MANUAL DO PROFESSOR
ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA
Marcelo Moraes • Denise Pinesso • Angela Rama
8
COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA
MARCELO MORAES PAULA (Marcelo Moraes)
Bacharel e licenciado em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).
Bacharel em Ciências Econômicas pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU-SP).
Atuou como professor em cursos pré-vestibulares e no Ensino Fundamental e Médio das redes pública e particular de ensino.
DENISE CRISTINA CHRISTOV PINESSO (Denise Pinesso)
Mestra em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).
Bacharela e licenciada em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).
Atuou como coordenadora de Geografia na rede particular de ensino e como professora no Ensino Fundamental da rede pública.
MARIA ANGELA GOMEZ RAMA (Angela Rama)
Bacharela e licenciada em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).
Licenciada em Pedagogia pela Universidade de Franca (UNIFRAN-SP).
Especialista em Ensino de Geografia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Mestra em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).
Formadora de professores.
Atuou como professora no Ensino Fundamental e Médio das redes pública e particular e na Educação Superior.
8 MANUAL DO PROFESSOR 1a edição São Paulo ∙ 2022
Imagens de capa
Geografia: Espaço & Interação – Geografia – 8o ano (Ensino Fundamental – Anos Finais)
Copyright © Marcelo Moraes Paula, Denise Cristina Christov Pinesso, Maria Angela Gomez Rama, 2022.
Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira
Direção de Conteúdo e Negócios Cayube Galas
Diretor editorial adjunto Luiz Tonolli
Gerência editorial Roberto Henrique Lopes da Silva
Edição Deborah D' Almeida Leanza (coord.), Fábio Bonna Moreirão, Carlos Zanchetta de Oliveira
Preparação e revisão de textos Maria Clara Paes (coord.), Carolina Machado
Gerência de produção e arte Ricardo Borges
Design Andréa Dellamagna (coord.), Sérgio Cândido
Projeto de capa Andréa Dellamagna
Imagem de capa RobertChlopas/EyeEm/Getty Images, Tuul & BrunoMorandi/Getty Images
Arte e Produção Vinicius Fernandes dos Santos (coord.)
Juliana Signal, Jacqueline Nataly Ortolan (assist.)
Diagramação Aparecida Pimentel
Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga
Licenciamento de textos Érica Brambila
Cartografia Allmaps, DaCosta Mapas, Sonia Vaz, Vespúcio Cartografia
Iconografia Jonathan Santos
Ilustrações Alex Argozino, Arthur França/Yancom, Erika Onodera, Getulio Delphim, Héctor Gómez, Ligia Duque, Luis Moura, Luiz Rubio, Manzi, Mariana Coan, Mathias Townsend, Nilson Cardoso, Paulo Cesar Pereira, Paulo Nilson, Rmatias, Sonia Vaz
Folhas secas de chá preto.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Paula, Marcelo Moraes
Geografia espaço & interação : 8o ano : ensino fundamental : anos finais / Marcelo Moraes Paula, Denise Cristina Christov Pinesso, Maria Angela Gomez Rama. -- 1. ed. -- São Paulo : FTD, 2022.
Componente curricular: Geografia. ISBN 978-85-96-03537-8 (aluno)
Mulher queniana e outros trabalhadores colhem folhas de chá em Kericho, Quênia. O país é o terceiro maior produtor de chá do mundo e o primeiro da África.
ISBN 978-85-96-03538-5 (professor)
1. Geografia (Ensino fundamental) I. Pinesso, Denise Cristina Christov. II. Rama, Maria Angela Gomez. III. Título.
22-114869
CDD-372.891
Índices para catálogo sistemático:
1. Geografia : Ensino fundamental 372.891
Eliete Marques da Silva - Bibliotecária - CRB-8/9380
Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à
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Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada.
Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD CNPJ 61.186.490/0016-33
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Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375
APRESENTAÇÃO
Cara professora e caro professor,
Um livro didático de Geografia é muito mais que um conjunto de textos, fotografias, mapas, gráficos... Por meio dele abrem-se possibilidades de construção do conhecimento, superação do senso comum, oportunidades de olhar para o mundo de uma forma diferente, relacionar os lugares de vivências com muitos outros lugares, perceber-se como cidadão e como ser ativo na construção do espaço geográfico.
Essas possibilidades são efetivadas e ampliadas com a sua mediação e o seu trabalho, pois você conhece cada um dos estudantes, a comunidade e a região onde a escola se localiza.
Com este Manual do professor, esperamos contribuir para o planejamento e a preparação das suas aulas e também para sua formação contínua. Estaremos, assim, juntos nesta trajetória tão importante, que é a jornada pela educação. Bom trabalho!
Os autores
CONHEÇA SEU MANUAL
6.1
QUADRO DE CONTEÚDOS, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES DA BNCC DO VOLUME
OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS
Identificar e analisar as causas de problemas sociais presentes no continente africano, reconhecendo a existência de desigualdades sociais.
• Compreender as causas dos fluxos migratórios entre campo e cidade e os efeitos do crescimento urbano desordenado, para identificar os fatores que contribuem para os elevados índices de pobreza e fome no continente africano.
• Compreender o conceito de segurança alimentar e a situação do continente africano, identificando fatores que contribuem para ocorrência da fome em muitos países, para conhecer iniciativas governamentais e de organizações não governamentais que promovem a melhoria da qualidade de vida das populações mais vulneráveis e a importância dessas iniciativas.
• Analisar os fluxos de refugiados e deslocados no território africano, relacionando-os aos conflitos, guerras e eventos climáticos extremos, como as secas.
• Conhecer e analisar aspectos das atividades econômicas desenvolvidas no espaço geográfico do continente africano, para reconhecer a produção mineral na África e identificar os principais produtos, os destinos da produção e dos lucros e as implicações socioambientais.
• Reconhecer a importância das atividades agropecuárias na produção do espaço geográfico africano, analisando diferentes formas de produção e problemas ambientais a elas relacionados. Compreender aspectos da inserção da África no mundo globalizado, analisando as relações entre países africanos, países desenvolvidos e os chamados “emergentes”, especialmente a China. Conhecer os principais objetivos dos organismos de integração econômica na África e sua importância para a inserção do continente no cenário global.
AVALIAÇÃO
6.3
Dimensão, localização Ocupação e colonização Organismos de integração
Gerais 2, 3, 4, 5, Ciências Humanas 1, 2, 3, 5, 6 Geografia 1, 3, 4, 5,
população mundial deslocamentos populacionais EF08GE01 Corporações organismos internacionais do Cartografia: anamorfose, croquis mapas temáticos da América África Identidades interculturalidades regionais: Estados Unidos da América, América espanhola portuguesa África 3. América Temas Contemporâneos Diversidade Cultural Educação em Direitos Humanos Ciência Tecnologia Educação Ambiental
Distribuição da população mundial Diversidade dinâmica da população mundial local EF08GE02 Corporações organismos internacionais do Brasil na ordem econômica mundial EF08GE05 EF08GE06 EF08GE12 tecnológico na produção EF08GE13 Transformações do espaço na sociedade Cartografia: anamorfose, croquis mapas temáticos da América África Identidades interculturalidades regionais: Estados Unidos da América, América espanhola portuguesa África Diversidade ambiental as transformações nas paisagens na América Latina
2 BIMESTRE TRIMESTRE
Estados Unidos 7, 10 Ciências Humanas 1, Geografia 3, 5, 7
deslocamentos populacionais Diversidade dinâmica da população mundial Corporações organismos internacionais do Brasil na ordem econômica mundial EF08GE05 Os diferentes contextos os meios técnico tecnológico na produção Cartografia: anamorfose, croquis mapas temáticos da América África EF08GE18 Identidades interculturalidades regionais: Estados Unidos da América, América espanhola portuguesa África LXV
QUADRO DE CONTEÚDOS
Conteúdos, competências e habilidades, além de proposta de planejamento bimestral, trimestral e semestral.
IV
UNIDADE 1 • Conhecer o espaço mundial Identificar os continentes que constituem a superfície terrestre, para compreender a origem e a distribuição atual das terras emersas na superfície terrestre. Compreender o conceito de região e a existência de diversos critérios para regionalizar o espaço mundial, reconhecendo as diferenças entre variadas propostas. Reconhecer que a região constitui importante ferramenta para o estudo do espaço geográfico, considerando os cuidados no seu uso.
• Analisar o papel ambiental e territorial da Antártida no contexto geopolítico, identificando os interesses dos países no continente, para compreender a importância ambiental do continente como área destinada à pesquisa e à compreensão do ambiente global.
• Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões.
• Conhecer as principais características do imperialismo para entender as mudanças ocorridas no espaço geográfico durante esse período.
• Compreender os motivos que levaram Estados Unidos e União Soviética a se tornarem potências mundiais após a Segunda Guerra Mundial e como esse destaque geopolítico levou à Guerra Fria, identificando e compreendendo as principais características e os desdobramentos na economia e na geopolítica mundiais.
• Conhecer as principais características da Nova Ordem Mundial (início dos anos 1990) para assim compreender os principais eventos da ordem multipolar no início do século XXI, tendo como polos centrais os Estados Unidos, a China, a União Europeia e a Rússia.
• Analisar os aspectos que contribuem para o declínio dos Estados Unidos e ascensão da China no cenário internacional.
• Analisar dados sobre o comércio entre Estados Unidos, China e Brasil, destacando as dinâmicas de trocas de produtos entre eles. Compreender que a Terra pode ser representada cartograficamente de diferentes formas, de acordo com a projeção cartográfica adotada, compreendendo que a escolha da projeção adotada tem por objetivo destacar alguma característica dos territórios representados.
UNIDADE 2 • Dinâmicas da população mundial
• Identificar as rotas de dispersão da população humana pelo planeta, partir da origem na África, e compreender que, hoje, a população mundial está distribuída de forma irregular pela superfície terrestre, para entender que essa distribuição é motivada por fatores naturais e históricos que influenciaram na ocupação humana do planeta Terra.
• Analisar, por meio de cartograma, tendências de crescimento populacional entre regiões e países, possibilitando a interpretação de anamorfoses com informações sobre a população mundial.
• Diferenciar conceitos de populoso e povoado para que seja possível identificar as áreas mais populosas e povoadas da Terra por meio de mapas. Analisar a distribuição da população mundial de acordo com os diferentes grupos etários. Identificar fatores que favorecem a existência na população mundial de jovens que nem trabalham e nem estudam ("nem-nem"), identificando a importância das políticas voltadas para o atendimento da população jovem.
6.2 LXVII
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UNIDADE 1 • Conhecer o espaço mundial
1. A atual distribuição e configuração das terras emersas do planeta Terra é resultado:
a) do movimento das terras emersas devido aos agentes externos do planeta.
b) da fragmentação das terras que originam todas as fronteiras de países.
c) da fragmentação e do afastamento das terras a partir do movimento constante das placas tectônicas.
d) do desprendimento do grande bloco de terras que dá origem à América.
2. Caracterize o clima e a vegetação da Antártida.
3. Em 1959, foi assinado o Tratado da Antártida. Explique três determinações contidas nesse tratado.
4. A preservação das condições ambientais naturais da Antártida é fundamental para o clima de todo o planeta. Justifique essa afirmação.
5. O imperialismo, ocorrido no século XIX, também é conhecido como neocolonialismo. Por que ele recebe essa denominação?
6. Explique como se organizava a regionalização do espaço mundial no imperialismo.
7. Caracterize a chamada Nova Ordem Mundial (período pós-Guerra Fria) sob os aspectos geopolítico e econômico.
AVALIAÇÕES
LXXI
Nessa seção, apresentamos sugestões de avaliações (simples e breves) que podem contribuir com o processo de análise dos estudantes para as práticas pedagógicas.
Nos quadros a seguir, são apresentados os principais conteúdos trabalhados no volume 8, os objetos de conhecimento e as habilidades da BNCC que a eles estão relacionados. 8 ANO UNIDADES CONTEÚDOS PRINCIPAIS COMPETÊNCIAS OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES 1. Conhecer o espaço mundial Temas Contemporâneos Transversais: Educação Financeira Educação Ambiental Antártida Região regionalização Regionalizações do espaço 2, 3, 4, 5, 10 2, 3, Geografia 1, 3, 4, Diversidade dinâmica da população mundial local EF08GE03 Corporações organismos internacionais do EF08GE07 EF08GE08 EF08GE09 Identidades interculturalidades regionais: Estados Unidos da América, América espanhola portuguesa África EF08GE20 EF08GE21 1 BIMESTRE TRIMESTRE 1 SEMESTRE 2. Dinâmicas da população mundial Temas Contemporâneos Processo de Envelhecimento, Respeito Valorização do Idoso Vida Familiar Social População em números Origem dispersão dos grupos humanos Distribuição espacial Fluxos populacionais 2, 4, 5, 7, 10. 3, 4, Geografia 1, 4, Distribuição da
4. América Anglo-Saxônica Temas Contemporâneos Transversais: Processo de Envelhecimento. Respeito Educação em Direitos Humanos Educação Ambiental Educação para Valorização do Multiculturalismo nas Matrizes
OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS
Objetivos e justificativas de sua pertinência para cada unidade do volume.
ORGANIZAÇÃO DAS ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS
As Orientações específicas são apresentadas junto à reprodução reduzida das páginas do Livro do estudante. Há sugestões para o desenvolvimento de conteúdos e ampliação, atividades complementares, textos de aprofundamento, sugestões de leitura, entre outros elementos. Para auxiliar no desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem e propor um melhor aproveitamento desta obra, sugerimos que as consultas a essas orientações sejam feitas constantemente, em um movimento integrado com as propostas do Livro do estudante.
BNCC
BNCC
Ao longo da unidade, o quadro indica a relação entre o conteúdo trabalhado e as habilidades. São apresentadas, ainda, as competências gerais, por área e específicas em destaque, assim como, no Interdisciplinaridade com..., as habilidades e abordagens relacionadas a outros componentes curriculares.
COMPETÊNCIAS
Relação das competências gerais, competências específicas por área (Ciências Humanas) e competências específicas de Geografia trabalhadas na unidade, de acordo com a BNCC.
HABILIDADES
Relação das habilidades, de acordo com a BNCC, vinculadas aos conteúdos trabalhados na unidade.
Ao analisar papel ambiental territorial da Antártica no contexto geopolítico, sua relevância e seu valor como área destinada à pesquisa à compreensão do ambiente global, atende-se habilidade EF08GE21
Competências Gerais 2, 4, 5, 7 10 Ciências Humanas 2, 3, 6 e Geografia 1, 2, 3, 4, 5, 6 Interdisciplinaridade com...
Ciências: EF08CI16 Discutir iniciativas que contribuam para restabelecer equilíbrio ambiental a partir da identificação de alterações climáticas regionais e globais provocadas pela intervenção humana.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Esta dupla de páginas possibilita o trabalho interdisciplinar com Ciências por meio da habilidade EF08CI16. Se for possível, combinar com o professor desse componente curricular o momento mais apropriado para desenvolverem juntos o conteúdo proposto. Também é possível desenvolver o tema contemporâneo transversal Meio ambiente com destaque para a Educação ambiental Para isso, promover leitura coletiva do texto que apresenta importância da Antártida para o meio ambiente global. Destacar a importância do continente nas reservas de água doce do planeta explorar excerto que exemplifica o problema do derretimento de geleiras provocado pelo aquecimento global e a consequente elevação do nível dos oceanos. A seguir, chamar a atenção dos estudantes para o mapa e as imagens que mostram a localização e as dimensões da geleira Thwaites. Se julgar conveniente, ler para eles o excerto proposto na seção Texto complemen-
E AGIR PENSAR CIÊNCIAS
Preservar a Antártida
A Antártida a principal reguladora do clima na Terra, pois contribui para a formação das massas de ar das correntes marítimas. O continente também concentra 90% das reservas de água doce do planeta sob a forma de geleiras e icebergs. Portanto, as mudanças climáticas globais podem ter consequências desastrosas para continente para planeta. Pesquisas demonstram que derretimento do gelo das calotas polares pode elevar em 60 metros o nível das águas dos oceanos. Isso o suficiente para cobrir muitas ilhas e cidades litorâneas de vários países. Leia um trecho do texto a seguir. Depois, analise o mapa os infográficos na página 19.
A geleira Thwaites já responde por 4% da elevação do nível do mar no mundo cada ano — um número enorme para uma única geleira — e os dados de satélite mostram que ela está derretendo cada vez mais rapidamente. Essa imensa massa de gelo concentra água suficiente para elevar o nível do mar em mais de meio metro. Ocidental, uma vasta bacia de gelo que poderia aumentar nível dos oceanos em três metros. [...] Ao contrário do leste, [A Antártida Ocidental] não está em uma altitude elevada. De fato, praticamente toda a sua superfície está muito abaixo do nível do mar. Se não fosse pelo gelo,
tar que aborda outros problemas ambientais na Antártida: a poluição do oceano Glacial Antártico e o “buraco” na camada de ozônio sobre o continente. Encaminhar as atividades 1 a 3 que permitem sistematizar o conteúdo abordado. Na atividade 1 espera-se que os estudantes expliquem que, com aquecimento das águas dos oceanos, a geleira está sendo derretida a partir de sua base, tornando-a ainda mais instável. Quanto mais esse grande “vazio” criado sob
geleira se enche com água do mar, mais o gelo que antes estava em contato com o leito marinho derrete, criando um círculo vicioso. Na atividade 2 entre as inúmeras consequências do aumento do nível do mar, destacam-se: inundações recorrentes da infraestrutura urbana; desaparecimento das pequenas ilhas do Índico do Pacífico e aumento do número de refugiados climáticos; salinização dos deltas dos rios; destruição de ecossistemas costeiros, entre outras.
TEXTOS COMPLEMENTARES
Textos que visam aprofundar conteúdos abordados no Livro do estudante. São textos variados que também servem de leitura para ampliação de informações para o professor.
comentar que há muitos países no mundo: 193 países são filiados à Organização das Nações Unidas (ONU). No Comitê Olímpico Internacional (COI), há 206 países-membros, e na Federação Internacional de Futebol (Fifa), 209 países.
Planisfério produzido com imagens de satélite. 12
A seguir, solicitar aos estudantes que observem atentamente o planisfério produzido partir de imagens de satélite. Comentar que a divisão do mundo em continentes, conteúdo que será trabalhado nas páginas 14 15 uma forma de regionalizar o espaço mundial. Utilizar as atividades 1 4 para explorar análise, a leitura do planisfério e os conhecimentos prévios dos estudantes sobre limites, territórios, país representações cartográficas.
Na atividade 1 espera-se que os estudantes comentem que os únicos “limites” que podem ser percebidos no planeta Terra, vistos de uma imagem de satélite, são aqueles entre os blocos continentais e os oceanos. Na atividade 2 os estudantes deverão responder que os limites entre os territórios dos países que aparecem em imagens são linhas imaginárias criadas pelos seres humanos, costumeiramente traçadas em mapas políticos globos terrestres.
BNCC NA UNIDADE
Competências
Gerais: 1, 4, 5, e 9 Ciências Humanas: 1, 2, 6 Geografia: 5, 7 Habilidades Atende-se habilidade EF08GE20 com foco em analisar características de países (Estados Unidos) da América no que se refere aos aspectos populacionais (violência discriminação racial).
BNCC As mídias sociais trazem muitas informações e opiniões sobre temas da atualidade. Em grupos, vocês pesquisarão conteúdos relacionados ao movimento Black Lives Matter compartilhados em redes sociais. Sigam as orientações. Etapa 1 Organizem-se em grupos. Depois, escolham uma rede social em que pelo menos um dos membros do grupo seja usuário. Etapa 2 Depois de escolher a rede social, definam os critérios para selecionar os conteúdos. Lembrem-se: os perfis e as postagens analisados devem ser em língua portuguesa, de preferência de usuários brasileiros. Determinem um período para delimitar a amostra (uma semana, uma quinzena do ano corrente ou de algum ano específico) o número de postagens que serão analisadas (25, 50, 100, 200 etc.).
Interdisciplinaridade com... Língua Portuguesa: EF89LP03 Analisar textos de opinião (artigos de opinião, editoriais, cartas de leitores, comentários, posts de blog e de redes sociais, charges, memes, gifs etc.) e posicionar-se de forma crítica fundamentada, ética e respeitosa frente fatos e opiniões relacionados a esses
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS O trabalho com o movimento Black Lives Matter Vidas Negras Importam possibilita desenvolver o tema contemporâneo transversal Cidadania e civismo com destaque para a Educação em direitos humanos e também a práticas de pesquisa como análise de mídias sociais, revisão bibliográfica, observação, tomada de notas e construção de relatórios (conferir tópico Práticas de pesquisa nas Orientações gerais deste Manual). Outro aspecto importante do conteúdo desta dupla é a interdisciplinaridade com Língua Portuguesa ao aplicar a habilidade EF89LP03 com foco em analisar textos de opinião (comentários, posts de blog e de redes sociais, memes, gifs etc.) e posicionar-se de forma crítica e fundamentada, ética e respeitosa frente a fatos e opiniões relacionados esses textos. Se possível, convidar o professor desse
Movimentos negros nas mídias sociais O movimento Black Lives Matter (“Vidas Negras Importam”) surgiu nos Estados Unidos em 2013 para denunciar a violência policial, o racismo e discriminação no país. O slogan hashtag #BlackLivesMatter começaram a ser amplamente usados nas redes sociais e nas manifestações que protestavam contra morte de afro-americanos por policiais. Em maio de 2020, a morte de George Floyd (1973-2020), asfixiado por um policial branco, gerou uma onda de protestos e manifestações nos Estados Unidos e em diversos países. No Brasil, violência policial também é um grave problema enfrentado pela população negra. Isso
componente curricular para desenvolverem juntos a temática proposta. Promover a leitura compartilhada do texto da página 122 Fazer paradas para comentários e esclarecimentos de dúvidas. Destacar o contexto do surgimento do movimento Black Lives Matter nos Estados Unidos e repercussão dele entre os movimentos sociais negros no Brasil. Se julgar adequado, ler para os estudantes o excerto da seção Texto complementar Também ressaltar
a importância das mídias sociais na divulgação e propagação desse e de outros movimentos pelo mundo. Encaminhar e orientar a pesquisa proposta dos grupos ao longo do trabalho. Para escolha das redes sociais, sugerimos aquelas que são mais utilizadas pelos estudantes, facilitando, assim, o processo de pesquisa dos dados. importante garantir que os grupos trabalhem com redes sociais diferentes, permitindo que, nas tro-
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Apresentam comentários, orientações e sugestões para o desenvolvimento dos conceitos e conteúdos, complementos de atividades e outras informações importantes para o encaminhamento do trabalho em sala de aula.
AMPLIANDO HORIZONTES
Sugestões de sites, livros, artigos, vídeos, músicas e outros recursos para ampliar o trabalho do professor.
Etapa 3 Com os critérios de análise definidos, hora de coletar os dados, tendo em vista os seguintes aspectos: Quais são as principais hashtags associadas #BlackLivesMatter e #VidasNegrasImportam? Que tipos de imagens são mais recorrentes selfies fotografias jornalísticas, fotografias de personalidades, montagens de texto fotografia etc.)?
Qual é conteúdo dos vídeos de curta duração relacionados ao tema?
Qual o perfil das pessoas cujas postagens foram analisadas (gênero, idade, onde moram, que atividades realizam)?
Etapa 4 Organizem os dados. Sob orientação do professor, elaborem quadros, gráficos ou outros recursos visuais para apresentar as informações. As principais hashtags por exemplo, podem ser apresentadas em forma de nuvem de palavras. Usem a criatividade e os recursos disponíveis. Etapa 5 Analisem os dados organizados e respondam às questões:
Qual é o perfil dos usuários que fazem postagens relacionadas ao movimento Black Lives Matter a outros movimentos ativistas negros? Quais são os principais temas relacionados #BlackLivesMatter e #VidasNegrasImportam? No entendimento de vocês, essas postagens se dirigem que tipo de público? Nas postagens analisadas, o movimento Black Lives Matter e o ativismo negro são mais apoiados ou criticados? Apresentem alguns exemplos extraídos das postagens.
Etapa 6 Elaborem um relatório com as principais conclusões do grupo, incluindo o material organizado na etapa 3 Depois, com mediação do professor, conversem com os outros grupos, destacando os aspectos que mais chamaram a atenção de vocês. Etapa 7 Pensem em uma forma de divulgar o resultado da pesquisa na comunidade escolar nas redes sociais, usando as hashtags #BlackLivesMatter, #VidasNegrasImportam outras que vocês julgarem importantes para relacionar ao assunto. 123
cas de mensagens entre os usuários, seja possível comparar o tipo de abordagem do tema feito nas diversas redes. Em relação à amostra, é importante que todos os grupos trabalhem com os mesmos parâmetros, para tornar comparação dos dados possível. Esse momento, previsto na etapa 2 pode ser realizado coletivamente com mediação do professor. Existem aplicativos gratuitos disponíveis na internet que montam nuvens de palavras. Solicitar
que os estudantes usem a imaginação as ferramentas digitais disponíveis ao longo da proposta. No momento do debate, questionar os estudantes a respeito do que puderam aprender sobre os movimentos negros no Brasil e, diante do contexto estudado, por que esses movimentos são importantes.
TEXTO COMPLEMENTAR Como três mulheres criaram o movimento global Black Lives Matter a partir de uma hashtag Das muitas causas pelas quais ano de 2020 será lembrado, uma é a ascensão do movimento Black Lives Matter (vidas negras importam) não apenas nos Estados Unidos, mas em todo o mundo. Seus apoiadores lideraram grandes manifestações campanhas notáveis contra racismo e brutalidade policial contra pessoas negras. Mas poucos sabem que o BLM, em português “vidas negras importam”, foi uma ideia criada por três mulheres. [...] Alicia Garza, Patrisse Cullors e Opal Tometi fundaram um movimento baseado em uma hashtag das redes sociais, transformando política. Uma hashtag é uma forma de ressaltar ideias juntar publicações sobre um tópico. Em 2013, quando George Zimmerman, homem acusado de matar o adolescente negro Trayvon Martin, foi considerado inocente na Justiça, Alicia Garza fez uma postagem indignada no Facebook. Seu texto, em que ela dizia estar passando por um luto, incluía frase “black lives matter”. Foi uma faísca. Sua amiga Patrice Cullors leu a publicação e escreveu uma resposta, transformando a expressão de Garza em uma hashtag “#blacklivesmatter”. Com hashtag se popularizando no Facebook e no Twitter, Garza, Cullors e outra amiga ativista, Opal Tometi, criaram uma rede Black Lives Matter que logo foi adotada em protestos pelos Estados Unidos. O movimento se espalhou no mundo inteiro. O Brasil tem seu próprio “Vidas Negras Importam”, por exemplo. [...] global Black Lives Matter partir de uma hashtag. dez. 2020. Disponível em: https://www.bbc. com/portuguese/geral-55387003.Acesso em: 13 jul. 2022.
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Sugestões de atividades extras, cujo objetivo é ampliar o estudo de conceitos da unidade ou dos temas abordados.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Os temas que serão trabalhados nesta Unidade estão voltados para as diferenças entre continente e bloco continental, a identificação e o reconhecimento dos continentes que constituem a superfície terrestre, regionalização do espaço mundial em diferentes épocas, bem como para a compreensão dos conceitos de Estado nação país e governo Encaminhar a leitura coletiva do texto de abertura que trata das diversidades existentes no planeta Terra, assim como da possibilidade de agrupar países com características naturais, culturais, econômicas sociais semelhantes em regiões. Se julgar pertinente,
Competências 1, 2, 3, 4, 5, 6, 10 Ciências Humanas: 1, 2, 3, 5, 7 Geografia: 1, 2, 3, 4, 5, 7 Habilidades Geografia: EF08GE03 EF08GE05 EF08GE07 EF08GE08 EF08GE09 EF08GE14 EF08GE20 EF08GE21 Arte: EF69AR03 EF69AR05 EF69AR06 EF69AR07 EF69AR31 Ciências: EF08CI16 História: EF08HI06 Língua Portuguesa: EF89LP01 EF89LP03 BNCC NA UNIDADE EF08GE05 Com foco em aplicar os conceitos de território e país o conhecimento prévio sobre regionalizações do espaço geográfico mundial. BNCC Abertura da Unidade 1 UNIDADE No planeta Terra há grande diversidade de países, povos, culturas e paisagens. Mesmo assim, possível agrupá-los em regiões quando apresentam características semelhantes. Grande parte dessas regiões é definida com base nos contextos político e econômico predominantes, em diferentes épocas. CONHECER O ESPAÇO MUNDIAL INDIANSUMMER/SHUTTERSTOCK.COM
12
seria um oceano profundo com algumas ilhas. [...] A razão pela qual os cientistas estão tão preocupados com geleira Thwaites se deve ao declínio de seu leito submarino. [...] A Thwaites não desaparecerá da noite para dia. Os cientistas dizem que isso levará décadas, possivelmente mais de um século. Mas não devemos nos tranquilizar com isso. ROWLATT, Justin. Derretimento da Antártida: uma viagem à ‘geleira do fim do mundo’, ameaçada pelo aquecimento global. BBC News Brasil São Paulo, 29 jan. 2020. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-51269164. Acesso em: jun. 2022. 1. Espera-se que os estudantes expliquem que, com aquecimento das águas dos oceanos, a geleira está sendo derretida partir de sua base, tornando-a ainda mais instável. Quanto mais esse grande “vazio” criado sob geleira se enche com água do mar, mais gelo que antes estava em contato com leito marinho derrete, criando um círculo vicioso. 18 18 D2-GEO-F2-2106-V8-U1-012-041-MPU-G24.indd 18 30/08/2022 14:33
fez com que o movimento Black Lives Matter Vidas Negras Importam tivesse grande repercussão entre os movimentos ativistas negros brasileiros. E AGIR PENSAR Slogan palavra, expressão ou frase de fácil memorização, geralmente utilizada em campanhas políticas publicitárias. Hashtag palavra (ou conjunto de palavras unidas) antecedida pelo símbolo (#), usada geralmente para identificar assuntos nas redes sociais e facilitar busca pelos usuários. Protesto pela morte de George FLoyd em Miami, EUA, 2020. No cartaz, lê-se "Justiça para 122 CONEXÃO 123 122
V
1.
1.1 A BNCC
2. Proposta teórico-metodológica
2.1 Expectativas de aprendizagem
2.2 Conceitos da Geografia
2.3 Escalas de análise espacial
2.4 A Cartografia
2.4.1 Cartografia e educação inclusiva
2.4.2 Mapas digitais
2.4.3 Mapas digitais colaborativos
2.5 Interdisciplinaridade ...............................
2.6 O trabalho com os temas contemporâneos transversais .........................................
2.7 O trabalho com a diversidade ....................
3. Recursos e estratégias didáticas ....................
3.1 Sugestões para o uso da obra ...................
3.1.1 Como usar o livro em salas compostas de grupos grandes de estudantes
3.2 Estudo do meio e trabalho de campo .............................................. XXXIV
3.2.1 Possíveis riscos para saídas de campo ...................................... XXXVI
3.3 Geografia e a alfabetização contínua ......... XXXVII
3.3.1 Gêneros textuais e linguagens diversas XXXVII
3.4 Tecnologias digitais de comunicação e informação XXXVIII
3.4.1 As “novas tecnologias” na escola ....... XXXIX
3.4.2 O pensamento computacional ............. XLI
3.5 Práticas de pesquisa ............................... XLIII
3.6 Trabalhos em grupo ................................ XLIV
3.7 Jogos tradicionais e eletrônicos (games) ........ XLIV
3.7.1 Games ......................................... XLV
3.8 Aprendizagem baseada em problemas XLVI
3.9 Aprendizagem baseada em projetos XLVII
3.10 Sala de aula invertida ............................ XLVII
3.11 Inclusão em sala de aula ....................... XLVIII
3.11.1 O bullying e a saúde mental ........... XLVIII
3.11.2 A cultura de paz na escola .............. XLIX
4. Avaliação L
4.1 Mapa conceitual LI
4.2 Portfólio LII
4.3 Contrato didático LIII
4.4 Autoavaliação e ensino-aprendizagem LIV
5. Referências bibliográficas consultadas e recomendadas ............................................ LIV
5.1 Livros e outras publicações ........................ LIV
5.2 Sites consultados e recomendados .............. LXIII
6. Seleção dos conteúdos ................................. LXIV
6.1 Quadro de conteúdos, objetos de conhecimento e habilidades da BNCC do volume ................ LXV
6.2 Objetivos e justificativas LXVII
Unidade 1 – Conhecer o espaço mundial
Unidade 2 – Dinâmicas da população mundial
Unidade 3 – América
Unidade 4 – América Anglo-Saxônica
Unidade 5 – América Latina: território e sociedade
Unidade 6 – América Latina: regiões e economia
Unidade 7 – África: território, imperialismo e conflitos
Unidade 8 – África: sociedade e economia
6.3 Avaliação ............................................ LXXI
Unidade 1 – Conhecer o espaço mundial
Unidade 2 – Dinâmicas da população mundial
Unidade 3 – América
Unidade 4 – América Anglo-Saxônica
Unidade 5 – América Latina: território e sociedade
Unidade 6 – América Latina: regiões e economia
Unidade 7 – África: território, imperialismo e conflitos
Unidade 8 – África: sociedade e economia
6.4 Gabarito ............................................ LXXIV ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS ESPECÍFICAS DO VOLUME 8 ......... ............ .... LXXX
ORIENTAÇÕES GERAIS PARA A COLEÇÃO ............ VII Introdução ................................................... VII
...................... VIII
Mudanças no ensino de Geografia
IX
.................. X
................................................
1.1.1 Competências e habilidades
XVIII
......................
.................... XIX
.............................. XX
XXII
XXIII
XXIV
XXVI
XXVII
XXIX
XXXI
XXXII
XXXIII
XXXIII
XXXIV
VI
ORIENTAÇÕES GERAIS PARA A COLEÇÃO
INTRODUÇÃO
Colegas professores, convidamos vocês a iniciar nosso diálogo com algumas perguntas que nos fazem refletir sobre a Geografia na escola dos dias atuais.
Como a Geografia contribui para a compreensão do mundo contemporâneo, relacionando-o com a vida cotidiana?
Que conteúdos, conceitos e categorias trabalhados na Geografia os estudantes devem apreender para desvendar os acontecimentos do seu mundo?
Qual é o papel do professor de Geografia diante do jovem considerado um “nativo digital”?
As respostas passam pela concepção de estudante, de escola, de educação e de Geografia. Nesta coleção, concebemos o estudante como sujeito das relações no processo de aprendizagem, e o professor como mediador entre o conhecimento e o estudante, no sentido de promover situações de problematização dos fatos, de relação com os lugares de vivência, de protagonismos em pesquisas e discussões, de superação do senso comum, entre outras. Quanto à concepção de Geografia, é importante esclarecer que o objeto central de estudo é o espaço geográfico que, associado aos saberes científicos da disciplina, deve contribuir para a compreensão dos fatos e a busca por um mundo melhor para todos e todas.
Pode-se dizer que o papel da escola, sobretudo do professor de Geografia, nunca foi tão desafiador, não só porque o mundo está em constante e veloz mudança, mas também porque os mais diversos entendimentos sobre o mundo são divulgados em segundos e comentados por milhões de pessoas instantaneamente.
O excessivo apelo ao consumo, aliado à facilidade na disseminação de opiniões e de notícias – muitas vezes falsas –, estabelece, para o professor de Geografia, o desafio de romper com a banalização dos acontecimentos e a indiferença da sociedade em relação aos problemas humanos, sociais e ambientais.
Um dos caminhos é possibilitar ao estudante o trabalho com as “ferramentas” próprias da Geografia e de outras ciências para analisar, refletir, emitir opiniões bem fundamentadas e fazer uma leitura crítica do mundo e das vivências, o que significa compreender a realidade e pensar possibilidades para um mundo melhor.
Ao mesmo tempo, devemos pensar na formação do cidadão1 , que convive com as diferenças nos seus aspectos cultural, étnico-cultural, de gênero, etário, entre outras, contribuindo para a promoção do respeito ao outro e à diversidade.
Enfim, são grandes os desafios que dependem de um conjunto de atores e forças, aos quais nos unimos: docentes, pais, estudantes, gestores, políticas públicas, movimentos sociais e todos aqueles comprometidos com um país melhor para todas as pessoas.
1 Para ampliar essa reflexão, sugerimos a leitura do livro O espaço do cidadão, de Milton Santos (2014).
VII
1 MUDANÇAS NO ENSINO DE GEOGRAFIA
Ao conversar sobre as aulas de Geografia com pessoas que frequentaram a escola nas décadas de 1960 ou 1970, é comum ouvir relatos de experiências que não contribuíam efetivamente para a compreensão do mundo, como decorar nomes de rios, países e capitais e reproduzir e pintar mapas. Embora não constituam regra, esses exemplos ilustram práticas comuns em um momento no qual a Geografia era considerada uma disciplina repleta de conteúdo para decorar. Já na década de 1970, o geógrafo francês Yves Lacoste, em seu livro A Geografia – isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra (2008), estabelecia novos paradigmas para a Geografia e para o seu ensino nas escolas. De modo geral, a obra representa um marco para a ciência geográfica e, desde então, norteia o fazer e o pensar de geógrafos e professores de Geografia, bem como fez faz críticas à Geografia que a precedeu2 , que se convencionou chamar Geografia tradicional. Lacoste apontou a neutralidade científica, o aspecto descritivo e a compartimentação do conhecimento da Geografia ensinada nas escolas e, também, daquela produzida nas instituições acadêmicas e de pesquisa. Para a chamada Geografia tradicional, o conhecimento era um saber neutro, que não abordava as relações sociais e as contradições que envolviam a produção do espaço geográfico. Na escola, a Geografia não tinha a preocupação com os lugares de vivência nem incentivava os estudantes a se perceber como sujeitos de sua realidade, podendo, portanto, transformá-la.
A questão do método passou a ser intensamente debatida na ciência geográfica, visando à superação de uma ciência pautada no Positivismo, corrente que sustentava as Ciências Humanas. Esse movimento de discussão e renovação metodológica é o que passou a ser denominado Geografia crítica.
No Brasil, a partir da década de 1980, estudos acadêmicos fizeram críticas à chamada Geografia escolar e buscaram meios para minimizar a compartimentação dos conteúdos e o distanciamento entre o ensino de Geografia e a realidade social, política e econômica do país.
A busca pela renovação da Geografia escolar era parte do movimento de renovação curricular, que centrava esforços na “melhoria da qualidade de ensino, a qual necessariamente passava por uma revisão dos conteúdos e das formas de ensinar e aprender das diferentes disciplinas dos currículos da escola básica” (PONTUSCHKA; CACETE; PAGANELLI, 2009, p. 37). Um dos documentos que marcaram fortemente esse movimento de renovação foi a proposta da Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (Cenp), da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, que inspirou propostas curriculares de outras Unidades da Federação, assim como o Movimento de Reorientação Curricular promovido pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo em 1992. Outro marco importante para o ato de repensar o currículo foi a publicação, em âmbito nacional, dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), nos anos 1990, que propunha conteúdos conceituais, temas transversais e orientações didáticas específicas para as disciplinas escolares. Os PCN de Geografia pretendiam reforçar a importância social dessa disciplina, buscar um ensino para a conquista da cidadania, trabalhar meios para os estudantes receberem informação e formação considerando conteúdos conceituais, atitudinais e procedimentais. Outro aspecto importante era a intercessão da Geografia com outros campos do saber, como a Antropologia, a Sociologia, a Biologia, as Ciências Políticas, entre outros (BRASIL, 1997a).3
Nas décadas de 2000 e 2010, houve uma tendência das Unidades da Federação e dos municípios de elaborarem seus próprios documentos curriculares, valendo-se da autonomia garantida pelas legislações e revelando diferentes possibilidades de organização curricular.
2 Lacoste (2008) faz críticas à Geografia a qual ele denominou “Geografia dos professores”, que caracterizava não só a escola de nível médio, mas também os cursos universitários.
3 A proposta da Cenp e os PCN não ficaram livres de críticas, sendo que as principais delas foram, respectivamente, a de que não atingiu a prática da maior parte dos professores das redes públicas e a pequena participação, na sua elaboração, dos professores da Educação Básica. Independentemente das críticas e das linhas metodológicas, os dois documentos contribuíram imensamente para reflexões sobre a Geografia escolar, entendendo-a como uma disciplina que vai muito além da memorização de conteúdos e da reprodução de mapas.
VIII
Destaca-se também o aumento do número de pesquisas e de grupos de estudo nas universidades brasileiras e a maior frequência dos encontros na área de didática da Geografia e da educação geográfica, revelando maior preocupação com o tema. Pesquisadores, docentes e autores de livros didáticos passaram a repensar a função social da Geografia, apontando para a superação da chamada Geografia tradicional e enfatizando a importância de levar em conta os conhecimentos prévios dos estudantes para a construção dos saberes geográficos e dos raciocínios espaciais.
A partir da segunda metade da década de 2010, educadores brasileiros, pesquisadores e a sociedade civil se organizaram em movimentos que deram origem à criação uma base curricular nacional, que resultou na publicação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em 2018. Grande parte das discussões recentes sobre a Geografia escolar está contemplada na BNCC, sobre a qual nos detemos a seguir.
1.1
A BNCC
A BNCC teve suas primeiras versões publicadas na segunda metade da década de 2010, orientada pelos princípios das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) e pelos marcos legais vigentes no Brasil. O documento define as aprendizagens essenciais, indica conhecimentos e competências que se espera que os estudantes desenvolvam ao longo da Educação Básica e explicita as especificidades e o papel das áreas do conhecimento (no caso da Geografia, as Ciências Humanas) e dos componentes curriculares na formação do estudante do Ensino Fundamental, na aplicação e no desenvolvimento de diferentes competências e habilidades.
Ao apresentar a Geografia, a BNCC aponta que a grande contribuição desse componente curricular aos estudantes da Educação Básica é “desenvolver o pensamento espacial, estimulando o raciocínio geográfico para representar e interpretar o mundo em permanente transformação e relacionando componentes da sociedade e da natureza” (BRASIL, 2018, p. 360). De acordo com a BNCC, o raciocínio geográfico, que é uma maneira de exercitar o pensamento, envolve princípios para compreender aspectos fundamentais da realidade, conforme expostos no quadro 1
QUADRO 1 – DESCRIÇÃO DOS PRINCÍPIOS DO RACIOCÍNIO GEOGRÁFICO
Princípio Descrição
Analogia Um fenômeno geográfico sempre é comparável a outros. A identificação das semelhanças entre fenômenos geográficos é o início da compreensão da unidade terrestre.
Conexão Um fenômeno geográfico nunca acontece isoladamente, mas sempre em interação com outros fenômenos próximos ou distantes.
Diferenciação* É a variação dos fenômenos de interesse da geografia pela superfície terrestre (por exemplo, o clima), resultando na diferença entre áreas.
Distribuição Exprime como os objetos se repartem pelo espaço.
Extensão Espaço finito e contínuo delimitado pela ocorrência do fenômeno geográfico.
Localização
Posição particular de um objeto na superfície terrestre. A localização pode ser absoluta (definida por um sistema de coordenadas geográficas) ou relativa (expressa por meio de relações espaciais topológicas ou por interações espaciais).
Ordem** Ordem ou arranjo espacial é o princípio geográfico de maior complexidade. Refere-se ao modo de estruturação do espaço de acordo com as regras da própria sociedade que o produziu.
FERNANDES, José Alberto Rio; TRIGAL, Lourenzo López; SPÓSITO, Eliseu Savério. Dicionário de geografia aplicada. Porto: Porto Editora, 2016.
*MOREIRA, Ruy. A diferença e a geografia: o ardil da identidade e a representação da diferença na geografia. GEOgraphia, Rio de Janeiro, ano 1, n. 1, p. 41-58, 1999.
**MOREIRA, Ruy. Repensando a Geografia. In: SANTOS, Milton (org.). Novos rumos da geografia brasileira. São Paulo: Hucitec, 1982. p. 35-49.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 360. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.
IX
1.1.1 • Competências e habilidades
As competências referem-se à “mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho” (BRASIL, 2018, p. 8).
Na BNCC, as competências apresentam-se em diversos níveis. No plano das competências gerais para a Educação Básica, elas se inter-relacionam e perpassam todos os componentes curriculares.
COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 9-10. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.
X
No âmbito das Ciências Humanas, conforme exposto na BNCC, as competências devem propiciar aos estudantes a capacidade de interpretar o mundo, de compreender processos e fenômenos sociais, políticos e culturais e de atuar de forma ética, responsável e autônoma diante de fenômenos sociais e naturais.
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE CIÊNCIAS HUMANAS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
1. Compreender a si e ao outro como identidades diferentes, de forma a exercitar o respeito à diferença em uma sociedade plural e promover os direitos humanos.
2. Analisar o mundo social, cultural e digital e o meio técnico-científico-informacional com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, considerando suas variações de significado no tempo e no espaço, para intervir em situações do cotidiano e se posicionar diante de problemas do mundo contemporâneo.
3. Identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade, exercitando a curiosidade e propondo ideias e ações que contribuam para a transformação espacial, social e cultural, de modo a participar efetivamente das dinâmicas da vida social.
4. Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas com relação a si mesmo, aos outros e às diferentes culturas, com base nos instrumentos de investigação das Ciências Humanas, promovendo o acolhimento e a valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
5. Comparar eventos ocorridos simultaneamente no mesmo espaço e em espaços variados, e eventos ocorridos em tempos diferentes no mesmo espaço e em espaços variados.
6. Construir argumentos, com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, para negociar e defender ideias e opiniões que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental, exercitando a responsabilidade e o protagonismo voltados para o bem comum e a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
7. Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica e diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de informação e comunicação no desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal relacionado a localização, distância, direção, duração, simultaneidade, sucessão, ritmo e conexão.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 357. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.
No âmbito da Geografia, as competências contribuem para a formação das identidades e para a leitura de mundo. É imprescindível, para isso, desenvolver o pensamento espacial dos estudantes, estimulando seu raciocínio geográfico.
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
1. Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas.
2. Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das formas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história.
3. Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem.
XI
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
4. Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográficas e iconográficas, de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias para a resolução de problemas que envolvam informações geográficas.
5. Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação para compreender o mundo natural, social, econômico, político e o meio técnico-científico e informacional, avaliar ações e propor perguntas e soluções (inclusive tecnológicas) para questões que requerem conhecimentos científicos da Geografia.
6. Construir argumentos com base em informações geográficas, debater e defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioambiental e o respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de qualquer natureza.
7. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, propondo ações sobre as questões socioambientais, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 366. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.
Nos Anos Finais (6o ao 9o) do Ensino Fundamental, devem ser garantidas a continuidade e a progressão das aprendizagens dos Anos Iniciais (1o ao 5o) em níveis crescentes de complexidade da compreensão.
Para garantir o desenvolvimento das competências propostas e da progressão das aprendizagens, a BNCC apresenta um conjunto de habilidades que “expressam as aprendizagens essenciais que devem ser asseguradas aos estudantes nos diferentes contextos escolares” (BRASIL, 2018, p. 29). Essas habilidades estão organizadas por componente curricular e ano, relacionadas a diferentes unidades temáticas e objetos de conhecimento, entendidos como conteúdos, conceitos e processos. A numeração sequencial que identifica as habilidades (por exemplo: EF06GE01) não indica uma ordem esperada das aprendizagens, tão somente indica a organização de determinada habilidade da etapa do ensino (EF – Ensino Fundamental), ano (06), componente curricular (Geografia) e, por fim, a habilidade indicada. Além disso, o agrupamento das habilidades não é um modelo obrigatório para os currículos, como é esclarecido no documento.
[...] Essa forma de apresentação adotada na BNCC tem por objetivo assegurar a clareza, a precisão e a explicitação do que se espera que todos os alunos aprendam no Ensino Fundamental, fornecendo orientações para a elaboração de currículos em todo o País, adequados aos diferentes contextos.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 31. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.
A seguir, estão apresentados quadros com as unidades temáticas, objetos de conhecimento e habilidades do componente curricular de Geografia, na BNCC para cada ano do Ensino Fundamental – Anos Finais. Nas páginas LXV e LXVI, oferecemos um quadro dos conteúdos e conceitos trabalhados em cada volume e os respectivos objetos de conhecimento e habilidades que estão relacionados a eles. Essas relações com as competências e habilidades da BNCC também são sinalizadas no início de cada unidade das Orientações específicas deste Manual.
XII
UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES
• (EF06GE01) Comparar modificações das paisagens nos lugares de vivência e os usos desses lugares em diferentes tempos.
O sujeito e seu lugar no mundo Identidade sociocultural
• (EF06GE02) Analisar modificações de paisagens por diferentes tipos de sociedade, com destaque para os povos originários.
• (EF06GE03) Descrever os movimentos do planeta e sua relação com a circulação geral da atmosfera, o tempo atmosférico e os padrões climáticos.
Conexões e escalas Relações entre os componentes físiconaturais
• (EF06GE04) Descrever o ciclo da água, comparando o escoamento superficial no ambiente urbano e rural, reconhecendo os principais componentes da morfologia das bacias e das redes hidrográficas e a sua localização no modelado da superfície terrestre e da cobertura vegetal.
• (EF06GE05) Relacionar padrões climáticos, tipos de solo, relevo e formações vegetais.
Mundo do trabalho Transformação das paisagens naturais e antrópicas
• (EF06GE06) Identificar as características das paisagens transformadas pelo trabalho humano a partir do desenvolvimento da agropecuária e do processo de industrialização.
• (EF06GE07) Explicar as mudanças na interação humana com a natureza a partir do surgimento das cidades.
Formas de representação e pensamento espacial
Fenômenos naturais e sociais representados de diferentes maneiras
• (EF06GE08) Medir distâncias na superfície pelas escalas gráficas e numéricas dos mapas.
• (EF06GE09) Elaborar modelos tridimensionais, blocos-diagramas e perfis topográficos e de vegetação, visando à representação de elementos e estruturas da superfície terrestre.
• (EF06GE10) Explicar as diferentes formas de uso do solo (rotação de terras, terraceamento, aterros etc.) e de apropriação dos recursos hídricos (sistema de irrigação, tratamento e redes de distribuição), bem como suas vantagens e desvantagens em diferentes épocas e lugares.
Natureza, ambientes e qualidade de vida
Biodiversidade e ciclo hidrológico
• (EF06GE11) Analisar distintas interações das sociedades com a natureza, com base na distribuição dos componentes físico-naturais, incluindo as transformações da biodiversidade local e do mundo.
• (EF06GE12) Identificar o consumo dos recursos hídricos e o uso das principais bacias hidrográficas no Brasil e no mundo, enfatizando as transformações nos ambientes urbanos.
Atividades humanas e dinâmica climática
• (EF06GE13) Analisar consequências, vantagens e desvantagens das práticas humanas na dinâmica climática (ilha de calor etc.).
GEOGRAFIA • 6o ANO
XIII
UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES
O sujeito e seu lugar no mundo
Ideias e concepções sobre a formação territorial do Brasil
• (EF07GE01) Avaliar, por meio de exemplos extraídos dos meios de comunicação, ideias e estereótipos acerca das paisagens e da formação territorial do Brasil.
• (EF07GE02) Analisar a influência dos fluxos econômicos e populacionais na formação socioeconômica e territorial do Brasil, compreendendo os conflitos e as tensões históricas e contemporâneas.
Formação territorial do Brasil
Conexões e escalas
Características da população brasileira
• (EF07GE03) Selecionar argumentos que reconheçam as territorialidades dos povos indígenas originários, das comunidades remanescentes de quilombos, de povos das florestas e do cerrado, de ribeirinhos e caiçaras, entre outros grupos sociais do campo e da cidade, como direitos legais dessas comunidades.
• (EF07GE04) Analisar a distribuição territorial da população brasileira, considerando a diversidade étnico-cultural (indígena, africana, europeia e asiática), assim como aspectos de renda, sexo e idade nas regiões brasileiras.
• (EF07GE05) Analisar fatos e situações representativas das alterações ocorridas entre o período mercantilista e o advento do capitalismo.
Produção, circulação e consumo de mercadorias
• (EF07GE06) Discutir em que medida a produção, a circulação e o consumo de mercadorias provocam impactos ambientais, assim como influem na distribuição de riquezas, em diferentes lugares.
Mundo do trabalho
Desigualdade social e o trabalho
• (EF07GE07) Analisar a influência e o papel das redes de transporte e comunicação na configuração do território brasileiro.
• (EF07GE08) Estabelecer relações entre os processos de industrialização e inovação tecnológica com as transformações socioeconômicas do território brasileiro.
Formas de representação e pensamento espacial
Mapas temáticos do Brasil
• (EF07GE09) Interpretar e elaborar mapas temáticos e históricos, inclusive utilizando tecnologias digitais, com informações demográficas e econômicas do Brasil (cartogramas), identificando padrões espaciais, regionalizações e analogias espaciais.
• (EF07GE10) Elaborar e interpretar gráficos de barras, gráficos de setores e histogramas, com base em dados socioeconômicos das regiões brasileiras.
Natureza, ambientes e qualidade de vida
Biodiversidade brasileira
• (EF07GE11) Caracterizar dinâmicas dos componentes físico-naturais no território nacional, bem como sua distribuição e biodiversidade (Florestas Tropicais, Cerrados, Caatingas, Campos Sulinos e Matas de Araucária).
• (EF07GE12) Comparar unidades de conservação existentes no Município de residência e em outras localidades brasileiras, com base na organização do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC).
GEOGRAFIA
7o ANO
•
XIV
UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES
Distribuição da população mundial e deslocamentos populacionais
• (EF08GE01) Descrever as rotas de dispersão da população humana pelo planeta e os principais fluxos migratórios em diferentes períodos da história, discutindo os fatores históricos e condicionantes físico-naturais associados à distribuição da população humana pelos continentes.
O sujeito e seu lugar no mundo
Diversidade e dinâmica da população mundial e local
• (EF08GE02) Relacionar fatos e situações representativas da história das famílias do Município em que se localiza a escola, considerando a diversidade e os fluxos migratórios da população mundial.
• (EF08GE03) Analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando características da população (perfil etário, crescimento vegetativo e mobilidade espacial).
• (EF08GE04) Compreender os fluxos de migração na América Latina (movimentos voluntários e forçados, assim como fatores e áreas de expulsão e atração) e as principais políticas migratórias da região.
• (EF08GE05) Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões na contemporaneidade, com destaque para as situações geopolíticas na América e na África e suas múltiplas regionalizações a partir do pós-guerra.
• (EF08GE06) Analisar a atuação das organizações mundiais nos processos de integração cultural e econômica nos contextos americano e africano, reconhecendo, em seus lugares de vivência, marcas desses processos.
• (EF08GE07) Analisar os impactos geoeconômicos, geoestratégicos e geopolíticos da ascensão dos Estados Unidos da América no cenário internacional em sua posição de liderança global e na relação com a China e o Brasil.
Conexões e escalas
Corporações e organismos internacionais e do Brasil na ordem econômica mundial
• (EF08GE08) Analisar a situação do Brasil e de outros países da América Latina e da África, assim como da potência estadunidense na ordem mundial do pós-guerra.
• (EF08GE09) Analisar os padrões econômicos mundiais de produção, distribuição e intercâmbio dos produtos agrícolas e industrializados, tendo como referência os Estados Unidos da América e os países denominados de Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
• (EF08GE10) Distinguir e analisar conflitos e ações dos movimentos sociais brasileiros, no campo e na cidade, comparando com outros movimentos sociais existentes nos países latino-americanos.
• (EF08GE11) Analisar áreas de conflito e tensões nas regiões de fronteira do continente latino-americano e o papel de organismos internacionais e regionais de cooperação nesses cenários.
• (EF08GE12) Compreender os objetivos e analisar a importância dos organismos de integração do território americano (Mercosul, OEA, OEI, Nafta, Unasul, Alba, Comunidade Andina, Aladi, entre outros).
GEOGRAFIA • 8o ANO
XV
UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES
Os diferentes contextos e os meios técnico e tecnológico na produção
• (EF08GE13) Analisar a influência do desenvolvimento científico e tecnológico na caracterização dos tipos de trabalho e na economia dos espaços urbanos e rurais da América e da África.
• (EF08GE14) Analisar os processos de desconcentração, descentralização e recentralização das atividades econômicas a partir do capital estadunidense e chinês em diferentes regiões no mundo, com destaque para o Brasil.
Mundo do trabalho
Transformações do espaço na sociedade urbano-industrial na América Latina
• (EF08GE15) Analisar a importância dos principais recursos hídricos da América Latina (Aquífero Guarani, Bacias do rio da Prata, do Amazonas e do Orinoco, sistemas de nuvens na Amazônia e nos Andes, entre outros) e discutir os desafios relacionados à gestão e comercialização da água.
• (EF08GE16) Analisar as principais problemáticas comuns às grandes cidades latino-americanas, particularmente aquelas relacionadas à distribuição, estrutura e dinâmica da população e às condições de vida e trabalho.
• (EF08GE17) Analisar a segregação socioespacial em ambientes urbanos da América Latina, com atenção especial ao estudo de favelas, alagados e zona de riscos.
Formas de representação e pensamento espacial
Cartografia: anamorfose, croquis e mapas temáticos da América e África
• (EF08GE18) Elaborar mapas ou outras formas de representação cartográfica para analisar as redes e as dinâmicas urbanas e rurais, ordenamento territorial, contextos culturais, modo de vida e usos e ocupação de solos da África e América.
• (EF08GE19) Interpretar cartogramas, mapas esquemáticos (croquis) e anamorfoses geográficas com informações geográficas acerca da África e América.
Natureza, ambientes e qualidade de vida
Identidades e interculturalidades regionais: Estados Unidos da América, América espanhola e portuguesa e África
• (EF08GE20) Analisar características de países e grupos de países da América e da África no que se refere aos aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir as desigualdades sociais e econômicas e as pressões sobre a natureza e suas riquezas (sua apropriação e valoração na produção e circulação), o que resulta na espoliação desses povos.
• (EF08GE21) Analisar o papel ambiental e territorial da Antártica no contexto geopolítico, sua relevância para os países da América do Sul e seu valor como área destinada à pesquisa e à compreensão do ambiente global.
• (EF08GE22) Identificar os principais recursos naturais dos países da América Latina, analisando seu uso para a produção de matéria-prima e energia e sua relevância para a cooperação entre os países do Mercosul.
Diversidade ambiental e as transformações nas paisagens na América Latina
• (EF08GE23) Identificar paisagens da América Latina e associá-las, por meio da cartografia, aos diferentes povos da região, com base em aspectos da geomorfologia, da biogeografia e da climatologia.
• (EF08GE24) Analisar as principais características produtivas dos países latino-americanos (como exploração mineral na Venezuela; agricultura de alta especialização e exploração mineira no Chile; circuito da carne nos pampas argentinos e no Brasil; circuito da cana-de-açúcar em Cuba; polígono industrial do sudeste brasileiro e plantações de soja no centrooeste; maquiladoras mexicanas, entre outros).
GEOGRAFIA •
8o ANO
XVI
UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES
A hegemonia europeia na economia, na política e na cultura
• (EF09GE01) Analisar criticamente de que forma a hegemonia europeia foi exercida em várias regiões do planeta, notadamente em situações de conflito, intervenções militares e/ou influência cultural em diferentes tempos e lugares.
O sujeito e seu lugar no mundo
Corporações e organismos internacionais
• (EF09GE02) Analisar a atuação das corporações internacionais e das organizações econômicas mundiais na vida da população em relação ao consumo, à cultura e à mobilidade.
As manifestações culturais na formação populacional
Integração mundial e suas interpretações: globalização e mundialização
A divisão do mundo em Ocidente e Oriente
• (EF09GE03) Identificar diferentes manifestações culturais de minorias étnicas como forma de compreender a multiplicidade cultural na escala mundial, defendendo o princípio do respeito às diferenças.
• (EF09GE04) Relacionar diferenças de paisagens aos modos de viver de diferentes povos na Europa, Ásia e Oceania, valorizando identidades e interculturalidades regionais.
• (EF09GE05) Analisar fatos e situações para compreender a integração mundial (econômica, política e cultural), comparando as diferentes interpretações: globalização e mundialização.
• (EF09GE06) Associar o critério de divisão do mundo em Ocidente e Oriente com o Sistema Colonial implantado pelas potências europeias.
Conexões e escalas
Intercâmbios históricos e culturais entre Europa, Ásia e Oceania
• (EF09GE07) Analisar os componentes físico-naturais da Eurásia e os determinantes histórico-geográficos de sua divisão em Europa e Ásia.
• (EF09GE08) Analisar transformações territoriais, considerando o movimento de fronteiras, tensões, conflitos e múltiplas regionalidades na Europa, na Ásia e na Oceania.
• (EF09GE09) Analisar características de países e grupos de países europeus, asiáticos e da Oceania em seus aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas e pressões sobre seus ambientes físico-naturais.
Transformações do espaço na sociedade urbano-industrial
• (EF09GE10) Analisar os impactos do processo de industrialização na produção e circulação de produtos e culturas na Europa, na Ásia e na Oceania.
• (EF09GE11) Relacionar as mudanças técnicas e científicas decorrentes do processo de industrialização com as transformações no trabalho em diferentes regiões do mundo e suas consequências no Brasil.
Mundo do trabalho
Cadeias industriais e inovação no uso dos recursos naturais e matérias-primas
• (EF09GE12) Relacionar o processo de urbanização às transformações da produção agropecuária, à expansão do desemprego estrutural e ao papel crescente do capital financeiro em diferentes países, com destaque para o Brasil.
• (EF09GE13) Analisar a importância da produção agropecuária na sociedade urbano-industrial ante o problema da desigualdade mundial de acesso aos recursos alimentares e à matéria-prima.
GEOGRAFIA • 9o ANO
XVII
GEOGRAFIA • 9o ANO
UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES
Formas de representação e pensamento espacial
Leitura e elaboração de mapas temáticos, croquis e outras formas de representação para analisar informações geográficas
• (EF09GE14) Elaborar e interpretar gráficos de barras e de setores, mapas temáticos e esquemáticos (croquis) e anamorfoses geográficas para analisar, sintetizar e apresentar dados e informações sobre diversidade, diferenças e desigualdades sociopolíticas e geopolíticas mundiais.
• (EF09GE15) Comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações populacionais, econômicas e socioambientais representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.
• (EF09GE16) Identificar e comparar diferentes domínios morfoclimáticos da Europa, da Ásia e da Oceania.
Natureza, ambientes e qualidade de vida
Diversidade ambiental e as transformações nas paisagens na Europa, na Ásia e na Oceania
• (EF09GE17) Explicar as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Europa, da Ásia e da Oceania.
• (EF09GE18) Identificar e analisar as cadeias industriais e de inovação e as consequências dos usos de recursos naturais e das diferentes fontes de energia (tais como termoelétrica, hidrelétrica, eólica e nuclear) em diferentes países.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 384-395. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.
2 PROPOSTA TEÓRICO-METODOLÓGICA
Com base nas recentes discussões sobre a Geografia escolar, na BNCC e em nossa experiência como educadores, a proposta teórico-metodológica desta coleção tem o espaço geográfico como objeto de estudo e os estudantes como sujeitos, tanto nas relações socioespaciais quanto no processo de construção do conhecimento. A coleção se aproxima, em muitos aspectos, da chamada Geografia crítica e, do ponto de vista pedagógico, da corrente socioconstrutivista, com o professor como mediador no processo de ensino-aprendizagem Entendemos que a Geografia deve contribuir para que os estudantes compreendam o mundo e pensem caminhos e atitudes propositivas, almejando uma sociedade mais justa. Deve, também, responder de que formas e com quais objetivos os seres humanos produzem o espaço geográfico, revelando as contradições presentes nesse processo, como, por exemplo, em sua relação com a natureza e na apropriação e no uso dos recursos naturais. A busca por tais respostas é feita com o apoio das “ferramentas” e das “lentes” da Geografia. Quando se usa as “lentes” da Geografia, vemos o que interessa à compreensão do espaço geográfico: que elementos o compõem, como esses elementos estão organizados e aparecem na paisagem, por que estão organizados dessa forma, como o espaço geográfico é produzido, que agentes atuam em sua
XVIII
produção, como ele pode ser transformado etc. Podemos dizer que as “lentes” da análise espacial ou geográfica se referem aos conceitos usados pela ciência geográfica e ao modo como esses conceitos são usados para a compreensão do espaço geográfico, conforme veremos no item 2.2. Muitas vezes, há a necessidade de se usar outras “lentes”, de outras ciências, remetendo à interdisciplinaridade4.
Os saberes escolares trabalhados na coleção devem ser entendidos em diferentes dimensões: procedimentos, atitudes e conceitos.
Os conteúdos procedimentais 5, nesta coleção, estão integrados aos demais conteúdos e são trabalhados principalmente nas atividades e, particularmente, nas seções que fazem parte de cada unidade, incluindo ações e dificuldades de acordo com o nível cognitivo dos estudantes. Habilidades como organizar, relacionar, interpretar, justificar, aplicar, transferir, analisar situações-problema, pesquisar, concluir, opinar, refletir etc. fazem parte do conteúdo procedimental, devendo ser entendidas como recursos cognitivos para o desenvolvimento das competências6 necessárias para os estudantes atuarem com autonomia nos estudos e na compreensão do espaço geográfico.
A preocupação com os conteúdos atitudinais , que se referem a valores, atitudes e normas (ZABALA, 1998), faz-se presente em diversas temáticas trabalhadas na coleção (ações da sociedade organizada em busca de melhores condições de vida, práticas sustentáveis na relação com o meio etc.) e em propostas de atividades (cooperar com o grupo, responsabilizar-se por atividades etc.). Vê-se, portanto, que os valores, ligados indissociavelmente aos conteúdos atitudinais, referem-se à intervenção dos estudantes no seu espaço de vivência e na reflexão sobre si mesmos e sobre o outro – sempre com base em um posicionamento teórico e ético que pressupõe o respeito aos direitos humanos. Desse modo, os estudantes poderão posicionar-se frente àquilo que foi trabalhado em sala de aula com base nesta obra, ocupando o lugar de sujeitos nos seus processos de aprendizagem e na operacionalização dos instrumentos teóricos e analíticos que, agora, em sua posse, poderão servir para a construção de um mundo mais justo.
Por fim, reafirmamos a importância dos conteúdos conceituais, constituídos por conceitos, fatos, processos históricos e naturais, que se articulam para a compreensão do espaço geográfico.
2.1
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
Relacionadas aos fundamentos teóricos e pedagógicos e ao desenvolvimento das competências e habilidades envolvidas no processo de aprendizagem do Ensino Fundamental, explicitadas na BNCC, as expectativas de aprendizagem desta coleção são:
• dominar ferramentas conceituais e procedimentais específicas da ciência geográfica para o entendimento do mundo em que se vive, em diversas escalas espaciais e diversos aspectos, refletindo criticamente sobre problemas e contradições;
• compreender que o conhecimento científico pode contribuir para alcançar uma sociedade mais justa e democrática, construída com a participação de diversos setores por meio de atitudes individuais e coletivas;
• compreender que as escalas local, regional, nacional e global se articulam e que essa articulação deve ser considerada na análise dos fenômenos espaciais;
4 A interdisciplinaridade será tratada no item 2.5
5 Por conteúdo procedimental, entende-se o “que inclui entre outras coisas as regras, as técnicas, os métodos, as destrezas ou habilidades, as estratégias, os procedimentos – é um conjunto de ações ordenadas e com um fim, quer dizer, dirigidas para a realização de um objetivo. São conteúdos procedimentais: ler, desenhar, observar, calcular, classificar, traduzir, recortar, saltar, inferir, espetar etc.” (ZABALA, 1998, p. 43-44).
6 Competência, aqui, é entendida como a capacidade de mobilizar diversos recursos cognitivos para enfrentar um tipo de situação, como definida por Perrenoud (2000). Assim, por exemplo, encontrar uma rua utilizando uma planta é uma situação que requer a competência de leitura de mapas, para a qual são mobilizados vários recursos cognitivos, como decodificar os símbolos contidos na planta, realizar a leitura da legenda, aplicar noções de proporção e lateralidade etc.
• compreender o mundo atual em sua diversidade, explicada pelas relações que as diferentes sociedades, no tempo e no espaço, estabelecem com a natureza; XIX
• reconhecer o papel dos diferentes agentes (naturais e humanos) na produção do espaço geográfico ao longo do tempo, avaliando as consequências de suas ações e propondo soluções para os problemas;
• compreender que problemas socioespaciais, como as desigualdades e as más condições de vida, não são naturalmente estabelecidos, mas sim produtos de processos históricos e estruturas econômicas que caracterizam a sociedade no tempo e no espaço;
• conhecer, produzir e/ou utilizar referenciais espaciais de localização e produtos cartográficos (mapas impressos e digitais, plantas, maquetes, croquis) para encontrar lugares, localizar-se e deslocar-se no espaço, identificar e analisar fenômenos geográficos e estabelecer relação entre eles;
• compreender que os fenômenos que ocorrem no espaço, sejam eles naturais, sociais, culturais, econômicos ou políticos, são articulados;
• identificar elementos que compõem uma paisagem, utilizando procedimentos que permitam fazer sua leitura, como observação e identificação, procurando compreender de que forma esses elementos se relacionam;
• reconhecer a diversidade de grupos sociais, desenvolvendo e enfatizando o respeito às diferenças e repudiando manifestações de racismo e intolerância;
• valorizar e respeitar as relações que cada grupo social estabelece entre natureza e sociedade, reconhecendo o direito das manifestações culturais dos diferentes povos;
• compreender que as redes e os fluxos do atual meio técnico-científico-informacional contribuíram para intensificar as relações entre os espaços, em diferentes escalas, reconhecendo as desigualdades espaciais nessa intensificação;
• operar procedimentos de estudos e pesquisas de forma autônoma, relacionando conteúdos trabalhados com novos conhecimentos adquiridos em fontes diversas, reconhecendo o livro didático como um dos instrumentos de trabalho e consulta, e não como o único;
• valorizar o conhecimento tradicional e a cultura popular, além de diferentes expressões artístico-culturais, analisando-as e relacionando-as com o conhecimento científico produzido;
• utilizar procedimentos de leitura de textos e imagens, favorecendo competências linguísticas e de pensamento;
• reconhecer a importância de trabalhar em grupo, valorizando a convivência e a troca de ideias e conscientizando-se da importância do papel de cada um para que o grupo alcance os objetivos no processo de aprendizagem.
Mais adiante, apresentamos os objetivos de aprendizagem específicos para cada Unidade, seguidos de suas justificativas.
2.2
CONCEITOS DA GEOGRAFIA
Para a sistematização do conhecimento, a Geografia se baseia em importantes conceitos. O mais amplo deles é o espaço geográfico, entendido como fruto das relações entre o ser humano e a natureza ao longo da história. Além dele, a Geografia se vale também dos conceitos de paisagem, lugar, região, território e natureza, e de muitos outros importantes para o aprendizado.
A paisagem é um dos principais conceitos que aproximam o conhecimento prévio do estudante ao conhecimento sistematizado. Aqui, no entanto, cabe uma advertência sobre as diferenças e as relações entre paisagem e espaço, muitas vezes entendidos, equivocadamente, como sinônimos. Para isso, usamos as palavras do geógrafo Milton Santos, que também faz referência ao conceito de configuração territorial.
Paisagem e espaço não são sinônimos. A paisagem é o conjunto de formas que, num dado momento, exprimem as heranças que representam as sucessivas relações localizadas entre homem e natureza. O espaço são essas formas mais a vida que as anima.
XX
A palavra paisagem é frequentemente utilizada em vez da expressão configuração territorial. Esta é o conjunto de elementos naturais e artificiais que fisicamente caracterizam uma área. A rigor, a paisagem é apenas a porção da configuração territorial que é possível abarcar com a visão. Assim, quando se fala em paisagem, há, também, referência à configuração territorial e, em muitos idiomas, o uso das duas expressões é indiferente.
[...]
A paisagem existe através de suas formas, criadas em momentos históricos diferentes, porém coexistindo no momento atual. No espaço, as formas de que se compõe a paisagem preenchem, no momento atual, uma função atual, como resposta às necessidades atuais da sociedade. [...]
Tanto na ciência geográfica quanto na Geografia escolar, o uso do conceito paisagem vem sendo retomado. Nas atividades escolares, a leitura da paisagem pode ocorrer de forma direta e indireta (PANIZZA, 2014). A direta diz respeito ao que se encontra ao alcance da vista, quando se observa e se analisa a paisagem em um trabalho de campo ou no cotidiano, nos arredores da escola ou do bairro, por exemplo, identificando as mudanças que ocorrem ao longo do dia, de uma estação do ano para outra, entre outros aspectos. De forma indireta, a paisagem é observada quando se promove a leitura de diversos tipos de imagens, como fotografias, vídeos, pinturas, histórias em quadrinhos ou, ainda, obras literárias, poemas, relatos, músicas que remetam às características visíveis do espaço. A paisagem pode ser ponto de partida para a “análise geográfica”.
Ao longo das unidades de cada volume, as imagens que retratam ou representam paisagens, sobretudo as fotografias, são usadas para aproximar os estudantes do conteúdo ou do objeto de estudo. As diversas atividades propostas ao longo do Livro do estudante proporcionam momentos privilegiados para o trabalho com habilidades necessárias à leitura da paisagem.
O conceito de lugar não deve ser confundido com a palavra “lugar”, ambos aparecendo em diferentes momentos ao longo da obra. A palavra “lugar” remete à localização espacial, enquanto o conceito de lugar, a uma dimensão relacionada aos vínculos afetivos com o espaço vivido que, com o avanço das tecnologias de comunicação, está sendo ampliado – o que não significa dizer que está sendo desfrutado ou sendo alvo de afetos, uma vez que crises estruturais do mundo contemporâneo e especialmente do mundo urbano acabam por constituir espaços amnésicos (CARLOS, 2000). Portanto, está diretamente relacionado a espaços com os quais os estudantes têm relação mais direta. Não podemos esquecer, ainda, que o lugar não se explica por si e, sempre que possível, deve ser relacionado a outros espaços (CAVALCANTI, 2003). Nesta coleção, as atividades de levantamento dos conhecimentos prévios (que podem aparecer nas aberturas de unidades e de temas) do boxe Investigar lugares e da seção Pensar e agir privilegiam a categoria lugar.
O conceito de região é muito utilizado no dia a dia das pessoas, apresentando diversos significados. Na obra, região assume dois principais significados, que, em certos casos, estão integrados: o primeiro, de localização e de extensão, como referência a um conjunto de áreas que apresentam semelhanças entre si e que as distinguem de outras, por exemplo, a “região da indústria” ou a “região da soja”; o segundo, de região administrativa, utilizada pelos governos federal, estadual e municipal para se referir a uma unidade administrativa, como a Região Norte ou a Região Nordeste. Assim, trabalhamos a região como parte, subdivisão do espaço geográfico que apresenta, em sua extensão, características naturais, econômicas, históricas e culturais comuns. Nesse contexto, regionalizar significa dividir o espaço geográfico de acordo com critérios preestabelecidos. Devemos, no entanto, ressaltar que as regiões ou espaços no interior das regiões se inter-relacionam no âmbito nacional e mundial, considerando-se a complexidade das relações de produção em um mundo cada vez mais globalizado, resultado do processo de expansão do capitalismo.
XXI
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 4. ed. São Paulo: Edusp, 2006. p. 66-67.
O conceito de região é trabalhado principalmente do 7o ano em diante, de forma que os estudantes compreendam que não se trata de algo dado, estático e natural. Ao tratarmos das regiões brasileiras, no volume do 7o ano, discutimos o fato de que a regionalização apresentada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não constitui a única maneira de regionalizar o espaço brasileiro e que as regiões apresentam diversidade em seu interior. Assim, não se trata de regiões dadas e estáticas em sua configuração territorial. A categoria região ganha mais destaque no volume do 8o ano, quando o espaço geográfico mundial é estudado com base em recortes regionais, estabelecendo-se relações com outras escalas sempre que se fizer necessário, para o entendimento do conteúdo. No volume do 9o ano, encaminhamos uma discussão sobre o conceito de região na escala mundial, destacando o fato de que a região é um produto da ação humana, mesmo quando é usado um critério natural de regionalização.
O conceito de território se faz presente em toda a coleção. Além de ser trabalhado o conceito clássico ligado ao poder do Estado e aos limites legalmente estabelecidos, também são trabalhadas as ações sobre o território procedentes de outras instâncias e outros atores, como organizações não governamentais e movimentos da sociedade civil. Quando, por exemplo, trabalhamos com a organização do espaço em uma aldeia indígena, tratamos de ações sobre o território, com suas “fronteiras” e seus “limites” construídos pelos atores que nesses espaços agem e convivem. O texto a seguir trata dos diferentes atores que “produzem territórios”.
Do Estado ao indivíduo, passando por todas as organizações pequenas ou grandes, encontram-se atores sintagmáticos que “produzem” o território. De fato, o Estado está sempre organizando o território nacional por intermédio de novos recortes, de novas implantações e de novas ligações. O mesmo se passa com as empresas ou outras organizações [...]. O mesmo acontece com o indivíduo que constrói uma casa [...]. Em graus diversos, em momentos diferentes e em lugares variados, somos todos atores sintagmáticos que produzem “territórios”. Essa produção de território se inscreve perfeitamente no campo do poder de nossa problemática relacional. Todos nós combinamos energia e informação, que estruturamos com códigos. Todos nós elaboramos estratégias de produção, que se chocam com outras estratégias em diversas relações de poder.
CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, escola e construção de conhecimentos. 5. ed. Campinas: Papirus, 2003. p. 108.
O conceito de natureza, na coleção, refere-se à natureza transformada, fruto da ação humana, e à dinâmica própria dos elementos físico-naturais. De acordo com Cavalcanti (2003, p. 114), “é preciso construir no ensino um conceito de natureza que seja instrumentalizador das práticas cotidianas dos estudantes, em seus vários níveis, o que requer inserir esse conceito num quadro da problemática ambiental da atualidade”. Em diversos momentos, problemáticas ambientais são tratadas na obra, principalmente no volume do 6o ano, por conta dos temas físico-naturais, que se relacionam à dinâmica dos elementos da natureza e à relação desta com os seres humanos na produção do espaço geográfico.
ESCALAS DE ANÁLISE ESPACIAL
As escalas de análise espacial devem ser entendidas como recortes do espaço estudado, como o bairro, a comunidade, a aldeia indígena, o município, a Unidade da Federação, o país, a região, o mundo. Nesta coleção, esses recortes espaciais auxiliam a estruturação de propostas de atividades e a distribuição dos conteúdos, possibilitando o trabalho com diversos temas e, inclusive, intervenções no lugar em que se vive.
XXII
2.3
O “mundo em que os estudantes vivem” pode ser o bairro ou o município onde moram e onde se dão as relações mais próximas e afetivas, até o espaço geográfico mundial, caracterizado, cada vez mais, pelas ocorrências dos chamados “fenômenos globais”, sejam naturais, sejam relacionados à expansão do capital.
Em todos os volumes, principalmente nos dois primeiros, são propostas atividades de pesquisa para investigar, na escala local, conteúdos abordados em escalas mais amplas. As principais atividades que têm esse objetivo são as que compõem o boxe Investigar lugares e a seção Conhecimento em ação
No desenvolvimento dos conteúdos, é importante fazer a relação entre as escalas espaciais, pois elas não existem de forma estanque na realidade. Essa importância se dá por vários motivos, como: intensificação da relação do local com o global, em razão dos avanços técnicos no fluxo de pessoas, informações e mercadorias; muitos fenômenos locais só podem ser entendidos plenamente quando se faz uma relação com aspectos globais, nacionais ou regionais (por exemplo: para se estudar o clima no Brasil, é necessário trazer a dimensão global, visualizando-se as zonas climáticas e a posição da Terra em relação ao Sol); o estudante traz muitos conhecimentos prévios relacionados não só ao local mais próximo de vivência, como também aos mais distantes, muitas vezes veiculados em notícias, programas de TV, filmes, sabedoria popular etc.
No volume do 6o ano, há a preocupação em variar e relacionar as escalas espaciais, do local (trabalhado principalmente em atividades) ao global, de acordo com os temas trabalhados.
A escala espacial nacional ganha ênfase no volume do 7o ano, no qual tratamos de temáticas específicas do espaço geográfico brasileiro, sem deixar de relacionar com outras escalas, na medida em que essas relações são necessárias para garantir a compreensão dos conteúdos.
Os volumes do 8 o e 9 o anos são estruturados principalmente com base na regionalização em continentes e grupos de países (regiões). Também são trabalhados temas como globalização e dinâmicas da população mundial.
2.4
A CARTOGRAFIA
O trabalho com a Cartografia é fundamental para o entendimento da organização do espaço geográfico, como afirma Passini,
[...] A capacidade de visualizar a organização espacial é um conhecimento significativo para a participação responsável e consciente na resolução de problemas do sujeito pensante. Aquele que observa o espaço representa-o e tem capacidade para ler as representações em diferentes escalas geográficas será um sujeito cognoscitivo, que dará contribuições significativas na tomada de decisões (2012, p. 39).
A Cartografia deve ser explorada como uma linguagem com características específicas, sendo um importante instrumento para a leitura, apreensão e representação do espaço em suas diferentes escalas. Segundo Joly, “uma vez que uma linguagem exprime, através do emprego de um sistema de signos, um pensamento e um desejo de comunicação com outrem, a Cartografia pode, legitimamente, ser considerada como uma linguagem” (2013, p. 11).
Na coleção, além de trabalharmos conteúdos de Cartografia, em uma unidade específica do volume do 6o ano, e na seção Interagir com mapas, em todos os volumes, produtos cartográficos (mapas, plantas, croquis etc.) estão presentes na obra com diversos objetivos, como:
XXIII
• localizar fenômenos espaciais;
• obter informações sobre fenômenos possíveis de serem espacializados;
• analisar e correlacionar informações representadas;
• representar informações em croquis;
• conhecer ferramentas digitais para a busca de endereços etc.
Dessa maneira, portanto, dá-se continuidade ao processo de alfabetização cartográfica ou letramento cartográfico, iniciado nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, buscando consolidar o conhecimento espacial e cartográfico dos estudantes. Embora muitos estudantes cheguem aos Anos Finais do Ensino Fundamental com noções apreendidas (de legenda, proporção, escala e orientação, por exemplo), alguns conhecimentos básicos para a leitura de mapas são retomados na seção Interagir com mapas, explorados de acordo com o nível cognitivo dos estudantes e relacionados ao tema tratado em determinado contexto. Assim, ao mesmo tempo que se trabalha o fenômeno representado, exploram-se habilidades de leitura e análise de mapas.
2.4.1 • Cartografia e educação inclusiva
A inserção de estudantes com deficiência em classes de ensino regular é relativamente recente no sistema de ensino brasileiro. Esse fato representa uma conquista para as pessoas com deficiência, assim como para toda a comunidade escolar, que tem a oportunidade de lidar e trabalhar mais diretamente com a tolerância e o respeito às diferenças.
Segundo a Política Nacional de Educação Especial7 , na perspectiva da educação inclusiva, a proposta pedagógica da escola deve contemplar, no seu público-alvo, estudantes com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, garantindo, desse modo, seus direitos.
A educação especial deve, assim, articular-se com o ensino comum, cabendo à escola pesquisar, pensar, materializar e colocar em prática estratégias e instrumentos que promovam a inserção no processo ensino-aprendizagem daqueles estudantes com deficiência. É necessário, pois, utilizar as tecnologias assistivas, definidas a seguir.
[...] Tecnologia Assistiva é toda e qualquer ferramenta, recurso ou processo utilizado com a finalidade de proporcionar uma maior independência e autonomia à pessoa com deficiência. São consideradas Tecnologias Assistivas, portanto, desde artefatos simples, como uma colher adaptada ou um lápis com uma empunhadura mais grossa para facilitar a pressão, até sofisticados programas especiais de computador que visam a acessibilidade.
GALVÃO FILHO, Teófilo Alves; DAMASCENO, Luciana Lopes. Tecnologias Assistivas para autonomia do estudante com necessidades educacionais especiais. Inclusão: Revista da Educação Especial, Brasília, DF, v. 1, n. 1, p. 25-32, jul. 2006. p. 26. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/revistainclusao2.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.
As atividades desta coleção, que envolvem produção, leitura e análise de mapas e gráficos, podem ser adaptadas para favorecer o trabalho com pessoas cegas ou com baixa visão, como a construção de maquetes e atividades com mapas e gráficos. Os próprios estudantes podem produzir materiais, substituindo cores e símbolos por materiais de diferentes texturas, como lixa, plásticos, tecidos etc., e promovendo a realização de atividades de forma tátil. Nesse contexto, os mapas táteis constituem tecnologias assistivas.
7 BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Especial. Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília, DF: MEC: Seesp, 2008. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.
XXIV
O texto a seguir traz informações sobre mapas táteis. Instruções para elaboração de mapas táteis podem ser acessadas no site indicado na referência do mesmo texto.
Mapas como facilitadores na inclusão social de pessoas com deficiência visual8
[...]
Se os mapas são importantes ou fazem parte da vida das pessoas normovisuais, para aquelas impossibilitadas de ver eles são igualmente importantes para a compreensão geográfica do mundo; eles possibilitam a ampliação da percepção espacial e facilitam a mobilidade. Para esses usuários, os mapas precisam ser lidos com as mãos: eles não conseguem ler um mapa impresso ou disposto na tela de um monitor de vídeo do computador ou do aparelho de televisão.
Para serem lidos pelas pessoas cegas os mapas precisam ser transformados para a forma tátil, isto é, tudo que está em um mapa que é lido por quem enxerga precisa de alguma maneira ser reelaborado para ser lido pelas mãos do deficiente visual e compreendido por ele. Além disso, é preciso considerar as limitações que a ausência da visão gera tanto na confecção quanto na leitura de mapas, assim como na forma própria de pessoas cegas organizarem e se apropriarem do conhecimento.
[...]
8 O uso dos termos “pessoa com deficiência visual”, “cego” e “pessoa com baixa visão”, ou a combinação desses termos, é uma opção amparada pelo consenso construído em órgãos representativos das pessoas com deficiência e pela literatura especializada na área.
XXV
Exemplo de interação com globo terrestre tátil. Arizona, Estados Unidos, 2005. SCOTT
T. BAXTER/GETTY IMAGES
O uso dos mapas táteis
Consideramos que mapas padronizados podem jogar um importante papel como veículo de informação espacial para deficientes visuais. Sem os mapas esse grupo social fica limitado a receber informações do espaço geográfico através de palavras e/ou precisam memorizar longas informações descritivas para acessar lugares. E, também, para pessoas cegas uma imagem (formada na mente) vale mais que mil palavras. Portanto, os mapas podem ser mais necessários para essas pessoas do que para aquelas que podem ver. Eles podem proporcionar acesso à informação espacial para que esse grupo de usuários possa organizar suas imagens espaciais internas (estimar distâncias, localizar lugares e objetos), o que, consequentemente, pode reverter em maior independência e autonomia na orientação, mobilidade e segurança dessas pessoas. Exemplos de mapas para mobilidade confeccionados no LabTATE e disponibilizados como imagem na internet [...].
[...]
[...] A mediação pedagógica no processo de ler um mapa é fator determinante para o entendimento do que foi representado e para o seu significado na realidade. Se eles, os deficientes visuais, não forem ensinados a usar mapas, não saberão se apropriar da informação por eles veiculada, e isso não acontece em um só momento; é um processo ao longo do desenvolvimento espacial do indivíduo [...]. Todavia, se ele não teve acesso aos mapas e já é um adulto, precisa ser ensinado a usar esse recurso, pois um cidadão alfabetizado deve ser capaz de ler mapas para acessar informações espaciais no intuito de tomar decisões sobre o espaço.
NOGUEIRA, Ruth Emilia. Mapas como facilitadores na inclusão social de pessoas com deficiência visual. ComCiência: revista eletrônica de jornalismo científico, Florianópolis, ed. 61, n. 123, 10 nov. 2010. Disponível em: www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=61&id=767&print=true. Acesso em: 28 ago. 2022.
2.4.2 • Mapas digitais
Na Geografia, em especial no estudo cartográfico, é importante tratar das novas tecnologias (consultar os itens 3.4 e 3.4.1) relacionadas à localização e à análise espacial, como sites específicos e games que simulam lugares (o uso de games é tratado no item 3.7.1). Ao trabalhar o conteúdo cartográfico em sala de aula, é possível apresentar aos estudantes diferentes formas de representação do espaço geográfico, relacionando os atuais recursos digitais de localização com mapas impressos, atlas e guias de ruas. É possível que muitos estudantes já tenham tido contato ou, até mesmo, já tenham utilizado mapas digitais e interativos em seu dia a dia, pois esses recursos já são muito comuns e de larga utilização pela sociedade brasileira (mesmo se considerarmos a grande desigualdade no acesso à internet entre os lares no Brasil). Por isso, ao trabalhar com a Cartografia escolar, há uma oportunidade interessante para abordar o uso de recursos digitais.
O mapa é uma ferramenta de comunicação e linguagem tão antiga quanto a escrita, e de tal importância que foi utilizado por praticamente todas as civilizações. [...]
[...]
XXVI
Através dos avanços tecnológicos e da velocidade da informação, ocorreram no século XXI, as transformações mais significativas no universo cartográfico, sendo essa uma das áreas do conhecimento amplamente impactada com o desenvolvimento científico e tecnológico, principalmente em virtude da difusão dos mapas digitais [...].
Diferente dos mapas em papel, com o desenvolvimento tecnológico, tornou-se possível armazenar, editar e representar esses dados em ambiente computacional, facilitando o uso integrado desses conceitos para análise e tomada de decisões nas diversas áreas do conhecimento dando origem às geotecnologias, que consiste numa área do conhecimento que abrange técnicas matemáticas e computacionais, utilizadas para o tratamento da informação geográfica.
[...]
[...] o uso dessas novas tecnologias aplicadas ao ensino é uma das demandas do programa oficial de educação, chamado “Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs)”, sugerindo assim que durante o ensino fundamental, alunos sejam contemplados com diversificadas fontes de informação e recursos tecnológicos, para então, adquirir e garantir a construção do conhecimento.
Por conseguinte, a inclusão de geotecnologias nas aulas de Geografia proporcionou novas perspectivas para as práticas docentes. Já que, além de cumprir com os (PCNs), servem como ferramentas de ensino para ampliar e desenvolver o pensamento espacial dos discentes.
Há inúmeros sites , de organizações nacionais e internacionais, como as agências da Organização das Nações Unidas (ONU), que permitem acessar mapas, interagir com eles e produzi-los de acordo com a informação que se pretende representar. O momento de acessar cada site deve ser definido pela temática que se quer estudar.
Muitos trabalhos podem ser feitos com a utilização de recursos digitais e aplicativos. Assim, sugerimos que, sempre que possível, o professor dê exemplos de usos desse tipo de mapa, apresente versões digitais de mapas impressos, trabalhados no livro e em outros momentos da aula, e incorpore, nas saídas de campo e no estudo do meio, a utilização de recursos digitais cartográficos ou aplicativos de localização.
2.4.3 • Mapas digitais colaborativos
Seguem algumas indicações:
• IBGE MAPAS. Rio de Janeiro, [20--]. Site Disponível em: https://portaldemapas.ibge.gov.br/.
O IBGE disponibiliza mapas, cartas topográficas e imagens para visualização, criação e compartilhamento. A ferramenta de mapas interativos permite a análise de dados espaciais e anotações. Também é possível salvar mapas e tabelas com o resultado de consultas.
• MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE . Brasília, DF, [2022]. Site. Disponível em: https://www.gov.br/ mma/pt-br.
Nesse site, são apresentados mapas diversos sobre questões ambientais.
• WORLD Digital Library. Library of Congress. Washington, DC, [2022]. Disponível em: http:// www.wdl.org/. Acessos em: 2 jul. 2022.
Permite o acesso a mapas interativos, com imagens, gravuras e manuscritos da história mundial.
As novas tecnologias também abrem grande possibilidade de construção de mapas pelos próprios usuários ou por uma comunidade. Assim, os estudantes podem utilizar aplicativos que permitem mapear elementos do lugar onde vivem, de acordo com o interesse do grupo. Além do conteúdo procedimental, atividades com esse tipo de recurso permitem e estimulam o exercício da cidadania, uma vez que exprimem ações e reflexões sobre o espaço. O texto a seguir apresenta experiências de mapas colaborativos no Brasil.
FONSECA, Elisandra Hernandes da et al. Mapeamento digital da escola através do software GPS TrackMacker. CaderNAU – Cadernos do Núcleo de Análises Urbanas, Rio Grande, v. 10, n. 1, p. 52-66, 2018. p. 53-54. Disponível em: https://periodicos.furg.br/cnau/article/download/8417/5660/25243. Acesso em: 2 jul. 2022.
XXVII
Mapas colaborativos na web
[...]
Grupo de pessoas, mesmo sem grandes conhecimentos técnicos, passaram a alimentar banco de dados virtuais e criar mapas sobre diferentes temas como mobilidade urbana, atrações culturais, problemas de uma região ou comunidade. “A linguagem de mapas e dos dados geolocalizados são uma das principais evoluções recentes da internet”, explica o jornalista Gustavo Faleiros, que estuda o papel dos mapas colaborativos na vida das pessoas. [...]
Mapas Coletivos
Faleiros criou uma ferramenta chamada Mapas Coletivos, permitindo que qualquer pessoa possa criar seu próprio mapa colaborativo. “Com as ferramentas atuais, fazer um mapa se tornou um processo simples. O mais complicado é articular a rede que vai fazer esse mapeamento”, alerta. Além do Mapas Coletivos, o jornalista lembra que há outras ferramentas gratuitas na internet [...].
Mapa cultural das favelas
A facilidade técnica permitiu ao Observatório de Favelas do Rio de Janeiro construir um mapa com informações de pontos culturais distribuídos em seis comunidades pacificadas do Rio (Manguinhos, Alemão, Penha, Maré, Rocinha e Cidade de Deus). Gilberto Vieira é um dos realizadores do projeto e considera que o mapa, mesmo sendo uma tecnologia muito antiga, é bastante prático e estimula a participação porque o usuário se identifica com aquela área ou região representada. “A gente usa o mapa para tudo. Então, a favela também precisa estar presente nesses mapas digitais”, aponta.
O mapa criado resultou na publicação do Guia Cultural de Favelas, que reúne o mapeamento feito por jovens do Observatório de Favelas. [...]
Mobilidade urbana
O jornalista Gustavo Faleiros destaca que os mapas colaborativos podem ser um recurso interessante para movimentos sociais apontarem problemas e soluções em determinados locais. “Você pode, muito bem, mobilizar um grupo para mapear ônibus que não possuem bancos e depois criar um mapa com esses dados”, exemplifica.
Em função da desigualdade de acesso à internet e aos meios de comunicação que comportam aplicativos de localização ou que se valem de informações georreferenciadas, os mapas digitais estão cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas. Considerando-se, ainda, os games, os livros, as histórias em quadrinhos e as séries e animações disponíveis nos canais de TV aberta ou plataformas de streaming, essa presença ganha ainda mais amplitude entre as crianças e os jovens.
O uso desses mapas poderá ser trabalhado em sala de aula em momentos que incluam atividades práticas do cotidiano e, também, a ludicidade, como traçar rotas mais curtas de um destino a outro pelo bairro, observar, em tempo real, o deslocamento de veículos da frota do transporte público da cidade ou, então, criar mapas e legendas de lugares fictícios – trabalho esse que pode, inclusive, ser realizado de modo interdisciplinar com os professores dos componentes curriculares de História e Língua Portuguesa, por exemplo.
XXVIII
PEDROSA, Leyberson. Conheça três experiências de mapas colaborativos na web EBC, Brasília, DF, 9 set. 2014. Disponível em: http://www.ebc.com.br/tecnologia/2014/09/conheca-tresexperiencias-de-mapas-colaborativos-na-web. Acesso em: 2 jul. 2022.
Desse modo, poderá ser potencializado o desenvolvimento do pensamento espacial com base no uso de diversas linguagens cartográficas, inclusive, valendo-se dessas representações para a resolução de problemas que envolvam informações geográficas, tal qual previsto na BNCC.
INTERDISCIPLINARIDADE
Na trajetória de cada uma das ciências (História, Matemática, Biologia, Sociologia, Geografia etc.), ao longo dos séculos, ocorreu a sistematização de conceitos, categorias e o desenvolvimento de métodos próprios. Na escola, o conhecimento científico foi organizado em torno das chamadas “disciplinas escolares”, que deveriam ajudar os estudantes a compreender o mundo com base nas perspectivas ou nas visões das diferentes ciências, em um processo denominado “transposição didática”.
A compreensão de um fato em suas diversas dimensões, no entanto, requer a contribuição de conceitos e métodos de várias disciplinas relacionadas, o que nos leva a buscar caminhos para a interdisciplinaridade. O que se deve discutir, também, é como promover a interdisciplinaridade. Essa é uma pergunta que vem sendo amplamente debatida com o objetivo de ser respondida ao longo do desenvolvimento das atividades em muitas escolas das redes pública e particular; sua resposta pode ser encontrada em cada contexto e comunidade.
Podemos dizer que a Geografia, particularmente, sempre teve um grande potencial interdisciplinar, visto que, para explicar a relação entre sociedade e natureza, faz-se necessário conhecer também conceitos e métodos desenvolvidos por outras ciências, sobretudo as Ciências Humanas (História, Antropologia, Sociologia) e as Ciências Naturais (Geologia, Biologia, Climatologia).
Na coleção, a interdisciplinaridade é trabalhada na medida em que, para desenvolver determinado conteúdo, recorre-se a conceitos e métodos de outras disciplinas. Especificamente, a seção Integrando com foi concebida para ser essencialmente interdisciplinar, apontando para um rompimento com o conhecimento compartimentalizado. Além disso, várias atividades no Livro do estudante e neste Manual trazem propostas e possibilidades de trabalho interdisciplinar.
Além das propostas de atividades no Livro do estudante e neste Manual, a interdisciplinaridade pode ser trabalhada em projetos voltados a temas relevantes para os estudantes e o lugar onde eles vivem. Para isso, é interessante planejar algumas ações e ter bem claro o que se almeja como resultado e os produtos que podem fazer parte desses projetos, como: coleta seletiva para conscientização da importância de preservar o ambiente ou mesmo recuperá-lo em casos de locais muito degradados; trabalho voluntário para ajudar pessoas ou grupos necessitados; observatório dos direitos; grupos de estudo; biblioteca aberta; campanhas de saúde e utilidade pública voltados à comunidade; festival de artes (música, cinema, teatro, pintura, dança etc.); produção de programas de rádio e de vídeos para divulgar acontecimentos e serviços da comunidade escolar ou bairro; publicação de blogs e podcats temáticos; entre outras ações.
Há que se notar também que a interdisciplinaridade na escola requer o diálogo entre as disciplinas e os professores das outras áreas em diversos momentos: na discussão e na concepção do Projeto Político-Pedagógico (PPP), no planejamento de conteúdos de disciplinas e áreas, nas ações pedagógicas integradas etc.
A área de Ciências Humanas contribui para que os alunos desenvolvam a cognição in situ, ou seja, sem prescindir da contextualização marcada pelas noções de tempo e espaço, conceitos fundamentais da área. Cognição e contexto são, assim, categorias elaboradas conjuntamente, em meio a circunstâncias históricas específicas, nas quais a diversidade humana deve ganhar especial destaque, com vistas ao acolhimento da diferença. O raciocínio espaço-temporal baseia-se na ideia de que o ser humano produz o espaço em que vive, apropriando-se dele em determinada circunstância histórica. [...]
2.5
XXIX
Na análise geográfica, os espaços percebidos, concebidos e vividos não são lineares. Portanto, é necessário romper com essa concepção para possibilitar uma leitura geo-histórica dos fatos e uma análise com abordagens históricas, sociológicas e espaciais (geográficas) simultâneas. Retomar o sentido dos espaços percebidos, concebidos e vividos nos permite reconhecer os objetos, os fenômenos e os lugares distribuídos no território e compreender os diferentes olhares para os arranjos desses objetos nos planos espaciais.
Embora o tempo, o espaço e o movimento sejam categorias básicas na área de Ciências Humanas, não se pode deixar de valorizar também a crítica sistemática à ação humana, às relações sociais e de poder e, especialmente, à produção de conhecimentos e saberes, frutos de diferentes circunstâncias históricas e espaços geográficos. [...]
[...]
O Ensino Fundamental – Anos Finais tem o compromisso de dar continuidade à compreensão dessas noções, aprofundando os questionamentos sobre as pessoas, os grupos humanos, as culturas e os modos de organizar a sociedade; as relações de produção e de poder; e a transformação de si mesmos e do mundo. O desenvolvimento das habilidades voltadas para identificação, classificação, organização e comparação, em contexto local ou global, é importante para a melhor compreensão de si, do outro, da escola, da comunidade, do Estado, do país e do mundo. [...]
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 353, 356. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.
No Ensino Fundamental, a BNCC se concentra nos processos de tomada de consciência do Eu, do Outro e do Nós, das diferenças em relação ao Outro e das diversas formas de organização da família e da sociedade em diferentes espaços e épocas históricas. Para tanto, prevê que os estudantes explorem conhecimentos próprios da Geografia e da História: temporalidade, espacialidade, ambiente e diversidade (de raça, religião, tradições étnicas etc.), modos de organização da sociedade e relações de produção, trabalho e poder, sem deixar de lado o processo de transformação de cada indivíduo, da escola, da comunidade e do mundo.
A exploração dessas questões sob uma perspectiva mais complexa torna-se possível no Ensino Médio dada a maior capacidade cognitiva dos jovens, que lhes permite ampliar seu repertório conceitual e sua capacidade de articular informações e conhecimentos. O desenvolvimento das capacidades de observação, memória e abstração permite percepções mais acuradas da realidade e raciocínios mais complexos – com base em um número maior de variáveis –, além de um domínio maior sobre diferentes linguagens, o que favorece os processos de simbolização e de abstração.
Portanto, no Ensino Médio, a BNCC da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas propõe que os estudantes desenvolvam a capacidade de estabelecer diálogos – entre indivíduos, grupos sociais e cidadãos de diversas nacionalidades, saberes e culturas distintas –, elemento essencial para a aceitação da alteridade e a adoção de uma conduta ética em sociedade. Para tanto, define habilidades relativas ao domínio de conceitos e metodologias próprios dessa
[...]
XXX
área. As operações de identificação, seleção, organização, comparação, análise, interpretação e compreensão de um dado objeto de conhecimento são procedimentos responsáveis pela construção e desconstrução dos significados do que foi selecionado, organizado e conceituado por um determinado sujeito ou grupo social, inserido em um tempo, um lugar e uma circunstância específicos.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 561-562. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.
O TRABALHO COM OS TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS
O trabalho com os chamados Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) não é novo na escola, no entanto, com a BNCC, houve a sistematização e a articulação das áreas do conhecimento, de suas competências e seus componentes curriculares. Assim, os TCTs ganham importância e potência na contribuição para o desenvolvimento de valores éticos e procedimentos caros a nós todos, como, por exemplo, a tolerância e o respeito à diversidade e o planejamento e a construção de uma sociedade mais justa.
É preciso que se tenha em vista que o desenvolvimento dos TCTs atravessará todas as áreas do conhecimento e os componentes curriculares, atendendo à complexidade desses temas e à contribuição que cada área pode e deve oferecer. É indispensável, ainda, levar em consideração que tais temas correspondem a demandas contemporâneas da sociedade de modo geral e, particularmente, a demandas dos estudantes na escola e em seus lugares de vivência, inclusive, possibilitando a análise em escala local, regional e global, bem como possíveis intervenções.
Os TCTs aparecem organizados na BNCC em 6 macroáreas e 15 temas.
Ao apropriar-se dos TCTs, ficará evidente a necessidade do trabalho interdisciplinar e da participação ativa dos estudantes no desenvolvimento desses momentos de discussão – podendo mesmo envolver as instituições representativas da comunidade escolar. Os novos desafios do mundo contemporâneo poderão ser temas de estudo: a degradação e a preservação dos biomas brasileiros; os princípios de economia doméstica e financeirização do capital; a pandemia; a crise alimentar; a promoção e a garantia do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA); o combate ao racismo; a robotização; a programação etc.
MEIO AMBIENTE
Educação Ambiental Educação para o Consumo
ECONOMIA
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Ciência e Tecnologia
MULTICULTURALISMO
Diversidade Cultural
Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras
TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS
BNCC
CIDADANIA E CIVISMO
Vida Familiar e Social Educação para o Trânsito Educação em Direitos Humanos Direitos da Criança e do Adolescente Processo de envelhecimento, respeito e valorização do Idoso
Trabalho
Educação Financeira
Educação Fiscal SAÚDE Saúde
Educação Alimentar e Nutricional
Elaborado com base em: BRASIL. Ministério da Educação. Temas contemporâneos transversais na BNCC: proposta de práticas de implementação. Brasília, DF: MEC, 2019. p. 7.
2.6
EDITORIA DE ARTE XXXI
O TRABALHO COM A DIVERSIDADE
Um aspecto importante a ser considerado no Ensino Fundamental – Anos Finais é a fase de transição da vida dos estudantes. A escola e todas as disciplinas devem, portanto, considerar os anseios e o contexto social em que os jovens estão inseridos, já que os aspectos cognitivo, afetivo e social estão integrados.
Pensar em estratégias e temáticas específicas para o público pré-adolescente e adolescente é de fundamental importância, o que inclui atividades em que os jovens possam expressar suas opiniões e desenvolver a autonomia para refletir sobre as relações que estabelecem com o outro e com o espaço. Compreender o desenvolvimento juvenil é essencial para que pais e professores possam interagir com os jovens, contribuindo para refletir sobre questões que surgem com grande intensidade para eles e que se fazem tão urgentes e importantes, como as mudanças corporais, os conflitos internos, a aceitação pelo grupo, a necessidade de afirmação, a relação com a tecnologia, a sexualidade, e muitas outras.
É na adolescência que muitos conflitos afloram, especialmente aqueles ligados à diversidade de grupos sociais, o que torna necessário o trabalho com conteúdos atitudinais relacionados ao respeito ao outro, à ética, à cidadania, às diferenças e à pluralidade que marcam a sociedade brasileira em diversos aspectos: culturais, sociais, étnico-raciais, etário, de gênero, econômicos etc.
A Geografia trabalha a diversidade sob o ponto de vista espacial, explicando como os grupos se relacionam com a natureza, deixam marcas na paisagem, produzem o espaço geográfico e nele se organizam. Esse trabalho, portanto, acontece considerando as ações sobre o espaço de diferentes grupos, como movimentos sociais, povos indígenas, comunidades quilombolas, entre outros, em relação à garantia de direitos e valorização cultural, o que envolve questões étnico-raciais etc.
É inegável o aumento, nos últimos anos, do reconhecimento em relação à importância das comunidades tradicionais e afro-brasileiras na formação da sociedade de nosso país, fruto de movimentos pela valorização cultural, de lutas pela garantia de direitos, de ações afirmativas, entre outros. Ao mesmo tempo, houve o reconhecimento da existência do preconceito étnico-racial no país, revelando que não vivemos em uma “democracia racial”, como muito se divulgou no passado. Assim, o racismo latente da sociedade brasileira não pode mais ser tolerado como algo natural ou como brincadeira, e é papel da escola trabalhar conteúdos sobre o tema, estar constantemente atenta a manifestações de racismo, para combatê-las e repudiá-las, e ter como objetivo possibilitar às novas gerações o desenvolvimento da consciência de que todos têm direitos iguais e devem ser tratados com respeito.
As questões de gênero e diversidade sexual também são demandas urgentes em nossa sociedade. É cada vez maior a participação feminina no mercado de trabalho, nas universidades, em cargos de liderança e como chefes de família. Embora a sociedade brasileira tenha avançado no que concerne ao respeito às mulheres, elas ainda, comprovadamente, recebem salários menores que os dos homens e muitas delas são vítimas de violência moral e física, inclusive no interior da própria família.
Os LGBTQIA+ são outro grupo que é vítima constante de violência e de atitudes preconceituosas. Faz-se urgente, portanto, ações na escola que desmistifiquem os papéis sociais relacionados ao gênero e que combatam de maneira eficaz os estereótipos; é necessário combater e repudiar quaisquer manifestações de homofobia e preconceito relacionado ao gênero, buscando sempre o diálogo com o objetivo de trabalhar, estabelecer e solidificar atitudes de respeito ao outro e de tolerância.
A escola também deve estar atenta ao preconceito em relação à renda, muito recorrente entre os adolescentes. Nesse contexto, afloram preconceitos em relação aos menos favorecidos economicamente ou aos que vivem à margem da sociedade, como as pessoas em situação de rua. A escola deve repelir qualquer tipo de preconceito contra os mais desfavorecidos, tendo claro que todos podem desenvolver suas potencialidades, dadas as devidas oportunidades e condições, e promovendo espaço, situações e atividades que integrem estudantes de diferentes classes sociais, escolas e redes.
2.7 XXXII
Por fim, mas sem esgotar o assunto, há de se notar que, nas últimas décadas, ocorreram mudanças na estrutura etária da população brasileira, com considerável acréscimo do número de idosos por causa da elevação da expectativa de vida. Esse aumento passou a demandar oportunidades de participação dos idosos na sociedade e o reconhecimento e a valorização de suas experiências. É importante que a escola contribua com essa demanda, por meio de atividades que envolvam a participação de idosos e a integração deles com os estudantes, como em rodas de conversa com avós e bisavós, nas quais eles poderão dar depoimentos sobre suas experiências de vida, a história do bairro ou da cidade etc. Também podem ser ministrados cursos e oficinas em que os mais velhos expõem suas experiências ou determinadas habilidades aos mais jovens, e vice-versa, os mais jovens podem ensinar os mais velhos a, por exemplo, usar a tecnologia (smartphones, tablets, mídias em geral); podem ser realizadas entrevistas sobre um tema específico etc.
• Sobre o tema, sugerimos um material de apoio bastante rico, que contém propostas de atividades diversas, como debates e estudos de caso.
SÃO PAULO (Município). Prefeitura Municipal de São Paulo. Secretaria de Educação. Cá entre nós: guia de educação integral e sexualidade entre jovens. São Paulo: SME, 2012. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ ark:/48223/pf0000217096. Acesso em: 28 jul. 2022.
3 RECURSOS E ESTRATÉGIAS DIDÁTICAS
3.1
SUGESTÕES PARA O USO DA OBRA
O livro didático deve ser encarado como um dos diversos instrumentos que auxiliam professores e estudantes no processo de ensino-aprendizagem. O papel do professor é fundamental na escolha e no uso do livro didático, devendo fazê-los em consonância com o PPP da escola, sua orientação pedagógica, as competências e as habilidades da BNCC e as expectativas de aprendizagem de seu planejamento, exercendo sua autonomia no encaminhamento dos conteúdos propostos.
Qualquer que seja o livro didático escolhido, é imprescindível ampliar os conteúdos, acrescentando outros textos, de diferentes gêneros, e atividades variadas, como sugerido no boxe #Fica a dica do Livro do estudante e no boxe Ampliando horizontes deste Manual.
O uso desta obra, portanto, pode ser feito de diversas maneiras e em diferentes momentos da aula, destacando-se as sugestões a seguir.
• Levantamento do conhecimento prévio e sensibilização: as aberturas de unidades e de temas são momentos privilegiados para isso. As atividades propostas podem ser desenvolvidas em conversas com toda a sala ou em grupos menores. Os estudantes também podem ser convidados a folhear a unidade e a observar mapas, fotografias, títulos dos assuntos que serão estudados etc.
• Encaminhamento dos temas: pode ser explorado de diversas formas, como:
– pedir aos estudantes que observem apenas as imagens (mapas, fotografias, ilustrações etc.) e levantem hipóteses sobre o significado e a importância que têm para o tema geral;
– solicitar aos estudantes que façam a leitura do capítulo e escrevam frases no caderno ou produzam esquemas ou desenhos que resumam a ideia central;
– pedir aos estudantes que, em duplas, anotem os termos que não conhecem ou verifiquem informações ou conceitos que não ficaram claros. Depois, sugerir que se reúnam com outras duplas de colegas para discutirem as dúvidas;
XXXIII
– solicitar aos estudantes que identifiquem como e se os temas apresentados se manifestam em seu cotidiano.
• Organização de conceitos e aprofundamento : após a leitura (individual e/ou coletiva) e o levantamento de dúvidas, o professor poderá, de forma coletiva, organizar na lousa, por meio de esquemas, mapas conceituais, desenhos ou quadros-síntese, os principais conceitos trabalhados na unidade, sempre buscando ampliá-los, aplicá-los e relacioná-los à realidade dos estudantes. Os textos de aprofundamento dos temas das unidades, inseridos nas Orientações específicas deste Manual, trazem subsídios para isso. O professor poderá, ainda, valer-se de manifestações artísticas como textos literários, filmes e episódios de séries para contextualizar e aprofundar os temas.
• Desenvolvimento das atividades : encaminhar as atividades propostas, ora individualmente, ora em grupo, e verificar as respostas dos estudantes, valorizando a diversidade de experiências, opiniões e ideias e promovendo o respeito à diversidade cultural, sem perder de vista o rigor conceitual.
As sugestões listadas devem sempre contar com a mediação do professor no processo de ensino-aprendizagem, incentivando a autonomia dos estudantes para os estudos e a troca de ideias.
3.1.1 • Como usar o livro em salas compostas de grupos grandes de estudantes
Além da diversidade que compõe a turma, devem-se considerar necessariamente estratégias que deem conta de tal diversidade. Como professor, é preciso estar atento ao fato de que o número de estudantes presentes no agrupamento também influenciará nas suas escolhas para o trabalho em sala de aula.
Em função de estudantes que possuem diferenças significativas de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores, o debate mediado pelo professor em sala de aula e a organização da turma em grupos diversos devem ser baseados em estratégias profícuas para o desenvolvimento integral da turma. O debate mediado pode opor atitudes e valores e fazer com que eles sejam postos em destaque e analisados coletivamente, testando, inclusive, a solidez e a confiabilidade dos argumentos mobilizados pelas partes que promoverão o debate. No entanto, é preciso que o professor estabeleça como pressuposto para a discussão a apresentação e a defesa de argumentos que não ataquem os direitos humanos, tampouco exponham ou provoquem constrangimentos a indivíduos ou ao grupo.
No que diz respeito aos grupos grandes, com turmas de 45 ou mais estudantes, a organização dos espaços escolares e dos tempos de aula deve funcionar de modo a otimizar ao máximo os momentos de aprendizagem. Nesse sentido, o estabelecimento do contrato pedagógico e a organização da turma em subgrupos demonstram ser estratégias promissoras. No entanto, esteja atento para que a divisão da turma em subgrupos não segregue os estudantes, mas sim promova integração e diversidade em favor da aprendizagem.
Para a programação de saídas pedagógicas, trabalhos de campo e estudos do meio, a estratégia de organização da turma em subgrupos também é bastante válida, inclusive, é desejável que, nesse momento, cada grupo possa dedicar-se à observação e à reflexão de um subtema, escolhido anteriormente em sala de aula, de modo a contribuir com o todo, junto aos outros grupos no retorno à escola. Para esses momentos, é imprescindível o apoio da gestão escolar e, se possível, dos outros colegas professores.
3.2
ESTUDO DO MEIO E TRABALHO DE CAMPO
Estudos do meio e trabalhos de campo não constituem uma novidade no ensino. Um dos educadores que propôs esse tipo de atividade foi o francês Célestin Freinet (1896-1966), no seu conceito de “aula-passeio”.
Desde a proposta de Freinet até as mais atuais, estudos do meio sempre tiveram grande potencial interdisciplinar, favorecendo a relação entre teoria e prática e o desenvolvimento de conteúdos dos diversos componentes XXXIV
curriculares, em diversos níveis (da Educação Infantil ao Ensino Superior, observados os objetivos pretendidos), e o envolvimento de vários professores e estudantes em um processo de pesquisa que se inicia na sala de aula.
É importante advertir que essas atividades não podem ser confundidas com excursões, que têm objetivo único de lazer ou com passeios sem relação com o conteúdo que se desenvolve nas aulas. Ao contrário, devem estar integradas a outras ações pedagógicas e precisam ser devidamente planejadas, constituindo-se em um momento privilegiado, em uma etapa do planejamento pedagógico, e não uma totalidade em si, que começa e termina no mesmo dia.
Embora sejam usados muitas vezes como sinônimos, estudo do meio e trabalho de campo apresentam diferenças. O trabalho de campo, também chamado excursão geográfica ou estudo de campo, refere-se à visita a um local predeterminado, para coletar informações sobre o que se quer pesquisar. O estudo do meio envolve uma sequência de etapas, das quais o trabalho de campo é parte essencial (GUERRERO, 2008). O estudo do meio é, portanto, mais abrangente que o trabalho de campo.
Nas Orientações específicas deste Manual, são feitas indicações de lugares que podem ser visitados de acordo com a temática de cada unidade. Em geral, pode constituir um estudo do meio ou trabalho de campo: o bairro ou o município; museus; órgãos governamentais, como prefeitura e câmara de vereadores; fábricas; propriedades rurais; assentamentos; áreas de preservação, como parques municipais e estaduais etc. Neste Manual, são apresentadas orientações de como conduzir grupos grandes de estudantes em saídas de campo e orientações para prevenir possíveis riscos durante a realização dessas atividades.
A seleção dos locais a serem visitados depende dos objetivos pretendidos e do objeto de estudo, além da “logística” que envolve o planejamento (lugares que podem ser visitados; como os estudantes serão transportados; quais serão os custos etc.). Devemos lembrar também que cuidados com a segurança (meio de transporte adequado, número de professores suficiente para acompanhar a turma etc.) e bem-estar dos estudantes (alimentação, acessibilidade a banheiros etc.) são indispensáveis, além da autorização antecipada dos pais ou responsáveis.
Os estudos do meio envolvem três etapas gerais:
• planejamento e preparação, realizados antes da ida ao campo;
• atividades de campo que serão realizadas durante a excursão ou o passeio;
• sistematização, que engloba compilação, análise e apresentação dos resultados. Pontuschka, Cacete e Paganelli (2009) detalharam as etapas descritas em alguns momentos e ações, apresentadas a seguir.
Encontro dos sujeitos sociais
Mobilização dos envolvidos para planejar o trabalho, pensando em possíveis ações interdisciplinares. Com base nos objetivos e conteúdos disciplinares trabalhados, é definido o objeto principal da pesquisa e são discutidos os possíveis locais a serem visitados.
Visita preliminar e a opção pelo percurso
Feita geralmente pelos professores para verificar o tempo que será despendido no trajeto entre a escola e o “campo”, o transporte necessário e os lugares que melhor atendem aos objetivos e permitem realizar o trabalho de campo no tempo destinado; deve-se, ainda, levantar bibliografia para conhecer o objeto escolhido; e, por fim, definir o lugar e o eixo norteador do trabalho.
Planejamento
Estudantes e professores devem planejar, em sala de aula, o trabalho de campo. Inicialmente, devem discutir as razões de escolha do roteiro de saída e levantar os objetivos do estudo do meio.
XXXV
Elaboração do caderno de campo – fonte de pesquisa
O ideal é que o caderno de pesquisa de campo seja elaborado por professores e estudantes, no qual podem constar:
• capa: deve identificar o objeto de pesquisa;
• roteiro da pesquisa de campo: mapas e plantas do local pesquisado;
• textos: apresentam conteúdos variados, como orientações para a observação e informações sobre o local visitado;
• entrevistas: questões abrangentes que funcionem como um roteiro para entrevistas a serem realizadas no campo.
Pesquisa de campo reveladora da vida
No campo, são realizadas observações, entrevistas, registros. “É o momento do diálogo: com o espaço, com a história, com as pessoas, com os colegas e seus saberes e com tantos outros elementos enriquecedores de nossa prática e de nossa teoria” (PONTUSCHKA; CACETE; PAGANELLI, 2009, p. 180). O olhar e as demais sensações do observador podem ser registrados de diversas maneiras. Sugerimos anotações, desenhos, fotografias e gravações em áudio e vídeo.
Retorno à sala de aula
No retorno à sala de aula, inicia-se um processo de sistematização, constituído por dois momentos que, muitas vezes, se entrelaçam:
• momento afetivo: deve-se perguntar ao grupo o que foi mais importante para cada um, seus sentimentos mais significativos e suas preferências durante o processo, fortalecendo a integração do grupo;
• momento da cognição: constitui a coletivização e a análise do material coletado em campo, sendo realizadas as conexões entre as informações. É o momento também de divulgar os resultados dos trabalhos, podendo-se usar diversos recursos e linguagens, tais como: jornal, vídeo, mural fotográfico, blogue etc.
3.2.1 • Possíveis riscos para saídas de campo
Para o bom andamento das saídas de campo e estudo do meio, e a fim de estar alerta para eventuais riscos na realização dessas atividades, buscando evitá-los e garantindo a integridade física e moral dos estudantes, professores e demais pessoas envolvidas no processo devem estar atentos para as situações e respectivas prevenções apresentadas a seguir.
• Fragmentação do grupo: não é raro que grupos numerosos sejam fragmentados por motivos não intencionais e que estudantes se distanciem em algum momento da saída. Para minimizar ou mesmo evitar esses momentos, converse bastante com a turma sobre a importância de seguir a orientação dos responsáveis; assegure que o número de responsáveis é o suficiente em função do número de estudantes; crie formas de identificação individual para o estudante, como crachás com os nomes deles, da escola e um telefone para emergências; estabeleça um canal de comunicação e uma rede de apoio para essas situações, como grupos em aplicativos de mensagens; e envolva outros membros da comunidade escolar nas saídas de campo e estudo do meio, como os responsáveis dos estudantes que participam de grupos na escola ou do conselho escolar.
• Constrangimentos dos estudantes e de pessoas em geral: a excitação com o momento fora da sala de aula e a dimensão lúdica da sociabilidade de crianças e jovens podem passar dos limites e provocar constrangimentos em pessoas do grupo ou estranhas a eles, como transeuntes do espaço público. Para prevenir esses casos, não se esqueça de conversar com os estudantes, durante a preparação do trabalho
XXXVI
de campo, sobre como se deve proceder e quais os objetivos da saída, além de exaltar o respeito ao próximo, a promoção da diversidade e a tolerância. Esses são momentos privilegiados para as reflexões sobre o respeito ao próximo e a construção de práticas de bom convívio e de cidadania.
• Rotina da escola: a saída de campo não planejada pode alterar a rotina da escola de modo prejudicial aos outros profissionais e estudantes que não irão a campo. Nesse sentido, planeje antecipadamente as saídas, junto aos colegas professores e à gestão escolar, de modo que todos estejam preparados para qualquer alteração da rotina que possa acontecer, para que essa alteração não seja prejudicial a nenhuma parte da escola.
3.3
GEOGRAFIA E A ALFABETIZAÇÃO CONTÍNUA
O Programa Nacional de Alfabetização (PNA), de 2019, tem como objetivo elevar a qualidade da alfabetização e combater o analfabetismo em todo o território brasileiro. De acordo com o PNA, não somente as crianças do Ensino Fundamental – Anos Finais serão alvo, mas também jovens e adultos que demandem, em qualquer idade, a consolidação e o aprimoramento de suas habilidades de escrita e leitura.
Por sua vez, a BNCC assume a linguagem como forma de interação entre os sujeitos e indica a importância da função social dos textos utilizados no processo contínuo de alfabetização. O multiletramento também se faz presente no documento apontado, com os gêneros clássicos trabalhados em sala de aula, como conto, crônica, tirinha, receita etc., com outros gêneros, como posts em redes sociais, troca de mensagens por aplicativos e, ainda, com textos multimidiáticos, como fotos, gravuras, filmes, música etc. Esse entendimento contempla o pressuposto de que o mundo e o cotidiano dos estudantes estão repletos de formas diferentes de textos e cabe aos professores acompanhar os estudantes no processo de desvendamento dessas informações ao seu redor.
Nesse sentido, a Geografia contribui para o processo de alfabetização do mesmo modo que todos os outros componentes curriculares de todas as áreas, na medida em que se situa no campo do conhecimento no qual a escrita e a leitura são indispensáveis e, de um modo particular, na medida em que oferecerá lentes aos estudantes para que eles possam ler e compreender o espaço geográfico tal qual um texto disponível, que se mostra ao sujeito para ser decifrado. Assim, ler a paisagem, valer-se de representações espaciais para a localização e compreender os aspectos naturais e sociais do espaço como um texto, que está aberto à interpretação, são chaves específicas da ciência geográfica para esse processo em uma relação dialógica com as habilidades da escrita e da leitura.
No entanto, esse processo deverá ser pensado e trabalhado de acordo com as especificidades de cada situação. Nesta coleção, além dos textos teóricos e das atividades, é disponibilizada uma série de ilustrações e fotografias que abrirão possibilidades de leituras com base no multiletramento e em diferentes plataformas. Entre outros momentos de interação com a obra, é possível observar essas possibilidades em boxes e seções, como #Fica a dica, na qual são sugeridos sites, livros e filmes sobre os conteúdos estudados, e as atividades da seção Investigar lugares, que estimulam a observação e a análise dos lugares de vivência.
Assim, a compreensão do trabalho em torno da alfabetização, de modo amplo e continuado, e a utilização de diferentes linguagens (verbal, corporal, visual, sonora e digital), para se expressar e partilhar informações, produzindo sentidos e estabelecendo diálogos, inclusive valendo-se de informações geográficas, fazem parte dos pressupostos desta coleção e estão alinhados com os documentos oficiais do PNA.
3.3.1 • Gêneros textuais e linguagens diversas
Ao livro didático, podem ser integrados diversos recursos, como: textos literários, músicas, histórias em quadrinhos, revistas e jornais impressos e digitais, sites com conteúdos educativos, filmes, documentários, animações, programas de rádio, jogos eletrônicos e muitas outras produções. XXXVII
Os recursos citados podem ser usados com diferentes objetivos, como:
• promover a sensibilização para o estudo de um tema;
• aprofundar a compreensão de um determinado tema;
• apresentar um mote para exploração de conhecimentos prévios, avaliação, debate ou reflexão;
• ilustrar uma situação relacionada a algum conceito;
• apoio ao multiletramento enquanto expressão de formas multimidiáticas de leitura.
Para selecionar e utilizar, em sala de aula, um determinando recurso, alguns cuidados são importantes e devem ser observados, como:
• verificar se o conteúdo da produção é adequado à faixa etária e se atende aos objetivos da aula;
• selecionar trechos ou seções que serão utilizados ou destacados;
• procurar saber se os estudantes conhecem a produção e, em caso afirmativo, conversar sobre o contexto em que será inserida, possibilitando despertar novos olhares;
• no caso de produções mais demoradas, como filmes de longa-metragem, verificar se o tempo da aula será suficiente para a exibição;
• relacionar o conteúdo da produção aos conceitos ou fatos que se pretende trabalhar;
• promover atividades de análise, discussão e reflexão;
• verificar se há necessidade de equipamentos (projetor multimídia, rádio etc.) para exibição ou audição e providenciá-los com antecedência.
Em todos os volumes da coleção, na seção #Fica a dica, são indicados recursos (sites, filmes, documentários, livros etc.) de acordo com a temática tratada.
É importante enfatizar que os próprios estudantes podem ser autores de produções, como a elaboração de um vídeo curto, uma apresentação digital, um blogue ou um podcast, uma história em quadrinhos etc. Em alguns casos, deve-se atentar para a disponibilidade e o acesso a alguns materiais e equipamentos, como câmeras digitais, celulares com recurso de gravação (caso a escola permita o uso desses aparelhos), computadores com acesso à internet etc.
3.4
TECNOLOGIAS DIGITAIS DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO
Uma das dez competências gerais apresentadas pela BNCC diz respeito ao uso das tecnologias digitais.
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 9. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.
Atualmente, em razão dos avanços das tecnologias digitais e, também, pela integração de diretrizes mais flexíveis ao planejamento escolar, é essencial contemplar o binômio autonomia/protagonismo de estudantes e docentes. Surge, portanto, a demanda por novas competências que não podem ser encaradas como resXXXVIII
ponsabilidades “extras” nas tarefas atribuídas ao professor, e sim como aspectos da necessária atualização das práticas pedagógicas no contexto de um mundo acelerado e conectado.
Ao livro didático, podem ser integrados diversos recursos digitais de comunicação e informação, como aplicativos, jogos, sites e vídeos, usados com diferentes objetivos, como: promover a sensibilização ou o aprofundamento para o estudo de um tema; apresentar motes para a exploração de conhecimentos prévios, avaliação, debate ou reflexão; ilustrar determinada situação relacionada a algum conceito, entre outros.
Para selecionar e utilizar, em sala de aula, um determinado recurso, digital ou não, alguns cuidados importantes devem ser observados, como:
• verificar se o conteúdo da produção é adequado à faixa etária e se atende aos objetivos da aula;
• selecionar previamente trechos ou seções que serão utilizados ou destacados na aula;
• verificar se os estudantes conhecem a produção e, em caso afirmativo, conversar sobre o contexto em que será inserida, possibilitando despertar novos olhares;
• no caso de produções mais demoradas, como filmes e animações de longa-metragem, verificar se o tempo da aula será suficiente para a exibição ou se é possível exibir trechos do material sem comprometer o entendimento sobre ele;
• relacionar o conteúdo da produção aos conceitos ou fatos trabalhados;
• promover atividades de análise, discussão e reflexão.
Os mesmos cuidados citados no item 3.3.1 devem ser observados em relação aos recursos digitais, como verificar a adequação à faixa etária e analisar o material antes de ser trabalhado com os estudantes, de forma a selecionar trechos (se for o caso) e buscar a relação com os temas das aulas.
É importante também aproveitar a familiaridade que grande parte dos estudantes possui com os recursos digitais, envolvendo-os na seleção do que pode ser aproveitado em aula, com a devida mediação do professor. Essa é uma ação que contribui para promover atitudes de colaboração e incentivar o protagonismo dos estudantes, já que os mobiliza para o “pensar a aula”.
Algumas produções exigem equipamentos específicos para exibição ou audição. Deve-se, com antecedência, verificar a disponibilidade e a compatibilidade de tais equipamentos, como computador com acesso à internet e projetor multimídia, por exemplo.
Destacamos também que os recursos citados podem envolver a produção dos próprios estudantes. Assim, ao finalizar o conteúdo de uma unidade ou nos momentos de avaliação dos estudantes quanto às habilidades e às expectativas de aprendizagem, pode-se propor, por exemplo, a produção de um vídeo de curta duração, a criação de um blogue ou de um podcast. Em alguns casos, deve-se atentar para a disponibilidade de equipamentos, como câmeras digitais, celulares com recurso de gravação, computadores com acesso à internet, entre outros.
3.4.1 • As “novas tecnologias” na escola
Após vários anos de discussão sobre o papel das chamadas “novas tecnologias” no âmbito da educação, parece não haver mais dúvidas sobre a necessidade de a escola contextualizar as tecnologias digitais e as mídias na atividade pedagógica, considerando que estão presentes em todas as esferas da vida social de estudantes
e professores.
Entretanto, em um mundo altamente virtualizado e conectado, é necessário tomar muitos cuidados na seleção de recursos e no desenvolvimento de estratégias pedagógicas para utilizá-los em aula, com o objetivo de evitar armadilhas e, assim, utilizar o que há de mais novo para promover uma educação considerada ultrapassada.
XXXIX
O texto a seguir apresenta alguns subsídios para o debate. As autoras esboçam o conceito de “objetos de aprendizagem” como elementos tecnológicos e midiáticos de fácil integração na prática escolar.
O uso de recursos tecnológicos na educação, mais especificamente da internet, tem provocado grandes mudanças nas maneiras de se pensar o ensino e a aprendizagem. Trata-se não apenas de enxergar a internet como uma fonte de recursos e materiais úteis à educação, mas de ressignificar o processo educacional como um todo, uma vez que a comunicação, a pesquisa e a aprendizagem assumem dimensões diferenciadas, diante da velocidade com que muitas informações chegam aos estudantes.
Uma grande e crescente quantidade de materiais educacionais é disponibilizada na internet, no formato de softwares, jogos, simulações, imagens, vídeos, dentre outros. Há profissionais da Ciência da Computação e outras áreas ligadas à informática e à educação tecnológica envolvidos com a produção e disponibilização desses materiais. Por outro lado, há professores, pesquisadores e estudantes que os buscam e os utilizam para o ensino e a aprendizagem.
BRAGA, Juliana; MENEZES, Lilian. Introdução aos objetos de aprendizagem. In: BRAGA, Juliana (org.). Objetos de aprendizagem: introdução e fundamentos. Santo André: EdUFABC, 2014. p. 19.
Os mais recentes avanços tecnológicos, associados à pandemia de covid-19 a partir do final de 2019 em alguns países do mundo e, no Brasil, a partir dos primeiros meses de 2020, trouxeram a concretização antecipada de novas formas de escolarização. É o caso do ensino remoto (EAD) e do ensino híbrido (remoto e presencial) utilizados como alternativas ao ensino presencial, isto é, a modalidade de ensino tradicional na qual estudantes, professores e toda a comunidade escolar se encontram diariamente nas unidades escolares, mas que foi interrompida durante a pandemia, a fim de conter o avanço do número de casos, de óbitos, enfim, para se preservar a vida.
O ensino remoto (EAD), já conhecido anteriormente em unidades de Ensino Superior, é uma modalidade de ensino constituída de momentos síncronos e assíncronos nos quais os sujeitos envolvidos no processo de ensino não se encontram presencialmente e podem estabelecer a relação remotamente, por exemplo, de suas próprias casas. Já o ensino híbrido é uma modalidade que mescla momentos síncronos e assíncronos remotamente com encontros presenciais.
Por um lado, as novas formas de ensino mostraram-se eficazes em relação à tradicional, isto é, a presencial, no que diz respeito à otimização do tempo e à continuidade, pelo menos em alguma medida, do processo de ensino-aprendizagem em situações nas quais os encontros presenciais precisaram ser interrompidos – por exemplo, com o confinamento ou o fechamento parcial de unidades para frear o aumento de casos de covid-19. Em comunidades de difícil acesso, essa modalidade de ensino também se mostra como uma possibilidade real e concreta.
Por outro lado, a desigualdade socioeconômica da sociedade brasileira mostrou-se um fator definitivo para o acesso a essas novas formas de ensino. Nos domicílios que não contavam com acesso à internet rápida ou com equipamentos apropriados para a conexão, como, por exemplo, smartphones, tablets, notebooks e computadores, os estudantes não puderam dar continuidade aos seus estudos ou o fizeram somente de modo precário. Dessa maneira, milhões de estudantes tiveram seus estudos interrompidos e seu direito à educação infringidos.
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Ainda em relação ao ensino remoto (EAD), discute-se como a ausência dos encontros presenciais e em espaços públicos pode desfavorecer a formação política dos sujeitos, na medida em que as interações com outros sujeitos e em situações de uma esfera do mundo que não seja a da própria casa foram limitadas.
Por fim, é preciso que consideremos que estamos diante do seguinte fato: as novas tecnologias vieram para ficar, não para substituir o trabalho do professor ou a importância da interação presencial com o outro na escola e na sala de aula, e cabe aos profissionais da educação agir ativamente para utilizar da melhor maneira os novos recursos disponíveis.
3.4.2 • O pensamento computacional
Nos dias atuais, nos quais vivemos em uma cultura digital, temos problemas cada vez mais desafiadores e complexos que envolvem conhecimentos de diversas áreas para ser solucionados. As informações que temos à disposição são diversas e são difundidas rapidamente nos meios digitais, de forma que, para qualquer problema, sempre teremos diversos dados a ser analisados. Para não se perder nessa análise, é de grande importância desenvolvermos um pensamento organizado.
Os jovens estudantes, nativos digitais, dos Anos Finais do Ensino Fundamental precisam lidar com essa miríade de informações e se deparam com complexos problemas para resolver, seja na escola, seja em sua vida particular. Para enfrentar isso, eles precisam desenvolver múltiplas competências e habilidades que os auxiliem a filtrar essas informações, o que pode ser feito, por exemplo, por meio da identificação de padrões que os ajudará a ter esse pensamento organizado tão importante para a resolução de problemas, sendo também necessário que abstraiam o resultado de um problema para que outros semelhantes sejam mais facilmente identificados e resolvidos.
A BNCC aponta para a necessidade do letramento nas diversas áreas, como o literário, o matemático e o científico. Mas, em nossa época, outro tipo de letramento não poderia ficar de fora: o letramento computacional – considerando-se ainda o aceleramento que a pandemia de covid-19 representou no que se refere aos usos de tecnologias para as experiências de ensino-aprendizagem. Tal letramento, além de estar relacionado ao entendimento do uso consciente das tecnologias digitais e da linguagem computacional (programação), tem relação também com o próprio modo como o computador trabalha, muito organizada e pragmática, de onde é inspirado o pensamento computacional aplicado na resolução de problemas e na identificação de situações diversas.
Aplicar o pensamento computacional na resolução de problemas ou simplesmente na análise de situações diversas em nosso mundo contemporâneo não está, necessariamente, relacionado ao emprego de tecnologias digitais, como um computador ou celular, ou, ainda, à utilização de uma linguagem de programação, mas sim à organização de ideias para identificar e analisar as situações, encontrando as soluções dos problemas de forma criativa, mobilizando diversas áreas do conhecimento com as quais houve contato, tanto no mundo acadêmico quanto ao longo da vida.
Nesse contexto, é justo reconhecer que o pensamento computacional é uma metodologia que considera características da programação de computadores, mas não se restringe ao uso de tecnologias digitais. Esse método apenas empresta tal “pensamento” organizado dos computadores para aplicar nas diversas situações escolares e cotidianas, que envolvam todas as áreas do conhecimento, não apenas as áreas exatas, mas também as Linguagens e as Ciências Humanas e Sociais, pois dificilmente um problema contemporâneo complexo não terá fatores humanos ou sociais envolvidos.
Para desenvolver o pensamento computacional, precisamos pensar em habilidades críticas, estratégicas e abstrativas, sendo a criatividade um fator central nesse desenvolvimento. A aplicação do pensamento computacional não se limitará aos âmbitos escolares, pois é aplicável em situações triviais do nosso dia a dia. Utilizando um pouco da lógica computacional, a pessoa com pensamento computacional organizará seu pensamento com base no raciocínio lógico, podendo analisar uma situação ou um problema além do todo, vendo-os como pequenas partes, reconhecendo padrões comuns, abstraindo os elementos mais importantes do problema e buscando formas criativas de chegar às soluções considerando sua própria experiência escolar e de vida.
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Nesse contexto, o pensamento computacional mostra-se como uma importante ferramenta de vivência no mundo contemporâneo, tendo seu desenvolvimento com possibilidade de ser incentivado em todas as áreas intelectuais estudadas na Educação Básica, deixando como responsabilidade da escola apresentar momentos nos quais os estudantes tenham oportunidade de desenvolver competências e habilidades que levarão ao desenvolvimento do pensamento computacional.
Academicamente, segundo Brackmann (2017), podemos dividir o pensamento computacional em quatro princípios fundamentais, que podem ser aplicados isoladamente ou em conjuntos, para o entendimento de uma situação ou a solução de um determinado problema. Vamos entender como cada um se aplica na educação:
• a decomposição: tem relação com a capacidade de decompor uma situação ou um problema em partes menores, de forma que a resolução dessas partes poderá levar à solução do todo. Esse princípio tem como principal função diminuir a complexidade do problema, pois resolver problemas menores será mais fácil do que resolver o problema maior de uma só vez. Com a possibilidade de se fazer essa divisão, é possível que se melhore a visão do todo. Como exemplo, podemos pensar em alguma situação em que se apresente um determinado problema de ordem social qualquer. Nesse caso, para entender a situação, podemos decompô-la pensando no seu histórico. Isso já aconteceu anteriormente? Com o passar do tempo, o problema piorou ou melhorou? Como era há 5 anos? E há 2 anos? Quais são os grupos de pessoas por ele afetadas? Sempre afetou esses mesmos grupos? Afeta mais um grupo do que outro? E assim por diante. Dessa forma, investigar as partes menores podem nos levar a entender como o problema surgiu e cresceu, facilitando a resolução de cada parte do problema. Esse princípio do pensamento computacional pode ajudar os estudantes a diminuir a ansiedade e o possível receio que tenham ao se deparar com o problema que, em um primeiro momento, parece muito complexo para eles, pois, ao segmentá-lo, eles conseguirão analisar parte por parte, avançando passo a passo ao conseguir responder os diversos questionamentos;
• o reconhecimento de padrões: tem relação com a capacidade de, com base na análise de uma situação, identificar os padrões ou suas tendências por meio de características comuns. Com o reconhecimento desses padrões, o entendimento das situações que causam a repetição é facilitado, podendo levar a soluções criativas e inovadoras sobre o problema analisado. O domínio dessa capacidade leva os estudantes a identificar padrões já conhecidos em um problema ou em outro similar, conduzindo mais rapidamente às soluções possíveis. No exemplo do problema genérico de ordem social, é possível identificar, por exemplo, se o mesmo problema já foi observado em outro momento ao longo da história e, em caso positivo, analisar o contexto social da época, buscando elementos em comum que ajudem tanto na identificação quanto na solução do problema. Com as informações do passado, nas quais se identifica padrões, propõe-se soluções mais criativas e inovadoras ao problema atual. Nesse contexto, a capacidade de reconhecer padrões será aprimorada de acordo com a quantidade de problemas semelhantes com os quais os estudantes tiverem contato. Sendo assim, é muito importante que as diversas áreas do conhecimento apresentem situações na quais os estudantes possam desenvolver a habilidade de reconhecer padrões;
• a abstração: tem relação com manter o foco nas partes ou nos processos que sejam de maior importância para o entendimento da situação ou a solução de um problema analisado, ignorando detalhes que não afetarão o resultado em um primeiro momento. Assim, com o foco no que importa, pode-se encontrar mais rápido a solução do problema. Os estudantes com essa capacidade de abstração são capazes de filtrar mais rápida e assertivamente os dados e as informações que têm à disposição, sendo uma capacidade muito importante nos dias em que vivemos, em que as informações são facilmente acessadas e divulgadas. Assim, eles poderão deixar em segundo plano o que não for importante, no momento, para encontrar a solução de um problema. No exemplo do problema de ordem social, é possível que eles identifiquem diversos dados que são desconexos e não ajudam a entender nem o problema como um todo
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nem as suas partes, então eles poderão descartar essas informações nesse momento e focar naquilo que faz mais sentido e que poderá levar a uma solução;
• o pensamento algorítmico: tem relação com a organização do pensamento em uma espécie de passo a passo que ajudará a entender uma situação ou um problema, podendo resultar na elaboração de uma estratégia ou em um plano a ser seguido para atingir um objetivo ou solucionar um problema. Nesse caso, o desenvolvimento do pensando algorítmico está relacionado também à vivência de problemáticas semelhantes e ao próprio desenvolvimento de outros princípios fundamentais do pensamento computacional, uma vez que, para essa organização sistemática do pensamento, supõe-se que os estudantes já saibam o suficiente sobre a situação ou o problema analisado, mesmo que isso seja o produto de vivências anteriores. Pensando no exemplo do problema de ordem social que comentamos anteriormente, nesse caso, com base na análise dos padrões ou da repetição histórica do problema, poderia se pensar em etapas, como em um protocolo, para resolver problemas semelhantes. Esse tipo de organização é muito comum em problemas públicos de ordem sanitária, por exemplo, nos quais, de acordo com a situação, os agentes de saúde devem seguir um protocolo que foi construído com base em experiências anteriores ou problemas semelhantes.
Assim, o pensamento computacional está diretamente relacionado ao desenvolvimento de formas racionais de se pensar uma situação ou um problema com o qual nos deparemos, seja no mundo escolar, seja em nosso cotidiano. O desenvolvimento do pensamento computacional tem o potencial de auxiliar os estudantes na análise e na solução das problemáticas de seu tempo por meio da identificação de padrões, da filtragem de informações mais relevantes e do uso da criatividade, que permitem aplicar esse pensamento de forma organizada nas mais diversas situações.
PRÁTICAS DE PESQUISA
Nesta coleção, em diversos momentos – principalmente no boxe Investigar lugares, nas seções Pensar e agir e Conhecimento em ação –, são sugeridas atividades de pesquisa que buscam atender a diferentes objetivos, entre os quais se destacam:
• relacionar o conteúdo estudado à realidade mais próxima dos estudantes;
• aprofundar ou ampliar conteúdos estudados na unidade;
• desenvolver habilidades essenciais ao processo ensino-aprendizagem, como coletar, selecionar, analisar e relacionar informações; sintetizar ideias; construir argumentos; elaborar conclusões; refletir etc.;
• desenvolver autonomia nos estudos;
• reconhecer a existência de fontes e ideias diversas sobre um tema ou objeto. Vale notar que a pesquisa não se restringe ao “copiar e colar”. É importante discutir e encaminhar algumas etapas de trabalho com o intuito de motivar os estudantes na análise e no método científico para a busca de conhecimento e na resolução de problemas do cotidiano deles em seus locais de vivência, a saber:
• definição do objeto da pesquisa, por meio da tomada de decisão: na coleção, os temas e os objetos de pesquisa são sugeridos; no entanto, professores e estudantes podem alterá-los de acordo com sua realidade e seus objetivos;
• discussão e/ou esclarecimento sobre os objetivos da pesquisa, por meio do estudo de recepção : nas Orientações específicas deste Manual, são indicados os objetivos das pesquisas sugeridas. Outros objetivos podem ser traçados com os estudantes;
• busca e seleção de materiais, por meio da análise documental e da revisão bibliográfica: é importante auxiliar os estudantes na busca pelo material de pesquisa. Isso pode ser feito com a indicação de fontes e com a orientação de que tipos de fonte consultar, podendo ou não ser bibliográficas. No caso de consultas a sites, sugerir aqueles de instituições ligadas ao tema de estudo e que sejam, reconhecidamente, idôneos (por exemplo: oficiais, governamentais, ligados a fundações etc.). Além de fontes bibliográficas, dependendo do objetivo e
3.5 XLIII
do objeto, também podem constituir fonte ou material de pesquisa: entrevistas e depoimentos realizados com familiares ou outras pessoas, documentários, fotografias antigas etc. Chamar a atenção dos estudantes para a questão da autoria, orientando-os na citação das fontes, é de extrema importância;
• trabalho com o material coletado, por meio de observação, tomada de nota, construção de relatórios, realização de entrevistas, análise de mídias sociais, entre outros. Diversas atividades podem ser realizadas com as informações coletadas, como: analisar e confrontar ideias de diversos autores sobre determinado tema para, em seguida, produzir um texto próprio ou debater o assunto com os colegas e o professor; socializar informações com os colegas a fim de aprofundar ou ampliar um tema; analisar um problema no lugar de vivência para, em seguida, divulgar informações na comunidade ou entrar em contato com departamentos ligados ao governo e reivindicar ações; entre muitas outras. Nesse momento, é fundamental trabalhar com a turma a importância do método científico para a realização de atividades acadêmicas e estudantis;
• divulgação do trabalho: nas atividades de pesquisa sugeridas na coleção, em alguns momentos, há indicações para a apresentação dos resultados, como produção de mural, apresentação oral para a turma etc. Cabe aos estudantes e ao professor definir como será apresentado o produto, analisando o público a ser atingido, as condições materiais para a realização, o tempo disponível etc. Se as informações pesquisadas são interessantes para a comunidade, podem ser elaborados folhetos ou produzidos jornais sobre o assunto para ser distribuídos aos familiares e à comunidade.
As sugestões de pesquisa no Livro do estudante constituem momentos de trabalho mais sistematizados e pontuais. No entanto, é importante esclarecer que a pesquisa na escola também deve ser encarada como uma atitude cotidiana, na qual professor e estudantes interagem. A escola deve, ainda, ser evidenciada como uma instituição na qual o conhecimento científico tem lugar central, afastando com fatos, provas, verificações e à luz da razão notícias falsas e teorias da conspiração sem fundamentos concretos.
3.6
TRABALHOS EM GRUPO
Propostas de trabalho ou atividades em grupo podem ser aplicadas em qualquer nível de ensino, e no Ensino Fundamental – Anos Finais, sempre que necessário, deve haver a intervenção do professor desde a organização e formação dos grupos até a orientação para a confecção do produto. Lembramos, porém, que “orientar” não é “mostrar o caminho a ser seguido”, mas apresentar possibilidades para que os estudantes analisem situações, tomem decisões e desenvolvam a autonomia. O papel do professor é, assim, de mediador. Nesta coleção, os trabalhos em grupo são sugeridos em diversos momentos com o objetivo de aprofundar ou problematizar um conteúdo específico e de favorecer o desenvolvimento de aspectos definidos como:
• atitudinais e afetivos: expressar-se perante os colegas de turma, saber ouvir, respeitar diferentes opiniões, assumir compromissos com os colegas, cooperar com o grupo, desenvolver confiança no outro etc.;
• Sobre a importância do trabalho em grupo, sugerimos o artigo, a seguir.
MENEZES, Luis Carlos de. O aprendizado do trabalho em grupo. Nova Escola, São Paulo, ed. 222, 1 maio 2009. Disponível em: https://novaescola.org.br/ conteudo/605/o-aprendizado-do-trabalho-em-grupo. Acesso em: 2 jul. 2022.
• procedimentais: “saber trabalhar em grupo”, envolvendo organização do trabalho e divisão de tarefas.
3.7
JOGOS TRADICIONAIS E ELETRÔNICOS (GAMES)
Usamos a expressão “jogos tradicionais” (jogos de tabuleiro, jogo da memória, bingo etc.) para diferenciá-los dos jogos eletrônicos (games).
XLIV
Os jogos constituem alternativas ou complementos às aulas expositivas, estimulando habilidades de observar, relacionar, analisar, comparar, entre outras, além de trabalhar atitudes de trabalho em grupo. Os jogos também tendem a tornar as aulas mais dinâmicas e motivadoras, podendo ser utilizados em diversos momentos do processo de ensino-aprendizagem e com diferentes objetivos: no levantamento de conhecimentos prévios; na aplicação e no resgate de conceitos trabalhados; para compreender melhor um conteúdo; para desenvolver a criatividade e a espontaneidade; além de considerá-los manifestações concretas da produção cultural de um determinado povo – por exemplo, o jogo da onça –, como registros da cultura de povos originários brasileiros e de povos africanos. Além disso, os jogos proporcionam maior aproximação entre os estudantes e deles com o professor, estimulando a solidariedade, a cooperação e a troca de ideias. Para elaboração e posterior utilização de um jogo, deve-se preparar o material necessário, selecionar o conteúdo a ser explorado, estabelecer regras, organizar o espaço etc. O planejamento do jogo deve conter os seguintes itens:
1. tema do jogo;
2. faixa etária;
3. duração;
4. objetivos;
O estudante como produtor
5. desenvolvimento;
6. regras;
7. avaliação;
8. aplicação.
Na perspectiva de uma educação para o protagonismo, convém que os próprios estudantes criem os jogos ou parte deles, aumentando, assim, o envolvimento entre todos os integrantes da turma. Os jogos criados pelos estudantes poderão ser aplicados na turma da qual fazem parte ou em outras turmas do mesmo ou de outros anos. Se os estudantes já dominam, por exemplo, conceitos de orientação e direções, o professor poderá propor que construam um jogo para ser aplicado em anos anteriores. Dessa forma, eles aplicarão conceitos já consolidados.
Para saber mais sobre a aplicação de jogos nas aulas de Geografia, sugerimos consultar:
• ANTUNES, Celso. A sala de aula de geografia e história. Campinas: Papirus, 2001.
• CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella; VILHENA, Jerusa. Jogos, brincadeiras e resolução de problemas. In: CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella; VILHENA, Jerusa. Ensino de geografia. São Paulo: Cengage Learning, 2010. p. 43-63.
• SILVA, Luciana Gonçalves. Jogos e situações-problema na construção das noções de lateralidade, referências e localização espacial. In: CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella (org.). Educação geográfica: teorias e práticas docentes. São Paulo: Contexto, 2005. p. 137-156.
• SOMMER, Jussara Alves Pinheiro. Formas lúdicas para trabalhar conceitos de orientação espacial: algumas reflexões. In: REGO, Nelson et al. (org.). Um pouco do mundo cabe em suas mãos: geografizando em educação o local e o global. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2003. p. 123-130.
3.7.1 • Games
Entre os games que favorecem o trabalho com conteúdos da Geografia, destacamos aqueles que simulam ambientes e possibilitam a construção de diferentes espaços. No volume do 6o ano, na seção Pensar e agir da Unidade 3, apresentamos um exemplo desse tipo de game, usado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em uma experiência para estimular a participação de jovens na tomada de decisões em relação ao lugar onde vivem. Além de simular o próprio lugar de vivência, representá-lo e analisá-lo, esse tipo de game permite pensar a organização espacial. Assim, mesmo que de forma fictícia e imaginária, são desenvolvidos raciocínios espaciais.
XLV
Games que fazem sucesso nos momentos de lazer de muitos jovens são ferramentas de aprendizagem em muitas escolas em diversas disciplinas.
Para conhecer algumas experiências do uso de games integrados ao ensino, sugerimos acessar os textos a seguir.
• YAMAMOTO, Karina. Professor de SP usa Minecraft para estimular criatividade e cooperação. UOL , São Paulo, 12 mar. 2015. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/noticias/2015/03/12/professor-de-sp-usa-minecraft-para-estimular -criatividade-e-cooperacao.htm. Acesso em: 2 jul. 2022.
• PETRÓ, Gustavo. Alunos usam ‘Minecraft’ para recontar história de escola. G1 , São Paulo, 28 maio 2013. Disponível em: https://g1.globo.com/tecnologia/games/noticia/2013/05/alunos-usam-minecraft-para-recontar-historia-de-escola.html. Acesso em: 2 jul. 2022.
• MINECRAFT será parte do material escolar de alunos na Irlanda do Norte. Época Negócios, São Paulo, 9 abr. 2015. Disponível em: https://epocanegocios.globo.com/Informacao/Acao/noticia/2015/03/minecraft-sera-parte-do-material-escolar-de -alunos-na-irlanda-do-norte.html. Acesso em: 2 jul. 2022.
3.8
APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS
A aprendizagem baseada em resolução de problemas tem sido utilizada em várias áreas do conhecimento, como Administração, Arquitetura, Engenharia, Educação, entre outras. Essa metodologia tem ênfase no método Problem Based Learning (PBL), ou Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP).
A resolução de problemas contribui para a aquisição de novos conhecimentos, possibilitando aos estudantes aprenderem de uma forma mais instigante e desenvolverem um papel ativo na aprendizagem. Ao professor caberá a criação e a mediação de situações, além da preparação das aulas com temas e encaminhamentos que surjam a partir de situações trazidas pelos alunos.
CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella. Metodologias ativas: sala de aula invertida. São Paulo: FTD, 2016. p. 11.
Em qualquer área do conhecimento, utilizar uma abordagem baseada em resolução de problemas valoriza a aprendizagem significativa e ativa, promove a interdisciplinaridade e permite o desenvolvimento de diversas competências e habilidades para propor estratégias e resoluções para problemas diferentes e de níveis de complexidade gradativos. Os estudantes devem buscar soluções para resolver os problemas extraídos da realidade de uma comunidade, por exemplo. As soluções podem ser apresentadas por meio de atividades em grupo e individuais.
A resolução de problemas é uma metodologia que coloca o aluno como protagonista do processo de aprendizagem, permitindo a ele mais autonomia intelectual; as atividades propostas visam vincular o aluno ao processo, ou seja, inseri-lo em situações reais, tais como um cenário do cotidiano, uma imagem, um vídeo, entre outras situações, reforçando a ideia de que a aprendizagem por descoberta promove significados.
CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella. Metodologias ativas: sala de aula invertida. São Paulo: FTD, 2016. p. 32.
Há momentos desta coleção nos quais a condução didática dos conteúdos e das atividades apoia uma aprendizagem baseada em resolução de problemas, principalmente nas propostas das seções Pensar e agir
XLVI
e Conhecimento em ação, nas quais os estudantes aprendem a aprender e se preparam para resolver problemas relativos a situações diversas em contextos de aprendizagem significativos, como relatos, discussões, argumentações, questionamentos e explicações.
3.9 3.10
APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETOS
A Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP), ou Project Based Learning (PBL), propõe a construção de conhecimentos por meio de um trabalho investigativo que responda a uma pergunta, resolva um problema ou um desafio. Nessa aprendizagem, os estudantes são envolvidos em pesquisa, levantamento de hipóteses, busca de recursos e aplicação prática da informação para obter uma solução ou um produto.
Por meio dos projetos, é possível desenvolver habilidades que envolvem atitudes colaborativas, pensamento crítico e criativo e percepção de que existem várias maneiras de realizar uma mesma atividade, essenciais para a vida em sociedade. Nesse processo, os estudantes são avaliados de acordo com o desempenho durante a execução das etapas e na entrega dos projetos.
Existem diversos modelos de projetos, que variam desde projetos de curta duração (uma ou duas semanas), restritos ao ambiente escolar e baseados em um assunto específico, até os mais complexos, que envolvem uma comunidade, um município, uma área industrial ou agrícola, com uma duração mais longa (semestral ou anual).
Nesta coleção, a aprendizagem baseada em projetos pode ser aplicada com base nas propostas da seção Conhecimento em ação, sempre ao final das unidades 4 e 8 de cada volume.
SALA DE AULA INVERTIDA
A metodologia da sala de aula invertida reorganiza a ordem de realização das atividades e o tempo e o espaço do trabalho com os estudantes.
Nessa metodologia, os estudantes têm o primeiro contato com os conteúdos em casa ou em outro lugar e estudam por meio de videoaulas, textos, games, podcasts, slides, e-books, filmes, notícias de jornais etc. Nesse primeiro momento, os estudantes utilizam o recurso proposto pelo professor ou outro que julgarem mais conveniente ao seu aprendizado: livro didático ou outros livros, celular, tablet, computador, jornais etc. São os estudantes que decidem quando e como estudar, buscando o conhecimento da forma que acharem mais adequada.
Na sala de aula, com a mediação do professor, há o momento de aprofundar o aprendizado por meio de resolução das dúvidas, de projetos, de solução de situações-problema, de atividades em grupo etc. Para esse momento, podem ser aproveitadas as atividades propostas no Livro do estudante, com destaque para as da seção Interação. Por fim, ocorre a revisão do tema, a ampliação do aprendizado e a preparação para a próxima aula.
Dessa maneira, permite-se uma maior interação entre estudantes e professor e pode-se fazer uso de diferentes estratégias de aprendizagem para a construção do conhecimento.
Na sala de aula invertida, é relevante o uso de recursos tecnológicos e o ensino híbrido, que mescla momentos de aprendizagem a distância e em sala de aula ou fazendo rodízio em laboratório, biblioteca, pátio etc. XLVII
INCLUSÃO EM SALA DE AULA
Professor, com base na obra que você tem em mãos, é possível construir estratégias associadas a diferentes recursos didáticos que contemplem a inclusão e a acessibilidade em sala de aula. De acordo com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008),
Consideram-se alunos com deficiência àqueles que têm impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que em interação com diversas barreiras podem ter restringida sua participação plena e efetiva na escola e na sociedade. Os alunos com transtornos globais do desenvolvimento são aqueles que apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se nesse grupo alunos com autismo, síndromes do espectro do autismo e psicose infantil. Alunos com altas habilidades/superdotação demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes. Também apresentam elevada criatividade, grande envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse. Dentre os transtornos funcionais específicos estão: dislexia, disortografia, disgrafia, discalculia, transtorno de atenção e hiperatividade, entre outros.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília, DF: MEC: Seesp, 2008. p. 15. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf. Acesso em: 28 jul. 2022.
Apesar do progresso nas últimas décadas no que diz respeito à qualidade da educação inclusiva e da crescente presença de estudantes com deficiências, transtornos do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas escolas, ainda há muito o que avançar. Garantir a participação e a aprendizagem dos estudantes com deficiência é, portanto, garantir um direito previsto em lei, fruto de décadas de discussão teórica, política e de lutas pela inclusão, mas, mais que tudo, é promover a possibilidade de que todos os sujeitos da turma, sem distinção, compartilhem e cresçam com a convivência entre pessoas diferentes, mas que têm os mesmos direitos e precisam ser acolhidas cada uma de acordo com suas especificidades.
Desse modo, diferentes atividades podem servir a esse fim na aula de Geografia. Os mapas táteis e as maquetes, isto é, as representações do espaço que podem ser lidas por pessoas cegas ou com baixa visão, são exemplos já mencionados neste Manual. Apesar de serem direcionados para esse grupo determinado de estudantes, sua confecção e seus usos podem ser apropriados por toda a comunidade escolar, integrando, dessa forma, organicamente os estudantes com deficiência aos processos de aprendizagem e ao espaço escolar.
No que diz respeito aos estudantes surdos, desde 2002, com a lei no 10.436, de 24 de abril de 2022, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi reconhecida como meio legal de comunicação e expressão no país. Assim, o professor de Geografia, com o auxílio de intérprete ou ele mesmo, poderá ensinar a todos os estudantes os sinais de Geografia, promovendo, mais uma vez, a participação e a aprendizagem de estudantes com deficiência, ao mesmo tempo que integra toda a turma na construção de uma sociedade mais acolhedora e diversa.
Para cada estudante com deficiência, haverá estratégias para serem adotadas em sala de aula e que podem tanto atender às suas demandas como integrar toda a turma.
3.11.1 • O bullying e a saúde mental
O mundo contemporâneo colocou novas questões na ordem do dia para o professor e a comunidade escolar como um todo. No contexto da pandemia e dos avanços do uso de tecnologias no processo de en-
3.11
XLVIII
sino-aprendizagem, a saúde mental dos estudantes foi afetada, havendo aumento do bullying e do cyberbullying. Assim, faz-se necessária a proposição de diferentes atividades que combatam os diversos tipos de violência, especialmente a intimidação sistemática, presencial ou virtualmente, assim como atividades que promovam a saúde mental dos estudantes.
Segundo pesquisa realizada pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, em parceria com o Instituto Ayrton Senna, dos 642 mil estudantes entrevistados (entre o 5o ano do Ensino Fundamental e a 3a série do Ensino Médio), 70% relataram quadro de depressão e ansiedade. A pesquisa mostra ainda que
[...] 33% dos estudantes dizem hoje ter dificuldades de concentração sobre o que é transmitido em sala de aula; outros 18,8% disseram se sentir “totalmente esgotados e sob pressão”; 18,1% disseram “perder totalmente o sono devido às preocupações” e 13,6% relataram “a perda da confiança em si mesmo”. Além disso, 1/3 dos alunos se autoqualificou como “pouquíssimo focados”. — É mais uma pesquisa que explicita que o desenvolvimento socioemocional é uma mola propulsora para a aprendizagem e outras conquistas ao longo da vida. Deixa claro a importância direta das competências socioemocionais para o aprendizado e seu impacto em outros aspectos que afetam a aprendizagem indiretamente, como a saúde mental, violência e as estratégias de aprendizagem — explicou Silvia Lima.
PANDEMIA prejudicou condição psicológica dos estudantes, mostra pesquisa. Agência Senado, Brasília, DF, 30 maio 2022. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2022/05/30/pandemiaprejudicou-condicao-psicologica-de-estudantes-mostra-pesquisa. Acesso em: 28 jul. 2022.
Desse modo, tais condições devem ser consideradas a priori no planejamento das atividades e do próprio ano letivo. O professor ainda deverá desenvolver sua escuta atenta e propiciar a construção de um ambiente de aprendizagem respeitoso, acolhedor e que reserve momentos para a discussão de relações desrespeitosas e ofensivas de qualquer natureza a fim de resolvê-los por meio do diálogo. Nesse sentido, merecem atenção especial os casos de cyberbullying, isto é, intimidações sistemáticas realizadas por meio de tecnologias digitais.
3.11.2 • A cultura de paz na escola
Infelizmente, a violência na escola não é um problema novo e o tema não causa estranhamento na sociedade brasileira, afinal convivemos sistematicamente com manifestações de violência simbólica e física, inclusive, figurando entre os líderes no vergonhoso ranking dos países mais violentos do mundo.9
No entanto, experiências que promovem a cultura de paz na escola e estreitam laços com base na comunicação não violenta entre os membros da comunidade escolar e o seu entorno apresentam possibilidades de reversão desse quadro violento no que diz respeito ao papel da instituição escolar dentro da sociedade brasileira.
Vale destacar que, após o longo período de isolamento social por conta da pandemia de covid-19, faz-se, ainda, indispensável a promoção de uma cultura de paz na escola em função da necessidade de ressocialização de crianças e jovens no ambiente escolar.
Entre práticas que podem contribuir para a construção de uma cultura de paz na escola, figuram: a organização de rodas de conversa; a constituição de comissões de mediação de conflitos; a valorização da comunicação não violenta; a negação do uso de procedimentos coercitivos, violentos, vexatórios, constrangedores e de acusação; e o fortalecimento de instituições representativas e deliberativas, como o conselho escolar e o grêmio estudantil.
Para tanto, a Geografia pode contribuir considerando-se o currículo e as competências da área e do componente curricular, com base no desenvolvimento de habilidades para o agir pessoal e coletivo com respeito,
9 Cf. Fórum Brasileiro de Segurança Pública (2022), somente em 2021, foram registradas, no Brasil, 47 503 mortes violentas intencionais (MVI).
XLIX
baseado em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários, levando em conta e respeitando as diferenças entre os sujeitos e os direitos humanos.
4 AVALIAÇÃO
Entendemos a avaliação como um processo contínuo, que se inicia no primeiro momento do processo de ensino-aprendizagem e deve seguir no desenvolvimento dos conteúdos.
Na abertura das unidades e de temas de cada volume, tem-se a oportunidade de já realizar uma avaliação diagnóstica, verificando o conhecimento prévio dos estudantes sobre determinado assunto, o posicionamento da turma diante de algum questionamento ou, ainda, o domínio de conteúdos procedimentais. Esse primeiro diagnóstico oferece alguns parâmetros para avaliar a necessidade de enfatizar determinados conteúdos.
As questões propostas ao longo do desenvolvimento dos temas permitem avaliar se os estudantes são capazes de extrair informações de mapas, fotografias, gráficos, ilustrações e textos, usando habilidades e procedimentos que envolvam observar, analisar, relacionar, comparar etc.
No encaminhamento dos conteúdos, é possível avaliar se os objetivos de aprendizagem estão sendo alcançados, por meio de aula dialogada, observações das atividades em grupo, verificação dos registros de atividades propostas etc.
A seção Atividades é um momento privilegiado para avaliar o estudante. Essa seção constitui uma “parada avaliativa”, com atividades que possibilitam verificar, principalmente, conceitos e procedimentos necessários à compreensão da temática da unidade. É uma ocasião propícia para ponderar se os objetivos da unidade foram alcançados.
Entendemos também que a avaliação é um ato inclusivo, no qual o estudante é integrado ao conteúdo, e não um ato exclusivo que permite apenas o julgamento, como define Luckesi (1998):
Defino a avaliação da aprendizagem como um ato amoroso, no sentido de que a avaliação, por si, é um ato acolhedor, integrativo, inclusivo. Para compreender isso, importa distinguir avaliação de julgamento. O julgamento é um ato que distingue o certo do errado, incluindo o primeiro e excluindo o segundo. A avaliação tem por base acolher uma situação, para, então (e só então), ajuizar a sua qualidade, tendo em vista dar-lhe suporte de mudança, se necessário. A avaliação, como ato diagnóstico, tem por objetivo a inclusão e não a exclusão; a inclusão e não a seleção (que obrigatoriamente conduz à exclusão). O diagnóstico tem por objetivo aquilatar coisas, atos, situações, pessoas, tendo em vista tomar decisões no sentido de criar condições para a obtenção de uma maior satisfatoriedade daquilo que se esteja buscando ou construindo.
Um processo de avaliação contínuo e inclusivo requer instrumentos diferenciados de verificação do conhecimento. As atividades propostas no Livro do estudante e neste Manual permitem avaliar habilidades, con-
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 7. ed. São Paulo: Cortez, 1998. p. 172-173.
L
ceitos e atitudes por meio de instrumentos variados, como: atividades orais de leitura de imagens, questões de interpretação de texto e localização das informações, leitura e análise de mapas, gráficos e tabelas, produção textual, organização de quadro-síntese, confecção de croquis etc. Além dos instrumentos sugeridos na obra, pode-se lançar mão da autoavaliação e de recursos como mapa conceitual e portfólio, explicitados a seguir.
Há importantes materiais de apoio sobre o processo de avaliação, alguns deles disponibilizados pelo Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE), que podem respaldar a discussão entre os professores, como as sugestões a seguir.
• PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens entre duas lógicas. Porto Alegre: Artmed, 1999.
• HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. Porto Alegre: Mediação, 2014.
• AQUINO, Julio Groppa (org.). Erro e fracasso na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1997.
MAPA CONCEITUAL
Mapa conceitual é um recurso gráfico que facilita a organização de ideias, conceitos e informações. O conteúdo é classificado e hierarquizado, facilitando a compreensão do que está sendo estudado.
O mapa conceitual está de acordo com um modelo de educação que é centrado no estudante e não no professor, desenvolvendo habilidades e atitudes de negociação. Seus principais elementos são: conceito, conectivo e proposição.
O conceito é a imagem mental por meio da qual se representa um acontecimento ou um objeto e que apresenta regularidade (as palavras são rótulos para os conceitos). Os conectivos são as palavras de enlace ou de ligação (exemplo: são, onde, o, é, então, com), utilizadas, junto aos conceitos, para construir expressões que têm significado, ou seja, as proposições
O mapa conceitual deve apresentar algumas características:
• hierarquização: os conceitos são dispostos por ordem de importância ou grau de inclusão;
• seleção: escolha dos termos que devem fazer referência aos conceitos (que contêm o mais significativo de uma mensagem);
• impacto visual: organização simples e vistosa (representação gráfica).
Para a introdução e a construção de um mapa conceitual, sugerimos algumas estratégias:
1. explicar o que é conceito e palavra de ligação;
2. selecionar o trecho de um texto e identificar os conceitos mais importantes;
3. ordenar os conceitos em uma lista (das menores às maiores generalidade e inclusividade);
4. elaborar o mapa com a utilização de palavras de ligação adequadas (podem ser escritas em recortes de papel);
5. procurar ligações cruzadas entre conceitos;
6. refazer o mapa, se for o caso;
7. apresentação do mapa: leitura.
4.1
LI
4.2
Apresentamos, a seguir, um exemplo de mapa conceitual.
MAPAS CONCEITUAIS auxiliam são
na organizacão do conhecimento úteis beneficiam o no
Processo de ensino-aprendizagem
Elaborado com base em: MAGALHÃES, Maurício; DIECKMAN, Adriana Gomes; LOBATO; Wolney. O uso de mapas conceituais no ambiente escolar: cartilha para o professor.
Belo Horizonte: PUC Minas, [20--]. p. 1. Disponível em: http://www1.pucminas.br/imagedb/ documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20160317142256.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.
PORTFÓLIO
O portfólio é um instrumento cada vez mais usado no processo de ensino-aprendizagem de crianças, jovens e adultos de vários países. Consiste no conjunto das produções mais relevantes ou dos produtos, elaborados pelos estudantes em um determinado período, como um bimestre ou trimestre, que favorece o aspecto contínuo da avaliação. Em geral, um portfólio é dividido em seções, como as apresentadas a seguir.
1. Introdução: texto de apresentação do conteúdo.
2. Descrição do trabalho: breve texto sobre cada atividade apresentada.
3. Revisão: textos curtos com reflexões do estudante sobre a atividade realizada.
4. Autoavaliação: o estudante deverá avaliar, segundo critérios pré-combinados, cada trabalho.
5. Comentários do professor
• Sobre o portfólio e as experiências significativas no seu uso como instrumento de avaliação na Educação Básica, sugerimos o texto a seguir.
• SÁ, Ilydio Pereira de. Avaliação por Portfólio ou “nem só de provas vive a Escola”. Rio de Janeiro: UERJ: USS, 2007. Disponível em: https://ilydio.files. wordpress.com/2007/08/ portfolio.doc. Acesso em: 2 jul. 2022.
DE ARTE LII
EDITORIA
4.3
CONTRATO DIDÁTICO
O contrato didático, também chamado de contrato pedagógico ou combinado, integra os estudantes no processo de avaliação e no processo de ensino-aprendizagem como um todo. No texto a seguir, o autor apresenta etapas desse instrumento.
Estabelecer um plano contratual significa organizar conjuntamente as rotinas de trabalho pedagógico (“o que” será feito) e de convivência escolar (“como” será feito). Mas não se trata de regras fixas. Elas devem estar sempre abertas à revisão. No meio do caminho, é inevitável recordar, ou mesmo reformular, as cláusulas. Isso porque o grupo-classe passa por diferentes etapas progressivas no que se refere à validação e à tomada de consciência quanto às regras de ação e de convívio: da imposição ao consentimento e, por fim, à autodisciplina [...].
Em primeira mão, deparamos com a não consciência do valor de determinada regra. Os estudantes submetem-se a ela, mas desconhecem a razão de sua legitimidade. É aí que entra o papel modulador do contrato. Sua função, por ora, é mais demonstrativa e/ou argumentativa.
Uma vez ultrapassada a celebração inicial do contrato, o próximo passo remete à implantação paulatina das rotinas de trabalho acordadas anteriormente. É hora também de o professor antecipar-se aos estudantes, não devendo esperar anuência imediata da parte deles. Eles farão sua parte se o professor cumprir com o que foi acordado. Trata-se de um momento ainda marcado pela reação às atitudes do professor. Também a relação com o campo de conhecimento será marcada pela forte presença docente, tida como fonte externa de controle. Ou seja, os estudantes sabem o que deve ou não ser feito, mas quem inicia a ação e supervisiona o cumprimento das regras ainda é o professor.
A terceira e última etapa do processo aponta para o consentimento voluntário e o engajamento efetivo dos estudantes em relação às regras de funcionamento do grupo-classe. Trata-se do auge da intervenção escolar, ou seja, o momento em que eles sabem o que deve ser feito e fazem-no por vontade própria, encarando tais regras como parte de seu repertório pessoal e, por conseguinte, dispensando o professor da função de supervisão coletiva.
No que diz respeito às cláusulas contratuais, é certo que diferentes competências e habilidades compõem o quadro das exigências escolares. Não se exigirão destrezas nem atitudes semelhantes em todas as disciplinas, já que se trata de campos de conhecimento distintos. Isso significa que as rotinas de trabalho e de convivência não serão comuns a todos os momentos da vida escolar. Por essa razão, é desejável que se possa propor, discutir e definir coletivamente (mas em cada disciplina em específico) desde os itens programáticos, o cronograma de atividades, as tarefas decorrentes, as escolhas metodológicas, os critérios de avaliação, até, e principalmente, as regras comuns de conduta em sala de aula. Sem tais regras devidamente acordadas, não haverá legitimação posterior.
Ao mesmo tempo em que constitui um instrumento integrador, que permite a legitimação das regras na escola, o contrato didático possibilita a vivência dos estudantes em um processo democrático de participação, no qual eles se sentem sujeitos. Essa vivência é essencial na escola e tem como um dos objetivos formar cidadãos que atuarão na construção de uma sociedade mais justa e democrática.
LIII
AQUINO, Júlio Groppa. Indisciplina: o contraponto das escolas democráticas. São Paulo: Moderna, 2003. p. 70-72.
AUTOAVALIAÇÃO E ENSINO-APRENDIZAGEM
Além de contribuir no processo junto a outras formas de avaliação ao longo da sequência planejada, ou seja, antes, durante e após, a autoavaliação oferece a possibilidade de fortalecer a autonomia dos sujeitos em relação ao seu próprio processo de aprendizagem. Para tanto, o professor poderá escolher os momentos mais propícios para essa forma de avaliação, que não deverá substituir outras formas, mas sim compor com aquelas, e sugerir formatos e procedimentos que facilitem o processo de autoavaliação para os estudantes, principalmente quando se tratar dos seus primeiros passos nesse quesito.
Primeiro, é preciso definir temas e dimensões da vida escolar que serão avaliados pelos próprios estudantes, por exemplo: participação; aproveitamento dos estudos; colaboração com os colegas da turma; respeito ao próximo etc. Deve-se escolher também marcadores para a avaliação, como: em uma escala de 0 a 5, indique 0 para pouco satisfatório e 5 para plenamente satisfatório; ou simplesmente: sim e não. A essa etapa, conteúdos atitudinais são associados (ZABALA, 1998).
Em relação aos conteúdos de Geografia propriamente ditos, que serão trabalhados em função do planejamento e das necessidades da turma com base nesta obra, especialmente os conteúdos conceituais (ZABALA, 1998), a autoavaliação permitirá aos estudantes um momento de reflexão sobre seus pontos fortes e sobre aquilo ao que precisam se dedicar ainda mais, inclusive propiciando ao professor a identificação de pontos que, por algum motivo, precisarão ser trabalhados com mais diligência ou com outras estratégias.
Apesar de a seção Atividades constituir-se como momento privilegiado para a avaliação do processo de ensino-aprendizagem, mas não o único, como já demonstrado, é possível propor, ainda, momentos de autoavaliação de modo a retomar o que for preciso antes de prosseguir com os novos conteúdos e fazer também da passagem de uma unidade a outra um momento privilegiado para a reflexão e a sistematização do trabalho.
5 REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Para consulta e debate entre docentes, sugerimos a bibliografia deste Manual, bem como outras publicações e sites relacionados à Geografia escolar, às temáticas trabalhadas na coleção e à educação em geral.
5.1
LIVROS E OUTRAS PUBLICAÇÕES
ALMEIDA, Rosângela Doin de (org.). Cartografia escolar
São Paulo: Contexto, 2007.
O objetivo do livro é fomentar a produção e o uso de mapas com jovens e crianças na sala de aula. Renomados especialistas tratam da metodologia, da teoria e da prática na construção do espaço geográfico, assim como da sistematização da cartografia temática. A obra é de grande importância na formação de educadores.
ALMEIDA, Rosângela Doin de. Do desenho ao mapa: iniciação cartográfica na escola. São Paulo: Contexto, 2001.
A obra, destinada aos professores de Geografia e aos educadores em geral, revela os caminhos e descaminhos da aquisição de uma visão do espaço, sendo de grande utilidade não só para auxiliar os estudantes na leitura de mapas, mas também para desenvolver sua capacidade de localização para a própria vida.
4.4
LIV
ALMEIDA, Rosângela Doin de (org.). Novos rumos da cartografia escolar: currículo, linguagem e tecnologia. São Paulo: Contexto, 2011.
Contando com a contribuição de diversos especialistas na área, o livro apresenta o “estado da arte” na busca sistemática por novas práticas de ensino com base na seleção e na distribuição do conhecimento no amplo espaço cultural. Trata-se de uma ferramenta importante para educadores e responsáveis por políticas públicas na área de educação.
ALMEIDA, Rosângela Doin de; PASSINI, Elza Yasuko. O espaço geográfico: ensino e representação. São Paulo: Contexto, 2002.
A proposta da obra se baseia numa trajetória de ensino que se inicia com a apreensão espacial do próprio corpo da criança e desemboca na boa leitura e eficiente elaboração de mapas por parte dos estudantes. As autoras sugerem uma série de atividades minuciosamente descritas, que resgatam as vivências espaciais das crianças. Destina-se principalmente aos professores do Ensino Fundamental.
ANTUNES, Celso. A sala de aula de Geografia e História Campinas: Papirus, 2001.
O autor analisa questões como a aprendizagem significativa, as inteligências múltiplas e as competências de duas perspectivas correlatas, seu uso prático no cotidiano do professor em sala de aula e sua relação com os conteúdos e saberes inerentes aos novos conceitos de geografia e de história.
ANTUNES, Celso; SELBACH, Simone. Geografia e didática Petrópolis: Vozes, 2010.
Para os autores, a aprendizagem que conquistamos e que nos transforma jamais vem de fora pra dentro. Sendo assim, o professor não deve apenas informar conceitos geográficos, e sim ajudar os estudantes a se tornar agentes de sua aprendizagem.
AQUINO, Júlio Groppa. Indisciplina: o contraponto das escolas democráticas. São Paulo: Moderna, 2004.
O livro propõe um conjunto de reflexões sobre o universo da indisciplina discente, considerada por muitos como o principal desafio ético-profissional da atual geração de educadores. Partindo da problematização de algumas ideias frequentes sobre os eventos disciplinares, o autor propõe estratégias democráticas para seu enfrentamento.
BAGNO, Marcos. Pesquisa na escola: o que é, como se faz. São Paulo: Loyola, 2004.
O autor discute a forma superficial com a qual as pesquisas escolares costumam ser conduzidas no ensino básico. Com base em uma abordagem reflexiva, ele apresenta sugestões para transformar a prática da pesquisa em sala de aula em uma verdadeira fonte de aprendizagem.
BARBOSA, Liriane Gonçalves; GONÇALVES, Diogo Laercio. A paisagem em Geografia: diferentes escolas e abordagens.
Éliseé: Revista de Geografia da UEG, Anápolis, v. 3 n. 2, p. 92-110, jul./dez. 2014. Disponível em: https://www.revista. ueg.br/index.php/elisee/article/view/3122. Acesso em: 12 ago. 2022.
A paisagem pode ser definida como a transcrição e a interpretação geográfica do arranjo espacial. Partindo dessa premissa, esse artigo traz uma breve abordagem do estudo da paisagem na Geografia, tendo como ênfase o desenvolvimento das diversas concepções no âmbito das escolas geográficas.
BRACKMANN, Christian Puhlmann. Desenvolvimento do pensamento computacional através de atividades desplugadas na educação básica. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2017.
O pensamento computacional é uma abordagem de ensino que usa diversas técnicas oriundas da Ciência da Computação. Ele vem gerando um foco educacional inovador nas escolas mundiais, que o tratam como um conjunto de competências para solução de problemas que devem ser compreendidas por uma nova geração de estudantes em conjunto com outras competências essenciais da atualidade, como o pensamento crítico.
BRAGA, Juliana; MENEZES, Lilian. Introdução aos objetos de aprendizagem. In: BRAGA, Juliana (org.). Objetos de aprendizagem: introdução e fundamentos. Santo André: EdiUFABC, 2014.
Dirigido aos professores de todas as áreas e níveis, aos estudantes das licenciaturas e àqueles da pós-graduação em Informática na Educação, o livro pretende ajudar na compreensão dos diferentes tipos de objetos de aprendizagem, seus repositórios específicos, a acessibilidade e as estratégias pedagógicas em que eles podem ser inseridos.
BRASIL. Decreto no 7.037, de 21 de dezembro de 2009. Programa Nacional de Direitos Humanos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 21 Aprova o Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH-3 e dá outras providências. Diário Oficial da União, ano 146, n. 244, p. 17-36, 22 dez. 2009. Disponível em: http://www.planalto.gov. br/cciviL_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D7037.htm. Acesso em: 12 ago. 2022.
O Programa Nacional de Direitos Humanos possui como papel principal a tutela dos direitos humanos no Brasil. Para tanto, ele se propõe a direcionar as ações governamentais – como, por exemplo, a elaboração de projetos de lei e a criação de programas sociais – sempre em prol dos direitos humanos.
BRASIL. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, ano 128, n. 135, p. 13564-13577, 16 jul. 1990. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 28 ago. 2018.
Essa lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente, determinando que é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, entre outros.
LV
BRASIL. Lei no 12.288, de 20 de julho de 2010. Institui o Estatuto da Igualdade Racial; altera as Leis nos 7.716, de 5 de janeiro de 1989, 9.029, de 13 de abril de 1995, 7.347, de 24 de julho de 1985, e 10.778, de 24 de novembro de 2003. Diário Oficial da União, Brasília, DF, ano 147, n. 138, p. 1-4, 21 jul. 2010. Disponível em: www.planalto.gov. br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm. Acesso em: 12 ago. 2022.
Essa lei institui o Estatuto da Igualdade Racial, destinado a garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica.
BRASIL. Lei no 10.741, de 1o de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, ano 140, n. 192, p. 1-6, 3 out. 2003. Disponível em: www.planalto.gov.br/ ccivil_03/ leis/2003/l10.741.htm. Acesso em: 12 ago. 2022.
Segundo essa lei, a pessoa idosa é aquela que tem idade igual ou superior a 60 anos e que deve ter asseguradas todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade, além de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana.
BRASIL. Lei no 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Diário Oficial da União, Brasília, DF, ano 152, n. 127, p. 2-11, 7 jul. 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/ Lei/L13146.htm. Acesso em: 12 ago. 2022.
Essa lei tem como objetivo assegurar e promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoas com deficiência, visando à sua inclusão social e à sua cidadania.
BRASIL. Lei n o 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, ano 137, n. 79, p. 1-3, 28 abr. 1999. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/leis/L9795.htm. Acesso em: 28 ago. 2018.
Essa lei institui a educação ambiental como um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal.
BRASIL. Lei no 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação - PNE e dá outras providências. Diário Oficial da União, ano 151, n. 120-A, p. 1-7, 26 jun. 2014. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm. Acesso em: 12 ago. 2022.
O Plano Nacional de Educação para o decênio 2014/2024, instituído pela lei no 13.005, de 25 de junho de 2014, definiu
10 diretrizes que devem guiar a educação brasileira nesse período e estabeleceu 20 metas a serem cumpridas durante a sua vigência.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum. mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site. pdf. Acesso em: 12 ago. 2022.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o conjunto de aprendizagens essenciais que todos os estudantes devem desenvolver ao longo das etapas e das modalidades da Educação Básica, de modo que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, conforme preceitua o Plano Nacional de Educação.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica . Brasília, DF: MEC: SEB: DICEI, 2013. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index. php?option=com_docman&view=download&alias=13448diretrizes-curiculares-nacionais-2013-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 28 ago. 2018.
Nesse documento, estão reunidas as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica, as quais estabelecem a Base Nacional Comum Curricular, responsável por orientar a organização, articulação, o desenvolvimento e a avaliação das propostas pedagógicas de todas as redes de ensino brasileiras. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais : História, Geografia. Brasília, DF: MEC: SEF, 1997a.
O volume 5 dos Parâmetros Curriculares Nacionais apresenta princípios, conceitos e orientações para atividades em História e Geografia, que possibilitem aos estudantes do Ensino Fundamental a realização de leituras críticas dos espaços, das culturas, das histórias do seu cotidiano, da compreensão do lugar onde vivem e de diferentes paisagens.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais : introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília, DF: MEC: SEF, 1997b.
Os PCNs buscam construir uma referência curricular nacional para o Ensino Fundamental que possa ser discutida e traduzida em propostas regionais nos diferentes estados e municípios brasileiros, em projetos educativos nas escolas e nas salas de aula.
BRASIL. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Orientações e Ações para Educação das Relações Étnico-Raciais. Brasília, DF: Secadi, 2006. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/ dmdocuments/orientacoes_etnicoraciais.pdf. Acesso em: 12 ago. 2022.
LVI
O texto procura cumprir o detalhamento de uma política educacional, que reconhece a diversidade étnico-racial, e trabalha em correlação com a faixa etária e com situações específicas de cada nível de ensino. A publicação se destina a gestores e educadores, como um importante subsídio para o tratamento da diversidade na educação.
BREDA, Thiara Vichiado. O uso de jogos no processo de ensino-aprendizagem na Geografia escolar Dissertação (Mestrado em Ensino e História das Ciências da Terra) – Instituto de Geociências, Universidade Estadual de Campinas, 2013.
Essa dissertação tem como objetivo o estudo dos jogos no ensino de Geociências. Para isso, com base no referencial teórico de definições, contribuições e dificuldades de jogos no ensino, foram analisados jogos confeccionados especificamente para trabalhar conteúdos da Geografia escolar, como Educação Ambiental e Cartografia.
CAIADO, Katia Regina Moreno. Estudante deficiente visual na escola: lembranças e depoimentos. Campinas: Autores Associados, 2006.
O objetivo da autora é debater a questão: quais são as possibilidades que os estudantes com deficiência visual têm para estudar no ensino regular? Desenvolvendo um estudo que considerou o indivíduo imerso nas relações sociais, a autora realizou seis entrevistas com adultos com deficiência visual, alfabetizados em braile e que estudaram em escolas regulares em algum momento da vida escolar.
CALLAI, Helena Copetti. Aprendendo a ler o mundo: a Geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Cadernos Cedes, Campinas, v. 25, n. 66, p. 227-247, maio/ago. 2005.
O artigo analisa a possibilidade e a importância de se aprender Geografia nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, com base na leitura do mundo, da vida e do espaço vivido. Para tanto, discute o papel da Geografia nesse nível de ensino e a necessidade de se iniciar, nessa fase, um processo de alfabetização cartográfica.
CARLOS, Ana Fani Alessandri (org.). A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2000.
A obra reúne textos de diversos geógrafos no intuito de debater caminhos teóricos e práticos para melhorar a qualidade do ensino da Geografia. Nesse sentido, são abordados temas como a construção da cidadania, a história do pensamento geográfico, a visão da metrópole e as linguagens convencionais utilizadas na Geografia, como a Cartografia.
CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella. Educação geográfica: formação e didática. In: MORAIS, Eliana Marta Barbosa; MORAES, Loçandra Borges (org.). Formação de professores: conteúdos e metodologias no ensino de Geografia. Goiânia: Nepeg, 2010. p. 49-50.
Esse artigo aborda a educação geográfica com base na formação docente, no papel da didática e na cultura
escolar, com o intuito de provocar uma reflexão sobre a qualidade da educação pública.
CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella. Metodologias ativas: resolução de problemas. São Paulo: FTD, 2016.
Essa obra aborda a resolução de problemas como uma metodologia ativa para que os professores possam incorporar às suas aulas estratégias mais desafiadoras e que proporcionem aos estudantes maiores benefícios no processo de aprendizagem.
CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella. Metodologias ativas: sala de aula invertida. São Paulo: FTD, 2016.
Nesse livro, a autora analisa os seguintes temas: os métodos de ensino, a tecnologia educacional, a prática de ensino, o ensino fundamental, a formação de professores e o trabalho em grupo.
CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella; CAVALCANTI, Lana de Souza; CALLAI, Helena Copetti (org.). Didática da Geografia: aportes teóricos e metodológicos. São Paulo: Xamã, 2012.
A obra reúne diversas reflexões e resultados de pesquisas que se traduzem em um compromisso fundamental de seus autores: superar o ensino de uma Geografia notadamente teórica e de memorização, passando para uma Geografia experiencial, em que a pesquisa formativa se converte em um componente básico do processo de aplicação dos conteúdos geográficos.
CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella; VILHENA, Jerusa. Ensino de Geografia. São Paulo: Cengage Learning, 2010.
O livro aborda a metodologia do ensino e propõe mudanças em relação às atuais concepções teórico-metodológicas da ciência geográfica e daquelas relativas à aprendizagem. Nesse sentido, ele sugere situações de aprendizagem que superam o senso comum e que ainda perduram no ensino de Geografia.
CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos. Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. Porto Alegre: Editora da UFRGS: AGB, 2003.
A obra reúne artigos de especialistas ligados à área do Ensino e da Geografia. Ela traz um registro dos desafios que eles encontraram em seu cotidiano e faz um convite para que o ensino e a aprendizagem em Geografia sejam repensados, aproximando-se das transformações que estão presentes na sociedade.
CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos et al. (org.). Movimentos para ensinar Geografia: oscilações. Porto Alegre: Letra 1, 2016.
Essa coletânea reúne trabalhos sobre o ensino de Geografia, que buscam refletir sobre a educação num mundo globalizado. O objetivo é demonstrar que a educação é um ato político, que a escola é fundamental para o acesso ao conhecimento e à justiça social e que o ensino de Geografia pode contribuir significativamente para isso.
LVII
CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, escola e construção de conhecimentos. 5. ed. Campinas: Papirus, 2003.
A obra discute a ação docente no desenvolvimento do pensamento geográfico dos estudantes. A Geografia ajuda os estudantes a pensar a realidade e a atuar sobre ela do ponto de vista da espacialidade, dimensão cada vez mais valorizada pela ciência geográfica dada a complexidade do mundo atual.
CAVALCANTI, Lana de Souza. O ensino de Geografia na escola. Campinas: Papirus, 2012.
Nesse livro, a autora analisa a formação e a prática do professor de Geografia, na busca por um ensino efetivamente voltado à aprendizagem dos estudantes, considerados como sujeitos ativos na construção de seus conhecimentos. Ao professor, cabe o papel de mediador entre os estudantes e os conteúdos geográficos.
CAVALCANTI, Lana de Souza. Temas da Geografia na Escola Básica. Campinas: Papirus, 2013.
Trata-se de uma coletânea de artigos escritos por especialistas na didática da Geografia, que tem por objetivo orientar os docentes do Ensino Fundamental, debatendo temas e práticas do ensino de Geografia, como relevo, solo, rochas, população, globalização, espaço, entre outros.
CAZZETA, Valéria; OLIVEIRA JR, Wenceslao (org.). Grafias do espaço: imagens da educação geográfica contemporânea. Campinas: Alínea, 2013.
Essa coletânea reúne textos de pesquisadores brasileiros e estrangeiros que têm se dedicado a estudar as relações que se estabelecem entre a cultura, a imagem e a educação geográfica, com o intuito de ampliar as reflexões acerca da educação pelas imagens e os pensamentos espaciais sugeridos por elas.
COOL, César et al O construtivismo na sala de aula São Paulo: Ática, 1999.
O livro discute a empregabilidade dos conceitos teóricos do construtivismo nas práticas educacionais, trazendo à tona discussões sobre os elementos que podem favorecer a aprendizagem por meio dos significados, a função dos conhecimentos prévios e outros pontos relevantes que diferenciam o construtivismo dos outros métodos de aprendizagem.
DIESEL, Aline; BALDEZ, Alda Leila Santos; MARTINS, Silvana Neumann. Os princípios das metodologias ativas de ensino: uma abordagem teórica. Revista Thema, Lajeado, RS, v. 14, n. 1, p. 263-288, fev. 2017. Disponível em: http://revistathema. ifsul.edu.br/index.php/thema/article/viewFile/404/295. Acesso em: 12 ago. 2022.
Esse artigo tem como objetivo buscar pontos de convergência entre as metodologias ativas de ensino e outras abordagens já consagradas do âmbito da (re)significação da prática docente. Para tanto, realizou-se um estudo bibliográfico das principais abordagens teóricas voltadas para os processos de ensino e de aprendizagem.
DUARTE, Paulo Araújo. Fundamentos de Cartografia. 3. ed. Florianópolis: Editora da UFSC, 2006.
O objetivo da obra é enfocar a Cartografia de modo diferente do apresentado em obras do gênero, com uma nova perspectiva da história dos mapas, fugindo da visão eurocêntrica. Estaria certo um mapa que apresentasse o Hemisfério Sul no lado de cima? Todos os temas são tratados com linguagem simples e objetiva.
FONSECA, Fernanda Padovesi; OLIVA, Jaime. Cartografia São Paulo: Melhoramentos, 2013.
O livro propõe uma releitura do uso do mapa no Ensino Fundamental – Anos Finais, com destaque para os seguintes temas: desnaturalização do mapa; expressão cartográfica das novas espacialidades; interpretação de mapas da ordem cultural (por exemplo, mapas históricos, midiáticos e artísticos); e interpretação das imagens produzidas por satélites.
FREITAS, Maria Isabel Castreghini de; VENTORINI, Silvia Elena (org.). Cartografia tátil: orientação e mobilidade às pessoas com deficiência visual. Jundiaí: Paco Editorial, 2011. A obra aborda experiências em Cartografia Tátil, divulgando as mais recentes pesquisas nessa área para professores de Educação Básica, estudantes de licenciatura, professores universitários, pais e estudantes que tenham interesse no uso da Cartografia para a representação espacial destinada a pessoas com deficiência visual.
FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA. Anuário brasileiro de segurança pública 2022. São Paulo: FBSP, 2022. (Ano 16). Disponível em: https://forumseguranca.org.br/anuariobrasileiro-seguranca-publica/. Acesso em: 23 jul. 2022.
Reúne informações fornecidas pelas secretarias de segurança pública estaduais, pelas polícias civis, militares e federal, entre outras fontes oficiais, compondo um amplo panorama da segurança pública brasileira.
FUNARI, Pedro Paulo; PIÑÓN, Ana. A temática indígena na escola: subsídios para os professores. São Paulo: Contexto, 2014.
Essa obra é voltada aos professores das escolas não indígenas, que muitas vezes não têm informações suficientes ou bem fundamentadas sobre os indígenas. Acreditando no papel da escola como importante polo de difusão cultural, o livro traz informações, análises e reflexões sobre as inquietações recorrentes dos professores a respeito da temática indígena.
GALVÃO FILHO, Teófilo Alves; DAMASCENO, Luciana Lopes. Tecnologias assistivas para autonomia do estudante com necessidades educacionais especiais. Inclusão: Revista da Educação Especial, Brasília, DF, v. 1, n. 1, p. 25-32, jul. 2006. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/ revistainclusao2.pdf. Acesso em: 12 ago. 2022.
Esse artigo busca apresentar e discutir o uso de diferentes tecnologias assistivas, disponibilizadas para a construção da autonomia, do aprendizado, do desenvolvimento e da inclusão social de estudantes com necessidades educacionais especiais.
LVIII
GUERRERO, Ana Lúcia de A. Práticas interdisciplinares de estudo do meio na cidade de São Paulo no processo de formação docente em Geografia. In: FERREIRA, Ricardo Vicente; REZENDE, Eduardo Coelho Morgado. A Geografia fora da sala de aula. São Paulo: Necrópolis, 2008. p. 123-138.
O artigo discute o processo de formação dos professores do Ensino Básico de Geografia, considerando as práticas interdisciplinares aplicadas ao estudo do meio, tendo como cenário do estudo a cidade de São Paulo (SP).
JOLY, Fernand. A Cartografia. 15. ed. Campinas: Papirus, 2013.
A obra traz uma revisão das características da linguagem cartográfica, da Cartografia Descritiva da superfície terrestre, da análise cartográfica do espaço geográfico e do papel da Cartografia na gestão do meio ambiente.
JUNQUEIRA, Rogério Diniz (org.). Diversidade sexual na educação: problematizações sobre a homofobia nas escolas. Brasília, DF: MEC: Secadi: Unesco, 2009.
Esse livro reúne artigos de vários especialistas no tema, que buscam contribuir para a ampliação e o aprofundamento desse debate e, também, para uma melhor compreensão da homofobia, seus efeitos e suas relações com outros tipos de discriminação.
LACOSTE, Yves. A Geografia: isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. Campinas: Papirus, 2008.
Para que serve a Geografia e qual é a sua função social? Esse livro procura responder a tais questões e alertar para as consequências sofridas pelas populações atingidas pela “organização” de seus espaços, conclamando os geógrafos a assumir uma posição contra a instrumentalização da Geografia pelos interesses estatais ou privados.
LEÃO, Vicente de Paula; LEÃO, Inêz de Carvalho Leão. Ensino de Geografia e mídia: linguagens e práticas pedagógicas. 2. ed. Belo Horizonte: Fino Traço, 2012. A obra traz reflexões sobre a utilização de textos midiáticos no ensino de Geografia, com base em uma pesquisa de campo realizada com professores de escolas públicas e privadas nos estados de Minas Gerais e São Paulo, avaliando as vantagens e as desvantagens desse recurso em sala de aula.
LEGAN, Lucia. A escola sustentável: eco-alfabetizando pelo ambiente. 2. ed. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo; Pirenópolis: IPEC, 2007.
Esse livro foi concebido como um guia para educadores interessados na ecoalfabetização para um futuro sustentável. É uma espécie de manual que oferece informações e atividades, combinando a sabedoria das culturas tradicionais e indígenas com tecnologias e informações da ciência moderna.
LIMA, Adriana de Oliveira. Avaliação escolar: julgamento ou construção? 5. ed. Petrópolis: Vozes, 1998.
Nessa obra, a autora analisa os processos e as formas de avaliação de aprendizagem adotados frequentemente na prática docente e propõe novas formas de se encarar esse procedimento, no sentido de incorporá-lo como uma ferramenta de aprendizagem, e não de exclusão.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 7. ed. São Paulo: Cortez, 1998.
Destinado a educadores e a estudantes dos cursos de Pedagogia e demais licenciaturas, esse livro aborda diversos estudos críticos sobre a avaliação da aprendizagem escolar, assim como traz proposições para torná-la mais viável e construtiva.
MAGALHÃES, Maurício; DIECKMAN, Adriana Gomes; LOBATO; Wolney. O uso de mapas conceituais no ambiente escolar. Belo Horizonte: PUC Minas, [20--]. Disponível em: http://www1.pucminas.br/imagedb/ documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20160317142256. pdf. Acesso em: 12 ago. 2022.
Trata-se de uma cartilha produzida com base em uma dissertação defendida na PUC-Minas, cujo propósito é dar suporte e direcionamento para o professor que deseje utilizar a técnica de construção de mapas conceituais com seus alunos, por meio do programa Cmap Tools.
MORAIS, Eliana Marta Barbosa; MORAES, Loçandra Borges (org.). Formação de professores: conteúdos e metodologias no ensino de Geografia. Goiânia: NEPEG, 2010.
A coletânea é resultado das discussões ocorridas no IV Fórum Nepeg (2008) e reúne textos de diversos especialistas da área de ensino de Geografia. As temáticas envolvem questões relacionadas aos conteúdos, às didáticas e às metodologias da área.
MORÁN, José. Mudando a educação com metodologias ativas. In: SOUZA, Carlos Alberto de; MORALES, Ofelia Elisa Torres (org.). Mídias contemporâneas: convergências midiáticas, educação e cidadania: aproximações jovens. Ponta Grossa: UEPG: Proex, 2015. p. 15-33. Disponível em: http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/ uploads/2013/12/mudando_moran.pdf. Acesso em: 12 ago. 2022.
Segundo o autor, a educação formal está em um impasse diante de tantas mudanças na sociedade e, portanto, os processos de organização do currículo, as metodologias, os tempos e os espaços precisam ser revistos.
MUNANGA, Kabengele (org.). Superando o racismo na escola. Brasília, DF: MEC: Secadi, 2005. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/racismo_ escola.pdf. Acesso em: 12 ago. 2022.
Nessa obra coletiva, os autores se desdobraram em produzir artigos ricos em sugestões sobre possibilidades de ação, todos atentos à tensão entre o papel que a escola tem desempenhado na reprodução do racismo e o papel que deveria desempenhar no seu combate.
LIX
NOGUEIRA, Ruth Emilia (org.). Motivações hodiernas para ensinar geografia: representações do espaço para visuais e invisuais. Florianópolis: Nova Letra, 2009.
Essa coletânea mostra experiências e estudos de um grupo de pesquisa no ensino da Geografia e na representação do espaço, que inclui também o ensino aos deficientes visuais, aqui denominados de invisuais.
NOGUEIRA, Valdir; CARNEIRO, Sônia Maria Marchiorato. Educação geográfica e formação da consciência espacial. Curitiba: Editora da UFPR, 2013. O livro discute os fundamentos geográficos, com base nos aportes teóricos de Milton Santos, de Edgar Morin e de Paulo Freire, abrindo espaço para uma orientação epistêmica inovadora das práticas de ensinar e aprender Geografia, com o objetivo central de contribuir para a formação de cidadãos críticos e participativos.
OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino; CARLOS, Ana Fani Alessandri. Reformas no mundo da educação : parâmetros curriculares e geografia. São Paulo: Contexto, 1999.
A coletânea reúne textos de diversos autores, que tratam de temas como: reformas no Ensino Básico e os Parâmetros Curriculares Nacionais; os cursos de graduação em Geografia e a formação do geógrafo; Geografia e saúde; as relações entre pesquisa e ensino, entre outros.
OLIVEIRA JUNIOR, Wenceslao Machado de; GIRARDI, Gisele; PAES, Maria Tereza (org.). Número temático: imagens, fotografias e educação. Educação Temática Digital (ETD), Campinas, v. 11, n. 2, 2010. Disponível em: https://periodicos. sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/issue/view/89. Acesso em: 12 ago. 2022.
Esse dossiê temático reúne artigos que apresentam reflexões sobre as conexões que se estabelecem entre a imagem, a Geografia e a educação. Cada artigo toma as imagens sob um aspecto diferente e nos propõe um olhar para o mundo da educação. Além disso, trazem a Geografia como maneira de pensar o espaço, um lugar, uma escola.
OLIVEIRA, Simone Santos de. Desenho e cartografia escolar no ensino de Geografia. Revista Geografia, Ensino & Pesquisa, Santa Maria, v. 20, n. 3, p. 78-86, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/geografia/article/ view/19821/pdf. Acesso em: 28 ago. 2018.
Esse artigo discute a importância do desenho no ensino de Geografia, sobretudo articulado com a Cartografia Escolar. Trata-se do relato de uma experiência formativa desenvolvida no curso de Licenciatura em Geografia da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), baseada no desenho como linguagem.
PANIZZA, Andrea de Castro. Paisagem . São Paulo: Melhoramentos, 2014.
O que compõe uma paisagem? O que ela nos conta sobre as transformações ocorridas em um local? Como usar imagens de satélites, fotografias e obras de arte para educar o olhar
dos estudantes? Esse livro se propõe a responder a essas questões, despertando nos estudantes a curiosidade sobre o mundo que os rodeia.
PASSINI, Elza Yasuko. Alfabetização cartográfica e a aprendizagem da Geografia. São Paulo: Cortez, 2012. A proposta da obra é abordar a alfabetização cartográfica como sendo uma metodologia que estuda os processos de construção de conhecimentos conceituais e procedimentais que permitem aos estudantes fazer as leituras do mundo por meio de suas representações.
PASSINI, Elza Yasuko (org.). Prática de ensino de Geografia e estágio supervisionado. São Paulo: Contexto, 2007. Esse livro aborda a prática de ensino em Geografia e pretende contribuir para um maior aprofundamento do conhecimento geográfico no cotidiano escolar. Ele revela como a articulação teoria-prática-teoria e as discussões sobre aulas planejadas e dadas nos estágios geram diferentes níveis de emoção e responsabilidade.
PEREIRA, Diamantino. Paisagens, lugares e espaços: a Geografia no ensino básico. Boletim Paulista de Geografia, São Paulo, n. 79, p. 9-22, 2003. Disponível em: https://publicacoes.agb.org.br/index.php/boletim-paulista/ article/view/818/702. Acesso em: 18 ago. 2022.
O texto discute a noção de alfabetização geográfica, especificamente nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, mostrando que ela significa que o espaço geográfico pode ser lido e compreendido pelos estudantes, com base em um determinado instrumental a ser construído pedagogicamente.
PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000.
A obra analisa as práticas inovadoras e as competências emergentes, aquelas que devem orientar as formações iniciais e contínuas, aquelas que contribuem para a luta contra o fracasso escolar e, por fim, aquelas que enfatizam a prática reflexiva e desenvolvem a cidadania.
PONTUSCHKA, Nídia Nacib; OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de (org.). Geografia em perspectiva. São Paulo: Contexto, 2002.
Reunindo textos de um conjunto de especialistas, essa coletânea discute as pesquisas de geógrafos conceituados sobre problemas e temáticas da disciplina. Dividido em cinco partes, o livro apresenta diversos ensaios sobre temas emergentes na Geografia.
PONTUSCHKA, Nídia Nacib; CACETE, Núria Hanglei; PAGANELLI, Tomoko Iyda. Para ensinar e aprender Geografia. São Paulo: Cortez, 2009.
A obra tem por principal objetivo discutir como a Geografia, enquanto componente curricular, pode construir um saber escolar com base nos conhecimentos produzidos na academia e nos conhecimentos prévios trazidos pelos estudantes.
LX
PORTILHO, Maria de Fátima Ferreira. Sustentabilidade ambiental, consumo e cidadania. São Paulo: Cortez, 2005.
Essa obra trata de uma transformação recente na questão ambiental: o deslocamento da análise do impacto da produção para o consumo. Essa maneira de perceber a questão ambiental pode ser explicada pela tendência, na teoria social contemporânea, de considerar a cultura de consumo como central para a análise das sociedades.
PORTUGAL, Jussara Fraga (org.). Educação geográfica: temas contemporâneos. Salvador: Editora da UFBA, 2017.
O livro traz reflexões sobre o ensino de Geografia, apresentando investigações e inovações metodológicas com base em temáticas da contemporaneidade. Os textos que compõem a coletânea se dividem em três partes: educação geográfica na contemporaneidade; educação e aprendizagens geográficas; educação geográfica e Geografia escolar.
PUNTEL, Geovane. A paisagem no ensino da geografia. Ágora, Santa Cruz do Sul, v. 13, n. 1, p. 283-298, 2007. Disponível em: https://online.unisc.br/seer/index.php/agora/ article/view/130. Acesso em: 12 ago. 2022.
O artigo apresenta reflexões sobre a importância da paisagem no ensino da Geografia, retomando a evolução do conceito de paisagem na abordagem de vários teóricos em diferentes épocas, observando que o método de análise e os paradigmas foram sendo revistos.
RAMOS, Cristhiane da Silva. Visualização cartográfica e Cartografia multimídia: conceitos e tecnologias. São Paulo: Editora Unesp, 2005.
Essa obra é indicada para cartógrafos e geógrafos por apresentar subsídios para a aplicação das novas mídias no desenvolvimento de ferramentas de Cartografia. Ela traz, ainda, uma reflexão conceitual sobre a visualização cartográfica e sua aplicação nos desenvolvimentos recentes da Cartografia Digital.
RAMOS, Marise Nogueira; ADÃO, Jorge Manoel; BARROS, Graciete Maria Nascimento (coord.). Diversidade na educação: reflexões e experiências. Brasília: SEMTEC, 2003. Disponível em: http://etnicoracial.mec.gov.br/images/pdf/ publicacoes/diversidade_universidade.pdf. Acesso em: 12 ago. 2022.
O livro reúne uma série de textos produzidos por especialistas e militantes das áreas da educação e da diversidade étnico-racial no Brasil, por ocasião do I Fórum Nacional Diversidade na Universidade, realizado em 2002, em Brasília (DF).
REGO, Nelson et al. (org.). Um pouco do mundo cabe nas mãos: geografizando em educação o local e o global. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2003.
A coletânea apresenta textos que refletem sobre as práticas de ensino de Geografia, as quais, por sua vez, estabelecem um diálogo interdisciplinar com as temáticas do cotidiano,
buscando reinventar a experiência escolar como sendo uma experiência social de inserção no mundo.
RIBEIRO, Dionara Soares et al. (org.). Agroecologia na educação básica: questões propositivas de conteúdo e de metodologia. São Paulo: Expressão Popular, 2017.
O livro aborda uma nova forma de organizar a escola, comprometida com a defesa do direito à vida e de ensinar a produzir alimentos saudáveis, livres de veneno, de forma autônoma, responsável e comprometida com um mundo melhor para todos.
ROCHA, Rosa Margarida de Carvalho. Almanaque pedagógico afro-brasileiro. Belo Horizonte: Mazza, 2011. Essa obra, direcionada aos professores do Ensino Básico, traz uma proposta para a inserção dos conteúdos afrobrasileiros na sala de aula, de maneira planejada e contínua. Há várias atividades, jogos, ilustrações e um calendário com as datas mais importantes relativas aos temas afro-brasileiros.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Edusp, 2004. (Coleção Milton Santos).
Para o autor, o espaço é um conjunto indissociável de sistemas de objetos e de sistemas de ações e, com base nessa ideia e nas noções de técnica, tempo, razão e emoção, ele propõe a construção de um sistema de pensamento que busca entender o espaço geográfico no contexto do processo de globalização.
SANTOS, Milton. O espaço do cidadão. 7. ed. São Paulo: Edusp, 2014. (Coleção Milton Santos).
A obra se propõe a analisar a questão da cidadania pelo ângulo geográfico, mostrando como a atividade econômica e a herança social distribuem os homens desigualmente no espaço, fazendo com que noções como rede urbana ou sistema de cidades não tenham validade para a maioria das pessoas.
SILVA, Maria Lúcia Batista da. O estudo da paisagem urbana com a utilização de fotografias por estudantes do 6 o ano do ensino fundamental . Monografia (Licenciatura em Geografia) – Instituto de Ciências Humanas, Universidade de Brasília, Posse, 2012. Disponível em: http:// bdm.unb.br/handle/10483/5317. Acesso em: 12 ago. 2022. O texto tem como objetivo trabalhar o conceito de paisagem urbana com base na utilização de imagens por estudantes do 6o ano do Ensino Fundamental. O trabalho buscou demonstrar que o uso de imagens possibilita aos estudantes o desenvolvimento de um conhecimento mais amplo, já que os aproxima de conteúdos teóricos do seu cotidiano.
SIMIELLI, Maria Elena Ramos. O mapa como meio de comunicações cartográficas: implicações no ensino de Geografia do 1o grau. Tese (Doutorado em Geografia) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1987.
LXI
Nesse estudo pioneiro sobre Cartografia Escolar, a autora discute e elabora aproximações e reflexões sobre a confecção e o uso de mapas no ensino de Geografia, para estudantes do antigo primeiro grau, atual Ensino Fundamental.
SIMIELLI, Maria Elena Ramos. O mapa como meio de comunicação e a alfabetização cartográfica. In: ALMEIDA, Rosangela Doin de (org.). Novos rumos da cartografia escolar: currículo, linguagens e tecnologia. São Paulo: Contexto, 2011. p. 71-94.
Esse texto discute o mapa como elemento transmissor de informação e avalia sua eficácia. Considerando que o processo de comunicação em Cartografia coloca a criação ou a produção de mapas e a leitura pelo usuário no mesmo nível de preocupação, o trabalho foi desenvolvido de modo que essas duas etapas sejam evidenciadas.
STRAFORINI, Rafael. Ensinar Geografia: o desafio da totalidade-mundo nas séries iniciais. São Paulo: Annablume, 2004.
O objetivo do livro é refletir sobre a viabilidade de se trabalhar, com estudantes dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, uma Geografia que permita ler o mundo da vida e consiga entendê-lo no interior do mundo global, partindo (ou chegando) das singularidades do cotidiano.
STRAFORIN, Rafael (ed.). Dossiê Cartografia Escolar. Revista Brasileira de Educação em Geografia , Campinas, v. 7, n. 13, jan./jun. 2017. Disponível em: http:// www.revistaedugeo.com.br/ojs/index.php/revistaedugeo/ issue/view/17. Acesso em: 12 ago. 2022.
Esse dossiê reúne textos de diferentes pesquisadores que participaram do Colóquio de Cartografia para Crianças e Escolares (2016) e contempla temas como: atlas escolares, a Cartografia Escolar na formação docente, nos espaços de educação não formal e na inclusão.
TONINI, Ivaine Maria et al. (org.). O ensino de Geografia e suas composições curriculares. Porto Alegre: Mediação, 2011.
Essa coletânea reúne diversos estudiosos para refletir acerca de questões que permeiam o cotidiano do Ensino Fundamental, nas aulas de Geografia, tais como a seleção de conteúdos, de práticas pedagógicas adequadas e a escolha de livros didáticos nas escolas.
UNESCO. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília, DF: Unesco, 1998. Disponível em: http://unesdoc.unesco.org/ images/0013/001393/139394por.pdf. Acesso em: 12 ago. 2022.
A declaração é um documento internacional que resultou de uma conferência organizada pela Unesco em 1994, na cidade de Salamanca, na Espanha, que serviu de base para a defesa da escola inclusiva, na qual todas as crianças deveriam aprender juntas, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que possam ter.
VENTORINI, Silvia Elena. A experiência como fator determinante na representação espacial de pessoas com deficiência visual. São Paulo: Editora Unesp, 2008. O movimento de inclusão de crianças com deficiência visual na rede regular de ensino suscitou, nos últimos anos, uma série de discussões, que esse livro procura abordar com o objetivo de contribuir com as necessidades específicas do ensino de estudantes com deficiência visual.
VESENTINI, José William (org.). Geografia e ensino: textos críticos. Campinas: Papirus, 2006.
Essa coletânea reúne textos de diversos especialistas para discutir a metodologia e a prática da Geografia, buscando elucidar suas origens e suas contradições. Tais estudos apontam o papel ideológico da Geografia escolar, sua falsa neutralidade e sua eficácia na reprodução da dominação.
VESENTINI, José William O ensino de Geografia no século XXI. Campinas: Papirus, 2005.
A obra reúne a contribuição de autores brasileiros e estrangeiros, traçando um panorama do ensino da Geografia em cinco países (França, Estados Unidos, Portugal, Espanha e México), além do Brasil, examinando as rápidas transformações na atividade educativa, a fim de estimular a reflexão sobre os motivos para se ensinar Geografia hoje.
VON, Cristina. Cultura da paz: o que os indivíduos, grupos, escolas e organizações podem fazer pela paz no mundo. São Paulo: Peirópolis, 2013.
O livro apresenta reflexões teóricas e práticas sobre princípios que garantem a dignidade humana, levando em conta o respeito às diferenças, a superação das situações de exclusão, a rejeição à violência, propondo ferramentas para sua aplicação nas escolas, nas empresas e na sociedade civil.
ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.
A obra aborda as relações interativas que se estabelecem na sala de aula, os papéis de professores e estudantes, a distribuição do tempo e a organização dos conteúdos. Analisando e refletindo sobre a prática educativa, o autor propõe pautas e orientações para melhorá-la.
LXII
SITES CONSULTADOS E RECOMENDADOS
COMCIÊNCIA REVISTA ELETRÔNICA DE JORNALISMO
CIENTÍFICO. Campinas, [20--]. Site. Disponível em: www. comciencia.br. Acesso em: 12 ago. 2022.
Trata-se de uma revista digital do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo, da Universidade de Campinas, em parceria com a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Editada desde 1999, é organizada em dossiês temáticos e, excepcionalmente, publica artigos, reportagens, resenhas ou entrevistas avulsas.
CONSELHO INDIGENISTA MISSIONÁRIO. Brasília, DF, [20--]. Site. Disponível em: www.cimi.org.br. Acesso em: 12 ago. 2022.
Criado em 1972, o Cimi é um organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que, em sua atuação missionária, conferiu um novo sentido ao trabalho da Igreja Católica junto aos povos indígenas.
FUNDAÇÃO DORINA NOWILL PARA CEGOS. São Paulo, [20--]. Site. Disponível em: www.fundacaodorina.org.br.
Acesso em: 12 ago. 2022.
Criada há mais de 70 anos, é uma organização sem fins lucrativos, de caráter filantrópico, que se dedica à inclusão social de pessoas cegas e com baixa visão.
FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO. Recife, [20--]. Site Disponível em: www.fundaj.gov.br. Acesso em: 12 ago. 2022.
Trata-se de uma fundação vinculada ao Ministério da Educação. Sediada no Recife, em Pernambuco, foi fundada em 1949 com o propósito de preservar o legado históricocultural de Joaquim Nabuco, com ênfase nas regiões Norte e Nordeste.
FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO. Brasília, DF, [20--]. Site Disponível em: www.funai.gov.br. Acesso em: 12 ago. 2022.
Órgão indigenista oficial do Estado brasileiro, a Funai foi criada em 1967, está vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e é a coordenadora e principal executora da política indigenista do Governo Federal. Sua missão institucional é proteger e promover os direitos dos povos indígenas no Brasil.
GUARANI ÑANDUTI ROGUE: CULTURA PARAGUAYA DE EXPRESIÓN GUARANÍ. Mainz, [2009]. Site. Disponível em: www.staff.uni-mainz.de/lustig/guarani/portugues.htm.
Acesso em: 12 ago. 2022.
Site de divulgação da língua e da cultura guarani do Paraguai, que defende a sua transformação em uma das línguas oficiais do Mercosul, ao lado do português e do espanhol.
IBGE. Rio de Janeiro, [2022]. Site. Disponível em: www.ibge. gov.br. Acesso em: 28 ago. 2018.
O IBGE é o principal provedor de dados e informações
do país, que atendem às necessidades dos mais diversos segmentos da sociedade civil, bem como dos órgãos das esferas governamentais federal, estadual e municipal.
INSTITUTO ALANA. [São Paulo], [20--]. Site. Disponível em: http://alana.org.br. Acesso em: 12 ago. 2022.
Fundada em 2012, nos Estados Unidos, a Alana Foundation é uma organização filantrópica familiar que atua nos setores de meio ambiente, educação inclusiva e pesquisas na área de saúde por meio de parcerias e coinvestimento. A organização também se articula com redes relacionadas a esses temas e movimentos globais.
INSTITUTO AKATU. São Paulo, [20--]. Site. Disponível em: www.akatu.org.br. Acesso em: 12 ago. 2022.
Trata-se do site de um instituto sem fins lucrativos, que se propõe a educar e comunicar em escala, atuando como ativista de um novo modelo de comportamento que leve as pessoas a adotar estilos sustentáveis de vida, refletidos na prática do consumo consciente e na produção responsável.
INSTITUTO SAÚDE E SUSTENTABILIDADE. São Paulo, c2015. Site. Disponível em: www.saudeesustentabilidade. org.br. Acesso em: 12 ago. 2022.
Trata-se de uma organização da sociedade civil que promove a saúde por meio do desenvolvimento de conhecimento e de pesquisas, de sua comunicação para a sociedade e de seu uso em políticas públicas. O foco principal do instituto são os impactos da poluição atmosférica na saúde das pessoas.
INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL. São Paulo, c2020. Site Disponível em: www.socioambiental.org. Acesso em: 12 ago. 2022.
O ISA atua desde 1994 ao lado de comunidades indígenas, quilombolas e extrativistas, para desenvolver soluções que protejam seus territórios, fortaleçam sua cultura e saberes tradicionais, elevem seu perfil político e desenvolvam economias sustentáveis.
LABORATÓRIO DE CARTOGRAFIA TÁTIL E ESCOLAR. Florianópolis, 2010. Site. Disponível em: http://www.labtate. ufsc.br/cartografia_tatil.html. Acesso em: 12 ago. 2022.
O site reúne diversos materiais cartográficos educativos para o trabalho com a Cartografia Tátil que podem ser utilizados por pessoas cegas e com baixa visão.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Brasília, DF, [20--]. Site Disponível em: www.portal.mec.gov.br. Acesso em: 12 ago. 2022.
Órgão da administração federal direta, ele tem como área de competência os seguintes assuntos: a política nacional de educação, a Educação Infantil, o Ensino Fundamental, o Ensino Médio, o Ensino Superior, a Educação de Jovens e Adultos, a educação profissional, a educação especial e a educação a distância.
5.2 LXIII
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Brasília, DF, [2022]. Site Disponível em: www.mma.gov.br. Acesso em: 12 ago. 2022.
Criado em novembro de 1992, o ministério tem como missão formular e implementar políticas públicas ambientais nacionais de forma articulada e pactuada com os atores públicos e a sociedade para o desenvolvimento sustentável e a proteção do meio ambiente.
MUSEU DA PESSOA. São Paulo, [2022]. Site. Disponível em: www.museudapessoa.org. Acesso em: 12 ago. 2022. Fundado em 1991, é um museu virtual e colaborativo de
histórias de vida aberto à participação de todas as pessoas. Nele, é possível contar sua história, organizar suas próprias coleções e conhecer histórias de pessoas de todas as idades, raças, credos e profissões do Brasil.
MUSEU DO ÍNDIO. Rio de Janeiro, [20--]. Site. Disponível em: http://www.museudoindio.gov.br/. Acesso em: 12 ago. 2022.
Além de abrigar acervos de grande relevância histórica e etnográfica, o museu conserva, pesquisa, documenta e promove o patrimônio cultural dos povos indígenas, o que exige uma atuação integrada entre as etapas de preservação e de divulgação, especialmente junto ao público escolar.
6 SELEÇÃO DOS CONTEÚDOS
Os conteúdos foram selecionados, distribuídos e produzidos contemplando-se a progressão de aprendizagem dos estudantes e a importância das temáticas para a compreensão do espaço geográfico atual. Também foram consideradas as expectativas e as necessidades do professor e dos estudantes de localizar e identificar claramente o que será estudado em cada ano, ou seja, temas e conjuntos espaciais.
No volume do 6o ano, o foco é a relação entre sociedade e natureza na produção do espaço geográfico. São trabalhados conceitos e habilidades importantes para o estudo da Geografia que, muitas vezes, serão necessários para a compreensão e o aprofundamento de conteúdos nos volumes seguintes da coleção.
No volume do 7o ano, o olhar se dirige mais particularmente para o espaço geográfico brasileiro, sendo estudadas as dinâmicas e características de sua produção.
No 8o o ano, o foco é as dinâmicas da população e inicia-se com uma abordagem pautada na regionalização mundial, sendo estudados os espaços geográficos da América, África e Antártida.
No 9o ano, quando os estudantes já apreenderam diversos conceitos relacionados à dinâmica do espaço geográfico mundial, são trabalhadas temáticas envolvendo aspectos da globalização e é dada continuidade ao estudo de aspectos particulares da Europa, da Ásia e da Oceania.
LXIV
QUADRO DE CONTEÚDOS, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES DA BNCC DO VOLUME 6.1
Nos quadros a seguir, são apresentados os principais conteúdos trabalhados no volume 8, os objetos de conhecimento e as habilidades da BNCC que a eles estão relacionados.
8o ANO
UNIDADES CONTEÚDOS PRINCIPAIS COMPETÊNCIAS OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES
1. Conhecer o espaço
mundial
Temas Contemporâneos
Transversais:
• Educação Financeira
• Educação Ambiental
• Diversidade Cultural
2. Dinâmicas da população
mundial
Temas Contemporâneos
Transversais:
• Processo de Envelhecimento, Respeito e Valorização do Idoso
• Educação em Direitos Humanos
• Vida Familiar e Social
• Diversidade Cultural
3. América Temas Contemporâneos Transversais:
• Diversidade Cultural
• Educação em Direitos Humanos
• Ciência e Tecnologia
• Educação Ambiental
• Os continentes
• Antártida
• Região e regionalização
• Regionalizações do espaço mundial
• Gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 10
• Ciências Humanas: 1, 2, 3, 5, 6 e 7
• Geografia: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7
4.
América Anglo-Saxônica
Temas Contemporâneos Transversais:
• Processo de Envelhecimento, Respeito e Valorização do Idoso
• Educação em Direitos Humanos
• Direitos da Criança e do Adolescente
• Educação Ambiental
• Diversidade Cultural
• Educação para Valorização do Multiculturalismo nas Matrizes
Históricas e Culturais Brasileiras
• População em números
• Origem e dispersão dos grupos humanos
• Distribuição espacial
• Distribuição por idade
• Fluxos populacionais
• Indicadores sociais
• Gerais: 1, 2, 4, 5, 7, 9 e 10
• Ciências Humanas: 2, 3, 4, 5, 6 e 7
• Geografia: 1, 3, 4, 5, 6 e 7
• Diversidade e dinâmica da população mundial e local EF08GE03
• Corporações e organismos internacionais e do Brasil na ordem econômica mundial EF08GE05 EF08GE07 EF08GE08 EF08GE09
• Identidades e interculturalidades regionais: Estados Unidos da América, América espanhola e portuguesa e África EF08GE20 EF08GE21
• Distribuição da população mundial e deslocamentos populacionais EF08GE01
• Diversidade e dinâmica da população mundial e local EF08GE02 EF08GE03 EF08GE04
• Corporações e organismos internacionais e do Brasil na ordem econômica mundial EF08GE05 EF08GE06
• Cartografia: anamorfose, croquis e mapas temáticos da América e África EF08GE19
• Identidades e interculturalidades regionais: Estados Unidos da América, América espanhola e portuguesa e África EF08GE20
• Dimensão, localização e regionalizações
• Ocupação e colonização
• Povos originários
• Organismos de integração
• Aspectos naturais
• Gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 7, 9 e 10
• Ciências Humanas: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7
• Geografia: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7
• Distribuição da população mundial e deslocamentos populacionais EF08GE01
• Diversidade e dinâmica da população mundial e local EF08GE02
• Corporações e organismos internacionais e do Brasil na ordem econômica mundial EF08GE05
EF08GE06 EF08GE12
• Os diferentes contextos e os meios técnico e tecnológico na produção EF08GE13
• Transformações do espaço na sociedade urbano-industrial na América Latina EF08GE15
• Cartografia: anamorfose, croquis e mapas temáticos da América e África EF08GE18
EF08GE19
• Identidades e interculturalidades regionais: Estados Unidos da América, América espanhola e portuguesa e África EF08GE20
• Diversidade ambiental e as transformações nas paisagens na América Latina EF08GE22
EF08GE23
• Canadá • Estados Unidos
• Gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 9 e 10
• Ciências Humanas: 1, 2, 4, 5, 6 e 7
• Geografia: 3, 4, 5, 6 e 7
• Distribuição da população mundial e deslocamentos populacionais EF08GE01
• Diversidade e dinâmica da população mundial e local EF08GE03 EF08GE04
• Corporações e organismos internacionais e do Brasil na ordem econômica mundial EF08GE05
EF08GE06 EF08GE07 EF08GE08 EF08GE09
EF08GE11 EF08GE12
• Os diferentes contextos e os meios técnico e tecnológico na produção EF08GE13
• Cartografia: anamorfose, croquis e mapas temáticos da América e África EF08GE18
EF08GE19
• Identidades e interculturalidades regionais: Estados Unidos da América, América espanhola e portuguesa e África EF08GE20
1 o BIMESTRE 1 o TRIMESTRE 1 o SEMESTRE
TRIMESTRE
2 o BIMESTRE 2 o
LXV
UNIDADES CONTEÚDOS PRINCIPAIS COMPETÊNCIAS OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES
5.
América Latina: território e sociedade
Temas Contemporâneos Transversais:
• Trabalho
• Educação em Direitos Humanos
• Ciência e Tecnologia
• Explorando a América Latina
• Espaço urbano e rural
• Movimentos sociais na cidade e no campo
• Migrações na América Latina
• Conflitos e tensões
• Recursos naturais
6.
América Latina: regiões e economia
Temas Contemporâneos
Transversais:
• Trabalho
• Ciência e Tecnologia
• Educação Ambiental
• Educação para o Consumo
• Diversidade Cultural
• México
• América Central
• América Andina
• Guianas
• América Platina
• Brasil
• Gerais: 1, 2, 4, 5, 7 e 9
• Ciências Humanas: 1, 2, 3, 5, 6 e 7
• Geografia: 1, 2, 3, 4, 5 e 7
7. África: território, imperialismo e conflitos
Temas Contemporâneos
Transversais:
• Diversidade Cultural
• Educação Ambiental
• Trabalho
8. África: sociedade e economia
Temas Contemporâneos
Transversais:
• Ciência e Tecnologia
• Diversidade Cultural
• Educação em Direitos Humanos
• Direitos da Criança e do Adolescente
• Educação Ambiental
• Trabalho
• Dimensão, localização e regionalizações
• Aspectos naturais
• Ocupação, escravidão e colonização
• Descolonização e conflitos
• Gerais: 1, 2, 4, 5, 7, 9 e 10
• Ciências Humanas: 2, 3, 4, 5, 6 e 7
• Geografia: 1, 2, 3, 5, 6 e 7
• Diversidade e dinâmica da população mundial e local EF08GE03 EF08GE04
• Corporações e organismos internacionais e do Brasil na ordem econômica mundial EF08GE05 EF08GE07 EF08GE08 EF08GE10 EF08GE11
• Os diferentes contextos e os meios técnico e tecnológico na produção EF08GE13
• Transformações do espaço na sociedade urbano-industrial na América Latina EF08GE15 EF08GE16 EF08GE17
• Cartografia: anamorfose, croquis e mapas temáticos da América e África EF08GE18
• Identidades e interculturalidades regionais: Estados Unidos da América, América espanhola e portuguesa e África EF08GE20
• Diversidade ambiental e as transformações nas paisagens na América Latina EF08GE22
EF08GE24
• Diversidade e dinâmica da população mundial e local EF08GE02
• Corporações e organismos internacionais e do Brasil na ordem econômica mundial EF08GE05
EF08GE06 EF08GE07 EF08GE08 EF08GE09
EF08GE10
• Os diferentes contextos e os meios técnico e tecnológico na produção EF08GE13
EF08GE14
• Transformações do espaço na sociedade urbano-industrial na América Latina EF08GE15
• Cartografia: anamorfose, croquis e mapas temáticos da América e África EF08GE18
EF08GE19
• Identidades e interculturalidades regionais: Estados Unidos da América, América espanhola e portuguesa e África EF08GE20
• Diversidade ambiental e as transformações nas paisagens na América Latina EF08GE22
EF08GE24
• Produção do conhecimento
• Condições de vida
• Atividades econômicas
• Investimentos, inovação e cooperação
• Gerais: 1, 2, 4, 7, 9 e 10
• Ciências Humanas: 2, 3, 5, 6 e 7
• Geografia: 1, 3, 4, 5, 6 e 7
• Distribuição da população mundial e deslocamentos populacionais EF08GE01
• Diversidade e dinâmica da população mundial e local EF08GE03
• Corporações e organismos internacionais e do Brasil na ordem econômica mundial EF08GE05
• Cartografia: anamorfose, croquis e mapas temáticos da América e África EF08GE18 EF08GE19
• Gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 7, 9 e 10
• Ciências Humanas: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7
• Geografia: 1, 3, 4, 5 e 7
• Distribuição da população mundial e deslocamentos populacionais EF08GE01
• Diversidade e dinâmica da população mundial e local EF08GE02 EF08GE03
• Corporações e organismos internacionais e do Brasil na ordem econômica mundial EF08GE05
• Identidades e interculturalidades regionais: Estados Unidos da América, América espanhola e portuguesa e África EF08GE20 4 o BIMESTRE
EF08GE06 EF08GE07 EF08GE08 EF08GE09
• Os diferentes contextos e os meios técnico e tecnológico na produção EF08GE13
EF08GE14
• Cartografia: anamorfose, croquis e mapas temáticos da América e África EF08GE18
EF08GE19
• Identidades e interculturalidades regionais: Estados Unidos da América, América espanhola e portuguesa e África EF08GE20
8o ANO
o BIMESTRE 2 o TRIMESTRE 2 o SEMESTRE
3
3 o TRIMESTRE
LXVI
OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS
UNIDADE 1 • Conhecer o espaço mundial
• Identificar os continentes que constituem a superfície terrestre, para compreender a origem e a distribuição atual das terras emersas na superfície terrestre.
• Compreender o conceito de região e a existência de diversos critérios para regionalizar o espaço mundial, reconhecendo as diferenças entre variadas propostas.
• Reconhecer que a região constitui importante ferramenta para o estudo do espaço geográfico, considerando os cuidados no seu uso.
• Analisar o papel ambiental e territorial da Antártida no contexto geopolítico, identificando os interesses dos países no continente, para compreender a importância ambiental do continente como área destinada à pesquisa e à compreensão do ambiente global.
• Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões.
• Conhecer as principais características do imperialismo para entender as mudanças ocorridas no espaço geográfico durante esse período.
• Compreender os motivos que levaram Estados Unidos e União Soviética a se tornarem potências mundiais após a Segunda Guerra Mundial e como esse destaque geopolítico levou à Guerra Fria, identificando e compreendendo as principais características e os desdobramentos na economia e na geopolítica mundiais.
• Conhecer as principais características da Nova Ordem Mundial (início dos anos 1990) para assim compreender os principais eventos da ordem multipolar no início do século XXI, tendo como polos centrais os Estados Unidos, a China, a União Europeia e a Rússia.
• Analisar os aspectos que contribuem para o declínio dos Estados Unidos e a ascensão da China no cenário internacional.
• Analisar dados sobre o comércio entre Estados Unidos, China e Brasil, destacando as dinâmicas de trocas de produtos entre eles.
• Compreender que a Terra pode ser representada cartograficamente de diferentes formas, de acordo com a projeção cartográfica adotada, compreendendo que a escolha da projeção adotada tem por objetivo destacar alguma característica dos territórios representados.
UNIDADE 2 • Dinâmicas da população mundial
• Identificar as rotas de dispersão da população humana pelo planeta, a partir da origem na África, e compreender que, hoje, a população mundial está distribuída de forma irregular pela superfície terrestre, para entender que essa distribuição é motivada por fatores naturais e históricos que influenciaram a ocupação humana do planeta Terra.
• Analisar, por meio de cartograma, tendências de crescimento populacional entre regiões e países, possibilitando a interpretação de anamorfoses com informações sobre a população mundial.
• Diferenciar conceitos de populoso e povoado para que seja possível identificar as áreas mais populosas e povoadas da Terra por meio de mapas.
• Analisar a distribuição da população mundial de acordo com os diferentes grupos etários.
• Identificar fatores que favorecem a existência, na população mundial, de jovens que nem trabalham e nem estudam (“nem-nem”), identificando a importância das políticas voltadas para o atendimento da população jovem.
6.2 LXVII
• Conhecer os impactos socioeconômicos causados pelo grande número de jovens ou de idosos na composição etária.
• Identificar características dos fluxos imigratórios no século XXI, aprendendo a diferenciar migrante de refugiado e compreendendo a importância dessa distinção para a aplicação dos direitos dos refugiados.
• Verificar a influência dos fluxos migratórios da população mundial em seu cotidiano, com ênfase na história do município onde a escola está situada.
• Entender a distribuição desigual da riqueza como um dos fatores responsáveis pela existência de desigualdades sociais.
• Compreender a importância dos indicadores sociais para mostrar as desigualdades no mundo.
• Identificar efeitos da covid-19 no desenvolvimento humano e as possíveis ações de governos para minimizar os efeitos da pandemia.
UNIDADE 3 • América
• Conhecer as principais regionalizações do continente americano, compreendendo os critérios que as definem e identificando os países e/ou grupo de países que constituem o continente americano.
• Identificar características comuns nos países que constituem a América Latina e a América Anglo-Saxônica.
• Analisar os processos de colonização europeia na América como um dos fatores da produção do espaço geográfico, reconhecendo marcas desse processo nos países americanos.
• Identificar os povos nativos que ocuparam a América pré-colombiana e as consequências sofridas no contato com os europeus.
• Reconhecer a influência cultural dos povos originários na formação do espaço geográfico americano para identificar e reconhecer a legitimidade da luta das comunidades indígenas por melhores condições de vida e de seus direitos no continente americano.
• Conhecer os objetivos dos principais organismos de integração do continente americano.
• Identificar elementos naturais do espaço geográfico americano para compreender os processos e identificar características dos elementos naturais do continente americano, relacionando-os às atividades humanas.
• Identificar características do continente americano por meio da leitura e interpretação de mapas temáticos.
UNIDADE 4 • América Anglo-Saxônica
• Identificar aspectos territoriais, populacionais e socioeconômicos do Canadá, para compreender quais são as atividades econômicas, as áreas de produção e ocupação humana no território canadense.
• Compreender aspectos da relação entre sociedade e natureza no espaço geográfico do Canadá, reconhecendo atividades econômicas desenvolvidas.
• Identificar aspectos territoriais, populacionais e socioeconômicos dos Estados Unidos, para compreender a formação e a organização territorial e política do país.
• Identificar as principais etapas, doutrinas e políticas do processo de expansão territorial dos Estados Unidos, para compreender o papel dos imigrantes europeus na ocupação dos territórios conquistados no oeste do país.
• Conhecer a composição da população estadunidense para identificar as minorias étnicas e compreender as lutas enfrentadas pela população negra nos séculos XX e XXI.
LXVIII
• Identificar os fatores que explicam a consolidação do papel hegemônico dos Estados Unidos no âmbito econômico e militar no espaço geográfico mundial, analisando aspectos da política externa no século XXI, relacionando-a ao envolvimento em conflitos externos e à chamada “Guerra ao terror”.
• Identificar as principais rupturas na política externa estadunidense entre os governos Obama e Trump, para compreender as tensões políticas e sociais na transição do governo Trump para Joe Biden.
UNIDADE 5 • América Latina: território e sociedade
• Conhecer os critérios físicos e históricos utilizados na regionalização da América Latina, para compreender aspectos populacionais e socioeconômicos do continente.
• Analisar aspectos relacionados à perpetuação da grande desigualdade social que caracteriza a região, para identificar e compreender os mecanismos utilizados pelos Estados Unidos para exercer influência na região em diversos momentos históricos.
• Analisar as principais dinâmicas dos espaços urbano e rural latino-americano, marcado pela segregação socioespacial e pela concentração fundiária.
• Identificar os principais problemas dos centros urbanos latino-americanos, analisando aspectos da segregação socioespacial, com destaque para o estudo de favelas.
• Analisar os impactos socioambientais da inserção massiva de tecnologias diversas no campo, para compreender os principais movimentos sociais latino-americanos, suas reivindicações e formas de atuação.
• Conhecer as principais causas e tendências dos fluxos migratórios na América Latina, para compreender a influência das áreas de tensão e conflito nas fronteiras dos países dos continentes, identificando suas causas e consequências econômicas, sociais, políticas e ambientais.
• Conhecer as características naturais do território latino-americano, analisando a distribuição dos recursos e as principais formas de exploração, para assim avaliar os impactos relacionados à exploração dos recursos naturais do ponto de vista ambiental e social.
• Analisar a importância do Canal do Panamá como ponto estratégico para inserção da América Latina no comércio internacional.
UNIDADE 6 • América Latina: regiões e economia
• Analisar o espaço geográfico de alguns países latino-americanos, com base em aspectos culturais, políticos e socioeconômicos específicos, para identificar as principais características da economia de regiões como a América Central, a América Andina e a América Platina.
• Analisar a distribuição dos recursos naturais no território latino-americano para compreender as principais formas de exploração.
• Avaliar os impactos socioambientais relacionados às atividades econômicas desenvolvidas na América Latina, principalmente nos setores extrativista e agropecuário, para compreender a importância dessas atividades na economia do continente e como o dano ambiental causado afeta essas atividades.
• Analisar os principais impactos da pandemia de covid-19 no desenvolvimento da economia regional para analisar as atuais crises econômicas pelas quais passa o continente.
• Conhecer as principais características das maquiladoras no México, para entender as condições de trabalho dos operários e sua distribuição no território.
• Identificar as causas do declínio da atividade canavieira em Cuba e analisar como esse processo permitiu certa diversificação da economia no país.
LXIX
• Analisar o papel histórico do petróleo na economia venezuelana e as causas da crise no setor e, consequentemente, no país.
• Conhecer as características do Triângulo do Lítio (formado por Chile, Bolívia e Argentina), para compreender a importância estratégica dessa região para a matriz energética mundial.
• Analisar aspectos da agricultura e do extrativismo no Chile, considerando a questão da privatização das águas, para compreender os impactos socioambientais e a crise hídrica pela qual o país passa.
• Conhecer as principais características produtivas das Guianas e a importância da descoberta de jazidas de petróleo na região, para entender a relevância desse recurso natural para a economia dos países.
• Conhecer aspectos da produção agropecuária argentina, com destaque para a criação de gado bovino, para entender a importância dessa atividade para a economia do país.
• Elaborar um mapa coletivo, analisando as principais atividades econômicas desenvolvidas no município onde a escola está localizada, para indicar os principais impactos socioambientais na área do entorno.
• Analisar o papel da soja na economia brasileira e os aspectos da parceria comercial com a China e os Brics, para entender a importância dessa commodity para a economia do país.
UNIDADE 7 • África: território, imperialismo e conflitos
• Conhecer aspectos relacionados à dimensão, localização, regionalização e divisão político-territorial da África, para compreender a diversidade étnica e cultural das populações africanas como elemento de afirmação da identidade de grupos culturalmente distintos.
• Conhecer aspectos relacionados aos elementos físico-naturais que caracterizam o espaço geográfico do continente africano, para identificar as influências dos elementos físico-naturais na distribuição das populações pelo continente.
• Identificar e relacionar os climas predominantes no continente africano às principais formações vegetais originais a eles associadas, para reconhecer o processo de desertificação como um problema que afeta áreas em todo o mundo, em especial a África.
• Conhecer características das organizações sociais e dos modos de vida da África pré-colonial, para relacionar aspectos da reorganização do espaço geográfico do continente africano ao processo de colonização na América.
• Relacionar a colonização da América ao aumento do fluxo do tráfico de escravizados originários do continente africano.
• Identificar desdobramentos do imperialismo europeu e da partilha da África no século XIX na organização política, social e territorial atual do continente.
• Compreender como os processos de colonização e descolonização na África contribuíram para a fragmentação de etnias, gerando conflitos por diversos países no continente.
• Identificar os fatores que colaboraram no processo de independência dos países africanos, com a descolonização ocorrendo após a Segunda Guerra Mundial, para perceber que o processo de descolonização e independência das nações africanas não solucionou os problemas socioeconômicos nos novos Estados.
• Compreender as causas específicas e as consequências de alguns dos conflitos ocorridos no continente africano após o processo de descolonização.
UNIDADE 8
África: sociedade e economia
• Conhecer a produção do conhecimento e as expressões artísticas tradicionais de alguns grupos étnicos africanos e suas contribuições para diferentes áreas do conhecimento.
•
LXX
• Identificar e analisar as causas de problemas sociais presentes no continente africano, reconhecendo a existência de desigualdades sociais.
• Compreender as causas dos fluxos migratórios entre campo e cidade e os efeitos do crescimento urbano desordenado, para identificar os fatores que contribuem para os elevados índices de pobreza e fome no continente africano.
• Compreender o conceito de segurança alimentar e a situação do continente africano, identificando fatores que contribuem para a ocorrência da fome em muitos países, para conhecer iniciativas governamentais e de organizações não governamentais que promovem a melhoria da qualidade de vida das populações mais vulneráveis e a importância dessas iniciativas.
• Analisar os fluxos de refugiados e deslocados no território africano, relacionando-os aos conflitos, guerras e eventos climáticos extremos, como as secas.
• Conhecer e analisar aspectos das atividades econômicas desenvolvidas no espaço geográfico do continente africano, para reconhecer a produção mineral na África e identificar os principais produtos, os destinos da produção e dos lucros e as implicações socioambientais.
• Reconhecer a importância das atividades agropecuárias na produção do espaço geográfico africano, analisando diferentes formas de produção e problemas ambientais a elas relacionados.
• Compreender aspectos da inserção da África no mundo globalizado, analisando as relações entre países africanos, países desenvolvidos e os chamados “emergentes”, especialmente a China.
• Conhecer os principais objetivos dos organismos de integração econômica na África e sua importância para a inserção do continente no cenário global.
6.3
AVALIAÇÃO
UNIDADE 1 • Conhecer o espaço mundial
1. A atual distribuição e configuração das terras emersas do planeta Terra é resultado:
a) do movimento das terras emersas devido aos agentes externos do planeta.
b) da fragmentação das terras que originam todas as fronteiras de países.
c) da fragmentação e do afastamento das terras a partir do movimento constante das placas tectônicas.
d) do desprendimento do grande bloco de terras que dá origem à América.
2. Caracterize o clima e a vegetação da Antártida.
3. Em 1959, foi assinado o Tratado da Antártida. Explique três determinações contidas nesse tratado.
4. A preservação das condições ambientais naturais da Antártida é fundamental para o clima de todo o planeta. Justifique essa afirmação.
5. O imperialismo, ocorrido no século XIX, também é conhecido como neocolonialismo. Por que ele recebe essa denominação?
6. Explique como se organizava a regionalização do espaço mundial no imperialismo.
7. Caracterize a chamada Nova Ordem Mundial (período pós-Guerra Fria) sob os aspectos geopolítico e econômico.
LXXI
UNIDADE 2 • Dinâmicas da população mundial
1. Entre 1800 e 2021, a população cresceu intensamente, saindo de 1 bilhão de habitantes (em 1800) e chegando a quase 8 bilhões (em 2021). Quais são os principais fatores que influenciaram o aumento populacional nesse período?
2. Em relação à densidade demográfica mundial, responda.
a) Quais os continentes com maiores densidades demográficas?
b) Relacione as áreas menos densas com características físico-naturais do território.
3. Assinale a alternativa que faz a correspondência correta entre as variáveis.
a) As regiões com maiores expectativas de vida são as com menores rendas per capita.
b) A taxa de alfabetização se relaciona diretamente com a renda per capita
c) Quanto maior a expectativa de vida, menor a taxa de mortalidade infantil.
d) A taxa de alfabetização é inversamente proporcional à taxa de mortalidade infantil.
UNIDADE 3 • América
1. A regionalização física da América coincide com a divisão segundo a regionalização histórico-cultural? Explique.
2. As colônias que se estabeleceram na América foram classificadas em dois tipos: colônias de exploração e colônias de povoamento. Assim, responda às questões a seguir.
a) Apresente as características das colônias de povoamento.
b) Em quais países da América prevaleceu esse tipo de colonização?
3. Sobre o relevo da América do Sul, assinale a alternativa correta.
a) A cordilheira dos Andes, apesar de sua grande extensão, apresenta altitude média.
b) O Planalto Central do Brasil está entre 2 000 e 2 500 metros de altitude.
c) Os Pampas são planaltos de altitude média, podendo alcançar 1 000 metros de altitude em alguns trechos.
d) Nas regiões centrais, predominam planícies e planaltos.
4. Por apresentar grande extensão latitudinal, o continente americano possui terras em climas muito distintos, desenvolvendo grande variedade de vegetação.
a) Caracterize duas formações vegetais típicas de climas mais frios.
b) Apresente as características de dois climas quentes do continente.
UNIDADE 4 • América Anglo-Saxônica
1. Explique a relação entre os aspectos naturais do Canadá com:
a) os recursos minerais encontrados na região;
b) a utilização de energia hidrelétrica.
2. Segundo o Destino Manifesto, os estadunidenses teriam direito divino para formar uma grande nação. De que forma isso influenciou o extermínio indígena?
3. A influência exercida pelos Estados Unidos sobre o mundo foi acentuada após as duas Guerras Mundiais e se consolidou ao final da Guerra Fria. Anterior a isso, entretanto, o país já criava políticas externas para atender aos próprios interesses.
LXXII
a) Cite políticas ou ações externas dos Estados Unidos no século XX e explique como influenciavam diretamente outros países.
b) Explique uma política externa atual dos Estados Unidos que coloque outros países sob sua dominação.
UNIDADE 5 • América Latina: território e sociedade
1. A América Latina forma um subcontinente dentro da América. Identifique a característica histórica que dá unidade a esse subcontinente.
2. Os efeitos da globalização na América Latina impulsionam os governos de seus países a formar blocos econômicos. No entanto, essas alianças não alcançam os resultados esperados. Explique por que os blocos econômicos latino-americanos não são bem-sucedidos.
3. Braceros são:
a) empresas mexicanas que estabelecem relações econômicas próximas com os Estados Unidos.
b) trabalhadores de indústrias multinacionais estadunidenses no México.
c) imigrantes mexicanos que vivem nas grandes cidades, como Nova York, trabalhando na construção civil.
d) trabalhadores mexicanos que atuam nas colheitas de produtos agrícolas no sul dos Estados Unidos.
UNIDADE 6 • América Latina: regiões e economia
1. De um modo geral, a economia da América Central baseia-se em:
a) extrativismo mineral e vegetal.
b) exportação de produtos industrializados desenvolvidos por multinacionais estadunidenses.
c) agroexportação de produtos tropicais e turismo.
d) turismo e atividades bancárias.
2. Caracterize a história recente cubana sob os seguintes aspectos:
a) Revolução Cubana;
b) relação com os Estados Unidos;
c) relação com a União Soviética.
3. Classificado como país andino, o Chile apresenta características socioeconômicas diferentes dos demais países da região. Destaque o aspecto principal que diferencia o Chile da região a que pertence.
4. Nos últimos anos, a Venezuela vem passando por momentos políticos delicados. Caracterize esse momento.
UNIDADE 7 • África: território, imperialismo e conflitos
1. Sobre a regionalização do continente africano em Norte da África e África Subsaariana, responda.
a) Cite o nome de três países da África Subsaariana.
b) Quais são a etnia e a religião predominantes no Norte da África?
2. Ao observar os mapas de clima e vegetação da África, é possível identificar o que chamamos de “efeito espelho”. O efeito espelho é a semelhança entre os climas e, consequentemente, as vegetações ao norte e ao sul do equador. Explique por que isso ocorre.
LXXIII
3. O continente africano apresenta fronteiras artificiais, baseadas na partilha da África que respeitou os interesses europeus, e não as divisões étnicas e culturais dos povos do continente.
a) De que forma a divisão étnica do continente facilitava a dominação europeia?
b) Como o estabelecimento das atuais fronteiras dos países africanos ajuda a explicar os conflitos e guerras civis existentes no continente hoje?
UNIDADE 8 • África: sociedade e economia
1. Por que o processo de urbanização da África impulsionou o surgimento de favelas?
2. Explique duas razões pelas quais esse continente ainda enfrenta grave situação de subnutrição.
3. Assinale a alternativa correta.
a) Os imigrantes africanos são bem-vindos na Europa.
b) A Europa tem políticas anti-imigração.
c) Apenas africanos podem se refugiar na Europa.
d) A entrada de refugiados na Europa é permitida pela Ásia.
4. Sobre a exploração do petróleo da África, assinale a alternativa correta.
a) A produção de petróleo é a terceira fonte de energia mais explorada no continente africano.
b) A África do Sul é a maior produtora de petróleo do continente.
c) A África Subsaariana concentra a produção de petróleo no continente.
d) A produção de petróleo nos países africanos é utilizada principalmente para consumo interno.
5. Sobre o conceito de plantation, assinale a alternativa correta.
a) Plantations são grandes plantações familiares voltadas para a sobrevivência.
b) A característica principal de uma plantation é a monocultura, ou seja, a produção de uma espécie vegetal em larga escala.
c) As plantations são de propriedade das populações pobres e, por isso, possuem pouca tecnologia.
d) As plantations foram extintas com a independência política dos países colonizados na América e na África.
6.4 LXXIV
GABARITO UNIDADE 1
1. Alternativa C.
Competência específica de Geografia 4. Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográficas e iconográficas, de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias para a resolução de problemas que envolvam informações geográficas.
2. A Antártida apresenta clima polar, tipo de clima bastante frio e seco. No verão, a temperatura média é de 0 °C e, no inverno, ultrapassa os -40 °C. A vegetação da Antártida, a Tundra, é composta por musgos e liquens e só aparece em alguns trechos e apenas alguns meses do ano.
Habilidade (EF08GE21) Analisar o papel ambiental e territorial da Antártica no contexto geopolítico, sua relevância para os países da América do Sul e seu valor como área destinada à pesquisa e à compreensão do ambiente global.
3. O Tratado da Antártida proíbe a exploração econômica do continente antártico; proíbe a colonização do continente; e proíbe ações militares no continente.
Habilidade (EF08GE21) Analisar o papel ambiental e territorial da Antártica no contexto geopolítico, sua relevância para os países da América do Sul e seu valor como área destinada à pesquisa e à compreensão do ambiente global.
4. A manutenção das condições naturais da Antártida garante a circulação das massas de ar e das correntes marítimas formadas no continente, ou seja, a Antártida funciona como um regulador do clima mundial.
Habilidade (EF08GE21) Analisar o papel ambiental e territorial da Antártica no contexto geopolítico, sua relevância para os países da América do Sul e seu valor como área destinada à pesquisa e à compreensão do ambiente global.
5. Porque, na primeira fase da colonização, o colonialismo foi a ocupação da América pelos europeus. Depois da independência das ex-colônias americanas, no século XIX, os europeus passaram a colonizar a África e o sul da Ásia, no processo conhecido como neocolonialismo.
Habilidade (EF08GE20) Analisar características de países e grupos de países da América e da África no que se refere aos aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir as desigualdades sociais e econômicas e as pressões sobre a natureza e suas riquezas (sua apropriação e valoração na produção e circulação), o que resulta na espoliação desses povos.
6. Durante o imperialismo, o que determinava o poder e a riqueza de um país era principalmente sua industrialização. Nessa ordem mundial, o mundo era dividido em países centrais, que eram industrializados e exerciam forte dominação tecnológica, econômica, militar etc.; e em países periféricos, agroexportadores ou exportadores de matéria-prima, com economia muito dependente.
Habilidade (EF08GE20) Analisar características de países e grupos de países da América e da África no que se refere aos aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir as desigualdades sociais e econômicas e as pressões sobre a natureza e suas riquezas (sua apropriação e valoração na produção e circulação), o que resulta na espoliação desses povos.
7. Geopoliticamente, a Nova Ordem Mundial classificava-se como multipolar, com o mundo dividido nas zonas de influência dos Estados Unidos (América), Europa (África) e Japão (Ásia). Economicamente, o mundo caracterizava-se pela expansão do capitalismo, com maior integração entre os países, formando blocos econômicos.
Habilidade (EF08GE08) Analisar a situação do Brasil e de outros países da América Latina e da África, assim como da potência estadunidense na ordem mundial do pós-guerra.
UNIDADE 2
1. O aumento populacional no período está ligado, entre outros fatores, às melhorias nos setores da saúde e do saneamento, que, consequentemente, reduziram a mortalidade, aumentando a expectativa de vida da população mundial.
Habilidade (EF08GE03) Analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando características da população (perfil etário, crescimento vegetativo e mobilidade espacial).
2. a) Ásia e Europa.
b) As áreas menos densas são, em geral, as que têm climas mais rigorosos, sejam quentes (como os desérticos) ou frios (como os climas frio, polar e de montanha).
Habilidade (EF08GE01) Descrever as rotas de dispersão da população humana pelo planeta e os principais fluxos migratórios em diferentes períodos da história, discutindo os fatores históricos e condicionantes físico-naturais associados à distribuição da população humana pelos continentes.
LXXV
3. Alternativa C.
Habilidade (EF08GE01) Descrever as rotas de dispersão da população humana pelo planeta e os principais fluxos migratórios em diferentes períodos da história, discutindo os fatores históricos e condicionantes físico-naturais associados à distribuição da população humana pelos continentes.
UNIDADE 3
1. A regionalização física divide a América em América do Norte, América Central e América do Sul, segundo a configuração do seu território. A regionalização histórico-cultural leva em consideração o processo de colonização e os idiomas falados. Por isso, a América Anglo-Saxônica, que fala principalmente o inglês e o francês, é composta apenas por Estados Unidos e Canadá, e o restante do continente, que fala principalmente o espanhol e o português, compõe a América Latina.
Habilidade (EF08GE01) Descrever as rotas de dispersão da população humana pelo planeta e os principais fluxos migratórios em diferentes períodos da história, discutindo os fatores históricos e condicionantes físico-naturais associados à distribuição da população humana pelos continentes.
2. a) As colônias de povoamento eram formadas por pequenas propriedades, com trabalhadores livres, e fomentavam a produção para o mercado interno da colônia.
b) Estados Unidos e Canadá.
Habilidade (EF08GE04) Compreender os fluxos de migração na América Latina (movimentos voluntários e forçados, assim como fatores e áreas de expulsão e atração) e as principais políticas migratórias da região.
3. Alternativa D.
Habilidade (EF08GE23) Identificar paisagens da América Latina e associá-las, por meio da cartografia, aos diferentes povos da região, com base em aspectos da geomorfologia, da biogeografia e da climatologia.
4. a) Tundra e Taiga. A Tundra é composta por vegetação rasteira, de musgos e liquens, e a Taiga é formada por espécies coníferas.
b) Floresta Tropical e Savana. As Florestas Tropicais apresentam árvores de grande porte e precisam de muita umidade para sobreviver; a Savana é formada por vegetação variada, com áreas de vegetação densa e outras com árvores de pequeno porte e vegetação rasteira, resistentes à estação seca do clima tropical.
Habilidade (EF08GE23) Identificar paisagens da América Latina e associá-las, por meio da cartografia, aos diferentes povos da região, com base em aspectos da geomorfologia, da biogeografia e da climatologia.
UNIDADE 4
1. a) O Planalto Canadense e as Montanhas Rochosas apresentam estrutura geológica cristalina, favorável à ocorrência dos minerais encontrados no país, como ferro, cobre, níquel, chumbo e prata.
b) O Canadá realiza um grande aproveitamento dos rios na geração de energia, principalmente por apresentar um relevo favorável à construção de hidrelétricas, apesar do congelamento das águas dos rios durante parte do ano.
Habilidade (EF08GE20) Analisar características de países e grupos de países da América e da África no que se refere aos aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir as desigualdades sociais e econômicas e as pressões sobre a natureza e suas riquezas (sua apropriação e valoração na produção e circulação), o que resulta na espoliação desses povos.
2. A partir dessa premissa, os Estados Unidos iniciaram a expansão territorial e, aliados à ideologia de supremacia anglo-saxã, exterminaram diversos povos indígenas, que eram vistos como inferiores, e suas terras, que eram vistas como direito dos Estados Unidos.
LXXVI
Habilidade (EF08GE05) Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões na contemporaneidade, com destaque para as situações geopolíticas na América e na África e suas múltiplas regionalizações a partir do pós-guerra.
3. a) Os estudantes podem citar a política do Big Stick, em que os Estados Unidos concediam às Forças Armadas o direito de invadir países da América Latina como forma de garantir seus interesses. Além disso, podem destacar o apoio às ditaduras militares na América Latina como forma de evitar o avanço do socialismo. Podem, também, citar a bipolarização do mundo com a Guerra Fria e a influência econômica, política e cultural sobre os países.
b) Os estudantes podem citar a chamada “Guerra ao Terror”, em que os Estados Unidos realizam ataques militares a outros países, sob a justificativa de combater o terrorismo.
Habilidade (EF08GE07) Analisar os impactos geoeconômicos, geoestratégicos e geopolíticos da ascensão dos Estados Unidos da América no cenário internacional em sua posição de liderança global e na relação com a China e o Brasil.
UNIDADE 5
1. Historicamente, a América Latina foi colonizada por espanhóis e portugueses e passou por um processo de colonização de exploração e de extermínio de muitos povos nativos.
Habilidade (EF08GE20) Analisar características de países e grupos de países da América e da África no que se refere aos aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir as desigualdades sociais e econômicas e as pressões sobre a natureza e suas riquezas (sua apropriação e valoração na produção e circulação), o que resulta na espoliação desses povos.
2. Os blocos econômicos latino-americanos não alcançam o pleno sucesso devido à dependência econômica que ocorre na maioria dos países do subcontinente em relação aos Estados Unidos e outras grandes potências estrangeiras.
Habilidade (EF08GE12) Compreender os objetivos e analisar a importância dos organismos de integração do território americano (Mercosul, OEA, OEI, Nafta, Unasul, Alba, Comunidade Andina, Aladi, entre outros).
3. Alternativa D.
Habilidade (EF08GE04) Compreender os fluxos de migração na América Latina (movimentos voluntários e forçados, assim como fatores e áreas de expulsão e atração) e as principais políticas migratórias da região.
UNIDADE 6
1. Alternativa C.
Habilidade (EF08GE24) Analisar as principais características produtivas dos países latino-americanos (como exploração mineral na Venezuela; agricultura de alta especialização e exploração mineira no Chile; circuito da carne nos pampas argentinos e no Brasil; circuito da cana-de-açúcar em Cuba; polígono industrial do sudeste brasileiro e plantações de soja no centro-oeste; maquiladoras mexicanas, entre outros).
2. a) Cuba tornou-se socialista em 1959, em uma revolução liderada por Fidel Castro.
b) Desde a adoção do socialismo, os Estados Unidos impuseram um embargo econômico a Cuba, o que manteve o país isolado e em graves problemas econômicos, por ter perdido relações comerciais com muitos países.
LXXVII
c) Durante toda a Guerra Fria, a União Soviética apoiou Cuba, fornecendo industrializados a baixos preços e comprando o açúcar da ilha superfaturado.
Habilidade (EF08GE08) Analisar a situação do Brasil e de outros países da América Latina e da África, assim como da potência estadunidense na ordem mundial do pós-guerra.
3. O Chile caracteriza-se pelo elevado padrão de vida e pela economia mais estável em relação aos outros países andinos.
Habilidade (EF08GE20) Analisar características de países e grupos de países da América e da África no que se refere aos aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir as desigualdades sociais e econômicas e as pressões sobre a natureza e suas riquezas (sua apropriação e valoração na produção e circulação), o que resulta na espoliação desses povos.
4. A Venezuela passou por uma série de mudanças socioeconômicas a partir de 1998, com o governo de Hugo Chávez. Atualmente, o governo do presidente Nicolás Maduro é acusado de medidas antidemocráticas e o país mergulhou em uma grave crise político-econômica, entre outras razões, pela queda do valor do barril do petróleo.
Habilidade (EF08GE20) Analisar características de países e grupos de países da América e da África no que se refere aos aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir as desigualdades sociais e econômicas e as pressões sobre a natureza e suas riquezas (sua apropriação e valoração na produção e circulação), o que resulta na espoliação desses povos.
UNIDADE 7
1. a) Os estudantes deverão indicar o nome de qualquer país identificado como África Subsaariana, tais como: Mali, Chade, Etiópia, Angola, África do Sul etc.
b) Etnia árabe e religião islâmica.
Habilidade (EF08GE05) Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões na contemporaneidade, com destaque para as situações geopolíticas na América e na África e suas múltiplas regionalizações a partir do pós-guerra.
2. O efeito espelho ocorre porque o continente africano é cortado pela linha do equador ao centro. Essa é a faixa intertropical, que se desenvolve do equador para norte e para sul. Em seguida, para norte, ocorre a zona temperada do Norte e, para sul, a zona temperada do Sul, proporcionando características climáticas similares conforme afastamento do equador para norte ou para sul. Os climas influenciam a vegetação, reproduzindo efeito parecido nela.
Habilidade (EF08GE19) Interpretar cartogramas, mapas esquemáticos (croquis) e anamorfoses geográficas com informações geográficas acerca da África e América.
3. a) A separação de povos facilitava o domínio, pois os colonizadores poderiam usar as rivalidades para aliciar grupos. Além disso, a divisão considerou uma distribuição dos recursos a serem explorados por cada país europeu, conforme acordo entre eles.
b) O apagamento das territorialidades existentes, a partir da união de povos historicamente rivais sob mesmo território e da separação de povos amigos ou um único povo em territórios distintos, acirrou ainda mais as rivalidades internas. Como as fronteiras criadas pela Europa foram praticamente mantidas nos processos de independência, essas rivalidades perduram até hoje.
Habilidade (EF08GE05) Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões na contemporaneidade, com destaque para as situações geopolíticas na América e na África e suas múltiplas regionalizações a partir do pós-guerra.
LXXVIII
UNIDADE 8
1. A urbanização ocorreu de maneira rápida e sem planejamento, levando à segregação de parte da população.
Habilidade (EF08GE20) Analisar características de países e grupos de países da América e da África no que se refere aos aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir as desigualdades sociais e econômicas e as pressões sobre a natureza e suas riquezas (sua apropriação e valoração na produção e circulação), o que resulta na espoliação desses povos.
2. Ocupação das terras mais férteis pelas grandes propriedades monocultoras voltadas para a exportação, restando disponíveis as terras improdutivas para a produção de alimentos voltados à população local, e a diminuição da oferta de alimentos em razão dos conflitos armados que destroem plantações e rebanhos. Também podem ser citados a desertificação e os longos períodos de seca, que destroem plantações e rebanhos, e o uso de técnicas agrícolas que não favorecem a produtividade e a conservação do solo.
Habilidade (EF08GE20) Analisar características de países e grupos de países da América e da África no que se refere aos aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir as desigualdades sociais e econômicas e as pressões sobre a natureza e suas riquezas (sua apropriação e valoração na produção e circulação), o que resulta na espoliação desses povos.
3. Alternativa B.
Habilidade (EF08GE01) Descrever as rotas de dispersão da população humana pelo planeta e os principais fluxos migratórios em diferentes períodos da história, discutindo os fatores históricos e condicionantes físico-naturais associados à distribuição da população humana pelos continentes.
4. Alternativa C.
Habilidade (EF08GE20) Analisar características de países e grupos de países da América e da África no que se refere aos aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir as desigualdades sociais e econômicas e as pressões sobre a natureza e suas riquezas (sua apropriação e valoração na produção e circulação), o que resulta na espoliação desses povos.
5. Alternativa B.
Habilidade (EF08GE20) Analisar características de países e grupos de países da América e da África no que se refere aos aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir as desigualdades sociais e econômicas e as pressões sobre a natureza e suas riquezas (sua apropriação e valoração na produção e circulação), o que resulta na espoliação desses povos.
LXXIX
DIDÁTICASORIENTAÇÕESESPECÍFICAS
DO VOLUME 8
COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA
MARCELO MORAES PAULA (Marcelo Moraes)
Bacharel e licenciado em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).
Bacharel em Ciências Econômicas pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU-SP).
Atuou como professor em cursos pré-vestibulares e no Ensino Fundamental e Médio das redes pública e particular de ensino.
DENISE CRISTINA CHRISTOV PINESSO (Denise Pinesso)
Mestra em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).
Bacharela e licenciada em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).
Atuou como coordenadora de Geografia na rede particular de ensino e como professora no Ensino Fundamental da rede pública.
MARIA ANGELA GOMEZ RAMA (Angela Rama)
Bacharela e licenciada em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).
Licenciada em Pedagogia pela Universidade de Franca (UNIFRAN-SP).
Especialista em Ensino de Geografia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Mestra em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).
Formadora de professores.
Atuou como professora no Ensino Fundamental e Médio das redes pública e particular e na Educação Superior.
8 1a edição São Paulo ∙ 2022 D2-GEO-F2-2106-V8-PIN-001-011-LA-G24_AV4.indd 1 28/08/2022 23:04 1
Geografia: Espaço & Interação – Geografia – 8o ano (Ensino Fundamental – Anos Finais)
Copyright © Marcelo Moraes Paula, Denise Cristina Christov Pinesso, Maria Angela Gomez Rama, 2022.
Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira
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Diretor editorial adjunto Luiz Tonolli
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Juliana Signal, Jacqueline Nataly Ortolan (assist.)
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Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga
Licenciamento de textos Érica Brambila
Cartografia Allmaps, DaCosta Mapas, Sonia Vaz, Vespúcio Cartografia
Iconografia Jonathan Santos
Ilustrações Alex Argozino, Arthur França/Yancom, Erika Onodera, Getulio Delphim, Héctor Gómez, Ligia Duque, Luis Moura, Luiz Rubio, Manzi, Mariana Coan, Mathias Townsend, Nilson Cardoso, Paulo Cesar Pereira, Paulo Nilson, Rmatias, Sonia Vaz
Imagens de capa
Folhas secas de chá preto.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Paula, Marcelo Moraes Geografia espaço & interação : 8o ano : ensino fundamental : anos finais / Marcelo Moraes Paula, Denise Cristina Christov Pinesso, Maria Angela Gomez Rama. -- 1. ed. -- São Paulo : FTD, 2022.
Componente curricular: Geografia.
ISBN 978-85-96-03537-8 (aluno)
Mulher queniana e outros trabalhadores colhem folhas de chá em Kericho, Quênia. O país é o terceiro maior produtor de chá do mundo e o primeiro da África.
Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à EDITORA FTD
Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300
Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br
ISBN 978-85-96-03538-5 (professor)
1. Geografia (Ensino fundamental) I. Pinesso, Denise Cristina Christov. II. Rama, Maria Angela Gomez. III. Título.
22-114869
CDD-372.891 Índices para catálogo sistemático:
1. Geografia : Ensino fundamental 372.891
Eliete Marques da Silva - Bibliotecária - CRB-8/9380
Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada.
Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD CNPJ 61.186.490/0016-33
Avenida Antonio Bardella, 300
Guarulhos-SP – CEP 07220-020
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APRESENTAÇÃO
Caro estudante,
A Geografia nos ajuda a buscar respostas para diversas questões, como: por que um grande número de pessoas se concentra em determinado lugar? De que forma indústrias e comércios decidem onde se instalar? Por que, em alguns lugares, há melhores condições de vida que em outros? Como usar recursos naturais sem causar impactos ambientais? Por que alguns países exercem influência ou domínio sobre outros? Por que há conflitos e guerras no mundo?
Muitas dessas perguntas não têm respostas definitivas, pois o mundo está em constante mudança e o conhecimento sobre ele também. Porém, iniciar uma reflexão a partir delas é um dos primeiros passos para trocar ideias, agir conscientemente em busca de mudanças e compreender o lugar, o país e o mundo em que vivemos. Por isso, convidamos você a estudar Geografia!
Esperamos que este livro possa ajudá-lo a melhor entender o Brasil e o mundo, e também a querer transformá-los para melhor e torná-los mais justos para todos!
Bom estudo!
Os autores
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O seu livro é constituído por 8 Unidades, estruturadas da seguinte maneira:
ABERTURA DE UNIDADE
Imagens e atividades despertam a curiosidade e convidam você a conversar sobre o que sabe e a contar experiências com os temas abordados pela Geografia.
A América Latina, antes da chegada dos europeus, era ocupada por diversos povos originários que muito influenciaram a formação da cultura latino-americana. A região também é formada por países que tiveram processos de colonização semelhantes e que, ao longo da história, se caracterizaram por apresentar aspectos políticos, culturais e socioeconômicos
TEMAS
Você estuda os temas com textos, fotografias, mapas, ilustrações, gráficos e outros recursos, explorados com atividades.
Festa do Sol, evento no qual se reverencia o Sol, Peru, 2022.
LOCALIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÕES
Com área territorial de mais de 42 milhões de quilômetros quadrados, o continente americano é o segundo mais extenso do mundo, superado apenas pelo continente asiático. A América está totalmente localizada no Hemisfério Ocidental, sendo banhada ao norte pelo oceano Glacial Ártico, a leste pelo oceano Atlântico, a oeste pelo oceano Pacífico e, ao sul, pelo oceano Glacial Antártico. É cortada por quatro paralelos principais: Círculo Polar Ártico, Trópico de Câncer, linha do equador e Trópico de Capricórnio. O território é bastante alongado no sentido norte-sul: há uma distância de quase 16 mil quilômetros entre o extremo norte (a 83° de latitude norte, na Groenlândia) e o extremo sul (a 56° de latitude sul, na Terra do Fogo). Essa grande extensão é um dos fatores que explicam a diversidade natural de paisagens encontradas na América.
As regionalizações mais conhecidas e utilizadas do continente americano são:
• regionalização física, baseada na distribuição das terras do continente no sentido norte-sul; regionalização histórico-cultural, baseada no processo de colonização, no idioma e em outros aspectos relacionados à cultura das nações colonizadoras do continente e dos diversos povos originários.
extensão territorial do continente americano permite distinguir duas grandes porções de terras: a América do Norte e a América do Sul. Essas “duas Américas” estão ligadas por um istmo que, com as
continental (constituída pelo istmo) e América Central insular (constituída pelas ilhas).
Istmo estreita faixa de terra localizada entre dois mares, que faz a ligação entre duas grandes porções de terra.
América Latina foi colonizada principalmente por portugueses e espanhóis. Por esse motivo, a língua oficial da maioria dos países latino-americanos é o espanhol. Já a América
Anglo-Saxônica, colonizada principalmente por ingleses, tem o inglês como língua predominante. Apesar das semelhanças quanto à língua oficial, é preciso tomar cuidado com as generalizações. Ao analisarmos as línguas faladas na América, podemos identificar algumas exceções. Na América Latina, o espanhol divide o posto de língua oficial com o português, o inglês, o francês, o holandês e outras línguas indígenas, como o quíchua, o aimará e o guarani. Na América Anglo-Saxônica, o francês é a segunda língua oficial do Canadá. Responda às questões em seu caderno.
1 De acordo com a regionalização física, onde está localizado o Brasil? E o México?
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2 E de acordo com a regionalização histórico-cultural, onde esses países estão localizados?
Brasil: América do Sul; México: América do Norte. Ambos estão situados na América Latina.
TrópicodeCapricórnio Equador p C PACÍFICO ATLÂNTICO C a ESTADOS UNIDOS OCEANO PACÍFICO GUATEMALA COLÔMBIA VENEZUELA CHILE EL SALVADOR FRANCESA (FRA) SANTA LÚCIA SÃO CRISTÓVÃO NÉVIS ANTÍGUA BARBUDA OCEANO ATLÂNTICO Trópico de Câncer DOMINICA América Central América do Norte 342 1
A
Central
DIMENSÃO,
ilhas próximas, forma a América Central Esta se subdivide em América
A
Analise os mapas. SONIA VAZ Fonte: CALDINI, Vera; ÍSOLA, Leda. Atlas geográfico Saraiva São Paulo: Saraiva, 2013. p. 96. América: regionalização física TrópicodeCapricórnio Equador óp PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO C o (EUA) ESTADOS UNIDOS BOLÍVIA Equador OCEANO PACÍFICO GUATEMALA COLÔMBIA BOLÍVIA CHILE FRANCESA (FRA) DOMINICANA JAMAICA (EUA) SANTA LÚCIA SÃO CRISTÓVÃO NÉVIS ANTÍGUA BARBUDA OCEANO ATLÂNTICO Trópico de Câncer América Central América do Norte TrópicodeCapricórnio T d â OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO P Á CANADÁ EQUADOR PERU BOLÍVIA ARGENTINA (DIN) Equador 0° PACÍFICO MÉXICO BELIZE NICARÁGUA HONDURAS EQUADOR BOLÍVIA GUIANA COSTA RICA PANAMÁ SÃO VICENTE ATLÂNTICO 60° Trópico Câncer América do Sul TrópicodeCapricórnio Equador T ic d C n 60° O OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO 0° CANADÁ ESTADOS UNIDOS EQUADOR PERU BOLÍVIA ARGENTINA BRASIL GROENLÂNDIA C P rÁ C Á PANAMÁ SÃOCRISTÓVÃO NÉVIS SÃOVICENTE ATLÂNTICO de América Anglo-Saxônica América Latina SONIA VAZ Elaborado com base em: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante São Paulo: FTD, 2016. p. 124. América: regionalização histórico-cultural TrópicodeCapricórnio Equador T ópc d C c 60° O OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO 0° CANADÁ ESTADOS UNIDOS BOLÍVIA PARAGUAI ARGENTINA BRASIL GROENLÂNDIA C P Á OCEANO C Á PANAMÁ SÃOVICENTE Trópicode América Anglo-Saxônica
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5comuns. Converse com os colegas e o professor sobre as questões a seguir. 1 Que características os países da América Latina compartilham? 2 Que aspectos da cultura latino-americana podem ser relacionados aos povos pré-colombianos? Considere em sua análise o caso do Brasil. UNIDADE Consultar respostas em Orientações didáticas. AMÉRICA LATINA: TERRITÓRIO E SOCIEDADE LEONARDO FERNANDEZ/GETTY IMAGES 140 141 D2-GEO-F2-2106-V8-U5-140-171-LA-G24_AV.indd 140-141 22/08/2022 02:25
CONHEÇA
SEU LIVRO
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INTERAGIR COM MAPAS
Nesta seção, você lê, interpreta e produz diversos tipos de mapa, que vão ajudá-lo a melhor localizar-se no espaço e a analisar a distribuição e a dinâmica dos elementos naturais e humanos nos territórios.
7. Os dois países aparecem muito reduzidos, pois a população total é muito pequena quando comparada ao tamanho de seus territórios.
Mundo: projeção da população – 2100
2
América Latina Europa Rússia Ásia
Fonte: WORLDMAPPER. Population year 2020. Worldmapper Oxford, c2022. Disponível em: https://worldmapper.org/maps/population-year-2100/?sf_action=get_data&sf_data=results&_sft_product_cat=language. Acesso em: 28 mar. 2022.
6. Orientar os estudantes na análise das anamorfoses e na elaboração da resposta. Consultar comentários em Orientações didáticas.
Compare as anamorfoses 1 e 2 e responda às questões em seu caderno.
1 O que aconteceu com os territórios nos mapas 1 e 2?
2 Que países têm maior área nas anamorfoses? Por que isso aconteceu? Para identificar os países, consulte o planisfério político da página 268.
Consultar comentários em Orientações didáticas. China e Índia. Isso aconteceu porque esses países são os mais populosos do mundo.
3 Quais regiões apresentarão aumento populacional significativo até 2100? E qual apresentará redução acentuada?
A representação acima é chamada de mapa em anamorfose
as superfícies das áreas são deformadas variando proporcionalmente de acordo com a informação que está sendo representada. As anamorfoses facilitam a comparação entre países ou entre regiões, em relação a diversos temas, como população, emissão de poluentes, taxas de natalidade e de mortalidade, entre outros. Observe novamente a anamorfose acima, que representa a população mundial. Quando comparamos a anamorfose ao mapa de referência (em miniatura), podemos perceber que a localização e o contorno dos territórios foram mantidos, porém estão dilatados ou contraídos, de acordo com o número de habitantes. Note que os territórios da China e da Índia, países mais populosos do mundo, aparecem bastante distorcidos e dilatados. Os territórios de alguns países com áreas extensas, como Canadá e Austrália, aparecem bastante contraídos, pois apresentam menor população absoluta.
PENSAR E AGIR
Nesta seção, você desenvolve atividades sobre temas como cidadania, sustentabilidade e pluralidade, pensando sobre eles e sugerindo ações e soluções para problemas.
PENSAR
E AGIR
4 Quais são as projeções para a população da América?
5 Qual era o país mais populoso da África em 2020? Consulte o planisfério político da página 268.
Aumento: África e Ásia; redução: Europa. A população da América apresentará redução até 2100. Nigéria.
6 Quais são as projeções para as populações de Japão e Brasil?
7 A Rússia e o Canadá são os países com maior área do mundo.
Localize-os nos mapas 1 e 2 e explique as razões para eles terem sido representados dessa forma.
8 Compare a proporção entre as áreas do México e dos Estados Unidos nos mapas 1 e 2. Segundo a projeção da população para 2100, que mudanças ocorrerão? Elabore hipóteses que expliquem por que isso vai acontecer.
A proporção que o território dos EUA ocupa no mapa vai diminuir e a do México vai aumentar. Isso acontecerá porque o crescimento vegetativo do México será maior que o dos EUA.
O lítio é extraído de uma substância aquosa rica em minerais (salmoura) que é bombeada para a superfície e armazenada em piscinas de evaporação durante meses, para que o lítio se concentre.
O Triângulo do Lítio O lítio é um metal muito leve, ótimo condutor de energia térmica e com grande capacidade de armazenar energia elétrica. Por todas essas características, vem sendo cada vez mais utilizado na produção de baterias para carros elétricos, computadores, telefones celulares e outros equipamentos eletrônicos, pilhas, ligas metálicas para aviões, vidros e cerâmicas de alta resistência ao calor e alguns medicamentos. Em 2001, apenas 5% de todo o lítio produzido era usado na fabricação de baterias. Em 2021, esse percentual atingiu 74%.
No contexto de transição energética a indústria vem estimulando a fabricação e o uso de carros elétricos, o que aumenta a demanda por lítio, que está adquirindo importante papel na economia mundial. Diversos países têm buscado garantir seus suprimentos do metal, gerando uma corrida pela descoberta de novas áreas de exploração e de técnicas de extração e transformação do produto. Analise o infográfico.
Mundo: principais reservas de lítio – 2021
Mundo 100%Bolívia 23,59% Argentina 21,34%Chile 11,01%EUA 10,22%
Fonte: UNITED STATES GEOLOGICAL SURVEY. Mineral Commodity Summaries. Lithium Virginia: USGS, 2022. Disponível em: https://pubs.usgs.gov/periodicals/mcs2022/mcs2022-lithium.pdf. Acesso em: 4 jul. 2022. Triângulo do Lítio
Bolívia, Argentina e Chile detêm 56% das reservas mundiais de lítio, sendo o Chile o segundo maior produtor do mundo. Os depósitos situam-se em salares na fronteira entre os três países. Analise o mapa.
Salar: grande lago sem saída para o mar que contém elevadas concentrações de sais e outros minerais.
Fonte: ESNAULT, Marion. Batteries: la ruée vers le lithium commencé. Reporterre Paris, 25 nov. 2021. Disponível em: https://reporterre.net/Batteries-la-rueevers-le-lithium-a-commence-23992. Acesso em: 4 jul. 2022.
Transição energética: passagem de uma matriz energética para outra. Atualmente, estamos vivendo a transição de uma matriz baseada no uso de combustíveis fósseis para uma matriz baseada em fontes renováveis, com baixa ou zero emissão de carbono.
O processo de extração do lítio utiliza grandes volumes de água em uma das regiões mais áridas do mundo, causando impactos ambientais nos ecossistemas dos salares.
A oferta de água doce para uso das comunidades locais é reduzida, afetando também a produção agropastoril realizada em terras próximas dos salares.
Faça as atividades em dupla.
Auxiliar os estudantes durante as atividades. Consultar comentários em Orientações didáticas.
1 Expliquem por que o lítio é chamado de “petróleo branco”.
2 Leiam a manchete.
Aposta na COP26, lítio e carros elétricos podem ser falsa solução climática SCHMIDT, Thales; PAIXÃO, Fernanda. Aposta na COP26, lítio carros elétricos podem ser falsa solução climática. Brasil de Fato São Paulo, 12 nov. 2021 Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2021/11/12/ aposta-na-cop26-litio-e-carros-eletricos-podem-ser-falsa-solucao-climatica. Acesso em: 5 jul. 2022.
COP: sigla para “Conferência das Partes”, reunião anual entre países-membros da ONU voltada às mudanças climáticas.
• Vocês concordam com a afirmação feita? Apresentem argumentos que justifiquem sua resposta.
3 Analisem a quantidade de lítio presente nos objetos a seguir.
a) Pesquisem sobre atitudes que podemos tomar para diminuir a exploração dos recursos minerais.
b) Criem uma campanha de conscientização para o lugar onde vivem, explicando o que podemos fazer para reduzir a demanda por recursos não renováveis. A campanha pode ser divulgada por meio de cartazes e folhetos ou, se for possível, digitalmente, com a produção de audiovisuais e posts nas redes sociais.
NO LIVRO. 183
Este livro é reutilizável. Faça as atividades no caderno ou em folhas avulsas. D2-GEO-F2-2106-V8-PIN-001-011-LA-G24_AV6.indd
DACOSTA MAPAS Anamorfose Analise o mapa. Analise esta outra anamorfose. MAPAS INTERAGIR COM 53 NÃO ESCREVA Mundo: população – 2020 Fonte: WORLDMAPPER. Population year 2020. Worldmapper Oxford, c2022. Disponível em: https://worldmapper.org/maps/grid-population-2020/. Acesso em: 28 mar. 2022. 1 FICA A DICA Worldmappe Disponível em: https://worldmapper. org/. Acesso em: 23 mar. 2022. O site traz uma coletânea de anamorfoses que representam temas variados, como população mundial, mortes por covid-19 entre janeiro de 2020 e novembro de 2021, turistas pelo mundo, número de adultos não alfabetizados, risco de terremotos, entre outros. #
Nas
anamorfoses,
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A fauna local também é impactada. CRISTOBAL OLIVARES/BLOOMBERG/GETTY IMAGES Carros elétricos (10-63 kg) Baterias de smartphones (2-3 gramas) Baterias de tablets (20-30 gramas) Baterias de laptops (30-40 gramas) BENTINHO PACÍFICO Trópico de Capricórnio ARGENTINA Salar de Atacama BOLÍVIA CHILE CORD L A D O D S Triângulo do Lítio DACOSTA MAPAS Piscinas de evaporação para a extração de lítio em Calama, Chile, 2021. 182
É composto de termos e expressões explicados próximos ao texto
que aparecem. NÃO ESCREVA NO LIVRO.
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em
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INTEGRANDO COM
Selo interdisciplinar
Esse selo indica o trabalho interdisciplinar com outros componentes curriculares em momentos específicos de cada volume.
MATEMÁTICA
Jovens que nem estudam nem trabalham No Brasil, e em outros países, há jovens entre 18 e 24 anos que nem estudam nem trabalham. Essa parcela da população mundial é chamada por pesquisadores de geração “nem-nem” A maioria desses jovens não está nessa situação porque deseja. Fatores como crises econômicas, falta de acesso à escola e gravidez precoce ajudam a explicar o problema.
OCDE: organização internacional cujo objetivo principal é promover políticas públicas para melhorar a qualidade de vida da população, principalmente nos países em desenvolvimento.
Em 2020, de acordo com o relatório Educação em resumo 2021 divulgado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico OCDE), 35,9% dos brasileiros entre 18 e 24 anos faziam parte dos “nemnem”, percentual bem distante da média dos países ricos, que foi de 15,1%. Analise a tabela 1.
organização internacional, cujo objetivo principal é financiar projetos de desenvolvimento socioeconômico e promover a integração comercial na América Latina.
papel que os jovens desempenham em seus domicílios também influencia a possibilidade de estudar e buscar trabalho. Considerando os itens cuidados familiares e trabalhos domésticos na tabela 2, que país apresenta maior percentual de jovens "nem-nem" exercendo essas atividades? México.
2 Os dados de uma tabela podem ser organizados em gráficos. Em uma folha avulsa ou utilizando uma ferramenta digital, elabore dois gráficos:
a) com base na tabela 1, produza um gráfico de linhas com a evolução do percentual de "nem-nem" nos países selecionados. Represente dois países que apresentam tendências opostas.
b) com base na tabela 2 elabore um gráfico de barras verticais com o percentual de "nem-nem" que estão procurando trabalho nos países selecionados.
Pandemia quando uma doença atinge muitas pessoas no mundo ao mesmo tempo.
O relatório da OCDE destaca que a pandemia de covid-19 impactou a educação e as perspectivas de emprego para os jovens em vários países, com destaque para o Brasil, que já alcançava taxas acima da média de "nem-nem" em anos anteriores à pandemia.
ATIVIDADES
Você interage com os temas abordados em cada Unidade por meio de atividades contextualizadas e diversificadas, que resgatam, sistematizam e ampliam conteúdos estudados.
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3 Em grupos, organizem um roteiro de entrevista a jovens de 18 a 24 anos, para identificar quantos são "nem-nem" e os motivos dessa situação. Em sala de aula, conversem sobre como os dados coletados deverão ser tabulados, compartilhados e discutidos.
4 Imagine que vocês fazem parte de uma equipe de governo que tem o objetivo de reduzir o percentual de “nem-nem” no Brasil. Discutam e proponham ações para atingir esse objetivo.
Respostas pessoais. Consultar comentários em Orientações didáticas. Respostas pessoais. Consultar comentários em Orientações didáticas. Auxiliar os estudantes no debate, cuidando para que não reforcem preconceitos e apresentem ideias de acordo com a realidade em que vivem.
Latina que se encontram na mesma faixa de IDH que o Brasil.
c) Dos países da América Latina, quais apresentam IDH muito elevado?
d) Em que região da América Latina se localizam o Suriname e a Guiana? Qual é o IDH desses países? No seu entendimento, a descoberta de importantes reservas de petróleo nesses países poderá fazer com o que o IDH deles se eleve nos próximos anos? Justifique sua resposta.
e) Que países fazem parte da América Platina? Comente sobre o IDH dessa região.
BAHAMAS
a) Quais são as duas sub-regiões da América Central? Que critério foi utilizado nessa divisão?
b) A América Central Insular é subdividida em Grandes Antilhas e Pequenas Antilhas. Que critério foi utilizado nessa subdivisão?
4 Cuba faz parte do grupo de países com IDH elevado. Entre os indicadores que colaboram para que o país tenha essa posição no ranking estão a elevada expectativa de vida –uma das maiores da América Latina – e a média de anos de estudo no país, a maior da região. Com base no que você estudou, explique uma possível relação entre esses indicadores e a Revolução Cubana.
5 Analise a fotografia e responda às questões.
Para o estudo de alguns temas, a Geografia é integrada a outros componentes curriculares, como Ciências, História, Língua Portuguesa, entre outros.
Agora, analise a tabela 2.
com
com CONEXÃO MATEMÁTICA 57 NÃO ESCREVA
INTEGRANDO
Países selecionados: percentual de jovens de 20 a 24 anos que nem estudam nem trabalham – 2015-2020 2015 2016 2017 2018 2019 2020 África do Sul 47,1 48,6 48,1 48,8 50,9 52 Brasil 27 28,5 30,1 30 28,9 35,9 Chile 20,7 - 21,7 - -Colômbia 24,7 24,5 25 26,3 27,4 34,8 Espanha 27,2 25,5 23,2 22 21,9 21,7 Itália 33,8 32,2 30 28,2 28,4 27,4 México 25,2 24,8 23,7 23,1 22,9 24,8 Noruega 10,1 10,9 10 10,2 8,7 10 Turquia 33,2 32,9 32,8 31,2 33,3Fontes dos dados: ORGANISATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT. Education at a glance 2021 OECD Indicators. Paris: OECD Publishing, 2021. Disponível em: https://read.oecd-ilibrary.org/education/education-at-a-glance-2021_b35a14e5-en#page1. ORGANISATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT. Youth not in employment, education or training (NEET) (indicator). OECD S .], 2022. Disponível em: https://data.oecd.org/youthinac/youth-not-in-employment-education-or-training-neet.htm. Acessos em: 24 mar. 2022. Fonte:
estudar? .]: Banco Interamericano de Desenvolvimento BID), c2018. (Sumário executivo). Disponível em: https://publications. iadb.org/publications/portuguese/document/Millennials-naAm%C3%A9rica-Latina-e-no-Caribe-trabalhar-ou-estudarSum%C3%A1rio-executivo.pdf. Acesso em: 24 mar. 2022. 1 Principais atividades realizadas pelos " nem-nem " (em %) América Latina e Caribe Brasil Chile Colômbia El Salvador Haiti México Paraguai Procurando trabalho 31 36 43 62 44 38 18 36 Cuidados familiares 64 44 59 54 56 64 70 54 Negócios/ trabalhos domésticos 95 79 83 94 96 89 98 96 Pessoa com deficiência 3 4 4 1 1 12 3 3 Nenhuma dessas atividades e sem deficiências 3 12 10 2 1 2 1 1 2 BID:
Responda
1
NOVELLA, Rafael et al (ed.). Millennials na América Latina e no Caribe trabalhar ou
às atividades em seu caderno.
O
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ATIVIDADES 1 Que característica serviu de critério para agrupar os países da América Central, Andina e Platina? E as Guianas? 2 Analise o mapa e responda às questões. 3 Analise o mapa e responda às questões em seu caderno. NO LIVRO. Todas as respostas das atividades desta seção estão no MP, com orientações e encaminhamentos. América: Índice de Desenvolvimento Humano – 2019 Fonte: UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME. Human development report 2020 the next frontier: human development and the anthropocene. New York: UNDP, c2020. p. 343-346. Disponível em: http://hdr.undp.org/en/ content/download-data. Acesso em: 8 jul. 2022. a) Dos países da América do Norte, qual apresenta o menor IDH? Além de características socioeconômicas, que outros aspectos o diferenciam do restante da América do Norte? b) Cite países da América
EL SALVADOR HONDURAS NICARÁGUA JAMAICA HAITI BARBADOS SÃO VICENTE E GRANADINAS SÃO CRISTÓVÃO (EUA) REPÚBLICA CURAÇAO (HOL) CUBA G R A N D E S A N T L H AS AMÉRICA DO SUL AMÉRICA DO NORTE Basse-Terre São Salvador Manágua Tegucigalpa Kingston Belmopán São José Havana Roseau Saint John´s Panamá Port of Spain Porto Príncipe Domingo Willemstad Oranjestade Mar do Caribe deEstreito Iucatã OCEANO PACÍFICO 80° O Canal do Panamá OCEANO ATLÂNTICO Continental Insular DACOSTA MAPAS América Central: divisão política e sub-regiões Elaborado com base em: IBGE. Atlas geográfico escolar 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 39. a) A cordilheira dos Andes é a mais extensa cadeia de montanhas do mundo. Cite os nomes dos outros países andinos, além do Chile. b) No seu entendimento, como a presença da cordilheira dos Andes influencia o desenvolvimento de atividades econômicas e o modo de vida da população da região? Cidade de Santiago, no Chile, com a cordilheira dos Andes ao fundo. Foto de 2019. RICARDO PACHECO/SHUTTERSTOCK.COM SONIA VAZ PACÍFICO ATLÂNTICO Equador Círculo Polar Ártico Médio Elevado Sem dados 0 416 198 199 D2-GEO-F2-2106-V8-U6-172-201-LA-G24_AV.indd 198-199 22/08/2022 02:29
com CONEXÃO MATEMÁTICA
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#Fica a dica
Com o objetivo de enriquecer ou ampliar os assuntos estudados, há sugestões de diferentes publicações, como livros e revistas, sites, documentários e filmes.
O ramo da cartografia que estuda mapas elaborados por qualquer pessoa ou comunidade recebe o nome de cartografia social, que usa conhecimentos e experiências vividas no cotidiano das pessoas para gerar mapas mais significativos com o auxílio de profissionais. O processo de produção envolve tanto mapas esquemáticos, feitos à mão (como a representação da página anterior), quanto mapas digitais feitos com outras tecnologias, como GPS e softwares de mapeamento.
A cartografia social tem sido usada por comunidades tradicionais para defesa e manutenção dos direitos e reconhecimento dos modos de vida.
No Brasil, esse movimento se fortaleceu com o Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia (PNCSA), que visava, na década de 1990, mapear a área onde se implantava um projeto de exploração de minério que desconsiderava os usos tradicionais da terra no espaço demarcado. Esse projeto cresceu – apesar de estar concentrado na Amazônia Legal, onde comunidades indígenas são ameaçadas pelo avanço do agronegócio e de empreendimentos no setor energético – e, atualmente, há iniciativas de mapeamento social em todas as regiões brasileiras. Faça as atividades em seu caderno.
1 Qual é a importância da cartografia social para comunidades e povos tradicionais?
Constituem um instrumento de luta pelos direitos e de reconhecimento de seus modos de vida.
2 Analise a representação realizada pelos ikpeng na página anterior. Quais elementos representados não apareceriam em um mapa elaborado, por exemplo, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)? Justifique sua resposta.
3 Imagine que você é membro de um grupo indígena que vai discutir problemas ocorridos nas terras onde vive. Com base no que você sabe sobre os modos de vida de povos indígenas no Brasil e sobre os problemas que eles enfrentam, crie um mapa esquemático para apresentar na discussão e defender o direito à terra.
Orientar a observação do mapa pelos estudantes. Consultar sugestão de resposta em Orientações didáticas.
1
Como a geleira Thwaites está derretendo?
fluxo de gelo
2. Entre as inúmeras consequências do aumento do nível do mar, destacam-se: inundações recorrentes da infraestrutura urbana; desaparecimento das pequenas ilhas do Índico e do Pacífico, e consequente aumento do número de refugiados climáticos; salinização dos deltas dos rios; destruição de ecossistemas costeiros; entre outras.
Mudanças nos ventos nas correntezas fazem com que água mais quente passe por debaixo do gelo Pedaços de gelo se
à superfície da Terra.
quando está em contato com o leito marinho.
Fonte do mapa e do infográfico: ROWLATT, Justin. Derretimento da Antártida: uma viagem à ‘geleira do fim do mundo’, ameaçada pelo aquecimento global. BBC News Brasil São Paulo, 29 jan.
texto explicando o processo de derretimento da geleira Thwaites.
2 Pesquisem na internet, nos livros, em revistas científicas e em bibliotecas físicas ou virtuais, os principais estudos acerca dos impactos do derretimento das geleiras sobre o equilíbrio climático mundial.
3 Criem um texto com informações sobre a importância de preservar a Antártida para ser postado nas mídias digitais da escola. Caso não seja possível, produzam um cartaz. Para a produção, pesquisem e busquem inspiração em cartazes de campanhas já realizadas por organizações não governamentais que atuam na defesa do ambiente.
Cores e proporções não correspondem à realidade.
Para representar melhor certos conceitos, algumas ilustrações podem alterar a proporção de tamanho entre os elementos ou empregar cores artificiais. Quando isso acontecer, a ilustração apresentará este selo.
• INVESTIGAR LUGARES
Organizem pequenos grupos de trabalho. Considerando a realidade do bairro onde a escola está situada, pensem em temas que poderiam ser cartografados levando em conta as mudanças que poderiam ser feitas para melhorar a relação dos moradores com esse espaço. Registrem as sugestões e troquem informações com os outros grupos. Depois, escolham um tema para elaborar um mapa coletivo e sigam as orientações que serão dadas pelo professor.
# Sugerimos acompanhar a escolha dos temas e auxiliar os estudantes na determinação dos objetivos do trabalho de pesquisa e na confecção do mapa. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
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FICA A DICA Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia Disponível em: http:// novacarto grafiasocial. com.br/. Acesso em: 12 jul. 2022. Para mais informações sobre o projeto ou para fazer pesquisas com essa temática, acesse o site
Orientar a produção dos estudantes, verificando se a representação mostra o que eles almejam. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas. 89
Investigar lugares
São atividades que o convidam a observar e a analisar com mais detalhes os lugares de vivência.
CONHECIMENTO EM AÇÃO
Ao final da Unidade 4 e da Unidade 8, há um projeto de pesquisa que retoma e relaciona conteúdos estudados. É um importante momento para colocar em ação o que aprendeu!
Os sites indicados nesta obra podem apresentar imagens e textos variáveis, os quais não condizem com o objetivo didático dos conteúdos citados. Não temos controle sobre essas imagens nem sobre esses textos, pois eles estão estritamente relacionados ao histórico de pesquisa de cada usuário e à dinâmica dos meios digitais.
EM CONHECIMENTOAÇÃO
Influências dos Estados Unidos no Brasil Existe uma forte influência estadunidense no campo cultural. Hábitos alimentares, idioma, moda e outros aspectos próprios do modo de vida estadunidense são difundidos por todo o mundo pelos meios de comunicação, seguindo a produção padronizada das multinacionais. Essas empresas fabricam e vendem mercadorias semelhantes às consumidas nos Estados Unidos e incorporam aspectos da cultura estadunidense ao setor de serviços. Analise as imagens e leia as informações.
ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA
Produtos para a festa de Halloween (Dia das Bruxas) à venda em loja brasileira, São Paulo (SP), 2021.
A salsicha, de origem alemã, popularizou-se nos Estados Unidos como ingrediente do hotdog (cachorro-quente). A partir dos anos 1950, o hot dog começou a se tornar um sucesso mundial. Na fotografia, pessoas comendo hotdogs em Osasco (SP), 2020.
A influência estadunidense também pode ser observada na introdução de palavras da língua inglesa no nosso vocabulário. Em textos escritos, palavras de língua estrangeira costumam ser grafadas em itálico, exceto os nomes próprios. Leia o trecho da música e faça as atividades.
Meu temperamento é light Minha casa é hi-tech Toda hora rola um insight
Já fui fã do Jethro Tull
Hoje me amarro no Slash Minha vida agora é cool
Meu passado é que foi trash
SAMBA do approach. Intérprete: Zeca Baleiro. Compositor: Zeca Baleiro. In VÔ IMBOLÁ. Rio de Janeiro: MZA, 1999. 1 CD, faixa 13.
1 O trecho é de uma música que faz uma crítica ao uso de palavras estrangeiras. Pesquise o significado das palavras estrangeiras e dos nomes próprios que encerram cada verso, no contexto usado na música.
2 Faça uma lista de palavras da língua inglesa que costumam ser usadas pelos brasileiros. Pesquise o significado delas de acordo com o contexto em que são usadas.
3 Em grupos, pesquisem aspectos variados da influência estadunidense no Brasil. Sigam as orientações.
E TA PA 1
Definição do tema Cada grupo deverá se dedicar à pesquisa de um tema. Seguem algumas
possibilidades:
Política política brasileira recebe influência da política estadunidense? Como? Buscar exemplos relacionados à história dos dois países.
Economia de que forma a economia brasileira está relacionada à economia estadunidense? Quais são as relações comerciais estabelecidas entre os dois países?
Entretenimento pesquisem, entre suas preferências, produções estadunidenses. Música escutamos músicas feitas nos Estados Unidos? E a música brasileira, é influenciada pela produção estadunidense? Quais são essas influências?
• Cinema assistimos às produções estadunidenses? Quais características do cinema estadunidense percebemos nas produções nacionais?
E TA PA 2
E TA PA 3
Pesquisa do tema Uma vez escolhido o tema, pesquisem as informações necessárias para responder:
• Quando os Estados Unidos passaram a influenciar esse setor no Brasil?
• De que forma essa influência pode ser observada no cotidiano dos brasileiros?
• Vocês consideram essa influência positiva ou negativa? Por quê?
Organização dos dados e elaboração do produto final Anotem as informações em um arquivo digital e organizem uma apresentação que pode ser feita por vídeo, infográfico, música, desenho, pintura, história em quadrinhos, slides etc. A divulgação pode acontecer por meio das mídias sociais da escola ou de grupos de familiares e amigos.
CONEXÃO: Consultar comentários para as atividades em Orientações didáticas. CERQUEIRA/FUTURA PRESS 138 139
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7
CORES E PROPORÇÕES NÃO CORRESPONDEM À REALIDADE.
Organizem-se em grupos e façam as atividades no caderno.
Escrevam um pequeno
2020. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-51269164. Acesso em: 25 mar. 2022. 19 A geleira Thwaites tem uma área aproximadamente três vezes maior que o estado do Rio de Janeiro. C P A Mar de Weddell Mar de Ross Mar de Amundsen Polo Sul ANTÁRTIDA Geleira Thwaites Manto de Gelo da Antártida Ocidental Estação McMurdo Manto de Gelo da Antártida Oriental 0º 90º OCEANO GLAC A L ANTÁRTICO SONIA VAZ ALEX ARGOZINO geleira Thwaites fluxo de água quente O gelo se torna menos estável, uma vez que fica mais exposto. A geleira recua mais rapidamente após perder sustentação 3. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes apresentem os principais aspectos discutidos sobre o tema. Incentivar os estudantes a compartilhar suas produções com a comunidade escolar. CORES PROPORÇÕES NÃO CORRESPONDEM REALIDADE.
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ESCREVA
NÃO
LÍNGUA LÍNGUA INGLESA ARTE RENATO
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1. Os continentes ............................................................... 14 2. Antártida ....................................................................... 16 Pensar e agir • Preservar a Antártida 18 3. Estado, nação e Estado-nação 20 4. Região e regionalização 22 5. Regionalizações do espaço mundial 24 Imperialismo e regionalização ........................................... 24 Das grandes guerras mundiais à Guerra Fria ......................... 26 Regionalização na Guerra Fria 28 Integrando com Arte e Língua Portuguesa • Heróis e vilões na Guerra Fria 30 Regionalização pós-Guerra Fria 32 Ordem mundial contemporânea ......................................... 34 Interagir com mapas • Projeção cartográfica ........................... 36 Atividades 38 1 UNIDADE CONHECER O ESPAÇO MUNDIAL ......................... 12 DINÂMICAS DA POPULAÇÃO MUNDIAL 42 1. População em números 44 2. Origem e dispersão dos grupos humanos 46 3. Distribuição espacial 48 No campo ou na cidade? 50 Interagir com mapas • Anamorfose ...................................... 52 4. Distribuição por idade ......................... .......................... 54 Integrando com Matemática • Jovens que nem estudam nem trabalham 56 Envelhecimento da população 58 5. Fluxos populacionais 60 Origem e destino dos migrantes ......................................... 62 Pensar e agir • Diversidade e fluxos migratórios no município ..... 64 6. Indicadores sociais 66 Índice de Desenvolvimento Humano 67 Covid-19 e desenvolvimento humano 68 Atividades 70 2 UNIDADE D2-GEO-F2-2106-V8-PIN-001-011-LA-G24_AV.indd 8 22/08/2022 02:37 8
AMÉRICA 74 1. Dimensão, localização e regionalizações ............................ 76 2. Ocupação e colonização 78 Integrando com Arte e História • A emergência dos Estados americanos 80 3. Povos originários 82 Astecas, incas e maias 84 Pensar e agir • Direitos dos povos originários na América .......... 86 Interagir com mapas • Cartografia social dos povos indígenas na América 88 4. Organismos de integração 90 5. Aspectos naturais 92 Hidrografia ..................................................................... 93 Relevo ........................................................................... 94 Clima 96 Vegetação 98 Atividades 100 3 UNIDADE AMÉRICA ANGLO-SAXÔNICA 104 1. Canadá ....................................................................... 106 Território e população 106 Aspectos socioeconômicos 108 Relações internacionais 110 2. Estados Unidos 112 Organização territorial e política ....................................... 112 Distribuição da população ............................................... 113 Formação do território 114 Expansão para o Oeste 115 Composição étnica da população 116 Interagir com mapas • Negros e hispânicos nos Estados Unidos ................................................................ 118 Lei anti-imigração ......................................................... 120 Pensar e agir • Movimentos negros nas mídias sociais 122 Potência mundial 124 Influência global 126 Integrando com Arte • Música americana ou afro-americana? .............................................................. 128 Relações internacionais .................................................. 130 De Trump a Biden 132 Atividades 134 Conhecimento em ação • Influências dos Estados Unidos no Brasil 138 4 UNIDADE D2-GEO-F2-2106-V8-PIN-001-011-LA-G24_AV.indd 9 22/08/2022 02:37 9
AMÉRICA LATINA: TERRITÓRIO E SOCIEDADE .............. 140 1. Explorando a América Latina 142 Divisão regional 142 Território e população ....................................................... 143 Aspectos socioeconômicos e políticos ................................. 144 2. Espaço urbano e rural 146 Urbanização desordenada e desigual 146 Pensar e agir • Favelas na América Latina 148 Áreas rurais: pobreza e concentração de terras 150 3. Movimentos sociais na cidade e no campo .......................... 152 4. Migrações na América Latina 154 Fluxos intrarregionais 156 Interagir com mapas • Fronteira Estados Unidos-México 158 5. Conflitos e tensões 160 6. Recursos naturais 162 Recursos hídricos ............................................................ 164 Integrando com História • O canal do Panamá 166 Atividades 168 5 UNIDADE AMÉRICA LATINA: REGIÕES E ECONOMIA 172 1. México 174 2. América Central ............................................................ 176 Cuba ............................................................................ 177 3. América Andina 178 Venezuela 180 Pensar e agir • O Triângulo do Lítio 182 Chile 184 Integrando com Matemática • Machu Picchu .......................... 186 4. Guianas ....................................................................... 188 5. América Platina 190 Argentina 191 6. Brasil 192 Setor agropecuário 192 Atividade industrial no Sudeste ......................................... 194 Interagir com mapas • Mapas coletivos 196 Atividades 198 6 UNIDADE D2-GEO-F2-2106-V8-PIN-001-011-LA-G24_AV.indd 10 22/08/2022 02:37 10
ÁFRICA: TERRITÓRIO, IMPERIALISMO E CONFLITOS 202 1. Dimensão, localização e regionalizações 204 Norte da África e África Subsaariana ................................. 206 2. Aspectos naturais ......................................................... 208 Relevo e hidrografia 208 Clima e vegetação 210 Solos e desertificação 212 Pensar e agir • Florestas remanescentes na África 214 3. Ocupação, escravidão e colonização ................................ 216 Imperialismo e partilha da África 218 Integrando com História • Exploração colonial 220 4. Descolonização e conflitos 222 Ruanda e Angola 223 Nigéria ........................................................................ 224 República Democrática do Congo ..................................... 225 Sudão e Sudão do Sul 226 Chifre da África 227 Interagir com mapas • Conflitos pós-independências 228 Atividades 230 7 UNIDADE ÁFRICA: SOCIEDADE E ECONOMIA 234 1. Produção do conhecimento ............................................ 236 Integrando com Arte • Artes africanas tradicionais 238 2. Condições de vida 240 Pobreza e fome 242 Pensar e agir • Segurança alimentar 244 Migrações .................................................................... 246 3. Atividades econômicas 250 Recursos minerais e energéticos 250 Atividades agropecuárias 252 Indústria e serviços 254 Interagir com mapas • PIB e setores econômicos na África ....... 256 4. Investimentos, inovação e cooperação ............................. 258 Presença chinesa 259 Integrações africanas 260 Atividades 262 Conhecimento em ação • Problemas socioambientais na América Latina e na África .................................................. 266 Planisfério político ........................................................... 268 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COMENTADAS .................................................................. 269 8 UNIDADE D2-GEO-F2-2106-V8-PIN-001-011-LA-G24_AV1.indd 11 24/08/2022 15:05 11
BNCC NA UNIDADE
Competências
Gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 10
Ciências Humanas: 1, 2, 3, 5, 6 e 7
Geografia: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7
Habilidades
Geografia: • EF08GE03
• EF08GE07
• EF08GE14
• EF08GE08
• EF08GE20
• EF08GE05
• EF08GE09
• EF08GE21
Arte: • EF69AR03 • EF69AR05
• EF69AR06 • EF69AR07
• EF69AR35
Ciências: • EF08CI16
História: • EF08HI06
• EF69AR31
Língua Portuguesa: • EF89LP01
• EF89LP03
Abertura da Unidade
BNCC
• EF08GE05 Com foco em aplicar os conceitos de território e país e o conhecimento prévio sobre regionalizações do espaço geográfico mundial.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Os temas que serão trabalhados nesta Unidade estão voltados para as diferenças entre continente e bloco continental, a identificação e o reconhecimento dos continentes que constituem a superfície terrestre, a regionalização do espaço mundial em diferentes épocas, bem como para a compreensão dos conceitos de Estado, nação, país e governo Encaminhar a leitura coletiva do texto de abertura que trata das diversidades existentes no planeta Terra, assim como da possibilidade de agrupar países com características naturais, culturais, econômicas e sociais semelhantes em regiões.
Se julgar pertinente, comentar que há muitos países no mundo: 193 países são filiados à Organização das Nações Unidas (ONU). No Comitê Olímpico Internacional (COI), há 206 países-membros, e na Federação Internacional de Futebol (Fifa), 209 países.
CONHECER O ESPAÇO MUNDIAL
No planeta Terra, há grande diversidade de países, povos, culturas e paisagens. Mesmo assim, é possível agrupá-los em regiões quando apresentam características semelhantes. Grande parte dessas regiões é definida com base nos contextos político e econômico predominantes, em diferentes épocas.
A seguir, solicitar aos estudantes que observem atentamente o planisfério produzido a partir de imagens de satélite. Comentar que a divisão do mundo em continentes, conteúdo que será trabalhado nas páginas 14 e 15, é uma forma de regionalizar o espaço mundial.
Utilizar as atividades 1 a 4 para explorar a análise, a leitura do planisfério e os conhecimentos prévios dos estudantes sobre limites, territórios, país e representações cartográficas.
Na atividade 1, espera-se que os estudantes comentem que os únicos “limites” que podem ser percebidos no planeta Terra, vistos de uma imagem de satélite, são aqueles entre os blocos continentais e os oceanos.
Na atividade 2, os estudantes deverão responder que os limites entre os territórios dos países que aparecem em imagens são linhas imaginárias criadas pelos seres humanos, costumeiramente traçadas em mapas políticos e globos terrestres.
1 UNIDADE
INDIANSUMMER/SHUTTERSTOCK.COM
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Planisfério produzido com imagens de satélite.
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Na atividade 3, a resposta esperada é África, América, Antártida, Ásia, Europa e Oceania.
Converse com os colegas e o professor sobre as questões a seguir.
1 Quais são os limites percebidos no planeta Terra quando visto por uma imagem de satélite?
2 Por que os limites entre os países não aparecem na imagem? Em que tipos de representações cartográficas esses limites costumam ser traçados?
3 Os territórios de quais continentes aparecem representados na imagem?
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor e o estudante
• GOOGLE EARTH. [S. l.], [20--].
Site. Disponível em: https:// earth.google.com/web/. Acesso em: 10 jun. 2022.
Site interativo que disponibiliza um mosaico de imagens de satélite que apresenta um modelo tridimensional do globo terrestre.
13
Consultar respostas em Orientações didáticas.
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• Competências Gerais: 1 e 4
• Ciências Humanas: 7
• Geografia: 3 e 4
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Solicitar aos estudantes que observem atentamente os mapas da página 14. Questioná-los sobre as principais diferenças entre eles, verificando suas hipóteses.
Se julgar pertinente, questionar a turma sobre o critério de regionalização utilizado em cada um dos mapas. É importante destacar que na regionalização por continentes (mapa 1) foram considerados, principalmente, aspectos relacionados à ocupação do território.
Na regionalização por blocos de terras emersas, com destaque para a Afro-Eurásia (mapa 2), o critério considerado foi apenas o geológico, que define continentes como grandes porções de terras emersas limitadas pelas águas de oceanos e mares. Assim, Europa, Ásia e África formam um único bloco continental, chamado bloco tríplice. Destacar que, nesse bloco, África e Ásia são separadas por um canal artificial, o Canal de Suez, construído entre 1859 e 1869 para ligar o Mar Vermelho ao mar Mediterrâneo e facilitar a navegação, encurtando distâncias.
Citar alguns casos que ajudem os estudantes a diferenciar as duas propostas. Comentar que a América, por exemplo, além de constituir um único bloco de terras emersas cercado por águas, também é um continente, assim como a Antártida. Já a Oceania é um continente, porém não constitui um bloco único de terras emersas, por se tratar de um grande arquipélago.
As características e a dinâmica dos territórios da Antártida, América e África serão abordadas neste volume. Europa, Ásia e Oceania serão abordadas no volume do 9o ano
Na página 15, trabalhar a formação dos blocos continentais. Comentar que a superfície ter-
Analise os mapas atentamente.
Os continentes são grandes porções de terra emersas (que não estão cobertas por água), limitadas pelas águas dos oceanos e mares. Considerando essa definição, a África, a Ásia e a Europa não são continentes distintos, pois formam uma única massa de terras emersas, denominada continente Euro-Afro-Asiático, também chamado de Afro-Eurásia, como podemos notar no mapa 2. Porém, a ocupação do território e as características históricas e culturais da África, da Ásia e da Europa permitem que sejam considerados continentes diferentes, como verificamos no mapa 1.
restre é dinâmica e se modifica permanentemente. Essas modificações, na maior parte das vezes, não são facilmente percebidas pelos seres humanos, pois ocorrem lentamente em processos que podem durar milhões ou bilhões de anos. Se julgar necessário, retomar conteúdos sobre tectônica de placas estudados no volume do 6o ano
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Comentar que o cientista alemão Alfred Wegener foi o primeiro a formular uma teoria sobre a fragmentação da Pangeia (Teoria da Deriva Continental), baseada na semelhança observada
entre os contornos atuais da América do Sul e da África, onde foram identificadas ocorrências de alguns fósseis de animais e plantas da mesma espécie, evidências que ajudaram a confirmar que essas massas de terras emersas já estiveram unidas em algum momento da evolução da Terra. Estudos mais recentes demonstram que os continentes continuam se movimentando. A parte sul do continente americano e a África afastam-se cerca de 10 centímetros por ano, ampliando o leito do oceano Atlântico.
BNCC
OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO Equador Trópico de Câncer Círculo Polar Antártico Trópico de Capricórnio OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO 0° 0° OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO Meridiano de Greenwich Círculo Polar Ártico OCEANO GLACIAL ÁRTICO América Europa Ásia Oceania África Antártida Continentes 0 3 873 ALLMAPS Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 34.
continentes 1 OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO Equador Trópico de Câncer Círculo Polar Ártico Círculo Polar Antártico Meridiano de Greenwich Trópico de Capricórnio OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO 0° 0° OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO 0 3 529 Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 34.
1 OS CONTINENTES
Mundo:
2 ALLMAPS 14
Mundo: Afro-Eurásia
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A atual distribuição e configuração dos continentes é resultado da fragmentação de uma gigantesca massa de terra que existiu há aproximadamente 225 milhões de anos, chamada Pangeia, palavra grega que significa “toda a Terra”.
O processo de fragmentação e afastamento das terras da Pangeia foi originado pelos movimentos das placas tectônicas (tectonismo). Analise as imagens a seguir e compare-as aos mapas 1 e 2.
Origem dos continentes
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
A deriva continental e o futuro dos continentes
Há cerca de 200 milhões de anos, a Pangeia se dividiu em dois grandes blocos: Laurásia e Gondwana Esses blocos foram lentamente se afastando um do outro.
LAURÁSIA
Há 225 milhões de anos, existia na Terra uma única e gigantesca massa de terra emersa, a Pangeia
PANGEIA Há 225 milhões de anos existia na Terra uma única e gigantesca massa de terra emersa, a Pangeia
AMÉRICA DO NORTE EURÁSIA
AMÉRICA DO SUL
ÁFRICA Índia Austrália ANTÁRTIDA
Há cerca de 65 milhões de anos a Índia aproximou-se da Ásia, a Austrália e a Antártida separaram-se, e a América afastou-se da África
Há cerca de 65 milhões de anos , a Índia aproximou-se da Ásia , a Austrália e a Antártida separaram-se, e a América afastou-se da África
GONDWANA
Há cerca de 200 milhões de anos a Pangeia se dividiu em dois grandes blocos: Laurásia e Gondwana Esses blocos foram lentamente se afastando um do outro.
Em um processo que durou milhões de anos, Laurásia e Gondwana dividiram-se em várias partes. Acredita-se que, há aproximadamente 135 milhões de anos, a superfície terrestre tinha essa aparência.
AMÉRICA DO NORTE EURÁSIA
AMÉRICA DO SUL
AMÉRICA DO NORTE
De 60 milhões de anos atrás até os dias de hoje, os blocos continentais terrestres encontram-se nessa posição.
AMÉRICA CENTRAL
AMÉRICA DO SUL
ÁFRICA Índia Austrália ANTÁRTIDA
Em um processo que durou milhões de anos, Laurásia e Gondwana dividiram-se em várias partes. Acredita-se que, há aproximadamente 135 milhões de anos a superfície terrestre tinha essa aparência.
EURÁSIA
ÁFRICA Índia Austrália
ANTÁRTIDA
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 12.
De 60 milhões de anos atrás até os dias de hoje, os blocos continentais terrestres encontram-se nessa posição.
Em seu caderno, responda às questões.
1 Há cerca de 200 milhões de anos, o atual território brasileiro fazia parte de qual bloco continental? Gondwana.
2 A fragmentação do Gondwana deu origem a quais blocos de terras emersas? E a fragmentação da Laurásia?
Gondwana: América do Sul, Antártida, Índia e Austrália; Laurásia: América do Norte, Eurásia e África.
3 Que massa de terra se juntou à Afro-Eurásia para que ela chegasse a sua forma atual?
4 A Austrália integra atualmente qual continente? Oceania. Índia.
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Solicitar aos estudantes que analisem a sequência de mapas com as diferentes fases da Deriva Continental e o processo de formação dos continentes e que resolvam as atividades de 1 a 4.
1. Solicite aos estudantes que façam pesquisas na internet sobre estudos científicos que preveem como será a configuração dos continentes no futuro. Sugerimos a leitura do artigo publicado na Revista Pesquisa Fapesp sobre o supercontinente “Amásia” (disponível em: https://revista pesquisa.fapesp.br/am% C3%A1sia-o-futurosupercontinente/, acesso em: 24 ago. 2022).
2. Leia a afirmação a seguir e responda às questões. Fósseis de Mesosaurus, um pequeno réptil, foram encontrados no continente africano e no Brasil.
a) Qual teoria ligada à formação dos continentes essa informação ajuda a comprovar?
Resposta: Espera-se que os estudantes respondam que a informação reforça a teoria da Deriva Continental.
b) Cite outro argumento que ajudou Alfred Wegener a elaborar sua teoria.
Resposta: Além de fósseis de animais e vegetais que viveram na mesma época encontrados dos dois lados do oceano Atlântico (América e África), outro argumento é o fato de que os contornos dos continentes se encaixam. Exemplo: o leste do continente americano se encaixa na costa oeste da África e da Europa.
ALLMAPS
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• Atende-se à habilidade EF08GE05 com foco em aplicar os conceitos de território e país para o entendimento de conflitos e tensões na contemporaneidade, com destaque para as situações geopolíticas na Antártida.
• Atende-se também à habilidade EF08GE21 com foco em analisar o papel territorial da Antártida no contexto geopolítico, sua importância para o Brasil e seu valor como área destinada à pesquisa.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Promover a leitura coletiva do texto da página 16, que apresenta a localização, a dimensão do território e as características de naturais como clima, relevo, vegetação e fauna da Antártida. Comentar que, durante o inverno, a camada de gelo que cobre o solo continental se estende, em razão do congelamento das águas do oceano próximas ao litoral (banquisa). No verão, grandes blocos de gelo (icebergs) se desprendem do continente e flutuam no oceano. Rajadas de vento gelado fazem esses blocos se deslocarem perigosamente, dificultando ou inviabilizando a navegação. Se julgar conveniente, perguntar que fator climático contribui para que a Antártida apresente clima com predomínio de baixas temperaturas durante todo o ano. Espera-se que os estudantes indiquem a latitude, lembrando que, quanto mais distante da linha do equador (altas latitudes), mais as temperaturas diminuem, em função da inclinação com que os raios solares atingem a superfície terrestre.
Destacar que, em virtude das condições naturais extremas, a ocupação humana se torna praticamente inviável na Antártida. Comentar que o continente é o único do planeta que não está dividido em países.
2 ANTÁRTIDA
Com uma área territorial de 14,1 milhões de quilômetros quadrados, a Antártida está localizada no extremo sul do planeta.
No verão, a temperatura média é de 0 °C; no inverno, ultrapassa os 40 °C negativos. O clima é frio e seco, com precipitações principalmente de neve. A vegetação predominante é a Tundra e o relevo é montanhoso e coberto por uma camada de gelo, que pode atingir 4 km de espessura. Há importantes reservas de recursos naturais na Antártida, como cobre, urânio, minério de ferro e petróleo.
A Antártida não tem povos nativos ou cidades. Ela é ocupada por exploradores e cientistas que não moram no continente de modo permanente.
A exploração da Antártida teve início no século XVIII, mas foi no século XX que o interesse pelo continente aumentou. Em 1959, foi assinado o Tratado da Antártida . O documento estabelece que esse território deve servir como base para pesquisas científicas, sendo proibidas ações militares e quaisquer tipos de exploração econômica ou apropriação territorial até o fim do tratado, em 2048.
Analise o mapa.
Antártida: principais estações científicas e territórios reivindicados – 2021
Aproveitar a oportunidade para auxiliar os estudantes na análise do mapa “Antártida: principais estações científicas e territórios reivindicados – 2021”. Questioná-los se conhecem o tipo de projeção usada, permitindo o levantamento de hipóteses sobre as projeções azimutais, que serão estudadas na seção Interagir com mapas, páginas 36 e 37 nesta Unidade. Comentar que sete países reivindicam a posse definitiva de territórios na Antártida sob dife-
Elaborado com base em: LES PRINCIPALES bases scientifiques en Antarctique. Diplomatie, [s. l.], n. 109, maio/jun. 2021. Disponível em: https:// www.areion24. news/produit/ diplomatie-n-109/. Acesso em: 14 mar. 2022.
rentes argumentos: Chile, Argentina, Austrália e Nova Zelândia alegam a proximidade com o continente, e Reino Unido, Noruega e França, o “descobrimento” do continente por meio de expedições exploradoras entre o final do século XVIII e o início do século XIX.
A China vem aumentando a presença na Antártida e pretende se igualar aos Estados Unidos, com cinco bases de pesquisa no continente. Com equipamentos adaptados ao clima extremo, ela
1 Miznho (JAP) Asuka (JAP) Law Base (AUS) Kohnen (ALE) Aboa (FIN) Kuniun (CHN) Dôme Fuji (JAP) Mario Zuchelli (ITA) Jang Bogo (COR) Terra Nova Bay (CHN) (em construção) Princesse Elisabeth (ALE) Wasa (SUE) FRA AMÉRICA DO SUL Orcadas (ARG) Signy (RUN) Halley (RUN) Syowa JAP) Mawson (AUS) Molodezhnaya (RUS) Zhong Shan
Davis (AUS) Progress (RUS) Soyuz (RUS) Mirny (RUS) Amundsen-Scott
POLO SUL Vostok (RUS) Concordia (ITA/FRA) Casey (AUS) Law Dome (AUS) McMurdo (EUA) Base Scott (NZL) Dumont D’Urville (FRA) 140º 160º 180º 50º 40º 160º 60º 40º 20º 0º 20º 40º 60º 80º 100º 120º Oeste de Greenwich Leste de Greenwich OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO OCEANO ATLÂNTICO 70º 80º 140º 120º 80º 60º C rculoPolarAntártico 0 670 Maldonado (EQU) Luis Rispatron (CHI) Arturo Prat (CHI) Esperanza (ARG) Marambio (ARG) Gregor Mendel (CHE) O’Higgings (CHI) Camara (ESP) Primero (ESP) Orhidski (BUL) Gabriel de Castilla (ESP) Melchior (ARG) Palmer (EUA) Rothera (RUN) San Martin (ARG) Vernadsky (UCR) Península Antártica 60º N O R U EGA A U S T R Á L I A AUSTRÁLIA NOVA ZE L ÂNDIA REINO UNIDO TERRITÓRIOPRETENDIDOPELAARGENTINA TERR T ÓR I O PRETENDIDO PELOCHILE Sobral (ARG) Novolazarevskaya (RUS) Maitri (IND) Círculo Polar Antártico Tor (NOR) Troll (NOR) E-Base (RAS) Neumayer (ALE) Sanae IV (RAS) Belgrano II (ARG) Estações científicas por país 1 A Ilha Rei George abriga dez bases científicas: duas chilenas, uma brasileira, uma peruana, uma uruguaia, uma argentina, uma polonesa, uma russa, uma chinesa e uma sul-coreana
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SONIA VAZ 16
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Em 1975, o Brasil aderiu ao Tratado da Antártida. Entre os principais fatores que incentivaram essa adesão, destacam-se:
• a proximidade do continente antártico;
• os interesses geopolíticos, econômicos e ambientais (fazer-se presente e ter influência nas decisões sobre o futuro da Antártida);
• o desenvolvimento de pesquisas em várias áreas.
Em 1982, foi criado o Programa Antártico Brasileiro (Proantar) e, no mesmo ano, o navio oceanográfico Barão de Teffé realizou a primeira expedição oficial brasileira à Antártida, com o objetivo de fazer o reconhecimento oceanográfico e meteorológico, e selecionar o local onde seria instalada uma estação de pesquisa.
Em fevereiro de 1984, a Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) foi instalada na Ilha Rei George, no arquipélago Shetland do Sul. Em 2012, um incêndio destruiu grande parte da estação. As obras de reconstrução começaram em 2016, e, até a inauguração da nova base, em 15 de janeiro de 2020, os cientistas trabalharam em instalações provisórias.
continente. Se possível, acessar com os estudantes o site indicado na seção #Fica a dica, para ampliar as informações sobre o Programa Antártico Brasileiro (Proantar). Encaminhar as atividades 1 e 2.
FICA A DICA
Programa Antártico Brasileiro. Publicado por: Comissão Interministerial para os Recursos do Mar. Disponível em: https: //www.marinha.mil. br/secirm/proantar. Acesso em: 14 mar. 2022. Site com informações sobre a Antártida, o Tratado da Antártida e a presença brasileira no continente.
Responda às questões no caderno.
1 Quais países reivindicam territórios na Antártida? Por que eles não podem assumir a posse desses territórios?
Orientar os estudantes na leitura do mapa e na elaboração das respostas. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
2 Há possibilidade de conflitos por territórios ao final do Tratado da Antártida? Por quê?
Orientar os estudantes na leitura do mapa e na elaboração das respostas. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
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pretende se tornar uma potência polar na área de pesquisas na Antártida.
Reforçar que o Tratado da Antártida determina que nenhum recurso natural do continente pode ser explorado. A única atividade econômica permitida é a pesca, que já ocorria antes da assinatura do tratado, com destaque para o krill, pequenos crustáceos muito ricos em proteínas.
Outra atividade que vem crescendo na Antártida é o ecoturismo, com destaque para as visitas às
bases científicas e as escaladas ao Monte Wilson. A atividade já preocupa os ambientalistas e os países signatários do tratado, que temem pelos impactos ambientais (vazamentos de combustíveis de embarcações, destruição da fauna marinha) e pela segurança dos turistas, pois a navegação próxima ao continente é muito perigosa em razão dos icebergs, que se deslocam pela região.
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Na página 17, destacar os interesses do Brasil na Antártida e como o país se faz presente no
2106-GEO-V8-U1-LA-F002 Pesquisar fotografia recente Estação Antártica Comandante Ferraz, inaugurada Referência: https://www.marinha.mil.br/secirm/proantar/ nova-estacao
https://img.lemde.fr/2020/02/21/0/0/4000/2250/630/0/7
5/0/7800f44_NRyI3vfmYCSwazM4XGG0Zhe4.jpeg novo iconografia
Na atividade 1, Reino Unido, Argentina, Chile, Noruega, Austrália, França e Nova Zelândia. Esses países não podem declarar posse aos territórios reivindicados, pois o Tratado da Antártida impede qualquer tipo de apropriação territorial, embora os países instalem suas bases científicas para justificar, ao final da vigência do Tratado, o direito à posse de porções do continente.
Na atividade 2, há possibilidade da ocorrência de conflitos no final da vigência do Tratado da Antártida, pois há países que reivindicam as mesmas porções territoriais, como o Reino Unido, a Argentina e o Chile; a França e a Austrália. Provavelmente esses e outros países que instalaram bases científicas no continente entrarão em disputa para explorar os recursos naturais da região.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor
• A MARCHA dos pinguins. Direção: Luc Jacquet. França: Lumière, 2005. Vídeo (85 min).
Documentário sobre a reprodução do pinguim imperador.
#
LIU SHIPING/XINHUA /AFP
17
Nova estação científica do Brasil na Antártida, inaugurada em 2020. Foto de 2020.
17
• Ao analisar o papel ambiental e territorial da Antártica no contexto geopolítico, sua relevância e seu valor como área destinada à pesquisa e à compreensão do ambiente global, atende-se à habilidade EF08GE21
Competências
• Gerais: 2, 4, 5, 7 e 10
• Ciências Humanas: 2, 3, 6 e 7
• Geografia: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7
Interdisciplinaridade com...
Ciências:
• EF08CI16 Discutir iniciativas que contribuam para restabelecer o equilíbrio ambiental a partir da identificação de alterações climáticas regionais e globais provocadas pela intervenção humana.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Esta dupla de páginas possibilita o trabalho interdisciplinar com Ciências por meio da habilidade EF08CI16 Se for possível, combinar com o professor desse componente curricular o momento mais apropriado para desenvolverem juntos o conteúdo proposto. Também é possível desenvolver o tema contemporâneo transversal Meio ambiente, com destaque para a Educação ambiental Para isso, promover a leitura coletiva do texto que apresenta a importância da Antártida para o meio ambiente global. Destacar a importância do continente nas reservas de água doce do planeta e explorar o excerto que exemplifica o problema do derretimento de geleiras provocado pelo aquecimento global e a consequente elevação do nível dos oceanos.
A seguir, chamar a atenção dos estudantes para o mapa e as imagens que mostram a localização e as dimensões da geleira Thwaites. Se julgar conveniente, ler para eles o excerto proposto na seção Texto complemen-
Preservar a Antártida
1. Espera-se que os estudantes expliquem que, com o aquecimento das águas dos oceanos, a geleira está sendo derretida a partir de sua base, tornando-a ainda mais instável. Quanto mais esse grande “vazio” criado sob a geleira se enche com água do mar, mais o gelo que antes estava em contato com o leito marinho derrete, criando um círculo vicioso.
A Antártida é a principal reguladora do clima na Terra, pois contribui para a formação das massas de ar e das correntes marítimas. O continente também concentra 90% das reservas de água doce do planeta sob a forma de geleiras e icebergs. Portanto, as mudanças climáticas globais podem ter consequências desastrosas para o continente e para o planeta.
Pesquisas demonstram que o derretimento do gelo das calotas polares pode elevar em 60 metros o nível das águas dos oceanos. Isso é o suficiente para cobrir muitas ilhas e cidades litorâneas de vários países.
Leia um trecho do texto a seguir. Depois, analise o mapa e os infográficos da página 19.
A geleira Thwaites já responde por 4% da elevação do nível do mar no mundo a cada ano — um número enorme para uma única geleira — e os dados de satélite mostram que ela está derretendo cada vez mais rapidamente.
Essa imensa massa de gelo concentra água suficiente para elevar o nível do mar em mais de meio metro.
A Thwaites se localiza no chamado Manto de Gelo da Antártica Ocidental, uma vasta bacia de gelo que poderia aumentar o nível dos oceanos em três metros.
[...]
Ao contrário do leste, [a Antártida Ocidental] não está em uma altitude elevada. De fato, praticamente toda a sua superfície está muito abaixo do nível do mar. Se não fosse pelo gelo, seria um oceano profundo com algumas ilhas.
[...]
A razão pela qual os cientistas estão tão preocupados com a geleira Thwaites se deve ao declínio de seu leito submarino.
[...]
A Thwaites não desaparecerá da noite para o dia. Os cientistas dizem que isso levará décadas, possivelmente mais de um século. Mas não devemos nos tranquilizar com isso.
ROWLATT, Justin. Derretimento da Antártida: uma viagem à ‘geleira do fim do mundo’, ameaçada pelo aquecimento global. BBC News Brasil, São Paulo, 29 jan. 2020. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-51269164. Acesso em: 2 jun. 2022.
tar, que aborda outros problemas ambientais na Antártida: a poluição do oceano Glacial Antártico e o “buraco” na camada de ozônio sobre o continente.
Encaminhar as atividades 1 a 3 que permitem sistematizar o conteúdo abordado.
Na atividade 1, espera-se que os estudantes expliquem que, com o aquecimento das águas dos oceanos, a geleira está sendo derretida a partir de sua base, tornando-a ainda mais instável. Quanto mais esse grande “vazio” criado sob
a geleira se enche com água do mar, mais o gelo que antes estava em contato com o leito marinho derrete, criando um círculo vicioso.
Na atividade 2, entre as inúmeras consequências do aumento do nível do mar, destacam-se: inundações recorrentes da infraestrutura urbana; desaparecimento das pequenas ilhas do Índico e do Pacífico e aumento do número de refugiados climáticos; salinização dos deltas dos rios; destruição de ecossistemas costeiros, entre outras.
BNCC
NÃO ESCREVA NO LIVRO. com CONEXÃO CIÊNCIAS
E AGIR PENSAR
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3. Produção pessoal. Espera-se que os estudantes apresentem os principais aspectos discutidos sobre o tema. Incentivar os estudantes a compartilhar suas produções com a comunidade escolar.
Círculo Polar A n t á r t i c o
A geleira Thwaites tem uma área aproximadamente três vezes maior que o estado do Rio de Janeiro.
2. Entre as inúmeras consequências do aumento do nível do mar, destacam-se: inundações recorrentes da infraestrutura urbana; desaparecimento das pequenas ilhas do Índico e do Pacífico, e consequente aumento do número de refugiados climáticos; salinização dos deltas dos rios; destruição de ecossistemas costeiros; entre outras.
Como a geleira Thwaites está derretendo?
fluxo de gelo
quando está em contato com o leito marinho.
Mudanças nos ventos e nas correntezas fazem com que água mais quente passe por debaixo do gelo
O gelo se torna menos estável, uma vez que fica mais exposto.
Pedaços de gelo se
anos. Entre esses estão incluídos: cordas sintéticas, redes de pesca sintética e linhas, sacos plásticos de lixo e tiras plásticas, produtos de papel, vidro, metal, garrafas, cinza de incinerador e material de empacotamento.
Ozônio e radiação UV
A geleira recua mais rapidamente após perder sustentação do leito marinho.
Fonte do mapa e do infográfico: ROWLATT, Justin. Derretimento da Antártida: uma viagem à ‘geleira do fim do mundo’, ameaçada pelo aquecimento global. BBC News Brasil, São Paulo, 29 jan. 2020. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-51269164. Acesso em: 25 mar. 2022.
Organizem-se em grupos e façam as atividades no caderno.
1 Escrevam um pequeno texto explicando o processo de derretimento da geleira Thwaites.
2 Pesquisem na internet, nos livros, em revistas científicas e em bibliotecas físicas ou virtuais, os principais estudos acerca dos impactos do derretimento das geleiras sobre o equilíbrio climático mundial.
3 Criem um texto com informações sobre a importância de preservar a Antártida para ser postado nas mídias digitais da escola. Caso não seja possível, produzam um cartaz. Para a produção, pesquisem e busquem inspiração em cartazes de campanhas já realizadas por organizações não governamentais que atuam na defesa do ambiente.
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TEXTO COMPLEMENTAR
Poluição dos oceanos
Gases de origem artificial, como a maioria dos clorofluorcarbonetos (CFCs), introduzidos na atmosfera, contribuem para a destruição da camada de ozônio. O ozônio tem a propriedade de absorver fortemente a radiação solar na faixa do ultravioleta, a qual tem efeito danoso sobre os seres vivos. Em quantidade adequada, a radiação ultravioleta que passa pela atmosfera e atinge a superfície da Terra é benéfica aos seres vivos. Acima de determinadas doses, a radiação pode, contudo, ser letal para organismos unicelulares, provocando a diminuição do fitoplâncton, microalgas que formam a base da cadeia alimentar. Afetam também células superficiais de plantas e animais, acarretando o aparecimento de queimaduras de pele, catarata e até câncer de pele.
O aumento do “buraco” de ozônio, durante a primavera austral, permite maior penetração de radiação ultravioleta nas camadas superficiais do oceano, coincidindo com a fase de reprodução de muitos peixes e outros animais aquáticos produtores de ovos flutuantes, sensíveis à ação dessa radiação. A destruição dessas fases sensíveis do ciclo de vida desses organismos pode causar efeitos abrangentes em outros animais maiores do ecossistema, devido à redução de recursos na cadeia alimentar. Mudanças na concentração de ozônio podem ainda ter consequências climatológicas, pelas alterações que provocam no perfil de temperatura da atmosfera.
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Detritos nas águas marinhas fazem mais do que poluir o Oceano Austral e sujar as praias. Eles matam e ferem milhares de aves e mamíferos marinhos todos os anos. [...]
Em resposta aos crescentes problemas de detritos marinhos, leis internacionais têm sido criadas para proibir a descarga de plásticos, óleo, materiais nocivos, esgoto e lixo em geral nos oce-
MACHADO, Maria Cordélia Soares.; BRITO, Tânia. Antártica: ensino fundamental e ensino médio. Brasília, DF: Ministério da Educação: Secretaria de Educação Básica, 2006. p. 107-108. (Coleção explorando o ensino, v. 9).
à superfície da Terra.
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Mar
Weddell Mar de Ross Mar de Amundsen 0 760 Polo Sul ANTÁRTIDA Geleira Thwaites Manto de Gelo da Antártida Ocidental Estação McMurdo Manto de Gelo da Antártida Oriental 0º 90º L 90º O 180º OCEANO GLAC I A L ANTÁRTICO SONIA VAZ ALEX ARGOZINO geleira Thwaites fluxo de água quente
de
CORES E PROPORÇÕES NÃO CORRESPONDEM À REALIDADE.
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• O trabalho com a habilidade EF08GE05 tem o foco em aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões na contemporaneidade. Interdisciplinaridade com...
História:
• EF08HI06 Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
O conteúdo dessa dupla de páginas possibilita o trabalho interdisciplinar com História ao desenvolver a habilidade EF08HI06 Se julgar conveniente, convidar o professor desse componente curricular para aplicarem juntos os conceitos propostos.
Esclarecer que um país, espaço geográfico ocupado por uma população e limitado por linhas imaginárias, pode ou não ser politicamente independente. Comentar que alguns territórios costumeiramente chamados de países são, na verdade, possessões ou áreas administradas por Estados soberanos, como nos casos de Porto Rico, Aruba e Martinica, localizados na América Central e administrados, respectivamente, por Estados Unidos, Países Baixos e França. Destacar que o governo é a instituição responsável pela administração e geralmente reconhecida como a liderança de um Estado ou uma nação.
Apresentar o conceito de Estado, destacando que ele pode apresentar variações em sua forma de organização. Comentar que a palavra “estado” também pode indicar as divisões territoriais de um país. No Brasil, por exemplo, indica as Unidades da Federação. Assim, a palavra, quando escrita com “E” maiúsculo, refere-se a um Estado-nação, e com “e” minúsculo, à unidade territorial de um país.
3 ESTADO, NAÇÃO E ESTADO-NAÇÃO
Os termos Estado e país são empregados muitas vezes como sinônimos. Entretanto, eles se referem a conceitos diferentes.
Enquanto o Estado é definido como uma instituição que exerce o controle sobre um território com limites definidos, com governo, leis próprias e Forças Armadas, o país representa uma porção do espaço geográfico ocupada por uma população, podendo ser, ou não, politicamente independente e ter controle sobre um território.
Analise a imagem e leia o texto.
Governo: instituição responsável pela administração de um Estado ou uma nação, geralmente reconhecida como sua liderança.
Sealand foi fundado em 1967 sobre uma plataforma militar abandonada de 500 m2 , construída durante a Segunda Guerra Mundial e situada em águas territoriais do Reino Unido. O ex-militar britânico Roy Bates ocupou o local para criar uma estação de rádio pirata e acabou declarando-o como um Estado independente, autoproclamando-se príncipe. Apesar de ter a própria moeda, hino nacional, bandeira, selo oficial, Constituição e idioma, o principado não é reconhecido por nenhum outro Estado da comunidade internacional.
1 De acordo com a leitura do texto, explique em seu caderno o que é um principado.
2 Que área corresponde ao território de Sealand e onde ele está situado?
Um principado é um Estado ou território governado por um príncipe ou uma princesa. Consultar resposta em Orientações didáticas.
3 Para ser reconhecido, um Estado precisa ter uma população permanente, um território definido e um governo soberano, ou seja, independente para criar ou modificar leis. Considerando esses aspectos, por que Sealand não é reconhecido pelos outros Estados? Converse com os colegas sobre o assunto.
FICA A DICA
A incrível história da Ilha das Rosas (filme). Direção: Sydney Sibilia. Itália, 2020. O filme, que tem como base uma história real, conta a vida de um engenheiro italiano que construiu em águas internacionais, próximo da costa italiana, uma plataforma que foi declarada um Estado independente.
2. A área do território de Sealand corresponde à área ocupada pela plataforma, ou seja, 500 m2. Está situado nas águas territoriais do Reino Unido.
Retomar conceitos de limites e fronteiras Destacar que os limites entre territórios são definidos por acordos entre os Estados soberanos. Nem sempre esses acordos acontecem de maneira pacífica, sendo, muitas vezes, precedidos por guerras. Se os limites estabelecidos não forem respeitados, ou se algum país invadir o território do outro, podem acontecer crises diplomáticas e conflitos armados. Encaminhar as atividades de 1 a 3 para sistematizar essa etapa de abordagem do conteúdo.
Na atividade 3 , apesar de possuir Constituição, moeda, hino nacional e bandeira, o território de Sealand está situado em águas que pertencem ao Reino Unido e, portanto, submetida às suas leis. Estudiosos também argumentam que estruturas construídas pelos seres humanos não podem ser consideradas ilhas e que, por isso, não têm águas territoriais próprias. Além disso, não conta com uma população fixa e um governo organizado que realize trocas com outros Estados.
BNCC
com CONEXÃO HISTÓRIA
Principado de Sealand, Reino Unido, 2021.
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BEN STANSALL/AFP
Alguns territórios costumeiramente chamados de países são, na verdade, possessões ou áreas administradas por Estados, como nos casos de Porto Rico e Martinica, localizados na América Central e administrados, respectivamente, pelos Estados Unidos e pela França.
Nação é um grupo humano cujos membros têm a mesma origem e se identificam por meio de uma identidade cultural própria, como língua, religião, costumes, valores e tradições. Uma nação pode existir sem o Estado. Contudo, o Estado não existe sem uma nação. Estado-nação é, portanto, uma instituição que constitui a base política, militar, legislativa, jurídica, econômica e constitucional de diferentes povos espalhados pelo mundo.
Estado
Há nações sem Estado, como aquelas formadas por bascos, catalães e ciganos, na Europa; e curdos e tibetanos, na Ásia. Por outro lado, há Estados multinacionais, como é o caso da Federação Russa, que apresenta territórios habitados por pessoas de diferentes origens, culturas e tradições. Também há nações que se espalham por mais de um Estado.
No Estado-nação, é cada vez mais crescente o nacionalismo, isto é, o conjunto de sentimentos e ideais políticos que considera a nação à qual pertence a mais importante, melhor, com mais direitos ou superior a outras nações. O nacionalismo também é expresso pelo desejo de afirmação de uma nação, bem como pela conquista da soberania.
Em alguns casos, o nacionalismo resulta em xenofobia, racismo e intolerância, podendo provocar conflitos entre nações.
Xenofobia: aversão aos estrangeiros. Racismo: discriminação a um grupo social com base no conceito de que existe uma etnia superior às demais. Intolerância: atitude hostil baseada na não aceitação de diferenças de opiniões, de orientações religiosas, de gênero, de cultura e de natureza política.
4. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes respondam afirmativamente, pois, no Brasil, vivem inúmeras nações indígenas e povos vindos da África, da Europa e da Ásia.
4 No seu entendimento, o Brasil pode ser considerado um Estado multinacional? Converse com os colegas e o professor sobre o assunto e registre as conclusões no caderno.
5 De acordo com o que você estudou, quais conflitos atuais estão associados ao fortalecimento do Estado-nação?
O crescimento do nacionalismo, que resulta em xenofobia, racismo e intolerância.
Na página 21, diferenciar os conceitos de nação e Estado-nação. Comentar que há nações sem Estado, ou seja, sem uma organização institucional. Também há estados multinacionais, em que indivíduos de origens diferentes convivem em um mesmo território. Entre as nações sem Estado que mais despertam a atenção e o interesse mundial estão os curdos, os tibetanos, os palestinos, os bascos e os chechenos.
O nacionalismo surgiu na Europa com a
queda das monarquias, movimento iniciado com a Revolução Francesa, que ganhou força no século XIX, dando origem ao Estado-nação. Nesse processo, diferentes nações foram unificadas em torno de um sistema cultural comum, produzindo identidades coletivas com o objetivo de diferenciar o povo de um Estado-nação dos outros povos. Com esse objetivo, diferentes costumes, valores e tradições foram dissolvidos para que uma cultura nacional fosse criada. Encaminhar as atividades 4 e 5.
TEXTO COMPLEMENTAR
A influência de Maquiavel na formação do estado moderno
[...] a revolução nos estudos políticos deu-se na Itália, no início do século XVI, com Maquiavel. Ao defender a unidade italiana, esse intelectual propôs a construção de um Estado laico, independente da Igreja e dirigido, de modo absoluto, por um príncipe dotado de inteligência e de inflexibilidade na direção dos negócios públicos.
[...] o pensamento inovador de Maquiavel, no limiar do Renascimento italiano, que percebe o Estado como um fato social, ou seja, considera a história e a sociedade como fenômenos humanos e naturais, distanciando-se de julgamentos ou de condenações religiosas e morais. [...]
Para Maquiavel os alicerces do governo seriam boas leis e boas armas. Possuir um exército próprio seria de suma importância para a segurança do Estado, por isso o príncipe deveria dominar a arte da guerra, possuir destreza, pois existindo boas armas, existiriam boas leis. [...]
Para Maquiavel, o amor à pátria, o uso da violência pela sua causa, constituía-se como elemento necessário à virtús do legítimo cidadão. [...]
OLIVEIRA, Terezinha; RUBIM, Sandra Regina Franchi. Reflexões sobre a influência de Maquiavel na educação e na formação do Estado Moderno. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 28, n. 1, p. 131-156, mar. 2012. p. 132, 150-151. Disponível em: https://www.scielo.br/j/edur/a/ LTwgyVHLjpdC6qCYwMLcGzL/?lang=pt. Acesso em: 10 jun. 2022.
Investimentos*
Segurança Transporte Educação Energia Saúde Justiça
*Infraestrutura, indústria, agropecuária, comércio, serviços.
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• Atende-se à habilidade EF08GE03, com ênfase em analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando características da população mundial (distribuição das religiões).
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Na página 22, trabalhar os conceitos de região e regionalização. Destacar que, no estudo do espaço geográfico, agrupar países por região, de acordo com uma ou mais características comuns, apesar de criar generalizações, possibilita estudá-los em vários aspectos e em conjunto.
Esclarecer que toda regionalização é uma construção humana e, portanto, requer sempre atenção aos critérios utilizados. Encaminhar a atividade 1 para sistematizar essa discussão inicial. Se julgar pertinente, levantar o conhecimento prévio dos estudantes sobre os termos destacados nos títulos das notícias e conversar a respeito de outros termos empregados para regionalizar o espaço mundial, como “Segundo Mundo”, “Terceiro Mundo”, “Países do Norte”, “Países subdesenvolvidos”, “Países em desenvolvimento” entre outros. As diferentes propostas de regionalização serão tratadas nesta Unidade e ao longo dos estudos propostos nos volumes do 8o e 9o anos
Na página 23, é importante falar sobre os cuidados que se deve ter com as generalizações quando se usa a região como categoria de estudo, explorando o exemplo das religiões e, se possível, apresentando outros.
Para a leitura dos mapas “Mundo: religiões” e “Índia: religiões”, que ilustram essa questão da generalização que o estudo regional envolve, solicitar que respondam às atividades 2 e 3
Na atividade 2, há religiões na Índia que não foram indica-
4 REGIÃO E REGIONALIZAÇÃO
Região é o conjunto de áreas que apresentam características semelhantes, que as distinguem e identificam em relação a outras áreas. Quando organizamos uma porção do espaço em regiões, temos uma regionalização
Há dois tipos de critério para delimitar regiões no espaço geográfico: físico-naturais (distribuição das terras emersas, tipos de clima, tipos de vegetação etc.) ou humanos (renda da população, idiomas falados, religiões etc.). A escolha do critério depende do assunto que se pretende estudar ou observar.
O estudo por regiões pode ajudar a compreender como um fenômeno se distribui no espaço ou a identificar características comuns de determinada área. É muito utilizado por órgãos governamentais, institutos de pesquisa, universidades etc., com o objetivo de orientar o planejamento de políticas públicas e divulgar dados e informações.
Leia os títulos das notícias. Depois, responda à questão em seu caderno.
Governo facilita importação de veículos de outros países do Mercosul
GOVERNO facilita importação de veículos de outros países do Mercosul. Veja, São Paulo, 1 set. 2021. Disponível em: https:// veja.abril.com.br/economia/governo-facilita-importacao-de-veiculos-de-outros-paises-do-mercosul/. Acesso em: 10 mar. 2022.
Países ricos gastarão quatro vezes mais contra a crise que os emergentes
FARIZA, Ignacio. Países ricos gastarão quatro vezes mais contra a crise que os emergentes. El País, São Paulo, 8 abr. 2021. Disponível em: https://brasil.elpais.com/economia/2021-04-08/paises-ricos-gastarao-quatro-vezes-maiscontra-a-crise-que-os-emergentes.html. Acesso em: 10 mar. 2022.
Fim da guerra? Rússia diz que para ataque se Ucrânia nunca se aliar à Otan
FIM da guerra? Rússia diz que para ataque se Ucrânia nunca se aliar à Otan. Exame, [s. l.], 7 mar. 2022. Disponível em: https://exame.com/mundo/fim-da-guerra-russia-diz-que-para-ataque-se-ucrania-nunca-se-aliar-a-otan/. Acesso em: 10 mar. 2022.
Emergente: país industrializado que apresenta significativas melhorias nas condições de vida da população e que está ampliando sua participação na economia e na política internacional. Também é chamado de país em desenvolvimento.
1 As notícias falam sobre quais regiões do mundo? No seu entendimento, que tipo de critério foi usado para delimitá-las?
Mercosul, países ricos, (países) emergentes, Otan. Para delimitá-las, foram usados critérios humanos.
das no mapa 1 porque se optou por representar as religiões com mais adeptos em cada país (no caso da Índia, o hinduísmo). Na escala em que o mapa 1 foi produzido, é praticamente impossível representar todas as religiões de cada país, pois a leitura e a interpretação dos fenômenos representados ficariam prejudicadas pelo excessivo detalhamento.
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católicos romanos e os “animistas” (que incluem as religiões de origem africana, religiões de povos indígenas etc.), indicando que no Brasil há outras religiões, como as religiões evangélicas, a budista, a doutrina espírita, dentre outras. Esta atividade se relaciona com o tema contemporâneo transversal Multiculturalismo, com destaque para a Diversidade cultural
Na atividade 3, espera-se que os estudantes observem que foram representados apenas os
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É importante destacar que uma região não é homogênea em relação a todos os aspectos. Ao estudarmos o espaço geográfico por meio das regiões, podem ocorrer algumas generalizações, sendo desconsideradas certas particularidades. Analise e compare os mapas 1 e 2 a seguir.
Mundo: religiões
Sobre o conceito de região
1. Sobre o conceito de região e suas aplicações, julgar as afirmações, marcando-as com V (verdadeira) ou F (falsa), justificando sua resposta.
I. As regionalizações produzidas com base em critérios naturais são construções humanas, já que são os seres humanos quem determinam os limites entre as regiões com base em observações e estudos.
II. Qualquer região deve ser estudada como uma unidade homogênea, que não possui diversidades internas nem relação com outros espaços.
III. As regiões são importantes ferramentas de trabalho para a Geografia, mas seu estudo requer alguns cuidados para que não se caia em generalizações exageradas.
2 As religiões da Índia, que aparecem no mapa 2, foram representadas no mapa 1? No seu entendimento, por que isso aconteceu?
3 Verifique as religiões representadas no Brasil no mapa 1. No seu entendimento, ocorreu generalização?
Orientar os estudantes para a verificação do mapa 1 e a leitura da legenda. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
2. Não. Espera-se que os estudantes percebam que ocorreu uma generalização por causa da escala utilizada no mapa 1. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
Resposta: Espera-se que os estudantes respondam que a frase falsa é a II, pois a região não deve ser estudada como uma unidade homogênea, já que apresenta diversidades internas. Além disso, toda região deve ser estudada na relação com outros espaços, ou seja, outras escalas de análise devem ser consideradas, do local ao global.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Baía de Bengala Mar da Arábia OCEANO ÍNDICO 80º L Trópico de Câncer Predominantemente hindus Predominantemente muçulmanos Predominantemente sikhs Predominantemente sikhs e hindus Predominantemente budistas Minoria hindu Minoria muçulmana Minoria cristã 0 420
OCEANO
ANTÁRTICO OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO Círculo Polar Ártico Trópico de Câncer Equador Trópico de Capricórnio Círculo Polar Antártico 0º 0º Me r i d a n o d e G r e e n w i c h Protestantes Católicos romanos Católicos ortodoxos Cristianismo Religião predominante Islamismo Berço do Judaísmo Hinduísmo Budismo Confucionismo Xintoísmo Religiões animistas 0 2 427 ALLMAPS
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
GLACIAL
Fonte: CHARLIER, Jacques (dir.). Atlas du 21e siècle Paris: Nathan, 2013. p. 109.
Índia: religiões
1 2 ALLMAPS
Fonte: CHARLIER, Jacques (dir.). Atlas du 21e siècle. Paris: Nathan, 2013. p. 188.
Baía de Bengala Mar da Arábia OCEANO ÍNDICO 80º L Trópico de Câncer Predominantemente hindus Predominantemente muçulmanos Predominantemente sikhs Predominantemente sikhs e hindus Predominantemente budistas Minoria hindu Minoria muçulmana Minoria cristã 0 420 23 D2-GEO-F2-2106-V8-U1-012-041-LA-G24_AV.indd 23 20/08/2022 19:34 23
• O foco do trabalho com a habilidade EF08GE05 está em aplicar os conceitos de Estado, nação, território e país para o entendimento do imperialismo e da regionalização do espaço mundial à época, com destaque para as situações geopolíticas na África, Ásia e Oceania.
• Atende-se à habilidade EF08GE09 com ênfase em analisar padrões econômicos mundiais de produção, distribuição e intercâmbio dos produtos agrícolas e industrializados, tendo como referência a regionalização em países centrais e países periféricos no imperialismo.
• A habilidade EF08GE20 é contemplada com foco em analisar características de grupos de países da América e da África no que se refere aos aspectos políticos e econômicos da regionalização em países centrais e países periféricos no imperialismo.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Iniciar a aula destacando os conceitos de potências mundiais e ordem mundial. Comentar que a ordem mundial define as relações políticas, econômicas, diplomáticas e militares entre as potências na disputa pelo poder e pela hegemonia do mundo. Ela pode variar de acordo com o número de países que disputam o poder. Se houver hegemonia de apenas um país, ocorre uma situação de unipolaridade. Quando o equilíbrio de forças ocorre entre vários países, temos a multipolaridade. A disputa entre dois países caracteriza uma ordem mundial baseada na bipolaridade. Explicar que a ordem mundial vigente no final do século XIX era multipolar, com predomínio de países europeus como potências mundiais, sendo o imperialismo a política vigente.
Na sequência, explicar que o imperialismo foi um desdobramento do desenvolvimento das
5 REGIONALIZAÇÕES DO ESPAÇO MUNDIAL
As regionalizações com base em critérios políticos e socioeconômicos sofrem mudanças de acordo com a dinâmica do espaço geográfico mundial em cada época.
Imperialismo e regionalização
A política mundial do século XIX e de meados do século XX foi caracterizada pela existência de várias potências mundiais, ou seja, Estados-nações que se destacavam devido ao poder político, econômico, militar, tecnológico e cultural que exerciam no mundo. Nesse período, prevaleceu uma ordem mundial multipolar.
Com a crescente industrialização, as potências mundiais passaram a buscar mercados externos para escoar produtos e obter matéria-prima, fontes de energia e mão de obra barata.
Ordem mundial: equilíbrio político, econômico, diplomático e militar temporário entre Estadosnações. É caracterizada pelo domínio de um ou mais Estados hegemônicos no cenário mundial. Por esse motivo, tem duração variada.
Para alcançar esses objetivos, passaram a apoiar-se, a partir do século XIX, no imperialismo, política caracterizada pela expansão territorial, cultural, econômica e ideológica sobre territórios e nações com recursos naturais de grande valor econômico.
A política imperialista já havia sido empregada, a partir do século XVI, por europeus na América, com o nome de colonialismo. Por isso, o imperialismo do século XIX é conhecido como neocolonialismo, já que os argumentos utilizados para justificar a dominação territorial e o controle político na África, na Ásia e na Oceania eram bastante semelhantes aos do período colonial.
A regionalização do espaço mundial no imperialismo, vigente entre o século XIX e as primeiras décadas do século XX, caracterizou-se pela divisão em países centrais e países periféricos, levando em conta a capacidade econômica e a influência política e militar.
Os países centrais constituíam pequeno número de Estados com economia baseada na indústria e na exportação de produtos industrializados. Além disso, exerciam forte dominação econômica, tecnológica, financeira e militar sobre os países periféricos. Grã-Bretanha, Alemanha, Itália, França, Estados Unidos, Rússia e Japão integravam esse grupo.
Os países periféricos apresentavam economias firmadas na exportação de produtos primários (matérias-primas e produtos agropecuários), caracterizadas por uma forte dependência econômica e tecnológica em relação aos países centrais. Índia, Egito, Angola, Brasil, México, China, África do Sul e outros países integravam esse grupo.
No contexto do imperialismo, a função dos países periféricos era fornecer aos países centrais produtos primários e deles comprar produtos industrializados, bem como obter empréstimos e capitais.
potências europeias iniciado no período colonial. Após terem atingido elevados índices de industrialização, países como França e Inglaterra expandiram os mercados consumidores e, consequentemente, a demanda por matérias-primas para continuar se desenvolvendo e enriquecendo. Para isso, recorreram à busca de novas colônias e reforçaram o controle sobre as que já estavam sob seu poder. Comentar que a Grã-Bretanha é uma ilha no noroeste da Europa, constituída por três
países: Inglaterra, Escócia e País de Gales. Propor aos estudantes que analisem o mapa “Imperialismo – século XIX e início século XX”.
No imperialismo, a ação das potências europeias era utilizar seus exércitos para participar da ocupação dos territórios e a dominação ocorria nos âmbitos econômico e cultural, já que em muitos países as culturas tradicionais foram sufocadas pela cultura do colonizador imposta às populações locais.
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Nessa relação desigual, os países periféricos eram prejudicados no comércio internacional, pois vendiam produtos que tinham menor valor que os produtos industrializados que adquiriam.
Imperialismo – século XIX e início do século XX
ALLMAPS
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Países centrais e países periféricos
1. Explique as funções dos países centrais e dos países periféricos no contexto da regionalização do espaço mundial no imperialismo.
EGITO ARGÉLIA MARROCOS Canárias (ESP)
Is. do Cabo Verde (POR)
Grã-Bretanha
França
Alemanha
COSTA DO OURO
Santa Helena (R.U.)
RIO DE ORO MOÇAMBIQUE
SUDÃO BIRMÂNIA SIÃO INDOCHINA
Formosa
GUINÉ EQUATORIAL
NIGÉRIA CAMARÕES DAOMÉ GABÃO ANGOLA
COSTA DO MARFIM CONGO BELGA SUDOESTE AFRICANO ALEMÃO
Bélgica
Portugal
QUÊNIA SOMÁLIA
CHINA ÍNDIA Açores (POR) Ascensão (R.U.)
ERITREIA ABISSÍNIA DJIBUTI MADAGASCAR
Sakalina Maurício (FRA)
Hong Kong (R.U.) 0 1 967
Seychelles (R.U.)
Ceilão (R.U.)
Andaman (RU.) Nicobar (R.U.)
ÁFRICA ORIENTAL ALEMÃ GOA AUSTRÁLIA TASMÂNIA
Espanha
Japão
Dinamarca
ANGLO-EGÍPCIO UNIÃO SUL-AFRICANA COREIA JAPÃO FILIPINAS BORNÉU JAVA NOVA GUINÉ NOVA ZELÂNDIA
Is. Salomão Nova Caledônia (FRA) Reunião (FRA)
Resposta: Durante o imperialismo, a função dos países periféricos era fornecer aos países centrais produtos primários e deles comprar produtos industrializados, além disso, também podiam obter empréstimos e capitais.
Estados Unidos
Timor (HOL - POR) Novas Hébridas (FRA - R.U.) Is. Fiji (R.U.)
Fonte: ALBUQUERQUE, Manoel Maurício de; REIS, Arthur Cézar Ferreira; CARVALHO, Carlos Delgado de. Atlas histórico escolar. Rio de Janeiro: Fename, 1960. p. 138-139.
Em dupla, façam as atividades no caderno.
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2 No mapa, por que os territórios da Oceania, da Ásia e da África estão pintados com as cores que representam os países listados na legenda?
Porque representam suas colônias. Assim, Austrália e Índia eram colônias britânicas; Indochina e Madagascar, colônias francesas; e assim por diante.
3 No imperialismo, as nações africanas e a grande maioria das nações americanas compunham que grupo de países? Países periféricos.
4 Analisem as relações políticas e econômicas entre países centrais e países periféricos. O que é possível observar?
Os países centrais exerciam forte dominação política, econômica, tecnológica, financeira e militar sobre os países periféricos.
5 Comparem o mapa desta página com o Planisfério político da página 268 e identifiquem os atuais países que compõem as antigas colônias a seguir.
a) Tripolitânia. Líbia.
b) Sudão Anglo-Egípcio. Sudão e Sudão do Sul.
c) Costa do Ouro. Gana.
d) Rio de Oro. Saara Ocidental.
e) Congo Belga. República Democrática do Congo.
f) África Oriental Alemã. Tanzânia.
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Ressaltar que a corrida em busca de novas colônias na África, na Ásia e na Oceania não ocorreu de forma tranquila, pois havia conflitos de interesse entre as potências europeias. Para evitar maiores problemas, foi realizada a Conferência de Berlim, cujo principal desdobramento foi a partilha do continente africano, realizada de forma arbitrária e considerando apenas os interesses econômicos dos países europeus envolvidos. Essa divisão do conti-
nente é um dos fatores que explicam os diversos conflitos étnicos que ocorrem na África até hoje. Esclarecer que o imperialismo está inserido dentro de um contexto geopolítico caracterizado por uma ordem mundial multipolar com o mundo dividido em países centrais e países periféricos, assim agrupados de acordo com o poder econômico e a influência política e militar que exerciam. Encaminhar as atividades de 1 a 5.
25
Equador Trópico de Câncer OCEANO ATLÂNTICO Meridiano de Greenwich Trópico de Capricórnio OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO 0° 0° ÁFRICA OCIDENTAL FRANCESA TRIPOLITÂNIA ALEMANHA HOLANDA GRÃ-BRETANHA DINAMARCA BÉLGICA FRANÇA PORTUGAL ESPANHA ITÁLIA ISLÂNDIA SENEGAL GÂMBIA GUINÉ SERRA LEOA LIBÉRIA TOGO
2. Promover um debate com os estudantes sobre o uso da regionalização do mundo em países centrais e países periféricos no contexto atual. Espera-se que eles percebam que esse tipo de regionalização ainda pode ser usado, pois há países centrais e periféricos no contexto das relações de poder econômico e político. Os Estados Unidos, por exemplo, assumiram o papel principal de país central, superando os países europeus, enquanto alguns países periféricos passaram a ter maior destaque na geopolítica mundial, como é o caso do Brasil, da Índia, da China e da África do Sul.
1 Os países listados na legenda do mapa são centrais ou periféricos no contexto do imperialismo? Países centrais.
Itália
Holanda
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• Trabalha-se a habilidade EF08GE05 com foco em aplicar os conceitos de Estado, nação, território e país para o entendimento de conflitos e tensões (Grandes Guerras Mundiais).
• Atende-se a habilidade EF08GE07 com ênfase em analisar os impactos geoestratégicos e geopolíticos da ascensão dos Estados Unidos no cenário internacional em sua posição de liderança global.
Interdisciplinaridade com...
História:
• EF08HI06 Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
O conteúdo desta dupla de páginas possibilita o trabalho interdisciplinar com História ao desenvolver a habilidade EF08HI06. Se julgar conveniente, convidar o professor desse componente curricular para aplicarem juntos os conceitos propostos.
Comentar que as disputas entre as potências mundiais por áreas de influência, mercados consumidores, matérias-primas e fontes de energia, associadas aos pesados investimentos que realizaram em tecnologia bélica e à política de alianças que começou a se estabelecer, constituem os principais motivos para o início da Primeira Guerra Mundial
Solicitar aos estudantes que analisem os mapas 1 e 2 da página 26, que mostram a organização territorial da Europa antes e depois da Primeira Guerra Mundial.
Destacar as consequências da Primeira Guerra Mundial para o cenário geopolítico mundial: mais de 10 milhões de pessoas morreram. O número de feridos, entre civis e militares, foi de cerca de 30 milhões; a modificação das fronteiras europeias, com o surgimento de novos países e o desaparecimento de outros; a ascensão dos Estados Unidos como potência mundial; a eclosão da Revolução
Das grandes guerras mundiais à Guerra Fria
O imperialismo estimulou as rivalidades e as disputas entre as potências mundiais e contribuiu para o início da Primeira Guerra Mundial
Antes da guerra, os países europeus já se organizavam em alianças militares. De um lado, a Tríplice Aliança, constituída por Alemanha, Itália e Império Austro-Húngaro. De outro, a Tríplice Entente, formada por Reino Unido, França e Rússia.
O estopim da guerra aconteceu em 1914, com o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando (1863-1914), herdeiro do Império Austro-Húngaro. O episódio originou uma série de declarações de guerra entre os países europeus. O conflito terminou em 1918, com a Tríplice Entente vencedora e com a Alemanha, de acordo com o Tratado de Versalhes, considerada culpada pelo conflito.
Mudanças territoriais significativas ocorreram na Europa com o fim do conflito. Analise os mapas 1 e 2, a seguir.
Tríplice Aliança (1882) e aliados
Tríplice Entente (1907) e aliados
Maio de 1915 - Itália entra na guerra, mas do lado da Tríplice Entente
Países mediados pelas forças da Alemanha e Áustria-Hungria
Fonte: SCALZARETTO, Reinaldo; MAGNOLI, Demétrio. Atlas geopolítico. São Paulo: Scipione, 1996. p. 12.
Europa – depois da Primeira Guerra Mundial
Tratado de Versalhes: tratado de paz assinado em Versalhes (França), que impôs muitas penalidades à Alemanha. O país foi obrigado a reduzir seu efetivo militar; devolver à França e à Polônia territórios ocupados durante o conflito; ceder os direitos sobre suas colônias, entre outras sanções.
Fonte: SCALZARETTO, Reinaldo; MAGNOLI, Demétrio. Atlas geopolítico. São Paulo: Scipione, 1996. p. 12.
Russa e a implantação do regime socialista. Comentar que, no período entreguerras (1918-1939), a Europa mergulhou em uma profunda crise social e econômica. Esclarecer que esse contexto foi favorável ao surgimento do nazismo na Alemanha e do fascismo na Itália, Espanha e Portugal, ideologias que ganharam força e se instituíram como regimes políticos entre os anos 1920 e 1945.
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na eclosão da Segunda Guerra Mundial. O nazismo foi adotado na Alemanha, entre 1933 e 1945, e tinha como principais características: o país sempre em primeiro lugar; a crença de que os alemães brancos e de origem não judaica eram superiores; a ausência de liberdade sindical, econômica e de imprensa.
Apresentar para os estudantes as principais características desses movimentos e seu papel
O fascismo, por sua vez, foi adotado na Itália entre 1922 e 1943 e propunha um governo forte, militarista e com a intervenção do Estado em todas as esferas da vida em sociedade. Es-
BNCC Mar Cáspio 0° Mar Negro OCEANO ATLÂNTICO Mar do Norte MarBáltico CírculoPolarÁrtico Mar Mediterrâneo Meridiano de Greenwich 50°N ISLÂNDIA ESPANHA PORTUGAL FRANÇA ALEMANHA IMPÉRIO AUSTRO-HÚNGARO Córsega Sardenha Chipre (Grã-Bretanha) ROMÊNIA BULGÁRIA IMPÉRIO OTOMANO (TURQUIA - 1918) IMPÉRIO RUSSO ÁFRICA ÁSIA LUXEMBURGO NORUEGA SUÉCIA REINO UNIDO DA GRÃ-BRETANHA E IRLANDA DINAMARCA PAÍSES BAIXOS BÉLGICA ITÁLIA Sicília ALBÂNIA MONTENEGRO SÉRVIA GRÉCIA SUÍÇA 0 825
com CONEXÃO
HISTÓRIA
Europa – antes da Primeira Guerra Mundial
1
Países neutros ALLMAPS Mar Cáspio 0° Mar Negro OCEANO ATLÂNTICO Mar do Norte MarBáltico CírculoPolarÁrtico Mar Med terrâneo Meridiano de Greenwich 50°N ISLÂNDIA IRLANDA (Estado livre a partir de 1921) GRÃ-BRETANHA ESPANHA PORTUGAL FRANÇA PAÍSES BAIXOS BÉLGICA ALEMANHA POLÔNIA LITUÂNIA LETÔNIA ESTÔNIA PRÚSSIA ORIENTAL SUÍÇA ÁUSTRIA ITÁLIA ROMÊNIA BULGÁRIA IUGOSLÁVIA (a partir de 1921) ALBÂNIA HUNGRIA GRÉCIA TURQUIA (parte asiática) UNIÃO DAS REPÚBLICAS SOCIALISTAS SOVIÉTICAS (parte europeia) ÁSIA ÁFRICA LUXEMBURGO DINAMARCA NORUEGA SUÉCIA FINLÂNDIA TCHECOSLOVÁQUIA GIBRALTAR (Grã-Bretanha) Novos países 0 825
2 ALLMAPS 26
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A Primeira Guerra Mundial não resolveu as divergências entre as potências da época. O sentimento de revanche, a crise econômica durante os anos 1920 e 1930 e os graves problemas sociais contribuíram para a ascensão do nazismo na Alemanha e do fascismo na Itália. Estava criado o cenário para a eclosão da Segunda Guerra Mundial Novamente, duas grandes alianças militares se confrontaram: de um lado, os Aliados (Reino Unido, França, Estados Unidos e União Soviética), e do outro, o Eixo (Alemanha, Itália e Japão). O conflito teve início em 1939 e terminou em 1945, com a vitória dos Aliados. As potências europeias, enfraquecidas pela guerra, perderam importância geopolítica. A partir de então, a hegemonia mundial passou a ser disputada pelos Estados Unidos e pela União Soviética. Assim, a Europa foi dividida ideologicamente de acordo com os interesses desses países. Analise o mapa.
Europa: pós-Segunda Guerra Mundial
União Soviética: ou União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Estado criado em 1922, formado por 15 repúblicas com autonomia restrita e subordinadas a um poder central. Em 1991, o Estado soviético foi extinto e as repúblicas que o constituíam tornaram-se independentes.
com os Estados Unidos e a União Soviética se destacando como potências hegemônicas e representando os blocos capitalista e socialista, respectivamente. Encaminhar as atividades de 1 a 3 para sistematizar os conteúdos.
Na atividade 1, espera-se como resposta: Primeira Guerra Mundial: Tríplice Aliança – Alemanha, Itália e Império Austro-Húngaro; Tríplice Entente – Reino Unido, França e Rússia. Segunda Guerra Mundial: Aliados – Reino Unido, França, Estados Unidos e União Soviética; Eixo –Alemanha, Itália e Japão.
A linha de fronteira que passou a delimitar as áreas de influência dos Estados Unidos e da União Soviética no continente europeu ficou conhecida como Cortina de Ferro
Na atividade 2, o Império Austro-Húngaro foi dissolvido e novos países como Tchecoslováquia, Hungria, Áustria, Polônia e Iugoslávia surgiram. O Império Otomano deu origem à Turquia, e o Império Russo deu origem à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e aos países como Finlândia, Estônia, Letônia, Lituânia e Prússia Oriental (que não existe mais e hoje corresponde à parte dos territórios da Polônia, Lituânia e Rússia).
Fonte: BONIFACE, Pascal; VÉDRINE, Hubert. Atlas do mundo global. São Paulo: Estação Liberdade, 2009. p. 20.
Faça as atividades em seu caderno.
2. Auxiliar os estudantes na resposta, retomando partes do texto, se necessário. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
1 Quais alianças militares antecederam as duas Grandes Guerras? Que Estados-nações faziam parte dessas alianças?
Consultar comentários em Orientações didáticas.
2 Quais mudanças ocorreram no mapa político da Europa após a Primeira Guerra Mundial?
3 Explique as principais consequências geopolíticas e geoestratégicas após a Segunda Guerra Mundial.
Auxiliar os estudantes na resposta, retomando partes do texto, se necessário. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
Na atividade 3, as potências europeias saíram enfraquecidas da guerra e os Estados Unidos e a União Soviética, vencedores do conflito, ficaram em posição privilegiada e dividiram o continente europeu em dois grandes blocos separados pela Cortina de Ferro e sob a influência desses países.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor e o estudante
• JANOTTI, Maria de Lourdes. A Primeira Grande Guerra: o confronto de imperialismos. São Paulo: Atual, 2019.
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sas ideologias foram fundamentais para que as lideranças alemãs e italianas conseguissem apoio popular para declarar guerra às nações vizinhas, sob o pretexto de recuperar “espaço vital” e o prestígio que tinham antes da Primeira Guerra, para voltarem a ser grandes potências mundiais.
Destacar as principais consequências da Segunda Guerra Mundial para o cenário geopolítico mundial, com o enfraquecimento do poder político das potências europeias imperialistas, as mudanças nas fronteiras da Europa e a ascensão
dos Estados Unidos e da União Soviética como superpotências, iniciando a ordem mundial bipolar e a Guerra Fria.
O livro explora a Primeira Guerra Mundial, destacando os problemas políticos, sociais e econômicos dos países europeus no início do século XX.
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Na análise do mapa “Europa: pós-Segunda Guerra Mundial” (página 27), chamar a atenção dos estudantes para a Cortina de Ferro, expressão criada por Winston Churchill, primeiro-ministro inglês, entre os anos 1940 e 1945 e depois entre 1951 e 1955.
Churchill criou a metáfora da cortina de ferro para representar a nova ordem mundial bipolar,
• ARNUT, Luiz; MOTTA, Rodrigo P. Sá. A Segunda Grande Guerra: do nazi-fascismo à Guerra Fria. São Paulo: Atual, 2007.
O livro explora o término da Primeira Guerra Mundial, passando pelo período entreguerras, pela Segunda Guerra Mundial, pela Guerra Fria, até a extinção da União Soviética.
Mar Cáspio 0° Mar Negro OCEANO ATLÂNTICO Mar do Norte MarBáltico CírculoPolarÁrtico Mar Med terrâneo Meridiano de Greenwich 50°N ISLÂNDIA IRLANDA REINO UNIDO ESPANHA PORTUGAL FRANÇA PAÍSES BAIXOS BÉLGICA ALEMANHA OCIDENTAL ALEMANHA ORIENTAL POLÔNIA SUÍÇA ÁUSTRIA ITÁLIA ROMÊNIA BULGÁRIA IUGOSLÁVIA ALBÂNIA HUNGRIA GRÉCIA TURQUIA (parte europeia) UNIÃO SOVIÉTICA (parte europeia) ÁSIA ÁFRICA LUXEMBURGO DINAMARCA NORUEGA SUÉCIA FINLÂNDIA TCHECOSLOVÁQUIA 0 530 Europa capitalista Europa socialista Cortina de Ferro ALLMAPS
3 27
27
• O foco do trabalho com a habilidade EF08GE05 está em aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões (Guerra Fria), com destaque para as situações geopolíticas na América e na África e a regionalização do espaço mundial a partir do pós-guerra.
• A habilidade EF08GE07 é atendida com ênfase em analisar os impactos geoestratégicos e geopolíticos da ascensão dos Estados Unidos no cenário internacional em sua posição de liderança global.
• Ao analisar-se a situação do Brasil e de outros países da América Latina e da África, assim como da potência estadunidense na ordem mundial do pós-guerra (Guerra Fria), trabalha-se a habilidade EF08GE08
• Contempla-se a habilidade EF08GE20 com foco em analisar características de grupos de países da América e da África no que se refere aos aspectos políticos e econômicos.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Apresentar as principais mudanças ocorridas no cenário geopolítico mundial a partir do final da Segunda Guerra, que marcou o início da Guerra Fria, caracterizada pelo equilíbrio tenso de forças entre os Estados Unidos e a União Soviética
Comentar que as duas potências estiveram do mesmo lado na Segunda Guerra Mundial contra alemães, italianos e japoneses. No entanto, próximo do fim do conflito, as divergências entre ambos começaram a ficar latentes, principalmente em relação às áreas de atuação e influência de cada país na Europa no pós-guerra.
Ressaltar que, para alguns estudiosos, a divisão da Alemanha em zonas de ocupação e a posterior criação de dois novos
Regionalização na Guerra Fria
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, Estados Unidos (EUA) e União Soviética (URSS) tornaram-se potências mundiais, caracterizando uma ordem mundial bipolar
Os dois países viviam sob sistemas socioeconômicos diferentes, o capitalismo (EUA) e o socialismo (URSS), que ditaram as relações entre os países e a organização do espaço mundial a partir da segunda metade do século XX.
O capitalismo é um sistema socioeconômico no qual predominam a livre iniciativa, a propriedade privada, a lei da oferta e procura e a menor interferência do governo na economia. O objetivo principal é o lucro, e há presença de classes sociais.
O socialismo é um sistema socioeconômico no qual predominam a propriedade coletiva dos meios de produção (indústrias e fazendas, por exemplo), controlados pelo governo, que decide sobre diversos aspectos da economia e da sociedade em geral. Um dos objetivos é diminuir desigualdades sociais.
A disputa ideológica, política, militar, econômica, diplomática e tecnológica entre Estados Unidos e União Soviética iniciou o período conhecido como Guerra Fria, uma vez que não houve conflito armado direto entre as potências. Um complexo equilíbrio de poder, caracterizado por uma “paz armada”, foi mantido por quase meio século.
Outro aspecto que marcou a Guerra Fria foi a corrida armamentista e espacial, ou seja, uma disputa por tecnologias (bélicas e aeroespaciais), cada vez mais potentes e sofisticadas, envolvendo altos investimentos em pesquisa e fabricação de equipamentos (armas nucleares, foguetes, satélites etc.).
Um conflito direto entre Estados Unidos e União Soviética poderia conduzir o mundo ao extermínio, já que os dois países tinham grandes arsenais nucleares.
Estrelas além do tempo (filme). Direção: Theodore Melfi. Estados Unidos, 2016. Baseado em fatos, o filme mostra o trabalho de três mulheres negras na NASA, durante a corrida espacial.
países (República Democrática Alemã ou Alemanha Oriental, socialista; e República Federal da Alemanha ou Alemanha Ocidental, capitalista) configuram o marco inicial da Guerra Fria.
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Uma guerra entre as duas superpotências era improvável, pois Estados Unidos e União Soviética tinham um arsenal nuclear que, se utilizado, poderia significar a destruição em massa de países e populações. No entanto, muitos consideravam a paz entre ambos quase impossível porque seus in-
teresses político-ideológicos eram inconciliáveis. Havia disputas por áreas de influência, na corrida armamentista e na corrida espacial. Acreditava-se que a nação que possuísse o maior arsenal bélico e nuclear e que mais avançasse em direção ao espaço sideral teria vantagem sobre a outra.
Explicar que, após a Segunda Guerra Mundial, iniciaram-se processos de independência política de muitas colônias espalhadas pelo mundo, principalmente daquelas localizadas na África e
BNCC
ARIONAURO
FICA A DICA
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Mundo bipolar – 1945-1991
Principal polo ou centro político-militar e econômico do sistema capitalista
Centros secundários no sistema capitalista mundial
do capitalismo internacional
Principal polo ou centro político-militar e econômico socialista Centro secundário no mundo socialista
Áreas satelizadas pela superpotência socialista
No período da Guerra Fria, o espaço mundial estava regionalizado em três blocos – formados de acordo com as condições e o sistema socioeconômico dos países integrantes –, chamados de “três mundos”:
• Primeiro Mundo: formado pelos países capitalistas com elevados níveis de industrialização e condições de vida;
• Segundo Mundo: formado pelos países socialistas;
• Terceiro Mundo: formado pelos países capitalistas com pouca ou nenhuma industrialização e baixos indicadores de condições de vida.
Apesar de ser uma regionalização do período da Guerra Fria, ainda é comum ouvirmos as expressões Primeiro Mundo e Terceiro Mundo para se referir, por exemplo, a países ricos ou desenvolvidos e pobres ou subdesenvolvidos, respectivamente.
Responda às questões no caderno.
1 Segundo o mapa, os países da América e da África se enquadravam em quais blocos socioeconômicos durante a Guerra Fria? Utilize o planisfério das páginas 12 e 13 para elaborar a resposta.
Auxiliar os estudantes na leitura do mapa e da legenda. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
2 Quais eram as posições geopolíticas do Brasil e dos Estados Unidos na ordem mundial bipolar?
O Brasil integrava o Terceiro Mundo e estava sob a influência política, econômica, militar e tecnológica dos Estados Unidos, principal polo do sistema capitalista e integrante do Primeiro Mundo.
continente integravam o Terceiro Mundo. Destacar que, durante a Guerra Fria, outros países da África adotaram o socialismo, porém abandonaram o sistema antes de 1991.
Na atividade 2, se julgar pertinente, ler para os estudantes o texto da seção Textos complementares
TEXTO COMPLEMENTAR
O Brasil no bloco capitalista
O Brasil sempre foi integrante do bloco capitalista. A partir de 1961, no entanto, o governo brasileiro, liderado pelo presidente João Goulart (1919-1976), procurou desenvolver uma política externa de neutralidade e independência em relação às duas superpotências. Além disso, fortaleceu e apoiou grupos e movimentos populares (como sindicatos) e reformas sociais (como reforma agrária e benefícios trabalhistas).
Essas atitudes do governo, consideradas de cunho socialista, preocuparam a classe dominante do Brasil. Em 31 de março de 1964, um golpe militar, que teve apoio de grande parte da elite brasileira e dos EUA, derrubou o presidente João Goulart e instalou no Brasil uma ditadura que governou o país de 1964 a 1985. Esse período se caracterizou pela repressão aos opositores, censura à imprensa, tortura, entre outros aspectos.
Elaborado pelos autores.
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na Ásia. Muitos desses novos países estavam à margem das decisões político-econômicas tomadas pelos Estados Unidos e pela União Soviética. Assim, durante a Guerra Fria, o espaço mundial ficou regionalizado em “três mundos”. Solicitar aos estudantes que analisem o mapa “Mundo bipolar – 1945-1991”. Se necessário, promover uma leitura conjunta, auxiliando-os no processo. Encaminhar as atividades 1 e 2 que auxiliam a leitura do mapa.
Na atividade 1, América, Estados Unidos e Canadá faziam parte do Primeiro Mundo (países capitalistas industrializados e com elevadas condições de vida). Cuba integrava o Segundo Mundo (países socialistas). Os demais países do continente integravam o Terceiro Mundo (países capitalistas com pouca ou nenhuma industrialização e baixos indicadores de condições de vida). África, Angola e Moçambique faziam parte do Segundo Mundo. Os demais países do
Analise as áreas de influência dos Estados Unidos e da União Soviética durante a Guerra Fria.
ALLMAPS OCEANO ATLÂNTICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO OCEANO PACÍFICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO Círculo Polar Ártico Trópico de Câncer Equador Trópico de Capricórnio Círculo Polar Antártico 0º M e r i d a n o d e G r e e n w c h 0º ESTADOS UNIDOS AMÉRICA LATINA ÁFRICA EUROPA ORIENTAL EUROPA OCIDENTAL CHINA JAPÃO OCEANIA CUBA MUNDO INDIANO ORIENTE MÉDIO UNIÃO SOVIÉTICA
Elaborado com base em: ROSS, Jurandyr Luciano Sanches (org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2009. p. 243.
Capitalismo
Periferias
Socialismo
Mundo socialista Mundo capitalista 0 2 320
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• A habilidade EF08GE07 é trabalhada com foco em analisar os impactos geoeconômicos, geoestratégicos e geopolíticos da ascensão dos Estados Unidos no cenário internacional em sua posição de liderança global.
Competências
• Gerais: 1, 2, 3, 4, 5 e 6
• Ciências Humanas: 2 e 7
• Geografia: 3 e 4
Interdisciplinaridade com...
Arte:
• EF69AR03 Analisar situações nas quais as linguagens das artes visuais se integram às linguagens audiovisuais (cinema, animações, vídeos etc.), gráficas (capas de livros, ilustrações de textos diversos etc.), cenográficas, coreográficas, musicais etc.
• EF69AR05 Experimentar e analisar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etc.).
• EF69AR06 Desenvolver processos de criação em artes visuais, com base em temas ou interesses artísticos, de modo individual, coletivo e colaborativo, fazendo uso de materiais, instrumentos e recursos convencionais, alternativos e digitais.
• EF69AR07 Dialogar com princípios conceituais, proposições temáticas, repertórios imagéticos e processos de criação nas suas produções visuais.
• EF69AR31 Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.
• EF69AR35 Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.
Língua Portuguesa:
• EF89LP01 Analisar os interesses que movem o campo jornalístico,
INTEGRANDO com
ARTE E LÍNGUA PORTUGUESA
Indústria do entretenimento: setor que inclui produções voltadas para diversão, tais como cinema, televisão, games etc.
James Bond
Heróis e vilões na Guerra Fria
Durante a Guerra Fria, a indústria do entretenimento foi financiada principalmente por empresas dos Estados Unidos, difundindo o American way of life (“estilo de vida americano”) ao redor do mundo.
James Bond, o agente 007, era um espião britânico que enfrentava os serviços secretos dos países socialistas, como a KGB da ex-União Soviética.
A personagem vivia aventuras recheadas de invenções tecnológicas e perseguições. Tornou-se sucesso no cinema, na televisão, nos quadrinhos e, ainda hoje, nos games
A primeira aparição do Capitão América aconteceu nos quadrinhos, em 1941. Cena de Vingadores: ultimato filme de 2019.
Contra as potências do Eixo O Capitão América (CaptainAmerica), vestido com as cores, estrelas e listras da bandeira dos Estados Unidos, foi criado para enfrentar os nazistas. Anos depois, voltou a combater supervilões e organizações terroristas que desejavam dominar o mundo.
A primeira história em quadrinhos do Super-Homem foi publicada nos Estados Unidos, em 1938. Cena de Batman vs Superman: a origem da justiça, filme de 2016.
e
os efeitos das novas tecnologias no campo e as condições que fazem da informação uma mercadoria, de forma a poder desenvolver uma atitude crítica frente aos textos jornalísticos.
• EF89LP03 Analisar textos de opinião (artigos de opinião, editoriais, cartas de leitores, comentários, posts de blog e de redes sociais, charges, memes, gifs etc.) e posicionar-se de forma crítica e fundamentada, ética e respeitosa frente a fatos e opiniões relacionados a esses textos.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
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A proposta da seção promove a interdisciplinaridade com Arte e Língua Portuguesa. Se for possível e de acordo com o planejamento anual de cada componente curricular, convidar os professores responsáveis para desenvolverem juntos o conteúdo proposto. Para isso, pode-se, por exemplo, trabalhar um dos filmes, episódios de séries ou histórias em quadrinhos citados na seção para aplicar o conteúdo estudado na du-
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NÃO ESCREVA NO LIVRO. LÍNGUA PORTUGUESA ARTE CONEXÃO:
007SEM TEMPO PARA MORRER. DE CARY FUKUNAGA. METRO-GOLDWYN-MAYER E UNIVERSAL PICTURES. REINO UNIDO. 2021.
Cartaz do filme 007 – Sem tempo para morrer, de 2021.
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O Homem de Ferro, criado em 1963, foi outro super-herói que surgiu como reflexo da ordem mundial bipolar. Cena de Vingadores: ultimato, filme de 2019.
Poder indestrutível
O Homem de Ferro (Iron Man) surgiu quando o fabricante de armas Tony Stark criou para si uma armadura invencível que representa, ao mesmo tempo, a indústria tecnológica e o poderio militar dos Estados Unidos. Entre seus maiores inimigos estão o Mandarim (supervilão chinês) e o Homem de Titânio (com uma versão soviética malcopiada da armadura do herói).
de mundo baseada no American way of life e foram usados pela indústria do entretenimento para propagar esse estilo, num primeiro momento, nos países alinhados aos Estados Unidos. Atualmente o American way of life está difundido por todo o planeta, aspecto que será abordado no volume do 9o ano
Na atividade 2, muitos exemplos atuais podem ser citados pelos estudantes, em que personagens representantes do bem defendem valores que consideram legítimos, recorrendo a torturas e ilegalidades. Exemplos: filmes nos quais os protagonistas renunciam à ética para defender um suposto bem maior, como a segurança nacional, a vida do presidente do país etc.
Enquanto isso...
Outras produções da época mostravam que a realidade não era tão maniqueísta, ou seja, “bem × mal”. A série televisiva Jornada nas estrelas (Star Trek) apresentava um futuro distante, no qual a humanidade unificada (e pacificada) fazia parte da Federação de Planetas e buscava novos mundos a serem descobertos e a ela integrados. A tripulação da nave Enterprise apresentava grande variedade étnica terrestre e extraterrestre, e os roteiros das aventuras abordavam questões filosóficas e políticas.
Ela representava os inimigos políticos como “agentes do mal”, enquanto os heróis, representando o “bem”, ajudam a legitimar as ações das potências ocidentais, independentemente dos métodos empregados.
Como a indústria do entretenimento ajudava a justificar as ações de grandes potências ocidentais, como os Estados Unidos? Responda em seu caderno.
No seu entendimento, a indústria do entretenimento, ou a imprensa em geral, pode influenciar politicamente a opinião pública? De que forma? Em grupo, procurem justificar suas posições citando exemplos atuais. Depois, compartilhem com a turma e o professor.
Respostas pessoais. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
Em grupo, criem personagens que representem diversos interesses e ideologias do mundo atual. Podem ser representados diversos atores que agem sobre o atual espaço mundial: países, governos, instituições não governamentais, órgãos internacionais, blocos econômicos, imprensa, sociedade civil etc. Elaborem desenhos dessas personagens e escrevam uma história em quadrinhos ou um roteiro para um filme. Utilizem as tecnologias digitais disponíveis para divulgar o trabalho de vocês.
Orientar os estudantes a conversar sobre quais seriam os principais atores do mundo atual. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
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pla de páginas. A temática proposta nesta seção também vai ao encontro da cultura juvenil
Também podem ser trabalhados outros personagens, como a garotinha argentina Mafalda, criada pelo quadrinista Quino, em 1963. Muitas tiras da personagem sobre o contexto da Guerra Fria podem ser usadas em sala de aula, pois se ocupam especificamente com a política e o destino do mundo durante boa parte desse período e encontradas em publicações nacionais, como o livro Toda Mafalda (Editora Martins Fontes, 2010).
Destacar que a expressão American way of life representa o estilo de vida estadunidense, pautado na busca pela felicidade e traduzida por uma suposta igualdade de oportunidades para que cada um alcance seus sonhos, pela abundância e pelo conforto, representados pelo consumo de alimentos, pela música e por outros produtos que se espalharam pelo mundo.
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Na atividade 3, orientar os estudantes a conversar sobre quais são os principais atores do mundo atual. Eles podem levar para a sala de aula revistas e jornais para entrar em contato com acontecimentos recentes envolvendo países, empresas, instituições governamentais e não governamentais etc. Eles poderão citar os Estados Unidos, como a grande potência política, econômica e militar; a China, como grande potência econômica em ascensão; a Rússia, como herdeira da União Soviética, a Alemanha, como potência econômica e política europeia; a Europa, como um continente que vem enfrentando diversas crises; a situação do Brasil no cenário geopolítico mundial e da América etc. Cada personagem deve ter características representativas de cada um dos atores. Solicitar aos estudantes que elaborem desenhos dessas personagens, ou que se caracterizem como tal. Ainda é possível propor que escrevam uma história em quadrinhos ou um roteiro para um filme, com auxílio do professor de Língua Portuguesa. Nessa atividade, é possível trabalhar com os temas cultura juvenil e tecnologia
Ler com os estudantes os textos sobre cada personagem representado na seção. Explicar que esses personagens integram a concepção
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PICTURELUX/THE HOLLYWOOD ARCHIVE/ALAMY/FOTOARENA
Cena da série Jornada nas estrelas, 1966.
PARAMOUNT TV/ALBUM/FOTOARENA
ENTERTAINMENT PICTURES/ALAMY/FOTOARENA
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• O trabalho com a habilidade EF08GE05 dá ênfase em aplicar os conceitos de Estado e país para o entendimento da situação geopolítica da América e da África no início da Ordem Mundial Multipolar.
• Atende-se à habilidade EF08GE07 com foco em analisar os impactos geoestratégicos e geopolíticos da ascensão dos Estados Unidos da América no cenário internacional em sua posição de liderança global.
• A habilidade EF08GE08 é contemplada com ênfase em analisar a situação do Brasil e de outros países da América Latina e da África, assim como da potência estadunidense no início da Ordem Mundial Multipolar pós-Guerra-Fria.
• Trabalha-se a habilidade EF08GE20 com enfoque em analisar características de grupos de países da América e da África no que se refere aos aspectos políticos e econômicos.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
O fim da Guerra Fria está associado a dois importantes eventos: a queda do Muro de Berlim (1989), grande símbolo da ordem mundial bipolar, e a dissolução da União Soviética (1991).
Com o objetivo de separar e isolar as áreas capitalista e socialista no território alemão, o governo da Alemanha Oriental construiu, em 1961, com autorização e apoio da URSS, o Muro de Berlim. Cabe destacar que não houve oposição das autoridades das “duas Alemanhas” quando da derrubada do Muro, em 1989, pois o enfraquecimento do poder soviético no Leste Europeu já era evidente.
Sobre a União Soviética, esclarecer que, desde meados da década de 1970, o país enfrentava dificuldades econômicas com graves crises de abastecimento
Regionalização pós-Guerra Fria
No fim da década de 1980, as economias dos países socialistas começaram a apresentar sinais de esgotamento. Os enormes gastos com a corrida armamentista impediram que esses países acompanhassem as inovações trazidas pela Terceira Revolução Industrial: o uso da tecnologia e da informática na produção industrial e a flexibilização e descentralização das atividades produtivas.
A população desses países também mostrava crescente insatisfação com infraestruturas deficitárias, falta de alimento e de maior liberdade. Diante desse quadro, os governantes começaram a implementar reformas político-econômicas, caminhando na direção do capitalismo.
Essa abertura dos países socialistas aproximou União Soviética e Estados Unidos. Acordos para a redução do arsenal nuclear foram firmados, amenizando as tensões da Guerra Fria.
Esse processo culminou com a derrubada do muro que dividia a cidade de Berlim, na Alemanha, e que havia se tornado um dos símbolos da Guerra Fria. A partir desse momento, os regimes socialistas do Leste Europeu começaram a se desagregar. Em 1991, a União Soviética deixou de existir, dando origem a 15 repúblicas independentes.
interno, queda nas exportações e redução do Produto Interno Bruto (PIB). Os elevados investimentos na corrida armamentista e espacial e a ajuda econômica e financeira que prestavam a países do bloco socialista limitavam os investimentos em outros setores, especialmente no desenvolvimento da ciência e tecnologia. A grande burocracia e o controle excessivo do governo sobre o mercado também tinham impacto negativo sobre a economia.
Com a chegada de Mikhail Gorbatchev ao poder em 1985, aconteceu uma ampla reforma econômica intitulada perestroika (reestruturação). Entre as medidas anunciadas, estavam redução do controle estatal na economia, redução dos gastos militares, importação de tecnologias, incentivos à produção de bens de consumo, maior participação das exportações no PIB, desburocratização e atração de investimentos externos. Para viabilizar a perestroika, o líder soviético iniciou uma abertu-
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Queda do Muro de Berlim, Alemanha, 1989.
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Em razão da fuga de pessoas da Berlim Oriental para a Berlim Ocidental, as autoridades do lado oriental construíram, em 1961, com o apoio da URSS, o Muro de Berlim. Durante décadas, esse muro simbolizou a divisão do mundo nos blocos socialista e capitalista. Foi derrubado em 9 de novembro de 1989, data que, para muitos estudiosos, marca o fim da Guerra Fria.
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Com o término da Guerra Fria, a organização do espaço geográfico passou por grandes transformações que refletiram nas formas de produzir, pensar e fazer política no mundo. O fim das disputas ideológicas entre os blocos capitalista e socialista colocou em evidência as diferenças socioeconômicas entre os países ricos (desenvolvidos) e os países pobres (subdesenvolvidos).
No início dos anos 1990, a Nova Ordem Mundial tinha os Estados Unidos como grande centro unipolar do poder global. A União Europeia (UE) e o Japão se destacavam como polos econômicos e tecnológicos importantes.
Nesse período, ampliou-se o processo de globalização, entendido como o crescimento da interdependência entre países, governos, empresas e povos do mundo, consequência da grande expansão do capitalismo e dos avanços tecnológicos na comunicação e nos transportes. Analise o mapa. A globalização será trabalhada de maneira mais aprofundada no volume do 9o ano.
Mundo multipolar – fim do século XX
Estados Unidos União Europeia Japão
Elaborado com base em: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante São Paulo: FTD, 2016. p. 175.
1 Compare o mapa desta página com o mapa “Mundo bipolar – 1945-1991”, na página 29, e converse com seus colegas sobre a posição dos Estados Unidos, da Europa Ocidental e do Japão no cenário mundial do pós-Guerra Fria.
Encaminhar a discussão e anotar na lousa os pontos principais mencionados pelos estudantes. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
2 Qual é a posição dos países da América e da África no contexto da Nova Ordem Mundial no início dos anos 1990?
Os países da América estavam sob influência e dependência política e econômica dos Estados Unidos, e os países da África sob a influência da União Europeia.
3 Em 2022, a China era a segunda maior economia do planeta. Pensando nisso, é possível afirmar que a posição ocupada por esse país nesse mapa corresponde ao seu papel no cenário internacional atual? Apresente argumentos que justifiquem sua resposta.
Não, pois atualmente a China saiu da posição de polo secundário para se tornar um polo principal planetário.
ra política, conhecida como glasnost (transparência), com a intenção de propiciar maior liberdade e participação popular, além de promover mudanças nas relações com o bloco capitalista.
A perestroika e a glasnost incentivaram campanhas nacionalistas de independência nas repúblicas que constituíam a União Soviética. Gradativamente, essas repúblicas proclamaram a independência. Em 24 de dezembro de 1991, Gorbatchev assinou o fim do Estado soviético.
Com a dissolução da superpotência, 15 novos Estados surgiram no espaço geográfico mundial. Após o fim da União Soviética, o socialismo perdeu força no mundo, mas não se extinguiu. Atualmente, poucos países são socialistas, é o caso da China, Vietnã, Coreia do Norte e Cuba. Ainda que o sistema socialista persista nesses países, seus governantes promoveram uma série de reformas, abrindo parcialmente suas economias para o capital externo.
Destacar que esses acontecimentos contribuíram para uma reordenação da geopolítica mundial. Surgiram novos países, com o desaparecimento de outros, com uma Nova Ordem Mundial baseada na multipolaridade e novos centros de poder: Estados Unidos, União Europeia e Japão. Destacar o papel da globalização na Nova Ordem Mundial e algumas das características desse processo, que será aprofundado no volume do 9o ano desta coleção.
Explorar com a turma o mapa “Mundo multipolar – fim do século XX”, identificando as áreas de influência desses centros de poder. Solicitar, na sequência, que realizem as atividades 1 a 3. Na atividade 1, a Europa Ocidental e o Japão eram centros secundários do capitalismo no contexto da Guerra Fria, passando a ocupar posição de polos principais na Nova Ordem Mundial. Os Estados Unidos mantiveram sua posição de potência mundial.
Reforçar que, a partir dos anos 2000, o mundo conheceu o notável crescimento econômico e político da China. O país asiático saltou da décima economia do mundo, na década de 1960, para a segunda, em 2022.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor e o estudante
• ADEUS, Lênin! Direção: Wolfgang Becker. Alemanha: Sony Pictures Classics, 2003. Vídeo (121 min).
A mãe de Alex, militante socialista e moradora de Berlim Oriental, entra em coma antes da queda do muro em 1989. Oito meses mais tarde, ela acorda e, para evitar o choque da descoberta, seu filho cria artifícios para que ela continue acreditando que nada mudou.
Círculo Polar Antártico OCEANO ATLÂNTICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO PACÍFICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO Círculo Polar Ártico Trópico de Câncer Equador Trópico de Capricórnio 0° 0° 0 3 111
Estados Unidos União Europeia Japão
Principais polos político-econômicos do mundo multipolar
Oriente Médio
Área de grande interesse dos polos político-econômicos
Polos político-econômicos secundários China e Comunidade dos Estados Independentes (CEI)
Principais áreas de influência dos três polos político-econômicos
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• A habilidade EF08GE07 é contemplada com foco em analisar os impactos geoestratégicos e geopolíticos da ascensão dos Estados Unidos da América no cenário internacional em sua posição de liderança global na relação com a China.
• Na habilidade EF08GE09 a ênfase é analisar os padrões econômicos mundiais de produção, distribuição e intercâmbio dos produtos agrícolas e industrializados, tendo como referência os Estados Unidos da América e a China.
• Contempla-se a habilidade EF08GE14, com foco em analisar os processos de desconcentração, descentralização e recentralização das atividades econômicas a partir do capital estadunidense e chinês em diferentes regiões no mundo.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
É importante reconhecer que, na ordem mundial contemporânea, o desenvolvimento econômico e tecnológico tem tanto peso quanto o poderio militar. Novos atores também ganham espaço no cenário geopolítico mundial e, percebe-se perda de poder econômico e político dos Estados Unidos.
Na página 34, explorar os principais eventos destacados na linha do tempo. Debater a relação de cada um desses eventos com o declínio dos Estados Unidos como potência hegemônica e a situação de cada um dos continentes nesse contexto. Ressaltar que a América Latina conta com alguns países emergentes importantes no cenário mundial e que o continente africano vem sendo alvo de investimentos massivos das potências que despontam no século XXI – China e Rússia.
Solicitar aos estudantes que analisem o gráfico com o PIB das cinco maiores potências econômicas mundiais e países do Brics. Destacar que o Brics é uma asso-
Ordem mundial contemporânea
Os Estados Unidos mantiveram a hegemonia planetária entre os anos 1990 e o início dos anos 2000, porém foram afetados por uma série de eventos que começaram a alterar a ordem mundial vigente. Analise a linha do tempo.
Atentados de 11 de setembro e Guerra no Afeganistão. Segunda guerra dos EUA contra o Iraque, no contexto da “Guerra contra o Terror”.
Crise dos sistemas financeiros e imobiliários dos EUA; crise econômica mundial. Primeiro encontro dos Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
Ascensão da China como potência econômica mundial e militar na Ásia. Reconstrução do poder militar da Rússia. Fragmentação e declínio do poder global da União Europeia, precipitado pela crise migratória.
Eleição de Donald Trump (1946-) à presidência dos EUA. Início da guerra comercial entre EUA e China.
de covid-19.
A década de 2020 apresenta-se como um momento de transição para a multipolaridade. Blocos de países emergentes, como Brasil, México, Índia, Turquia, China e Coreia do Sul, vêm ganhando força, enquanto países desenvolvidos perdem o monopólio da riqueza, do poderio militar, da regulação das leis do direito internacional, das mídias etc.
Com a influência crescente dos países emergentes na economia internacional, instituições como o G20 e grupos como o Brics foram criados para favorecer a cooperação entre os países e uma distribuição do poder mais equilibrada.
Em 2020, os Estados Unidos detinham 24,4% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, e a China, 17,9%. De acordo com projeções, em alguns anos, a China será a primeira economia do mundo, deixando os Estados Unidos em segundo lugar. Porém, quando consideramos a paridade do poder de compra (PPC), a China ultrapassou os Estados Unidos em 2016. Analise os gráficos.
G20: fórum de cooperação econômica internacional formado pelas 19 maiores economias do mundo e a União Europeia.
Os países do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) estão na origem do G20.
Produto Interno Bruto (PIB): refere-se à soma do valor de todos os bens e serviços produzidos em um país ou uma região durante um ano.
Paridade do poder de compra (PPC): índice que mede quanto determinada moeda pode comprar quando pensamos no mercado internacional, considerando que bens e serviços têm preços diferentes de um lugar para o outro. O PPC relaciona o poder aquisitivo de uma pessoa com o custo de vida do local onde ela mora, indicando se seu salário é suficiente para comprar tudo aquilo de que ela precisa.
ciação de países emergentes constituída por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Para melhor compreensão dos estudantes sobre a posição de cada país, ler com eles a definição de paridade de poder de compra (PPC) no boxe Glossário
A compreensão do uso da paridade do poder de compra (PPC), para comparar o PIB de diferentes países, e a análise da participação de China, Estados Unidos e Brasil na dinâmica de produção, distribuição e comercialização de produtos em escala global possibilitam desenvolver o tema con-
PIB das cinco maiores potências econômicas mundiais e Brics (em PPC, trilhões de dólares) – 1990-2020
Elaborado com base em: INDICATEURS du développment dans le monde. La Banque Mondiale. [S. l.], c2022. Disponível em: https://databank.banquemondiale.org/ reports.aspx?source=2&series=NY.GDP.MKTP. PP.CD&country=#. Acesso em: 10 abr. 2022.
temporâneo transversal Economia Encaminhar as atividades 1 a 3 da seção Atividades complementares para auxiliar na leitura e interpretação dos dados dos gráficos das páginas 34 e 35
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
China, Estados Unidos, Índia e Rússia
1. Analise os gráficos da página 34 e cite quatro países que apresentaram maior crescimento do PIB
BNCC 0 10 12 14 16 18 2 4 6 8 20 22 24 26 (em trilhões de dólares) 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020 Ano Alemanha Brasil China Estados Unidos Índia Rússia Japão África do Sul SONIA VAZ
2001 2003 2009 A PARTIR DE 2015 2018 2007-2008 ANOS 2010 2017 2020
Pandemia
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A ascensão dos países emergentes, com destaque para a China, vem modificando a dinâmica de produção, distribuição e comercialização de produtos em escala global. Analise os dados do comércio de mercadorias de alguns países.
China
Exportações Importações
Participação no total mundial: 14,7%
Composição por mercadoria (% - 2019)
Participação no total mundial: 11,5%
Composição por mercadoria (% - 2019)
Estados Unidos
Exportações
Participação no total mundial: 8,1%
Composição por mercadoria (% - 2019)
Importações
Participação no total mundial: 13,5%
Composição por mercadoria (% - 2019)
Brasil
Exportações
Participação no total mundial: 1,1%
Composição por mercadoria (% - 2019)
Importações
Participação no total mundial: 0,93%
Composição por mercadoria (% - 2019)
Elaborados com base em: TRADE maps. World Trade Organization. Geneva, c2022. Disponível em: https://www.wto.org/english/res_e/statis_e/statis_maps_e.htm. Acesso em: 12 abr. 2022.
1 Leia o excerto a seguir e faça o que se pede em seu caderno.
Atualmente, a China disputa a hegemonia econômica mundial com os Estados Unidos. Em 2018, os Estados Unidos iniciaram uma “guerra comercial” com a China, aumentando as taxas para importação de produtos chineses, com o objetivo de incentivar o consumo de produtos nacionais. Essa disputa teve consequências importantes no comércio internacional.
• Elabore hipóteses que expliquem de que forma o Brasil se beneficiou, em curto prazo, com a situação descrita. Consultar comentários em Orientações didáticas.
no período, considerando a paridade do poder de compra. Qual é a situação desses países na ordem mundial contemporânea?
Resposta: China, Estados Unidos, Índia e Rússia. Espera-se que os estudantes indiquem que os Estados Unidos, apesar de ainda manterem a hegemonia econômica, militar e cultural, vêm perdendo espaço para os países emergentes, sendo a China sua principal concorrente, seguida de outros países, como a
Rússia e a Índia. Se julgar pertinente, comentar que a ordem mundial contemporânea, que ainda está se desenhando, terá como núcleos centrais os EUA, a China e a Rússia. Os três países controlam um terço do território e um quarto da população mundial. Ainda não está claro qual será o papel da Europa e da Índia nesse novo arranjo de forças.
2. A partir dos dados de exportação e importação dos países selecionados, indique os principais
produtos exportados e importados e os maiores parceiros comerciais:
[Arte, serão três tabelas, com os gráficos aplicados Atrás de cada quadro serão aplicadas as respectivas
a) da China.
Resposta: Exportação: produtos manufaturados. Importação: produtos manufaturados e combustíveis. Principais parceiros comerciais: Estados Unidos, União Europeia, Japão.
b) dos Estados Unidos.
Resposta: Exportação e importação: produtos manufaturados. Principais parceiros comerciais: Canadá, União Europeia, China e México.
c) do Brasil.
Resposta: Exportação: produtos agrícolas e produtos manufaturados. Importação: produtos manufaturados. Principais parceiros comerciais: China, União Europeia e Estados Unidos.
Se julgar pertinente, comentar que exportação é a venda de produtos para outros Estados e importação é a compra de produtos de outros Estados.
3. Leia o excerto a seguir e faça o que se pede em seu caderno.
Atualmente, a China disputa a hegemonia econômica mundial com os Estados Unidos. Em 2018, os Estados Unidos iniciaram uma “guerra comercial” com a China, aumentando as taxas para importação de produtos chineses com o objetivo de incentivar o consumo de produtos nacionais. Essa disputa teve consequências importantes no comércio internacional.
Resposta: Espera-se que os estudantes indiquem que as tarifas de importação impostas pelos EUA e pela China aumentam o preço dos produtos, levando os dois países a buscar novos fornecedores. Os produtos agrícolas estadunidenses foram mais afetados pela alta das tarifas, levando a China a comprar mais do Brasil (a maior parte das exportações do país é composta por produtos agrícolas, tendo a China como principal comprador).
EDITORIA DE ARTE EDITORIA DE ARTE EDITORIA DE ARTE
THE CREATIVE GUY/ SHUTTERSTOCK.COM
GRMARC/SHUTTERS- TOCK.COM
CHARNSITR/SHUTTERSTOCK.COM
Produtos agrícolas:
Manufaturados:
Combustíveis e minérios: 3,1% Outros: 0,7% Produtos agrícolas: 9,6% Manufaturados: 59,7% Combustíveis e minérios: 27,9% Outros: 2,8% Produtos agrícolas: 10% Manufaturados: 63,1% Combustíveis e minérios: 14,8% Outros: 12,1% Produtos agrícolas: 7,1% Manufaturados: 77,7% Combustíveis e minérios: 10,3% Outros: 4,9% Produtos agrícolas: 39,5% Manufaturados: 31,3% Combustíveis e minérios: 27,3% Outros: 1,9% Produtos agrícolas: 6,6% Manufaturados: 76,3% Combustíveis e minérios: 17% Outros: 0,1%
3,3%
92,9%
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Competências
• Gerais: 1 e 10
• Ciências Humanas: 7
• Geografia: 3, 4, 7
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
A seção Interagir com mapas amplia o conteúdo sobre projeções cartográficas já abordado no volume do 6o ano. No 8o ano, o nível cognitivo dos estudantes permite maiores abstrações, por isso apresentamos alguns tipos de projeção, com destaque para a azimutal polar. Se julgar conveniente, retomar o conceito de projeção cartográfica trabalhado no volume do 6o ano. Pode-se usar como exemplo as diferentes maneiras de se esticar a casca de uma laranja, demonstrando os problemas de deformação que ocorrem no processo. Se possível, levar um globo terrestre para a sala de aula, para que os estudantes possam comparar essa representação com as projeções apresentadas nesta seção. Ler para eles o excerto da seção Texto complementar Espera-se que os estudantes compreendam o que é uma projeção e sua importância na produção de mapas, destacando que existem diversos tipos de projeções e que cada uma delas privilegia alguns aspectos em detrimento de outros, assim como sua escolha, dependendo dos objetivos que o mapa deve cumprir, ou seja, dos aspectos que se deseja destacar na representação do espaço.
Incentivar a observação das projeções Dymaxion de Fuller; a projeção de Hölzel; a projeção azimutal estrelada de Petermann e a projeção azimutal centrada na Antártida. A seguir, solicitar aos estudantes que respondam às atividades de 1 a 4.
Na atividade 1 , na projeção
Tridimensional: que apresenta altura, comprimento e largura.
Projeção cartográfica
A superfície terrestre é tridimensional. Para representá-la em uma superfície plana, bidimensional, os cartógrafos utilizam uma técnica chamada projeção cartográfica. Existem diversos tipos de projeções e a escolha de qual utilizar depende dos aspectos que se deseja destacar. Analise a representação do espaço mundial em diferentes projeções.
Mundo: projeção Dymaxion de Fuller
Mundo: projeção de Hölzel
Mundo: projeção azimutal estrelada de Petermann
1, a Antártida aparece circundada pelos oceanos em um dos extremos da representação.
Na projeção 2, a Antártida aparece como uma grande massa de terra esticada na base do planisfério; e na projeção 3, é representada nas pontas da estrela, de maneira descontínua. Na projeção 4, aparece como na projeção 1, circundada pelos oceanos.
BNCC ALLMAPS ALLMAPS ALLMAPS
MAPAS INTERAGIR COM NÃO ESCREVA NO LIVRO.
1 2 3 36
Fonte: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. 5. ed. São Paulo: Moderna, 2019. p. 11.
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Mundo: projeção azimutal polar (centrada na Antártida)
3. Na projeção 2, a Antártida aparece esticada e muito deformada. Na projeção 4, ela está com a forma mais próxima da realidade.
O princípio primário das projeções cartográficas é o de se colocar um globo entre uma fonte de luz e uma tela [...]. As imagens curvas do globo, ao serem projetadas na tela, irão adaptar-se à sua forma plana, com isso sofrendo uma série de deformações. Em razão disso, voltamos a dizer que nenhum mapa é perfeito. Todos eles possuem determinadas propriedades que fazem com que se conheçam, conforme o tipo de projeção, as deformações ocorridas. Para facilitar o entendimento de tais deformações, os cartógrafos buscaram três superfícies de mais fácil resolução geométrica [...] para que sobre elas fossem feitas as projeções da rede geográfica: cilindro, cone e plano. A projeção dos paralelos e meridianos será feita na parte interna do cilindro, do cone ou diretamente na superfície plana. [...]
DUARTE, Paulo Araújo. Fundamentos de Cartografia. 3. ed. Florianópolis: Editora da UFSC, 2006. p. 83-92.
1. Na projeção 1, a Antártida aparece circundada pelos oceanos em um dos extremos da representação. Na projeção 2, a Antártida aparece como uma grande massa de terra esticada na base do planisfério; e na
Responda às atividades em seu caderno.
projeção 3, é representada nas pontas da estrela, de maneira descontínua. Na projeção 4, aparece como na projeção 1, circundada pelos oceanos.
1 Como o território da Antártida, em cor laranja, aparece representado em cada uma das projeções?
2 Considerando que a Antártida é circundada pelos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico, quais projeções representam o território do continente de maneira mais próxima da realidade? Projeções 1 e 4.
3 Com um colega, comparem a representação da Antártida na projeção 4 com a representação da projeção 2. Anotem as diferenças e expliquem por que, no entendimento de vocês, a projeção 4 costuma ser mais usada para representar esse continente.
4 Analise o emblema oficial da Organização das Nações Unidas (ONU) e responda às questões.
a) Que tipo de projeção é utilizada no emblema?
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor e o estudante
• HANCOCK, Jaime Rubio. Todos os mapas que você conhece são ruins. El País, São Paulo, 20 abr. 2015. Disponível em: https://brasil. elpais.com/brasil/2015/04/14/cul tura/1429016086_681676.amp. html. Acesso em: 6 jul. 2022. Reportagem sobre as distorções causadas por variadas projeções cartográficas.
b) Em que ponto da superfície terrestre ela está centrada?
A projeção azimutal polar. Está centrada no polo Norte.
c) No seu entendimento, por que essa projeção foi a escolhida para representar o emblema da organização?
Porque permite a visualização de todos os continentes (exceto a Antártida), reafirmando o ideal de cooperação entre os países.
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TEXTO COMPLEMENTAR Projeções cartográficas
Uma projeção cartográfica é a base para a construção dos mapas, pois ela se constitui numa rede de paralelos e meridianos, sobre a qual os mapas poderão ser desenhados. No entanto, os modos de obtenção desta malha de linhas são os mais diversos, cada qual gerando certas distorções e evitando outras. Parte-se do princípio de que, sendo a Terra uma esfera, esta, ao ser
colocada numa folha de papel, deverá adaptar-se à forma plana. Para que isso ocorra só há um modo: pressionar o globo terrestre para que ele fique plano. Logicamente que ao sofrer tal pressão o globo irá partir em vários lugares [...].
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A Terra finalmente ficará plana (um mapa), porém, com uma série de deformações. Então, a Cartografia busca solucionar este problema com base no estudo das projeções cartográficas, apesar de que se saiba que nenhuma delas irá evitar a totalidade das deformações. [...]
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4
Fonte: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. 5. ed. São Paulo: Moderna, 2019. p. 10.
CHARTGRAPHIC/SHUTTERSTOCK.COM
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• Trabalha-se a habilidade EF08GE05 com foco em aplicar os conceitos de Estado, nação, território e país para o entendimento de situações geopolíticas no espaço geográfico mundial.
• Atende-se à habilidade EF08GE07 com ênfase em analisar os impactos geoeconômicos, geoestratégicos e geopolíticos da ascensão dos Estados Unidos no cenário internacional em sua posição de liderança global e na relação com a China e o Brasil.
• A habilidade EF08GE08 é contemplada com foco em analisar a situação do Brasil e de outros países da América Latina e da África, assim como da potência estadunidense na ordem mundial do pós-guerra.
• Ao analisar características de grupos de países da América e da África no que se refere aos aspectos políticos e econômicos da regionalização em países centrais e países periféricos no imperialismo, trabalha-se a habilidade EF08GE20
• A habilidade EF08GE21 é atendida com foco em analisar o papel ambiental e territorial da Antártida no contexto geopolítico e seu valor como área destinada à pesquisa e à compreensão do ambiente global.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Sugerimos organizar os estudantes em duplas para a realização das atividades propostas na seção. Destinar um tempo para que eles possam concluir a tarefa. Acompanhar a produção circulando pela sala de aula para fornecer apoio didático e esclarecer dúvidas. Após esse tempo, verificar as respostas das atividades e solicitar às duplas que as exponham oralmente, de forma alternada.
1. a) Na superfície terrestre há seis continentes: África, América, Antártida, Ásia, Europa e Oceania.
ATIVIDADES
Todas as respostas das atividades desta seção estão no MP, com orientações e encaminhamentos.
1 Sobre as terras emersas da superfície terrestre, responda:
a) Quantos e quais são os continentes que constituem a superfície terrestre?
b) Quais desses continentes formam um único bloco de terra emersa? Que nome recebe esse bloco?
2 Com base no esquema “Origem dos continentes” (página 15), elabore um pequeno texto explicando a atual configuração e distribuição das terras emersas no globo terrestre. No seu texto, use as palavras-chave: “Pangeia”, “placas tectônicas” e “fragmentação”.
3 Leia o fragmento do texto a seguir e responda às questões.
[...] Mas o que os britânicos querem nesse lugar gélido? Petróleo, gás e minérios, existentes nas profundezas do mar. A extração dessas substâncias na região ainda é tecnicamente impossível e as atividades relacionadas a minérios, com exceção da pesquisa científica, estão proibidas na região. [...]
BALDE de água fria neles! Superinteressante, São Paulo, 18 out. 2007. Disponível em: https://super.abril.com.br/blog/planeta/balde-de-agua-fria-neles/. Acesso em: 19 maio 2022.
a) Quais são os principais recursos naturais encontrados na Antártida?
b) Qual documento proíbe a exploração comercial desses recursos? Por que essa medida foi adotada?
c) Cite dois fatores que tornarão possível a exploração dos recursos minerais da Antártida em um futuro próximo.
4 Copie o texto em seu caderno, completando-o com as palavras do quadro.
água doce – temperaturas – Antártida massas de ar – ambiental – gelado – icebergs
A exerce importante papel no planeta. O continente é o principal regulador das e do clima na Terra, pois contribui para a formação das e das correntes marítimas. Também concentra 90% das reservas de , sob a forma de geleiras e
5 Defina o conceito de região. Depois, indique alguns critérios que podem ser usados para regionalizar o espaço geográfico.
b) África, Europa e Ásia formam um único bloco de terra emersa denominado Afro-Eurásia.
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Objetivo: • Identificar os continentes que constituem a superfície terrestre.
2. No texto, espera-se que os estudantes destaquem que a atual configuração das terras emersas resulta das atividades tectônicas que provocam, entre outras ocorrências, o movimento de placas. Esses movimentos foram responsáveis pela fragmentação da Pangeia e, ao
longo dos milhões de anos, de outras grandes massas de terras emersas que se deslocaram até chegar à distribuição atual.
Objetivo: • Analisar e compreender a origem e a distribuição atual dos continentes na superfície terrestre.
3. a) Água doce, cobre, urânio, minério de ferro, manganês, carvão e petróleo.
b) O Tratado da Antártida, criado para, entre outros fatores, proteger o continente da exploração de seus recursos.
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6 Leia o fragmento do texto sobre cidades que já sediaram Olimpíadas. Depois, analise o mapa e faça as atividades.
Os jogos olímpicos e a transformação das cidades: os custos sociais de um megaevento
[...] Qualquer cidade postulante [candidata] precisa de investimentos que vão do transporte público, passando pela estrutura de moradia, para abrigar delegações e turistas, até uma sofisticada rede de telecomunicações para proporcionar a circulação das imagens e notícias das competições, razão maior dos Jogos atuais.
Isso representa para a cidade candidata, além de uma infraestrutura mínima, a necessidade de um projeto detalhado de edificação das instalações ainda inexistentes, bem como da captação de recursos para esse fim. [...]
RUBIO, Kátia. Os jogos olímpicos e a transformação das cidades: os custos sociais de um megaevento. Scripta Nova: Revista Electrónica de Geografía y Ciencias Sociales, Barcelona, v. IX, n. 194, documento digital não paginado, 1 ago. 2005. Disponível em: http://www.ub.edu/geocrit/sn/sn-194-85.htm. Acesso em: 18 mar. 2022.
Mundo: cidades-sede das Olimpíadas – 1896-2028
Elaborado com base em: INTERNATIONAL Olympic Committee. [S. l.], c2021. Site Disponível em: http://www.olympic.org/olympic-games. Acesso em: 18 mar. 2022.
a) Faça um quadro no caderno, com uma coluna para cada continente, e preencha-o de acordo com a localização das cidades-sede dos Jogos Olímpicos destacadas no mapa.
b) De acordo com o texto, o que é necessário para uma cidade candidatar-se para sediar uma Olimpíada?
c) De acordo com a regionalização em países ricos ou desenvolvidos, pobres ou subdesenvolvidos e emergentes, onde se localiza a maior parte das cidades-sede das Olimpíadas?
d) No seu entendimento, que relação é possível estabelecer entre a regionalização em países ricos ou desenvolvidos, pobres ou subdesenvolvidos e emergentes, e os aspectos apontados no texto?
7 Em que as “regiões” contribuem para o estudo do espaço geográfico? Quais cuidados devem ser tomados com regionalizações do espaço?
c) O degelo das calotas polares e o fim do Tratado da Antártida no ano de 2048.
Objetivo: • Analisar o papel ambiental e territorial da Antártida no contexto geopolítico, identificando os interesses dos países no continente, bem como sua importância como área destinada à pesquisa e à compreensão do ambiente global.
4. Antártida – ambiental – temperaturas – massas de ar – água doce - icebergs
Objetivo: • Analisar o papel ambiental e territorial da
Antártida no contexto geopolítico, identificando os interesses dos países no continente, bem como sua importância como área destinada à pesquisa e à compreensão do ambiente global.
5. Região pode ser definida como um conjunto de áreas que apresentam características semelhantes, que as distinguem e identificam quando comparadas a outras áreas. Entre os critérios que podem ser usados para regionalizar o espaço geográfico, podemos citar o
clima, a renda da população, os idiomas falados, os grupos étnicos, entre outros.
Objetivo: • Compreender o conceito de região e que existem diversos critérios para regionalizar o espaço mundial, reconhecendo as diferenças entre variadas propostas.
6. a) Os estudantes deverão preencher o quadro da seguinte forma: América: Montreal, St. Louis, Los Angeles, Cidade do México, Rio de Janeiro; África: não sediou os jogos; Europa: Londres, Estocolmo, Helsinque, Moscou, Paris, Barcelona, Antuérpia, Amsterdã, Roma, Atenas, Berlim; Ásia: Pequim, Tóquio, Seul; Oceania: Sydney, Melbourne.
b) Para uma cidade se candidatar a sediar uma Olimpíada, ela precisa de transportes públicos de qualidade, estrutura de moradia para abrigar as delegações e uma sofisticada rede de telecomunicações.
c) A maior parte das cidades-sede das Olimpíadas se encontra nos países ricos ou desenvolvidos e nos emergentes. Nenhum país pobre ou subdesenvolvido sediou Olimpíadas.
d) As cidades localizadas nos países desenvolvidos ou nos emergentes apresentam maior infraestrutura, portanto, estão entre as mais escolhidas para a cidade-sede das Olimpíadas.
Objetivos: • Identificar os continentes que constituem a superfície terrestre. • Compreender o conceito de região e que existem diversos critérios para regionalizar o espaço mundial, reconhecendo as diferenças entre variadas propostas. • Conhecer as principais características da nova ordem mundial (início dos anos 1990).
7. A abordagem regional ajuda a compreender melhor como um fenômeno se distribui no espaço ou a estudar características comuns de determinada área, sendo muito utilizada por órgãos governamentais, institutos de pesquisa, universidades etc., com o objetivo de orientar o planejamento de políticas públicas e divulgar dados
0° Círculo Polar Ártico 0° Equador Trópico de Câncer Círculo Polar Antártico Trópico de Capricórnio Meridiano de Greenwich OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO 1976 MONTREAL 2008 BEIJING 1896, 2004 ATENAS 1936 BERLIM 1972 MUNIQUE 1960 ROMA 1928 AMSTERDÃ 1920 ANTUÉRPIA 1992 BARCELONA 1900, 1924, 2024 PARIS 1912 ESTOCOLMO 1952 HELSINQUE 1980 MOSCOU 1908, 1948, 2012 LONDRES 1964, 2020* TÓQUIO 2000 SYDNEY 1956 MELBOURNE 1988 SEUL 1904 SAINT LOUIS 1996 ATLANTA 1932, 1984, 2028 LOS ANGELES 1968 CIDADE DO MÉXICO 2016 RIO DE JANEIRO
Olimpíada
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*A
de Tóquio 2020 foi realizada em 2021 devido à pandemia de covid-19.
SONIA VAZ
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e informações. Cuidados nos estudos do espaço geográfico por regiões: considerar que a região não é homogênea e que podem ocorrer generalizações, sendo desconsideradas certas particularidades.
Objetivo: • Reconhecer que a região constitui importante ferramenta para o estudo do espaço geográfico, considerando os cuidados no seu uso.
8. a) Espera-se que os estudantes indiquem que o mapa 1 representa o mundo regionalizado em continentes, e o mapa 2 representa o mundo regionalizado considerando os blocos de terras emersas.
b) Espera-se que os estudantes percebam que a regionalização por continentes divide o mundo em seis regiões, enquanto a regionalização por blocos de terras emersas divide o mundo em quatro regiões.
c) Na regionalização por continentes (mapa 1) foram considerados, principalmente, aspectos relacionados à ocupação do território. Na regionalização por blocos de terras emersas (mapa 2), o critério considerado foi apenas o geológico, que define continentes como grandes porções de terras emersas limitadas pelas águas de oceanos e mares. Assim, Europa, Ásia e África formam um único bloco continental.
Objetivos: • Compreender o conceito de região e que existem diversos critérios para regionalizar o espaço mundial, reconhecendo as diferenças entre variadas propostas. • Reconhecer que o conceito de região constitui importante ferramenta para o estudo do espaço geográfico, considerando os cuidados no seu uso.
9. O imperialismo é a política caracterizada pela expansão territorial, cultural, econômica e ideológica sobre territórios e nações com recursos naturais de grande valor econômico. Nesse contexto, o espaço mundial estava regionalizado em países centrais e países periféricos.
8 Analise novamente os mapas da página 14 e responda às questões.
a) Os mapas 1 e 2 representam diferentes regionalizações do mundo? Explique.
b) Qual é a diferença entre essas regionalizações quanto à divisão das porções de terras emersas?
c) Qual critério de regionalização foi utilizado em cada um dos mapas?
9 Explique o que é imperialismo e como o espaço mundial estava regionalizado durante esse período.
10 Analise o mapa “Imperialismo – século XIX e início do século XX”, página 25, e responda às questões em seu caderno.
a) Os Estados listados na legenda do mapa fazem parte de quais continentes?
b) Qual foi o país que conquistou mais colônias na África e na Ásia no contexto do imperialismo?
c) Qual Estado-nação europeu ocupou grandes extensões de terra no norte da África?
d) Identifique as colônias da Alemanha na África no período representado.
e) Qual era a situação da Oceania no contexto do imperialismo?
11 Copie no caderno os itens que se relacionam à Guerra Fria. Em seguida, produza um texto sobre esse período com os termos que você selecionou.
ordem multipolar – rivalidade entre EUA e União Soviética – corrida armamentista – oposição entre bloco capitalista e socialista – duração até início da década de 1990 – ordem bipolar –começou com o fim da União Soviética – globalização
12 Nos países do antigo Segundo Mundo, o investimento em esportes era bastante alto. Assim, além da corrida armamentista e da corrida espacial, existia uma “corrida esportiva”. Leia o texto, analise o gráfico e responda às questões.
A disputa entre as superpotências atingiu também os esportes, com destaque para campeonatos de xadrez, basquete, vôlei e natação. Porém, foram as Olimpíadas que ocuparam o ponto mais alto da “corrida esportiva” entre capitalistas e socialistas. Os Jogos Olímpicos foram utilizados durante a Guerra Fria para representar a superioridade de um sistema sobre o outro. A disputa acontecia pelo acúmulo de medalhas. Ao final dos jogos, contabilizava-se qual dos blocos havia conquistado mais medalhas, principalmente de ouro. A disputa esportiva tornou-se mais ideológica nas Olimpíadas de Moscou (União Soviética), em 1980, e na de Los Angeles (Estados Unidos), em 1984. Os Estados Unidos e alguns países do bloco capitalista não compareceram aos jogos em Moscou. Em contrapartida, a União Soviética e os países do bloco socialista não disputaram os jogos de Los Angeles.
Texto elaborado pelos autores.
10. a) Europa, Ásia e América.
b) Os territórios são pintados com as cores dos países indicados nas legendas, pois representam suas colônias.
c) Grã-Bretanha (Inglaterra, Escócia e País de Gales).
d) França.
foram colonizados pelos ingleses. Parte do atual território de Papua Nova Guiné teve influência alemã.
Objetivo:
• Conhecer as principais características do imperialismo e as principais mudanças ocorridas no espaço geográfico neste período.
e) Camarões, Sudoeste Africano Alemão e África Oriental Alemã.
f) Os territórios que compunham a Oceania
Objetivos: • Identificar os continentes que constituem a superfície terrestre. • Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões. • Conhecer as principais características do imperialismo e as principais mudanças ocorridas no espaço geográfico neste período.
11. Possível resposta: rivalidade entre EUA e União
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em: https://olympics.com/en/olympic-games/tokyo-2020/medals.
Acesso em: 18 mar. 2022.
13 Analise a charge e escreva um parágrafo explicando a que aspecto da ordem mundial contemporânea ela se refere. Depois, destaque os fatores que participaram para que as potências chegassem à situação representada.
a) O chamado Segundo Mundo fazia parte de qual regionalização mundial? Explique os critérios utilizados.
b) No gráfico, quais países do antigo Segundo Mundo aparecem entre os dez primeiros colocados no ranking de medalhas de ouro?
c) Explique, de modo resumido, o contexto histórico ao qual o texto se refere.
Objetivos: • Compreender o que foi a Guerra Fria e identificar suas principais características e desdobramentos na economia e na geopolítica mundiais. • Conhecer as principais características da nova ordem mundial. • Compreender os motivos que levaram Estados Unidos e URSS a se tornarem potências mundiais após a Segunda Guerra Mundial.
14 Analise os gráficos e explique o que aconteceu com a participação dos países do G7 no PIB mundial no período representado.
1990: o G8* participa com 52,8% do PIB mundial (em PPC)
2021: o G7 participa com 30,8% do PIB mundial (em PPC)
* Entre 1997 e 2014, a Rússia fez parte do G8, que passou a ser G7 com a suspensão do país do grupo. Elaborados com base em: GDP based on PPP, share of world. International Monetary Fund. Washington, D.C., c2021. Disponível em: https://www.imf.org/external/datamapper/PPPSH@WEO/OEMDC/ADVEC/WEOWORLD?year=2021. Acesso em: 10 abr. 2022.
13. A charge se refere à disputa comercial entre Estados Unidos e China, representados na imagem pelo dragão e pela águia, respectivamente. Essa disputa ocorre no momento de transição de uma ordem mundial em que os Estados Unidos atuavam como potência hegemônica econômica, cultural, militar e tecnológica para uma ordem mundial multipolar. Os atentados de 2001 e a “Guerra contra o Terror”, além da crise financeira de 2007, representaram mais um golpe para os EUA e os países emergentes, que começaram a ascender em meados dos anos 1990, com destaque para a China. Objetivos: • Conhecer os principais eventos que participaram do surgimento de uma ordem multipolar no início do século XXI, tendo como polos centrais os Estados Unidos, a China, a UE e a Rússia. • Analisar os aspectos que contribuem para o declínio dos Estados Unidos e ascensão da China como potência hegemônica.
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Soviética – corrida armamentista – oposição entre bloco capitalista e socialista – durou até início da década de 1990 – ordem bipolar.
Objetivo: • Compreender o que foi a Guerra Fria e identificar suas principais características e desdobramentos na economia e na geopolítica mundiais.
12. a) O chamado Segundo Mundo fazia parte da regionalização que dividia os países em “três mundos”: Primeiro Mundo (países capitalistas desenvolvidos), Segundo Mundo (países socialistas) e Terceiro Mundo (países
capitalistas subdesenvolvidos).
b) China e Comitê Olímpico Russo (que fazia parte da ex-URSS).
c) O texto se refere ao contexto histórico da Guerra Fria, iniciada logo após o fim da Segunda Guerra Mundial e que terminou no início da década de 1990; sendo caracterizada pela disputa de poder econômico, político e militar entre duas superpotências: Estados Unidos e URSS.
14. Espera-se que os estudantes indiquem que a participação do G7 no PIB mundial diminuiu significativamente em 30 anos, passando de 52,8% para 30,8%. A economia dos Estados Unidos e dos países desenvolvidos desacelerou após a crise econômica de 2007-2008, e os países emergentes despontaram no cenário internacional, tendo a China como líder e já superando os EUA desde 2016.
Objetivos: • Conhecer os principais eventos que participaram do surgimento de uma ordem multipolar no início do século XXI. • Analisar os aspectos que contribuem para o declínio dos Estados Unidos e ascensão da China como potência hegemônica no cenário internacional.
0 10 20 30 40 China JapãoComitêOlímpicoRusso AustráliaPaísesBaixos FrançaAlemanha Itália 39 38 27 22 20 17 10101010 Quantidade de medalhas
EstadosUnidos ReinoUnido
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Países com maior número de medalhas de ouro nas Olimpíadas de 2020
Elaborado com base em: TOKYO 2020 medal table. International Olympic Committee. Lausanne, c2022. Disponível
SONIA VAZ
Estados Unidos 21,6% Países não membros 47,2% Canadá 2% Alemanha 5,8% Reino Unido 3,6% França 4% Itália 4,1% Japão 9,1% Rússia 2,6%
ARIONAURO SONIA VAZ
Estados Unidos 15,9% Países não membros 69,2% Canadá 1,4% Alemanha 3,3% Reino Unido 2,2% França 2,2% Itália 1,8% Japão 3,9% Índia 7% China 18,7%
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BNCC NA UNIDADE
Competências
Gerais: 1, 2, 4, 5, 7, 9 e 10
Ciências Humanas: 2, 3, 4, 5, 6 e 7
Geografia: 1, 3, 4, 5, 6 e 7
Habilidades
Geografia: • EF08GE01
• EF08GE03
• EF08GE06
• EF08GE02
• EF08GE04
• EF08GE19
• EF08GE05
• EF08GE20
Matemática: • EF08MA23 • EF08MA27
Abertura da Unidade
BNCC
• A habilidade EF08GE03 é atendida com foco em analisar aspectos da dinâmica demográfica, considerando características da população mundial.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Para introduzir o tema, levantar os conhecimentos prévios dos estudantes acerca da população mundial. Aplicar a dinâmica da “tempestade de ideias”, na qual os estudantes são convidados, diante de um tema, a dizer a primeira palavra que lhes vem à mente, explicando posteriormente de que forma ela se relaciona com o assunto. Registrar essas informações, que poderão ser úteis para planejar o encaminhamento da Unidade, de acordo com as dúvidas e os interesses da turma.
Analisar com os estudantes a imagem de abertura, destacando que a população se distribui de forma irregular pela superfície terrestre.
Ressaltar que a China é, atualmente, o país mais populoso do mundo. A piscina vista na imagem maior tem capacidade para até 14 mil pessoas, o que equivale à população aproximada de muitas cidades do Brasil e do mundo. Trabalhar com essas comparações em variadas escalas ajuda os estudantes a compreender melhor essa distribuição irregular. É interessante também comparar dados do
DINÂMICAS DA POPULAÇÃO MUNDIAL
Nesta Unidade, serão analisados diferentes aspectos da população mundial, como a distribuição e os fluxos de pessoas, as mudanças relacionadas à estrutura etária e alguns indicadores sociais, como renda, anos de estudo, acesso a serviços de saúde e saneamento. O estudo desses aspectos ajuda a pensar em políticas que contribuam para melhorias das condições de vida e redução de desigualdades.
Banhistas em piscina na província de Sichuan, na China. Em dias de temperaturas elevadas, a piscina chinesa recebe cerca de 14 mil pessoas. Fotografia de 2019.
município em que a escola está situada com dados de outros países ou até mesmo do Brasil. Depois disso, encaminhar as atividades 1 a 4 com os estudantes para sistematizar a conversa inicial e conduzir o foco para a análise de aspectos da dinâmica demográfica, considerando características da população mundial.
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Na atividade 1 , espera-se que os estudantes respondam que a palavra “população” indica o total de habitantes ou pessoas que ocupam um território.
Explorar os conhecimentos prévios dos estudantes na atividade 2. Espera-se que respondam que a imagem destaca o grande contingente populacional do país, que é o mais populoso do mundo.
Na atividade 3, os estudantes poderão indicar que a China é o país mais populoso do mundo e que o Brasil está entre os 10 países mais populosos do mundo. Poderão citar que em ambos os países há grandes desigualdades sociais e diferenças na distribuição das pessoas pelo terri-
2
UNIDADE
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42
tório, entre outros aspectos. Verificar hipóteses dos estudantes para, no decorrer da Unidade, aprofundá-las ou revê-las, caso expressem informações equivocadas e do senso comum.
Verificar também as hipóteses que os estudantes levantaram na atividade 4, observando se indicam, por exemplo, aspectos relacionados ao clima, às formas do relevo, à presença de rios, às políticas de controle da natalidade, entre outros.
Converse com os colegas e o professor sobre as questões a seguir.
1 No título da Unidade, lê-se a palavra população. Como você definiria esse conceito?
2 No seu entendimento, a cena retratada na imagem representa qual característica da população da China? Explique.
3 Exponha outras informações que você conheça sobre a população chinesa e sobre a população brasileira.
4 A população mundial está distribuída irregularmente pelo planeta Terra. Elabore hipóteses sobre por que isso acontece.
STRINGER/IMAGINECHINE/AFP
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Consultar respostas em Orientações didáticas.
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• Atende-se à habilidade EF08GE03 com foco em analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando características da população mundial (crescimento vegetativo).
• A habilidade EF08GE19 é contemplada com ênfase em interpretar cartogramas com informações geográficas (população absoluta e projeção) da África e América.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Nesta dupla de páginas, a análise de alguns números absolutos sobre a população mundial serve como mote para averiguar outros fatores relacionados à dinâmica populacional.
Nas páginas 44 e 45, há conceitos importantes que fazem parte dos estudos demográficos: crescimento vegetativo, taxa de natalidade e mortalidade, taxa de fecundidade, expectativa de vida e ritmo de crescimento. Sugerimos que esses conceitos sejam retomados com base nos estudos da população brasileira já realizados no volume do 7o ano. É importante que todos os estudantes entendam esses conceitos para avançar na compreensão das dinâmicas populacionais. Nesse contexto, ressaltar que o crescimento demográfico está relacionado ao número de filhos, à expectativa de vida e às migrações. Todos esses fatores dependem de acesso à saúde, educação, moradia, alimentação adequada e da situação econômica e política de um país, além dos aspectos culturais. Se julgar oportuno, encaminhar a seção Atividade complementar
Ao trabalhar com o boxe glossário, ressaltar que, em alguns casos, as taxas de natalidade e mortalidade são indicadas para cada grupo de cem habitantes.
Demográfico: populacional.
Taxa de natalidade e taxa de mortalidade: relação entre o número de nascimentos ou de mortes e a população total em um ano para cada grupo de mil habitantes.
Em 2021, a população mundial contava com aproximadamente 7,8 bilhões de pessoas. Estimativas indicam que no ano de 2050 haverá 9,7 bilhões de pessoas habitando a Terra.
Entre os fatores que determinam o crescimento demográfico está o crescimento vegetativo ou natural, definido pela diferença entre as taxas de natalidade e de mortalidade
Considerando a diversidade socioeconômica e cultural do planeta, observamos que a população mundial continua crescendo, porém em ritmos diferentes entre continentes, regiões e países. Analise o gráfico.
População por regiões: estimativas – 1950-2019 – e projeções – 2019-2100
Elaborado com base em: UNITED NATIONS. Department of Economic and Social Affairs. Population Division. World population prospects 2019. Volume II: Demographic Profiles. New York: United Nations, 2019. Disponível em: https://population.un.org/wpp/Publications/Files/WPP2019_Volume-II-Demographic-Profiles.pdf. Acesso em: 23 mar. 2022.
Entre 2020 e 2050, a África e a Ásia continuarão com crescimento populacional acelerado. Dos 1,9 bilhões de pessoas que se somarão à população mundial nesse período, 1,1 bilhão nascerá na África e 649 milhões na Ásia. Na América do Norte, América Latina e Oceania, o crescimento continuará mais lentamente e, na Europa, a população diminuirá.
Destacar também que a diminuição do número de filhos por mulher em muitas sociedades está relacionada a uma maior autonomia das mulheres no planejamento familiar, e que a redução das taxas de mortalidade é explicada, em geral, pelos avanços da medicina e pelas melhorias nas condições sanitárias. Esses são exemplos de tendências mundiais que vêm acontecendo em diferentes velocidades em variadas regiões do planeta. Esse ritmo é ditado principalmente pelas características
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socioeconômicas de cada país ou região. De forma geral, muitos países da África e da Ásia continuarão a ter um crescimento acelerado até o fim do século XXI.
A representação da Evolução da população mundial não tem compromisso com as convenções cartográficas, pois o foco são as formas geométricas que representam os dados. Ao encaminhar a leitura, destacar que “mil milhões” equivalem a um bilhão. Assim, 7 874 mil milhões
BNCC
População
5 4 3 2 1 0 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030 Período 2040 2050 2060 2070 2080 2090 2100 África Europa Ásia América Latina América do Norte Oceania
Estimativas (1950-2015) Projeções (2015-2100)
total (em bilhões)
1 POPULAÇÃO EM NÚMEROS
FERNANDO JOSÉ FERREIRA 44
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De forma geral, o número de filhos por mulher e a mortalidade têm diminuído. Isso é resultado, entre outros fatores, da melhoria nas condições de vida da população, do maior acesso a medicamentos, atendimento médico-hospitalar e saneamento básico (tanto água tratada quanto coleta de esgoto e de resíduos sólidos), do aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho e da possibilidade de decidir a quantidade de filhos que se deseja ter.
Analise o mapa a seguir, que mostra a população dos continentes e dos países mais populosos do mundo em 2021 e a projeção para 2050. Note, por exemplo, que a população da Europa, em 2021, era de 747 milhões de habitantes e que, em 2050, essa população será de 710 milhões de pessoas.
Mundo: evolução da população mundial – 2021-2050
2. A população do continente europeu diminuirá. Ela era de 747 milhões de pessoas, em 2021, sendo a projeção para o ano de 2050 de 710 milhões. Levantar hipóteses com os estudantes sobre a segunda parte da pergunta. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
Elaborado com base em: BONIFACE, Pascal; VÉDRINE, Hubert. Atlas du monde global: 100 cartes pour comprendre un monde chaotique. Paris: Armand Colin, 2015. Fonte dos dados: UNITED NATIONS. Department of Economic and Social Affairs. Population Division. World population prospects 2019. Volume II: Demographic Profiles. New York: United Nations, 2019. Disponível em: https://population. un.org/wpp/Publications/ Files/WPP2019_Volume-IIDemographic-Profiles.pdf. Acesso em: 23 mar. 2022.
a Índia, a China e a Nigéria como os países mais populosos. A Nigéria, situada no continente africano, apresenta maior projeção de crescimento populacional.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR Vocabulário demográfico
É possível iniciar com os estudantes a elaboração de um glossário com termos próprios dos estudos demográficos, que poderá ser construído ao longo do estudo proposto na Unidade. É interessante que os estudantes possam construir os conceitos coletivamente, com base nas discussões realizadas em sala de aula e retomando conteúdos dos anos anteriores.
Responda em seu caderno.
4. Não. As projeções para 2050 indicam a Índia, a China e a Nigéria como os países mais populosos. A Nigéria, situada no continente africano, apresenta maior projeção de crescimento populacional.
1 Quais eram os continentes mais populosos no ano de 2021? Eles ocuparão a mesma posição em 2050?
Ásia e África. Esses continentes continuarão ocupando a mesma posição em 2050, e a população da África quase dobrará no período.
2 Qual é a situação da população do continente europeu? No seu entendimento, quais fatores ajudam a explicá-la?
3 Quais eram os três países mais populosos do mundo em 2021? Em quais continentes eles estão situados?
4 Os três países mais populosos em 2021 ocuparão a mesma posição em 2050? Dentre os países apresentados, qual tem projeção de maior crescimento populacional?
5 Que posição o Brasil ocupava em 2021? De acordo com a projeção, que posição ocupará em 2050?
China, Índia e Estados Unidos, os dois primeiros na Ásia, e o terceiro, na América. No ano de 2021, o Brasil era o sexto país mais populoso do mundo. De acordo com as projeções, em 2050 ele será o sétimo país mais populoso.
equivalem a 7,874 bilhões; 1 373 mil milhões a 1,373 bilhão, e assim por diante. Incentivar os estudantes a fazer essas transformações na análise dos dados dos continentes asiático e africano e de países como a China e a Índia.
As atividades 1 a 5 são importantes para exercitar a leitura dos dados do mapa sobre a dinâmica populacional nos continentes e países, que será aprofundada ao longo deste livro. Se julgar pertinente, retomar essas atividades no estudo
do continente africano, na Unidade 8 deste volume, cuja população continuará a crescer em ritmo intenso até 2050.
Na atividade 2, espera-se que os estudantes percebam que a diminuição da população europeia está relacionada à dinâmica demográfica do continente, com destaque para a elevada expectativa de vida e baixas taxas de natalidade.
Na atividade 4, espera-se que os estudantes respondam que as projeções para 2050 indicam
OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO Dez países mais populosos em 2021 e projeção para 2050 (em milhões) Evolução da população por continente (em milhões) População em 2021 Projeção para 2050 População mundial 2021-2050 (em milhões) População em 2021 Projeção para 2050 Sem escala. 1 402 1 444 China Índia 1 393 1 639 Estados Unidos 379 332 Indonésia 276 330 225 Paquistão 338 213 228 Brasil 401 Nigéria 211 Bangladesh 166 192 Rússia 145 135 130 155 México ÁFRICA 1 373 2 489 ÁSIA 4 679 5 290 EUROPA 747 710 AMÉRICA LATINA 659 762 AMÉRICA DO NORTE 371 425 OCEANIA 43 57 MUNDO 7 874 9 735 N
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BNCC
• Trabalha-se a habilidade EF08GE01 com foco em descrever as rotas de dispersão da população humana pelo planeta.
• Contempla-se a habilidade EF08GE03 com foco em analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando características da população mundial (origem e dispersão).
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Ao trabalhar o conteúdo desta dupla, salientar que, para a ciência, os seres humanos são parte da evolução dos hominídeos (Australopithecus), que viveram na África há cerca de 7 milhões de anos. Com o tempo, por meio do processo de seleção natural, alguns hominídeos deixaram de existir. As espécies sobreviventes evoluíram e deram origem ao gênero Homo, surgido há cerca de 2 milhões de anos, que também passou por evolução e deu origem aos seres humanos atuais. Destacar que todos os seres humanos são da espécie Homo sapiens sapiens (Homem duplamente sábio).
Há cerca de 12 mil anos, grupos de Homo sapiens sapiens começaram a transformar seu modo de vida. De caçadores e coletores nômades, passaram gradativamente a praticar agricultura, domesticar e criar animais e organizar as primeiras cidades. Surgiram, então, as primeiras grandes civilizações.
Por todo o continente africano formaram-se diversas civilizações, com diferentes características étnicas, econômicas, culturais e de organização social e política, constituindo desde comunidades até impérios. No Norte da África, por exemplo, há mais de 5 mil anos, surgiu, no Egito Antigo, a maior civilização da Antiguidade.
2 ORIGEM E DISPERSÃO DOS GRUPOS HUMANOS
Hominídeo: pertencente à família de primatas, que inclui o ser humano e seus ancestrais extintos.
Com base em vestígios arqueológicos, tais como pinturas em cavernas, pedaços de cerâmicas, conchas, ossos e dentes, pesquisadores concordam que os primeiros seres humanos, denominados hominídeos, desenvolveram-se na África, aproximadamente há 7 milhões de anos.
Há cerca de 2 milhões de anos, os hominídeos dividiram-se em dois ramos principais:
• Australopithecus, extinto há cerca de 1 milhão de anos. O esqueleto mais antigo de um Australopithecus foi encontrado na África. Reconstituído por cientistas, esse esqueleto, do sexo feminino, recebeu o nome de Lucy.
Fóssil de crânio de um hominídeo de cerca de 7 milhões de anos, encontrado no Chade (África), em 2001.
• Homo, que deu origem aos seres humanos atuais. Portanto, todos os humanos que habitam o planeta Terra, independentemente de tipo de cabelo, cor da pele ou dos olhos, pertencem ao grupo Homo sapiens sapiens (“homem duplamente sábio”).
Estudos sobre as origens do ser humano também mostram que, em um processo que durou milhares de anos, partindo do continente africano, nossos ancestrais migraram para Europa e Ásia e, posteriormente, para Oceania e América. Analise o mapa.
Mundo: dispersão humana
Modelo tridimensional de Lucy, em exposição no Museu de Ciências Naturais de Houston, em Houston, Texas, Estados Unidos. Fotografia de 2007.
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Espécie
Fonte: VIDAL-NAQUET, Pierre; BERTIN, Jacques. Atlas histórico: da pré-história aos nossos dias. Lisboa: Círculo de Leitores, 1987. p. 18.
Espécies de hominídeos do gênero Homo
Modo de vida
Homo habilis Cerca de 2,2 milhões de anos atrás.
Homo erectus Cerca de 1,5 milhão de anos atrás.
É considerado o primeiro representante do gênero Homo; sabia fazer utensílios de pedra, com os quais caçava pequenos animais, o que lhe permitiu incluir a carne em sua dieta. Daí o seu nome que, em latim, significa “homem hábil”, “habilidoso”, “engenhoso”.
É descendente direto do Homo habilis. Aperfeiçoou instrumentos de pedra, com os quais caçava animais grandes. Foi o primeiro a aprender a usar o fogo, conseguindo, com isso, adaptar-se a regiões frias da Europa e da Ásia.
Trópico de Câncer Círculo Polar Ártico Círculo Polar Antártico OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO Trópico de Capricórnio Equador OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO OCEANO PACÍFICO 0° 150° L Estreitode Bening ÁSIA OCEANIA ANTÁRTIDA AMÉRICA DO NORTE AMÉRICA DO SUL ÁFRICA EUROPA Sibéria Polinésia Alasca Deserto do Saara NOVA GUINÉ prováveis caminhos dos povoadores dos continentes 0 3 235 km ALLMAPS
PAT SULLIVAN/AP PHOTO/IMAGEPLUS BONE
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CLONES, INC./SCIEN-
SOURCE/FOTOARENA
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Os cientistas concordam que a origem do Homo sapiens sapiens está na África. Contudo, ainda não há consenso quanto ao trajeto percorrido por nossos ancestrais para chegar à América, e nem quando isso ocorreu.
Uma das hipóteses é a de que chegaram à América por terra, utilizando-se de uma passagem que teria se formado com o congelamento do Mar de Bering, localizado entre o leste da Ásia (Sibéria) e o oeste da América (Alasca).
Outra hipótese é a de que os primeiros povoadores da América teriam partido das ilhas do oceano Pacífico para a América do Sul, navegando de ilha em ilha em embarcações primitivas e fazendo uso de correntes marítimas favoráveis.
No século XIX, foram encontrados ossos humanos de mais de 10 000 anos na região de Lagoa Santa, em Minas Gerais.
Essa corrente migratória para a América do Sul começou a se destacar no fim do século XX, quando pesquisadores encontraram fósseis humanos de 12 500 anos, com traços negroides e semelhantes aos dos aborígines australianos. Um dos fósseis teve o rosto reconstituído. Era uma mulher que recebeu o nome de Luzia.
Aborígine: habitante original, nativo. Reconstituição
Responda em seu caderno. Consultar respostas e comentários em Orientações didáticas.
1 Utilize a rosa dos ventos no mapa e descreva as direções das trajetórias e os continentes ocupados pelos seres humanos, a começar pela África.
2 As principais rotas de dispersão dos primeiros grupos humanos eram terrestres ou marítimas? Por quê?
3 Descreva a hipótese que explica o povoamento da América por rotas marítimas.
Comentar sobre as teorias de correntes migratórias para a América.
No século XIX, foram encontrados ossos humanos de mais de 10 000 anos na região de Lagoa Santa, em Minas Gerais. A reconstituição do rosto de Luzia, feita a partir do fóssil considerado o mais antigo de um ser humano nas Américas, ficou em exposição no Museu Nacional, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Em 2018, um incêndio no museu danificou gravemente o fóssil Luzia. Esclarecer que, em meio aos escombros desse incêndio, foi encontrada uma caixa de metal que protegeu o crânio de Luzia, que receberá uma nova reconstituição. Encaminhar as atividades de 1 a 3, que auxiliam na descrição das rotas de dispersão da população mundial a partir de sua origem na África.
Na atividade 1, a partir da África, os seres humanos deslocaram-se inicialmente para o norte e depois para leste em direção à Ásia, de onde seguiram para oeste em direção à Europa, leste para a América do Norte e sul para a Oceania, de onde partiram para leste em direção à América do Sul.
Na atividade 2, espera-se que os estudantes indiquem que as rotas eram terrestres porque no momento das primeiras migrações realizadas pelos ancestrais do Homo sapiens sapiens ainda não havia o domínio de técnicas que permitiram a construção de embarcações, ainda que primitivas.
Homo sapiens neanderthalensis
Cerca de 200 mil anos atrás. Seus fósseis foram encontrados na região de Neander, na Alemanha.
Homo sapiens sapiens
Cerca de 100 mil anos atrás.
Muitos dos restos do homem de Neanderthal foram encontrados em cavernas, daí a expressão “homem das cavernas”. Acredita-se que ele tenha evoluído ao mesmo tempo que o humano moderno. Seu desparecimento ainda é objeto de debates. O homem de Neanderthal praticava coleta e caça em grupos de 20 ou 30 pessoas, fazia sepulturas para seus mortos cobertas com pedra e terra. Por isso, acredita-se ser a primeira espécie a realizar cerimônias religiosas.
É a espécie da qual fazemos parte. Originou-se na África há pouco mais de 100 mil anos e depois se espalhou por todos os continentes, adaptando-se a qualquer ambiente.
Na atividade 3, os primeiros povoadores partiram das ilhas do oceano Pacífico para a América do Sul, navegando de ilha em ilha, em embarcações primitivas e fazendo uso de correntes marítimas.
ISMAR INGBER/PULSAR IMAGENS 47
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do rosto de Luzia. Imagem de 2009 de exposição no Museu Nacional, na cidade do Rio de Janeiro (RJ).
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• Contempla-se a habilidade EF08GE01 com foco em discutir fatores históricos e condicionantes físico-naturais associados à distribuição da população humana pelos continentes.
• Atende-se a habilidade EF08GE03 com ênfase em analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando características da população mundial (distribuição espacial).
• A habilidade EF08GE19 é atendida com foco em Interpretar cartogramas com informações geográficas acerca da África e América (densidade demográfica).
• Trabalha-se a habilidade EF08GE20 com enfoque em analisar características de países da América (Brasil e Canadá) no que se refere aos aspectos populacionais (distribuição espacial).
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Promover a leitura compartilhada do texto da página 48. Fazer paradas para esclarecimentos de dúvidas e responder aos questionamentos dos alunos. Comentar que, no passado, a ocupação dos territórios estava exclusivamente condicionada a fatores físico-naturais. Isso se reflete ainda hoje no espaço geográfico mundial, com áreas de desertos quentes e frios, florestas e regiões polares apresentando as menores densidades demográficas. No entanto, embora a água, por exemplo, continue a ser um recurso essencial para a sobrevivência humana, a proximidade de recursos hídricos já não é um fator determinante para grupos humanos se estabelecerem ou desenvolverem atividades. Embora ocorram diferenças entre regiões do mundo e entre regiões de países, o avanço das técnicas pode permitir, por exemplo, irrigação artificial e densa ocupação de regiões com condições naturais extremas. Portanto, atualmente, os condicionantes físico-naturais
3 DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL
A população mundial está distribuída de maneira bastante desigual entre continentes, regiões e países. Há áreas de grandes concentrações populacionais e outras onde a ocupação humana é escassa, como nos desertos, nas florestas e nas regiões polares.
O acesso aos recursos naturais sempre foi um fator fundamental para a fixação ou para o deslocamento dos grupos humanos. Na Antiguidade, o Rio Nilo, por exemplo, foi fundamental para a civilização egípcia, por conta do acesso à água e ao desenvolvimento da agricultura nas planícies férteis. Contudo, ao longo dos séculos, o desenvolvimento das técnicas reduziu a importância da proximidade dos recursos naturais na fixação dos grupos humanos. Atualmente, embora ocorram diferenças entre regiões e entre países, a concentração de pessoas está relacionada às atividades econômicas, com a maior parte da população vivendo em cidades.
Em 2021, a Ásia era o continente mais populoso, com 60% da população mundial. Apenas China e Índia somavam mais de 2,8 bilhões de habitantes, o que correspondia a 36% da população da Terra.
Os países e as regiões mais populosos do mundo não são, necessariamente, os mais povoados
Um país populoso tem grande população absoluta (número total de habitantes). São exemplos: China, Índia, Estados Unidos, Indonésia, Paquistão e Brasil.
Um país povoado, por sua vez, tem alta densidade demográfica, que corresponde ao número total de habitantes dividido pela área territorial, expressa em hab./km2 (habitantes por quilômetro quadrado).
Analise o mapa e as tabelas.
Mundo: densidade demográfica – 2021
Elaborado com base em: UNITED NATIONS. Department of Economic and Social Affairs. Population Division. Data Query. United Nations. New York, 2019. Disponível em: https://population.un.org/wpp/DataQuery/. Acesso em: 31 maio 2022.
ainda são importantes, porém, o desenvolvimento de técnicas reduziu o peso da presença dos recursos naturais (água, solos férteis, relevo pouco ondulado e temperaturas amenas, por exemplo) como determinantes para estabelecimento de grupos humanos.
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Chamar a atenção dos estudantes para a distribuição da população por continentes e países. Destacar que a Ásia abriga 60% da população mundial. O segundo continente mais populoso é a África, com 17%, seguida da Europa, com 10%,
América Latina, com 8%, América do Norte e Oceania, com 5%. Se julgar conveniente, relembrar que a Antártida (continente abordado na Unidade 1) não possui população fixa. Em razão de um acordo internacional entre Estados (Tratado da Antártica), no continente há apenas estações de pesquisas. A Antártida não integra dados estatísticos da distribuição e da situação da população mundial. Atentar para a diferença nos conceitos de populoso (relacionado ao número total de habitantes) e povoado (relacionado ao número de
BNCC
OCEANO ATLÂNTICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO OCEANO PACÍFICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO Círculo Polar Ártico Trópico de Câncer Equador Trópico de Capricórnio Círculo Polar Antártico 0º 0º M e r d a n o d e G r e e n w i c h 0 3 064 menos de 1 de 1 a 10 de 10 a 25 de 25 a 50 de 50 a 100 de 100 a 200 mais de 200 Densidade de habitantes (por km²) ALLMAPS
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Mundo e regiões: densidade demográfica – 2021
Fonte dos dados: UNITED NATIONS. Department of Economic and Social Affairs. Population Division. Data Query. United Nations. New York, 2019. Disponível em: https://population.un.org/ wpp/DataQuery. Acesso em: 28 mar. 2022.
Mundo: Estados mais povoados – 2021
Na atividade 1, observar que a população mundial está distribuída de maneira bastante desigual entre os continentes. Áreas como desertos, florestas e regiões polares são pouco povoadas. Os recursos naturais, com destaque para a água, atraíam os grupos humanos e favoreciam a fixação em determinados locais.
Ao longo dos séculos, o desenvolvimento das técnicas reduziu a importância da proximidade dos recursos naturais no estabelecimento dos grupos humanos.
Fontes dos dados: IBGE PAÍSES. Rio de Janeiro, [20--]. Site Disponível em: https://paises.ibge.gov.br/#/.
UNITED NATIONS. Department of Economic and Social Affairs. Population Division. Data Query. United Nations. New York, 2019. Disponível em: https://population.un.org/wpp/DataQuery. Acessos em: 28 mar. 2022.
População na cidade de Varanasi, Índia, 2022. O país é o segundo mais populoso do mundo.
Responda em seu caderno.
1 As diferentes condições naturais existentes no planeta Terra influenciaram na distribuição da população pelos continentes? Justifique sua resposta.
Auxiliar os estudantes na resposta. Consultar sugestão em Orientações didáticas.
2 Que fatores históricos influenciaram a distribuição da população pelos continentes?
O desenvolvimento das técnicas, das atividades econômicas e das cidades.
3 Identifique no mapa a região que apresenta densidade demográfica superior à média mundial. Analise a tabela “Mundo: Estados mais povoados – 2021” e indique países dessa região que tenham áreas densamente povoadas, com mais de 500 hab./km2
Ásia. Nessa região, Cingapura, Bahrein, Maldivas e Bangladesh estão entre os países mais povoados do mundo.
4 Quais são as duas regiões menos povoadas do mundo? Indique países dessas regiões que apresentam vazios demográficos, ou seja, áreas com menos de 1 hab./km2
A Oceania e a América do Norte. Podemos citar a Austrália e o Canadá. Consultar comentários em Orientações didáticas.
5 Apesar de ter apenas 40 mil habitantes, Mônaco apresentava a maior densidade demográfica mundial em 2021. Explique por que isso acontece.
Mônaco apresenta elevada densidade demográfica porque seu território é muito pequeno, com apenas 2 km2
• INVESTIGAR LUGARES
Observe, no mapa, a representação das densidades demográficas no Brasil e escreva um texto apresentando aspectos da distribuição da população pelo território. Auxiliar os estudantes na produção do texto. Consultar comentários em Orientações didáticas.
habitantes por quilômetro quadrado ou densidade demográfica). Usar o Brasil para exemplificar esses conceitos. Com uma população de mais de 213 milhões de habitantes (2021), o Brasil é o 6o país mais populoso do mundo. Porém, por causa de sua grande extensão territorial, a densidade demográfica (25 hab./km²) é baixa quando comparada a outros países.
Orientar a leitura do mapa “Mundo: densidade demográfica – 2021”, ressaltando as áreas densamente povoadas do mundo. No Brasil, há
grande concentração na faixa leste. Se possível, aproveitar para retomar a formação socioeconômica e territorial do Brasil, conteúdo que se espera ter sido trabalhado no 7o ano. Se julgar pertinente, encaminhar nesse momento a seção Atividade complementar. Nas tabelas, pode-se identificar a densidade demográfica por regiões e os Estados mais densamente povoados do mundo. Encaminhar as atividades 1 a 3 para sistematizar o conteúdo e a leitura e interpretação do mapa e das tabelas.
No boxe Investigar lugares, orientar os estudantes a observar o mapa e a estabelecer a relação com o histórico de ocupação do território. Espera-se que os estudantes indiquem que as maiores concentrações populacionais se encontram no litoral, em virtude de seu processo histórico de ocupação e desenvolvimento do espaço geográfico. As áreas que correspondem à Floresta Amazônica, por sua vez, apresentam baixas densidades demográficas.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
População mundial
Analise novamente o mapa da página 48 e faça as atividades. Quais são as duas regiões menos povoadas do mundo?
Indique países dessas regiões que apresentam vazios demográficos, ou seja, áreas com menos de 1 hab./km2
Resposta: A Oceania e a América do Norte. Podem ser citados a Austrália e o Canadá.
Regiões Densidade demográfica (hab./km2) África 46,3 Ásia 150,8 Europa 33,8 América Latina 32,8 América do Norte 19,9 Oceania 5,1 Mundo 60,5
País Área (km2) Número de habitantes Densidade demográfica (hab./km2) Mônaco 2 40 000 26 523 Cingapura 719 5 897 000 8 423 Barein 760 1 748 000 2 300 Maldivas 298 544 000 1 812 Malta 316 443 000 1 383 Bangladesh 148 460 166 303 000 1 277
MUKHERJEE/AFP
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• A habilidade EF08GE03 é atendida com foco em analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando características da população mundial (distribuição espacial).
• O trabalho com a habilidade EF08GE20 tem ênfase em analisar características de países da América e da África no que se refere aos aspectos populacionais (população urbana e rural).
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Nesta dupla, é feita uma análise introdutória da distribuição da população mundial quanto à sua localização em áreas urbanas e rurais. Destacamos, no entanto, que a questão do urbano e das cidades é retomada em outras unidades na análise de regiões ou países.
Iniciar a aula, auxiliando os estudantes na leitura do gráfico que mostra a evolução da população urbana e rural a partir da década de 1950. Ao ler os dados do gráfico, espera-se que os estudantes percebam que, atualmente, a maioria da população mundial é urbana e que cresceu ao longo das décadas até superar a rural em 2007. Em uma roda de conversa, discutir as atividades 1 a 3 e encaminhar a leitura coletiva do texto.
Na página 51, chamar a atenção dos estudantes para o mapa
“Mundo: população urbana (em %) – 2021”. Por meio dele, os estudantes poderão ratificar as diferenças quanto às taxas de urbanização entre países. Destacar no mapa o Brasil, identificando que o país está entre os mais urbanizados do mundo, com mais de 80% da população vivendo em cidades. Ressaltar que existem 5 570 cidades de diferentes tamanhos espalhadas pelo território nacional. Se julgar conveniente, retomar conteúdos sobre o processo de urbanização
No campo ou na cidade?
Analise o gráfico e a tabela a seguir, depois faça as atividades em seu caderno.
Mundo: população urbana e rural – 1950-2050
Elaborado com base em: UNITED NATIONS. Department of Economic and Social Affairs. Population Division. World urbanization prospects: the 2018 revision. New York: United Nations, 2019. Disponível em: https://population.un.org/wup/ Publications/Files/WUP2018-Report. pdf. Acesso em: 28 mar. 2022.
Mundo: percentual da população urbana e rural – 1950-2050
Fonte dos dados: UNITED NATIONS. Department of Economic and Social Affairs. Population Division. World urbanization prospects: the 2018 revision. New York: United Nations, 2019. Disponível em: https://population.un.org/wup/Publications/Files/WUP2018-Report.pdf. Acesso em: 28 mar. 2022.
1 Em 1950, a maior parte da população mundial vivia no campo ou na cidade?
No campo.
2 Em que década a população urbana ficou maior que a população rural?
Década de 2010.
3 Indique o percentual de pessoas vivendo na cidade e no campo em 2020 e 2030.
2020: cidade: 56,2%; campo: 43,8%; 2030: cidade: 60,4%; campo: 39,6%.
No fim da década de 1950, a maioria da população mundial vivia no campo, com exceção de alguns países europeus e dos Estados Unidos.
Atualmente, o mundo é urbano, pois, desde 2007, a população que vive em cidades é superior à do campo. Em 1950, cerca de 30% da população mundial vivia em áreas urbanas. Em 2021, essa taxa era de 56%, e a previsão é de que continue a crescer, ultrapassando 68% em 2050.
O processo de urbanização aconteceu de forma bastante desigual entre os continentes ou regiões. Ainda há muitos países em que a maior parte da população vive no campo e trabalha em atividades ligadas, principalmente, à agricultura, à pecuária e ao extrativismo. A maioria desses países está localizada na África e na Ásia.
no Brasil, que, nesta coleção, foram trabalhados no volume do 7o ano
O passo seguinte é observar as formas espaciais da urbanização, como a formação de grandes aglomerações urbanas, causando repercussões políticas e econômicas no mundo. Em 2021, as megacidades (aquelas com mais de 10 milhões de habitantes) eram: Tóquio, Nova Délhi, Xangai, Cidade do México, São Paulo, Mumbai, Osaka, Pequim, Nova York-Newark, Cairo, Dacca, Ka-
rachi, Buenos Aires, Calcutá, Istambul, Chongqing, Rio de Janeiro, Manila, Lagos, Los Angeles-Long Beach-Santa Ana, Moscou, Guangzou, Guangdong, Kinshasa, Tianjin, Paris, Shenzhen, Londres e Jacarta.
Se julgar pertinente, comentar que o crescimento das cidades tem como consequência espacial a formação de metrópoles e a conurbação, processo no qual um ou mais aglomerados urbanos (de diferentes municípios) se
BNCC População em bilhões 7 Urbana Rural 6 5 4 3 2 1 1950 1955 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050 0
1950 1950 1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050 Urbana 29,6 33,8 36,6 39,3 43,0 46,7 51,7 56,2 60,4 64,5 68,4 Rural 70,4 66,2 63,4 60,7 57,0 53,3 48,3 43,8 39,6 35,5 31,6
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FERNANDO JOSÉ FERREIRA
Os continentes ou as regiões mais urbanizadas do mundo em 2021 eram América do Norte (82% da população vivendo em cidades), América Latina (81%), Europa (75%) e Oceania (68%). Na Ásia, 51% da população era urbana, e a África permanece predominantemente rural, com 43% de sua população vivendo nas cidades.
Segundo projeções da ONU, estima-se que, entre 2018 e 2050, haverá um acréscimo de 2,5 bilhões de pessoas na população urbana mundial, sendo que os continentes africano e asiático contribuirão com quase 90% desse total. Índia, China e Nigéria responderão por 35% do crescimento projetado para a população urbana no período.
Analise no mapa a distribuição da população urbana nos continentes e países.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Decifrando populações
Em 2021, Tóquio (Japão) era a maior aglomeração urbana do mundo, com uma população de 37,3 milhões de habitantes; seguida por Nova Délhi (Índia), com 31,1 milhões; Xangai (China), com 27,7 milhões; Cidade do México (México) e São Paulo (Brasil), cada uma com cerca de 22 milhões de habitantes. O crescimento da população urbana deu origem às megacidades
Existem mais de 30 megacidades no mundo, reunindo aproximadamente 450 milhões de pessoas, o que corresponde a 12% da população urbana. Até 2030, projeta-se a existência de 43 megacidades, a maioria na Ásia e na África. No entanto, as cidades que mais crescem são aquelas que possuem menos de 1 milhão de habitantes. Enquanto uma em cada oito pessoas vive em megacidades, quase metade da população urbana vive em cidades menores, com menos de 500 mil habitantes.
expandem e se integram, ultrapassando seus limites político-administrativos. O processo de conurbação pode gerar uma megalópole, que é uma região urbana de grande concentração econômica com grande fluxo de pessoas e mercadorias, formada por duas ou mais metrópoles integradas economicamente, além de cidades menores localizadas entre elas e no entorno. O conceito de megalópole surgiu na década de 1960 para se referir à mancha urbana da costa
Aglomeração urbana: conjunto de cidades próximas e interligadas, em que a cidade principal é a mais populosa e exerce forte influência sobre as demais.
Megacidade: cidade cuja aglomeração urbana ultrapassa 10 milhões de habitantes.
atlântica dos Estados Unidos, na qual Nova York é a cidade mais importante. Nas décadas seguintes, o conceito passou a ser usado para outras regiões urbanas.
Pesquise as cidades da Unidade da Federação onde você vive que apresentam: menos de 100 mil habitantes; entre 100 mil e 500 mil habitantes; entre 500 mil e 1 milhão de habitantes; mais de 1 milhão de habitantes. Para realizar a atividade, orientar os estudantes a navegar na página IBGE Cidades (disponível em: https:// cidades.ibge.gov.br/; acesso em: 10 jun. 2022). Com os dados da pesquisa em mãos, listar na lousa os municípios pesquisados pelos estudantes. Depois, encaminhar uma análise a partir de algumas perguntas, como: Em qual faixa de população se encontra a maior parte dos municípios? Existem megacidades na nossa UF? Em relação aos municípios pesquisados, o de vocês está entre os mais populosos ou menos populosos? Na opinião de vocês, o que explica haver maior população em alguns municípios e menor em outros? E no entendimento de vocês, qual é a tendência de crescimento da população urbana no nosso município: aumento ou diminuição? Após essa conversa, solicitar aos estudantes que escrevam um pequeno texto sobre as conclusões.
OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO Equador Trópico de Câncer 0º Círculo Polar Ártico Círculo Polar Antártico Trópico de Capricórnio Meridiano de Greenwich OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO 0º 80% a 100% 60% a 80% 40% a 60% 20% a 40% 0% a 20% Sem dados Porcentagem urbana 0 2 545 km ALLMAPS
Mundo: população urbana (em %) – 2021
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Fonte: UNITED NATIONS. Department of Economic and Social Affairs. Population Division. Maps. United Nations. New York, c2018. Disponível em: https://esa.un.org/unpd/wup/Maps/. Acesso em: 15 abr. 2022.
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• A habilidade EF08GE03 é atendida com foco em analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando características da população mundial (distribuição espacial e projeção de crescimento).
• Contempla-se a habilidade EF08GE19 com ênfase em interpretar anamorfoses geográficas com informações (distribuição espacial e projeção de crescimento da população) da África e da América.
• Ao analisar características de países da América e da África no que se refere aos aspectos populacionais (distribuição espacial e projeção de crescimento da população), contempla-se a habilidade EF08GE20
Competências
Geral: 4
Ciências Humanas: 5 e 7
Geografia: 3 e 4
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
O termo anamorfose vem do idioma grego e significa, de forma geral, transformação, formar de novo. Esse conceito é aplicado em diversas áreas do conhecimento. Na Cartografia, a anamorfose tem por objetivo adaptar a forma das áreas territoriais à informação que se quer representar. Portanto, o mapa não comunica a realidade física do espaço (como os mapas físicos e políticos).
Iniciar o estudo solicitando aos estudantes que observem as anamorfoses disponíveis nas páginas 52 e 53, questionando se já viram esse tipo de representação antes e em quais situações. Num primeiro momento, considerando que a anamorfose mantém a localização dos territórios no planeta, pedir que comparem os contornos dos territórios das anamorfoses com os do planisfério convencional na página 268 deste volume e identifiquem os nomes dos países que mais tive-
Anamorfose
Analise o mapa.
Mundo: população – 2020
A representação acima é chamada de mapa em anamorfose
Nas anamorfoses, as superfícies das áreas são deformadas, variando proporcionalmente de acordo com a informação que está sendo representada.
As anamorfoses facilitam a comparação entre países ou entre regiões, em relação a diversos temas, como população, emissão de poluentes, taxas de natalidade e de mortalidade, entre outros. Observe novamente a anamorfose acima, que representa a população mundial. Quando comparamos a anamorfose ao mapa de referência (em miniatura), podemos perceber que a localização e o contorno dos territórios foram mantidos, porém estão dilatados ou contraídos, de acordo com o número de habitantes.
Note que os territórios da China e da Índia, países mais populosos do mundo, aparecem bastante distorcidos e dilatados. Os territórios de alguns países com áreas extensas, como Canadá e Austrália, aparecem bastante contraídos, pois apresentam menor população absoluta.
ram os territórios mais transformados. Esclarecer ao Se julgar pertinente, ler para os estudantes o excerto da seção Texto complementar
Se desejar explorar com os estudantes a leitura de outros mapas em anamorfose, no boxe #Fica a dica apresentamos um link para uma coletânea de anamorfoses sobre temas diversos para trabalhar em sala de aula. Encaminhar as atividades de 1 a 10 para sistematizar o conteúdo desenvolvido nesta dupla.
Na atividade 1, espera-se que os estudantes comentem que a localização e o contorno dos territórios foram mantidos, porém estão dilatados ou contraídos, de acordo com o número de habitantes.
Na atividade 6, espera-se que, ao analisar os mapas em anamorfose, o estudante responda que as populações do Japão e do Brasil irão diminuir, pois no mapa 2 seus territórios estão representados com uma contração maior, se comparada à do mapa 1, que mostra a população em 2020.
BNCC DACOSTA MAPAS
NÃO ESCREVA NO LIVRO.
MAPAS INTERAGIR COM
1
Fonte: WORLDMAPPER. Population year 2020. Worldmapper. Oxford, c2022. Disponível em: https://worldmapper.org/maps/grid-population-2020/. Acesso em: 28 mar. 2022.
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Analise esta outra anamorfose.
Mundo: projeção da população – 2100
7. Os dois países aparecem muito reduzidos, pois a população total é muito pequena quando comparada ao tamanho de seus territórios.
Destacamos a seguir trecho de um artigo que apresenta as diferenças entre anamorfoses e cartogramas, que já foram trabalhados no volume do 7o ano Reflexões de cartografia temática nas transformações cartográficas
Fonte: WORLDMAPPER. Population year 2020. Worldmapper. Oxford, c2022. Disponível em: https://worldmapper.org/maps/population-year-2100/?sf_action=get_data&sf_data=results&_sft_product_cat=language.
6. Orientar os estudantes na análise das anamorfoses e na elaboração da resposta. Consultar comentários em Orientações didáticas.
Compare as anamorfoses 1 e 2 e responda às questões em seu caderno.
1 O que aconteceu com os territórios nos mapas 1 e 2?
Consultar comentários em Orientações didáticas.
2 Que países têm maior área nas anamorfoses? Por que isso aconteceu? Para identificar os países, consulte o planisfério político da página 268.
China e Índia. Isso aconteceu porque esses países são os mais populosos do mundo.
3 Quais regiões apresentarão aumento populacional significativo até 2100? E qual apresentará redução acentuada?
Aumento: África e Ásia; redução: Europa.
4 Quais são as projeções para a população da América?
FICA A DICA
Worldmapper
As Anamorfoses propriamente ditas se incluem no âmbito das transformações cartográficas espaciais geradas por meio de operações matemáticas que, aplicadas a uma superfície uniforme, fazem com que ela sofra dilatações e contrações de maneira contínua, devido a uma força em função do maior ou menor valor da variável da temática considerada, além de admitir uma única solução.
5 Qual era o país mais populoso da África em 2020? Consulte o planisfério político da página 268.
A população da América apresentará redução até 2100. Nigéria.
6 Quais são as projeções para as populações de Japão e Brasil?
7 A Rússia e o Canadá são os países com maior área do mundo. Localize-os nos mapas 1 e 2 e explique as razões para eles terem sido representados dessa forma.
8 Compare a proporção entre as áreas do México e dos Estados Unidos nos mapas 1 e 2. Segundo a projeção da população para 2100, que mudanças ocorrerão? Elabore hipóteses que expliquem por que isso vai acontecer.
A proporção que o território dos EUA ocupa no mapa vai diminuir e a do México vai aumentar. Isso acontecerá porque o crescimento vegetativo do México será maior que o dos EUA.
Disponível em: https://worldmapper. org/. Acesso em: 23 mar. 2022. O site traz uma coletânea de anamorfoses que representam temas variados, como população mundial, mortes por covid-19 entre janeiro de 2020 e novembro de 2021, turistas pelo mundo, número de adultos não alfabetizados, risco de terremotos, entre outros.
Os Cartogramas, por sua vez, são elaborações em que prevalece o tema. Justapõem sucessivamente as unidades de observação de forma contígua que, ao mesmo tempo em que perdem as formas e áreas originais, passam a ficar de tamanhos proporcionais à variável em foco, agora com formato quadrangular, mantendo as relações espaciais topológicas originais e possibilitando várias alternativas de expressão gráfica.
MARTINELLI, Marcello. Reflexões de cartografia temática nas transformações cartográficas. Confins, [s l.], n. 28, 2016. Disponível em: https:// journals.openedition.org/confins/11040. Acesso em: 10 jun. 2022.
TEXTO COMPLEMENTAR
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#
América Latina América do Norte África
Europa e Rússia Ásia Oceania
ALLMAPS
2
Acesso em: 28 mar. 2022.
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• O foco na EF08GE03 está em analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando características da população mundial (perfil etário).
• A habilidade EF08GE05 é trabalhada com ênfase em aplicar os conceitos de governo e país para o entendimento de situações na contemporaneidade (ações para atender e estimular a população jovem).
• Contempla-se a habilidade EF08GE19 com enfoque em interpretar cartogramas com informações geográficas (absoluta e projeção da população jovem) da África e da América.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Realizar com os estudantes uma leitura atenta do gráfico da página 54. Explicar aos estudantes que, apesar da tendência de envelhecimento da população mundial, ela ainda é composta por um número significativo de jovens. As faixas etárias que abrangem as pessoas de 0 a 24 anos correspondem a 41% do total da população, ao passo que os adultos correspondem a 50% do total. Encaminhar a atividade 1 para auxiliar na leitura e interpretação do gráfico e identificar a distribuição da população por idade nos continentes e regiões.
Ressaltar que, em virtude da fase de transição demográfica (diferentes ritmos de crescimento da população) em que se encontra, cada região do planeta ou país possui maior ou menor número de jovens na composição da população, e a África, a Ásia e a América Latina são as regiões com maiores percentuais de jovens.
Na página 55, é abordada a questão dos desafios a serem enfrentados pelos países com população jovem, que deverão pensar em políticas públicas para o desenvolvimento econô-
Um dos elementos pelos quais se pode estudar a população mundial é a distribuição das pessoas em grupos de idade. Analise o gráfico.
Mundo e regiões: percentual da população em grandes grupos etários – 2019
Fonte: UNITED NATIONS. Department of Economic and Social Affairs. Population Division. World population prospects 2019 Volume II: Demographic Profiles. New York: United Nations, 2019. Disponível em: https:// population.un.org/wpp/
Publications/Files/WPP2019_ Volume-II-Demographic-Profiles. pdf. Acesso em: 23 mar. 2022.
1 Anote em seu caderno o nome da região ou do continente que apresenta maior percentual de:
a) idosos (+65 anos);
b) adultos (25 a 64 anos);
Europa (19%). Europa (55%). África (60%).
c) crianças, adolescentes (0 a 14 anos) e jovens (15 a 24 anos)
Existem diferenças significativas na distribuição da população mundial por idade. Há países e regiões que apresentam taxas de natalidade elevadas e, portanto, a maior parte da população é formada por crianças, adolescentes e jovens. No entanto, em países ou regiões com taxas de natalidade e mortalidade baixas, a população é formada principalmente por adultos e idosos. Metade dos habitantes da Terra faz parte da população adulta, entre 25 e 64 anos de idade. Contudo, crianças, adolescentes (0-14 anos) e jovens (15-24 anos) representam parcela importante (41%) da população mundial.
Atualmente, cerca de 26% da população do planeta tem idade inferior a 15 anos, o que corresponde a aproximadamente 2 bilhões de pessoas.
mico-social, envolvendo principalmente esses grupos. É importante destacar que a maioria da população jovem vive em países pobres ou em desenvolvimento, o que representa um desafio suplementar para seus governos, que muitas vezes não têm como realizar os investimentos necessários na área de saúde e educação. Encaminhar a leitura do mapa com a projeção de jovens para 2050 e as atividades 2 e 3, que sistematizam as informações.
Na atividade 2, espera-se que os estudantes percebam que as projeções apontam para uma redução no número de jovens na composição da população brasileira. A projeção para 2050 é de que a população jovem brasileira esteja na faixa de 10 a 19%, sendo que em 2019 esse percentual era de 22%. Comentar que, na década de 1980, o percentual de jovens estava na faixa de 30% do total da população do Brasil. A projeção para 2050 indica que a grande maioria dos paí-
BNCC
NÃO ESCREVA NO LIVRO.
4 DISTRIBUIÇÃO POR IDADE
Faixas etárias Até 14 anos de idade De 15 a 24 anos de idade De 25 a 64 anos de idade Acima de 65 anos de idade 26 15 50 9 24 15 52 9 16 10 24 17 50 9 55 19 41 19 37 3 18 13 52 17 24 14 49 13 Ásia África América Latina América do Norte Oceania Europa Mundo 0 20 40 60 80 100
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Uma grande proporção de jovens na população de um país pode ser considerado um aspecto positivo, pois há mais pessoas em idade ativa, ou seja, aptas para trabalhar, podendo alavancar o desenvolvimento socioeconômico.
Por outro lado, um ritmo acelerado de crescimento da população jovem pode ser um problema. Com recursos limitados, os governos de países pobres não investem de forma adequada nos setores que preparam os jovens para atuar ativamente na sociedade. Como consequência, muitos deles se sentem desmotivados, envolvendo-se em situações de risco ou migrando para outros países em busca de oportunidades.
Para estimular e aproveitar o potencial dos jovens, os governos precisam investir em escolas, universidades, programas de acesso ao mercado de trabalho e em saúde pública. É preciso que trabalhem também questões como gravidez precoce e uso de drogas e violência, que afetam os jovens e os afastam de projetos de estudo e trabalho.
Analise o mapa.
Mundo: projeção do percentual de pessoas entre 10 e 24 anos na população – 2050
Elaborado com base em: GUPTA, Monica Das et al Situação da população mundial 2014. Tradução: Patrícia Ozório de Almeida; Cristiane Feitosa. Brasília, DF: UNFPA Brasil, 2014. Disponível em: http://www.unfpa.org.br/Arquivos/swop2014.pdf. Acesso em: 23 mar. 2022.
2. Resposta pessoal. Encaminhar a discussão de modo que todos possam participar. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
2 Em 2019, as pessoas entre 10 e 24 anos representavam 22% da população brasileira. Analise o mapa com a projeção para o ano 2050 e converse com os colegas sobre a situação atual e futura do Brasil e de outros países da América.
3 De acordo com o mapa, qual região do planeta terá países com mais de um terço de sua população formada por pessoas entre 10 e 24 anos? Que fatores podem explicar essa dinâmica?
Alguns países do continente africano continuarão a contar com mais de um terço de sua população formada por pessoas dessa faixa etária no ano 2050. Essa dinâmica pode ser explicada pelas elevadas taxas de natalidade do continente. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor
• GUPTA, Monica Das et al Situação da população mundial
2014: o poder de 1,8 bilhão: adolescentes, jovens e a transformação do futuro. Brasília, DF: UNFPA, 2014. Disponível em: http://un fpa.org.br/Arquivos/swop2014. pdf. Acesso em: 10 jun. 2022. O documento trata do grande contingente de população jovem no mundo, sobretudo nos países mais pobres. O crescimento econômico e a estabilidade social no futuro dependerão do acesso desses jovens a investimentos em educação, saúde e oportunidades de se tornarem atuantes na sociedade.
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ses da América também estará na mesma faixa de população jovem que o Brasil, entre 10% e 19% da população total.
Na atividade 3 , os países africanos começaram a experimentar melhoria dos indicadores de saúde e educação tardiamente, quando comparados às outras regiões do planeta. Por isso, a redução do número de filhos por mulher, o aumento da expectativa de vida e a diminuição da mortalidade infantil ainda não se
consolidaram e, portanto, não provocaram a modificação da estrutura etária do continente. Estima-se que a população africana continuará crescendo até 2100.
OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO Equador Trópico de Câncer 0º Círculo Polar Ártico Círculo Polar Antártico Trópico de Capricórnio Meridiano de Greenwich OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO 0º 10% a 19% 20% a 29% 30% ou mais Sem dados 0 2 307 km ALLMAPS
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• O trabalho com a habilidade EF08GE03 tem foco em analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando características da população mundial (perfil etário).
• A habilidade EF08GE06 é atendida com ênfase em analisar a atuação das organizações mundiais (OCDE e BID) nos estudos da população mundial e nos contextos americano e africano, reconhecendo marcas desses processos nos lugares de vivência.
• Contempla-se a habilidade EF08GE20 com foco em analisar características de países e grupos de países da América e da África no que se refere aos aspectos populacionais (geração nem-nem).
Competências
Gerais: 1, 2, 4, 5 e 10
Ciências Humanas: 2, 5 e 7
Geografia: 5, 6 e 7
Interdisciplinaridade com... Matemática
• EF08MA23 Avaliar a adequação de diferentes tipos de gráficos para representar um conjunto de dados de uma pesquisa.
• EF08MA27 Planejar e executar pesquisa amostral, selecionando uma técnica de amostragem adequada, e escrever relatório que contenha os gráficos apropriados para representar os conjuntos de dados, destacando aspectos como as medidas de tendência central, a amplitude e as conclusões.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Esta seção possibilita a interdisciplinaridade com Matemática ao contemplar as habilidades EF08MA23 e EF08MA27. Se possível, convidar o professor desse componente curricular para abordarem juntos o conteúdo proposto, o que também permite o desenvolvimento dos temas
Jovens que nem estudam nem trabalham
OCDE: organização internacional cujo objetivo principal é promover políticas públicas para melhorar a qualidade de vida da população, principalmente nos países em desenvolvimento.
No Brasil, e em outros países, há jovens entre 18 e 24 anos que nem estudam nem trabalham. Essa parcela da população mundial é chamada por pesquisadores de geração “nem-nem”. A maioria desses jovens não está nessa situação porque deseja. Fatores como crises econômicas, falta de acesso à escola e gravidez precoce ajudam a explicar o problema. Em 2020, de acordo com o relatório Educação em resumo 2021, divulgado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), 35,9% dos brasileiros entre 18 e 24 anos faziam parte dos “nemnem”, percentual bem distante da média dos países ricos, que foi de 15,1%. Analise a tabela 1.
Países selecionados: percentual de jovens de 20 a 24 anos que nem estudam nem trabalham – 2015-2020
Fontes dos dados: ORGANISATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT. Education at a glance 2021: OECD Indicators. Paris: OECD Publishing, 2021. Disponível em: https://read.oecd-ilibrary.org/education/education-at-a-glance-2021_b35a14e5-en#page1.
ORGANISATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT. Youth not in employment, education or training (NEET) (indicator). OECD. [S l.], 2022. Disponível em: https://data.oecd.org/youthinac/youth-not-in-employment-education-or-training-neet.htm. Acessos em: 24 mar. 2022.
Pandemia: quando uma doença atinge muitas pessoas no mundo ao mesmo tempo.
O relatório da OCDE destaca que a pandemia de covid-19 impactou a educação e as perspectivas de emprego para os jovens em vários países, com destaque para o Brasil, que já alcançava taxas acima da média de "nem-nem" em anos anteriores à pandemia.
contemporâneos transversais Cidadania e Civismo e Economia, com destaque para o Trabalho Para isso, promover a leitura coletiva do texto e a leitura das tabelas 1 e 2. Explicar aos estudantes que a situação econômica do país e as variações no mercado de trabalho também devem ser consideradas para explicar a geração “nem-nem”, pois, em muitas situações, os jovens buscam emprego, mas não há postos a preencher nos lugares onde moram. Também deve-se ressaltar que muitos jovens realizam atividades de trabalho no
mercado informal e atividades não remuneradas, como o trabalho doméstico, especialmente as mulheres. Encaminhar as questões a seguir para auxiliar na leitura das tabelas.
1. Que informações são apresentadas, respectivamente, pelas tabelas 1 e 2? Quais organizações internacionais publicaram os dados? Esclarecer que a tabela 1 apresenta países selecionados e percentual de jovens de 20 a 24 anos que nem estudam nem trabalham (em %), dos anos 2015-2020; e a tabela 2 mostra
BNCC
INTEGRANDO com MATEMÁTICA com CONEXÃO MATEMÁTICA NÃO ESCREVA NO LIVRO.
2015 2016 2017 2018 2019 2020 África do Sul 47,1 48,6 48,1 48,8 50,9 52 Brasil 27 28,5 30,1 30 28,9 35,9 Chile 20,7 - 21,7 - -Colômbia 24,7 24,5 25 26,3 27,4 34,8 Espanha 27,2 25,5 23,2 22 21,9 21,7 Itália 33,8 32,2 30 28,2 28,4 27,4 México 25,2 24,8 23,7 23,1 22,9 24,8 Noruega 10,1 10,9 10 10,2 8,7 10 Turquia 33,2 32,9 32,8 31,2 33,3 -
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Agora, analise a tabela 2.
Principais atividades realizadas pelos “nem-nem” (em %)
ta de qualificação dos jovens abre uma lacuna no mercado de trabalho e no sistema de arrecadação de impostos da previdência. Do ponto de vista social e da vida dos jovens, cria-se um círculo vicioso no qual fatores negativos vão se somando: o jovem não estuda, não consegue trabalhar, com menos vagas de trabalho não se sente motivado a buscar uma colocação, perde as perspectivas e a vontade de elaborar um projeto de vida. Muitos desses jovens, em situação vulnerável, se envolvem em situações de risco.
Para realizar as atividades de 1 a 4, sugerimos o trabalho em grupos.
Fonte: NOVELLA, Rafael et al. (ed.). Millennials na América Latina e no Caribe: trabalhar ou estudar? [S l.]: Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), c2018. (Sumário executivo). Disponível em: https://publications. iadb.org/publications/portuguese/document/Millennials-naAm%C3%A9rica-Latina-e-no-Caribe-trabalhar-ou-estudarSum%C3%A1rio-executivo.pdf. Acesso em: 24 mar. 2022.
Responda às atividades em seu caderno.
BID: organização internacional, cujo objetivo principal é financiar projetos de desenvolvimento socioeconômico e promover a integração comercial na América Latina.
1 O papel que os jovens desempenham em seus domicílios também influencia a possibilidade de estudar e buscar trabalho. Considerando os itens cuidados familiares e trabalhos domésticos na tabela 2, que país apresenta maior percentual de jovens “nem-nem” exercendo essas atividades? México.
2 Os dados de uma tabela podem ser organizados em gráficos. Em uma folha avulsa ou utilizando uma ferramenta digital, elabore dois gráficos:
a) com base na tabela 1, produza um gráfico de linhas com a evolução do percentual de “nem-nem” nos países selecionados. Represente dois países que apresentam tendências opostas.
b) com base na tabela 2, elabore um gráfico de barras verticais com o percentual de “nem-nem” que estão procurando trabalho nos países selecionados.
Respostas pessoais. Consultar comentários em Orientações didáticas.
3 Em grupos, organizem um roteiro de entrevista a jovens de 18 a 24 anos, para identificar quantos são “nem-nem” e os motivos dessa situação. Em sala de aula, conversem sobre como os dados coletados deverão ser tabulados, compartilhados e discutidos.
Respostas pessoais. Consultar comentários em Orientações didáticas.
4 Imagine que vocês fazem parte de uma equipe de governo que tem o objetivo de reduzir o percentual de “nem-nem” no Brasil. Discutam e proponham ações para atingir esse objetivo.
Auxiliar os estudantes no debate, cuidando para que não reforcem preconceitos e apresentem ideias de acordo com a realidade em que vivem.
as principais atividades realizadas pelos “nem-nem”, segundo o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
2. Quais países da América e da África podem ser identificados na tabela 1? Utilize o planisfério da página 268 para compor sua resposta. Os países, na América, são: Brasil, Colômbia, México, Chile; na África: África do Sul.
É bastante provável que os estudantes conheçam jovens nessa situação. Estimulá-los a com-
partilhar suas experiências e opiniões em relação ao tema, lembrando sempre que, na maioria dos casos, os jovens não estão sem trabalho e fora da escola porque desejam. Destacar a questão estrutural do país, que precisa investir em políticas educacionais, sociais e de incentivo profissional para a faixa etária.
Perguntar para os estudantes: por que ter jovens fora da escola e sem trabalho pode ser um problema para o futuro do país? Que impactos essa situação pode causar? Comentar que a fal-
Na atividade 2, verificar se os estudantes conhecem os tipos de gráfico solicitados e, se necessário, retomar suas principais características. Auxiliá-los na elaboração caso julgar adequado. Propor que comparem suas produções, verificando se as informações das tabelas foram corretamente representadas.
Na atividade 3, planejar e executar pesquisa amostral (jovens de 18 a 24 anos), com o objetivo de identificar quantos são nem-nem e os motivos dessa situação. O produto final poderá ser um relatório, produzido com o auxílio de ferramentas digitais, que contenha tabelas e gráficos apropriados para representar os dados e texto conclusivo. O relatório poderá ser divulgado por meio de diferentes procedimentos, gêneros e mídias, como podcasts com os depoimentos dos jovens. No desenvolvimento da atividade, é possível trabalhar com práticas de pesquisa, como construção e uso de questionários, entrevista, observação, tomada de notas e construção de relatórios (ver tópico Práticas de pesquisa nas Orientações Gerais deste Manual).
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América Latina e Caribe Brasil Chile Colômbia El Salvador Haiti México Paraguai Procurando trabalho 31 36 43 62 44 38 18 36 Cuidados familiares 64 44 59 54 56 64 70 54 Negócios/ trabalhos domésticos 95 79 83 94 96 89 98 96 Pessoa com deficiência 3 4 4 1 1 12 3 3 Nenhuma dessas atividades e sem deficiências 3 12 10 2 1 2 1 1 2
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• O foco no trabalho com a habilidade EF08GE02 está em relacionar fatos e situações representativas (atividades e cursos para idosos) no Município em que se localiza a escola, considerando a diversidade da população mundial.
• Atende-se à habilidade EF08GE03 com ênfase em analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando características da população mundial (perfil etário).
• Contempla-se a habilidade EF08GE20 com foco em analisar características de países e grupos de países da América e da África no que se refere aos aspectos populacionais (expectativa de vida).
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
O conteúdo proposto nesta dupla possibilita desenvolver o tema contemporâneo transversal Cidadania e Civismo, com destaque para o Processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso Para isso, promover a leitura coletiva do texto, do gráfico e da tabela nas páginas 58 e 59. Fazer paradas para esclarecimentos de dúvidas e questionamentos dos alunos. Comentar que as maiores expectativas de vida na América do Norte e na Europa estão relacionadas a melhores condições de vida encontradas nessas regiões. Destacar que, apesar da expectativa de vida inferior às de outras regiões, a África também apresenta crescimento constante e as projeções indicam uma aproximação em relação à média mundial em 2050.
Comentar que a pandemia impactou a expectativa de vida da população mundial, por conta do elevado número de óbitos. No ano de 2020, diversos dados revelam que a expectativa de vida caiu mais de seis meses em comparação a 2019, e que, nos Estados Unidos, a expecta -
Envelhecimento da população
Um aspecto importante da dinâmica da população mundial é o envelhecimento, ou seja, as pessoas passaram a viver mais, aumentando a proporção de idosos. Em geral, esse fenômeno é explicado pela melhoria nas condições de vida.
Note no gráfico que, a partir de 1975, a expectativa ou esperança de vida, isto é, o número médio de anos que se espera que uma pessoa viva, aumentou em todas as regiões, com redução das disparidades entre elas. As projeções para 2050 apontam que a África terá o maior crescimento da esperança de vida. No entanto, será o único dos continentes em que o tempo médio de vida da população será inferior a 75 anos.
Mundo: expectativa de vida ao nascer, por regiões – 1975-2050
Elaborado com base em: UNITED NATIONS. Department of Economic and Social Affairs. Population Division. World population prospects 2019 Volume II: Demographic Profiles. New York: United Nations, 2019. Disponível em: https://population.un.org/wpp/Publications/Files/WPP2019_Volume-II-Demographic-Profiles.pdf. Acesso em: 25 mar. 2022.
Previdência social: programa que o contribuinte paga durante sua idade ativa a fim de garantir uma renda em casos de aposentadoria, doença, acidente e gravidez.
O crescimento da expectativa de vida e, consequentemente, do número de idosos indica grande avanço social. No entanto, a redução de pessoas em idade ativa pode ocasionar problemas em diversos setores, como o da previdência social. Muitas vezes, os governos têm de rever o tempo de contribuição dos trabalhadores e a idade mínima para a aposentadoria, para evitar a diminuição acentuada das contribuições previdenciárias.
A população idosa também demanda serviços e investimentos específicos em saúde, casas de repouso, projetos sociais e culturais, entre outros.
Em muitos países, políticas públicas voltadas aos idosos ajudam a promover boas condições de vida para essa parcela da população. No entanto, essa e outras conquistas sociais têm sido apontadas como fatores que levaram alguns países europeus a crises econômicas nos últimos anos.
tiva de vida dos homens caiu dois anos. Nesse sentido, ressaltar que o gráfico que mostra a evolução da expectativa de vida ao nascer, com projeções para 2050, foi feito antes da pandemia e que, se fosse atualizado, deveria ter uma pequena queda na curva nos períodos pós-pandemia, a partir de 2020.
Chamar a atenção para o fato de que o crescimento da expectativa de vida ocorre com a diminuição da taxa de mortalidade, em consequência dos avanços sociais ao longo do tem-
po: melhorias no atendimento médico e hospitalar, maior acesso a medicamentos, maior oferta de alimentos, ampliação do acesso aos serviços de saneamento básico, à educação e à cultura e melhor distribuição da renda.
Se julgar pertinente, comentar que, durante muito tempo, o Brasil foi considerado um país de jovens. Há vinte anos, a população brasileira caracterizava-se pelo grande número de crianças e jovens e pelo pequeno percentual de idosos. Atualmente, a taxa de natalidade é menor e
BNCC Expectativa de vida ao nascer (em anos) 0 50 60 70 80 1975-19801980-19851985-19901990-19951995-20002000-20052005-20102010-20152015-20202020-20252025-20302030-20352035-20402040-20452045-2050 Mundo Ásia América Latina Oceania África Europa América do Norte FERNANDO JOSÉ FERREIRA
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Analise na tabela projeções para os países com elevado número de idosos (mais de 65 anos) em relação à população total, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU).
Mundo: países com número elevado de idosos (em milhões) – projeção para 2030 País Número de idosos População total (em %)
Fonte dos dados: UNITED NATIONS. Department of Economic and Social Affairs. Population Division. World population prospects 2019 Volume II: Demographic Profiles. New York: United Nations, 2019. Disponível em: https://population.un.org/wpp/Publications/Files/WPP2019_Volume-II-Demographic-Profiles.pdf. Acesso em: 25 mar. 2022.
Na atividade 2, espera-se que os estudantes indiquem que as diferenças se devem principalmente às melhores condições de saúde da população, ao desenvolvimento de infraestrutura, de saneamento básico e de acesso à água potável, às campanhas de vacinação e ao desenvolvimento de novos medicamentos.
Ao encaminhar o boxe Investigar lugares, incentivar os estudantes a reconhecer que a socialização dos idosos é um dos fatores que interferem na condição de vida deles. As atividades em grupo, que ocorrem gratuitamente em muitos municípios, ajudam a promover melhorias em sua condição de vida. Na execução da atividade, incentivar o uso de ferramentas e tecnologias digitais, se disponíveis e de fácil acesso pelos estudantes. A atividade possibilita desenvolver práticas de pesquisa como observação, tomada de notas e construção de relatórios (ver tópico Práticas de pesquisa nas Orientações Gerais deste Manual).
Responda em seu caderno.
1 De acordo com o gráfico “Mundo: expectativa de vida ao nascer, por regiões – 1975-2050”, classifique as regiões, em ordem crescente, em relação à projeção da expectativa de vida da população.
África, Ásia, América Latina, Oceania, Europa e América do Norte.
2 No seu entendimento, quais são os principais fatores que podem explicar as disparidades na expectativa de vida ao nascer entre as regiões do mundo?
Resposta pessoal. Consultar sugestão de resposta em Orientações didáticas.
• INVESTIGAR LUGARES
Em seu município, existem atividades ou cursos gratuitos para idosos? Em grupo, pesquisem essa informação em jornais, revistas ou na internet. Em seguida, produzam e divulguem folhetos, se possível com o auxílio das ferramentas e tecnologias digitais, contendo a programação dessas atividades para os idosos da família e da comunidade. Consultar comentários em Orientações didáticas.
a expectativa de vida da população é maior. Estimativas do IBGE apontam que, no Brasil, em 2030, as pessoas com mais de 60 anos corresponderão a cerca de 17% da população total, e as com menos de 19 anos serão cerca de 20%.
Na tabela da página 59, chamar a atenção dos estudantes para a posição do Japão e dos países europeus. Comentar que não há nenhum país da América Latina ou da África na lista, já que nessas regiões prevalecem países com população predominantemente jovem.
Destacar que governos de alguns países europeus, principalmente Alemanha, Espanha e Portugal, por causa do envelhecimento de suas populações e da falta de mão de obra futura, oferecem incentivos em dinheiro às mulheres que engravidam, licença-maternidade remunerada de, no mínimo, seis meses, garantia de assistência médica e acesso a creches. Em alguns casos, as famílias recebem uma ajuda mensal de cerca de 180 euros. Encaminhar as atividades 1 e 2, que auxiliam na sistematização do conteúdo e na leitura do gráfico e da tabela.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Inclusão: participação dos familiares idosos na escola • Iniciar a atividade perguntando aos estudantes se na família deles há idosos ou se conhecem idosos na comunidade onde moram. Pedir a eles que conversem com uma pessoa idosa, familiar ou conhecida deles (pode ser um vizinho, por exemplo) e procurem descobrir o que essa pessoa faz no dia a dia, quais atividades gostaria de fazer e quais são suas principais dificuldades. Em sala de aula, pedir aos estudantes que compartilhem o que descobriram. Planejar ações na escola para envolver os idosos da comunidade. Podem ser realizadas atividades, oficinas, cursos e rodas de conversas que envolvam os idosos, os estudantes e a comunidade escolar ministrados por pessoas idosas que tenham experiência em alguma atividade específica.
Japão 37 278 30,8 Alemanha 21 767 26,2 Itália 16 462 27,9 França 16 094 24,1 Reino Unido 15 166 21,5
SEBASTIAN GOLLNOW/PICTURE-ALLIANCE/DPA/IMAGEPLUS
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Idosos em atividade física na cidade de Stuttgart, Alemanha, 2020.
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• A habilidade EF08GE01 é atendida com foco em descrever os principais fluxos migratórios em diferentes períodos da história.
• O foco na habilidade EF08GE03 está em analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando características da população mundial (mobilidade espacial).
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Promover a leitura coletiva do texto da página 60, para identificar alguns dos principais fluxos de pessoas na história humana. A seguir, analisar o gráfico e encaminhar as atividades 1 e 2.
Na atividade 2, espera-se que os estudantes respondam, ao modo deles, que os seres humanos migram, em geral, em busca de uma vida melhor. As pessoas migram para estudar, constituir uma família, superar dificuldades econômicas, fugir de conflitos, de perseguições e de condições climáticas que colocam em risco sua sobrevivência, entre outras razões. Levantar as hipóteses dos estudantes sobre o aumento do número de migrantes no mundo.
Na página 61, destacar os motivos responsáveis pelo aumento no número de migrantes. Se julgar pertinente, comentar que um migrante internacional está em situação regular quando tem a autorização e a documentação necessárias para permanecer em um país, como visto ou carta de residência. Os que estão em situação irregular não possuem recursos para preparar a documentação necessária para migrar e/ou não atendem às condições exigidas para obter o visto no país onde desejam fixar residência.
Explicar que todos os refugiados são migrantes, mas nem todos migrantes são refugiados. Os termos, muitas vezes empregados como sinônimos, possuem significados bastante diferentes. Refu-
5 FLUXOS POPULACIONAIS
Os fluxos migratórios sempre fizeram parte da história humana. Na Antiguidade, os migrantes foram hebreus, egípcios, fenícios, gregos e romanos. No século VII, os árabes expandiram seus domínios da Espanha até a Índia. Outros povos espalharam-se de leste a oeste do continente asiático, em direção à China ou ao sul da Rússia. Na Europa, vikings e eslavos, entre outros, são exemplos de povos que também se deslocaram.
Entre os séculos XVI e XVIII, os colonizadores europeus atraíram migrantes voluntários para suas colônias na América, enquanto os traficantes de escravizados coordenavam o comércio de africanos, em uma migração forçada. Posteriormente, as duas grandes Guerras Mundiais e os conflitos étnicos e religiosos em vários países impulsionaram as migrações.
A partir da década de 1970, os progressos técnicos facilitaram a movimentação dos grupos humanos. Nos últimos 30 anos, o número de migrantes quase dobrou, assim como a importância global desse fenômeno, trazendo novos desafios para as sociedades modernas. Analise o gráfico.
Mundo: evolução dos migrantes internacionais – 1990-2020
Elaborado com base em: MCAULIFFE, Marie; TRIANDAFYLLIDOU, Anna (ed.). World migration report 2022. Geneva: International Organization for Migration (IOM), 2021. Disponível em: https://publications.iom. int/books/world-migrationreport-2022. Acesso em: 20 abr. 2022.
Responda às questões em seu caderno.
1 O que é um migrante?
Migrante pode ser definido, de forma bastante ampla, como a pessoa que vive, de forma temporária ou permanente, em um local diferente daquele onde nasceu.
2 No seu entendimento, quais motivos levam as pessoas a migrar? Por que o número de migrantes internacionais tem aumentado nos últimos 30 anos?
Ouvir as respostas dos estudantes e depois orientá-los a anotar as conclusões no caderno. Consultar sugestão de resposta em Orientações didáticas.
giado, de acordo com a Convenção de Genebra (série de tratados que contém as bases do direito humanitário internacional e regras que devem ser seguidas em guerras e conflitos, com o objetivo de proteger a população civil. A convenção específica sobre o estatuto dos refugiados foi adotada no ano de 1951), é qualquer pessoa que,
“[…] temendo ser perseguida por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas, se encontra fora do país de sua nacionalidade e que não pode ou, em virtude desse
temor, não quer valer-se da proteção desse país, ou que, se não tem nacionalidade e se encontra fora do país no qual tinha sua residência habitual em consequência de tais acontecimentos, não pode ou, devido ao referido temor, não quer voltar a ele”.
(ONU. Convenção de 1951 relativa ao estatuto dos refugiados. ACNUR. Brasília, DF, [20--]. p. 2. Disponível em: https://www.acnur.org/fileadmin/ Documentos/portugues/BDL/Convencao_relati va_ao_Estatuto_dos_Refugiados.pdf. Acesso em: 20 jul. 2022.)
BNCC
153 1990 Milhões de migrantes 1995 2000 2005 2010 2015 2020 Ano 161 173 191 220 248 281 0 50 100 150 200 250 300 SONIA VAZ 60 D2-GEO-F2-2106-V8-U2-042-073-LA-G24_AV.indd 60 20/08/2022 20:37 60
A intensificação dos fluxos migratórios, no fim do século XX e no início do século XXI, pode ser explicada, entre outros fatores, pela distribuição desigual de riquezas, pelas crises econômicas, pelas mudanças climáticas e pelos conflitos em curso em vários países. A circulação de informações sobre os modos de vida em diversas regiões do globo também estimula algumas populações a migrarem.
gregos e romanos. Do século VII ao XIV, destaque para os árabes, vikings, eslavos e povos que se espalharam de leste a oeste do continente asiático. Entre os séculos XVI e XVIII, migrantes voluntários e escravizados africanos foram para suas colônias europeias na América. As duas Grandes Guerras Mundiais e os conflitos étnicos e religiosos em vários países impulsionaram as migrações. No fim do século XX e início do século XXI, as migrações ocorreram pela distribuição desigual de riquezas, crises econômicas, mudanças climáticas e conflitos em curso em vários países, gerando deslocados internos e refugiados.
TEXTO COMPLEMENTAR Os refugiados do século XXI
Contudo, os principais fatores que intensificam as migrações na atualidade são conflitos, guerras e perseguições (religiosas e políticas) provocados por governos ditatoriais concentrados principalmente na África (Somália, Nigéria e Etiópia), no Oriente Médio (Síria, Iraque e Iêmen) e na Ásia (Afeganistão e Mianmar). Parte da população desses países, forçada a migrar por questões de sobrevivência, compõe a parcela dos migrantes que recebe o nome de deslocados internos ou de refugiados. Enquanto os primeiros abandonam o lar e buscam refúgio em seu próprio país, os segundos estão fora de seu país de origem ou moradia, em busca de proteção.
É importante conhecer o perfil dos refugiados no século XXI. Eles representam uma parcela significativa dos migrantes neste milênio e são fundamentais para a compreensão de que fluxos migratórios, eventos e mudanças em curso nas escalas local e regional têm impacto global.
3 Em seu caderno, descreva resumidamente alguns dos principais fluxos migratórios em diferentes períodos da história que foram citados nas páginas 60 e 61. Auxiliar os estudantes na elaboração do texto. Consultar comentários em Orientações didáticas.
A pessoa só obtém o estatuto de refugiada quando seu pedido de asilo, ou seja, de proteção internacional, é aceito pelo país que é procurado como refúgio. Enquanto aguarda o julgamento do pedido, ela é considerada requerente de asilo.
Os refugiados representam aproximadamente 10% do número total de migrantes no mundo. Porém, o número de pessoas deslocadas à força –incluindo refugiados, deslocados internos e requerentes de asilo – nunca foi tão elevado desde a Segunda Guerra Mundial e vem crescendo a cada
ano. Esse aumento de pessoas forçadas a deixar seus países para salvar a própria vida está relacionado à eclosão e ao recrudescimento de conflitos no Iraque, Síria, Líbia, Nigéria, Afeganistão, Congo, Sudão, Iêmen, entre outros. Ser considerar oportuno, ler para os estudantes o excerto da seção Texto complementar sobre parte da história de um refugiado afegão. Encaminhar a atividade 3 para sistematizar o conteúdo.
Na atividade 3, na Antiguidade, os principais migrantes foram hebreus, egípcios, fenícios,
Meu nome é Mohammad, eu sou afegão. Tenho 42 anos. Deixei meu país por causa dos talibãs que me vigiavam e me ameaçavam. Durante 22 anos eu combati o Talibã. Eu treinava soldados, pois fui major do exército. [...] Eu amo meu país e amarei pra sempre. Os talibãs me disseram: “Vamos te matar.”. Eu disse a eles que não tinha medo. Eles me responderam: “Se você não tem medo, podemos matar seus filhos”. Eu fugi para salvá-los. Deixei meu país e vim para a Europa com minha mulher e meus dois filhos, de oito e cinco anos. Deixamos o Afeganistão no fim de 2015 e chegamos em Calais em meados de janeiro. A viagem durou um mês [...] Da Turquia, pegamos um caiaque para oito pessoas – mais caro, porém menos perigoso que um barco cheio de migrantes – chegamos à Grécia e depois passamos pela Macedônia, Sérvia, Croácia, Eslovênia, Áustria, Bélgica e Calais. Fizemos a viagem juntos. Minha esposa tem 30 anos e queria que fôssemos para o Reino Unido, onde vivem sua tia, seu irmão, primos e primas...
LEQUETTE, Samuel; LE VERGOS, Delphine. (orgs.). Décamper. Paris: Éditions La Découverte, 2016. p. 99.
VALERIA FERRARO/ANADOLU AGENCY/GETTY IMAGES
Quando a Rússia declarou guerra à Ucrânia, milhões de pessoas foram forçadas a migrar. Refugiados ucranianos na fronteira com a Polônia, 2022.
Resgate de migrantes no mar Mediterrâneo pelo navio Ocean Viking em 2022.
YANOSH NEMESH/SHUTTERSTOCK.COM
A travessia do Mediterrâneo à Europa fez mais de 22 mil vítimas fatais entre 2014 e 2021.
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• Trabalha-se a habilidade EF08GE03 com foco em analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando características da população mundial (mobilidade espacial).
• Atende-se à habilidade EF08GE05 com foco em aplicar os conceitos de Estado para o entendimento de conflitos e tensões na contemporaneidade.
• Ao interpretar mapas esquemáticos (croquis) com informações geográficas acerca da África e da América (países e regiões de origem e destino dos migrantes internacionais), contempla-se a habilidade EF08GE19
• O foco no trabalho com a habilidade EF08GE20 está em analisar características de países e grupos de países da América e da África no que se refere aos aspectos populacionais (origem e destino dos migrantes internacionais).
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Na página 62, encaminhar a leitura do texto, a análise do croqui e as atividades 1 e 2, que auxiliam na interpretação do mapa esquemático.
A seguir, conversar com os estudantes sobre os dados e informações para a migração internacional apresentados no texto dessa página e da seguinte. Acrescentar que Catar, Canadá, Austrália, Suécia e Cingapura estão entre os países com elevada participação de migrantes internacionais na composição da população total.
Destacar que, diante do aumento dos fluxos migratórios, muitos muros, cercas e barreiras foram construídos e reforçados, visando impedir a entrada e o trânsito de migrantes e refugiados, restringindo o direito humano à mobilidade. Essa abordagem possibilita o desenvolvimen-
Origem e destino dos migrantes
Segundo relatório da Organização Internacional para as Migrações (OIM), organismo ligado à ONU, o número de migrantes internacionais aumentou mais de 60% entre 1990 e 2020. Analise o mapa feito por estudantes do 8o ano, que indica os principais países de origem (emigração) e de destino (imigração) dos migrantes internacionais em 2020.
Elaborado com base em: MCAULIFFE, Marie; TRIANDAFYLLIDOU, Anna (ed.). World migration report 2022. Geneva: International Organization for Migration (IOM), 2021. Disponível em: https://publications.iom. int/books/world-migrationreport-2022. Acesso em: 20 abr. 2022.
1.
Países: Estados Unidos, Alemanha, Arábia Saudita, Rússia e Reino Unido; regiões: Europa e América do Norte.
1 De acordo com o mapa, indique países e regiões que são:
a) os principais destinos dos migrantes internacionais.
b) as principais áreas de origem dos migrantes internacionais.
Países: Índia, México, China, Rússia e Síria; regiões: África e Ásia.
Aproximadamente 65% dos migrantes internacionais vivem em apenas 20 países. Os Estados Unidos são o principal destino, tendo recebido 51 milhões de imigrantes em 2020. A Alemanha apareceu em segundo, com cerca de 16 milhões, seguida pela Arábia Saudita (13 milhões), Rússia (12 milhões) e Reino Unido (9 milhões).
A Índia liderou a saída de migrantes (18 milhões). México (11 milhões), China e Rússia (10 milhões) e Síria (8 milhões) completam a lista de principais países de origem dos emigrantes.
A maior parte dos fluxos migratórios da atualidade ocorre em um mesmo espaço regional. Aproximadamente 50% dos migrantes internacionais residem em suas regiões de origem. Na Europa, 70% dos migrantes nascidos no continente residem em outro país europeu. Nos países em desenvolvimento, aproximadamente 43% dos migrantes migram para outros países em desenvolvimento.
to do tema contemporâneo transversal Cidadania e Civismo, com destaque para a Educação em Direitos Humanos Destacar que, em geral, o que se observa é que, quanto mais as vias legais de passagem de um país para outro são restritas, quanto mais muros, cercas e barreiras são erguidos, mais perigosos e arriscados se tornam os meios utilizados para contornar esses controles: barcos superlotados, carrocerias de caminhões, porta-malas de carros
etc. De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), muitas pessoas morrem ou são declaradas desaparecidas nas rotas de migração clandestina no mundo. Entre as principais causas dos óbitos, estão o afogamento, a hipotermia, o sufocamento, os acidentes de carro e de trem, a fome e a violência.
Considerada a passagem mais perigosa do mundo para os migrantes que desejam chegar à Europa, a travessia do mar Mediterrâneo fez 22
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YAN COMUNICAÇÃO/VICTOR BELLUCO
Tais dados permitem desconstruir a ideia de que a maioria dos migrantes de países em desenvolvimento migra exclusivamente para países desenvolvidos, representando um fardo para as economias mais ricas.
Em 2020, os migrantes internacionais enviaram a seus países de origem 702 bilhões de dólares, sendo 540 bilhões destinados aos países em desenvolvimento. Dessa forma, contribuem para a melhoria das condições de vida nas regiões menos favorecidas e beneficiam os países que os acolhem.
Mulheres e meninas representavam 48% dos migrantes internacionais, enquanto homens e meninos, 52%. Cerca de 75% dos migrantes internacionais tinham entre 20 e 64 anos em 2020.
A mobilidade humana é um direito que tem sido restringido a boa parcela da população mundial. Muitos Estados, em razão da dificuldade que enfrentam para controlar os fluxos migratórios, reforçam a vigilância das fronteiras e criam leis que procuram limitar a entrada de pessoas.
A construção de muros, cercas e barreiras está entre os mecanismos utilizados para conter as migrações. Essas construções vêm se multiplicando: a partir do ano 2000, 28 muros começaram a ser erguidos em diversas partes do mundo, como na fronteira entre México e Estados Unidos; Índia e Bangladesh; China e Coreia do Norte; entre outros.
Em 2015, o governo da Hungria construiu uma cerca de 175 km na fronteira com a Sérvia para conter a chegada de refugiados. O governo sérvio criticou a atitude, criando tensão entre os dois países.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor e o estudante
• 14 QUILÔMETROS. Direção: Gerardo Olivares. Espanha: Latido Films 2007. (Vídeo 95 min).
A distância entre África e Espanha é 14 km. Gerardo Olivares retrata no filme “o longo caminho de três jovens de Níger para chegar à Espanha. Uns fogem da sua vida, outros saem à procura de mais. Arriscam a vida. Oferecem a sua dignidade em troca do sonho”.
FICA A DICA
Fogo no mar (documentário). Direção: Gianfranco Rosi. Itália; França, 2016. O documentário mostra a vida na ilha italiana de Lampedusa, que é o primeiro porto de escala onde milhares de imigrantes da África e do Oriente Médio desembarcam para tentar uma nova vida na Europa.
mil vítimas fatais entre 2014 e 2021. As mortes no Mediterrâneo são resultado do fechamento das fronteiras, pelos países da União Europeia, que representam meios terrestres seguros para que os refugiados possam pedir asilo na Europa.
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OMAR MARQUES/ANADOLU AGENCY/AFP
Trecho da cerca na fronteira da Hungria com a Sérvia, 2017.
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• Contempla-se a habilidade EF08GE01 com foco em discutir fatores históricos e condicionantes físico-naturais associados à distribuição da população humana pelos continentes.
• Atende-se à habilidade EF08GE02 com ênfase em relacionar fatos e situações representativas da história das famílias do Município em que se localiza a escola, considerando a diversidade e os fluxos migratórios.
• Trabalha-se a habilidade EF08GE03 com foco em analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando características da população mundial (mobilidade espacial).
• O foco na habilidade EF08GE04 está em compreender fluxos de migração na América Latina (movimentos voluntários e forçados, assim como fatores e áreas de expulsão e atração).
• A habilidade EF08GE20 é atendida com ênfase em analisar características de países da América no que se refere aos aspectos populacionais (mobilidade espacial).
Competências
Gerais: 1, 2, 5, 7, 9 e 10
Ciências Humanas: 1, 4, 6 e 7
Geografia: 1, 3, 5, 6 e 7
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Esta seção Pensar e agir desenvolve conceitos abordados na Unidade, analisando as origens das famílias e as migrações no município de residência dos estudantes ou no município onde está localizada a escola. A proposta possibilita trabalhar com os temas contemporâneos transversais Multiculturalismo, com ênfase na Diversidade Cultural, e Cidadania e Civismo, com destaque para Vida Familiar e Social
Diversidade e fluxos migratórios no município
Os fluxos migratórios fazem parte da história humana e estão relacionados ao contexto social, político e econômico de cada época. Independentemente dos motivos que levam as pessoas a deixar seu lugar de origem, as migrações fazem parte da dinâmica da produção do espaço geográfico, dinamizam a economia e promovem a diversidade cultural nas sociedades que acolhem os migrantes.
O caráter global das migrações atuais faz com que os migrantes estejam presentes em praticamente todo o planeta. É muito provável que no município onde você mora ou onde sua escola está localizada existam famílias de imigrantes instaladas há muito tempo ou recém-chegadas, ou que você e sua própria família sejam imigrantes.
Analise a seguir dois exemplos de grupos de imigrantes e os principais motivos que os trouxeram ao Brasil.
Em 2010, um terremoto de elevada magnitude ocorreu no Haiti, agravando a situação de extrema pobreza do país. Esse contexto fez com que grande parcela de haitianos migrasse para o Brasil.
Entre 2014 e 2020, mais de 5 milhões de pessoas deixaram a Venezuela devido ao aumento da violência e da pobreza e à dificuldade de adquirir produtos de necessidade básica. Muitos migraram para o Brasil em busca de melhores condições de vida.
Promover a leitura coletiva do texto da página 64 para introduzir a temática da seção e analisar as migrações nos lugares de vivência. Perguntar aos estudantes onde nasceram e se eles sempre moraram no mesmo lugar. Se houver diversidade de origens, permitir que vários estudantes citem os nomes dos lugares (bairro, município, estado, país etc.) onde nasceram ou moraram anteriormente. Verificar se eles conhecem pessoas que vieram de outros países e os motivos que as trou-
xeram para o Brasil. Na página 65, encaminhar as atividades 1 e 2.
Na atividade 1, solicitar aos estudantes que registrem no caderno os principais aspectos trazidos na discussão. Identificar também se há estudantes ou funcionários migrantes internacionais na escola. Se houver, verificar a possibilidade de essas pessoas falarem sobre seus países de origem, a cultura do povo e os motivos de terem migrado para o Brasil.
BNCC CADU DE CASTRO/PULSAR IMAGENS
PENSAR NÃO ESCREVA NO LIVRO.
E AGIR
Haitianos em Criciúma (SC), 2016.
Venezuelanos participam de coral em Pacaraima (RR), 2019.
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Converse com os colegas e o professor sobre as questões a seguir.
1 Você conhece pessoas de países da América ou de outros continentes que migraram para o município onde fica sua escola? E pessoas que migraram do município da escola para outro país? Conhece os motivos das migrações?
2 Agora, pesquisem sobre as migrações que envolvem a população do município onde se localiza sua escola. Para isso, organizem-se em grupos. Depois, escolham um dos temas indicados a seguir.
1. Resposta pessoal. Verificar se há estudantes migrantes na sala, valorizando suas experiências. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
• Tema 1: História das migrações no mundo Pesquisem informações relacionadas ao impacto das migrações na produção do espaço e na cultura local.
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
1. Imigrantes ilustres Conversar com pessoas da família para descobrir informações sobre um parente migrante ou outra pessoa que tenha sido importante no município onde fica a escola.
• Anote as seguintes informações no caderno.
a) Nome e grau de parentesco em relação a você.
b) Ano de nascimento (e, se for o caso, de morte).
• Tema 2: Fatores de atração e repulsão populacional no município Produzam um questionário com a intenção de descobrir os fatores que atraem migrantes ou repelem a população local, fazendo que migre para outras localidades.
c) Local de nascimento (município, Unidade da Federação, país e continente) e o povo ao qual pertence.
d) Local para onde essa pessoa migrou.
• Tema 3: Dados das migrações no município Pesquisem, na prefeitura ou em outras fontes confiáveis, informações sobre o número de migrantes que compõem a população local, seus países, estados ou cidades de origem. Também coletem dados sobre pessoas que deixaram o município e migraram para outras localidades. Organizem esses dados em tabelas e gráficos.
e) Ano dessa migração e motivos que a levaram a migrar.
• Tema 4: Depoimentos de migrantes Coletem depoimentos de migrantes que vivem no município, que deixaram o município e depois retornaram etc. Durante as entrevistas, indaguem sobre as motivações que os levaram a migrar e as impressões sobre a vida fora do país ou da cidade de origem.
f) Reúna todas as informações que encontrar. Organize-as em um documento (mapa, árvore genealógica ou um arquivo digital que conte um pouco da história dessa pessoa).
2. Pesquisa: imigrantes internacionais recentes no Brasil
• Tema 5: Cartografia dos percursos dos migrantes Organizem, em mapas, os fluxos realizados em direção ao município onde a escola está situada e desse município para outras localidades do Brasil e do mundo.
Concluída a pesquisa, organizem os resultados e apresentem para a comunidade escolar. Pode ser criada a “Semana do Migrante” na escola, com a apresentação de palestras, vídeos, cartazes, slides etc. Se possível, registrem as produções audiovisuais e publiquem em plataformas digitais indicadas pela escola.
Na atividade 2, sugerimos que os estudantes se organizem em cinco grupos, para que cada um trabalhe com um dos cinco temas sugeridos sobre os fluxos migratórios. É possível elaborar outros temas de pesquisa de acordo com a realidade local. A atividade possibilita o trabalho com práticas de pesquisa como revisão bibliográfica, análise documental, construção e uso de questionários, entrevistas, observação, tomada de notas e construção de relatórios (ver tópico
Práticas de pesquisa nas Orientações Gerais deste Manual).
Solicitar aos estudantes que pesquisem os principais grupos de migrantes que entraram no Brasil nos últimos anos. Espera-se que identifiquem grupos de latino-americanos, principalmente venezuelanos e bolivianos, e africanos de diferentes nacionalidades. Combinar com os estudantes um roteiro de pesquisa, como sugerido a seguir.
• Quais grupos de imigrantes internacionais se destacam?
• Quais são as causas da saída do país de origem?
• Por que escolheram o Brasil como país de destino?
• Quais são as dificuldades aqui enfrentadas?
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• Atende-se à habilidade EF08GE03 com foco em analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando características da população mundial (indicadores sociais).
• Contempla-se a habilidade EF08GE05 com foco em aplicar os conceitos de Estado e nação para o entendimento de tensões na contemporaneidade (desigualdades na produção da riqueza e desenvolvimento humano).
• A habilidade EF08GE19 é trabalhada com foco em interpretar cartogramas com informações geográficas da África e América (nível de desenvolvimento humano).
• O foco na habilidade EF08GE20 está em analisar características de países da América no que se refere aos aspectos populacionais (desenvolvimento humano).
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Para encadear a discussão sobre as várias formas de se mensurar o desenvolvimento dos países, sugerimos que você proponha as seguintes questões.
• Em sua opinião, o que a palavra desenvolvimento significa? Quais fatores ela engloba?
• Os países do mundo apresentam desenvolvimento econômico e social semelhantes?
• Quais critérios são levados em conta para avaliar o desenvolvimento dos países?
Estimular os estudantes a expressar suas opiniões sobre o assunto. Registrar na lousa as respostas dadas, destacando aquelas que trazem aspectos mais relevantes para a discussão. Explicar que a noção de desenvolvimento e os indicadores sociais e econômicos a ele associados são importantes para que pesquisadores, governantes e cidadãos possam ava -
6 INDICADORES SOCIAIS
Indicadores sociais por regiões selecionadas – 2019
Fonte: PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO. Relatório do Desenvolvimento Humano 2020. Nova York: PNUD, 2020. Disponível em: https://hdr.undp.org/system/files/documents/global-report-document/hdr2020overviewportuguesepdf.pdf. Acesso em: 2 abr. 2022.
Globalização: processos de integração entre países, governos, empresas e povos do mundo, envolvendo aspectos socioeconômicos e culturais.
Renda per capita: renda média de cada habitante de um país. É o resultado da renda das pessoas que moram no país mais as remessas vindas do exterior e a ajuda internacional.
1 O que se observa sobre as diferenças entre as regiões apresentadas na tabela? Converse com os colegas e o professor.
Cerca de 80% da riqueza produzida em todo o planeta está concentrada nos países desenvolvidos, principalmente na América Anglo-Saxônica, Europa Ocidental, Japão e Austrália. Por outro lado, a pobreza concentra-se nos países em desenvolvimento, com destaque para a África, Ásia e América Latina.
Com o processo de globalização, as desigualdades socioeconômicas entre os países cresceram. Apesar da redução global da pobreza, alguns países, principalmente africanos, continuam apresentando indicadores socioeconômicos, como expectativa de vida, taxa de alfabetização e renda per capita muito ruins.
1. Há grandes diferenças sociais e econômicas entre as regiões apresentadas na tabela. Pode-se notar que os indicadores sociais da África Subsaariana são os piores entre as regiões selecionadas.
liar as condições socioeconômicas de municípios, estados, países e regiões, identificando dessa forma aspectos que necessitam de intervenção e facilitando o planejamento de ações estratégicas. Se julgar pertinente, ler para os estudantes o excerto da seção Texto complementar , que trata da relação entre renda e desigualdade na educação.
Cabe destacar, porém, que os indicadores devem ser analisados com cuidado, uma vez que
uma população está em constante mudança e muitos deles são médias sobre determinados aspectos.
Incentivar a leitura da tabela que mostra alguns indicadores sociais das regiões selecionadas. Encaminhar a atividade 1 e chamar a atenção para os dados referentes aos países africanos, que aparecem em duas regiões: África Subsaariana e Estados Árabes (os localizados no continente são: Mauritânia, Marrocos, Líbia,
BNCC Analise a tabela.
Região Expectativa de vida ao nascer (em anos) Anos de estudo (média) Rendimento per capita (em dólares) Número de leitos hospitalares (por 10 mil pessoas) Estados Árabes 72,1 7,3 14 869 14 Ásia Oriental e Pacífico 75,4 8,1 14 710 36 Europa e Ásia Central 74,4 10,4 17 939 48 América Latina 75,6 8,7 14 812 18 Sul da Ásia 69,9 6,5 6 532 6 África Subsaariana 61,5 5,8 3 686 9
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Índice de Desenvolvimento Humano
Diante das diversidades e disparidades econômicas e sociais, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para identificar e comparar as condições de vida entre países e regiões, com base em três aspectos: saúde, educação e renda. Quanto mais o IDH se aproximar de 1, melhor é a situação do país. Quanto mais próximo de 0, pior ela é.
Abaixo de 0,550, o IDH é considerado baixo; entre 0,550 e 0,699, médio; entre 0,700 e 0,799, elevado; 0,800 ou mais, muito elevado. O IDH dos países é publicado anualmente, com dados referentes ao ano anterior à publicação.
No relatório de 2020, o país com IDH mais elevado foi a Noruega (0,957), na Europa; e o país com IDH mais baixo foi Níger (0,394), na África. O Brasil ocupava a 84ª posição, em um ranking de 189 países, com um índice de 0,765. Analise o mapa.
Mundo:
Elaborado com base em: PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO. Relatório do Desenvolvimento Humano 2020. Nova York: PNUD, 2020. Disponível em: https://hdr.undp.org/system/files/documents/global-report-document/hdr2020overviewportuguesepdf.pdf. Acesso em: 2 abr. 2022.
Responda em seu caderno. Se precisar, consulte o planisfério político, na página 268, para identificar os países.
2. Sugestões: IDH muito elevado: Noruega, Austrália e Suíça; IDH elevado: Uruguai, Brasil, Turquia; IDH médio: Nicarágua, Egito e Congo; IDH baixo: Haiti, Uganda e Sudão.
2 Cite dois países para cada nível de desenvolvimento.
3 Que países da América apresentaram IDH muito elevado em 2019?
Devido à pandemia de covid-19, o Relatório do Desenvolvimento Humano não foi publicado em 2021. Já o Relatório de 2020 se refere ao ano de 2019 e, portanto, ainda não avalia os impactos da pandemia de covid-19 no desenvolvimento humano.
TEXTO COMPLEMENTAR
Desigualdade de renda leva à desigualdade na educação
Uma das consequências sociais da concentração de renda é na educação recebida por uma pessoa. No Brasil, a qualidade e a quantidade de educação formal recebida por uma criança ou um jovem é quase totalmente dependente de sua condição social e econômica. Assim, entre os 20% mais pobres (grupo formado por pessoas cujas rendas domiciliares per capita estão abaixo de R$ 300 por mês, aproximadamente, a valores de 2013) a conclusão do ensino fundamental é rara exceção: a regra é deixar o sistema educacional antes dos 8 ou 9 anos obrigatórios.
No outro extremo, dos 20% mais ricos, a conclusão do ensino superior é a regra. Conclusões: a nossa péssima distribuição de renda está produzindo uma população com enorme desigualdade educacional e fazendo com que um também enorme contingente deixe a escola com um nível de formação que, já hoje, seria insuficiente para garantir o pleno exercício da cidadania ou a obtenção de uma atividade econômica pelo menos razoável. [...]
4 A maioria dos países da África está enquadrada em qual nível de desenvolvimento?
Argentina, Chile, Panamá, Uruguai, Costa Rica, Bahamas, Barbados, Estados Unidos e Canadá. Baixo.
Argélia, Tunísia, Egito, Somália, Djibuti e Sudão). Comparar as diferenças e destacar a posição da África Subsaariana, lembrando que o continente africano será estudado nas Unidades 7 e 8. Comentar que as desigualdades entre regiões do mundo são resultado de um longo processo histórico. Mais recentemente, as desigualdades entre países e no interior de muitos deles se aprofundaram, revelando a grande ambiguidade da globalização: ao mesmo tempo em que cria
a possibilidade de um mundo mais integrado, agravam-se as velhas desigualdades existentes e ainda surgem outras. Destacamos que a discussão sobre a mundialização do capitalismo e a globalização será feita no volume do 9o ano Destacar que o IDH é um índice criado na década de 1990 pela ONU e é um dos indicadores mais utilizados como referência para estudos, análise da realidade e planejamento de ações governamentais. Encaminhar as atividades 2 a 4.
HELENE, Otaviano. O círculo vicioso da desigualdade. Carta Capital, [s. l.], 20 mar. 2014. Disponível em: https://www. cartacapital.com.br/sociedade/quase-um -teorema-4522/. Acesso em: 10 jun. 2022.
AMPLIANDO HORIZONTES Para o professor
• ATLAS do Desenvolvimento Humano no Brasil. [S. l.], [20--]. Site Disponível em: http://www.atlas brasil.org.br/. Acesso em: 10 jun. 2022.
Esse atlas traz informações sobre o IDH dos municípios brasileiros.
OCEANO ATLÂNTICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO OCEANO PACÍFICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO Círculo Polar Ártico Círculo Polar Antártico Meridiano de Greenwich Trópico de Capricórnio Trópico de Câncer Equador 0° 0° muito elevado elevado médio baixo sem dados Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 0 2 520
IDH – 2019
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• A atividade EF08GE03 é trabalhada com foco em analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando características da população mundial (covid-19 e desenvolvimento humano).
• Atende-se à habilidade EF08GE05 com ênfase em aplicar o conceito de governo para o entendimento de conflitos e tensões na contemporaneidade (ações para enfrentamento da covid-19)
• Contempla-se a habilidade EF08GE20 com foco em analisar características de países da América no que se refere aos aspectos populacionais (casos e mortes por covid-19).
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Ao tratar dos possíveis impactos da covid-19 no desenvolvimento humano, o conteúdo proposto nesta dupla de páginas possibilita o desenvolvimento do tema contemporâneo transversal Saúde. Para isso, promover a leitura coletiva do texto, das imagens e da tabela. Fazer paradas para comentários e esclarecimentos de dúvidas.
Destacar que a pandemia de covid-19 produz impactos não apenas de ordem médica, mas também impactos sociais, econômicos, políticos, culturais sem precedentes na história.
O elevado número de infectados e mortos e os colapsos em sistemas de saúde, bem como o aumento da dificuldade de acesso a alimentação e medicamentos por parte, principalmente, dos mais pobres, tornaram os impactos da pandemia sobre o desenvolvimento humano e a saúde da população uma incógnita e que podem se propagar por anos.
Nesse contexto, há necessidade urgente de se ampliar a rede de pesquisadores e cientistas, para a criação de estratégias para o enfrentamento dos impactos futuros da covid-19.
Covid-19 e desenvolvimento humano
A covid-19 é uma doença viral altamente contagiosa causada pelo coronavírus. Descoberta na cidade de Wuhan (China) em dezembro de 2019, espalhou-se rapidamente pelo mundo. Em 11 de março de 2020, foi declarada como pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Naquele momento ainda não existia vacina ou tratamento específico para a doença, por isso governantes e responsáveis pela saúde da população, em vários países, adotaram e impuseram medidas para diminuir a propagação do vírus, dentre as quais se destacaram o isolamento e distanciamento social; a desinfecção frequente das mãos com água e sabão ou álcool em gel 70%; a utilização de máscaras; o fechamento de comércios, bares e restaurantes; e a paralisação das atividades escolares. Observe as fotografias da Rua 25 de Março em São Paulo (SP), uma das mais movimentadas da cidade, em dois momentos distintos da pandemia.
1 Rua 25 de Março em 16 de março de 2020, antes da adoção de medidas restritivas de circulação de pessoas impostas pelos governos municipal e estadual.
Rua 25 de Março em 20 de março de 2020, após a adoção de medidas restritivas impostas pelos governos municipal e estadual para frear a propagação do coronavírus.
Até 1o de abril de 2022, foram registrados mais de 489 milhões de casos de covid-19 e mais de 6 milhões de óbitos causados pela doença em todo o mundo.
BNCC RENATO S.
CERQUEIRA/FUTURA PRESS
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Analise na tabela a seguir os países mais afetados.
Mundo: países mais afetados pela covid-19 – casos confirmados até 31/3/2022
Fonte dos dados: CENTER FOR SYSTEMS SCIENCE AND EGINEERING. Covid-19 dashboard. CSSE. Baltimore, 2022. Disponível em: https://www.arcgis.com/apps/dashboards/bda7594740fd40299423467b48e9ecf6. Acesso em: 2 abr. 2022.
A pandemia de covid-19 tem impactos diretos sobre o desenvolvimento humano, este entendido como um conjunto de aspectos que propiciam melhorias nas condições de vida da população e que é influenciado por eventos atuais e futuros.
Leia o fragmento do texto a seguir com a fala de Pedro Conceição, diretor do Escritório do Relatório de Desenvolvimento Humano da ONU:
É uma crise que está a afetar a saúde de milhões de pessoas em todo o mundo, não só devido aos efeitos diretos do vírus, mas também devido aos efeitos indiretos da pressão sobre os sistemas de saúde. Afeta também o rendimento das famílias, com aquilo que o Fundo Monetário Internacional chama a maior crise econômica desde a Grande Depressão de 1930. É também uma crise que afeta a educação, uma vez que nove em cada 10 alunos se confrontam com escolas fechadas.
DESENVOLVIMENTO humano global pode cair pela primeira vez em 30 anos por causa da pandemia. ONU News, [s l.], 2020. Disponível em: https://news.un.org/pt/story/2020/05/1714192. Acesso em: 20 abr. 2022.
A queda do desenvolvimento humano será muito maior nos países em desenvolvimento, que apresentam dificuldades em lidar com as consequências socioeconômicas da pandemia. O aprofundamento das desigualdades é um dos grandes desafios mundiais das próximas décadas.
A corrida para desenvolver uma vacina para o coronavírus e a posterior distribuição e vacinação em massa comprovam que a cooperação internacional é um caminho para o enfrentamento de crises humanitárias.
• INVESTIGAR LUGARES
Pesquise em jornais, revistas e na internet informações atuais sobre a covid-19 no mundo, no Brasil e no município onde você mora. Organize essas informações em um relatório com texto, tabelas e gráficos. Na data marcada pelo professor, apresente seu trabalho por meio de cartazes ou fazendo uso de ferramentas digitais.
Orientar os estudantes na pesquisa e elaboração do relatório. Marcar uma data para a apresentação dos trabalhos. Incentivar o uso de ferramentas digitais, se disponíveis na escola.
Ler para os estudantes o excerto da seção Texto complementar
TEXTO COMPLEMENTAR
Saúde mental e a pandemia de covid-19
[...]
A agenda de saúde frente à pandemia engloba uma gama enorme de áreas que devem ser cobertas, mas é preciso chamar a atenção da comunidade médica e, também, da população para o
risco de uma epidemia paralela, que já dá indícios preocupantes: o aumento do sofrimento psicológico, dos sintomas psíquicos e dos transtornos mentais. Embora o impacto da disseminação do coronavírus para as doenças psíquicas ainda esteja sendo mensurado, as implicações para a saúde mental em situações como a que estamos vivendo já foram relatadas na literatura científica.
É possível dividir as consequências da pandemia em quatro ondas:
– a primeira se refere à sobrecarga imediata sobre os sistemas de saúde em todos os países que
tiveram que se preparar às pressas para o cuidado dos pacientes graves infectados pela covid-19; – a segunda está associada à diminuição de recursos na área de saúde para o cuidado de outras condições clínicas agudas, devido à realocação de verba para o enfrentamento da pandemia; – a terceira tem relação com o impacto da interrupção nos cuidados de saúde de várias doenças crônicas; – a quarta inclui o aumento de transtornos mentais e do trauma psicológico provocados diretamente pela infecção ou por seus desdobramentos secundários.
Saúde mental:
[...]
O aumento dos sintomas psíquicos e dos transtornos mentais durante a pandemia pode ocorrer por diversas causas. Dentre elas, pode-se destacar a ação direta do vírus da covid-19 no sistema nervoso central, as experiências traumáticas associadas à infeção ou à morte de pessoas próximas, o estresse induzido pela mudança na rotina devido às medidas de distanciamento social ou pelas consequências econômicas, na rotina de trabalho ou nas relações afetivas e, por fim, a interrupção de tratamento por dificuldades de acesso.
[...]
O distanciamento social alterou os padrões de comportamento da sociedade, com o fechamento de escolas, a mudança dos métodos e da logística de trabalho e de diversão, minando o contato próximo entre as pessoas, algo tão importante para a saúde mental.
O convívio prolongado dentro de casa aumentou o risco de desajustes na dinâmica familiar. Somam-se a isso as reduções de renda e o desemprego, que pioram ainda mais a tensão sobre as famílias. E, ainda, as mortes de entes queridos em um curto espaço de tempo, juntamente à dificuldade para realizar os rituais de despedida, dificultando a experiência de luto e impedindo a adequada ressignificação das perdas, aumentando o estresse.
BRASIL. Ministério da Saúde. Biblioteca Virtual em Saúde. Saúde mental e a pandemia de covid-19. Brasília, DF: MS, [2020]. Disponível em: https://bvsms.saude. gov.br/saude-mental-e-a-pandemia-decovid-19/. Acesso em: 8 jul. 2022.
[...]
País Casos confirmados Mortes Estados Unidos 80 117 294 980 797 Índia 43 025 775 521 181 Brasil 29 951 670 660 022 França 25 952 226 143 441 Alemanha 21 454 400 129 791 Reino Unido 21 379 531 166 168
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• Atende-se à habilidade EF08GE01 com foco em descrever rotas de dispersão da população humana a partir da origem na África, fluxos migratórios em diferentes períodos da história e discutir fatores históricos e condicionantes físico-naturais associados à distribuição da população pelos continentes.
• Contempla-se a habilidade EF08GE03 com ênfase em analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando características da população (perfil etário, crescimento vegetativo e mobilidade espacial).
• A habilidade EF08GE05 é trabalhada com enfoque em aplicar os conceitos de governo e país para o entendimento de conflitos e tensões na contemporaneidade.
• O foco na habilidade EF08GE19 está em interpretar anamorfoses com informações geográficas (densidade demográfica) acerca da África e da América.
• Trabalha-se a habilidade EF08GE20 com foco em analisar características de países e grupos de países da América e da África no que se refere aos aspectos populacionais e econômicos e discutir as desigualdades sociais e econômicas.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Sugerimos organizar os estudantes em duplas para a realização das atividades propostas na seção. Destinar um tempo para que eles possam concluir a tarefa. Acompanhar a produção circulando pela classe para fornecer apoio didático e esclarecer dúvidas. Após esse tempo, verificar as respostas das atividades e solicitar às duplas que as exponham oralmente, de forma alternada.
1. Espera-se que os estudantes indiquem que a piscina da província de Sichuan, na China, em dias de temperaturas elevadas, recebe cerca de 14 mil
ATIVIDADES
Todas as respostas das atividades desta seção estão no MP, com orientações e encaminhamentos.
Vista aérea da cidade de Nuuk, capital da Groenlândia (território autônomo da Dinamarca), 2021. Nesse ano, Nuuk contava com, aproximadamente, 18 mil habitantes.
• Compare a quantidade de pessoas que a piscina retratada na imagem de abertura da unidade (páginas 42-43) comporta com a população da cidade de Nuuk. O que essa comparação indica em relação à distribuição da população mundial?
2 Analise novamente o mapa "Mundo: evolução da população – 2021-2050", na página 45. Tomando por base esse mapa, julgue se as afirmativas a seguir estão corretas e copie apenas as incorretas, corrigindo-as.
a. Os três países com maior população na América, em 2020, eram Estados Unidos, Brasil e México.
b. As projeções para 2050 apontam decréscimo populacional na Índia e Nigéria.
c. Em 2020, o continente com maior população era a Europa e, em 2050, será a África.
d. As projeções para 2050 indicam que a população mundial está crescendo em ritmos diferentes. O maior crescimento será na África e na Ásia.
e. Em 2050, a população do Brasil será maior que a da Nigéria.
f. Os três países de maior população em 2050 serão, respectivamente, China, Índia e Estados Unidos.
3 Segundo as evidências científicas, o Homo sapiens sapiens teve origem em qual continente? Saindo desse continente, seguindo rotas de dispersão, deslocou-se para quais outros?
4 Descreva as hipóteses que procuram explicar as origens dos primeiros seres humanos na América do Sul.
pessoas, quase a população total de Nuuk, a capital da Groenlândia. A comparação indica que a população mundial está distribuída de maneira irregular pelo planeta.
Objetivo: • Compreender que a população mundial está distribuída de forma irregular pela superfície terrestre.
2. a. Os três países com maior população na América em 2020 eram Estados Unidos, Brasil e México.
b. As projeções para 2050 apontam decréscimo populacional na Rússia e na China.
c. Em 2020, o continente com maior população era a Ásia e, em 2050, ainda será a Ásia.
d. As projeções para 2050 indicam que a população mundial está crescendo em ritmos diferentes. O maior crescimento será na África e na Ásia.
e. Em 2050, a população do Brasil será menor que a da Nigéria.
BNCC
1 Analise a fotografia e leia a legenda.
NÃO ESCREVA NO LIVRO.
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HANNIBAL HANSCHKE/REUTERS/FOTOARENA
5 Diferencie os conceitos de populoso e povoado. Depois, identifique os três países mais populosos do mundo e os três mais povoados no ano de 2021.
6 Analise o mapa.
do oceano Pacífico, navegando de ilha em ilha, em embarcações primitivas, e fazendo uso de correntes marítimas favoráveis.
Objetivo: • Identificar as rotas de dispersão da população humana pelo planeta, a partir da origem na África.
5. Um país populoso tem grande população absoluta (número total de habitantes), como China, Índia e Estados Unidos. Um país povoado apresenta elevada densidade demográfica (número de hab./km²), como Mônaco, Cingapura e Bahrein.
Objetivos: • Compreender que a população mundial está distribuída de forma irregular pela superfície terrestre. • Diferenciar conceitos de populoso e povoado e identificar as áreas mais populosos e povoadas da Terra.
6. a) Anamorfose.
O título foi omitido propositalmente, considerando o nível de dificuldade da atividade.
a) Que tipo de representação foi utilizada para aplicar as informações no mapa?
b) Que tema o mapa representa?
c) Que título você daria para o mapa?
7 Escreva em seu caderno V para frases verdadeiras e F para frases falsas
a) A população mundial é considerada jovem por causa da grande quantidade de crianças, adolescentes e jovens em sua composição.
b) Para estimular e aproveitar o potencial dos jovens, os governos precisam investir em escolas, universidades, programas de acesso ao mercado de trabalho e em saúde pública.
c) Em países com taxas de natalidade baixas e expectativa de vida elevada, a população é formada principalmente por crianças, adolescentes e jovens.
d) A geração “nem-nem” refere-se à parcela da população mundial entre 18 e 24 anos que nem estuda e nem trabalha, em razão de fatores como crises econômicas, dificuldade de acesso à escola e gravidez precoce.
e) Em países com taxas de natalidade altas e expectativa de vida baixa, a população é formada principalmente por adultos e idosos.
f. Os três países de maior população em 2050 serão, respectivamente, Índia, China e Nigéria.
Objetivos: • Compreender que a população mundial está distribuída de forma irregular pela superfície terrestre. • Analisar, por meio de cartograma, tendências de crescimento populacional entre regiões e países.
3. O Homo sapiens sapiens teve origem na África e, partir desse continente, seguiu para a Ásia, Europa, Oceania e América.
Objetivos: • Identificar as rotas de dispersão da po-
pulação humana pelo planeta, a partir da origem na África.
4. Hipótese 1: Os primeiros seres humanos chegaram à América do Sul por terra, utilizando-se de uma passagem que teria se formado com o congelamento do Mar de Bering, localizado entre o leste da Ásia (Sibéria) e o oeste da América (Alasca).
Hipótese 2: Os primeiros seres humanos que chegaram à América do Sul partiram das ilhas
b) Espera-se que os estudantes respondam que a anamorfose representa a densidade demográfica por países.
c) Espera-se que os estudantes citem a densidade demográfica no título do mapa. Exemplos: “Mundo: densidade demográfica – 2018” ou “Densidade demográfica por países em 2018”.
Objetivos: • Compreender que a população mundial está distribuída de forma irregular pela superfície terrestre. • Diferenciar conceitos de populoso e povoado e identificar as áreas mais populosas e povoadas da Terra.
• Interpretar anamorfoses com informações sobre a população mundial.
7. a) V; b) V; c) F; d) V; e) F.
Objetivos: • Analisar a distribuição da população mundial de acordo com os diferentes grupos etários e conhecer os impactos socioeconômicos de um país causados pelo grande número de jovens na composição etária. • Identificar fatores que favorecem a existência na população mundial de jovens que nem trabalham e nem estudam (nem-nem).
Fonte: ISTITUTO GEOGRAFICO DE AGOSTINI. Atlante geografico metodico De Agostini. Novara: Instituto Geografico de Agostini, 2021. p. E38-E39.
Mais de 600 (habitantes por km2) Menos de 1 De 400 a 600 De 200 a 400 De 100 a 200 De 50 a 100 De 25 a 50 De 1 a 25 Densidade demográfica
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Resposta pessoal. O tema é importante para todos os países, especialmente os mais pobres e em desenvolvimento, já que os avanços socioeconômicos dependem em grande medida dessa parcela da população, que faz ou fará parte da população economicamente ativa.
Objetivo: • Analisar a distribuição da população mundial de acordo com os diferentes grupos etários e conhecer os impactos socioeconômicos de um país causados pelo grande número de jovens na composição etária.
9. A América Anglo-Saxônica possui a maior parcela da população na faixa etária dos adultos (entre 20 e 65 anos). A América Latina concentra população nas faixas entre 10 e 30 anos, caracterizando uma população mais jovem e ainda em crescimento. Em países com população jovem e em crescimento, é necessário realizar investimentos em saúde, educação, lazer e cultura e em programas que estimulem os jovens a desenvolver projetos profissionais e de vida. Em países com população adulta e idosa, é preciso pensar em políticas que garantam a qualidade de vida dessas populações a longo prazo.
Objetivos: • Analisar a distribuição da população mundial de acordo com os diferentes grupos etários e conhecer os impactos socioeconômicos de um país causados pelo grande número de jovens na composição etária. • Compreender a importância das políticas voltadas para o atendimento da população idosa.
10. Entre as características dos fluxos migratórios do século XXI, os estudantes poderão citar:
• os fatores que explicam o grande fluxo de migrantes no mundo no século XXI, com destaque para os conflitos e perseguições em diversos países, principalmente da África e da Ásia;
• a maior parte dos fluxos migratórios ocorrem na mesma região;
8 O título do documento da ONU, consultado para a elaboração do mapa “Mundo: projeção do percentual de pessoas entre 10 e 24 anos na população – 2050”, é “Adolescentes, jovens e a transformação do futuro”. No seu entendimento, qual é a importância desse tema?
9 Compare as pirâmides etárias e elabore um texto analisando as principais diferenças na estrutura etária das regiões representadas. Indique os desafios que os governos dos países devem enfrentar para atender melhor às necessidades das populações.
América Anglo-Saxônica: pirâmide etária
– 2020
América
Latina: pirâmide etária – 2020
Fonte: UNITED NATIONS. Department of Economic and Social Affairs. Population Division. World population prospects Volume II: Demographic Profiles. New York: United Nations, 2019. Disponível em: https://population.un.org/wpp/Publications/Files/WPP2019_Volume-II-Demographic-Profiles.pdf. Acesso em: 4 abr. 2022.
10 Explique duas características dos fluxos migratórios do século XXI.
11 Leia um trecho do texto a seguir e responda às questões.
A palavra “migrante” pode ser utilizada como um termo genérico para também abranger refugiados?
[...]
É importante que as pessoas diferenciem “refugiados” e “migrantes”, para manter a clareza sobre as causas e o caráter dos movimentos, bem como destacar as obrigações devidas às pessoas refugiadas. Tratar as duas definições como sinônimos, retira o foco de proteções legais e das necessidades específicas vivenciadas por pessoas refugiadas, como proteção contra a devolução e contra ser penalizado por cruzar fronteiras para buscar segurança sem autorização. Não há nada ilegal em procurar refúgio – pelo contrário, é um direito humano universal. Nós precisamos tratar todos os seres humanos com respeito e dignidade. [...] Por essa razão, o ACNUR* sempre se refere a “refugiados” e “migrantes”
• em relação ao número de migrantes os países que se destacam são: Índia (principal país de origem) e EUA (principal país de destino);
• o crescimento dos fluxos migratórios no mundo tem sido acompanhado por maiores barreiras na entrada de pessoas principalmente nos EUA e nos países europeus;
• a velocidade e a intensidade dos fluxos também se relacionam aos avanços tecnológicos nos transportes e comunicações.
Objetivo:
• Identificar características dos fluxos imigratórios no século XXI.
11. a) Migrante é a pessoa que deixa o lugar onde nasceu de forma voluntária, planejada e organizada. O refugiado, por sua vez, é a pessoa que deixa seu país de origem por um outro, de forma forçada e em caráter emergencial, para proteger a própria vida.
b) É importante ter clara a diferença entre as
8.
0 0 10 5 10 15 5 15 95 a 99 Masculina Feminina Idade 15 a 19 20 a 24 10 a 14 30 a 34 35 a 39 25 a 29 45 a 49 50 a 54 40 a 44 55 a 59 65 a 69 70 a 74 75 a 79 80 a 84 85 a 89 90 a 94 60 a 64 0 a 4 5 a 9 0 0 20 10 20 30 10 30 95 a 99 Masculina Feminina Idade 15 a 19 20 a 24 10 a 14 30 a 34 35 a 39 25 a 29 45 a 49 50 a 54 40 a 44 55 a 59 65 a 69 70 a 74 75 a 79 80 a 84 85 a 89 90 a 94 60 a 64 0 a 4 5 a 9
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separadamente, para manter clareza acerca das causas e características dos movimentos de refúgio e para não perder de vista as obrigações específicas voltadas aos refugiados nos termos do direito internacional.
AGÊNCIA DA ONU PARA REFUGIADOS. “Refugiados” e “Migrantes”: perguntas frequentes. ACNUR. Brasília, DF, 22 mar. 2016. Disponível em: https://www.acnur.org/portugues/2016/03/22/refugiados-e-migrantes-perguntas-frequentes/. Acesso em: 20 abr. 2022.
*ACNUR: Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.
a) Qual é a diferença entre os termos migrante e refugiado?
b) Por que é importante deixar essa diferença clara?
c) No seu entendimento, os direitos dos refugiados são respeitados? Justifique sua resposta.
12 As afirmações a seguir são falsas. Reescreva-as, tornando-as verdadeiras.
a) Um refugiado é uma pessoa que deve fugir de sua moradia por causa de conflitos, mas não pode deixar o país.
b) Os percursos realizados pelos refugiados são seguros e legais.
13 Observe os países da América do Sul no mapa “Mundo: IDH – 2019”, na página 67. Sabendo que a produção econômica do Brasil em 2021 estava entre as quinze maiores do mundo, o que podemos afirmar sobre o IDH brasileiro quando comparado ao dos demais países sul-americanos?
14 Leia um trecho do texto a seguir e responda às questões.
Um dos pontos que o relatório da OCDE destaca sobre o Brasil é como a pandemia de covid-19 impactou as perspectivas de emprego para os jovens adultos. Segundo Enid Rocha, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a entrada no mercado de trabalho já é algo difícil no Brasil. Agora, está ainda pior.
“É o que nós já estamos chamando de ‘geração covid’”, afirma Rocha. “A pandemia afetou diretamente a educação e o mercado de trabalho. E quanto mais tempo esses jovens ficam nessa situação, mais profundas serão as marcas que os acompanharão por toda a vida.”
[...] Nos últimos anos, o desemprego voltou a crescer no país. Para Marcus Barão, presidente do Conjuve (Conselho Nacional da Juventude), o cenário de piora econômica cria um grande risco: a desilusão juvenil.
“O que você tem na prática é uma desesperança em relação ao futuro, por impactos significativos no processo educacional e ao emprego. O jovem estuda e não consegue trabalhar, mas quando não estuda a chance é ainda menor”.
SOARES, Gabriella. Geração covid: Brasil tem 35,9% de jovens que nem estudam nem trabalham. Poder 360, [s. l.], 17 out. 2021. Disponível em: https://www.poder360.com.br/economia/geracao-covid-brasil-tem-359-de-jovens-que-nem-estudam-nem-trabalham/. Acesso em: 4 abr. 2022.
a) Quais são os impactos da pandemia de covid-19 na geração "nem-nem"?
b) No seu entendimento, que ações o governo brasileiro pode promover para combater os efeitos da pandemia e evitar a desilusão juvenil?
duas situações, sobretudo no contexto atual de aumento dos fluxos migratórios, com o objetivo de dar a proteção prioritária e necessária aos refugiados, que não podem retornar aos seus países de origem, e a assistência adequada dos migrantes, que não correm risco de vida em seus países de origem.
c) Resposta pessoal. De forma ampla, os direitos dos refugiados não são respeitados.
Objetivo: • Diferenciar migrante de refugiado e com-
preender a importância dessa distinção para a aplicação dos direitos dos refugiados.
12. a) Um refugiado pode deixar seu país de origem caso sua vida esteja em perigo.
b) Os percursos realizados pelos refugiados não são seguros. Muitos entram de forma ilegal em outros países e são obrigados a arriscar a vida para escapar da fiscalização e do controle das fronteiras, que estão cada vez mais rígidos.
Objetivo: • Diferenciar migrante de refugiado e compreender a importância dessa distinção para a aplicação dos direitos dos refugiados.
13. Os estudantes devem observar que outros países sul-americanos menos desenvolvidos economicamente que o Brasil, como Argentina e Chile, apresentam IDH mais elevado. Pode-se concluir que, apesar de o Brasil ser o mais rico, há países com melhores indicadores sociais, o que se deve à desigualdade socioeconômica e aos investimentos em serviços básicos, como saúde e educação. Comentar que o Brasil apresenta indicadores sociais semelhantes aos de países mais pobres, como Peru e Colômbia.
Objetivos: • Entender a distribuição desigual da riqueza como um dos fatores responsáveis pela existência de desigualdades sociais. • Compreender a importância dos indicadores sociais para mostrar as desigualdades no mundo.
14. a) A pandemia dificultou ainda mais o acesso dos jovens à educação e ao mercado de trabalho. O resultado disso pode levar a uma desesperança em relação ao futuro.
b) Resposta pessoal. O governo brasileiro tem de garantir investimentos na área de educação e geração de empregos, com incentivos à contratação de jovens e apoio financeiro para lidar com os efeitos da pandemia. Também assegurar acesso à saúde de qualidade.
Objetivos: • Compreender a importância dos indicadores sociais para mostrar as desigualdades no mundo.
• Identificar efeitos da covid-19 no desenvolvimento humano e possíveis ações de governos para minimizar os efeitos da pandemia.
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BNCC NA UNIDADE
Competências
Gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 7, 9 e 10
Ciências Humanas: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7
Geografia: 1, 2, 3, 4, 5,6 e 7
Habilidades
Geografia:
• EF08GE05
• EF08GE01
• EF08GE02
• EF08GE06 • EF08GE12
• EF08GE13 • EF08GE15
• EF08GE19
• EF08GE23
• EF08GE18
• EF08GE20 • EF08GE22
História: • EF08HI06 • EF08HI07
• EF08HI14
Arte: • EF69AR01 • EF69AR31
Língua Portuguesa: • EF69LP38
Abertura da Unidade
BNCC
• A habilidade EF08GE23 é atendida com foco em identificar paisagens da América Latina com base em diferentes características do clima.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Promover a leitura coletiva do texto e a atenta observação da imagem de abertura. Explorar os conhecimentos prévios dos estudantes, incentivando uma conversa sobre quais aspectos do espaço geográfico americano eles conhecem.
Sobre as características e a diversidade natural do continente americano, estabelecer relações com a extensão latitudinal, retomando conteúdos trabalhados no 6o ano, se for o caso. Propor a comparação entre os mapas físico (página 92) e de clima (página 96), permitindo que os estudantes façam uma primeira aproximação com os elementos físicos, que serão abordados na Unidade.
Folhear as páginas desta Unidade e identificar fotografias de paisagens do continente e questionar os estudantes se tais paisagens recebem influências dos elementos naturais e quais seriam esses elementos.
No continente americano, há paisagens bastante diferentes umas das outras. Isso se deve à diversidade natural (relevo, hidrografia, solo, clima, vegetação), às diferentes dinâmicas de produção e ocupação do espaço geográfico e à diversidade cultural.
Do ponto de vista cultural, há grande diversidade de manifestações, que carregam elementos da cultura dos povos nativos e dos povos colonizadores e que se transformaram à medida que o contato entre eles foi se aprofundando.
Se julgar pertinente, pedir aos estudantes que pesquisem outras imagens de paisagens que ocorrem no continente americano, para que possam compará-las e verificar a diversidade paisagística, que pode ser tanto natural quanto
cultural. Encaminhar as atividades de 1 a 4 para sistematizar essa conversa inicial com os estudantes sobre as diversidades da América.
Na atividade 1, a paisagem retratada está localizada na Argentina.
Na atividade 2, o evento climático é precipitação de neve. Não é um evento comum no Brasil, mas pode ocorrer em municípios da Região Sul.
Na atividade 3, espera-se que os estudantes citem, por exemplo, contrastes climáticos entre
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Vista parcial da cidade General Roca, Argentina, 2022.
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as cidades localizadas na Argentina e no Brasil ou contrastes nas paisagens culturais e na organização do espaço.
Na atividade 4, espera-se que os estudantes respondam que as paisagens contrastantes se explicam, entre outros fatores, pela presença de diferentes zonas térmicas e tipos de climas que influenciam a distribuição de parte dos elementos da paisagem.
Converse com os colegas e o professor sobre as questões.
1 Em que país se localiza a paisagem retratada?
2 Que evento climático se destaca nessa paisagem? Ele é comum no Brasil?
3 Relacione esse evento à afirmação de que a América é um continente de contrastes.
4 No seu entendimento, em que medida a extensão norte-sul do continente americano ajuda a explicar a existência de paisagens contrastantes?
O colonizador chega à América
Propor uma atividade interdisciplinar com Língua Portuguesa e História na qual o estudante vai criar um texto em que a personagem principal é um colonizador indo para América pela primeira vez. Em Língua Portuguesa, a proposta é que o professor do componente curricular oriente os estudantes quanto ao gênero textual escolhido, e o professor de História deverá orientar na pesquisa a partir da chegada dos europeus à América, em 1492. O estudante deverá escolher o país de origem da personagem de acordo com o local onde ela vai se estabelecer na América. Auxiliar os estudantes citando exemplos, como portugueses para o Brasil, espanhóis para o Peru, ingleses para os Estados Unidos, entre outros.
A história deve conter as primeiras impressões da personagem sobre o clima, o relevo, a vegetação e sobre os aspectos sociais que ela vai encontrar quando desembarcar na América. Na descrição da personagem é importante descrever qual é a sua classe social, qual é a sua principal atividade e qual foi o motivo que a levou a se deslocar para a América.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
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Consultar respostas em Orientações didáticas.
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• Trabalha-se a habilidade EF08GE05 com foco em destacar situações geopolíticas e regionalizações na América.
• Contempla-se a habilidade EF08GE20 com ênfase em analisar características de grupos de países da América no que se refere aos aspectos histórico-culturais.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Promover a leitura coletiva do texto da página 76 para identificar aspectos relacionados à dimensão, localização e regionalizações do continente americano. Fazer pausas para comentários e esclarecimentos de dúvidas. A seguir, analisar os mapas e apresentar os critérios utilizados para as regionalizações apresentadas: física e histórico-cultural.
Se julgar pertinente, retomar o conceito de regionalização trabalhado na Unidade 1 e reforçar a importância da criação de regiões para o estudo do espaço geográfico. Relembrar que todas as propostas de regionalização são criações humanas, feitas com base em diferentes critérios para estudar determinados fenômenos.
Destacar a situação do México na regionalização física, compondo a América do Norte, já que, muitas vezes, equivocadamente, o México é inserido na América Central. Encaminhar as atividades 1 e 2 para sistematizar o conteúdo sobre as regionalizações do continente americano.
1 DIMENSÃO, LOCALIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÕES
Com área territorial de mais de 42 milhões de quilômetros quadrados, o continente americano é o segundo mais extenso do mundo, superado apenas pelo continente asiático.
A América está totalmente localizada no Hemisfério Ocidental, sendo banhada ao norte pelo oceano Glacial Ártico, a leste pelo oceano Atlântico, a oeste pelo oceano Pacífico e, ao sul, pelo oceano Glacial Antártico. É cortada por quatro paralelos principais: Círculo Polar Ártico, Trópico de Câncer, linha do equador e Trópico de Capricórnio.
O território é bastante alongado no sentido norte-sul: há uma distância de quase 16 mil quilômetros entre o extremo norte (a 83° de latitude norte, na Groenlândia) e o extremo sul (a 56° de latitude sul, na Terra do Fogo). Essa grande extensão é um dos fatores que explicam a diversidade natural de paisagens encontradas na América.
As regionalizações mais conhecidas e utilizadas do continente americano são:
• regionalização física, baseada na distribuição das terras do continente no sentido norte-sul;
• regionalização histórico-cultural, baseada no processo de colonização, no idioma e em outros aspectos relacionados à cultura das nações colonizadoras do continente e dos diversos povos originários. Analise os mapas.
América: regionalização física Trópico de Capricórnio
rculoPolarÁrtico
TrópicodeCâncer
Fonte: CALDINI, Vera; ÍSOLA, Leda. Atlas geográfico
Saraiva. São Paulo: Saraiva, 2013. p. 96.
BNCC Trópico de Capricórnio Equador 0° 60° O TrópicodeCâncer OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO CírculoPolarÁrtico ALASCA (EUA) CANADÁ ESTADOS UNIDOS EQUADOR PERU BOLÍVIA PARAGUAI CHILE URUGUAI ARGENTINA BRASIL GROENLÂNDIA (DIN) Equador 0° OCEANO PACÍFICO MÉXICO GUATEMALA BELIZE NICARÁGUA HONDURAS COLÔMBIA VENEZUELA EQUADOR PERU BOLÍVIA PARAGUAI CHILE BRASIL GUIANA COSTA RICA PANAMÁ EL SALVADOR GUIANA FRANCESA (FRA) SURINAME BAHAMAS CUBA HAITI REP. DOMINICANA JAMAICA PORTO RICO (EUA) SANTA LÚCIA GRANADA TRINIDAD E TOBAGO SÃO CRISTÓVÃO E NÉVIS SÃO VICENTE E GRANADINAS BARBADOS ANTÍGUA E BARBUDA OCEANO ATLÂNTICO 60° O Trópico de Câncer DOMINICA América Central América do Norte América do Sul 0 1 342
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Equador 0° 60° O TrópicodeCâncer OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO CírculoPolarÁrtico ALASCA (EUA) CANADÁ ESTADOS UNIDOS EQUADOR PERU BOLÍVIA PARAGUAI CHILE URUGUAI ARGENTINA BRASIL GROENLÂNDIA (DIN) Equador 0° OCEANO PACÍFICO MÉXICO GUATEMALA BELIZE NICARÁGUA HONDURAS COLÔMBIA VENEZUELA EQUADOR PERU BOLÍVIA PARAGUAI CHILE BRASIL GUIANA COSTA RICA PANAMÁ EL SALVADOR GUIANA FRANCESA (FRA) SURINAME BAHAMAS CUBA HAITI REP. DOMINICANA JAMAICA PORTO RICO (EUA) SANTA LÚCIA GRANADA TRINIDAD E TOBAGO SÃO CRISTÓVÃO E NÉVIS SÃO VICENTE E GRANADINAS BARBADOS ANTÍGUA E BARBUDA OCEANO ATLÂNTICO 60° O Trópico de Câncer DOMINICA América Central América do Norte América do Sul 0 1 342 Trópico de Capricórnio Equador 0° 60° O
OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO Cí
ALASCA (EUA) CANADÁ ESTADOS UNIDOS EQUADOR PERU BOLÍVIA PARAGUAI CHILE URUGUAI ARGENTINA BRASIL GROENLÂNDIA (DIN) Equador 0° OCEANO PACÍFICO MÉXICO GUATEMALA BELIZE NICARÁGUA HONDURAS COLÔMBIA VENEZUELA EQUADOR PERU BOLÍVIA PARAGUAI CHILE BRASIL GUIANA COSTA RICA PANAMÁ EL SALVADOR GUIANA FRANCESA (FRA) SURINAME BAHAMAS CUBA HAITI REP. DOMINICANA JAMAICA PORTO RICO (EUA) SANTA LÚCIA GRANADA TRINIDAD E TOBAGO SÃO CRISTÓVÃO E NÉVIS SÃO VICENTE E GRANADINAS BARBADOS ANTÍGUA E BARBUDA OCEANO ATLÂNTICO 60° O Trópico de Câncer DOMINICA América Central América do Norte América do Sul 0 1 342 76 D2-GEO-F2-2106-V8-U3-074-103-LA-G24_AV.indd 76 21/08/2022 12:28 76
arÁrtico
OCEANO ATLÂNTICO CANADÁ ESTADOS UNIDOS
Cí
GROENLÂNDIA (DIN)
AMPLIANDO HORIZONTES
0 1 375
EQUADOR PERU BOLÍVIA PARAGUAI CHILE URUGUAI ARGENTINA
América Anglo-Saxônica
América Latina
América: regionalização histórico-cultural Trópico de Capricórnio
rculoPolarÁrtico
CANADÁ
BRASIL
ESTADOS UNIDOS
I. Malvinas (RUN)
BAHAMAS
Para o professor e o estudante • LOCALINGUAL. [S. l.], c2017. Site. Disponível em: https://loca lingual.com/. Acesso em: 6 jul. 2022.
MÉXICO
GUATEMALA BELIZE NICARÁGUA HONDURAS
EL SALVADOR
OCEANO PACÍFICO
OCEANO ATLÂNTICO 60° O Trópico de Câncer DOMINICA
COSTA RICA PANAMÁ
CUBA HAITI REP. DOMINICANA JAMAICA PORTO RICO (EUA) SANTA LÚCIA GRANADA TRINIDAD E TOBAGO
ANTÍGUA E BARBUDA
SÃO CRISTÓVÃO E NÉVIS SÃO VICENTE E GRANADINAS BARBADOS
VENEZUELA GUIANA
COLÔMBIA
Ferramenta com planisfério que indica a língua falada em cada país. É possível, ainda, ouvir gravações de diferentes locais, identificando até mesmo sotaques regionais.
GUIANA FRANCESA (FRA) SURINAME
Elaborado com base em: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 124.
A extensão territorial do continente americano permite distinguir duas grandes porções de terras: a América do Norte e a América do Sul. Essas “duas Américas” estão ligadas por um istmo que, com as ilhas próximas, forma a América Central. Esta se subdivide em América Central continental (constituída pelo istmo) e América Central insular (constituída pelas ilhas).
Istmo: estreita faixa de terra localizada entre dois mares, que faz a ligação entre duas grandes porções de terra.
A América Latina foi colonizada principalmente por portugueses e espanhóis. Por esse motivo, a língua oficial da maioria dos países latino-americanos é o espanhol. Já a América Anglo-Saxônica, colonizada principalmente por ingleses, tem o inglês como língua predominante. Apesar das semelhanças quanto à língua oficial, é preciso tomar cuidado com as generalizações. Ao analisarmos as línguas faladas na América, podemos identificar algumas exceções. Na América Latina, o espanhol divide o posto de língua oficial com o português, o inglês, o francês, o holandês e outras línguas indígenas, como o quíchua, o aimará e o guarani. Na América Anglo-Saxônica, o francês é a segunda língua oficial do Canadá.
Responda às questões em seu caderno.
1 De acordo com a regionalização física, onde está localizado o Brasil? E o México?
Brasil: América do Sul; México: América do Norte. Ambos estão situados na América Latina.
2 E de acordo com a regionalização histórico-cultural, onde esses países estão localizados?
77
21/08/2022 12:28
77
Trópico de Capricórnio Equador
60° O OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO 0° ALASCA (EUA) CANADÁ ESTADOS UNIDOS EQUADOR PERU BOLÍVIA PARAGUAI CHILE URUGUAI ARGENTINA BRASIL GROENLÂNDIA (DIN) I. Malvinas (RUN) CírculoPolarÁrtico Equador 0° OCEANO PACÍFICO CírculoPolarÁrtico ALASCA (EUA) CANADÁ ESTADOS UNIDOS MÉXICO GUATEMALA BELIZE NICARÁGUA HONDURAS COLÔMBIA VENEZUELA GUIANA COSTA RICA PANAMÁ EL SALVADOR GROENLÂNDIA (DIN) GUIANA FRANCESA (FRA) SURINAME BAHAMAS CUBA HAITI REP. DOMINICANA JAMAICA PORTO RICO (EUA) SANTA LÚCIA GRANADA TRINIDAD E TOBAGO SÃO CRISTÓVÃO E NÉVIS SÃO VICENTE E GRANADINAS BARBADOS ANTÍGUA E BARBUDA OCEANO ATLÂNTICO 60° O Trópico de Câncer DOMINICA América Anglo-Saxônica América Latina 0 1 375 SONIA VAZ
TrópicodeCâncer
Equador TrópicodeCâncer
OCEANO PACÍFICO 0°
Equador 0°
ALASCA (EUA)
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• A habilidade EF08GE05 é atendida com foco em aplicar os conceitos de Estado e nação, com destaque para regionalizações e situações geopolíticas na América.
• Ao serem elaborados mapas ou outras formas de representação cartográfica para analisar a ordenação espacial das colônias de povoamento e de exploração na América, atende-se à habilidade EF08GE18
• Contempla-se a habilidade EF08GE20 com ênfase em analisar características de grupos de países da América no que se refere aos aspectos políticos (colonização).
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Promover a leitura coletiva do texto da página 78. Se julgar conveniente, é uma boa oportunidade para desenvolver um trabalho interdisciplinar com História, abordando a “história não oficial” acerca da chegada dos europeus à América. Alguns vestígios encontrados na América do Norte, por exemplo, levam a crer que os vikings foram os primeiros exploradores europeus a aportar no continente americano, por volta do século X. Mas esses povos não criaram colônias. Eles ocupavam a região da Escandinávia (Suécia, Dinamarca e Noruega), na Europa, limitando-se a estabelecer contatos e controlar o comércio de peles de animais e outras mercadorias.
A chegada oficial dos europeus à América e a ocupação e a colonização do continente estão associadas às Grandes Navegações e ao desenvolvimento do capitalismo comercial, chamado mercantilismo, que tinha como objetivo obter e preservar riquezas, com a ideia de que o poder de uma nação era determinado pela quantidade de ouro e prata acumulados (metalismo). Assim, os países europeus passaram a adotar a política da balança co-
2 OCUPAÇÃO E COLONIZAÇÃO
Novo Mundo: expressão criada pelos europeus para designar a América.
A historiografia oficial afirma que em 1492 o navegador Cristóvão Colombo, financiado pela Espanha, encontrou terras desconhecidas pelos europeus. Anos mais tarde essas terras receberam o nome de América, em homenagem a Américo Vespúcio (1454-1512), banqueiro, navegador e um dos patrocinadores das primeiras expedições ao chamado Novo Mundo
O Novo Mundo despertou o interesse de outros Estados-nações, principalmente Portugal, Inglaterra, França e Holanda. A partir do século XVI, o continente americano passou a ser ocupado e colonizado pelos europeus.
A primeira colônia europeia na América foi estabelecida pela Espanha, na ilha Hispaniola, atuais territórios do Haiti e da República Dominicana. Em poucas décadas, muitas outras colônias foram estabelecidas no continente. Analise o mapa.
América: colonização
Responda às questões em seu caderno.
1 Qual nação europeia ocupou mais territórios na América?
Espanha.
2 Em que região atual do continente americano franceses e ingleses ocuparam mais territórios?
Na América Anglo-Saxônica (América do Norte).
3 Em qual região do continente americano os portugueses estabeleceram sua colônia? Essa colônia tinha, no início do período colonial, as mesmas dimensões representadas no mapa? Explique.
Fonte: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 126.
1492 – A conquista do paraíso (filme). Direção: Ridley Scott. Espanha/França, 1992.
Partindo da Espanha e navegando para oeste pelo oceano Atlântico, Cristóvão Colombo acreditava que podia chegar às Índias em 15 dias. Acabou encontrando uma terra diferente da que imaginava.
3. Na América Latina (América do Sul). Espera-se que os estudantes respondam negativamente, pois no início da colonização as terras portuguesas na América estavam limitadas pelo Tratado de Tordesilhas e ocupavam a faixa litorânea do Atlântico.
mercial favorável, ou seja, deveriam exportar mais do que importar. Para isso, criaram medidas protecionistas, como impostos e altas taxas sobre os produtos importados. Outro pilar do mercantilismo foi o pacto colonial, que proibia as colônias de negociar com outras metrópoles. Isso garantia lucros às metrópoles, que compravam matérias-primas baratas das colônias e vendiam para elas produtos manufaturados a preços elevados.
Encaminhar as atividades 1 a 3 para a auxiliar
a leitura do mapa, chamando a atenção dos estudantes para os territórios colonizados por cada uma das nações europeias. Orientá-los a consultar o mapa “América: regionalização histórico-cultural”, na página 77, para identificar os territórios dos países atuais.
Na página 79, salientar que, enquanto a organização espacial das colônias de exploração viabilizava a extração de recursos naturais e a produção agrícola de gêneros para atender às necessidades da metrópole europeia, nas co-
BNCC CAPITANIA DA VENEZUELA CAPITANIA DE CUBA CAPITANIA DA FLÓRIDA CAPITANIA DA GUATEMALA VICE-REINADO DA NOVA GRANADA VICE-REINADO DA NOVA ESPANHA NOVA FRANÇA TREZE COLÔNIAS TERRA DE RUPERT VICE-REINADO DO RIO DA PRATA VICE-REINADO DO PERU CAPITANIA-GERAL DO CHILE BRASIL CírculoPolarÁrtico TrópicodeCâncer Equador Trópico de Capricórn o OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO 0º 180º 20º O 0º 60º O 100º O 140º O OCEANO GLACIAL ÁRTICO 80º N Espanhóis Portugueses Ingleses Franceses Holandeses 0 1 415 VESPÚCIO CARTOGRAFIA
europeia – séculos XVI a XIX
FICA
DICA
A
# CAPITANIA DA VENEZUELA CAPITANIA DE CUBA CAPITANIA DA FLÓRIDA CAPITANIA DA GUATEMALA VICE-REINADO DA NOVA GRANADA VICE-REINADO DA NOVA ESPANHA NOVA FRANÇA TREZE COLÔNIAS TERRA DE RUPERT VICE-REINADO DO RIO DA PRATA VICE-REINADO DO PERU CAPITANIA-GERAL DO CHILE BRASIL CírculoPolarÁrtico TrópicodeCâncer Equador Trópico de Capricórnio OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO 0º 180º 20º O 0º 60º O 100º O 140º O OCEANO GLACIAL ÁRTICO 80º N Espanhóis Portugueses Ingleses Franceses Holandeses 0 1 415 78 D2-GEO-F2-2106-V8-U3-074-103-LA-G24_AV.indd 78 21/08/2022 12:28 78
Os países europeus colonizaram a América de maneiras diferentes, destacando-se as chamadas colônias de exploração e as colônias de povoamento
As colônias de exploração foram implantadas em grande parte da América Latina e na porção sul da América Anglo-Saxônica. Suas principais características eram a monocultura (produção de um único gênero agrícola), realizada em latifúndios, com ênfase na produção de algodão, cana-de-açúcar e tabaco; e a extração de metais preciosos destinados à metrópole, com utilização do trabalho escravizado de indígenas e de africanos. As colônias de povoamento foram implantadas, principalmente, ao norte e nas áreas centrais da América Anglo-Saxônica. Caracterizavam-se pela pequena propriedade, pelo trabalho livre, pela produção para o mercado interno. Em algumas propriedades havia trabalhadores assalariados e a economia foi desvinculada do pacto colonial. Essa “liberdade econômica” favoreceu o desenvolvimento das atividades comerciais com outras metrópoles.
4 Produza um croqui do território do continente americano, representando as colônias de exploração e povoamento. Para isso:
a) Destaque os limites entre as três Américas, de acordo com a regionalização física, em um mapa que será providenciado pelo professor.
Um mapa mudo da América foi disponibilizado via link do IBGE em Orientações didáticas.
b) Depois, use formas, cores ou símbolos para representar os tipos de colônias, sem se esquecer de elaborar uma legenda.
c) Crie um título para o croqui.
d) Compartilhe o resultado com os colegas, explicando como você organizou as informações. Auxiliar os estudantes na realização desta atividade. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
lônias de povoamento essa organização privilegiou uma efetiva ocupação do território, que garantiu o desenvolvimento de uma economia interna bem organizada e mais independente.
Relacionar, sempre que possível, as características econômicas atuais dos países americanos com os diferentes modelos de colonização. Apontar como até hoje o modelo agrário do Brasil é baseado em latifúndios, monocultura e produção voltada para exportação, e a maior parte da exportação consiste em produtos primários,
que terão valor agregado em outros países. A exploração mineral, que era o grande atrativo colonial, também se mantém forte até hoje em países latino-americanos.
Enquanto isso, na América Anglo-Saxônica, onde grande parte da colonização foi de povoamento, os Estados Unidos e o Canadá têm uma economia sólida e diversificada, o que pode ser explicado pelo desenvolvimento do mercado interno desses países ainda no período colonial. Na atividade 4, é possível produzir o croqui
sugerido utilizando ferramentas digitais. Caso você tenha acesso a um computador ou tablet conectado à internet, indicamos duas opções interessantes:
1. Instituto Geográfico Nacional Argentino. O link dá acesso à ferramenta de mapas interativos, incluindo o mapa do continente americano. É possível salvar a produção e imprimir o mapa. Disponível em: https:// mapasescolares.ign.gob.ar/ dist/src/mapaInteractivo.html. Acesso em: 6 jul. 2022.
2. Google MyMaps. É preciso ter uma conta no site para produzir o croqui. É possível salvar a produção, editá-la, imprimi-la e compartilhá-la on-line. Dis ponível em: https://www.goo gle.com/maps/d/. Acesso em: 6 jul. 2022.
3. Também é possível utilizar um mapa mudo para impressão. Consultar o site do IBGE. Disponível em: https://geoftp. ibge.gov.br/produtos_edu cacionais/mapas_mudos/ma pas_do_mundo/americas.pdf. Acesso em: 21 jul. 2022. Comentar que um mapa esquemático ou croqui é um desenho simples, que muitas vezes mais parece um rascunho feito à mão, sem muita preocupação com a precisão na representação. O importante é sintetizar e esquematizar a informação. Nesse sentido, verificar a coerência entre os elementos representados no croqui e na legenda.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor e o estudante
• AZEVEDO, Isabela. Na Trilha da História: confira as diferenças da colonização nos EUA e no Brasil. EBC, Brasília, DF, 18 jan.
2017. Disponível em: https:// agenciabrasil.ebc.com.br/radio agencia-nacional/acervo/geral/ audio/2017-01/na-trilha-da-his toria-confira-principais-diferencasda-colonizacao-nos-eua-e-no/.
Acesso em: 12 jul. 2022.
Entrevista com o historiador Antônio Barbosa sobre as diferentes trajetórias históricas de Estados Unidos e Brasil.
H.-D. FALKENSTEIN/IMAGEBROKER/AGB PHOTO LIBRARY
Trabalhadores escravizados em plantação americana de cana-de-açúcar, por volta de 1784.
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Competências
• Gerais: 1, 2, 3 e 9
• Ciências Humanas: 1, 2 e 5
• Geografia: 3 e 5
Habilidades
• Contempla-se a habilidade EF08GE05 ao serem aplicados os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões na América colonial.
• A habilidade EF08GE20 é trabalhada com foco em analisar características de países e grupos de países da América no que se refere aos aspectos históricos e políticos (processos de independência).
Interdisciplinaridade com...
História:
• EF08HI06 Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões.
• EF08HI07 Identificar e contextualizar as especificidades dos diversos processos de independência nas Américas, seus aspectos populacionais e suas conformações territoriais.
Arte:
• EF69AR01 Pesquisar, apreciar e analisar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, em obras de artistas brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas e em diferentes matrizes estéticas e culturais, de modo a ampliar a experiência com diferentes contextos e práticas artístico-visuais e cultivar a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético.
• EF69AR31 Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.
ARTE
A emergência dos Estados americanos
Durante o século XVIII, o sistema colonial começou a entrar em crise na América. As elites donas de terras estavam cada vez mais descontentes com as medidas políticas e econômicas adotadas pelas metrópoles. Além disso, povos indígenas e negros escravizados organizavam movimentos de resistência.
Em 1776, os Estados Unidos da América foram os primeiros a declarar independência da Inglaterra, seguidos pela colônia de São Domingos (atual Haiti), em 1804. Porém, foi entre 1810 e 1850 que surgiu o maior número de Estados americanos, com a fragmentação da América espanhola e a Independência do Brasil, em 1822.
Os processos de independência ocorreram de maneiras distintas. Enquanto o Brasil e o Canadá tiveram uma emancipação pacífica (mas não sem conflitos pontuais), as colônias espanholas sofreram muitas rebeliões populares, reprimidas com violência pela metrópole.
O processo de independência das colônias europeias proporcionou grande fragmentação política da América. Atualmente, o continente é constituído por 35 Estados-nações e alguns territórios que ainda pertencem a Estados europeus ou até mesmo da América.
Analise o mapa.
América: divisão política
TrópicodeCapricórnio
1 Indique alguns territórios que pertencem a Estados-nações da Europa ou da América. Os estudantes podem indicar Groenlândia (Dinamarca), Guiana Francesa (França) e Ilhas Malvinas (Reino Unido). Há ainda Porto Rico, que é um território não incorporado dos Estados Unidos, na América Central.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
O conteúdo proposto nesta seção tem como objetivo identificar, contextualizar e diferenciar os processos de independência dos países da América. Nesse contexto, há possibilidade de um trabalho interdisciplinar com História para o desenvolvimento das habilidades EF08HI06 e EF08HI07. Para isso, promover a leitura coletiva do texto da página 80. Fazer pausas para comentários e esclarecimentos de dúvidas. A
seguir, incentivar a análise do mapa “América: divisão política” para identificar a fragmentação política do continente pós independência e encaminhar a atividade 1 para que os estudantes identifiquem territórios no continente americano que ainda pertencem a Estados-nações da Europa ou da própria América.
Na página 81, ao encaminhar a atividade 2, destacar a representação dos processos de independência na América por meio de obras de arte. Nesse contexto, é possível desenvolver
BNCC 0º C í rculo PolarÁrtico
OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO Equador TrópicodeCâncer 60º O ALASCA (EUA) CANADÁ ESTADOS UNIDOS MÉXICO GUATEMALA BELIZE NICARÁGUA GUIANA FRANCESA (FRA) HONDURAS COLÔMBIA VENEZUELA EQUADOR PERU BOLÍVIA PARAGUAI CHILE URUGUAI ARGENTINA BRASIL GUIANA SURINAME COSTA RICA PANAMÁ EL SALVADOR GROENLÂNDIA (DIN) EUROPA OCEANO GLACIAL ÁRTICO Is. Falkland/Malvinas (RUN) ÁSIA Is. Revillagigedo (MÉX) I. Bermudas (RUN) Ilhas Galápagos (EQU) OCEANO ATLÂNTICO Mar das Antilhas (Mar do Caribe) 70º O Trópico de Câncer I.S.Martin (FRAeHOL) I.Anguilla(RUN) I. Martinica (FRA) I. Guadalupe (FRA) (EUA) (RUN) IlhasVirgens BA H A M A S CU B A JAMAICA HAITI REP. DOMINICANA SÃO CRISTÓVÃO E NÉVIS DOMINICA SANTA LÚCIA BARBADOS GRANADA SÃO VICENTE E GRANADINAS TRINIDAD E TOBAGO ANTÍGUA E BARBUDA PORTO RICO (EUA) Montserrat (RUN) 0 1 545 ALLMAPS
E HISTÓRIA INTEGRANDO com
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 37, 39, 41.
80 NÃO ESCREVA NO LIVRO. ARTE CONEXÃO: e HISTÓRIA
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Muitos artistas representaram o processo de independência das colônias americanas em diversas obras de arte.
2 Analise a imagem a seguir. Para isso, siga as etapas, registrando as respostas em seu caderno ou em um arquivo digital.
Consultar comentários em Orientações didáticas.
No muralismo, movimento artístico, social e político que surgiu no México na década de 1920, os artistas pintavam nos muros de prédios públicos sua visão sobre a vida social e política do país, com o propósito educativo de difundir parte da cultura e da história mexicana para um público de massa, incluindo as pessoas analfabetas.
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Movimento muralista
Solicitar que os estudantes pesquisem sobre o movimento muralista no século XXI e sua influência em outras manifestações artísticas contemporâneas. Pode-se propor, com o professor de Arte, a criação de mural com um tema importante para a comunidade escolar que os estudantes gostariam de comunicar para um público mais amplo.
O mural El retablo de la Independência mostra o processo de independência do México.
Etapa 1: o que você vê
O’GORMAN, Juan. El retablo de la Independencia. 1960. Mural, 4,40 m x 1,5 m. Museu de História Mexicano.
• Descreva a obra, desde aspectos mais gerais (o que chama sua atenção), até detalhes relacionados às personagens, aos objetos e à ação retratados. Que elementos são destacados?
• Que sentimentos e emoções a obra desperta em você?
Etapa 3: o que você deduz
• Tente compreender a mensagem que o artista quis transmitir por meio da obra e decifrar seu significado. Qual é o tema da obra? Como o mural está organizado? Analise com atenção suas diferentes partes, as cores dominantes, os contrastes, a orientação da luz, o lugar e a posição das personagens e dos objetos.
• Coloque a obra em seu contexto histórico e social. É um trabalho engajado?
Etapa 2: o que você sabe
• Reúna informações sobre a obra: título, dimensões, local de exposição, técnica utilizada, quem é o pintor, em que período foi realizada, qual é o contexto histórico etc.
Etapa 4: escreva a análise do mural
• Introdução: apresente a obra, o pintor, o movimento artístico e o contexto histórico.
• Descrição da obra: descreva o mural em seu conjunto.
• Interpretação: explique a mensagem da obra, reformulando os elementos da análise, levando em conta o contexto histórico e o movimento artístico do pintor.
• Conclusão: expresse seus sentimentos, dando sua opinião pessoal e fundamentada sobre a obra.
Líderes da independência na América
Entre os líderes dos movimentos de independência dos países americanos estão: Toussaint L’Ouverture e Jean-Jacques Dessalines (Haiti); Simón Bolívar e José de San Martín (América espanhola); Gonçalves Ledo e José Bonifácio (Brasil). Pedir aos estudantes que destaquem o papel desempenhado por essas pessoas nos movimentos de independência.
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a interdisciplinaridade com Arte e as habilidades EF69AR01 e EF69AR31. Para isso, aplicar o estudo de recepção da obra El retablo de la Independencia, de Juan O’Gorman, que está dividido em quatro partes que narram o processo de independência mexicana. O recorte apresentado retrata o movimento de rebelião popular, tendo o padre Hidalgo como líder independentista. Encaminhar as etapas de análise propostas, se possível, com o auxílio do professor desse componente curricular.
No estudo de recepção de obra de arte, é importante incentivar os estudantes a trazer para esse trabalho as suas próprias referências pessoais, questionando se conhecem outras obras que abordam o mesmo assunto, ou que associações podem fazer com outras manifestações artísticas, como música, cinema, pintura etc. Uma vez concluída a análise individual, reunir os estudantes e propor um debate sobre as recepções da obra, destacando as percepções e a importância do trabalho artístico engajado.
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GRANGER, NYC./ALAMY/FOTOARENA
81
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• Atende-se à habilidade EF08GE20 com foco em analisar características de países e grupos de países da América no que se refere aos aspectos populacionais (povos originários).
Interdisciplinaridade com...
História:
• EF08HI14 Discutir a noção da tutela dos grupos indígenas e a participação dos negros na sociedade brasileira do final do período colonial, identificando permanências na forma de preconceitos, estereótipos e violências sobre as populações indígenas e negras no Brasil e nas Américas.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
3 POVOS ORIGINÁRIOS
Não se sabe ao certo a origem dos primeiros habitantes da América. Na Unidade 2, foram apresentadas as correntes migratórias discutidas pelos estudiosos para explicar como e em que momento nossos ancestrais chegaram ao continente.
América pré-colombiana: principais povos
P24-2-GEO81-8-03-LA-LMA-005 América pré-colombiana: povos mapa de GEI V.8 p. 79, de 9010103000092.
Ao encaminhar o conteúdo proposto nesta dupla de páginas, é possível trabalhar interdisciplinarmente com História ao desenvolver a habilidade EF08HI14 desse componente curricular. Também pode-se contemplar o Tema Contemporâneo Transversal Multiculturalismo, com destaque para a Diversidade Cultural Para isso, promover a leitura coletiva do texto da página 82. Ao introduzir a discussão sobre os povos originários da América, retomar o mapa e o conteúdo sobre a dispersão dos grupos humanos pelo mundo, da Unidade 2, chamando a atenção para a América e como os primeiros habitantes chegaram ao continente. A seguir, destacar a grande diversidade étnica, social, política e religiosa dos povos pré-colombianos e encaminhar a análise do mapa “América pré-colombiana: principais povos”, para identificar a distribuição e áreas de ocupação desses povos no continente. Utilizar as atividades 1 e 2 para sistematizar essa conversa inicial com os estudantes.
Na atividade 1, espera-se que os estudantes troquem informações sobre os povos pré-colom-
Independentemente das teorias levantadas para reconstituir o processo de povoamento do continente americano, pesquisadores estimam que, quando Colombo desembarcou na América, cerca de 50 milhões de pessoas viviam no Novo Mundo. Os povos que habitavam o continente americano ficaram conhecidos genericamente como povos pré-colombianos
Esses povos apresentavam grande diversidade étnica, social, política e religiosa. Algumas civilizações, como a inca, a maia e a asteca, formaram sociedades complexas. Com a ocupação e a exploração do continente americano pelos europeus, essas sociedades começaram a desestruturar-se e muitas desapareceram. Analise o mapa.
1 Explique o que você sabe sobre os povos pré-colombianos.
Resposta pessoal. Consultar comentários em Orientações didáticas.
2 De acordo com o mapa, identifique cinco povos que habitavam o atual território do Brasil antes da chegada dos europeus.
Os estudantes poderão indicar: kaingang, botocudo, tupinambá, guarani, caiguá, bororo, nambiquara, xavante, tremembé, timbira, karajá, entre outros.
bianos com base nos conhecimentos prévios deles, indicando que esses povos ocupavam o continente americano antes da chegada dos europeus e apresentavam grande diversidade étnica, social, política e religiosa, formando sociedades complexas.
Na página 83, ao tratar dos indígenas que viviam nos atuais territórios dos Estados Unidos e do Canadá, é importante lembrar que existiam diversos povos e que muitos desapareceram ao longo do tempo, após a colonização europeia,
por causa do extermínio das populações indígenas. No século XIX, com a expansão da colonização para o oeste, nos atuais Estados Unidos, ocorreram os maiores conflitos. A política adotada era a de assimilação cultural, voluntária ou não. Atualmente, há descendentes indígenas que ocupam territórios dentro de reservas e preservam um pouco da sua cultura, praticando atividades como a caça, a pesca e a agricultura. Se julgar pertinente, ler para os estudantes o excerto da seção Texto complementar
BNCC
com CONEXÃO HISTÓRIA
Fonte: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 28.
CírculoPolar Ártico TrópicodeCâncer Equador Trópico de Capricórnio OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO 140º O 0º 180º 20º O 0º 60º O 100º O OCEANO GLACIAL ÁRTICO ESQUIMÓ (INUÍTE)KUTCHIN KASKA BEAVER UTE YOKUTS SHOSHONE T L N G I T ESQUIMÓ(INUÍTE) MOUNTAGNAIS-NASKAPI CREE SIOUX NEZ PERCE PÉNEGRO CROW PAIUTE OJIBWAALGONKIN MICMAC IROQUÊSDELAWARE MIAMI CHEYENNE PAWNES CHEROKEE ARAPAHO NAVAJO COMANCHE COCHIMÍPUEBLOAPACHECOAHIULTECANATCHEZ TEPEHUAN ASTECAOLMECA MAIA MES NOLE MISKITO WARAU ARUAQUE GUAMÍ GUAJIRO CARAÍ B A I ANOMAMI ARAUAQUECARAÍBA UAIUAI MACU CAVAÍBA TUCANO JIVARO CHIBCHA TIMBIRATREMEMBÉ XAVANTE CARAJÁ OMAGUA INCA CAMPA NHAMBIQUARA MOJOS INCA BORORO CAIGUÁ QUECHUA MATACOGUARANI ABIPÓN KA I NGANG BOTOCUDOTUPINAMBÁ CHARRUA PUELCHE TEHUELCHE ARAUCANO YUROK 80º N Fonte de pesquisa: ONU, 2003. Ártica Nordeste Subártica Costa Noroeste Planalto Intermontanhosa/Grande Bacia Californiana Sudeste Planícies Sudoeste Áreas de cultura América do Norte Caribenha Savana/Orinoco Floresta tropical Atlântica Andina Sulista América Central e do Sul Mesoamérica Mesoamérica 0 1 225 ALLMAPS CírculoPolar Ártico TrópicodeCâncer Equador Trópico de Capricórnio OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO 140º O 0º 180º 20º O 0º 60º O 100º O OCEANO GLACIAL ÁRTICO ESQUIMÓ (INUÍTE)KUTCHIN KASKA BEAVER UTE YOKUTS SHOSHONE T L I N G I T ESQUIMÓ(INUÍTE) MOUNTAGNAIS-NASKAPI CREE SIOUX NEZ PERCE PÉNEGRO CROW PAIUTE OJIBWAALGONKIN MICMAC IROQUÊSDELAWARE MIAMI CHEYENNE PAWNES CHEROKEE ARAPAHO NAVAJO COMANCHE COCHIMÍPUEBLOAPACHECOAHIULTECANATCHEZ TEPEHUAN ASTECAOLMECA MAIA MES I NOLE MISKITO WARAU ARUAQUE GUAMÍ GUAJIRO CARAÍ B A I ANOMAMI ARAUAQUECARAÍBA UAIUAI MACU CAVAÍBA TUCANO JIVARO CHIBCHA TIMBIRATREMEMBÉ XAVANTE CARAJÁ OMAGUA INCA CAMPA NHAMBIQUARA MOJOS INCA BORORO CAIGUÁ QUECHUA MATACOGUARANI ABIPÓN KA I NGANG BOTOCUDOTUPINAMBÁ CHARRUA PUELCHE TEHUELCHE ARAUCANO YUROK 80º N Fonte de pesquisa: ONU, 2003. Ártica Nordeste Subártica Costa Noroeste Planalto Intermontanhosa/Grande Bacia Californiana Sudeste Planícies Sudoeste Áreas de cultura América do Norte Caribenha Savana/Orinoco Floresta tropical Atlântica Andina Sulista América Central e do Sul Mesoamérica Mesoamérica 0 1 225 82 D2-GEO-F2-2106-V8-U3-074-103-LA-G24_AV.indd 82 21/08/2022 12:29 82
A América Anglo-Saxônica era habitada por centenas de povos indígenas antes da chegada dos europeus. Assim como no restante do continente americano, essas populações foram praticamente dizimadas.
Com a expansão do território estadunidense ao longo do século XIX, os conflitos entre colonos e indígenas aumentaram. Povos como os sioux, apaches e comanches resistiram à invasão europeia. Outros, como os cherokees, incorporaram mais facilmente os costumes dos colonizadores. Atualmente, esse povo representa a maior parcela da população indígena dos Estados Unidos. No Canadá, ocorreu processo semelhante de resistência dos povos originários ao colonizador.
A influência indígena na cultura anglo-saxônica pode ser identificada na música, na temática dos filmes sobre o velho oeste, na gastronomia, marcada pelo uso do milho, nos nomes de lugares, como Alasca, Dakota, Oklahoma etc.
Nos dias atuais, cabe aos descendentes desses povos preservar características do modo de vida e da cultura. Muitos vivem em comunidades e precisam lutar pelo direito originário à terra, como acontece com os povos indígenas brasileiros.
TEXTO COMPLEMENTAR
A tribo indígena que “reapareceu” no Canadá 60 anos após ser declarada extinta
Em uma manhã de outono em 2010, Rick Desautel saiu de casa com a intenção de caçar alces, mas também de ser preso.
O americano, de 65 anos, atravessou a fronteira norte dos Estados Unidos com o Canadá, caçou o animal e se apresentou às autoridades da província de Colúmbia Britânica [...].
Desautel argumentou que não havia cometido um delito, mas exercido seu direito de caçar nas terras que eram habitadas por seus ancestrais, a tribo indígena Sinixt, há milhares de anos.
[...]
Mas as autoridades o prenderam mesmo assim, sob a acusação de não ter licença para caçar nem residência no país.
A tribo Sinixt, que costumava viver na região, é reconhecida como comunidade nativa nos EUA, mas o Canadá a declarou extinta em 1956.
O objetivo de Desautel era provocar um julgamento no Canadá para conseguir que o país reconhecesse novamente a existência e os direitos dos Sinixt no país [...].
Desde então, passaram-se sete anos. Na semana passada, uma juíza canadense decidiu a favor de Desautel.
Em seu despacho, a juíza Lisa Mrozinski considerou que o acusado estava “exercendo seu direito aborígene de caçar na fronteira entre EUA e Canadá, seu território por tradição histórica, como fez seu povo por milhares de anos”.
[...]
LOVERA, Patricia Sulbarán. A tribo indígena que “reapareceu” no Canadá 60 anos após ser declarada extinta. BBC News Brasil, São Paulo, 8 abr. 2017. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/ internacional-39520372. Acesso em: 6 jul. 2022.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor e o estudante
• JOKURA, Tiago. Quais foram as tribos mais poderosas dos Estados Unidos. Superinteressante, São Paulo, 1 abr. 2009. Disponível em: https://super.abril.com.br/ mundo-estranho/quais-foram-as -tribos-mais-poderosas-dos-eua/.
Acesso em: 6 jul. 2022.
A reportagem da revista Superinteressante retrata características de algumas nações indígenas da América do Norte.
• DANÇA com lobos. Direção: Kevin Costner. Estados Unidos: Orion Pictures, 1990. Vídeo (181 min).
O filme mostra um soldado que se aproxima da tribo Sioux, nos Estados Unidos, e começa a se integrar à cultura indígena.
• O POVO invisível. Direção: Richard Desjardins e Robert Monderie. Canadá: Office National du Film du Canada, 2007. Vídeo (93 min).
Documentário sobre o impacto da chegada dos europeus no modo de vida do povo Algonquin, no Canadá.
Indígenas sioux, da reserva indígena de Standing Rock, protestam contra a construção, em terra sagrada, do oleoduto Dakota Access, em 2016. Apesar dos protestos, o oleoduto foi construído e está em operação desde 2017.
Fotografia de indígena comanche feita em 1909, nos Estados Unidos.
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• EF08GE20 com foco em analisar características de países e grupos de países da América no que se refere aos aspectos populacionais (povos originários).
• EF08GE23 com ênfase na identificação de paisagens da América Latina associadas a diferentes povos da região (Parque Nacional de Tikal, na Guatemala).
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Nesta dupla de páginas, é possível dar continuidade ao trabalho com o tema contemporâneo transversal Multiculturalismo, com destaque para a Diversidade Cultural Para isso, promover a leitura coletiva do texto das páginas 84 e 85. Destacar a diversidade de povos pré-colombianos que ocuparam a América Latina e as características das três principais civilizações que se devolveram na região: asteca, inca e maia. É fundamental destacar as principais características relacionadas ao modo de vida dessas civilizações, suas contribuições para a cultura dos diferentes países que compõem a América e, sobretudo, o processo de dominação desses povos, considerando a atual situação de vida de seus descendentes.
Se possível, disponibilizar outras fotografias de ruínas das civilizações pré-colombianas, como os geóglifos gigantes em Nazca, no Peru, e as pirâmides de Teotihuacán e Chichén Itzá, no México. As fotografias servirão como recurso para os estudantes identificarem a grande complexidade dessas civilizações.
Aproveitar para conversar com os estudantes sobre os indígenas no Brasil. Segundo estimativas, em 1500, quando Pedro Álvares Cabral atracou com sua esquadra de caravelas em Porto Seguro, município localizado no sul do atual estado da Bahia, havia no território brasileiro entre três
Astecas, incas e maias
Entre as centenas de povos que habitavam a América Latina, podemos destacar os astecas, os incas e os maias.
A civilização asteca desenvolveu-se principalmente entre os séculos XIV e XVI, no território do atual México. No século XIV, fundaram a cidade de Tenochtitlán, que se tornou a capital do império.
Os astecas desenvolveram técnicas agrícolas e de construção de obras de drenagem, canais de irrigação, estradas, templos, pirâmides, entre outras. O artesanato era riquíssimo, destacando-se tecidos, objetos de ouro e prata, e pinturas.
O Império Asteca começou a ser destruído em 1519, a partir das invasões espanholas lideradas por Hernán Cortés (1485-1547). Os espanhóis dominaram e escravizaram os astecas, apropriando-se de grande parte do ouro e da prata dessa civilização.
O Império Inca incluía todo o Equador e o Peru, o sul da Colômbia, o oeste da Bolívia, o noroeste da Argentina e o norte do Chile. A capital era a cidade de Cuzco (Peru), e o principal idioma era o quíchua.
Na agricultura, destacava-se o cultivo de batata, milho, algodão, tomate e mandioca. O plantio era feito em terraços (degraus construídos nas encostas das montanhas). Usavam arados para preparar o solo e animais, as lhamas, para transportar as colheitas. Desses animais também obtinham couro, carne e lã, com a qual faziam tecidos, mantas e cordas. Na arquitetura, evidenciam-se as construções de templos, moradias e cidades com enormes blocos de rochas encaixados.
e seis milhões de indígenas distribuídos em vários povos diferentes.
O contato dos indígenas com os colonizadores portugueses foi devastador. Ao longo dos anos, doenças, guerras e escravidão reduziram o número de povos indígenas. Muitos grupos que viviam na faixa litorânea foram exterminados ou integrados à cultura do colonizador europeu. Outros foram lentamente expulsos para o interior por causa da ocupação do litoral. Atualmen-
te, estima-se que haja no Brasil uma população de aproximadamente 800 mil indígenas, vivendo principalmente na Região Norte do país.
Na atividade 1, item a, espera-se que os estudantes respondam que astecas, maias e incas foram dominados pelos espanhóis. Esse domínio desestruturou essas civilizações, que terminaram por se extinguir. Também poderão indicar a duração de tempo semelhante entre o processo de início, apogeu e queda dos impérios, principal-
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PEYPUS, Friedrich. Mapa de Tenochtitlán. 1524. Tenochtitlán (atual Cidade do México) era uma das cidades mais populosas do mundo no período, com uma população estimada em 300 mil habitantes.
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Os maias instalaram-se na região da Península de Yucatán (sudeste do atual México) e nas áreas onde hoje estão Guatemala, Belize, Honduras e El Salvador. Eles construíram pirâmides, palácios e templos. A economia era baseada na agricultura, principalmente de milho e feijão. No artesanato, destacava-se a fiação de tecidos. Também praticavam o comércio com povos vizinhos e no interior do império.
Tikal, na Guatemala, foi um importante centro político, econômico e militar da América pré-colombiana. Atualmente, o Parque Nacional de Tikal é patrimônio mundial da humanidade.
1 Analise as linhas do tempo das civilizações asteca, inca e maia, e responda às questões em seu caderno.
ASTECAS
1250: Chegada dos astecas às proximidades do lago Texcoco
1325: Fundação de Tenochtitlán
1428: Aliança entre Tenochtitlán, Texcoco e Tlacopan. Início do Império Asteca
1521: Tomada de Tenochtitlán pelos espanhóis
1525: O último soberano asteca, Cuauhtémoc, é enforcado pelos espanhóis
MAIAS
Aprox. 950 a.C.: Primeiros edifícios cerimoniais maias construídos em Ceibal (Guatemala)
292: Início do período clássico
909: Fim do período clássico
1563-1572: Diego de Landa escreve a obra Relação das coisas do Yucatán, registrando aspectos da vida maia
1697: Conquista de Tayasal (Guatemala), última capital maia independente
INCAS
Aprox. 1200: Os incas se instalam na região de Cuzco (Peru)
Aprox. 1450: Criação do Império Inca por Pachacútec Inca Yupanqui
1524: Morte do primeiro inca por varíola, doença trazida pelos europeus
1532: Início da conquista do Peru pelos espanhóis
a) Quais são os aspectos comuns na trajetória de astecas, maias e incas?
1572: Execução de Túpac Amaru, último soberano inca
b) No seu entendimento, por que esses povos são conhecidos até a atualidade?
c) Em grupo, escolham um dos eventos indicados nas linhas do tempo e imaginem que vocês testemunharam o que aconteceu. Depois, planejem uma reportagem impressa e em outras mídias (rádio ou TV/vídeo, sites, podcasts etc.) narrando esse evento. Utilizem como base pesquisas realizadas na internet e em bibliotecas (físicas e/ou virtuais). Pesquisem informações complementares para incrementar a reportagem de vocês, que pode envolver entrevistas com especialistas, documentários, publicações científicas etc.
Consultar resposta em Orientações didáticas. Consultar comentários em Orientações didáticas.
1. b) Os estudantes poderão indicar a complexidade de suas estruturas econômicas, políticas e sociais; os vestígios arqueológicos que hoje fazem parte do patrimônio da humanidade; entre outros fatores. 85 D2-GEO-F2-2106-V8-U3-074-103-LA-G24_AV.indd
mente dos astecas e incas. Além disso, poderão destacar a contribuição cultural e científica desses povos para a humanidade. Chamar a atenção deles para o fato de que os maias foram a civilização mais antiga e duradoura entre as três.
Na atividade 1, item c, verificar os eventos escolhidos por cada grupo e, com auxílio dos professores de História e Língua Portuguesa, incentivá-los a buscar informações que os ajudem a compor uma narrativa, para compor a reporta-
gem mais próxima possível da realidade. É interessante questionar os estudantes sobre as personagens que irão representar: colonizadores, povos originários, soberanos. Também é possível propor que narrem um mesmo evento a partir de pontos de vista diferentes, para um posterior trabalho de comparação das produções. Organizar um momento para que os grupos apresentem suas produções.
AMPLIANDO HORIZONTES
Arte, aplicar a imagem F007 na vertical, ao lado 2106-GEO-V8-U3-LA-F007 Resgatar foto de V.8 p. 81, de 9010103000092 resgate iconografia
Para o professor
• NADAL, Paco. Machu Picchu restringe o acesso para não morrer pelo próprio sucesso. Ação Popular, Juazeiro, 26 jul. 2017. Disponível em: http://acaopopular.net/ jornal/machu-picchu-restringeo-acesso-para-nao-morrer-peloproprio-sucesso/. Acesso em: 6 jul. 2022.
Reportagem sobre a restrição do acesso a Machu Picchu por causa do impacto causado pelo elevado número de turistas.
• SANTOS, Eduardo Natalino dos. Cidades pré-hispânicas do México e da América Central São Paulo: Atual, 2004.
Obra sobre os povos que viveram no México e na América Central antes da colonização espanhola. O autor desfaz equívocos e enriquece o conhecimento, ajudando-nos a compreender os diversos papéis que as cidades pré-colombianas desempenhavam na vida de centenas de comunidades indígenas.
Na fotografia, o Templo do Grande Jaguar, construído por volta de 734.
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Competências
• Gerais: 1, 2, 5, 7, 9 e 10
• Ciências Humanas: 1, 2, 4 e 6
• Geografia: 3, 5, 6 e 7
Interdisciplinaridade com...
História:
• EF08HI14 Discutir a noção da tutela dos grupos indígenas e a participação dos negros na sociedade brasileira do final do período colonial, identificando permanências na forma de preconceitos, estereótipos e violências sobre as populações indígenas e negras no Brasil e nas Américas.
Língua Portuguesa:
• EF69LP38 Organizar os dados e informações pesquisados em painéis ou slides de apresentação, levando em conta o contexto de produção, o tempo disponível, as características do gênero apresentação oral, a multissemiose, as mídias e tecnologias que serão utilizadas, ensaiar a apresentação, considerando também elementos paralinguísticos e cinésicos e proceder à exposição oral de resultados de estudos e pesquisas, no tempo determinado, a partir do planejamento e da definição de diferentes formas de uso da fala – memorizada, com apoio da leitura ou fala espontânea.
Habilidades
• Trabalha-se a habilidade EF08GE05 com foco em aplicar o conceito de governo para o entendimento de conflitos e tensões na América.
• A habilidade EF08GE06 é contemplada com ênfase em analisar a atuação das organizações mundiais nos processos de reconhecimento dos direitos dos povos indígenas no contexto americano, reconhecendo, em seus lugares de vivência, marcas desses processos.
• Contempla-se a habilidade EF08GE20 com foco em analisar características de países e gru-
Direitos dos povos originários na América
O contato dos povos indígenas americanos com os europeus causou, ao longo dos séculos, o extermínio de populações e a expulsão dos territórios que ocupavam.
Atualmente, os povos indígenas enfrentam vários problemas, como a invasão das terras por produtores rurais (mesmo aquelas legalmente demarcadas), más condições de vida em reservas ou cidades, discriminação, preconceito e desrespeito às manifestações culturais.
A luta pelos direitos dos povos indígenas e contra a discriminação é defendida há muitos anos por diversas organizações e representantes dessas populações, tendo sido reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007, com a aprovação da Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, composta de 46 artigos.
pos de países da América no que se refere aos aspectos populacionais (direitos dos povos indígenas).
• A habilidade EF08GE23 é trabalhada com ênfase na identificação de paisagens da América Latina associadas a diferentes povos da região (povo guarani mbyá).
O povo guarani mbyá ocupa uma área que foi reconhecida em 1987 como a menor Terra Indígena demarcada na América Latina. Trinta anos depois, uma das comunidades indígenas que habitava o local teve seu direito à terra anulado pela Justiça, o que demonstra o descaso do governo com os direitos desses povos.
Representantes do povo indígena mapuche encontram-se com Gabriel Boric, presidente do Chile, para discutir seus direitos. Foto de 2022.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Nesta seção é possível trabalhar interdisciplinarmente com História e Língua Portuguesa, ao desenvolver, respectivamente, as habilidades EF08HI14 e EF69LP38, em momentos diferenciados na seção: com História, na abordagem do conteúdo, e com Língua Portuguesa, na etapa 3 da pesquisa proposta. Também pode-se contemplar o tema contemporâneo transversal Cidadania e Civismo, com destaque para Educação
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AGIR PENSAR NÃO ESCREVA NO LIVRO. LÍNGUA PORTUGUESA HISTÓRIA CONEXÃO: e
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Ocupação tradicional de indígenas no bairro do Jaraguá, em São Paulo (SP), 2021.
Leia alguns artigos desta declaração:
Artigo 10
Os povos indígenas não serão removidos à força de suas terras ou territórios. Nenhum traslado se realizará sem o consentimento livre, prévio e informado dos povos indígenas interessados e sem um acordo prévio sobre uma indenização justa e equitativa e, sempre que possível, com a opção do regresso.
Artigo 21
1. Os povos indígenas têm direito, sem qualquer discriminação, à melhora de suas condições econômicas e sociais, especialmente nas áreas da educação, emprego, capacitação e reconversão profissionais, habitação, saneamento, saúde e seguridade social.
Artigo 26
1. Os povos indígenas têm direito às terras, territórios e recursos que possuem e ocupam tradicionalmente ou que tenham de outra forma utilizado ou adquirido.
2. Os povos indígenas têm o direito de possuir, utilizar, desenvolver e controlar as terras, territórios e recursos que possuem em razão da propriedade tradicional ou de outra forma tradicional de ocupação ou de utilização, assim como aqueles que de outra forma tenham adquirido.
NAÇÕES UNIDAS. Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas. Rio de Janeiro: Nações Unidas, 2008. p. 9, 12, 14. Disponível em: https://www.un.org/esa/socdev/unpfii/documents/DRIPS_pt.pdf. Acesso em: 9 abr. 2022.
1 Em grupo, façam uma pesquisa sobre a situação dos povos indígenas.
• Etapa 1: procurem em revistas e jornais digitais ou impressos notícias envolvendo povos originários da América em situações nas quais seus direitos tenham sido desrespeitados. Identifiquem se ocorreram manifestações a respeito e quais providências foram tomadas pelos órgãos oficiais.
• Etapa 2: escolham um povo indígena brasileiro e pesquisem informações sobre a situação atual da demarcação de terras, condições de vida ou problemas de invasão das terras. Consultem instituições como a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
• Etapa 3: exponham a pesquisa em um painel ou com o auxílio de um projetor, e conversem com os colegas e o professor sobre a importância dos povos indígenas e de suas culturas.
Consultar comentários em Orientações didáticas.
em Direitos Humanos. Para isso, promover a leitura coletiva do texto das páginas 86 e 87 Reforçar que, embora os povos indígenas sejam os primeiros habitantes da América e tenham direitos garantidos por leis, precisam organizar-se para serem respeitados.
Encaminhar a pesquisa sobre a situação dos povos indígenas. Orientar os estudantes a analisar as condições de vida dos indígenas confrontando-as com os artigos da Declaração dos Direitos dos Po-
vos Indígenas. Se precisar de maiores informações para desenvolver as etapas propostas, consultar o tópico Práticas de pesquisa nas Orientações gerais deste Manual.
Na etapa 1, os resultados da pesquisa devem ser debatidos, confrontando-os com a Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas
Na etapa 2, é interessante que escolham uma etnia que tenha registros nos jornais e na internet para facilitar a pesquisa. Uma boa fonte
de pesquisa para a atividade é o site do Instituto Socioambiental, disponível em: https://www.socio ambiental.org/ (acesso em: 6 jul. 2022). Os endereços eletrônicos da Funai e do Cimi estão na seção
Ampliando horizontes. Também pode-se destacar a situação dos povos indígenas brasileiros durante a pandemia de covid-19, diretamente relacionada ao artigo 21 da Declaração. Sugestão de leitura para os estudantes: https://covid19. socioambiental.org/ (acesso em 11 jul. 2022). Outro aspecto que pode ser abordado são as manifestações de 2021 no Brasil, contra a PL490, e as discussões sobre demarcação de terras e o marco temporal, relacionadas ao artigo 26 da Declaração
A PL 490 é um Projeto de Lei que prevê alterações nas regras de demarcação de terras indígenas e a criação de um “marco temporal” que define Terras Indígenas os territórios ocupados por indígenas até o dia 5 de outubro de 1988.
Na etapa 3, orientar os estudantes na organização e apresentação das informações pesquisadas e análises feitas à luz dos artigos da Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas. Sugira que deem atenção especial a imagens para ilustrar as informações pesquisadas. Convidar o professor de Língua Portuguesa para auxiliar os estudantes na produção dos painéis ou slides levando em conta o tempo disponível, as mídias e tecnologias que serão utilizadas, o planejamento e a definição de diferentes formas de uso da fala.
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ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS.
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Competências
• Gerais: 1, 2, 4, 5, 9 e 10
• Ciências Humanas: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7
• Geografia: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7
Habilidades
• Desenvolve-se a habilidade EF08GE02 com foco em relacionar fatos e situações representativas do município em que se localiza a escola, considerando a diversidade.
• O trabalho com a habilidade EF08GE05 é desenvolvido com ênfase em aplicar o conceito de governo para o entendimento de tensões contemporâneas na América.
• Contempla-se a habilidade EF08GE13 com foco em analisar a influência do desenvolvimento tecnológico na caracterização dos espaços e rurais da América (comunidades tradicionais).
• A elaboração de mapas ou outras formas de representação cartográfica para analisar dinâmicas rurais, ordenamento territorial, contextos culturais, modo de vida e usos e ocupação de solos possibilita contemplar a habilidade EF08GE18
• Atende-se à habilidade EF08GE19 ao serem interpretados mapas esquemáticos (croquis) com informações geográficas.
• A habilidade EF08GE23 é contemplada com foco em identificar paisagens da América Latina e associá-las, por meio da cartografia, aos diferentes povos da região (indígenas ikpeng).
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Fazer a leitura coletiva do texto das páginas 88 e 89. Fazer pausas para comentários e esclarecimentos de dúvidas. Destacar a importância da cartografia social para comunidades tradicionais e povos indígenas para defesa e manutenção dos direitos, reconhecimento dos modos de vida, a impedir ocupações irregulares
Cartografia social dos povos indígenas na América
A forma que o cartógrafo escolhe para representar um fenômeno em um mapa pode influenciar na compreensão dos leitores, chamando a atenção para determinados aspectos em vez de outros.
Todos nós podemos elaborar mapas para nos localizar no espaço ou indicar um caminho a seguir. A elaboração de mapas pode nos ajudar a conhecer melhor o lugar onde vivemos, ao reconhecermos, por exemplo, a presença de serviços diversos, as áreas de lazer e os problemas que prejudicam as pessoas no dia a dia. Em comunidades rurais, a produção de mapas também pode ajudar a identificar formas de uso do solo para melhor atender às necessidades da população local. Analise a representação a seguir.
e garantir a demarcação de suas terras. A compreensão da importância e do uso da cartografia social possibilita desenvolver o tema contemporâneo transversal Cidadania e Civismo, com destaque para a Educação em Direitos Humanos Encaminhar as atividades 1 a 3 para sistematizar o conteúdo.
Na atividade 2, espera-se que os estudantes indiquem elementos que fazem parte do cotidiano da comunidade, como o Sol, e objetos como antena parabólica, barcos e placa solar. Verificar
se a argumentação dos estudantes é coerente com as escolhas deles.
Na atividade 3, espera-se que os estudantes se refiram a todas as informações sobre o uso do solo e conflitos relacionados à venda ilegal de terras, desmatamento e atividades ilegais, que comprovam a ameaça aos direitos à terra e ao respeito aos modos de vida.
No boxe Investigar lugares, auxiliar na elaboração do mapa do entorno da escola com a temática escolhida por eles para ser representada.
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MAPAS INTERAGIR COM NÃO ESCREVA NO LIVRO.
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Representação feita por indígenas ikpeng com detalhes da área onde moram.
O ramo da cartografia que estuda mapas elaborados por qualquer pessoa ou comunidade recebe o nome de cartografia social, que usa conhecimentos e experiências vividas no cotidiano das pessoas para gerar mapas mais significativos com o auxílio de profissionais. O processo de produção envolve tanto mapas esquemáticos, feitos à mão (como a representação da página anterior), quanto mapas digitais feitos com outras tecnologias, como GPS e softwares de mapeamento.
A cartografia social tem sido usada por comunidades tradicionais para defesa e manutenção dos direitos e reconhecimento dos modos de vida.
No Brasil, esse movimento se fortaleceu com o Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia (PNCSA), que visava, na década de 1990, mapear a área onde se implantava um projeto de exploração de minério que desconsiderava os usos tradicionais da terra no espaço demarcado.
Esse projeto cresceu – apesar de estar concentrado na Amazônia Legal, onde comunidades indígenas são ameaçadas pelo avanço do agronegócio e de empreendimentos no setor energético – e, atualmente, há iniciativas de mapeamento social em todas as regiões brasileiras.
Faça as atividades em seu caderno.
1 Qual é a importância da cartografia social para comunidades e povos tradicionais?
Constituem um instrumento de luta pelos direitos e de reconhecimento de seus modos de vida.
2 Analise a representação realizada pelos ikpeng na página anterior. Quais elementos representados não apareceriam em um mapa elaborado, por exemplo, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)? Justifique sua resposta.
Orientar a observação do mapa pelos estudantes. Consultar sugestão de resposta em Orientações didáticas.
3 Imagine que você é membro de um grupo indígena que vai discutir problemas ocorridos nas terras onde vive. Com base no que você sabe sobre os modos de vida de povos indígenas no Brasil e sobre os problemas que eles enfrentam, crie um mapa esquemático para apresentar na discussão e defender o direito à terra.
Orientar a produção dos estudantes, verificando se a representação mostra o que eles almejam. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
• INVESTIGAR LUGARES
Organizem pequenos grupos de trabalho. Considerando a realidade do bairro onde a escola está situada, pensem em temas que poderiam ser cartografados levando em conta as mudanças que poderiam ser feitas para melhorar a relação dos moradores com esse espaço. Registrem as sugestões e troquem informações com os outros grupos. Depois, escolham um tema para elaborar um mapa coletivo e sigam as orientações que serão dadas pelo professor.
Sugerimos acompanhar a escolha dos temas e auxiliar os estudantes na determinação dos objetivos do trabalho de pesquisa e na confecção do mapa. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
Como o mapa será realizado em conjunto pelos estudantes, disponibilizar uma folha grande (pode ser papel kraft), para que muitos possam trabalhar ao mesmo tempo. Orientá-los a conversar sobre quais elementos serão representados e instruí-los sobre a escolha de símbolos e cores para representar as informações.
Relembrar os principais elementos cartográficos e suas funções. Explicar que o mapa deve conter título, legenda, referências espaciais e orientação (que pode ser verificada com ajuda
FICA A DICA
Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia Disponível em: http:// novacarto grafiasocial. com.br/. Acesso em: 12 jul. 2022. Para mais informações sobre o projeto ou para fazer pesquisas com essa temática, acesse o site
quisa e visualização de mapas e imagens de satélite da Terra, que podem ser facilmente encontrados na internet. Para realizar a atividade dessa forma é interessante que o professor crie um mapa em que cada grupo de estudantes inclua seus pontos em uma camada (layer) diferente, permitindo, posteriormente, a visualização do mapa de cada grupo, bem como a sobreposição dos mapas, o que possibilita um momento de análise dos resultados, especialmente se houver temas próximos entre os grupos. Essa prática está associada ao tema contemporâneo transversal Ciência e Tecnologia
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Povos indígenas na América
Para a realização dessa atividade, providenciar um mapa mudo da América para cada estudante, ou grupo de estudantes, e um mapa político da América, para consulta. Os estudantes deverão realizar os seguintes procedimentos:
• Relacionar, numa folha de papel, os nomes dos principais povos indígenas americanos e as áreas originalmente ocupadas por eles.
• Verificar a que países essas áreas correspondem.
• Elaborar os símbolos que irão representar cada povo, que deverão ser indicados no mapa e na legenda.
• Desenhar os símbolos no mapa, fazendo a correspondência entre povos e países.
• Criar a legenda, indicando os símbolos utilizados no mapa e o povo que representam.
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do professor, por exemplo, com a utilização de outro mapa da região representada).
É sempre importante escolher qual vai ser o centro do mapa para que seja possível fazer o cálculo do espaço do papel e do tamanho da área que vai ser representada. Porém, o mapa não precisa obedecer a regras cartográficas rígidas, devendo priorizar as informações representadas, como num croqui (mapa esquemático).
É possível realizar a atividade proposta em computadores. Para isso, utilize serviços de pes-
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• O trabalho com a habilidade EF08GE05 é com foco em aplicar os conceitos de Estado e país, com destaque para regionalizações e situações geopolíticas na América.
• A habilidade EF08GE06 é contemplada com ênfase em analisar a atuação das organizações mundiais nos processos de integração cultural e econômica no continente americano.
• Atende-se à habilidade EF08GE12 ao compreender-se objetivos e analisar a importância dos organismos de integração do território americano.
• A habilidade EF08GE20 é trabalhada com foco em analisar características de grupos de países da América no que se refere a aspectos políticos e econômicos.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Ao tratar dos organismos internacionais de integração, chamar a atenção dos estudantes para o mapa de modo que identifiquem e localizem os países-membros de cada organização. Importante observar que o conteúdo desta dupla deve ser atualizado no momento em que for trabalhado com os estudantes, pois países-membros e termos dos acordos podem sofrer alterações em função de questões econômicas, mudanças de governo, crises internacionais, entre outros fatores. Exemplos: em outubro de 2018, foi assinada uma declaração conjunta por países-membros do Nafta sobre a substituição deste tratado pelo Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA, na sigla em inglês). Outra questão a se destacar e atualizar é a situação da Venezuela no Mercosul. Em 2017, considerando que o país descumpriu a chamada “cláusula democrática”, os demais países-membros decidiram suspendê-la (consultar sugestões de leituras sobre esses assuntos em Ampliando horizontes).
4 ORGANISMOS DE INTEGRAÇÃO
Os organismos de integração internacional têm como objetivo incentivar o intercâmbio cultural, político e econômico entre nações. Há diversos organismos no mundo, alguns com caráter bastante dinâmico, como os blocos econômicos, cujos objetivos e constituição podem ser alterados em razão de mudanças nos governos e na relação entre os membros.
TrópicodeCâncer
ALASCA (EUA)
Analise o mapa com alguns organismos de integração do continente americano.
Associação Latino-Americana de Integração (Aladi)
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
América: organismos de integração ‒ 2022
GROENLÂNDIA (DIN)
CANADÁ MÉXICO
ESTADOS UNIDOS
TrópicodeCâncer
Golfo do México
CUBA JAMAICA BELIZE GUATEMALA HONDURAS EL SALVADOR
NICARÁGUA
COSTA RICA PANAMÁ
Criada em 1980, com foco na integração econômica dos 13 países-membros. Em 2022, a Nicarágua estava em processo de adesão à Aladi.
TrópicodeCâncer
União de Nações Sul-Americanas (Unasul)
BAHAMAS
REP. DOMINICANA HAITI PORTO RICO (EUA)
ANTÍGUA E BARBUDA
DOMINICA SÃO VICENTE E GRANADINAS
SURINAME
VENEZUELA
GUIANA
OCEANO PACÍFICO
TrópicodeCapricórnio
Composta inicialmente por 12 países sul-americanos, a Unasul foi criada em 2008 visando à integração cultural, social, econômica e política. Mudanças políticas provocaram um esvaziamento da organização que, em 2022, contava apenas com Guiana, Suriname e Venezuela.
COLÔMBIA EQUADOR
PERU
BOLÍVIA
CHILE
GUIANA FRANCESA (FRA)
BRASIL
PARAGUAI
URUGUAI ARGENTINA
0º
Principais organizações – ano de criação USMCA (Tratado de Livre-Comércio entre Estados Unidos-México-Canadá – 2018)
Mercosul (Mercado Comum do Sul – 1991)
MCCA (Mercado Comum Centro-Americano – 1960) CAN (Comunidade Andina – 1969)
Caricom (Comunidade do Caribe – 1973)
OCEANO ATLÂNTICO
TrópicodeCapricórnio
Principais organizações – ano de criação
USMCA (Tratado de Livre-Comércio entre Estados Unidos-México-Canadá – 2018)
Mercosul (Mercado Comum do Sul – 1991)
Foro para o Progresso da América do Sul (Prosul)
TrópicodeCapricórnio
Criado em 2019, é uma organização de países sul-americanos que tem como objetivo intensificar conversas para viabilizar transações econômicas mais eficientes entre os membros.
Para ampliar a discussão sobre a dinâmica da criação de organismos internacionais, se julgar oportuno, comentar que, em 1994, Bill Clinton, o então presidente dos Estados Unidos, propôs a criação de uma Área de Livre-Comércio das Américas (Alca). A maioria dos presidentes da América Latina recusou essa proposta, pois ela poderia resultar em crise nos mercados internos dos países participantes, que não conseguiriam competir com os Estados Unidos, o que ocasionaria uma onda de desemprego.
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CAN (Comunidade Andina – 1969)
Caricom (Comunidade do Caribe – 1973)
Prosul (Foro para o Progresso e Integração da América Aladi (Associação Latino-Americana de Integração Unasul (União de Nações Sul-Americanas – 2008)
OEA (Organização dos Estados Americanos – 1948)
OEI (Organização de Estados Ibero-Americanos Alba (Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa
MCCA (Mercado Comum Centro-Americano – 1960)
Prosul (Foro para o Progresso e Integração da América do Sul – 2019)
Aladi (Associação Latino-Americana de Integração – 1980)
Unasul (União de Nações Sul-Americanas – 2008)
OEA (Organização dos Estados Americanos – 1948)
OEI (Organização de Estados Ibero-Americanos – 1949)
Alba (Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – 2004)
Elaborado com base em: CALDINI, Vera; ÍSOLA, Leda. Atlas geográfico Saraiva. São Paulo: Saraiva, 2013. p. 188.
Na atividade 1, orientar os estudantes a buscar na internet, em mídias impressas ou nos sites das organizações indicados nas referências bibliográficas deste livro, notícias recentes que abordem a situação do Mercosul e o organismo que cada um escolheu, nos momentos em que o conteúdo estiver sendo estudado. Na sequência, promover a leitura e a comparação com os dados indicados no Livro do estudante
Mercosul (Mercado Comum MCCA (Mercado Comum CAN (Comunidade Andina Caricom (Comunidade Prosul (Foro para o Progresso Aladi (Associação Latino-Americana Unasul (União de Nações OEA (Organização dos OEI (Organização
ALASCA (EUA) CANADÁ MÉXICO BRASIL VENEZUELA DOMINICA SÃO VICENTE E GRANADINAS ANTÍGUA E BARBUDA GUIANA SURINAME COLÔMBIA EQUADOR PERU BOLÍVIA PARAGUAI URUGUAI ARGENTINA CHILE CUBA JAMAICA BELIZE GUATEMALA HONDURAS EL SALVADOR COSTA RICA PANAMÁ NICARÁGUA REP. DOMINICANA HAITI PORTO RICO (EUA) GUIANA FRANCESA (FRA) ESTADOS UNIDOS GROENLÂNDIA (DIN) BAHAMAS OCEANO GLACIAL ÁRTICO Golfo do México OCEANO ATLÂNTICO 0º OCEANO PACÍFICO TrópicodeCâncer Equador
80º 0 CírculoPolarÁrtico GUADALUPE (FRA) DOMINICA (FRA) TRINIDAD E TOBAGO MARTINICA (FRA) SANTA LÚCIA BARBADOS ANTÍGUA E BARBUDA ILHAS VIRGENS BRITÂNICAS ILHAS VIRGENS (FRA e HOL) ANGUILLA (RUN) GRANADA MONTSERRAT SÃO CRISTÓVÃO E NÉVIS Mar das Antilhas SÃO VICENTE E GRANADINAS 0 1 131 km
Alba
Principais
Estados Unidos-México-Canadá SONIA VAZ
BNCC
TrópicodeCapricórnio
de
(Aliança Bolivariana
organizações –USMCA (Tratado de
ALASCA (EUA) CANADÁ MÉXICO BRASIL VENEZUELA DOMINICA SÃO VICENTE E GRANADINAS ANTÍGUA E BARBUDA GUIANA SURINAME COLÔMBIA EQUADOR PERU BOLÍVIA PARAGUAI URUGUAI ARGENTINA CHILE CUBA JAMAICA BELIZE GUATEMALA HONDURAS EL SALVADOR COSTA RICA PANAMÁ NICARÁGUA REP. DOMINICANA HAITI PORTO RICO (EUA) GUIANA FRANCESA (FRA) ESTADOS UNIDOS GROENLÂNDIA (DIN) BAHAMAS OCEANO GLACIAL ÁRTICO Golfo do México OCEANO ATLÂNTICO 0º OCEANO PACÍFICO
Equador
80º 0 Cí
rtico GUADALUPE (FRA) DOMINICA (FRA) TRINIDAD E TOBAGO MARTINICA (FRA) SANTA LÚCIA BARBADOS ANTÍGUA E BARBUDA ILHAS VIRGENS BRITÂNICAS ILHAS VIRGENS (FRA e HOL) ANGUILLA (RUN) GRANADA MONTSERRAT SÃO CRISTÓVÃO E NÉVIS Mar das Antilhas SÃO VICENTE E GRANADINAS 0 1 109 km ALASCA (EUA) CANADÁ MÉXICO BRASIL VENEZUELA DOMINICA SÃO VICENTE E GRANADINAS ANTÍGUA E BARBUDA GUIANA SURINAME COLÔMBIA EQUADOR PERU BOLÍVIA PARAGUAI URUGUAI ARGENTINA CHILE CUBA JAMAICA BELIZE GUATEMALA HONDURAS EL SALVADOR COSTA RICA PANAMÁ NICARÁGUA REP. DOMINICANA HAITI PORTO RICO (EUA) GUIANA FRANCESA (FRA) ESTADOS UNIDOS GROENLÂNDIA (DIN) BAHAMAS OCEANO GLACIAL ÁRTICO Golfo do México OCEANO ATLÂNTICO 0º OCEANO PACÍFICO
rculoPolarÁ
Equador
80º 0 CírculoPolarÁrtico GUADALUPE (FRA) DOMINICA (FRA) TRINIDAD E TOBAGO MARTINICA (FRA) SANTA LÚCIA BARBADOS ANTÍGUA E BARBUDA ILHAS VIRGENS BRITÂNICAS ILHAS VIRGENS (FRA e HOL) ANGUILLA (RUN) GRANADA MONTSERRAT SÃO CRISTÓVÃO E NÉVIS Mar das Antilhas SÃO VICENTE E GRANADINAS 0 1 131 km
Equador
80º 0 CírculoPolarÁrtico GUADALUPE (FRA) DOMINICA (FRA) TRINIDAD E TOBAGO MARTINICA (FRA) SANTA LÚCIA BARBADOS ANTÍGUA E BARBUDA ILHAS VIRGENS BRITÂNICAS ILHAS VIRGENS (FRA e HOL) ANGUILLA (RUN) GRANADA MONTSERRAT SÃO CRISTÓVÃO E NÉVIS Mar das Antilhas SÃO VICENTE E GRANADINAS 0 1 131 km
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Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA)
Prevê a eliminação gradual das barreiras ao comércio, permitindo a livre circulação de mercadorias, e atualiza o antigo acordo, chamado Tratado de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta), que vigorava desde 1994.
Mercado Comum do Sul (Mercosul)
Formado em 1991 por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, tem como objetivo a integração econômica e comercial por meio da livre circulação de bens, serviços e capitais. Desde a sua criação, o bloco enfrenta dificuldades para concluir essa integração, principalmente por causa das grandes diferenças econômicas entre os países-membros. A Venezuela aderiu ao bloco em 2012. Em 2022, a Bolívia estava em processo de adesão.
Comunidade Andina (CAN)
Instituída em 1969 como Pacto Andino, passou a adotar o nome atual em 2006, com o objetivo de promover a integração comercial, política e econômica entre os membros.
Comunidade do Caribe (Caricom)
Criada em 1973, é constituída por 15 Estados-membros e cinco associados, o objetivo é a cooperação econômica e política. A organização também desenvolve projetos comuns nas áreas de saúde, educação e comunicação.
Mercado Comum Centro-Americano (MCCA)
Criado em 1960, engloba cinco países da América Central. A organização busca a integração econômica, política e cultural dos países-membros.
Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba)
Foi criada em 2004, estabelecendo a cooperação política, econômica e social entre os membros, se posicionando contra a influência exercida pelos Estados Unidos na região.
Organização dos Estados Americanos (OEA)
Criada em 1948 com objetivo de manter a paz e a democracia no continente.
Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI)
Surgiu em 1949, com o objetivo de promover a cooperação entre os países ibero-americanos nos campos da ciência, educação e cultura. Espanha, Guiné Equatorial e Portugal também fazem parte da organização.
1 Pesquise notícias atuais sobre o Mercosul e sobre outra organização do seu interesse, indicando eventuais mudanças em relação às informações apresentadas nesta página e na anterior. Depois, apresente as notícias que pesquisou para os colegas.
Auxiliar os estudantes na pesquisa proposta. Consultar mais informações em Orientações didáticas.
FICA A DICA
Mercosul. Disponível em: https://www. mercosur.int/pt-br/.
Acesso em: 3 jun. 2022.
Site oficial do Mercosul.
Organização dos Estados Americanos Disponível em: https:// www.oas.org/pt/default.
asp. Acesso em: 3 jun. 2022.
Site oficial da Organização dos Estados Americanos.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor
• CANADÁ e EUA chegam a acordo para substituir o Nafta a poucas horas do prazo limite. G1, São Paulo, 1 out. 2018. Disponível em: https://g1.globo.com/ economia/noticia/2018/10/01/ canada-e-eua-chegam-a-acordo -para-substituir-o-nafta-a-pou cas-horas-do-prazo-limite.ghtml. Acesso em: 6 jul. 2022.
• USMCA, O novo Nafta estará sujeito a renegociação a cada seis anos. Exame, São Paulo, 1 out. 2018. Disponível em: https:// exame.com/economia/usmca -o-novo-nafta-estara-sujeito-a -renegociacao-a-cada-6-anos/. Acesso em: 6 jul. 2022.
Os artigos tratam da assinatura da declaração para substituição do Nafta pelo USMCA, ocorrida em outubro de 2018.
• SAMBADO, Cristina. Venezuela suspensa do Mercosul. RTP Notícias, [Lisboa], 5 ago. 2017. Disponível em: https://www.rtp. pt/noticias/mundo/venezuela-sus pensa-do-mercosul_n1019252. Acesso em: 6 jul. 2022.
• MARTÍ, Silas. Chanceleres do Mercosul suspendem Venezuela do bloco econômico. Folha de S.Paulo, São Paulo, 5 ago. 2017. Disponível em: https://www1. folha.uol.com.br/mundo/ 2017/08/1907481-mercosul-sus pende-venezuela-do-bloco-e-pe de-transicao-politica-imediata. shtml. Acesso em: 6 jul. 2022. Reportagens sobre a suspensão da Venezuela do Mercosul por causa da violação da cláusula democrática do bloco econômico.
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• Atende-se à habilidade EF08GE01 com foco em discutir os condicionantes físico-naturais associados à distribuição da população humana pelo continente americano.
• O foco na habilidade EF08GE15 está na análise da importância de recursos hídricos da América Latina para transporte e geração de energia e para o transporte de mercadorias entre os países do Mercosul.
• Trabalha-se a habilidade EF08GE22 com foco em Identificar recursos naturais dos países da América Latina, analisando seu uso para a produção de energia.
• A habilidade EF08GE23 é atendida com ênfase em Identificar paisagens da América Latina e associá-las, por meio da cartografia, aos diferentes povos da região, com base em aspectos da geomorfologia e da hidrografia.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
As próximas páginas desta Unidade dedicam-se principalmente à dinâmica e às características dos elementos naturais das paisagens do continente americano. Nas unidades seguintes, as informações sobre esses elementos são retomadas – sempre que necessário – para explicar a relação com outros aspectos do espaço geográfico, como o desenvolvimento de atividades econômicas.
Ao abordar os aspectos físico-naturais de uma determinada região, sempre que possível, incentivar os estudantes a estabelecer relações entre relevo, clima, hidrografia, vegetação e a influência desses elementos na ocupação do território e desenvolvimento de atividades econômicas variadas. Se julgar necessário, retomar conceitos relacionados ao relevo, à hidrografia, ao clima e às formações vegetais estudados nos volumes 6 e 7 desta coleção.
Comunidade ribeirinha, em Iranduba (AM), 2020.
Na página 92, explorar o mapa “América: físico”, chamando a atenção para as cores que representam as altitudes: o verde e os tons mais claros representam as altitudes mais baixas, e quanto mais escuros os tons, mais altas as altitudes. Se for interessante, nesse momento, encaminhar a seção Atividade complementar Também associar a influência dos elementos hídricos na localização e no modo de vida de ribeirinhos, no Brasil, e do povo uro, no Peru. Pedir
A América apresenta grande diversidade natural. As características de hidrografia, relevo, clima e vegetação exercem influência na ocupação e distribuição da população, no território e nas atividades humanas, resultando em paisagens variadas de norte a sul do continente.
Analise no mapa a representação de altitudes, formas de relevo e alguns rios que se destacam no continente americano.
GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 117.
aos estudantes que identifiquem os divisores de águas e, se achar conveniente, retomar esse conceito, importante para compreender a distribuição dos rios e o sentido dos cursos. Os divisores de água – como as serras – separam as águas pluviais (da chuva).
Na página 93, promover a leitura coletiva do texto e destacar características dos principais rios da América. Associar relevo e hidrografia e reforçar a importância dos rios para o transporte
BNCC
ALLMAPS
5 ASPECTOS NATURAIS
1
Fonte:
ANDRE DIB/PULSAR IMAGENS Equador
60º O C írculoPolarÁrtico ÁSIA EUROPA 0º OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO I. de Baffin PENÍNSULA DO LABRADOR TERRA NOVA I. Vitória I. Ellesmere Groenlândia Vancouver DENALI 6194 m BLANCA 4364 m ORIZABA 5700 m POPOCATEPETI 5452 m HUASCARÁN 6768 m ACONCÁGUA 6960 m BANDEIRA 2889 m CHIMBORAZO 6310 m NEBLINA 2993 m M O N T A N H A S COSTE I RAS M O N T A N H A S R O C H O S A S PEN DA CALIFÓRN A Is. Revillagigedo PLANÍCIECOSTE RA DO GOLFO GRAND CANYON PLANALTO DO COLORADO Is. Bermudas A P A L A C H E S PEN. DA FLÓRIDA PEN. DE IUCATÃ I. de Cuba Jamaica Ilhas Galápagos ALTIPLANO DA BOLÍVIA PLANÍCIE PLATINA PAMPAS PATAGÔNIA de Santa Catarina Chiloé Is. Falkland (is. Malvinas) TERRA DO FOGO PLANALTO DA BORBOREMA SA.DOESPINHAÇO SA.DOMAR Hispaníola I. Porto Rico Trinidad I. de Marajó SA MADREORIENTALPLANALTODOMÉXICO SA MADREOCIDENTAL PLANALTO DAS GUIANAS C O R D I L H E I R A D O S A N D E S PL A N C E AMAZÔNICA DES ER O D E T A C A M A PLANALTO CENTRAL CHAPDOSPAREC S PANTANAL CHACO VALE DA MORTE – 86 m CADEIABROOKS E S C U D O C A N A D E N S E PEN DOALASCA Golfo do Alasca Es o de Be ing RioYukon R o M ac e z e Grande Lago do Urso Grande Lago do Escravo Baía de Baffin Baía de Hudson EstreitodeDavis Estre t de H dson R o Nelso RoSão Lourenç o RoOh o Rio A kansas R o Miss s ip R o Colo ado R Missou Lago Winnipeg Lago Superior Lago Huron Lago Michigan Grande Lago Salgado Lago Erie RioGrande Golfo da Califórnia Golfo do México Fossa dePorto Rico Mar das Antilhas (Mar do Caribe) Lago de Maracaibo R oOrinoco R o Nego RioAmazonas RioSo imõ R oUcay Rio Madeia R Tap a jós Rio X n g R oT o c n sn Rio S ã o F ancisco RioParaná Baía de Marajó Baía de Todos-os-Santos Lagoa dos Patos Rioda Prata Ro S ado RoUug P u Lago Titicaca Lago Poopó Baía Grande t d Mag e Esr todeM ga h R Saska hewan R o Snak R Co um R A agua a 2000 1000 3000 DEPR. SAN JULIÁN -105 m GRANDES PLAN C I E S Go o de São Lourenço 3000 1000 500 200 0 Picos Altitude (em metros) 0 1 178 ALLMAPS
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TrópicodeCâncer TrópicodeCapricórnio
América:
Hidrografia
Vários rios da América nascem nas montanhas do oeste e correm em direção ao leste.
Na América do Sul, encontra-se a maior bacia hidrográfica do mundo, a do Rio Amazonas, que recebe águas de afluentes cujas nascentes se localizam nas serras do Planalto das Guianas, na cordilheira dos Andes e em chapadas do planalto brasileiro.
Na região amazônica, o transporte fluvial ainda é importante para a circulação de cargas e pessoas. Na Região Sudeste do Brasil, os rios Tietê e Paraná desempenham importante papel no transporte de mercadorias entre os países do Mercosul.
Na América do Norte, a maior bacia é a do Rio Mississipi. Esse rio, que deságua no Golfo do México, recebe afluentes que nascem no oeste (nas Montanhas Rochosas), como o Missouri e o Arkansas; e no leste (nos Apalaches), como o Ohio. Também ressalta-se a presença de muitos lagos na região, como os Grandes Lagos (Michigan, Erie, Huron e Superior), situados na fronteira entre Canadá e Estados Unidos e que têm importante aproveitamento para navegação e transporte.
Muitos rios do continente americano são úteis para a geração de energia hidrelétrica. Estados Unidos, Canadá e Brasil figuram entre os maiores produtores desse tipo de energia no mundo.
As bacias mais vantajosas para esse fim são as localizadas a oeste dos Estados Unidos e do Canadá, como as dos rios Colorado e Columbia. Os rios da Bacia Platina, na América do Sul, também se destacam no setor energético, principalmente os rios Paraná e Uruguai.
O povo uro vive em ilhas flutuantes às margens do lago Titicaca, no Peru. Essas ilhas são construídas com junco, tipo de planta aquática muito resistente.
Analise o mapa “América: físico”, na página 92, e as fotografias desta página e da anterior para responder às atividades.
1 Cite dois rios que nascem nas montanhas no oeste do continente americano.
Rio Colorado, Rio Arkansas, Rio Ucayali, Rio Orinoco, Rio Salado etc. Fotografia 1: rio, vegetação; fotografia 2: lago, relevo. As paisagens estão associadas aos povos ribeirinhos da Amazônia brasileira e ao povo uro no lago Titicaca, Peru.
2 Que elementos naturais se destacam nas fotografias 1 e 2 (páginnas 92 e 93)? As paisagens retratadas estão associadas a que povos da América Latina?
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de pessoas e mercadorias e para a produção de energia hidrelétrica no continente. Se julgar pertinente, ler para os estudantes o excerto da seção Texto complementar.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
O Rio Paraná
O rio Paraná tem seu curso predominantemente em qual faixa de altitude?
Resposta: Entre 200 e 500 metros de altitude.
Arte, compor número 3 ao lado de F014. 2106-GEO-V8-U3-LA-F014 Pesquisar fotografia recente da hidrelétrica de Porto Primavera (Engenheiro Sérgio Motta). Visão ampla novo iconografia
Integração é, prioritariamente, um dos assuntos mais importantes da diplomacia estatal das nações regionais. Os eixos desse processo são bem diversificados, englobando os vieses econômico, social, cultural, da saúde, educacional e energético. Energia é fator fundamental para promover o desenvolvimento e o crescimento da economia de qualquer país. Não apenas isso. Garantir à população o abastecimento energético significa contribuir para melhores condições sociais da mesma.
A América do Sul é uma das regiões que mais dispõe de recursos naturais – hídricos e energéticos – em todo o mundo. A disponibilidade de tais recursos a torna uma área com enorme potencial, não apenas em termos quantitativos, mas também no que diz respeito às variedades de fontes de energia, tais como a hidroelétrica, gasífera, petrolífera, eólica, maremotriz, ou mesmo, em menores níveis, a nuclear. Ressalta-se a recente exploração e utilização de fontes renováveis, encabeçada principalmente pelos agrocombustíveis brasileiros.
Contando com todas estas potencialidades para a diversificação de sua matriz energética, bem como para promover seu processo de integração – o que reduziria o custo da energia para seus cidadãos, uma vez que a mesma se tornaria mais barata e acessível –, os países sul-americanos ainda não encontraram o rumo para atingir tais objetivos.
SANTOS, Romário de Jesus. Fontes energéticas no âmbito da América do Sul: uma breve análise do potencial regional e sua capacidade de integração. C@LEA – Revista Cadernos de Aulas do LEA, Ilhéus, n. 2, p. 32-45, nov. 2013. Disponível em: http://www.uesc.br/revistas/calea/edi coes/rev2_3.pdf. Acesso em: 12 jul. 2022.
TEXTO COMPLEMENTAR
ALEKSANDAR TODOROVIC/SHUTTERSTOCK.COM
2
Lago Titicaca, Peru, 2019.
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• O trabalho com a habilidade EF08GE20 tem o foco em analisar características de grupos de países da América no que se refere aos aspectos econômicos (atividades econômicas praticadas nas grandes formas do relevo do continente).
• Atende-se à habilidade EF08GE22 com ênfase em Identificar recursos naturais dos países da América Latina, analisando seu uso para a produção de matéria-prima.
• A habilidade EF08GE23 é atendida com foco em Identificar paisagens da América Latina e associá-las, por meio da cartografia, aos diferentes povos da região, com base em aspectos da geomorfologia.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
O relevo brasileiro foi estudado no volume do 7 ano desta coleção.
Promover a leitura coletiva do texto das páginas 94 e 95 para identificar as três grandes unidades do relevo da América. Retomar o mapa da página 92, solicitando aos estudantes que localizem essas unidades de relevo.
Relembrar que, no Brasil, o Planalto Central recebe a denominação de Planalto Brasileiro e apresenta subdivisões que recebem nomes regionais como Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná, Planaltos e Chapadas da Bacia do Parnaíba e Planaltos e Serras do Atlântico Leste-Sudeste.
Incentivar a leitura do mapa da página 95 e, se possível, providenciar um planisfério físico para indicar aos estudantes outras áreas do mundo de encontros de placas tectônicas, com forte atividade vulcânica e terremotos, retomando conteúdos trabalhados no volume do 6o ano sobre os principais movimentos das placas tectônicas e os fenômenos resultantes deles. Encaminhar as atividades 1 a 3 para sistematizar o conteúdo e a análise dos mapas.
Relevo
O relevo do continente americano apresenta similaridades entre as Américas do Norte, Central e do Sul. Distinguem-se três grandes unidades ou formas, que se diferenciam pelas altitudes, pela idade geológica e pelas características de formação dos terrenos: planaltos orientais, planícies centrais e cadeias montanhosas ocidentais
Planaltos orientais
No leste do continente, encontram-se planaltos de altitudes modestas, formas de topos arredondados e bastante desgastados pela ação dos agentes externos do relevo. Os principais planaltos orientais são:
• Planalto do Labrador ou Canadense, localizado no nordeste do Canadá;
• Montes Apalaches, no leste dos Estados Unidos;
• Planalto das Guianas, Planalto Central e Planalto da Patagônia, na América do Sul.
Os planaltos orientais são ricos em recursos minerais, principalmente manganês, cobre, bauxita e minério de ferro, explorados por indústrias extrativistas e amplamente utilizados para produção de matéria-prima. A exploração dos recursos minerais tem provocado grandes impactos ambientais, como a retirada da cobertura vegetal e a destruição de morros e serras. Tanto na América do Norte quanto na do Sul, esses planaltos abrangem grandes cidades e importantes áreas industriais e agrícolas.
Na atividade 1, espera-se que os estudantes indiquem as seguintes relações: planaltos orientais: ricos em minérios explorados pela indústria extrativista, onde se desenvolvem grandes cidades, áreas industriais e agrícolas; planícies centrais: áreas utilizadas para cultivos agrícolas altamente mecanizados, com desenvolvimento de núcleos urbanos ao longo dos rios, utilizados para navegação e transporte; cadeias montanhosas ocidentais: caracterizadas pelas altitudes elevadas, dificultando a ocupação humana. São
áreas sujeitas à ocorrência de vulcões e terremotos. A questão propõe uma generalização do estudo da geomorfologia e das formas de uso do solo na América.
Na atividade 3, espera-se que os estudantes percebam que os limites entre as placas tectônicas correspondem às áreas com intensa atividade vulcânica e sísmica, além de formação e transformação do relevo.
o
BNCC
Montes Apalaches, Estados Unidos, 2019.
1 CAPUSKI/GETTY IMAGES 94 D2-GEO-F2-2106-V8-U3-074-103-LA-G24_AV.indd 94 21/08/2022 12:29 94
Os Montes Apalaches são antigas formações que apresentam formas desgastadas pela intensa ação dos agentes externos. A altitude média é de 900 m, e o ponto culminante é o Monte Mitchell, com 2 037 m, localizado no estado da Carolina do Norte, Estados Unidos.
Planícies centrais
Na porção central do continente predominam grandes planícies, banhadas pelas bacias de rios, como o Amazonas e o Mississipi. As principais planícies americanas são:
• Planície Central, na América do Norte;
• Planície Amazônica, Planície Platina e Planície do Pantanal, na América do Sul. Nos Estados Unidos, a Planície Central é uma área de intensa atividade agrícola, com destaque para o cultivo de trigo e milho.
Cadeias montanhosas ocidentais
A porção oeste do continente americano, desde o Alasca até o extremo sul do Chile, é marcada pela presença de montanhas de formação geológica recente, vulcanismo e terremotos, o que dificulta a ocupação humana, mas não a inviabiliza. Analise o mapa e a fotografia.
América: placas tectônicas e vulcões
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor e o estudante
• ESTES são os oito vulcões mais perigosos da América Latina. Ambientebrasil. [S. l.], 8 jun. 2018. Disponível em: https:// noticias.ambientebrasil.com.br/ clipping/2018/06/08/144086-es tes-sao-os-oito-vulcoes-mais-pe rigosos-da-america-latina.html. Acesso em: 6 jul. 2022.
Reportagem sobre os oito vulcões mais perigosos da América Latina em razão de sua atividade e proximidade com assentamentos humanos.
• TERREMOTO do México é um dos mais fortes já ocorridos na América Latina; maior da história foi no Chile em 1960. BBC News Brasil, São Paulo, 8 set. 2017. Disponível em: https://www.bbc. com/portuguese/internacional -41202189. Acesso em: 6 jul. 2022.
Reportagem sobre o grande terremoto que atingiu o litoral sul do México em 2017.
Elaborado com base em: ISTITUTO GEOGRAFICO DE AGOSTINI. Atlante geografico metodico De Agostini. Novara: Istituto Geografico de Agostini, 2021. p. E13.
La Paz, capital da Bolívia. Foto de 2022.
Responda às questões em seu caderno.
Em alguns trechos das cadeias montanhosas ocidentais surgem planaltos elevados, denominados altiplanos, onde há importantes cidades.
1 Escreva um texto associando as três grandes unidades do relevo do continente americano à ocupação do espaço e às atividades econômicas desenvolvidas pelos seres humanos.
Auxiliar os estudantes na produção do texto. Consultar comentários em Orientações didáticas.
2 Identifique a paisagem retratada na fotografia 2. Em seguida, analise o mapa “América: físico”, na página 92. A paisagem está associada a que forma de relevo?
A paisagem retratada é a cidade de La Paz (Bolívia), situada na cordilheira dos Andes.
3 Analise o mapa “América: placas tectônicas e vulcões” nesta página. Que relação é possível estabelecer entre as áreas de limites das placas e a ocorrência de vulcanismo?
Auxiliar os estudantes a relacionar as áreas de placas tectônicas e a ocorrência de vulcanismo.
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ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Terremotos na América
Esta atividade possibilita desenvolver práticas de pesquisa como observação, tomada de notas e construção de relatório. Consultar tópico Práticas de pesquisa nas Orientações gerais deste Manual.
Organizar os estudantes em duplas para realizar uma atividade de pesquisa sobre a ocorrência
• FIORAVANTI, Carlos. Sob a força dos Andes. Pesquisa Fapesp, São Paulo, ed. 246, p. 54-57, ago. 2016. Disponível em: https:// revistapesquisa.fapesp.br/sob-a -forca-dos-andes/. Acesso em: 6 jul. 2022.
Artigo científico sobre novo mapeamento da cordilheira dos Andes.
• DIÁRIOS de motocicleta. Direção: Walter Salles. Argentina/ EUA/Chile/Peru/Brasil/Reino Unido/Alemanha/França: Film-Four, 2004. Vídeo (126 min).
O filme acompanha a viagem de Ernesto (Che) Guevara pela América do Sul. Durante o filme é possível reparar em diversas paisagens e características naturais, com destaque para o relevo, além das características culturais e econômicas, auxiliando os estudantes na relação entre aspectos físicos e humanos. de tremores de terra de grande intensidade no continente americano. Na pesquisa devem constar o local onde ocorreu o tremor, as localidades atingidas, se houve vítimas e como estão hoje em dia os territórios atingidos. É importante relacionar o nível de desenvolvimento desses países com as medidas tomadas para prevenir e reparar os danos ocasionados pelos terremotos. Relacionar as áreas atingidas com as áreas de contato entre placas tectônicas.
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OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO Trópico de Capricórnio Equador 60º O 0º Trópico de Câncer Círculo Polar Ártico Círculo Polar Antártico PLACA AFRICANA PLACA NORTE-AMERICANA PLACA SUL-AMERICANA PLACA SCOTIA PLACA ANTÁRTICA PLACA NAZCA PLACA PACÍFICA PLACA DO CARIBE PLACA COCOS PLACA DA EURÁSIA 0 2 716 km Vulcões Limites das placas tectônicas JACKKPHOTO/SHUTTERSTOCK.COM ALLMAPS
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OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO Trópico de Capricórnio Equador 60º O 0º Trópico de Câncer Círculo Polar Ártico Círculo Polar Antártico PLACA AFRICANA PLACA NORTE-AMERICANA PLACA SUL-AMERICANA PLACA SCOTIA PLACA ANTÁRTICA PLACA NAZCA PLACA PACÍFICA PLACA DO CARIBE PLACA COCOS PLACA DA EURÁSIA 0 2 716 km Vulcões Limites das placas tectônicas 95
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• Trabalha-se a habilidade EF08GE22 com foco em Identificar recursos naturais (clima) dos países da América Latina.
• A habilidade EF08GE23 é atendida com foco em identificar paisagens da América Latina e associá-las, por meio da cartografia, aos diferentes povos da região, com base em aspectos da climatologia.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Na página 96, orientar os estudantes a analisar o mapa “América: clima e correntes marítimas”, retomando a discussão feita na abertura da Unidade sobre a extensão latitudinal (norte-sul) do continente e a ocorrência de diversos tipos de clima e de vegetação. Se julgar pertinente, relembrar os tipos climáticos brasileiros e o conceito de zonas térmicas, desenhando-as de forma esquemática na lousa e relacionando-as com o mapa dessa página.
A seguir, trabalhar com os diversos fatores que influenciam as características dos climas no continente americano, como: latitude, altitude, relevo e correntes marítimas. Reforçar que a extensão do continente de norte a sul se relaciona diretamente com o fator latitude, influenciando a diversidade de tipos de clima e de vegetação e, consequentemente, de paisagens. Os desertos podem ter influência das correntes marítimas. O relevo pode bloquear a entrada de massas de ar úmidas para o interior do continente e a altitude pode determinar a presença de climas frios e neve eterna no cume de montanhas.
Na atividade 2, espera-se que os estudantes respondam que, na América, o clima frio de montanha é predominante nas áreas de altitudes elevadas com presença de montanhas e cordilheiras. Os povos latino-americanos que convivem com paisagens associadas ao clima frio de montanha são: mexicanos, guatemaltecos, hondurenhos, colombianos, equatorianos, peruanos, bolivianos, chilenos e argentinos.
Clima
A diversidade climática na América é influenciada por diferentes fatores, como latitude, altitude, relevo, massas de ar e correntes marítimas. Esses fatores exercem influência direta sobre os elementos climáticos: temperatura, precipitação e pressão atmosférica. Analise o mapa.
América: clima e correntes marítimas
Elaborado com base em: IBGE. Atlas geográfico escolar 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 58.
Responda às questões em seu caderno.
1 Quais tipos climáticos predominam no norte da América do Norte? Eles ocorrem em quais latitudes?
Polar e frio; ocorrem em altas latitudes.
2 Relacione a localização do clima frio de montanha às ocorrências de relevo representadas no mapa “América: físico” (página 92). Depois, indique povos latino-americanos que vivem em paisagens associadas a esse tipo de clima nos territórios de seus países.
Consultar comentários em Orientações didáticas.
3 Quais são os climas predominantes nas áreas próximas ao Caribe e no norte da América do Sul? Eles ocorrem em quais latitudes?
Climas tropical e equatorial; ocorrem em baixas latitudes.
4 Cite as correntes marítimas que banham a costa brasileira. Essas correntes são predominantemente quentes ou frias?
Correntes das Falklands, do Brasil, das Guianas e Sul-Equatorial. São predominantemente correntes quentes.
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Aspectos do continente americano
As atividades propostas possibilitam desenvolver práticas de pesquisa como revisão bibliográfica, análise documental, observação, tomada de notas e construção de relatórios. Consultar tópico Práticas de pesquisa nas Orientações gerais deste Manual. Acompanhar o desenvolvimento das atividades e verificar os resultados obtidos por cada grupo.
1. Raio X do relevo
americano
Organizar os estudantes em grupos. Cada grupo será responsável pela pesquisa de uma unidade ou parcela do relevo do continente americano: montanhas do oeste, as planícies centrais, os planaltos do leste, o México e os Grandes Lagos.
Cada grupo deve elaborar uma síntese contendo:
• países ou regiões abrangidos;
• o clima e a hidrografia que ocorrem na área pesquisada;
BNCC C. de Hu m b dlo t C dasFalkland CdoAtlânticoSul CAntártica CdoBrasil C.dasGuianas C Sul-Equatorial C Sul -Equatorial C.doGolfo C .daCal i f ó r n i a C.doPacíficoNorte C Norte-Equatorial C Sul-Equatorial C Antártica C doLab rador Cda Groenlândia 60° O Trópico de Câncer Equador Trópico de Capricórnio Círculo Polar Ártico 0° Tipos de clima (adaptado da classificação de Köpen) Equatorial Tropical Subtropical Desértico Semiárido Mediterrâneo Temperado Frio Polar Frio de montanha Correntes quentes Corrente frias 0 1 640 km
ALLMAPS
de Hu m b dlo t C dasFalkland CdoAtlânticoSul C.Antártica CdoBrasil CdasGuianas
C . Sul -Equatorial CdoGolfo C .daCal i f ó r n a C.doPacíficoNorte C Norte-Equatorial C Sul-Equatorial C Antártica r Cda Groenlândia Trópico de Câncer Equador Trópico de Capricórnio 0° Tipos de clima (adaptado da classificação de Köpen) Equatorial Tropical Subtropical Desértico Semiárido Mediterrâneo Temperado Frio Polar Frio de montanha Correntes quentes Corrente frias 0 1 640 km C. de Hu m b dlo t C dasFalkland C.doAtlânticoSul CAntártica C.doBrasil C.dasGuianas C Sul-Equatorial C Sul -Equatorial C.doGolfo C daCal i f ó r n i a CdoPacíficoNorte C Norte-Equatorial
C Antártica C. doLab rador C.da Groenlândia Trópico de Câncer Equador Trópico de Capricórnio Círculo Polar Ártico 0° Tipos de clima (adaptado da classificação de Köpen) Equatorial Tropical Subtropical Desértico Semiárido Mediterrâneo Temperado Frio Polar Frio de montanha Correntes quentes Corrente frias 0 1 640 km 96
96 24/08/2022 15:49 96
C.
C.Sul-Equatorial
C.Sul-Equatorial
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Latitude
Perceba no mapa que os climas polar e frio, caracterizados por médias baixas de temperatura, ocorrem no extremo norte do continente, região localizada em altas latitudes. Os climas quentes e úmidos, como o equatorial e o tropical, encontram-se em áreas de médias e baixas latitudes na América Central e na América do Sul.
Altitude e relevo
O relevo influencia os climas por causa da ação que exerce sobre as massas de ar. A baixa umidade e as médias de temperatura elevadas dos climas semiárido e desértico quente nos Estados Unidos e no México sofrem influência das grandes cadeias de montanhas, que barram as massas de ar úmidas vindas do Pacífico.
Na porção leste do continente, as planícies facilitam a entrada de massas de ar frias e úmidas originadas nas regiões polares. Na América do Sul, essas massas se dirigem para o norte pelas planícies Platina e do Pantanal, alcançando, às vezes, a Amazônia e provocando o fenômeno denominado friagem
Correntes marítimas
As correntes marítimas quentes elevam as temperaturas e a umidade do ar, enquanto as correntes marítimas frias exercem efeito contrário. Em alguns casos, as correntes marítimas contribuem para a formação de desertos.
A corrente do Golfo (quente) é formada no Golfo do México e ameniza as temperaturas dos climas frios da costa leste norte-americana até a costa da Noruega, no norte da Europa.
A corrente do Peru (fria), também denominada corrente de Humboldt, atua na costa oeste sul-americana e influencia a formação do deserto do Atacama, no Chile. Por ser uma corrente fria, atua diminuindo a evaporação das águas do oceano Pacífico na região e, em consequência, a umidade e a possibilidade de chuvas, tornando o clima seco. Examine a fotografia.
A cordilheira dos Andes também influencia o clima seco do deserto do Atacama, já que bloqueia a umidade proveniente da Amazônia. Chile, 2021.
• as principais atividades econômicas e uso do solo.
2. Elementos naturais e atividades humanas
Solicitar que, em grupos, os estudantes escolham um dos temas sugeridos a seguir e realizem um breve estudo de caso.
Temas:
• O tectonismo desde a cordilheira dos Andes até às Montanhas Rochosas e suas consequências.
• A importância do Rio Amazonas para o trans-
porte fluvial no norte do Brasil.
• A ocorrência de furacões na América Central e suas consequências.
• A urbanização na Cidade do México e sua relação com o relevo.
• A importância dos Grandes Lagos para a economia da América do Norte.
As informações pesquisadas poderão ser reproduzidas e compartilhadas entre os grupos, para que todos tenham em mãos uma sistematização do conteúdo estudado.
Crise climática e seca prolongada no Chile e seus efeitos
Eventos climáticos extremos e prolongados podem causar grandes danos ambientais e podem até mesmo mudar rumos econômicos de regiões e mesmo de países. Quando estes eventos ocorrem em determinados territórios em consonância com modos econômicos predatórios no uso de bens naturais, seus efeitos são multiplicados e alimentam crises econômicas que podem levar a mudanças e a crises políticas, considerando que a política se move na subsuperfície da economia.
[...]
O Chile sofre com uma crise ambiental sem precedentes, tendo como manifestação mais evidente a seca prolongada. O cenário agrava problemas econômicos que geram consequências sociais e políticas negativas para a população.
[...]
No ano passado, a seca já atingia 75% do País, alcançando sete regiões, do norte do deserto do Atacama até a região de Ñuble, no centro do país.
Os sistemas de irrigação em várias províncias entraram em colapso. Milhares de pessoas ficaram sem água e tiveram que ser abastecidas por meio de caminhões-pipa. [...]
Matéria gerada pela AFP e publicada pela Folha de São Paulo (24/2/22) mostra que há um processo de redução das geleiras no sul do Chile e que este é um fenômeno que ocorre praticamente em “todas as 26 mil geleiras do país – apenas duas cresceram”.
[...]
A questão climática deve ser abordada mais amplamente pensando territorialmente, nas conexões com outros países, construindo políticas comuns que tratem direta e territorialmente de seus efeitos. Vale lembrar mais uma vez que fenômenos climáticos extremos, principalmente alterações nos regimes de chuvas, têm ocorrido nos países que compartem essa região da América do Sul com o Chile.
FARIA, Alcides. Crise climática e seca prolongada no Chile e seus efeitos. Ecoa –Ecologia e Ação, Campo Grande, 14 mar. 2022. Disponível em: https://ecoa.org.br/ crise-climatica-e-seca-prolongada-no-chilee-seus-efeitos/. Acesso em: 12 jul. 2022.
TEXTO COMPLEMENTAR
ALEX FUENTES/GETTY IMAGES SOUTH AMERICA/AFP
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• A habilidade é atendida EF08GE22 com foco em Identificar recursos naturais (vegetação) dos países da América Latina.
• Trabalha-se a habilidade EF08GE23 com ênfase em identificar paisagens da América Latina e associá-las a aspectos da geomorfologia e da climatologia.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
A vegetação tem estreita ligação com os tipos de clima, relevo e solo. As diferentes espécies adaptam-se às condições climáticas, como baixas ou altas temperaturas, escassez ou abundância de chuva etc.
A vegetação nativa do continente americano foi bastante devastada, dando lugar a cidades, áreas agrícolas e de pastagens, estradas, hidrelétricas etc. Analise algumas paisagens do continente americano, onde a vegetação original ainda resiste.
Taiga no Alasca, Estados Unidos, 2020.
imagens das páginas 98 e 99 em um modelo foram compostas nas páginas 94 e 95 do Panora9020103000220: cada imagem virá acompanhada pelo e contornada por uma cor que remete a um
Apresentar as formações vegetais do continente americano e pedir aos estudantes que as relacionem com a ocorrência dos tipos climáticos, levando-os a compreender que os diversos fenômenos espaciais estão, na realidade, integrados. Solicitar que observem o mapa da página 96 relacionando as áreas de ocorrência dos climas com as das formações vegetais, representadas nos macrolocalizadores (pequenos mapas) das páginas 98 e 99. Se possível, providenciar um mapa – geralmente encontrado em atlas escolares – que representa a distribuição das formações vegetais nativas na América ou no mundo, facilitando a visualização da relação entre clima e vegetação.
Apontar que a Floresta Amazônica é um elemento importante que influencia a umidade dos climas de grande parte da América do Sul. A umidade gerada pela floresta e a proveniente do oceano Atlântico encontram a barreira da cordilheira dos Andes e desviam-se para o sul, contribuindo para as chuvas em grandes áreas do território sul-americano. A esse fenômeno pesquisadores deram o nome de “rios voadores”. Sobre isso, se possível, acessar com os estudantes a página do Projeto Rios Voadores, disponível em: http://riosvoadores.com.br/.
Acesso em: 6 jul. 2022.
Apresentar as formações vegetais nativas de deserto e de altitude que não foram contempladas no Livro do estudante, pois ocorrem em menores proporções no continente americano. Se
possível, indicar sua ocorrência em mapas que representam os tipos de vegetação da América ou do mundo:
As áreas desérticas têm rara ocorrência de chuvas e vegetação bastante escassa, com cactos e arbustos com espinhos. O pequeno porte das formações vegetais e a pequena quantidade de folhas ou a ausência delas são adaptações ao clima seco, pois reduzem a transpiração das plantas e, portanto, a perda de água. Nos desertos quentes destacam-se espécies vegetais que
A Taiga é adaptada ao clima frio, com invernos longos e rigorosos. As espécies vegetais que se destacam na paisagem são as coníferas.
Tundra no Alasca, Estados Unidos, 2021.
As espécies vegetais da Tundra são rasteiras, compostas predominantemente de liquens, algas e musgos. É a vegetação característica do clima polar, com baixas temperaturas e solos congelados durante grande parte do ano.
Trecho de Floresta Temperada cortado por rodovia, Estados Unidos, 2020.
Na Floresta Temperada, as árvores perdem as folhas no inverno (decíduas) e têm tons vermelhos e amarelos no outono. No Brasil, a Floresta Subtropical representa uma formação vegetal que pode ocorrer em associação às Florestas Temperadas, em áreas de temperaturas mais amenas. Ao contrário da Floresta Temperada, as espécies encontradas na Floresta Subtropical são perenifólias, ou seja, as folhas nunca caem.
perdem folhas (caducifólias) e as que possuem capacidade de armazenar água (xerófitas).
A vegetação de altitude é bastante diversificada. É possível encontrar desde uma floresta de coníferas na base da montanha até estepes nas áreas de maior altitude. Essa variação acontece porque, à medida que a altitude aumenta, temperatura, ar e umidade diminuem, impedindo o desenvolvimento de árvores de grande porte.
Na seção Investigar lugares, orientar os estudantes a relacionar as formações vegetais com
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RASVAN ILIESCU/ALAMY/FOTOARENA, EDIÇÃO DE ARTE
BOBBUSHPHOTO/ISTOCK/GETTY IMAGES, EDIÇÃO DE ARTE
PHOTOSPIRIT/ALAMY/FOTOARENA, EDIÇÃO DE ARTE
Vegetação
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Floresta Tropical úmida ou equatorial, Peru, 2021.
A expressão Floresta Tropical engloba grande diversidade de formações vegetais, as quais ocorrem em áreas que se estendem pela América Central e do Sul, abrigando a maior parte da biodiversidade terrestre. As Florestas Tropicais úmidas estão sempre verdes e são constituídas por árvores de grande porte, densas e exuberantes. Estão associadas aos climas tropicais e equatoriais, quentes e úmidos.
Vegetação de Cerrado, em Chapadão do Sul (MS), 2020.
As Savanas estão associadas aos climas tropicais, quentes e com estação seca bem definida. Encontradas em climas quentes, podem ser consideradas Florestas Tropicais secas, também ocorrendo em porções da América Central e do Sul. No Brasil, correspondem ao Cerrado, que apresenta vegetação variada com áreas de vegetação densa e outras com árvores de pequeno porte, arbustos e vegetação rasteira constituída por gramíneas.
Estepes na Patagônia, Argentina, 2019.
Na América, as Estepes são encontradas em áreas de transição entre os climas semiárido e subtropical, marcados por uma estação seca prolongada. Correspondem às Pradarias norte-americanas e aos Pampas sul-americanos. Constituem extensas áreas de pastagens naturais, com destaque para plantas herbáceas.
• INVESTIGAR LUGARES
Faça uma pesquisa sobre as principais formações vegetais nativas do Brasil, registrando suas características principais e as associações com a dinâmica climática, hidrográfica e do relevo. Depois, escolha uma dessas formações e investigue dados sobre o estado atual: percentual de vegetação remanescente, área já devastada, principais atividades humanas que contribuíram para sua redução, projetos para recuperá-la etc. Organize os dados e apresente os resultados de seu trabalho para a turma, conscientizando-a sobre a importância da preservação das formações vegetais para o meio ambiente. Utilize um arquivo digital com apresentação de slides Consultar comentários em Orientações didáticas.
os elementos do clima, o relevo e a hidrografia. É interessante realizar a comparação dos mapas de clima e formação vegetal e perceber as semelhanças entre eles. A comparação do mapa de climas com o hipsométrico pode ser utilizada para esclarecer algumas exceções da vegetação que estão ligadas à altitude. Orientar os estudantes sobre a escolha de fontes confiáveis de informação, como o site do Ministério do Meio Ambiente, do Ibama, do Instituto Socioambiental e do instituto SOS Mata Atlântica, entre outros. Esta atividade
América Latina é uma das três regiões do mundo onde o desmatamento persiste, diz FAO
A América Latina é uma das três regiões do mundo onde o desmatamento persiste, segundo um relatório da FAO publicado nesta sexta-feira (6).
A superfície florestal na região diminuiu de 51,3% em 1990 a 46,4% em 2015, de acordo com o relatório “O Estado dos Florestas no Mundo 2018”, publicado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), que tem sua sede regional em Santiago.
Além da América Latina e Caribe, só em duas outras regiões do mundo a superfície de florestas também diminuiu nos últimos 25 anos. Na África Subsaariana, a proporção de área florestal caiu de 30,6% em 1990 para 27,1% em 2015, enquanto no Sudeste Asiático passou de 3,9% a 3,8% no mesmo período.
Nos últimos 25 anos a superfície florestal total do planeta diminuiu de 31,6% para 30,6%, embora o ritmo da perda tenha desacelerado nos últimos anos.
Nas regiões da África Subsaariana, Sudeste Asiático e América do Sul, a extensão das florestas se vê pressionada pela alta da demanda de carvão vegetal. “Sua produção exerce pressão nos recursos florestais e contribui para a degradação e desmatamento, em especial quando o acesso às florestas não está regulamentado”, diz o relatório da FAO.
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possibilita mobilizar práticas de pesquisa como como revisão bibliográfica, análise documental, observação, tomada de notas e construção de relatórios. Consultar tópico Práticas de pesquisa nas Orientações gerais deste Manual. Também é possível trabalhar o tema contemporâneo transversal Meio Ambiente, com destaque para a Educação Ambiental.
Para aprofundar as consequências do desmatamento na América latina, ler para os estudantes o excerto da seção Texto complementar
O relatório acrescenta que o desmatamento é a segunda causa principal das mudanças climáticas – depois da queima de combustíveis fósseis – e representa quase 20% de todas as emissões de gases de efeito estufa, o que é mais que todo o setor de transportes do mundo.
AFP. A América Latina é uma das três regiões do mundo onde o desmatamento persiste, diz FAO. Estado de Minas, Belo Horizonte, 6 jul. 2019. Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/ internacional/2018/07/06/ interna_internacional,971792/americalatina-e-uma-das-tres-regioes-do-mundoonde-desmatamento-persi.shtml. Acesso em: 6 jul. 2022.
TEXTO COMPLEMENTAR
ALEKSANDR VOROBEV/ALAMY/FOTOARENA, EDIÇÃO DE ARTE
FÁBIO COLOMBINI, EDIÇÃO DE ARTE
ANDRE DIB/PULSAR IMAGENS, EDIÇÃO DE ARTE
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• Desenvolve-se a habilidade EF08GE05 com foco em destacar situações geopolíticas e regionalizações na América.
• A habilidade EF08GE06 é contemplada com ênfase em analisar a atuação das organizações mundiais nos processos de integração cultural e econômica no continente americano.
• Atende-se à habilidade EF08GE12, compreender objetivos e analisar a importância dos organismos de integração do território americano.
• O trabalho com a habilidade EF08GE20 é realizado com foco em analisar características de grupos de países da América no que se refere aos aspectos populacionais, econômicos, políticos e histórico-culturais.
• A habilidade EF08GE22 é atendida com foco em Identificar recursos naturais dos países da América Latina.
• A habilidade EF08GE23 é trabalhada com ênfase em identificar paisagens da América Latina e associá-las aos diferentes povos da região.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
A seção Atividades resgata e possibilita a aplicação de conteúdos conceituais e procedimentais trabalhados na Unidade 3
Sugere-se organizar os estudantes em dupla. Acompanhar a realização das atividades e depois corrigir oralmente, anotando na lousa os principais conceitos abordados.
1. O estudante deverá copiar as afirmações b, d e e Objetivos: • Identificar características do continente americano por meio da leitura e interpretação de mapas temáticos. • Identificar países e/ou grupo de países que constituem o continente americano.
2. Regionalização física: o critério usado é a distribuição das terras no sentido norte-sul;
Todas as respostas das atividades desta seção estão no MP, com orientações e encaminhamentos.
1 Analise o mapa “América: divisão política” (página 80) e copie somente as afirmações verdadeiras.
a) Todos os países do continente americano são independentes.
b) Canadá, Estados Unidos e Brasil são os países com maior área.
c) O México é atravessado pelo Trópico de Capricórnio.
d) Bolívia e Paraguai são os únicos países americanos que não têm litoral.
e) O território dos Estados Unidos não é contínuo.
f) O Brasil faz fronteira com todos os países da América do Sul.
2 Indique as duas principais formas de regionalização da América e os critérios usados em cada uma delas.
3 Copie os nomes das diferentes regiões da América, relacionando-as aos critérios de regionalização correspondentes.
• Regionalização física
• Regionalização histórico-cultural
a) América do Norte
b) América Latina
c) América Central
d) América Anglo-Saxônica
e) América do Sul
4 Analise o mapa e responda às questões.
a) Entre as línguas oficiais do continente americano, quais foram trazidas pelos colonizadores? Qual padrão pode ser observado na distribuição desses idiomas?
b) Quais línguas oficiais do continente americano são heranças culturais dos povos originários?
c) Quais países têm duas línguas oficiais? Consulte o mapa “América: divisão política”, na página 80, se necessário.
d) Em quantos países o português é a língua oficial? No seu entendimento, por que isso acontece?
Elaborado com base em: ISTITUTO GEOGRAFICO DE AGOSTINI. Atlante geografico metodico De Agostini Novara: Istituto Geografico de Agostini, 2021. p. 139-159.
Regionalização histórico-cultural: os critérios usados são aspectos relacionados ao processo de colonização e à cultura das nações colonizadoras e dos diversos povos originários.
Objetivo: • Conhecer as principais regionalizações do continente americano, compreendendo os critérios que as definem.
3. Os estudantes deverão responder: a) Regionalização física: a, c e e; b) Regionalização histórico-cultural: b e d
América: línguas oficiais
Língua oficial
Inglês Francês
Groelandês Português
Holandês Espanhol
Quíchua-aimará
Guarani Francês e inglês
Quíchua-aimará e espanhol
Guarani e espanhol
Objetivo: • Conhecer as principais regionalizações do continente americano, compreendendo os critérios que as definem.
4. a) Entre as línguas oficiais faladas no continente americano, foram trazidas pelos colonizadores o inglês, o francês, o espanhol, o português e o holandês. O padrão de distribuição dos idiomas está relacionado às áreas colonizadas pelos ingleses, franceses, espanhóis, portugueses, holandeses, povos que predomi-
BNCC
OCEANO GLACIAL ÁRTICO Estreito de Bering Grandes Lagos 60º O Mar das Antilhas Golfo do México Equador OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO 0º Trópico de Câncer Tróp co de Capricórnio C í rculoPolarÁrtico 0 1 730 km ALLMAPS
ATIVIDADES NÃO ESCREVA NO LIVRO.
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5 Quais são as consequências para os povos originários da América do contato com o colonizador europeu?
6 Analise a fotografia.
pas temáticos. • Identificar os povos nativos que ocuparam a América pré-colombiana e as consequências sofridas no contato com os europeus.
O Carnaval de Oruro é uma festa religiosa que se tornou patrimônio oral e imaterial da humanidade pela Unesco. A cerimônia de costumes indígenas andinos apresenta referências cristãs, resultantes do período colonial.
• Roupas e chapéus coloridos, saias rodadas e xales de lã são itens essenciais dos trajes tradicionais em festas do povo boliviano. Impostas pelos colonizadores espanhóis, algumas dessas peças foram “redescobertas” pela indústria da moda e são vendidas no mundo todo. No seu entendimento, como os elementos de culturas tradicionais de um povo vão se modificando e sendo integrados ao cotidiano de outro?
7 Analise o esquema a seguir e faça as atividades.
Produtos agrícolas
Matérias-primas Metais preciosos
a) O esquema representa a política econômica que caracterizou a relação entre metrópoles e colônias. Que nome recebeu essa política? No que consistia?
b) Nos países de colonização espanhola e portuguesa, foi implantada uma estrutura colonial baseada na extração de ouro e prata e nas grandes propriedades agrícolas. As características citadas têm relação com o esquema apresentado? Explique sua resposta.
nantemente falam essas línguas. b) Quíchua, aimará e guarani. c) Peru, Bolívia, Paraguai e Canadá. d) Apenas no Brasil, por conta da colonização portuguesa, já que Portugal não colonizou outros territórios na América.
comuns nos países que constituem a América Latina e a América Anglo-Saxônica. • Reconhecer a influência cultural dos povos originários na formação do espaço geográfico americano.
6. Espera-se que os estudantes reconheçam que as culturas tradicionais vão se modificando à medida que entram em contato com contextos diferentes dos quais foram originadas. Em muitas situações, um elemento de uma cultura permanece com o passar do tempo, podendo sofrer ressignificações. No caso da roupa tradicional boliviana, que nada tem a ver com a cultura dos povos indígenas que habitavam o país antes da colonização espanhola, podemos notar que, se a princípio se tratava de um símbolo de discriminação de grupos, hoje passou a ser considerada um produto de exportação, que pode ser usado por qualquer consumidor no mundo, e um símbolo da identidade cultural que se tornou bastante valorizado. Verificar se os estudantes trazem outros exemplos semelhantes com base em suas observações e experiências vividas.
Objetivos: • Analisar os processos de colonização europeia na América como um dos fatores da produção do espaço geográfico, reconhecendo marcas desse processo nos países americanos. • Reconhecer a influência cultural dos povos originários na formação do espaço geográfico americano.
Objetivos:
• Identificar características
• Identificar características do continente americano por meio da leitura e interpretação de mapas temáticos. • Conhecer as principais regionalizações do continente americano, compreendendo os critérios que as definem.
5. O contato dos povos originários da América com os europeus causou, ao longo dos séculos, o extermínio de populações e a expulsão dos territórios que ocupavam.
Objetivos: • Identificar características do continente americano por meio da leitura e interpretação de ma-
7. a) Representa a política mercantilista, que consistia em práticas que possibilitavam às metrópoles obter e preservar suas riquezas. Uma dessas práticas era o comércio com as colônias: as metrópoles europeias vendiam produtos industrializados para as colônias e compravam delas produtos primários, como gêneros agrícolas e metais preciosos. Como os preços dos produtos industrializados eram mais valorizados, a balança comercial ficava favorável às metrópoles.
CURIOSO.PHOTOGRAPHY/SHUTTERSTOCK.COM
Pacto colonial Manufaturados Colônia Metrópole
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Carnaval em Oruro, Bolívia, 2018.
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b) Sim, pois a colônia fornecia metais preciosos (ouro e prata) e matérias-primas produzidas nas haciendas (produtos agrícolas).
Objetivo: • Analisar os processos de colonização europeia na América como um dos fatores da produção do espaço geográfico, reconhecendo marcas desse processo nos países americanos.
8. a) Espera-se que os estudantes identifiquem a concentração fundiária como herança do processo de divisão e distribuição de terras no período colonial, quando nossa produção agrícola já era baseada em grandes extensões de terra (latifúndios) e monoculturas, característica das colônias de exploração. É possível apontarem também a apropriação das terras onde viviam povos originários, impossibilitando que continuassem ocupando e produzindo em suas terras.
b) Os povos indígenas que habitavam a América foram expropriados de suas terras, que foram ocupadas pelas atividades agrárias. As populações indígenas foram dizimadas e os sobreviventes ficaram restritos a reservas e, no caso brasileiro, Terras Indígenas e territórios constantemente ameaçados por empresas do agronegócio, madeireiras, mineradoras, de produção de energia, entre outras.
Objetivos: • Analisar os processos de colonização europeia na América como um dos fatores da produção do espaço geográfico, reconhecendo marcas desse processo nos países americanos. • Identificar os povos nativos que ocuparam a América pré-colombiana e as consequências sofridas no contato com os europeus.
9. Sequência: c, e, a, b e d
Objetivos: • Conhecer os objetivos dos principais organismos de integração do continente americano. • Identificar países e/ou grupo de países que constituem o continente americano.
8 O trecho a seguir relaciona o modelo de colônia de exploração à atual estrutura fundiária brasileira. Leia-o com atenção e converse com os colegas e o professor, depois responda às questões.
Pelo simples fato da conquista e da “possessão histórica”, as terras de Vera Cruz passaram a pertencer ao Rei de Portugal. Isto foi nos anos de 1500. Hoje, transcorridos quase cinco séculos, pode-se perguntar, o que aconteceu com estas terras? Ou melhor, o que aconteceu com a propriedade destas terras para que se chegue, cinco séculos depois, a uma situação na qual os índios foram quase todos exterminados e a terra aprisionada em mãos de poucos donos? Cabe ver com mais atenção o que se passou com a terra; [...] E, como parte do mesmo processo, entender, também, as razões da existência de tantos camponeses sem terra, em um país de dimensão continental, e por que a violência da luta pela terra ocupa, ainda hoje, espaço significativo em nosso cotidiano.
GERMANI, Guiomar Inez. Condições históricas e sociais que regulam o acesso à terra no espaço agrário brasileiro. GeoTextos, v. 2, n. 2, p. 115-147, 2006. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/geotextos/article/view/3040/2145. Acesso em: 12 abr. 2022.
a) Considerando o processo de colonização do Brasil e as características das colônias de exploração, como podemos tentar responder às questões apresentadas pela autora?
b) Quais foram as consequências da colonização europeia em relação às terras dos povos indígenas que habitavam o continente americano?
9 Relacione as colunas, identificando os organismos de integração da América e suas principais características. Anote a sequência correta em seu caderno.
a) União de Nações Sul-Americanas (Unasul)
b) Mercado Comum do Sul (Mercosul)
c) USMCA (antigo Tratado de Livre-Comércio da América do Norte – Nafta)
d) Organização dos Estados Americanos (OEA)
e) Comunidade Andina (CAN) 102
( ) Eliminar barreiras comerciais entre os países-membros, que são Canadá, México e Estados Unidos. Ano de criação: 1994.
( ) Promover a integração comercial, política e econômica. Colômbia, Equador, Peru e Bolívia são países-membros. Ano de criação: 1969.
( ) Promover a integração cultural, social, econômica e política dos povos da América do Sul; anteriormente com 12 países sul-americanos. Mudanças políticas na região provocaram um esvaziamento da organização que, em 2022, contava apenas com Guiana, Suriname e Venezuela. Ano de criação: 2008.
( ) Promover a integração econômica e comercial por meio da livre circulação de bens, serviços e capitais. Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela são países-membros. Ano de criação: 1991.
( ) Manter a paz e a democracia no continente. Todos os Estados americanos são membros. Ano de criação: 1948.
10. Consulte a resposta para essa atividade no quadro da página 103.
Objetivo: • Analisar os processos de colonização europeia na América como um dos fatores da produção do espaço geográfico, reconhecendo marcas desse processo nos países americanos.
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10 Analise o mapa e as informações sobre o processo de independência de alguns países americanos. Depois, faça o que se pede.
Nos Estados Unidos da América, as Treze Colônias da Inglaterra se rebelaram contra leis e cobranças de impostos e taxas que resultaram em uma guerra entre as colônias e a metrópole.
A colônia de São Domingos (atual Haiti) era uma possessão francesa. Cerca de 90% da população era composta por escravizados africanos que iniciaram, em 1791, uma rebelião contra o domínio francês. Após 13 anos de conflitos, a independência foi proclamada e a República do Haiti foi a primeira a abolir a escravidão na América.
A independência das colônias espanholas foi motivada pela insatisfação da elite formada pelos criollos(filhos de europeus nascidos na América) com as medidas adotadas pela metrópole, pela independência dos EUA e pela crise política na Espanha. As rebeliões populares tiveram papel importante nesse processo conflituoso e, muitas vezes, violento.
No Brasil, ex-colônia portuguesa, a independência foi proclamada pelo então príncipe regente D. Pedro I, que se tornou o primeiro imperador do novo Estado-nação com o apoio das elites locais. Essa transição atípica garantiu certa estabilidade político-territorial, favorecendo a manutenção de uma economia pautada na servidão. O Brasil foi o último país americano a abolir a escravidão na América.
Américas independentes –século XIX
TrópicodeCâncer
TrópicodeCâncer
11. a) Na parte oeste.
b) O monte Aconcágua, com 6 960 m, na cordilheira dos Andes.
c) Planícies e montanhas (cordilheiras).
d) América Central.
Objetivos: • Identificar características do continente americano por meio da leitura e interpretação de mapas temáticos. • Identificar elementos naturais do espaço geográfico americano. • Conhecer as principais regionalizações do continente americano, compreendendo os critérios que as definem.
12. A ocorrência de vulcões, terremotos e grandes cadeias montanhosas deve-se ao fato de a região encontrar-se em área de contato entre placas tectônicas.
Ano da independência ou de declaração como Estado independente
Fonte: LE MONDE; LA VIE. L’Histoire des Amériques Paris: Le Monde: La Vie, 2018. (Hors-Serie, p. 11).
• Construa um quadro em seu caderno sobre os movimentos de independência nos Estados Unidos, no Haiti, na América espanhola e no Brasil, destacando os aspectos selecionados conforme o modelo a seguir.
Movimentos de independência na América
País/região Causas Participantes Ano da independência Forma
11 Analise novamente o mapa “América: físico” (página 92) para responder às questões.
a) As maiores altitudes concentram-se na parte leste ou oeste do continente?
b) Qual é a maior altitude do relevo americano? Em qual cordilheira se localiza?
c) Quais formas de relevo predominam no centro e na parte oeste do continente?
d) Das “três Américas”, qual apresenta rios predominantemente pouco extensos?
12 Na costa oeste do continente americano, há ocorrências de vulcões, terremotos e altas montanhas. Explique o principal fator que se relaciona a essas ocorrências naturais.
Objetivo: • Identificar elementos naturais do espaço geográfico americano.
Exploração do trabalho escravizado
Colonos x Soldados ingleses
x Soldados franceses
América espanhola Desacordo entre a elite criolla e a Espanha Colonos x Soldados
Movimentos de independência na América País/região Causas Participantes Ano da independência Forma de governo Estados Unidos Leis e cobranças de impostos e taxas pela Inglaterra
República Haiti
Escravizados
1804 República
Entre 1808 e 1824 Repúblicas Brasil Interesses da elite local Elite local 1822 Monarquia
1776
espanhóis
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de governo
ALASCA (EUA) CANADÁ MÉXICO BRASIL VENEZUELA GUIANA SURINAME COLÔMBIA EQUADOR PERU BOLÍVIA PARAGUAI URUGUAI ARGENTINA CHILE CUBA JAMAICA BELIZE GUATEMALA HONDURAS EL SALVADOR COSTA RICA PANAMÁ NICARÁGUA REP. DOMINICANA HAITI PORTO RICO (EUA) GUIANA FRANCESA (FRA) ESTADOS UNIDOS GROENLÂNDIA (DIN) BAHAMAS (1931) (1821) (1839) (1838) (1838) (1838) (1830) (1819) (1830) (1903) (1981) (1962) (1898) (1844) (1804) (1973) (1975) (1966) (1841) (1776-1783) (1821) (1822) (1825) (1811) (1818) (1816) (1828) OCEANO GLACIAL ÁRTICO Golfo do México OCEANO ATLÂNTICO 0º OCEANO PACÍFICO
Equador TrópicodeCapricórnio 80º 0 CírculoPolarÁrtico GUADALUPE (FRA) DOMINICA (1978) TRINIDAD E TOBAGO (1962) (1983) (1974) (1966) (1979) (1979) (1981) MARTINICA (FRA) SANTA LÚCIA BARBADOS ANTÍGUA E BARBUDA ILHAS VIRGENS BRITÂNICAS ILHAS VIRGENS (FRA e HOL) ANGUILLA (RUN) GRANADA MONTSERRAT SÃO CRISTÓVÃO E NÉVIS Mar das Antilhas SÃO VICENTE E GRANADINAS 0 1 310 km
de
1810-1850 Depois de
Antes
1810
1850
SONIA VAZ
ALASCA (EUA) CANADÁ MÉXICO BRASIL VENEZUELA GUIANA SURINAME COLÔMBIA EQUADOR PERU BOLÍVIA PARAGUAI URUGUAI ARGENTINA CHILE CUBA JAMAICA BELIZE GUATEMALA HONDURAS EL SALVADOR COSTA RICA PANAMÁ NICARÁGUA REP. DOMINICANA HAITI PORTO RICO (EUA) GUIANA FRANCESA (FRA) ESTADOS UNIDOS GROENLÂNDIA (DIN) BAHAMAS (1931) (1821) (1839) (1838) (1838) (1838) (1830) (1819) (1830) (1903) (1981) (1962) (1898) (1844) (1804) (1973) (1975) (1966) (1841) (1776-1783) (1821) (1822) (1825) (1811) (1818) (1816) (1828) OCEANO GLACIAL ÁRTICO Golfo do México OCEANO ATLÂNTICO 0º OCEANO PACÍFICO
Equador TrópicodeCapricórnio 80º 0 CírculoPolarÁrtico GUADALUPE (FRA) DOMINICA (1978) TRINIDAD E TOBAGO (1962) (1983) (1974) (1966) (1979) (1979) (1981) MARTINICA (FRA) SANTA LÚCIA BARBADOS ANTÍGUA E BARBUDA ILHAS VIRGENS BRITÂNICAS ILHAS VIRGENS (FRA e HOL) ANGUILLA (RUN) GRANADA MONTSERRAT SÃO CRISTÓVÃO E NÉVIS Mar das Antilhas SÃO VICENTE E GRANADINAS 0 1 310 km Antes de 1810 1810-1850 Depois de 1850 Ano da independência ou de declaração como Estado independente D2-GEO-F2-2106-V8-U3-074-103-LA-G24_AV.indd 103 21/08/2022 12:29 103
BNCC NA UNIDADE
Competências
Gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 9 e 10
Ciências Humanas: 1, 2, 4, 5, 6 e 7
Geografia: 3, 4, 5, 6 e 7
Habilidades
Geografia: • EF08GE01
• EF08GE04
• EF08GE07
• EF08GE11
• EF08GE05
• F08GE08
• EF08GE03
• EF08GE06
• EF08GE09
• EF08GE12
• EF08GE18 • EF08GE19
• EF08GE13
• EF08GE20
Interdisciplinaridade com...
História: • EF08HI06 • EF08HI07
• EF08HI25
Língua Portuguesa: • EF89LP03
• EF89LP24 • EF89LP25
Arte: • EF69AR05 • EF69AR06
• EF69AR16 • EF69AR18 • EF69AR19
• EF69AR31 • EF69AR34 •
Língua Inglesa: • EF08LI18 • EF08LI19
Abertura da Unidade
• Atende-se à habilidade EF08GE08 ao analisar a situação da potência estadunidense na ordem mundial do pós-guerra em relação às políticas de imigração.
• A habilidade EF08GE20 é contemplada com foco em analisar conhecimentos prévios sobre características de países (Canadá e Estados Unidos) no que se refere aos aspectos populacionais, políticos e socioculturais.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Encaminhar, de forma coletiva, a leitura do texto e as atividades, que têm como objetivo introduzir algumas características da América Anglo-Saxônica e identificar conhecimentos prévios dos estudantes sobre a região.
Na atividade 1, espera-se que os estudantes respondam: o processo de colonização, a língua inglesa como idioma oficial e o elevado desenvolvimento econômico e social.
AMÉRICA ANGLO-SAXÔNICA
A América Anglo-Saxônica é constituída por Estados Unidos e Canadá, países colonizados, principalmente, por povos de origem anglo-saxônica – no caso, os ingleses. Esses países apresentam grande desenvolvimento econômico e social.
Também ocupam lugar de destaque no cenário mundial, especialmente os Estados Unidos, que desempenham papel relevante nas questões políticas, econômicas, culturais e militares.
Na atividade 2, a percepção dos estudantes sobre a influência dos Estados Unidos pode ser maior ou menor, dependendo da realidade em que vivem. Esclarecer que aspectos como o modo de vestir, as músicas, os filmes, as séries, alguns alimentos e algumas expressões usadas no dia a dia – e muitas já incorporadas ao nosso vocabulário – demonstram essa influência em nossa cultura.
Na atividade 3, o objetivo da questão é verificar os conhecimentos prévios dos estudantes
sobre assuntos da atualidade que envolvem a região. Espera-se que eles reconheçam uma desarmonia entre a simbologia da Estátua da Liberdade e as atuais leis de imigração impostas pelos Estados Unidos (a seção Texto complementar fornece mais informações). Incentivá-los a comentar notícias e a expor suas impressões a respeito do país e das políticas de imigração dos últimos anos. Verificar também o que sabem sobre as imigrações para o Canadá. Se necessário,
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Estátua da Liberdade, nos Estados Unidos, 2019. Inaugurada em 1866, na entrada do porto de Nova York, era considerada a “mãe” que recebia os imigrantes.
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esclarecer que, diferentemente dos Estados Unidos, o Canadá adota uma postura mais favorável às imigrações, além de se destacar em programas de acolhimento aos refugiados.
Consultar respostas em Orientações didáticas.
Converse com os colegas e o professor sobre as questões a seguir.
1 Cite dois aspectos que diferenciam a América Anglo-Saxônica do restante do continente.
2 Em termos culturais, você percebe a influência dos Estados Unidos em seu dia a dia?
3 A Estátua da Liberdade representa o acolhimento aos imigrantes nos Estados Unidos. O que você sabe sobre as imigrações para esse país? E para o Canadá?
TEXTO COMPLEMENTAR
1886: inauguração da Estátua da Liberdade
A Estátua da Liberdade sempre foi considerada a mãe de todos os imigrantes que passavam de barco diante do monumento antes de atracar na Ellis Island, única porta de entrada nos EUA para os estrangeiros, entre 1892 e 1954.
Trata-se do maior monumento histórico da Idade Moderna. Ela foi doada pelos franceses aos americanos e não só recorda a união entre os dois países durante a revolução dos Estados Unidos de 1775-1783. A placa no braço da “Miss Liberty” também lembra a proclamação da independência do país, em 4 de julho de 1776.
Assim como o quadro A Liberdade guiando o povo, de Eugène Delacroix, o monumento deveria simbolizar a liberdade iluminando o mundo, mas acabou se tornando símbolo do capitalismo e chamariz para imigrantes, que buscavam consolo no verso de Emma Lazarus, inscrito na base da estátua: “Dá-me os teus cansados, os teus pobres, as tuas massas ansiando por respirar livres... Eu ergo minha tocha ao lado da porta dourada.”
[...]
TESCHKE, Jens. 1886: inauguração da Estátua da Liberdade. DW, Bonn, 28 out. 2015. Disponível em: https:// www.dw.com/pt-br/1886-inaugura %C3%A7%C3%A3o-da-est%C3%A 1tua-da-liberdade/a-974728. Acesso em: 12 jul. 2022.
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• Atende-se à habilidade EF08GE01 com foco em descrever e discutir fatores históricos e físico-naturais associados à distribuição da população humana pelos continentes.
• A habilidade EF08GE03 é contemplada com ênfase em analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica (distribuição pelo território), considerando características da população canadense.
• O trabalho com a habilidade EF08GE05 é realizado ao aplicar-se os conceitos de Estado, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões na contemporaneidade, com destaque para as situações geopolíticas no Canadá.
• A habilidade EF08GE20 é atendida com foco em analisar características de países (Canadá) da América, no que se refere aos aspectos territoriais, populacionais, políticos e socioculturais.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Orientar os estudantes a identificar o título do mapa “Canadá: divisão política e densidade populacional”, e a ler a legenda para analisar as informações, oferecendo auxílio nesse processo. Se considerar oportuno, antes de encaminhar as atividades 1 e 2, que auxiliam a leitura e interpretação do mapa, retomar os conceitos de populoso, povoado e densidade demográfica, estudados de maneira sistematizada na Unidade 2 deste volume. O uso de analogias com a “população” da sala de aula ou da unidade escolar pode ser interessante para a retomada desses conceitos.
Na atividade 1, espera-se que os estudantes indiquem o Sul e o Sudeste do território, na faixa de fronteira com os Estados Unidos. Levantar as hipóteses sobre a segunda parte da questão, destacando que devem ser levados em
1 CANADÁ
Território e população
Analise o mapa, depois responda às questões em seu caderno.
Canadá: divisão política e densidade populacional
1. Orientar a análise do mapa para elaboração das respostas. Consultar comentários em Orientações didáticas. Edmonton Vancouver
1 Em qual parte do território canadense estão localizadas as áreas mais densamente povoadas? No seu entendimento, que fator explica a concentração populacional nessas áreas?
2 A província de Ontário está entre as mais povoadas do Canadá. Cite duas cidades mais densamente povoadas dessa província.
Os estudantes poderão citar Ottawa, Montreal ou Toronto.
Fonte: ISTITUTO GEOGRAFICO DE AGOSTINI. Atlante geografico metodico De Agostini. Novara: Istituto Geografico de Agostini, 2021. p. 136.
Província: unidade territorial de alguns países (semelhante aos estados brasileiros), que dispõe de certa autonomia política e administrativa.
Com 9 984 670 km², o Canadá é o segundo país do mundo em extensão territorial e o maior do continente americano. O território canadense é dividido em dez províncias e três territórios. Em grande parte do território canadense, há ocorrência dos climas polar e frio, com invernos longos e rigorosos, marcados por baixas temperaturas e queda de neve. As maiores concentrações populacionais estão ao sul e ao longo da fronteira com os Estados Unidos, onde há o predomínio do clima temperado, que apresenta invernos mais curtos e temperaturas mais amenas do que o clima polar.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), em 2021, o Canadá contava com uma população estimada de 38,1 milhões de habitantes, o que o tornava um país pouco populoso. O imenso território e a pequena população fazem com que a densidade demográfica seja bastante baixa, cerca de 4 hab./km². Dessa forma, além de pouco populoso, o país também é pouco povoado
conta, ao mesmo tempo, aspectos históricos da ocupação do território pelos colonizadores, principalmente os econômicos e naturais. No geral, nessa área, há a ocorrência do clima temperado, que apresenta temperaturas mais amenas e invernos mais curtos, se comparado ao restante do país; destacar também a proximidade com os EUA, o que contribui para dinamizar a economia dessas áreas.
Na página 107, destacar que a dualidade
linguística no Canadá está relacionada ao processo de colonização do território. Se considerar necessário, retomar os principais aspectos da colonização do continente americano, trabalhados na Unidade 3. Nesse contexto, destacar a questão do Separatismo em Quebéc, território colonizado pela França, que tem a língua francesa como único idioma oficial.
Ao tratar do território de Nunavut, é possível ampliar o conteúdo, solicitando uma pesqui-
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GrandesLagos CANADÁ TERRITÓRIO DE NUNAVUT TERRITÓRIO DE YUKON TERRITÓRIOS DO NOROESTE COLÚMBIA BRITÂNICA ALBERTA MANITOBA ONTÁRIO QUEBEC TERRA NOVA E LABRADOR NOVA BRUNSWICK NOVA ESCÓCIA SASKATCHEWAN ILHA DO PRÍNCIPE EDUARDO Mar de Beaufort Mar de Labrador Baía de Baffin Baía de Hudson OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO ESTADOS UNIDOS Alasca (EUA) Groenlândia (DIN) 45ºN C í rcul o PolarÁrtico Área desabitada De 0 a 1 De 1 a 10 De 10 a 25 De 25 a 50 Mais de 50 Aglomerados urbanos Habitantes por km2 De 1 000 000 a 2 500 000 De 2 500 000 a 5 000 000 De 5 000 000 a 10 000 000 De 500 000 a 1 000 000 De 1 000 000 a 2 500 000 De 2 500 000 a 5 000 000 Habitantes em aglomerados urbanos ou metrópoles 0 650 SONIA VAZ
Toronto Ottawa Montreal Calgary
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O Canadá tem dois idiomas oficiais: o inglês, falado pela maioria da população, e o francês, falado principalmente na província de Quebec.
Existem grupos que reivindicam a independência de Quebec, que abriga a maioria dos descendentes de franceses e tem a língua francesa como único idioma oficial. Contudo, tanto em 1980 quanto em 1995, quando foram realizados plebiscitos sobre a independência da província, a separação foi rejeitada pela maioria da população.
Plebiscito: consulta feita à população, por meio de voto, para aprovar ou não uma lei ou um ato administrativo do governo.
Depois dos plebiscitos, o movimento separatista de Quebec perdeu força, pois a província passou a ter maior autonomia política e econômica em relação ao Estado canadense, e foram eleitos governantes contrários à separação e à criação de um país independente.
Outra questão territorial importante envolve os inuítes (povo originário do Canadá), que por muito tempo foram chamados de esquimós, mas eles não aceitam essa denominação, que é pejorativa. Inuíte é o nome pelo qual eles se identificam e significa “povo”.
Os inuítes reivindicam a posse de terras localizadas no extremo norte do país, ricas em recursos minerais, como prata, cobre, chumbo e zinco, que são concedidas a grandes mineradoras para exploração.
Em 1999, na tentativa de minimizar o conflito, o governo canadense transferiu aos inuítes parte dos territórios do Noroeste, constituindo o território de Nunavut, que passou a ser administrado pelos nativos.
2 200 reservas espalhadas pelo Canadá para cerca de 605 Primeiras Nações. [...]
As reivindicações de terra
Durante as últimas décadas tem havido um aumento significativo nas atividades reivindicatórias de terras por parte dos aborígines.
As reivindicações abrangentes baseiam-se no direito aborígine que emerge do uso e ocupação tradicionais de terras que não foram cobertas pelos acordos ou outros meios.
[...]
Condições sociais
As condições de vida dos aborígenes, em muitos aspectos, não são tão boas como as da população geral do Canadá. Entretanto, ao longo dos últimos 25 anos, esforços têm sido feitos no sentido de melhorar as condições de vida das comunidades das Primeiras Nações. Hoje, a administração de importantes programas sociais foi transferida para as instituições indígenas. [...]
[...]
Cultura
Hoje, a cultura aborígine está sendo reafirmada como a chave para o orgulho e autoconfiança da comunidade. Programas de ensino de línguas, cultura e história aborígines têm sido instituídos nas escolas. Centros que promovem a cultura, línguas, crenças e práticas dos aborígines podem ser encontrados por todo o país [...].
NASSIF, Luis. A abordagem sobre as nações indígenas canadenses. Jornal GNN, São Paulo, 12 abr. 2012. Disponível em: https:// jornalggn.com.br/internacional/a-aborda gem-sobre-as-nacoes-indigenascanadenses/. Acesso em: 11 jul. 2022.
AMPLIANDO HORIZONTES
sa sobre as condições de vida atuais dos povos originários no Canadá (também denominadas “primeiras nações” ou “aborígines”). Se achar interessante, ler para os estudantes o excerto da seção Texto complementar
TEXTO COMPLEMENTAR
As nações indígenas canadenses
[...]
No Canadá existem quase 540 000 índios registrados ou pessoas que têm o status de índios (cerca de 1.8% do total da população do país). [...] Cerca de 55% dos índios registrados vivem em áreas específicas de terra, chamadas de reservas, demarcadas para o uso e benefício dos indígenas. Há mais de
Para o professor
• CENSUS of population. Statistics Canada. Ottawa, [20--]. Disponível em: https://www12.sta tcan.gc.ca/census-recensement/ index-eng.cfm. Acesso em: 11 jul. 2022.
Publicação com dados, mapas, infográficos e vídeos a respeito da população e da história do Canadá.
[...]
Iqaluit, capital do território de Nunavut, Canadá, 2021.
Barcos de pesca em mar congelado em Iqaluit, Canadá, 2021.
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• A habilidade EF08GE03 pode ser trabalhada com foco em analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando características da população canadense (mortalidade infantil, expectativa de vida, analfabetismo, idosos, imigração).
• Atende-se à habilidade EF08GE13 com ênfase em analisar a influência do desenvolvimento científico e tecnológico no trabalho, na economia e na caracterização do espaço rural canadense.
• Contempla-se a habilidade EF08GE20 com foco em analisar características de países (Canadá) da América no que se refere aos aspectos econômicos e às pressões sobre a natureza.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Promover a leitura coletiva do texto das páginas 108 e 109. Se necessário, retomar o conceito de IDH, lembrando que o índice leva em conta indicadores sociais e econômicos. Destacar a posição do Canadá, levando em conta esse indicador socioeconômico. Comentar que a elevada expectativa de vida da população canadense, associada à baixa natalidade, têm gerado problemas relacionados à escassez de mão de obra e à previdência social. Discutir de que maneira isso ocorre, retomando conteúdos trabalhados na Unidade 2 e esclarecendo que há uma diminuição da população economicamente ativa.
Ao tratar do envelhecimento da população do Canadá, destacar a importância de ações e políticas públicas para garantir qualidade de vida para a população idosa. Essa abordagem possibilita desenvolver o tema contemporâneo transversal Cidadania e civismo, com destaque para o Processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso
Aspectos socioeconômicos
Considerando dados do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) divulgado em 2020, o Canadá ocupava a 16a posição no ranking mundial, com índice de 0,929. A mortalidade infantil é baixa, praticamente não há analfabetos entre a população adulta, e a expectativa de vida é alta. No país, 18,6% da população tem mais de 65 anos. A grande quantidade de idosos na população canadense está associada à elevada expectativa de vida e às baixas taxas de natalidade. Como acontece em outros países de elevado desenvolvimento humano, o envelhecimento da população tem trazido alguns desafios ao governo canadense, como tentar resolver o problema de escassez de mão de obra e lidar com o aumento significativo do número de aposentados.
Para garantir os investimentos nas áreas de previdência social e saúde, necessários à população idosa, o governo canadense, entre outras medidas, aumentou impostos ao longo do tempo. Com o objetivo de suprir a escassez de mão de obra, o governo canadense criou programas variados de imigração para empreendedores, refugiados e trabalhadores específicos, como cuidadores de crianças, idosos e pessoas com necessidades médicas. A análise do candidato considera nível de escolaridade, domínio das línguas oficiais, experiências de trabalho, situação política e social no país de origem, capacidade de empreendedorismo, entre outros aspectos. Além das políticas sociais, a qualidade de vida da população canadense também é reflexo da economia do país.
Explicar que programas de imigração estão entre as medidas adotadas pelo governo canadense para aumentar a população economicamente ativa e manter o desenvolvimento do país. Comentar com os estudantes que cerca de 20% da população do Canadá é imigrante, ou seja, uma a cada cinco pessoas que vive no Canadá nasceu em outro país. Para efeito de comparação, a participação de imigrantes na população do Brasil não chega a 1%. Na análise das informações, entretanto, é importante esclarecer que
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os programas de imigração oferecidos pelo país são destinados, sobretudo, aos trabalhadores qualificados. Nesse sentido, vale destacar que o Canadá é um país aberto à imigração, considerando certas condições. O processo legal de imigração pode durar até um ano e inclui entrevistas e testes a que o candidato a imigrante deve se submeter. Já para obter a cidadania canadense é preciso, entre outras coisas, viver por seis anos no país, comprovar proficiência em inglês e francês e não ter antecedentes criminais.
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Grupo de idosos durante caminhada, Canadá, 2020.
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Com condições climáticas rigorosas em grande parte do território, apenas 7% das terras do Canadá são ocupadas pela agropecuária. Apesar disso, o país é um dos maiores produtores agrícolas do mundo em decorrência do elevado grau de mecanização e das tecnologias utilizadas no espaço rural. Uma das consequências da modernização do campo é o emprego de pouca mão de obra no setor agropecuário.
Destacar as extensas áreas de Floresta Boreal ou Taiga, onde a exploração de madeira é uma atividade importante e está diretamente relacionada à presença das indústrias de papel. No geral, a exploração madeireira no Canadá acontece de forma bastante controlada, para evitar a devastação da Floresta Boreal. Para toda árvore derrubada, outra deve ser plantada – embora o território não esteja livre de explorações ilegais.
Uma grande quantidade de madeira é extraída das extensas áreas de Taiga. Além de ser exportada, é utilizada para a produção de celulose (matéria-prima usada na fabricação do papel) e papel-jornal, atividade em que o Canadá se destaca como um dos maiores produtores mundiais.
Os recursos minerais são extraídos especialmente no Planalto Canadense e nas Montanhas Rochosas. Essas formas de relevo são constituídas por rochas favoráveis à ocorrência de minerais, como ferro, cobre, níquel, chumbo e prata.
Os recursos energéticos são explorados principalmente nas Planícies Centrais, onde há importantes jazidas de combustíveis fósseis: petróleo, gás natural, carvão mineral e xisto betuminoso. Grande parte da energia elétrica produzida é gerada por hidrelétricas, favorecidas pelo relevo planáltico do oeste e pelos rios volumosos com quedas-d’água. O Canadá é um dos maiores produtores de energia hidrelétrica do mundo.
As indústrias concentram-se principalmente nas regiões dos Grandes Lagos e do Vale do Rio São Lourenço, com destaque para madeireiras, papel e celulose, siderúrgicas, automobilísticas, petroquímicas, aeroespacial, telecomunicações e química.
Se julgar pertinente, apresente algumas facilitações dos programas de imigração no país, como entrada expressa a trabalhadores qualificados, admissão de familiares de imigrantes legais, incentivo a empreendedores e apoio a refugiados.
Ao tratar sobre a economia e o uso do solo canadense, retomar aspectos relacionados às características físicas do continente americano estudados na Unidade 3. Na porção norte do país, há o predomínio dos climas polar e frio, o
que dificulta o desenvolvimento das atividades como a agropecuária. Esclarecer que as planícies centrais – onde os terrenos são relativamente planos, os solos, férteis, e há predomínio do clima temperado – constituem a região agrícola mais importante do país. Cabe destacar também a região dos Grandes Lagos e do Vale do Rio São Lourenço, que concentra boa parte das indústrias canadenses, além de ser uma região onde se desenvolve a policultura e a pecuária leiteira.
Em relação à extração mineral, uma questão que merece destaque é a exploração do xisto, que ocorre principalmente na província de Alberta. O processo de extração envolve o uso de componentes químicos e está sujeito a vazamentos, que podem contaminar os solos e as águas com metais pesados e compostos químicos. Além disso, esse processo de extração também emite metano, um dos gases do efeito estufa. Essa discussão envolve o tema contemporâneo transversal Meio ambiente, com destaque para a Educação ambiental Comentar sobre a rede de transportes do país. O Canadá conta com uma completa rede de transportes, que liga ferrovias, rodovias e hidrovias aos principais portos e aeroportos do país. O país apresenta uma das maiores malhas ferroviárias do mundo, com cerca de 200 mil quilômetros de ferrovias, e conta, ainda, com 900 mil quilômetros de rodovias. Além disso, na região dos Grandes Lagos e no Vale do Rio São Lourenço, há uma importante hidrovia onde a navegação é intensa, escoando produtos agrícolas e mercadorias principalmente entre o Canadá e os Estados Unidos.
Agricultor utilizando um drone para verificar uma plantação de milho, Canadá, 2021.
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• O foco na habilidade EF08GE05 está em aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões na contemporaneidade, com destaque para as situações geopolíticas como a Guerra na Ucrânia.
• A habilidade EF08GE07 é atendida com ênfase em analisar os impactos geoeconômicos, geoestratégicos e geopolíticos da ascensão dos Estados Unidos no cenário internacional em sua posição de liderança global.
• Contempla-se a habilidade EF08GE12 com foco em compreender os objetivos e analisar a importância dos organismos de integração do território americano (USMCA, ex-Nafta).
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Comentar que as relações internacionais formam um conjunto de ações políticas, jurídicas, econômicas, sociais, militares, culturais e comerciais praticadas por Estados-nações e/ou empresas no espaço geográfico mundial. A seguir, promover a leitura compartilhada do texto das páginas 110 e 111. Fazer paradas para comentários e esclarecimentos de dúvidas. Destacar o caráter multilateral da política externa canadense e as críticas que esse tipo de política recebe.
Ressaltar a participação do Canadá na Guerra da Ucrânia em relação aos refugiados ucranianos. Reforçar as ações positivas e a postura do país em relação aos refugiados. Relembrar que muitos países adotam medidas restritivas à entrada e à permanência de refugiados, como acontece com alguns países da Europa e com os Estados Unidos.
Destacar que a estreita relação do Canadá com os Estados Unidos tem mais de duzentos anos de história, mas se fortaleceu com
Relações internacionais
Conforme estudado, a população canadense apresenta excelentes indicadores socioeconômicos, que são reflexo das políticas sociais e da forte economia caracterizada pela agricultura e pecuária modernas, exploração dos recursos naturais e industrialização baseada em grandes empresas. Além disso, o país possui importantes reservas de recursos minerais e energéticos e uma densa rede de transportes.
No cenário internacional, o Canadá é considerado um adepto do multilateralismo, ou seja, um Estado que valoriza a cooperação, o diálogo e a diplomacia em relação a temas de grande repercussão mundial, como meio ambiente, direitos humanos, mobilidade, entre outros.
Diplomacia: habilidade para conduzir relações entre pessoas e/ou governos ou para resolver problemas.
O conceito de multilateralismo surgiu após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) no mundo capitalista. Para os críticos dessa política internacional, ser multilateralista pode significar, em muitas situações, ser defensor dos interesses políticos e econômicos dos Estados Unidos.
Durante o conflito entre Rússia e Ucrânia em 2022, o Canadá assumiu importante papel na assistência humanitária aos refugiados ucranianos. Além do envio de militares e armas para a região, com o objetivo de auxiliar a evacuação de civis, foi criado um plano especial de imigração, que permite aos ucranianos viver e trabalhar no Canadá por um período de três anos, sem os requisitos e documentos normalmente exigidos para a entrada de imigrantes no país e obtenção de um visto canadense. Além disso, também são isentos dos custos desse processo. Estima-se que mais de 12 mil ucranianos migraram para o Canadá nessas condições.
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o final da Segunda Guerra Mundial e a ascensão estadunidense como grande liderança política, militar e econômica mundial. O Nafta (1994), e atualmente o USMCA (2018), fortaleceu ainda mais a relação entre os dois países da América Anglo-Saxônica. O bloco trouxe modificações importantes em relação ao Nafta, que visam especialmente à proteção do mercado e da economia estadunidense. Críticos dessa relação afirmam que o Canadá é, na verdade, uma extensão dos Estados Unidos.
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Primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, em discurso virtual na Assembleia Geral da ONU em 2020.
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Outra característica da política externa canadense é a estreita relação com os Estados Unidos. Atualmente, os dois países possuem a maior parceria comercial do mundo: o Canadá é o principal destino das exportações estadunidenses e tem o país vizinho como principal comprador de seus produtos. As relações são muito abrangentes e vão além do comércio internacional, envolvendo diferentes setores da sociedade: esportes, cultura, migrações, investimentos, transportes, defesa e segurança.
Em 1994, a criação do Tratado de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta) ampliou ainda mais a integração entre os dois países. O tratado previa a eliminação gradual das barreiras ao comércio, permitindo a livre circulação de mercadorias. Em 2017, durante o governo de Donald Trump, os Estados Unidos pediram revisão dos termos do acordo por considerá-lo desvantajoso para sua economia. Em 2018, após ampla negociação, o Nafta foi substituído pelo Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA).
Assinatura do USMCA pelos governantes de Estados Unidos (Donald Trump ao centro), México (Enrique Peña Nieto à esquerda) e Canadá (Justin Trudeau à direita). Cidade do México, 2018.
Responda às questões em seu caderno.
1. As relações internacionais do Canadá são baseadas no multiculturalismo e na forte integração política, diplomática e econômica com os Estados Unidos.
1 Descreva o posicionamento do Canadá no cenário internacional.
2 Por que o Nafta foi substituído pelo USMCA?
3 Leia o trecho do texto a seguir.
Porque os Estados Unidos alegaram que os acordos comerciais previstos no Nafta eram prejudiciais à economia estadunidense.
O USMCA modifica as regras de origem da indústria automotiva: 75% da produção devem ter insumos norte-americanos; entre 40% e 45% devem ser fabricados por operários que ganhem pelo menos 16 dólares por hora; e 70% do aço e do alumínio de um veículo devem ser dos EUA.
COM USMCA, América do Norte começa nova era de livre-comércio. Estado de Minas, Belo Horizonte, 1 jul. 2020. Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/ internacional/2020/07/01/interna_internacional,1161623/com-usmca-america-do-nortecomeca-nova-era-de-livre-comercio.shtml. Acesso em: 26 maio 2022.
Espera-se que os estudantes indiquem que essa medida não tem o objetivo de promover uma equiparação salarial entre os trabalhadores do bloco. Com ela, o governo Trump visou forçar as montadoras a priorizar fornecedores estadunidenses e canadenses, que pagam melhores salários.
• Sabendo que o salário médio de um operário de uma montadora de automóveis no México é de aproximadamente US$ 5/hora, qual foi o objetivo dos Estados Unidos ao determinar que parte dos insumos deve ser fabricada por operários que ganham no mínimo US$ 16/hora? Converse com os colegas e o professor a respeito.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Canadá em síntese
1. Elabore um texto resumindo as principais informações a respeito do Canadá. Organize esse texto com base nos seguintes itens.
• Localização no continente americano • Extensão territorial • População e densidade demográfica • Línguas oficiais • Características sociais
• Importância da exploração madeireira • Princi-
pais produtos agrícolas • Principais indústrias e recursos minerais.
Resposta: Orientar os estudantes a usar as informações presentes no Livro do Estudante para a elaboração do texto. Esclarecer que o texto deve apresentar as informações de forma resumida. Espera-se que eles consigam localizar as informações e organizá-las em um texto, favorecendo, assim, a sistematização do conteúdo
Viver no Canadá
2. Na sua opinião, quais seriam as vantagens de viver no Canadá? E quais seriam as desvantagens? Converse com os colegas e com o professor e troquem suas impressões. Resposta: É importante considerar as opiniões dos estudantes como parte dos conhecimentos, das perspectivas e experiências que eles têm em relação às imigrações. Se necessário, ajudá-los a refletir com base em outros pontos de vista. De modo geral, espera-se que, entre as vantagens, os estudantes citem aspectos como a oferta de empregos e o elevado desenvolvimento socioeconômico do país. Entre as possíveis desvantagens, podem citar a predominância de clima frio e as diferenças culturais.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor e o estudante
• CANADA and Brazil. Statistics Canada. Ottawa, [20--]. Disponível em: https://www.internatio nal.gc.ca/country-pays/brazil -bresil/index.aspx?lang=eng. Acesso em: 22 jul. 2022. O site apresenta muitas informações sobre a história do Canadá, além de características naturais, culturais, sociais e políticas.
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• A habilidade EF08GE01 é atendida com foco em discutir os fatores históricos associados à distribuição da população humana pelos continentes.
• Trabalha-se a habilidade EF08GE03 com ênfase em analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica (distribuição pelo território), considerando-se as características da população estadunidense.
• O enfoque na habilidade EF08GE05 é aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país.
• A habilidade EF08GE18 é contemplada ao elaborar-se mapas ou outras formas de representação cartográfica para analisar o ordenamento territorial entre alguns países do mundo.
• Atende-se à habilidade EF08GE20 com foco em analisar características de países (Estados Unidos) da América no que se refere aos aspectos territoriais, populacionais, urbanos e políticos.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Promover a leitura compartilhada do texto da página 112. Destacar, com o auxílio do mapa “Estados Unidos: divisão política”, as características do território estadunidense. Chamar a atenção dos estudantes para Porto Rico, que tem o status de território não incorporado. Isso significa que, nele, a lei estadunidense é aplicada apenas parcialmente, isto é, sua população tem garantidos os direitos fundamentais, mas não todos os direitos constitucionais dos cidadãos estadunidenses.
Ao tratar da classificação do país como federação, lembrar que o Brasil também é uma federação, com o nome oficial de República Federativa do Brasil. O Brasil é constituído por 27 unidades federativas, sendo 26 estados e um Distrito Federal. Se achar conveniente, identificar as diferenças e semelhanças entre
2 ESTADOS UNIDOS
Organização territorial e política
Com uma área territorial de 9 833 517 km², os Estados Unidos da América (EUA) são o segundo maior país do continente americano e o terceiro mais extenso do mundo, sendo apenas superado por Rússia e Canadá
O território estadunidense é constituído por 50 Unidades Federativas (estados) e um Distrito Federal, onde está situada a capital do país, Washington.
Dois estados não se localizam em terras contínuas: o Alasca, território localizado no noroeste do continente americano, vendido pela Rússia aos Estados Unidos no ano de 1867, e o arquipélago do Havaí, anexado em 1898 por meio de um golpe que derrubou a monarquia que governava o então Estado havaiano.
Analise o mapa.
Fonte: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna, 2019. p. 74.
Os Estados Unidos constituem uma federação, ou seja, os estados possuem autonomia política expressa em Constituições próprias.
Diferentemente de outros países que também são federações, como o Brasil, as Unidades Federativas dos Estados Unidos têm bastante autonomia, com leis que diferem de uma para outra: há estados onde, por exemplo, a idade mínima para dirigir é 16 anos, ao passo que, em outros, não se pode dirigir antes dos 18 anos; entre outras diferenças.
ambos. No federalismo brasileiro, há forte centralização do poder político em torno do Governo Federal, com enfraquecimento da autonomia dos estados. Por exemplo, no Brasil, diferentemente dos Estados Unidos, em todas as Unidades da Federação, a permissão para dirigir é dada somente aos maiores de 18 anos.
Na página 113, comentar que a população absoluta dos Estados Unidos é a terceira maior do planeta Terra, porém está irregularmente distribuída pelo território. Destacar as maiores
concentrações populacionais. Perguntar aos estudantes quais metrópoles ou megalópoles eles conhecem, depois de trabalhar com esse conceito. Citar algumas metrópoles do Brasil, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, e outras. A única megalópole brasileira, assim entendida por alguns pesquisadores, compreenderia a área entre Grande São Paulo e Grande Rio de Janeiro.
Realizar a leitura do mapa “Estados Unidos: densidade demográfica – 2021”. Apontar a rela-
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90° O CANADÁ Golfo do México OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO Lago Huron LagoErie LagoOntário Jefferson City Albany Atlanta Augusta Austin Bismarck Pierre Boise Boston Hartford Carson City Charleston Cheyenne Colúmbia Columbus Denver Des Moines Frankfort Harrisburg Providence Helena Indianápolis Jackson Lansing Lincoln Little Rock Montgomery Montpelier Nashville Oklahoma City Olympia Phoenix Raleigh Richmond Sacramento Salem Salt Lake City Santa Fé Springfield St. Paul Tallahassee Trenton Dover Annapolis Baton Rouge Concord Madison Topeka Lago Superior L a g o M c h gan WASHINGTON MONTANA DAKOTA DO NORTE NOVA YORK MAINE VERMONT NOVA HAMPSHIRE MASSACHUSETTS OREGON IDAHO WYOMING DAKOTA DO SUL NEVADA UTAH COLORADO NEBRASKA KANSAS IOWA ILLINOIS MISSOURI ARIZONA NOVO MÉXICO OKLAHOMA ARKANSAS TEXAS LUISIANA MISSISSIPPI ALABAMA GEÓRGIA CAROLINA DO SUL CAROLINA DO NORTE VIRGÍNIA VIRGÍNIA OCIDENTAL FLÓRIDA TENNESSEE KENTUCKY INDIANA OHIO PENSILVÂNIA DELAWARE MARYLAND NOVA JERSEY RHODE ISLAND CONNECTICUT MÉXICO WASHINGTON, DC MINNESOTA WISCONSIN CALIFÓRNIA MICHIGAN Rio Mississ p p RioOhio Rio Missouri Juneau Honolulu ALASCA ILHAS HAVAÍ RÚSSIA 160º O 170º O 20º N Tróp. Câncer 60ºN 0 1 518 0 1 090 Capital do país Capital do estado 0 422 ALLMAPS
40°N
Estados Unidos: divisão política
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Distribuição da população
Segundo a ONU, no ano de 2021 os Estados Unidos abrigavam a terceira maior população do planeta: cerca de 337 milhões de habitantes distribuídos irregularmente pelo território. As maiores concentrações populacionais do país estão:
Megalópole: extensa região urbanizada caracterizada pela junção de duas ou mais metrópoles.
• no Nordeste, área de ocupação mais antiga, iniciada pelo processo de colonização europeia e de forte concentração urbana e industrial, com destaque para uma das maiores megalópoles do mundo: a BosWash, região compreendida entre a cidade de Boston e a capital do país, Washington;
• na região dos Grandes Lagos, com destaque para a megalópole ChiPitts, entre as cidades de Chicago e Pittsburgh;
• na Costa Oeste, entre o oceano Pacífico e as Montanhas Rochosas. Nessa região, está localizada a megalópole conhecida como SanSan, entre as cidades de San Francisco e San Diego. Analise o mapa, depois responda às questões em seu caderno.
Estados Unidos: densidade demográfica – 2021
Fonte: ISTITUTO GEOGRAFICO DE AGOSTINI. Atlante geografico metodico
Istituto Geografico
Agostini, 2021.
1 A população dos Estados Unidos está mais concentrada na porção leste ou oeste do território? No seu entendimento, que fatores explicam essa distribuição populacional?
A leste do território. Resposta pessoal. Consultar comentários em Orientações didáticas.
2 Cite algumas cidades da Costa Oeste com elevada concentração populacional.
Seattle, San Diego, San Francisco, Los Angeles.
3 Por que o Alasca e o Havaí foram representados à parte no mapa da página 112?
Auxiliar os estudantes na elaboração da resposta. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
ção entre a densidade demográfica atual na costa leste, a colonização do território, partindo dessa mesma região, e o desenvolvimento de atividades econômicas. É possível fazer um paralelo com o Brasil, que também foi colonizado a partir da costa e, da mesma forma, apresenta uma concentração populacional na faixa leste.
Relacionar a ocupação do território com os aspectos físicos, as áreas de menor densidade demográfica são as de maiores altitudes, os desertos quentes e as áreas geladas do continen-
te. Orientar os estudantes a consultar os mapas da Unidade 3 que representam os aspectos físico-naturais da América para verificar essas relações.
Encaminhar as atividades 1 a 3, que auxiliam na leitura dos mapas e na sistematização do conteúdo.
Na atividade 1, levantar as hipóteses dos estudantes para a segunda parte da pergunta, esperando que citem principalmente fatores relacionados ao processo de ocupação territorial pelos europeus, iniciado pelo litoral Atlântico, e ao processo
de concentração de atividades econômicas ao longo do tempo. Na atividade 3, espera-se que os estudantes indiquem que isso acontece porque os dois territórios não são contíguos a área continental do país. O território do Alasca faz fronteira com o Canadá, e o território do Havaí está situado no oceano Pacífico.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Mapa esquemático
A atividade proposta a seguir visa compreender a dimensão dos Estados Unidos. Se possível, trabalhar em conjunto com o professor de Matemática.
1. Converta os valores aproximados das áreas de cada país, partindo da seguinte proporção: cada 1 milhão de quilômetros corresponde a 1 centímetro.
Canadá: 9 976 000 km2 (9,9 cm2)
China: 9 597 000 km2 (9,5 cm2)
Estados Unidos: 9 830 000 km2 (9,8 cm2)
Brasil: 8 515 000 km2 (8,5 cm2)
México: 1 958 000 km2 (1,9 cm2)
Inglaterra: 130 000 km2 (0,1 cm2)
• Depois de fazer a conversão das medidas, você deverá confeccionar quadrados correspondentes à área de cada país em papel cartão colorido, identificando-o por escrito.
• Agora faça uma comparação.
• Quantas vezes o território do México caberia no dos Estados Unidos?
Resposta: Quase cinco vezes.
2. O território dos Estados Unidos corresponde a quantas vezes o território inglês?
Resposta: Aproximadamente 75 vezes.
Observe um planisfério para posicionar os quadrados aproximadamente de acordo com a localização dos países, realizando assim a montagem do mapa esquemático.
Agostini. Novara:
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p.
De
136.
0 430 CANADÁ OCEANO ATLÂNTICO Golfo do México OCEANO PACÍFICO MÉXICO 40ºN Houston San Antonio Dallas Phoenix Los Angeles San Diego San Jose Las Vegas São Francisco Sacramento Atlanta Charlotte Nova York Denver Saint Louis Kansas City Oklahoma City Nova Orleans Cincinnati Chicago Boston Detroit Baltimore Filadélfia Washington Portland Seattle Minneapolis Tampa Orlando Jacksonville Miami BAHAMAS Cleveland Pittsburgh 100º O De 0 a 10 De 10 a 25 De 25 a 50 De 50 a 100 De 100 a 200 Mais de 200 Aglomerados urbanos Habitantes por km2 De 1 000 000 a 2 500 000 De 2 500 000 a 5 000 000 De 5 000 000 a 10 000 000 Mais de 10 000 000 De 500 000 a 1 000 000 De 1 000 000 a 2 500 000 De 2 500 000 a 5 000 000 Mais de 5 000 000 Habitantes em aglomerados urbanos ou metrópoles Memphis SONIA VAZ 0 430 CANADÁ OCEANO ATLÂNTICO Golfo do México OCEANO PACÍFICO MÉXICO 40ºN Houston San Antonio Dallas Phoenix Los Angeles San Diego San Jose Las Vegas São Francisco Sacramento Atlanta Charlotte Nova York Denver Saint Louis Kansas City Oklahoma City Nova Orleans Cincinnati Chicago Boston Detroit Baltimore Filadélfia Washington Portland Seattle Minneapolis Tampa Orlando Jacksonville Miami BAHAMAS Cleveland Pittsburgh 100º O De 0 a 10 De 10 a 25 De 25 a 50 De 50 a 100 De 100 a 200 Mais de 200 Aglomerados urbanos Habitantes por km2 De 1 000 000 a 2 500 000 De 2 500 000 a 5 000 000 De 5 000 000 a 10 000 000 Mais de 10 000 000 De 500 000 a 1 000 000 De 1 000 000 a 2 500 000 De 2 500 000 a 5 000 000 Mais de 5 000 000 Habitantes em aglomerados urbanos ou metrópoles Memphis 113
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• O trabalho com a habilidade EF08GE07 tem foco em analisar os impactos geoeconômicos, geoestratégicos e geopolíticos da ascensão dos Estados Unidos no cenário internacional.
• Para desenvolver a atividade EF08GE20, privilegiam-se as análises das características de países (Estados Unidos) no que se refere aos aspectos territoriais e políticos.
Interdisciplinaridade com...
História:
• EF08HI07 Identificar e contextualizar as especificidades dos diversos processos de independência nas Américas, seus aspectos populacionais e suas conformações territoriais.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
As diferenças no processos de desenvolvimento das colônias inglesas na América foram determinantes para a formação territorial dos Estados Unidos.
Ressaltar que a prosperidade das colônias do Norte impulsionou o mercado interno e o desenvolvimento econômico do território, culminando com a declaração da independência, em 1776. Essa abordagem possibilita o trabalho interdisciplinar com História ao aplicar a habilidade EF08HI07. Se julgar pertinente, retomar aspectos dos processos de colonização e de independência dos países da América, trabalhados de maneira sistematizada na Unidade 3 e sucintamente relatados na página 114, com foco na formação territorial dos Estados Unidos.
Sobre a expansão territorial, esclarecer que, logo após sua independência, os Estados Unidos já reuniam condições para ampliar o território em decorrência da riqueza gerada pela economia das Trezes Colônias e de um número cada vez maior de imigrantes europeus que chegava em busca de melhores condições de vida.
A expansão territorial começou no final do século XVIII e iní-
Formação do território
O território dos Estados Unidos começou a ser delineado no século XVI com as Treze Colônias fundadas por ingleses. Essas colônias se desenvolveram de formas diferentes por um conjunto de fatores políticos, econômicos e físico-naturais. Confira o mapa a seguir.
Estados Unidos: as Treze Colônias
Nas colônias do Norte, prevaleceram as chamadas colônias de povoamento, onde se destacava o cultivo de batata, trigo e cevada, entre outros produtos agrícolas.
Nas colônias do Sul, prevaleceram as colônias de exploração, destacando-se o cultivo de algodão e tabaco.
As Treze Colônias se relacionavam de formas diferentes com a metrópole. Enquanto as colônias do Norte eram mais independentes e autônomas do ponto de vista político e econômico, as do Sul eram mais dependentes, principalmente do mercado inglês.
Os colonos do Norte iniciaram os movimentos de resistência contra a Inglaterra, que resultariam na Proclamação da Independência em 1776. Como a Inglaterra impunha leis e medidas que os colonos consideravam injustas e abusivas, eles passaram a organizar manifestações contra a metrópole, como o protesto conhecido como Festa do Chá de Boston. Revoltados com a lei que permitia aos comerciantes ingleses vender chá às colônias sem o pagamento de impostos, os colonos, com vestimentas indígenas, invadiram navios no porto de Boston e jogaram todo o carregamento de chá inglês no mar. O evento está na origem da guerra pela independência dos Estados Unidos.
CURRIER, Nathaniel. The destruction of tea at Boston Harbor (A destruição do chá no porto de Boston). 1846. Litografia, 14,4 cm x 19,4 cm. A obra representa o protesto conhecido como Festa do Chá de Boston (Boston Tea Party ), em Boston, Estados Unidos.
cio do século XIX, e ocorreu de forma pacífica – por meio da compra e da cessão de territórios que até então pertenciam à França, à Inglaterra e à Espanha – e também de forma conflituosa, no processo que ficou conhecido como “Marcha para o Oeste”, sendo caracterizado pela expropriação violenta de terras mexicanas e indígenas. Se considerar adequado, ler para os estudantes o excerto da seção Texto complementar Trabalhar a expansão territorial de forma cro-
Colônias do Norte (povoamento) Colônias do Sul (exploração)
Elaborado com base em: VICENTINO, Cláudio. Atlas histórico: geral e Brasil. São Paulo: Scipione, 2011. p. 96.
nológica com base no mapa “Estados Unidos: expansão territorial”, reforçando que ela aconteceu do leste para o oeste. Propor as seguintes questões à turma.
• Quais foram os primeiros territórios cedidos aos Estados Unidos?
• Quais territórios foram comprados pelos Estados Unidos?
• Qual foi o último território agregado aos Estados Unidos? De que forma isso aconteceu?
BNCC
com CONEXÃO HISTÓRIA
GEÓRGIA DELAWARE NOVA JERSEY PENSILVÂNIA RHODE ISLAND NOVAYORK NEW HAMPSHIRE CONNECTICUT MASSACHUSETTS CANADÁ ESTADOS UNIDOS MARYLAND CAROLINA DO SUL CAROLINA DO NORTE VIRGÍNIA 40° N 80° O OCEANO ATLÂNTICO
0 200 km
SONIA VAZ PICTORIAL PRESS LTD/ALAMY/FOTOARENA
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Expansão para o Oeste
Após a independência em 1776, o governo dos Estados Unidos iniciou o processo de expansão territorial para o Oeste, justificado pela doutrina do Destino Manifesto, segundo a qual os estadunidenses eram os escolhidos por Deus para se apropriar das terras entre o oceano Atlântico e o oceano Pacífico, onde deveriam construir uma grande nação.
Essa ideologia, aliada à ideia da superioridade racial anglo-saxã, foi usada por um longo tempo para justificar não só o expansionismo, mas também o extermínio de povos indígenas.
A expansão territorial envolveu a compra de territórios da França e da Espanha; tratados de cessão com a Inglaterra; conflitos com o México; expulsão, matança e confinamento de indígenas em reservas. O processo completou-se em cerca de 60 anos, quando foi atingida a costa do oceano Pacífico.
Analise o mapa.
Estados Unidos: expansão territorial
TEXTO COMPLEMENTAR
A construção do Oeste
No final do século XIX, mais especificamente em 1893, o historiador Frederick Jackson Turner interpretava o Oeste e o avanço da fronteira como um elemento excepcional da história dos Estados Unidos, que permitiu a criação de um novo tipo de democracia, livre dos vícios da Europa. O Oeste era, para Turner, um espaço de regeneração: um espaço selvagem que possibilitaria a renovação da virtude. Enquanto que, para o ex-presidente estadunidense Theodore Roosevelt –o mesmo homenageado no Monte Rushmore –, o Oeste era "uma arena onde raças se enfrentam e vencem as melhores" e "a conquista do Oeste comprova a superioridade saxã na América e a americana no mundo". As terras para além da fronteira não seriam mais o lugar da regeneração como na tese de Turner; o Oeste se torna uma terra selvagem, de perigo, aventura e violência.
Cedido pela França em 1803
Cedido pela Inglaterra em 1783 Estados Unidos em 1783 Comprado da Espanha em 1819
Província mexicana anexada em 1845 Cedido pela Inglaterra em 1846 Cedido pelo México em 1848
Comprado da Rússia em 1867 Anexado em 1898
JÚNIOR, Hilário; ANDRADE FILHO, Ruy Oliveira. Atlas: história geral. São Paulo: Scipione, 1993. p. 51.
Converse com os colegas sobre as questões a seguir.
1 Como ocorreu a expansão territorial dos Estados Unidos?
A expansão ocorreu por meio de territórios comprados, cedidos e anexados.
2 Quais foram os últimos estados a integrar o território dos Estados Unidos?
Alasca, em 1867; Havaí, em 1898.
3 Por que a expansão ocorreu para o Oeste do território?
Auxiliar os estudantes na resposta a essa questão. Consultar comentários em Orientações didáticas.
FICA A DICA
A criação da América. Lúcia Lippi de Oliveira. São Paulo: Atual, 2004. A obra trata da vida religiosa e política da sociedade estadunidense, desde a chegada dos primeiros colonos ingleses ao Novo Mundo até a independência.
Tanto Turner quanto Roosevelt criam interpretações sobre o Oeste e sobre a fronteira que explicam o avanço em direção ao Pacífico como algo positivo, justificando toda a violência utilizada no projeto expansionista. [...]
REIS, Lucas Henrique dos. Memórias conflituosas no Oeste estadunidense. Temporalidades: Revista de História, ed. 23, v. 9, n. 1, p. 81-95, jan./abr. 2017. p. 88.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor
• SELLERS, Charles; MAY, Henry; MCMILLEN, Neil R. Uma reavaliação da história dos Estados Unidos. Rio de Janeiro: Zahar, 1990.
O livro aborda a história do país sob uma perspectiva política, negando alguns trechos da história oficial.
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• Quais estados estadunidenses estão isolados geograficamente do restante do país? Quando eles foram anexados aos Estados Unidos?
Falar sobre o papel da Guerra de Secessão na unificação territorial dos Estados Unidos, no fim da escravidão e no estímulo ao processo de industrialização. Explicar que entre 1861 e 1865 os Estados Unidos passaram por uma guerra civil, em que os estados do Norte exigiam dos estados do Sul a liberdade dos escravizados. Com a negativa e a declaração de separação dos estados
do Sul, a guerra eclodiu. No fim do conflito, os estados do Norte saíram vencedores, realizando mudanças socioeconômicas importantes.
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Na atividade 3, a chegada dos colonos europeus aconteceu na costa leste, como no Brasil, pelo oceano Atlântico, e as primeiras terras a serem ocupadas estavam localizadas nessa faixa litorânea. Em seguida, foram ocupadas e exploradas as terras a Oeste da ocupação inicial inglesa (Treze Colônias).
Para o professor e o estudante
• TEMPO de glória. Direção: Edward Zwick. Estados Unidos: TriStar Pictures, 1989. Vídeo (122 min).
O filme mostra um batalhão de soldados negros liderados por um jovem branco inexperiente durante a Guerra de Secessão.
90° O Golfo do México OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO Lago Huron LagoErie LagoOntário Lago Superior L a g o M c h gan WASHINGTON MONTANA DAKOTA DO NORTE NOVA YORK MAINE VERMONT NOVA HAMPSHIRE MASSACHUSETTS OREGON IDAHO WYOMING DAKOTA DO SUL NEVADA UTAH COLORADO NEBRASKA KANSAS IOWA ILLINOIS MISSOURI ARIZONA NOVO MÉXICO OKLAHOMA ARKANSAS TEXAS LUISIANA MISSISSIPPI ALABAMA GEÓRGIA CAROLINA DO SUL CAROLINA DO NORTE VIRGÍNIA VIRGÍNIA OCIDENTAL FLÓRIDA TENNESSEE KENTUCKY INDIANA OHIO PENSILVÂNIA MARYLANDDELAWARE NOVA JERSEY RHODE ISLAND CONNECTICUT MÉXICO CANADÁ MINNESOTA WISCONSIN CALIFÓRNIA MICHIGAN Rio Miss ss p p RioOhio R oMissou Juneau ALASCA RÚSSIA 160º O 60ºN 0 875 Honolulu ILHAS HAVAÍ 170º O 20º N Tróp. Câncer 0 100 Província mexicana anexada em 1845 Cedido pela Inglaterra em 1846 Cedido pelo México em 1848 Cedido pela França em 1803 Cedido pela Inglaterra em 1783 Estados Unidos em 1783 Comprado da Espanha em 1819
da Rússia em 1867 Anexado em 1898 0 450 ALLMAPS
Comprado
#
ATLÂNTICO NOVA YORK MAINE VERMONT NOVA HAMPSHIRE MASSACHUSETTS CAROLINA NORTE VIRGÍNIA PENSILVÂNIA MARYLANDDELAWARE NOVA JERSEY RHODE ISLAND CONNECTICUT Juneau ALASCA RÚSSIA 160º O 60ºN 0 875 Honolulu ILHAS HAVAÍ 170º O 20º N Tróp. Câncer 0
Fonte: FRANCO
OCEANO
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0
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• Trabalha-se a habilidade EF08GE03 com foco em analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica (composição étnica), considerando-se as características da população estadunidense.
• A habilidade EF08GE20 é contemplada com foco em analisar características de países (Estados Unidos) da América no que se refere aos aspectos populacionais (composição étnica).
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Ao caracterizar a população estadunidense, é importante cuidar para promover o respeito à diversidade, contribuindo para a construção de uma sociedade justa, plural e inclusiva.
Promover a leitura coletiva do texto e dos gráficos que tratam da composição étnica da população dos Estados Unidos. Utilizar as atividades 1 e 2 para auxiliar na análise dos gráficos.
Na atividade 1, em 2021, a população que se autodeclarou branca e não hispânica representava 60,1% do total da população estadunidense. Já os hispânicos representavam 18,5%, seguidos pelos negros ou afro-americanos, com 13,4%. Os asiáticos correspondem a 5,9% do total; indígenas e nativos do Alasca e Havaí, 1,5%, e outros, 0,6% do total.
Em seguida, comentar de que forma os imigrantes ajudaram a construir a cultura estadunidense, bem como citar bairros de imigrantes, entre outros. Sugerimos na seção Ampliando horizontes a leitura de uma reportagem sobre a atuação dos imigrantes na economia dos Estados Unidos. Se julgar adequado, ler para os estudantes o excerto da seção
Texto complementar
Na página 117, destacar a participação dos povos escravizados na formação da população estadunidense e a situação da população negra antes e após a abolição da escravidão, em 1863. Comen-
Composição étnica da população
Um dos aspectos pesquisados pelo Censo dos Estados Unidos é a origem étnica da população. As pessoas se autodefinem como brancas, negras, hispânicas, asiáticas, indígenas, entre outros grupos. Analise os gráficos.
Hispânico: termo usado nos Estados Unidos para classificar pessoas latino-americanas ou descendentes destas.
Elaborados com base em: UNITED STATES CENSUS BUREAU. QuickFacts. Washington, D.C.: U.S. Census Bureau, [2022]. Disponível em: https://www.census.gov/quickfacts/fact/table/US#. Acesso em: 18 abr. 2022.
VESPA, Jonathan et al Demographic turning points for the United States: population projections for 2020 to 2060. Report number P25-1144. Washington, D.C.: U.S. Census Bureau, 2020. Disponível em: https://www.census.gov/content/dam/Census/library/publications/2020/demo/p25-1144.pdf. Acesso em: 18 abr. 2022.
Responda às questões em seu caderno.
1 De acordo com os dados do gráfico 1, qual era a composição étnica da população estadunidense em 2021?
Auxiliar os estudantes na leitura do gráfico. Consultar resposta em Orientações didáticas.
2 De acordo com os dados do gráfico 2, quais grupos apresentarão crescimento populacional até 2060?
Os hispânicos (que passarão de 18,5% para 27,5%), os asiáticos (que passarão de 5,9% para 9,1%) e os negros (que passarão de 13,4% para 15% da população).
Assim como a população brasileira, a população estadunidense é formada pelos povos originários, pelos povos africanos escravizados e por imigrantes de várias partes do mundo, que começaram a migrar para os Estados Unidos após a Proclamação da Independência.
No século XIX, os Estados Unidos receberam fluxos significativos de imigrantes, principalmente irlandeses, alemães, ingleses e italianos, em busca de melhores condições de vida.
A imigração europeia foi fundamental para ocupar os territórios conquistados no Oeste. A fim de incentivar a presença dos colonos e garantir-lhes a propriedade das terras, o governo criou uma lei conhecida como Homestead Act (Lei de Propriedade Rural), que vendia terras aos interessados a preços simbólicos. Muitos imigrantes europeus, especialmente ingleses e alemães, se beneficiaram dessa lei.
Sobre a participação dos povos escravizados na formação da população estadunidense, é importante destacar que os primeiros africanos foram trazidos da África em 1619 para trabalhar em fazendas no atual estado da Virgínia.
tar sobre a segregação racial, que perdurou até meados dos anos 1950, e o racismo ainda latente na sociedade estadunidense. Nesse contexto, se julgar pertinente, destacar que, no final do século XIX, movimentos e organizações racistas como a Ku Klux Klan surgiram no Sul dos Estados Unidos, promovendo atos de perseguição e violência contra a população negra. Explicar que os movimentos de extrema-direita que incitam o ódio nos Estados Unidos se concentram principalmente no Sul do país.
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Em contraponto, ressaltar o papel da costureira negra Rosa Parks (1913-2005), que foi presa por recusar ceder seu lugar, em um ônibus, para um homem branco, dando força ao Movimento pelos Direitos Civis liderado por Martin Luther King (1929-1968), em 1955. A exemplo do que acontece no Brasil, há muitas desigualdades entre a população branca e a negra nos Estados Unidos. Se possível, assistir com os estudantes ao filme sugerido na seção #Fica a dica
BNCC
SONIA VAZ Outros: 0,6% Branco (não hispânico ou latino) 60,1% Hispânico ou latino 18,5% Negro ou afro-americano 13,4% Indígena e nativo do Alasca e do Havaí 1,5% Asiático 5,9% Outros: 2,7% Branco (não hispânico ou latino) 44,3% Hispânico ou latino 27,5% Negro ou afro-americano 15% Indígena e nativo do Alasca e do Havaí 1,4% Asiático 9,1% SONIA VAZ
2 1 116
Estados Unidos: composição étnica da população – 2021 Estados Unidos: projeção de composição étnica da população – 2060
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Embora a escravidão tenha sido abolida em 1863 durante a Guerra de Secessão (1861-1865), as condições de vida da população negra pouco mudaram. Os estados do Sul resistiram à emancipação dos escravizados, criando restrições legais, os “códigos negros”, que negavam liberdades básicas e introduziram a segregação racial em escolas, bibliotecas, banheiros públicos etc. Nos ônibus, por exemplo, os brancos se sentavam à frente e os negros, atrás. Caso houvesse um branco em pé, um negro deveria ceder seu lugar.
Guerra de Secessão: conflito que opôs os estados do Norte e do Sul dos Estados Unidos em torno de modelos de sociedade diferentes, tendo a questão do trabalho escravizado como um dos motivos centrais da guerra.
FICA A DICA
Selma, uma luta pela igualdade (filme). Direção: Ava DuVernay. Estados Unidos/Reino Unido, 2014. O filme mostra passagens da vida do ativista Martin Luther King, com destaque para a marcha pacifista pela igualdade de direitos realizada em 1965 entre as cidades de Selma e Montgomery, no estado do Alabama.
A segregação racial perdurou até meados dos anos 1950, quando movimentos de luta pelos direitos civis dos negros começaram a se organizar, realizando manifestações, marchas e greves que resultaram em algumas mudanças nas leis. O direito ao voto, por exemplo, só foi conquistado em 1965.
Nas décadas seguintes, novas ondas de protesto continuaram a acontecer. Mesmo assim, Os afro-americanos ainda têm menos acesso à educação e à saúde, salários inferiores à média nacional e menor representação política, além de sofrerem mais com a violência policial.
A migração de hispânicos para os Estados Unidos teve início nos anos 1940, com os mexicanos que vinham fazer trabalhos temporários nos estados do Texas, da Califórnia e do Arizona, entre outros. Depois, entre os anos 1960 e 1970, cubanos e porto-riquenhos começaram a se instalar no país, seguidos por imigrantes dos países da América Central nos anos 1980.
Imigração nos Estados Unidos: da grande inclusão à grande expulsão?
[...] A imigração é uma força transformadora, que produz mudanças sociais profundas e imprevistas tanto nas sociedades de origem quanto nas de acolhimento, nas relações entre os diversos grupos dentro das sociedades de acolhimento e entre os próprios imigrantes e seus descendentes. A imigração vem acompanhada, não só de processos de aculturação por parte dos imigrantes, mas também de medidas políticas dos Estados para controlar as suas ondas. Ela também embute diferentes tipos de reações dos residentes estabelecidos e de seus políticos, que podem considerar que os recém-chegados representam uma ameaça cultural ou econômica. O medo do estrangeiro – a xenofobia da chamada sociedade do menosprezo – aumenta em maior ou menor proporção com todas as formas de migração internacional e se vê aguçado pela crise econômica global, os atentados terroristas, a guerra e a afluência de refugiados.
Uma característica fundamental da história dos Estados Unidos foi a extraordinária capacidade da chamada nação de imigrantes para absorver, como uma esponja gigantesca, dezenas de milhões de pessoas de todas as classes, culturas e países. Essa virtude admirável, porém, sempre conviveu com uma face mais sórdida do processo de construção e formação nacional. Com efeito, grande parte da história norte-americana pode ser vista como um movimento dialético dos processos de inclusão e exclusão e, em casos extremos, de expulsões e deportações forçadas. [...]
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor e o estudante
21/08/2022 13:14
• DUARTE, Fernando. Levantamento mostra que, sem imigrantes, os EUA perderiam quase metade de suas 500 maiores empresas. BBC News Brasil, São Paulo, 18 dez. 2017. Disponível em: https://www.bbc.com/ portuguese/internacional-42392649. Acesso em: 13 jul. 2022. Reportagem que mostra como quase metade das 500 maiores empresas dos Estados Unidos foi criada por imigrantes ou por sua segunda geração de descendentes.
RUMBAUT, Rubén. G. Imigração nos Estados Unidos: da grande inclusão à grande expulsão? El País, São Paulo, 15 jan. 2017. Disponível em: https://brasil.elpais.com/bra sil/2017/01/13/internacional/1484322393 _809504.html. Acesso em: 13 jul. 2022
TEXTO COMPLEMENTAR
#
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Divisão entre brancos e negros em ônibus no estado do Texas, Estados Unidos, 1956. BETTMANN/GETTY
IMAGES
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• A habilidade EF08GE01 é explorada com foco em discutir os fatores históricos associados à distribuição da população humana pelos continentes.
• Trabalha-se a habilidade EF08GE03 com ênfase em analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica (distribuição de grupos étnicos pelo território), considerando características da população estadunidense.
• Atende-se à habilidade EF08GE04 ao compreender-se os fluxos de migração na América Latina (movimentos voluntários e áreas de atração).
• A habilidade EF08GE19 é contemplada com foco em interpretar cartogramas com informações geográficas acerca da América (composição populacional).
• O enfoque no trabalho com a habilidade EF08GE20 é analisar características de países (Estados Unidos) da América no que se refere aos aspectos populacionais (distribuição de grupos étnicos pelo território).
Competências
• Gerais: 1 e 4
• Ciências Humanas: 5 e 7
• Geografia: 3 e 4
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Nesta seção, o trabalho com mapas temáticos é realizado ao destacar a variável valor. Incentivar os estudantes a relacionar os processos de colonização e imigração com a distribuição atual dos grupos étnico-raciais.
Relembrar aos estudantes a definição de território não incorporado, na qual se encaixa a ilha caribenha de Porto Rico (ver página 112 deste Manual).
Encaminhar as atividades de 1 a 4 com os estudantes, preferencialmente de forma coletiva e oral. Essas atividades auxiliam na sistematização do conteúdo e na análise e interpretação dos mapas.
Negros e hispânicos nos Estados Unidos
Conforme analisado no gráfico “Estados Unidos: composição étnica da população – 2021”, na página 116, a população que se autodeclarou hispânica representava 18,5% do total, seguida pelos negros ou afro-americanos, com 13,4% do total. Estima-se que em 2060 os hispânicos representarão 27,5%, e os afro-americanos, 15% da população dos Estados Unidos.
Os mapas desta seção representam o percentual da população afro-americana e hispânica em cada Unidade Federativa dos Estados Unidos e no território de Porto Rico. Analise-os. É importante lembrar que Porto Rico é um território não incorporado dos Estados Unidos.
Estados Unidos: população negra (em %) – 2021
https://www.census.gov/quickfacts/fact/map/US/
A variação dos percentuais, nos mapas, é percebida pelas diferentes tonalidades de verde: quanto mais forte a tonalidade, maiores são os percentuais indicados, e vice-versa. Esse recurso permite visualizar rapidamente onde estão as maiores e as menores ocorrências de um fenômeno, sem precisar recorrer à legenda em um primeiro momento.
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BNCC OCEANO PACÍFICO CANADÁ OCEANO ATLÂNTICO GolfodaC a 100º O 40ºN 380 De 0,6 a 2,6 De 2,7 a 6,7 De 6,8 a 12,2 Negros (%)
MAPAS INTERAGIR COM NÃO ESCREVA NO LIVRO.
com base em: UNITED STATES CENSUS
U.S.
OCEANO PACÍFICO CANADÁ OCEANO ATLÂNTICO G 100º O 40ºN De 0,6 a 2,6 Negros (%) OCEANO PACÍFICO ALASCA HAVAÍ Porto Rico MÉXICO CANADÁ OCEANO PACÍFICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO GolfodaCalifórnia 100º O 40ºN Golfo do México 0 662 km 0 245 km 0 97 km 0 380 De 0,6 a 2,6 De 2,7 a 6,7 De 6,8 a 12,2 De 12,3 a 23,1 De 23,2 a 46 Negros (%) SONIA VAZ 118
Elaborado
. Washington, D.C.:
118
3. O processo de colonização dos Estados Unidos, que contou com mão de obra escravizada trazida da África para trabalhar nas fazendas das colônias do Sul.
Estados Unidos: população hispânica (em %) – 2021
1. A maior concentração da população
negra ocorre no quadrante sudeste, e da população hispânica, no quadrante sudoeste.
Latinos já representam 18% da população dos Estados Unidos
Saíram os primeiros resultados do Censo 2020 nos Estados Unidos. Um dos resultados mais relevantes é que a população de origem hispânica ou latina foi responsável por metade do crescimento demográfico americano nos últimos dez anos.
Somam 62,1 milhões e já representam 18,7% da população. Houve um aumento de 16,3% nesse segmento populacional.
Desde o Censo 2010, quase todo o crescimento demográfico americano ocorreu em comunidades não brancas [...]
Elaborado com base em: UNITED STATES CENSUS BUREAU. . Washington, D.C.: U.S. Census Bureau, [2022]. Disponível em: https://www.census.gov/quickfacts/fact/map/US/
Auxiliar os estudantes na leitura dos mapas e na elaboração das respostas. Consultar comentários em Orientações didáticas.
Faça as atividades em seu caderno.
1 Considere o território dos Estados Unidos dividido em quadrantes, como no mapa, e responda: em qual quadrante se concentram as populações negra e hispânica?
2 Analise agora o mapa “Estados Unidos: divisão política”, na página 112, e indique os nomes dos estados correspondentes às concentrações citadas na resposta à questão 1.
3 Qual aspecto histórico está ligado à concentração da população negra em determinados estados?
4 Relacione a concentração territorial de hispânicos com as migrações ocorridas para os Estados Unidos.
A maior concentração de negros é predominante nos seguintes estados: Virgínia, Carolina do Norte, Carolina do Sul, Geórgia, Alabama, Mississippi e Luisiana. E a maior concentração de hispânicos acontece no Texas, no Novo México, no Arizona e na Califórnia.
Estados Unidos: quadrantes
Fonte: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna, 2019. p. 74.
Essa concentração está relacionada à proximidade da fronteira com o México, por onde entra grande parte dos hispânicos (mexicanos, porto-riquenhos, cubanos, entre outros), e pela maior proximidade com os países da América Latina.
Pela primeira vez em 231 anos de recenseamento, a população branca diminuiu. Continua a ser maioria (57,8%), mas é um contingente menor (8,6%) que o apurado no Censo de 2010. No total, foram 204,3 milhões de pessoas que no ano passado se identificavam como brancas.
A comunidade asiática cresceu significativamente (35%). A proporção de negros ou afro-americanos aumentou, mas bem menos (5,6%).
[...]
Uma década atrás, 25% da população americana não branca tinha mais de 18 anos. Agora, são 36%. Em 2010, jovens não brancos — com menos de 18 anos — compunham 35% dos habitantes. Agora representam quase metade (47%).
[...]
CASADO, José. Latinos já representam 18% da população dos Estados Unidos. Veja, São Paulo, 15 ago. 2021. Disponível em: https://veja.abril.com.br/coluna/ jose-casado/latinos-ja-representam-18-dapopulacao-dos-estados-unidos/. Acesso em: 13 jul. 2022.
TEXTO COMPLEMENTAR
OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO 100º O 40ºN MÉXICO CANADÁ GolfodaCalifó Golfo do 0 km 77 320 De 1,7 a 4,5 De 4,6 a 7,8 De 7,9 a 12,1 De 12,2 a 21,7 De 21,8 a 98,7 Hispânicos (%) SONIA VAZ
Noroeste Nordeste
Sudoeste Sudeste
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ALASCA OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO 100º O 40ºN CANADÁ CANADÁ OCEANO PACÍFICO GolfodaCalifórnia 0 563 km De 1,7 a 4,5 De 4,6 a 7,8 De 7,9 a 12,1 De 12,2 a 21,7 De 21,8 a 98,7 Hispânicos (%) ALASCA HAVAÍ Porto Rico OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO 100º O 40ºN MÉXICO CANADÁ CANADÁ Mar do Caribe OCEANO PACÍFICO OCEANO PACÍFICO GolfodaCalifórnia Golfo do México 0 563 km 0 214 km 0 77 km 0 320 De 1,7 a 4,5 De 4,6 a 7,8 De 7,9 a 12,1 De 12,2 a 21,7 De 21,8 a 98,7 Hispânicos (%)
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• Trabalha-se a habilidade EF08GE03 com foco em analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica (política migratória), considerando características da população (mobilidade espacial).
• Atende-se à habilidade EF08GE05 com foco em aplicar o conceito de nação, território e governo para o entendimento de conflitos e tensões na contemporaneidade, com destaque para as situações geopolíticas na América (restrições à imigração).
• A habilidade EF08GE06 é contemplada com foco em analisar a atuação das organizações mundiais (Conselho de Direitos Humanos e Unicef) nos processos de integração cultural no contexto americano.
• Para a habilidade EF08GE11, o enfoque é analisar áreas de conflito e tensões nas regiões de fronteira da América Latina (México com Estados Unidos) e o papel de organismos internacionais nesses cenários.
• A habilidade EF08GE20 é atendida com ênfase em analisar características de países (Estados Unidos) da América no que se refere aos aspectos populacionais (restrições à imigração).
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
O conteúdo desta dupla de páginas possibilita desenvolver o tema contemporâneo transversal Cidadania e civismo, com destaque para a Educação em direitos humanos e Direitos da criança e do adolescente Para isso, promover a leitura coletiva do texto que aborda as políticas migratórias adotadas pelo governo de Donald Trump (20172021) com foco para o caso das crianças filhas de imigrantes ilegais detidas pelo serviço de imigração dos Estados Unidos. Cabe destacar que, em junho de 2022,
Lei anti-imigração
No início do século XXI, as leis e políticas imigratórias nos Estados Unidos tornaram-se mais restritivas, sobretudo em relação a imigrantes de origem muçulmana e latino-americana.
O governo de Donald Trump (2017-2021) autorizou a ampliação do muro ao longo de toda a fronteira com o México. Além disso, assinou o polêmico decreto anti-imigração, que mais tarde se tornou lei anti-imigração, a qual, entre outras medidas, suspendeu a admissão de refugiados por quatro meses e proibiu a entrada de cidadãos do Irã, do Sudão, da Síria, da Líbia, da Somália, do Iêmen e do Iraque.
Joe Biden, o presidente estadunidense que assumiu em 2021, pediu a revogação dessa lei nesse mesmo ano, mas o pedido foi negado peja Justiça.
Revogação: anulação.
A lei anti-imigração marcou a política de “tolerância zero” em relação à imigração ilegal. Em 2018, todas as pessoas detidas quando tentavam atravessar a fronteira com o México passaram a ser processadas criminalmente e presas em centros de detenção. Entre 2020 e 2021, mais de 1,5 milhão de pessoas foram detidas na fronteira, e começaram a ser reenviadas para seus países de origem, principalmente da América Central.
Entre esses imigrantes, há muitas crianças e adolescentes que migram com suas famílias ou sozinhas. Como a lei estadunidense proíbe que menores de idade permaneçam acompanhados de pessoas que estão sendo processadas, essas crianças eram levadas para abrigos e separadas de suas famílias. Em 2018, havia mais de 2 mil crianças nessa situação, o que gerou indignação mundial e inúmeros protestos. Atualmente, esses menores são encaminhados para famílias que os acolhem nos Estados Unidos.
a Suprema Corte do país anulou a maior parte da Lei Anti-imigração.
Antes de introduzir esse assunto, retomar a importância das migrações na construção dos Estados Unidos como nação. Essa discussão pode ser estendida para o âmbito global.
Apresentar os principais aspectos das políticas migratórias adotadas nos Estados Unidos a partir dos atentados de 11 de setembro (esse assunto é abordado de maneira sistematizada na página
131 desta Unidade), pautadas no preconceito em relação aos cidadãos de origem muçulmana. Houve endurecimento das leis antiterroristas e de regras e fiscalização das entradas e saídas de pessoas do país, respaldadas pelo Patriot Act (Lei Patriótica), sacrificando liberdades e direitos que caracterizam os regimes democráticos. Essa lei permite aos governantes adotar medidas emergenciais em momentos “extraordinários” de perturbação da ordem pública, como restri-
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Manifestantes na marcha Famílias Devem Permanecer Unidas, em Washington, D.C., Estados Unidos, 2018.
Leia, a seguir, dois artigos da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, assinada em 1990 por quase todos os países.
Abrigo para menores imigrantes na cidade de Donna, Estados Unidos, na fronteira com o México, 2021.
Artigo 16
1. Nenhuma criança deve ser submetida a interferências arbitrárias ou ilegais em sua vida particular, sua família, seu domicílio ou sua correspondência, nem a ataques ilegais à sua honra e à sua reputação.
2. A criança tem direito à proteção da lei contra essas interferências ou ataques.
Artigo 37
Os Estados Partes devem garantir:
• que nenhuma criança seja submetida a tortura ou a outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes. Não serão impostas a pena de morte e a prisão perpétua, sem possibilidade de livramento, por delitos cometidos por menores de 18 anos de idade;
• que nenhuma criança seja privada de sua liberdade de forma ilegal ou arbitrária. A detenção, a reclusão ou a prisão de uma criança devem ser efetuadas em conformidade com a lei e apenas como último recurso, e pelo período de tempo mais breve possível.
FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA. Convenção sobre os Direitos da Criança. Unicef. Brasília, [20--]. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/convencao-sobre-os-direitos-da-crianca. Acesso em: 12 jun. 2022.
signatários, cabe destacar que os Estados Unidos não o assinaram.
Depois de estarem familiarizados com o documento, os estudantes poderão responder às atividades propostas. Solicitar que discutam aspectos das atividades 1 e 2 e registrem os principais pontos abordados para fomentar uma roda de conversa.
Na atividade 1, espera-se que os estudantes identifiquem o direito de a criança não ser deslocada nem mantida em prisão de forma ilegal; o direito ao respeito à vida privada, à manutenção de sua honra e à proteção da lei contra essas ofensas; o direito de não ser submetida à tortura ou a tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes; o direito à liberdade.
Espera-se que os estudantes respondam afirmativamente à atividade 2, destacando que a saída do Conselho libera o país de possíveis sanções que poderiam ser impostas em virtude de ações que violam os direitos humanos, como a separação das crianças de seus pais em centros de detenção para imigrantes.
Converse com os colegas e o professor sobre as questões a seguir.
Auxiliar os estudantes na elaboração das respostas. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
1 De acordo com os artigos citados, quais direitos das crianças separadas de suas famílias foram violados?
2 O Conselho de Direitos Humanos da ONU visa combater violações a esses direitos. Em 2018, os Estados Unidos abandonaram o Conselho, retornando em 2021 no governo Joe Biden. No seu entendimento, existe alguma relação entre essa saída e as leis migratórias adotadas no governo Trump?
3 Em grupos, elaborem uma lista de sanções que a comunidade internacional poderia impor aos Estados Unidos pela violação dos direitos humanos no que se refere às políticas migratórias adotadas. Depois, compartilhem a lista com os outros grupos.
4 Pesquise na internet a situação atual da lei anti-imigração. Como são tratados atualmente os imigrantes ilegais nos Estados Unidos? Converse com os colegas e o professor.
ção do direito de circulação, decreto de toques de recolher, autorização de escutas telefônicas e interceptação de e-mails, proibição de reuniões e manifestações, além da ordenação de prisões sem ordem judicial ou elementos para acusação, realizadas com base em “suspeitas”.
Outro aspecto que pautou a política migratória estadunidense na segunda década do século XXI foi a “tolerância zero” aos imigrantes ilegais, sobretudo de origem latino-americana.
Nesse contexto, explicar a situação das crianças e dos adolescentes que migraram ilegalmente com seus familiares e que foram colocados sob custódia do governo estadunidense em centros de detenção separados de seus pais e responsáveis.
Ao tratar do fato, incentivar os estudantes a expor suas dúvidas e sentimentos. Sobre a Convenção Sobre os Direitos da Criança, documento que tem efeito de lei para os mais de 195 países
Caso deseje aprofundar com a turma aspectos relacionados aos menores imigrantes, sugerimos a leitura do seguinte artigo: “Crianças enfrentam frio, piolhos e sujeira em campo de detenção de imigrantes nos EUA”. Disponível em: https://www.bbc. com/portuguese/internacional57245499. Acesso em: 11 jul. 2022.
Na atividade 3, retomar aspectos já trabalhados sobre sanções que países e instituições como a ONU podem impor a seus membros em caso de desrespeito às regras preestabelecidas, atentado à paz mundial ou violação de direitos humanos.
Orientar os estudantes na pesquisa em sites para a realização da atividade 4. Na conversa, comentar a situação atual dos imigrantes ilegais nos Estados Unidos.
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Competências
• Gerais: 1, 4, 5, 7 e 9
• Ciências Humanas: 1, 2, 5 e 6
• Geografia: 5, 6 e 7
Habilidade
• Atende-se à habilidade EF08GE20 com foco em analisar características de países (Estados Unidos) da América no que se refere aos aspectos populacionais (violência e discriminação racial).
Interdisciplinaridade com...
Língua Portuguesa:
• EF89LP03 Analisar textos de opinião (artigos de opinião, editoriais, cartas de leitores, comentários, posts de blog e de redes sociais, charges, memes, gifs etc.) e posicionar-se de forma crítica e fundamentada, ética e respeitosa frente a fatos e opiniões relacionados a esses textos.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
O trabalho com o movimento Black Lives Matter, ou Vidas Negras Importam, possibilita desenvolver o tema contemporâneo transversal Cidadania e Civismo, com destaque para a Educação em Direitos Humanos, e também práticas de pesquisa como análise de mídias sociais, revisão bibliográfica, observação, tomada de notas e construção de relatórios (conferir tópico Práticas de pesquisa nas Orientações gerais deste Manual). Outro aspecto importante do conteúdo desta dupla é a interdisciplinaridade com Língua Portuguesa ao aplicar a habilidade EF89LP03, com foco em analisar textos de opinião (comentários, posts de blogue e de redes sociais, memes, gifs etc.) e posicionar-se de forma crítica e fundamentada, ética e respeitosa frente a fatos e opiniões relacionados a esses textos. Se possível, convidar o professor desse
Movimentos negros nas mídias sociais
O movimento Black Lives Matter (“Vidas Negras Importam”) surgiu nos Estados Unidos em 2013 para denunciar a violência policial, o racismo e a discriminação no país. O slogan e a hashtag #BlackLivesMatter começaram a ser amplamente usados nas redes sociais e nas manifestações que protestavam contra a morte de afro-americanos por policiais. Em maio de 2020, a morte de George Floyd (1973-2020), asfixiado por um policial branco, gerou uma onda de protestos e manifestações nos Estados Unidos e em diversos países.
No Brasil, a violência policial também é um grave problema enfrentado pela população negra. Isso fez com que o movimento Black Lives Matter ou Vidas Negras Importam tivesse grande repercussão entre os movimentos ativistas negros brasileiros.
Slogan: palavra, expressão ou frase de fácil memorização, geralmente utilizada em campanhas políticas e publicitárias.
Hashtag: palavra (ou conjunto de palavras unidas) antecedida pelo símbolo (#), usada geralmente para identificar assuntos nas redes sociais e facilitar a busca pelos usuários.
Protesto pela morte de George Floyd em Miami, Estados Unidos, 2020. No cartaz, lê-se “Justiça para George Floyd”.
componente curricular para desenvolverem juntos a temática proposta.
Promover a leitura compartilhada do texto da página 122. Fazer paradas para comentários e esclarecimentos de dúvidas. Destacar o contexto do surgimento do movimento Black Lives Matter nos Estados Unidos e a repercussão dele entre os movimentos sociais negros no Brasil. Se julgar adequado, ler para os estudantes o excerto da seção Texto complementar. Também ressaltar
a importância das mídias sociais na divulgação e propagação desse e de outros movimentos pelo mundo.
Encaminhar e orientar a pesquisa proposta dos grupos ao longo do trabalho. Para a escolha das redes sociais, sugerimos aquelas que são mais utilizadas pelos estudantes, facilitando, assim, o processo de pesquisa dos dados. É importante garantir que os grupos trabalhem com redes sociais diferentes, permitindo que, nas tro-
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E AGIR PENSAR NÃO ESCREVA NO LIVRO.
TONY4URBAN/SHUTTERSTOCK.COM
122 com CONEXÃO LÍNGUA PORTUGUESA D2-GEO-F2-2106-V8-U4-104-139-LA-G24_AV2.indd 122 30/08/2022 18:49 122
As mídias sociais trazem muitas informações e opiniões sobre temas da atualidade. Em grupos, vocês pesquisarão conteúdos relacionados ao movimento Black Lives Matter compartilhados em redes sociais. Sigam as orientações.
Etapa 1: Organizem-se em grupos. Depois, escolham uma rede social em que pelo menos um dos membros do grupo seja usuário.
Etapa 2: Depois de escolher a rede social, definam os critérios para selecionar os conteúdos. Lembrem-se: os perfis e as postagens analisados devem ser em língua portuguesa, de preferência de usuários brasileiros. Determinem um período para delimitar a amostra (uma semana, uma quinzena do ano corrente ou de algum ano específico) e o número de postagens que serão analisadas (25, 50, 100, 200 etc.).
Etapa 3: Com os critérios de análise definidos, é hora de coletar os dados, tendo em vista os seguintes aspectos:
• Quais são as principais hashtags associadas a #BlackLivesMatter e #VidasNegrasImportam?
• Que tipos de imagens são mais recorrentes (selfies, fotografias jornalísticas, fotografias de personalidades, montagens de texto e fotografia etc.)?
• Qual é o conteúdo dos vídeos de curta duração relacionados ao tema?
• Qual é o perfil das pessoas cujas postagens foram analisadas (gênero, idade, onde moram, que atividades realizam)?
Etapa 4: Organizem os dados. Sob orientação do professor, elaborem quadros, gráficos ou outros recursos visuais para apresentar as informações. As principais hashtags, por exemplo, podem ser apresentadas em forma de nuvem de palavras. Usem a criatividade e os recursos disponíveis.
Etapa 5: Analisem os dados organizados e respondam às questões:
• Qual é o perfil dos usuários que fazem postagens relacionadas ao movimento Black Lives Matter e a outros movimentos ativistas negros?
• Quais são os principais temas relacionados a #BlackLivesMatter e #VidasNegrasImportam?
• No entendimento de vocês, essas postagens se dirigem a que tipo de público?
• Nas postagens analisadas, o movimento Black Lives Matter e o ativismo negro são mais apoiados ou criticados? Apresentem alguns exemplos extraídos das postagens.
Etapa 6: Elaborem um relatório com as principais conclusões do grupo, incluindo o material organizado na etapa 3. Depois, com a mediação do professor, conversem com os outros grupos, destacando os aspectos que mais chamaram a atenção de vocês.
Etapa 7: Pensem em uma forma de divulgar o resultado da pesquisa na comunidade escolar e nas redes sociais, usando as hashtags #BlackLivesMatter, #VidasNegrasImportam e outras que vocês julgarem importantes para relacionar ao assunto.
cas de mensagens entre os usuários, seja possível comparar o tipo de abordagem do tema feito nas diversas redes.
Em relação à amostra, é importante que todos os grupos trabalhem com os mesmos parâmetros, para tornar a comparação dos dados possível. Esse momento, previsto na etapa 2, pode ser realizado coletivamente com a mediação do professor.
Existem aplicativos gratuitos disponíveis na internet que montam nuvens de palavras. Solicitar
que os estudantes usem a imaginação e as ferramentas digitais disponíveis ao longo da proposta.
No momento do debate, questionar os estudantes a respeito do que puderam aprender sobre os movimentos negros no Brasil e, diante do contexto estudado, por que esses movimentos são importantes.
TEXTO COMPLEMENTAR
Como três mulheres criaram o movimento global Black Lives Matter a partir de uma hashtag
Das muitas causas pelas quais o ano de 2020 será lembrado, uma é a ascensão do movimento Black Lives Matter (vidas negras importam) não apenas nos Estados Unidos, mas em todo o mundo.
Seus apoiadores lideraram grandes manifestações e campanhas notáveis contra o racismo e a brutalidade policial contra pessoas negras.
Mas poucos sabem que o BLM, em português “vidas negras importam”, foi uma ideia criada por três mulheres.
[...]
Alicia Garza, Patrisse Cullors e Opal Tometi fundaram um movimento baseado em uma hashtag das redes sociais, transformando a política. Uma hashtag é uma forma de ressaltar ideias e juntar publicações sobre um tópico.
Em 2013, quando George Zimmerman, homem acusado de matar o adolescente negro Trayvon Martin, foi considerado inocente na Justiça, Alicia Garza fez uma postagem indignada no Facebook. Seu texto, em que ela dizia estar passando por um luto, incluía a frase “black lives matter”. Foi uma faísca.
Sua amiga Patrice Cullors leu a publicação e escreveu uma resposta, transformando a expressão de Garza em uma hashtag: “#blacklivesmatter”.
Com a hashtag se popularizando no Facebook e no Twitter, Garza, Cullors e outra amiga ativista, Opal Tometi, criaram uma rede com o nome Black Lives Matter, que logo foi adotada em protestos pelos Estados Unidos. O movimento se espalhou no mundo inteiro. O Brasil tem seu próprio “Vidas Negras Importam”, por exemplo.
COMO três mulheres criaram o movimento global Black Lives Matter a partir de uma hashtag BBC News Brasil, São Paulo, 20 dez. 2020. Disponível em: https://www.bbc. com/portuguese/geral-55387003. Acesso em: 13 jul. 2022.
[...]
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• O trabalho com a habilidade EF08GE05 tem foco em aplicar conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões na contemporaneidade.
• Analisar a atuação das organizações mundiais nos processos de integração econômica no contexto americano é o enfoque que se dá à habilidade EF08GE06
• Trabalha-se a habilidade EF08GE07 com ênfase em analisar os impactos geoeconômicos, geoestratégicos e geopolíticos da ascensão dos Estados Unidos no cenário internacional em sua posição de liderança global.
• Contempla-se a habilidade EF08GE08 ao analisar a situação da América Latina, assim como da potência estadunidense na ordem mundial do pós-guerra.
• Atende-se à habilidade EF08GE09 com foco em analisar padrões econômicos mundiais de produção, distribuição e intercâmbio dos produtos, tendo como referência os Estados Unidos.
• O trabalho com a habilidade EF08GE20 está em analisar características de países (Estados Unidos) no que se refere aos aspectos políticos.
Interdisciplinaridade com...
História:
• EF08HI06 Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões.
• EF08HI25 Caracterizar e contextualizar aspectos das relações entre os Estados Unidos e a América Latina no século XIX.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
É importante destacar para os estudantes que, no período após a independência, os Estados Unidos mantiveram uma estreita relação econômica (sobretudo como exportadores de matéria-
Potência mundial
Assim como os países europeus, os Estados Unidos também se lançaram na corrida imperialista no final do século XIX após terem completado a expansão para o Oeste. Analise o mapa.
Mundo: imperialismo estadunidense – séculos XIX-XX
Fonte: SCALZARETTO, Reinaldo; MAGNOLI, Demétrio. Atlas geopolítico. São Paulo: Scipione, 1996. p. 3.
• Filipinas: anexadas em 1898 na Guerra Hispano-Americana. Tornaram-se independentes em 1946.
• Guam: domínio estadunidense desde 1898.
• Samoa: domínio estadunidense desde 1899.
• Havaí: anexado em 1898, tornou-se o centro de operações navais no Pacífico e o 50o estado estadunidense.
• Nicarágua: ocupada em 1912 com a política do Big Stick
• Panamá: construído entre 1904 e 1914, torna-se zona de ”controle perpétuo“ dos Estados Unidos.
• Cuba: ocupada em 1898, após a Guerra Hispano-Americana. 1901: submetida aos Estados Unidos pela Emenda Platt. 1902: torna-se formalemnte independente.
• República Dominicana: protetorado em 1905.
• Porto Rico: anexado em 1898, com a Guerra Hispano-Americana, tornou-se depois Estado associado.
• Ilhas Virgens: compradas em 1916.
• Haiti: ocupado em 1914.
-prima) com a Inglaterra, que era, na época, a principal economia capitalista do mundo e estava passando pelo processo de revolução industrial que viria a definir o sistema de divisão internacional do trabalho. Nesse contexto, os governos estadunidenses passaram a expandir suas áreas de influência para o oceano Pacífico e a América Latina. Esse momento é oportuno para a interdisciplinaridade com História e o desenvolvimento das habilidades EF08HI06 e EF08HI25 Comentar o papel dos Estados Unidos no ce-
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nário internacional pós-Segunda Guerra Mundial. Considerando a participação tardia no conflito, o país sai praticamente ileso e próspero do ponto de vista econômico, com condições favoráveis para expandir sua área de influência na Europa Ocidental, já que os países em conflito receberam ajuda estadunidense para se reconstruir após a guerra. Desde então, e com o desmantelamento da União Soviética no contexto de uma ordem bipolar, os Estados Unidos se consolidaram como potência mundial.
BNCC Trópico de Câncer Círculo Polar Ártico OCEANO GLACIAL ÁRTICO Trópico de Capricórnio Equador OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO CANADÁ MÉXICO CUBA HAITI PORTO RICO NICARÁGUA VENEZUELA COLÔMBIA PANAMÁ EQUADOR PERU CHILE URUGUAI BOLÍVIA BRASIL GUIANA GUIANA FRANCESA (FRA) GROENLÂNDIA (DIN) Ilhas Virgens Samoa Guam SURINAME PARAGUAI ARGENTINA RÚSSIA CHINA JAPÃO INDONÉSIA AUSTRÁLIA VIETNÃ FILIPINAS MIANMAR ALASCA (EUA) Havaí ESTADOS UNIDOS REPÚBLICA DOMINICANA COREIA DO SUL PAPUA NOVA GUINÉ NOVA ZELÂNDIA 180° 0° 0 2 013 km ALLMAPS
com CONEXÃO HISTÓRIA
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Os principais fatores que contribuíram para o domínio de territórios pelos estadunidenses ao redor do mundo foram:
• o imenso território, rico em recursos naturais que ajudaram a impulsionar a industrialização e o desenvolvimento econômico;
• a saída para os oceanos Atlântico e Pacífico, que favorece o comércio internacional com Europa e Ásia e o posicionamento estratégico de navios militares. A Marinha estadunidense tem a maior e mais bem equipada frota do planeta, com bases para operar em várias regiões do mundo.
Desde o início do século XIX, os Estados Unidos consideram a América Latina uma área de importância vital aos seus interesses políticos, econômicos, militares e estratégicos. Em 1823, estabeleceram uma política denominada Doutrina Monroe (cujo lema era “América para os americanos”), que defendia a independência dos países americanos, considerando possíveis intervenções europeias uma ameaça à segurança regional. Em 1904, a política do Big Stick (Grande Porrete) atribuía às Forças Armadas estadunidenses o direito de invadir os países da América Latina para garantir seus interesses.
Após as duas Grandes Guerras Mundiais, os Estados Unidos tornaram-se o principal financiador da reconstrução dos países europeus arrasados pelos conflitos, determinando seu domínio no mundo capitalista.
Um exemplo da força econômica e financeira estadunidense foi a realização da Conferência de Bretton Woods no ano de 1944, em Washington. Nessa conferência, os países capitalistas definiram um novo sistema para regular a economia e o comércio mundial. Estabeleceu-se como moeda principal o dólar estadunidense e foram criadas duas importantes instituições mundiais: o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
A partir da década de 1960, temendo a expansão do socialismo para os países da América Latina, os Estados Unidos incentivaram a implantação das ditaduras militares na região e ofereceram suporte a elas para assegurar seus interesses políticos e econômicos.
Com o fim da União Soviética no início dos anos 1990, os Estados Unidos assumiram o papel de potência hegemônica planetária. Desde então, o país vem tomando decisões unilaterais em muitas situações, pensando exclusivamente em seus interesses e sem respeitar instituições como a ONU.
Desde o início do século XXI, o governo estadunidense vem se apoiando em uma política de combate ao terrorismo para justificar um grande esquema de inteligência e espionagem internacional, como também ataques militares em países como Iraque, Afeganistão e Síria.
Um exemplo da tomada de posições unilaterais pelos Estados Unidos ocorreu em 2003 quando, contrariando a ONU, as forças armadas do país invadiram o Iraque alegando a existência de armas de destruição em massa, fato que não foi comprovado após a guerra. A ocupação militar durou de 2003 a 2011, sob a alegação de construção da segurança nacional e proteção do petróleo.
O combate ao terrorismo tem sido utilizado como argumento para justificar um grande esquema de inteligência e espionagem interna-
Ditadura militar: governo controlado por militares. Muitas vezes, é resultado de um golpe de Estado e pode ser acompanhado de repressão e violência contra seus opositores.
Disponível em: https://www. poder360.com.br/europa-em -guerra/eua-impoem-sancoes -contra-presidente-da-belarus/. Acesso em: 13 jul. 2022.
EUA impõem sanções a empresas ligadas à exportação de petróleo do Irã
Valor, São Paulo, 16 jun. 2022. Disponível em: https:// valor.globo.com/mundo/noticia /2022/06/16/eua-impoem-san coes-a-empresas-ligadas-a-ex portacao-de-petroleo-do-ira. ghtml. Acesso em: 13 jul. 2022.
EUA impõem sanções às filhas de Putin e aos principais bancos da Rússia
Estadão, São Paulo, 6 abr. 2022. Disponível em: https:// www.estadao.com.br/interna cional/eua-impoem-sancoes-as -filhas-de-putin-e-aos-principais -bancos-da-russia/. Acesso em: 13 jul. 2022.
• Qual é a sua opinião sobre o uso de sanções como forma de intervenção em outros países? Elas devem ser utilizadas? Em quais situações? Que consequências as sanções podem trazer?
Resposta: Debate livre. Uma sanção é uma interferência de uma nação ou um grupo de nações sobre outra, em um jogo de poder e forças econômicas. Como consequências, podem ser mencionadas desde dificuldades ao desenvolvimento econômico ao bloqueio de novos acordos comerciais internacionais.
AMPLIANDO HORIZONTES
cional, como também ataques militares a países como o Iraque, o Afeganistão e, mais recentemente, a Síria.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Sanções dos Estados Unidos
1. Leia os títulos das notícias e faça o que se pede.
EUA impõem sanções contra presidente da Belarus
Para o professor e o estudante
• SOUZA, Isabela. Sanções internacionais: como funcionam? Politize!, Florianópolis, 3 maio 2017. Disponível em: https:// www.politize.com.br/sancoes-in ternacionais-como-funcionam/. Acesso em: 12 jul. 2022. Artigo sobre a aplicação de sanções internacionais.
, [s. l.], 15 mar. 2022.
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• Trabalha-se a habilidade EF08GE05 ao aplicar conceitos de Estado, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões atuais.
• A habilidade EF08GE07 é contemplada ao analisar os impactos geoeconômicos, geoestratégicos e geopolíticos da ascensão dos Estados Unidos no cenário internacional em sua posição de liderança global.
• A habilidade EF08GE08 é atendida com foco em analisar a situação da potência estadunidense na ordem mundial do pós-guerra.
• A habilidade EF08GE09 analisa padrões econômicos mundiais, tendo como referência os Estados Unidos.
• O trabalho com a habilidade EF08GE20 está em analisar características de países (Estados Unidos) no que se refere aos aspectos políticos e econômicos.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Comentar com os estudantes que os Estados Unidos ainda detêm a posição de maior potência global, sobretudo como país de maior influência econômica, política, militar e cultural. Porém, sua posição de maior economia mundial vem sendo ameaçada pelo crescimento econômico da China.
Ressaltar dados sobre a forte economia estadunidense, como: os Estados Unidos consomem cerca de 25% de toda a energia produzida no planeta; de cada 100 produtos fabricados no mundo, 25 têm origem nesse país; aproximadamente metade do comércio internacional de cereais tem participação estadunidense. Levantar uma discussão sobre o modelo americano de vida, que, por muito tempo, baseou-se no alto consumo, sem que isso fosse considerado um problema pela maioria. Hoje, no
Influência global
Embora tenham passado por crises econômicas e enfrentado a competição de outros países, como a China, os Estados Unidos ainda exercem grande influência econômica, política, militar e cultural no espaço mundial. Apresentam, por exemplo, o maior produto interno bruto (PIB) do mundo, estimado pelo FMI em 23 trilhões de dólares em 2021, pelo menos 14 vezes maior que o PIB do Brasil no mesmo ano (1,6 trilhão de dólares).
A influência política ocorre, muitas vezes, sobre organismos como o FMI, a ONU, o Banco Mundial e a Organização Mundial do Comércio (OMC). As ações desses organismos têm sido alvo de muitas críticas de outros países, que consideram altos os juros cobrados e apontam a imposição de condições de mercado que beneficiam as empresas estadunidenses.
A expansão dessas empresas pelo mundo aumentou ainda mais o poder econômico do país. Elas foram gradativamente instalando filiais em vários países, passando, em muitos deles, a controlar importantes setores da economia, tornando-os dependentes das políticas econômicas impostas pelos Estados Unidos.
Analise o quadro.
Maiores multinacionais do mundo em valor de mercado – 2021 Ranking global
Fonte: MURPHY, Andrea; CONTRERAS, Isabel (ed.). The Global 2000. Forbes, Jersey City, May 12, 2022. Disponível em: https://www.forbes.com/lists/global2000/#2b2170375ac0. Acesso em: 19 abr. 2022.
Responda em seu caderno.
1 Você conhece alguma dessas empresas? Sabe em que setores elas atuam?
Respostas pessoais. Consultar comentários em Orientações didáticas.
2 Das dez maiores empresas multinacionais do mundo, quantas têm origem nos Estados Unidos? Quantas são chinesas?
Seis empresas têm origem nos EUA e duas, na China.
entanto, sabe-se que esse modelo não é ambientalmente sustentável para o mundo.
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Apresentar algumas características das empresas multinacionais americanas, como o estabelecimento de filiais em países diferentes de sua matriz, com o objetivo de atuar no mercado internacional e obter elevadas margens de lucro. Geralmente, os grandes lucros são obtidos por causa das vantagens comerciais oferecidas pelos países que implantam essas filiais, como
isenção de impostos, mão de obra barata, grande mercado consumidor, boa infraestrutura de transportes, matéria-prima abundante, entre outras.
Na atividade 1, verificar os conhecimentos dos estudantes sobre as empresas listadas no quadro. Explicar que o poderio militar estadunidense, além das bases espalhadas pelo mundo, também pode ser explicado pelo sistema de alianças que o país estabelece no globo, com
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País Valor de mercado (em bilhões US$) 1 Apple Estados Unidos 2 252,3 2 Microsoft Estados Unidos 1 966,6 3 Saudi Arabian Oil Company (Saudi Aramco) Arábia Saudita 1 897,9 4 Amazon Estados Unidos 1 711,8 5 Alphabet Estados Unidos 1 538,9 6 Facebook Estados Unidos 870,5 7 TenCent Holding China 773,8 8 Alibaba Group China 657,5 9 Berskshire Group Estados Unidos 624,4 10 Samsung Group Coreia do Sul 510,5
2021 Empresa
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ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Respaldados pelo enorme poderio militar, os Estados Unidos comandam intervenções armadas em conflitos locais e globais. Foi assim na Guerra do Golfo (1991), na Guerra do Kosovo (1999), na Guerra do Afeganistão (2002) e na Guerra do Iraque (2003). Ocorreu também em diversas intervenções militares antiterroristas e em guerras civis de países como a Somália (2007), a Líbia (2011), o Iraque e a Síria (2014). Em 2022, o país se posicionou contra a invasão da Ucrânia, impondo sanções à Rússia, como o bloqueio de contas bancárias e bens russos em território estadunidense e a suspensão das importações de petróleo russo, entre outras medidas.
Os Estados Unidos investem anualmente bilhões de dólares em armamentos, defesa antiterrorismo, administração de pessoal, informações e desenvolvimento de tecnologias que tornam as Forças Armadas estadunidenses as mais poderosas e mais bem equipadas do planeta, com um efetivo de 1,3 milhão de soldados. Também têm muitas bases militares espalhadas pelo mundo, de onde controlam ou iniciam diversas operações, além dos sistemas de monitoramento por satélite. Analise o mapa a seguir.
Estados Unidos: presença militar no mundo
Fonte: AUBRY, Émilie; TÉTARD, Frank. Les dessous des cartes: le monde mis à nu. Paris: Éditions Tallandier: Arte Éditions, 2021. p. 152.
Onipresença militar Com base no mapa “Estados Unidos: presença militar no mundo”, responda:
1. Em quais regiões do mundo os Estados Unidos têm maior número de bases militares? Em sua opinião, por que elas estão distribuídas dessa forma?
Resposta: Espera-se que os estudantes indiquem a região do Oriente Médio, região instável politicamente e rica em recursos energéticos, e a região do oceano Pacífico, militarmente importante por banhar as costas da China e da Rússia, duas potências militares e econômicas
2. No seu entendimento, por que países como a Rússia e a China não têm bases estadunidenses em seus territórios?
Resposta: Espera-se que os estudantes apontem o poderio militar desses dois países, que rivalizam com os Estados Unidos na geopolítica mundial.
3. Por que há um grande número de frotas da Marinha nas proximidades do território estadunidense?
Resposta: Os estudantes podem indicar que as frotas estão presentes para proteção do território de ameaças estrangeiras.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor
• HARVEY, David. O novo imperialismo. São Paulo: Loyola, 2014.
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destaque para a Otan. Ao analisar com os estudantes o mapa “Estados Unidos: presença militar no mundo”, chamar a atenção deles para as linhas de limite dos comandos militares estadunidense (USINDOPACOM, USCENTCOM, USAFRICOM, USEUCOM, USSOUTHCOM, USNORTHCOM), que divide o mundo em seis áreas, sendo que cada comando dispõe de uma frota, o que permite uma intervenção imediata em diferentes lugares e ao mesmo tempo.
Explicar que, entre os anos de 2010 e 2017, o orçamento dedicado ao setor de defesa dos Estados Unidos diminuiu, mas, apesar disso, o país continuou sendo o líder em investimentos no setor militar. Contudo, em 2018, um novo aumento para a pasta foi aprovado no valor de 768 bilhões de dólares.
Aspectos da influência estadunidense no Brasil serão aprofundados na seção Conhecimento em ação ao final desta Unidade.
O geógrafo britânico analisa o imperialismo no século XXI com foco nas ações dos Estados Unidos.
0° 180° 90° L 90° O OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO OCEANO PACÍFICO Meridiano de Greenwich T r ópico de Cap r icórnio Trópico de Câncer Eq ua dor CírculoPolarÁrtico N OCEANOGLACIALÁRTICO AUSTRÁLIA NOVA ZELÂNDIA FILIPINAS JAPÃO CHINA TAILÂNDIA ÍNDIA PAQUISTÃO AFEGANISTÃO EGITO 90 000 USINDOPACOM 67 000 USEUCOM 8 300 USCENTCOM 1 800 USSOUTHCOM USNORTHCOM USAFRICOM ARÁBIA SAUDITA TUNÍSIA MARROCOS FRANÇA RÚSSIA CANADÁ ESTADOS UNIDOS Havaí EMIRADOS ÁRABES UNIDOS BRASIL ARGENTINA Comando militar Limite de atuação do comando Número de militares ativos Base militar Frota ativa Membros da Otan Países aliados USNORTHCOM SONIA VAZ 127
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Competências
• Gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 9 e 10
• Ciências Humanas: 2, 4 e 5
• Geografia: 3 e 5
Habilidade
• Atende-se à habilidade EF08GE20 com foco em analisar características de países da América (Estados Unidos e Brasil) no que se refere aos aspectos culturais.
Interdisciplinaridade com...
Arte:
• EF69AR16 Analisar criticamente, por meio da apreciação musical, usos e funções da música em seus contextos de produção e circulação, relacionando as práticas musicais às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.
• EF69AR18 Reconhecer e apreciar o papel de músicos e grupos de música brasileiros e estrangeiros que contribuíram para o desenvolvimento de formas e gêneros musicais.
• EF69AR19 Identificar e analisar diferentes estilos musicais, contextualizando-os no tempo e no espaço, de modo a aprimorar a capacidade de apreciação da estética musical.
• EF69AR31 Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.
• EF69AR34 Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.
INTEGRANDO com ARTE com
Música americana ou afro-americana?
O rock, gênero musical de grande impacto na cultura popular, nasceu nos Estados Unidos, da união de ritmos regionais trazidos pelos imigrantes de origem anglo-saxônica (que viriam a constituir o country) com os estilos de música das comunidades negras, como o jazz e o blues Inicialmente associado a uma batida simples e rápida, entre os anos 1950 e 1960, o rock se diversificou em vários subestilos e atravessou o Atlântico, chegando primeiro à Inglaterra e, depois, alcançando o mundo inteiro. Leia o infográfico.
No sul dos Estados Unidos, até o século XIX, os escravizados trabalharam nas plantações, cultivando seus cantos de trabalho e, nos cultos das igrejas protestantes, os cantos de louvor. Nos anos 1950, a música gospel influenciaria Elvis Presley (1935-1977), que incorporou o jeito de cantar e dançar dos afro-americanos.
Entre as Guerras Mundiais, o blues instalou-se na Grande Chicago (Illinois). Anos depois, Detroit (Michigan) tornou-se a sede da Motown Records, primeira e maior gravadora estadunidense dedicada a artistas negros, que não eram aceitos por outras gravadoras. Estava inaugurada a era da soul music
Na passagem dos séculos XIX-XX, nas cidades da região próxima à foz do Rio Mississippi, nasceram o jazz e o blues. Nas primeiras décadas do século XX, a cidade de Nashville (no Tennessee) começou a se consolidar como a capital da música country americana (regional).
James Brown (1933-2006) e sua banda, a Famous Flames, em apresentação em Nova York, Estados Unidos, 1964.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Se possível, combinar atividades em conjunto com o professor de Arte.
A seção trata dos diferentes estilos musicais que tiveram origem nos Estados Unidos, reconhecendo a importância dos afrodescendentes na formação cultural do país e na expansão da indústria fonográfica pelo mundo.
Se possível, promover a audição de músicas ou trechos de músicas dos artistas mencionados na
Nos anos 1960-1970, o rock politizado prosperou na Costa Oeste dos Estados Unidos, na Califórnia, tendo o guitarrista Jimi Hendrix (1942-1970) como seu grande ídolo.
seção para que os estudantes possam entrar em contato com a diversidade da produção musical estadunidense, que influenciou artistas no mundo todo, inclusive os brasileiros.
Perguntar aos estudantes se conhecem os ritmos jazz, blues e rock, se gostam desses ritmos e quais bandas nacionais e internacionais desses gêneros eles conhecem.
Cada vez menos os estudantes têm contato com os produtos físicos de gravação musical, como vinil, fitas cassetes, CDs. Nos dias atuais, é
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CONEXÃO ARTE NÃO ESCREVA NO LIVRO.
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Em Nova York, na década de 1970, surgiu o punk rock e, na década de 1980, o rap (rhythm and poetry = ritmo e poesia), estilo de música muito influente na cultura estadunidense. A cidade também foi sede do movimento new wave
A partir dos anos 2000, a música é influenciada pela globalização e pela internet, que ampliaram a mistura do rock com vários estilos musicais. A banda Linkin Park, por exemplo, misturava rock pesado, rap e música eletrônica.
Nos anos 1990, o grunge, provavelmente o último dos movimentos de renovação do rock estadunidense, nasceu em Seattle (estado de Washington).
A banda Alabama Shakes surgiu no início dos anos 2010, fazendo rock com influências de blues, punk rock, soul e funk. As plataformas de internet facilitaram a divulgação e o lançamento independente de vários novos artistas, bem como novos modos de consumir música, que não dependiam mais do rádio e da TV nem dos meios físicos (vinil, fita cassete e CD).
Auxiliar os estudantes nas respostas às atividades a seguir, se possível com auxílio do professor de Arte. Consultar comentários em Orientações didáticas.
1 No seu entendimento, é correto afirmar que os afro-americanos nos Estados Unidos tiveram maior influência que os imigrantes europeus na origem de estilos musicais próprios da cultura estadunidense? Converse com os colegas.
2 Reúnam-se em grupos e façam as atividades a seguir.
2. a) Espera-se que os estudantes mencionem a origem africana de ritmos brasileiros como samba, pagode, congada, maracatu etc.
a) Identifiquem os ritmos brasileiros que tiveram influência africana em suas origens e analisem o contexto histórico e cultural de um deles.
b) Construam um relatório final, incluindo fotografias atuais e um texto sobre o que foi conversado a respeito das origens do ritmo musical. Escolham a ferramenta mais adequada para o grupo para uma apresentação para colegas, comunidade escolar, família e amigos.
pesquisa, como revisão bibliográfica, estudo de recepção e construção de relatórios (consultar tópico Práticas de pesquisa nas Orientações gerais deste Manual).
TEXTO COMPLEMENTAR
O tradicional mercado musical se assenta sobre a base de dois pilares que geram os mais destacados ingressos econômicos desta indústria: a comercialização massiva de obras gravadas em diferentes suportes físicos reproduzíveis em distintos equipamentos, e os direitos econômicos que incidem sobre o uso público dos fonogramas. O mercado de obras gravadas em suporte físico é um oligopólio no qual a distribuição é controlada por grandes conglomerados multinacionais [...] [que] controlam mais de 70% do mercado de suportes físicos da música e possuem catálogos formados por centos de selos próprios e associados. Por sua vez, os direitos econômicos que incidem sobre o uso público dos fonogramas estão em mãos de sociedades privadas de âmbito nacional. Trata-se, geralmente, de organizações sem fins lucrativos que gerenciam o pagamento e a distribuição dos direitos autorais de compositores e intérpretes, e que também cuidam dos interesses dos editores musicais. No entanto, o modelo comercial e jurídico de propriedade intelectual, forjado durante o século passado está sendo atualmente alterado principalmente por três fatores:
a) O aumento da distribuição on-line: [...].
b) As mudanças nas tecnologias: [...].
c) O aperfeiçoamento dos dispositivos terminais móveis: [...].
HERSCHMANN, Micael; ALBORNOZ, Luís
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comum as pessoas montarem playlists para ouvir no celular ou no computador, seja on-line ou por meio de downloads. Se considerar oportuno, ler para os estudantes o excerto da seção Texto complementar
Na atividade 1, espera-se que os estudantes concluam que a influência dos negros na origem e no desenvolvimento de estilos musicais surgidos nos Estados Unidos foi maior que a dos imigrantes europeus, iniciando-se pelos cantos de trabalho e de louvor dos escravizados e seus descendentes.
Na atividade 2, espera-se que os estudantes mencionem a origem africana em ritmos brasileiros, como samba, pagode, coco, maracatu etc. Além do samba, a influência africana mais direta na música brasileira foi no maracatu e na congada. Essa atividade permite desenvolver o tema contemporâneo transversal Multiculturalismo, com destaque para Educação para a valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras Também é possível desenvolver práticas de
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A. Transformações recentes da indústria da música. In: ENECULT, 5., 2009, Salvador. Anais [...]. Salvador: Universidade Federal da Bahia, 2009. Disponível em: http:// www.cult.ufba.br/enecult2009/19056.pdf. Acesso em: 12 jul. 2022.
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HÉCTOR GOMEZ
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• Atende-se à habilidade EF08GE05 com foco em aplicar conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões na contemporaneidade.
• A habilidade EF08GE07 é contemplada ao analisar os impactos geoeconômicos, geoestratégicos e geopolíticos da ascensão dos Estados Unidos no cenário internacional em sua posição de liderança global.
• O trabalho com a habilidade EF08GE20 está em analisar características de países da América (Estados Unidos) no que se refere aos aspectos políticos.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Destacar os “inimigos” dos Estados Unidos durante a Guerra Fria e no final do século XX, assim como as ações da potência estadunidense para “defender os princípios democráticos”, que culminaram em guerras, conflitos ideológicos, intervenções militares e, com isso, o surgimento de “novos inimigos” para o século XXI.
Comentar que o governo George Bush (2001-2009) iniciou o século XXI com a missão de enfrentar ataques terroristas em solo estadunidense. A “Guerra contra o Terror”, deflagrada após 11 de setembro de 2001, inaugurou um período de caos nos países que passaram a sofrer pesadas intervenções militares por serem considerados aliados dos terroristas.
Nos Estados Unidos, começou um período de vigilância extrema e desrespeito às liberdades individuais. Citar o Patriot Act, que assegura aos agentes de polícia poder total para rastrear e-mails, vigiar o uso da internet e grampear ligações telefônicas de todos os cidadãos, sem autorização judicial prévia. Essa medida obriga bibliotecas e livrarias a informar que livros foram adquiridos
Relações internacionais
Liberdade de expressão, direito de ir e vir, direito de escolher os governantes, liberdade de imprensa, entre outros, são princípios democráticos declarados pelos Estados Unidos. A grande potência utilizou, em muitas ocasiões, a defesa da democracia como justificativa para realizar intervenções militares e aplicar sanções políticas e econômicas a diversos países, criando “inimigos” e tornando-se alvo de atentados terroristas.
Durante a Guerra Fria, os maiores opositores à política externa estadunidense eram a União Soviética e seus aliados. No início dos anos 1990, com a dissolução do bloco socialista, as relações com a maioria desses países foram retomadas.
O Oriente Médio também é uma região com a qual os Estados Unidos mantêm relações instáveis. Na década de 1980, o Irã se tornou um grande opositor estadunidense com a fundação da República Islâmica do Irã. Desde então, os dois países passaram por momentos de aproximação e distanciamento.
Nos anos 1990, o Iraque do presidente Saddam Hussein (1937-2006) envolveu-se em duas guerras contra os Estados Unidos (Guerra do Golfo, em 1991, e Guerra do Iraque, em 2003). Deposto do poder, Hussein permaneceu escondido por alguns meses, mas foi capturado, julgado e condenado à morte em 2006 por crimes de guerra. O país ficou sob ocupação militar estadunidense até 2011.
por determinados cidadãos e também permite a detenção de “suspeitos” por períodos prolongados, entre outras medidas que possam figurar como violação dos direitos humanos.
Destacar que a política de combate ao terrorismo implantada no período, também conhecida como Doutrina Bush, é um dos elementos que contribuiu para a radicalização de movimentos fundamentalistas islâmicos, entre os quais se destaca o Estado Islâmico.
Sobre o governo Obama (2009-2017), destacar que sua eleição foi envolta em um espírito de esperança por dias melhores. O primeiro presidente afro-americano eleito nos Estados Unidos tinha por missão encerrar os conflitos iniciados na administração Bush, reduzir as desigualdades sociais e tirar o país da crise iniciada em 2008.
Apesar das melhorias internas realizadas em seu governo e de ter recebido um prêmio Nobel da Paz em 2009 pelo esforço em reduzir o arse-
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Últimos veículos do exército estadunidense atravessam a fronteira do Iraque com o Kuwait, em dezembro de 2011, pondo fim a uma ocupação de quase nove anos. 130 21/08/2022 13:14 130
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contra outros muçulmanos (sunitas contra xiitas) ou não muçulmanos, os “infiéis”.
O início do século XXI foi marcado pelos atentados de 11 de setembro de 2001, quando terroristas sequestraram aviões de passageiros e os lançaram contra alvos estratégicos – o World Trade Center, em Nova York (símbolo do poder econômico estadunidense), e o Pentágono, em Washington (símbolo do poder militar). Um quarto avião caiu numa área despovoada na Pensilvânia. Ao todo, mais de 3 mil pessoas morreram.
O ataque foi idealizado e organizado pelo grupo Al Qaeda, liderado por Osama bin Laden (1957-2011). Em resposta, o governo de George Bush (20012009) iniciou a “Guerra contra o Terror”. Nessa campanha de “caça aos terroristas”, os territórios do Afeganistão e do Iraque foram ocupados em 2001 e 2003, respectivamente. As tentativas de implementação de governos favoráveis à política estadunidense trouxeram desordem política e social, miséria e ódio das populações locais pelos invasores.
Osama bin Laden foi morto em maio de 2011, durante o governo de Barack Obama (20092017). Nesse mesmo ano, as tropas estadunidenses se retiraram do Iraque e participaram de uma intervenção militar na Líbia, contra o regime de Muammar al-Gaddafi (1942-2011). Tinha início o conflito na Síria.
A política intervencionista estadunidense favoreceu o surgimento de grupos de resistência armada como o Estado Islâmico, que passou a controlar áreas estratégicas na Síria e no Iraque. Diante desse quadro, Barack Obama reenviou tropas ao Iraque em 2014, ordenou o bombardeio aos territórios ocupados pelo Estado Islâmico e manteve a ocupação do Afeganistão.
Apesar da política intervencionista, o governo Obama conseguiu realizar avanços no diálogo com países considerados adversários dos Estados Unidos, reatando, por exemplo, relações diplomáticas com Cuba e Irã.
nal nuclear mundial e trabalhar pela diplomacia internacional, o presidente “herdou” os conflitos no Iraque e no Afeganistão e posteriormente envolveu-se em outros relacionados à queda de ditadores no contexto da Primavera Árabe e da ascensão do Estado Islâmico no cenário internacional. Durante todo o seu mandato, esteve envolvido em conflitos militares. Ler para a turma o excerto da seção Texto complementar
TEXTO COMPLEMENTAR
O jihadismo e o terrorismo
A palavra Jihad, em árabe, significa “esforço” ou “combate”. No sentido religioso do termo, é antes de tudo um combate interior contra as tentações da alma, para a melhoria de si mesmo ou da sociedade. Assim, o “grande Jihad” representa o esforço que cada muçulmano realiza sobre si mesmo para ser uma pessoa melhor.
Também há o Jihad pela espada, o “pequeno Jihad”, usado para legitimar guerras travadas
Atualmente, o termo Jihad é utilizado para justificar ações terroristas de grupos que afirmam que o pequeno Jihad é uma forma de defesa diante da agressão à fé muçulmana. Assim, todos aqueles contrários à sua ideologia devem ser combatidos. Essa interpretação distorcida criou a noção de que existem “terras do Jihad” a libertar – Afeganistão, Iraque, Chechênia, Cachemira, entre outras –, espalhando o terrorismo islâmico pelo mundo. A partir dos anos 1990, células jihadistas começaram a se espalhar pelo Oriente Médio, Ásia e Europa. No ano 2000, grupos jihadistas executaram 251 atentados. No ano de 2014, esse número aumentou para 2572 atentados. A Al-Qaeda, o Talibã, o Estado Islâmico e o Boko Haram estão entre os maiores grupos de orientação jihadista do mundo.
O Estado Islâmico
O Estado Islâmico iniciou sua trajetória nos anos 2000 como uma dissidência da Al-Qaeda (Al-Qaeda, no Iraque). No ano de 2007, passou a se chamar Estado Islâmico do Iraque e da Síria (ISIS). O complexo e instável contexto regional e a guerra civil na Síria compuseram um dos panos de fundo para que o grupo crescesse, controlando territórios e ganhando força. Em 2014, após ter dominado territórios no Iraque e na Síria, anunciou a criação de um califado na região ocupada, passando a se chamar Estado Islâmico (EI).
Nas áreas controladas pelo EI, a sharia é aplicada de forma extrema: álcool e tabaco são proibidos, assim como a música. As mulheres são segregadas, raptadas e violentadas. Minorias étnicas e religiosas, como os yazidis, são perseguidas. As crianças são forçadas a prestar obediência ao regime e muitos sítios arqueológicos foram destruídos e pilhados.
Embora o EI tenha perdido territórios conquistados, não deixou de espalhar o terror em várias partes do mundo com atentados amplamente midiatizados. Entre os vinte maiores atentados realizados no ano de 2015, seis foram reivindicados por esse grupo, incluindo o ocorrido em Paris no mês de novembro, que matou 130 pessoas.
Texto
autores.
elaborado pelos
Sobre o Estado Islâmico, consultar texto em Orientações didáticas.
Entre os atentados, o de 11 de setembro de 2001, no World Trade Center, em Nova York, foi o que causou maior número de vítimas.
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• O trabalho com a habilidade EF08GE05 está em aplicar conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões na contemporaneidade.
• Atende-se à habilidade EF08GE07 com foco em analisar os impactos geoeconômicos, geoestratégicos e geopolíticos da ascensão dos Estados Unidos no cenário internacional em sua posição de liderança global.
• A habilidade EF08GE20 é atendida ao analisar características de países da América (Estados Unidos) no que se refere aos aspectos políticos.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Promover a leitura compartilhada do texto, fazendo paradas para comentários e esclarecimentos de dúvidas. Destacar que Donald Trump iniciou seu governo usando as frases de efeito: “America first” (América em primeiro lugar) e “Make America great again” (Tornar a América grande de novo). Explicar que os estadunidenses se referem aos Estados Unidos como “América”.
Comentar que o governo Trump foi em direção oposta ao governo Obama. Todos os avanços em termos de diplomacia e política externa foram descartados com a retirada dos Estados Unidos de diversos acordos e associações e com a adoção de medidas migratórias e econômicas polêmicas. A esse respeito, sugerimos ler para os estudantes trechos do discurso de posse de Donald Trump, que pode ser objeto de análise em sala de aula, identificando aspectos dessa política protecionista (consultar partes desse discurso na seção Texto complementar).
Joe Biden, vice-presidente durante o governo Obama, derrotou Donald Trump nas eleições em 2020 e foi eleito o 46o presidente dos Estados Unidos. Assumiu o posto em janeiro de 2021,
De Trump a Biden
Em janeiro de 2017, Donald Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos. Começou seu governo desfazendo acordos e políticas adotados por Barack Obama, demonstrando tendência ao isolamento do ponto de vista das relações internacionais.
Na esfera econômica, Trump retirou os Estados Unidos da Parceria Transpacífico (TPP). Esse acordo tinha o objetivo de expandir a área de influência estadunidense na região do Pacífico e da Ásia, fazendo frente à China.
Trump também elevou as taxas de importação de produtos chineses, complicando as relações com o maior rival econômico. Além disso, questionou os termos do antigo Nafta por considerá-los desvantajosos para a economia estadunidense.
Na política internacional, a retirada do acordo nuclear com o Irã reacendeu as tensões entre os dois países. Também tentou acordos para a redução do programa de armas nucleares da Coreia do Norte, mas havia desconfiança entre as partes.
O reconhecimento de Jerusalém (cidade considerada sagrada por judeus, católicos e muçulmanos) como capital de Israel aumentou o desgaste das relações entre os Estados Unidos e os povos muçulmanos.
As políticas migratórias restritivas também foram duramente criticadas pela comunidade internacional, assim como a gestão da pandemia de covid-19. Além das políticas que favoreceram o desmantelamento da infraestrutura da saúde pública, o presidente adotou uma postura negacionista, minimizando a gravidade do vírus, propagando informações falsas e desencorajando a população a usar máscaras.
com a promessa de reaver políticas e medidas adotadas no governo Trump. Comentar que o reconhecimento da vitória de Biden nas eleições provocou a invasão do Congresso Nacional estadunidense por apoiadores de Trump.
Em 2022, Joe Biden conviveu com a queda de popularidade, já que seu governo teve dificuldades para cumprir as principais promessas de campanha. Controlar a pandemia de covid-19, criar empregos, controlar a inflação, recuperar o poder de compra dos trabalhadores e resolver
Negacionista: quem ou aquilo que nega a verdade de um fato ou conceito, apesar das evidências e argumentos que o comprovam.
os problemas com a imigração ilegal na fronteira com o México foram seus desafios mais urgentes. Entre as conquistas de Biden estão: a volta dos Estados Unidos ao Acordo de Paris; entrega de 100 milhões de vacinas contra a covid-19 para 50 milhões de pessoas em 100 dias e a reversão da proibição de pessoas transgênero nas Forças Armadas.
Na atividade 1, espera-se que os estudantes indiquem a tendência ao isolamento do ponto de vista internacional, com o rompimento de
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Posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos em Washington, D.C., janeiro de 2017. OLIVIER
DOULIERY/ABACA/SIPA/AP IMAGES/IMAGEPLUS
Em novembro de 2020, Joe Biden (1942-) foi eleito presidente dos Estados Unidos. Em janeiro de 2021, apoiadores de Donald Trump invadiram o Capitólio, sede do Congresso Nacional, alegando fraude nas eleições, fato que foi desmentido pelas autoridades estadunidenses.
Unidos caiu em degradação e deterioração.
Nós tornamos outros países ricos enquanto a riqueza, a força e a confiança do nosso país se dissipou no horizonte.
Uma por uma, as fábricas fecharam e deixaram nosso solo sem nem pensar nos milhões e milhões de trabalhadores americanos que foram deixados para trás.
A riqueza da nossa classe média foi arrancada de suas casas e depois redistribuída ao redor do mundo.
Mas isso é o passado, e agora nós estamos olhando só para o futuro.
[...]
Deste dia em diante, vai ser só a América primeiro, a América primeiro.
Todas as decisões sobre comércio, sobre taxas, sobre imigração, sobre relações exteriores serão feitas para beneficiar os trabalhadores americanos e as famílias americanas.
Biden conquistou mais de 80 milhões de votos e começou o mandato com 56% de aprovação. O presidente foi eleito tendo como principais promessas de campanha controlar a pandemia de covid-19 e reverter algumas políticas adotadas no governo Trump.
No plano internacional, Biden apostou no multilateralismo e na causa climática, além de retomar as negociações com o Irã. Contudo, o governo enfrentou problemas internos, como desemprego, protestos contra a violência policial e uma grave crise migratória na fronteira com o México.
Apesar de ter aprovado um pacote de ajuda para combater a pandemia e incentivar a vacinação, os índices de popularidade do presidente começaram a cair após a retirada das tropas estadunidenses do Afeganistão. Também foi bastante criticado por medidas adotadas para conter a imigração.
Em 2022, o grande desafio internacional do governo Biden foi a Guerra da Ucrânia. Os Estados Unidos condenaram a invasão da Rússia ao país do Leste Europeu e fizeram boicotes contra instituições e pessoas ligadas ao governo russo.
1 Quais foram as principais medidas adotadas durante o governo Trump? Por que o seu sucessor, Joe Biden, se esforçou para reverter algumas delas? Consultar resposta em Orientações didáticas.
acordos econômicos, como o TPP e o pedido de modificação dos termos do então Nafta, além da retirada de acordos com o Irã e de organizações como a OMS, sem falar na política interna, que incitou a divisão da população estadunidense.
Joe Biden trabalhou para reverter algumas dessas medidas com o intuito de retomar relações com a comunidade internacional, além de tentar ganhar a aprovação da população, que conta com muitos apoiadores do ex-presidente Trump.
TEXTO COMPLEMENTAR
Por muitas décadas enriquecemos a indústria estrangeira às custas da indústria americana; Subsidiamos os exércitos de outros países enquanto permitíamos ao muito triste esgotamento de nosso poder militar;
Nós defendemos as fronteiras de outros países enquanto nos recusamos a defender as nossas próprias;
E gastamos trilhões e trilhões de dólares além-mar, enquanto a infraestrutura dos Estados
Devemos proteger nossas fronteiras das devastações dos outros países fazendo nossos produtos, roubando nossas empresas e destruindo nossos empregos. A proteção vai levar a grande prosperidade e força.
[...]
Vamos trazer de volta nossos empregos. Vamos trazer de volta nossas fronteiras. Vamos trazer de volta nossa riqueza, e vamos trazer de volta nossos sonhos.
[...]
Vamos seguir duas regras simples: comprar produtos americanos e contratar americanos.
VEJA e leia íntegra do discurso de posse de Donald Trump. G1, Rio de Janeiro, 20 jan. 2017. Disponível em: https://g1.globo.com/ mundo/noticia/veja-integra-do-discurso-deposse-de-donald-trump.ghtml. Acesso em: 14 jul. 2022.
Manifestantes invadem o Capitólio, em Washington, D.C., em janeiro de 2021.
JON CHERRY/GETTY IMAGES
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• O foco no trabalho com a habilidade EF08GE05 está em aplicar conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões na contemporaneidade.
• O trabalho com a habilidade EF08GE07 está em analisar os impactos geoeconômicos, geoestratégicos e geopolíticos da ascensão dos Estados Unidos no cenário internacional em sua posição de liderança global.
• A habilidade EF08GE09 trabalha padrões econômicos mundiais de produção, distribuição e intercâmbio dos produtos, tendo como referência os Estados Unidos.
• Atende-se à habilidade EF08GE20 ao analisar características de países da América (Canadá, Estados Unidos e Brasil) no que se refere aos aspectos territoriais, políticos e econômicos.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Esta seção resgata e possibilita a aplicação de conteúdos conceituais e procedimentais trabalhados na Unidade 4. Ela pode ser utilizada como uma pausa avaliativa da turma.
1. a) Verdadeira.
b) Falsa. O inglês é o idioma falado pela maioria da população e o francês é falado principalmente na província de Quebec.
c) Falsa. O clima de maior ocorrência no território é o frio, caracterizado por invernos longos e rigorosos, marcados por baixas temperaturas e queda de neve.
d) Verdadeira.
Objetivo: • Identificar aspectos territoriais, populacionais e socioeconômicos do Canadá.
2. Embora mais povoado que o Canadá, a densidade demográfica do Brasil também é considerada baixa. Nessa ativi-
ATIVIDADES
Todas as respostas das atividades desta seção estão no MP, com orientações e encaminhamentos.
1 Sobre o território e a população canadenses, anote em seu caderno V para as frases verdadeiras e F para as falsas. Depois, corrija as frases falsas, tornando-as verdadeiras.
a) O país é pouco populoso e pouco povoado, com a população concentrada principalmente no sul e sudeste do território.
b) O francês é o idioma falado pela maioria da população e o inglês é falado principalmente na província de Quebec.
c) O clima de maior ocorrência no território canadense é o temperado, caracterizado por médias de temperaturas amenas.
d) Os indicadores sociais da população, como expectativa de vida e anos de escolaridade, estão entre os melhores do mundo.
2 O Brasil tem 8 510 345 km² e uma população estimada em cerca de 213,3 milhões de habitantes em 2021. Compare o Brasil e o Canadá em termos de área territorial, população e densidade demográfica. Depois, responda: quais são as semelhanças e as diferenças entre eles?
3 Sobre as políticas migratórias do Canadá, faça as atividades.
a) Cite uma dessas políticas.
b) Que relação podemos estabelecer entre o envelhecimento da população e a criação de programas de imigração no Canadá?
c) Leia os títulos de notícias a seguir.
Canadá anuncia que irá receber 20 mil refugiados afegãos
CANADÁ anuncia que irá receber 20 mil refugiados afegãos. UOL, [s. l.], 13 ago. 2021. Disponível em: https://noticias.uol.com. br/ultimas-noticias/afp/2021/08/13/canadaanuncia-que-ira-receber-20-mil-refugiadosafegaos.htm. Acesso em: 5 maio 2022.
Canadá oferece até três anos de residência para ucranianos
CANADÁ oferece até três anos de residência para ucranianos. Estado de Minas, Belo Horizonte, 17 mar. 2022. Disponível em: https://www. em.com.br/app/noticia/internacional/2022/03/17/ interna_internacional,1353618/canada-ofereceate-tres-anos-de-residencia-para-ucranianos. shtml. Acesso em: 5 maio 2022.
• Como você avalia a postura do Canadá em relação aos refugiados? Em que ela difere da posição de outros países do mundo?
dade, espera-se que os estudantes percebam que o Brasil e o Canadá apresentam grande extensão territorial. A densidade demográfica brasileira é de cerca de 25 hab./km². Se necessário, auxiliar os estudantes a fazer esse cálculo, dividindo a população pela área do país. Destacar que, embora bastante superior à densidade demográfica do Canadá, a densidade demográfica brasileira é considerada baixa se comparada à de outros países do
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mundo. Ajudá-los a reconhecer que a maior diferença entre os dois países é o número total de habitantes, sendo a população do Canadá quase seis vezes menor que a do Brasil.
• Identificar aspectos territoriais, populacionais e socioeconômicos do Canadá.
Objetivo:
3. a) Espera-se que os estudantes indiquem que há programas de imigração para empreendedores; refugiados e trabalhadores específicos.
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NÃO ESCREVA NO LIVRO.
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4 Analise a fotografia e explique em seu caderno a relação entre relevo, hidrografia e a produção de energia elétrica no Canadá.
Hidrelétrica na província de Alberta, Canadá, 2019.
Canadá: espaço econômico – 2019
divulgadas recentemente pela mídia para responder à questão.
Objetivo: • Identificar aspectos territoriais, populacionais e socioeconômicos do Canadá.
4. O relevo planáltico do Oeste e a presença de rios volumosos e com quedas-d'águas favorecem a construção de usinas hidrelétricas, como a da fotografia, propiciando a grande geração de energia elétrica.
Objetivo: • Compreender aspectos da relação entre sociedade e natureza no espaço geográfico do Canadá, reconhecendo as atividades econômicas desenvolvidas.
5. a) As Planícies Centrais constituem a região agrícola mais importante do país.
b) A indústria de papel. Essa atividade está relacionada à exploração de madeira.
c) A cada árvore derrubada, outra deve ser plantada.
Fluxos transfronteira Fluxo marítimo São Lourenço-Grandes Lagos
0 570
Indústrias de papel
Fonte: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna, 2019. p. 72.
a) Em qual porção do território canadense está concentrada a atividade agrícola, em especial o cultivo de cereais e a pecuária?
b) Que tipo de indústria foi destacada no mapa? Esse tipo de indústria relaciona-se com qual atividade econômica representada?
c) Como essa atividade econômica é conciliada com a preservação das florestas?
d) Cite outras importantes atividades econômicas desenvolvidas nesse país. Explique por que estão concentradas principalmente na parte sul do território.
e) Cite as cidades localizadas nas regiões industriais.
d) Indústria, policultura, pecuária leiteira e cultura de cereais, principalmente a do trigo. As principais atividades estão concentradas no Sul do país em razão de diversos fatores: faixa de fronteira com os Estados Unidos, país com o qual o Canadá tem grandes relações econômicas; maior concentração populacional; condições climáticas mais favoráveis às atividades agropecuárias.
e) Montreal, Toronto e Vancouver.
b) Espera-se que os estudantes reconheçam que o envelhecimento da população está associado à alta expectativa de vida e à baixa natalidade e que isso se reflete na disponibilidade de mão de obra. A criação dos programas de imigração visa reduzir a escassez de mão de obra e manter o desenvolvimento econômico do país, além de povoar o território.
c) Espera-se que os estudantes considerem que o Canadá adota uma postura de acolhi-
mento em relação aos refugiados. Espera-se, ainda, que reconheçam que muitos países adotam medidas restritivas à entrada e à permanência de refugiados em seus países, como acontece com alguns países da Europa e com os Estados Unidos. Se necessário, ajudá-los a retomar notícias recentes relacionadas a esse assunto que possam ajudar nessa reflexão. Orientar os estudantes a retomar o conteúdo da Unidade 2 e a pesquisar o assunto em notícias
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Objetivos: • Identificar atividades econômicas e áreas de produção e ocupação humana no território do Canadá. • Compreender aspectos da relação entre sociedade e natureza no espaço geográfico do Canadá, reconhecendo as atividades econômicas desenvolvidas.
5 Analise o mapa e faça as atividades em seu caderno.
OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO Baía de Hudson Grandes Lagos CírculoPolarÁrtico Vancouver Calgary Montreal Edmonton Winnipeg ALASCA (EUA) Toronto 90º O Chumbo e zinco Cobre Ferro Níquel Ouro Petróleo e gás Urânio Hidrelétrica Região industrial Policultura e pecuária leiteira Cultivo de cereais (trigo) Cereais e pecuária Exploração florestal Terras não cultivadas Fachada marítima ativa
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AUTUMN SKY PHOTOGRAPHY/SHUTTERSTOCK.COM
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6.
a) Canadá.
b) Estados Unidos.
c) Canadá.
d) Estados Unidos.
Objetivos: • Identificar aspectos territoriais, populacionais e socioeconômicos do Canadá. • Identificar aspectos territoriais, populacionais e socioeconômicos dos Estados Unidos.
7. a) As 13 faixas representam as 13 colônias fundadas no século XVI, durante o processo de colonização, e as 50 estrelas representam os 50 estados da federação estadunidense.
b) Federação significa um Estado descentralizado, no qual as Unidades Federativas (estados) têm autonomia política expressa em constituições próprias.
Objetivo: • Analisar a formação e a organização territorial e política dos Estados Unidos.
8. a) Nordeste, Planície Central, Sun belt e Oeste.
b) Nordeste e Sun belt.
c) Setores industriais e de inovação tecnológica.
Objetivos: • Analisar a formação e a organização territorial e política dos Estados Unidos. • Identificar as regiões geoeconômicas no território dos Estados Unidos, relacionando-as às principais atividades econômicas desenvolvidas.
9. Foi uma doutrina criada no século XVIII, segundo a qual os estadunidenses eram os escolhidos por Deus para se apropriar das terras entre o Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico, onde deviam construir uma grande nação.
Objetivos: • Analisar a formação e a organização territorial e política dos Estados Unidos. • Identificar as principais etapas e doutrinas do processo de expansão territorial dos Estados Unidos.
6 Identifique e anote em seu caderno o país da América Anglo-Saxônica ao qual se refere cada uma das afirmativas a seguir.
a) Tem o maior território da América e o segundo do mundo.
b) Na população de mais de 331 milhões de pessoas há grande quantidade de hispânicos e descendentes.
c) A maior parte da população está concentrada na fronteira com o país vizinho.
7 Bandeiras de países, muitas vezes, representam elementos significativos do território.
Analise a bandeira dos Estados Unidos e, em seu caderno, responda às questões.
a) As 13 faixas horizontais estão ligadas à organização territorial durante a colonização e as 50 estrelas, à organização atual. O que elas significam?
b) Os Estados Unidos são uma federação. O que significa isso?
8 Analise o mapa e responda às questões em seu caderno.
a) Quais regiões econômicas dos Estados Unidos foram representadas no mapa?
b) Considerando a classificação das cidades na hierarquia urbana, em quais regiões se concentram as cidades mais importantes dos Estados Unidos?
c) Quais são as principais atividades econômicas desenvolvidas nessas regiões?
Estados Unidos: organização do espaço – 2019
10. A imigração europeia, principalmente de ingleses e alemães, foi fundamental para ocupar os territórios conquistados no Oeste, no século XIX, quando foi criada a lei conhe-
0 Denver Nova Orleans
Ciudad Juárez
CANADÁ MÉXICO
Montreal
Detroit
Quebec Nova York WASHINGTON
Planície Grandes Lagos 40ºN
Metrópole mundial (principal)
Chicago
St. Louis Cincinnati
Espaço integrado com dinamismo transfronteiriço Vancouver San Francisco Los Angeles Tijuana Phoenix
Toronto Minneapolis Dallas Houston
Atlanta
Pittsburgh Miami
Golfo do Boston
Metrópole mundial Grandes centros dinâmicos
Metrópole mundial Grandes centros dinâmicos
Espaço integrado com dinamismo transfronteiriço
Central: periferia muito integrada ao centro Sun Belt: espaço dinâmico e atrativo Oeste: espaço pouco povoado. Dinamismo localizado 100º O Seattle
mundial (principal) Interface marítima
Sun Belt: espaço dinâmico e atrativo
Oeste: espaço pouco povoado. Dinamismo localizado 0 422
Fluxo de população, capitais e atividades (deslocalização)
Fluxo de população, capitais e atividades (deslocalização)
Fonte: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna, 2019. p. 75. A reprodução do mapa foi feita de acordo com a fonte citada, na qual não constam os estados do Alasca e do Havaí.
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cida como Homestead Act (Lei de Propriedade Rural), que distribuía terras aos interessados a preços simbólicos para se fixarem na região.
11. a) A saída para os oceanos Atlântico e Pacífico e a capacidade econômica e militar estadunidense.
Objetivos: • Analisar a formação e a organização territorial e política dos Estados Unidos.
• Identificar as principais etapas, doutrinas e políticas do processo de expansão territorial dos Estados Unidos. • Compreender o papel dos imigrantes europeus para ocupação dos territórios conquistados a Oeste pelos Estados Unidos.
b) A América Latina e o oceano Pacífico.
c) Os estudantes poderão citar o arquipélago do Havaí (1898), as Ilhas Filipinas (1898), as Ilhas Samoa (1899) e Ilha Guam (1898).
Objetivo: • Compreender fatores que explicam a consolidação do papel hegemônico no âmbito econômi-
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OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO Golfo do México Grandes Lagos 40ºN 100º O Seattle Vancouver San Francisco Los Angeles Boston Montreal Quebec Nova York CANADÁ MÉXICO Miami Toronto Metrópole
422 OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO
Nordeste: polos de decisão e comando de influência mundial México
Interface marítima
Nordeste: polos de decisão e comando de influência mundial
Planície Central: periferia muito integrada ao centro
d) As maiores concentrações populacionais estão no Nordeste, na região dos Grandes Lagos e na Costa Oeste.
9 Explique com suas palavras o que foi a doutrina do Destino Manifesto.
10 Explique a importância da imigração europeia no século XIX para a efetivação da ocupação do Oeste dos Estados Unidos.
11 Analise novamente o mapa “Mundo: imperialismo estadunidense – séculos XIX-XX”, da página 124, e responda às questões.
a) Do ponto de vista geopolítico e da configuração territorial, que fatores contribuíram para o domínio de territórios pelos estadunidenses ao redor do mundo?
b) Quais regiões do globo os Estados Unidos privilegiaram para expandir seus domínios?
c) Cite duas ilhas ou arquipélagos do oceano Pacífico dominados ou anexados pelos Estados Unidos no final do século XIX.
12 Ao longo de sua história, os Estados Unidos utilizaram a defesa dos valores democráticos como argumento para realizar intervenções militares e aplicar sanções políticas e econômicas em diversas regiões do globo. A “Guerra contra o Terror”, iniciada após os atentados de 11 de setembro de 2001, exemplifica bem a política externa estadunidense. Leia a declaração dada por George Bush e responda às questões em seu caderno.
Nossa guerra contra o terrorismo começa com a Al Qaeda, mas não se encerrará com ela. Não terminará até que todos os grupos terroristas de alcance mundial tenham sido identificados, detidos e derrotados.
BUSH, George W. Address to a Joint Session of Congress and the American People. The White House. Washington, D.C., 20 set. 2001. Disponível em: https:// georgewbush-whitehouse.archives.gov/news/releases/2001/09/20010920-8.html. Acesso em: 21 abr. 2022. Traduzido pelos autores.
a) Quais ações foram tomadas pelo governo Bush na “Guerra contra o Terror”?
b) Quais foram as principais consequências dessas ações no plano internacional?
13 Analise a charge e responda às questões em seu caderno.
a) Quem é a personagem representada na charge?
b) Por que seu nome está associado a incertezas no cenário global?
14 Analise a transição do governo de Donald Trump para Joe Biden nos Estados Unidos em 2021.
co e militar dos Estados Unidos no espaço geográfico mundial.
12. a) O Governo Bush enviou tropas militares e ocupou o Iraque e o Afeganistão em 2001 e 2003. Para combater o terrorismo, e em nome da segurança dos cidadãos, adotou medidas de restrição ao direito de circulação dentro dos EUA, liberou a autorização de escutas telefônicas e interceptação de e-mails, instaurou a proibição de reuniões e manifes-
tações, além da ordenação de prisões sem ordem judicial ou elementos para acusação, realizadas com base em “suspeitas”.
b) Os países ocupados pelas forças militares estadunidenses tiveram sua organização política desestruturada, gerando caos político, econômico e social, criando condições para a emergência de grupos fundamentalistas, entre os quais o Estado Islâmico é o mais bem-sucedido.
Objetivo: • Compreender aspectos da política externa dos Estados Unidos no século XXI, relacionando-a ao envolvimento em conflitos externos e à chamada “Guerra ao Terror”.
13. a) A charge representa Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos (2017 a 2021).
b) A era de incertezas está ligada à sua chegada ao poder, pois representou uma ruptura política em relação à abertura e à diplomacia que vinha sendo adotada por Barack Obama. Trazendo de volta uma política protecionista e de isolamento dos Estados Unidos, as medidas adotadas por Trump nos primeiros anos de seu governo criaram tensões e desequilíbrios na geopolítica mundial.
Objetivo: • Identificar as principais rupturas na política externa estadunidense entre os governos Obama e Trump.
14. A transição do governo de Donald Trump para Joe Biden foi marcada por acusações de fraude nas eleições e invasão do Capitólio por partidários do ex-presidente.
Objetivo: • Analisar as tensões políticas e sociais da transição do governo Trump para Joe Biden.
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Competências
• Gerais: 1, 2, 3, 6 e 10
• Ciências Humanas: 1, 2, 4 e 5
• Geografia: 3 e 5
Habilidades
• Trabalha-se a habilidade EF08GE07 com foco em analisar os impactos geoeconômicos, geoestratégicos e geopolíticos da ascensão dos Estados Unidos no cenário internacional em sua posição de liderança global e na relação com o Brasil.
• A habilidade EF08GE09 é contemplada com ênfase em analisar padrões econômicos mundiais de produção, distribuição e intercâmbio dos produtos, tendo como referência os Estados Unidos.
• Atende-se à habilidade EF08GE20 com foco em analisar características de países da América (Estados Unidos e Brasil) no que se refere aos aspectos políticos, econômicos e culturais.
Interdisciplinaridade com...
Língua Portuguesa:
• EF89LP24 Realizar pesquisa, estabelecendo o recorte das questões, usando fontes abertas e confiáveis.
• EF89LP25 Divulgar o resultado de pesquisas por meio de apresentações orais, verbetes de enciclopédias colaborativas, reportagens de divulgação científica, vlogs científicos, vídeos de diferentes tipos etc.
Língua Inglesa:
• EF08LI18 Construir repertório cultural por meio do contato com manifestações artístico-culturais vinculadas à língua inglesa (artes plásticas e visuais, literatura, música, cinema, dança, festividades, entre outros), valorizando a diversidade entre culturas.
• EF08LI19 Investigar de que forma expressões, gestos e comportamentos são interpretados em função de aspectos culturais.
Arte:
• EF69AR05 Experimentar e
CONHECIMENTO
EM AÇÃO
Influências dos Estados Unidos no Brasil
Existe uma forte influência estadunidense no campo cultural. Hábitos alimentares, idioma, moda e outros aspectos próprios do modo de vida estadunidense são difundidos por todo o mundo pelos meios de comunicação, seguindo a produção padronizada das multinacionais. Essas empresas fabricam e vendem mercadorias semelhantes às consumidas nos Estados Unidos e incorporam aspectos da cultura estadunidense ao setor de serviços. Analise as imagens e leia as informações.
Produtos para a festa de Halloween (Dia das Bruxas) à venda em loja brasileira, São Paulo (SP), 2021.
A salsicha, de origem alemã, popularizou-se nos Estados Unidos como ingrediente do hot dog (cachorro-quente). A partir dos anos 1950, o hot dog começou a se tornar um sucesso mundial. Na fotografia, pessoas comendo hot dogs em Osasco (SP), 2020.
A influência estadunidense também pode ser observada na introdução de palavras da língua inglesa no nosso vocabulário. Em textos escritos, palavras de língua estrangeira costumam ser grafadas em itálico, exceto os nomes próprios. Leia o trecho da música e faça as atividades.
Meu temperamento é light
Minha casa é hi-tech
Toda hora rola um insight
Já fui fã do Jethro Tull
Hoje me amarro no Slash
Minha vida agora é cool
Meu passado é que foi trash
SAMBA do approach. Intérprete: Zeca Baleiro. Compositor: Zeca Baleiro. In: VÔ IMBOLÁ. Rio de Janeiro: MZA, 1999. 1 CD, faixa 13.
analisar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etc.).
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• EF69AR06 Desenvolver processos de criação em artes visuais, com base em temas ou interesses artísticos, de modo individual, coletivo e colaborativo, fazendo uso de materiais, instrumentos e recursos convencionais, alternativos e digitais.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Nesta seção é possível desenvolver práticas de pesquisa como análise de mídias sociais, revisão bibliográfica, análise documental, observação, tomada de notas e construção de relatórios (conferir tópico Práticas de pesquisa nas Orientações gerais deste Manual). Também é possível trabalhar interdisciplinarmente com Língua Portuguesa, Língua Inglesa e Arte e com o tema contemporâneo transversal Multiculturalismo,
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NÃO ESCREVA NO LIVRO.
LÍNGUA PORTUGUESA LÍNGUA INGLESA ARTE CONEXÃO: e
ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA
RENATO S.
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CERQUEIRA/FUTURA PRESS
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Consultar comentários em Orientações didáticas.
1 O trecho é de uma música que faz uma crítica ao uso de palavras estrangeiras. Pesquise o significado das palavras estrangeiras e dos nomes próprios que encerram cada verso, no contexto usado na música.
2 Faça uma lista de palavras da língua inglesa que costumam ser usadas pelos brasileiros. Pesquise o significado delas de acordo com o contexto em que são usadas.
3 Em grupos, pesquisem aspectos variados da influência estadunidense no Brasil. Sigam as orientações.
Definição do tema
Cada grupo deverá se dedicar à pesquisa de um tema. Seguem algumas possibilidades:
Política: a política brasileira recebe influência da política estadunidense? Como? Buscar exemplos relacionados à história dos dois países.
Economia: de que forma a economia brasileira está relacionada à economia estadunidense? Quais são as relações comerciais estabelecidas entre os dois países?
Entretenimento: pesquisem, entre suas preferências, produções estadunidenses.
• Música: escutamos músicas feitas nos Estados Unidos? E a música brasileira, é influenciada pela produção estadunidense? Quais são essas influências?
• Cinema: assistimos às produções estadunidenses? Quais características do cinema estadunidense percebemos nas produções nacionais?
Pesquisa do tema
Uma vez escolhido o tema, pesquisem as informações necessárias para responder:
• Quando os Estados Unidos passaram a influenciar esse setor no Brasil?
• De que forma essa influência pode ser observada no cotidiano dos brasileiros?
• Vocês consideram essa influência positiva ou negativa? Por quê?
Anotem as informações em um arquivo digital e organizem uma apresentação que pode ser feita por vídeo, infográfico, música, desenho, pintura, história em quadrinhos, slides etc.
A divulgação pode acontecer por meio das mídias sociais da escola ou de grupos de familiares e amigos.
Orientar a pesquisa dos grupos indicando caminhos e mantendo a autonomia dos estudantes. Caso a escolha do tema seja música, trabalhar com cantores e bandas que eles tenham o hábito de escutar, como o funk carioca, que nasceu do rap, um movimento cultural estadunidense. Se o tema for moda, um ponto de partida interessante pode ser os estilos de roupa em que os estudantes se inspiram para se vestir ou marcas com as quais têm afinidade.
Realizar uma discussão com os estudantes, propondo questões motivadoras.
Acompanhá-los na elaboração da produção final, se possível com o apoio do professor de Língua Portuguesa ou de Arte. Orientar na produção de um roteiro ou um esboço, dependendo do tipo de produto escolhido. Durante as apresentações, enfatizar a importância da valorização do trabalho dos colegas. Encerrar com uma discussão sobre as aprendizagens desenvolvidas.
TEXTO COMPLEMENTAR
A globalização cultural contemporânea e os Estados Unidos
[...] Numa observação mais cautelosa pode-se chegar à percepção de que globalização cultural é um sinônimo para a americanização do mundo.
[...] as aspirações norte-americanas de imposição e exportação cultural são antigas e já se faziam notar desde a formação dos Estados Unidos e a conquista do oeste. A doutrina do Destino Manifesto, na primeira metade do século XIX, fornecia a base de sustentação moral e cultural para o expansionismo americano [...].
com destaque para Diversidade cultural Para isso, promover a leitura coletiva do texto da página 138 e as atividades 1 a 3.
Sobre a festa de Halloween, comentar que é uma tradição de origem britânica que foi levada para os Estados Unidos por imigrantes irlandeses no final do século XIX e modificada com o passar dos anos. Hoje é comemorada em vários países do mundo.
Sobre a salsicha e o hot dog, destacar que, em meados do século XIX, um cozinheiro alemão inventou um tipo de salsicha, e a batizou com o nome
da raça de seu cachorro, dachshund (cão bassê, que habitualmente chamamos salsichinha). Em cerca de 1880, Charles Feltman, um imigrante alemão, levou esse tipo de salsicha para os Estados Unidos e começou a vendê-la na forma de um sanduíche quente, contendo pão, salsicha e molhos, ao qual deu o nome de hot dachshund. Como o nome era difícil de pronunciar, acabou virando hot dog.
Na atividade 3, é possível incluir outros temas além dos sugeridos, como tecnologia, videogames, linguagem, e outros.
Para a doutrina, o povo americano é o eleito de Deus e sua expansão nada mais é do que a manifestação da vontade divina. [...]
[...] a exportação da cultura americana faz parte da própria cultura americana. [...]
REINO, João Luis Ribeiro. A globalização cultural e os Estados Unidos: o poder da internet como agente propagador de cultura. 2010. Trabalho de Conclusão (Especialização em Relações Internacionais) – Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2010. p. 25, 27-28. Disponível em: https://bdm.unb. br/bitstream/10483/1128/1/2010_JoaoLuis
RibeiroReino.pdf. Acesso em: 14 jul. 2022.
Organização dos dados e elaboração do produto final
E T A P A 1 E T A P A 2 E T A P A 3
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BNCC NA UNIDADE
Competências
Gerais: 1, 2, 4, 5, 7 e 9
Ciências Humanas: 1, 2, 3, 5, 6 e 7
Geografia: 1, 2, 3, 4, 5 e 7
Habilidades
Geografia:
• EF08GE05
• EF08GE10
• EF08GE15
• EF08GE18
• EF08GE24
• EF08GE03
• EF08GE07
• EF08GE11
• EF08GE16
• EF08GE20
• EF08GE04
• EF08GE08
• EF08GE13
• EF08GE17
• EF08GE22
Abertura da Unidade
BNCC
• A habilidade EF08GE20 é trabalhada com foco em analisar conhecimentos prévios sobre características de países da América Latina no que se refere aos aspectos populacionais e socioculturais (processo de colonização e influência dos povos pré-colombianos na cultura latino-americana).
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
A imagem na abertura da unidade remete a aspectos históricos da América Latina e tem como objetivo propor uma reflexão sobre o papel e a influência dos povos originários da região para a formação das características sociais, econômicas e culturais presentes nessa porção do continente. Destacar também que essas influências tiveram importante participação dos colonizadores europeus, especialmente espanhóis e portugueses.
Para ajudar na análise, solicitar aos estudantes que observem a imagem e leiam a legenda, comentando e explicando o que perceberam e entenderam. Retomar aspectos importantes da história do continente americano, considerando a chegada dos europeus como um divisor de águas.
É importante que os estudantes reconheçam que o continente
AMÉRICA LATINA: TERRITÓRIO E SOCIEDADE
A América Latina, antes da chegada dos europeus, era ocupada por diversos povos originários que muito influenciaram a formação da cultura latino-americana. A região também é formada por países que tiveram processos de colonização semelhantes e que, ao longo da história, se caracterizaram por apresentar aspectos políticos, culturais e socioeconômicos comuns.
americano já era habitado por diferentes povos antes da chegada dos europeus, que impuseram sua cultura, religião e modo de vida a essas populações. Vale retomar algumas características dos tipos de colonização implantados nessa porção do continente americano já estudados nas Unidades 3 e 4 deste volume. Ao final da análise, espera-se que os estudantes reconheçam que muitos aspectos culturais, sociais, econômicos e políticos dos países da América Latina estão asso-
ciados a esse passado histórico. Espera-se, ainda, que reconheçam a importância de ações voltadas para a preservação da cultura e do modo de vida das populações tradicionais como forma de resgatar e manter viva a identidade desses povos.
Para sistematizar essa conversa inicial, encaminhar as atividades propostas.
Na atividade 1, espera-se que os estudantes citem aspectos como a ocupação por povos originários de culturas diversificadas, o tipo de colo-
5
Festa do Sol, evento no qual se reverencia o Sol, Peru, 2022.
UNIDADE
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nização exploratória, o predomínio da colonização ibérica, os idiomas de origem latina, além de aspectos sociais, econômicos e políticos.
Na atividade 2, verificar o conhecimento dos estudantes sobre o assunto, incentivando-os a pensar em elementos indígenas presentes na cultura brasileira. Podem ser mencionados hábitos alimentares, influência linguística, manifestações de cultura tradicional etc.
Consultar respostas em Orientações didáticas.
Converse com os colegas e o professor sobre as questões a seguir.
1 Que características os países da América Latina compartilham?
2 Que aspectos da cultura latino-americana podem ser relacionados aos povos pré-colombianos? Considere em sua análise o caso do Brasil.
AMPLIANDO HORIZONTES Para o professor
• FURTADO, Celso. A economia latino-americana: formação histórica e problemas contemporâneos. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
O autor analisa as estruturas criadas ao longo do processo de colonização da América Latina e seu papel na economia dos países.
141
LEONARDO FERNANDEZ/GETTY IMAGES
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• Atende-se à habilidade EF08GE03 com foco em analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica (distribuição pelo território), considerando características da população latino-americana.
• A habilidade EF08GE05 é desenvolvida com ênfase em aplicar os conceitos de Estado, nação, território, país, com destaque para as situações geopolíticas na América e suas múltiplas regionalizações.
• Contempla-se a habilidade EF08GE20 com foco em analisar características de países da América Latina no que se refere aos aspectos populacionais e socioculturais.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Iniciar a aula retomando o conceito de região. Destacar que regionalizar países para efeito de estudo é uma tarefa complexa, pois, apesar de guardarem semelhanças, cada um apresenta particularidades que os distinguem uns dos outros. Esclarecer que, na regionalização adotada para esse estudo, a América Latina foi dividida em seis grandes grupos.
Existem controvérsias sobre quais países e territórios fazem parte da América Latina. Nesta obra, consideramos que a América Latina engloba os países e territórios do continente americano, com exceção dos Estados Unidos e Canadá.
Auxiliar os estudantes na leitura do mapa da página 142
Destacar os principais aspectos que caracterizam e definem cada uma das regiões representadas. Assim, por exemplo, na América Platina, a presença do Rio da Prata é o elemento dominante na paisagem. Já na América Andina, a cordilheira dos Andes se destaca, e assim por diante. Encaminhar as atividades 1 a 5, que auxiliam na análise e interpretação do mapa.
EXPLORANDO A AMÉRICA LATINA
A América Latina foi colonizada principalmente por portugueses e espanhóis. Apesar dos aspectos históricos e das semelhanças históricas, políticas, culturais e socioeconômicas entre os países que a constituem, essa região do continente americano é bastante diversa.
Divisão regional
A América Latina pode ser regionalizada com base em critérios físicos, econômicos, sociais, históricos ou, ainda, na combinação de dois ou mais desses critérios.
Analise o mapa. Ele representa a regionalização que será utilizada em seu livro para estudar aspectos dos países latino-americanos.
Faça as atividades em seu caderno.
1 Em quantas regiões a América Latina foi dividida? Quais são elas?
Seis regiões: México, América Central, América Andina, América Platina, Guianas e Brasil.
2 No seu entendimento, qual é a principal característica comum que serviu de critério para agrupar os países da América Central, Andina e Platina? E as Guianas?
3 O Brasil constitui uma região nessa proposta de regionalização. Justifique essa escolha.
4 Além do Brasil, que outro país constitui uma região? Ele faz fronteira com que região da América Latina?
Auxiliar os estudantes na elaboração das respostas. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas. Auxiliar os estudantes na apresentação das respostas. Consultar comentários em Orientações didáticas. México. América Central.
5 Que países latino-americanos não têm saídas para os oceanos? Em que regiões da América Latina eles estão localizados?
Bolívia (na América Andina) e Paraguai (na América Platina).
Atividade 2: os países da América Central têm como característica comum a localização no istmo que une os territórios das Américas do Norte e do Sul; os países da América Andina são atravessados pela cordilheira dos Andes; os países da América Platina são banhados pelos rios que compõem a bacia do Rio da Prata. As Guianas foram colonizadas por Holanda, Inglaterra e França e, portanto, não adotam nem o espanhol nem o português como língua oficial e se dife-
renciam culturalmente dos demais países latino-americanos.
Na atividade 3, espera-se que os estudantes reconheçam que o Brasil apresenta características históricas e econômicas distintas dos países vizinhos. Ao contrário dos demais, o Brasil foi colonizado por portugueses, tem dimensões continentais e responde pela maior economia regional.
Na página 143, promover a leitura coletiva do texto e do mapa “América Latina: densida-
BNCC ARGENTINA URUGUAI PARAGUAI BOLÍVIA PERU EQUADOR COLÔMBIA MÉXICO PANAMÁ COSTA RICA EL SALVADOR GUATEMALA BELIZE HONDURAS JAMAICA HAITI BAHAMAS REP. DOMINICANA ANTÍGUA E BARBUDA DOMINICA SANTA LÚCIA BARBADOS GRANADA S. VICENTE E GRANADINAS S. CRISTÓVÃO E NÉVIS TRINIDAD E TOBAGO PORTO RICO (EUA) NICARÁGUA CUBA VENEZUELA GUIANA OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO SURINAME GUIANA FRANCESA (FRA) BRASIL CHILE Trópico de Capricórnio Trópico de Câncer Equador ESTADOS UNIDOS 0° 80° O México América Central América Andina América Platina Guianas Brasil 0 975 DACOSTA MAPAS
1
Elaborado com base em: SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas. São Paulo: Ática, 2019. p. 53-55.
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América Latina: divisão regional
Território e população
A América Latina é formada por um conjunto de 33 Estados-nações e vários outros territórios que são possessões de países europeus ou dos Estados Unidos, que ocupam uma área territorial de aproximadamente 20 milhões de km2
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), a população latino-americana era estimada em 659,7 milhões de pessoas em 2021, totalizando 67% da população do continente americano. O Brasil e o México são os países mais populosos da região. A densidade demográfica (2021) era de 32,8 hab/km2. Analise o mapa.
América Latina: densidade demográfica – 2021
Tijuana
Na atividade 7, se julgar conveniente, comentar que, em 2020, quatro aglomerações urbanas latino-americanas estavam entre as maiores do mundo em população: São Paulo (Brasil) e Cidade do México (México), com 22 milhões de habitantes cada, Buenos Aires (Argentina), 15 milhões, Rio de Janeiro (Brasil), 13 milhões, e Bogotá (Colômbia), 11 milhões.
Ciudad Juarez
Monterrey
Guadalajara Puebla Cidade do México Guatemala San Salvador Tegucigalpa
Havana São Domingo Porto Príncipe
Mérida
Barranquila Maracaibo
Panamá Manágua
Cartagena
Cali Medellin
San Juan Caracas
Valencia
Quito La Paz
Lima
Bogotá Brasília
León Trópico de Câncer Trópico
)
Na atividade 8, espera-se que os estudantes indiquem que os vazios demográficos da América Latina coincidem com as áreas de ocorrência de grandes cordilheiras, como os Andes, e da Floresta Amazônica, além da ocorrência de climas desérticos e semiáridos.
Mais de 200
De 100 a 200
De 50 a 100
De 25 a 50
De 10 a 25
De 1 a 10
De 0 a 1 Área desabitada
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Assunção Buenos Aires
De 2,5 a 5
De 5 a 10
Mais de 10
Santiago Montevidéu
Faça as atividades em seu caderno.
Fonte: ISTITUTO GEOGRAFICO DE AGOSTINI. Atlante geografico metodico De Agostini. Novara: Istituto Geografico de Agostini, 2021. p.136;
6 Quais são as áreas da América Latina mais densamente povoadas? Que fatores podem explicar esse padrão de distribuição da população?
Orientar os estudantes a analisar o mapa para responder à questão. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
7 Cite o nome de três cidades latino-americanas cujas áreas metropolitanas ultrapassam os dez milhões de habitantes.
Cidade do México (México), São Paulo e Rio de Janeiro (Brasil), Buenos Aires (Argentina).
8 Com base nos estudos sobre os aspectos naturais do continente americano, realizados na Unidade 3, explique a ocorrência dos “vazios demográficos” na América Latina (áreas com até 1 hab./km2). Se necessário, consulte o mapa “América: físico”, na página 92.
Orientar os estudantes a analisar os mapas indicados para responder à questão. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
Para evitar generalizações, sugerir aos estudantes que elaborem um quadro dos países latino-americanos, abordando aspectos relacionados a natureza, economia e sociedade, bem como questões da atualidade. O quadro pode ser preenchido ao longo do estudo da Unidade.
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de demográfica – 2021”. Explicar que os dados apresentados têm o objetivo de posicioná-los em relação aos aspectos da dinâmica demográfica da população latino-americana. Encaminhar as atividades 6 a 8, que auxiliam na sistematização dos dados e informações.
Na atividade 6, espera-se que os estudantes indiquem as faixas litorâneas do oceano Pacífico no México e na América Central, e do oceano Atlântico na América do Sul. Também poderão
indicar as áreas onde estão situadas as grandes metrópoles latino-americanas, como a Cidade do México, Buenos Aires, São Paulo, Rio de Janeiro, Lima e Bogotá. Esse padrão de distribuição da população está relacionado ao processo de colonização e ocupação territorial, sendo as faixas litorâneas e proximidades as primeiras a serem ocupadas e, portanto, abrigam núcleos urbanos antigos que se desenvolveram e hoje são grandes metrópoles.
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156. São Paulo Belo Horizonte Goiânia Guayaquil Santa Cruz de la Sierra Salvador Recife Rio de Janeiro Curitiba Porto Alegre Córdoba Rosário Fortaleza Belém São Luís Manaus ESTADOS UNIDOS Fronteira De 0,5 a 1 De 1 a 2,5 De 2,5 a 5 Mais de 5 Habitantes nos aglomerados urbanos ou áreas metropolitanas (em milhões) De 1 a 2,5 Habitantes nos centros urbanos (em milhões) Densidade da população (habitantes por km2
de Capricórnio
60° O
PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO 0º
926 SONIA VAZ 143
Equador
OCEANO
0
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• A habilidade EF08GE05 é trabalhada com ênfase em aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o entendimento de situações geopolíticas na América e suas múltiplas regionalizações a partir do pós-guerra.
• Atende-se à habilidade EF08GE07 com ênfase em analisar os impactos geoestratégicos e geopolíticos da ascensão dos Estados Unidos da América no cenário internacional em sua posição de liderança global e na relação com a América Latina.
• A habilidade EF08GE08 é contemplada com foco na análise da situação do Brasil e de outros países da América Latina e dos EUA na ordem mundial do pós-guerra.
• Analisar problemáticas comuns às grandes cidades latino-americanas, particularmente aquelas relacionadas às condições de vida, é o enfoque no trabalho com a habilidade EF08GE16.
• Contempla-se a habilidade EF08GE20 com foco em analisar as características de grupos de países da América no que se refere aos aspectos políticos, com destaque para o processo de redemocratização a partir dos anos 1980.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Promover a leitura compartilhada do texto da página 144 Fazer paradas para comentários e esclarecimentos de dúvidas. Salientar que os dados apresentados no texto foram levantados pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), criada em 1948 pela Organização das Nações Unidas, com o objetivo de monitorar as políticas para o desenvolvimento econômico da América Latina e contribuir para reforçar as relações econômicas entre os países da região e entre estes e os demais Estados-nação do mundo (ver seção Ampliando horizontes). Explicar o conceito de po-
Aspectos socioeconômicos e políticos
A América Latina engloba os países menos desenvolvidos do continente americano, em oposição à parte desenvolvida, a América Anglo-Saxônica. As diferenças socioeconômicas entre as duas regiões estão relacionadas, principalmente, a questões históricas e políticas.
Desde a independência, os Estados latino-americanos apresentam problemas semelhantes: má distribuição de renda e de terras, dependência de capitais e de tecnologia de países desenvolvidos, além de condições de vida precárias para grande parcela da população.
Apesar de algumas melhoras, estudos recentes da Cepal mostram que o percentual de pessoas vivendo em situação de pobreza na América Latina ainda é elevado. A pandemia de covid-19, iniciada em 2020, teve grande impacto sobre esses indicadores. Segundo dados de 2020:
• cerca de 21% (mais de 138 milhões de pessoas) moram em comunidades;
Cepal: Comissão Econômica para a América Latina. Faz parte da ONU e foi fundada em 1948 para contribuir com o desenvolvimento econômico e social da região.
Pobreza extrema: situação na qual as pessoas vivem com menos de 1,90 dólar por dia.
• 33% da população da América Latina (204 milhões de pessoas) é considerada pobre;
• 13,1% vivem em situação de pobreza extrema (81 milhões de pessoas), com deficiências críticas de acesso a educaçao, saneamento básico, água tratada, alimentaçao adequada, moradia digna, atendimento médico-hospitalar, entre outros serviços básicos.
Alguns problemas sociais, como moradias precárias e carência de infraestrutura, podem ser percebidos nas paisagens das grandes cidades da América Latina. Analise a imagem.
Resposta
breza extrema e destacar a situação de milhões de pessoas que vivem nessa condição na América Latina. Na sequência, solicitar aos estudantes que observem a fotografia e propor questões como: O que a imagem mostra? Quais elementos estão presentes nela? Qual país ela retrata? Ela tem semelhanças com a paisagem do lugar onde você mora ou com paisagens que você conhece pelos meios de comunicação?
Depois dessa análise, encaminhar a atividade 1. Os estudantes podem apontar diversos fato-
res. Espera-se, contudo, que eles reconheçam que a presença das comunidades, favelas ou aglomerados subnormais nos países da América Latina está ligada, sobretudo, a questões históricas, políticas e econômicas. Entre os aspectos que podem ser apontados estão o êxodo rural, a urbanização acelerada e desordenada, as falhas nas políticas públicas de desenvolvimento econômico e social etc.
Se julgar pertinente, relacionar a fotografia da periferia de Caracas (Venezuela) à realidade
BNCC
1 Que fatores estariam relacionados à formação de comunidades como essa nos países da América Latina?
Periferia de Caracas, capital da Venezuela, 2021.
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pessoal. Orientar os estudantes na elaboração da resposta. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
Politicamente, a América Latina foi marcada pela dependência em relação aos países europeus e, depois, aos Estados Unidos, que consideravam a região estratégica à sua política externa.
Conforme estudado na Unidade 4, os Estados Unidos criaram políticas como a Doutrina Monroe e o Big Stick para manter a América Latina subordinada aos seus interesses. Esse modelo foi bem-sucedido pois o governo estadunidense favorecia e era apoiado pelas elites locais, que muitas vezes estiveram à frente de golpes de Estado que implantaram ditaduras militares em vários países.
A partir da década de 1980, vários países latino-americanos iniciaram processos de redemocratização. No entanto, muitos deles ainda enfrentam instabilidades políticas, relacionadas principalmente à corrupção e à credibilidade dos governos e instituições.
Golpe de Estado: derrubada de governos constitucionalmente legítimos por forças contrárias a eles. Redemocratização: processo de adoção de governos democráticos e eleições livres por Estados que viviam sob ditaduras.
O movimento Diretas Já, ativo entre 1983 e 1984, reuniu os principais partidos de oposição ao regime militar e inúmeras organizações da sociedade civil para pedir o retorno das eleições diretas para a presidência da República. Comícios, marchas e passeatas foram organizados em todo o Brasil para pedir a redemocratização e mudanças na economia, que passava por uma grave crise no período.
Após a redemocratização, com o objetivo de reforçar a identidade regional e a integração política e econômica, vários países latino-americanos têm buscado diferentes formas de aproximação. Um exemplo de integração é a formação de alianças políticas e de blocos econômicos, estudados na Unidade 3. No entanto, tentativas e efetivações de acordos econômicos são dificultadas pelo fato de a região ainda ser bastante integrada à economia de países mais ricos, com os quais mantém fortes relações econômicas.
É oportuno levantar questões atuais da política dos países da América Latina. Usar manchetes ou notícias de jornal pode ser uma estratégia interessante para abordar temas da atualidade.
TEXTO COMPLEMENTAR
FICA A DICA
Brasil Latino: Fábia Veçoso e as intervenções na América Latina. Marco Piva. Jornal da USP, 27 jul. 2020. Disponível em: https://jornal.usp.br/podcast/brasil-latino-fabia-vecoso-e-as-intervencoes-na-americalatina/. Acesso em: 10 maio 2022.
Nesse podcast, a jurista Fábia Veçoso fala sobre as intervenções militares de países europeus e dos Estados Unidos na América Latina do ponto de vista do direito internacional.
[...] O fim das ditaduras trouxe para os países do continente não a democracia social, junto com a nova institucionalidade política, mas novas formas de hegemonia do grande capital – desta vez liderada pelo capital financeiro, sob sua modalidade especulativa –, conformadas nas políticas e no modelo neoliberal. A mercantilização das nossas sociedades assumiu proporções inusitadas – indo de empresas estatais à educação, da saúde à água –, não poupando nada e tratando de submeter tudo à sua lei do “tudo tem preço, tudo se vende, tudo se compra”, como se tivéssemos deixado de ser sociedades e nações para sermos transformados em shopping centers
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de cidades brasileiras. Lembrar que o Brasil é um país que faz parte da América Latina e, como tal, apresenta questões socioeconômicas semelhantes à maioria dos países da região.
Na página 145, ao tratar os aspectos políticos que envolvem a América Latina, destacar a dependência política e econômica em relação aos países desenvolvidos ao longo da história e comentar que os Estados Unidos passaram a voltar a atenção para a região como importante área de influência, com a vitória de Fidel Castro
na Revolução Cubana, em 1959, e a aproximação de Cuba com a URSS. No contexto da Guerra Fria, o objetivo era barrar o avanço do comunismo na América Latina. Entre as estratégias adotadas destacam-se as intervenções militares (ver boxe #Fica a dica) e a instalação de ditaduras militares em grande parte dos países latino-americanos ao longo do século XX. O texto do sociólogo brasileiro Emir Sader, presente na seção Texto Complementar, pode ajudar a aprofundar o tema.
Apesar das enormes transformações que começaram a ser introduzidas no continente, o processo de industrialização substitutiva de importações logo se chocou com a dependência de investimentos e empréstimos externos, e sobretudo não impediu que o nosso continente passasse a deter o privilégio de ser a região mais desigual e, portanto, mais injusta do mundo. Dentro dessa situação, o Brasil destaca-se como a economia mais desenvolvida e a sociedade mais injusta entre as mais injustas
SADER, Emir et al. (coord.). Latinoamericana: enciclopédia contemporânea da América Latina e do Caribe. São Paulo: Boitempo; Rio de Janeiro: UERJ, 2006. p. XXIX-XXXII.
O movimento Diretas Já reivindicou a redemocratização do Brasil. Fotografia de 1984.
# RENATO DOS ANJOS/FOLHAPRESS
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• Atende-se à habilidade EF08GE16 ao analisar as principais problemáticas comuns às grandes cidades latino-americanas, particularmente aquelas relacionadas à distribuição da população e às condições de vida e trabalho.
• A habilidade EF08GE17 é trabalhada com ênfase em analisar as consequências da segregação espacial para as populações mais pobres.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Promover a leitura coletiva do texto e dos gráficos das páginas 146 e 147 . Destacar que o processo de urbanização, além de a população urbana superar a população rural, envolve outros aspectos, como as transformações ocorridas nas atividades rurais, no trabalho e nos hábitos e costumes das pessoas, nas relações entre campo e cidade, no aprofundamento das desigualdades etc.
Identificar as principais causas da segregação espacial e das desigualdades sociais nas cidades. Destacar, nesse contexto, o elevado percentual (50,9%) da população urbana latino-americana que, em 2020, trabalhava no setor informal. Explicar o conceito de trabalho informal e ressaltar que, em 2021, de cada 100 empregos novos criados, 70 foram informais. Ressaltar que grande parcela das pessoas que estão na informalidade é constituída por trabalhadores sem vínculo empregatício, como muitos vendedores ambulantes, trabalhadores da construção civil (pedreiros e ajudantes) e faxineiras. Se julgar adequado, encaminhar a atividade 1 para auxiliar na sistematização dessa parte do conteúdo apresentado.
Comentar que o trabalho informal e a baixa renda dos trabalhadores estão entre os fatores que explicam a segregação espa-
2 ESPAÇO URBANO E RURAL
Na América Latina, os espaços rural e urbano articulam-se por meio de dinâmicas semelhantes em vários países. A principal delas é a relação entre a concentração de terras e a migração do campo para as grandes e médias cidades, fatores responsáveis pela pobreza e pela desigualdade social em ambos os espaços.
Urbanização desordenada e desigual
Em 70 anos, a população urbana na América Latina praticamente dobrou. Analise o gráfico.
Elaborado com base em: LA COMISIÓN ECONÓMICA PARA AMÉRICA LATINA. Población en situación de pobreza extrema y pobreza según área geográfica. Santiago: Cepal, [2022]. Disponível em: https://statistics.cepal.org/ portal/cepalstat/dashboard. html?indicator_id=3328&area_ id=927&lang=es. Acesso em: 12 maio 2022.
Entre as décadas de 1950 e 1980, o rápido crescimento das cidades aprofundou as desigualdades sociais já existentes. Um número cada vez maior de pessoas passou a viver em moradias precárias, houve aumento do trabalho informal, do desemprego e da criminalidade. Nesse contexto, os Estados se mostram incapazes de oferecer infraestrutura adequada de serviços básicos, agravando problemas socioambientais.
cial, com as populações mais pobres ocupando as áreas periféricas, carentes de infraestruturas e serviços e áreas de risco como encostas de morros ou planícies de inundação, sujeitas a enchentes. A moradia adequada é um direito humano garantido pela Organização das Nações Unidas e nas constituições de muitos países latino-americanos. Destacar que, no entanto, milhões de pessoas na América Latina e no mundo não têm acesso a esse direito. Essa discussão possibilita
Trabalho informal: tipo de trabalho no qual não há registro em órgãos de governo. Assim, as pessoas que estão no setor informal deixam de ter os direitos trabalhistas garantidos por lei.
desenvolver os temas contemporâneos transversais Economia, com destaque para o Trabalho e Cidadania e civismo, com ênfase para Educação em direitos humanos
Outro aspecto a ser destacado nesta dupla de páginas é a dificuldade de locomoção enfrentada pela população das cidades latino-americanas que vivem nas periferias. O tempo gasto de casa para o trabalho e do trabalho para casa é motivo de stress e fadiga dos trabalhadores urbanos.
BNCC
América Latina: evolução da população rural e urbana – 1950-2050 41,3 58,7 49,4 50,6 42,7 57,3 64,6 35,4 29,3 70,7 24,5 75,5 21,4 78,6 81,2 18,8 16,4 83,6 14,2 12,2 85,8 87,8 0 20 40 60 80 100 (%) 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050 Ano População urbana População rural
SONIA VAZ 146 D2-GEO-F2-2106-V8-U5-140-171-LA-G24_AV.indd 146 21/08/2022 13:34 146
De acordo com dados da Cepal, em 2020, 50,9% da população urbana da América Latina trabalhava no setor informal. Com a pandemia de covid-19, esse quadro foi agravado. Em 2021, 70% dos novos empregos criados estavam nesse setor.
Essa desigualdade na estrutura social deu origem a cidades fragmentadas, que têm a segregação espacial como principal forma de organização do território, com áreas centrais valorizadas, por serem mais bem dotadas de infraestrutura e serviços, e áreas periféricas, geralmente situadas em áreas de risco e ocupadas pelas populações mais pobres, penalizadas com carência de serviços e infraestrutura.
1 Analise o gráfico a seguir e responda às questões em seu caderno.
América Latina: taxa de informalidade do trabalho em países selecionados – 2019
1. a) Auxiliar os estudantes a analisar o gráfico para elaborar as respostas. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Proponha aos estudantes esta atividade: Você vive em uma cidade com mais de 1 milhão de habitantes? Em caso positivo, descreva o cotidiano das pessoas. Em caso negativo, como você imagina que seja viver em cidades tão populosas? Escreva um texto sobre o assunto, exponha suas ideias para os colegas e o professor e troquem opiniões sobre as vantagens e as desvantagens de viver em grandes centros urbanos.
Resposta: Embora as respostas sejam pessoais, espera-se que os alunos indiquem como vantagens a diversidade de serviços, maiores opções de lazer, trabalho e de cultura. Entre as desvantagens, destacam-se aspectos como problemas de mobilidade urbana, poluição, custo de vida, segregação espacial etc.
Fonte: FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL. A dinâmica do mercado de trabalho e a informalidade ao longo do ciclo econômico na ALC. Washington, D.C.: FMI, out. 2019. p. 3. Disponível em: https://www.imf.org/~/media/Files/ Publications/REO/WHD/2019/October/Portuguese/ por-labor-market.ashx. Acesso em: 17 maio 2022.
a) Que relações podemos estabelecer entre renda e informalidade no trabalho? Exemplifique com base em informações do gráfico.
b) É correto afirmar que as taxas de informalidade na América Latina são heterogêneas? Justifique sua resposta. Auxiliar os estudantes a analisar o gráfico para elaborar as respostas. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
As moradias precárias instaladas em encostas de morros e às margens de rios e córregos representam um risco em períodos de chuvas intensas. Além disso, com a falta de saneamento básico, as pessoas ficam mais expostas a doenças.
A oferta reduzida de serviços de educação, saúde, empregos formais e lazer faz com que a população da periferia precise se deslocar para as áreas centrais usando o transporte público, cuja infraestrutura é muitas vezes deficitária. Estudos da Cepal mostram que, na América Latina, uma pessoa pode passar, em média, entre três e quatro horas de seu dia realizando o trajeto de casa para o trabalho. Assim, quanto mais distante do centro é sua moradia, mais tempo ela gasta.
Na atividade 1, item a, espera-se que os estudantes indiquem que, quanto mais baixa a renda, maiores as taxas de informalidade. Na faixa de renda entre 5.000 e 10.000 dólares, temos, para todos os países, maiores taxas de informalidade. Essas taxas vão caindo conforme a renda aumenta. No item b, espera-se que os estudantes respondam afirmativamente. A partir da leitura do gráfico, é possível verificar que, mesmo no caso de níveis de renda semelhantes, há dife-
renças nas taxas de informalidade, que podem ser explicadas por diversos fatores. O México, o Peru e a Argentina apresentam maiores taxas de informalidade que a Colômbia, o Brasil e o Chile, que é o país com menores taxas de informalidade entre os selecionados.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor
• CAVALCANTI, Lana de Souza. Estudar e ensinar as cidades latino-americanas: um desafio para o professor de geografia. Revista AGB XXIV: Ciência Geográfica, Bauru, v. XXIV, p. 44-58, jan./dez. 2020. Disponível em: https://www.agbbauru.org.br/ publicacoes/revista/anoXXIV_1/ agb_xxiv_1_web/agb_xxiv_1-03. pdf. Acesso em: 14 jul. 2022. Estudo que explora o ensino sobre a cidade articulando vida urbana e cidadania.
• CENTRO DE ESTUDOS DA METRÓPOLE. [S. l.], [20--]. Site Disponível em: http://200.144. 244.157:8000/resolution/. Acesso em: 14 jul. 2022.
Centro de pesquisa vinculado à USP-Fapesp que investiga problemas das metrópoles do Brasil e de outros países.
YURI
CORTEZ/AFP
PIB real per capita 30 20 40 50 70 100 60 90 80 10 000 5 000 15 000 20 000 25 000 Taxa de informalidade do trabalho (%) Peru México Colômbia Argentina Brasil Chile SONIA VAZ 147
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Competências
Gerais: 1, 5, 7 e 9
Ciências Humanas: 1, 2, 3 e 6
Geografia: 1, 3, 5 e 7
Habilidades
• A habilidade EF08GE16 é trabalhada com ênfase em analisar problemáticas comuns às grandes cidades latino-americanas, particularmente aquelas relacionadas à estrutura e às condições de vida.
• Atende-se à habilidade EF08GE17 com ênfase em analisar a segregação socioespacial em ambientes urbanos da América Latina, com atenção especial ao estudo de favelas.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
A temática trabalhada nesta seção possibilita desenvolver o tema contemporâneo transversal Cidadania e Civismo, com destaque para Educação em direitos humanos Para isso, incentivar a leitura compartilhada dos textos e imagens das páginas 148 e 149. Fazer paradas para comentários e esclarecimentos de dúvidas. Comentar que as desigualdades econômicas e sociais da América Latina estão impressas na paisagem da maioria das grandes cidades desses países, sendo observadas também nas médias e pequenas. Nesse sentido, vale pedir aos estudantes que analisem e reflitam sobre a paisagem do lugar onde vivem, identificando nela essa realidade.
Explorar o conceito de assentamentos informais e citar os vários exemplos que se enquadram nesse contexto. Se julgar adequado, ler para os estudantes o excerto da seção Texto complementar. Evidenciar os aspectos comuns dos assentamentos informais e reafirmar a morada adequada como um direito humano. É importante destacar também que o acesso à moradia adequada não se refere apenas a se ter uma casa para morar, mas
Favelas na América Latina
Bairro marginal, assentamento, barriada, alagado, invasão, comunidade, favela. Em 2018, 20,9% da população urbana da América Latina vivia nesses assentamentos informais que, apesar de serem diversos e receberem nomes diferentes, apresentam características comuns.
De acordo com o Observatório de Favelas, os assentamentos informais são territórios que fazem parte das cidades, caracterizados pela:
• insuficiência de investimentos dos Estados e do mercado imobiliário, financeiro e de serviços;
• estigmatização socioespacial, principalmente por moradores de outras áreas da cidade;
• elevada taxa de subemprego e trabalho informal;
• predominância de autoconstruções e ocupação de áreas de risco;
• elevada densidade demográfica, acima da média do conjunto da cidade;
• presença de indicadores socioeconômicos, educacionais e ambientais abaixo da média do conjunto da cidade;
• exposição elevada da população à violência, acima da média do conjunto da cidade. Diante dos problemas enfrentados pelas populações das favelas latino-americanas, surgem ações de diversos setores da sociedade visando à melhoria das condições de vida. Um desses exemplos ocorreu em Medellín, cidade colombiana que, por muitos anos, teve sua imagem associada ao tráfico de drogas. Leia o texto na página a seguir.
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às condições de moradia “da porta para fora”, ou seja, ao acesso a bens, serviços e trabalho nas proximidades da moradia. Na seção Ampliando horizontes, sugerimos ao professor a leitura de uma entrevista de Raquel Rolnik para contribuir no aprofundamento do tema.
A seção também apresenta ações, na forma de experiências concretas, que visam à melhoria das condições de vida da população urbana, como no exemplo de Medellín, na Colômbia. Ao analisar o exemplo do metrocable dessa cidade,
pode ser feita uma comparação com o teleférico do Pão de Açúcar no Rio de Janeiro. A diferença principal é que o metrocable foi construído para o transporte da população da última linha do metrô ao mais alto ponto dos morros, onde se localizam assentamentos informais. Já no teleférico do Pão de Açúcar, os passageiros são turistas. Encaminhar as atividades 1 a 4 para sistematizar o conteúdo trabalhado.
Na atividade 1 , espera-se que os estudantes indiquem que os investimentos públicos
BNCC
TALES AZZI/PULSAR IMAGENS
E AGIR PENSAR NÃO ESCREVA NO LIVRO.
Favela de Paraisópolis, a maior da cidade de São Paulo, ao lado de condomínios de luxo. Fotografia de 2019.
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A outra imagem de Medellín
Medellín tem passado por mudanças urbanas e sociais importantes desde o início dos anos 1990. Infraestruturas de transporte, habitação e educação foram construídas, afetando, especialmente, as áreas da cidade habitadas pela população mais carente de recursos e oportunidades. [...]
Os Proyectos Urbanos Integrales (PUIs), lançados em 2004 pelas autoridades, são o resultado de um plano de “urbanismo social” baseado na ideia de uma política de desenvolvimento transparente, participativa e comunicativa, promovendo educação, inclusão, cultura, convivência e empreendedorismo. [...]
Entre as principais obras do projeto de “urbanismo social”, podemos citar: a implementação dos Metrocables (teleféricos urbanos), que permitiu o acesso à principal linha de metrô para populações de áreas informais da cidade; os projetos de habitação social nos mesmos bairros; a construção de bibliotecas públicas (os Parques-Biblioteca), que oferecem uma ampla gama de serviços para as comunidades do entorno; a construção e reforma de escolas e outras instalações públicas. [...]
CAPILLÉ, Cauê; REISS, Camille. Formas de mobilidade, visibilidade e poder em Medellín: Metrocable e Parques-Biblioteca. Revista Bitácora Urbano Territorial, v. 29, n. 3, p. 79-90, 2019. p. 81. Disponível em: https://www.redalyc.org/journal/748/74860961009/html/. Acesso em: 9 jun. 2022.
1 De acordo com o texto, que mudanças ocorreram em Medellín?
Consultar comentários em Orientações didáticas.
2 Realize uma pesquisa sobre indicadores socioeconômicos em comunidades da América Latina. Para isso, busque organizações oficiais e estudos acadêmicos que apresentem esses dados.
Consultar comentários em Orientações didáticas.
3 Reúnam-se em grupos com os colegas e, baseando-se nas informações obtidas na atividade 2, façam uma pesquisa sobre ações de governos ou de outras instituições para a melhoria nas condições de vida nas favelas de outros países da América Latina. Preparem um trabalho com fotografias, gráficos e textos e apresentem para o professor e os colegas.
4 Em grupo, discutam como as condições de moradia nas cidades latino-americanas poderiam melhorar. Elaborem uma lista de sugestões que poderiam ser viabilizadas.
Mediar as discussões entre os grupos. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
em infraestrutura, com a construção do metrocable ; projetos de habitação social; construção de bibliotecas públicas (os Parques-Biblioteca); construção e reforma de escolas e outras instalações públicas, permitiram o acesso de populações mais pobres ao centro desenvolvido. Na cidade, as obras promoveram educação, inclusão, cultura, convivência e empreendedorismo.
As atividades 2 e 3, possibilitam desenvolver práticas de pesquisa como revisão bibliográfi-
149
ca, análise documental, observação, tomada de notas e construção de relatórios. Ver tópico Práticas de pesquisa, das Orientações Gerais deste Manual.
Na atividade 4, é importante que os alunos discutam sugestões de melhoria nas cidades latino-americanas tomando por base a realidade mais próxima a eles, como a das cidades das UFs em que vivem. Também é importante orientá-los a pensar em sugestões de ações que sejam viáveis em cada realidade.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor
• ROLNIK, Raquel. Moradia é mais que um objeto físico de quatro paredes. E-metropolis: Revista eletrônica de estudos urbanos e regionais, ano 2, n. 5, p. 37-42, jun. 2011. Disponível em: http:// emetropolis.net/artigo/36?na me=moradia-e-mais-que-um -objeto-fisico-de-quatro-paredes. Acesso em: 15 jul. 2022. Para refletir sobre a ideia de moradia adequada, sugerimos a entrevista concedida por Raquel Rolnik, urbanista e ex-relatora da ONU. Para o professor e o estudante
• MEIRELLES, Renato; ATHAYDE, Celso. Um país chamado favela: a maior pesquisa já feita sobre a favela brasileira. São Paulo: Gente, 2014.
O livro é resultado de uma pesquisa em favelas brasileiras que apresenta informações reveladoras desse território, unindo a pesquisa científica com a vivência dos moradores.
TEXTO COMPLEMENTAR
O que é favela, afinal?
[...] Nós compreendemos que as favelas constituem moradas singulares no conjunto da cidade, compondo o tecido urbano, estando, portanto, integrado a este, sendo, todavia, tipos de ocupação que não seguem aqueles padrões hegemônicos que o Estado e o mercado definem como sendo o modelo de ocupação e uso do solo nas cidades. [...] uma definição de favela não deve ser construída em torno do que ela não possui em relação ao modelo dominante de cidade. Pelo contrário, elas devem ser reconhecidas em sua especificidade sócio territorial e servirem de referência para a elaboração de políticas públicas apropriadas a estes territórios. [...[
O QUE é a favela, afinal? Observatório de favelas. Rio de Janeiro, [30 jun. 2013]. Disponível em: http://observatoriodefavelas. org.br/wp-content/uploads/2013/06/O-que -e%CC%81-a-favela-afinal_OF.pdf. Acesso em: 15 jul. 2022.
JOAQUIN SARMIENTO/AFP
3. Os estudantes poderão pesquisar, por exemplo, diversos projetos de urbanização de favelas no Brasil e em outros países.
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O Metrocable foi construído em comunidades pobres de Medellín, Colômbia, 2022. D2-GEO-F2-2106-V8-U5-140-171-LA-G24_AV.indd
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• Contempla-se a habilidade EF08GE13 com ênfase em analisar a influência do desenvolvimento científico e tecnológico na caracterização dos tipos de trabalho e na economia do espaço rural da América Latina.
• Atende-se à habilidade EF08GE20 com foco em analisar características de grupos de países da América no que se refere aos aspectos populacionais e econômicos e discutir as desigualdades sociais e econômicas.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Na página 150, conversar com os estudantes sobre a situação em que vivem milhões de pessoas nas áreas rurais da América Latina. Destacar a pobreza, o êxodo rural como consequência direta da concentração de terras e do latifúndio, herança do período colonial.
Comentar sobre a importância da Revolução Mexicana para os processos de reforma agrária na América Latina e ressaltar as ações dos governos, latifundiários e grandes grupos empresariais no sentido de evitar a redistribuição de terras.
Na página 151, discutir o uso da tecnologia nas áreas rurais da América Latina. O conteúdo proposto possibilita desenvolver o tema contemporâneo transversal Ciência e tecnologia Para isso, promover a leitura coletiva do texto. Fazer paradas para comentários e esclarecimentos de dúvidas. Destacar as características da agricultura 4.0. Comentar com os estudantes que em 2021, segundo levantamento da Embrapa, 1 574 Agtechs estavam em atividade no Brasil, concentradas nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Esse padrão de distribuição territorial pode ser explicado pela concentração de complexos industriais nessas regiões. Além disso, a Região Su-
Áreas rurais: pobreza e concentração de terras
Em 2020, cerca de 125 milhões de pessoas viviam nas áreas rurais da América Latina, com percentual significativo de povos indígenas e afrodescendentes.
Na maioria dos países da região, quase metade da população rural vive em situação de pobreza multidimensional, ou seja, com renda inferior à média nacional, em situação de carência alimentar e cobertura deficiente de serviços básicos, como saúde e educação.
Além da pobreza, que leva as populações rurais a migrar para os grandes centros urbanos, as áreas rurais latino-americanas são marcadas por uma estrutura caracterizada pela concentração fundiária por grandes proprietários de terras e empresas multinacionais.
O predomínio do latifúndio é herança do processo de colonização europeia, em que os povos originários foram expropriados de suas terras e escravizados, trabalhando na produção de artigos de exportação (cana-de-açúcar, algodão, cacau, café etc.).
Apesar das discussões sobre a necessidade de uma reforma agrária na América Latina, iniciadas no século XX com a Revolução Mexicana (1910-1917), pouco mudou. As reformas iniciadas na região por movimentos revolucionários ou organizados pela sociedade civil acabam sendo dificultadas pelas ações dos governos, que muitas vezes são pressionados pelos latifundiários e grandes grupos empresariais.
Latifúndio: área extensa que pertence a um único proprietário, em que geralmente é praticada a monocultura. Reforma agrária: mudança na estrutura fundiária de um país ou região, visando à maior equidade na distribuição das terras.
Revolução Mexicana: revolta armada iniciada em 1910 no México, com o objetivo de derrubar o governo ditatorial de Porfírio Díaz e promover reformas sociais, com destaque para a reforma agrária.
Emiliano Zapata foi um dos líderes da Revolução Mexicana, cujo lema era “Terra e liberdade”. Ele dizia que “A terra é de quem a trabalha”, destacando a importância da reforma agrária. 150
deste se destaca no cenário nacional nas áreas de pesquisa e inovação, fatores que justificam a distribuição das Agtechs pelo território brasileiro. Discutir com os estudantes as desigualdades entre os produtores rurais no acesso às tecnologias e os impactos sociais do uso da tecnologia no campo, especialmente no mercado de trabalho. Se julgar adequado, sugerir aos estudantes a leitura dos artigos indicados na seção Ampliando horizontes
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Na atividade 1, que propicia a sistematização do conteúdo abordado, espera-se que os estudantes mencionem, na produção textual, que o emprego cada vez maior de tecnologias digitais no campo gera aprofundamento das desigualdades sociais ao expropriar os agricultores de suas propriedades e impor uma reorganização das relações trabalhistas pela diminuição da necessidade de mão de obra não qualificada, fazendo com que os trabalhadores rurais se sujeitem à in-
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GRANGER, NYC./ALAMY/FOTOARENA
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Tecnologia e trabalho no campo
A tecnologia tem ocupado cada vez mais espaço no setor agropecuário, com a presença de máquinas com inteligência artificial, conexão com internet 5G, softwares para tomada de decisões, sensores, drones e até robôs autônomos. A chamada agricultura 4.0 também é marcada pelo surgimento de startups de tecnologia, conhecidas como Agtechs Na América Latina, essas empresas estão a serviço do agronegócio e são instaladas nos países onde as monoculturas voltadas para a exportação e a pecuária intensiva se destacam, o que explica a predominância de Agtechs no Brasil (51% do total), seguido de Argentina (23%), Chile, Colômbia, Uruguai, Peru e México.
Software: programa ou conjunto de programas de computador.
Startup: empresa que cria produtos inovadores, geralmente soluções tecnológicas.
Agronegócio: conjunto de atividades e processos relacionados à agropecuária, que envolve desde a produção até a comercialização do produto. Muitas vezes, uma mesma empresa comanda todas essas atividades ou parte delas.
Bovinos identificados com brincos eletrônicos, controlados a distância, dotados de um chip que contém informações sobre localização e estado de saúde do animal.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor e o estudante
• SANTOS, João Vitor. Agricultura
4.0: o dilema dos avanços tecnológicos no campo e a volta ao Mapa da Fome. Instituto Humanitas Unisinos. São Leopoldo, 6 abr. 2021. Disponível em: https:// www.ihu.unisinos.br/159-noti cias/entrevistas/608091-agricul tura-4-0-o-dilema-dos-avancos -tecnologicos-no-campo-e-a-vol ta-ao-mapa-da-fome-entrevista -especial-com-fabiana-scoleso. Acesso em: 14 jul. 2022.
Artigo sobre os impactos das novas tecnologias na produção rural e na cadeia produtiva de alimentos. Para o professor
• ZAPAROLLI, Domingos. Agricultura 4.0. Pesquisa Fapesp, ed. 287, 16 jan. 2020. Disponível em: https://revistapesquisa. fapesp.br/agricultura-4-0/. Acesso em: 14 jul. 2022.
Artigo sobre os avanços das tecnologias digitais no campo e os obstáculos existentes.
O crescimento do uso de tecnologias, que promete maior produtividade e sustentabilidade, ainda não está disponível para os pequenos produtores, por causa do custo elevado e da precariedade da conectividade em certas áreas no campo. Em 2020, 63% dos moradores das áreas rurais latino-americanas não tinham acesso à internet.
As desigualdades também podem ser observadas quando analisamos as mudanças no mundo do trabalho. A mecanização dos processos de plantio e colheita tem substituído o trabalhador e reforçado relações precárias de trabalho, pautadas pela informalidade. Para permanecer no campo, muitos trabalhadores se sujeitam a trabalhos temporários e mal remunerados, cuja oferta também está diminuindo.
1 Elabore, em seu caderno, um texto explicando os impactos socioambientais causados pela utilização de tecnologias digitais no modelo do agronegócio na América Latina. Pesquise exemplos que confirmem sua argumentação. Consultar comentários em Orientações didáticas.
formalidade. Além disso, a utilização da tecnologia no agronegócio visa ampliar a produção para o mercado externo e, para isso, emprega fertilizantes e agrotóxicos que geram danos ambientais e continuam desmatando áreas de vegetação nativa.
Criação de bovinos em Londrina (PR), 2021.
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• Atende-se à habilidade EF08GE05 com foco em entender conflitos e tensões na contemporaneidade, com destaque para as situações geopolíticas na América.
• A habilidade EF08GE10 é trabalhada com ênfase em distinguir e analisar os movimentos sociais brasileiros, no campo e na cidade, comparando com outros movimentos existentes na América Latina.
• Atende-se à habilidade EF08GE11 com foco em analisar conflitos e tensões na América Latina.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
O conteúdo trabalhado nesta dupla de páginas destaca movimentos sociais nas cidades e no campo na América Latina. Ressaltar a importância desses movimentos, que se organizam para pressionar o governo a realizar as reformas necessárias para o atendimento das necessidades da população e melhoria de qualidade de vida. Comentar que os diferentes movimentos sociais são compostos por representantes da sociedade civil, como trabalhadores, classes médias, movimentos religiosos, estudantis e juvenis, feministas e ecológicos, entre outros.
Na página 152, destacar os movimentos que reivindicam moradias nas cidades brasileiras e venezuelanas. Apresentar para os estudantes o conceito de déficit habitacional, destacando que ele engloba o número de habitações precárias, em coabitação, o ônus excessivo do custo do aluguel para as famílias e a quantidade excessiva de moradores por dormitório em imóveis alugados. São considerados, nesse parâmetro, os domicílios alugados que possuem mais de três moradores por dormitório. Explicar que os principais fatores desse déficit são os altos preços do mercado imobiliário e os baixos salários.
Encaminhar a atividade 1 para auxiliar na sistematização dos
3 MOVIMENTOS SOCIAIS NA CIDADE E NO CAMPO
Diante das desigualdades existentes na América Latina, movimentos sociais – urbanos e rurais – começaram a se organizar no final do século XX contra políticas que mantêm as populações mais vulneráveis à margem da sociedade. Muitas vezes, as reinvindicações desses movimentos convergem, pois tratam do direito à moradia adequada, à propriedade da terra, ao emprego, à defesa dos direitos humanos, entre outros.
Nas cidades latino-americanas os principais movimentos sociais reivindicam o direito à cidade, que inclui acesso à moradia adequada, à mobilidade, ao saneamento básico, à liberdade de usufruir de espaços públicos e uma cidade que promova qualidade de vida para todos.
No Brasil, destaca-se o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que reivindica o direito à moradia por meio da organização dos trabalhadores urbanos que se encontram sem moradia própria e/ou não conseguem pagar o aluguel. O movimento também reivindica uma reforma urbana, visando à redução do déficit habitacional.
Reforma urbana: conjunto de políticas que visa democratizar os espaços das cidades (por meio de contenção da especulação imobiliária, combate aos imóveis ociosos e garantia de acesso à infraestrutura nas periferias).
As principais ações utilizadas pelo MTST são a ocupação de imóveis e terrenos, mobilizaçao dos trabalhadores e famílias para a construçao de casas em mutirões, além de marchas e manifestações com o objetivo de chamar a atenção do poder público para a importância da desapropriação de imóveis para moradia.
1 Leia o trecho da notícia a seguir e indique, em seu caderno, uma característica semelhante entre os movimentos dos trabalhadores sem teto no Brasil e na Venezuela. Consultar comentários em Orientações didáticas.
“Sem organização popular não se resolve a moradia”: conheça o movimento sem teto da Venezuela
Movimento Pobladores reúne cerca de 100 mil famílias e construiu oito conjuntos habitacionais com base na autogestão
MELLO, Michelle de. “Sem organização popular não se resolve a moradia”: conheça o movimento sem teto da Venezuela. Brasil de Fato, São Paulo, 7 ago. 2021. Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2021/08/07/sem-organizacao-popular-nao-se-resolve-amoradia-conheca-o-movimento-sem-teto-da-venezuela. Acesso em: 20 maio 2022.
conhecimentos sobre os movimentos sociais nas cidades. Como resposta, espera-se que os estudantes indiquem que tanto o MTST quanto o Movimento Pobladores estão pautados na participação popular, com protagonismo das famílias que participaram do processo de ocupação e regularização das áreas para construção de moradias.
O sistema de mutirão permite que os moradores participem ativamente de todas as etapas da construção, atendendo de forma mais efetiva às necessidades da comunidade. Se julgar pertinen-
te, citar outros movimentos por moradia no Brasil, como o Movimento Sem Teto do Centro (MSTC) e a União dos Movimentos de Moradia (UMM).
Na página 153, apresentar as principais características e ações de movimentos sociais que reivindicam, principalmente, a reforma agrária e o respeito às Leis trabalhistas no campo em países como o Brasil e o México. Promover a leitura coletiva do texto e utilizar a atividade 2 para sistematizar as semelhanças e as diferenças entre o MST e o EZLN.
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Prédio ocupado pelo MTST em São Paulo (SP), 2019.
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No campo, entre as reinvindicações dos movimentos sociais destacam-se a reforma agrária, o cumprimento de leis trabalhistas, a defesa da saúde do trabalhador rural e da agroecologia, o combate aos conflitos e à violência.
No Brasil, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é uma referência para outros movimentos sociais latino-americanos. Criado em 1984, o MST ocupa terras improdutivas onde instala acampamentos para que as famílias aguardem o processo de desapropriação e regularização para, finalmente, poderem ser assentadas.
Além das organizações de trabalhadores rurais, os movimentos indígenas (que também atuam nas áreas urbanas) reivindicam a regularização, a demarcação e a proteção de suas terras.
No México, o Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) se destaca. Criado em 1984, o movimento é formado principalmente por povos indígenas do estado de Chiapas, um dos mais pobres do país. As principais reivindicações do EZLN são democracia, autonomia, justiça, direito à terra, à moradia, à educação, à saúde e ao emprego.
O MST e o EZLN têm uma estratégia de comunicação sólida, utilizando a internet e as mídias sociais para divulgar suas ações e atrair apoiadores nos países onde atuam e no mundo.
2 Com base no conteúdo estudado, indique semelhanças e diferenças entre o MST e o EZLN. Caso necessário, pesquise informações complementares em jornais, revistas ou na internet. Consultar comentários em Orientações didáticas.
• Emprego: Frente de Desempregados Eva Perón e Movimento Independente dos Aposentados e Desempregados, na Argentina; Central Operária Boliviana.
• Direitos humanos: Comissão Pastoral da Terra (CPT), no Brasil; Avós da Praça de Maio, na Argentina.
• Direitos dos povos indígenas: Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) e Confederação de Nacionalidades Indígenas da Amazônia Equatoriana (Confeniae); Movimento dos Mapuches, no Chile e na Argentina; Movimento Zapatista, no México.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR Movimentos sociais
1. No seu entendimento, qual é a contribuição dos movimentos sociais na defesa da democracia, dos direitos humanos e do desenvolvimento sustentável na América Latina? Como a sociedade civil acolhe as manifestações desses movimentos sociais e como a mídia aborda as questões defendidas pelos movimentos?
Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes respondam que a contribuição desses movimentos é importante, pois o objetivo é garantir a participação popular nos processos de produção do espaço. Sobre a recepção desses movimentos pela sociedade civil e a abordagem midiática, espera-se que os estudantes tragam suas impressões e vivências do cotidiano.
Entre as semelhanças, espera-se que os estudantes destaquem que os dois movimentos resultam de um processo de resistência às mudanças políticas e econômicas ocorridas na América Latina nas últimas décadas do século XX. Além disso, ambos clamam por justiça social, a partir da garantia de direitos básicos, como a propriedade da terra. Também utilizam com muita competência as mídias sociais para divulgar suas reivindicações. O que os diferencia é a questão da autonomia territorial, bastante marcada pelo movimen-
to zapatista, enquanto o MST busca promover a reforma agrária, com organização interna do movimento, mas sem aspiração a criar territórios autônomos como os caracoles. O movimento zapatista é prioritariamente constituído por povos indígenas, enquanto o MST abarca trabalhadores rurais de diversos horizontes, podendo ser indígenas ou quilombolas. O MST se articula com os movimentos que representam esses grupos. Se julgar adequado, apresentar aos estudantes outros movimentos sociais na América Latina:
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2. Na cidade onde você mora, existe algum movimento social atuante? Em caso afirmativo, quais são as principais reivindicações desse movimento e como as ações realizadas por ele impactam a realidade local?
Resposta pessoal. Verifique os conhecimentos dos estudantes sobre o tema.
latino-americanos
Membros do EZLN em passeata de protesto contra a invasão da Rússia à Ucrânia, em Chiapas, México, 2022.
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ISAAC GUZMAN/AFP
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• A habilidade EF08GE04 é atendida com foco em compreender os fluxos de migração na América Latina (movimentos voluntários e forçados, assim como fatores e áreas de expulsão e atração) e as principais políticas migratórias da região.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Na Unidade 2, foram estudados alguns aspectos relacionados aos fluxos migratórios globais, suas causas e políticas adotadas internacionalmente. Agora, nas páginas 154 a 159, serão analisados aspectos das migrações na América Latina. O conteúdo proposto nessas páginas associa-se ao tema contemporâneo transversal Cidadania e civismo, com destaque para Educação em direitos humanos
Na página 154, identificar os principais motivos das migrações na América Latina, a influência da covid-19 nos fluxos de pessoas na região, as principais tendências migratórias e os principais países de origem (emigração) e destino (imigração) dos migrantes latino-americanos em 2020. Cabe destacar que os principais países de destino apresentados na tabela se referem exclusivamente ao fluxo de pessoas entre os países da América Latina (aproximadamente 11 milhões de migrantes).
Na página 155, comentar que os Estados Unidos são o principal destino de migrantes do mundo e, consequentemente, migrantes da América Latina. Destacar o grande número de mexicanos e pessoas da América Central que se deslocam, utilizando diferentes rotas, até a fronteira com o país da América Anglo-Saxônica, em busca de melhores condições de vida. Ressaltar que a política migratória estadunidense impõe restrições à entrada de latinos no país.
Encaminhar a atividade 1 para sistematizar essa parte do conteúdo abordado na dupla.
4 MIGRAÇÕES NA AMÉRICA LATINA
Atualmente, os grandes fluxos migratórios na América Latina estão relacionados a países da América Central, México e Venezuela.
A pandemia de covid-19 teve impactos na dinâmica migratória latino-americana. Apesar da imposição de restrições para entrada e saída de pessoas dos países, mais rigorosa no ano de 2020, os fluxos migratórios não pararam, já que as migrações, nesse contexto, são forçadas. Além disso, com o aumento da pobreza e das desigualdades pós-pandemia, tudo indica que haverá uma intensificação desses fluxos nos próximos anos.
Em linhas gerais, a América Latina apresenta três tendências migratórias importantes:
• dos países da América Latina para a América Anglo-Saxônica (aproximadamente 26 milhões de migrantes);
• dos países da América Latina para outras regiões do mundo (aproximadamente 6 milhões de migrantes);
• entre os países da América Latina (aproximadamente 11 milhões de migrantes).
Analise a tabela a seguir com os principais países de origem (emigração) e de destino (imigração) dos migrantes em 2020.
América Latina: principais países de emigração e imigração – 2020
com base em: INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR MIGRATION. World Migration Raport 2022. Geneva: IOM, 2021. Disponível em: https://publications.iom.int/books/world-migration-report-2022. Acesso em: 23 maio 2022.
GLOBAL MIGRATION DATA ANALYSIS CENTRE. Migration data in South America. Migration Data Portal. Berlin, 26 out. 2021. Disponível em: https://www.migrationdataportal.org/regional-data-overview/migration-data-south-america. Acesso em: 7 jul. 2021.
1 Quais são os três principais países de emigração na América Latina? Pesquise as razões que levam tantas pessoas que ali vivem a migrar. México, Venezuela e Colômbia. O objetivo da atividade é levantar os conhecimentos prévios dos estudantes sobre a situação socioeconômica dos três países. 154
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BNCC
Principais países de emigração Total de emigrantes (em milhões) Principais países de imigração Total de imigrantes (em milhões) México 11,2 Argentina 2,2 Venezuela 5,1 Colômbia 1,9 Colômbia 3 Chile 1,6 Brasil 1,8 Venezuela 1,3 Haiti 1,7 Peru 1,2 El Salvador 1,6 Brasil 1 Peru 1,5 México 1,1 Guatemala 1,3 Equador 0,7 Elaborado
È È
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Os Estados Unidos são o principal destino de migrantes do mundo. Em 2020, 51 milhões de migrantes internacionais viviam no país. Desse total, 67% eram latino-americanos.
Além dos cubanos, dominicanos e mexicanos, que têm grandes populações migrantes nos Estados Unidos, o país tem recebido muitos hondurenhos, guatemaltecos e salvadorenhos. A população desses países centro-americanos está em situação de grande vulnerabilidade. Os problemas econômicos, a violência causada pelo tráfico de drogas e eventos climáticos, como enchentes, secas e furacões, forçam milhões de pessoas ao êxodo.
Esses migrantes se organizam em caravanas para realizar a viagem. O percurso, saindo da América Central, passando pelo México e chegando à fronteira dos Estados Unidos, é um dos mais perigosos do mundo, sendo muito frequentes casos de desaparecimento, agressões e mortes.
capital, entre eles, quase 500 têm menos de 18 anos de idade.
Observações de campo realizadas durante missões e compartilhadas entre as agências apontam que o nível de vulnerabilidade dos migrantes que entram no Brasil tem aumentado. Mais pessoas chegam ao País com necessidades urgentes de assistência humanitária, sem acesso a comida, saúde e outros serviços básicos e expostos a diversos tipos de violência. [...]
O governo brasileiro adotou quatro áreas de atuação na resposta à migração venezuelana:
Fornecimento de acomodação e assistência humanitária básica nos abrigos para migrantes em Roraima;
Realocação de migrantes em outros Estados do País (interiorização);
Integração de migrantes na sociedade brasileira e no mercado de trabalho; e
Apoio aos migrantes dispostos a voltar para a Venezuela voluntariamente.
[...]
CRISE migratória venezuelana no Brasil. Unicef. Brasília, DF, [20--]. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/crisemigratoria-venezuelana-no-brasil. Acesso em: 18 jul. 2022.
Conforme estudado na Unidade 4, apesar das promessas de revisão das leis de imigração, os Estados Unidos continuam a fazer um rígido controle diante da quantidade de pessoas que chegam à fronteira do país. A fiscalização foi reforçada e medidas polêmicas vêm sendo adotadas, como a detenção e deportação de migrantes e o uso da violência por policiais.
FICA A DICA
Los Lobos (filme). Direção: Samuel Kishi Leopo. México, 2019. Dois irmãos, de 5 e 8 anos, acabam de imigrar para os Estados Unidos com a mãe. Eles passam seus dias dentro de um minúsculo apartamento, enquanto esperam sua mãe voltar do trabalho.
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TEXTO COMPLEMENTAR
Crise migratória venezuelana no Brasil
Com o agravamento da crise econômica e social na Venezuela, o fluxo de cidadãos venezuelanos para o Brasil cresceu maciçamente nos últimos anos. Entre 2015 e maio de 2019, o Brasil registrou mais de 178 mil solicitações de refúgio e de residência temporária. A maioria dos migrantes entra no País pela fronteira norte do Brasil, no Es-
tado de Roraima, e se concentra nos municípios de Pacaraima e Boa Vista, capital do Estado.
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Para acolher parte dessa população, 11 abrigos oficiais foram criados em Boa Vista e dois em Pacaraima. Eles são administrados pelas Forças Armadas e pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR). Mais de 6,3 mil pessoas, das quais 2,5 mil são crianças e adolescentes, vivem nos locais. Estima-se que quase 32 mil venezuelanos morem em Boa Vista. Projeções das autoridades locais e agências humanitárias apontam que 1,5 mil venezuelanos estão em situação de rua na
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Caravana em Huehuetan, México, em direção à fronteira com os Estados Unidos, 2022.
QUETZALLI NICTE-HA/REUTERS/FOTOARENA
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• Atende-se à habilidade EF08GE04 com foco em compreender os fluxos de migração na América Latina (movimentos voluntários e forçados, assim como fatores e áreas de expulsão e atração) e as principais políticas migratórias da região.
• A habilidade EF08GE24 é trabalhada com ênfase em analisar as principais características produtivas dos países latino-americanos (exploração mineral na Venezuela).
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Retomar os principais países de destino dos migrantes intrarregionais e destacar a situação de México e Venezuela, os dois principais países de origem dos migrantes latino-americanos.
Sobre o México, comentar que a fronteira do país com os Estados Unidos estende-se por aproximadamente 3 100 km, dos quais 1 100 km são separados por muros construídos para conter a migração de mexicanos que desejam entrar no país da América Anglo-Saxônica em busca de trabalho e melhores condições de vida.
Explicar que a fronteira entre México e Estados Unidos é um ponto sensível na relação entre os dois países. Ao mesmo tempo em que a fronteira é a porta de entrada para imigrantes ilegais, sendo visada pelo narcotráfico, abriga também as maquiladoras no lado mexicano (das quais trataremos na seção Interagir com mapas, nas páginas seguintes).
Ajudar os alunos a refletir sobre os fatores que ocasionam a migração de mexicanos para os Estados Unidos, avaliando também as medidas adotadas por esse país para impedir ou reduzir a migração de latino-americanos. O momento favorece uma reflexão sobre a política migratória estadunidense e uma análise sobre a postura da população do país em relação aos imigrantes.
Fluxos intrarregionais
Em 2020, mais de 11 milhões de pessoas migraram no interior da América Latina. As migrações intrarregionais têm como principal destino Argentina, Colômbia e Chile, atraindo pessoas dos países andinos e do Paraguai.
A situação da Venezuela tem alterado os fluxos na região. Aproximadamente 85% dos mais de 5 milhões de venezuelanos que já deixaram o país permaneceram na América Latina, tendo a Colômbia como principal destino. Pela proximidade geográfica, também são áreas de atração de venezuelanos, República Dominicana, Trinidad e Tobago e Guiana.
Analise o mapa a seguir.
América Latina: migrações intrarregionais (países selecionados) – 2020
1. a) América do Sul. É possível observar um fluxo maior de pessoas entre os países.
1. b) Os fluxos dessa região estão direcionados ao México, que é passagem obrigatória para se chegar aos Estados Unidos.
Elaborado com base em: WENDEN, Catherine Wihtol de. Atlas des migrations: de nouvelles solidarités à construire. 6. ed. Paris: Autrement, 2021. p. 79.
GLOBAL MIGRATION DATA ANALYSIS CENTRE. Migration data in South America. Migration Data Portal Berlin, 26 out. 2021. Disponível em: https://www.migrationdataportal.org/ regional-data-overview/migration-datasouth-america. Acesso em: 7 jul. 2021.
1 Analise as setas que indicam as direções dos fluxos intrarregionais da América Latina e os círculos proporcionais com o número de imigrantes em cada país. Depois, responda às questões em seu caderno e justifique suas escolhas com exemplos extraídos do mapa.
a) Em qual região da América Latina os fluxos de migrantes entre os países são mais intensos?
b) Qual é a tendência das migrações na América Central?
c) Quais países recebem maior número de imigrantes? México, Venezuela, Colômbia, Peru, Brasil, Argentina e Chile.
Destacar que, nos últimos 40 anos, aproximadamente 12 milhões de mexicanos entraram nos Estados Unidos, em períodos de maior ou menor fluxo. Desse total, aproximadamente a metade se encontra em situação ilegal.
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Ressaltar que os trabalhadores mexicanos movimentam a economia dos dois países. Ao mesmo tempo em que ocupam postos de trabalho que exigem menor qualificação, beneficiando os empregadores estadunidenses, os imigrantes fazem remessas de dinheiro para suas famílias
que permaneceram no México e que constituem uma importante fonte de recursos para o país.
Sobre a Venezuela, apresentar o histórico da crise econômica e humanitária. Ressaltar que, em 2022, o país começou a apresentar melhorias nos indicadores socioeconômicos que proporcionaram o início do retorno dos venezuelanos à terra natal.
Utilizar o mapa “América Latina: migrações intrarregionais (países selecionados) – 2020” e a atividade 1 para sistematizar essa etapa do trabalho com o conteúdo proposto.
BNCC
Equador Trópico de Capricórnio Trópico de Câncer 0º OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO 75º O MÉXICO ESTADOS UNIDOS GUATEMALA BELIZE EL SALVADOR HONDURAS NICARÁGUA COSTA RICA PANAMÁ CUBA JAMAICA HAITI REP. DOMINICANA ANTÍGUA E BARBUDA BARBADOS TRINIDAD E TOBAGO SURINAME GUIANA COLÔMBIA EQUADOR PERU BRASIL BOLÍVIA PARAGUAI URUGUAI ARGENTINA CHILE VENEZUELA GUIANA FRANCESA (FRA) 10 000 100 000 500 000 1 000 000 2 000 000 Migrações intrarregionais Imigrantes em 2020 Fronteira 0 900 SONIA VAZ 156
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TEXTO COMPLEMENTAR
O México é um país de trânsito e de imigração. Milhares de migrantes latino-americanos atravessam o país e se juntam aos mexicanos que tentam, diariamente, entrar nos Estados Unidos, ampliando a crise migratória. Com as detenções e deportações na fronteira, a tendência é que os migrantes permaneçam no México, agravando a situação socioeconômica do país.
Muitos desses migrantes vivem no Sul e na Costa Oeste dos Estados Unidos, onde são conhecidos por braceros (trabalhadores) e atuam na colheita de produtos agrícolas. Outros trabalham em indústrias, na construção civil, no setor de serviços, entre outras ocupações.
A Venezuela é o principal produtor e exportador de petróleo da América Latina. A renda gerada pela atividade é controlada pelo governo e distribuída de forma desigual, o que contribui para o grande número de pessoas vivendo na pobreza e em condições precárias no país.
No ano de 2014, o preço do barril do petróleo começou a cair rapidamente no mundo todo. A consequência imediata foi a diminuição das receitas e o agravamento das dificuldades econômicas e sociais já existentes.
Foram feitos cortes nos programas sociais, e uma grave crise de abastecimento de produtos básicos teve início, pois a Venezuela importa mais de 70% dos produtos que consome. Esse contexto, somado à insatisfação popular com o governo e à altíssima inflação, mergulhou o país em uma grave crise econômica e humanitária, forçando os venezuelanos a deixar o país. Analise os dados.
Alguns países com políticas de auxílio aos venezuelanos: Colômbia (status de proteção temporária por dez anos); Brasil e Peru (concessão de vistos humanitários).
Venezuelanos fora do país em 2020: 5,1 milhões.
171 mil tinham o estatuto de refugiado.
851 mil pedidos de asilo.
85% migraram para outros países da América Latina, com destaque para Colômbia (1,8 milhão), Peru (1 milhão), Chile (460 mil), Equador (440 mil) e Brasil (260 mil).
Dados obtidos: INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR MIGRATION. World Migration Report 2022. Geneva: IOM, 2021. Disponível em: https://publications.iom.int/books/world-migration-report-2022. Acesso em: 23 maio 2022.
2 Leia o excerto a seguir e explique por que muitos venezuelanos retornaram ao país de origem em 2020.
Auxiliar os estudantes a relacionar o excerto aos conteúdos estudados. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
Durante a crise da saúde, mais de 71 000 venezuelanos retornaram voluntariamente a seu país em quase mil ônibus coordenados com prefeituras e governos, que os levaram à fronteira, partindo de diferentes partes da Colômbia. As medidas de confinamento os impedem de ganhar a vida nas cidades onde encontraram refúgio e muitos foram desalojados de suas moradias. [...]
SINGER, Florantonia; TORRADO, Santiago. Maduro restringe o retorno dos emigrantes venezuelanos e muda o discurso ‘de braços abertos’. El País, São Paulo, 9 jun. 2020. Disponível em: https://brasil.elpais.com/internacional/2020-06-09/maduro-restringe-o-retorno-dos-emigrantesvenezuelanos-e-muda-o-discurso-de-bracos-abertos.html. Acesso em: 23 maio 2022.
Mudanças no câmbio trazem melhorias na Venezuela e estimulam retorno de imigrantes:
‘É hora de voltar’
Víctor Fernández vem economizando há cinco meses para pagar a passagem de volta para sua Venezuela natal diante de um aparente ressurgimento de oportunidades. Ele deixou Caracas há cinco anos, em um êxodo que, segundo o ACNUR, levou 6 milhões de venezuelanos a migrar desde 2015, no auge de uma profunda crise.
No entanto, a imagem de devastação da qual fugiu, com prateleiras vazias e filas por horas para comprar comida, ficou para trás: um relaxamento em 2018 do controle do câmbio que prevaleceu por duas décadas trouxe melhorias, depois que a Venezuela passou por oito anos de recessão e quatro de hiperinflação.
A dolarização de fato e uma flexibilização dos controles de preços permitiram que empresários e comerciantes aumentassem as importações, com melhor oferta de produtos e novas lojas de alimentos, roupas ou calçados.
A imagem da mudança, que inunda as redes sociais, lava um pouco a face da miséria em um país onde três em cada quatro famílias têm renda insuficiente para cobrir a cesta básica.
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Comentar com os estudantes na atividade 1, item a que os acordos firmados no quadro do Mercosul facilitam a imigração entre os países-membros, que podem estabelecer residência temporária e, após dois anos, realizar o processo para solicitar residência permanente.
Na atividade 2, comentar que, apesar da crise humanitária que tem forçado milhões de venezuelanos a deixar o país, em 2020 a pandemia teve grande impacto sobre essas populações de migrantes que, por conta das medidas de restri-
— Está na hora de voltar — diz Víctor, de 32 anos, que chegou ao Chile sem documentos que lhe permitissem um emprego permanente e até teve que dormir em uma praça. — Dormi na rua durante 15 dias. Falava com os meus pais, dizia que estava tudo bem, desligava o telefone e chorava de desespero. [...]
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ção de circulação e fechamento de atividades não essenciais, se encontraram ainda mais precarizadas, sem possibilidade de trabalhar ou de conseguir outra fonte de renda. Por isso, muitos venezuelanos retornaram ao país.
MUDANÇAS no câmbio trazem melhorias na Venezuela e estimulam retorno de imigrantes: ‘É hora de voltar’. Extra, Rio de Janeiro, 4 maio 2022. Disponível em: https://extra.globo.com/noticias/mundo/ mudancas-no-cambio-traz-melhoriasna-venezuela-estimula-retorno-de-imi grantes-hora-de-voltar-25500343.html. Acesso em: 18 jul. 2022.
MR.YANKITTAPHAK PHOYALO/ SHUTTERSTOCK.COM
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Competências
Gerais: 1, 2 e 4
Ciências Humanas: 7
Geografia: 1, 3 e 4
Habilidades
• A habilidade EF08GE04 é desenvolvida com foco em compreender fluxos de migração na América Latina.
• Atende-se à habilidade EF08GE11 com ênfase em analisar áreas de conflito e tensões nas regiões de fronteira do continente latino-americano.
• Contempla-se a habilidade EF08GE18 com foco em elaborar formas de representação cartográfica para analisar dados da população das Unidades Federativas do México.
• A habilidade EF08GE24 é trabalhada com foco em analisar as principais características produtivas dos países latino-americanos (maquiladoras mexicanas).
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Além de abordar as medidas para diminuir ou impedir a migração de latino-americanos, principalmente de mexicanos para os Estados Unidos, esta seção trabalha com o uso das variáveis cor e tamanho nos mapas.
Chamar a atenção dos estudantes para a importância dos elementos do mapa – como título, legenda, indicação de norte e escala – que permitem a leitura e a análise eficientes dos dados apresentados. Ajudá-los a identificar a região representada com base no título do mapa e dos territórios que nele aparecem. Fazer a leitura de cada um dos elementos da legenda, procurando mostrar o uso das variáveis cor e tamanho.
Auxiliar os estudantes a usar as informações para uma análise da distribuição espacial das maquiladoras pelo território mexicano. Destacar que no mapa foram re-
Fronteira Estados Unidos-México
O mapa a seguir representa aspectos da faixa de fronteira entre o México e os Estados Unidos e utiliza variáveis visuais diferentes, como cor e tamanho
A variável cor foi usada para diferenciar os períodos da construção do muro (vermelho e marrom). Também foi usada para diferenciar as cidades mexicanas das estadunidenses (azul e amarelo) e indicar os círculos que representam o número de trabalhadores empregados nas maquiladoras (lilás).
A variável tamanho foi usada para representar o número de trabalhadores nas maquiladoras por cidade, em 2021. Perceba que o tamanho dos círculos é proporcional ao número de trabalhadores.
Maquiladora: empresa de montagem e acabamento de produtos destinados à exportação. O termo originou-se no México, próximo à fronteira com os Estados Unidos, onde as empresas se instalaram.
Cidade mexicana com forte presença de maquiladoras Cidade estadunidense gêmea Trabalhadores nas maquiladoras (2021)
O “muro da vergonha”
Parte do muro iniciada em novembro de 1994
Parte do muro iniciada em 2006 e terminada em dezembro de 2009
Elaborado com base em: LE MONDE DIPLOMATIQUE. El atlas histórico: historia crítica del siglo XX. Buenos Aires: Fundación Mondeplo, 2011. p. 87.
INSTITUTO NACIONAL DE ESTADÍSTICA Y GEOGRAFÍA. [S l.], [20--]. Site. Disponível em: http://www.inegi.org.mx/ sistemas/bie/. Acesso em: 22 maio 2022.
1 Em seu caderno, indique as duas cidades que se destacam pelo maior número de trabalhadores nas maquiladoras. Qual é o total aproximado de trabalhadores empregados nas maquiladoras em cada uma delas?
de 2009
2 Em que período foi construída a maior parte do muro entre México e Estados Unidos? No seu entendimento, qual a função da construção desse muro? Responda em seu caderno.
Destacam-se Tijuana e Ciudad Juárez, com 253 mil e 298 mil trabalhadores em maquiladoras, respectivamente. Entre 2006 e 2009. Resposta pessoal. Verificar o posicionamento dos estudantes sobre a construção do muro, observando aspectos já estudados na Unidade 4 deste volume.
presentadas as principais cidades onde se localizam as maquiladoras no território mexicano.
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Inicialmente, esse tipo de empresa se instalou nas cidades fronteiriças, mas depois se expandiu para áreas mais afastadas da fronteira. Na sequência, encaminhar as atividades 1 a 4.
Na atividade 2, comentar com os estudantes que, apesar do ex-presidente Donald Trump ter autorizado obras para extensão do muro, pouquíssimos quilômetros foram acrescentados,
pois as obras foram focadas na renovação das barreiras já existentes.
Na atividade 4, orientar os estudantes a organizar os estados mexicanos em cinco classes, evitando, assim, a criação de muitas categorias. Para o item a, há várias possibilidades para agrupar as Unidades Federativas de acordo com o número de habitantes. Verificar se as propostas dos estudantes são coerentes e não apresentam intervalos que agrupam muitos elementos.
BNCC
INTERAGIR COM NÃO ESCREVA NO LIVRO.
MAPAS
Trópico de Câncer 105º O OCEANO PACÍFICO RioGrande RioBravodelNorte Rio Clo o r a do ESTADOS UNIDOS MÉXICO San Diego Tijuana El Centro Tecate Mexicali Yuma Phoenix Ensenada Tucson Nogales Heroica Nogales Hermosillo Agua Prieta Douglas Columbus Ciudad Juárez El Paso Marfa Ciudad Acuña Del Río Piedras Negras Eagle Pass San Antonio Laredo Nuevo Laredo McAllen Brownsville Matamoros Monterrey San Nicolas Torreón Ramos Arizpe Santa Catarina Saltillo Reynosa Apodaca Guadalupe Chihuahua Dallas Trabalhadores nas maquiladoras (2021) 300 000 10 000 25 000 100 000 50 000 Cidade mexicana com forte presença de maquiladoras Cidade estadunidense gêmea Trabalhadores nas maquiladoras (2021) Parte do muro iniciada em novembro de 1994 Parte do muro iniciada em 2006 e terminada em dezembro
“muro da vergonha” 0 182
O
SONIA VAZ
Fronteira Estados Unidos-México – 2021
Trópico de Câncer 105º O OCEANO PACÍFICO RioGrande RioBravodelNorte Rio C o o r a do ESTADOS UNIDOS MÉXICO San Diego Tijuana El Centro Tecate Mexicali Yuma Phoenix Ensenada Tucson Nogales Heroica Nogales Hermosillo Agua Prieta Douglas Columbus Ciudad Juárez El Paso Marfa Ciudad Acuña Del Río Piedras Negras Eagle Pass San Antonio Laredo Nuevo Laredo McAllen Brownsville Matamoros Monterrey San Nicolas Torreón Ramos Arizpe Santa Catarina Saltillo Reynosa Apodaca Guadalupe Chihuahua Dallas Trabalhadores nas maquiladoras (2021) 300 000 10 000 25 000 100 000 50 000
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3 Suponha que você seja um cartógrafo e esteja elaborando um mapa com a população das Unidades Federativas mexicanas com base nos seguintes dados: A tabela utilizou as grafias das Unidades Federativas mexicanas de acordo com a fonte citada.
México: população por Unidade Federativa – 2020
vel cor. Para tanto, distribuir para cada aluno uma cópia do mapa com a divisão política do México por Unidades Federativas e pedir para os alunos utilizarem a legenda que elaboraram no item d da atividade 4 para colorir o mapa. Não solicitaremos aos estudantes que elaborem um mapa usando a variável tamanho e os círculos proporcionais, pois a técnica envolve cálculos complexos para a faixa etária. Porém, há diversos softwares SIGs gratuitos que podem ser utilizados para esse fim, caso a escola conte com os recursos digitais necessários. O Spring, o Philcarto e o I3Geo são alguns exemplos.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor
• CUÉNTAME DE MÉXICO. Aguascalientes, [20--]. Site. Disponível em: https://cuentame.inegi.org. mx/default.aspx. Acesso em: 18 jul. 2022.
Acesso ao mapa com a divisão política do México.
Fonte: INSTITUTO NACIONAL DE ESTADÍSTICA Y GEOGRAFÍA. Población total (Número de habitantes). INEGI. Aguascalientes, [2020]. Disponível em: http://cuentame.inegi.org.mx/poblacion/habitantes.aspx?tema=P. Acesso em: 22 maio 2022.
a) Qual variável visual você poderia utilizar para identificar as Unidades Federativas mexicanas no mapa? Cor.
b) Imagine que você precise representar a população de cada Unidade Federativa por meio de círculos. Qual variável visual você poderia utilizar nos círculos para representar o número de habitantes de cada uma? Tamanho.
4 Com base nos dados do quadro, faça o que se pede, em seu caderno.
a) Crie cinco classes, agrupando as Unidades Federativas mexicanas de acordo com o número de habitantes.
b) Se você representar essas classes com círculos, utilizando a variável tamanho, qual delas será representada com o círculo maior e quais Unidades Federativas ela agruparia?
c) Qual classe será representada com o menor círculo e quais Unidades Federativas ela agruparia?
d) Agora, crie uma legenda para denominar essas classes, usando a variável cor. Depois, compartilhe seu trabalho com os colegas. Auxiliar os estudantes nas diversas etapas do trabalho. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
Uma opção para esse agrupamento: Menos de um milhão de habitantes / Entre 1,1 e 3 milhões de habitantes / Entre 3,1 e 6 milhões de habitantes / Entre 6,1 milhões de habitantes e 9,3 milhões de habitantes / Mais de 9,3 milhões de habitantes. Para o item b, a resposta pode variar de acordo com classes criadas no item anterior. Considerando a sugestão dada no item a, teríamos a classe de Unidades Federativas com mais de 9,3 milhões de habitantes representada com
o maior círculo, no caso, Estado do México. A resposta para o item c também varia de acordo com classes criadas no item a. Teríamos a classe das Unidades Federativas com menos de 1 milhão de habitantes representada com o menor círculo, que agrupa Baja California sur, Campeche e Colima.
Caso desejar, a atividade pode ser colocada em prática, e os alunos podem elaborar um mapa de população do México usando a variá-
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Unidade Federativa População Unidade Federativa População Aguascalientes 1 425 607 Morelos 1 971 520 Baja California 3 769 020 Nayarit 1 235 456 Baja California Sur 798 447 Nuevo Léon 5 784 442 Campeche 928 363 Oaxaca 4 132 148 Coahuila de Zaragoza 3 146 771 Puebla 6 583 278 Colima 731 391 Querétaro 2 368 467 Chiapas 5 543 828 Quintana Roo 1 857 985 Chihuahua 3 741 869 San Luis Potosí 2 822 255 Ciudad de México 9 209 944 Sinaloa 3 026 943 Durango 1 832 650 Sonora 2 944 840 Guanajuato 6 166 934 Tabasco 2 402 598 Guerrero 3 540 685 Tamaulipas 3 527 735 Hidalgo 3 082 841 Tlaxcala 1 342 977 Jalisco 8 348 151 Veracruz de Ignacio de la Llave 8 062 579 Estado de México 16 992 418 Yucatán 2 320 898 Michoacán de Ocampo 4 748 846 Zacatecas 1 622 138
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• Atende-se à habilidade EF08GE05 com foco em aplicar os conceitos de Estado, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões na contemporaneidade, com destaque para as situações geopolíticas na América e suas múltiplas regionalizações a partir do pós-guerra.
• A habilidade EF08GE11 é contemplada com ênfase em analisar áreas de conflito e tensões nas regiões de fronteira na América Latina e o papel de organismos internacionais e regionais de cooperação nesses cenários.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Nesta dupla de páginas, são abordados conflitos e tensões na América Latina. Promover a leitura coletiva do texto e do mapa da dupla de páginas para identificar principais motivos, características e áreas de ocorrência desses conflitos. Destacar a participação dos organismos internacionais e regionais na mediação e nas soluções para as disputas.
Sobre o narcotráfico, comentar que é um dos maiores problemas do México atualmente, que se tornou o principal acesso para a entrada de drogas nos Estados Unidos. A disputa por territórios entre os narcotraficantes e as Forças Armadas tem causado grande violência e muitas mortes. Apesar de avanços contra o narcotráfico, os cartéis mexicanos (grupos que controlam a produção e a venda de drogas) estão longe de ser desarticulados.
Uma importante questão enfrentada na Bolívia está relacionada ao cultivo da coca. No contexto de uma utilização tradicional, o cultivo dessa planta é permitido. Porém, como também é usada na produção de entorpecentes, como a cocaína, há muitas áreas de cultivo ilegal, e muitos dos pequenos agricultores bolivianos recebem incentivos
5 CONFLITOS E TENSÕES
Os principais conflitos na América Latina estão relacionados a disputas territoriais que remontam ao passado colonial e aos processos de independência dos países, à presença de guerrilhas, como as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), ao narcotráfico e a conflitos pela exploração de recursos naturais.
Analise o mapa a seguir, que indica as principais tensões na América Latina.
América Latina: principais focos de tensões fronteiriças – 2021
Guerrilha: grupo organizado militarmente para combater as Forças Armadas e o governo instituído.
Narcotráfico: produção, transporte, venda e consumo de narcóticos (drogas, entorpecentes), que são substâncias ilícitas.
1. Guiana e Venezuela: a região do Essequibo é disputada há 180 anos. A descoberta de reservas de petróleo em território guianense aumentou a tensão entre os países.
2. Belize e Guatemala: a Guatemala reivindica um território de 11 mil km2 ao sul do Belize. A Corte Internacional de Justiça (CIJ) deverá estabelecer a fronteira entre os países.
Elaborado com base em: TÉTART, Frank. Grand atlas 2018: comprendre le monde em 200 cartes. Paris: Éditions Autrement, 2017. p. 47.
de traficantes para cultivar coca, em vez de produtos tradicionais.
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Além da Bolívia, a coca também é cultivada no Peru e na Colômbia, e suas folhas são usadas pelas comunidades indígenas tradicionais há milênios, em razão de suas propriedades medicinais: é rica em vitaminas e minerais, tem efeito estimulante, contribui para uma boa digestão e alivia o desconforto causado pelo excesso de altitude. Essa forma de consumo não é ilegal e não apresenta riscos para a saúde.
Ressaltar que os conflitos motivados pelo narcotráfico não são exclusivos de México, Bolívia e Colômbia, estando presentes em vários países da América Latina, inclusive no Brasil. Se julgar pertinente, citar os “combates” entre policiais e narcotraficantes, principalmente em comunidades da cidade do Rio de Janeiro (RJ).
Sobre as guerrilhas, explicar aos estudantes que, nas últimas décadas, a Colômbia enfrentou problemas com a violência e os conflitos entre grupos guerrilheiros, esquadrões paramilitares e
BNCC
Equador Trópico de Capricórnio Trópico de Câncer 0º 75º O OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO Passagem de Drake MÉXICO ESTADOS UNIDOS GUATEMALA BELIZE EL SALVADOR HONDURAS NICARÁGUA COSTA RICA PANAMÁ SURINAME GUIANA FRANCESA (FRA) GUIANA COLÔMBIA EQUADOR PERU BRASIL BOLÍVIA PARAGUAI URUGUAI ARGENTINA CHILE VENEZUELA 1 10 2 3 4 5 6 7 8 9 Em curso Latente Resolvido Tipos de tensão Conflitos territoriais por demarcação de fronteira Conflitos relacionados a incursões nos países vizinhos e ao narcotráfico Status da tensão Fronteira 0 807 SONIA VAZ
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160 21/08/2022 13:34 160
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor e o estudante
5. Colômbia e Venezuela: disputa pelo Golfo da Venezuela, que contém importantes reservas de petróleo. A tensão vem aumentando desde o final dos anos 2000 e foi agravada pela grande migração de venezuelanos para a Colômbia.
7. Costa Rica e Nicarágua: disputa pela delimitação de fronteiras marítimas, pelo uso das águas do Rio São José, que faz a fronteira entre os dois países, e pela incursão da Nicarágua em território costarriquenho.
9. Suriname e Guiana: disputa pela definição da fronteira marítima na foz do Rio Corentyne, solucionada em 2007. Ainda há tensões em razão da presença de importantes jazidas de petróleo.
• COSTA, Camilla; TOMBESI, Cecilia. Mapas mostram disputas territoriais ativas nos países da América Latina – inclusive no Brasil. BBC News, São Paulo, 10 fev. 2022. Disponível em: https:// www.bbc.com/portuguese/inter nacional-59585669. Acesso em: 14 jul. 2022.
Artigo sobre a situação atual dos conflitos entre países latino-americanos.
4. Chile e Argentina: disputa pela Passagem de Drake, território do espaço marítimo chileno cuja soberania pertence à Argentina, de acordo com determinação da ONU em 2016. Ambos reivindicam territórios na Antártida.
6. Nicarágua e Colômbia: disputa pelo arquipélago de Santo André, Providência e Santa Catarina. Em 2012, a CIJ deu à Nicarágua soberania sobre cerca de 75 mil km² de mar que a Colômbia entendia como parte de seu território. A decisão não foi cumprida pela Colômbia.
8. Chile e Bolívia: disputa pelo uso do Rio Silala, na fronteira entre os países. O conflito remonta à Guerra do Pacífico (1879), quando a Bolívia perdeu o acesso ao mar. Esse caso está sendo julgado na CIJ.
10. Argentina e Reino Unido: disputa pelas Ilhas Malvinas, território britânico ultramarino reivindicado pela Argentina. Em 1982, os países entraram em guerra, com vitória britânica. Ambos reivindicam territórios na Antártida.
Os conflitos entre os países são mediados por organismos internacionais vinculados à ONU, entre os quais destacam-se a Corte Internacional de Justiça (CIJ) e a Organização dos Estados Americanos (OEA).
A CIJ foi instituída em 1945 e, entre as missões que lhe são confiadas, está a resolução de disputas territoriais entre os Estados, tomando-se por base a aplicação de tratados internacionais. Para que a decisão da CIJ seja acatada, é preciso que os Estados envolvidos estejam de acordo, o que nem sempre acontece já que, em muitos casos, há interesses econômicos envolvidos.O interesse principal de uma resolução rápida e pacífica deveria ser o de proteger as populações locais, que são bastante prejudicadas por essas disputas, pois geralmente perdem acesso aos meios de sobrevivência.
Nessas situações, outros organismos interferem na mediação, como a OEA, cuja missão é “garantir a paz e a justiça, defendendo a soberania, a integridade territorial e a independência dos Estados americanos” (artigo 1o da Carta OEA).
1 Com base no mapa da página 160, responda em seu caderno.
a) Na América Latina, há mais conflitos resolvidos ou em curso?
b) Quais países estão envolvidos em maior número de disputas territoriais?
Mais conflitos em curso (12 ao todo). Nicarágua, Chile, Venezuela.
c) Qual região latino-americana apresenta maior número de conflitos?
América Central.
d) Em quais países as incursões em países vizinhos e os conflitos relacionados ao narcotráfico são mais frequentes?
México, Equador, Colômbia, Venezuela.
3. Honduras, Nicarágua e El Salvador: disputa pela Ilha de Conejo, no Golfo de Fonseca. A sentença dada em 1992 pela CIJ é contestada pelos três países. El Salvador reivindica a soberania da região. 161
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Disputa em fronteiras
latino-americanas
A atividade proposta possibilita desenvolver práticas de pesquisa como revisão bibliográfica, análise documental, observação, tomada de notas e construção de relatórios. Ver tópico Práticas de pesquisa nas Orientações Gerais deste Manual.
Propor aos estudantes a simulação de um julgamento na CIJ sobre a situação de um litígio em fronteira entre dois países da América Latina. Escolher um conflito que esteja em aberto, selecionar material sobre ele e organizar os estudantes em grupos. Um grupo por país envolvido e um grupo representando os juízes que analisarão os documentos e solicitações de cada país.
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as Forças Armadas. O maior grupo guerrilheiro da Colômbia é o das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que surgiu na década de 1960 para combater as desigualdades sociais e lutar por melhores condições de vida para o povo colombiano. As ações das Farc, no entanto, sempre foram bastante violentas, com atentados a bomba, ataques armados, sequestros e assassinatos. Além disso, sua ação muitas vezes está associada ao narcotráfico.
No final de 2016, o governo colombiano e
as lideranças das Farc assinaram um acordo de paz com o objetivo de pôr fim aos confrontos. A partir disso, houve o desarmamento das Farc e sua transformação em partido político. Apesar de representar uma trégua no conflito, o acordo entre o governo e as Farc ainda se mostra bastante frágil.
15:54
Encaminhar a atividade 1, que auxilia na leitura do mapa e na sistematização do conteúdo abordado.
24/08/2022
161
• O trabalho com a habilidade
EF08GE20 está em analisar características de países e grupos de países da América no que se refere aos aspectos econômicos, e discutir as pressões sobre a natureza e suas riquezas.
• Atende-se à habilidade EF08GE22 com foco em identificar recursos naturais da América Latina, analisando seu uso para a produção de energia e sua relevância para a cooperação entre os países do Mercosul.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
A distribuição e a exploração dos recursos minerais e energéticos influenciaram a organização do espaço geográfico da América Latina, com a criação de núcleos urbanos nas proximidades das jazidas, a abertura de estradas para escoamento e venda dos minérios e a implantação de diferentes indústrias, que vêm se desenvolvendo gradativamente.
Explorar o mapa “América Latina: recursos minerais e indústria – 2019” e propor uma análise coletiva da distribuição espacial dos elementos representados. Encaminhar as atividades 1 a 4, que contribuem para essa análise.
Esclarecer aos estudantes que a exploração de recursos minerais necessita de uma reorganização territorial. A abertura de áreas para acessar as jazidas desses recursos causam impactos socioambientais, sendo o principal deles a desapropriação de populações locais de suas terras, geralmente compostas por povos originários e comunidades tradicionais, ou a degradação das condições de vida, em função da poluição gerada pelo extrativismo mineral. Caso julgue necessário, solicitar aos estudantes que realizem uma pesquisa para analisar situações concretas no Brasil e na América Latina, analisando os impactos sobre as populações.
6 RECURSOS NATURAIS
A América Latina é riquíssima em recursos naturais em razão da variedade de climas, de solos, de formações geológicas e da biodiversidade. Desde o período colonial, o modelo de desenvolvimento da região é pautado na exploração desses recursos. Atualmente, o aumento da demanda internacional tem ampliado os conflitos territoriais e os impactos socioambientais.
América Latina: recursos minerais e indústria – 2019
Entre os recursos minerais e energéticos da região, destacam-se o petróleo, o gás natural, o cobre, o estanho, o ouro e a prata. Analise o mapa.
Estanho: mineral utilizado para recobrir outros metais e protegê-los da corrosão.
Orientar os estudantes a consultar o mapa político da América Latina disponível na página 142 para responder às atividades propostas a seguir.
1 Escreva, em seu caderno, o nome dos países da América Latina que, segundo o mapa, apresentam:
a) maior variedade de recursos minerais
b) reservas de carvão.
162
Peru. Chile e Colômbia. Venezuela e Bolívia. Carvão, gás natural e petróleo.
c) reservas de petróleo e gás natural.
2 Entre os recursos minerais indicados no mapa, quais são usados para geração de energia?
Na página 163, analisar com os estudantes o gráfico “América do Sul: geração de energia elétrica por fonte (em %) – 2019”. Encaminhar as atividades 5 a 7, que contribuem para essa análise.
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A seguir, destacar a energia elétrica como principal produto comercializado entre os países do Mercosul e os acordos visando à integração energética no bloco. Comentar que, em 2021, por conta da falta de chuvas, o Brasil bateu o recorde de importação de energia elétrica da Ar-
gentina e do Uruguai (aumento de 63,8% em relação a 2020). Por isso a importância em diversificar a matriz energética para evitar crises de abastecimento. Encaminhar a leitura coletiva do texto citado e da atividade 4
Espera-se que os estudantes indiquem, na atividade 5, as trocas de gás natural entre Bolívia, Argentina e Brasil. As trocas de energia elétrica entre Brasil e Argentina (tendo o Brasil, por conta da crise hídrica, importado energia), entre
BNCC OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO 80° O Trópico de Capricórnio Trópico de Câncer Equador 0° Santiago Monterrey Guadalajara Cidade do México Caracas Bogotá Lima Quito Belo Horizonte Rio de Janeiro São Paulo Rosário Buenos Aires Valparaíso ESTADOS UNIDOS Centro industrial Bauxita (alumínio) Carvão Chumbo e zinco Cobre Estanho Ferro Gás natural Manganês Ouro Petróleo Prata Região industrial 0 818
Fonte: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna, 2019. p. 76.
DACOSTA MAPAS
21/08/2022 13:34 162
Entre as fontes mais utilizadas para gerar energia elétrica na América do Sul estão a hídrica, o gás natural e o petróleo. Analise o gráfico.
3 Quais países utilizam maior diversidade de fontes energéticas? Brasil e Argentina.
4 Quais países se destacam no uso de energias renováveis? Uruguai, Chile e Brasil.
Em 2020, a energia elétrica foi o principal produto comercializado entre os países do Mercosul, correspondendo a 6% do total das trocas comerciais realizadas. Enquanto alguns países exportam excedentes, outros necessitam importar energia.
Pela análise do gráfico, percebe-se que as matrizes energéticas dos países são complementares; por isso, os membros do Mercosul realizam acordos diversos, visando à integração energética na região e à diminuição da dependência em relação a outros países. Leia o excerto a seguir.
América do Sul*: geração de energia elétrica por fonte (em %) – 2019
AMPLIANDO HORIZONTES Para o professor
• GRIGIO, Alfredo Marcelo et al Geografia e recursos naturais: estudo de caso. São Paulo: Livraria da Física, 2020.
O livro aborda a pressão exercida pela sociedade urbano-industrial sobre os recursos naturais e defende o uso mais racional desses recursos pautando-se no desenvolvimento sustentável.
Fonte: INTERNACIONAL ENERGY AGENCY. Total energy supply (TES) by source, Central & South America 1990-2019. IEM. [S. l.], c2022. Disponível em: https://www.iea.org/ regions/central-south-america. Acesso em: 28 maio 2022. * A fonte original não disponibilizou os dados da Guiana e da Guiana Francesa (FRA).
A Bolívia, que fornece gás para a Argentina há mais de uma década, pode desempenhar um novo papel. O país poderia armazenar o gás argentino na entressafra (no verão) e de lá levá-lo ao Brasil, maior consumidor regional de energia.
A Argentina já troca energia elétrica com o Brasil em várias épocas do ano e exporta gás para o Chile durante o verão. Também utiliza eletricidade do Uruguai em ocasiões específicas e a relação com a Bolívia é de anos. As empresas propõem uma maior integração com esses países [...]. As empresas também pensam em ‘swaps’ para outros momentos: a Argentina pode levar gás para o Brasil, enquanto o gigante do Mercosul pode ‘devolvê-lo’ através da eletricidade no inverno.
BIDEGARAY, Martín. Vaca Muerta: el plan que imaginan los petroleros para tener gas todo el año y además, exportar. Clarín.com, Buenos Aires, 23 mar. 2022. Disponível em: https://www.clarin.com/economia/vaca-muerta-plan-imaginan-petroleros-tener-gas-anoademas-exportar_0_Mp7Qxq0Feo.html. Acesso em: 29 maio 2022. Traduzido pelos autores.
Swap: operação de troca entre duas partes, que pode envolver moedas, taxas de juros e commodities (produtos que funcionam como matéria-prima).
5 Converse com os colegas e o professor sobre as possibilidades de integração energética entre os países do Mercosul citados no texto. Destaque, também, qual vantagem a adesão da Bolívia traria ao bloco.
Auxiliar os estudantes a relacionar o excerto aos conteúdos estudados e aos dados do gráfico. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
Argentina e Uruguai. Ainda há a ideia de que a Argentina forneça gás para o Brasil e, em troca, receba eletricidade durante o inverno. Sobre as vantagens de uma possível adesão da Bolívia ao Mercosul, espera-se que os estudantes indiquem que os países-membros do Mercosul poderiam diversificar mais sua matriz energética, importando gás natural da Bolívia a preços mais competitivos.
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renovável (eólica, solar, geotérmica, biomassa, biocombustíveis) carvão mineral petróleo gás natural nuclear hídrica (%) 0 25 50 75 100 4,9 5,5 1,6 5,2 5 0,1 2,2 Venezuela Suriname Peru Equador Chile Argentina Bolívia Uruguai Paraguai Brasil Colômbia 1 1 0,9 20 26,5 18,7 33,5 1,2 0,2 20 6 31,9 65,2 2,4 2 1,3 0,9 62,2 45,1 19,2 63,7 67,8 50,3 16,3 10,1 9,6 3,4 2,5 47,8 99,9 1 76,6 55,8 58,2 37,6 4,3 17,5 49,9 39,7 1,6 3,6
SONIA VAZ 163
163
• Contempla-se a habilidade EF08GE15 com foco em analisar as características das principais bacias hidrográficas da América Latina, principalmente com destaque para as bacias platina e amazônica.
• Atende-se à habilidade EF08GE20 com vistas à análise das pressões sobre os recursos hídricos da bacia amazônica e à espoliação das comunidades tradicionais.
• A habilidade EF08GE22 é trabalhada com foco em identificar os principais recursos naturais da América Latina, analisando seu uso para energia e sua relevância para a cooperação entre os países do Mercosul.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
O território da América Latina é rico em recursos hídricos, especialmente a América do Sul, que abriga algumas das bacias hidrográficas mais importantes do mundo, como as dos rios Amazonas, Orinoco e da Prata e os aquíferos Guarani e Sistema Aquífero Grande Amazônia (Saga). No entanto, a distribuição da água é bastante desigual entre os países latino-americanos. Questões relacionadas ao clima e às políticas de abastecimento e saneamento impedem que parte da população tenha acesso a esse recurso. Utilizar o mapa “América Latina: principais rios e bacias hidrográficas” para identificar a distribuição desses recursos.
Se julgar adequado, comentar que, entre os cinco empreendimentos hidrelétricos com maior potência instalada do país em funcionamento, quatro se localizam na Amazônia: Belo Monte, Tucuruí, Jirau e Santo Antônio. Há 351 propostas de barragens para a região, que se somam às atuais 158 barragens existentes na bacia do Rio Amazonas.
Destacar a importância socioeconômica das bacias hidrográficas na América Latina com
Recursos hídricos
Analise o mapa.
1 Em que porção da América Latina estão concentradas as maiores bacias hidrográficas?
A América Latina concentra aproximadamente um terço das reservas de água doce disponíveis no planeta e abriga três das maiores bacias hidrográficas do mundo: a bacia do Amazonas, a bacia Platina e a bacia do Orinoco.
Bacia Platina
Localizada na porção sul da América do Sul, inclui áreas dos territórios da Argentina, do Paraguai, do Uruguai, do Brasil e da Bolívia. É a segunda maior bacia hidrográfica da América Latina e a quarta maior do mundo.
Os rios principais são o Paraná, o Paraguai e o Uruguai, que, ao se unirem, formam o Rio da Prata. Suas águas são aproveitadas para diversas finalidades, como abastecimento da população, produção de energia hidrelétrica, irrigação, navegação e pesca.
América Latina: principais rios e bacias hidrográficas
Colorado
Ark a nsas
Ohio
Bacia do Colorado 703 100 km2
0° Equador
Rio Grande
Bacia do Orinoco 953 700 km2
Tenne ssee
Golfo do México Mar do
Bacia do Rio Negro 720 100 km2
Trópico de Capricórnio
OCEANO
-
Trópico de Câncer
Bacia do Amazonas-Ucayali-Maranhão 6 145 186 km2
Bacia do Tocantins-Araguaia 764 200 km2
Marunga
Bacia do Madeira-Marmoré 764 200 km2
OCEANO PACÍFICO
Área privada de rede hidrográfica permanente ou bacia privada de saída para o mar Limites da bacia hidrográfica
Japurá
Negro RioAmazonas
Tapajós
Bacia do Paraguai 1 168 500 km2
Rio Bravo Salado Salado Paraná U r uguai
Aragua ia Madeira Mamoré
Juruena
Orinoco Ucayali Juruá Purus Xingu Paraná São Francisco Paraguai
Bacia do Rio da Prata-Paraná 2 582 700 km2
0 877
Fonte: ISTITUTO GEOGRAFICO DE AGOSTINI. Atlante geografico metodico De Agostini. Novara: Istituto Geografico de Agostini, 2021. p. 134-154.
O Rio Paraná é o mais extenso e importante da bacia Platina. Apresenta grande potencial hidrelétrico no trecho brasileiro e boa navegabilidade no trecho argentino.
O Rio Paraguai destaca-se, principalmente, pela navegabilidade. Um projeto envolvendo os governos da Argentina, da Bolívia, do Brasil, do Paraguai e do Uruguai prevê melhorar e aumentar a navegação, realizando um conjunto de obras na hidrovia Paraná-Paraguai.
Já o Rio Uruguai caracteriza-se pelo bom potencial hidráulico, além de contar com trechos navegáveis em seu curso.
2 Explique, em seu caderno, a relação entre a disponibilidade de recursos hídricos na América Latina e a predominância do uso da energia hidráulica para geração de energia.
Espera-se que os estudantes relacionem a presença de bacias hidrográficas perenes e com grande volume de água como um fator que favorece o uso das águas dos rios para geração de energia. Se necessário, retome os dados do gráfico da página 163.
destaque para produção de energia hidrelétrica, irrigação, navegação, pesca e lazer.
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A bacia do Orinoco é a terceira maior na América do Sul. O rio que dá nome à bacia hidrográfica banha os territórios de Venezuela e Colômbia. A nascente do Orinoco está na serra Parima, no sul da Venezuela e, após percorrer cerca de 2 740 km e receber águas de vários afluentes, deságua no oceano Atlântico.
O Aquífero Guarani é um manancial de água doce subterrânea localizado na América do Sul,
estendendo-se pelos territórios de Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. No território brasileiro, abrange os estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Encaminhar as atividades 1 a 4, que auxiliam na sistematização do conteúdo estudado.
Na atividade 2, salientar que a organização do espaço geográfico da região está diretamente relacionada à distribuição desses rios. As capitais Montevidéu, Buenos Aires e Assunção, além de
BNCC
DACOSTA MAPAS
Na América do Sul.
60° O EQUADOR
Caribe
ATLÂNTICO
164
164
Bacia do Amazonas
Localizada na América do Sul, a bacia do Amazonas cobre cerca de 45% do território brasileiro e inclui áreas do Peru, da Bolívia, da Colômbia, do Equador, da Venezuela e da Guiana.
O rio principal é o Amazonas, propício à navegação de embarcações de grande porte. Além disso, os rios dessa bacia possuem grande volume de água, somando 70% do potencial hidrelétrico a ser aproveitado nos próximos anos.
No entanto, a instalação de hidrelétricas provoca impactos socioambientais. A perspectiva de construção de novas usinas tem aumentado os movimentos de resistência de ambientalistas, indígenas, comunidades ribeirinhas e organizações não governamentais (ONGs). Leia o texto a seguir.
Em um estudo publicado em 2021, o pesquisador Thiago B. A. Couto [...] demonstrou que as pequenas hidrelétricas da Amazônia são responsáveis pela perda de conectividade dos rios, impedindo que peixes migradores completem seus ciclos de vida.
“Comunidades indígenas e ribeirinhas dependem da pesca de espécies migratórias para seu sustento”, escreveu Couto. “Nove pequenas hidrelétricas no Rio Juruena, afluente do Tapajós, em Mato Grosso, já afetam diversos povos, como os enawenê-nawê.”
RIBEIRO, Ronaldo et al. Aquazônia: a floresta-água. Ambiental Media. [S. l.], c2022. Disponível em: https://aquazonia.ambiental.media/. Acesso em: 30 maio 2022.
3. Perda da conectividade dos rios, impedindo que os peixes completem seu ciclo de vida, o que impacta a pesca de povos originários, comprometendo a segurança alimentar deles.
3 Explique os principais impactos socioambientais causados pela construção de pequenas hidrelétricas na bacia Amazônica.
4 Organizem-se em grupos para fazer uma apresentação sobre uma usina hidrelétrica localizada na bacia Amazônica.
Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
a) Escolham uma usina hidrelétrica.
b) Pesquisem os impactos causados aos ecossistemas em escala local e regional. Registrem o que compreenderam e selecionem imagens a respeito.
c) Pesquisem os impactos que a usina selecionada causou às populações locais. Elaborem textos sobre o tema.
d) Produzam uma apresentação com os resultados da pesquisa. A apresentação pode ser feita de forma digital ou, caso não seja possível, por meio de cartazes.
#
FICA A DICA
#141 – Os impactos das hidrelétricas na Amazônia. Oxigênio, 8 abr. 2022. Disponível em: https://www.oxigenio.comciencia.br/141-os-impactos-das-hidreletricas-na-amazonia. Acesso em: 29 maio 2022.
Nesse podcast, especialistas de diversas áreas abordam os impactos socioambientais da construção de usinas hidrelétricas na bacia do Amazonas.
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outras cidades importantes, estão situadas próximo às margens dos rios, assim como as áreas agrícolas, industriais e portuárias.
Na atividade 4, auxiliar os estudantes na organização dos grupos e na escolha das usinas hidrelétricas que serão pesquisadas. Sugerir as maiores usinas, com projetos já concluídos, cujos impactos já podem ser analisados. Orientar os estudantes na pesquisa de fontes. O podcast sugerido no Livro do Estudante pode ser trabalhado com a turma como ponto de partida para a
TEXTO COMPLEMENTAR
Amazônia tem “oceano subterrâneo”
A Amazônia possui uma reserva de água subterrânea com volume estimado em mais de 160 trilhões de metros cúbicos, estimou Francisco de Assis Matos de Abreu, professor da Universidade Federal do Pará (UFPA). [...]
O volume é 3,5 vezes maior do que o do Aquífero Guarani – depósito de água doce subterrânea que abrange os territórios do Uruguai, da Argentina, do Paraguai e principalmente do Brasil, com 1,2 milhão de quilômetros quadrados (km2) de extensão.
“A reserva subterrânea representa mais de 80% do total da água da Amazônia. A água dos rios amazônicos, por exemplo, representa somente 8% do sistema hidrológico do bioma e as águas atmosféricas têm, mais ou menos, esse mesmo percentual de participação”[...].
O estudo indicou que o aquífero, situado em meio ao cenário de uma das mais belas praias fluviais do país, teria um depósito de água doce subterrânea com volume estimado em 86,4 trilhões de metros cúbicos.
“Ficamos muito assustados com os resultados do estudo e resolvemos aprofundá-lo. Para a nossa surpresa, descobrimos que o Aquífero Alter do Chão integra um sistema hidrogeológico que abrange as bacias sedimentares do Acre, Solimões, Amazonas e Marajó. De forma conjunta, essas quatro bacias possuem, aproximadamente, uma superfície de 1,3 milhão de quilômetros quadrados”, disse Abreu.
Denominado pelo pesquisador e colaboradores Sistema Aquífero Grande Amazônia (Saga), o sistema hidrogeológico começou a ser formado a partir do período Cretáceo, há cerca de 135 milhões de anos.
discussão. Você pode ouvi-lo com antecedência e preparar um roteiro com aspectos que deverão ser observados pelos estudantes. Incentivá-los a organizar a apresentação em um suporte digital, para que possam realizar a troca entre os grupos. Essa atividade proposta possibilita desenvolver práticas de pesquisa como observação, tomada de notas e construção de relatórios. Ver tópico Práticas de pesquisa nas Orientações Gerais deste Manual.
21/08/2022 13:34
ALISSON, Elton. Amazônia tem “oceano subterrâneo”. Agência Fapesp, São Paulo, 5 ago. 2014. Disponível em: https://agencia.fapesp.br/amazonia -tem-oceano-subterraneo/19541/. Acesso em: 19 jul. 2022.
[...]
165
Competências
Gerais: 1 e 2
Ciências Humanas: 2, 3, 5 e 7
Geografia: 1, 2, 3 e 5
Habilidades
• O trabalho com a habilidade EF08GE11 está em analisar áreas de conflito e tensões nas regiões de fronteira da América Latina e na atuação dos Estados Unidos no processo de independência do Panamá e no controle exercido sobre o Canal do Panamá até o ano 2000.
• A habilidade EF08GE18 tem foco em elaborar mapas para analisar ordenamento territorial na América e as principais rotas marítimas que passam pelo Canal do Panamá.
Interdisciplinaridade com...
História
• EF08HI07 Identificar e contextualizar as especificidades dos diversos processos de independência nas Américas, seus aspectos populacionais e suas conformações territoriais.
• EF08HI25 Caracterizar e contextualizar aspectos das relações entre os Estados Unidos da América e a América Latina no século XIX.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
O conteúdo desta seção possibilita a interdisciplinaridade com História ao desenvolver as habilidades EF08HI07 e EF08HI25. Se julgar adequado, convidar o professor desse componente curricular para desenvolverem juntos a temática proposta.
Ao trabalhar o Canal do Panamá, localizá-lo, com os estudantes, em um mapa político do continente americano, explorando com eles a posição estratégica de ligação marítima entre o Mar do Caribe (ou das Antilhas) e o oceano Pacífico. Ler coletivamente o texto das páginas 166 e 167 para abordar os aspectos histó-
O canal do Panamá
O Panamá localiza-se onde o istmo da América Central se junta à América do Sul. Seu território é cortado pelo Canal do Panamá, que liga os oceanos Atlântico e Pacífico e por onde passam mais de 13 mil embarcações anualmente.
Durante o século XVI, os exploradores europeus já tinham interesse em encurtar os caminhos entre o Atlântico e o Pacífico. Em 1523, o rei Charles V (1500-1558) solicitou estudos para a construção de um canal no istmo do Panamá, mas nenhum projeto foi realizado.
Séculos depois, em 1879, a Colômbia – que manteve a posse do território panamenho até 1903 – autorizou a França a iniciar as obras de abertura de um canal, mas o empreendimento foi à falência dez anos depois.
Uma rebelião incentivada pelos Estados Unidos em 1903 levou o Panamá a se separar da Colômbia, proclamando sua independência. No mesmo ano, os Estados Unidos obtiveram do governo panamenho o direito de retomar as obras de construção do canal, que foi inaugurado em 1914.
Em troca do controle perpétuo da zona do canal, o governo estadunidense pagava uma quantia anual ao Panamá. No entanto, após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), cresceu a tensão interna contra a presença estadunidense no país.
Somente em 1977 foi assinado um acordo entre Panamá e Estados Unidos, garantindo que o canal e suas instalações passariam ao controle panamenho no ano 2000, o que efetivamente aconteceu. Mas o acordo reserva aos Estados Unidos o direito de intervir na zona do canal, caso a livre navegação seja ameaçada.
Canal do Panamá
Fonte: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna, 2019. p. 66.
Obra de construção do Canal de Panamá, Panamá, 1910.
ricos relacionados à independência do Panamá, à construção do Canal e à influência de outros países nesse processo, sobretudo dos Estados Unidos.
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Solicitar aos estudantes que observem o mapa “Canal do Panamá” para que visualizem como ocorre a ligação marítima e como funciona o sistema de eclusas.
Encaminhar as atividades 1 a 3 para mobilizar habilidades e sistematizar os conteúdos estudados.
Os estudantes poderão indicar na atividade 1: 1879: Colômbia autoriza a França a começar as obras de abertura do Canal. / 1889: Empreendimento vai à falência. / 1903: Panamá se separa da Colômbia e proclama a independência. Estados Unidos obtém direito de retomar as obras do Canal. / 1914: Inauguração do Canal do Panamá. / 1977: Acordo assinado entre EUA e Panamá, que dá controle do Canal ao Panamá a partir de 2000. / 2000: Panamá assume o controle do Canal do Panamá. / 2007: Início das obras de am-
BNCC 9° N 80° O Mar do Caribe Baía de Limón Cidade do Panamá OCEANO PACÍFICO Eclusas de Pedro Miguel e Miraflores Corte Gaillard B Eclusas de Gatún Represa de Gatún Lago Madden Represa Madden PANAMÁ PANAMÁ Lago Gatún A Lago Gatún EXTENSÃO DO CANAL = 84 km TRÁFEGO DE MERCADORIAS (2021) = 287 milhões de toneladas Mar do Caribe OCEANO PACÍFICO Eclusa de Pedro Miguel Eclusas de Miraflores Eclusas de Gatún A B 0 10 Canal do Panamá DACOSTA MAPAS
INTEGRANDO com HISTÓRIA NÃO ESCREVA NO LIVRO. com CONEXÃO HISTÓRIA
ULLSTEIN BILD/GETTY IMAGES 9° N 80° O Mar do Caribe Baía de Limón Cidade do Panamá OCEANO PACÍFICO Eclusas de Pedro Miguel e Miraflores Corte Gaillard B Eclusas de Gatún Represa de Gatún Lago Madden Represa Madden PANAMÁ PANAMÁ Lago Gatún A Lago Gatún EXTENSÃO DO CANAL = 84 km TRÁFEGO DE MERCADORIAS (2021) = 287 milhões de toneladas Mar do Caribe OCEANO PACÍFICO Eclusa de Pedro Miguel Eclusas de Miraflores Eclusas de Gatún A B 0 10 Canal do Panamá
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Para que a obra de construção do canal fosse bem-sucedida, foi necessário construir o Lago Gatún, situado 25 metros acima do nível do mar, e várias eclusas que represam água dentro de grandes tanques e permitem que os navios vindos do Atlântico alcancem o Pacífico.
Atualmente, o Canal do Panamá ocupa posição de destaque no cenário internacional, movimentando 3,5% do comércio marítimo mundial e conectando mais de 140 rotas que ligam 1 700 portos em 160 países.
A ampliação entregue em 2016 permite que porta-contêineres maiores circulem na região. A capacidade máxima dos navios passou de 5 mil para 14 mil contêineres, reduzindo o custo final dos produtos transportados e confirmando a importância estratégica dessa obra, em uma travessia que pode ser feita entre oito e dez horas.
1 Com base no que foi estudado, elabore em seu caderno uma linha do tempo, indicando os principais fatos relacionados à construção do Canal do Panamá.
Auxiliar os estudantes a realizar a atividade. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
2 Qual foi o papel desempenhado pelos Estados Unidos nas relações entre a Colômbia e o Panamá? No seu entendimento, essa ação foi motivada por algum interesse estratégico? Justifique sua resposta.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor e o estudante
• CANAL DE PANAMÁ. Balboa, c2022. Site. Disponível em: https: //pancanal.com/es/. Acesso em: 19 jul. 2022.
Site oficial do Canal do Panamá em espanhol. Nele, é possível encontrar informações, imagens e vídeos sobre o Canal.
3 Analise a tabela, que indica as principais rotas das embarcações no Canal do Panamá em 2021, e faça o que se pede em uma folha avulsa.
Canal do Panamá: principais rotas e carga transportada – 2021
Fonte: PANCANAL. Principales rutas comerciales del tráfico por el Canal de Panamá. Panamá: Canal del Panamá, c2022. Disponível em: https://pancanal.com/wp-content/uploads/2022/03/00-PrincipalesRutasComerciales.pdf. Acesso em: 31 maio 2022.
a) Busque na internet um planisfério mudo. Caso não tenha acesso ao recurso digital, faça um decalque, em uma folha de papel transparente, do planisfério disponível na página 268.
b) Com o mapa em mãos, escolha um símbolo para representar o Canal do Panamá e aplique-o na área correspondente. Depois, selecione lápis de cores diferentes para traçar cada uma das rotas indicadas na tabela, passando pelo Canal do Panamá.
c) As setas que representarão as rotas deverão ser proporcionais à quantidade de carga transportada. Para isso, utilize os dados da tabela. Orientar os estudantes durante a realização de cada etapa da atividade proposta.
Auxiliar os estudantes a desenvolver a reflexão proposta. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas. 167
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pliação do Canal do Panamá. / 2016: Entrega das obras de ampliação do Canal do Panamá.
Na atividade 2, espera-se que mencionem que os Estados Unidos incitaram o Panamá a realizar a independência da Colômbia, trazendo o país para sua esfera de influência. Os Estados Unidos apoiaram o processo de independência panamenho para, em troca, conseguir a concessão para que pudessem realizar a obra do Canal do Panamá. Para isso, enviaram tropas para o país a fim de evitar que a Colômbia realizasse
um golpe de Estado. A gestão do Canal do Panamá pelos Estados Unidos funcionou como uma compensação aos estadunidenses pelo apoio no processo de independência. Verificar se há coerência entre a resposta dada pelos estudantes e os argumentos evocados por eles.
Na atividade 3, solicita-se dos estudantes que transponham os dados da tabela para o mapa. Observar se eles traçaram as linhas das rotas proporcionalmente ao volume de cargas que trafega em cada uma delas.
Rota Carga (em milhares de toneladas) Costa leste dos Estados Unidos – Ásia 125 570 Costa leste dos Estados Unidos – Costa oeste da América do Sul 33 009 Costa leste dos Estados Unidos – Costa oeste da América Central 21 978 Europa – Costa oeste da América do Sul 14 888 Europa – Costa oeste dos Estados Unidos 6 847
Canal do Panamá, Panamá, 2019.
ARTEMU KOPYLOVK/SHUTTERSTOCK.COM
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• A habilidade EF08GE03 é trabalhada com ênfase em analisar aspectos representativos da população latino-americana.
• Atende-se à habilidade EF08GE04 com foco em compreender os fluxos de migração na América Latina.
• A habilidade EF08GE05 é desenvolvida com foco em entender conflitos e tensões na contemporaneidade, com destaque para as situações geopolíticas na América.
• A habilidade EF08GE10 tem ênfase em distinguir e analisar os movimentos sociais brasileiros, no campo e na cidade, comparando com outros movimentos existentes na América Latina.
• A habilidade EF08GE11 tem enfoque em analisar conflitos e tensões na América Latina e o papel de organismos internacionais e regionais de cooperação nesses cenários.
• Contempla-se a habilidade EF08GE13 com ênfase em analisar a influência do desenvolvimento científico e tecnológico na caracterização dos tipos de trabalho e na economia dos espaços urbanos e rurais da América.
• Atende-se à habilidade EF08GE15 com foco em analisar a importância dos principais recursos hídricos da América Latina.
• A habilidade EF08GE16 é trabalhada com ênfase em analisar os principais problemas das cidades latino-americanas, relacionados à distribuição, estrutura e dinâmica da população e às condições de vida e trabalho.
• A habilidade EF08GE17 é desenvolvida com ênfase em analisar a segregação socioespacial em ambientes urbanos da América Latina.
ATIVIDADES
Todas as respostas das atividades desta seção estão no MP, com orientações e encaminhamentos.
1 Analise as afirmações sobre a população latino-americana e reescreva, em seu caderno, as frases falsas, tornando-as verdadeiras.
a) Os países mais populosos da América Latina são o Brasil e o México.
b) A população está concentrada nas áreas montanhosas e às margens dos rios da Floresta Amazônica.
c) A população latino-americana é predominantemente urbana.
d) A América Latina possui apenas duas aglomerações urbanas com mais de 10 milhões de habitantes (megacidade): Cidade do México e São Paulo.
2 Analise a tabela a seguir e responda às questões.
América Latina: população urbana ocupada no setor informal – 2020
a) Entre as categorias propostas, qual agrupa o maior percentual de pessoas ocupadas no setor informal?
b) Qual é a situação das mulheres nas categorias propostas?
c) Quais são os principais impactos da informalidade nas cidades latino-americanas?
3 Indique quatro características presentes nos assentamentos informais das cidades latino-americanas.
Fonte: COMISIÓN ECONÓMICA PARA AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE. Anuario Estadístico de América Latina y el Caribe, 2021. Santiago: Cepal, 2022. p. 18. Disponível em: https://repositorio.cepal.org/bitstream/handle/11362/47827/ S2100474_mu.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 19 maio 2022. 168
1. As afirmações B e D são falsas.
b) A população está concentrada nas faixas litorâneas e nas proximidades das grandes metrópoles.
d) Em 2020, a América Latina possuía cinco aglomerações urbanas com mais de 10 milhões de habitantes (megacidade): Cidade do México, São Paulo (22 milhões), Buenos Aires (15 milhões), Rio de Janeiro (13 milhões) e Bogotá (11 milhões).
Objetivo: • Conhecer aspectos populacionais e socioeconômicos da América Latina.
2. a) A de trabalhadores independentes não qualificados, que engloba pessoas que trabalham na indústria, no comércio e no setor agrícola. O setor de comércio e serviços é o que reúne maior percentual de trabalhadores informais não qualificados (20,2%).
b) As mulheres são as mais afetadas pela informalidade na América Latina, compondo
BNCC
os sexos Homens Mulheres Total 49,2% 47,3% 51,7% Empregadores 3% 3,6% 2,1% Assalariados 13% 15,5% 9,7% Profissionais e técnicos 1,1% 1,1% 1,2% Não profissionais 11,9% 14,4% 8,5% Trabalhadores domésticos 4% 0,4% 8,6% Trabalhadores independentes sem qualificação 29,3% 27,7% 31,2% Indústria e construção 6,3% 7,4% 4,9% Comércio e serviços 20,2% 16,8% 24,6% Agropecuária 2,8% 3,5% 1,7%
Ambos
NÃO ESCREVA NO LIVRO.
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4. a) O principal impacto da pandemia foi o aumento dos índices de pobreza e pobreza extrema na região.
4 A América
por
Pandemia de covid-19 eleva índices de pobreza na América Latina
Estudo da Cepal revela aumento de 22 milhões de pessoas pobres em 2020
Entre as regiões em desenvolvimento no mundo, a América Latina é a mais afetada pela pandemia. A região, que concentra 8,4% da população mundial [...], registrou 27,8% (507 mil) das mortes por covid-19 no mundo no ano passado.
“A pandemia, sem dúvida, aprofundou os problemas estruturais [da América Latina], com altos níveis de informalidade, desproteção social, baixo nível de produtividade e deixando descobertos nós críticos em saúde e educação e cuidados”, disse Alicia [Bárcena, secretária executiva da Cepal]. Ela destacou a urgência de se avançar na região para um estado de bem-estar com proteção social, integral e sustentável, com base em um novo pacto social. [...]
NASCIMENTO, Luciano. Pandemia de covid-19 eleva índices de pobreza na América Latina. Agência Brasil, Brasília, DF, 4 mar. 2021. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2021-03/ pandemia-de-covid-19-eleva-indices-de-pobreza-na-america-latina. Acesso em: 31 maio 2022.
a) De acordo com o texto, qual foi o principal impacto da pandemia de covid-19 na América Latina?
b) Quais são os problemas estruturais da América Latina? Dê exemplos de como esses problemas se manifestam no seu cotidiano.
c) Como a pandemia prejudicou o direito das crianças e dos jovens à educação? Converse com os colegas sobre o assunto, destacando as principais dificuldades enfrentadas durante o período em que as escolas estiveram fechadas. Realizem um registro conjunto com as conclusões da turma.
5 Quais são as principais características das grandes cidades latino-americanas?
6 Analise os gráficos e faça o que se pede.
América Latina: serviços disponíveis nos domicílios de áreas urbanas e rurais (em %) – 2019
Fonte: COMISIÓN ECONÓMICA PARA AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE. Anuario Estadístico de América Latina y el Caribe, 2021. Santiago: Cepal, 2022. p. 24. Disponível em: https://repositorio.cepal.org/bitstream/handle/11362/47827/S2100474_ mu.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 19 maio 2022.
sociais, agravadas pela pandemia de covid-19. Leia o texto a seguir. 169
b) Altos níveis de informalidade, desproteção social, baixos níveis de produtividade e problemas nas áreas de saúde e educação, entre outros.
c) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes indiquem que o fechamento das escolas durante os primeiros meses da pandemia afetou milhões de estudantes no mundo todo, principalmente aqueles em maior situação de vulnerabilidade, como os afrodescendentes, indígenas, migrantes, moradores da periferia e das regiões rurais. A falta de acesso aos recursos materiais necessário para acompanhar as aulas à distância e a precariedade financeira das famílias levaram milhões de estudantes a abandonar os estudos. Permitir que os estudantes apresentem as experiências vividas durante o período fora da escola, acolhendo os aspectos que forem trazidos pela turma.
• Escreva um parágrafo em seu caderno explicando a distribuição de infraestruturas básicas nos domicílios latino-americanos, comparando a situação das áreas urbanas e rurais com a média nacional.
Objetivos: • Conhecer aspectos populacionais e socioeconômicos da América Latina. • Analisar aspectos relacionados à perpetuação da grande desigualdade social que caracteriza a região.
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51,7% dos trabalhadores no setor, nas áreas urbanas. Entre as categorias apresentadas, as mulheres são as que menos empregam e que apresentam menor percentual de trabalhadores assalariados. As mulheres ocupam mais postos de trabalhadores domésticos e sem qualificação (31,2% do total).
c) Podemos destacar o aumento das desigualdades e da violência urbana.
Objetivo: • Conhecer aspectos populacionais e socio-
econômicos da América Latina.
3. Grandes desigualdades sociais, acentuadas por uma organização espacial pautada na segregação espacial. As áreas periféricas apresentam carência em infraestruturas e serviços essenciais como transporte, saneamento básico, educação, saúde, trabalho formal e lazer.
Objetivos: • Conhecer aspectos populacionais e socioeconômicos da América Latina. • Identificar os principais problemas dos centros urbanos latino-americanos.
5. Os estudantes poderão indicar: insuficiência de investimentos do Estado e do mercado imobiliário, financeiro e de serviços; estigmatização socioespacial, principalmente por moradores de outras áreas da cidade; elevada taxa de subemprego e trabalho informal; predominância de autoconstruções e ocupação de áreas de risco; elevada densidade demográfica, acima da média do conjunto da cidade; presença de indicadores socioeconômicos, educacionais e ambientais abaixo da média do conjunto da cidade; exposição elevada da população à violência, acima da média do conjunto da cidade.
Água encanada Eletricidade Sistema de esgotos Nacional Urbano Rural Nacional Urbano Rural Nacional Urbano Rural 61,7% 65,4% 52,9% 95,1% 98,7% 87,5% 87,3% 90% 76,2% SONIA VAZ
Latina é caracterizada
profundas desigualdades
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Objetivos: • Conhecer aspectos populacionais e socioeconômicos da América Latina. • Identificar os principais problemas dos centros urbanos latino-americanos. • Analisar aspectos da segregação socioespacial em ambientes urbanos da América Latina, com destaque ao estudo de favelas.
6. Espera-se que os estudantes indiquem que os domicílios das áreas rurais são dotados de menos infraestruturas básicas que os domicílios das áreas urbanas que, no que se refere à eletricidade e ao sistema de esgoto, superam a média nacional. A discrepância é bastante significativa quando o tema é saneamento básico. Apenas 52,9% dos domicílios rurais tinham ligação à rede de esgoto.
Objetivos: • Analisar aspectos relacionados à perpetuação da grande desigualdade social que caracteriza a região. • Analisar as principais dinâmicas dos espaços urbano e rural latino-americano, marcado pela segregação socioespacial e pela concentração fundiária.
7. A charge se refere ao processo de mecanização da produção no campo, que traz como uma das principais consequências a redução de postos de trabalho ou o aumento da informalidade nas relações de trabalho.
Objetivos: • Conhecer aspectos populacionais e socioeconômicos da América Latina. • Analisar os impactos socioambientais da inserção massiva de tecnologias diversas no campo.
8. Espera-se que os estudantes indiquem que o autor concebe as questões agrárias e urbanas como interligadas, o que exige que os espaços urbanos e rurais sejam abordados como partes distintas de uma mesma problemática, visando à superação das profundas desigualdades socioeconômicas, territoriais e ambientais na América Latina. Verificar se a argumentação feita pelos estudantes e os exemplos trazi-
7 Analise a charge e explique a que processo ela se refere.
SANTOS, Arionauro da Silva. [Charge máquinas no campo: desemprego].
Arionauro Cartuns, Rio de Janeiro, 17 fev. 2020. Disponível em: http://www.arionaurocartuns.com. br/2020/02/charge-maquinas-nocampo-desemprego.html. Acesso em: 2 jul. 2022.
8 Leia o texto a seguir e faça o que se pede.
Nas cidades latino-americanas multiplicaram-se os problemas resultantes do desemprego estrutural, com a exaustão ambiental, a marginalização da maioria da população urbana e o aumento do tráfico de drogas. A questão agrária e a urbana converteram-se em problemas territoriais interligados, de modo que o campo e a cidade precisam ser pensados como espaços de uma única luta, pela conquista da dignidade humana. Por tudo isso, a questão agrária compreende as dimensões econômica, ambiental, social, cultural e política. [...]
FERNANDES, Bernardo Mançano. Questão agrária. Prolam, São Paulo, 9 set. 2021. Disponível em: https://sites.usp.br/prolam/questao-agraria/. Acesso em: 2 jun. 2022.
• Escreva um parágrafo explicando como o autor concebe a relação entre o campo e a cidade na América Latina. Depois, explique, de acordo com o seu entendimento, se você concorda ou não com o autor, trazendo um exemplo que confirme sua resposta.
9 Analise as afirmações sobre as migrações na América Latina e reescreva aquelas que forem falsas em seu caderno, tornando-as verdadeiras.
a) Os principais fatores relacionados às migrações são as desigualdades sociais, as crises políticas e os eventos climáticos extremos.
b) A pandemia de covid-19 não teve nenhum impacto sobre as dinâmicas migratórias na América Latina.
c) A migração para a América do Norte é uma tendência importante.
d) A migração para a Oceania é a tendência mais importante na região.
e) A Argentina, o Brasil e o Chile são os principais países de emigração.
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dos são coerentes com a resposta dada a partir da interpretação do texto.
Objetivos: • Conhecer aspectos populacionais e socioeconômicos da América Latina. • Analisar as principais dinâmicas dos espaços urbano e rural latino-americano, marcado pela segregação socioespacial e pela concentração fundiária.
9. O estudante deverá corrigir as alternativas B, D e E.
b) A pandemia da covid-19 teve impactos pro-
fundos na dinâmica migratória latino-americana. Apesar da imposição de restrições para entrada e saída de pessoas dos países, mais rigorosa no ano de 2020, os fluxos migratórios não pararam, já que as migrações, nesse contexto, são forçadas.
d) A migração para a Oceania não é uma tendência migratória importante na região.
e) A Argentina, o Brasil e o Chile estão os principais países de imigração.
ARIONAURO
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10 Analise a fotografia e responda às questões.
a) Onde está localizado o muro retratado?
b) No seu entendimento, qual dos dois países teve a iniciativa de construir esse muro? Por quê?
c) Além da questão representada pela construção do muro, há outros conflitos em curso nessa região?
11 Analise a ilustração, leia a manchete e parte da notícia e faça o que se pede.
América do Sul: rios voadores
1. Da evaporação das águas no oceano Atlântico originam-se ventos carregados de umidade.
2. Os ventos carregados de umidade seguem para o interior do continente, gerando chuvas nos locais por onde passam.
3. A transpiração das espécies vegetais aumenta a umidade sobre a floresta.
4. Quando os ventos carregados de umidade alcançam a cordilheira dos Andes, formam-se chuvas que alimentam as áreas próximas às nascentes dos rios da Amazônia.
5. Uma parte da umidade retorna ao Brasil, podendo causar chuvas em outras regiões.
6. Os ventos carregados de umidade alimentam rios do Sudeste e do Sul do Brasil e se dispersam pelo Paraguai e pela Argentina.
Elaborado com base em: FENÔMENO dos rios voadores. Expedição rios voadores. [S. l.], c2013. Disponível em: http://riosvoadores.com.br/ o-projeto/fenomeno-dos-rios-voadores/#prettyph oto[post-65]/0/. Acesso em: 12 jan. 2022.
Desmatamento na Amazônia afeta fenômeno ‘rios voadores’ e pode alterar clima em outras regiões brasileiras
[...] O fenômeno leva umidade da bacia Amazônica a outras regiões do país, mas, com a quantidade de floresta devastada, pesquisadores alertam para “efeito cascata” que pode gerar mudanças no clima desses lugares.
BEATRIZ, Rebeca. Desmatamento na Amazônia afeta fenômeno ‘rios voadores’ e pode alterar clima em outras regiões brasileiras. G1 AM Manaus, 20 jul. 2020. Disponível em: https://g1.globo.com/am/ amazonas/natureza/amazonia/noticia/2020/07/20/desmatamento-naamazonia-afeta-fenomeno-rios-voadores-e-pode-alterar-clima-emoutras-regioes-brasileiras.ghtml. Acesso em: 1 jun. 2022.
Objetivo: • Compreender as principais causas e tendências dos fluxos migratórios na América Latina.
10. a) Na fronteira Estados Unidos-México.
b) Espera-se que os estudantes indiquem que os Estados Unidos tiveram a iniciativa da construção do muro com o objetivo de dificultar a entrada de imigrantes mexicanos em seu território.
c) Os estudantes poderão citar o narcotráfico.
a) A partir de qual número presente na ilustração o fenômeno dos rios voadores passa a ser alterado pelo desmatamento da Floresta Amazônica?
b) Reescreva os textos com base no número indicado por você no item anterior, explicando as consequências e o “efeito cascata” citado na notícia.
b) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes sejam capazes de identificar, em cada etapa indicada na ilustração, aspectos desse efeito cascata. Sugestões:
4. Quando os ventos secos alcançam a cordilheira dos Andes, há menos formação de chuvas, prejudicando a alimentação das nascentes dos rios da Amazônia.
5. Outras regiões do país estarão mais sujeitas às secas.
6. Os rios do Sudeste e Sul do Brasil serão menos alimentados, gerando problemas no abastecimento da população e para a produção de energia nas hidrelétricas.
Objetivos: • Conhecer as características naturais do território latino-americano, analisando a distribuição dos recursos e as principais formas de exploração. • Avaliar os impactos relacionados à exploração dos recursos naturais do ponto de vista ambiental e social.
Objetivos: • Compreender as principais causas e tendências dos fluxos migratórios na América Latina. • Conhecer as principais áreas de tensão e conflito nas fronteiras da América Latina, identificando suas causas e consequências econômicas, sociais, políticas e ambientais.
11. a) A partir do número 3. Com a devastação da floresta, a transpiração das espécies vegetais diminui e, com ela, a umidade da floresta.
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2106-GEO-V8-U2-LA-F017 Pesquisar fotografia recente de muro na fronteira entre México e EUA novo iconografia
1 4 2 5 3 6 LUIZ RUBIO
Muro na fronteira entre Estados Unidos e México, 2022.
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SALWAN GEORGES/THE WASHINGTON POST/GETTY IMAGES
BNCC NA UNIDADE
Competências
Gerais: 1, 2, 4, 5, 7, 9 e 10
Ciências Humanas: 2, 3, 4, 5, 6 e 7
Geografia: 1, 2, 3, 5, 6 e 7
Habilidades
Geografia: • EF08GE02
• EF08GE06
• EF08GE09
• EF08GE14
• EF08GE07
• EF08GE10
• EF08GE15
• EF08GE05
• EF08GE08
• EF08GE13
• EF08GE18
• EF08GE19 • EF08GE20 • EF08GE22
• EF08GE24
Interdisciplinaridade com...
Matemática: • EF08MA23
Abertura da Unidade
BNCC
• EF08GE20 com foco em analisar conhecimentos prévios sobre características de países e grupos de países da América Latina no que se refere aos aspectos econômicos.
• EF08GE24 com foco em analisar conhecimentos prévios sobre as principais características produtivas dos países latino-americanos (exploração mineira no Chile).
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Os temas trabalhados nesta Unidade estão voltados para os aspectos populacionais, urbanos, políticos, econômicos e ambientais nas seis regiões que constituem a América Latina: México, América Central, América Andina, Guianas, América Platina e Brasil.
Promover a leitura coletiva do texto de abertura, que trata da importância da exploração dos recursos minerais e da agropecuária na América Latina. Destacar a participação do Chile, da Venezuela e da Bolívia, na exploração e exportação, respectivamente, de recursos como cobre, petróleo e gás natural. Comentar sobre a importante participação de Brasil
6
LATINA: REGIÕES E ECONOMIA
A produção de matérias-primas valorizadas no mercado internacional coloca a América Latina em posição de destaque na economia mundial. Alguns países da região estão entre os maiores produtores de minérios do mundo. Além disso, Brasil e Argentina destacam-se no setor agropecuário.
e Argentina na produção agropecuária mundial. Encaminhar as atividades 1 a 3 para sistematizar essa conversa inicial com os estudantes.
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A resposta da atividade 1 é pessoal. Os estudantes poderão citar moedas, utensílios de cozinha, joias, tubulações, fios para componentes elétricos, peças de automóveis e aviões etc.
Na atividade 2, espera-se que os estudantes citem petróleo, gás natural, carvão, estanho, ouro e prata.
Na atividade 3, espera-se que os estudantes citem a alteração do relevo, com retirada importante de camadas de solo, a abertura de vias para transporte do cobre etc.
Vista aérea de mina de cobre no Chile, 2021.
UNIDADE
AMÉRICA
172
172
Consultar respostas em Orientações didáticas.
Converse com os colegas e o professor sobre as questões a seguir.
1 O extrativismo mineral é uma atividade que fornece matérias-primas para a fabricação de inúmeros objetos que fazem parte de nosso cotidiano. Você saberia dizer que objetos contêm cobre em sua composição?
2 Além do cobre, cite outros recursos minerais e energéticos explorados na América Latina.
3 No seu entendimento, quais alterações ocorreram na paisagem retratada com a abertura da mina de cobre?
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• A habilidade EF08GE06 é trabalhada com foco em analisar a atuação das organizações mundiais nos processos de integração econômica nos contextos americano, reconhecendo, em seus lugares de vivência, marcas desses processos.
• Desenvolve-se a habilidade EF08GE07 com ênfase em analisar os impactos geoeconômicos, geoestratégicos e geopolíticos dos Estados Unidos da América no cenário internacional em sua posição de liderança global.
• A habilidade EF08GE08 é contemplada com foco em analisar a situação do México, assim como da potência estadunidense na ordem mundial do pós-guerra.
• O trabalho com a habilidade EF08GE09 é feito com ênfase em analisar os padrões econômicos mundiais de produção, distribuição e intercâmbio dos produtos industrializados, tendo como referência os Estados Unidos da América.
• Contempla-se a habilidade EF08GE14 com foco em analisar processos de desconcentração, descentralização e recentralização das atividades econômicas a partir do capital estadunidense.
• Trabalha-se a habilidade EF08GE20 com ênfase em analisar características de países da América no que se refere aos aspectos populacionais, políticos e econômicos, e discutir as desigualdades sociais e econômicas.
• Contempla-se a habilidade EF08GE24 com foco em analisar as principais características produtivas dos países latino-americanos, com destaque para as maquiladoras mexicanas.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Antes de iniciar o conteúdo sobre as maquiladoras no México, retomar a questão das regionali-
1 MÉXICO
Na Unidade 5, foram apresentados aspectos relacionados às dinâmicas na fronteira do México com os Estados Unidos, com destaque para os fluxos migratórios e a presença das maquiladoras. Analisaremos, a seguir, o papel dessas empresas na economia mexicana e a questão dos direitos trabalhistas.
A partir da década de 1960, muitas indústrias de montagem e acabamento de produtos destinados à exportação instalaram-se no México, próximo à fronteira com os Estados Unidos. Contando com capital estrangeiro, essas empresas, chamadas de maquiladoras, têm incentivos fiscais, recebem peças fabricadas nas matrizes estrangeiras e apenas montam o produto final. A maioria atua nos setores eletrônico, automotivo, têxtil e de calçados. Em 2021, havia mais de 6 mil maquiladoras no México.
A implantação das maquiladoras está associada à estratégia utilizada pelas multinacionais de se instalar em países periféricos, aproveitando a mão de obra farta e barata e a legislação ambiental mais flexível. No caso mexicano, essas empresas são responsáveis por grandes deslocamentos de trabalhadores para o norte do país. Além disso, absorvem parte da mão de obra que buscaria emprego nos Estados Unidos, reduzindo as migrações ilegais para a América Anglo-Saxônica.
Ao se instalarem no México, as maquiladoras, em sua maioria estadunidenses, pagam salários mais baixos, pois escapam da forte pressão dos sindicatos de trabalhadores em seu país de origem. Também evitam as exigências da legislação ambiental dos Estados Unidos, relacionadas ao tratamento de resíduo sólido e rejeitos industriais.
De modo geral, as maquiladoras contribuem para aumentar a dependência do México em relação aos Estados Unidos, reduzindo o ritmo de desenvolvimento da indústria e da tecnologia mexicanas.
zações e ressaltar que o país é o único da América do Norte que faz parte da América Latina, dando seguimento às discussões já feitas na Unidade 5 deste volume.
Se julgar oportuno, destacar os critérios que fazem com que o México integre a América Latina e aproveitar o momento para explicar o histórico da formação territorial do país que está associada à expansão dos Estados Unidos para o oeste. Comentar que, após a independência, ocorrida em 1821, o México era o país mais ex-
tenso dos territórios hispano-americanos, com mais de 4,6 milhões de quilômetros quadrados. Atualmente, sua área é de 1 964 000 km². Por meio de guerras e acordos, os Estados Unidos anexaram os atuais estados do Arizona, da Califórnia, do Novo México e do Texas, além de parte dos territórios de Colorado e Utah.
A seguir, encaminhar o conteúdo sobre as maquiladoras, que possibilita desenvolver o tema contemporâneo transversal Economia, com destaque para o Trabalho. Para isso, promover a
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Maquiladora do setor eletrônico em Ciudad Juárez, México, 2019. JOSE LUIS GONZALEZ/REUTERS/FOTOARENA
O novo bloco econômico entre os países na América do Norte – Acordo Estados Unidos, México e Canadá (USMCA), assinado em 2018 – exigiu que o México realizasse uma ampla reforma trabalhista. Entre as principais mudanças, destacam-se o aumento do salário mínimo, a regulamentação dos contratos de trabalho e a criação de sindicatos independentes e órgãos de fiscalização e aplicação das novas leis.
Em fevereiro de 2022, trabalhadores de uma indústria automotiva estadunidense localizada no México elegeram pela primeira vez um sindicato que representava os interesses da categoria, conforme exigências do USMCA.
A expectativa é que essas medidas melhorem as condições de trabalho dos operários das maquiladoras nos próximos anos. Porém, ainda há um longo caminho a ser percorrido. Leia o trecho do texto a seguir.
[No início da pandemia de covid-19 (março e abril de 2020)] apenas atividades consideradas essenciais têm permissão para funcionar no México. “Mas muitas das maquiladoras que produzem para o mercado americano se opunham à ordem e ameaçavam demitir trabalhadores se eles não aparecessem para trabalhar”, relata o jornalista Alvarez em seu site
[...]
Mas a pressão parte não apenas dos empregadores, mas também dos Estados Unidos. O embaixador dos EUA no México, Christopher Landau, escreveu no Twitter que fará tudo ao seu alcance para manter as cadeias de suprimentos. No México também há muita coisa em jogo: sete milhões de empregos e quase dois terços das exportações.
ções precárias de trabalho. Além disso, elas aumentam a dependência do México em relação aos Estados Unidos e estão associadas ao menor desenvolvimento de políticas voltadas para o desenvolvimento da indústria e da tecnologia do país.
Para aprofundar no assunto, vale a leitura do texto “Maquiladoras mexicanas”, cujo link se encontra na seção Ampliando horizontes
Encaminhar as atividades 1 a 4 que auxiliam na sistematização do conteúdo estudado nesta dupla de páginas.
Na atividade 1, espera-se que os estudantes indiquem que a atividade industrial gerava, quando a notícia foi veiculada, sete milhões de empregos e era responsável por dois terços das exportações do país.
Na atividade 2, os estudantes devem indicar que os Estados Unidos fizeram pressão para que as maquiladoras continuassem produzindo para abastecer o mercado estadunidense.
Faça as atividades em seu caderno.
1 Extraia do texto duas informações que demonstram a importância da atividade industrial para a economia mexicana.
A atividade industrial gerava, quando a notícia foi veiculada, sete milhões de empregos e era responsável por dois terços das exportações do país.
2 De acordo com a notícia, por que algumas maquiladoras mexicanas continuaram a funcionar durante a pandemia de covid-19?
Porque os Estados Unidos fizeram pressão para que as maquiladoras continuassem produzindo para abastecer o mercado estadunidense.
3 No seu entendimento, a decisão tomada pelas maquiladoras está alinhada às medidas de proteção aos trabalhadores, definidas no Acordo Estados Unidos, México e Canadá? Justifique sua resposta.
Resposta pessoal. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
4 Você conhece alguém que precisou trabalhar presencialmente durante a pandemia de covid-19? Conte aos colegas e ao professor em que circunstâncias isso aconteceu.
Consultar comentários em Orientações didáticas.
WEISS, Sandra. Indústrias no México ignoram perigo do coronavírus. DW Brasil, [s. l.], 29 maio 2022. Disponível em: https://www.dw.com/pt-br/ind%C3%BAstrias-no-m%C3% A9xico-ignoram-perigo-do-coronav%C3%ADrus/a-53285878. Acesso em: 8 jun. 2022. 175
Na atividade 3, espera-se que os estudantes indiquem que o funcionamento das maquiladoras durante a pandemia vai de encontro à proteção dos trabalhadores, pois, além das ameaças de demissão, os operários que continuam a produzir estão mais expostos ao coronavírus.
Na atividade 4, incentivar os estudantes a citarem pessoas, especialmente familiares e amigos que tiveram de trabalhar de forma presencial durante a pandemia de covid-19. Questionar que cuidados (distanciamento social, uso de máscara e álcool gel, por exemplo) essas pessoas tomaram no trabalho para diminuir os riscos de contágio.
AMPLIANDO HORIZONTES
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leitura coletiva dos textos das páginas 174 e 175 Fazer paradas para esclarecimento de dúvidas e comentários. Explicar que o nome maquiladora vem do termo maquila, usado primeiramente na Espanha pelos proprietários de moinhos que cobravam um valor dos agricultores locais para processar o trigo que produziam. Hoje, o termo se refere a qualquer montadora que não é a fabricante original dos componentes do produto.
Ressaltar que a criação do Nafta em 1994 fez que as maquiladoras se multiplicassem ra-
pidamente em função do fim da cobrança de impostos sobre a circulação dos produtos entre México, Estados Unidos e Canadá, medida que barateou significativamente o custo final dos produtos. Destacar que atualmente há mais de 6 mil maquiladoras em território mexicano, sendo responsáveis por um grande deslocamento de mexicanos para o norte do país, alterando de maneira significativa o espaço econômico do México. Apesar de gerar empregos, as maquiladoras pagam baixos salários e oferecem condi-
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Para o professor
• ARRIETA, Irma Balderas. Maquiladoras mexicanas. Portal Latinoamericana. São Paulo, [2016].
Disponível em: http://latinoame ricana.wiki.br/verbetes/m/maqui ladoras-mexicanas. Acesso em: 5 ago. 2022.
Texto explicativo sobre o que são as maquiladoras mexicanas.
175
• Trabalha-se a habilidade EF08GE09 com foco em analisar os padrões econômicos mundiais de produção, distribuição e intercâmbio dos produtos agrícolas, tendo como referência Cuba e o Brasil no que se refere ao comércio da cana-de-açúcar.
• A habilidade EF08GE14 é contemplada com ênfase em analisar os processos de desconcentração, descentralização e recentralização das atividades econômicas a partir do capital chinês em Cuba.
• Atende-se à habilidade EF08GE20 com ênfase em analisar características de países da América no que se refere aos aspectos econômicos e discutir as desigualdades sociais e econômicas.
• Desenvolve-se a habilidade EF08GE24 com foco em analisar as principais características produtivas dos países latino-americanos, destacando a produção da cana-de-açúcar em Cuba.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Retomar o mapa “América: regionalização física”, da página 76, para apresentar os países da América Central e mostrar sua divisão em América Central Continental e América Central Insular (Caribe ou Antilhas). Esclarecer que a primeira constitui um istmo, ou seja, uma faixa estreita de terra que liga a América do Norte à América do Sul. Aproveitar o momento para verificar os conhecimentos dos estudantes acerca da América Central e se identificam os países que compõem a região.
Se considerar adequado, retomar alguns aspectos naturais da região, como a presença de climas quentes, predominantemente o clima tropical, e a diversidade de paisagens, que atraem milhares de turistas todos os anos. Destacar também que a região se encontra em uma área de
2 AMÉRICA CENTRAL
Além da produção agrícola voltada para o mercado externo, a economia dos países da América Central baseia-se no setor de serviços, principalmente no turismo, atividade favorecida pelo clima tropical e pelo litoral banhado pelas águas quentes do oceano Atlântico, que formam as famosas praias do Caribe.
Nesse sentido, a pandemia de covid-19 afetou bastante a economia regional. Em 2020, a entrada de turistas foi reduzida em 20% na porção insular e em 15% na porção continental. De acordo com dados da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), em 2018 a América Central destinava 83,5% das exportações para o próprio continente americano. Analise o mapa.
América Central: exportações por região e territórios selecionados – 2018
Fonte: COMISIÓN ECONÓMICA PARA AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE. Estructura comercial y medidas económicas ante la pandemia de covid-19 en Centroamérica, Cuba, Haití, México y la República Dominicana (LC/MEX/ TS.2020/16). Cepal Ciudad de México, 2020. Disponível em: https://repositorio. cepal.org/bitstream/ handle/11362/45785/1/ S2000473_es.pdf. Acesso em: 8 jun. 2022.
Responda às questões em seu caderno.
2. Não, pois dos 39,1% das exportações realizadas para os países da América Latina, 27,4% correspondem às exportações intrarregionais na América Central.
1 Quais são as principais regiões de destino das exportações da América Central?
América Anglo-Saxônica e América Latina.
2 É correto afirmar que as exportações intrarregionais não são expressivas na América Central? Justifique sua resposta com dados extraídos do mapa.
3 Excluindo os países americanos, qual país representado no mapa é grande comprador dos produtos centro-americanos?
A China. A exportação para esse país supera os percentuais de exportação para a África e para a Oceania.
confluência de placas tectônicas, o que ocasiona a ocorrência de atividades sísmicas e vulcânica. Os derramamentos de lava deram origem a solos férteis propícios a atividades agrícolas. Cabe comentar sobre a intensa exploração dos recursos naturais da região, que ocorre de forma predatória desde o período colonial. Nesse sentido, ressaltar que, para conter a devastação, vários países estão adotando medidas como a criação de parques nacionais para preservar a rica e variada cobertura vegetal da região.
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Apresentar as principais características do processo de colonização da América Central para que os alunos possam melhor compreender a origem dos aspectos socioeconômicos que caracterizam a região no contexto atual. É importante destacar que a herança colonial –que conferiu grande poder às elites dirigentes nas tomadas de decisão – e as intervenções estadunidenses durante o período da Guerra Fria contribuíram para que a instabilidade política e os baixos índices de desenvolvimento socioeco-
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0° 0° Equador Trópico de Câncer Círculo Polar Ártico Círculo Polar Antártico Trópico de Capricórnio OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO Meridiano de Greenwich CANADÁ (0,8%) ESTADOS UNIDOS (36,4%) UNIÃO EUROPEIA (14,1%) CHINA (1,2%) ÍNDIA (0,3%) AMÉRICA CENTRAL (27,4%) 37,2% 39,1% 15% 7,5% 0,6% 0,3% Mais de 30% Entre 15% e 30% Entre 2% e 14% Até 1% 3 300 km 0
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Cuba
A economia cubana é voltada para a exportação de produtos agrícolas e minerais, com destaque para a cana-de-açúcar, o tabaco, o café, o couro e o níquel.
Durante décadas, a cana-de-açúcar foi o principal produto exportado por Cuba, tendo como principais compradores os Estados Unidos, até o rompimento das relações entre os países em 1959, e a União Soviética, que comprava o produto a preços especiais em troca de petróleo e bens de produção (máquinas, equipamentos, peças, ferramentas, motores etc.).
O fim da União Soviética em 1991, o embargo econômico dos Estados Unidos, a queda dos preços e a falta de investimentos em sementes, fertilizantes e equipamentos foram fatores determinantes para o declínio da produção de cana-de-açúcar, que caiu de 8 milhões de toneladas entre os anos 1960 e 1970 para menos de 2 milhões de toneladas a partir dos anos 2010, representando menos de 10% das exportações cubanas. Analise o gráfico que compara a produção e exportação de açúcar de Cuba e do Brasil.
Cuba e Brasil: produção e exportação de açúcar, milhões de toneladas (2011-2021)
setor agrícola, sobretudo a produção de cana-de-açúcar. Comentar que as indústrias cubanas são principalmente dos setores têxtil, de alimentos e de beneficiamento de produtos agrícolas.
A população tem pouco acesso aos bens de consumo, as moradias são modestas, os eletrodomésticos são poucos e a frota de veículos é antiga. Vale a leitura do artigo indicado na seção Ampliando horizontes. Destacar que os desafios econômicos atuais enfrentados por Cuba estão relacionados à crise do setor açucareiro e à necessidade de diversificar as atividades.
Se considerar conveniente, citar uma área de destaque no país: a da saúde. A qualidade da medicina cubana é reconhecida mundialmente, principalmente no desenvolvimento de vacinas e controle de epidemias.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor
Fonte: UNITED STATES DEPARTMENT OF AGRICULTURE. Sugar: world markets and trade. USDA. Nova York, c2022. Disponível em: https://usda.library.cornell.edu/concern/publications/z029p472x?locale=en&page=3#release-items. Acesso em: 10 jun. 2022.
O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de cana-de-açúcar. Em 2021, Cuba ocupava o 23o lugar entre os produtores e o 16o entre os exportadores, atrás, na América Latina, de países como México, Guatemala e Colômbia.
Com o fechamento progressivo das usinas de refino de açúcar, Cuba enfrenta dificuldades para honrar contratos de exportação do produto para a China e tem importado açúcar para atender às necessidades do mercado interno.
A crise no setor açucareiro fez com que o governo diversificasse as atividades econômicas na ilha, buscando empresas dispostas a investir no turismo e incentivar pequenos negócios ligados ao setor, como bares, restaurantes e empresas de táxi. Com a pandemia de covid-19, o setor de turismo foi bastante impactado, ampliando a crise econômica no país.
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nômico se tornassem características estruturais persistentes da região. Na América Central continental, todos os países, hoje independentes, estiveram sob domínio da Espanha, com exceção de Belize, que foi colônia britânica. Na América Central insular, há territórios sob domínio da França, dos Países Baixos, do Reino Unido e dos Estados Unidos.
A seguir, incentivar a análise do mapa “América Central: exportações por região – 2018” e encaminhar as atividades 1 a 3.
Na atividade 3, se julgar oportuno, comentar que, segundo a Cepal, em 2021, a China recebeu 27% das exportações da América Central e foi responsável por 22% das importações da região. Em 2020, a América Central recebeu 10,8% dos investimentos estrangeiros diretos da China, tornando-se a região fora da Ásia que mais recebeu investimentos chineses.
Na página 177, promover a leitura coletiva do texto que apresenta os aspectos econômicos de Cuba, com destaque para a dependência do
• MOREIRA, Zu. Cuba: o desafio do país mais socialista da atualidade. Brasil de Fato, São Paulo, 13 fev. 2019. Disponível em: https: //www.brasildefatomg.com. br/2019/02/13/cuba-o-desafiodo-mais-socialista-pais-da-atu alidade. Acesso em: 1 ago. 2022.
Artigo sobre a situação socioeconômica de Cuba, com destaque para a abertura econômica, para o turismo e o consumo.
0 10 20 30 40 50 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 Ano (milhões de toneladas)
Cuba Brasil
Exportação Produção Exportação Produção
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• Trabalha-se a habilidade EF08GE09 com foco em analisar os padrões econômicos mundiais de produção, distribuição e intercâmbio dos produtos agrícolas e minerais, tendo como referência os países da América Andina e alguns países do Brics (Brasil, Rússia) no que se refere a commodities minerais.
• A habilidade EF08GE20 é desenvolvida com ênfase em analisar características de países e grupos de países da América no que se refere aos aspectos populacionais, físicos e econômicos, e discutir as pressões sobre a natureza e suas riquezas.
• Atende-se à habilidade EF08GE22 com ênfase em identificar os principais recursos naturais dos países da América Latina, analisando seu uso para a produção de matéria-prima e energia.
• Contempla-se a habilidade EF08GE24 com foco em analisar as principais características produtivas dos países latino-americanos, destacando a exportação de commodities minerais na América Andina.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICA
Antes de iniciar o trabalho com o conteúdo proposto nesta dupla de páginas, localizar com os estudantes os países da América Andina em um mapa político da América Latina (Unidade 5, página 142). Depois, pedir a eles que observem o mapa “América: físico” (Unidade 3, página 92), chamando a atenção para a localização e as altitudes da Cordilheira dos Andes, e relacionando-as ao mapa político visto anteriormente.
Aproveitar o momento para retomar também as características de clima e vegetação dessa porção do continente. O mapa “América: clima e correntes marítimas” (Unidade 3, página 96) e o conteúdo relacionado à vegetação do continente americano,
3 AMÉRICA ANDINA
A América Andina é formada por Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia e Chile. Esses países têm sua paisagem marcada pela cordilheira dos Andes, que, por esse motivo, nomeia a região.
Os Andes têm um papel importante na hidrografia da América do Sul, funcionando como um importante divisor de águas. Os rios que nascem a oeste da cordilheira são pouco extensos, correm sobre terrenos íngremes e deságuam no oceano Pacífico. Os rios que nascem a leste apresentam grande extensão, correm em terrenos mais planos e deságuam no oceano Atlântico, como é o caso do Rio Amazonas, cuja nascente está localizada no Peru.
As montanhas também influenciam o clima regional, as atividades econômicas e a cultura, com vestuários, alimentos e habitações adequados à vida em grandes altitudes.
Os países da América Andina têm em comum aspectos históricos e culturais, como a colonização e a língua oficial espanhola. Com população formada principalmente por etnias indígenas e miscigenada, seus países também mantêm muitos costumes e tradições das sociedades pré-colombianas.
A América Andina tem a economia pautada na exploração e no beneficiamento de recursos minerais e energéticos, além de uma agricultura diversificada, com destaque para produtos como café, banana, cacau, cana-de-açúcar, trigo e aveia, cultivados em grandes propriedades.
Analise a tabela com os principais produtos exportados pelos países da América Andina.
América Andina: principais produtos de exportação – 2020
Principais produtos exportados Participação no total das exportações (em %)
Fonte dos dados: OBSERVATORY OF ECONOMIC COMPLEXITY. [S l.], [20--]. Site Disponível em: https://oec.world/en/profile/country. Acesso em: 3 jul. 2022.
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presente também na Unidade 3, podem ajudar no desenvolvimento dessa parte da aula.
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Fazer uma breve descrição da formação histórica e dos aspectos socioeconômicos da região. É importante destacar que, do ponto de vista histórico, os países da América Andina foram colonizados pela Espanha e têm em comum a língua espanhola, além da grande participação de descendentes de indígenas na população.
Socioeconomicamente, esses países são marcados por índices de pobreza e pela manutenção
do poder político e econômico por elites em detrimento das camadas mais populares.
Por fim, comentar sobre as principais atividades econômicas da América Andina, destacando as atividades agropecuárias, a extração mineral e a atividade industrial. Ressaltar grande presença de importantes recursos naturais, sobretudo petróleo na Venezuela, no Equador e na Colômbia; cobre no Chile e no Peru; e gás natural na Bolívia. Destacar a influência da pandemia de covid-19 e da Guerra entre Rússia e Ucrânia nos preços das
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Venezuela Petróleo bruto 89,1 Metanol 4,8 Minério de ferro 6,4 Colômbia Petróleo bruto 23,2 Carvão mineral 12,8 Café 7,9 Equador Petróleo bruto 24 Crustáceos e moluscos 18,6 Banana 18,6 Peru Minério de cobre 22,8 Ouro 15,9 Cobre refinado 4,4 Bolívia Gás natural 28,8 Ouro 17,6 Minério de zinco 8 Chile Minério de cobre 28,6 Cobre refinado 19,4 Pescados 3,4
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Refinaria de petróleo em Quito, Equador, 2020.
Os países andinos são bastante dependentes das variações nos preços internacionais das matérias-primas que exportam.
Com a pandemia de covid-19, a demanda por petróleo e outras commodities diminuiu drasticamente no mundo todo, gerando uma queda significativa nos preços, o que vulnerabilizou ainda mais a economia regional.
Por outro lado, no primeiro semestre de 2022, o conflito entre a Rússia e a Ucrânia fez com que os preços do petróleo, gás natural e carvão mineral subissem (a Rússia era o terceiro maior produtor de petróleo e o segundo maior produtor de gás natural), beneficiando os países exportadores da América Andina, com destaque para a Bolívia, Equador, Colômbia e Venezuela.
1 Leia o trecho da notícia a seguir.
Rússia e Ucrânia são grandes produtores de matérias-primas e as interrupções no comércio destes produtos e o temor de uma escassez de grãos, por exemplo, fizeram os preços dispararem nos mercados mundiais, especialmente no caso das commodities energéticas, como petróleo e gás natural.
O custo de alguns alimentos também aumentou após a alta do preço do trigo. Ucrânia e Rússia representam cerca de 30% das exportações mundiais do cereal.
Contudo, os efeitos dos aumentos são sentidos de diferentes maneiras nos países de América Latina e Caribe.
O aumento do petróleo prejudica os importadores de América Central e do Caribe, enquanto os exportadores de hidrocarbonetos, cobre, minério de ferro, milho, trigo e metais podem arrecadar mais e assim mitigar o impacto do conflito no crescimento econômico, estimam os economistas do FMI.
FMI: GUERRA na Ucrânia faz preços subirem em América Latina e Caribe. Estado de Minas, 15 mar. 2022. Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2022/03/15/ interna_internacional,1352928/fmi-guerra-na-ucrania-faz-precos-subirem-em-america-latina-ecaribe.shtml. Acesso em: 22 jun. 2022.
• No seu entendimento, é correto afirmar que a alta dos preços das commodities no contexto do conflito entre Rússia e Ucrânia afetou os países latino-americanos da mesma forma? Justifique sua resposta. Auxiliar os estudantes na elaboração da resposta. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
TEXTO COMPLEMENTAR
Os países-membros da Comunidade Andina de Nações (CAN) ratificaram seu compromisso com o processo de integração andina para construir uma agenda proativa que permita robustecer a agricultura familiar e a segurança alimentar e reativar o comércio regional andino, promovendo ações para a recuperação dos mercados, a sustentabilidade, o fortalecimento da competitividade e a produtividade agropecuária da região.
Para isso, os Ministros da Agricultura da Bolívia, Colômbia, Equador e Peru assinaram uma Declaração apresentada na última sessão do Foro Agropecuário Andino, instância de análise e diálogo promovida pelo Ministério da Agricultura da Colômbia que contou com o apoio do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e de outras organizações.
A declaração enfatiza o papel fundamental da agricultura familiar para o desenvolvimento sustentado, sustentável e integrado do setor agropecuário e rural dos países andinos, além da necessidade de aumentar e diversificar as exportações, superando obstáculos desnecessários para o comércio regional.
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commodities e nas exportações e importações dos países andinos.
Na atividade 1, os países latino-americanos foram afetados de diferentes formas. Os países da América Andina, exportadores de hidrocarbonetos, foram num primeiro momento beneficiados nas exportações com o aumento dos preços.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Fisionomia da América Andina
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Com base nos mapas de relevo, clima, hidrografia e vegetação do continente americano (ver Unidade 3), elabore um texto destacando as características naturais da América Andina.
Resposta: O objetivo da atividade é que os alunos façam uma análise das características naturais da região.
O documento também reflete a necessidade de promover estratégias regionais de agricultura por contrato que possibilitem melhores condições de mercado para os produtores agropecuários, bem como promover a agricultura familiar com enfoque agroecológico, reconhecendo sua importância social, econômica, ambiental e de contribuição para a segurança alimentar, além de aproveitar as oportunidades da sub-região andina para atender a demanda crescente de alimentos no âmbito mundial.
PAÍSES-MEMBROS da comunidade andina lançam compromisso para fortalecer a agricultura familiar e o comércio intrarregional. Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). San Isidro de El General, c2020. Disponível em: https:// www.iica.int/pt/prensa/noticias/paises -membros-da-comunidade-andina-lancamcompromisso-para-fortalecer-agricultura/? lang=pt. Acesso em: 2 ago. 2022.
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• Atende-se à habilidade EF08GE05 com foco em aplicar os conceitos de território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões na contemporaneidade, com destaque para as situações geopolíticas na América e o papel dos Estados Unidos na crise econômica da Venezuela.
• A habilidade EF08GE08 é contemplada com ênfase em analisar a situação da Venezuela, assim como da potência estadunidense na ordem mundial do pós-guerra.
• Trabalha-se com a habilidade EF08GE09 com foco em analisar os padrões econômicos mundiais de produção, distribuição e intercâmbio de recursos energéticos, tendo como referência a Venezuela e países do Brics (Rússia) no que se refere a commodities petróleo.
• A habilidade EF08GE14 é atendida com ênfase em analisar os processos de desconcentração, descentralização e recentralização das atividades econômicas a partir do capital estadunidense e chinês em diferentes regiões no mundo.
• O trabalho com a habilidade EF08GE20 é feito com foco em analisar características de países e grupos de países da América no que se refere aos aspectos políticos e econômicos.
• Contempla-se a habilidade EF08GE22 com ênfase em identificar os principais recursos naturais dos países da América Latina, analisando seu uso para a produção de matéria-prima e energia.
• A habilidade EF08GE24 é trabalhada com foco em analisar as principais características produtivas dos países latino-americanos, destacando a exploração mineral na Venezuela.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Localizar com os estudantes o território da Venezuela em um mapa político da América Latina (Unidade 5, página 142). Destacar os aspectos naturais, como a presença da Floresta Amazônica e da cordilheira dos Andes. Evidenciar que esses elementos
Venezuela
A Venezuela possui um território rico em recursos energéticos, com destaque para o petróleo e o gás natural. Em 2020, o país detinha a maior reserva mundial de petróleo (17,5% do total) e a segunda maior reserva de gás natural da América. Analise o mapa.
Venezuela: recursos naturais
COLÔMBIA
Exploração de petróleo em alto-mar
Terminais petrolíferos
Oleodutos
Refinarias de petróleo
Principais jazidas de petróleo
Exploração de gás natural em alto-mar
Gasodutos
Refinarias de gás natural
Principais jazidas de gás natural Minas principais (ouro, ferro, diamante)
Barragem hidrelétrica
Floresta Amazônica
Ciudad Guayana
Fonte: LES PRINCIPALES ressources du Venezuela. Le Parisien. Saint-Ouen, [20--]. Disponível em: https://www.leparisien.fr/resizer/-318imcm91UDFnGuvI4CoNgIRto=/622x803/arc-anglerfish-eu-central-1prod-leparisien.s3.amazonaws.com/public/43S6YKIOI3KOKURBHKUIUSG42Y.jpg. Acesso em: 3 jul. 2022.
Conforme estudamos na Unidade 5, a Venezuela é o principal produtor e exportador de petróleo da América Latina, totalizando 95% das exportações do país. O governo optou por destinar esses recursos à importação de bens de consumo e equipamentos, em vez de investir em infraestruturas e no desenvolvimento dos setores agropecuário e industrial. Essa opção tornou a economia venezuelana extremamente dependente da venda e, consequentemente, da variação dos preços do petróleo.
A Venezuela entrou em grave crise econômica e humanitária quando o preço do barril de petróleo caiu em 2014. A produção petrolífera já vinha caindo desde o início dos anos 2010, passando de 2,7 milhões de barris por dia em 2011 para 640 mil barris em 2020.
Essa queda na produção pode ser explicada principalmente pela já citada falta de investimentos em infraestruturas, também, na indústria do petróleo. Com diminuição da produção, também houve reduções nos postos de trabalho no setor.
naturais também se relacionam à organização da ocupação do território e ao desenvolvimento das atividades econômicas, que estão concentradas na faixa litorânea do país. Incentivar a leitura do mapa “Venezuela: recursos naturais” na página 180
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pelas transnacionais, não resultou em melhorias nas condições de vida do país.
Ressaltar a importância do país na produção mundial de petróleo. Explicar que, na Venezuela, as riquezas sempre estiveram concentradas nas mãos de uma pequena parcela da população e que a exploração dos recursos naturais, feita
Comentar que a insatisfação popular criou as condições para que Hugo Chávez assumisse o poder em 1998. Chávez implantou uma série de medidas concentrando o poder político e as decisões no Estado. Destacam-se os projetos de reforma agrária e estatização de empresas, que permitiram ao governo controlar os setores energético, de transportes, siderúrgico e naval. Nos anos 2000, o ambiente externo contribuiu para
BNCC
0 120 Mar do Caribe 65° O 5° N
Punto Fijo VENEZUELA BRASIL GUIANA
Maracaibo
Golfo de Pária
Coro DACOSTA MAPAS
Mariscal Sucre Plataforma Delta Puerto la Cruz Puerto Jose Valência La Victoria Barquisimeto El Paíto Caracas
180
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21/08/2022 14:10
A crise econômica levou a Venezuela a uma crise política. O presidente Nicolás Maduro foi reeleito em maio de 2018 após uma eleição boicotada pela oposição, que não o reconhecia como presidente legítimo e representante da democracia. Estados Unidos, Canadá, União Europeia e outros países pró-oposição aplicaram sanções à Venezuela, incluindo um embargo ao petróleo, o que agravou ainda mais a crise econômica.
O petróleo venezuelano, que até então era refinado nos Estados Unidos, foi substituído pelo petróleo russo. Desde então, a China passou a adquirir as exportações da Venezuela a um preço reduzido. Analise os gráficos.
Retomar que a grave situação política, econômica e social em que se encontra o país forçou milhares de venezuelanos a migrar para outros países, principalmente para o Brasil e a Colômbia.
Na atividade 1, os Estados Unidos eram o principal comprador do petróleo venezuelano até 2018. A partir de 2019, as exportações de petróleo para o país foram reduzidas drasticamente por conta das sanções impostas à Venezuela, no contexto político de tentativa de destituição do presidente Nicolás Maduro, o que justifica o aumento das exportações para a Ásia.
Com a guerra entre Rússia e Ucrânia, o preço do petróleo – que já havia variado bastante durante a pandemia de covid-19 –aumentou por causa das sanções contra os russos. Nesse contexto, a Venezuela surge como uma alternativa importante para substituir parte das exportações russas de petróleo, o que explica as tentativas de reaproximação do governo estadunidense com o governo venezuelano a partir de 2022.
FICA A DICA
Na atividade 2, os Estados Unidos pretendem substituir as exportações do petróleo russo – a Rússia era uma importante fornecedora dos Estados Unidos e de alguns países europeus antes do embargo à Venezuela –; isolar ainda mais a Rússia com as sanções impostas no contexto da guerra na Ucrânia; equilibrar o preço do barril do petróleo e aliviar a dependência dos recursos energéticos russos, principalmente do gás natural em alguns países da Europa.
Responda às questões em seu caderno.
Auxiliar os estudantes na elaboração das respostas. Consultar comentários em Orientações didáticas.
1 Qual era o principal comprador do petróleo venezuelano até 2018? Explique o que mudou a partir do ano seguinte.
2 Que fatores levaram os Estados Unidos a reconsiderar as sanções impostas ao petróleo da Venezuela?
3 No seu entendimento, ter a economia pautada na exportação de petróleo é positivo para a economia e para o povo da Venezuela?
que o preço do petróleo alcançasse níveis favoráveis a países exportadores. Nesse contexto, o governo venezuelano usou a receita proveniente da venda do produto para investir em programas sociais, diminuindo muito a pobreza no país.
Nicolás Maduro, presidente eleito em 2013, manteve a maioria das políticas adotadas por seu antecessor. Porém, no ano de 2014, o preço do barril do petróleo começou a cair rapidamente no mundo todo. A consequência imediata foi a diminuição das receitas e o agravamento das
Efeito da guerra? EUA se aproximam de Cuba e Venezuela. Publicado por: DW Brasil. Vídeo (7min43s). Disponível em: https://www. youtube.com/watch? v=vdaXbX1yE7k. Acesso em: 3 jul. 2022. O vídeo analisa aspectos da aproximação dos Estados Unidos com Cuba e Venezuela no contexto da guerra na Ucrânia.
Na atividade 3, não é positivo ter a economia pautada na exploração e exportação de apenas um produto, como é o caso da Venezuela. Essa situação torna o país extremamente dependente e vulnerável diante da variação dos preços desse produto, como o petróleo. A Venezuela, não podendo exportar, ou exportando menos, não pode importar produtos essenciais para a população, investir em infraestruturas e programas sociais. Essa dinâmica é um dos pilares da grave crise socioeconômica e humanitária enfrentada pelo país a partir de 2013.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor
dificuldades econômicas e sociais já existentes. Também se instaurou uma crise política entre governo e oposição, gerando grande número de manifestações e violência.
Em janeiro de 2019, o líder da oposição Juan Guaidó se autoproclamou presidente interino e foi reconhecido por diversos países, enquanto o governo de Nicolás Maduro foi apoiado pela Rússia, China e mais uma dezena de países. A tentativa de destituição não foi bem-sucedida, acirrando as tensões políticas no país.
• BERMÚDEZ, Ángel. Venezuela: 5 sinais de recuperação – com limites – da economia da Venezuela. BBC News, São Paulo, 21 jun. 2022. Disponível em: https:// www.bbc.com/portuguese/inter nacional-61798960. Acesso em: 2 ago. 2022.
Reportagem sobre os indícios de recuperação da economia venezuelana em 2022.
2017 2018 2019 2020 0 20 40 60 80 100 Índia China Estados Unidos Itália Espanha Ano (%) 23,6 26,3 44 18 12,3 26,3 33,3 28,1 33,3 5,8 9,1 76,4
# 2017 2018 2019 2020 0 20 40 60 80 100 México China Estados Unidos Brasil Ano (%) 8,6 17,1 38,9 7,7 10,5 54,6 7,5 13,3 21,7 18,5 25,8 27,2
Venezuela: principais exportações de petróleo (em %) – 2017-2020
Venezuela: principais importações (em %) 2017-2020
SONIA VAZ SONIA VAZ 181
181 24/08/2022 15:57 181
Fonte: OBSERVATORY OF ECONOMIC COMPLEXITY. Venezuela. OEC. [S l.], [20--]. Disponível em: https://oec.world/en/profile/country/ven. Acesso em: 3 jul. 2022.
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Competências
Gerais: 1, 2, 7 e 10
Ciências Humanas: 2, 3 e 6
Geografia: 1, 2, 3, 5 e 6
Habilidades
• Desenvolve-se a habilidade EF08GE13 com ênfase em analisar a influência do desenvolvimento científico e tecnológico na caracterização da economia da América Latina.
• A habilidade EF08GE20 é atendida com foco em analisar características de países e grupos de países da América no que se refere aos aspectos econômicos, e discutir as pressões sobre a natureza e suas riquezas.
• Contempla-se a habilidade EF08GE22 com foco em identificar os principais depósitos de lítio na América Andina, analisando seu uso para a produção de matéria-prima em escala global.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
O conteúdo desenvolvido nesta seção possibilita desenvolver os temas transversais contemporâneos Ciência e Tecnologia e Meio Ambiente, com destaque para a Educação Ambiental e Educação para o consumo Para isso, promover a leitura coletiva dos textos das páginas 182 e 183. Fazer paradas para esclarecimentos de dúvidas e comentários. Encaminhar ao fim desse processo as atividades propostas.
Na página 182, apresentar as principais características do lítio e destacar o uso do recurso mineral como matéria-prima de componentes de diferentes produtos, bem como a importância dele no contexto da transição enérgica, determinando um aumento da procura do metal. Comentar que as estatísticas sobre as reservas mundiais de lítio têm evoluído rapidamente, pois os países estão ativamente buscando e descobrindo novas fontes de exploração desse metal. Utili-
O Triângulo do Lítio
O lítio é um metal muito leve, ótimo condutor de energia térmica e com grande capacidade de armazenar energia elétrica. Por todas essas características, vem sendo cada vez mais utilizado na produção de baterias para carros elétricos, computadores, telefones celulares e outros equipamentos eletrônicos, pilhas, ligas metálicas para aviões, vidros e cerâmicas de alta resistência ao calor e alguns medicamentos. Em 2001, apenas 5% de todo o lítio produzido era usado na fabricação de baterias. Em 2021, esse percentual atingiu 74%.
No contexto de transição energética, a indústria vem estimulando a fabricação e o uso de carros elétricos, o que aumenta a demanda por lítio, que está adquirindo importante papel na economia mundial. Diversos países têm buscado garantir seus suprimentos do metal, gerando uma corrida pela descoberta de novas áreas de exploração e de técnicas de extração e transformação do produto. Analise o infográfico.
Mundo: principais reservas de lítio – 2021
Fonte: UNITED STATES GEOLOGICAL SURVEY. Mineral Commodity Summaries. Lithium. Virginia: USGS, 2022. Disponível em: https://pubs.usgs.gov/periodicals/mcs2022/mcs2022-lithium.pdf. Acesso em: 4 jul. 2022.
Bolívia, Argentina e Chile detêm 56% das reservas mundiais de lítio, sendo o Chile o segundo maior produtor do mundo. Os depósitos situam-se em salares na fronteira entre os três países. Analise o mapa.
Salar: grande lago sem saída para o mar que contém elevadas concentrações de sais e outros minerais.
Fonte: ESNAULT, Marion. Batteries: la ruée vers le lithium a commencé. Reporterre, Paris, 25 nov. 2021. Disponível em: https://reporterre.net/Batteries-la-rueevers-le-lithium-a-commence-23992. Acesso em: 4 jul. 2022.
Triângulo do Lítio
Transição energética: passagem de uma matriz energética para outra. Atualmente, estamos vivendo a transição de uma matriz baseada no uso de combustíveis fósseis para uma matriz baseada em fontes renováveis, com baixa ou zero emissão de carbono.
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zar o gráfico e o mapa para identificar os três países latino-americanos (Bolívia, Argentina e Chile) que detêm juntos mais da metade das reservas mundiais de lítio. Ressaltar que os depósitos de lítio se situam em salares na fronteira entre os três países.
Comentar que o lítio pode ser encontrado dissolvido em fluidos presentes abaixo dos salares, em águas subterrâneas geotérmicas ou na água do mar. Também pode ser encontrado na forma sólida dentro da rede cristalina dos minerais. As
fontes de depósitos de lítio são numerosas, mas nem todas permitem a exploração industrial, a menos que os preços de venda subam e justifiquem custos significativos de extração, processamento e recuperação.
Na página 183, enfatizar os impactos ambientais provenientes da extração do lítio das salares, com destaque para a grande quantidade de água utilizada no processo de extração. Encaminhar as atividades 1 a 3, que auxiliam na sistematização do conteúdo abordado.
BNCC
PENSAR NÃO ESCREVA NO LIVRO.
E AGIR
Mundo 100%Bolívia 23,59% Argentina 21,34%Chile 11,01%EUA 10,22%
OCEANO
Trópico de Capricórnio 70° O ARGENTINA Salar de Coipasa Salar de Uyuni Salar de Atacama Salar de Arizaro Salar do homem morto PERU BOLÍVIA CHILE CORDILHEIRA D O S A N D E S Triângulo do Lítio 0158 DACOSTA MAPAS BENTINHO 182
PACÍFICO
30/08/2022 18:55 182
O lítio é extraído de uma substância aquosa rica em minerais (salmoura) que é bombeada para a superfície e armazenada em piscinas de evaporação durante meses, para que o lítio se concentre.
O processo de extração do lítio utiliza grandes volumes de água em uma das regiões mais áridas do mundo, causando impactos ambientais nos ecossistemas dos salares.
A oferta de água doce para uso das comunidades locais é reduzida, afetando também a produção agropastoril realizada em terras próximas dos salares. A fauna local também é impactada.
Faça as atividades em dupla.
Auxiliar os estudantes durante as atividades. Consultar comentários em Orientações didáticas.
1 Expliquem por que o lítio é chamado de “petróleo branco”.
2 Leiam a manchete.
Aposta na COP26, lítio e carros elétricos podem ser falsa solução climática
SCHMIDT, Thales; PAIXÃO, Fernanda. Aposta na COP26, lítio e carros elétricos podem ser falsa solução climática. Brasil de Fato, São Paulo, 12 nov. 2021 Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2021/11/12/ aposta-na-cop26-litio-e-carros-eletricos-podem-ser-falsa-solucao-climatica. Acesso em: 5 jul. 2022.
mineral gera impactos profundos nos ecossistemas e sociedades relacionadas contribuindo, inclusive, para a aceleração dos processos de mudanças climáticas.
COP: sigla para “Conferência das Partes”, reunião anual entre países-membros da ONU voltada às mudanças climáticas.
• Vocês concordam com a afirmação feita? Apresentem argumentos que justifiquem sua resposta.
3 Analisem a quantidade de lítio presente nos objetos a seguir.
Na atividade 3, espera-se que os estudantes mencionem iniciativas, como usar os aparelhos de forma consciente, comprar menos objetos novos, comprar objetos usados em bom estado, doar aparelhos que não estão mais em condição de uso para empresas que realizem a reciclagem de metais, entre outras possibilidades. Se julgar adequado, é possível trabalhar o conceito de “mineração urbana”, que consiste na transformação de produtos pós-consumo em matéria-prima, com o objetivo de reutilizá-la na produção de novas mercadorias, evitando a necessidade da extração da natureza. Essa atividade possibilita desenvolver práticas de pesquisa como observação, tomada de notas e construção de relatórios (ver tópico Prática de pesquisa nas Orientações Gerais deste Manual).
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor
a) Pesquisem sobre atitudes que podemos tomar para diminuir a exploração dos recursos minerais.
b) Criem uma campanha de conscientização para o lugar onde vivem, explicando o que podemos fazer para reduzir a demanda por recursos não renováveis. A campanha pode ser divulgada por meio de cartazes e folhetos ou, se for possível, digitalmente, com a produção de audiovisuais e posts nas redes sociais.
Na atividade 1, espera-se que os estudantes respondam que o lítio está se tornando, no contexto da transição energética para emissão zero carbono, um metal essencial para a produção de baterias de carros elétricos, cuja produção está em expansão.
Antes de solicitar que os estudantes respondam à atividade 2, se possível, assista com eles ao conteúdo do vídeo COP26 e transição energética: será que a solução está no lítio?, que traz elementos interessantes para relativizar o uso do
lítio como resposta para a transição energética. O vídeo está disponível no link: https://www.youtu be.com/watch?v=zdPLS6sXdbw; acesso em: 14 ago. 2022.
Na atividade 2, espera-se que os estudantes apresentem uma argumentação coerente com a resposta dada. É importante que percebam que o aumento de número de carros elétricos em circulação para reduzir as emissões de carbono demanda a intensificação da exploração de recursos minerais, e que esse processo de extração
• CHAVES, Mario Luiz de Sá Carneiro; DIAS, Coralie Heinis; CARDOSO, Daniel Kroeling Rodrigues. Lítio. Recursos Minerais de Minas Gerais – RMMG. Belo Horizonte, [20--]. Disponível em: http://recursomineralmg.codem ge.com.br/substancias-minerais/ litio/#aspectos-gerais. Acesso em: 2 ago. 2022.
Informações gerais sobre o lítio (características, minerais, reservas, aplicações e aspectos econômicos) no Brasil, mais precisamente no estado de Minas Gerais.
• MARIETTE, Maëlle. Na Bolívia, o leilão da cadeia do lítio. Le Monde Diplomatique Brasil, São Paulo, 8 jan. 2020. Disponível em: https://diplomatique.org.br/ na-bolivia-o-leilao-da-cadeia-do -litio/. Acesso em: 2 ago. 2022. Reportagem sobre a importância e a exploração das reservas de lítio na Bolívia.
183
CRISTOBAL OLIVARES/BLOOMBERG/GETTY IMAGES
Carros elétricos (10-63 kg)
Baterias de smartphones (2-3 gramas)
Baterias de tablets (20-30 gramas)
Baterias de laptops (30-40 gramas)
BENTINHO
Piscinas de evaporação para a extração de lítio em Calama, Chile, 2021.
183
D2-GEO-F2-2106-V8-U6-172-201-LA-G24_AV.indd 183 21/08/2022 14:10
• O trabalho com a habilidade EF08GE15 é feito com foco em analisar a importância dos principais recursos hídricos da América Latina e discutir os desafios relacionados à gestão e comercialização da água no Chile.
• Atende-se à habilidade
EF08GE20 com ênfase em analisar características de países da América no que se refere aos aspectos populacionais, políticos e econômicos, e discutir as pressões sobre a natureza e suas riquezas a partir da privatização da água no Chile, que resulta na espoliação da população local.
• Contempla-se a habilidade EF08GE22 com foco em identificar os principais recursos naturais do Chile.
• Desenvolve-se a habilidade EF08GE24 com ênfase em analisar as principais características produtivas da agricultura de alta especialização e exploração mineira no Chile.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Localizar com a turma o território do Chile no mapa político da América Latina. Levantar os conhecimentos prévios sobre o país e fornecer informações acerca dos aspectos físicos do território chileno localizado em uma estreita faixa entre a cordilheira dos Andes e o oceano Pacífico.
Mencionar a posição de destaque que o país ocupa na América Latina, por conta de seu desenvolvimento econômico e dos bons indicadores sociais. Comentar sobre a importância da exploração mineral para a economia nacional, especialmente do cobre. Esclarecer que a exploração dos recursos minerais no Chile ocorre, sobretudo, por empresas de capital internacional, como japonesas estadunidenses e europeias.
Além disso, destacar que a piscicultura e o turismo são atividades com grande relevância para a economia. É importante ressal-
Chile
Localizado entre a cordilheira dos Andes e o oceano Pacífico, o território do Chile é o mais estreito do mundo. Sua largura máxima é de 175 km, enquanto sua extensão norte-sul é de 4,3 mil km.
A maior parte dos cerca de 19 milhões de habitantes (2021) vive na região central do país, principalmente na área metropolitana de Santiago, capital do país que concentra a atividade industrial, com destaque para a produção de celulose, de produtos químicos e têxteis, de equipamentos de transporte e de alimentos.
Na agricultura, destacam-se o cultivo e a exportação, principalmente para a Europa, de frutas e cereais típicos de climas mais frios. O Chile também é um importante produtor de vinhos, concentrando as viniculturas no sul do território.
No norte do país, na região do deserto do Atacama, o extrativismo mineral é a atividade que mais se destaca, sendo uma das mais importantes para a economia chilena. Em 2021, a participação da mineração no PIB nacional foi de 16,2%. O Chile é o maior produtor mundial de cobre, sendo esse recurso mineral o principal produto de exportação do país. Apresenta também importantes jazidas de prata, ouro, ferro e carvão. Analise a tabela.
Chile: principais produtos de exportação e países compradores – 2020
Minérios e concentrados de cobre 28,6%
Cobre refinado 19,4%
Peixe fresco, refrigerado ou congelado 3,4%
Polpa de madeira 2,8%
Frutas frescas com caroço (damasco, pêssego, ameixa) 2,4%
China
China
Estados Unidos
China
China e Reino Unido
Fonte dos dados: OBSERVATORY OF ECONOMIC COMPLEXITY. Chile. OEC. [S l.], [20--]. Disponível em: https://oec.world/en/profile/country/chl. Acesso em: 6 jul. 2022.
Tanto a mineração quanto a agricultura utilizam muita água. No Chile essas atividades são desenvolvidas em uma das zonas mais áridas do planeta, onde a pressão sobre os recursos hídricos é naturalmente elevada.
Os períodos de seca, característicos do clima chileno, vêm se agravando pelas mudanças climáticas. Desde 2010, o país atravessa uma grande crise hídrica, com redução de aproximadamente 30% das precipitações. Além de racionamentos de água nos centros urbanos, pecuaristas são forçados a deslocar rebanhos inteiros para o sul do país em busca de pastagens, evitando, assim, a morte dos animais.
tar que, apesar do desenvolvimento econômico e dos bons indicadores sociais apresentados, as desigualdades sociais persistem em virtude da adoção do modelo neoliberal, que favorece as parcelas mais ricas da população.
FICA A DICA
A guerra do abacate (Temporada 2, ep. 1). Rotten [Seriado].
Direção: Lucy Kennedy. Califórnia: Netflix, 2019. (56min.).
O documentário mostra aspectos e problemas da produção do abacate no México e no Chile.
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Ao trabalhar os impactos da crise hídrica no Chile, é possível desenvolver o tema contemporâneo transversal Meio ambiente, com destaque para a Educação ambiental. Nesse contexto, destacar que os longos períodos de seca, característicos do clima predominante no norte do Chile,
são agravados pelas mudanças climáticas e também pela opção do governo chileno em privatizar a água, restringindo o acesso e fornecimento desse importante recurso natural a empresas privadas que o tratam como mercadoria, beneficiando uma camada mais privilegiada da população, especialmente empresas de mineração e do agronegócio. Destacar a produção de abacate como exemplo do uso desigual da água no Chile.
Na atividade 1, espera-se que os estudantes mencionem que as grandes empresas do agro-
BNCC
BJOERNWYLEZICH/
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SHUTTERSTOCK.COM
Cobre em estado bruto.
184
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Além dos aspectos climáticos e econômicos, a questão da água no Chile envolve uma opção política. O país é o único no mundo onde a água é privatizada, ou seja, empresas podem deter o acesso ao recurso por meio de títulos que, como uma mercadoria qualquer, podem ser alugados ou vendidos.
Privatizado: empresa ou bem público adquirido e controlado por pessoa ou empresa privada.
Essa situação favorece os grandes proprietários de terras em detrimento dos pequenos agricultores. Cerca de 90% dos direitos sobre a água estão nas mãos de empresas de mineração e do agronegócio, que a utilizam e poluem indiscriminadamente, deixando as populações sem acesso à água potável e impossibilitadas de realizar tarefas básicas do cotidiano. A sociedade chilena, organizada em diversos movimentos populares, vem exigindo mudanças na Constituição, sendo a desprivatização das águas uma delas.
A produção de abacate exemplifica bem essas desigualdades. O Chile está entre os maiores produtores mundiais do fruto, com uma safra de 160 mil toneladas em 2020. Leia a trecho do texto e analise a imagem a seguir.
[Juan José Martin, coordenador da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Constituinte cita o caso da comuna de Petorca, com nove mil habitantes, o famoso ‘epicentro’ da crise hídrica no Chile, onde cercas separam famílias sem água e imensas plantações de abacate, fruta bastante exportada pelo país. Em 2020, quando houve ali a maior seca em séculos, a população local foi socorrida com caminhões-pipa. [...]
OHANA, Victor. Novos tempos no Chile sopram a favor da desprivatização da água. CartaCapital [s. l.], 11 mar. 2022. Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/mundo/novos-temposno-chile-rumam-para-a-desprivatizacao-da-agua/. Acesso em: 7 jul. 2022
da com as empresas privadas no manejo do recurso: o Chile. Lideranças políticas chilenas afirmam que estão no caminho da “desprivatização da água” [...].
Uma comissão da Assembleia Constituinte, instalada [...] para elaborar uma nova Carta Magna, aprovou [...] a revogação de normas criadas a partir de um trecho da Constituição [...], especificamente no Artigo 19, Item 24 que trata do direito de propriedade. O dispositivo diz que “os direitos dos indivíduos sobre as águas, reconhecidos ou constituídos em conformidade com a lei, outorgarão aos seus titulares a propriedade sobre eles”.
Esse texto é visto no Chile como uma herança ainda mais grave do que a privatização de serviços, por possibilitar o surgimento de um “mercado de águas”, em que empresas poderiam comprar o uso do recurso diretamente na natureza. Com permissão constitucional, criou-se, portanto, o Código de Águas de 1981, uma regulação para esse comércio.
[...]
Área de cultivo de abacate em Petorca, Chile, 2019.
Mediar a discussão entre os estudantes.
1 Para cultivar 1 kg de abacate são necessários 2 mil litros de água. A população da comuna de Petorca, no centro do Chile, tinha acesso a apenas 50 litros de água por dia durante a crise, quantidade mínima para atender às necessidades básicas de uma pessoa. No seu entendimento, qual é a relação dessa situação com a privatização da água no Chile? Converse com os colegas e o professor. Consultar comentários em Orientações didáticas.
Após a mudança na Carta Magna [...], será possível extinguir o regime de propriedade como base para a autorização do uso de água e, em seguida, elaborar por meio do Legislativo um novo Código de Águas.
[...]
OHANA, Victor. Novos ventos no Chile sopram a favor da desprivatização da água. Carta Capital, São Paulo, 11 mar. 2022. Disponível em: https://www.cartacapital. com.br/mundo/novos-tempos-no-chilerumam-para-a-desprivatizacao-da-agua/. Acesso em: 3 ago. 2022.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor
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negócio e proprietários de terras são protegidos pela Constituição, que lhes garante o direito à propriedade da água, limitando o poder de intervenção do Estados nos usos que são feitos dela. A privatização da água, portanto, concentra o recurso nas mãos aqueles que detêm os meios de produção, tirando da população um direito básico que é o acesso à água e, com ele, melhores condições de higiene e saúde.
Comentar que vários movimentos populares vêm exigindo a desprivatização das águas.
O excerto da seção Texto complementar possibilita desenvolver o tema contemporâneo transversal Cidadania e civismo
TEXTO COMPLEMENTAR
As águas chilenas [...]
24/08/2022 15:57
Nas últimas semanas, a discussão sobre a privatização da água voltou à tona em um país onde se prolongou uma experiência desencanta-
• MONTENEGRO, Marcos Helano. Chile: a batalha para que a água seja um Comum. Outras Palavras, São Paulo, 17 mar. 2022. Disponível em: https://outraspa lavras.net/movimentoserebel dias/chile-a-batalha-para-que-a -agua-seja-um-comum/. Acesso em: 3 ago. 2022.
Entrevista com liderança de movimento que reivindica, entre outros aspectos, a desprivatização da água no Chile.
BERNETTI/AFP
MARTIN
185
185
• Atende-se à habilidade EF08GE20 com foco em analisar características de países (Peru) no que se refere aos aspectos físicos e populacionais (povos originários).
• Contempla-se a habilidade EF08GE23 com ênfase em identificar paisagens da América Latina e associá-las aos diferentes povos da região, com base em aspectos da geomorfologia e da climatologia.
Competências
Gerais: 1, 4, 5, 7 e 9
Ciências Humanas: 1, 2, 5 e 6
Geografia: 5, 6 e 7
Interdisciplinaridade com...
Matemática
• EF08MA23 Avaliar a adequação de diferentes tipos de gráficos para representar um conjunto de dados de uma pesquisa.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Antes de desenvolver o conteúdo sobre Machu Picchu, fazer uma breve retomada a respeito das civilizações pré-colombianas. Lembrar que diferentes povos viviam na América antes da chegada dos europeus, mas que três deles se destacaram pelas estruturas econômicas, políticas e sociais que desenvolveram: os astecas, os maias e os incas. Os dois primeiros na região da América Central e os incas na América Andina.
Resgatar os aspectos mais importantes sobre a civilização inca. Comentar sobre as principais atividades desenvolvidas pelos incas e o fato de apresentarem amplo conhecimento das áreas de astronomia, matemática e agronomia. Essa abordagem, sobre os aspectos históricos e culturais da civilização inca, possibilita desenvolver o tema contemporâneo transversal Multiculturalismo, com destaque para Diversidade Cultural. Aprofundar o assunto com a leitura coletiva dos textos da página 186. Se considerar oportuno, encaminhar a atividade 1 da seção Atividades complementares.
Machu Picchu
A cidade de Machu Picchu, no Peru, foi construída por volta de 1450 e pertencia ao Império Inca, cuja capital era Cuzco. Alguns estudiosos acreditam que Machu Picchu tenha sido construída para a realização de cultos religiosos; outros consideram que se tratava de um local de observação astronômica e de testes de técnicas agrícolas; há, ainda, aqueles que afirmam que era uma fortaleza para refugiar o imperador em caso de ataque.
Independentemente do objetivo com o qual foi erguida, sua construção demonstra que os incas conheciam muito bem as características naturais da região e tinham amplo conhecimento de técnicas de Engenharia, Astronomia, Agronomia e Matemática. Conheça um pouco mais os aspectos naturais e arquitetônicos que envolvem essa cidade.
1 Machu Picchu está situada a aproximadamente 2 400 m de altitude, sobre uma imensa rocha maciça de granito, que funciona como amortecedor e dissipador de ondas sísmicas nessa região de formação geológica recente e, portanto, sujeita a terremotos.
2 e 3 Por estar em uma região montanhosa, que abriga nascentes de muitos rios e onde a ocorrência de chuvas é frequente, a cidade contava com canais de drenagem superficiais e subterrâneos que, depois de abastecê-la, escoavam a água de volta para o Rio Urubamba. 4 Os terraços permitiam o cultivo em porções íngremes do terreno. Os muros de pedra evitavam a erosão pela ação das chuvas e os canais permitiam que as águas escoassem sem prejudicar os cultivos.
5 Localizada na zona de transição entre os Andes e a Amazônia, a região de Machu Picchu conta com grande diversidade de espécies vegetais, muitas delas endêmicas e ainda não catalogadas.
O conteúdo da página 187 possibilita o trabalho interdisciplinar com Matemática ao desenvolver a habilidade EF08MA23. Se julgar conveniente, convidar o professor desse componente curricular para aplicarem juntos as atividades propostas. O uso de mapas de clima, relevo, vegetação e hidrografia da América do Sul pode contribuir para um estudo mais aprofundado das características naturais da região onde se encontra Machu Picchu. Se julgar oportuno, encaminhar a atividade 2 da seção Atividades complementares.
Encaminhar as atividades 1 a 3 que auxiliam no trabalho interdisciplinar com Matemática. Na atividade 1, espera-se que os estudantes indiquem que os gráficos de linhas são mais adequados para representar as temperaturas, já que esse dado pode ser representado através de pontos que, quando unidos, formam uma linha que indica a variação anual. Os gráficos de colunas, por sua vez, são mais adequados para representar as precipitações mensais, pois cada coluna representa um mês e, quando posicionadas lado a lado, permitem
BNCC
CONEXÃO MATEMÁTICA NÃO ESCREVA NO LIVRO. 4 1 2 3 4 5
INTEGRANDO com MATEMÁTICA com
Cidade histórica de Machu Picchu, Peru, 2018.
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LISA STELZEL/SHUTTERSTOCK.COM
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A natureza e a história de Machu Picchu atraem turistas do mundo todo. Para saber qual é a melhor época para viajar, é importante conhecer as características do clima local. Os tipos de clima se diferenciam, entre outros aspectos, pelas médias de precipitação e temperatura. Esses dois elementos podem ser representados em gráficos chamados climogramas Os climogramas são compostos por um gráfico de linhas e um gráfico de colunas. Analise a tabela a seguir, com informações sobre o clima de Cuzco, no Peru.
Não existem dados climáticos específicos para Machu Picchu na fonte oficial. Inserimos os dados de Cuzco, principal cidade da região.
Caso a escola conte com computadores ou outros recursos digitais, é possível elaborar o climograma utilizando ferramentas digitais. Indicamos a seguir um link explicando como fazê-lo: https://www.tudogeo.com. br/2018/07/18/como-fazer-cli mograma/. Acesso em: 3 ago. 2022.
Na atividade 3, item c, aconselhar os estudantes a consultar o mapa de climas da América disponível na Unidade 3. Espera-se que eles indiquem que se trata de uma área de transição entre os climas frio de montanha e tropical, já que há ocorrência de estações chuvosas bem definidas.
Fonte dos dados: SERVICIO NACIONAL DE METEOROLOGÍA E HIDROLOGÍA DEL PERÚ. Información turística. SENAMHI. Lima, [2020]. Disponível em: https://www.senamhi.gob.pe/?p=pronostico-detalle-turistico&localidad=0019.
Auxiliar os estudantes durante as atividades.
1 Converse com os colegas e o professor e, em conjunto, escolham qual dos dois tipos de gráfico presentes no climograma é mais adequado para representar a temperatura e a precipitação. Depois, busque na internet ou em livros exemplos de climogramas, verificando se a escolha do grupo foi correta.
Consultar comentários em Orientações didáticas.
2 Agora você vai elaborar um climograma de Cuzco com base nos dados da tabela. Providencie uma folha de papel quadriculado e siga as instruções.
• Trace uma linha horizontal onde você indicará os meses do ano. Para determinar o comprimento dessa linha, estabeleça uma medida: pode ser uma quadrícula da folha para cada mês, por exemplo.
• Desenhe uma linha vertical do lado esquerdo para registrar os dados de precipitação, estabelecendo uma escala: cada quadrícula pode representar 5 mm ou 10 mm. Depois, verifique os dados mensais na tabela e desenhe, para cada mês, a coluna correspondente. Você pode pintá-las de azul ou de qualquer outra cor.
• Desenhe uma linha vertical do lado direito para registrar os dados de temperatura; cada quadrícula pode representar, por exemplo, três ou quatro graus. Depois, verifique os pontos para indicar a temperatura registrada em cada mês. Ligue os pontos, traçando uma linha.
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Cuzco e Machu Picchu
1. A cidade de Machu Picchu só foi “redescoberta” em 1911, ou seja, bastante tempo depois da chegada dos europeus à região. Em sua opinião, que fatores naturais podem ter contribuído para mantê-la no anonimato por tanto tempo?
Resposta: Espera-se que o estudante reconheça que as características de relevo e vegetação da região podem ter dificultado a redescoberta da cidade
3 Analise o climograma que você fez e responda às questões em seu caderno.
a) Em que meses do ano há maior incidência de chuvas? Esse período corresponde a qual estação do ano no Hemisfério Sul?
Consultar comentários em Orientações didáticas. Entre novembro e março. Verão.
b) Como se podem caracterizar temperaturas médias anuais em Cuzco?
c) Considerando as temperaturas médias e a distribuição de chuvas, caracterize o clima de Cuzco.
Consultar comentários em Orientações didáticas.
3. b) As temperaturas médias não variam muito, sendo os meses de maio a agosto os mais frios, correspondendo ao inverno no Hemisfério Sul.
2. Cuzco está situada a 3 300 m de altitude; Machu Picchu, a 2 400 m. Levando em conta esse fator, é correto afirmar que as temperaturas médias em Machu Picchu são semelhantes às de Cuzco? Justifique sua resposta.
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acompanhar a variação das chuvas no ano. Estimular os estudantes a buscar variados tipos de climogramas, para que entrem e contato e interpretem variados gráficos desse tipo. A atividade possibilita desenvolver práticas de pesquisa como levantamento bibliográfico, análise documental, observação e tomadas de notas (ver tópico Práticas de pesquisa nas Orientações Gerais deste Manual).
Na atividade 2, espera-se que os estudantes elaborem um climograma semelhante ao apresentado a seguir.
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Resposta: Espera-se que os estudantes indiquem que o fator altitude contribui com a diminuição das médias de temperatura, e que, por isso, não é correto afirmar que as temperaturas nas duas cidades sejam semelhantes. Como Cuzco está situada em altitude mais elevada em relação a Machu Picchu, certamente suas temperaturas médias são menos elevadas.
JaneiroFevereiro Março Abril Maio Junho Julho AgostoSetembroOutubroNovembroDezembro Chuva Temperatura (ºC) Chuva (mm/mês) 200 150 100 0 50 30 20 10 –10 0 Temperatura máxima Temperatura mínima
Fonte: HERRAMIENTAS / información del tiempo y clima. Senamhi. Lima, 2020. Disponível em: https://www.senamhi. gob.pe/?p=pronostico-detalle-turistico&localidad=0019. Acesso em: 3 jul. 2022.
187 Cuzco (Peru) Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Temperatura média (oC) 13,7 13,6 13,4 12,5 11 9,8 9,5 10,8 12,3 13,5 13,9 13,8 Precipitação (mm) 156 120 102 39 5 5 3 5 16 48 79 110
Acesso em: 3 jul. 2022.
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• Atende-se à habilidade EF08GE08 com foco em analisar a situação de países da América Latina (Guianas), assim como da potência estadunidense na ordem mundial do pós-guerra.
• A habilidade EF08GE09 é contemplada com ênfase em analisar os padrões econômicos mundiais de produção, tendo como referência os Estados Unidos da América e a China.
• O trabalho com a habilidade EF08GE14 é feito com foco em analisar os processos de desconcentração, descentralização e recentralização das atividades econômicas a partir do capital estadunidense e chinês em diferentes regiões no mundo.
• A habilidade EF08GE20 é atendida com foco em analisar características das Guianas no que se refere aos aspectos populacionais e econômicos, e discutir as pressões sobre a natureza e suas riquezas (sua apropriação e valoração na produção e circulação).
• Trabalha-se a habilidade EF08GE22 com foco em identificar os principais recursos naturais das Guianas, analisando seu uso para a produção de matéria-prima e energia.
• Contempla-se a habilidade EF08GE24 com foco em analisar as principais características produtivas dos países latino-americanos, principalmente a produção de petróleo na Guiana.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Promover a leitura coletiva do texto das páginas 188 e 189 Fazer paradas para comentários e esclarecimentos de dúvidas. Localizar as Guianas em um mapa político da América. É comum que os estudantes não tenham muito conhecimento sobre essa região da América
Latina composta de Guiana, Suriname e Guiana Francesa. Comentar que, enquanto os dois
As Guianas apresentam composição étnico-cultural complexa. Escravizados africanos e imigrantes chineses, indonésios e indianos juntaram-se a povos indígenas, ingleses, holandeses e franceses, contribuindo para a formação de sociedades com ampla variedade étnica, linguística e religiosa.
A Guiana Francesa é um departamento ultramar da França, com cerca de 90% de seu território coberto por florestas. A economia baseia-se na extração de madeira, especialmente pau-rosa, usado na produção de perfumes, e na atividade pesqueira. As principais relações comerciais ocorrem quase exclusivamente com a França.
O Suriname, antiga Guiana holandesa, conquistou sua independência em 1955. Atualmente, o ouro é o principal metal extraído no país, e a agricultura apoia-se no cultivo de arroz, café e cana-de-açúcar.
Departamento ultramar: território francês localizado fora do continente europeu.
primeiros são Estados-nação, a Guiana Francesa é um território que pertence à França.
Explicar que a população das Guianas está concentrada no litoral, enquanto a Floresta Amazônica ocupa grande parte do interior. A economia da região é baseada no extrativismo mineral e no cultivo de produtos para exportação, entre os quais se destacam a cana-de-açúcar, o algodão, o arroz e o café. Há importantes recursos minerais, como bauxita, ouro, diamante e, mais recentemente, foram descobertas importantes
reservas de petróleo no Suriname e especialmente na Guiana. A atividade industrial é pouco desenvolvida, com carência de infraestrutura de transportes e energia.
Comentar que as reservas de petróleo recém-descobertas na Guiana e no Suriname despertaram o interesse mundial por esses países. Grupos econômicos, empresas e governos, inclusive do Brasil, têm mantido contato com os governantes guianeses e surinamenses, interessados na exploração do petróleo. Leia o excerto da seção
BNCC JODY AMIET/AFP
4 GUIANAS
Vista parcial de Paramaribo, capital do Suriname, 2019.
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Centro Espacial de Kourou, base de lançamento de foguetes e satélites de comunicação europeus, Guiana Francesa, 2021.
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A Guiana, antiga colônia inglesa que se tornou independente em 1966, é o país da região que mais se destaca na exploração e produção de recursos minerais, com destaque para a bauxita. Em 2020, a mineração representava aproximadamente 30% do PIB do país. Os principais produtos agrícolas são cana-de-açúcar, algodão e arroz.
TEXTO COMPLEMENTAR
Guiana avalia formar uma empresa nacional de petróleo
A Guiana pode formar uma empresa nacional de petróleo e gás para supervisionar sua própria exploração em vez de realizar um leilão de perfuração no mar, disse um funcionário do governo a executivos internacionais de petróleo nesta terça-feira.
O pequeno país sul-americano tornou-se uma das fronteiras de exploração de petróleo mais cobiçadas em décadas, com enormes descobertas em sua costa atlântica. Espera-se que um leilão de licenças de prospecção seja realizado até o terceiro trimestre deste ano.
Em 2015, importantes jazidas de petróleo foram descobertas em alto-mar no espaço territorial da Guiana. A exploração dessas jazidas, cujas reservas são estimadas em quase 11 bilhões de barris, teve início em 2020. Nesse mesmo ano, as receitas obtidas com o petróleo somaram mais de 185 milhões de dólares.
A tendência é que a exploração petrolífera aumente nos próximos anos, permitindo a produção de 1 milhão de barris ao dia até 2025. Para atingir essa meta, a Guiana estabeleceu parcerias com grandes empresas estadunidenses e chinesas, pois não possui a tecnologia necessária para a extração do petróleo em plataformas.
O interesse pelo petróleo na Guiana, que tem potencial para se tornar uma das maiores produtoras da América do Sul, tem gerado algumas preocupações:
• garantia da soberania do país com a exploração do recurso, por causa da influência crescente de investidores estrangeiros no setor;
• melhoria efetiva nas condições de vida da população com a renda gerada pelo petróleo – já que boa parte dela vai para as empresas parceiras;
• riscos ambientais decorrentes do aumento da emissão dos gases de efeito estufa e da perfuração de poços profundos, que afetam os ecossistemas marinhos;
• o retorno das tensões com a Venezuela que, conforme estudado da Unidade 5, retomou as reivindicações pela região do Essequibo, que corresponde a dois terços da Guiana e de suas águas territoriais.
Texto complementar para identificar como o governo da Guiana está tratando a situação.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Retrato da Guiana
• No caderno, elabore um quadro destacando aspectos naturais, sociais, econômicos e também as atualidades das Guianas.
Um consórcio liderado pela norte-americana Exxon Mobil detém direitos sobre 6,6 milhões de acres (26 800 quilômetros quadrados) concedidos no início deste século e renovados em 2016. Esse grupo deverá bombear até 340 mil barris de petróleo por dia este ano.
O país disse que espera atrair outras companhias de petróleo para explorar suas águas. O objetivo é concluir em breve uma nova estrutura de participação nos lucros que regularia a futura exploração e produção de petróleo.
[...]
GUIANA avalia formar uma empresa nacional de petróleo. Época Negócios, São Paulo, 15 fev. 2022. Disponível em: https:// epocanegocios.globo.com/Mundo/noticia/ 2022/02/epoca-negocios-guiana-avaliaformar-uma-empresa-nacional-depetroleo.html. Acesso em: 3 ago. 2022.
Resposta: Orientar a elaboração de um quadro ou, se preferir, pedir aos estudantes que elaborem um pequeno texto a respeito de cada país ou território. O objetivo da atividade é rever e sistematizar o conteúdo estudado
STRINGFIXER.COM
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Mina de bauxita (minério utilizado na fabricação de alumínio), Guiana, 2019.
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• Atende-se à habilidade EF08GE13 com foco em analisar a influência do desenvolvimento científico e tecnológico na caracterização dos tipos de trabalho e na economia dos espaços rurais da Argentina.
• Contempla-se a habilidade EF08GE20 com ênfase em analisar características de países e grupos de países da América Platina no que se refere aos aspectos populacionais, políticos e econômicos.
• Trabalha-se a habilidade EF08GE24 com foco em analisar as principais características produtivas do circuito da carne nos pampas argentinos.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Iniciar o estudo pedindo aos estudantes que observem e comparem os mapas que aparecem na página 190. Se necessário, auxiliá-los nessa tarefa, chamando a atenção para pontos importantes dos dois mapas.
No primeiro mapa, por exemplo, destacar o título, que indica se tratar de um mapa histórico. Fazer uma breve contextualização sobre o período, chamando a atenção para a configuração dos territórios que pertenciam ao Vice-Reino do Rio da Prata, sob o controle da Espanha.
No segundo mapa, solicitar aos estudantes que observem se a configuração territorial dos atuais países guarda alguma semelhança com os vice-reinados criados pela Espanha para administrar suas colônias. Chamar a atenção, sobretudo, para os países que possuem territórios no antigo Vice-Reinado do Rio da Prata. Enfatizar os aspectos relacionados à constituição da América Platina como uma região, destacando o passado histórico e a presença da Bacia Platina como elemento natural comum.
A Bacia Platina inclui áreas dos territórios da Argentina, Paraguai, Uruguai, Brasil e Bolívia. É a segunda maior da América Latina e a quarta maior do mundo. Os rios principais são Paraná, Pa-
5 AMÉRICA PLATINA
A América Platina recebe essa denominação porque parte dos territórios dos países da região – Argentina, Paraguai e Uruguai – é banhada pelos rios que compõem a bacia Platina (também chamada de bacia do Prata). Na língua espanhola, plata quer dizer “prata”.
Além dos aspectos hidrográficos, os países platinos compartilham um mesmo passado colonial. Argentina, Paraguai e Uruguai, além de Bolívia e parte do Chile, estiveram, durante o domínio espanhol, sob mesma administração, o Vice-Reino do Rio da Prata. Analise o mapa.
A economia dos países platinos é bastante dinâmica. O setor agropecuário, por exemplo, tem grande destaque na pauta de exportações, especialmente em relação à pecuária de bovinos de qualidade, principalmente na Argentina e no Uruguai.
A atividade industrial é diversificada e os principais recursos naturais explorados são o petróleo e o gás natural na Argentina e os rios volumosos para geração de hidreletricidade no Paraguai, produzida nas usinas de Itaipu e Yacyretá.
No setor de serviços, a atividade turística se destaca nos três países, e no Paraguai há uma grande área comercial de produtos importados, em Ciudad del Este, na fronteira com o Brasil (Foz do Iguaçu).
1 Quais países faziam parte do Vice-Reino do Rio da Prata e hoje compõem a América Platina?
Vice-Reino do Rio da Prata – séculos XVI – XVIII
Fonte: VICENTINO, Cláudio. Atlas histórico. São Paulo: Scipione, 2011. p. 95.
América Platina
2 Além de terem estado sob mesma administração, que aspecto natural os países do Vice-Reino do Rio da Prata têm em comum?
Argentina, Paraguai e Uruguai. Seus territórios são banhados pelos rios que compõem a bacia Platina.
3 Comparando os dois mapas, que mudanças são perceptíveis na configuração territorial dos países da América Platina?
Espera-se que os estudantes reconheçam que os reinados e as capitanias deram origem a países e que as fronteiras foram alteradas.
raguai e Uruguai, que, ao se unirem, formam o Rio da Prata. A Bacia Platina foi estudada de maneira sistematizada na Unidade 5 deste volume.
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Após essa análise, encaminhar as atividades 1 a 3, e aproveitar o momento para aprofundar o assunto e verificar o entendimento dos estudantes a respeito dos mapas.
Na página 191, localizar o território da Argentina em um mapa político da América Latina. Levantar os conhecimentos prévios da turma acerca desse país e destacar os principais aspec-
tos relacionados à diversidade natural e grande extensão territorial. A seguir, promover a leitura coletiva do texto. Fazer paradas para esclarecimentos de dúvidas e comentários. Destacar a produção agropecuária no Pampa. Comentar também que a porção central da Argentina abriga importantes cidades, como Córdoba, Mar del Plata e Buenos Aires. Nessa região, está localizada grande parte da atividade industrial, principalmente as indústrias siderúrgica, automobilística, química, têxtil, petroquímica e metalúrgica.
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Assunção Buenos Aires Montevidéu GUIANA FRANCESA (FRA) COLÔMBIA VENEZUELA EQUADOR PERU BOLÍVIA CHILE URUGUAI ARGENTINA BRASIL GUIANA SURINAME PARAGUAI OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO TrópicodeCapricórnio Equador 60º O 0º Capital de país 0 1 082
Elaborado com base em: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 32. ALLMAPS CAPITANIA GERAL DA VENEZUELA VICE-REINADO DE NOVA GRANADA VICE-REINADO DO PERU CAPITANIA GERAL DO CHILE VICE-REINADO DO RIO DA PRATA AMÉRICA PORTUGUESA Equador OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO 60° O 0° Trópico de Capricórnio 0 1 077
SONIA VAZ
GERAL DA VENEZUELA VICE-REINADO DE NOVA GRANADA VICE-REINADO DO PERU CAPITANIA GERAL DO CHILE VICE-REINADO DO RIO DA PRATA AMÉRICA PORTUGUESA Equador OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO 60° O 0° Trópico de Capricórnio 0 1 077 Assunção Buenos Aires Montevidéu GUIANA FRANCESA (FRA) COLÔMBIA VENEZUELA EQUADOR PERU BOLÍVIA CHILE URUGUAI ARGENTINA BRASIL GUIANA SURINAME PARAGUAI OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO TrópicodeCapricórnio Equador 60º O 0º Capital de país 0 1 082
CAPITANIA
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Argentina
A Argentina é reconhecida internacionalmente por seu setor agropecuário. Em 2021, esse setor teve uma participação de 8,2% no PIB do país. Boa parte da criação de bovinos abastece o mercado interno, e cerca de 5% é exportada. Os principais destinos da carne produzida são China, Israel, Estados Unidos, América Latina e Europa.
A atividade agropecuária está concentrada nos pampas, região de planícies cobertas de vegetação de Pradarias ou campos. Além das características naturais favoráveis, os pampas concentram grande parte do mercado consumidor argentino e infraestruturas importantes para o escoamento da produção, como os portos de Rosário, no Rio Paraná, e Buenos Aires, no Rio da Prata. Analise o mapa.
O modelo agropecuário argentino apresenta muitas semelhanças com o modelo brasileiro. Ambos são pautados na produção para o mercado externo, com elevado grau de mecanização, uso de sementes geneticamente transformadas e agrotóxicos e cultivos em grandes propriedades monocultoras.
Na Argentina, o avanço da soja e do milho sobre as áreas de pastagens tem feito com que os pecuaristas adotem sistemas intensivos de criação de animais, chamados feedlots (lotes de alimentação).
Nesse modelo, que já abrange mais de 80% do rebanho argentino, milhares de animais são confinados em áreas reduzidas para que possam engordar rapidamente, alimentados com soja transgênica. Além disso, recebem medicamentos para evitar doenças causadas pelo confinamento.
Fonte: CÁMARA DE PUERTOS PRIVADOS COMERCIALES. Mapas. CPPC Argentina, c2017. Disponível em: http://www.camarapuertos.com.ar/ mapas. Acesso em: 6 jul. 2022.
os nativos que habitavam o atual território argentino.
Comentar que grande parte da população está concentrada nos arredores de Buenos Aires, sendo a densidade populacional no interior mais baixa, sobretudo na região sul e extremo sul do território, por conta das baixas temperaturas e solos impróprios para a atividade agropecuária.
TEXTO COMPLEMENTAR
Argentina: do século XX ao século XXI
No início do século XX, a Argentina se encontrava entre os países mais ricos do mundo, com seus produtos agropecuários encontrando amplo mercado na Europa. Porém, após a Crise de 1929 e a Segunda Guerra Mundial, os preços dos produtos exportados pelo país caíram. Além disso, se sucederam no poder diversos governos autoritários entremeados por breves períodos democráticos, gerando instabilidade política e contribuindo ainda mais para a deterioração da economia.
Mesmo após o fim da última ditadura militar, em 1983, e subsequente redemocratização, a economia do país seguiu frágil, chegando ao século XXI sob forte crise, que fez com que no ano de 2001 o país decretasse o calote, deixando de pagar sua dívida externa e tentando renegociá-la posteriormente.
Embora a situação socioeconômica atual seja melhor do que no início dos anos 2000, a Argentina ainda enfrenta dificuldades econômicas, que se agravaram a partir de 2014, com a disparada da inflação e a forte desvalorização de sua moeda, o peso.
Sistema de criação intensiva de gado na província de La Pampa, Argentina, 2022.
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As características climáticas e o relevo predominantemente plano favorecem o desenvolvimento da agricultura, com destaque para o cultivo de milho, algodão, soja e cana-de-açúcar.
A porção oeste apresenta elevadas altitudes e climas rigorosos da cordilheira dos Andes. Há baixa densidade demográfica, e as principais atividades econômicas são a fruticultura irrigada e a extração de petróleo.
No sul, na região chamada de Patagônia, há o predomínio do clima frio com invernos rigorosos.
As características naturais fazem a região também ser pouco povoada. Além da pecuária bovina, desenvolve-se a criação de ovinos. Também há importantes jazidas de petróleo e gás natural. Sobre a população argentina, ressaltar que grande parte tem origem espanhola por conta da colonização, mas que há grande número de descendentes de outros imigrantes, sobretudo italianos. Vale destacar que há parcela significativa da população de origem ameríndia, decorrente da miscigenação dos povos europeus com
Elaborado pelos autores.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor
• PADINGER. Germán. Por que a economia argentina está em crise e como chegou nesta situação. CNN Brasil, São Paulo, 26 jul. 2022. Disponível em: https:// www.cnnbrasil.com.br/business/ por-que-a-economia-argentina -esta-em-crise-e-como-chegou -nesta-situacao/. Acesso em: 4 ago. 2022.
Reportagem sobre a crise econômica e a situação política na Argentina.
SONIA VAZ
Bahia Blanca Córdoba Rio Cuarto Mar del Plata Quequén La Plata Mendoza RiodaPrata Rosário Santa Rosa Campana Paraná Concórdia Zárate San Nicolás Santa Fé 60º O 35º S BUENOS AIRES ARGENTINA CHILE BRASIL PARAGUAI URUGUAI OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO Pampas Cordão industrial Zonas de concentração industrial Capital Portos 0 250
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Argentina:
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• Atende-se à habilidade EF08GE09 com foco em analisar os padrões econômicos mundiais de produção, distribuição e intercâmbio dos produtos agrícolas entre a China e o Brasil.
• A habilidade EF08GE14 é atendida com ênfase em analisar os processos de desconcentração, descentralização e recentralização das atividades econômicas a partir do capital chinês em diferentes regiões no mundo, com destaque para o Brasil.
• O trabalho com a habilidade EF08GE20 é feito com foco em analisar características de países e grupos de países da América no que se refere aos aspectos econômicos relacionados ao setor agropecuário, com destaque para a soja.
• A habilidade EF08GE24 é contemplada com foco em analisar as principais características produtivas dos países latino-americanos com destaque para plantações de soja no centro-oeste do Brasil
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
A respeito do Brasil, destacar a importância econômica e política do país na América do Sul e América Latina. Mencionar que, mesmo vivendo uma recessão de grandes proporções entre os anos 2020 e 2022, devido à pandemia de covid-19 e alta internacional do petróleo, o Brasil possui a maior economia da América Latina.
Se julgar pertinente, retomar aspectos da economia brasileira já estudados no volume 7 desta coleção. Ressaltar a importância da agropecuária, destacando a participação desse setor no PIB do país. Comentar que, embora a soja seja o principal produto, outros gêneros agrícolas, como o milho, o café e a cana-de-açúcar, também têm grande participação na pauta de exportações. Se possível, ouvir com os estudantes o podcast sugerido na seção #Fica a dica com a discussão so-
6 BRASIL
O Brasil é considerado uma potência na América Latina por causa da influência econômica que exerce sobre a região. Destacaremos, a seguir, alguns aspectos relacionados ao cultivo da soja na Região Centro-Oeste e à industrialização na Região Sudeste do país.
Setor agropecuário
Em 2021, de acordo com dados da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), o setor agropecuário representou cerca de 7% do PIB do país, chegando a 27% quando consideradas as atividades do agronegócio. A agropecuária responde por cerca de 20% das exportações brasileiras.
O país se destaca na produção e exportação de soja, café, açúcar e milho. Em 2020, o Brasil contava com o segundo maior rebanho de bovinos e o terceiro de aves do mundo, sendo o maior exportador mundial de frangos. Analise a tabela.
Brasil: participação nas exportações mundiais – 2020
Soja Café Suco de laranja Açúcar Carne de frango Carne bovina
Produção Maior produtor mundial
Maior produtor mundial
Maior produtor mundial
Maior produtor mundial
3o maior produtor mundial
Maior exportador mundial 1
2o maior produtor mundial
Maior exportador mundial
Maior exportador mundial
Maior exportador mundial
Maior exportador mundial Participação nas exportações mundiais 50% 33% 75% 36% 32% 24%
Fonte dos dados: CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO BRASIL. Panorama do agro. CNA. Brasília, DF: c2022. Disponível em: https://cnabrasil.org.br/cna/panorama-do-agro. Acesso em: 10 jul. 2022.
A China é a principal parceira comercial do Brasil e a maior compradora da soja produzida no país. Desde 2010, os chineses têm realizado grandes investimentos no território brasileiro, principalmente nos setores de energia, logística e agropecuária.
O objetivo desses investimentos é garantir a produção e o escoamento de recursos e matérias-primas, para a China. Além disso, pretendem melhorar o processo de distribuição de produtos das empresas chinesas que estão se instalando no país.
Em 2018, o grupo chinês CMPort comprou 90% do terminal de cargas do porto de Paranaguá (PR), localizado em um ponto estratégico para o escoamento de produtos agrícolas para a Ásia. Desde então, o terminal vem passando por obras de expansão e renovação.
Logística: no contexto do estudo, setor voltado para a organização e instalação das infraestruturas necessárias à circulação de mercadorias. 192
bre riscos para cultura alimentar brasileira com a expansão da monocultura da soja.
Sobre a pecuária, comentar a importância da região Centro-Oeste na produção de gado bovino, o que gera muitas divisas ao país. No entanto, esclarecer que o desenvolvimento da atividade agropecuária na região Centro-Oeste também impulsionou o desmatamento e aumentou os problemas relacionados à questão fundiária e à disputa de terras no Brasil. Destacar a parceria comercial do Brasil com a
China. Comentar que esse país vem diversificando os investimentos que realiza no Brasil desde 2010. Se antes desse período os investimentos estavam direcionados para a garantia do abastecimento de alimentos e energia, atualmente, os chineses investem nos setores de telecomunicações, energia renovável, finanças, indústria automobilística, entre outros. Se julgar adequado, ler para os estudantes o excerto da seção Texto complementar Encaminhar as atividades 1 a 5, que auxiliam
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BNCC
Exportação Maior exportador mundial
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Analise os gráficos.
Principais destinos da produção de soja brasileira – 2021
Brasil: principais estados exportadores de soja – 2021
Faça as atividades em seu caderno.
1 Entre os produtos citados na tabela 1, qual tem maior participação nas exportações mundiais? Suco de laranja.
2 Quais são os principais países que compraram a soja brasileira em 2021? Em que continentes estão situados? China, Espanha, Tailândia, Holanda. Ásia e Europa.
3 Qual foi o percentual total de soja produzido pelos estados da Região Centro-Oeste em 2021?
41,4%.
4 A monocultura da soja no Centro-Oeste do Brasil avança sobre áreas do Cerrado. Com base em seus conhecimentos, identifique alguns impactos socioambientais causados pela expansão dessa cultura e pela construção de infraestruturas de armazenamento e transporte do grão nesse bioma.
Consultar comentários em Orientações didáticas.
5 Até meados do século XX, a Região Centro-Oeste do Brasil era considerada imprópria para o desenvolvimento da agricultura. Menos de 50 anos depois, o Centro-Oeste é a maior área contínua agrícola do mundo.
Consultar comentários em Orientações didáticas.
a) Pesquise as razões de a Região Centro-Oeste ter sido considerada imprópria para os cultivos durante tanto tempo.
b) O que aconteceu para que essa região se tornasse umas das principais áreas agrícolas mundiais? Faça um levantamento de estudos científicos que expliquem essa mudança na produtividade do Centro-Oeste.
c) Na data marcada pelo professor, apresente os resultados de sua pesquisa e debata com os colegas a respeito das consequências (positivas e negativas) que essas mudanças trouxeram para a Região Centro-Oeste.
no entendimento da importância das exportações de produtos agrícolas, especialmente a soja, para a economia brasileira.
Na atividade 4, espera-se que os estudantes mencionem impactos como a redução da vegetação nativa e, consequentemente, de espécies vegetais e animais endêmicas. Além disso, poderão citar a contaminação dos solos e cursos d’água com fertilizantes utilizados nas lavouras e a ameaça ao modo de vida das comunidades tradicionais que praticam a agricultura familiar,
FICA A DICA
Sai feijão, entra soja Prato Cheio, 18 fev. 2020. O joio e o trigo. Disponível em: https:// ojoioeotrigo.com. br/2020/02/sai-feijao -entra-soja/. Acesso em: 10 jul. 2022. O podcast aborda os riscos da perda da cultura alimentar brasileira com a expansão da monocultura, principalmente da soja.
espera-se que os estudantes indiquem que, até a década de 1970, os solos pobres e improdutivos e a carência de infraestrutura e mão-de-obra da região Centro-Oeste eram considerados grandes obstáculos para o desenvolvimento do agronegócio. No item b, espera-se que os estudantes destaquem as políticas governamentais de incentivo para a expansão da fronteira agrícola e do povoamento, assim como o desenvolvimento de uma semente de soja que se adaptou aos solos de grande parte da região. No item c, é possível destacar entre os aspectos positivos do agronegócio na região: desenvolvimento de muitos serviços urbanos, escritórios de negócios e redes bancárias, empresas de transportes e comércio de equipamentos agrícolas, entre outros. Entre os aspectos negativos, destacam-se: concentração de terras, devastação das formações vegetais, poluição das águas, destruição de nascentes, apropriação de Terras Indígenas e conflitos entre comunidades tradicionais e empresas do agronegócio.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor
• CARIELLO, Tulio. Investimentos chineses no Brasil se expandiram rápido e são duradouros. Diálogo Chino. Londres, 6 set. 2021. Disponível em: https://dialogo chino.net/pt-br/comercio-e-in vestimento-pt-br/45887-inves timentos-chineses-no-brasil-se -expandiram-rapido-e-sao-du radouros/. Acesso em: 4 ago. 2022.
Análise dos investimentos chineses realizados no Brasil.
24/08/2022 16:03
entre outros. Essa atividade possibilita desenvolver o tema contemporâneo transversal Meio Ambiente, com destaque para a Educação Ambiental
Na atividade 5, auxiliar os estudantes, retomando assuntos estudados no volume 7 desta coleção. A atividade possibilita desenvolver práticas de pesquisa como análise de documentos, observação, tomada de notas e construção de relatórios (ver tópico Práticas de pesquisa nas Orientações Gerais deste Manual). No item a,
Mato Grosso 27,1% Rio Grande do Sul 16,1% Paraná 12,1% Goiás 8,2% Mato Grosso do Sul 6,1% SONIA VAZ China 70% Espanha 4,3% Tailândia 3,3% Holanda 3,1% Turquia 2,6% Paquistão 1,8% SONIA VAZ
Elaborado com base em: BRASIL. Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. ComexVis. Brasília, DF: MDIC, [2022]. Disponível em: http://comexstat.mdic.gov.br/pt/ comex-vis. Acesso em: 10 jul. 2022.
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Elaborado com base em: BRASIL. Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. ComexVis. Brasília, DF: MDIC, [2022]. Disponível em: http://comexstat.mdic.gov.br/pt/ comex-vis. Acesso em: 10 jul. 2022.
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• A habilidade EF08GE13 é atendida com foco em analisar a influência do desenvolvimento científico e tecnológico na caracterização dos tipos de trabalho e na economia dos espaços urbanos da América (Sudeste brasileiro).
• Contempla-se a habilidade EF08GE20 com destaque em analisar características de países e grupos de países da América no que se refere aos aspectos econômicos relacionados ao setor industrial na região Sudeste do Brasil.
• Desenvolve-se a habilidade EF08GE24 com foco em analisar as principais características produtivas dos países latino-americanos com destaque para o polígono industrial do Sudeste brasileiro.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Promover a leitura coletiva do texto das páginas 194 e 195. Fazer paradas para esclarecimento de dúvidas e comentários. Se necessário, retomar brevemente os fatores que permitiram o desenvolvimento da indústria no Brasil a partir de 1930.
Lembrar que, antes do início do processo de industrialização, a cafeicultura era a principal atividade econômica do país e que foi ela que proporcionou as condições para o seu desenvolvimento, como a acumulação monetária e o desenvolvimento da infraestrutura, com destaque para a Região Sudeste. Explorar o mapa da página 194. Chamar a atenção para a concentração de estabelecimentos industriais na Região Sudeste, sobretudo em São Paulo.
Comentar que, entre os principais produtos industrializados exportados pelo Brasil, destacam-se os derivados de minério de ferro (tubos, lâminas e placas), automóveis e maquinários diversos. Entre as principais im-
Atividade industrial no Sudeste
A indústria brasileira está concentrada na Região Sudeste, com 45,4% dos estabelecimentos em 2020, de acordo com o Conselho Nacional da Indústria. Essa distribuição espacial pode ser explicada por diversos fatores, sendo o processo histórico de ocupação do território o mais importante. Analise o mapa.
Nos anos 1930, quando o país iniciou de fato o processo de industrialização, as áreas urbanas do Sudeste reuniam condições necessárias para a implantação de indústrias, como a existência de infraestruturas, disponibilidade de mão de obra e proximidade dos mercados consumidores.
Brasil: indústrias por Unidade da Federação – 2020
Elaborado com base em: PERFIL DA INDÚSTRIA. Ranking dos estados. Perfil da Indústria. [S. l.], [20--]. Disponível em: https:// perfildaindustria.portaldaindustria.com.br/ranking?cat=3&id=3560. Acesso em: 15 jul. 2022.
A partir da década de 1990, com o desenvolvimento da rede urbana nacional, as indústrias começaram a transferir suas unidades de produção dos grandes centros urbanos para outras localidades, como cidades de médio porte, em um processo conhecido como desconcentração industrial. Nesse período, estados e municípios atraíam as indústrias com redução de impostos, criação de infraestruturas, terrenos a preços mais baixos, entre outras vantagens. Também influenciaram a desconcentração os altos custos da produção em áreas industriais tradicionais, como salários comparativamente mais altos, assim como valores mais altos de aluguéis e impostos, além de problemas de mobilidade urbana.
Atualmente, a desconcentração industrial está relacionada à diminuição da importância da atividade industrial na economia dos países (em 2021, a indústria teve 22,2% de participação no PIB brasileiro), ocorrendo com maior intensidade entre as atividades industriais que não empregam tecnologia muito avançada, como processamento de recursos naturais.
Analise na tabela a seguir a variação da participação das regiões brasileiras no PIB industrial observada em dez anos.
Brasil: variação da participação das regiões no PIB industrial entre 2008 e 2018 Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul
1,66% 2,06% 1,48% -7,66% 2,46%
Fonte dos dados: CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA. Indústria fica menos concentrada regionalmente. CNI, Brasília, DF, ano 7, n. 19, abr. 2021. Disponível em: https://static.portaldaindustria.com.br/portaldaindustria/noticias/media/filer_ public/90/99/909905c2-882b-46f1-b92d-7e0b129f46e1/estudo_cni_-_industria_fica_menos_concentrada.pdf. Acesso em: 11 jul. 2022.
portações, destacam-se medicamentos, partes e peças para automóveis e aviões e componentes eletrônicos.
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Abordar com os estudantes o conceito de desconcentração industrial, explicando que nas últimas décadas a atividade industrial se instalou em outras partes do território brasileiro que não o Sudeste do país. Isso ocorre porque as indústrias são atraídas por incentivos fiscais oferecidos por municípios e pelos salários mais baixos fora dos principais centros urbanos industrializados. Tam-
bém podem ser citados como fatores relacionados ao processo de desconcentração industrial o avanço nos sistemas de transporte e distribuição de produtos, facilitando a instalação de indústrias por todo o território.
Destacar que, apesar do processo de desconcentração industrial, o Sudeste ainda é a região mais industrializada do Brasil. Ao trabalhar as características dessa indústria, desenvolve-se o tema contemporâneo transversal Ciência e Tecnologia
BNCC AMAZONAS RORAIMA RONDÔNIA PARÁ AMAPÁ PARANÁ SÃO PAULO MINAS GERAIS BAHIA MARANHÃO PIAUÍ CEARÁ PERNAMBUCO PARAÍBA RIO GRANDE DO NORTE SERGIPE ALAGOAS ESPÍRITO SANTO MATO GROSSO MATO GROSSO DO SUL RIO GRANDE DO SUL SANTA CATARINA GOIÁS DF TOCANTINS ACRE RIO DE JANEIRO Equador 0° OCEANO ATLÂNTICO Trópico de Capricórnio 50° O OCEANO PACÍFICO Número de empresas industriais extrativas e de transformação, por estado 500 120 000 60 000 20 000 3 000 0 480
AMAZONAS RORAIMA RONDÔNIA PARÁ AMAPÁ PARANÁ SÃO PAULO MINAS GERAIS BAHIA MARANHÃO PIAUÍ CEARÁ PERNAMBUCO PARAÍBA RIO GRANDE DO NORTE SERGIPE ALAGOAS ESPÍRITO SANTO MATO GROSSO MATO GROSSO DO SUL RIO GRANDE DO SUL SANTA CATARINA GOIÁS DF TOCANTINS ACRE RIO DE JANEIRO Equador 0° OCEANO ATLÂNTICO Trópico de Capricórnio 50° O OCEANO PACÍFICO Número de empresas industriais extrativas e de transformação, por estado 500 120 000 60 000 20 000 3 000 0 480 SONIA VAZ 194
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Apesar da queda na participação do PIB nacional e do processo de desconcentração, o Sudeste continua se destacando no setor industrial. De acordo com dados da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), o estado de São Paulo participou com 38,1% da produção da indústria de transformação em 2018. O segundo colocado, Minas Gerais, havia participado com 10,1%.
Analise o infográfico.
Indústria de transformação: transforma matérias-primas em um produto final ou em um produto intermediário destinado a outra indústria (ex: alimentos, bebidas, metalúrgica, química, farmacêutica, têxtil, máquinas e equipamentos, automobilística etc.).
Região Sudeste: participação dos setores no PIB industrial do estado – 2019
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor
• INDÚSTRIA migra do Sudeste para as demais regiões do país em dez anos, mostra estudo da CNI. Agência de Notícias da Indústria, Brasília, DF, 17 maio 2021. Disponível em: https://no ticias.portaldaindustria.com.br/ noticias/economia/industria-mi gra-do-sudeste-para-as-demais -regioes-do-pais-em-dez-anosmostra-estudo-da-cni/. Acesso em: 4 ago. 2022.
Estudo da Confederação Nacional da Indústria sobre a desconcentração industrial no Sudeste.
Fonte: PERFIL DA INDÚSTRIA. [S. l.], [20--]. Site. Disponível em: https://perfildaindustria.portaldaindustria.com.br/. Acesso em: 11 jul. 2022.
Outra característica das indústrias do Sudeste é o emprego crescente de tecnologias de ponta e inovações, como robôs, inteligência artificial, impressoras 3-D, entre outras, principalmente nos setores automotivo, alimentício, químico e têxtil.
As aplicações vão desde o uso da realidade virtual para análise de peças durante o processo de fabricação até a criação de equipamentos que podem ser “vestidos” pelos operários, dando sustentação em tarefas que exigem esforço físico e precisão nos gestos.
Faça as atividades em seu caderno.
1 Além do estado de São Paulo, cite três outros estados brasileiros com forte concentração industrial.
Operário de indústria automobilística usando exoesqueleto que garante melhores condições de trabalho e menos desgaste físico, Betim (MG), 2018.
Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul.
2 Qual região brasileira perdeu maior participação no PIB industrial na década representada na tabela da página anterior? Qual é o desempenho dela atualmente no setor? Explique por que isso acontece.
A Região Sudeste, com perda de 7,66% em dez anos. Apesar disso, a região continua a liderar a atividade industrial no país, pois trata-se da primeira região industrial a se desenvolver no país, que abriga as maiores unidades produtivas e ainda concentra as infraestruturas de distribuição de mercadorias.
Encaminhar as atividades 1 e 2, que auxiliam na sistematização do conteúdo estudado nesta dupla de páginas.
Na atividade 2, espera-se que os estudantes respondam que foi a Região Sudeste, com perda de 7,66% em dez anos. Apesar disso, a região continua a liderar a atividade industrial no país, pois se trata da primeira região industrial a se desenvolver no país, abriga as maiores unidades produtivas e ainda concentra as infraestruturas de distribuição de mercadorias.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
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A indústria de seu estado
Propor aos estudantes a atividade: Pesquise sobre as características da indústria da Unidade da Federação onde você vive: distribuição, principais ramos, destaques na importação e exportação. Para auxiliá-lo, sugerimos como fonte de pesquisa o site Portal da Indústria, disponível em: https://www.portaldaindustria.com.br/cni/esta tisticas/. Acesso em: 4 ago. 2022.
P24-2-GEO81-8-06-LA-LIL-008 Região Sudeste: participação do setor no PIB industrial do estado – 2019
WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO/AE Espírito Santo Rio de Janeiro Minas Gerais São Paulo Construção 17,1% Extração de minerais metálicos 10,2% Serviços industriais de utilidade pública 9,6% Metalurgia 8,1% Minerais não metálicos 6,3% Construção 17,8% Extração de minerais metálicos 16% Serviços industriais de utilidade pública 12,2% Metalurgia 11,5% Alimentos 11,4% Alimentos 9,3% Serviços industriais de utilidade pública 8,9 % Derivados de petróleo e biocombustíveis 11,4% Construção 16,7% Químicos 8,3% Extração de petróleo e gás natural 46,3% Construção 13,2% Serviços industriais de utilidade pública 11,5% Derivados de petróleo e biocombustíveis 11,2% Atividades de apoio à extração de minerais 5,6% BENTINHO 195
195
3. Auxiliar os grupos ao longo de todas as etapas do trabalho. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
Na Unidade 3, estudamos alguns aspectos da cartografia social, que tem por objetivo elaborar mapas que nos ajudam a conhecer e a pensar sobre o lugar onde vivemos, com base nos conhecimentos e nas experiências vividas no cotidiano.
O mapa da página 196 representa os impactos socioambientais da monocultura da soja na Argentina, na Bolívia, no Brasil, no Paraguai e no Uruguai. Ele foi elaborado em uma oficina de mapeamento por mais de de trinta pesquisadores, ativistas, organizações e redes agroecológicas dos cinco países.
Responda às questões 1 e 2 em seu caderno.
Auxiliar os estudantes a responder às questões 1 e 2. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
1 De acordo com as informações do mapa, quais são os principais problemas socioambientais decorrentes do cultivo intensivo da soja nos países selecionados? Que símbolos pictóricos e cores foram empregados para representá-los?
2 Que outras informações relacionadas ao tema o mapa traz? Como elas foram representadas?
3 Organizem-se em grupos. Vocês farão um trabalho de mapeamento coletivo semelhante ao do mapa da página anterior. Sigam as etapas propostas.
a) Pesquisem, no link indicado no boxe #Fica a dica desta página, a atividade econômica mais importante desenvolvida no município onde vocês vivem.
b) Busquem informações sobre essa atividade: de que setor faz parte, quantas pessoas emprega, quais aspectos positivos traz para a população local e que impactos socioambientais ela causa.
c) Listem e analisem os impactos gerados por essa atividade no município. Depois, escolham alguns deles (no máximo três) para identificar que aspectos relacionados a ele(s) vocês representarão no mapa.
d) Elaborem ícones (símbolos) simples e facilmente reconhecíveis para cada um dos aspectos identificados por vocês no item c.
e) Localizem no link indicado no boxe #Fica a dica o mapa do município onde vocês moram. Esse mapa contém apenas os limites geográficos, mas serve como base para vocês aplicarem as informações pesquisadas. Caso precisem de um mapa mais detalhado, busquem no site da prefeitura ou em outras fontes.
f) Apliquem as informações pesquisadas no mapa por meio dos ícones elaborados no item d, textos, cores, linhas e outras formas. Verifiquem se as informações necessárias para a leitura foram aplicadas e estão corretas.
g) Apresentem os resultados do trabalho para os outros grupos, compartilhando as descobertas de vocês sobre o tema pesquisado e impressões sobre o processo de mapeamento coletivo.
FICA A DICA
Cidades @. Publicado por: IBGE. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/. Acesso em: 10 jul. 2022.
O site Cidades@ agrega informações do IBGE sobre os municípios e estados do Brasil, com pesquisas realizadas pelo órgão, infográficos, entre outras informações.
sar e imprimir os mapas. Caso a escola não conte com recursos digitais, é possível realizar esse processo manualmente, investindo nos croquis. O recurso digital trabalha com o desenvolvimento de competências e habilidades variadas, mas a ausência dele não impede que o trabalho seja realizado. Caso haja estudantes com baixa visão ou outro tipo de necessidade especial, é possível pensar em soluções táteis.
Sugerimos a leitura do excerto da seção Texto complementar, com propostas de encaminhamento pós-realização do mapa.
TEXTO COMPLEMENTAR
Ao final do mapeamento, cada grupo apresentará os resultados obtidos aos demais. [...]
Enquanto os alunos compartilham os resultados, os demais podem fazer perguntas ou comentários para mobilizar o debate. O papel dos professores é importante na moderação do intercâmbio, para facilitar a participação e para que a palavra circule, e as diferenças e os pontos de consenso entre os alunos possam ser visíveis.
Terminada a oficina, abrem-se muitas possibilidades de trabalho, aqui citamos apenas algumas ideias:
- organizar os mapas obtidos em uma exposição coletiva para serem exibidos em outras escolas ou em um espaço público que permita que a comunidade continue a completá-los com informações complementares;
- organizar as informações obtidas em gráficos que comuniquem os resultados e convidem outras escolas a participar do processo de mapeamento;
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da soja e os movimentos populares organizados nos países representados para defesa do ambiente e das populações afetadas. Espera-se que os estudantes identifiquem corretamente os símbolos e cores que foram utilizados para representar esses elementos.
Na atividade 3, sugerimos que os estudantes, em grupos, elaborem um mapa com os impactos socioambientais decorrentes do desenvolvimento das principais atividades econômicas no município onde moram. Sugerimos o
site Cidades@ do IBGE, disponibilizado na seção #Fica a dica para iniciar a pesquisa, mas é possível seguir outros caminhos, sempre orientando os estudantes e propondo/disponibilizando as fontes necessárias.
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Em relação às bases cartográficas, o IBGE conta com um acervo rico, mas também é possível buscar mapas com escalas maiores em outras fontes, caso desejem focar a análise em um bairro, por exemplo. Novamente, fornecer as ferramentas para que os estudantes possam pesqui-
- auxiliar os estudantes a planejar mapeamentos com vizinhos da escola ou com membros de outras comunidades, reforçando as redes de solidariedade e a ação conjunta.”
MAPEANDO el território. Iconoclasistas Buenos Aires, 2019. Traduzido e adaptado pelos autores. Disponível em: https:// iconoclasistas.net/cuadernillo-escolar/. Acesso em: 4 ago. 2022.
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• A habilidade EF08GE08 é atendida com foco em analisar a situação do Brasil e de outros países da América Latina, assim como da potência estadunidense na ordem mundial do pós-guerra.
• Contempla-se a habilidade EF08GE09 com ênfase em analisar os padrões econômicos mundiais de produção, distribuição e intercâmbio dos produtos agrícolas e industrializados, tendo como referência os Estados Unidos da América e o Brasil.
• A habilidade EF08GE13 é trabalhada com foco em analisar a influência do desenvolvimento científico e tecnológico na caracterização dos tipos de trabalho e na economia dos espaços urbanos e rurais da América Latina.
• Atende-se à habilidade EF08GE14 com ênfase em analisar os processos de desconcentração, descentralização e recentralização das atividades econômicas a partir do capital estadunidense e chinês em diferentes regiões no mundo, com destaque para o Brasil.
• O trabalho com a habilidade EF08GE20 tem o foco em analisar características de países e grupos de países da América no que se refere aos aspectos populacionais, políticos e econômicos, e discutir as desigualdades sociais e econômicas e as pressões sobre a natureza e suas riquezas.
• A habilidade EF08GE24 é contemplada com foco em analisar as principais características produtivas dos países latino-americanos.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Sugerimos organizar os estudantes em duplas para a realização das atividades propostas. Destinar um tempo para que eles possam concluí-las. Acompanhar a produção circulando pela sala para oferecer apoio didático e esclarecer dúvidas. Depois do
ATIVIDADES
Todas as respostas das atividades desta seção estão no MP, com orientações e encaminhamentos.
1 Que característica serviu de critério para agrupar os países da América Central, Andina e Platina? E as Guianas?
2 Analise o mapa e responda às questões.
América: Índice de Desenvolvimento Humano
Fonte: UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME. Human development report 2020: the next frontier: human development and the anthropocene. New York: UNDP, c2020. p. 343-346. Disponível em: http://hdr.undp.org/en/ content/download-data. Acesso em: 8 jul. 2022.
a) Dos países da América do Norte, qual apresenta o menor IDH? Além de características socioeconômicas, que outros aspectos o diferenciam do restante da América do Norte?
b) Cite países da América Latina que se encontram na mesma faixa de IDH que o Brasil.
c) Dos países da América Latina, quais apresentam IDH muito elevado?
d) Em que região da América Latina se localizam o Suriname e a Guiana? Qual é o IDH desses países? No seu entendimento, a descoberta de importantes reservas de petróleo nesses países poderá fazer com o que o IDH deles se eleve nos próximos anos? Justifique sua resposta.
e) Que países fazem parte da América Platina? Comente sobre o IDH dessa região.
tempo estipulado, verificar as respostas das atividades e solicitar às duplas que as exponham oralmente, de forma alternada. Anotar na lousa os conceitos trabalhados em cada atividade.
1. Espera-se que os estudantes indiquem que os países da América Central têm como característica comum a localização no istmo que une os territórios das Américas do Norte e do Sul; os países da América Andina são atravessados pela cordilheira dos Andes; os países da
América Platina são banhados pelos rios que compõem a bacia do Rio da Prata. As Guianas foram colonizadas por Holanda, Inglaterra e França e, portanto, não adotam nem o espanhol nem o português como língua oficial e se diferenciam culturalmente dos demais países latino-americanos.
• Analisar o espaço geográfico de alguns países latino-americanos, com base em aspectos políticos, culturais e socioeconômicos específicos.
Objetivo:
BNCC
NÃO ESCREVA NO LIVRO.
–
2019
SONIA VAZ OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO Equador 0° 90° O Trópico de Capricórnio Trópico de Câncer Círculo Polar Ártico Baixo Desenvolvimento humano Médio Elevado Muito elevado Sem dados 0 1 416 198 D2-GEO-F2-2106-V8-U6-172-201-LA-G24_AV.indd 198 21/08/2022 14:10 198
3 Analise o mapa e responda às questões em seu caderno.
América Central: divisão política e sub-regiões
deEstreito Iucatã
Elaborado com base em: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 39.
a) Quais são as duas sub-regiões da América Central? Que critério foi utilizado nessa divisão?
b) A América Central Insular é subdividida em Grandes Antilhas e Pequenas Antilhas. Que critério foi utilizado nessa subdivisão?
4 Cuba faz parte do grupo de países com IDH elevado. Entre os indicadores que colaboram para que o país tenha essa posição no ranking estão a elevada expectativa de vida –uma das maiores da América Latina – e a média de anos de estudo no país, a maior da região. Com base no que você estudou, explique uma possível relação entre esses indicadores e a Revolução Cubana.
5 Analise a fotografia e responda às questões.
RICARDO PACHECO/SHUTTERSTOCK.COM
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2. a) México. A colonização espanhola de exploração e as características culturais dos povos pré-colombianos que viviam nessa região.
b) Cuba, México, Venezuela, Peru, Suriname, Bolívia etc.
c) Argentina, Chile, Uruguai, Panamá, Costa Rica, Barbados e Bahamas.
d) Esses países ficam na região das Guianas, apresentando IDHs distintos. O IDH da Guiana é médio e o do Suriname é elevado. A eco-
a) A cordilheira dos Andes é a mais extensa cadeia de montanhas do mundo. Cite os nomes dos outros países andinos, além do Chile.
b) No seu entendimento, como a presença da cordilheira dos Andes influencia o desenvolvimento de atividades econômicas e o modo de vida da população da região?
e) Argentina, Uruguai e Paraguai. A Argentina e o Uruguai têm IDH muito elevado e o Paraguai, elevado.
Objetivos: • Analisar o espaço geográfico de alguns países latino-americanos, com base em aspectos políticos, culturais e socioeconômicos específicos. • Identificar as principais características da economia da América Central, América Andina e América Platina.
3. a) América Central Continental e América Central Insular. Espera-se que os estudantes reconheçam que o critério utilizado foi o físico, com foco na distribuição das terras por áreas continentais e insulares.
b) A dimensão das ilhas.
Objetivo: • Analisar o espaço geográfico de alguns países latino-americanos, com base em aspectos políticos, culturais e socioeconômicos específicos.
4. Espera-se que os estudantes apontem que com a Revolução Cubana foram feitos muitos investimentos nas áreas de saúde e educação, o que justifica os bons indicadores sociais presentes no país, apesar da crise que vem enfrentando.
Objetivo: • Analisar o espaço geográfico de alguns países latino-americanos, com base em aspectos políticos, culturais e socioeconômicos específicos.
5. a) Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia.
nomia desses países se baseia no cultivo de produtos voltados para exportação, e na exploração de recursos minerais, como bauxita, ouro e diamante. Espera-se que os estudantes apresentem uma argumentação coerente para a segunda questão, de acordo com a resposta dada. Se a renda obtida com a exploração do petróleo for revertida em benefício da população, a qualidade de vida e os índices de desenvolvimento poderão melhorar.
b) Espera-se que os estudantes reconheçam que, assim como a presença de uma grande cordilheira influencia a dinâmica natural, ela também exerce influência nas atividades econômicas desenvolvidas e na cultura, como vestuários, alimentos e habitações adequados à vida em grandes altitudes.
Objetivos: • Analisar o espaço geográfico de alguns países latino-americanos, com base em aspectos políticos, culturais e socioeconômicos específicos. • Identificar as principais características da economia da América Central, América Andina e América Platina.
PANAMÁ EL SALVADOR GUATEMALA BELIZE HONDURAS NICARÁGUA JAMAICA HAITI DOMINICA SANTA LÚCIA BARBADOS GRANADA COSTA RICA MARTINICA (FRA) GUADALUPE (FRA) TRINIDAD E TOBAGO SÃO VICENTE E GRANADINAS ANTÍGUA E BARBUDA SÃO CRISTÓVÃO E NEVIS PORTO RICO (EUA) I. Montserrat (RUN) Is. Virgens (EUA) Is. Virgens (RUN) Anguilla (RUN) San Martin (FRA) REPÚBLICA DOMINICANA TURKS E CAICOS (RUN) ARUBA (PBS) CURAÇAO (HOL) CUBA G R A N D E S A N T I L H A S AMÉRICA DO SUL AMÉRICA DO NORTE Basse-Terre Fort-de-France San Juan São Salvador Guatemala Manágua Kingstown Castres Tegucigalpa Kingston Nassau Bridgetown Belmopán São José Havana Roseau St. George's Saint John´s Panamá Is. Turks Port of Spain Basseterre Porto Príncipe São Domingo Willemstad Oranjestade Mar do Caribe
BAHAMAS
OCEANO PACÍFICO 10° N 80° O Trópico de Câncer Canal do Panamá Golfo do México OCEANO ATLÂNTICO América Central Continental Insular 0 250 DACOSTA MAPAS
199
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Cidade de Santiago, no Chile, com a cordilheira dos Andes ao fundo. Foto de 2019. 199
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a) Bolívia.
b) Peru.
c) Equador.
d) Colômbia.
Objetivos: • Analisar o espaço geográfico de alguns países latino-americanos, com base em aspectos políticos, culturais e socioeconômicos específicos. • Identificar as principais características da economia da América Central, América Andina e América Platina. • Analisar a distribuição dos recursos naturais no território latino-americano e as principais formas de exploração.
7. Espera-se que os estudantes indiquem que a notícia fala sobre a exploração de lítio no Chile e suas consequências para a população local. A manchete traz dois elementos que permitem ao estudante chegar à resposta, ao se referir às baterias de celular e ao deserto do Atacama. Entre os principais impactos socioambientais, podemos citar a redução da disponibilidade de água doce, que afeta a fauna local (com a redução do número de flamingos) e as atividades econômicas e de subsistência da população local, como a criação de animais.
Objetivos: • Analisar a distribuição dos recursos naturais no território latino-americano e as principais formas de exploração. • Avaliar os impactos socioambientais relacionados às atividades econômicas desenvolvidas na América Latina, principalmente nos setores extrativista e agropecuário. • Conhecer as características do triângulo do lítio (formado por Chile, Bolívia e Argentina) e analisar a importância estratégica dessa região para a matriz energética mundial.
8. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes concordem com a afirmação. O cultivo do abacate demanda muita água e é realizado por aqueles que compraram os direitos para usar o recurso de forma indiscriminada, com pouco controle estatal, em detrimento dos pequenos agricultores e criadores de animais, privados do
6 Leia as descrições a seguir e identifique a qual país andino cada uma delas se refere.
a) A mineração é a principal atividade econômica desse país, cujo território possui grandes jazidas de estanho, petróleo e gás natural, produto exportado principalmente para a Argentina e o Brasil.
b) As principais atividades econômicas desse país são a agricultura de subsistência e a extração de cobre, ouro e zinco, realizada por empresas que utilizam a mão de obra barata do país.
c) A faixa litorânea desse país concentra as principais atividades econômicas, com destaque para o cultivo de banana, a pesca e a extração de petróleo.
d) O país é o segundo maior produtor mundial de café e se destaca no cultivo de banana e cacau. Também possui as maiores reservas de carvão mineral da América Latina.
7 Leia o trecho da notícia a seguir.
A bateria do seu celular pode estar deixando
pessoas sem água no Atacama
Por força do hábito, Sara Plaza sorri ao posar para a foto, mas quando fala sobre o que aconteceu com a terra ao redor de sua casa, as lágrimas começam a escorrer pelo seu rosto.
“Havia lagoas lindas lá embaixo, com centenas de flamingos”, diz ela. “Quando eles abriam as asas, você via as penas pretas e cor de rosa. Agora está tudo seco, e as aves foram embora.”
[...]
“Era tão verde, agora é só um chão duro e rachado. Não podemos mais criar lhamas”, lamenta.
LIVINGSTONE, Grace. A bateria do seu celular pode estar deixando pessoas sem água no Atacama. BBC, Santiago, 25 ago. 2019. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-49405487. Acesso em: 9 jul. 2022.
• Explique qual é o assunto tratado na notícia, extraindo do texto elementos que confirmem sua resposta.
8 Leia o texto e a afirmação que o segue. Depois, faça o que se pede.
Em novembro de 2002, o Comitê das Nações Unidas para os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais adotou o seu comentário geral no 15 sobre o direito à água afirmando que: “O direito humano à água prevê que todos tenham água suficiente, segura, aceitável, fisicamente acessível e a preços razoáveis para usos pessoais e domésticos”.
PROGRAMA DA DÉCADA DA ÁGUA DA ONU – ÁGUA SOBRE ADVOCACIA E COMUNICAÇÃO. O direito humano à água e saneamento. [S l.]: UNW-DPAC, [20--]. Disponível em: https://www.un.org/ waterforlifedecade/pdf/human_right_to_water_and_sanitation_media_brief_por.pdf. Acesso em: 9 jul. 2022.
O cultivo do abacate em larga escala no Chile fere um dos direitos humanos fundamentais: o acesso à água potável segura e ao saneamento. 200
• Você concorda ou discorda dessa afirmação? Construa sua argumentação com base nos conteúdos estudados nesta Unidade e no texto.
acesso às poucas fontes de água potável que restam na região e, portanto, tendo um direito fundamental desrespeitado.
9. Porque ele é uma potência econômica na América Latina, além de ser o maior país da região e o único colonizado por portugueses.
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Objetivos:
• Avaliar os impactos socioambientais relacionados às atividades econômicas desenvolvidas na América Latina, principalmente nos setores extrativista e agropecuário. • Analisar aspectos da agricultura e do extrativismo no Chile, considerando a questão da privatização das águas, os impactos socioambientais e a crise hídrica.
Objetivo: • Analisar o espaço geográfico de alguns países latino-americanos, com base em aspectos políticos, culturais e socioeconômicos específicos.
10. a) Acrônimo formado pelas iniciais de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (em inglês, South Africa).
6.
200
9 Por que o Brasil constitui uma região da América Latina, de acordo com a proposta de regionalização apresentada nesta Unidade?
10 Leia o texto e analise a tabela. Depois, responda às questões.
Buscando maior participação política e econômica no cenário mundial, o Brasil vem estabelecendo relações com diferentes países, principalmente aqueles considerados emergentes. A participação no Brics, acrônimo formado pelas iniciais Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, insere-se nessa perspectiva de maior cooperação entre seus membros.
Além de economias emergentes, os países do Brics têm em comum as grandes dimensões de seus territórios, o elevado número de habitantes e a crescente importância no cenário mundial. Juntos, os PIBs desses países correspondiam a 31,3% do PIB mundial em 2021.
O aumento das relações entre os países-membros é bastante favorável à economia do Brasil. Além do aumento das exportações, a aproximação com o Brics reduz a dependência em relação às economias desenvolvidas, especialmente dos Estados Unidos. Em 2020, cerca de 10% das exportações brasileiras tiveram como destino os Estados Unidos e 34,2% os países do Brics, dos quais 31,7% foram para a China, tornando o país nosso principal parceiro comercial.
Elaborado pelos autores.
Brics – 2021
Países-membros PIB (em US$)
Principais destinos exportações
Principais origens importações
Brasil 1,6 trilhão China / Estados Unidos China / Estados Unidos
Rússia 1,7 trilhão China / Reino Unido China / Alemanha
Índia 3,1 trilhões Estados Unidos / China China / Estados Unidos
China 17,4 trilhões Hong Kong / Estados Unidos Japão / Coreia do Sul
África do Sul 418 bilhões China / Estados Unidos China / Alemanha
Fontes dos dados: OBSERVATORY OF ECONOMIC COMPLEXITY. Venezuela. OEC. [S l.], [20--]. Disponível em: https://oec.world/en/profile/country/ven.
INTERNATIONAL MONETARY FUND. GDP based on PPP, share of world: percent of world. FMI. Washington, D.C., [2022]. Disponível em: https://www.imf.org/external/datamapper/PPPSH@WEO/OEMDC/ADVEC/WEOWORLD. Acessos em: 11 jul. 2022.
a) O que significa a sigla Brics?
b) Qual país-membro do Brics tem maior peso econômico mundial? Justifique sua resposta com dados extraídos do texto e da tabela.
c) Como o aumento das relações entre os países do Brics pode contribuir para o desenvolvimento econômico e social deles?
b) China. Dos 34,2% das exportações brasileiras destinadas aos países do Brics, 31,7% foram para a China. A China tem o PIB muito mais elevado que os demais países do bloco e é o maior parceiro comercial de todos eles.
c) Espera-se que os estudantes reconheçam que, ao estreitarem relações, os países tornam-se mais representativos no cenário mundial, sendo capazes de influenciar nas decisões econômicas e políticas e orientando-as no
sentido de serem mais vantajosas à economia e à sociedade dos países-membros.
Objetivo: • Analisar o papel da soja na economia brasileira e aspectos da parceria comercial com a China e com o Brics.
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BNCC NA UNIDADE
Competências
Gerais: 1, 2, 4, 7, 9 e 10
Ciências Humanas: 2, 3, 5, 6 e 7
Geografia: 1, 3, 4, 5, 6 e 7
Habilidades
Geografia: • EF08GE01 • EF08GE03
• EF08GE05 • EF08GE18 • EF08GE19
• EF08GE20
Ciências: • EF08CI16
História: • EF08HI24 • EF08HI26
Abertura da Unidade
• Atende-se à habilidade EF08GE20 com foco em analisar conhecimentos prévios sobre características de países da África no que se refere aos aspectos populacionais, políticos e socioculturais.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Neste volume, as Unidades 7 e 8 são dedicadas ao estudo dos diversos aspectos do espaço geográfico do continente africano. Na Unidade 7, são explorados aspectos mais gerais, importantes para o entendimento do espaço geográfico atual desse continente.
Explorar a leitura da fotografia de abertura e, se possível, pedir aos estudantes para pesquisarem outras imagens que retratem a diversidade da África e a desigualdade que caracteriza os países desse continente.
Este pode ser um bom momento para conversar e propor reflexões sobre os estereótipos relacionados à África, muitas vezes associada apenas a miséria, doenças e conflitos. Embora esses aspectos estejam presentes, eles não refletem totalmente a realidade atual do espaço geográfico do continente, que conta com 54 países em seu território.
Encaminhar as atividades 1 e 2 para explorar conhecimentos prévios dos estudantes sobre os países africanos.
TERRITÓRIO, IMPERIALISMO E CONFLITOS
Nesta Unidade, serão estudados aspectos relacionados à organização do espaço geográfico africano, caracterizado por grande diversidade de paisagens naturais e culturais e intensamente marcado pelo processo de colonização europeia.
1. Quênia: leste do continente africano.
2. Identificar países africanos e características físico-naturais, populacionais e socioculturais da África. Cuidar para não reproduzir preconceitos e estereótipos e não permitir manifestações desse tipo por parte dos estudantes, salientando a importância do respeito a todos os povos e sua história. Apresentar o continente em toda sua diversidade.
BNCC
7
Vista parcial de Nairóbi, capital do Quênia, 2020.
UNIDADE
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ÁFRICA:
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Consultar respostas em Orientações didáticas.
Converse com os colegas e o professor sobre as questões a seguir.
1 Consulte o mapa político da África na página 204 e indique a localização do país citado na legenda da fotografia no continente africano, usando as direções cardeais (norte, sul, leste, oeste).
2 De que outros países representados no mapa político da África você já ouviu falar? O que você sabe sobre eles?
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• Trabalha-se a habilidade EF08GE05 com foco em aplicar os conceitos de Estado-nação, território e país, com destaque para as situações na África e suas múltiplas regionalizações.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Do ponto de vista geológico, a África não poderia ser considerada um continente, porque não é separada das terras asiáticas e europeias por águas oceânicas. No entanto, ela é considerada um continente por apresentar processos de ocupação do território e características históricas e culturais que a diferem da Europa e da Ásia. Lembrar que, juntas, África, Europa e Ásia formam o bloco tríplice.
Destacar que no bloco tríplice, África e Ásia são separadas por um canal artificial, o Canal de Suez, construído entre 1859 e 1869 para ligar o Mar Vermelho ao Mar Mediterrâneo e facilitar a navegação, encurtando distâncias. África e Europa estão separadas pelo Mar Mediterrâneo.
Na página 204, esclarecer que o Saara Ocidental é o único território no continente africano que ainda não tem sua autonomia política definida. Desde 1979, o país está sob o domínio do Marrocos, portanto, não é um Estado-nação. Para mais informações sobre a situação do Saara Ocidental, consultar as sugestões da seção Ampliando horizontes Comentar que, juntos, os 54 estados africanos e o Saara Ocidental somam mais de 1,41 bilhão de habitantes, o que representava cerca de 18% da população mundial, em 2022. Encaminhar as atividades 1 a 4, que auxiliam na leitura do mapa “África: divisão política”.
Na página 205, se julgar pertinente, retomar a discussão sobre a regionalização, chamando a atenção dos estudantes para os diferentes critérios usados nas divisões regionais da África e as
1 DIMENSÃO, LOCALIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÕES
A África é uma massa contínua de terra emersa com cerca de 30 milhões de km2, o que corresponde a 22% das terras emersas do planeta. O território africano tem 8 050 km de comprimento no sentido norte-sul e 7 560 km no sentido leste-oeste.
Ao norte, o continente é atravessado pelo Trópico de Câncer e, ao sul, pelo Trópico de Capricórnio. A linha do equador corta o centro do continente, e o Meridiano de Greenwich atravessa-o a oeste. Dessa forma, a África é o único continente que possui terras nos quatro hemisférios da Terra.
O continente africano é constituído por 54 Estados-nações e um território, o Saara Ocidental, sob domínio do Marrocos. Em 2022, a população era de cerca de 1,41 bilhão de habitantes.
Analise o mapa. Responda às questões em seu caderno.
África: divisão política
Fonte: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 128.
1 Em quais hemisférios está localizado o continente africano, tendo como referência a linha do equador?
Hemisférios Norte e Sul.
2 Em qual hemisfério está localizada a maior parte do continente africano, tendo como referência o Meridiano de Greenwich?
Hemisfério Oriental.
3 Que oceano banha a África a leste? E a oeste?
A leste, oceano Índico; a oeste, oceano Atlântico.
4 Luanda, Cidade do Cabo, Cairo e Mogadíscio são capitais de que países africanos?
Luanda: Angola; Cidade do Cabo: África do Sul; Cairo: Egito; Mogadíscio: Somália.
generalizações decorrentes, desconsiderando-se algumas particularidades. Destacar que as regiões são criações humanas e podem variar de acordo com os objetivos e as intenções de quem as determina.
Apresentar a proposta de regionalização do continente representada no mapa “África: regiões”. Explicar aos estudantes que essa divisão considera principalmente a localização dos países no continente. Destacar que essa proposta
é bastante utilizada por órgãos internacionais (como a ONU e outras organizações) e instituições de pesquisa na divulgação de dados econômicos e sociais. Essa divisão se apresenta da maneira exposta a seguir.
• África Setentrional: Argélia, Egito, Líbia, Marrocos, Sudão, Tunísia, Saara Ocidental.
• África Ocidental: Benin, Burkina Fasso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Mauritânia, Níger,
I. da Madeira (POR) Is. Canárias (ESP) I. Santa Helena (RUN) ÁSIA MARROCOS ARGÉLIA *SAARA OCIDENTAL TUNÍSIA LÍBIA EGITO (parte africana) SUDÃO ETIÓPIA QUÊNIA UGANDA BURUNDI RUANDA SUDÃO DO SUL ERITREIA SOMÁLIA SEICHELES TANZÂNIA MOÇAMBIQUE MALAUÍ MAURÍCIO COMORES MADAGASCAR ÁFRICA DO SUL NAMÍBIA BOTSUANA ZIMBÁBUE ZÂMBIA ANGOLA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO REPÚBLICA CENTRO-AFRICANA CAMARÕES CHADE NIGÉRIA BENIN GANA COSTA DO MARFIM LIBÉRIA SERRA LEOA GUINÉ SENEGAL CABO VERDE MAURITÂNIA GUINÉ-BISSAU GÂMBIA TOGO NÍGER CONGO GABÃO SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE MALI GUINÉ EQUATORIAL ESSUATÍNI LESOTO DJIBUTI BURKINA FASO Bissau Banjul Dacar Djibuti Trípoli Adis-Abeba Campala Bloemfontein Windhoek Gaborone Harare Lusaca Maseru Tshwane/ Pretória Mogadíscio Nairóbi Dodoma Quigali Bujumbura Maputo Cidade do Cabo Mbabane Niamei Ouagadougou Yamoussoukro Ndjamena Kinshasa Libreville Bangui Iaundé Abuja Brazzaville Luanda São Tomé Malabo Porto Novo Lomé Acra Monróvia Freetown Conacri Lilongue Vitória Moroni Port Louis Antananarivo Cartum Asmara Juba Surt Cairo Túnis Bamako Argel Rabat Praia Nouakchott Trópico de Capricórnio M e r d a n o d e G ee n w c h Tróp co de Câncer 0º 0º Mar Me di t e r r â n e o OCEANO ÍNDICO OCEANO ATLÂNTICO Equador MarVermelho Capital de país 0 843 ALLMAPS
BNCC
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Os países africanos podem ser agrupados em regiões de acordo com diversos critérios. No mapa a seguir, a proposta de regionalização baseou-se no critério de localização dos países no continente, totalizando cinco regiões. Essa proposta é bastante utilizada por diferentes organizações internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU), e por instituições de pesquisa que divulgam dados socioeconômicos e ambientais do continente.
África: regiões
Elaborado com base em: METHODOLOGY. United Nations Statistics Division. ONU. Nova York, c2022. Disponível em: https://unstats. un.org/unsd/methodology/m49/. Acesso em: 1 jun. 2022.
Lembramos que, no estudo por regiões, podem ocorrer generalizações, desconsiderando-se algumas particularidades. As regiões são criações humanas e podem variar de acordo com os objetivos e intenções de quem as determina. Em seu caderno, responda às questões.
5 Sudão do Sul, Tanzânia e Madagascar são classificados como parte de que região africana?
África Oriental.
6 Guiné, Mauritânia e Nigéria fazem parte de qual região?
África Ocidental.
7 Que países constituem a África Meridional?
Botsuana, Lesoto, Namíbia, África do Sul, Essuatíni.
8 Em qual região se localiza o Saara Ocidental? Qual é a situação política desse território no continente africano?
9 Com exceção da África Central, relacione cada região indicada no mapa às principais direções cardeais, utilizando a rosa dos ventos aplicada no canto inferior direito do mapa para elaborar sua resposta.
FICA A DICA
O conflito no Saara Ocidental e os refugiados: à mercê do deserto e do esquecimento Publicado por: Revista Relações Exteriores. Disponível em: https://relacoesexteriores. com.br/o-conflito-no-saara-ocidental-e-os-refugiados/. Acesso em: 5 jul. 2022. Artigo sobre o Saara Ocidental, território no Norte da África, rico em recursos naturais, que está sob ocupação do Marrocos e não é reconhecido como um Estado-nação.
8. África Setentrional. O Saara Ocidental é um território sob domínio do Marrocos.
9. África Setentrional (norte), África Ocidental (oeste), África Meridional (sul) e África Oriental (leste).
Nigéria, Senegal, Serra Leoa, Togo.
• África Central: Angola, Camarões, República Centro-Africana, Chade, Congo, República Democrática do Congo, Guiné Equatorial, Gabão, São Tomé e Príncipe.
• África Oriental: Burundi, Comores, Djibuti, Eritreia, Etiópia, Quênia, Madagascar, Malauí, Maurício, Moçambique, Ruanda, Seicheles, Somália, Sudão do Sul, Uganda, Tanzânia, Zâmbia, Zimbábue.
• África Meridional: Botsuana, Lesoto, Namíbia, África do Sul, Reino Eswatini (ex-Suazilândia, que teve seu nome modificado em abril de 2018, por decisão do Rei Mswati III).
Encaminhar as atividades 5 a 9, que auxiliam na leitura do mapa “África: regiões”.
Ampliando horizontes
Para o professor e o estudante
• CONTROLADO pelo Marrocos, Saara Ocidental é reivindicado pela Frente Polisário. IstoÉ, São Paulo, 27 jan. 2017. Disponível em: https://www.istoedinheiro. com.br/controlado-pelo-marro cos-saara-ocidental-e-reivindica do-pela-frente-polisario. Acesso em: 2 ago. 2022.
Neste link, há um breve relato sobre a história do Saara Ocidental e a situação desse território atualmente.
• UM FIO de esperança: independência ou guerra no Saara Ocidental. Direção: Rodrigo Duque Estrada e Renatho Costa. Brasil: Nomos Produções, 2017. Vídeo (97 min).
Negligenciado pelo mundo, no Saara Ocidental ocorre um dos conflitos de independência mais longos da atualidade. O documentário conta a história da resistência do povo saharaui, que há 26 anos espera a realização de um referendo de autodeterminação e explora a frustração crescente desse povo com o processo de paz da ONU, seja nos acampamentos de refugiados, nas zonas liberadas ou nos territórios ocupados há mais de 40 anos pelo Marrocos.
MAURITÂNIA ARGÉLIA EUROPA ÁSIA LÍBIA EGITO (parte africana) BURKINA FASO SAARA OCIDENTAL NÍGER CHADE SUDÃO SUDÃO DO SUL REPÚBLICA CENTRO-AFRICANA ETIÓPIA SOMÁLIA DJIBUTI TANZÂNIA MOÇAMBIQUE MALAUÍ ZÂMBIA COMORES MAURÍCIO SEICHELES QUÊNIA UGANDA ERITREIA MALI SENEGAL GÂMBIA GUINÉ-BISSAU CABO VERDE GUINÉ GUINÉ EQUATORIAL SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE GANA TOGO BENIN NIGÉRIA GABÃO RUANDA BURUNDI ANGOLA BOTSUANA ZIMBÁBUE LESOTO ESSUATÍNI NAMÍBIA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO ÁFRICA DO SUL SERRA LEOA COSTA DO MARFIM MADAGASCAR LIBÉRIA MARROCOS TUNÍSIA CAMARÕES CONGO OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO Trópico de Capricórnio M e r d a n o d e G r e e n w c h MarVermelho Equador Mar Mediterrâneo Trópico de Câncer 0º 0º África Setentrional África Ocidental África Central África Meridional África Oriental 0 908 ALLMAPS
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• Contempla-se a habilidade EF08GE03 com ênfase em analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando-se as características e a distribuição da população africana.
• O trabalho com a habilidade EF08GE05 tem foco em aplicar os conceitos de Estado-nação, território e país para o entendimento das regionalizações do continente africano.
• A habilidade EF08GE20 é desenvolvida ao analisarem-se características de grupos de países da África no que se refere aos aspectos populacionais, políticos e econômicos.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Apresentamos nesta dupla a proposta de regionalização do continente africano em Norte da África e África Subsaariana, baseada em critérios étnicos, históricos e culturais e que têm o deserto do Saara como grande limite entre uma e outra. Por conta da diversidade étnico-cultural, há diversos povos vivendo no continente. A temática desenvolvida se relaciona com o tema contemporâneo transversal Multiculturalismo, com destaque para a Diversidade Cultural
No Norte da África, também chamada de África Setentrional ou Islâmica, vivem povos árabes e de outras origens, como os berberes, os tuaregues e os núbios, entre outros, que apresentam hábitos culturais e religiosos variados, com predomínio da religião islâmica. Assim, do ponto de vista cultural e religioso, podemos dizer que essa região se identifica mais com o Oriente Médio do que com o restante da África. Já na África Subsaariana, também conhecida como África Negra, vivem povos negros de diversas etnias, caracterizados por extrema diversidade étnica e cultural. Entre os grupos que vivem
Norte da África e África Subsaariana
Outra regionalização muito difundida do continente africano é feita com base nas características étnicas, históricas e culturais, agrupando os países em duas grandes regiões: Norte da África e África Subsaariana. Analise o mapa.
Norte da África, Subsaariana e outras regiões
Note que há duas importantes sub-regiões nessa proposta de regionalização: o Magreb (palavra árabe que significa “onde o Sol se põe”), formado por países cuja maioria da população é árabe e segue a religião islâmica, e o Sahel, faixa de transição entre o deserto do Saara e as Savanas, que se estende de leste a oeste da África, com predomínio do clima semiárido e vegetação de Estepes. A sub-região do Sahel é afetada por secas contínuas e desertificação causada por desmatamento, queimadas e práticas agrícolas inadequadas, entre outros fatores.
Responda em seu caderno.
1 Diferencie as sub-regiões do Magreb e do Sahel quanto à localização no continente africano.
2 Qual é o único país do Norte da África que não faz parte do Magreb? O Egito.
Pessoas em rua da cidade de Touba, Senegal, 2021.
nessa região, destacam-se os iorubás, os ibos, os hotentotes, os zulus e os massai. Os povos que vieram ao Brasil na condição de escravizados pertenciam a alguns desses grupos étnicos, como os iorubás, que trouxeram consigo traços de sua cultura.
Sobre os países do Norte da África, explicar aos estudantes que, no começo de 2011, a Tunísia iniciou uma revolta popular contra o governo, a corrupção, as péssimas condições de vida e a
falta de liberdade. Logo em seguida, Líbia, Egito e Marrocos, além de outros países do Oriente Médio, iniciaram uma grande onda de protestos contra os governos ditatoriais, que ficou conhecida como a Primavera Árabe. Esse movimento será estudado de forma mais aprofundada na Unidade 6 do volume do 9o ano
Também apresentamos duas importantes sub-regiões do continente africano: o Magreb e o Sahel. Sobre o Magreb, comentar que tra-
BNCC EUROPA ÁSIA Mar Vermelho Trópico de Câncer 0° 0° OCEANO ÍNDICO OCEANO ATLÂNTICO Equador Trópico de Capr córn o M a r Med i t e r r â n e o M e r i d a n o d e G r e e n w c h 0 957 Norte da África África Subsaariana Sahel Magreb ALLMAPS
Elaborado com base em: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 130.
1. O Magreb está localizado no noroeste do continente, e o Sahel, na faixa de transição entre o Saara e as Savanas, estendendo-se de leste a oeste no continente.
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O Norte da África, que coincide com parte do Magreb, é composto de cinco Estados-nações e pelo território do Saara Ocidental. A região estende-se ao longo do litoral do mar Mediterrâneo e abrange grande parte do deserto do Saara. Sua população é predominantemente árabe e de religião islâmica.
A maior parte da população do Norte da África está concentrada no litoral do mar Mediterrâneo. Nessa área, a proximidade com a Europa favorece o comércio externo. As condições físico-naturais também facilitaram a ocupação e as atividades econômicas ao longo do tempo.
A agropecuária e a extração e exportação de petróleo são a base da economia regional. No entanto, alguns países da região, como Egito e Marrocos, apresentam maior participação das indústrias na economia, em especial no setor de bens de consumo não duráveis, como roupas, bebidas e sapatos.
A África Subsaariana é composta de 49 Estados-nações e localiza-se ao sul do deserto do Saara. É ocupada predominantemente por povos negros de várias etnias.
Concentrando cerca de 83% da população do continente, a região apresenta grandes contrastes socioeconômicos. Há países que se destacam na economia mundial, como África do Sul e Nigéria, e outros extremamente pobres, com problemas estruturais socioeconômicos associados a conflitos e instabilidade política, como Congo e Somália.
A economia da África Subsaariana, em geral, baseia-se na extração de recursos minerais, principalmente ouro e diamante, e na produção agrícola para exportação de itens como algodão, café, cana-de-açúcar e cacau. Em muitos países, a expansão da agricultura comercial, principalmente para produção de matérias-primas destinadas à indústria, faz com que muitas famílias de agricultores fiquem restritas a terras menos férteis, agravando os problemas sociais.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor e o estudante
• AMRANI, Imam. Por que não pensamos na África do Norte como parte da África. Folha de S.Paulo, São Paulo, 2 out. 2015. Disponível em: https://m.folha.uol. com.br/ilustrissima/2015/10/168 9705-por-que-nao-pensamosna-africa-do-norte-comoparte-da-africa.shtml. Acesso em: 2 ago. 2022.
O texto traz uma reflexão sobre a identidade africana e o reconhecer-se como africano.
• LIMA, Juliana Domingos de. Por que o uso do termo “África Subsaariana” está sendo questionado. Nexo Jornal, São Paulo, 6 set. 2016. Disponível em: https://www.nexojornal.com. br/expresso/2016/09/06/Por -que-o-uso-do-termo-%E2% 80%98%C3%81frica-subsaa riana%E2%80%99-est%C 3%A1-sendo-questionado. Acesso em: 2 ago. 2022. Uma reflexão sobre o uso do termo “África Subsaariana”.
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dicionalmente ele era formado por Marrocos, Argélia e Tunísia, três países de cultura berbere e islâmicos. Porém, com a criação da União do Magreb Árabe (UMA) em 1989, Líbia e Mauritânia passaram a integrar o que alguns chamam de “Grande Magreb”.
O Sahel é uma faixa de transição entre o deserto do Saara e as terras mais férteis e úmidas ao sul do país. Trata-se de uma das regiões mais pobres do planeta, pouco desenvolvida e integrada
ao restante do continente. Os conflitos e guerras que têm ocorrido provocam o deslocamento de um grande número de pessoas todos os anos. As secas e a falta de investimentos no setor das águas pioram ainda mais a situação. Estima-se que aproximadamente um milhão de crianças morrem todos os anos por conta da desnutrição.
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O processo de desertificação no continente africano será estudado de maneira sistematizada nas páginas 212 e 213 desta Unidade.
Muçulmanos em mesquita na cidade de Tunis, Tunísia, 2022.
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• O trabalho com a habilidade EF08GE01 é feito com foco em discutir condicionantes físico-naturais associados à distribuição da população humana pelos continentes.
• A habilidade EF08GE03 é contemplada com foco em analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica na África, considerando-se características da população (distribuição pelo território).
• Desenvolve-se a EF08GE20 com ênfase em analisar características da África no que se refere aos aspectos naturais e às pressões sobre a natureza e suas riquezas.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
É muito importante desmistificar a ideia equivocada, e muitas vezes difundida, de que a África é um grande continente que apresenta características homogêneas. Nesse sentido, é fundamental destacar sua diversidade paisagística em uma abordagem que considere as relações que se estabelecem entre relevo, clima, hidrografia e formações vegetais na organização do espaço geográfico.
Os aspectos físicos do continente africano são apresentados em suas especificidades e dinâmica natural, e são retomados, em outros momentos, quando se faz necessário relacioná-los às atividades humanas.
Explorar o mapa “África: físico”, chamando a atenção dos estudantes para a relação entre hidrografia e relevo, identificando suas principais características e reforçando a interdependência entre esses dois elementos naturais no território.
Localizar o Golfo da Guiné no mapa, explicando que os países que partilham a costa do Golfo são Costa do Marfim, Gana, Togo, Benin, Nigéria, Camarões, Guiné Equatorial e Gabão. Comentar que, em seu curso, o
A África caracteriza-se pela diversidade de paisagens naturais. Abriga o Saara, maior deserto do mundo, o Rio Nilo, um dos mais extensos e volumosos do planeta, e uma imensa área de Floresta Tropical.
As características naturais do território exercem grande influência na distribuição da população e das atividades econômicas. As áreas mais secas apresentam solos com baixa fertilidade, que dificultam a prática da agricultura, sendo, portanto, menos povoadas. As áreas mais úmidas, com solos mais férteis, são as mais povoadas, como o Vale do Rio Nilo e o Golfo da Guiné
Relevo e hidrografia
Golfo da Guiné: parte do oceano Atlântico que penetra na costa ocidental da África.
O relevo da África é constituído por planaltos antigos bastante desgastados pelos processos erosivos. Entre os planaltos, há depressões cobertas por lagos e cortadas por importantes rios. As planícies situam-se ao longo dos rios e no litoral.
A maior altitude do relevo africano é o Monte Quilimanjaro, com 5 895 metros. Também se destacam as Cadeias do Atlas e Drakensberg, cujas altitudes ultrapassam os 3 000 metros. Os Planaltos Orientais, localizados no leste do continente em áreas de instabilidade geológica, abrigam uma grande falha geológica denominada Rift Valley, e depressões alongadas onde se situam centenas de lagos, como o Tanganica, o Niassa e o Vitória, maior lago da África, cuja superfície ultrapassa 68 mil km². Analise o mapa.
Rio Zambeze apresenta as Cataratas de Vitória, consideradas patrimônio da humanidade pela Unesco.
Destacar a predominância de planaltos que apresentam entre 200 m e 1 000 m de altitude, com alguns pontos culminantes que constituem exceções na paisagem africana, como a Cadeia do Atlas e o Monte Quilimanjaro, situado no Vale do Rift, um grande conjunto de falhas tectônicas no leste do continente africano. Em um mapa com as principais placas tectônicas,
identificar com os estudantes as regiões de contato entre a Placa Africana e as placas Euroasiática e da Arábia que, em processos distintos, originaram a Cadeia do Atlas e o Vale do Rift. Ler para os estudantes o excerto da seção Texto complementar
Apontar a localização dos rios citados na página 209 no mapa físico e indicar os países por onde eles passam, suas nascentes e fozes. Explorar a relação entre hidrografia e as características climáticas: nas regiões mais chuvosas, de clima
BNCC S A A R A ÁSIA EUROPA 0° Lago Chade RioChari Rio Ubangui RioCongo Trópico de Câncer Equador RioSenegal Meridiano de Greenwich Golfo de Benguela Golfo da Guiné Lago Niassa Canalde Moçambique Rio Zambeze Lago Turkana Lago Kyoga Lago Vitória Lago Tanganica BaíadaSomália Baía de Sofala Trópico de Capricórnio Estr. de Gibraltar RioNíger Rio Orange 0° PLANALTO DE BIÉ DEPRESSÃO DE NGAMI Ankaratra 2.638 m Thabana Ntlenyana 3.482 m PLANALTO DOS GRANDES LAGOS Quênia 5.199 m Quilimanjaro 5.895 m MONTESMUCHINGA R F T V A L LEY DRAKENSBERG PLANALTO DA ETIÓPIA PENÍNSULA DA SOMÁLIA BACIA DO CONGO Ras Dascian 4.620 m Camerun 4.100 m Ruwenzori 5.109 m DEPRESSÃO DE QATTARA PLANALTO DO DJADO BACIA DO CHADE Tubkal 4.167 m CADEIADOATLAS Cabo da Boa Esperança OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO Mar Vermelho M a r Medi t e r r â n e o RioNil o Azul Lago Nasser RioNilo Canal de Suez R o NiloBranco MONTES M T U M B A Altitude (em metros) 1 500 3 000 500 200 0 Depressão Pico 0 848 DACOSTA MAPAS
2 ASPECTOS NATURAIS
Fonte: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna, 2019. p. 82.
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África: físico
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Alguns rios africanos estão entre os maiores do mundo, como o Nilo e o Congo. A maioria deles atravessa planaltos e apresenta cursos irregulares, com cascatas e vales estreitos, o que dificulta o uso para navegação, mas traz grande potencial de utilização para geração de energia.
A nascente do Nilo está localizada no Lago Vitória, em Uganda, na porção centro-oriental do continente. Ao longo de seu curso, atravessa diversos países até desaguar no mar Mediterrâneo. É bastante utilizado para geração de energia, irrigação e transporte.
novas fissuras perto de um dos vulcões mais ativos do mundo, o Erta Ale, na Etiópia, também conhecido como “montanha fumegante” e a “porta do inferno”.
A região é caracterizada por intensa movimentação geológica e, no futuro, pode protagonizar a separação do continente africano. [...]
África pode ter nova separação
O que o satélite da Nasa detectou recentemente é que essas três placas próximas ao vulcão estão se separando rapidamente, ativando vários vulcões na região. As novas fissuras foram abertas em 21 de janeiro de 2017, derramando grandes quantidades de lava. Na região, também foram registrados transbordamentos em um dos lagos do Erta Ale.
Pesquisadores acreditam que a separação entre essas três placas tectônicas poderia causar a separação da África e o surgimento de uma nova ilha no nordeste do continente.
A construção da represa de Assuã conteve as cheias do Rio Nilo, recuperando áreas para plantio e permitindo a geração de energia para abastecimento da população. Por outro lado, causou inúmeros impactos ambientais. Com o fim das cheias, a fertilidade das terras no delta do Nilo e o número de peixes diminuíram, uma vez que ambos os fenômenos ocorriam por causa dos nutrientes carregados pelo rio nesse período.
O Rio Congo nasce no Planalto Oriental e deságua no oceano Atlântico. A bacia desse rio tem alto potencial energético, com mais de quarenta usinas hidrelétricas instaladas.
Na África Ocidental, o Rio Níger é importante para a agricultura, a produção de energia e a extração de petróleo na região de seu delta. Na África Setentrional, o Rio Zambeze é aproveitado para a produção de energia e para a pesca.
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úmido e subúmido, os rios são perenes, extensos e volumosos, como o Nilo, o Níger e o Congo, e suas águas são bastante aproveitadas para a geração de energia elétrica. Nas regiões áridas, por sua vez, muitos rios são temporários. Comentar que, em seu curso, o Rio Zambeze apresenta as Cataratas de Vitória, consideradas patrimônio da humanidade pela Unesco. Destacar a importância dos rios africanos para a geração de energia.
Se possível, assistir com os estudantes o filme indicado na seção #Fica a dica e encaminhar
A DICA
Montanhas da Lua (filme). Direção: Bob Rafelson. Estados Unidos, 1990. Em 1860, dois britânicos realizam uma perigosa expedição em busca da nascente do Rio Nilo.
“O que está acontecendo na junção tríplice é uma ruptura dessa região do continente africano e a abertura de um oceano. Só que esse é um processo geológico lento”, diz o professor, sobre a movimentação que não chega a poucos centímetros por ano.
“Levará milhões de anos para que esse processo de separação ocorra e que um braço de oceano se instale ali, separando aquele bloco continental do restante do continente africano”, explica.
[...]
SOUZA, Marcelle. Terremotos podem reabrir a “porta do inferno” na Etiópia. BOL, São Paulo, 7 jul. 2017. Disponível em: https:// www.bol.uol.com.br/noticias/2017/07/07/ terremotos-podem-abrir-a-porta-do-inferno -na-etiopia.htm. Acesso em: 2 ago. 2022.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor
uma pesquisa, envolvendo o componente curricular História, sobre a importância do Rio Nilo na organização do espaço africano, em diferentes períodos.
TEXTO COMPLEMENTAR
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Terremotos podem reabrir a “porta do inferno” na Etiópia Satélites da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) identificaram no início deste ano
• FRÖHLICH, Silja; TEIXEIRA, Cristiane Vieira. As maiores barragens da África. DW, [s. l.], 20 mar. 2017. Disponível em: https:// www.dw.com/pt-002/as-maiores -barragens-de-%C3%A1frica/ g-37932892. Acesso em: 2 ago. 2022.
O texto aborda os rios africanos que guardam grande potencial para a produção de energia.
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FICA
#
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Vista parcial da barragem da represa de Assuã, no Rio Nilo, Egito, 2021.
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Competências
Geral: 1
Ciências Humanas: 7
Geografia: 3 e 4
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Ressaltar que a localização da África na zona térmica tropical é o principal fator que explica a predominância de climas com médias de temperatura elevadas, destacando-se o clima equatorial (quente, úmido e com estação seca curta), o clima árido (quente e seco), e o clima tropical (verão chuvoso e inverno seco).
Na página 210, encaminhar a leitura dos mapas concomitantemente, identificando áreas correspondentes entre clima e vegetação. Relacionar as características da vegetação com o clima em algumas regiões, apontando a influência do clima, entre outros fatores, na formação da vegetação. Se julgar necessário, retomar conteúdos trabalhados no volume do 6o ano sobre as dinâmicas dos aspectos físico-naturais e suas características. É possível propor uma atividade solicitando aos estudantes que copiem os mapas em folha vegetal e façam uma sobreposição deles com o objetivo de analisar a relação entre clima e vegetação. Nesse momento, já é possível questioná-los por que, em relação às paisagens climatobotânicas, a África é considerada um continente “em espelho”. Após a explicação contida no texto, solicitar que citem as semelhanças na distribuição de topos de clima e de vegetação, a partir do equador, tanto para o norte quanto para o sul.
Retomar o mapa “África: físico” da página 208 e questionar se o efeito “espelho” se observa no relevo e na hidrografia. Questionar os estudantes sobre os fatores que atuam na formação de cada um desses elementos, para explicar por que se observa o efeito espelho em clima e vegetação. Relembrar as zonas térmicas.
Clima e vegetação
4. b) Vegetação de Altitude. Esse tipo de vegetação ocorre em relevo com altitudes mais elevadas e clima frio de montanha, onde as temperaturas costumam ser mais baixas.
O continente africano caracteriza-se pelo que se denomina “paisagem em espelho”, ou seja, ao norte e ao sul da linha do equador, os tipos de clima são semelhantes, influenciando os tipos de vegetação.
Como a maior parte da África está localizada na zona térmica intertropical (entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio), seus tipos de clima, em geral, têm médias de temperatura elevadas, embora variem quanto à umidade por causa de outros fatores, como a atuação de correntes marítimas. Analise os mapas.
África: clima
África: vegetação
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 58.
Faça as atividades em seu caderno.
Fonte: CALDINI, Vera; ÍSOLA, Leda. Atlas geográfico Saraiva. São Paulo: Saraiva, 2013. p. 172.
1 Que formações vegetais ocorrem nas áreas de clima equatorial?
Florestas Tropical e Equatorial.
2 Que tipo de clima está associado à ocorrência das Estepes?
3 Explique o padrão de distribuição dos climas e as formações vegetais no território africano.
Semiárido. Auxiliar os estudantes na elaboração da resposta. Consultar comentários em Orientações didáticas.
4 Compare os mapas de clima e vegetação com o mapa físico da página 208.
a) O que é possível observar sobre a rede hidrográfica nas áreas de clima desértico?
b) A bacia do Congo é a segunda maior do mundo em volume de água. Que relação há entre esse fato e os tipos de clima e de vegetação que ocorrem nessa região?
4. a) A rede hidrográfica é escassa, com rios intermitentes. O Rio Nilo é exceção.
Na atividade 3, espera-se que os estudantes expliquem que clima, vegetação, relevo, maritimidade e continentalidade interagem de diversas formas, estabelecendo diferentes padrões de distribuição ao redor do globo. No continente africano, pode-se notar que determinados tipos climáticos correspondem a determinadas formações vegetais, como ocorre em áreas de clima desértico e tropical, por exemplo. Essa atividade permite o desenvolvimento do pensamento computacional
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Na atividade 4, item a, espera-se que os estudantes respondam que a rede hidrográfica é escassa, com rios intermitentes. O Rio Nilo é exceção. No item b, a Bacia do Congo está localizada em áreas de clima equatorial e tropical, cujas principais formações vegetais são as Florestas Equatorial e Tropical. O clima equatorial é caracterizado por elevadas temperaturas e ocorrência de chuvas abundantes durante o ano todo, que alimentam as águas dos rios dessa bacia que, por sua vez, apresentam elevada taxa de evaporação
BNCC Floresta Tropical e Equatorial Tipos de vegetacão Estepe e Pradaria Savana Vegetação Mediterrânea Deserto quente Vegetação de Altitude OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO 0° 0° Equador Mar Mediterrâneo MarVermelho Trópico de Capricórnio Trópico de Câncer ÁSIA EUROPA M e r i d a n o d e G r e e n w c h 0 1 070
OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO Trópico de Capricórnio Trópico de Câncer MarVermelho M a r M e d i t e r r ân e o Equador M e r i d i a n o d e G r e e n w c h 0º 0º EUROPA ÁSIA Equatorial Tropical Desértico Semiárido Mediterrâneo Frio de montanha 0 987
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Paisagem com predomínio de Vegetação Mediterrânea no Marrocos, 2022.
Paisagem do deserto do Kalahari, Namíbia, 2020.
a) Pesquise em livros e em estudos científicos na internet ou em bibliotecas as principais características dessa vegetação.
Resposta: Orientar os estudantes durante a escolha de fontes para a pesquisa. A seleção adequada de estudos acadêmicos ou de publicações de referência constitui uma etapa importante das práticas de pesquisa a serem desenvolvidas pelos estudantes.
Em estreitas faixas de terras nos extremos norte e sul do continente, ocorre o clima mediterrâneo, com verões quentes e invernos chuvosos e o predomínio de Vegetação Mediterrânea , constituída basicamente de espécies arbustivas (maquis e garrigues).
ARTUSH/ALAMY/FOTOARENA
Paisagem com predomínio de Estepes na Etiópia, 2019.
Nas áreas dos desertos do Kalahari e do Saara, predomina o clima árido, quente e seco, com espécies caducifólias, que eliminam as folhas para diminuir a transpiração e a perda de água; e xerófitas, que armazenam água. Em alguns trechos dos desertos, ocorrem os oásis, áreas onde a vegetação se desenvolve por causa da água subterrânea que aflora na superfície.
Savana no Kenya, 2019.
b) Identifique o nome dessa formação vegetal na África e outros nomes que ela recebe em outros lugares do mundo.
Resposta: Na África, o principal nome é a Floresta do Congo. Na América do Sul, a Floresta Equatorial é denominada Floresta Amazônica. Na Ásia, recebem, costumeiramente, o nome nos países onde ocorrem: Indonésia, Tailândia, Vietnã etc.
c) Pesquise as condições naturais necessárias para o desenvolvimento dessa vegetação.
Nas áreas de clima semiárido, marcadas por uma estação seca prolongada, ocorrem as Estepes , compostas de gramíneas.
FICA A DICA
Virunga (documentário). Direção: Orlando von Einsiedel. Congo, Reino Unido, Irlanda, 2014. As florestas do Parque Nacional de Virunga, no Congo, guardam uma enorme biodiversidade, grandes jazidas minerais e os últimos gorilas-das-montanhas do mundo.
Vegetação característica do clima tropical, com verão chuvoso e inverno seco, as Savanas apresentam árvores não muito altas, arbustos e gramíneas. A fauna é diversificada e inclui animais de grande porte, como elefantes, girafas, rinocerontes, leões, e muitos de menor porte, como répteis, formigas e cupins.
Resposta: As Florestas Equatoriais necessitam de abundância de umidade e precipitações para se desenvolver, além de médias térmicas elevadas. Avaliar os registros dos estudantes durante essa etapa da pesquisa. A seleção e a tomada de nota das informações mais significativas compõem outro momento essencial para realizar pesquisas de forma eficiente.
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e, portanto, liberam muita umidade na atmosfera, permitindo o desenvolvimento das Florestas Equatoriais e Tropicais.
Na página 211, promover a leitura coletiva dos textos que auxiliam na identificação das características de algumas formações vegetais que ocorrem no continente africano. A atividade proposta na seção Atividade complementar amplia o conteúdo e possibilita desenvolver práticas de pesquisa como levantamento bibliográfico, análise documental, observação, toma-
da de notas e construção de relatórios (conferir tópico Práticas de pesquisa nas Orientações gerais deste Manual).
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Vegetação africana
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1. Observe no mapa “África: vegetação” a área de ocorrência de Florestas Equatoriais e Tropicais.
d) Produza um relatório final, relacionando as Florestas Equatoriais africanas e de outras partes do mundo às características naturais dos lugares onde elas se desenvolvem.
Resposta: Avaliar a produção final dos estudantes, considerando a clareza e a relação pertinente entre as informações. A produção de relatórios a um só tempo sintéticos e informativos contribui para a formação de pesquisadores autônomos e comunicativos.
Analise algumas paisagens naturais do continente africano.
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mapa a seguir e F010 lado a lado.
• A habilidade EF08GE20 é desenvolvida com foco em analisar características de grupos de países da África no que se refere aos aspectos naturais e econômicos e discutir as pressões sobre a natureza.
Solos e desertificação
CONEXÃO CIÊNCIAS
Interdisciplinaridade com...
P24-2-GEO81-8-07-LA-LMA-007 África: desertificação mapa “África: desertificação” de GEI V.8 p. 236, de FERREIRA, G. M. L. Atlas geográfico: espaço Paulo: Moderna, 2013. p. 29.
Ciências:
2106-GEO-V8-U7-LA-F010 Pesquisar fotografia recente de de desertificação na África novo icono-
• EF08CI16 Discutir iniciativas que contribuam para restabelecer o equilíbrio ambiental a partir da identificação de alterações climáticas regionais e globais provocadas pela intervenção humana.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
A apresentação do tema sobre a desertificação dos solos africanos, na região do Sahel, permite o desenvolvimento do tema contemporâneo transversal Meio Ambiente, com destaque para a Educação Ambiental. Para isso, apresentar o conceito de desertificação e destacar suas principais características, áreas de ocorrência e fatores relacionados.
Destacar a diferença do processo de desertificação com arenização, que é a formação de bancos de areia provocada pela retirada de cobertura vegetal em solos arenosos em regiões de climas úmidos, com regime de chuvas constantes. A desertificação ocorre em clima árido e semiárido. As principais causas da arenização são a retirada da vegetação natural e o desenvolvimento intenso da agricultura e da pecuária em locais de solos com composição arenosa.
Comentar que no continente africano a implantação das plantations tem sido uma das causas da intensificação da desertificação. Esclarecer que nesse tipo de produção agrícola, em geral, não há preocupação com técnicas sustentáveis de uso do solo, levando à perda de nutrientes e também da fertilidade. Quando isso ocorre, esse recurso natural deixa de ser usado para a agricul-
Desertificação é o processo de degradação dos solos, no qual há destruição ou redução de sua produtividade biológica, ou seja, o solo torna-se infértil. É mais comum em áreas onde predominam climas áridos e semiáridos, sendo resultado de diversos fatores:
• desmatamento para diferentes fins, como construções e pastagens;
• mudanças nos hábitos alimentares das pessoas (o maior consumo de produtos de origem animal faz com que aumentem as áreas de pastagem e a pressão sobre o solo por causa do pisoteio do gado);
• aplicação de técnicas inadequadas e manejo do solo, como queimadas e arados;
• uso da água sem planejamento e com técnicas inadequadas de irrigação;
• mudanças climáticas, com aumento da temperatura média global e episódios de seca;
• erosão do solo causada pela ação da água e dos ventos.
A desertificação é um processo crescente, que afeta aproximadamente 40% das terras emersas do planeta e suas populações. Com a consequente redução das áreas de agricultura, a produção de alimentos para comunidades locais é prejudicada. Além disso, os ecossistemas são alterados, resultando em escassez de água e perda da biodiversidade, com extinção de espécies animais e vegetais.
No continente africano, a desertificação ocorre especialmente na região do Sahel, onde há vegetação de Estepe e os solos são mais frágeis. Analise o mapa.
África: desertificação
Fonte: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna, 2019. p. 29.
Área em processo de desertificação no Níger, 2019.
tura. Os solos desnudos, com a ação do vento e da água, fazem com que os nutrientes desapareçam, restando apenas areia e rocha. Embora reversível, a recuperação do solo pode levar séculos.
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Destacar que a desertificação está associada a graves problemas sociais. Além da diminuição das terras cultiváveis e do risco do aumento da fome, o processo será responsável pela migração em várias partes do planeta nas próximas décadas, especialmente na África.
Comentar as iniciativas de projetos realizados ao redor do mundo para combater a desertificação, lembrando que cada localidade guarda especificidades e que, por isso, existem projetos diversos. Nesse momento, é possível trabalhar interdisciplinarmente com Ciências e desenvolver a habilidade EF08CI16
Se julgar adequado, ler para os estudantes o excerto da seção Texto complementar
Na atividade 1, espera-se que os estudantes respondam que as atividades agropecuárias
BNCC 0° EUROPA ÁSIA Mar Vermelho Mar Mediterrâneo Trópico de Câncer OCEANO ÍNDICO OCEANO ATLÂNTICO Equador Trópico de M e r d a n o d e G e e n w c h 0° Capricórnio SAARA NAMÍBIA SOMÁLIA KALAHARI Deserto Risco moderado de desertificação Alto risco de desertificação 0 1 008 RENATO BASSANI
com
0° EUROPA ÁSIA Mar Vermelho Mar Mediterrâneo Tróp co de Câncer OCEANO ÍNDICO OCEANO ATLÂNTICO Equador Trópico de M e r d a n o d e G r e e n w c h 0° Capricórnio SAARA NAMÍBIA SOMÁLIA KALAHARI Deserto Risco moderado de desertificação Alto risco de desertificação 0 1 008 GILES CLARKE/GETTY IMAGES 212
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TEXTO COMPLEMENTAR
Em muitos países, projetos vêm sendo desenvolvidos para combater a desertificação. No continente africano, um desses projetos é conhecido como “Grande Muralha Verde”. Iniciado em 2007, ele envolve vários países. A ideia principal é plantar árvores na faixa do Sahel, do Senegal até o Djibuti, formando uma “muralha verde” que impede a passagem do vento e da areia do deserto para o restante do continente, além de melhorar a qualidade do solo, com a matéria orgânica produzida pela vegetação.
Quase vinte anos após o início do projeto, o balanço é positivo. Além do plantio de árvores, outras iniciativas envolvendo as populações locais surgiram em torno da formação da muralha, como projetos agropastoris e de gestão dos recursos naturais, que, ao criarem melhores condições de vida, contribuem para a fixação das populações e para a redução da violência, entre outros exemplos.
África: Grande Muralha Verde
Elaborado com base em: LE MONDE Afrique hors-série. L’Atlas des Afriques Paris: Malesherbes Publications SA, 2020. p. 144-145.
Os desafios da “Grande Muralha Verde” de África
A “Grande Muralha Verde de África” deverá estender-se da costa do Senegal, no oceano Atlântico, até ao leste da Etiópia. Com 15 quilómetros de largura e 7 775 quilómetros de extensão, a faixa de árvores tem um objetivo claro: impedir que o Saara avance cada vez mais pelo continente africano e prive, assim, milhões de pessoas dos seus meios de subsistência.
[...]
Combate ao êxodo rural
A muralha verde é mais do que apenas um projeto ambiental. Até 2030, 100 milhões de hectares de terras atualmente improdutivas na região do Sahel serão restauradas, 250 milhões de toneladas de carbono serão absorvidos pelas árvores e criados dez milhões de empregos.
0 650
Mosaico de ecossistemas verdes e produtivos
Projeto inicial Corredor vegetal (7 500 km de extensão, 15 km de largura)
País fundador
GANA
Uma visão mais realista Zona de influência País envolvido Isoieta* correspondente a uma precipitação anual de 400 mm Necessidade de restauração elevada
Responda em seu caderno.
Uso da terra Cultivos
Cultivos irrigados Florestas Pradarias Outras terras Terras úmidas
Fronteira
*linha que une pontos que recebem a mesma quantidade de precipitação
ÁREA florestal (% do território). Banco Mundial Washington, D.C., c2022. Disponível em: https://donnees. banquemondiale.org/ indicateur/AG.LND.
FRST.ZS. Acesso em: 15 jun. 2022.
1 Explique a relação entre as atividades agropecuárias e o processo de desertificação no continente africano.
Orientar os estudantes na elaboração da resposta. Consultar comentários em Orientações didáticas.
2 Pela interpretação do mapa “África: desertificação”, da página 212, o que se pode concluir sobre a tendência à desertificação na África?
Consultar comentários em Orientações didáticas.
3 De acordo com o mesmo mapa, cite dois países que têm todo ou a maior parte do território com alto risco de desertificação. Se precisar, consulte o mapa “África: divisão política”, na página 204.
Os estudantes podem citar: Somália, Djibuti, Marrocos, África do Sul, Guiné-Bissau e Tunísia.
4 Converse com os colegas e o professor e apontem ações capazes de evitar ou combater o processo de desertificação na África e em outros lugares do mundo.
Uso de técnicas agrícolas sustentáveis e adequadas às condições ecológicas da região, educação ambiental, preservação das áreas verdes etc. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
[...]
Obstáculos
O projeto prevê que a faixa verde atravesse 11 países. Um total de 20 nações comprometeu-se já a apoiar o plano ambicioso. A Comissão Europeia, por exemplo, já investiu mais de sete milhões de euros.
Entretanto, de acordo com as Nações Unidas, pouco mais de uma década depois, a iniciativa atingiu apenas 15% das metas. [...].
Outro problema enfrentado é o facto de as árvores serem plantadas numa zona onde ninguém poderia viver e cuidar da plantação. A ideia de um muro contínuo acabou por não ser bem-vinda.
contribuem para o processo de desertificação em função do cultivo inadequado da terra (queimadas, uso de arado e irrigação mal planejada), introdução de criações que se alimentam da vegetação nativa e pisoteiam o solo, retirada de vegetação para produção de lenha.
Na atividade 2, o mapa mostra que, além das áreas já ocupadas por desertos, há grandes extensões, em diversos países, de áreas com alto e moderado riscos de desertificação.
Na atividade 4, espera-se que os estudantes notem que o processo de desertificação não ocorre somente no continente africano, ele vem atingindo diferentes ambientes ao redor do mundo.
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Para solucionar este desafio, foram criadas iniciativas locais para preservar as árvores que já existiam usando métodos tradicionais para, assim, garantir o abastecimento de água.
FRÖHLICH, Silja. Os desafios da “Grande Muralha Verde” de África. DW, Bonn, 2 abr. 2020. Disponível em: https://www. dw.com/pt-002/os-desafios-da-grandemuralha-verde-de-%C3%A1frica/a52990367. Acesso em: 2 ago. 2022.
[...]
TUNÍSIA LÍBIA EGITO SUDÃO ERITREIA SUDÃO DO SUL ETIÓPIA SOMÁLIA QUÊNIA UGANDA REP. CENTRO-AFRICANA CHADE NÍGER NIGÉRIA CAMARÕES MALI BURKINA FASO GANA TOGO BENIN COSTA DO MARFIM GUINÉ SENEGAL GÂMBIA CABO VERDE MAURITÂNIA ARGÉLIA MARROCOS SAARA OCIDENTAL DJIBUTI TANZÂNIA Equador Meridiano de Greenwich OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO Trópico de Câncer 0º 0º Mar Mediterrâneo MarVermelho EUROPA ÁSIA
SONIA
213
VAZ
213
Competências
• Gerais: 2, 7 e 10
• Ciências Humanas: 2, 3 e 6
• Geografia: 1, 5, 6 e 7
Habilidades
• Trabalha-se a habilidade EF08GE05 ao aplicar o conceito de governo e país para o entendimento de conflitos e tensões na contemporaneidade, com destaque para situações na África.
• Atende-se à habilidade EF08GE20 com ênfase em analisar características de países e grupos de países da África no que se refere aos aspectos políticos e econômicos, e discutir as desigualdades e as pressões sobre a natureza e suas riquezas (sua apropriação e valoração na produção e circulação), o que resulta na espoliação desses povos.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
O tema trabalhado nesta seção permite o desenvolvimento do tema contemporâneo transversal Meio Ambiente, com destaque para a Educação Ambiental Promover a leitura coletiva dos textos das páginas 214 e 215 e encaminhar as atividades 1 a 4. Ao realizar com os estudantes a leitura do mapa “África: florestas originais e remanescentes”, esclarecer que está representada apenas a Floresta Equatorial/ Tropical. Localizar a linha do equador e lembrá-los do efeito espelho, abordado nas páginas 210 e 211
Na atividade 1, é possível desenvolver Práticas de pesquisa como levantamento bibliográfico, análise documental, observação, tomada de notas e construção de relatórios (conferir tópico Práticas de pesquisa nas Orientações gerais deste Manual).
Na atividade 2, orientar os estudantes na elaboração do podcast ou do texto, de acordo com os aspectos a serem abordados.
Florestas remanescentes na África
República Democrática do Congo (RDC), Camarões e Gabão, juntos, concentram mais de 90% da cobertura original de Florestas Tropicais da África. A RDC é o segundo país com maior cobertura de Florestas Tropicais do mundo. O Brasil ocupa o primeiro lugar.
Apesar dos esforços dos países para combater a exploração ilegal de madeira, essa atividade continua sendo uma das principais ameaças às Florestas Tropicais e Equatoriais africanas. Mais de 80% de toda a exploração é feita de forma ilegal, inclusive em áreas protegidas.
Além da extração madeireira, também ameaçam a fauna e a flora locais o cultivo de palmeiras para a extração do óleo de palma e de outros produtos agrícolas, a mineração de ouro e a exploração de petróleo. Analise o mapa.
África: florestas originais e remanescentes
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 63.
Espera-se que eles identifiquem que os principais responsáveis pela devastação das Florestas Tropicais e Equatoriais africanas são os governos dos países, interessados em atrair capital estrangeiro; as empresas multinacionais, interessadas nos recursos naturais da região e em ampliar a possessão de terras agricultáveis para a produção de gêneros agrícolas; e o crescimento populacional e urbano. Quanto aos impactos socioambientais, espera-se que destaquem, entre os impactos
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ambientais, a diminuição da vegetação nativa e a erosão do solo, que ameaçam as espécies animais que vivem na região; quanto aos impactos sociais, destacar a exploração dos trabalhadores da região, as violentas disputas de terra e constantes ameaças ao seu modo de vida.
As grandes propriedades agrícolas destituem as populações tradicionais do acesso à terra, impossibilitando-as de trabalhar e de cultivar o próprio alimento, agravando os casos de fome
BNCC
E AGIR PENSAR NÃO ESCREVA NO LIVRO. OCEANO ÍNDICO OCEANO ATLÂNTICO Trópico de Capricórnio 0° 0° Equador Me r i d iano de G r eenw ich Mar Mediterrâneo Mar Vermelho Trópico de Câncer MARROCOS ARGÉLIA TUNÍSIA SAARA OCIDENTAL MAURITÂNIA MALI EGITO LÍBIA NÍGER CHADE SUDÃO SUDÃO DO SUL ERITREIA DJIBUTI SOMÁLIA ETIÓPIA UGANDA QUÊNIA SENEGAL GÂMBIA GUINÉ BURKINA FASO LIBÉRIA COSTA DO MARFIM GANA TOGO BENIN NIGÉRIA CAMARÕES GUINÉ EQUATORIAL GABÃO REP. DEM. DO CONGO RUANDA BURUNDI TANZÂNIA ANGOLA ZÂMBIAZIMBÁBUEMALAUÍMOÇAMBIQUE NAMÍBIA BOTSUANA ESSUATÍNI ÁFRICA DO SUL LESOTO MADAGASCAR COMORES SEICHELES MAURÍCIO CONGO REP. CENTRO-AFRICANA GUINÉ-BISSAU SERRA LEOA EUROPA ÁSIA 0 661
Original (estimada)
Remanescente
DACOSTA MAPAS
Cobertura vegetal
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AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor
Parte da extração de madeira na República Democrática do Congo ocorre por meio de concessões feitas a empresas estrangeiras, com o objetivo de regularizar a atividade e minimizar os impactos socioambientais.
A realidade, porém, aponta o aumento da devastação das áreas florestais e, consequentemente, a precarização das condições de vida de milhões de pessoas reunidas em mais de 150 comunidades tradicionais, que tiram seu sustento dessas áreas.
Concessão: no contexto apresentado, refere-se à permissão, remunerada ou não, feita pelo Estado a uma entidade privada, que fica responsável por administrar uma área e explorar os recursos disponíveis.
Nas áreas de concessões, é comum que os recursos dos quais as comunidades dependem se tornem escassos e que haja supressão de postos de trabalho. Além disso, aqueles que resistem às operações realizadas pelas madeireiras enfrentam conflitos e violações de direitos humanos.
Em 2021, alguns contratos de concessão começaram a ser revistos pelo governo, sob suspeita de corrupção e favorecimento a empresas estrangeiras. Porém, há previsão de abertura de novas concessões, o que tem gerado grande reação por parte da comunidade internacional.
1 Organizem-se em grupos e pesquisem, na internet, em jornais, revistas e livros, os impactos da exploração madeireira e da agricultura comercial nos ecossistemas e nas comunidades tradicionais da República Democrática do Congo, de Camarões e do Gabão. Na pesquisa, investiguem:
• os principais responsáveis pela devastação das florestas africanas e seus interesses na exploração das terras;
1. Auxiliar os estudantes na organização dos grupos. Sugerir para a pesquisa os vídeos da seção Ampliando horizontes e consultar comentários adicionais em
• os principais impactos socioambientais relacionados à exploração madeireira e de outros recursos e à agricultura comercial;
Orientações didáticas.
• a importância da preservação das florestas para o sustento das comunidades tradicionais. Registrem as principais informações pesquisadas.
2 Pautados pelos tópicos listados na atividade anterior, produzam um podcast ou um conteúdo audiovisual informativo sobre o assunto pesquisado. Caso não seja possível, elaborem um texto com base nas anotações feitas durante a pesquisa.
Consultar comentários em Orientações didáticas.
3 Divulguem o resultado do trabalho do grupo na comunidade escolar. A divulgação pode ser feita nas mídias sociais da escola, em redes sociais ou por meio de cartazes.
Consultar comentários em Orientações didáticas.
4 Discutam coletivamente quais ações contribuiriam para a recuperação e a preservação das Florestas Tropicais africanas.
Consultar comentários em Orientações didáticas.
e extrema pobreza. Espera-se que os estudantes reconheçam que as comunidades tradicionais tiram seu sustento da floresta, extraindo produtos para consumo próprio e para comercialização.
Na atividade 3, orientar os estudantes quanto à melhor forma de divulgação dos resultados da pesquisa, de acordo com a realidade da comunidade escolar.
Na atividade 4, espera-se que os estudantes indiquem que a regulamentação e o controle
da exploração madeireira diminuem o desmatamento. Eles também podem citar as ações de recuperação como a regeneração espontânea e o reflorestamento.
• GLOBAL FOREST WATCH. Washington, DC, [20--]. Site. Disponível em: https://www.global forestwatch.org/. Acesso em: 2 ago. 2022.
Site e aplicativo para monitoramento em tempo real das florestas no mundo. Há textos sobre o impacto ambiental da exploração de recursos e um mapa onde podem ser visualizadas diferentes informações sobre áreas de florestas originais e remanescentes e dados demográficos.
• WEAVER, Tony; MAVERICK, Daily. Caçadores ilegais, milícias e petroleira ameaçam Virunga, mais antigo parque nacional africano. Operamundi, São Paulo, 9 jul. 2015. Disponível em: https: //operamundi.uol.com.br/sa muel/40966/cacadores-ilegais -milicias-e-petroleira-ameacam -virunga-mais-antigo-parque-na cional-africano. Acesso em: 2 ago. 2022.
Texto sobre o Parque Nacional de Virunga, localizado entre Ruanda, Uganda e República Democrática do Congo. A abundância de recursos naturais coloca o parque, bem como todos os funcionários, em risco por causa da exploração ilegal.
• UM BREVE panorama do desmatamento em florestas tropicais. World Rainforest Movement Montevidéu, 30 mar. 2013. Disponível em: https://www.wrm. org.uy/pt/artigos-do-boletim/ um-breve-panorama-do-desma tamento-em-florestas-tropicais. Acesso em: 2 ago. 2022. Importantes informações sobre o processo de desmatamento tropical, suas causas e seus impactos sobre o ambiente.
• CONGO: floresta ameaçada - episódio 1. 2010. Vídeo (4min36s). Publicado pelo canal Greenpeace. Disponível em: https://www.you tube.com/watch?v=MtX7FZwOs ns. Acesso em: 2 ago. 2022.
Primeiro episódio de uma série de vídeos realizada pelo Greenpeace, que mostra a realidade da devastação das florestas do Congo.
• CONGO. Superinteressante, São Paulo, 30 set. 2004. Disponível em: https://super.abril.com. br/ideias/congo. Acesso em: 2 ago. 2022.
O texto aborda a ameaça aos animais com a destruição das florestas do Congo.
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O clima equatorial está associado a formações vegetais densas e com árvores de grande porte. Na foto, Floresta Equatorial no Gabão, 2021.
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CHRISTOPHE VAN DER PERRE/REUTERS/ FOTOARENA
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• A habilidade EF08GE01 é atendida ao descrever as rotas de dispersão da população e fluxos migratórios forçados em diferentes períodos da história, discutindo os fatores históricos associados à distribuição da população pelos continentes.
Interdisciplinaridade com...
História:
• EF08HI24 Reconhecer os principais produtos, utilizados pelos europeus, procedentes do continente africano durante o imperialismo e analisar os impactos sobre as comunidades locais na forma de organização e exploração econômica.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
A abordagem do tema permite o desenvolvimento do tema contemporâneo transversal sobre Trabalho
O assunto desenvolvido nesta dupla de páginas possibilita o trabalho conjunto com História ao desenvolver a habilidade EF08HI24
Sugerimos, inicialmente, retomar os conteúdos estudados na Unidade 1 deste volume, que abordam o contexto da expansão europeia nas diferentes fases de desenvolvimento do capitalismo. Ressaltar que, em um primeiro momento, o contato com os europeus não provocou mudanças significativas na organização do espaço africano – apenas a construção das feitorias no litoral. As mudanças mais significativas ocorreram posteriormente, com a organização das colônias e a partilha do continente na Conferência de Berlim, no contexto do imperialismo.
Destacar que a escravidão na África já ocorria antes do tráfico de pessoas para a América, no século XVI.
As formas de escravidão presentes no continente africano eram decorrentes dos conflitos locais entre os diversos povos, com os vencedores das guerras
3 OCUPAÇÃO, ESCRAVIDÃO E COLONIZAÇÃO
Entre os anos 900 e 1500, o continente africano era dividido em áreas de domínios de impérios e reinos. Também havia muitos povos que viviam da caça e da coleta. Os Estados-nações atuais não existiam. Analise o mapa.
A partir do século XV, a busca de países europeus por novas rotas que os levassem aos lucrativos produtos do Oriente desencadeou as Grandes Navegações. Expedições marítimas realizadas por Espanha, Portugal, França, Inglaterra e Holanda resultaram na chegada desses povos à América e no início da colonização desse continente.
O processo de colonização da América foi pautado na extração de recursos minerais e no cultivo de produtos tropicais para atender às metrópoles europeias. Até o fim do século XVIII, não havia colônias europeias na África.
Para realizar o comércio com os povos africanos da costa atlântica, os europeus estabeleceram feitorias, locais onde se depositavam as mercadorias (marfim, madeira, ouro, peles de animais) e onde ocorria o comércio de pessoas escravizadas. Milhões de africanos foram retirados à força de suas terras e enviados às colônias europeias, principalmente na América, para trabalhar em plantações e na extração de metais preciosos.
África pré-colonial – 900-1500
escravizando os vencidos, que não podiam ser nem vendidos, nem trocados. Em um segundo momento, os árabes realizavam o tráfico de escravizados, já organizados em mercados, tornando a atividade lucrativa.
Comentar que, com a expansão muçulmana a partir da costa norte da África, o processo de escravidão provocou o deslocamento de muitas pessoas da África Subsaariana para o Norte da África. Estima-se que mais de 8 milhões de pessoas foram deslocadas à força de uma região
para outra. Fora da África, o tráfico de escravizados existia desde o século VII, realizado pelos árabes que levavam as pessoas escravizadas para o Oriente Médio, o sul da Europa e a Ásia. Destacar que, a partir do século XVI, com o processo de colonização da América (estudado de maneira sistematizada na Unidade 3 deste volume), o tráfico ocidental de escravizados, realizado com os europeus, ampliou-se significativamente. A interferência dos europeus no mercado de escravizados estimulou conflitos entre
BNCC OCEANO ÍNDICO OCEANO ATLÂNTICO Trópico de Capricórnio Trópico de Câncer 0° 0° Equador Me r d ano de Greenw ich Mar Vermelho M a r Medi t e r r â n e o CONGO ETIÓPIA ADAL DARFUR WA DAI AIR KWARARAFA ESTADOS HAUÇÁS BENIN IFE OYO NUPE AKAN ESTADOS MOSSI TAKRUR séc. IX-XI ZIMBÁBUE 1200-1500 ÁSIA EUROPA Núcleo estatal e esfera de influência Gana: séculos VIII-XII Mali: séculos XII-XV Songai: c. 1500 Kanem-Borno Fatímidas 909-1171 Aiubitas 1169-1252 Mamelucos 1250-1517 Império Funj: século XV Império Almóada: 1130-1269 Império Almorávida: 1056-1147 0 848 DACOSTA MAPAS
com CONEXÃO HISTÓRIA
Fonte: THE TIMES. Atlas da história do mundo. São Paulo: Folha de S.Paulo, 1995. p. 134-135.
COLEÇÃO PARTICULAR/ACERVO UNIVERSIDADE DA VIRGINIA. CHARLOTTESVILLE, EUA. 216
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Vista do Castelo de São Jorge ou Feitoria da Mina, no Golfo da Guiné em 1668. Gravura.
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A escravidão na África já ocorria antes do tráfico de pessoas para a América. As guerras entre os povos africanos faziam com que os vencedores escravizassem os vencidos, que passavam a trabalhar em troca de moradia, alimentação e vestuário. Os escravizados não podiam ser vendidos nem trocados, e seus descendentes herdavam a condição dos pais. Esse sistema era praticado pela maioria dos povos que habitava o continente.
O contato com os europeus, intensificado a partir do século XVI, ampliou o tráfico e mudou profundamente a organização social e econômica na África. Muitos povos africanos se especializaram em capturar e vender escravizados. Depois de capturados, os indivíduos eram levados ao litoral e vendidos aos comerciantes europeus. O transporte até a América era demorado e, ao longo do caminho, muitos morriam por causa de doenças, falta de água e de comida, rebeliões e castigos.
Analise o mapa que mostra as rotas do tráfico de africanos escravizados para a Europa, o Oriente Médio, a Índia e a América.
FICA A DICA
O Sol da liberdade Giselda Laporta Nicolelis. São Paulo: Atual, 2019. A obra conta a emocionante saga de várias gerações da família de Ajahi, um príncipe africano que veio para o Brasil. Por meio da narrativa, é possível conhecer a história do Brasil desde 1825 até 1985, tendo como foco a inestimável contribuição dos africanos na formação da sociedade brasileira.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
A escravidão na letra de um samba-enredo
Analisar o samba-enredo da Escola de Samba Paraíso do Tuiuti, de 2018. Para mais informações, ler o documento indicado na seção Ampliando horizontes. Iniciar com a audição e a leitura da música, trabalhando o vocabulário em cada estrofe, destacando questões importantes, como:
• o tema foi escolhido por ocasião do aniversário de 130 anos da assinatura da Lei Áurea no Brasil. O samba-enredo também relaciona o histórico da escravidão no Brasil com a atual retirada de direitos trabalhistas;
• a escravidão não é intrínseca ao povo africano: na letra e nas fantasias aparecem referências a outros povos escravizados;
• a presença de diferentes culturas africanas nos povos capturados e escravizados, indicada no trecho “Eu fui Mandinga, Cambinda, Haussá. Fui um rei Egbá preso na corrente”;
Tráfico ocidental (Atlântico, oceano Índico) séculos XVI a XIX
Tráfico oriental (mundo muçulmano) séculos VII a XIX
Portos e
Fonte: DURAND, Marie-Françoise et al Atlas de la mondialisation. Paris: Fondation Nationales des Sciences Politiques, 2013. p. 26.
1 Descreva as principais rotas do tráfico de escravizados africanos entre os séculos VII e XIX. Auxiliar os estudantes na leitura do mapa e na elaboração da resposta. Consultar comentários
• a Lei Áurea libertou os escravos no Brasil, no entanto, não foram oferecidas a eles condições para sua real integração à sociedade, processo que apresenta consequências até hoje, como o racismo e a desigualdade social entre brancos e negros. Pedir aos estudantes que elaborem, em grupos, um texto sobre a escravidão na África e as consequências desse processo hoje no continente.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor e o estudante
diferentes povos da África, pois muitos grupos, militarmente mais fortes, passaram a escravizar outros para obter parte dos lucros desse comércio. Muitos povos foram enfraquecidos e subjugados. Esse foi um dos fatores que contribuíram para a rivalidade entre diferentes etnias, sendo alimentado posteriormente com a partilha da África, no imperialismo.
Encaminhar a atividade 1, que auxilia na leitura e interpretação do mapa “Tráfico de escravizados – séculos VII-XIX”, chamando a atenção dos estu-
dantes para as características dos tráficos oriental e ocidental, realizados em períodos históricos diferentes. Nessa atividade, espera-se que eles respondam que as setas verdes representam o tráfico ocidental de africanos escravizados, cujo principal destino foi a América. As setas vermelhas representam o tráfico oriental de africanos escravizados, cujo destino principal foi o mundo mulçumano.
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• MEU DEUS, meu Deus, está extinta a escravidão? Compositor: Cláudio Russo, Moacyr Luz Jurandir, Zezé e Aníbal. In: Sambas de Enredo 2018. Intérprete: G.R.E.S. Paraíso do Tuiuti. 2018. Disponível em: https://www.letras.mus. br/gres-paraiso-do-tuiuti/samba -enredo-2018-meu-deus-meu -deus-esta-extinta-a-escravidao/. Acesso em: 2 ago. 2022. A análise do samba-enredo permite a reflexão sobre a condição das populações negras no Brasil atual.
Liverpool Amsterdã Nantes Bordeaux L sboa Córdoba Marrakesh Arge Trípo i Cairo Assuan Jeddah Shiraz Muscat Mumbai Goa Zabid Cartum Mogad scio Ma indi Mombassa Zanz bar Ki wa MOÇAMB QUE Sofala Wa vis Bay Bengue a Luanda SãoTomé COSTA DOS ESCRAVOS Lagos COSTA DO OURO COSTA DO MARFIM Bissau Cabo Verde Gorée St-Louis T mbuktu Char eston Nova Or eans Havana Veracruz Caracas Cartagena ESTADOS UNIDOS BRASIL EUROPA ÍNDIA Norte da África Oriente Médio África Oriental África Ocidental África Central América Espanhola Continental ILHAS DO OCEANO ÍNDICO Caribe Guianas Salvador Rio de Jane ro OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO Tróp co de Capr córn o Meridiano de Greenwich Tróp co de Câncer Equador 0º 0º Mar Med terrâneo
lugares envolvidos
0 1 593 DACOSTA MAPAS
no tráfico
adicionais em Orientações didáticas.
Tráfico de escravizados – séculos VII-XIX
#
217
217
• A habilidade EF08GE05 é trabalhada com foco em aplicar os conceitos de Estado-nação, território e país para o entendimento de conflitos e tensões, com destaque para as situações geopolíticas na África e suas múltiplas regionalizações.
Interdisciplinaridade com...
História:
• EF08HI24 Reconhecer os principais produtos, utilizados pelos europeus, procedentes do continente africano durante o imperialismo e analisar os impactos sobre as comunidades locais na forma de organização e exploração econômica.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
O conteúdo desenvolvido nas páginas 218 e 219 é interdisciplinar com História, possibilitando a continuidade do trabalho com a habilidade EF08HI24, iniciado na dupla anterior.
Elaborar um quadro na lousa, diferenciando aspectos do colonialismo na América e do imperialismo na África, e preenchê-lo com os estudantes, destacando as principais áreas de implantação, os períodos e as justificativas utilizadas para a ocupação dos territórios. Se necessário, retomar aspectos estudados na Unidade 1 deste volume.
Questionar os estudantes sobre os seguintes aspectos.
• Por volta do século XIX, que interesses a Europa tinha no continente africano? Que medidas os países europeus tomaram para atingir seus objetivos? De que forma o continente europeu passou a se relacionar com o continente africano?
Reforçar que até o fim do século XVIII os europeus não haviam implantado colônias no território africano, pois estavam voltados para a exploração dos recursos naturais do continente americano. Porém, a partir do início do século XIX, a situação mudou. O continente africano passou a ser alvo dos interesses dos europeus, que o dominaram e partilharam
Imperialismo e partilha da África
No início do século XIX, o avanço da industrialização na Europa e a declaração de independência de diversas colônias na América forçaram as potências europeias a buscar novos mercados consumidores para vender seus produtos e obter novas fontes de matéria-prima e de mão de obra barata. Os principais alvos foram África, Ásia e Oceania, regiões com feitorias europeias e outras bases e cujos governos locais eram militarmente frágeis quando comparados aos europeus.
A implantação de colônias nesses três continentes, o controle político e a anexação de territórios pelas potências europeias caracterizaram o imperialismo do século XIX, ou neocolonialismo
A exploração de recursos naturais e o cultivo de produtos tropicais em grandes propriedades monocultoras para abastecer o mercado europeu eram traços comuns entre o imperialismo e o colonialismo. Porém, havia uma grande diferença no que se referia às formas de ocupação do território e de povoamento.
Durante o período colonial, houve ocupação e domínio dos territórios do continente americano. Na África do século XIX, os europeus tinham como objetivo principal desenvolver e controlar atividades econômicas que interessavam às metrópoles. Para isso, enviavam suas Forças Armadas e ocupavam os territórios, utilizando estratégias de dominação dos povos africanos e interferindo em aspectos da economia, da sociedade e da política.
seu território entre vários países. Se julgar adequado, ler para os estudantes o excerto da seção Texto complementar Sobre o processo de partilha do continente africano, destacar a importância da Conferência de Berlim, que aconteceu no fim do século XIX. A definição arbitrária das fronteiras, desconsiderando a diversidade étnica e cultural africana, acirrou as rivalidades étnicas entre diferentes povos e contribuiu para que ocorressem conflitos em larga escala. Auxiliar na leitura do mapa
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“África partilhada” e na identificação de territórios ocupados pelas nações imperialistas.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Criando uma charge
Propor aos estudantes, em duplas, a criação de uma charge sobre o conteúdo trabalhado. Levar para a sala de aula alguns exemplos de charges a fim de familiarizar os estudantes com esse gênero
BNCC
com CONEXÃO HISTÓRIA
Expedição científica no oeste da África, comandada pela exploradora inglesa Mary Kingsley, 1895.
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GRANGER/ALAMY/FOTOARENA
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Para evitar choques de interesses e possíveis confrontos militares entre si, os Estados-nações europeus reuniram-se em 1884 na Conferência de Berlim (Alemanha), estabelecendo formalmente a partilha (divisão) da África e determinando qual parte do continente cada um deles dominaria.
A divisão do território e as fronteiras traçadas pelos colonizadores europeus foram efetuadas sem levar em consideração as culturas e as organizações territoriais preexistentes dos povos africanos. Houve casos em que os novos territórios sob domínio europeu uniram, dentro de seus limites, povos historicamente rivais, enquanto povos amigos e com a mesma identidade cultural foram separados. Em outras situações, um mesmo povo foi dividido, passando a viver sob o domínio de duas ou três potências diferentes.
O mapa a seguir mostra como o continente ficou dividido após a Conferência de Berlim.
África partilhada
Fonte: ALBUQUERQUE, Manoel Maurício de; REIS, Arthur Cézar Ferreira; CARVALHO, Carlos Delgado de. Atlas histórico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro: Fename, 1980. p. 138-139.
A ocupação europeia acirrou as rivalidades internas e incitou conflitos que perduram até a atualidade. Em 1914, praticamente todo o continente africano estava sob o domínio europeu. Somente a Libéria (sob a proteção militar dos Estados Unidos) e a Abissínia (atual Etiópia) eram países independentes.
As disputas pelas colônias na África, pelos seus mercados consumidores e pelas matérias-primas foram alguns dos fatores que levaram as potências europeias à Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
Em seu caderno, responda às questões.
1 Quais foram os países que participaram da partilha da África?
Grã-Bretanha, França, Alemanha, Itália, Bélgica, Portugal e Espanha.
2 Quais potências europeias controlavam os maiores territórios na África?
Grã-Bretanha e França.
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textual. Ver sugestões de charges sobre a temática em Ampliando horizontes
Orientá-los na elaboração de um roteiro prévio antes da elaboração do desenho, indicando as ideias, o tema trabalhado e de que forma será trabalhado. As charges finalizadas deverão ser expostas na sala de aula e, se possível, divulgadas nas mídias sociais da escola.
Acompanhar o processo de criação e atentar para o respeito aos direitos humanos e à diversidade. Ficar atento para que os estudantes não
retratem o continente africano de forma estereotipada e preconceituosa. Lembrá-los de que o foco da charge deve ser o processo de partilha da África e as consequências do imperialismo europeu no continente.
TEXTO COMPLEMENTAR
A herança colonial Continente inserido na globalização, mas em uma condição de dependência, a África é um es-
paço forjado de fora para dentro, amplamente estruturado pela herança colonial e pela história das descolonizações. Do século XVI ao XIX, os países europeus, contentam-se com o estabelecimento de portos, essencialmente na fachada atlântica, de onde organizam o tráfico de escravos.
A Conferência de Berlim (1885) acelera a penetração colonial no continente, concluída em 1914. Quando das descolonizações (em torno de 1960), os Estados recém-independentes herdam uma organização do território fundada na lógica neomercantilista de exploração dos recursos naturais das colônias (eixos rodoviários e ferroviários dirigidos aos portos), de instituições políticas e econômicas mais ou menos estabelecidas e de um modelo social cultural e linguístico exógeno que influencia e constrange suas escolhas, uma vez que muitos deles conservam relações de proximidade com a antiga metrópole.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor e o estudante
• FABER, Marcos. O imperalismo em charges. História livre [S. l.], 2011. Slides. Disponível em: http://www.historialivre.com/ contemporanea/imperialismo. pdf. Acesso em: 5 ago. 2022. Organizado por um professor de História, esse material reúne alguns exemplos de charges sobre o imperialismo.
ÁFRICA 50. Direção: René Vautier. França, 1950. Vídeo (17 min).
Pequeno documentário anticolonialista mostra as condições de vida em uma cidade da Costa do Marfim durante a colonização francesa na região.
• A BATALHA de Argel. Direção: Gilo Pontecorvo. Argélia/Itália: Casbah Film, 1966. Vídeo (121 min).
Filme sobre a guerra de independência da Argélia, que mostra conflitos entre a Frente de Libertação Nacional e o Exército francês.
DURAND, Marie-Françoise; COPINSCHI, Philippe. Atlas da mundialização: compreender o espaço mundial contemporâneo.São Paulo: Saraiva, 2009. p. 54.
OCEANO ÍNDICO OCEANO ATLÂNTICO Tróp co de Capricórnio Trópico de Câncer 0° 0° Equador Me r d ano de Greenw ich Mar Mediterrâneo MarVermelho EUROPA ÁSIA rópico EGITO SUDÃO Anglo-Egípcio ARGÉLIA MARROCOS RIO DE ORO Gibraltar TRIPOLITÂNIA GÂMBIA SENEGAL GUINÉ SERRA LEOA LIBÉRIA COSTA DO OURO TOGO ÁFRICA OCIDENTAL FRANCESA COSTA DO MARFIM CAMARÕES NIGÉRIA GABÃO GUINÉ EQUATORIAL ANGOLA SUDOESTE AFRICANO ALEMÃO UNIÃO SUL AFRICANA MADAGASCAR ÁFRICA ORIENTAL ALEMÃ QUÊNIA SOMÁLIA ERITREIA Djibuti ABISSÍNIA CONGO BELGA M OÇAMBIQUE DAOMÉ Espanha Portugal Bélgica Itália Alemanha França Grã-Bretanha 0 851 DACOSTA MAPAS
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Competências
• Gerais: 1 e 4
• Ciências Humanas: 2, 5 e 7
• Geografia: 1, 3 e 5
Habilidades
• Atende-se à habilidade EF08GE05 com foco em aplicar os conceitos de Estado-nação, território e país para o entendimento de conflitos e tensões, com destaque para as situações geopolíticas na África e suas múltiplas regionalizações.
• O trabalho com a habilidade EF08GE20 é feito ao analisarem-se características da África no que se refere aos aspectos populacionais, políticos e econômicos no imperialismo, e discutir as desigualdades sociais e econômicas e as pressões sobre a natureza e suas riquezas, o que resulta na espoliação desses povos.
Interdisciplinaridade com...
História:
• EF08HI24 Reconhecer os principais produtos, utilizados pelos europeus, procedentes do continente africano durante o imperialismo e analisar os impactos sobre as comunidades locais na forma de organização e exploração econômica.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
O conteúdo desta seção possibilita a interdisciplinaridade com História, dando continuidade ao trabalho com a habilidade EF08HI24, iniciado nas páginas 216 e 217
Esclarecer que a Conferência de Berlim estabeleceu as bases necessárias para que as potências europeias intensificassem a exploração dos recursos naturais e da mão de obra africanas.
Comentar que o algodão foi importante matéria-prima para a indústria têxtil europeia no início do século XX. O cultivo desse produto ocupou grandes áreas de solo fértil africano, o que colaborou para a diminuição das áre-
Exploração colonial
As nações europeias instituíram na África o modelo de colônias de exploração, pautadas no poderio bélico e na organização administrativa. Contando com as Forças Armadas e vários funcionários, promoveram a desarticulação das sociedades e uma reorganização do espaço geográfico africano, impondo aos povos conquistados condições e situações como as descritas a seguir.
• Ocupação dos solos mais férteis para implantação das plantations, grandes propriedades monocultoras onde eram produzidos gêneros tropicais para a exportação. Essa prática promoveu a desarticulação da produção agrícola dos povos africanos, já que restaram áreas de solo pouco fértil para a produção de alimentos destinada à população local.
• Embora tenham existido estratégias e lutas de resistência (como será destacado adiante), ocorreram desarticulações das sociedades pré-coloniais com a introdução do modo de vida europeu. Como exemplos, as cidades em território africano passaram a reproduzir modelos urbanísticos da Europa e o ensino do idioma do colonizador passou a ser obrigatório nas escolas, sendo proibidos os diálogos em língua nativa.
• Construção de ferrovias conectando apenas as áreas de extração de minerais aos portos, para escoar a produção para a Europa. Não houve preocupação com a integração territorial. A atual rede de transportes africana ainda mantém essa configuração. Analise o mapa.
África: redes de transportes
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as de plantio de alimentos. Assim, as plantations constituem um dos fatores que, ao longo do tempo, causaram a fome que prejudica milhões de pessoas na África até os dias de hoje.
Com a adoção do modo de vida europeu, que pouco tinha a ver com as características locais, parte da população africana deixou de lado seus costumes e tradições. O uso de roupas e tecidos inadequados ao clima mais quente é um desses exemplos.
Na atividade 1, espera-se que os estudantes observem, na fotografia 1, que os africanos estão trabalhando na construção da ferrovia, em péssimas condições, descalços e realizando trabalhos pesados. O contraste da cena fica por conta do colonizador europeu, que monitora os trabalhadores. Em relação à fotografia 2, espera-se que concluam que ela é bastante representativa do impacto do colonialismo europeu em hábitos, costumes e produtos europeus absorvi-
BNCC OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO 0° 0° Equador Mar Mediterrâneo MarVermelho Trópico de Capricórnio Trópico de Câncer ÁSIA EUROPA Mdire ona d e G r nee iw hc MARROCOS ARGÉLIA TUNÍSIA SAARA OCIDENTAL MAURITÂNIA MALI EGITO LÍBIA NÍGER CHADE SUDÃO SUDÃO DO SUL ERITREIA DJIBUTI SOMÁLIA ETIÓPIA UGANDA QUÊNIA SENEGAL GÂMBIA GUINÉ BURKINA FASO LIBÉRIA C OS T A DO MA RF I M G AN A T OG O B E N I N NIGÉRIA CAMARÕES GUINÉ EQUATORIAL GABÃO REP DEM. DO CONGO RUANDA BURUNDI TANZÂNIA ANGOLA ZÂMBIA MALAUÍ MOÇAMBIQUEZIMBÁBUE NAMÍBIA BOTSUANA ESSUATÍNI ÁFRICA DO SUL LESOTO MADAGASCAR COMORES SEICHELES MAURÍCIO CONGO REP CENTRO-AFRICANA GUINÉ-BISSAU SERRA LEOA Rodovias Ferrovias 0 800 DACOSTA MAPAS
INTEGRANDO com HISTÓRIA NÃO ESCREVA NO LIVRO. com CONEXÃO HISTÓRIA
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Fonte: LANGRONET, Michel (org.). Le grand atlas GEO Gallimard du le XXI siècle. Paris: Gallimard, 2013. p. 70, 106.
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Faça as atividades em seu caderno.
1 Que aspectos chamam sua atenção nas fotografias? O que elas revelam sobre o colonialismo europeu na África?
Incentivar os estudantes a interpretar as cenas de acordo com o que estudaram até o momento. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
2 No seu entendimento, quais foram os impactos políticos e socioeconômicos da exploração colonial na África?
Auxiliar os estudantes na resposta. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
3 Pesquise, na internet, em jornais e revistas, notícias que abordem situações representativas dos impactos do passado colonial na África atualmente. Depois, compartilhe os resultados da pesquisa com os colegas e o professor.
Auxiliar os estudantes na pesquisa. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
dos por africanos ou impostos a eles. Na fotografia 3, vemos o cultivo de algodão no sistema de plantations, ocupando grandes áreas de solo fértil africano e colaborando para a diminuição das áreas de plantio de alimentos.
Na atividade 2, o imperialismo europeu deixou profundas marcas na África, dificultando o desenvolvimento socioeconômico, já que resultou em dependência tecnológica e econômica, fome, miséria, instabilidade política e guerras
civis. Em muitos países africanos, as plantations ainda dominam as paisagens rurais; as terras férteis e produtivas continuam em poder de uma minoria, especialmente de grandes empresas estrangeiras, e a economia é bastante pautada na exportação de produtos primários.
Na atividade 3, espera-se que os estudantes encontrem notícias que abordem aspectos relacionados à dependência tecnológica e econômica em relação aos países centrais, à fome, à
pobreza, à instabilidade política, entre outros. É possível solicitar que, em grupos, os estudantes categorizem as notícias pesquisadas por temas, para que possam discuti-las à luz dos conteúdos estudados até o momento e dos conhecimentos prévios que possuem.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor e o estudante • ADICHIE, Chimamanda Ngozi. Hibisco roxo. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
O livro se passa na Nigéria e expõe consequências da colonização no país, trazendo personagens que evidenciam as contradições entre as tradições africanas e os costumes trazidos pelos colonizadores.
Analise as fotografias.
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Músico e compositor nigeriano Fela Sowande e sua noiva, 1936.
Plantação de algodão no Malauí, 1910.
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GENERAL
Construção de ferrovia na África Oriental alemã, década de 1910.
HAECKEL COLLECTION/ULLSTEIN BILD/GETTY IMAGES
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EPICS/GETTY IMAGES
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• Trabalha-se a habilidade EF08GE05 ao aplicar os conceitos de Estado-nação, território e país para o entendimento de conflitos e tensões, com destaque para as situações geopolíticas na África no pós-guerra.
• Atende-se à habilidade EF08GE20 ao analisar características de países da África no que se refere aos aspectos políticos.
Interdisciplinaridade com...
História:
• EF08HI26 Identificar e contextualizar o protagonismo das populações locais na resistência ao imperialismo na África e Ásia.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
A temática desenvolvida na página 222 possibilita o trabalho interdisciplinar com História ao desenvolver a habilidade EF08HI26. Se julgar adequado, convidar o professor dessa componente curricular para desenvolverem estratégias conjuntas para abordar o conteúdo. Sugerimos promover a leitura compartilhada do texto e do mapa “África: descolonização”. Fazer paradas para comentários e esclarecimentos de dúvidas. Nesse contexto, informar a turma que a descolonização no continente africano se relacionou mais à independência política que econômica dos países, pois a relação de dependência entre a África e os países desenvolvidos na realidade nunca deixou de existir; pelo contrário, intensificou-se durante o período da Guerra Fria, quando as potências europeias já haviam restabelecido suas economias e passaram a disputar a hegemonia mundial no bloco capitalista contra os socialistas. Destacar o papel dos povos africanos na resistência e na luta contra a ocupação europeia.
4 DESCOLONIZAÇÃO E CONFLITOS
Desde o início da ocupação europeia, muitas nações africanas resistiram à invasão e à dominação cultural, com guerras ou confrontos com o colonizador e práticas de permanências culturais. Contudo, o poderio bélico das nações europeias reprimia as revoltas e os movimentos de resistência.
Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), as nações europeias estavam enfraquecidas econômica e militarmente, apresentando dificuldades em manter as colônias e conter o crescimento dos movimentos de resistência e independência dos territórios ocupados na África. Além disso, no interior das potências europeias, cresciam manifestações contra a colonização, e a opinião pública mundial exercia forte pressão para a independência dos países africanos.
A Guerra Fria também contribuiu para a descolonização da África, uma vez que os Estados Unidos e a União Soviética apoiavam a independência dos países africanos com a intenção de ampliar suas áreas de influência. Todos esses fatores contribuíram para que, lentamente, os países africanos conquistassem a independência a partir de meados do século XX.
Em alguns países africanos, a independência ocorreu de maneira relativamente pacífica, com colonizadores europeus devolvendo gradualmente o poder político aos povos colonizados. Em outros casos, a conquista da liberdade ocorreu de maneira violenta, com longas guerras entre colonizados e colonizadores.
Analise, no mapa, a localização dos países africanos e os respectivos anos em que se tornaram independentes.
África: descolonização
Explicar que a independência política somada à manutenção das fronteiras estabelecidas na Conferência de Berlim foi um dos fatores relacionados à multiplicação de conflitos civis no continente. As fronteiras artificiais foram praticamente mantidas pelos novos países africanos. Após a independência, iniciaram-se lutas internas pelo poder em países onde diferentes etnias ocupavam um mesmo território. Atualmente, muitos países africanos encontram-se em guerras civis
Independência dos países (por períodos)
(1950-1975)
Saara Ocidental: território sob domínio do Marrocos em processo de negociação de independência com auxílio da ONU, que o considera um território não autônomo desde os anos 1960.
África do Sul: em 1910, o parlamento britânico cria a União da África do Sul, que transformava a colônia em domínio britânico. Em 1961, o país proclama a República da África do Sul.
em razão de disputas pelo poder, tendo como pano de fundo diferenças étnicas e religiosas. Na página 223, introduzir o estudo de alguns conflitos na África. Retomar o processo de partilha do território africano, que estimulou as rivalidades étnicas e culturais entre povos diversos, os quais passaram a viver em um mesmo território. Incentivar a leitura coletiva do texto para melhor compreensão dos estudantes dos conflitos em Ruanda e Angola.
BNCC ÁFRICA DO SUL 1910/1961 ANGOLA 1975 ARGÉLIA 1962 BENIN 1960 BOTSUANA 1966 NAMÍBIA 1990 ZIMBÁBUE 1980 ZÂMBIA 1964 TANZÂNIA 1961 SOMÁLIA 1960 ETIÓPIA 1942 ERITREIA 1993 SUDÃO 1956 REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO 1960 ESSUATÍNI 1968 LESOTO 1966 CHADE 1960 LÍBIA 1951 EGITO 1922 TUNÍSIA 1956 MARROCOS 1956 MAURITÂNIA 1960 MALI 1960 NÍGER 1960 NIGÉRIA 1960 BURUNDI 1962 RUANDA 1962 QUÊNIA 1963 MOÇAMBIQUE 1975 MALAUÍ 1964 MADAGASCAR 1960 SEICHELES 1976 MAURÍCIO 1968 COMORES 1975 REPÚBLICA CENTRO-AFRICANA 1960 DJIBUTI 1977 CAMARÕES 1960 CONGO 1960 GABÃO 1960 BURKINA FASO 1960 CABO VERDE 1975 SENEGAL 1960 GUINÉ-BISSAU 1974 SERRA LEOA 1961 LIBÉRIA COSTA DO MARFIM 1960 GUINÉ 1958 GÂMBIA 1965 GANA 1957 TOGO 1960 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE 1975 GUINÉ EQUATORIAL 1968 UGANDA 1962 ÁSIA EUROPA SUDÃO DO SUL 2011 SAARA OCIDENTAL OCEANO ATLÂNTICO Trópico de Câncer Equador OCEANO ÍNDICO 0º 0º Trópico de Capricórnio M a r Medite r r â n e o Mar Vermelho M e r d a n o d e G r e e n w i c h De 1966 a 1970 De 1971 a 1975 Após 1975 Ano da independência
Desmembramentos Independente 1975 Até 1955 De 1956 a 1960 De 1961 a 1965 0 1 037
Descolonização
ALLMAPS
CONEXÃO HISTÓRIA
com
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Fonte: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 133.
Independentemente de a autonomia política ter sido conquistada pacificamente ou por meio de longas guerras, os novos Estados-nações africanos se mantiveram dependentes das antigas metrópoles. Até hoje, a maior parte deles enfrenta problemas herdados do imperialismo: dependência econômica e tecnológica, graves dificuldades sociais e intensa instabilidade política.
Após a independência, conflitos internos pelo poder ocorreram em diversos países por questões étnicas, pela corrupção e pela fragilidade dos regimes democráticos, minoritários no continente.
Além de Estados e regiões que estão há décadas em conflitos (Sudão, República Democrática do Congo, Chifre da África), novas áreas de tensão estão se formando no Sahel e em Moçambique, com golpes de Estado frequentes e proliferação de grupos radicais islâmicos.
Ruanda e Angola
Ruanda foi devastada por conflitos étnicos entre as etnias hutu e tutsi, culminando com o grande genocídio de 1994, que deixou quase 1 milhão de mortos, principalmente da etnia tutsi, e milhares de ruandeses refugiados em países vizinhos. As rivalidades prosseguem até a atualidade, embora com menor intensidade.
Genocídio: extermínio total ou parcial de um grupo étnico, de uma raça ou de uma religião por meio de métodos cruéis.
Angola vivenciou, desde a independência, em 1975, uma devastadora guerra civil, em que se opunham o partido do governo, de orientação socialista, e a União Nacional para a Independência Total de Angola (Unita), anticomunista. O conflito fez milhares de vítimas e, até hoje, minas terrestres espalhadas pelo país promovem mutilações e mortes. Desde 2006, o país está em paz.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor e o estudante
• ADICHIE, Chimamanda Ngozi. Meio sol amarelo. São Paulo: Companhia das Letras, 2017. História se passa na Nigéria, na década de 1960, em meio à guerra civil. Conhecemos na leitura o ponto de vista de três personagens, uma mulher negra e rica, um jornalista branco europeu e um jovem negro camponês.
• PENNAFORTE, Charles. África: horizontes e desafios no século XXI. São Paulo: Atual, 2007. O autor comenta as complexidades que envolvem a África, apresentando as regionalizações mais habituais desse continente, discutindo o processo de colonização enfrentado no século XIX e suas implicações na configuração atual do território africano.
• HOTEL Ruanda. Direção: Terry George. Reino Unido: Metropolitan Film Export 2004. Vídeo (121 min).
Filme baseado na história real de Paul Rusesabagina, gerente de um hotel em Ruanda. Paul pertence ao grupo étnico hutu e, em 1994, durante perseguição aos tutsis, abrigou 1 200 pessoas no hotel em que trabalhava.
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ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Linha do tempo
Com o objetivo de sistematizar o conteúdo desenvolvido, solicitar aos estudantes que, em trios, elaborem uma linha do tempo, apresentando os principais momentos do processo de colonização e descolonização do continente africano.
1. Elabore uma linha do tempo apresentando os principais momentos do processo de coloniza-
ção e descolonização do continente africano. Para isso, utilize os marcos indicados a seguir:
• séculos XIV e XV;
• século XIX;
• século XX;
• século XXI.
2. Finalizada a atividade, apresentem sua produção para os colegas, verificando se há dúvidas ou aspectos a serem retomados.
Nomes das vítimas do genocídio em Ruanda, de 1994, gravados nos muros do Memorial do Genocídio em Kigali, Ruanda, 2019.
223
EDWIN REMSBERG/ALAMY/FOTOARENA
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• A habilidade EF08GE03 é feita com foco em analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando a mobilidade espacial relacionada aos principais conflitos em curso na África.
• Desenvolve-se a habilidade EF08GE05 com ênfase em aplicar os conceitos de Estado-nação, território e país para o entendimento de conflitos e tensões, com destaque para as situações geopolíticas na África no pós-guerra.
• A habilidade EF08GE20 é trabalhada com foco em analisar características de países e grupos de países da África no que se refere aos aspectos políticos.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Antes de apresentar os conflitos na Nigéria e na República Democrática do Congo, retomar que a independência da maioria dos países africanos resultou em disputas por poder e territórios entre grupos étnicos rivais, agravando ainda mais o estado de tensão social e culminando em conflitos armados e guerras civis de amplas proporções. Em seguida, promover a leitura coletiva do texto das páginas 224 e 225. Fazer paradas para comentários e esclarecimentos de dúvidas.
Sobre os conflitos na Nigéria, comentar que dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) indicavam que no final de 2021 havia 2,2 milhões de refugiados nigerianos no interior do país e aproximadamente 330 mil no Níger, Chade e Camarões.
Destacar o enfoque desigual da mídia internacional ao tratar os conflitos étnicos e do terrorismo na África em relação às notícias sobre os acontecimentos políticos e os atentados ocorridos nos países desenvolvidos da Europa Ocidental e nos Estados Unidos, fazendo da África um “continente esquecido”, como relatam pesquisadores.
Nigéria
A Nigéria enfrenta conflitos internos desde sua independência, em 1960. Seu território é constituído por cerca de 250 grupos étnicos, prevalecendo três deles: os hauçá-fulá (32% da população), os iorubás (21%) e os ibos (18%).
A luta pelo poder entre esses três grupos levou o país a uma das mais sangrentas guerras civis da África: a Guerra de Biafra (1967-1970).
Os ibos, provenientes da província de Biafra, no leste do país, formavam a elite da Nigéria. Em um golpe de Estado dado em 1966, generais da etnia ibo tomaram o poder dos hauçá-fulá. Um contragolpe derrubou o regime, e os ibos passaram a ser caçados e massacrados pelo país. Eles, então, declararam a independência da província de Biafra, iniciativa não reconhecida pelo governo central.
Todos esses fatos resultaram na guerra civil que matou mais de 1 milhão de pessoas e terminou com a rendição de Biafra, novamente anexada ao território nigeriano.
Desde o fim da guerra civil, a Nigéria convive com a rivalidade entre o sul, cristão e economicamente mais desenvolvido, e o norte, predominantemente muçulmano e detentor do controle político do país.
Os conflitos étnicos e religiosos na Nigéria são agravados pela ação de grupos radicais islâmicos, como o Boko Haram, que reivindica a construção de uma república islâmica e o combate à cultura ocidental deixada pelos colonizadores ingleses no país.
Desde 2009, o Boko Haram comete atos violentos, fazendo muitas vítimas entre civis, militares, políticos e religiosos. O aumento da violência provocou a fuga de milhares de pessoas do país.
Os estados do noroeste da Nigéria permanecem em situação instável por causa de conflitos violentos entre agricultores e pastores pelo controle de recursos naturais, além de banditismo e atividades criminosas de grupos criminosos organizados e grupos armados não estatais, causando o deslocamento interno de 71 289 pessoas em todo o estado de Sokoto e forçando a migração de mais de 80 900 nigerianos para o Níger.
UNHCR Factsheet for Sokoto – North-West Nigeria (January – March 2022). ReliefWeb. [S. l.], 14 jun. 2022. Disponível em: https://reliefweb.int/report/nigeria/unhcr-factsheet-sokoto-north-west-nigeria-januarymarch-2022. Acesso em: 7 jul. 2022. Traduzido pelos autores.
• Quais são as principais causas da instabilidade na região citada e quais as consequências dessa instabilidade para as populações locais?
Os conflitos entre agricultores e pastores e as atividades criminosas de grupos armados. As populações são forçadas a migrar dentro do próprio país ou para países fronteiriços, como o Níger.
Comentar as ações do Boko Haram para exemplificar de que forma os grupos terroristas se utilizam de diferentes estratégias para atrair a atenção midiática e atingir seus objetivos, como o sequestro de meninas em escolas nigerianas em 2014 e a frequente utilização de mulheres e adolescentes como escravas sexuais pelos membros da organização e como bombas humanas para a realização de atentados suicidas na região. Para aprofundar o debate sobre o tema, ler com os estudantes o excerto da seção Texto comple-
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mentar. Se possível, assistir com os estudantes o documentário Filhas roubadas, indicado na seção Ampliando horizontes Na República Democrática do Congo, destacar as disputas pelo poder político envolvendo dois grupos étnicos, como os hutus e os tutsis, ressaltando que a concentração de poder nas mãos de um grupo étnico está relacionada à adoção de políticas de beneficiamento dos membros desse grupo e à concentração de investimentos públicos nos territórios onde resi-
BNCC
[...]
Extremistas do Boko Haram na Nigéria, 2018.
1 Leia o trecho a seguir e responda à questão em seu caderno.
224
HANDOUT/BOKO HARAM/AFP
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República Democrática do Congo
Os conflitos começaram em 1994, quando milhares de refugiados hutus migraram para o país. Os refugiados instalaram-se na província de Kivu, no leste do território congolês, ocupada predominantemente pela etnia tutsi, inimiga dos hutu.
Sentindo-se ameaçados pelo grande número de refugiados hutus e abandonados pelo regime ditatorial do então presidente Mobutu Sese Seko (1930-1997), os tutsi iniciaram uma guerrilha contra o governo, apoiados por Uganda e pelo governo tutsi instaurado em Ruanda.
Em 1997, Laurent Kabila (1939-2001), que não era tutsi, mas liderava o movimento guerrilheiro contra Mobutu, assumiu o poder e passou a ignorar seus aliados tutsis, cortando as relações com Uganda e Ruanda.
Insatisfeitos, os tutsi de Kivu iniciaram uma nova guerra civil em 1998. Acuado, o governo congolês pediu ajuda militar a Angola, Zimbábue e Namíbia, gerando conflitos que causaram cerca de 3 milhões de mortes.
Joseph Kabila (1971-), filho de Laurent Kabila, assumiu o poder em 2001 com propostas de paz e de reorganização do país. Seu mandato terminou em 2019, sem a pacificação prometida. A crise econômica agravou os conflitos étnicos e o confronto entre grupos armados e o Exército congolês, que disputam territórios ricos em recursos naturais. De acordo com dados de 2022 da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), o aumento da violência forçou mais de 5,6 milhões de congoleses a se deslocar dentro do país e outro milhão a buscar refúgio em outros países da África.
Refugiados congoleses próximos à fronteira com Uganda, 2021.
dem, não atingindo, portanto, a totalidade da população. Com isso, acentuam-se as desigualdades e, consequentemente, a insatisfação dos grupos rivais, resultando geralmente na eclosão de conflitos étnicos.
TEXTO COMPLEMENTAR
Boko Haram: entenda a atuação do grupo
Boko Haram é uma organização terrorista atuante na Nigéria, fortemente militarizada e com o objetivo de erradicar a ocidentalização no país. Desde sua criação, o grupo ficou conhecido por diversos ataques a igrejas, bares e escolas. [...]
[...]
Além de ser um dos países campeões em níveis
de pobreza, com uma população que cresce cada vez mais, a Nigéria é também caracterizada por duas religiões predominantes: a parte norte do país é habitada por cidadãos muçulmanos, enquanto no restante do território a maioria é cristã.
[...]
O Boko Haram surgiu na Nigéria em 2002 e hoje atua também em outros países, como Chade, Níger e Camarões, com o objetivo de implementar a Xaria, a lei islâmica. Por isso, o grupo é classificado como “radical islâmico”, já que apresenta ações características do fundamentalismo religioso.
[...]
Além de combater a cultura ocidental deixada no país como herança da colonização britânica, o grupo busca também a construção de uma república islâmica. Para isso, utilizam métodos radicais como atentados e sequestros.
[...]
Em abril de 2014, o grupo invadiu uma escola na cidade nigeriana de Chibok, sequestrando 276 meninas entre 16 e 18 anos. Embora algumas das estudantes já tenham sido liberadas, o destino da grande maioria delas continua incerto.
SOUZA, Isabela. Boko Haram: entenda a atuação do grupo. Politize!, Florianópolis, 4 set. 2017. Disponível em: http://www. politize.com.br/boko-haram/. Acesso em: 5 ago. 2022.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor e o estudante
• NEBE, Cai. RDC: negociações de paz terminam sem progressos. DW, Bonn, 29 abr. 2022. Disponível em: https://www.dw.com/ pt-002/rdc-negocia%C3%A7% C3%B5es-de-paz-terminam -sem-progressos/a-61633591. Acesso em: 9 ago. 2022.
Artigo sobre os conflitos armados na República Democrática do Congo.
• FILHAS roubadas: sequestro pelo Boko Haram. Direção: Gemma Atwal. Reino Unido, 2018. Vídeo (78 min).
Documentário que relata a história de quatro estudantes nigerianas sequestradas em 2014 pelo Boko Haram.
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• É possível desenvolver a habilidade EF08GE03 ao analisarem-se aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando a mobilidade espacial relacionada aos principais conflitos em curso na África.
• A habilidade EF08GE05 é trabalhada com foco em aplicar os conceitos de Estado-nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões, com destaque para as situações geopolíticas e regionalizações na África no pós-guerra.
• Atende-se à habilidade EF08GE20 ao analisar características de países da África no que se refere aos aspectos políticos.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Destacar as disputas pelo poder político e por territórios entre cristãos e muçulmanos no Sudão, e as disputas por territórios ricos em petróleo, que resultaram em conflitos armados e em uma onda de violência sem precedentes. Um dos resultados desses conflitos foi a criação de um novo país, o Sudão do Sul, que surgiu com a herança de graves problemas sociais que deflagraram uma crise humanitária de amplas proporções, agravada pelo conflito iniciado em 2013 entre as etnias que estavam no poder, resultando na fuga em massa de centenas de milhares de pessoas para outras regiões e países africanos e para outros continentes. Ler o excerto da seção Texto complementar para aprofundar seu conhecimento sobre o assunto.
Explicar aos estudantes que, em 2003, os grupos guerrilheiros Movimento de Justiça e Igualdade e Exército de Libertação do Povo Sudanês (ELPS) revoltaram-se contra o governo central do Sudão e o acusaram de oprimir os não árabes em favor dos árabes e de negligenciar a região de Darfur, no oeste do país. Em resposta, o governo sudanês lançou uma
Sudão e Sudão do Sul
O Sudão passou por uma longa guerra civil em razão das disputas de poder e de controle do território e de seus recursos naturais, sobretudo o petróleo. Contrapunham-se o norte, então sede do governo e com população predominantemente muçulmana, e o sul, base do Exército de Libertação do Povo Sudanês (ELPS), com população majoritariamente cristã. Apesar de as diferenças culturais, étnicas e religiosas terem influenciado os conflitos, eles foram motivados essencialmente pelas disputas econômicas.
Em 2005 foi assinado um cessar-fogo, mas os conflitos e as mortes continuaram. Em 2011, 98% da população optou em plebiscito pela separação do sul e pela criação de um Estado-nação: o Sudão do Sul.
Apesar das grandes reservas de petróleo, o Sudão do Sul “nasceu” com os mesmos problemas sociais que afetam a maioria da população da África Subsaariana. Em 2013, uma nova guerra civil envolveu duas etnias sul-sudanesas: dinka e nuer
O presidente Salva Kiir Mayardit (1951-), da etnia dinka, acusou o vice-presidente Riek Machar (1953-), da etnia nuer, de planejar um golpe de Estado. A rivalidade detonou um conflito violento, que fez mais de 300 mil vítimas e levou o país a uma grave crise humanitária.
Apesar da assinatura de um acordo de paz em setembro de 2018, a situação no país piorou muito. As disposições do tratado não foram implementadas em razão dos conflitos constantes entre os dois líderes. De acordo com dados da ACNUR, 4,3 milhões de sul-sudaneses haviam deixado suas casas em 2021, representando o quarto maior grupo de refugiados do mundo.
série de bombardeios aéreos contra comunidades civis de Darfur com apoio de ataques por terra efetuados por uma milícia árabe, os janjaweed. Aldeias inteiras foram incendiadas, forçando os sobreviventes a fugir para campos de refugiados localizados em Darfur e no vizinho Chade.
Ressaltar que os conflitos deixaram mais de 300 mil mortos e cerca de 2,7 milhões de refugiados, havendo várias acusações de violações dos direitos humanos. Na região, há milhares de soldados da ONU e da União Africana com
o intuito de restabelecer a ordem e a segurança para a população local. Em agosto de 2009, a ONU chegou a anunciar o fim dos conflitos em Darfur, mas a situação permanece indefinida, e os problemas nos campos de refugiados se multiplicam por causa de disputas pelo acesso à terra, à água e a outros recursos, elevando os conflitos intercomunitários e a criminalidade contra civis. Comentar que, em 2019, houve um golpe de estado no Sudão. Os militares depuseram o ditador Omar al-Bashir (1944-) e assumiram
BNCC
ROBERTO SCHMIDT/AFP 226 D2-GEO-F2-2106-V8-U7-202-233-LA-G24_AV.indd 226 21/08/2022 22:38 226
Milhares de sul-sudaneses comemoram o resultado do plebiscito pela independência do país, em Juba, capital do Sudão do Sul, 2011.
TEXTO COMPLEMENTAR
Chifre da África
O Chifre da África é uma sub-região da África Subsaariana, constituída por Quênia, Somália, Etiópia, Eritreia e Djibuti, apresentando graves problemas como pobreza, fome, guerras, disputas internas, secas e pirataria.
Chifre da África
FICA A DICA
Capitão Phillips (filme). Direção: Paul Greengrass. Estados Unidos, 2013. Em abril de 2009, o capitão Phillips teve seu navio invadido por piratas somalis quando se dirigia ao Quênia. Ele passou cinco dias como refém. O filme é baseado em fatos reais.
Sudão do Sul: como o país mais novo do mundo mergulhou num caos de guerra e fome
O alerta [...] do governo local e de órgãos da ONU de que em partes do Sudão do Sul há milhares de pessoas passando fome, e que essa situação pode se estender a quase metade da população do país [...], mais uma vez joga os holofotes da comunidade internacional sobre a nação mais jovem do mundo.
Independente desde 2011, com uma guerra civil iniciada em 2013, o país de 12,5 milhões de habitantes tem uma das piores situações humanitárias do mundo.
Elaborado com base em: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 128.
Os dois maiores países da região, Etiópia e Somália, estiveram envolvidos em uma disputa pelo deserto de Ogaden, território etíope ocupado por somalis. Em 1988, um acordo incorporou esse território à Etiópia. Os somalis que viviam na região tiveram de voltar para a Somália ou seguir como refugiados para o Quênia.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, escreve nesse informe que os civis fogem das cidades e aldeias “em um número recorde” e que o risco de que se cometam atrocidades em massa, “é real”.
Milícia: grupo armado que atua localmente à margem da lei.
Desde a década de 1990, a Somália enfrenta uma guerra civil entre vários clãs rivais, apesar de esses clãs pertencerem ao mesmo grupo étnico. Apesar da ajuda de soldados estrangeiros entre 1992 e 1995, a guerra continuou, pois não há um governo central forte capaz de conter os conflitos internos, os diferentes grupos rebeldes e as milícias que controlam consideráveis trechos do território somali, como a milícia radical islâmica Al-Shabab e grupos de piratas que atuam no litoral.
Além dos atentados terroristas frequentes, os grupos radicais impedem a entrada de ajuda humanitária por organizações internacionais. O país também é atingido por graves episódios de secas, como os ocorridos em 2011, 2017, 2021 e 2022.
Depois de dez anos de crescimento econômico, a Etiópia entrou em uma guerra civil no final de 2020, opondo o Exército etíope aos rebeldes da Frente Popular de Libertação do Tigré (região situada no norte do país). A guerra fez com que outras etnias entrassem em conflito em diversas regiões.
o poder. Esse governo deveria durar três anos, mas em 2021 os militares deram um novo golpe, permanecendo no governo.
Sobre a situação na região conhecida como Chifre da África, situada no nordeste do continente, explicar que ela vem sendo assolada por conflitos, falta de alimentos e grandes secas, que causaram a morte de milhares de pessoas, sobretudo de crianças.
A Somália esteve envolvida durante 20 anos em uma guerra civil que devastou o país e matou mi-
lhares de pessoas. Atualmente, apesar da eleição presidencial de 2018, da criação de embaixadas e de uma missão de paz da União Africana ter se estabelecido na região, ainda há muitos problemas a serem resolvidos, pois grupos radicais como o Al-Shabaab, ligado à Al-Qaeda, ainda realizam vários atentados e controlam partes do país, impedindo que as agências humanitárias trabalhem. Destacar a situação da Etiópia, que após um período de paz e crescimento econômico, voltou a ter conflitos em seu território em 2020.
“Nossas visitas ao Sudão do Sul sugerem que está sendo levado a cabo no país um processo de limpeza étnica em várias regiões por meio do uso da fome, dos estupros coletivos e de incêndios”, disse, no fim do ano passado, a presidente da Comissão de Direitos Humanos da ONU para o país, Yasmin Sooka.
Atrocidades como o assassinato de crianças, castrações, estupros e degolas são alguns exemplos do que ocorre na região. [...]
SUDÃO do Sul: como o país mais novo do mundo mergulhou num caos de guerra e fome. G1, Rio de Janeiro, 21 fev. 2017. Disponível em: https://g1.globo.com/ mundo/noticia/sudao-do-sul-como-o-paismais-novo-do-mundo-mergulhou-numcaos-de-guerra-e-fome.ghtml. Acesso em: 5 ago. 2022.
[...]
ALLMAPS SUDÃO ETIÓPIA QUÊNIA UGANDA BURUNDI RUANDA SUDÃO DO SUL ERITREIA SOMÁLIA TANZÂNIA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO CHADE DJIBUTI Ndola Faya-Largeau ZÂMBIA OCEANO ÍNDICO Equador 0º 40º L MarVermelho 0 366 Chifre da África
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Competências
• Gerais: 2, 4, 7 e 9
• Ciências Humanas: 2, 5 e 7
• Geografia: 3, 4 e 7
Habilidades
• Contempla-se a habilidade EF08GE03 com foco em analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando-se a mobilidade espacial relacionada aos principais conflitos em curso na África.
• Atende-se à habilidade EF08GE05 com ênfase em aplicar os conceitos de Estado-nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões, com destaque para as situações geopolíticas na África no pós-guerra.
• A habilidade EF08GE18 é trabalhada ao elaborarem-se mapas ou outras formas de representação cartográfica para analisar a distribuição dos campos de refugiados na África pós-independências.
• Contempla-se a habilidade EF08GE20 com foco em analisar características de países e grupos de países da África no que se refere aos aspectos políticos.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Apresentamos nesta seção um mapa temático com a representação dos principais conflitos ocorridos na África após a independência dos países africanos.
Trata-se de um mapa complexo, que apresenta diversas variáveis visuais, como formas e cores, implantadas de forma pontual e zonal. Sugerimos uma leitura desse mapa, permitindo que os estudantes façam observações e destaquem os aspectos que mais chamaram a atenção deles. Verificar as primeiras informações que eles conseguem extrair de maneira preliminar.
Explicar aos estudantes que alguns conflitos cartografados foram estudados mais detalha-
Conflitos pós-independências
A determinação de fronteiras artificiais contribuiu para o surgimento e a perenização de diversos conflitos em toda a África.
O mapa a seguir representa, entre outros dados, os principais conflitos iniciados no continente africano entre a descolonização e 2022, indicando a data em que começaram e as principais motivações que os ocasionaram. Também são apresentadas zonas de instabilidade política, áreas de ocorrência de genocídios e instalação de campos de refugiados.
Por se tratar de um mapa com muitas informações, analise-o de acordo com as etapas a seguir.
África: conflitos após independências até 2022
Elaborado com base em: TÉTART, Frank. Grand atlas 2018: Comprendre le monde en 200 cartes. Paris: Éditions Autrement, 2017. p. 48.
BAUTZMANN, Alexis; FOURMONT, Guillaume. Atlas Géopolitique Mondial 2022 Monaco: Éditions du Rocher, 2021.
LE MONDE Afrique hors-série. L’Atlas des Afriques. Paris: Malesherbes Publications SA, 2020.
I. Análise dos elementos da legenda
Auxiliar os estudantes na análise e leitura da legenda e na elaboração das respostas às atividades de 1 a 4. Consultar sugestão de respostas em Orientações didáticas.
1 Quais são os principais motivos de conflitos indicados no mapa? Como foram representados?
2 A variável visual cor é utilizada para representar que tipo de informação? A que outra informação ela está associada?
3 Que informação está representada pelas hachuras?
4 Cite outros símbolos utilizados no mapa e o que eles representam.
damente nas páginas anteriores desta Unidade. Se julgar pertinente, é possível verificar os conhecimentos prévios que os estudantes apresentam sobre a situação dos países envolvidos em conflitos mais recentes, como a Líbia, a Somália, a República Democrática do Congo, a Etiópia e o Sudão do Sul.
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movimentos separatistas, controle do poder do Estado e implantação de projetos políticos e religiosos alternativos. São usados símbolos diferentes em pontos específicos do mapa.
Encaminhar as atividades de 1 a 10, que auxiliam na leitura e interpretação do mapa e na sistematização do conteúdo proposto.
Na atividade 1, a determinação de fronteiras,
Na atividade 2, as cores são utilizadas para indicar a época de ocorrência dos conflitos. Essa informação sempre aparece associada ao motivo do conflito. Explicar que o mapa apresenta informações sobre onde, quando e por que os conflitos ocorreram.
Na atividade 3, as hachuras representam as
BNCC
MAPAS INTERAGIR
NÃO ESCREVA NO LIVRO. OCEANO ÍNDICO Equador Trópico de Câncer M e r d i a n o d e G r e e nw ic h Trópico de 0° 0° OCEANO ATLÂNTICO EUROPA ÁSIA Mar Mediterrâneo MarVermelho Aqmi Shebab Estado Islâmico Boko Haram Capricórnio SUDÃO SUDÃO DO SUL MAURITÂNIA B E N I N SERRALEOAGUINÉ-BISSAU MALI UT N ÍS I A SAARA OCIDENTAL ARGÉLIA CHADE EGITO NÍGER ERITREIA ETIÓPIA QUÊNIA UGANDA NIGÉRIA DJIBUTI SOMÁLIA TANZÂNIA NAMÍBIA ZIMBÁBUE REP. DEM. DO CONGO BURUNDI RUANDA MOÇAMBIQUE CONGO ZÂMBIA M A LAUÍ ANGOLA BOTSUANA ESSUATÍNI ÁFRICA DO SUL LESOTO MADAGASCAR GABÃO CAMARÕES REP. CENTRO-AFRICANA GANA TOGO SENEGAL CABO VERDE GUINÉ GÂMBIA COSTA DO MARFIM GUINÉ EQUATORIAL SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE BURKINA FASO MARROCOS LÍBIA LIBÉRIA Motivo do conflito Época do conflito Determinação de fronteiras Separatismo Controle do poder do Estado Projeto político e religioso alternativo Antes de 1990 De 1990 a 2010 De 2011 a 2017 Principais zonas de instabilidade desde 2011 Genocídios ou massacres em grande escala desde 1990 Campos de refugiados em 2015 0 765 SONIA VAZ
COM
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II. Análise da distribuição dos conflitos
5 Identifique os conflitos ocorridos antes dos anos 1990, indicando os motivos pelos quais aconteceram.
Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
6 Copie o quadro a seguir em seu caderno e preencha-o com as informações sobre os conflitos ocorridos a partir de 2011 País Motivo do conflito
7 Em que países africanos ocorreram genocídios?
Consultar quadro preenchido em Orientações didáticas. Sudão, República Democrática do Congo e Ruanda.
8 Caracterize a distribuição das zonas de conflito na segunda metade do século XXI.
As zonas de instabilidade estão situadas nas áreas de conflitos recentes ou ainda em curso.
9 Analise no mapa os campos de refugiados no ano de 2015 e explique sua distribuição espacial no continente.
Espera-se que os estudantes indiquem que os campos de refugiados estão, na maioria das vezes, situados nas áreas de fronteira entre os países onde há conflitos em curso.
10 Levantar dados precisos sobre o número de campos de refugiados é uma tarefa complexa. Além dos campos reconhecidos pela ONU e pelos governos locais, há milhares de campos informais cuja população oscila diariamente.
África: população em campos de refugiados selecionados – 2021
Mali
País Motivo do conflito
Projeto político e religioso alternativo Separatismo
Controle do poder do Estado
Nigéria Projeto político e religioso alternativo
Guiné Controle do poder do Estado
*
de 2020
Fontes dos dados: UNHCR – THE UN REFUGEE AGENCY. Genebra, c2001-2022. Site. Disponível em: https://www.unhcr.org/.
L’OBSERVATOIRE DES CAMPS DE RÉFUGIÉS. [S. l.], [2019]. Site. Disponível em: https://o-cr.org/. Acessos em: 19 jun. 2022.
• Você vai produzir um mapa indicando a distribuição de alguns campos de refugiados na África, com dados de 2021 presentes na tabela. Siga as etapas propostas.
a) Faça um decalque do mapa “África: divisão política", disponível na página 204, em uma folha de papel transparente ou use uma ferramenta digital que permita a criação do mapa.
b) Elabore uma legenda, criando classes que organizem os campos de refugiados por número de habitantes. Essas classes podem ser representadas no mapa por cores, círculos proporcionais, barras etc.
c) Dê um título ao mapa e, depois, compartilhe o resultado do seu trabalho com os colegas. Auxiliar os estudantes na elaboração do mapa. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
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zonas de instabilidade do continente africano.
Na atividade 4, a arma indica áreas de ocorrência de massacres e genocídios, e um conjunto de triângulos representa áreas de instalação de campos de refugiados.
Na atividade 5, espera-se que os estudantes respondam que, antes dos anos 1990, os conflitos estavam relacionados à questão da determinação de fronteiras e ao desejo de separatismo. É interessante observar que, em algumas situações, esses conflitos se estenderam para a
década seguinte. Chamar a atenção deles para os círculos representados em duas cores, como no caso de Guiné-Bissau, Chade, Angola e Sudão do Sul. Chamar a atenção para a evolução da natureza dos conflitos com o passar do tempo, como podemos observar nos territórios do Mali, da Nigéria, da República Centro-Africana, do Sudão, da República Democrática do Congo, da Somália e da Etiópia.
O quadro e os dados da atividade 6:
Burkina
Fasso Controle do poder do Estado
Gabão Controle do poder do Estado
Sudão Controle do poder do Estado
Etiópia Controle do poder do Estado
Zimbábue Controle do poder do Estado
Líbia
Projeto político e religioso alternativo Controle do poder do Estado
Sudão do Sul Controle do poder do Estado
Rep. CentroAfricana Controle do poder do Estado
Somália Projeto político e religioso alternativo
Moçambique Projeto político e religioso alternativo
Na atividade 10, espera-se que os estudantes criem classes agrupando diferentes faixas de número de habitantes nos campos de refugiados. Há diversas possibilidades de agrupamento e representação das classes. É importante verificar se as proposições são coerentes e se seguem um critério claro. Um exemplo:
Menos de 10 mil habitantes / entre 10 mil e 30 mil habitantes / entre 30 mil e 50 mil habitantes / entre 50 mil e 70 mil habitantes / entre 70 mil habitantes e 100 mil habitantes / entre 100 mil e 150 mil habitantes / entre 150 mil e 200 mil habitantes /mais de 200 mil habitantes.
O estudante poderá representar essas classes por meio da variável cor, com tons variando do mais claro ao mais escuro.
País Campo População País Campo População Quênia Dadaab 236 254 Mauritânia M’Bera 62 000 Uganda Bidi Bidi 235 000 Malauí Dzaleka 51 415 Etiópia Dolo Ado 170 000 Ruanda Mahama 47 695 Chade Iriba 168 000 RDC Lusenda Estimada em 30 000* Tanzânia Nyarugusu 128 704 Zimbábue Tongogara 14 500
Tindouf 90 000 Chade Dosseye 14 219 Camarões Minawao 68 103 Burkina Fasso Mentao
do Sul Tierkidi 64 420*
Argélia
6 500* Sudão
Dados
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• A habilidade EF08GE01 é atendida com foco em discutir os fatores históricos e condicionantes físico-naturais associados à distribuição da população humana pelos continentes.
• Contempla-se a habilidade EF08GE03 com ênfase em analisar as características da população africana (características étnicas e culturais e distribuição).
• O trabalho com a habilidade EF08GE05 tem foco em aplicar os conceitos de Estado-nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões, com destaque para as situações geopolíticas e regionalizações na África no pós-guerra.
• A habilidade EF08GE19 é desenvolvida ao interpretarem-se cartogramas com informações geográficas da África.
• Trabalha-se a habilidade EF08GE20 ao analisar características de países e grupos de países da África no que se refere aos aspectos políticos.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Sugerimos destinar um tempo para que os estudantes possam concluir a tarefa. Acompanhar a produção circulando pela classe para fornecer apoio didático e esclarecer dúvidas. Após esse tempo, verificar as respostas das atividades e solicitar às duplas que as exponham oralmente, de forma alternada.
1. V – F – V – F – V.
b) A África Meridional é a região que engloba menor número de países.
d) A Nigéria está localizada na África Ocidental.
Todas as respostas das atividades desta seção estão no MP, com orientações e encaminhamentos.
1 Considerando a divisão política e regional do continente africano, julgue as afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F). Reescreva as frases falsas no caderno, corrigindo-as. Consulte os mapas das páginas 204 e 205, se necessário.
a) De acordo com a regionalização com base na localização dos países, o continente africano está dividido em cinco regiões: Setentrional, Ocidental, Central, Meridional e Oriental.
b) A África Oriental é a região que engloba o menor número de países.
c) Todas as regiões africanas têm acesso direto para o mar.
d) A Nigéria está localizada na África Setentrional.
e) As regiões Central e Oriental fazem fronteira com a região Meridional.
2 Analise os mapas das páginas 205 e 206 e responda à questão.
• É correto afirmar que o Norte da África também pode ser chamado de África Setentrional? Justifique sua resposta.
3 Considerando as características étnicas, históricas e culturais, como podemos regionalizar o continente africano?
4 Analise o mapa a seguir, que representa parte da diversidade étnica e linguística da África, bem como sua distribuição pelo continente. Depois, responda às questões. Se necessário, consulte o mapa da página 206.
África: principais etnias
a) Quais são os principais grupos étnicos do Norte da África? Qual língua nativa é a mais falada nessa região?
b) Qual é a língua mais falada na África Subsaariana? Cite três grupos étnicos que a compartilham.
lacionados à dimensão, localização, regionalização e divisão político-territorial da África.
Fonte: CHARLIER, Jacques (org.).
Atlas du XXI siècle. Paris: Nathan, 2013. p. 162.
Objetivo:
• Conhecer aspectos relacionados à dimensão, localização, regionalização e divisão político-territorial da África.
2. Sim, pois a África Setentrional engloba todos os países do Norte da África, além do Sudão.
Objetivo:
• Conhecer aspectos re-
3. África Subsaariana e Norte da África.
Objetivo: • Conhecer aspectos relacionados à dimensão, localização, regionalização e divisão político-territorial da África.
4. a) Os principais grupos étnicos são: árabe, berbere, tuaregue e bedja. A língua nativa mais falada é a semita.
b) O bantu é a língua mais falada na África
Subsaariana. Podem ser citadas as etnias: fang, bateque, balunga, ngoni, suali, massai, tonga, zulu e ovampo.
Objetivos: • Reconhecer a diversidade étnica e cultural da população africana como elemento de afirmação da identidade de grupos culturalmente distintos.
• Compreender que o continente africano é caracterizado por grande diversidade sociocultural.
5. Os estudantes poderão explicitar que a população negra na África é predominante na África
BNCC Tuaregue OCEANO ATLÂNTICO 0º 0º OCEANO ÍNDICO MarVermelho Mar Mediterrâneo Equador Meridiano de Greenwich Trópico de Capricórnio Trópico de Câncer Hauça Ibo Mandigue Berbere Bedja Tibu Arnharique Danakil Gala Somali Nuere Krou Ewe Iorubá Fang Bateque Balunga Suali Massai Ngoni Ovampo Tonga Herero Hotentote Zulu Africâner Malgaxe Árabe EUROPA ÁSIA 0 1 026 Domínio de línguas europeias adaptadas Semita Camita Cuchitique Sudanês Bantu Coasan Malaio-polinésio Línguas nativas Os nomes no mapa representam grupos étnicos específicos ALLMAPS
ATIVIDADES NÃO ESCREVA NO LIVRO.
línguas nativas
e
Tuaregue OCEANO ATLÂNTICO 0º 0º OCEANO ÍNDICO MarVermelho Mar Med terrâneo Equador Meridiano de Greenwich Trópico de Capricórnio Trópico de Câncer Hauça Ibo Mandigue Berbere Bedja Tibu Arnharique Danakil Gala Somali Nuere Krou Ewe Iorubá Fang Bateque Balunga Suali Massai Ngoni Ovampo Tonga Herero Hotentote Zulu Africâner Malgaxe Árabe EUROPA ÁSIA 0 1 026 Domínio de línguas europeias adaptadas Semita Camita Cuchitique Sudanês Bantu Coasan Malaio-polinésio Línguas nativas Os nomes no mapa representam grupos étnicos específicos 230
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5 Algumas imprecisões sobre a África são comumente cometidas por pessoas de países não africanos. Por exemplo: muitos pensam que a África é um só país ou que a população negra constitui um único povo em todo o território. Explique por que essas afirmações são falsas.
6 Analise o mapa. Em seguida, responda às questões.
África: densidade demográfica – 2021
Fonte: ISTITUTO GEOGRAFICO DE AGOSTINI. Atlante geografico metodico De Agostini Novara: Istituto Geografico de Agostini, 2021. p. 118.
a) Qual é a principal informação representada no mapa?
b) Que áreas naturais do território africano apresentam densidade demográfica inferior a 1 hab./km²?
c) Qual rio africano atravessa áreas com alta densidade demográfica ao longo de grande parte de seu curso?
7 É comum a afirmação de que o continente africano apresenta uma paisagem em espelho. Explique os motivos dessa afirmação e dê exemplos para justificar sua resposta.
8 Analise o mapa “África: físico”, da página 208. Em relação às altitudes e às formas de relevo, o continente africano também apresenta “paisagem em espelho”, como afirmado na atividade anterior? Explique sua resposta.
9 Existem diversas teorias para explicar a origem do nome “África”. Segundo uma delas, a palavra vem do grego a-frike, que significa “sem frio”. Escreva um parágrafo associando essa teoria aos tipos de clima que ocorrem no continente africano. 231
gem em espelho” se refere às semelhanças climáticas entre as paisagens vegetais, tanto para o norte como para o sul do território, tendo como referência a linha do equador.
Objetivo: • Conhecer aspectos relacionados aos elementos físico-naturais que caracterizam o espaço geográfico do continente africano.
8. Espera-se que os estudantes respondam negativamente, pois essa expressão refere-se a ocorrências de clima e vegetação. Quanto à altitude do relevo, ao norte da linha do equador, existem grandes áreas com altitudes mais modestas. Já ao sul do equador, existem áreas com altitudes mais elevadas.
Objetivo: • Conhecer aspectos relacionados aos elementos físico-naturais que caracterizam o espaço geográfico do continente africano.
9. Espera-se que os estudantes associem a possível origem do termo “África” ao fato de que, principalmente por ter a maior parte do território na zona térmica tropical, os climas predominantes no continente africano apresentam médias de temperatura elevadas, destacando-se o clima equatorial (quente, úmido e com estação seca curta), o clima árido (quente e seco), e o clima tropical (verão chuvoso e inverno seco).
Objetivo: • Conhecer aspectos relacionados aos elementos físico-naturais que caracterizam o espaço geográfico do continente africano.
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Subsaariana, havendo diversas etnias que se diferenciam. No Norte da África, predomina a população branca, principalmente de origem árabe e berbere, que também está presente em menor número na África Subsaariana.
Objetivos: • Reconhecer a diversidade étnica e cultural da população africana como elemento de afirmação da identidade de grupos culturalmente distintos.
• Compreender que o continente africano é caracterizado por grande diversidade sociocultural.
6. a) A distribuição da população no continente africano.
b) Os desertos do Saara, da Namíbia e do Kalahari, e trechos da Floresta Equatorial e áreas de altitudes mais elevadas.
c) Rio Nilo.
Objetivo: • Identificar as influências dos elementos físico-naturais na distribuição da população no continente africano.
7. Pode-se afirmar que a denominação “paisa-
10. a) As legendas podem ser: Fotografia 1 – paisagem de Savana, formação vegetal que se associa ao clima tropical. As Savanas circundam as áreas de Florestas Equatorial e Tropical, ocorrendo no território de vários países da África, como África do Sul, Zâmbia e Tanzânia. Fotografia 2 – paisagem de Floresta Equatorial, vegetação que se associa ao clima equatorial, predominante no centro-oeste da África. Ocorre em países como Gabão e República Democrática do Congo (nas fotografias, paisagens de
EUROPA ÁSIA SAARA KALAHARI DESERTODA NAMÍBIA RioZambeze Rio Congo RioNíger R i o N i lo OCEANO ATLÂNTICO 0º OCEANO ÍNDICO Trópico de Capricórnio Trópico de Câncer MarVermelho Mar Mediterrâneo Equador Meridiano de Greenwich 0º 0º Densidade demográfica (hab. / km²) Áreas desabitadas De 0 a 1 De 2 a 10 De 11 a 25 De 26 a 50 De 51 a 100 De 101 a 200 Mais de 200 0 834 ALLMAPS
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Quênia (2021) e Madagascar (2019).
b) Podem ser citadas: Vegetação Mediterrânea, associada ao clima mediterrâneo; Deserto, associado ao clima desértico; Estepe e Pradarias, associadas ao clima semiárido.
Objetivos: • Conhecer aspectos relacionados aos elementos físico-naturais que caracterizam o espaço geográfico do continente africano.
• Identificar e relacionar os climas predominantes no continente africano às principais formações vegetais originais a eles associadas.
11. Desertificação é o processo de degradação dos solos no qual há destruição ou redução da produtividade biológica. É mais comum em áreas onde predominam climas áridos e semiáridos. Na África, ocorre principalmente no Sahel.
Objetivo: • Reconhecer o processo de desertificação como um problema que afeta áreas em todo o mundo, em especial na África.
12. As formas de escravidão presentes no continente africano eram decorrentes dos conflitos locais entre os diversos povos, com os vencedores das guerras escravizando os vencidos, que passavam a trabalhar em troca de moradia, alimentação e vestuário. Com a expansão árabe, começou o tráfico de escravizados e os deslocamentos populacionais forçados da África Subsaariana para a África do Norte. Depois, para o Oriente Médio, sul da Europa e Ásia.
Objetivo: • Conhecer características da organização social e do modo de vida da África pré-colonial.
13. A interferência dos europeus no mercado de escravizados estimulou conflitos entre diferentes povos da África, muitos grupos passaram a escravizar outros para obter lucros. Esse foi um dos fatores que contribuíram para a rivalidade entre diferentes etnias, que se agravou posteriormente com a partilha da
10 Analise as fotografias de duas paisagens africanas e faça o que se pede.
a) Complete a legenda de cada fotografia, caracterizando a formação vegetal, a área de ocorrência no continente africano e o tipo de clima a ela associado.
b) Escolha outra formação vegetal presente no continente africano e indique o tipo de clima a ela associado.
11 O que é desertificação? Quais áreas da África estão mais sujeitas a esse processo?
12 Caracterize a escravidão existente no continente africano antes de os europeus começarem a realizar o tráfico transatlântico de pessoas.
13 De que forma a entrada dos europeus no mercado de escravizados modificou a dinâmica social e econômica da África? Em que medida esse processo está relacionado aos conflitos vivenciados em muitos países africanos atualmente?
14 Explique o papel que a África passou a exercer na organização do espaço geográfico mundial, especialmente a partir do século XVI.
África no período colonial.
Objetivo: • Conhecer características da organização social e do modo de vida da África pré-colonial.
14. A África foi inserida no cenário mundial como fornecedora de escravizados para serem levados para a América. Depois, com a colonização pelos europeus a partir do século XVI, passou a fornecer às metrópoles produtos como marfim, madeira, peles de animais, ouro e outros metais preciosos.
Objetivo: • Relacionar aspectos da reorganização do espaço geográfico do continente africano ao processo de colonização de exploração na América.
15. a) A partilha da África, realizada por países europeus na Conferência de Berlim, que ocorreu em 1884.
b) Um dos desdobramentos da Conferência de Berlim foi a criação de fronteiras artificiais, que consideravam apenas os interesses das metrópoles na exploração do território, resultando
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WHITTAKER GEO/ALAMY/FOTOARENA
Formação vegetal no Quênia, 2021.
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Formação vegetal em Madagascar, 2019.
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15 Analise a charge a seguir e responda às questões.
processo de independência dos países africanos.
17. a) É possível identificar a localização dos países africanos e os respectivos anos em que se tornaram independentes.
b) Espera-se que os estudantes analisem atentamente o mapa e indiquem a Libéria, o Egito (1922), a Etiópia (1942) e a Líbia (1952). Chamar a atenção para a situação da África do Sul. Em 1910, o parlamento britânico criou a União da África do Sul, que transformou a colônia em domínio britânico. Porém, apenas em 1961, o país proclamou a República da África do Sul.
c) Entre 1956 e 1965.
a) Que evento é representado na imagem?
b) Explique os desdobramentos desse evento que podem ser verificados atualmente no continente africano.
16 Que fatores contribuíram para a independência das nações e a criação dos Estados africanos a partir da década de 1950?
17 Analise o mapa “África: descolonização”, na página 222. Depois, responda às questões.
a) Que informações são obtidas a partir da leitura e interpretação do mapa?
b) Antes de 1955, quantos países africanos eram independentes?
c) Em qual período maior número de países africanos conquistou a independência?
d) Além do Sudão do Sul, que ficou independente do Sudão em 2011, quais foram os dois últimos países africanos a conquistar a independência?
18 O processo de descolonização resolveu os problemas socioeconômicos dos países africanos? Justifique sua resposta.
19 Anote em seu caderno a que região ou país africano cada frase a seguir se refere.
O fim de uma longa guerra civil e a independência em 2011 não foram suficientes para acabar com conflitos entre grupos rivais.
Entre as principais causas dos graves problemas na região estão a seca e os conflito étnicos, como a guerra civil da Somália, iniciada na década de 1990.
em muitos conflitos por razões étnicas, religiosas e territoriais entre os povos que foram divididos ou agrupados em um mesmo território.
Objetivos: • Identificar desdobramentos do imperialismo europeu e da partilha da África no século XIX na organização política, social e territorial atual do continente. • Compreender como os processos de colonização na África contribuíram para a fragmentação de etnias, gerando conflitos.
16 Podem ser citados: o enfraquecimento eco-
O aumento da violência em 2019, com confronto entre grupos armados e o Exército nacional, resultou no deslocamento forçado de mais de 5,6 milhões de pessoas no interior do país.
nômico e militar dos Estados-nação europeus, envolvidos na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), que dificultou o controle das colônias africanas; o crescimento dos movimentos de resistência e independência dos territórios ocupados na África; as manifestações e pressões da opinião pública mundial a favor da independência dos países africanos; o apoio dos Estados Unidos e da União Soviética aos países africanos.
Objetivo:
• Identificar os fatores que colaboraram no
d) Namíbia e Eritreia.
Objetivo: • Perceber que a descolonização da África ocorreu pós-Segunda Guerra Mundial, a partir de 1955.
18. Não, os novos Estados nasceram pobres e dependentes de suas antigas metrópoles, com graves problemas sociais e, em muitos casos, com intensa instabilidade política, acarretada por conflitos internos resultantes da luta pelo poder em países em que diferentes etnias ocupam um mesmo território.
Objetivos: • Identificar desdobramentos do imperialismo europeu e da partilha da África no século XIX na organização política, social e territorial atual do continente. • Compreender como os processos de colonização na África contribuíram para a fragmentação de etnias, gerando conflitos. • Perceber que o processo de descolonização e independência das nações africanas não solucionou os problemas sociais e econômicos nos novos Estados.
19. a) Sudão e Sudão do Sul.
b) Chifre da África.
c) República Democrática do Congo.
Objetivo: • Compreender as causas específicas e consequências de alguns dos conflitos ocorridos no continente africano após o processo de descolonização.
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ARIONAURO
a) b) c)
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BNCC NA UNIDADE
Competências
Gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 7, 9 e 10
Ciências Humanas: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7
Geografia: 1, 3, 4, 5, 6 e 7
Habilidades
Geografia:
• EF08GE03
• EF08GE07
• EF08GE13
• EF08GE19
• EF08GE01
• EF08GE05
• EF08GE08
• EF08GE14
• EF08GE20
Arte: • EF69AR01
• EF08GE02
• EF08GE06
• EF08GE09
• EF08GE18
Língua Portuguesa: • EF89LP24
• EF89LP25
Matemática: • EF08MA04 • EF08MA15
• EF08MA23
Abertura da Unidade
BNCC
• Atende-se à habilidade EF08GE02 com ênfase em relacionar fatos e situações representativas da história do município em que se localiza a escola, considerando a diversidade e os fluxos migratórios da população mundial.
• A habilidade EF08GE20 tem foco em analisar conhecimentos prévios sobre características de países e grupos de países da África no que se refere aos aspectos populacionais e econômicos.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Explorar com os estudantes os detalhes da imagem de abertura da Unidade, que retrata parte do mercado de Marrakech, no Marrocos. Pedir aos estudantes que descrevam os elementos presentes na imagem, identificando aqueles que são comuns e aqueles que se diferenciam da nossa cultura. Levantar os conhecimentos sobre a cultura africana. Com base nos estudos realizados até o momento e em sua experiência de vida, eles poderão trazer informações que irão auxiliá-lo a identificar estereótipos e a encaminhar melhor as aulas.
ÁFRICA: SOCIEDADE E ECONOMIA
A grande diversidade étnica e cultural da África é evidenciada por diferentes idiomas, dialetos, crenças religiosas, culinária e costumes.
A diversidade também pode ser observada na economia. Enquanto muitos países ainda são predominantemente agrários, outros têm uma economia dinâmica, baseada em diversos setores e atividades.
Na atividade 1, espera-se que os estudantes respondam que é o comércio de produtos associado à cultura local. Questioná-los se já frequentaram algum mercado público e que tipo de mercadorias associadas aos elementos da cultura local eles encontraram. Caso o município onde a escola está situada conte com um ou mais mercados públicos, questionar a turma sobre o local e os artigos que podem ser encontrados nele: alimentos, artesanatos, utensílios e outros produtos típicos. Em relação ao mercado marro-
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quino retratado na fotografia, as possíveis atividades econômicas relacionadas são: artesanato, indústria e comércio.
Incentivar os estudantes a expor suas opiniões na atividade 2 de acordo com seus conhecimentos prévios. Espera-se que respondam: mão de obra abundante e barata; grande quantidade de recursos minerais e energéticos; extensas áreas agricultáveis, entre outros.
Na atividade 3, espera-se que os estudantes respondam que, no Brasil, aspectos culturais de
Mercado em Marrakech, Marrocos, 2019.
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UNIDADE
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alguns povos africanos manifestam-se por meio da religião, como o candomblé; dos ritmos musicais, como o samba; dos instrumentos musicais, principalmente os de percussão, como o berimbau; da culinária, como o azeite de dendê; da língua, por meio de expressões utilizadas no vocabulário, como batuque, cafuné etc.
Converse com os colegas e o professor sobre as atividades a seguir.
1 Os mercados públicos reúnem elementos significativos da cultura de um lugar. Quais aspectos culturais e atividades econômicas se relacionam com o mercado retratado?
2 Diferentes países interessam-se economicamente pelo continente africano. No seu entendimento, quais seriam as razões para esse interesse?
3 Considerando os vínculos culturais entre África e Brasil, identifique elementos das culturas dos povos africanos que podem ser observados no município onde está situada a escola onde você estuda.
TEXTO COMPLEMENTAR
Com quase mil anos de existência, o mercado de Marrakech borbulha com muita vida
Mercados oferecem o melhor retrato de uma cidade. Neles encontramos os alimentos produzidos na região, as roupas que os habitantes compram e os objetos domésticos de uso cotidiano. Também representam um ponto de encontro para a população, onde vendedores, compradores e passantes marcam sua presença e trocam informações.
Considerado por viajantes como um dos dez melhores mercados do mundo, os souks de Marrakech são um espetáculo imperdível. É aquele tipo de lugar – destacado em contos exóticos e filmes de aventuras – que povoa nossos pensamentos como símbolo do mercado oriental. [...]
Os souks – mercados tradicionais em árabe – de Marrakech nasceram com a fundação da cidade por volta de 1070 pela dinastia dos Almorávidas. À medida que o povoado ganhou seu palácio e sua mesquita, começou a atrair comerciantes e artesãos. Um eficiente sistema de distribuição de água potável desenhado pelo engenheiro Yunus al-Muhandis contribuiu para sustentar um número crescente de habitantes, se tornando uma capital fervilhante.
[...]
Os mercados de Marrakech estão organizados por agrupações profissionais, cada uma com regras estritas sobre quem pode se considerar ferreiro, ourives, vidreiro, oleiro, cesteiro ou carpinteiro. Existe uma hierarquia bem estabelecida e um aprendiz só pode montar seu próprio negócio após ser aprovado por uma comissão formada pelos mestres artesãos.
[...]
CASTRO, Haroldo; PAULINO, Giselle. Com quase mil anos de existência, o mercado de Marrakech borbulha com muita vida. Época, Rio de Janeiro, 28 jan. 2016. Disponível em: https://epoca.oglobo.globo.com/ colunas-e-blogs/viajologia/noticia/2016/01/ com-quase-mil-anos-de-existencia-o-mer cado-de-marrakech-borbulha-com-muitavida.html. Acesso em: 4 ago. 2022.
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Consultar comentários em Orientações didáticas.
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• A habilidade EF08GE19 é contemplada com foco em interpretar mapas esquemáticos (croquis) com informações geográficas acerca da África.
• Atende-se à habilidade EF08GE20 com ênfase em analisar conhecimentos prévios sobre características da África no que se refere aos aspectos populacionais.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Nesta dupla de páginas, são abordadas técnicas e conhecimentos desenvolvidos por povos africanos em diferentes períodos. O conteúdo proposto possibilita desenvolver o tema contemporâneo transversal Ciência e Tecnologia Antes de iniciar o trabalho com o conteúdo, questionar os estudantes sobre os conhecimentos que eles têm acerca das produções científicas e tecnológicas africanas. É provável que citem poucas contribuições, em razão do domínio europeu sobre a divulgação científica e a visão eurocêntrica no âmbito cultural, da ciência e das tecnologias. Para saber mais sobre o eurocentrismo, ler o excerto da seção Texto complementar.
Nesse contexto, cabe destacar a importância da obrigatoriedade do ensino da História e da cultura afro-brasileira nas escolas, com o objetivo de valorizar e resgatar as contribuições dos povos africanos na construção da identidade brasileira e promover discussões sobre a situação dos afrodescendentes na atualidade. Estudos revelam que, após dez anos da criação da lei n 10.639/03, aproximadamente 10% das escolas brasileiras têm realizado alterações curriculares com o objetivo de efetivar essa abordagem, revelando a necessidade de avanços na aplicação da lei. Indicamos, na seção Ampliando horizontes, os documentos oficiais relacionados às Diretrizes Curriculares Nacionais
1 PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO
1 Matemática
Algumas das ferramentas matemáticas mais antigas encontradas no mundo são africanas. Os ossos de Lebombo datam de cerca de 35000 a.C. e foram encontrados em Essuatíni. Esses ossos eram utilizados para cálculos e contagem da passagem do tempo. Os ossos de Ishango foram encontrados na atual República Democrática do Congo e calcula-se que tenham sido produzidos em 20000 a.C. Esses ossos eram utilizados para marcar a passagem dos dias, de acordo com as fases da Lua.
o para a Educação das Relações Étnico-Raciais, para auxiliar e/ou aprofundar seus estudos.
A seguir, promover a leitura coletiva de textos e imagens das páginas 236 e 237, para identificar algumas das produções africanas em diferentes tempos, lugares e áreas do conhecimento. Encaminhar as atividades 1 a 3, que auxiliam na sistematização do conteúdo abordado.
Na atividade 3, entre as inúmeras contribuições dos povos africanos, os estudantes poderão citar os conhecimentos na Medicina, como o
domínio da técnica do parto cesariano no século XIX, a cirurgia de catarata e o conhecimento sobre vacinação e medicamentos; na Astronomia, os conhecimentos sobre o Sistema Solar entre cinco e sete séculos antes de Cristo; na metalurgia, a produção de aço em fornos mais potentes do que aqueles que os europeus utilizavam até o século XIX, entre outras.
BNCC
3 2 4 5 1 35000 a.C 20000a.C Séc.XV SécXI 2700a.C. 4 000 a. C. Ossos de Ishango. REAL INSTITUTO BELGA DE CIÊNCIAS NATURAIS LUIZ RUBIO 236 D2-GEO-F2-2106-V8-U8-234-267-LA-G24_AV.indd 236 22/08/2022 02:06 236
3
2 Engenharia
Os projetos e o processo de construção das pirâmides do Egito mostram o avanço nos campos da Engenharia e da Matemática.
Pirâmide de Djoser na cidade de Memphis, Egito, 2022.
O egípcio Imhotep, que nasceu por volta de 2700 a.C., diagnosticou e tratou diversas doenças, realizou cirurgias, desenvolveu medicamentos feitos com plantas e tinha conhecimento sobre a fisiologia do corpo humano.
Resposta pessoal. Incentivar os estudantes a se manifestarem sobre as contribuições dos povos africanos na produção do conhecimento.
4 Metalurgia
Alguns reinos africanos se especializaram na metalurgia do bronze, como o reino Iorubá (no século XI), e do ferro, como o reino do Congo (no século XVI). Além de construírem fornos especializados para fundir metais, desenvolveram diversos tipos de armas e ferramentas, como a enxada.
5 Universidade e manuscritos de Timbuktu
Por volta do século XV, Timbuktu (ou Tombucutu), no reino do Mali, abrigou a Universidade Sankore, que chegou a reunir mais de 20 mil estudiosos. Timbuktu acumulou grande quantidade de livros trazidos por viajantes com obras sobre diversos assuntos.
Espera-se que os estudantes reconheçam o domínio europeu sobre a divulgação científica e a visão eurocêntrica nos âmbitos cultural e científico.
1 Qual das contribuições você achou mais interessante? Por quê?
2 Embora muito importante, a produção dos conhecimentos africanos é pouco divulgada quando comparada à da civilização grega. No seu entendimento, por que isso acontece?
3 Em dupla, pesquisem na internet, em livros e outras publicações, técnicas e conhecimentos desenvolvidos pelos africanos em setores diversos (agricultura, mineração etc.) e que foram levados para outros continentes. Elaborem, em um arquivo digital, um relatório com textos e imagens. Caso não seja possível, insiram o relatório e as imagens em um cartaz.
Na data marcada pelo professor, apresentem os resultados da pesquisa para os colegas. Após a apresentação, divulguem o trabalho nas mídias sociais da escola e nos grupos de familiares e amigos.
Orientar os estudantes na atividade de pesquisa. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
TEXTO COMPLEMENTAR
Contribuição dos povos africanos para o conhecimento científico e tecnológico
universal
[...] As grandes distorções históricas a respeito do legado cultural e científico dos povos africanos e afrodescendentes resultam principalmente da predominância do eurocentrismo na história oficial. E a classificação do eurocentrismo como um “simples etnocentrismo” (fenômeno
FICA A DICA
Os segredos de Saqqara (documentário). Direção: James Towell. Estados Unidos, 2020. O documentário mostra o trabalho de arqueólogos durante a exploração de uma tumba com mais de 4000 anos no sítio arqueológico de Saqqara, Egito.
b) como ideologia, o eurocentrismo abstrai os elementos comuns a muitos grupos e articula uma visão generalizada, a partir de suas referências históricas clássicas: grega e romana;
c) a conjunção violência e falsificação histórica, que o eurocentrismo fez uso para se impor enquanto referencial universal à humanidade. Essa iniciativa, de fato, deu suporte à armação da suposta superioridade física, econômica, religiosa e social dos grupos étnicos europeus perante os outros grupos étnicos.
A negação do passado científico e tecnológico dos povos africanos e a exacerbação do seu “caráter lúdico” foi uma das principais façanhas do eurocentrismo e que ainda hoje abala fortemente a autoestima da população africana e da diáspora, pois os “métodos”, “conceitos” e muitos cientistas europeus deram a impressão ao restante do mundo de que as populações africanas não tiveram uma contribuição relevante para a construção do conhecimento universal. [...]
CUNHA, Lázaro. Contribuição dos povos africanos para o conhecimento científico e tecnológico universal. Salvador: Secretaria Municipal da Educação, [20--]. Disponível em: http://smec.salvador.ba.gov. br/documentos/contribuicao-povos-africa nos.pdf. Acesso em: 4 ago. 2022.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor
• GENTILE, Paola. África de todos nós. Nova Escola, São Paulo, 21 nov. 2005. Disponível em: https://novaescola.org.br/con teudo/2393/africa-de-todos-nos. Acesso em: 4 ago. 2022. Esse texto trata da riqueza das ciências, das tecnologias e da história dos povos desse continente.
universal que expressa a tendência de um indivíduo ou grupo humano em pautar a compreensão do mundo a partir do seu ponto de vista, centro ou referência) aplicado aos europeus se constitui em um equívoco e uma minimização do seu papel, pois, segundo Nascimento (1994), o eurocentrismo possui três características fundamentais que o diferenciam do sentido original do etnocentrismo:
a) o eurocentrismo não está associado ou restrito a uma só etnia, pois existem inúmeros grupos étnicos na Europa;
• BRASIL. Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 9 jan. 2003. Disponível em: http://www.pla nalto.gov.br/CCivil_03/leis/2003/ L10.639.htm. Acesso em: 4 ago. 2022.
Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências.
Estátua de bronze de Imhotep.
Manuscritos islâmicos de Astronomia do reino de Mali.
2. Resposta pessoal.
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ALBUM FOTOARENA
BRIDGEMAN/EASYPIX BRASIL
MATTES RENÉ/HEMIS.FR/AFP
G. DAGLI ORTI/DEA/ALBUM/FOTOARENA
Peça de bronze iorubá utilizada em ritual.
Medicina
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Competências
• Gerais: 1, 2, 3, 4, 5 e 9
• Ciências Humanas: 1, 2, 4 e 7
• Geografia: 4 e 5
Habilidades
• A habilidade EF08GE03 é contemplada com foco em analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando características da população africana relacionadas à produção artística e cultural.
• O trabalho com a habilidade EF08GE18 é realizado com ênfase em elaborar mapas ou outras formas de representação cartográfica para analisar contextos culturais da população africana, especialmente a produção artística contemporânea.
• Atende-se à habilidade EF08GE20 com foco em analisar conhecimentos prévios sobre características da África no que se refere aos aspectos populacionais.
Interdisciplinaridade com...
Arte:
• EF69AR01 Pesquisar, apreciar e analisar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, em obras de artistas brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas e em diferentes matrizes estéticas e culturais, de modo a ampliar a experiência com diferentes contextos e práticas artístico-visuais e cultivar a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Considerando a importância e a necessidade de inclusão da temática “História e Cultura Afro-Brasileira” no currículo da Educação Básica, julgamos de extrema relevância apresentar aos estudantes elementos da produção artística de alguns povos africanos de variadas épocas,
Artes africanas tradicionais
Os povos africanos possuem uma produção artística rica e variada, porém pouco conhecida em países de outros continentes. Isso ocorre, entre outros fatores, em razão da difusão de uma imagem historicamente distorcida do continente africano, apresentado como desorganizado social e politicamente e ocupado por povos cultural e intelectualmente inferiores.
Essa visão é equivocada, pois a África estava organizada em sociedades bastante complexas muito antes da chegada do colonizador europeu, com ciências e artes presentes no cotidiano dos povos. Analise alguns exemplos das artes tradicionais dos povos da África Subsaariana nos campos da escultura, das máscaras, dos adornos corporais e dos objetos de decoração.
Foi encontrada em Djenné-Jeno, considerada a cidade mais antiga da África Subsaariana, no Mali.
Escultura em terracota feita no século XIII.
Saleiro esculpido em marfim pelos Sapi, de Serra Leoa, entre os séculos XV e XVI.
Os exploradores e comerciantes portugueses encomendavam esse tipo de escultura, que era levada para a Europa para armazenar sal e pimenta, produtos de alto valor comercial no período.
Máscara pingente da rainha-mãe Iyoba, esculpida em marfim no século XVI, na Nigéria. Ela representa a mãe do rei Esigie, líder do povo edo.
destacando seu contexto de criação e função nas diferentes culturas.
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Nesse contexto, é possível desenvolver um trabalho interdisciplinar com Arte com foco na habilidade EF69AR01. Se julgar oportuno, convidar o professor desse componente curricular para desenvolverem juntos o conteúdo proposto. A temática desenvolvida também se relaciona com o tema contemporâneo transversal Multiculturalismo, com destaque para a Diversida-
de Cultural Para isso, iniciar a abordagem do tema questionando os estudantes acerca de seus conhecimentos sobre a arte na África. É provável que apresentem exemplos de produções recentes que poderão ser usados para diferenciar a arte tradicional da contemporânea. A opção pela arte tradicional está vinculada à urgência do rompimento de estereótipos acerca da produção intelectual e artística africana, que ainda é pouco valorizada e desconhecida em muitos países.
BNCC
NÃO ESCREVA NO LIVRO. com CONEXÃO ARTE
INTEGRANDO com ARTE
MAPAS: EDITORIA DE ARTE QUINTLOX/ALBUM/FOTOARENA METROPOLITAN MUSEUM OF ART, NY/ALBUM/ FOTOARENA METROPOLITAN MUSEUM OF ART, NY/ ALBUM/FOTOARENA 238
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1. a) e b) Resposta pessoal. Permitir que os estudantes manifestem suas impressões livremente.
Os reis fon, que enriqueceram com o tráfico de escravizados, contratavam artistas para criar objetos luxuosos para demonstrar o poder do reino e proteger seus líderes em períodos de conflito.
Búfalo esculpido em prata, ferro e madeira no século XIX pelo povo fon, no Benin.
A máscara é composta de um rosto de madeira esculpida com um colar de ráfia preso a uma estrutura coberta com tecido de fibra, usada pelos meninos durante cerimônias de iniciação e passagem para a vida adulta. Feita pelos povos yaka entre os séculos XIX e XX, que ainda habitam a República Democrática do Congo.
Máscara de madeira e ráfia dos povos yaka (atual República Democrática do Congo).
Escultura feita em madeira, fibras e outras matérias orgânicas pelo povo bangwa (Camarões) no final do século XIX. Ela representa um lefem, que é um líder dos bangwa.
1 Analise atentamente as obras de arte africanas e responda em seu caderno.
a) Qual objeto representado mais chamou sua atenção? Por quê?
b) Quais materiais foram usados para a produção do objeto de que você mais gostou?
2 Explique como as produções artísticas tradicionais estão relacionadas à vida cotidiana dos povos africanos.
Resposta pessoal. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
3 A arte evolui com as sociedades, e na África não é diferente. Além das manifestações tradicionais, artistas contemporâneos desenvolvem criações nas áreas da literatura, dança, teatro, música, pintura e escultura, entre outras. Em grupos:
a) escolham uma dessas manifestações;
b) pesquisem nomes de artistas africanos, seus países de origem e suas principais obras;
c) tragam para a sala de aula a reprodução de alguns exemplos das obras pesquisadas (imagens de pinturas, esculturas; áudio de músicas; vídeos com danças ou trechos de peças de teatro etc.). Compartilhem suas descobertas com o restante da turma.
Auxiliar os estudantes na pesquisa. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
4 Agora vocês vão elaborar um mapa sintetizando o trabalho de pesquisa de toda a turma. Esse mapa pode ser realizado em formato digital, tradicional com decalques de mapas, colagens, entre outros, com o objetivo de mapear algumas manifestações culturais contemporâneas na África.
Auxiliar os estudantes na elaboração do mapa. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas. 239
Pode-se sugerir um trabalho preliminar com as imagens dos objetos apresentados na seção. Questionar os estudantes sobre aspectos como período de produção, país, materiais utilizados, função do objeto. Depois, solicitar que leiam as legendas, verificando suas hipóteses e compartilhando suas impressões. Após analisar as obras de arte africanas, encaminhar as atividades 1 a 3.
Na atividade 2, espera-se que os estudantes indiquem que todos os objetos representados
têm uma finalidade específica no cotidiano dos povos citados: utilização em rituais sociais e religiosos, homenagem a um líder ou uma personagem importante da comunidade, proteção espiritual ou, simplesmente, decorar um ambiente. Esse caráter utilitário dos objetos elaborados pelas diversas culturas africanas fez com que, durante muito tempo, os europeus não os considerassem como obras de arte. Se julgar pertinente, discutir com os estudantes o desconhecimento
da população em relação à arte africana e seus artistas.
Verificar, na atividade 3, se os grupos escolheram temas diferentes, para maior riqueza na troca de informações entre os estudantes. Auxiliá-los na pesquisa de artistas africanos contemporâneos em diversas áreas da produção artística e na organização das informações coletadas, que poderão ser compartilhadas de variadas formas, inclusive por meio de ferramentas digitais. A atividade possibilita desenvolver práticas de pesquisa como análise documental, observação e tomada de notas (consultar tópico Práticas de pesquisa nas Orientações gerais deste Manual).
Na atividade 4, auxiliar os estudantes a escolher o melhor suporte para a elaboração do mapa, de acordo com os recursos disponíveis na escola. Depois, ajudá-los a organizar e classificar as manifestações culturais pesquisadas, que deverão ser representadas no mapa com símbolos, cores ou outros recursos. Na sequência, deverão identificar os países correspondentes e as informações que desejarão inserir na representação. Acompanhar o trabalho dos estudantes em cada etapa e incentivá-los a apresentar os resultados da pesquisa para a comunidade escolar.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor
• BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Conselho Pleno. Resolução CNE/ CP no 1, de 17 de junho de 2004 Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília, DF: MEC/ CNE/CP, 2004. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/ar quivos/pdf/res012004.pdf. Acesso em: 4 ago. 2022.
As diretrizes são constituídas de orientações e princípios para o planejamento, execução e avaliação da Educação. O objetivo é formar cidadãos conscientes e que saibam se relacionar em meio a uma sociedade multicultural e pluriétnica.
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PETER HORREE/ ALAMY/FOTOARENA BRIDGEMAN / FOTOARENA ALAMY / FOTOARENA
• Atende-se à habilidade EF08GE03 com foco em analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando características da população africana (condições de vida nas cidades).
• O trabalho com a habilidade EF08GE18 se dá com ênfase em elaborar formas de representação cartográfica (croqui) para analisar dinâmicas urbanas, ordenamento territorial, modo de vida e usos e ocupação de solos na África.
• A habilidade EF08GE20 é contemplada com enfoque em analisar características de países e grupos de países da África no que se refere aos aspectos populacionais e urbanos e discutir desigualdades sociais.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Na página 240, apresentar as principais características do processo de urbanização na África, apoiadas no intenso êxodo rural. Destacar a formação, em ritmo bastante acelerado, de grandes aglomerações urbanas com mais de 1 milhão de habitantes. Em 1960, havia apenas uma cidade nessa situação. Na década de 1970, esse número cresceu para quatro e, em 2013, o continente já possuía mais de 30 cidades com população superior a 1 milhão de habitantes. As projeções da ONU apontam que 44 cidades africanas atingirão esse número em 2025. Explorar a relação entre o aumento da população urbana e as dificuldades de crescimento econômico e os problemas urbanos decorrentes. Se julgar adequado, ler para os estudantes o excerto da seção Texto complementar
Encaminhar as atividades 1 e 2, que auxiliam na leitura e interpretação do mapa e do gráfico.
Na página 241, aproveitar para comparar o processo de segregação espacial nas cidades africanas e brasileiras. Entre as
2 CONDIÇÕES DE VIDA
A população africana vive predominantemente nas áreas rurais. No entanto, essa situação está se modificando em razão da intensificação das migrações do campo para a cidade. Essas migrações são motivadas por diversos fatores: secas prolongadas, empobrecimento dos solos, predomínio de grandes propriedades monocultoras, busca por melhores condições de vida, entre outros. Com isso, as áreas urbanas estão passando por um rápido crescimento demográfico. Analise o mapa e o gráfico.
África: projeção da população urbana (em %) – 2030
África: evolução e projeção da população urbana e rural – 1980-2050
Fonte: WORLD urbanization prospects: the 2018 revision. United Nations. New York, c2018. Disponível em: https://population.un.org/wup/Maps/. Acesso em: 26 jun. 2022.
Fonte: UNITED NATIONS ECONOMIC COMMISSION FOR AFRICA. The demographic profile of African countries. Etiópia: UN. ECA, 2016. Disponível em: https://repository.uneca.org/handle/10855/23177. Acesso em: 26 jun. 2022.
O processo de urbanização na África tem sido acompanhado por uma série de problemas, como a precariedade das moradias e a carência de serviços públicos básicos (transporte, energia, comunicação, segurança pública, saneamento básico, saúde e educação).
A perspectiva de crescimento acelerado da população urbana amplia o desafio de promover o desenvolvimento socioeconômico, de realizar melhorias na infraestrutura e de distribuir a renda de maneira mais justa, como forma de reduzir os problemas sociais que afetam parte considerável dos habitantes.
1. Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia, Saara Ocidental, Mauritânia, África do Sul, Botsuana, Namíbia, Guiné Equatorial, Gabão, República Democrática do Congo, Gana, Camarões e Angola.
1 Identifique os países que apresentarão população urbana superior a 60% em 2030.
2 Com a população africana estimada em 2 bilhões de habitantes em 2040, qual será o percentual de pessoas vivendo nas cidades do continente?
Mais de 50%.
semelhanças: rápido e desordenado crescimento urbano, com graves problemas de infraestrutura, sobretudo para as parcelas mais pobres da população; bairros carentes de infraestrutura convivendo com bairros dotados de infraestrutura, ocupados pela população com maior poder aquisitivo. Entre as diferenças: o Brasil se tornou um país predominantemente urbano antes dos países africanos, que ainda estão realizando essa transição; o ritmo de crescimento da população brasileira é mais lento que o da população da África, que está
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vivendo uma explosão demográfica e, com isso, é possível que o continente africano apresente, nas próximas décadas, um número maior de cidades com mais de 1 milhão de habitantes comparado ao Brasil. Se julgar pertinente, encaminhar a seção Atividade complementar
Encaminhar as atividades 3 a 5, que auxiliam na sistematização do conteúdo estudado nesta dupla de páginas.
Na atividade 3, os estudantes podem indicar a segregação espacial, a falta ou deficiência de
BNCC
OCEANO ÍNDICO OCEANO ATLÂNTICO Trópico de Capricórnio 0° 0° Equador M e r d a n o d e G r e e n w c h EUROPA ÁSIA Mar Mediterrâneo MarVermelhoTróp co de Câncer De 0 a 20 De 20 a 40 De 40 a 60 De 60 a 80 De 80 a 100 Porcentagem da população urbana 0 1 186 SONIA VAZ 1980 1990 2000 Urbana Rural 2010 2020 2030 2040 2050 0 200 000 400 000 600 000 800 000 1 000 000 1 200 000 1 400 000 1 600 000 População Ano FJF VETORIZAÇÃO OCEANO ÍNDICO OCEANO ATLÂNTICO Trópico de Capricórnio 0° 0° Equador M e r d i a n o d e G r e e n w c h EUROPA ÁSIA Mar Mediterrâneo MarVermelhoTrópico de Câncer De 0 a 20 De 20 a 40 De 40 a 60 De 60 a 80 De 80 a 100 Porcentagem da população urbana 0 1 186 OCEANO ÍNDICO OCEANO ATLÂNTICO Tróp co de Capricórnio 0° 0° Equador M e r d a n o d e G e e n w c h EUROPA ÁSIA Mar Mediterrâneo MarVermelhoTrópico de Câncer De 0 a 20 De 20 a 40 De 40 a 60 De 60 a 80 De 80 a 100 Porcentagem da população urbana 0 1 186 240
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Nas paisagens de muitas cidades africanas, pode-se observar a segregação espacial. Os bairros dotados de melhor infraestrutura são ocupados pela elite, enquanto a população mais pobre vive em bairros com condições de vida inferiores, carentes de infraestrutura adequada e de serviços públicos. Estima-se que 70% da população urbana do continente africano viva em favelas. Diante desses problemas, algumas ações vêm sendo encaminhadas para promover o chamado direito à cidade, ou seja, o acesso de todas as pessoas a moradias adequadas, serviços e equipamentos urbanos de qualidade.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Segregação espacial no Brasil e na África
Comparar o processo de segregação espacial nas cidades africanas e brasileiras, pesquisando imagens de grandes cidades, como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, entre outras. A comparação pode ser feita com base nos seguintes critérios: tipos de construção, divisão dos lotes no terreno, arborização, padrão de arruamento etc.
TEXTO COMPLEMENTAR
As cidades africanas estão superpovoadas, desconectadas e são dispendiosas [...]
3 Cite os principais problemas urbanos existentes nas cidades africanas.
4 Que tipo de desafios as cidades africanas precisam enfrentar para reduzir os problemas sociais?
Auxiliar os estudantes na elaboração da resposta. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas. Conciliar o desenvolvimento socioeconômico, melhorar infraestrutura de serviços básicos e promover a distribuição de renda.
5 Você vai produzir um croqui com base na fotografia disponível nesta página. Siga as etapas.
a) Faça um decalque da fotografia com papel transparente, destacando os limites entre os bairros.
b) Use formas, cores ou símbolos para representar as construções, ruas e outros elementos dos bairros. Organize essas informações em uma legenda e dê um título ao croqui.
c) Escreva um parágrafo analisando como o território está ordenado em cada um dos bairros, destacando a distribuição e os tipos de construções.
d) Compartilhe sua análise com os colegas.
Auxiliar os estudantes na realização desta atividade. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
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infraestrutura de serviços sociais (educação e saúde), de moradias dignas, de transporte coletivo, de energia elétrica, de saneamento básico, de iluminação pública, de segurança pública, entre outros.
Na atividade 5, explicar o que é um mapa esquemático ou croqui. Verificar a coerência entre os elementos representados no croqui e a organização deles na legenda. Na análise do ordenamento territorial dos dois bairros representados na fotografia, espera-se que os estu-
Muitas cidades da África Subsaariana partilham três características que restringem o crescimento e o desenvolvimento econômico. Duas delas são diretamente visíveis nas estruturas físicas e na configuração espacial das cidades: estão apinhadas de pessoas e de habitações, e desconectadas pela falta de uma rede de transportes e de outras infraestruturas. Finalmente, e em parte porque estão desconectadas, as cidades são dispendiosas. Na realidade, elas estão entre as mais caras do mundo, tanto para as empresas como para as famílias –principalmente por causa da sua configuração espacial ineficiente.
Cidades superpovoadas
As cidades africanas estão superpovoadas na medida em que estão cheias de pessoas que vivem em moradias urbanas informais e não planejadas, para estarem perto do trabalho. [...] Faltam habitações, infraestruturas e outros investimentos de capital. [...]
dantes indiquem que ambos são residenciais, e apontem aspectos como a distribuição mais organizada das construções no bairro, a presença mais significativa de vegetação, parcelas maiores de terreno por moradias, alguns inclusive com piscinas, entre outras características do bairro de Bloubosrand. Na favela, o adensamento é maior, com parcelas de terrenos menores. Também é possível verificar a precariedade das construções.
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Uma das causas desse superpovoamento é que as cidades africanas não são economicamente densas ou suficientemente eficientes para promover economias de escala e atrair investimentos de capital. [...]
LALL, Somik Vinay et al Cidades africanas: abrindo as portas ao mundo. Washington, D.C.: The World Bank, 2017. Disponível em: https://openknowl edge.worldbank.org/bitstream/handle/ 10986/25896/211044ovPT.pdf. Acesso em:
5 ago. 2022.
À esquerda na foto, o bairro de Bloubosrand, e à direita, a favela de Kya Sands, em Johanesburgo, África do Sul, 2022.
241
LANDSAT/COPERNICUS/GOOGLE EARTH 2022
241
• Atende-se à habilidade EF08GE03 com ênfase em analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando características da população africana (condições de vida).
• A habilidade EF08GE06 é contemplada com foco em analisar a atuação das organizações mundiais em programas sociais, no continente africano.
• O trabalho com a habilidade EF08GE20 é realizado com enfoque em analisar características de países e grupos de países da África no que se refere aos aspectos populacionais e discutir desigualdades sociais.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Ao iniciar a aula, destacar a definição de pobreza extrema que, de acordo com o Banco Mundial, se refere às pessoas que vivem com menos de 1,90 dólar por dia. Além da questão econômica, essa condição priva o indivíduo do acesso às suas necessidades básicas, como alimentos, roupas e moradia.
Sobre a fome no continente, esclarecer que ela está relacionada, entre outros fatores, ao modelo econômico adotado por grande parte dos países e pela presença da monocultura – que forçou os países a importar alimentos, elevando o valor dos produtos. Comentar que a ocupação de áreas impróprias para cultivo gerou desequilíbrios ambientais e maiores problemas para cultivar alimentos.
Ressaltar que os conflitos no continente também agravam este quadro, pois as lavouras, muitas vezes, são destruídas. Destacar que, embora o problema esteja presente em todo o continente, ele ganha destaque na região conhecida como Chifre da África, devastada por uma grande seca e fome nos anos de 2010 a 2012, o que causou a morte de milhares de pessoas, e que, recentemente, o problema
Pobreza e fome
Um dado alarmante sobre as condições de vida da população africana é a pobreza extrema De acordo com o Banco Mundial, pessoas nessa situação vivem com menos de 1,90 dólar por dia, privadas do acesso a educação, saneamento básico, água tratada, alimentação adequada, moradia digna, atendimento médico-hospitalar etc. Estima-se que a África abrigue aproximadamente dois terços da população mundial vivendo nessas condições.
A fome está associada à pobreza. Milhões de africanos não ingerem a quantidade mínima diária de 2 500 calorias, considerada ideal pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e muitos podem ficar dias sem comer. As causas da fome na África estão associadas a vários fatores:
• ocupação das terras mais férteis pelas grandes propriedades monocultoras voltadas para a exportação, restando disponíveis os solos menos férteis para a produção de alimentos voltada à população local;
• diminuição da oferta de alimentos em razão dos conflitos armados, da desertificação e dos longos períodos de seca, que destroem plantações e rebanhos;
• uso de técnicas agrícolas que não favorecem a produtividade e a conservação do solo.
FICA A DICA
O mundo não é plano: a tragédia silenciosa de 1 bilhão de famintos. Jamil Chade. São Paulo: Saraiva, 2010. O livro apresenta dados sobre a abundância e a escassez de alimentos em diferentes lugares, apontando os interesses por trás desse processo.
voltou a ameaçar a região e outros países, como a Nigéria e o Sudão do Sul.
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A temática abordada na página 243 se relaciona aos temas contemporâneos transversais Saúde e Cidadania e Civismo, com destaque para a Educação em Direitos Humanos Para isso, promover a leitura coletiva do texto e ressaltar a atuação de governos, ONGs, organizações internacionais e empresas na estruturação de projetos e na realização de ações destinadas à promoção da saúde e do bem-estar na Áfri-
ca. Destacar que parte considerável de doenças que acometem os habitantes desse continente, como a cólera, a malária e a tuberculose, está relacionada às precárias condições de vida da população, e que essas doenças já foram erradicadas em diversas regiões do planeta.
O Programa de prevenção contra a malária, desenvolvido pela OMS em parceria com o governo de alguns países africanos, vem colocando em prática algumas medidas preventivas, como instalação de telas e mosquiteiros com insetici-
BNCC
#
IMAGES
Moradias precárias e poluição da água em Monróvia, Libéria, 2021.
MTCURADO/ISTOCK/GETTY
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A pobreza extrema e a fome, associadas às condições precárias de saneamento básico e atendimento médico-hospitalar acarretam sérios problemas de saúde em grande parte da população africana. Alguns programas sociais destinados à promoção de melhorias da saúde pública e à erradicação de doenças têm sido implementados nos países africanos por meio da ação conjunta dos governos, de organizações internacionais e, em alguns casos, de empresas privadas, visando conciliar saúde e bem-estar social.
Entre esses programas, destacam-se o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/aids (Unaids); o Programa de prevenção contra a malária (OMS) e o Programa Imuniza África 2020, que envolve a parceria entre governos de países africanos e empresas privadas para estimular pesquisas destinadas à erradicação de doenças e para aumentar a produção e aplicação em larga escala de vacinas, ampliando a imunização da população e as melhorias das condições de saúde.
Apesar dos programas de vacinação e dos convênios estabelecidos com outros países durante a pandemia de covid-19, a África foi o continente que avançou mais lentamente na imunização contra a doença. Essa disparidade em escala global também pode ser observada na escala regional. Analise a tabela e o mapa.
África: percentual da população totalmente vacinada para covid-19* – 2022
Mundo: percentual da população totalmente vacinada por regiões*
Pop. totalmente vacinada*
Mundo 60,8%
nóstico da doença, do acesso ao tratamento médico, dos serviços de saúde sexual e reprodutiva e do combate à discriminação das pessoas infectadas.
Arte, aplicar a tabela ao lado do mapa. P24-2-GEO81-8-08-LA-LMA-008 África: percentual te vacinada para covid-19 – 2022
*Pessoas que fizeram o esquema completo de vacinação, de acordo com a vacina utilizada. Dados do dia 26 de junho de 2022. Elaborado com base em: CORONAVIRUS (COVID-19) vaccinations. Our World in Data. [S. l.], [2022]. Disponível em: https:// ourworldindata.org/covid-vaccinations. Acesso em: 26 jun. 2022.
70,6%
Fonte dos dados: CORONAVIRUS (COVID-19) vaccinations. Our World in Data. [S. l.], [2022]. Disponível em: https://ourworldindata.org/covidvaccinations. Acesso em: 26 jun. 2022.
1 Identifique os países com menores taxas de vacinação da África (se necessário, consulte o mapa “África: divisão política”, página 204) e, de acordo com os conteúdos já estudados, elabore algumas hipóteses que possam explicar essa situação. Converse com os colegas sobre o assunto.
Auxiliar os estudantes na realização desta atividade. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
Encaminhar a atividade 1, que auxilia na leitura e interpretação do mapa e do gráfico que tratam da vacinação para covid-19 na África e em outras regiões do mundo. Nessa atividade, espera-se que os estudantes indiquem os países com taxas de vacinação entre 0% e 10%. São eles: Burundi, República Democrática do Congo, Madagascar, Camarões, Mali, Burkina Faso, Nigéria, Malauí, Sudão, Sudão do Sul, Somália e Senegal. Muitos desses países estão envolvidos em conflitos, o que pode auxiliar a compreender os números. Por outro lado, é importante explicar para os estudantes que a questão da vacinação envolve inúmeros fatores, que vão além da disponibilidade de doses. É necessária uma grande estrutura logística de transportes e saúde para distribuição e armazenamento de insumos, e de recursos para a realização das campanhas de vacinação.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Ações humanitárias na África
Sugerir aos estudantes que realizem uma pesquisa sobre ações humanitárias efetuadas pelas ONGs no combate e no tratamento das enfermidades na África, como Médicos sem Fronteiras e Save the Children. As ações dessas e de outras ONGs figuram, em muitos casos, como a única possibilidade de assistência médica de muitas localidades no continente africano, principalmente nas zonas de conflito.
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das nas residências; pulverização das paredes internas das residências; administração de medicamentos para prevenir a doença em gestantes e crianças menores de cinco anos.
Se julgar pertinente, comentar que a aids atinge gravemente a África Subsaariana e que, no continente africano, a doença está associada à carência de investimentos na saúde, à falta de informação sobre sexo e formas de transmissão da doença, e a tabus (em algumas comunidades) em relação à orientação sexual, homossexualida-
de e ao uso de preservativos.
Nos países mais desenvolvidos, e também no Brasil, as políticas públicas de saúde, com campanhas de prevenção e o uso de novos medicamentos no tratamento da aids, têm conseguido conter o avanço da doença e prolongar a vida de milhares de soropositivos. No entanto, para grande parte dos africanos, isso não ocorre.
O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/aids (Unaids) intensifica ações para evitar a disseminação da aids, como ampliação do diag-
Ásia
Europa
América do Sul 75,6%
65,7% Oceania 64,1% América do Norte 63,8% África 18,3%
0 920 Sem dados 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Equador Trópico de Capricórnio Meridiano de Greenwich OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO Trópico de Câncer 0º 0º EUROPA ÁSIA Mar Mediterrâneo MarVermelho SONIA VAZ
0 920 Sem dados 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Equador Trópico de Capricórnio Meridiano de Greenwich OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO Trópico de Câncer 0º 0º EUROPA ÁSIA Mar Mediterrâneo MarVermelho 243
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Competências
• Gerais: 1, 7, 9 e 10
• Ciências Humanas: 2, 3, 5 e 6
• Geografia: 1, 3, 5 e 7
Habilidades
• A habilidade EF08GE03 é contemplada com foco em analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando características da população africana (segurança/ insegurança alimentar).
• Atende-se à habilidade EF08GE06 com ênfase em analisar a atuação das organizações mundiais em programas sociais, no continente africano.
• Contempla-se a habilidade EF08GE20 com enfoque em analisar características de países e grupos de países da África no que se refere aos aspectos populacionais e discutir desigualdades sociais.
Interdisciplinaridade com...
Língua Portuguesa:
• EF89LP24 Realizar pesquisa, estabelecendo o recorte das questões, usando fontes abertas e confiáveis.
• EF89LP25 Divulgar o resultado de pesquisas por meio de apresentações orais, verbetes de enciclopédias colaborativas, reportagens de divulgação científica, vlogs científicos, vídeos de diferentes tipos etc.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
O conteúdo desta seção se relaciona com os temas transversais Saúde e Cidadania e Civismo, com destaque para a Educação em Direitos Humanos Explicar que a fome e a desnutrição são graves problemas sociais dos países com baixo IDH, como é o caso da maioria dos países africanos. Desde 1948, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a alimentação passou a ser considerada um direito humano universal de acordo com o artigo 25, parágrafo 1o. Cabe, portanto, ao
Segurança alimentar
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a segurança alimentar está relacionada ao direito e ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer outras necessidades essenciais.
Quando o acesso e a disponibilidade de alimentos são restritos ou não ocorrem de forma regular, as pessoas se encontram em situação de insegurança alimentar
A obesidade e as doenças relacionadas à má alimentação, além de cultivos que desrespeitam o ambiente, também fazem parte desse quadro.
Para mensurar os níveis de insegurança alimentar e auxiliar os governos a desenvolver estratégias e ações que assegurem acesso permanente à alimentação, a FAO desenvolveu uma escala de medida do problema. Essa escala é baseada na experiência dos entrevistados, avaliada por meio de perguntas diretas. Analise o infográfico.
Escala de experiência de insegurança alimentar
Incerteza sobre a capacidade de comprar alimentos.
De segurança alimentar a insegurança alimentar leve.
Pouca qualidade e variedade dos alimentos consumidos.
Quantidades reduzidas de alimentos, pular refeições.
Insegurança alimentar moderada
Esta pessoa:
• não tem dinheiro ou recursos para uma alimentação saudável;
• não tem certeza se poderá comprar alimentos;
• provavelmente pulou refeições ou cou sem comida.
FAO: agência da ONU que tem como objetivos principais promover o desenvolvimento agrícola, aumentar a produção de alimentos e erradicar a fome.
Não tem comida para um ou mais dias.
Insegurança alimentar grave
Esta pessoa:
• não tem mais comida;
• passou um dia inteiro sem comer durante o ano.
Fonte: FAO/FIDA/OMS/ PAM/UNICEF. L’État de la sécurité alimentaire et de la nutrition dans le monde: renforcer la résilience face aux changements climatiques pour la sécurité alimentaire et la nutrition. Rome: FAO, 2018. p. 8. Disponível em: www.fao.org/3/I9553FR/ i9553fr.pdf. Acesso em: 26 jun. 2022.
Em 2020, um terço da população mundial em situação de insegurança alimentar moderada ou grave vivia na África. A pandemia de covid-19, somada a outros fatores, expôs ainda mais as populações africanas à fome. Analise a tabela.
África: população em situação de insegurança alimentar grave – 2014-2020
Porcentagem
dos dados: FAO/FIDA/OMS/PAM/UNICEF. L’État de la sécurité alimentaire et de la nutrition dans le monde 2021: transformer les systèmes alimentaires pour que la sécurité alimentaire, une meilleure nutrition et une alimentation saine et abordable soient une réalité pour tous. Rome: FAO, 2021. p. 18. Disponível em: https://www.fao.org/publications/sofi/2021/fr/. Acesso em: 26 jun. 2022.
poder público de cada Estado desenvolver estratégias e ações que assegurem a toda a população de um país o direito à alimentação de forma permanente.
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Destacar que a obesidade, por mais paradoxal que possa parecer, faz parte do quadro de insegurança alimentar. Em muitos países, os alimentos saudáveis, como frutas e legumes, são geralmente mais caros. Assim, quando o orçamento familiar destinado à alimentação diminui, as pessoas tendem a comprar ali -
mentos mais baratos, muitas vezes pobres em nutrientes e ricos em sal, açúcar e gorduras. Um trabalho conjunto com Ciências pode ser interessante para explorar a importância da qualidade dos alimentos que ingerimos para nossa saúde.
Ao trabalhar com a escala de experiência de insegurança alimentar elaborada por pesquisadores da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), destacar a dificuldade em mensurar algo subjetivo como a
BNCC
VETORIZAÇÃO
FJF
NÃO ESCREVA NO LIVRO.
E AGIR PENSAR
2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Mundo 8,3 8,1 8,3 8,2 9,6 10,1 11,9 Norte da África 10,2 9,0 10,4 10,6 9,3 8,8 9,5 África Subsaariana 19,4 20,4 22 22,7 23,2 24,9 29,5 Fonte
na população total
com CONEXÃO LÍNGUA PORTUGUESA
244
244
Diante da gravidade da insegurança alimentar, alguns projetos são realizados para combater a pobreza, a fome e a subnutrição na África.
• Horticultura urbana e periurbana
A FAO, em parceria com os governos locais, incentiva o cultivo de frutas e hortaliças em micro-hortas e hortas escolares, visando ampliar o acesso da população a alimentos nutritivos, reduzir gastos com compra de alimentos e elevar a renda das famílias produtoras.
• Centro de Excelência contra a Fome
Parceria do governo brasileiro com a FAO e o Programa Mundial de Alimentos, apoia os países africanos no desenvolvimento de soluções contra a fome, como a compra de alimentos produzidos por pequenos produtores para a merenda escolar.
as guerras civis em diversas regiões do continente, além da pandemia de covid-19.
Na atividade 2, os dois projetos estão focados no estímulo à pequena produção local, respeitando as características climáticas e do solo e os conhecimentos tradicionais dos agricultores, e à venda desses produtos à população e às escolas, gerando renda e uma alimentação mais diversificada para as comunidades. Espera-se que os estudantes indiquem que os projetos atacam a concentração de terras nas mãos de grandes proprietários, cuja produção não é feita para atender às necessidades das populações que sofrem com a fome. A democratização do acesso à terra, à produção e à distribuição de alimentos é uma das formas de garantir maior segurança alimentar. Os projetos também visam à solução da desnutrição infantil, melhorando a qualidade da alimentação de crianças em fase de crescimento.
1 Analise os dados da tabela da página anterior, indicando que tendência se pode observar em relação à insegurança alimentar na África entre os anos de 2014 e 2020. Com base no que você estudou, elabore hipóteses sobre os fatores que podem ocasionar tal tendência.
Auxiliar os estudantes na elaboração da resposta. Consultar comentários em Orientações didáticas.
2 Os dois projetos apresentados e relacionados à segurança alimentar têm estratégias comuns. Identifique essas estratégias e explique quais problemas sociais eles combatem.
Auxiliar os estudantes na elaboração da resposta. Consultar comentários em Orientações didáticas.
3 Organizem-se em grupos e pesquisem informações sobre a segurança alimentar no Brasil.
• Verifiquem as regiões em que a insegurança alimentar é maior.
• Identifiquem os fatores naturais, econômicos e/ou sociais que estão relacionados ao problema.
• Considerando as informações obtidas, discutam sobre estratégias e projetos que poderiam ser criados para minimizar o problema da insegurança alimentar.
• Elaborem um projeto a ser apresentado ao poder público para garantir maior acesso à alimentação.
Auxiliar os estudantes na organização dos grupos e na pesquisa das informações. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
fome, e que por isso existem vários indicadores sobre o assunto.
Em relação aos projetos de segurança alimentar que têm sido bem-sucedidos em alguns países africanos, incentivar os estudantes a debater sua relevância para a dinamização da economia local, para a geração de empregos e para o combate à fome e à subnutrição. Ressaltar que ações semelhantes já são desenvolvidas em cidades brasileiras para ampliar a oferta de alimentos à população a baixo custo. Encaminhar as atividades 1 a 3.
Na atividade 1, os estudantes poderão observar uma tendência de aumento do percentual de insegurança alimentar grave em todas as regiões africanas, com exceção do Norte da África. Espera-se que indiquem, com base nos conhecimentos adquiridos sobre o continente africano, fatores climáticos, como a seca; econômicos, como o aumento do preço dos alimentos e a diminuição no ritmo de crescimento da economia de alguns países; demográficos, como o crescimento acelerado da população; sociais, como os conflitos e
A atividade 3 possibilita a interdisciplinaridade com Língua Portuguesa ao desenvolver as habilidades EF89LP24 e EF89LP25 e também aplicar práticas de pesquisa como revisão bibliográfica, análise documental, observação, tomada de notas e construção de relatórios (consultar tópico Práticas de pesquisa nas Orientações gerais deste Manual). Sugerimos um levantamento prévio das informações necessárias para que os estudantes possam realizar a atividade proposta. É importante destacar que, no início do século XXI, o Brasil fez grandes progressos no combate à fome; no entanto, a partir de 2017, cortes de verbas em programas sociais fizeram que o país retrocedesse na área, retornando ao Mapa da Fome da ONU, do qual saíra no ano de 2014. Ressaltar que, no Brasil, a insegurança alimentar não está relacionada à quantidade de alimento produzido, e sim à distribuição e ao acesso à terra, à disponibilidade financeira para comprar alimento, entre outros fatores.
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ISSOUF SANOGO/AFP
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Crianças africanas se alimentam na escola com comida produzida por pequenos produtores rurais, Costa do Marfim, 2020.
• O trabalho com a habilidade EF08GE01 está em descrever as rotas de dispersão da população africana e fluxos migratórios em diferentes períodos da história, discutindo os fatores históricos e condicionantes físico-naturais associados à distribuição da população humana pelos continentes.
• Atende-se à habilidade EF08GE03 com foco em analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando características da população africana (migrações).
• A habilidade EF08GE06 é contemplada com ênfase em analisar a atuação das organizações mundiais em crises humanitárias no continente africano.
• Trabalha-se a habilidade EF08GE19 com enfoque em interpretar mapas esquemáticos (croquis) com informações geográficas da África.
• Atende-se à habilidade EF08GE20 com ênfase em analisar características de países e grupos de países da África no que se refere aos aspectos populacionais e discutir desigualdades sociais.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Antes de iniciar o conteúdo proposto nesta dupla de páginas, se julgar necessário, retomar os conceitos de migrante, refugiado e deslocado interno, já apresentados na Unidade 2 deste volume. É importante que os estudantes façam a distinção entre os três, pois muitas vezes as mídias os utilizam de forma equivocada. Migrante é a pessoa que deixa o lugar onde nasceu de forma voluntária, planejada e organizada. O refugiado, por sua vez, é a pessoa que deixa seu país de origem com destino a outro, de forma forçada e em caráter emergencial, para proteger a própria vida. É importante ter clara a
Migrações
Os conflitos nos países africanos obrigam milhões de pessoas a deixar suas casas todos os anos, representando uma parcela importante dos fluxos migratórios forçados no planeta.
De acordo com dados da Acnur, no ano de 1996, a população global deslocada era de 37,3 milhões de pessoas; em 2015, eram 65,3 milhões e, em 2021, 89,3 milhões. Essa população inclui os refugiados, os deslocados internos e os requerentes de asilo (pessoa que está aguardando a aprovação de seu estatuto de refugiada e não pode retornar ao seu país).
O número de pessoas deslocadas à força começou a se intensificar a partir da década de 2010 por causa de conflitos em países como Síria, Iraque, Líbia, Nigéria, Afeganistão, República Democrática do Congo, Sudão do Sul, entre outros. Mudanças climáticas e fome também estimularam essa forma de migração.
Analise o esquema.
Deslocados de suas casas –Mundo 2021 89,3
Refugiados –Mundo 2021
27,1 milhões
Refugiados –África 2021
6,9 milhões
Deslocados de suas casas –África 2021
26 milhões
Deslocados internos –África 2021
19,1 milhões
Fonte: GLOBAL trends. UNHCR. Genève, 2022. Disponível em: https://www.unhcr.org/globaltrends. Acesso em: 27 jun. 2022.
Requerentes de asilo –Mundo 2021
4,6 milhões
Requerentes de asilo –África 2021
398 mil
Espera-se que os estudantes indiquem que os deslocados de suas casas na África representam quase um terço do total de pessoas nessa condição.
Responda em seu caderno.
1 Compare os dados de pessoas deslocadas no mundo e na África em 2021. Qual é a participação do continente africano nesses fluxos?
Na África, cerca de 26 milhões de pessoas haviam abandonado seus locais de moradia no final de 2021, muitas delas vivendo em campos de refugiados. As condições de vida nesses locais são precárias, pois geralmente recebem uma quantidade maior de pessoas do que podem abrigar. Faltam alimentos, água, banheiros, energia elétrica e atendimento médico. A fome crônica, a desnutrição aguda e a incidência de doenças fazem as taxas de mortalidade serem muito altas.
A crise dos refugiados na África é ainda mais grave por causa das dificuldades enfrentadas pela ONU e por outras associações de ajuda humanitária em dar assistência à população que vive nos campos de refugiados em áreas de conflito.
diferença entre as duas situações, sobretudo no contexto atual de aumento dos fluxos migratórios, com o objetivo de dar a proteção prioritária e necessária aos refugiados, que não podem retornar aos seus países de origem, e a assistência adequada aos migrantes. Apresentar aos estudantes os dados sobre deslocamentos forçados no ano de 2021, analisando especificamente a situação da África nesse contexto. Nesse ano, a população africana
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respondeu por aproximadamente 30% do total de deslocados no mundo. Encaminhar a atividade 1
Destacar as condições precárias da vida nos campos de refugiados, como a falta de alimentos, água, educação, assistência médica, saneamento, habitação, entre outros problemas. Enfocar a atuação das organizações internacionais, como a Acnur, e das ONGs que prestam assistência humanitária em tais áreas. Se julgar ade-
BNCC
milhões
milhões
Deslocados internos –Mundo 2021 53,2
246
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Apesar de a maioria dos fluxos de deslocados na África ocorrer dentro do próprio continente, muitos africanos migram para outras regiões do planeta. Em 2021, Marrocos, Argélia, Tunísia e Somália estavam entre os principais países de origem dos africanos que migraram para a Europa.
Nas últimas décadas, milhares de africanos, notadamente os mais jovens, vêm abandonando seus países em busca de melhores condições de vida, principalmente em países como França, Espanha, Portugal e Itália.
Para chegar aos países de destino, os migrantes arriscam suas vidas por meio de diversas rotas, que envolvem trajetos aéreos, terrestres e marítimos. Independentemente da rota, os riscos são inúmeros e causam a morte de milhares de pessoas todos os anos.
Aqueles que caminham longas distâncias estão expostos à fome, ao calor e ao frio intenso das áreas desérticas, às doenças e à violência. As embarcações precárias que fazem a travessia entre a África e a Europa pelo mar Mediterrâneo colocam em risco a vida de milhares de pessoas. Analise o mapa e o gráfico.
África: principais rotas de migração para a Europa
dos eixos principais na rota de refugiados e migrantes da África com destino à Europa. Aproveitando o caos político e social e a vulnerabilidade das pessoas, milícias e outros grupos criminosos organizam o tráfico de seres humanos, que, apesar de já ter sido denunciado pela ONU e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), ainda continua a acontecer.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
A dura viagem dos refugiados africanos
Fonte: MIGRATION flows to Europe: dead/ missing. Flow Monitoring. [S. l.], [20--]. Disponível em: https://migration.iom.int/europe/ missing. Acesso em: 28 jun. 2022.
Número de óbitos e de desaparecimentos no mar Mediterrâneo – 2016-2021
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quado, sugerir para os estudantes a leitura do livro indicado na seção Ampliando horizontes Retomar os conceitos de migrações internas e externas. É importante destacar que, ao contrário do que se possa imaginar, são os países mais pobres aqueles que mais recebem refugiados. A mídia dá muita ênfase aos fluxos de refugiados que chegam à Europa e à América do Norte, difundindo a falsa ideia de que a maior parte dos refugiados se dirige para outros continentes. Po-
Fonte: AU TCHAD, les réfugiés africains rêvent de retour au pays plutôt que d’Europe. EDNH N‘Djamena, 5 sept. 2017. Disponível em: www.ednh.news/fr/au-tchad-lesrefugies-africains-revent-de-retourau-pays-plutot-que-deurope/. Acesso em: 28 jun. 2022.
rém, a grande maioria dessa população se refugia no continente de origem.
Abordar a questão dos perigos enfrentados por aqueles que têm condições financeiras e decidem empreender a viagem para outros continentes ou países mais distantes. Destacar a questão dos principais problemas encontrados nas rotas, como violência, frio, fome, risco de afogamento entre outros. Se julgar pertinente, comentar sobre o tráfico de escravizados na Líbia, um
Propor aos estudantes a pesquisa de notícias e relatos de refugiados africanos que narram as dificuldades encontradas no trajeto percorrido do local de origem ao destino final e os percalços que encontram ao se estabelecerem em outros países na condição de refugiados. Marcar uma data para que apresentem o resultado da pesquisa.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor e o estudante
• BORDAS, Marie Ange. Dois meninos de Kakuma. São Paulo: Pulo do Gato, 2018.
O livro narra a história de dois amigos que vivem no campo de refugiados de Kakuma, no Quênia.
2016 Número de migrantes mortos e desaparecidos 2017 2018 2019 2020 2021 Ano 1 000 2 000 3 000 4 000 5 000 6 000 5 305 3 140 2 380 2 087 2 326 3 157
Rabat Dacar Conakri Abidjan Bamako Ouagoudougou Argel Túnis Roma Calais Milão Marselha Cairo Juba Cartum Campala Bucareste Munique Istambul Mogadíscio Adis-Abeba Djibuti Beirute Damasco Bagdá Teerã OCEANO ÍNDICO OCEANO ATLÂNTICO Equador 0° 0° Mar Vermelho MarMediterrâneo Trópico de Câncer Meridiano de Greenwich 0 866 Rotas de migração para a Europa Oeste-africana Leste-africana Mediterrânea do oeste Mediterrânea do leste Mediterrânea central DACOSTA MAPAS SONIA VAZ
Rabat Dacar Conakri Abidjan Bamako Ouagoudougou Argel Túnis Roma Calais Milão Marselha Cairo Juba Cartum Campala Bucareste Munique Istambul Mogadíscio Adis-Abeba Djibuti Beirute Damasco Bagdá Teerã OCEANO ÍNDICO OCEANO ATLÂNTICO Equador 0° 0° Mar Vermelho MarMediterrâneo Trópico de Câncer Meridiano de Greenwich 0 866 Rotas de migração para a Europa Oeste-africana Leste-africana Mediterrânea do oeste Mediterrânea do leste Mediterrânea central 247
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• A habilidade EF08GE01 é contemplada com foco em descrever as rotas de dispersão da população africana e fluxos migratórios em diferentes períodos da história.
• Atende-se à habilidade EF08GE03 com ênfase em analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando características da população africana (migrações).
um tamanho bem grande, ocupando todo o África: refugiados e deslocados internos - 2021
• O trabalho com a habilidade EF08GE19 é realizado ao interpretar-se cartogramas com informações geográficas da África.
• A habilidade EF08GE20 têm ênfase em analisar características de países e grupos de países da África no que se refere aos aspectos populacionais e discutir desigualdades sociais.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Promover a leitura coletiva do texto das páginas 248 e 249, bem como do mapa “África: refugiados e deslocados internos – 2021”.
Na análise do mapa, identificar todos os elementos e as informações representadas: setas para indicar a direção e a intensidade dos fluxos de refugiados –quanto maior a espessura, maior o número de refugiados; e círculos proporcionais para indicar a quantidade de deslocados internos nos países mais atingidos pelo fenômeno – quanto maior o círculo, maior o número de pessoas deslocadas.
Se julgar pertinente, propor aos estudantes a localização das principais áreas de conflito estudadas na Unidade 7 e os motivos que levaram as populações a se deslocar dentro do continente e para outros continentes. Durante a realização das atividades propostas, averiguar as possíveis dúvidas dos estudantes em relação à interpretação do mapa e retomar sua análise, caso seja ne-
Refugiados e deslocados internos
Equador
FRANÇA
ALEMANHA ITÁLIA
Os fluxos migratórios da população africana ocorrem principalmente dentro do próprio continente. Em 2021, de acordo com dados da Acnur, 19,1 milhões de deslocamentos internos ocorreram por causa de conflitos e eventos climáticos extremos, como inundações, terremotos e secas.
Analise atentamente o mapa.
Trópico de Capricórnio OCEANO ATLÂNTICO
ARGÉLIA MAURITÂNIA ZÂMBIA
Alguns países que atravessam graves crises, como a Somália e a República Democrática do Congo, se destacam pelo grande número de deslocados internos.
África: refugiados e deslocados internos – 2021
Mar do Norte SUDÃO SUDÃO DO SUL NIGÉRIA ETIÓPIA REP. CENTRO-AFRICANA
EGITO
0° 0°
NÍGER CAMARÕES REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO
IÊMEN CHADE
ERITREIA
BURKINA FASSO SOMÁLIA RUANDA
SUÉCIA MALI UGANDA BURUNDI TANZÂNIA MOÇAMBIQUE
QUÊNIA
SAARA OCIDENTAL Refugiados (em milhares)
Deslocados internos (milhares) De 51 a 100 De 21 a 50 De 0 a 20 De 101 a 300 De 301 a 500 Mais de 501
5 400 40
133 540
Fonte: INTERNAL DISPLACEMENT MONITORING CENTER. Global report on internal displacement 2022. Geneva: IDCM, 2022. Disponível em: https://www.internal-displacement.org/global-report/grid2022/#download.
3 600 1 000 0 710 248
cessário, para melhorar a capacidade de compreensão da linguagem cartográfica.
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Conduzir as atividades de 1 a 4, observando a capacidade de interpretação dos dados e de leitura do mapa, assim como a compreensão de texto pelos estudantes.
guerra civil que começou em 2013. Sobre a Somália, espera-se que indiquem os longos anos de conflitos, a falta de um governo estável, a atuação de grupos de orientação jihadista e as condições climáticas, que agravam a fome e a pobreza no país.
Espera-se a resposta Sudão do Sul, Somália e República Democrática do Congo na atividade 2, e que os estudantes indiquem conflitos no Sudão antes da criação do Sudão do Sul e a
Na atividade 4, espera-se que os estudantes destaquem aspectos dos deslocamentos na vida dessas crianças e jovens a curto prazo, como defasagem ou abandono escolar, condições ina-
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BNCC Equador Círculo Polar Ártico Trópico de Capricórnio Trópico de Câncer OCEANO ATLÂNTICO Mar Mediterrâneo OCEANO ÍNDICO Meridiano de Greenwich 0° 0° Mar do Norte SUDÃO SUDÃO DO SUL NIGÉRIA ETIÓPIA REP. CENTRO-AFRICANA FRANÇA ALEMANHA ITÁLIA SUÉCIA MALI UGANDA BURUNDI TANZÂNIA MOÇAMBIQUE QUÊNIA IÊMEN CHADE NÍGER CAMARÕES REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO BURKINA FASSO SOMÁLIA RUANDA EGITO ARGÉLIA MAURITÂNIA ZÂMBIA ERITREIA SAARA OCIDENTAL Refugiados (em milhares) Deslocados internos (milhares) De 51 a 100 De 21 a 50 De 0 a 20 De 101 a 300 De 301 a 500 Mais de 501 133 540 5 400 40 3 600 1 000 0 710 SONIA VAZ
UNITED NATIONS HIGH COMMISSIONER FOR REFUGEES. Refugee data finder. Genève: UNHCR, 2022. Disponível em: https://www.unhcr.org/refugee-statistics/. Acessos em: 29 jun. 2022. Círculo Polar Ártico
Trópico de Câncer Mar Mediterrâneo OCEANO ÍNDICO Meridiano de Greenwich
3. a) Os países com maior número de deslocados internos retornados (RDC, Somália e Etiópia), pois as setas usam a variável tamanho, que é proporcional ao fenômeno representado.
Entre os deslocados internos, há milhões de crianças e adolescentes. Na maioria das vezes eles deixam de frequentar a escola, não se alimentam corretamente e nem têm acesso a assistência médico-hospitalar. Além disso, sofrem traumatismos emocionais, seja pela separação familiar, seja pela exposição à violência. Em 2021, 11,7 milhões de crianças e adolescentes entre 0 e 14 anos estavam na condição de deslocados internos na África Subsaariana. Faça as atividades em seu caderno.
1 Que informações podem ser obtidas no mapa?
A quantidade e a direção dos movimentos de refugiados, além do número de pessoas deslocadas internamente em seus países no ano de 2021.
2 Cite os três países africanos de onde saiu o maior número de refugiados e identifique alguns fatores que expliquem a situação nesses países.
Auxiliar os estudantes na elaboração da reposta. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
3 Muitos deslocados internos retornam para suas casas após a solução dos conflitos ou a melhora na situação econômica, política e até mesmo climática. Analise os dados a seguir.
África: países com maior número de deslocados internos e retornados – 2021
País Deslocados internos Deslocados internos retornados
Etiópia 5,4 milhões 1,5 milhão
República Democrática do Congo 3,6 milhões 1 milhão
Sudão do Sul 935 mil Sem dados disponíveis
Somália 820 mil 544 mil
Burkina Faso 682 mil Sem dados disponíveis
Sudão 541 mil Sem dados disponíveis
República Centro-Africana 520 mil 371 mil
Fonte dos dados: UNITED NATIONS HIGH COMMISSIONER FOR REFUGEES. Refugee data finder. Genève: UNHCR, 2021. Disponível em: https://www.unhcr.org/refugee-statistics/download/?url=k0V9zx. Acesso em: 29 jun. 2022.
a) Se você fosse representar o fluxo de retorno por setas em um mapa, quais países teriam as setas mais espessas? Por quê?
b) Quais países não seriam representados? Por quê?
Sudão do Sul, Burkina Faso e Sudão, pois não há dados de retornados disponíveis.
4 Considerando a grande participação de crianças e adolescentes de 0 a 14 anos no total de deslocados internos da África Subsaariana, escreva um texto destacando os seguintes aspectos:
• os impactos dos deslocamentos na vida das crianças e dos adolescentes no presente e no futuro;
• a importância de políticas de proteção para a infância e a juventude nesse contexto. Auxiliar os estudantes na elaboração da reposta. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
Deslocados e refugiados na África
Copie o quadro a seguir e, com base no mapa “África: refugiados e deslocados internos – 2021”, preencha-o, indicando os principais destinos e o número aproximado de refugiados desses países. Dê um título ao quadro.
País Principais destinos dos refugiados
Número aproximado de refugiados
Sudão do Sul Uganda, Etiópia, Sudão, Quênia, RDC 2,3 milhões
Sudão Sudão do Sul, Chade, França, Etiópia, Egito 825 mil
República Democrática do Congo
Uganda, Burundi, Ruanda, Zâmbia, Tanzânia, França
908 mil
dequadas de alimentação e moradia, além dos diversos traumatismos que podem surgir nessa experiência de migração forçada. Incentivar os estudantes a projetar impactos futuros, como maior dificuldade de escolarização e posterior inserção no mercado de trabalho, problemas de saúde decorrentes da desnutrição, distúrbios mentais e emocionais, entre outros. Espera-se que, a partir desses problemas, percebam a importância de políticas de proteção que busquem
preservar crianças e jovens, para que possam se desenvolver de forma adequada, com garantia de direitos básicos. Essa atividade se relaciona ao tema contemporâneo transversal Cidadania e Civismo, com destaque para Educação em Direitos Humanos e Direitos da Criança e do Adolescente
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ATIVIDADE COMPLEMENTAR
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• Atende-se à habilidade EF08GE13 com foco em analisar a influência do desenvolvimento científico e tecnológico na caracterização na economia dos espaços rurais da África.
• A habilidade EF08GE14 é atendida com ênfase em analisar influências nas atividades econômicas a partir do capital estadunidense e chinês na África.
• Trabalha-se a habilidade EF08GE20 com ênfase em analisar características de países e grupos de países da África no que se refere aos aspectos econômicos e discutir as pressões sobre a natureza e suas riquezas, o que resulta na espoliação desses povos.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Promover a leitura do mapa “África: minerais e fontes de energia – 2021”. Se necessário, solicitar aos estudantes que consultem o mapa “África: divisão política” (página 204) ou o planisfério político (no final do livro) para identificar os países. Encaminhar as atividades 1 a 4, que auxiliam na análise e interpretação do mapa.
A seguir, falar sobre a importância dos recursos minerais na economia do continente, apresentando exemplos da participação dos países africanos na produção e exportação de alguns recursos minerais. Chamar a atenção para a ocorrência de petróleo e gás natural no norte da África e na costa atlântica, a partir do Golfo da Guiné em direção ao sul, em países como Nigéria e Angola.
Destacar a ocorrência de minas de diamantes em vários países africanos. Esclarecer que essas minas são responsáveis pela produção de cerca de 60% do diamante utilizado no mundo. Aproveitar a oportunidade para comentar que, em Angola, na República Democrática do Congo e em Serra Leoa, as disputas pelo controle das minas de diamante geraram conflitos que já mataram mais de 1 milhão de pessoas nas últimas duas décadas.
3 ATIVIDADES ECONÔMICAS
A África apresenta grande diversidade de recursos naturais com alto potencial econômico. Essa característica tem despertado o interesse de vários países, que deixaram de vê-la apenas como uma região pobre e carente de infraestruturas e passaram a enxergá-la como um continente de oportunidades.
Recursos minerais e energéticos
Os recursos minerais são os principais produtos de exportação de vários países africanos. Em 2020, a Zâmbia foi o país que mais exportou cobre no mundo, e Botsuana foi o oitavo maior exportador de diamantes. A África do Sul está entre os maiores produtores mundiais de ouro. Analise o mapa.
África: minerais e fontes de energia – 2021
Elaborado com base em: ISTITUTO GEOGRAFICO DE AGOSTINI. Atlante geografico metodico De Agostini. Novara: Istituto Geografico de Agostini, 2021. p. 122-123.
Em Angola, o extinto grupo guerrilheiro União Nacional para a Independência Total de Angola (Unita) controlava boa parte da produção de diamantes, que eram vendidos na vizinha Zâmbia. Calcula-se que a organização obtinha cerca de 225 milhões de dólares por ano com a comercialização ilegal de diamantes. Na República Democrática do Congo, os diamantes sustentavam a ditadura do ex-presidente Laurent Kabila. Em Serra Leoa, as minas de diamante estavam sob o comando da Frente Revolucionária Unida, que negociava os recursos
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minerais com a ajuda da Libéria e de Burkina Faso. Comentar que, com o intuito de frear a venda ilegal de diamantes que financiava as guerras (os chamados “diamantes de sangue” e “diamantes de conflito”), a ONU criou um certificado de procedência do produto. O chamado Certificado do Processo de Kimberley garante que o diamante não tem origem nas áreas de conflito.
Outro aspecto importante a se destacar é quanto ao uso da energia no continente. Comentar que, apesar da elevada disponibilidade de fontes
BNCC
OCEANO ÍNDICO OCEANO ATLÂNTICO Mar Mediterrâneo MarVermelho Trópico de Capricórnio 0° 0° Equador EUROPA ÁSIA Me r d ia no de G r een w ic h Trópico de Câncer Urânio Minerais Bauxita Amianto Cobalto Cromo Diamante Ferro Fósforo Manganês Mercúrio Níquel Ouro Chumbo‐Zinco Platina Cobre Estanho Fontes de energia Carbono Petróleo Gás natural 0 685
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O continente africano possui cerca de 7,5% das reservas mundiais de petróleo e gás natural e 6% das reservas de carvão mineral, os recursos energéticos mais consumidos do mundo.
As maiores reservas de petróleo do continente estão no Norte da África – especialmente na Argélia e na Líbia – e no Golfo da Guiné, onde estão localizados Nigéria, Congo, Gabão, Camarões e Guiné Equatorial. Os maiores produtores são Nigéria, Angola, Argélia e Líbia, que, juntos, detêm cerca de 80% da produção do continente. Os principais destinos do petróleo africano são Europa, Estados Unidos e China.
Quanto ao gás natural, as reservas se concentram na Argélia, no Egito e na Líbia, mas o maior produtor é a Nigéria. Em relação ao carvão mineral, a África do Sul possui as maiores reservas e está entre os principais produtores mundiais.
Apesar da grande disponibilidade de recursos energéticos, a principal fonte de energia utilizada na África ainda é a lenha, proveniente das grandes áreas de Florestas Equatoriais e Tropicais e das Savanas. A energia hidrelétrica é explorada principalmente nas bacias hidrográficas dos rios Zambeze, Congo, Nilo e Níger, mas as usinas não apresentam grande produção, um dos fatores que dificulta o desenvolvimento da indústria no continente.
Embora o extrativismo mineral seja uma atividade central em muitos países africanos, ela não beneficia a maioria da população. A exploração em jazidas profundas é realizada principalmente por empresas estrangeiras, geralmente europeias, estadunidenses, chinesas e japonesas, que dominam o mercado e a produção.
Nas jazidas superficiais, em geral, a exploração é realizada por garimpeiros que utilizam técnicas simples de extração, trabalhando por baixos salários e em condições precárias.
• morte e fuga de animais, como consequências do desmatamento;
• lançamento de gases de efeito estufa (GEEs), resultado da utilização de combustíveis fósseis (petróleo, gás natural e carvão mineral) durante a exploração mineral.
Na atividade 2, os estudantes poderão citar Angola, África do Sul, Benin, Camarões, Congo, República Democrática do Congo, Costa do Marfim, Gabão, Guiné Equatorial, Nigéria, Sudão. Na atividade 3, mencionar o desenvolvimento incipiente das indústrias africanas. Os estrangeiros investem nessas atividades para ter acesso e explorar os recursos naturais do continente.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Exploração mineral na África
1. Com base no mapa da página 250, faça o que se pede.
a) Localize a ocorrência de petróleo no continente africano.
Extração de minério de ferro em Zouérat, Mauritânia, 2019.
Responda em seu caderno.
1 Quais fontes de energia se destacam no Norte da África?
Petróleo e gás natural.
2 Identifique dois países da África Subsaariana onde há exploração de petróleo.
Consultar comentários em Orientações didáticas.
3 No seu entendimento, por que a exploração de minerais em jazidas profundas é realizada por empresas estrangeiras?
Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
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energéticas, a África ainda apresenta um grande déficit de acesso à energia e à eletricidade, com boa parte da população ainda dependendo da queima de lenha, carvão vegetal e palha.
É possível desenvolver o tema contemporâneo transversal Meio Ambiente, com destaque para a Educação Ambiental Para isso, comentar que o extrativismo mineral, principal atividade econômica de muitos países africanos, provoca diversos impactos ambientais, como:
• alteração da paisagem, causada pelo desmata-
mento de grandes áreas, alteração do relevo e erosão do solo, especialmente no caso de jazidas a céu aberto;
• contaminação de solos e águas de rios e lençóis subterrâneos, devido à produção de rejeitos e resíduos sólidos e líquidos que ocorre durante a extração mineral;
• geração de ruídos e vibrações e lançamento de poeira na atmosfera, que afetam pessoas e fauna local;
Resposta: Há ocorrências na costa atlântica, a partir do Golfo da Guiné em direção ao sul, em países como Nigéria e Angola. Também há grande ocorrência no Norte da África, no Egito, na Líbia e na Argélia.
b) Cite dois países onde ocorre a exploração de diamantes.
Resposta: Os estudantes poderão citar: República Centro-Africana, Congo, Botsuana, África do Sul, entre outros.
2. A exploração das riquezas minerais do continente africano beneficia a maioria da população? Explique.
Resposta: Espera-se que os estudantes respondam negativamente, pois a exploração em jazidas profundas é realizada por empresas mineradoras estrangeiras que dominam o mercado e a produção.
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ROBERTO CORNACCHIA/ALAMY/FOTOARENA
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• O trabalho com a habilidade EF08GE13 tem foco em analisar a influência do desenvolvimento científico e tecnológico na caracterização da economia dos espaços rurais da África.
• Atende-se à habilidade EF08GE20 com ênfase em analisar características de países e grupos de países da África no que se refere aos aspectos econômicos e discutir as pressões sobre a natureza e suas riquezas, o que resulta na espoliação desses povos.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
A abordagem proposta nesta dupla de páginas mobiliza os temas contemporâneos transversais Meio Ambiente e Economia, com destaque, respectivamente, para a Educação Ambiental e o Trabalho. Também é possível trabalhar com o tema contemporâneo transversal Ciência e Tecnologia Para isso, promover a leitura coletiva do texto das páginas 252 e 253 e identificar as principais características da agropecuária no continente africano. Fazer pausas para comentários e esclarecimentos de dúvidas.
Ao trabalhar a agropecuária, retomar aspectos físico-naturais do continente africano e esclarecer que características físicas, como a presença de extensos desertos, não devem ser tomadas como fatores isolados para explicar a baixa produtividade agropecuária em muitas regiões, já que a aplicação de técnicas, em muitos casos, permite que as condições naturais sejam controladas. Assim, devem-se considerar também outros fatores, como a falta de investimentos e a ocorrência de conflitos.
Comentar que a agricultura de subsistência é muito suscetível às condições impostas pela natureza. Secas prolongadas, esgotamento do solo ou grande quantidade de chuvas prejudicam a produção e comprometem
Atividades agropecuárias
As atividades agropecuárias têm importante papel na economia e na sociedade africanas, correspondendo a parte significativa do Produto Interno Bruto (PIB) e das exportações do continente. Grande parcela da força de trabalho está empregada na agricultura.
Desde o século XIX, os africanos convivem basicamente com três tipos de produção agrícola:
• plantations: grandes propriedades monocultoras com produção voltada ao mercado externo. Geralmente, pertencem a empresas estrangeiras, ou à elite local, e ocupam as terras mais férteis do continente. Algumas propriedades empregam grande quantidade de trabalhadores e outras são altamente mecanizadas. Entre os principais produtos cultivados, estão cana-de-açúcar, café, algodão, cacau, amendoim, banana, abacaxi e chá.
• agricultura mediterrânea: desenvolve-se em parte do litoral norte do continente – onde se destaca a produção de uva, laranja, pêssego e azeitona, especialmente nos países que compõem a região do Magreb. Também é realizada em certas áreas da África do Sul.
• agricultura de subsistência: praticada por agricultores familiares, caracteriza-se pela utilização de instrumentos agrícolas simples e métodos tradicionais de cultivos. A produção é pequena, geralmente destinada ao consumo dos próprios produtores e vendida no mercado local. Os principais produtos cultivados são arroz, milho, mandioca e batata-doce.
É importante destacar que os melhores solos africanos para plantio são ocupados pelas grandes empresas agrícolas, enquanto a população rural, em geral, ocupa áreas de solos menos férteis ou degradados.
a alimentação de famílias e comunidades rurais. A falta de crédito e incentivos governamentais aos agricultores familiares inviabiliza os investimentos em máquinas e equipamentos modernos. Em algumas áreas do Saara, por exemplo, a agricultura somente é possível nos oásis, onde a água é utilizada para irrigação, permitindo o cultivo de cereais, frutas e hortaliças. Nas plantations, o cuidado com o solo e com o ambiente não é prioridade. Nessas áreas, a atividade agrícola desenvolve-se com base no uso intensivo do
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solo, o que contribui para a perda de fertilidade e para a desertificação, e no uso de insumos como fertilizantes e agrotóxicos.
Complementar que, na pecuária extensiva ou tradicional, destaca-se a criação ou pastoreio nômade, sistema em que os criadores deslocam seus rebanhos à procura de condições naturais mais propícias para os animais. É uma prática realizada principalmente em regiões onde as condições climáticas são rigorosas, como nas áreas de clima polar e desértico. Na África, os animais
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Agricultor em pequena propriedade rural em Kwasasi, Quênia, 2019.
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Em muitos países do continente africano, os extensos períodos de seca aliados à falta de investimentos em técnicas agrícolas – como irrigação e plantação em estufas – dificultam o plantio, principalmente nas áreas desérticas. Nas regiões mais úmidas, o uso inadequado de práticas de manejo leva à baixa produtividade e ao esgotamento dos solos.
Em relação à pecuária, predomina a criação extensiva ou tradicional, desenvolvida em pequenas propriedades rurais com número reduzido de animais. A produção é destinada principalmente ao abastecimento de carne ou leite para a família do criador e para o mercado local.
A pecuária intensiva ou moderna está presente em poucos países. É mais comum em grandes propriedades na África do Sul e na Etiópia, que estão entre os maiores produtores de ovinos e bovinos do continente. Na pecuária intensiva, são utilizados modernos equipamentos e técnicas, com controle de alimentação, saúde e higiene dos animais. Geralmente, o rebanho fica confinado e destina-se ao fornecimento de leite e carne para grandes mercados consumidores.
Na África, os principais problemas relacionados ao desenvolvimento da pecuária são o desmatamento e a prática de queimadas para abertura de pastagens. Além de contribuírem para a perda de fertilidade dos solos, ambas as práticas reduzem a biodiversidade, colocando em risco os recursos hídricos e colaborando para o agravamento das mudanças climáticas. Outra ameaça é a compactação do solo pelo pisoteio do gado. Embora o problema não seja restrito ao continente, é responsável pela degradação de extensas áreas de solo.
Resposta: A pecuária extensiva tradicional ocorre em pequenas propriedades, com número reduzido de animais. Geralmente, o gado é criado solto em pastagens naturais, sem aplicação de técnicas modernas. A produção é destinada, principalmente, ao abastecimento de carne ou leite para a família do criador e para o mercado local.
2. Quais as características da pecuária intensiva? Comente sobre essa atividade no continente africano.
Resposta: Na pecuária intensiva, geralmente, o rebanho fica confinado e destina-se ao fornecimento de leite e carne para grandes mercados consumidores. Nela são usados modernos equipamentos e técnicas, com controle de alimentação, saúde e higiene dos animais.
3. Cite três problemas ambientais relacionados à agropecuária no continente africano e indique as causas desses problemas.
Resposta: Desmatamento, queimadas, desertificação e compactação dos solos são alguns exemplos que podem ser citados. Os desmatamentos e as queimadas são ocasionados não só pela queima de carvão vegetal, como fonte de energia, como também para abrir novos campos para a pecuária. O pisoteio do solo realizado pelo gado ocasiona a compactação.
AMPLIANDO HORIZONTES
criados nesse sistema são ovelhas, cabras e camelos, que se adaptam melhor às condições climáticas rigorosas.
Destacar os problemas ambientais relacionados à agropecuária. É possível solicitar uma pesquisa complementar sobre esses problemas, como desertificação, desmatamento, queimadas e compactação do solo. Na pesquisa, os estudantes podem indicar as causas desses problemas, as consequências e também as medidas que podem minimizá-los.
É importante comentar que o esgotamento dos solos na África, assim como em todo o planeta, compromete a produção de alimentos, aumentando a fome e a pobreza no mundo.
Para o professor e o estudante • O DESAFIO da agricultura africana. EBC TV Brasil, Brasília, DF, 17 maio 2017. Disponível em: https://tvbrasil.ebc.com.br/nova africa/episodio/o-desafio-da-a gricultura-africana. Acesso em: 5 ago. 2022.
1. Destaque as principais características da pecuária extensiva tradicional.
Videorreportagem a respeito dos desafios que os países africanos ainda encontram na agricultura.
A agropecuária no continente africano
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Pecuária com utilização de técnicas modernas na África do Sul, 2019.
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NICHELLE STEYN/SHUTTERSTOCK.COM
• A habilidade EF08GE13 é atendida com foco em analisar a influência do desenvolvimento científico e tecnológico na caracterização da economia dos espaços urbanos da África.
• Atende-se à habilidade EF08GE20 com ênfase em analisar características de países e grupos de países da África no que se refere aos aspectos econômicos e suas riquezas.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Lembrar aos estudantes que as primeiras indústrias surgiram na Inglaterra, na segunda metade do século XVIII, e que, embora ao longo do tempo essa atividade tenha se transformado e se expandido, ela ainda está concentrada principalmente nas regiões mais desenvolvidas do mundo, incluindo os chamados países emergentes.
Se julgar oportuno, comentar sobre a expansão de multinacionais pelo mundo, ocorrida há algumas décadas, e também sobre a deslocalização da produção (lembramos que esse assunto será trabalhado de maneira sistematizada no volume 9 desta coleção). Os fatores que explicam esses processos são principalmente a oferta de incentivos, como isenção ou redução de impostos; mercado consumidor; mão de obra barata e abundante; disponibilidade de matérias-primas e fontes de energia. Em geral, a maior parte das indústrias multinacionais é de bens de consumo, como automóveis e alimentos. Já as chamadas indústrias de ponta (indústria de alta tecnologia, como informática, biotecnologia e telecomunicações) são minoria nesse processo e continuam concentradas, principalmente, nos países mais ricos, onde estão as sedes das empresas.
Esclarecer que, apesar do destaque, por exemplo, de indús-
Indústria e serviços
O desenvolvimento das atividades industriais não ocorreu de forma efetiva em toda a África. As matérias-primas, principalmente os recursos minerais que poderiam impulsionar as indústrias locais, abastecem o mercado externo, contribuindo, assim, para o desenvolvimento industrial de países em outros continentes.
A industrialização também foi prejudicada pelo longo tempo de subordinação à política imperialista europeia. Os colonizadores europeus exploravam matéria-prima a baixíssimo custo e a levavam para ser transformada na Europa. Depois, vendiam os produtos industrializados aos países africanos. Não houve, portanto, incentivos e investimentos das metrópoles para o desenvolvimento da indústria na África, evitando a concorrência com os produtos europeus e a perda de mercados consumidores.
Outros fatores também colaboraram para o lento desenvolvimento industrial em muitos países africanos, como forte dependência econômica em relação às antigas metrópoles, escassez de capital, carência de mão de obra qualificada, infraestrutura urbana de transportes e de produção energética deficitária, pequeno mercado consumidor, além de conflitos internos e entre países do continente.
A África do Sul conta com o maior e mais diversificado parque industrial do continente, com destaque para os setores siderúrgico, metalúrgico, automobilístico, químico, têxtil e petroquímico. A industrialização do país foi favorecida pela riqueza em recursos minerais e pela existência de uma elite que, mesmo após a independência, permaneceu no poder e manteve-se fortemente associada à antiga metrópole, a Inglaterra, favorecendo a entrada de capitais de empresas estrangeiras. A industrialização da África do Sul é um dos fatores que contribuem para que o país seja classificado como “emergente”, integrando, inclusive, os chamados Brics, junto com Brasil, Rússia, Índia e China.
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trias petroquímicas em alguns países, a maior parte das indústrias do continente africano é de bens de consumo, voltada principalmente para o beneficiamento de produtos agrícolas como soja, cana-de-açúcar, algodão e café.
Na maior parte dos países africanos, o setor secundário (indústrias) tem pequena participação na economia, em contraste com poucos que contam com polos bastante desenvolvidos e diversificados, como África do Sul, Argélia,
Nigéria, Egito e Angola. Nesses quatro últimos, destacam-se as indústrias petroquímicas. A África do Sul é o país que apresenta o maior e mais diversificado parque industrial do continente. Destacar o crescimento do setor de serviços no continente africano, impulsionado pela expansão urbana.
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Vagões de trem em fabricação na África do Sul, 2021.
MICHELE
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Em outros países do continente africano, a atividade industrial está voltada, principalmente, para o beneficiamento de produtos agrícolas, como soja, cana-de-açúcar, algodão e café, ou seja, é formada por usinas de açúcar, fábricas de tecido, torrefadoras de café e fábricas de sucos concentrados e de óleo vegetal, produzindo para o abastecimento do mercado interno.
O setor de serviços (terciário) – que inclui atividades como saúde, educação, transportes, comunicação e entretenimento, entre outros – tem importante participação na economia de muitos países africanos. Em 2020, era o setor de maior participação no PIB da Nigéria (46,4%), da África do Sul (64,6%) e do Egito (51,8%), por exemplo.
A ampliação do terciário, no geral, tem relação com a industrialização e, principalmente, com o crescimento urbano.
O processo de industrialização de um país é bastante complexo, pois não se refere apenas à instalação de fábricas. Integrada à produção industrial, ocorre a expansão de infraestrutura (estradas, portos, sistemas de comunicação etc.) e de serviços diversos (bancários e administrativos, por exemplo).
O crescimento urbano impulsiona o desenvolvimento de diversas atividades, como comércio, transporte urbano, saúde, educação, tecnologias da comunicação, lazer e entretenimento, entre outros. O aumento de investimentos estrangeiros nos países africanos tem contribuído para dinamizar essas diversas atividades.
A produção cinematográfica é uma das inúmeras atividades que compõem o setor de serviços. Nollywood, como é conhecida a “indústria” cinematográfica da Nigéria, é a segunda mais produtiva do mundo, superando Hollywood, dos Estados Unidos, e ficando atrás apenas de Bollywood, da
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Características da indústria africana
1. Caracterize a indústria do continente africano.
Resposta: A participação da indústria na economia do continente africano é pequena. A atividade industrial no continente africano está voltada, principalmente, para o beneficiamento de produtos agrícolas como soja, cana-de-açúcar, algodão e café.
Essas indústrias estão voltadas para o abastecimento do mercado interno.
2. Que fatores explicam a concentração industrial na África do Sul?
Resposta: A industrialização da África do Sul foi favorecida, entre outros fatores, pelo subsolo rico em recursos minerais e pela existência de uma elite branca que, mesmo após a independência do país, permaneceu no poder e se manteve fortemente associa-
da à sua antiga metrópole, a Inglaterra, o que favoreceu a entrada de capitais de empresas estrangeiras, sobretudo inglesas.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor
• ARTE têxtil: origens e africanidades. O Menelick 2o Ato São Caetano do Sul, jul. 2012. Disponível em: http://www.ome nelick2ato.com/mais/arte-textil -origens-e-africanidades. Acesso em: 19 jul. 2022.
Texto sobre a história cultural da produção têxtil no continente africano.
• ROSA, Pedro Valls Feu. O povo saqueado – a África e a “generosidade” da indústria internacional. Congresso em Foco. São Paulo, 13 jun. 2017. Disponível em: https://congressoemfoco.uol. com.br/area/mundo-cat/o-povo -saqueado-a-africa-e-a-generosi dade-da-industria-internacional/.
Acesso em: 19 jul. 2022.
Texto que discute o contraste entre a riqueza do continente africano e a pobreza de sua população.
Índia.
Atores e equipe técnica em set de gravação em Abuja, Nigéria, 2020.
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AFOLABI SOTUNDE/REUTERS/FOTOARENA
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Competências
• Gerais: 2 e 4
• Ciências Humanas: 5 e 7
• Geografia: 3, 4 e 5
Habilidade
• Atende-se à habilidade EF08GE20 com ênfase em analisar características de países e grupos de países da África no que se refere aos aspectos econômicos e discutir as desigualdades econômicas.
Interdisciplinaridade com...
Matemática:
• EF08MA04 Resolver e elaborar problemas, envolvendo cálculo de porcentagens, incluindo o uso de tecnologias digitais.
• EF08MA15 Construir, utilizando instrumentos de desenho ou softwares de geometria dinâmica, mediatriz, bissetriz, ângulos de 90°, 60°, 45° e 30° e polígonos regulares.
• EF08MA23 Avaliar a adequação de diferentes tipos de gráficos para representar um conjunto de dados de uma pesquisa.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
O conteúdo desta seção se relaciona com o tema contemporâneo transversal Economia Promover a leitura coletiva do texto para que os estudantes compreendam o conceito de Produto Interno Bruto (PIB). Comentar que o PIB per capita se refere ao valor do PIB dividido pela população absoluta de um território.
A seguir, incentivar a análise do mapa para que os estudantes identifiquem a composição do PIB dos países africanos por setores econômicos. Comentar que as informações do mapa são representadas de maneira sobreposta: na base do mapa, há os territórios dos países coloridos de acordo com seu PIB per capita (variável visual cor) e, sobre os territórios, foram aplicados gráficos setoriais que representam a participação
MAPAS INTERAGIR COM com CONEXÃO MATEMÁTICA
PIB e setores econômicos na África
O Produto Interno Bruto (PIB) é um indicador econômico que corresponde à soma do valor de todos os bens e serviços produzidos em um país, região ou estado, durante um ano. Esse indicador mostra o tamanho e a importância da economia de um lugar em relação a outros.
Analise no mapa a participação dos setores primário (agricultura, pecuária e extrativismo), secundário (indústria) e terciário (serviços) na composição do PIB dos países africanos e os dados do PIB per capita
Para representar a participação de cada setor econômico no PIB africano, foram usados gráficos de setores sobrepostos aos territórios dos países correspondentes. Esse tipo de gráfico é interessante para comparar a participação de uma parcela a outra e em relação ao todo. Note em cada gráfico que a parcela maior representa o setor com maior participação no PIB; as parcelas menores representam setores com menor participação no PIB.
O mapa traz ainda informações sobre o PIB per capita por país, representado pela variável cor
África: composição do PIB por setores
Elaborado com base em: ISTITUTO GEOGRAFICO DE AGOSTINI. Atlante geografico metodico De Agostini. Novara: Istituto Geografico de Agostini, 2021. p. 124.
GDP per capita (current US$). The World Bank. Washington, D.C., c2022. Disponível em: https://data.worldbank.org/ indicator/NY.GDP.PCAP.CD.
INDUSTRY (including construction), value added (% of GDP). The World Bank Washington, D.C., c2022. Disponível em: https://data. worldbank.org/indicator/NV.IND.
TOTL.ZS.
SERVICES, value added (% of GDP). The World Bank. c2022. Disponível em: https://data. worldbank.org/indicator/NV.SRV.
TOTL.ZS.
AGRICULTURE, forestry, and fishing, value added (% of GDP). The World Bank. Washington, D.C., c2022. Disponível em: https://data.worldbank.org/ indicator/NV.AGR.TOTL.ZS.
Acessos em: 11 jul. 2022.
dos setores da economia no PIB dos países. Analisar as duas variáveis separadamente, para posterior interpretação das informações. Sobre os gráficos setoriais, é importante destacar que, apesar de os valores percentuais não estarem indicados, é possível visualizar a participação de cada setor a partir das cores utilizadas e da proporção do círculo ocupada por cada parcela.
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res que possibilita a interdisciplinaridade com Matemática ao desenvolver as habilidades EF08MA04, EF08MA15, EF08MA23
Na atividade 2, espera-se que os estudantes apresentem um quadro como a seguir.
Países com PIB per capita superior a 6 mil dólares
Setor econômico com maior participação no PIB
Encaminhar as atividades 1 a 5, que auxiliam na análise e interpretação das informações do mapa e na elaboração de um gráfico de seto-
Botsuana Terciário
Gabão Secundário/Terciário
BNCC
OCEANO ÍNDICO OCEANO ATLÂNTICO Trópico de Capricórnio Trópico de Câncer 0° 0° Equador Me r diano de G r eenw ich Mar Mediterrâneo Mar Vermelho Primário Secundário Terciário Formação do PIB (em % por setor de atividade) A ausência de símbolos indica "sem dados". 0 780 De 2 001 a 4 000 De 1 001 a 2 000 De 500 a 1 000 Menos de 500 Sem dados Mais de 8 000 De 6 001 a 8 000 De 4 001 a 6 000 Distribuição da riqueza PIB per capita (em dólares)
econômicos – 2021 OCEANO ÍNDICO OCEANO ATLÂNTICO Tróp co de Capricórnio Trópico de Câncer 0° 0° Equador Me r i diano de G r eenw ich Mar Mediterrâneo Mar Vermelho Primário Secundário Terciário Formação do PIB (em % por setor de atividade) A ausência de símbolos indica "sem dados". 0 780 De 2 001 a 4 000 De 1 001 a 2 000 De 500 a 1 000 Menos de 500 Sem dados Mais de 8 000 De 6 001 a 8 000 De 4 001 a 6 000 Distribuição da riqueza PIB per capita (em dólares) SONIA VAZ 256 NÃO ESCREVA NO LIVRO.
256 22/08/2022 02:06 256
Analise novamente o mapa da página anterior e faça as atividades em seu caderno. Consulte também o mapa político da África (página 204).
1 Indique o nome de três países com PIB per capita:
a) superior a 6 mil dólares; Botsuana, Gabão, Guiné Equatorial, Líbia, Ilhas Maurício, África do Sul.
b) entre 2 mil e 4 mil dólares;
c) inferior a 1 000 dólares.
Argélia, Angola, Cabo Verde, Congo, Costa do Marfim, Djibuti, Egito, Gana, Quênia, Marrocos, Nigéria.
2 Retome a atividade anterior identificando os países com PIB per capita superior a 6 mil dólares. Reproduza, em seu caderno, um quadro semelhante ao modelo que informe qual é o setor econômico com maior participação na economia de cada um desses países.
Países com PIB per capita superior a 6 mil dólares Setor econômico com maior participação no PIB
indicando a participação das regiões do planeta no PIB mundial.
Os estudantes podem elaborar o gráfico manualmente, trabalhando com compasso e transferidor, ou utilizar uma ferramenta digital.
TEXTO COMPLEMENTAR
[...] Utilize o transferidor e o compasso para mostrar aos alunos a construção da circunferência. Revise alguns conceitos básicos:
• A medida em graus de uma circunferência é obtida a partir da sua divisão em 360 partes congruentes entre si.
Consultar quadro em Orientações didáticas.
3 Analise o mapa e responda: é correto afirmar que o setor terciário é responsável pela maior parcela do PIB dos países com renda per capita superior a 6 mil dólares? Qual é o peso da agropecuária nesses países?
Consultar sugestão de resposta em Orientações didáticas.
4 Indique um país cuja maior parte da economia está pautada no setor:
a) primário; Libéria, Serra Leoa, Somália.
b) secundário; Argélia, Congo, Guiné Equatorial.
c) terciário. África do Sul, Namíbia, Quênia, Djibuti.
5 Analise a tabela a seguir com dados do PIB em diferentes regiões do mundo. Depois, faça o que se pede:
Consultar comentários em Orientações didáticas.
PIB: mundo e regiões – 2021
a) Com base na análise da tabela e do mapa, como se classifica o PIB do continente africano?
b) Elabore um gráfico setorial indicando a participação das regiões indicadas na tabela no PIB mundial. Se possível, utilize uma ferramenta digital para elaborar o gráfico.
• Cada uma dessas partes equivale a um arco de medida igual a 1º (um grau).
O comprimento do raio (que equivale à metade do diâmetro) da circunferência será obtido a partir da abertura do compasso, com o auxílio da régua.
O transferidor será usado para marcar a medida de cada arco. Em caso de dificuldades, a marcação de ângulos 0°, 90°, 180°, 270° e 360° pode auxiliar os alunos na localização aproximada dos demais ângulos.
[...]
Fonte dos dados: INTERNATIONAL MONETARY FUND. GDP, current prices: billions of U.S. dollars. FMI. Washington, D.C., [2022]. Disponível em: https://www.imf.org/external/datamapper/NGDPD@WEO/OEMDC/ADVEC/ WEOWORLD. Acesso em: 29 jun. 2022.
Guiné Equatorial Secundário
Líbia Terciário
Ilhas Maurício Terciário
África do Sul Terciário
Na atividade 3, o setor terciário é responsável pela maior parcela do PIB dos países com renda per capita superior a 6 mil dólares, pois a maioria dos países com essa renda per capita tem maior parcela do PIB produzida pelo setor de serviços.
1. c) Burkina Faso, Burundi, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Chade, Eritreia, Etiópia, Gâmbia, Guiné-Bissau, Libéria, Madagascar, Malauí, Mali, Moçambique, Níger, Ruanda, Somália, Serra Leoa, Somália, Togo, Uganda.
A agropecuária responde por uma parcela muito pequena do PIB desses países, com exceção de Botsuana.
Na atividade 5, item a, o PIB per capita dos países africanos varia bastante, com países mais ricos, cujas economias estão baseadas no setor de serviços e na indústria, e com países pobres, de economia essencialmente agrária. No cenário mundial, a participação da África no PIB mundial é pequena, não ultrapassando os 2,5%. No item b, propor a elaboração de um gráfico setorial,
O gráfico de setores é um diagrama circular em que cada setor é representado proporcionalmente às respectivas frequências. Os setores são representados por porcentagens ou valores absolutos. A circunferência possui um ângulo de 360º que corresponde a 100%.
A medida do setor varia de acordo com o percentual da variável. Essas grandezas são variáveis dependentes.
Duas grandezas dependentes são diretamente proporcionais quando a razão entre os valores da 1a grandeza (%) é igual à razão entre os valores correspondentes da 2a (graus).
360° / 100% = x° / 45,8%
360° 0,458
x = 164,98°
Oriente aos alunos que a medida do setor será tão maior ou menor quanto for a medida da variável em percentual (%).
GUIA de intervenções. Mãos à obra: construindo gráficos de setores. Associação Nova Escola. São Paulo, c2017. Disponível em: https://nova-escola-producao.s3.am azonaws.com/jh7SPaVUvEjcaRKMexpW
2CZHpUWBr2yGKzNjmTjth8qASEtrFtdv2W Gf85uR/guia-de-intervencao-mat7-27pes02. pdf. Acesso em: 5 ago. 2022.
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Regiões PIB (em trilhões de US$) Participação no total do PIB (em %) Ásia e Pacífico 35,75 37,1% América do Norte 26,39 27,4% Europa 23,79 24,7% América Latina e Caribe 3,7 3,8% Oriente Médio 3,91 4% África 2,7 2,8% Mundo 96,29 100%
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• Atende-se à habilidade EF08GE05 com foco em aplicar o conceito de país, com destaque para as situações geopolíticas na África e suas múltiplas regionalizações a partir do pós-guerra.
• Contempla-se a habilidade EF08GE07 com ênfase em analisar os impactos geoeconômicos, geoestratégicos e geopolíticos da ascensão dos Estados Unidos no cenário internacional em sua posição de liderança global e na relação com a China.
• O trabalho com a habilidade EF08GE09 ocorre ao serem analisados os padrões econômicos mundiais de produção, distribuição e intercâmbio dos produtos, tendo como referência os países denominados de Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
• A habilidade EF08GE13 tem enfoque em analisar a influência do desenvolvimento científico e tecnológico na caracterização da economia dos países africanos.
• Atende-se à habilidade EF08GE14 com ênfase em analisar os processos de desconcentração, descentralização e recentralização das atividades econômicas a partir do capital chinês na África.
• Desenvolve-se a habilidade EF08GE20 com foco em analisar características de países e grupos de países da África no que se refere aos aspectos políticos e econômicos e exploração de suas riquezas.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Retomar os fatores de atração que têm despertado o interesse de empresas e países no continente africano, como a presença de recursos minerais, a mão de obra farta e barata e as leis trabalhistas e ambientais mais flexíveis, além da implantação de grandes obras de infraestrutura e sistemas, principalmente no setor de transporte, energia e comunicação.
4 INVESTIMENTOS, INOVAÇÃO E COOPERAÇÃO
Considerando as diretrizes das grandes empresas multinacionais, os países africanos atraíram investimentos em diversos setores. A região do Golfo da Guiné, rica em petróleo, passou a atrair empresas do setor petrolífero. As primeiras a chegar foram as empresas europeias, que ainda dominam a extração de petróleo e gás natural na região.
A britânica Royal Dutch Shell é a maior produtora de petróleo na Nigéria. No Gabão, está a francesa Total. Há também empresas dos Estados Unidos na Guiné Equatorial (Exxon) e em Angola (Chevron). Mais recentemente, a competição pelo petróleo africano passou a incluir empresas dos chamados países emergentes, como Índia, Brasil e, principalmente, China.
Além disso, muitas empresas à procura de oportunidades de investimento veem na África um mercado promissor no setor de tecnologia e de inovação
Startup: empresa em fase inicial com uma ideia de negócio, testando se essa ideia será viável do ponto de vista econômico.
Os problemas socioeconômicos e de infraestrutura em muitos países africanos atraem investidores do setor de inovação para desenvolver soluções adaptadas à realidade local, especialmente na África do Sul, na Nigéria e no Quênia. De acordo com o estudo da African Private Equity and Venture Capital Association, em 2021, empresas do setor privado investiram mais de 5 bilhões de dólares em startups africanas que desenvolvem inovações para o setor agrícola, energético, de telefonia celular, acesso à internet e serviços digitais.
O iHub, em Nairóbi (Quênia), é um espaço dedicado às startups africanas. Os profissionais se reúnem para desenvolver seus projetos sem os custos altos com um local próprio de trabalho. Grandes multinacionais da tecnologia são parceiras desse projeto.
Destacar também o crescimento de investimentos externos nos setores de tecnologia e inovação. Essa abordagem possibilita desenvolver o tema contemporâneo transversal Ciência e Tecnologia
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Se julgar pertinente, comentar que a inovação se refere à implementação de novas ideias que criam processos, serviços e produtos ou melhoram os já existentes, com o objetivo de solucionar problemas. Em um continente com tantos problemas, há um mercado enorme para as empresas que se propuserem a criar soluções viáveis economicamente
e que melhorem a vida da população. Pensando nisso, grandes investimentos vêm sendo feitos em startups africanas, que já estão dinamizando a economia gerando lucros e empregos.
Nesse contexto de atração e interesses pelo continente africano, comentar que a China já realizava investimentos na África desde os anos 1960, porém as relações comerciais e econômicas entre ambos se intensificaram no início de século XXI. O grande crescimento econômico China demandou, e ainda demanda, maior quanti-
BNCC
Espaço iHub, em Nairóbi, Quênia, 2020.
BERND VON JUTRCZENKA/PICTURE ALLIANCE/GETTY IMAGES 258
258
Presença chinesa
O desenvolvimento econômico acelerado vivenciado pela China a partir dos anos 1990 culminou na busca por matérias-primas e fontes de energia em vários países, muitos deles localizados na África. Desde 2009, a China é o principal parceiro comercial do continente africano. Além da exploração de recursos naturais, a China tem investido em projetos de infraestrutura (ferrovias, estradas, usinas hidrelétricas, portos, aeroportos etc.). Analise o mapa a seguir.
Em 2011, a África do Sul aderiu formalmente ao Brics. A participação do país africano é estratégica. Além de garantir aos demais integrantes – e sobretudo à China – acesso a um mercado consumidor em plena expansão, permite alavancar investimentos para continuar se desenvolvendo economicamente.
Alguns analistas entendem que a China está interessada exclusivamente na exploração das riquezas naturais e no aumento de sua influência na África, que permanece como exportadora de produtos primários e importadora de produtos industrializados. Essa posição está de acordo com o que pensam muitos cientistas e políticos dos Estados Unidos e da União Europeia, principais concorrentes da China. Essa corrente de pensamento frequentemente acusa o país asiático de “neocolonialista”.
No entanto, outros estudiosos consideram a aproximação da China com a África como vantajosa para ambos. A África ganharia com a exportação de produtos primários, melhoria da infraestrutura, geração de empregos e diminuição da pobreza.
África: expansão da influência chinesa
1059bilhõesdedólares254,3bilhõesdedólares
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dade de recursos naturais, o que fez o gigante asiático ampliar relações comerciais com países africanos, realizar obras de infraestrutura, implantando serviços básicos, entre outras ações, ampliando, assim, sua influência na região.
Destacar as relações estabelecidas entre África do Sul e China no contexto dos Brics e fora dele, já que os países fazem parte do Fórum de Cooperação China-África (Focac), criado em 2000, com o objetivo de fortalecer e ampliar a relação sino-africana.
TrópicodeCâncer
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor
• CHINA é o maior parceiro econômico de África. DW, Bonn, c2022. Disponível em: https:// amp.dw.com/pt-002/china-% C3%A9-o-maior-parceiro-e con%C3%B3mico-de-%C3%A 1frica/av-39451139. Acesso em: 4 ago. 2022.
Reportagem sobre estudo que revela que o investimento chinês na África é maior do que se imaginava.
• MORAES, Leticia. África: uma das apostas do Empreendedorismo Mundial. Estudar na Prática São Paulo, 16 jun. 2022. Disponível em: https://www.napratica. org.br/africa-uma-das-apostas -do-empreendedorismo-mun dial/. Acesso em: 5 ago. 2022. Artigo sobre opções de investimento em inovação e desenvolvimento em vários países africanos.
Empréstimos chineses para financiamento de infraestruturas (2010-2017, em bilhões de dólares)
Principais projetos (realizados/ em construção)
Usina elétrica convencional Usina de energia renovável
TEXTO COMPLEMENTAR
Porto
Empréstimos chineses para financiamento de infraestruturas (2010-2017, em bilhões de dólares)
Linha ferroviária
Principais projetos (realizados/ em construção)
Base militar Oleoduto / gasoduto
Fibra ótica
Usina elétrica convencional Usina de energia renovável
África: desafios e oportunidades no novo milênio
Porto
Instalação de infraestrutura de internet Outros projetos
Linha ferroviária
Base militar Oleoduto / gasoduto
Zona econômica especial fundada pelo ministério chinês do comércio
Fibra ótica
Investimento ou participação chinesa no setor de mineração
Instalação de infraestrutura de internet Outros projetos
Trocas comerciais em 2021, em bilhões de dólares Exportações da China para a África
Zona econômica especial fundada pelo ministério chinês do comércio
Investimento ou participação chinesa no setor de mineração
Exportações da África para a China
Trocas comerciais em 2021, em bilhões de dólares Exportações da China para a África
Nova Rota da Seda
Rota marítima da seda, projeto lançado pela China em 2013
País que participa de acordo com a China no contexto da Nova Rota da Seda
Exportações da África para a China
Nova Rota da Seda
XXXX
Rota marítima da seda, projeto lançado pela China em 2013
País que participa de acordo com a China no contexto da Nova Rota da Seda
Fonte: Le monde Afrique hors-série. L’Atlas des Afriques. Paris: Malesherbes Publications SA, 2020. p. 177.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
A China e a África
Sugerir aos estudantes a realização de um debate sobre a relação entre China e países africanos. Para tanto, solicitar a eles que, antes do debate, pesquisem notícias que tragam pontos de vistas diferentes sobre essa relação.
[...] a maior parte dos Estados africanos não conseguiu superar sua herança colonial [...] e nem tampouco encontrou um ambiente internacional favorável para uma inserção econômica mais positiva. Como países de economias primário-exportadoras, [...] a prática dos subsídios agrícolas lhes foi altamente prejudicial. Por outro lado, o avanço do processo de globalização e a crescente importância do conhecimento científico-tecnológico nos processos produtivos também são aspectos que não ajudam em sua inserção internacional num mundo cada vez mais sofisticado. [...]
De toda forma, está fora de dúvida que presenciamos hoje, para alguns dos Estados africanos, uma mudança qualitativa e uma inserção internacional mais positiva, sobretudo se comparada ao último decênio do século XX. O futuro dependerá muito de como as lideranças africanas irão responder aos desafios do presente, inclusive em termos de mais responsabilidade social [...].
PENNA FILHO, Pio. África: desafios e oportunidades no novo milênio. Revista Educação Pública, Cuiabá, v. 21, n. 46, p. 303-318, maio/ago. 2012. p. 314. Disponível em: https://periodicoscientificos. ufmt.br/ojs/index.php/educacaopublica/ article/view/410/375. Acesso em: 5 ago. 2022.
37 704 3 557 6 084 5 438 9 258 5438 5 224 11 412 4 242 3290 CHINA
TUNÍSIA LÍBIA EGITO SUDÃO ERITREIA SUDÃO DO SUL ETIÓPIA SOMÁLIA QUÊNIA MADAGASCAR MOÇAMBIQUE MALAUÍ ESSUATÍNI LESOTO ÁFRICA DO SUL NAMÍBIA BOTSUANA ZIMBÁBUE ANGOLA ZÂMBIA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO RUANDA BURUNDI MAURÍCIO SEICHELLES UGANDA CONGO GABÃO GUINÉ EQUATORIAL SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE REP. CENTRO-AFRICANA CHADE MALI NÍGER NIGÉRIA CAMARÕES BURKINA FASO GANA TOGO BENIN COSTA DO MARFIM SERRA LEOA LIBÉRIA GUINÉ-BISSAU GUINÉ SENEGAL CABO VERDE GÂMBIA MAURITÂNIA ARGÉLIA MARROCOS SAARA OCIDENTAL DJIBUTI TANZÂNIA Equador OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO 0º 0º EUROPA ÁSIA Mar Mediterrâneo TrópicodeCapricórnio M e r i d i na o d e G r e e n w c h 60º L 0 930
TrópicodeCâncer 37 704 3 557 6 084 5 438 9 258 5438 5 224 11 412 4 242 3290 CHINA
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TUNÍSIA LÍBIA EGITO SUDÃO ERITREIA SUDÃO DO SUL ETIÓPIA SOMÁLIA QUÊNIA MADAGASCAR MOÇAMBIQUE MALAUÍ ESSUATÍNI LESOTO ÁFRICA DO SUL NAMÍBIA BOTSUANA ZIMBÁBUE ANGOLA ZÂMBIA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO RUANDA BURUNDI MAURÍCIO SEICHELLES UGANDA CONGO GABÃO GUINÉ EQUATORIAL SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE REP. CENTRO-AFRICANA CHADE MALI NÍGER NIGÉRIA CAMARÕES BURKINA FASO GANA TOGO BENIN COSTA DO MARFIM SERRA LEOA LIBÉRIA GUINÉ-BISSAU GUINÉ SENEGAL CABO VERDE GÂMBIA MAURITÂNIA ARGÉLIA MARROCOS SAARA OCIDENTAL DJIBUTI TANZÂNIA Equador OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO 0º 0º EUROPA ÁSIA Mar Mediterrâneo TrópicodeCapricórnio M e r i d i na o d e G r e e n w c h 60º L 0 930 SONIA VAZ 259
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• A habilidade EF08GE05 tem foco em aplicar o conceito de país com destaque para as situações geopolíticas na África e suas múltiplas regionalizações.
• Atende-se à habilidade EF08GE06 com ênfase em analisar a atuação das organizações africanas nos processos de integração cultural e econômica dos países do continente.
• O trabalho com a habilidade EF08GE08 é realizado ao analisar-se a situação de países da África na ordem mundial do pós-guerra.
• A habilidade EF08GE09 é desenvolvida ao serem analisados os padrões econômicos mundiais de produção, distribuição e intercâmbio dos produtos, tendo como referência os países denominados de Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
• Desenvolve-se a habilidade EF08GE20 com foco em analisar características de países e grupos de países da África no que se refere aos aspectos políticos e econômicos.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Retomar com os estudantes os objetivos das organizações de integração entre países. Lembrar que, em geral, as integrações buscam ampliar as relações econômicas e o desenvolvimento social entre os países-membros, realizando trocas comerciais com pouca ou nenhuma restrição e políticas que envolvem diversos temas de cooperação.
Incentivar os estudantes a localizar no mapa os países-membros de cada organização africana ao ler sobre os objetivos de cada uma. Se necessário, incentivá-los a utilizar o mapa “África: divisão política”, na página 204
• União do Magreb Árabe
(UMA): Argélia, Líbia, Mauritânia, Marrocos e Tunísia.
• Comunidade Econômica e
Integrações africanas
A livre circulação de mercadorias, pessoas e serviços, o desenvolvimento de infraestruturas e o combate à fome estão entre os principais objetivos das organizações econômicas entre países africanos. Analise o mapa.
África: principais organizações econômicas
Fonte: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016, p. 172-173.
Cedeao/Ecowas –Comunidade Econômica do Oeste Africano (1975)
Cedeao/Ecowas –Comunidade Econômica do Oeste Africano (1975)
Cemac – Comunidade Econômica e Monetária da África Central (1994)
Cemac – Comunidade Econômica e Monetária da África Central (1994)
SADC – Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (1992)
Sacu – União Aduaneira da África
SADC – Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (1992)
Austral (1910) e SADC
UMA – União do Magreb Árabe (1989)
Sacu – União Aduaneira da África Austral (1910) e SADC
UMA – União do Magreb Árabe (1989)
A União do Magreb Árabe (UMA), fundada em 1989, tem por objetivo promover o desenvolvimento industrial, agrícola, comercial e social dos países-membros. A UMA pretende instituir, a longo prazo, um mercado comum que prevê a livre circulação de mercadorias, pessoas e serviços. Instituída em 1994, a Comunidade Econômica e Monetária da África Central (Cemac) tem como principais objetivos, além do aumento das trocas comerciais e da livre circulação de pessoas, o desenvolvimento de infraestrutura de transportes e energia, o combate à fome e a implementação de uma moeda única.
União Aduaneira: associação de países que institui tarifas de importação comuns para comércio com países que não fazem parte dela.
A Comunidade Econômica do Oeste Africano (Cedeao/Ecowas) foi criada em 1975 com o objetivo de promover a integração em todos os campos relacionados à economia, às telecomunicações, à energia, à segurança, aos mercados financeiros, à agricultura, ao transporte, à indústria etc. Criada em 1910, a União Aduaneira da África Austral (Sacu) é a mais antiga do mundo. Constituída por cinco países-membros, assegura a livre circulação de mercadorias.
Monetária da África Central (Cemac): Gabão, Congo, Camarões, Guiné Equatorial, Chade e República Centro-Africana.
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• Comunidade Econômica do Oeste Africano (Cedeao/Ecowas): Benin, Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.
• União Aduaneira da África Austral (Sacu): África do Sul, Botsuana, Lesoto, Namíbia e Essuatíni.
• Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC): África do Sul, Angola, Botsuana, Lesoto, Madagascar, Malauí, Maurício, Moçambique, Namíbia, República Democrática do Congo, Essuatíni (antiga Suazilândia), Tanzânia, Zâmbia, Zimbábue, Seicheles e Comores.
Ao comentar sobre a União Africana, destacar o documento publicado em 2015 pela organização e intitulado “Agenda 2063 – A África que Queremos” (consultar link para acesso na seção Ampliando horizontes). O documento é cons-
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EUROPA ÁSIA
ÍNDICO Trópico de Câncer Equador Trópico de Capricórnio M e r d i a n o d e G r e e n w i c h Mar Mediterrâneo Mar Vermelho 0º 0º 0 862
OCEANO ATLÂNTICO OCEANO
ALLMAPS EUROPA ÁSIA
ATLÂNTICO
ÍNDICO
de Câncer Equador
de Capricórnio M e r i d i a n o d e G r e e n w c h Mar Mediterrâneo Mar Vermelho 0º 0º
OCEANO
OCEANO
Trópico
Trópico
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260
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A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) foi criada em 1992 com o objetivo de assegurar o bem-estar econômico e a melhoria das condições de vida da população da África Austral. Em 2005, passou por uma reestruturação com o objetivo de criar um mercado comum. Apesar das diferenças, a ideia da integração política e econômica entre os países africanos ganhou novo impulso em 2001, com a criação da União Africana (UA), em substituição à desgastada Organização da Unidade Africana (OUA)
Entre os objetivos da UA, destacam-se a promoção da unidade, solidariedade, democracia e direitos humanos, a eliminação da dependência externa, a integração econômica e a cooperação política e cultural.
Em março de 2018, os países da UA assinaram a criação da Área de Livre Comércio Continental da África (AFCFTA), constituindo o maior bloco econômico do mundo em número de países. Com exceção da Eritreia, todos os países africanos ratificaram os termos do acordo, que entrou em vigor em janeiro de 2021 e deve estar efetivamente implantado por volta de 2030.
TEXTO COMPLEMENTAR
“A África que Queremos”: ONU debate desenvolvimento do continente
As Nações Unidas promoveram, na última quarta-feira (20), uma reunião de alto nível na sede da organização, em Nova Iorque, para debater o desenvolvimento do continente africano frente aos novos desafios globais impostos pela crise no valor dos alimentos e combustíveis, mudanças climáticas, além dos impactos da pandemia de covid-19. Chamada de “A África que Queremos”, a reunião também destacou algumas oportunidades que o continente terá nos próximos anos [...].
[...]
Descrevendo o desenvolvimento sustentável da África como uma “prioridade” para a ONU e a comunidade internacional, o presidente da Assembleia Geral incentivou que todos se comprometam novamente com o desenvolvimento sustentável no continente, levando em consideração os novos desafios impostos por um mundo em constante mudança. “Com determinação, compromisso contínuo, perseverança e apoio da comunidade internacional e do sistema das Nações Unidas, ‘A África que Queremos’ pode tornar-se uma realidade”, concluiu.
[...]
1 De que forma a integração entre os países africanos pode contribuir para o desenvolvimento social e econômico do continente? Discuta a questão em grupo e registre as conclusões da conversa no caderno. Depois, converse com o professor e os colegas sobre o assunto.
Auxiliar os estudantes na atividade. Consultar comentários em Orientações didáticas.
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tituído por metas a serem cumpridas pelos países africanos nas áreas de educação, infraestrutura, tecnologia, ciência, manutenção da paz etc.
Ao trabalhar a atividade 1, espera-se que os estudantes reconheçam que a formação de blocos econômicos pode contribuir para o desenvolvimento econômico e social dos países, pois, em geral, os blocos promovem políticas de aumento de trocas comerciais, de desenvolvimento de infraestrutura, de justiça social, entre outras.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor
• COMISSÃO DA UNIÃO AFRICANA. Agenda 2063: a África que queremos. Adis Abeba, abr. 2015. Disponível em: https://au.int/sites/default/files/ documents/36204-doc-agenda2063_popular_ver sion_po.pdf. Acesso em: 5 ago. 2022.
Documento da União Africana com as metas desenvolvimento futuro do continente.
[...] a Área de Livre Comércio Continental Africana prevê um mercado de 1,3 bilhão de pessoas, com PIB combinado de US$ 3,4 trilhões, o que tornaria a África um importante parceiro econômico global. [...], quando totalmente implementado, o bloco poderá aumentar o rendimento real do continente em 9% até 2035 e retirar mais 50 milhões de pessoas da pobreza extrema.
“A ÁFRICA que Queremos”: ONU debate desenvolvimento do continente. Nações Unidas Brasil. Brasília, DF, 21 jul. 2022. Disponível em: https://brasil.un.org/index. php/pt-br/191391-africa-que-queremos -onu-debate-desenvolvimento-do -continente. Acesso em: 5 ago. 2022.
STR/AFP 261
Líderes de 44 países africanos reunidos durante a 10a sessão ordinária dos chefes de Estado da União Africana em Kigali, capital de Ruanda, 2018, onde assinaram o acordo da Área de Livre Comércio Continental da África.
22/08/2022 02:06 261
• Desenvolve-se a habilidade EF08GE01 ao descrever rotas de dispersão da população humana pelo planeta e os principais fluxos migratórios em diferentes períodos da história, discutindo os fatores históricos e condicionantes físico-naturais associados à distribuição da população humana pelos continentes.
• Contempla-se a habilidade EF08GE03 com ênfase em analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando características da população africana (mobilidade espacial).
• Ao analisar-se a atuação das organizações mundiais nos processos de integração cultural e econômica no contexto africano, contempla-se a habilidade EF08GE06
• A habilidade EF08GE09 é atendida com foco em analisar os padrões econômicos mundiais de produção, distribuição e intercâmbio dos produtos, tendo como referência os países denominados de Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
• Atende-se à habilidade EF08GE14 com foco em analisar os processos de desconcentração, descentralização e recentralização das atividades econômicas a partir do capital chinês em diferentes regiões no mundo.
• O trabalho com a habilidade EF08GE19 é feito com foco em interpretar mapas com informações geográficas acerca da África.
• A habilidade EF08GE20 é contemplada com ênfase em analisar características de países e grupos de países da África no que se refere aos aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir as desigualdades sociais e econômicas e as pressões sobre a natureza e suas riquezas (sua apropriação e valoração na produção e circulação), o que resulta na espoliação desses povos.
ATIVIDADES
Todas as respostas das atividades desta seção estão no MP, com orientações e encaminhamentos.
1 Analise os textos das páginas 236 a 239 e o mapa “África: principais etnias e línguas nativas”, na página 230. Responda às questões.
a) Que grupos étnicos africanos foram importantes para a produção do conhecimento mundial nas áreas de Matemática, Engenharia, Medicina e Metalurgia?
b) A que grupos linguísticos pertenciam os povos responsáveis pelas expressões artísticas retratadas nas páginas 238 e 239?
2 Analise as fotografias e leia a legenda.
a) Que contrastes podem ser observados entre as fotografias? Esse tipo de contraste ocorre apenas na paisagem de cidades africanas? Explique sua resposta.
b) Os contrastes nas paisagens estão relacionados ao processo de segregação espacial. Explique esse processo.
3 Com base em seu conhecimento sobre o processo de urbanização da África, responda.
a) Que fatores ajudam a explicar o grande crescimento populacional das cidades africanas?
b) Quais são os aspectos comuns às mais populosas cidades africanas?
4 Explique alguns fatores que contribuem para a pobreza e a fome na África.
5 Analise a tabela da página 244 e indique qual sub-região africana apresentou maior percentual de aumento de insegurança alimentar grave no período representado. De acordo com seus conhecimentos sobre o continente, que fatores explicam essa situação?
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
A seção Atividades resgata e possibilita a aplicação de conteúdos conceituais trabalhados na Unidade 8
Organizar os estudantes em duplas para a realização das atividades propostas na seção. Destinar um tempo para que eles possam concluí-las. Acompanhar a produção circulando pela sala para oferecer apoio didático e esclarecer dúvidas. Depois do tempo estipulado, verificar as
respostas das atividades e solicitar às duplas que as exponham oralmente. Anotar na lousa os conceitos trabalhados em cada atividade.
1. a) Matemática: bateque e zulu; engenharia: árabe; medicina: árabe; metalurgia: bateque.
b) Sudanês e bantu.
Objetivos: • Entender a produção do conhecimento e expressões artísticas tradicionais de alguns grupos étnicos africanos e suas contribuições para diferentes áreas do conhecimento. • Reconhecer a diversidade étnica e
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NÃO ESCREVA NO LIVRO.
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Vistas parciais de Lagos, Nigéria, 2022.
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Você é um rapaz de 17 anos que mora em Mogadíscio, capital da Somália. Seu pai está desaparecido há mais de dez anos. Você acredita que sua mãe partiu para procurá-lo, mas você não tem notícias dela há um ano. Você está com cada vez mais dificuldade para juntar algum dinheiro e os combates se aproximam do local onde você mora. Você tem medo de ser recrutado como soldado ou informante pelos rebeldes islâmicos, então decide fugir para ter uma vida melhor e sem medo. Você ouviu falar que na Alemanha era mais fácil para os menores de idade obterem o estatuto de refugiado e, portanto, serem protegidos. Você decide, então, juntar os 500 dólares que conseguiu economizar com dificuldade e partir em direção à Europa.
Elaborado pelos autores.
• O texto mostra uma situação hipotética que acontece diariamente na vida de milhares de jovens refugiados do mundo todo. Imagine que você seja esse rapaz e escreva um texto contando como foi o percurso até a Alemanha e se você conseguiu o pedido de asilo.
Objetivo: • Identificar e analisar causas de problemas presentes no continente africano, reconhecendo a existência de desigualdades sociais.
3. a) Os fatores que ajudam a explicar o crescimento de cidades africanas estão ligados ao êxodo rural (provocado por secas prolongadas no campo, empobrecimento dos solos, crescimento das grandes propriedades monocultoras em substituição às pequenas propriedades familiares) e à busca por melhores condições de vida nas cidades.
b) Crescimento urbano desordenado, carência de infraestruturas e de serviços públicos e segregação espacial.
Objetivos: • Identificar e analisar as causas de problemas presentes no continente africano, reconhecendo a existência de desigualdades sociais.
Este é um mural produzido por Banksy (1944-), um artista britânico. Suas obras fazem parte da chamada arte de rua e geralmente tratam de temas polêmicos, com críticas políticas e sociais. Seus murais estão espalhados por diversas cidades do mundo, como Londres, Los Angeles e Nova York. Nas placas e na faixa exibidas na imagem a seguir, lê-se: “Migrantes não são bem-vindos”; “Volte para a África”; “Fique longe das nossas minhocas”.
Elaborado pelos autores.
a) Que problema enfrentado pelos africanos está relacionado ao tema do mural?
b) Que fatores explicam esse problema?
cultural da população africana como elemento de afirmação da identidade de grupos culturalmente distintos.
2. a) Os estudantes poderão concluir que os contrastes sociais e econômicos se evidenciam no espaço urbano de uma mesma cidade. A primeira imagem retrata edificações em bom estado de conservação e uma boa infraestrutura urbana, em contraste com uma área pobre da cidade retratada na segunda imagem, caracterizada por habitações e infraestrutura precária e falta de saneamento básico. Esses
tipos de contraste não são exclusivos das cidades africanas e ocorrem em diversos países do mundo, principalmente nos mais pobres.
b) O processo de segregação espacial nas cidades ocorre com a valorização econômica de parcelas do território dotadas de melhor infraestrutura e de maior oferta de serviços sociais, ocupadas pela parcela mais rica da população, em detrimento das áreas periféricas, geralmente sem infraestrutura e com serviços precários e ocupadas pela parcela mais pobre da população.
• Compreender as causas dos fluxos migratórios entre campo e cidade e os efeitos do crescimento urbano desordenado.
4. Ocupação das terras mais férteis pelas grandes propriedades monocultoras, restando disponíveis as terras improdutivas para a produção de alimentos voltados à população local; diminuição da oferta e alimentos em razão dos conflitos que destroem plantações e rebanhos; desertificação e longos períodos de seca; uso de técnicas agrícolas que não favorecem a produtividade e a conservação do solo.
Objetivos: • Identificar e analisar as causas de problemas presentes no continente africano, reconhecendo a existência de desigualdades sociais.
• Identificar os principais fatores para os elevados índices de pobreza e fome no continente africano.
5. Espera-se que os estudantes indiquem que o maior percentual de aumento de insegurança alimentar no período representado ocorreu na África Subsaariana. Os estudantes devem apontar fatores como a seca e os conflitos recentes na República Democrática do Congo, na República Centro-Africana, no Sudão e em outros países.
6 Leia o texto a seguir, consulte o mapa da página 247 e faça o que se pede.
7 Analise a imagem e leia o texto.
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BANKSY/GEOFFREY WELSH/ALAMY/FOTOARENA
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Objetivos: • Identificar e analisar as causas de problemas presentes no continente africano, reconhecendo a existência de desigualdades sociais.
• Identificar os principais fatores para os elevados índices de pobreza e fome no continente africano.
6. Resposta pessoal. O objetivo é que o estudante elabore seu texto indicando o percurso de um jovem refugiado, com base na leitura do mapa “África: principais rotas de migração para a Europa” (página 247), da Somália até a Alemanha. Verificar se a rota indicada é possível e solicitar que os estudantes incrementem seus relatos narrando possíveis situações e riscos que podem acontecer no trajeto.
Objetivo: • Analisar os fluxos de refugiados e deslocados no território africano, relacionando-os aos conflitos, guerras e eventos climáticos extremos, como as secas.
7. a) Os estudantes devem associar a imagem à discriminação sofrida pelos africanos em países para onde migram ou se refugiam. No mural feito pelo artista Banksy, os pombos representam países para onde os africanos se dirigem, principalmente os países europeus. O passarinho, indefeso e acuado pelos pombos, representa o africano migrante e/ou refugiado.
b) Espera-se que os estudantes indiquem as guerras; a intolerância etnorreligiosa, cultural e política e as más condições de vida como as principais causas de tais fluxos migratórios.
Objetivo: • Analisar os fluxos de refugiados e deslocados no território africano, relacionando-os aos conflitos, guerras e eventos climáticos extremos, como as secas.
8. a) Estados Unidos, China e países da UE disputam o petróleo africano. b) Nigéria, Argélia, Líbia, Angola. c) Gás natural, carvão mineral, diamante, cobalto.
Objetivos: • Conhecer e analisar aspectos das atividades econômicas desenvolvidas no espaço geográfico do continente africano. • Analisar
8 Analise a charge.
a) Que mensagem o autor da charge quis transmitir?
b) Quais são os principais países africanos produtores do recurso natural representado?
c) Além do recurso natural representado na charge, cite outros recursos intensamente explorados no continente africano.
9 Observe o mapa e responda às questões. Se necessário, consulte o mapa “África: clima”, página 210.
África: uso do solo
Savanas
por culturas de subsistência e culturas comerciais
Elaborado com base em: CHARLIER, Jacques (org.). Atlas du 21 siècle. Paris: Nathan, 2013. p. 117.
a) A produção agrícola no continente africano está mais presente no Norte da África ou na África Subsaariana? Que tipo de clima corresponde à grande área não cultivada no Norte da África?
b) Que tipos de agricultura e de pecuária se destacam no Norte da África e na África Subsaariana?
c) Que produtos se destacam na agricultura mediterrânea?
d) A zona irrigada no nordeste do continente está relacionada a qual rio?
e) Em que regiões se destaca o pastoreio nômade?
aspectos da produção mineral na África relacionados aos principais produtos, ao destino da produção e dos lucros e às implicações socioambientais.
9. a) A produção agrícola está concentrada na África Subsaariana. Clima desértico. b) Norte da África: agricultura mediterrânea e agricultura irrigada; África Subsaariana: agricultura de subsistência e agricultura comercial. c) Próximo ao mar Mediterrâneo, oliveiras e cítricos, e no extremo sudoeste, tabaco e cítricos. d) Ao Rio
Nilo. e) Nos desertos e em áreas próximas. Objetivos: • Conhecer e analisar aspectos das atividades econômicas desenvolvidas no espaço geográfico do continente africano. • Reconhecer a importância das atividades agropecuárias na produção do espaço geográfico africano, analisando diferentes formas de produção e problemas ambientais a elas relacionados.
10. a) Pecuária extensiva, em que o gado é criado solto e a produção é voltada para o mercado interno. b) África do Sul, Etiópia e Sudão.
ÁSIA
MarVermelho OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO Trópico de Capricórnio Equador 0° 0° 0° Trópico de Câncer Me r i d a no de G r ee nw ic h Agricultura mediterrânea Zona irrigada Estepes
Criação
cultivadas Florestas
Arroz
Cacau Chá Tamareiras (oásis) Algodão Cana-de-açúcar Tabaco Sisal Cítricos Oliveiras Palmeiras de óleo, amendoim Borracha Cravo-da-índia 0 704
Mar Mediterrâneo
com criação extensiva e modificadas por culturas de subsistência e culturas comerciais
nômade, terras não
ou
modificadas
Café
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10 Sobre a pecuária desenvolvida no continente africano, responda às perguntas.
a) Que tipo de pecuária predomina no continente? Caracterize esse tipo de pecuária.
b) Cite países em que se destaca a pecuária intensiva ou moderna.
11 Cite os fatores que dificultaram a expansão da industrialização em grande parte dos países africanos.
12 Leia o trecho do texto e responda às questões.
A África se agarra ao sucesso econômico
O auge econômico da África foi tão repentino que muitos ainda custam a se acostumar com a ideia de que esse continente [...] está a caminho de se transformar em [...] novo território emergente. [...]
O que explica essa aceleração? Segundo Luis Padilla, analista para a África da OCDE, “cinco fatores foram decisivos: a forte demanda dos países emergentes por matérias-primas, o boom demográfico, uma classe média em ascensão, um mercado interno mais dinâmico e um crescente investimento estrangeiro”.
Este verdadeiro ciclo virtuoso começou com o sucesso das matérias-primas, no início dos anos 2000, impulsionado pelas compras feitas por empresas chinesas, ávidas de recursos minerais e agrários, e que não se deteve apesar da desaceleração da economia asiática. Mas essa foi apenas a alavanca inicial. A África já é muito mais do que minerais. [...]
BARCIELA, Fernando. A África se agarra ao sucesso econômico. El País, Espanha, 27 jul. 2014. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2014/07/25/economia/1406308313_205201.html. Acesso em: 30 jun. 2022
a) De acordo com o texto, que fatores estão relacionados ao crescimento econômico da África?
b) Que país não africano está fortemente associado ao crescimento econômico do continente a partir dos anos 2000? Quais foram os produtos que impulsionaram essa relação?
13 Analise o mapa “África: expansão da influência chinesa”, página 259, e responda às questões.
a) Cite os países onde foram realizados os maiores investimentos para o financiamento de obras de infraestrutura.
b) Em que região do continente africano há maior número de projetos em construção?
c) No seu entendimento, por que a China investe em infraestruturas no território africano?
d) Relacione a distribuição de portos e linhas ferroviárias aos investimentos realizados pelos chineses no setor de mineração.
14 Que críticas têm sido feitas à expansão chinesa no continente africano, especialmente por estudiosos dos Estados Unidos e da União Europeia, principais concorrentes da China na África?
15 O Brasil também tem estreitado relações com os países localizados na África e uma das vias dessa aproximação tem sido o Brics. Comente as relações estabelecidas entre Brasil e África do Sul e a importância político-econômica dessa aproximação.
13. a) Angola, Etiópia, Quênia e Camarões. b) No litoral leste do continente, voltada para o oceano Índico. c) As infraestruturas são importantes para escoar a produção de matérias-primas para o mercado externo (no caso, a própria China, que também investe elevadas somas nas indústrias africanas, principalmente aquelas relacionadas ao beneficiamento de minérios). d) Essas infraestruturas estão associadas às áreas de exploração mineral, para facilitar a produção e o transporte dos produtos para o mercado externo.
Objetivos: • Conhecer e analisar aspectos das atividades econômicas desenvolvidas no espaço geográfico do continente africano. • Compreender aspectos da inserção da África no mundo globalizado, analisando as relações entre países africanos e países desenvolvidos e os chamados “emergentes”, especialmente a China.
14. A China não estaria interessada em ajudar os países africanos, mas em explorar suas riquezas e aumentar sua influência na região, o que reforça o papel da África de fornecedora de matérias-primas.
Objetivo: • Compreender aspectos da inserção da África no mundo globalizado, analisando as relações entre países africanos e países desenvolvidos e os chamados “emergentes”, especialmente a China.
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Objetivos: • Conhecer e analisar aspectos das atividades econômicas desenvolvidas no espaço geográfico do continente africano. • Reconhecer a importância da agropecuária na produção do espaço geográfico africano e problemas ambientais a ela relacionados.
11. Falta de incentivos e investimentos do colonizador para garantir seus mercados consumidores; escassez de capitais; falta de infraestrutura; guerras.
Objetivo: • Conhecer e analisar aspectos das ativida-
des econômicas desenvolvidas no espaço geográfico do continente africano.
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12. a) Forte demanda por matérias-primas, grande crescimento demográfico, classe média em ascensão, mercado interno mais dinâmico e crescente investimento estrangeiro. b) China. Recursos minerais e produtos agrários.
Objetivo: • Conhecer e analisar aspectos das atividades econômicas desenvolvidas no espaço geográfico do continente africano.
15. Benefícios econômicos; maior visibilidade desses países no cenário global; desenvolvimento de políticas voltadas para a erradicação da fome, diminuição da pobreza e da desigualdade social.
Objetivos: • Conhecer e analisar aspectos das atividades econômicas desenvolvidas no espaço geográfico do continente africano. • Compreender aspectos da inserção da África no mundo globalizado, analisando as relações entre países africanos e países desenvolvidos e os chamados “emergentes”, especialmente a China.
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Competências
• Gerais: 1, 2, 4, 5, 7 e 10
• Ciências Humanas: 2, 3, 5, 6 e 7
• Geografia: 1, 3, 4, 5, 6 e 7
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Nesta seção, aplicam-se práticas de pesquisa como revisão bibliográfica, análise documental, observação, tomada de notas, construção de relatórios e entrevistas. Consultar tópico Práticas de pesquisa nas Orientações gerais deste Manual.
Retomar com os estudantes os problemas ambientais e sociais relacionados à América Latina e à África. Isso pode ser feito em uma roda de conversa em que podem ser indicados os problemas, identificando aspectos comuns entre as duas regiões. Retomar os problemas urbanos e também os rurais, sejam eles sociais ou ambientais. Os problemas citados podem ser elencados na lousa para que os estudantes acompanhem melhor a conversa.
Para o desenvolvimento das etapas 1 e 2, orientar a produção ou pesquisa das imagens. É interessante definir um padrão – fotos ou recortes – para que o painel fique visualmente harmônico. Se possível, adotar como padrão as fotos, que, além de uma aproximação maior com a realidade, acabam favorecendo o trabalho em campo, um dos procedimentos usados em pesquisas científicas. Indicar alguns problemas presentes no município onde vivem, orientando, assim, a produção das imagens. Agendar uma data para a entrega das imagens considerando que a atividade pode necessitar da participação de um adulto da família. Caso a opção seja a pesquisa por imagens, orientar a pesquisa na internet, em jornais e revistas do município ou da região. Independentemente da escolha feita, orientar a elaboração da legenda
EM CONHECIMENTOAÇÃO
Problemas socioambientais na América Latina e na África
Estudamos vários problemas socioambientais presentes na América Latina e na África.
É possível notar características comuns entre essas duas regiões. Nas cidades, podemos destacar o processo acelerado de urbanização, caracterizado por amplas desigualdades, segregação espacial e graves problemas ambientais.
No campo, podemos observar a concentração de terras por grandes propriedades que atendem ao mercado externo, a degradação dos solos em razão do manejo inadequado e a intensificação dos processos de desertificação em áreas áridas e semiáridas.
Agora é hora de transpor esses conhecimentos para a sua realidade, identificando problemas, compreendendo as causas e propondo soluções. Siga as etapas a seguir e as orientações que serão dadas pelo professor.
indicando o problema, o local e o ano da imagem. Para o desenvolvimento da etapa 3, providenciar com antecedência um mural para que as fotos sejam expostas. Utilizar papel kraft para fazer um grande painel. Orientar a apresentação e a colagem das imagens no painel. As legendas podem ser escritas à mão pelos próprios estudantes ou digitadas por eles e coladas abaixo das fotos. Depois do painel pronto, ajudar na análise geral das imagens, agrupando-as e definindo os pro-
blemas que foram identificados no município, como poluição das águas, poluição do ar, moradias precárias etc.
Na etapa 4, organizar a sala em grupos em número igual ao dos problemas identificados na etapa 2. Orientar a pesquisa de cada problema, pedindo aos grupos que busquem as causas, as consequências e as soluções para ele. A pesquisa pode ser feita na internet, em jornais, revistas e livros e também com entrevistas com os funcio-
BNCC
Trecho poluído do Rio Njoro, em Nakuru, Quênia, 2019.
Rio Las Vacas em Chinautla, Guatemala, 2022. ORDONEZ/AFP NÃO ESCREVA NO LIVRO. 266
JAMES WAKIBIA/SOPA IMAGES/LIGHTROCKET/GETTY IMAGES
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Identificar os problemas
Forme grupos com os colegas. Depois, pesquisem problemas socioambientais que ocorrem nos países africanos e latino-americanos, identificando problemas comuns às duas regiões.
Registrem quais desses problemas ocorrem no município ou Unidade da Federação (UF) onde a escola está situada.
Promovam uma roda de conversa entre os grupos para compartilhar suas descobertas. Em seguida, cada grupo escolherá um problema sobre o qual fará uma pesquisa na sua comunidade, bairro ou município.
Organizar e analisar as imagens
Compor um painel coletivo com as imagens, que deverão estar acompanhadas de legendas indicando o problema retratado, o local e a data.
Apresentar os painéis
Durante a apresentação é importante que os grupos troquem informações, opiniões e impressões. Aproveitem para entender os problemas que foram pesquisados pelos demais grupos e, assim, conhecer mais a fundo as questões que envolvem a realidade local. Conversar com os colegas e o professor, buscando relacionar a pesquisa aos conteúdos estudados neste volume. Certamente você deve ter percebido que muitos problemas abordados no estudo da América Latina e da África ocorrem no município ou estado onde está localizada a escola.
Retratar os problemas
Fotografar ou pesquisar imagens que retratem o problema socioambiental escolhido. Organizem-se verificando se é possível ir a campo acompanhados pelo professor ou outro adulto para fazer as fotografias. A ideia é trabalhar com, no mínimo, quatro imagens.
Pesquisar causas e apontar soluções para os problemas
Para analisar mais detalhadamente o problema que estão estudando, investiguem as possíveis causas e consequências e as medidas e ações que já foram colocadas em prática ou poderiam ser realizadas para atenuá-lo ou solucioná-lo. O conteúdo da pesquisa e das discussões feitas em grupo deve ser organizado em um cartaz complementar ao painel de imagens que será apresentado posteriormente para o restante da sala.
Concluir o estudo
Ainda em grupo, escrevam um relato do processo de pesquisa com as conclusões a que vocês chegaram, procurando trazer os conteúdos estudados a respeito da América Latina e da África em sua produção.
tação do problema, a análise, a coleta de informações etc. Orientar estudantes a escrever em um texto as etapas de trabalho e os resultados obtidos em cada uma delas, relacionando-os ao que foi estudado ao longo do semestre.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR Problemas transcontinentais
1. Cite ao menos três problemas presentes no município onde você vive.
Resposta: Resposta pessoal.
2. Qual a relação que pode ser estabelecida entre os problemas presentes em seu município e a América Latina e a África?
Resposta: Espera-se que os estudantes reconheçam que a maioria dos problemas presentes no município (se não todos) é comum na maioria dos países da América Latina e da África.
3. Das etapas de trabalho desenvolvidas, de qual você mais gostou? Por quê?
Resposta: Resposta pessoal.
nários públicos responsáveis pela área atinente ao problema. Orientar a produção dos cartazes, esclarecendo que eles devem reunir apenas as informações mais relevantes.
Na etapa 5, conduzir as apresentações dos cartazes. Indicar a ordem das apresentações e definir um tempo para cada, evitando que elas se prolonguem muito. Incentivar os estudantes a adotar uma postura de respeito e valorização em relação aos trabalhos dos colegas.
Na etapa 6, se possível, fixar os relatos próximo ao painel de imagens produzido pelos estudantes na etapa 3. Conversar com os estudantes sobre o trabalho desenvolvido, as conclusões obtidas e as relações entre o conteúdo da pesquisa e o que foi estudado ao longo do bimestre. Auxiliar na retomada das etapas dessa atividade, incentivando-os a perceber que muitas delas estão relacionadas à pesquisa científica, como a observação, o trabalho em campo, a consta-
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POLÍTICO PLANISFÉRIO
4. Em abril de 2016, o governo da República Tcheca optou por mudar o nome oficial do país para Chéquia.
Elaborado com base em: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante 7. ed. São Paulo: FTD, 2016. p. 156-157.
1. O Saara Ocidental foi anexado pelo Marrocos em 1975, mas não foi reconhecido pela ONU.
5. Em abril de 2018, o Rei Mswati III mudou o nome do país Suazilândia para Essuatíni.
2. A Crimeia é um território anexado pela Rússia em 2014. No entanto, a ONU não reconheceu essa anexação, considerando a Crimeia pertencente à Ucrânia.
6. Em 12 de fevereiro de 2019, a República Iugoslava da Macedônia passou a se chamar República da Macedônia do Norte.
3. Kosovo declarou sua independência da Sérvia em 2008, mas esse processo ainda não foi reconhecido pela ONU.
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OCEANO ATLÂNTICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO OCEANO PACÍFICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO Círculo Polar Ártico Trópico de Câncer Equador Trópico de Capricórnio Círculo Polar Antártico 0º 0º onaidireM ed wneerG hc 180º 150º O 120º O 90º O 60º O 30º O 30º L 60˚ L 90º L 120º L 150º L 180º 90º N 60º N 30º N 30º S 90º S 23º 27’ S 60º S PORTUGAL REINO UNIDO IRLANDA NORUEGA FINLÂNDIA TURQUIA GRÉCIA CHIPRE SUÉCIA ESPANHA ITÁLIA FRANÇA ESTÔNIA BELARUS POLÔNIA DINAMARCA ANDORRA MÔNACO PAÍSES BAIXOS CHÉQUIA ESLOVÁQUIA ESLOVÊNIA ALBÂNIA MONTENEGRO MACEDÔNIA DO NORTE BÓSNIA- -HERZEGÓVINA SAN MARINO LIECHTENSTEIN VATICANO CROÁCIA HUNGRIA SUÍÇA BÉLGICA ALEMANHA ÁUSTRIA UCRÂNIA MOLDÁVIA ROMÊNIA BULGÁRIA SÉRVIA KOSOVO LETÔNIA LITUÂNIA MALTA I. de Creta FED RUSSA LUXEMBURGO 0º Meridiano de Greenwich 45º N 2 Crimeia 3 4 6 PORTO RICO (EUA) Ilhas Virgens I. Anguila (RUN) (RUN) (EUA) DOMINICA TRINIDAD E TOBAGO GRANADA SÃO VICENTE E GRANADINAS I. Montserrat (RUN) SÃO CRISTÓVÃO E NÉVIS ANTÍGUA E BARBUDA I. Martinica (FRA) SANTA LÚCIA BARBADOS I. Guadalupe (FRA) 60º O 15º N
BRASIL BOLÍVIA PARAGUAI PERU EQUADOR COLÔMBIA VENEZUELA MÉXICO ESTADOS UNIDOS CANADÁ ALASCA (EUA) GUATEMALA EL SALVADOR NICARÁGUA COSTA RICA PANAMÁ BELIZE CUBA BAHAMAS HAITI CABO VERDE REPÚBLICA DOMINICANA HONDURASJAMAICA GUIANA SURINAME GUIANA FRANCESA (FRA) CHILE ARGENTINA ANTÁRTIDA Is. Falkland/Malvinas (RUN) Polinésia Francesa (FRA) Havaí/Sandwich (EUA) KIRIBATI SAMOA TONGA Kerguelen (FRA) URUGUAI ANGOLA NAMÍBIA QUÊNIA ETIÓPIA DJIBUTI ERITREIA SUDÃO SUDÃO DO SUL EGITO CAZAQUISTÃO MONGÓLIA IRÃ ARÁBIA SAUDITA ÍNDIA FEDERAÇÃO RUSSA AUSTRÁLIA PAPUA NOVA GUINÉ FILIPINAS MALÁSIA JAPÃO INDONÉSIA NOVA ZELÂNDIA CHINA NÍGER MAURITÂNIA MALI NIGÉRIA SOMÁLIA SRI LANKA LÍBIA CHADE ÁFRICA DO SUL TANZÂNIA ARGÉLIA MADAGASCAR MOÇAMBIQUE BOTSUANA ZÂMBIA GABÃO REPÚBLICA CENTRO- -AFRICANA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO TUNÍSIA MARROCOS SAARA OCIDENTAL ISLÂNDIA TURQUIA UGANDA ESSUATÍNI LESOTO MALAUÍ BURUNDI RUANDA TOGO BENIN GANA COSTA DO MARFIM LIBÉRIA SERRA LEOA GUINÉ BURKINA FASSO GÂMBIA CAMARÕES SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE ZIMBÁBUE CONGO GUINÉ EQUATORIAL GROENLÂNDIA (DIN) SENEGAL GUINÉ-BISSAU SEICHELES COMORES MALDIVAS CINGAPURA BRUNEI CAMBOJA TAILÂNDIA COREIA DO NORTE COREIA DO SUL LAOS NEPAL PAQUISTÃO TADJIQUISTÃO QUIRGUISTÃO UZBEQUISTÃO GEÓRGIA LÍBANO ISRAEL SÍRIA JORDÂNIA KUWAIT OMÃ IÊMEN CATAR BAREIN EMIRADOS ÁRABES UNIDOS IRAQUE AZERBAIJÃO TURCOMENISTÃO ARMÊNIA AFEGANISTÃO BUTÃO MIANMAR BANGLADESH VIETNÃ TAIWAN I. Formosa PALAU Ilhas Marianas do Norte (EUA) Guam (EUA) NAURU TUVALU VANUATU Nova Caledônia (FRA) I. Tasmânia FIJI ILHAS SALOMÃO TIMOR LESTE MICRONÉSIA ILHAS MARSHALL MAURÍCIO 0 700 0 265 0 1 950 1 2 5 1 2 ALLMAPS
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BIBLIOGRÁFICAS COMENTADAS REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE, Manoel Maurício de; REIS, Arthur Cézar Ferreira; CARVALHO, Carlos Delgado de. Atlas histórico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro: Fename, 1980.
• O atlas traz mapas históricos que mostram a expansão territorial do Brasil, destacando o surgimento das primeiras vilas e o desenvolvimento das atividades econômicas, com foco na produção de café e cana-de-açúcar, bem como na extração de minérios e do pau-brasil, que marcaram os diferentes períodos da história do país.
ALVES, Júlia Falivene. A invasão cultural norte-americana. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2004.
• O livro discute o papel do Brasil na economia mundial como exportador de matérias-primas com baixo valor agregado e importador de produtos industrializados com maior valor agregado. Por essas características, discute como a cultura brasileira tem sido influenciada pela estadunidense nos diferentes aspectos, como tipo de consumo, produtos da indústria cultural, língua, produção industrial e formas de trabalho.
ANDRADE, Manuel Correia de. Imperialismo e fragmentação do espaço. São Paulo: Contexto, 1998.
• O livro analisa o fenômeno do imperialismo desde a Antiguidade, com a tentativa de domínio dos impérios, passando pelo período das grandes navegações até os dias atuais, com a exploração e expropriação das riquezas das nações. O autor analisa as consequências do imperialismo na fragmentação espacial e nos conflitos territoriais atuais.
AYERBE, Luis Fernando. Estados Unidos e América Latina: a construção da hegemonia. São Paulo: Editora Unesp, 2002.
• O livro analisa os impactos do imperialismo e da hegemonia dos Estados Unidos no desenvolvimento econômico e cultural dos países latino-americanos. As ações latino-americanas de resistência ao imperialismo estadunidense são apresentadas e discutidas ao longo da obra. O recorte temporal analisado pelo autor abarca desde o início do período da Guerra Fria até o final da década de 1990.
BARBOSA, Rogério Andrade. ABC do continente africano. Ilustrações: Luciana Justiniani Hees. São Paulo: Edições SM, 2007.
• A obra apresenta vilas, cidades, contos, histórias e aspectos culturais da África e o significado dos diferentes símbolos e das representações artísticas próprias dos países do continente que estão presentes
na cultura brasileira, estimulando a superação dos estereótipos acerca dos países e da cultura africana.
BECKER, Olga Maria Schild. Mobilidade espacial da população: conceitos, tipologias, contextos. In:
CASTRO, Iná Elias de; GOMES, Paulo Cesar da Costa; CORRÊA, Roberto Lobato (org.). Explorações geográficas: percursos no fim do século. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997. p. 319-367.
• O artigo analisa a mobilidade das comunidades humanas com base nos diferentes processos de deslocamento humano ao longo da história. A autora traça um panorama dos deslocamentos humanos desde a Antiguidade até as migrações atuais.
BEVILACQUA, Juliana Ribeiro da Silva; SILVA, Renato Araújo da. África em Artes. São Paulo: Museu Afro Brasil, 2015. Disponível em: http://www.museu afrobrasil.org.br/docs/default-source/publicações /africa_em_artes.pdf. Acesso em: 20 jul. 2022
• A publicação do Museu de Arte Afro Brasil reúne 15 obras que fazem parte do acervo do museu e retratam aspectos culturais de diversas comunidades africanas, incluindo esculturas, pinturas, adornos, objetos religiosos e outros elementos. Cada obra tem sua descrição e análise, apresentando o significado dela no contexto da cultura africana.
BRASIL. Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, ano 140, n. 8, p. 1, 10 jan. 2003. Disponível em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03leis/2003/L10.639.htm. Acesso em: 21 jul. 2022.
• O ensino de conteúdos relacionados à história e à cultura afro-brasileira é determinado por lei no Brasil. Nessa lei, divulgada no Diário Oficial da União, podemos ler, na íntegra, como fica determinado o ensino de tais temáticas nas escolas públicas e privadas do país, em seus diferentes níveis de ensino e as disciplinas que devem abordar tais conteúdos.
BRENER, Jayme. O mundo pós-Guerra Fria. São Paulo: Scipione, 1994.
• A obra aborda o mundo no contexto pós-Guerra Fria, analisando de que forma o mundo ocidental se colocou como hegemônico no período e os impactos gerados em escala global.
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BRICS: PORTAL DE INFORMAÇÕES. [S. l.], c20152018. Site. Disponível em: https://infobrics.org. Acesso em: 20 jul. 2022.
• O site reúne informações sobre os países-membros e as notícias envolvendo a atuação do Brics em diversos setores, como economia e sociedade, bem como as reuniões de cúpula já realizadas, entre outros temas.
CANEPA, Beatriz; OLIC, Nelson Bacic. Geopolítica da América Latina. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2004.
• A obra analisa os projetos políticos e econômicos dos países da América Latina, pelo viés do desenvolvimento econômico e do estabelecimento de conquistas políticas democráticas muito importantes e as constantes interferências estadunidenses em questões políticas e econômicas em tais países.
CASTRO, Iná Elias de; GOMES, Paulo Cesar da Costa; CORRÊA, Roberto Lobato (org.). Explorações geográficas: percursos no fim do século. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997.
• O livro apresenta capítulos escritos por especialistas da Geografia urbana, política e econômica, que analisam fenômenos geográficos no Brasil e em outros países.
CAVALCANTI, Leonardo; OLIVEIRA, Tadeu de; SILVA, Bianca G. Relatório Anual 2021: 2011-2020: uma década de desafios para a imigração e o refúgio no Brasil. Brasília, DF: OBMigra, 2021. Série Migrações. Disponível em: https://portaldeimigracao.mj.gov.br/ pt/dados/relatorios-a. Acesso em: 20 jul. 2022.
• O relatório apresenta uma análise detalhada da década de 2010 (2011-2020) em termos de imigração e refúgio no Brasil, indicando o crescimento da presença de imigrantes e refugiados no período e a consolidação do Brasil como país de destino.
CHIAVENATTO, Júlio José. O golpe de 64 e a ditadura militar. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2014.
• A obra faz uma profunda análise do período militar no Brasil, abordando a violência do período, as opções feitas pelos governos militares e as consequências para a economia, a política e a sociedade brasileira.
COMEX STAT. Brasília, DF, [20--]. Site. Disponível em: http://comexstat.mdic.gov.br/pt/home. Acesso em: 5 ago. 2022.
• O site traz dados interativos e atualizados sobre o comércio exterior brasileiro, além de relatórios anuais que apresentam o panorama nacional da indústria e do comércio exterior.
COMISSÃO ECONÔMICA PARA A AMÉRICA LATINA E CARIBE. Santiago do Chile, [20--]. Site. Disponível em: https://www.cepal.org/pt-br. Acesso em: 20 jul. 2022.
• O site da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal) traz dados atualizados sobre a economia, a demografia e a sociedade latino-americana.
Também apresenta publicações diversas, antigas e recentes, que versam sobre vários temas, incluindo projetos de desenvolvimento em andamento na região.
CONCEIÇÃO, Pedro (dir.). Relatório do Desenvolvimento Humano 2020: a próxima fronteira: o desenvolvimento humano e o Antropoceno. Nova York: UNDP, 2020. Disponível em: https://www. undp.org/pt/angola/publications/relatório-do-de senvolvimento-humano-2020-próxima-fronteira -o-desenvolvimento-humano-e-o-antropoceno. Acesso em: 20 jul. 2022.
• O relatório traz um panorama global do desenvolvimento humano no ano de 2020. Os dados mostram o acesso da população mundial, nas diferentes regiões do mundo, à saneamento, à alimentação, ao trabalho, à educação, entre outros indicadores sociais que possibilitam compreender as desigualdades nos índices de desenvolvimento humano.
CORRÊA, Roberto Lobato. Região e organização espacial. São Paulo: Ática, 1986.
• O livro aborda conceitos importantes para os estudos e as análises geográficas, baseando-se em autores clássicos da ciência geográfica. Além disso, coloca o conceito de região no centro das discussões, reforçando a importância dele para a Geografia.
DAVIS, Mike. Planeta favela. São Paulo: Boitempo, 2006.
• O arquiteto Mike Davis apresenta em seu livro uma comparação do crescimento das favelas com o crescimento econômico das cidades.
DUARTE, Paulo Araújo. Fundamentos de cartografia. 3. ed. Florianópolis: Editora da UFSC, 2006.
• A ciência cartográfica e a produção de mapas são alvo de muitos estudos e aprimoramento de suas técnicas. O livro traz uma série de encaminhamentos para a elaboração de mapas, além de questionar os leitores sobre as convenções e os erros frequentes cometidos na cartografia. Também há um manual da cartografia, com algumas questões críticas que devem estar presentes durante a elaboração de mapas.
DUGARD, Martin. No coração da África: as aventuras épicas de Livingstone & Stanley. Rio de Janeiro: Record, 2004.
• Na obra, o historiador Dugard refaz os caminhos percorridos por um explorador britânico que atravessou todo o continente africano, em busca dos escritos deixados por ele.
ENCICLOPÉDIA LATINOAMERICANA. São Paulo, c2015. Site. Disponível em: http://latinoamericana. wiki.br/. Acesso em: 20 jul. 2022.
• O site publicado pela editora Boitempo disponibiliza inúmeros materiais sobre a América Latina e os estudos realizados sobre a região, contribuindo para entendermos um pouco mais sobre nossa própria história.
FERNANDES, Bernardo Mançano (org.). Campesinato e agronegócio na América Latina: a questão agrária atual. São Paulo: Expressão Popular,
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2008. Disponível em: https://mst.org.br/download/ campesinato-e-agronegocio-na-america-latina-a -questao-agraria-atual/. Acesso em: 20 jun. 2022.
• Coletânea de artigos que analisa os diferentes movimentos sociais na América Latina, seus desdobramentos e suas contribuições para o acesso a direitos trabalhistas, mudanças na educação e desenvolvimento econômico mais igualitário para a população latino-americana.
FERREIRA, Graça Marina Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. 5. ed. São Paulo: Moderna, 2019.
• O atlas traz dados sistematizados sobre população, desenvolvimento econômico e problemas ambientais, entre outros dados e indicadores sociais.
GALEANO, Eduardo. As veias abertas da América Latina. 24. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
• Uma obra clássica que analisa os impactos da ocupação da América Latina por espanhóis e portugueses, destacando a expropriação dos territórios dos povos originários e a imposição da cultura europeia.
GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016.
• O atlas traz mapas do Brasil e do mundo, que auxiliam na compreensão da dinâmica do espaço geográfico mundial através de indicadores sociais, demográficos e econômicos.
GOTT, Richard. Cuba: uma nova história. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.
• A obra traça um panorama do processo histórico de formação de Cuba, desde o período pré-colombiano até os anos pós-URSS. Com base nos elementos apresentados e analisados pelo autor, é possível compreender os problemas atuais do território cubano.
HERNANDEZ, Leila Leite. A África na sala de aula: visita à história contemporânea. 2. ed. São Paulo: Selo Negro, 2008.
• A África contemporânea é o foco dessa obra, que traz questões da história, da cultura e das disputas territoriais desde o período colonial até a formação dos países independentes e dos Estados Nacionais. É uma obra importante para conhecer a África livre de estereótipos.
IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018.
• Essa edição do atlas do IBGE traz o panorama social, econômico e demográfico do Brasil por região. Os dados representados são coletados durante os censos realizados e as pesquisas nacionais por amostra de domicílios.
IBGE PAÍSES. Rio de Janeiro, [20--]. Site. Disponível em: https://paises.ibge.gov.br/. Acesso em: 20 jul. 2022.
• O site oferece mapas e indicadores sociais de todos os países, sendo possível comparar esses dados com dados sobre o Brasil.
IBGE. Rio de Janeiro, [20--]. Site. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/. Acesso em: 20 jul. 2022.
• O portal reúne informações sobre todo o conteúdo disponibilizado pelo instituto em seus diversos site s, passando pelas informações referentes aos censos demográficos realizados até o portal de mapas e a página voltada para jovens com dados demográficos e socioeconômicos do Brasil.
JUNGER, Gustavo et al. (org.). Refúgio em números 7. ed. Brasília, DF: OBMigra, 2022. Série Migrações. Disponível em: https://www.gov.br/mj/pt-br/ assuntos/seus-direitos/refugio/refugio-em-numeros -e-publicacoes/anexos/RefugioemNumeros.pdf. Acesso em: 20 jul. 2022.
• A publicação analisa o fenômeno do refúgio no Brasil no ano de 2021, destacando o perfil das pessoas refugiadas e dos solicitantes de asilo no país, abordando aspectos do gerenciamento dos processos de solicitação ou de extensão dos efeitos da condição de refugiado.
KARNAL, Leandro. Estados Unidos: a formação da nação. São Paulo: Contexto, 2001.
• O livro apresenta aspectos dos Estados Unidos, desde o período pré-colonial até o estabelecimento de uma nação independente. Além disso, fala sobre as características do processo de colonização estadunidense e sua influência nas características culturais, territoriais e econômicas de uma das maiores potências mundiais.
MARTIN, André Roberto. Fronteiras e nações. São Paulo: Contexto, 1992.
• Os conceitos de fronteira e nação são objeto de estudo desse livro, em que são analisados exemplos históricos de processos de definições de fronteiras e o surgimento de nações no mundo. Questões sobre os fatores que determinam as fronteiras e sobre a possibilidade da existência de uma nação sem fronteiras são respondidas na obra.
M’BOKOLO, Elikia. África negra: história e civilizações. Salvador: Edufba; São Paulo: Casa das Áfricas, 2009-2011. (Tomos I e II).
• O tomo I (até o século XVIII) da obra apresenta o início da formação das comunidades africanas, período histórico pouco conhecido pela maioria das pessoas. O tomo II (do século XIX aos nossos dias) traz reflexões sobre a África contemporânea e as temáticas mais conhecidas pela sociedade ocidental, como os impérios africanos escravizados e os conflitos recentes.
ORGANIZAÇÃO DE ESTADOS IBERO-AMERICANOS. Brasília, DF, c2022. Site. Disponível em: https:// oei.int/pt/escritorios/brasil. Acesso em: 6 jul. 2022.
• Site da Organização de Estados Ibero-americanos (OEI) no Brasil.
PALACIOS, Guillermo. Intimidades, conflitos e reconciliações: México e Brasil, 1822-1993. São Paulo: Edusp, 2008.
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• A obra aborda as relações diplomáticas existentes entre México e Brasil, trazendo novas questões para o debate e elementos para compreender a relação de constante observação entre as duas nações.
RAMONET, Ignacio. Guerras do século XXI: novos temores e novas ameaças. Petrópolis: Vozes, 2003.
• O livro aborda as tensões geopolíticas surgidas após a queda do muro de Berlim e do desenvolvimento dos Estados Unidos como potência hegemônica no cenário internacional, para compreender os conflitos e disputas territoriais no início do século XXI.
RAMOS, Paulo. A leitura dos quadrinhos. São Paulo: Contexto, 2009.
• O livro traz uma associação entre histórias em quadrinhos e estudos linguísticos, contando como elas foram levadas para a escola e se tornaram um importante recurso pedagógico que permite contar histórias e fatos de forma mais leve e com a representação dos personagens envolvidos.
SALES, Teresa; SALLES, Maria do Rosário R. (org.). Políticas migratórias: América Latina, Brasil e brasileiros no exterior. São Paulo; São Carlos: FAPESP: EdUFSCar 2002.
• A obra apresenta o panorama das políticas migratórias dos países da América Latina, com foco no Brasil. Tais políticas interferem na saída e, principalmente, na permanência dos migrantes, que são apresentadas no livro por meio das condições dos brasileiros no exterior.
SANTOS, Ynaê Lopes dos. História da África e do Brasil afrodescendente. Rio de Janeiro: Faperj: Pallas, 2017.
• A obra traz os aspectos da história dos continentes africano e brasileiro, as heranças culturais e a história compartilhada por causa do comércio de escravizados entre os dois territórios.
SELLIER, Jean. Atlas dos povos da África. Lisboa: Campo da Comunicação, 2004.
• O atlas traz dados, mapas e informações sobre o continente africano, contribuindo para a redução de preconceitos e imagens estereotipadas sobre a África.
SILVA, Alberto da Costa e. A África explicada aos meus filhos. Rio de Janeiro: Agir, 2008.
• O livro apresenta características do continente africano de forma livre de preconceitos e estereótipos.
SIMÕES, Stefany Lucchesi. A questão territorial antártica: uma análise das teorias de ocupação. Revista de Iniciação Científica da FCC, Marília, v. 14, n. 1, p. 1-24, jun. 2014. Disponível em: http://revis tas.marilia.unesp.br/index.php/ric/article/view/6344. Acesso em: 20 jul. 2022.
• O artigo aborda aspectos da ocupação do território antártico e os tratados estabelecidos para a organização e criação de bases de pesquisa no continente, assim como as descobertas científicas feitas nos estudos.
SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil africano. São Paulo: Ática, 2012.
• O livro aborda o processo de formação de alguns povos africanos escravizados originários de Gâmbia, Moçambique e Congo e trazidos para o Brasil. Compreender a formação desses povos é conhecer a cultura deles e as heranças trazidas para a cultura brasileira.
THÉRY, Hervé; MELLO-THÉRY, Neli Aparecida de. Atlas do Brasil: disparidades e dinâmicas do território. 3. ed. São Paulo: Edusp, 2018.
• O atlas representa diversos aspectos do território brasileiro por meio de mapas temáticos que vêm acompanhados de textos de análise e síntese, possibilitando a compreensão de dinâmicas do território brasileiro em diversas escalas.
VESENTINI, José William. Novas geopolíticas: as representações do século XXI. São Paulo: Contexto, 2000.
• A obra traz elementos para compreender as novas formações territoriais e a constituição de novas hegemonias mundiais que alteram a dinâmica geopolítica existente entre as diferentes nações.
VIZENTINI, Paulo Fagundes. As relações internacionais da Ásia e da África. Petrópolis: Vozes, 2007.
• O livro estuda as relações internacionais entre os continentes asiático e africano, que tiveram grande importância no passado e vêm ganhando espaço na geopolítica atual.
WACQUANT, Loïc; LINS, Daniel (org.). Repensar os Estados Unidos: por uma sociologia do superpoder. Campinas: Papirus, 2003.
• O livro traz textos que analisam a hegemonia em declínio dos Estados Unidos e as diferentes formas de resistência que são encontradas à ingerência estadunidense em diversas regiões do globo.
WEISS, Michael; HASSAN, Hassan. Estado Islâmico: desvendando o exército do terror. São Paulo: Seoman, 2015.
• O livro explica como o Estado Islâmico (EI) conseguiu se estruturar de maneira sólida e tomar o poder de maneira tão eficaz no Oriente Médio. Os autores entrevistaram ex-membros militares e do grupo para entender a estrutura de poder criada pelo EI.
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ISBN 978-85-96-03538-5
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