvolvimento da comunicação no Brasil. Foi dono de diversos jornais, emissoras de rádio e estações de televisão no país.
Resposta: Declara-se algo sobre Chateaubriand. É declarado que ele cursou Direito em Recife.
O termo da oração sobre o qual se declara algo recebe o nome de sujeito e tudo o que se declara a respeito do sujeito é denominado predicado
2. Com base no texto “Quem foi Assis Chateaubriand?”, escreva orações relacionando os sujeitos aos seus respectivos predicados.
Sujeitos
Assis Chateaubriand
A revista O Cruzeiro A emissora Tupi
Resposta: Assis Chateaubriand nasceu em Umbuzeiro, na Paraíba, em 1892. A revista O Cruzeiro foi fundada em 1928. A emissora Tupi foi fundada em 1950.
Predicados foi fundada em 1950.
nasceu em Umbuzeiro, na Paraíba, em 1892. foi fundada em 1928.
1. Leia um trecho do romance O Mágico de Oz . Nele, Dorothy e seus companheiros estão indo em direção à Cidade das Esmeraldas, onde vive o Mágico de Oz.
[...] Dorothy e seus companheiros atravessavam uma floresta bem fechada. A estrada ainda era calçada de tijolos amarelos, mas aqui eles estavam totalmente cobertos de galhos secos e folhas mortas das árvores, o que dificultava muito a caminhada.
Havia poucos pássaros nessa parte da floresta, pois os pássaros preferem sempre terreno aberto, onde encontram mais sol. Mas de vez em quando ouviam um rugido grosso vindo de algum animal selvagem escondido entre as árvores. O som fazia o coração da menina bater mais depressa, porque ela não sabia de onde vinha; mas Totó sabia, chegou mais perto de Dorothy e nem mesmo latia em resposta. E a menina perguntou ao Lenhador de Lata:
— Quanto tempo até sairmos da floresta?
— Não sei dizer — foi a resposta. — Eu nunca estive na Cidade das Esmeraldas. [...]
a. Como é descrito o lugar que os personagens estavam cruzando?
b. Por que em um trecho como esse a descrição é importante?
Resposta: A floresta era bem
fechada, a estrada tinha calçada com tijolos amarelos, os quais estavam cobertos de galhos secos e folhas mortas. que o leitor conheça o espaço em que os personagens estão, levando-o a visualizar o cenário.
c. Leia as orações a seguir.
A estrada ainda era calçada de tijolos amarelos [...]. [..] os pássaros preferem sempre terreno aberto [...].
• Qual é o sujeito de cada uma das orações?
Resposta: Porque a descrição permite
• Antes de ler o trecho apresentado da atividade 1 , comente com os estudantes que a obra O Mágico de Oz se inicia com Dorothy e seu cachorro Totó sendo levados para a terra mágica de Oz por um ciclone que passa pela fazenda onde ela morava com seus tios. Na terra mágica de Oz, Dorothy faz diversos amigos: o Espantalho, o Lenhador de Lata e o Leão Covarde. Na sequência, aproveite os itens a e b e converse com a turma a respeito da descrição do ambiente. Já nos itens c e d , explore a relação de concordância entre verbo e sujeito. Com base na avaliação diagnóstica realizada na seção Iniciando o trajeto, verifique se eles já sabiam que existia concordância entre esses termos da oração, a fim de definir a estratégia a ser adotada para abordar esse conteúdo.
Resposta: Oração A : a estrada . Oração B: os pássaros
• Identifique os verbos de cada oração. Eles estão no singular ou no plural?
Resposta: Oração A : era , no singular. Oração B: preferem, no plural.
• Reescreva o trecho A passando a expressão a estrada para o plural, e o trecho B passando a expressão os pássaros para o singular.
Resposta: As estradas ainda eram calçadas de tijolos amarelos. O pássaro prefere sempre terreno aberto.
d. O que é possível concluir sobre o comportamento do verbo em relação ao seu sujeito?
Resposta esperada: O verbo concorda com o sujeito a que ele se refere em número e pessoa.
2. Agora, releia este trecho.
Dorothy e seus companheiros atravessavam uma floresta bem fechada.
a. Quem realiza a ação expressa pelo verbo em destaque?
Resposta: Dorothy e seus companheiros.
b. O verbo atravessavam concorda com o sujeito? Explique.
Resposta: Sim, pois está no plural, concordando em número e pessoa com o sujeito Dorothy e seus companheiros
Quando o verbo é flexionado em número e pessoa para concordar com o sujeito a que se refere, ocorre o que chamamos concordância verbal
273
28/07/2022 16:16:03
• Na atividade 2 , o objetivo é que os estudantes percebam a concordância do verbo com um sujeito composto, mesmo que o conceito de sujeito composto não seja explorado nesse momento. Caso ache pertinente, informe aos estudantes que a parte mais significativa de um termo da oração é chamada de núcleo. O núcleo do sujeito pode ser um substantivo, um pronome, um numeral ou uma palavra substantivada. O sujeito que apresenta apenas um núcleo é classificado como sujeito simples ; o que apresenta mais de um núcleo é classificado como sujeito composto. Para que eles percebam essa diferença, escreva algumas orações na lousa, como “João gosta de ler” e “João e Ana gostam de ler”, e leve-os a identificar os sujeitos e seus núcleos, reconhecendo a concordância do verbo com eles.
Capa do livro O Mágico de Oz, de L. Frank Baum, publicado pela editora Zahar, em 2013. BAUM, L. Frank. O Mágico de Oz . Rio de Janeiro: Zahar, 2013. p. 59.• O conteúdo desta página busca levar os estudantes a refletir sobre a variação linguística no que concerne ao uso da concordância verbal.
• Na atividade 1 , se possível, mostre na íntegra a letra da canção “Saudosa maloca” com o vídeo ou o áudio dela. Destaque as situações evidenciadas na letra da canção: o sofrimento dos personagens diante da perda de suas moradias e o problema social vivido por eles, a carência de recursos etc.
• Comente com os estudantes que a concordância verbal é um ponto de nossa língua que gera situações de preconceito entre os falantes, sobretudo contra os menos letrados, cuja variante é discriminada por se distanciar da norma-padrão. No entanto, é comum perceber que mesmo os falantes mais letrados, que evitam a variante apresentada aqui, empregam a concordância verbal seguindo outras regras, como: “Chegou os convidados que eu estava esperando” (falta de concordância verbal com sujeito posposto).
No dia a dia, em situações cotidianas, corriqueiras, é possível perceber interações comunicativas em que os usuários utilizam a língua deixando de fazer a concordância de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
Esse uso pode ser percebido, por exemplo, no trecho da letra de canção “Saudosa maloca”, de Adoniran Barbosa. Esse cantor e compositor brasileiro teve uma produção musical marcada pela representação do cotidiano da população simples da capital paulista, evidenciando as mudanças causadas pela urbanização da cidade.
1. Leia um trecho dessa letra de canção para conhecer esse uso.
Ilustrações de Rogério Casagrande/Arquivo da editora. Fotos: picsfive e Zhukovskyi/ Shutterstock.com
Peguemos todas
Nossas coisas
E fumo pro meio da rua Apreciá a demolição Que tristeza que nóis sentia Cada táuba que caía Duía no coração [...]
BARBOSA, Adoniran. Saudosa maloca. Intérprete: Beth Carvalho. In : MPB Compositores Vol. 7: Adoniran Barbosa. São Paulo: RGE, 1997. Faixa 6.
a. Que situação está sendo narrada no trecho dessa letra de canção?
Resposta: A demolição de uma casa.
b. Como os personagens se sentiram diante desse acontecimento? Por quê?
c. Identifique exemplos de marcas de oralidade. Por que elas foram empregadas?
Resposta: Eles se sentiram tristes, pois ficaram na rua, sem ter um lugar para morar. Resposta: Peguemos, fumo, pro, apreciá, nóis, táuba, duía. Elas foram empregadas para que a canção se aproximasse da
2. Releia o trecho a seguir.
Que tristeza que nóis sentia.
fala cotidiana da população simples da capital paulista.
a. Identifique o verbo nessa oração. Ele foi empregado no singular ou no plural?
Resposta: Sentia . O verbo está no singular.
b. Que sujeito realiza a ação expressa pelo verbo? Esse sujeito está no singular ou no plural?
Resposta: O sujeito nóis, que está no plural.
c. A variante nóis sentia é um exemplo da forma de falar de determinados grupos sociais. Considerando as informações sobre a produção musical de Adoniran Barbosa, essa variante foi empregada na letra de canção para refletir a forma de falar de qual dos grupos sociais a seguir? Escreva-o no caderno.
Resposta: D.
Grupo de pessoas que vive na zona rural.
Grupo de pessoas letradas que vive nos centros urbanos.
Grupo de pessoas que vive no interior.
Grupo de pessoas não letradas que vive nos centros urbanos.
d. Imagine uma pessoa dizendo nós sentíamos e outra dizendo nóis sentia . Socialmente, qual dessas duas formas de falar costuma ser vista com preconceito? Em sua opinião, por que isso acontece?
274
1. Leia a manchete a seguir.
Pinturas maias são encontradas em caverna no México Sergio Lima/ Arquivo da editora Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2018/07/ pinturas-maias-sao-encontradas-em-caverna-no-mexico.html. Acesso em: 11 mar. 2022.
a. Identifique o sujeito e o predicado na manchete.
Resposta: Sujeito: pinturas maias. Predicado: são encontradas em caverna no México.
b. O verbo está concordando em número e pessoa com o sujeito? Explique.
Resposta: Sim, o sujeito e o verbo estão no plural e na 3ª pessoa.
c. Reescreva a manchete passando o sujeito para o singular. O que ocorreu com o verbo após essa alteração?
Resposta: Pintura maia é encontrada em caverna no México. O verbo também foi flexionado para o singular, concordando com o sujeito.
2. O texto a seguir traz informações sobre uma dança e um instrumento musical que fazem parte da herança cultural africana no Brasil. Leia-o.
Capoeira e berimbau
Capoeira ■ (é/são) uma mistura de dança e luta, provavelmente de origem banto, que se desenvolveu no Brasil. Hoje, essa arte ■ (é/são) considerada pela Unesco um patrimônio imaterial da humanidade. No jogo de capoeira, nunca falta música e há sempre várias pessoas tocando berimbau, caxixi, agogô, pandeiro e atabaques.
Alguns historiadores ■ (diz/dizem) que o berimbau se originou na África, pois se assemelha a vários outros instrumentos africanos, como o hungo, o urugungo, o macungo, o gunga. Outros ■ (acha/acham) que é criação brasileira e que seu nome ■ (teria/teriam) vindo da madeira usada para fazer a verga: a biriba.
SILVA, Flávia Lins. Diário de Pilar na África . Rio de Janeiro: Pequena Zahar, 2015. p. 13.
2. a. Resposta: Ela foi declarada pela Unesco como patrimônio imaterial da humanidade. Isso torna a capoeira um símbolo cultural de um povo, evidenciando a necessidade de sua divulgação como forma de valorizar costumes e tradições.
Fotografia de roda de capoeira, na cidade de Salvador, BA, em 2016.
a. Que informação apresentada no texto revela a importância cultural da capoeira?
b. Além do berimbau, diversos outros instrumentos musicais são de origem africana. Quais são citados no texto?
Resposta: Hungo, urugungo, macungo, gunga.
c. No texto, foram suprimidos, intencionalmente, alguns verbos. Reescreva-os no caderno escolhendo a forma verbal adequada conforme o que foi visto sobre a concordância do verbo com o seu sujeito. Para isso, selecione uma das opções dadas entre parênteses.
Resposta: É , é, dizem, acham, teria , respectivamente.
d. Qual é o sujeito de cada um dos verbos que você empregou na atividade anterior?
Resposta: É: capoeira. É : essa arte. Dizem: alguns historiadores. Acham: outros. Teria : seu nome.
• O texto e a fotografia apresentados na atividade 2 possibilitam uma articulação entre os componentes curriculares de Língua Portuguesa , de História e de Educação Física . Assim, aproveite para explorar ainda mais a capoeira e seus instrumentos, levando os estudantes a reconhecê-la como patrimônio imaterial da humanidade. Para isso, oriente-os a pesquisar sobre os patrimônios imateriais da humanidade, a fim de compreenderem sua importância. Na sequência, convide o professor de História para conversar com a turma sobre a origem da capoeira no Brasil, remetendo ao
• Conduza a atividade 1 solicitando aos estudantes que leiam individual e silenciosamente a manchete e realizem as atividades. Depois, corrija a atividade coletivamente verificando se os estudantes identificaram os termos essenciais da oração e a concordância em número e pessoa de forma correta. Faça as intervenções necessárias para remediar possíveis defasagens, podendo, por exemplo, escrever na lousa outras frases com sujeito e predicado, sem a concordância adequada, e pedir à turma que ajuste o que for preciso para que a concordância verbal ocorra. • Na atividade 2 , pergunte aos estudantes se conhecem a capoeira e, se possível, exiba um vídeo que mostre essa prática. Solicite a um estudante voluntário que faça a leitura do texto em voz alta para a turma e analise quais comentários são suscitados a respeito do tema e da compreensão do texto, devido à ausência dos verbos. No item a , explique -lhes que a declaração da Unesco considera a prática de capoeira de inigualável e fundamental importância para a humanidade. Ressalte que conhecer e preservar expressões culturais como essa é de extremo valor, pois simbolizam uma das bases de formação do que se identifica hoje como cultura brasileira. No item b, peça a eles que façam uma pesquisa sobre esses instrumentos musicais e compartilhem as informações com os colegas. Nos itens c e d , verifique se os estudantes identificaram o sujeito e os verbos e fizeram a concordância adequadamente. Você pode avaliá-los individualmente enquanto escrevem as frases no caderno.
28/07/2022 16:16:04
contexto social e histórico. Além disso, vocês podem apresentar os instrumentos utilizados nessa prática, exibindo imagens ou desenhando-os na lousa e explicando aos estudantes como funcionam. Posteriormente, convide o professor de Educação Física para apresentar técnicas, táticas e estratégias específicas da capoeira, levando os estudantes a identificar as características dessa mistura de dança e luta. Por fim, problematize com a turma os preconceitos e estereótipos relacionados ao universo das lutas no Brasil, propondo alternativas para superá-los.
Cesar Diniz/Pulsar Imagens• Ler outro anúncio para internet e identificar as características e a função sociocomunicativa desse gênero.
• A leitura e a compreensão do anúncio para internet, assim como seu reconhecimento enquanto lugar de manifestação de sentidos, promovem as competências específicas de Língua Portuguesa 3 e 7
• Os estudantes identificam os efeitos de sentido causados pela escolha das imagens e sua relação com o texto verbal, desenvolvendo a habilidade EF67LP08
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP02 ao comparar duas peças publicitárias e perceber as especificidades das várias semioses e mídias e a adequação dessas peças ao público-alvo e aos objetivos do anunciante.
• Com a análise dos efeitos de sentidos que intensificam a persuasão do anúncio, como as imagens, o emprego do verbo no modo imperativo e a presença do slogan , desenvolve-se a habilidade EF69LP04
• Ao analisar recursos estilísticos e semióticos do anúncio e suas estratégias de persuasão, os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP17
Orientações
• Nesta seção, os estudantes são apresentados a outro anúncio para internet. Espera-se, com isso, que eles possam identificar diferenças e semelhanças na construção desse gênero, principalmente seus elementos visuais e verbais e seus recursos de persuasão.
• Oriente os estudantes a ler o anúncio colocando em prática os conhecimentos aprendidos nas seções iniciais deste capítulo, identificando a finalidade do texto, as principais características do gênero presentes nele, os recursos linguísticos e os efeitos de sentido produzidos.
• Nas atividades 1 e 2 , os estudantes devem identificar o que está sendo divulgado e estabelecer articulação entre esse anúncio e a peça publicitária lida
Na seção Leitura , você leu um anúncio para internet de um evento de adoção de animais. Confira rapidamente a imagem que compõe o anúncio a seguir. Com base nessa imagem, o que você imagina que está sendo divulgado? Leia o anúncio para conferir.
Anúncio para internet da Campanha do Agasalho do Sesc-PR, 2021.
1. O que é divulgado nesse anúncio?
Resposta: Uma Campanha do Agasalho de 2021.
2. Compare esse anúncio com o que foi lido na seção Leitura e explique qual é a principal diferença entre eles em relação ao que divulgam.
Resposta: O anúncio da seção Leitura divulga um evento de adoção de animais; já o desta seção divulga uma campanha de doação de roupas de inverno.
3. Qual é o público-alvo desse anúncio?
Resposta: O público-alvo são as pessoas em geral.
4. Com que objetivo esse anúncio foi produzido?
Resposta: Convencer a população a doar roupas de inverno para quem necessita, como pessoas em situação de rua ou de vulnerabilidade.
anteriormente, reconhecendo a diferença em relação ao que divulgam. Se necessário, auxilie-os a comparar os anúncios. Incentive-os a estender a análise aos recursos estilísticos e semióticos utilizados nas peças publicitárias.
• Antes de propor a atividade 3 , retome o conceito de público-alvo e comente com os estudantes que a imagem apresenta pessoas de diferentes faixas etárias vestindo agasalhos, utilizando esse recurso para se dirigir a um público mais amplo que possa doar roupas de inverno.
• Na atividade 4, verifique se os estudantes compreenderam que os anúncios para internet objetivam convencer o público-alvo a consumir um produto ou um serviço ou a tomar uma atitude em relação a uma situação. Nesse caso, é uma tentativa de convencer a população a doar agasalhos para pessoas que precisam.
5. Em sua opinião, além da internet, onde mais esse anúncio poderia ser veiculado?
Sugestão de resposta: Em veículos impressos, como jornais e revistas, em outdoors, busdoors, folhetos, cartazes, entre outros.
6. Analise a imagem que ilustra o anúncio e explique sua relação com o texto verbal.
Resposta: A imagem apresenta a ilustração de três pessoas bem agasalhadas e usando máscara em um parque. Ela se
7. Releia dois trechos do anúncio.
relaciona com o texto verbal uma vez que este solicita a doação de roupas para que as pessoas fiquem aquecidas no frio.
SESC Paraná
SESC Paraná
• Para desenvolver a atividade 5 , leve os estudantes a pensar em quais meios de comunicação seria pertinente veicular esse anúncio, levando em consideração que devem ser veículos que permitam uma leitura rápida.
Resposta: Slogan, pois se trata de um enunciado curto e marcante que reflete a ideia da campanha divulgada.
a. Considerando os elementos que compõem um anúncio, como o trecho A é classificado? Explique.
b. Que recurso linguístico foi usado no trecho B para chamar a atenção do leitor e convencê-lo a aderir à ideia que é divulgada nessa campanha?
Resposta: Foi usada uma palavra que indica ordem, pedido, conselho ou apelo: faça
c. Para atrair a atenção do público-alvo, o anúncio procura estabelecer uma comunicação mais próxima e direta com os leitores. Para isso, no trecho B, foi empregada uma expressão que evidencia que o anunciante dialoga diretamente com eles. Qual é essa expressão?
• Na atividade 6 , oriente os estudantes a considerar as imagens empregadas como elementos que funcionam como recursos de persuasão, retomando o que verificaram ao realizar a atividade 3 . Se julgar pertinente, discuta também a temporalidade dos anúncios, relacionando a data de sua veiculação (o ano de 2021) ao fato de as pessoas na imagem utilizarem máscaras como forma de prevenção à covid-19
8. Em sua opinião, os elementos verbais e visuais do anúncio são suficientes para convencer o público-alvo a que se destina? Por quê?
Resposta: Faça sua Resposta pessoal.
Em 2021, ano de circulação do anúncio lido, foi realizada a 13ª edição da Campanha do Agasalho do Sesc-PR. De acordo com o anunciante, as edições de 2020 e 2021 da campanha arrecadaram mais de 1 milhão de peças cada, as quais foram doadas a mais de 203 mil pessoas do estado do Paraná. Campanhas semelhantes a essa ocorrem em todo o país com o objetivo de ajudar pessoas em situação de rua ou vulnerabilidade por meio da doação de roupas, calçados e cobertores no período mais frio do ano. Você já participou de alguma campanha como essa? Que tal entrar nessa onda de solidariedade na próxima oportunidade?
A publicidade
Disseminada nos mais diversos meios, a publicidade está cada vez mais sedutora, e, entre seus principais alvos, estão as crianças. O livro A publicidade traz uma reflexão sobre como os anúncios influenciam nossa vida, procurando desenvolver nos leitores o senso crítico. A publicidade , de Alexia Delrieu e Sophie de Menthon. Editora Ática, 2008. (O mundo de hoje explicado às crianças).
Capa do livro A publicidade
• Na atividade 7, verifique se os estudantes se recordam dos elementos dos anúncios e dos recursos de linguagem utilizados nos textos publicitários, estudados anteriormente.
• Na atividade 8 , incentive os estudantes a relacionar os elementos e recursos utilizados à intenção do anúncio, ou seja, a relacionar o slogan , o emprego do verbo no modo imperativo, o diálogo com o leitor e as imagens de pessoas agasalhadas à capacidade de transmitir a ideia de maneira rápida, de criar uma proximidade com o público-alvo e de convencê-lo a participar da campanha de doação.
• Leia com os estudantes as informações a respeito da Campanha do Agasalho e converse com eles sobre as campanhas que ocorrem na cidade onde moram. Permita-lhes expressar se já participaram delas e incentive-os a colaborar nas próximas.
• Após ler a indicação do livro A publicidade , incentive os estudantes a conversar sobre maneiras de conviver com os diversos tipos de publicidade que encontramos no dia a dia de maneira crítica e consciente.
• Produzir uma campanha com diferentes peças publicitárias.
BNCC
• Ao produzir e divulgar uma campanha publicitária considerando o público-alvo, as condições de produção que envolvem a circulação das peças e as estratégias de persuasão utilizadas, os estudantes desenvolvem as habilidades EF69LP09 e EF69LP06
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP02 ao analisar e comparar peças publicitárias variadas, de forma a perceber a articulação entre elas em campanhas e ampliar suas possibilidades de produção de textos pertencentes a esses gêneros.
• Como produzirão diferentes gêneros, considerando sua adequação ao contexto de produção e circulação, os estudantes utilizarão estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição, reescrita e avaliação de textos, desenvolvendo, assim, as habilidades EF69LP07 e EF67LP13
• Ao empregar a linguagem verbal e a linguagem não verbal, relacionando-as para dar sentido ao anúncio e persuadir o leitor, os estudantes desenvolvem a competência específica de Linguagens 3 e a competência específica de Língua Portuguesa 3
• A escrita do texto verbal para o anúncio possibilita aos estudantes desenvolver as habilidades EF06LP11 , EF06LP12 , EF67LP32 e EF67LP33
• Na revisão e edição das peças publicitárias, considerando sua adequação à mídia em questão e a relação entre as diferentes semioses, os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP08
Orientações
• Antes de iniciar a produção da campanha publicitária, converse com a turma a respeito do contexto de produção que deverá ser considerado. Explique-lhes que serão formados grupos que produzirão diversas peças, porém todas as peças farão parte de uma mesma campanha, na qual a turma toda trabalhará.
Neste capítulo você leu anúncios para internet e outras peças publicitárias e conheceu alguns dos recursos de linguagem empregados nesses textos para persuadir o leitor. Agora você e seus colegas vão fazer o papel de publicitários e criar coletivamente uma campanha na escola.
Para planejar a campanha, leiam as orientações a seguir.
a. Primeiro definam sobre o que será a campanha de vocês. Confiram algumas sugestões.
Evento de troca de livros
Campanha de doação de materiais escolares
Campanha de conscientização ambiental
b. Formem grupos e definam as peças que farão parte da campanha publicitária. Cada grupo deve ficar responsável por uma peça. A seguir são apresentadas algumas sugestões.
Anúncio para internet Cartaz de campanha
Folheto Banner
Fôlder Spot Vídeo para internet
Jingle
c. Criem coletivamente uma logomarca e um slogan para a campanha. Eles devem ser usados em todas as peças publicitárias, conferindo identidade visual à campanha.
d. Pensem no título da campanha e no texto verbal que vai compor as peças. Lembrem-se de que, no caso de um evento, deve haver a indicação da data, do horário e do local de sua realização. No caso de uma campanha de doação, devem ser indicados onde os materiais podem ser doados e o prazo para que isso ocorra. Já uma campanha de conscientização não precisa apresentar esse tipo de informação.
e. Em seguida, listem ideias de título e frases de efeito para compor a parte verbal dos textos. Vocês podem empregar estrangeirismos, verbos no imperativo, palavras e expressões que se refiram ao leitor, antônimos, figuras de linguagem, entre outros recursos, para tornar o texto mais expressivo e persuasivo. Essas frases também podem ser adaptadas e utilizadas nas peças audiovisuais, como jingles, spots e vídeos.
f. Pensem nas cores que poderão ser utilizadas nas peças publicitárias, considerando o que é divulgado. Por exemplo, em uma campanha sobre meio ambiente, a cor verde pode predominar.
g. Por fim, pesquisem em mídias variadas (revistas, internet, TV, rádio etc.) inspirações para a campanha. Vocês também podem pesquisar imagens para compor as peças ou produzi-las.
• Na subseção Planejando o texto, forme grupos, unindo estudantes de diferentes perfis. Definam, coletivamente, qual será o tema da campanha da turma, quais peças farão parte da campanha publicitária e qual grupo ficará responsável por cada uma delas. Auxilie-os a entrar em consenso caso mais de um grupo se interesse por produzir a mesma peça ou faça um sorteio.
• Oriente-os a criar coletivamente o título da campanha, uma logomarca e um slogan para ela, além de defi-
nir quais informações ou frases devem constar em todas as peças. Em turmas grandes, é possível solicitar a cada grupo que discuta as ideias entre si e eleja um representante para apresentá-las à turma, de modo a organizar as sugestões e facilitar a tomada de decisões coletivas.
• Auxilie os grupos a pesquisar, em mídias variadas, diversas peças publicitárias, a fim de se inspirar para sua produção.
h. No caso de peças publicitárias audiovisuais, como jingles, spots e vídeos, vocês devem planejar a duração delas. Tenham em mente que o spot é um áudio curto (geralmente de 15 a 30 segundos), por isso, selecionem bem as informações que farão parte dele. O jingle é uma peça musical, também curta, com ritmo e melodia que facilitam a memorização da mensagem. O vídeo pode ser um pouco mais extenso (de 30 segundos a 1 minuto, por exemplo). Ele pode apresentar imagens acompanhadas de narração, infográficos, tutoriais, encenações, entre outros formatos.
i. Após o planejamento, cada grupo deve providenciar os materiais necessários para a produção de sua peça publicitária.
Para produzir a campanha, sigam estas orientações.
a. Para a produção do cartaz de campanha, fôlder, folheto, banner ou anúncio para internet, vocês devem organizar a imagem escolhida e o texto verbal (slogan, título, frases de efeito, informações importantes etc.). Usem as cores escolhidas em consonância com o que é divulgado e produzam cada peça de acordo com suas características específicas.
b. Lembrem-se de que o slogan deve aparecer em todas as peças, e a frase de impacto deve estar em destaque, com cores e letras expressivas que chamem a atenção do leitor.
c. Esses textos podem ser produzidos diretamente no computador ou no celular, em programas ou aplicativos de edição de imagem, ou podem ser feitos à mão. Nesse caso, o anúncio para internet deve ser digitalizado para ser publicado na rede.
d. Para as peças audiovisuais, testem os equipamentos necessários para a gravação, como celular, tablet ou computador, verifiquem a luz (no caso do vídeo) e o áudio. Façam quantas gravações forem necessárias até atingir o resultado esperado. Depois vocês podem editar o vídeo e os áudios em programas ou aplicativos de edição de som e imagem.
Finalizadas as peças publicitárias, vocês devem revisar e avaliar os textos conforme os itens a seguir para depois compartilhá-los com a comunidade escolar.
a. Em todas as peças, é possível identificar o que está sendo anunciado?
b. Foram criados um slogan e uma logomarca para a campanha, e todas as peças apresentam esses elementos?
c. Todas as peças foram produzidas de acordo com suas características específicas e buscam convencer o público a aderir à ideia anunciada?
d. Os textos escritos foram revisados, os arquivos audiovisuais foram editados corretamente, e a qualidade do som e da imagem foi verificada?
Após a avaliação, finalizem as peças publicitárias fazendo as adequações necessárias. Em seguida, combinem com o professor e com a direção ou a coordenação da escola como será feita a divulgação da campanha. Por exemplo, cartazes de campanha podem ser afixados nos murais da escola, e folhetos podem ficar disponíveis na biblioteca ou na secretaria. Já o anúncio para internet, o jingle, o spot e o vídeo podem ser compartilhados no blog, no site ou nas redes sociais da escola ou da turma.
• Durante a pesquisa de peças publicitárias, oriente os estudantes a atentar às características de cada uma das peças. Se julgar necessário, confira as peças com eles, em sala de aula, e auxilie-os a elencar suas características na lousa, sanando possíveis dúvidas em relação às características de cada uma. Se possível, sugira-lhes que verifiquem peças diferentes que façam parte de uma mesma campanha, a fim de analisar a maneira como elas se articulam e como cada uma, com suas especificidades, atua na persuasão do público e na construção da campanha como um todo.
• Para desenvolver a subseção Produzindo o texto , oriente os grupos a produzir as peças de acordo com suas características específicas, lembrando-os de que o slogan e as informações mais importantes devem fazer parte de todas as peças, mesmo que surjam em formatos diferentes (por escrito, em áudio ou em vídeo).
• Oriente os grupos a compartilhar com a turma as expectativas do resultado de cada peça, de forma a promover uma melhor articulação entre elas. Eles podem empregar um mesmo recurso (por exemplo, as cores, a fonte de texto que será utilizada, um jargão ou um efeito sonoro) em todas as peças que mobilizarem os mesmos elementos semióticos. Enfatize aos estudantes que é importante que cada peça seja única, mas que todas dialoguem, já que apresentam um mesmo objetivo.
• Oriente os grupos que ficarão responsáveis pelo jingle e pelo spot a produzir uma peça curta e que seja de fácil compreensão e memorização.
exemplo, costuma-se utilizar as cores verde, azul ou marrom, que evocam a imagem de plantas, da água e da terra. Já para divulgar um evento de troca de livros, uma opção é produzir anúncios coloridos, a fim de demonstrar a multiplicidade de caminhos que se pode desvendar ao ler novos livros.
• No caso do grupo que produzirá o vídeo, é necessário promover a articulação entre os aspectos visuais e sonoros, que podem ser uma narração, música, entre outros.
As informações importantes podem surgir por meio de sua apresentação na gravação, no áudio ou até mesmo ser inseridas por escrito após a produção, durante a edição do vídeo.
• Na subseção Avaliando o texto, oriente os estudantes a avaliar cada uma das peças individualmente e, em seguida, a campanha publicitária da turma como um todo. Em seguida, divulguem as peças publicitárias de acordo com suas especificidades.
• Para auxiliar os grupos que ficarão responsáveis pelo anúncio para internet, o cartaz de campanha, o fôlder, o folheto e o banner, sugira-lhes selecionar ou produzir imagens que dialoguem com o texto verbal, de modo que o público-alvo os relacione com facilidade. Oriente-os a utilizar as cores de acordo com as intenções que desejam transmitir. Em campanhas de conscientização ambiental, por
• Ler um cartaz de campanha e conhecer as características, o campo de atuação e a função sociocomunicativa desse gênero.
• Reconhecer a relevância do tema trabalho infantil e envolver-se no debate sobre ele.
• A competência específica de Língua Portuguesa 3 é contemplada neste estudo, pois os estudantes devem ler e compreender um cartaz de campanha com autonomia.
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP02 ao reconhecer o contexto de produção do cartaz de campanha e analisar como a persuasão é construída na relação entre a imagem e o texto escrito.
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP04 ao identificar o emprego de palavra com duplo sentido no cartaz , bem como o efeito que esse emprego confere ao texto. Além disso, a análise do verbo no imperativo também contribui para o desenvolvimento dessa habilidade.
• Ao refletir sobre a construção da argumentação no cartaz, relacionando texto e imagem, bem como os recursos linguísticos que contribuem para a persuasão, os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP17
• A habilidade EF69LP13 , a competência geral 9 e o tema contemporâneo transversal Direitos da criança e do adolescente são contemplados nesta seção, uma vez que os estudantes participam de discussões e contribuem com a busca por soluções para acabar com a exploração do trabalho infantil, bem como a habilidade EF69LP24 , com a discussão de casos, reais ou não, que envolvem (supostos) desrespeitos às crianças.
• Ao se posicionarem sobre o assunto do cartaz, ouvindo e respeitando as opiniões dos colegas, os estudantes desenvolvem as habilidades EF69LP11 e EF69LP15
• Ao reconhecer a maneira como a referência ao trabalho infantil é construída na escolha da imagem, os estudantes desenvolvem a habilidade EF67LP08
Muitas ações e projetos são desenvolvidos por diferentes órgãos públicos e privados, em todo o Brasil, para tentar acabar com os diversos problemas que assolam nossa sociedade, entre eles a exploração do trabalho infantil. O que você acha de atitudes como essas? De que outras formas podemos contribuir para essas mudanças? Leia o cartaz de campanha a seguir para refletir sobre essas questões.
• Os estudantes aprimoram a habilidade EF06LP05 ao identificar e perceber o efeito provocado pelo emprego do verbo que faz um apelo ao leitor.
Orientações
• Leia para os estudantes o parágrafo introdutório, suscitando o debate sobre a exploração do trabalho infantil e identificando o que eles sabem desse assunto e como se sentem em relação a essa realidade. Durante a discussão, verifique se eles apresentam sugestões para colaborar com a erradicação desse problema e, se necessá-
rio, incentive-os a pensar em possíveis estratégias de intervenção, seja em âmbito pessoal, seja em âmbito governamental.
• Organize a turma em duplas, escolhendo estudantes de perfis diferentes para que cooperem entre si somando habilidades. Eles deverão, de maneira silenciosa, ler o texto e analisar as imagens. Depois, ouça o que foi destacado por eles e proponha uma leitura coletiva do cartaz de campanha
Cartaz de campanha da Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude do Governo do Estado de Pernambuco.No Brasil, o trabalho infantil se iniciou simultaneamente ao trabalho escravo. As crianças africanas e afrodescendentes eram obrigadas a servir aos senhores, muitas já aos 8 anos de idade. Além das crianças negras que eram obrigadas a trabalhar, as indígenas também foram submetidas ao trabalho infantil, pois eram consideradas mão de obra barata. Com a abolição da escravatura, muitos imigrantes, principalmente italianos, vieram para o Brasil em busca de empregos, assim como as suas crianças, que também tiveram de trabalhar. Somente em meados do século 20 as políticas de erradicação do trabalho infantil começaram a surgir para combater esse problema social.
Reprodução da tela Volta à cidade de um proprietário de chácara, em aquarela, produzida em 1822 pelo artista francês Jean-Baptiste Debret (1768-1848). Nessa imagem, vemos duas crianças escravizadas acompanhando seu senhor, que é carregado por dois adultos escravizados.
1. Em vez de contratar uma criança para trabalhar, o que o empregador poderia fazer para ajudar a melhorar as condições de vida dessa criança e da família dela?
Confira a resposta da questão nas orientações ao professor.
2. A realização de algumas tarefas, como limpar o quarto e manter organizada a casa, não pode ser classificada como exploração do trabalho infantil. Explique por quê.
Confira a resposta da questão nas orientações ao professor.
1. Qual instituição é responsável por divulgar o cartaz de campanha lido?
2. O que motivou a criação desse cartaz de campanha?
Resposta: A Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude do Governo do Estado de Pernambuco. Resposta: O fato de haver a exploração do trabalho
infantil nas praias do estado de Pernambuco, ou seja, a exploração do trabalho infantil ainda persistir no Brasil.
3. Com que finalidade o cartaz foi produzido?
Resposta: Com a finalidade de divulgar um problema social, visando conscientizar a população de sua gravidade.
4. Analise atentamente os elementos da imagem e o texto verbal do cartaz.
a. Que elementos compõem a imagem?
Resposta: A imagem de uma criança (menino) com um lápis na mão, desenhada na areia da praia, e a água do mar se aproximando do desenho.
b. Qual desses elementos está em destaque e sugere o tipo de trabalho infantil denunciado no cartaz de campanha? Explique.
c. De acordo com o cartaz, como o trabalho infantil afeta a vida das crianças?
Resposta: O trabalho infantil impede que a criança possa frequentar a escola, brincar e ser cuidada.
d. Que argumentos são apresentados no cartaz para convencer o leitor da importância de combater o trabalho infantil?
Resposta: Os argumentos de que a infância e a adolescência são uma época de aprender, brincar e receber cuidado, e que trabalhar na praia é proibido até os 18 anos.
Argumento é o conjunto de fundamentos empregados para comprovar uma ideia, com o objetivo de convencer o interlocutor.
4. b. Resposta: A imagem do menino, a areia e a água do mar. O trabalho infantil denunciado no cartaz de campanha é o trabalho nas praias. É possível concluir isso pela imagem da areia, do mar e do menino com um lápis na mão, objeto que foi colocado no lugar dos objetos que as crianças geralmente vendem nas praias.
turma a importância do respeito aos turnos de fala.
• O objetivo das atividades 1 a 3 da subseção Escrevendo sobre o texto é o reconhecimento do contexto de produção do cartaz de campanha , e, na atividade 4 , o intuito é analisar como a persuasão é construída na relação entre a imagem e o texto verbal.
1. Resposta: Poderia propor trabalho para os responsáveis pela criança. Caso os pais ou responsáveis dela já
• Leia com os estudantes o boxe O surgimento do trabalho infantil no Brasil e aproveite para explorar a imagem apresentada estabelecendo uma relação entre os componentes curriculares de Língua Portuguesa e de História . Pergunte a eles sobre os elementos da pintura, a paisagem retratada, as vestimentas das pessoas e as ações realizadas. Informe-lhes que a característica mais marcante do trabalho do pintor francês Jean-Baptiste Debret é revelar o cotidiano do Brasil no século 19 e que sua interpretação é de suma importância para a compreensão da história do país. Com base na análise da tela, leve os estudantes a refletir sobre o sistema escravagista da época e seus impactos na sociedade brasileira, trazendo consequências sentidas até hoje. Outras telas igualmente relevantes são Negra vendendo caju , Caçador de escravos e Guerreiro indígena a cavalo . Se possível, mostre-as aos estudantes e peça-lhes que façam, oralmente, uma análise delas. Explique aos estudantes que o uso da palavra escravo deve ser evitado. Atualmente, utilizamos a expressão pessoa escravizada para identificar esses indivíduos. Comente que essa expressão denuncia o processo de violência resultante da perda da identidade. Na sequência, leia o texto do boxe e promova uma análise histórica do trabalho infantil no Brasil em que os estudantes possam avaliar criticamente as piores formas em que essa prática ocorre, suas causas e consequências, bem como as políticas públicas e sociais envolvidas para combatê-la.
28/07/2022 16:18:17
trabalhem, o empregador poderia melhorar a remuneração deles. Assim, a criança não precisaria trabalhar e poderia ir para a escola e ter tempo para realizar atividades próprias da sua faixa etária, como brincar.
2. Resposta: Porque desde cedo as crianças precisam aprender que todas as pessoas que residem na mesma moradia precisam colaborar para que ela se mantenha limpa e organizada. As crianças podem começar com pequenas tarefas, e a complexidade pode ir aumentando conforme a idade.
• Nas atividades 1 e 2 da subseção Conversando sobre o texto, o objetivo é instigar os estudantes a refletir sobre a exploração do trabalho infantil. Questione-os sobre casos que talvez conheçam em sua cidade ou outras regiões. Para enriquecer essa discussão, é interessante trabalhar os significados dos termos exploração e desigualdade social. Ao se posicionarem sobre o assunto, reforce com a
Biblioteca Nacional da França, Paris• Na atividade 1 , mostre aos estudantes que o duplo sentido é um recurso expressivo empregado no cartaz com a finalidade de gerar duas interpretações possíveis. Ajude-os a identificar os dois sentidos e evidencie que esse recurso contribui para a persuasão desse texto publicitário. Se achar interessante, solicite a eles que elaborem frases com duplo sentido ou que construam outras frases com o termo legal , nos dois sentidos.
• Para desenvolver a atividade 2 , oriente os estudantes a ler o trecho do cartaz e inferir o significado da expressão em destaque. Depois, proponha-lhes que respondam às questões coletivamente, incentivando a argumentação oral. O objetivo é que eles compreendam que a expressão ser apagado se refere às crianças que possam estar sendo exploradas e se relaciona tanto com um futuro que é prejudicado pelo trabalho infantil quanto com a imagem do cartaz que retrata um desenho feito na areia que pode ser apagado pelo mar a qualquer momento.
• Na atividade 3 , o objetivo é reconhecer o efeito de persuasão do verbo denunciar no modo imperativo. Caso os estudantes mostrem dificuldade, pergunte-lhes qual é a intencionalidade que a frase deixa transparecer, incentivando-os a inferir que é a denúncia do trabalho infantil. Explique a eles que o modo imperativo exprime ideia de comando, ordem, pedido, súplica. Ideias que contribuem para incentivar o interlocutor a pensar e ter atitudes defendidas pelo anunciante.
• Solicite a um estudante voluntário que leia o boxe Quem luta contra o trabalho infantil? para toda a turma. Depois, incentive-os a comentar esse texto. Aproveite o momento para explicar-lhes que a concepção de criança nos dias atuais, um cidadão com direitos, necessidades físicas, cognitivas, psicológicas e sociais, só surgiu a partir do século 20. Antes, a criança era considerada um adulto em miniatura, e não havia preocupação com as etapas de seu desenvolvimento. Ressalte que, mesmo com todos os projetos visando à erradicação do trabalho infantil, ele
2. c. Resposta: A frase busca alertar o leitor a agir de modo a ajudar para que as crianças não tenham sua vida futura prejudicada, “apagada”, devido ao trabalho que as impede de ter uma vida adequada à infância, podendo frequentar a escola, brincar e se divertir
de maneira saudável. Essa ideia de um futuro ser apagado é reforçada pela imagem da criança desenhada na areia e a água do mar vindo até ela para apagá-la, ou seja, para extingui-la, fazendo uma alusão ao que pode
1. Releia um trecho do cartaz de campanha apresentado na página 280 Praia legal é praia sem trabalho infantil.
a. Que palavra empregada nesse trecho apresenta duplo sentido? Explique-o.
Resposta: A palavra legal, que apresenta sentido de um ambiente bom e alegre, e sentido de estar de acordo com a lei.
b. O uso de palavras com duplo sentido é um recurso muito empregado em textos publicitários. Com que intenção isso é feito?
Resposta: Para atribuir mais expressividade aos textos e chamar a atenção do leitor.
2. Releia este trecho da linguagem verbal do cartaz. Não deixe um futuro ser apagado. Denuncie o trabalho infantil nas praias.
a. A que futuro esse trecho faz referência?
Resposta: À vida da criança em um tempo futuro, ou seja, a quem ela poderá se tornar.
b. Analise a expressão em destaque. Que sentido ela apresenta nesse contexto?
Resposta: O sentido de a criança não ter uma vida digna no futuro, ter o futuro prejudicado.
c. Explique a relação entre a frase “Não deixe um futuro ser apagado” e a linguagem não verbal do cartaz.
3. Releia a frase da atividade anterior.
3. b. Resposta: O anunciante deseja promover uma mudança de atitude do leitor e persuadi-lo a combater a exploração do trabalho infantil, denunciando-o por meio de uma ligação telefônica.
a. Quais formas verbais foram empregadas para indicar um apelo ao leitor?
Resposta: As formas verbais deixe e denuncie
b. Que atitude o anunciante deseja provocar no leitor ao empregar essas formas verbais?
O cartaz de campanha é um texto publicitário formado por texto não verbal e texto verbal, e tem como objetivo divulgar uma ideia, uma causa. Nele, são apresentados argumentos para influenciar o comportamento do público-alvo.
Dia 12 de junho é o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil. No Brasil e no mundo, existem diversas instituições, públicas e privadas, que se tornaram conhecidas pelos programas que desenvolvem a luta contra a exploração do trabalho infantil. Entre elas, destacam-se as descritas a seguir:
Organização Internacional do Trabalho (OIT ): criada após a Primeira Guerra Mundial, tem o objetivo de lutar contra as condições injustas e degradantes dos trabalhadores infantis.
Logotipo da Organização Internacional do Trabalho.
Fundação Abrinq: criada em 1990, é uma instituição sem fins lucrativos que tem por objetivo oferecer aos jovens acesso à educação, saúde, cultura, lazer, formação profissional e inclusão digital, além de conscientizar a sociedade sobre os direitos da infância e da adolescência.
Logotipo da Fundação Abrinq
Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef ): criado em 1946, está no Brasil desde 1950. Realiza programas importantes que ajudam crianças e adolescentes a ter seus direitos garantidos, entre eles o de ter uma infância sem precisar trabalhar.
ainda persiste em nosso país, pois muitas crianças deixam de ir à escola para trabalhar em áreas rurais, fábricas ou casas de família.
• A estratégia Gallery walk pode auxiliar no desenvolvimento do conteúdo desse boxe, especialmente em turmas com mais de 45 estudantes. Para isso, peça a eles 282
Logotipo do Unicef
Ao trabalhar, as crianças ficam expostas a uma série de fatores que podem interferir diretamente em seu desenvolvimento. Sendo exploradas como mão de obra, sujeitas a maus-tratos de patrões e empregadores, elas podem adquirir graves problemas emocionais e, inclusive, apresentar dificuldades em estabelecer vínculos afetivos com os outros.
Os danos do trabalho infantil também incluem consequências para a vida social das crianças. Ao trabalhar, elas são obrigadas a adquirir maturidade muito precocemente, e isso as afasta do convívio social com pessoas de sua faixa etária.
Além disso, muitas crianças que trabalham desenvolvem sérios problemas físicos.
Em situação de trabalho precário, o corpo infantil fica exposto ao risco de lesões, deformidades físicas e várias doenças.
Confira no infográfico a seguir alguns exemplos de problemas de saúde que podem atingir crianças sujeitas a certos tipos de trabalho.
Perda da visão provocada pelo trabalho em pedreiras e na cultura do sisal.
Problemas ou doenças no aparelho respiratório provocados pelo pó em pedreiras, cerâmicas e carvoarias. Intoxicação por agrotóxicos provocada pelo contato com esses produtos na cultura da laranja, da cana-de-açúcar e na produção de seda.
5. Cortes e mutilações provocados pelo trabalho com foices, facões e enxadas na cultura e no beneficiamento do sisal, na cultura de cana-de-açúcar e em carvoarias.
Perda da audição provocada pelo barulho emitido em olarias, pedreiras e no processo de produção do sisal.
Problemas de coluna provocados pelo trabalho pesado na cultura de laranja, em cerâmicas, na produção de seda, na extração de sal, no garimpo do lixo e nas ruas.
• Ampliar os conhecimentos acerca das consequências do trabalho infantil.
• Ao conhecer os agentes de proteção dos direitos da criança e do adolescente e seu papel no enfrentamento do trabalho infantil, os estudantes ampliam seu contato com os temas contemporâneos transversais Direitos da criança e do adolescente e Educação em direitos humanos
• O tema contemporâneo transversal Saúde é também contemplado nesta seção, uma vez que os estudantes refletem sobre como a exploração do trabalho infantil afeta a saúde das crianças.
• Ao exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, promovendo os direitos humanos, com acolhimento de diferentes indivíduos, os estudantes desenvolvem a competência geral 9
• Os estudantes desenvolvem as habilidades EF69LP14 e EF67LP22 ao formular perguntas e fazer anotações dos pontos mais importantes a respeito do tema abordado.
Picadas de insetos e de animais peçonhentos durante o trabalho na cultura da laranja, da cana-de-açúcar, na produção de seda e no garimpo do lixo.
1. Qual dos problemas apresentados mais surpreendeu você? Por quê?
2. De acordo com as informações apresentadas no texto e no infográfico, por que o trabalho infantil é nocivo às crianças?
• Para auxiliar na resolução das atividades 1 e 2 proponha à turma uma roda de conversa. Na atividade 1 , solicite a cada estudante que defina em uma palavra como se sentiu ao ler o texto e o infográfico, incentivando-os a expor seus sentimentos. Ao explorar a atividade 2 , primeiro, dê um tempo para os estudantes responderem-na por escrito, depois peça-lhes que compartilhem seus apontamentos a respeito de o trabalho infantil ser nocivo, promovendo um diálogo entre todos.
06/08/2022 09:48:46
1. Resposta pessoal. Permita aos estudantes que exponham suas impressões.
2. Resposta: Porque causa danos físicos, emocionais e sociais às crianças, comprometendo o desenvolvimento delas.
• Para abordar os problemas causados pelo trabalho infantil, sugere-se convidar o professor de Ciências ou um profissional da área da saúde para ministrar uma palestra aos estudantes e explicar-lhes melhor as consequências físicas apontadas pelo infográfico apresentado. Caso seja possível, um médico ou um psicólogo também pode ser convidado para tratar das consequências físicas, psicológicas e emocionais resultantes do trabalho infantil na vida de uma criança ou adolescente trabalhador.
• Durante a palestra, peça aos estudantes que tomem notas, registrando as informações mais importantes. Oriente-os a formular perguntas ao palestrante no final da apresentação. Depois eles poderão produzir cartazes ou resumos das palestras para serem apresentados às demais turmas da escola.
1. 3. 5. 2. 4. 6. 2. 4. 1. 3. 6. Confira as respostas das questões nas orientações ao professor.• Ler um texto que apresenta intertextualidade temática com o cartaz de campanha analisado na seção Leitura
BNCC
• Esta seção permite abordar o tema contemporâneo transversal Direitos da criança e do adolescente , ao levar os estudantes a reconhecer os direitos assegurados às crianças e aos adolescentes, defendendo-os por meio da apresentação de dados do trabalho infantil pelo mundo.
• A competência específica de Língua Portuguesa 3 é contemplada nesta seção, pois os estudantes devem ler e compreender um texto expositivo, a fim de identificar a intertextualidade temática com o cartaz lido.
• A competência geral 9 é contemplada nesta seção, pois os estudantes exercitam o diálogo e a cooperação, acolhendo a opinião do outro e desenvolvendo a alteridade e a empatia.
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP30 ao estabelecer relações e comparar os textos lidos, chegando a algumas conclusões sobre o tema.
• Ao ser realizada a atividade de pesquisa sobre a situação do trabalho infantil no Brasil, os estudantes desenvolvem as habilidades EF69LP14 , EF69LP38 , EF69LP41, EF67LP23 e EF67LP24
Orientações
• O texto apresentado nesta seção tem por objetivo trazer informações concretas sobre o problema do trabalho infantil, levando os estudantes a refletir sobre a necessidade e a importância de campanhas, projetos e ações como o cartaz de campanha que foi apresentado na seção Leitura. O texto ora apresentado é de natureza expositiva, sobre o qual os estudantes poderão, em um primeiro momento, ter dúvidas quanto ao direcionamento da leitura. Exceto no caso do mapa e sua respectiva legenda apresentada no quadro (onde há intrinsecamente uma relação de interdependência), além do trecho sobre o “Trabalho Infantil no Brasil” e o subitem “Pela lei”, as informações podem ser lidas de forma não linear, sem que o texto perca sua essência.
Leia as informações a seguir, que apresentam outros dados sobre o trabalho infantil.
No mundo todo, 168 milhões de crianças entre 5 anos e 17 anos trabalham, segundo o Unicef (Fundo das Nações Unidas Para a Infância). Esse número, que é maior do que a soma da população da
168 milhões de crianças
de 5 anos a 17 anos trabalham.
4 entre 5 crianças
França e do Reino Unido, preocupa muitos especialistas, já que muitos menores deixam de estudar e fazem trabalhos que oferecem riscos à saúde e não são adequados para a sua idade.
60% das crianças Mais de 50%
ou 100 milhões fazem serviços rurais, como plantar, pescar e cuidar do gado.
116 mil
dessas crianças trabalham mais de nove horas por dia.
1 milhão de crianças
trabalham sem receber salário ou dinheiro. fazem serviços perigosos para a saúde. trabalham em minas e pedreiras.
+ de 12,5 milhões na América Latina e no Caribe Caju, arroz, tabaco, algodão, cerâmica, sapato.
+ de 9 milhões no Oriente Médio e no norte da África
+ de 59 milhões na África Subsaariana
+ de 77 milhões na Ásia e no Pacífico
Coco, peixe e ouro. Café, arroz, chá e tabaco.
Tapete, indústria têxtil, sapato, arroz, cigarro, bola de futebol, seda e algodão.
Pimenta, café, cebola e tomate.
Café, milho e açúcar. Flores e esmeralda. Coco, banana, milho e joalheria.
• Na sequência, as questões levantadas têm por objetivo levar os estudantes a mobilizar sua competência leitora, não só para reconhecer a intertextualidade temática entre esse texto e o cartaz de campanha , mas também para localizar e inferir determinadas informações, fomentando o trato crítico dos dados apresentados.
• Proponha aos estudantes que a leitura seja feita individual e silenciosamente para que todos possam interpretar os dados informativos com atenção aos detalhes. Ressalte a importância de se fazer uma leitura atenta, analisando, além do texto verbal, os atrativos visuais que também informam o leitor.
Ouro: crianças podem morrer em explosões nas minas, ser atingidas pelas pedras que rolam ou ficar sufocadas nos túneis das minas.
Café: fazendeiros não pagam as crianças, que ainda podem ser maltratadas.
Tabaco: crianças sofrem com a nicotina absorvida pela pele ao colher as folhas.
Cana-de-açúcar: exposição a altos níveis de pesticidas. Muitas crianças ainda se machucam com os instrumentos para cortar cana.
Algodão: pesticidas e agrotóxicos contaminam as crianças.
Bananas: crianças são expostas aos fungicidas jogados pelos aviões.
No Brasil, mais de 3 milhões de pessoas entre 5 anos e 17 anos trabalham. Desse total, a maior parte mora no Nordeste, que tem mais de 1,9 milhão de menores trabalhadores. Muitos trabalham em plantações, como as de algodão e cana-de-açúcar, e na produção de roupas e calçados.
Menor de 14 anos — não pode trabalhar. Entre 14 anos e 15 anos — pode trabalhar só se for menor aprendiz, o que ocorre quando companhias empregam os jovens, mas também desenvolvem programas de aprendizagem. Entre 16 anos e 17 anos — liberado para trabalhar. Só não pode se o trabalho for realizado em más condições e prejudicar os estudos.
• Para ampliar o assunto abordado no texto expositivo, indique para os estudantes as leituras a seguir.
ANDRADE, Telma C. ; BRAZ, Júlio E. Infância roubada . São Paulo: Quinteto Editorial, 2017.
ARANHA, Maria L. A. A praça é do povo. São Paulo: Moderna, 2007.
SMITH, David J. O direito de ser criança : como vivem as crianças do mundo. Tradução: Antonio Carlos Vilela. São Paulo: Melhoramentos, 2012.
• Na atividade 1 , verifique se os estudantes reconhecem a intencionalidade por trás da informação destacada e como ela é usada a fim de alcançar os objetivos do texto na interação comunicativa. Mostre a eles que a informação de que a quantidade de crianças que trabalham no mundo é maior que a quantidade da população de dois países juntos causa estarrecimento, revolta, espanto.
• Ao propor a atividade 2 , oriente os estudantes a reler o texto para identificar os dados solicitados. Se houver dificuldade, intervenha, apontando e explicando -lhes como analisar a quantidade numérica contida nas legendas do mapa.
1. No início do texto, foi apresentada a quantidade de crianças de 5 a 17 anos que trabalham no mundo: 168 milhões. Por que se afirma que esse número é maior do que a soma da população da França e do Reino Unido?
Resposta: Para destacar a gravidade desse número, que é bem representativo, e, assim, permitir que o leitor compreenda melhor a equivalência dessa quantidade de pessoas.
2. Analise o mapa apresentado na página anterior. Qual região apresenta a maior concentração de casos de trabalho infantil? E qual apresenta a menor quantidade?
Confira a resposta da questão nas orientações ao professor.
3. Compare os dados do trabalho infantil nas realidades brasileira e mundial. Os números do Brasil são motivos de preocupação e exigem providências?
Confira a resposta da questão nas orientações ao professor.
4. Tanto o texto lido nesta seção quanto o cartaz de campanha lido na página 280 tratam sobre o trabalho infantil. No entanto, qual deles faz um apelo ao leitor sobre a gravidade desse problema social?
Resposta: O cartaz de campanha faz um apelo maior ao leitor, pois é um texto expositivo-argumentativo. O texto lido nesta seção apresenta uma característica mais expositiva do que argumentativa.
5. Com base nos dados apresentados, qual é a importância de campanhas como as do cartaz do Unicef para combater o trabalho infantil no Brasil e no mundo?
Confira a resposta da questão nas orientações ao professor.
2. Resposta: A maior concentração de casos de trabalho infantil é na Ásia e no Pacífico; a menor concentração é no Oriente Médio e no norte da África. Para chegar a essas conclusões, leve os estudantes a analisar a quantidade numérica destacada na legenda do mapa.
3. Resposta: Sim, pois os dados relativos ao Brasil são alarmantes: dos 168 milhões de crianças em situação de trabalho infantil no mundo, 3 milhões então no Brasil e, desses , mais de 1,9 milhão estão no Nordeste.
• Na atividade 3 , incentive os estudantes a compartilhar com os colegas sua resposta. Mostre a eles que o Brasil está em situação extremamente preocupante e que as causas para o trabalho infantil ainda existir estão ligadas à desigualdade social e econômica.
• A atividade 4 permite estabelecer uma relação de intertextualidade temática entre os dois textos lidos neste capítulo, identificando o apelo e a argumentação no primeiro. Leve os estudantes a analisar os textos, verificando se há elementos que expõem argumentos.
28/07/2022 16:18:18
5. Resposta: Ações como as campanhas promovidas pelo Unicef são importantes porque, apesar dos esforços de toda a sociedade e de entidades governamentais e não governamentais, o trabalho infantil persiste como uma triste realidade mundial. Essas campanhas visam chamar a atenção para o problema, sensibilizando as pessoas e promovendo uma mudança de atitude.
• Na atividade 5, oriente os estudantes a analisar como os cartazes têm a capacidade de sensibilizar os leitores, com campanhas mais apelativas. Aproveite para ressaltar a importância de utilizar a propaganda a serviço de questões sociais.
• Conhecer trechos da Declaração Universal dos Direitos da Criança e do Estatuto da Criança e do Adolescente
• Reconhecer a aplicação desses documentos no que diz respeito ao combate ao trabalho infantil.
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF67LP15 ao refletir sobre o trecho da Declaração Universal dos Direitos da Criança e do Estatuto da Criança e do Adolescente apresentados. Nesse sentido, o tema contemporâneo transversal Direitos da criança e do adolescente também é contemplado.
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP13 ao refletir sobre o papel da sociedade no combate ao trabalho infantil e pensar em possíveis propostas de intervenção.
• Ao se posicionarem sobre o assunto, apresentando argumentos e contra-argumentos, ouvindo e respeitando as opiniões dos colegas, os estudantes desenvolvem as habilidades EF69LP11 e EF69LP15
• Ao ler trechos de texto normativo, identificando sua função e características, os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP20
• A competência geral 9 é contemplada nesta seção, uma vez que os estudantes devem cultivar a empatia e a cooperação ao apresentar possibilidades de ações para a luta contra o trabalho infantil.
Orientações
• Leia com a turma o parágrafo introdutório, contextualizando os estudantes e apresentando, aos que não conhecem, a ONU Explique a eles como essa organização mundial influencia nas políticas públicas e de defesa dos direitos humanos. Saliente que, após a segunda Guerra Mundial (1946), devido aos crimes de guerra contra crianças e adolescentes, a ONU fundou o Unicef para acompanhar as políticas dos países em defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes.
Nas páginas anteriores, você conheceu dados que envolvem a exploração do trabalho infantil. Esse problema acontece nas mais diversas atividades cotidianas e acabar com essa prática requer uma mobilização tanto dos empregadores quanto de toda a sociedade.
Para proteger as crianças do mundo todo, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou a Declaração Universal dos Direitos da Criança (DUDC).
Criado em 20 de novembro de 1959, esse documento foi assinado pelas 78 nações que participaram da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU).
A Declaração Universal dos Direitos da Criança é composta de dez princípios que expressam os direitos básicos de todas as crianças do mundo e reforçam a ideia de que todas as pessoas devem colaborar para que esses direitos sejam respeitados.
Leia a seguir trechos dos princípios VII e IX , que falam, respectivamente, sobre o direito de toda criança à educação e à proteção.
Princípio VII
A criança tem direito a receber educação escolar, a qual será gratuita e obrigatória, ao menos nas etapas elementares. [...]
[...]
A criança deve desfrutar plenamente de jogos e brincadeiras, os quais deverão estar dirigidos para educação; a sociedade e as autoridades públicas se esforçarão para promover o exercício deste direito.
[...]
Princípio IX
A criança deve ser protegida contra toda forma de abandono, crueldade e exploração. [...]
Não se deverá permitir que a criança trabalhe antes de uma idade mínima adequada; em caso algum será permitido que a criança dedique-se, ou a ela se imponha, qualquer ocupação ou emprego que possa prejudicar sua saúde ou sua educação, ou impedir seu desenvolvimento físico, mental ou moral.
BRASIL. Ministério da Justiça. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília, 13 jul. 1990. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 27 jul. 2022.
• Antes de iniciar a leitura do texto, incentive os estudantes a levantar hipóteses sobre o assunto que será abordado e, depois da leitura, retome-as a fim de verificar se aquilo que imaginaram apareceu concretamente
no texto. Relacione, de forma concisa, as ideias apresentadas e o conteúdo do texto lido, fazendo-os refletir sobre a função social desses documentos e no reconhecimento de direitos.
Mais de trinta anos após a criação da Declaração Universal dos Direitos da Criança, mais especificamente em 13 de julho de 1990, no Brasil, foi criado o Estatuto da Criança e do Adolescente, também conhecido por sua sigla ECA , com base na Lei nº 8.069/90.
Constituído de um conjunto de normas que regulamentam os direitos das crianças e dos adolescentes brasileiros, o ECA tem por objetivo fazer esses direitos serem assegurados por meio de soluções socioeducativas e não assistencialistas, a fim de ajudar a resolver os problemas enfrentados pelas crianças e pelos adolescentes.
Para alcançar os objetivos propostos, o ECA exige a criação de conselhos de direitos das crianças e dos adolescentes e conselhos tutelares que devem garantir o cumprimento dos direitos desses jovens.
Leia alguns dos direitos encontrados nesse documento.
ART. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II – direito de ser respeitado por seus educadores;
III – direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores;
IV – direito de organização e participação em entidades estudantis;
V – acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.
UNICEF. Declaração Universal dos Direitos da Criança. 20 nov. 1959. Biblioteca Virtual em Saúde. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ declaracao_universal_direitos_crianca.pdf. Acesso em: 27 jul. 2022.
1. Você já conhecia ou tinha ouvido falar sobre esses documentos e direitos? Comente com os colegas.
2. A situação denunciada no cartaz de campanha lido na página 280 comprova que os direitos das crianças não são sempre respeitados na prática. Para você, o que a sociedade pode fazer para mudar essa realidade?
• Oriente os estudantes a identificar nesses documentos os direitos garantidos às crianças. Ao contrastar esses direitos com a quantidade de crianças que trabalham no Brasil, convide-os a refletir sobre o distanciamento entre a lei e a prática diária. Quando os estudantes forem se posicionar sobre o tema, oriente-os a apresentar argumentos e contra-argumentos. Incentive-os a expor as ideias que têm sobre o assunto, reforçando a importância do respeito aos turnos de fala.
• Nas atividades 1 e 2 , atue como mediador, orientando os estudantes a dialogar sobre o texto lido e seus conhecimentos prévios. Auxilie-os a concluir que as pessoas devem se conscientizar que crianças e jovens precisam ter uma infância e adolescência em que possam brincar e adquirir conhecimento.
1. Resposta pessoal. Permita aos estudantes que exponham seu conhecimento de mundo e troquem experiências.
2. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes reconheçam que uma forma de tentar mudar essa realidade é apoiar as iniciativas e políticas sociais, de maneira a fortalecer as ações de grupos e organizações que se empenham para eliminar es se problema.
• Conhecer o período simples e o período composto.
• Identificar o período composto por coordenação.
• Identificar a oração coordenada assindética.
BNCC
• Ao analisar o efeito de sentido causado pelo humor, bem como a crítica apresentada em uma HQ, os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP03
• Ao perceber a vírgula separando orações que formam um período composto por coordenação, os estudantes desenvolvem a habilidade EF06LP07
• Os estudantes desenvolvem as habilidades EF06LP08 e EF06LP09 ao identificar os períodos simples e compostos, reconhecendo-os em textos e inferindo o efeito de sentido do emprego desses períodos.
• Esta seção possibilita aos estudantes desenvolver a competência específica de Língua Portuguesa 2 , posto que eles se apropriam da noção de período simples e composto, podendo utilizá-la na escrita, inserindo-se na cultura letrada.
• Na atividade 1, solicite aos estudantes que leiam a história em quadrinhos atentamente. Depois, pergunte a eles o que está acontecendo em cada cena, induzindo-os a descrever os elementos verbais e visuais. Evidencie que esse gênero textual é caracterizado pela interação entre as linguagens verbal e não verbal, além de ser uma narrativa sequencial. Depois, leve os estudantes a pensar em como foram capazes de interpretar a ambientação, a história narrada pelo Calvin e os recursos utilizados que auxiliam no entendimento. É possível que apresentem dificuldade em reconhecer os sentidos depreendidos pelos recursos multissemióticos por se prenderem demais ao texto verbal. Caso isso ocorra, retome a leitura, descrevendo o que há em cada quadrinho.
1. b. Resposta: Não, a história narrada por Calvin é fruto de sua imaginação. É possível perceber isso no último quadrinho, quando o pai dele entra no quarto e o leitor toma conhecimento de que a história é uma invenção do garoto.
1. Leia a seguir uma HQ.
a. Do primeiro ao sétimo quadrinho, que aventuras Calvin está vivenciando?
b. A história narrada por Calvin é real? Como é possível concluir isso?
c. Apesar de contar a história que ele mesmo teria vivenciado, por que Calvin utiliza a terceira pessoa?
Resposta: Porque ele criou um personagem em sua história, o valente astronauta Spiff, e conta a história como se fosse o narrador-observador.
WATTERSON, Bill. Criaturas bizarras de outro planeta! : as aventuras de Calvin & Haroldo. São Paulo: Conrad Editora do Brasil, 2011. p. 110. Resposta: Calvin assumiu o papel de um personagem, o astronauta, e está sobrevoando e explorando outro planeta.2. Releia os seguintes trechos da HQ.
O astronauta Spiff pousa no distante planeta Zokk!
Spiff logo percebe que o planeta Zokk tem muito menos gravidade do que a Terra!
a. Quantos verbos há em cada trecho? Identifique-os.
b. Você já estudou que uma oração se organiza em torno de um verbo ou de uma locução verbal. Assim, quantas orações há em cada um desses trechos?
Resposta: No trecho A , há uma oração; no trecho B, há duas orações.
A frase composta por uma ou mais orações recebe o nome de período. Quando o período é constituído apenas de uma oração, recebe o nome de período simples. Quando é constituído de duas ou mais orações, é chamado período composto
Cada um dos períodos, simples ou composto, apresenta sentido completo e termina com uma pausa bem definida, marcada na escrita por ponto-final, ponto de exclamação, ponto de interrogação ou reticências. A quantidade de verbos determina, portanto, o número de orações presentes no período.
Leia estes exemplos, extraídos da HQ da página anterior.
Inesperadamente, o primeiro passo de Spiff o lança para o alto.
(um verbo = uma oração = período simples)
Nosso herói busca desesperadamente um local de pouso / que tenha os banheiros funcionando.
(dois verbos = duas orações = período composto)
locução verbal locução verbal
Para de pular na cama / e vai dormir !
1ª oração
2ª oração
(duas locuções verbais = duas orações = período composto)
Resposta: A : um, a forma verbal pousa B: dois, as formas verbais percebe e tem 289
• Na atividade 2 , auxilie os estudantes a reconhecer os verbos e orações. Se necessário, copie os exemplos na lousa e explique a eles que os verbos são as ações realizadas, e as orações apresentam sentido completo e são construídas em torno de um verbo ou uma locução verbal. Ressalte que um período pode conter uma ou mais orações, de acordo com o número de verbos que contém.
• No estudo sobre período simples e período composto, serão trabalhadas questões importantes, entre elas os efeitos de sentido provocados pelo emprego de períodos breves ou longos, bem como a relação entre a extensão dos períodos e os gêneros textuais em que são empregados.
• Na atividade 1, leia a tirinha em voz alta para a turma, empregando a entonação adequada e os efeitos de sentido que ela confere ao texto. Ao propor os itens a e b, oriente os estudantes a retomar a leitura do texto para localizar as informações. Já nos itens c , d e e , aproveite para verificar se todos compreenderam o conceito de verbo, locução verbal, oração, período simples e período composto. Se necessário, retome os conteúdos que eles não assimilaram.
• Na atividade 2 , ajude os estudantes a reconhecer que as orações, se separadas, mantêm sentido completo. Se necessário, dê outros exemplos de orações coordenadas.
• Para ampliar o trabalho com o período composto por coordenação, proponha uma atividade de análise. Para isso, transcreva na lousa um texto, como uma receita culinária, e peça aos estudantes que o copiem no caderno. Depois, questione-os sobre a quantidade de períodos que há no texto, sobre a pontuação que delimita os períodos e sobre a classificação deles em simples e compostos. Após responderem, ressalte que o uso de períodos simples ou compostos varia de acordo com o objetivo do texto. Dessa forma , pergunte a eles sobre o motivo de uma receita empregar comumente períodos simples, ajudando-os a perceber que esse tipo de período facilita a compreensão das instruções apresentadas; porque em textos instrucionais, como receitas, busca-se marcar bem cada instrução, para que elas não sejam confundidas ou realizadas fora da etapa. Para finalizar a atividade, comente com os estudantes que em receitas culinárias e textos instrucionais, ou ainda textos que têm a intenção de marcar bem as ações, o período composto por coordenação é mais recorrente.
1. Leia a tirinha a seguir e descubra sobre o que os personagens Charlie Brown e Snoopy estão conversando.
a. Releia a fala de Charlie Brown, no primeiro quadrinho.
Ver o Sol nascer e se pôr, dançar, ir a festas de aniversário, andar de mãos dadas, beber água fresca, usar sapatos novos...
1. b. Resposta: No último quadrinho, quando Snoopy afirma que Charlie Brown jamais o convencerá de que existe algo tão bom quanto biscoitos de chocolate.
Por que Charlie Brown apresenta uma sequência de ações para Snoopy?
Resposta: Para convencê-lo de que existem coisas melhores do que biscoitos de chocolate.
b. Em que momento da tirinha é possível concluir a sua resposta à atividade anterior?
c. Como você já estudou, toda oração se organiza em torno de um verbo ou de uma locução verbal. Quantas orações há nesse trecho?
Resposta: Oito orações.
d. Identifique os verbos de cada uma.
Resposta: Ver, nascer, pôr, dançar, ir, andar, beber, usar
e. Esse período é simples ou composto? Explique.
Resposta: Período composto, pois é formado por oito orações.
2. Leia este trecho extraído da tirinha e verifique as orações em destaque.
[...] dançar, ir a festas de aniversário, andar de mãos dadas, beber água fresca, usar sapatos novos...
Faça várias leituras do trecho acima. Primeiro, suprima a 2 a oração, depois a 3 a e assim por diante. Ao suprimir essas orações, o sentido de cada uma se manteve ou foi comprometido? Como você percebeu isso?
Resposta: O sentido se manteve, pois as orações têm sentido completo (são independentes sintaticamente umas das outras).
Em um período composto por coordenação, as orações apresentam estrutura sintaticamente independente, isto é, não funcionam como termos de outra oração. Elas recebem o nome de orações coordenadas
SCHULZ, Charles. Snoopy 10 : sempre alerta! Tradução: Cássia Zanon. Porto Alegre: L&PM, 2013. p. 75.1. Leia o poema a seguir.
Planeta Samba
O vento assobia, a árvore requebra, o mar balança.
No Planeta Samba, todo mundo tem gingado.
A chuva batuca, o rio desfila, a nuvem dança.
No Planeta Samba, todo mundo é bem chegado.
SILVESTRIN, Ricardo. Pequenas observações sobre a vida em outros planetas . São Paulo: Salamandra, 2004. p. 18.
a. Que sensações a leitura desse poema provocou em você: alegria, tristeza, melancolia, agitação ou outros sentimentos?
Resposta pessoal.
b. Sobre o que trata esse poema?
Resposta: Trata sobre o samba, ritmo musical brasileiro.
c. Como a atribuição de características humanas a elementos da natureza (vento, árvore, mar, chuva, rio e nuvem) reforça o tema do poema?
Resposta: A personificação destaca, de forma poética, o efeito contagiante do samba, que sensibiliza a todos.
d. Cada estrofe do poema é formada por um só período. Quais estrofes apresentam períodos simples e quais apresentam períodos compostos?
Resposta: Período simples: segunda e quarta estrofe. Período composto: primeira e terceira estrofe.
2. Releia a primeira estrofe e analise as orações.
O vento assobia, / a árvore requebra, / o mar balança.
oração 1 oração 2 oração 3
a. Que pontuação foi empregada para isolar cada uma das orações?
Resposta: A vírgula.
b. Cada uma das orações da primeira estrofe é formada por: artigo mais substantivo mais verbo. Em que outra estrofe isso também ocorre? O que essa repetição na construção das orações atribui ao poema?
Resposta: A construção artigo mais substantivo mais verbo ocorre também na terceira estrofe. Essa repetição na construção contribui para o ritmo do poema.
As orações coordenadas que não apresentam conjunção recebem o nome de orações coordenadas assindéticas
• Na atividade 1, peça a um estudante que faça a leitura dramatizada do poema. Depois, oriente-os a responder aos questionamentos individualmente. Ao final, incentive-os a comentar suas respostas verificando se compreenderam o poema, perguntando qual é a relação dele com o ritmo do samba, contextualizando e apontando a importância dele para a cultura brasileira. Além disso, mencione os sentidos provocados pelo uso da figura de linguagem personificação, seus efeitos de sentido e a identificação de períodos compostos e simples.
• Na atividade 2 , leve os estudantes a analisar o uso da pontuação e da repetição nas estrofes do poema, verificando que ambos conferem ritmo a ele, marcando as pausas e os sons no discurso. Releia as orações marcando o ritmo para demonstrá-lo aos estudantes.
16:20:13
• Na subseção Praticando , há exercícios de fixação e de interpretação que mostram e discutem o uso contextualizado do período simples e do período composto. Permita aos estudantes fazer as atividades e depois as correções, de modo que possam apresentar suas respostas e sanar possíveis dúvidas. Dessa forma , você poderá avaliar a aprendizagem que eles tiveram desse conteúdo.
• Ao propor a atividade 1 , peça aos estudantes que, primeiro, façam uma leitura silenciosa do conto, identificando as diferentes vozes que aparecem na história. Em seguida, forme duplas e peça a eles que juntos releiam o texto, trocando os turnos de fala entre eles e proferindo a entonação adequada a fim de verificar os efeitos de sentido que as falas e a entonação conferem à narrativa. A leitura silenciosa e o trabalho em pequenos grupos compõem estratégias interessantes para turmas grandes. Em turmas menores, pode-se selecionar dois estudantes para que façam a leitura em voz alta para a turma acompanhar. Mantenha-os em duplas para que se ajudem na resolução dos itens. Faça a correção utilizando a lousa e, quando necessário, esclarecendo as dúvidas que surgirem.
1. Leia o conto a seguir.
1. a. Resposta: Ambos são preguiçosos. A preguiça era tanta que eles ficaram empurrando um para o outro para ver quem iria levantar para verificar se estava ou não chovendo.
1. b. Resposta: A preguiça faz os personagens terem atitudes inusitadas e inesperadas, causando humor no texto. Durante a discussão para ver quem iria verificar se estava ou não chovendo, chamam o cachorro.
Dois preguiçosos estão sentados, cada um na sua cadeira de balanço, sem vontade nem de balançar. Um deles diz:
— Será que está chovendo?
O outro:
— Não sei.
— Acho que está.
— Será?
— Não sei.
— Vai lá fora ver.
— Eu não. Vai você.
— Eu não.
— Chama o cachorro.
— Chama você.
— Tupi!
O cachorro entra da rua e senta entre os dois preguiçosos.
— E então?
— O cachorro tá seco...
Caulos. São Paulo: Ática, 2000. p. 107-108. (Para Gostar de Ler Júnior). © by Luis Fernando Verissimo.
a. Os personagens do conto apresentam uma característica em comum. Qual é essa característica? Cite uma atitude dos personagens que confirma sua resposta.
b. De que forma a característica dos personagens contribui para a construção do humor?
c. Para verificar se estava ou não chovendo, os personagens chamam o cachorro. Em que momento fica evidente a real intenção que eles tiveram ao chamar o animal?
Resposta:
No final do texto, quando o leitor tem conhecimento de que eles usaram o cachorro para saber se estava chovendo.
d. Por que o nome do cachorro apareceu seguido de ponto de exclamação?
Resposta: Para indicar que os preguiçosos estavam chamando por ele, isso torna a frase mais enfática e expressiva.
e. Com base no contexto da história, a fala em que os personagens chamam o cachorro possui sentido completo, isto é, comunica uma ideia? Explique.
f. A fala “—Tupi!” pode ser considerada um período? Explique.
Resposta: Sim. Os preguiçosos conseguem estabelecer comunicação com Tupi, pois o chamam, e este atende ao chamado. Resposta: Não, pois não há uma oração nesse trecho, descaracterizando, portanto, a ideia de período.
g. No conto, predominam as frases e os períodos curtos. De que forma esse emprego pode sugerir uma das características dos personagens?
Possível resposta: O emprego de frases e períodos mais curtos pode sugerir a preguiça dos personagens.
VERISSIMO, Luis Fernando. Os preguiçosos. In : VERISSIMO, Luis Fernando. Festa de criança Ilustrações:2. Releia este trecho do conto da página anterior.
O cachorro entra da rua e senta entre os dois preguiçosos.
a. Quem reproduz esse trecho? Qual é a importância desse período para a construção de sentido do texto?
Resposta: O narrador. Esse período é importante para contextualizar as ações para os leitores.
b. De quantas orações é composto esse período?
Resposta: Trata-se de um período com duas orações.
c. Como esse período é classificado? Explique.
Resposta: Período composto, pois apresenta duas orações, identificadas por meio dos verbos entrar e sentar
3. Confira a charge a seguir.
Arionauro
• Para desenvolver a atividade 2 , releia a frase do conto. No item a , perceba se os estudantes conseguem identificar a função do narrador, intermediando a história para o leitor e descrevendo o contexto. Nos itens b e c , eles deverão identificar as orações e classificar o período. Se for preciso, relembre o conteúdo, explicando -lhes novamente os conceitos se a turma ainda apresentar dificuldade de compreensão.
ARIONAURO. Charge Desmatamento da Floresta e Calor. Arionauro Cartuns , 28 ago. 2021. Disponível em: http://www.arionaurocartuns.com.br/2021/08/ charge-desmatamento-da-floresta-e-calor.html. Acesso em: 29 abr. 2022.
a. Qual é a principal característica do gênero charge?
Resposta: C.
Narrar uma história engraçada empregando a linguagem verbal e a não verbal.
• Por meio da charge apresentada na atividade 3 , será analisado o efeito de sentido causado pelo humor, bem como a crítica apresentada. Trabalhe esses dois elementos, questionando os estudantes a respeito da crítica exposta na charge e como ela é construída. Espera-se que eles a compreendam como uma crítica ao desmatamento, uma vez que mostra ao leitor que os responsáveis por essa ação também acabam sofrendo as consequências.
B. C. Desmatamento na Amazônia em 2021 é o maior dos últimos 10 anos
Fazer uma crítica generalizada a um tema atemporal de maneira séria.
Fazer uma crítica a um assunto de relevância no momento por meio do humor.
b. Sabendo que a manchete a seguir foi publicada no mesmo ano da charge, justifique sua resposta à questão anterior.
Resposta: A charge faz uma crítica ao desmatamento, que bateu recorde no Brasil no ano em que foi publicada.
Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/desmatamento-naamazonia-em-2021-e-o-maior-dos-ultimos-10-anos/. Acesso em: 29 abr. 2022.
c. Releia a frase que acompanha a charge. Quantos verbos e quantas orações há nela?
Resposta: Um verbo, portanto uma oração.
d. Classifique o período desse texto em simples ou composto.
Resposta: Período simples.
e. O uso de períodos mais curtos ou mais longos nos textos varia de acordo com as intencionalidades do autor e as características do gênero. Por que, nessa charge, emprega-se um período mais curto?
Resposta: O texto verbal da charge se relaciona com a imagem para que o leitor possa construir sentidos. Como a imagem é o elemento de maior destaque, o texto verbal precisa ser mais enxuto e trazer períodos simples e mais curtos.
293
28/07/2022 16:20:13
A.• Ler outro cartaz de campanha e identificar as características e a função sociocomunicativa desse gênero
BNCC
• A competência específica de Língua Portuguesa 3 é aprimorada nesta seção, pois os estudantes devem ler e compreender um cartaz de campanha com autonomia.
• Ao explorar o emprego dos verbos no imperativo, o emprego de pronomes que estabelecem um diálogo com o leitor e o emprego de palavras com duplo sentido, os estudantes desenvolvem as habilidades EF69LP04 e EF69LP17
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF67LP08 ao identificar a imagem que compõe o cartaz e ao relacioná-la ao sentido global do texto.
• Ao refletir sobre o combate à exploração do trabalho infantil, atividade ilegal e proibida por lei, os estudantes desenvolvem a habilidade EF67LP15
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF06LP05 ao identificar os verbos no modo imperativo, bem como ao reconhecer o efeito apelativo que ele confere ao discurso publicitário.
• A habilidade EF69LP02 é contemplada nesta seção, pois os estudantes devem compreender o cartaz, identificando seu tema e o público-alvo, além de inferir o anunciante da campanha, reconhecer o objetivo com que o cartaz foi produzido e identificar a linguagem expressiva utilizada no texto.
• Esta seção aborda o tema contemporâneo transversal Direitos da criança e do adolescente ao explorar com os estudantes um cartaz tendo como referência os direitos do ECA , além de discutir a validade desses direitos e avaliar se são efetivamente colocados em prática.
• Antes de ler com os estudantes o cartaz de campanha apresentado, pergunte-lhes se eles já viram, nas ruas e praças, crianças exercendo algum trabalho ilegal. É importante que eles reconheçam, na realidade
A seguir, você vai conhecer mais um cartaz de campanha, que denuncia outro tipo de trabalho infantil. Pela imagem em destaque, que tipo de trabalho infantil você imagina que esteja sendo denunciado? Leia o cartaz para conhecer a denúncia que ele faz.
que os cerca , exemplos diários de situações como a denunciada no cartaz.
• Proponha um levantamento de hipóteses sobre o cartaz, de acordo com o parágrafo que o antecede, e recupere-as na atividade 1 na página seguinte.
• Conduza a leitura do cartaz, propondo a leitura individual e silenciosa. A seguir, faça questionamentos sobre o que sentiram e entenderam ao ler e verifique a compreensão dos estudantes. Explore os recursos visuais, solicitando à turma que descreva sua relação com o texto verbal e sua função apelativa, persuasiva.
Cartaz de campanha do Ministério Público do Trabalho, 2015.1. Após a leitura do cartaz de campanha , suas hipóteses sobre o tipo de trabalho infantil denunciado se confirmaram? Comente.
Resposta pessoal.
2. O cartaz de campanha da página anterior também denuncia a exploração da mão de obra infantil. Que tipo de trabalho é denunciado?
Resposta: O trabalho infantil exercido nas ruas, com destaque
para o trabalho de crianças que limpam os para-brisas nos semáforos.
3. Quem é o anunciante dessa campanha?
4. Com qual objetivo esse cartaz foi produzido?
Resposta: O Ministério Público do Trabalho (MPT ). Resposta: Com o intuito de conscientizar os leitores a não patrocinar a exploração do trabalho infantil
nas ruas, especialmente pagando pelos serviços de limpeza de para-brisas, comuns nas grandes cidades.
5. Que elemento compõe a imagem desse cartaz? Como essa imagem se relaciona ao texto verbal do cartaz?
Resposta: A fotografia de uma mão de criança limpando o para-brisa de um carro. A imagem
ilustra a situação denunciada pelo texto verbal, isto é, a exploração do trabalho infantil nas ruas das cidades.
6. Para convencer os leitores da gravidade do trabalho infantil nas ruas, são apresentados alguns riscos aos quais as crianças são submetidas. Que riscos são esses?
Resposta: Ao exercer atividades
7. Releia dois trechos do cartaz e analise os pronomes em destaque.
• Na atividade 1 , incentive os estudantes a resgatar o levantamento de hipóteses que fizeram antes da leitura para que possam trocar ideias sobre essa questão e verificar se suas hipóteses se confirmaram ou não.
Você enxerga um caminho, ele não vê um futuro. A.
B.
Ao pagar para uma criança limpar o para-brisa, você está promovendo o trabalho infantil.
7. b. Resposta: Ao se referirem a pessoas diferentes, os pronomes indicam que elas não têm o mesmo destino: você (leitor) tem um futuro; ele (criança que trabalha) não tem um futuro. Com esse argumento, busca-se convencer os leitores a combater o trabalho infantil.
a. Cada um dos pronomes em destaque se refere a quem?
Resposta: O pronome você usado
nas ruas, as crianças estão desprotegidas e expostas aos maiores perigos, como drogas, violência, exploração sexual e morte. nos dois trechos se refere ao leitor, e o pronome ele, às crianças vítimas da exploração do trabalho infantil.
b. No trecho A , explique a importância do emprego de pronomes diferentes para a construção do argumento para convencer o leitor.
c. Nos dois trechos, há um diálogo com o leitor. Com que objetivo isso é feito?
Resposta: Com o objetivo de persuadir o leitor, buscando a sua adesão ao comportamento de não pagar a criança para
8. Agora, leia estes trechos do cartaz de campanha.
Não compre. A.
Denuncie: Disque 100. B.
8. a. Resposta: No trecho A, a forma verbal compre; no trecho B, as formas verbais denuncie e disque. Todas essas formas verbais estão no modo imperativo.
a. Que palavras são empregadas para fazer um apelo ao leitor? Em que modo verbal elas estão?
b. Explique como o emprego dessas palavras contribui com a proposta do cartaz para o combate à exploração do trabalho infantil.
9. Releia este trecho do cartaz.
Trabalho infantil não é legal.
Resposta: Ao empregar o modo imperativo, o cartaz apresenta medidas propositivas de combate ao trabalho infantil, como não comprar de crianças nas ruas e denunciar situações de trabalho infantil. Assim, por meio do imperativo no anúncio, o apelo ao leitor e a solicitação de adesão à campanha ficam evidentes.
Nesse trecho, uma expressão foi empregada com duplo sentido. Identifique-a e explique os sentidos possíveis.
Resposta: A expressão não é legal foi empregada para se referir tanto a algo que não está de acordo com a lei quanto a algo que não possui características positivas.
Crianças invisíveis
Esse filme reúne sete curtas-metragens, dirigidos por diversos diretores, que retratam a situação de crianças de seus países (Brasil, Itália, Inglaterra, Sérvia e Montenegro, Burkina Faso, China e Estados Unidos).
Crianças invisíveis , de Ridley Scott, John Woo, Jordan Scott, Emir Kusturica, Mehdi Charef, Katia Lund, Stefano Veneruso e Spike Lee, 2005. 124 min.
295
• Ao realizar a atividade 2 , discuta com eles sobre a presença de crianças em semáforos e esquinas, vendendo produtos ou oferecendo serviços e mesmo pedindo esmolas. Esse é um bom momento para discutir com a turma os problemas sociais existentes no Brasil, mostrando a eles que a presença do trabalho infantil é uma das faces de uma má distribuição de renda e da desigualdade social que atinge o país.
• Nas atividades 3 a 6 , incentive os estudantes a retomar o cartaz para localizar as informações solicitadas e leve-os a identificar o anunciante, o objetivo e os elementos do cartaz, de acordo com seus conhecimentos prévios. Se necessário, retome os conceitos e aponte esses elementos no texto.
• As atividades 7, 8 e 9 exploram com os estudantes as estratégias discursivas dos textos publicitários , analisando o emprego dos verbos no imperativo, o emprego de pronomes que estabelecem um diálogo com o leitor e o emprego de palavras com duplo sentido. Aproveite o item c da atividade 7 para estabelecer um diálogo com os estudantes sobre qual seria o impacto do não pagamento pelos serviços de uma criança. Converse também sobre o fato de algumas pessoas acreditarem estar ajudando a criança ao aceitar seus serviços, mas que somente ao recusá-los e denunciá-los poderiam fazer diferença na vida da criança, já que é a demanda que incentiva e mantém o trabalho infantil.
28/07/2022 16:20:15
• Faça a leitura do boxe Crianças invisíveis sobre a indicação do filme. Tendo em vista o contexto da sua escola, se possível, marque um dia para a exibição dele. O recurso audiovisual pode sensibilizar ainda mais os estudantes e pode complementar o tema, por meio de novas informações.
limpar o para-brisa do carro.• Praticar a escrita por meio da produção de um cartaz de campanha.
• Produzir um cartaz de campanha , de acordo com as características do gênero, a situação comunicativa e as convenções da língua.
• Envolver-se em uma iniciativa local que visa à conscientização sobre o problema do trabalho infantil.
• A competência específica de Língua Portuguesa 3 é desenvolvida nesta seção, na medida em que os estudantes são levados a produzir um cartaz de campanha , refletir sobre o trabalho infantil e conscientizar-se sobre a gravidade da exploração do trabalho infantil.
• A competência específica de Língua Portuguesa 8 também é desenvolvida, pois os estudantes são orientados a exercer a autonomia de pesquisa e leitura sobre o tema trabalho infantil.
• Os estudantes desenvolvem as habilidades EF69LP06 , EF69LP09 e EF67LP13 ao planejar um cartaz de campanha sobre questões/problemas, temas e causas significativos para a escola e/ou comunidade, desenvolvendo a busca por propostas para combater um problema social que atinge todo o país.
• Os estudantes desenvolvem a habilidade EF69LP07 na medida em que, antes de iniciar a produção, entram em contato com a situação comunicativa que será norteadora de seu cartaz de campanha , reconhecendo: o que vão produzir, para quem, com que objetivo e onde o texto vai circular.
• Por fim, os estudantes desenvolvem as habilidades EF67LP32 , EF67LP33 e EF69LP08 ao serem orientados no processo de revisão e avaliação do cartaz de campanha , o qual poderá ser editado, inclusive em programas digitais de edição de texto.
Neste capítulo, você estudou o gênero cartaz de campanha e refletiu sobre a problemática do trabalho infantil no Brasil e no mundo. Agora, é a vez de você e mais um colega criarem juntos um cartaz de campanha com o objetivo de conscientizar as pessoas do bairro sobre a importância do combate a esse problema social. Ao final, os cartazes deverão ser expostos e divulgados em estabelecimentos comerciais do bairro em que moram.
Antes de começarem a escrever, confiram como vocês vão planejar o cartaz.
a. Pesquisem informações sobre o trabalho infantil em diversas fontes, como sites , livros, revistas, jornais, para poderem se embasar sobre o tema.
b. Entre as informações pesquisadas, selecionem as que mais possam contribuir para a construção do cartaz de vocês.
c. Em uma folha, um bloco de notas no celular ou em algum programa de edição no computador, anotem as informações que vocês desejam incluir no cartaz e consultem-nas sempre que necessário.
d. Pensem em quais informações serão empregadas para convencer os leitores da importância de combater o trabalho infantil.
e. Pesquisem uma imagem impactante sobre o trabalho infantil ou ilustrem uma cena que julgarem adequada para compor o cartaz de campanha.
f. Façam uma lista de palavras que possam ser empregadas com duplo sentido e tenham relação com o tema tratado.
g. Escolham verbos no modo imperativo para dialogar com o leitor de forma apelativa.
Agora, preparem-se para produzir um esboço do cartaz de campanha.
a. Vocês podem produzir o cartaz de campanha em um programa no computador ou criá-lo em uma folha ou uma cartolina.
b. Para chamar a atenção dos leitores e sensibilizá-los, a imagem deve ser colada ou ilustrada no centro da página ou, ainda, aplicada nessa mesma posição, caso estejam utilizando um programa de computador.
c. Na parte superior do cartaz e em destaque, empreguem uma frase impactante sobre o tema. Para isso, utilizem lápis de cor, giz de cera, letras recortadas ou, caso utilizem o programa de computador, apliquem fontes com tamanhos e cores que destaquem a informação.
• Nesta seção, os estudantes são convidados a criar um cartaz de campanha que denuncie um problema social, o trabalho infantil, procurando convencer os leitores sobre a importância de combatê-lo. Eles são direcionados para as etapas fundamentais da produção: planejamento, elaboração, revisão, edição e avaliação. A participação dos colegas durante a avaliação do texto é outro
aspecto da habilidade desenvolvida na seção, pois permite aos estudantes trocar experiências sobre os textos que produziram.
• Para a etapa de pesquisa, durante o planejamento, se for possível, marque um dia para que os estudantes utilizem a sala de informática e possam acessar os sites , a fim de obter mais informações sobre o tema a ser tratado nos cartazes.
d. Empreguem frases que convençam os leitores da importância de combater o trabalho infantil.
e. Façam uso de jogos de palavras, palavras de duplo sentido e figuras de linguagem.
f. Lembrem-se de usar verbos no modo imperativo para fazer um apelo ao leitor.
g. Criem um nome para a instituição responsável por divulgar o cartaz. Pode ser criado um nome para a turma. Posicionem essa informação na parte inferior do cartaz.
Finalizado o esboço do cartaz de campanha, troquem-no com outra dupla, para que ela o avalie com base nos itens a seguir.
a. A imagem é impactante, está bem posicionada e dialoga com o texto verbal?
b. As ideias apresentadas convencem os leitores da importância do combate ao trabalho infantil?
c. Há palavras usadas de forma expressiva?
d. Foram empregadas palavras que dialoguem com o leitor, sensibilizando-o?
e. Foram empregados verbos no modo imperativo?
f. O texto está seguindo as regras de ortografia e as convenções da língua escrita?
g. Foi apresentado o nome da instituição responsável?
• Para a escolha de uma instituição responsável pelos cartazes, os estudantes podem utilizar o nome da turma ou, ainda, fazer uma votação. É importante que o nome da instituição esteja em todos os cartazes, pois a atividade faz parte de uma campanha a ser realizada pela turma.
Avaliem as sugestões dadas pelos colegas e finalizem o cartaz fazendo as alterações necessárias. Para divulgar a campanha, confiram algumas dicas.
a. Sob a orientação do professor, vocês e os demais colegas de sala deverão fixar os cartazes em estabelecimentos comerciais do bairro, onde circulam muitas pessoas.
b. O professor entrará em contato com alguns estabelecimentos para pedir autorização dos responsáveis para divulgar o trabalho de vocês.
c. Na companhia de um adulto, no dia combinado pelo professor, as duplas deverão expor o cartaz no local determinado.
d. Depois de um tempo, voltem ao estabelecimento e conversem com o responsável para saber como foi a recepção das pessoas à campanha e como reagiram.
Para saber mais sobre o assunto e conhecer entidades que lutam para o fim dessa situação, acesse os sites a seguir:
Organização Internacional do Trabalho, em: https://www.ilo.org/brasilia/lang--es/index.htm.
Acesso em: 9 jul. 2022.
Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, em: https://fnpeti.org.br/. Acesso em: 9 jul. 2022.
Unicef, em: https://www.unicef.org/brazil/. Acesso em: 9 jul. 2022.
297
• Na etapa Avaliando o texto , incentive os estudantes a avaliar a produção do cartaz de campanha de maneira imparcial, levando em consideração as questões e o texto, além do que foi estudado no capítulo. Mostre a eles que a revisão, com o auxílio dos colegas, enquanto assumem o olhar de leitor, é importante para evitar erros que talvez sozinhos não reparassem. Auxilie-os a verificar possíveis repetições desnecessárias, ambiguidades não intencionais e incoerência no texto. Por fim, oriente-os a ajustar o texto final considerando os apontamentos dos colegas.
• A etapa Divulgando a campanha é importante, pois, ao se deparar com leitores reais, os estudantes responsabilizam-se mais ao produzir o texto, colocando-se também na posição de leitor, antecipando como este vai recebê-lo.
• Ao longo do trabalho desta seção, durante as etapas de produção e com o produto final em mãos, será possível avaliar a aprendizagem dos estudantes acerca do gênero cartaz de campanha e suas características composicionais e estilísticas. É interessante retomar a avaliação diagnóstica realizada no início desta unidade, a fim de verificar os avanços e as possíveis defasagens ainda existentes, para propor novas estratégias e solucioná-las.
28/07/2022 16:20:15
• Avaliar o reconhecimento do sujeito em uma oração.
• Verificar a capacidade de fazer a concordância verbal.
• Verificar a diferenciação entre período simples e período composto.
• Avaliar a compreensão das características do gênero anúncio para internet.
• Avaliar a compreensão das características do gênero cartaz de campanha
Orientações
• Durante a correção da atividade 1 , que pode ser feita por alguns voluntários na lousa, verifique o desempenho dos estudantes e, caso seja necessário remediar alguma defasagem, retome o conteúdo estudado na unidade, analisando os casos mais expressivos em que seja possível diferenciar facilmente o sujeito e o predicado comparando-os.
• Na atividade 2 , enfatize a importância de analisar o sujeito (se é simples e se está no singular ou no plural, ou se é composto) para que a concordância seja feita adequadamente. Além da relação entre sujeito e verbo, aponte também a concordância entre o sujeito e o predicativo do sujeito. Para recuperar defasagens, selecione trechos de textos variados para verificar a concordância verbal.
• Ao realizar a atividade 3 , verifique se os estudantes não se deixam levar pela extensão dos períodos, uma vez que não é isso que revela serem simples ou compostos. Para recuperar defasagens, peça a eles que, inicialmente, busquem pelos verbos em cada uma das sentenças e reforce que o verbo é o elemento nuclear da oração.
• Na atividade 4, liste as características do gênero anúncio para internet na lousa como conclusão da atividade. Se julgar necessário promover a recuperação dessas características, selecione alguns exemplares e analise-os apontando cada aspecto do gênero que foi levantado. Se possível, utilize recursos de multimídia para isso.
1. Leia as frases a seguir e copie aquela em que o termo destacado é o sujeito da oração.
Aquele grande jogador se machucou na primeira partida. Pela manhã , saíram as crianças para a escola. Ontem à noite, a banda se apresentou na cidade Alguns estudantes não fizeram as atividades. Os pescadores entregaram os peixes ao feirante
2. O predicado que completa corretamente a oração a seguir está em qual das alternativas?
Resposta: D.
chegou atrasado. chegaram atrasado. chegou atrasados. chegaram atrasados.
3. Analise os períodos a seguir e copie o único que é composto.
Resposta: A. Resposta: B.
As plantas do jardim brotaram com a chuva desta madrugada. Eu cheguei e logo saí. Pedro gosta de sorvete de chocolate. Descarte adequadamente os alimentos impróprios para o consumo humano. Pela terceira vez na semana, ficamos presos no engarrafamento.
4. Possível resposta: Trata-se de um gênero que busca divulgar uma ideia, um evento, um produto ou uma marca on-line (em sites, blogs ou redes sociais) de forma objetiva e criativa; mescla as linguagens verbal e não verbal, tentando sensibilizar o público-alvo.
4. Quais são as principais características do anúncio para internet?
5. Em que o anúncio para internet difere do cartaz de campanha?
Este é um importante momento de reflexão sobre o trabalho realizado nesta unidade. Então, redija um parágrafo escrevendo como você avalia seu desempenho, bem como a sua aprendizagem. Depois, escreva outro parágrafo sobre o que você espera do próximo ano letivo. Para tornar esse momento mais dinâmico e espontâneo, seja rápido e escreva cada parágrafo em no máximo um minuto.
5. Possível resposta: Eles diferem, principalmente, no modo como são veiculados: o anúncio para internet pode ser encontrado em sites, blogs ou redes sociais; já o cartaz de campanha é veiculado em espaços físicos. Além disso, o anúncio para internet pode divulgar um produto ou uma marca, enquanto o cartaz de campanha objetiva promover uma ideia, um serviço ou uma campanha de conscientização.
• Durante a atividade 5 , se achar que é necessário reforçar o conteúdo relacionado ao gênero cartaz de campanha , retome com os estudantes as características de ambos os gêneros estudados na unidade, evidenciando suas características semelhantes, bem como suas diferenças. Em seguida, aponte tais características em alguns exemplares para comprovar as anotações dos estudantes.
• Autoavaliação: Use a estratégia One-minute paper para realizar a atividade e, posteriormente, solicite a alguns voluntários que apresentem o que escreveram. Pergunte aos os demais se tiveram percepções semelhantes ou diferentes, abrindo espaço para o debate e interação entre eles. Tome nota das principais dificuldades levantadas pela turma para refletir sobre a prática pedagógica e eventualmente rever ou ajustar seu trabalho.
Leia o texto a seguir para responder às questões 1 a 7
No início, não existia a noite. Essa pertencia a uma enorme serpente, que a mantinha no fundo das águas. Quando a filha da serpente se casou, exigiu que a noite fosse com ela, sem a qual não poderia se deitar. O esposo, então, enviou três mensageiros para que a trouxessem.
A serpente, senhora da noite, recebeu-os com indiferença. Mesmo assim, entregou-lhes um tucumã, lacrado com cera de abelha, dizendo-lhes que ali estava o que vieram buscar. Não deveriam, entretanto, abri-lo, pois a noite poderia escapar.
Na volta, os índios perceberam que saíam ruídos de sapos e grilos do tucumã. Um deles, o mais curioso, convenceu os companheiros a abri-lo. E assim o fizeram. Logo que derreteram a cera, a noite saiu, escurecendo o dia.
A filha da serpente aborreceu-se, pois deveria descobrir como separar o dia da noite. Assim, ao surgir a grande estrela da madrugada, criou o pássaro cujubim, ordenando-lhe que cantasse para que nascesse a manhã. Em seguida, criou o pássaro inhambu, que deveria cantar à tarde, até que viesse a noite. Criou ainda outros pássaros para alegrar o dia, diferenciando-o da noite.
Aos mensageiros desobedientes, lançou sua ira, transformando-os em macacos de boca preta – devido à fumaça usada para abrir o tucumã – e risca amarela – pela cera derretida.
Então, a filha da serpente finalmente se deitou e todos os seres puderam dormir.
SILVA, Walde-Mar de Andrade e. Tucumã, o surgimento da noite. In : SILVA, Walde-Mar de Andrade e. Lendas e mitos dos índios brasileiros . 4. ed. São Paulo: FTD, 2015. p. 56-58.
Tucumã: tipo de palmeira.
1. As lendas costumam ter o objetivo de explicar certos fenômenos ou a origem de algumas coisas. Qual é o objetivo principal dessa lenda?
Resposta: C.
Explicar a origem do tucumã.
Explicar a origem dos sapos e dos grilos.
Explicar a origem da noite.
Explicar a origem da cera de abelha.
2. Além da explicação principal, essa lenda ainda cita o surgimento de: sentimentos negativos, como a ira. algumas espécies de pássaros e de macacos. fenômenos como a fumaça. sentimentos como a curiosidade.
outros surgimentos ela explica, forme duplas e peça-lhes que, no caderno, elenquem palavras que denotam a apresentação de algo novo, como origem , surgimento , criação . Em seguida, oriente-os a reler o texto com o auxílio do colega e transcrever no caderno os trechos em que aparecem palavras significando o surgimento de algo – a criação do cujubim, do inhambu e de outros
Resposta: B.
• Avaliar se os estudantes reconhecem características do gênero textual lenda, trabalhado durante o ano letivo, identificando e compreendendo os efeitos de sentido estabelecidos no texto.
• Retomar conteúdos linguísticos estudados ao longo do ano, avaliando a compreensão da função e do emprego de advérbios, figuras de linguagem, tempos verbais, pronomes, uso da vírgula e artigos.
• Produzir uma lenda seguindo as orientações e considerando as características do gênero e o uso da norma-padrão da língua portuguesa.
• Para desenvolver as atividades desta seção com a turma, oriente a leitura do texto, leia-o e, se necessário, explique as atividades aos estudantes para, depois, deixá-los respondê-las de forma autônoma, uma vez que se trata de uma avaliação.
• Após a leitura do texto, se julgar pertinente, ressalte que o termo adequado é indígena e não índio , valorizando, assim, a importância desses povos, sua cultura e sua diversidade.
• Oriente os estudantes a ler a lenda “Tucumã, o surgimento da noite” silenciosamente. Em seguida, solicite a participação de voluntários para realizar a leitura em voz alta.
299
pássaros. Auxilie-os a notar que a transformação dos mensageiros nos macacos conhecidos como macaco-de-cheiro-comum ou boca-preta e sua descrição relembrando os fatos ocorridos no decorrer da história também transmitem a ideia de criação de um ser com base naqueles acontecimentos.
28/07/2022 16:21:54
• Na atividade 1 , relembre que as lendas sempre buscam explicar a origem de algo. Caso seja necessário, recorde com eles as lendas do capítulo 11 e questione -os sobre quais fenômenos ou origens elas buscam explicar. Na correção da atividade, verifique se identificaram corretamente a origem do que essa lenda explica. Caso tenham apresentado dificuldades, retome com eles a leitura, auxiliando-os a identificar já no título essa informação.
• Após a realização da atividade 2 , confira se eles compreenderam que uma lenda pode apresentar a explicação da origem de mais de um ser ou fenômeno. Se demonstrarem dificuldades para identificar quais
• Na correção da atividade 3 , identifique se a turma estabeleceu as relações de sentido necessárias à interpretação dessa questão. Se houver dificuldades, solicite a dois voluntários que escrevam na lousa, com o auxílio dos colegas, trechos que apresentam a ordem da serpente e o que ocorreu quando os mensageiros a desobedeceram, levando-os a concluir a relação de causalidade entre os fatos. • Na atividade 4, verifique se os estudantes identificam que a lenda é de origem indígena. Caso apresentem outras respostas, auxilie-os a perscrutar o texto em busca de informações indicativas da origem da lenda, identificando que os personagens são indígenas, tucumã é um termo de origem indígena, e os animais mencionados são encontrados na Região Amazônica. Por fim, relembre os estudantes de que há informações a respeito do texto que podem ser encontradas no livro em que foi publicado, Lendas e mitos dos índios brasileiros . Se ainda assim apresentarem dificuldades, separe na biblioteca livros de contos e lendas cuja origem pode ser deduzida por meio de dados da ficha catalográfica dos livros e faça com os estudantes um exercício de dedução das origens de cada obra.
• Apesar de o enunciado da atividade 5 afirmar que o tempo da narrativa é remoto e indefinido, pergunte aos estudantes se eles se recordam do tempo em que costumam ocorrer histórias de tradição oral e dos marcadores temporais que as indicam. Caso não se lembrem, selecione outras lendas, contos e fábulas com indicadores de tempo, como “era uma vez”, “há muito tempo”, entre outros, e peça-lhes que, em duplas, identifiquem a marcação temporal dos textos e os exponham aos colegas com exemplos.
• Confira se os estudantes conseguiram identificar qual figura de linguagem é empregada no trecho apresentado na atividade 6. Se demonstrarem dificuldades na realização da atividade, escreva na lousa um exemplo de cada uma das figuras de linguagem trabalhadas ao longo do ano letivo e analise-as com a participação deles, relembrando esse conteúdo.
3. Por que a filha da serpente ficou irritada com os mensageiros? Porque ela não sabia separar o dia da noite. Porque ela não gostava dos grilos e dos sapos. Porque os mensageiros roubaram seu presente. Porque os mensageiros a impediram de dormir. Porque eles demoraram a cumprir sua missão.
4. A lenda “Tucumã, o surgimento da noite” é de origem: portuguesa. africana. sertaneja. indígena. árabe.
5. Em qual dos trechos a seguir o termo em destaque marca o tempo remoto e indefinido em que a narrativa se desenrola?
“No início, não existia a noite.”
“Quando a filha da serpente se casou, exigiu que a noite fosse com ela [...]”
“Logo que derreteram a cera, a noite saiu, escurecendo o dia.”
“Em seguida , criou o pássaro inhambu, que deveria cantar à tarde [...]”
“Na volta , os índios perceberam que saíam ruídos de sapos e grilos do tucumã.”
6. No trecho “Quando a filha da serpente se casou, exigiu que a noite fosse com ela [...]”, qual figura de linguagem é empregada?
Hipérbole, isto é, expressões que enfatizam o exagero. Eufemismo, ou seja, palavras e expressões que amenizam termos negativos. Personificação: atribuição de características humanas a coisas ou seres irracionais. Onomatopeia, isto é, a representação gráfica de sons e ruídos. Aliteração, que é a repetição de sons consonantais para criar determinados efeitos.
7. Pode-se afirmar, de acordo com o tempo indicado pela maioria dos verbos na lenda, que a história narrada: está acontecendo. já aconteceu. vai acontecer. poderia ter acontecido caso uma condição tivesse sido cumprida. depende de certos acontecimentos para ocorrer.
• Na correção da atividade 7, solicite a alguns voluntários que justifiquem a alternativa assinalada apresentando oralmente exemplos de verbos da lenda. Caso eles ainda apresentem dúvidas a respeito do conteúdo, divida a turma em grupos e distribua cartolinas e outras narrativas curtas com diversos tempos verbais empregados nelas e peça a cada grupo que exponha
na cartolina exemplos de formas verbais nos modos e tempos expostos nas alternativas da atividade. Auxilie-os também a nomear esses modos e formas verbais de acordo com o que foi trabalhado durante o ano letivo. Utilize a estratégia Gallery walk para que os estudantes exponham e expliquem os trabalhos aos colegas.
Releia os trechos a seguir para responder às questões 8 e 9
No início, não existia a noite. Essa pertencia a uma enorme serpente, que a mantinha no fundo das águas. Quando a filha da serpente se casou, exigiu que a noite fosse com ela, sem a qual não poderia se deitar. O esposo, então, enviou três mensageiros para que a trouxessem.
Resposta: D.
8. Os pronomes em destaque nesse trecho foram usados para: indicar a posição dos seres com relação ao espaço em que eles se encontram. enfatizar as ideias expressas anteriormente no texto para garantir a compreensão da leitura.
apontar os seres aos quais os elementos pertencem, estabelecendo-se uma relação de posse. retomar elementos mencionados anteriormente, evitando repetições e garantindo a continuidade textual.
9. Os pronomes em destaque nesse trecho se referem a qual termo do texto? Serpente.
Filha da serpente. Noite. Esposo.
10. Releia os trechos a seguir.
Em seguida, criou o pássaro inhambu, que deveria cantar à tarde [...] Não deveriam, entretanto, abri-lo, pois a noite poderia escapar.
Um deles, o mais curioso, convenceu os companheiros a abri-lo.
As expressões destacadas indicam, respectivamente, as circunstâncias de: negação; tempo; intensidade. tempo; negação; intensidade. tempo; intensidade; negação. intensidade; negação; tempo.
11. Leia novamente a frase a seguir.
A serpente, senhora da noite, recebeu-os com indiferença.
Resposta: B.
• Após a correção da atividade 8 , verifique se os estudantes apresentaram dificuldades. Caso isso tenha ocorrido, retome o conteúdo de pronomes, pedindo a eles exemplos de pronomes e suas funções e transcrevendo suas respostas na lousa, auxiliando-os a organizar as ideias e a cooperar com os colegas que não tenham entendido.
• Na atividade 9, os estudantes podem ter dificuldades em localizar o termo a que o pronome se refere devido à distância entre ele e o termo no trecho. Nesse caso, na correção, oriente-os a reescrever o trecho no caderno substituindo os pronomes destacados pelo termo que acham que ele retoma e analisar o sentido estabelecido.
Resposta: B.
• Na correção da atividade 10 , permita aos estudantes apresentar suas respostas. Se houver dúvidas em relação a esse conteúdo, retome algumas explicações a respeito dos advérbios. Escreva exemplos de frases com eles na lousa e, após uma breve explicação, selecione duplas voluntárias para ler as frases, debater a respeito das circunstâncias expressas nos exemplos e explicá-las para a turma.
Resposta: D.
Nessa frase, as vírgulas são utilizadas para: separar ações em uma frase. isolar um vocativo, ou seja, um termo que indica chamamento. isolar os elementos que compõem um endereço. isolar um aposto, ou seja, uma explicação. elencar itens em uma enumeração.
28/07/2022 16:21:54
• Na correção da atividade 11 , oriente os estudantes a reler a frase prestando atenção ao papel das vírgulas nela. Caso apresentem alguma dificuldade, leia novamente o trecho com eles, analisando o que o termo “senhora da noite” representa nessa frase. Em seguida, vá com eles à biblioteca e peça a cada um que procure, em livros, jornais e revistas, uma frase em que as vírgulas sejam utilizadas com um dos sentidos apresentados nas alternativas: separar ações em uma frase; isolar um vocativo; isolar elementos que compõem um endereço ; isolar um aposto ; e elencar itens em uma enumeração. De volta à sala de aula, eles deverão apresentar o exemplo que selecionaram aos colegas e explicar-lhes a função da vírgula em cada um deles. Incentive os estudantes a participar da explicação dos colegas, auxiliando uns aos outros quando necessário.
• Na atividade 12 , verifique se os estudantes reconhecem os artigos definido e indefinido e suas diferenças. Se eles demonstrarem dúvidas em relação a esse conteúdo, desenvolva uma atividade de releitura da lenda, anotando no caderno os artigos definidos e indefinidos encontrados no texto. Em seguida, discutam quais são os efeitos de sentido provocados pelos artigos (especificação ou generalização do substantivo que acompanham) e quais mudanças ocorreriam caso fosse utilizado outro artigo em cada trecho.
• Após a produção proposta na atividade 13 , proporcione um momento de contação das lendas entre a turma. Relembre a contação realizada no capítulo 11 e confiram, juntos, quais melhorias podem ser notadas na realização dessa atividade. Verifique se eles percebem o modo como a produção do texto permite uma apropriação maior de seus detalhes para a contação e como isso confere autoria coletiva aos contadores de narrativas orais, já que pequenas alterações podem ser realizadas por diferentes pessoas. Peça a eles que avaliem a atividade, apontando o que mais gostaram na lenda e na contação dos colegas e se as características do gênero lenda foram mantidas. Caso percebam a falta de algumas características, os estudantes podem realizar apontamentos e sugestões respeitosas e colaborativas aos colegas.
• Por fim, após a correção de todas as atividades, oriente os estudantes a fazer a autoavaliação. Verifique quais foram os conteúdos em que eles apresentaram mais dificuldade e se é preciso retomar algum deles. Esse tipo de avaliação é importante para preparar, aos poucos, a turma para provas oficiais, além de servir para acompanhar a aprendizagem deles e para que você possa refletir sobre sua prática pedagógica, corrigindo rotas, fazendo alterações nos planejamentos e adequando as aulas de acordo com o perfil de cada turma.
12. Atente aos artigos em destaque nos trechos a seguir.
No início, não existia a noite. Essa pertencia a uma enorme serpente, que a mantinha no fundo das águas. [...]
A serpente, senhora da noite, recebeu-os com indiferença.
A respeito do uso dos artigos nesses trechos, é correto afirmar que: na primeira menção à serpente, foi usado o artigo indefinido; já na segunda menção a ela, foi usado o artigo definido.
Resposta: A. A. B. C.
D.
nas duas menções à serpente, foram usados artigos indefinidos. nas duas menções à serpente, foram usados artigos definidos.
na primeira menção à serpente, foi usado o artigo definido; já na segunda menção a ela, foi usado o artigo indefinido.
nas duas menções à serpente, o emprego do artigo está equivocado, pois deveriam ter sido usados pronomes pessoais.
13. Com base na leitura da lenda “Tucumã, o surgimento da noite” e nos estudos desenvolvidos ao longo deste ano escolar, produza uma lenda que explique, de maneira simbólica, a origem de algo. Confira algumas sugestões.
E. um animal
um fato histórico
um alimento um elemento da natureza
• O texto deve ter no mínimo 20 e no máximo 30 linhas.
• Crie a primeira versão em um rascunho.
uma planta um fenômeno da natureza
• Escreva e acentue as palavras de acordo com as normas gramaticais e ortográficas.
• Empregue corretamente os sinais de pontuação.
• As características do gênero lenda devem estar presentes em seu texto.
• Ao final da produção, dê um título para o texto.
• Revise o texto e passe-o a limpo em uma versão definitiva.
Verifique quantas questões você acertou e como foi o seu desempenho.
• Até 5 acertos: Atenção! Você precisa revisar e retomar os conteúdos.
• De 6 a 10 acertos: Muito bom! Você foi bem, mas pode melhorar o seu desempenho.
• De 11 a 12 acertos: Parabéns! Você teve um excelente desempenho. Agora, retome as questões em que você teve dificuldade e, com a ajuda do professor, refaça-as utilizando outras estratégias para que você possa aperfeiçoar a sua aprendizagem. Caso você tenha acertado todas as questões, auxilie os colegas que tiveram dificuldade.
Resposta pessoal.ANTUNES, Irandé. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola Editorial, 2007. (Estratégias de ensino).
Esse livro debate o ensino da gramática com base na exposição de que as questões linguísticas não são relevantes apenas para professores de línguas, mas para todos que se manifestam por meio da língua.
BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística. São Paulo: Parábola Editorial, 2007. (Educação linguística, 1).
Com reflexões pautadas no uso da língua, essa obra apresenta importantes conceitos da Sociolinguística, como preconceito linguístico e variação, além de propor atividades para o trabalho dessas questões em sala de aula.
BORTONI-RICARDO, Stella Maris. Educação em língua materna: a sociolinguística na sala de aula. São Paulo: Parábola Editorial, 2004.
Com o objetivo de proporcionar um ensino de língua materna igualitário e livre de preconceitos, essa obra discute a diversidade do português brasileiro e maneiras de lidar com as variações no processo de ensino-aprendizagem.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov. br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf.
Acesso em: 11 fev. 2022.
A Base Nacional Comum Curricular é o documento oficial que define as competências e habilidades que devem ser desenvolvidas pelos estudantes em cada etapa da escolaridade básica em todo o Brasil.
CASTILHO, Ataliba T. de. Nova gramática do português brasileiro. São Paulo: Contexto, 2016.
Essa gramática explora, mais do que regras gramaticais, a língua viva, falada e escrita por milhões de brasileiros, considerando os aspectos regionais, sociais e individuais que diversificam a linguagem em um país tão vasto.
CITELLI, Beatriz. Produção e leitura de textos no ensino fundamental: poema, narrativa, argumentação. São Paulo: Cortez, 2001. v. 7. (Aprender e ensinar com textos).
A autora desse livro demonstra maneiras de incentivar a vivência de produção e leitura de textos aos estudantes do ensino fundamental, proporcionando um ensino mais efetivo da língua materna baseado na possibilidade de experimentação.
COSCARELLI, Carla Viana; RIBEIRO, Ana Elisa (org.). Letramento digital: aspectos sociais e possibilidades pedagógicas. 2. ed. Belo Horizonte: Ceale/Autêntica, 2007. (Linguagem e Educação).
Nesse livro é abordado o conceito de letramento, como ele
é afetado pelo ambiente digital e modos de utilizar o contexto tecnológico a favor do ensino.
DIONISIO, Angela Paiva; MARCUSCHI, Luiz Antônio. Fala e escrita. Belo Horizonte: Autêntica, 2007. Essa obra é um guia didático produzido por diversos pesquisadores a respeito de como lidar com atividades de fala e de escrita não como opostas, mas como complementares, utilizando ambos os tipos de uso da linguagem para promover um ensino presente no cotidiano dos estudantes.
DIONISIO, Angela Paiva; MACHADO, Anna Rachel; BEZERRA, Maria Auxiliadora (org.). Gêneros textuais e ensino. 4. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.
Esse livro explica maneiras de ampliar as competências linguísticas envolvidas na produção de gêneros textuais orais e escritos, praticada cotidianamente pelos estudantes. FARACO, Carlos Alberto. Norma culta brasileira: desatando alguns nós. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
Sob uma visão cultural e social, essa obra explicita a relação entre a norma culta brasileira e a funcionalidade da gramática.
FÁVERO, Leonor Lopes; KOCH, Ingedore Villaça. Linguística textual: uma introdução. 3. ed. São Paulo: Cortez, 1994. (Gramática portuguesa na pesquisa e no ensino).
Esse livro apresenta um panorama da história dos estudos de linguística textual em países europeus, reunindo contribuições de obras diversas para introduzir essa ciência da linguagem no Brasil.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez, 1984. Essa obra aponta a importância do incentivo ao desenvolvimento da leitura crítica, orientando o professor a respeito de como auxiliar o estudante a realizar leituras ativas, construindo sentidos a partir de seu conhecimento de mundo.
FULGÊNCIO, Lúcia; LIBERATO, Yara. A leitura na escola. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2001. (Repensando o ensino).
Nesse livro, são utilizados exemplos do dia a dia para propor estratégias de leitura que podem ser praticadas em sala de aula, visando à formação de leitores autônomos e reflexivos.
GERALDI, João Wanderley. Portos de passagem. 4. ed.
São Paulo: Martins Fontes, 1997a. (Texto e linguagem).
O autor desse livro discorre a respeito de caminhos a serem percorridos para o ensino efetivo da leitura, da produção de textos e da gramática.
GERALDI, João Wanderley (org.). O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 1997b. (Na sala de aula).
Essa coletânea reúne a experiência de diversos professores em sala de aula para apresentar sugestões de trabalho com o texto na escola, desde a recepção até a produção textual, passando por leitura e interpretação, em um ensino no qual o foco seja o sujeito da aprendizagem.
GOMES, Luiz Fernando. Hipertexto no cotidiano escolar. São Paulo: Cortez, 2014.
Esse livro traz um panorama da trajetória dos hipertextos e propõe atividades de leitura e escrita hipertextuais tendo em vista não somente compreender e reproduzir sua estrutura, mas utilizar seus recursos próprios para a construção de sentidos.
HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. 19. ed. Porto Alegre: Mediação, 2001.
Nessa obra são apresentadas práticas avaliativas desenvolvidas em diversas etapas de ensino, fornecendo ao professor subsídios para a prática efetiva de uma avaliação mediadora.
HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto Alegre: Mediação, 2001.
Esse livro apresenta os fundamentos básicos da avaliação mediadora, apresentando exemplos e métodos para elaboração, intervenção e correção de atividades avaliativas, além de refletir a respeito do papel do professor como mediador nesse processo.
ILARI, Rodolfo. A linguística e o ensino da Língua Portuguesa. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1992. (Texto e linguagem).
Constituída por seis artigos, essa coletânea expõe as maneiras como o estudo da Linguística pode ser utilizado em sala de aula na Educação Básica para aprimorar o aprendizado de língua materna.
JUNQUEIRA, Sonia. Pesquisa escolar: passo a passo. Belo Horizonte: Formato Editorial, 1999. (Dicas e informações).
Voltada para os estudantes, esse livro é um guia para auxiliá-los a realizar pesquisas escolares em diferentes fontes, além de selecionar e organizar as informações encontradas.
KOCH, Ingedore Villaça et al Intertextualidade: diálogos possíveis. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2008 Muito importante para o desenvolvimento de leitores críticos, as relações intertextuais são o tema dessa obra, que recupera estudos teóricos a respeito da intertextualidade e analisa o diálogo entre diferentes textos.
KOCH, Ingedore Villaça; TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Texto e coerência. São Paulo: Cortez, 1989. Essa obra aponta a importância da coerência e discorre sobre os mecanismos que a constituem, importantes para que os estudantes interpretem e produzam textos.
LAPA, Manuel Rodrigues. Estilística da língua portuguesa. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1988. Esse livro traz diversos esclarecimentos a respeito da estilística da língua portuguesa, sendo de grande contribuição para o auxílio do estudo do texto e ensino da língua.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. 3. ed. São Paulo: Parábola, 2008. (Educação linguística).
Nessa obra, as noções de língua, texto, gênero, compreensão e sentido se situam na perspectiva da visão sociointeracionista da língua. Sendo assim, as propostas e as discussões sugeridas ao professor consideram a linguagem um conjunto de atividades e uma forma de ação por parte dos sujeitos.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
Com base no uso da linguagem no cotidiano, esse livro apresenta oralidade e escrita como complementares, trabalhando os gêneros textuais em suas diversas modalidades de manifestações.
ROJO, Roxane. As relações entre a fala e a escrita: mitos e perspectivas. Belo Horizonte: Ceale, 2006. (Coleção Alfabetização e Letramento).
Com diferentes perspectivas, nessa obra são discutidas as relações entre linguagem oral e escrita em nossa sociedade, tornando-se um importante instrumento para subsidiar o trabalho do professor em sala de aula.
ROJO, Roxane (org.). Escol@ conectada: os multiletramentos e as TICs. São Paulo: Parábola Editorial, 2013.
Em um mundo cada vez mais conectado, é importante que a escola e os materiais didáticos consigam abarcar as diferentes práticas de letramentos que surgem das interações em novas mídias. Por isso, esse livro trata dos multiletramentos e do uso das tecnologias de informação e comunicação na escola.
SCHENEUWLY, Bernard et al Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004 Com base nos Parâmetros Curriculares Nacionais, esse livro explica os conceitos de gêneros textuais e como organizar o trabalho com eles na escola.
SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.
Sob uma perspectiva construtivista da aprendizagem, esse livro apresenta maneiras de mediar o aprendizado dos estudantes, auxiliando-os a desenvolver estratégias eficazes de leitura e interpretação de texto.
TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática: ensino plural. São Paulo: Cortez, 2003.
Essa obra tem o objetivo de fornecer ferramentas didáticas ao professor para que o ensino da gramática não se paute em frases soltas e permita que o estudante se torne capaz de lidar com variadas situações reais de uso da língua.
ISBN 978-85-96-03422-7
9 788596 034227