Geografia Espaço & Interação - 9º Ano

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MANUAL DO PROFESSOR

ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA

Marcelo Moraes • Denise Pinesso • Angela Rama
9

MARCELO MORAES PAULA (Marcelo Moraes)

Bacharel e licenciado em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).

Bacharel em Ciências Econômicas pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU-SP).

Atuou como professor em cursos pré-vestibulares e no Ensino Fundamental e Médio das redes pública e particular de ensino.

DENISE CRISTINA CHRISTOV PINESSO (Denise Pinesso)

Mestra em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).

Bacharela e licenciada em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).

Atuou como coordenadora de Geografia na rede particular de ensino e como professora no Ensino Fundamental da rede pública.

MARIA ANGELA GOMEZ RAMA (Angela Rama)

Bacharela e licenciada em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).

Licenciada em Pedagogia pela Universidade de Franca (UNIFRAN-SP).

Especialista em Ensino de Geografia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Mestra em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).

Formadora de professores.

Atuou como professora no Ensino Fundamental e Médio das redes pública e particular e na Educação Superior.

9 MANUAL DO PROFESSOR 1a edição São Paulo ∙ 2022
COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA

Imagens de capa

Geografia: Espaço & Interação – Geografia – 9o ano (Ensino Fundamental – Anos Finais)

Copyright © Marcelo Moraes Paula, Denise Cristina Christov Pinesso, Maria Angela Gomez Rama, 2022.

Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira

Direção de Conteúdo e Negócios Cayube Galas

Diretor editorial adjunto Luiz Tonolli

Gerência editorial Roberto Henrique Lopes da Silva

Edição Deborah D' Almeida Leanza (coord.),

Fábio Bonna Moreirão, Carlos Zanchetta de Oliveira

Preparação e revisão de textos Maria Clara Paes (coord.), Carolina Machado

Gerência de produção e arte Ricardo Borges

Design Andréa Dellamagna (coord.), Sérgio Cândido

Projeto de capa Andréa Dellamagna

Imagem de capa Farley Baricuatro/Getty Images, Visoot Uthairam/Getty Images

Arte e Produção Vinicius Fernandes dos Santos (coord.)

Juliana Signal, Jacqueline Nataly Ortolan (assist.)

Diagramação Aparecida Pimentel

Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga

Licenciamento de textos Érica Brambila

Cartografia Allmaps, DaCosta Mapas, Renato Bassani, Robson Rocha/K2lab Design, Sonia Vaz

Iconografia Jonathan Santos

Ilustrações Alex Argozino, Bentinho, FJF Vetorização, Luis Moura, Luiz Rubio, Sonia Vaz

Trouxas de folhas de coco com arroz cozido. Chamadas de ketupat na Indonésia, são tradicionais oferendas nos templos hindus da ilha de Bali.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Paula, Marcelo Moraes

Geografia espaço & interação : 9o ano : ensino fundamental : anos finais / Marcelo Moraes Paula, Denise Cristina Christov Pinesso, Maria Angela Gomez Rama. -- 1. ed. -- São Paulo : FTD, 2022.

Componente curricular: Geografia.

ISBN 978-85-96-03539-2 (aluno)

Agricultores trabalham em plantação de arroz na Tailândia. Esse cereal é um dos alimentos de maior importância para o ser humano. Na Ásia, principal continente produtor de arroz, existem técnicas milenares de cultivo desse alimento.

Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à

EDITORA FTD

Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP

CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300

Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br

ISBN 978-85-96-03540-8 (professor)

1. Geografia (Ensino fundamental) I. Pinesso, Denise Cristina Christov. II. Rama, Maria Angela Gomez. III. Título.

22-114868

CDD-372.891 Índices para catálogo sistemático:

1. Geografia : Ensino fundamental 372.891

Eliete Marques da Silva - Bibliotecária - CRB-8/9380

Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada.

Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD CNPJ 61.186.490/0016-33

Avenida Antonio Bardella, 300

Guarulhos-SP – CEP 07220-020

Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375

APRESENTAÇÃO

Cara professora e caro professor,

Um livro didático de Geografia é muito mais que um conjunto de textos, fotografias, mapas, gráficos... Por meio dele abrem-se possibilidades de construção do conhecimento, superação do senso comum, oportunidades de olhar para o mundo de uma forma diferente, relacionar os lugares de vivências com muitos outros lugares, perceber-se como cidadão e como ser ativo na construção do espaço geográfico.

Essas possibilidades são efetivadas e ampliadas com a sua mediação e o seu trabalho, pois você conhece cada um dos estudantes, a comunidade e a região onde a escola se localiza.

Com este Manual do professor, esperamos contribuir para o planejamento e a preparação das suas aulas e também para sua formação contínua. Estaremos, assim, juntos nesta trajetória tão importante, que é a jornada pela educação. Bom trabalho!

Os autores

CONHEÇA SEU MANUAL

OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS

Globalização desafios no século XXI Temas Contemporâneos

Europa: território e natureza Temas Contemporâneos Transversais: Educação Fiscal Educação Ambiental Diversidade Cultural

4. Europa:

Processo de

Localização regionalizações Integrações da Europa Aspectos naturais

3, 4,

EF09GE05 A divisão do mundo em Ocidente Oriente Transformações do espaço na sociedade urbanoCadeias industriais e inovação no uso dos recursos naturais matérias-primas Cadeias industriais e inovação no uso dos recursos naturais matérias-primas EF09GE14 Diversidade ambiental e as transformações nas paisagens na Europa, na Ásia na Oceania BIMESTRE TRIMESTRE

A hegemonia europeia na economia, na política na cultura EF09GE01 Corporações organismos internacionais populacional Integração mundial e suas interpretações: globalização mundialização EF09GE06 Intercâmbios históricos e culturais entre Europa, Ásia Oceania EF09GE07 EF09GE08 EF09GE09 Transformações do espaço na sociedade urbanoLeitura elaboração de mapas temáticos, croquis outras formas de representação para analisar informações geográficas Diversidade ambiental as transformações nas paisagens na Europa, na Ásia na Oceania EF09GE16 EF09GE17 EF09GE18 2 BIMESTRE 2 TRIMESTRE

OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS

Distribuição da população Crescimento demográfico Migrações

1, 2, 3,

A hegemonia europeia na economia, na política na cultura EF09GE01 As manifestações culturais na formação populacional EF09GE03

EF09GE04 Intercâmbios históricos e culturais entre Europa, Ásia Transformações do espaço na sociedade urbanoLeitura elaboração de mapas temáticos, croquis outras formas de representação para analisar informações geográficas EF09GE14 EF09GE15 Diversidade ambiental as transformações nas paisagens na Europa, na Ásia na Oceania

QUADRO DE CONTEÚDOS

LXV

IV

Analisar o processo de formação das duas Coreias no contexto do Imperialismo e da Guerra Fria, para compre-

ender aspectos históricos, políticos e econômicos relacionados à Coreia do Norte e à Coreia do Sul.

Analisar aspectos físicos do território japonês, relacionando-os às ocorrências geológicas, para compreender o uso que se faz do solo e das técnicas nele empregadas. Compreender o processo de ascensão da China como potência econômica mundial, para conhecer aspectos do desenvolvimento econômico chinês, tendo em perspectiva os problemas socioambientais enfrentados pelo país. Analisar as políticas adotadas pela China para compreender a expansão de sua zona de influência na Ásia e no mundo. Analisar aspectos históricos e políticos para compreender as tensões entre Índia e Paquistão.

• Compreender o sistema de castas e seu papel na manutenção das desigualdades sociais na Índia.

• Analisar aspectos da dinâmica natural sua influência nas atividades econômicas desenvolvidas no Sudeste Asiático.

UNIDADE 8 • Oceania

Conhecer aspectos relacionados à localização do território, às características físicas e ambientais dos países da Oceania, para compreender aspectos demográficos, socioeconômicos culturais dos países da Oceania. Analisar aspectos históricos e políticos relacionados à produção do espaço geográfico da Oceania, analisando os impactos da colonização sobre os povos originários dessa região.

Analisar a distribuição territorial da população da Oceania levando em conta as características naturais do território. Reconhecer a existência de diferenças socioeconômicas nos países que fazem parte da Oceania, para compreender a importância da Austrália e da Nova Zelândia na economia do continente.

• Analisar o papel desempenhado por Austrália e Nova Zelândia na região do oceano Pacífico, identificando suas áreas de influência e os principais impactos do aquecimento global nos territórios de países da Oceania.

• Relacionar aspectos da natureza, da sociedade da economia que caracterizam o espaço geográfico da Austrália e da Nova Zelândia.

AVALIAÇÃO

UNIDADE 1 • Mundo globalizado

• Reconhecer o papel do avanço tecnológico dos meios de comunicação e de transportes para compreender sua importância na aproximação de lugares e pessoas.

• Compreender que globalização se relaciona a aspectos econômicos, culturais e espaciais, para analisar os agentes e processos de ocorrência espacial. Compreender a globalização como resultado da expansão do sistema capitalista, entendendo que esse fenômeno é possível devido ao desenvolvimento das técnicas na sociedade. Entender a mundialização como uma das características do processo de globalização.

Associar a divisão do mundo em Ocidente e Oriente com o sistema colonial implantado pelos europeus no século XVI.

• Identificar as fases do capitalismo e relacioná-las às etapas de expansão e produção de bens e serviços.

• Conhecer as principais características das revoluções industriais e caracterizar a Divisão Internacional do Trabalho (DIT) imposta pela Revolução Industrial para compreender o processo de internacionalização e fragmentação da produção.

• Reconhecer a importância do acesso à informação e aos meios de comunicação modernos para mobilização social e melhoria de condições de vida.

Reconhecer os efeitos da globalização e do desenvolvimento da tecnologia no espaço geográfico, para entender as mudanças tecnológicas relacionadas ao advento da Quarta Revolução Industrial e as transformações decorrentes dela no mundo do trabalho.

• Compreender a importância da agropecuária e os interesses envolvidos nessa atividade no mundo atual, percebendo a sobreposição dos interesses econômicos aos interesses da população, relacionando à questão da insegurança alimentar.

• Entender a importância das fontes de energia no desenvolvimento das atividades humanas, reconhecendo as principais fontes utilizadas no mundo atual, bem como os desafios relacionados a essa questão.

UNIDADE 2 • Globalização e desafios no século XXI

• Reconhecer o avanço das técnicas nos meios de comunicação de transportes, para compreender a importância do acesso à informação e para a mobilização social a melhoria de condições de vida, além de aproximar pessoas e lugares.

• Analisar a participação do processo de globalização no fenômeno da homogeneização cultural, para compreender as formas de resistência, conhecendo a experiência de minorias étnicas ao redor do mundo.

Analisar a existência de aspectos contraditórios da globalização, reconhecendo-a como um processo que não atingiu todos os países pessoas da mesma forma e com a mesma intensidade.

Observar disparidades regionais e entre países, analisando indicadores socioeconômicos diversos que demonstram um padrão de distribuição espacial que opõe países desenvolvidos, subdesenvolvidos e emergentes.

• Relacionar as características do mundo globalizado ao surgimento cada vez mais frequente de epidemias e pandemias, tornando possível analisar os diferentes impactos da pandemia de covid-19 nas áreas da saúde, economia, educação, trabalho.

• Reconhecer que pandemia de covid-19 aprofundou ainda mais as disparidades econômicas, sociais, étnicas e de gênero. Compreender a necessidade de uma abordagem integrada de bem-estar de espécies animais, vegetais e ecossistemas como forma de reduzir os riscos de pandemias.

6.2 LXVII

UNIDADE 1 • Mundo globalizado

1. Podemos pensar os conceitos de mundialização e globalização de forma distinta, ainda que estejam relacionados. De que maneira a mundialização está inserida no processo de globalização?

2. É possível afirmarmos que o acesso ao modo de vida globalizado é democrático? Por quê?

3. Explique como a globalização afeta a cultura de diferentes lugares do mundo.

4. Mesmo com a globalização, algumas culturas tradicionais se mantêm preservadas. Cite pelo menos dois fatores que ajudam a explicar por que isso acontece.

5. De quais formas o desenvolvimento dos meios de comunicação e transporte interfere na circulação de pessoas, informações e mercadorias? Dê exemplos.

6. Considere as seguintes afirmações a respeito das fases da Revolução Industrial.

6.3 LXX

I. A Segunda Revolução Industrial, ainda que tenha conquistado determinado grau de desenvolvimento tecnológico, não interferiu no processo de globalização.

II. Ao se alcançar nova fase de desenvolvimento, as etapas anteriores são totalmente superadas por tornarem-se ineficazes frente aos avanços tecnológicos.

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AVALIAÇÕES

Nessa seção, apresentamos sugestões de avaliações (simples e breves) que podem contribuir com o processo de análise dos estudantes para as práticas pedagógicas.

Nos quadros a seguir, são apresentados os principais conteúdos trabalhados no volume 9, os objetos de conhecimento e as habilidades da BNCC que a eles estão relacionados. 9 ANO UNIDADES CONTEÚDOS PRINCIPAIS COMPETÊNCIAS OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES 1. Mundo globalizado Ciência Tecnologia Trabalho Educação Ambiental Mundialização globalização Inovações técnicas transformações espaciais Globalização espaço geográfico Indústria agropecuária Questão energética Mudanças no mundo do Ciências Humanas 2, Geografia 1, A hegemonia europeia na economia, na política e Corporações organismos internacionais EF09GE02 Integração mundial suas interpretações: globalização mundialização
1 SEMESTRE 2.
Transversais: Ciência Tecnologia Diversidade Cultural Educação Alimentar Nutricional Educação em Direitos Humanos Educação Ambiental
internacionais Gerais 2, 3, 4, 7, Ciências Humanas 1, 2, 3, 4, Geografia 1, 4, 5, 7 Corporações
EF09GE02 As
Integração
Europa,
3.
Gerais 2,
Conteúdos, competências e habilidades, além de proposta de planejamento bimestral, trimestral e semestral.
Comunicações, transportes fluxos Globalização cultura Globalização: contradições desigualdades Globalização pandemias Organizações
organismos internacionais QUADRO
manifestações culturais na formação
mundial suas interpretações: globalização mundialização Intercâmbios históricos culturais entre
Ásia Oceania
EF09GE09 Leitura elaboração de mapas temáticos, croquis outras formas de representação para analisar informações geográficas EF09GE14 EF09GE15
5, Geografia
população economia Temas Contemporâneos Transversais:
Envelhecimento, Respeito Valorização do Idoso Educação em Direitos Humanos Trabalho Educação Alimentar Nutricional Ciência Tecnologia Educação Ambiental
DE CONTEÚDOS, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES DA BNCC DO VOLUME 6.1
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Objetivos e justificativas de sua pertinência para cada unidade do volume.

ORGANIZAÇÃO DAS ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS

As Orientações específicas são apresentadas junto à reprodução reduzida das páginas do Livro do estudante. Há sugestões para o desenvolvimento de conteúdos e ampliação, atividades complementares, textos de aprofundamento, sugestões de leitura, entre outros elementos. Para auxiliar no desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem e propor um melhor aproveitamento desta obra, sugerimos que as consultas a essas orientações sejam feitas constantemente, em um movimento integrado com as propostas do Livro do estudante.

BNCC

Ao longo da unidade, o quadro indica a relação entre o conteúdo trabalhado e as habilidades. São apresentadas, ainda, as competências gerais, por área e específicas em destaque, assim como, no Interdisciplinaridade com..., as habilidades e abordagens relacionadas a outros componentes curriculares.

COMPETÊNCIAS

Relação das competências gerais, competências específicas por área (Ciências Humanas) e competências específicas de Geografia trabalhadas na unidade, de acordo com a BNCC.

HABILIDADES

Relação das habilidades, de acordo com a BNCC, vinculadas aos conteúdos trabalhados na unidade.

Competências Gerais: 1 2 Ciências Humanas: 5 Geografia: 3 Atende-se à habilidade EF09GE06 ao associar-se critério de divisão do mundo em

Ocidente Oriente com o Sistema Colonial implantado pelas potências europeias. Interdisciplinaridade com...

Língua Portuguesa: EF08LP03 Produzir artigos de opinião, tendo em vista contexto de produção dado, a defesa de um ponto de vista, utilizando argumentos contra-argumentos e articuladores de coesão que marquem relações de oposição, contraste, exemplificação, ênfase.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Promover uma tempestade de ideias a respeito das expressões “Mundo Ocidental” e “Mundo Oriental”. Para melhor organização da proposta, iniciar por “Mundo Ocidental”. Solicitar aos estudantes que falem tudo o que lhes vem à cabeça quando ouvem essa expressão. Anotar na lousa que for falado. Depois, fazer o mesmo para “Mundo Oriental”. Comentar que, geograficamente, a divisão do mundo em Oriente Ocidente é feita pelo Meridiano de Greenwich. Além do critério geográfico, destacar que a divisão do mundo em Ocidente Oriente está relacionada divisão do Império Romano e que sua expansão para outras partes do planeta ocorreu a partir das Grandes Navegações.

BNCC

INTEGRANDO com LÍNGUA PORTUGUESA LÍNGUA

está relacionado

o

nasce

o Ocidente, à direção oposta (oeste). A noção de Ocidente tem suas origens com as civilizações grega romana, na Europa, em oposição aos povos do Oriente, como os persas. Porém, essa noção passou ser oficialmente utilizada com a divisão do Império Romano em duas partes, no ano de 395 d.C. Analise o mapa 1.

TEXTOS COMPLEMENTARES

possibilitando

aumento dos fluxos de pessoas, informações mercadorias, uma das características do processo de globalização.

papel dos transportes e das comunicações nesse processo. Nas atividades

1 e 2, esperado que os estudantes utilizem os conhecimentos prévios acerca de dois aspectos centrais da globalização que serão abordados na unidade: os fluxos que integram diferentes pontos do planeta, intensificados pelas inovações tecnológicas

Na atividade comentar que não há um conceito definido para o termo globalização Esclarecer que, para muitos autores, a globalização é uma fase do capitalismo que representa interdependência entre países e povos do globo, incentivada pelo avanço dos meios de comunicação e dos transportes. Sobre o reflexo da globalização no cotidiano dos estudantes, eles poderão citar, entre outras coisas, a rapidez com que as notícias são divul-

gadas; tecnologia disponível; a velocidade dos meios de transporte, dos fluxos de pessoas e mercadorias; as novas relações de trabalho; o avanço nos meios de comunicação; a internet; a expansão do uso da língua inglesa e do uso de telefones celulares, tablets

A habilidade EF09GE09 é apresentada com foco em analisar características de países grupos de países asiáticos em seus aspectos econômicos, discutir suas desigualdades sociais e econômicas pressões sobre seus ambientes físico-naturais. Trabalha-se a habilidade EF09GE15 com ênfase em classificar diferentes regiões do mundo com base em informações econômicas representadas em mapas temáticos com diferentes projeções cartográficas. Atende-se habilidade EF09GE17 ao explicar as características físico-naturais e forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Europa, da Ásia e da Oceania.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Reforçar a importância do petróleo para a economia do Oriente Médio. Porém, destacar que, pensando na possibilidade de um futuro esgotamento das reservas desse recurso, países como Barein, Catar Emirados Árabes Unidos estão investindo em outros setores econômicos para diversificar suas atividades. Incentivar a análise do mapa “Oriente Médio: uso da terra” para identificar outras atividades praticadas no Oriente Médio. Encaminhar as atividades 1 4, que auxiliam na interpretação do mapa. A seguir, apresentar as principais características naturais do Oriente Médio, destacando carência de água como um dos fatores preponderantes na distribuição da população na organização das atividades agropastoris. Ressaltar também que o acesso água tem sido fonte de conflitos na região. Entre as principais características naturais, destacar predominância de clima desértico e semiárido (desertos da Arábia do Irã), com ocorrência de clima mediterrâneo nas áreas próximas do crescente fértil. Há principalmente

Do século XV em diante, com as Grandes Navegações, chamado “mundo ocidental” ampliou suas fronteiras disseminando uma falsa noção de superioridade da civilização ocidental em relação às demais. Com o passar dos séculos, influência dos valores ocidentais foi se consolidando em todo planeta. Os Estados Unidos, ao adotar os valores europeus de democracia, liberdade direitos humanos, passaram a integrar mundo ocidental. A Revolução Industrial e noção de progresso validaram necessidade de expansão dessa civilização, consolidada pela política imperialista ao longo do século XIX e início do século XX. No contexto do pós-Segunda Guerra Mundial, a emergência dos Estados Unidos da União Soviética como potências mundiais redefiniu uso dos termos “Ocidental” e “Oriental” com base em critérios políticos e econômicos. Os Estados Unidos os países alinhados a eles representavam os valores ocidentais e do capitalismo, enquanto União Soviética e os países alinhados a ela faziam parte do bloco socialista, considerados orientais.

Revolução Industrial: rápida mudança no processo de transformação de matérias-primas decorrente de avanços tecnológicos. Processo que marca o surgimento da indústria na segunda

No contexto atual, os termos “oriente” e “ocidente” estão impregnados de possibilidades, visões de mundo e, em alguns casos, preconceito. A ideia divulgada durante os períodos colonial e imperialista de que civilização ocidental seria superior às demais ficou gravada no imaginário de muitas pessoas, por isso importante trabalhar a desconstrução de possíveis preconceitos. Refletir com os estudantes a respeito da validade dessa ideia, pois originalmente ela foi cunhada na Europa com o objetivo de demonstrar, distin-

guir e ressaltar sua cultura em relação às demais. Na atividade explicar que a noção de Ocidente Oriente surgiu com os gregos, que consideravam sua cultura e seu modo de vida bastante diferentes dos povos asiáticos conhecidos, e foi consolidada quando o Império Romano passou ser dividido em duas partes, no ano 395 d.C. Na atividade 2 propõe-se um trabalho interdisciplinar com Língua Portuguesa, com foco nas habilidades EF08LP03 EF89LP15 que desenvolvem a produção de artigos de opinião e a

Textos que visam aprofundar conteúdos abordados no Livro do estudante. São textos variados que também servem de leitura para ampliação de informações para o professor.

TEXTO COMPLEMENTAR

Outras atividades econômicas Além da extração da exportação do petróleo, outras atividades econômicas se destacam no Oriente Médio. Analise o mapa.

MarMediterrâneo

ARÁBIA ÁFRICA

Estepes desertos Áreadecriaçãodegado

Mar Cáspio Mar Vermelho

SÍRIA ÍNDICO

1 Que atividades econômicas foram representadas no mapa?

O tipo de pecuária que se destaca no Oriente Médio o pastoreio nômade Com as condições climáticas adversas, os criadores deslocam gado em busca de água alimentos. Os principais rebanhos são de ovelhas, cabras e camelos. atividade industrial destacam-se Israel Turquia, os países mais industrializados do Oriente Médio. A Turquia concentra indústrias química, mecânica automobilística, Israel, indústrias de equipamentos eletrônicos, alimentos, telecomunicações, armamentos equipamentos agrícolas. Nos países produtores de petróleo, destacam-se as indústrias petroquímicas. Nos demais países, a atividade industrial é incipiente, basicamente com indústrias de bens de consumo não duráveis (alimentos, bebidas, vestuário etc.), concentrando-se principalmente nas capitais. é uma atividade que tem apresentado crescimento no Oriente Médio, com grande destaque nos países do Golfo Pérsico, principalmente nos Emirados Árabes Unidos. Preocupado em diminuir dependência econômica em relação ao petróleo, o país tem realizado altos investimentos em infraestrutura desenvolvimento do setor com a construção de hotéis luxuosos, praias ilhas artificiais que atraem turistas do mundo todo, principalmente para Dubai e Abu Dhabi. O turismo religioso também se destaca, atraindo devotos do mundo todo, pois foi nessa região que se originaram três importantes religiões: cristianismo, islamismo e judaísmo.

de

2 Por que a agricultura irrigada é muito importante na região? Se necessário, retome o mapa “Ásia: climas”, da página 166.

3 Em que região do mapa se concentram as florestas e os bosques?

4 Qual é o principal cultivo representado no mapa? Em que países é realizado?

Como em diversas áreas do Oriente Médio predomina o clima desértico, a agricultura praticada principalmente nas áreas mais úmidas, onde é possível o uso da irrigação. Na Planície da Mesopotâmia, entre os rios Tigre e Eufrates, destaca-se cultivo irrigado de trigo, além de arroz, frutas e algodão. No litoral do mar Mediterrâneo, destacam-se as azeitonas e frutas.

Algumas áreas de desertos, no entanto, têm se tornado importantes produtoras agrícolas em decorrência do desenvolvimento de técnicas de irrigação manipulação genética de sementes. Israel é o país que tem obtido maior sucesso no aproveitamento das regiões áridas para a agricultura, ocupando, ao lado da Turquia, liderança na produção

formações vegetais de Deserto, Estepes e Pradarias, além de Vegetação Mediterrânea nas áreas próximas aos rios. A rede hidrográfica da região é pobre, com muitos rios temporários – com destaque para os rios Tigre e Eufrates. O relevo bastante irregular, com extensas planícies situadas nas áreas litorâneas e planaltos que podem atingir altitudes superiores a 4 mil metros leste, nas áreas próximas ao Afeganistão ao Irã.

Relacionar as características naturais ocupação e ao uso do solo. Chamar atenção para o crescimento de outras atividades como a construção civil o setor de serviços (bancos, seguradoras, transportes, energia, telecomunicações, aviação civil, tecnologia digital, turismo etc.) e para a necessidade de mão de obra para diversos setores, com estímulo para a entrada de imigrantes, sobretudo em países do Golfo Pérsico. Se julgar adequado, ler para os estudantes excerto da seção Texto complementar

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Apresentam comentários, orientações e sugestões para o desenvolvimento dos conceitos e conteúdos, complementos de atividades e outras informações importantes para o encaminhamento do trabalho em sala de aula.

AMPLIANDO HORIZONTES

Sugestões de sites, livros, artigos, vídeos, músicas e outros recursos para ampliar o trabalho do professor.

turismo de alto padrão tem apresentado crescimento nos Emirados Árabes Unidos. Fotografia de Dubai, 2022. 195

ATIVIDADE COMPLEMENTAR

Viajar ao Oriente

A atividade proposta possibilita desenvolver práticas de pesquisa com destaque para análise documental, observação, tomada de notas e construção de relatórios (ver tópico Práticas de pesquisa nas Orientações gerais deste Manual). Sugerir atividade de pesquisa sobre o turismo no Oriente Médio. Dividir a turma em grupos e

atribuir um tema para cada um deles, como: turismo religioso, turismo de negócios, turismo de alto padrão, crescimento do turismo e principais dificuldades para desenvolvimento da atividade. Cada grupo deverá realizar a pesquisa apresentá-la de forma livre, ou seja, o produto final pode ser uma apresentação de slides um cartaz, um vídeo, uma música etc. Para inspirar os grupos é interessante apresentar diferentes linguagens durante as aulas, trabalhando com quadrinhos, textos, vídeos etc.

Até poucos anos atrás, [...] para boa parte da humanidade, o Oriente Médio era apenas o lugar de onde saía a maioria do petróleo que movia a economia do planeta. Mas o petróleo [...] não durará para sempre, os árabes, capitalizados com os dólares resultantes da exploração [...], decidiram se precaver. O resultado está na transformação do Oriente Médio no destino que apresenta o maior crescimento proporcional de visitantes do planeta, segundo dados da Organização Mundial do Turismo. [...] [...] O fator que fez nascer a economia do turismo local foram os gigantescos investimentos em infraestrutura realizados [...]. A pequena Dubai, nos Emirados Árabes, foi a primeira a enxergar que a transformação do deserto instalado no caminho entre Europa a emergente China poderia atrair multidões em busca de luxo lazer exótico [...] [...] O modelo de Dubai serve atualmente de inspiração para outras localidades do Oriente Médio, que decidiram também financiar projetos semelhantes [...] ANTUNES, Luciene As novas Dubais. https://exame.abril.com.br/revista-exame/ novas-dubais-396426/. Acesso em: 14 ago. 2022.

AMPLIANDO HORIZONTES AMBIÇÕES nucleares: Arábia Saudita começa explorar suas reservas de Urânio. Sputnik Brasil .], 18 dez. 2017. Disponível em: https://sputniknews brasil.com.br/20171218/ambicoes -nucleares-arabia-saudita-uranio10097665.html. Acesso em: 14 ago. 2022. A reportagem avalia o potencial dos recursos da Arábia Saudita para a produção de energia atômica. DÍAZ, Marcos González. Os reatores nucleares da Arábia Saudita que geram disputa entre EUA, China e Rússia. .], 2018. Disponível em: https:// www.bbc.com/portuguese/inter nacional-43202463. Acesso em: 14 ago. 2022. A matéria explica os interesses de países como EUA China nos novos empreendimentos da Arábia Saudita em diversificar sua matriz energética.

ATIVIDADES COMPLEMENTARES

Sugestões de atividades extras, cujo objetivo é ampliar o estudo de conceitos da unidade ou dos temas abordados.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Neste início de volume, o conceito de globalização é retomado e ampliado, destacando características relacionadas à produção do espaço, como os fluxos de pessoas e o papel das redes de transporte de comunicação na aproximação de lugares e pessoas, as cidades globais os tecnopolos. Pedir aos estudantes que analisem a imagem da abertura comentem as impressões que têm em relação a ela, verificando se identificam ideia de um mundo conectado. Auxiliar os estudantes a refletirem sobre os aspectos que contribuiriam para essa integração, reconhecendo o
Competências na unidade 1, 2, 6 Ciências Humanas: 2, 5, 7 Geografia: 1, 3, e Habilidades Geografia: EF09GE01 EF09GE02 EF09GE05 EF09GE06 EF09GE10 EF09GE11 EF09GE12 EF09GE13 BNCC NA UNIDADE Abertura da Unidade Atende-se à habilidade EF09GE05 com foco em analisar fatos e situações para
a integração mundial (econômica,
e cultural) no contexto da globalização. BNCC redes aéreas do mundo. 1 Nesta Unidade, analisaremos como o mundo atual se configurou partir das inovações técnicas tecnológicas e como essas inovações resultaram em transformações
espaço
MUNDO GLOBALIZADO 12 12
compreender
política
no
geográfico, no trabalho, nas relações humanas entre países,
o
UNIDADE
EF89LP15
diálogo
cordo,discordo,concordoparcialmente,domeupontodevista,na
etc. BNCC Mar Vermelho A
O
Utilizar, nos debates, operadores argumentativos que marcam defesa de ideia de
com tese do outro:
perspectivaaquiassumida
noção de Ocidente e Oriente
Oriente
à direção onde
Sol
(leste);
Império Romano 395 d.C. Fonte: LE
L’histoire
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MONDE HORS-SÉRIE.
de
agrícola do Oriente Médio. No deserto de Neguev, além do trigo, destaca-se o cultivo de frutas, cevada, legumes, verduras algodão. Agricultura criação de gado. Por causa dos climas árido semiárido da região. Na Região Norte, nos territórios da Turquia do Irã, principalmente. Trigo. No Afeganistão, no Irã, no Iraque, na Turquia na Síria. Oriente Médio: uso da terra Fonte: ISTITUTO GEOGRAFICO DE AGOSTINI. Atlante geografico metodico De Agostini 194 195 194
BNCC NA UNIDADE
V

1. Mudanças no ensino de Geografia

1.1 A BNCC

1.1.1 Competências e habilidades

2. Proposta teórico-metodológica

2.1 Expectativas de aprendizagem ....................

2.2 Conceitos da Geografia ..............................

2.3 Escalas de análise espacial .......................

2.4 A Cartografia ........................................

2.4.1 Cartografia e educação inclusiva .........

2.4.2 Mapas digitais ..............................

2.4.3 Mapas digitais colaborativos .............

2.5 Interdisciplinaridade ...............................

2.6 O trabalho com os temas contemporâneos transversais .........................................

2.7 O trabalho com a diversidade .................... XXXII

3. Recursos e estratégias didáticas XXXIII

3.1 Sugestões para o uso da obra XXXIII

3.1.1 Como usar o livro em salas compostas de grupos grandes de estudantes XXXIV

3.2 Estudo do meio e trabalho de campo XXXIV

3.2.1 Possíveis riscos para saídas de campo XXXVI

3.3 Geografia e a alfabetização contínua XXXVII

3.3.1 Gêneros textuais e linguagens diversas XXXVII

3.4 Tecnologias digitais de comunicação e informação XXXVIII

3.4.1 As “novas tecnologias” na escola XXXIX

3.4.2 O pensamento computacional XLI

3.5 Práticas de pesquisa ............................... XLIII

3.6 Trabalhos em grupo ................................ XLIV

3.7 Jogos tradicionais e eletrônicos (games) ........ XLIV

3.7.1 Games ......................................... XLV

3.8 Aprendizagem baseada em problemas .......... XLVI

3.9 Aprendizagem baseada em projetos ............ XLVII

3.10 Sala de aula invertida ............................ XLVII

3.11 Inclusão em sala de aula ....................... XLVIII

3.11.1 O bullying e a saúde mental XLVIII

3.11.2 A cultura de paz na escola XLIX

4. Avaliação L

4.1 Mapa conceitual LI

4.2 Portfólio LII

4.3 Contrato didático LIII

4.4 Autoavaliação e ensino-aprendizagem LIV

5. Referências bibliográficas .............................. LIV

5.1 Livros e outras publicações ........................ LIV

5.2 Sites consultados e recomendados .............. LXIII

6. Seleção dos conteúdos .................................. LXIV

6.1 Quadro de conteúdos, objetos de conhecimento e habilidades da BNCC do volume ................. LXV

6.2 Objetivos e justificativas .......................... LXVII

Unidade 1 – Mundo globalizado

Unidade 2 – Globalização e desafios no século XXI

Unidade 3 – Europa: território e natureza

Unidade 4 – Europa: população e economia

Unidade 5 – Ásia

Unidade 6 – Oriente Médio, Ásia Setentrional e Ásia Central

Unidade 7 – Extremo Oriente, Ásia Meridional e Sudeste Asiático

Unidade 8 – Oceania

6.3 Avaliação LXX

Unidade 1 – Mundo globalizado

Unidade 2 – Globalização e desafios no século XXI

Unidade 3 – Europa: território e natureza

Unidade 4 – Europa: população e economia

Unidade 5 – Ásia

Unidade 6 – Oriente Médio, Ásia Setentrional e Ásia Central

Unidade 7 – Extremo Oriente, Ásia Meridional e Sudeste Asiático

Unidade 8 – Oceania

6.4 Gabarito LXXIV

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

ESPECÍFICAS DO VOLUME 9 LXXX

GERAIS
COLEÇÃO ............ VII Introdução ................................................... VII
ORIENTAÇÕES
PARA A
VIII
IX
X
XVIII
XIX
XX
XXII
XXIII
XXIV
XXVI
XXVII
XXIX
XXXI
VI

ORIENTAÇÕES GERAIS PARA A COLEÇÃO

INTRODUÇÃO

Colegas professores, convidamos vocês a iniciar nosso diálogo com algumas perguntas que nos fazem refletir sobre a Geografia na escola dos dias atuais.

Como a Geografia contribui para a compreensão do mundo contemporâneo, relacionando-o com a vida cotidiana?

Que conteúdos, conceitos e categorias trabalhados na Geografia os estudantes devem apreender para desvendar os acontecimentos do seu mundo?

Qual é o papel do professor de Geografia diante do jovem considerado um “nativo digital”?

As respostas passam pela concepção de estudante, de escola, de educação e de Geografia. Nesta coleção, concebemos o estudante como sujeito das relações no processo de aprendizagem, e o professor como mediador entre o conhecimento e o estudante, no sentido de promover situações de problematização dos fatos, de relação com os lugares de vivência, de protagonismos em pesquisas e discussões, de superação do senso comum, entre outras. Quanto à concepção de Geografia, é importante esclarecer que o objeto central de estudo é o espaço geográfico que, associado aos saberes científicos da disciplina, deve contribuir para a compreensão dos fatos e a busca por um mundo melhor para todos e todas.

Pode-se dizer que o papel da escola, sobretudo do professor de Geografia, nunca foi tão desafiador, não só porque o mundo está em constante e veloz mudança, mas também porque os mais diversos entendimentos sobre o mundo são divulgados em segundos e comentados por milhões de pessoas instantaneamente.

O excessivo apelo ao consumo, aliado à facilidade na disseminação de opiniões e de notícias – muitas vezes falsas –, estabelece, para o professor de Geografia, o desafio de romper com a banalização dos acontecimentos e a indiferença da sociedade em relação aos problemas humanos, sociais e ambientais.

Um dos caminhos é possibilitar ao estudante o trabalho com as “ferramentas” próprias da Geografia e de outras ciências para analisar, refletir, emitir opiniões bem fundamentadas e fazer uma leitura crítica do mundo e das vivências, o que significa compreender a realidade e pensar possibilidades para um mundo melhor.

Ao mesmo tempo, devemos pensar na formação do cidadão1 , que convive com as diferenças nos seus aspectos cultural, étnico-cultural, de gênero, etário, entre outras, contribuindo para a promoção do respeito ao outro e à diversidade.

Enfim, são grandes os desafios que dependem de um conjunto de atores e forças, aos quais nos unimos: docentes, pais, estudantes, gestores, políticas públicas, movimentos sociais e todos aqueles comprometidos com um país melhor para todas as pessoas.

1 Para ampliar essa reflexão, sugerimos a leitura do livro O espaço do cidadão, de Milton Santos (2014).
VII

1 MUDANÇAS NO ENSINO DE GEOGRAFIA

Ao conversar sobre as aulas de Geografia com pessoas que frequentaram a escola nas décadas de 1960 ou 1970, é comum ouvir relatos de experiências que não contribuíam efetivamente para a compreensão do mundo, como decorar nomes de rios, países e capitais e reproduzir e pintar mapas. Embora não constituam regra, esses exemplos ilustram práticas comuns em um momento no qual a Geografia era considerada uma disciplina repleta de conteúdo para decorar. Já na década de 1970, o geógrafo francês Yves Lacoste, em seu livro A Geografia – isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra (2008), estabelecia novos paradigmas para a Geografia e para o seu ensino nas escolas. De modo geral, a obra representa um marco para a ciência geográfica e, desde então, norteia o fazer e o pensar de geógrafos e professores de Geografia, bem como fez faz críticas à Geografia que a precedeu2 , que se convencionou chamar Geografia tradicional. Lacoste apontou a neutralidade científica, o aspecto descritivo e a compartimentação do conhecimento da Geografia ensinada nas escolas e, também, daquela produzida nas instituições acadêmicas e de pesquisa. Para a chamada Geografia tradicional, o conhecimento era um saber neutro, que não abordava as relações sociais e as contradições que envolviam a produção do espaço geográfico. Na escola, a Geografia não tinha a preocupação com os lugares de vivência nem incentivava os estudantes a se perceber como sujeitos de sua realidade, podendo, portanto, transformá-la.

A questão do método passou a ser intensamente debatida na ciência geográfica, visando à superação de uma ciência pautada no Positivismo, corrente que sustentava as Ciências Humanas. Esse movimento de discussão e renovação metodológica é o que passou a ser denominado Geografia crítica.

No Brasil, a partir da década de 1980, estudos acadêmicos fizeram críticas à chamada Geografia escolar e buscaram meios para minimizar a compartimentação dos conteúdos e o distanciamento entre o ensino de Geografia e a realidade social, política e econômica do país.

A busca pela renovação da Geografia escolar era parte do movimento de renovação curricular, que centrava esforços na “melhoria da qualidade de ensino, a qual necessariamente passava por uma revisão dos conteúdos e das formas de ensinar e aprender das diferentes disciplinas dos currículos da escola básica” (PONTUSCHKA; CACETE; PAGANELLI, 2009, p. 37). Um dos documentos que marcaram fortemente esse movimento de renovação foi a proposta da Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (Cenp), da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, que inspirou propostas curriculares de outras Unidades da Federação, assim como o Movimento de Reorientação Curricular promovido pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo em 1992. Outro marco importante para o ato de repensar o currículo foi a publicação, em âmbito nacional, dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), nos anos 1990, que propunha conteúdos conceituais, temas transversais e orientações didáticas específicas para as disciplinas escolares. Os PCN de Geografia pretendiam reforçar a importância social dessa disciplina, buscar um ensino para a conquista da cidadania, trabalhar meios para os estudantes receberem informação e formação considerando conteúdos conceituais, atitudinais e procedimentais. Outro aspecto importante era a intercessão da Geografia com outros campos do saber, como a Antropologia, a Sociologia, a Biologia, as Ciências Políticas, entre outros (BRASIL, 1997a).3

Nas décadas de 2000 e 2010, houve uma tendência das Unidades da Federação e dos municípios de elaborarem seus próprios documentos curriculares, valendo-se da autonomia garantida pelas legislações e revelando diferentes possibilidades de organização curricular.

2 Lacoste (2008) faz críticas à Geografia a qual ele denominou “Geografia dos professores”, que caracterizava não só a escola de nível médio, mas também os cursos universitários.

3 A proposta da Cenp e os PCN não ficaram livres de críticas, sendo que as principais delas foram, respectivamente, a de que não atingiu a prática da maior parte dos professores das redes públicas e a pequena participação, na sua elaboração, dos professores da Educação Básica. Independentemente das críticas e das linhas metodológicas, os dois documentos contribuíram imensamente para reflexões sobre a Geografia escolar, entendendo-a como uma disciplina que vai muito além da memorização de conteúdos e da reprodução de mapas.

VIII

Destaca-se também o aumento do número de pesquisas e de grupos de estudo nas universidades brasileiras e a maior frequência dos encontros na área de didática da Geografia e da educação geográfica, revelando maior preocupação com o tema. Pesquisadores, docentes e autores de livros didáticos passaram a repensar a função social da Geografia, apontando para a superação da chamada Geografia tradicional e enfatizando a importância de levar em conta os conhecimentos prévios dos estudantes para a construção dos saberes geográficos e dos raciocínios espaciais.

A partir da segunda metade da década de 2010, educadores brasileiros, pesquisadores e a sociedade civil se organizaram em movimentos que deram origem à criação uma base curricular nacional, que resultou na publicação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em 2018. Grande parte das discussões recentes sobre a Geografia escolar está contemplada na BNCC, sobre a qual nos detemos a seguir.

1.1

A BNCC

A BNCC teve suas primeiras versões publicadas na segunda metade da década de 2010, orientada pelos princípios das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) e pelos marcos legais vigentes no Brasil. O documento define as aprendizagens essenciais, indica conhecimentos e competências que se espera que os estudantes desenvolvam ao longo da Educação Básica e explicita as especificidades e o papel das áreas do conhecimento (no caso da Geografia, as Ciências Humanas) e dos componentes curriculares na formação do estudante do Ensino Fundamental, na aplicação e no desenvolvimento de diferentes competências e habilidades.

Ao apresentar a Geografia, a BNCC aponta que a grande contribuição desse componente curricular aos estudantes da Educação Básica é “desenvolver o pensamento espacial, estimulando o raciocínio geográfico para representar e interpretar o mundo em permanente transformação e relacionando componentes da sociedade e da natureza” (BRASIL, 2018, p. 360). De acordo com a BNCC, o raciocínio geográfico, que é uma maneira de exercitar o pensamento, envolve princípios para compreender aspectos fundamentais da realidade, conforme expostos no quadro 1

QUADRO 1 – DESCRIÇÃO DOS PRINCÍPIOS DO RACIOCÍNIO GEOGRÁFICO

Princípio Descrição

Analogia Um fenômeno geográfico sempre é comparável a outros. A identificação das semelhanças entre fenômenos geográficos é o início da compreensão da unidade terrestre.

Conexão Um fenômeno geográfico nunca acontece isoladamente, mas sempre em interação com outros fenômenos próximos ou distantes.

Diferenciação* É a variação dos fenômenos de interesse da geografia pela superfície terrestre (por exemplo, o clima), resultando na diferença entre áreas.

Distribuição Exprime como os objetos se repartem pelo espaço.

Extensão Espaço finito e contínuo delimitado pela ocorrência do fenômeno geográfico.

Localização

Posição particular de um objeto na superfície terrestre. A localização pode ser absoluta (definida por um sistema de coordenadas geográficas) ou relativa (expressa por meio de relações espaciais topológicas ou por interações espaciais).

Ordem** Ordem ou arranjo espacial é o princípio geográfico de maior complexidade. Refere-se ao modo de estruturação do espaço de acordo com as regras da própria sociedade que o produziu.

FERNANDES, José Alberto Rio; TRIGAL, Lourenzo López; SPÓSITO, Eliseu Savério. Dicionário de geografia aplicada. Porto: Porto Editora, 2016.

*MOREIRA, Ruy. A diferença e a geografia: o ardil da identidade e a representação da diferença na geografia. GEOgraphia, Rio de Janeiro, ano 1, n. 1, p. 41-58, 1999.

**MOREIRA, Ruy. Repensando a Geografia. In: SANTOS, Milton (org.). Novos rumos da geografia brasileira. São Paulo: Hucitec, 1982. p. 35-49.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 360. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.

IX

1.1.1 • Competências e habilidades

As competências referem-se à “mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho” (BRASIL, 2018, p. 8).

Na BNCC, as competências apresentam-se em diversos níveis. No plano das competências gerais para a Educação Básica, elas se inter-relacionam e perpassam todos os componentes curriculares.

COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 9-10. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.

X

No âmbito das Ciências Humanas, conforme exposto na BNCC, as competências devem propiciar aos estudantes a capacidade de interpretar o mundo, de compreender processos e fenômenos sociais, políticos e culturais e de atuar de forma ética, responsável e autônoma diante de fenômenos sociais e naturais.

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE CIÊNCIAS HUMANAS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

1. Compreender a si e ao outro como identidades diferentes, de forma a exercitar o respeito à diferença em uma sociedade plural e promover os direitos humanos.

2. Analisar o mundo social, cultural e digital e o meio técnico-científico-informacional com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, considerando suas variações de significado no tempo e no espaço, para intervir em situações do cotidiano e se posicionar diante de problemas do mundo contemporâneo.

3. Identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade, exercitando a curiosidade e propondo ideias e ações que contribuam para a transformação espacial, social e cultural, de modo a participar efetivamente das dinâmicas da vida social.

4. Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas com relação a si mesmo, aos outros e às diferentes culturas, com base nos instrumentos de investigação das Ciências Humanas, promovendo o acolhimento e a valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

5. Comparar eventos ocorridos simultaneamente no mesmo espaço e em espaços variados, e eventos ocorridos em tempos diferentes no mesmo espaço e em espaços variados.

6. Construir argumentos, com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, para negociar e defender ideias e opiniões que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental, exercitando a responsabilidade e o protagonismo voltados para o bem comum e a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

7. Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica e diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de informação e comunicação no desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal relacionado a localização, distância, direção, duração, simultaneidade, sucessão, ritmo e conexão.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 357. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.

No âmbito da Geografia, as competências contribuem para a formação das identidades e para a leitura de mundo. É imprescindível, para isso, desenvolver o pensamento espacial dos estudantes, estimulando seu raciocínio geográfico.

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

1. Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas.

2. Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das formas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história.

3. Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem.

XI

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

4. Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográficas e iconográficas, de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias para a resolução de problemas que envolvam informações geográficas.

5. Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação para compreender o mundo natural, social, econômico, político e o meio técnico-científico e informacional, avaliar ações e propor perguntas e soluções (inclusive tecnológicas) para questões que requerem conhecimentos científicos da Geografia.

6. Construir argumentos com base em informações geográficas, debater e defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioambiental e o respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de qualquer natureza.

7. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, propondo ações sobre as questões socioambientais, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 366. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.

Nos Anos Finais (6o ao 9o) do Ensino Fundamental, devem ser garantidas a continuidade e a progressão das aprendizagens dos Anos Iniciais (1o ao 5o) em níveis crescentes de complexidade da compreensão.

Para garantir o desenvolvimento das competências propostas e da progressão das aprendizagens, a BNCC apresenta um conjunto de habilidades que “expressam as aprendizagens essenciais que devem ser asseguradas aos estudantes nos diferentes contextos escolares” (BRASIL, 2018, p. 29). Essas habilidades estão organizadas por componente curricular e ano, relacionadas a diferentes unidades temáticas e objetos de conhecimento, entendidos como conteúdos, conceitos e processos. A numeração sequencial que identifica as habilidades (por exemplo: EF06GE01) não indica uma ordem esperada das aprendizagens, tão somente indica a organização de determinada habilidade da etapa do ensino (EF – Ensino Fundamental), ano (06), componente curricular (Geografia) e, por fim, a habilidade indicada. Além disso, o agrupamento das habilidades não é um modelo obrigatório para os currículos, como é esclarecido no documento.

[...] Essa forma de apresentação adotada na BNCC tem por objetivo assegurar a clareza, a precisão e a explicitação do que se espera que todos os alunos aprendam no Ensino Fundamental, fornecendo orientações para a elaboração de currículos em todo o País, adequados aos diferentes contextos.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 31. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.

A seguir, estão apresentados quadros com as unidades temáticas, objetos de conhecimento e habilidades do componente curricular de Geografia, na BNCC para cada ano do Ensino Fundamental – Anos Finais. Nas páginas LXV e LXVI, oferecemos um quadro dos conteúdos e conceitos trabalhados em cada volume e os respectivos objetos de conhecimento e habilidades que estão relacionados a eles. Essas relações com as competências e habilidades da BNCC também são sinalizadas no início de cada unidade das Orientações específicas deste Manual.

XII

UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES

• (EF06GE01) Comparar modificações das paisagens nos lugares de vivência e os usos desses lugares em diferentes tempos.

O sujeito e seu lugar no mundo Identidade sociocultural

• (EF06GE02) Analisar modificações de paisagens por diferentes tipos de sociedade, com destaque para os povos originários.

• (EF06GE03) Descrever os movimentos do planeta e sua relação com a circulação geral da atmosfera, o tempo atmosférico e os padrões climáticos.

Conexões e escalas Relações entre os componentes físiconaturais

• (EF06GE04) Descrever o ciclo da água, comparando o escoamento superficial no ambiente urbano e rural, reconhecendo os principais componentes da morfologia das bacias e das redes hidrográficas e a sua localização no modelado da superfície terrestre e da cobertura vegetal.

• (EF06GE05) Relacionar padrões climáticos, tipos de solo, relevo e formações vegetais.

Mundo do trabalho Transformação das paisagens naturais e antrópicas

• (EF06GE06) Identificar as características das paisagens transformadas pelo trabalho humano a partir do desenvolvimento da agropecuária e do processo de industrialização.

• (EF06GE07) Explicar as mudanças na interação humana com a natureza a partir do surgimento das cidades.

Formas de representação e pensamento espacial

Fenômenos naturais e sociais representados de diferentes maneiras

• (EF06GE08) Medir distâncias na superfície pelas escalas gráficas e numéricas dos mapas.

• (EF06GE09) Elaborar modelos tridimensionais, blocos-diagramas e perfis topográficos e de vegetação, visando à representação de elementos e estruturas da superfície terrestre.

• (EF06GE10) Explicar as diferentes formas de uso do solo (rotação de terras, terraceamento, aterros etc.) e de apropriação dos recursos hídricos (sistema de irrigação, tratamento e redes de distribuição), bem como suas vantagens e desvantagens em diferentes épocas e lugares.

Natureza, ambientes e qualidade de vida

Biodiversidade e ciclo hidrológico

• (EF06GE11) Analisar distintas interações das sociedades com a natureza, com base na distribuição dos componentes físico-naturais, incluindo as transformações da biodiversidade local e do mundo.

• (EF06GE12) Identificar o consumo dos recursos hídricos e o uso das principais bacias hidrográficas no Brasil e no mundo, enfatizando as transformações nos ambientes urbanos.

Atividades humanas e dinâmica climática

• (EF06GE13) Analisar consequências, vantagens e desvantagens das práticas humanas na dinâmica climática (ilha de calor etc.).

GEOGRAFIA • 6o ANO
XIII

UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES

O sujeito e seu lugar no mundo

Ideias e concepções sobre a formação territorial do Brasil

• (EF07GE01) Avaliar, por meio de exemplos extraídos dos meios de comunicação, ideias e estereótipos acerca das paisagens e da formação territorial do Brasil.

• (EF07GE02) Analisar a influência dos fluxos econômicos e populacionais na formação socioeconômica e territorial do Brasil, compreendendo os conflitos e as tensões históricas e contemporâneas.

Formação territorial do Brasil

Conexões e escalas

Características da população brasileira

• (EF07GE03) Selecionar argumentos que reconheçam as territorialidades dos povos indígenas originários, das comunidades remanescentes de quilombos, de povos das florestas e do cerrado, de ribeirinhos e caiçaras, entre outros grupos sociais do campo e da cidade, como direitos legais dessas comunidades.

• (EF07GE04) Analisar a distribuição territorial da população brasileira, considerando a diversidade étnico-cultural (indígena, africana, europeia e asiática), assim como aspectos de renda, sexo e idade nas regiões brasileiras.

• (EF07GE05) Analisar fatos e situações representativas das alterações ocorridas entre o período mercantilista e o advento do capitalismo.

Produção, circulação e consumo de mercadorias

• (EF07GE06) Discutir em que medida a produção, a circulação e o consumo de mercadorias provocam impactos ambientais, assim como influem na distribuição de riquezas, em diferentes lugares.

Mundo do trabalho

Desigualdade social e o trabalho

• (EF07GE07) Analisar a influência e o papel das redes de transporte e comunicação na configuração do território brasileiro.

• (EF07GE08) Estabelecer relações entre os processos de industrialização e inovação tecnológica com as transformações socioeconômicas do território brasileiro.

Formas de representação e pensamento espacial

Mapas temáticos do Brasil

• (EF07GE09) Interpretar e elaborar mapas temáticos e históricos, inclusive utilizando tecnologias digitais, com informações demográficas e econômicas do Brasil (cartogramas), identificando padrões espaciais, regionalizações e analogias espaciais.

• (EF07GE10) Elaborar e interpretar gráficos de barras, gráficos de setores e histogramas, com base em dados socioeconômicos das regiões brasileiras.

Natureza, ambientes e qualidade de vida

Biodiversidade brasileira

• (EF07GE11) Caracterizar dinâmicas dos componentes físico-naturais no território nacional, bem como sua distribuição e biodiversidade (Florestas Tropicais, Cerrados, Caatingas, Campos Sulinos e Matas de Araucária).

• (EF07GE12) Comparar unidades de conservação existentes no Município de residência e em outras localidades brasileiras, com base na organização do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC).

GEOGRAFIA
7o ANO
XIV

UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES

Distribuição da população mundial e deslocamentos populacionais

• (EF08GE01) Descrever as rotas de dispersão da população humana pelo planeta e os principais fluxos migratórios em diferentes períodos da história, discutindo os fatores históricos e condicionantes físico-naturais associados à distribuição da população humana pelos continentes.

O sujeito e seu lugar no mundo

Diversidade e dinâmica da população mundial e local

• (EF08GE02) Relacionar fatos e situações representativas da história das famílias do Município em que se localiza a escola, considerando a diversidade e os fluxos migratórios da população mundial.

• (EF08GE03) Analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando características da população (perfil etário, crescimento vegetativo e mobilidade espacial).

• (EF08GE04) Compreender os fluxos de migração na América Latina (movimentos voluntários e forçados, assim como fatores e áreas de expulsão e atração) e as principais políticas migratórias da região.

• (EF08GE05) Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões na contemporaneidade, com destaque para as situações geopolíticas na América e na África e suas múltiplas regionalizações a partir do pós-guerra.

• (EF08GE06) Analisar a atuação das organizações mundiais nos processos de integração cultural e econômica nos contextos americano e africano, reconhecendo, em seus lugares de vivência, marcas desses processos.

• (EF08GE07) Analisar os impactos geoeconômicos, geoestratégicos e geopolíticos da ascensão dos Estados Unidos da América no cenário internacional em sua posição de liderança global e na relação com a China e o Brasil.

Conexões e escalas

Corporações e organismos internacionais e do Brasil na ordem econômica mundial

• (EF08GE08) Analisar a situação do Brasil e de outros países da América Latina e da África, assim como da potência estadunidense na ordem mundial do pós-guerra.

• (EF08GE09) Analisar os padrões econômicos mundiais de produção, distribuição e intercâmbio dos produtos agrícolas e industrializados, tendo como referência os Estados Unidos da América e os países denominados de Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

• (EF08GE10) Distinguir e analisar conflitos e ações dos movimentos sociais brasileiros, no campo e na cidade, comparando com outros movimentos sociais existentes nos países latino-americanos.

• (EF08GE11) Analisar áreas de conflito e tensões nas regiões de fronteira do continente latino-americano e o papel de organismos internacionais e regionais de cooperação nesses cenários.

• (EF08GE12) Compreender os objetivos e analisar a importância dos organismos de integração do território americano (Mercosul, OEA, OEI, Nafta, Unasul, Alba, Comunidade Andina, Aladi, entre outros).

GEOGRAFIA • 8o ANO
XV

UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES

Os diferentes contextos e os meios técnico e tecnológico na produção

• (EF08GE13) Analisar a influência do desenvolvimento científico e tecnológico na caracterização dos tipos de trabalho e na economia dos espaços urbanos e rurais da América e da África.

• (EF08GE14) Analisar os processos de desconcentração, descentralização e recentralização das atividades econômicas a partir do capital estadunidense e chinês em diferentes regiões no mundo, com destaque para o Brasil.

Mundo do trabalho

Transformações do espaço na sociedade urbano-industrial na América Latina

• (EF08GE15) Analisar a importância dos principais recursos hídricos da América Latina (Aquífero Guarani, Bacias do rio da Prata, do Amazonas e do Orinoco, sistemas de nuvens na Amazônia e nos Andes, entre outros) e discutir os desafios relacionados à gestão e comercialização da água.

• (EF08GE16) Analisar as principais problemáticas comuns às grandes cidades latino-americanas, particularmente aquelas relacionadas à distribuição, estrutura e dinâmica da população e às condições de vida e trabalho.

• (EF08GE17) Analisar a segregação socioespacial em ambientes urbanos da América Latina, com atenção especial ao estudo de favelas, alagados e zona de riscos.

Formas de representação e pensamento espacial

Cartografia: anamorfose, croquis e mapas temáticos da América e África

• (EF08GE18) Elaborar mapas ou outras formas de representação cartográfica para analisar as redes e as dinâmicas urbanas e rurais, ordenamento territorial, contextos culturais, modo de vida e usos e ocupação de solos da África e América.

• (EF08GE19) Interpretar cartogramas, mapas esquemáticos (croquis) e anamorfoses geográficas com informações geográficas acerca da África e América.

Natureza, ambientes e qualidade de vida

Identidades e interculturalidades regionais: Estados Unidos da América, América espanhola e portuguesa e África

• (EF08GE20) Analisar características de países e grupos de países da América e da África no que se refere aos aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir as desigualdades sociais e econômicas e as pressões sobre a natureza e suas riquezas (sua apropriação e valoração na produção e circulação), o que resulta na espoliação desses povos.

• (EF08GE21) Analisar o papel ambiental e territorial da Antártica no contexto geopolítico, sua relevância para os países da América do Sul e seu valor como área destinada à pesquisa e à compreensão do ambiente global.

• (EF08GE22) Identificar os principais recursos naturais dos países da América Latina, analisando seu uso para a produção de matéria-prima e energia e sua relevância para a cooperação entre os países do Mercosul.

Diversidade ambiental e as transformações nas paisagens na América Latina

• (EF08GE23) Identificar paisagens da América Latina e associá-las, por meio da cartografia, aos diferentes povos da região, com base em aspectos da geomorfologia, da biogeografia e da climatologia.

• (EF08GE24) Analisar as principais características produtivas dos países latino-americanos (como exploração mineral na Venezuela; agricultura de alta especialização e exploração mineira no Chile; circuito da carne nos pampas argentinos e no Brasil; circuito da cana-de-açúcar em Cuba; polígono industrial do sudeste brasileiro e plantações de soja no centrooeste; maquiladoras mexicanas, entre outros).

GEOGRAFIA •
8o ANO
XVI

UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES

A hegemonia europeia na economia, na política e na cultura

• (EF09GE01) Analisar criticamente de que forma a hegemonia europeia foi exercida em várias regiões do planeta, notadamente em situações de conflito, intervenções militares e/ou influência cultural em diferentes tempos e lugares.

O sujeito e seu lugar no mundo

Corporações e organismos internacionais

• (EF09GE02) Analisar a atuação das corporações internacionais e das organizações econômicas mundiais na vida da população em relação ao consumo, à cultura e à mobilidade.

As manifestações culturais na formação populacional

Integração mundial e suas interpretações: globalização e mundialização

A divisão do mundo em Ocidente e Oriente

• (EF09GE03) Identificar diferentes manifestações culturais de minorias étnicas como forma de compreender a multiplicidade cultural na escala mundial, defendendo o princípio do respeito às diferenças.

• (EF09GE04) Relacionar diferenças de paisagens aos modos de viver de diferentes povos na Europa, Ásia e Oceania, valorizando identidades e interculturalidades regionais.

• (EF09GE05) Analisar fatos e situações para compreender a integração mundial (econômica, política e cultural), comparando as diferentes interpretações: globalização e mundialização.

• (EF09GE06) Associar o critério de divisão do mundo em Ocidente e Oriente com o Sistema Colonial implantado pelas potências europeias.

Conexões e escalas

Intercâmbios históricos e culturais entre Europa, Ásia e Oceania

• (EF09GE07) Analisar os componentes físico-naturais da Eurásia e os determinantes histórico-geográficos de sua divisão em Europa e Ásia.

• (EF09GE08) Analisar transformações territoriais, considerando o movimento de fronteiras, tensões, conflitos e múltiplas regionalidades na Europa, na Ásia e na Oceania.

• (EF09GE09) Analisar características de países e grupos de países europeus, asiáticos e da Oceania em seus aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas e pressões sobre seus ambientes físico-naturais.

Transformações do espaço na sociedade urbano-industrial

• (EF09GE10) Analisar os impactos do processo de industrialização na produção e circulação de produtos e culturas na Europa, na Ásia e na Oceania.

• (EF09GE11) Relacionar as mudanças técnicas e científicas decorrentes do processo de industrialização com as transformações no trabalho em diferentes regiões do mundo e suas consequências no Brasil.

Mundo do trabalho

Cadeias industriais e inovação no uso dos recursos naturais e matérias-primas

• (EF09GE12) Relacionar o processo de urbanização às transformações da produção agropecuária, à expansão do desemprego estrutural e ao papel crescente do capital financeiro em diferentes países, com destaque para o Brasil.

• (EF09GE13) Analisar a importância da produção agropecuária na sociedade urbano-industrial ante o problema da desigualdade mundial de acesso aos recursos alimentares e à matéria-prima.

GEOGRAFIA • 9o ANO
XVII

GEOGRAFIA • 9o ANO

UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES

Formas de representação e pensamento espacial

Leitura e elaboração de mapas temáticos, croquis e outras formas de representação para analisar informações geográficas

• (EF09GE14) Elaborar e interpretar gráficos de barras e de setores, mapas temáticos e esquemáticos (croquis) e anamorfoses geográficas para analisar, sintetizar e apresentar dados e informações sobre diversidade, diferenças e desigualdades sociopolíticas e geopolíticas mundiais.

• (EF09GE15) Comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações populacionais, econômicas e socioambientais representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.

• (EF09GE16) Identificar e comparar diferentes domínios morfoclimáticos da Europa, da Ásia e da Oceania.

Natureza, ambientes e qualidade de vida

Diversidade ambiental e as transformações nas paisagens na Europa, na Ásia e na Oceania

• (EF09GE17) Explicar as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Europa, da Ásia e da Oceania.

• (EF09GE18) Identificar e analisar as cadeias industriais e de inovação e as consequências dos usos de recursos naturais e das diferentes fontes de energia (tais como termoelétrica, hidrelétrica, eólica e nuclear) em diferentes países.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 384-395. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.

2 PROPOSTA TEÓRICO-METODOLÓGICA

Com base nas recentes discussões sobre a Geografia escolar, na BNCC e em nossa experiência como educadores, a proposta teórico-metodológica desta coleção tem o espaço geográfico como objeto de estudo e os estudantes como sujeitos, tanto nas relações socioespaciais quanto no processo de construção do conhecimento. A coleção se aproxima, em muitos aspectos, da chamada Geografia crítica e, do ponto de vista pedagógico, da corrente socioconstrutivista, com o professor como mediador no processo de ensino-aprendizagem Entendemos que a Geografia deve contribuir para que os estudantes compreendam o mundo e pensem caminhos e atitudes propositivas, almejando uma sociedade mais justa. Deve, também, responder de que formas e com quais objetivos os seres humanos produzem o espaço geográfico, revelando as contradições presentes nesse processo, como, por exemplo, em sua relação com a natureza e na apropriação e no uso dos recursos naturais. A busca por tais respostas é feita com o apoio das “ferramentas” e das “lentes” da Geografia. Quando se usa as “lentes” da Geografia, vemos o que interessa à compreensão do espaço geográfico: que elementos o compõem, como esses elementos estão organizados e aparecem na paisagem, por que estão organizados dessa forma, como o espaço geográfico é produzido, que agentes atuam em sua

XVIII

produção, como ele pode ser transformado etc. Podemos dizer que as “lentes” da análise espacial ou geográfica se referem aos conceitos usados pela ciência geográfica e ao modo como esses conceitos são usados para a compreensão do espaço geográfico, conforme veremos no item 2.2. Muitas vezes, há a necessidade de se usar outras “lentes”, de outras ciências, remetendo à interdisciplinaridade4.

Os saberes escolares trabalhados na coleção devem ser entendidos em diferentes dimensões: procedimentos, atitudes e conceitos.

Os conteúdos procedimentais 5, nesta coleção, estão integrados aos demais conteúdos e são trabalhados principalmente nas atividades e, particularmente, nas seções que fazem parte de cada unidade, incluindo ações e dificuldades de acordo com o nível cognitivo dos estudantes. Habilidades como organizar, relacionar, interpretar, justificar, aplicar, transferir, analisar situações-problema, pesquisar, concluir, opinar, refletir etc. fazem parte do conteúdo procedimental, devendo ser entendidas como recursos cognitivos para o desenvolvimento das competências6 necessárias para os estudantes atuarem com autonomia nos estudos e na compreensão do espaço geográfico.

A preocupação com os conteúdos atitudinais , que se referem a valores, atitudes e normas (ZABALA, 1998), faz-se presente em diversas temáticas trabalhadas na coleção (ações da sociedade organizada em busca de melhores condições de vida, práticas sustentáveis na relação com o meio etc.) e em propostas de atividades (cooperar com o grupo, responsabilizar-se por atividades etc.). Vê-se, portanto, que os valores, ligados indissociavelmente aos conteúdos atitudinais, referem-se à intervenção dos estudantes no seu espaço de vivência e na reflexão sobre si mesmos e sobre o outro – sempre com base em um posicionamento teórico e ético que pressupõe o respeito aos direitos humanos. Desse modo, os estudantes poderão posicionar-se frente àquilo que foi trabalhado em sala de aula com base nesta obra, ocupando o lugar de sujeitos nos seus processos de aprendizagem e na operacionalização dos instrumentos teóricos e analíticos que, agora, em sua posse, poderão servir para a construção de um mundo mais justo.

Por fim, reafirmamos a importância dos conteúdos conceituais, constituídos por conceitos, fatos, processos históricos e naturais, que se articulam para a compreensão do espaço geográfico.

2.1

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Relacionadas aos fundamentos teóricos e pedagógicos e ao desenvolvimento das competências e habilidades envolvidas no processo de aprendizagem do Ensino Fundamental, explicitadas na BNCC, as expectativas de aprendizagem desta coleção são:

• dominar ferramentas conceituais e procedimentais específicas da ciência geográfica para o entendimento do mundo em que se vive, em diversas escalas espaciais e diversos aspectos, refletindo criticamente sobre problemas e contradições;

• compreender que o conhecimento científico pode contribuir para alcançar uma sociedade mais justa e democrática, construída com a participação de diversos setores por meio de atitudes individuais e coletivas;

• compreender que as escalas local, regional, nacional e global se articulam e que essa articulação deve ser considerada na análise dos fenômenos espaciais;

4 A interdisciplinaridade será tratada no item 2.5

5 Por conteúdo procedimental, entende-se o “que inclui entre outras coisas as regras, as técnicas, os métodos, as destrezas ou habilidades, as estratégias, os procedimentos – é um conjunto de ações ordenadas e com um fim, quer dizer, dirigidas para a realização de um objetivo. São conteúdos procedimentais: ler, desenhar, observar, calcular, classificar, traduzir, recortar, saltar, inferir, espetar etc.” (ZABALA, 1998, p. 43-44).

6 Competência, aqui, é entendida como a capacidade de mobilizar diversos recursos cognitivos para enfrentar um tipo de situação, como definida por Perrenoud (2000). Assim, por exemplo, encontrar uma rua utilizando uma planta é uma situação que requer a competência de leitura de mapas, para a qual são mobilizados vários recursos cognitivos, como decodificar os símbolos contidos na planta, realizar a leitura da legenda, aplicar noções de proporção e lateralidade etc.

• compreender o mundo atual em sua diversidade, explicada pelas relações que as diferentes sociedades, no tempo e no espaço, estabelecem com a natureza; XIX

• reconhecer o papel dos diferentes agentes (naturais e humanos) na produção do espaço geográfico ao longo do tempo, avaliando as consequências de suas ações e propondo soluções para os problemas;

• compreender que problemas socioespaciais, como as desigualdades e as más condições de vida, não são naturalmente estabelecidos, mas sim produtos de processos históricos e estruturas econômicas que caracterizam a sociedade no tempo e no espaço;

• conhecer, produzir e/ou utilizar referenciais espaciais de localização e produtos cartográficos (mapas impressos e digitais, plantas, maquetes, croquis) para encontrar lugares, localizar-se e deslocar-se no espaço, identificar e analisar fenômenos geográficos e estabelecer relação entre eles;

• compreender que os fenômenos que ocorrem no espaço, sejam eles naturais, sociais, culturais, econômicos ou políticos, são articulados;

• identificar elementos que compõem uma paisagem, utilizando procedimentos que permitam fazer sua leitura, como observação e identificação, procurando compreender de que forma esses elementos se relacionam;

• reconhecer a diversidade de grupos sociais, desenvolvendo e enfatizando o respeito às diferenças e repudiando manifestações de racismo e intolerância;

• valorizar e respeitar as relações que cada grupo social estabelece entre natureza e sociedade, reconhecendo o direito das manifestações culturais dos diferentes povos;

• compreender que as redes e os fluxos do atual meio técnico-científico-informacional contribuíram para intensificar as relações entre os espaços, em diferentes escalas, reconhecendo as desigualdades espaciais nessa intensificação;

• operar procedimentos de estudos e pesquisas de forma autônoma, relacionando conteúdos trabalhados com novos conhecimentos adquiridos em fontes diversas, reconhecendo o livro didático como um dos instrumentos de trabalho e consulta, e não como o único;

• valorizar o conhecimento tradicional e a cultura popular, além de diferentes expressões artístico-culturais, analisando-as e relacionando-as com o conhecimento científico produzido;

• utilizar procedimentos de leitura de textos e imagens, favorecendo competências linguísticas e de pensamento;

• reconhecer a importância de trabalhar em grupo, valorizando a convivência e a troca de ideias e conscientizando-se da importância do papel de cada um para que o grupo alcance os objetivos no processo de aprendizagem.

Mais adiante, apresentamos os objetivos de aprendizagem específicos para cada Unidade, seguidos de suas justificativas.

2.2

CONCEITOS DA GEOGRAFIA

Para a sistematização do conhecimento, a Geografia se baseia em importantes conceitos. O mais amplo deles é o espaço geográfico, entendido como fruto das relações entre o ser humano e a natureza ao longo da história. Além dele, a Geografia se vale também dos conceitos de paisagem, lugar, região, território e natureza, e de muitos outros importantes para o aprendizado.

A paisagem é um dos principais conceitos que aproximam o conhecimento prévio do estudante ao conhecimento sistematizado. Aqui, no entanto, cabe uma advertência sobre as diferenças e as relações entre paisagem e espaço, muitas vezes entendidos, equivocadamente, como sinônimos. Para isso, usamos as palavras do geógrafo Milton Santos, que também faz referência ao conceito de configuração territorial.

Paisagem e espaço não são sinônimos. A paisagem é o conjunto de formas que, num dado momento, exprimem as heranças que representam as sucessivas relações localizadas entre homem e natureza. O espaço são essas formas mais a vida que as anima.

XX

A palavra paisagem é frequentemente utilizada em vez da expressão configuração territorial. Esta é o conjunto de elementos naturais e artificiais que fisicamente caracterizam uma área. A rigor, a paisagem é apenas a porção da configuração territorial que é possível abarcar com a visão. Assim, quando se fala em paisagem, há, também, referência à configuração territorial e, em muitos idiomas, o uso das duas expressões é indiferente.

[...]

A paisagem existe através de suas formas, criadas em momentos históricos diferentes, porém coexistindo no momento atual. No espaço, as formas de que se compõe a paisagem preenchem, no momento atual, uma função atual, como resposta às necessidades atuais da sociedade. [...]

Tanto na ciência geográfica quanto na Geografia escolar, o uso do conceito paisagem vem sendo retomado. Nas atividades escolares, a leitura da paisagem pode ocorrer de forma direta e indireta (PANIZZA, 2014). A direta diz respeito ao que se encontra ao alcance da vista, quando se observa e se analisa a paisagem em um trabalho de campo ou no cotidiano, nos arredores da escola ou do bairro, por exemplo, identificando as mudanças que ocorrem ao longo do dia, de uma estação do ano para outra, entre outros aspectos. De forma indireta, a paisagem é observada quando se promove a leitura de diversos tipos de imagens, como fotografias, vídeos, pinturas, histórias em quadrinhos ou, ainda, obras literárias, poemas, relatos, músicas que remetam às características visíveis do espaço. A paisagem pode ser ponto de partida para a “análise geográfica”.

Ao longo das unidades de cada volume, as imagens que retratam ou representam paisagens, sobretudo as fotografias, são usadas para aproximar os estudantes do conteúdo ou do objeto de estudo. As diversas atividades propostas ao longo do Livro do estudante proporcionam momentos privilegiados para o trabalho com habilidades necessárias à leitura da paisagem.

O conceito de lugar não deve ser confundido com a palavra “lugar”, ambos aparecendo em diferentes momentos ao longo da obra. A palavra “lugar” remete à localização espacial, enquanto o conceito de lugar, a uma dimensão relacionada aos vínculos afetivos com o espaço vivido que, com o avanço das tecnologias de comunicação, está sendo ampliado – o que não significa dizer que está sendo desfrutado ou sendo alvo de afetos, uma vez que crises estruturais do mundo contemporâneo e especialmente do mundo urbano acabam por constituir espaços amnésicos (CARLOS, 2000). Portanto, está diretamente relacionado a espaços com os quais os estudantes têm relação mais direta. Não podemos esquecer, ainda, que o lugar não se explica por si e, sempre que possível, deve ser relacionado a outros espaços (CAVALCANTI, 2003). Nesta coleção, as atividades de levantamento dos conhecimentos prévios (que podem aparecer nas aberturas de unidades e de temas) do boxe Investigar lugares e da seção Pensar e agir privilegiam a categoria lugar.

O conceito de região é muito utilizado no dia a dia das pessoas, apresentando diversos significados. Na obra, região assume dois principais significados, que, em certos casos, estão integrados: o primeiro, de localização e de extensão, como referência a um conjunto de áreas que apresentam semelhanças entre si e que as distinguem de outras, por exemplo, a “região da indústria” ou a “região da soja”; o segundo, de região administrativa, utilizada pelos governos federal, estadual e municipal para se referir a uma unidade administrativa, como a Região Norte ou a Região Nordeste. Assim, trabalhamos a região como parte, subdivisão do espaço geográfico que apresenta, em sua extensão, características naturais, econômicas, históricas e culturais comuns. Nesse contexto, regionalizar significa dividir o espaço geográfico de acordo com critérios preestabelecidos. Devemos, no entanto, ressaltar que as regiões ou espaços no interior das regiões se inter-relacionam no âmbito nacional e mundial, considerando-se a complexidade das relações de produção em um mundo cada vez mais globalizado, resultado do processo de expansão do capitalismo.

XXI
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 4. ed. São Paulo: Edusp, 2006. p. 66-67.

O conceito de região é trabalhado principalmente do 7o ano em diante, de forma que os estudantes compreendam que não se trata de algo dado, estático e natural. Ao tratarmos das regiões brasileiras, no volume do 7o ano, discutimos o fato de que a regionalização apresentada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não constitui a única maneira de regionalizar o espaço brasileiro e que as regiões apresentam diversidade em seu interior. Assim, não se trata de regiões dadas e estáticas em sua configuração territorial. A categoria região ganha mais destaque no volume do 8o ano, quando o espaço geográfico mundial é estudado com base em recortes regionais, estabelecendo-se relações com outras escalas sempre que se fizer necessário, para o entendimento do conteúdo. No volume do 9o ano, encaminhamos uma discussão sobre o conceito de região na escala mundial, destacando o fato de que a região é um produto da ação humana, mesmo quando é usado um critério natural de regionalização.

O conceito de território se faz presente em toda a coleção. Além de ser trabalhado o conceito clássico ligado ao poder do Estado e aos limites legalmente estabelecidos, também são trabalhadas as ações sobre o território procedentes de outras instâncias e outros atores, como organizações não governamentais e movimentos da sociedade civil. Quando, por exemplo, trabalhamos com a organização do espaço em uma aldeia indígena, tratamos de ações sobre o território, com suas “fronteiras” e seus “limites” construídos pelos atores que nesses espaços agem e convivem. O texto a seguir trata dos diferentes atores que “produzem territórios”.

Do Estado ao indivíduo, passando por todas as organizações pequenas ou grandes, encontram-se atores sintagmáticos que “produzem” o território. De fato, o Estado está sempre organizando o território nacional por intermédio de novos recortes, de novas implantações e de novas ligações. O mesmo se passa com as empresas ou outras organizações [...]. O mesmo acontece com o indivíduo que constrói uma casa [...]. Em graus diversos, em momentos diferentes e em lugares variados, somos todos atores sintagmáticos que produzem “territórios”. Essa produção de território se inscreve perfeitamente no campo do poder de nossa problemática relacional. Todos nós combinamos energia e informação, que estruturamos com códigos. Todos nós elaboramos estratégias de produção, que se chocam com outras estratégias em diversas relações de poder.

CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, escola e construção de conhecimentos. 5. ed. Campinas: Papirus, 2003. p. 108.

O conceito de natureza, na coleção, refere-se à natureza transformada, fruto da ação humana, e à dinâmica própria dos elementos físico-naturais. De acordo com Cavalcanti (2003, p. 114), “é preciso construir no ensino um conceito de natureza que seja instrumentalizador das práticas cotidianas dos estudantes, em seus vários níveis, o que requer inserir esse conceito num quadro da problemática ambiental da atualidade”. Em diversos momentos, problemáticas ambientais são tratadas na obra, principalmente no volume do 6o ano, por conta dos temas físico-naturais, que se relacionam à dinâmica dos elementos da natureza e à relação desta com os seres humanos na produção do espaço geográfico.

ESCALAS DE ANÁLISE ESPACIAL

As escalas de análise espacial devem ser entendidas como recortes do espaço estudado, como o bairro, a comunidade, a aldeia indígena, o município, a Unidade da Federação, o país, a região, o mundo. Nesta coleção, esses recortes espaciais auxiliam a estruturação de propostas de atividades e a distribuição dos conteúdos, possibilitando o trabalho com diversos temas e, inclusive, intervenções no lugar em que se vive.

XXII
2.3

O “mundo em que os estudantes vivem” pode ser o bairro ou o município onde moram e onde se dão as relações mais próximas e afetivas, até o espaço geográfico mundial, caracterizado, cada vez mais, pelas ocorrências dos chamados “fenômenos globais”, sejam naturais, sejam relacionados à expansão do capital.

Em todos os volumes, principalmente nos dois primeiros, são propostas atividades de pesquisa para investigar, na escala local, conteúdos abordados em escalas mais amplas. As principais atividades que têm esse objetivo são as que compõem o boxe Investigar lugares e a seção Conhecimento em ação

No desenvolvimento dos conteúdos, é importante fazer a relação entre as escalas espaciais, pois elas não existem de forma estanque na realidade. Essa importância se dá por vários motivos, como: intensificação da relação do local com o global, em razão dos avanços técnicos no fluxo de pessoas, informações e mercadorias; muitos fenômenos locais só podem ser entendidos plenamente quando se faz uma relação com aspectos globais, nacionais ou regionais (por exemplo: para se estudar o clima no Brasil, é necessário trazer a dimensão global, visualizando-se as zonas climáticas e a posição da Terra em relação ao Sol); o estudante traz muitos conhecimentos prévios relacionados não só ao local mais próximo de vivência, como também aos mais distantes, muitas vezes veiculados em notícias, programas de TV, filmes, sabedoria popular etc.

No volume do 6o ano, há a preocupação em variar e relacionar as escalas espaciais, do local (trabalhado principalmente em atividades) ao global, de acordo com os temas trabalhados.

A escala espacial nacional ganha ênfase no volume do 7o ano, no qual tratamos de temáticas específicas do espaço geográfico brasileiro, sem deixar de relacionar com outras escalas, na medida em que essas relações são necessárias para garantir a compreensão dos conteúdos.

Os volumes do 8 o e 9 o anos são estruturados principalmente com base na regionalização em continentes e grupos de países (regiões). Também são trabalhados temas como globalização e dinâmicas da população mundial.

2.4

A CARTOGRAFIA

O trabalho com a Cartografia é fundamental para o entendimento da organização do espaço geográfico, como afirma Passini,

[...] A capacidade de visualizar a organização espacial é um conhecimento significativo para a participação responsável e consciente na resolução de problemas do sujeito pensante. Aquele que observa o espaço representa-o e tem capacidade para ler as representações em diferentes escalas geográficas será um sujeito cognoscitivo, que dará contribuições significativas na tomada de decisões (2012, p. 39).

A Cartografia deve ser explorada como uma linguagem com características específicas, sendo um importante instrumento para a leitura, apreensão e representação do espaço em suas diferentes escalas. Segundo Joly, “uma vez que uma linguagem exprime, através do emprego de um sistema de signos, um pensamento e um desejo de comunicação com outrem, a Cartografia pode, legitimamente, ser considerada como uma linguagem” (2013, p. 11).

Na coleção, além de trabalharmos conteúdos de Cartografia, em uma unidade específica do volume do 6o ano, e na seção Interagir com mapas, em todos os volumes, produtos cartográficos (mapas, plantas, croquis etc.) estão presentes na obra com diversos objetivos, como:

XXIII

• localizar fenômenos espaciais;

• obter informações sobre fenômenos possíveis de serem espacializados;

• analisar e correlacionar informações representadas;

• representar informações em croquis;

• conhecer ferramentas digitais para a busca de endereços etc.

Dessa maneira, portanto, dá-se continuidade ao processo de alfabetização cartográfica ou letramento cartográfico, iniciado nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, buscando consolidar o conhecimento espacial e cartográfico dos estudantes. Embora muitos estudantes cheguem aos Anos Finais do Ensino Fundamental com noções apreendidas (de legenda, proporção, escala e orientação, por exemplo), alguns conhecimentos básicos para a leitura de mapas são retomados na seção Interagir com mapas, explorados de acordo com o nível cognitivo dos estudantes e relacionados ao tema tratado em determinado contexto. Assim, ao mesmo tempo que se trabalha o fenômeno representado, exploram-se habilidades de leitura e análise de mapas.

2.4.1 • Cartografia e educação inclusiva

A inserção de estudantes com deficiência em classes de ensino regular é relativamente recente no sistema de ensino brasileiro. Esse fato representa uma conquista para as pessoas com deficiência, assim como para toda a comunidade escolar, que tem a oportunidade de lidar e trabalhar mais diretamente com a tolerância e o respeito às diferenças.

Segundo a Política Nacional de Educação Especial7 , na perspectiva da educação inclusiva, a proposta pedagógica da escola deve contemplar, no seu público-alvo, estudantes com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, garantindo, desse modo, seus direitos.

A educação especial deve, assim, articular-se com o ensino comum, cabendo à escola pesquisar, pensar, materializar e colocar em prática estratégias e instrumentos que promovam a inserção no processo ensino-aprendizagem daqueles estudantes com deficiência. É necessário, pois, utilizar as tecnologias assistivas, definidas a seguir.

[...] Tecnologia Assistiva é toda e qualquer ferramenta, recurso ou processo utilizado com a finalidade de proporcionar uma maior independência e autonomia à pessoa com deficiência. São consideradas Tecnologias Assistivas, portanto, desde artefatos simples, como uma colher adaptada ou um lápis com uma empunhadura mais grossa para facilitar a pressão, até sofisticados programas especiais de computador que visam a acessibilidade.

GALVÃO FILHO, Teófilo Alves; DAMASCENO, Luciana Lopes. Tecnologias Assistivas para autonomia do estudante com necessidades educacionais especiais. Inclusão: Revista da Educação Especial, Brasília, DF, v. 1, n. 1, p. 25-32, jul. 2006. p. 26. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/revistainclusao2.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.

As atividades desta coleção, que envolvem produção, leitura e análise de mapas e gráficos, podem ser adaptadas para favorecer o trabalho com pessoas cegas ou com baixa visão, como a construção de maquetes e atividades com mapas e gráficos. Os próprios estudantes podem produzir materiais, substituindo cores e símbolos por materiais de diferentes texturas, como lixa, plásticos, tecidos etc., e promovendo a realização de atividades de forma tátil. Nesse contexto, os mapas táteis constituem tecnologias assistivas.

7 BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Especial. Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília, DF: MEC: Seesp, 2008. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.

XXIV

O texto a seguir traz informações sobre mapas táteis. Instruções para elaboração de mapas táteis podem ser acessadas no site indicado na referência do mesmo texto.

Mapas como facilitadores na inclusão social de pessoas com deficiência visual8

[...]

Se os mapas são importantes ou fazem parte da vida das pessoas normovisuais, para aquelas impossibilitadas de ver eles são igualmente importantes para a compreensão geográfica do mundo; eles possibilitam a ampliação da percepção espacial e facilitam a mobilidade. Para esses usuários, os mapas precisam ser lidos com as mãos: eles não conseguem ler um mapa impresso ou disposto na tela de um monitor de vídeo do computador ou do aparelho de televisão.

Para serem lidos pelas pessoas cegas os mapas precisam ser transformados para a forma tátil, isto é, tudo que está em um mapa que é lido por quem enxerga precisa de alguma maneira ser reelaborado para ser lido pelas mãos do deficiente visual e compreendido por ele. Além disso, é preciso considerar as limitações que a ausência da visão gera tanto na confecção quanto na leitura de mapas, assim como na forma própria de pessoas cegas organizarem e se apropriarem do conhecimento.

[...]
8 O uso dos termos “pessoa com deficiência visual”, “cego” e “pessoa com baixa visão”, ou a combinação desses termos, é uma opção amparada pelo consenso construído em órgãos representativos das pessoas com deficiência e pela literatura especializada na área.
XXV
Exemplo de interação com globo terrestre tátil. Arizona, Estados Unidos, 2005. SCOTT
T. BAXTER/GETTY IMAGES

O uso dos mapas táteis

Consideramos que mapas padronizados podem jogar um importante papel como veículo de informação espacial para deficientes visuais. Sem os mapas esse grupo social fica limitado a receber informações do espaço geográfico através de palavras e/ou precisam memorizar longas informações descritivas para acessar lugares. E, também, para pessoas cegas uma imagem (formada na mente) vale mais que mil palavras. Portanto, os mapas podem ser mais necessários para essas pessoas do que para aquelas que podem ver. Eles podem proporcionar acesso à informação espacial para que esse grupo de usuários possa organizar suas imagens espaciais internas (estimar distâncias, localizar lugares e objetos), o que, consequentemente, pode reverter em maior independência e autonomia na orientação, mobilidade e segurança dessas pessoas. Exemplos de mapas para mobilidade confeccionados no LabTATE e disponibilizados como imagem na internet [...].

[...]

[...] A mediação pedagógica no processo de ler um mapa é fator determinante para o entendimento do que foi representado e para o seu significado na realidade. Se eles, os deficientes visuais, não forem ensinados a usar mapas, não saberão se apropriar da informação por eles veiculada, e isso não acontece em um só momento; é um processo ao longo do desenvolvimento espacial do indivíduo [...]. Todavia, se ele não teve acesso aos mapas e já é um adulto, precisa ser ensinado a usar esse recurso, pois um cidadão alfabetizado deve ser capaz de ler mapas para acessar informações espaciais no intuito de tomar decisões sobre o espaço.

NOGUEIRA, Ruth Emilia. Mapas como facilitadores na inclusão social de pessoas com deficiência visual. ComCiência: revista eletrônica de jornalismo científico, Florianópolis, ed. 61, n. 123, 10 nov. 2010. Disponível em: www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=61&id=767&print=true. Acesso em: 28 ago. 2022.

2.4.2 • Mapas digitais

Na Geografia, em especial no estudo cartográfico, é importante tratar das novas tecnologias (consultar os itens 3.4 e 3.4.1) relacionadas à localização e à análise espacial, como sites específicos e games que simulam lugares (o uso de games é tratado no item 3.7.1). Ao trabalhar o conteúdo cartográfico em sala de aula, é possível apresentar aos estudantes diferentes formas de representação do espaço geográfico, relacionando os atuais recursos digitais de localização com mapas impressos, atlas e guias de ruas. É possível que muitos estudantes já tenham tido contato ou, até mesmo, já tenham utilizado mapas digitais e interativos em seu dia a dia, pois esses recursos já são muito comuns e de larga utilização pela sociedade brasileira (mesmo se considerarmos a grande desigualdade no acesso à internet entre os lares no Brasil). Por isso, ao trabalhar com a Cartografia escolar, há uma oportunidade interessante para abordar o uso de recursos digitais.

O mapa é uma ferramenta de comunicação e linguagem tão antiga quanto a escrita, e de tal importância que foi utilizado por praticamente todas as civilizações. [...]

[...]
XXVI

Através dos avanços tecnológicos e da velocidade da informação, ocorreram no século XXI, as transformações mais significativas no universo cartográfico, sendo essa uma das áreas do conhecimento amplamente impactada com o desenvolvimento científico e tecnológico, principalmente em virtude da difusão dos mapas digitais [...].

Diferente dos mapas em papel, com o desenvolvimento tecnológico, tornou-se possível armazenar, editar e representar esses dados em ambiente computacional, facilitando o uso integrado desses conceitos para análise e tomada de decisões nas diversas áreas do conhecimento dando origem às geotecnologias, que consiste numa área do conhecimento que abrange técnicas matemáticas e computacionais, utilizadas para o tratamento da informação geográfica.

[...]

[...] o uso dessas novas tecnologias aplicadas ao ensino é uma das demandas do programa oficial de educação, chamado “Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs)”, sugerindo assim que durante o ensino fundamental, alunos sejam contemplados com diversificadas fontes de informação e recursos tecnológicos, para então, adquirir e garantir a construção do conhecimento.

Por conseguinte, a inclusão de geotecnologias nas aulas de Geografia proporcionou novas perspectivas para as práticas docentes. Já que, além de cumprir com os (PCNs), servem como ferramentas de ensino para ampliar e desenvolver o pensamento espacial dos discentes.

Há inúmeros sites , de organizações nacionais e internacionais, como as agências da Organização das Nações Unidas (ONU), que permitem acessar mapas, interagir com eles e produzi-los de acordo com a informação que se pretende representar. O momento de acessar cada site deve ser definido pela temática que se quer estudar.

Muitos trabalhos podem ser feitos com a utilização de recursos digitais e aplicativos. Assim, sugerimos que, sempre que possível, o professor dê exemplos de usos desse tipo de mapa, apresente versões digitais de mapas impressos, trabalhados no livro e em outros momentos da aula, e incorpore, nas saídas de campo e no estudo do meio, a utilização de recursos digitais cartográficos ou aplicativos de localização.

2.4.3 • Mapas digitais colaborativos

Seguem algumas indicações:

• IBGE MAPAS. Rio de Janeiro, [20--]. Site Disponível em: https://portaldemapas.ibge.gov.br/.

O IBGE disponibiliza mapas, cartas topográficas e imagens para visualização, criação e compartilhamento. A ferramenta de mapas interativos permite a análise de dados espaciais e anotações. Também é possível salvar mapas e tabelas com o resultado de consultas.

• MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE . Brasília, DF, [2022]. Site. Disponível em: https://www.gov.br/ mma/pt-br.

Nesse site, são apresentados mapas diversos sobre questões ambientais.

• WORLD Digital Library. Library of Congress. Washington, DC, [2022]. Disponível em: http:// www.wdl.org/. Acessos em: 2 jul. 2022.

Permite o acesso a mapas interativos, com imagens, gravuras e manuscritos da história mundial.

As novas tecnologias também abrem grande possibilidade de construção de mapas pelos próprios usuários ou por uma comunidade. Assim, os estudantes podem utilizar aplicativos que permitem mapear elementos do lugar onde vivem, de acordo com o interesse do grupo. Além do conteúdo procedimental, atividades com esse tipo de recurso permitem e estimulam o exercício da cidadania, uma vez que exprimem ações e reflexões sobre o espaço. O texto a seguir apresenta experiências de mapas colaborativos no Brasil.

FONSECA, Elisandra Hernandes da et al. Mapeamento digital da escola através do software GPS TrackMacker. CaderNAU – Cadernos do Núcleo de Análises Urbanas, Rio Grande, v. 10, n. 1, p. 52-66, 2018. p. 53-54. Disponível em: https://periodicos.furg.br/cnau/article/download/8417/5660/25243. Acesso em: 2 jul. 2022.
XXVII

Mapas colaborativos na web

[...]

Grupo de pessoas, mesmo sem grandes conhecimentos técnicos, passaram a alimentar banco de dados virtuais e criar mapas sobre diferentes temas como mobilidade urbana, atrações culturais, problemas de uma região ou comunidade. “A linguagem de mapas e dos dados geolocalizados são uma das principais evoluções recentes da internet”, explica o jornalista Gustavo Faleiros, que estuda o papel dos mapas colaborativos na vida das pessoas. [...]

Mapas Coletivos

Faleiros criou uma ferramenta chamada Mapas Coletivos, permitindo que qualquer pessoa possa criar seu próprio mapa colaborativo. “Com as ferramentas atuais, fazer um mapa se tornou um processo simples. O mais complicado é articular a rede que vai fazer esse mapeamento”, alerta. Além do Mapas Coletivos, o jornalista lembra que há outras ferramentas gratuitas na internet [...].

Mapa cultural das favelas

A facilidade técnica permitiu ao Observatório de Favelas do Rio de Janeiro construir um mapa com informações de pontos culturais distribuídos em seis comunidades pacificadas do Rio (Manguinhos, Alemão, Penha, Maré, Rocinha e Cidade de Deus). Gilberto Vieira é um dos realizadores do projeto e considera que o mapa, mesmo sendo uma tecnologia muito antiga, é bastante prático e estimula a participação porque o usuário se identifica com aquela área ou região representada. “A gente usa o mapa para tudo. Então, a favela também precisa estar presente nesses mapas digitais”, aponta.

O mapa criado resultou na publicação do Guia Cultural de Favelas, que reúne o mapeamento feito por jovens do Observatório de Favelas. [...]

Mobilidade urbana

O jornalista Gustavo Faleiros destaca que os mapas colaborativos podem ser um recurso interessante para movimentos sociais apontarem problemas e soluções em determinados locais. “Você pode, muito bem, mobilizar um grupo para mapear ônibus que não possuem bancos e depois criar um mapa com esses dados”, exemplifica.

Em função da desigualdade de acesso à internet e aos meios de comunicação que comportam aplicativos de localização ou que se valem de informações georreferenciadas, os mapas digitais estão cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas. Considerando-se, ainda, os games, os livros, as histórias em quadrinhos e as séries e animações disponíveis nos canais de TV aberta ou plataformas de streaming, essa presença ganha ainda mais amplitude entre as crianças e os jovens.

O uso desses mapas poderá ser trabalhado em sala de aula em momentos que incluam atividades práticas do cotidiano e, também, a ludicidade, como traçar rotas mais curtas de um destino a outro pelo bairro, observar, em tempo real, o deslocamento de veículos da frota do transporte público da cidade ou, então, criar mapas e legendas de lugares fictícios – trabalho esse que pode, inclusive, ser realizado de modo interdisciplinar com os professores dos componentes curriculares de História e Língua Portuguesa, por exemplo.

XXVIII
PEDROSA, Leyberson. Conheça três experiências de mapas colaborativos na web EBC, Brasília, DF, 9 set. 2014. Disponível em: http://www.ebc.com.br/tecnologia/2014/09/conheca-tresexperiencias-de-mapas-colaborativos-na-web. Acesso em: 2 jul. 2022.

Desse modo, poderá ser potencializado o desenvolvimento do pensamento espacial com base no uso de diversas linguagens cartográficas, inclusive, valendo-se dessas representações para a resolução de problemas que envolvam informações geográficas, tal qual previsto na BNCC.

INTERDISCIPLINARIDADE

Na trajetória de cada uma das ciências (História, Matemática, Biologia, Sociologia, Geografia etc.), ao longo dos séculos, ocorreu a sistematização de conceitos, categorias e o desenvolvimento de métodos próprios. Na escola, o conhecimento científico foi organizado em torno das chamadas “disciplinas escolares”, que deveriam ajudar os estudantes a compreender o mundo com base nas perspectivas ou nas visões das diferentes ciências, em um processo denominado “transposição didática”.

A compreensão de um fato em suas diversas dimensões, no entanto, requer a contribuição de conceitos e métodos de várias disciplinas relacionadas, o que nos leva a buscar caminhos para a interdisciplinaridade. O que se deve discutir, também, é como promover a interdisciplinaridade. Essa é uma pergunta que vem sendo amplamente debatida com o objetivo de ser respondida ao longo do desenvolvimento das atividades em muitas escolas das redes pública e particular; sua resposta pode ser encontrada em cada contexto e comunidade.

Podemos dizer que a Geografia, particularmente, sempre teve um grande potencial interdisciplinar, visto que, para explicar a relação entre sociedade e natureza, faz-se necessário conhecer também conceitos e métodos desenvolvidos por outras ciências, sobretudo as Ciências Humanas (História, Antropologia, Sociologia) e as Ciências Naturais (Geologia, Biologia, Climatologia).

Na coleção, a interdisciplinaridade é trabalhada na medida em que, para desenvolver determinado conteúdo, recorre-se a conceitos e métodos de outras disciplinas. Especificamente, a seção Integrando com foi concebida para ser essencialmente interdisciplinar, apontando para um rompimento com o conhecimento compartimentalizado. Além disso, várias atividades no Livro do estudante e neste Manual trazem propostas e possibilidades de trabalho interdisciplinar.

Além das propostas de atividades no Livro do estudante e neste Manual, a interdisciplinaridade pode ser trabalhada em projetos voltados a temas relevantes para os estudantes e o lugar onde eles vivem. Para isso, é interessante planejar algumas ações e ter bem claro o que se almeja como resultado e os produtos que podem fazer parte desses projetos, como: coleta seletiva para conscientização da importância de preservar o ambiente ou mesmo recuperá-lo em casos de locais muito degradados; trabalho voluntário para ajudar pessoas ou grupos necessitados; observatório dos direitos; grupos de estudo; biblioteca aberta; campanhas de saúde e utilidade pública voltados à comunidade; festival de artes (música, cinema, teatro, pintura, dança etc.); produção de programas de rádio e de vídeos para divulgar acontecimentos e serviços da comunidade escolar ou bairro; publicação de blogs e podcats temáticos; entre outras ações.

Há que se notar também que a interdisciplinaridade na escola requer o diálogo entre as disciplinas e os professores das outras áreas em diversos momentos: na discussão e na concepção do Projeto Político-Pedagógico (PPP), no planejamento de conteúdos de disciplinas e áreas, nas ações pedagógicas integradas etc.

A área de Ciências Humanas contribui para que os alunos desenvolvam a cognição in situ, ou seja, sem prescindir da contextualização marcada pelas noções de tempo e espaço, conceitos fundamentais da área. Cognição e contexto são, assim, categorias elaboradas conjuntamente, em meio a circunstâncias históricas específicas, nas quais a diversidade humana deve ganhar especial destaque, com vistas ao acolhimento da diferença. O raciocínio espaço-temporal baseia-se na ideia de que o ser humano produz o espaço em que vive, apropriando-se dele em determinada circunstância histórica. [...]

2.5
XXIX

Na análise geográfica, os espaços percebidos, concebidos e vividos não são lineares. Portanto, é necessário romper com essa concepção para possibilitar uma leitura geo-histórica dos fatos e uma análise com abordagens históricas, sociológicas e espaciais (geográficas) simultâneas. Retomar o sentido dos espaços percebidos, concebidos e vividos nos permite reconhecer os objetos, os fenômenos e os lugares distribuídos no território e compreender os diferentes olhares para os arranjos desses objetos nos planos espaciais.

Embora o tempo, o espaço e o movimento sejam categorias básicas na área de Ciências Humanas, não se pode deixar de valorizar também a crítica sistemática à ação humana, às relações sociais e de poder e, especialmente, à produção de conhecimentos e saberes, frutos de diferentes circunstâncias históricas e espaços geográficos. [...]

[...]

O Ensino Fundamental – Anos Finais tem o compromisso de dar continuidade à compreensão dessas noções, aprofundando os questionamentos sobre as pessoas, os grupos humanos, as culturas e os modos de organizar a sociedade; as relações de produção e de poder; e a transformação de si mesmos e do mundo. O desenvolvimento das habilidades voltadas para identificação, classificação, organização e comparação, em contexto local ou global, é importante para a melhor compreensão de si, do outro, da escola, da comunidade, do Estado, do país e do mundo. [...]

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 353, 356. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.

No Ensino Fundamental, a BNCC se concentra nos processos de tomada de consciência do Eu, do Outro e do Nós, das diferenças em relação ao Outro e das diversas formas de organização da família e da sociedade em diferentes espaços e épocas históricas. Para tanto, prevê que os estudantes explorem conhecimentos próprios da Geografia e da História: temporalidade, espacialidade, ambiente e diversidade (de raça, religião, tradições étnicas etc.), modos de organização da sociedade e relações de produção, trabalho e poder, sem deixar de lado o processo de transformação de cada indivíduo, da escola, da comunidade e do mundo.

A exploração dessas questões sob uma perspectiva mais complexa torna-se possível no Ensino Médio dada a maior capacidade cognitiva dos jovens, que lhes permite ampliar seu repertório conceitual e sua capacidade de articular informações e conhecimentos. O desenvolvimento das capacidades de observação, memória e abstração permite percepções mais acuradas da realidade e raciocínios mais complexos – com base em um número maior de variáveis –, além de um domínio maior sobre diferentes linguagens, o que favorece os processos de simbolização e de abstração.

Portanto, no Ensino Médio, a BNCC da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas propõe que os estudantes desenvolvam a capacidade de estabelecer diálogos – entre indivíduos, grupos sociais e cidadãos de diversas nacionalidades, saberes e culturas distintas –, elemento essencial para a aceitação da alteridade e a adoção de uma conduta ética em sociedade. Para tanto, define habilidades relativas ao domínio de conceitos e metodologias próprios dessa

[...]
XXX

área. As operações de identificação, seleção, organização, comparação, análise, interpretação e compreensão de um dado objeto de conhecimento são procedimentos responsáveis pela construção e desconstrução dos significados do que foi selecionado, organizado e conceituado por um determinado sujeito ou grupo social, inserido em um tempo, um lugar e uma circunstância específicos.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 561-562. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.

O TRABALHO COM OS TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS

O trabalho com os chamados Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) não é novo na escola, no entanto, com a BNCC, houve a sistematização e a articulação das áreas do conhecimento, de suas competências e seus componentes curriculares. Assim, os TCTs ganham importância e potência na contribuição para o desenvolvimento de valores éticos e procedimentos caros a nós todos, como, por exemplo, a tolerância e o respeito à diversidade e o planejamento e a construção de uma sociedade mais justa.

É preciso que se tenha em vista que o desenvolvimento dos TCTs atravessará todas as áreas do conhecimento e os componentes curriculares, atendendo à complexidade desses temas e à contribuição que cada área pode e deve oferecer. É indispensável, ainda, levar em consideração que tais temas correspondem a demandas contemporâneas da sociedade de modo geral e, particularmente, a demandas dos estudantes na escola e em seus lugares de vivência, inclusive, possibilitando a análise em escala local, regional e global, bem como possíveis intervenções.

Os TCTs aparecem organizados na BNCC em 6 macroáreas e 15 temas.

Ao apropriar-se dos TCTs, ficará evidente a necessidade do trabalho interdisciplinar e da participação ativa dos estudantes no desenvolvimento desses momentos de discussão – podendo mesmo envolver as instituições representativas da comunidade escolar. Os novos desafios do mundo contemporâneo poderão ser temas de estudo: a degradação e a preservação dos biomas brasileiros; os princípios de economia doméstica e financeirização do capital; a pandemia; a crise alimentar; a promoção e a garantia do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA); o combate ao racismo; a robotização; a programação etc.

MEIO AMBIENTE

Educação Ambiental Educação para o Consumo

ECONOMIA

CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Ciência e Tecnologia

MULTICULTURALISMO

Diversidade Cultural

Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras

TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS

BNCC

CIDADANIA E CIVISMO

Vida Familiar e Social Educação para o Trânsito Educação em Direitos Humanos Direitos da Criança e do Adolescente Processo de envelhecimento, respeito e valorização do Idoso

Trabalho

Educação Financeira

Educação Fiscal SAÚDE Saúde

Educação Alimentar e Nutricional

Elaborado com base em: BRASIL. Ministério da Educação. Temas contemporâneos transversais na BNCC: proposta de práticas de implementação. Brasília, DF: MEC, 2019. p. 7.

2.6
EDITORIA DE ARTE XXXI

O TRABALHO COM A DIVERSIDADE

Um aspecto importante a ser considerado no Ensino Fundamental – Anos Finais é a fase de transição da vida dos estudantes. A escola e todas as disciplinas devem, portanto, considerar os anseios e o contexto social em que os jovens estão inseridos, já que os aspectos cognitivo, afetivo e social estão integrados.

Pensar em estratégias e temáticas específicas para o público pré-adolescente e adolescente é de fundamental importância, o que inclui atividades em que os jovens possam expressar suas opiniões e desenvolver a autonomia para refletir sobre as relações que estabelecem com o outro e com o espaço. Compreender o desenvolvimento juvenil é essencial para que pais e professores possam interagir com os jovens, contribuindo para refletir sobre questões que surgem com grande intensidade para eles e que se fazem tão urgentes e importantes, como as mudanças corporais, os conflitos internos, a aceitação pelo grupo, a necessidade de afirmação, a relação com a tecnologia, a sexualidade, e muitas outras.

É na adolescência que muitos conflitos afloram, especialmente aqueles ligados à diversidade de grupos sociais, o que torna necessário o trabalho com conteúdos atitudinais relacionados ao respeito ao outro, à ética, à cidadania, às diferenças e à pluralidade que marcam a sociedade brasileira em diversos aspectos: culturais, sociais, étnico-raciais, etário, de gênero, econômicos etc.

A Geografia trabalha a diversidade sob o ponto de vista espacial, explicando como os grupos se relacionam com a natureza, deixam marcas na paisagem, produzem o espaço geográfico e nele se organizam. Esse trabalho, portanto, acontece considerando as ações sobre o espaço de diferentes grupos, como movimentos sociais, povos indígenas, comunidades quilombolas, entre outros, em relação à garantia de direitos e valorização cultural, o que envolve questões étnico-raciais etc.

É inegável o aumento, nos últimos anos, do reconhecimento em relação à importância das comunidades tradicionais e afro-brasileiras na formação da sociedade de nosso país, fruto de movimentos pela valorização cultural, de lutas pela garantia de direitos, de ações afirmativas, entre outros. Ao mesmo tempo, houve o reconhecimento da existência do preconceito étnico-racial no país, revelando que não vivemos em uma “democracia racial”, como muito se divulgou no passado. Assim, o racismo latente da sociedade brasileira não pode mais ser tolerado como algo natural ou como brincadeira, e é papel da escola trabalhar conteúdos sobre o tema, estar constantemente atenta a manifestações de racismo, para combatê-las e repudiá-las, e ter como objetivo possibilitar às novas gerações o desenvolvimento da consciência de que todos têm direitos iguais e devem ser tratados com respeito.

As questões de gênero e diversidade sexual também são demandas urgentes em nossa sociedade. É cada vez maior a participação feminina no mercado de trabalho, nas universidades, em cargos de liderança e como chefes de família. Embora a sociedade brasileira tenha avançado no que concerne ao respeito às mulheres, elas ainda, comprovadamente, recebem salários menores que os dos homens e muitas delas são vítimas de violência moral e física, inclusive no interior da própria família.

Os LGBTQIA+ são outro grupo que é vítima constante de violência e de atitudes preconceituosas. Faz-se urgente, portanto, ações na escola que desmistifiquem os papéis sociais relacionados ao gênero e que combatam de maneira eficaz os estereótipos; é necessário combater e repudiar quaisquer manifestações de homofobia e preconceito relacionado ao gênero, buscando sempre o diálogo com o objetivo de trabalhar, estabelecer e solidificar atitudes de respeito ao outro e de tolerância.

A escola também deve estar atenta ao preconceito em relação à renda, muito recorrente entre os adolescentes. Nesse contexto, afloram preconceitos em relação aos menos favorecidos economicamente ou aos que vivem à margem da sociedade, como as pessoas em situação de rua. A escola deve repelir qualquer tipo de preconceito contra os mais desfavorecidos, tendo claro que todos podem desenvolver suas potencialidades, dadas as devidas oportunidades e condições, e promovendo espaço, situações e atividades que integrem estudantes de diferentes classes sociais, escolas e redes.

2.7 XXXII

Por fim, mas sem esgotar o assunto, há de se notar que, nas últimas décadas, ocorreram mudanças na estrutura etária da população brasileira, com considerável acréscimo do número de idosos por causa da elevação da expectativa de vida. Esse aumento passou a demandar oportunidades de participação dos idosos na sociedade e o reconhecimento e a valorização de suas experiências. É importante que a escola contribua com essa demanda, por meio de atividades que envolvam a participação de idosos e a integração deles com os estudantes, como em rodas de conversa com avós e bisavós, nas quais eles poderão dar depoimentos sobre suas experiências de vida, a história do bairro ou da cidade etc. Também podem ser ministrados cursos e oficinas em que os mais velhos expõem suas experiências ou determinadas habilidades aos mais jovens, e vice-versa, os mais jovens podem ensinar os mais velhos a, por exemplo, usar a tecnologia (smartphones, tablets, mídias em geral); podem ser realizadas entrevistas sobre um tema específico etc.

• Sobre o tema, sugerimos um material de apoio bastante rico, que contém propostas de atividades diversas, como debates e estudos de caso.

SÃO PAULO (Município). Prefeitura Municipal de São Paulo. Secretaria de Educação. Cá entre nós: guia de educação integral e sexualidade entre jovens. São Paulo: SME, 2012. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ ark:/48223/pf0000217096. Acesso em: 28 jul. 2022.

3 RECURSOS E ESTRATÉGIAS DIDÁTICAS

3.1

SUGESTÕES PARA O USO DA OBRA

O livro didático deve ser encarado como um dos diversos instrumentos que auxiliam professores e estudantes no processo de ensino-aprendizagem. O papel do professor é fundamental na escolha e no uso do livro didático, devendo fazê-los em consonância com o PPP da escola, sua orientação pedagógica, as competências e as habilidades da BNCC e as expectativas de aprendizagem de seu planejamento, exercendo sua autonomia no encaminhamento dos conteúdos propostos.

Qualquer que seja o livro didático escolhido, é imprescindível ampliar os conteúdos, acrescentando outros textos, de diferentes gêneros, e atividades variadas, como sugerido no boxe #Fica a dica do Livro do estudante e no boxe Ampliando horizontes deste Manual.

O uso desta obra, portanto, pode ser feito de diversas maneiras e em diferentes momentos da aula, destacando-se as sugestões a seguir.

• Levantamento do conhecimento prévio e sensibilização: as aberturas de unidades e de temas são momentos privilegiados para isso. As atividades propostas podem ser desenvolvidas em conversas com toda a sala ou em grupos menores. Os estudantes também podem ser convidados a folhear a unidade e a observar mapas, fotografias, títulos dos assuntos que serão estudados etc.

• Encaminhamento dos temas: pode ser explorado de diversas formas, como:

– pedir aos estudantes que observem apenas as imagens (mapas, fotografias, ilustrações etc.) e levantem hipóteses sobre o significado e a importância que têm para o tema geral;

– solicitar aos estudantes que façam a leitura do capítulo e escrevam frases no caderno ou produzam esquemas ou desenhos que resumam a ideia central;

– pedir aos estudantes que, em duplas, anotem os termos que não conhecem ou verifiquem informações ou conceitos que não ficaram claros. Depois, sugerir que se reúnam com outras duplas de colegas para discutirem as dúvidas;

XXXIII

– solicitar aos estudantes que identifiquem como e se os temas apresentados se manifestam em seu cotidiano.

• Organização de conceitos e aprofundamento : após a leitura (individual e/ou coletiva) e o levantamento de dúvidas, o professor poderá, de forma coletiva, organizar na lousa, por meio de esquemas, mapas conceituais, desenhos ou quadros-síntese, os principais conceitos trabalhados na unidade, sempre buscando ampliá-los, aplicá-los e relacioná-los à realidade dos estudantes. Os textos de aprofundamento dos temas das unidades, inseridos nas Orientações específicas deste Manual, trazem subsídios para isso. O professor poderá, ainda, valer-se de manifestações artísticas como textos literários, filmes e episódios de séries para contextualizar e aprofundar os temas.

• Desenvolvimento das atividades : encaminhar as atividades propostas, ora individualmente, ora em grupo, e verificar as respostas dos estudantes, valorizando a diversidade de experiências, opiniões e ideias e promovendo o respeito à diversidade cultural, sem perder de vista o rigor conceitual.

As sugestões listadas devem sempre contar com a mediação do professor no processo de ensino-aprendizagem, incentivando a autonomia dos estudantes para os estudos e a troca de ideias.

3.1.1 • Como usar o livro em salas compostas de grupos grandes de estudantes

Além da diversidade que compõe a turma, devem-se considerar necessariamente estratégias que deem conta de tal diversidade. Como professor, é preciso estar atento ao fato de que o número de estudantes presentes no agrupamento também influenciará nas suas escolhas para o trabalho em sala de aula.

Em função de estudantes que possuem diferenças significativas de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores, o debate mediado pelo professor em sala de aula e a organização da turma em grupos diversos devem ser baseados em estratégias profícuas para o desenvolvimento integral da turma. O debate mediado pode opor atitudes e valores e fazer com que eles sejam postos em destaque e analisados coletivamente, testando, inclusive, a solidez e a confiabilidade dos argumentos mobilizados pelas partes que promoverão o debate. No entanto, é preciso que o professor estabeleça como pressuposto para a discussão a apresentação e a defesa de argumentos que não ataquem os direitos humanos, tampouco exponham ou provoquem constrangimentos a indivíduos ou ao grupo.

No que diz respeito aos grupos grandes, com turmas de 45 ou mais estudantes, a organização dos espaços escolares e dos tempos de aula deve funcionar de modo a otimizar ao máximo os momentos de aprendizagem. Nesse sentido, o estabelecimento do contrato pedagógico e a organização da turma em subgrupos demonstram ser estratégias promissoras. No entanto, esteja atento para que a divisão da turma em subgrupos não segregue os estudantes, mas sim promova integração e diversidade em favor da aprendizagem.

Para a programação de saídas pedagógicas, trabalhos de campo e estudos do meio, a estratégia de organização da turma em subgrupos também é bastante válida, inclusive, é desejável que, nesse momento, cada grupo possa dedicar-se à observação e à reflexão de um subtema, escolhido anteriormente em sala de aula, de modo a contribuir com o todo, junto aos outros grupos no retorno à escola. Para esses momentos, é imprescindível o apoio da gestão escolar e, se possível, dos outros colegas professores.

3.2

ESTUDO DO MEIO E TRABALHO DE CAMPO

Estudos do meio e trabalhos de campo não constituem uma novidade no ensino. Um dos educadores que propôs esse tipo de atividade foi o francês Célestin Freinet (1896-1966), no seu conceito de “aula-passeio”.

Desde a proposta de Freinet até as mais atuais, estudos do meio sempre tiveram grande potencial interdisciplinar, favorecendo a relação entre teoria e prática e o desenvolvimento de conteúdos dos diversos componentes XXXIV

curriculares, em diversos níveis (da Educação Infantil ao Ensino Superior, observados os objetivos pretendidos), e o envolvimento de vários professores e estudantes em um processo de pesquisa que se inicia na sala de aula.

É importante advertir que essas atividades não podem ser confundidas com excursões, que têm objetivo único de lazer ou com passeios sem relação com o conteúdo que se desenvolve nas aulas. Ao contrário, devem estar integradas a outras ações pedagógicas e precisam ser devidamente planejadas, constituindo-se em um momento privilegiado, em uma etapa do planejamento pedagógico, e não uma totalidade em si, que começa e termina no mesmo dia.

Embora sejam usados muitas vezes como sinônimos, estudo do meio e trabalho de campo apresentam diferenças. O trabalho de campo, também chamado excursão geográfica ou estudo de campo, refere-se à visita a um local predeterminado, para coletar informações sobre o que se quer pesquisar. O estudo do meio envolve uma sequência de etapas, das quais o trabalho de campo é parte essencial (GUERRERO, 2008). O estudo do meio é, portanto, mais abrangente que o trabalho de campo.

Nas Orientações específicas deste Manual, são feitas indicações de lugares que podem ser visitados de acordo com a temática de cada unidade. Em geral, pode constituir um estudo do meio ou trabalho de campo: o bairro ou o município; museus; órgãos governamentais, como prefeitura e câmara de vereadores; fábricas; propriedades rurais; assentamentos; áreas de preservação, como parques municipais e estaduais etc. Neste Manual, são apresentadas orientações de como conduzir grupos grandes de estudantes em saídas de campo e orientações para prevenir possíveis riscos durante a realização dessas atividades.

A seleção dos locais a serem visitados depende dos objetivos pretendidos e do objeto de estudo, além da “logística” que envolve o planejamento (lugares que podem ser visitados; como os estudantes serão transportados; quais serão os custos etc.). Devemos lembrar também que cuidados com a segurança (meio de transporte adequado, número de professores suficiente para acompanhar a turma etc.) e bem-estar dos estudantes (alimentação, acessibilidade a banheiros etc.) são indispensáveis, além da autorização antecipada dos pais ou responsáveis.

Os estudos do meio envolvem três etapas gerais:

• planejamento e preparação, realizados antes da ida ao campo;

• atividades de campo que serão realizadas durante a excursão ou o passeio;

• sistematização, que engloba compilação, análise e apresentação dos resultados. Pontuschka, Cacete e Paganelli (2009) detalharam as etapas descritas em alguns momentos e ações, apresentadas a seguir.

Encontro dos sujeitos sociais

Mobilização dos envolvidos para planejar o trabalho, pensando em possíveis ações interdisciplinares. Com base nos objetivos e conteúdos disciplinares trabalhados, é definido o objeto principal da pesquisa e são discutidos os possíveis locais a serem visitados.

Visita preliminar e a opção pelo percurso

Feita geralmente pelos professores para verificar o tempo que será despendido no trajeto entre a escola e o “campo”, o transporte necessário e os lugares que melhor atendem aos objetivos e permitem realizar o trabalho de campo no tempo destinado; deve-se, ainda, levantar bibliografia para conhecer o objeto escolhido; e, por fim, definir o lugar e o eixo norteador do trabalho.

Planejamento

Estudantes e professores devem planejar, em sala de aula, o trabalho de campo. Inicialmente, devem discutir as razões de escolha do roteiro de saída e levantar os objetivos do estudo do meio.

XXXV

Elaboração do caderno de campo – fonte de pesquisa

O ideal é que o caderno de pesquisa de campo seja elaborado por professores e estudantes, no qual podem constar:

• capa: deve identificar o objeto de pesquisa;

• roteiro da pesquisa de campo: mapas e plantas do local pesquisado;

• textos: apresentam conteúdos variados, como orientações para a observação e informações sobre o local visitado;

• entrevistas: questões abrangentes que funcionem como um roteiro para entrevistas a serem realizadas no campo.

Pesquisa de campo reveladora da vida

No campo, são realizadas observações, entrevistas, registros. “É o momento do diálogo: com o espaço, com a história, com as pessoas, com os colegas e seus saberes e com tantos outros elementos enriquecedores de nossa prática e de nossa teoria” (PONTUSCHKA; CACETE; PAGANELLI, 2009, p. 180). O olhar e as demais sensações do observador podem ser registrados de diversas maneiras. Sugerimos anotações, desenhos, fotografias e gravações em áudio e vídeo.

Retorno à sala de aula

No retorno à sala de aula, inicia-se um processo de sistematização, constituído por dois momentos que, muitas vezes, se entrelaçam:

• momento afetivo: deve-se perguntar ao grupo o que foi mais importante para cada um, seus sentimentos mais significativos e suas preferências durante o processo, fortalecendo a integração do grupo;

• momento da cognição: constitui a coletivização e a análise do material coletado em campo, sendo realizadas as conexões entre as informações. É o momento também de divulgar os resultados dos trabalhos, podendo-se usar diversos recursos e linguagens, tais como: jornal, vídeo, mural fotográfico, blogue etc.

3.2.1 • Possíveis riscos para saídas de campo

Para o bom andamento das saídas de campo e estudo do meio, e a fim de estar alerta para eventuais riscos na realização dessas atividades, buscando evitá-los e garantindo a integridade física e moral dos estudantes, professores e demais pessoas envolvidas no processo devem estar atentos para as situações e respectivas prevenções apresentadas a seguir.

• Fragmentação do grupo: não é raro que grupos numerosos sejam fragmentados por motivos não intencionais e que estudantes se distanciem em algum momento da saída. Para minimizar ou mesmo evitar esses momentos, converse bastante com a turma sobre a importância de seguir a orientação dos responsáveis; assegure que o número de responsáveis é o suficiente em função do número de estudantes; crie formas de identificação individual para o estudante, como crachás com os nomes deles, da escola e um telefone para emergências; estabeleça um canal de comunicação e uma rede de apoio para essas situações, como grupos em aplicativos de mensagens; e envolva outros membros da comunidade escolar nas saídas de campo e estudo do meio, como os responsáveis dos estudantes que participam de grupos na escola ou do conselho escolar.

• Constrangimentos dos estudantes e de pessoas em geral: a excitação com o momento fora da sala de aula e a dimensão lúdica da sociabilidade de crianças e jovens podem passar dos limites e provocar constrangimentos em pessoas do grupo ou estranhas a eles, como transeuntes do espaço público. Para prevenir esses casos, não se esqueça de conversar com os estudantes, durante a preparação do trabalho

XXXVI

de campo, sobre como se deve proceder e quais os objetivos da saída, além de exaltar o respeito ao próximo, a promoção da diversidade e a tolerância. Esses são momentos privilegiados para as reflexões sobre o respeito ao próximo e a construção de práticas de bom convívio e de cidadania.

• Rotina da escola: a saída de campo não planejada pode alterar a rotina da escola de modo prejudicial aos outros profissionais e estudantes que não irão a campo. Nesse sentido, planeje antecipadamente as saídas, junto aos colegas professores e à gestão escolar, de modo que todos estejam preparados para qualquer alteração da rotina que possa acontecer, para que essa alteração não seja prejudicial a nenhuma parte da escola.

3.3

GEOGRAFIA E A ALFABETIZAÇÃO CONTÍNUA

O Programa Nacional de Alfabetização (PNA), de 2019, tem como objetivo elevar a qualidade da alfabetização e combater o analfabetismo em todo o território brasileiro. De acordo com o PNA, não somente as crianças do Ensino Fundamental – Anos Finais serão alvo, mas também jovens e adultos que demandem, em qualquer idade, a consolidação e o aprimoramento de suas habilidades de escrita e leitura.

Por sua vez, a BNCC assume a linguagem como forma de interação entre os sujeitos e indica a importância da função social dos textos utilizados no processo contínuo de alfabetização. O multiletramento também se faz presente no documento apontado, com os gêneros clássicos trabalhados em sala de aula, como conto, crônica, tirinha, receita etc., com outros gêneros, como posts em redes sociais, troca de mensagens por aplicativos e, ainda, com textos multimidiáticos, como fotos, gravuras, filmes, música etc. Esse entendimento contempla o pressuposto de que o mundo e o cotidiano dos estudantes estão repletos de formas diferentes de textos e cabe aos professores acompanhar os estudantes no processo de desvendamento dessas informações ao seu redor.

Nesse sentido, a Geografia contribui para o processo de alfabetização do mesmo modo que todos os outros componentes curriculares de todas as áreas, na medida em que se situa no campo do conhecimento no qual a escrita e a leitura são indispensáveis e, de um modo particular, na medida em que oferecerá lentes aos estudantes para que eles possam ler e compreender o espaço geográfico tal qual um texto disponível, que se mostra ao sujeito para ser decifrado. Assim, ler a paisagem, valer-se de representações espaciais para a localização e compreender os aspectos naturais e sociais do espaço como um texto, que está aberto à interpretação, são chaves específicas da ciência geográfica para esse processo em uma relação dialógica com as habilidades da escrita e da leitura.

No entanto, esse processo deverá ser pensado e trabalhado de acordo com as especificidades de cada situação. Nesta coleção, além dos textos teóricos e das atividades, é disponibilizada uma série de ilustrações e fotografias que abrirão possibilidades de leituras com base no multiletramento e em diferentes plataformas. Entre outros momentos de interação com a obra, é possível observar essas possibilidades em boxes e seções, como #Fica a dica, na qual são sugeridos sites, livros e filmes sobre os conteúdos estudados, e as atividades da seção Investigar lugares, que estimulam a observação e a análise dos lugares de vivência.

Assim, a compreensão do trabalho em torno da alfabetização, de modo amplo e continuado, e a utilização de diferentes linguagens (verbal, corporal, visual, sonora e digital), para se expressar e partilhar informações, produzindo sentidos e estabelecendo diálogos, inclusive valendo-se de informações geográficas, fazem parte dos pressupostos desta coleção e estão alinhados com os documentos oficiais do PNA.

3.3.1 • Gêneros textuais e linguagens diversas

Ao livro didático, podem ser integrados diversos recursos, como: textos literários, músicas, histórias em quadrinhos, revistas e jornais impressos e digitais, sites com conteúdos educativos, filmes, documentários, animações, programas de rádio, jogos eletrônicos e muitas outras produções. XXXVII

Os recursos citados podem ser usados com diferentes objetivos, como:

• promover a sensibilização para o estudo de um tema;

• aprofundar a compreensão de um determinado tema;

• apresentar um mote para exploração de conhecimentos prévios, avaliação, debate ou reflexão;

• ilustrar uma situação relacionada a algum conceito;

• apoio ao multiletramento enquanto expressão de formas multimidiáticas de leitura.

Para selecionar e utilizar, em sala de aula, um determinando recurso, alguns cuidados são importantes e devem ser observados, como:

• verificar se o conteúdo da produção é adequado à faixa etária e se atende aos objetivos da aula;

• selecionar trechos ou seções que serão utilizados ou destacados;

• procurar saber se os estudantes conhecem a produção e, em caso afirmativo, conversar sobre o contexto em que será inserida, possibilitando despertar novos olhares;

• no caso de produções mais demoradas, como filmes de longa-metragem, verificar se o tempo da aula será suficiente para a exibição;

• relacionar o conteúdo da produção aos conceitos ou fatos que se pretende trabalhar;

• promover atividades de análise, discussão e reflexão;

• verificar se há necessidade de equipamentos (projetor multimídia, rádio etc.) para exibição ou audição e providenciá-los com antecedência.

Em todos os volumes da coleção, na seção #Fica a dica, são indicados recursos (sites, filmes, documentários, livros etc.) de acordo com a temática tratada.

É importante enfatizar que os próprios estudantes podem ser autores de produções, como a elaboração de um vídeo curto, uma apresentação digital, um blogue ou um podcast, uma história em quadrinhos etc. Em alguns casos, deve-se atentar para a disponibilidade e o acesso a alguns materiais e equipamentos, como câmeras digitais, celulares com recurso de gravação (caso a escola permita o uso desses aparelhos), computadores com acesso à internet etc.

3.4

TECNOLOGIAS DIGITAIS DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO

Uma das dez competências gerais apresentadas pela BNCC diz respeito ao uso das tecnologias digitais.

5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 9. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.

Atualmente, em razão dos avanços das tecnologias digitais e, também, pela integração de diretrizes mais flexíveis ao planejamento escolar, é essencial contemplar o binômio autonomia/protagonismo de estudantes e docentes. Surge, portanto, a demanda por novas competências que não podem ser encaradas como resXXXVIII

ponsabilidades “extras” nas tarefas atribuídas ao professor, e sim como aspectos da necessária atualização das práticas pedagógicas no contexto de um mundo acelerado e conectado.

Ao livro didático, podem ser integrados diversos recursos digitais de comunicação e informação, como aplicativos, jogos, sites e vídeos, usados com diferentes objetivos, como: promover a sensibilização ou o aprofundamento para o estudo de um tema; apresentar motes para a exploração de conhecimentos prévios, avaliação, debate ou reflexão; ilustrar determinada situação relacionada a algum conceito, entre outros.

Para selecionar e utilizar, em sala de aula, um determinado recurso, digital ou não, alguns cuidados importantes devem ser observados, como:

• verificar se o conteúdo da produção é adequado à faixa etária e se atende aos objetivos da aula;

• selecionar previamente trechos ou seções que serão utilizados ou destacados na aula;

• verificar se os estudantes conhecem a produção e, em caso afirmativo, conversar sobre o contexto em que será inserida, possibilitando despertar novos olhares;

• no caso de produções mais demoradas, como filmes e animações de longa-metragem, verificar se o tempo da aula será suficiente para a exibição ou se é possível exibir trechos do material sem comprometer o entendimento sobre ele;

• relacionar o conteúdo da produção aos conceitos ou fatos trabalhados;

• promover atividades de análise, discussão e reflexão.

Os mesmos cuidados citados no item 3.3.1 devem ser observados em relação aos recursos digitais, como verificar a adequação à faixa etária e analisar o material antes de ser trabalhado com os estudantes, de forma a selecionar trechos (se for o caso) e buscar a relação com os temas das aulas.

É importante também aproveitar a familiaridade que grande parte dos estudantes possui com os recursos digitais, envolvendo-os na seleção do que pode ser aproveitado em aula, com a devida mediação do professor. Essa é uma ação que contribui para promover atitudes de colaboração e incentivar o protagonismo dos estudantes, já que os mobiliza para o “pensar a aula”.

Algumas produções exigem equipamentos específicos para exibição ou audição. Deve-se, com antecedência, verificar a disponibilidade e a compatibilidade de tais equipamentos, como computador com acesso à internet e projetor multimídia, por exemplo.

Destacamos também que os recursos citados podem envolver a produção dos próprios estudantes. Assim, ao finalizar o conteúdo de uma unidade ou nos momentos de avaliação dos estudantes quanto às habilidades e às expectativas de aprendizagem, pode-se propor, por exemplo, a produção de um vídeo de curta duração, a criação de um blogue ou de um podcast. Em alguns casos, deve-se atentar para a disponibilidade de equipamentos, como câmeras digitais, celulares com recurso de gravação, computadores com acesso à internet, entre outros.

3.4.1 • As “novas tecnologias” na escola

Após vários anos de discussão sobre o papel das chamadas “novas tecnologias” no âmbito da educação, parece não haver mais dúvidas sobre a necessidade de a escola contextualizar as tecnologias digitais e as mídias na atividade pedagógica, considerando que estão presentes em todas as esferas da vida social de estudantes

e professores.

Entretanto, em um mundo altamente virtualizado e conectado, é necessário tomar muitos cuidados na seleção de recursos e no desenvolvimento de estratégias pedagógicas para utilizá-los em aula, com o objetivo de evitar armadilhas e, assim, utilizar o que há de mais novo para promover uma educação considerada ultrapassada.

XXXIX

O texto a seguir apresenta alguns subsídios para o debate. As autoras esboçam o conceito de “objetos de aprendizagem” como elementos tecnológicos e midiáticos de fácil integração na prática escolar.

O uso de recursos tecnológicos na educação, mais especificamente da internet, tem provocado grandes mudanças nas maneiras de se pensar o ensino e a aprendizagem. Trata-se não apenas de enxergar a internet como uma fonte de recursos e materiais úteis à educação, mas de ressignificar o processo educacional como um todo, uma vez que a comunicação, a pesquisa e a aprendizagem assumem dimensões diferenciadas, diante da velocidade com que muitas informações chegam aos estudantes.

Uma grande e crescente quantidade de materiais educacionais é disponibilizada na internet, no formato de softwares, jogos, simulações, imagens, vídeos, dentre outros. Há profissionais da Ciência da Computação e outras áreas ligadas à informática e à educação tecnológica envolvidos com a produção e disponibilização desses materiais. Por outro lado, há professores, pesquisadores e estudantes que os buscam e os utilizam para o ensino e a aprendizagem.

BRAGA, Juliana; MENEZES, Lilian. Introdução aos objetos de aprendizagem. In: BRAGA, Juliana (org.). Objetos de aprendizagem: introdução e fundamentos. Santo André: EdUFABC, 2014. p. 19.

Os mais recentes avanços tecnológicos, associados à pandemia de covid-19 a partir do final de 2019 em alguns países do mundo e, no Brasil, a partir dos primeiros meses de 2020, trouxeram a concretização antecipada de novas formas de escolarização. É o caso do ensino remoto (EAD) e do ensino híbrido (remoto e presencial) utilizados como alternativas ao ensino presencial, isto é, a modalidade de ensino tradicional na qual estudantes, professores e toda a comunidade escolar se encontram diariamente nas unidades escolares, mas que foi interrompida durante a pandemia, a fim de conter o avanço do número de casos, de óbitos, enfim, para se preservar a vida.

O ensino remoto (EAD), já conhecido anteriormente em unidades de Ensino Superior, é uma modalidade de ensino constituída de momentos síncronos e assíncronos nos quais os sujeitos envolvidos no processo de ensino não se encontram presencialmente e podem estabelecer a relação remotamente, por exemplo, de suas próprias casas. Já o ensino híbrido é uma modalidade que mescla momentos síncronos e assíncronos remotamente com encontros presenciais.

Por um lado, as novas formas de ensino mostraram-se eficazes em relação à tradicional, isto é, a presencial, no que diz respeito à otimização do tempo e à continuidade, pelo menos em alguma medida, do processo de ensino-aprendizagem em situações nas quais os encontros presenciais precisaram ser interrompidos – por exemplo, com o confinamento ou o fechamento parcial de unidades para frear o aumento de casos de covid-19. Em comunidades de difícil acesso, essa modalidade de ensino também se mostra como uma possibilidade real e concreta.

Por outro lado, a desigualdade socioeconômica da sociedade brasileira mostrou-se um fator definitivo para o acesso a essas novas formas de ensino. Nos domicílios que não contavam com acesso à internet rápida ou com equipamentos apropriados para a conexão, como, por exemplo, smartphones, tablets, notebooks e computadores, os estudantes não puderam dar continuidade aos seus estudos ou o fizeram somente de modo precário. Dessa maneira, milhões de estudantes tiveram seus estudos interrompidos e seu direito à educação infringidos.

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Ainda em relação ao ensino remoto (EAD), discute-se como a ausência dos encontros presenciais e em espaços públicos pode desfavorecer a formação política dos sujeitos, na medida em que as interações com outros sujeitos e em situações de uma esfera do mundo que não seja a da própria casa foram limitadas.

Por fim, é preciso que consideremos que estamos diante do seguinte fato: as novas tecnologias vieram para ficar, não para substituir o trabalho do professor ou a importância da interação presencial com o outro na escola e na sala de aula, e cabe aos profissionais da educação agir ativamente para utilizar da melhor maneira os novos recursos disponíveis.

3.4.2 • O pensamento computacional

Nos dias atuais, nos quais vivemos em uma cultura digital, temos problemas cada vez mais desafiadores e complexos que envolvem conhecimentos de diversas áreas para ser solucionados. As informações que temos à disposição são diversas e são difundidas rapidamente nos meios digitais, de forma que, para qualquer problema, sempre teremos diversos dados a ser analisados. Para não se perder nessa análise, é de grande importância desenvolvermos um pensamento organizado.

Os jovens estudantes, nativos digitais, dos Anos Finais do Ensino Fundamental precisam lidar com essa miríade de informações e se deparam com complexos problemas para resolver, seja na escola, seja em sua vida particular. Para enfrentar isso, eles precisam desenvolver múltiplas competências e habilidades que os auxiliem a filtrar essas informações, o que pode ser feito, por exemplo, por meio da identificação de padrões que os ajudará a ter esse pensamento organizado tão importante para a resolução de problemas, sendo também necessário que abstraiam o resultado de um problema para que outros semelhantes sejam mais facilmente identificados e resolvidos.

A BNCC aponta para a necessidade do letramento nas diversas áreas, como o literário, o matemático e o científico. Mas, em nossa época, outro tipo de letramento não poderia ficar de fora: o letramento computacional – considerando-se ainda o aceleramento que a pandemia de covid-19 representou no que se refere aos usos de tecnologias para as experiências de ensino-aprendizagem. Tal letramento, além de estar relacionado ao entendimento do uso consciente das tecnologias digitais e da linguagem computacional (programação), tem relação também com o próprio modo como o computador trabalha, muito organizada e pragmática, de onde é inspirado o pensamento computacional aplicado na resolução de problemas e na identificação de situações diversas.

Aplicar o pensamento computacional na resolução de problemas ou simplesmente na análise de situações diversas em nosso mundo contemporâneo não está, necessariamente, relacionado ao emprego de tecnologias digitais, como um computador ou celular, ou, ainda, à utilização de uma linguagem de programação, mas sim à organização de ideias para identificar e analisar as situações, encontrando as soluções dos problemas de forma criativa, mobilizando diversas áreas do conhecimento com as quais houve contato, tanto no mundo acadêmico quanto ao longo da vida.

Nesse contexto, é justo reconhecer que o pensamento computacional é uma metodologia que considera características da programação de computadores, mas não se restringe ao uso de tecnologias digitais. Esse método apenas empresta tal “pensamento” organizado dos computadores para aplicar nas diversas situações escolares e cotidianas, que envolvam todas as áreas do conhecimento, não apenas as áreas exatas, mas também as Linguagens e as Ciências Humanas e Sociais, pois dificilmente um problema contemporâneo complexo não terá fatores humanos ou sociais envolvidos.

Para desenvolver o pensamento computacional, precisamos pensar em habilidades críticas, estratégicas e abstrativas, sendo a criatividade um fator central nesse desenvolvimento. A aplicação do pensamento computacional não se limitará aos âmbitos escolares, pois é aplicável em situações triviais do nosso dia a dia. Utilizando um pouco da lógica computacional, a pessoa com pensamento computacional organizará seu pensamento com base no raciocínio lógico, podendo analisar uma situação ou um problema além do todo, vendo-os como pequenas partes, reconhecendo padrões comuns, abstraindo os elementos mais importantes do problema e buscando formas criativas de chegar às soluções considerando sua própria experiência escolar e de vida.

XLI

Nesse contexto, o pensamento computacional mostra-se como uma importante ferramenta de vivência no mundo contemporâneo, tendo seu desenvolvimento com possibilidade de ser incentivado em todas as áreas intelectuais estudadas na Educação Básica, deixando como responsabilidade da escola apresentar momentos nos quais os estudantes tenham oportunidade de desenvolver competências e habilidades que levarão ao desenvolvimento do pensamento computacional.

Academicamente, segundo Brackmann (2017), podemos dividir o pensamento computacional em quatro princípios fundamentais, que podem ser aplicados isoladamente ou em conjuntos, para o entendimento de uma situação ou a solução de um determinado problema. Vamos entender como cada um se aplica na educação:

• a decomposição: tem relação com a capacidade de decompor uma situação ou um problema em partes menores, de forma que a resolução dessas partes poderá levar à solução do todo. Esse princípio tem como principal função diminuir a complexidade do problema, pois resolver problemas menores será mais fácil do que resolver o problema maior de uma só vez. Com a possibilidade de se fazer essa divisão, é possível que se melhore a visão do todo. Como exemplo, podemos pensar em alguma situação em que se apresente um determinado problema de ordem social qualquer. Nesse caso, para entender a situação, podemos decompô-la pensando no seu histórico. Isso já aconteceu anteriormente? Com o passar do tempo, o problema piorou ou melhorou? Como era há 5 anos? E há 2 anos? Quais são os grupos de pessoas por ele afetadas? Sempre afetou esses mesmos grupos? Afeta mais um grupo do que outro? E assim por diante. Dessa forma, investigar as partes menores podem nos levar a entender como o problema surgiu e cresceu, facilitando a resolução de cada parte do problema. Esse princípio do pensamento computacional pode ajudar os estudantes a diminuir a ansiedade e o possível receio que tenham ao se deparar com o problema que, em um primeiro momento, parece muito complexo para eles, pois, ao segmentá-lo, eles conseguirão analisar parte por parte, avançando passo a passo ao conseguir responder os diversos questionamentos;

• o reconhecimento de padrões: tem relação com a capacidade de, com base na análise de uma situação, identificar os padrões ou suas tendências por meio de características comuns. Com o reconhecimento desses padrões, o entendimento das situações que causam a repetição é facilitado, podendo levar a soluções criativas e inovadoras sobre o problema analisado. O domínio dessa capacidade leva os estudantes a identificar padrões já conhecidos em um problema ou em outro similar, conduzindo mais rapidamente às soluções possíveis. No exemplo do problema genérico de ordem social, é possível identificar, por exemplo, se o mesmo problema já foi observado em outro momento ao longo da história e, em caso positivo, analisar o contexto social da época, buscando elementos em comum que ajudem tanto na identificação quanto na solução do problema. Com as informações do passado, nas quais se identifica padrões, propõe-se soluções mais criativas e inovadoras ao problema atual. Nesse contexto, a capacidade de reconhecer padrões será aprimorada de acordo com a quantidade de problemas semelhantes com os quais os estudantes tiverem contato. Sendo assim, é muito importante que as diversas áreas do conhecimento apresentem situações na quais os estudantes possam desenvolver a habilidade de reconhecer padrões;

• a abstração: tem relação com manter o foco nas partes ou nos processos que sejam de maior importância para o entendimento da situação ou a solução de um problema analisado, ignorando detalhes que não afetarão o resultado em um primeiro momento. Assim, com o foco no que importa, pode-se encontrar mais rápido a solução do problema. Os estudantes com essa capacidade de abstração são capazes de filtrar mais rápida e assertivamente os dados e as informações que têm à disposição, sendo uma capacidade muito importante nos dias em que vivemos, em que as informações são facilmente acessadas e divulgadas. Assim, eles poderão deixar em segundo plano o que não for importante, no momento, para encontrar a solução de um problema. No exemplo do problema de ordem social, é possível que eles identifiquem diversos dados que são desconexos e não ajudam a entender nem o problema como um todo

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nem as suas partes, então eles poderão descartar essas informações nesse momento e focar naquilo que faz mais sentido e que poderá levar a uma solução;

• o pensamento algorítmico: tem relação com a organização do pensamento em uma espécie de passo a passo que ajudará a entender uma situação ou um problema, podendo resultar na elaboração de uma estratégia ou em um plano a ser seguido para atingir um objetivo ou solucionar um problema. Nesse caso, o desenvolvimento do pensando algorítmico está relacionado também à vivência de problemáticas semelhantes e ao próprio desenvolvimento de outros princípios fundamentais do pensamento computacional, uma vez que, para essa organização sistemática do pensamento, supõe-se que os estudantes já saibam o suficiente sobre a situação ou o problema analisado, mesmo que isso seja o produto de vivências anteriores. Pensando no exemplo do problema de ordem social que comentamos anteriormente, nesse caso, com base na análise dos padrões ou da repetição histórica do problema, poderia se pensar em etapas, como em um protocolo, para resolver problemas semelhantes. Esse tipo de organização é muito comum em problemas públicos de ordem sanitária, por exemplo, nos quais, de acordo com a situação, os agentes de saúde devem seguir um protocolo que foi construído com base em experiências anteriores ou problemas semelhantes.

Assim, o pensamento computacional está diretamente relacionado ao desenvolvimento de formas racionais de se pensar uma situação ou um problema com o qual nos deparemos, seja no mundo escolar, seja em nosso cotidiano. O desenvolvimento do pensamento computacional tem o potencial de auxiliar os estudantes na análise e na solução das problemáticas de seu tempo por meio da identificação de padrões, da filtragem de informações mais relevantes e do uso da criatividade, que permitem aplicar esse pensamento de forma organizada nas mais diversas situações.

PRÁTICAS DE PESQUISA

Nesta coleção, em diversos momentos – principalmente no boxe Investigar lugares, nas seções Pensar e agir e Conhecimento em ação –, são sugeridas atividades de pesquisa que buscam atender a diferentes objetivos, entre os quais se destacam:

• relacionar o conteúdo estudado à realidade mais próxima dos estudantes;

• aprofundar ou ampliar conteúdos estudados na unidade;

• desenvolver habilidades essenciais ao processo ensino-aprendizagem, como coletar, selecionar, analisar e relacionar informações; sintetizar ideias; construir argumentos; elaborar conclusões; refletir etc.;

• desenvolver autonomia nos estudos;

• reconhecer a existência de fontes e ideias diversas sobre um tema ou objeto. Vale notar que a pesquisa não se restringe ao “copiar e colar”. É importante discutir e encaminhar algumas etapas de trabalho com o intuito de motivar os estudantes na análise e no método científico para a busca de conhecimento e na resolução de problemas do cotidiano deles em seus locais de vivência, a saber:

• definição do objeto da pesquisa, por meio da tomada de decisão: na coleção, os temas e os objetos de pesquisa são sugeridos; no entanto, professores e estudantes podem alterá-los de acordo com sua realidade e seus objetivos;

• discussão e/ou esclarecimento sobre os objetivos da pesquisa, por meio do estudo de recepção : nas Orientações específicas deste Manual, são indicados os objetivos das pesquisas sugeridas. Outros objetivos podem ser traçados com os estudantes;

• busca e seleção de materiais, por meio da análise documental e da revisão bibliográfica: é importante auxiliar os estudantes na busca pelo material de pesquisa. Isso pode ser feito com a indicação de fontes e com a orientação de que tipos de fonte consultar, podendo ou não ser bibliográficas. No caso de consultas a sites, sugerir aqueles de instituições ligadas ao tema de estudo e que sejam, reconhecidamente, idôneos (por exemplo: oficiais, governamentais, ligados a fundações etc.). Além de fontes bibliográficas, dependendo do objetivo e

3.5 XLIII

do objeto, também podem constituir fonte ou material de pesquisa: entrevistas e depoimentos realizados com familiares ou outras pessoas, documentários, fotografias antigas etc. Chamar a atenção dos estudantes para a questão da autoria, orientando-os na citação das fontes, é de extrema importância;

• trabalho com o material coletado, por meio de observação, tomada de nota, construção de relatórios, realização de entrevistas, análise de mídias sociais, entre outros. Diversas atividades podem ser realizadas com as informações coletadas, como: analisar e confrontar ideias de diversos autores sobre determinado tema para, em seguida, produzir um texto próprio ou debater o assunto com os colegas e o professor; socializar informações com os colegas a fim de aprofundar ou ampliar um tema; analisar um problema no lugar de vivência para, em seguida, divulgar informações na comunidade ou entrar em contato com departamentos ligados ao governo e reivindicar ações; entre muitas outras. Nesse momento, é fundamental trabalhar com a turma a importância do método científico para a realização de atividades acadêmicas e estudantis;

• divulgação do trabalho: nas atividades de pesquisa sugeridas na coleção, em alguns momentos, há indicações para a apresentação dos resultados, como produção de mural, apresentação oral para a turma etc. Cabe aos estudantes e ao professor definir como será apresentado o produto, analisando o público a ser atingido, as condições materiais para a realização, o tempo disponível etc. Se as informações pesquisadas são interessantes para a comunidade, podem ser elaborados folhetos ou produzidos jornais sobre o assunto para ser distribuídos aos familiares e à comunidade.

As sugestões de pesquisa no Livro do estudante constituem momentos de trabalho mais sistematizados e pontuais. No entanto, é importante esclarecer que a pesquisa na escola também deve ser encarada como uma atitude cotidiana, na qual professor e estudantes interagem. A escola deve, ainda, ser evidenciada como uma instituição na qual o conhecimento científico tem lugar central, afastando com fatos, provas, verificações e à luz da razão notícias falsas e teorias da conspiração sem fundamentos concretos.

3.6

TRABALHOS EM GRUPO

Propostas de trabalho ou atividades em grupo podem ser aplicadas em qualquer nível de ensino, e no Ensino Fundamental – Anos Finais, sempre que necessário, deve haver a intervenção do professor desde a organização e formação dos grupos até a orientação para a confecção do produto. Lembramos, porém, que “orientar” não é “mostrar o caminho a ser seguido”, mas apresentar possibilidades para que os estudantes analisem situações, tomem decisões e desenvolvam a autonomia. O papel do professor é, assim, de mediador. Nesta coleção, os trabalhos em grupo são sugeridos em diversos momentos com o objetivo de aprofundar ou problematizar um conteúdo específico e de favorecer o desenvolvimento de aspectos definidos como:

• atitudinais e afetivos: expressar-se perante os colegas de turma, saber ouvir, respeitar diferentes opiniões, assumir compromissos com os colegas, cooperar com o grupo, desenvolver confiança no outro etc.;

• Sobre a importância do trabalho em grupo, sugerimos o artigo, a seguir.

MENEZES, Luis Carlos de. O aprendizado do trabalho em grupo. Nova Escola, São Paulo, ed. 222, 1 maio 2009. Disponível em: https://novaescola.org.br/ conteudo/605/o-aprendizado-do-trabalho-em-grupo. Acesso em: 2 jul. 2022.

• procedimentais: “saber trabalhar em grupo”, envolvendo organização do trabalho e divisão de tarefas.

3.7

JOGOS TRADICIONAIS E ELETRÔNICOS (GAMES)

Usamos a expressão “jogos tradicionais” (jogos de tabuleiro, jogo da memória, bingo etc.) para diferenciá-los dos jogos eletrônicos (games).

XLIV

Os jogos constituem alternativas ou complementos às aulas expositivas, estimulando habilidades de observar, relacionar, analisar, comparar, entre outras, além de trabalhar atitudes de trabalho em grupo. Os jogos também tendem a tornar as aulas mais dinâmicas e motivadoras, podendo ser utilizados em diversos momentos do processo de ensino-aprendizagem e com diferentes objetivos: no levantamento de conhecimentos prévios; na aplicação e no resgate de conceitos trabalhados; para compreender melhor um conteúdo; para desenvolver a criatividade e a espontaneidade; além de considerá-los manifestações concretas da produção cultural de um determinado povo – por exemplo, o jogo da onça –, como registros da cultura de povos originários brasileiros e de povos africanos. Além disso, os jogos proporcionam maior aproximação entre os estudantes e deles com o professor, estimulando a solidariedade, a cooperação e a troca de ideias. Para elaboração e posterior utilização de um jogo, deve-se preparar o material necessário, selecionar o conteúdo a ser explorado, estabelecer regras, organizar o espaço etc. O planejamento do jogo deve conter os seguintes itens:

1. tema do jogo;

2. faixa etária;

3. duração;

4. objetivos;

O estudante como produtor

5. desenvolvimento;

6. regras;

7. avaliação;

8. aplicação.

Na perspectiva de uma educação para o protagonismo, convém que os próprios estudantes criem os jogos ou parte deles, aumentando, assim, o envolvimento entre todos os integrantes da turma. Os jogos criados pelos estudantes poderão ser aplicados na turma da qual fazem parte ou em outras turmas do mesmo ou de outros anos. Se os estudantes já dominam, por exemplo, conceitos de orientação e direções, o professor poderá propor que construam um jogo para ser aplicado em anos anteriores. Dessa forma, eles aplicarão conceitos já consolidados.

Para saber mais sobre a aplicação de jogos nas aulas de Geografia, sugerimos consultar:

• ANTUNES, Celso. A sala de aula de geografia e história. Campinas: Papirus, 2001.

• CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella; VILHENA, Jerusa. Jogos, brincadeiras e resolução de problemas. In: CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella; VILHENA, Jerusa. Ensino de geografia. São Paulo: Cengage Learning, 2010. p. 43-63.

• SILVA, Luciana Gonçalves. Jogos e situações-problema na construção das noções de lateralidade, referências e localização espacial. In: CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella (org.). Educação geográfica: teorias e práticas docentes. São Paulo: Contexto, 2005. p. 137-156.

• SOMMER, Jussara Alves Pinheiro. Formas lúdicas para trabalhar conceitos de orientação espacial: algumas reflexões. In: REGO, Nelson et al. (org.). Um pouco do mundo cabe em suas mãos: geografizando em educação o local e o global. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2003. p. 123-130.

3.7.1 • Games

Entre os games que favorecem o trabalho com conteúdos da Geografia, destacamos aqueles que simulam ambientes e possibilitam a construção de diferentes espaços. No volume do 6o ano, na seção Pensar e agir da Unidade 3, apresentamos um exemplo desse tipo de game, usado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em uma experiência para estimular a participação de jovens na tomada de decisões em relação ao lugar onde vivem. Além de simular o próprio lugar de vivência, representá-lo e analisá-lo, esse tipo de game permite pensar a organização espacial. Assim, mesmo que de forma fictícia e imaginária, são desenvolvidos raciocínios espaciais.

XLV

Games que fazem sucesso nos momentos de lazer de muitos jovens são ferramentas de aprendizagem em muitas escolas em diversas disciplinas.

Para conhecer algumas experiências do uso de games integrados ao ensino, sugerimos acessar os textos a seguir.

• YAMAMOTO, Karina. Professor de SP usa Minecraft para estimular criatividade e cooperação. UOL , São Paulo, 12 mar. 2015. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/noticias/2015/03/12/professor-de-sp-usa-minecraft-para-estimular -criatividade-e-cooperacao.htm. Acesso em: 2 jul. 2022.

• PETRÓ, Gustavo. Alunos usam ‘Minecraft’ para recontar história de escola. G1 , São Paulo, 28 maio 2013. Disponível em: https://g1.globo.com/tecnologia/games/noticia/2013/05/alunos-usam-minecraft-para-recontar-historia-de-escola.html. Acesso em: 2 jul. 2022.

• MINECRAFT será parte do material escolar de alunos na Irlanda do Norte. Época Negócios, São Paulo, 9 abr. 2015. Disponível em: https://epocanegocios.globo.com/Informacao/Acao/noticia/2015/03/minecraft-sera-parte-do-material-escolar-de -alunos-na-irlanda-do-norte.html. Acesso em: 2 jul. 2022.

3.8

APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS

A aprendizagem baseada em resolução de problemas tem sido utilizada em várias áreas do conhecimento, como Administração, Arquitetura, Engenharia, Educação, entre outras. Essa metodologia tem ênfase no método Problem Based Learning (PBL), ou Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP).

A resolução de problemas contribui para a aquisição de novos conhecimentos, possibilitando aos estudantes aprenderem de uma forma mais instigante e desenvolverem um papel ativo na aprendizagem. Ao professor caberá a criação e a mediação de situações, além da preparação das aulas com temas e encaminhamentos que surjam a partir de situações trazidas pelos alunos.

CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella. Metodologias ativas: sala de aula invertida. São Paulo: FTD, 2016. p. 11.

Em qualquer área do conhecimento, utilizar uma abordagem baseada em resolução de problemas valoriza a aprendizagem significativa e ativa, promove a interdisciplinaridade e permite o desenvolvimento de diversas competências e habilidades para propor estratégias e resoluções para problemas diferentes e de níveis de complexidade gradativos. Os estudantes devem buscar soluções para resolver os problemas extraídos da realidade de uma comunidade, por exemplo. As soluções podem ser apresentadas por meio de atividades em grupo e individuais.

A resolução de problemas é uma metodologia que coloca o aluno como protagonista do processo de aprendizagem, permitindo a ele mais autonomia intelectual; as atividades propostas visam vincular o aluno ao processo, ou seja, inseri-lo em situações reais, tais como um cenário do cotidiano, uma imagem, um vídeo, entre outras situações, reforçando a ideia de que a aprendizagem por descoberta promove significados.

CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella. Metodologias ativas: sala de aula invertida. São Paulo: FTD, 2016. p. 32.

Há momentos desta coleção nos quais a condução didática dos conteúdos e das atividades apoia uma aprendizagem baseada em resolução de problemas, principalmente nas propostas das seções Pensar e agir

XLVI

e Conhecimento em ação, nas quais os estudantes aprendem a aprender e se preparam para resolver problemas relativos a situações diversas em contextos de aprendizagem significativos, como relatos, discussões, argumentações, questionamentos e explicações.

3.9 3.10

APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETOS

A Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP), ou Project Based Learning (PBL), propõe a construção de conhecimentos por meio de um trabalho investigativo que responda a uma pergunta, resolva um problema ou um desafio. Nessa aprendizagem, os estudantes são envolvidos em pesquisa, levantamento de hipóteses, busca de recursos e aplicação prática da informação para obter uma solução ou um produto.

Por meio dos projetos, é possível desenvolver habilidades que envolvem atitudes colaborativas, pensamento crítico e criativo e percepção de que existem várias maneiras de realizar uma mesma atividade, essenciais para a vida em sociedade. Nesse processo, os estudantes são avaliados de acordo com o desempenho durante a execução das etapas e na entrega dos projetos.

Existem diversos modelos de projetos, que variam desde projetos de curta duração (uma ou duas semanas), restritos ao ambiente escolar e baseados em um assunto específico, até os mais complexos, que envolvem uma comunidade, um município, uma área industrial ou agrícola, com uma duração mais longa (semestral ou anual).

Nesta coleção, a aprendizagem baseada em projetos pode ser aplicada com base nas propostas da seção Conhecimento em ação, sempre ao final das unidades 4 e 8 de cada volume.

SALA DE AULA INVERTIDA

A metodologia da sala de aula invertida reorganiza a ordem de realização das atividades e o tempo e o espaço do trabalho com os estudantes.

Nessa metodologia, os estudantes têm o primeiro contato com os conteúdos em casa ou em outro lugar e estudam por meio de videoaulas, textos, games, podcasts, slides, e-books, filmes, notícias de jornais etc. Nesse primeiro momento, os estudantes utilizam o recurso proposto pelo professor ou outro que julgarem mais conveniente ao seu aprendizado: livro didático ou outros livros, celular, tablet, computador, jornais etc. São os estudantes que decidem quando e como estudar, buscando o conhecimento da forma que acharem mais adequada.

Na sala de aula, com a mediação do professor, há o momento de aprofundar o aprendizado por meio de resolução das dúvidas, de projetos, de solução de situações-problema, de atividades em grupo etc. Para esse momento, podem ser aproveitadas as atividades propostas no Livro do estudante, com destaque para as da seção Interação. Por fim, ocorre a revisão do tema, a ampliação do aprendizado e a preparação para a próxima aula.

Dessa maneira, permite-se uma maior interação entre estudantes e professor e pode-se fazer uso de diferentes estratégias de aprendizagem para a construção do conhecimento.

Na sala de aula invertida, é relevante o uso de recursos tecnológicos e o ensino híbrido, que mescla momentos de aprendizagem a distância e em sala de aula ou fazendo rodízio em laboratório, biblioteca, pátio etc. XLVII

INCLUSÃO EM SALA DE AULA

Professor, com base na obra que você tem em mãos, é possível construir estratégias associadas a diferentes recursos didáticos que contemplem a inclusão e a acessibilidade em sala de aula. De acordo com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008),

Consideram-se alunos com deficiência àqueles que têm impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que em interação com diversas barreiras podem ter restringida sua participação plena e efetiva na escola e na sociedade. Os alunos com transtornos globais do desenvolvimento são aqueles que apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se nesse grupo alunos com autismo, síndromes do espectro do autismo e psicose infantil. Alunos com altas habilidades/superdotação demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes. Também apresentam elevada criatividade, grande envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse. Dentre os transtornos funcionais específicos estão: dislexia, disortografia, disgrafia, discalculia, transtorno de atenção e hiperatividade, entre outros.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília, DF: MEC: Seesp, 2008. p. 15. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf. Acesso em: 28 jul. 2022.

Apesar do progresso nas últimas décadas no que diz respeito à qualidade da educação inclusiva e da crescente presença de estudantes com deficiências, transtornos do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas escolas, ainda há muito o que avançar. Garantir a participação e a aprendizagem dos estudantes com deficiência é, portanto, garantir um direito previsto em lei, fruto de décadas de discussão teórica, política e de lutas pela inclusão, mas, mais que tudo, é promover a possibilidade de que todos os sujeitos da turma, sem distinção, compartilhem e cresçam com a convivência entre pessoas diferentes, mas que têm os mesmos direitos e precisam ser acolhidas cada uma de acordo com suas especificidades.

Desse modo, diferentes atividades podem servir a esse fim na aula de Geografia. Os mapas táteis e as maquetes, isto é, as representações do espaço que podem ser lidas por pessoas cegas ou com baixa visão, são exemplos já mencionados neste Manual. Apesar de serem direcionados para esse grupo determinado de estudantes, sua confecção e seus usos podem ser apropriados por toda a comunidade escolar, integrando, dessa forma, organicamente os estudantes com deficiência aos processos de aprendizagem e ao espaço escolar.

No que diz respeito aos estudantes surdos, desde 2002, com a lei no 10.436, de 24 de abril de 2022, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi reconhecida como meio legal de comunicação e expressão no país. Assim, o professor de Geografia, com o auxílio de intérprete ou ele mesmo, poderá ensinar a todos os estudantes os sinais de Geografia, promovendo, mais uma vez, a participação e a aprendizagem de estudantes com deficiência, ao mesmo tempo que integra toda a turma na construção de uma sociedade mais acolhedora e diversa.

Para cada estudante com deficiência, haverá estratégias para serem adotadas em sala de aula e que podem tanto atender às suas demandas como integrar toda a turma.

3.11.1 • O bullying e a saúde mental

O mundo contemporâneo colocou novas questões na ordem do dia para o professor e a comunidade escolar como um todo. No contexto da pandemia e dos avanços do uso de tecnologias no processo de en-

3.11
XLVIII

sino-aprendizagem, a saúde mental dos estudantes foi afetada, havendo aumento do bullying e do cyberbullying. Assim, faz-se necessária a proposição de diferentes atividades que combatam os diversos tipos de violência, especialmente a intimidação sistemática, presencial ou virtualmente, assim como atividades que promovam a saúde mental dos estudantes.

Segundo pesquisa realizada pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, em parceria com o Instituto Ayrton Senna, dos 642 mil estudantes entrevistados (entre o 5o ano do Ensino Fundamental e a 3a série do Ensino Médio), 70% relataram quadro de depressão e ansiedade. A pesquisa mostra ainda que

[...] 33% dos estudantes dizem hoje ter dificuldades de concentração sobre o que é transmitido em sala de aula; outros 18,8% disseram se sentir “totalmente esgotados e sob pressão”; 18,1% disseram “perder totalmente o sono devido às preocupações” e 13,6% relataram “a perda da confiança em si mesmo”. Além disso, 1/3 dos alunos se autoqualificou como “pouquíssimo focados”. — É mais uma pesquisa que explicita que o desenvolvimento socioemocional é uma mola propulsora para a aprendizagem e outras conquistas ao longo da vida. Deixa claro a importância direta das competências socioemocionais para o aprendizado e seu impacto em outros aspectos que afetam a aprendizagem indiretamente, como a saúde mental, violência e as estratégias de aprendizagem — explicou Silvia Lima.

PANDEMIA prejudicou condição psicológica dos estudantes, mostra pesquisa. Agência Senado, Brasília, DF, 30 maio 2022. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2022/05/30/pandemiaprejudicou-condicao-psicologica-de-estudantes-mostra-pesquisa. Acesso em: 28 jul. 2022.

Desse modo, tais condições devem ser consideradas a priori no planejamento das atividades e do próprio ano letivo. O professor ainda deverá desenvolver sua escuta atenta e propiciar a construção de um ambiente de aprendizagem respeitoso, acolhedor e que reserve momentos para a discussão de relações desrespeitosas e ofensivas de qualquer natureza a fim de resolvê-los por meio do diálogo. Nesse sentido, merecem atenção especial os casos de cyberbullying, isto é, intimidações sistemáticas realizadas por meio de tecnologias digitais.

3.11.2 • A cultura de paz na escola

Infelizmente, a violência na escola não é um problema novo e o tema não causa estranhamento na sociedade brasileira, afinal convivemos sistematicamente com manifestações de violência simbólica e física, inclusive, figurando entre os líderes no vergonhoso ranking dos países mais violentos do mundo.9

No entanto, experiências que promovem a cultura de paz na escola e estreitam laços com base na comunicação não violenta entre os membros da comunidade escolar e o seu entorno apresentam possibilidades de reversão desse quadro violento no que diz respeito ao papel da instituição escolar dentro da sociedade brasileira.

Vale destacar que, após o longo período de isolamento social por conta da pandemia de covid-19, faz-se, ainda, indispensável a promoção de uma cultura de paz na escola em função da necessidade de ressocialização de crianças e jovens no ambiente escolar.

Entre práticas que podem contribuir para a construção de uma cultura de paz na escola, figuram: a organização de rodas de conversa; a constituição de comissões de mediação de conflitos; a valorização da comunicação não violenta; a negação do uso de procedimentos coercitivos, violentos, vexatórios, constrangedores e de acusação; e o fortalecimento de instituições representativas e deliberativas, como o conselho escolar e o grêmio estudantil.

Para tanto, a Geografia pode contribuir considerando-se o currículo e as competências da área e do componente curricular, com base no desenvolvimento de habilidades para o agir pessoal e coletivo com respeito,

9 Cf. Fórum Brasileiro de Segurança Pública (2022), somente em 2021, foram registradas, no Brasil, 47 503 mortes violentas intencionais (MVI).
XLIX

baseado em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários, levando em conta e respeitando as diferenças entre os sujeitos e os direitos humanos.

4 AVALIAÇÃO

Entendemos a avaliação como um processo contínuo, que se inicia no primeiro momento do processo de ensino-aprendizagem e deve seguir no desenvolvimento dos conteúdos.

Na abertura das unidades e de temas de cada volume, tem-se a oportunidade de já realizar uma avaliação diagnóstica, verificando o conhecimento prévio dos estudantes sobre determinado assunto, o posicionamento da turma diante de algum questionamento ou, ainda, o domínio de conteúdos procedimentais. Esse primeiro diagnóstico oferece alguns parâmetros para avaliar a necessidade de enfatizar determinados conteúdos.

As questões propostas ao longo do desenvolvimento dos temas permitem avaliar se os estudantes são capazes de extrair informações de mapas, fotografias, gráficos, ilustrações e textos, usando habilidades e procedimentos que envolvam observar, analisar, relacionar, comparar etc.

No encaminhamento dos conteúdos, é possível avaliar se os objetivos de aprendizagem estão sendo alcançados, por meio de aula dialogada, observações das atividades em grupo, verificação dos registros de atividades propostas etc.

A seção Atividades é um momento privilegiado para avaliar o estudante. Essa seção constitui uma “parada avaliativa”, com atividades que possibilitam verificar, principalmente, conceitos e procedimentos necessários à compreensão da temática da unidade. É uma ocasião propícia para ponderar se os objetivos da unidade foram alcançados.

Entendemos também que a avaliação é um ato inclusivo, no qual o estudante é integrado ao conteúdo, e não um ato exclusivo que permite apenas o julgamento, como define Luckesi (1998):

Defino a avaliação da aprendizagem como um ato amoroso, no sentido de que a avaliação, por si, é um ato acolhedor, integrativo, inclusivo. Para compreender isso, importa distinguir avaliação de julgamento. O julgamento é um ato que distingue o certo do errado, incluindo o primeiro e excluindo o segundo. A avaliação tem por base acolher uma situação, para, então (e só então), ajuizar a sua qualidade, tendo em vista dar-lhe suporte de mudança, se necessário. A avaliação, como ato diagnóstico, tem por objetivo a inclusão e não a exclusão; a inclusão e não a seleção (que obrigatoriamente conduz à exclusão). O diagnóstico tem por objetivo aquilatar coisas, atos, situações, pessoas, tendo em vista tomar decisões no sentido de criar condições para a obtenção de uma maior satisfatoriedade daquilo que se esteja buscando ou construindo.

Um processo de avaliação contínuo e inclusivo requer instrumentos diferenciados de verificação do conhecimento. As atividades propostas no Livro do estudante e neste Manual permitem avaliar habilidades, con-

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 7. ed. São Paulo: Cortez, 1998. p. 172-173.
L

ceitos e atitudes por meio de instrumentos variados, como: atividades orais de leitura de imagens, questões de interpretação de texto e localização das informações, leitura e análise de mapas, gráficos e tabelas, produção textual, organização de quadro-síntese, confecção de croquis etc. Além dos instrumentos sugeridos na obra, pode-se lançar mão da autoavaliação e de recursos como mapa conceitual e portfólio, explicitados a seguir.

Há importantes materiais de apoio sobre o processo de avaliação, alguns deles disponibilizados pelo Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE), que podem respaldar a discussão entre os professores, como as sugestões a seguir.

• PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens entre duas lógicas. Porto Alegre: Artmed, 1999.

• HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. Porto Alegre: Mediação, 2014.

• AQUINO, Julio Groppa (org.). Erro e fracasso na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1997.

MAPA CONCEITUAL

Mapa conceitual é um recurso gráfico que facilita a organização de ideias, conceitos e informações. O conteúdo é classificado e hierarquizado, facilitando a compreensão do que está sendo estudado.

O mapa conceitual está de acordo com um modelo de educação que é centrado no estudante e não no professor, desenvolvendo habilidades e atitudes de negociação. Seus principais elementos são: conceito, conectivo e proposição.

O conceito é a imagem mental por meio da qual se representa um acontecimento ou um objeto e que apresenta regularidade (as palavras são rótulos para os conceitos). Os conectivos são as palavras de enlace ou de ligação (exemplo: são, onde, o, é, então, com), utilizadas, junto aos conceitos, para construir expressões que têm significado, ou seja, as proposições

O mapa conceitual deve apresentar algumas características:

• hierarquização: os conceitos são dispostos por ordem de importância ou grau de inclusão;

• seleção: escolha dos termos que devem fazer referência aos conceitos (que contêm o mais significativo de uma mensagem);

• impacto visual: organização simples e vistosa (representação gráfica).

Para a introdução e a construção de um mapa conceitual, sugerimos algumas estratégias:

1. explicar o que é conceito e palavra de ligação;

2. selecionar o trecho de um texto e identificar os conceitos mais importantes;

3. ordenar os conceitos em uma lista (das menores às maiores generalidade e inclusividade);

4. elaborar o mapa com a utilização de palavras de ligação adequadas (podem ser escritas em recortes de papel);

5. procurar ligações cruzadas entre conceitos;

6. refazer o mapa, se for o caso;

7. apresentação do mapa: leitura.

4.1
LI

4.2

Apresentamos, a seguir, um exemplo de mapa conceitual.

MAPAS CONCEITUAIS auxiliam são

na organizacão do conhecimento úteis beneficiam o no

Processo de ensino-aprendizagem

Elaborado com base em: MAGALHÃES, Maurício; DIECKMAN, Adriana Gomes; LOBATO; Wolney. O uso de mapas conceituais no ambiente escolar: cartilha para o professor.

Belo Horizonte: PUC Minas, [20--]. p. 1. Disponível em: http://www1.pucminas.br/imagedb/ documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20160317142256.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.

PORTFÓLIO

O portfólio é um instrumento cada vez mais usado no processo de ensino-aprendizagem de crianças, jovens e adultos de vários países. Consiste no conjunto das produções mais relevantes ou dos produtos, elaborados pelos estudantes em um determinado período, como um bimestre ou trimestre, que favorece o aspecto contínuo da avaliação. Em geral, um portfólio é dividido em seções, como as apresentadas a seguir.

1. Introdução: texto de apresentação do conteúdo.

2. Descrição do trabalho: breve texto sobre cada atividade apresentada.

3. Revisão: textos curtos com reflexões do estudante sobre a atividade realizada.

4. Autoavaliação: o estudante deverá avaliar, segundo critérios pré-combinados, cada trabalho.

5. Comentários do professor

• Sobre o portfólio e as experiências significativas no seu uso como instrumento de avaliação na Educação Básica, sugerimos o texto a seguir.

• SÁ, Ilydio Pereira de. Avaliação por Portfólio ou “nem só de provas vive a Escola”. Rio de Janeiro: UERJ: USS, 2007. Disponível em: https://ilydio.files. wordpress.com/2007/08/ portfolio.doc. Acesso em: 2 jul. 2022.

DE ARTE LII
EDITORIA

4.3

CONTRATO DIDÁTICO

O contrato didático, também chamado de contrato pedagógico ou combinado, integra os estudantes no processo de avaliação e no processo de ensino-aprendizagem como um todo. No texto a seguir, o autor apresenta etapas desse instrumento.

Estabelecer um plano contratual significa organizar conjuntamente as rotinas de trabalho pedagógico (“o que” será feito) e de convivência escolar (“como” será feito). Mas não se trata de regras fixas. Elas devem estar sempre abertas à revisão. No meio do caminho, é inevitável recordar, ou mesmo reformular, as cláusulas. Isso porque o grupo-classe passa por diferentes etapas progressivas no que se refere à validação e à tomada de consciência quanto às regras de ação e de convívio: da imposição ao consentimento e, por fim, à autodisciplina [...].

Em primeira mão, deparamos com a não consciência do valor de determinada regra. Os estudantes submetem-se a ela, mas desconhecem a razão de sua legitimidade. É aí que entra o papel modulador do contrato. Sua função, por ora, é mais demonstrativa e/ou argumentativa.

Uma vez ultrapassada a celebração inicial do contrato, o próximo passo remete à implantação paulatina das rotinas de trabalho acordadas anteriormente. É hora também de o professor antecipar-se aos estudantes, não devendo esperar anuência imediata da parte deles. Eles farão sua parte se o professor cumprir com o que foi acordado. Trata-se de um momento ainda marcado pela reação às atitudes do professor. Também a relação com o campo de conhecimento será marcada pela forte presença docente, tida como fonte externa de controle. Ou seja, os estudantes sabem o que deve ou não ser feito, mas quem inicia a ação e supervisiona o cumprimento das regras ainda é o professor.

A terceira e última etapa do processo aponta para o consentimento voluntário e o engajamento efetivo dos estudantes em relação às regras de funcionamento do grupo-classe. Trata-se do auge da intervenção escolar, ou seja, o momento em que eles sabem o que deve ser feito e fazem-no por vontade própria, encarando tais regras como parte de seu repertório pessoal e, por conseguinte, dispensando o professor da função de supervisão coletiva.

No que diz respeito às cláusulas contratuais, é certo que diferentes competências e habilidades compõem o quadro das exigências escolares. Não se exigirão destrezas nem atitudes semelhantes em todas as disciplinas, já que se trata de campos de conhecimento distintos. Isso significa que as rotinas de trabalho e de convivência não serão comuns a todos os momentos da vida escolar. Por essa razão, é desejável que se possa propor, discutir e definir coletivamente (mas em cada disciplina em específico) desde os itens programáticos, o cronograma de atividades, as tarefas decorrentes, as escolhas metodológicas, os critérios de avaliação, até, e principalmente, as regras comuns de conduta em sala de aula. Sem tais regras devidamente acordadas, não haverá legitimação posterior.

Ao mesmo tempo em que constitui um instrumento integrador, que permite a legitimação das regras na escola, o contrato didático possibilita a vivência dos estudantes em um processo democrático de participação, no qual eles se sentem sujeitos. Essa vivência é essencial na escola e tem como um dos objetivos formar cidadãos que atuarão na construção de uma sociedade mais justa e democrática.

LIII
AQUINO, Júlio Groppa. Indisciplina: o contraponto das escolas democráticas. São Paulo: Moderna, 2003. p. 70-72.

AUTOAVALIAÇÃO E ENSINO-APRENDIZAGEM

Além de contribuir no processo junto a outras formas de avaliação ao longo da sequência planejada, ou seja, antes, durante e após, a autoavaliação oferece a possibilidade de fortalecer a autonomia dos sujeitos em relação ao seu próprio processo de aprendizagem. Para tanto, o professor poderá escolher os momentos mais propícios para essa forma de avaliação, que não deverá substituir outras formas, mas sim compor com aquelas, e sugerir formatos e procedimentos que facilitem o processo de autoavaliação para os estudantes, principalmente quando se tratar dos seus primeiros passos nesse quesito.

Primeiro, é preciso definir temas e dimensões da vida escolar que serão avaliados pelos próprios estudantes, por exemplo: participação; aproveitamento dos estudos; colaboração com os colegas da turma; respeito ao próximo etc. Deve-se escolher também marcadores para a avaliação, como: em uma escala de 0 a 5, indique 0 para pouco satisfatório e 5 para plenamente satisfatório; ou simplesmente: sim e não. A essa etapa, conteúdos atitudinais são associados (ZABALA, 1998).

Em relação aos conteúdos de Geografia propriamente ditos, que serão trabalhados em função do planejamento e das necessidades da turma com base nesta obra, especialmente os conteúdos conceituais (ZABALA, 1998), a autoavaliação permitirá aos estudantes um momento de reflexão sobre seus pontos fortes e sobre aquilo ao que precisam se dedicar ainda mais, inclusive propiciando ao professor a identificação de pontos que, por algum motivo, precisarão ser trabalhados com mais diligência ou com outras estratégias.

Apesar de a seção Atividades constituir-se como momento privilegiado para a avaliação do processo de ensino-aprendizagem, mas não o único, como já demonstrado, é possível propor, ainda, momentos de autoavaliação de modo a retomar o que for preciso antes de prosseguir com os novos conteúdos e fazer também da passagem de uma unidade a outra um momento privilegiado para a reflexão e a sistematização do trabalho.

5 REFERÊNCIAS

BIBLIOGRÁFICAS

Para consulta e debate entre docentes, sugerimos a bibliografia deste Manual, bem como outras publicações e sites relacionados à Geografia escolar, às temáticas trabalhadas na coleção e à educação em geral.

5.1

LIVROS E OUTRAS PUBLICAÇÕES

ALMEIDA, Rosângela Doin de (org.). Cartografia escolar

São Paulo: Contexto, 2007.

O objetivo do livro é fomentar a produção e o uso de mapas com jovens e crianças na sala de aula. Renomados especialistas tratam da metodologia, da teoria e da prática na construção do espaço geográfico, assim como da sistematização da cartografia temática. A obra é de grande importância na formação de educadores.

ALMEIDA, Rosângela Doin de. Do desenho ao mapa: iniciação cartográfica na escola. São Paulo: Contexto, 2001.

A obra, destinada aos professores de Geografia e aos educadores em geral, revela os caminhos e descaminhos da aquisição de uma visão do espaço, sendo de grande utilidade não só para auxiliar os estudantes na leitura de mapas, mas também para desenvolver sua capacidade de localização para a própria vida.

4.4
LIV

ALMEIDA, Rosângela Doin de (org.). Novos rumos da cartografia escolar: currículo, linguagem e tecnologia. São Paulo: Contexto, 2011.

Contando com a contribuição de diversos especialistas na área, o livro apresenta o “estado da arte” na busca sistemática por novas práticas de ensino com base na seleção e na distribuição do conhecimento no amplo espaço cultural. Trata-se de uma ferramenta importante para educadores e responsáveis por políticas públicas na área de educação.

ALMEIDA, Rosângela Doin de; PASSINI, Elza Yasuko. O espaço geográfico: ensino e representação. São Paulo: Contexto, 2002.

A proposta da obra se baseia numa trajetória de ensino que se inicia com a apreensão espacial do próprio corpo da criança e desemboca na boa leitura e eficiente elaboração de mapas por parte dos estudantes. As autoras sugerem uma série de atividades minuciosamente descritas, que resgatam as vivências espaciais das crianças. Destina-se principalmente aos professores do Ensino Fundamental.

ANTUNES, Celso. A sala de aula de Geografia e História Campinas: Papirus, 2001.

O autor analisa questões como a aprendizagem significativa, as inteligências múltiplas e as competências de duas perspectivas correlatas, seu uso prático no cotidiano do professor em sala de aula e sua relação com os conteúdos e saberes inerentes aos novos conceitos de geografia e de história.

ANTUNES, Celso; SELBACH, Simone. Geografia e didática Petrópolis: Vozes, 2010.

Para os autores, a aprendizagem que conquistamos e que nos transforma jamais vem de fora pra dentro. Sendo assim, o professor não deve apenas informar conceitos geográficos, e sim ajudar os estudantes a se tornar agentes de sua aprendizagem.

AQUINO, Júlio Groppa. Indisciplina: o contraponto das escolas democráticas. São Paulo: Moderna, 2004.

O livro propõe um conjunto de reflexões sobre o universo da indisciplina discente, considerada por muitos como o principal desafio ético-profissional da atual geração de educadores. Partindo da problematização de algumas ideias frequentes sobre os eventos disciplinares, o autor propõe estratégias democráticas para seu enfrentamento.

BAGNO, Marcos. Pesquisa na escola: o que é, como se faz. São Paulo: Loyola, 2004.

O autor discute a forma superficial com a qual as pesquisas escolares costumam ser conduzidas no ensino básico. Com base em uma abordagem reflexiva, ele apresenta sugestões para transformar a prática da pesquisa em sala de aula em uma verdadeira fonte de aprendizagem.

BARBOSA, Liriane Gonçalves; GONÇALVES, Diogo Laercio. A paisagem em Geografia: diferentes escolas e abordagens.

Éliseé: Revista de Geografia da UEG, Anápolis, v. 3 n. 2, p. 92-110, jul./dez. 2014. Disponível em: https://www.revista. ueg.br/index.php/elisee/article/view/3122. Acesso em: 12 ago. 2022.

A paisagem pode ser definida como a transcrição e a interpretação geográfica do arranjo espacial. Partindo dessa premissa, esse artigo traz uma breve abordagem do estudo da paisagem na Geografia, tendo como ênfase o desenvolvimento das diversas concepções no âmbito das escolas geográficas.

BRACKMANN, Christian Puhlmann. Desenvolvimento do pensamento computacional através de atividades desplugadas na educação básica. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2017.

O pensamento computacional é uma abordagem de ensino que usa diversas técnicas oriundas da Ciência da Computação. Ele vem gerando um foco educacional inovador nas escolas mundiais, que o tratam como um conjunto de competências para solução de problemas que devem ser compreendidas por uma nova geração de estudantes em conjunto com outras competências essenciais da atualidade, como o pensamento crítico.

BRAGA, Juliana; MENEZES, Lilian. Introdução aos objetos de aprendizagem. In: BRAGA, Juliana (org.). Objetos de aprendizagem: introdução e fundamentos. Santo André: EdiUFABC, 2014.

Dirigido aos professores de todas as áreas e níveis, aos estudantes das licenciaturas e àqueles da pós-graduação em Informática na Educação, o livro pretende ajudar na compreensão dos diferentes tipos de objetos de aprendizagem, seus repositórios específicos, a acessibilidade e as estratégias pedagógicas em que eles podem ser inseridos.

BRASIL. Decreto no 7.037, de 21 de dezembro de 2009. Programa Nacional de Direitos Humanos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 21 Aprova o Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH-3 e dá outras providências. Diário Oficial da União, ano 146, n. 244, p. 17-36, 22 dez. 2009. Disponível em: http://www.planalto.gov. br/cciviL_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D7037.htm. Acesso em: 12 ago. 2022.

O Programa Nacional de Direitos Humanos possui como papel principal a tutela dos direitos humanos no Brasil. Para tanto, ele se propõe a direcionar as ações governamentais – como, por exemplo, a elaboração de projetos de lei e a criação de programas sociais – sempre em prol dos direitos humanos.

BRASIL. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, ano 128, n. 135, p. 13564-13577, 16 jul. 1990. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 28 ago. 2018.

Essa lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente, determinando que é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, entre outros.

LV

BRASIL. Lei no 12.288, de 20 de julho de 2010. Institui o Estatuto da Igualdade Racial; altera as Leis nos 7.716, de 5 de janeiro de 1989, 9.029, de 13 de abril de 1995, 7.347, de 24 de julho de 1985, e 10.778, de 24 de novembro de 2003. Diário Oficial da União, Brasília, DF, ano 147, n. 138, p. 1-4, 21 jul. 2010. Disponível em: www.planalto.gov. br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm. Acesso em: 12 ago. 2022.

Essa lei institui o Estatuto da Igualdade Racial, destinado a garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica.

BRASIL. Lei no 10.741, de 1o de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, ano 140, n. 192, p. 1-6, 3 out. 2003. Disponível em: www.planalto.gov.br/ ccivil_03/ leis/2003/l10.741.htm. Acesso em: 12 ago. 2022.

Segundo essa lei, a pessoa idosa é aquela que tem idade igual ou superior a 60 anos e que deve ter asseguradas todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade, além de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana.

BRASIL. Lei no 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Diário Oficial da União, Brasília, DF, ano 152, n. 127, p. 2-11, 7 jul. 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/ Lei/L13146.htm. Acesso em: 12 ago. 2022.

Essa lei tem como objetivo assegurar e promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoas com deficiência, visando à sua inclusão social e à sua cidadania.

BRASIL. Lei n o 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, ano 137, n. 79, p. 1-3, 28 abr. 1999. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/leis/L9795.htm. Acesso em: 28 ago. 2018.

Essa lei institui a educação ambiental como um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal.

BRASIL. Lei no 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação - PNE e dá outras providências. Diário Oficial da União, ano 151, n. 120-A, p. 1-7, 26 jun. 2014. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm. Acesso em: 12 ago. 2022.

O Plano Nacional de Educação para o decênio 2014/2024, instituído pela lei no 13.005, de 25 de junho de 2014, definiu

10 diretrizes que devem guiar a educação brasileira nesse período e estabeleceu 20 metas a serem cumpridas durante a sua vigência.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum. mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site. pdf. Acesso em: 12 ago. 2022.

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o conjunto de aprendizagens essenciais que todos os estudantes devem desenvolver ao longo das etapas e das modalidades da Educação Básica, de modo que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, conforme preceitua o Plano Nacional de Educação.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica . Brasília, DF: MEC: SEB: DICEI, 2013. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index. php?option=com_docman&view=download&alias=13448diretrizes-curiculares-nacionais-2013-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 28 ago. 2018.

Nesse documento, estão reunidas as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica, as quais estabelecem a Base Nacional Comum Curricular, responsável por orientar a organização, articulação, o desenvolvimento e a avaliação das propostas pedagógicas de todas as redes de ensino brasileiras. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais : História, Geografia. Brasília, DF: MEC: SEF, 1997a.

O volume 5 dos Parâmetros Curriculares Nacionais apresenta princípios, conceitos e orientações para atividades em História e Geografia, que possibilitem aos estudantes do Ensino Fundamental a realização de leituras críticas dos espaços, das culturas, das histórias do seu cotidiano, da compreensão do lugar onde vivem e de diferentes paisagens.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais : introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília, DF: MEC: SEF, 1997b.

Os PCNs buscam construir uma referência curricular nacional para o Ensino Fundamental que possa ser discutida e traduzida em propostas regionais nos diferentes estados e municípios brasileiros, em projetos educativos nas escolas e nas salas de aula.

BRASIL. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Orientações e Ações para Educação das Relações Étnico-Raciais. Brasília, DF: Secadi, 2006. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/ dmdocuments/orientacoes_etnicoraciais.pdf. Acesso em: 12 ago. 2022.

LVI

O texto procura cumprir o detalhamento de uma política educacional, que reconhece a diversidade étnico-racial, e trabalha em correlação com a faixa etária e com situações específicas de cada nível de ensino. A publicação se destina a gestores e educadores, como um importante subsídio para o tratamento da diversidade na educação.

BREDA, Thiara Vichiado. O uso de jogos no processo de ensino-aprendizagem na Geografia escolar Dissertação (Mestrado em Ensino e História das Ciências da Terra) – Instituto de Geociências, Universidade Estadual de Campinas, 2013.

Essa dissertação tem como objetivo o estudo dos jogos no ensino de Geociências. Para isso, com base no referencial teórico de definições, contribuições e dificuldades de jogos no ensino, foram analisados jogos confeccionados especificamente para trabalhar conteúdos da Geografia escolar, como Educação Ambiental e Cartografia.

CAIADO, Katia Regina Moreno. Estudante deficiente visual na escola: lembranças e depoimentos. Campinas: Autores Associados, 2006.

O objetivo da autora é debater a questão: quais são as possibilidades que os estudantes com deficiência visual têm para estudar no ensino regular? Desenvolvendo um estudo que considerou o indivíduo imerso nas relações sociais, a autora realizou seis entrevistas com adultos com deficiência visual, alfabetizados em braile e que estudaram em escolas regulares em algum momento da vida escolar.

CALLAI, Helena Copetti. Aprendendo a ler o mundo: a Geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Cadernos Cedes, Campinas, v. 25, n. 66, p. 227-247, maio/ago. 2005.

O artigo analisa a possibilidade e a importância de se aprender Geografia nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, com base na leitura do mundo, da vida e do espaço vivido. Para tanto, discute o papel da Geografia nesse nível de ensino e a necessidade de se iniciar, nessa fase, um processo de alfabetização cartográfica.

CARLOS, Ana Fani Alessandri (org.). A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2000.

A obra reúne textos de diversos geógrafos no intuito de debater caminhos teóricos e práticos para melhorar a qualidade do ensino da Geografia. Nesse sentido, são abordados temas como a construção da cidadania, a história do pensamento geográfico, a visão da metrópole e as linguagens convencionais utilizadas na Geografia, como a Cartografia.

CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella. Educação geográfica: formação e didática. In: MORAIS, Eliana Marta Barbosa; MORAES, Loçandra Borges (org.). Formação de professores: conteúdos e metodologias no ensino de Geografia. Goiânia: Nepeg, 2010. p. 49-50.

Esse artigo aborda a educação geográfica com base na formação docente, no papel da didática e na cultura

escolar, com o intuito de provocar uma reflexão sobre a qualidade da educação pública.

CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella. Metodologias ativas: resolução de problemas. São Paulo: FTD, 2016.

Essa obra aborda a resolução de problemas como uma metodologia ativa para que os professores possam incorporar às suas aulas estratégias mais desafiadoras e que proporcionem aos estudantes maiores benefícios no processo de aprendizagem.

CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella. Metodologias ativas: sala de aula invertida. São Paulo: FTD, 2016.

Nesse livro, a autora analisa os seguintes temas: os métodos de ensino, a tecnologia educacional, a prática de ensino, o ensino fundamental, a formação de professores e o trabalho em grupo.

CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella; CAVALCANTI, Lana de Souza; CALLAI, Helena Copetti (org.). Didática da Geografia: aportes teóricos e metodológicos. São Paulo: Xamã, 2012.

A obra reúne diversas reflexões e resultados de pesquisas que se traduzem em um compromisso fundamental de seus autores: superar o ensino de uma Geografia notadamente teórica e de memorização, passando para uma Geografia experiencial, em que a pesquisa formativa se converte em um componente básico do processo de aplicação dos conteúdos geográficos.

CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella; VILHENA, Jerusa. Ensino de Geografia. São Paulo: Cengage Learning, 2010.

O livro aborda a metodologia do ensino e propõe mudanças em relação às atuais concepções teórico-metodológicas da ciência geográfica e daquelas relativas à aprendizagem. Nesse sentido, ele sugere situações de aprendizagem que superam o senso comum e que ainda perduram no ensino de Geografia.

CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos. Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. Porto Alegre: Editora da UFRGS: AGB, 2003.

A obra reúne artigos de especialistas ligados à área do Ensino e da Geografia. Ela traz um registro dos desafios que eles encontraram em seu cotidiano e faz um convite para que o ensino e a aprendizagem em Geografia sejam repensados, aproximando-se das transformações que estão presentes na sociedade.

CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos et al. (org.). Movimentos para ensinar Geografia: oscilações. Porto Alegre: Letra 1, 2016.

Essa coletânea reúne trabalhos sobre o ensino de Geografia, que buscam refletir sobre a educação num mundo globalizado. O objetivo é demonstrar que a educação é um ato político, que a escola é fundamental para o acesso ao conhecimento e à justiça social e que o ensino de Geografia pode contribuir significativamente para isso.

LVII

CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, escola e construção de conhecimentos. 5. ed. Campinas: Papirus, 2003.

A obra discute a ação docente no desenvolvimento do pensamento geográfico dos estudantes. A Geografia ajuda os estudantes a pensar a realidade e a atuar sobre ela do ponto de vista da espacialidade, dimensão cada vez mais valorizada pela ciência geográfica dada a complexidade do mundo atual.

CAVALCANTI, Lana de Souza. O ensino de Geografia na escola. Campinas: Papirus, 2012.

Nesse livro, a autora analisa a formação e a prática do professor de Geografia, na busca por um ensino efetivamente voltado à aprendizagem dos estudantes, considerados como sujeitos ativos na construção de seus conhecimentos. Ao professor, cabe o papel de mediador entre os estudantes e os conteúdos geográficos.

CAVALCANTI, Lana de Souza. Temas da Geografia na Escola Básica. Campinas: Papirus, 2013.

Trata-se de uma coletânea de artigos escritos por especialistas na didática da Geografia, que tem por objetivo orientar os docentes do Ensino Fundamental, debatendo temas e práticas do ensino de Geografia, como relevo, solo, rochas, população, globalização, espaço, entre outros.

CAZZETA, Valéria; OLIVEIRA JR, Wenceslao (org.). Grafias do espaço: imagens da educação geográfica contemporânea. Campinas: Alínea, 2013.

Essa coletânea reúne textos de pesquisadores brasileiros e estrangeiros que têm se dedicado a estudar as relações que se estabelecem entre a cultura, a imagem e a educação geográfica, com o intuito de ampliar as reflexões acerca da educação pelas imagens e os pensamentos espaciais sugeridos por elas.

COOL, César et al O construtivismo na sala de aula São Paulo: Ática, 1999.

O livro discute a empregabilidade dos conceitos teóricos do construtivismo nas práticas educacionais, trazendo à tona discussões sobre os elementos que podem favorecer a aprendizagem por meio dos significados, a função dos conhecimentos prévios e outros pontos relevantes que diferenciam o construtivismo dos outros métodos de aprendizagem.

DIESEL, Aline; BALDEZ, Alda Leila Santos; MARTINS, Silvana Neumann. Os princípios das metodologias ativas de ensino: uma abordagem teórica. Revista Thema, Lajeado, RS, v. 14, n. 1, p. 263-288, fev. 2017. Disponível em: http://revistathema. ifsul.edu.br/index.php/thema/article/viewFile/404/295. Acesso em: 12 ago. 2022.

Esse artigo tem como objetivo buscar pontos de convergência entre as metodologias ativas de ensino e outras abordagens já consagradas do âmbito da (re)significação da prática docente. Para tanto, realizou-se um estudo bibliográfico das principais abordagens teóricas voltadas para os processos de ensino e de aprendizagem.

DUARTE, Paulo Araújo. Fundamentos de Cartografia. 3. ed. Florianópolis: Editora da UFSC, 2006.

O objetivo da obra é enfocar a Cartografia de modo diferente do apresentado em obras do gênero, com uma nova perspectiva da história dos mapas, fugindo da visão eurocêntrica. Estaria certo um mapa que apresentasse o Hemisfério Sul no lado de cima? Todos os temas são tratados com linguagem simples e objetiva.

FONSECA, Fernanda Padovesi; OLIVA, Jaime. Cartografia São Paulo: Melhoramentos, 2013.

O livro propõe uma releitura do uso do mapa no Ensino Fundamental – Anos Finais, com destaque para os seguintes temas: desnaturalização do mapa; expressão cartográfica das novas espacialidades; interpretação de mapas da ordem cultural (por exemplo, mapas históricos, midiáticos e artísticos); e interpretação das imagens produzidas por satélites.

FREITAS, Maria Isabel Castreghini de; VENTORINI, Silvia Elena (org.). Cartografia tátil: orientação e mobilidade às pessoas com deficiência visual. Jundiaí: Paco Editorial, 2011. A obra aborda experiências em Cartografia Tátil, divulgando as mais recentes pesquisas nessa área para professores de Educação Básica, estudantes de licenciatura, professores universitários, pais e estudantes que tenham interesse no uso da Cartografia para a representação espacial destinada a pessoas com deficiência visual.

FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA. Anuário brasileiro de segurança pública 2022. São Paulo: FBSP, 2022. (Ano 16). Disponível em: https://forumseguranca.org.br/anuariobrasileiro-seguranca-publica/. Acesso em: 23 jul. 2022.

Reúne informações fornecidas pelas secretarias de segurança pública estaduais, pelas polícias civis, militares e federal, entre outras fontes oficiais, compondo um amplo panorama da segurança pública brasileira.

FUNARI, Pedro Paulo; PIÑÓN, Ana. A temática indígena na escola: subsídios para os professores. São Paulo: Contexto, 2014.

Essa obra é voltada aos professores das escolas não indígenas, que muitas vezes não têm informações suficientes ou bem fundamentadas sobre os indígenas. Acreditando no papel da escola como importante polo de difusão cultural, o livro traz informações, análises e reflexões sobre as inquietações recorrentes dos professores a respeito da temática indígena.

GALVÃO FILHO, Teófilo Alves; DAMASCENO, Luciana Lopes. Tecnologias assistivas para autonomia do estudante com necessidades educacionais especiais. Inclusão: Revista da Educação Especial, Brasília, DF, v. 1, n. 1, p. 25-32, jul. 2006. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/ revistainclusao2.pdf. Acesso em: 12 ago. 2022.

Esse artigo busca apresentar e discutir o uso de diferentes tecnologias assistivas, disponibilizadas para a construção da autonomia, do aprendizado, do desenvolvimento e da inclusão social de estudantes com necessidades educacionais especiais.

LVIII

GUERRERO, Ana Lúcia de A. Práticas interdisciplinares de estudo do meio na cidade de São Paulo no processo de formação docente em Geografia. In: FERREIRA, Ricardo Vicente; REZENDE, Eduardo Coelho Morgado. A Geografia fora da sala de aula. São Paulo: Necrópolis, 2008. p. 123-138.

O artigo discute o processo de formação dos professores do Ensino Básico de Geografia, considerando as práticas interdisciplinares aplicadas ao estudo do meio, tendo como cenário do estudo a cidade de São Paulo (SP).

JOLY, Fernand. A Cartografia. 15. ed. Campinas: Papirus, 2013.

A obra traz uma revisão das características da linguagem cartográfica, da Cartografia Descritiva da superfície terrestre, da análise cartográfica do espaço geográfico e do papel da Cartografia na gestão do meio ambiente.

JUNQUEIRA, Rogério Diniz (org.). Diversidade sexual na educação: problematizações sobre a homofobia nas escolas. Brasília, DF: MEC: Secadi: Unesco, 2009.

Esse livro reúne artigos de vários especialistas no tema, que buscam contribuir para a ampliação e o aprofundamento desse debate e, também, para uma melhor compreensão da homofobia, seus efeitos e suas relações com outros tipos de discriminação.

LACOSTE, Yves. A Geografia: isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. Campinas: Papirus, 2008.

Para que serve a Geografia e qual é a sua função social? Esse livro procura responder a tais questões e alertar para as consequências sofridas pelas populações atingidas pela “organização” de seus espaços, conclamando os geógrafos a assumir uma posição contra a instrumentalização da Geografia pelos interesses estatais ou privados.

LEÃO, Vicente de Paula; LEÃO, Inêz de Carvalho Leão. Ensino de Geografia e mídia: linguagens e práticas pedagógicas. 2. ed. Belo Horizonte: Fino Traço, 2012. A obra traz reflexões sobre a utilização de textos midiáticos no ensino de Geografia, com base em uma pesquisa de campo realizada com professores de escolas públicas e privadas nos estados de Minas Gerais e São Paulo, avaliando as vantagens e as desvantagens desse recurso em sala de aula.

LEGAN, Lucia. A escola sustentável: eco-alfabetizando pelo ambiente. 2. ed. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo; Pirenópolis: IPEC, 2007.

Esse livro foi concebido como um guia para educadores interessados na ecoalfabetização para um futuro sustentável. É uma espécie de manual que oferece informações e atividades, combinando a sabedoria das culturas tradicionais e indígenas com tecnologias e informações da ciência moderna.

LIMA, Adriana de Oliveira. Avaliação escolar: julgamento ou construção? 5. ed. Petrópolis: Vozes, 1998.

Nessa obra, a autora analisa os processos e as formas de avaliação de aprendizagem adotados frequentemente na prática docente e propõe novas formas de se encarar esse procedimento, no sentido de incorporá-lo como uma ferramenta de aprendizagem, e não de exclusão.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 7. ed. São Paulo: Cortez, 1998.

Destinado a educadores e a estudantes dos cursos de Pedagogia e demais licenciaturas, esse livro aborda diversos estudos críticos sobre a avaliação da aprendizagem escolar, assim como traz proposições para torná-la mais viável e construtiva.

MAGALHÃES, Maurício; DIECKMAN, Adriana Gomes; LOBATO; Wolney. O uso de mapas conceituais no ambiente escolar. Belo Horizonte: PUC Minas, [20--]. Disponível em: http://www1.pucminas.br/imagedb/ documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20160317142256. pdf. Acesso em: 12 ago. 2022.

Trata-se de uma cartilha produzida com base em uma dissertação defendida na PUC-Minas, cujo propósito é dar suporte e direcionamento para o professor que deseje utilizar a técnica de construção de mapas conceituais com seus alunos, por meio do programa Cmap Tools.

MORAIS, Eliana Marta Barbosa; MORAES, Loçandra Borges (org.). Formação de professores: conteúdos e metodologias no ensino de Geografia. Goiânia: NEPEG, 2010.

A coletânea é resultado das discussões ocorridas no IV Fórum Nepeg (2008) e reúne textos de diversos especialistas da área de ensino de Geografia. As temáticas envolvem questões relacionadas aos conteúdos, às didáticas e às metodologias da área.

MORÁN, José. Mudando a educação com metodologias ativas. In: SOUZA, Carlos Alberto de; MORALES, Ofelia Elisa Torres (org.). Mídias contemporâneas: convergências midiáticas, educação e cidadania: aproximações jovens. Ponta Grossa: UEPG: Proex, 2015. p. 15-33. Disponível em: http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/ uploads/2013/12/mudando_moran.pdf. Acesso em: 12 ago. 2022.

Segundo o autor, a educação formal está em um impasse diante de tantas mudanças na sociedade e, portanto, os processos de organização do currículo, as metodologias, os tempos e os espaços precisam ser revistos.

MUNANGA, Kabengele (org.). Superando o racismo na escola. Brasília, DF: MEC: Secadi, 2005. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/racismo_ escola.pdf. Acesso em: 12 ago. 2022.

Nessa obra coletiva, os autores se desdobraram em produzir artigos ricos em sugestões sobre possibilidades de ação, todos atentos à tensão entre o papel que a escola tem desempenhado na reprodução do racismo e o papel que deveria desempenhar no seu combate.

LIX

NOGUEIRA, Ruth Emilia (org.). Motivações hodiernas para ensinar geografia: representações do espaço para visuais e invisuais. Florianópolis: Nova Letra, 2009.

Essa coletânea mostra experiências e estudos de um grupo de pesquisa no ensino da Geografia e na representação do espaço, que inclui também o ensino aos deficientes visuais, aqui denominados de invisuais.

NOGUEIRA, Valdir; CARNEIRO, Sônia Maria Marchiorato. Educação geográfica e formação da consciência espacial. Curitiba: Editora da UFPR, 2013. O livro discute os fundamentos geográficos, com base nos aportes teóricos de Milton Santos, de Edgar Morin e de Paulo Freire, abrindo espaço para uma orientação epistêmica inovadora das práticas de ensinar e aprender Geografia, com o objetivo central de contribuir para a formação de cidadãos críticos e participativos.

OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino; CARLOS, Ana Fani Alessandri. Reformas no mundo da educação : parâmetros curriculares e geografia. São Paulo: Contexto, 1999.

A coletânea reúne textos de diversos autores, que tratam de temas como: reformas no Ensino Básico e os Parâmetros Curriculares Nacionais; os cursos de graduação em Geografia e a formação do geógrafo; Geografia e saúde; as relações entre pesquisa e ensino, entre outros.

OLIVEIRA JUNIOR, Wenceslao Machado de; GIRARDI, Gisele; PAES, Maria Tereza (org.). Número temático: imagens, fotografias e educação. Educação Temática Digital (ETD), Campinas, v. 11, n. 2, 2010. Disponível em: https://periodicos. sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/issue/view/89. Acesso em: 12 ago. 2022.

Esse dossiê temático reúne artigos que apresentam reflexões sobre as conexões que se estabelecem entre a imagem, a Geografia e a educação. Cada artigo toma as imagens sob um aspecto diferente e nos propõe um olhar para o mundo da educação. Além disso, trazem a Geografia como maneira de pensar o espaço, um lugar, uma escola.

OLIVEIRA, Simone Santos de. Desenho e cartografia escolar no ensino de Geografia. Revista Geografia, Ensino & Pesquisa, Santa Maria, v. 20, n. 3, p. 78-86, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/geografia/article/ view/19821/pdf. Acesso em: 28 ago. 2018.

Esse artigo discute a importância do desenho no ensino de Geografia, sobretudo articulado com a Cartografia Escolar. Trata-se do relato de uma experiência formativa desenvolvida no curso de Licenciatura em Geografia da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), baseada no desenho como linguagem.

PANIZZA, Andrea de Castro. Paisagem . São Paulo: Melhoramentos, 2014.

O que compõe uma paisagem? O que ela nos conta sobre as transformações ocorridas em um local? Como usar imagens de satélites, fotografias e obras de arte para educar o olhar

dos estudantes? Esse livro se propõe a responder a essas questões, despertando nos estudantes a curiosidade sobre o mundo que os rodeia.

PASSINI, Elza Yasuko. Alfabetização cartográfica e a aprendizagem da Geografia. São Paulo: Cortez, 2012. A proposta da obra é abordar a alfabetização cartográfica como sendo uma metodologia que estuda os processos de construção de conhecimentos conceituais e procedimentais que permitem aos estudantes fazer as leituras do mundo por meio de suas representações.

PASSINI, Elza Yasuko (org.). Prática de ensino de Geografia e estágio supervisionado. São Paulo: Contexto, 2007. Esse livro aborda a prática de ensino em Geografia e pretende contribuir para um maior aprofundamento do conhecimento geográfico no cotidiano escolar. Ele revela como a articulação teoria-prática-teoria e as discussões sobre aulas planejadas e dadas nos estágios geram diferentes níveis de emoção e responsabilidade.

PEREIRA, Diamantino. Paisagens, lugares e espaços: a Geografia no ensino básico. Boletim Paulista de Geografia, São Paulo, n. 79, p. 9-22, 2003. Disponível em: https://publicacoes.agb.org.br/index.php/boletim-paulista/ article/view/818/702. Acesso em: 18 ago. 2022.

O texto discute a noção de alfabetização geográfica, especificamente nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, mostrando que ela significa que o espaço geográfico pode ser lido e compreendido pelos estudantes, com base em um determinado instrumental a ser construído pedagogicamente.

PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000.

A obra analisa as práticas inovadoras e as competências emergentes, aquelas que devem orientar as formações iniciais e contínuas, aquelas que contribuem para a luta contra o fracasso escolar e, por fim, aquelas que enfatizam a prática reflexiva e desenvolvem a cidadania.

PONTUSCHKA, Nídia Nacib; OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de (org.). Geografia em perspectiva. São Paulo: Contexto, 2002.

Reunindo textos de um conjunto de especialistas, essa coletânea discute as pesquisas de geógrafos conceituados sobre problemas e temáticas da disciplina. Dividido em cinco partes, o livro apresenta diversos ensaios sobre temas emergentes na Geografia.

PONTUSCHKA, Nídia Nacib; CACETE, Núria Hanglei; PAGANELLI, Tomoko Iyda. Para ensinar e aprender Geografia. São Paulo: Cortez, 2009.

A obra tem por principal objetivo discutir como a Geografia, enquanto componente curricular, pode construir um saber escolar com base nos conhecimentos produzidos na academia e nos conhecimentos prévios trazidos pelos estudantes.

LX

PORTILHO, Maria de Fátima Ferreira. Sustentabilidade ambiental, consumo e cidadania. São Paulo: Cortez, 2005.

Essa obra trata de uma transformação recente na questão ambiental: o deslocamento da análise do impacto da produção para o consumo. Essa maneira de perceber a questão ambiental pode ser explicada pela tendência, na teoria social contemporânea, de considerar a cultura de consumo como central para a análise das sociedades.

PORTUGAL, Jussara Fraga (org.). Educação geográfica: temas contemporâneos. Salvador: Editora da UFBA, 2017.

O livro traz reflexões sobre o ensino de Geografia, apresentando investigações e inovações metodológicas com base em temáticas da contemporaneidade. Os textos que compõem a coletânea se dividem em três partes: educação geográfica na contemporaneidade; educação e aprendizagens geográficas; educação geográfica e Geografia escolar.

PUNTEL, Geovane. A paisagem no ensino da geografia. Ágora, Santa Cruz do Sul, v. 13, n. 1, p. 283-298, 2007. Disponível em: https://online.unisc.br/seer/index.php/agora/ article/view/130. Acesso em: 12 ago. 2022.

O artigo apresenta reflexões sobre a importância da paisagem no ensino da Geografia, retomando a evolução do conceito de paisagem na abordagem de vários teóricos em diferentes épocas, observando que o método de análise e os paradigmas foram sendo revistos.

RAMOS, Cristhiane da Silva. Visualização cartográfica e Cartografia multimídia: conceitos e tecnologias. São Paulo: Editora Unesp, 2005.

Essa obra é indicada para cartógrafos e geógrafos por apresentar subsídios para a aplicação das novas mídias no desenvolvimento de ferramentas de Cartografia. Ela traz, ainda, uma reflexão conceitual sobre a visualização cartográfica e sua aplicação nos desenvolvimentos recentes da Cartografia Digital.

RAMOS, Marise Nogueira; ADÃO, Jorge Manoel; BARROS, Graciete Maria Nascimento (coord.). Diversidade na educação: reflexões e experiências. Brasília: SEMTEC, 2003. Disponível em: http://etnicoracial.mec.gov.br/images/pdf/ publicacoes/diversidade_universidade.pdf. Acesso em: 12 ago. 2022.

O livro reúne uma série de textos produzidos por especialistas e militantes das áreas da educação e da diversidade étnico-racial no Brasil, por ocasião do I Fórum Nacional Diversidade na Universidade, realizado em 2002, em Brasília (DF).

REGO, Nelson et al. (org.). Um pouco do mundo cabe nas mãos: geografizando em educação o local e o global. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2003.

A coletânea apresenta textos que refletem sobre as práticas de ensino de Geografia, as quais, por sua vez, estabelecem um diálogo interdisciplinar com as temáticas do cotidiano,

buscando reinventar a experiência escolar como sendo uma experiência social de inserção no mundo.

RIBEIRO, Dionara Soares et al. (org.). Agroecologia na educação básica: questões propositivas de conteúdo e de metodologia. São Paulo: Expressão Popular, 2017.

O livro aborda uma nova forma de organizar a escola, comprometida com a defesa do direito à vida e de ensinar a produzir alimentos saudáveis, livres de veneno, de forma autônoma, responsável e comprometida com um mundo melhor para todos.

ROCHA, Rosa Margarida de Carvalho. Almanaque pedagógico afro-brasileiro. Belo Horizonte: Mazza, 2011. Essa obra, direcionada aos professores do Ensino Básico, traz uma proposta para a inserção dos conteúdos afrobrasileiros na sala de aula, de maneira planejada e contínua. Há várias atividades, jogos, ilustrações e um calendário com as datas mais importantes relativas aos temas afro-brasileiros.

SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Edusp, 2004. (Coleção Milton Santos).

Para o autor, o espaço é um conjunto indissociável de sistemas de objetos e de sistemas de ações e, com base nessa ideia e nas noções de técnica, tempo, razão e emoção, ele propõe a construção de um sistema de pensamento que busca entender o espaço geográfico no contexto do processo de globalização.

SANTOS, Milton. O espaço do cidadão. 7. ed. São Paulo: Edusp, 2014. (Coleção Milton Santos).

A obra se propõe a analisar a questão da cidadania pelo ângulo geográfico, mostrando como a atividade econômica e a herança social distribuem os homens desigualmente no espaço, fazendo com que noções como rede urbana ou sistema de cidades não tenham validade para a maioria das pessoas.

SILVA, Maria Lúcia Batista da. O estudo da paisagem urbana com a utilização de fotografias por estudantes do 6 o ano do ensino fundamental . Monografia (Licenciatura em Geografia) – Instituto de Ciências Humanas, Universidade de Brasília, Posse, 2012. Disponível em: http:// bdm.unb.br/handle/10483/5317. Acesso em: 12 ago. 2022. O texto tem como objetivo trabalhar o conceito de paisagem urbana com base na utilização de imagens por estudantes do 6o ano do Ensino Fundamental. O trabalho buscou demonstrar que o uso de imagens possibilita aos estudantes o desenvolvimento de um conhecimento mais amplo, já que os aproxima de conteúdos teóricos do seu cotidiano.

SIMIELLI, Maria Elena Ramos. O mapa como meio de comunicações cartográficas: implicações no ensino de Geografia do 1o grau. Tese (Doutorado em Geografia) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1987.

LXI

Nesse estudo pioneiro sobre Cartografia Escolar, a autora discute e elabora aproximações e reflexões sobre a confecção e o uso de mapas no ensino de Geografia, para estudantes do antigo primeiro grau, atual Ensino Fundamental.

SIMIELLI, Maria Elena Ramos. O mapa como meio de comunicação e a alfabetização cartográfica. In: ALMEIDA, Rosangela Doin de (org.). Novos rumos da cartografia escolar: currículo, linguagens e tecnologia. São Paulo: Contexto, 2011. p. 71-94.

Esse texto discute o mapa como elemento transmissor de informação e avalia sua eficácia. Considerando que o processo de comunicação em Cartografia coloca a criação ou a produção de mapas e a leitura pelo usuário no mesmo nível de preocupação, o trabalho foi desenvolvido de modo que essas duas etapas sejam evidenciadas.

STRAFORINI, Rafael. Ensinar Geografia: o desafio da totalidade-mundo nas séries iniciais. São Paulo: Annablume, 2004.

O objetivo do livro é refletir sobre a viabilidade de se trabalhar, com estudantes dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, uma Geografia que permita ler o mundo da vida e consiga entendê-lo no interior do mundo global, partindo (ou chegando) das singularidades do cotidiano.

STRAFORIN, Rafael (ed.). Dossiê Cartografia Escolar. Revista Brasileira de Educação em Geografia , Campinas, v. 7, n. 13, jan./jun. 2017. Disponível em: http:// www.revistaedugeo.com.br/ojs/index.php/revistaedugeo/ issue/view/17. Acesso em: 12 ago. 2022.

Esse dossiê reúne textos de diferentes pesquisadores que participaram do Colóquio de Cartografia para Crianças e Escolares (2016) e contempla temas como: atlas escolares, a Cartografia Escolar na formação docente, nos espaços de educação não formal e na inclusão.

TONINI, Ivaine Maria et al. (org.). O ensino de Geografia e suas composições curriculares. Porto Alegre: Mediação, 2011.

Essa coletânea reúne diversos estudiosos para refletir acerca de questões que permeiam o cotidiano do Ensino Fundamental, nas aulas de Geografia, tais como a seleção de conteúdos, de práticas pedagógicas adequadas e a escolha de livros didáticos nas escolas.

UNESCO. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília, DF: Unesco, 1998. Disponível em: http://unesdoc.unesco.org/ images/0013/001393/139394por.pdf. Acesso em: 12 ago. 2022.

A declaração é um documento internacional que resultou de uma conferência organizada pela Unesco em 1994, na cidade de Salamanca, na Espanha, que serviu de base para a defesa da escola inclusiva, na qual todas as crianças deveriam aprender juntas, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que possam ter.

VENTORINI, Silvia Elena. A experiência como fator determinante na representação espacial de pessoas com deficiência visual. São Paulo: Editora Unesp, 2008. O movimento de inclusão de crianças com deficiência visual na rede regular de ensino suscitou, nos últimos anos, uma série de discussões, que esse livro procura abordar com o objetivo de contribuir com as necessidades específicas do ensino de estudantes com deficiência visual.

VESENTINI, José William (org.). Geografia e ensino: textos críticos. Campinas: Papirus, 2006.

Essa coletânea reúne textos de diversos especialistas para discutir a metodologia e a prática da Geografia, buscando elucidar suas origens e suas contradições. Tais estudos apontam o papel ideológico da Geografia escolar, sua falsa neutralidade e sua eficácia na reprodução da dominação.

VESENTINI, José William O ensino de Geografia no século XXI. Campinas: Papirus, 2005.

A obra reúne a contribuição de autores brasileiros e estrangeiros, traçando um panorama do ensino da Geografia em cinco países (França, Estados Unidos, Portugal, Espanha e México), além do Brasil, examinando as rápidas transformações na atividade educativa, a fim de estimular a reflexão sobre os motivos para se ensinar Geografia hoje.

VON, Cristina. Cultura da paz: o que os indivíduos, grupos, escolas e organizações podem fazer pela paz no mundo. São Paulo: Peirópolis, 2013.

O livro apresenta reflexões teóricas e práticas sobre princípios que garantem a dignidade humana, levando em conta o respeito às diferenças, a superação das situações de exclusão, a rejeição à violência, propondo ferramentas para sua aplicação nas escolas, nas empresas e na sociedade civil.

ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.

A obra aborda as relações interativas que se estabelecem na sala de aula, os papéis de professores e estudantes, a distribuição do tempo e a organização dos conteúdos. Analisando e refletindo sobre a prática educativa, o autor propõe pautas e orientações para melhorá-la.

LXII

SITES CONSULTADOS E RECOMENDADOS

COMCIÊNCIA REVISTA ELETRÔNICA DE JORNALISMO

CIENTÍFICO. Campinas, [20--]. Site. Disponível em: www. comciencia.br. Acesso em: 12 ago. 2022.

Trata-se de uma revista digital do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo, da Universidade de Campinas, em parceria com a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Editada desde 1999, é organizada em dossiês temáticos e, excepcionalmente, publica artigos, reportagens, resenhas ou entrevistas avulsas.

CONSELHO INDIGENISTA MISSIONÁRIO. Brasília, DF, [20--]. Site. Disponível em: www.cimi.org.br. Acesso em: 12 ago. 2022.

Criado em 1972, o Cimi é um organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que, em sua atuação missionária, conferiu um novo sentido ao trabalho da Igreja Católica junto aos povos indígenas.

FUNDAÇÃO DORINA NOWILL PARA CEGOS. São Paulo, [20--]. Site. Disponível em: www.fundacaodorina.org.br.

Acesso em: 12 ago. 2022.

Criada há mais de 70 anos, é uma organização sem fins lucrativos, de caráter filantrópico, que se dedica à inclusão social de pessoas cegas e com baixa visão.

FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO. Recife, [20--]. Site Disponível em: www.fundaj.gov.br. Acesso em: 12 ago. 2022.

Trata-se de uma fundação vinculada ao Ministério da Educação. Sediada no Recife, em Pernambuco, foi fundada em 1949 com o propósito de preservar o legado históricocultural de Joaquim Nabuco, com ênfase nas regiões Norte e Nordeste.

FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO. Brasília, DF, [20--]. Site Disponível em: www.funai.gov.br. Acesso em: 12 ago. 2022.

Órgão indigenista oficial do Estado brasileiro, a Funai foi criada em 1967, está vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e é a coordenadora e principal executora da política indigenista do Governo Federal. Sua missão institucional é proteger e promover os direitos dos povos indígenas no Brasil.

GUARANI ÑANDUTI ROGUE: CULTURA PARAGUAYA DE EXPRESIÓN GUARANÍ. Mainz, [2009]. Site. Disponível em: www.staff.uni-mainz.de/lustig/guarani/portugues.htm.

Acesso em: 12 ago. 2022.

Site de divulgação da língua e da cultura guarani do Paraguai, que defende a sua transformação em uma das línguas oficiais do Mercosul, ao lado do português e do espanhol.

IBGE. Rio de Janeiro, [2022]. Site. Disponível em: www.ibge. gov.br. Acesso em: 28 ago. 2018.

O IBGE é o principal provedor de dados e informações

do país, que atendem às necessidades dos mais diversos segmentos da sociedade civil, bem como dos órgãos das esferas governamentais federal, estadual e municipal.

INSTITUTO ALANA. [São Paulo], [20--]. Site. Disponível em: http://alana.org.br. Acesso em: 12 ago. 2022.

Fundada em 2012, nos Estados Unidos, a Alana Foundation é uma organização filantrópica familiar que atua nos setores de meio ambiente, educação inclusiva e pesquisas na área de saúde por meio de parcerias e coinvestimento. A organização também se articula com redes relacionadas a esses temas e movimentos globais.

INSTITUTO AKATU. São Paulo, [20--]. Site. Disponível em: www.akatu.org.br. Acesso em: 12 ago. 2022.

Trata-se do site de um instituto sem fins lucrativos, que se propõe a educar e comunicar em escala, atuando como ativista de um novo modelo de comportamento que leve as pessoas a adotar estilos sustentáveis de vida, refletidos na prática do consumo consciente e na produção responsável.

INSTITUTO SAÚDE E SUSTENTABILIDADE. São Paulo, c2015. Site. Disponível em: www.saudeesustentabilidade. org.br. Acesso em: 12 ago. 2022.

Trata-se de uma organização da sociedade civil que promove a saúde por meio do desenvolvimento de conhecimento e de pesquisas, de sua comunicação para a sociedade e de seu uso em políticas públicas. O foco principal do instituto são os impactos da poluição atmosférica na saúde das pessoas.

INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL. São Paulo, c2020. Site Disponível em: www.socioambiental.org. Acesso em: 12 ago. 2022.

O ISA atua desde 1994 ao lado de comunidades indígenas, quilombolas e extrativistas, para desenvolver soluções que protejam seus territórios, fortaleçam sua cultura e saberes tradicionais, elevem seu perfil político e desenvolvam economias sustentáveis.

LABORATÓRIO DE CARTOGRAFIA TÁTIL E ESCOLAR. Florianópolis, 2010. Site. Disponível em: http://www.labtate. ufsc.br/cartografia_tatil.html. Acesso em: 12 ago. 2022.

O site reúne diversos materiais cartográficos educativos para o trabalho com a Cartografia Tátil que podem ser utilizados por pessoas cegas e com baixa visão.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Brasília, DF, [20--]. Site Disponível em: www.portal.mec.gov.br. Acesso em: 12 ago. 2022.

Órgão da administração federal direta, ele tem como área de competência os seguintes assuntos: a política nacional de educação, a Educação Infantil, o Ensino Fundamental, o Ensino Médio, o Ensino Superior, a Educação de Jovens e Adultos, a educação profissional, a educação especial e a educação a distância.

5.2 LXIII

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Brasília, DF, [2022]. Site Disponível em: www.mma.gov.br. Acesso em: 12 ago. 2022.

Criado em novembro de 1992, o ministério tem como missão formular e implementar políticas públicas ambientais nacionais de forma articulada e pactuada com os atores públicos e a sociedade para o desenvolvimento sustentável e a proteção do meio ambiente.

MUSEU DA PESSOA. São Paulo, [2022]. Site. Disponível em: www.museudapessoa.org. Acesso em: 12 ago. 2022. Fundado em 1991, é um museu virtual e colaborativo de

histórias de vida aberto à participação de todas as pessoas. Nele, é possível contar sua história, organizar suas próprias coleções e conhecer histórias de pessoas de todas as idades, raças, credos e profissões do Brasil.

MUSEU DO ÍNDIO. Rio de Janeiro, [20--]. Site. Disponível em: http://www.museudoindio.gov.br/. Acesso em: 12 ago. 2022.

Além de abrigar acervos de grande relevância histórica e etnográfica, o museu conserva, pesquisa, documenta e promove o patrimônio cultural dos povos indígenas, o que exige uma atuação integrada entre as etapas de preservação e de divulgação, especialmente junto ao público escolar.

6 SELEÇÃO DOS CONTEÚDOS

Os conteúdos foram selecionados, distribuídos e produzidos contemplando-se a progressão de aprendizagem dos estudantes e a importância das temáticas para a compreensão do espaço geográfico atual. Também foram consideradas as expectativas e as necessidades do professor e dos estudantes de localizar e identificar claramente o que será estudado em cada ano, ou seja, temas e conjuntos espaciais.

No volume do 6o ano, o foco é a relação entre sociedade e natureza na produção do espaço geográfico. São trabalhados conceitos e habilidades importantes para o estudo da Geografia que, muitas vezes, serão necessários para a compreensão e o aprofundamento de conteúdos nos volumes seguintes da coleção.

No volume do 7o ano, o olhar se dirige mais particularmente para o espaço geográfico brasileiro, sendo estudadas as dinâmicas e características de sua produção.

No 8o o ano, o foco é as dinâmicas da população e inicia-se com uma abordagem pautada na regionalização mundial, sendo estudados os espaços geográficos da América, África e Antártida.

No 9o ano, quando os estudantes já apreenderam diversos conceitos relacionados à dinâmica do espaço geográfico mundial, são trabalhadas temáticas envolvendo aspectos da globalização e é dada continuidade ao estudo de aspectos particulares da Europa, da Ásia e da Oceania.

LXIV

QUADRO DE CONTEÚDOS, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES DA BNCC DO VOLUME 6.1

Nos quadros a seguir, são apresentados os principais conteúdos trabalhados no volume 9, os objetos de conhecimento e as habilidades da BNCC que a eles estão relacionados.

9o ANO

1. Mundo globalizado

Temas Contemporâneos Transversais:

• Ciência e Tecnologia

• Trabalho

• Educação Ambiental

• Mundialização e globalização

• Inovações técnicas e transformações espaciais

• Globalização e espaço geográfico

• Indústria e agropecuária

• Questão energética

• Mudanças no mundo do trabalho

2. Globalização e desafios no século XXI

Temas Contemporâneos Transversais:

• Ciência e Tecnologia

• Diversidade Cultural

• Educação Alimentar e Nutricional

• Educação em Direitos Humanos

• Educação Ambiental

3. Europa: território e natureza

Temas Contemporâneos Transversais:

• Educação Fiscal

• Educação Ambiental

• Diversidade Cultural

• Comunicações, transportes e fluxos

• Globalização e cultura

• Globalização: contradições e desigualdades

• Globalização e pandemias

• Organizações internacionais

• Localização e regionalizações

• Integrações da Europa

• Aspectos naturais

• A hegemonia europeia na economia, na política e na cultura EF09GE01

• Corporações e organismos internacionais

EF09GE02

• Integração mundial e suas interpretações: globalização e mundialização EF09GE05

• A divisão do mundo em Ocidente e Oriente

EF09GE06

• Transformações do espaço na sociedade urbano-industrial EF09GE10 EF09GE11

• Cadeias industriais e inovação no uso dos recursos naturais e matérias-primas EF09GE12 EF09GE13

• Cadeias industriais e inovação no uso dos recursos naturais e matérias-primas EF09GE14

• Diversidade ambiental e as transformações nas paisagens na Europa, na Ásia e na Oceania

EF09GE18

4. Europa: população e economia

Temas Contemporâneos Transversais:

• Processo de Envelhecimento, Respeito e Valorização do Idoso

• Educação em Direitos Humanos

• Diversidade Cultural

• Trabalho

• Educação Alimentar e Nutricional

• Ciência e Tecnologia

• Educação Ambiental

• Distribuição da população

• Crescimento demográfico e envelhecimento

• Diferentes povos e culturas

• Migrações

• Conflitos e tensões

• Espaço econômico europeu

• Gerais: 1, 2, 3, 4, 7, 9 e 10

• Ciências Humanas: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7

• Geografia: 1, 3, 4, 5, 6 e 7

• Corporações e organismos internacionais EF09GE02

• As manifestações culturais na formação populacional EF09GE03

• Integração mundial e suas interpretações: globalização e mundialização EF09GE05

• Intercâmbios históricos e culturais entre Europa, Ásia e Oceania EF09GE09

• Leitura e elaboração de mapas temáticos, croquis e outras formas de representação para analisar informações geográficas EF09GE14 EF09GE15

• Gerais: 1, 2, 3, 4, 5 e 7

• Ciências Humanas: 2, 3, 5, 6 e 7

• Geografia: 1, 3, 4, 5 e 6

• A hegemonia europeia na economia, na política e na cultura EF09GE01

• Corporações e organismos internacionais EF09GE02

• As manifestações culturais na formação populacional EF09GE04

• Integração mundial e suas interpretações: globalização e mundialização EF09GE05

• A divisão do mundo em Ocidente e Oriente EF09GE06

• Intercâmbios históricos e culturais entre Europa, Ásia e Oceania EF09GE07 EF09GE08 EF09GE09

• Transformações do espaço na sociedade urbano-industrial EF09GE10

• Leitura e elaboração de mapas temáticos, croquis e outras formas de representação para analisar informações geográficas EF09GE14 EF09GE15

• Diversidade ambiental e as transformações nas paisagens na Europa, na Ásia e na Oceania EF09GE16 EF09GE17 EF09GE18

• Gerais: 1, 2, 7 e 9

• Ciências Humanas: 1, 2, 3, 5 e 6

• Geografia: 1, 2 e 6

• A hegemonia europeia na economia, na política e na cultura EF09GE01

• As manifestações culturais na formação populacional EF09GE03 EF09GE04

• Intercâmbios históricos e culturais entre Europa, Ásia e Oceania EF09GE08 EF09GE09

• Transformações do espaço na sociedade urbano-industrial EF09GE10

• Leitura e elaboração de mapas temáticos, croquis e outras formas de representação para analisar informações geográficas EF09GE14 EF09GE15

• Diversidade ambiental e as transformações nas paisagens na Europa, na Ásia e na Oceania EF09GE17 EF09GE18

UNIDADES CONTEÚDOS PRINCIPAIS COMPETÊNCIAS OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES
Gerais:  1, 2, 6 e 7
Ciências Humanas: 2, 5, 6 e 7
Geografia: 1, 3, 4 e 6
1 o BIMESTRE 1 o TRIMESTRE 1 o SEMESTRE
2 o BIMESTRE 2 o TRIMESTRE
LXV

UNIDADES CONTEÚDOS PRINCIPAIS COMPETÊNCIAS OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES

5. Ásia

Temas Contemporâneos Transversais:

• Educação Ambiental

• Diversidade Cultural

• Educação Alimentar e Nutricional

• Educação em Direitos Humanos

• Saúde

• Território e natureza

• Aspectos da população

• Integrações na Ásia

• Gerais: 1, 2, 3, 4, 9 e 10

• Ciências Humanas: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7

• Geografia: 1, 3, 4, 5, 6 e 7

6. Oriente Médio, Ásia Setentrional e Ásia Central

Temas Contemporâneos Transversais:

• Educação em Direitos Humanos

• Diversidade Cultural

• Educação Ambiental

• Oriente Médio

• Ásia Setentrional

• Ásia Central

• Gerais: 1, 2, 4, 7 e 9

• Ciências Humanas: 1, 2, 3, 5, 6 e 7

• Geografia: 1, 2, 4, 5 e 6

• Corporações e organismos internacionais

EF09GE02

• As manifestações culturais na formação populacional EF09GE03 EF09GE04

• Integração mundial e suas interpretações: globalização e mundialização EF09GE05

• Intercâmbios históricos e culturais entre Europa, Ásia e Oceania EF09GE07 EF09GE08

EF09GE09

• Transformações do espaço na sociedade urbano-industrial EF09GE10

• Leitura e elaboração de mapas temáticos, croquis e outras formas de representação para analisar informações geográficas EF09GE14 EF09GE15

• Diversidade ambiental e as transformações nas paisagens na Europa, na Ásia e na Oceania EF09GE17 EF09GE18

• A hegemonia europeia na economia, na política e na cultura EF09GE01

• Corporações e organismos internacionais

EF09GE02

• As manifestações culturais na formação populacional EF09GE03

• A divisão do mundo em Ocidente e Oriente

EF09GE06

• Intercâmbios históricos e culturais entre Europa, Ásia e Oceania EF09GE08 EF09GE09

• Cadeias industriais e inovação no uso dos recursos naturais e matérias-primas EF09GE13

• Leitura e elaboração de mapas temáticos, croquis e outras formas de representação para analisar informações geográficas EF09GE14 EF09GE15

• Diversidade ambiental e as transformações nas paisagens na Europa, na Ásia e na Oceania EF09GE17

7. Extremo Oriente, Ásia Meridional e Sudeste

Asiático Temas Contemporâneos Transversais:

• Diversidade Cultural

• Ciência e Tecnologia

• Educação Ambiental

• Educação em Direitos Humanos

• Direitos da Criança e do Adolescente

• Trabalho

• Extremo Oriente

• Ásia Meridional

• Sudeste Asiático

• Gerais: 1, 2, 7, 9 e 10

• Ciências Humanas: 1, 2, 4, 5, 6 e 7

• Geografia: 1, 3, 4, 5, 6 e 7

8. Oceania

Temas Contemporâneos Transversais:

• Educação em Direitos Humanos

• Diversidade Cultural

• Educação Ambiental

• Ciência e Tecnologia

• Território e população

• Aspectos naturais

• Austrália

• Nova Zelândia

• Gerais: 1, 2, 4, 5, 7, 9 e 10

• Ciências Humanas: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7

• Geografia: 1, 3, 4, 5, 6 e 7

• A hegemonia europeia na economia, na política e na cultura EF09GE01

• Corporações e organismos internacionais EF09GE02

• As manifestações culturais na formação populacional EF09GE03 EF09GE04

• Integração mundial e suas interpretações: globalização e mundialização EF09GE05

• Intercâmbios históricos e culturais entre Europa, Ásia e Oceania EF09GE08 EF09GE09

• Transformações do espaço na sociedade urbano-industrial EF09GE10 EF09GE11

• Leitura e elaboração de mapas temáticos, croquis e outras formas de representação para analisar informações geográficas EF09GE14 EF09GE15

• Diversidade ambiental e as transformações nas paisagens na Europa, na Ásia e na Oceania EF09GE17 EF09GE18

• A hegemonia europeia na economia, na política e na cultura EF09GE01

• As manifestações culturais na formação populacional EF09GE03 EF09GE04

• Intercâmbios históricos e culturais entre Europa, Ásia e Oceania EF09GE08 EF09GE09

• Leitura e elaboração de mapas temáticos, croquis e outras formas de representação para analisar informações geográficas EF09GE14 EF09GE15

• Diversidade ambiental e as transformações nas paisagens na Europa, na Ásia e na Oceania

EF09GE17

4 o BIMESTRE

9o ANO
BIMESTRE 2
TRIMESTRE 2 o SEMESTRE
3 o
o
3 o TRIMESTRE
LXVI

OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS

UNIDADE 1 • Mundo globalizado

• Reconhecer o papel do avanço tecnológico dos meios de comunicação e de transportes para compreender sua importância na aproximação de lugares e pessoas.

• Compreender que a globalização se relaciona a aspectos econômicos, culturais e espaciais, para analisar os agentes e processos de ocorrência espacial.

• Compreender a globalização como resultado da expansão do sistema capitalista, entendendo que esse fenômeno é possível devido ao desenvolvimento das técnicas na sociedade.

• Entender a mundialização como uma das características do processo de globalização.

• Associar a divisão do mundo em Ocidente e Oriente com o sistema colonial implantado pelos europeus no século XVI.

• Identificar as fases do capitalismo e relacioná-las às etapas de expansão e produção de bens e serviços.

• Conhecer as principais características das revoluções industriais e caracterizar a Divisão Internacional do Trabalho (DIT) imposta pela Revolução Industrial para compreender o processo de internacionalização e fragmentação da produção.

• Reconhecer a importância do acesso à informação e aos meios de comunicação modernos para mobilização social e melhoria de condições de vida.

• Reconhecer os efeitos da globalização e do desenvolvimento da tecnologia no espaço geográfico, para entender as mudanças tecnológicas relacionadas ao advento da Quarta Revolução Industrial e as transformações decorrentes dela no mundo do trabalho.

• Compreender a importância da agropecuária e os interesses envolvidos nessa atividade no mundo atual, percebendo a sobreposição dos interesses econômicos aos interesses da população, relacionando à questão da insegurança alimentar.

• Entender a importância das fontes de energia no desenvolvimento das atividades humanas, reconhecendo as principais fontes utilizadas no mundo atual, bem como os desafios relacionados a essa questão.

UNIDADE 2 • Globalização e desafios no século XXI

• Reconhecer o avanço das técnicas nos meios de comunicação e de transportes, para compreender a importância do acesso à informação e para a mobilização social e a melhoria de condições de vida, além de aproximar pessoas e lugares.

• Analisar a participação do processo de globalização no fenômeno da homogeneização cultural, para compreender as formas de resistência, conhecendo a experiência de minorias étnicas ao redor do mundo.

• Analisar a existência de aspectos contraditórios da globalização, reconhecendo-a como um processo que não atingiu todos os países e pessoas da mesma forma e com a mesma intensidade.

• Observar disparidades regionais e entre países, analisando indicadores socioeconômicos diversos que demonstram um padrão de distribuição espacial que opõe países desenvolvidos, subdesenvolvidos e emergentes.

• Relacionar as características do mundo globalizado ao surgimento cada vez mais frequente de epidemias e pandemias, tornando possível analisar os diferentes impactos da pandemia de covid-19 nas áreas da saúde, economia, educação, trabalho.

• Reconhecer que a pandemia de covid-19 aprofundou ainda mais as disparidades econômicas, sociais, étnicas e de gênero.

• Compreender a necessidade de uma abordagem integrada de bem-estar de espécies animais, vegetais e ecossistemas como forma de reduzir os riscos de pandemias.

6.2 LXVII

• Conhecer o papel de organizações internacionais (governamentais e não governamentais) na produção do espaço geográfico mundial, para compreender a importância da mobilização de organizações da sociedade civil mundial na proposição de um mundo mais justo e com melhores condições de vida para todos.

• Realizar leitura de imagens, como mapas e fotografias, para obtenção de informações variadas e como parte de procedimentos de leitura da paisagem.

UNIDADE 3 • Europa: território e natureza

• Conhecer aspectos político-territoriais e naturais presentes na produção do espaço geográfico europeu, para compreender os critérios político-ideológicos e de localização geográfica na definição das regionalizações do continente europeu.

• Compreender fatores históricos e territoriais no processo de formação da União Europeia (UE) e da Comunidade dos Estados Independentes (CEI), para compreender o atual papel dessas organizações no continente.

• Reconhecer a importância política e econômica da União Europeia para os países do continente e na relação com outros países, analisando as dificuldades enfrentadas pelo bloco nos últimos anos.

• Analisar a ocorrência, na paisagem do continente europeu, das formações de relevo, dos principais rios, das formações vegetais, dos principais tipos climáticos e os fatores de sua dinâmica natural, para relacionar elementos naturais da paisagem às atividades humanas, como o uso dos recursos hídricos.

• Relacionar a degradação dos rios europeus, ao longo do tempo, ao processo de produção industrial, conhecendo exemplos de despoluição ocorridos nas últimas décadas.

• Elaborar e interpretar gráficos sistematizando informações socioeconômicas do continente europeu, para realizar leitura de imagens, como mapas e fotografias, para a obtenção de informações variadas e como parte de procedimentos de leitura da paisagem.

• Realizar procedimentos de pesquisa para a obtenção de informações e desenvolver autonomia nos estudos e atitudes necessárias ao trabalho em grupo.

UNIDADE 4 • Europa: população e economia

• Compreender aspectos do espaço geográfico europeu a partir dos aspectos populacionais, para compreender as características do continente em seus aspectos populacionais, urbanos e econômicos.

• Relacionar o baixo crescimento demográfico e o envelhecimento da população europeia a fatores socioeconômicos associados à urbanização e a melhores condições de vida.

• Analisar aspectos do espaço urbano e da hierarquia de cidades europeias, para compreender os fatores relacionados às mudanças político-territoriais do continente europeu a partir do final da década de 1980.

• Identificar os principais fluxos populacionais na Europa, relacionando-os ao contexto das migrações internacionais e à xenofobia, para reconhecer a grande diversidade sociocultural da população europeia e valorizar a igualdade entre as pessoas, repudiando atitudes racistas e xenofóbicas.

• Compreender aspectos do espaço geográfico europeu relacionados às atividades econômicas que nele se desenvolvem, e, assim, reconhecer a importância das políticas agrárias na Europa, analisando seus efeitos.

• Analisar os argumentos contrários e favoráveis à energia nuclear, reconhecendo a importância das manifestações da sociedade civil e o peso da opinião pública nas políticas sobre o tema.

• Reconhecer a importância das atividades industriais para a economia europeia, para compreender a relevância econômica do continente no mundo atualmente.

• Realizar leitura de imagens, como mapas e fotografias, para obtenção de informações variadas e como parte de procedimentos de leitura da paisagem.

• Realizar procedimentos de pesquisa para obtenção de informações e desenvolver autonomia nos estudos e atitudes necessárias ao trabalho em grupo.

LXVIII

UNIDADE 5 • Ásia

• Conhecer aspectos relacionados a dimensão, localização, regionalização, divisão político-territorial e elementos naturais que caracterizam o espaço geográfico do continente asiático, para conseguir identificar as ocorrências de relevo e os principais rios que banham esse continente.

• Relacionar a ocorrência de grandes cadeias montanhosas na Ásia à dinâmica geológica e aos fatores climáticos.

• Identificar e relacionar os climas predominantes no continente asiático às principais formações vegetais originais a eles associadas.

• Relacionar impactos ambientais às atividades econômicas desenvolvidas no continente asiático.

• Analisar aspectos da população do continente asiático, como a distribuição desigual pelo território, a população urbana e os indicadores sociais.

• Conhecer aspectos das principais organizações políticas e econômicas das quais fazem parte países asiáticos, analisando seus objetivos de integração.

• Identificar a existência de diferentes religiões, conhecendo seus principais aspectos e reconhecendo a necessidade e a importância da tolerância e do respeito às diversas práticas religiosas.

• Conhecer elementos da cultura de países asiáticos que alcançaram diversas regiões do mundo, especialmente a partir do final da Segunda Guerra Mundial, e identificar manifestações culturais asiáticas que ocorrem atualmente no Brasil.

UNIDADE 6 • Oriente Médio, Ásia Setentrional e Ásia Central

• Conhecer e analisar aspectos da localização e da formação do território, da população, da economia e da geopolítica para compreender características do espaço geográfico do Oriente Médio.

• Conhecer os principais conflitos no território da Palestina, em Israel, no Afeganistão, no Iraque e em outros países da região, relacionando-os ao processo histórico de constituição de fronteiras e à importância geopolítica dos recursos naturais ali existentes.

• Reconhecer a importância estratégica do petróleo no cenário global para compreender a relevância de grupos produtores, como a Opep, que em sua composição conta com países do Oriente Médio.

• Conhecer e analisar aspectos do território, da população, das atividades econômicas e dos problemas ambientais e geopolíticos da Ásia Setentrional e Central para compreender características da economia russa e da participação do país no cenário mundial, principalmente nos setores agrícola e energético.

• Analisar as transformações ocorridas na Ásia Setentrional e Central após o fim da União Soviética para reconhecer a importância das mobilizações populares na luta pela democracia, analisando o papel das chamadas “novas tecnologias” nesse processo.

• Realizar leitura de imagens, como mapas e fotografias, para obtenção de informações diversas, associando-as aos procedimentos de leitura da paisagem.

• Realizar procedimentos de pesquisa para obtenção de informações e desenvolver autonomia nos estudos e nas atitudes necessárias ao trabalho em grupo.

UNIDADE 7 • Extremo Oriente, Ásia Meridional e Sudeste Asiático

• Conhecer aspectos relacionados à localização do território, às características físicas e ambientais de países do Extremo Oriente, da Ásia Meridional e do Sudeste Asiático, para compreender aspectos demográficos, socioeconômicos e culturais.

• Analisar aspectos históricos e políticos na produção do espaço geográfico de países do Extremo Oriente, da Ásia Meridional e do Sudeste Asiático, para compreender o crescimento e dinamismo econômico do Japão, China, “Tigres” e “Novos Tigres” Asiáticos e Índia.

• Caracterizar a economia dos países conhecidos como “Tigres Asiáticos” e “Novos Tigres Asiáticos” para compreender o desenvolvimento econômico e a posição na Divisão Internacional do Trabalho desses países.

LXIX

• Analisar o processo de formação das duas Coreias no contexto do Imperialismo e da Guerra Fria, para compreender aspectos históricos, políticos e econômicos relacionados à Coreia do Norte e à Coreia do Sul.

• Analisar aspectos físicos do território japonês, relacionando-os às ocorrências geológicas, para compreender o uso que se faz do solo e das técnicas nele empregadas.

• Compreender o processo de ascensão da China como potência econômica mundial, para conhecer aspectos do desenvolvimento econômico chinês, tendo em perspectiva os problemas socioambientais enfrentados pelo país.

• Analisar as políticas adotadas pela China para compreender a expansão de sua zona de influência na Ásia e no mundo.

• Analisar aspectos históricos e políticos para compreender as tensões entre Índia e Paquistão.

• Compreender o sistema de castas e seu papel na manutenção das desigualdades sociais na Índia.

• Analisar aspectos da dinâmica natural e sua influência nas atividades econômicas desenvolvidas no Sudeste Asiático.

UNIDADE 8 • Oceania

• Conhecer aspectos relacionados à localização do território, às características físicas e ambientais dos países da Oceania, para compreender aspectos demográficos, socioeconômicos e culturais dos países da Oceania.

• Analisar aspectos históricos e políticos relacionados à produção do espaço geográfico da Oceania, analisando os impactos da colonização sobre os povos originários dessa região.

• Analisar a distribuição territorial da população da Oceania levando em conta as características naturais do território.

• Reconhecer a existência de diferenças socioeconômicas nos países que fazem parte da Oceania, para compreender a importância da Austrália e da Nova Zelândia na economia do continente.

• Analisar o papel desempenhado por Austrália e Nova Zelândia na região do oceano Pacífico, identificando suas áreas de influência e os principais impactos do aquecimento global nos territórios de países da Oceania.

• Relacionar aspectos da natureza, da sociedade e da economia que caracterizam o espaço geográfico da Austrália e da Nova Zelândia.

AVALIAÇÃO

UNIDADE 1 • Mundo globalizado

1. Podemos pensar os conceitos de mundialização e globalização de forma distinta, ainda que estejam relacionados. De que maneira a mundialização está inserida no processo de globalização?

2. É possível afirmarmos que o acesso ao modo de vida globalizado é democrático? Por quê?

3. Explique como a globalização afeta a cultura de diferentes lugares do mundo.

4. Mesmo com a globalização, algumas culturas tradicionais se mantêm preservadas. Cite pelo menos dois fatores que ajudam a explicar por que isso acontece.

5. De quais formas o desenvolvimento dos meios de comunicação e transporte interfere na circulação de pessoas, informações e mercadorias? Dê exemplos.

6. Considere as seguintes afirmações a respeito das fases da Revolução Industrial.

I. A Segunda Revolução Industrial, ainda que tenha conquistado determinado grau de desenvolvimento tecnológico, não interferiu no processo de globalização.

II. Ao se alcançar nova fase de desenvolvimento, as etapas anteriores são totalmente superadas por tornarem-se ineficazes frente aos avanços tecnológicos.

LXX
6.3

III. A Primeira Revolução Industrial marca a transição do capitalismo comercial ao capitalismo industrial, com o lucro vindo por meio da produção de mercadorias.

IV. A Terceira Revolução Industrial se baseia na ciência e tecnologia, diferenciando-se das duas anteriores quanto ao grau de especialização de mão de obra, entre outros aspectos.

Estão corretas as afirmações:

a) I e II. b) II e III. c) III e IV. d) I, II e IV.

UNIDADE 2 • Globalização e desafios no século XXI

1. O Banco Mundial:

a) promove empréstimos para todos os países-membros da ONU.

b) tem como objetivo a industrialização dos países subdesenvolvidos.

c) atende apenas países em desenvolvimento, fornecendo-lhes empréstimos.

d) faz empréstimos exclusivamente para os países desenvolvidos.

2. O Fundo Monetário Internacional (FMI) é um fundo de cooperação entre 187 países-membros. No entanto, esse organismo sofre diversas críticas. Explique por quê.

3. Responda às questões sobre o Pnuma.

a) O que é o Pnuma?

b) Cite pelo menos uma conferência, acordo ou protocolo do Pnuma e seu objetivo.

4. Quanto ao Índice de Gini, é correto afirmar:

a) Quanto mais próximo o índice for de 100, maior a desigualdade de renda no país.

b) Os índices mais baixos indicam países com elevadas taxas de analfabetismo.

c) O índice mais próximo de 1 revela alta expectativa de vida.

d) Os países mais desenvolvidos apresentam índices mais elevados.

UNIDADE 3 • Europa: território e natureza

1. A Europa e a Ásia formam um único bloco continental, com alguns países que possuem territórios nos dois continentes. Explique por que a Europa e a Ásia são consideradas continentes distintos, apesar de não haver uma separação física entre eles.

2. Em 1992 foi criada a União Europeia, como uma evolução do Mercado Comum Europeu. Quais são os principais objetivos da UE e as políticas instauradas para alcançar tais objetivos?

3. Apesar de a União Europeia ser um bloco bem-sucedido de união econômica e política, ela enfrenta alguns importantes desafios. Escreva brevemente sobre cada um dos desafios a seguir e como eles se manifestam dentro da União Europeia.

a) Brexit

b) Crise da migração.

4. Quanto aos aspectos físicos da Europa, responda ao que se pede.

a) Indique os elementos naturais que determinam as fronteiras entre Europa e Ásia.

b) Descreva o relevo do Reino Unido.

c) Indique áreas de ocorrência de vulcões na Europa.

5. A Europa apresenta seis principais tipos climáticos. Identifique, em seu caderno, a qual clima corresponde cada definição.

a) Temperaturas negativas são comuns durante o ano todo. Ocorre em áreas ao norte do Círculo Polar Ártico.

b) Presente em grande parte do território europeu. Mais ao norte: verões e invernos amenos. Nas áreas mais continentais: estações do ano são bem-marcadas.

c) Verão curto, inverno longo e rigoroso, com bastante ocorrência de neve. Presente em grande parte da Europa, a leste.

LXXI

d) Verões quentes, invernos rigorosos, baixa precipitação. Ocorre no sudeste da Europa.

e) Temperaturas baixas o ano todo, ocorre em áreas de altitude elevada.

f) Verões quentes e secos, invernos amenos e chuvosos. Ocorre na parte sul.

UNIDADE 4 • Europa: população e economia

1. A respeito da população europeia, podemos afirmar que:

a) está distribuída de forma regular pelo território, com exceção das regiões de clima polar, como encontrado na Sibéria.

b) as pequenas extensões da maioria dos países europeus permitem que a distribuição da população seja regular pelo continente.

c) está distribuída de maneira irregular no território, com alta densidade demográfica em países pouco extensos.

d) apenas as capitais de grandes países, como Rússia, Espanha e França, possuem alta densidade demográfica.

2. Como se caracteriza uma minoria étnica? Dê exemplo de uma minoria étnica europeia e explique se existe alguma reivindicação desse grupo.

3. Quais fatores estão envolvidos no aumento da expectativa de vida observada nos países europeus? De que forma esse cenário pode influenciar na composição etária da população europeia?

4. Relacione o envelhecimento da população europeia às consequências para a economia do continente.

5. Em 1991, a Iugoslávia iniciava o processo de desintegração, com a declaração de independência reivindicada pela Croácia e Eslovênia.

a) A que se deveu a desintegração da Iugoslávia?

b) Quais foram as consequências da divisão para as fronteiras europeias?

6. Relacione as políticas agrícolas dos países europeus com a história das Guerras Mundiais e o impacto dessas políticas no comércio mundial atual.

7. Qual é a importância da rede de transportes na integração europeia e para os fluxos de pessoas e mercadorias no continente? Cite ao menos três importantes obras de transporte no continente.

UNIDADE 5 • Ásia

1. Leia o texto a seguir.

A temporada das fortes chuvas de monções, que começou em junho, provocou a morte de 1,2 mil pessoas em 2018 na Índia e em países próximos. [...]

As inundações destruíram particularmente o estado de Kerala, uma região turística no sudeste do país, e provocaram o deslocamento de centenas de milhares de pessoas. Em 2017, as monções deixaram 667 mortos na Índia. [...]

MONÇÕES deixam 1,2 mil mortos na Índia e países vizinhos em 2018. G1, Rio de Janeiro, 27 out. 2018. Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/08/27/moncoes-deixam-12-mil-mortos-na-india-e-paises-

a) Explique o fenômeno a que o texto se refere.

b) Quais regiões da Ásia são as mais afetadas por esse fenômeno?

2. Na Ásia, há diversas formações florestais.

a) Onde se localizam as Florestas Tropicais no continente asiático?

b) Explique uma das causas da atual devastação dessas florestas.

3. Os estudos de diferentes instituições apontam que a Ásia é um dos continentes que está passando por um processo de urbanização dos mais acelerados. Explique as consequências dessa urbanização acelerada.

vizinhos-em-2018.ghtml. Acesso em: 17 ago. 2022.
LXXII

4. Em relação à Asean, é correto afirmar que:

a) é uma zona de livre-comércio apenas entre países do Sudeste Asiático.

b) prioriza as relações comerciais entre os países-membros, excluindo os demais.

c) restringe sua atuação apenas às trocas comerciais.

d) tem objetivo de tornar-se um mercado comum.

5. A Apec é um bloco econômico criado em 1989. Qual é o principal ponto positivo da criação desse bloco?

UNIDADE 6 • Oriente Médio, Ásia Setentrional e Ásia Central

1. Sobre o uso do solo no Oriente Médio, responda.

a) Quais produtos são cultivados nas áreas de clima mediterrâneo?

b) Qual fator físico-natural dificulta o cultivo em países como Arábia Saudita, Omã e Emirados Árabes Unidos?

c) O que são áreas improdutivas?

2. O conflito na Síria foi impulsionado pela chamada “Primavera Árabe”. Primavera Árabe é o nome que recebeu o conjunto de intensos protestos ocorridos principalmente em 2011 em alguns países do mundo árabe.

a) Qual era o objetivo principal dos manifestantes que protestaram durante a Primavera Árabe?

b) Cite três países que obtiveram êxito em suas manifestações.

c) Indique um país do Oriente Médio, além da Síria, que enfrenta uma guerra civil iniciada com os protestos da Primavera Árabe.

3. Sobre a Ásia Setentrional, responda.

a) Que país integra a região?

b) O que justifica essa região ser composta por um único país?

c) Que elemento natural estabelece a fronteira entre Ásia e Europa?

4. A paisagem do Mar de Aral, na Ásia Central, se transformou drasticamente na segunda metade do século XX. Explique o que ocorreu para provocar tamanha transformação.

UNIDADE 7 • Extremo Oriente, Ásia Meridional e Sudeste Asiático

1. Comparando as duas Coreias, é possível afirmar que:

a) a economia da Coreia do Norte apresenta controle estatal, e a Coreia do Sul tem investimento concentrado por conglomerados de empresas.

b) a Coreia do Sul rompeu relações com os Estados Unidos e tornou-se socialista, ao contrário da Coreia do Norte, que permanece no modelo capitalista.

c) apesar das diferenças ideológicas, ambas possuem bom relacionamento com os Estados Unidos, investidor nos dois países no período da Guerra Fria.

d) na Coreia do Norte destaca-se o intercâmbio cultural com o exterior, e na Coreia do Sul as trocas com outros países são bastante restritas.

2. Sobre o papel da atividade agropecuária na economia japonesa, podemos afirmar que:

a) atualmente, com o emprego de técnicas modernas, tornou-se tão competitivo quanto o setor de pesca.

b) a alta fertilidade do solo torna o país um grande exportador de produtos agrícolas, principalmente.

c) as dimensões do território e o relevo irregular dificultam o desenvolvimento da agricultura no país.

d) a atividade é praticada nas áreas de planície, encontradas em quase todo o território do Japão.

3. Explique o que são as Zonas Econômicas Especiais e no que elas diferem do restante do território chinês.

4. A relação entre a China e outros países, principalmente da América Latina e da África, intensificou-se nas últimas décadas. Entre os interesses chineses nessa relação, podemos destacar:

a) a busca por matéria-prima para abastecer a produção nacional, fortalecendo o crescimento econômico.

b) o fornecimento de mão de obra abundante e barata em contraposição à alta qualificação da mão de obra chinesa.

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c) a busca por mercado consumidor e a necessidade de importação de produtos industrializados.

d) a parceria na tentativa de implementar o modelo socialista nos países subdesenvolvidos.

5. Relacione o crescimento econômico chinês com os problemas ambientais em escala local e global.

6. Sobre os Novos Tigres Asiáticos, responda:

a) Quais países compõem o grupo?

b) Explique semelhanças e diferenças entre eles e os Tigres Asiáticos.

UNIDADE 8 • Oceania

1. Sobre a hidrografia e o relevo da Oceania, assinale a alternativa correta.

a) A hidrografia apresenta principalmente rios volumosos e extensos, que correm em áreas de planícies.

b) As formas do relevo na Oceania apresentam diferenças significativas entre as ilhas do Pacífico, a Austrália e a Nova Zelândia.

c) No território australiano, o relevo é montanhoso, pois o país se encontra em uma área de choque de placas tectônicas sujeita à ocorrência de atividade vulcânica e terremotos.

d) A Nova Zelândia também apresenta relevo plano, com baixa variação de altitude.

2. Compare a Nova Zelândia com a Austrália do ponto de vista socioeconômico.

3. Sobre a Austrália, assinale a alternativa correta.

a) É o maior país da Oceania e o terceiro do mundo, atrás de Rússia e Canadá.

b) Seu sistema de governo é uma república presidencialista: o chefe de governo é o presidente, eleito por meio do voto direto.

c) É o país mais povoado da Oceania, com cerca de 3 hab./km².

d) A maioria dos australianos vive em cidades concentradas na faixa litorânea dos oceanos Pacífico e Índico.

4. Sobre os recursos minerais na Austrália, responda às questões.

a) Quais são os principais recursos energéticos disponíveis no território australiano?

b) Quais são os principais recursos minerais explorados na Austrália?

c) Qual é a importância dos recursos minerais para a economia australiana?

GABARITO UNIDADE 1

1. O conceito de mundialização refere-se às questões de integração econômica, como expansão de mercado e fluxos de capitais, possíveis a partir da integração do espaço geográfico, premissa do conceito de globalização.

Habilidade (EF09GE05) Analisar fatos e situações para compreender a integração mundial (econômica, política e cultural), comparando as diferentes interpretações: globalização e mundialização.

2. É esperado que os estudantes indiquem que não, já que nem todas as pessoas têm condições de acesso ao desenvolvimento proporcionado pelos meios de comunicação e de transporte, vivendo à margem da sociedade globalizada.

Habilidade (EF09GE05) Analisar fatos e situações para compreender a integração mundial (econômica, política e cultural), comparando as diferentes interpretações: globalização e mundialização.

3. A globalização, por aproximar os lugares tanto física quanto virtualmente, tende a tornar dominantes ou globais as culturas dos países hegemônicos. Em geral, locais com menor inclusão digital, afastados dos centros de poder ou que são resistentes ao que “vem de fora”, tendem a ter cultura local mais preservada.

Habilidade (EF09GE05) Analisar fatos e situações para compreender a integração mundial (econômica, política e cultural), comparando as diferentes interpretações: globalização e mundialização.

LXXIV
6.4

4. Podem ser citados: isolamento geográfico; pouca abertura a culturas diferentes; exclusão digital.

Habilidade (EF09GE03) Identificar diferentes manifestações culturais de minorias étnicas como forma de compreender a multiplicidade cultural na escala mundial, defendendo o princípio do respeito às diferenças.

5. A partir dos avanços nos meios de comunicação e transporte, pessoas e mercadorias percorrem distâncias de forma dinamizada; as informações e os capitais podem circular instantaneamente através das redes telefônicas, satélites, internet etc. Os estudantes podem fornecer exemplos do próprio cotidiano, envolvendo uma viagem internacional realizada em algumas horas, conversas instantâneas com os amigos ou compras de produtos e jogos on-line, por exemplo.

Habilidade (EF09GE10) Analisar os impactos do processo de industrialização na produção e circulação de produtos e culturas na Europa, na Ásia e na Oceania.

6. Alternativa C.

Habilidade (EF09GE10) Analisar os impactos do processo de industrialização na produção e circulação de produtos e culturas na Europa, na Ásia e na Oceania.

UNIDADE 2

1. Alternativa C.

Habilidade (EF09GE02) Analisar a atuação das corporações internacionais e das organizações econômicas mundiais na vida da população em relação ao consumo, à cultura e à mobilidade.

2. O FMI, para emprestar dinheiro aos países que precisam, exige que eles sigam políticas de ajustes econômicos, que, muitas vezes, prejudicam o desenvolvimento social desses países.

Habilidade (EF09GE02) Analisar a atuação das corporações internacionais e das organizações econômicas mundiais na vida da população em relação ao consumo, à cultura e à mobilidade.

3. a) Pnuma é o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

b) Podem ser citados o Protocolo de Kyoto, com o objetivo de reduzir a emissão de gases do efeito estufa, e a Conferência Rio+10, que pretendia reduzir a fome e a carência de água potável.

Habilidade (EF09GE02) Analisar a atuação das corporações internacionais e das organizações econômicas mundiais na vida da população em relação ao consumo, à cultura e à mobilidade.

4. Alternativa A.

Habilidade (EF09GE15) Comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações populacionais, econômicas e socioambientais representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.

UNIDADE 3

1. Por questões históricas e culturais. A Europa é considerada o berço da civilização e cultura ocidentais, enquanto na Ásia estão civilizações orientais. Os continentes apresentam importantes diferenças culturais, perceptíveis nos idiomas, nas religiões e em outros elementos, bem como diferenças étnicas entre as populações.

Habilidade (EF09GE07) Analisar os componentes físico-naturais da Eurásia e os determinantes histórico-geográficos de sua divisão em Europa e Ásia.

2. A União Europeia busca uma maior integração econômica e política entre os países-membros, o desenvolvimento da economia europeia e a garantia de paz, inclusão social e progresso científico e tecnológico na região. Além da regulamentação do comércio com outros países, a União Europeia instituiu a livre circulação de bens, serviços, pessoas e capitais entre os países-membros. Ainda, há a redução ou eliminação de impostos e taxas e a criação de leis fiscais e trabalhistas comuns a todos os países-membros. Alguns países ainda fazem parte da zona do euro, que introduz uma moeda única entre eles.

Habilidade (EF09GE02) Analisar a atuação das corporações internacionais e das organizações econômicas mundiais na vida da população em relação ao consumo, à cultura e à mobilidade.

3. a) Em razão da crise econômica, em 2016 a população do Reino Unido votou em referendo pela saída da

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União Europeia, buscando maior liberdade comercial e controle das fronteiras. A saída do bloco traz consequências tanto para o Reino Unido como para os países da União Europeia, que precisaram renegociar todos os acordos com o país.

b) Com o terrorismo na Síria e conflitos em outros países, a chegada de refugiados à Europa cresceu nos últimos anos. O aumento do número de refugiados e imigrantes promove, em parcelas menos informadas da população, o medo do terrorismo, do desemprego e, consequentemente, a xenofobia.

Habilidade (EF09GE02) Analisar a atuação das corporações internacionais e das organizações econômicas mundiais na vida da população em relação ao consumo, à cultura e à mobilidade.

4. a) Montes Urais, Mar Egeu, Mar Negro, Mar Cáspio e Cáucaso.

b) Predomínio de planícies e altitudes baixas, ultrapassando os 1 000 metros em apenas alguns picos das montanhas na porção central do norte do Reino Unido.

c) No sul da Itália, nas ilhas Sicília e de Creta. Ao norte, na Islândia.

Habilidade (EF09GE17) Explicar as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Europa, da Ásia e da Oceania.

5. a) Polar; b) Temperado; c) Frio; d) Semiárido; e) Frio de montanha; f) Mediterrâneo.

Habilidade (EF09GE17) Explicar as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Europa, da Ásia e da Oceania.

UNIDADE 4

1. Alternativa C.

Habilidade (EF09GE09) Analisar características de países e grupos de países europeus, asiáticos e da Oceania em seus aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas e pressões sobre seus ambientes físico-naturais.

2. Minoria étnica se refere a um grupo que possui diferenças culturais em relação ao grupo dominante em algum Estado-nação. São exemplos desse conceito os catalães, os chechenos e os ciganos.

Habilidade (EF09GE03) Identificar diferentes manifestações culturais de minorias étnicas como forma de compreender a multiplicidade cultural na escala mundial, defendendo o princípio do respeito às diferenças.

3. Diminuição da mortalidade relacionada aos avanços sociais propiciados por políticas de saúde, educação, distribuição de renda e cultura. O aumento da expectativa de vida somada à diminuição nos índices de natalidade provoca o envelhecimento da população.

Habilidade (EF09GE09) Analisar características de países e grupos de países europeus, asiáticos e da Oceania em seus aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas e pressões sobre seus ambientes físico-naturais.

4. O aumento no número de idosos provoca a diminuição da PEA, população economicamente ativa, causando impactos nas políticas previdenciárias e de saúde.

Habilidade (EF09GE09) Analisar características de países e grupos de países europeus, asiáticos e da Oceania em seus aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas e pressões sobre seus ambientes físico-naturais.

5. a) A desintegração da Iugoslávia aconteceu em decorrência do recrudescimento de conflitos étnicos e religiosos no início da década de 1990, no contexto da desagregação do bloco soviético.

b) Na região ocupada pela antiga Iugoslávia, agora existem sete Estados, porém ainda persistem as instabilidades políticas que podem levar a novas delimitações de fronteiras.

Habilidade (EF09GE08) Analisar transformações territoriais, considerando o movimento de fronteiras, tensões, conflitos e múltiplas regionalidades na Europa, na Ásia e na Oceania.

6. As políticas agrícolas europeias têm origem histórica no contexto do pós-Guerras Mundiais, em que os países buscam garantias para a sua existência, que não dependam de fatores externos ao continente. Para isso, os governos facilitam empréstimos e subsidiam a produção agrícola, pois entendem que há

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uma necessidade de assegurar essa produção e valorizar o trabalho no espaço agrário, mantendo, assim, uma parte de sua população de maioria urbana no meio rural. Essas políticas são alvo de duras críticas no comércio mundial por não permitirem uma competição justa de preços dos produtos primários no continente europeu, graças às medidas protecionistas aplicadas a produtos estrangeiros e subsídios dados aos produtos europeus.

Habilidade (EF09GE13) Analisar a importância da produção agropecuária na sociedade urbano-industrial ante o problema da desigualdade mundial de acesso aos recursos alimentares e à matéria-prima.

7. A rede de transportes europeia é uma das mais integradas e avançadas do mundo. Caracteriza-se pela junção dos diferentes modais, com transporte hidroviário, marítimo, ferroviário e rodoviário e, por meio dessas diferentes conexões, são levados passageiros e mercadorias, tanto dentro do continente quanto para fora do continente. Entre outras, os estudantes poderiam citar o canal da Mancha, a navegação em rios como o Danúbio, Sena e Ruhr, o porto de Roterdã, trens de alta velocidade, aeroportos relevantes etc.

Habilidade (EF09GE05) Analisar fatos e situações para compreender a integração mundial (econômica, política e cultural), comparando as diferentes interpretações: globalização e mundialização.

UNIDADE 5

1. a) O texto se refere às monções, típicas chuvas do clima tropical no sul da Ásia, que são chuvas muito intensas por causa de ventos vindos do mar.

b) Ásia Meridional e Sudeste Asiático.

Habilidade (EF09GE17) Explicar as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Europa, da Ásia e da Oceania.

2. a) Na Ásia, as Florestas Tropicais se localizam no Sudeste Asiático e em áreas litorâneas da Ásia Meridional.

b) Essas florestas estão sendo desmatadas para se plantarem palmeiras na região, com o objetivo de explorar o óleo de palma.

Habilidade (EF09GE16) Identificar e comparar diferentes domínios morfoclimáticos da Europa, da Ásia e da Oceania.

3. A urbanização acelerada não é acompanhada do devido planejamento, ocasionando uma série de graves problemas urbanos, especialmente falta de acesso da maioria da população a moradias adequadas, serviços públicos precários, dificuldade de mobilidade urbana etc.

Habilidade (EF09GE12) Relacionar o processo de urbanização às transformações da produção agropecuária, à expansão do desemprego estrutural e ao papel crescente do capital financeiro em diferentes países, com destaque para o Brasil.

4. Alternativa A.

Habilidade (EF09GE05) Analisar fatos e situações para compreender a integração mundial (econômica, política e cultural), comparando as diferentes interpretações: globalização e mundialização.

5. O bloco reúne as maiores economias do mundo e tem potencial de integrar seus mercados.

Habilidade (EF09GE05) Analisar fatos e situações para compreender a integração mundial (econômica, política e cultural), comparando as diferentes interpretações: globalização e mundialização.

UNIDADE 6

1. a) Trigo, uva, oliva e azeitona. Espera-se que os estudantes já conheçam os climas predominantes na Ásia.

b) A falta de água dificulta o cultivo. A região é desértica.

c) São áreas impróprias para o cultivo, por conta do tipo de solo ou do relevo de montanhas, por exemplo.

Habilidade (EF09GE17) Explicar as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Europa, da Ásia e da Oceania.

2. a) O objetivo principal era derrubar governos ditatoriais para que o país tivesse um representante eleito pelo povo.

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b) Egito, Argélia e Tunísia.

c) O Iêmen.

Habilidade (EF09GE08) Analisar transformações territoriais, considerando o movimento de fronteiras, tensões, conflitos e múltiplas regionalidades na Europa, na Ásia e na Oceania.

3. a) A Rússia.

b) A grande extensão. A Rússia é o maior país do mundo e ocupa todo o norte da Ásia, compondo a região Setentrional.

c) Os Montes Urais.

Habilidade (EF09GE14) Elaborar e interpretar gráficos de barras e de setores, mapas temáticos e esquemáticos (croquis) e anamorfoses geográficas para analisar, sintetizar e apresentar dados e informações sobre diversidade, diferenças e desigualdades sociopolíticas e geopolíticas mundiais.

4. O desvio de rios para irrigação de plantações de algodão fez com que o mar (na verdade é um lago) deixasse de receber água. Somado ao clima semiárido e aos ventos, que transportam areia, a paisagem do mar transformou-se em uma área seca e arenosa.

Habilidade (EF09GE08) Analisar transformações territoriais, considerando o movimento de fronteiras, tensões, conflitos e múltiplas regionalidades na Europa, na Ásia e na Oceania.

UNIDADE 7

1. Alternativa A.

Habilidade (EF09GE08) Analisar transformações territoriais, considerando o movimento de fronteiras, tensões, conflitos e múltiplas regionalidades na Europa, na Ásia e na Oceania.

2. Alternativa C.

Habilidade (EF09GE17) Explicar as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Europa, da Ásia e da Oceania.

3. São regiões com grande autonomia onde os investimentos privados passaram a ser incentivados com a associação entre empresas estrangeiras e o Estado chinês. Os impostos foram reduzidos e foram implantadas facilidades para a importação de máquinas e equipamentos, além da comercialização da produção no mercado externo. As ZEEs diferem do restante do território, com pouca abertura econômica. Habilidade (EF09GE10) Analisar os impactos do processo de industrialização na produção e circulação de produtos e culturas na Europa, na Ásia e na Oceania.

4. Alternativa A.

Habilidade (EF09GE11) Relacionar as mudanças técnicas e científicas decorrentes do processo de industrialização com as transformações no trabalho em diferentes regiões do mundo e suas consequências no Brasil.

5. O desenvolvimento produtivo do país não acompanhou medidas de redução de impactos ambientais e, atualmente, enfrenta graves problemas relacionados à emissão de poluentes, causando problemas de saúde na população e tendo um terço do território atingido por chuvas ácidas. Desde 2005, o país é o maior emissor de gases do efeito estufa, os quais contribuem para as mudanças climáticas globais. Além da poluição do ar, a contaminação do solo e das águas e o descarte incorreto de resíduos sólidos são problemas enfrentados pelo país.

Habilidade (EF09GE09) Analisar características de países e grupos de países europeus, asiáticos e da Oceania em seus aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas e pressões sobre seus ambientes físico-naturais.

6. a) Malásia, Indonésia, Vietnã, Filipinas e Tailândia.

b) As semelhanças se devem às características da plataforma de desenvolvimento adotada pelos Tigres Asiáticos, como maciços investimentos externos; mão de obra barata; forte presença do Estado; facilidades fiscais para a exportação; e proteção da indústria nacional com elevados impostos sobre produtos importados. Entretanto, diferentemente dos Tigres Asiáticos, as condições de vida da população não melhoraram com o desenvolvimento econômico.

LXXVIII

Habilidade (EF09GE10) Analisar os impactos do processo de industrialização na produção e circulação de produtos e culturas na Europa, na Ásia e na Oceania.

UNIDADE 8

1. Alternativa B.

Habilidade (EF09GE17) Explicar as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Europa, da Ásia e da Oceania.

2. A Austrália apresenta maior diversidade de atividades econômicas, principalmente nos setores da indústria e da extração mineral. Nas atividades agropecuárias, há semelhanças entre os dois países, mas o volume da produção australiana é muito maior do que o da Nova Zelândia. Os indicadores sociais são elevados nos dois países.

Habilidade (EF09GE09) Analisar características de países e grupos de países europeus, asiáticos e da Oceania em seus aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas e pressões sobre seus ambientes físico-naturais.

3. Alternativa D.

Habilidade (EF09GE17) Explicar as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Europa, da Ásia e da Oceania.

4. a) Carbono, petróleo e gás mineral.

b) Ferro, bauxita, diamante, ouro, prata, níquel etc.

c) Os recursos minerais são fundamentais para a Austrália; eles representam 37% das exportações do país e consistem na matéria-prima para um setor industrial nacional com grande representatividade na economia do país.

Habilidade (EF09GE09) Analisar características de países e grupos de países europeus, asiáticos e da Oceania em seus aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas e pressões sobre seus ambientes físico-naturais.

LXXIX

DIDÁTICASORIENTAÇÕESESPECÍFICAS DO VOLUME 9

COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA

MARCELO MORAES PAULA (Marcelo Moraes)

Bacharel e licenciado em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).

Bacharel em Ciências Econômicas pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU-SP).

Atuou como professor em cursos pré-vestibulares e no Ensino Fundamental e Médio das redes pública e particular de ensino.

DENISE CRISTINA CHRISTOV PINESSO (Denise Pinesso)

Mestra em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).

Bacharela e licenciada em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).

Atuou como coordenadora de Geografia na rede particular de ensino e como professora no Ensino Fundamental da rede pública.

MARIA ANGELA GOMEZ RAMA (Angela Rama)

Bacharela e licenciada em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).

Licenciada em Pedagogia pela Universidade de Franca (UNIFRAN-SP).

Especialista em Ensino de Geografia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Mestra em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).

Formadora de professores.

Atuou como professora no Ensino Fundamental e Médio das redes pública e particular e na Educação Superior.

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Imagens de capa

Geografia: Espaço & Interação – Geografia – 9o ano (Ensino Fundamental – Anos Finais)

Copyright © Marcelo Moraes Paula, Denise Cristina Christov Pinesso, Maria Angela Gomez Rama, 2022.

Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira

Direção de Conteúdo e Negócios Cayube Galas

Diretor editorial adjunto Luiz Tonolli

Gerência editorial Roberto Henrique Lopes da Silva Edição Deborah D' Almeida Leanza (coord.), Fábio Bonna Moreirão, Carlos Zanchetta de Oliveira

Preparação e revisão de textos Maria Clara Paes (coord.), Carolina Machado

Gerência de produção e arte Ricardo Borges

Design Andréa Dellamagna (coord.), Sérgio Cândido

Projeto de capa Andréa Dellamagna

Imagem de capa Farley Baricuatro/Getty Images, Visoot Uthairam/Getty Images

Arte e Produção Vinicius Fernandes dos Santos (coord.)

Juliana Signal, Jacqueline Nataly Ortolan (assist.)

Diagramação Aparecida Pimentel

Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga

Licenciamento de textos Érica Brambila

Cartografia Allmaps, DaCosta Mapas, Renato Bassani, Robson Rocha/K2lab Design, Sonia Vaz

Iconografia Jonathan Santos

Ilustrações Alex Argozino, Bentinho, FJF Vetorização, Luis Moura, Luiz Rubio, Sonia Vaz

Trouxas de folhas de coco com arroz cozido. Chamadas de ketupat na Indonésia, são tradicionais oferendas nos templos hindus da ilha de Bali.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Agricultores trabalham em plantação de arroz na Tailândia. Esse cereal é um dos alimentos de maior importância para o ser humano. Na Ásia, principal continente produtor de arroz, existem técnicas milenares de cultivo desse alimento.

Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à EDITORA FTD

Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br

Aplicar ficha do volume

Paula, Marcelo Moraes Geografia espaço & interação : 9o ano : ensino fundamental : anos finais / Marcelo Moraes Paula, Denise Cristina Christov Pinesso, Maria Angela Gomez Rama. -- 1. ed. -- São Paulo : FTD, 2022.

impresso

Componente curricular: Geografia.

ISBN 978-85-96-03539-2 (aluno)

ISBN 978-85-96-03540-8 (professor)

1. Geografia (Ensino fundamental) I. Pinesso, Denise Cristina Christov. II. Rama, Maria Angela Gomez. III. Título.

22-114868

CDD-372.891 Índices para catálogo sistemático:

1. Geografia : Ensino fundamental 372.891 Eliete Marques da Silva - Bibliotecária - CRB-8/9380

Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada.

Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD CNPJ 61.186.490/0016-33

Avenida Antonio Bardella, 300

Guarulhos-SP – CEP 07220-020 Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375

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APRESENTAÇÃO

Caro estudante,

A Geografia nos ajuda a buscar respostas para diversas questões, como: por que um grande número de pessoas se concentra em determinado lugar? De que forma indústrias e comércios decidem onde se instalar? Por que, em alguns lugares, há melhores condições de vida que em outros? Como usar recursos naturais sem causar impactos ambientais? Por que alguns países exercem influência ou domínio sobre outros? Por que há conflitos e guerras no mundo?

Muitas dessas perguntas não têm respostas definitivas, pois o mundo está em constante mudança e o conhecimento sobre ele também. Porém, iniciar uma reflexão a partir delas é um dos primeiros passos para trocar ideias, agir conscientemente em busca de mudanças e compreender o lugar, o país e o mundo em que vivemos. Por isso, convidamos você a estudar Geografia!

Esperamos que este livro possa ajudá-lo a melhor entender o Brasil e o mundo, e também a querer transformá-los para melhor e torná-los mais justos para todos!

Bom estudo!

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Os autores

CONHEÇA SEU LIVRO

O seu livro é constituído por 8 Unidades, estruturadas da seguinte maneira:

ABERTURA DE UNIDADE

Imagens e atividades despertam a curiosidade e convidam você a conversar sobre o que sabe e a contar experiências com os temas abordados pela Geografia.

TEMAS

Você estuda os temas com textos, fotografias, mapas, ilustrações, gráficos e outros recursos, explorados com atividades.

1. China, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Japão, Mongólia e Taiwan. O país com maior extensão territorial é a China.

O Extremo Oriente é constituído por seis países que ocupam uma área territorial de 12,7 milhões de km² e que, segundo a ONU, abrigavam mais de 1,6 bilhão de habitantes em 2021. A China é o país mais populoso, pois contava, naquele ano, com 1,4 bilhão de habitantes. Essa região é uma das mais dinâmicas do mundo do ponto de vista econômico. Em 2021, China e Japão foram, segundo o Banco Mundial, a segunda e a terceira maiores economias do mundo, respectivamente. Taiwan, Coreia do Sul, Cingapura (Sudeste Asiático) e Hong Kong (província chinesa) formam os chamados Tigres Asiáticos. Analise o mapa.

Faça as atividades em seu caderno.

1 Quais são os países que constituem o Extremo Oriente? Qual deles apresenta a maior extensão territorial?

2 Quais são os países da região que se localizam em ilhas? E em uma península?

3 Identifique um aspecto territorial que diferencia a Mongólia dos demais países do Extremo Oriente.

2. Japão e Taiwan localizam-se em ilhas. Coreia do Norte e Coreia do Sul localizam-se em uma península.

Tigres Asiáticos

Coreia do Sul, Cingapura, Hong Kong e Taiwan são denominados Tigres Asiáticos em razão do rápido crescimento econômico alcançado nos últimos 55 anos. Esse crescimento foi decorrente da forte presença do Estado, que adotou um modelo econômico baseado em grandes investimentos externos, principalmente japoneses e estadunidenses, e da fabricação em larga escala de produtos para exportação, aproveitando a mão de obra relativamente barata.

Taiwan atua no contexto mundial como nação independente, porém é qualificada pela China como “província rebelde” que faria parte do território chinês. Esse impasse começou em 1949, quando o socialismo foi implantado na China e a ilha de Taiwan foi usada como refúgio pelos chineses contrários ao novo sistema. Taiwan possui um governo republicano e adota o capitalismo. A situação entre os dois países é indefinida, com aumento de tensões em torno de uma possível invasão chinesa à ilha, com objetivo de reunificá-la.

Hong Kong era colônia do Reino Unido e foi devolvida à China em 1997. Desde então, é considerada Região Administrativa Especial e a situação é caracterizada como “um país, dois sistemas”, pois a China é socialista e Hong Kong, capitalista. Pelos acordos firmados em 1997, Hong Kong manteria por 50 anos o sistema capitalista e suas liberdades, garantidas por uma Lei Básica adotada pelo Congresso Nacional do Povo, em Beijing. Porém, a partir de 2003, a China começou a realizar diversas tentativas de controlar Hong Kong, respondidas com grandes manifestações populares. Entre 2019 e 2020, os protestos ganharam ainda mais força, com milhares de pessoas indo às ruas para denunciar o declínio da democracia. O governo chinês reprimiu o movimento pró-democracia de forma autoritária, impondo uma lei de segurança nacional que acabou com as liberdades em Hong Kong, indo contra os direitos humanos.

3. A Mongólia é o único país da região que não possui saída para o mar.

Migrantes cruzam, ilegalmente, o Canal da Mancha da França para o Reino Unido, 2022. 4 Nesta Unidade, serão analisados aspectos da dinâmica populacional e econômica na Europa, como o envelhecimento da população, o aumento dos fluxos migratórios e suas consequências (intensificação da xenofobia, reivindicações de minorias étnicas e conflitos territoriais), e as principais características das atividades econômicas desenvolvidas no continente. Converse com os colegas e o professor sobre as questões a seguir. 1 Que tipo de acontecimento a fotografia retrata? 2 Você sabe dizer de onde vêm e para onde estão se deslocando as pessoas retratadas na fotografia? 3 No seu entendimento, por que os países localizados na região de destino dos imigrantes retratados atraem pessoas do mundo todo? UNIDADE Consultar respostas em Orientações didáticas. EUROPA:
ECONOMIA SAMEER AL-DOUMY/AFP 123 122 D2-GEO-F2-2106-V9-U4-122-159-LA-G24-AV1.indd 122-123 01/09/2022 13:58 Beijing Taipé COREIA DO SUL JAPÃO BUTÃO C H N A VIETNÃ LAOS MIANMAR CAZAQUISTÃO RÚSSIA QUIRGUISTÃO MONGÓLIA R a Japão (Mar do Leste) T C OCEANO PACÍFICO Capital ALLMAPS 1 EXTREMO ORIENTE
POPULAÇÃO E
Extremo Oriente: divisão política Elaborado com base em: IBGE. Atlas geográfico escolar 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 47. Iurtas são tendas em formato circular com uma estrutura
montar e desmontar
peles. São utilizadas durante
pelos pastores nômades da Mongólia, que criam ovelhas, vacas e cavalos em vastas pastagens. Iurtas em campo de pastagem na Mongólia, 2020. Manifestação em Hong Kong pela democracia e direitos humanos, em de janeiro de 2020. WIRESTOCK CREATORS/SHUTTERSTOCK.COM DO NORTE Pyongyang JAPÃO BUTÃO FILIPINAS VIETNÃ LAOS TAILÂNDIA CAZAQUISTÃO RÚSSIA QUIRGUISTÃO ÍNDIA MONGÓLIA TAIWAN US R Mar da China Mar da Mar do Japão (Mar do Leste) Amarelo ÍNDICO T p â OCEANO PACÍFICO Capital 224 225
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de madeira fácil de
e cobertas com
o verão
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INTERAGIR COM MAPAS

Nesta seção, você lê, interpreta e produz diversos tipos de mapas, que vão ajudá-lo a melhor localizar-se no espaço e a analisar a distribuição e a dinâmica dos elementos naturais e humanos nos territórios.

Vírus emergentes de zoonoses Mapas temáticos apresentam um conjunto de informações sobre um tema por meio da combinação de diversas variáveis visuais. Para analisar de forma correta esse tipo de mapa, é necessário identificar cada informação presente nele, como ela está representada e, em seguida, analisar todas elas em conjunto. O mapa dessa seção traz informações sobre quatro vírus emergentes de zoonoses, destacando a distribuição geográfica deles e o número de casos confirmados e óbitos. Para representar essas informações foram utilizadas as seguintes variáveis visuais:

• cores representando cada um dos vírus estudados;

• formas associadas às cores, representando os casos confirmados/óbitos relacionados aos vírus e locais de início da epidemia;

• tamanhos associados às formas, representando a quantidade de casos confirmados/óbitos relacionados aos vírus. Inicie a leitura do mapa identificando as cores e formas utilizadas, analisando os quadros disponíveis na página 71. Depois, analise o mapa atentamente, relacionando as três variáveis.

PENSAR E AGIR

Nesta seção, você desenvolve atividades sobre temas como cidadania, sustentabilidade e pluralidade, pensando sobre eles e sugerindo ações e soluções para problemas.

Glossário

É composto de termos e expressões explicados próximos ao texto em que aparecem.

Responda às questões em seu caderno.

1 Quais são os vírus emergentes de zoonoses representados no mapa? Indique o local de início das epidemias causadas por cada um deles.

SARS-CoV-2 (Wuhan, China); Ebola (Nzara, Sudão do Sul e Yambuku, República Democrática do Congo); MERS-CoV (Jidá, Arábia Saudita) e H5N1 (Hong Kong).

2 No seu entendimento, o que a variação do tamanho dos símbolos utilizados no mapa indica?

3 Que símbolos são utilizados para representar os elementos das cadeias de transmissão dos vírus?

Espera-se que os estudantes indiquem que a variação do tamanho dos símbolos é proporcional ao número de casos confirmados das doenças; trata-se, portanto, de uma variável que representa valor. Ícones, que representam os animais que são reservatórios naturais dos vírus (morcegos e aves), hospedeiros intermediários (primatas, dromedários e aves) e seres humanos.

4 Qual vírus está na origem de uma pandemia? Que símbolo é utilizado para representá-lo no mapa?

SARS-CoV-2, representado por círculos proporcionais amarelos.

5 Indique a área de ocorrência do vírus Ebola. Que símbolo representa o número de casos confirmados e de mortes? Analisando essas informações, explique por que essa doença tem uma taxa de letalidade elevada.

6 Qual região do planeta foi mais atingida pelo vírus MERS-CoV? Que símbolo é utilizado para representá-lo no mapa?

7 Quais são as regiões do planeta menos atingidas pelos vírus representados no mapa?

#Fica a dica

As meninas e o direito à educação Leia o texto sobre a escritora e ativista Malala Yousafzai (1997-), que nasceu no norte do Paquistão e que atualmente mora no Reino Unido.

“[...] Eu não sou uma voz solitária, eu sou muitas. [...] Eu sou aquelas 66 milhões de meninas que estão fora da escola”, disse Malala Yousafzai, ao receber o Prêmio Nobel da Paz, em 2014.

[...] A luta da paquistanesa pelo direito à educação de meninas e adolescentes de seu país começou cedo, quando o grupo fundamentalista Talibã [...] exigiu a suspensão das aulas dadas às garotas.

O pai de Malala, dono da escola em que ela estudava, não cumpriu a exigência. A menina continuou estudando e passou a escrever um blog em que contava as dificuldades das alunas de seu país. Ao lado do pai em palestras e comícios que defendiam o direito das meninas à escola, começou a ganhar mais destaque, o que incitou o ódio de radicais. Aos 15 anos, Malala foi baleada por militantes do Talibã dentro do ônibus escolar. [...] Hoje, [...] segue inspirando pessoas de toda parte com a bandeira de que “uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem mudar o mundo”.

POR QUE Malala Yousafzai é tão importante? Plan Internacional [São Paulo], [20--]. Disponível em: https://plan.org.br/blog/2016/10/por-que-malalayousafzai-e-tao-importante. Acesso em: 23 jul. 2022. Equidade: respeito à igualdade de direitos de cada um.

Em 2015, os Estados-membros da ONU se comprometeram a tomar medidas que promovessem o desenvolvimento sustentável nos 15 anos seguintes, garantindo que homens e mulheres, meninos e meninas tenham as mesmas oportunidades, vidas mais dignas e com maior equidade

A educação é central para atingir esses objetivos e promover um mundo mais justo e inclusivo. Apesar dos avanços, a frequência escolar e os anos de estudo ainda são maiores para os meninos em boa parte dos países. Ou seja, há um longo caminho para garantir que todas as crianças e jovens tenham acesso à educação. Mudar esse quadro é um desafio que deve envolver os governos e a sociedade em geral. Você está preparado para contribuir para um mundo com equidade de gênero?

1 Analise os dados a seguir e converse com os colegas e o professor. Média de anos de escolaridade (países selecionados) – 2019

PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO. A próxima fronteira: desenvolvimento humano e o antropoceno. In PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO. Relatório do desenvolvimento humano 2020 New York: UNDP, 2020. p. 356-359. Disponível em: https://hdr.undp.org/system/files/documents/global-report-document/ hdr2020ptpdf.pdf. Acesso em: 22 ago. 2022.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

a) No seu entendimento, por que a frequência escolar e os anos de estudo são maiores para os meninos em boa parte dos países? Converse com os colegas e o professor.

b) Considerando seus conhecimentos sobre a realidade brasileira, é possível afirmar que a situação do Brasil indica a ausência de desigualdade de gênero no país?

Consultar comentários em Orientações didáticas.

2 Escolha uma pessoa adulta de seu convívio e realize uma entrevista com ela sobre desigualdade de gênero. Para isso, elabore questões cujas respostas tragam informações sobre as experiências e as impressões da pessoa entrevistada. A entrevista pode começar seguindo o roteiro a seguir. Anote as principais informações no caderno.

• Nome e idade. Que atividades costuma realizar.

os estudantes nas atividades a seguir. Consultar comentários em Orientações didáticas. FICA A DICA Eu sou Malala Malala NÃO ESCREVA NO LIVRO. Este livro é reutilizável. Faça as atividades no caderno ou em folhas avulsas.

• Se já viu ou viveu uma situação que evidencia a desigualdade de gênero Em sala, discuta com os colegas os pontos apresentados pelas pessoas entrevistadas. Por fim, proponham ações que poderiam reduzir a desigualdade de gênero no lugar onde vivem e em nosso país.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

3 Escreva em seu caderno um texto sobre a bandeira defendida por Malala: “Uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem mudar o mundo”. Lembre-se de incluir o Brasil em seu texto.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

Auxiliar # 242

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Consultar
O Oriente Médio.
As Américas e
INTERAGIR COM 71 Vírus emergentes de zoonoses Fonte: LE MONDE. L’Atlas de la Terre comment l’homme dominé la nature. Paris: Malesherbes, 2021. p. 150-151. Equador Trópico de Capricórnio Trópico de Câncer PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO OCEANO PACÍFICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO Yambuku Nzara RÁB CHINA ESTADO RÚSSIA LIBÉRIA ? H5N1 Reservatório natural Hospedeiro intermediário Casos confirmados Vírus da gripe aviária Local de partida (primeiro surto em 1997, segundo surto em 2003) Área com casos humanos confirmados, entre 2003 2013 MERS-CoV Corrente de transmissão Hospedeiro Casos confirmados Entre setembro de 2012 fevereiro de 2020. Índice de contágio muito baixo Local de partida (primavera de 2012) Mais de 000 Menos de 10 Ebola 28652 Mortes Reservatório natural Hospedeiro intermediário Cerca de 30 surtos entre 1976 e 2012, todos contidos e controlados, com um número de mortes relativamente baixo (menos de 600). Local de partida (primeiros surtos em 1976) Casos confirmados Entre dezembro de 2013 e março de 2016. SARS-CoV-2 37109851 A origem de uma epidemia global Local de partida (dezembro de 2019) Número de casos confirmados por país ou Países com maior número de mortos para média mundial** De 100000 1 milhão De 10000 99999 Menos de 10000 Reservatório natural Hospedeiro intermediário Entre 30 de dezembro de 2019 11 de outubro de 2020. ** 137 mortes por 1 milhão de pessoas partir de 11 de outubro de 2020. Países mais atingidos durante última epidemia Círculo Polar Antártico Trópico de Câncer 0° OCEANO PACÍFICO ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO PACÍFICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO 956 2 SUDÃO DO SUL ARÁBIA SAUDIT Wuhan ÍNDIA GUINÉ ? H5N1 Corrente de transmissão Hospedeiro Mortes Casos Vírus da gripe aviária confirmados, entre 2003 2013 MERS-CoV 904 Reservatório natural intermediário Casos Índice de contágio muito baixo Local de partida (primavera de 2012) Número de casos confirmados por país Menos de 10 Ebola 11325 Corrente de transmissão Hospedeiro Cerca de 30 surtos entre 1976 2012, todos contidos controlados, com um número de mortes relativamente baixo (menos de 1 600). Local de partida (primeiros surtos em 1976) Casos confirmados confirmados SARS-CoV-2 Mortes A origem de uma epidemia global Local de partida (dezembro de 2019) Número de casos confirmados por país ou território, até 11 de outubro de 2020 Países com maior número de mortos para De 100000 milhão De 10000 99999 Menos de 10000 Reservatório natural Hospedeiro intermediário confirmados ** 137 mortes por milhão de pessoas a partir de 11 de outubro de 2020. Países mais atingidos OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO ÍNDICO OCEANO PACÍFICO Círculo Polar Ártico OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO 14124 REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO SUDÃO DO SUL Jidá HONG KONG DOS ÍNDIA GUINÉ LIBÉRIA ? H5N1 646 385 Corrente de transmissão Entre 2003 2013. Vírus da gripe aviária Local de partida (primeiro surto em 1997, segundo surto em 2003) Área com casos humanos MERS-CoV 2527 Reservatório natural Hospedeiro intermediário Índice de contágio muito baixo Local de partida (primavera de 2012) Número de casos confirmados por país ou território, entre 2012 início de 2020 De 10 a 200 Ebola Mortes Corrente de transmissão Alta taxa de mortalidade Entre dezembro de 2013 março de 2016. Casos SARS-CoV-2 070355 A origem de uma epidemia global Local de partida (dezembro de 2019) Número de casos confirmados por país ou território, até 11 de outubro de 2020 Mais de milhão de mortos para Corrente de transmissão Hospedeiro Casos ** 137 mortes por 1 milhão de pessoas a partir de 11 de outubro de 2020. Países mais atingidos durante última epidemia entre 2013 e 2016* Círculo Polar Antártico OCEANO PACÍFICO ATLÂNTICO ÍNDICO OCEANO PACÍFICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO 810 544 REPÚ DEMOCRÁTICA DO CONGO SUDÃO DO SUL ARÁBIA SAUDITA ÍNDIA GUINÉ LEOA ? H5N1 646 385 Corrente de transmissão Hospedeiro Mortes Entre 2003 2013. Vírus da gripe aviária Local de partida (primeiro surto em 1997, segundo surto em 2003) MERS-CoV 527 904 Reservatório natural Hospedeiro intermediário Índice de contágio muito baixo Local de partida (primavera de 2012) Número de casos confirmados por país ou território, entre 2012 e início de 2020 Ebola Corrente de transmissão Hospedeiro Cerca de 30 surtos entre 1976 e 2012, todos contidos e controlados, com um número de mortes relativamente baixo (menos de 600). Alta taxa de mortalidade Local de partida (primeiros surtos em 1976) Entre dezembro de 2013 e março de 2016. confirmados SARS-CoV-2 Mortes A origem de uma epidemia global Local de partida (dezembro de 2019) Número de casos confirmados por país ou território, até 11 de outubro de 2020 de mortos para Hospedeiro Casos confirmados ** 137 mortes por 1 milhão de pessoas partir de 11 de outubro de 2020. Países mais atingidos durante última epidemia Equador Trópico de Capricórnio Trópico de Câncer 0° PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO PACÍFICO OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO Nzara ARÁBIA SAUDITA CHINA ESTADOS RÚS ? H5N1 646 385 Corrente de transmissão Hospedeiro Mortes Entre 2003 e 2013. Vírus da gripe aviária em 1997, segundo surto em 2003) confirmados, entre 2003 e 2013 MERS-CoV intermediário Casos Índice de contágio muito baixo Número de casos confirmados por país Menos de 10 Ebola 11325 Corrente de transmissão Hospedeiro Cerca de 30 surtos entre 1976 2012, todos contidos controlados, com um número de mortes relativamente baixo (menos de 1 600). Local de partida (primeiros surtos em 1976) Casos confirmados confirmados SARS-CoV-2 A origem de uma epidemia global Local de partida (dezembro de 2019) Número de casos confirmados por país ou território, até 11 de outubro de 2020 Países com de mortos para Hospedeiro Casos confirmados 137 mortes por milhão de pessoas a partir de 11 de outubro de 2020. DACOSTA MAPAS DACOSTA MAPAS 70 NO LIVRO. D2-GEO-F2-2106-V9-U2-050-083-LA-G24-AV1.indd 70-71 01/09/2022 14:01
resposta em Orientações didáticas.
O vírus da MERS-CoV é representado por losangos proporcionais verdes.
a Oceania. MAPAS
IDH
Meninas Meninos Posição IDH País Meninas Meninos 2 Suíça 12,7 13,6 154 Paquistão 3,8 6,3 84 Brasil 8,2 7,7 169 Afeganistão 1,9 6
Posição
País
Fonte:
E AGIR PENSAR NO LIVRO.
Malala Yousafzai, a mais jovem ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, em encontro do G7, Paris, França, 2019. Yousafzai e Christina Lamb. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. O livro conta a história de Malala e da sua luta pelo direito à educação feminina e pela valorização da mulher.
Com o objetivo de enriquecer ou ampliar os assuntos estudados, há sugestões de diferentes publicações, como livros e revistas, sites, documentários e filmes.

INTEGRANDO COM

Para o estudo de alguns temas, a Geografia é integrada a outros componentes curriculares, como Ciências, História, Língua Portuguesa, entre outros.

Cultura e resistência à globalização

Conforme estudado, há uma tendência à homogeneização das culturas no mundo globalizado. Porém, estudamos também que há grupos que lutam para preservar suas tradições e particularidades culturais. São as denominadas minorias étnicas que podem ser definidas como grupos não dominantes, ou seja, que não exercem poder significativo na sociedade e que apresentam características étnicas, linguísticas ou religiosas distintas do restante da sociedade onde estão inseridas. As minorias étnicas têm o direito de promover suas manifestações artísticas garantido no Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos, documento criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) que passou a vigorar em 1966. Leia um trecho a seguir.

Artigo 27 Nos Estados em que existam minorias étnicas, religiosas ou linguísticas, não será negado o direito que assiste às pessoas que pertençam a essas minorias, em conjunto com os restantes membros do seu grupo, a ter a sua própria vida cultural, a professar e praticar a sua própria religião e a utilizar a sua própria língua.

Selo interdisciplinar

Este selo indica o trabalho interdisciplinar com outros componentes curriculares em momentos específicos de cada volume.

guerreiros masai em Arusha, Tanzânia,

Forme um grupo com os colegas. Depois, realizem as atividades propostas.

1 Pesquisem sobre a cultura dos povos retratados e anotem as principais características de cada uma delas no caderno.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

Alguns fotógrafos, cineastas e artistas dedicam-se a fazer registros diversos dessas minorias étnicas e de seu modo de vida com o objetivo de valorizá-las e de reafirmar sua existência e importância. Analise atentamente as fotografias.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos [Nova York]: ONU, 16 dez. 1966. Disponível em: www.cne.pt/sites/default/files/ dl/2_pacto_direitos_civis_politicos.pdf. Acesso em: 15 jun. 2022. Os povos cazaques formam diversas comunidades com tradições diferentes. A maioria dos cazaques é muçulmana sunita e combina o Islã com suas tradições.

ATIVIDADES

Você interage com os temas abordados em cada Unidade por meio de atividades contextualizadas e diversificadas, que resgatam, sistematizam e ampliam conteúdos estudados.

2 A fotografia é uma das formas de registrar aspectos do modo de vida e da cultura de um povo. Agora, vocês serão os fotógrafos.

• Pensem em uma sequência de fotografias que retrate aspectos da cultura e do modo de vida de uma minoria étnica ou de alguma manifestação cultural existente no município onde a escola está localizada.

• Munidos de uma câmera fotográfica ou de um celular e com o tema escolhido, programem-se para a realização das fotografias. Não se esqueçam de solicitar autorização das pessoas que serão fotografadas, explicando a que se destinam as fotografias que serão feitas.

• Por fim, questionem com as pessoas fotografadas sobre como elas percebem a recepção dos demais às manifestações que fazem parte da cultura delas: há abertura, curiosidade, resistência ou alguma forma de preconceito? Recolham os depoimentos e façam registros para enriquecer o trabalho.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

3 Na data combinada com o professor, apresentem o trabalho aos demais colegas. A apresentação pode ser feita digitalmente, por meio de slides ou da criação de um audiovisual. Caso não seja possível, pode ser feito um painel ou um trabalho escrito, lembrando que as apresentações devem conter as fotografias feitas pelo grupo.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

e encaminhamentos.

1 Explique o contexto da criação da Opep e sua importância para o Oriente Médio. 2 Analise o mapa e faça as atividades no caderno.

Migrações para Israel – 1948-1996

Fonte: LACOSTE, Yves. Atlas géopolitique pour comprendre le monde de demain.

Paris: Larousse, 2013. p. 150.

*Em 1991, a URSS se dissolveu em vários países e, em 1992, Tchecoslováquia dividiu-se em duas: a Chéquia a Eslováquia.

a) Em que região asiática se localiza o Estado de Israel? Que outros países compõem essa região?

b) Que informação está representada no mapa? Qual fato está ligado a essa informação?

c) Qual é a origem do maior número de migrantes que se dirigiu a Israel no período representado no mapa?

d) Por que a região da Palestina foi escolhida para a criação do Estado de Israel? Explique os conflitos que ocorreram a partir desse fato.

Fonte: MARIN, Cécile. De l’occupation au morcellement. Le Monde Diplomatique Paris, férv./mars, 2018. Disponível em: https://www.monde-diplomatique.fr/cartes/morcellement. Acesso em: 19 mar. 2022. Palestinos querem resolução da ONU contra assentamentos israelenses PALESTINOS querem resolução da ONU contra assentamentos israelenses. Estado de Minas Belo Horizonte, 7 abr. 2016. Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/ internacional/2016/04/07/interna_internacional,751178/amp.html. Acesso em: 20 mar. 2022.

Nações europeias apelam contra assentamentos na Cisjordânia Alemanha, França, Itália, Bélgica e mais oito países pedem que Israel cancele planos de construir novos assentamentos em territórios palestinos. Ministros do Exterior acusam violação das leis internacionais. NAÇÕES europeias apelam contra assentamentos na Cisjordânia. DW Brasil Bonn, 28 out. 2021. Disponível em: https://www.dw.com/pt-br/na%C3%A7%C3%B5es-europeias-apelam-contraassentamentos-na-cisjord%C3%A2nia/a-59655069. Acesso em: 20 mar. 2022

• Escreva um parágrafo explicando as transformações ocorridas nos territórios pertencentes à Palestina, destacando a principal causa dos conflitos entre israelenses e palestinos na atualidade.

4 Além dos conflitos entre árabes e judeus na Palestina, explique três outros conflitos que ocorreram no Oriente Médio.

CONEXÃO NÃO ESCREVA
2018. INTEGRANDO com
59 Família cazaque em Aktau, Cazaquistão, 2022. MEIRAMGUL KUSSAINOVA/ANADOLU AGENCY/AFP Os masai, na África, são conhecidos por sua cultura guerreira. Os jovens são preparados para defender o gado, base do seu modo de vida, e suas famílias. 58 D2-GEO-F2-2106-V9-U2-050-083-LA-G24-AV1.indd 58-59 01/09/2022 14:02 ISRAEL Telaviv Haifa Nablus Deserto Eilat Morto 1967-1995 LÍBANO PALESTINA ISRAEL LÍBANO GOLÃ Telaviv Haifa Nablus Amã Deserto Beer Sheva Beer Sheva Beer Sheva Eilat Morto Haifa Nablus Amã GAZA CISJORDÃNIA Deserto Eilat Morto LÍBANO ISRAEL Telaviv Haifa Nablus Deserto Hebron Eilat Morto 1995-2018 LÍBANO Jerusalém GOLÃ Beer Sheva 65 65 65 65 Territórios ocupados por Israel Golã (ocupado em 1967, anexado Palestina sob mandato britânico Estado árabe Territórios ocupados pela Territórios conquistados por Israel Territórios palestinos evacuada por Israel em 2005) Equador Meridiano de Greenwich Trópico de Capricórnio Trópico de Câncer 0° Círculo Polar Ártico CANADÁ ESTADOS UNIDOS MARROCOS REINO UNIDO ARGÉLIA LÍBIA EGITO URSS ETIÓPIA IÊMEN 270 TUNÍSIA HUNGRIA BULGÁRIA TURQUIA FRANÇA POLÔNIA TCHECOSLOVÁQUIA IRÃ ROMÊNIA ISRAEL OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO OCEANO ATLÂNTICO Número de imigrantes em Israel depois de 1948 (em milhares) 710 DACOSTA MAPAS
Jovens
ARTE
3 Analise a sequência de mapas e as manchetes de jornal. Depois, faça o que se pede. ATIVIDADES NÃO ESCREVA Todas
respostas das atividades desta
as
seção estão no MP, com orientações
Palestina: da ocupação à fragmentação 218 219 D2-GEO-F2-2106-V9-U6-188-221-LA-G24-AV1.indd 218-219 01/09/2022 14:05 com CONEXÃO ARTE D2-GEO-F2-2106-V9-PIN-001-011-LA-G24_AV1.indd 6 01/09/2022 14:09 6

Vegetação Mediterrânea É característica de áreas onde há o predomínio do clima mediterrâneo. Concentra-se na faixa sul do continente, estendendo-se por uma longa área que vai de Portugal à Grécia, ao longo do mar que leva o mesmo nome – Mediterrâneo. Esse clima se caracteriza pelos verões secos, influenciados pelos ventos que sopram do Saara, no continente africano, e invernos chuvosos, com temperaturas amenas por causa do bloqueio exercido pelas montanhas às massas de ar frio que vêm do norte. As particularidades do clima mediterrâneo favorecem espécies arbóreas e arbustivas, que crescem distanciadas uma das outras. As espécies vegetais dessa área são adaptadas às condições climáticas, possuindo troncos geralmente mais largos e com poucas folhas, evitando a transpiração e fazendo a planta resistir aos longos períodos de estiagem. A vegetação é composta basicamente de arbustos mais altos e fechados, denominados maquis; arbustos mais baixos e abertos, chamados garrigues; e herbáceas, que nascem junto ao solo. Grande parte da Vegetação Mediterrânea foi devastada nas últimas décadas para abrir espaço para as culturas de uva, oliveira e para a criação de gado, além das ocupações urbanas,

Vegetação Mediterrânea na Toscana, Itália, 2021.

4 MIGRAÇÕES

Vegetação de Montanha A Vegetação de Montanha, ou de Altitude, ocorre nas principais cadeias montanhosas, como os Alpes, Cárpatos, Apeninos, entre outras. Essa vegetação varia conforme a altitude do relevo, pois as temperaturas diminuem à medida que a altitude aumenta. Além disso, o alinhamento da montanha em relação à incidência dos raios solares afeta as condições climáticas locais – que resultam em diferentes padrões de vegetação e escolhas de áreas para cultivo e povoamento. Em cada parte da montanha há predominância de um tipo climático, por isso ocorrem diferentes tipos de vegetações. Em altitudes mais elevadas, próximas ao topo, as temperaturas são mais baixas, o solo é mais raso e há neve. Assim, há o domínio de liquens e musgos, espécies vegetais rasteiras adaptadas às condições rigorosas. Logo abaixo desse estrato, em áreas menos frias, encontram-se as espécies herbáceas e gramíneas de menor porte. Em seguida, nas partes mais baixas da montanha e, consequentemente, com temperatura mais amena, encontram-se as Florestas de Coníferas.

Trecho de Vegetação de Montanha na França, 2022.

Cores e proporções não correspondem à realidade.

CHAPUT

Migrações europeias para a América –fim do séc. XIX e início do séc. XX Fonte: DURAND, Marie-Françoise (dir.). Espace mondial l'atlas 2018. Paris: Les Presses de Sciences Po, 2018. p. 70.

ESCANDINÁVIA ARGENTINA JAPÃO Chicago Trópico de Capricórnio Meridiano de PACÍFICO ATLÂNTICO 0º Círculo Polar Ártico Número de migrantes Polos regiões imigratórias 500000

2 Observe a ilustração e explique por que a Vegetação de Montanha muda à medida que a altitude aumenta. Consultar comentários em Orientações didáticas. Consultar comentários em Orientações didáticas. Influência da altitude na vegetação CORES E PROPORÇÕES NÃO Fonte: CHRISTOPHERSON, Robert W.; BIRKELAND, Ginger H. Geossistemas uma introdução à geografia física. Tradução: Théo Amon. 9. ed. Porto Alegre: Bookman, 2017. 3000 2000 1800 1000 800 0 115

Faça as atividades no caderno.

1 Que país recebeu o maior número de imigrantes europeus entre o fim do século XIX e o início do século XX?

Estados Unidos.

Os

2 Cite os principais polos e regiões do continente americano que mais receberam imigrantes europeus.

• INVESTIGAR LUGARES

Para representar melhor certos conceitos, algumas ilustrações podem alterar a proporção de tamanho entre os elementos ou empregar cores artificiais. Quando isso acontecer, a ilustração apresentará este selo.

Investigar lugares

São atividades que o convidam a observar e a analisar com mais detalhes os lugares de vivência.

CONHECIMENTO EM AÇÃO

Ao final da Unidade 4 e da Unidade 8, há um projeto de pesquisa que retoma e relaciona conteúdos estudados. É um importante momento para colocar em ação o que aprendeu!

EM CONHECIMENTOAÇÃO

Os sites indicados nesta obra podem apresentar imagens e textos variáveis, os quais não condizem com o objetivo didático dos conteúdos citados. Não temos controle sobre essas imagens nem sobre esses textos, pois eles estão estritamente relacionados ao histórico de pesquisa de cada usuário e à dinâmica dos meios digitais.

Viajando pela Europa Apesar do impacto sofrido com a pandemia de covid-19, o turismo é uma das atividades econômicas mais expressivas da Europa. A cada ano, milhões de pessoas de todos os continentes visitam os atrativos históricos, culturais e naturais dos diversos países europeus. Essa atividade contribui para a divulgação e a valorização das riquezas culturais, da relevância histórica e das paisagens naturais do continente, além de ser importante para a geração de emprego e renda para a população. Algumas cidades e regiões europeias se projetam como importantes destinos turísticos, pois, além de abrigarem ricos patrimônios, possuem ampla oferta de serviços destinados ao turista. Serviços de hospedagem, bares, restaurantes e agências de turismo são alguns exemplos. Analise os dados da tabela e do gráfico.

Mundo: turistas internacionais (em milhões) por região visitada – 2020 Europa Ásia Pacífico América África Oriente Médio

744 362 219 70 65

Fonte dos dados: WORLD TOURISM ORGANIZATION. International tourism highlights 2020 edition. Madrid: UNWTO, 2021. Disponível em: https://www.e-unwto.org/doiepdf/10.18111/ 9789284422456. Acesso em: 17 fev. 2022.

DACOSTA MAPAS FRANÇA ITÁLIA Equador Greenwich Trópico de Câncer OCEANO OCEANO ATLÂNTICO 0º 500000 000000 000000 Polos e regiões imigratórias menos de 132 D2-GEO-F2-2106-V9-U4-122-159-LA-G24-AV1.indd 132 01/09/2022 14:06 França Espanha Estados Unidos China Itália 0 20 60 80 100 (em milhões) 79 66 65 SONIA VAZ

WORLD TOURISM ORGANIZATION. International tourism highlights 2020 edition. Madrid: UNWTO, 2021. Disponível em: https://www.e-unwto.org/doi/ epdf/10.18111/9789284422456. Acesso em: 17 fev. 2022.

Os meios de transporte e as vias de circulação são elementos fundamentais para a dinamização do turismo, pois promovem a conexão entre os locais de partida e de destino e a circulação entre os pontos de visitação em um mesmo país ou entre países distintos.

A Europa possui uma rede de transportes eficiente, rápida e integrada, que promove a interligação entre países e regiões por meio de diferentes modais, como o ferroviário, rodoviário, aeroviário, marítimo e hidroviário.

158

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Com base nessas informações, você vai elaborar um roteiro turístico Para isso, organize-se em grupo com os colegas. Esse tipo de documento envolve todas as etapas de uma viagem, desde a decisão do(s) destino(s) até o planejamento do transporte, acomodações, passeios etc. Seu roteiro deverá conter as informações necessárias para uma viagem com duração de dez dias para quatro países e suas principais cidades.

E TA PA 1

Levantamento de informações sobre países e atrações turísticas

• Seleção dos países que farão parte do roteiro.

• Escolha da cidade mais recomendada de cada país selecionado pelo grupo.

• Opção de, ao menos, dois locais de visitação dessa cidade. Pesquisem informações em revistas, blogues especializados em viagens, canais em plataformas de vídeo, páginas em redes sociais, filmes e relatos de pessoas que já visitaram esses países.

E TA PA 2

Planejamento dos percursos e deslocamentos

• Indicação do ponto de partida e de chegada do roteiro, ou seja, do início e do fim da viagem.

• Seleção do trajeto entre os países, definindo a ordem de visitação e os meios de transporte que serão utilizados nos deslocamentos.

• Cálculo do tempo de deslocamento de um país a outro de acordo com o meio de transporte selecionado.

• Indicação sobre como serão feitos os trajetos entre as atrações turísticas selecionadas por vocês na cidade escolhida. Tentem indicar meios de transportes variados, de acordo com a rede do país. Pesquisem informações em mapas, guias rodoviários, sites de aeroportos e metrôs.

E

TA PA 3

Elaboração de roteiro virtual ou impresso

• Elaboração de um panfleto de divulgação do roteiro, que informe, dia a dia, a programação das atividades com os locais de visitação e as respectivas cidades e países em que se localizam. Aproveitem para destacar características das atrações turísticas. Pesquisem modelos de roteiros turísticos, utilizem fotografias, desenhos e outros elementos que considerarem importantes.

159

14:06

01/09/2022

05/09/2022

15:20 7

Oliveiras em Tarragona, FRANCK/HEMIS.FR/AFP, SONIA VAZ
Em seu caderno, responda às atividades.
1 Quais são as principais atividades humanas que ameaçam a Vegetação Mediterrânea?
CORES E PROPORÇÕES NÃO CORRESPONDEM À REALIDADE.
Do fim do século XIX ao início do século XX, a Europa foi um continente de emigrantes. Cerca de 50 milhões de pessoas deixaram o continente em busca de melhores condições de vida, principalmente em países americanos, com destaque para Estados Unidos, Canadá, Argentina e Brasil. Dos europeus que partiram para a América, 80% eram britânicos, italianos, alemães, espanhóis, irlandeses, portugueses, russos e escandinavos. Em geral, esses migrantes fugiam das crises agrícolas, da pobreza e das perseguições políticas e religiosas. Além disso, com o fim da escravidão na América, a população europeia foi atraída pela oferta de trabalho e por promessas de terras baratas e acessíveis. Analise o mapa.
Reúnam-se em grupo e pesquisem sobre os imigrantes europeus que se fixaram no município ou na UF onde sua escola está situada. Procurem descobrir os países de procedência deles; o ano que chegaram; as causas das migrações; os principais hábitos e costumes que cultivam do país de origem e as dificuldades de adaptação no novo local. É possível buscar essas informações em fontes históricas, em bibliotecas físicas ou virtuais e em arquivos da prefeitura. Caso seja possível, elaborem perguntas para uma entrevista com algum imigrante ou filho de imigrantes. Apresente aos colegas os resultados da pesquisa e ouça a apresentação do restante da turma.
2. Nos Estados Unidos, os principais polos e regiões imigratórias foram São Francisco, Nova York, Boston, Detroit e Chicago; no Brasil, Rio de Janeiro e São Paulo; e na Argentina, Buenos Aires.
Escandinavo: originário da Península Escandinava, onde se localiza a Noruega, a Suécia e a Finlândia.
NÃO ESCREVA
Mundo: países mais visitados (em milhões de turistas) – 2019
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GLOBALIZAÇÃO E DESAFIOS NO SÉCULO XXI

1 UNIDADE MUNDO GLOBALIZADO 12
50 1. Comunicações, transportes e fluxos 52 Transportes ............................................................................. 52 Comunicações 54 Fluxos mundiais 55 2. Globalização e cultura ................................................................. 56 Integrando com Arte • Cultura e resistência à globalização 58 3. Globalização: contradições e desigualdades 60 Distribuição da riqueza 61 Pobreza no mundo 64 2 UNIDADE 1. Mundialização e globalização ......................................................... 14 Primórdios da economia mundial 16 Integrando com Língua Portuguesa • A noção de Ocidente e Oriente 18 2. Inovações técnicas e transformações espaciais .................................... 20 Da produção manual à indústria 20 Primeira Revolução Industrial 22 Segunda Revolução Industrial ........................................................ 23 Terceira Revolução Industrial 26 3. Globalização e espaço geográfico 28 Fluxos e redes 28 4. Indústria e agropecuária 30 Indústria 4.0 ............................................................................ 31 Pensar e agir • Indústria 4.0 e o futuro do trabalho 32 Produção agropecuária 34 Interagir com mapas • Apropriação de terras e segurança alimentar .................. 36 5. Questão energética 38 Desafios energéticos atuais 39 6. Mudanças no mundo no trabalho ..................................................... 42 Desemprego no campo e na cidade 43 Atividades ................................................................................. 46 D2-GEO-F2-2106-V9-PIN-001-011-LA-G24_AV1.indd 8 01/09/2022 14:09 8
EUROPA: TERRITÓRIO E NATUREZA 84 1. Localização e regionalizações 86 Divisão política 88 Divisões regionais ...................................................................... 90 2. Integrações da Europa 92 Construção da União Europeia 92 União Europeia ......................................................................... 94 Interagir com mapas • Países da União Europeia em gráficos 98 Comunidade dos Estados Independentes 100 A crise na Ucrânia 101 3. Aspectos naturais 104 Relevo e hidrografia ................................................................... 105 Pensar e agir • Recuperação dos rios europeus 106 Clima e vegetação 108 Integrando com Ciências e Língua Portuguesa • Domínios morfoclimáticos ........ 116 Atividades 118 3 UNIDADE
POPULAÇÃO E ECONOMIA 122 1. Distribuição da população 124 Viver em cidades 126 2. Crescimento demográfico e envelhecimento ........................................ 128 3. Diferentes povos e culturas 130 Minorias étnicas 131 4. Migrações 132 Crise migratória 134 Integrando com História • Racismo e “superioridade racial” ........................... 136 5. Conflitos e tensões 138 A questão basca 138 Leste Europeu .......................................................................... 139 6. Espaço econômico europeu 144 Espaço agrário 145 Pensar e agir • Energia nuclear na Europa 148 Espaço industrial 150 Interagir com mapas • Organização do espaço europeu ............................... 152 Atividades 154 Conhecimento em ação • Viajando pela Europa 158 4 UNIDADE 4. Globalização e pandemias 66 Pandemia de covid-19 67 Degradação ambiental e pandemias ................................................. 69 Interagir com mapas • Vírus emergentes de zoonoses 70 5. Organizações internacionais ........................................................ . 72 Organizações Não Governamentais (ONGs) 73 Organizações governamentais 74 Pensar e agir • Fórum Social Mundial (FSM) .............................................. 78 Atividades 80 D2-GEO-F2-2106-V9-PIN-001-011-LA-G24_AV1.indd 9 01/09/2022 14:09 9
EUROPA:

ORIENTE MÉDIO, ÁSIA SETENTRIONAL E ÁSIA

ÁSIA ............................................................... 160 1. Território e natureza ................................................................. 162 Localização e regionalização 162 Aspectos naturais 163 2. Aspectos da população .............................................................. 170 População urbana e rural 171 Interagir com mapas • Aspectos populacionais em anamorfose 174 Indicadores sociais .................................................................. 176 Pensar e agir • Religiões no mundo 178 3. Integrações na Ásia .................................................................. 180 Integrando com Arte • Heróis, artes marciais e cinema: da Ásia para o mundo 182 Atividades 184 5 UNIDADE
CENTRAL 188 1. Oriente Médio 190 Diversidade cultural .................................................................. 191 Petróleo: base da economia 192 Outras atividades econômicas ...................................................... 194 Interagir com mapas • A água em mapas de diferentes escalas 196 Formação dos países do Oriente Médio 198 Conflitos .............................................................................. 199 Pensar e agir • Primavera Árabe 204 2. Ásia Setentrional 206 População ............................................................................ 207 Atividades econômicas 208 Mudanças e perspectivas 210 3. Ásia Central 212 População 213 Integrando com Ciências • Redução do Mar de Aral ................................... 216 Atividades 218 6 UNIDADE D2-GEO-F2-2106-V9-PIN-001-011-LA-G24_AV1.indd 10 01/09/2022 14:09 10
EXTREMO ORIENTE, ÁSIA MERIDIONAL E SUDESTE ASIÁTICO ........................................ 222 1. Extremo Oriente ........................................................................ 224 Tigres Asiáticos 225 Coreia do Sul 226 Coreia do Norte ......................................................................... 228 Integrando com História • A origem das duas Coreias 230 Japão 232 China ................................................................................... 234 2. Ásia Meridional 240 Paquistão 241 Pensar e agir • As meninas e o direito à educação 242 Índia 244 Interagir com mapas • O mundo visto pela China e pela Índia .......................... 248 3. Sudeste Asiático 250 Aspectos populacionais e econômicos 252 Novos Tigres Asiáticos ................................................................. 253 Atividades 254 7 UNIDADE OCEANIA 258 1. Território e população 260 Diferentes povos e culturas 262 Integrando com Língua Portuguesa • Ilhas do Pacífico podem desaparecer 264 2. Aspectos naturais 266 Clima e vegetação ..................................................................... 266 Hidrografia e relevo 267 Interagir com mapas • Altimetria e batimetria 268 3. Austrália ................................................................................ 270 Atividades econômicas 272 4. Nova Zelândia 274 Pensar e agir • Refugiados climáticos ................................................... 276 Atividades 278 Conhecimento em ação • Europeus na Ásia e na Oceania: o caso do povo kanak ..... 282 Planisfério político ................................................................. 284 Referências bibliográficas comentadas 285 8 UNIDADE
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BNCC NA UNIDADE

Competências na unidade

Gerais: 1, 2, 6 e 7

Ciências Humanas: 2, 5, 6 e 7

Geografia: 1, 3, 4 e 6

Habilidades

Geografia: • EF09GE01

• EF09GE05

• EF09GE11

• EF09GE14

• EF09GE02

• EF09GE06

• EF09GE12

• EF09GE18

• EF09GE10

• EF09GE13

Abertura da Unidade

BNCC

• Atende-se à habilidade EF09GE05 com foco em analisar fatos e situações para compreender a integração mundial (econômica, política e cultural) no contexto da globalização.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Neste início de volume, o conceito de globalização é retomado e ampliado, destacando características relacionadas à produção do espaço, como os fluxos de pessoas e o papel das redes de transporte e de comunicação na aproximação de lugares e pessoas, as cidades globais e os tecnopolos.

Pedir aos estudantes que analisem a imagem da abertura e comentem as impressões que têm em relação a ela, verificando se identificam a ideia de um mundo conectado. Auxiliar os estudantes a refletirem sobre os aspectos que contribuiriam para essa integração, reconhecendo o papel dos transportes e das comunicações nesse processo.

Nas atividades 1 e 2, é esperado que os estudantes utilizem os conhecimentos prévios acerca de dois aspectos centrais da globalização que serão abordados na unidade: os fluxos que integram diferentes pontos do planeta, intensificados pelas inovações tecnológicas

Nesta Unidade, analisaremos como o mundo atual se configurou a partir das inovações técnicas e tecnológicas e como essas inovações resultaram em transformações no espaço geográfico, no trabalho, nas relações humanas e entre países, possibilitando o aumento dos fluxos de pessoas, informações e mercadorias, uma das características do processo de globalização.

Na atividade 3, comentar que não há um conceito definido para o termo globalização Esclarecer que, para muitos autores, a globalização é uma fase do capitalismo que representa a interdependência entre países e povos do globo, incentivada pelo avanço dos meios de comunicação e dos transportes.

Sobre o reflexo da globalização no cotidiano dos estudantes, eles poderão citar, entre outras coisas, a rapidez com que as notícias são divul-

gadas; a tecnologia disponível; a velocidade dos meios de transporte, dos fluxos de pessoas e mercadorias; as novas relações de trabalho; o avanço nos meios de comunicação; a internet; a expansão do uso da língua inglesa e do uso de telefones celulares, tablets etc.

1
Imagem ilustrativa das principais redes aéreas do mundo.
UNIDADE MUNDO GLOBALIZADO 12
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Converse com os colegas e o professor sobre as questões a seguir.

1 Observe com atenção a imagem que abre esta Unidade. Que ideia ela transmite?

2 No seu entendimento, que inovações tecnológicas estariam relacionadas às transformações apontadas no texto?

3 O que você entende por globalização? Como esse processo se faz presente no seu dia a dia?

Globalizações

Pedir aos estudantes que se reúnam em grupos. Cada grupo deve escolher um aspecto que, na opinião deles, represente a globalização. Após a escolha, pedir a eles que desenhem ou que façam uma colagem da representação (é necessário providenciar material para recorte). Cada grupo deve apresentar o seu trabalho para a turma.

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Consultar respostas em Orientações didáticas.
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• EF09GE05 – Analisar fatos e situações para compreender a integração mundial (econômica, política e cultural), comparando as diferentes interpretações: globalização e mundialização.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Ouvir com os estudantes a música “Parabolicamará”, de Gilberto Gil. Na sequência, solicitar que leiam o trecho da letra. Após a leitura, analisar coletivamente a letra da canção.

Na atividade 1, orientar a análise dos versos levando os estudantes a reconhecer que antes o mundo parecia pequeno porque as pessoas não tinham tanto conhecimento de todas as suas partes. Em razão dos difíceis acesso e comunicação e de os transportes serem pouco desenvolvidos, a maior parte das pessoas vivia restrita ao seu lugar e tinha a sensação de que a Terra era grande. Hoje, porém, o mundo parece maior, já que grande parte das pessoas conhece mais lugares, não ficando restrita apenas ao lugar onde vive, pois pode ter contato com outros mundos.

Nesse sentido, tem-se a sensação de que a Terra é pequena, trazendo a noção de aldeia global. Explicar aos estudantes que um acontecimento político ocorrido em determinado local pode chegar rapidamente ao conhecimento público e afetar a opinião das pessoas em locais distantes com o avanço das tecnologias de comunicação.

Na atividade 2, espera-se que os estudantes reconheçam a importância da internet no aumento das relações entre pessoas e países. Comentar que a canção de Gilberto Gil foi lançada no início da década de 1990, período em que as transformações tecnológicas, como a internet, intensificaram-se, ainda que de forma

MUNDIALIZAÇÃO E GLOBALIZAÇÃO

Nomes de empresas ou de marcas citados nesta obra têm finalidade didática e estão devidamente contextualizados ao tema que está sendo abordado, não havendo intenção de recomendar produtos ou incitar o consumo.

Leia o trecho da canção “Parabolicamará”, de Gilberto Gil.

Antes mundo era pequeno

Porque Terra era grande

Hoje mundo é muito grande

Porque Terra é pequena

Do tamanho da antena

Parabolicamará

[...]

De jangada leva uma eternidade

De saveiro leva uma encarnação

Pela onda luminosa

Leva o tempo de um raio [...]

PARABOLICAMARÁ. Intérprete: Gilberto Gil. Compositor: Gilberto Gil. In: PARABOLICAMARÁ. Produção: Rio de Janeiro: WMB, 1992. 1 CD, faixa 2.

Converse com os colegas e o professor sobre as questões a seguir.

1 O que o autor quis dizer ao contrapor as ideias de “mundo pequeno/Terra grande” e “mundo grande/Terra pequena”?

Consultar comentários em Orientações didáticas.

2 O trecho “Pela onda luminosa leva o tempo de um raio” se refere à televisão e ao modo como ela altera nossa noção de distância e tempo. Atualmente, que recurso tecnológico assume com ainda mais intensidade esse papel?

A internet, por meio de smartphones, tablets e computadores.

3 Com base no trecho da canção e em seus conhecimentos, indique as evoluções tecnológicas que permitiram o “encurtamento das distâncias”

As evoluções tecnológicas ocorridas nos meios de transporte e nos meios de comunicação.

Da década de 1990 em diante, com o fim da Guerra Fria (1945-1989), uma Nova Ordem Mundial promoveu transformações na organização do espaço geográfico, as quais repercutiram nas formas de produzir, pensar e fazer política no mundo. Com o desmembramento de uma das antigas superpotências, a União Soviética, os protagonistas mundiais passaram a ser Estados Unidos, países da União Europeia e Japão, que despontaram como novos centros de poder mundial.

restrita. Comentar que, naquele período, a aproximação virtual entre pessoas e países ocorria principalmente por meio da televisão, graças às antenas parabólicas.

Pedir a participação dos estudantes, levando-os a reconhecer a globalização em seu dia a dia. A reflexão sobre a origem de produtos, músicas, alimentos e palavras estrangeiras presentes no cotidiano pode contribuir para a apresentação e compreensão do conceito.

É importante comentar e contrapor as ideias de homogeneização e heterogeneização cultural. Destacar que, nesse processo, apesar da uniformização de alguns hábitos e costumes, há também a divulgação de outras culturas. Ressaltar que a globalização não abrange todos os lugares e não ocorre de maneira homogênea.

Ao abordar os conceitos de globalização e mundialização, é interessante destacar que, para alguns pesquisadores, esses conceitos são

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A partir de então, o termo globalização passou a ser usado para se referir ao crescimento da interdependência entre países, governos, empresas e povos do mundo, sugerindo uma ideia de unificação mundial.

Para alguns pesquisadores, a globalização corresponde à etapa atual do processo de mundialização da economia, iniciado no período das Grandes Navegações (século XV) e ampliado progressivamente pelos crescentes fluxos internacionais de informações, mercadorias, pessoas, serviços e capitais.

O crescimento desses fluxos ocorreu principalmente pela evolução tecnológica dos meios de comunicação e transporte, que passam a sensação de que o mundo está cada vez menor. Esse aspecto caracteriza a chamada aldeia global, termo sugerido pelo pesquisador canadense Marshall McLuhan (1911-1980). O uso do termo vem do fato de o mundo ganhar um sentido de lugar pequeno, conhecido por todos, onde as relações entre as pessoas são mais próximas.

Embora muitas vezes usados como sinônimos, globalização e mundialização são conceitos distintos, porém relacionados.

O conceito de mundialização é empregado para se referir ao contexto da expansão e do desenvolvimento dos mercados e fluxos de capitais no mundo. As bolsas de valores, instituições onde ocorrem as transações de compra e venda de ações e títulos de empresas do mundo todo, são um símbolo desse processo.

TEXTO COMPLEMENTAR A Terra encolheu?

[...] A rapidez com a qual se efetuam agora as interações entre o local e o mundial é que dá a impressão de que a Terra encolheu. Mas, da multiplicidade dessas interações, resulta que os homens e as mulheres estão bem mais conscientes do que outrora sobre as particularidades dos lugares onde vivem, de sua região e de sua nação, contrariamente à opinião segundo a qual haveria uma espécie de uniformização geral das culturas por causa da difusão do idioma inglês e das modas anglo-saxônicas. Na maior parte dos países, mantêm-se as línguas nacionais ou regionais, que formam cada uma a base de uma cultura. Por outro lado, jamais houve tanta consciência da enorme diversidade das culturas na superfície do globo.

LACOSTE, Yves. A Terra encolheu? In: BARRET-DUCROCQ, Françoise (org.). Globalização para quem? Uma discussão sobre os rumos da globalização. Tradução: Joana Angélica D'Avila Melo. São Paulo: Futura, 2004. p. 23.

AMPLIANDO HORIZONTES

Já a globalização refere-se à integração do espaço geográfico mundial, pois, além dos aspectos econômicos, envolve certa padronização de costumes, com ação predominante dos meios de comunicação.

Os efeitos da globalização podem ser percebidos em aspectos diversos da sociedade, desde a homogeneização de hábitos alimentares até a velocidade da propagação de doenças contagiosas, experienciada com a recente pandemia de covid-19. Por ser um fenômeno atual, podemos dizer que a globalização ainda é um processo em construção.

sinônimos, mas há outros estudiosos que os diferenciam: a globalização envolveria de forma mais abrangente aspectos econômicos, sociais, culturais e políticos; já a mundialização estaria mais relacionada à atuação e ao deslocamento do capital no mundo global.

A Bolsa de Valores de Nova York é o maior mercado de ações do mundo em volume de dinheiro e empresas listadas. Nova York, EUA, 2020.

Ações: em economia, documentos que representam a propriedade de parte de uma empresa. Quem compra ações de uma empresa passa a ser seu acionário, ou seja, associa-se a ela.

Pandemia: quando uma doença atinge muitas pessoas no mundo ao mesmo tempo.

Para o professor

• MOURA JÚNIOR, Francisco Tomaz de. Análise da música “Parabolicamará” de Gilberto Gil sob a perspectiva foucaultiana e sua potencialidade para o ensino. Itinerarius Reflectionis, Goiânia, v. 12, n. 1, 4 fev. 2016. Disponível em: https://revistas. ufg.br/rir/article/view/36921.

Acesso em: 6 ago. 2022.

O artigo faz uma análise da música “Parabolicamará”, abordando suas potencialidades para o ensino. Pode ser útil ao professor no desenvolvimento do conteúdo.

• TEIXEIRA, Juliane M. Barbosa et al. Mundialização versus globalização: a economia baseada no conhecimento como condutor da inovação. Anais do IV SINGEP, São Paulo, p. 1-8, 8-10 nov. 2015. Disponível em: https:// singep.org.br/4singep/resulta do/436.pdf. Acesso em: 6 ago. 2022.

O texto faz uma análise sobre a organização dos processos econômicos com foco na mundialização e na globalização.

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• Atende-se à habilidade EF09GE01 com foco em analisar criticamente de que forma a hegemonia europeia foi exercida em várias regiões do planeta, no período das Grandes Navegações.

• A habilidade EF09GE05 é contemplada com foco em analisar fatos e situações para compreender a integração mundial (econômica, política e cultural) e os primórdios do processo de mundialização da economia no contexto das Grandes Navegações.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Iniciar a aula pedindo aos estudantes que observem a obra apresentada, verificando se eles reconhecem a cena representada, que retrata a chegada dos portugueses ao território que mais tarde se tornaria o Brasil. O objetivo da proposta e das questões iniciais é verificar os conhecimentos dos estudantes sobre o período, que é considerado por alguns pesquisadores como o início do processo de mundialização da economia.

Na atividade 2, espera-se que os estudantes mencionem que o contato entre os diversos povos indígenas que ocupavam o território brasileiro e os portugueses ocorreu por meio da imposição dos valores e da cultura europeia sobre os povos nativos, considerados pelos europeus como “selvagens” que deveriam ser dominados e subjugados para, então, serem escravizados e servirem aos interesses das metrópoles coloniais, que eram ocupar e explorar os recursos naturais do território. Esse processo ocorreu em todas as regiões do planeta que foram colonizadas nesse contexto.

Na atividade 3, espera-se que os estudantes observem os personagens retratados na imagem e identifiquem diferenças técnicas e culturais entre eles. A pre-

Primórdios da economia mundial

Analise a imagem.

Responda às questões no caderno.

1 Que momento histórico a obra retrata?

A chegada dos portugueses ao Brasil.

2 De acordo com seus conhecimentos, de que forma se deu o contato entre os povos retratados na pintura?

Consultar comentários em Orientações didáticas.

3 Cite algumas diferenças técnicas e culturais existentes entre esses povos.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

4 Que relação pode ser feita entre a imagem e o processo de globalização?

Consultar comentários em Orientações didáticas.

Para muitos estudiosos, a globalização corresponde à atual e mais avançada fase do capitalismo, sistema que surgiu nos países da Europa, no fim da Idade Média, sobrepondo-se lentamente ao feudalismo. No início do século XV, o capitalismo já comandava a economia e a sociedade europeias.

Até o século XV, as relações entre os habitantes de diferentes continentes – e no interior deles – eram bastante limitadas. Com meios de transporte e comunicação pouco desenvolvidos, os elementos naturais, como montanhas e oceanos, constituíam barreiras físicas que dificultavam os deslocamentos e o contato entre diferentes povos. Embora houvesse comércio entre regiões distantes, ele ocorria com intensidade e ritmo muito inferiores aos atuais.

No período das Grandes Navegações, entre os séculos XV e XVI, as técnicas de navegação desenvolvidas na Europa favoreceram as viagens de longa distância. Dispostos a obter metais preciosos e outros produtos que pudessem ser comercializados, os europeus incorporaram novas terras (América) e novos mercados (África e Ásia), interferindo na integração do espaço geográfico mundial, possibilitando a expansão do capitalismo e, de acordo com alguns pesquisadores, iniciando o processo de globalização. Analise o mapa da página a seguir.

sença das caravelas e as vestimentas são aspectos que podem ser apontados como elementos que diferenciam os dois povos.

Na atividade 4 , comentar que a imagem está relacionada ao início da expansão do capitalismo mercantil europeu na busca por territórios e rotas de comércio. Além disso, ela representa o contato entre povos de diferentes culturas, fator que também está relacionado ao processo de globalização.

FICA A DICA

Capitalismo para principiantes : a história dos privilégios econômicos. Carlos Eduardo Novaes. Ilustrações: Vilmar Rodrigues. São Paulo: Ática, 2003. No livro, a história do desenvolvimento do capitalismo é contada em quadrinhos.

Espera-se, na atividade 5, que os estudantes mencionem o mapa justificando que o período das Grandes Navegações representou o primeiro momento do processo de mundialização da economia e, consequentemente, do fenômeno da globalização.

É importante destacar a relevância do desenvolvimento das técnicas na expansão do capitalismo e na caracterização da globalização. Nesse sentido, as próprias caravelas são um exemplo

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SILVA, Oscar Pereira. Desembarque de Cabral em Porto Seguro em 1500. 1992. Óleo sobre tela, 190 cm × 333 cm.
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MUSEU PAULISTA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SP
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5 Compare o mapa com a imagem da abertura desta Unidade. Em sua opinião, qual das representações mostra aspectos relacionados ao processo de mundialização da economia? Justifique sua resposta.

Do fim do século XV ao fim da primeira metade do século XVIII (1500-1740), o comércio de mercadorias foi a principal atividade econômica do capitalismo. Por esse motivo, essa etapa ficou conhecida como capitalismo comercial

Os países europeus acumulavam capitais e lucros com a comercialização de produtos – como açúcar, algodão, ouro e prata, obtidos no continente americano – e de trabalhadores escravizados e especiarias originários do continente africano. Assim, as distâncias entre os lugares começavam a diminuir, e as trocas entre os povos, a crescer.

O estabelecimento de colônias europeias – inicialmente na América e posteriormente na África e na Ásia – contribuiu para a propagação da divisão do mundo em Ocidente e Oriente, muito utilizada e bastante complexa.

No contexto de expansão do capitalismo, o Ocidente corresponde, em um primeiro momento, aos países da Europa Ocidental – que se lançaram nas Grandes Navegações e desenvolveram o sistema colonial – e, séculos mais tarde, aos Estados Unidos. O Oriente, por outro lado, corresponde aos povos e culturas asiáticas com os quais os europeus passaram a ter contato do século XV em diante.

Assim, a expansão do sistema capitalista resultou, entre outros fatores, em expansão e imposição de valores ocidentais sobre as diversas regiões do planeta.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR

Novas tecnologias no cotidiano

Solicitar aos estudantes que realizem uma entrevista com uma pessoa mais velha para descobrir como os avanços tecnológicos afetaram seu dia a dia. Perguntar se a pessoa substituiu algum objeto por outro mais moderno e que vantagens isso trouxe a ela. Depois, solicitar que os estudantes escrevam um texto e que o ilustrem com os objetos citados.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor

• SWEEZY, Paul et al A transição do feudalismo para o capitalismo. Tradução de Isabel Didonnet. 5. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2008.

O livro trata da constituição histórica do capitalismo, apresentando os aspectos que marcaram a transição do feudalismo para o capitalismo, como a evolução do comércio na Idade Média e a origem econômica das cidades.

• BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. As duas fases da história e as fases do capitalismo. Textos para Discussão da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas, São Paulo, n. 278, maio 2011. Disponível em: https://bibliotecadigital.fgv.br/ dspace/bitstream/handle/ 10438/8081/TD%20278%20-% 20Luiz%20Carlos%20Bresser% 20Pereira.pdf. Acesso em: 6 ago. 2022.

O artigo discute a formação do sistema capitalista e suas fases iniciais. Pode ser útil ao professor no desenvolvimento do conteúdo.

interessante desse processo. Comparadas aos meios de transporte mais modernos, as caravelas eram barcos precários e lentos que viajavam a uma velocidade média de 16 km/h e eram pouco seguras. No entanto, elas foram a grande inovação tecnológica do capitalismo comercial e o principal meio de transporte marítimo do período das Grandes Navegações.

Fazer uma retomada histórica das fases do capitalismo, destacando as atividades econômicas

predominantes em cada período. Se julgar interessante, é possível organizar cada fase em uma linha do tempo para melhor visualização do processo histórico.

Relacionar a expansão do sistema colonial à expansão do capitalismo e dos valores da cultura ocidental em escala global, representados pelas potências europeias, indicando que esse processo está relacionado à divisão do mundo em dois polos antagônicos: Ocidente e Oriente.

1577-1580 1519-1521 15191521 1577-1580 1521-1522 1577-1580 1519-1521 1487-1488 14971498 1497-1498 1596-1597 15771580 1 5311533 1564-1565 1526 1509 1526 1500 1500 1526 15 1 3 1500 1 5 00 1509 1519 1522 1526 1525 1522 1511 1496 1539 1492 1497 1576 1553 1534-1536 1509-1510 1511 OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO Equador Trópico de Câncer Círculo Polar Ártico Círculo Polar Antártico Trópico de Capricórnio Meridiano de Greenwich OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO 0° 0° AMÉRICA ANTÁRTIDA ÁFRICA ÁSIA EUROPA OCEANIA Principais rotas de exploração (1487-1597) Espanhola Portuguesa Inglesa Francesa Holandesa 0 2 500 ALLMAPS
Resposta pessoal. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas. Mundo: Grandes Navegações e principais rotas de exploração – 1487-1597
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Fonte: VICENTINO, Cláudio. Atlas histórico: geral e Brasil. São Paulo: Scipione, 2011. p. 90
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Competências

• Gerais: 1 e 2

• Ciências Humanas: 5

• Geografia: 3

• Atende-se à habilidade EF09GE06 ao associar-se o critério de divisão do mundo em Ocidente e Oriente com o Sistema Colonial implantado pelas potências europeias.

Interdisciplinaridade com...

Língua Portuguesa:

• EF08LP03 Produzir artigos de opinião, tendo em vista o contexto de produção dado, a defesa de um ponto de vista, utilizando argumentos e contra-argumentos e articuladores de coesão que marquem relações de oposição, contraste, exemplificação, ênfase.

• EF89LP15 Utilizar, nos debates, operadores argumentativos que marcam a defesa de ideia e de diálogo com a tese do outro: concordo,discordo,concordo parcialmente,do meu ponto de vista,na perspectiva aqui assumida etc.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Promover uma tempestade de ideias a respeito das expressões “Mundo Ocidental” e “Mundo Oriental”. Para melhor organização da proposta, iniciar por “Mundo Ocidental”. Solicitar aos estudantes que falem tudo o que lhes vem à cabeça quando ouvem essa expressão. Anotar na lousa o que for falado. Depois, fazer o mesmo para “Mundo Oriental”. Comentar que, geograficamente, a divisão do mundo em Oriente e Ocidente é feita pelo Meridiano de Greenwich. Além do critério geográfico, destacar que a divisão do mundo em Ocidente e Oriente está relacionada à divisão do Império Romano e que sua expansão para outras partes do planeta ocorreu a partir das Grandes Navegações.

INTEGRANDO com LÍNGUA PORTUGUESA com

A noção de Ocidente e Oriente

O Oriente está relacionado à direção onde o Sol nasce (leste); e o Ocidente, à direção oposta (oeste).

A noção de Ocidente tem suas origens com as civilizações grega e romana, na Europa, em oposição aos povos do Oriente, como os persas. Porém, essa noção passou a ser oficialmente utilizada com a divisão do Império Romano em duas partes, no ano de 395 d.C. Analise o mapa 1.

Do século XV em diante, com as Grandes Navegações, o chamado “mundo ocidental” ampliou suas fronteiras disseminando uma falsa noção de superioridade da civilização ocidental em relação às demais.

Com o passar dos séculos, a influência dos valores ocidentais foi se consolidando em todo o planeta. Os Estados Unidos, ao adotar os valores europeus de democracia, liberdade e direitos humanos, passaram a integrar o mundo ocidental. A Revolução Industrial e a noção de progresso validaram a necessidade de expansão dessa civilização, consolidada pela política imperialista ao longo do século XIX e início do século XX. No contexto do pós-Segunda Guerra Mundial, a emergência dos Estados Unidos e da União Soviética como potências mundiais redefiniu o uso dos termos “Ocidental” e “Oriental” com base em critérios políticos e econômicos. Os Estados Unidos e os países alinhados a eles representavam os valores ocidentais e do capitalismo, enquanto a União Soviética e os países alinhados a ela faziam parte do bloco socialista, considerados orientais.

Revolução Industrial: rápida mudança no processo de transformação de matérias-primas decorrente de avanços tecnológicos. Processo que marca o surgimento da indústria na segunda metade do século XVIII.

No contexto atual, os termos “oriente” e “ocidente” estão impregnados de possibilidades, visões de mundo e, em alguns casos, preconceito. A ideia divulgada durante os períodos colonial e imperialista de que a civilização ocidental seria superior às demais ficou gravada no imaginário de muitas pessoas, por isso é importante trabalhar a desconstrução de possíveis preconceitos.

Refletir com os estudantes a respeito da validade dessa ideia, pois originalmente ela foi cunhada na Europa com o objetivo de demonstrar, distin-

guir e ressaltar sua cultura em relação às demais.

Na atividade 1, explicar que a noção de Ocidente e Oriente surgiu com os gregos, que consideravam sua cultura e seu modo de vida bastante diferentes dos povos asiáticos conhecidos, e foi consolidada quando o Império Romano passou a ser dividido em duas partes, no ano 395 d.C.

Na atividade 2, propõe-se um trabalho interdisciplinar com Língua Portuguesa, com foco nas habilidades EF08LP03 e EF89LP15, que desenvolvem a produção de artigos de opinião e a

BNCC Mar Mediterrâneo Mar Vermelho Mar Negro OCEANO ATLÂNTICO Mar do Norte Mar Báltico 0º 45º N Meridiano de Greenwich Roma IMPÉRIO ROMANO DO OCIDENTE IMPÉRIO ROMANO DO ORIENTE Constantinopla 0 372 ALLMAPS
CONEXÃO LÍNGUA PORTUGUESA
Império Romano – 395 d.C.
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Fonte: LE MONDE HORS-SÉRIE. L’histoire de l’Occident: choques et métamorphoses. Paris: Malesherbes Publications, 2021. p. 16-17.
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Possessões e rotas portuguesas e espanholas – século XVI

TEXTO COMPLEMENTAR

Atualmente, não há consenso e uma definição única acerca do que representam os mundos Ocidental e Oriental – nem mesmo se essas expressões são ainda válidas. As possibilidades de uso dos termos são múltiplas, dependendo dos critérios empregados (econômicos, sociais, políticos, culturais etc.).

Faça as atividades em seu caderno.

Auxilie os estudantes na realização das atividades. Consultar comentários em Orientações didáticas.

1 Como surgiu a noção de Ocidente em oposição ao Oriente?

2 Leia o trecho do texto a seguir.

Nos Estados Unidos e na Europa, o Brasil não é Ocidente. Nós não somos ocidentais. Mesmo na China, na Índia, no Oriente Médio e na África, não nos incluem no mundo ocidental. [...]

CHACRA, Guga. De NY a Brasília: o Ocidente não considera o Brasil Ocidental. Estadão. São Paulo, 20 jun. 2011. Disponível em: https://internacional.estadao.com.br/blogs/gustavo-chacra/de-ny-a-brasilia-oocidente-nao-considera-o-brasil-ocidental/. Acesso em: 17 dez. 2021.

a) Com base nos estudos sobre a colonização do Brasil e o papel do país no atual cenário internacional, produza um artigo de opinião explicando se o Brasil poderia ser considerado Oriental ou Ocidental. Traga argumentos que validem seu posicionamento.

b) Você e os colegas participarão de um debate mediado pelo professor. Apresente sua argumentação no momento oportuno e faça intervenções nas argumentações dos colegas, concordando ou discordando deles respeitosamente.

expressão dessas opiniões em debates. Nesse sentido, é desejável trabalhar em conjunto com um professor desse componente, que poderá auxiliar os estudantes a desenvolver uma boa argumentação a partir dos conteúdos estudados na seção.

No item a, espera-se que os estudantes indiquem que, de acordo com o histórico de formação territorial do Brasil, ele poderia fazer parte dos países ocidentais, por ter herdado parte da cultura europeia da contribuição portuguesa, manifestada sobretudo na presença do catolicis-

mo no país. Por outro lado, analisando a participação do Brasil no cenário atual, seria possível afirmar que ele não é ocidental, em virtude dos aspectos econômicos. Ao contrário das potências ocidentais, o Brasil é um país emergente, alinhado com economias como a chinesa e a indiana, que são orientais. Verificar se a argumentação dos estudantes é coerente com a opinião expressada por eles. No item b, lembrar os estudantes da importância de sempre argumentar os pontos de vista manifestados.

Quando se examina o contraponto Oriente e Ocidente em perspectiva histórica ampla, logo se revelam duas configurações geo-históricas distintas. São interdependentes e complementares, mas reafirmam-se diferentes. Desde a chegada de Vasco da Gama na Índia, em 1498, essas duas configurações começam a constituir-se em moldes cada vez mais sistemáticos, com perfis crescentemente nítidos; mas sempre se modificando no curso do tempo e conforme o lugar. No fim do século vinte, continuam vigentes, modificadas, mas evidentes. São configurações geo-históricas que se constituem, modificam e reiteram no curso do mercantilismo, colonialismo, imperialismo e globalismo. Essa, naturalmente, é uma história que envolve diferentes manifestações de nacionalismo, etnicismo, racismo e fundamentalismo, compreendendo não somente o capitalismo, mas também o socialismo.

IANNI, Octavio. Ocidente Oriente. XX Encontro Anual da ANPOCS, Caxambú, p. 3, 22-26 out. 1996. Disponível em: https://www.anpocs.com/index.php/encontros/ papers/20-encontro-anual-da-anpocs/gt-19/ gt21-13/5459-octavioianni-ocidente-oriente/ file. Acesso em: 6 ago. 2022.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor

• RODARTE, Leonardo. Você se considera ocidental? Para grande parte do mundo, o Brasil não faz parte do Ocidente. UOL Notícias, São Paulo, 24 set. 2018. Disponível em: https://noticias.uol. com.br/internacional/ultimasnoticias/2018/09/24/brasil-nao-e -pais-ocidental.htm. Acesso em: 6 ago. 2022.

Reportagem sobre a definição de “ocidental” e a dificuldade de classificar países da América Latina e da África de acordo com a divisão “Ocidente” e “Oriente”.

• SAID, Edward Wadie. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. Tradução: Rosaura Eichenberg. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

No livro, o autor mostra que o “Oriente” é uma invenção cultural e política do “Ocidente”, que reúne as várias civilizações a leste da Europa sob o mesmo signo do exotismo e da inferioridade.

OCEANO PACÍFICO Equador Trópico de Câncer Círculo Polar Ártico Círculo
Trópico de Capricórnio
OCEANO ÍNDICO 0° 0° OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO GLACIAL
Espanholas Portuguesas Tratado de Tordesilhas Possessões e rotas 0 2 489 ALLMAPS
Polar Antártico Meridiano de Greenwich
OCEANO PACÍFICO
ANTÁRTICO
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Fonte: VICTOR, Jean-Christophe. Les dessous des cartes: Asie: itinéraires géopolitiques. Paris: Éditions Tallandier, 2012. p. 16.
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• Trabalha-se a habilidade EF09GE10 com foco em analisar os impactos do processo de industrialização na produção e circulação de produtos e culturas na Europa.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

A temática abordada nas páginas 20 e 21 se relaciona aos temas contemporâneos transversais Ciência e Tecnologia e Economia, com destaque para o Trabalho, ao relacionar a evolução das técnicas empregadas no processo de transformação das matérias-primas às transformações do espaço geográfico e das relações de trabalho. Nesse sentido, é importante solicitar aos estudantes que retomem conteúdos já estudados em História e Geografia para observar as imagens e identificar as diferenças entre elas, considerando a evolução das técnicas.

Pedir aos estudantes que apontem as principais características do artesanato e da manufatura. Para organizar essas informações, é possível elaborar coletivamente um quadro comparando as duas formas de produção destacando, por exemplo, o número de trabalhadores envolvidos na atividade, a organização do trabalho e o volume de produção.

Esclarecer que o desenvolvimento da manufatura ocorreu enquanto o comércio em larga escala também se desenvolvia. Destacar que a atividade manufatureira se ajustou ao crescimento do mercado urbano.

Comentar o papel das novas tecnologias no desenvolvimento das indústrias, destacando também as mudanças que provocaram nas relações de trabalho. Relacionar essas mudanças ao desenvolvimento do capitalismo e à própria Revolução Industrial. Incentivar os estudantes a observar as imagens que retratam o tear mecânico e a máquina a va-

TÉCNICAS E TRANSFORMAÇÕES ESPACIAIS

1. Na imagem 1, o trabalho é individual, com o uso de ferramentas mais simples. Já na imagem 2, o trabalho é em grupo, com o uso de máquinas simples, além de ferramentas.

A inserção das inovações técnicas nos processos produtivos a partir do século XVI promoveu grandes transformações nas formas de trabalhar e no espaço geográfico.

Da produção manual à indústria

Analise as imagens e responda às questões em seu caderno.

1 Que diferenças existem entre os processos de produção representados nas imagens 1 e 2?

2 Na imagem 2, todas as pessoas parecem realizar a mesma atividade?

Não. As pessoas estão realizando atividades diferentes.

3 No seu entendimento, entre os tipos de produção retratados, qual produz mais e em menor tempo? Por quê?

Antes do surgimento das fábricas, a transformação da matéria-prima ocorria de forma artesanal, prevalecendo o trabalho manual e individual, com o artesão realizando sozinho todas as etapas de produção. Além disso, eram utilizados instrumentos simples, como facas, tesouras, martelos e agulhas. Muitas vezes, a produção dos bens ocorria na casa do artesão.

Produção manual de remo no século XVIII, na Itália. Ilustração de Giovanni Grevembroch, meados do século XVIII. Aquarela sobre papel.

Grupo de mulheres conhecido como Filhas da Liberdade, que, no século XVII, nos Estados Unidos, protestavam contra a dominação britânica produzindo seus próprios tecidos. Ilustração do século XIX.

Por volta do século XVI, alguns artesãos começaram a se organizar nas chamadas oficinas manufatureiras. Surge, então, a manufatura, caracterizada pelo trabalho em grupo (ainda predominantemente manual), pelo uso de máquinas simples e pela divisão de tarefas, com cada artesão se responsabilizando por uma parte da produção.

Em razão do aumento das vendas, as oficinas manufatureiras passaram a investir em novas tecnologias para ampliar a produção, como a máquina a vapor e o tear mecânico. As máquinas substituíram diversas ferramentas antes utilizadas pelos trabalhadores nas manufaturas e no artesanato.

O uso de novas tecnologias criou a necessidade de locais especiais para a produção, as fábricas, onde ficavam as máquinas e os operários, que passaram a ter um salário em troca de seu trabalho.

3. A produção retratada na imagem 2, pois ela conta com mais pessoas envolvidas nas etapas da produção, além de fazer uso de máquinas simples e ferramentas.

por, contrapondo-as às imagens anteriores, que retratam a produção artesanal.

É importante esclarecer que o surgimento de novas formas de produção não exclui completamente as anteriores. Dessa forma, apesar da expansão da indústria, o artesanato ainda é usado como forma de produção de alguns produtos.

Na atividade 1 , os estudantes poderão dizer que a imagem 1 retrata o trabalho individual, com o uso de ferramentas mais simples.

A imagem 2 , por sua vez, retrata o trabalho coletivo, com o uso de máquinas e ferramentas, além da divisão de tarefas, permitindo que uma maior produção seja realizada em menos tempo, respostas que os estudantes deverão dar às atividades 2 e 3.

Na página 21, há um excerto de autoria de Eric Hobsbawm, que aborda as principais mudanças no mundo do trabalho com o advento da Primeira Revolução Industrial. Sugerimos que o

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INOVAÇÕES
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Com a utilização de máquinas e de novas técnicas de produção, a indústria passou a produzir em larga escala – uma grande quantidade de bens – e em série – bens fabricados de acordo com um padrão

As inovações na maneira de produzir aceleraram o processo de expansão capitalista, desencadeando profundas transformações no espaço geográfico e nas relações entre países e pessoas. O conjunto dessas inovações ficou conhecido como Revolução Industrial Leia o texto a seguir, sobre as principais mudanças introduzidas no mundo do trabalho a partir da Primeira Revolução Industrial. Depois, responda às questões propostas no caderno.

O trabalho industrial e a nova rotina dos trabalhadores

O trabalho industrial [...] impõe regularidade e rotina totalmente diferentes dos ritmos pré-industriais de trabalho – que dependem da variação das estações e do tempo, da multiplicidade de tarefas em ocupações não afetadas pela divisão racional do trabalho, pelos caprichos de outros seres humanos ou de animais, e até mesmo pelo desejo de se divertir em vez de trabalhar.

[...] A indústria trazia consigo a tirania do relógio e a medida do tempo não em estações, semanas ou dias, mas em minutos. [...] Como as pessoas não aceitavam espontaneamente esses novos costumes, tinham de ser forçadas por leis, disciplina, multas e salários baixos que somente o trabalho incessante e sem interrupções permitia ganharem o suficiente para sobreviver.

HOBSBAWM,

4 Que fatores influenciavam o ritmo de trabalho pré-industrial?

5 Que alterações a indústria trouxe para o ritmo de trabalho?

A variação das estações do ano e do tempo atmosférico, a ausência de uma rígida divisão de tarefas e o desejo de se divertir em vez de trabalhar. A indústria trouxe a necessidade de trabalhar em ritmo acelerado, com a medida do tempo não em estações, semanas ou dias, mas em minutos.

6 Segundo o autor, que mecanismos passaram a ser usados para que as pessoas aceitassem o ritmo de trabalho das fábricas?

Leis, disciplina, multas e salários baixos. Somente o trabalho incessante e sem interrupções permitia aos trabalhadores ganhar o suficiente para sobreviver.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR

O artesanato atualmente Pedir aos estudantes que façam uma pesquisa sobre o artesanato nos dias de hoje. Para tanto, sugerir que eles entrevistem familiares ou amigos que têm o artesanato como fonte de renda. Pedir que perguntem, por exemplo:

• Qual é o produto produzido?

• Quais materiais são utilizados?

• Quais são as etapas da produção?

• Considerando a questão técnica, quais são as dificuldades enfrentadas nesse tipo de trabalho?

• Quais são as vantagens do produto artesanal em relação ao produto industrializado?

Em sala, debater os resultados da pesquisa, relacionando o trabalho artesanal no presente e no passado.

AMPLIANDO HORIZONTES Para o professor

• HOBSBAWM, Eric John Ernest. Da Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2011.

No livro, o historiador busca explicar as causas e as consequências da Revolução Industrial. Além disso, o autor busca também esclarecer as causas da origem da Revolução na Inglaterra, no final do século XVIII.

texto seja lido em conjunto para que os estudantes possam sanar eventuais dúvidas e responder às atividades 4 a 6. Pode ser interessante propor que os estudantes comparem as condições de trabalho do período às condições do mundo do trabalho hoje, verificando os conhecimentos prévios sobre o assunto que será estudado nas demais unidades deste volume.

BRIDGEMAN/FOTOARENA Máquina a vapor desenvolvida por James Watt no século XVIII. Tear mecânico desenvolvido por Sir Richard Arkwright no século XVIII. Eric John. Da Revolução Industrial inglesa ao Imperialismo. 5. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2000. p. 76.
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• Trabalha-se a habilidade EF09GE10 com foco em analisar os impactos do processo de industrialização na produção e circulação de produtos e culturas durante a Primeira e Segunda Revoluções Industriais.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

A temática abordada nas páginas 22 e 23 se relaciona aos temas contemporâneos transversais Ciência e Tecnologia e Economia, com destaque para o Trabalho, ao relacionar a evolução das técnicas empregadas no processo de transformação das matérias-primas às transformações do espaço geográfico e das relações de trabalho durante a Primeira e Segunda Revoluções Industriais, dando continuidade ao conteúdo estudado nas páginas anteriores.

Apresentar aos estudantes aspectos da Primeira Revolução Industrial, retomando seus antecedentes e destacando as alterações na forma de produção e nas relações de trabalho.

Comentar que a Primeira Revolução Industrial consolidou a Divisão Internacional do Trabalho (DIT), que reflete a especialização produtiva dos países e das regiões nas trocas comerciais.

Durante o período colonial, essa divisão era caracterizada pelo domínio dos meios de produção por parte das metrópoles e pelo fornecimento de matérias-primas e mão de obra barata por parte das colônias.

Apontar que essa divisão de funções entre metrópoles e colônias propiciou a mundialização do capitalismo. O surgimento das desigualdades entre as diversas regiões do globo, que foi se aprofundando gradativamente, também ocorreu com a DIT. Destacar também as transformações que a DIT vem sofrendo à medida que novas técnicas e tecnologias são desenvolvidas.

Primeira Revolução Industrial

A Primeira Revolução Industrial iniciou-se na segunda metade do século XVIII, primeiro na Inglaterra. Depois, expandiu-se para outros países, como França, Bélgica, Países Baixos (Holanda), Rússia, Alemanha e Estados Unidos. Alguns aspectos caracterizaram essa etapa da industrialização:

• desenvolvimento de novas tecnologias e descobertas científicas que influenciaram diretamente as técnicas, as formas de produzir e os meios de transporte, como navios e trens a vapor;

• domínio de indústrias têxteis, que utilizavam carvão mineral como principal fonte de energia;

• salários baixos e jornada de trabalho de 14 a 16 horas diárias. Os trabalhadores não tinham qualificação e muitas crianças eram empregadas nas fábricas.

A indústria atraiu milhares de trabalhadores rurais, que migravam para as cidades em busca de trabalho. No geral, as fábricas eram ambientes insalubres, sujos, mal ventilados e mal iluminados, com poucos banheiros – onde não havia preocupação com a saúde e a segurança dos operários.

Com o capitalismo em expansão, na chamada Divisão Internacional do Trabalho (DIT) – divisão econômica dos países de acordo com sua especialização – os países industrializados passaram a controlar a economia mundial, e os demais países se tornaram fornecedores de matérias-primas e consumidores de produtos industrializados.

A maior parte do lucro passou a vir da produção de mercadorias, e não mais do comércio. Essa nova etapa do desenvolvimento capitalista ficou conhecida como capitalismo industrial

Explicar que a concorrência entre as potências europeias, enriquecidas pela exploração das colônias, estimulou o investimento em tecnologias (máquinas) que permitiram mais rapidez e eficiência produtiva. Ressaltar que o capital acumulado durante o período mercantilista foi investido no desenvolvimento de novas tecnologias que originaram a Primeira Revolução Industrial e, consequentemente, o capitalismo industrial.

Sobre as consequências da Primeira Revolução Industrial, salientar alguns aspectos, como:

• o êxodo rural, que trouxe mudanças para os centros urbanos europeus, principalmente na Inglaterra;

• a necessidade de as potências europeias conquistarem novos mercados consumidores e territórios para fornecimento de matéria-prima (já que algumas nações americanas estavam realizando seus processos de independência política, apesar da

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CLARK, William. Dez visões na Ilha de Antígua. 1823. Litografia colorida à mão. A obra representa uma fundição no século XVIII.

Segunda Revolução Industrial

Da segunda metade do século XIX em diante, a descoberta da eletricidade e a invenção do motor a combustão, do automóvel, do telefone e do telégrafo provocaram transformações ainda maiores. Essas novas tecnologias deram origem a chamada Segunda Revolução Industrial. Entre as características dessa etapa, destacam-se:

• as principais matérias-primas eram petróleo, minério de ferro e aço. O petróleo substituiu o carvão mineral como principal fonte de energia, e as indústrias petroquímica, siderúrgica e automobilística superaram em importância as indústrias têxteis;

• jornada de trabalho de 8 a 12 horas diárias;

• criação da linha de montagem, que tornou ainda mais necessária a especialização do trabalhador. Nesse sistema, cada operário realizava uma tarefa específica e repetitiva, sem noção da totalidade do processo. Esse modelo de produção foi introduzido e amplamente usado por Henry Ford (1863-1947), fundador da indústria automobilística Ford, sendo por isso conhecido como fordismo;

• ampla integração entre capital industrial e capital bancário. As instituições bancárias assumiram o controle de muitas empresas, e algumas criaram bancos para financiar seus próprios negócios. Essa é a fase do capitalismo financeiro;

• surgimento de multinacionais. Em busca de mão de obra mais barata e mercado consumidor, essas empresas passaram a se instalar em diversos países, especialmente na América Latina e na Ásia, contribuindo para expandir a industrialização.

das colônias e com a expansão dos mercados consumidores às pessoas que precisassem de dinheiro para a realização de variados projetos. Essa fusão de interesses e investimentos constitui a base do capitalismo atual.

Comentar que, no período da Segunda Revolução Industrial, países como Brasil, México, Argentina, África do Sul, Índia e Coreia do Sul passaram a produzir mais e a exportar produtos industrializados, deixando de ser exclusivamente exportadores de produtos primários.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR

Máquinas em funcionamento

Organizar uma visita a uma indústria localizada na região onde os estudantes vivem para que possam observar aspectos de seu funcionamento, como a organização das tarefas e o uso de tecnologia e de fontes de energia. Em sala de aula, analisar as informações que obtiveram na visita e relacioná-las ao conteúdo estudado.

AMPLIANDO HORIZONTES Para o professor

• PINTO, Geraldo Augusto. A organização do trabalho no século XX: taylorismo, fordismo e toyotismo. 3. ed. São Paulo: Expressão Popular, 2013.

No livro, o autor mostra quais são os principais elementos que identificam e diferenciam o taylorismo, o fordismo e o toyotismo, bem como seus impactos no trabalho.

dependência econômica), dando início ao período conhecido como imperialismo.

Assinalar que, durante a Primeira Revolução Industrial, a Inglaterra teve certa vantagem sobre os demais países, pois contava com reservas de carvão mineral e vasta mão de obra originária do campo.

Ao tratar da Segunda Revolução Industrial, destacar as inovações e fontes de energia relacionadas a essa fase, bem como as mudanças ocorridas

na forma de produção e no trabalho. Comentar o papel assumido pelo petróleo e sua relação com o advento da indústria automobilística, que, com o fordismo, provocou profundas mudanças no modo de produção de mercadorias.

Explicar que o capitalismo financeiro só pôde se desenvolver graças ao capital acumulado durante a Primeira Revolução Industrial e o imperialismo. Os banqueiros e industriais se associaram, emprestando os lucros obtidos com a exploração

• DECCA, Edgar Salvadori; MENEGUELLO, Cristina. Fábricas e homens: a revolução industrial e o cotidiano dos trabalhadores. São Paulo: Atual, 2009.

O livro destaca o papel da Revolução Industrial nas transformações ocorridas na Inglaterra, retratando a tensão social, a miséria e a insalubridade dos primeiros tempos da indústria.

1 Diferencie as principais fontes de energia utilizadas na Primeira e Segunda Revolução Industriais e explique de que maneira elas modificaram a forma de produção e circulação de produtos pelo mundo. Consultar comentários em Orientações didáticas. Linha de montagem em fábrica de eletroeletrônicos em Washington, D.C., 1925.
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• Desenvolve-se a habilidade EF09GE02 com foco em analisar a atuação das corporações internacionais em relação à produção, ao consumo, à cultura e à mobilidade.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Esclarecer que a Segunda Revolução Industrial marcou o início do capitalismo financeiro e de uma Nova Divisão Internacional do Trabalho. Comentar que, nesse contexto, novas tecnologias foram empregadas nas indústrias metalúrgicas, siderúrgicas, de máquinas e equipamentos industriais e em outros setores que demandavam investimentos maiores do que aqueles realizados na Primeira Revolução Industrial.

Ressaltar que, com isso, foi necessária a união de vários empreendedores para a produção de mercadorias, além da participação de capital bancário ou financeiro. Comentar que a integração de capital industrial, capital financeiro e a fusão de indústrias provocou o surgimento de empresas com elevado nível de tecnologia. Como esses avanços tecnológicos podiam ter custo elevado, as empresas menores não conseguiam concorrer com as maiores. Dessa forma, muitas empresas de menor porte acabaram absorvidas por grandes empresas. Aproveitar a explicação desse contexto para diferenciar truste, holding e cartel.

Ao tratar das multinacionais, abordar as mudanças ocorridas na Divisão Internacional do Trabalho. Esclarecer que as relações econômicas e comerciais entre os países foram alteradas com a expansão dessas empresas. Tais mudanças constituíram uma Nova Divisão Internacional do Trabalho. Destacar o papel ocupado nessa nova fase pelos países em desenvolvimento ou emergentes, que deixaram de ser apenas produtores e expor-

Multinacionais

As empresas multinacionais ou transnacionais estão entre os principais agentes do processo de globalização. A expansão dessas empresas pelo mundo ocorreu principalmente da segunda metade do século XX em diante, favorecida pela Revolução Técnico-Científica e pela evolução dos meios de comunicação e de transporte.

Analise o mapa que representa os países de origem de dez das maiores multinacionais em 2021, de acordo com seu faturamento anual.

Mundo: dez maiores empresas multinacionais – 2021

Elaborado com base em: GLOBAL 500. Fortune. [S.l.], [20--]. Disponível em: https://fortune.com/global500/. Acesso em: 20 dez. 2021.

Com sede instalada geralmente em países desenvolvidos, as multinacionais se expandiram para países emergentes, que ofereceram vantagens, como baixo custo de mão de obra, disponibilidade de matéria-prima e de fontes de energia, legislações trabalhistas e ambientais menos rígidas, amplo mercado consumidor, facilidade para a remessa de lucros para o país de origem e incentivos fiscais, ou seja, redução ou isenção de impostos. China, Brasil, Argentina, África do Sul, México, Índia e Coreia do Sul tornaram-se os principais destinos para a implantação de filiais de multinacionais.

A expansão das multinacionais levou à Nova Divisão Internacional do Trabalho, na qual os países emergentes vêm se transformando em novos polos industriais, deixando de ser apenas produtores e exportadores de produtos agropecuários e minerais. Por outro lado, os países mais ricos concentram as indústrias de alta tecnologia, como informática, microeletrônica, aeronáutica, biotecnologia e telecomunicações, além dos centros de pesquisa e desenvolvimento (P&D).

tadores de produtos primários para se tornarem novos polos industriais. Comentar também que, na Nova Divisão Internacional do Trabalho, os países industrializados passaram a concentrar indústrias de alta tecnologia, além de se tornarem os grandes fornecedores de empréstimos e investimentos.

Esclarecer que embora a maior parte das grandes empresas multinacionais tenha origem nos Estados Unidos, em países europeus e no Japão,

nos últimos anos tem ocorrido uma mudança significativa nesse cenário, com um aumento no número de empresas de países em desenvolvimento na lista das multinacionais, especialmente da China. O Brasil não é diferente e conta com multinacionais atuando em diferentes continentes e países.

Muitos estudiosos na atualidade preferem o termo transnacionais para se referir às multinacionais. Eles afirmam que a palavra multinacional

BNCC 523,9 280,5 242,1 Faturamento anual (em bilhões de dólares) * De acordo com faturamento anual. OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO Equador Trópico de Câncer Círculo Polar Ártico Círculo Polar Antártico OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO Meridiano de Greenwich Trópico de Capricórnio 0° OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO OCEANIA AMÉRICA DO SUL AMÉRICA DO NORTE AMÉRICA CENTRAL State Grid (CHINA) Sinopec Group (CHINA) Toyota Motor (JAPÃO) Volkswagen (ALEMANHA) EUROPA ÁFRICA ÁSIA China National Petroleum (CHINA) 0° Walmart (EUA) Apple (EUA) CVS Health (EUA) United Heath Group (EUA) Amazon (EUA) 0 2 489
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Acordos e associações entre empresas

O capitalismo financeiro promoveu a concentração de capital em razão do estabelecimento de acordos e associações entre empresas, gerando grandes corporações industriais e financeiras, muitas das quais constituíram trustes, holdings e cartéis

O truste agrupa empresas que são incorporadas por outra maior. Essas grandes corporações procuram obter o controle total da produção, desde as fontes de matéria-prima até a distribuição da mercadoria. Geralmente, o truste é uma empresa que atua em diversos setores da economia, podendo constituir monopólios – quando uma empresa atua sozinha em determinado setor – ou oligopólios – quando poucas empresas controlam certo setor.

Quando ocorre o agrupamento de empresas – de um mesmo setor ou não – pode haver a presença de uma holding, isto é, de uma empresa constituída somente para administrar o conglomerado e exercer maior poder de influência sobre o mercado, defendendo os interesses do grupo e gerenciando o fornecimento de matéria-prima, a produção e a comercialização.

Um exemplo de holding é a Procter & Gamble (P&G). As empresas controladas pela holding produzem bens de consumo de diferentes marcas e setores, como cuidados pessoais, limpeza, alimentos etc.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor

• DANTAS, Gilson. Breve introdução à economia mundial contemporânea: acumulação do capital e suas crises. 2. ed. Brasília: Centelha Cultural, 2016. O livro faz uma análise resumida da dinâmica capitalista no século XX, tratando de como o capitalismo concorrencial do século XIX cedeu lugar à era dos oligopólios. Para o professor e o estudante • ENCONTRO com Milton Santos: o mundo global visto do lado de cá. Direção: Silvio Tendler. Brasil: Caliban Produções Cinematográficas, 2007. DVD (89 min).

Em sua última entrevista, o geógrafo e intelectual Milton Santos traça um panorama, na perspectiva da periferia, sobre o processo de globalização e as desigualdades entre os países ricos do Norte e os países explorados do Sul.

Sede da holding Procter & Gamble (P&G), em Cincinnati, Ohio, Estados Unidos, 2021.

O cartel é constituído por empresas do mesmo ramo que se reúnem com o objetivo de controlar as fontes de matéria-prima, a transformação delas em produtos industrializados e os preços dos produtos que fabricam, repartindo entre si a comercialização e os lucros. No Brasil, e em diversos outros países, o cartel é considerado crime, pois, ao eliminar a concorrência, o consumidor pode ser prejudicado.

1 Qual é o papel das grandes empresas e corporações no mundo globalizado?

Elas exercem influência na dinâmica econômica mundial e na Nova Divisão Internacional do Trabalho.

2 Uma das maiores multinacionais de comércio on-line do mundo, que vende praticamente todos os tipos de produtos, teve seu lucro mais do que triplicado em 2021, estimulado pela pandemia de covid-19. Converse com os colegas e o professor sobre as mudanças nos hábitos de consumo da população mundial com o crescimento do comércio on-line.

Resposta pessoal. Consultar comentários em Orientações didáticos.

transmite a ideia de que a empresa pertence a várias nações, quando, na realidade, ela tem sede em um país e filiais em outros, ou seja, transpõe os limites territoriais de seu país de origem. Por essa razão, a palavra transnacional seria mais adequada para caracterizar esse fenômeno.

Na atividade 2, espera-se que os estudantes observem que o aumento do comércio on-line já era uma tendência mundial que foi acelerada com a pandemia de covid-19. Com as medidas

de distanciamento social e de restrição de circulação de pessoas, colocadas em prática em diversos países a partir de 2020, o número de compras pela internet aumentou exponencialmente no mundo todo. Com isso, as lojas físicas e restaurantes precisaram se adaptar, aumentando sua presença on-line em sites e redes sociais, visando atrair os clientes que podem comprar praticamente tudo com apenas um clique.

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• A habilidade EF09GE02 é trabalhada com foco em analisar a atuação das corporações internacionais em relação à produção, ao consumo, à cultura e à mobilidade.

• Contempla-se a habilidade EF09GE11 com ênfase em relacionar as mudanças técnicas e científicas decorrentes do processo de industrialização com as transformações na produção e no trabalho em diferentes regiões do mundo.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Relacionar a Terceira Revolução Industrial ao advento do capitalismo informacional e apresentar aos estudantes suas principais características:

• inovação tecnológica, com o desenvolvimento da eletrônica aplicada aos computadores e telecomunicações;

• desenvolvimento e dinamismo dos setores econômicos relacionados à robótica, informática e biotecnologia;

• produção flexível, adequada às necessidades do mercado;

• altos investimentos em pesquisas de ponta;

• Divisão Internacional do Trabalho em que os países periféricos são responsáveis pela produção de manufaturas (geralmente poluidoras do ambiente) e os países centrais, pela produção de bens industriais de informação e comunicação sofisticados. Comentar o toyotismo, sistema de produção desenvolvido no Japão que tem como objetivo aumentar a produtividade sem criar estoque, superprodução ou tempo de espera. Nesse modelo, a produção é adequada à demanda e seu controle é baseado no sistema just in time (“No tempo certo”, traduzido do inglês).

Esclarecer que foi a partir desse período que o processo de

Terceira Revolução Industrial

Nas últimas décadas do século XX, a maior integração entre ciência, tecnologia e indústria possibilitou a introdução de novas técnicas de produção, configurando uma nova fase do capitalismo, conhecida como Terceira Revolução Industrial ou Revolução TécnicoCientífica, caracterizada por:

• crescente importância da tecnologia avançada no processo industrial, com uso de circuitos eletrônicos, computadores, softwares, internet, processos automatizados, robôs etc.;

• jornada de trabalho entre 6 e 10 horas diárias, com exigência de profissionais mais qualificados e visão abrangente da empresa e do processo de produção;

• capitalismo informacional, no qual a informação e o conhecimento são utilizados para reduzir custos operacionais, valorizar as mercadorias e os serviços das empresas e ampliar as vendas.

A dinâmica da Terceira Revolução Industrial não afeta somente as empresas, mas todo o espaço geográfico. A ciência, a tecnologia e a informação constituem a base atual da vida em sociedade. Dessa forma, o espaço geográfico torna-se um meio técnico-científico-informacional, constituído por paisagens onde cada vez mais aparecem elementos como antenas para captar sinais de satélite e telefonia celular, redes de eletricidade, cabos de fibra óptica, modernos sistemas de transportes e prédios inteligentes, entre outros elementos.

As passagens da Primeira para a Segunda Revolução Industrial e desta para a Terceira ocorreram de maneira gradual e concomitante, de modo que ainda hoje é possível identificar características das etapas anteriores no processo produtivo industrial atual.

globalização se intensificou, graças aos avanços e à disseminação dos meios de transporte e das comunicações. Esses avanços, especialmente na área da informática, favoreceram a expansão do capitalismo e provocaram importantes mudanças na produção e circulação de mercadorias, pessoas e bens culturais.

Comentar com os estudantes que, nesse contexto de maior integração entre os países, ocorre a internacionalização e a fragmentação do pro-

cesso produtivo, favorecendo a chamada localização flexível

Na seção Investigar lugares , citar a importância da Embraer como empresa nacional de destaque global. Sugerir uma pesquisa sobre a área de atuação da empresa e sua inserção no mercado mundial. Para isso, incentivar os estudantes a visitar o site da Embraer, disponível em: https://embraer.com/br/pt. Acesso em: 8 ago. 2022.

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Processo automatizado de montagem da placa eletrônica em empresa na China, 2020.
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Software: programa ou conjunto de programas de computador.

Internacionalização e fragmentação da produção

Até o início da década de 1970, as indústrias concentravam basicamente todas as etapas de fabricação de um produto em determinado lugar. No entanto, com a globalização, ocorreram grandes mudanças no processo produtivo, especialmente das multinacionais.

A evolução dos meios de transporte e de comunicação favoreceu a busca por menores custos e maiores lucros, permitindo às empresas fragmentar as etapas de produção e montagem de seus produtos. Com isso, componentes e partes de um mesmo bem passaram a ser fabricados em diferentes locais do planeta, seja por filiais, seja por empresas parceiras. Analise o exemplo.

do caça sueco Gripen

Fonte: GIELOW, Igor; ODILLA, Fernanda. Caça sueco será montado na Embraer, diz FAB. Folha de S.Paulo, Brasília, DF, 20 dez. 2013. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/12/1388200-caca-sueco-sera-montado-na-embraer-diz-fab.shtml. Acesso em:

Com a internacionalização e a fragmentação da produção, um produto pode ter várias origens e nacionalidades, desde a concepção até a produção da embalagem e as estratégias de marketing e propaganda para comercialização.

A fragmentação do processo produtivo possibilita às empresas a chamada localização flexível. Assim, se os custos de produção ou montagem de um bem aumentarem em um determinado local, prejudicando os lucros, a empresa pode transferir suas fábricas em busca de maiores vantagens em relação a mão de obra, matéria-prima, energia, transportes, impostos etc.

Dentro dessa lógica empresarial, as multinacionais operam no espaço geográfico mundial como se não existissem fronteiras entre os países, daí também serem chamadas transnacionais

TEXTO COMPLEMENTAR

O divisor tecnológico dos anos [19]70

[...] Devido à importância de contextos históricos específicos das trajetórias tecnológicas e do modo particular de interação entre tecnologia e a sociedade, convém recordarmos algumas datas associadas a descobertas básicas nas tecnologias da informação. Todas têm algo de essencial em comum: embora baseadas principalmente nos conhecimentos já existentes e

• INVESTIGAR LUGARES

Cite duas partes ou sistemas do caça mostrados na figura desta página que são produzidos no Brasil. Depois, pesquise informações sobre a Embraer, destacando suas principais áreas de atuação e parceiros comerciais no mundo.

volta da mesma época em que a Microsoft começava a produzir sistemas operacionais para microcomputadores.

A Xerox Alto, matriz de muitas tecnologias de software para os PCs dos anos [19]90, foi desenvolvida nos laboratórios PARC em Palo Alto, em 1973. O primeiro computador eletrônico industrial apareceu em 1969, e o computador digital foi desenvolvido em meados dos anos [19]70 e distribuído no comércio em 1977. A fibra ótica foi produzida em escala industrial pela primeira vez pela Corning Glass, no início da década de 1970. Além disso, em meados da mesma década, a Sony começou a produzir videocassetes comercialmente, com base em descobertas da década de 1960 nos EUA e na Inglaterra, que nunca alcançaram produção em massa. E, finalmente, mas não menos importante, foi em 1969 que a ARPA (Agência de Projetos de Pesquisa Avançada do Departamento de Defesa Norte-Americano) instalou uma nova e revolucionária rede eletrônica de comunicação que se desenvolveu nos anos [19]70 e veio a se tornar a internet. Ela foi extremamente favorecida pela invenção, por Cerf e Kahn em 1973, do TCP/IP, o protocolo de interconexão em rede que introduziu a tecnologia de ‘abertura’, permitindo a conexão de diferentes tipos de rede. Acho que podemos dizer, sem exagero, que a revolução da tecnologia da informação propriamente dita nasceu na década de 1970, principalmente se nela incluirmos o surgimento e a difusão paralela da engenharia genética mais ou menos nas mesmas datas e locais [...].

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede São Paulo: Paz e Terra, 2003. (A Era da Informação: economia, sociedade e cultura, v. 1, p. 91-92).

desenvolvidas como uma extensão das tecnologias mais importantes, essas tecnologias representam um salto qualitativo na difusão maciça da tecnologia em aplicações comerciais e civis, devido a sua acessibilidade e custo cada vez menor, com qualidade cada vez maior. Assim, o microprocessador, o principal dispositivo de difusão da microeletrônica, foi inventado em 1971 e começou a ser difundido em meados dos anos [19]70. O microcomputador foi inventado em 1975, e o primeiro produto comercial de sucesso, o Apple II, foi introduzido em abril de 1977, por

Origem dos componentes 14 jul. 2022.
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No Brasil, a principal empresa participante na produção de componentes e montagem do caça sueco Gripen é a Embraer.
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• A habilidade EF09GE02 é trabalhada com foco em analisar a atuação das corporações internacionais na vida da população em relação à produção, ao consumo, à cultura e à mobilidade.

• Desenvolve-se a habilidade EF09GE11 com ênfase em relacionar as mudanças técnicas e científicas decorrentes do processo de industrialização com as transformações na produção do espaço e no trabalho em diferentes regiões do mundo.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Ressaltar que a imagem da página 28 é uma fotomontagem de uma paisagem real com interferências gráficas geradas por computador para representar os fluxos de pessoas e de informações entre diferentes lugares.

Na atividade 1, espera-se que os estudantes identifiquem aspectos relacionados à interconectividade entre os lugares, representada pelas linhas luminosas, que indicam os fluxos de comunicação e os deslocamentos. Destacar o papel das cidades globais como centros articuladores de fluxos de capitais, pessoas, mercadorias e informações.

Ao trabalhar o conceito de cidade global, é importante contrapô-lo ao conceito de megacidade. Destacar que as cidades globais independem do número de habitantes; já as megacidades são metrópoles com população superior a 10 milhões de habitantes, mas que não são necessariamente cidades globais. Algumas megacidades, no entanto, são cidades globais, como São Paulo, Nova York, Los Angeles, Cidade do México, Tóquio e Moscou.

Ao abordar os tecnopolos, é válido citar que, embora não tenham a mesma expressividade mundial, o Brasil abriga três tecnopolos, todos no estado de São Paulo: um na região de Campinas, que concentra diversas

3 GLOBALIZAÇÃO E ESPAÇO GEOGRÁFICO

Analise a imagem.

1 Converse com os colegas e o professor sobre a ideia transmitida pela fotomontagem.

O processo de globalização e o meio técnico-científico-informacional apresentam aspectos e agentes que têm importante papel na organização do espaço geográfico mundial. Além da presença das transnacionais e da internacionalização e fragmentação da produção, eles envolvem, entre outras coisas, o aumento de fluxos e redes, a presença de cidades globais e dos tecnopolos

Fluxos e redes

A evolução dos meios de comunicação e de transporte proporcionou um aumento significativo dos fluxos de pessoas, mercadorias, capitais e informações.

Os fluxos ocorrem por meio de redes de transporte, formadas por rodovias, ferrovias, hidrovias e aerovias, por onde circulam pessoas e mercadorias; e de comunicação, constituídas por linhas de telefonia, acesso à internet, antenas parabólicas, fios, cabos e satélites, por onde fluem dados e informações, inclusive a movimentação do capital nas bolsas de valores.

Apesar do crescimento mundial dos fluxos e redes, muitos lugares no Brasil e no mundo apresentam infraestrutura precária, com carência ou más condições de meios de transporte. Também existe muita desigualdade no acesso aos meios e às redes de comunicação.

empresas da área de tecnologia, centros de pesquisa e universidades importantes; outro em São Carlos, cujo parque tecnológico reúne importantes universidades e centros de pesquisa, além de indústrias e centros tecnológicos; e outro em São José dos Campos, que abriga o maior polo tecnológico na área aeronáutica e espacial do Brasil.

Na atividade 2 , espera-se que os estudantes mencionem que as cidades globais se concentram, em sua maioria, em países desenvol -

vidos, que passaram pelo processo de industrialização tradicional e que cumpriram as três fases da Revolução Industrial. As principais exceções são as cidades chinesas e os Tigres Asiáticos, que passaram por processos acelerados de industrialização e de grandes investimentos em educação e pesquisa.

Destacar, ainda, que as cidades globais estão concentradas no Hemisfério Norte, principalmente na Europa e nos Estados Unidos. Essas

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ZHAOJIANKANG/ISTOCK/GETTY IMAGES Consultar comentários em Orientações didáticas.
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Fotomontagem de rede de conexões em parte da cidade de Beijing, China, 2019.
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TEXTO COMPLEMENTAR

Cidades globais

Cidades globais

Nas últimas décadas, um grupo de cidades desempenha importante função como centro articulador dos fluxos de capitais, pessoas, mercadorias e informações. São as chamadas cidades globais Centros de comando do sistema capitalista, as cidades globais concentram redes de informação e de transporte, abrigam as sedes das maiores empresas multinacionais e recebem grandes fluxos de investimentos. Em geral, apresentam infraestrutura urbana moderna e grande variedade de serviços (bancos, seguradoras, hotéis, atividades culturais, empresas de transporte etc.). Também são centros de produção e difusão de informações, concentrando empresas de comunicação, como emissoras de televisão e rádio, agências de notícias, empresas de telefonia, entre outras.

Tecnopolos

Os tecnopolos são lugares onde se concentram universidades e empresas que promovem pesquisa e desenvolvimento (P&D), principalmente nas áreas de biotecnologia, informática, robótica, comunicações e aeroespacial, contando com mão de obra altamente qualificada, como pesquisadores, professores universitários e especialistas de diversas áreas.

O mais conhecido e dinâmico tecnopolo do mundo é o Vale do Silício, localizado na Califórnia (Estados Unidos). Alguns países emergentes também apresentam tecnopolos, como Bangalore (Índia), Campinas e São José dos Campos (Brasil). Analise o mapa.

Mundo: cidades globais e tecnopolos – 2021

Elaborado com base em: INSTITUTE FOR URBAN STRATEGIES, THE MORI MEMORIAL FOUNDATION. Global Power City Index 2021. Japão, [2021]. Disponível em: https://mori-m-foundation.or.jp/pdf/GPCI2021_summary.pdf. Acesso em: 20 dez. 2021.

2 Quais regiões do planeta concentram maior número de cidades globais? Que fatores podem ser apontados para explicar essa distribuição?

Consultar resposta em Orientações didáticas.

3 No seu entendimento, que associação pode ser feita entre as cidades globais e os tecnopolos?

Consultar resposta em Orientações didáticas.

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regiões concentram cidades globais porque estiveram na origem do sistema capitalista e foram as primeiras a deter os fluxos de capitais, informações e pessoas. Atualmente, cidades globais estão surgindo em todos os continentes, com destaque para a Ásia, especialmente a China.

Na atividade 3, espera-se que os estudantes percebam que a maior parte dos tecnopolos representados no mapa está situada em cidades globais, confirmando a concentração de infor-

mações e de centros de produção de tecnologias necessárias para que a articulação entre essas cidades e as demais localidades do planeta seja cada vez mais efetiva e rápida.

As cidades globais são os lugares-chave para os serviços avançados e para as telecomunicações necessárias à implementação e ao gerenciamento das operações econômicas globais. Elas também tendem a concentrar as matrizes das empresas, sobretudo daquelas que operam em mais de um país. O crescimento do investimento e do comércio internacional e a necessidade de financiar e prestar serviços a essas atividades impulsionaram o crescimento dessas funções nas grandes cidades. A erosão do papel exercido pelo governo na economia mundial, que era muito maior quando o comércio era a forma dominante de transação internacional, deslocou parte do trabalho de organização e de prestação de serviços para empresas especializadas na prestação de serviços e para os mercados globais que atuam nesse setor e no de finanças. [...]

Uma proposição fundamental, na literatura da pesquisa sobre as cidades globais [...], indica que a combinação da dispersão geográfica das atividades econômicas e da integração dos sistemas, que está no centro da atual era econômica, contribuiu para o papel estratégico desempenhado pelas grandes cidades. Em vez de se tornarem obsoletas devido à dispersão que as tecnologias da informação possibilitaram, as cidades concentram funções de comando. A esse papel acrescentei duas funções adicionais: (1) as cidades são locais de produção pós-industrial para as principais indústrias desse período, para o setor financeiro e os serviços especializados; (2) as cidades são mercados multinacionais, onde empresas e governos podem adquirir instrumentos financeiros e serviços especializados.

SASSEN, Sáskia. As cidades na economia global. São Paulo: Studio Nobel, 1998. p. 35-36.

OCEANO ATLÂNTICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO OCEANO PACÍFICO Equador Trópico de Câncer Círculo Polar Ártico Círculo Polar Antártico Meridiano de Greenwich Trópico de Capricórnio OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO 0° 0° Boston Paris Londres Amsterdã Berlim Madri Hong Kong Tóquio Cingapura Dubai Beijing Seul Xangai Sydney São Francisco Los Angeles Chicago Nova York Melbourne Cidade global Tecnopolo Cidade global e tecnopolo 0 2 667
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• A habilidade EF09GE11 é desenvolvida com foco em relacionar as mudanças técnicas e científicas decorrentes do processo de industrialização com as transformações no trabalho em diferentes regiões do mundo (Indústria 4.0).

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

A temática abordada nas páginas 30 e 31 se relaciona ao tema contemporâneo transversal Ciência e Tecnologia, ao destacar tecnologias que começam a se integrar à nossa vida de forma cada vez mais efetiva, como robôs, inteligência artificial, realidade aumentada, impressão 3D, entre outros exemplos. Nesse sentido, permitir que os estudantes exponham seus conhecimentos e vivências relacionadas ao tema, trazendo exemplos que mostrem como essas tecnologias vêm sendo ou poderão ser aplicadas em nosso cotidiano.

Após essa discussão inicial, fazer a leitura coletiva do trecho da notícia e propor o encaminhamento das atividades.

Na atividade 1, é possível que os estudantes estranhem a participação de robôs em situações como a apresentada na notícia. Aproveitar a oportunidade para falar um pouco sobre inteligência artificial, explicando como Sophia e outros robôs desse tipo dependem do avanço desse campo da ciência da computação.

Na atividade 2, os estudantes podem não reconhecer a presença desse tipo de tecnologia no dia a dia. Esclarecer que ela já faz parte do cotidiano, estando presente em instituições financeiras, empresas de telecomunicações, indústrias, jogos de videogame etc. Com base nisso, incentivar os estudantes a compartilhar tecnologias que eles conheçam, como inteligência artificial, metaverso, NFT, impressão 3D etc.

4 INDÚSTRIA E AGROPECUÁRIA

Nos últimos anos, uma série de novas tecnologias vem sendo integrada nos setores industrial, agropecuário e de serviços. Inovações como robôs, inteligência artificial, realidade aumentada, impressão 3D, além da conexão de um número cada vez maior de dispositivos entre si e com os usuários, por meio da internet, para troca de informações em tempo real – a chamada Internet das Coisas (IoT, sigla em inglês) – vêm mudando radicalmente nosso cotidiano.

Apesar de ainda não estarem totalmente acessíveis, essas novas tecnologias já provocam alterações econômicas, políticas e sociais importantes, e sua utilização deverá aumentar nas próximas décadas.

Leia o trecho do texto a seguir e analise a imagem.

A robô Sophia prefere entrevistar a ser entrevistada. [...] E assim aprende com o mundo dos humanos. Ela é a primeira androide com inteligência artificial avançada já criada no planeta [...].

CORONA, Sonia. Robô Sophia: “Os humanos são as criaturas mais criativas do planeta, mas também as mais destrutivas”. El País, Guadalajara, 8 abr. 2018. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/04/06/ tecnologia/1523047970_882290.html. Acesso em: 20 dez. 2021.

Inteligência artificial (IA): ramo da computação responsável por desenvolver dispositivos que simulam a capacidade humana de raciocinar, perceber, tomar decisões e resolver problemas.

1 O que você acha da participação de robôs como a Sophia em entrevistas, programas de TV e conferências? Converse com os colegas e o professor.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

2 Você acha que esse tipo de tecnologia já está presente de alguma forma em nosso dia a dia? Justifique sua resposta.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

Apresentar o conceito de Indústria 4.0, destacando suas principais características e os desafios relacionados à sua implantação no Brasil. O documento da Agenda Brasileira para a Indústria 4.0, indicado na seção Ampliando horizontes, fornece informações sobre as medidas e as etapas que serão desenvolvidas para modernizar o setor produtivo brasileiro, a fim de aumentar sua competitividade no cenário global.

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EDGARD GARRIDO/REUTERS/FOTOARENA
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Robô Sophia durante evento na Cidade do México, México, 2019.
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Indústria 4.0

Para alguns pesquisadores, as transformações relacionadas à inserção de novas tecnologias nos setores produtivos representam o início de uma nova revolução, a Quarta Revolução Industrial, ou Indústria 4.0. Analise a ilustração.

Evolução industrial

1765 1a RI

Produção mecânica realizada com máquinas a vapor

Big Data

1870 2a RI

Produção em massa impulsionada pela energia elétrica e do petróleo

1969 3a RI

Produção automatizada sustentada pela eletrônica e tecnologias informáticas

Atualmente 4a RI

Introdução de novas tecnologias: IoT, IA, nuvem, Big Data*, sistemas ciber-físicos**

que necessita de ferramentas especiais para ser tratado.

** Sistema ciber-físico: sistema em que elementos informáticos colaboram para o controle e o comando de entidades físicas e de dados.

Fonte: INDUSTRIE 4.0: définition et mise en œuvre vers l’usine de production connectée. Visiativ Charbonnières-les-Bains, [20--]. Disponível em: www.visiativ-industry.fr/industrie-4-0/. Acesso em: 14 jul. 2022.

As etapas de produção e distribuição da Indústria 4.0 são controladas digitalmente, englobando tecnologias de automação e troca de dados. É possível, por exemplo, controlar os estoques, aumentar ou diminuir o ritmo de produção, entre outras ações, além de aumentar a produtividade e reduzir os custos. No entanto, para implementar a Indústria 4.0, é necessária a adoção de um conjunto de tecnologias. Os países mais desenvolvidos já avançaram nesse sentido e os países emergentes estão fazendo essa transição de forma gradual.

No Brasil, a maior parte das indústrias ainda guarda características dos modelos produtivos da Segunda e da Terceira Revolução Industrial. Uma pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou que o custo de implantação dessas tecnologias foi apontado como a principal barreira para sua adoção. Além disso, o Brasil ainda precisa promover ampliações na infraestrutura digital e capacitação profissional.

Em 2018, o governo brasileiro lançou a Agenda Brasileira para a Indústria 4.0, com o objetivo de garantir a competitividade da indústria do país no cenário internacional, além de aumentar a eficiência e reduzir os custos de manutenção de equipamentos e de energia. Entre as ações do governo, destaca-se a criação de linhas de crédito para as empresas que pretendem adotar ou desenvolver novas tecnologias.

dos em redes neurais, a máquina tenta reproduzir o funcionamento dos neurônios humanos, em que as informações vão sendo transmitidas de uma célula a outra e se combinando com outros dados para se chegar a uma solução. [...]

Tudo isso pode parecer muito perto da ficção, mas a inteligência artificial já está presente no cotidiano de todas as pessoas. Por exemplo, no desenvolvimento de videogames que utilizam esse tipo de estudo para criar jogos cada vez mais complexos. [...]. Outro exemplo são as máquinas fotográficas que fazem o foco automático no rosto das pessoas ou que disparam ao encontrar um sorriso. Até mesmo nos corretores ortográficos dos processadores de texto de computador, é preciso um sistema inteligente para detectar que há um problema de sintaxe na frase e oferecer uma possível correção. “Muita gente reclama que o corretor sempre erra. Mas é preciso lembrar que, como os sistemas inteligentes simulam o ser humano, eles erram como nós”, explica Módolo.

SATO, Paula. O que é inteligência artificial? Onde ela é aplicada? Nova Escola, São Paulo, 10 jun. 2009. Disponível em: https://novaescola.org.br/ conteudo/1115/o-que-e-inteligenciaartificial-onde-ela-e-aplicada. Acesso em: 6 ago. 2022.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor

• BRASIL. Ministério da Indústria, Comércio e Serviços. Agenda Brasileira para a Indústria 4.0 Curitiba: MDIC, 12 abr. 2018. Disponível em: https://www.gov. br/suframa/pt-br/assuntos/indus tria4-0_cits_ahk.pdf. Acesso em: 8 ago. 2022.

Documento com o diagnóstico e as medidas a serem tomadas pelo Governo Federal para fomentar a produtividade da indústria brasileira.

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TEXTO COMPLEMENTAR

O que é inteligência artificial? Onde ela é aplicada?

“Não existe uma definição para inteligência artificial (IA), mas várias. Basicamente, IA é fazer com que os computadores pensem como os seres humanos ou que sejam tão inteligentes quanto o homem”, explica Marcelo Módolo, professor de Sistemas de Informação da Universidade Metodista de São Paulo. Assim, o objetivo

final das pesquisas sobre esse tema é conseguir desenvolver uma máquina que possa simular algumas habilidades humanas e que os substitua em algumas atividades.

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A inteligência artificial faz parte dos estudos de Ciências da Computação. Os programas utilizam a mesma linguagem de sistemas convencionais, mas com uma lógica diferente. Existem várias maneiras de se fazer essa programação. Em alguns casos, o sistema inteligente funciona com uma lógica simples – se a pergunta for x, a resposta é y. Em outros casos, como os estu-

Para o professor e o estudante

• INDÚSTRIA 4.0: entenda seus conceitos e fundamentos. Portal da indústria. Brasília, DF, [2022]. Disponível em: https:// www.portaldaindustria.com.br/ industria-de-a-z/industria-4-0/.

Acesso em: 8 ago. 2022. Site com informações completas sobre a Indústria 4.0 no Brasil.

* : conjunto de dados extremamente amplo LUIZ RUBIO
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Competências

• Geral: 1

• Ciências Humanas: 2

• Geografia:  5

• Desenvolve-se a habilidade EF09GE11 com foco em relacionar as mudanças técnicas e científicas decorrentes do processo de industrialização com as transformações no trabalho em diferentes regiões do mundo (surgimento de novas profissões).

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

A temática abordada nas páginas 32 e 33 se relaciona aos temas contemporâneos transversais Ciência e Tecnologia e Economia, com destaque para o Trabalho, ao abordar a questão da aplicação de inovações tecnológicas nos processos produtivos e os reflexos no mundo do trabalho, com destaque para as chamadas “profissões do futuro”. Pode ser um momento interessante para conversar com os estudantes sobre profissões que poderão desaparecer ou ser reinventadas nesse contexto, incentivando-os a refletir sobre o projeto de vida relacionado às possibilidades profissionais.

O objetivo da seção é que os estudantes reconheçam e reflitam sobre os impactos da Indústria 4.0 no mundo do trabalho, tanto na indústria quanto nos outros setores da economia.

Orientá-los a ler o trecho da notícia e incentivá-los a expor o que entenderam ou o que mais chamou a atenção deles no texto. É possível empregar diversas estratégias para realizar a leitura e a análise do texto.

É importante aproveitar o momento e fazer uma breve retomada do que foi trabalhado ao longo da unidade, destacando que a Indústria 4.0 representa mais uma fase do desenvolvimento tecnológico.

Indústria 4.0 e o futuro do trabalho

Leia o trecho da reportagem a seguir.

Como será o profissional da indústria 4.0?

Uma pesquisa [...] estimou a escassez de mais de 200 milhões de trabalhadores qualificados no mundo, nos próximos 20 anos. Um dos motivos que contribuem para esse cenário é a necessidade de cada vez mais mão de obra qualificada. [...]

Apesar de o Brasil ainda caminhar a passos lentos rumo à indústria 4.0, o tema já desperta muito interesse por aqui. “A manufatura avançada representa um renascimento da indústria. Os jovens em formação gostam de novidades, e as fábricas voltarão a ter um ambiente desafiador. O que vejo nos estudantes é um interesse crescente em entender essa convergência entre informação, TI, eletrônica e hardware”, diz o professor [Eduardo Zancul, da Escola Politénica da Universidade de São Paulo].

Quem quer conquistar espaço nas fábricas do futuro deverá desenvolver novas habilidades. Será preciso, por exemplo, aprender a trabalhar lado a lado com robôs colaborativos para aumentar a produtividade. Isso gera espaço para exercer funções mais complexas e criativas. O profissional não será responsável apenas por exercer uma parte específica da linha de montagem, mas por todo o processo produtivo.

[...] é preciso estar aberto a mudanças, ter flexibilidade para se adaptar às novas funções e se habituar a uma aprendizagem multidisciplinar contínua. [...]

Ter uma visão multidisciplinar não significa que o conhecimento técnico perdeu importância no currículo. Uma formação acadêmica em engenharia da computação ou mecatrônica é importante, mas não é o suficiente. “As competências aprendidas em uma graduação valem por cada vez menos tempo. Técnica você aprende, mas atitude é algo intrínseco [...]. Tem que gostar de tecnologia, de inovação e, principalmente, ter curiosidade para aprender e acompanhar uma indústria que sempre se reinventa”.

O PERFIL do profissional da indústria 4.0. Blog Owntec. [S. l.], 15 ago. 2019. Disponível em: https://www.owntec.com.br/o-perfil-do-profissional-da-industria-4-0/. Acesso em: 21 dez. 2021.

A Indústria 4.0 irá provocar grandes mudanças no mundo do trabalho e elas não ficarão restritas apenas às indústrias. A previsão é que nos próximos anos surjam até 30 novas profissões nos diferentes setores da economia. Conheça a seguir um pouco mais sobre algumas delas.

Esclarecer que, assim como nas fases anteriores, representadas pela Primeira, Segunda e Terceira Revoluções Industriais, a Indústria 4.0, ou Quarta Revolução Industrial, também deve gerar importantes transformações nas relações de trabalho. Destacar que as ocupações elencadas no quadro Cinco profissões do futuro não estão relacionadas estritamente às indústrias. Depois da leitura do texto e da observação do quadro das profissões, orientar os estudantes a realizar as atividades propostas na página 33

Comentar com os estudantes que a pandemia de covid-19 acelerou o processo de automação de inúmeras funções, como entregadores de alimentos em restaurantes, atendimentos on-line no comércio eletrônico, robôs que realizam trabalho de limpeza em hospitais e aeroportos etc. Na atividade 1, espera-se que os estudantes concluam que muitos trabalhadores não apresentam qualificação para atender às novas exigências do mercado de trabalho. Dessa forma, apesar de haver mão de obra disponível, ela não

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E AGIR PENSAR NÃO ESCREVA NO LIVRO.
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Cinco profissões do futuro

Engenheiro de softwares Cria e faz a manutenção de programas de computador de empresas, para tornar os processos mais ágeis e eficientes.

Mecânico de veículos híbridos Faz manutenção de veículos híbridos e elétricos.

Designer de tecidos avançados Desenvolve tecidos inteligentes, que podem, por exemplo, regular a temperatura, monitorar a saúde e mudar de cor.

Técnico em impressão 3D

Especialista em Big Data

Elaborado pelos autores.

Controla impressora capaz de criar objetos diversos, como próteses para uso médico, alimentos, maquetes em 3D, peças de reposição e reparação de objetos etc.

Analisa grande quantidade de dados, orientando tomadas de decisões estratégicas em empresas.

lidade de que se tornem ambientes interessantes e desafiadores para os jovens.

Na atividade 5, os estudantes podem pesquisar outras profissões que estão surgindo no mercado de trabalho. Promover um momento para os grupos trocarem suas descobertas. Se possível, levar até a escola algum profissional que trabalhe em uma nova área para conversar com a turma.

As atividades 3 e 6 permitem que os estudantes reflitam sobre projetos profissionais para um futuro próximo. É importante possibilitar que exponham seus sonhos e expectativas auxiliando-os a traçar percursos para que possam encaminhar esses projetos durante o Ensino Médio.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor e o estudante

Em grupo, façam as atividades a seguir. Registrem as respostas no caderno.

1 O desemprego tem aumentado em determinadas áreas e, em outras, há vagas sobrando. Analise essa situação com os colegas e indique ao menos uma hipótese que a explique.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

2 Elenque pelo menos duas habilidades necessárias ao profissional das indústrias do futuro. Você considera ter alguma delas? Quais?

Consultar comentários em Orientações didáticas.

3 Das cinco novas profissões presentes no quadro, qual você achou mais interessante? Os colegas de grupo compartilham de sua opinião?

O objetivo é que os estudantes conversem entre si sobre as novas profissões, trocando impressões e conhecimentos que já têm sobre o tema.

4 De acordo com o texto, como é a situação do Brasil no cenário da Indústria 4.0?

Consultar comentários em Orientações didáticas.

5 Pesquise sobre outras profissões que estão surgindo no século XXI e que ganharão espaço nos próximos anos. Depois, compartilhe suas descobertas com os outros grupos, indicando quais estão mais relacionadas à realidade brasileira.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

6 Dentre as novas profissões ligadas à Indústria 4.0, você teria interesse em exercer alguma delas? Por quê?

Resposta pessoal. Consultar comentários em Orientações didáticas.

é qualificada para preencher os postos vagos.

Na atividade 2, os estudantes devem localizar as habilidades no texto, destacando ao menos duas delas, como: aprender a trabalhar lado a lado com robôs; estar aberto a mudanças; ter flexibilidade para se adaptar às novas funções; habituar-se a uma aprendizagem multidisciplinar contínua; gostar de tecnologia; ter curiosidade para aprender; entre outras.

É importante esclarecer que, nesse caso, as habilidades indicadas estão relacionadas ao tra-

balho na Indústria 4.0. Embora algumas sejam importantes também para outras funções, elas não são os únicos requisitos esperados de um profissional. Aproveitar a oportunidade para permitir que os estudantes expressem suas opiniões acerca de um futuro projeto profissional, suas preferências etc.

Na atividade 4, espera-se que os estudantes indiquem que o Brasil ainda caminha a passos lentos rumo à Indústria 4.0, porém ela representa um renascimento da indústria, com a possibi-

• EQUIPE CAMINHOS PARA O FUTURO. As habilidades essenciais aos profissionais da era digital. Revista Galileu, Rio de Janeiro, 26 jan. 2016. Disponível em: https://revistagalileu.globo. com/Caminhos-para-o-futuro/ Desenvolvimento/noticia/ 2016/01/habilidades-essenciais-aos-profissionais-da-era-digital. html. Acesso em: 9 ago. 2022. Artigo sobre as habilidades que serão cada vez mais requisitadas pelo mercado de trabalho em transformação.

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Mão artificial fabricada por impressora 3D, Sérvia, 2020. SCHARFSINN/SHUTTERSTOCK.COM
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• Trabalha-se a habilidade EF09GE13 com ênfase em analisar a importância da produção agropecuária na sociedade urbano-industrial ante o problema da desigualdade mundial de acesso aos recursos alimentares e à matéria-prima (região do Matopiba).

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Esclarecer que as inovações técnicas surgidas com a Revolução Industrial tiveram profundo impacto no campo, possibilitando o aumento da produtividade e provocando mudanças na organização do trabalho, no modo de produção e no sistema de propriedade.

Comentar que o conjunto dessas mudanças é denominado Revolução Agrícola. Explicar que o uso das novas técnicas representou aumento da produtividade, mas também provocou redução da mão de obra, propiciando o êxodo rural e o aumento da população urbana.

Sendo responsável pela produção de bens para o abastecimento urbano e de matérias-primas para a indústria, a agropecuária apresenta crescente importância na economia mundial. Nesse contexto, conceituar e explicar as razões da apropriação de terras produtivas por grandes empresas e países desenvolvidos, apresentando exemplos dessa prática no próprio Brasil.

Destacar a ação de multinacionais na chamada Matopiba, região que compreende os estados do Maranhão, do Tocantins, do Piauí e da Bahia e é considerada a grande fronteira agrícola nacional da atualidade, respondendo por grande parte da produção brasileira de grãos e fibras. Comentar que a área não apresentava uma tradição agrícola, mas que a topografia plana, os solos profundos e o clima favorável ao cultivo de grãos e fibras possibilitaram o crescimento vertiginoso dessa atividade na região.

Produção agropecuária

O desenvolvimento industrial ocorrido a partir do século XVIII não ficou restrito apenas às cidades, onde as indústrias surgiram e se expandiram. Também provocou importantes alterações nos modos de produzir e de trabalhar no campo.

Com o desenvolvimento técnico e científico, foram ocorrendo inovações nas atividades agropecuárias, como a mecanização da produção e o uso de substâncias como fertilizantes e agrotóxicos. Ao mesmo tempo que essas inovações resultaram em aumento da produtividade, elas reduziram a necessidade da mão de obra e, aliadas à concentração de terras, ajudam a explicar o intenso êxodo rural em diversos países.

Atualmente, um pouco mais da metade da população mundial vive em cidades e estimativas indicam que, até a metade do século XXI, esse percentual será de cerca de 70%.

A demanda por alimentos e matérias-primas é grande e crescente, atraindo o interesse de empresas e governos dos países desenvolvidos por terras agricultáveis.

Nos últimos 20 anos, milhares de hectares de terras agricultáveis, principalmente nos países pobres e em desenvolvimento, vêm sendo comprados ou alugados por grandes empresas, muitas delas transnacionais, que reconhecem a agropecuária como uma atividade econômica lucrativa e estratégica. Essas terras são usadas, geralmente, para o cultivo de alimentos e de produtos voltados para a exportação e as indústrias.

Insegurança alimentar: situação em que o acesso e a disponibilidade de alimentos são restritos ou não ocorrem de forma regular.

Nesse processo, os maiores prejudicados são os agricultores familiares locais, que deixam de ter acesso à terra, agravando o quadro de insegurança alimentar e, muitas vezes, são forçados a migrar para áreas urbanas.

Propor aos estudantes a leitura do texto disponível na página 35, que exemplifica de forma clara os impactos da apropriação de terras produtivas na região do Matobipa. Sugerimos que as possíveis dúvidas apresentadas pelos estudantes sejam sanadas antes da realização das atividades. Para enriquecer a discussão, é possível solicitar que os estudantes tragam para a sala de aula outros exemplos de impactos da prática de apropriação de terras. A tarefa será facilitada caso a comunidade escolar seja afetada pelo pro-

blema. Senão, é possível solicitar que pesquisem em diversas fontes.

Ao realizar as atividades 1 e 2, espera-se que os estudantes percebam a contradição existente entre o objetivo central da prática da agropecuária, que é alimentar as populações, e a monocultura em grande escala. Na atividade 2, espera-se que os estudantes respondam que o sistema atual de exploração das terras agricultáveis, em escala global, não contribui para uma distribuição mais equitativa dos recursos alimentares, pois grande

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Plantação de milho em Luís Eduardo Magalhães (BA), 2022.
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As monoculturas ocupam grandes extensões de terra, interferindo na dinâmica ambiental e social das regiões onde ocorrem.
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No Brasil, esse processo tem sido bastante expressivo na região denominada Matopiba – que abrange parte dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia –, que vem sendo considerada a nova fronteira agrícola do país. Mais de vinte empresas transnacionais atuam na região, cultivando produtos como algodão, cana-de-açúcar, milho e soja. Um dos maiores problemas dessa modalidade de apropriação de terras é que ela nega às populações locais o acesso à terra e aos recursos naturais fundamentais à sua sobrevivência.

[...] Hábitos tradicionais de alimentação mudaram gradualmente com a chegada do agronegócio na região [de Matopiba]. Os recursos pesqueiros diminuíram muito, assim como a quantidade de animais silvestres para a caça. Plantas e ervas medicinais também desapareceram. A escassez de água levou a uma diminuição na produção de frutas, como o buriti, impactando diretamente nos meios de subsistência das mulheres que as coletam e processam. Por exemplo, o processamento de buritis em óleos e doces diminuiu drasticamente. A escassez de água também afeta o cultivo de outros alimentos. O uso abusivo de agrotóxicos está prejudicando ainda mais a colheita das comunidades e levou ao desaparecimento de favas e outros alimentos, assim como a incidência de pragas que vêm das chapadas e destroem as plantações de arroz, abóbora, dentre outros cultivos. Membros de diferentes comunidades também afirmaram que as empresas de segurança que trabalham para as empresas do agronegócio impedem a população local de plantar seus alimentos ou criar animais nos baixões que agora estão sob disputa. Em outros casos, a presença de seguranças armados, que fazem incursões para depredar os campos, forçou os moradores a mudar suas roças para cada vez mais longe de suas comunidades. [...] A combinação de todos esses fatores levou a uma situação de grande insegurança alimentar e nutricional. Na comunidade de Sete Lagoas, por exemplo, as crianças com mais de 5 anos mostram sinais claros de desnutrição, como baixa estatura. Os adultos são igualmente afetados.

FIAN INTERNATIONAL; REDE SOCIAL DE JUSTIÇA E DIREITOS HUMANOS; COMISSÃO PASTORAL DA TERRA. Os custos ambientais e humanos do negócio de terras: o caso do Matopiba, Brasil. Alemanha: FIAN, 2018. p. 57. Disponível em: https://fianbrasil.org.br/wp-content/uploads/2018/08/Os-Custos-Ambientais-eHumanos-do-Nego%CC%81cio-de-Terras-.pdf. Acesso em: 14 ago. 2022.

1 De acordo com o que foi estudado, qual é a importância da agropecuária no mundo atual?

A agropecuária é responsável pela produção de alimentos para a população e matérias-primas para as indústrias, permitindo, assim, o desenvolvimento social e econômico dos países.

2 No seu entendimento, a apropriação de terras para a monocultura contribui para uma distribuição mais igualitária e diversa de alimentos para a população mundial? Justifique sua resposta com exemplos retirados do texto acima. Resposta pessoal. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.

parte da produção é destinada à alimentação de animais de corte, exportação e fabricação de produtos industrializados. Além de expulsar as populações do campo, a monocultura contribui para a diminuição da diversidade de espécies vegetais e frutos, empobrecendo a alimentação da população e gerando quadros de insegurança alimentar em diversas regiões do planeta.

AMPLIANDO HORIZONTES Para o professor

• BARROS, Ciro. Terra à vista no Matopiba. Pública, São Paulo, 18 maio 2018. Disponível em: https://apublica.org/2018/05/ terra-a-vista-no-matopiba/. Acesso em: 9 ago. 2022.

O texto retrata o processo de aquisição de terras por investimentos estrangeiros no Brasil, especialmente na região do Matopiba.

• PEREIRA, Lorena Izá. O que é estrangeirização da terra? Breves apontamentos para compreender o processo de apropriação do território por estrangeiros. Campo-Território: revista de geografia agrária, Uberlândia, v. 12, n. 26, p. 27-47, abr. 2017. Disponível em: https://seer.ufu. br/index.php/campoterritorio/ article/view/38115/22274. Acesso em: 9 ago. 2022.

O artigo permite o entendimento da estrangeirização de terras como um elemento de um processo global de controle de terras.

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Competências

• Gerais: 1, 2 e 7

• Ciências Humanas: 2, 5 e 7

• Geografia: 3 e 4

• Contempla-se a habilidade EF09GE02 com foco em analisar a atuação das corporações internacionais na vida da população em relação ao acesso às terras agricultáveis e à produção de alimentos.

• A habilidade EF09GE13 é atendida com foco em analisar a importância da produção agropecuária na sociedade urbano-industrial ante o problema do processo de apropriação de terras agricultáveis.

• A habilidade EF09GE14 é trabalhada com foco em interpretar gráficos de barras e mapas temáticos para analisar, sintetizar e apresentar dados e informações sobre diversidade, diferenças e desigualdades sociopolíticas e geopolíticas mundiais.

Destacar que, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a segurança alimentar está relacionada ao direito que todo cidadão deve ter ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso às outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares que promovam a saúde.

Chamar a atenção dos estudantes para o padrão de distribuição entre os países de origem dos investidores estrangeiros em terras agricultáveis e os países cujas terras são alvo desses investidores. Destacar que as consequências desse processo podem ser prejudiciais para as populações dos países em desenvolvimento.

Relacionar o processo de apropriação de terras pelo capital estrangeiro à questão da insegurança alimentar no mundo. Esclarecer que, embora não seja a

Apropriação de terras e segurança alimentar

A apropriação das terras agrícolas por empresas multinacionais e países estrangeiros está relacionada a uma série de fatores que impactam diretamente a população rural dos países mais pobres e em desenvolvimento. Analise o mapa temático a seguir, que utiliza as variáveis cor e tamanho e mostra os principais atores desse processo.

Mundo: apropriação de terras agrícolas – 2020

Apropriação de terras Número de projetos de investimentos agrícolas em 2020 (compra ou aluguel de terras)

que investe e é alvo de investimentos

Fontes: STIENNE, Agnès. Main basse sur les terres agricoles. Le Monde Diplomatique, Paris, n. 142, ago. 2015. p. 64-65. LE MONDE HORS-SÉRIE. L’Atlas de la Terre. Paris: Malesherbes Publications, 2021. p. 158-159.

Responda às questões em seu caderno.

1 Que grupo de países a cor lilás representa? E a cor verde?

2 Como estão representados os países que investem em terras e, ao mesmo tempo, são alvo de investimentos? Que países são esses?

3 Os círculos proporcionais representam qual informação?

O lilás representa os países de origem dos investidores em terras. O verde, os países visados por esses investidores. Consultar comentários em Orientações didáticas. Consultar comentários em Orientações didáticas.

causa original da fome, a prática pode intensificar o problema, especialmente nas regiões que, historicamente, convivem com a fome e a miséria.

Na atividade 2, os estudantes devem notar que os países que investem em terras e que também são alvos de investimentos estão representados com fundo verde e hachuras lilás. São eles:

Brasil, Rússia, Romênia e Egito.

Na atividade 3, espera-se que os estudantes mencionem que os círculos proporcionais representam o número de projetos de investimentos

agrícolas em 2020, ou seja, projetos de compra ou aluguel de terras agrícolas para cultivo de alimentos ou biocombustíveis.

Na atividade 4, é esperado que os estudantes entendam que os círculos são proporcionais para transmitir a ideia de intensidade do fenômeno representado. No mapa analisado, quanto maiores os círculos, maior o número de projetos de apropriação de terras.

Na atividade 5, itens a e b, os estudantes deverão identificar corretamente os países que

BNCC OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO Equador Trópico de Câncer Círculo Polar Antártico Meridiano de Greenwich Trópico de Capricórnio OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO 0° 0° OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO Círculo Polar Ártico OCEANO GLACIAL ÁRTICO SENEGAL COSTA DO MARFIM CAMARÕES ETIÓPIA TANZÂNIA MOÇAMBIQUE INDONÉSIA BRASIL UCRÂNIA LAOS FILIPINAS PAPUA� �NOVA GUINÉ CAMBOJA SERRA LEOA LIBÉRIA MALI UGANDA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO QUÊNIA MADAGASCAR 0 2 667 200 100 50 10 País
País
investidores
País
de origem dos investidores estrangeiros
visado pelos
estrangeiros
País onde as apropriações
terras geraram contestação XXXX
de
MAPAS INTERAGIR COM NÃO ESCREVA NO LIVRO.
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4 Que informação o tamanho dos círculos traz?

Consultar comentários em Orientações didáticas.

5 Consulte o planisfério da página 284 e indique cinco países:

a) que são considerados grandes investidores estrangeiros em terras agricultáveis.

b) cujas terras agricultáveis são visadas pelos investidores estrangeiros.

Canadá, Estados Unidos, China, Índia, Austrália, entre outros. Brasil, México, Etiópia, Ucrânia, Indonésia, entre outros.

c) que receberam maior número de projetos de investimentos agrícolas.

d) Analise os grupos de países citados no item anterior e indique um ou mais fatores que ajudam a compreender sua distribuição espacial.

6 Faça o que se pede.

Ucrânia, Indonésia, Rússia, Brasil, Argentina, Papua Nova-Guiné, Mianmar, entre outros. Brasil, Etiópia, Moçambique, Camarões, Ucrânia, Indonésia, entre outros.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

a) Cite alguns países onde ocorreram as maiores contestações contra os projetos de investimentos agrícolas.

b) Indique em quais continentes esses países se localizam e em qual continente houve mais contestações.

América, África, Ásia e Europa, com destaque para a África.

c) Descreva a situação desses países em relação ao processo de apropriação de terras por investidores estrangeiros.

Auxiliar os estudantes nesta atividade. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.

7 Compare os dados do gráfico a seguir com os dados do mapa da página 36.

Mundo: número de pessoas em situação de insegurança alimentar grave* (em milhões) – 2020

Elaborado com base em: FAO; IFAD; UNICEF; WFP; WHO. The state of food security and nutrition in the world. Rome: FAO, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.4060/cb4474en. Acesso em: 25 nov. 2021.

• No seu entendimento, é possível estabelecer relações entre a insegurança alimentar e o processo de apropriação de terras agricultáveis por empresas e países estrangeiros? Explique. Auxiliar os estudantes nesta atividade. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.

mentar são aquelas cujas terras estão mais sujeitas ao processo de apropriação pelo capital estrangeiro. Esse dado revela que a entrada desse capital e o uso que é feito das terras não favorece as populações locais, dificultando não só o acesso à terra, mas também aos recursos necessários para que essas populações tenham acesso aos alimentos, criando, assim, um círculo vicioso de fome e pobreza.

TEXTO COMPLEMENTAR

Fome cresceu mais de 20% no mundo e atinge 193 milhões de pessoas

O número de pessoas enfrentando níveis de crise de fome ou em pior situação aumentou em 40 milhões no ano passado.

O total está 22% acima do recorde registrado no ano anterior, segundo o relatório da Rede Global Contra Crises Alimentares publicado esta quarta-feira.

A aliança integrando ONGs, as Nações Unidas e a União Europeia alerta que a guerra na Ucrânia poderá piorar um cenário que já se vinha agravando a um ritmo alarmante bem antes do conflito com a Rússia.

[...]

O chefe da ONU destacou que o “conflito ucraniano é mais um peso na crise tridimensional de alimentos, energia e finanças com impactos arrasadores sobre pessoas e países mais vulneráveis do mundo e suas economias”.

Para uma mudança de rumo, Guterres destaca as oportunidades oferecidas pela Agenda 2030, a Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU e a criação do Corredor de Coordenação de Sistemas Alimentares em Roma.

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investem e são alvos de investimentos em terras agricultáveis. No item c, espera-se que os estudantes observem que os países de origem dos investidores estrangeiros estão concentrados no Hemisfério Norte, enquanto os países cujas terras são visadas para investimentos estão concentrados no Hemisfério Sul.

A atividade 6 aborda os países onde ocorreram contestações em relação ao processo de apropriação de terras. Nos itens a e b, os estudantes deverão identificar países onde esses

movimentos ocorreram, e em qual continente se concentram. No item c, espera-se que os estudantes percebam que os países com pessoas em situação de insegurança alimentar grave são alvo de apropriação de terras por empresas e países estrangeiros.

Na atividade 7, os estudantes deverão analisar o gráfico com dados sobre a insegurança alimentar no mundo. É esperado que respondam que as regiões onde há maior número de pessoas vivendo num contexto de insegurança ali-

Para o chefe das Nações Unidas estes são os primeiros passos para evitar grandes aumentos fome global e acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e promover a agricultura sustentável.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Fome cresceu mais de 20% no mundo e atinge 193 milhões de pessoas. ONU News, Nova York, 4 maio 2022. Disponível em: https://news.un.org/pt/ story/2022/05/1788102.

Acesso em: 9 ago. 2022. 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1 000 Mundo (em milhões) América Latina e Caribe América Anglo-Saxônica e Europa Oceania África Ásia 927,6 92,8 15,9 1,1 346,6 471,1
EDITORIA DE ARTE
*De acordo com a ONU, uma pessoa encontra-se em situação de insegurança alimentar grave quando ca um dia ou mais sem se alimentar ao longo de um ano.
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BNCC

• Atende-se à habilidade EF09GE18 com foco em identificar e analisar as diferentes fontes de energia (tais como termoelétrica, hidrelétrica, eólica e nuclear) em diferentes países.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Introduzir o estudo destacando a diferença entre fontes de energia primária e secundária. Comentar que as fontes primárias provêm diretamente da natureza, como do Sol, da água, do vento, dos combustíveis fósseis e do urânio. Já as fontes de energia secundárias resultam da transformação das fontes primárias, como é o caso da eletricidade, da gasolina, do diesel etc.

Esclarecer que embora existam veículos que utilizem outras fontes de energia, como o etanol e a eletricidade, aqueles movidos a combustíveis fósseis ainda são maioria. Comentar que a energia elétrica pode ser gerada por meio da água, do vento, do Sol, de combustíveis fósseis e do urânio. Esclarecer que, além de ao possível esgotamento das fontes de energia não renováveis, seu uso está associado a diversos impactos ambientais, entre eles o aquecimento global.

Destacar que a distribuição e a demanda das fontes de energia pelo planeta são desiguais, ressaltando as questões políticas e econômicas envolvidas nesse tema.

Ao abordar as matrizes energéticas mundial e brasileira, destacar, com base na análise dos gráficos, o predomínio das fontes não renováveis e os desafios relacionados a essa opção. Além das questões ambientais, existem outros aspectos importantes, como conflitos entre países, entre empresas e povos tradicionais etc. Evidenciar a importância da assinatura do Acordo de Paris e das metas propostas para que a temperatura mundial não aumente mais de 2 ºC até o ano 2100, evitando um processo de

1. Entre as atividades, podem ser citadas: tomar banho, assistir à televisão, ir à escola usando algum meio de transporte, usar celular ou computador etc.

5 QUESTÃO ENERGÉTICA

Desde a Primeira Revolução Industrial, os recursos energéticos passaram a ocupar papel de destaque na economia, na sociedade e nas questões políticas mundiais. O aumento do consumo de energia foi acompanhado da diversificação da matriz energética, à medida que os progressos tecnológicos avançaram. Da lenha à energia nuclear, atualmente há ampla matriz que envolve fontes renováveis e não renováveis. Analise o gráfico 1.

O gráfico 1 indica que a maior parte da matriz energética mundial (mais de 80%) é composta de fontes não renováveis. A dependência desse tipo de energia envolve, além do risco de esgotamento das reservas, a intensificação de problemas ambientais, como a emissão de gases do efeito estufa (GEEs), que, de acordo com grande parte da comunidade científica, contribui para o aquecimento global. Responda às questões em seu caderno.

1 Indique ao menos três atividades do seu dia a dia que estão relacionadas ao consumo de alguma fonte de energia.

2 A sociedade atual é muito dependente das fontes de energia. Você concorda com essa afirmação? Explique.

3 Analise o gráfico 2 e identifique outras fontes de energia que não estejam indicadas no gráfico 1. Quais delas são renováveis?

• INVESTIGAR LUGARES

Compare a matriz energética brasileira com a matriz energética mundial. Como se posiciona o Brasil em relação ao consumo de fontes não renováveis e renováveis?

2. Espera-se que os estudantes respondam afirmativamente, reconhecendo a importância cada vez maior das fontes de energia para os seres humanos.

Mundo: matriz energética – 2021

Elaborado com base em: INTERNATIONAL ENERGY AGENCY. Data and statistics. IEA Paris, c2022. Disponível em: https://www.iea.org/data-and-statistics. Acesso em: 21 dez. 2021.

Auxiliar os estudantes na análise dos gráficos e elaboração das respostas. Consultar comentários em Orientações didáticas.

Brasil: matriz energética – 2020

Elaborado com base em: BRASIL. Ministério de Minas e Energia. Empresa de Pesquisa Energética. Balanço Energético Nacional 2021. Brasília, DF: EPE, [2021]. Disponível em: https://www.epe.gov. br/sites-pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/ PublicacoesArquivos/publicacao-601/topico-596/ BEN2021.pdf. Acesso em: 21 dez. 2021.

3. Auxiliar os estudantes nesta atividade. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.

mudança climática irreversível. Importante salientar a saída dos Estados Unidos desse acordo em 2017, sob o governo Trump. Os riscos dessa ação para a efetivação do tratado em 2020 seriam comprometedores. No início de 2021, já sob o governo Biden, o país reintegrou o acordo.

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É possível solicitar aos estudantes que pesquisem informações sobre projetos colocados em prática pelos maiores emissores de gases do efeito estufa (GEEs) no sentido de promover modificações em suas matrizes energéticas. A China,

cuja matriz é pautada nos combustíveis fósseis, lidera os países asiáticos na produção de eletricidade por meio de energia solar.

Ressaltar que, apesar do aumento das fontes de energia renováveis na matriz energética e dos compromissos firmados pelos países na direção do zero carbono, ainda não foram tomadas medidas concretas para limitar o aumento da temperatura mundial a 2 oC até 2100. A matriz energética continua sendo majoritariamente pautada no uso de combustíveis fósseis, a população

Outras não renováveis 0,6% Petróleo e derivados 33,1% Derivados de cana-de-açúcar 19,1% Hidráulica 12,6% Gás natural 11,8% Lenha e carvão vegetal 8,9% Outras renováveis 7,7% Carvão mineral 4,9% Energia nuclear 1,3% Hidráulica 2,5% Outros* 2% Petróleo e derivados 31,5% Biomassa 9,3% Gás natural 22,8% Carvão mineral 26,9% Energia nuclear 5% * Energia geotermal, solar, eólica, maremotriz. SONIA VAZ
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Desafios energéticos atuais

Governos e organizações diversas vêm demonstrando preocupação crescente na busca pela ampliação do uso de fontes de energia renováveis para tornar a matriz energética mais sustentável do ponto de vista socioeconômico e ambiental.

O Acordo de Paris, assinado em 2015 por 194 países, estabeleceu como objetivo principal limitar o aumento da temperatura mundial a 2 ºC e, se possível, 1,5 ºC até 2100. Os cientistas estimam que um aumento de temperatura superior a esses valores provoque mudanças climáticas irreversíveis.

Para atingir esse objetivo, os países que ratificaram o Acordo devem se comprometer a reduzir a emissão de GEEs por meio da diminuição da queima de combustíveis fósseis e da adoção de fontes de energia renováveis. Esses países também devem implementar mudanças nos processos produtivos e reduzir o desmatamento.

Apesar do aumento das fontes de energia renováveis na matriz energética e dos compromissos firmados pelos países na direção do zero carbono, ainda não foram tomadas medidas concretas para limitar o aumento da temperatura mundial a 2 ºC até 2100. A matriz energética continua sendo majoritariamente pautada no uso de combustíveis fósseis, a população mundial segue crescendo e, com ela, a necessidade de gerar mais energia.

Analise o gráfico com os países que mais emitiram GEEs em 2021.

Mundo: maiores emissores de CO2 em milhões de toneladas (2015-2021)

Ratificar: confirmar, tornar autêntico.

Elaborado com base em: BP. Statistical review of world energy 2022. Londres: BP, [2022]. p. 12. Disponível em: https://www.bp.com/ content/dam/bp/business-sites/en/global/ corporate/pdfs/energy-economics/statisticalreview/bp-stats-review-2022-full-report.pdf. Acesso em: 13 jul. 2022.

4 O Acordo de Paris determinou a redução de GEEs. Na prática, houve redução significativa na emissão de GEEs a partir de 2015, ano em que o Acordo foi assinado? Justifique sua resposta com dados extraídos do gráfico.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

5 O que ocorreu com a emissão de GEEs entre os anos de 2019 e 2020? Elabore uma hipótese que explica o que foi observado.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

mundial segue crescendo e, com ela, a necessidade de gerar mais energia.

Na atividade 1, espera-se que os estudantes indiquem fontes como a solar e a eólica. Aproveitar o momento para retomar os conceitos de fontes renováveis e não renováveis. Espera-se que citem como fontes renováveis as fontes hidráulica, solar, eólica e de biomassa. As atividades 2 e 3 têm por objetivo avaliar a experiência e as opiniões dos estudantes em relação ao tema estudado, criando uma oportunidade para discutir

sobre hábitos cotidianos que visem à utilização mais sustentável das variadas fontes de energia.

Na atividade 4, espera-se que os estudantes respondam negativamente, desconsiderando a queda na emissão de CO2 verificada em 2020, que reflete as consequências da pandemia de covid-19 na economia e no uso de recursos energéticos. China e Índia aumentaram suas emissões, na contramão dos termos do Acordo de Paris.

Na atividade 5, os estudantes deverão indicar que a queda geral na emissão de GEEs, com

exceção da China, deu-se por conta da pandemia de covid-19. No ano de 2020, houve muitas restrições à circulação das pessoas, o que alterou a dinâmica de queima de combustíveis fósseis.

Na seção Investigar lugares, espera-se que os estudantes reconheçam que mais de 80% da matriz energética mundial é formada por fontes de energia não renováveis (petróleo, carvão, gás natural e nuclear), enquanto no Brasil esse percentual é de cerca de 60%. Dessa forma, o Brasil apresenta maior equilíbrio entre o uso de fontes não renováveis e renováveis, mostrando-se inserindo no novo cenário da questão energética mundial. Entretanto, destacar que a produção de eletricidade a partir da energia hidrelétrica, por exemplo, vem gerando graves impactos socioambientais no país.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor

• BRASIL. Ministério de Minas e Energia. Balanço Energético Nacional 2022. Brasília, DF: Empresa de Pesquisa Energética, 2021. Disponível em: https:// www.epe.gov.br/pt/publicacoes

-dados-abertos/publicacoes/ balanco-energetico-nacional2022. Acesso em: 6 ago. 2022. O Balanço Energético Nacional traz as principais informações a respeito da oferta e do consumo de energia no país.

Para o professor e o estudante

• PRINCIPAIS pontos do acordo de Paris sobre o clima. DW, Bonn, 2 jun. 2017. Disponível em: https:// www.dw.com/pt-br/principais -pontos-do-acordo-de-paris-so bre-o-clima/a-18915243. Acesso em: 6 ago. 2022.

Reportagem sobre os principais pontos do Acordo de Paris, que tem como objetivo limitar o aumento da temperatura global.

0 8 000 6 000 4 000 2 000 10 000 12 000 (em milhões de toneladas de CO2) 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 Ano Brasil China Estados Unidos Índia Rússia Japão
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• Atende-se à habilidade EF09GE18 com foco em identificar e analisar as cadeias industriais e de inovação e as consequências dos usos de recursos naturais e das diferentes fontes de energia (tais como termoelétrica, hidrelétrica, eólica e nuclear) em diferentes países.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Uma vez abordados os aspectos relacionados às matrizes energéticas mundial e brasileira, promovendo reflexões sobre a necessidade de reduzir a emissão de gases do efeito estufa, os estudantes são convidados a refletir, na página 40, sobre as atividades que mais consomem energia e que, portanto, devem ser o principal alvo de políticas voltadas para a redução das emissões de carbono.

Para introduzir a discussão, perguntar para os estudantes quais atividades requerem maior uso de energia, com o objetivo de levantar conhecimentos prévios sobre o tema. Depois, falar sobre a atividade industrial e o consumo de energia, destacando a situação da China. Explorar os gráficos que demonstram os investimentos que o país vem realizando no desenvolvimento de fontes de energia renováveis, como a solar e a eólica, visando a transição energética.

Indicamos na seção Texto complementar um link explicando alguns aspectos sobre o “aço verde”. Comentar com os estudantes que, no Brasil, o carvão vegetal é muito usado na indústria siderúrgica e pode ser uma alternativa para a produção do aço verde. Porém, há críticas em relação à possibilidade da extração de madeiras nativas para a fabricação da lenha e às grandes áreas de reflorestamento de eucalipto.

Na atividade 1, espera-se que os estudantes indiquem que a matriz energética chinesa é pautada principalmente no uso do

Geração de energia e indústria

A geração de energia e a atividade industrial são os setores que mais emitem GEEs. As emissões de CO2 relacionadas à geração de energia aumentaram 9% na última década, ainda que a demanda tenha aumentado 25%. Isso pode ser explicado pela expansão do uso das energias renováveis, com destaque para as energias solar e eólica. Analise os gráficos.

China e mundo: evolução da capacidade de geração de energia eólica e solar – 2010-2020

A atividade industrial consome cerca de 40% da energia produzida e ainda é amplamente baseada no uso de combustíveis fósseis. As indústrias química, siderúrgica e de cimento são responsáveis por 70% das emissões de CO2 do setor industrial.

Essas indústrias estão concentradas nos países emergentes. Em 2020, a China participou com 60% da produção mundial de aço e cimento, insumos essenciais com poucos substitutos de preço competitivo. Nesse sentido, o desafio para as indústrias é continuar produtivas mesmo visando às emissões zero de carbono.

Algumas empresas estão buscando inovar no processo de produção de aço para cumprir as metas mundiais de redução de emissão de GEEs. O termo “aço verde” vem sendo utilizado para indicar uma produção menos poluente, que substitui o carvão mineral por hidrogênio e que já está sendo testada na Europa. Responda em seu caderno.

1 No seu entendimento, que fatores explicam o desempenho da China na utilização de energia solar?

2 Alguns pesquisadores do tema afirmam que reformar a indústria siderúrgica para atingir o objetivo zero carbono será uma “tarefa enorme”. Explique essa afirmação.

Consultar comentários em Orientações didáticas. Consultar comentários em Orientações

carvão, mas que o país vem fazendo esforços significativos para ampliar o uso de fontes renováveis em sua matriz. Em 2021, a China já era o segundo principal centro em termos de geração a partir de fontes renováveis, atrás apenas da Europa. A produção de energia solar aumentou bastante, e o país é líder mundial em geração e capacidade instalada.

Na atividade 2, espera-se que os estudantes percebam que a questão financeira pode ser um grande freio. Os altos investimentos realizados

em novas infraestruturas, pesquisa e desenvolvimento provavelmente serão repassados aos compradores. Portanto, o aço e todos os produtos fabricados a partir dele terão seus preços aumentados. Além disso, muitas indústrias siderúrgicas estão localizadas em países emergentes ou em desenvolvimento, e não possuem condições de se modernizar.

A página 41 se relaciona ao tema contemporâneo transversal Meio Ambiente, com destaque para a Educação Ambiental, ao abordar o

BNCC China Resto do mundo 0 20 40 60 80 100 140 120 (Variação anual, em GW) 20102011201220132014201520162017201820192020 0 20 40 60 80 100 140 120 (Variação anual, em GW) 20102011201220132014201520162017201820192020 Capacidade eólica Capacidade solar SONIA VAZ
didáticas.
40
Fonte: BP. BP Statistical Review of World Energy 2021. Londres: BP, [2021]. p. 9. Disponível em: https://www.bp.com/content/dam/bp/business-sites/en/global/corporate/pdfs/energyeconomics/statistical-review/bp-stats-review-2021-full-report.pdf. Acesso em: 21 nov. 2021.
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As juventudes e o ativismo ambiental

No ano de 2021, foi realizada a COP-26, na cidade de Glasgow, na Escócia. Representantes de governos, de empresas e da sociedade civil se reuniram para discutir as mudanças climáticas e tomar decisões para que o Acordo de Paris seja cumprido.

COP: sigla em inglês para “Conferência das Partes”, reunião anual entre países-membros da ONU voltada às mudanças climáticas.

O evento contou com a participação de jovens de todo o mundo, como Greta Thunberg, sueca que iniciou o movimento “Fridays for future”, e Vanessa Nakate, ugandesa, que iniciou, entre outros movimentos, o “Vash Green Schools Project”, que tem por objetivo instalar painéis solares em todas as escolas de Uganda. A brasileira Txai Suruí, ativista indígena do povo Paiter Suruí e fundadora do Movimento da Juventude Indígena de Rondônia, discursou na abertura oficial da COP-26. Leia parte do discurso a seguir.

Hoje o clima está esquentando, os animais estão desaparecendo, os rios estão morrendo, nossas plantações não florescem como antes. A Terra está falando. Ela nos diz que não temos mais tempo. [...]

Os povos indígenas estão na linha de frente da emergência climática, por isso devemos estar no centro das decisões que acontecem aqui. Nós temos ideias para adiar o fim do mundo.

[...] vamos lutar por um futuro e um presente habitáveis.

É necessário sempre acreditar que o sonho é possível. Que a nossa utopia seja um futuro na Terra.

TXAI Suruí, jovem indígena brasileira, acaba de discursar na abertura da COP26. WWF-Brasil Brasília, DF, 1 nov. 2021. Disponível em: https://www.wwf.org.br/?80429/Txai-Surui-jovemindigena-brasileira-acaba-de-discursar-na-abertura-da-COP26. Acesso em: 22 nov. 2021.

Na atividade 3, espera-se que os estudantes citem, independentemente da resposta dada, que os jovens deveriam se interessar pela defesa do ambiente, pois essa geração e as próximas enfrentarão grandes desafios relacionados às mudanças climáticas. Analisar os argumentos trazidos pelos estudantes, buscando incentivá-los a uma participação mais efetiva no que se refere às questões ambientais em atitudes do cotidiano.

TEXTO COMPLEMENTAR O “aço verde”

Utopia: plano ou sonho irrealizável; ideia generosa, porém impossível; fantasia.

1 Por que Txai afirma que “Os povos indígenas estão na linha de frente da emergência climática, por isso devemos estar no centro das decisões que acontecem aqui”?

Resposta pessoal. Consultar comentários em Orientações didáticas.

2 Você acredita que um futuro na Terra é uma utopia ou uma verdadeira possibilidade? Elabore um texto apresentando argumentos que validem sua opinião.

3 Você participa ou gostaria de participar de algum movimento em defesa do ambiente? No seu entendimento, por que os jovens deveriam se interessar por esse assunto? Converse com os colegas e o professor a respeito.

Respostas pessoais. Consultar comentários em Orientações didáticas.

2. Resposta pessoal. Consultar comentários em Orientações didáticas.

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ativismo ambiental e as juventudes. Sugerimos levantar os conhecimentos prévios dos estudantes sobre o tema, propondo questões a respeito dos movimentos atuais e das lideranças jovens. Na sequência, propor a análise do discurso de Txai Suruí na COP-26, realizada em 2021, a partir das atividades 1 a 3. Depois, questionar os estudantes sobre a visão que possuem do tema.

Na atividade 1, espera-se que os estudantes mencionem que a destruição de inúmeros ecossistemas ao redor do mundo impacta diretamente os

povos nativos, cujos modos de vida estão relacionados à manutenção de águas, florestas e solos. Os povos que são mais afetados geralmente são aqueles que têm menos voz nos debates ambientais e nas tomadas de decisão em grande escala.

Na atividade 2, verificar se os estudantes entenderam o conceito de utopia no contexto do discurso. Apresentar outras possibilidades de emprego da palavra. Pedir aos estudantes que elaborem sua argumentação, buscando dados em outras fontes se necessário.

“O aço é um material muito importante para a sociedade moderna. Há muito tempo ele vem sendo produzido de minério de ferro e com o uso de carvão”, diz Martin Pei, vice-presidente técnico da SSAB, uma companhia sueca que é uma das líderes nos esforços de inovação.

Para cumprir as metas mundiais quanto à energia e ao meio ambiente, as emissões de poluentes do setor siderúrgico precisam cair em pelo menos 50% até a metade do século, de acordo com a Agência Internacional de Energia, e o objetivo posterior será reduzi-las a zero. [...]

Os planos mais ambiciosos envolvem abandonar um princípio para transformar rochas em metal descoberto na idade do ferro, e substitui-lo por um método que envolve usar o gás hidrogênio, “limpo”, como nova fonte alternativa de energia.

No entanto, reformar uma indústria [...] poluente que produz dois bilhões de toneladas de material ao ano será uma tarefa enorme. [...]

POOLER, Michael. Siderurgia aposta em ‘aço verde’ por sustentabilidade. Folha de S.Paulo, São Paulo, 16 fev. 2021. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ mercado/2021/02/industria-do-aco-umadas-mais-poluentes-do-mundo-quermelhorar-sustentabilidade.shtml. Acesso em: 21 dez. 2021.

Txai Suruí posa para foto durante a COP26 em Glasgow, Escócia, 2021.
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PAUL ELLIS/AFP
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• Trabalha-se a habilidade EF09GE12 com foco em relacionar o processo de urbanização às transformações da produção agropecuária, à expansão do desemprego estrutural e ao papel crescente do capital financeiro em diferentes países, com destaque para o Brasil.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Pedir aos estudantes que observem e comparem as imagens disponíveis na página 42, desenvolvendo as atividades 1 a 3 coletivamente. Aproveitar o momento para verificar os conhecimentos prévios da turma sobre as transformações do trabalho no campo e na cidade.

Na atividade 2, espera-se que os estudantes indiquem que o uso de máquinas e robôs está relacionado, entre outras questões, ao aumento da produção e à redução dos custos com a mão de obra, destacando que essa substituição é bastante vantajosa para os empresários.

Na atividade 3, espera-se que os estudantes comentem que a mecanização do campo reduziu postos de trabalho no meio rural. Com isso, boa parcela dos trabalhadores rurais migrou para as cidades, onde havia mais oportunidades de trabalho durante o “boom” industrial. Atualmente, com a automação dos processos industriais e do setor de serviços, o desemprego aumentou, incentivando o trabalho informal.

Ao discutir o desemprego relacionado ao avanço tecnológico na produção industrial, evidenciar a importância dos investimentos (de governos, empresas e outras organizações da sociedade civil) na constante atualização e na formação permanente dos trabalhadores.

Ressaltar que, nos países desenvolvidos, embora o desemprego estrutural também esteja presente, ele acaba sendo mais equilibrado, já que, de modo geral, a mão de obra é mais qua-

6 MUDANÇAS NO MUNDO DO TRABALHO

O uso de máquinas, robôs e outros recursos tecnológicos nos diferentes setores da economia foi responsável por importantes transformações no mundo do trabalho e no espaço geográfico, tanto no campo como nas cidades.

O desenvolvimento industrial e a mecanização do campo impulsionam o processo de urbanização no mundo todo, ainda que em ritmos diferentes. Os trabalhadores que deixam o campo são atraídos para as cidades, onde há ofertas de emprego nos setores industrial e de serviços. As cidades crescem e criam demandas, que são atendidas pela incorporação de novas tecnologias que permitem a progressiva ampliação da produção de mercadorias e, ao mesmo tempo, reduzem o número de trabalhadores envolvidos nas tarefas produtivas.

Analise as fotografias, depois responda às questões em seu caderno.

1 Que diferenças é possível notar entre o trabalho retratado nas imagens mais antigas e nas mais recentes?

Espera-se que os estudantes reconheçam a diminuição do número de trabalhadores e o aumento do uso de máquinas e robôs.

2 Quais são as vantagens da substituição da mão de obra por máquinas e robôs? Identifique os grupos sociais beneficiados por essa substituição.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

3 Explique a relação existente entre as imagens 3 e 4, o processo de urbanização e a redução de postos de trabalho no campo e na cidade.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

lificada e consegue se reinserir no mercado de trabalho. Já nos países em desenvolvimento, a pouca qualificação da mão de obra faz com que muitos trabalhadores percam seus cargos e tenham dificuldades em se recolocar no mercado de trabalho. Sobre essas questões, ler o texto disponível na seção Texto complementar

Fazer um contraponto e comentar a importância do uso de máquinas e robôs no desenvolvimento de algumas atividades, como a possibilidade de trabalharem em ambientes inóspitos

para seres humanos, como em grandes profundidades ou temperaturas extremas; realizarem atividades repetitivas de forma rápida; e trabalharem por tempo ilimitado.

Destacar que a pandemia de covid-19 acelerou essa tendência, apontando para os estudantes algumas das possibilidades de trabalho oferecidas atualmente para alguns trabalhadores, como o home office. Muitas empresas já vêm adotando o sistema, que parece ter impactos positivos não só para os trabalhadores, mas

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ACERVO ICONOGRAPHIA ADOC-PHOTOS/MAURICE ZALEWSKI/ALBUM/FOTOARENA Colheita de café no início do século XX, no Brasil. Colheita mecanizada de trigo, na França, 2021. Linha de montagem de indústria automobilística na década de 1950, na França.
1 3 2 4 BOUILLAND STÉPHANE/HEMIS.FR/AFP MATTHIAS SCHRADER/AP PHOTO/IMAGEPLUS 42
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Montagem robotizada de automóveis, na Alemanha, 2021.
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Desemprego no campo e na cidade

O fechamento definitivo de vagas de emprego por causa da incorporação de inovações tecnológicas nas atividades produtivas é umas das causas do chamado desemprego estrutural. A mecanização do campo, por exemplo, elimina muitos postos de trabalho, levando os camponeses a migrarem para as cidades. Esse processo tem sido constante nos países desenvolvidos, porém, tende a ser mais intenso nos países subdesenvolvidos e emergentes, que ainda estão em vias de modernização das atividades agrárias.

Tecnologias de informação, microeletrônica e robótica estão cada vez mais incorporadas nas empresas. Indústrias substituem operários por robôs; bancos substituem funcionários por caixas eletrônicos e pela disponibilização de serviços na internet, entre outras mudanças. Com isso, o desemprego também aumenta no setor de serviços.

Nos países desenvolvidos, o desemprego nas indústrias também ocorre pela transferência de fábricas, ou de parte da produção delas, para outros países. No entanto, a inovação tecnológica também cria postos de trabalho nas áreas de informática, telecomunicações, robótica e automação, exigindo profissionais mais qualificados.

No entanto, nos países subdesenvolvidos e emergentes, muitas pessoas não conseguem atender às novas exigências do mercado em razão da falta de qualificação ou de vagas de trabalho formal, tornando-se trabalhadores informais, que trabalham sem carteira assinada ou por conta própria, com pouca ou nenhuma garantia trabalhista prevista por lei, como FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), seguro-desemprego ou licença médica remunerada.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), em 2021 cerca de 41% dos trabalhadores brasileiros eram trabalhadores informais.

Durante a pandemia de covid-19, milhões de trabalhadores informais perderam o emprego. Na foto, trabalhador informal em Boa Vista do Gurupi (MA), 2020.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR

Profissões de ontem

Propor uma atividade interdisciplinar com História, na qual os estudantes possam investigar as profissões que deixaram de existir ou que tiveram suas vagas reduzidas em razão dos avanços tecnológicos. É importante que os estudantes relacionem essas profissões ao contexto histórico e aos lugares onde elas ocorriam (ou ocorrem).

TEXTO COMPLEMENTAR

Competitividade da indústria é ameaçada pelo atraso em inovar

Enquanto os países desenvolvidos avançam na adoção de tecnologias como internet das coisas, computação em nuvem, inteligência artificial, análise de grandes volumes de dados e impressão 3-D em suas fábricas, o Brasil vive uma longa crise econômica que dificulta investimentos em inovação.

Persistir com esse atraso na adoção de tecnologias como essas, que formam a chamada indústria 4.0, implicará uma maior defasagem na competitividade internacional das empresas brasileiras.

4 Você conhece alguém que perdeu o trabalho por conta do processo de mecanização ou durante a pandemia? Organize uma entrevista com essa pessoa, buscando informações sobre a atividade que ela realizava, se ela era contratada ou informal, se ela conseguiu outro trabalho. Organize as informações coletadas e compartilhe suas descobertas com os colegas. Auxiliar os estudantes na atividade. Consultar comentários em Orientações didáticas.

também para os empresários e para o ambiente. Evitando deslocamentos desnecessários, o trabalhador pode realizar suas tarefas em menos tempo, ficando mais disponível para realizar outras atividades de lazer e descanso.

Na página 43, é apresentado o conceito de trabalho informal no contexto das novas exigências do mercado de trabalho. Verificar os conhecimentos dos estudantes sobre o tema, já abordado no volume 8 desta coleção, destacando o aumento da informalidade durante a pan-

demia de covid-19.

Na atividade 4, auxiliar os estudantes a se organizarem previamente para a realização das entrevistas em duplas ou trios. Orientá-los a elaborar um roteiro com as perguntas que gostariam de fazer, lembrando sempre que é fundamental se direcionar aos entrevistados com empatia e respeito. Quando as entrevistas forem finalizadas, os estudantes poderão apresentar os resultados de diversas maneiras, com registros escritos, em áudio e até mesmo fotográficos.

A opinião é do consultor alemão Björn Hagemann, sócio da área de indústrias avançadas da consultoria americana McKinsey, e Rafael Oliveira, que é associado da mesma companhia.

Para eles, o país terá grandes desafios para se adequar a este novo momento da história da indústria, conhecido também como quarta revolução industrial.

Um dos principais, diz Hagemann, está na capacitação da mão de obra.

[...]

“Faltam mais escolas técnicas para preparar essas pessoas para a indústria 4.0.” [...]

OLIVEIRA, Filipe. Competitividade da indústria é ameaçada pelo atraso em inovar. Folha de S.Paulo, São Paulo, 23 set. 2018. Disponível em: https://www1.folha.uol.com. br/mercado/2018/09/competitividade-daindustria-e-ameacada-pelo-atraso-em-inovar. shtml. Acesso em: 8 ago. 2022.

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• Contempla-se a habilidade EF09GE11 com foco em relacionar as mudanças técnicas e científicas decorrentes do processo de industrialização com as transformações no trabalho em diferentes regiões do mundo (processo de uberização do trabalho).

• A habilidade EF09GE12 é atendida com foco em relacionar o processo de urbanização à expansão do desemprego estrutural e à fragilização dos vínculos trabalhistas com a uberização do trabalho.

A precarização do trabalho no século XXI

Analise a charge e converse com os colegas e o professor.

A charge mostra um entregador em domicílio. Consultar comentários em Orientações didáticas.

1 Que tipo de trabalho está representado na imagem? Qual crítica ela faz em relação à situação de trabalho desses profissionais?

Apesar da história de luta dos trabalhadores pela conquista de seus direitos, o trabalho informal sempre foi uma realidade, em maior ou menor escala, dependendo da região e do período histórico.

A precarização do trabalho é um tema central para a compreensão das mudanças no mundo laboral nas primeiras décadas do século XXI. Sugerimos a introdução do conteúdo a partir da análise da charge proposta na página 44, permitindo que os estudantes expressem as opiniões e vivências deles relacionadas ao assunto.

As atividades 1 e 2 oportunizam essa análise. Na atividade 2, espera-se que os estudantes citem, a partir dos elementos gráficos (tamanho da bolsa térmica e as horas trabalhadas em excesso), que a charge faz uma crítica às condições de trabalho desses profissionais, assemelhando-se em muitos aspectos ao trabalho análogo à escravidão. Aproveitar para verificar os conhecimentos prévios dos estudantes sobre a precarização do trabalho. Analisar com os estudantes o esquema que apresenta as bases do processo de uberização do trabalho, ressaltando a precariedade ou inexistência de vínculos empregatícios e de direitos trabalhistas. É importante destacar a vulnerabilidade da situação desses trabalhadores, que foi agravada com a pandemia de covid-19.

Na página 45, são apresentadas as principais características

O desenvolvimento das tecnologias de comunicação e a ampliação do acesso à internet, aliados às mudanças na economia mundial e ao desemprego, contribuíram para o surgimento de uma nova face da precarização do trabalho, a uberização. O termo faz referência ao nome de uma das maiores empresas do mundo de aplicativos de transporte privado de passageiros e entrega de refeições e mercadorias.

Analise o esquema a seguir.

As engrenagens da uberização

do trabalho precário no contexto da uberização, também conhecido como “economia colaborativa”. É fundamental que os estudantes compreendam que, para que consumidores e trabalhadores possam se beneficiar desse sistema, é necessário que as leis trabalhistas no mundo todo sejam revistas, para que os autônomos possam viver dignamente e ter seus direitos garantidos, mesmo com as transformações nas relações trabalhistas em curso.

Indicamos na seção Ampliando horizontes um artigo que aborda aspectos da economia colaborativa, sistema que se apresenta como uma tendência mundial.

Orientar os estudantes para uma análise atenta dos gráficos que apresentam características que compõem o perfil médio dos entregadores ciclistas de aplicativo, que revelam, além do perfil socioeconômico, as condições precárias de trabalho desses profissionais. Além dos exemplos

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ALEX ARGOZINO
TONI D’AGOSTINHO 44 D2-GEO-F2-2106-V9-U1-012-049-LA-G24 - AV.indd 44 30/08/2022 15:01 44

Por não possuírem vínculos empregatícios, os trabalhadores autônomos não têm acesso a direitos trabalhistas básicos, como salário-mínimo, férias e repouso semanal remunerados, seguro-desemprego, jornada de trabalho de oito horas por dia, aposentadoria, entre outros.

Em algumas situações, o trabalhador deve usar recursos próprios para arcar com custos relacionados ao serviço prestado: manutenção dos veículos e combustível, compra ou aluguel do carro, moto ou bicicleta, mensalidade do plano de celular para receber as chamadas nos aplicativos etc.

Durante a pandemia de covid-19, a vulnerabilidade dos trabalhadores autônomos foi agravada. Enquanto parcelas da população estavam em isolamento social, pois suas condições de trabalho permitiam, os trabalhadores dos aplicativos continuaram nas ruas para garantir seu sustento, expostos à contaminação pelo vírus com pouco ou sem nenhum respaldo para cuidar da saúde.

A Associação Brasileira do Setor de Bicicletas realizou uma pesquisa na cidade de São Paulo, com entregadores ciclistas de aplicativo, no ano de 2019. Observe alguns dados encontrados.

Perfil dos entregadores ciclistas de aplicativo (São Paulo, SP) – 2019

Ele é brasileiro, homem, negro, entre 18 e 22 anos de idade e com Ensino Médio completo. Estava desempregado e agora trabalha todos os dias da semana, de 9 a 10 horas por dia, com ganho médio mensal de R$ 992,00.

São Paulo: aquisições dos entregadores de aplicativo – 2019

São Paulo: composição étnica dos entregadores de aplicativo – 2019

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor e o estudante

São Paulo: quilômetros pedalados fazendo entregas – 2019

Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO SETOR DE BICICLETAS. Pesquisa de perfil dos entregadores ciclistas de aplicativo. São Paulo: Aliança Bike, 2019. Disponível em: https://aliancabike.org.br/wp-content/uploads/2020/04/relatorio_s2.pdf. Acesso em: 25 nov. 2021.

2 Você já utilizou serviços a partir de aplicativos ou conhece algum trabalhador que utiliza essas plataformas? Compartilhe suas impressões e vivências com seus colegas.

Resposta pessoal. Incentivar os alunos a compartilharem suas experiências em relação ao tema.

3 No seu entendimento, quais atores envolvidos no sistema da “uberização” do trabalho são beneficiados e quais são prejudicados? Justifique sua resposta.

Resposta pessoal. Consultar comentários em Orientações didáticas.

apresentados no Livro do Estudante, é possível incentivar a turma a trazer outros exemplos de trabalho no contexto da uberização.

Nas atividades 3 e 4, os estudantes trarão suas vivências em relação ao tema. Na atividade 4, espera-se que os estudantes respondam que as empresas que administram as plataformas e os clientes saem ganhando, e que os trabalhadores são os principais prejudicados. As empresas lucram recolhendo um percentual sobre cada ser-

viço realizado pelos trabalhadores, sem despesas com encargos trabalhistas. Os clientes pagam baixos preços pelos serviços prestados às custas da exploração da mão de obra e da ausência de garantia dos direitos dos trabalhadores. Estes se sujeitam a condições precárias de trabalho para poder compor renda, muitas vezes pagando para exercer sua atividade profissional.

• VOCÊ já ouviu falar em economia colaborativa? Agência de Notícias da Indústria, Brasília, DF, 26 maio 2021. Disponível em: https://noticias.portaldaindus tria.com.br/noticias/economia/ voce-ja-ouviu-falar-de-economia -colaborativa/. Acesso em: 9 ago. 2022.

Arte, os gráficos a seguir deverão ser compostos de maneira integrada, compondo uma infografia. É possível “decorar” o info gráfico com vetores simples, que representem entregadores de aplicativo, de bicicleta e característica mochila térmica quadrada, o que ficar melhor para compor a página. No topo do infográfico, compor o texto:

Para o professor

• VOCÊ não estava aqui. Direção: Ken Loach. Bélgica; França; Reino Unido: Entertainment One, 2019. DVD (101 min).

O filme conta a história de um motorista de aplicativo autônomo, destacando as dificuldades do trabalho e os impactos sobre a vida pessoal e familiar dele.

Não Sim 0 20 40 60 80 100 Comprou a bicicleta Consertou a bicicleta Comprou um celular Trocou o plano da da internet Comprou mochila térmica Fez algum outro grande investimento 69 31 73 27 70 30 41 59 33 67 84 16 SONIA VAZ negros brasileiros 71% 99% EDITORIA DE ARTE 0 5 10 15 20 25 30 entre10e20kmentre20e30kmentre30e40kmentre40e50kmmaisde50kmsemresposta 1 6 19 19 11 14 30 até10km (%) SONIA VAZ 45
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• São trabalhadas nesta seção as seguintes habilidades: EF09GE01, EF09GE02, EF09GE05, EF09GE06, EF09GE10, EF09GE11, EF09GE12, EF09GE013 e EF09GE18

ATIVIDADES

Todas as respostas das atividades desta seção estão no MPU, com orientações e encaminhamentos.

Objetivos das atividades:

• Compreender a globalização como resultado da expansão do sistema capitalista e do desenvolvimento das técnicas na sociedade. [Atividades 1, 9 e 10]

• Compreender que a globalização se relaciona a aspectos econômicos, culturais e espaciais, analisando agentes e processos de ocorrência espacial. [Atividades 3 e 21]

• Entender a mundialização como uma das características do processo de globalização. [Atividades 1, 2 e 3].

• Associar a divisão do mundo em Ocidente e Oriente com o Sistema Colonial implantado pelos Europeus no século XVI. [Atividades 4 e 5]

• Reconhecer o papel do avanço tecnológico dos meios de comunicação e de transporte na aproximação de lugares e pessoas.

[Atividade 6]

• Conhecer as principais características das revoluções industriais.

[Atividades 9 e 10].

• Reconhecer os efeitos da globalização e do desenvolvimento da tecnologia no espaço geográfico.

[Atividades 7, 12, 16, 17, 18 e 19]

• Caracterizar a Divisão Internacional do Trabalho [DIT] imposta pela Revolução Industrial. [Atividade 8]

• Compreender o processo de internacionalização e fragmentação da produção originado com a Terceira Revolução Industrial. [Atividade 10]

• Identificar as fases do capitalismo e relacioná-las às etapas de expansão e produção de bens e serviços.

[Atividades 10 e 11]

• Entender as mudanças tecnológicas relacionadas ao advento da Quarta Revolução Industrial e as transformações decorrentes dela no mundo do trabalho. [Atividades 12, 16, 17, 19 e 22 ].

• Perceber a intensificação dos fluxos de capitais, pessoas, mercadorias,

1 Alguns estudiosos consideram as Grandes Navegações como um marco da expansão do capitalismo e do início do processo de globalização. Por quê? Argumente.

2 Diferencie os conceitos de globalização e mundialização.

3 Leia o texto a seguir e faça o que se pede.

Imagine uma grande empresa multinacional com sede nos Estados Unidos, fabricante de bebidas, entre as quais se destaca um refrigerante consumido por milhares de pessoas no mundo. Sua marca pode ser vista em propagandas e eventos em muitos lugares. Com fábricas em mais de 150 países, os preços de suas ações, vendidas nas bolsas de valores, podem variar de acordo com diversos fatores, como uma crise econômica, uma queda no consumo dessas bebidas, um desastre ambiental envolvendo a empresa, entre outros.

a) Identifique no texto aspectos relacionados aos processos de globalização e mundialização.

b) Dê outros exemplos relacionados aos processos de globalização e mundialização.

4 Sobre o Oriente e o Ocidente, copie em seu caderno as frases corretas.

• A expansão do sistema capitalista resultou na substituição dos valores ocidentais por valores de povos dominados pelos europeus em diversas regiões do mundo.

• No contexto das Grandes Navegações, o Ocidente correspondia aos países da Europa Ocidental que dominaram o sistema colonial.

• No contexto da Guerra Fria, o Ocidente era constituído pelo mundo capitalista, tendo os Estados Unidos como principal representante.

5 Analise o mapa 2 da página 19. Considerando os aspectos políticos e culturais, podemos dizer que as áreas coloridas do mapa fazem parte do mundo Ocidental? Justifique sua resposta.

6 Identifique os principais avanços tecnológicos que caracterizam o momento atual da globalização e explique o papel dessas tecnologias nesse processo.

informações e serviços com o processo de globalização. [Atividade 13]

• Compreender a importância da agropecuária e os interesses envolvidos nessa atividade no mundo atual, percebendo a sobreposição dos interesses econômicos aos interesses da população. [Atividade 14]

• Entender a importância das fontes de energia no desenvolvimento das atividades humanas, reconhecendo as principais fontes utilizadas no mundo atual, bem como os desafios relacionados a

essa questão. [Atividades 15 e 23]

• Reconhecer que as transformações na produção industrial provocaram mudanças nos tipos de trabalho e na aplicação de novas técnicas e tecnologias na produção de mercadorias. [Atividades 16, 17, 18 e 19]

• Reconhecer a importância do acesso à informação e aos meios de comunicação modernos para mobilização social e melhoria de condições de vida. [Atividades 18 e 19]

• Compreender os conceitos e diferenciar desemprego estrutural de trabalho informal. [Atividade 20].

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NÃO ESCREVA NO LIVRO.
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Elaborado pelos autores.

7 As inovações tecnológicas aceleraram o processo de expansão capitalista, provocando profundas transformações no espaço geográfico. O conjunto dessas inovações ficou conhecido como Revolução Industrial.

• No caderno, copie e complete o quadro sobre as revoluções industriais (RIs).

Primeira RI Segunda RI Terceira RI

4. No contexto das Grandes Navegações, o Ocidente correspondia aos países da Europa Ocidental que dominaram o sistema colonial. No contexto da Guerra Fria, o Ocidente era constituído pelo mundo capitalista, tendo os Estados Unidos como principal representante.

Ocorre a partir de que fato histórico?

Faz parte de que etapa do capitalismo?

Qual é a principal fonte de energia empregada?

Como se caracteriza a DIT?

Quais foram as principais inovações?

8 Caracterize a Divisão Internacional do Trabalho (DIT) durante a Primeira Revolução Industrial.

9 Comente como a Terceira Revolução Industrial modificou o espaço geográfico.

10 Explique o processo de internacionalização e fragmentação da produção. Cite um exemplo de como essa prática se manifesta no espaço geográfico.

11 Sobre as fases do capitalismo, relacione as colunas anotando em seu caderno a sequência correta em que as letras aparecem.

( A ) Capitalismo comercial. ( ) Segunda Revolução Industrial.

( B ) Capitalismo industrial. ( ) Grandes Navegações.

( C ) Capitalismo financeiro. ( ) Terceira Revolução Industrial.

( D ) Capitalismo informacional. ( ) Primeira Revolução industrial.

12 Nos últimos anos, uma série de novas tecnologias tem começado a fazer parte da vida, do trabalho e das relações entre as pessoas. Para alguns teóricos, essas transformações já significam o início de uma nova revolução industrial. Explique algumas mudanças esperadas nos processos produtivos para a chamada “Quarta Revolução Industrial”.

13 Além do fluxo de mercadorias, que outros fluxos se intensificaram com a globalização? Esses fluxos ocorrem de forma homogênea no mundo? Explique.

14 Empresas privadas e estatais se apropriam de vastas terras produtivas em todos os continentes. Faça o que se pede.

a) Explique como funciona esse processo.

b) Na atualidade, existe uma verdadeira “corrida” para a aquisição de terras. Pesquise as razões para esse fenômeno.

c) Quais são os continentes mais visados pelos investidores estrangeiros? Por quê?

1. As Grandes Navegações possibilitaram a incorporação de novas terras (América) e novos mercados (África e Ásia), interferindo na integração do espaço geográfico mundial e possibilitando a expansão do capitalismo e o início da globalização.

2. A globalização está relacionada à maior integração do espaço geográfico mundial, envolvendo questões políticas, econômicas e culturais. A mundialização está associada às

questões econômicas e em como o mercado e o capital se desenvolvem nesse processo.

3. a) O consumo mundial da bebida é um aspecto da globalização. A presença de filiais em mais de 150 países e a dependência do valor das ações da empresa de fatores como crises econômicas, redução ou aumento de consumo, entre outros, como um aspecto da mundialização. b) Verificar os exemplos dados pelos estudantes relacionados aos dois processos.

5. No contexto das Grandes Navegações, partes dos territórios da América e da África ocupados pelos colonizadores, ainda que situados a oeste de Greenwich, não eram considerados como parte do mundo ocidental, pois não partilhavam valores, hábitos culturais nem formas de organização econômica e política da Europa, sendo, dessa forma, considerados pelos colonizadores como povos inferiores.

6. Os avanços nos meios de transportes, comunicação e informática estimularam o aumento dos fluxos de informações, pessoas, mercadorias, serviços e capitais e a integração mundial.

7. Primeira R.I.: Segunda metade do século XVIII/Capitalismo industrial/Carvão mineral/Colônias e/ou países em desenvolvimento fornecem matérias-primas e produtos primários; metrópoles e/ou países desenvolvidos transformam matéria-prima em produtos industrializados/Máquina a vapor, tear mecânico e locomotiva.

• Segunda R.I.: Segunda metade do século XIX/Capitalismo financeiro/Petróleo, minério de ferro, aço/Países em desenvolvimento fornecem produtos industrializados e matérias-primas; países desenvolvidos fornecem produtos industrializados, alta tecnologia e investimentos/Linha de montagem, multinacionais.

• Terceira R.I.: Últimas décadas do século XX/Capitalismo informacional/Países subdesenvolvidos fornecem produtos industrializados e matérias-primas; países desenvolvidos fornecem

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produtos industrializados, alta tecnologia e investimentos/Integração entre ciência, tecnologia e indústria associadas ao desenvolvimento da informática, das telecomunicações e da biotecnologia.

8. Os países industrializados passaram a controlar a economia mundial, e os demais países se tornaram fornecedores de matérias-primas e consumidores de produtos industrializados.

9. A ciência, a tecnologia e a informação constituem a base atual da vida em sociedade. Cada vez mais aparecem elementos como antenas de satélite e telefonia celular, redes de eletricidade, cabos de fibra óptica, entre outros.

10. As multinacionais se utilizam de suas filiais espalhadas pelo mundo, ou de parcerias em busca de menores custos e maiores lucros. No caso de uma montadora de automóveis, em alguns lugares do mundo há somente produção de peças enquanto em outros ocorre a montagem dos automóveis.

11. Ordem das respostas: C – A –D – B.

12. Mudanças no processo produtivo, mais participação de robôs, inteligência artificial e conexão de equipamentos e das etapas da produção e distribuição ao controle digital.

13. Os fluxos de pessoas, capitais, informações e serviços. Esses fluxos não ocorrem de maneira homogênea pelo mundo, favorecendo, muitas vezes, países, empresas e pessoas com maior poder aquisitivo.

14. a) O processo envolve a aquisição de terras agricultáveis de países em desenvolvimento por países que não contam com recursos agropecuários suficientes para atender às suas demandas alimentares e de outros recursos. As terras adquiridas são usadas, geralmente, para o cultivo de alimentos e

15 Analise as imagens para fazer as atividades.

a) Identifique as fontes de energia representadas pelas imagens 1 e 2.

b) Classifique as fontes de energia representadas em renováveis e não renováveis.

c) Além do petróleo, quais as outras duas fontes de energia mais usadas no mundo? Elas estão associadas a quais problemas ambientais?

d) Qual a importância de se investir em produção de energia como a retratada na imagem 2?

16 As transformações na produção industrial trouxeram mudanças no trabalho nas cidades e no campo? De que maneira isso aconteceu? Comente.

17 Por que a utilização de robôs e máquinas modernas nas indústrias pode gerar o desemprego?

18 Analise as fotografias em diferentes lugares no campo brasileiro. Depois, responda à atividade.

• O uso de máquinas modernas no campo é igual para todos os produtores rurais? Por que isso acontece?

produtos voltados à exportação.

b) As transnacionais reconhecem a agropecuária como atividade economicamente lucrativa e estratégica.

c) África, América e Ásia, pois têm maior superfície de terras próprias para cultivo.

15. a) 1 – Petróleo; 2 – Energia eólica. b) 1 – Não renováveis; 2 – Renováveis. c) Carvão mineral e gás natural. Risco de esgotamento das reservas, intensificação de problemas ambien-

tais como a emissão de gases do efeito estufa (GEEs) que, de acordo com grande parte da comunidade científica, contribuem para o aquecimento global. d) Reduzir a dependência em relação às fontes não renováveis que, entre outros problemas, aumentam o aquecimento global.

16. As mudanças foram várias, principalmente com o uso das máquinas e novas tecnologias, que substituíram boa parte dos trabalhado-

ROY HINCHLIFFE/SHUTTERSTOCK.COM
DARIA ROMANOVSKA/SHUTTERSTOCK.COM
1 1 2 2
Trabalhador rural com arado de tração animal, em Abadiânia (GO), 2021. Trabalhador rural com arado de tração mecânica, em Herculândia (SP), 2019.
ANDRE DIB/PULSAR IMAGENS ALF RIBEIRO/PULSAR IMAGENS
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Foto em Baku, Azerbaijão, 2021. Foto na Inglaterra em 2022.
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19 É possível uma modernização da produção industrial e agrícola sem prejuízo aos trabalhadores?

20 Caracterize o desemprego estrutural e o trabalho informal.

21 Apresente as principais características das cidades globais e explique o papel que exercem no contexto atual. Depois, consulte o mapa da página 29 e cite quatro cidades globais.

22 Leia o trecho da notícia e responda às questões.

[...] O especialista afirma que há empresas brasileiras que estão se modernizando em direção a essas tecnologias. Mas são ainda ilhas de excelência tecnológica no sistema industrial brasileiro e não refletem a média das empresas do país, que, na verdade, ainda não incorporaram tecnologias da 3a Revolução Industrial, ou seja, utilizam pouca automação e pouca informática. Mas a pandemia forçou algumas empresas a avançar para a transição.

INDÚSTRIA 4.0: Brasil está muito atrasado e leva muito pouco a sério esse debate, diz especialista. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 10 ago. 2021. Disponível em: https://www.jb.com.br/economia/2021/08/1032075-industria-4-0-brasil-estamuito-atrasado-e-leva-muito-pouco-a-serio-esse-debate-diz-especialista.html. Acesso em: 10 ago. 2022.

a) Na opinião do especialista entrevistado, qual é a situação do Brasil em relação à Indústria 4.0?

b) No seu entendimento, a opinião do especialista está de acordo com os aspectos que você estudou nessa unidade? Justifique sua resposta.

23 Leia o trecho a seguir e faça o que se pede.

Brasil gera 45% de energia renovável e lidera transição energética no Brics

Estudo destaca progresso na matriz energética brasileira com o uso de fontes renováveis e potencial para cooperação bilateral

BRASIL gera 45% de energia renovável e lidera transição energética no Brics. Ipea, Brasília, DF, 3 ago 2021. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/portal/index. php?option=com_content&view=article&id=38330. Acesso em: 10 ago. 2022.

• Explique o que significa matriz energética e indique uma razão para a participação importante de fontes de energias renováveis na matriz brasileira. D2-GEO-F2-2106-V9-U1-012-049-LA-G24

res nas cidades e no campo e foram responsáveis por mudanças nos tipos de trabalho e na produção de mercadorias.

17. Robôs e máquinas podem trabalhar 24 horas por dia, no escuro e em ambientes inóspitos, como sob altas temperaturas ou a grandes profundidades, sem receber salário nem tirar férias, entre outros motivos.

18. As mudanças na produção do campo não ocorreram de forma igual para todos os agri-

cultores. Embora tenham ocorrido avanços nas últimas décadas, ainda há necessidade de políticas públicas para apoiar os pequenos agricultores e maior participação do governo para reduzir as desigualdades no acesso às tecnologias no campo brasileiro.

19. É necessária a formação técnica do trabalhador para que que possa comandar ou manusear com segurança máquinas e equipamentos mais modernos

20. Desemprego estrutural é o fechamento definitivo de vagas de emprego por causa de mudanças nas atividades produtivas, e trabalho informal é o trabalho não regulamentado, ou seja, o trabalhador não tem os direitos garantidos por lei.

21. As cidades globais são articuladoras dos fluxos de capitais, pessoas, mercadorias e informações, centros de comando do sistema capitalista que concentram redes de informação e de transporte, abrigam as sedes das maiores empresas multinacionais e recebem grandes fluxos de investimentos. Em geral, apresentam infraestrutura urbana moderna, grande variedade de serviços e são centros de produção e difusão de informações. Exemplos de cidades globais: Nova York, Londres, Paris, Amsterdã.

22. a) O especialista afirma que o Brasil está atrasado em relação a outros países, e que ainda não começou realmente a debater essa transição. São poucas as empresas que estão se modernizando, enquanto a média das empresas ainda utiliza pouca automação e informática. b) Espera-se que os estudantes respondam afirmativamente, pois a maior parte das indústrias ainda segue modelos produtivos da Segunda e da Terceira Revoluções Industriais.

23. A matriz energética se refere aos recursos energéticos disponíveis para geração de energia. O Brasil tem bons índices de geração de energia a partir de matrizes renováveis, graças, entre outras razões, às características naturais de seu território, como rios volumosos e grandes extensões de relevo planáltico; também é possível citar o investimento do país em energia eólica.

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BNCC NA UNIDADE

Competências

Gerais: 1, 2, 3, 4, 7, 9 e 10

Ciências Humanas: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7

Geografia: 1, 3, 4, 5, 6 e 7

Habilidades

Geografia: • EF09GE02

• EF09GE05

• EF09GE15

• EF09GE09

Arte: • EF69AR05

• EF69AR35

• EF09GE03

• EF09GE14

• EF69AR31

Abertura da Unidade

BNCC

• EF09GE05 com foco em analisar fatos e situações para compreender a integração mundial (econômica, política e cultural) no contexto da globalização.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Para introduzir o assunto que será trabalhado, solicitar aos estudantes que leiam o título da Unidade. Em seguida, perguntar a eles: quais são os desafios que a globalização apresenta à humanidade no século XXI? Incentivar os estudantes para que se expressem livremente, a fim de identificar os conhecimentos prévios a respeito do assunto, destacando os aspectos positivos e negativos da globalização.

Após a leitura coletiva do texto de apresentação, explorar a imagem, que apresenta as ruas vazias da cidade, no início da pandemia de covid-19. Chamar a atenção dos estudantes para o fato de que a quarentena declarada em muitos países, com o objetivo de diminuir a velocidade de propagação do vírus, não pôde ser realizada em diversas localidades por causa da inadequação das moradias, da falta de acesso ao saneamento básico, das relações precárias de trabalho, que forçaram mi -

2ÇÃO E DESAFIOS NO SÉCULO XXI

A globalização, definida como um processo de integração econômica, social, política e cultural, deveria promover o bem-estar de toda a população mundial.

A ampliação dessas integrações traz desafios, como o aprofundamento das desigualdades, a gestão dos recursos energéticos, da questão climática e da saúde, com o aumento das pandemias.

Nesta Unidade, serão estudadas as principais contradições relacionadas ao processo de globalização e como a sociedade se organiza para enfrentar os desafios atuais.

de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a covid-19 como uma pandemia. O painel na cidade de Manchester, Reino Unido, pede para as pessoas ficarem em casa, evitando a propagação do vírus e salvando vidas. Foto de 2020.

lhões de pessoas a seguir trabalhando, entre outros fatores.

Destacar que a possibilidade de praticar ou não o distanciamento social, nesse contexto, é uma das facetas das desigualdades ampliadas pelo processo de globalização. Caso julgar adequado, solicitar aos estudantes que narrem as experiências vividas nos primeiros meses da pandemia, levando em conta essas disparidades nas escalas local e regional.

Na atividade 1 , espera-se que os estudantes citem o intenso fluxo de mercadorias e pessoas, estimulado pelas inovações nos transportes. Atualmente, o número de viajantes é muito maior do que no início do século XX, por exemplo. Além disso, muitas pessoas realizam longos deslocamentos, várias vezes ao ano, sem contar os deslocamentos diários nos grandes centros urbanos.

Em março
UNIDADE GLOBALIZA-
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Na atividade 2, solicitar, em um primeiro momento, que os estudantes apresentem suas hipóteses. Depois, pedir que realizem a pesquisa de imagens ou notícias, corroborando as hipóteses levantadas, garantindo um momento de troca das informações pesquisadas. Espera-se que os estudantes indiquem que as desigualdades socioespaciais ocorrem em todas as partes do globo.

Analise a imagem de abertura da Unidade e, depois, converse com os colegas e o professor sobre as questões a seguir.

1 No seu entendimento, por que há maior possibilidade de as doenças contagiosas se espalharem mais rapidamente pelo planeta no contexto do mundo globalizado?

2 É correto afirmar que as desigualdades socioeconômicas ocorrem apenas em países em desenvolvimento e emergentes? Justifique sua resposta com exemplos extraídos de fotografias, notícias e experiências que você ou pessoas conhecidas viveram.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR

Pandemia e desigualdade

Organizar a turma em pequenos grupos e solicitar que realizem uma pesquisa de imagens que mostrem as desigualdades socioeconômicas evidenciadas no contexto da pandemia de covid-19. Essas imagens poderão ser organizadas em cartazes impressos ou em arquivos digitais.

Quando os grupos tiverem finalizado a seleção e organização das imagens para apresentar à turma, solicitar que apontem os elementos que mais chamaram a atenção deles em cada imagem escolhida. Se possível, afixar os cartazes ou registrar as apresentações em formato digital, para que possam ser retomadas no decorrer do estudo da unidade.

Consultar respostas em Orientações didáticas.
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MATTHEW WALKER/ALAMY/FOTOARENA
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• Atende-se à habilidade EF09GE05 com foco em analisar fatos e situações para compreender a integração mundial (econômica, política e cultural) a partir das redes de transportes.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• Solicitar aos estudantes que observem as imagens e destacar que os meios de transporte e comunicação evoluíram muito ao longo da história. Na sequência, encaminhar as atividades que permitem o desenvolvimento do tema contemporâneo transversal Ciência e Tecnologia

Na atividade 1, as caravelas datam do período das Grandes Navegações (séculos XV e XVI), assim como a prensa de Gutenberg (século XV). As locomotivas a vapor e o telégrafo surgiram nas primeiras décadas do século XIX, os aviões no início do século XX e os smartphones no início do século XXI. Se necessário, retomar aspectos sobre as revoluções industriais e as fases de desenvolvimento do capitalismo estudados na Unidade 1 deste volume.

Na atividade 2, espera-se que os estudantes associem a evolução dos meios de transporte e comunicação ao surgimento de novas tecnologias e à necessidade cada vez maior da realização de trocas de mercadorias e informações, que foram se aprofundando nas diversas etapas da consolidação do capitalismo como sistema econômico predominante no cenário mundial.

Na página 53, é importante promover uma análise conjunta da ilustração “Encolhimento do mundo” e dos gráficos que trazem informações sobre a distribuição das principais redes de transporte, para que os estudantes possam verificar a concentração de infraestruturas de transporte em determinadas regiões do planeta.

1 COMUNICAÇÕES, TRANSPORTES E FLUXOS

As legendas das imagens foram omitidas por motivos didáticos.

Analise as imagens.

Responda às questões em seu caderno.

Auxiliar os estudantes na elaboração das respostas.

1 Em que período surgiu cada um dos meios de transporte e de comunicação representados nas imagens?

Consultar comentários em Orientações didáticas.

2 Explique alguns fatores relacionados à evolução dos meios de transporte e de comunicação.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

Desde o aperfeiçoamento das caravelas, houve muitas invenções que promoveram avanços nos transportes e nas comunicações, contribuindo para a integração do espaço geográfico mundial. A maior parte dessas invenções, como a locomotiva, o telégrafo e o automóvel, surgiu entre a Primeira Revolução Industrial e as primeiras décadas do século XX. Atualmente, os meios de comunicação e de transporte continuam sendo aprimorados para garantir o crescente fluxo de mercadorias, pessoas e informações.

Transportes

As caravelas foram a grande inovação tecnológica e o principal meio de transporte utilizado durante o capitalismo comercial no período das Grandes Navegações (séculos XV e XVI). Comparadas aos meios de transporte atuais, elas eram barcos precários e lentos; viajavam a uma velocidade média de 16 quilômetros por hora (km/h) e eram pouco seguras.

A evolução dos meios de transporte proporcionou aumento da velocidade dos deslocamentos. No período das Grandes Navegações eram necessários alguns meses para realizar o trajeto entre Europa e América do Sul. Atualmente, bastam apenas algumas horas para realizar esse mesmo trajeto, de avião.

Na atividade 3, no item a espera-se que os estudantes indiquem que a Europa possui redes de transporte densas e consolidadas em virtude do longo processo de ocupação do território e de rotas comerciais estabelecidas há milênios. Além disso, Europa e América do Norte (com destaque para os Estados Unidos) lideraram a Primeira Revolução Industrial, tendo sido as primeiras regiões do planeta a desenvolver a locomotiva e, com ela, as redes ferroviárias. No item b, espera-se que os estudantes mencionem que outras

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regiões do mundo, como África, América do Sul e porções da Ásia, que tiveram industrialização tardia, a rede de transportes foi se constituindo lentamente e de forma irregular, integrando principalmente as regiões litorâneas (portos) às principais áreas industriais, agrícolas e extrativas. No item c, espera-se que os estudantes indiquem que as redes de transporte permitem os fluxos de mercadorias e pessoas, favorecendo uma integração mais eficiente entre os países e dentro de regiões de um mesmo país.

BNCC
IMYANIS/SHUTTERSTOCK.COM KARASEV VIKTOR/ SHUTTERSTOCK.COM EVERETT
PHOTO
BRIDGEMAN/FOTOARENA DE AGOSTINI/GETTY IMAGES DEAGOSTINI/GETTY IMAGES 52
COLLECTION/AGB
LIBRARY
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Principais portos mundiais em transporte de cargas – 2020

Analise a ilustração que mostra o ganho de tempo nos deslocamentos graças às inovações tecnológicas aplicadas aos meios de transporte.

Encolhimento do mundo*

220-221.

Mundo: densidade da rede rodoviária (km de estradas a cada mil km2) – 2021

Modais: tipos, categorias.

A evolução do sistema de transportes mundial tem acompanhado as mudanças na sociedade e na economia. Atualmente, os diferentes modais de transporte integram uma rede global que cobre quase toda a superfície terrestre, ainda que de forma irregular. Analise os gráficos.

Mundo: densidade da rede ferroviária (km de ferrovias a cada mil km2) – 2021

Posição Porto Tráfico de contêineres (em TEU*)

1 Xangai (China) 43 500

2 Cingapura (Cingapura) 36 800

3 NingboZhoushan (China) 28 700

4 Shenzen (China) 26 550

5 Guangzhou (China) 23 505

6 Qingdao (China) 22 010

7 Busan (Coreia do Sul) 21 824

8 Tianjin (China) 18 353

9 Hong Kong (China) 17 953

Mundo: tráfego aéreo (percentual do total mundial de passageiros transportados) – 2021

10 Rotterdam (Holanda) 14 349

45 Santos (Brasil) 4 232

3 Responda em seu caderno.

a) Por que a Europa e a América do Norte têm posições de destaque no que se refere à rede de transportes mundial? Consultar comentários em Orientações didáticas.

b) Como é a situação do restante do mundo? Consultar comentários em Orientações didáticas.

c) No seu entendimento, em que medida uma rede de transportes densa e em bom estado de conservação favorece a participação mais efetiva de um país no fluxo global de mercadorias? Consultar comentários em Orientações didáticas.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR

Os principais portos

Para abordar o papel dos portos e do transporte marítimo nos fluxos mundiais de mercadorias no contexto do mundo global, é indicado a seguir um quadro com os 11 principais portos mundiais em transporte de cargas. Cabe destacar que, entre os 100 maiores portos da lista, aparece apenas um porto brasileiro, o de Santos.

Solicitar aos estudantes que, sobre um planisfério mudo, indiquem esses portos, verificando a distribuição espacial deles.

É possível trabalhar com informações da rede portuária brasileira e saber como ela nos conecta ao comércio internacional. O site da Antaq, indicado na seção Ampliando horizontes, pode oferecer informações para a realização desta análise.

*TEU: Unidade Equivalente a Vinte Pés. Unidade de medida de capacidade de carga usada para descrever um contêiner. Estima-se que a capacidade máxima de um contêiner (1 TEU) é de aproximadamente 21,6 toneladas, descontando seu próprio peso. Elaborado com base em: ONE HUNDRED ports 2021. Lloyd‘s List. [Londres], 2021. Disponível em: https://lloydslist.maritimein telligence.informa.com/-/media/lloyds-list/ images/top-100-ports-2021/top-100-ports2021-digital-edition.pdf. Acesso em: 9 ago. 2022.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor

• AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS (ANTAQ). Brasília, DF, [20--]. Site. Disponível em: https://www.gov.br/ antaq/pt-br. Acesso em: 9 ago. 2022.

O site traz informações sobre os principais portos brasileiros.

112 140 80 432 357 335 Europa Ásia África América do Norte América do Sul Oceania 3 6 2 36 29 24 Europa Ásia África América do Norte América do Sul Oceania FJF VETORIZAÇÃO 2 4 4 9 15 16 Europa Ásia África América do Norte América do Sul Oceania 1500 a 1840 1850 a 1930 Anos 1950 Anos 1960 Velocidade das carruagens e dos barcos a vela: 16 km/h Velocidade das locomotivas a vapor: 100 km/h; barcos a vapor: 57 km/h
de passageiros: 480 a 640 km/h
de passageiros: 800 a 1 110 km/h * Os mapas não entraram com as convenções cartográficas, pois se trata de uma ilustração. ALLMAPS
Jatos
Jatos
Fonte: HARVEY, David. A condição pós-moderna São Paulo: Loyola, 1992. p. Fonte dos gráficos: ISTITUTO GEOGRAFICO DE AGOSTINI. Atlante geografico metodico De Agostini. Novara: Istituto Geografico de Agostini, 2021. p. E70-E71. Auxiliar os estudantes na elaboração das respostas. FJF VETORIZAÇÃO
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FJF VETORIZAÇÃO
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• A habilidade EF09GE05 é contemplada com foco em analisar fatos e situações para compreender a integração mundial (econômica, política e cultural) a partir das redes de comunicação e dos fluxos.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Para os estudantes de hoje, nativos digitais, a impressão do encurtamento das distâncias e a aproximação dos lugares não é tão evidente quanto para quem nasceu na era analógica. Como eles nasceram inseridos nesse contexto tecnológico, essa noção precisa ser exemplificada. Indicamos a seguir alguns dados que podem ser comentados com a turma para que compreendam esse “encolhimento do mundo” e que permitem dar continuidade ao trabalho com o tema contemporâneo transversal Ciências e Tecnologia:

• Um avião, na década de 1920, atingia uma velocidade média de cruzeiro de 160 km/h. Em 1934, essa velocidade variava entre 225 e 320 km/h. Hoje, a velocidade é de 890 km/h em média.

• O telefone foi inventado em 1876; antes disso, a comunicação a distância era feita apenas por carta. O primeiro telefone celular é de 1973, mas somente na década de 1990 é que se tornou popular.

Conversar com os estudantes sobre os meios de comunicação em massa e a importância da televisão e da internet nesse contexto de ampliação dos fluxos de comunicação, destacando a evolução das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), representada no gráfico da página 54, e ressaltando a distribuição desigual dessa tecnologia pelo globo, que segue o padrão de concentração nos países desenvolvidos e de crescimento nos países em desenvolvimento.

Comunicações

A partir do século XIX, a popularização dos jornais e o surgimento do rádio e do cinema levaram informações e entretenimento em larga escala para a população, a chamada comunicação em massa. A invenção do telefone iniciou a comunicação instantânea a longas distâncias.

No século XX, duas invenções representaram um salto na comunicação e no acesso às informações: a televisão e a internet.

A televisão ampliou o acesso à informação e continua sendo um dos principais meios de comunicação em massa. De acordo com estudo do IBGE, de 2019, sobre “Tecnologia da Informação e Comunicação” (TIC), 96,3% dos domicílios brasileiros tinham pelo menos uma televisão.

Nos anos 1990, a popularização da internet revolucionou as comunicações: passamos a receber notícias em tempo real, conversamos por vídeo utilizando celulares, consumimos músicas, filmes e séries lançadas simultaneamente no mundo todo por meio de grandes plataformas digitais. Analise o gráfico.

Mundo: evolução do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs*) – 2005-2021

Fontes: ISTITUTO GEOGRAFICO DE AGOSTINI. Atlante geografico metodico De Agostini. Novara: Istituto Geografico de Agostini, 2021. p. E72.

International Telecommunication Union (ITU). Regional Global Key ICT Indicator Aggregates. [S. l.], [2022]. Planilha de dados. Disponível em: https://www.itu.int/en/ITU-D/Statistics/Pages/stat/default.aspx e https://www.itu.int/en/ITU-D/Statistics/ Documents/facts/ITU_regional_global_Key_ICT_indicator_aggregates_rev1_Jan_2022.xlsx. Acessos em 20 jul. 2022.

*TICs: conjunto de tecnologias usadas para criar, armazenar, processar e utilizar informações de diferentes tipos (dados, voz, som, imagem, multimídia) com o objetivo de facilitar e apoiar a comunicação.

Apesar do número crescente de usuários de internet, seu alcance pelo mundo não é uniforme. A maioria dos usuários é do sexo masculino (62% do total) e vive em países desenvolvidos, onde a velocidade da conexão é mais rápida.

Essas disparidades podem ser explicadas pelas características da infraestrutura de comunicação, pelo custo do acesso e por questões culturais e políticas, entre outras.

1 Enquanto algumas TICs estão se tornando mais populares e presentes no cotidiano de muitas pessoas, outras tecnologias vêm diminuindo sua relevância junto a alguns grupos sociais. Escreva no caderno um parágrafo sobre as tendências mundiais de algumas TICs. Consultar comentários em Orientações didáticas.

Nesse contexto, cabe destacar os fatores que contribuem para essa disparidade e que não estão restritos apenas a aspectos econômicos, mas também culturais e políticos. Comentar que em países onde há regimes políticos ditatoriais ou culturalmente fechados, há bastante censura no acesso à internet, como ocorre na Síria, em Cuba, na China, na Rússia, na Coreia do Norte, no Irã e no Vietnã, entre outros países. Essa censura é feita através do bloqueio de determina-

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dos sites e redes sociais e, em algumas situações, com a interrupção do acesso ao sinal que permite a conexão com a internet.

A discussão sobre meios de comunicação e censura pode ser bastante interessante no contexto da manutenção e do fortalecimento da democracia no mundo. Nesse sentido, é indicado na seção Ampliando horizontes o link para o Ranking Mundial de Liberdade de Imprensa de 2021, elaborado pela ONG Repórteres sem Fronteiras.

BNCC 2005 2006 2007 Assinaturas de celular 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 1 2 3 4 5 6 7 8 9 (bilhões) Ano Assinaturas de telefone fixo Usuários de internet Assinaturas de banda larga celular Assinaturas de banda larga fixa SONIA VAZ
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54

Fluxos mundiais

A intensidade crescente nos fluxos de pessoas, informações, mercadorias e capitais foi possível graças às inovações tecnológicas que influenciaram a percepção do espaço-tempo, a expansão do sistema capitalista e a formação de uma economia global.

O aumento dos fluxos de mercadorias é uma das marcas do capitalismo contemporâneo e do processo de globalização. O fato de o mundo estar interligado por redes de transportes e comunicações contribuiu para a ampliação das relações comerciais entre os países.

Os fluxos financeiros também se intensificaram, com a ampliação dos investimentos em bolsas de valores e das transações bancárias e comerciais on-line. Analise o mapa.

Mundo: fluxo de mercadorias (bilhões de dólares) – 2021

tes indiquem uma tendência de grande crescimento no número de usuários de telefones celulares e de assinaturas de pacotes de banda larga para celular. O número de usuários de internet também acompanhou a tendência. Por outro lado, foi observada queda no que se refere às assinaturas de telefonia fixa e crescimento mais tímido das assinaturas de banda larga fixa. Esses dados indicam que os usuários de internet têm privilegiado o acesso utilizando dispositivos móveis, como celulares, tablets e laptops

Na atividade 3, entre América Anglo-Saxônica e Ásia e Pacífico; entre Ásia e Pacífico e Europa; entre Europa e América Anglo-Saxônica. Essas regiões contam com melhor infraestrutura e acesso a redes de comunicação e de transporte.

Balança comercial Diferença entre o valor das exportações e importações (em milhões de dólares – 2017) Saldo ativo Saldo a pagar

Mais de 100 000

50 000 De 5 000 a 10 000 De 1 000 a 5 000

De 0 a 1 000

Dados não disponíveis

Apenas as trocas superiores a 20 bilhões de dólares aparecem no mapa.

Fonte: ISTITUTO GEOGRAFICO DE AGOSTINI. Atlante geografico metodico De Agostini. Novara: Istituto Geografico de Agostini, 2021. p. E66-E67.

Responda às questões em seu caderno.

De 0 a -1 000

De -1 000 a -5 000

De -5 000 a -10 000

De -10 000 a -50 000

De -50 000 a -100 000

Mais de -100 000

Fluxos do comércio mundial de mercadorias (em bilhões de dólares – 2017)

de dólares – 2017)

Exporta de uma área para outra

Exporta de uma área para outra

Exportações de uma área para o resto do mundo

A Comunidade dos Estados Independentes (CEI) será estudada na Unidade 3 deste volume.

2 Quais são as regiões onde ocorrem maiores volumes de trocas comerciais intrarregionais?

Ásia e Pacífico, América do Norte e Europa.

3 Entre quais regiões ocorrem os maiores volumes de trocas comerciais? Em que medida esse desempenho pode ser relacionado às redes de comunicação e transporte?

Consultar comentários em Orientações didáticas.

4 Qual é a situação da América Central e do Sul no cenário internacional? Quais são seus principais parceiros comerciais?

Consultar comentários em Orientações didáticas.

Para abordar a intensificação dos fluxos internacionais de mercadorias e sua relação com a rede de transportes e comunicação, propor a análise do mapa “Mundo: fluxo de mercadorias (bilhões de dólares) – 2016”, comparando as principais rotas de fluxos comerciais às características da rede de transportes mundial.

Comentar que esse mapa está representado em projeção de Buckminster Fuller, na qual não é possível inserir escala e linhas imaginárias. Os

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círculos que representam as trocas intrarregionais devem ser analisados levando em conta que são contabilizadas as trocas entre países de um mesmo continente. Na Europa, por exemplo, há muitos países bem integrados do ponto de vista econômico. Na Ásia, por sua vez, as trocas entre os países são bastante desiguais, pois a China sozinha representa mais de 70% do total das exportações regionais.

Na atividade 1 , e spera-se que os estudan -

Na atividade 4, o comércio intrarregional na América Latina é pequeno quando comparado ao de regiões como Europa, América Anglo-Saxônica, Ásia e Pacífico. Por outro lado, seu desempenho não é tão ruim quando comparado ao da África, por exemplo. Os principais parceiros comerciais da América Latina são a Ásia, a América Anglo-Saxônica e a Europa.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor e o estudante • RANKING mundial da liberdade de imprensa, 2021. Repórteres sem Fronteiras. [S l.], [c2022]. Disponível em: https://rsf.org/pt -br/ranking?year=2021. Acesso em: 9 ago. 2022.

A página disponibiliza documentos e análises sobre o estado da liberdade de imprensa no mundo todo, por países e temas.

55

3 103 414 72 5 847 ÁSIA E PACÍFICO ÁFRICA De 50 000 a 100 000 De 10 000 a 50 000 De 5 000 a 10 000 De 1 000 a 5 000 De 0 a 1 000 De 0 a -1 000 De -1 000 a -5 000 De -5 000 a -10 000 De -10 000 a -50 000 De -50 000 a -100 000 Mais de -100 000 Exportações de uma área para o resto do mundo Balança comercial Diferença entre o valor das exportações e importações (em milhões de dólares – 2017) Saldo ativo Saldo a pagar Dados não disponíveis Fluxos do comércio mundial de mercadorias (em bilhões
Mais de 100 000 5 10 100 DACOSTA MAPAS
Exportações dentro de sua própria área
2 377 1 191 3 103 934 129 93 4 482 414 72 586 131 174 132 95 180 563 107 237 21 1 115 102 158 167 420 67 130 35 237 932 731 210 182 100 34 147 115 21 159 26 382 69 520 6 500 517 5 847 AMÉRICA DO NORTE AMÉRICA CENTRAL E DO SUL EUROPA RÚSSIA ÁSIA E PACÍFICO ORIENTE MÉDIO ÁFRICA De 50 000 a 100 000 De 10 000 a
Exportações dentro de sua própria área 5 10 100
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30/08/2022 15:17

• A habilidade EF09GE03 é trabalhada com foco em identificar diferentes manifestações culturais de minorias étnicas como forma de compreender a multiplicidade cultural na escala mundial, defendendo o princípio do respeito às diferenças.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Introduzir os estudos sobre a homogeneização cultural verificando as hipóteses e concepções dos estudantes em relação ao conceito de cultura, discussão já realizada na Unidade 1 deste volume.

Para abrir o estudo e sensibilizar os estudantes sobre a influência de outras culturas em nosso cotidiano, é importante trabalhar com a proposta apresentada nas atividades de 1 a 3, que envolve a resolução de um diagrama que contém 14 palavras em inglês. Caso os estudantes manifestem interesse, é possível que elaborem, com o apoio do professor de Língua Inglesa, diagramas semelhantes com outras palavras, para jogar em duplas em outro momento.

Na atividade 1, as palavras que podem ser encontradas no diagrama são: hot-dog, video-game, hamburger, light, backup, drivethru, facebook, diet, fitness, ketchup, email, selfie, mix, fakenews. Verificar se os estudantes compreendem os significados das palavras, realizando um trabalho coletivo para verificar se a turma encontrou todas as respostas.

Na atividade 2, a resposta é pessoal, por isso é importante estimular os estudantes à reflexão acerca da presença de palavras e expressões de idiomas diversos em nosso cotidiano e propor que façam um levantamento de outras palavras de uma forma dinâmica, por exemplo, dando um tempo aos estudantes e verificando qual grupo conseguiu pensar em um maior número

Converse com os colegas e o professor sobre as questões a seguir.

Auxiliar os estudantes na elaboração das respostas.

1 A imagem a seguir é uma “nuvem de palavras”, com termos em inglês. Você compreende o significado delas? Explique.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

2 Você usa ou já usou alguma dessas palavras em seu dia a dia? Você saberia indicar outras palavras e frases em línguas estrangeiras que foram incorporadas no cotidiano dos brasileiros?

Consultar comentários em Orientações didáticas.

3 Além de palavras em outros idiomas, identifique em seus hábitos outras influências culturais estrangeiras.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

A globalização permite maior interação entre diferentes culturas, facilitada pela evolução dos meios de comunicação e de transporte. Por outro lado, também dissemina valores, ideias e hábitos, impondo padrões de consumo e comportamento, influenciando a forma como falamos, nos alimentamos, nos vestimos, nos divertimos etc.

Um exemplo é o amplo uso da língua inglesa, que ocorre à medida que diferentes culturas passam a incorporar palavras dessa língua. Outro exemplo é o consumo de produções culturais de diversos países, como filmes, séries e músicas, por meio de redes sociais e de plataformas digitais por streaming

É possível dizer também que boa parte dos hábitos alimentares e de vestuário é bastante semelhante em diversos países. Esse fenômeno pode ser explicado, entre outros fatores, pela instalação de empresas multinacionais de entretenimento, de moda e de alimentação ou pela ampliação do comércio internacional desses produtos.

Streaming: tecnologia que permite a transmissão instantânea de dados de áudio e vídeo, sem precisar fazer download dos conteúdos disponíveis on-line

de palavras. Ou verificar o grupo que conseguiu escrever maior número de palavras de idiomas diferentes, entre outras opções.

Na atividade 3, incentivar os estudantes a expressar suas experiências relacionadas a diversas influências culturais em seu cotidiano. O objetivo é chamar a atenção para a questão da homogeneização cultural característica do processo de globalização. É possível que, de acordo com sua realidade, os estudantes tragam diferentes vivên-

cias em relação a esse processo. Permitir que exponham suas vivências e opiniões sobre o tema.

Na atividade 4, espera-se que os estudantes digam que as placas bilíngues funcionam como uma forma de reconhecimento às diferenças culturais. Por outro lado, cabe destacar que o respeito às diferenças é uma questão muito mais ampla, que envolve aspectos práticos relacionados aos direitos garantidos por lei e à convivência entre as pessoas.

BNCC
2 GLOBALIZAÇÃO E CULTURA com CONEXÃO LÍNGUA INGLESA
FAKENEWS SELFIE
NÃO ESCREVA NO LIVRO. 56 D2-GEO-F2-2106-V9-U2-050-083-LA-G24-AV.indd 56 30/08/2022 15:17 56
HOTDOG VIDEOGAME HAMBURGER
EMAIL MIX KETCHUP FITNESS DIET LIGHT BACKUP DRIVETHRU DELIVERY

A intensa disseminação da cultura dos países centrais não extinguiu as culturas locais nem uniformizou totalmente hábitos e valores. Muitos povos continuam mantendo e transmitindo suas tradições e seus valores de geração em geração.

Por isso, pode-se dizer que existem formas de resistência à homogeneização cultural e que é fundamental valorizar e respeitar culturas tradicionais.

Em alguns países europeus há importante empenho em fortalecer a identidade cultural de diferentes povos, por exemplo, por meio do ensino de idiomas e culturas regionais. Na França, há uma lei que garante que as escolas podem ensinar, além do francês, línguas como o bretão e o basco. É muito comum, em toda a Europa, encontrar placas de sinalização bilíngues – no idioma oficial do país e no idioma regional. Analise a imagem.

étnicas, que serão aprofundadas na seção Integrando com Arte, nas páginas 58 e 59 Além dos exemplos europeus citados no livro do estudante, é possível verificar se os estudantes conhecem outras tradições e exemplos de valorização de diversas formas de cultura. Uma sugestão é resgatar tradições culturais brasileiras que estão presentes em nossa vida cotidiana e foram se modificando com o passar do tempo, ao entrar em contato com outras culturas ou manifestações culturais que se mantêm inalteradas com o tempo.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor

• ZALPA, Genaro. Cultura, patrimônio cultural e globalização. Revista Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (RICS), São Luís, vol. 3, número especial, jul./ dez. 2017. Disponível em: https:// periodicoseletronicos.ufma.br/ index.php/ricultsociedade/article/ view/7759/4811. Acesso em: 9 ago. 2022.

Artigo sobre a pluralidade de culturas e identidade cultural no mundo globalizado.

4 Associe as placas bilíngues ao posicionamento dos países em relação às minorias culturais presentes em seu território.

Resposta pessoal. Consultar comentários em Orientações didáticas.

A cultura de um povo é permeada de valores, princípios morais, éticos e religiosos, hábitos e regras. A troca e a integração de elementos entre culturas distintas são um processo dinâmico e gradual. No mundo globalizado, essa integração resulta em uma diversificação cultural. No entanto, algumas culturas são mais “preservadas” do que outras por variados motivos:

• isolamento geográfico, como ocorre com certos povos tradicionais;

• pouca abertura e tolerância em relação às culturas diferentes;

• exclusão digital, pois, apesar do aumento do número de usuários da internet, bilhões de pessoas seguem impossibilitadas de acessar tecnologias que permitem o contato com outras culturas.

Ao abordar a questão do processo de homogeneização cultural, destacar o papel dos países do centro do sistema capitalista na difusão de produtos diversos que se impõem no mercado e começam a fazer parte do modo de vida de bilhões de pessoas no mundo todo. Explicar que as multinacionais de alimentação, moda e entretenimento, entre outros setores, se beneficiam das redes de comunicação e transporte criadas para disseminar, além de produtos, uma concepção

de mundo que em muitas situações preza pelo consumo. Nesse sentido, é possível ampliar a discussão para elaborar posteriormente uma crítica a essa sociedade, reforçando a importância do consumo consciente.

Vale a pena relativizar a noção de que o mundo globalizado promoverá, a médio e a longo prazos, o fim das diversas culturas existentes no planeta. Nesse sentido, é importante destacar as diversas manifestações culturais de minorias

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Sinalização escrita em francês e bretão, idioma falado na região de Bretanha, França, 2022. RVILLALON/SHUTTERSTOCK.COM
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Competências

• Gerais: 1, 2, 3 e 9

• Ciências Humanas: 1 e 4

• Geografia: 1

• A habilidade EF09GE03 é trabalhada com foco em Identificar diferentes manifestações culturais de minorias étnicas como forma de compreender a multiplicidade cultural na escala mundial, defendendo o princípio do respeito às diferenças.

Interdisciplinaridade com...

Arte:

• EF69AR05 Experimentar e analisar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etc.).

• EF69AR31 Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

• EF69AR35 Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• Nesta seção é aprofundada a identificação de manifestações culturais de minorias étnicas como forma de compreender a multiplicidade cultural, incentivando o respeito às diferenças, conforme indicado nas habilidades específicas da área de Geografia sugeridas para o 9 o ano e desenvolvendo o tema contemporâneo transversal Diversidade Cultural É importante esclarecer que o conceito de minoria étnica não expressa uma relação numérica entre diferentes parcelas da população, isto é, não representa necessariamente grupos com número reduzido de indivíduos

INTEGRANDO com ARTE

Cultura e resistência à globalização

Conforme estudado, há uma tendência à homogeneização das culturas no mundo globalizado. Porém, estudamos também que há grupos que lutam para preservar suas tradições e particularidades culturais. São as denominadas minorias étnicas, que podem ser definidas como grupos não dominantes, ou seja, que não exercem poder significativo na sociedade e que apresentam características étnicas, linguísticas ou religiosas distintas do restante da sociedade onde estão inseridas.

As minorias étnicas têm o direito de promover suas manifestações artísticas garantido no Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos, documento criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) que passou a vigorar em 1966. Leia um trecho a seguir.

Artigo 27o

Nos Estados em que existam minorias étnicas, religiosas ou linguísticas, não será negado o direito que assiste às pessoas que pertençam a essas minorias, em conjunto com os restantes membros do seu grupo, a ter a sua própria vida cultural, a professar e praticar a sua própria religião e a utilizar a sua própria língua.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos. [Nova York]: ONU, 16 dez. 1966. Disponível em: www.cne.pt/sites/default/files/ dl/2_pacto_direitos_civis_politicos.pdf. Acesso em: 15 jun. 2022.

Alguns fotógrafos, cineastas e artistas dedicam-se a fazer registros diversos dessas minorias étnicas e de seu modo de vida com o objetivo de valorizá-las e de reafirmar sua existência e importância. Analise atentamente as fotografias.

Os povos cazaques formam diversas comunidades com tradições diferentes. A maioria dos cazaques é muçulmana sunita e combina o Islã com suas tradições.

quando comparados aos demais grupos. Também é fundamental destacar que essas minorias têm seus direitos garantidos por lei. O livro do estudante traz o artigo 27o – Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos, documento criado pela ONU que passou a vigorar em 1966. Explicar que na Constituição brasileira esse direito também está garantido para as minorias étnicas que participaram do processo de formação do povo brasileiro.

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Essas manifestações diversas ao redor do mun-

do são trabalhadas a partir de fotografias que retratam aspectos do modo de vida de diferentes etnias. A opção justifica-se pelo fato de nos propormos a trabalhar a habilidade EF69AR05, que sugere a experimentação e a análise de diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etc.). Ao analisar as fotografias, os estudantes extrairão elementos significativos de cada uma das culturas representadas e realiza-

BNCC
com CONEXÃO ARTE NÃO ESCREVA NO LIVRO.
MEIRAMGUL KUSSAINOVA/ANADOLU AGENCY/AFP 58
Família cazaque em Aktau, Cazaquistão, 2022.
30/08/2022
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15:17

Os masai, na África, são conhecidos por sua cultura guerreira. Os jovens são preparados para defender o gado, base do seu modo de vida, e suas famílias.

Forme um grupo com os colegas. Depois, realizem as atividades propostas.

1 Pesquisem sobre a cultura dos povos retratados e anotem as principais características de cada uma delas no caderno.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

2 A fotografia é uma das formas de registrar aspectos do modo de vida e da cultura de um povo. Agora, vocês serão os fotógrafos.

• Pensem em uma sequência de fotografias que retrate aspectos da cultura e do modo de vida de uma minoria étnica ou de alguma manifestação cultural existente no município onde a escola está localizada.

• Munidos de uma câmera fotográfica ou de um celular e com o tema escolhido, programem-se para a realização das fotografias. Não se esqueçam de solicitar autorização das pessoas que serão fotografadas, explicando a que se destinam as fotografias que serão feitas.

• Por fim, questionem com as pessoas fotografadas sobre como elas percebem a recepção dos demais às manifestações que fazem parte da cultura delas: há abertura, curiosidade, resistência ou alguma forma de preconceito? Recolham os depoimentos e façam registros para enriquecer o trabalho.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

3 Na data combinada com o professor, apresentem o trabalho aos demais colegas. A apresentação pode ser feita digitalmente, por meio de slides ou da criação de um audiovisual. Caso não seja possível, pode ser feito um painel ou um trabalho escrito, lembrando que as apresentações devem conter as fotografias feitas pelo grupo.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

rão registros fotográficos que permitam retratar aspectos culturais de minorias étnicas ou manifestações culturais diversas que sejam centro do interesse deles.

Solicitar que analisem coletivamente as fotografias, destacando os elementos das paisagens, roupas, adornos e expressões corporais. Depois, conforme sugerido na atividade 1, os estudantes deverão realizar uma pesquisa sobre os cazaque e os massai. Solicitar que se organizem em grupos para realizar a atividade pro-

posta e reservar um momento para que compartilhem as descobertas sobre o modo de vida desses povos.

Na atividade 2, é importante planejar um momento prévio de organização da sessão de fotos. Para tanto, seria interessante propor um trabalho conjunto com o professor de Arte, que poderá desenvolver uma sequência didática ou um estudo mais aprofundado relacionado à fotografia como expressão artística, contribuindo com questões técnicas.

Sugerimos dar atenção especial ao item relacionado à coleta dos depoimentos das pessoas fotografadas. Nessa etapa, os estudantes poderão desenvolver as práticas de pesquisa relacionadas à entrevista e à observação e tomada de notas. Pode ser interessante auxiliá-los na elaboração de um roteiro prévio com algumas questões que poderão nortear a coleta de informações. Na atividade 3, é importante organizar um espaço para que os estudantes exponham e apresentem o trabalho realizado, estimulando-os a se expressar sobre o processo de encontro com as pessoas, as informações que puderam obter etc. Se julgar pertinente, é possível programar um momento para que as pessoas fotografadas façam uma intervenção na escola, apresentando aspectos da cultura delas aos estudantes.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR Diversidade

Analisar as fotografias dessa seção e descrever:

a) as paisagens;

b) as vestimentas;

c) os adornos utilizados pelas pessoas: qual seria a função desses objetos? De que materiais eles são feitos?

No item a, espera-se que os estudantes descrevam o ambiente doméstico no Cazaquistão e a paisagem de Arusha como uma vasta planície onde predominam as savanas. Nos itens b e c, verifique se os estudantes descrevem as vestimentas e os adornos e indicam os tipos de tecido e materiais utilizados em sua confecção e se, com base na observação das fotografias, sem um contexto mais amplo, as vestimentas indicam algo sobre a posição que as pessoas retratadas ocupam em seu grupo social.

59 ANDREYFILIPPOV.COM/SHUTTERSTOCK.COM
Jovens guerreiros masai em Arusha, Tanzânia, 2018.
59 01/09/2022 09:56 59
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• A habilidade EF09GE05 é atendida com foco em analisar fatos e situações para compreender a integração mundial (econômica, política e cultural), a partir do PIB per capita dos países.

• O trabalho com a habilidade EF09GE09 está em analisar características de países em seus aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir as desigualdades sociais, considerando o PIB per capita

• Contempla-se a habilidade EF09GE14 com ênfase em interpretar mapas temáticos para analisar dados e informações sobre diversidade, diferenças e desigualdades sociopolíticas e geopolíticas mundiais.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Solicitar que os estudantes analisem a charge com atenção. Perguntar o que puderam observar e pedir que respondam oralmente. Para essa análise inicial não há resposta certa ou errada. A finalidade é desenvolver o senso crítico dos estudantes. Nesse sentido, propor que respondam às atividades 1 e 2, questionando em que medida a charge se relaciona com o processo de globalização. Espera-se que os estudantes abordem, na resposta dada à atividade 1, a questão da concentração de renda. Na atividade 2, espera-se que os estudantes respondam que a globalização tem tanto aspectos positivos quanto negativos, e que possam dar alguns exemplos, como a imposição de padrões culturais por parte dos países centrais, o agravamento das desigualdades sociais, a concentração de renda, como aspectos negativos. Como aspectos positivos, podem citar a facilidade para conhecer aspectos de culturas do mundo todo, o aumento da mobilidade, a possibilidade de intercâmbio entre países etc.

3 GLOBALIZAÇÃO: CONTRADIÇÕES E DESIGUALDADES

Analise a charge.

Responda às questões em seu caderno.

1 Que título você daria à charge?

Espera-se que os estudantes façam referência à concentração de renda, um dos aspectos perversos da globalização.

2 No seu entendimento, a globalização apresenta mais aspectos positivos ou negativos? Dê alguns exemplos que justifiquem sua resposta.

Podemos afirmar que a globalização é um fenômeno contraditório: ao mesmo tempo em que possibilita um mundo mais integrado, mantém milhões de pessoas à margem desse processo. Essa contradição pode ser revelada em diversos aspectos, como:

• imposição de padrões culturais de países centrais sobre os periféricos;

• agravamento da pobreza, da desigualdade social e da dificuldade de acesso a bens e serviços;

• ampliação de atividades ilegais, como comércio ilegal de armas, tráfico de pessoas (em condição análoga à escravidão) e de drogas, exploração da prostituição e da pornografia infantis;

• aumento da proliferação de doenças, especialmente aquelas transmitidas por vírus, como ebola, gripe suína, febre chicungunha e, mais recentemente, covid-19, decorrentes da maior circulação de pessoas;

• desigualdade de acesso às novas TICs, como computadores pessoais, telefone celular, internet etc.;

• expansão do desemprego, com a substituição de trabalhadores por máquinas e a terceirização de serviços, visando à redução de custos.

Abordaremos as desigualdades do ponto de vista da distribuição das riquezas e da concentração de renda, optando por trabalhar com mapas que mostram o PIB per capita em 2021 e o índice ou coeficiente de Gini dos países do mundo em 2020. Dessa forma, os estudantes poderão compará-los e observar alguns padrões de distribuição de riquezas e concentração de renda.

Na página 61, os estudantes podem observar no mapa a distribuição da riqueza a partir do PIB

Febre chicungunha: doença viral semelhante à dengue, transmitida por um mosquito, comum em algumas regiões do mundo.

per capita dos países. Vale esclarecer que esse indicador é importante, mas isolado não permite analisar outros aspectos relacionados ao desenvolvimento, como a distribuição de renda e a qualidade de vida. Nesse contexto, surgiu o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) nos anos 1990 e, posteriormente, o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), que será analisado adiante. Encaminhar a realização das atividades 3 a 6, auxiliando os estudantes na leitura do mapa.

BNCC
Resposta pessoal. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas. 60
BADO 60
D2-GEO-F2-2106-V9-U2-050-083-LA-G24-AV2.indd 60 01/09/2022 21:06

Distribuição da riqueza

O mundo globalizado é desigual, sobretudo em relação à distribuição da riqueza. Analisando os dados do Produto Interno Bruto (PIB) per capita, pode-se observar, de modo geral, a concentração da riqueza nos países desenvolvidos. Analise o mapa.

Mundo: distribuição da riqueza – 2021

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor

• O NOVO mapa da desigualdade global. Outras palavras, São Paulo, 7 dez. 2021. Disponível em: https://outraspalavras.net/de sigualdades-mundo/novo-mapa -da-desigualdade-global/. Acesso em: 10 ago. 2022.

O texto traz o Resumo Executivo do Relatório Mundial sobre as Desigualdades para 2022, traduzido pela equipe do site Outras Palavras.

Para o professor e o estudante

• ENCONTRO com Milton Santos ou o mundo global visto do lado de cá. Direção: Silvio Tendler. Brasil, 2007. (89 min).

O documentário discute o processo de globalização e seus efeitos em escala planetária por meio das ideias do geógrafo Milton Santos.

Elaborado com base em: GDP PER capita (current US$). The World Bank. Washington, DC, c2022. Disponível em: https://data.worldbank.org/indicator/NY.GDP.PCAP.CD?year_high_desc=true. Acesso em: 17 jun. 2022.

Responda às questões no caderno.

3 Cite três países que possuem PIB per capita superior a 50 mil dólares.

4 Cite três países que apresentam PIB per capita entre 20 mil e 50 mil dólares.

5 Que continente apresenta o maior número de países com PIB per capita inferior a mil dólares?

Austrália, Estados Unidos, Noruega, Suíça, Dinamarca, Irlanda, Islândia, Luxemburgo, Catar, Suécia, Cingapura, entre outros. Espanha, Grécia, Arábia Saudita, Portugal, Nova Zelândia, entre outros. África.

6 Em que medida esse mapa ajuda a reforçar a ideia de que a globalização é um processo contraditório?

Espera-se que os estudantes indiquem que a distribuição desigual de riqueza é um dos aspectos que foram aprofundados com a globalização.

Apesar de ser um indicador econômico importante, o PIB per capita não revela as reais condições de vida da população de um país. Para isso, precisa ser analisado em conjunto com outros indicadores, como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), a concentração de renda, o índice de pobreza, entre outros.

OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO Equador Trópico de Câncer Círculo Polar Ártico Círculo Polar Antártico Meridiano de Greenwich Trópico de Capricórnio OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO 0° 0° OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO Menos de 1 Mais de 1 a 5 Mais de 5 a 20 Mais de 20 a 50 Mais de 50 Dados não disponíveis PIB per capita (mil dólares) 0 2 489 SONIA VAZ
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• A habilidade EF09GE09 tem como foco analisar características de países em seus aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir as desigualdades sociais e econômicas a partir do IDH e do Índice de Gini.

• Atende-se à habilidade

EF09GE14 com foco em elaborar mapas temáticos para analisar dados e informações sobre diversidade, diferenças e desigualdades sociopolíticas e geopolíticas mundiais.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

A página 62 apresenta as desigualdades do mundo globalizado a partir da análise de alguns indicadores sociais que compõem o IDH. Se necessário, retomar com os estudantes aspectos relacionados à composição e ao sistema utilizado para classificar os países de acordo com o índice, que já foram estudados no volume 8 desta coleção.

Espera-se que, nesta análise inicial, os estudantes identifiquem um padrão de distribuição desses indicadores entre os países, com os países desenvolvidos apresentando os melhores indicadores e os países emergentes e subdesenvolvidos, os piores. Lembrar que na análise de indicadores em escala macro nem sempre podemos identificar as desigualdades, por isso é sempre importante utilizar mais de um indicador para compreender a realidade de um país ou de uma região de forma mais objetiva.

Devido à pandemia de covid-19, o Relatório do Desenvolvimento Humano não foi publicado em 2021. Já o Relatório de 2020 se refere ao ano de 2019 e, portanto, ainda não avalia os impactos da pandemia de covid-19 no desenvolvimento humano.

Sobre o mapa da página 63, salientar que os dados se referem ao ano mais recente disponibilizado em cada país. Para maiores detalhes, consultar os dados no site do Banco Mundial, indicado na fonte do mapa.

Na atividade proposta no boxe

Desigualdade e indicadores socioeconômicos

Considerando as desigualdades socioeconômicas entre os países, a ONU criou o IDH com o objetivo de avaliar as condições de vida da população e oferecer dados aos governos e a outras instituições para que possam planejar ações visando à redução das disparidades.

A comparação dos indicadores que compõem o IDH é uma importante ferramenta para revelar as desigualdades no mundo globalizado. Analise a tabela.

Países selecionados: indicadores socioeconômicos – 2019

Fonte: UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME. The 2020 Human Development Report. New York: UNDP, 2020. p. 241-243. Disponível em: https://hdr.undp.org/system/files/documents//hdr2020pdf.pdf. Acesso em: 30 nov. 2021. t. 1.

No geral, os países desenvolvidos apresentam excelentes indicadores socioeconômicos, como alta renda per capita, baixíssimos índices de analfabetismo e expectativa de vida elevada.

Já os países emergentes e os países subdesenvolvidos apresentam, em geral, indicadores socioeconômicos inferiores aos dos países desenvolvidos.

Vale lembrar que as generalizações nos dão apenas uma ideia sobre a situação de um país ou região. Países como Brasil, México, Índia e China, considerados emergentes, apresentaram significativas melhorias nas condições de vida da população nas últimas décadas, mas possuem níveis de desenvolvimento distintos.

• INVESTIGAR LUGARES

Analise os dados que mostram a evolução do IDH no Brasil a partir dos anos 1990 e faça o que se pede.

Fonte: UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME. The 2020 Human Development Report. New York: UNDP, 2020. p. 348. Disponível em: https://hdr.undp.org/system/files/documents//hdr2020pdf.pdf. Acesso em: 30 nov. 2021.

Pesquise sobre as políticas sociais brasileiras mais significativas a partir de 1990. Para isso, faça um levantamento das políticas governamentais do período e de notícias veiculadas que analisaram os efeitos de tais políticas.

• Analise as informações obtidas pela pesquisa e tome nota das políticas mais efetivas nas mudanças do IDH brasileiro.

• Produza um relatório com suas conclusões.

Investigar lugares, os estudantes podem apontar as políticas sociais implementadas a partir de 1990 para melhorar as condições de vida da população brasileira, citando os programas de transferência de renda, o aumento da oferta de vagas nas escolas e universidades e políticas que ampliaram o acesso, como as cotas universitárias, o aumento do salário-mínimo, entre outras. Na sequência, é esperado que, a partir da revisão bibliográfica, os estudantes identifiquem as políticas que foram mais efetivas no aumento do IDH brasileiro. Nesta seção é possível desenvolver técnicas de práticas de pesquisa como

a revisão bibliográfica, tomada de notas, construção de relatórios

Na página 63, é trabalhada a noção de concentração de renda como parte dos indicadores que devem ser levados em conta na análise das desigualdades socioeconômicas mundiais e que está diretamente relacionada à distribuição de riqueza. Solicitar aos estudantes que observem o mapa que mostra o índice de Gini ao redor do mundo e que, a exemplo do que foi feito com o mapa de distribuição da riqueza, observem também um padrão de distribuição da concentração

BNCC
Nível de desenvolvimento Ranking/país/ continente Índice de Desenvolvimento Humano Expectativa de vida (anos) Rendimento Nacional Bruto per capita (US$) Média de tempo de estudo (anos) Muito elevado 1o/Noruega/Europa 0,957 82,9 67.329 12,9 17o/Estados Unidos/ América do Norte 0,926 79,1 63.206 13,4 Elevado 84o/Brasil/América do Sul 0,765 76,5 6.796 15,4 Médio 131o/Índia/Ásia 0,645 71,8 1.927 12,2 Baixo 188o/República Centro-Africana/África 0,397 54,3 492 4,3 189o/Níger/África 0,394 64,9 567 2,1
Anos 1990 2000 2010 2012 2014 2015 2016 2017 2018 2019 IDH 0,611 0,684 0,727 0,736 0,757 0,757 0,758 0,759 0,762 0,765 62 D2-GEO-F2-2106-V9-U2-050-083-LA-G24-AV1.indd 62 01/09/2022 10:01 62

Concentração de renda

A concentração de renda é outro indicador importante na avaliação das condições de vida da população de um país. Ela é determinada pelo Índice de Gini, que combina aspectos econômicos e sociais, pois mede a distribuição de renda em determinada população. Ele varia de 0 a 100, sendo mais desigual quanto mais próximo de 100. Analise o mapa.

Mundo: Índice de Gini – 1998-2020

Analisando esse indicador isoladamente, identificamos que a concentração de renda é mais alta em países subdesenvolvidos e emergentes. O Brasil e a África do Sul, por exemplo, estão entre os mais desiguais do mundo. Isso não significa que nos outros países a renda seja distribuída igualmente. Porém, há menores disparidades entre ricos e pobres. Leia o texto a seguir.

Vamos analisar alguns dados sobre concentração de renda em escala mundial no ano de 2021. Naquele ano, os 10% mais ricos do planeta detinham 52% da renda mundial, enquanto os 50% mais pobres detinham apenas 8%.

Isso quer dizer que uma pessoa que fazia parte dos 10% mais ricos ganhou em média 122 100 dólares por ano, enquanto aquela que pertencia aos 50% mais pobres ganhou apenas 3 900.

No Brasil, que é um dos países mais desiguais do mundo, os 10% mais ricos detinham 59% da renda nacional, enquanto os 50% mais pobres detinham apenas 10%. Os 50% mais pobres do Brasil ganharam em média 29 vezes menos que os 10% mais ricos. Na França, os 50% mais pobres ganharam sete vezes menos que os 10% mais ricos.

Elaborado com base em: WORLD INEQUALITY LAB Rapport sur les inégalités mondiales 2022. [S. l.], 2021.

Disponível em: https://wir2022.wid.world/download/. Acesso em: 14 jul. 2022

D2-GEO-F2-2106-V9-U2-050-083-LA-G24-AV1.indd 63

de renda. É possível solicitar que comparem os dois mapas, verificando que as maiores disparidades tanto no que se refere à distribuição de riqueza quanto à concentração de renda prevalecem entre os países emergentes e subdesenvolvidos.

Para que os estudantes compreendam melhor como essa concentração de renda se manifesta, é importante trazer exemplos concretos, dados numéricos que revelem essas disparidades. Para a análise da situação brasileira, é possível encontrar dados relevantes em publicações como a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios

Contínua (PNAD Contínua), realizada pelo IBGE (consultar a seção Ampliando horizontes).

TEXTO COMPLEMENTAR

4 dados que mostram por que Brasil é um dos países mais desiguais do mundo, segundo relatório

O novo Relatório sobre as Desigualdades Mundiais [...]

[...] se refere ao Brasil como “um dos países mais

desiguais do mundo” [...].

[...]

No Brasil, a renda média nacional da população adulta, em termos de paridade de poder de compra (PPP, na sigla em inglês), é de [...] R$ 43,7 mil, nos cálculos dos autores do estudo. Os 10% mais ricos no Brasil, com renda [...] R$ 253,9 mil em PPP [...], representam 58,6% da renda total do país. O estudo afirma que as estatísticas disponíveis indicam que os 10% mais ricos no Brasil sempre ganharam mais da metade da renda nacional.

[...]

A metade da população brasileira mais pobre só ganha 10% do total da renda nacional. Na prática, isso significa que os 50% mais pobres ganham 29 vezes menos do que recebem os 10% mais ricos no Brasil. Na França, essa proporção é de apenas 7 vezes.

[...]

As desigualdades patrimoniais são ainda maiores do que as de renda no Brasil e são uma das mais altas do mundo. Em 2021, os 50% mais pobres possuem apenas 0,4% da riqueza brasileira (ativos financeiros e não financeiros, como propriedades imobiliárias).

Na Argentina, essa fatia da população possui 5,7% da fortuna do país.

[...]

Os 10% mais ricos no Brasil possuem quase 80% do patrimônio privado do país. A concentração de capital é ainda maior na faixa dos ultra-ricos, o 1% mais abastado da população, que possui, em 2021, praticamente a metade (48,9%) da riqueza nacional. Nos Estados Unidos, o 1% mais rico detém 35% da fortuna americana. [...]

FERNANDES, Daniela. 4 dados que mostram por que Brasil é um dos países mais desiguais do mundo, segundo relatório. BBC, Paris, 7 dez. 2021. Disponível em: https://www.bbc.com/ portuguese/brasil-59557761. Acesso em: 10 ago. 2022.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor e o estudante

• PESQUISA Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. IBGE. Rio de Janeiro, 2022. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisti cas/sociais/trabalho/9171-pesqu isa-nacional-por-amostra-de -domicilios-continua-mensal.ht ml?=&t=destaques. Acesso em: 10 ago. 2022.

Página do site do IBGE com as estatísticas atualizadas da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

OCEANO ATLÂNTICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO OCEANO PACÍFICO Equador Trópico de Câncer Círculo Polar Ártico Círculo Polar Antártico Meridiano de Greenwich Trópico de Capricórnio OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO 0° 0° De 25 a 33 De 33,1 a 42 De 42,1 a 50 Maior que 50 Dados não disponíveis Índice de Gini 0 2 489 SONIA VAZ
63
Fonte dos dados: GINI index. The World Bank. Washington, DC, c2022. Disponível em: https://data.worldbank.org/indicator/SI.POV.GINI?end=2021&start=2021&year_high_desc=true. Acesso em: 14 jul. 2022.
01/09/2022 10:01 63

• A habilidade EF09GE09 é trabalhada ao analisar características de países em seus aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais a partir do IPM e do mapa da Fome.

• Contempla-se a habilidade EF09GE14 ao interpretar mapas temáticos para analisar dados e informações sobre diversidade, diferenças e desigualdades sociopolíticas e geopolíticas mundiais, a partir de dados sobre a pobreza no mundo.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Questionar os estudantes se são capazes de definir o que é a pobreza. Incentivá-los a apresentar suas hipóteses e opiniões embasadas em suas vivências, explicando que não há uma resposta correta nem definitiva para a questão.

É provável que os estudantes estabeleçam associações com privação, ausência de oportunidades, falta de recursos para a satisfação de necessidades básicas, entre outros. Esclarecer que, durante muito tempo, as instituições e organizações internacionais que se dedicam ao estudo do tema, como a ONU, utilizaram o critério financeiro para definir a parcela pobre da população. Pessoas que vivem com menos de 1,90 dólar por dia são consideradas extremamente pobres.

Considerando apenas esse dado, é importante destacar que nos últimos 30 anos houve uma redução significativa da pobreza extrema: de acordo com estimativas da ONU, no ano de 1990, 36% da população mundial se encontrava nessa situação. Em 2010, esse percentual caiu para 16% e em 2015 era de 10,7%.

Explicar que o Índice de Pobreza

Multidimensional foi criado levando-se em conta uma série de variáveis que permite criar políticas sociais mais adequadas de combate à pobreza.

Pobreza no mundo

A pobreza envolve um conjunto de fatores, como renda, condições de alimentação e acesso a serviços de saúde e educação, condições de habitação e exclusão social. Assim, ela é multidimensional, ou seja, abrange vários aspectos.

Para avaliar se uma família se encontra em situação de pobreza multidimensional, a ONU criou, em parceria com institutos de pesquisa, o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), em 2010.

O IPM identifica a sobreposição de privações sofridas pelas famílias por meio da análise de dez indicadores, incluindo nutrição, mortalidade infantil, bens domésticos, acesso a serviços básicos, como saneamento básico e eletricidade, entre outros. Analise o mapa.

Acampamento de sem-teto em Los Angeles, Estados Unidos, 2022.

Mundo: Índice de Pobreza Multidimensional – 2005-2020*

A pobreza é uma questão mundial. Nos Estados Unidos, país com IDH muito elevado e alta renda per capita, parcela significativa da população vive em condições de pobreza.

*Os dados se referem ao ano mais recente disponibilizado em cada país. Para maiores detalhes, consultar os dados no site indicado na fonte do mapa.

Fontes: DURAND, Marie-Françoise (coord.). Atlas espace mondial 2018. Paris: SciencesPo, 2018. p. 21. OXFORD POVERTY AND HUMAN DEVELOPMENT INITIATIVE; UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME. Global Multidimensional Poverty Index 2021: unmasking disparities by ethnicity, caste and gender. Oxford: OPHI; New York: UNDP, 2021. Disponível em: https://hdr.undp.org/system/files/documents//2021mpireportenpdf.pdf. Acesso em: 18 jun. 2022.

• Retomar aspectos sobre a segurança alimentar já estudados no volume 8 desta coleção, possibilitando o desenvolvimento dos temas contemporâneos transversais Educação Alimentar e Nutricional, na área da Saúde, e Educação em Direitos Humanos, no escopo da área Cidadania e Civismo. É possível desenvolver em conjunto com o professor da área de Ciências um trabalho abordando a questão dos efeitos da privação de nutrientes em crianças e adolescentes, com foco na importância do acesso à alimentos de quali-

dade, considerando a questão do direito básico à alimentação e, para aqueles que possuem acesso à alimentação, focar na importância de fazer boas escolhas alimentares, evitando o excesso de alimentos ultraprocessados.

Promover a leitura do mapa do Índice de Pobreza Multidimensional e do Mapa da Fome em conjunto, estimulando os estudantes a estabelecer relações entre pobreza e fome. Os dois itens da atividade da página 65 têm esse objetivo.

BNCC
PHILIP PILOSIAN/SHUTTERSTOCK.COM OCEANO ATLÂNTICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO OCEANO PACÍFICO Equador Trópico de Câncer Círculo Polar Ártico Círculo Polar Antártico Meridiano de Greenwich Trópico de Capricórnio OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO 0° 0° IPM (%) De 0,00 a 0,10 De 0,11 a 0,20 De 0,21 a 0,30 De 0,31 a 0,40 Acima de 0,41 0 2 667 SONIA VAZ
64
64 30/08/2022 15:17 64
D2-GEO-F2-2106-V9-U2-050-083-LA-G24-AV.indd

a) América Latina, África e Ásia. O percentual de desnutrição nessas regiões varia entre 5% e 24,9% da população total.

Embora a pobreza venha sendo globalmente reduzida nas últimas três décadas, existem regiões no mundo onde milhares de pessoas ainda vivem com menos de 1,90 dólar por dia.

Vale destacar que a pobreza coloca em risco a segurança alimentar. Em 2021, a fome atingia 1,3 bilhão de pessoas.

A fome está relacionada à falta de acesso a terras produtivas e à baixa renda. As consequências são muito graves, principalmente para crianças e jovens, cujo desenvolvimento físico e intelectual é comprometido pela subnutrição.

De acordo com a ONU, a segurança alimentar deve ser uma das metas prioritárias de investimento nos países. Analise o mapa da fome, produto de um estudo anual realizado por essa organização.

Mundo:

mapa da fome – 2021

1 Analise os mapas do IPM e da fome. Depois, responda às questões em seu caderno.

a) Em quais regiões do planeta a pobreza multidimensional atinge até 10% da população? De forma geral, quais foram os percentuais de subnutrição nessas regiões?

b) No seu entendimento, pode-se afirmar que há um padrão de distribuição da pobreza e da fome no planeta? Explique Consultar comentários em Orientações didáticas.

• INVESTIGAR LUGARES

De acordo com o relatório “Estado da segurança alimentar e da nutrição no mundo”, publicado pela ONU em 2021, o número de pessoas em estado de insegurança alimentar grave praticamente dobrou no Brasil no período entre 2016 e 2020, atingindo aproximadamente 7,5% da população. Isso significa que essas pessoas passam fome durante um ou mais dias no ano.

• Pesquise sobre as principais medidas governamentais de combate à fome no Brasil, visando melhorar a distribuição de renda e a qualidade de vida da população beneficiada. Depois, converse com seus colegas e professor sobre os motivos que podem explicar o aumento da fome nos últimos anos, apesar da existência de medidas para combatê-la. Auxiliar os estudantes na realização da pesquisa. Consultar comentários em Orientações didáticas.

No item b da atividade, espera-se que os estudantes indiquem que a África, a América Latina e boa parte da Ásia são as regiões mais atingidas pela fome e pobreza, correspondendo aos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. Aproveitar a atividade para retomar os mapas de distribuição de riqueza e concentração de renda, reforçando a ideia do processo de globalização “perversa”, que mantem essas regiões em situação de desvantagem em relação aos países desenvolvidos, apesar dos progressos alcançados e em curso.

Na seção Investigar lugares, os estudantes poderão ser organizados em grupos para a realização da proposta de pesquisa. Auxilie-os a buscar informações sobre programas e políticas governamentais, do passado e atuais, com objetivo de combater a fome. Esses programas podem ser pesquisados em âmbito federal, estadual e municipal. Uma vez que os dados estiverem organizados, os estudantes poderão conversar com a comunidade escolar ou de sua rede de relações, para saber se há beneficiários dessas políticas,

avaliando o impacto delas no cotidiano das pessoas.

Para a pesquisa dos dados sobre as políticas sociais que ajudaram a reduzir a fome e a miséria, incentivar os estudantes a visitar as páginas dos ministérios da Agricultura, do Trabalho, da Economia, da Educação e Saúde, além da página da ONU Brasil.

TEXTO COMPLEMENTAR Índice de Pobreza

Multidimensional (IPM)

O IDH 2010 introduziu o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), que identifica privações múltiplas em educação, saúde e padrão de vida nos mesmos domicílios. As dimensões de educação e saúde se baseiam em dois indicadores cada, enquanto a dimensão do padrão de vida se baseia em seis indicadores. Todos os indicadores necessários para elaborar o IPM para um domicílio são obtidos pela mesma pesquisa domiciliar.

Os indicadores são ponderados e os níveis de privação são computados para cada domicílio na pesquisa. [...]

O QUE é o IDH. PNUD Brasil. Brasília, DF, [20--]. Disponível em: https://www.undp. org/pt/brazil/o-que-%C3%A9-o-idh. Acesso em: 9 ago. 2022.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor

• VIGISAN: Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil. Rede PENSSAN [S l.], 2021. Disponível em: http:// olheparaafome. com.br/VIGISAN_ Inseguranca_ alimentar.pdf. Acesso em: 10 ago. 2022.

O documento divulga dados da pesquisa “Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da covid-19 no Brasil”, realizada pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN) em 2021.

Trópico de Capricórnio 0º 0º Equador Trópico de Câncer Círculo Polar Antártico OCEANO PACÍFICO OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO Meridiano de Greenwich Círculo Polar Ártico OCEANO GLACIAL ÁRTICO Prevalência de subnutrição entre a população (em %) Muito fraca – menos de 5 Fraca – de 5 a 14,9 Média – de 15 a 24,9 Elevada – de 25 a 34,9 Muito elevada – mais de 35 Dados não disponíveis ou insuficientes 0 3 073
SONIA VAZ 65 D2-GEO-F2-2106-V9-U2-050-083-LA-G24-AV1.indd 65 01/09/2022 10:02 65
Fonte: HUNGERMAP. [S. l.], [2022]. Site. Disponível em: https://hungermap.wfp.org/. Acesso em: 18 jun. 2022.

• Atende-se à habilidade EF09GE02 com foco em analisar a atuação das corporações internacionais e das organizações econômicas mundiais na vida da população em relação ao consumo e à mobilidade no contexto da pandemia de covid-19.

• O trabalho com a habilidade EF09GE05 está em analisar fatos e situações para compreender a integração mundial (econômica, política e cultural), no contexto da pandemia de covid-19.

• Contempla-se a habilidade EF09GE14 com ênfase em interpretar gráficos de barras e de setores e mapas temáticos para analisar e sintetizar dados e informações sobre o avanço da pandemia de covid-19.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

A pandemia de covid-19, declarada no dia 11 de março de 2020, ocasionou muitas mudanças na vida de bilhões de pessoas. Desde então, o mundo está passando por transformações significativas nas formas de produzir, consumir, se divertir, se deslocar. Mudanças que levariam décadas para ser consolidadas foram aceleradas, como o home office, o uso cada vez maior de teleconferências para o ensino e consultas médicas, o aumento do comércio online, entre outras.

Na atividade 1, aproveitar para verificar se os estudantes compreenderam a charge e avaliar os conhecimentos que possuem sobre a pandemia de covid-19. Eles podem citar entre os diversos impactos causados pela pandemia, as medidas de distanciamento social, representadas principalmente pelo confinamento de pessoas em suas casas (lockdown), pela parada total ou parcial de atividades consideradas não essenciais, como lazer e compras de itens supérfluos, restaurantes etc., o fechamento de escolas e universidades, entre outras.

Comentar sobre os impactos do isolamento social na saúde

4

GLOBALIZAÇÃO E PANDEMIAS

As pandemias fazem parte da história humana. Os agentes causadores de doenças contagiosas, como os vírus e as bactérias, sempre nos acompanharam em nossos deslocamentos pelas rotas comerciais, pelas trincheiras das guerras, pelos locais de lazer e grandes centros urbanos. Conforme estudado anteriormente, a intensidade e a velocidade dos fluxos de pessoas e mercadorias aumentaram no mundo globalizado, impulsionadas pela evolução nos meios de transporte e de comunicação. A propagação das doenças também acompanha esse ritmo acelerado. A pandemia de peste negra, que surgiu na China por volta de 1330, levou quase vinte anos para chegar até a Europa. A gripe espanhola, no rastro dos deslocamentos dos soldados durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), levou um ano para se disseminar pelo mundo todo. A covid-19 alastrou-se pelo mundo em menos de dois meses. Analise o gráfico.

Principais pandemias e número de óbitos

Peste negra (1347-1351)

Varíola (1520)

Gripe espanhola (1918-1919)

Peste de Justiniano (541-542)

HIV/Aids (1981- )

Covid-19 (2019- )

Gripe asiática (1957-1958)

Gripe de Hong Kong (1968-1970)

Gripe suína (2009-2010)

SARS (2002-2003)

56 milhões

milhões

milhões

200

Elaborado com base em: LE PAN, Nicholas. Visualizing the History of Pandemics. Visual Capitalist [S. l.], 14 mar. 2020. Disponível em: https://www.visualcapitalist.com/history-of-pandemics-deadliest/.

Acesso em: 3 dez. 2021.

*Dado de 15 de julho de 2022.

1 Em seu entendimento, que fatores podem explicar o aumento do número de pandemias nos séculos XX e XXI? Consultar comentários em Orientações didáticas.

mental das pessoas, tornando mais vulneráveis aquelas que já se encontravam em situação de risco, como idosos, mulheres e crianças vítimas de violência etc. Do ponto de vista econômico, houve prejuízos para algumas atividades. Promover uma roda de conversa em que os estudantes possam expressar de forma segura suas experiências durante esse período e serem acolhidos sem julgamentos, considerando o número elevado de óbitos no país.

A temática abordada se relaciona ao tema

contemporâneo transversal Saúde , ao abordar o conceito de pandemia e as principais pandemias da história. Nesse sentido, sugerimos um trabalho interdisciplinar com o professor de Ciências, que poderá auxiliar os estudantes a compreender o conceito de pandemia do ponto de vista científico e explicar os principais agentes causadores das doenças citadas no gráfico e formas de evitar ou reduzir o contágio. Ao analisar o gráfico da página 66 , é im -

BNCC
Gripe aviária (2003-2004) milhões
40 a 50
30 a 50
milhões*
milhão 1 milhão 200 mil 770 400 0 25 50 75 100 125 150 175 200 (em milhões) SONIA VAZ 66
25 a 35 milhões 6,3
1,1
15:17 66
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Pandemia de covid-19

Analise o mapa.

Covid-19: número de casos e de óbitos por país – 2020-2022*

*até

Elaborado com base em: OPERA MUNDI. Pandemia ainda não acabou; mantenha-se informado em tempo real sobre a difusão da covid-19 no mundo. UOL, São Paulo, 18 ago. 2022. Disponível em: https://operamundi.uol.com.br/coronavirus/63574/sigaem-tempo-real-o-numero-de-casos-e-mortes-por-covid-19-no-mundo. Acesso em: 19 jun. 2022.

A luta contra o coronavírus impôs uma mudança radical: foi necessário imobilizar um mundo que valoriza cada vez mais o princípio da mobilidade. O isolamento social foi uma das estratégias adotadas em muitos países para frear o avanço da pandemia antes do desenvolvimento das vacinas.

Em um mundo marcado pela concentração de renda e pelas desigualdades econômicas, étnicas e de gênero, o fechamento de escolas, restaurantes, cinemas, teatros e todos os comércios e estabelecimentos considerados não essenciais fragilizou ainda mais bilhões de pessoas que já viviam na precariedade.

Por outro lado, o isolamento social beneficiou as grandes corporações dos setores de tecnologia que ditam a forma como trabalhamos e consumimos on-line. Os dirigentes dessas corporações viram suas fortunas crescerem muito durante a pandemia. Analise a manchete.

Pandemia fez um novo bilionário a cada 26 horas, diz Oxfam

Enquanto isso, a renda de 99% da humanidade caiu

AGUIAR, Valéria (ed.). Pandemia fez um novo bilionário a cada 26 horas, diz Oxfam. AgênciaBrasil, Brasília, DF, 17 jan. 2022. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2022-01/ pandemia-fez-um-novo-bilionario-cada-26-horas-diz-oxfam. Acesso em: 20 jun. 2022.

2 No seu entendimento, de que maneira a atuação das grandes corporações mantém as desigualdades socioeconômicas? Resposta pessoal. Consultar comentários em Orientações didáticas.

portante comentar a questão da proporcionalidade no número de óbitos. A peste negra, por exemplo, matou 51% da população mundial no período. Se transpuséssemos esse percentual para a população mundial atual, com a mesma taxa de mortalidade, teríamos aproximadamente quatro bilhões de mortos. Por isso é importante considerar as taxas de mortalidade das doenças para colocar os dados em perspectiva.

É possível realizar um trabalho com a área de

Matemática e propor aos estudantes que calculem o percentual da população mundial que perdeu a vida em cada pandemia indicada no gráfico. Para isso, basta pesquisar o número total de habitantes do planeta em cada período e aplicar uma regra de três simples. Tomemos como exemplo a varíola. No período dessa pandemia, a população mundial era estimada em 460 milhões de habitantes, dos quais 56 milhões morreram. Aplicando a regra de três, temos aproximadamente 12% da população mundial. Estima-se

que a taxa mundial de mortalidade da covid-19 é de 0,6%.

Comentar que o aumento dos fluxos de pessoas e mercadorias, por vias terrestres, marítimas, fluviais e aéreas como fatores relacionados ao aumento das pandemias nos séculos XX e XXI. Também poderão indicar o aumento da população mundial e aspectos relacionados ao modo de vida atual, pautado na destruição massiva de ecossistemas.

Explicar que com a pandemia de covid-19 o mundo hiper conectado do início do século XXI se mostrou extremamente vulnerável. Os fluxos, as plataformas e as redes formam condições muito favoráveis para a propagação de um vírus como o SARS-CoV-2.

O mapa na página 67 apresenta os números de casos e óbitos por covid-19, por país, relativos ao mês de junho de 2022, caso desejar dados atualizados, indicamos na seção Ampliando horizontes dois links para consulta.

Na atividade 2, ao abordar o aprofundamento das desigualdades com a pandemia, sugerimos a retomada dos aspectos discutidos na abertura da unidade, destacando o enriquecimento de algumas parcelas da população e de corporações, conforme indicado nas manchetes propostas para análise dos estudantes.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para professor e estudantes

• PAINEL. Coronavírus. [S l.], 2022. Site. Disponível em: https://covid. saude.gov.br/. Acesso em: 9 ago. 2022.

Site do Ministério da Saúde com informações atualizadas sobre a evolução da pandemia de covid-19 no Brasil.

• PANDEMIA ainda não acabou; mantenha-se informado em TEMPO REAL sobre a difusão da covid-19 no mundo. Opera Mundi, São Paulo, 18 ago. 2022. Disponível em: https://operamun di.uol.com.br/coronavirus/63574/ pandemia-ainda-nao-acabou -mantenha-se-informado-em -tempo-real-sobre-a-difusao-da -covid-19-no-mundo. Acesso em: 9 ago. 2022.

Site independente de notícias nacionais e internacionais.

0 2 405 Círculo Polar Ártico Círculo Polar Antártico Trópico de Câncer Trópico de Capricórnio Equador Meridiano de Greenwich 0º 0º OCEANO PACÍFICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO Turquia Argentina Índia Egito Brasil Indonésia Austrália Colômbia México EUA Canadá Reino Unido França Alemanha Rússia China Japão África do Sul Coreia do Sul 91 milhões Total de casos 19 milhões 4 milhões 15 mil Fronteiras 34 milhões Total de óbitos 1 milhão 330 mil 2 mil
julho de 2022. ROBSON ROCHA/K2LAB DESIGN
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• A habilidade EF09GE09 é trabalhada ao analisar-se características de países em seus aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir as desigualdades sociais no contexto da pandemia de covid-19.

• Atende-se à habilidade EF09GE14 ao elaborar-se e interpretar-se gráficos de barras para analisar, sintetizar e apresentar dados e informações sobre diversidade, diferenças e desigualdades sociopolíticas no contexto da pandemia de covid-19.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

A página 68 traz em gráficos e textos exemplos das desigualdades relacionadas à pandemia de covid-19 em diversas regiões do planeta e no Brasil. Sugerimos que o estudo dos conteúdos propostos na dupla seja introduzido pela análise do título “Pandemia da desigualdade”. É possível questionar a compreensão dos estudantes acerca da expressão, esperando que indiquem que as desigualdades socioeconômicas se aprofundaram com a pandemia, incluindo novas parcelas da população nas estatísticas de pobreza, desemprego e exclusão.

Explicar que grande parte da população mundial foi atingida, particularmente as mulheres, os trabalhadores informais, as populações em situação de rua, os moradores das periferias, as populações de migrantes e refugiados, idosos e pessoas com deficiência.

Comentar que, além da questão da renda, desigualdades em relação ao acesso à educação e à vacinação podem ser observadas. Nas regiões mais pobres do planeta, bilhões de crianças e jovens que não possuem acesso à internet foram penalizados com o modelo de aulas a distância.

“Pandemia da desigualdade”

A pandemia de covid-19 fez com que as desigualdades sociais aumentassem praticamente em todos os países do mundo. Analise alguns reflexos dessas desigualdades no gráfico e no texto a seguir.

Mundo: percentual de crianças e jovens (0-25 anos) com acesso à internet em casa, por local de residência – 2022

Fonte: UNITED NATIONS INTERNATIONAL CHILDREN'S EMERGENCY FUND. How many children and young people have internet access at home? Unicef. New York, dec. 2020. Disponível em: https://data.unicef.org/resources/children-and-young-people-internet-access-at-home-during-covid19/. Acesso em: 4 dez. 2021.

[No Brasil] Antes da pandemia, a pobreza atingia 33% das mulheres negras, 32% dos homens negros e 15% das mulheres brancas e dos homens brancos. Já o cenário com o auxílio emergencial nos valores de 2021 a leva a, respectivamente, 38%, 36%, 19% e 19%.

NASSIF-PIRES, Luiza; CARDOSO, Luísa; OLIVEIRA, Ana Luíza Matos de. Gênero e raça em evidência durante a pandemia no Brasil: o impacto do auxílio emergencial na pobreza e extrema pobreza. Nota de Política Econômica nº 010. São Paulo: Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades – MADE (FEA-USP), 2021. Disponível em: https://madeusp.com.br/wp-content/uploads/2021/04/NPE-010-VF.pdf. Acesso em: 4 dez. 2021.

Responda às questões em seu caderno.

Auxílio emergencial: benefício financeiro pago às pessoas em situação de vulnerabilidade com o objetivo de auxiliá-las a enfrentar a crise causada pela pandemia de covid-19.

1 Analise o gráfico 1 e escreva um parágrafo falando sobre as desigualdades no acesso à internet para as crianças e jovens das diferentes regiões do planeta.

2 Leia o trecho 2 e elabore um gráfico de barras indicando os percentuais de pobreza nos diferentes grupos da população brasileira antes e depois da pandemia. Explique a que conclusões você chegou.

Resposta pessoal. Consultar comentários em Orientações didáticas. Consultar comentários em Orientações didáticas.

As taxas de vacinação também são muito inferiores àquelas dos países desenvolvidos.

Promover a análise compartilhada dos dados disponíveis, certificando-se de que os estudantes compreenderam os dados e as principais desigualdades no que se refere ao acesso à vacinação, à internet em casa em todo o planeta e ao aumento da pobreza no Brasil.

Na atividade 1, espera-se que os estudantes indiquem que a África é a região do planeta menos imunizada e que a desigualdade vaci-

nal é um freio à erradicação da pandemia, pois permite que o vírus circule intensamente em algumas áreas, aumentando a probabilidade do surgimento de novas variantes e, portanto, do controle da pandemia. Nas páginas 37 e 40 (Unidade 1) há gráficos que podem servir de modelo para as atividades.

Na atividade 2, espera-se que os estudantes elaborem um gráfico com duas barras de cores diferentes para cada um dos grupos da população citados no trecho uma indicando o pré e

BNCC Mundo Urbano
Leste
Pacífico África Oriental e Meridional Europa Oriental e Ásia Central América Latina e Caribe Oriente Médio e Norte da África Sul da Ásia África Central e Ocidental (%) 0 20 40 60 80 72 53 45 66 19 5 27 16 35 9 22 62 2 11 25 41 SONIA VAZ
Rural
da Ásia e
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Degradação ambiental e pandemias

Leia o trecho a seguir.

Cortamos as árvores; matamos os animais ou os enjaulamos e os enviamos aos mercados. Nós perturbamos os ecossistemas e libertamos os vírus de seus hospedeiros naturais. Quando isso acontece, eles precisam de um novo hospedeiro. Frequentemente, somos nós.

QUAMMEN, David. We made the coronavirus epidemic. The New York Times, New York, 28 jan. 2020. Tradução dos autores. Disponível em: https://www.nytimes. com/2020/01/28/opinion/coronavirus-china.html. Acesso em: 20 jun. 2022.

3 De acordo com o autor, quais ações humanas estão relacionadas ao surgimento de novas doenças que podem vir a se tornar pandemias?

Consultar resposta em Orientações didáticas.

Pesquisadores do mundo todo afirmam que o surgimento de novas pandemias é apenas uma “questão de tempo” e que o modo de vida atual é em grande parte responsável pelo problema. Florestas são desmatadas e obras de infraestrutura são feitas para atender às necessidades de uma crescente população mundial, destruindo a biodiversidade de espécies animais e vegetais. Entre os anos 1970 e meados dos anos 2010, a população de animais vertebrados do planeta foi reduzida em 60%.

Com isso, o risco de ocorrência de outras pandemias aumenta. Quando espécies de animais entram em extinção, aquelas que sobrevivem – como os ratos e morcegos – são mais propensas a hospedar patógenos potencialmente perigosos que podem ser transmitidos aos seres humanos e causar zoonoses, como a gripe aviária. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde Animal, 60% de todas as doenças humanas são de origem animal e 75% das doenças emergentes são zoonoses.

Além disso, o contato entre animais e humanos vem crescendo nas últimas décadas, à medida que cidades e áreas de pastagens se expandem para espaços florestais e, consequentemente, alteram o hábitat de milhares de espécies. O comércio e o consumo de animais selvagens também é um fator de risco para o surgimento de zoonoses.

Portanto, o caminho para evitar novas pandemias passa pela adoção de medidas que promovam a conservação e a restauração dos ecossistemas e a preservação da biodiversidade.

outra o pós-pandemia. Espera-se que eles indiquem que as tendências pré-pandemia, com as mulheres negras sendo mais atingidas pela pobreza que o restante da população, foram mantidas e agravadas com a pandemia.

• A temática abordada na página 69 se relaciona aos temas contemporâneos transversais Saúde e Educação Ambiental, ao abordar o conceito de pandemia e às relações entre a degradação ambiental e a ocorrência de pandemias. O objetivo

Patógenos: agentes que podem provocar uma doença. Zoonoses: doenças que podem ser transmitidas entre animais vertebrados e seres humanos, e vice-versa.

Tailândia que invadiram as cidades durante a quarentena. Incentivar os estudantes a trazer outros exemplos e, se possível, a realização de um trabalho conjunto com o professor da área de Ciências. Comente que o desmatamento, a alteração de ecossistemas, a matança e comercialização de animais selvagens, embora não esteja confirmada, uma das hipóteses para o surgimento do vírus Sars-CoV-2, na China, pode ser a comercialização de animais selvagens em mercados do país. Para encerrar o estudo do tema, é possível questionar os estudantes sobre ações que poderiam ser implementadas para reduzir as possibilidades de surgimento de novas pandemias. Apontar a necessidade de modificação do modo de vida nas cidades, reduzindo a demanda por recursos naturais, planejando o desenvolvimento das áreas rurais e urbanas e repensando o modelo de produção de alimentos e nossos hábitos de consumo.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor

• SANTOS, Boaventura de Souza. A cruel pedagogia do vírus Coimbra: Almedina, 2020. Nesse ensaio o autor apresenta uma argumentação sobre os desdobramentos da pandemia do covid-19 à luz da situação econômica e política dos últimos anos.

• SANTOS, Boaventura de Souza. O futuro começa agora: da pandemia à utopia. São Paulo: Boitempo, 2021.

A obra se propõe a pensar a sociedade pós-pandemia, sua complexidade, os problemas que a antecedem e possíveis futuros.

é que os estudantes compreendam que a saúde é um conceito amplo, que deve levar em conta o bem-estar dos seres humanos, das inúmeras espécies animais e dos ecossistemas terrestres, que compõem uma unidade interdependente e profundamente conectada da qual fazemos parte.

Para exemplificar os desequilíbrios ambientais e a relação com a emergência de zoonoses, sugerimos a análise dos exemplos trazidos no texto citado e na fotografia, que mostram macacos na

Quem invade o espaço de quem? Na imagem, macacos sobem em moto para comer frutas em Nova Délhi, Índia, 2020.
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Competências

• Gerais: 1 e 4

• Ciências Humanas: 2, 5 e 7

• Geografia: 1 e 4

• Atende-se à habilidade

EF09GE14 com foco em interpretar mapas temáticos para analisar dados e informações sobre vírus emergentes de zoonoses no mundo.

• O trabalho com a habilidade

EF09GE15 é feito ao comparar-se e classificar-se diferentes regiões do mundo com base em informações populacionais, econômicas e socioambientais representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

O mapa temático apresentado na seção apresenta informações sobre quatro vírus emergentes de zoonoses, dando continuidade ao conteúdo estudado nas páginas 66 a 69. Por se tratar de um mapa que traz muitos dados, sugerimos que, num primeiro momento, os estudantes realizem uma leitura individual, registrando as informações que conseguirem apreender.

Na sequência, permitir que compartilhem parte de suas análises em grupo, verificando se há dificuldades de compreensão para saná-las durante a leitura dirigida do mapa. Para iniciar esse processo de leitura, questionar os estudantes sobre os aspectos que mais chamaram a atenção deles. Espera-se que comentem sobre a projeção, as cores e os símbolos utilizados, cujo detalhamento é apresentado nos quadros da página 71

Dar prosseguimento à leitura explicando que o mapa está representado em uma projeção azimutal centrada no polo norte. Caso os estudantes apresentem dificuldade, sugerimos auxiliá-los a identificar os continentes e

Vírus emergentes de zoonoses

Mapas temáticos apresentam um conjunto de informações sobre um tema por meio da combinação de diversas variáveis visuais. Para analisar de forma correta esse tipo de mapa, é necessário identificar cada informação presente nele, como ela está representada e, em seguida, analisar todas elas em conjunto. O mapa dessa seção traz informações sobre quatro vírus emergentes de zoonoses, destacando a distribuição geográfica deles e o número de casos confirmados e óbitos.

Para representar essas informações foram utilizadas as seguintes variáveis visuais:

• cores, representando cada um dos vírus estudados;

• formas associadas às cores, representando os casos confirmados/óbitos relacionados aos vírus e locais de início da epidemia;

• tamanhos associados às formas, representando a quantidade de casos confirmados/óbitos relacionados aos vírus.

Inicie a leitura do mapa identificando as cores e formas utilizadas, analisando os quadros disponíveis na página 71. Depois, analise o mapa atentamente, relacionando as três variáveis.

Vírus emergentes de zoonoses

Fonte: LE MONDE. L’Atlas de la Terre: comment l’homme a dominé la nature. Paris: Malesherbes, 2021. p. 150-151.

Ebola

70

Alta taxa de mortalidade

Local de partida (primeiros surtos em 1976)

Países mais atingidos durante a última epidemia entre 2013 e 2016*

Casos confirmados

Índice de contágio muito baixo

Local de partida (primavera de 2012)

Número de casos confirmados por país ou território, entre 2012 e início de 2020

Mais de 2 000

MERS-CoV

alguns países. Depois, solicitar que analisem o uso dos símbolos e cores.

Corrente de transmissão Reservatório natural Hospedeiro intermediário

Mortes 11 325

De 10 a 200

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28 652

Casos confirmados

Mortes

Entre dezembro de 2013 e março de 2016.

* Cerca de 30 surtos entre 1976 e 2012, todos contidos e controlados, com um número de mortes relativamente baixo (menos de 1 600).

Para consolidar a compreensão das informações contidas no mapa, propor que os estudantes realizem as atividades propostas na página 71 em duplas. As atividades também podem ser feitas coletivamente, com a mediação do professor. Na atividade 5, que aborda a distribuição geográfica do vírus Ebola, espera-se que os estudantes mencionem o continente africano como

A origem de uma epidemia global

Local de partida (dezembro de 2019)

Número de casos confirmados por país ou território, até 11 de outubro de 2020

SARS-CoV-2

Menos de 10

Corrente de transmissão

Reservatório natural Hospedeiro intermediário

2 527 904

Casos confirmados

Mortes

Entre setembro de 2012 e fevereiro de 2020.

área de ocorrência do vírus, explicando que o símbolo utilizado para representar o número de casos confirmados é o triângulo laranja, e o número de mortes, o triângulo vermelho. Espera-se que os estudantes respondam que a taxa de letalidade elevada pode ser observada pelo alto número de mortes em relação ao número de casos confirmados.

BNCC
INTERAGIR
MAPAS
COM
0 2 520 km Equador Círculo Polar Antártico Trópico de Capricórnio Trópico de Câncer 0° 0° OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO OCEANO PACÍFICO Círculo Polar Ártico OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO 3 814 10 678 14 124 4 810 3 956 2 544 Yambuku REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO Nzara SUDÃO DO SUL Jidá ARÁBIA SAUDITA HONG KONG Wuhan CHINA BRASIL ESTADOS UNIDOS RÚSSIA ÍNDIA GUINÉ LIBÉRIA SERRA LEOA
aviária Local de partida (primeiro surto em 1997, segundo surto em 2003) Área com casos humanos confirmados, entre 2003 e 2013
H5N1 Vírus da gripe
DACOSTA MAPAS
NÃO ESCREVA NO LIVRO.
70

• Contempla-se a habilidade EF09GE02 com foco em analisar a atuação das organizações não governamentais na vida da população mundial.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Introduzir o tema com a leitura das manchetes disponíveis na página 72, que citam nomes de grandes organizações não governamentais internacionais. Encaminhar as atividades 1 e 2 e verificar os conhecimentos e as hipóteses dos estudantes a respeito do assunto. Essa sondagem poderá auxiliar o professor na preparação e no encaminhamento das aulas.

Destacar que, por conta das desigualdades socioeconômicas existentes entre as diversas regiões do globo, uma parcela significativa da população mundial, concentrada nos países subdesenvolvidos, encontra-se à margem do processo de globalização. Neste contexto, a ação de organizações governamentais e não governamentais visa cobrir lacunas que, em muitas situações, não são cobertas pelos Estados.

Ao falar sobre as organizações não governamentais (ONGs), é comum ver associada a referência ao chamado “terceiro setor”. Chamar a atenção dos estudantes para essa classificação, que não deve ser confundida com os setores da economia.

O primeiro setor é constituído pelas instituições estatais comandadas pelo governo. O segundo setor corresponde às empresas privadas com fins lucrativos. O terceiro setor, por sua vez, é formado pelas organizações privadas sem fins lucrativos prestadoras de serviços públicos, que envolvem inúmeras ONGs e atividades.

Depois de apresentadas algumas grandes ONGs mundiais, promover um debate com os estudantes sobre o papel delas, que, muitas vezes, atuam de

5 ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS

Leia as manchetes.

Greenpeace impede entrada por 18 horas de navio com soja do Brasil no porto de Amsterdã

A ONG afirmou que foi para alertar a União Europeia sobre a urgência de aprovar uma legislação mais rigorosa contra o desmatamento

GREENPEACE impede entrada por 18 horas de navio com soja do Brasil no porto de Amsterdã. G1, Rio de Janeiro, 11 maio 2022. Disponível em: https://g1.globo.com/jornal-nacional/ noticia/2022/05/11/greenpeace-impede-entrada-por-18-horasde-navio-com-soja-do-brasil-no-porto-de-amsterda.ghtml. Acesso em: 22 jun. 2022.

Médicos Sem Fronteiras

vai atuar no combate à covid-19 no Sertão da Paraíba

Parceria da ONG internacional foi fechada nesta terça-feira com a Secretaria de Estado da Saúde

MÉDICOS Sem Fronteiras vai atuar no combate à covid-19 no Sertão da Paraíba. G1, [João Pessoa], 2 jun. 2021. Disponível em: https://g1.globo.com/pb/paraiba/ noticia/2021/06/22/medicos-sem-fronteirasvai-atuar-no-combate-a-covid-19-nosertao-da-paraiba.ghtml. Acesso em: 22 jun. 2022.

Converse com os colegas e o professor sobre as questões a seguir.

1 Quais são as organizações citadas nas manchetes? Você já ouviu falar delas?

Greenpeace e Médicos Sem Fronteiras. Verificar conhecimentos dos estudantes sobre essas organizações.

2 No seu entendimento, qual é a importância dessas organizações? Você conhece outras organizações internacionais?

Resposta pessoal.

O processo de globalização intensificou as relações internacionais nos seus diversos aspectos e influenciou o surgimento de muitas organizações voltadas para a cooperação internacional. Problemas ambientais, crises econômicas e guerras requerem, em muitas situações, que soluções sejam tomadas por mais de um país. Nesses contextos, são criadas as organizações internacionais. Essas organizações podem ser constituídas de países (governamentais) ou de grupos de pessoas (não governamentais) que definem, em Estatuto ou Carta de Intenções, os objetivos de sua atuação.

A ONG Médicos sem Fronteiras auxilia no atendimento a pessoas em diferentes lugares do mundo. Na foto, atendimento a criança na Líbia, 2021.

modo a compensar a ausência do poder público em determinados setores da sociedade.

Aproveitar para conversar sobre o papel desse tipo de organização em uma escala mais próxima, isto é, a ação de ONGs ou outras instituições da sociedade civil no lugar onde vivem (bairro, município etc.), conforme solicitado na atividade de pesquisa do boxe Investigar lugares

Estimular os estudantes a pesquisar sobre a realidade do terceiro setor em escala local. Após

a realização da proposta, solicitar aos estudantes que se organizem em grupos e elaborem um painel com as informações coletadas para compartilhar com o restante da turma. Ao final das apresentações, questioná-los por que o trabalho dessas ONGs é importante, solicitando que baseiem sua argumentação nos dados levantados.

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Organizações Não Governamentais (ONGs)

As ONGs são instituições civis com preocupações e práticas sociais, sem fins lucrativos, que realizam serviços em lugares e situações em que os governos se fazem pouco presentes. Essas organizações obtêm recursos por meio de financiamentos de governos e empresas privadas, venda de produtos, doações da população em geral, e contam com voluntários – pessoas que não recebem salários pelo seu trabalho na organização.

Além disso, as ONGs são importantes fiscalizadoras e denunciadoras de ações dos vários atores do espaço geográfico mundial.

Existem milhares de ONGs, a maioria de atuação local. Apenas algumas centenas delas são internacionalmente influentes.

Anistia Internacional

Fundada no Reino Unido, em 1961, e atualmente presente em 150 países, a Anistia Internacional atua para que os direitos humanos sejam respeitados, promovendo a defesa de vítimas de tortura, condenados à pena de morte e presos políticos. Em 1977, a Anistia Internacional recebeu o Prêmio Nobel da Paz, um reconhecimento pela atuação no cenário internacional.

Oxfam

Prêmio Nobel da Paz: criado pelo sueco Alfred Nobel, é entregue desde 1902 a pessoas ou instituições que se destacam em ações que beneficiam a sociedade.

Criada em 1995, a Oxfam é uma confederação internacional de 15 organizações que trabalham pelo combate à pobreza, à injustiça social e às violações dos direitos humanos. Atua em 98 países exercendo pressão sobre governos e empresas a fim de garantir melhores condições de vida às populações carentes.

Greenpeace

O Greenpeace surgiu em 1971. Suas ações estão voltadas para a proteção do ambiente, com destaque para florestas, oceanos e atmosfera. A instituição promove campanhas criativas e provocativas para chamar atenção para os problemas ambientais.

• INVESTIGAR LUGARES

• Você conhece alguma ONG que atua no município ou no estado onde você mora?

• Em caso positivo, qual é a área de atuação dela?

• Em caso negativo, busque informações a respeito e compartilhe suas descobertas com os colegas.

Respostas pessoais. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.

ONGs no Brasil

Solicitar que os estudantes realizem uma pesquisa sobre as principais ONGs que atuam no Brasil. Essas informações poderão ser organizadas em um mapa que indicará as áreas de atuação das ONGs.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor

• TACHIZAWA, Takeshy. Organizações não governamentais e terceiro setor: criação de ongs e estratégias de atuação. São Paulo: Atlas, 2014.

A finalidade desta obra é apresentar técnicas inerentes à gestão das organizações não governamentais e outros tipos de organizações sociais, sem fins lucrativos, que compõem o Terceiro Setor, em uma abordagem da realidade brasileira.

Para o professor e estudante

• AS CEM melhores ONGs para apoiar. Exame, São Paulo, 2 dez. 2021. Disponível em: https:// exame.com/colunistas/ideias-re novaveis/as-100-melhores-ongspara-apoiar/. Acesso em: 10 ago. 2022.

Na reportagem, a revista e o Instituto Doar apresentam a lista das organizações com mais eficiência, qualidade de gestão, transparência e boa governança do Brasil em 2021.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR
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ANISTIA INTERNACIONAL OXFAM GREENPEACE
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• A habilidade EF09GE02 é contemplada com foco em analisar a atuação das organizações governamentais internacionais na vida da população em relação ao consumo, à cultura e à mobilidade.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

É importante lançar um olhar crítico à atuação das agências da ONU e a importância da organização no cenário internacional com base na análise de alguns acontecimentos históricos nos quais esteve envolvida, principalmente quando se trata da manutenção da paz mundial.

Destacar que, embora seu principal propósito seja manter a paz e a segurança no mundo, a ONU não conseguiu, ao longo de sua história, evitar diversos conflitos armados. Em alguns casos, manteve-se afastada ou até mesmo ausente, para não contrariar os membros permanentes do Conselho de Segurança, como aconteceu na invasão dos Estados Unidos ao Vietnã (19611975); na invasão da extinta União Soviética ao Afeganistão (1979-1989); na Guerra das Malvinas, entre Argentina e Inglaterra (1982); nos ataques das forças militares russas à província da Chechênia (na década de 1990); na invasão do Iraque pelos Estados Unidos (2003); e nos conflitos na Ucrânia (2014-2015), que envolvem interesses da Rússia e das potências ocidentais. Explicar que a posição passiva do Conselho de Segurança da ONU durante a invasão estadunidense no Iraque gerou dúvidas quanto à credibilidade e ao papel da organização como mantenedora da paz mundial. Essa experiência fez com que a ONU reavaliasse seu papel e reformulasse vários programas, fundos, agências especializadas e, principalmente, o Conselho de Segurança, que convive com uma proposta de ampliação do número de membros. O Brasil, ao lado de Índia, Japão e Alemanha, pleiteia

Organizações governamentais

As organizações governamentais internacionais podem ter objetivos e interesses diversos. Algumas têm caráter político e regional, como a Organização dos Estados Americanos (OEA), que funciona como um fórum governamental político, jurídico e social dos países da América. Outras, como a Organização das Nações Unidas (ONU), têm atuação global.

Organização das Nações Unidas (ONU)

Após a Segunda Guerra Mundial, a ONU foi criada por 50 países que se reuniram nos Estados Unidos para uma Conferência Internacional, com o objetivo de discutir novos rumos do mundo e evitar conflitos armados, especialmente os de grandes proporções.

Com sede em Nova York (Estados Unidos), a ONU é, atualmente, a maior e a mais importante organização governamental internacional. Dela fazem parte 193 países, inclusive o Brasil. A manutenção da paz, a defesa da igualdade, dos direitos e das liberdades do ser humano e a promoção do desenvolvimento econômico, social e cultural são seus objetivos principais.

Observe o esquema de parte da estrutura da ONU.

Conselho de Segurança

Responsável pela manutenção da paz e da segurança, é constituído por 15 países-membros, sendo cinco permanentes, que possuem o direito de veto a qualquer proposta: Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China; e dez rotativos, eleitos por dois anos.

Veto: oposição, proibição, posicionar-se de forma contrária.

Conselho Econômico e Social

Responsável pelo desenvolvimento e pela coordenação de atividades sociais, econômicas, culturais, ambientais e educativas. Constituído por 54 países-membros.

Secretariado

Responsável pela análise de problemas econômicos e sociais, preparação de relatórios sobre meio ambiente ou direitos humanos, organização de conferências internacionais etc.

uma vaga de membro permanente do Conselho de Segurança.

Sobre o Pnuma, destacar a atuação dele nas questões ambientais planetárias, ressaltando as principais conferências das Nações Unidas sobre meio ambiente já realizadas e seus principais desdobramentos. A linha do tempo da página 76 é um bom ponto de partida para aprofundar o estudo sobre o tema.

Em relação aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, ressaltar que em 2000 a

Corte Internacional de Justiça Responsável pela apresentação de soluções para problemas judiciais a países e outros órgãos e agências especializadas da ONU. É constituída de 15 juízes eleitos pela Assembleia Geral e pelo Conselho de Segurança, em mandato de nove anos.

Assembleia Geral Órgão em que os países-membros apresentam propostas para soluções de problemas e discutem temas como paz e segurança, aprovação de novos membros, desarmamento, direitos humanos etc. Cada país tem direito a um voto.

ONU estabeleceu oito metas que deveriam ser atingidas até o ano de 2015 e que, após avaliação dos avanços e pontos que ainda precisavam ser melhorados, os governos signatários da Cúpula do Milênio reafirmaram, em junho de 2012 durante a Rio+20, o estabelecimento de metas favoráveis ao desenvolvimento sustentável em substituição aos Objetivos do Milênio (ODM). Os 17 objetivos da agenda de desenvolvimento sustentável abordados no livro do estudante são um desdobramento dos oito objetivos estabelecidos

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Elaborado pelos autores.

Objetivos de Desenvolvimento do Milênio

Na tentativa de se fortalecer como organização coordenadora de ações mundiais, a ONU organizou, no ano 2000, a Cúpula do Milênio, na qual os países-membros se comprometeram a implantar políticas para atingir oito grandes objetivos de desenvolvimento até 2015.

Durante os 15 anos em que os oito objetivos do milênio nortearam as ações dos governos e das organizações internacionais, muitos avanços ocorreram. A pobreza diminuiu, mais crianças passaram a frequentar a escola e as taxas de mortalidade infantil caíram. Porém, ainda é preciso realizar esforços para atingir esses objetivos de forma satisfatória.

Em 2015, houve outra reunião da Cúpula de Desenvolvimento Sustentável, em que os países-membros da ONU e a sociedade civil redefiniram uma agenda de desenvolvimento sustentável, que deverá ser atingida até 2030, composta de 17 objetivos.

1 Compare os objetivos do milênio estabelecidos nos anos 2000 e 2015. Depois, copie o quadro a seguir em seu caderno e preencha-o indicando quais objetivos do desenvolvimento sustentável de 2015 estão relacionados aos objetivos estabelecidos em 2000. Observe o modelo.

Comparativo objetivos do milênio anos 2000-2015

ATIVIDADE COMPLEMENTAR

A ONU no Brasil e no mundo

1. Reúnam-se em grupos e façam uma pesquisa sobre a atuação de uma das agências da ONU no Brasil. Identifiquem os projetos desenvolvidos, os beneficiados diretos, as instituições brasileiras envolvidas. Em seguida:

a) apresentem o resultado da pesquisa aos colegas e ao professor.

b) discutam a importância do trabalho dessa agência para o nosso país.

2. Em grupo, construam um quadro-síntese contendo informações sobre as principais agências da ONU: Banco Mundial, FMI, OMS, FAO, Pnuma, PNUD, Unicef, Unesco. Vejam o modelo de quadro. Organismo

AMPLIANDO HORIZONTES

FICA A DICA

Plataforma Agenda 2030. Publicado por: Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030 do Desenvolvimento Sustentável. Disponível em: https://gtagenda2030.org.br/agenda-pos-2015/. Acesso em: 21 jun. 2022.

O site apresenta os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e as metas necessárias para atingi-los até o ano de 2030.

no início do século XXI, cujas metas devem ser atingidas até o ano de 2030.

A atividade proposta na página 76 permite aos estudantes relacionar os dois grupos de objetivos. Solicitar que comparem todos os objetivos e preencham o quadro, justificando as associações realizadas. Sugerimos aqui apenas uma das possibilidades de resposta. Na seção #Fica a Dica indicamos o endereço de um portal com todas as informações relativas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável 2015

Para o professor e o estudante • NAÇÕES UNIDAS NO BRASIL. Brasília, DF, [20--]. Site. Disponível em: https://brasil.un.org/. Acesso em: 9 ago. 2022. O link relata a história da ONU no Brasil e a atuação de cada uma de suas agências.

Sede Área de Atuação Comparativo objetivos do milênio ano 2000-2115 1 2 3 4 5 6 7 8 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável 2015 1, 2, 4, 8, 9, 10 4, 5, 10 5, 10, 17 1, 2, 3, 4, 6 1, 2, 3, 6 1, 3, 6 6, 7, 11, 12, 13, 14, 15, 17 8, 9, 16, 17
1 2 3 4 5 6 7 8 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável 2015 1, 2, 4, 8, 9, 10 4, 5, 10 5, 10, 17 1, 2, 3, 4, 6 1, 2, 3, 6 1, 3, 6 6, 7, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17 8, 9, 16, 17 Consultar comentários em Orientações didáticas.
# OMS ONU 75
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BNCC

• A habilidade EF09GE02 pode ser desenvolvida ao analisar-se a atuação das organizações governamentais internacionais em relação ao consumo, à cultura e à mobilidade.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Explicar aos estudantes que os primeiros organismos internacionais surgiram a partir do final da Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de reorganizar a economia e regular as relações entre os países, em diversas áreas. Hoje eles continuam atuando, incentivando a cooperação entre seus membros e definindo ações em âmbito mundial, principalmente nas áreas econômica, cultural, social, médica e no planejamento e na tomada de decisões em situações de crise nacionais ou internacionais.

Os estudantes costumam ter alguma familiaridade com a ONU por meio de notícias divulgadas pela mídia. Para um melhor direcionamento de como tratar do assunto, iniciar a aula sondando o conhecimento prévio da turma.

Permitir que se expressem livremente. Apresentar os aspectos relacionados ao surgimento da organização e de como está estruturada, indicando as funções dos seus órgãos principais e as agências que fazem parte de cada um. Questionar os estudantes se conhecem nomes de algumas delas. Explicar que muitos dados que constam no livro do estudante foram obtidos em documentos disponibilizados por essas agências, como o Relatório do Desenvolvimento Humano, cuja publicação está sob responsabilidade do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Na atividade 1, pesquisar sobre a atuação delas durante a pandemia de covid-19. Para realizar a tarefa, os estudantes poderão encontrar as informações disponíveis nas páginas das agências, que têm tradução em português e cujos links estão indicados

Agências da ONU

A ONU é composta de agências especializadas, programas e fundos que desenvolvem ações em diversas áreas, como saúde, educação e defesa dos direitos humanos. Conheça algumas dessas instituições.

Banco Mundial

Fundado em 1944, o Banco Mundial conta com 187 países-membros. Com sede em Washington (Estados Unidos), a instituição atende somente países em desenvolvimento, fornecendo-lhes empréstimos e experiência técnica para projetos como construção de escolas, hospitais, estradas, hidrelétricas etc.

Fundo Monetário Internacional (FMI)

Com sede em Washington (Estados Unidos), o FMI, criado em 1944, tem como principal objetivo a estabilidade do sistema financeiro internacional, por meio de cooperação entre os 188 países-membros. O Fundo fornece empréstimos e exige políticas de ajustes econômicos que, muitas vezes, prejudicam o desenvolvimento social dos tomadores.

Organização Mundial da Saúde (OMS)

Fundada em 1948, com sede em Genebra (Suíça), a OMS atua em 194 países, fornecendo apoio técnico e assistência na prevenção e no tratamento de doenças, como programas de vacinação em massa e fornecimento de medicamentos.

Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO)

Criada em 1945, tem sede em Roma (Itália) e atua em 194 países. Seu objetivo é a promoção do desenvolvimento agrícola, o aumento da produção de alimentos e a erradicação da fome, da subnutrição e da carência de alimentos.

1 Pesquise ações de uma das agências da ONU citadas nesta página durante a pandemia de covid-19. Consultar comentários em Orientações didáticas.

FICA A DICA

No símbolo da FAO, a inscrição em latim fiat panis significa “faça-se o pão”.

Organização das Nações Unidas no Brasil. Publicado por: Organização das Nações Unidas no Brasil. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br. Acesso em: 21 jun. 2022. Site oficial da ONU no Brasil, com informações atualizadas sobre as ações da organização no mundo e no nosso país.

na seção Ampliando Horizontes. Eles também poderão pesquisar ações das agências apresentadas na página 76 Incentivar a pesquisa de agências diferentes, para que possam ter um panorama amplo da atuação delas. Programar um momento para que apresentem o resultado da pesquisa desenvolvida.

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TEXTO COMPLEMENTAR Conheça a ONU

A Organização das Nações Unidas, também conhecida pela sigla ONU, é uma organização internacional formada por países que se reuniram voluntariamente para trabalhar pela paz e desenvolvimento mundiais.

O preâmbulo da Carta das Nações Unidas – documento de fundação da Organização – expressa os ideais e os propósitos dos povos cujos gover-

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BANCO MUNDIAL FMI OMS FAO 76
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Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco)

A Unesco, sediada em Paris (França), foi criada em 1945. É constituída por 193 países que buscam promover o desenvolvimento nas áreas de educação; ciências humanas, sociais e naturais; informação; cultura e comunicação.

Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef)

O Unicef, sediado em Nova York (Estados Unidos), foi criado em 1946. O Fundo desenvolve políticas e campanhas de vacinação, prevenção da aids, educação, combate ao trabalho infantil e à discriminação de crianças e adolescentes, entre outras ações.

Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma)

O Pnuma foi criado em 1972, como resultado da primeira conferência da ONU sobre meio ambiente, realizada no mesmo ano, em Estocolmo (Suécia).

Com sede em Nairóbi (Quênia), tem como objetivos promover a conservação e o uso racional dos recursos naturais, alertar sobre problemas e ameaças ao meio ambiente, entre outros. Atua em parceria com os setores governamental, não governamental, acadêmico e privado.

As conferências mundiais sobre meio ambiente realizadas depois da criação do Pnuma têm por objetivo promover debates e buscar soluções para os problemas ambientais globais. Analise a linha do tempo com as principais conferências e seus desdobramentos.

Conferência de Estocolmo, Suécia. Criação do Pnuma.

Publicação do relatório “Nosso Futuro Comum”, elaborado pela ONU, discute a importância do desenvolvimento sustentável.

Conferência Rio 92, Rio de Janeiro, Brasil. Criação da Agenda XXI e das Convenções sobre Mudanças Climáticas e Diversidade Biológica.

“Resolvemos conjugar nossos esforços para a consecução desses objetivos. Em vista disso, nossos respectivos governos, por intermédio de representantes reunidos na cidade de São Francisco, depois de exibirem seus plenos poderes, que foram achados em boa e devida forma, concordaram com a presente Carta das Nações Unidas e estabelecem, por meio dela, uma organização internacional que será conhecida pelo nome de ‘Organização das Nações Unidas’.”

CONHEÇA a ONU. Unic Rio de Janeiro Brasília, DF, [20--]. Site. Disponível em: https://unicrio.org.br/conheca-a-onu/. Acesso em: 9 ago. 2022.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor e o estudante Orientar os estudantes a pesquisar notícias em sites oficiais:

• UNICEF BRASIL. Brasília, DF, [20--]. Site. Disponível em: https://brasil. unicef.org.br/.

• FAO NO BRASIL. Brasília, DF, [20--]. Site. Disponível em: https://www. fao.org/brasil/fao-no-brasil/pt.

• OPAS/OMS. Brasília, DF, [20--]. Site. Disponível em: https://www. paho.org/pt/brasil.

• UNESCO BRASIL. Brasília, DF, [20--]. Site. Disponível em: https:// pt.unesco.org/fieldoffice/brasilia.

• O BANCO Mundial no Brasil. The World Bank. Brasília, DF, c2022. Disponível em: https://www.worl dbank.org/pt/country/brazil.

Conferências das Partes (COPs) passam a acontecer anualmente para discutir as mudanças climáticas e ações necessárias. O Protocolo de Kyoto (1997) e o Acordo de Paris (2015) foram elaborados nas COPs.

Conferência Rio +10, Johanesburgo, África do Sul. Acordo em reduzir pela metade, até 2015, a fome e a carência de água potável.

Conferência Rio +20, Rio de Janeiro, Brasil. Renovação do compromisso com o desenvolvimento sustentável e avaliação de progressos e falhas nas políticas adotadas anteriormente.

• FUNDO Monetário Internacional. Banco Central do Brasil. Brasília, DF, [20--]. Site. Disponível em: https://www.bcb.gov.br/aces soinformacao/fmi.

• SOBRE o PNUMA. UN Enviroment Program. Brasília, DF, [20--]. Disponível em: https://www.unep. org/pt-br/sobre-onu-meio-am biente. Acessos em: 9 ago. 2022.

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nos se uniram para constituir as Nações Unidas:

“Nós, os povos das Nações Unidas, resolvidos a preservar as gerações vindouras do flagelo da guerra, que, por duas vezes no espaço da nossa vida, trouxe sofrimentos indizíveis à humanidade, e a reafirmar a fé nos direitos fundamentais do homem, na dignidade e no valor do ser humano, na igualdade de direitos dos homens e das mulheres, assim como das nações grandes e pequenas, e a estabelecer condições sob as quais a justiça e o respeito às obrigações decorrentes de tratados e de outras fontes de direito inter-

nacional possam ser mantidos, e a promover o progresso social e melhores condições de vida dentro de uma liberdade mais ampla.”

“E para tais fins praticar a tolerância e viver em paz uns com os outros, como bons vizinhos, unir nossas forças para manter a paz e a segurança internacionais, garantir, pela aceitação de princípios e a instituição de métodos, que a força armada não será usada a não ser no interesse comum, e empregar um mecanismo internacional para promover o progresso econômico e social de todos os povos.”

1972 1987 1992
1995 2002
UNESCO UNICEF PNUMA 77
2012
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Competências

• Gerais: 1 e 7

• Ciências Humanas: 2 e 6

• Geografia: 6

• Contempla-se a habilidade EF09GE02 com foco em analisar a atuação das organizações não governamentais na vida da população mundial.

• A habilidade EF09GE05 é trabalhada ao analisar-se fatos e situações para compreender a integração mundial (econômica, política e cultural), e a articulação dos movimentos sociais e organizações não governamentais no contexto da globalização e da mundialização.

• A habilidade EF09GE15 é atendida com ênfase em comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações representadas em mapas com diferentes projeções cartográficas.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Esta seção destaca o papel do Fórum Social Mundial (FSM) como agente de discussão sobre a globalização e seus efeitos. Introduzir o estudo conversando com os estudantes sobre o que é um fórum, levantando suas hipóteses sobre o assunto. Explicar que a palavra fórum significa reunião para trocar ideias e experiências sobre diversos temas.

Explicar as origens do Fórum Social Mundial, destacando o aspecto de resistência às imposições das grandes corporações e organismos internacionais, dando voz aos movimentos sociais. Novamente, é possível trazer os aspectos estudados relacionados às disparidades socioeconômicas e à segregação de determinados grupos no contexto da globalização, que começam a se organizar para buscar uma inserção maior nas decisões internacionais.

Na atividade 1, espera-se que os estudantes concluam que a

Fórum Social Mundial (FSM)

O FSM é um encontro aberto realizado quase todos os anos, do qual participam movimentos sociais, ONGs e diversas pessoas do mundo, com o objetivo de debater problemas sociais e políticos, formular propostas e trocar experiências.

O primeiro FSM aconteceu em Porto Alegre em 2001 e foi concebido em oposição ao Fórum Econômico Mundial, organização internacional que reúne anualmente na cidade de Davos (Suíça), apenas por meio de convite, líderes políticos, empresários, especialistas de diversas áreas, jornalistas, religiosos, ONGs, entre outros, para discutir e apontar soluções para questões mundiais que envolvem economia, educação, saúde, ambiente, pobreza, conflitos internacionais etc.

Desde então, encontros nacionais, regionais e temáticos passaram a ocorrer a fim de discutir temas específicos, como saúde e migrações. Analise as imagens e o mapa a seguir.

esperança é a de que um mundo diferente, com mais justiça, com menos desigualdades e menos problemas sociais, seja possível.

Na atividade 2, item b, os estudantes deverão indicar América e África com continentes que mais acolheram edições do Fórum. Espera-se que os estudantes reconheçam que os continentes em questão apresentam graves problemas socioeconômicos que justificam a organização da sociedade civil e a realização de fóruns em busca

*Em 2021, o Fórum Social Mundial foi realizado virtualmente em função da pandemia de covid-19.

Elaborado com base em: DURAND, Marie-Françoise (coord.). Atlas espace mondial 2018. Paris: SciencesPo, 2018. p. 220.

de soluções comuns. No item c, espera-se que os estudantes apontem argumentos relacionados à intenção do cartógrafo de destacar que as desigualdades estão concentradas no hemisfério sul do planeta ou, ainda, de valorizar a região, indicando que é de onde surgem as alternativas a um processo de globalização excludente.

Na atividade 3, item a, os estudantes têm a liberdade de escolher os assuntos mais relevantes de acordo com a opinião do grupo; porém é im-

BNCC OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO Equador Trópico de Câncer Meridiano de Greenwich Trópico de Capricórnio OCEANO ÍNDICO 0° 0° Círculo Polar Ártico Salvador 2018 Rio de Janeiro 2019 BRASIL MÉXICO CANADÁ VENEZUELA ÍNDIA PAQUISTÃO QUÊNIA MALI SENEGAL TUNÍSIA Belém 2009 Nairóbi 2007 Caracas 2006 Cidade do México 2022 Bamako 2006 Dakar 2011 Mumbai 2004 Karachi 2006 Túnis 2013, 2015 Montreal 2016 Porto Alegre 2001, 2002, 2003, 2005, 2012 e 2020 0 2 133
E AGIR PENSAR NÃO ESCREVA NO LIVRO.
Fórum Social Mundial – 2001-2022* SONIA VAZ
BIRA DANTAS 78 D2-GEO-F2-2106-V9-U2-050-083-LA-G24-AV.indd 78 30/08/2022 15:17 78

Organizem-se em grupos para realizar as atividades propostas.

1 Observem novamente a charge e respondam: qual é a esperança dos personagens? Na opinião do grupo, que “outro mundo” eles esperam?

Consultar comentários em Orientações didáticas.

2 Analisem o mapa e respondam:

a) Em que capitais brasileiras já ocorreram fóruns sociais?

Belém, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

b) Em quais continentes mais ocorreram fóruns mundiais? Na sua opinião, qual é a relação dessa localização com o objetivo dos fóruns?

Consultar comentários em Orientações didáticas.

c) No entendimento de vocês, por que esse mapa tem o sul voltado para o topo?

Consultar comentários em Orientações didáticas.

3 Imaginem que vocês vão organizar um Fórum Social. Que problemas do Brasil ou do mundo vocês acham que deveriam ser discutidos?

Consultar comentários em Orientações didáticas

a) Elaborem uma lista com esses temas e compartilhem com os outros grupos.

b) Escolham um dos temas da lista e discutam os problemas que ele causa.

c) Elaborem propostas para solucionar o tema discutido.

4 Façam uma pesquisa em jornais, revistas e, se possível, na internet, sobre o último Fórum Social Mundial.

• Selecionem, imprimam ou recortem reportagens sobre os temas discutidos no Fórum.

• Façam uma lista com esses temas e escrevam um texto considerando a importância deles e se possuem relação com a vida dos brasileiros e o lugar onde vocês moram.

• Apresentem seu trabalho para a turma, em uma roda de conversa. O professor será o mediador das discussões.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

relacionar o local com o global. Orientar os estudantes na hora da apresentação, estabelecer limites de tempo e estimular o debate.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor e o estudante • FÓRUM SOCIAL MUNDIAL 2021. [S l.], [20--]. Site. Disponível em: https://wsf2021.net/. Acesso em: 10 ago. 2022

Página do evento com as informações completas sobre o Fórum Social Mundial, realizado virtualmente no ano de 2021 por causa da pandemia de covid-19.

portante orientá-los a pensar em problemas que caracterizam a sociedade brasileira e os países do Hemisfério Sul em geral. No item b, verificar se os estudantes conseguem identificar os problemas relacionados ao tema escolhido. Nesse momento é importante realizar a mediação do debate e solicitar que realizem registros, para que possam realizar o próximo item. No item c, estimular os estudantes a discutir propostas de ações que envolvam os diversos setores da sociedade: organi-

zações governamentais e não governamentais, empresas, cidadãos organizados etc.

Na atividade 4, os estudantes deverão pesquisar os temas tratados durante o último Fórum Mundial Social. Aconselhá-los a acessar o site oficial da organização para que possam entrar em contato com as discussões promovidas no último FSM avaliando-as. Conversar com eles sobre a relação entre os temas discutidos no FSM e a realidade do lugar onde vivem, procurando

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O FSM é independente de qualquer governo, empresa ou organização política. Na fotografia, marcha do primeiro FSM em Porto Alegre (RS), 2001.
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• A habilidade EF09GE02 é trabalhada ao analisar-se a atuação das corporações internacionais e das organizações econômicas mundiais na vida da população em relação ao consumo, à cultura e à mobilidade.

• Contempla-se a habilidade EF09GE05 com ênfase em analisar fatos e situações para compreender a integração mundial (econômica, política e cultural), comparando as diferentes interpretações: globalização e mundialização.

• A habilidade EF09GE09 é atendida ao analisar-se características de países e grupos de países europeus, asiáticos e da Oceania em seus aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas e pressões sobre seus ambientes físico-naturais.

• O trabalho com a habilidade EF09GE14 é feito ao laborar-se e interpretar-se gráficos de barras e de setores, mapas temáticos e esquemáticos (croquis) e anamorfoses geográficas para analisar, sintetizar e apresentar dados e informações sobre diversidade, diferenças e desigualdades sociopolíticas e geopolíticas mundiais.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Sugerimos organizar os estudantes em duplas para a realização das atividades propostas na seção. Destinar um tempo para que eles possam concluir a tarefa. Acompanhar a produção circulando pela classe para fornecer apoio didático e esclarecer dúvidas. Após esse tempo, verificar as respostas das atividades e solicitar às duplas que as exponham oralmente, de forma alternada.

1. a) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes indiquem

ATIVIDADES

Todas as respostas das atividades desta seção estão no MP, com orientações e encaminhamentos.

1 Leia o texto a seguir e faça as atividades.

O movimento antiglobalização tende, de maneira típica, a apresentá-la como diretamente hostil aos objetivos do desenvolvimento econômico e uniformemente nociva aos interesses dos países pobres. Nos Estados Unidos, os partidários da globalização tenderiam, ao contrário, a considerá-la a solução para os problemas do desenvolvimento econômico. [...] A globalização não é nem o inimigo nem a salvação do desenvolvimento. Ela constitui um processo muito mais complexo, que comporta dimensões positivas tanto quanto negativas significativas. [...] Com o fim da Guerra Fria, os prodigiosos avanços dos transportes e das técnicas da informação e da comunicação e o desenvolvimento ainda mais rápido do ritmo de interconexão, pudemos constatar uma progressão muito acentuada. Tudo isso contribuiu para aumentar a renda per capita muito mais rapidamente do que no passado. Ainda assim, é preciso reconhecer que as desigualdades são atualmente mais acentuadas do que em qualquer outro momento da história. Por volta de 1820, no alvorecer da era industrial mundial, a diferença entre os países mais pobres e os mais ricos, calculada segundo a renda per capita, era de 1 para 3. A tecnologia foi o principal motor do crescimento, mas também contribuiu consideravelmente para aumentar as desigualdades.

SACHS,

a) Que aspecto negativo da globalização foi citado pelo autor?

São

b) Cite outros problemas que, em muitos lugares do mundo, aprofundaram-se com a globalização.

c) No seu entendimento, que aspectos da globalização são positivos? Justifique sua resposta.

2 Compare as fotografias e faça o que se pede.

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os contrastes na organização dos espaços. A foto 1 mostra um bairro comercial, moderno, com grande circulação de pessoas. A foto 2, um bairro residencial, com carência de infraestrutura.

b) Resposta pessoal. Verificar as hipóteses apresentadas pelos estudantes. Depois, solicitar que realizem a pesquisa de imagens ou notícias que corroborem as respostas deles, garantindo um momento de troca dos dados

pesquisados. Espera-se que os estudantes indiquem que as desigualdades socioespaciais ocorrem em todas as partes do globo.

c) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes compreendam que Milton Santos qualifica o processo de globalização como “perversa”, pois exclui grande parte da população mundial da comunicação global, do “encolhimento do espaço-tempo”, da abolição das fronteiras, entre outros aspectos.

BNCC NIKOLAI LINK/SHUTTERSTOCK.COM DEEPTHOUGHT IMAGERY/SHUTTERSTOCK.COM
NÃO ESCREVA NO LIVRO.
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Área no centro de Cidade do Cabo, África do Sul, 2021. Moradias precárias na periferia de Cidade do Cabo, África do Sul, 2020. Jeffrey. Globalização e países em via de desenvolvimento: globalização para quem? Paulo: Futura, 2004. p. 87-92.
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a) Destaque os aspectos que mais chamaram sua atenção em cada uma delas.

b) No seu entendimento, as desigualdades observadas nas fotografias ocorrem apenas em países subdesenvolvidos e emergentes? Justifique sua resposta com exemplos extraídos de fotografias, notícias e experiências que você ou pessoas conhecidas viveram.

c) No livro Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal, o geógrafo Milton Santos (1926-2001) fala em uma “globalização perversa”. Por meio das fotografias e com base em seus conhecimentos, explique por que ele qualifica a globalização dessa maneira.

3 Analise o gráfico a seguir.

Mundo: pobreza multidimensional (em % da população) – 2020

3. a) O gráfico mostra o percentual de pessoas em situação de pobreza multidimensional por continente ou região do globo em 2020.

b) O maior índice é encontrado na África Subsaariana, e o menor na Europa e na Ásia Central.

c) O índice de pobreza multidimensional para a América Latina era de 6,9% em 2020. Objetivo: • Observar disparidades regionais e entre países, analisando indicadores socioeconômicos diversos que demonstram um padrão de distribuição espacial que opõe países desenvolvidos, subdesenvolvidos e emergentes.

4. a) As escolas públicas são menos conectadas à internet que as escolas privadas. A diferença era de 51% em 2020.

b) Espera-se que os estudantes indiquem que as escolas públicas ofereceram menos aulas remotas do que as escolas particulares por questões de infraestrutura, como as condições necessárias para acessar a internet e de disponibilidade de equipamentos, como computadores e tablets. O fato de os estudantes das escolas públicas terem menos acesso à conexão de internet em suas casas também deve ser levado em consideração.

Elaborado com base em: OXFORD POVERTY AND HUMAN DEVELOPMENT INITIATIVE; UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME. Global Multidimensional Poverty Index 2021: unmasking disparities by ethnicity, caste and gender. Oxford: OPHI; New York: UNDP, 2021. Disponível em: https://hdr.undp.org/system/files/documents//2021mpireportenpdf. pdf. Acesso em: 15 jul. 2022.

a) O que mostra o gráfico?

b) Que regiões do mundo apresentavam, respectivamente, o maior e o menor índice de pobreza multidimensional?

c) Qual era o índice de pobreza multidimensional na região onde o Brasil está inserido?

Objetivos: • Analisar a existência de aspectos contraditórios da globalização, reconhecendo-a como um processo que não atingiu todos os países e pessoas da mesma forma e com a mesma intensidade. • Realizar leitura de imagens, como mapas e fotografias, para obtenção de informações variadas e como parte de procedimentos de leitura da paisagem.

2. a) Espera-se que os estudantes identifiquem o aumento das desigualdades sociais.

b) Os estudantes poderão citar o aumento do

desemprego, proliferação de doenças, imposição cultural, entre outros.

c) Espera-se que os estudantes citem os avanços nos meios de transporte e de comunicação e o maior intercâmbio entre países e povos de culturas diferentes.

Objetivo: • Analisar a existência de aspectos contraditórios da globalização, reconhecendo-a como um processo que não atingiu todos os países e pessoas da mesma forma e com a mesma intensidade.

c) Resposta pessoal. Esse momento é privilegiado para que os estudantes expressem como viveram a escolaridade no período em que as escolas estiveram fechadas, contando suas preferências e dificuldades. É importante promover a escuta respeitosa entre os estudantes, e acolher as vivências de cada um com respeito e empatia, pois a saúde mental de muitos adolescentes foi impactada com o distanciamento social.

Objetivos: • Analisar os diferentes impactos da pandemia de covid-19 nas áreas da saúde, economia, educação, trabalho. • Reconhecer que a pandemia de covid-19 aprofundou ainda mais as disparidades econômicas, sociais, étnicas e de gênero.

(%) 0 10 20 30 40 50 60 Países Árabes Leste asiático e Pacífico Europa e Ásia Central América Latina Sul da Ásia África Subsaariana 14,5 5,4 1 6,9 29 53,4 SONIA VAZ
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a) Espera-se que os estudantes indiquem que Ailton Krenak não concebe os humanos como seres separados, desconectados da natureza. Ele acredita que fazemos parte da natureza, assim como todas as demais espécies animais e vegetais, os solos, os mares, os rios etc. Essa visão fica clara quando ele afirma que “Eu não percebo algo que não seja natureza. Tudo é natureza.”

b) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes mencionem nossa forma de agir centrada apenas em nossos interesses, antropocêntrica, desconsiderando o bem-estar das outras espécies que habitam o planeta. Essa forma de agir destrutiva tem poder mortal, assim como o vírus. O autor faz uma analogia entre a letalidade causada por nosso modo de vida e a letalidade do vírus.

c) Observar se os estudantes concordam ou não com a afirmação e se apresentam argumentação coerente para corroborar o ponto de vista trazido.

Objetivos: • Relacionar as características do mundo globalizado ao surgimento cada vez mais frequente de epidemias e pandemias. • Compreender a necessidade de uma abordagem integrada de bem-estar de espécies animais, vegetais e ecossistemas como forma de reduzir os riscos de pandemias.

6. a) ONG significa Organização Não Governamental. São instituições civis com preocupações e práticas sociais, sem fins lucrativos.

b) A ONG citada na notícia é a organização Parceiros do Mar, que promove a limpeza de praias e a conscientização sobre o problema ambiental do lixo.

c) Os estudantes poderão citar a Anistia Internacional, o Greenpeace, Médicos Sem Fronteiras etc., além de ONGs locais. As ONGs desempenham importantes funções em todo

4 As desigualdades no acesso à internet observadas nas diferentes regiões do planeta também ocorrem no território brasileiro. Analise os dados a seguir, referentes ao início da pandemia de covid-19, e responda às questões.

a) O que se pode afirmar sobre as disparidades de acesso à internet entre escolas públicas e privadas?

b) No ano de 2020 e parte do ano de 2021, as aulas remotas foram introduzidas como alternativa para que os estudantes pudessem continuar a estudar de suas casas com segurança. No seu entendimento, quais fatores podem explicar as disparidades no oferecimento de aulas remotas nas escolas públicas e privadas?

c) Converse com seus colegas e professor sobre suas experiências de aprendizagem durante o período em que as escolas ficaram fechadas. Que aspectos teriam feito a diferença para que você tivesse mais facilidade e prazer em estudar?

5 O trecho do texto a seguir foi escrito por Ailton Krenak (1953-), pensador e líder indígena. Depois da leitura, responda às questões.

Antropocentrismo: pensamento filosófico que coloca o ser humano como indivíduo central para o entendimento do mundo.

É terrível o que está acontecendo, mas a sociedade precisa entender que não somos o sal da terra. Temos que abandonar o antropocentrismo; há muita vida além da gente, não fazemos falta na biodiversidade. Pelo contrário. Desde pequenos, aprendemos que há listas de espécies em extinção. Enquanto essas listas aumentam, os humanos proliferam, destruindo florestas, rios e animais. Somos piores que a Covid-19. Esse pacote chamado de humanidade vai sendo descolado de maneira absoluta desse organismo que é a Terra, vivendo uma abstração civilizatória que suprime a diversidade, nega a pluralidade das formas de vida, de existência e de hábitos. [...] Fomos, durante muito tempo, embalados com a história de que somos a humanidade e nos alienamos desse organismo de que somos parte, a Terra, passando a pensar que ela é uma coisa e nós, outra: a Terra e a humanidade. Eu não percebo algo que não seja natureza. Tudo é natureza. [...]

o mundo, realizando serviços em lugares e situações em que os governos são pouco presentes, fiscalizando e denunciando ações dos vários atores do espaço geográfico mundial.

d) Por meio de doações, campanhas, financiamentos governamentais ou de empresas privadas, venda de produtos etc.

e) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes citem atitudes práticas, como a redução da produção de resíduos sólidos, que são descar-

tados nos mares, redução no uso de plásticos e derivados de petróleo, que poluem as águas, não descartar lixo em locais inadequados etc.

Objetivos: • Conhecer o papel de organizações internacionais (governamentais e não governamentais) na produção do espaço geográfico mundial.

• Reconhecer a importância da mobilização de organizações da sociedade civil mundial na proposição de um mundo mais justo e com melhores condições de vida para todos.

5.
MAZZA, Luigi; BUONO, Renata. Sem internet nem aprendizagem. Piauí, São Paulo, 9 ago. 2021. Disponível em: https://piaui.folha.uol.com.br/sem-internet-nem-aprendizagem/. Acesso em: 21 jun. 2022. KRENAK, Ailton. A vida não é útil. São Paulo: Companhia das Letras, 2020. p. 81-83.
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7.

a) Qual é a visão do autor sobre a relação entre seres humanos e natureza? Justifique sua resposta com uma frase extraída do texto.

b) Por que o autor afirma que “Somos piores que a covid-19”?

c) Você concorda com essa ideia? Justifique sua resposta com argumentos que validem sua posição.

6 Leia o trecho da notícia e responda às questões.

ONG faz limpeza em praia do litoral paranaense e encontra “lixo internacional”

No último final de semana, a ONG Parceiros do Mar, em parceria com mais de 30 voluntários, promoveu a coleta de lixo na orla da Unidade de Conservação do Superagui, no Paraná. Foram recolhidos 47 sacos de lixo, o que deu um total de 120 quilos de resíduos tirados da areia e da área de restinga, que chamou a atenção pela quantidade de lixo internacional. Essa é a quarta limpeza das praias que a ONG realiza com parceiros no litoral do Paraná apenas no segundo semestre, com o objetivo de envolver e conscientizar a comunidade sobre o problema do lixo.

ONG FAZ limpeza em praia do litoral paranaense e encontra “lixo internacional”. Bem Paraná, Curitiba, 17 set. 2018. Disponível em: https://www.bemparana.com.br/noticia/ong-faz-limpeza-em-praia-do-litoralparanaense-e-encontra-lixo-internacional#.Ya-LoNDMKUk. Acesso em: 21 jun. 2022.

a) O que significa a sigla ONG? Como essas organizações podem ser definidas?

b) Qual é a atuação da ONG citada na notícia?

c) Dê exemplos de atuação de outras ONGs, explicando a importância desse tipo de organização.

d) Em geral, como as ONGs obtêm recursos?

e) Que atitudes podemos tomar em nosso cotidiano para reduzir a poluição das praias e dos oceanos?

7 Analise o símbolo da FAO e a fotografia. Depois, faça as atividades.

Distribuição de alimentos coordenada pela FAO em Moçambique, África, 2021.

a) Que ação da FAO é retratada na fotografia?

b) Que outras agências da ONU têm projetos diretamente ligados à área social?

a) A fotografia retrata a doação de alimentos a sírios abrigados em um campo de refugiados, por causa de uma guerra civil.

b) A Organização Mundial da Saúde (OMS), que apresenta programas de apoio técnico e de assistência na prevenção e no tratamento de diversas doenças; desenvolve programas de vacinação em massa, erradicação de doenças e fornecimento de remédios; e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a

Ciência e a Cultura (Unesco), que promove o desenvolvimento nas áreas de Educação, Ciências Humanas e Sociais, informação, cultura e comunicação e Ciências Naturais.

Objetivos: • Conhecer o papel de organizações internacionais (governamentais e não governamentais) na produção do espaço geográfico mundial. • Realizar leitura de imagens, como mapas e fotografias, para obtenção de informações variadas e como parte de procedimentos de leitura da paisagem.

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FAO
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ALFREDO ZUNIGA/AFP
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Competências

• Gerais: 1, 2, 3, 4, 5 e 7

• Ciências Humanas: 2, 3, 5, 6 e 7

• Geografia: 1, 3, 4, 5 e 6

Habilidades

Geografia:

• EF09GE02

• EF09GE07

• EF09GE10

• EF09GE16

• EF09GE01

• EF09GE05

• EF09GE08

• EF09GE14

• EF09GE17

• EF09GE04

• EF09GE06

• EF09GE09

• EF09GE15

• EF09GE18

Interdisciplinaridade com...

Ciências:

• EF09CI12 Justificar a importância das unidades de conservação para a preservação da biodiversidade e do patrimônio nacional, considerando os diferentes tipos de unidades (parques, reservas e florestas nacionais), as populações humanas e as atividades a eles relacionados.

Língua Portuguesa:

• EF89LP24 Realizar pesquisa, estabelecendo o recorte das questões, usando fontes abertas e confiáveis.

• EF89LP25 Divulgar o resultado de pesquisas por meio de apresentações orais, verbetes de enciclopédias colaborativas, reportagens de divulgação científica, vlogs científicos, vídeos de diferentes tipos etc.

Matemática:

• EF09MA22 Escolher e construir o gráfico mais adequado (colunas, setores, linhas), com ou sem uso de planilhas eletrônicas, para apresentar um determinado conjunto de dados, destacando aspectos como as medidas de tendência central.

Abertura da Unidade

BNCC

• A habilidade EF09GE07 é atendida ao analisar componentes físico-naturais da Eurásia e os determinantes histórico-geográficos para a divisão do bloco continental em Europa e Ásia.

3

TERRITÓRIO E NATUREZA

A Europa não está totalmente separada da Ásia por oceanos ou mares. Assim, formam um imenso bloco de terras contínuo denominado Eurásia. A divisão da Eurásia em dois continentes, separados pelos montes Urais, pelo mar Cáspio e pelo mar Negro, é resultado de uma escolha geopolítica e de um processo relacionado às diferenças histórico-culturais entre Europa e Ásia.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

A Unidade 3 introduz o estudo do continente europeu, abordando suas características territoriais, a divisão política, o processo de integração da Europa e alguns aspectos naturais.

As páginas de abertura da Unidade trazem uma imagem dos Montes Urais, elemento natural que foi escolhido para definir os limites entre a Ásia e a Europa no século XVIII. Solicitar aos

estudantes que leiam o título da Unidade e o texto introdutório e, na sequência, analisem a fotografia.

Apresentar o conceito de Eurásia, que será aprofundado nas páginas seguintes, desenvolvendo as habilidades EF09GE06 , EF09GE07 e EF09GE09 . Depois, orientar os estudantes para a realização das atividades 1 a 4, que têm por objetivo levantar os conhecimentos prévios dos estudantes a respeito do continente europeu.

BNCC NA UNIDADE
Os montes Urais constituem parte do limite entre a Europa e a Ásia. Foto de 2020.
UNIDADE
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EUROPA:

1. Espera-se que os estudantes respondam que a Eurásia foi politicamente dividida nos continentes europeu e asiático porque abriga civilizações bastante diversas, com culturas, religiões e formas de organização social distintas.

2. Os estudantes deverão indicar os Montes Urais, o Mar Cáspio e o Mar Negro como elementos naturais que delimitam a Europa e a Ásia.

3. Recomenda-se aproveitar as descrições dos estudantes para introduzir o tema da diver-

Consultar respostas em Orientações didáticas.

Converse com os colegas e o professor sobre as questões a seguir.

1 No seu entendimento, por que a Eurásia foi politicamente dividida nos continentes europeu e asiático?

2 Que elementos naturais são considerados como limites entre Europa e Ásia?

3 Quando você pensa no continente europeu, que paisagens naturais vêm à sua mente? Descreva-as.

4 Explique o que você sabe sobre os aspectos naturais de dois países europeus.

à “ocidentalização” do mundo promovida pelos europeus, já estudados na Unidade 1 deste volume. Sugerimos um trecho sobre o tema na seção Texto complementar

ATIVIDADE COMPLEMENTAR

Caso os estudantes demonstrem dificuldades em apresentar características naturais dos países europeus, propor uma pesquisa de imagens de paisagens naturais da Europa. Depois, os estudantes poderão, em grupos, identificar os países retratados nas imagens e descrever as paisagens, familiarizando-se com o conteúdo que será desenvolvido no decorrer da Unidade.

TEXTO COMPLEMENTAR

Modernidade e Ocidente

O discurso sociológico eurocêntrico […] parte de uma premissa sobre as relações entre a modernidade, com suas instituições e seus modos de vida característicos, e o Ocidente. Aquela teria sido gerada no interior deste; a modernidade seria um “fenômeno ocidental”, de forma que ambos, tomados como agregados culturais, poderiam ser vistos como sinônimos.

sidade das paisagens naturais do continente europeu.

4. A resposta é pessoal. Utilizar esta questão para investigar os conhecimentos prévios dos estudantes sobre os aspectos naturais do continente europeu.

Aproveitar para trazer exemplos de como a Europa exerce influência em questões culturais, econômicas, políticas e sociais presentes na vida dos estudantes, retomando aspectos relacionados

O termo “ocidental”, nesse sentido, seria, no mais das vezes, equivalente a europeu, quando se refere a fenômenos até o século XIX; a partir de então, a América anglo-saxã também passaria a ser entendida como parte desse conglomerado civilizacional. É grande, por certo, a dificuldade e imprecisão em se definir qualquer um desses termos, uma vez que eles parecem congenitamente entrelaçados e são utilizados, em geral, de maneira intercambiável, na mais vasta gama de discursos sociológicos, políticos ou do senso comum.

BORTOLUCI, José Henrique. Para além das múltiplas modernidades: eurocentrismo, modernidade e as sociedades periféricas. Plural, São Paulo, v. 16, n. 1, p. 53-80, 2009, p. 63. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/plural/article/ view/75208/78839. Acesso em: 11 ago. 2022.

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• Atende-se à habilidade EF09GE06 com foco em associar o critério de divisão do mundo em Ocidente e Oriente.

• A habilidade EF09GE07 é trabalhada ao analisar os determinantes físico-naturais e histórico-geográficos para a divisão da Eurásia em Europa e Ásia.

• A habilidade EF09GE08 é contemplada ao analisarem-se as transformações territoriais, considerando o movimento de fronteiras na Europa.

• Desenvolve-se a habilidade EF09GE09 com foco em analisar características de países e grupos de países europeus (transcontinentalidade).

• A habilidade EF09GE14 é trabalhada ao elaborar e interpretar mapas temáticos e esquemáticos (croquis) para analisar, sintetizar e apresentar informações sobre os continentes.

• Atende-se à habilidade EF09GE15 com foco em comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Sugerimos que, ao longo do estudo das Unidades 3 e 4, um mapa político da Europa permaneça afixado na sala de aula para que os estudantes possam identificar limites de países, dimensões territoriais, saídas para mares e oceanos etc.

Realizar a leitura compartilhada do conteúdo que aborda a localização da Europa, explicando de forma mais detalhada a questão da Eurásia e dos aspectos históricos e políticos envolvidos na divisão do bloco continental em Europa e Ásia. Durante a leitura do texto citado, verificar se os estudantes apresentam dúvidas e saná-las, destacando que o objetivo dos russos, ao escolher os Montes Urais como limite entre os dois continentes, era de incluir

1 LOCALIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÕES

Com uma área territorial de pouco mais de 10,4 milhões de km2, o que corresponde a 7% da superfície emersa da Terra, a Europa é o penúltimo continente em extensão, superando apenas a Oceania.

O continente europeu possui terras nos hemisférios Norte (ou Setentrional), Ocidental e Oriental. É banhado ao norte pelo oceano Glacial Ártico, ao oeste pelo oceano Atlântico, ao sul pelo mar Mediterrâneo e ao leste pelo mar Cáspio.

O mar Mediterrâneo é o limite natural entre a Europa e a África. Já entre a Europa e a Ásia, como estudamos na abertura desta Unidade, os limites foram definidos de acordo com interesses geopolíticos e processos histórico-culturais já que, do ponto de vista geológico, ambas formam um bloco continental denominado Eurásia. Analise o mapa e leia o trecho do texto a seguir.

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 24.

Foi apenas no século XVIII que os montes Urais foram definidos como limite oriental da Europa. Essa escolha foi feita pelo geógrafo e historiador russo Vassili Nikitich Tatichtchev, que, ao deslocar a fronteira da Europa mais a leste, inclui o máximo possível do território russo nesse continente. A ocidentalização da Rússia promovida pelo czar Pedro I, o Grande, deveria vir acompanhada de uma mudança de representação da Rússia, que permaneceu muito tempo sob o domínio dos tártaros e mongóis [...] modificando a fronteira da Europa, Tatichtchev oculta esse passado asiático para fazer da Rússia uma potência europeia, e da sua parte asiática, a imensa Sibéria, uma reserva de terras a conquistar e colonizar. [...]

TÉTART, Frank; MOUNIER, Pierre-Alexandre. Atlas de l’Europe: un continent dans tous ses états. Paris: Autrement, 2021. p. 14. Traduzido pelos autores.

o máximo possível de território russo na Europa, com o projeto de que a Rússia viesse a se tornar uma potência europeia.

Em relação às diferenças entre as civilizações asiáticas e europeias, destacar que a Europa é considerada o berço da civilização e da cultura ocidental. A religião predominante é o cristianismo, as línguas latinas são faladas em muitos países e a população é majoritariamente branca. O continente asiático, por outro lado, representa a civilização oriental, que agrupa inúmeras cul-

turas e permitiu o desenvolvimento de grandes religiões, como budismo e islamismo, e línguas, como árabe e chinês.

Explicar que entre a Europa e a Ásia existem países considerados transcontinentais: a Rússia , a Turquia e o Chipre . Alguns geógrafos também classificam como transcontinentais os países do Cáucaso (Azerbaijão, Armênia e Geórgia).

Não há consenso sobre a classificação dos países do Cáucaso como europeus ou asiáticos.

BNCC OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO Equador Trópico de Câncer 0° 0° Círculo Polar Ártico Círculo Polar Antártico Trópico de Capricórnio Meridiano de Greenwich OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO EURÁSIA OCEANO
OCEANO GLACIAL ÁRTICO 0 3 391 ALLMAPS
GLACIAL ANTÁRTICO
Eurásia
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As civilizações que se formaram na Ásia e na Europa apresentam importantes diferenças entre si no que se refere às organizações social e política e aos aspectos culturais e religiosos. Apesar da diversidade observada entre os países que fazem parte da Europa e da Ásia, há aspectos e características que permitem identificá-los como transcontinentais, ou seja, países cujos territórios estão distribuídos em dois continentes. Rússia, Turquia, Chipre, Azerbaijão, Geórgia e Armênia encaixam-se nessa categoria. Analise a imagem.

Imagem de satélite de Istambul, Turquia, 2022.

Istambul, a capital da Turquia, é dividida em duas porções pelo estreito de Bósforo. Na imagem, à esquerda e abaixo, a porção europeia da cidade, e à direita e acima, a porção asiática.

Estreito: passagem de pequena largura em mar ou oceano que separa duas porções de terra.

Faça as

atividades a seguir.

1 Em que período e por qual motivo os montes Urais foram escolhidos como um dos limites naturais que separam a Europa da Ásia?

2 Produza um croqui representando os limites entre Europa e Ásia. Siga as etapas.

a) Faça um decalque do mapa “Eurásia” (página 86) com papel transparente.

b) Consulte um mapa da Europa, como o disponível na página 104, e localize os elementos naturais que delimitam os dois continentes (montes Urais, mar Cáspio e mar Negro). Depois, utilize linhas para identificá-los.

c) Identifique os territórios de cada continente utilizando cores diferentes e elabore uma legenda.

d) Represente nas áreas correspondentes aos territórios da Ásia e da Europa informações que você conhece sobre a cultura desses continentes.

e) Crie um título para o croqui.

f) Compartilhe o resultado com os colegas, explicando como você organizou as informações.

Algumas fontes os incluem na Ásia. Esta coleção optou por incluí-los na Europa.

Ressaltar que a cidade de Istambul, capital da Turquia, possui terras nos dois continentes, separadas pelo Estreito de Bósforo; localizá-la no planisfério e analisar a imagem de satélite disponível na página 87, que mostra as porções europeia e asiática da cidade.

Na seção Ampliando horizontes, indicamos dois artigos que poderão auxiliá-lo no preparo

FICA A DICA

Gatos (Kedi) (documentário). Direção: Ceyda Torun. Turquia e Estados Unidos, 2017. O documentário mostra a vida de gatos que moram nas ruas de Istambul, na Turquia. Seguindo um grupo de gatos, o filme reproduz como as pessoas se relacionam com os animais e com a cidade, que é uma das maiores aglomerações urbanas da Europa.

tenha acesso a um computador ou tablet conectado à internet, indicamos na seção Ampliando horizontes duas opções interessantes que podem ser utilizadas pelos estudantes.

É importante esclarecer aos estudantes que um mapa esquemático ou croqui é um desenho simples, que muitas vezes mais parece um rascunho feito à mão, sem muita preocupação com a precisão na representação. O importante é sintetizar e esquematizar a informação. Nesse sentido, verificar a coerência entre os elementos representados no croqui e na legenda.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor e o estudante

• LOURENÇÃO, Gabriel. Entre Europa e Ásia, identidade russa ainda é enigma para estudiosos. Jornal da USP, São Paulo, 24 abr. 2017. Disponível em: https:// jornal.usp.br/ciencias/ciencias -humanas/entre-europa-e-asia -identidade-russa-ainda-e-enig ma-para-estudiosos/. Acesso em: 11 ago. 2022.

A reportagem apresenta o tema do livro Rússia: Europa ou Ásia?

A questão da identidade russa nos debates entre ocidentalistas, eslavófilos e eurasianistas e suas consequências hoje na política da Rússia entre Ocidente e Oriente, de Angelo Segrillo.

• INSTITUTO GEOGRÁFICO NACIONAL ARGENTINO. Mapas de la República Argentina: mapa físico – político. Buenos Aires: IGN, 2020. Disponível em: https://mapasescolares.ign.gob. ar/dist/src/mapaInteractivo.html.

Acesso em: 9 ago. 2022.

das aulas sobre a identidade cultural desses países transcontinentais.

Na atividade 1, espera-se que os estudantes indiquem que os Montes Urais foram escolhidos como limite que separa a Europa da Ásia no século XVIII com o objetivo de aumentar as áreas do território russo e se aproximar dos valores ocidentais, além de ampliar sua participação e área de influência no mundo ocidental.

Na atividade 2, é possível produzir o croqui utilizando ferramentas digitais. Caso a escola

O link dá acesso a mapas interativos, incluindo o do continente americano. É possível salvar a produção e imprimir o mapa.

• GOOGLE MyMaps. [S l.], [20--].

Site. Disponível em: https://www. google.com/maps/d/. Acesso em: 9 ago. 2022.

É preciso ter uma conta no site para produzir o croqui. Depois, é possível salvar a produção, editá-la e compartilhá-la on-line

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1. Consultar comentários em Orientações didáticas. 2. Auxiliar os estudantes na atividade. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
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• A habilidade EF09GE09 é atendida com foco em analisar características de países europeus, em seus aspectos populacionais, políticos e econômicos.

• O trabalho com a habilidade EF09GE14 dá-se com ênfase em interpretar mapas temáticos para analisar, sintetizar e apresentar informações da Europa.

• Desenvolve-se a habilidade EF09GE15 ao comparar e classificar diferentes regiões com base em dados populacionais e econômicos representados em mapas temáticos com diferentes projeções cartográficas.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Na página 88, apresentamos o mapa com a divisão política da Europa. Conforme sugerido anteriormente, trabalhar com o mapa político de parede pode ser adequado, considerando a escala do mapa disponível no material do estudante.

Chamar a atenção dos estudantes para a dimensão territorial dos países, os oceanos e mares que banham o continente, a presença de ilhas. Explicar que o litoral europeu é amplo e bastante recortado, com mares, penínsulas, estreitos, golfos e ilhas. Destacar que muitos países não têm acesso ao mar ou oceano, como Hungria, Suíça e Áustria; alguns se encontram em arquipélagos e ilhas, como Reino Unido, Irlanda, Islândia e Malta; outros localizam-se em penínsulas, como Portugal e Espanha (Península Ibérica), Itália (Península Itálica) e Noruega, Suécia e Finlândia (Península Escandinava).

Ver nossa sugestão na seção Atividade complementar para explorar melhor a divisão política da Europa.

Abordamos com algum detalhe características de micro-Estados europeus (Vaticano, Mônaco, Andorra, San Marino, Luxemburgo e Liechtenstein. É possível

Divisão política

O território europeu apresenta grande fragmentação política, sendo constituído por 50 países. Analise o mapa.

Europa: político

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 43.

* A Crimeia é um território anexado pela Rússia em 2014. No entanto, a ONU não reconheceu essa anexação, considerando a Crimeia pertencente à Ucrânia.

Alguns dos países europeus, apesar da pequena extensão territorial, são Estados independentes e autônomos, como Vaticano, Mônaco, Andorra, San Marino, Luxemburgo e Liechtenstein. Esses micro-Estados se mantêm independentes por razões históricas e, em alguns casos, econômicas. Com exceção do Vaticano, todos são paraísos fiscais, ou seja, territórios que adotam leis e políticas fiscais atrativas para pessoas e empresas estrangeiras, como taxas mínimas de impostos e sigilo financeiro.

Ao investir recursos nos paraísos fiscais, pessoas e empresas pagam bem menos impostos do que pagariam nos países onde ganham dinheiro. Isso faz com que a capacidade de investimentos e financiamentos em serviços públicos nos Estados de origem dos recursos seja menor, prejudicando as populações.

apresentar aos estudantes as principais características desses Estados, disponíveis na página 89, e depois focar na questão dos paraísos fiscais

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É importante explicar para os estudantes o que são os paraísos fiscais, citando alguns países ao redor do mundo classificados como tal: Bermudas, Ilhas Cayman, Bahamas, Cingapura, Malta, Hong Kong, Países Baixos, Suíça e Ilhas Maurício, entre outros.

O assunto permite o desenvolvimento do

tema contemporâneo transversal Economia, com destaque para a Educação Fiscal, ao abordar os impactos da evasão fiscal na economia e no bem-estar social das populações dos países que deixam de receber receitas através dos impostos sonegados

Para que os estudantes compreendam o problema da evasão fiscal, é possível solicitar que realizem uma pesquisa sobre a função social dos impostos, ou seja, em que setores são aplicados os impostos pagos pelos cidadãos-contribuintes.

BNCC
60º L 0º 40ºN CírculoPolarÁrtico I. Creta GRE) I. Sardenha ITA) I. Córsega (FRA) I. Sicília ITA) Oslo Estocolmo Vaduz Berna Podgorica Tirana Helsinque Riga Minsk Vilnius Bruxelas Paris Lisboa Madri Luxemburgo Amsterdã Tallinn Kiev Chisinau Moscou Dublin Londres Bucareste Budapeste Sófia Skopje Pristina Atenas Valeta Belgrado Liubliana Sarajevo Roma San Marino Cidade de Mônaco Andorra la Vella Zagreb Copenhague Praga Berlim Viena Nicósia Bratislava Varsóvia Reykjavik Cidade do Vaticano Tbilisi Ierevan Baku ISLÂNDIA NORUEGA ESTÔNIA LITUÂNIA LETÔNIA BELARUS POLÔNIA ALEMANHA FRANÇA ESPANHA PORTUGAL UCRÂNIA GEÓRGIA AZERBAIJÃO ESL CHÉQUIA BHE ITÁLIA MON ANDORRA CRO MOLDÁVIA ROMÊNIA HUNGRIA ÁUSTRIA SUÍÇA LCH LUX HOL BÉLGICA BULGÁRIA GRÉCIA MALTA SÉRVIA MACEDÔNIA DO NORTE FED. RUSSA DINAMARCA REINO UNIDO IRLANDA SUÉCIA FINLÂNDIA RÚSSIA (parte europeia) TURQUIA (parte europeia) CHIPRE (parte europeia) ARMÊNIA SAN VAT ESV MONTENEGRO KOSOVO ALBÂNIA * ÁSIA ÁSIA ÁFRICA MONTESURAIS OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO ATLÂNTICO Mar de Barents Mar Branco Golfode Bótnia Mar da Noruega Mar do Norte Golfo de Biscaia MarAdriático Mar Jônico Mar Negro MarCáspio Mar de Azov Mar Tirreno GolfodaFinlândia Estreito de Gibralta r MarBáltic o MarEgeu Canal da M a ncha MardaIrlanda M a r M e d i t e r r â n e o Meridiano de Greenwich Capital de país Fronteira internacional BHE – BÓSNIA-HERZEGOVINA CRO – CROÁCIA ESL – ESLOVÁQUIA ESV – ESLOVÊNIA HOL – HOLANDA (PAÍSES BAIXOS) LCH – LIECHTENSTEIN LUX – LUXEMBURGO MON – MÔNACO SAN – SAN MARINO VAT – VATICANO 0 358 ALLMAPS
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sobre os micro-Estados europeus.

1 – LIECHTENSTEIN (Estado independente)

ÁUSTRIA

3 – VATICANO (Estado independente)

1,1km CIDADE DO VATICANO

SUÍÇA

24 km

Superfície: 160 km2

População: 39 062 habitantes

Existe desde 1719

2 – ANDORRA (Estado independente)

28,8km

Superfície: 468 km2

População: 78 015 habitantes

Existe desde 1278

Superfície: 0,439 km2

População: 832 habitantes

Existe desde 1929

ATIVIDADE COMPLEMENTAR

Jogando na Europa

4 – SAN MARINO (Estado independente)

ITÁLIA SAN MARINO

9,2 km

Superfície: 61,2 km2

População: 33 627 habitantes

Existe desde 1291

5 – MÔNACO (Estado independente)

FRANÇA MÔNACO

Solicitar que os estudantes analisem o mapa individualmente. Depois, eles deverão elaborar cinco perguntas com respostas de múltipla escolha que podem ser encontradas a partir da leitura do mapa. Após essa primeira etapa, organizar os estudantes em duplas para que possam participar do seguinte jogo: cada um, na sua vez, apresentará uma pergunta ao colega, que poderá consultar o mapa para encontrar a resposta correta. Se julgar pertinente, e caso os estudantes apresentem interesse pela proposta, é possível reunir todas as perguntas em um arquivo digital, para que todos possam jogar quando desejarem.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor

3,3km

Monte Carlo Mar Mediterrâneo

Superfície: 2 km2

População: 37 308 habitantes

Existe desde 1314

Fonte dos mapas: TÉTART, Frank; MOUNIER, Pierre-Alexandre. Atlas de l’Europe: un continent dans tous ses états. Paris: Autrement, 2021. p. 83.

• ESCOLA NACIONAL DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. Cadernos Pedagógicos do Programa Nacional de Educação Fiscal – PNEF. Agência Brasil, Brasília, DF, 2016. Disponível em: https://reposito rio.enap.gov.br/handle/1/4250.

Acesso em: 11 ago. 2022.

O link dá acesso à coleção de quatro Cadernos Pedagógicos do Programa Nacional de Educação Fiscal (PNEF), concebido pelo Ministério da Fazenda.

• CRISTINA, Lana (ed.). Entenda o que é a investigação jornalística Panamá Papers. Agência Brasil, Brasília, DF, 6 abr. 2016. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/no ticia/2016-04/entenda-o-que-e -investigacao-jornalistica-pana ma-papers. Acesso em: 11 ago. 2022.

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Depois, solicitar que reflitam sobre o que ocorre quando menos impostos são recolhidos com a prática da sonegação.

Indicamos na seção Ampliando horizontes um link de acesso para o conjunto de Cadernos Pedagógicos do Programa Nacional de Educação Fiscal (PNEF), concebido pelo Ministério da Fazenda para auxiliar os professores a trabalhar com a Educação Fiscal no cotidiano. O Caderno número 3 aborda especificamente o tema da função social dos tributos.

02/09/2022 20:54

Reportagem sobre o trabalho do Consórcio Internacional dos Jornalistas Investigativos sobre a lavagem internacional de dinheiro.

• A LAVANDERIA. Direção: Steven Soderbergh. Estados Unidos: Netflix, 2019. Streaming (96 min).

O filme é baseado no escândalo dos “Panamá Papers”, conjunto documentos vazados que revelaram informações confidenciais de empresas em paraísos fiscais.

Analise os mapas com algumas informações Vista parcial de Andorra, 2022. Vista parcial de Mônaco, 2021. Vista parcial de San Marino, 2019.
MEUNIERD/SHUTTERSTOCK.COM
ESPANHA
ANDORRA
FRANÇA
ITÁLIA
ITÁLIA ITÁLIA
ÁSIA ÁFRICA OCEANO ATLÂNTICO Mar Mediterrâneo VADUZ 45ºN 0º 1 2 5 4 3 0 670 SONIA VAZ
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Meridiano de Greenwich
STEVE ESTVANIK/SHUTTERSTOCK.COM
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• A habilidade EF09GE08 é atendida ao analisar transformações territoriais, considerando o movimento de fronteiras, tensões, conflitos e múltiplas regionalidades na Europa.

• Trabalha-se a EF09GE09 ao analisarem-se características de países e grupos de países europeus, em seus aspectos políticos e socioeconômicos.

• A habilidade EF09GE14 pode ser desenvolvida ao interpretar mapas temáticos para analisar informações sobre diferenças geopolíticas mundiais.

• Contempla-se a habilidade EF09GE15 com foco em comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Destacar o contexto histórico da Guerra Fria para explicar os critérios político-ideológicos da divisão da Europa em Ocidental e Oriental.

Explicar, brevemente, o processo de divisão da Alemanha em Oriental e Ocidental, que perdurou de 1961 a 1989, dividindo o país física e ideologicamente. A República Democrática da Alemanha (RDA), nome oficial da Alemanha Oriental, aliada à ex-União Soviética, seguiu o regime socialista, enquanto a República Federal da Alemanha (RFA), a Alemanha Ocidental, manteve o capitalismo como sistema político e econômico. Foi construído um muro em Berlim, separando as duas Alemanhas, o que dividiu famílias e comunidades em lados opostos do muro. Se necessário, retomar as principais características dos sistemas capitalista e socialista.

Destacar que a regionalização da Europa em Ocidental e Oriental, apesar de estar relacionada a um contexto histórico, ainda é utilizada, pois as diferenças

Divisões regionais

O continente europeu é comumente regionalizado a partir de dois critérios: geopolíticos e localização geográfica.

Critérios geopolíticos

A divisão regional em Europa Ocidental e Europa Oriental foi definida de acordo com as diferenças ideológicas verificadas durante a segunda metade do século XX.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, alguns países europeus, principalmente Reino Unido, França, Itália e Alemanha, perderam poder e representatividade política no espaço geográfico mundial. Os Estados Unidos e a antiga União Soviética tornaram-se as grandes potências mundiais e, após 1945, iniciaram um período de intensa disputa diplomática, militar, econômica, ideológica e tecnológica pela conquista de áreas de influência e hegemonia sobre o espaço mundial. Esse período ficou conhecido como Guerra Fria

O continente europeu teve seu território dividido em duas regiões de influência: Europa Ocidental, alinhada com os interesses estadunidenses, e Europa Oriental, ou Leste Europeu, na sua maior parte alinhada com os interesses soviéticos. Analise o mapa.

Europa: Ocidental e Oriental

Elaborado com base em: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 43.

Com o fim da União Soviética em 1991, a regionalização da Europa em Ocidental e Oriental perdeu seu caráter ideológico, mas continua sendo muito utilizada, pois ainda expressa diferenças históricas, econômicas, políticas e culturais entre os países do continente. Responda às atividades em seu caderno.

1 Cite dois países localizados em cada uma das regiões indicadas no mapa. Orientar os estudantes a observar a legenda do mapa para a escolha dos países.

socioeconômicas entre elas persistem, além das distinções culturais.

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Encaminhar a realização das atividades 1 e 2. Na atividade 1, podem ser citados, entre outros, os seguintes países: Europa Ocidental – Espanha e França; Europa Oriental – Romênia e Bulgária; Antiga URSS – Letônia e Lituânia.

Na página 91, apresentamos um mapa que mostra a regionalização da Europa de acordo com a localização geográfica dos países, que também é bastante utilizada. Solicitar aos estu-

dantes que realizem a atividade 2, indicando as possíveis respostas: Europa Ocidental – França, Portugal, Itália, entre outros; Europa Central e Bálcãs – Alemanha, Polônia, Romênia, entre outros; Europa Oriental – Belarus, Ucrânia, Geórgia, entre outros; Europa Setentrional – Noruega, Suécia, Finlândia, entre outros.

Explicar aos estudantes que o termo “Bálcãs” vem da palavra turca balkan, que significa “montanha”, e é utilizado para designar uma região do sudeste europeu situada ao sul dos rios

BNCC ISLÂNDIA ESCÓCIA IRLANDA GALES INGLATERRA PORTUGAL ESPANHA FRANÇA ALEMANHA SUÍÇA LIECHTENSTEIN ITÁLIA VATICANO SAN MARINO ÁUSTRIA HUNGRIA CROÁCIA BULGÁRIA ESLOVÊNIA MACEDÔNIA DO NORTE ALBÂNIA GRÉCIA ROMÊNIA ÁSIA ÁFRICA MOLDÁVIA BELARUS LITUÂNIA RÚSSIA (parte europeia) LETÔNIA ESTÔNIA NORUEGA SUÉCIA DINAMARCA FINLÂNDIA POLÔNIA CHÉQUIA ESLOVÁQUIA UCRÂNIA SÉRVIA KOSOVO MONTENEGRO BÓSNIAHERZEGOVINA PAÍSES BAIXOS BÉLGICA LUXEMBURGO AZERBAIJÃO Azer. ARMÊNIA GEÓRGIA ANDORRA MÔNACO MALTA TURQUIA (parte europeia) CHIPRE (parte europeia) Mar Negro Mar Cáspio Mar do Norte 55ºN Meridiano de Greenwich 0º OCEANO ATLÂNTICO MarBáltico M a r M e d i t e r r â n e o CírculoPolarÁrtico 40º L Europa Ocidental Europa Oriental Países da antiga URSS (parte europeia) 0 440
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TEXTO COMPLEMENTAR

Constituída por 25 países, a Europa Ocidental é o berço de antigas e importantes civilizações, como a romana e a grega. Nela surgiram os princípios da democracia e do capitalismo e tiveram início as Grandes Navegações (século XV) e a Revolução Industrial (séculos XVIII e XIX).

De maneira geral, os países da Europa Ocidental apresentam elevado desenvolvimento econômico e social. Em 2021, entre os 15 países com maior IDH do mundo, 11 estavam na Europa Ocidental, como Noruega, Irlanda, Suíça e Islândia, entre outros.

A Europa Oriental, ou Leste Europeu, também com 25 países, ficou marcada pela experiência do socialismo e pela forte influência política, econômica e militar da ex-União Soviética. Com o fim da URSS, a região passou por grandes transformações, como conflitos etnorreligiosos, surgimento de novos países, adoção do capitalismo, retorno das eleições livres e do pluripartidarismo

Em geral, os países do Leste Europeu apresentam desenvolvimento econômico e social inferior ao dos países da Europa Ocidental.

Localização geográfica

Pluripartidarismo: existência de dois ou mais partidos disputando o poder.

Essa regionalização da Europa é bastante utilizada e leva em consideração a distribuição dos países no continente. De acordo com esse critério, são identificadas quatro regiões. Analise o mapa.

Pesquisa revela diferença de mentalidade entre Europa Oriental e Ocidental

Décadas de regime socialista marcaram a consciência social dos europeus do Leste. A compreensão do que é liberdade difere bastante nos dois lados da antiga Cortina de Ferro.

Os conceitos de liberdade e igualdade social têm significados diferentes para alemães do Leste e do Oeste do país, mesmo 17 anos após a reunificação.

“Na região da antiga Alemanha Oriental, a igualdade social tem grande importância, enquanto no Oeste a liberdade é considerada mais significativa que a justiça social”, explica a linguista Bettina Bock, integrante de um projeto de pesquisa da Universidade de Jena.

“Normas e Valores da Compreensão entre Leste Europeu e Europa Ocidental” é o projeto internacional que integra sociólogos e filósofos numa reflexão sobre a diferença de mentalidade entre países que, em parte, já compõem o bloco único da União Europeia.

[...]

Elaborado com base em: CALDINI, Vera; ÍSOLA, Leda. Atlas geográfico Saraiva 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2013. p. 112.

2 Identifique, em seu caderno, dois países que fazem parte de cada uma das quatro regiões representadas no mapa. Orientar os estudantes a consultar o mapa da página 88 para identificar os países.

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Sava e Danúbio. Albânia, Bósnia-Herzegovina, Bulgária, Croácia, Grécia, Macedônia do Norte, Montenegro e Sérvia são países dos Bálcãs, marcados por conflitos que começaram no século XIX e que, após o período representado pela Guerra Fria, recomeçaram e perduram até os nossos dias.

Verificar se os estudantes compreendem os conceitos de meridional e setentrional. Fazer com que os estudantes entendam, por exemplo, como parte da Europa Meridional os países

que fazem parte da porção sul do continente: Portugal, Espanha, Itália, Grécia, Vaticano, San Marino, Mônaco, Chipre, Malta, Andorra, Albânia, Bósnia-Herzegovina, Croácia, Macedônia do Norte, Montenegro, Sérvia, Eslovênia.

Nos países da Europa Ocidental, a reivindicação de liberdade geralmente é associada ao desejo de maior flexibilidade econômica. Por outro lado, quando se fala de liberdade na Albânia ou na Ucrânia, o termo é usado mais na acepção de autonomia nacional. No Leste Europeu, a palavra “igualdade” é automaticamente entendida como igualdade social, enquanto a equiparação de direitos do ponto de vista jurídico é menos relevante.

O projeto da Universidade de Jena, integrado por pesquisadores de dez países do Leste Europeu e da Europa Ocidental, deverá investigar as diferenças semânticas no uso de outros 20 termos, como “democracia”, “autonomia” e “solidariedade”. O objetivo é fazer um dicionário que informe sobre diferentes aspectos semânticos nas diversas línguas.

PESQUISA. DW, Bonn, 12 jun. 2007. Disponível em: https:// www.dw.com/pt-br/pesquisa-reveladiferen%C3%A7a-de-mentalidadeentre-europa-oriental-e-ocidental/a2606928. Acesso em: 11 ago. 2022.

0º OCEANO ATLÂNTICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO CírculoPolarÁrtico Mar do Norte Mar Mediterrâneo Mar Negro Meridiano de Greenwich Mar Cáspio 60º L 40º N ÁFRICA ÁSIA ÁSIA EUROPA OCIDENTAL EUROPA CENTRAL E BÁLCÃS EUROPA ORIENTAL EUROPA SETENTRIONAL Mar Báltico 0 470 ALLMAPS
Europa: regiões por localização geográfica
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• Atende-se à habilidade EF09GE02 com foco em analisar a atuação das organizações econômicas em relação ao consumo, à cultura e à mobilidade.

• A habilidade EF09GE05 é contemplada com ênfase em analisar fatos e situações para compreender a integração (econômica, política e cultural) da Europa.

• A habilidade EF09GE09 é trabalhada ao analisarem-se características de países e grupos de países europeus, em seus aspectos políticos e econômicos.

• Contempla-se a habilidade EF09GE14 com ênfase em interpretar mapas temáticos para analisar informações sobre diferenças geopolíticas na Europa.

• A habilidade EF09GE15 é trabalhada com foco em comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações representadas em mapas temáticos com diferentes projeções cartográficas.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

É importante relacionar o fortalecimento de blocos econômicos ao processo de globalização. A princípio, a globalização e a regionalização do mundo em blocos econômicos parecem ser incompatíveis, pois os acordos comerciais definidos por países-membros de um bloco podem ser conflitantes com os interesses de outra associação, provocando aumento da competição comercial e da disputa por mercados. Globalização e regionalização em blocos, no entanto, complementam-se. À medida que as barreiras e as taxas alfandegárias diminuem ou desaparecem, amplia-se o comércio no interior do bloco, fortalecendo os países-membros e atraindo a atenção de outras associações ou de países isolados que buscam estabelecer acordos e negociações en-

2 INTEGRAÇÕES DA EUROPA

Na Europa, a União Europeia (UE), a Comunidade dos Estados Independentes (CEI) e a Associação Europeia de Livre-Comércio (EFTA) são as principais organizações de integração no continente, apresentando objetivos muito diferenciados.

Construção da União Europeia

Benelux

Apesar das grandes divergências e rivalidades que marcaram os países europeus ao longo da história, o objetivo de criar uma Europa unida existe desde o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Como grande parte dos combates ocorreu em território europeu, praticamente todos os países do continente foram arrasados pelo conflito. Enfraquecidos, eles criaram um conjunto de alianças e acordos que visavam à reconstrução e à recuperação econômica, militar e política. O primeiro acordo de integração entre países europeus foi firmado por Bélgica, Países Baixos (Netherlands, em inglês) e Luxemburgo, criando o Benelux, com o objetivo de facilitar e ampliar as relações comerciais entre os países-membros.

Em 1948, os Estados Unidos implantaram o Plano Marshall, um programa de doações e empréstimos com o objetivo de beneficiar os países europeus para sua reconstrução e garantir a influência estadunidense na porção ocidental da Europa, no contexto da Guerra Fria. Os países mais beneficiados foram Reino Unido, França, Itália e Alemanha Ocidental. Na época, a Alemanha estava dividida em dois países, e a Alemanha Oriental estava no bloco socialista, sob domínio soviético.

O Plano Marshall foi utilizado como propaganda pelos Estados Unidos, procurando mostrar como a recuperação dos países aliados estava sendo rápida.

tre si. Assim, os fluxos de mercadorias, capitais e informações fluem também entre os blocos econômicos, garantindo a aceleração do processo de globalização.

Explicar que a zona de livre-comércio prevê a redução ou a eliminação dos impostos e taxas sobre o comércio realizado entre os países-membros com o intuito de promover a livre circulação de mercadorias.

Apresentar de maneira breve os antecedentes que deram origem à União Europeia. É impor-

tante destacar que, apesar de ela ter sido fundada em 1992, seu processo de formação teve início após a Segunda Guerra Mundial, com a organização de alguns países que tinham como objetivo recuperar-se dos estragos na economia causados pelos anos de conflito.

Expor o que foi o Plano Marshall e em que medida ele permitiu que os países europeus pudessem pensar em se unir, fortalecendo ainda mais o projeto de reconstrução. Além disso, falar sobre a influência dos Estados Unidos e da ex-União

BNCC
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Londres, no Reino Unido, destruída durante a Segunda Guerra Mundial. Fotografia de 1944.

TEXTO COMPLEMENTAR

Comunidade Europeia do Carvão e do Aço

A experiência bem-sucedida do Benelux e os recursos financeiros provenientes do Plano Marshall levaram alguns países europeus a criar, em 1952, a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (Ceca).

O acordo, fundado pelos países do Benelux com Alemanha Ocidental, França e Itália, estabelecia a livre circulação de carvão, ferro e aço entre os países-membros e definia políticas para a instalação de indústrias siderúrgicas. Esses itens eram considerados básicos para a reconstrução dos países.

Comunidade Econômica Europeia

Os resultados positivos da integração promovida pela Ceca levaram os países-membros do bloco a criar, em 1957, por meio do Tratado de Roma, a Comunidade Econômica Europeia (CEE), também chamada de Mercado Comum Europeu (MCE), com sede em Bruxelas (Bélgica). A CEE ampliou para outras mercadorias as condições favoráveis estabelecidas para o carvão, o ferro e o aço. Também promoveu a livre circulação de pessoas e serviços e criou mecanismos que facilitaram o trânsito de trabalhadores e empresas entre os países-membros.

Comunidade Econômica Europeia (CEE) – 1957

Fonte: CHARLIER, Jacques. Atlas du 21 siècle: nouvelle édition 2013. Groningen: Nathan, 2012. p. 49.

Com a adesão gradual de outros países, a CEE foi crescendo ao longo dos anos. Em 1992, o bloco econômico já contava com 12 países-membros. No mesmo ano, foi assinado o Tratado de Maastricht, nos Países Baixos, que substituiu o Tratado de Roma, na Itália, e transformou a CEE em União Europeia (UE)

1957: Assinado o marco inicial da União Europeia

Os Tratados de Roma foram sendo constantemente atualizados por meio de outros acordos, como o Ato Único Europeu, de 1986. Como primeira revisão dos Tratados de Roma, ele entrou em vigor em 1987, alterando as regras de relacionamento entre os países-membros e ampliando os objetivos e campos de atuação da comunidade.

Com o Ato Único Europeu, pretendeu-se a adoção de políticas comuns; a criação de um mercado comum com livre circulação de mercadorias, pessoas, serviços e capitais; o reforço da coesão econômica e social entre todos os filiados; e a equiparação social e econômica.

O Ato Único Europeu visou, ainda, a cooperação na área da ciência e tecnologia, a criação do Sistema Monetário Europeu e uma política comum para o meio ambiente.

Já o Tratado de Maastricht (Holanda) ou Tratado da União Europeia, de 1991, representaram um avanço no processo de integração política e social, com a implementação de uma cidadania europeia, o alargamento das competências da Comunidade Econômica, com a adoção de uma política externa e de segurança comum, além da cooperação no âmbito da Justiça e de assuntos internos.

O Tratado de Lisboa, de 2007, definiu as competências da UE e de cada membro do bloco. Além disso, concedeu mais poderes ao Parlamento Europeu, decidiu-se por uma presidência permanente do Conselho Europeu e por um representante diplomático da UE.

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Soviética no continente, nos primórdios do que viria a ser a Guerra Fria.

Explicar para a turma que a Europa Ocidental, já reconstruída nos anos 1950, desejava se liberar da dependência econômica em relação aos Estados Unidos e fazer frente ao avanço da então União Soviética na Europa Oriental. Nesse contexto, surgiu a ideia de agrupar os países da região para que se tornassem mais fortes, e a Comunidade do Carvão e do Aço (Ceca) foi criada no ano de 1951.

Em seguida, destacar a criação da Comunidade Econômica Europeia (CEE) como um aprofundamento das relações entre os países da Europa, e como mais um passo em direção à constituição da União Europeia. Ressaltar a principais medidas adotadas pela CEE e as mudanças que trouxe em relação à Ceca. É interessante pedir aos estudantes que elaborem uma linha do tempo simples, indicando as datas de surgimento de Ceca, Benelux, CEE e seus países-membros.

1957: Assinado o marco inicial da União Europeia. DW, Bonn, [20--]. Disponível em: https://www.dw.com/pt-br/1957assinado-o-marco-inicial-da-uniãoeuropeia/a-305966. Acesso em: 11 ago. 2022.

[…]
FRANÇA ALEMANHA OCIDENTAL ITÁLIA ÁFRICA ÁSIA PAÍSES BAIXOS BÉLGICA LUXEMBURGO Mar Negro Mar do Norte 55ºN Meridiano de Greenwich 0º OCEANO ATLÂNTICO MarBáltico M a r M e d i t e r r â n e o CírculoPolarÁrtico 0 410
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• Atende-se à habilidade EF09GE02 com foco em analisar a atuação das organizações econômicas em relação ao consumo, à cultura e à mobilidade.

• A habilidade EF09GE05 é contemplada com ênfase ao analisar a integração (econômica, política e cultural) da Europa.

• A habilidade EF09GE09 é trabalhada ao analisarem-se características de países e grupos de países europeus, em seus aspectos políticos e econômicos.

• Contempla-se a habilidade EF09GE14 com ênfase em interpretar mapas temáticos para analisar informações sobre diferenças geopolíticas na Europa.

• A habilidade EF09GE15 é trabalhada com foco em comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Antes de falar sobre a União Europeia, realizar um levantamento de conhecimentos prévios dos estudantes sobre o tema, perguntando o que já ouviram sobre o assunto e permitindo que expressem suas opiniões.

Explicar o que é a União Europeia, destacando sua organização e suas principais características. Esclarecer que o número de países-membros vem se alterando, pois novos países têm ingressado no bloco, somando-se aos países que já faziam parte da CEE.

Realizar, em conjunto, a leitura do mapa, localizando os países que ingressaram na organização ano a ano. É possível sistematizar essas informações em um quadro indicando os países-membros, o ano de adesão e os países candidatos.

Esclarecer que nem todos os países europeus fazem parte da

União Europeia

Analise o mapa.

União Europeia: formação

Fonte: TÉTART, Frank; MOUNIER, Pierre-Alexandre. Atlas de l’Europe: un continent dans tous ses états. Paris: Autrement, 2021. p. 38.

* Zona do euro: área constituída por países europeus que adotaram o euro como moeda única.

3. Em 2004, com a entrada de Eslovênia, Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia, República Tcheca, Eslováquia, Hungria, Chipre e Malta. Essas adesões passaram a ocorrer na década de 2000 por causa do tempo de adaptação desses países para o regime capitalista, após uma década do fim da Guerra Fria. Responda às questões a seguir no caderno.

1 Que países fundaram o bloco econômico em 1952?

Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Países Baixos.

2 Qual país deixou a União Europeia em 2020? Pesquise as razões que levaram a essa decisão.

Reino Unido. Resposta pessoal. Consultar comentários em Orientações didáticas.

3 Quando os países do Leste Europeu começaram a ingressar no bloco? Formule hipóteses que expliquem os motivos de as adesões terem começado a partir dessa data.

4 Quais países-membros da União Europeia não adotam o euro?

Dinamarca, Suécia, Polônia, República Tcheca, Romênia, Bulgária, Hungria e Croácia.

União Europeia. Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein manifestaram abertamente que não têm interesse em integrar o bloco. Sobre a Islândia, o país apresentou sua candidatura ao bloco em 2009, quando atravessou uma grave crise econômica. Porém, anos depois, com as negociações já encaminhadas e com as finanças mais equilibradas, a população começou a questionar se a União Europeia realmente representava os interesses do país, sobretudo por conta das restrições impostas pelo bloco no que se refere à pesca, uma das prin-

cipais atividades econômicas do país. Com isso, o país retirou sua candidatura em 2015.

Sobre a Turquia, destacar que, apesar de ter se apresentado como país candidato em 1987, sua aprovação ainda não foi efetivada em razão de diversos problemas, como as violações aos direitos humanos, o conflito com os curdos, as disputas no Chipre, o não reconhecimento do genocídio armênio durante a Primeira Guerra Mundial e o fato de a população do país ser formada por uma maioria muçulmana, o que pode gerar conflitos

da ex-República Democrática Alemã na da Alemanha em 1990

europeia Países candidatos Candidatos potenciais Países-membros da zona

País que deixou a UE em

BNCC LIECHTENSTEIN ISLÂNDIA IRLANDA REINO UNIDO PORTUGAL ESPANHA FRANÇA BÉLGICA ALEMANHA POLÔNIA SUÍÇA ÁUSTRIA ITÁLIA ESTÔNIA LETÔNIA LITUÂNIA BELARUS UCRÂNIA MOLDÁVIA ROMÊNIA BULGÁRIA SÉRVIA Kosovo MONTENEGRO ALBÂNIA BÓSNIA-HERZEGOVINA CROÁCIA ESLOVÊNIA HUNGRIA ESLOVÁQUIA REP. TCHECA GRÉCIA TURQUIA RÚSSIA LUXEMBURGO DINAMARCA NORUEGA SUÉCIA FINLÂNDIA MACEDÔNIA DO NORTE ALBÂNIA NORUEGA candidatura suspensa em 2015 PAÍSES BAIXOS CHIPRE MALTA ÁSIA ÁFRICA 40°N Mar Negro OCEANO ATLÂNTICO Mar do Norte MarBáltico M a r M e d t e r r â n e o 0° Meridiano de Greenwich Países
(1952) 1973 1981 1986 Integração
1995 2004 2007 2013 Capital
Ampliações
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fundadores
ALLMAPS LIECHTENSTEIN ISLÂNDIA IRLANDA REINO UNIDO PORTUGAL ESPANHA FRANÇA BÉLGICA ALEMANHA POLÔNIA SUÍÇA ÁUSTRIA ITÁLIA ESTÔNIA LETÔNIA LITUÂNIA BELARUS UCRÂNIA MOLDÁVIA ROMÊNIA BULGÁRIA SÉRVIA Kosovo MACEDÔNIA MONTENEGRO ALBÂNIA BÓSNIA-HERZEGOVINA CROÁCIA ESLOVÊNIA HUNGRIA ESLOVÁQUIA REP. TCHECA GRÉCIA TURQUIA RÚSSIA LUXEMBURGO DINAMARCA NORUEGA SUÉCIA FINLÂNDIA MONTENEGRO SUÉCIA candidatura suspensa em 2015 PAÍSES BAIXOS CHIPRE MALTA ÁSIA ÁFRICA 40°N Mar Negro OCEANO ATLÂNTICO Mar do Norte MarBáltico M a r M e d t e r r â n e o 0° Meridiano de Greenwich Países fundadores (1952) 1973 1981 1986 Integração da ex-República Democrática Alemã na unificação da Alemanha em 1990 1995 2004 2007 2013 Capital europeia Países candidatos Candidatos potenciais Países-membros da zona do euro Ampliações País que deixou a UE em 2020 0 471 94
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Constituída por 27 países, a União Europeia (UE) é o mais bem-sucedido bloco econômico do mundo em termos de integração. Conseguiu unir nações distanciadas por diversidades culturais e econômicas, substituindo a competição entre elas pela cooperação.

O Tratado de Maastricht definiu, além da união aduaneira, a união econômica e monetária dos países-membros. Em janeiro de 1999, Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, França, Finlândia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos e Portugal participaram do lançamento do euro, a moeda da União Europeia.

Inicialmente, o euro foi utilizado apenas em transações bancárias. Em 2002, as cédulas começaram a circular com poder legal para efetuar quaisquer pagamentos, e as moedas nacionais dos países adotantes do euro foram extintas.

O euro é adotado pela maior parte dos países da União Europeia. Alguns países não aderiram à moeda comum por não terem cumprido as exigências econômicas e monetárias para sua adoção; outros, por temer a perda da soberania que representa o fim da emissão de moeda própria, como é o caso da Suécia e da Dinamarca.

União aduaneira: regulamenta o comércio dos países-membros com países não membros, por meio da criação de taxas e impostos comuns para importação de produtos. Estabelece a livre circulação de bens, serviços e capitais no interior do bloco. União econômica e monetária: envolve a união aduaneira e a zona de livre-comércio – que prevê a redução ou eliminação de impostos e taxas sobre o comércio realizado entre os países-membros. Também cria leis fiscais e trabalhistas comuns, e introduz a utilização de uma moeda única nos países-membros.

Cédulas de euro.

individuais, como o respeito pela vida privada, a liberdade de pensamento, de religião, de reunião, de expressão e de informação, estão consagradas na Carta dos Direitos Fundamentais da UE. Democracia

O funcionamento da União assenta na democracia representativa. Ser cidadão europeu confere automaticamente direitos políticos. Todos os cidadãos adultos da UE têm o direito de se apresentar como candidatos e de votar nas eleições para o Parlamento Europeu. Os cidadãos da UE têm o direito de se apresentar como candidatos e de votar no seu país de residência ou no seu país de origem.

Igualdade

A igualdade implica que todos os cidadãos têm os mesmos direitos perante a lei. O princípio da igualdade entre homens e mulheres está subjacente a todas as políticas europeias e é a base da integração europeia, aplicando-se em todas as áreas. O princípio da remuneração igual para trabalho igual foi consagrado no Tratado de Roma em 1957.

Estado de direito

O país que se candidata a membro da União Europeia precisa cumprir as normas da organização, como apresentar economia estável com inflação baixa e controlada; permitir a livre circulação de pessoas, mercadorias, serviços e capitais; possuir instituições sólidas capazes de assegurar o respeito à democracia, aos direitos humanos e à igualdade entre homens e mulheres, entre outras.

Apesar das exigências para o ingresso, os países que hoje constituem a União Europeia apresentam profundas diferenças históricas, econômicas e sociais. Alguns deles estão entre os mais ricos e industrializados do mundo, enquanto outros ainda buscam resolver problemas socioeconômicos e encontram-se em situação de inferioridade econômica quando comparados aos gigantes do bloco.

com os outros países europeus, de maioria cristã. Em seguida, levantar os conhecimentos prévios sobre o assunto e retomar as hipóteses levantadas pelos estudantes sobre a saída do Reino Unido da UE, detalhada nas páginas 96 e 97 deste volume. Explicar para os estudantes que o Reino Unido é formado pela união de quatro nações: Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales, cujo governo está centralizado em Londres.

FICA A DICA

União Europeia Disponível em: https:// european-union.europa. eu/index_pt. Acesso em: 27 jun. 2022. Site oficial da União Europeia com informações publicadas por instituições, agências e órgãos do bloco econômico.

TEXTO COMPLEMENTAR

Valores da União Europeia

Dignidade do ser humano

A dignidade do ser humano é inviolável. Tem de ser respeitada e protegida, constituindo a base de todos os direitos fundamentais.

Liberdade

A liberdade de circulação confere aos cidadãos europeus o direito de viajarem e residirem onde quiserem no território da União. As liberdades

A UE baseia-se no Estado de direito. Todas as ações da UE assentam em Tratados acordados voluntária e democraticamente pelos países que a constituem. O direito e a justiça são garantidos por um poder judicial independente. Os países da UE conferiram competência jurisdicional ao Tribunal de Justiça da União Europeia, cujos acórdãos têm obrigatoriamente de ser respeitados por todos.

Direitos humanos

Os direitos humanos são protegidos pela Carta dos Direitos Fundamentais da UE, que proíbe a discriminação em razão, designadamente, do sexo, da origem étnica ou racial, da religião ou convicções, da deficiência, da idade ou orientação sexual, e consagra o direito à proteção dos dados pessoais e o direito de acesso à justiça.

UNIÃO EUROPEIA. Objetivos e valores [S l.], [201-]. Disponível em: https:// european-union.europa.eu/principlescountries-history/principles-and-values/ aims-and-values_pt. Acesso em: 11 ago. 2022.

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• A habilidade EF09GE02 pode ser desenvolvida ao analisar-se a atuação das organizações econômicas na vida da população em relação ao consumo, à cultura e à mobilidade.

• Trabalha-se com ênfase a habilidade EF09GE05 ao analisar a integração (econômica, política e cultural) da Europa.

• Atende-se à habilidade EF09GE09 com foco em analisar características de países e grupos de países europeus, em seus aspectos políticos e econômicos.

• Contempla-se a habilidade EF09GE14 com ênfase em interpretar mapas temáticos para analisar informações sobre diferenças geopolíticas na Europa.

• A habilidade EF09GE15 é trabalhada com foco em comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações representadas em mapas temáticos com diferentes projeções cartográficas.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Explicar que os países-membros da União Europeia apresentam características culturais e socioeconômicas bastante diversas, o que representa um desafio para que o projeto de integração em todos os níveis ocorra e cumpra seus objetivos em todo o bloco. A questão da dificuldade da aprovação de uma Constituição única é apenas um dos problemas que se apresentam, e está intimamente relacionada às desigualdades profundas existentes entre os países-membros, que foram bastante agravadas com a crise que teve início em 2008.

Para abordar a questão das desigualdades no interior do bloco, é possível trabalhar com variadas fontes, como dados estatísticos (taxas de desemprego, renda, acesso a serviços básicos); dados cartográficos; notícias veiculadas nas diversas mídias, entre outros. Indicamos a análise do Índice de

Desafios para a União Europeia

Os dirigentes da União Europeia enfrentam problemas políticos e socioeconômicos, como reivindicações dos países menos populosos por maior representatividade, crescimento do terrorismo, da xenofobia, do desemprego e da pobreza.

Os problemas socioeconômicos mais graves acontecem em um grupo formado por Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha, cujas iniciais formam a sigla PIIGS. Desde a crise financeira de 2008, esses países apresentam instabilidade econômica com aumento do desemprego e reduções no consumo, nas arrecadações de impostos, na produção de mercadorias e nos serviços.

Para contornar a crise, a saída para esses países europeus foi tomar medidas consideradas “duras” ou “austeras”, como o corte de gastos em benefícios sociais e em setores como educação e moradia, que são uma marca das políticas sociais de países europeus.

Manifestação popular contra as medidas austeras adotadas pelos governos. Fotografia de Atenas, Grécia, 2018.

Brexit

O Reino Unido deve continuar como membro da União Europeia ou deve deixá-la?

Xenofobia: aversão e/ou hostilidade em relação a estrangeiros ou a minorias étnicas. Referendo: consulta feita à população sobre um assunto de grande relevância. Nela, os cidadãos ratificam ou rejeitam o que lhes foi submetido.

Os eleitores britânicos foram às urnas em junho de 2016 responder à questão acima em um referendo sobre o Brexit – junção das palavras inglesas Britain (Grã-Bretanha) e exit (saída) criada para se referir à saída do Reino Unido da União Europeia –, que venceu com 52% dos votos. Na origem do Brexit, estavam a crise econômica europeia e a ascensão do Partido de Independência do Reino Unido (Ukip, na sigla em inglês), que se posiciona como anti-UE no cenário político britânico. Diante do contexto de insatisfação de parte da população britânica, o então primeiro-ministro David Cameron (1966-), visando à sua reeleição, prometeu a organização do referendo.

Desenvolvimento Humano (IDH) dos países-membros da UE, que permitirá aos estudantes comparar dados relacionados a renda, esperança de vida e escolaridade.

Enfatizar as dificuldades enfrentadas pela UE especialmente no âmbito econômico. Para isso, procurar se informar a respeito das últimas ações da UE para contornar as crises econômicas na chamada “zona do euro” e as possíveis alterações nas políticas do bloco. Outro aspecto muito importante está relacionado ao aumento

dos fluxos migratórios que se dirigem à Europa e que começaram a se intensificar a partir de 2011. Abordaremos o assunto com maior aprofundamento na Unidade 4 deste volume, mas cabe destacar que a questão vem colocando a unidade do bloco em risco.

Em relação ao Brexit, nome dado ao processo de saída do Reino Unido da União Europeia concluído em janeiro de 2021, é importante destacar que o avanço das negociações para o estabelecimento dos termos de condições de saída da UE foi

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As pessoas que votaram pela saída do Reino Unido afirmavam que a economia britânica era prejudicada pela burocracia e pelas normas impostas pela UE. Além disso, acreditavam que a contribuição financeira do Reino Unido para o orçamento comunitário seria mais bem aproveitada no próprio país. O posicionamento contrário à imigração também foi essencial para a opção pelo Brexit, pois a circulação de imigrantes era considerada uma ameaça às garantias trabalhistas e sociais dos britânicos.

Por outro lado, as pessoas que votaram pela permanência do país na UE alegavam que o Reino Unido abandonaria um importante mercado consumidor sem barreiras alfandegárias e com livre circulação de bens, capitais, serviços e mão de obra.

Em janeiro de 2021, o Reino Unido deixou a União Europeia. No acordo assinado entre as partes, foi mantida, por exigência do Reino Unido, a isenção de impostos e taxas aduaneiras no comércio com a Europa, que continua o principal mercado das exportações britânicas. Por outro lado, o Reino Unido continua sujeito às regras europeias no que se refere ao controle das finanças, aos direitos sociais e às políticas ambientais, para evitar uma concorrência desleal com os países da UE.

Do ponto de vista político, o Brexit coloca em risco a unidade britânica. Na ocasião do referendo de 2016, Inglaterra e País de Gales votaram pela saída da UE, enquanto Escócia e Irlanda do Norte votaram pela permanência. Descontentes com o resultado, as duas nações começam a sinalizar a possibilidade de um futuro fora do Reino Unido.

As lideranças escocesas pretendem organizar um novo referendo de independência pós- Brexit, enquanto os separatistas da Irlanda do Norte desejam uma reunificação com a Irlanda, independente do Reino Unido. Analise o mapa.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR Efeitos do Brexit

Solicitar que os estudantes realizem em grupos uma pesquisa de notícias que abordem os impactos da saída do Reino Unido da União Europeia no cotidiano da população. Depois, promover um momento para que os grupos apresentem os resultados da pesquisa, ressaltando os principais setores impactados (circulação de pessoas, estudos, trabalho, comércio etc.).

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor

• O PROTOCOLO relativo à Irlanda / Irlanda do Norte em síntese. Conselho Europeu [S l.], 24 maio 2022. Disponível em: https://www.consilium. europa.eu/pt/policies/eu-ukafter-referendum/theprotocol-on-ireland-andnorthern-ireland-explained/. Acesso em: 11 ago. 2022.

A página do Conselho Europeu traz informações detalhadas sobre o Protocolo da Irlanda do Norte, assinado no quadro do Brexit pela União Europeia e Reino Unido.

• KOTTASOVÀ, Ivana. União Europeia processa Reino Unido por acordo envolvendo Irlanda do Norte. CNN, São Paulo, 15 jun. 2022. Disponível em: https:// www.cnnbrasil.com.br/interna cional/uniao-europeia-processa -reino-unido-por-acordo-envol vendo-irlanda-do-norte/. Acesso em: 11 ago. 2022.

A reportagem aborda o conflito entre o Reino Unido e a União Europeia no que se refere à questão fronteiriça entre Irlanda e Irlanda do Norte com o Brexit

marcado por diversos impasses e dissidências, tanto em relação a questões internas do parlamento britânico quanto em relação à União Europeia.

Ressaltar não só que, mesmo após finalizado o acordo e oficializada a saída do Reino Unido da UE, anos de negociações ainda serão necessários para reorganizar a situação entre as partes, mas também que a formalização do Brexit terá profundas consequências econômicas, políticas e sociais que já estão sendo percebidas tanto pela

população quanto por empresas e governos. Uma delas é a possibilidade de uma desintegração do Reino Unido, já que Escócia e Irlanda do Norte desejam tornar-se independentes.

Sugerimos, na seção Ampliando horizontes , dois artigos que abordam a questão da fronteira entre a República da Irlanda e a Irlanda do Norte, um dos pontos sensíveis nas negociações do Brexit

55ºN 0º Canal da Mancha Mar do Norte OCEANO ATLÂNTICO Mar da Irlanda Mar Celta BÉLGICA FRANÇA IRLANDA ESCÓCIA REINO UNIDO INGLATERRA PAÍS DE GALES IRLANDA DO NORTE Ilhas Órcadas Ilhas Shetland Ilha de Man Jersey Guernsey Ilhas Hébridas CARDIFF LONDRES 2014 EDIMBURGO BELFAST Capital de nação Capital do Reino Unido Zona econômica exclusiva (ZEE) do Reino Unido e zonas dependentes da Coroa britânica Zona petrolífera Fronteira conflituosa Referendo de independência 0 110 SONIA VAZ
MeridianodeGreenwich Reino Unido e suas quatro nações
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Fonte: TÉTART, Frank; MOUNIER, Pierre-Alexandre. Atlas de l’Europe: un continent dans tous ses états. Paris: Autrement, 2021. p. 53.
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Competências

• Gerais: 1, 2 e 4

• Ciências Humanas: 2, 5 e 7

• Geografia: 1, 4 e 5

• Trabalha-se a habilidade EF09GE09 com foco em analisar características de países europeus, em seus aspectos populacionais e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas.

• Atende-se a habilidade EF09GE14 com ênfase em elaborar e interpretar gráficos de barras e de setores e mapas temáticos para analisar, sintetizar e apresentar dados e informações sobre diversidade, diferenças e desigualdades sociopolíticas.

• Contempla-se a habilidade EF09GE15 ao comparar-se e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações representadas em mapas temáticos com diferentes projeções cartográficas.

Interdisciplinaridade com...

Matemática:

• EF09MA22 Escolher e construir o gráfico mais adequado (colunas, setores, linhas), com ou sem uso de planilhas eletrônicas, para apresentar um determinado conjunto de dados, destacando aspectos como as medidas de tendência central.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

A proposta da seção é trabalhar com elaboração e interpretação de gráficos para analisar, sintetizar e apresentar dados e informações sobre diversidade, diferenças e desigualdades sociopolíticas e geopolíticas mundiais, conforme indicado na habilidade

EF09GE14

Partimos da análise de um mapa que representa, com base no uso da variável valor, o Índice de Desigualdade de Gênero (IDG) dos países da União Europeia. Explicar aos estudantes o

3. Suécia; Países Baixos; Dinamarca; Finlândia; Bélgica; Áustria; Eslovênia; Luxemburgo; Espanha; França; Itália; Portugal. Na Europa Setentrional, na Europa Central e na Europa Meridional.

Países da União Europeia em gráficos

A garantia do respeito à igualdade de gênero, ou seja, à igualdade entre homens e mulheres no que se refere à educação, ao trabalho e à saúde, entre outros fatores, é um dos critérios para entrada de países na UE.

Para que os governos planejem ações visando reduzir as desigualdades de gênero, a ONU criou o Índice de Desigualdade de Gênero (IDG), que permite avaliar como e em que setores essas desigualdades se manifestam. Ele é calculado com base em cinco indicadores relacionados às dimensões do trabalho, da capacitação e da saúde. Seus valores variam de 0 a 1 – quanto mais próximo de 1, maior a desigualdade de gênero. Analise o mapa.

CírculoPolarÁrtico

Responda às questões em seu caderno.

Elaborado com base em: UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME. The 2020 Human Development Report. New York: UNDP, 2020. p. 361. Disponível em: https://hdr.undp. org/system/files/documents// hdr2020pdf.pdf. Acesso em: 30 nov. 2021.

1. A variável cor. Os diferentes tons de violeta indicam o IDG dos países da UE. Quanto mais escuro o tom, maior a desigualdade entre homens e mulheres.

1 Qual foi a variável visual utilizada para representar o IDG dos países da União Europeia?

2 Com que tons são representados os países com maior desigualdade de gênero? E menor?

3 Indique três países com menor IDG. Em que região da Europa eles estão localizados?

4 Indique três países com maior IDG. Em que região da Europa eles estão localizados?

Com tons mais escuros os países com maior desigualdade e tons mais claros os países com menor desigualdade. Bulgária, Romênia e Hungria. Estão situados na Europa Central e Bálcãs. Consultar comentários em Orientações didáticas.

que é esse índice e os indicadores que o compõem. Depois, propor uma análise conjunta do mapa e solicitar aos estudantes que respondam às atividades 1 a 4, sistematizando essas informações.

Em seguida, apresentamos dois gráficos que representam alguns indicadores que compõem o IDG: “Maternidade na adolescência” e “Mulheres no parlamento”. O objetivo é propor aos estudantes que analisem e identifiquem as principais características dos gráficos para

que depois possam elaborar outros gráficos, conforme previsto nas habilidades EF09GE14 e EF09MA22 . Nesse sentido, solicitar aos estudantes que realizem as atividades 5 a 7.

Na atividade 8, os estudantes deverão elaborar dois tipos de gráficos (de barras e de setores) com base nos indicadores extraídos do IDH 2020. Para realizar a atividade, é possível propor um trabalho conjunto com o professor da área de Matemática. Sugerimos a utilização de folhas de papel milimetrado, facilitando a elaboração

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MAPAS INTERAGIR COM com CONEXÃO MATEMÁTICA IRLANDA PORTUGAL ESPANHA FRANÇA ALEMANHA ITÁLIA ÁUSTRIA HUNGRIA CROÁCIA BULGÁRIA ESLOVÊNIA GRÉCIA ROMÊNIA ÁSIA ÁFRICA LITUÂNIA LETÔNIA ESTÔNIA SUÉCIA DINAMARCA FINLÂNDIA POLÔNIA CHÉQUIA ESLOVÁQUIA PAÍSES BAIXOS BÉLGICA LUX. CHIPRE (parte europeia) MALTA Mar Negro Mar Cáspio Mar do Norte 55ºN Meridiano de Greenwich 0º OCEANO ATLÂNTICO MarBáltico M a r M e d i t e r r â n e o
40º L Menos de 0,075 De 0,076 a 0,150 De 0,151 a 0,200 Mais de 0,201 Índice de Desigualdade de Gênero 0 550 União Europeia: Índice de Desigualdade de Gênero (IDG) – 2020
SONIA VAZ 98 NÃO ESCREVA NO LIVRO. D2-GEO-F2-2106-V9-U3-084-121-LA-G24-AV1.indd 98 01/09/2022 10:12 98

6. Há grande disparidade entre os dados; nos países com maior IDG, como Hungria e Romênia, esses números são mais elevados em relação a outros países, como Suécia, Alemanha e França.

Agora observe os gráficos com alguns indicadores utilizados na composição do IDG.

Maternidade na adolescência (a cada mil meninas de 15 a 19 anos) – 2015-2020

Mulheres no parlamento (em %) – 2020

Elaborados com base em: UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME. The 2020 Human Development Report. New York: UNDP, 2020. p. 361. Disponível em: https://hdr.undp.org/system/files/documents//hdr2020pdf.pdf. Acesso em: 30 nov. 2021.

5 Que tipo de gráfico foi utilizado para representar os indicadores referentes à saúde da mulher? E os referentes à sua participação política?

2020, o Brasil ocupava o 84o lugar no ranking mundial, com um índice de 0,408. A taxa de maternidade na adolescência era de 59,1 a cada mil adolescentes de 15 a 19 anos e a porcentagem de mulheres no parlamento era de 15%, e a taxa na participação da força de trabalho era de 54,2%.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor e o estudante

• FACTOS e números sobre a vida na União Europeia. União Europeia. [S l.], [20--]. Disponível em: https://european-union.euro pa.eu/principles-countries-his tory/key-facts-and-figures/life -eu_pt#tab-5-10. Acesso em: 16 ago. 2022.

6 O que podemos afirmar sobre os índices de maternidade na adolescência nos países representados no gráfico? Como esses indicadores se apresentam nos países com maior IDG?

7 Quais são os países com maior representação feminina no parlamento? Qual é sua classificação no IDG entre os países da UE?

Gráfico de barras para a saúde da mulher e gráfico de setores para participação no parlamento. Suécia, França e Alemanha. Esses países apresentam menores IDGs em relação aos demais, ocupando 3o, 8o e 20o lugares, respectivamente.

8 Analise as informações da tabela a seguir para elaborar gráficos sobre cada indicador, verificando as desigualdades entre os países-membros da UE.

Países selecionados IDH PIB per capita (mil dólares)

Participação da mulher na força de trabalho (no total da população feminina – em %)

Fonte: UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME. The 2020 Human Development Report. New York: UNDP, 2020. p. 343, 361. Disponível em: https://hdr.undp.org/system/files/documents//hdr2020pdf.pdf. Acesso em: 30 nov. 2021.

Agora, elabore:

a) um gráfico de barras (horizontal ou vertical) para representar o IDH;

b) um gráfico de barras (horizontal ou vertical) para representar o PIB per capita;

c) um gráfico de setores para indicar a participação das mulheres na força de trabalho de cada país.

Auxiliar os estudantes na elaboração dos gráficos. Consultar comentários em Orientações didáticas.

ção dos gráficos de barras ou de colunas. Caso não seja possível, orientar os estudantes a realizar a atividade no caderno pautado. Lembrá-los de indicar nos gráficos todos os elementos que facilitam a leitura e a interpretação, como título, valores e, se necessário, legenda.

Sobre o gráfico de setores, destacar que o dado indica o percentual de mulheres, considerando o total da população feminina (não o total da população), que participa do mercado de trabalho – o que inclui os desempregados que

estão à procura de emprego. Assim, na Suécia, por exemplo, 61,4% das mulheres trabalham, enquanto na população masculina essa proporção é de 67,4%.

Consideramos importante discutir os dados que contribuem para o cálculo do IDG, apontando quais políticas podem atuar sobre essa realidade. Apresentar os dados do Brasil para que os estudantes possam fazer comparações; é possível incluí-los nos gráficos. No Relatório do Desenvolvimento Humano de

Seção da página da União Europeia que reúne gráficos relacionados à população, à qualidade de vida, à educação e às línguas, como os usados na atividade proposta.

• SALLA, Fernanda. Gráficos e tabelas para organizar informações. Nova escola. [S l.], 7 mar. 2018. Disponível em: https://no vaescola.org.br/conteudo/163/ graficos-tabelas-organizar-in formacoes. Acesso em: 16 ago. 2022.

O texto fala sobre alguns tipos de gráficos e pode ser utilizado como material de atualização sobre o tema.

0 5 10 15 20 25 30 40 35 5,1 8,1 4,7 24 36,2 SONIA VAZ Hungria 12,6% 47,3% Suécia Alemanha 31,6% França 36,9% Romênia 19,6% SONIA VAZ
Suécia Alemanha França Hungria Romênia
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Alemanha 0,947 55,3 55,3 Suécia 0,945 54,5 61,4 França 0,901 47,1 50,8 Hungria 0,854 31,3 48,5 Romênia 0,828 29,4 45,3
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• A habilidade EF09GE02 é atendida com ênfase em analisar a atuação das organizações econômicas mundiais na vida da população em relação ao consumo, à cultura e à mobilidade.

• A habilidade EF09GE05 é trabalhada ao analisar fatos e situações para compreender a integração econômica, política e cultural proposta pela CEI.

• A habilidade EF09GE08 é desenvolvida ao analisar as transformações territoriais, considerando o movimento de fronteiras, tensões, conflitos e múltiplas regionalidades na Europa.

• O trabalho com a habilidade EF09GE09 é feito com ênfase em analisar características de países e grupos de países europeus, em seus aspectos populacionais e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas.

• A habilidade EF09GE14 é contemplada com foco em interpretar mapas temáticos para analisar informações sobre diferenças e desigualdades sociopolíticas.

• Desenvolve-se a habilidade EF09GE15 ao comparararem-se e classificarem-se diferentes regiões do mundo com base em informações representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.

ORIENTAÇÕES

DIDÁTICAS

Explicar a formação da CEI, relacionando-a ao fim da ex-União Soviética no contexto da Guerra Fria. Apresentar características dos países-membros e divergências entre eles, como a Geórgia e a Ucrânia, que se retiraram da organização por questões relacionadas à ingerência da Rússia em conflitos separatistas ocorridos nos territórios dos dois países.

Esclarecer que a sede da CEI está situada em Minsk, capital de Belarus, e que sua estrutura abriga dois conselhos: um for-

Comunidade dos Estados Independentes

A Comunidade dos Estados Independentes (CEI) foi criada em 1991, integrando 10 das 15 repúblicas da antiga União Soviética. É uma confederação de Estados em que cada um tem sua soberania preservada.

Entre os objetivos da formação do bloco estavam a criação de uma federação para substituir a extinta União Soviética, a centralização das forças armadas dos países-membros e o uso de uma moeda comum: o rublo.

Da CEI não participam Estônia, Letônia e Lituânia, que tinham intenções de ingressar na União Europeia, o que ocorreu em 2004. Em 2006, o Turcomenistão deixou de ser membro permanente para ser membro associado, reduzindo sua participação na CEI. Em 2009, a Geórgia retirou-se da comunidade em razão de divergências com a Rússia, que apoiava movimentos separatistas em território georgiano. Em 2014, a Ucrânia deixou a CEI por causa de conflitos com a Rússia, os quais você estudará mais adiante.

Comunidade dos Estados Independentes

(CEI) – 2021

Elaborado com base em: COMMONWEALTH OF INDEPENDENT STATES (CIS). About Commonwealth of Independent States. Cis Stat. Minsk, c2019. Disponível em: www.cisstat.com/eng/cis.htm. Acesso em: 30 nov. 2021.

Mesmo exercendo forte influência sobre a CEI, a Rússia não realizou a articulação entre os países-membros de modo a assegurar a prosperidade econômica da comunidade, nem conseguiu impedir conflitos territoriais. Por isso, alguns membros da CEI buscam caminhos independentes em relação à Rússia, aproximando-se da União Europeia.

1 Quais países-membros da CEI estão localizados no continente europeu? Consulte o mapa “Europa: político” (página 88). Belarus, Moldávia, Armênia, Azerbaijão e parte da Rússia.

mado pelos chefes de Estado, que se reúnem duas vezes por ano, e o outro pelos chefes de governo, que se encontram a cada três meses. Destacar que a Rússia desempenha papel central na organização, por ser a principal herdeira do poderio econômico, político e militar da extinta União Soviética.

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te traçar a cronologia dos acontecimentos que conduziram à crise que se instalou entre esse país e a Rússia, destacando a ocupação militar do território ucraniano pelo exército russo, que acirrou as tensões e os conflitos, causando milhares de mortes desde 2014.

Sobre a crise na Ucrânia, tema que introduz o conteúdo que será abordado nas páginas 102 e 103 do Livro do Estudante, é importan-

A seção Ampliando horizontes traz uma cronologia que permite compreender melhor o contexto que antecede a guerra entre Rússia e Ucrânia iniciada em 2022.

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Mar Cáspio Mar de Bering Mar de Okhotsk OCEANO GLACIAL ÁRTICO Mar do Japão Mar de Barents 90° L 60° N R Ú S S I A AZERBAIJÃO ARMÊNIA UZBEQUISTÃO QUIRGUISTÃO CAZAQUISTÃO TADJIQUISTÃO TURCOMENISTÃO BELARUS MOLDÁVIA OCEANO PACÍFICO Mar Negro Círculo Polar Ártico Mar de Aral 0 578 ALLMAPS 100
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A crise na Ucrânia

A Ucrânia é uma ex-república soviética, com fronteira com a Rússia. No país, existem grupos que desejam seu ingresso na União Europeia, mas outros querem uma aproximação maior com a Rússia.

Em novembro de 2013, o então presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich (1950-), recusou-se a assinar um acordo de cooperação com a União Europeia em troca da redução do preço do gás natural importado da Rússia e de um empréstimo oferecido pelo país. Milhares de pessoas foram às ruas para protestar, resultando na deposição do presidente ucraniano. Grupos pró-Rússia se rebelaram alegando que houve golpe de Estado

Golpe de Estado: derrubada de um governo constitucionalmente legítimo por forças contrárias a ele.

Após a queda do presidente, eleições extraordinárias foram convocadas na Ucrânia, em maio de 2014, e Petro Poroshenko (1965-), que apoiava ações militares contra o movimento separatista pró-Rússia, foi eleito presidente.

Com isso, os choques entre manifestantes e polícia tornaram-se mais intensos, com os separatistas invadindo prédios públicos. A situação se agravou no leste do país e na península da Crimeia, onde a população é de origem russa. Um referendo definiu a anexação da Crimeia à Rússia e outro, a auto-proclamação das Repúblicas Populares de Donetsk e Lougansk na região do Donbass. Os resultados, porém, não foram reconhecidos pela comunidade internacional.

Para garantir a anexação da Crimeia, o governo russo enviou tropas para a região e para a fronteira com a Ucrânia. O governo ucraniano considerou a ação uma declaração de guerra.

Ucrânia: conflitos separatistas – 2017

Fonte: AFP. Ukraine: l’UE maintient ses sanctions contre la Russie. Le Point International, Luxembourg, 19 jun. 2017. Disponível em: www.lepoint. fr/monde/l-ue-prolongedun-an-ses-sanctions-apreslannexion-de-la-crimee-parlarussie-19-06-2017-2136495_ 24.php. Acesso em: 18 jul. 2022.

A comunidade internacional, especialmente os Estados Unidos e os países da União Europeia, reagiram à ocupação, exigindo a retirada das tropas russas. Em 2015, foram assinados dois acordos para buscar a paz na região, mas os conflitos continuaram causando milhares de mortes.

TEXTO COMPLEMENTAR

Rússia e Ucrânia: a cronologia do conflito

Os atuais conflitos militares entre a Rússia e a Ucrânia têm uma história que remete à Idade Média. Ambas possuem raízes comuns que se estendem até a época do antigo Estado da Rússia de Kiev, nas terras eslavas do leste. Esse é o motivo pelo qual o presidente russo, Vladimir Putin, se refere aos dois países como “um só povo”.

O fato, porém, é que as duas nações estão divi-

didas há séculos, o que resultou no surgimento de dois idiomas e duas culturas proximamente relacionadas, mas bastante distintas.

[...]

Após a desintegração desse império, em 1917, o país vivenciou um breve período de independência, antes de a União Soviética o reconquistar à força.

[...]

Em dezembro de 1991, Ucrânia, Rússia e Belarus assinaram um acordo que selava efetiva-

mente o fim da União Soviética. Moscou, porém, pretendia manter sua influência na região através da recém-criada Comunidade dos Estados Independentes (CEI).

[...]

Em 1997, Rússia e Ucrânia assinaram o Tratado de Amizade, Cooperação e Parceria, conhecido como o “Grande Tratado”, através do qual Moscou reconhecia as fronteiras oficiais da Ucrânia, incluindo a Península da Crimeia, região que abriga uma maioria étnica russa.

[...]

A primeira grande crise diplomática entre os dois lados surgiu com a chegada de Putin ao poder. Em 2003, a Rússia começou a construir, inesperadamente, uma barragem no estreito de Kerch, próximo à ilha ucraniana de Tulza – entre o território russo e a Península da Crimeia.

[...]

Em 2008, o então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pressionou pelo início do processo de adesão da Ucrânia e da Geórgia à Otan, apesar dos protestos de Putin, cujo governo não reconhece totalmente a independência ucraniana.

A Alemanha e a França frustraram os planos de Bush em uma cúpula da Otan em Bucareste, na Romênia, onde a adesão ucraniana foi discutida, sem que fossem estabelecidos os prazos para esse processo.

Após as coisas não irem tão bem quanto esperado em relação à Otan, a Ucrânia fez uma nova tentativa de reforçar seus laços com o Ocidente, através de um acordo de associação com a União Europeia. Mas, no verão de 2013, poucos meses antes da assinatura do documento, Moscou passou a exercer forte pressão econômica sobre Kiev e forçou o governo do então presidente Yanukovych – que acabou vencendo a eleição em 2010 – a congelar o acordo.

GONCHARENKO, Roman. Rússia e Ucrânia: a cronologia do conflito. DW, Bonn, 24 fev. 2022. Disponível em: https://www.dw.com/ pt-br/rússia-e-ucrânia-a-cronologiado-conflito/a-60245938.

Acesso em: 16 ago. 2022.

Donetsk Crimeia Lougansk UCRÂNIA MOLDÁVIA ROMÊNIA POLÔNIA ESLOVÁQUIA HUNGRIA BELARUS RÚSSIA RÚSSIA Kiev BULGÁRIA 50º N 30º L Mar Negro Mar de Azov ˚ 0 400 Ocupada
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pela Rússia Área controlada por separatistas
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• Atende-se à habilidade EF09GE01 com foco em analisar criticamente de que forma a hegemonia europeia foi exercida em várias regiões do planeta, notadamente em situações de conflito, durante o conflito entre Rússia e Ucrânia.

• Trabalha-se a habilidade EF09GE08 ao analisarem-se transformações territoriais, considerando o movimento de fronteiras, tensões e conflitos na Europa durante o conflito entre Rússia e Ucrânia.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Uma vez apresentados os antecedentes envolvidos na guerra entre a Rússia e a Ucrânia iniciada em fevereiro de 2022, sugerimos um momento inicial para levantar os conhecimentos prévios dos estudantes sobre o assunto antes de trabalhar o conteúdo disponibilizado no Livro do estudante.

Essa introdução pode ser realizada de diversas formas: a partir da leitura de manchetes de notícias, da análise de imagens referentes ao conflito, de uma dinâmica como tempestade de palavras etc. Sugerimos verificar qual estratégia é mais adequada para envolver o conjunto dos estudantes na discussão.

Destacar as motivações de ambas as partes no conflito. De um lado, o desejo da Rússia de manter hegemonia e influência sobre os países da ex-União Soviética na região do Leste Europeu e, do outro, o desejo da Ucrânia. Nesse sentido, comentar que a Ucrânia apresentou sua candidatura para ingressar na União Europeia no dia 28 de fevereiro de 2022, quatro dias após o início do conflito. Em junho do mesmo ano, foram aceitas as candidaturas da Ucrânia e da Moldávia, país na fronteira ucraniana que poder ser um alvo potencial de Vladimir Putin.

Conflito Rússia x Ucrânia

As relações entre Rússia e Ucrânia se deterioraram ainda mais em 2019, com a eleição de Volodymyr Zelensky à presidência da Ucrânia, que sempre declarou a intenção de se alinhar à Europa.

Temendo a adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e à União Europeia, e visando manter o poder nas áreas separatistas – e nos países de sua área de influência –, Vladimir Putin, presidente da Rússia, começou a mobilizar tropas na fronteira ucraniana em meados de 2021. Em resposta, Zelensky reafirmou que a adesão à Otan seria o único meio para acabar com a guerra no Donbass.

No final de 2021, o governo russo entrou em negociações com os Estados Unidos e a União Europeia, que novamente se envolveram no conflito. Temendo uma nova declaração de guerra, os países-membros da Otan posicionaram suas tropas nos países do leste europeu.

Para evitar a escalada dos conflitos, Putin exigiu que a Otan não posicionasse mais tropas no leste europeu e que a Ucrânia e a Geórgia não fossem integradas à organização em nenhum momento. Os Estados Unidos e a União Europeia não cederam e ameaçaram aplicar graves sanções econômicas à Rússia em caso de novos ataques à Ucrânia.

Em 21 de fevereiro de 2022, a Rússia reconheceu a independência dos territórios separatistas de Donetsk e Lougansk, com a entrada das tropas russas na Ucrânia. No dia 24 do mesmo mês, a Rússia começou a atacar várias cidades do país, incluindo a capital, Kiev.

Os países da Otan enviaram armamentos e dinheiro para a Ucrânia, permitindo que o país resistisse às investidas russas. Em julho de 2022, o conflito ainda estava em curso. Analise o mapa e o quadro com as informações do período.

Ucrânia, julho de 2022:

População total: 40 milhões

Vítimas (ONU): 5 mil

Refugiados ucranianos na Europa (ACNUR): 5,6 milhões

Deslocados internos na Ucrânia (ACNUR): 7,1 milhões

Ilha

Estado aliado de Moscou

Território anexado pela Rússia em 2014

Território separatista controlado pelos pró-russos

Países-membros da União Europeia

Avanço ou presença de tropas russas em 13/7/2022

Principais cidades controladas pelas forças russas

É importante, nesse contexto, falar sobre a Otan e a atuação dela na região, fazendo contraponto à Rússia.

A página 102 traz um mapa com a situação do conflito em julho de 2022, quando a obra estava sendo elaborada. Sugerimos, caso julgue adequado, apresentar novos mapas que apresentem a evolução da situação entre os dois países. Há muitos sites que trazem coletâneas de mapas sobre o assunto.

A página 103 aborda as principais consequên-

Fonte: GUERRE en Ukraine en direct: à Téhéran, Vladimir Poutine assure que Gazprom remplira ses obligations, et appelle à lever les restrictions sur l’exportation de céréales russes. Le Mond Paris, 20 jul. 2022. Disponível em: https:// www.lemonde.fr/international/live/2022/07/19/ guerre-en-ukraine-en-direct-146-jour-apresl-invasion-les-bombardements-continuentet-l-armee-russe-pourrait-sortir-de-la-pauseoperationnelle-dans-le-donbass_6135293_3210. html. Acesso em: 18 jul. 2022.

cias do conflito, com foco nas sanções aplicadas à Rússia e nos impactos globais relacionados ao abastecimento de alimentos e à questão energética.

Antes de aprofundar esses aspectos junto aos estudantes, sugerimos a abordagem das consequências da guerra para a população ucraniana, com a destruição de infraestruturas urbanas e moradias, perda de postos de trabalho e de vidas. Uma parcela importante da população foi forçada a buscar refúgio dentro do próprio país e em outros países.

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Ucrânia: situação em 13/7/2022 50º N 30º L HUNGRIA ROMÊNIA BULGÁRIA TURQUIA POLÔNIA UCRÂNIA GRÉCIA MOLDÁVIA Rio Dniepr Mar Negro Doneck Marioupol Kharkov Lvov Odessa Zaporijia MINSK KIEV BIELORRÚSSIA RÚSSIA RÚSSIA Mykolaiv Louhansk Sievierodonetsk Tchernihiv Chernobyl Izioum Tchassiv Yar Melitopol Kherson
das Serpentes Transistria Crimeia anexada
0 171 km SONIA VAZ 102 D2-GEO-F2-2106-V9-U3-084-121-LA-G24-AV.indd 102 30/08/2022 15:21 102
Ofensiva Russa Bombardeios russos entre 1 e 8/7/2022 50 10

Assim que o conflito teve início, graves sanções foram aplicadas à Rússia, entre as quais se destacam o congelamento de bens do presidente Putin, membros do governo e empresários; restrições ao acesso da Rússia aos mercados e serviços financeiros e de capitais da União Europeia; fechamento do espaço aéreo e dos portos da União Europeia a aeronaves e navios russos; suspensão das importações de petróleo e carvão provenientes da Rússia; proibição da exportação de bens e tecnologias para a produção de petróleo e de realização de novos investimentos no setor energético russo.

Essas sanções levaram a economia russa a uma profunda recessão Mas o conflito entre os dois países causou impactos no mundo todo, percebidos rapidamente. São eles:

- Crise alimentar. Em 2021, a Ucrânia produzia 15% do milho e 12% do trigo comercializados no mundo. Com a guerra, o país não pode exportar o que já havia produzido e as novas safras foram reduzidas. Como resultado, os preços dos grãos e de alimentos básicos aumentaram, levando milhões de pessoas à insegurança alimentar.

Recessão: redução da atividade econômica, caracterizada por queda de vendas, produção, lucros e empregos.

- Crise energética. Em 2021, a Rússia era um dos líderes mundiais na exportação de gás natural, petróleo e carvão. A União Europeia, que importou 45% da produção de gás e 25% de petróleo, começou a estudar possibilidades para reduzir a dependência da Rússia. O embargo ao petróleo russo fez com que os preços da commodity disparassem, aumentando o preço dos combustíveis em muitos países.

E para tentar conter o que classifica como ameaça, Putin vem exigindo ao longo dos últimos anos que a Otan cesse suas atividades militares no leste da Europa e forneça garantias de que a Ucrânia não será aceita na organização.

Mas afinal, qual a responsabilidade da Otan na atual invasão da Ucrânia pela Rússia? A expansão da aliança militar pelos países do antigo bloco comunista ajudou a manter a paz (como diz oficialmente) ou está justamente na raiz da guerra que vemos hoje?

Putin costuma repetir que a Otan é “apenas um instrumento da política externa dos EUA”, país com o maior poderio militar do mundo. Por outro lado, a organização ressalta que todas as suas decisões são negociadas e tomadas por consenso entre os seus 30 membros.

BRAUN, Julia. Qual o papel da Otan no confronto entre Rússia e Ucrânia? BBC News, São Paulo, 2 mar. 2022. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/ internacional-60580704. Acesso em: 16 ago. 2022.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor e o estudante

• GUERRA na Ucrânia: crise alimentar é também “oportunidade” para África. 2022. Vídeo (1min34s). Publicado por DW. Disponível em: https://www.dw. com/pt-002/guerra-na-ucrâniacrise-alimentar-é-também-oportunidade-para-áfrica/av61935475. Acesso em: 9 ago. 2022.

Analise a charge e faça as atividades em seu caderno.

1 A qual desdobramento do conflito entre Rússia e Ucrânia a charge se refere?

A charge se refere à inflação dos preços, principalmente de alimentos.

2 Você observou algum impacto relacionado ao conflito entre os dois países em seu cotidiano? No seu entendimento, por que várias regiões do mundo foram afetadas?

Consultar comentários em Orientações didáticas.

Na atividade 2, observar se os estudantes notaram o aumento do preço de produtos utilizados em seu cotidiano e na vida dos membros da família, ou, ainda, se observaram a presença de refugiados ucranianos na localidade onde moram, por exemplo. O objetivo da questão é mobilizar os conhecimentos dos estudantes acerca do processo de globalização, verificando se compreenderam os aspectos da integração econômica em escala mundial.

TEXTO COMPLEMENTAR

A Ucrânia é atualmente um “país-associado” à Otan, o que significa que pode se unir à organização no futuro.

Para o governo russo, a inclusão de seus vizinhos na aliança é uma tentativa dos americanos e das potências europeias de cercar seu território, o que configuraria uma ameaça à Rússia. [...]

No vídeo, a presidente da Aliança para uma Revolução Verde em África (Agra) fala sobre a crise alimentar provocada pela guerra e as oportunidades que ela traz para que os países africanos possam dar passos em direção à soberania alimentar.

• GALVANI, Giovanna. Entenda a guerra da Ucrânia em 10 pontos. CNN Brasil, São Paulo, 25 mar. 2022. Disponível em: https:// www.cnnbrasil.com.br/internaci onal/entenda-a-guerra-da-ucra nia-em-10-pontos/. Acesso em: 9 ago. 2022.

Reportagem apresenta dez pontos cruciais para a compreensão da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

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• O trabalho com a habilidade EF09GE17 é feito com ênfase em explicar as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos dos elementos naturais na Europa.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Ao longo do desenvolvimento dos conteúdos relacionados aos aspectos físicos e da dinâmica da natureza do continente europeu, é importante explorar o mapa “Europa: físico”, conversando com os estudantes sobre o uso gradativo das cores de acordo com as altitudes do relevo. Destacar ainda a relação entre relevo e estrutura geológica, aprofundando o conteúdo. O trecho presente na seção Texto complementar oferece subsídios para esse aprofundamento.

Esclarecer que na Europa há três grandes estruturas, organizadas da seguinte maneira:

• na porção norte, há maciços cristalinos;

• na porção central, há bacias sedimentares;

• na porção sul, há dobramentos modernos.

Essa configuração dá origem às variadas formas do modelado europeu.

Destacar as principais características físicas da porção norte do continente, identificada pela presença dos Alpes Escandinavos, dos grandes lagos da Finlândia e dos fiordes. A atividade agrícola na região é pouco desenvolvida ou inexistente, uma vez que o clima é frio. Observa-se apenas a criação nômade de animais. O mesmo acontece nas áreas de elevadas altitudes, com clima frio de montanha.

Caracterizar a região central da Europa, destacando a presença de áreas planas, com ricas jazidas de carvão. O clima temperado permite o desenvolvimento da atividade agropecuária, com criação intensiva de gado e cul-

O relevo, a hidrografia, o clima e a vegetação exercem influência na distribuição da população, nas atividades econômicas e na ocupação do território, resultando em paisagens variadas no continente europeu.

Analise, no mapa a seguir, as altitudes do relevo e os principais rios e mares da Europa.

A partir da análise do mapa, responda às atividades no caderno.

1 Indique os países por onde se estendem os Alpes.

2 Que países os Pirineus separam?

3 Qual é o pico culminante da Europa? Em que cadeia de montanhas se localiza?

França, Suíça, Áustria e Itália. Espanha e França. Monte Elbrus, no Cáucaso.

tivo de cereais. Esta região é atravessada pelos principais rios europeus. Estabelecer relações entre relevo e hidrografia, ressaltando a navegabilidade dos rios Reno, Volga, Danúbio, entre outros. Falar sobre as formas de aproveitamento de suas águas e a ocupação de suas margens.

Quanto à região sul, explicar que é caracterizada pela presença de montanhas muito altas, como os Alpes e os Pirineus, formadas por dobramentos modernos recentes. A presença dos

climas mediterrâneo e semiárido, mais quentes, favorece uma agricultura bastante produtiva, apresentando, porém, características diferentes do restante do continente. A agricultura familiar, por exemplo, é bastante presente na região.

Ao encaminhar a realização das atividades 1 a 5 propostas, orientar os estudantes, se necessário, a consultar o mapa político da Europa na página 88 do Livro do Estudante.

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3 ASPECTOS NATURAIS
MarTirrenoMarAdriático Mar Jônico Baía de Biscaia Mar do Norte OCEANO ATLÂNTICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO Estreito de Gibraltar MarEgeu Mar Negro MarCáspio M a r M e d i t e r r â n e o MarBáltico Go l fo de Bótnia MardaNorueg a MardeBarents Mar Branco CanaldaMancha Mar de Azov Rio Dou o RioTejo Rio Guadiana R o Ródano R o Pó RioDanúbio R i oReno R o Loi e RioSena RioElba Rio Vístula Rio Dn ester RioPrut R i o T s z a R o Dnieper RioDon RioOka RioVolga Rio Dvina R oVolga Rio Kama Rio V o ag RioUral R i o Pachora R oDvinado Norte L. Onega L. Ladoga R o Tâm sa RioOder Is. Jan Mayen Meridiano de Greenwich Is. Faeroe I. Islândia Is. Nova Zembla Is. Shetland Is. da Irlanda I. Córsega I. Sardenha I. Sicília I. de Rodes I. de Creta I. Ibiza I. Maiorca I. Menorca Is. da Grã-Bretanha ILHASBALEARES 0° 45°N CírculoPolarÁrtico I. de Chipre MACIÇO CENTRAL FRANCÊS PLANÍCIE DA HUNGRIA PLANALTO CENTRAL RUSSO PLANALTO DE VALDAI PENÍNSULA DE KOLA PLANALTO DO VOLGA DEPRESSÃO CASPIANA SARMÁTICA PLANÍCIE PEN. DA CRIMEIA BÁLCÃS PINDO PENÍNSULA IBÉRICA APENINOS PIRENEUS ALPESDINÁRICOS MTES CANTÁBRICOS CÁRPATOS ALPES CÁUCASO MONTES URAIS ALPES ES C A NDINAVOS PARNASO 2 457 m VESÚVIO 1 281 m MT. BLANC 4 807 m ANETO 3 404 m ETNA 3 323 m HEKLA 1 491 m GLITTERTIND 2 465 m BEERENBERG 2 277 m ELBRUS 5 642 m PLANÍCIE GERMANO-POLONESA ÁSIA ÁSIA ÁFRICA DORE 1 885 m CORD BÉTICA TETRA 2 642 m Altitude (em metros) 2 000 1 000 200 0 –28 Pico Vulcão 0 384 Europa: físico ALLMAPS Fonte: CALDINI, Vera; ÍSOLA, Leda. Atlas geográfico Saraiva. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2013. p. 114. 104
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Relevo em movimento

4 Em que cadeia montanhosa se localiza a nascente do Rio Reno? Em que mar esse rio deságua? Ele separa territórios de quais países?

5 O Volga está totalmente localizado em qual país? Em que planalto se encontra a nascente dele e em que mar deságua?

Nasce nos Alpes e deságua no mar do Norte. Suíça e Liechtenstein; Alemanha e Suíça; Alemanha e França. Rússia. Nasce no planalto de Valdai e deságua no mar Cáspio.

Relevo e hidrografia

O relevo da Europa é bastante variado, constituído por maciços antigos, planaltos, planícies e cadeias de montanhas. Os maciços antigos são formas bastante desgastadas por processos erosivos, com altitudes modestas. Destacam-se os montes Urais e os Alpes Escandinavos.

No sul do território, há cadeias de montanhas recentes e, portanto, com altitudes elevadas. Destacam-se os Alpes, sendo o Mont Blanc (4 807 m) o ponto culminante dessa formação. A região está sujeita à ocorrência de terremotos e vulcões, com destaque para o Etna, o Stromboli e o Vesúvio, na Itália. A Islândia, no norte do continente, também apresenta intensa atividade vulcânica.

As planícies favorecem a entrada e a dispersão de massas de ar frio provenientes do Ártico, tornando as temperaturas mais baixas na região centro-norte. Já as cadeias montanhosas na porção sul dificultam a passagem de massas de ar frio vindas do norte e impedem que massas de ar quente que vêm do Mediterrâneo e da África avancem para o interior. Assim, o clima ao sul dessas formações torna-se quente e seco.

Em geral, os rios do continente europeu correm sobre planícies, e, por isso, são muito utilizados para a navegação, ligando regiões e países por sistemas de hidrovias. Já os trechos de rios sobre planaltos e áreas montanhosas são aproveitados para a geração de energia hidrelétrica e abastecimento da população. Em muitos casos, os rios estão integrados à paisagem das cidades, como ocorre com o Tâmisa, em Londres (Reino Unido), o Sena, em Paris (França), e o Tejo, em Lisboa (Portugal). Outros rios são muito importantes para a economia dos países que atravessam, como o Reno, na Alemanha, o Pó, na Itália, e o Vístula, na Polônia.

O Rio Danúbio, com mais de 2 800 km, é o segundo mais extenso da Europa e é considerado o rio da integração internacional, por atravessar dez países. Atualmente, é possível navegá-lo a partir do mar Negro e chegar ao mar do Norte utilizando a hidrovia que interliga, por meio de canais artificiais, o Danúbio e o Reno.

A história geológica da Europa teve início há cerca de 3 bilhões de anos. Há 540 milhões de anos o continente adquiriu a aparência atual.

A região mais antiga, em termos geológicos, corresponde à Península Escandinava. Ela está assentada em uma placa tectônica formada durante a Era Pré-Cambriana. A glaciação na Escandinávia deu origem ao aspecto físico da região, como surgimento de fiordes e a erosão de sua superfície.

A segunda região geológica inclui o território compreendido entre o sudoeste da França, a Inglaterra e o oeste da Rússia. O principal componente dessa enorme faixa de terra são as rochas sedimentares. É onde se localiza a Grande Planície da Europa, região de solos bastante férteis.

A última região é a de formação mais recente e corresponde ao sul do continente. Há aproximadamente 40 milhões de anos ocorreu a colisão das placas Africana e Eurasiana. O choque resultou no surgimento da superfície, dando origem aos principais sistemas montanhosos da Europa, dos Pirineus ao Cáucaso.

Ainda ocorrem mudanças orogênicas, como demonstram os terremotos que acontecem esporadicamente na região. Os locais mais afetados pelos sistemas são a Grécia, os Bálcãs e a Itália. No território italiano encontram-se alguns dos poucos vulcões ativos da Europa, como o Etna e o Stromboli. A Islândia também possui vulcões em atividade.

O país insular está situado no ponto de colisão entre as placas Eurasiana e Norte-Americana.

O atrito entre as duas placas origina movimentos sísmicos, erupções vulcânicas e gêiseres.

A atividade vulcânica na ilha islandesa é intensa. Estima-se que, desde 1500, um terço da lava que sobe à superfície terrestre provém de vulcões islandeses.

ATLAS geográfico mundial. Europa I. 3. ed. Barcelona: Editorial Sol 90, 2005. v. 4, p. 25.

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Trecho do Rio Danúbio em Budapeste, Hungria, 2021.
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Competências

• Gerais: 1, 2, 3, 4, 5 e 7

• Ciências Humanas: 2, 3, 5, 6 e 7

• Geografia: 1, 2, 3, 5 e 6

• Contempla-se a habilidade EF09GE04 com foco em relacionar diferenças de paisagens aos modos de viver na Europa.

• Trabalha-se a habilidade EF09GE09 com ênfase em analisar características de países e grupos de países europeus, em seus aspectos urbanos, e discutir pressões sobre seus ambientes físico-naturais.

• Atende-se à habilidade EF09GE10 com foco em analisar os impactos do processo de industrialização na Europa.

• A habilidade EF09GE18 é contemplada ao identificarem-se e analisarem-se as consequências dos usos de recursos naturais em diferentes países.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

O tema da seção abre possibilidade para realização de um trabalho interdisciplinar com História e Ciências. Assim, podem ser abordados os impactos ambientais nas regiões industriais da Europa e o papel dos rios na produção e no escoamento dos produtos industrializados e matérias-primas da Primeira Revolução Industrial em diante.

Sugerimos, na seção Texto complementar, um trecho que conta um pouco sobre o processo de recuperação de mais dois rios europeus, o Sena e o Tejo.

Aproveitar o tema para também chamar a atenção dos estudantes para a relação entre os cursos dos rios, a disposição e a altitude do relevo, usando o mapa físico da página 104. É possível pedir a eles, por exemplo, que identifiquem os principais divisores de águas e as direções dos principais rios em função do relevo.

Recuperação dos rios europeus

A Europa, berço da Revolução Industrial, foi também o primeiro continente a enfrentar grandes problemas ambientais, como a poluição atmosférica e das águas.

Já no século XIX, os rios que cortavam os centros industriais, como Londres, no Reino Unido, e Paris, na França, estavam bastante degradados. O Tâmisa, que banha a cidade de Londres, era um grande esgoto a céu aberto. Às vezes, sessões no parlamento inglês precisavam ser fechadas por causa do mau cheiro que tomava conta da cidade. Analise as imagens.

Na charge, o cientista Michael Faraday (1791-1867), preocupado com o estado deplorável das águas do Tâmisa, entrega um cartão ao Father Thames (representação do Rio Tâmisa). Em letras menores, lê-se: “E nós esperamos que nosso camarada sujo vá se consultar com o sábio professor”.

The New Houses of Parliament, obra de Thomas Picken, Londres, 1852. Litografia. No Rio Tâmisa, além dos dejetos industriais e dos esgotos domésticos, o grande número de embarcações a vapor aumentava a contaminação das águas.

Charge publicada no jornal londrino Punch, em 3 de julho de 1858: “O Rio Tâmisa apresenta sua prole de doenças – difteria, tuberculose e cólera – à cidade de Londres”.

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Comentar a importância do transporte hidroviário na Europa, destacando os altos investimentos realizados na construção e na manutenção de hidrovias que ligam um país a outro por meio dos rios e ligam a Europa ao restante do mundo por meio dos portos – os transportes marítimos.

Encaminhar a realização das atividades 1 e 2.

Na atividade 1, espera-se que os estudantes respondam afirmativamente, a julgar pelas manifestações por meio de charges publicadas em

jornais da época. Orientar os estudantes a observar atentamente as charges. Elas representam o Tâmisa como um ambiente degradado, com animais mortos e sendo foco de doenças.

Na atividade 2, sugerimos organizar os grupos de modo que cada um pesquise um rio europeu diferente. Durante a apresentação do trabalho, incentivar os estudantes a estabelecer paralelos entre os rios europeus e rios do município ou Unidade da Federação onde vivem, procu-

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E AGIR PENSAR NÃO ESCREVA NO LIVRO.
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Ao longo dos séculos, os rios do continente europeu foram poluídos com esgoto doméstico e industrial, agrotóxicos e outras substâncias. Embora isso ainda seja um grave problema ambiental na Europa, projetos de despoluição promoveram a recuperação de diversos rios. Analise os exemplos.

O projeto de recuperação do Tâmisa começou no século XIX, com a construção de um sistema de captação de esgotos em Londres. Na década de 1970, o reaparecimento do salmão, peixe sensível à poluição, foi o primeiro sinal de que os resultados estavam sendo alcançados. O trabalho realizado no Tâmisa tornou-se um exemplo para projetos de despoluição de rios no mundo todo.

O Reno era um dos rios mais poluídos da Europa. Um grave acidente ambiental ocorreu em 1986 na Basileia, Suíça. A água usada para combater um incêndio em uma fábrica de medicamentos carregou produtos altamente tóxicos para o rio, afetando todo o ecossistema. O fato chamou a atenção da opinião pública e das autoridades, levando a um trabalho de recuperação do rio que durou mais de 20 anos. Atualmente, cerca de 95% dos dejetos industriais são tratados antes de chegarem às águas do Reno. Auxiliar os estudantes na execução das atividades.

1 De acordo com as charges do século XIX, pode-se dizer que, na época, havia uma preocupação com a degradação dos rios? Explique.

2 Em grupo, escolham um rio europeu (com exceção do Tâmisa e do Reno) e façam uma pesquisa sobre suas condições ambientais atuais.

a) Selecionem fontes de pesquisa oficiais ou confiáveis para fazer um levantamento histórico das condições das águas desse rio: se está ou esteve degradado, as causas da degradação, como suas águas são usadas, se há projetos de recuperação etc.

b) Produzam um relatório com os resultados da pesquisa e ilustrem o trabalho com imagens antigas e recentes do rio escolhido.

c) Apresentem o resultado da pesquisa para o professor e os colegas, divulgando o trabalho de vocês nas mídias sociais da escola e em grupos de familiares e amigos.

rando destacar semelhanças e diferenças quanto a causas da degradação e projetos de recuperação, por exemplo.

TEXTO COMPLEMENTAR

1. Rio Sena, Paris (França)

O Sena, em Paris, foi degradado por conta da poluição industrial, situação comum a outros rios europeus. Neste caso, porém, houve um agravante: o recebimento de esgoto doméstico. Por conta de seu estado lastimável, desde a década de 1920 o Sena é alvo de preocupações ambientais. Mas foi apenas em 1960 que os franceses passaram a investir na revitalização do local construindo estações de tratamento de esgoto. Hoje já existem 30 espécies de peixes no rio mas o processo para que isso acontecesse foi lento. No começo, havia apenas 11 estações em funcionamento. Em 2008 já eram duas mil [...] Como parte do processo de tratamento de esgoto, o governo criou leis que multam fábrica e empresas que despejarem substâncias nas águas. Além disso, há um incentivo entre 100 e 150 euros por hectare para que agricultores que vivem às margens do rio não o poluam.

3. Rio Tejo, Lisboa (Portugal)

Para despoluir o famoso rio de Lisboa foram investidos 800 milhões de euros A revitalização, que se encerrou em 2012, incluiu obras de saneamento e renovação da rede de distribuição de águas e esgotos, visto que os dejetos eram depositados diretamente nas águas do rio. Foram beneficiados com o projeto 3,6 milhões de habitantes. O Tejo é o maior rio da Europa ocidental e passou ser despoluído com a criação da Reserva Natural do Estuário do Tejo, em 2000. O plano envolveu a construção de infraestrutura de saneamento de águas residuais e renovação de condutas de abastecimento de água. Hoje, até golfinhos voltaram a saltar nas águas do rio europeu.

HAYDÉE, Lygia. 7 cidades que despoluíram seus rios e podem nos inspirar. Exame, São Paulo, 13 set. 2016. Disponível em: https:// exame.com/mundo/7-cidades-que-despolu iram-seus-rios-e-podem-inspirar-brasil/. Acesso em: 17 ago. 2022.

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Consultar comentários em Orientações didáticas.
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Consultar comentários em Orientações didáticas. Rio Tâmisa em Londres, Reino Unido, 2021. Rio Reno, em Colônia, Alemanha, 2021. INGUS KRUKLITIS/SHUTTERSTOCK.COM EWA STUDIO/SHUTTERSTOCK.COM
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• Trabalha-se a habilidade EF09GE17 com foco em explicar as características físico-naturais em diferentes regiões da Europa.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Realizar a leitura do mapa da página 108 e recorrer ao mapa físico da página 104 para explicar como o relevo atua no clima.

Apresentar as principais características dos tipos de clima encontrados na Europa, destacando os seguintes aspectos: a principal diferença entre o clima temperado continental e o clima temperado oceânico, a forma pela qual a maritimidade e a continentalidade influenciam na amplitude térmica desses tipos de clima; a influência das massas de ar sobre os climas mediterrâneo e desértico; a relação entre latitude e elevadas altitudes com a temperatura e a ocorrência de climas frios.

Na atividade 3, espera-se que os estudantes respondam que o clima mediterrâneo predomina no sul da Europa e sofre influência do relevo e das massas de ar quente; as cadeias montanhosas dificultam a chegada de massas de ar frio vindas do norte e impedem que massas de ar quente que vêm do Mediterrâneo e da África avancem para o norte do continente europeu. Assim, esse tipo de clima é quente e seco.

Ao tratar dos fatores climáticos, é possível ampliar o conteúdo sobre a influência da Corrente do Golfo, que ameniza o clima na costa atlântica da Europa. O trecho presente na seção Texto complementar, com linguagem acessível aos estudantes, pode ser usado para essa ampliação.

Para introduzir as formações vegetais, é interessante levantar os conhecimentos prévios dos estudantes e realizar a leitura do mapa da página 109, compa-

Clima e vegetação

Os climas são influenciados por diferentes fatores, como latitude, relevo, massas de ar, maritimidade e continentalidade e correntes marítimas

O clima da porção ocidental europeia é bastante influenciado pela corrente marítima do Golfo, que ameniza as temperaturas de áreas sob sua influência, como a Noruega, que se encontra em altas latitudes.

O relevo, conforme estudado na página 105, interfere na movimentação das massas de ar quentes e frias, influenciando o clima e a ocorrência de diferentes formações vegetais. As áreas próximas aos oceanos, influenciadas pela maritimidade, apresentam climas com invernos menos rigorosos quando comparados aos das áreas distantes do litoral, sob influência da continentalidade. Analise no mapa os principais climas europeus.

Europa: climas

Localize as informações no mapa para responder às questões no caderno. Se necessário, consulte também o mapa da página 88.

1 Quais são os dois tipos de clima de maior ocorrência no território europeu?

Temperado e frio.

2 Indique o tipo de clima predominante nos seguintes países: França, Grécia, Islândia e Finlândia.

França: temperado; Grécia: mediterrâneo; Islândia: polar; Finlândia: frio.

3 O clima mediterrâneo predomina em que região? De acordo com o que você estudou, que fatores principais influenciam esse tipo climático?

Consultar comentários em Orientações didáticas.

rando-o ao mapa de clima, correntes marítimas e massas de ar.

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Pode-se tratar das mudanças climáticas recentes que causaram grandes ondas de calor no continente. Sugerimos material para consulta na seção Ampliando horizontes

BNCC 0° 45° N Meridiano de Greenwich ÁFRICA ÁSIA Semiárido Mediterrâneo Temperado Frio Polar Frio de Montanha Tipos de clima (adaptado da classificação de Köpen) Correntes marítimas Quente Fria 0 550
ALLMAPS
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Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 58.
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O clima polar ocorre, predominantemente, nas áreas ao norte do Círculo Polar Ártico e é caracterizado por médias mensais de temperaturas abaixo de 0 °C praticamente o ano todo.

O clima frio é caracterizado pelas baixas temperaturas na maior parte do ano, pelo verão curto e pelo inverno longo e rigoroso, com intensa precipitação de neve.

Nas porções litorâneas ao norte, o clima temperado apresenta verões suaves e invernos pouco rigorosos. Nas áreas distantes do oceano, a continentalidade propicia estações do ano mais bem demarcadas, com elevadas amplitudes térmicas anuais.

No sudeste do continente, prevalece o clima semiárido, onde são registrados baixos índices pluviométricos. Os verões costumam ser quentes e os invernos, rigorosos.

O clima mediterrâneo predomina na parte sul e recebe influência de massas de ar tropicais vindas do norte da África. Possui verões quentes e secos e invernos chuvosos com temperaturas amenas.

Nas cadeias montanhosas ocorre o clima frio de montanha, com baixas temperaturas o ano todo em razão da influência da elevada altitude do relevo.

A vegetação nativa do continente europeu é bastante diversificada e apresenta grande variedade de espécies. Isso se deve principalmente, mas não somente, aos diferentes tipos de clima presentes na região. São seis os tipos principais de vegetação do continente: Floresta Temperada, Floresta Boreal (Taiga), Tundra, Estepe, Vegetação Mediterrânea e Vegetação de Montanha

Europa: vegetação nativa

Fonte: CALDINI, Vera; ÍSOLA, Leda. Atlas geográfico Saraiva. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2013. p. 172.

4 Observe os mapas novamente e responda no caderno: é possível perceber uma relação entre os tipos de clima e os tipos de vegetação na Europa? Explique. Auxiliar os estudantes na elaboração da resposta. Consultar comentários adicionais em Orientações Didáticas.

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Na atividade 4, o estudante deve ponderar que sim, especialmente entre clima polar e a ocorrência da Tundra; o clima semiárido e a ocorrência de Estepe e Pradaria; clima frio de altitude e a Vegetação de Montanha; clima e vegetação mediterrâneos. Isso acontece porque a ocorrência de vegetação e de clima está relacionada a diversos elementos naturais, que se influenciam mutuamente.

ÁFRICA ÁSIA Mar Negro Mar Cáspio Mar do Norte 55ºN Meridiano de Greenwich 0º OCEANO ATLÂNTICO MarBáltico M a r M e d i t e r r â n e o CírculoPolarÁrtico Floresta boreal (taiga) Floresta temperada Vegetação de montanha Tundra Estepe e pradaria Vegetação mediterrânea 0 470 ALLMAPS
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• Atende-se à habilidade EF09GE09 com foco em analisar as pressões sobre os ambientes físico-naturais na Europa.

• O trabalho com a habilidade EF09GE17 é feito com ênfase em explicar as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Europa.

• A habilidade EF09GE18 é desenvolvida ao identificarem-se e analisarem-se as consequências dos usos de recursos naturais no continente europeu.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Localizar as áreas de ocorrência de florestas Temperada e Boreal nos mapas físico, de clima e de vegetação nativa já estudados, solicitando aos estudantes que observem a correspondência entre as áreas nos três mapas.

Sobre a Floresta Temperada, é importante ressaltar que se trata da formação vegetal predominante na Europa e a mais devastada. Estudos indicam que a Europa é o continente que conta com apenas 0,3% da cobertura florestal original preservada.

Sobre a Floresta Boreal, esclarecer que é uma formação vegetal explorada largamente para extração de madeira dos pinheiros.

Na atividade 1, espera-se que os estudantes expliquem que a mudança de cor e a queda das folhas das árvores da Floresta Temperada é uma adaptação da vegetação para evitar a perda de água e preservar energia durante o inverno. A mudança de cor dessas espécies está relacionada à degradação da clorofila.

Na atividade 2, os estudantes devem indicar que a Taiga é uma vegetação homogênea, constituída principalmente de pinheiros. Seu formato de cone e suas folhas aciculifoliadas, ou seja, com forma de agulhas, permitem que a planta não acumule neve sobre suas copas.

Floresta Temperada

A Floresta Temperada é a vegetação nativa predominante no continente europeu, ocupando vastas áreas de leste a oeste do continente. Essa formação vegetal está associada ao clima temperado.

A característica mais marcante da floresta temperada é a mudança de cor das folhas das árvores durante o outono, que passam do verde para tons alaranjado-avermelhados e em seguida caducam e caem durante o inverno. Essa característica faz com que a Floresta Temperada também receba o nome de Floresta Decídua ou Caducifólia

Essas plantas reabsorvem os nutrientes das folhas para conseguir sobreviver durante o inverno, com baixa disponibilidade de água – por causa dos solos congelados – e com menor incidência de luz solar. A cor das folhas é alterada durante o processo, já que ocorre a degradação da clorofila. Na primavera, a árvore utiliza esse acúmulo de nutrientes para constituir novas folhas, e o processo de fotossíntese é iniciado novamente.

A Floresta Temperada caracteriza-se pela presença de variadas espécies de árvores de grande porte, como carvalho, cerejeira, pinheiro, cedro e nogueira.

Essa vegetação foi a mais devastada ao longo dos séculos no território europeu, tendo sido substituída principalmente por agricultura, industrialização e ocupações urbanas.

TEXTO COMPLEMENTAR

Muro fronteiriço da Polónia vai atravessar a última floresta primitiva da Europa

A zona fronteiriça entre a Polónia e a Bielorrússia é uma terra de florestas, colinas e vales com rios e pântanos. Mas esta paisagem outrora tranquila tornou-se numa zona militarizada. O governo polaco, influenciado pelas preocupações com o fluxo de migrantes vindos principalmente do

Médio Oriente e da Bielorrússia, iniciou a construção de um enorme muro na sua fronteira oriental.

As organizações dos direitos humanos e os grupos de conservação criticam esta medida. O muro vai ter cerca de 5,5 metros de altura e estender-se por 186 quilómetros ao longo da fronteira leste da Polónia, de acordo com a Guarda Fronteiriça Polaca, apesar das leis em vigor que o projeto aparentemente parece violar. A construção da fronteira vai exigir a aragem de ecossistemas frágeis, incluindo na floresta de Białowieza, a última floresta primitiva de planície do continente europeu.

BNCC WITOLD SKRYPCZAK/ALAMY/FOTOARENA, SONIA VAZ
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Trecho de Floresta Temperada na Eslováquia, 2020.

Floresta Boreal (Taiga)

A Floresta Boreal, ou Taiga, ocorre em elevadas latitudes, próximas ao Polo Norte, onde há o predomínio do clima frio.

O solo é pouco desenvolvido e pobre em nutrientes, o que dificulta o desenvolvimento de diversas plantas.

Essa formação vegetal, também conhecida como Floresta de Coníferas, é caracterizada por espécies vegetais adaptadas às rigorosas condições climáticas. Além do formato de cone dessas árvores, que impede o excesso de acúmulo de neve, essas espécies apresentam comportamento xerófilo: as folhas são pequenas e duras, o que reduz ao máximo a perda de água no inverno. São formações homogêneas, constituídas principalmente de coníferas (pinheiros), que possuem folhas estreitas em forma de agulha (aciculifoliadas).

Do ponto de vista econômico, a Taiga é uma das maiores fontes mundiais de produção de madeira e celulose. A área é pouco adequada à agricultura, em razão, principalmente, da elevada acidez do solo, consequência do processo lento de decomposição da matéria orgânica acumulada na sua parte mais superficial.

Carvalhos, freixos e tílias com centenas de anos erguem-se sobre um sub-bosque denso e imaculado – onde as árvores caem e apodrecem sem serem perturbadas, explica Eunice Blavascunas, antropóloga que escreveu um livro sobre a região. Esta floresta abriga uma enorme diversidade de fungos e invertebrados – mais de 16 000 espécies entre os dois grupos – para além de 59 espécies de mamíferos e 250 espécies de aves. No lado polaco da floresta, podem ser encontrados cerca de 700 bisontes-europeus a pastar em vales rasteiros e clareiras florestais, uma população preciosa que demorou um século a recuperar. E também há lobos, lontras, veados e uma população ameaçada de cerca de uma dúzia de linces. Normalmente, estes animais movem-se livremente na zona fronteiriça com a Bielorrússia. Em 2021, um urso-pardo chegou a atravessar a fronteira para a Bielorrússia.

MAIN, Douglas. Muro fronteiriço da Polónia vai atravessar a última floresta primitiva da Europa. National Geographic, Lisboa, 4 fev. 2022. Disponível em: https://www. natgeo.pt/meio-ambiente/2022/02/murofronteirico-da-polonia-vai-atravessar-aultima-floresta-primitiva-da-europa. Acesso em: 17 ago. 2022.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor e o estudante

Responda às atividades em seu caderno.

1 Que adaptações a Floresta Temperada apresenta para suportar o clima durante o inverno?

FICA A DICA

Happy People: a year in the Taiga (documentário).

Direção: Werner Herzog, Dmitry Vasyukov. Alemanha, 2010.

O documentário acompanha, durante um ano, a rotina de um caçador que mora em um vilarejo de 300 pessoas na Sibéria.

2 Descreva as principais características da Taiga.

Consultar comentários em Orientações didáticas. Consultar comentários em Orientações didáticas.

Se ficar concluído nos próximos meses, conforme planejado, o muro vai bloquear as rotas de migração de muitas espécies animais, incluindo lobos, linces, veados, populações de ursos-pardos em recuperação e a maior população remanescente de bisontes-europeus, diz Katarzyna Nowak, investigadora da Estação Geobotânica de Białowieza, que faz parte da Universidade de Varsóvia. Os impactos deste muro podem ser muito abrangentes, uma vez que a fronteira polaco-bielorussa fica num dos corredores mais importantes para o movimen-

to de vida selvagem entre a Europa Oriental e a Eurásia, e as espécies animais dependem de populações variadas para se manterem geneticamente saudáveis.

[...]

Grande parte da floresta de Białowieza está protegida desde o século XV, e a área contém a última grande extensão de floresta virgem de planície, do tipo que cobria a Europa desde os Montes Urais até ao Oceano Atlântico. “É a joia da coroa da Europa”, diz Katarzyna Nowak.

• EFE. Vegetação na Europa absorve mais CO2 do que era esperado inicialmente. G1, Rio de Janeiro, 5 jan. 2015. Disponível em: https://g1.globo.com/natureza/ noticia/2015/01/vegetacao-na -europa-absorve-mais-co2-do -que-era-esperado-inicialmente. html. Acesso em: 17 ago. 2022. Apresenta resultados de dados obtidos com satélites dos EUA, Europa e Japão.

• PROTEGER a taiga significa proteger o clima global. Ambientebrasil, [Curitiba], 9 fev. 2011. Disponível em: https:// noticias.ambientebrasil.com. br/clipping/2011/02/09/66233proteger-a-taiga-significaproteger-o-clima-global.html. Acesso em: 27 ago. 2022. A reportagem apresenta projeto de proteção, apoiado pela Alemanha, da Taiga na Rússia.

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Exploração de madeira na Estônia, em 2021. Taiga na Finlândia, 2020. RJH_AERIAL/ALAMY/FOTOARENA, SONIA VAZ
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KARL ANDER ADAMI/ISTOCK/GETTY IMAGES
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• A habilidade EF09GE04 é atendida com foco em relacionar diferenças de paisagens aos modos de viver de diferentes povos na Europa, valorizando a identidade e o modo de vida do povo sami.

• É possível desenvolver a habilidade EF09GE09 ao analisarem-se as pressões sobre os ambientes físico-naturais na Europa.

• Contempla-se a habilidade EF09GE17 ao explicar as características físico-naturais e a ocupação e os usos da terra em diferentes regiões da Europa.

• A habilidade EF09GE18 é trabalhada com ênfase em identificar e analisar as consequências dos usos de recursos naturais no continente europeu.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Retomar os mapas físico, de vegetação e de clima da Europa e localizar as áreas de ocorrência da Tundra, relacionando-a ao clima polar, e da Estepe, indicando que ela ocorre em áreas de transição climática e de planície, destacando essa característica na fotografia disponível no Livro do estudante.

Na página 112, é possível trabalhar com os temas contemporâneos transversais Meio Ambiente, com destaque para a Educação Ambiental, e Multiculturalismo, com destaque para a Diversidade Cultural Além das características naturais da Tundra, apresentamos aspectos relacionados ao modo de vida dos samis, povo que vive na Escandinávia. Sugerimos a leitura compartilhada do texto citado no Livro do Estudante, para posterior desenvolvimento de relações entre a natureza, o modo de vida dos samis e as mudanças que começam a ser percebidas com o aumento da temperatura global. Encaminhar as atividades propostas na página 113. Na ativi-

Tundra

Associada ao clima polar, a Tundra ocorre em latitudes muitíssimo elevadas, concentrando-se, principalmente, ao norte do Círculo Polar Ártico.

Nessa região, há pouca incidência de energia solar, assim, a baixa precipitação ocorre normalmente na forma de neve. Além disso, o solo permanece congelado durante a maior parte do ano.

A associação das baixas temperaturas aos solos congelados em grande parte do ano impede o desenvolvimento de uma vegetação de grande porte, como as espécies arbóreas e as arbustivas altas. Poucas espécies vegetais são capazes de suportar essas condições extremas.

A Tundra cresce somente no verão, quando ocorre o degelo do solo. É uma vegetação rasteira composta principalmente de liquens, musgos, ervas e arbustos baixos. Durante o verão, a presença de animais aumenta, com a chegada de aves marinhas, enxames de moscas e mosquitos, roedores, lobos, raposas, doninhas e renas.

O modo de vida dos povos originários do Ártico, entre os quais destacam-se os samis, que vivem na Escandinávia, está ameaçado pelas mudanças climáticas. Analise a imagem e leia o texto a seguir.

[...] “Eu sou criador de renas e vou aonde elas vão... As renas são tudo para nós, e eu cuido delas como se fossem meus próprios filhos. Há alguns anos, temos de colocá-las em cercados para protegê-las de predadores, lobos e linces, que são cada vez mais numerosos. No inverno, temos de alimentá-las. Com o aquecimento global, chove mais do que antes e a neve congela. As renas não conseguem encontrar comida – grama e líquen – sob o gelo”. Os samis se adaptaram à vida moderna. Eles têm telefones celulares. Mas a natureza permanece no centro de suas preocupações. “Temos de cuidar dela, porque nos foi emprestada, ela não é nossa”, conclui Johan.

GAUDET, Ambre. Le quotidien d’un éleveur de rennes du peuple sami. PlayBac Presse, Paris, 25 dez. 2019. Disponível em: https://digital.playbacpresse.fr/article/le-quotidien-dun-eleveur-de-rennesdu-peuple-sami. Acesso em: 2 jul. 2022. Traduzido pelos autores.

dade 2, espera-se que os estudantes indiquem que a criação de renas se encontrará cada vez mais ameaçada, pois, com o aquecimento global, chove mais do que antes, facilitando a formação de camadas mais espessas e endurecidas de neve, o que impede as renas de cavar para acessar a grama e o líquen geralmente encontrados sob o gelo. De um ponto de vista mais amplo, o modo de vida dos samis, pautado na criação de renas, também é alterado. Antes nôma-

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des e atualmente sedentarizados, os criadores de rena se deslocam de acordo com as necessidades alimentares do rebanho e, com as mudanças climáticas, essa dinâmica será certamente alterada.

Na atividade 3, os estudantes poderão indicar povos tradicionais diversos que vivem em áreas já afetadas pelas mudanças climáticas, como o Ártico, a Oceania, alguns países africanos e asiáticos. Incentivar os estudantes a buscar em fontes de pesquisa variadas de que maneira essas

BNCC
Os samis vivem da caça, da pesca e da criação de renas. Na foto, pai e filho samis na Suécia, 2020. Tundra na Noruega, 2019.
WOLFGANG KAEHLER/LIGHTROCKET/GETTY IMAGES 112
MICHEL GUNTHER/BIOSPHOTO/AFP, SONIA VAZ
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Estepe

As Estepes são localizadas no leste-sudeste da Europa, geralmente na faixa intermediária entre a Floresta Temperada e os Desertos asiáticos, ou seja, em áreas de transição entre os climas temperado e árido. Concentradas principalmente em regiões de planícies, são constituídas basicamente por gramíneas, formando um vasto tapete vegetal.

Amplitude térmica: diferença entre a maior e a menor temperatura registrada ao longo de um período.

A elevada amplitude térmica anual, com verões muito quentes e invernos rigorosos, limita a distribuição de água no ambiente ao longo do ano. Em consequência da baixa umidade, característica típica do clima semiárido, o estrato herbáceo (rasteiro) é predominante na paisagem, formando amplas áreas abertas, sem a presença marcante dos demais estratos (arbóreo e arbustivo). A presença de árvores isoladas e/ou pequenos bosques geralmente se restringe às proximidades de rios ou lagos.

No verão, podem ocorrer incêndios ocasionais. Esses incêndios são importantes para conservação dos campos abertos, pois eliminam a quantidade excedente de matéria orgânica e permitem a renovação da vegetação.

Os solos dos campos temperados são férteis, em razão da decomposição das gramíneas mortas durante o inverno, por isso são ideais para atividades agrícolas. No entanto, essa atividade econômica representa uma das principais ameaças ambientais às estepes.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor

• ROUÉ, Marie. Os sámi de Jokkmokk: desafio à modernidade. Correio da Unesco: muitas vozes, um mundo. Paris, 2019. Disponível em: https://pt.unesco. org/courier/2019-1/os-sami -jokkmokk-desafio-modernida de. Acesso em: 9 ago. 2022. O artigo traz detalhes sobre o modo de vida dos sami que habitam a Lapônia sueca, apresentando os desafios enfrentados por eles na atualidade.

Responda às atividades em seu caderno.

1 Quais são os principais aspectos que impedem o desenvolvimento de vegetação de grande porte em regiões de Tundra?

O inverno rigoroso e seco e o solo congelado durante boa parte do ano.

2 Releia o texto da página anterior e explique os principais impactos das mudanças climáticas na criação das renas e, de forma mais ampla, no modo de vida dos samis, que é pautado nessa atividade.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

3 Identifique outros povos tradicionais no mundo que têm seu modo de vida ameaçado por mudanças climáticas. Pesquise como as alterações no clima têm afetado sua forma de viver.

Consultar comentários em Orientações didáticas. Consultar comentários em Orientações didáticas.

4 Caracterize as espécies vegetais típicas das estepes.

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alterações já modificaram o modo de vida dessas populações. É possível solicitar que elaborem um painel de imagens com colagens ou organizado em um arquivo digital para compartilhamento com outros estudantes da escola. Na atividade 4, espera-se que os estudantes indiquem que as espécies vegetais típicas das Estepes são as herbáceas e as gramíneas, geralmente localizadas em áreas de planície que formam um “tapete vegetal” de grandes dimensões.

MAXYM MARUSENKO/NURPHOTO/GETTY IMAGES, SONIA VAZ
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Estepes na Ucrânia, 2022.
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• O trabalho com a habilidade EF09GE09 é feito ao analisar as pressões sobre os ambientes físico-naturais na Europa.

• Desenvolve-se a habilidade EF09GE17 ao explicar as características físico-naturais e a ocupação e os usos da terra em diferentes regiões da Europa.

• A habilidade EF09GE18 é atendida ao identificarem-se e analisarem-se as consequências dos usos de recursos naturais no continente europeu.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Conforme sugerido anteriormente, localizar nos mapas físico, de clima e de vegetação as áreas de ocorrência das vegetações Mediterrânea e de Montanha e apontar os fatores que contribuem para explicar esse padrão de distribuição.

Explicar para os estudantes o que são garrigues e maquis, duas formações secundárias da Vegetação Mediterrânea muito devastadas. Os garrigues são zonas de vegetação arbustiva e gramínea densa e o maqui é uma vegetação que ocorre em solos siliciosos, também arbustiva e densa. É importante destacar que com as mudanças climáticas na Europa, os incêndios durante o verão são cada vez mais frequentes na Vegetação Mediterrânea.

Sobre a Vegetação de Montanha, questionar se todas as montanhas na Europa possuem cobertura vegetal e pedir aos estudantes que justifiquem as respostas deles. Sugerimos dar atenção à leitura disponível na página 115, permitindo aos estudantes responder de forma satisfatória à atividade 2.

Na atividade 1, espera-se que os estudantes indiquem que as principais atividades que devastam a Vegetação Mediterrânea são a agricultura, com as culturas de uva e oliveiras, as atividades agropecuárias e as ocupações ur-

Vegetação Mediterrânea

É característica de áreas onde há o predomínio do clima mediterrâneo. Concentra-se na faixa sul do continente, estendendo-se por uma longa área que vai de Portugal à Grécia, ao longo do mar que leva o mesmo nome – Mediterrâneo.

Esse clima se caracteriza pelos verões secos, influenciados pelos ventos que sopram do Saara, no continente africano, e invernos chuvosos, com temperaturas amenas por causa do bloqueio exercido pelas montanhas às massas de ar frio que vêm do norte. As particularidades do clima mediterrâneo favorecem espécies arbóreas e arbustivas, que crescem distanciadas uma das outras.

As espécies vegetais dessa área são adaptadas às condições climáticas, possuindo troncos geralmente mais largos e com poucas folhas, evitando a transpiração e fazendo a planta resistir aos longos períodos de estiagem. A vegetação é composta basicamente de arbustos mais altos e fechados, denominados maquis; arbustos mais baixos e abertos, chamados garrigues; e herbáceas, que nascem junto ao solo.

Grande parte da Vegetação Mediterrânea foi devastada nas últimas décadas para abrir espaço para as culturas de uva, oliveira e para a criação de gado, além das ocupações urbanas, que limitaram a vegetação original a uma pequena área.

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banas, que limitaram a vegetação original a uma pequena área.

Na atividade 2, é importante destacar que as características de temperatura e umidade mudam à medida que se eleva a altitude, assim como a composição e a profundidade dos solos.

É por isso que as espécies altas, como as coníferas, desenvolvem-se na base da montanha, com temperaturas mais amenas e solo mais profundo, e, à medida que se eleva na superfície, a vegetação torna-se mais baixa e esparsa.

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BUDANATR/ISTOCK/GETTY IMAGES, SONIA VAZ Vegetação Mediterrânea na Toscana, Itália, 2021.
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Oliveiras em Tarragona, Espanha, 2021.
COHEN/AFP
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Vegetação de Montanha

A Vegetação de Montanha, ou de Altitude, ocorre nas principais cadeias montanhosas, como os Alpes, Cárpatos, Apeninos, entre outras.

Essa vegetação varia conforme a altitude do relevo, pois as temperaturas diminuem à medida que a altitude aumenta. Além disso, o alinhamento da montanha em relação à incidência dos raios solares afeta as condições climáticas locais – que resultam em diferentes padrões de vegetação e escolhas de áreas para cultivo e povoamento.

Em cada parte da montanha há predominância de um tipo climático, por isso ocorrem diferentes tipos de vegetações.

Em altitudes mais elevadas, próximas ao topo, as temperaturas são mais baixas, o solo é mais raso e há neve. Assim, há o domínio de liquens e musgos, espécies vegetais rasteiras adaptadas às condições rigorosas.

Logo abaixo desse estrato, em áreas menos frias, encontram-se as espécies herbáceas e gramíneas de menor porte.

Em seguida, nas partes mais baixas da montanha e, consequentemente, com temperatura mais amena, encontram-se as Florestas de Coníferas.

Influência da altitude na vegetação

Fonte: CHRISTOPHERSON, Robert W.; BIRKELAND, Ginger H. Geossistemas: uma introdução à geografia física. Tradução: Théo Amon. 9. ed. Porto Alegre: Bookman, 2017.

Em seu caderno, responda às atividades.

1 Quais são as principais atividades humanas que ameaçam a Vegetação Mediterrânea?

Consultar comentários em Orientações didáticas.

2 Observe a ilustração e explique por que a Vegetação de Montanha muda à medida que a altitude aumenta.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR

Panorama da paisagem natural da Europa

Providenciar fotografias que mostrem as variadas formações vegetais encontradas na Europa. Depois, pedir aos estudantes que descrevam as imagens, comparando-as e estabelecendo relações entre vegetação, clima, relevo, hidrografia. Para sistematizar o conteúdo estudado, pedir aos

estudantes que completem um quadro indicando os climas europeus, as formações vegetais e os nomes de países onde ocorrem.

TEXTO COMPLEMENTAR

Mudanças climáticas alteram tipo de vegetação em montanhas na Europa

Um grupo de pesquisadores de 13 países afirma que as mudanças climáticas estão afetando a vegetação nativa em montanhas no mundo.

O estudo foi feito em formações rochosas na Europa e publicado na revista científica "Nature Climate Change" nesta semana.

Coordenados por cientistas da Universidade de Viena e da Academia de Ciências austríaca, o trabalho contou com a análise de 867 espécies vegetais típicas de montanhas localizadas em 60 picos diferentes no continente europeu. A pesquisa foi feita em dois momentos: primeiro em 2001 e depois em 2008, por um total de 32 profissionais.

A alteração ocorreu principalmente entre as plantas achadas em regiões alpinas – mais adaptadas ao frio – que estão perdendo espaço para as espécies que crescem preferencialmente em ambientes quentes.

Segundo Michael Gottfried, coordenador da equipe, o grupo esperava encontrar mais espécies típicas de climas mais quentes em altitudes mais elevadas, mas não podiam prever que este fenômeno estivesse tão avançado. Eles alertam que espécies antes comuns nas montanhas europeias […] podem até mesmo desaparecer nas próximas décadas.

O estudo mostra a relação entre o aumento de temperatura e a mudança no tipo de vegetação presente nas montanhas. Os autores afirmam que, embora este fenômeno já tivesse sido apontado em escala regional, este é o primeiro estudo a identificar o problema em um continente inteiro.

A pesquisa também mostra que o efeito nas plantas típicas de montanha acontece a diferentes altitudes e em formações rochosas em diferentes latitudes – efeitos parecidos foram observados tanto na Escócia como na ilha grega de Creta, no sul do continente.

GLOBO NATUREZA. Mudanças climáticas alteram tipo de vegetação em montanhas na Europa. G1, São Paulo, 9 jan. 2012. Disponível em: https://g1.globo.com/ natureza/noticia/2012/01/mudancas-clima ticas-alteram-tipo-de-vegetacao-emmontanhas-na-europa.html. Acesso em: 17 ago. 2022.

Trecho de Vegetação de Montanha na França, 2022. CHAPUT FRANCK/HEMIS.FR/AFP, SONIA VAZ CORES E PROPORÇÕES NÃO CORRESPONDEM À REALIDADE.
LUIS MOURA m 3000 2000 1800 1000 800 0 115
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Competências

• Gerais: 2 e 4

• Ciências Humanas: 5 e 7

• Geografia: 1, 3, 4 e 5

• O trabalho com a habilidade EF09GE14 é feito com ênfase em elaborar e interpretar mapas temáticos e esquemáticos (croquis) para analisar, sintetizar e apresentar informações sobre os domínios morfoclimáticos.

• Atende-se à habilidade EF09GE16 ao identificarem-se e compararem-se diferentes domínios morfoclimáticos.

• Contempla-se a habilidade EF09GE17 com foco em explicar as características físico-naturais em diferentes regiões da Europa. Interdisciplinaridade com...

Ciências:

• EF09CI12 Justificar a importância das unidades de conservação para a preservação da biodiversidade e do patrimônio nacional, considerando os diferentes tipos de unidades (parques, reservas e florestas nacionais), as populações humanas e as atividades a eles relacionados.

Língua Portuguesa:

• EF89LP25 Divulgar o resultado de pesquisas por meio de apresentações orais, verbetes de enciclopédias colaborativas, reportagens de divulgação científica, vlogs científicos, vídeos de diferentes tipos etc.

• EF89LP26 Produzir resenhas, a partir das notas e/ou esquemas feitos, com o manejo adequado das vozes envolvidas (do resenhador, do autor da obra e, se for o caso, também dos autores citados na obra resenhada), por meio do uso de paráfrases, marcas do discurso reportado e citações.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Ao analisar a fotografia na atividade 1, espera-se que os estudantes relacionem o clima com o relevo, apontando que a vegetação retratada varia com a

CIÊNCIAS E LÍNGUA PORTUGUESA

Domínios morfoclimáticos

Você já aprendeu sobre aspectos relacionados à formação do relevo, ao clima, às formações vegetais e à hidrografia do Brasil e do mundo. Esses elementos, quando combinados em diferentes arranjos, compõem as variadas paisagens terrestres.

A partir da observação das diversas paisagens, o geógrafo brasileiro Aziz Ab’Sáber (19242012) buscou estabelecer relações e explicar a dinâmica entre os elementos naturais.

Depois de realizar diversos estudos, ele propôs, em meados dos anos 1960, o agrupamento das paisagens do território brasileiro em seis domínios morfoclimáticos

A palavra pode parecer difícil em um primeiro momento, mas na verdade sua definição é simples. O radical morfo tem origem grega e significa “forma”. Logo, para definir um domínio morfoclimático, devemos levar em conta as formas observadas nas paisagens (relevo) e sua interação com o clima e os demais elementos naturais (vegetação, relevo, hidrografia e solos).

Os domínios morfoclimáticos brasileiros são Amazônico, Cerrado, Mares de Morros, Caatingas, Araucárias e Pradarias. As faixas de transição são áreas que apresentam características de dois ou mais domínios vizinhos, já que as mudanças de um domínio para outro não ocorrem de forma abrupta. Analise, no mapa a seguir, as áreas de ocorrência desses domínios. Podemos verificar que os nomes de alguns domínios correspondem aos nomes de formações vegetais nativas.

Brasil: domínios morfoclimáticos

Domínio Características

Amazônico

Localizado no norte do país, é o maior dos domínios brasileiros, apresentando clima equatorial e floresta latifoliada.

Cerrado Apresenta vegetação com galhos retorcidos e raízes profundas, e duas estações bem definidas: verões quentes e chuvosos e invernos secos.

Caatingas Conhecidas como mata branca, com presença de xerófitas (cactos) e clima semiárido.

Mares de morros

Araucárias

Localizados na faixa litorânea, têm a Mata Atlântica como vegetação dominante e relevo com morros arredondados.

Fonte: AB’SÁBER, Aziz Nacib. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. 8. ed. São Paulo: Ateliê Editorial, 2021. p. 16.

Pradarias

Ocorrem em regiões de clima subtropical e do Planalto Meridional, onde os bosques de araucárias são característicos.

Planícies vastas com capim baixo em abundância, propícias para animais de pastoreio.

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altitude. Em altitudes mais elevadas, as temperaturas são mais baixas, o solo é mais raso, há a presença de neve e domínio de liquens e musgos, espécies vegetais rasteiras adaptadas às baixas temperaturas; logo abaixo desse estrato, em uma área menos fria, encontram-se gramíneas e espécies herbáceas e de menor porte; em seguida, na parte mais inferior, que apresenta temperaturas mais elevadas, há espécies vegetais de maior porte.

O objetivo da atividade 2 é incentivar os es-

tudantes a aplicar o conceito de domínio morfoclimático no estudo específico da Europa como um exercício teórico que possibilita resgatar e relacionar os conteúdos já trabalhados. Orientá-los a associar os elementos físico-naturais com a ajuda dos mapas “Europa: físico” (página 104), “Europa: climas” (página 108) e “Europa: vegetação nativa” (página 109), buscando interações antes de delimitarem os possíveis domínios. Pode-se encaminhar uma atividade de sobreposição de mapas para facilitar a visualização das

BNCC Amazônico Cerrado Mares de morros Caatingas Araucárias Pradarias Equador 50° O 0° Trópico de Cap icórnio OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO 0 635 Faixas de transição
LÍNGUA PORTUGUESA CIÊNCIAS CONEXÃO: e NÃO ESCREVA NO LIVRO.
INTEGRANDO com
ALLMAPS Amazônico Cerrado Mares de morros Caatingas Araucárias Pradarias Equador 50° O 0° Trópico de Capricórn o OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO 0 635 Faixas de transição 116
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1 Analise a fotografia. Consultar comentários em Orientações didáticas.

Paisagem na região dos Alpes, Suíça, 2021.

a) A paisagem se situa em que país?

b) Que elementos naturais aparecem na paisagem?

c) Com base no que você estudou até aqui, estabeleça relações entre os elementos da paisagem da fotografia. Para completar sua resposta, faça uma pesquisa sobre a formação dos lagos na região dos Alpes.

2 Releia os textos das páginas 104 a 115. Analise atentamente os mapas, relacionando-os. Em grupo, identifiquem possíveis domínios morfoclimáticos na Europa. Depois, elaborem um mapa esquemático delimitando alguns desses domínios.

3 Leia o texto a seguir e faça o que se pede. Consultar comentários em Orientações didáticas. Consultar comentários em Orientações didáticas.

Os Alpes se estendem por 1 200 quilômetros, da cidade de Nice (França) até Viena (Áustria). Essa cadeia de montanhas está entre as áreas de maior biodiversidade da Europa, com mais de 30 mil espécies animais e 13 mil espécies vegetais. Por isso abriga inúmeras áreas protegidas, com o objetivo de preservá-las do avanço da urbanização, do turismo e da agricultura intensiva. No Brasil, essas áreas protegidas, cujo uso e ocupação são estabelecidos por lei, recebem o nome de Unidades de Conservação, das quais fazem parte os parques e florestas nacionais, as reservas extrativistas e as áreas de proteção ambiental, entre outros.

Texto elaborado pelos autores.

a) Formem duplas e identifiquem o(s) domínio(s) morfoclimático(s) que ocorrem na Unidade da Federação onde vocês moram.

b) Pesquisem e listem as Unidades de Conservação existentes, indicando os tipos e usos permitidos. Essa pesquisa deverá ser realizada em sites oficiais e/ou confiáveis, como do Instituto Socioambiental.

c) Analisem os principais impactos socioambientais causados pela ação humana nessas áreas, organizando as informações em forma de tópicos.

d) Pesquisem sobre a importância das Unidades de Conservação na prevenção desses impactos.

e) Produzam uma apresentação sobre o tema pesquisado, que deve conter mapas, fotografias, infográficos, tabelas, textos e outros recursos. Depois, compartilhem a análise de vocês com a turma e o professor.

correspondências. Orientar os estudantes a denominar cada domínio. É importante que eles discutam as soluções de nomenclatura desses domínios no grupo, sendo possível que utilizem as mesmas denominações dos tipos de vegetação, por exemplo, como “domínio mediterrâneo” e “domínio temperado”.

A atividade 3 trabalha com algumas práticas de pesquisa, aborda o tema contemporâneo transversal Meio Ambiente, com destaque para a Educação Ambiental, ao solicitar que os estu-

dantes pesquisem sobre Unidades de Conservação na Unidade da Federação onde vivem Encaminhar a proposta acompanhando os estudantes em cada uma das etapas, principalmente a identificar corretamente o(s) domínio(s) morfoclimático(s) que ocorre(m) na Unidade da Federação onde moram. Para auxiliar os estudantes a compreender melhor o conceito, sugerimos a retomada dos conteúdos que versam sobre as características naturais do território brasileiro.

TEXTO COMPLEMENTAR Os domínios morfoclimáticos

[…] 1. Domínio das terras baixas florestadas da Amazônia com planícies de inundação labirínticas e/ou meândricas, tabuleiros extensos com vertentes semimamelonizadas, morros baixos mamelonares nas áreas cristalinas adjacentes (Amapá, Gurupi, Tumucumaque), terraços de cascalhos e/ou laterita, rios negros e drenagens perenes.

2. Domínio das depressões interplanálticas semiáridas do Nordeste, revestido por diferentes tipos de caatingas (com fraca decomposição, frequentes afloramentos de rocha, chãos pedregosos, drenagens intermitentes extensivas, canais semianastomosados locais, e numerosos campos de inselbergs típicos).

3. Domínio dos mares de morros florestados (com fortíssima e generalizada decomposição de rochas, densas drenagens perenes, extensiva mamelonização, agrupamentos eventuais de “pães de açúcar” em áreas mal diaclasadas, planícies de inundação meândricas, extensos setores de solos superpostos).

4. Domínio dos chapadões recobertos por cerrados e penetrados por florestas galerias (planaltos de estrutura complexa, capeados ou não por lateritas de cimeira, planaltos sedimentares com vertentes em rampas suaves, ausência quase completa de mamelonização, drenagens espaçadas pouco ramificadas, cabeceiras em dales, calhas aluviais de tipos particularizados).

5. Domínio dos planaltos de araucárias (com decomposição de rochas, restrita em profundidade, solos superpostos descontínuos, espessas bolsas de coluviação descontínuas, drenagens perenes e tipos particulares de solos subtropicais, área de forte atenuação da mamelonização).

6. Domínio das pradarias mistas, coxilhas extensivas, grandes matas subtropicais, fraca decomposição das rochas, grandes banhados, cabeceiras em dales, eventualmente, pequena mamelonização ou formas pseudomamelonares devido sobretudo à coluviação.

AB’SÁBER, Aziz. Domínios morfoclimáticos e províncias fitogeográficas do Brasil. Revista Orientação, São Paulo, p. 45-48, 1967.

[...]
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• A habilidade EF09GE07 é atendida com foco em analisar componentes físico-naturais da Eurásia e os determinantes histórico-geográficos para a divisão do bloco continental em Europa e Ásia.

• Trabalha-se a habilidade EF09GE08 ao analisarem-se transformações territoriais, considerando o movimento de fronteiras, tensões e conflitos na Europa durante o conflito entre Rússia e Ucrânia.

• A habilidade EF09GE14 é trabalhada com ênfase em elaborar e interpretar mapas temáticos e esquemáticos (croquis) para analisar, sintetizar e apresentar informações sobre os continentes.

• Contempla-se a habilidade EF09GE17 com foco em explicar as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Europa.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

1. a) Hemisfério Ocidental e, sua maior parte, no Hemisfério Oriental.

b) Ao leste: continente asiático; ao sul: continente africano.

c) Oceano Glacial Ártico; oceano Atlântico.

d) Mar Mediterrâneo.

Objetivo: • Conhecer aspectos político-territoriais e naturais presentes na produção do espaço geográfico europeu.

2. Espera-se que os estudantes expliquem que grande parte do território russo estava culturalmente identificado com o Oriente. Para que os russos tivessem maior participação na vida política e econômica europeia, precisariam, além de expandir seus territórios no continente, aproximar-se dos valores ocidentais, diferenciando-se culturalmente da porção oriental do país.

Todas as respostas das atividades desta seção estão no MP, com orientações e encaminhamentos.

1 Analise o mapa e responda às questões.

a) Com base no Meridiano de Greenwich, em que hemisférios se localiza o continente europeu?

b) Que continentes se encontram ao leste e ao sul da Europa?

c) Qual oceano banha o continente europeu a norte? E a oeste?

d) Que mar separa a Europa da África?

2 Considerando os aspectos relacionados à construção da noção de Ocidente e Oriente, estudados na Unidade 1, quais são as razões para se “ocidentalizar” a Rússia, no contexto citado no texto da página 86?

3 Escreva o nome de três países transcontinentais, ou seja, que possuem territórios na Europa e na Ásia.

4 Explique os critérios utilizados na regionalização da Europa em Ocidental e Oriental.

5 Escreva, em ordem cronológica, os nomes dos blocos criados antes da União Europeia.

6 A União Europeia tem apresentado dificuldade para se manter fiel a seus ideais, simbolizados na bandeira da organização. As 12 estrelas douradas formam um círculo sobre um fundo azul, simbolizando unidade, solidariedade e harmonia.

a) Explique alguns desafios enfrentados pelo bloco que vão contra os ideais simbolizados na bandeira.

b) O que é o Brexit? Quais consequências o Brexit trouxe para a União Europeia?

Objetivo: • Compreender os critérios político-ideológicos e de localização geográfica na definição das regionalizações do continente europeu.

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3. Rússia, Turquia e Chipre.

Objetivo: • Compreender os critérios político-ideológicos e de localização geográfica na definição das regionalizações do continente europeu.

4. Essas regiões foram definidas de acordo com as diferenças ideológicas a partir do início da

Guerra Fria. Os países alinhados aos EUA faziam parte da Europa Ocidental, enquanto os países alinhados à ex-União Soviética faziam parte da Europa Oriental, ou Leste Europeu.

Objetivo: • Compreender os critérios político-ideológicos e de localização geográfica na definição das regionalizações do continente europeu.

5. Benelux, Comunidade Europeia do Carvão e Aço e Comunidade Econômica Europeia.

Objetivo: • Compreender fatores históricos e territoriais

BNCC Círculo Polar Ártico OCEANO ATLÂNTICO OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO OCEANO PACÍFICO Equador Trópico de Câncer 0° 0° Círculo Polar Antártico Trópico de Capricórnio Meridiano de Greenwich OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO AMÉRICA EUROPA ÁFRICA ÁSIA OCEANIA ANTÁRTIDA 0 3 200 RENATO BASSANI
NÃO ESCREVA NO LIVRO.
ATIVIDADES
Europa no mundo
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 24.
ALVARO GERMAN VILELA/ SHUTTERSTOCK.COM 118
Bandeira da União Europeia (UE).
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7 A questão da pesca nas águas territoriais britânicas foi um dos principais pontos de desentendimento entre o Reino Unido e a UE durante o período de negociações do acordo pós- Brexit. Leia as informações a seguir e faça o que se pede.

• Ao deixar a UE, o Reino Unido retomou o controle total de suas águas, onde os pescadores europeus fazem aproximadamente 60% de suas capturas.

• O acordo validado após muita discussão entre as partes prevê um período de transição até 2026, quando os pescadores europeus terão renunciado a 25% de suas capturas em águas britânicas, o que equivale a uma perda de aproximadamente 650 milhões de euros por ano.

• Bélgica, Países Baixos, Alemanha, Irlanda, Dinamarca, Suécia e Espanha pescam em águas britânicas. Na Bélgica, esse percentual representa 50% do total da produção nacional.

• O Reino Unido exporta aproximadamente 57% de seus pescados para o mercado europeu.

• Com as mudanças climáticas, as águas britânicas vêm atraindo um número cada vez maior de espécies de peixes.

Texto elaborado pelos autores.

Em maio de 2021, barcos franceses se posicionaram no porto da ilha Jersey, situada no Canal da Mancha. Os pescadores protestaram contra as dificuldades criadas pelo Reino Unido para a obtenção de licenças para pesca.

• Com base nos dados, explique por que as negociações em torno da pesca no contexto do Brexit foram demoradas e geraram tensões entre as partes.

8 Analise o gráfico e responda às questões propostas.

EstadosUnidos Chile

importantes, a burocracia aumentou, dificultando as transações com os países da UE. Para os cidadãos europeus, ficou mais difícil viver e trabalhar no Reino Unido, e os intercâmbios entre estudantes foram interrompidos. Há uma disputa em relação à pesca e às águas territoriais: a Europa perdeu 25% de suas cotas de pesca em águas britânicas. Objetivos: • Compreender fatores históricos e territoriais no processo de formação da União Europeia (UE) e da Comunidade dos Estados Independentes (CEI), analisando o papel atual dessas organizações no continente. • Reconhecer a importância política e econômica da UE para os países do continente e sua relação com outros países, analisando as dificuldades enfrentadas pelo bloco nos últimos anos.

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no processo de formação da União Europeia (UE) e da Comunidade dos Estados Independentes (CEI), analisando o papel atual dessas organizações no continente.

6. a) Espera-se que os estudantes citem as profundas diferenças históricas, econômicas e sociais, além de problemas sociais e políticos, como as reivindicações dos países menos populosos por maior representatividade, o crescimento do terrorismo, da xenofobia, do desemprego e da pobreza.

a) Que países europeus estão entre os principais investidores no Brasil?

b) Quantos desses países fazem parte da UE?

Fonte: BANCO CENTRAL DO BRASIL. Série histórica dos fluxos de balanço de pagamentos: distribuições por país ou por setor. Brasília, DF: BCB, [20--]. Disponível em: https://www.bcb.gov.br/htms/infecon/ seriehistfluxoinvdir.asp?frame=1. Acesso em: 11 jul. 2022.

b) Brexit é o termo utilizado para nomear a saída do Reino Unido da União Europeia, votada em referendo em 2016 e concluída em janeiro de 2021. A principal consequência do Brexit foi o enfraquecimento do bloco econômico. Observando a saída do Reino Unido, outros países descontentes com a União Europeia poderão seguir o exemplo. Porém, o Reino Unido foi o mais prejudicado, pois, apesar da manutenção de acordos comerciais

7. Espera-se que os estudantes mencionem, pelo lado britânico, o interesse na exploração exclusiva dessas águas que são abundantes em pescado, visando à exportação ao mercado europeu e a imposição de condições restritivas aos países da UE. Por outro lado, os países da UE que mais pescam em águas britânicas (Bélgica, Países Baixos, Alemanha, Irlanda, Dinamarca, Espanha, Suécia e Espanha) dependem da atividade para movimentar sua indústria pesqueira e continuar a gerar divisas.

Objetivo: • Reconhecer a importância política e econômica da UE para os países do continente e sua relação com outros países, analisando as dificuldades enfrentadas pelo bloco nos últimos anos.

8. a) Luxemburgo, Países Baixos, Alemanha, Espanha, Reino Unido, Itália, Suíça, França.

b) Seis: Países Baixos, Luxemburgo, Alemanha, Espanha, Itália e França.

Objetivos: • Reconhecer a importância política e econômica da UE para os países do continente e sua relação com outros países, analisando as dificuldades enfrentadas pelo

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(bilhões de dólares) SONIA VAZ
LuxemburgoPaísesBaixos AlemanhaCanadáEspanhaReinoUnidoItália SuíçaFrançaHongKong Singapura
México
Brasil: investimentos estrangeiros (em bilhões de dólares) – 2021
SOCIAL MEDIA/REUTERS/FOTOARENA 119
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bloco nos últimos anos. • Elaborar e interpretar gráficos sistematizando informações socioeconômicas do continente europeu.

9. a) A CEI foi criada em 1991 como uma Federação para substituir a extinta União Soviética, centralizar as forças armadas dos países-membros e adotar uma moeda comum: o rublo.

b) Rússia, Belarus, Moldávia, Armênia, Azerbaijão, Uzbequistão, Cazaquistão, Quirguistão e Tadjiquistão.

c) Espera-se que os estudantes respondam que a organização não é estável devido às grandes diferenças econômicas e sociais entre os países-membros e à forte influência que a Rússia tenta impor. Há conflitos territoriais e a busca por uma aproximação com a União Europeia.

Objetivo: • Compreender fatores históricos e territoriais no processo de formação da União Europeia (UE) e da Comunidade dos Estados Independentes (CEI), analisando o papel atual dessas organizações no continente.

10. a) A agricultura.

b) Os holandeses construíram pôlderes, ou seja, secaram as águas dos mares para criar extensões de terra artificiais, ampliando o território e, consequentemente, possibilitando a ocupação humana.

c) Espera-se que os estudantes indiquem que o risco de inundações aumentará e que, possivelmente, alternativas deverão ser pensadas para conviver com o aumento do nível dos oceanos.

Objetivos: • Conhecer aspectos político-territoriais e naturais presentes na produção do espaço geográfico europeu. • Analisar a ocorrência na paisagem do continente europeu das formações de relevo, dos principais rios e formações vegetais, principais tipos climáticos e os fatores de sua dinâmica natural. • Relacionar elementos naturais da paisagem às atividades humanas, como o uso dos recursos hídricos.

9 Sobre a Comunidade dos Estados Independentes (CEI), responda:

a) Quando e com que objetivo foi criada?

b) Quais são seus países-membros?

c) No seu entendimento, a organização é estável? Justifique sua resposta.

10 Leia o texto a seguir, observe a fotografia e responda às questões.

Aproximadamente 25% do território dos Países Baixos está abaixo do nível do mar. Para ampliar as terras disponíveis para a ocupação humana, foram construídos pôlderes, ou seja, extensões de terra obtidas a partir da drenagem artificial da água de mar, lago ou pântanos. Ao redor da área a ser drenada, são construídos diques para desviar ou conter a invasão das águas, cujo controle é feito por sistemas de bombas de água (que substituíram os moinhos de vento, elemento marcante na paisagem holandesa) e canais de drenagem e irrigação. Os pôlderes correspondem a 17% do território holandês.

Texto elaborado pelos autores.

a) Que atividade econômica é observada nos pôlderes da fotografia?

b) Qual foi a solução encontrada pelos holandeses para desenvolver essa atividade, considerando as características naturais do território?

c) No seu entendimento, como as mudanças climáticas afetarão regiões do mundo situadas abaixo do nível do mar, como os Países Baixos?

11. a) Frio de montanha.

b) Baixas temperaturas durante todo o ano e precipitação acentuada de neve no inverno.

c) As correntes marítimas do Golfo e do Atlântico Norte – quentes e úmidas – contribuem para amenizar os rigores do inverno; os Alpes Escandinavos limitam a ação das massas de ar frias provenientes do Ártico.

d) Dificultam a passagem das massas de ar frio provenientes do norte e impedem que

massas de ar quente vindas do Mediterrâneo avancem para o interior do continente.

e) As áreas próximas aos oceanos, influenciadas pela maritimidade, apresentam climas com invernos menos rigorosos quando comparadas às áreas distantes do litoral, sob influência da continentalidade. Portanto, a variação de temperatura sobre os oceanos ou próximo a eles é menor do que em áreas mais distantes deles.

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Pôlderes com plantação agrícola em Dronten, Países Baixos, 2022.

11 Observe o mapa “Europa: climas” (página 108) e compare-o com o mapa “Europa: físico” (página 104). Depois, responda.

a) Que tipo de clima ocorre nas áreas de cadeias montanhosas, como os Alpes?

b) Explique as características desse tipo de clima.

c) Embora a Noruega se localize nas mesmas latitudes que a Finlândia, seu clima é mais ameno. Identifique os fatores climáticos que determinam essa diferença.

d) Explique de que forma as cadeias montanhosas do sul da Europa influenciam o clima do continente.

e) Além do relevo, outros fatores influenciam o clima da Europa, como a continentalidade e a maritimidade. Explique esses fatores, associando-os aos tipos de clima.

12 Sobre as características dos tipos de clima da Europa, relacione as colunas anotando em seu caderno cada letra e seu algarismo correspondente.

(

a ) Polar ( I ) Baixos índices de chuva, verão quente e inverno frio.

(

b ) Frio ( II ) Estações do ano bem demarcadas.

(

c ) Temperado ( III ) Temperaturas abaixo de 0 °C praticamente o ano todo.

(

d ) Semiárido ( IV ) Baixas temperaturas devido às elevadas altitudes.

(

e ) Mediterrâneo ( V ) Verão curto e inverno longo, com intensa precipitação de neve.

(

f ) Frio de montanha ( VI ) Verões quentes e secos e invernos chuvosos.

13 Escreva em seu caderno o nome da vegetação nativa predominante:

a) no sul da Europa.

b) nos Alpes.

c) no norte da Rússia.

d) na Europa Central.

14 Leia o texto a seguir e responda às questões em seu caderno.

A neve ainda cobre grande parte do Ártico por até nove meses do ano. No entanto, isso também está mudando, pois o aquecimento leva a declínios tanto na área de terra quanto no tempo em que fica coberta de neve. [...]

[...]

Outro efeito de um clima mais quente é que o Ártico está ficando mais verde.

[...] a tendência geral está se movendo em direção a um Ártico mais verde, à medida que as temperaturas mais altas descongelam a tundra congelada, permitindo que arbustos e outras espécies de plantas criem raízes em lugares que não podiam no passado.

KAHN, Drew. O Ártico está ficando mais quente e verde em velocidade maior que a esperada. CNN, São Paulo, 9 dez. 2020. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/o-artico-esta-ficando-mais-quente-everde-em-velocidade-maior-que-a-esperada/. Acesso em: 11 jul. 2022.

a) Quais países europeus possuem parte de seus territórios nas proximidades do Círculo Polar Ártico?

b) Quais são as principais características da Tundra?

c) Analise a teoria que explica as mudanças verificadas no Ártico, citadas no texto.

Objetivos: • Conhecer aspectos político-territoriais e naturais presentes na produção do espaço geográfico europeu. • Analisar a ocorrência na paisagem do continente europeu das formações de relevo, dos principais rios e formações vegetais, principais tipos climáticos e os fatores de sua dinâmica natural.

12. Ordem das respostas: D-I; C-II; A-III, F-IV; B-V; E-VI

Objetivo: • Conhecer aspectos político-territoriais e naturais presentes na produção do espaço geográfico europeu.

13. a) Vegetação Mediterrânea.

b) Vegetação de Montanha.

c) Tundra.

d) Floresta Temperada. Objetivo: • Conhecer aspectos político-territoriais e naturais presentes na produção do espaço geográfico europeu.

14. a) Rússia, Islândia, Noruega, Suécia, Finlândia e Dinamarca (Groenlândia).

b) A Tundra ocorre em latitudes muitíssimo elevadas, ao norte do Círculo Polar Ártico. Associada ao clima polar, desenvolve-se somente no verão, quando ocorre o degelo do solo. É uma vegetação rasteira composta principalmente de liquens, musgos, ervas e arbustos baixos.

c) As mudanças relacionam-se às mudanças climáticas motivadas pelo excesso de emissão de gases de efeito estufa, que estão contribuindo para a elevação da temperatura da Terra.

Objetivos: • Conhecer aspectos político-territoriais e naturais presentes na produção do espaço geográfico europeu. • Relacionar elementos naturais da paisagem às atividades humanas, como o uso dos recursos hídricos.

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BNCC NA UNIDADE

Competências

Gerais: 1, 2, 7 e 9

Ciências Humanas: 1, 2, 3, 5 e 6

Geografia: 1, 2 e 6

Habilidades

Geografia:

• EF09GE04

• EF09GE10

• EF09GE17

• EF09GE01

• EF09GE08

• EF09GE14

• EF09GE18

• EF09GE03

• EF09GE09

• EF09GE15

Interdisciplinaridade com...

História:

• EF09HI13 Descrever e contextualizar os processos da emergência do fascismo e do nazismo, a consolidação dos estados totalitários e as práticas de extermínio (como o holocausto).

• EF09HI16 Relacionar a Carta dos Direitos Humanos ao processo de afirmação dos direitos fundamentais e de defesa da dignidade humana, valorizando as instituições voltadas para a defesa desses direitos e para a identificação dos agentes responsáveis por sua violação.

Abertura da Unidade

BNCC

• A habilidade EF09GE08 tem foco em analisar movimento migratório, as tensões e as múltiplas regionalidades na Europa.

• A habilidade EF09GE09 é contemplada ao analisar características de países europeus em seus aspectos populacionais (migrações).

ORIENTAÇÕES

DIDÁTICAS

Iniciar a aula questionando os estudantes sobre a relação entre o título da Unidade e a imagem de Abertura. Incentivá-los a observar os detalhes contidos na fotografia em relação às características das pessoas, à paisagem do trajeto percorrido e aos demais aspectos que possam chamar a atenção. Verificar as hipóteses levantadas pelos estudantes sobre as possíveis origens das pessoas

EUROPA: POPULAÇÃO E ECONOMIA

Nesta Unidade, serão analisados aspectos da dinâmica populacional e econômica na Europa, como o envelhecimento da população, o aumento dos fluxos migratórios e suas consequências (intensificação da xenofobia, reivindicações de minorias étnicas e conflitos territoriais), e as principais características das atividades econômicas desenvolvidas no continente.

na imagem, para onde pretendem ir e por quais motivos.

Discutir com a turma sobre a influência que os movimentos migratórios ocorridos recentemente na Europa tiveram no acirramento de tensões com a população local. Os possíveis efeitos desse aumento do fluxo de pessoas na economia dos países europeus também podem ser discutidos durante essa conversa. Destacar que esses temas serão aprofundados no decorrer do estudo da Unidade. Encaminhar as atividades 1 a 3.

Migrantes cruzam, ilegalmente, o Canal da Mancha da França para o Reino Unido, 2022.
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UNIDADE
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1. A imagem retrata um grupo de pessoas em uma embarcação, atravessando ilegalmente o Canal da Mancha entre a França e o Reino Unido.

2. Espera-se que os estudantes indiquem que os imigrantes retratados na imagem se deslocam entre países da Europa Ocidental (Reino Unido e França).

Consultar respostas em Orientações didáticas.

Converse com os colegas e o professor sobre as questões a seguir.

1 Que tipo de acontecimento a fotografia retrata?

2 Você sabe dizer de onde vêm e para onde estão se deslocando as pessoas retratadas na fotografia?

3 No seu entendimento, por que os países localizados na região de destino dos imigrantes retratados atraem pessoas do mundo todo?

3. Espera-se os estudantes citem tanto os motivos que levam os imigrantes a deixar os locais onde residem (como guerras, pobreza, falta de emprego etc.) como os fatores que os atraem para os países europeus, como melhores condições de vida, perspectiva de emprego e renda, segurança, acesso aos serviços sociais (educação, saúde e outros).

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SAMEER AL-DOUMY/AFP
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• A habilidade EF09GE09 é contemplada ao analisar características populacionais urbanas de países europeus.

• A habilidade EF09GE14 é abordada na ênfase em interpretar gráficos e mapas e analisar dados e informações sobre a distribuição da população europeia.

• Atende-se à habilidade EF09GE15 ao comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base representações cartográficas sobre aspectos populacionais.

• A habilidade EF09GE17 é abordada ao explicar as características físico-naturais do território europeu.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Para introduzir o estudo do tema, solicitar aos estudantes que analisem atentamente o mapa “Europa: densidade demográfica – 2021”. Destacar para eles que a pequena dimensão territorial da maioria dos países é um dos fatores relacionados à elevada densidade demográfica que pode ser observada em algumas áreas. Encaminhar as atividades 1 e 2 que auxiliam na leitura e interpretação do mapa. Se julgar necessário, orientar os estudantes a consultar o mapa político da Europa na página 88 para realizar as atividades.

Na atividade 1, espera-se que os estudantes indiquem a porção norte do território russo situado na Europa e da Finlândia, Suécia e Noruega. O vazio demográfico nessas áreas pode ser explicado, em grande parte, pela ocorrência de climas frios e polares, com predomínio de temperaturas muito baixas durante a maior parte do ano e que dificultam a ocupação humana e o desenvolvimento de atividades econômicas como a agropecuária. Na página 125, destacar o predomínio da população urbana no continente europeu. Comentar que a maioria da população vive nas cidades

1 DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO

Em 2021, a população da Europa era de 747 milhões de pessoas, distribuída de maneira bastante irregular pelo território.

A maioria dos países europeus é densamente povoada, pois apresenta grande concentração populacional em territórios pouco extensos.

As áreas de maior densidade demográfica encontram-se, principalmente, nos vales do Rio Reno, na Alemanha, e do Rio Pó, na Itália. As capitais dos países, especialmente Londres (Reino Unido), Roma (Itália) e Moscou (Rússia), e as áreas próximas a elas, têm grande concentração de pessoas. Analise o mapa.

Orientar os estudantes a consultar o mapa político da Europa, na página 88, para realizar as atividades.

Europa: densidade demográfica – 2021

Habitantes

Fonte: ISTITUTO GEOGRAFICO DE AGOSTINI. Atlante geografico metodico De Agostini Novara: Istituto Geografico de Agostini, 2021. p. 64.

Faça as atividades em seu caderno.

1 Indique áreas de vazio demográfico (menos de 1 hab/km2), associando esse fenômeno às características físicas do território, estudadas na Unidade 3.

2 Cite países que apresentam áreas densamente povoadas, com mais de 200 hab/km2 Consultar comentários em Orientações didáticas. Itália, Países Baixos, Polônia, França, Bélgica, Reino Unido, Alemanha, Portugal, Chéquia.

europeias, pois, em relação ao campo, há maior oportunidade de emprego e renda, além de uma maior concentração de infraestrutura, de comércio e de uma ampla e diversificada rede de serviços. Destacar que as altas taxas de urbanização do continente europeu estão associadas ao histórico de urbanização e ao crescimento do setor terciário. Utilizar o mapa “Europa: população urbana (em %) – 2022” para identificar as taxas de urbanização dos países europeus e o gráfico “Mundo e Europa: taxa média de crescimento da

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população urbana (em %) – 1950 a 2050” para comparar a evolução da população urbana no continente europeu e no mundo. Encaminhar as atividades de 4 a 6 que auxiliam na sistematização dessa etapa do conteúdo.

Na atividade 6, espera-se que os estudantes concluam que alguns países da Europa Oriental têm pouco dinamismo nos setores industrial e de serviços, com economia pautada no setor agropecuário. Essa característica pode influenciar a existência de uma população majoritariamente rural.

BNCC
ÁFRICA ÁSIA OCEANO GLACIAL ÁRTICO Mar Cáspio OCEANO ATLÂNTICO 0º Meridiano de Greenwich CírculoPolarÁrtico 50ºN Menos de 1 De 1 a 10 De 11 a 25 De 26 a 50 De 51 a 100 De 101 a 200 Mais de 200 Densidade da população (habitantes por km²) De 500 a 1 000 De 1 000 a 2 500 De 2 500 a 5 000 Mais de 5 000 Habitantes nos centros urbanos (em milhares) Habitantes em aglomerados urbanos ou áreas metropolitanas (em milhões) De 1 a 2,5 De 2,5 a 5 De 5 a 10 Mais de 10 0 462 ALLMAPS Lyon Paris Londres Manchester Amsterdã Rotterdã Bruxelas Colônia Frankfurt Milão Roma Nápoles Viena Munique Budapeste Belgrado Bucareste Sófia Istambul Odessa Kiev Atenas Varsóvia Berlim Minsk Moscou São Petersburgo Kazan Samara Ufa Perm Volvogrado Rostov-on-Don Kharkiv Estocolmo Hamburgo Copenhague Vale do Ruhr Dublin Barcelona ÁFRICA ÁSIA Madri Lisboa Marselha Nizni Novgorod Stuttgart OCEANO GLACIAL ÁRTICO Mar Negro Mar Cáspio Mar do Norte OCEANO ATLÂNTICO MarBáltico M a r M e d i t e r r â n e o 0º Meridiano de Greenwich CírculoPolarÁrtico 50ºN Menos de 1 De 1 a 10 De 11 a 25 De 26 a 50 De 51 a 100 De 101 a 200 Mais de 200 Densidade da população (habitantes por km²) De 500 a 1 000 De 1 000 a 2 500 De 2 500 a 5 000 Mais de 5 000
nos centros urbanos (em milhares)
Habitantes
em aglomerados urbanos ou áreas metropolitanas (em milhões) De 1 a 2,5 De 2,5 a 5 De 5 a 10 Mais de 10 0 462 124
30/08/2022 15:29 124

Europa: população urbana (em %)* – 2022

A população europeia é predominantemente urbana. Segundo a ONU, mais de 75% da população europeia vivia em áreas urbanas em 2022. Analise o mapa. O crescimento da população urbana no continente ganhou impulso a partir de 1750, com a Revolução Industrial. Desde então, o processo de urbanização teve grande crescimento até aproximadamente 1950, especialmente na Europa Ocidental. Dessa década em diante, a taxa de crescimento da população urbana começou a declinar e estabilizou-se entre 1990 e 2005. Após esse ano, apresentou um pequeno crescimento. Analise o gráfico.

Mundo e Europa: taxa média de crescimento da população urbana (em %) – 1950 a 2050*

Elaborado com base em: UNITED NATIONS. World urbanization prospects: the 2018 revision. New York: UN, [2018]. Disponível em: https://population.un.org/wup/ Download. Acesso em: 7 fev. 2022.

*A população urbana de Liechtenstein é de 14,5%.

As demografias da Europa e do mundo

É possível trabalhar com um planisfério político que mostre a densidade demográfica mundial e solicitar que os estudantes analisem e comparem a Europa a outras regiões do planeta. Espera-se que identifiquem nessa atividade que a Europa é uma das regiões com maior densidade demográfica do mundo, assim como parte da costa oeste e leste dos Estados Unidos, o litoral atlântico da América do Sul, o vale do Nilo, o Sudeste e o Sul da Ásia, além do litoral chinês e o Japão.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor

• SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão. Capitalismo e urbanização. São Paulo: Contexto, 2000. (Coleção Repensando a Geografia).

1950-19551955-19601960-19651965-19701970-19751975-19801980-19851985-19901990-19951995-20002000-20052005-20102010-20152015-20202020-20252025-20302030-20352035-20402040-20452045-2050

Responda às questões no caderno.

Elaborado com base em: UNITED NATIONS. World urbanization prospects: the 2018 revision. New York: UN, [2018]. Disponível em: https://population.un.org/wup/ Download. Acesso em: 7 fev. 2022.

4. O baixo crescimento da população urbana europeia observado no gráfico pode ser explicado pelo alto grau de urbanização dos países do continente já em 1950.

3 De acordo com as informações do mapa, qual é a porcentagem média da população urbana da maior parte dos países europeus?

Aproximadamente 60% a 80% da população da maior parte dos países europeus vive em áreas urbanas.

4 Por que a taxa de crescimento da população urbana é menor na Europa do que a média da população mundial, como mostra o gráfico?

5 Em 2022, países como Moldávia e Bósnia-Herzegovina tinham mais da metade de sua população vivendo no meio rural. Elabore hipóteses que expliquem por que isso acontece nesses países.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

O livro analisa o histórico da urbanização desde os primeiros agrupamentos humanos até os dias de hoje. A cidade contemporânea tem grande destaque na obra.

• ROLNIK, Raquel. O que é cidade. São Paulo: Brasiliense, 2004. (Coleção Primeiros Passos).

Um livro sobre cidades elaborado com base naquilo que elas têm de mais comum e corriqueiro. Trata-se de um mergulho nas origens, características e contradições das grandes metrópoles capitalistas que existem atualmente.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR
ÁFRICA ÁSIA CírculoPolarÁrtico Meridiano de Greenwich CírculoPolarÁrtico OCEANO GLACIAL ÁRTICO MarAdriático MarCáspio Mar E ge u 60° L 0° OCEANO ATLÂNTICO Mar Negro Mar do Norte Mar Mediterrâneo Mar Báltico 45°N População urbana do país (em %) De 40 a 45 De 46 a 60 De 61 a 80 De 81 a 100 0 645 0 0,5 1,5 1,0 2,0 3,0 2,5 3,5 (%)
Ano Mundo Europa (*De 2018 em diante, trata-se de projeções) SONIA VAZ
SONIA VAZ
ÁFRICA ÁSIA CírculoPolarÁrtico Meridiano de Greenwich CírculoPolarÁrtico OCEANO GLACIAL ÁRTICO MarAdriático MarCáspio Mar E ge u 60° L 0° OCEANO ATLÂNTICO Mar Negro Mar do Norte Mar Mediterrâneo Mar Báltico 45°N População urbana do país (em %) De 40 a 45 De 46 a 60 De 61 a 80 De 81 a 100 0 645 125 D2-GEO-F2-2106-V9-U4-122-159-LA-G24-AV1.indd 125 01/09/2022 10:21 125

• A habilidade EF09GE09 é atendida ao analisar características dos espaços urbanos europeus e discutir suas desigualdades sociais e econômicas.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Promover a leitura coletiva do texto das páginas 126 e 127 Fazer paradas para comentários e esclarecimentos de dúvidas. Aqui, vale a pena conversar com os estudantes sobre a importância das grandes cidades, numa escala mundial. A seção Texto complementar aborda essa questão.

Explicar que a rede urbana europeia é composta de uma maioria de cidades de médio porte, bastante integradas por conta da eficiente rede de transportes e informações. Enfatizar que a Europa conta com um número elevado de cidades globais cujas áreas de influência se estendem por todo o planeta. Isso pode ser observado no quadro “Ranking das principais cidades globais –2021”. Encaminhar a atividade 1, na qual se espera que os estudantes comentem que as cidades globais podem ser caracterizadas pela presença de importantes centros financeiros, concentração de sedes ou do setor administrativo de grandes empresas transnacionais, importantes universidades e centros de pesquisa e inovação, além de concentrarem infraestruturas altamente desenvolvidas no setor de transportes e comunicação e contarem com serviços especializados. Comentar sobre as diferenças entre o tecido urbano das cidades europeias e o das cidades brasileiras, principalmente em relação às áreas centrais dotadas de construções históricas e ruas estreitas e tortuosas que respeitam o traçado urbano antigo. Ressaltar que o transporte público intermodal é fundamental para melhorar a circulação de

Viver em cidades

Desde a Antiguidade, as cidades no continente europeu já constituíam espaços de poder político e militar. Atenas (na atual Grécia) e Roma (na atual Itália) foram centros urbanos expressivos de duas grandes civilizações, que contribuíram para a formação da cultura ocidental.

Com a Revolução Industrial, no fim do século XVIII, a importância das cidades cresceu, pois passaram a atrair um grande contingente de habitantes do campo, que buscavam emprego nas indústrias.

Hoje, as cidades europeias concentram a maior parte das ofertas de emprego, principalmente no setor de serviços. Em Londres (Reino Unido), Paris (França), Berlim (Alemanha) e Madri (Espanha), os transportes, a educação, a área de saúde, os serviços bancários, o turismo etc. chegam a representar cerca de 80% dos postos de trabalho.

Embora o emprego urbano se concentre no setor de serviços, muitas cidades europeias são importantes centros industriais, como Manchester (Reino Unido), Lyon (França), Essen (Alemanha) e São Petersburgo (Rússia).

Na rede urbana europeia, há importantes cidades que estendem sua área de influência por outras regiões do continente e até do mundo, as cidades globais. Analise o quadro.

1 Que capitais europeias estão entre as cinco principais cidades globais? O que caracteriza uma cidade global? Responda em seu caderno. Londres e Paris. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.

Ranking das principais cidades globais – 2021

Posição Cidade

1o Londres

2o Nova York

3o Tóquio

4o Paris

5o Cingapura

6o Amsterdã

7o Berlim

8o Seul

9o Madri

10o Shangai

11o Melbourne

12o Sidney

13o Hong Kong

14o Dubai

15o Copenhague

16o Los Angeles

17o Beijing

18o Barcelona

19o Viena

20o Toronto

Fonte: INSTITUTE FOR URBAN STRATEGIES, THE MORI MEMORIAL FOUNDATION. Global Power City Index 2021 Japão, [2021]. p. 7. Disponível em: https://mori-m-foundation.or.jp/pdf/ GPCI2021_summary.pdf.

Acesso em: 7 fev. 2022.

FICA A DICA

Cidades renascentistas. Tereza Aline Pereira de Queiroz. São Paulo: Atual, 2012. (Coleção A vida no tempo). O livro apresenta, com uma linguagem poética e belíssimas imagens, as condições gerais das cidades europeias do ano 1000 a 1400.

pessoas nessas áreas mais antigas das cidades. Sugerir aos estudantes a leitura do livro indicado na seção #Fica a dica que relata as características das cidades europeias entre os anos 1000 e 1400.

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Encaminhar as atividades 2 e 3, que auxiliam na análise da mobilidade urbana e dos problemas ambientais em cidades europeias.

Na atividade 3, orientar os estudantes quanto à seleção das fontes de pesquisa, realizando

uma revisão bibliográfica baseada em estudos científicos produzidos sobre o tema. A atividade também favorece o desenvolvimento de outra prática de pesquisa: a produção de relatórios. Por meio desta atividade, os estudantes aprendem a selecionar as informações mais relevantes e a elaborar um produto sintético e eficiente na comunicação das informações pesquisadas (ver tópico Práticas de pesquisa, nas Orientações gerais deste Manual).

BNCC
MARCIN ROGOZINSKI/ALAMY/FOTOARENA
#
126
Centro financeiro de Londres, Reino Unido, 2020.
01/09/2022 10:23 126
126

As áreas centrais das cidades europeias geralmente apresentam grande concentração de construções históricas, ao mesmo tempo que assumem função de centro comercial e financeiro, com intensa circulação de pessoas e veículos. Já as áreas periféricas são formadas, em geral, por bairros residenciais e áreas industriais.

A preservação de traçados antigos e a prioridade ao transporte coletivo em muitas cidades ajudam a explicar o grande número de deslocamentos diários a pé, de bicicleta, ou com transporte coletivo que integra diversos sistemas – trem, ônibus, bondes elétricos, metrôs, entre outros. Isso não quer dizer, no entanto, que não haja problemas de congestionamentos e lotação do transporte público em horários de pico, já que o adensamento populacional é bastante expressivo nessas localidades.

2. Espera-se que os estudantes ressaltem a prioridade dada ao transporte não motorizado e ao coletivo, resultando em muitos deslocamentos diários a pé, de bicicleta, ou com o uso de diferentes meios de transporte, que integra diversos sistemas de trem, ônibus, bondes elétricos, metrôs etc.

Outro aspecto a se destacar sobre as metrópoles europeias é a questão da moradia. Em muitas cidades, a procura por imóveis é maior do que a oferta, aumentando o preço das habitações e dos terrenos. As grandes cidades passam por um intenso processo de verticalização, caracterizado pela construção de prédios cada vez mais altos e próximos uns dos outros. A especulação imobiliária nas áreas centrais “empurra” os mais pobres para bairros mais distantes e com menos recursos. Para reverter essa situação, muitas cidades europeias têm políticas para a habitação social, como em Paris, onde parte das habitações do centro são destinadas à população de baixa renda com o objetivo de produzir um espaço com maior diversidade social e menos segregação.

2 Caracterize, em seu caderno, o sistema de transporte das cidades europeias.

3 Será que as políticas públicas em relação à mobilidade urbana têm relação com a qualidade ambiental das cidades europeias? Para responder à questão, siga as etapas indicadas.

a) Escolha uma metrópole europeia e pesquise em publicações de referência e estudos científicos os problemas ambientais presentes nela.

b) Avalie as causas dos problemas ambientais levantados na pesquisa e verifique quais deles estão relacionados à questão da mobilidade.

c) Pesquise algumas políticas públicas relacionadas à mobilidade nessa metrópole.

d) Produza um relatório respondendo à questão proposta no enunciado. Use os dados coletados na pesquisa para construir sua argumentação. Consultar comentários em Orientações didáticas.

As novas desigualdades entre as cidades

No mundo desenvolvido, sobretudo na Europa ocidental, presenciamos a força renovada das grandes cidades, que parecem concentrar uma participação significativa e frequentemente desproporcional da atividade econômica em setores dominantes. Nos anos setenta muitas grandes cidades em países altamente desenvolvidos estavam perdendo população de atividade econômica. Muito se disse, naquela época, sobre o irresistível declínio daquelas cidades. Desde então tem havido um ressurgimento que resulta, em boa parte, da interseção de duas grandes correntes: (1) uma mudança em direção aos serviços, particularmente a ascendência das finanças e dos serviços especializados em todas as economias adiantadas e (2) a transnacionalização cada vez maior da atividade econômica. Pode essa transnacionalização atuar nos níveis regional, continental e global. Essas duas correntes estão interligadas e alimentam-se mutuamente. As implicações espaciais consistem em uma forte tendência à aglomeração das atividades pertinentes nas grandes cidades. [...] SASSEN, Sakia. As cidades na economia mundial. São Paulo: Studio Nobel, 1998. p. 71.

TEXTO COMPLEMENTAR
Ônibus gratuito na Cidade de Luxemburgo, Luxemburgo, 2020.
127
SERGEY IZOTOV/SHUTTERSTOCK.COM
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• A habilidade EF09GE09 é trabalhada ao analisar características de países e grupos de países europeus em seus aspectos populacionais.

• Atende-se à habilidade EF09GE14 com ênfase em interpretar gráficos de barras para analisar dados e informações sobre a população europeia.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Iniciar a discussão sobre a dinâmica populacional europeia com a análise do gráfico “Europa (países selecionados): crescimento populacional – 2025-2030 (projeção)”, na página 128. Espera-se que os estudantes identifiquem que alguns países estão tendo um crescimento demográfico negativo, como Letônia, Romênia, Ucrânia, Croácia e Hungria.

Se julgar adequado, ler para os estudantes o excerto da seção Texto complementar para identificar os países da União Europeia com as menores taxa de natalidade em 2020.

Se julgar interessante, neste momento, é possível trabalhar de forma interdisciplinar com Matemática a respeito dos percentuais negativos (gráfico da página 128). É possível simular uma situação usando a “população da sala de aula” e propor alguns cálculos, como: se na turma há 30 estudantes e entraram 3, de quanto foi o crescimento? Nesse caso, o crescimento foi de 10%. Se ocorresse a saída de três estudantes, o crescimento seria negativo, de –10%. Deve-se, no entanto, alertar os estudantes para o fato de que, no caso dos países, se considera o crescimento vegetativo (diferença entre as taxas de natalidade e mortalidade) e o saldo migratório Ressaltar que os países com uma estimativa de crescimento populacional positivo apresentam percentual inferior a 1% ao ano. Se julgar adequado, comparar as estimativas europeias com outras regiões do mundo. Para isso,

2 CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO E ENVELHECIMENTO

Atualmente a Europa apresenta baixo crescimento demográfico. Há países onde esse crescimento é nulo; em outros, chega a ser negativo, indicando diminuição da população. Analise o gráfico.

Europa (países selecionados): crescimento populacional – 2025-2030 (projeção)

LetôniaUcrâniaCroáciaRomêniaHungria

Fonte: UNITED NATIONS. World population prospects: the 2022 revision. New York: UN, [2022]. Disponível em: https://population.un.org/wpp/ Download/Probabilistic/Population/. Acesso em: 8 fev. 2022.

O baixo crescimento demográfico europeu resulta da queda acentuada das taxas de natalidade, relacionada a fatores socioeconômicos que fazem as mulheres optarem por ter menos filhos ou não os ter. Entre as causas da baixa natalidade, destacam-se o ganho de autonomia da mulher no planejamento familiar, a ampliação do acesso à informação e aos métodos contraceptivos e maior presença no mercado de trabalho, além do alto custo de vida, especialmente a partir da segunda metade do século XX.

Persistindo as atuais tendências de crescimento demográfico na Europa, a ONU prevê, para 2050, uma redução de 3,55% da população absoluta do continente, correspondendo a cerca de 26 milhões de pessoas a menos em relação a 2017.

Paralelamente às quedas na natalidade, a expectativa de vida dos europeus tem se elevado, passando de 63,7 anos em 1950, para 81 anos em 2019. Esse crescimento está associado à diminuição da mortalidade em consequência dos avanços sociais ao longo do tempo, como melhorias no atendimento médico e na distribuição de renda, maior acesso a medicamentos, alimentação adequada, serviços de saneamento básico, educação e cultura.

As baixas taxas de natalidade associadas à maior expectativa de vida resultam em significativas mudanças na composição etária de nações europeias, onde os adultos e os idosos são a maioria.

acessar com os estudantes o documento da ONU World Population Prospects: The 2019 Revision, disponível em: https://population.un.org/wpp/ Download/Probabilistic/Population/ (acesso em: 15 ago. 2022).

Destacar que as pessoas nascidas após a Segunda Guerra Mundial estão envelhecendo e vivendo mais, com melhor qualidade de vida. A queda das taxas de natalidade e o aumento da expectativa de vida alteram a composição etária do continente, que enfrentará desafios para

equilibrar o mercado de trabalho e o pagamento de benefícios para os aposentados. Veja alguns dados:

• população em idade de trabalhar em 2050 (dos 20 aos 64 anos): 52%;

• população dos 15 aos 24 anos em 2050: 19%;

• população com idade igual ou superior a 65 anos em 2050: 29%;

• taxa de fecundidade em 2060: 1,68 filho por mulher.

BNCC Luxemburgo IslândiaReinoUnido 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 – 0,2 – 0,4 – 0,6 – 0,8 – 1,0
NoruegaSuíça
Crescimento demográfico anual (%) SONIA VAZ
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As baixas taxas de natalidade e o crescimento do número de adultos e idosos têm preocupado os governantes da União Europeia. O envelhecimento da população implica mudanças na política social, com maiores gastos em aposentadorias, além de investimentos na área de saúde e desenvolvimento de projetos sociais e culturais, que visem à valorização dos idosos. Entre as ações encaminhadas pelos governos está a reformulação do sistema de aposentadorias, com aumento da contribuição dos trabalhadores à previdência social e da idade mínima para se aposentar. 1. Em função do declínio das taxas de natalidade e do aumento da expectativa de vida, o número de crianças e jovens está diminuindo e a quantidade de idosos vem aumentando.

TEXTO COMPLEMENTAR

Portugal tem a quinta taxa de natalidade mais baixa da UE

Portugal é o quinto país com a taxa de natalidade mais baixa da União Europeia (UE), dizem os dados do Eurostat, divulgados esta sexta-feira, 10 de julho.

O número de recém-nascidos europeus está a decrescer: em 2019, houve menos 2,2% de nascimentos do que no ano anterior, num total de 4,2 milhões.

Portugal esteve entre os países que contribuiu negativamente, sendo um dos cinco países onde foi registada uma taxa de natalidade mais baixa, de 8,4 por cada mil residentes. À frente de Portugal esteve a Finlândia, com 8,3, e os três restantes “irmãos” do sul: Grécia com 7,8, Espanha com 7,6 e Itália, que apresenta a taxa mais baixa, com 7.

No extremo oposto do espetro, o país que se destaca é a Irlanda, onde nascem 12,1 bebés por cada mil residentes. A fechar o pódio seguem-se França, com 11,2 e Suécia (11,1).

Muitas medidas são adotadas pelos governos para assegurar melhores condições de vida aos idosos. Investimentos na promoção de atividades físicas e culturais, de cursos em escolas e universidades, de assistência médica e atendimento psicológico domiciliar são alguns exemplos. Há até a criação de vilas residenciais, com serviços especializados para o atendimento das necessidades desse grupo etário. Para estimular o crescimento da população jovem e a reposição da força de trabalho, são criadas políticas de incentivo à natalidade. Governos de alguns países europeus oferecem licença-maternidade remunerada de, no mínimo, seis meses, garantia de assistência médica e acesso a creches. Na França, as famílias recebem um auxílio mensal a partir do segundo filho, calculado com base na renda familiar e no número de dependentes. Responda às questões em seu caderno.

1 Considerando a dinâmica populacional europeia, que mudanças estão ocorrendo nos países do continente em relação à faixa etária da população?

2 Explique algumas medidas adotadas pelos governos europeus para conter os gastos com aposentadoria diante do envelhecimento populacional. Reformulação do sistema de aposentadorias, com aumento da contribuição dos trabalhadores à previdência social e da idade mínima para a aposentadoria.

• Esperança de vida das mulheres em 2060: 89 anos

• Esperança de vida dos homens em 2060: 84,5 anos

Questionar a turma sobre as principais consequências da diminuição do número de jovens na Europa para a economia e a previdência social. Discutir com os estudantes as medidas tomadas pelos países europeus para incrementar a qualidade de vida dos idosos, como melhorias do sistema de saúde, estímulo às atividades físicas

e até a substituição de antigos asilos por vilas residenciais para idosos. A abordagem do tema sobre o envelhecimento populacional europeu permite o desenvolvimento do tema contemporâneo transversal Cidadania e Civismo, com destaque para o Processo de envelhecimento, respeito e valorização do Idoso Encaminhar as atividades 1 e 2, que auxiliam na sistematização do conteúdo abordado.

[...]

OLIVEIRA, Ana Batalha. Portugal tem a quinta taxa de natalidade mais baixa da UE. Jornal de Negócios, Lisboa, 10 jul. 2020. Disponível em: https://www.jornaldenego cios.pt/economia/detalhe/portugal-tem-aquinta-taxa-de-natalidade-mais-baixa-da-ue.

Acesso em: 14 ago. 2022.

JEROME LABOUYRIE/SHUTTERSTOCK.COM
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Países europeus propõem atividades físicas e culturais específicas para idosos. Na fotografia, idosos fazendo exercícios físicos em parque em Paris, França, 2021.
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• A habilidade EF09GE03 é apresentada com foco em identificar diferentes manifestações culturais de minorias étnicas como forma de compreender a multiplicidade cultural na escala mundial, defendendo o princípio do respeito às diferenças.

• A habilidade EF09GE04 é trabalhada com ênfase em relacionar modos de viver de diferentes povos na Europa, valorizando identidades e interculturalidades regionais.

• Atende-se à habilidade EF09GE09 ao analisar características de países e grupos de países europeus em seus aspectos populacionais e discutir suas desigualdades sociais.

• O trabalho com a habilidade EF09GE14 ocorre com ênfase em interpretar mapas temáticos para analisar informações sobre diversidade.

• A habilidade EF09GE15 é trabalhada com foco em classificar diferentes regiões do mundo com base em informações populacionais em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

O conteúdo abordado nesta dupla de páginas possibilita desenvolver o tema contemporâneo transversal Multiculturalismo, com destaque para a Diversidade Cultural. Para introduzir o tema, promover a leitura compartilhada do texto da página 130 e a análise do mapa “Europa: principais idiomas”. Chamar a atenção dos estudantes para a diversidade étnica e cultural existente na Europa. Ressaltar que a língua é um dos principais elementos de identificação cultural de um povo. Explorar as informações do mapa, identificando os países cujos idiomas derivam de línguas neolatinas, eslavas e germânicas. Reforçar que a colo-

3 DIFERENTES POVOS E CULTURAS

A população europeia apresenta grande diversidade de povos e culturas. Os idiomas mais falados no continente provêm dos seguintes grupos étnicos:

• latinos: espanhol, português, galego, francês, catalão, italiano e romeno;

• eslavos: russo, bielorrusso, ucraniano, polonês, tcheco, eslovaco, esloveno, servo-croata, macedônio e búlgaro;

• germânicos: inglês, alemão, holandês, dinamarquês, norueguês, sueco e islandês;

• celtas: irlandês, escocês, galês e bretão.

Em vários países europeus são falados dois ou mais idiomas. Entre os idiomas oficiais na Suíça, por exemplo, estão o francês, o alemão e o italiano.

Diversos idiomas europeus, como o inglês, o espanhol, o francês e o português, ultrapassaram os limites do continente e se tornaram alguns dos mais falados do mundo. Isso ocorreu em razão das conquistas coloniais e da importância geopolítica que esses países exerceram, e ainda exercem, no mundo. Analise no mapa a distribuição dos idiomas mais falados na Europa.

CírculoPolarÁrtico

Europa: principais idiomas

Francês (Valão)

Francês

Franco-provençal

Espanhol

Sorabo-lusaziano

Reto-românico Ladino-friulano

Provençal occitano

Esloveno

Croata

Sérvio Sérvio-croáta

Línguas neolatinas Línguas germânicas Línguas eslavas

Línguas indo-europeias

Línguas bálticas

Línguas celtas

Línguas uralo-altaicas

Fonte: ISTITUTO GEOGRAFICO DE AGOSTINI. Atlante geografico metodico De Agostini. Novara: Istituto Geografico de Agostini, 2021. p. 65.

nização europeia em outros continentes ampliou o número de países que adotam oficialmente línguas europeias, principalmente o inglês, o francês, o espanhol e o português.

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Na página 131, destacar a diversidade de povos e culturas que convivem no continente europeu. Questionar os estudantes se, na opinião deles, grupos étnicos distintos que habitam um mesmo país podem desenvolver um sentimento de pertencimento a ele. Espera-se que apon-

Línguas neolatinas Línguas germânicas Línguas eslavas Línguas bálticas Línguas celtas Línguas uralo-altaicas

turcas

Línguas mongóis Línguas caucasianas

Línguas eslava e ugro-fínicas e samoiedas

Línguas ugro-fínicas e samoiedas Línguas turcas

Línguas celta e germânica

Línguas celta e germânica Área com forte minoria linguística Ilha linguística

Línguas eslava e ugro-fínicas e samoiedas

Área com forte minoria linguística Ilha linguística

tem a dificuldade em obter consensos quando um território é ocupado por etnias que possuem características históricas, étnicas e culturais diferentes, a exemplo do que ocorre na Europa e em outros continentes.

Destacar as principais minorias étnicas no continente europeu e suas principais reivindicações junto aos governos dos países onde vivem. Justificar a importância da preservação da identidade cultural dos diferentes povos que vivem em um

BNCC
DACOSTA MAPAS Sérvio Sérvio-croáta Croata Espanhol Esloveno Francês Francês (Valão) Sorabo-lusaziano Provençal occitano Franco-provençal Reto-românico Ladino-friulano Moldavo Romeno Georgiano Turco Osseto Tártaro Georgiano Calmuco Húngaro Eslovaco Tcheco Polonês Alemão Alemão Bretão Basco Catalão Catalão Sardo Corso Galês Escocês Holandês Frísio Alemão Russo Branco Lituano Letão Estoniano Sueco Islandês Russo (Grande Russo) Russo (Grande Russo) Ucraniano (Pequeno Russo) Mordvino Tchuvaque Mari Komi Tártaro Udmurto Basquir Dinamarquês Irlandês (Gaélico) Inglês Finlandês Lapão Português Italiano Albanês Albanês Albanês Albanês Macedônio Búlgaro Turco Grego Grego Maltês Sueco Norueguês Samoiedo Armênio Húngaro-alemão Galego ÁSIA ÁSIA ÁFRICA
40°N 0° 40° L Meridiano de Greenwich OCEANO ATLÂNTICO Mar Negro Mar Cáspio Mar do Norte Mar Báltico OCEANO GLACIAL ÁRTICO Mar Mediterrâneo 0 430
CírculoPolarÁrtico
Albanês Grego Basco
Moldavo Romeno Georgiano Turco Osseto Tártaro Georgiano Calmuco Húngaro Eslovaco Tcheco Polonês Alemão Alemão Bretão Basco Catalão Catalão Sardo Corso Galês Escocês Holandês Frísio Alemão Russo Branco Lituano Letão Estoniano Sueco Islandês Russo (Grande Russo) Russo (Grande Russo) Ucraniano (Pequeno Russo) Mordvino Tchuvaque Mari Komi Tártaro Udmurto Basquir Dinamarquês Irlandês (Gaélico) Inglês Finlandês Lapão Português Italiano Albanês Albanês Albanês Albanês Macedônio Búlgaro Turco Grego Grego Maltês Sueco Norueguês Samoiedo Armênio Húngaro-alemão Galego ÁSIA ÁSIA ÁFRICA
40°N 0° 40° L Meridiano de Greenwich OCEANO ATLÂNTICO Mar Negro Mar Cáspio Mar do Norte Mar Báltico OCEANO GLACIAL ÁRTICO Mar Mediterrâneo 0 430 Línguas indo-europeias Albanês Grego Basco Línguas mongóis Línguas caucasianas
Línguas ugro-fínicas e samoiedas Línguas
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TEXTO COMPLEMENTAR

Minorias étnicas

2. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes respondam afirmativamente, indicando que, por meio da cultura, podemos conhecer aspectos do modo de vida dos povos que podem nos fazer enxergá-los de uma forma mais positiva, principalmente quando esse povo realizou uma diáspora e conseguiu incorporar aspectos da cultura local à sua própria cultura.

O termo minoria étnica refere-se a um grupo que possui particularidades culturais e que não faz parte do grupo dominante. As minorias étnicas, em geral, lutam por maior reconhecimento de sua identidade cultural, por autonomia política e, em alguns casos, pela formação de um Estado independente com território próprio, como os catalães, que vivem na Espanha.

A atribuição de direitos comuns a essas minorias é fundamental para evitar a discriminação, as tensões sociais e os movimentos separatistas. Criminalizar atitudes preconceituosas contra essas parcelas da população, cujos direitos são garantidos por lei, também é crucial.

Alguns países europeus abrigam, em um mesmo território, minorias étnicas com culturas e idiomas distintos da língua oficial. Os Rom ou Roma constituem a mais importante e antiga minoria étnica presente no território europeu. Originários da Ásia (provavelmente do norte da Índia), os Rom migraram para a Europa por volta do século XIV. Dividiram-se em grupos que se espalharam pelo continente e, posteriormente, por outras regiões do mundo, incluindo o Brasil, onde são pejorativamente denominados “ciganos”.

Atualmente, estima-se que entre 10 e 12 milhões de Rom vivam na Europa, principalmente nos países da Europa Central e dos Bálcãs. A discriminação e a exclusão social marcam a trajetória desses cidadãos europeus, que lutam para ter seus direitos básicos garantidos.

Os Rom da Espanha tiveram grande influência sobre o flamenco, expressão artística que mistura canto, dança e música e que faz parte do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.

Dançarina de flamenco em Sevilha, Espanha, 2021.

Os primeiros Rom chegaram ao Brasil no final do século XVI, deportados de Portugal. Hoje vivem em todo o país. Como seus pares na Europa, enfrentam o preconceito e a segregação.

Dança cigana em São Paulo (SP), 2019.

1 Que aspecto da vida dos Rom está representado nas fotografias? Quais semelhanças você identifica entre elas?

2 No seu entendimento, essas manifestações são importantes para combater o preconceito contra os Rom? Justifique sua resposta.

1. As fotografias representam a cultura dos Rom, especificamente a dança. Espera-se que os estudantes citem as roupas das dançarinas, com saias rodadas, longas e coloridas, as flores enfeitando a cabeça etc.

mesmo país. Trazer o exemplo da Suíça, que possui três idiomas oficiais falados em regiões distintas, onde as diferenças culturais são bem aceitas pela população.

Ressaltar que em partes da Europa essa convivência é mais frágil, como no caso dos Rom, discriminados na maior parte dos territórios onde vivem pela não aceitação de suas referências culturais. Falar também sobre a resistência dos catalães em permanecer vinculados à Espanha.

Atualizar o debate sobre a Catalunha, que tem passado por momentos de agitação política devido ao fortalecimento do movimento separatista na região e do não reconhecimento deste pelo governo espanhol. Se julgar pertinente, ler para os estudantes o excerto da seção Texto complementar. Encaminhar as atividades 1 e 2, que auxiliam na sistematização dessa etapa do conteúdo abordado.

Com idioma próprio, a Catalunha é uma região com forte identidade cultural, mas nunca foi um país independente. [...]

[...]

[...] A comunidade autônoma é a mais rica da Espanha e representa 19% de seu Produto Interno Bruto (PIB), beneficiando-se de um mundo globalizado e da integração europeia para não depender do mercado nacional.

Com a crise de 2008, o governo central promoveu cortes na rede de bem-estar social do país e políticas de austeridade que fomentaram um desejo separatista antes restrito a um quinto da população catalã. [...]

Atualmente, a Catalunha abriga cerca de 7 mil multinacionais e uma renda per capita de 27,6 mil euros, contra 24,1 mil da média espanhola. Já a taxa de desemprego está em 13,2%, enquanto no país o índice é de 17,2%.

[...]

O desejo de viver sem os limites impostos por Madri também é um dos pilares do anseio separatista na Catalunha, sentimento que cresceu com as constantes recusas do primeiro-ministro Mariano Rajoy em aceitar um plebiscito de independência.

A Constituição da Espanha concede ampla autonomia em matérias como educação, saúde e segurança, [...] mas limita a capacidade da Catalunha de administrar seus próprios recursos.

AGÊNCIA ANSA. Conheça os 3 pilares do movimento separatista catalão. Época Negócios, São Paulo, 9 out. 2017. Disponível em: https://epocanegocios. globo.com/Mundo/noticia/2017/10/ conheca-os-3-pilares-do-movimentoseparatista-catalao.html. Acesso em: 10 ago. 2022.

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BNCC

• O trabalho com a habilidade EF09GE09 ocorre ao analisar características de países e grupos de países europeus em seus aspectos populacionais, políticos e econômicos e discutir suas desigualdades sociais.

• A habilidade EF09GE15 é apresentada com foco em comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações populacionais representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Para iniciar a abordagem do tema proposto nesta dupla de páginas, retomar conceitos relacionados aos fluxos migratórios já estudados. Em seguida, com o objetivo de sensibilizar os estudantes para o estudo das migrações europeias, pedir a eles que expliquem por que a Europa foi um continente de emigrantes entre o final do século XIX e o início do século XX. Abordar o papel da Primeira e Segunda Guerras Mundiais como um dos fatores que motivou milhões de europeus a saírem de seus países com destino à América.

Solicitar aos estudantes que observem atentamente o mapa “Migrações europeias para a América – fim do séc. XIX e início do séc. XX” (página 132), identificando os principais países de origem e destino do fluxo de migrantes, bem como os principais polos de imigração. Encaminhar as atividades 1 e 2, que auxiliam na leitura do mapa.

A seguir, utilizar o mapa “Mundo: movimentos migratórios – 2020” (página 133) para explicar a inversão dos fluxos migratórios para os países europeus e os motivos que contribuíram para sua intensificação nos últimos anos. Orientar os estudantes a identificar no mapa os países europeus que mais recebem

4 MIGRAÇÕES

2. Nos Estados Unidos, os principais polos e regiões imigratórias foram São Francisco, Nova York, Boston, Detroit e Chicago; no Brasil, Rio de Janeiro e São Paulo; e na Argentina, Buenos Aires.

Do fim do século XIX ao início do século XX, a Europa foi um continente de emigrantes. Cerca de 50 milhões de pessoas deixaram o continente em busca de melhores condições de vida, principalmente em países americanos, com destaque para Estados Unidos, Canadá, Argentina e Brasil. Dos europeus que partiram para a América, 80% eram britânicos, italianos, alemães, espanhóis, irlandeses, portugueses, russos e escandinavos. Em geral, esses migrantes fugiam das crises agrícolas, da pobreza e das perseguições políticas e religiosas. Além disso, com o fim da escravidão na América, a população europeia foi atraída pela oferta de trabalho e por promessas de terras baratas e acessíveis. Analise o mapa.

Faça as atividades no caderno.

Migrações europeias para a América –fim do séc. XIX e início do séc. XX

1 Que país recebeu o maior número de imigrantes europeus entre o fim do século XIX e o início do século XX?

Os Estados Unidos.

2 Cite os principais polos e regiões do continente americano que mais receberam imigrantes europeus.

• INVESTIGAR LUGARES

Reúnam-se em grupo e pesquisem sobre os imigrantes europeus que se fixaram no município ou na UF onde sua escola está situada. Procurem descobrir os países de procedência deles; o ano que chegaram; as causas das migrações; os principais hábitos e costumes que cultivam do país de origem e as dificuldades de adaptação no novo local. É possível buscar essas informações em fontes históricas, em bibliotecas físicas ou virtuais e em arquivos da prefeitura. Caso seja possível, elaborem perguntas para uma entrevista com algum imigrante ou filho de imigrantes. Apresente aos colegas os resultados da pesquisa e ouça a apresentação do restante da turma.

imigrantes e destacar os fatores de atração para esses territórios. Sobre isso, caso julgar interessante, encaminhar a pesquisa sugerida na seção Atividade complementar.

Cabe comentar que, embora a Europa seja hoje um continente de imigrantes, as crises econômicas dos últimos anos – com altas taxas de desemprego – têm gerado descontentamento nas populações dos países de destino, com a intensificação da xenofobia, que tem provocado o

aumento da migração de europeus para outros países ou o retorno de imigrantes aos países de origem. Encaminhar a atividade 3, que auxilia na sistematização dessa discussão.

Na seção Investigar lugares, a proposta de atividade favorece o trabalho com práticas de pesquisa, tanto a revisão bibliográfica durante a investigação sobre a imigração no município de vivência dos estudantes quanto a realização de entrevistas (ver tópico Práticas de pesquisa,

RÚSSIA IRLANDA GRÃ-BRETANHA ALEMANHA ÁUSTRIA-HUNGRIA FRANÇA ESPANHA PORTUGAL ITÁLIA ESCANDINÁVIA CANADÁ ESTADOS UNIDOS BRASIL ARGENTINA Rio de Janeiro JAPÃO São Francisco CHINA São Paulo Buenos Aires Chicago Boston Nova York Detroit Equador Trópico de Capricórnio Meridiano de Greenwich Trópico de Câncer OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO 0º 0º Círculo Polar Ártico 0 2 217 Número de migrantes 17 500 000 5 000 000 2 000 000 Polos e regiões imigratórias menos de 500 000
Fonte: DURAND, Marie-Françoise (dir.). Espace mondial: l'atlas 2018. Paris: Les Presses de Sciences Po, 2018. p. 70.
DACOSTA MAPAS RÚSSIA
FRANÇA ESPANHA PORTUGAL ITÁLIA ESCANDINÁVIA CANADÁ ESTADOS UNIDOS BRASIL ARGENTINA Rio de Janeiro JAPÃO São Francisco CHINA São Paulo Buenos Aires Chicago Boston Nova York Detroit Equador Trópico de Capricórnio Meridiano de Greenwich Trópico de Câncer OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO 0º 0º Círculo Polar Ártico 0 2 217 Número de migrantes 17 500 000 5 000 000 2 000 000 Polos e regiões imigratórias menos de 500 000 132 D2-GEO-F2-2106-V9-U4-122-159-LA-G24-AV.indd 132 30/08/2022 15:30 132
Escandinavo: originário da Península Escandinava, onde se localiza a Noruega, a Suécia e a Finlândia. IRLANDA GRÃ-BRETANHA ALEMANHA ÁUSTRIA-HUNGRIA

Atualmente, a Europa vivencia uma situação inversa à que caracterizou o continente no início do século XX, especialmente da década de 1990 em diante. O crescimento da economia e a demanda por mão de obra começaram a atrair grande contingente de imigrantes. Analise o mapa.

Mundo: movimentos migratórios – 2020

ATIVIDADE COMPLEMENTAR O fluxo migratório Brasil-Europa

Investigar a situação atual dos fluxos migratórios internacionais que envolvem os países europeus e, mais especificamente, os fluxos de migrantes entre Brasil e Europa, relacionando-os à situação econômica de cada país. Elaborar um relatório impresso ou em arquivo digital e, na data marcada pelo professor, apresentar e comentar os resultados da pesquisa aos colegas.

AMPLIANDO HORIZONTES

Elaborado com base em: UNITED NATIONS. Department of Economic and Social Affairs, Population Division. International migration 2020 highlights. New York: UN, 2020. p. 22. Disponível em: https://www.un.org/development/desa/pd/sites/www.un.org.development.desa.pd/files/undesa_pd_2020_ international_migration_highlights.pdf. Acesso em: 27 jul. 2022.

Atualmente, os países europeus que mais recebem imigrantes são Alemanha, Itália, Reino Unido, França e Espanha. Esses imigrantes são originários, especialmente, do Leste Europeu, da África, da Ásia e da América Latina.

Os imigrantes buscam na Europa melhores condições de vida, oportunidades de emprego, moradia digna, acesso a serviços públicos de saúde e educação adequados. Outros imigrantes chegam à Europa fugindo de conflitos, perseguições políticas, étnicas e religiosas em seus países de origem.

A imigração tem gerado descontentamento em parte da população da Europa Ocidental, que teme a perda de empregos e de sua identidade cultural, além da queda do padrão de vida.

As autoridades europeias têm criado barreiras e estabelecido cotas de imigração. No entanto, muitos imigrantes entram no continente de forma ilegal, morando e trabalhando clandestinamente, recebendo baixos salários e sofrendo com atos de racismo e xenofobia.

3 Grande parte dos países europeus vive uma situação ambígua em relação aos imigrantes em seus territórios. Explique essa ambiguidade, considerando a atual estrutura etária dos países da Europa.

Parte da população europeia nutre sentimentos de xenofobia, visando a políticas de restrição às imigrações, porém há demanda por trabalhadores, em razão do envelhecimento médio da população do continente.

nas Orientações gerais deste Manual), promovendo a enriquecedora experiência de obter informações e impressões diretamente de pessoas que imigraram para a América. Ambas as práticas conferem mais significado ao conteúdo estudado, promovendo maior engajamento e comprometimento dos estudantes com o conhecimento construído. Caso o município ou a região em que vivem não tenha recebido imigrantes europeus, propor aos estudantes que pesquisem na internet

informações sobre municípios de outras regiões do país onde o fluxo migratório de europeus foi mais expressivo, como os estados do Sul e alguns do Sudeste. Aproveitar a apresentação dos resultados da pesquisa para incentivar o debate com a turma sobre a importância das trocas culturais entre imigrantes e a população nativa e sobre a relevância da cultura para o reforço dos vínculos identitários entre imigrantes provenientes de uma mesma região no país de destino.

• MUSEU DA IMIGRAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. São Paulo, [20--]. Site. Disponível em: https: //museudaimigracao.org.br/. Acesso em: 10 ago. 2022. O site traz um acervo com documentos históricos relacionados aos fluxos migratórios cujo destino era o estado de São Paulo.

AMÉRICA DO NORTE 59 milhões EUROPA 44 milhões ÁSIA CENTRAL 15 milhões SUDESTE ASIÁTICO 11 milhões OCEANIA 9 milhões NORTE DA ÁFRICA E ORIENTE MÉDIO 19 milhões ÁFRICA SUBSAARIANA 18 milhões AMÉRICA LATINA 11 milhões Migração dentro da própria região
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SONIA VAZ
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• A habilidade EF09GE08 é trabalhada com foco em analisar movimento de fronteiras, tensões e conflitos na Europa.

• O trabalho com a habilidade EF09GE09 ocorre com ênfase em analisar características de países e grupos de países europeus em seus aspectos populacionais.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Apresentar as principais características do atual contexto que fizeram com que os fluxos migratórios aumentassem de forma significativa a partir dos anos 2010. Explicar para os estudantes que, apesar dos acordos firmados entre os países membros da União Europeia e do Espaço Schengen – espaço de livre circulação criado em 1985 que permite que a população dos países signatários se desloque por eles sem controle de passaporte –, cada país adota uma política diferente no que se refere à gestão desses fluxos. Isso vem gerando conflitos e tensões entre os países europeus.

Auxiliar os estudantes na leitura do mapa “Europa: fechamento de fronteiras – 2022”. Por se tratar de um mapa temático complexo, composto por diversas variáveis, sugerimos a análise atenta de cada informação.

Explicar que o controle de fronteiras no interior do Espaço Schengen (que a princípio é um espaço de livre circulação) está previsto em caso de “ameaça à ordem pública ou à segurança nacional”. Os governos de alguns países têm se valido disso para aumentar o controle sobre a circulação de pessoas, colocando o acordo em risco.

Se possível, dar alguns exemplos sobre essa gestão diferenciada da crise migratória. O governo húngaro, por exemplo, desde 2015 constrói muros na extensão da fronteira com a Sérvia e a Croácia para conter a chegada de refugiados. Em 2015, o então primeiro-ministro húngaro Viktor

Crise migratória

A questão migratória está no centro do debate político na União Europeia, pois os países-membros adotam políticas diferentes no que se refere à acolhida de imigrantes e refugiados.

Diante desse quadro, os países do bloco firmaram um acordo sobre imigração em 2018, propondo o aumento do controle das fronteiras e a criação de centros para a seleção de imigrantes, destinados a avaliar as pessoas que preenchem as condições para solicitar asilo (refugiadas) e aquelas que devem realizar outro tipo de processo para permanecer na Europa, como solicitar um visto de trabalho. Ao passar por esses centros, muitos imigrantes que não preenchem esses requisitos são forçados a retornar aos seus países de origem, por isso há muitas entradas ilegais no continente.

O controle das fronteiras, medida muito contestada por parcelas da sociedade europeia, é feito por meio da construção de muros, cercas e barreiras, cujo objetivo é impedir a entrada e o trânsito de migrantes e refugiados no Espaço Schengen.

Analise o mapa.

Europa: fechamento de fronteiras – 2022

1 Noruega-Rússia (200 m)

2 Estônia-Rússia (1,6 km)

3 Letônia-Rússia (23 km)

4 Lituânia-Rússia (44,6 km)

5 Reino Unido-França (10 km em torno do terminal do Eurotúnel)

6 Áustria-Eslovênia (3,7 km)

7 Eslovênia-Croácia (200 km)

8 Hungria-Croácia (300 km)

9 Hungria-Sérvia (151 km)

10. Macedônia-Grécia (33 km)

11. Bulgária-Turquia (201 km)

12. Grécia-Turquia (12 km)

13. Enclave de Ceuta (8,2 km)

14. Enclave de Melilla (10 km)

15. Polônia-Belarus (186 km)*

* Construção iniciada em janeiro de 2022

Elaborado com base em: BENEDICTO, Ainhoa Ruiz; AKKERNAN, Mark; BRUNET, Pere. A walled world: towards a global apartheid. Barcelona: Centre Delàs d'Estudis per la Pau, 2020. Disponível em: https://www.tni.org/files/publication-downloads/informe46_walledwolrd_ centredelas_tni_stopwapenhandel_stopthewall_eng_def.pdf.

INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR MIGRATION. Flow monitoring. Geneva: IOM/DTM, c2022. Disponível em: https://migration.iom.int/europe?type=arrivals. Acessos em: 11 fev. 2022.

O Espaço Schengen é uma área de livre circulação criada em 1985, permitindo que a população dos países-membros da União Europeia se desloque sem controle de passaporte. O acordo prevê o restabelecimento do controle das fronteiras em caso de ameaça à ordem pública ou à segurança nacional.

Orbán declarou que os bloqueios das rotas utilizadas pelos refugiados para chegar à Alemanha e outros países do Norte da Europa tinha o intuito de “salvar os valores cristãos da Europa”. Outros países, como Itália e Grécia, porta de entrada de migrantes oriundos do Oriente Médio e da África, têm em seus territórios um número grande de pessoas que se encontram bloqueadas em campos de refugiados, em virtude do fechamento de fronteiras. O campo de refugiados de Moria, na Grécia, é um exemplo disso. Em 2020, ele

abrigava mais de 12 mil pessoas em condições extremamente precárias.

Também é fundamental destacar que quanto mais o acesso legal de um país para outro é restringido por muros, cercas e barreiras, mais perigosos são os meios que as pessoas utilizam para entrar ilegalmente em um país. Os migrantes arriscam suas vidas em carrocerias de caminhões, porta-malas de carros e em embarcações improvisadas para atravessar o mar Mediterrâneo, principal rota empregada entre os

15 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 OCEANO ATLÂNTICO Mar Negro Mar do Norte 0° 42° N Círculo Polar Ártico Meridiano de Greenwich Mar Mediterrâneo Países
594 172 1 215 000 Migrantes que entraram no território desde 2015 71 020 197 836 0 431
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do Acordo de Schengen
Muros:
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lotado com mais de 12 000 migrantes, tem o apelido de “selva”.

1. b) Espera-se que os estudantes estabeleçam relações entre o fechamento das fronteiras terrestres e o aumento da busca por rotas alternativas, na maior parte das vezes perigosas, como a travessia do Mediterrâneo.

A contribuição dos imigrantes para o crescimento demográfico europeu e para a economia – na maioria das vezes como mão de obra para trabalhos que exigem pouca qualificação ou cujas vagas não são preenchidas pela população local – pouco tem aliviado as reações hostis pela presença deles em alguns países.

Crescem, por toda a Europa, o racismo e a xenofobia. Prova disso são os expressivos resultados eleitorais obtidos por partidos favoráveis à contenção da imigração em países como Áustria, Hungria e Polônia. Recentemente, até países considerados progressistas, como a Dinamarca, estão revendo suas políticas migratórias.

Muitos imigrantes e suas famílias são perseguidos, ameaçados, hostilizados, agredidos e, em alguns casos, mortos por grupos hostis, muitos deles de orientação neonazista. Esses grupos acreditam na superioridade da cultura europeia sobre as demais, principalmente sobre as de países africanos e asiáticos. Também pregam o extermínio de negros, judeus, homossexuais e imigrantes. Os neonazistas estão espalhados por todos os países europeus. A divulgação de suas ideias ocorre pela internet e em encontros realizados para protestar contra políticos e organizações que defendem os imigrantes.

Milhares de poloneses de grupos nacionalistas de extrema-direita marcham em defesa de suas fronteiras, no contexto da crise migratória na fronteira do país com Belarus, Varsóvia, Polônia, 2021.

Responda às questões em seu caderno.

1 Analise o mapa da página anterior e responda.

1. a) Itália, Espanha, Bulgária e Grécia. A Grécia apresentou número de entradas desde 2015 superior a 1 milhão de migrantes e refugiados.

a) Quais são os principais países de entrada de imigrantes na Europa? Qual deles teve maior número de entradas desde 2015?

b) Antes de chegar à Europa, milhares de imigrantes e refugiados precisam realizar a travessia do mar Mediterrâneo. Desde o ano de 2014, mais de 23 mil pessoas morreram nesse percurso. No seu entendimento, como essas mortes estão relacionadas aos muros e às barreiras representados no mapa?

2 O Brasil também tem recebido refugiados de diversos países, como do Haiti, da Síria e da Venezuela. Pesquise sobre situações de xenofobia ocorridas em nosso país. Depois, converse com os colegas e o professor, verificando se a xenofobia no Brasil se manifesta de forma semelhante à Europa.

Os estudantes poderão pesquisar notícias relacionadas às manifestações anti-imigração na Europa e no Brasil, assim como as medidas adotadas pelo governo para combater a xenofobia, considerada crime.

países da África e o Oriente Médio para a Europa. Em 2018, mais de 2 000 pessoas morreram nessa travessia.

Após essa conversa, destacar o crescimento dos discursos e atitudes racistas e xenófobas contra os imigrantes e refugiados na Europa. Comentar também sobre o fortalecimento de partidos políticos que defendem políticas contrárias à imigração e sua ampla adesão junto a parcelas da população de alguns países como Alemanha, Itália, Áustria e Hungria. A abordagem associa-

#

FICA A DICA

Migrantes. Issa Watanabe. São Paulo: Solisluna: Selo Emília: Raposa Vermelha, 2021. O livro narra, por meio de imagens, a viagem de um grupo de animais em migração, e todas as dificuldades que encontram pelo caminho.

da desse tema e as atividades 1 e 2 possibilitam desenvolver o tema contemporâneo transversal Cidadania e Civismo, com destaque para Educação em Direitos Humanos

TEXTO COMPLEMENTAR

A ‘selva’ de Moria, o maior acampamento de refugiados da Grécia Devastado por um incêndio gigantesco, o campo de refugiados de Moria na ilha grega de Lesbos,

Aqui estão alguns elementos sobre o maior acampamento de refugiados da Grécia que, segundo as ONGs, tornou-se “uma vergonha para toda Europa”.

O campo de Moria foi aberto em 2013 em uma instalação militar. Inicialmente, serviria como centro administrativo de registro para algumas centenas de migrantes que lá faziam uma escala em seu trajeto até o norte da Europa.

Dois anos mais tarde, como consequência da guerra na Síria, Lesbos e seus 85 000 habitantes receberam um fluxo de mais de 450 000 solicitantes de abrigo em apenas um ano.

Por trás de suas enormes barreiras de arame farpado, Moria é o único local disponível na ilha, onde as autoridades tentam controlar a chegada de migrantes.

Com a maioria das fronteiras dos países europeus fechada, Lesbos acabou se tornando uma espécie de gargalo para os refugiados.

[...]

Em 2020, a megaestrutura de Moria se tornou, segundo várias ONGs, uma “vergonha para toda Europa”: prostituição, casos de estupro, sequestro de menores, tráfico de drogas e todo tipo de violência agora fazem parte do cotidiano dos refugiados. Alguns se suicidam, outros são queimados dentro de suas barracas. Entre janeiro e agosto, cinco pessoas foram esfaqueadas em mais de 15 ataques.

– Da acolhida à hostilidade –[...]

Desesperados ao se verem afetados pelas decisões da política migratória europeia, os moradores da ilha, que se consideram arruinados e em perigo, impedem frequentemente o desembarque de migrantes. Nesse contexto, os assistentes sociais também acabaram se tornando alvos da violência.

A ‘SELVA’ de Moria, o maior acampamento de refugiados da Grécia. Istoé Dinheiro, São Paulo, 9 set. 2020. Disponível em: https://www.istoedinheiro.com.br/a-selvade-moria-o-maior-acampamento-derefugiados-da-grecia/. Acesso em: 14 ago. 2022.

[...]
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Competências

• Gerais: 1, 2 e 9

• Ciências Humanas: 1, 2, 5 e 6

• Geografia: 6 e 7

• EF09GE01 Analisar criticamente de que forma a hegemonia europeia foi exercida em várias regiões do planeta em diferentes tempos e lugares.

Interdisciplinaridade com...

História:

• EF09HI13 Descrever e contextualizar os processos da emergência do fascismo e do nazismo, a consolidação dos estados totalitários e as práticas de extermínio (como o holocausto).

• EF09HI16 Relacionar a Carta dos Direitos Humanos ao processo de afirmação dos direitos fundamentais e de defesa da dignidade humana, valorizando as instituições voltadas para a defesa desses direitos e para a identificação dos agentes responsáveis por sua violação.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

O trabalho realizado com essa dupla possibilita o desenvolvimento do tema contemporâneo transversal Cidadania e Civismo, com destaque para a Educação em Direitos Humanos O tema abordado também se relaciona com a componente curricular História ao desenvolver as habilidades EF09HI13 e EF09HI16. Para isso, promover a leitura compartilhada do texto das páginas 136 e 137. Fazer pausas para esclarecimentos de dúvidas e comentários. Explicar que preconceito, xenofobia e crimes cometidos contra a humanidade durante muito tempo foram embasados por teorias científicas que defendiam a superioridade racial. Enfatizar que essas teorias justificavam os projetos de colonização, a escravidão e o genocídio de grupos étnicos distintos e a dominação dos europeus sobre outros territórios e seus habitantes.

Racismo e “superioridade racial”

A noção de respeito pelas diferenças é relativamente nova. Durante séculos, o combate aos “diferentes” era a regra, com a justificativa de provar a superioridade de determinados grupos. Nos séculos XVIII e XIX, teorias de alguns cientistas foram usadas para justificar a perseguição, escravidão e até o extermínio dos diferentes, por meio da proibição da união entre “raças” diferentes e do controle do nascimento de cidadãos “inferiores” – com esterilização involuntária de mulheres, aborto ou até execução.

O cientista inglês Francis Galton (1822-1911) criou o termo eugenia, que consiste em práticas para “aprimorar raças”. Para ele e seus seguidores, isso consistia em aproximar os traços dos indivíduos ao tipo étnico branco e europeu (ou caucasiano), eliminando aqueles que não se enquadrassem nas características desse grupo. Tais ideias foram disseminadas na Europa e nos Estados Unidos, e se tornaram projeto de governo na Alemanha nazista, resultando no genocídio contra minorias durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), sob o pretexto de preservar a chamada “raça ariana”. Perderam a vida milhões de eslavos, judeus, roms, homossexuais, deficientes físicos e opositores do regime nazista, independentemente de seus traços físicos.

O genocídio é considerado pela ONU crime máximo no Direito Internacional, cometido por um Estado, com a intenção de exterminar um grupo humano em razão de diferenças étnicas, políticas, sexuais e/ou religiosas.

Teste de craniometria utilizado entre o fim do século XIX e a primeira metade do século XX, para buscar evidências que comprovassem a superioridade ou inferioridade racial, de modo a legitimar a discriminação racial.

Apesar de a ideia de superioridade racial atualmente ser contestada pela própria comunidade científica e combatida pela ONU na Declaração Universal dos Direitos Humanos, muitos governos e indivíduos continuam agindo de forma discriminatória e xenófoba, acentuando o ódio entre pessoas de grupos étnicos e culturalmente distintos.

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de atitudes e discursos discriminatórios e racistas. Para embasar a discussão, ler para os estudantes o excerto da seção Texto complementar que discorre sobre as definições de racismo, discriminação e preconceito racial para esclarecer melhor as diferenças entre eles.

Para estimular o debate sobre o tema, questionar os estudantes sobre a aplicação do artigo 1o da Declaração Universal dos Direitos Humanos na atualidade, solicitando que deem exemplos

Os exemplos citados pelos estudantes podem ser referentes a situações cotidianas, discursos políticos, atitudes discriminatórias divulgadas pela mídia, entre outros. Moderar o debate pontuando as opiniões divergentes e convergentes

BNCC
INTEGRANDO com
NÃO ESCREVA NO LIVRO. com CONEXÃO HISTÓRIA
HISTÓRIA
HERITAGE-IMAGES/TOPFOTO/AGB PHOTO LIBRARY
DADD, Frank. Phrenology 1820. 1886. Cromolitografia.
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Ao fim da Segunda Guerra Mundial, para combater o conceito de “raça superior”, a fundação da Organização das Nações Unidas (ONU) teve como marco histórico: a proclamação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que trazia em seu Artigo 1o:

Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.

UNITED NATIONS. Universal Declaration of Human Rights. Nova York: UN, c2015. Disponível em: https://www.un.org/en/udhrbook/pdf/udhr_booklet_en_web.pdf. Acesso em: 15 fev. 2022.

Mesmo com a derrota da Alemanha nazista, as ideias e atitudes relacionadas ao “melhoramento racial” vigoraram até o fim dos anos 1970 em países da Europa, no Japão, na África do Sul e nos Estados Unidos. Muitos genocídios e operações de limpeza étnica ocorreram nas últimas décadas, como na Guerra da Bósnia, apesar de, na maioria dos países, existirem leis específicas relacionadas à discriminação e à manifestação de racismo.

Faça as atividades a seguir.

1 Explique a relação entre as pesquisas desenvolvidas por alguns cientistas nos séculos XVIII e XIX e as práticas da Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial

Consultar comentários em Orientações didáticas.

2 A Declaração Universal dos Direitos Humanos bastou para eliminar a discriminação e o preconceito contra determinados grupos? Justifique sua resposta.

bengalis por paquistaneses durante a guerra de independência de Bangladesh; o extermínio de armênios pelo governo turco-otomano durante a Primeira Guerra Mundial; o massacre dos tutsis por extremistas hutus em 1994, em Ruanda etc. Esta atividade favorece o trabalho com práticas de pesquisa, como revisão bibliográfica, análise documental, tomada de notas e construção de relatórios (ver tópico Práticas de pesquisa nas Orientações gerais deste Manual).

TEXTO COMPLEMENTAR

Breves considerações sobre racismo e intolerância racial. A Lei No 7.716/89

[...]

Mulheres judias em dormitórios do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, em Auschwitz, Polônia, 1943.

3 Em grupo, pesquisem exemplos de Estados que cometeram crimes de genocídio ou que tinham posições racistas, em diferentes épocas e lugares.

• Selecionem trechos de livros e/ou de estudos científicos para embasar a pesquisa de vocês.

• Ao longo da pesquisa, tomem notas sobre as formas que as posições racistas foram colocadas em prática, quais justificativas eram apresentadas por quem as praticava, se houve reações contra o genocídio, se foi julgado etc.

É muito comum se estabelecer confusão entre racismo e discriminação ou preconceito racial. O termo racismo geralmente expressa o conjunto de teorias e crenças que estabelecem uma hierarquia entre as raças, entre as etnias, ou ainda uma atitude de hostilidade em relação a determinadas categorias de pessoas. Pode ser classificado como um fenômeno cultural, praticamente inseparável da história humana.

Campos de concentração foram preservados para que as pessoas se lembrem dos horrores cometidos pelos nazistas. Atualmente, parte desses campos estão abertos à visitação turística. Auschwitz-Birkenau, em Auschwitz, Polônia, 2019.

• Produzam um podcast sobre o assunto, com um debate entre os membros do grupo sobre os pontos pesquisados. Caso não seja possível gravar a conversa, reúnam-se em sala de aula no dia marcado pelo professor para debater as ideias.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

sobre o assunto para fazer com que eles reflitam sobre a questão de forma respeitosa.

Encaminhar as atividades 1 a 3, que auxiliam na sistematização do conteúdo desta seção.

Na atividade 1, espera-se que os estudantes respondam que as ideias de cientistas do século XIX baseadas em pressupostos de “superioridade racial”, eugenia e “melhoramento racial” foram defendidas como projeto de governo pela Alemanha nazista, que também praticou o genocídio de milhões de pessoas, sob o pretexto de preservar o

que os nazistas chamavam de “raça ariana”.

Na atividade 2, embora tenha sido um importante marco, não foi suficiente, pois, mesmo após a proclamação dessa declaração, a ideia de melhoramento racial e de genocídios continuou a existir, ainda que fosse legalmente proibida e moralmente rechaçada.

Na atividade 3, os estudantes poderão investigar diversos casos ocorridos no mundo, tais como o genocídio dos povos indígenas americanos pelos europeus; a morte de milhões de

A discriminação racial, por seu turno, expressa a quebra do princípio da igualdade, como distinção, exclusão, restrição ou preferências, motivado por raça, cor, sexo, idade, trabalho, credo religioso ou convicções políticas.

Já o preconceito racial indica opinião ou sentimento, quer favorável quer desfavorável, concebido sem exame crítico, ou ainda a atitude, sentimento ou parecer insensato, assumido em consequência da generalização apressada de uma experiência pessoal ou imposta pelo meio, conduzindo geralmente à intolerância.

Portanto, em regra, o racismo ou o preconceito racial é que levam à discriminação e à intolerância racial [...].

ANDREUCCI, Ricardo Antonio. Breves considerações sobre racismo e intolerância racial. A Lei no 7.716/89. Persona: Revista Eletrónica de Derechos Existenciales, [s l.], n. 70, jan./fev. 2008. Disponível em: http://www.revistapersona.com.ar/ Persona70/70Andreucci.htm. Acesso em: 15 ago. 2022.

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2. Resposta pessoal. Consultar comentários em Orientações didáticas.
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• A habilidade EF09GE08 é trabalhada com foco em analisar transformações territoriais, considerando o movimento de fronteiras, tensões, conflitos e múltiplas regionalidades na Europa.

• O trabalho com a habilidade EF09GE09 ocorre com foco em analisar características de países e grupos de países europeus em seus aspectos políticos.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Na página 138, ao trabalhar a questão basca, é possível desenvolver o tema contemporâneo transversal Multiculturalismo, com destaque para a Diversidade Cultural. Para isso, destacar as características culturais do País Basco, com ênfase na língua falada pelo povo basco, o euskera.

Evidenciar que o movimento separatista basco passou de uma luta armada, responsável por atentados terroristas, para um movimento político que, atualmente, reivindica seus propósitos de forma pacífica. Ressaltar que a região em que o País Basco se localiza na Espanha é uma das mais desenvolvidas do país, sendo suas principais cidades, Bilbao e Santander, consideradas importantes centros financeiros da Europa. Destacar que, com isso, um acordo político entre o governo da Espanha e a comunidade do País Basco interessa a ambas as partes.

Na atividade 1, sugerimos a organização dos estudantes em grupos e a indicação de alguns movimentos, com destaque para a situação da Irlanda do Norte e da Escócia, que voltaram a ter destaque com a questão do Brexit. Os estudantes também poderão pesquisar sobre os movimentos separatistas na Bélgica, na Padânia (Itália), na Córsega (França), no Chipre e, ainda, nas ex-repúblicas soviéticas, algumas já estudadas anteriormente. Esta

5 CONFLITOS E TENSÕES

A grande diversidade étnica e cultural e as intensas disputas territoriais ao longo da história fizeram da Europa palco de muitos conflitos, inclusive das duas Grandes Guerras Mundiais. Atualmente, há conflitos em curso no continente, alguns deles relacionados às questões separatistas.

A questão basca

Os bascos ocupam uma área que compreende uma parte do nordeste da Espanha e do sudoeste da França. Analise o mapa.

Uma parcela do povo basco deseja que o País Basco seja um Estado independente, constituído pelas províncias de Biscaia, Álava, Guipúscoa e Navarra, em território espanhol, e pelas províncias de Labourd, Baixa Navarra e Soule, em território francês. O movimento separatista basco ocorre desde o fim do século XIX, sustentado por uma identidade nacional que tem no idioma euskera sua principal característica cultural.

Durante a Guerra Civil Espanhola, as províncias bascas foram intensamente bombardeadas. Com o fim da guerra, o general Francisco Franco (1892-1975) impôs uma série de medidas contra os Guerra Civil Espanhola: em 1936, o general Francisco Franco promoveu um golpe militar contra o governo espanhol. Divididos, os espanhóis iniciaram uma violenta guerra civil entre 1936 e 1939, com um saldo de cerca de 1 milhão de mortos. Com a vitória, Franco instalou um governo ditatorial, que se estendeu até 1975.

Fonte: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna, 2019. p. 90. bascos, entre elas a proibição da língua e da bandeira basca.

Em 1959, foi criado o Euzkadi ta Askatasuna (ETA) – Pátria Basca e Liberdade, em euskera –, organização separatista que adotou a luta armada, promovendo atentados e sequestros de políticos espanhóis, com o objetivo de alcançar a independência.

Em 2011, desgastado e sendo reprovado pela população basca por seus atos violentos, o ETA emitiu um comunicado anunciando o fim de suas atividades e declarou um cessar-fogo permanente. Em 2017, o grupo se desfez de todas as suas armas e encerrou suas atividades.

1 Faça uma pesquisa sobre outros movimentos separatistas na Europa. Identifique sua localização geográfica, as causas das reivindicações, os grupos que lideram os movimentos e as suas formas de atuação. Registre suas descobertas no caderno.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

atividade possibilita desenvolver práticas de pesquisa, como revisão bibliográfica, análise documental, tomada de notas e construção de relatórios (ver tópico Práticas de pesquisa nas Orientações gerais deste Manual).

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Na página 139, ao iniciar o trabalho com os conflitos no Leste, é muito importante promover a leitura dos mapas em conjunto com os estudantes. Conversar com eles sobre o processo de demarcação dos limites político-territoriais

citados no texto, orientando-os a comparar os dois mapas para que verifiquem as mudanças territoriais provocadas por países que deixaram de existir e o surgimento de novos países. Eles poderão indicar a Iugoslávia, a Tchecoslováquia, a República Democrática Alemã e a União Soviética como países que deixaram de existir. A redefinição de fronteiras deu origem a países como Rússia, Sérvia, Croácia e Eslováquia, entre outros.

BNCC RioEbro FRANÇA ESPANHA OCEANO ATLÂNTICO 42º N 2º L ÁLAVA BISCAIA NAVARRA SOULE LABOURD BAIXA NAVARRA GUIPÚSCOA Limite do País Basco País Basco francês País Basco espanhol 0 31
País Basco
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Leste Europeu

Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, a Europa convive com mudanças em suas fronteiras internas. Ao longo desse período, alguns países surgiram e outros deixaram de existir.

No século XX, os países do Leste Europeu (Europa Oriental) adotaram o regime socialista – na maioria deles, com grande influência política, econômica e militar da antiga União Soviética (URSS).

A partir de 1991, com o fim da URSS, houve profundas transformações na Europa Oriental: o surgimento de novos países, a conversão das economias para o capitalismo e a aproximação política com a Europa Ocidental e a União Europeia. Analise os mapas.

Leste Europeu: político – até 1991

Fonte: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 139.

Leste Europeu: político – 2018

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AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor e o estudante

• ETA: VEJA as datas importantes da história do grupo separatista basco. G1, Rio de Janeiro, 2 maio 2018. Disponível em: https:// g1.globo.com/mundo/noticia/ eta-veja-as-datas-importantes -da-historia-do-grupo-separatis ta-basco.ghtml. Acesso em: 15 ago. 2022

Artigo que mostra uma linha do tempo com as ações do ETA.

• ORMAZABAL, Mikel; AIZPEOLEA, Luis R. ETA anuncia seu fim após meio século de terrorismo na Espanha. El país, San Sebastián, 3 maio 2018. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil /2018/05/03/internacional/ 1525336524_523980.html. Acesso em: 15 ago. 2022. Artigo sobre o encerramento das atividades do ETA.

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 32.

Mar Negro Mar do Norte Mediterrâneo OCEANO ATLÂNTICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO Mar Me r diano de G r eenw ic h CírculoPolarÁrtico 0° 40°N RÚS. UCRÂNIA GEÓRGIA AZERBAIJÃO LETÔNIA ESTÔNIA LITUÂNIA RÚSSIA POLÔNIA ESLOVÁQUIA HUNGRIA ROMÊNIA ARMÊNIA MOLDÁVIA BULGÁRIA TURQUIA (parte europeia) KOSOVO MACEDÔNIA DO NORTE ALBÂNIA MONTENEGRO SÉRVIA BÓSNIA-HERZEGOVINA CROÁCIA ESLOVÊNIA ÁSIA BELARUS CHÉQUIA 0 546 DACOSTA MAPAS Me r i diano de G r eenw ic h 0° CírculoPolarÁrtico 40° N MarCáspio Mar Negro Mar do Norte Mediterrâneo OCEANO ATLÂNTICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO Mar ÁSIA BULGÁRIA URSS (UNIÃO DAS REPÚBLICAS SOCIALISTAS SOVIÉTICAS) POLÔNIA HUNGRIA ROMÊNIA TURQUIA (parte europeia) IUGOSLÁVIA REP. DEM. ALEMÃ TCHECOSLOVÁQUIA ALBÂNIA 0 564
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• A habilidade EF09GE08 é trabalhada com foco em analisar transformações territoriais, considerando o movimento de fronteiras, tensões, conflitos e múltiplas regionalidades na Europa.

• O trabalho com a habilidade EF09GE09 ocorre com foco em analisar características de países e grupos de países europeus em seus aspectos políticos.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Iniciar a aula perguntando aos estudantes se já ouviram falar na Iugoslávia. Os conhecimentos prévios deles oferecerão indícios sobre como encaminhar o tema. Falar sobre a composição étnica do extinto país, constituído por sérvios, bósnios, croatas e eslovenos, entre outros.

Pedir aos estudantes que analisem e comparem os mapas do território da Iugoslávia antes e após sua dissolução em sete Estados-nação. Os estudantes deverão apontar que os limites da antiga Iugoslávia se transformaram nos limites territoriais dos novos países. Também devem indicar que o território de Kosovo, no segundo mapa, não tinha uma delimitação territorial antes da dissolução da Iugoslávia. Depois dessa atividade com os mapas, apresentar a cronologia detalhada da dissolução da Iugoslávia e dos principais conflitos que ocorreram no período: a Guerra da Bósnia e a Guerra do Kosovo.

Ressaltar que o Kosovo tem um território delimitado e um governo provisório, apesar de sua independência não ser reconhecida por 80 dos 193 Estados membros da ONU. Argumentar que tais Estados não aceitam a independência do Kosovo por temerem que esse reconhecimento fortaleça outros movimentos separatistas na Europa e no restante do mundo.

1. Os limites da antiga Iugoslávia se transformaram nos limites territoriais dos novos países. O território de Kosovo, que aparece no mapa 2, não tinha uma delimitação territorial antes da dissolução da Iugoslávia.

Desintegração da Iugoslávia

A Iugoslávia era constituída por povos de diferentes culturas, línguas e religiões, distribuídos por seis repúblicas, indicadas no mapa 1. O país manteve-se unido pela ditadura de Josip Broz Tito de 1945 até 1980, que implantou um sistema socialista com autonomia para as repúblicas, alguma alternância da presidência e forte poder militar.

Com a morte de Tito, o fim da Guerra Fria e as mudanças políticas e econômicas nos demais países do Leste Europeu, vieram à tona sentimentos nacionalistas e rivalidades étnico-religiosas, que contribuíram para a desintegração da Iugoslávia. Sérvia e Montenegro sempre foram contrários aos movimentos separatistas iniciados em 1991, com a declaração de independência da Eslovênia e da Croácia. Os dois países enfrentaram a resistência sérvia em conflitos armados e se tornaram autônomos.

Quando a Bósnia-Herzegovina declarou independência em 1992, uma guerra civil teve início por conta das diferentes aspirações políticas dos três principais grupos étnicos do país. A maioria formada pelos bósnios (muçulmanos) desejava criar um Estado independente, governado por bósnios. Os croatas (católicos) queriam anexar a Bósnia à Croácia, e a minoria sérvia (cristãos ortodoxos), que vivia na Bósnia, era contrária à independência.

O líder sérvio Slobodan Milosevic, que desejava criar uma “Grande Sérvia”, iniciou uma operação de extermínio em massa contra os bósnios e todos aqueles que não fossem da etnia sérvia.

A Guerra da Bósnia (1992-1995) fez mais de 100 mil vítimas e terminou com um acordo de paz mediado pela ONU e pelos Estados Unidos. O país foi dividido em duas unidades, a Federação da Bósnia-Herzegovina e a República Sérvia da Bósnia, e as tensões entre as três etnias que compartilham o território continuam latentes.

Com base na análise dos mapas, responda à questão no caderno.

1 Quais foram as transformações ocorridas na região retratada após 1991? As fronteiras foram alteradas? Explique. 140

Destacar as influências da crise do sistema socialista e da extinção União Soviética para as transformações políticas e as mudanças nos limites territoriais no Leste Europeu.

Reforçar que a crise política e econômica ocorrida ao longo dos anos 1990 fortaleceu os movimentos separatistas, que eram defendidos por grupos étnicos que viviam tanto no Leste Europeu quanto nos territórios pertencentes à antiga União Soviética, culminando no aumento do

Iugoslávia: político – 1945-1991

Fonte: LACOSTE, Yves. Géopolitique: la longue histoire d´aujourd´hui. Paris: Larousse, 2006. p. 253.

Países resultantes da fragmentação da Iugoslávia – 2018

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 43.

clima de tensão em ambas as regiões. Ressaltar a liderança do ex-presidente Mikhail Gorbachev e as mudanças implementadas (perestroika e glasnost) em seu governo para tentar recuperar a economia e manter o regime político na União Soviética. Essas mudanças reduziram o controle político e militar de Moscou sobre as repúblicas soviéticas e contribuíram para a extinção do país socialista. Destacar a presença das minorias étnicas em território russo a partir da leitura do mapa

ESLOVÊNIA CROÁCIA ÁUSTRIA ITÁLIA HUNGRIA ROMÊNIA BULGÁRIA GRÉCIA BÓSNIA-HERZEGOVINA MONTENEGRO ALBÂNIA MACEDÔNIA DO NORTE SÉRVIA Mar Adriático 20º L KOSOVO 45º N Liubliana Zagreb Sarajevo Pristina Belgrado Podgórica Skopje 0 135 Capital ALLMAPS ÁUSTRIA ITÁLIA HUNGRIA ROMÊNIA BULGÁRIA GRÉCIA ALBÂNIA ESLOVÊNIA CROÁCIA BÓSNIA-HERZEGOVINA MONTENEGRO MACEDÔNIA SÉRVIA Mar Adriático 20º L 45º N 0 135 Limite de estado Limite de país ALLMAPS
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AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor e o estudante

O fim da União Soviética

Em 1985, sob a liderança do presidente Mikhail Gorbachev (1931-), a União Soviética iniciou profundas reformas para tentar recuperar a economia e manter o regime político, conhecidas como perestroika (reestruturação) e glasnost (transparência).

Com a perestroika, tentou-se implantar a economia de mercado e a redefinição de gastos e investimentos estatais em setores estratégicos, como a defesa. Com a glasnost, procurou-se promover maior abertura política, dando início ao processo de democratização do país.

Em 1991, a União Soviética foi extinta, e em seu lugar surgiram quinze novas nações, sendo cinco na Ásia – Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão, Turcomenistão e Uzbequistão – e dez na Europa –Armênia, Azerbaijão, Belarus, Estônia, Geórgia, Letônia, Lituânia, Moldávia, Rússia e Ucrânia.

A Federação Russa é a principal herdeira econômica e militar da ex-União Soviética. É o maior país do mundo, com mais de 17 milhões de km² e aproximadamente 146 milhões de habitantes em 2021. Os russos correspondem a 80% da população do país, e os 20% restantes são compostos de cerca de 100 etnias diferentes, que vivem, em sua maioria, nas repúblicas autônomas, com certa liberdade administrativa.

Rússia: Repúblicas autônomas – 2021

Fonte: TÉTART, Frank; MOUNIER, Pierre-Alexandre. Atlas de l’Europe: un continent dans tous ses états. Paris: Autrement, 2021. p. 68.

2. A conversão das economias dos países socialistas ao capitalismo e a aproximação política com a Europa Ocidental e a União Europeia. Em 1991, a União Soviética foi extinta, e surgiram quinze novas nações, dez delas localizadas na Europa.

Responda no caderno.

2 Pesquise sobre as consequências e as transformações ocorridas na Europa Oriental, na década de 1990, após a dissolução da União Soviética.

3 Por que a Rússia é considerada um grande mosaico étnico-religioso? Quantas repúblicas autônomas existem no país? Espera-se que os estudantes apontem que 20% da população russa pertence a 100 minorias étnicas diferentes, grande parte delas vivendo nas 21 repúblicas autônomas existentes no país.

“Rússia: Repúblicas autônomas – 2021”. Explicar aos estudantes que uma república autônoma é uma espécie de divisão administrativa do território que tem certo grau de autonomia política em relação ao governo central do país em que se encontra. Em geral, as repúblicas autônomas abrigam grupos étnicos minoritários, resultando no fortalecimento das relações de pertencimento de tal grupo com o território onde residem.

Economia de mercado: sistema econômico associado ao capitalismo no qual as trocas comerciais são realizadas pela iniciativa privada, com interferência mínima do Estado. 141

Encaminhar as atividades 1 e 2, que auxiliam na sistematização do conteúdo abordado nesta dupla de páginas.

• FILIPOVIC, Zatla. O diário de Zlata: a vida de uma menina na guerra. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.

O livro relata momentos da Guerra da Bósnia registrados em um diário por uma menina de 11 anos.

• A CAÇADA. Direção: Richard Shepard. Estados Unidos, Bósnia e Croácia: Intermedia, 2008. DVD (101 min).

Em busca de um furo de reportagem, um repórter, um jovem jornalista e um cameraman viajam sem autorização para a Bósnia-Herzegovina em busca de um temível criminoso de guerra. Porém, eles são confundidos com agentes da CIA e passam a ser perseguidos por seu alvo.

RÚSSIA OCEANO GLACIAL ÁRTICO Moscou 1 2 3 4 6 7 5 10 11 12 8 13 9 14 20 17 15 16 18 19 21 Mar Cáspio 90° L C r c u o P ol a r Á rtico 1 Chechênia 2 Daguestão 3 Inguchétia 4 Kabardino-Balkária 9 Bashkortostão 10 Kalmíquia 11 Maris 12 Mordóvia 13 Tartária 14 Udmúrtia 15 Tuva 16 Altai 5 Karatchevo-Tcherkássia 6 Ossétia do Norte 7 Adigueia 8 Tchuváchia 17 Khakássia 18 Buriátia 19 Iakútia 20 Komis 21 Carélia Capital Repúblicas autônomas 0 625 DACOSTA MAPAS
1 Chechênia 2 Daguestão 3 Inguchétia 4 Kabardino-Balkária 9 Bashkortostão 10 Kalmíquia 11 Maris 12 Mordóvia 13 Tartária 14 Udmúrtia 15 Tuva 16 Altai 5 Karatchevo-Tcherkássia 6 Ossétia do Norte 7 Adigueia 8 Tchuváchia 17 Khakássia 18 Buriátia 19 Iakútia 20 Komis 21 Carélia Capital Repúblicas autônomas RÚSSIA OCEANO GLACIAL ÁRTICO Moscou 1 2 3 4 6 7 5 10 11 12 8 13 9 14 20 17 15 16 18 19 21 Mar Cáspio 90° L C r c u o P ol ar Á rtico 0 735
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• A habilidade EF09GE08 é trabalhada com foco em analisar transformações territoriais, considerando o movimento de fronteiras, tensões, conflitos e múltiplas regionalidades na Europa.

• Atende-se à habilidade EF09GE09 ao analisar características de países e grupos de países europeus em seus aspectos políticos.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Retomar com os estudantes que os conflitos na Chechênia e no Cáucaso estão relacionados ao desmembramento da União Soviética, ao surgimento de novos países e à existência de minorias étnicas nesses territórios, que eram unificados e monitorados pela ação do regime soviético.

Ao abordar a Chechênia, solicitar aos estudantes que localizem seu território no mapa “Rússia: Repúblicas Autônomas – 2021”, na página 141 . Retomar o conceito de república autônoma e explicar o contexto relacionado às origens dos conflitos com a Rússia por meio da leitura compartilhada do texto da página 142 . Comentar que nos últimos anos o governo russo vem realizando intervenções na região que são contestadas e criticadas pela comunidade internacional. As consequências das instabilidades políticas na região se relacionam ao tema contemporâneo transversal Cidadania e Civismo , com destaque para a Educação em Direitos Humanos . Se julgar adequado, ler para os estudantes o excerto da seção Texto complementar

Na página 143 , em relação ao Cáucaso, destacar as características históricas e étnicas da

Chechênia

Com o fim da União Soviética, manifestações internas por independência começaram a ocorrer em algumas repúblicas.

A Chechênia declarou sua independência em 1991, sem o reconhecimento do governo central russo e o apoio internacional para concretizar a autonomia. Em 1994, tropas russas invadiram a república e tentaram tomar a capital, Grózni. Derrotados, os russos retiraram-se em 1996, com um saldo de 30 mil mortos e 600 mil desabrigados.

Em 1999, a Rússia voltou a ocupar e a bombardear a Chechênia, alegando uma ação antiterrorista desencadeada, parcialmente, para conter uma onda de atentados em Moscou e em outras partes do país atribuída a guerrilheiros chechenos.

Em 2002, um grupo checheno invadiu um teatro em Moscou e fez a plateia de refém. Uma ação desastrosa de resgate das forças especiais russas levou à morte 115 reféns e 50 rebeldes. Em 2003, a Chechênia passou a ser diretamente administrada por Moscou. Desde então, os rebeldes continuaram a promover atentados em várias partes da Rússia, inclusive na Chechênia, com a explosão de prédios públicos e estações de metrô, além de sequestros.

Atualmente, essas ações ocorrem com menor frequência. O governo russo e as autoridades públicas chechenas reprimem, de forma violenta, os separatistas, com prisões arbitrárias e mortes. Como tentativa de promover a estabilidade na Chechênia, o governo russo investiu recursos na região, considerada estratégica pelos oleodutos que transportam petróleo proveniente do Mar Cáspio para o restante do território russo. A estabilidade política na região, porém, vem sendo abalada por denúncias de corrupção do governo e por crimes contra os direitos humanos, como a tortura e morte de opositores políticos e de homossexuais.

região que colaboram para a ocorrência dos conflitos na região.

A seguir, solicitar que analisem o mapa “Cáucaso: conflitos – 2021”, identificando os principais conflitos na região conforme pedido para a realização das atividades.

BNCC
FREDERICK FLORIN/AFP 142
Cidadãos chechenos protestam diante do Conselho da Europa contra prisões arbitrárias de opositores do regime autoritário de Ramzan Kadyrov, em Estrasburgo, França, 2022.
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Cáucaso

Azerbaijão, Geórgia e Armênia formam a região conhecida como Cáucaso, localizada entre os mares Cáspio e Negro. No Cáucaso vivem, aproximadamente, 100 grupos étnicos, com cultura e línguas próprias. Além dos países independentes – Geórgia, Armênia e Azerbaijão –, há repúblicas e regiões autônomas pertencentes à Rússia. A diversidade étnica e a importância econômica do Cáucaso, que é rico em minérios e petróleo, são fatores que ajudam a explicar a ocorrência de conflitos na região. Analise o mapa.

Cáucaso: conflitos – 2021

em 1920 foi engolido pela fúria soviética. Em seu governo (192453), Stálin deportou milhares de chechenos e deu suas casas e propriedades a russos. [...]

Em 1991, a União Soviética implodiu. [...] A Chechênia declarou independência, mas em 1994 os russos invadiram o território em uma guerra de 100 mil mortos.

Em 1999, [...] os russos tomaram a capital, Grozny, e diversos atentados terroristas ocorreram nos anos seguintes.

O conflito beneficiou politicamente o novo e desconhecido chefe de governo russo, Vladimir Putin. No último dia daquele ano, o presidente Boris Iéltsin, enfraquecido por um cenário de incerteza econômica, instabilidade política e denúncias de corrupção [...] renunciou. Putin assumiu interinamente, reprimiu os chechenos e recuperou a economia com a ajuda do aumento do preço do petróleo [...]. A popularidade lhe rendeu a vitória nas eleições de 2000. E desde então o homem está aí.

Fronteira controlada pela Rússia

Fronteira Povoamento Transporte de petróleo e gás natural Oleoduto Gasoduto Capital

Armênio Azerbaijano Georgiano

* BTC Baku - Tbilisi - Ceyhan TANAP-TAP: Trans-Anatolian Natural Gas Pipeline – Trans Adriatic Pipeline

Fonte: TÉTART, Frank; MOUNIER, Pierre-Alexandre. Atlas de l’Europe: un continent dans tous ses états. Paris: Autrement, 2021. p. 74.

A região de Karabakh é disputada por Armênia e Azerbaijão desde o início do século XX. Em 1994, após um período de guerra, um acordo foi assinado entre as partes. Porém, os conflitos recomeçaram em 2020 e a situação na região ainda é bastante instável. A Armênia, cuja maioria da população é cristã, é apoiada pela Rússia. O Azerbaijão, por sua vez, tem maioria da população muçulmana e é apoiado pela Turquia.

Na Geórgia, os maiores conflitos e movimentos separatistas ocorrem na Ossétia do Sul e na Abcásia. Em 1990, logo que a Geórgia declarou sua independência da União Soviética, a Ossétia do Sul e a Abcásia também declararam independência da Geórgia, que não aceitou a decisão. A tensão aumentou quando a Rússia passou a defender a autonomia da Ossétia do Sul. Responda às questões no caderno.

1 Que regiões de tensão e conflito estão destacadas no mapa? Elas se localizam nos territórios de quais países?

As áreas do Karabakh, localizado no Azerbaijão e ocupado pelo exército armênio, Abecásia e Ossétia do Sul, regiões independentistas localizadas na Geórgia.

2 Quais são as principais causas das tensões e conflitos no Cáucaso?

O Cáucaso é disputado por vários grupos por conta de estar localizado estrategicamente entre a Europa e a Ásia e por suas jazidas minerais. A região é ocupada por aproximadamente 100 grupos étnicos e parte deles reivindica um território autônomo e independência política.

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TEXTO COMPLEMENTAR

[...] A Chechênia é uma das menores e mais barulhentas das 22 repúblicas que integram a Rússia [...]. Um pedaço de terra de 17 mil km quadrados (menor que Sergipe), sem saída para nenhum dos dois mares que banham o Cáucaso, o Negro e o Cáspio. Até o século 15, ela ficou no fogo cruzado entre árabes e mongóis, quando Ivan (aquele mesmo, o Terrível), iniciou a expansão do czarismo. Persas e russos e, depois, turcos e russos guerrearam pelo domínio dessa região

estratégica. Diversas religiões conviviam em relativa harmonia, sem predomínio claro de uma sobre as outras, mas a opressão da cristã Rússia ao longo dos séculos ajudou o islamismo a ser mais popular que outras fés – uma forma de resistência cultural dos povos da região.

A área enfim foi conquistada no século 19, mas a Revolução Russa, em 1917, abriu uma brecha para a Chechênia e outras repúblicas vizinhas, Inguchétia e Daguestão, declararem independência e formarem a República Montanhosa do Norte do Cáucaso. O país teve vida curta, e

Em 2007, Putin indicou Ramzan Kadyrov para a presidência da Chechênia. A república rebelde passou a ser uma ilha de estabilidade nas montanhas do Cáucaso. Grozny foi reconstruída com investimentos vultosos de Moscou. Mas o preço foi pago em direitos humanos.

Kadyrov é [...] acusado de chefiar uma milícia que sequestra, tortura e mata separatistas chechenos. Ao mesmo tempo, quer impor preceitos da sharia, a lei islâmica, na região. Putin tolera isso, segundo analistas internacionais, para evitar mais dor de cabeça na Chechênia, afinal ele tem um suposto aliado no comando, em vez de um político separatista. Além disso, manter um governante que segue as leis religiosas mais tradicionais seria uma forma útil de cooptar terroristas, um problema recorrente na região. […]

DEURSEN, Felipe van. O que há por trás dos campos de concentração de gays na Chechênia. Superinteressante, [s l.], 7 jun. 2017. Disponível em: https://super. abril.com.br/coluna/contaoutra/o-que-hapor-tras-dos-campos-de-concentracaode-gays-na-chechenia/. Acesso em: 21 set. 2018

Principais passagens rodoviárias e/ou ferroviárias Base militar russa
IRÃ RÚSSIA TURQUIA KARABAKH GEÓRGIA Tbilisi AZERBAIJÃO ARMÊNIA Ierevan ABCÁSIA OSSÉTIA DO SUL Baku Mar Negro Mar Cáspio C Á U C A S O Erzeroum Poti Touapsé Roustavi Gandja Makhatchkala Batoumi BTC* TANAP-TAP* 0 95 DACOSTA MAPAS 143
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143

• A habilidade EF09GE09 é trabalhada com foco em analisar características de países e grupos de países europeus e discutir suas desigualdades econômicas e pressões sobre seus ambientes físico-naturais.

• Atende-se à habilidade EF09GE15 ao classificar diferentes regiões do mundo com base em informações econômicas representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.

• O trabalho com a habilidade EF09GE17 ocorre com ênfase em explicar as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Europa.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Para introduzir o estudo do espaço econômico europeu, analisar com os estudantes o mapa “Europa: atividades econômicas – 2021”. Em um primeiro momento, pedir que eles identifiquem as atividades representadas por cores e símbolos. Depois, encaminhar as atividades de 1 a 4, que são úteis para a leitura do mapa. É possível explorar o mapa propondo outras questões relacionadas aos recursos energéticos, à pesca e aos aspectos relacionados ao uso do solo.

O estudo sobre o espaço agrário europeu, possibilita desenvolver o tema contemporâneo transversal Economia, com destaque para o Trabalho Para isso, destacar as principais características da agropecuária na Europa no que diz respeito ao tamanho das propriedades, ao grau de mecanização, à produtividade e à quantidade de empregos gerados. Propor aos estudantes que comparem as características dessa atividade nos países europeus e no Brasil, indicando as principais diferenças.

6 ESPAÇO ECONÔMICO EUROPEU

Densamente ocupado, o território europeu é um dos mais produtivos. Agricultura diversificada, intensa atividade pesqueira e indústrias de alta tecnologia movem a economia do continente.

A Europa também possui inúmeros centros financeiros mundialmente importantes, principalmente nas capitais dos países mais ricos da porção ocidental. A atividade comercial e o setor de serviços altamente diversificados e especializados também se destacam, com grande peso na economia. No setor de serviços, o turismo é uma atividade de grande relevância, desenvolvido nas áreas urbanas, rurais e de preservação ambiental. Analise o mapa.

Europa: atividades econômicas – 2021

litorâneo, serrano, histórico Capital

Elaborado com base em: ISTITUTO GEOGRAFICO DE AGOSTINI. Atlante geografico metodico De Agostini Novara: Istituto Geografico de Agostini, 2021. p. 66-67.

Responda às questões no caderno.

1 A maior área industrial da Europa ocupa territórios de quais países?

2 Identifique três centros econômicos e financeiros da Europa.

A maior área industrial envolve territórios da Alemanha, França, Bélgica e Países Baixos. Os estudantes podem citar Paris, Bruxelas, Frankfurt, Roterdã, Londres, Dublin, Milão, Moscou e São Petersburgo.

Para aprofundar a compreensão sobre os principais aspectos da Política Agrária Comum (PAC), sugerir que os estudantes busquem informações no site da União Europeia, indicado na seção Ampliando horizontes Se julgar interessante, recomendar que também pesquisem sobre a aplicação da PAC em diferentes países europeus, verificando impactos positivos e negativos no desenvolvimento agrícola.

Se julgar adequado, ler para os estudantes o excerto da seção Texto complementar, que amplia a abordagem sobre a preocupação ambiental e a saúde das pessoas na produção agrícola europeia e também possibilita desenvolver o tema contemporâneo transversal Saúde, com destaque para a Educação Alimentar e Nutricional

BNCC DACOSTA
MAPAS
Manchester Glasgow Bruxelas Rotterdã Londres Paris Genebra Milão Toulouse Bordeaux Bilbao Barcelona Marselha Bolonha Frankfurt Dresden Berlim Varsóvia Minsk Riga Moscou Ufa Perm Laroslav Nizni Novgorod São Petersburgo Helsinque Hamburgo Malmo Cracóvia Bucareste Budapeste Atenas Dnepropetrovsk Tbilisi Batumi Rostov-on-Don Nápoles Roma Oviedo Madri Lisboa Dublin OCEANO GLACIAL ÁRTICO Mar Negro Mar Cáspio Mar do Norte OCEANO ATLÂNTICO MarBáltico M a r M e d i t e r r â n e o 0º Meridiano de Greenwich
50ºN Cultivo Pastagem Floresta Área
Pesca
Agropecuária Indústria Área
Recursos
Finanças Turismo Ecológico,
Petróleo Carvão Centro
0 413 Manchester Glasgow Bruxelas Rotterdã Londres Paris Genebra Milão Toulouse Bordeaux Bilbao Barcelona Marselha Bolonha Frankfurt Dresden Berlim Varsóvia Minsk Riga Moscou Ufa Perm Laroslav Nizni Novgorod São Petersburgo Helsinque Hamburgo Malmo Cracóvia Bucareste Budapeste Atenas Dnepropetrovsk Tbilisi Batumi Rostov-on-Don Nápoles Roma Oviedo Madri Lisboa Dublin OCEANO GLACIAL ÁRTICO Mar Negro Mar Cáspio Mar do Norte OCEANO ATLÂNTICO MarBáltico M a r M e d i t e r r â n e o 0º Meridiano de Greenwich CírculoPolarÁrtico 50ºN Cultivo Pastagem Floresta Área com limitações para uso agrícola Pesca de alto rendimento Agropecuária Indústria Área industrial Recursos energéticos Finanças Turismo Ecológico,
Petróleo Carvão Centro econômico-
0 413 144 D2-GEO-F2-2106-V9-U4-122-159-LA-G24-AV.indd 144 30/08/2022 15:30 144
CírculoPolarÁrtico
com limitações para uso agrícola
de alto rendimento
industrial
energéticos
econômico-financeiro importante
litorâneo, serrano, histórico Capital
-financeiro importante

Espaço agrário

O espaço agrário europeu caracteriza-se pela elevada mecanização e uso de técnicas e tecnologias modernas, que implicam aumento da produtividade e redução do número de trabalhadores.

e da aplicação de adubos e pesticidas. Estas práticas aumentam a rentabilidade e diminuem a quantidade de terras necessárias para a agricultura. Em contrapartida, reduzem a biodiversidade das terras agrícolas e agravam a poluição dos solos, dos rios e dos lagos. [...]

[...] A agricultura biológica (sem pesticidas nem adubos) também pode ser praticada intensivamente, mas estima-se que produza cerca de 20% menos do que a agricultura intensiva. [...] A mudança para uma alimentação com menos carne e mais legumes aliviaria certamente a pressão sobre o uso do solo a nível mundial. [...]

HOGEVEEN, Ybele. Agricultura europeia: como produzir alimentos saudáveis, ecológicos e a preços acessíveis. Agência Europeia do Ambiente. Copenhague, 1 set. 2014. Disponível em: https://www. eea.europa.eu/pt/articles/agriculturaeuropeia-como-produzir-alimentos.

Em vários países, a população economicamente ativa (PEA) empregada nas atividades primárias – agricultura, pecuária, extrativismo etc. – é pequena se comparada aos demais setores da economia. Entretanto, na Europa Oriental, a agropecuária ainda emprega muita mão de obra e tem importante participação no PIB.

Embora a PEA no setor agrário da Europa Ocidental seja pequena, as atividades agropecuárias são bastante relevantes na economia dos países. Em 1962, foi instituída a Política Agrária Comum (PAC), para proteger os agricultores da concorrência externa, manter a renda e o emprego, o abastecimento e a estabilidade dos preços, por meio de medidas protecionistas e subsídios agrícolas, como:

• fixação de cotas de produção para evitar o excesso de oferta;

• empréstimos a juros baixos;

• tarifação elevada sobre os produtos importados;

• incentivos fiscais para a exportação;

• compra dos excedentes agrícolas pelos governos.

Atualmente a PAC vem adotando novas medidas, como o incentivo às práticas agrícolas ecológicas e à inovação, conciliando o aumento da produtividade e a redução dos impactos ambientais; a adoção do regime de rotulagem dos alimentos, indicando a sua procedência geográfica e os métodos de produção utilizados; e a facilitação da exportação de alimentos dos países em desenvolvimento para a União Europeia.

Com as novas medidas e a crescente preocupação ambiental e com a saúde das pessoas, houve expansão da agricultura orgânica, instituição de limites nos tipos e nas quantidades de agrotóxicos, além de regras que limitam ou proíbem a importação de produtores que não cumprem acordos ambientais ou que promovem práticas que impactam recursos naturais, por exemplo.

TEXTO COMPLEMENTAR

Agricultura europeia: como produzir alimentos saudáveis, ecológicos e a preços acessíveis

[...]

A urbanização e as mudanças de estilo de vida a ela associadas mostram que a agricultura se está a tornar uma atividade económica menos atrativa. O número de agricultores europeus tem vindo a diminuir e a sua média de idades a au-

mentar. A manutenção das atividades agrícolas, principalmente nas zonas menos produtivas, torna-se difícil. Algumas terras agrícolas estão a ser abandonadas e esse abandono poderá ter consequências que ultrapassam a economia local no caso das zonas em que as atividades agrícolas contribuem efetivamente para preservar a natureza.

O segundo é a intensificação. Referimo-nos ao aumento da produção por hectare através da ampliação das explorações, da mecanização das atividades, da drenagem de terrenos, da irrigação

Acesso em: 10 ago. 2022.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor e o estudante • AGRICULTURA. União Europeia. [S l.], [20--]. Disponível em: https://european-union. europa.eu/priorities-and-actions/ actions-topic/agriculture_pt. Acesso em: 10 ago. 2022.

Página da União Europeia dedicada à Política Agrária Comum (PAC), com tópicos resumidos, links para outras agências relacionadas à agricultura, documentos e publicações. Ao acessar o site, escolher a opção “português” para o idioma.

Colheita mecanizada de trigo nos Países Baixos, 2021.
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ANGEL217/SHUTTERSTOCK.COM
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• A habilidade EF09GE09 é trabalhada com foco em analisar características de países e grupos de países europeus e discutir pressões sobre seus ambientes físico-naturais.

• Atende-se à habilidade EF09GE17 ao explicar as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Europa.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Na página 146, introduzir o tema demonstrando a relação entre o desenvolvimento das atividades agrícolas e pecuárias e as características do clima europeu. Explicar que o inverno rigoroso no Hemisfério Norte limita a variedade de produtos agrícolas que podem ser cultivados, principalmente nas áreas de clima frio e polar. Já nos países de clima temperado e mediterrâneo, desenvolvem-se produtos agrícolas adaptados às condições de temperatura e umidade. Nos países banhados pelo Mediterrâneo, costuma ocorrer uma produção agrícola mais diversificada, que abastece o mercado europeu. Solicitar que os estudantes observem novamente o mapa “Europa: atividades econômicas – 2021”, da página 144, verificando essa organização do espaço agrário e das áreas destinadas ao extrativismo.

Encaminhar a atividade 1, que serve para a sistematização dessa etapa do conteúdo abordado. Espera-se que os estudantes comentem que nas áreas de clima frio há poucas áreas de pastagens, por isso os animais são criados em currais. Também há limitação para o cultivo de legumes e frutas, pois os solos podem estar congelados em alguns períodos do ano, permitindo o cultivo de espécies vegetais adaptadas apenas em alguns meses do ano.

Pesquisar e projetar para os estudantes imagens que ilustrem os tipos de cultivo e o modo de produção agrícola e de criação

Agropecuária e extrativismo

A predominância de invernos rigorosos na maior parte do continente europeu é um dos fatores que dificultam a formação de pastagens, por isso a criação de gado ocorre, geralmente, em currais. Em geral, equipamentos e técnicas modernas são utilizados, e os animais recebem acompanhamento veterinário, administração de vacinas e medicamentos, destinando-se ao fornecimento de leite e carne.

A pecuária europeia dedica-se principalmente à criação de bovinos, suínos, ovinos e aves, atividades desenvolvidas em especial nos países do Leste Europeu, na Rússia, no Reino Unido, na França, na Espanha e na Alemanha. Como a produção de carne bovina não é suficiente para atender o mercado interno, muitos países europeus importam esse produto, principalmente do Brasil e da Argentina.

Em relação à agricultura, as condições climáticas e de solos limitam a produtividade em algumas regiões, como a polar, e favorecem a especialização da produção em outras.

Nas áreas de clima frio, como Noruega, Suécia, Finlândia e Rússia, destaca-se a silvicultura – plantio de árvores para a utilização da madeira na produção de papel, móveis, lenha, carvão e na construção civil.

Nas áreas de clima temperado, como França, Alemanha, Bélgica e Áustria, destaca-se o cultivo de batata, beterraba e cereais.

Na região do Mediterrâneo, destaca-se o cultivo de frutas (especialmente uva, limão, cidra, tangerina e laranja), tomates e azeitonas, realizado na Itália, Espanha, Portugal e Grécia. Em decorrência disso, há grande produção de vinho e azeite nesses países.

1 De que forma o clima frio influencia a pecuária e a agricultura na Europa? Consultar comentários em Orientações didáticas.

de animais utilizados nos países europeus, destacando a tecnologia e a mecanização como elementos diferenciais que aumentam a produtividade, mesmo diante do clima desfavorável em certas regiões. Essa abordagem possibilita desenvolver o tema contemporâneo transversal Ciência e Tecnologia e Economia, com destaque para o Trabalho.

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Destacar o grande aproveitamento dos terrenos para a produção agropecuária em pequenas propriedades rurais, dotadas de alta produtivida-

de. Esclarecer que em alguns países até as áreas urbanas – terrenos comunitários, áreas próximas às vias férreas e estradas – são ocupadas por hortas e pequenas plantações que abastecem o mercado urbano da região.

Reforçar que a produção agrícola europeia não é suficiente para abastecer a demanda do mercado interno, por isso os países do continente recorrem à importação de alimentos (frutas, legumes e carnes), principalmente dos países subdesenvolvidos e emergentes.

BNCC
LUCAS/AFP
Ordenha mecanizada de ovelhas na França, 2020.
LILIAN CAZABET/HANS
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A exploração dos recursos naturais na Europa foi intensificada a partir da segunda metade do século XVIII, com o processo de industrialização.

As principais áreas de extrativismo vegetal, principalmente de madeira, estão nos países nórdicos, com destaque para a Finlândia. Parte das florestas boreais são preservadas e o reflorestamento é uma prática bastante difundida que divide opiniões, uma vez que altera os ecossistemas originais, causando desequilíbrios ecológicos.

A atividade pesqueira é desenvolvida principalmente na Rússia, Noruega, Dinamarca, Islândia, Espanha e Portugal, com utilização de equipamentos modernos e rigoroso controle das autoridades para evitar a degradação de mares e oceanos e a extinção de espécies.

TEXTO COMPLEMENTAR

Impactos ambientais

Na Europa, há rigorosas leis de proteção ao meio ambiente, adotadas principalmente a partir da década de 1990. Antes disso, a agropecuária foi uma das principais responsáveis pelos grandes impactos ambientais ocorridos no continente. Entre esses impactos, destacam-se:

• o desmatamento de grandes áreas para introdução de cultivos ou áreas de pastagem, com destruição das formações vegetais naturais e da biodiversidade;

• poluição do ar provocada pela queima de diesel dos tratores, além da decomposição de restos de cultura;

• desvio de águas para irrigação, diminuindo a vazão dos rios;

• compactação do solo devido ao tráfego de máquinas pesadas sobre ele. Nesse caso, a terra endurece, dificultando o desenvolvimento das raízes, o que prejudica a prática agrícola. Também ocorre perda de matéria orgânica do solo;

Apesar das leis relacionadas à pesca e à piscicultura, a criação intensiva de salmão em tanques flutuantes no oceano causa, além de sofrimento aos peixes (cada tanque pode conter até cem mil animais), poluição das águas com o lançamento de excrementos, antibióticos e pesticidas.

Os principais recursos minerais extraídos na Europa são o minério de ferro, extraído principalmente nas regiões da Lapônia (Suécia), da Alsácia (França) e dos Montes Urais (Rússia); o carvão mineral, cuja extração é realizada na Alemanha, Polônia, Ucrânia, Rússia e no Reino Unido, e o petróleo, explorado principalmente na Rússia e no Mar do Norte pelo Reino Unido, Noruega, Dinamarca e Países Baixos.

A maioria dos países europeus importa recursos minerais e energéticos, principalmente ferro, petróleo, gás natural, chumbo, cobre, estanho e bauxita (alumínio). Geralmente, esses recursos são extraídos da América Latina, África e Ásia por empresas mineradoras multinacionais europeias, estadunidenses, japonesas e chinesas, que dominam a exploração dos recursos minerais nos países fornecedores.

Na página 147, em relação à produção extrativa animal, destacar a importância da pesca nos países nórdicos (Finlândia, Noruega e Suécia) e ibéricos (Portugal e Espanha). Comentar que nos países em que a atividade pesqueira é bastante desenvolvida, há muitos pratos típicos feitos à base de pescados.

No caso do extrativismo mineral, solicitar que os estudantes observem o mapa “Europa: atividades econômicas – 2021” da página 144 e verifiquem a relação entre as áreas de extração de

petróleo e carvão e as áreas industriais. Se necessário, ajudá-los a identificar as principais jazidas de carvão situadas no norte da França, Alemanha, Polônia, Inglaterra e Rússia, e de petróleo no Mar do Norte, Rússia e Azerbaijão.

Se julgar adequado, ler para os estudantes o Texto complementar que aponta os impactos ambientais da agropecuária e das atividades extrativistas e que possibilita desenvolver o tema contemporâneo transversal Meio Ambiente, com destaque para a Educação Ambiental

• geração de resíduos principalmente devido ao acúmulo das fezes de animais criados em confinamento;

• contaminação dos solos, das águas subterrâneas e dos rios pelo uso de fertilizantes e agrotóxicos.

A atividade extrativista, por sua vez, pode destruir a vegetação, alterar o relevo e o curso dos rios, contaminar os solos e a água e promover a destruição de ecossistemas. A queima de combustíveis fósseis na geração e no consumo de energia, tanto na Europa como em outras partes do mundo, tem sido apontada como uma das principais responsáveis pelas grandes quantidades de gases do efeito estufa (GEEs), como o dióxido de carbono, que são lançados na atmosfera terrestre e que, de acordo com vários cientistas, contribuem para o aquecimento global. Rússia, Alemanha, Reino Unido, Itália e França estão entre os 20 maiores emissores de dióxido de carbono do mundo.

Elaborado pelos autores

STEPHANE ROUSSEL/ALAMY STOCK PHOTO/FOTOARENA
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Criação de salmão na Noruega, 2019.
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Competências

• Gerais: 1 e 7

• Ciências Humanas: 2 e 3

• Geografia: 1 e 2

• A habilidade EF09GE09 é trabalhada com ênfase em analisar características de países e grupos de países europeus e seus aspectos econômicos e discutir pressões sobre seus ambientes físico-naturais.

• O trabalho com a habilidade EF09GE18 é realizado com foco em identificar e analisar as consequências dos usos de recursos naturais e das diferentes fontes de energia (nuclear) em alguns países.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Destacar o crescimento da demanda por energia elétrica no mundo decorrente dos avanços tecnológicos e da utilização de diversas fontes de produção desse tipo de energia, sendo a produção em usinas nucleares apenas uma das possibilidades empregadas hoje. Se possível, acessar com os estudantes o site indicado na seção Ampliando horizontes e/ou sugerir a leitura do livro indicado para obter mais informações sobre a produção de energia nuclear, além das destacadas no texto das páginas 148 e 149 Apresentar aos estudantes, com o auxílio do mapa “Europa: reatores nucleares em funcionamento – 2022”, a distribuição geográfica das centrais nucleares no continente europeu. Destacar os países que mais concentram essas instalações e, a seguir, os principais aspectos do Livro Verde da União Europeia, que estabelece os princípios para a produção de energia nuclear nos países-membros.

A seguir, destacar as manifestações da sociedade civil contrárias a esse tipo de matriz energética e os motivos que levam a população a contestar e questionar

Energia nuclear na Europa

Atualmente, diversos países europeus têm a energia nuclear como uma das principais fontes energéticas. Analise o mapa.

Europa: reatores nucleares em funcionamento – 2022

O Livro Verde da União Europeia

Fonte: WORLD NUCLEAR ASSOCIATION. World nuclear power reactors e uranium requirements. London: World Nuclear Association, 2022. Disponível em: https://www. world-nuclear.org/informationlibrary/facts-and-figures/worldnuclear-power-reactors-anduranium-requireme.aspx. Acesso em: 17 fev. 2022.

A produção de energia em usinas nucleares gera opiniões bastante opostas. Há aqueles que a defendem e outros que a rejeitam. Em 2006, a União Europeia divulgou o Livro Verde, no qual indica alguns parâmetros para a produção energética nos países-membros: sustentabilidade, competitividade e segurança. Com base nesses parâmetros, pode-se argumentar contra ou a favor da energia nuclear.

• Sustentabilidade: comparada com a queima de combustíveis fósseis, a opção nuclear provoca menos emissões de gases do efeito estufa; no entanto, considerando os aspectos relacionados ao despejo de resíduos radioativos, a fonte nuclear deixa de ser classificada como uma “energia limpa”.

o uso da energia nuclear na produção energética do continente europeu.

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Encaminhar as atividades 1 a 4, que auxiliam na sistematização do conteúdo abordado.

Anotar um quadro-síntese na lousa para sistematizar as informações solicitadas nas atividades 2 e 3. Organizá-lo listando vantagens e desvantagens do uso da energia nuclear.

Na atividade 2 , espera-se que os estudantes discutam o tema e, com base no que foi ex -

posto na seção, apresentem informações que corroborem de forma coerente sua argumentação. A pressão da sociedade civil contra a produção de energia nuclear é tão forte quanto a necessidade de reduzir a emissão de gases do efeito estufa e reduzir o preço da energia para o consumidor final. Nesse sentido, diversos cenários são possíveis, dado que os países europeus não adotam uma posição única em relação ao tema.

BNCC FRANÇA ESPANHA ALEMANHA SUÉCIA FINLÂNDIA RÚSSIA UCRÂNIA ÁFRICA ESLOVÊNIA ROMÊNIA BULGÁRIA SUÍÇA REINO UNIDO BÉLGICA CHÉQUIA ESLOVÁQUIA Mar Negro Mar do Norte 55ºN Meridiano de Greenwich 0º OCEANO ATLÂNTICO MarBáltico M a r M e d i t e r r â n e o CírculoPolarÁrtico 0 373 56 38 15 4 1 Número de reatores
E AGIR PENSAR NÃO ESCREVA NO LIVRO.
SONIA VAZ
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3. Espera-se que os estudantes citem os acidentes nucleares e o vazamento de material radioativo, que podem contaminar o ar, o solo e a água, resultando em sérios impactos ambientais e graves riscos à saúde da população.

• Custo: a energia nuclear tem um custo relativamente competitivo quando comparada com fontes termelétricas (gás/carvão/biocombustível). Na atualidade, a energia atômica revela-se mais barata que a energia solar e a geração eólica.

• Segurança: este é o ponto mais fraco da opção nuclear. Além do risco de acidentes, outro problema difícil de ser resolvido é o descarte de resíduos que conservam uma carga perigosa de radiação e necessitam de locais especiais para armazenamento.

Atualmente, o carvão mineral, o petróleo e o gás natural não são suficientes para suprir a crescente demanda por energia na Europa, principalmente em razão da expansão da atividade industrial e do desenvolvimento urbano. Além disso, o conflito entre Rússia e Ucrânia coloca em risco o abastecimento de diversos países, como a Chéquia, a Finlândia e a Alemanha, que dependem das importações do gás russo.

Considerando esses aspectos, vários países passaram a diversificar a matriz energética, investindo em outras formas de geração de energia, como as usinas nucleares. Essa opção divide os governos europeus. Enquanto a França e os Países Baixos investem na ampliação do nuclear, visando produzir energia limpa e mais barata, a Alemanha anunciou fechamento de todas as usinas até o final de 2022.

As parcelas da sociedade que se opõem à energia nuclear realizam manifestações pacifistas e ecológicas, buscando modificar as políticas públicas e desencorajar a produção desse tipo de energia em países que não dispõem de usinas nucleares ou que planejam construí-las. A rejeição à energia nuclear aumentou após o acidente em Fukushima I, no Japão, em março de 2011. Converse com os colegas e o professor sobre as seguintes questões. Depois, anote suas conclusões no caderno.

1 Cite os quatro países europeus com maior número de centrais nucleares, em ordem decrescente.

França (56), Rússia (38), Ucrânia (15), Reino Unido (13).

2 Em grupo, discutam os prós e os contras da energia nuclear. No entendimento de vocês, os países europeus continuarão investindo na energia nuclear? Por quê?

Consultar comentários em Orientações didáticas.

3 Quais são os possíveis riscos decorrentes da geração de energia nuclear?

4 Você vai fazer uma pesquisa sobre a política energética no Brasil quanto à produção de energia nuclear.

a) Faça um levantamento no site da Comissão Nacional de Energia Nuclear (https://www.gov. br/cnen/pt-br, acesso em: 20 ago. 2022) sobre as atuais usinas em funcionamento no Brasil e sobre a construção de outras.

b) Registre as informações mais relevantes e traga suas anotações para a sala de aula no dia marcado pelo professor.

c) O professor vai promover um debate sobre a presença da energia nuclear nas matrizes energéticas brasileiras. Para isso, prepare antecipadamente os argumentos contra e a favor da produção de energia nuclear.

Espera-se que os estudantes discutam o tema e, com base na pesquisa realizada, apresentem informações que corroborem de forma coerente sua argumentação.

Na atividade 3, espera-se que os estudantes citem os acidentes nucleares e o vazamento de material radioativo, que podem contaminar o ar, o solo e a água, resultando em sérios impactos ambientais e graves riscos à saúde da população.

A atividade 4 possibilita desenvolver práticas de pesquisa, como revisão bibliográfica, análise documental, tomada de notas e construção de relatórios (ver tópico Práticas de pesquisa, nas Orientações gerais deste Manual). Solicitar

aos estudantes que pesquisem em outras fontes bibliográficas os benefícios e riscos de utilização da energia nuclear no mundo, promovendo uma comparação entre Brasil e Europa. Para a pesquisa de dados, os estudantes poderão acessar artigos veiculados na imprensa e o site Eletronuclear, da Eletrobrás. Propor aos estudantes que apresentem oralmente os resultados da pesquisa para motivar a discussão sobre o assunto.

TEXTO COMPLEMENTAR

A França poderá desligar até 17 de suas 58 usinas nucleares como parte de um novo plano de transição energética no país, disse o ministro francês da Ecologia, Nicolas Hulot. O objetivo do governo é reduzir a dependência da energia nuclear dos atuais três quartos para apenas a metade até 2025. [...]

Hulot reiterou que, para se conseguir atingir a meta estabelecida pela lei de transição energética, é preciso baixar o consumo e diversificar a produção de energia, o que, por fim, vai possibilitar o encerramento de alguns reatores.

Segundo a Sociedade Francesa de Energia Nuclear, a França gera atualmente cerca de 77% de sua eletricidade a partir de energia atômica – de longe a maior proporção na União Europeia. A vasta rede nuclear chegou a ser motivo de orgulho, mas perdeu apoio após o desastre provocado em 2011 pela usina de Fukushima, no Japão. [...]

FRANÇA planeja desligar um terço dos reatores nucleares. DW, Bonn, 11 jul. 2017. Disponível em: https:// www.dw.com/pt-br/fran%C3%A7aplaneja-desligar-um-ter%C3%A7o-dosreatores-nucleares/a-39641842. Acesso em: 10 ago. 2022.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor e o estudante

• GOLDEMBERG, José. O que é energia nuclear? São Paulo: Brasiliense, 1995.

Esse livro explica o que é energia nuclear, uma das fontes de energia alternativa que mais causa preocupação nas pessoas. O livro ainda fala sobre acidentes nucleares, o programa de energia nuclear brasileiro e o debate e as polêmicas envolvendo essa matriz energética.

• ELETRONUCLEAR. Brasília, DF, [20--]. Site. Disponível em: https:// www.eletronuclear.gov.br/Pagi nas/default.aspx. Acesso em: 10 ago. 2022.

Site com informações sobre a produção de energia nuclear no Brasil.

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Manifestação na Alemanha contra a energia nuclear. Fotografia de 2022.
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• A habilidade EF09GE09 é trabalhada com foco em analisar características de países e grupos de países europeus e discutir pressões sobre seus ambientes físico-naturais.

• Atende-se à habilidade EF09GE10 ao analisar os impactos do processo de industrialização na produção e na circulação de produtos na Europa.

• A habilidade EF09GE18 é desenvolvida ao identificar e analisar as cadeias industriais e as consequências dos usos de recursos naturais e das diferentes fontes de energia em diferentes países.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

O tema abordado na dupla de páginas permite o desenvolvimento dos temas contemporâneos transversais de Trabalho, Educação Ambiental e Ciência e Tecnologia

Introduzir o estudo do espaço industrial europeu, retomando aspectos do desenvolvimento da atividade industrial na Europa desde o século XVIII, com o advento da Revolução Industrial, o pioneirismo do Reino Unido e a ampliação dessa atividade econômica até meados do século XX.

Ressaltar que a industrialização está diretamente relacionada aos altos índices de urbanização no continente. Enfatizar que, após a Segunda Guerra Mundial, muitas indústrias europeias, mais especificamente as da Europa

Ocidental, passaram a se dedicar à fabricação de produtos de alta tecnologia. A busca pela conquista do mercado externo fez com que muitas indústrias europeias abrissem unidades produtivas no mundo todo, fortalecendo ainda mais sua relevância mundial.

Reforçar a ideia de que a possibilidade de baixar os custos da produção em países onde a mão de obra é barata fez que muitas indústrias europeias concentrassem sua produção em países

Espaço industrial

O Reino Unido e, em seguida, a França foram o berço da Revolução Industrial na segunda metade do século XVIII. Ao longo do século XIX, foram seguidos por Itália, Alemanha, Bélgica, Países Baixos, Noruega, Suécia, Finlândia, Polônia e Rússia. Após a Segunda Guerra Mundial (19391945), a industrialização estendeu-se para Portugal, Espanha, Grécia e países do Leste Europeu.

A atividade industrial corresponde a cerca de 25% do PIB na Europa. Itália, Alemanha, França e Polônia são os países que mais empregam no setor. Em relação ao comércio mundial de produtos industrializados, a participação europeia é a maior entre os continentes, representando cerca de 45% das exportações mundiais. Analise o quadro.

União Europeia: países com maior atividade industrial – 2019 Número de empresas (em milhares) Número de pessoas empregadas (em milhões)

Fonte: ANNUAL enterprise statistics by size class for special aggregates of activities. Eurostat. Luxemburgo, [2022]. Disponível em: https://ec.europa.eu/eurostat/databrowser/view/SBS_SC_SCA_R2__custom_ 905984/bookmark/table?bookmarkId=2b85609f-993e-48a4-9930-b595f5ef96e2. Acesso em: 17 fev. 2022.

A atividade industrial europeia está concentrada na Europa Ocidental, com destaque para Reino Unido, Alemanha, Bélgica, Países Baixos, França e Itália. Nesses países, estão os principais centros e áreas industriais do continente, formando um espaço dinâmico e diversificado, que se caracteriza pela presença de indústrias de base (siderúrgicas, petroquímicas e metalúrgicas), indústrias de bens de consumo (automobilísticas, farmacêuticas, têxteis, alimentícias etc.) e indústrias de alta tecnologia (informática, biotecnologia, eletrônica, robótica, telecomunicações, química, aeroespacial etc.).

No geral, as indústrias localizadas na Europa Ocidental são caracterizadas pelo emprego de tecnologia avançada no processo produtivo e pelas grandes somas de capital investidas em pesquisa, desenvolvimento de projetos, qualificação e treinamento de mão de obra. Muitas dessas empresas são multinacionais que atuam em diversas regiões do mundo.

Responda no caderno.

1 De acordo com o quadro, qual é o país que mais emprega pessoas na atividade industrial? E o que menos emprega?

O que mais emprega pessoas na atividade industrial é a Alemanha, e o que menos emprega é a Eslováquia.

pobres ou emergentes, como a China. Esclarecer que, mesmo com essa descentralização de parte da produção, a atividade industrial ainda é muito expressiva em diversos países europeus, como mostrado no quadro “União Europeia: países com maior atividade industrial – 2019”, da página 150. Orientar os estudantes a analisar os dados sobre o número de empresas e a quantidade de empregos gerados na atividade industrial por país. Aproveitar a atividade 1 (página 150) para destacar a posição da Alemanha como país que

mais gera empregos no setor. Solicitar aos estudantes que pesquisem na internet sobre as principais indústrias da Alemanha, quais delas são conhecidas pelos estudantes, quais possuem filiais no Brasil e que tipo de mercadorias produzem.

Destacar as principais características da atividade industrial na Europa Ocidental e no Leste Europeu. Ressaltar que o processo de automação da atividade industrial aumentou o problema do desemprego, resultando na absorção de parte dessa mão de obra pela atividade comercial

BNCC
Itália 365,9 3,8 Polônia 237,8 2,9 Alemanha 212,5 8,2 França 209,4 3,1 Chéquia 180,5 1,3 Espanha 171,2 2 Eslováquia 81 0,5 150
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Conforme estudamos, os países do Leste Europeu adotaram o socialismo por várias décadas. Durante a vigência desse sistema, as indústrias de base receberam maiores investimentos em detrimento dos setores de bens de consumo e de tecnologia de ponta, seguindo a lógica de criar uma base sólida para o desenvolvimento de um parque industrial autônomo. Em consequência disso, verificou-se grande atraso tecnológico na região em relação ao restante da Europa.

Com a transição para o capitalismo, a indústria regional enfrentou um longo período de crise, e o abismo tecnológico aumentou em relação à Europa Ocidental. Na década de 2000, visando diminuir as disparidades econômicas no continente, a União Europeia ajudou os países do Leste Europeu a reestruturar seu parque industrial. Hoje, embora as disparidades ainda existam, estão menos acentuadas.

Rússia, Polônia, Hungria, Chéquia e Eslováquia são os países que apresentam os mais importantes centros e regiões industriais do Leste Europeu.

TEXTO COMPLEMENTAR

Chuva ácida na Europa

A intensa atividade industrial e queima de combustíveis fósseis ocorrem na Europa desde a Revolução Industrial, ou seja, há mais de um século. No entanto, a preocupação de governos e da sociedade em geral com os impactos ambientais é muito recente. Assim, ao longo do tempo, sem medidas para amenizar esses impactos, graves problemas ocorreram no continente, como a chuva ácida.

A acidez elevada das águas de chuvas, geada, neve e neblina se dá com a forte presença de ácido sulfúrico ou ácido nítrico, que resultam da combinação do vapor de água da atmosfera com gases liberados pela queima de combustíveis fósseis, como o dióxido de enxofre e o óxido de nitrogênio.

A chuva ácida pode ocorrer em lugares que não concentram as fontes poluidoras, como as indústrias, pois a circulação atmosférica faz as massas de ar percorrerem longas distâncias.

A legislação ambiental da UE defende que a modernização da indústria deve ser acompanhada pelo controle das emissões de poluentes e pela introdução de tecnologias para uma produção que cause menos impactos ambientais.

As leis ambientais, somadas à necessidade de matéria-prima, fontes de energia e mão de obra barata, têm contribuído para a transferência de fábricas europeias mais poluidoras para outros continentes, em países menos industrializados e com leis e fiscalização menos rígidas, prevalecendo nos países europeus indústrias menos poluentes, como as de informática, eletrônica, robótica e telecomunicações.

Responda no caderno.

2 Quais são as principais características da atividade industrial na Europa Ocidental? Consultar comentários em Orientações didáticas.

e pelo setor de serviços, que ocupam uma posição de maior destaque nas metrópoles europeias. Essa abordagem possibilita desenvolver o temas contemporâneos transversais Ciência e Tecnologia e Economia, com destaque para o Trabalho

Encaminhar a atividade 2, que auxilia a identificar as características da indústria na Europa

Ocidental. Espera-se que os estudantes respondam que nessa região a industrialização é caracterizada pelo emprego de tecnologia avançada no

processo produtivo, com a realização de grandes somas de capital em pesquisa, desenvolvimento de projetos, qualificação e treinamento de mão de obra. Muitas dessas empresas são multinacionais que atuam em diversas regiões do mundo.

Se julgar pertinente, ler para os estudantes o Texto complementar que aponta os impactos ambientais da atividade industrial e que possibilita desenvolver o tema contemporâneo transversal Meio Ambiente, com destaque para a Educação Ambiental

Esse problema ambiental não é específico da Europa, mas foi nesse continente que se observaram suas primeiras e graves consequências, como a destruição de florestas, mortandade de peixes, corrosão de monumentos históricos e outras construções.

Com a preocupação ambiental da sociedade civil e governos, medidas conjuntas para reduzir as emissões de poluentes foram tomadas, o que tem surtido efeitos positivos nos países afetados. Elaborado pelos autores

Refinaria de petróleo na Rússia, 2020.
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SERGAN GMUNG/SHUTTERSTOCK.COM
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Competências

• Gerais: 1, 2 e 4

• Ciências Humanas: 7

• Geografia: 4

• A habilidade EF09GE09 é trabalhada com ênfase em analisar características de países e grupos de países europeus em seus aspectos urbanos e econômicos e discutir suas desigualdades econômicas.

• O desenvolvimento da habilidade EF09GE15 ocorre com foco em comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações econômicas representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.

• Atende-se à habilidade EF09GE17 ao explicar a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Europa.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Antes de iniciar o trabalho com os mapas apresentados na seção, que têm por objetivo ajudar os estudantes a compreender a espacialização das diversas informações tratadas na Unidade, explicar quais são as características dos mapas-síntese, destacando a questão da delimitação de conjuntos espaciais com características comuns.

Sobre esse tipo de mapa, Martinelli afirma:

Na síntese, não se pode mais ter os elementos em superposição ou em justaposição, mas, sim, a fusão deles em tipos. Isso significa que, no caso dos mapas, deve-se identificar e delimitar agrupamentos de lugares, caminhos ou áreas, tidos como unidades elementares de análise, caracterizados por agrupamentos de tributos ou variáveis [...].

O mapa resultante deve evidenciar conjuntos espaciais de síntese, os quais têm de ser internamente homogêneos e bem distintos uns dos outros.

Organização do espaço europeu

No continente europeu, há países e regiões que possuem uma economia mais dinâmica, concentrando atividades industriais, serviços e modernas atividades agrárias, além de importantes cidades com influência global.

Ao analisar o continente europeu de acordo com tais aspectos, é possível cartografar a organização espacial produzindo um mapa-síntese

No mapa-síntese, são identificados e delimitados territórios com características e dinâmicas comuns que os distinguem dos demais. No caso dos mapas desta seção, podemos notar a importância das redes de circulação na organização do espaço e na integração dos eixos econômicos. Analise os mapas.

Europa: organização do espaço – 2019

vias de integração

Periferia aguardando integração

Metrópole mundial

Metrópole europeia

Metrópole nacional Outras cidades

Principal eixo de circulação e trocas

Portos movimentados

Neste mapa, a região de economia mais dinâmica foi delimitada por uma linha vermelha. Os demais conjuntos espaciais foram indicados por cor.

Fonte:

A seguir, sugerimos que os estudantes trabalhem em pequenos grupos, fazendo uma leitura inicial das principais informações contidas em cada um dos mapas. É possível elaborar um conjunto de questões para nortear essa análise:

• No mapa 1, é possível questionar os estudantes: qual o significado das cores utilizadas? E dos símbolos, linhas e áreas destacadas? Os círculos proporcionais representam que tipo de informação? Essa leitura permitirá aos estudantes associar a organização do espaço europeu

aos aspectos econômicos que estruturam a hierarquia urbana por meio da definição de uma região caracterizada por maior dinamismo econômico, com a presença de metrópoles mundiais, europeias e nacionais, interligadas aos espaços periféricos por importantes vias por onde circulam mercadorias, capital, pessoas, ideias e serviços.

• No mapa 2, é possível estimular a reflexão dos estudantes com as seguintes questões: como estão representados os principais eixos econô-

MARTINELLI, Marcello. Mapas da Geografia e cartografia temática. São Paulo: Contexto, 2011. p. 114-115.
BNCC ÁFRICA ÁSIA Mar Negro Mar do Norte Mar Mediterrâneo OCEANO ATLÂNTICO MarBáltico 0º Meridiano de Greenwich 50ºN CírculoPolarÁrtico Porto Sevilha Lyon Dublin Londres Amsterdã Bruxelas Rotterdã Hamburgo Antuérpia Düsseldorf Colônia Frankfurt Munique Paris Lisboa Madri Barcelona Marselha Toulouse Zurique Viena Berlim Oslo Estocolmo Helsinque Copenhague Varsóvia Budapeste Milão Turim Praga Roma Florença Nápoles Atenas Istambul Centro: espaço de economia dinâmica Periferia muito integrada ao centro Periferia dinamizada por deslocalizações e investimentos Periferia de dinamismo localizado Periferia em
0
310
INTERAGIR COM
MAPAS
FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna, 2019. p. 92.
ALLMAPS 1 152 NÃO ESCREVA NO LIVRO.
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Europa: modelo de desenvolvimento econômico

CírculoPolarÁrtico

3. Os estudantes podem indicar GlasgowRoma: Frankfurt, Milão, entre outras; Hamburgo-Zagreb: Hamburgo e Viena; Le Havre-Marselha: Paris.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor

• SALLA, Fernanda. Mapa de síntese: resumo contado em imagens e símbolos. Nova Escola, [São Paulo], 1 out. 2011. Disponível em: https://novaescola.org.br/ conteudo/2175/mapa-de-sintese -resumo-contado-em-imagens -e-simbolos. Acesso em: 10 ago. 2022.

Artigo que mostra como ensinar os estudantes a ler, interpretar e analisar mapas de síntese.

Elaborado com base em: BRUNET, Roger. Lignes de force de l'espace européen. Mappemonde, n. 66, p. 14‑19, 2002. Disponível em: http://www.mgm.fr/PUB/Mappemonde/M202/Brunet.pdf. Acesso em: 27 jul. 2022. Neste mapa, foram delimitados e identificados os principais eixos econômicos e a megalópole europeia. Entende-se por megalópole a extensa região urbanizada, caracterizada pela fusão territorial de duas ou mais cidades de grandes dimensões (metrópoles).

Faça as atividades em seu caderno.

1 Como foi denominada a região de economia mais dinâmica no mapa 1? Quais são as metrópoles mundiais localizadas nessa região?

Essa região foi denominada "centro" da Europa. As metrópoles mundiais localizadas nessa região são Londres e Paris.

2 Que elementos concentrados no espaço definem o “centro”? Observe os dois mapas para responder.

Os estudantes devem apontar o principal eixo de circulação e trocas, metrópoles mundiais e nacionais, concentração de portos movimentados, megalópole europeia e credor comercial marítimo.

3 Que eixos econômicos foram delimitados no mapa 2? Cite uma cidade, representada no mapa, com importante função internacional e que faça parte de cada um desses eixos.

4 A megalópole europeia compreende territórios de que países?

Reino Unido, Bélgica, Países Baixos, França, Suíça, Áustria, Alemanha, Itália, Luxemburgo e Liechtenstein.

5 Observe o corredor marítimo representado no mapa 2 e explique a importância dele

Os estudantes devem explicar que no corredor marítimo representado há intenso fluxo de embarcações que utilizam os portos mais movimentados da Europa: Roterdã (Países Baixos), Antuérpia (Bélgica) e Hamburgo (Alemanha).

micos? E a megalópole europeia? Que símbolos são utilizados para representar as cidades e a partir de que critérios elas foram classificadas?

Uma vez que os estudantes tiverem analisado os mapas separadamente, propor que façam algumas comparações entre os dois. Eles poderão observar, por exemplo, que o centro do mapa 1 corresponde à megalópole europeia. Poderão notar que os principais eixos econômicos se situam nesse centro e na periferia muito integrada a esse centro.

153

Retomar o conceito de megalópole e destacar que, apesar da descontinuidade territorial representada pelo Canal da Mancha, Londres é considerada parte da megalópole, pois uma rede de transportes densa faz a ligação entre a Inglaterra e o restante da Europa. Em apenas 50 minutos é possível ir de Calais (França) até Londres usando o trem Eurostar.

Encaminhar as atividades 1 a 5, que auxiliam na leitura dos mapas e na sistematização do conteúdo.

40ºN Londres Manchester Copenhague Hamburgo Berlim Praga Viena Zagreb Roma Florença Gênova Milão Zurique Frankfurt Bruxelas Rotterdã Le Havre Paris Lyon Marselha Barcelona Madri Porto Lisboa Glasgow ÁFRICA ÁSIA Mar do Norte Mar Mediterrâneo Mar Negro Meridiano de Greenwich OCEANO ATLÂNTICO MarBáltico 0º Eixos Glasgow-Roma Hamburgo-Zagreb Le Havre-Marselha Corredor comercial marítimo Megalópole europeia Cidades Função internacional muito importante Outras cidades importantes Função internacional importante 0 305 ALLMAPS
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• O trabalho com a habilidade EF09GE03 ocorre com ênfase em identificar diferentes minorias étnicas como forma de compreender a multiplicidade cultural na escala mundial, defendendo o princípio do respeito às diferenças.

• A habilidade EF09GE08 é atendida ao analisar transformações territoriais, considerando o movimento de fronteiras, tensões, conflitos e múltiplas regionalidades na Europa.

• Atende-se à habilidade EF09GE09 ao analisar características de países e grupos de países europeus em seus aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos e discutir desigualdades sociais e econômicas e pressões sobre os ambientes físico-naturais.

• O desenvolvimento da habilidade EF09GE10 é realizado ao analisar os impactos do processo de industrialização na produção e circulação de produtos na Europa.

• A habilidade EF09GE15 é abordada ao comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações populacionais.

• O trabalho com a EF09GE18 acontece com foco em identificar e analisar as cadeias industriais e de inovação e as consequências dos usos de recursos naturais na Europa.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Sugerimos organizar os estudantes em duplas e acompanhar a elaboração das respostas.

1. a) densidade demográfica

b) Leste Europeu

c) áreas urbanas

d) população urbana

e) crescimento demográfico / negativo

Objetivos: • Compreender aspectos do espaço geográfico europeu a partir dos aspectos populacionais.

ATIVIDADES

Consultar respostas e encaminhamentos nas Orientações didáticas.

1 Copie e complete as frases sobre a população do continente europeu utilizando as palavras do quadro.

Leste Europeu – crescimento demográfico – negativo – população urbana – densidade demográfica – áreas urbanas

a) A maior parte dos países apresenta alta densidade demográfica

b) Os países com as menores taxas de urbanização se localizam no Leste Europeu

c) A maior parte da população europeia vive em áreas urbanas

d) A teve grande crescimento após 1750. população urbana

e) A Europa apresenta baixo . Há países onde esse crescimento é nulo; em outros, chega a ser crescimento demográfico / negativo

2 Sobre as moradias e os transportes nas cidades europeias, qual é o papel do poder público?

3 Analise a tabela e faça as atividades.

Mundo: taxa de fertilidade (número médio de filhos por mulher) – 2020 a 2025

Fonte: UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME. Human Development Report. Data downloads: HDR 2020 tables and dashboards. New York: UNDP, c2022. Disponível em: https://hdr.undp.org/en/content/download-data. Acesso em: 17 fev. 2022.

a) Que continente apresenta o maior número médio de filhos por mulher? E qual apresenta o menor?

b) Que fatores ajudam a explicar o baixo crescimento demográfico no continente europeu?

4 Outro aspecto da população europeia é o envelhecimento da população. Sobre isso, responda.

a) A que se deve esse envelhecimento?

b) Qual é a principal preocupação dos governos em relação a isso?

• Analisar características do continente europeu em seus aspectos populacionais, urbanos e econômicos.

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2. O poder público tem papel central no combate à especulação imobiliária, uma prática global em que a decisão sobre as moradias acaba nas mãos do mercado. A lógica é atender quem necessita e ampliar a diversidade social nas ocupações, com o objetivo de promover cidades mais democráticas. Sobre os transportes, há incentivos e investimentos no transporte coletivo e

alternativas não poluentes, como as bicicletas.

• Compreender aspectos do espaço geográfico europeu a partir dos aspectos populacionais.

Objetivos:

• Analisar características do continente europeu em seus aspectos populacionais, urbanos e econômicos.

• Analisar aspectos do espaço urbano e da hierarquia urbana de cidades europeias.

3. a) O continente que apresenta maior número médio de filhos por mulher é a África, e o com menor número é a Europa.

BNCC
NÃO ESCREVA NO LIVRO.
África Oceania Ásia América Latina América Anglo-Saxônica Europa 4,1 2,3 2 1,9 1,7 1,6
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5 Para responder às questões, consulte o mapa da página 130.

a) A língua basca é minoritária em regiões de quais países?

b) Identifique áreas em países europeus com minorias linguísticas expressivas. Relacione-as aos países onde ocorrem.

c) Que línguas indo-europeias predominam na Europa Oriental?

6 Sobre os grupos étnicos que constituem a população europeia, responda às questões.

a) Quais são os principais grupos que deram origem aos idiomas mais falados na Europa?

b) Explique o termo minoria étnica e cite os grupos europeus que são assim considerados.

7 Sobre as migrações internacionais para a Europa, responda às questões.

a) A Europa sempre foi um continente de atração de imigrantes? Explique.

b) Que países europeus mais recebem imigrantes e qual é a origem dos principais grupos?

8 Analise a fotografia e responda às questões.

b) O envelhecimento da população implica cuidados com a política social, maiores gastos em aposentadorias, investimentos na área de saúde e desenvolvimento de projetos sociais e culturais que visem à valorização dos idosos.

Objetivos: • Analisar características do continente europeu em seus aspectos populacionais, urbanos e econômicos. • Relacionar o baixo crescimento demográfico e o envelhecimento da população europeia a fatores socioeconômicos associados à urbanização e a melhores condições de vida.

5. a) O basco é o idioma falado em regiões da França e da Espanha.

b) As áreas com fortes minorias linguísticas podem ser encontradas na Espanha, na França e na Itália. Na Espanha, as minorias linguísticas falam o galego e o catalão, e entre o sul da França e o norte da Itália, fala-se o provençal.

c) São as línguas eslavas.

a) Os imigrantes ingressam na Europa em busca de melhores condições de vida e de renda. Todos os imigrantes alcançam esses objetivos? Justifique sua resposta relacionando-a à cena retratada.

b) Em geral, qual é a relação entre a presença de imigrantes na Europa com a xenofobia?

9 Analise os mapas da página 139 e indique as principais mudanças territoriais ocorridas na Europa. Cite os países que surgiram e os que foram unificados.

10 Copie, em seu caderno, somente as frases verdadeiras.

• O País Basco é um território formado por províncias da Espanha e da França, na qual é falado o idioma euskera.

• Entre as regiões europeias, a Europa Ocidental foi a que apresentou as maiores mudanças político-territoriais a partir do final da década de 1980.

• O fim da União Soviética não trouxe mudanças político-territoriais ao continente europeu.

11 Embora a agropecuária se destaque nos países da Europa Ocidental, é na Europa Oriental que há maior percentual de mão de obra empregada nesse setor. O que explica esse fato?

Objetivo: • Reconhecer a grande diversidade sociocultural da população europeia.

6. a) Latinos, eslavos, germânicos e celtas.

b) O termo minoria étnica se refere a um grupo que possui particularidades culturais que não pertencem ao grupo dominante, detentor do poder em um país. Destacam- se os bascos, os catalães e os roms. Objetivo: • Reconhecer a grande diversidade sociocultural da população europeia.

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b) A crescente participação da mulher no mercado de trabalho, com maior possibilidade de ascensão social e profissional; custo de vida alto nos países europeus; maior acesso a informações, métodos anticoncepcionais e planejamento familiar, especialmente a partir da segunda metade do século XX.

Objetivos: • Analisar características do continente europeu em seus aspectos populacionais, urbanos e econômicos. • Relacionar o baixo crescimento demográfico e o envelhecimento da população europeia a

fatores socioeconômicos associados à urbanização e a melhores condições de vida.

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4. a) O envelhecimento da população europeia é resultado da diminuição da mortalidade e do aumento da expectativa de vida em consequência das melhorias no atendimento médico e hospitalar, maior oferta de alimentos, ampliação do acesso aos serviços de saneamento básico, à educação e melhor distribuição da renda.

7. a) Não. Do final do século XIX até o início do século XX, a Europa foi um continente de emigrantes. Cerca de 50 milhões de pessoas deixaram o continente para buscar novas condições de vida, principalmente em países do continente americano.

b) Os países que mais recebem imigrantes são Alemanha, Itália, Reino Unido, França, Espanha, Grécia e Holanda. Os imigrantes são originários, especialmente, do Leste Europeu, da África, da Ásia e da América Latina.

Imigrantes dormem em túnel em Paris, França, 2021. ANDRE ALVES/HANS LUCAS/AFP
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Objetivo: • Identificar os principais fluxos populacionais na Europa, relacionando-os ao contexto das imigrações internacionais e à xenofobia.

8. a) Não, já que muitos imigrantes não conseguem entrar legalmente no continente europeu e, com isso, são obrigados a trabalhar em atividades com baixa remuneração e sem direitos trabalhistas.

b) Muitos imigrantes estão sujeitos à xenofobia, com reações hostis e atitudes racistas por parte de grupos radicais e, muitas vezes, de pessoas que acham que os imigrantes tiram empregos dos “nativos”.

Objetivo: • Identificar os principais fluxos populacionais na Europa, relacionando-os ao contexto das imigrações internacionais e à xenofobia.

9. Em 1989, a Tchecoslováquia foi desmembrada pacificamente, dando origem a dois novos países: a Chéquia e a Eslováquia. A Alemanha se reunificou em 1990. Em 1991, a União Soviética foi extinta e surgiram dez novas nações na Europa: Armênia, Azerbaijão, Belarus, Estônia, Geórgia, Letônia, Lituânia, Moldávia, Rússia e Ucrânia.

Objetivos: • Compreender aspectos do espaço geográfico europeu a partir das mudanças nas divisões político-territoriais no continente.

• Compreender os fatores relacionados às mudanças político-territoriais do continente europeu a partir do final da década de 1980.

10. O País Basco é um território formado por províncias da Espanha e da França, no qual é falado o idioma euskera.

Objetivos: • Compreender aspectos do espaço geográfico das mudanças nas divisões político-territoriais no continente. • Compreender os fatores relacionados às mudanças político-territoriais do continente europeu a partir do final da década de 1980.

11. A elevada mecanização nos países da Europa Ocidental, que libera mão de obra para outros setores da economia.

12 Na Europa, existem políticas protecionistas direcionadas à produção agrária. Sobre isso, responda.

a) Quais são os objetivos dessas políticas?

b) Que medidas fazem parte dessas políticas protecionistas?

c) Que novas medidas vêm sendo adotadas para acompanhar a tendência do mercado de alimentos?

13 Por que a exploração de madeira se destaca nos países do norte da Europa? Como é feita essa atividade?

14 Leia o texto e analise a fotografia.

A Toscana é um dos principais destinos turísticos da Europa, tanto pelos atrativos históricos e culturais de suas principais cidades, como Florença e Luca, quanto pela sua área rural, caracterizada por uma produção agrícola diversificada, com destaque para a produção de uvas e de girassóis, que tornam a paisagem da região muito bonita e atraente aos turistas.

a) Em que país se localiza a Toscana?

b) Quais são as principais características da produção agrícola dessa e de outras áreas rurais da Europa?

c) O que atrai os turistas que visitam a área rural da Toscana?

• Analisar e compreender aspectos do espaço geográfico europeu relacionados às atividades econômicas que nele se desenvolvem.

Objetivo:

12. a) Proteger os agricultores da concorrência externa, manter a renda e o emprego, o abastecimento e a estabilidade dos preços.

b) Fixação de cotas de produção para evitar excesso de oferta e queda nos preços; empréstimos a juros baixos; tarifação elevada sobre os produtos importados para evitar a

concorrência; incentivos fiscais para a exportação; e compra pelos governos dos excedentes agrícolas.

c) Incentivo às práticas agrícolas mais ecológicas e à inovação, adoção do regime de rotulagem dos alimentos, indicando a sua procedência geográfica e os métodos de produção utilizados, e facilitação da exportação de alimentos dos países em desenvolvimento para a União Europeia.

ROBERTHARDING/ALAMY STOCK PHOTO/FOTOARENA
Elaborado pelos autores.
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Parreiras na região da Toscana, na Itália, 2021.
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15 Sobre a indústria na Europa, faça o que se pede.

a) Caracterize a atividade industrial na Europa Ocidental e no Leste Europeu.

b) Quais foram as razões para a União Europeia fazer investimentos na estruturação dos parques industriais dos países do Leste Europeu a partir dos anos 2000?

c) Atualmente, como estão as disparidades econômicas entre a Europa Ocidental e o Leste Europeu?

16 Leia o texto, analise a fotografia e depois faça a atividade.

O turismo é uma das atividades econômicas mais expressivas da Europa. A cada ano, milhões de pessoas visitam os atrativos históricos, culturais e naturais do continente.

Essa atividade contribui para a divulgação e a valorização das riquezas culturais, da relevância histórica e das paisagens naturais, além de ser importante para a geração de emprego e renda para a população.

Embora o turismo contribua para as economias locais, parte da população de algumas cidades europeias tem se manifestado contrária a essa atividade, alegando que gera impactos negativos, como o aumento do preço de imóveis e aluguéis em razão da alta procura por turistas, expulsando os moradores antigos.

Diante dos impactos e da insatisfação, alguns governos controlam o número de turistas, cobram taxas por viajante, limitam o número de aluguéis por temporada, entre outras ações.

Elaborado pelos autores.

15. a) Na Europa Ocidental, a atividade industrial se caracteriza pelo emprego de tecnologia avançada no processo produtivo e pelas grandes somas de capital investidas em pesquisa, desenvolvimento de projetos, qualificação e treinamento de mão de obra. No Leste Europeu, as indústrias de base receberam maiores investimentos em detrimento dos setores de bens de consumo e de tecnologia de ponta, provocando atraso tecnológico em relação ao restante da Europa.

b) A UE visava diminuir as disparidades econômicas no continente.

c) Atualmente, embora as disparidades ainda existam, estão menos acentuadas.

Objetivos: • Analisar aspectos da economia no espaço geográfico europeu. • Reconhecer a importância das atividades industriais para a economia europeia.

16. A turismofobia, a aversão aos turistas, é motivada pelos problemas enfrentados por moradores das cidades que recebem muitos turistas, como a alta de preços de aluguéis e imóveis. Entre as medidas dos governos, estão: controlar o número de visitantes, cobrar taxas por turista, limitar o número de aluguéis por temporada.

• “Turismofobia” é como vem sendo chamado o sentimento de parcela da população de cidades europeias que recebem muitos turistas. Relacione esse termo aos motivos alegados por essa parcela da população e cite medidas que vêm sendo adotadas em alguns países a esse respeito.

Objetivo: • Reconhecer a importância das políticas agrárias na Europa, analisando seus efeitos.

13. A exploração madeireira se destaca no norte da Europa, pois, nessa região, há grandes áreas de taiga preservada. A produção de madeira é realizada a partir de madeira reflorestada.

Objetivo: • Analisar aspectos da economia no espaço geográfico europeu.

14. a) Itália.

b) Predominam as pequenas e médias propriedades rurais, com produção mecanizada, dotadas de altos índices de produtividade e de utilização de pouca mão de obra.

c) A beleza da paisagem formada por plantações de uva e girassóis.

Objetivo: • Analisar aspectos da economia no espaço geográfico europeu.

Objetivos: • Analisar e compreender aspectos do espaço geográfico europeu relacionados às atividades econômicas que nele se desenvolvem. • Compreender a relevância do turismo na Europa.

SOPA IMAGES LIMITED/ALAMY STOCK PHOTO/FOTOARENA
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Manifestantes em Barcelona em um ato contra o turismo em massa, Espanha, 2022.
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Competências

• Gerais: 1, 2, 3 e 9

• Ciências Humanas: 1 e 4

• Geografia: 1 e 4

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Esta seção encerra o estudo das quatro primeiras unidades do volume, destacando a relevância do turismo na economia europeia. O objetivo é ampliar o repertório dos estudantes sobre os principais atrativos turísticos (históricos, culturais e naturais) dos países europeus e o papel da rede de transporte intercontinental para o setor.

Nesta seção é possível desenvolver práticas de pesquisa, como revisão bibliográfica, análise documental, observação, tomada de notas e construção de relatórios (ver tópico Práticas de pesquisa, nas Orientações gerais deste Manual).

A primeira etapa da atividade consiste em analisar o gráfico e o quadro sobre o turismo mundial disponíveis na página 158. Espera-se que os estudantes constatem que a Europa é o continente que mais recebeu turistas estrangeiros em 2019. Alguns países europeus estão entre os mais visitados do mundo, como França, Espanha, Itália, Reino Unido e a Alemanha. Em seguida, comentar com os estudantes sobre a importância para o turismo de uma rede de transportes densa e eficiente.

Feita essa contextualização inicial, apresentar a proposta de trabalho aos estudantes, que está dividida em três etapas: levantamento de informação sobre países e atrações turísticas; planejamento dos percursos e deslocamentos; elaboração de roteiro impresso.

Considerando que o produto final do trabalho é a elaboração de um roteiro turístico e que parte dos estudantes pode nunca ter tido contato com esse gênero de

EM CONHECIMENTOAÇÃO

Viajando pela Europa

Apesar do impacto sofrido com a pandemia de covid-19, o turismo é uma das atividades econômicas mais expressivas da Europa. A cada ano, milhões de pessoas de todos os continentes visitam os atrativos históricos, culturais e naturais dos diversos países europeus. Essa atividade contribui para a divulgação e a valorização das riquezas culturais, da relevância histórica e das paisagens naturais do continente, além de ser importante para a geração de emprego e renda para a população.

Algumas cidades e regiões europeias se projetam como importantes destinos turísticos, pois, além de abrigarem ricos patrimônios, possuem ampla oferta de serviços destinados ao turista. Serviços de hospedagem, bares, restaurantes e agências de turismo são alguns exemplos. Analise os dados da tabela e do gráfico.

Mundo: turistas internacionais (em milhões) por região visitada – 2020

Mundo: países mais visitados (em milhões de turistas) – 2019

Fonte dos dados: WORLD TOURISM ORGANIZATION. International tourism highlights: 2020 edition. Madrid: UNWTO, 2021. Disponível em: https://www.e-unwto.org/doi/ epdf/10.18111/9789284422456. Acesso em: 17 fev. 2022.

WORLD TOURISM ORGANIZATION. International tourism highlights: 2020 edition. Madrid: UNWTO, 2021. Disponível em: https://www.e-unwto.org/doi/ epdf/10.18111/9789284422456. Acesso em: 17 fev. 2022.

Os meios de transporte e as vias de circulação são elementos fundamentais para a dinamização do turismo, pois promovem a conexão entre os locais de partida e de destino e a circulação entre os pontos de visitação em um mesmo país ou entre países distintos.

A Europa possui uma rede de transportes eficiente, rápida e integrada, que promove a interligação entre países e regiões por meio de diferentes modais, como o ferroviário, rodoviário, aeroviário, marítimo e hidroviário.

texto, providencie alguns exemplares para que todos entendam o que se espera como produto final. Também seria interessante a realização de uma pesquisa prévia de fontes, impressas ou digitais, que poderão ser consultadas pelos estudantes durante o trabalho: pode ser mapas, guias turísticos, blogues de viajantes, revistas especializadas em turismo etc.

Explicar que, atualmente, muitos turistas planejam suas viagens por conta própria, fazendo

uso de sites da internet e guias de viagens impressos. Ressaltar que a existência de variadas fontes permite aos turistas conhecer melhor os atrativos e os serviços oferecidos nos lugares que pretendem visitar, o que facilita a escolha dos locais de visitação e o planejamento do roteiro de atividades que serão realizadas no destino.

Na etapa 1, reproduzir as opções do quadro a seguir na lousa e orientar os estudantes a selecionar os países e as cidades que farão parte do roteiro.

BNCC França Espanha Estados Unidos China Itália 0 20 40 60 80 100 (em milhões) 89 84 79 66 65 SONIA VAZ
Europa Ásia e Pacífico América África Oriente Médio 744 362 219 70 65
NÃO ESCREVA NO LIVRO.
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Com base nessas informações, você vai elaborar um roteiro turístico. Para isso, organize-se em grupo com os colegas.

estimem o tempo que será demandado para os deslocamentos durante a viagem.

Levantamento de informações sobre países e atrações turísticas

• Seleção dos países que farão parte do roteiro.

• Escolha da cidade mais recomendada de cada país selecionado pelo grupo.

• Opção de, ao menos, dois locais de visitação dessa cidade.

Pesquisem informações em revistas, blogues especializados em viagens, canais em plataformas de vídeo, páginas em redes sociais, filmes e relatos de pessoas que já visitaram esses países.

Planejamento dos percursos e deslocamentos

• Indicação do ponto de partida e de chegada do roteiro, ou seja, do início e do fim da viagem.

• Seleção do trajeto entre os países, definindo a ordem de visitação e os meios de transporte que serão utilizados nos deslocamentos.

• Cálculo do tempo de deslocamento de um país a outro de acordo com o meio de transporte selecionado.

• Indicação sobre como serão feitos os trajetos entre as atrações turísticas selecionadas por vocês na cidade escolhida. Tentem indicar meios de transportes variados, de acordo com a rede do país.

Pesquisem informações em mapas, guias rodoviários, sites de aeroportos e metrôs.

Elaboração de roteiro virtual ou impresso

• Elaboração de um panfleto de divulgação do roteiro, que informe, dia a dia, a programação das atividades com os locais de visitação e as respectivas cidades e países em que se localizam.

Aproveitem para destacar características das atrações turísticas. Pesquisem modelos de roteiros turísticos, utilizem fotografias, desenhos e outros elementos que considerarem importantes.

Esse tipo de documento envolve todas as etapas de uma viagem, desde a decisão do(s) destino(s) até o planejamento do transporte, acomodações, passeios etc. Seu roteiro deverá conter as informações necessárias para uma viagem com duração de dez dias para quatro países e suas principais cidades. 159 D2-GEO-F2-2106-V9-U4-122-159-LA-G24-AV.indd

Principais destinos de turistas na Europa

Paris (França) Barcelona (Espanha)

Roma (Itália) Amsterdã (Países Baixos)

Londres (Reino Unido) Praga (Chéquia)

Florença (Itália) Atenas (Grécia)

Veneza (Itália) Viena (Áustria)

Em seguida, solicitar que pesquisem os principais atrativos e informações que justifiquem o sucesso das localidades escolhidas entre os turistas. Destacar que museus, centros históricos,

edificações de relevância histórica e cultural, praias, parques e monumentos podem ser considerados atrativos.

Na etapa 2, que envolve o planejamento dos percursos e deslocamentos, orientar os estudantes a pesquisar os principais meios de transportes existentes nas cidades selecionadas e quais podem ser utilizados para a realização dos deslocamentos entre os atrativos de uma mesma cidade e entre países do roteiro. Solicitar que eles

Para completar essa etapa da atividade, recomendar aos estudantes que pesquisem na internet estações de trem e metrô das cidades selecionadas. Também devem pesquisar nos sites de vendas de passagens aéreas e de empresas de trens para o deslocamento pelos países do continente. É importante destacar aqui a relevância, para os estudantes, do uso de mapas: eles permitirão traçar as melhores rotas. Se possível, providenciar cópias de mapas políticos da Europa com fundo branco, indicando apenas as principais cidades, para que os estudantes possam cartografar os trajetos.

Finalmente, na etapa 3, orientar os estudantes na seleção de imagens e informações necessárias para a elaboração do roteiro, que deve apresentar o resultado do trabalho dos grupos de forma sintética e atraente ao público. Auxiliar os grupos na preparação da apresentação para a classe e solicitar que a turma avalie se os roteiros estão claros, precisos, com informações corretas e visual atraente.

AMPLIANDO HORIZONTES

• EURODICAS TURISMO. [S l.], [20--]. Site. Disponível em: https: //turismo.eurodicas.com.br/.

Acesso em: 10 ago. 2022.

Site dedicado a informações sobre os destinos europeus mais populares para turistas.

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BNCC NA UNIDADE

Competências

• Gerais: 1, 2, 3, 4, 9 e 10

• Ciências Humanas: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7

• Geografia: 1, 3, 4, 5, 6 e 7

Habilidades

Geografia:

• EF09GE04

• EF09GE08

• EF09GE02

• EF09GE05

• EF09GE09

• EF09GE03

• EF09GE07

• EF09GE10

• EF09GE14 • F09GE15 • EF09GE17

• EF09GE18

História: • EF09HI36

Ensino Religioso: • EF09ER01

• EF09ER06

Arte: • EF69AR01 • EF69AR03

Abertura da Unidade

BNCC

• Atende-se à habilidade EF09GE09 com foco em analisar características de países asiáticos (conhecimentos prévios) em seus aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos.

• A habilidade EF09GE15 é trabalhada com ênfase em comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações populacionais, econômicas e culturais.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Esta Unidade introduz o estudo do espaço geográfico do continente asiático, trabalhando temas que remetem a uma escala mais ampla, como aspectos e dinâmicas da natureza, distribuição da população, indicadores sociais e integrações entre países. Incentivar a leitura do texto de abertura da Unidade e direcionar a atenção dos estudantes para a fotografia apresentada. Levantar conhecimentos prévios e sensibilizá-los para o estudo desta Unidade e das Unidades 6 e 7, que também abordam temas referentes à Ásia. Além das questões propostas, outras podem ser feitas, como: quando vocês pensam no con-

A Ásia é o maior e mais populoso continente, marcado por acentuadas diferenças econômicas, sociais e culturais entre seus países. Também é o berço de importantes civilizações, como a chinesa, a hindu, a árabe, a persa e a japonesa, entre outras.

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tinente asiático, o que vocês imaginam? No entendimento de vocês, há países asiáticos com características semelhantes às do Brasil? Se sim, que características são essas? No entendimento de vocês, quais países asiáticos têm maiores relações com o Brasil? Como ocorrem essas relações?

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com eles aspectos gerais do continente, que serão estudados na Unidade.

1. Irã.

2. Resposta pessoal. Aproveitar a questão para levantar os conhecimentos prévios dos estudantes sobre alguns países asiáticos. Discutir

3. Resposta pessoal. Incentivar os estudantes a falar sobre as informações que têm a respeito do continente asiático. É provável, que eles associem o continente às culturas chinesa e japonesa, pois são mais citadas nos noticiários. Também poderão mencionar aspectos da cultura popular sul-coreana e indiana, que vêm ganhando espaço entre os jovens ocidentais.

Ruínas de Persépolis, “cidade da Pérsia”, no Irã. Fotografia de 2019.
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UNIDADE
ÁSIA
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Converse com os colegas e o professor sobre as questões a seguir.

1 Em qual país está localizada a paisagem mostrada na fotografia?

2 O que você sabe sobre esse país?

3 A paisagem retratada corresponde à ideia que você tem sobre a Ásia? Explique.

Ásia em notícias

Solicitar aos estudantes que, a cada semana, tragam uma notícia da imprensa, nacional ou internacional, sobre países do continente asiático para colocar em um painel. A ideia é encaminhar a atividade ao longo do trabalho com as Unidades 5, 6 e 7, e atualizá-lo a cada semana ou quinzena, dependendo da quantidade de notícias. Para isso, dividir a turma em grupos. Cada um deverá ficar responsável pelas notícias veiculadas no período de sete dias.

Reservar dez ou quinze minutos de uma das aulas da semana para que o grupo exponha e comente os fatos noticiados. Na exposição oral, é importante respeitar a individualidade dos estudantes, levando em conta que alguns não se sentem totalmente à vontade para falar em público. Durante a apresentação ou ao final dela, fazer breves intervenções para incentivar os estudantes a buscar relações com o conteúdo abordado no livro, e, em alguns momentos, pode ser que seja necessário antecipar ou resgatar algum tema.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Consultar respostas em Orientações didáticas.
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M SELCUK ONER/SHUTTERSTOCK.COM
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• O trabalho com a habilidade EF09GE07 é feito com ênfase em analisar os componentes físico-naturais da Eurásia.

• Contempla-se a habilidade EF09GE08 ao analisar as múltiplas regionalidades na Ásia.

• Atende-se à habilidade EF09GE14 ao interpretar mapas temáticos para analisar e sintetizar informações sobre as características físico-naturais da Ásia.

• Desenvolve-se a habilidade EF09GE15 ao serem comparadas e classificadas diferentes regiões do mundo com base em informações representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.

• A habilidade EF09GE17 é trabalhada ao serem explicadas as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Ásia.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Na página 162, texto e mapa visam apresentar o continente asiático em relação à sua localização no mundo e às divisões política e regional.

Ressaltar que fazem parte do continente asiático quatro dos dez países com maiores territórios no mundo: Rússia, China, Índia e Cazaquistão. A China, por exemplo, possui aproximadamente 1 milhão de quilômetros quadrados a mais que o Brasil.

Sobre o número de países da Ásia, é importante frisar que varia dependendo da fonte consultada, pois alguns organismos consideram Palestina e Taiwan países independentes. A ONU, porém, em razão do poder da China dentro da Organização, não considera Taiwan um Estado-nação.

Relembrar que a Rússia também faz parte da Europa, e é na parte europeia que estão as principais concentrações urbanas do país. A Rússia é, portanto, um país transcontinental, assim como a

1 TERRITÓRIO E NATUREZA

Com uma área territorial de pouco mais de 44 milhões de km², o continente asiático é o mais extenso de todos, correspondendo a cerca de 30% das terras emersas do planeta.

Localização e regionalização

A Ásia está totalmente localizada no Hemisfério Oriental e é banhada pelos oceanos Glacial Ártico, Pacífico e Índico. O continente é atravessado pelo Círculo Polar Ártico, pelo Trópico de Câncer e pela linha do equador, localizando-se quase totalmente no Hemisfério Norte. Entretanto, algumas ilhas do arquipélago da Indonésia encontram-se no Hemisfério Sul. Portanto, o continente distribui-se por três hemisférios: Oriental, Norte e Sul.

O continente asiático é constituído por 48 países, distribuídos por seis regiões que apresentam características naturais, culturais, étnicas e econômicas diferentes: Ásia Setentrional, Oriente Médio, Ásia Central, Extremo Oriente, Ásia Meridional e Sudeste Asiático.

Elaborado com base em: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 142.

Turquia, que também tem uma parte europeia. Vale destacar que a maior parte do Egito se localiza no continente africano, mas que também tem terras – a Península do Sinai – localizadas na Ásia. Destacar que África, Ásia e Europa formam o Bloco Tríplice.

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Para efeito de organização de dados estatísticos de organismos internacionais, a Rússia, geralmente, é considerada um país europeu, o mesmo ocorrendo com o Egito, contabilizado como um país africano.

Comentar que a regionalização do continente asiático utilizada neste livro tem como base a localização dos países no continente. Encaminhar as atividades 1 a 4, que auxiliam na leitura do mapa e na sitematização dessa etapa do conteúdo.

BNCC
60ºL TrópicodeCâncer 0º Equador C r c u o P ol ar Ártico Damasco Telaviv Beirute Amã Cidade do Kuwait Manila Kuala Lumpur Cingapura Vientiane Thimphu Katmandu Phnom Penh Bangcoc Jacarta Dili Naipidau Dacca Ashkhabad Tashkent Astana Ulan Bator Tóquio Pyongyang Seul Beijing Manama Ancara Nicósia Bagdá Teerã Riad Sana Mascate Taipé Hanói Abu Dhabi Duchambe Bishkek Nova Délhi Islamabad Doha Male Colombo Kabul CHINA TAIWAN TURQUIA (parte asiática) IRAQUE TURCOMENISTÃO TADJIQUISTÃO QUIRGUISTÃO AFEGANISTÃO VIETNÃ CAMBOJA BRUNEI TIMOR LESTE TAILÂNDIA ÍNDIA FILIPINAS CINGAPURA MIANMAR MALÁSIA BANGLADESH BUTÃO NEPAL UZBEQUISTÃO KUWAIT ARÁBIA SAUDITA IRÃ CAZAQUISTÃO MONGÓLIA JAPÃO COREIA DO SUL COREIA DO NORTE IÊMEN MALDIVAS SRI LANKA OMÃ CHIPRE LÍBANO SÍRIA ISRAEL EGITO (parte asiática) Bandar Seri Begawan CATAR BAREIN EMIRADOS ÁRABES UNIDOS JORDÂNIA N D O N É S I A LAOS PAQUISTÃO RÚSSIA (parte asiática) EUROPA ÁFRICA Mar de Laptev Mar de Kara MarNegro Mar Vermelho Mar de Barents OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO ATLÂNTICO Mar da Sibéria Oriental Mar da Arábia Mar da China Meridional Mar Amarelo Mar do Japão (Mar do Leste) Baía de Bengala Mar de Okhotsk Mar de Bering OCEANO ÍNDICO OCEANO PACÍFICO raM Mediterrâneo Golfo de Áden MarCá pio Estreito de Bering Mar de Aral Ásia Setentrional Ásia Central Oriente Médio Sudeste Asiático Extremo Oriente Capital Ásia Meridional 0 968 Ásia: divisão política e regional ALLMAPS 60ºL TrópicodeCâncer 0º Equador C r c u o P ol ar Ártico Damasco Telaviv Beirute Amã Cidade do Kuwait Manila Kuala Lumpur Cingapura Vientiane Thimphu Katmandu Phnom Penh Bangcoc Jacarta Dili Naipidau Dacca Ashkhabad Tashkent Astana Ulan Bator Tóquio Pyongyang Seul Beijing Manama Ancara Nicósia Bagdá Teerã Riad Sana Mascate Taipé Hanói Abu Dhabi Duchambe Bishkek Nova Délhi Islamabad Doha Male Colombo Kabul CHINA TAIWAN TURQUIA (parte asiática) IRAQUE TURCOMENISTÃO TADJIQUISTÃO QUIRGUISTÃO AFEGANISTÃO VIETNÃ CAMBOJA BRUNEI TIMOR LESTE TAILÂNDIA ÍNDIA FILIPINAS CINGAPURA MIANMAR MALÁSIA BANGLADESH BUTÃO NEPAL UZBEQUISTÃO KUWAIT ARÁBIA SAUDITA IRÃ CAZAQUISTÃO MONGÓLIA JAPÃO COREIA DO SUL COREIA DO NORTE IÊMEN MALDIVAS SRI LANKA OMÃ CHIPRE LÍBANO SÍRIA ISRAEL EGITO (parte asiática) Bandar Seri Begawan CATAR BAREIN EMIRADOS ÁRABES UNIDOS JORDÂNIA N D O N É S I A LAOS PAQUISTÃO RÚSSIA (parte asiática) EUROPA ÁFRICA Mar de Laptev Mar de Kara MarNegro Mar Vermelho Mar de Barents OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO ATLÂNTICO Mar da Sibéria Oriental Mar da Arábia Mar da China Meridional Mar Amarelo Mar do Japão (Mar do Leste) Baía de Bengala Mar de Okhotsk Mar de Bering OCEANO ÍNDICO OCEANO PACÍFICO raM Mediterrâneo Golfo de Áden MarCáspio Estreito de Bering Mar de Aral Ásia Setentrional Ásia Central Oriente Médio Sudeste Asiático Extremo Oriente Capital Ásia Meridional 0 968
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ATIVIDADE COMPLEMENTAR

Aspectos naturais

O continente asiático se caracteriza pela grande diversidade natural. Relevo, hidrografia, clima e vegetação influenciam a distribuição da população, a ocupação do território e as atividades humanas, resultando em paisagens variadas pelo continente.

Analise o mapa com a representação das altitudes, das formas de relevo e de alguns rios que se destacam na Ásia.

Ásia: físico

Analise os dois mapas e responda às atividades no caderno.

1. Japão e China: Extremo Oriente; Israel e Catar: Oriente Médio; Índia e Paquistão: Ásia Meridional; Cazaquistão e Uzbequistão: Ásia Central; Indonésia e Tailândia: Sudeste Asiático.

1 Identifique as regiões da Ásia onde estão localizados os seguintes países: Japão e China; Israel e Catar; Índia e Paquistão; Cazaquistão e Uzbequistão; Indonésia e Tailândia.

2 Identifique os três países que têm parte do seu território em outro continente.

A Rússia e a Turquia, na Europa, e o Egito, na África.

3 Qual é a maior altitude do relevo asiático? Em que cordilheira se localiza?

O Monte Everest, com 8 848 m. Localiza-se na cordilheira do Himalaia.

4 Cite os países em que estão localizadas estas formas de relevo: Planície da Manchúria; Planalto do Decan; Planície da Sibéria; Montes Zagros. Se necessário, consulte o mapa “Ásia: divisão política e regional”, na página 162.

Planície da Manchúria: China; Planalto do Decan: Índia; Planície da Sibéria: Rússia; Montes Zagros: Irã, Iraque e Turquia.

A partir da página 163, inicia-se o trabalho com os aspectos naturais que constituem o território da Ásia. Chamar a atenção dos estudantes para a grande extensão latitudinal do território asiático, que se estende do Ártico até a zona tropical do Hemisfério Sul. Perguntar se essa característica se relaciona com os domínios naturais do continente. Com isso, aproveitar para levantar conhecimentos prévios sobre os elementos físico-naturais que serão estudados. Nesta etapa do Ensino Fundamental, os estudantes já devem

ter condições de responder que existem paisagens bastante diversificadas, em virtude dos diferentes tipos de clima. Destacar a grande diversidade natural da Ásia e as influências que os elementos naturais exercem sobre a população e as diferentes atividades que ela desenvolve.

Com base no mapa “Ásia: físico”, escreva um pequeno texto em seu caderno descrevendo o relevo do continente asiático. Utilizando também o mapa “Ásia: divisão política e regional”, da página 162, procure indicar os nomes, a localização e as altitudes das formas de relevo, assim como os nomes dos rios que as banham.

No texto, os estudantes poderão relatar que, no continente, há diversas cadeias de montanhas com elevações que ultrapassam os 8 mil metros de altitude. Destacam-se o Himalaia, cordilheira onde está localizado o Monte Everest, com 8 848 metros, e a cadeia montanhosa denominada Caracorum, onde se localiza o Monte K2, com 8 611 metros de altitude. No norte, oeste e sul do continente, encontram-se planaltos com altitudes modestas, como o Central Siberiano, na Rússia; o do Decan, na Índia; e o da Mongólia. Na Península Arábica está o Planalto da Arábia. Na região central da Ásia, encontram-se os planaltos do Tibete e do Pamir, onde estão as nascentes de importantes rios asiáticos: Yang-Tsé-Kiang ou Azul (maior rio da Ásia), Hoang-Ho ou Amarelo, Ganges, Indo, Mekong e Bramaputra. Entre as planícies, encontradas em todo o continente, podem ser citadas a da Mesopotâmia, a Indo-Gangética, a da Manchúria e a da Sibéria. O continente apresenta, ainda, grandes depressões, como a do Mar Cáspio e a do Mar de Aral. O Mar Morto não aparece cotado no mapa porque a escala dele não comporta, mas também é uma importante depressão absoluta da Ásia.

OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO Equador CírculoPolarÁrtico PLANÍCIE PLANÍCIE DA MANCHÚRIA DA SIBÉRIA PLANALTO CENTRAL PLANALTO DA MONGÓLIA SIBERIANO PEN. DA ANATÓLIA PLANALTO PLANALTO DO PAMIR DO DECAN EVEREST 8.848 m K2 8.611 m MESOPOTÂMIA H I M A L A I A PLANÍCIEINDO PLANALTO DO TIBETE CARACORUM MONTESZAGROS 90° L 0° M a r da Arábia MarMediterrâneo M a r Cáspio MarNegro M a V e r m elh o Rio Hoang-Ho Rio YangTsé-Kiang PLANALTO DA ARÁBIA RioIndo RioMekong Rio Ganges Mar de Aral TrópicodeCapricórnio Rio Bramaputra 0 920 4 000 1 500 500 200 0 Depressão Altitude (m) ALLMAPS
Elaborado com base em: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna, 2019. p. 96.
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• Atende-se à habilidade EF09GE04 ao relacionar diferenças de paisagens aos modos de viver de diferentes povos da Ásia, valorizando identidades e interculturalidades regionais.

• O trabalho com a habilidade EF09GE07 é feito com ênfase em analisar os componentes físico-naturais da Eurásia.

• A habilidade EF09GE14 é contemplada com ênfase em interpretar mapas temáticos para analisar e sintetizar informações sobre as características físico-naturais da Ásia.

• Trabalha-se a habilidade EF09GE15 com foco em comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.

• Desenvolve-se a habilidade EF09GE17 ao explicarem-se as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Ásia.

• A habilidade EF09GE18 é trabalhada com ênfase em identificar e analisar usos de recursos naturais na Ásia.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Promover a leitura compartilhada dos textos desta dupla de páginas. Fazer pausas para comentários e esclarecimentos de dúvidas.

Na página 164, destacar características dos principais rios asiáticos: o Yang-Tsé-Kiang, ou Azul (maior rio da Ásia), o Hoang-Ho, ou Amarelo, o Ganges, o Indo, o Mekong e o Bramaputra. Ressaltar que esses rios atravessam áreas densamente povoadas, sendo amplamente aproveitados em diversas atividades humanas (navegação, pesca, irrigação, geração de energia e festividades culturais. Se julgar

Rios e relevo

Entre os principais rios asiáticos, destacam-se o Yang-Tsé-Kiang, ou Azul (maior rio da Ásia), o Hoang-Ho, ou Amarelo, o Ganges, o Indo, o Mekong e o Bramaputra. Esses rios atravessam planícies densamente povoadas, sendo muito aproveitados para navegação, pesca, irrigação e geração de energia.

O Rio Ganges é considerado um rio sagrado para grande parte dos hindus, praticantes da religião predominante na Índia. Ao longo dos 2 500 quilômetros de extensão, ocorrem festividades religiosas diversas, reunindo milhões de pessoas que vêm para se banhar e, de acordo com a crença, se purificar. Apesar da importância religiosa, turística e econômica, o Ganges é um dos rios mais poluídos do planeta.

1 Leia o texto a seguir e responda às questões em seu caderno.

[...] A espuma branca, uma mistura de esgoto e resíduos industriais, formou-se na última semana em trechos do Rio Yamuna – um afluente do sagrado Rio Ganges – que flui por cerca de 1 376 quilômetros ao sul do Himalaia por vários estados.

A espuma contém altos níveis de amônia e fosfatos, o que pode resultar em problemas respiratórios e de pele, de acordo com especialistas.

A chegada desse tipo de poluição coincidiu com o Chhath Puja, um festival dedicado ao deus sol Lord Surya. No início desta semana, alguns hindus foram vistos atravessando a espuma tóxica para se banhar e orar no rio.

MOGUL, Rhea; MITRA, Esha. Na Índia, espuma tóxica cobre rio usado para festividades religiosas. CNN Brasil, São Paulo, 10 nov. 2021. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/ na-india-espuma-toxica-cobre-rio-usado-para-festividades-religiosas/. Acesso em: 29 jul. 2022.

a) Quais são as principais causas da poluição do Rio Ganges citadas no texto? Que problemas de saúde eles podem causar?

O lançamento de esgoto e resíduos industriais sem tratamento.

b) De acordo com seus conhecimentos, cite outros problemas de saúde que podem ser causados pela ingestão ou contato com águas poluídas.

Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.

c) Em sua opinião, por que as pessoas se banham no rio, apesar da poluição das águas?

Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.

Festival religioso no Rio Ganges em Allahabad, Índia, 2019. 164

conveniente, pedir aos estudantes que descrevam o percurso de um desses rios principais. Os rios Hoang-Ho e Yang Tsé-Kiang, por exemplo, nascem na cordilheira do Himalaia, atravessam o território chinês e deságuam no oceano Pacífico, mais precisamente no mar da China Oriental. Já o Rio Ganges tem sua nascente no Himalaia, percorre o território de Índia e Bangladesh e deságua no oceano Índico.

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Ao encaminhar a atividade 1, ressaltar a exploração e a poluição das águas na bacia do

Ganges, conteúdo relacionado aos temas transversais contemporâneos Meio Ambiente, com destaque para a Educação ambiental, e Multiculturalismo, com destaque para a Diversidade Cultural No item a, salientar que problemas respiratórios e dermatológicos são alguns dos males que podem ser causados pelo contato com a água poluída. No item b, espera-se que os estudantes indiquem problemas como intoxicações gastrointestinais e a transmissão de diversas doenças de veiculação hídrica, como diarreia,

BNCC
CHRIS PIASON/SHUTTERSTOCK.COM
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No continente asiático ocorrem todas as principais grandes formas de relevo: planícies, planaltos, montanhas e depressões.

Nas cadeias de montanhas, há altitudes que ultrapassam os 8 mil metros. Entre elas destacam-se o Himalaia, cordilheira onde está localizado o Monte Everest, com 8 848 metros de altitude, e a cordilheira Caracorum, onde se localiza o Monte K2, com 8 811 metros.

A presença de cadeias montanhosas e a ocorrência de vulcões e atividades sísmicas estão relacionadas à localização do continente em áreas de contato de placas tectônicas. Analise o mapa.

O planalto do Tibete e a cordilheira do Himalaia formaram-se a partir da convergência entre as placas Euro-Asiática e Indo-Australiana. Leia o texto a seguir, que traz alguns detalhes sobre esse processo.

Quando o platô tibetano foi soerguido?

Ásia: placas tectônicas

A atividade 3 possibilita desenvolver práticas de pesquisa como levantamento bibliográfico, análise ambiental, tomada de notas e construção de relatórios (consultar tópico Práticas de pesquisa nas Orientações gerais deste Manual). A sugestão é pesquisar sobre tsunâmis e terremotos mais recentes ocorridos na Ásia, trabalho por meio do qual os estudantes poderão investigar as áreas atingidas, se houve vítimas, se os países atingidos estão preparados para esse tipo de evento etc.

Elaborado com base em: ISTITUTO GEOGRAFICO DE AGOSTINI. Atlante geografico metodico De Agostini Novara: Istituto Geografico de Agostini, 2021. p. E12-13.

TEXTO COMPLEMENTAR

A elevação do platô tibetano é o resultado de uma colisão frontal entre as margens continentais de duas placas: a Índia, que estava migrando para o norte, e a Eurásia, que estava estacionada. A colisão, que foi datada em cerca de 50 Ma, levou ao espessamento da crosta e ao soerguimento das montanhas e do platô do Himalaia. É razoável deduzir, portanto, que a maior parte do soerguimento ocorreu durante os últimos 50 Ma [...] nossa compreensão da história do soerguimento do platô tibetano ainda é primária. O conhecimento atual sugere que ele tenha começado a elevar-se algum tempo depois de 50 Ma, e que tenha atingido sua evolução máxima atual há cerca de 15 Ma no sul do Tibete. [...]

COCKELL, Charles (org.). Sistema terra-vida, uma introdução. São Paulo: Oficina de Textos, 2011. p. 166-169

No texto, Ma refere-se a milhões de anos.

Com base no mapa, responda às atividades em seu caderno.

2 Qual é o nível de atividade sísmica no Japão?

3 Reúnam-se em grupos para realizar uma atividade de pesquisa.

Platô: área mais elevada do relevo de uma região, com extensão variada e declividade baixa, circundada normalmente por escarpas e encostas.

a) Pesquisem sobre terremotos, tsunâmis ou erupções vulcânicas que ocorreram na Ásia no século XXI. Selecionem um deles para ser o objeto de pesquisa do grupo.

b) Identifiquem o local onde ocorreu e os impactos ambientais, sociais e econômicos.

c) Produzam uma apresentação com os resultados da pesquisa, que pode ser feita com a utilização de suportes variados. Vocês devem incluir as principais informações pesquisadas, um mapa localizador do fenômeno estudado e imagens que retratem os impactos causados.

Máximo. Consultar comentários em Orientações didáticas.

hepatite, febre tifoide e cólera, entre outras. No item c, a resposta é pessoal. Espera-se que os estudantes indiquem que os hindus se banham nas águas poluídas pois, de acordo com a crença religiosa, as águas do Rio Ganges são sagradas e as pessoas devem se banhar nelas em algumas ocasiões. Durante a discussão, destacar junto aos estudantes a necessidade de respeitarem as diferentes tradições culturais e religiosas, por mais distantes que possam parecer dos nossos costumes e tradições.

Ao trabalhar o conteúdo da página 165, solicitar aos estudantes que associem o mapa “Ásia: placas tectônicas” com o mapa “Ásia: físico”, da página 163, e identifiquem as formas de relevo associadas às áreas de encontro de placas. Destacar a ocorrência de zonas sísmicas oceânicas, relacionando-as à ocorrência de tsunâmis, que costumam atingir o Sudeste Asiático e o Japão. Sobre o tema, consultar o excerto do Texto complementar

[...] Tsunâmi é o nome japonês para essas ondas gigantes (que podem chegar a dezenas de metros de altura), geradas por grandes terremotos no mar, que atingem regiões costeiras. São produzidas pelo rápido deslocamento da coluna de água causado pela ruptura do assoalho oceânico na região do epicentro de um terremoto. A partir desse ponto, este deslocamento se propaga em todas as direções, por ondas com velocidades que dependem da profundidade do mar. Em alto-mar as ondas passam quase despercebidas, apesar de viajarem com a velocidade de um avião, pois são ondulações suaves de amplitude pequena, mas comprimento de onda de centenas de metros. Ao se aproximar do litoral, onde o mar é mais raso, a velocidade diminui para 50-70 km, como um automóvel, e a massa de água deslocada pelo terremoto se avoluma, aumentando a amplitude e diminuindo o comprimento da onda. Este acúmulo de energia em uma zona bem mais restrita proporciona esta massa de água contra a costa, provocando destruição e a inundação da região costeira por centenas de metros terra adentro. [...]

ASSUMPÇÃO, Marcelo; DIAS NETO, Coriolano de Martins. Sismicidade e estrutura interna da Terra. In: TEIXEIRA, Wilson et al. (org.). Decifrando a Terra. 2. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008. p. 94.

90° L Equador 0° Círculo Polar Ártico Trópico de Câncer OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO Placa da Eurásia Placa do Pacífico Placa da Arábia Placa Indo-Australiana Placa Filipina Atividade sísmica nula Baixa Elevada Máxima Movimentos das placas Divergente Convergente Transformante Vulcanismo Vulcões mais ativos do último século Outros vulcões Zona sísmica oceânica e costa sujeita a tsunâmi 0 2 227 ALLMAPS
90° L Equador 0° Círculo Polar Ártico Trópico de Câncer OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO Placa da Eurásia Placa do Pacífico Placa da Arábia Placa Indo-Australiana Placa Filipina Atividade sísmica nula Baixa Elevada Máxima Movimentos das placas Divergente Convergente Transformante Vulcanismo Vulcões mais ativos do último século Outros vulcões Zona sísmica oceânica e costa sujeita a tsunâmi 0 2 227 165
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• A habilidade EF09GE07 é contemplada com ênfase em analisar os componentes físico-naturais da Eurásia.

• Trabalha-se a habilidade EF09GE14 com foco em interpretar mapas temáticos para analisar e sintetizar informações sobre as características físico-naturais da Ásia.

• A habilidade EF09GE15 é desenvolvida com foco em comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.

• O trabalho com a habilidade EF09GE17 tem foco em explicar as características físico-naturais da Ásia.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Encaminhar as atividades 1 e 2 da página 166 de forma que os estudantes relacionem, de modo geral, os tipos de clima com os de vegetação nativa.

Retomar os fatores do clima, destacando altitude, latitude, maritimidade e continentalidade, massas de ar e correntes marítimas. Chamar a atenção para a extensão latitudinal da Ásia, que é um dos principais fatores da diversidade climática e de formações vegetais do continente.

Sobre as formações vegetais nativas, se julgar conveniente, evidenciar as características de cada uma delas, buscando associar a formação vegetal ao tipo de clima com o qual se associa. Citamos a seguir características de algumas formações vegetais nativas que ocorrem na Ásia:

• Estepes – formadas por espécies vegetais que armazenam água ou perdem folhas nos períodos de seca prolongada;

• Pradarias – compostas de gramíneas em extensas áreas do continente, como nos países do Oriente Médio, da Ásia Central e no Paquistão. As médias de

Dinâmicas do clima e vegetação

Analise os mapas.

Ásia: vegetação nativa Ásia: climas

Tropical e Equatorial

Temperada e Subtropical

Boreal (Taiga)

Tipos de clima (adaptado da classificação de Köpen)

Leda. Atlas geográfico Saraiva. São Paulo: Saraiva, 2013. p. 172.

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 58.

Mar da Noruega Mar de Kara

Em seu caderno, responda às questões.

Mar do Norte MarBático Ma C ásp o

Equatorial Tropical Subtropical Desértico Semiárido Mediterrâneo Temperado Frio Polar Frio de montanha 0 1 505

Mar de Laptev Mar de Barents

OCEANO Mar do Japão

Mar de Okhotsk

1 Que tipo de vegetação e clima ocorre no extremo norte da Ásia? Qual é o principal fator climático que atua nessa região?

O domínio da Tundra, associado ao clima polar. A latitude é o principal fator climático.

EUROPA Mar de Andman

2 Onde ocorre o clima frio de montanha? Relacione a ocorrência desse tipo de clima às formas de relevo representadas no mapa “Ásia: físico”, página 163. Que formação vegetal se relaciona a esse tipo de clima?

No centro do continente asiático, área de ocorrência das grandes cordilheiras de altitudes elevadas. A vegetação de montanha está associada a esse clima.

90º L C í rculoPolarÁrtico OCEANO Mar das Filipinas

TrópicodeCâncer Mar de Bering Mar Arábico Golfo de Bengala

Conforme observado nos mapas, na Ásia ocorrem climas quentes e úmidos (equatorial e tropical), favorecendo a formação de florestas; climas quentes e secos (desértico quente e semiárido) associados a Desertos e Estepes; e climas frios (desértico frio, de montanha, frio e polar) associados à Vegetação de Montanha, Tundra e Taiga.

Entre os fatores que influenciam a existência de diversos tipos de clima na Ásia destacam-se: as massas de ar tropicais, conhecidas como monções; a variação de altitudes do relevo e a latitude, já que o continente se estende do Ártico até áreas ao sul da linha do equador.

temperatura são elevadas (em geral, superiores a 26 °C), chove pouco durante o ano e há longos períodos de seca; o clima é, portanto, semiárido.

• Tundra – ocorre na Ásia Setentrional e está associada ao clima polar, que se caracteriza pelo frio intenso, com temperaturas médias anuais baixas e intensa queda de neve. Sua vegetação é rasteira, constituída basicamente por liquens, algas e musgos, que brotam e florescem em curto período do ano, no verão, quando a

temperatura atinge, no máximo, 10 ºC e o solo degela.

• Vegetação Mediterrânea – associada ao clima mediterrâneo, que possui verões quentes e secos, influenciados pelos ventos provenientes do norte da África, e invernos chuvosos e com temperaturas amenas. Ocorre em uma pequena porção do território asiático, nas planícies costeiras da Turquia. A Vegetação Mediterrânea é composta de arbustos esparsos, troncos largos e poucas folhas, uma adaptação à falta de água no calor.

BNCC Equador TrópicodeCâncer OCEANO ÍNDICO OCEANO PACÍFICO Mar de Okhotsk Mar de Bering MardeKara Mar das Filipinas Mar de Java Mar da Arábia Golfo de Bengala EUROPA ÁFRICA 0° MarNegro Mar Cáspio OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANIA 80° L MarMediterrâneo Mar do Japão Mar da China Meridional CírculoPolar Ártico Florestas Tropical e Equatorial Florestas Temperada e Subtropical Floresta Boreal (Taiga) Vegetação Mediterrânea Savana Estepe e Pradaria Vegetação de Altitude Tundra Deserto 0 1 615 DACOSTA MAPAS Equador TrópicodeCâncer 90º L C í rculoPolarÁrtico OCEANO ÍNDICO OCEANO PACÍFICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO MarNegro GolfoPé sico Mar de Bering Mar Arábico Golfo de Bengala Mar das Filipinas Mar do Japão Mar de Okhotsk Mar do Norte Ma Bático Mar C áspio EUROPA Mar de Andman Mar da Noruega Mar de Kara Mar de Laptev Mar de Barents Tipos de clima (adaptado da classificação de Köpen) Equatorial Tropical Subtropical Desértico Semiárido Mediterrâneo Temperado Frio Polar Frio de montanha 0 1 505 ALLMAPS
Fonte: CALDINI, Vera; ÍSOLA,
2 1 Equador TrópicodeCâncer OCEANO ÍNDICO OCEANO PACÍFICO Mar de Okhotsk Mar de Bering MardeKara Mar das Filipinas Mar de Java Mar da Arábia Golfo de Bengala EUROPA ÁFRICA 0° MarNegro Mar Cáspio OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANIA 80° L MarMediterrâneo Mar do Japão Mar da China Meridional CírculoPolar Ártico Florestas
Floresta
Vegetação Mediterrânea Savana Estepe e Pradaria Vegetação de Altitude Tundra Deserto 0 1 615 90º L C rculoPolarÁrtico OCEANO ÍNDICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO MarNegro G o foPé sico Mar Arábico Golfo de Bengala Mar do Norte M Bático Ma C ásp o EUROPA Mar de Andman Mar da Noruega Mar de Kara Mar de Laptev Mar de Barents Tipos de clima (adaptado da classificação Equatorial Tropical Subtropical Desértico Semiárido Mediterrâneo Temperado Frio Polar Frio montanha
Florestas
ÍNDICO OCEANO PACÍFICO
Equador GLACIAL ÁRTICO MarNegro G oPérsico
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As monções

4. No período da monção de verão. Na maior parte do sul e do sudeste, os índices são maiores que 200 mm, e em algumas áreas ultrapassam os 400 mm mensais.

De forma geral, o clima na Ásia Meridional e no Sudeste Asiático é dominado pelas monções, ventos que mudam de direção entre o inverno e o verão. Analise os mapas que mostram a atuação das monções nessas regiões.

Monção de verão – julho

Monção de inverno – novembro

enquanto no oceano há áreas de alta pressão. Assim, os ventos sopram do oceano para o continente, carregando a umidade responsável pelos maiores índices pluviométricos nessa estação. Já durante o inverno, o oceano, que foi acumulando aos poucos o calor durante o verão, demora um pouco mais para esfriar, enquanto o continente perde calor mais rapidamente. Dessa forma, as áreas de alta e de baixa pressão se alternam. Os oceanos, mais quentes, formam zonas de baixa pressão, enquanto o continente, mais frio, forma zonas de baixa pressão. Assim, durante o inverno, os ventos sopram do continente para o oceano, configurando índices pluviométricos bem mais baixos. Reforçar que esse fenômeno atinge o sul e o sudeste do continente.

Nas áreas sob influência das monções ocorrem duas estações bem definidas. O verão é quente e chuvoso, e o inverno é seco. No verão, a umidade dos oceanos Índico e Pacífico dirige-se para o interior do continente, resultando em chuvas intensas. No inverno, período da estiagem, os ventos sopram do continente para os oceanos.

3 Qual é a direção dos ventos em cada período representado nos mapas?

Consultar comentários em Orientações didáticas.

4 Em que período as precipitações são mais elevadas? Quais são os índices mensais de precipitação na maior parte das regiões representadas no mapa durante essa estação?

5 No início da monção de inverno, em novembro, começa a estiagem, que se agrava nos meses seguintes. Cite os índices de precipitação que comprovam o início desse período seco.

As fortes chuvas resultantes das monções de verão comumente provocam alagamentos em países como Bangladesh. Fotografia de 2022.

5. O índice menor que 25 mm comprova que, principalmente no norte e no centro da Índia, já ocorre estiagem.

Na atividade 3, a resposta esperada é que a monção de verão (julho) ocorre do sudoeste para o nordeste, ou seja, do oceano para o continente. Já a monção de inverno (novembro), ocorre do nordeste para o sudoeste, ou seja, do continente para o oceano.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR

• Apresentar climograma de uma região da Ásia de Monções aos estudantes e propor questões para interpretação dos dados. Você pode encontrar esse tipo de gráfico em diversos atlas ou mesmo na internet. Exemplos de perguntas que podem ser feitas:

a) Em quais meses as médias de temperatura ultrapassam os 30 ºC?

b) Em quais meses as médias de precipitações ultrapassam os 200 mm?

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• Vegetação de Montanha – é bastante diversificada, variando de Taiga a Estepes, de acordo com a mudança de altitude. O domínio da Vegetação de Montanha está associado ao clima frio de montanha, caracterizado por baixas temperaturas o ano todo e queda acentuada de neve no inverno;

• Vegetação de deserto – ocorre em áreas de clima árido e, devido à escassez de água, é adaptada a essa condição, como no caso das cactáceas, que têm espinhos no lugar de folhas. Na

Ásia ocorrem dois tipos de deserto: quente e frio. Os desertos quentes, onde as temperaturas médias anuais são superiores a 35 ºC, estão no Oriente Médio. Os desertos frios estão ao norte e atingem temperaturas de até −60 ºC. Sobre as monções, na página 167, explicar que os ventos se deslocam das zonas de alta pressão para as de baixa pressão. Durante o verão, a massa continental que forma a Ásia se aquece mais rapidamente do que o oceano, formando áreas de baixa pressão,

c) A qual fenômeno correspondem os altos índices de precipitação?

Equador 0° Equador Trópico de Câncer 90° L HIMALAIA Mumbai Cherapunjee OCEANO ÍNDICO Nova Délhi Bangcoc Precipitação anual (mm) Menor que 25 De 51 a 100 De 101 a 200 De 26 a 50 De 201 a 400 Maior que 400 Direção dos ventos Capital 0 697 DACOSTA MAPAS OCEANO ÍNDICO Equador Equador 0° Trópico de Câncer 90° L HIMALAIA Nova Délhi Mumbai Cherapunjee Bangcoc Precipitação anual (mm) Menor que 25 De 51 a 100 De 101 a 200 De 26 a 50 De 201 a 400 Maior que 400 Direção dos ventos Capital 0 697 DACOSTA MAPAS
Fonte dos mapas: ATLAS of the world. Nova York: Oxford University Press, 2014. p. 79. Orientar os estudantes a ler o mapa para responder às questões.
MAMUNUR RASHID/NURPHOTO/AFP
OCEANO ÍNDICO Equador Equador 0° Trópico de Câncer 90° L HIMALAIA Nova Délhi Mumbai Cherapunjee Bangcoc Precipitação anual (mm) Menor que 25 De 51 a 100 De 101 a 200 De 26 a 50 De 201 a 400 Maior que 400 Direção dos ventos Capital 0 697 Equador 0° Equador Trópico de Câncer 90° L HIMALAIA Mumbai Cherapunjee OCEANO ÍNDICO Nova Délhi Bangcoc Precipitação anual (mm) Menor que 25 De 51 a 100 De 101 a 200 De 26 a 50 De 201 a 400 Maior que 400 Direção dos ventos Capital 0 697
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• A habilidade EF09GE02 pode ser desenvolvida com foco em analisar a atuação das corporações internacionais e das organizações mundiais na vida da população em relação ao consumo e à cultura.

• Trabalha-se a habilidade EF09GE04 ao serem relacionadas as diferenças de paisagens aos modos de viver de diferentes povos da Ásia.

• Contempla-se a habilidade EF09GE07 com ênfase em analisar os componentes físico-naturais da Eurásia.

• Atende-se à habilidade EF09GE09 com foco em analisar características de grupos de países asiáticos em seus aspectos populacionais e econômicos, e discutir pressões sobre seus ambientes físico-naturais.

• A habilidade EF09GE10 é trabalhada com foco em analisar impactos do processo de industrialização na produção e circulação de produtos na Ásia.

• Desenvolve-se a habilidade EF09GE17 ao explicar-se as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos da terra na Ásia.

• A habilidade EF09GE18 é atendida ao identificar e analisar as consequências dos usos de recursos naturais na Ásia.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Compreender as interações entre os elementos naturais e os impactos sobre as formações florestais na Ásia possibilita desenvolver o tema contemporâneo transversal Meio Ambiente, com destaque para a Educação Ambiental Para isso, promover a leitura coletiva do texto das páginas 168 e 169. Utilizar as cidades de Gyantsé, no Tibete, e de Darjeeling, na Índia, para exemplificar as interações entre clima e relevo e os impactos socioam-

Relações entre clima e relevo

O relevo é um dos fatores que influencia os climas do planeta. No continente asiático, mais especificamente em sua porção meridional, o planalto do Tibete e as grandes cadeias montanhosas exercem papel fundamental na dinâmica climática, desviando as massas de ar.

Durante as monções de verão, as massas de ar carregadas de umidade que vêm dos oceanos Índico e Pacífico são impedidas pelo Himalaia de seguir em direção ao norte. Com isso, ocorrem precipitações de neve sobre as montanhas e de chuva sobre os vales, alimentando os extensos rios que têm sua nascente na cordilheira.

Por outro lado, o bloqueio dessas massas de ar úmidas na encosta sul do Himalaia contribui com a formação de áreas desérticas frias ao norte do planalto do Tibete, como o Deserto de Gobi, na China e na Mongólia, e o Takla Makan, na China.

A cidade de Gyantsé (Tibete), por exemplo, está situada na encosta norte do Himalaia. A região, privada das massas de ar úmidas, apresenta áreas de Vegetação de Montanha, que se assemelham às Estepes semiáridas, e precipitação média anual em torno de 270 mm.

Já a cidade de Darjeeling (Índia), localizada na encosta sul do Himalaia, recebe a influência das massas de ar úmidas e apresenta áreas de Vegetação de Montanha com espécies mais exuberantes e com precipitação média anual superior a 3 000 mm.

bientais da monocultura da palmeira em áreas florestadas.

As características das florestas Tropical e Equatorial já devem ser de conhecimento dos estudantes por corresponderem a formações vegetais encontradas no território brasileiro, e por já terem sido estudadas em anos anteriores.

Questionar os estudantes sobre o conhecimento dessa ocorrência comum entre Ásia e Brasil e como isso pode ser explicado. Espera-se que eles relacionem essa ocorrência ao clima equatorial,

predominante nas áreas de baixas latitudes. A seguir, se considerar oportuno, destacar algumas características das demais formações florestais que ocorrem na Ásia:

• Florestas Temperada e Subtropical – caracterizam-se pela pequena variedade de espécies vegetais, se comparadas às florestas Tropical e Equatorial, predominando pinheiros ou plantas caducifólias, que perdem as folhas no inverno para reduzir a perda de água. Ocorrem em uma faixa não contínua de leste a oeste, abrangen-

BNCC
Cidade de Gyantsé, Tibete, 2019. Cidade de Darjeeling, Índia, 2019.
TUUL AND BRUNO MORANDI/ALAMY/FOTOARENA 168
LAOMA/ALAMY/FOTOARENA
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Formações florestais na Ásia

No continente asiático, ocorrem formações florestais diversas: Floresta Boreal (ou Taiga), florestas Tropical e Equatorial, Savanas e florestas Temperada e Subtropical. As formações florestais vêm sendo devastadas ao longo dos séculos. A Floresta Boreal, que ocupa as regiões frias ao norte do continente, é a mais conservada. Por outro lado, extensas áreas de florestas Tropical e Equatorial, localizadas a sul e sudeste do continente, estão sendo desmatadas para dar lugar à monocultura da palmeira, árvore da qual se extrai o fruto usado na produção do óleo de palma. Por ser muito barato, esse óleo é usado como ingrediente de vários produtos (chocolate, sorvete, sabonete, xampu etc.) fabricados por grandes empresas multinacionais.

Sobre a produção de óleo de palma, que é uma das principais causas do desmatamento no Sudeste Asiático, sugerimos ler para os estudantes o excerto da seção Texto complementar Se julgar oportuno, comentar que, ao ser transformado, o óleo de palma (identificado nos rótulos das embalagens como óleo ou gordura vegetal) passa a conter gorduras prejudiciais à saúde das pessoas. No entanto, em seu estado bruto (conhecido no Brasil como óleo de dendê), é fonte de importantes vitaminas. Essa informação se relaciona ao tema transversal contemporâneo Saúde, com destaque para a Educação Alimentar e Nutricional

TEXTO COMPLEMENTAR

Estudo mostra que expansão para produção de óleo de palma pode afetar florestas em 20 países

[...] Nos últimos anos, a produção de óleo de palma tem aumentado a ponto de tornar o óleo vegetal dominante globalmente. [...]

[...]

A exploração do óleo de palma costuma ser feita de forma predatória, ou seja, prejudicando as comunidades tradicionais que dependem das florestas para tirar o sustento. Como muitas dessas comunidades não vivem em áreas legalmente demarcadas, há empresas que conseguem licença para explorá-las economicamente, desconsiderando as necessidades da população local. Além disso, os trabalhadores estão sujeitos a más condições de trabalho.

Nos últimos anos, empresas e organizações ambientalistas, como o Greenpeace, têm realizado campanhas a favor da produção sustentável do óleo de palma para evitar a expansão do desmatamento e preservar o modo de vida de comunidades tradicionais.

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do principalmente áreas do Japão, da China, das Coreias, dos países da Ásia Central e da Turquia, inseridas na zona climática temperada. As estações do ano são bem demarcadas, com verões suaves a quentes e invernos frios, com temperaturas inferiores a 0 ºC e queda de neve em muitas áreas. A primavera e o verão apresentam temperaturas amenas.

• Floresta Boreal ou Taiga – apresenta formações vegetais homogêneas, constituídas principalmente por coníferas (pinheiros), ocorrendo em

áreas de clima frio. Caracteriza-se por temperaturas médias anuais muito baixas. O verão é curto e o inverno é longo e bastante rigoroso, com intensa precipitação de neve.

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• Savanas – são formações vegetais que apresentam paisagens diversas, que vão de campos mais abertos a formações florestais. Estão associadas ao clima tropical. Lembrar aos estudantes que o Cerrado brasileiro pode ser classificado também como Savana.

“Quase toda a palma de óleo cresce em áreas que eram florestas úmidas tropicais e, no Brasil, isso é um risco futuro para áreas da Amazônia, por exemplo. A expansão desse mercado ameaça a biodiversidade e aumenta as emissões de gases de efeito estufa em todo o mundo. Florestas em todas as quatro regiões de produção são importantes para a biodiversidade, contendo muitas espécies de mamíferos e aves em risco de extinção. Uma das sugestões seria utilizar áreas já desmatadas e inativas para o plantio desse produto”, informa Clinton Jenkins, pesquisador do Ipê e professor da Escas [Instituto de Pesquisas Ecológicas].

ESTUDO mostra que expansão para produção de óleo de palma pode afetar florestas em 20 países. Ipê. Nazaré Paulista, 1 ago. 2016. Disponível em: https://www. ipe.org.br/ultimas-noticias/767-estudo -mostra-que-expansao-para-producao-de -oleo-de-palma-pode-afetar-florestas-em -20-paises. Acesso em: 10 ago. 2022.

WHITCOMBERD/ISTOCK/GETTY IMAGES Na fotografia, frutos de palma colhidos em plantação na Indonésia, 2021.
RIKY GUSTI HANDRIAN/ ISTOCK/GETTY IMAGES
Área desmatada para introdução do cultivo de palmeiras na ilha de Bórneu, Brunei, 2021.
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• A habilidade EF09GE09 é trabalhada com ênfase em analisar características de grupos de países asiáticos em seus aspectos populacionais.

• Contempla-se a habilidade EF09GE15 com foco em comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações populacionais representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.

• A habilidade EF09GE17 é desenvolvida com ênfase em explicar a influência das características físico-naturais na forma de ocupação do território na Ásia.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Na página 170, chamar a atenção dos estudantes para a distribuição desigual da população africana pelo território. Comentar a forte influência dos fatores físico-naturais nessa distribuição. No entanto, é importante destacar que os fatores históricos e as técnicas desenvolvidas ao longo do tempo, que permitem a grupos humanos alterar ou controlar condições naturais, muitas vezes consideradas rigorosas, também influenciam a distribuição da população. Essa ressalva é importante para evitar uma análise que remeta a um determinismo natural. Utilizar o mapa “Ásia: distribuição da população – 2021” para identificar as áreas mais densamente povoadas do continente.

Na atividade 1, as áreas do território asiático com baixas densidades demográficas correspondem às áreas de deserto, de cordilheiras e de climas polar e frio. Essas áreas são pouco povoadas em virtude das condições naturais adversas. Se necessário, solicite aos estudantes que consulte os mapas “Ásia: físico” (página 163) e de “Ásia: climas” (página 166).

2 ASPECTOS DA POPULAÇÃO

A distribuição desigual da população asiática pelo continente é resultado da integração de fatores históricos, econômicos e naturais. Ao longo do tempo, os agrupamentos humanos se estabeleceram principalmente nas planícies e nas áreas próximas a rios ou solos favoráveis à produção agrícola.

Ainda na atualidade, há grande concentração populacional nos vales e planícies de importantes rios localizados na Índia, em Bangladesh e na China, países que estão entre os dez mais populosos do mundo. O Extremo Oriente e toda a faixa litorânea da Ásia também são regiões densamente povoadas. Analise o mapa.

Ásia: distribuição da população – 2021

CírculoPolarÁrtico

TrópicodeCâncer

Fonte: ISTITUTO GEOGRAFICO DE AGOSTINI. Atlante geografico metodico De Agostini Novara: Istituto Geografico de Agostini, 2021. p. 98.

Faça as atividades em seu caderno.

1 Que áreas naturais do território asiático apresentam baixa densidade demográfica? Por quê?

2 Que regiões da Ásia são mais povoadas? Consultar comentários em Orientações didáticas.

Na página 171, destacar o processo de urbanização da Ásia, com o rápido crescimento das cidades. Ressaltar que, em 2021, a população urbana tornou-se maior que a população rural. Analisar com os estudantes o mapa “Ásia: população urbana (em %) – 2021” para identificar os diferentes “estágios” de urbanização entre os países africanos.

Na atividade 5, espera-se que os estudantes mencionem que se trata de países pouco indus-

trializados, em que as oportunidades de trabalho nas cidades são menos frequentes. Pode-se destacar o caso da Índia, que, apesar de ter um parque industrial diversificado, apresenta população muito numerosa. Por esse motivo, as cidades não seriam suficientes para absorver tamanha oferta de mão de obra.

BNCC OCEANO PACÍFICO Mar do Japão OCEANO GLACIAL ÁRTICO MarNegro OCEANO ÍNDICO Golfo de Bengala Mar de Okhotsk 90° L 0°
Mar da China Meridional Mar da China Oriental Equador Damasco Telaviv Beirute Amã Manila Kuala Lumpur Katmandu Phnom Penh Bangcoc Jacarta Calcutá Tashkent Ulan Bator Tóquio Pyongyang Seul Beijing Ancara Bagdá Teerã Riad Sana Taipé Hanói Nova Délhi Islamabad Male Colombo Kabul Mumbai Lahore Shenzen Istambul Xangai Bangalore Cingapura Dubai Dacca Densidade da população (habitantes por km²) De 0 a 1 De 1 a 10 De 10 a 25 De 25 a 50 De 50 a 100 De 100 a 200 Mais de 200 Áreas desabitadas Habitantes nos aglomerados urbanos ou áreas metropolitanas (em milhões) De 1 a 2,5 De 2,5 a 5 De 5 a 10 Mais de 10 De 500 a 1 000 De 1 000 a 2 500 De 2 500 a 5 000
5
centros urbanos
milhares) 0 909 SONIA VAZ
Mais de
000 Habitantes nos
(em
OCEANO PACÍFICO Mar do Japão OCEANO GLACIAL ÁRTICO MarNegro OCEANO ÍNDICO Golfo de Bengala Mar de Okhotsk 90° L 0°
Mar da China Meridional Mar da China Oriental Equador Damasco Telaviv Beirute Amã Manila Kuala Lumpur Katmandu Phnom Penh Bangcoc Jacarta Calcutá Tashkent Ulan Bator Tóquio Pyongyang Seul Beijing Ancara Bagdá Teerã Riad Sana Taipé Hanói Nova Délhi Islamabad Male Colombo Kabul Mumbai Lahore Shenzen Istambul Xangai Bangalore Cingapura Dubai Dacca Densidade da população (habitantes por km²) De 0 a 1 De 1 a 10 De 10 a 25 De 25 a 50 De 50 a 100 De 100 a 200 Mais de 200 Áreas desabitadas Habitantes nos aglomerados urbanos ou áreas metropolitanas (em milhões) De 1 a 2,5 De 2,5 a 5 De 5 a 10 Mais de 10 De 500 a 1 000 De 1 000 a 2 500 De 2 500 a 5 000 Mais de 5 000 Habitantes nos centros urbanos (em milhares) 0 909 170
TrópicodeCâncer CírculoPolarÁrtico
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População urbana e rural

A distribuição da população asiática é bastante desigual quando considerada a ocupação de áreas urbanas e rurais. No entanto, nas últimas décadas, a população urbana tem crescido de maneira acelerada e, em 2021, a população urbana ultrapassou a população rural, com 51,7% das pessoas vivendo em cidades.

A projeção é que a urbanização continue a crescer nas próximas décadas, especialmente em razão do intenso êxodo rural, explicado em parte pelas condições precárias da vida no campo e pela busca de melhores condições de vida nas cidades. Em muitos países asiáticos, o crescimento da população urbana também está relacionado ao intenso crescimento da produção industrial. Assim, alguns países do continente apresentam elevadas taxas de urbanização, como Cingapura, que não possui população rural.

Analise o mapa e faça as atividades em seu caderno.

Ásia: população urbana (em %) – 2021

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor

• LUCENA, Leandro Pessoa de; MASSUIA, Fernanda Mariano. O papel da moderna agricultura urbana de Singapura na política de segurança alimentar e na contribuição da redução de emissão de CO2 na atmosfera. Revista Brasileira de Gestão Urbana, Curitiba, v. 13, 2021. Disponível em: https://www.redalyc.org/journal /1931/193165650044/html/.

Acesso em: 10 ago. 2022. O artigo trata da importância da agricultura urbana para a segurança alimentar em Cingapura, país asiático 100% urbano.

• MING, Ye. Os jovens e solitários corações das cidades em declínio na China. National Geographic, São Paulo, 17 jan. 2019. Disponível em: https://www.national geographicbrasil.com/cultura/20 19/01/os-jovens-e-solitarios-cora coes-das-cidades-em-declinio-na -china. Acesso em: 10 ago. 2022. Artigo sobre as consequências do declínio das pequenas cidades na China.

Elaborado com base em: UNITED NATIONS. Department of Economic and Social Affairs. Population Dynamics. World urbanization prospects: the 2018 revision. New York: United Nations, 2018. Disponível em: https://population.un.org/wup/Download. Acesso em: 23 fev. 2022.

3 Cite dois países em que a população urbana está entre 81% e 100% da população total.

4 Identifique dois países em que a população urbana corresponde a até 40% do total.

5 Elabore hipóteses que justifiquem os índices de urbanização nos países que você citou em resposta à atividade 4.

Índia, Afeganistão, Bangladesh, Vietnã, Sri Lanka, Paquistão, Nepal, entre outros. Consultar comentários em Orientações didáticas.

OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO 60ºL 0º 0º EUROPA ÁFRICA Círculo Polar Ártic o OCEANO GLACIAL ÁRTICO TrópicodeCâncer Equador 80º N De 0 a 20 De 21 a 40 De 41 a 60 De 61 a 80 De 81 a 100 População urbana do país (em %) 0 980
SONIA VAZ 171
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3. Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Barein, Cingapura, Catar, Líbano, Kuwait, Jordânia, Israel, Japão e Coreia do Sul.
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• A habilidade EF09GE04 é atendida com foco em relacionar diferenças de paisagens aos modos de viver de diferentes povos na Ásia.

• Contempla-se a habilidade EF09GE09 com ênfase em analisar características de grupos de países asiáticos em seus aspectos populacionais, urbanos e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas e pressões sobre seus ambientes físico-naturais.

• O trabalho com a habilidade EF09GE15 é realizado ao comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações populacionais representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Promover a leitura coletiva do texto da página 172. Explicar o conceito de aglomeração urbana: conjunto formado por duas ou mais cidades vizinhas. Geralmente, há uma cidade principal, que é mais populosa e exerce forte influência sobre as demais. Ao analisar o mapa “Mundo: aglomerações urbanas mais populosas – projeção para 2035”, é importante destacar que aglomerados urbanos dos chamados países em desenvolvimento cresceram bastante nas últimas décadas e, segundo projeções, alguns terão elevado ritmo de crescimento: em 2035, das dez aglomerações mais populosas, seis estarão na Ásia, duas na África e duas na América. Na página 173, explorar um pouco mais o Objetivo do Desenvolvimento do Milênio (ODM) 11, com o auxílio do excerto sugerido na seção Texto complementar A análise do ODM 11 possibilita desenvolver o tema contemporâneo transversal Cidadania e Civismo, com destaque para a Educação em Direitos Humanos

Aglomerações urbanas

China e Índia são os dois países mais populosos do mundo. Embora tenham grande parte da população vivendo no campo (na Índia, a população rural é maioria), as enormes populações absolutas garantem grande número de habitantes nas cidades. A população urbana chinesa, por exemplo, é de aproximadamente 900 milhões de pessoas.

Assim como acontece em muitos outros países em desenvolvimento, o crescimento urbano de países asiáticos ocorre de maneira bastante rápida e intensa, com grande parte da população ocupando áreas periféricas, com moradias e serviços públicos precários.

Analise o mapa das maiores aglomerações urbanas do mundo.

Mundo: aglomerações urbanas mais populosas –projeção para 2035

Elaborado com base: UNITED NATIONS. Department of Economic and Social Affairs. Population Dynamics. World urbanization prospects: the 2018 revision. Data Query. New York: United Nations, 2018. Disponível em: https://population.un.org/wup/DataQuery/. Acesso em: 25 fev. 2022.

Faça as atividades em seu caderno.

1 Em qual continente se situa a maior parte das aglomerações urbanas mais populosas do mundo? Ásia.

2 Liste três aglomerações urbanas asiáticas que possuem mais de 15 milhões de habitantes, indicando o país onde se localizam. Se achar necessário, consulte o mapa “Ásia: divisão política e regional” (página 162).

China: Beijing, Xangai, Chongqing / Índia: Délhi, Mumbai, Calcutá / Bangladesh: Dacca / Japão: Tóquio, Osaka / Turquia: Istambul / Paquistão: Karachi

3 Analise novamente o mapa “Ásia: população urbana (em %) – 2021”, da página 171. Os países citados na resposta anterior são os mais urbanizados do continente? Justifique sua resposta. Não, apenas o Japão está entre os mais urbanizados.

Na atividade 5, dividir a turma em grupos; cada um deve ficar responsável por analisar dois itens do ODM 11 em uma cidade asiática, investigando quais ações foram encaminhadas para atingir o objetivo exposto. Esta atividade e a seção Investigar lugares possibilitam desenvolver práticas de pesquisa como levantamento bibliográfico, análise ambiental, tomada de notas e construção de relatórios (consultar tópico Práticas de pesquisa nas Orientações gerais deste Manual).

TEXTO COMPLEMENTAR

Objetivo 11. Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis

11.1 Até 2030, garantir o acesso de todos à habitação segura, adequada e a preço acessível, e aos serviços básicos e urbanizar as favelas.

11.2 Até 2030, proporcionar o acesso a sistemas de transporte seguros, acessíveis, sustentáveis e a preço acessível para todos, melhorando a

BNCC SONIA VAZ OCEANO PACÍFICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO OCEANO ÍNDICO Equador Trópico de Capricórnio Trópico de Câncer Círculo Polar Antártico Círculo Polar Ártico Meridiano de Greenwich 0° 0° Tóquio Nova Délhi Moscou Mumbai São Paulo Dacca Cidade do México Nova York Calcutá Shangai Karachi Kinshasa Beijing Manila Buenos Aires Los Angeles Cairo Rio de Janeiro Istambul Bogotá Osaka-Kobe Shenzhen Chongqing Paris Londres Lahore Tianjin Guangzhou Bangalore Chennai (Madras) Lagos Luanda Lima Bagdá Teerã Jacarta Bangcoc Ho Chi Minh Seul Kuala Lumpur Chengdu Wuhan Xi’han Dar es Salaam 0 2 383 De 21 a 25 Mais de 25 Áreas metropolitanas e aglomerados urbanos (em milhões de habitantes) De 16 a 20 De 10 a 15
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Na Unidade 2 foram estudados aspectos dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela ONU. Considerando a rápida e intensa urbanização de muitos países, o objetivo número 11 se refere à vida nas cidades: “Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis”. Analise as fotografias.

Resiliente: que é capaz de se adaptar ou se recuperar de situações desfavoráveis.

Bairro carente em Mumbai, na Índia, em 2019.

4. Mumbai, na Índia, e Dacca, em Bangladesh. Na fotografia 1, foi retratado o problema de moradias precárias e, na fotografia 2, a contaminação de rio.

11.7 Até 2030, proporcionar o acesso universal a espaços públicos seguros, inclusivos, acessíveis e verdes, particularmente para as mulheres e crianças, pessoas idosas e pessoas com de ciência.

11.a Apoiar relações econômicas, sociais e ambientais positivas entre áreas urbanas, periurbanas e rurais, reforçando o planejamento nacional e regional de desenvolvimento.

4 Escreva em seu caderno quais cidades e quais problemas foram retratados nas fotografias.

5 Em grupo, pesquisem ações realizadas para atingir o ODS 11 nas grandes aglomerações urbanas de países asiáticos. Para isso, procurem documentos oficiais e estudos científicos que relatem ações de organizações governamentais e não governamentais. Registrem as principais informações encontradas e elaborem um relatório analítico avaliando se as ações tiveram bons resultados e quais delas poderiam ser aplicadas em cidades brasileiras.

Lixo acumulado nas margens de rio em Dacca, Bangladesh, em 2022.

5. Orientar os estudantes na pesquisa indicando algumas fontes, como sites das embaixadas dos países, de organizações não governamentais, da ONU, entre outros.

• INVESTIGAR LUGARES

Que políticas públicas têm sido aplicadas para a melhoria das condições de vida nas cidades da Unidade da Federação onde você vive? Faça uma pesquisa sobre isso e converse com o professor e os colegas a respeito da situação das cidades da sua UF, fazendo um paralelo com as situações pesquisadas sobre as cidades asiáticas.

Orientar os estudantes na pesquisa indicando algumas fontes, como sites de secretarias e órgãos governamentais, de agências da ONU no Brasil e de organizações não governamentais.

segurança rodoviária por meio da expansão dos transportes públicos, com especial atenção para as necessidades das pessoas em situação de vulnerabilidade, mulheres, crianças, pessoas com deficiência e idosos.

11.3 Até 2030, aumentar a urbanização inclusiva e sustentável, e as capacidades para o planejamento e gestão de assentamentos humanos participativos, integrados e sustentáveis, em todos os países.

11.4 Fortalecer esforços para proteger e salvaguardar o patrimônio cultural e natural do mundo.

11.5 Até 2030, reduzir significativamente o número de mortes e o número de pessoas afetadas por catástrofes e substancialmente diminuir as perdas econômicas diretas causadas por elas em relação ao produto interno bruto global, incluindo os desastres relacionados à água, com o foco em proteger os pobres e as pessoas em situação de vulnerabilidade.

11.6 Até 2030, reduzir o impacto ambiental negativo per capita das cidades, inclusive prestando especial atenção à qualidade do ar, gestão de resíduos municipais e outros.

11.b Até 2020, aumentar substancialmente o número de cidades e assentamentos humanos adotando e implementando políticas e planos integrados para a inclusão, a eficiência dos recursos, mitigação e adaptação às mudanças climáticas, a resiliência a desastres; e desenvolver e implementar, de acordo com o Marco de Sendai para a Redução do Risco de Desastres 20152030, o gerenciamento holístico do risco de desastres em todos os níveis.

11.c Apoiar os países menos desenvolvidos, inclusive por meio de assistência técnica e financeira, para construções sustentáveis e resilientes, utilizando materiais locais.

OBJETIVO 11: tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis. Nações Unidas Brasil. Brasília, DF, c2022. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/11/. Acesso em: 11 ago. 2022.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor

• BRASIL. Secretaria de Direitos Humanos. Direito à moradia adequada. Brasília, DF: SDH/ PR, 2013. Disponível em: https:// unesdoc.unesco.org/ark:/48223/ pf0000225430. Acesso em: 11 ago. 2022.

Conceituação e situação atual do direito à moradia no Brasil, garantido como direito fundamental pela Constituição.

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Competências

• Gerais: 2 e 10

• Ciências Humanas: 2, 3, 5 e 7

• Geografia: 1, 3, 4, 5 e 7

• Atende-se à habilidade EF09GE09 com ênfase em analisar características de países asiáticos em seus aspectos populacionais e econômicos e discutir desigualdades econômicas.

• O trabalho com a habilidade EF09GE14 é feito com foco em interpretar anamorfoses geográficas para analisar e sintetizar dados e informações sobre diferenças e desigualdades sociopolíticas.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Encaminhar a análise coletiva das anamorfoses apresentadas nesta seção. Explicar aos estudantes que a anamorfose faz parte das chamadas transformações cartográficas, produzidas com base em formas geométricas ou com a distorção do contorno dos territórios. Sobre o assunto, ler excerto sugerido na seção Texto complementar. Se possível, acessar as páginas de internet sugeridas na seção Ampliando horizontes e explorar com os estudantes as diversas anamorfoses.

Para que identifiquem os países e comparem os territórios representados nas anamorfoses com os territórios representados proporcionalmente à extensão real, orientar os estudantes a consultar o mapa “Planisfério: político” na página 284. Encaminhar as atividades de 1 a 4, que auxiliam na análise das representações cartográficas e na sistematização do conteúdo.

Na atividade 2, a área de cada país não permaneceu a mesma em cada um dos mapas porque as informações representadas são diferentes. No mapa 1, foi representada a população absoluta e, no mapa 2, o PIB, informações que têm valores numéricos diferentes.

Aspectos populacionais em anamorfose

Nos chamados mapas em anamorfose, as formas dos territórios, como países ou continentes, são deformadas de acordo com as informações representadas. Em outras palavras, os territórios são “inflados” ou “desinflados” de maneira proporcional. Analise as anamorfoses a seguir.

Mundo: população absoluta – 2021 (anamorfose)

Fonte: WORLDMAPPER. Grid People Population 2020. Worldmapper. Oxford, 2020. Disponível em: https://worldmapper.org/wp-content/uploads/2018/04/Grid_People_Population_2020.png. Acesso em: 23 fev. 2022.

Mundo: PIB – 2021 (anamorfose)

Fonte: WORLDMAPPER. GDP wealth 2018. Worldmapper. Oxford, 2018. Disponível em: https:// worldmapper.org/maps/gdp-2018/. Acesso em: 23 fev. 2022.

BNCC África América Anglo-Saxônica América Latina Europa e Rússia Oceania Ásia Fronteira DACOSTA MAPAS África América Anglo-Saxônica América Latina Europa e Rússia Oceania Ásia Fronteira DACOSTA MAPAS
MAPAS INTERAGIR COM
1 2 174 NÃO ESCREVA NO LIVRO.
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3. China (1,4 bilhão de pessoas); Índia (1,4 bilhão de pessoas); Indonésia (274 milhões de pessoas) e Paquistão (231 milhões de pessoas).

Nas anamorfoses apresentadas nesta seção, os tamanhos dos países foram bastante deformados. Enquanto alguns tiveram seu território aumentado, outros apresentam seu território bastante diminuído. No mapa 1, os países mais populosos ganharam destaque, especialmente a China e a Índia. Analise os dados no quadro a seguir e relacione-os com o mapa 1.

Mundo: países mais populosos – 2021

Auxiliar os estudantes na leitura e interpretação de informações dos mapas e quadros para a elaboração das respostas às atividades.

Fonte: UNITED NATIONS. Data Portal Population Division. UN Population Division Data Portal: interactive access to global demographic indicators. New York: United Nations, 2021. Disponível em: https://population.un.org/ dataportal/home. Acesso em: 29 jul. 2022.

No mapa 2, os países que ficaram em destaque foram aqueles com maior produto interno bruto (PIB). Os países com menor PIB praticamente “desapareceram” da representação. Compare os dados do quadro a seguir com o mapa 2.

Mundo: maiores PIBs – 2021

1. As áreas representadas nos mapas não correspondem às áreas reais dos países, pois o desenho do território de cada país sofreu variações de acordo com o valor da informação representada.

Fonte: INTERNATIONAL MONETARY FUND. GDP, current prices Washington, DC. International Monetary Fund, c2022. Disponível em: https://www.imf. org/external/datamapper/ NGDPD@WEO/ADVEC. Acesso em: 25 fev. 2022.

Responda às questões em seu caderno.

1 As áreas representadas nos mapas se relacionam às áreas reais dos países? Consulte o planisfério político da página 268 para justificar sua resposta.

2 Compare o mapa 1 e o mapa 2 e explique por que a área de cada país não é a mesma em cada um dos mapas.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

3 Entre os países mais populosos do mundo, quantos estão localizados na Ásia?

4 No mapa 2, quais continentes foram representados com maior número de países “inflados”? Por que isso ocorreu? Explique sua resposta analisando o segundo quadro.

Os continentes asiático e europeu são os que apresentam a maior quantidade de países “inflados”, pois cada um apresenta três países entre os maiores PIBs mundiais.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor

• WORLDMAPPER. [S l.], c2022. Site. Disponível em: https://worldmapper.org/. Acesso em: 11 ago. 2022.

Nesse link, é possível ter acesso a uma grande quantidade de mapas criados utilizando-se a técnica da anamorfose, sobre os mais variados temas.

• MARTINELLI, Marcello. Reflexões de cartografia temática nas transformações cartográficas. Confins, [S l.], n. 28, 2016. Disponível em: https://journals. openedition.org/confins/11040. Acesso em: 11 ago. 2022.

O texto aborda os tipos de transformações cartográficas, das quais fazem parte as anamorfoses.

Transformações cartográficas

Graças aos grandes progressos da computação e da informática, com a disponibilidade de tecnologias avançadas, a cartografia foi enormemente beneficiada, passando de analógica para digital. Assim, não só apresentou grande desenvolvimento da produção dos mapas dado às vantagens do meio digital, como também possibilitou inúmeras inciativas para novas representações a partir de dados georreferenciados. Trata-se das transformações cartográficas. Elas estariam fundamentadas na valorização dos padrões espaciais que os atributos ou as variáveis constroem, atentando mais para o respectivo aspecto morfológico, em vez de ficarem apenas presas às constatações das distribuições geográficas. [...]

As anamorfoses propriamente ditas seriam verdadeiras transformações cartográficas, mais apropriadamente denominadas [...] transformações cartográficas espaciais, pois, graças a uma operação matemática, fazem o mapa passar de uma forma para outra do mesmo espaço, privilegiando na visualização o tema focalizado, além de admitirem uma única solução.

São realizadas a partir de uma superfície uniforme que sofreria dilatações ou contrações de forma contínua, por conta de uma força, em função do maior ou menor valor da variável considerada.

MARTINELLI, Marcello. Mapas da geografia e cartografia temática. São Paulo: Contexto, 2011. p. 127-130.

TEXTO COMPLEMENTAR
175
País Habitantes (milhões) China 1 426 Índia 1 408 Estados Unidos 337 Indonésia 274 Paquistão 231 Brasil 214 Nigéria 213
País PIB (trilhões de US$) Estados Unidos 24,8 China 18,4 Japão 5,3 Alemanha 4,5 Reino Unido 3,4 Índia 3,2 França 3,1
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BNCC

• A habilidade EF09GE09 é atendida com ênfase em analisar características de países e grupos de países asiáticos em seus aspectos populacionais e discutir desigualdades sociais e econômicas.

• Trabalha-se a habilidade EF09GE15 com foco em comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações populacionais e econômicas.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Promover a leitura compartilhada de texto e imagens desta dupla de páginas. Fazer pausas para comentários e esclarecimentos de dúvidas.

Ao encaminhar a análise do gráfico da página 176, destacar que a regionalização proposta é a utilizada para organizar e analisar os dados do Relatório de Desenvolvimento Humano, anualmente publicado pelo Programa de Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Se necessário explique a turma o significado de OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que tem como membros os seguintes países: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Chile, Colômbia, Coreia do Sul, Costa Rica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Israel, Itália, Japão, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, México, Noruega, Nova Zelândia, Países Baixos, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia, Suíça e Turquia. Se julgar pertinente, orientar os estudantes a consultar o último Relatório de Desenvolvimento Humano disponível no Pnud e conferir se algo mudou desde a edição deste volume (consultar link em Ampliando horizontes). Encaminhar as atividades 1 a 4, que auxiliam na análise do gráfico.

Indicadores sociais

Analise

Mundo: Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) por regiões – 1990-2019

Fonte: UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME. Human Development Reports

Data download. New York: UNDP, c2022. p. 354. Disponível em: http://hdr.undp.org/en/content/ download-data.

Acesso em: 24 fev. 2022.

*A Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico, OCDE, foi fundada em 1961 e conta com 36 países-membros. Seu objetivo é promover políticas que melhorem o bem-estar econômico e social no mundo todo. Brasil, Estados Unidos, China e Japão integram a organização.

Em seu caderno, responda às questões.

1 Como foi a evolução do IDH nas diferentes regiões entre 1990 e 2019? Caracterize o IDH da região “Leste da Ásia e Pacífico” nesse intervalo de tempo.

2 Para a produção do gráfico, em quais regiões o continente asiático foi dividido? No seu entendimento, qual foi o critério utilizado na regionalização da Ásia para a elaboração do gráfico do IDH?

Consultar comentários em Orientações didáticas.

3 Que região asiática apresentada no gráfico tinha o IDH mais elevado em 2019? No seu entendimento, por que essa região apresentou esse desempenho?

Consultar comentários em Orientações didáticas.

4 Que região tinha o IDH mais baixo?

O Sul da Ásia, onde se situa Bangladesh.

De acordo com o Relatório do Desenvolvimento Humano de 2020, 10 países asiáticos e o território de Hong Kong tinham IDH muito elevado, com destaque para este último e Cingapura. A maioria dos países asiáticos, porém, apresentava IDH médio ou elevado.

1. Ocorreu crescimento do índice em todas as regiões do mundo. Chama a atenção a região “Leste da Ásia e Pacífico”, que mudou de IDH “baixo” para “elevado”.

Para a atividade 2, espera-se a seguinte resposta: Ásia Central, Leste da Ásia e Pacífico, Estados Árabes e Sul da Ásia. Os estudantes deverão perceber que há uma heterogeneidade entre os países asiáticos e que a regionalização facilita a análise dos elementos que compõem o IDH.

Na atividade 3, os estudantes deverão responder que a Ásia Central, onde se localiza o Cazaquistão, apresentava o maior IDH do continente asiático. Espera-se que indiquem que o

IDH dessa região foi alavancado pelos indicadores dos países europeus que, nesse gráfico, formam uma região.

Na página 177, destacar as diferenças e desigualdades nos indicadores socioeconômicos entre os países asiáticos. Utilizar o quadro e as atividades 5 a 7 para sistematizar essas

informações. 0,300 0,550 Médio (0,550-0,699) Baixo (menos que 0,550) Elevado (0,700-0,799) Muito elevado (0,800 ou melhor) 0,700 0,800 (valor do índice de desenvolvimento humano) 1990 2000 2010 2019 Ano OCDE* Europa e Ásia Central América Latina e Caribe Leste da Ásia e Pacífico Mundo Estados Árabes Sul da Ásia África Subsaariana SONIA VAZ
o gráfico.
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Nas últimas décadas, os países asiáticos apresentaram significativas melhorias sociais, principalmente os emergentes – China, Índia, Coreia do Sul, Tailândia, Turquia, Indonésia e Malásia – e os produtores de petróleo – como Omã, Emirados Árabes Unidos, Catar, Irã, Arábia Saudita e Kuwait.

Apesar dessas melhorias, ainda há na Ásia países com graves problemas socioeconômicos que se refletem nos baixos indicadores sociais. Em 2019, dos 33 países com IDH baixo, dois estavam localizados na Ásia: Afeganistão e Iêmen. Esses países enfrentam situações de guerras e conflitos recentes que afetam suas economias e provocam a diminuição significativa da esperança de vida da população.

Analise o quadro com os indicadores sociais de alguns países asiáticos.

Ásia: IDH e indicadores socioeconômicos (países selecionados) – 2019

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor

• UNDP. Human Development Reports. Nova York, c2022. Disponível em: https://hdr.undp.org/. Acesso em: 11 ago. 2022. Link para acessar Relatórios de Desenvolvimento Humano.

Fonte: UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME. Human Development Report 2020. New York: UNDP, 2020. p. 343-345. Disponível em: https://hdr.undp.org/system/files/documents//hdr2020pdf.pdf. Acesso em: 21 ago. 2022.

Responda às questões em seu caderno.

5 Dos países listados no quadro, qual deles apresenta a maior e a menor esperança de vida ao nascer?

Maior: Hong Kong; Menor: Afeganistão.

6 Qual indicador econômico que compõe o IDH não foi apresentado no quadro?

Renda per capita

7 Com base nos dados apresentados, o que se pode concluir sobre os países asiáticos quanto aos indicadores sociais?

Espera-se que os estudantes concluam que há uma grande diversidade socioeconômica na Ásia.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR

Orientar os estudantes na elaboração de um mapa, depois de discutirem a melhor variável visual para representar a classificação das regiões de acordo com o IDH. Sugerimos que utilizem a variável visual valor, adotando tonalidades diferentes de uma mesma cor ou hachuras. O importante é passar a ideia de hierarquia, indo do baixo desenvolvimento humano ao desenvolvimento humano muito elevado.

Para a produção do mapa, os estudantes podem usar papel transparente e fazer um decalque do mapa “Planisfério: político”, na página 284 Propor a observação dos dados do quadro da página 177 e relembrar, se necessário, a definição dos indicadores nele contidos, retomando os conceitos de IDH, estudados na Unidade 2. Destacar que os baixos indicadores da Síria, do Afeganistão e do Iêmen estão relacionados ao contexto das guerras que envolveram esses países.

País IDH Posição no ranking mundial Esperança de vida ao nascer (em anos) Expectativa de anos de estudos Desenvolvimento humano muito elevado Hong Kong (China) 4o 0,949 84,9 16,9 Cingapura 11o 0,938 83,6 16,4 Japão 19o 0,919 84,6 15,2 Catar 45o 0,848 80,2 12 Desenvolvimento Humano elevado Irã 70o 0,783 76,7 14,8 China 85o 0,761 76,9 14 Desenvolvimento Humano Médio Índia 131o 0,645 69,7 12,2 Síria 151o 0,567 72,7 8,9 Paquistão 154o 0,557 67,3 8,3 Desenvolvimento Humano Baixo Afeganistão 169o 0,511 64,8 10,2 Iêmen 179o 0,470 66,1 8,8
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Competências

• Gerais: 1, 2, 9 e 10

• Ciências Humanas: 1, 4, 5, 6 e 7

• Geografia: 3, 4, 6 e 7

• Contempla-se a habilidade EF09GE03 com foco em identificar diferentes manifestações culturais como forma de compreender a multiplicidade cultural mundial, defendendo o respeito às diferenças.

• O trabalho com a habilidade EF09GE09 está em analisar características de grupos de países europeus, asiáticos e da Oceania em seus aspectos populacionais.

• A habilidade EF09GE14 é atendida com foco em interpretar mapas temáticos e analisar e sintetizar dados e informações sobre a diversidade religiosa no mundo.

• Desenvolve-se a habilidade EF09GE15 ao comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em dados populacionais representadas em mapas temáticos

Interdisciplinaridade com...

História:

• EF09HI36 Identificar e discutir as diversidades identitárias e seus significados históricos no início do século XXI, combatendo qualquer forma de preconceito e violência.

Ensino Religioso:

• EF09ER01 Analisar princípios e orientações para o cuidado da vida e nas diversas tradições religiosas e filosofias de vida.

• EF09ER06 Reconhecer a coexistência como uma atitude ética de respeito à vida e à dignidade humana.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

O conteúdo desta seção possibilita desenvolver a interdisciplinaridade com História e Ensino Religioso ao desenvolver,

Religiões no mundo

Orientar os estudantes a analisar com mais atenção o Brasil e o continente asiático.

As chamadas grandes religiões surgiram no continente asiático e se espalharam para a Europa e a África e, depois, para a América e a Oceania. Analise o mapa.

Mundo: áreas de influência das grandes religiões

Fonte: VICTOR, Jean-Christophe. Le dessous des cartes: Itinéraires géopolitiques. Paris: Tallandier, 2012. p. 170.

Cristianismo

Fundado por volta do ano 30 no Oriente Médio, conta com mais de 2 bilhões de fiéis. Sua expansão começou no século IV, quando Roma o adotou, e aumentou quando levado para América e África pelos europeus nos séculos XVI e XVII. Tem Deus manifestado em Jesus de Nazaré, que passou a ser chamado de Cristo. O livro sagrado é a Bíblia e os cultos ocorrem em igrejas. Os cristãos dividem-se em católicos, ortodoxos e protestantes.

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respectivamente, as habilidades EF09HI36, EF09ER01 e EF09ER06. Também se relaciona ao tema contemporâneo transversal Cidadania e Civismo, com destaque para a Educação em Direitos Humanos

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Antes de encaminhar a leitura do mapa “Mundo: áreas de influência das grandes religiões” e dos textos propostos na dupla de páginas, comentar que se deve respeitar e conviver pacificamente com as diferentes pessoas, promovendo a

tolerância e o respeito às diversas práticas religiosas. Reforçar, ainda, que também devem ser respeitados aqueles que optam por não ter religião ou que não acreditam em um deus (ateus). Na leitura do mapa, auxiliar os estudantes com a interpretação das diferentes cores e hachuras presentes. No Japão, por exemplo, há o predomínio do budismo (roxo) e do xintoísmo (hachura) nas ilhas Honshu, Shikoku e Kyushu, e do animismo na Ilha Hokkaido. Na China predomina o budismo em todo o país, exceto na

BNCC
OCEANO ATLÂNTICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO OCEANO PACÍFICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO Círculo Polar Ártico Trópico de Câncer Equador Trópico de Capricórnio Círculo Polar Antártico 0º 0º Me r i d ia n o d e G r e e n w c h Protestantes Católicos romanos Católicos ortodoxos Sem dados Cristianismo Religião predominante Islamismo Berço do judaísmo Hinduísmo Budismo Confucionismo Xintoísmo Religiões animistas 0 2 473
PENSAR NÃO ESCREVA NO LIVRO.
E AGIR
ALLMAPS
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Animismo

Conjunto de rituais bastante antigos ligados ao culto à natureza e às suas manifestações. É conhecido como xamanismo, na Ásia e na América, culto aos espíritos e antepassados, na África e Oceania. O xintoísmo, no Japão, também tem esse caráter. A umbanda afro-brasileira reúne elementos dos cultos africanos aos orixás e do cristianismo.

Hinduísmo (ou bramanismo)

Terceira religião do mundo em número de adeptos (cerca de 950 milhões), também é uma das mais antigas, tendo sido fundada há cerca de 6000 anos. A maior concentração de praticantes está na Índia, onde surgiu. É uma religião politeísta – que crê em vários deuses – e seus templos são chamados de mandir.

Budismo

Fundado na Índia por volta do ano 523 a.C. por Sidarta Gautama, conhecido como Buda, que significa “o iluminado”. O budismo prega o desapego aos bens materiais e a superação do ciclo de encarnações. Espalhou-se da Índia (onde hoje é minoritário) para todo o Extremo Oriente e Sudeste da Ásia, entre os séculos III a.C. e VII d.C. Conta com cerca de 350 milhões de adeptos que frequentam seus templos.

Islamismo

Baseia-se nas revelações de Alá (“Deus”, em árabe) feitas ao profeta Maomé. Islã significa “aquele que se submete à vontade de Alá”. O livro sagrado é o Alcorão e os cultos são realizados em mesquitas. A expansão do islamismo está ligada às conquistas árabes que se estenderam do Oriente Médio à Península Ibérica nos séculos VII e VIII. Depois, a partir do século XI, foi levado para o sudeste da Ásia. Possui cerca de 1,6 bilhão de seguidores.

Judaísmo

Fundado no ano 1800 a.C., tem sua origem no Oriente Médio. É a mais antiga religião monoteísta – que reconhece um único Deus. Acredita na criação do Universo por Yaveh. A doutrina judaica encontra-se em livros sagrados (Torá e Talmude) e serviu de base para a doutrina cristã. Tem como local de culto a sinagoga. Conta com cerca de 15 milhões de adeptos.

De acordo com a Constituição brasileira, “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”. Assim, o cidadão é livre para professar sua religião, e os atos de intolerância religiosa constituem crime.

1 Analise o mapa e elabore um parágrafo explicando a distribuição das áreas de influência das principais religiões no mundo.

Iniciar o trabalho verificando se há problemas de intolerância entre os estudantes da turma, aproveitando a oportunidade para mediar um diálogo que possa promover maior abertura em relação ao tema.

TEXTO COMPLEMENTAR Desterritorialização das religiões

[...] A globalização criou um mercado de religiões, em que os produtos religiosos circulam além das fronteiras nacionais e padronizam-se, a fim de tornarem acessíveis, em todos os lugares e para um grande número de pessoas, sem se identificar demais ou se ligar a uma cultura determinada. [...]

2 Converse com o professor e os colegas sobre casos de intolerância religiosa que você presenciou ou viu em noticiários. Depois, reúna-se com alguns colegas para confrontar os casos apresentados com o que é afirmado pela Constituição brasileira e criem uma campanha na escola sobre tolerância religiosa.

Consultar comentários em Orientações didáticas. Auxiliar os estudantes nesta atividade. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas. 179

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porção oeste – colorida de verde – onde predomina o islamismo. Na porção leste do país, além do budismo, há a ocorrência do confucionismo (roxo com bolinhas).

Na atividade 1, espera-se a seguinte resposta: o cristianismo é predominante no continente americano (na América do Norte, destacam-se as religiões protestantes; na América Latina, os católicos romanos dividem fiéis com as religiões animistas), na Europa e na Oceania. O islamismo está presente em boa parte do território afri-

cano, no Oriente Médio e em porções da Ásia. O continente asiático é aquele que apresenta maior diversidade religiosa, abrigando fiéis do islamismo, do catolicismo ortodoxo, do budismo e do hinduísmo, entre outras religiões.

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Na atividade 2, atentar para que a questão da intolerância religiosa seja amplamente trabalhada no contexto escolar, pois é um frequente motivo de bullying entre estudantes – juntamente com a aparência do corpo, a questão racial, a orientação sexual e a origem geográfica.

Essa mobilidade das religiões é produto da internet e das televisões via satélite, que distenderam as relações tradicionais entre religiões e seus territórios de origem e favoreceram conversões maciças e individuais em todas as religiões. As religiões muito territorializadas e conectadas a uma identidade nacional não chegam a mundializar-se (ortodoxia russa, grega...). É o caso, em parte, da Igreja católica, ao mesmo tempo muito centralizada em torno da figura do papa e, em alguns lugares, inscrita na lógica de culturas locais (sincretismo, muito presente na América e na África). Ao contrário, os protestantes evangélicos (o pentecostismo é emblemático) e os salafitas (provenientes do wahhabismo, corrente rigorosa do islã sunita) adaptam-se melhor a essa desterritorialização, visto que o local de culto é sem importância. A força desses movimentos fundamentalistas – apoiados ou pelas Igrejas norte-americanas ou por fundações da Arábia Saudita – reside em sua exibilidade e funcionamento reticular. Graças a recursos financeiros, e em alguns casos substanciais, originários em parte da contribuição dos fiéis, ambos utilizaram meios de comunicação modernos para obter a conversão de novos crentes. [...]

DURAND, Marie-Françoise et al Atlas da mundialização. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 76-77.

179

• A habilidade EF09GE02 é explorada com foco em analisar a atuação das organizações econômicas mundiais na vida da população em relação ao consumo, à cultura e à mobilidade.

• Atende-se à habilidade EF09GE05 ao analisarem-se fatos e situações para compreender as integrações (econômica, política e cultural) na Ásia.

• Trabalha-se a habilidade EF09GE09 com ênfase em analisar características de grupos de asiáticos e da Oceania em seus aspectos populacionais, políticos e econômicos.

• Contempla-se a habilidade EF09GE14 com foco em interpretar mapas temáticos e analisar e sintetizar informações geopolíticas sobre a Ásia.

• O trabalho com a habilidade EF09GE15 está em comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em dados populacionais representadas em mapas temáticos.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Promover a leitura compartilhada dos textos das páginas 180 e 181. Fazer pausas para comentários e esclarecimentos de dúvidas. Utilizar o mapa “Ásia: organismos de integração” para identificar a área de abrangência e localizar os países-membros de cada organização. Destacar que a Rússia e os países da Ásia Central integram a Comunidade dos Estados Independentes (CEI), tendo sido abordados na Unidade 3

Se julgar conveniente, outras organizações econômicas asiáticas podem ser mencionadas:

• Conselho de Cooperação do Golfo (CCG): com sede em Riad, capital da Arábia Saudita, o CCG foi criado em 1981. Trata-se de uma organização

3 INTEGRAÇÕES NA ÁSIA

Visando aumentar a integração político-econômica e a participação no comércio continental e internacional, os países asiáticos têm procurado agrupar-se em organismos de integração política e econômica. Analise o mapa.

Ásia: organismos de integração

Elaborado com base em: IBGE. Atlas geográfico escolar 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE. 2018. p. 79.

ASSOCIATION OF SOUTHEAST ASIAN NATIONS. Jakarta, c2020. Site. Disponível em: https://asean.org/.

ORGANIZATION OF THE PETROLEUM EXPORTING COUNTRIES. Vienna, c2022. Site. Disponível em: https://www.opec.org/ opec_web/en/. Acessos em: 29 jul. 2022.

Associação das Nações do Sudeste Asiático

A Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) surgiu em 1967. Com sede em Jacarta (Indonésia), a organização conta com dez países-membros.

A Asean é um bloco econômico regional que tem como principal marca a área de livre-comércio. Além disso, desenvolve e coordena programas de cooperação entre os países-membros nas áreas de agricultura, indústria, energia, transporte, comunicação, segurança, tecnologia, educação, turismo e cultura.

Nos últimos anos, as relações comerciais entre os países-membros e os países que não pertencem ao bloco aumentaram significativamente. No início de 2022, visando consolidar e ampliar essas relações, entrou em vigor o tratado “Parceria Regional Econômica e Abrangente” (RCEP), do qual fazem parte os países da Asean, Japão, China, Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia. Esse bloco engloba um terço da população e do PIB mundial, e pretende ser o maior bloco comercial do mundo, constituindo um novo centro do comércio global.

política, econômica e social constituída por Arábia Saudita, Barein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Omã, países localizados no Oriente Médio. Em 2001, o Iêmen tornou-se observador, participando de algumas reuniões da organização. Os países-membros do CCG têm economia baseada na extração de petróleo e gás natural. Juntos, eles detêm 45% das reservas mundiais conhecidas de petróleo e 17% das jazidas de gás natural. Entre os objetivos do

CCG estão a cooperação nas áreas de economia, finanças, segurança e defesa e o desenvolvimento de programas conjuntos em educação, cultura, saúde, turismo, direitos humanos, meio ambiente, ciência e tecnologia.

• Liga dos Estados Árabes (LEA): a Liga dos Estados Árabes (LEA) ou Liga Árabe foi criada em 1945. Trata-se de uma organização de estados árabes da África e da Ásia com o objetivo de reforçar os laços culturais, econômicos, sociais e

BNCC 90° L 0° OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO Equador TrópicodeCâncer EMIRADOS ÁRABES UNIDOS IRÃ IRAQUE KUWAIT ARÁBIA SAUDITA BRUNEI CAMBOJA INDONÉSIA LAOS MALÁSIA MIANMAR FILIPINAS CINGAPURA TAILÂNDIA VIETNÃ CHINA HONG KONG JAPÃO COREIA DO SUL RÚSSIA TAIWAN EUROPA OCEANIA ÁFRICA CírculoPolarÁrtico Apec Opep Asean 0 1 074
SONIA VAZ 180
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Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico

Bloco econômico fundado em 1989, reúne países da América, Ásia e Oceania banhados pelo oceano Pacífico. Com sede em Cingapura, é constituído por 21 países-membros.

O objetivo principal da Apec é a redução de tarifas alfandegárias entre os países-membros, a fim de estabelecer uma área de livre-comércio. O bloco enfrenta dificuldades de consolidação em razão de disputas de liderança entre as potências que o integram e de diferenças socioeconômicas entre os países, entre outros fatores.

Organização dos Países Exportadores de Petróleo

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) foi criada em 1960 com o objetivo de coordenar e unificar as políticas de produção e oferta do petróleo entre os países-membros e, assim, controlar preços de venda do produto no mercado mundial. Com sede em Viena (Áustria), é constituída por 13 países exportadores de petróleo de diferentes continentes.

De acordo com dados da própria organização, mais de 80% das reservas mundiais comprovadas de petróleo estão situadas nos territórios de seus países-membros, 65% delas localizadas no Oriente Médio.

Leia a um trecho da notícia e responda às questões em seu caderno.

Opep não vê necessidade de resposta à disparada do preço do petróleo

A Opep afirmou nesta quinta-feira (24) [2/2022] não ver a necessidade de uma resposta imediata à alta dos preços do petróleo, que ultrapassou US$ 100 o barril. A alta aconteceu especialmente após o ataque da Rússia à Ucrânia.

[...] Segundo a agência de notícias Dow Jones, a Opep e seus aliados, liderados pela Rússia, devem se reunir na próxima quarta-feira para decidir o que acontecerá com a produção.

Até fevereiro, a Opep manteve seu cronograma de aumento mensal de 400 mil barris por dia na oferta. A ação é parte de um plano para aumentar a produção para níveis vistos antes da pandemia.

OPEP NÃO vê necessidade de resposta à disparada do preço do petróleo. Valor Investe, São Paulo, 24 fev. 2022. Disponível em: https://valorinveste.globo.com/mercados/internacional-e-commodities/ noticia/2022/02/24/opep-nao-ve-necessidade-de-resposta-a-disparada-do-preco-do-petroleo.ghtml. Acesso em: 27 fev. 2022.

1 Que eventos influenciaram a alta dos preços do petróleo?

A pandemia de covid-19 e o ataque da Rússia à Ucrânia, no dia 24 de fevereiro de 2022.

2 De acordo com o texto, como a Opep poderia atuar para conter a disparada do preço do petróleo em escala mundial?

A Opep poderia aumentar a produção de petróleo, visando acompanhar o aumento da demanda estimulado pela retomada econômica e reduzir o preço para o consumidor final.

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políticos entre os países-membros, assim como mediar conflitos entre eles. Ela compreende

21 Estados atuantes: Líbano, Comores, Egito, Iraque, Jordânia, Arábia Saudita, Iêmen, Sudão, Líbia, Tunísia, Marrocos, Kuwait, Argélia, Barein, Catar, Omã, Emirados Árabes Unidos, Mauritânia, Djibuti, Somália e Território da Palestina (considerado um Estado independente pela Liga Árabe). Sediada no Cairo (Egito), a Liga Árabe é palco de muitas divergências en-

tre os países-membros. As decisões tomadas são válidas apenas para os países que votaram nelas. Os contrários são isentos de cumprir as medidas definidas pela maioria.

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Competências

• Gerais: 3, 4 e 10

• Ciências Humanas: 1, 4 e 7

• Geografia: 4 e 7

• A habilidade EF09GE03 é trabalhada com foco em identificar diferentes manifestações culturais como forma de compreender a multiplicidade cultural na escala mundial, defendendo o princípio do respeito às diferenças.

• Atende-se a habilidade EF09GE05 ao analisar fatos e situações para compreender a integração cultural mundial.

Interdisciplinaridade com...

Arte:

• EF69AR01 Pesquisar, apreciar e analisar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, em obras de artistas brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas e em diferentes matrizes estéticas e culturais, de modo a ampliar a experiência com diferentes contextos e práticas artístico-visuais e cultivar a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético.

• EF69AR03 Analisar situações nas quais as linguagens das artes visuais se integram às linguagens audiovisuais (cinema, animações, vídeos etc.), gráficas (capas de livros, ilustrações de textos diversos etc.), cenográficas, coreográficas, musicais etc.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Esta seção, ao trabalhar a produção midiática/cinematográfica de países asiáticos, é interdisciplinar com o componente Arte, pois permite desenvolver as habilidades EF69AR01 e EF69AR03 Se julgar oportuno convidar o professor desse componente curricular para trabalharem juntos com estratégias de desenvolvimento da aula.

O conteúdo abordado na seção também possibilita trabalhar

Heróis, artes marciais e cinema: da Ásia para o mundo

Os efeitos do impacto da cultura de países asiáticos populosos, tecnologicamente avançados e economicamente importantes, foram sentidos inicialmente em escala regional. Hoje sua influência pode ser percebida em escala mundial, estimulando produções midiáticas e a disseminação de hábitos de consumo, conforme estudado na Unidade 2.

Nesse contexto, a influência cultural que o continente asiático exerce em diversas regiões do mundo vem se manifestando ao longo de décadas, especialmente a partir do final da Segunda Guerra Mundial.

Da Índia

A influência do cinema indiano é recente, mas não é de hoje que a Índia produz filmes. O primeiro filme foi produzido em 1913, concorrendo em volume de produções e em popularidade, ao menos no continente asiático, com o próprio cinema estadunidense. O estilo do cinema indiano é inconfundível, combinando números musicais, paisagens milenares e histórias de novelas, daí o uso do termo Bollywood para se referir à sua indústria cinematográfica. O termo é uma fusão de Bombaim (ou Mumbai), seu principal centro de produção, e Hollywood, referência à cidade californiana cuja história se confunde com a do próprio cinema estadunidense.

O fato de o inglês ser uma das línguas oficiais da Índia ajuda a tornar os filmes de Bollywood ainda mais populares ao redor do mundo, com presença constante entre os concorrentes ao Oscar e nos serviços de vídeo sob demanda.

com o tema contemporâneo transversal Multiculturalismo, com destaque para a Diversidade Cultural Para isso, promover a leitura coletiva do texto e das imagens das páginas 182 e 183. Destacar as produções de Índia, Japão e China e a influência do processo de globalização na disseminação das culturas desses países.

Em relação à Índia, a presença cultural é bem menos evidente no Brasil, se comparada com a do Japão, da China e das Coreias. Provavelmente, o fator determinante dessa “ausência” seja

o fato de a imigração de cidadãos indianos para o Brasil ter sido muito menor do que a dos outros países orientais mencionados. No entanto, é possível verificar a disseminação, no Brasil e em muitos outros países, de práticas de origem indiana, como a ioga e a medicina aiurveda.

Sobre as produções japonesas, constatamos que a produção audiovisual se apropriou de um número significativo de histórias e temas populares da Europa e dos Estados Unidos, principalmente. Em uma abordagem interdisciplinar, podemos

BNCC
INTEGRANDO com ARTE com CONEXÃO ARTE
NÃO ESCREVA NO LIVRO. HARDIK
PICTURES/PEN STUDIOS
Pôster de divulgação de filme de produção indiana, lançado em 2021.
GAJJAR FILMS/BACKBENCHER
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Do Japão

O cinema japonês ganhou relevância principalmente a partir da década de 1950. Visando preservar a identidade de sua cultura, os produtores dedicaram-se a promover seus próprios heróis em contraponto à “invasão” de personagens estadunidenses.

Samurais, robôs, seres espaciais e monstros gigantes tomaram conta das grandes telas, disseminando pelo mundo a mistura de tradição e modernidade que caracteriza a originalidade da produção cultural nipônica. Em paralelo, o Japão desenvolveu também uma forte indústria de histórias em quadrinhos (mangás) e animações (animes).

Nipônico: originário do Japão.

Da China

Desde o final dos anos 1970, quando a China começou a romper seu isolamento em relação ao Ocidente, várias expressões culturais chinesas se popularizaram bastante. Entre elas estão os espetáculos circenses, o cinema e a culinária.

Um elemento recorrente da tradição chinesa são as artes marciais, como o tai chi chuan e os diversos estilos do kung fu. Aliás, o cinema chinês foi um grande divulgador de diversas modalidades de luta, consagrando artistas como Bruce Lee e, mais recentemente, Jackie Chan e Jet Li.

1 Em grupo, pesquisem outras manifestações ou produtos culturais de países asiáticos presentes no Brasil. Escolham um aspecto e busquem informações sobre sua origem e sua influência na cultura brasileira. Cada grupo pode pesquisar um país asiático e um tipo de manifestação ou produto cultural. A ideia é, ao final da pesquisa, promover uma “Feira Cultural Asiática”, que poderá ser aberta à comunidade. Consultar comentários em Orientações didáticas.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR

Sobre a China, pode ser encaminhada uma pesquisa temática sobre os diferentes aspectos da influência cultural chinesa em nosso país, desde os estilos de artes marciais, passando pela culinária, até a presença de produtos made in China, muito comuns entre nós.

Além dos exemplos na seção, é possível trabalhar outros, como os encontrados no Internet Movie Database (IMDb). Como se trata de site em inglês, pode ser aproveitado como um mote interdisciplinar com o componente Língua Inglesa. Disponível em: https://www.imdb.com/. Acesso em: 11 ago. 2022.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor

• SAKURAI, Célia. Os japoneses São Paulo: Contexto, 2007. (Série Povos e Civilizações).

O livro escrito pela historiadora e antropóloga busca revelar aspectos identitários da cultura japonesa, quebrando os estereótipos que normalmente a ela se associam.

• TREVISAN, Cláudia. Os chineses. São Paulo: Contexto, 2009. (Série Povos e Civilizações).

A jornalista brasileira residente na China descreve em seu livro um mosaico de elementos curiosos e significativos do país – vários deles pouco conhecidos dos brasileiros.

• COSTA, Florência. Os indianos São Paulo: Contexto, 2012. (Série Povos e Civilizações).

Os contrastes da Índia, que se refletem em sua história, sua organização social e suas múltiplas religiões, são objeto da obra da jornalista, que residiu no país durante muitos anos.

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comparar versões de narrativas ocidentais com seus equivalentes japoneses, como:

• En’ya ichiya monogatar (As mil e uma noites): anime de 1969, baseado na coletânea de contos folclóricos orientais popularizada no Ocidente por Antoine Galland (1646-1715);

• Kashi no ki Mokku (As aventuras de Pinóquio): anime de 1972, adaptação livre da obra de Carlo Collodi (1826-1890).

Na atividade da página 183, é importante destacar que, entre as manifestações, elementos e produtos culturais, os estudantes poderão pesquisar a gastronomia; as religiões; as práticas meditativas e corporais; a medicina oriental; os jogos/games; entre outros. Auxiliá-los na busca por fontes de pesquisa. A organização e preparação da feira cultural asiática pode ser realizada ao final dos estudos sobre o continente asiático propostos neste volume.

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O mangá Dragon Ball foi lançado em 1986 e se tornou um fenômeno mundial, dando origem aos animes Dragon Ball e Dragon Ball Z Bruce Lee em cena de Operação Dragão, filme de 1973. BIRD STUDIO/TOEI ANIMATION EVERETT COLLECTION/FOTOARENA
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• Contempla-se a habilidade EF09GE02 com foco em analisar a atuação das organizações econômicas na vida da população asiática em relação ao consumo, à cultura e à mobilidade.

• O trabalho com a habilidade EF09GE07 tem como foco analisar os componentes físico-naturais da Eurásia.

• Desenvolve-se a habilidade EF09GE08 ao serem analisadas as múltiplas regionalidades na Ásia.

• A habilidade EF09GE09 é atendida com ênfase em analisar características de países e grupos de países asiáticos em seus aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas e pressões sobre seus ambientes físico-naturais.

• Trabalha-se a habilidade EF09GE14 com foco em interpretar gráficos e mapas temáticos para analisar e sintetizar dados e informações sobre o continente asiático.

• A habilidade EF09GE17 é contemplada com ênfase em explicar as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Ásia.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

A seção Atividades resgata e possibilita a aplicação de conteúdos conceituais e procedimentais trabalhados ao longo da Unidade. As atividades podem ser encaminhadas de diversas maneiras (de forma coletiva, individual ou em grupos), servindo como um momento de pausa avaliativa.

1. a) Oceano Pacífico.

b) Ao sul: oceano Índico; ao norte: oceano Glacial Ártico.

c) Europa e África.

d) Europa e África: mar Mediterrâneo; Ásia e África: Mar Vermelho.

Todas as respostas das atividades desta seção estão no MP, com orientações e encaminhamentos.

1 Analise o mapa e responda às questões a seguir.

A Ásia no mundo

a) Que oceano separa a Ásia da América?

b) Que oceano banha a Ásia ao sul? E ao norte?

c) Que continentes se limitam com a Ásia a oeste?

d) Que mar separa a Europa da África? E a Ásia da África?

e) Que forma de relevo separa a Ásia da Europa? Qual é o seu nome?

f) Sobre a localização e a dimensão do continente asiático, copie no caderno somente as afirmações verdadeiras.

• A Ásia é separada da América pelo oceano Atlântico.

• O continente asiático só perde em extensão para o continente americano.

• Ásia, Europa e África formam um único grande bloco continental.

• Os Montes Urais representam parte do limite entre a Ásia e a Europa.

• O continente asiático está totalmente localizado no Hemisfério Sul.

2 Analise o mapa “Ásia: divisão política e regional”, da página 162. A seguir, copie as frases em seu caderno completando as lacunas com os nomes das regiões da Ásia.

O possui dois países transcontinentais: o Egito e a Turquia.

O abriga o país com maior população mundial.

A é a única região asiática formada por apenas um país, que também é transcontinental.

A não tem saída para o oceano.

A é banhada pelo oceano Índico e abriga o segundo país mais populoso do mundo. O é formado por uma porção continental e outra insular.

e) A forma de relevo é uma cordilheira, conhecida como Montes Urais.

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f) Ásia, Europa e África formam um único grande bloco continental.

Os Montes Urais representam parte do limite entre a Ásia e a Europa.

Objetivo: • Conhecer aspectos relacionados a dimensão, localização, regionalização, divisão político-territorial e elementos naturais que caracterizam o espaço geográfico do continente asiático.

2. Oriente Médio; Extremo Oriente; Ásia Setentrional; Ásia Central; Ásia Meridional; Sudeste Asiático

Objetivo: • Conhecer aspectos relacionados a dimensão, localização, regionalização, divisão político-territorial e elementos naturais que caracterizam o espaço geográfico do continente asiático.

3. As cadeias de montanhas asiáticas são formadas principalmente pela convergência entre as placas continentais Indo-Australiana e Eu-

BNCC Círculo Polar Ártico Trópico de Câncer Círculo Polar Antártico OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO Trópico de Capricórnio Equador Mar Vermelho OCEANO ÍNDICO OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO 0° 150° L ÁSIA OCEANIA ANTÁRTIDA ÁFRICA EUROPA MONTESURAIS AMÉRICA Mar Mediterrâneo OCEANO GLACIAL ÁRTICO 0 3 413 ALLMAPS
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ATIVIDADES
Elaborado com base em: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 34.
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3 Explique o processo de formação das cadeias montanhosas da Ásia.

4 Escreva um pequeno texto explicando a influência do planalto do Tibete e da cordilheira do Himalaia no clima de parte do continente asiático.

5 Considere as ideias do texto que você escreveu na atividade 4 e responda: que tipos de clima e de vegetação predominam nas encostas norte e sul do Himalaia? Consulte os mapas da página 166 para compor sua resposta.

6 Analise a fotografia e faça as atividades.

7

a) Qual formação vegetal asiática está retratada na fotografia?

b) Quais são as características dessa formação vegetal? Em que áreas do continente asiático elas se localizam?

Himalaia. Na encosta sul, por sua vez, predominam climas tropicais com transição para o frio de montanha, com Vegetação de Montanha cujas espécies são mais semelhantes às formações de Floresta Tropical, por receberem a umidade que vem do oceano.

Objetivo: • Identificar e relacionar os climas predominantes no continente asiático às principais formações vegetais originais a eles associadas.

6. a) Florestas Tropical e Equatorial.

b) Essas florestas são muito fechadas e exuberantes, com grande variedade de espécies vegetais, de folhas largas e sempre verdes, com características semelhantes à Amazônia e à Mata Atlântica no Brasil. Localizam-se a sul e sudeste do continente.

Darjeeling, de onde vem o melhor chá do mundo

[...] Situada a uma altitude de 2 134 metros, a cidade, a meio caminho do Nepal, do Tibete e do Butão, tem como pano de fundo a cordilheira do Himalaia e uma vista privilegiada do Kanchenjunga (8 586 m), o terceiro pico mais alto do mundo. [...]

Foram os ingleses que perceberam o potencial de Darjeeling para o plantio de chá e, em meados do século 19, realizaram os primeiros testes com mudas trazidas da China. Os bons resultados levaram ao rápido desenvolvimento da atividade. Surgiram as primeiras propriedades, os tea gardens (jardins de chá) e, em pouco tempo, a fama de Darjeeling ganhou o mundo. Hoje, há cerca de 90 jardins de chá na região – a maioria pertence a multinacionais, e a produção é quase toda exportada. [...]

MENICHELLI, Cristiana. Darjeeling, de onde vem o melhor chá do mundo. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 24 jun. 2010. Disponível em: https://www.estadao.com.br/noticias/geral,darjeeling-deonde-vem-o-melhor-cha-do-mundo,3827. Acesso em: 23 fev. 2022.

• Em sua opinião, quais são as características naturais que fazem de Darjeeling uma região propícia para o plantio de chá?

ro-Asiática; uma delas sofre dobramento e é empurrada para cima.

Objetivo: • Relacionar a ocorrência de grandes cadeias montanhosas na Ásia à dinâmica geológica e aos fatores climáticos.

4. A cordilheira do Himalaia dificulta a passagem dos ventos frios provenientes do norte e também impede que ventos quentes e úmidos vindos do oceano Índico avancem para o interior do continente. Assim, o clima ao sul do Hima-

laia é predominantemente úmido e, ao norte, seco.

Objetivo: • Relacionar a ocorrência de grandes cadeias montanhosas na Ásia à dinâmica geológica e aos fatores climáticos.

5. Na encosta norte, predomina o clima frio de montanha associado à Vegetação de Montanha, que pode apresentar características de Estepes semiáridas em razão da pouca umidade que recebe, por causa da presença do

Objetivos: • Conhecer aspectos relacionados a dimensão, localização, regionalização, divisão político-territorial e elementos naturais que caracterizam o espaço geográfico do continente asiático. • Identificar ocorrências e características das formações vegetais no continente asiático.

Formação vegetal no Vietnã, 2020. MAXIMILLIAN CABINET/SHUTTERSTOCK.COM Leia a notícia e depois responda à pergunta.
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7. Espera-se que os estudantes indiquem que a região, situada ao sul da encosta do Himalaia, está sob influência das massas de ar úmido, que contribuem para o desenvolvimento de espécies vegetais. Além disso, a altitude ameniza os efeitos da temperatura, permitindo que espécies sensíveis a temperaturas elevadas sejam cultivadas.

Objetivos: • Conhecer aspectos relacionados a dimensão, localização, regionalização, divisão político-territorial e elementos naturais que caracterizam o espaço geográfico do continente asiático. • Identificar as ocorrências de relevo e os principais rios que banham o continente asiático. • Identificar e relacionar os climas predominantes no continente asiático às principais formações vegetais originais a eles associadas. • Relacionar a ocorrência de grandes cadeias montanhosas na Ásia à dinâmica geológica e aos fatores climáticos.

8. a) Florestas Temperada e Subtropical.

b) China e Índia.

c) Vegetação de Montanha, que ocorre no centro-oeste do continente; as florestas Tropical e Equatorial, no sudeste; a Taiga e a Tundra, no norte do continente; a vegetação de deserto, principalmente em áreas do Oriente Médio, da China e da Ásia Central.

d) Espera-se que os estudantes associem o rigor climático dos desertos à dificuldade de implantação de atividades econômicas (como a agricultura) e intensa ocupação humana.

Objetivo: • Conhecer aspectos relacionados a dimensão, localização, regionalização, divisão político-territorial e elementos naturais que caracterizam o espaço geográfico do continente asiático.

9. a) Délhi, Tóquio, Xangai, Dacca, Cairo, Mumbai, Kinshasa, Cidade do México, Beijing, São Paulo, Lagos, Karachi, Nova York, Calcutá, Osaka. A ordem não se manteve semelhante à de 1950, quando

8 O mapa a seguir representa a cobertura vegetal atual da Ásia. Compare-o com o mapa “Ásia: vegetação nativa” (página 166) e responda às questões.

Ásia: vegetação atual – 2021

Elaborado com base em: ISTITUTO GEOGRAFICO DE AGOSTINI. Atlante geografico metodico De Agostini. Novara: Istituto Geografico de Agostini, 2021. p. 100-101.

a) Que tipos de vegetação sofreram maior devastação?

b) Quais são os dois países que mais perderam cobertura vegetal?

c) Atualmente, que tipos de vegetação possuem a maior cobertura? Que fatores naturais estão ligados à menor devastação desses tipos de vegetação?

d) No seu entendimento, por que a vegetação de deserto foi a que sofreu menor alteração?

a maior concentração era Nova York, e cidades como Mumbai, Délhi, Dacca e São Paulo apresentaram elevado crescimento de suas populações.

b) A diferença em Dacca será de 30,9 milhões de pessoas.

c) Délhi, Tóquio, Xangai, Dacca e Mumbai.

Objetivo: • Analisar aspectos da população do continente asiático, como a distribuição desigual pelo território, a população urbana e os indicadores sociais.

10. É importante que os estudantes destaquem que as desigualdades sociais e econômicas entre os países asiáticos são acentuadas. Cingapura, por exemplo, ocupa a 11a posição no ranking do IDH, tem expectativa de vida de 83,6 anos e 16,4 anos, em média, de estudo. Já o Iêmen ocupa a 179a posição, com expectativa de vida de 66,1 anos e de apenas 8,8 anos, em média, de estudo.

Objetivo: • Analisar aspectos da população do

100º L TrópicodeCâncer Equador C í r cul o PolarÁrtico 0º OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO Mar Cáspio Mar Negro Mar de Aral 0 636 Tundra Taiga Floresta Temperada Floresta Tropical Prados e pastagens Área devastada Savana Estepe Deserto ou semideserto Pântanos ou áreas sujeitas a inundações Área rochosa, gelada,
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estéril
100º L TrópicodeCâncer Equador C í r cul o PolarÁrtico 0º OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO Mar Cáspio Mar Negro Mar de Aral 0 636 Tundra Taiga Floresta Temperada Floresta Tropical Prados e pastagens Área devastada Savana Estepe Deserto ou semideserto Pântanos ou áreas sujeitas a inundações Área rochosa, gelada, estéril 186 D2-GEO-F2-2106-V9-U5-160-187-LA-G24-AV1.indd 186 01/09/2022 11:13 186

9 Analise o gráfico.

Mundo: 15 principais aglomerações urbanas – 1950-2035

Kinshasa (RDC*)

Dacca (Bangladesh)

Lagos (Nigéria)

Nova Délhi (Índia) Karachi (Paquistão) Beijing (China)

São Paulo (Brasil)

Cairo (Egito)

Mumbai (Índia)

Shangai (China)

Cidade do México (México)

Calcutá (Índia)

Tóquio (Japão)

(Japão)

Nova York (EUA)

*República Democrática do Congo

Elaborado com base em: DURAND, Marie-Françoise (coord.). Atlas espace mondial 2018. Paris: Presses de Sciences Po, 2018. p. 66. UNITED NATIONS. Department of Economic and Social Affairs. Population Dynamics. World urbanization prospects: the 2018 revision. Data Query. New York: United Nations, 2018. Disponível em: https://population.un.org/wup/DataQuery/. Acesso em: 25 fev. 2022.

a) Faça uma lista, em ordem decrescente, das aglomerações urbanas de acordo com o número de habitantes projetado para 2035. A ordem se manteve semelhante àquela apresentada em 1950? Explique sua resposta.

b) Em relação a 1950, quantos habitantes a mais terá a cidade de Dacca (Bangladesh) em 2035?

c) Em 2035, quais cidades asiáticas estarão entre as cinco maiores aglomerações urbanas do mundo?

lásia, Filipinas, Cingapura, Tailândia, Brunei, Vietnã, Mianmar, Laos e Camboja. Papua-Nova Guiné e Timor Leste participam como membros observadores. Objetivo: área de livre-comércio.

Objetivo: • Conhecer aspectos das principais organizações políticas e econômicas das quais fazem parte países asiáticos, analisando seus objetivos de integração.

10 Analise novamente o quadro da página 177 e escreva um pequeno texto sobre as desigualdades socioeconômicas entre os países asiáticos. Utilize os dados do quadro para justificar suas afirmações.

11 Em seu caderno, monte um quadro conforme o modelo e complete-o com informações sobre os principais organismos de integração política e econômica da Ásia.

Ásia: organismos de integração política e econômica

Objetivos

continente asiático, como a distribuição desigual pelo território, a população urbana e os indicadores sociais.

11. Espera-se que a tabela seja preenchida da seguinte forma: Apec – Países-membros: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, China e Hong Kong, Indonésia, Japão, Coreia do Sul, Malásia, México, Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné, Peru, Filipinas, Rússia, Cingapura, Taiwan,

Tailândia, Estados Unidos e Vietnã. Objetivo: redução de tarifas alfandegárias entre os países-membros.

Opep – Países-membros: Irã, Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Venezuela, Líbia, Argélia, Nigéria, Angola, Congo, Guiné Equatorial, Gabão. Objetivos: coordenar e unificar as políticas de produção e oferta do petróleo entre os países-membros.

Asean – Países-membros: Indonésia, Ma-

América do Norte
(em
Escala logarítimica (mais de 80 anos) 1950 1975 2000 2017 2035 0,2 20 10 estagnação 0,3 0,3 1,4 1,1 1,7 2,3 4,5 11,3 7 12,3 4,3 2,5 3,4 2,9
América Latina e Caribe Ásia África
milhões) Evolução 1950-2035
26,6 31,2 25,3 43,3 23,1 24,4
24,4 28,5 36 Osaka
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20,8 25,4 19,5 27,3 34,3
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Apec Opep Asean
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Pa
ses-membros
SONIA VAZ
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BNCC NA UNIDADE

Competências

Gerais: 1, 2, 4, 7 e 9

Ciências Humanas: 1, 2, 3, 5, 6 e 7

Geografia: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7

Habilidades

Geografia: • EF09GE01, • EF09GE02,

• EF09GE03, • EF09GE06, • EF09GE08,

• EF09GE09, • EF09GE13, • EF09GE14,

• EF09GE15, • EF09GE17

História: • EF09HI09

Ciências: • EF09CI13

Abertura da Unidade

BNCC

• A habilidade EF09GE03 é trabalhada com foco em identificar diferentes manifestações culturais para compreender a multiplicidade cultural na escala mundial.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Comentar que a divisão do continente asiático em regiões é explicada pela diversidade natural e sociocultural, mas os critérios utilizados podem variar, razão pela qual a divisão adotada pela coleção é apenas uma das possibilidades.

Localizar em um planisfério as três regiões que serão trabalhadas nesta Unidade (Oriente Médio, Ásia Setentrional e Ásia Central), e também as três que serão vistas na Unidade 7: Extremo Oriente, Ásia Meridional e Sudeste Asiático.

Promover a leitura coletiva do texto de abertura e explorar a fotografia chamando a atenção para a localização do lugar retratado. Encaminhar as atividades 1 a 3.

Na atividade 1, a resposta é Oriente Médio. Orientar os estudantes a consultar o mapa com a divisão política e regional da Ásia da Unidade 5

Na atividade 2, espera-se que os estudantes indiquem que as

ORIENTE MÉDIO, ÁSIA SETENTRIONAL E ÁSIA CENTRAL

Esta Unidade aborda três regiões que, juntas, ocupam a maior parte do continente asiático e apresentam extensas áreas com baixas densidades demográficas e condições naturais rigorosas, como climas quentes e secos ou extremamente frios. Há, no entanto, importantes cidades, áreas agrícolas e de extrativismo, com destaque para o petróleo.

características do clima desértico, muito quente e seco, dificultariam a performance dos jogadores e diminuiriam o conforto dos espectadores, tornando impossível a realização das partidas.

Na atividade 3, as tendas dos povos nômades que habitam as áreas desérticas do Oriente Médio. Os estudantes poderão responder à segunda questão afirmativamente, pois há povos nômades na Ásia Central, por exemplo. Cabe destacar que esses povos também habitam ten-

das, que geralmente são diferentes daquelas utilizadas pelos beduínos, por exemplo.

2106-GEO-V9-U6-LA-F001_GET_1404711353.jpg O Catar sediou a Copa do Mundo de Futebol de 2022. Na imagem, estádio Al Bayt, em Al Khor, 2022.
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Consultar respostas em Orientações didáticas.

Converse com os colegas e o professor sobre as questões a seguir.

1 Em qual região da Ásia o Catar está localizado?

2 No seu entendimento, por que os estádios que sediaram os jogos da Copa do Mundo de Futebol no Catar foram construídos com sistemas de resfriamento?

3 Que elemento das culturas presentes no Oriente Médio foi representado na construção do estádio da imagem de abertura desta Unidade? Você acredita que esse elemento esteja presente em outras regiões da Ásia?

DAVID RAMOS/GETTY IMAGES
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• Atende-se a habilidade EF09GE06 com foco em associar o critério de divisão do mundo em Ocidente e Oriente com o sistema colonial implantado pelas potências europeias.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Na página 190, promover a leitura coletiva do texto para apresentar características do Oriente Médio (área territorial, número de países, população, países mais populosos, origem do nome da região). Sobre a origem do termo “Oriente Médio” e a abrangência da região, ler o excerto na seção Texto complementar

Se considerar oportuno, retomar a discussão sobre eurocentrismo realizada na Unidade 3 Relembrar que esse conceito transmite a ideia da Europa como centro do mundo, sendo referência não só para localização e produção de mapas, mas também para cultura, política, religião etc.

Utilizar o mapa “Oriente Médio: divisão política” para identificar os países que constituem a região. Encaminhar as atividades 1 a 3 que auxiliam nesse processo.

Comentar que o Egito é um país transcontinental que possui terras na África e na Ásia (Oriente Médio). Nesta coleção, o país foi analisado no conjunto do continente africano. Já a Turquia, também transcontinental, com terras na Europa e na Ásia (Oriente Médio), foi analisada no conjunto do continente europeu e será analisada no Oriente Médio, uma vez que o país apresenta relações políticas, econômicas, militares e culturais na Europa e na Ásia. Destacar que Israel considera como capital do país a cidade ocupada de Jerusalém, que, para a ONU, é uma área internacional por ser considerada sagrada por três grandes religiões: cristianismo, islamismo e judaísmo. Para as Nações Unidas, a capital do país é Tel Aviv.

ORIENTE MÉDIO

O Oriente Médio está localizado no sudoeste do continente asiático, entre a Europa, a África e as demais regiões da Ásia. A região é constituída de 16 países, que ocupam uma área territorial de 6,8 milhões de km2, e abrigava mais de 390 milhões de habitantes em 2021. Os países mais populosos são Irã e Turquia.

A origem da expressão Oriente Médio faz parte da visão eurocêntrica do mundo. Durante as cruzadas e no estabelecimento das rotas comerciais entre Oriente e Ocidente, os europeus consideravam a região como o ponto médio entre a Europa Ocidental e o Extremo Oriente. Analise o mapa.

Oriente Médio: divisão política

Visão eurocêntrica: ideia de que a Europa é o centro do mundo, sendo referência não só para localização e produção de mapas, mas também referência cultural, política, religiosa etc. Cruzada: expedição militar, com interesses comerciais e religiosos, que ocorreu entre os séculos XI e XIII com o pretexto de recuperar Jerusalém e reunificar o mundo cristão.

Elaborado com base em: CALDINI, Vera; ÍSOLA, Leda. Atlas geográfico Saraiva. São Paulo: Saraiva, 2013. p. 134; IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 49. *Territórios da Palestina (Cisjordânia e Faixa de Gaza) ocupados por Israel.

Faça as atividades em seu caderno.

1 Que país do Oriente Médio possui a maior área territorial?

Arábia Saudita.

2 Que países são banhados pelo mar Mediterrâneo?

3 Indique o país do Oriente Médio cujo território não é banhado por oceanos ou mares.

Turquia, Líbano, Israel, Síria e Palestina (Faixa de Gaza). Afeganistão.

Na página 191, promover a leitura compartilhada dos textos. Comentar sobre o processo de ocupação do Oriente Médio, destacando a presença de povos milenares e as primeiras diásporas ocorridas durante o Império Romano. Além disso, é importante ressaltar o papel do judaísmo e do islamismo tanto do ponto de vista social como do político e do econômico.

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Se julgar conveniente, esclarecer as diferenças entre “Oriente Médio” (região que ocupa a maior parte do Sudoeste Asiático), “mundo

árabe” (conjunto que agrega o norte da África e o Oriente Médio – regiões com população majoritariamente árabe) e “mundo muçulmano” (abrange países onde predomina a religião muçulmana). Também é importante esclarecer a diferença entre os termos árabe e islâmico/muçulmano. Árabe faz referência à etnia dos habitantes de diferentes países do Oriente Médio, enquanto islâmico/muçulmano (termos sinônimos) fazem referência à religião praticada por povos

BNCC
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DJIBUTI ETIÓPIA SOMÁLIA ERITREIA SUDÃO EGITO (parte asiática) Riad ARÁBIA SAUDITA IRAQUE SÍRIA JORDÂNIA ISRAEL LÍBANO IRÃ AFEGANISTÃO CHINA RÚSSIA BULGÁRIA GRÉCIA TURCOMENISTÃO CAZAQUISTÃO TADJIQUISTÃO QUIRGUISTÃO PAQUISTÃO ÍNDIA QATAR BAREIN Manama Doha Mascate Sana Abu Dhabi EMIRADOS ÁRABES UNIDOS KUWAIT OMÃ IÊMEN Cidade do Kuwait Damasco Beirute Amã Ancara TURQUIA (parte europeia) TURQUIA (parte asiática) GEÓRGIA AZERBAIJÃO Teerã Bagdá Telaviv Kabul EGITO (parte africana) CHIPRE (parte asiática) ARMÊNIA Mar Mediterrâneo Mar Negro OCEANO ÍNDICO Mar Cáspio Mar Arábico GolfoPérsico MarVermelho 50º L Trópico de Câncer 32º N 35º L Mar Mediterrâneo LÍBANO SÍRIA PALESTINA (Cisjorjânia) Tel Aviv Jerusalém Oriental JORDÂNIA GAZA Gaza Amã ISRAEL EGITO (parte asiática) Mar da Galileia Mar Morto 0 100 Capital 0 475
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TEXTO COMPLEMENTAR

Diversidade cultural

No Oriente Médio, convivem muitos grupos: árabes, judeus, turcos e persas.

O idioma árabe é o mais falado na região. É muito utilizado até mesmo na Turquia, no Irã e em Israel, países não árabes cujos idiomas oficiais são, respectivamente, o turco, o persa e o hebraico.

No Oriente Médio, surgiram três das grandes religiões mais praticadas no mundo: islamismo, cristianismo e judaísmo. O islamismo é a religião com maior número de adeptos na região. É praticado em todos os países do Oriente Médio por árabes, turcos, persas e outros grupos. O cristianismo é praticado principalmente por libaneses e o judaísmo predomina em Israel.

Leia o texto a seguir.

Islã, enigma e preconceito

O islamismo [...], além de ser uma religião, é também um conjunto de concepções culturais e normas de conduta.

[...] Islã não é sinônimo de Arábia, nem todo árabe é islâmico [...]. Os árabes são numericamente minoritários no mundo islâmico contemporâneo. O Islã é, sobretudo, um fenômeno histórico, cultural e social muito complexo e abrangente, que não pode ser resumido numa simples fórmula.

[...] Há fanáticos no Islã? Claro, como há em todas as religiões, dogmas, partidos e ideologias de todos os países em todas as épocas. Há pobreza, atraso, conservadorismo, preconceito e ignorância no mundo islâmico? Sim, mas também há riqueza, cultura, poesia e sabedoria. Afinal, foram os sábios do Islã os grandes responsáveis pela conservação e tradução dos escritos dos filósofos clássicos gregos, e coube à civilização islâmica, por exemplo, construir as primeiras bibliotecas em solo europeu.

4 Anote as palavras do texto que você desconhece. Busque o significado delas no contexto da leitura. Resposta pessoal. Consultar comentários em Orientações didáticas.

5 De acordo com o autor, o islamismo se resume apenas ao aspecto religioso? Explique.

Não, pois é um conjunto de concepções culturais e normas de conduta.

6 Segundo o texto, árabe e islâmico são sinônimos? Explique.

Não. Segundo o texto, nem todo árabe é islâmico, e os árabes são minoria no mundo islâmico.

7 Qual é a colaboração histórica do Islã para a cultura mundial?

Conservação e tradução dos escritos dos filósofos gregos e construção das primeiras bibliotecas na Europa.

que podem ser árabes ou não. Encaminhar as atividades de 4 a 7 que auxiliam na sistematização dessa etapa do conteúdo.

Na atividade 1, após uma primeira leitura individual e a realização da atividade, sugere-se que o texto seja lido em conjunto, para que os estudantes possam apresentar suas dúvidas e esclarecê-las com auxílio do grupo.

[...] A controvérsia e a confusão sobre o Oriente Médio já começam pelo nome: ele é oriental e médio em relação a quê? De início, o termo era britânico, Middle East, sendo hoje bastante traduzido e usado. Na origem, ele é não apenas flagrantemente europeu, mas também reconhecidamente imperial: a região ficava na metade de uma faixa do mundo que se estendia do Marrocos às Filipinas e que as potências europeias lutavam para dominar.

Há significativa incerteza (e discussão) sobre a abrangência regional do Oriente Médio. No uso britânico de princípios do século 20, o termo se referia à Arábia, à Mesopotâmia, ao golfo Pérsico e à Pérsia. ‘Oriente Próximo’ (Near East) se empregava para designar os Bálcãs, a Anatólia, o Levante e o Egito, ao passo que ‘Extremo Oriente’ (Far East) abrangia o Sudeste Asiático, a China, a Coreia e o Japão.”

[...]

SMITH, Dan. O atlas do Oriente Médio: conflitos e soluções. São Paulo: Publifolha, 2008. p. 8.

AMPLIANDO HORIZONTES

• IÊMEN: o segredo do Oriente. Direção: Osmar Júnior e Fábio Francisco. Brasil, 2008. (60 min).

Documentário sobre o Iêmen, país do Oriente Médio rico em construções antigas, das quais muitas são patrimônio mundial. Um universo de tradições seculares que encanta e desperta curiosidade.

ARBEX JÚNIOR, José. Islã: um enigma de nossa época. São Paulo: Moderna, 1996. p. 8-9. MENAHEM KAHANA/GETTY IMAGES
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Representantes do judaísmo, do cristianismo e do islamismo reunidos em Jerusalém, 2022.
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• Contempla-se a habilidade EF09GE01 com foco em analisar criticamente de que forma a hegemonia europeia foi exercida em várias regiões do planeta em diferentes tempos e lugares.

• O desenvolvimento da habilidade EF09GE02 ocorre com foco em analisar a atuação das corporações internacionais em relação à produção, à comercialização e ao consumo de petróleo.

• A habilidade EF09GE09 é trabalhada com foco em analisar características de países e grupos de países asiáticos em seus aspectos políticos e econômicos.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Explicar que a região do Oriente Médio sofre com a escassez de água, mas possui as maiores reservas de petróleo do planeta. Destacar que a economia da região gira em torno da exploração de petróleo, cuja riqueza gerada não é igualmente distribuída, posto que a desigualdade social é evidente no interior dos países e entre eles.

Encaminhar as atividades 1 e 2 que auxiliam na leitura do gráfico “Mundo: participação dos países na produção de petróleo (em milhares de barris por dia) –2021”.

Por meio do mapa “Oriente Médio: petróleo”, mostrar as principais áreas produtoras e exploradoras do recurso natural na região. Destacar a concentração da exploração no Golfo Pérsico e a importância dos oleodutos e gasodutos para transporte de petróleo e gás natural, respectivamente.

Encaminhar as atividades 3 a 5 que auxiliam na leitura do mapa.

Na atividade 3, espera-se que os estudantes respondam que os oleodutos e gasodutos transportam petróleo e gás da área produtora aos terminais de petróleo. Exemplo: oleodutos e gasodutos ligam áreas produtoras no Iraque a terminais localizados no Golfo Pérsico, no Mar Mediterrâneo e no Mar Vermelho.

Na atividade 5, espera-se que os estudantes respondam que

Petróleo: base da economia

A maioria dos países do Oriente Médio tem economia baseada na extração do petróleo, principal fonte de energia e matéria-prima do mundo. Na região, localizam-se algumas das maiores reservas mundiais e alguns dos maiores produtores de petróleo do mundo.

A produção de petróleo está concentrada principalmente no Golfo Pérsico, onde se localizam as principais áreas produtoras, responsáveis por cerca de um terço do fornecimento de petróleo consumido no mundo.

O transporte de petróleo é feito por oleodutos e navios petroleiros abastecidos no Golfo Pérsico ou em portos do mar Mediterrâneo, onde o produto chega por meio de oleodutos. Analise o gráfico e o mapa.

1 Entre os principais produtores de petróleo, quais estão localizados no Oriente Médio?

Arábia Saudita, Irã, Iraque, Emirados Árabes Unidos e Kuwait.

2 De acordo com o gráfico, os principais produtores do Oriente Médio detêm, juntos, que porcentagem do total mundial da produção de petróleo em barris? 29,8%.

3 Qual é a importância dos oleodutos e dos gasodutos? Cite um exemplo de áreas ou localidades ligadas por eles.

4 Que países têm o litoral voltado para o Golfo Pérsico? De acordo com o mapa, o que chama atenção nessa região?

5 No seu entendimento, de que forma a posição das bases militares, navios de guerra e porta-aviões está relacionada à localização das reservas de petróleo e gás, terminais de petróleo e oleodutos?

Resposta pessoal. Consultar comentários em Orientações didáticas.

3. Orientar os estudantes na elaboração das respostas. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.

Mundo: participação dos países na produção de petróleo (em milhares de barris por dia) – 2021

Fonte: BP. Statistical review of world energy 2021 Londres: BP, [2021]. Disponível em: https://www.bp.com/ content/dam/bp/business-sites/en/global/corporate/pdfs/ energy-economics/statistical-review/bp-stats-review-2021-fullreport.pdf. Acesso em: 9 mar. 2022.

Oriente Médio: petróleo

Fonte: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna, 2019. p. 102.

4. Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Catar, Barein, Kuwait, Iraque e Irã. A região concentra reservas e exploração de gás e petróleo.

a posição das bases militares e dos navios de guerra tem relação com o petróleo, pois estão próximo a áreas produtoras e a terminais do produto. Navios de guerra e porta-aviões estão posicionados nas águas por onde passam os petroleiros.

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cia, formaram cartéis. Destacar o interesse dos Estados Unidos (um dos maiores consumidores mundiais de petróleo) em fazer a segurança da exploração e do transporte de petróleo.

Ressaltar que as reservas de petróleo do Oriente Médio atraíram, no começo do século XX, companhias inglesas, francesas e estadunidenses interessadas em explorar esse recurso. Para proteger seus interesses e impedir a concorrên-

Para combater o poder das multinacionais do setor, foi criada a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Destacar a importância estratégica dessa organização para que os países produtores de petróleo possam controlar a exploração desse recurso e impor condições ao mercado internacional.

BNCC Kirkuk Yenbo Jedda Áden Mosul Ceyhan Banias Trípoli Eilat Khark Mascate Abu Dhabi OCEANO ÍNDICO Mar Mediterrâneo Mar Vermelho Mar Negro Mar Cáspio Trópico de Câncer 45° L TURQUIA EGITO CHIPRE SÍRIA IRAQUE Teerã Amã LÍBANO JORDÂNIA IRÃ SAUDITA BAREIN CATAR EMIRADOS ÁRABES UNIDOS IÊMEN KUWAIT ARÁBIA OMÃ Sana AFEGANISTÃO Reserva e exploração de petróleo e gás Oleoduto e gasoduto principais Terminal de petróleo Base militar Navios de guerra e porta-aviões 0 432 EUA 18,6% Arábia Saudita 12,5% Rússia 12,1% Canadá 5,8% Iraque 4,7% Outros 17,4% China 4,4% Emirados Árabes Unidos 4,1% Irã 3,5% Brasil 3,4% Kuwait 3% Noruega 2,3% México 2,2% Cazaquistão 2% Catar 2% Nigéria 2% * % do total mundial SONIA VAZ
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As reservas de petróleo despertam interesse mundial, envolvendo principalmente grandes consumidores do produto, como Estados Unidos, China, Japão e União Europeia. Constantes disputas internacionais e algumas guerras foram motivadas, entre outros fatores, pelo controle das jazidas localizadas no Golfo Pérsico.

Até o final de 1950, a exploração, o transporte e a comercialização do petróleo no Oriente Médio eram controlados por sete empresas multinacionais, conhecidas como Sete Irmãs – cinco de origem estadunidense (Exxon, Standard Oil, Mobil Oil, Texaco, Gulf Oil) e duas de origem britânica (Shell e British Petroleum).

A partir da década de 1960, os países do Oriente Médio passaram a visar ao controle sobre a produção de petróleo. Com a criação da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), os países produtores limitaram o poder das Sete Irmãs, assumindo o controle da exploração e do refino do produto. As empresas estrangeiras ficaram com o transporte e a comercialização.

A Opep também passou a utilizar o petróleo como arma política e econômica, limitando a produção e aumentando o preço do produto à medida que alguns dos seus interesses são ameaçados. Essas variações de preços impactam a economia mundial.

6 Leia o trecho a seguir e responda às questões em seu caderno. Nomes de empresas ou de marcas citados nesta obra têm finalidade didática e estão devidamente contextualizados ao tema que está sendo abordado, não havendo intenção de recomendar produtos ou incitar o consumo.

Crise de 1973

Após a fundação da Opep, os países-membros, insatisfeitos com o domínio estrangeiro do petróleo, anunciaram um embargo, limitando a produção e exportação a países europeus e aos Estados Unidos. Devido à escassez de petróleo, o preço quadruplicou de US$ 3 para US$ 12.

ZIMERMANN, Igor. OPEP: o que é e qual a sua importância? Politize!, Florianópolis, 27 jul. 2020. Disponível em: https://www.politize.com.br/opep-o-que-e/. Acesso em: 9 mar. 2022.

a) De acordo com o texto, como você definiria a palavra embargo?

b) Que fator explica a grande influência das decisões tomadas pelos países da Opep no mercado mundial de petróleo? Analise o gráfico da página 192 para auxiliá-lo na resposta.

c) Pesquise alguns impactos do aumento do preço do petróleo em nosso cotidiano. 6. a), b) e c) Consultar comentários em Orientações didáticas.

custo dos transportes é repassado ao consumidor, havendo aumento de preços generalizado de diversos produtos, incluindo alimentos.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR

Os riscos do uso do petróleo

Realizar a leitura coletiva do trecho a seguir com os estudantes e propor a questão abaixo.

O futuro do petróleo

Dependente do petróleo, a economia mundial deve confrontar-se com dois desafios importantes: o esgotamento programado das reservas de petróleo [...] e, sobretudo, a mudança climática resultante das emissões de gases de efeito estufa, ligadas à queima de combustíveis fósseis. A urgência em modificar modos atuais de produção e consumo de energia relaciona-se, na verdade, menos com o esgotamento futuro das reservas de energias fósseis [...] do que com as consequências de sua utilização nos processos de aquecimento climático [...].

DURAND, Marie-Françoise et al Atlas da mundialização. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 100.

• De acordo com o texto, por que se deve modificar os atuais padrões de produção e consumo de energia dependentes?

Resposta: Por causa do esgotamento do petróleo e também do aumento da poluição atmosférica causada pela emissão de gases estufa, provenientes da queima de combustíveis fósseis.

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Encaminhar a atividade 6, que auxilia na análise da importância da Opep para os países do Oriente Médio. No item a, espera-se que os estudantes identifiquem que se trata de embargo econômico e o definam como uma sanção que consiste em restringir ou proibir práticas de comércio e de comercialização para setores, mercadorias, serviços, entre outros segmentos. O objetivo é punir um país ou grupo de países até que cumpram leis e tratados, ou até mesmo cessem conflitos militares. No item b, a posição mun-

dial da organização em reservas e produção de petróleo. Em 2020, os países da Opep detinham quase 80% das reservas mundiais de petróleo bruto e respondiam por aproximadamente 35% da produção mundial. Os estudantes poderão analisar a participação dos países da Opep no gráfico para chegar a essa conclusão. No item c, os estudantes poderão citar o aumento do preço dos combustíveis e, consequentemente, dos transportes, o aumento do gás de cozinha e de produtos derivados de petróleo. O aumento do

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Reunião de fundação da Opep em Bagdá, Iraque, 10 de setembro de 1960.
HO/OPEC/AFP
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• A habilidade EF09GE09 é apresentada com foco em analisar características de países e grupos de países asiáticos em seus aspectos econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas e pressões sobre seus ambientes físico-naturais.

• Trabalha-se a habilidade EF09GE15 com ênfase em classificar diferentes regiões do mundo com base em informações econômicas representadas em mapas temáticos com diferentes projeções cartográficas.

• Atende-se a habilidade EF09GE17 ao explicar as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Europa, da Ásia e da Oceania.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Reforçar a importância do petróleo para a economia do Oriente Médio. Porém, destacar que, pensando na possibilidade de um futuro esgotamento das reservas desse recurso, países como Barein, Catar e Emirados Árabes Unidos estão investindo em outros setores econômicos para diversificar suas atividades. Incentivar a análise do mapa “Oriente Médio: uso da terra” para identificar outras atividades praticadas no Oriente Médio. Encaminhar as atividades 1 a 4, que auxiliam na interpretação do mapa.

A seguir, apresentar as principais características naturais do Oriente Médio, destacando a carência de água como um dos fatores preponderantes na distribuição da população e na organização das atividades agropastoris. Ressaltar também que o acesso à água tem sido fonte de conflitos na região. Entre as principais características naturais, destacar a predominância de clima desértico e semiárido (desertos da Arábia e do Irã), com ocorrência de clima mediterrâneo nas áreas próximas do crescente fértil. Há principalmente

Outras atividades econômicas

Além da extração e da exportação do petróleo, outras atividades econômicas se destacam no Oriente Médio. Analise o mapa.

Oriente Médio: uso da terra

1 Que atividades econômicas foram representadas no mapa?

Agricultura e criação de gado.

2 Por que a agricultura irrigada é muito importante na região? Se necessário, retome o mapa “Ásia: climas”, da página 166.

Por causa dos climas árido e semiárido da região.

3 Em que região do mapa se concentram as florestas e os bosques?

4 Qual é o principal cultivo representado no mapa? Em que países é realizado?

Na Região Norte, nos territórios da Turquia e do Irã, principalmente. Trigo. No Afeganistão, no Irã, no Iraque, na Turquia e na Síria.

Como em diversas áreas do Oriente Médio predomina o clima desértico, a agricultura é praticada principalmente nas áreas mais úmidas, onde é possível o uso da irrigação. Na Planície da Mesopotâmia, entre os rios Tigre e Eufrates, destaca-se o cultivo irrigado de trigo, além de arroz, frutas e algodão. No litoral do mar Mediterrâneo, destacam-se as azeitonas e frutas.

Algumas áreas de desertos, no entanto, têm se tornado importantes produtoras agrícolas em decorrência do desenvolvimento de técnicas de irrigação e manipulação genética de sementes. Israel é o país que tem obtido maior sucesso no aproveitamento das regiões áridas para a agricultura, ocupando, ao lado da Turquia, a liderança na produção agrícola do Oriente Médio. No deserto de Neguev, além do trigo, destaca-se o cultivo de frutas, cevada, legumes, verduras e algodão.

formações vegetais de Deserto, Estepes e Pradarias, além de Vegetação Mediterrânea nas áreas próximas aos rios.

A rede hidrográfica da região é pobre, com muitos rios temporários – com destaque para os rios Tigre e Eufrates. O relevo é bastante irregular, com extensas planícies situadas nas áreas litorâneas e planaltos que podem atingir altitudes superiores a 4 mil metros a leste, nas áreas próximas ao Afeganistão e ao Irã.

Relacionar as características naturais à ocupação e ao uso do solo. Chamar a atenção para o crescimento de outras atividades como a construção civil e o setor de serviços (bancos, seguradoras, transportes, energia, telecomunicações, aviação civil, tecnologia digital, turismo etc.) e para a necessidade de mão de obra para diversos setores, com estímulo para a entrada de imigrantes, sobretudo em países do Golfo Pérsico. Se julgar adequado, ler para os estudantes o excerto da seção Texto complementar

BNCC AFEGANISTÃO IRÃ ARÁBIA SAUDITA BAREIN CHIPRE EMIRADOS ÁRABES UNIDOS IRAQUE ISRAEL JORDÂNIA ÁFRICA ÁSIA EUROPA KUWAIT LÍBANO OMÃ CATAR SÍRIA TURQUIA IÊMEN OCEANO ÍNDICO Trópico de Câncer Mar Negro Mar Cáspio Mar Vermelho MarMediterrâneo 50° L Cidade do Kuwait Amã Telaviv Beirute Ancara Damasco Bagdá Teerã Riad Sana Mascate Doha Manama Abu Dhabi Kabul Utilização do solo Cultivos Trigo Beterraba Arroz Uva Café Azeitona Capital Áreas improdutivas Florestas e bosques Área cultivável Estepes e desertos Área de criação de gado 0 393 DACOSTA MAPAS
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Fonte: ISTITUTO GEOGRAFICO DE AGOSTINI. Atlante geografico metodico De Agostini. Novara: Istituto Geografico de Agostini, 2021. p. 100-101.
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O tipo de pecuária que se destaca no Oriente Médio é o pastoreio nômade. Com as condições climáticas adversas, os criadores deslocam o gado em busca de água e alimentos. Os principais rebanhos são de ovelhas, cabras e camelos.

Na atividade industrial, destacam-se Israel e Turquia, os países mais industrializados do Oriente Médio. A Turquia concentra indústrias química, mecânica e automobilística, e Israel, indústrias de equipamentos eletrônicos, alimentos, telecomunicações, armamentos e equipamentos agrícolas. Nos países produtores de petróleo, destacam-se as indústrias petroquímicas. Nos demais países, a atividade industrial é incipiente, basicamente com indústrias de bens de consumo não duráveis (alimentos, bebidas, vestuário etc.), concentrando-se principalmente nas capitais.

O turismo é uma atividade que tem apresentado crescimento no Oriente Médio, com grande destaque nos países do Golfo Pérsico, principalmente nos Emirados Árabes Unidos. Preocupado em diminuir a dependência econômica em relação ao petróleo, o país tem realizado altos investimentos em infraestrutura e desenvolvimento do setor com a construção de hotéis luxuosos, praias e ilhas artificiais que atraem turistas do mundo todo, principalmente para Dubai e Abu Dhabi. O turismo religioso também se destaca, atraindo devotos do mundo todo, pois foi nessa região que se originaram três importantes religiões: cristianismo, islamismo e judaísmo.

TEXTO COMPLEMENTAR

Até poucos anos atrás, [...] para boa parte da humanidade, o Oriente Médio era apenas o lugar de onde saía a maioria do petróleo que movia a economia do planeta. Mas o petróleo [...] não durará para sempre, e os árabes, capitalizados com os dólares resultantes da exploração [...], decidiram se precaver. O resultado está na transformação do Oriente Médio no destino que apresenta o maior crescimento proporcional de visitantes do planeta, segundo dados da Organização Mundial do Turismo. [...]

[...]

O fator que fez nascer a economia do turismo local foram os gigantescos investimentos em infraestrutura realizados [...]. A pequena Dubai, nos Emirados Árabes, foi a primeira a enxergar que a transformação do deserto instalado no caminho entre a Europa e a emergente China poderia atrair multidões em busca de luxo e lazer exótico [...] [...]

O modelo de Dubai serve atualmente de inspiração para outras localidades do Oriente Médio, que decidiram também financiar projetos semelhantes [...]

ANTUNES, Luciene As novas Dubais. Exame, [s l.], 9 mar. 2011. Disponível em: https://exame.abril.com.br/revista-exame/ novas-dubais-396426/. Acesso em: 14 ago. 2022.

AMPLIANDO HORIZONTES

• AMBIÇÕES nucleares: Arábia Saudita começa a explorar suas reservas de Urânio. Sputnik Brasil, [s l.], 18 dez. 2017. Disponível em: https://sputniknews brasil.com.br/20171218/ambicoes -nucleares-arabia-saudita-uranio10097665.html. Acesso em: 14 ago. 2022.

A reportagem avalia o potencial dos recursos da Arábia Saudita para a produção de energia atômica.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR

Viajar ao Oriente

A atividade proposta possibilita desenvolver práticas de pesquisa com destaque para a análise documental, observação, tomada de notas e construção de relatórios (ver tópico Práticas de pesquisa, nas Orientações gerais deste Manual).

Sugerir atividade de pesquisa sobre o turismo no Oriente Médio. Dividir a turma em grupos e

atribuir um tema para cada um deles, como: turismo religioso, turismo de negócios, turismo de alto padrão, crescimento do turismo e principais dificuldades para o desenvolvimento da atividade. Cada grupo deverá realizar a pesquisa e apresentá-la de forma livre, ou seja, o produto final pode ser uma apresentação de slides, um cartaz, um vídeo, uma música etc.

Para inspirar os grupos é interessante apresentar diferentes linguagens durante as aulas, trabalhando com quadrinhos, textos, vídeos etc.

• DÍAZ, Marcos González. Os reatores nucleares da Arábia Saudita que geram disputa entre EUA, China e Rússia. BBC News, [s l.], 2018. Disponível em: https:// www.bbc.com/portuguese/inter nacional-43202463. Acesso em: 14 ago. 2022.

A matéria explica os interesses de países como EUA e China nos novos empreendimentos da Arábia Saudita em diversificar sua matriz energética.

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O turismo de alto padrão tem apresentado crescimento nos Emirados Árabes Unidos. Fotografia de Dubai, 2022.
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Competências

• Geral: 2

• Ciências Humanas: 7

• Geografia: 4

• O trabalho com a habilidade EF09GE14 ocorre com foco em interpretar mapas temáticos para analisar e sintetizar dados e informações sobre diversidade, diferenças e desigualdades sociopolíticas mundiais.

• Atende-se à habilidade EF09GE15 com ênfase em classificar diferentes regiões do mundo com base em informações socioambientais representadas em mapas temáticos com diferentes projeções cartográficas.

• O desenvolvimento da habilidade EF09GE17 tem foco em explicar as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Ásia.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Nesta seção o objetivo é analisar, a partir de mapas em diferentes escalas, o problema da escassez de água no Oriente Médio e as suas possíveis soluções.

Promover a leitura coletiva dos mapas. Retomar o conceito de escala, bem como os de escala gráfica e escala numérica, desenvolvidos em anos anteriores. Garantir que todos se recordem de como trabalhar com escala cartográfica antes da realização das atividades de 1 a 6.

Na atividade 1, espera-se que os estudantes indiquem que observaram a escala numérica (denominador menor que o do planisfério) ou, ainda, que é possível perceber, mesmo sem olhar a escala, que o espaço representado no mapa 2 foi menos reduzido em relação ao real, o que indica que a escala é maior.

Na atividade 2, espera-se que os estudantes percebam que o espaço representado no mapa 1 foi reduzido mais vezes em rela-

A água em mapas de diferentes escalas

Analise os mapas.

Mundo: disponibilidade de água doce por pessoa – 2018

Fonte: FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS. Aquastat. Roma: FAO, [20--]. Disponível em: https://www.fao.org/aquastat/statistics/query/index.html;jsessionid= 0FC84F77920F6AC21993DE9E006113FB. Acesso em: 10 mar. 2022.

Oriente Médio: água

GolfoPérsico

GolfoPérsico

com base em: CHARLIER, Jacques (org.).

du 21 siècle. Paris: Nathan, 2014. p. 105.

ção ao tamanho real que o espaço representado no mapa 2. Quanto menos vezes um mapa é reduzido, maior a possibilidade de compor detalhes sobre o espaço representado.

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Na atividade 5, os estudantes devem responder negativamente, pois a água dessalinizada também é levada para outros países da região, o que pode ser percebido pela existência de linhas de canalização da água que ligam usinas de dessalinização a outros países, como Jordânia e Síria.

BNCC Mar Negro Mar Mediterrâneo Mar Arábico OCEANO ÍNDICO Mar Cáspio Mar Vermelho Trópico de Câncer Golfo de Omã L. Urmia RioEufrates R o Tigre GolfoPérsico 40° L TURQUIA LÍBANO CHIPRE ISRAEL PALESTINA (Cisjordânia e Gaza) JORDÂNIA IRAQUE KUWAIT SÍRIA ARÁBIA SAUDITA IÊMEN EMIRADOS ÁRABES UNIDOS OMÃ CATAR BAREIN IRÃ AFEGANISTÃO Damasco Amã Telaviv Bagdá Teerã Riad Sana Mascate Ancara Beirute Usina de dessalinização Principais barragens Canalização de água potável Capital 0 408 RENATO BASSANI DACOSTA MAPAS Equador Meridiano de Greenwich Círculo Polar Antártico Trópico de Capricórnio Trópico de Câncer 0° 0° OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO OCEANO PACÍFICO Círculo Polar Ártico OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO 0 3 186 Disponibilidade de água doce por pessoa (m2) Menos de 1363 De 1363 a 2 878 De 2 879 a 6 920 De 6 921 a 21 467 Mais de 21 467 Sem dados
MAPAS INTERAGIR COM NÃO ESCREVA NO LIVRO.
Atlas
1 2 Mar Negro Mar Mediterrâneo Mar Arábico OCEANO ÍNDICO Mar Cáspio Mar Vermelho Trópico de Câncer Golfo de Omã L. Urmia RioEufrates R o Tigre
Elaborado
40° L TURQUIA LÍBANO CHIPRE ISRAEL PALESTINA (Cisjordânia e Gaza) JORDÂNIA IRAQUE KUWAIT SÍRIA ARÁBIA SAUDITA IÊMEN EMIRADOS ÁRABES UNIDOS OMÃ CATAR BAREIN IRÃ AFEGANISTÃO Damasco Amã Telaviv Bagdá Teerã Riad Sana Mascate Ancara Beirute Usina de dessalinização Principais barragens Canalização de água potável Capital 0 408 Mar Negro Mar Mediterrâneo Mar Arábico OCEANO ÍNDICO Mar Cáspio Mar Vermelho Trópico de Câncer Golfo de Omã L. Urmia R oEufrates R o Tigre
40° L TURQUIA LÍBANO CHIPRE ISRAEL PALESTINA (Cisjordânia e Gaza) JORDÂNIA IRAQUE KUWAIT SÍRIA ARÁBIA SAUDITA IÊMEN EMIRADOS ÁRABES UNIDOS OMÃ CATAR BAREIN IRÃ AFEGANISTÃO Damasco Amã Telaviv Bagdá Teerã Riad Sana Mascate Ancara Beirute Usina de dessalinização Principais barragens Canalização de água potável Capital 0 408
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Escalas cartográficas

3. Espera-se que os estudantes respondam que não, já que as informações do mapa 2 são bastante detalhadas para serem representadas em um espaço tão reduzido como o planisfério.

Os mapas da página anterior apresentam escalas cartográficas diferentes. Isso significa que as reduções dos espaços representados nos dois mapas não são as mesmas em relação ao seu tamanho real.

A escala de um mapa é considerada pequena quando a área representada é bastante reduzida em relação ao tamanho real, como nos mapas que representam o mundo (planisférios). Nesse caso, não é possível representar muitos detalhes sobre o espaço.

A escala é considerada grande quando a área representada não é tão reduzida. Nesse caso, parece que o espaço representado está mais próximo do real, e é possível ter informações mais detalhadas sobre ele.

Cuidado para não se enganar com a escala numérica. Ela indica a relação entre o mapa e a dimensão da área mapeada por meio de uma fração. Temos um numerador fixo que indica a unidade de medida utilizada no mapa (geralmente 1 cm) e um denominador que varia, pois indica a escala, ou seja, quantas vezes a área real foi reduzida para a elaboração do mapa. Em uma escala numérica, quanto menor for o denominador, maior será a escala e o detalhamento da área representada, e vice-versa.

Observe como ficam as escalas numéricas dos mapas desta seção:

Mapa 1 – 1:354000000

Mapa 2 – 1:34300000

1 Qual mapa da página 196 tem a maior escala? Como você descobriu isso?

2 Em qual mapa o espaço foi menos reduzido em relação à realidade? O que isso implica na representação de informações?

Consultar comentários em Orientações didáticas.

3 Além da diferença entre as escalas, os mapas 1 e 2 diferem quanto às informações. No seu entendimento, seria uma boa solução representar no mapa 1 as mesmas informações do mapa 2? Explique.

4 Observe novamente o mapa 2 e responda: em que países há usinas de dessalinização?

5 A água dessalinizada na Arábia Saudita abastece apenas o próprio país? Explique.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

6 As barragens dos rios permitem o represamento das águas e são usadas em diversas atividades. Em que rios e países estão localizadas as barragens representadas no mapa?

Os rios são Tigre (Iraque) e Eufrates (Turquia, Síria e Iraque).

Usina de dessalinização na cidade de El-Arish, Egito, 2022.

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AMPLIANDO HORIZONTES

• A FONTE das mulheres. Direção: Radu Mihaileanu. França/Bélgica/ Itália: Paris Filmes, 2012. (135 min). O filme aborda um movimento de mulheres em um pequeno vilarejo no Norte da África e no Oriente Médio, as quais, para forçar os homens a assumir a tarefa de buscar água em local de difícil acesso, organizam uma greve de sexo em suas casas, colocando em questão a cultura e as tradições islâmicas.

• DESSALINIZAÇÃO ajuda Israel com crise hídrica. 2018. Vídeo (4min53s). Publicado por Canal Rural. Disponível em: https://www.canalrural.com.br/ programas/dessalinizacao-ajuda-israel-com-crise-hidrica-74832/. Acesso em: 14 ago. 2022. Episódio de “Conexão Israel”, do Canal Rural, que aborda as soluções encontradas por Israel para a escassez de água na região, com foco na tecnologia de dessalinização da água.

Dessalinização: retirada do sal de águas bombeadas de mares ou águas subterrâneas salobras.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR

Diferentes escalas

Depois das explicações sobre detalhamento de informações e escala dos mapas, apresentadas na seção, pedir aos estudantes que folheiem o livro para identificar mapas de diferentes escalas. Solicitar a eles que selecionem 4 ou 5 mapas, citando-os em ordem crescente de escalas. Depois, eles deverão apontar as diferenças entre as áreas representadas.

• NOVA guerra? Conflitos por esse recurso podem agravar relações no Oriente Médio. Sputnik Brasil, [s l.], 10 ago. 2018. Dis ponível em: https://sputniknews brasil.com.br/20180810/guerra -recurso-hidrico-agrava-relacoes -oriente-medio-11923380.html. Acesso em: 14 ago. 2022. Especialistas preveem conflitos futuros entre Síria, Turquia e Iraque pelas águas dos rios Tigre e Eufrates.

• LONGARI, Marco. Resolver problema de escassez de água no Oriente Médio e no Norte da África deve ser prioridade. UNIC Brasil, Rio de Janeiro, 20 fev. 2014. Disponível em: https://unicrio.org. br/fao-resolver-problema-de-escas sez-de-agua-no-oriente-medio -e-no-norte-da-africa-deve-se r-prioridade/. Acesso em: 14 ago. 2022.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura explica a urgência da questão da água na região.

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4. O estudante deve localizar no mapa usinas de dessalinização na Arábia Saudita, Omã, Emirados Árabes Unidos, Catar, Barein, Israel e Kuwait. O mapa 2. Consultar comentários em Orientações didáticas. KHALED DESOUKI/AFP
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• A habilidade EF09GE01 apresenta-se na dupla com foco em analisar criticamente de que forma a hegemonia europeia foi exercida no Oriente Médio, notadamente em situações de conflito, intervenções militares no início do século XX.

• Desenvolve-se a habilidade EF09GE08 ao analisar transformações territoriais, considerando o movimento de fronteiras, tensões, conflitos e múltiplas regionalidades no Oriente Médio.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Na página 198, promover a leitura compartilhada do texto que trata da formação dos países do Oriente Médio e a análise do mapa “Oriente Médio – década de 1920”. Fazer paradas para comentários e esclarecimentos de dúvidas. Comentar que o Império Otomano foi consolidado no século XIII graças a vitórias militares do guerreiro Otomano Osmã I (1258-1324). Os otomanos empreenderam um longo processo de expansão árabe que dominou regiões da Europa, do Oriente Médio e do Norte da África. Em meados do século XIX, os povos dominados passaram a ameaçar a estabilidade do Império Otomano, que ruiu no século XX, especialmente em razão dos conflitos da Primeira Guerra Mundial. Nessa época, o Império desagregou-se dando origem a vários Estados.

A Pérsia manteve-se independente e, na década de 1920, teve seu nome alterado para Irã. O Afeganistão tornou- se independente do Reino Unido em 1919.

Na página 199, inicia-se a abordagem sobre os conflitos ocorridos no Oriente Médio no contexto da geopolítica mundial e dos interesses das grandes potências ao longo do tempo pela posição estratégica e pelos recursos naturais da região.

Formação dos países do Oriente Médio

Antes da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o atual território do Oriente Médio era formado pela Pérsia, pelo Império Otomano, por colônias inglesas e francesas e pela Arábia. Os povos que habitavam a região estavam organizados principalmente em tribos e os limites territoriais eram demarcados por acordos ou pela percepção que cada povo tinha do seu território.

Com o fim do Império Otomano (1922), Reino Unido e França dominaram e colonizaram a região, dividindo o território e impondo fronteiras, sem levar em consideração a cultura e a organização social dos povos.

Surgiram Turquia (independente), Chipre, Iraque, Catar, Kuwait, Barein, Jordânia, Iêmen, Omã e Emirados Árabes Unidos (unificação de sete emirados a partir de 1971) – protetorados britânicos – e Líbano e Síria – protetorados franceses. Esses países iniciaram o processo de independência somente a partir do final da Segunda Guerra Mundial.

A Pérsia manteve-se independente, mas sob forte influência do Reino Unido e da Rússia, tendo seu nome alterado para Irã na década de 1920. O Afeganistão tornou-se independente do Reino Unido em 1919. A Arábia Saudita nasceu independente em 1932, sob influência britânica. Israel foi criado em 1948, pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Oriente

Emirado: Estado ou território administrado por um emir (“comandante”, em árabe).

Protetorado: território que apresenta certas características de um Estado independente, com alguma autonomia política interna, mas que se encontra subordinado em alguns aspectos, especialmente do ponto de vista militar, a outro Estado.

Elaborado com base em: LE MONDE. L’histoire du Proche-Orient: 10 000 ans de civilisation. Paris: Le Monde, 30 jan. 2018. p. 107.

O primeiro conflito em destaque é entre Israel e Palestina. Comentar que o fato de judeus e muçulmanos considerarem a Palestina como terra sagrada trouxe à tona fundamentalismos e intolerâncias que geraram conflitos pela sua ocupação.

Explicar que os conflitos entre judeus e muçulmanos começaram há séculos e se intensificaram a partir de meados dos anos 1920, quando judeus dispersos pelo mundo iniciaram um movi-

mento de retorno às terras que então estavam ocupadas por maioria palestina. É importante destacar que os judeus não tinham um território e que, por isso, decidiram reivindicar parte das terras da Palestina, alegando que historicamente elas lhes pertenciam.

O Plano de Partilha da ONU e a criação do Estado de Israel acirraram ainda mais os conflitos.

BNCC Golfo Pérsico Mar Cáspio Mar Negro Mar Mediterrâneo 40° L 30° N Zona de influência italiana Zona de influência russa Istambul Ancara CHIPRE EGITO Jerusalém Beirute LÍBANO Amã Damasco SÍRIA Mosul Bagdá Kuwait IRÃ CATAR IMPÉRIO RUSSO Alepo Adana Erzurum 0 224 Área de controle direto francês Área de controle direto britânico Protetorado francês Protetorado britânico Zona internacional Territórios de posse britânica Capital DACOSTA MAPAS
Médio: década de 1920
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Conflitos

O processo de independência dos países do Oriente Médio acirrou disputas territoriais já existentes. Além disso, a diversidade étnica e religiosa, os interesses pelo petróleo, as reivindicações territoriais de israelenses e palestinos e a atuação de grupos terroristas fazem com que a região seja palco de constantes conflitos.

Israelenses e palestinos: conflito sem fim?

Os judeus (israelenses) ocuparam a Palestina até por volta de 2 mil anos atrás, quando houve a diáspora, dispersão dos judeus pelo mundo, motivada por invasões e conquistas dos romanos em seu território. A partir de então, os judeus passaram a viver em diversas localidades da Terra, porém com forte sentimento de formarem um só povo.

No final do século XIX, surgiu na Europa o movimento sionista, que lutava pela reunificação do povo judeu de volta ao território de onde haviam partido quase 2 mil anos antes, onde seria constituído um Estado independente. Judeus de várias partes do mundo migraram para a Palestina, então ocupada por povos árabes e muçulmanos.

Após a Segunda Guerra Mundial, a ONU criou o Estado de Israel em territórios palestinos, motivada pela perseguição aos judeus pelos nazistas. Em 1947, a ONU estabeleceu a divisão do território da Palestina em três partes: Estado de Israel, Estado da Palestina e Cidade Internacional de Jerusalém.

Plano de partilha da ONU – 1947

de classe, acirrando o sectarismo religioso. [...]

MAALOUF, Ramez Philippe. SÍRIA: um histórico de lutas por independência e autodeterminação. Revista Intertelas, [s l.], 18 ago. 2018. Disponível em: https:// revistaintertelas.com/2018/08/18/siria-um -historico-de-lutas-por-independe ncia-e-autodeterminacao/. Acesso em: 15 ago. 2022.

• Descreva as relações da França com a Síria durante o período citado. Em sua opinião, quais eram as motivações do governo francês?

Resposta: Enquanto a Síria esteve sob o protetorado francês, a soberania dos povos, representada pelo Reino Árabe da Síria, não foi respeitada. A França desrespeitou os princípios e a possibilidade da criação de um Estado democrático, dividindo o território de acordo com as religiões praticadas. Houve muitos conflitos e mortes de civis. As motivações do governo francês eram dividir a população para poder controlar o país, mantendo uma posição de influência no Oriente Médio.

AMPLIANDO HORIZONTES

• LEMON tree. Direção: Eran Riklis. Israel/Alemanha/França: IFC Films, 2008. (106 min).

Observe, no mapa 1, que ambos os Estados ficaram com os territórios divididos, pois a ONU utilizou a concentração populacional como um dos critérios para determinar as áreas de cada um. A Palestina ficaria com a Faixa de Gaza (oeste) e a Cisjordânia (leste), onde havia maior presença de árabes, e Israel ficaria com o restante do território. Os palestinos não aceitaram a proposta de partilha da ONU, mas, mesmo assim, Israel declarou independência em 1948.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR

A França e a Síria Leia o trecho a seguir e responda à questão.

O mandato francês sobre a Síria não respeitou a proclamação do Reino Árabe da Síria pelo Congresso Nacional Árabe-Sírio de 1920, sob a

monarquia constitucional e parlamentar do rei Faysal al-Hachemi. Neste Congresso, também [foram estabelecidos] a fundação de uma universidade e [...] [as] eleições livres e regulares. Isto é, o Reino Árabe-Sírio nasceu sob um regime democrático.

Para combater a democracia síria e o nacionalismo árabe, a França dividiu o território sírio entre as comunidades confessionais para implodir qualquer identidade nacional e até mesmo

História de uma viúva palestina que luta por manter os limoeiros de seu quintal, enquanto seu novo vizinho, o Ministro da Defesa de Israel, alega que as árvores ameaçam a segurança dele.

• UMA GARRAFA no mar de Gaza.

Direção: Thierry Binisti. França/ Israel/Canadá: Esfera Cultural 2011. (100 min).

Baseado em livro de mesmo título, o filme narra a aproximação e a distância de Naim, um palestino de 20 anos, e Tai, uma israelense de 17 anos, tendo como pano de fundo a questão israelo-palestina.

• SMITH, Dan. O Atlas do Oriente Médio: o mapeamento completo de todos os conflitos. São Paulo: Publifolha, 2008.

O livro analisa cada conflito presente na região, trazendo suas raízes desde o Império Otomano até a atualidade, com a participação de potências ocidentais.

[...]
LÍBANO SÍRIA Jericó Mar Morto Mar Mediterrâneo 32° N 35° L EGITO JORDÂNIA Jerusalém (internacional) Estado palestino Plano de partilha da ONU Estado judeu 0 28 ALLMAPS
1
Fonte: SMITH, Dan. O atlas do Oriente Médio: o mapeamento completo de todos os conflitos. Tradução: Mário Vilela. São Paulo: Publifolha, 2008. p. 36-37.
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• A habilidade EF09GE08 é trabalhada com foco em analisar transformações territoriais, considerando o movimento de fronteiras, tensões, conflitos e múltiplas regionalidades no Oriente Médio.

• Atende-se à habilidade EF09GE14 com ênfase em interpretar mapas temáticos para analisar e sintetizar informações sobre geopolíticas mundiais.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Em uma roda de conversa, promover a leitura coletiva do texto e dos mapas que mostram as mudanças territoriais do Estado de Israel após a Guerra da Partilha e a Guerra dos Seis Dias.

Destacar a participação dos Estados Unidos e da ex-União Soviética nos conflitos que envolviam árabes e judeus durante o período da Guerra Fria. Enquanto os primeiros apoiavam Israel com o objetivo de manter uma área de influência na região, a segunda passou a intervir ao lado dos palestinos. Encaminhar as atividades 1 a 3.

Na atividade 2, espera-se que os estudantes citem o holocausto sofrido pelo povo judaico. No pós-guerra, os sobreviventes do holocausto ainda enfrentavam o antissemitismo e não tinham uma terra própria para se reunir e se fortalecer.

Na atividade 3, a ONU tinha por objetivo possibilitar a cooperação entre os países-membros em prol da manutenção da paz, da garantia dos direitos humanos, da segurança internacional, do desenvolvimento econômico e do progresso social. A criação do Estado judeu pode ser vista como uma reparação pelo holocausto.

Trabalhar com o histórico do conflito entre palestinos e israelenses, a partir da Guerra do Yom Kippur e das tentativas de

Guerra da Partilha e Guerra dos Seis Dias

A criação de Israel não foi aceita pelos países árabes. Egito, Síria, Iraque, Jordânia e Líbano declararam guerra um dia após o anúncio da independência. Em janeiro de 1949, Israel venceu e ampliou seu território sobre áreas que seriam destinadas ao Estado palestino. Egito e Jordânia também se apropriaram de áreas palestinas. A cidade de Jerusalém foi dividida entre Israel e Jordânia. Analise o mapa 2.

Em 1967, ocorreu um novo conflito entre árabes e judeus, conhecido como Guerra dos Seis Dias. Israel atacou Egito, Jordânia e Síria, conquistando territórios da Cisjordânia (da Jordânia), as Colinas de Golã (da Síria), a Faixa de Gaza (do Egito) e a Península do Sinai (do Egito). Judeus do mundo todo migraram para esses territórios, em um processo de colonização organizado por Israel. Analise o mapa 3.

Israel – 1949

Israel – 1967

Guerra do Yom Kippur

Fonte dos mapas: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna, 2019. p 103.

Em 6 de outubro de 1973, no Yom Kippur (“Dia do Perdão”, feriado religioso para os judeus), egípcios e sírios atacaram Israel. O contra-ataque israelense foi fulminante, e o país passou a controlar pontos estratégicos da Síria e do Egito. O cessar-fogo foi assinado em 26 de outubro de 1973. Com a vitória, Israel manteve os territórios ocupados sob seu domínio. Responda às questões em seu caderno.

1 Explique a importância da região da Palestina para o povo judeu.

A Palestina foi a região de origem do povo judeu.

2 Qual fato reforçou a criação de um Estado judeu próprio após a Segunda Guerra Mundial?

3 Por que a criação do Estado de Israel foi atribuição da ONU?

Consultar comentários em Orientações didáticas. Consultar comentários em Orientações didáticas.

acordos de paz. Destacar o surgimento de grupos como a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), o Fatah e o Hamas.

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Reforçar que o Hamas é considerado a maior organização islâmica nos territórios palestinos da atualidade. Um de seus criadores foi o xeque Ahmed Yassin, que pregava a destruição de Estado israelense. Seu nome é a sigla em árabe para Movimento de Resistência Islâmica. O grupo surgiu contra a ocupação israelense na Cisjordânia e

na Faixa de Gaza. Além da faceta militar – com as brigadas Al-Qassam – o grupo que controla Gaza também é um partido político.

Ressaltar que a oposição entre o Hamas e o Fatah foi um dos aspectos que interrompeu a tentativa de um processo de paz iniciado no ano de 1993. Explicar que os anos 2000 foram marcados por um aumento das tensões na região, e que a dificuldade em estabelecer um acordo foi grande, como a controversa iniciativa de Israel de

BNCC Mar Mediterrâneo 33° L Mar Vermelho Mar Morto C a n a d e Suez EGITO SÍRIA LÍBANO JORDÂNIA ARÁBIA SAUDITA Jerusalém CISJORDÂNIA ISRAEL GAZA PENÍNSULA DO SINAI COLINAS DE GOLÃ 33°N J o d ã o Rio L. Tiberíades 0 83 Israel 1949-1967 Ocupação militar israelense (Guerra dos Seis Dias, jun. 1967) DACOSTA MAPAS
33°N 33° L Mar Morto Mar Mediterrâneo C a n a d e Suez Mar Vermelho EGITO SÍRIA LÍBANO JORDÂNIA ARÁBIA SAUDITA Jerusalém CISJORDÂNIA ISRAEL GAZA PENÍNSULA DO SINAI J o r d ã o Rio L. Tiberíades COLINAS DE GOLÃ Israel 1947 Palestina ocupada
Israel Jerusalém
Israel e
Egito (Faixa de
Jordânia (Cisjordânia) 0 83 DACOSTA MAPAS 2 3 Mar Mediterrâneo 33° L Mar Vermelho Mar Morto C a n a d e Suez EGITO SÍRIA LÍBANO JORDÂNIA ARÁBIA SAUDITA Jerusalém CISJORDÂNIA ISRAEL GAZA PENÍNSULA DO SINAI COLINAS DE GOLÃ 33°N J o d ã o Rio L. Tiberíades 0 83 Israel 1949-1967 Ocupação
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(Guerra dos Seis Dias, jun. 1967)
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Tentativas de acordo e conflitos recentes

As tentativas de acordo entre os Estados de Israel e da Palestina vêm falhando nas últimas décadas. As frequentes ocupações de territórios que violam os termos de acordos já firmados entre as partes dificultam a convivência entre os povos e, consequentemente, o fim dos conflitos. Analise a linha do tempo a seguir.

1979: Acordo de Camp David – Israel e Egito selam a paz com a devolução da Península do Sinai aos egípcios.

1987: Primeira Intifada (Revolta das Pedras), em que a população palestina enfrenta o Exército israelense atirando pedras. / Criação do Hamas

1993: Reconhecimento mútuo de Israel e da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

AMPLIANDO HORIZONTES Para o professor

• SAHD, Fábio Bacila. Palestinos: as vítimas ulteriores do holocausto. Revista TEL Tempo, Espaço e Linguagem, v. 2, n. 3, p. 143-171, set./dez. 2011. Disponível em: https://redib.org/Record/oai_ articulo731335-palestinosvítimas-ulteriores-do-holocausto.

Acesso em: 14 ago. 2022.

2000: Segunda Intifada. / Ocupação israelense em partes da Cisjordânia. / Cancelamento de algumas concessões do Tratado de Oslo.

1995: Tratado de Oslo II – A Cisjordânia é dividida em três zonas, uma sob controle palestino, outra sob controle israelense e uma zona de controle misto.

1994: Tratado de Oslo I – A administração de 60% da Faixa de Gaza e da cidade de Jericó é atribuída à Palestina. / A OLP é substituída pela Autoridade Nacional Palestina (ANP).

O artigo acadêmico relaciona o holocausto vivido pelos judeus com as práticas de extermínio adotadas pelo estado de Israel desde sua criação, colocando o povo palestino como vítima indireta do holocausto.

2002 : Israel inicia construção de muro separando israelenses e palestinos na Cisjordânia.

2004: Transferência de colônias judaicas da Faixa de Gaza para a Cisjordânia. / Morte de Yasser Arafat (presidente da OLP e líder da ANP) e enfrentamento entre Hamas e Fatah pelo controle político da Autoridade Palestina. Hamas assume Faixa de Gaza, e Fatah, a Cisjordânia.

2015: Vaticano reconhece o Estado da Palestina / Início da Intifada de Jerusalém na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

2017: Estados Unidos reconhecem Jerusalém como capital de Israel e autorizam a transferência da embaixada do país, anteriormente localizada em Telaviv. O caso ampliou os enfrentamentos na região, causando diversos protestos e ataques.

2021: Mobilização de habitantes palestinos contra expulsões ilegais realizadas por Israel no bairro de Sheikh Jarrah (Jerusalém Oriental) reinicia conflitos em Gaza e na Cisjordânia.

2014: Retomada dos ataques de ambos os lados. / Israel faz grande ofensiva contra a Faixa de Gaza.

2012: Palestina ganha status de Estado observador não membro da ONU.

Hamas: Movimento de Resistência Islâmica. Grupo militar e partido político criado em 1987, após a Primeira Intifada. Pregam a destruição do Estado de Israel. É considerado como uma organização terrorista por EUA, UE, Canadá e Japão. Organização para Libertação da Palestina: organização política formada em 1964 com o objetivo de lutar pela independência da Palestina.

Autoridade Nacional Palestina: organização criada para ser um governo de transição até o estabelecimento do Estado palestino independente.

Fatah: Movimento pela Libertação da Palestina. Partido político criado por Yasser Arafat e favorável a um acordo com Israel, criando dois Estados.

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construir um muro que isolasse de seu território as cidades palestinas da Cisjordânia.

Destacar que a região retornou à pauta do debate internacional com o recrudescimento dos conflitos entre israelenses e palestinos em 2014 e, novamente, em 2021. Nesse sentido, sugerimos aproveitar as notícias que estão sendo veiculadas no momento para abordar as origens e perspectivas desse conflito, que está longe de um desfecho.

• HAMAS, da primeira Intifada ao atual conflito com Israel. BBC News, [s l.], 29 jul. 2014. Disponível em: https://www.bbc. com/portuguese/noticias/2014 /07/140729_o_que_hamas_kb.

Acesso em: 14 ago. 2022.

A reportagem aborda o papel do Hamas nos recentes conflitos na região do Oriente Médio.

• PIMENTEL, Matheus. Por que o conflito Israel-Palestina vive uma nova onda de violência. Nexo Jornal, [s l.], 14 maio 2018. Disponível em: https://www.nexo jornal.com.br/expresso /2018/05/14/Por-que-o-conflito-Israel-Palestina-vive-uma-nova-onda-de-violência. Acesso em: 14 ago. 2022.

A reportagem explica novos conflitos entre Israel e Palestina, relacionando-os com a atuação do Hamas e com a inauguração da embaixada americana em Jerusalém.

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BNCC

• O trabalho com a habilidade EF09GE02 ocorre com foco em analisar a atuação das organizações econômicas mundiais (como a Opep) durante conflitos envolvendo países do Golfo Pérsico.

• A abordagem da habilidade EF09GE08 é feita com ênfase em analisar transformações territoriais, considerando o movimento de fronteiras, tensões, conflitos e múltiplas regionalidades no Oriente Médio.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Na página 202, apresentar cada um dos conflitos listados, destacando as motivações dos países envolvidos. Além disso, analisar com a turma a participação dos Estados Unidos, avaliando em que medida o interesse no petróleo foi um motivador para seu envolvimento nestas guerras:

• na Guerra do Golfo, apoiaram o Kuwait, visando a manutenção do abastecimento do petróleo;

• finalmente, em 2003, sob o pretexto de combater o terrorismo, os Estados Unidos ocuparam o Iraque com o objetivo de acessar reservas de petróleo. Sobre o Afeganistão, explicar que sempre se tratou de um país pobre, e que sua situação se agravou com a ascensão ao poder de um governo socialista, que ia contra os hábitos, costumes e leis religiosas que vigoravam no país. Nesse contexto, surgiram guerrilhas que foram apoiadas pelos Estados Unidos e que lutavam entre si pelo poder, entre as quais se destaca o Talibã. Esse grupo fundamentalista assumiu o poder no país em 1996, aplicando leis rígidas à população local; também foi acusado de participação em atos terroristas, oferecendo apoio à Al-Qaeda. A partir de então, os Estados Unidos começaram a prestar atenção no país. O atentado de 11 de setembro de 2001

Guerra do Golfo

Teve início quando o Iraque invadiu o Kuwait, em 1990, alegando que este país vendia mais petróleo do que a cota estipulada pela Opep, forçando a queda do preço do produto. A reação estadunidense e da ONU foi imediata, com pesados bombardeios aéreos sobre o Iraque. Obrigados a se retirar do Kuwait, os iraquianos incendiaram várias plataformas de petróleo, provocando um aumento significativo no preço da commodity

Guerra do Iraque

Em 2003, o Iraque, liderado por Saddam Hussein (1937-2006), foi acusado pelos Estados Unidos de produzir armas químicas e biológicas. Contra uma determinação da ONU, o país foi invadido por tropas anglo-americanas. Saddam foi deposto e caçado pelas tropas estadunidenses. Capturado, foi julgado e condenado à morte em 2006, por crimes cometidos durante seu governo. As forças armadas dos Estados Unidos deixaram o país no final de 2011.

Guerra do Afeganistão

Teve início sob a alegação de que o Afeganistão abrigava Osama bin Laden, líder da organização terrorista Al Qaeda, responsável pelos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos. O Afeganistão foi bombardeado e invadido por tropas estadunidenses e britânicas, que prometiam derrubar do governo o grupo Talibã e capturar Bin Laden. O primeiro objetivo foi alcançado em dezembro de 2001. Bin Laden foi morto no Paquistão em 2011, mas as tropas estadunidenses permaneceram em território afegão sob pretexto de garantir a segurança e a estabilidade no país.

Em agosto de 2021, depois de negociações com o Talibã, os Estados Unidos retiraram suas tropas do Afeganistão e o Talibã retomou o poder, gerando incertezas sobre a forma como governarão o país e uma possível escalada do terrorismo.

foi um pretexto para que o Afeganistão fosse invadido e bombardeado pelas forças estadunidenses, desencadeando a chamada Guerra ao Terror. Os Estados Unidos ainda mantêm militares no país. Sugerir aos estudantes a leitura do livro indicado na seção #Fica a dica

Se julgar pertinente, comentar sobre outro conflito ocorrido no Oriente Médio: a Guerra Irã-Iraque, nos anos 1980. O Iraque, com apoio dos Estados Unidos, de Israel, da extinta União

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FICA A DICA

A ganha-pão (filme).

Direção: Nora Twomey. Irlanda / Canadá / Luxemburgo, 2017. Parvana é uma menina de 11 anos que vive no Afeganistão no ano de 2001, quando as forças do Talibã tomaram o poder no país. Quando seu pai é preso de maneira injusta, ela precisa se disfarçar como um menino para trabalhar e garantir o sustento de sua família.

Soviética, da Arábia Saudita e do Egito, invadiu o Irã, utilizando como argumento uma antiga disputa de fronteira com o país vizinho. O conflito terminou em 1988, sem vencedores e com as fronteiras inalteradas.

Na página 203, ao tratar da Guerra Civil na Síria, contextualizar o Estado Islâmico (EI), também conhecido como Estado Islâmico do Iraque e Levante. Comentar que se trata de um grupo islâmico radical que prega a jihad, guerra santa

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Plataforma de petróleo incendiada por tropas iraquianas durante a Guerra do Golfo, no Kuwait. Fotografia de 1991.

A guerra civil na Síria

O conflito teve início em 2011, quando o governo de Bashar al-Assad (1965-) iniciou ataques armados contra a população durante manifestações que fizeram parte da chamada Primavera Árabe (que será estudada na página seguinte), resultando em centenas de mortes. O ditador governa o país desde 2000 e sua família está no poder desde 1970.

Os grupos de oposição se uniram e formaram milícias armadas para enfrentar o governo, como o Exército Livre da Síria (ELS), sem vinculação religiosa. Al-Assad respondeu com mais violência, e os conflitos se acirraram ao longo dos anos.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor

• GUERRA na Síria completa 7 anos; 4,6 mil sírios já pediram refúgio no Brasil. 2018. Vídeo (4 min39s). Publicado por G1. Disponível em: https://g1.globo.com/globonews /jornal-das-dez/video/guerra-na -siria-completa-7-anos-46-mil -sirios-ja-pediram-refugio-no -brasil-6573825.ghtml. Acesso em: 14 ago. 2022.

Estados Unidos e Turquia atuaram na Síria com bombardeios às áreas dominadas pelo grupo terrorista e apoiando grupos rebeldes, como o ELS. Rússia e Irã apoiam o governo de Bashar al-Assad, que atualmente domina mais da metade do território sírio, fragmentado em áreas controladas por diversos grupos com interesses distintos, mantendo as tensões no país.

Desde o início da guerra, o número de vítimas fatais ultrapassa os 500 mil. De acordo com a ONU, cerca de 5,6 milhões de sírios deixaram o país e 6,7 milhões são refugiados internos, em extrema necessidade de assistência humanitária.

FICA A DICA

Para agravar a situação, o grupo terrorista autodenominado Estado Islâmico (EI), que inicialmente lutava junto aos opositores, começou a reivindicar territórios e cometer atrocidades contra diversos grupos, com o objetivo de estabelecer sua hegemonia e implantar a sharia (Lei Islâmica).

O diário de Myriam Myriam Rawick e Phillip Lobjois. Rio de Janeiro: Darkside, 2018. O livro traz as memórias de Myriam Rawick, que manteve dos 6 aos 12 anos de idade um diário em que registrou seu cotidiano na cidade de Alepo, durante a guerra civil na Síria.

A reportagem em vídeo trata da Guerra Civil na Síria, apresenta números de mortos e refugiados e entrevista sírios refugiados no Brasil em 2018.

• CLOUDS over Sidra. Direção: Gabo Arora e BarryPousman. Estados Unidos, 2015. (8 min).

O curta-metragem de realidade virtual mostra o cotidiano no campo de refugiados de Zaatari, por meio do olhar de Sidra, uma garota síria de 12 anos. Em inglês.

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muçulmana; o grupo surgiu após a Guerra ao Terror declarada pelos Estados Unidos. O EI dominou algumas regiões do Oriente Médio e criou um califado – Estado governado por autoridade religiosa.

O Estado Islâmico aproveitou o contexto de fragilidade criado pela guerra civil decorrente da Primavera Árabe na Síria e instalou-se nesse país e no Iraque. Sugerir aos estudantes a leitura do livro indicado na seção #Fica a dica

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Alepo, a maior cidade da Síria, foi destruída pelos conflitos entre governo e grupos rebeldes. Fotografia de 2019.
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Competências

• Gerais: 1, 2 e 9

• Ciências Humanas: 1 e 6

• Geografia: 3, 4, 5, 6 e 7

• A habilidade EF09GE08 é trabalhada com foco em analisar transformações territoriais, considerando tensões e conflitos e múltiplas regionalidades na Ásia (países do mundo árabe).

• O desenvolvimento da habilidade EF09GE09 ocorre com foco em analisar características de países do mundo árabe em seus aspectos políticos e econômicos.

Interdisciplinaridade com...

História:

• EF09HI09 Relacionar as conquistas de direitos políticos, sociais e civis à atuação de movimentos sociais.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• A temática proposta na seção Pensar e agir trabalha o papel das manifestações populares pró-democracia no mundo árabe e se relaciona com o tema contemporâneo transversal Cidadania e Civismo, com destaque para a Educação em Direitos Humanos

Também é possível um trabalho interdisciplinar com História ao desenvolver a habilidade EF09HI09 desse componente curricular. Os principais antecedentes desse movimento foram a crise econômica, a corrupção, as péssimas condições de vida da população e a presença de governos ditatoriais com forte aparato militar. Promover a leitura compartilhada do texto das páginas 204 e 205 e chamar a atenção dos estudantes para exemplos de manifestações locais mobilizadas pelas redes sociais da internet. Vale notar que, embora a rede mundial de computadores seja um espaço virtual de manifestações, lugares como avenidas ou

Primavera Árabe

Primavera Árabe é o nome que recebeu o conjunto de intensos protestos ocorridos principalmente no ano de 2011 em alguns países do mundo árabe. Esses protestos derrubaram governos autoritários, como os da Tunísia, da Líbia e do Egito, que estavam no poder há décadas, e ameaçaram outras ditaduras. Embora o movimento tenha desestabilizado politicamente alguns países, gerando conflitos e guerras civis (como na Líbia e na Síria), trouxe exemplos de caminhos para a democracia.

Em muitos países, as mulheres estiveram à frente das manifestações. Além de protestar contra os governos e por melhoria nas condições de vida, boa parte delas se preocupou com questões de representatividade e igualdade.

Após as revoltas, muitas mulheres afirmam ter se fortalecido, como a ativista saudita Samar Badawi (1981-), que luta pelos direitos das mulheres na Arábia Saudita, país que está no topo da lista daqueles com menos liberdade para as mulheres.

Os protestos, que contaram com o auxílio das redes sociais, começaram na Tunísia e se espalharam por vários países do Norte da África e do Oriente Médio. Leia sobre as mudanças ocorridas em alguns deles.

Manifestantes pedem a saída do presidente Hosni Mubarak (1928-2020) no Cairo, Egito, 2011.

Tunísia

Em dezembro de 2010, o vendedor ambulante Mohamed Bouazizi (1984-2011) ateou fogo ao próprio corpo como protesto ao governo. O incidente deu início a manifestações públicas, que resultaram na deposição do general Zine El Abidine Ben Ali (1936-2019), que estava no poder desde 1987.

Egito

Grandes manifestações em 2011 provocaram a renúncia do presidente Hosni Mubarak, que esteve no poder durante 29 anos.

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praças, por exemplo, continuam com força agregadora de grupos de pessoas. Orientar os estudantes a acompanhar as notícias veiculadas na imprensa a respeito dos últimos acontecimentos sobre a situação dos países citados na seção ou de outros que tiveram movimentos semelhantes. Orientá-los, também, a consultar fontes de pesquisa confiáveis e a conferir a veracidade das informações obtidas – sugerimos um guia na seção Ampliando horizontes

Encaminhar a atividade 1, que auxilia na sistematização do conteúdo abordado. Nessa atividade, espera-se que os estudantes concluam que os movimentos feministas no Oriente Médio são reprimidos de forma muito violenta. Ativistas frequentemente são presas e torturadas. As principais reivindicações das mulheres nesses países estão relacionadas ao direito de estudar, ao fim da violência, ao acesso ao mercado de trabalho, ao direito de dirigir, entre outras pautas.

BNCC
E AGIR PENSAR
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204 NÃO
CONEXÃO HISTÓRIA
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ESCREVA NO LIVRO. com
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Argélia

No final de 2010, grandes manifestações públicas levaram o presidente Abdelaziz Bouteflika (1937-2021) a acabar, no início de 2011, com o estado de emergência, que vigorava havia 19 anos.

Líbia

As manifestações públicas evoluíram a partir de protestos por moradia e resultaram em uma guerra civil seguida de intervenção militar, assumida pela Otan. Em 2011, o governo de Muammar Kaddafi (1942-2011) foi derrubado e o ditador foi morto por rebeldes, mas a guerra civil continuou.

AMPLIANDO HORIZONTES

• SAYEG, Fabiana. Mapa da pesquisa confiável na internet. Nova Escola, São Paulo, 1 maio 2011. Disponível em: https://nova escola.org.br/conteudo/1741/ mapa-da-pesquisa-confiavel-na -internet. Acesso em: 14 ago. 2022.

Guia da Nova Escola para auxiliar na orientação aos estudantes para a realização de pesquisas em sites confiáveis.

• PERSÉPOLIS. Direção: Marjane Satrapi, Vincent Paronnaud. França/Estados Unidos: Sony Pictures, 2007. (96 min).

Marrocos

Mesmo sem abandonar o poder, o rei Mohammed VI (1963-) teve de admitir um referendo no início de 2011, que mudou o caráter da monarquia de absolutista para constitucional.

Iêmen

Após intensas manifestações públicas e embates sangrentos, o presidente Ali Abdullah Saleh (1942-2017) assinou, em novembro de 2011, um acordo transferindo o poder para o vice-presidente, que faria uma transição negociada. A população não teve seus interesses considerados, e o país entrou em guerra civil.

1 Em grupos, vocês vão produzir um podcast em capítulos. Caso não seja possível a gravação dos áudios e, eventualmente, vídeos, as discussões podem ser apresentadas em sala de aula.

• Organizados em 6 grupos, cada grupo vai analisar os eventos da Primavera Árabe em um dos países apresentados – Tunísia, Egito, Líbia, Argélia, Marrocos, Iêmen. Para isso, façam um levantamento bibliográfico das principais publicações e estudos científicos sobre o tema. O resultado dessa primeira pesquisa será apresentado no primeiro capítulo do podcast

• Para a produção do segundo capítulo, pesquisem informações recentes sobre os países envolvidos na Primavera Árabe, procurando descobrir se ocorreram outras mudanças nos governos ou novas ondas de protestos a favor da democracia.

• O terceiro capítulo do podcast será dedicado à análise das lutas pelos direitos das mulheres no Oriente Médio. Para isso, pesquisem estudos de caso que apresentem as reivindicações principais e as possíveis conquistas alcançadas. Caso não tenham ocorrido conquistas por parte das mulheres, o assunto também deverá ser debatido.

• O quarto e último capítulo do podcast pode ser produzido coletivamente pela turma, na forma de um debate amplo sobre desigualdades entre homens e mulheres no Brasil e os casos de violência decorrentes delas. O debate buscará discutir o que pode ser feito para que as leis de igualdade de gênero e contra a violência doméstica sejam cumpridas por todos.

• Como conclusão, produza individualmente um relatório sobre o que foi discutido ao longo do podcast, incluindo suas opiniões e reflexões.

Quanto à reflexão sobre a desigualdade de gênero no Brasil, os estudantes devem trazer elementos como a resistência dos órgãos responsáveis em aplicar a lei, o preconceito sofrido por vítimas de violência de gênero, que muitas vezes são expostas, julgadas e culpabilizadas pela violência sofrida, as ameaças dos agressores e os mecanismos que contribuem para que algumas mulheres continuem em situação de violência, como dependência econômica, afastamento dos laços familiares, responsabilidade pelos filhos do casal, entre outros motivos.

A animação baseada em história em quadrinho de mesmo nome relata os acontecimentos vividos por uma menina iraniana, reconhecendo as novas opressões de gênero em seu país e se revoltando.

• PASINATO, Wânia; BLAY, Eva. A violência contra as mulheres e a pouca produção de informações. Jornal da USP, São Paulo, 24 jan. 2018. Disponível em: https://jornal.usp.br/ artigos/a-violencia-contra-as -mulheres-e-a-pouca-producao -de-informacoes/. Acesso em: 14 ago. 2022.

Reportagem com duas estudiosas da Universidade de São Paulo que expõe dificuldades no cumprimento das leis de combate à violência de gênero no Brasil.

• ESTADO de emergência chega ao fim na Argélia após 19 anos. BBC News, [s l.], 24 fev. 2011. Disponível em: https:// www.bbc.com/portuguese/ noticias/2011/02/110224_argelia _fim_emergencia_mdb. Acesso em: 14 ago. 2022.

A reportagem explica como foi o fim do “estado de emergência” aprovado em 2011 na Argélia.

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• A habilidade EF09GE09 é trabalhada com foco em analisar características de países da Ásia (Rússia) em seus aspectos populacionais e urbanos.

• Trabalha-se a habilidade EF09GE14 com foco em interpretar gráficos de setores, com informações sobre diversidade e diferenças.

• O desenvolvimento da habilidade EF09GE17 ocorre com foco em explicar as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões Ásia.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

São apresentados, nesta dupla de páginas, aspectos da Rússia de maneira mais particular, retomando e ampliando os conteúdos sobre esse país que foram desenvolvidos nas unidades que abordaram o continente europeu.

Na página 206, promover a leitura coletiva do texto que apresenta as características gerais da região e do mapa “Ásia Setentrional: divisão política” para identificar o território da Rússia. Se julgar conveniente, retomar o conceito de Eurásia, trabalhado na Unidade 3. Encaminhar as atividades 1 e 2 que auxiliam na análise do mapa.

• Na página 207, ao apresentar algumas características da população russa, como o número de habitantes – que não é muito elevado quando consideradas suas dimensões –, a distribuição irregular pelo território e a diversidade étnica e cultural, é possível desenvolver o tema contemporâneo transversal Multiculturalismo, com destaque para a Diversidade cultural

A seção Atividade Complementar auxilia na ampliação do estudo sobre os diferentes grupos étnicos que ocupam a região. Se possível, apresentar um mapa de densidade populacional da Rússia e estabelecer relações

2 ÁSIA SETENTRIONAL

A Ásia Setentrional, a maior das regiões do continente asiático, é composta por apenas um país: a Federação Russa. A Rússia é considerada um país euroasiático, por possuir uma parte de seu território na Europa e outra na Ásia.

A Rússia é o maior país do mundo, com uma área de 17 098 240 km2. O território russo ocupa grande parte do Leste Europeu e da Ásia Setentrional, estendendo-se do mar Báltico, a oeste, até o oceano Pacífico, a leste. A maior parte do país está localizada na Ásia; entretanto, a maioria de sua população vive na parte europeia, onde se localiza a capital e se concentram as principais atividades econômicas.

O extenso território russo é caracterizado por grande diversidade de paisagens naturais, como cadeias de montanhas, imensas florestas de Taiga, grandes planícies, rios volumosos, lagos e climas variados. Outra característica física do território pode ser considerada uma fragilidade geopolítica: a existência de poucas saídas para águas navegáveis. Com uma longa costa gelada no oceano Glacial Ártico e no Mar de Bering, restam portos estratégicos nos mares Negro, Báltico e de Barents.

Analise o mapa.

Ásia Setentrional: divisão política

Elaborado com base em: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 47.

Faça as atividades em seu caderno.

1 Que região da Ásia está destacada no mapa? Que país compõe a região?

Ásia Setentrional. Rússia (parte asiática).

2 Cite as saídas, em cada direção, que a Rússia (incluindo a parte europeia) tem para os mares ou oceanos.

Norte: oceano Glacial Ártico; leste: oceano Pacífico; sudoeste: mares Negro e Cáspio; Nordeste: Mar Báltico.

entre o histórico de ocupação e os aspectos naturais da região, explicando o padrão de distribuição da população pelo território. Questionar sobre o tipo de clima a que correspondem as áreas de baixíssimas densidades demográficas e, ainda, sobre a localização das cidades com maior número de habitantes. As maiores cidades da Rússia são Moscou e São Petersburgo, na parte europeia. Na Rússia asiática, a maior cidade é Novosibirsk.

Ainda cabe destacar a baixa taxa de natalidade e a elevada taxa de mortalidade no país. Um fator que contribui para a alta taxa de mortalidade é o grande número de morte de homens em idade reprodutiva em decorrência de alcoolismo, acidentes de trânsito, intoxicação por bebidas adulteradas (de fabricação clandestina), entre outros fatores.

Destacar que programas de incentivo à natalidade existem, também, em outros países que

BNCC RÚSSIA (parte europeia) EUROPA RÚSSIA RÚSSIA (parte asiática) Is. Nova Zembla I. Kolguiev Is. Terra do Norte Is. da Nova Sibéria I. Wrangel I. Karaginski I. Kamandovski I. Sacalina Is. Terra de Francisco José Mar de Bering OCEANO PACÍFICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO Mar de Barents Mar do Norte Mar de Aral 60° L Lago Baikal Moscou Mar C á s p o MarNegro MONTES URAIS I l h a s K u r l a s CírculoPolar Ártico Mar Báltico Capital 0 819 ALLMAPS
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População

Em 2021, a população da Rússia era de 145 milhões de habitantes. O idioma oficial é o russo, mas outras línguas são faladas, havendo grande diversidade cultural e étnica. Analise o gráfico.

Rússia: grupos étnicos – 2021

ATIVIDADE COMPLEMENTAR

As etnias da Rússia

A atividade proposta possibilita desenvolver práticas de pesquisa como levantamento bibliográfico, análise documental, observação, tomada de notas e construção de relatórios (ver tópico Práticas de pesquisa, nas Orientações gerais deste Manual).

Elaborado com base em: CENTRAL INTELLIGENCE AGENCY. The World Factbook. Explore all countries – Russia. Washington, DC: CIA, [2022]. Disponível em: https:// www.cia.gov/the-world-factbook/ countries/russia/#people-andsociety. Acesso em: 15 mar. 2022.

3 Que grupos étnicos constituem a população da Rússia? Qual deles é o mais numeroso?

A densidade demográfica na Rússia é baixa (aproximadamente 9 hab./km²), pelo fato de o país possuir um grande território com uma população absoluta proporcionalmente pequena, com vastas áreas pouco povoadas, como é o caso da Sibéria.

A população urbana corresponde a 74% do total. As maiores cidades são Moscou e São Petersburgo, na Rússia europeia. Na Rússia asiática, a maior cidade é Novosibirsk.

Na Rússia, o crescimento demográfico tem sido negativo (–0,2). A taxa de fecundidade é baixa (1,5 filho por mulher) e a de mortalidade é elevada, principalmente entre homens de 15 a 60 anos (276 por mil), em decorrência do alcoolismo e dos acidentes de trânsito, problemas enfrentados pela sociedade russa. A expectativa média de vida é de 72,6 anos.

A baixa densidade demográfica e a diminuição da população preocupam as autoridades, pois impõem limites para que o país se torne uma potência mundial. Falta mão de obra para desenvolver os diferentes setores da economia e ampliar as fileiras do Exército.

Para incentivar as mulheres a ter filhos, o governo oferece estímulos financeiros para famílias que decidem ter o primeiro filho e auxílios para famílias em dificuldade com crianças entre 3 e 7 anos.

Também há ações para incentivar a imigração, como facilidades de entrada no país para trabalhadores altamente especializados.

numeroso é o dos russos.

têm observado uma queda no número de filhos, como Portugal, França e Finlândia. Se julgar adequado, ler para os estudantes o excerto da seção

Texto complementar

Citar a existência de um grande fluxo migratório entre os países mais pobres da CEI com destino à Rússia, que pode ser explicado, entre outros fatores, pelas desigualdades que já existiam antes do fim da URSS e que não foram superadas. A Rússia foi o país da ex-URSS que melhor se re-

FICA

A DICA

Contos russos juvenis

Daniela Mountian (org.). São Paulo: Editora Kalinka, 2021.

A coletânea reúne contos clássicos da literatura russa juvenil do fim do século XVIII ao início do XX.

cuperou da transição do sistema socialista para o capitalista; isso ocorreu porque o país detinha a centralidade do poder e da produção durante a existência da ex-União Soviética.

Sobre a religião na Rússia, explique que, nas últimas décadas, houve um aumento no número de adeptos de religiões variadas, com crescimento notável do islamismo.

Aprofundar o estudo sobre a população russa propondo uma atividade de pesquisa sobre os diferentes grupos étnicos que ocupam o extenso território do país. Apresentar brevemente alguns grupos, como os apontados no gráfico, e atribuir um grupo étnico a cada grupo de estudantes.

Pedir que a pesquisa caracterize o grupo em relação à história, à sua distribuição no território e às principais manifestações culturais. Os trabalhos deverão ser apresentados para a toda a turma, posteriormente. Os estudantes poderão expor a pesquisa em forma de cartazes, seminários, vídeos, teatro, música etc.

TEXTO COMPLEMENTAR

[...] O presidente da Rússia, Vladimir Putin, propôs incentivos à natalidade para evitar que o país veja sua população diminuir ainda mais [...].

[...]

Pela primeira vez em cinco anos, a Rússia perdeu mais de 100 mil pessoas em 2017. Os analistas alertam que isso é só o princípio de uma nova realidade que pode se estender até pelo menos 2025.

A natalidade caiu mais de 11%, e o país vive um novo “buraco demográfico” como o que ocorreu na década de 1990, quando os nascimentos caíram vertiginosamente devido à pobreza, à alta mortalidade da população masculina e à insegurança.

[...]

ESCARDA, Arturo. Rússia lança programa para promover natalidade. Exame, São Paulo, 30 nov. 2017. Disponível em: https://exame.abril.com.br/mundo/russia -lanca-programa-para-promover-natalida de-no-pais/. Acesso em: 14 ago. 2022.

3. Russos, tártaros, ucranianos, chuvaches, basquires, chechenos e cerca de 200 outros grupos. O grupo mais
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Russos 77,7% Outros grupos 14,1% Tártaros 3,7% Ucranianos 1,4% Basquires 1,1% Chuvaches 1% Chechenos 1% SONIA VAZ
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• Atende-se a habilidade EF09GE13 ao analisar a importância da produção agropecuária na sociedade urbano-industrial ante o problema da desigualdade mundial de acesso aos recursos alimentares em situações de conflito entre países.

• O trabalho com a habilidade EF09GE17 ocorre com foco em explicar as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Ásia (Rússia).

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Promover a leitura compartilhada dos textos das páginas 208 e 209 sobre as atividades econômicas na Rússia. Relacionar as atividades econômicas às características naturais do território, especialmente o clima, e apontar a Rússia como um dos maiores produtores agrícolas do mundo, com destaque para cevada, girassol, batata, leite, trigo, frango e ovos.

Encaminhar as atividades 1 e 2, que auxiliam a entender a importância da Rússia (celeiro agrícola mundial) e da Ucrânia no comércio mundial de trigo e milho, e como a guerra entre os dois países afeta a situação de escassez de alimentos, especialmente na África.

Na atividade 2, espera-se que os estudantes respondam que Rússia e Ucrânia estão entre os maiores produtores e exportadores de trigo no mundo. O conflito entre eles e as sanções econômicas impostas à Rússia prejudicam o processo de exportação, plantio e colheita das safras, fazendo aumentar o preço do trigo e, consequentemente, o preço de alimentos fabricados com o cereal como matéria-prima. As populações mais vulneráveis, com dificuldades em comprar alimentos, ficam mais expostas à fome. Os países que importam trigo da Rússia e da Ucrânia enfrentam dificuldades de abastecimento.

A seguir, destacar a riqueza de recursos minerais e energéti-

Atividades econômicas

A Rússia é um dos maiores produtores agrícolas do mundo. Na safra de 2020/2021, a Rússia ocupou as seguintes posições no ranking mundial de produção e exportação de produtos agropecuários.

1o produtor de cevada

2o produtor de girassol 3o produtor de batata e leite

4o produtor de trigo 5o produtor de frango e ovos

Fonte: SUPLLY & demand. International Grains Council. Londres, c2021. Disponível em: https://www.igc.int/en/markets/marketinfo-sd.aspx. Acesso em: 18 mar. 2022. Campo de trigo na Rússia, 2021.

As áreas de produção mais importantes estão na parte europeia. Na pecuária, destacam-se os rebanhos bovinos, ovinos e suínos. Na Sibéria, onde o clima é mais rigoroso, o solo é coberto por uma camada de gelo em grande parte do ano, dificultando a prática agrícola. Por isso, predomina a atividade pecuária, no formato de pastoreio nômade.

Na última década, a Rússia deixou de ser um país importador de produtos agrícolas para se tornar um dos principais exportadores de cereais do mundo. A anexação da Crimeia em 2014 e as sanções econômicas impostas pela União Europeia e pelos Estados Unidos tiveram como resposta russa o embargo à comercialização de frutas, legumes, laticínios e carnes desses países, o que estimulou o desenvolvimento da agropecuária russa, visando à autossuficiência alimentar do país. Subsídios foram dados aos agricultores e grandes grupos comerciais investiram na modernização do setor.

Faça as atividades em seu caderno.

1 Relacione a fotografia com a frase “a Rússia é um dos celeiros do mundo”.

A Rússia é considerada um dos celeiros agrícolas do mundo, pois sua produção é uma das maiores do planeta.

2 Leia o trecho da notícia e responda à questão em seu caderno.

Guerra já afeta segurança alimentar na África e no Oriente Médio

“Um quarto das exportações mundiais de trigo é proveniente da Rússia e da Ucrânia” e “40% do trigo e do milho da Ucrânia são destinados ao Oriente Médio e à África, que já se debatem com problemas de fome, e onde a escassez de alimentos ou o aumento dos preços corre o risco de empurrar milhões de pessoas para a pobreza”, afirma a agência [Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola, da ONU].

GUERRA já afeta segurança alimentar na África e no Oriente Médio. Agência Brasil, Brasília, DF, 17 mar. 2022. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2022-03/ guerra-ja-afeta-seguranca-alimentar-na-africa-e-no-oriente-medio. Acesso em: 18 mar. 2022.

• Por que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, está relacionada à questão da segurança alimentar em escala global e, mais especificamente, a algumas regiões do planeta? Consultar comentários em Orientações didáticas.

cos da Rússia. Comentar que, no território russo, encontram-se reservas de petróleo, gás natural e carvão, que garantem a autossuficiência energética russa. Além disso, o país apresenta jazidas de minério de ferro, ouro, prata, bauxita, diamante, cobre, estanho e fosfato. Utilizar o mapa “Rússia: recursos naturais – 2021” para identificar a distribuição desses recursos e áreas de exploração pelo território russo. Encaminhar as atividades 3 e 4.

Na atividade 3, espera-se que os estudantes observem que os oleodutos e gasodutos passam

pelas principais reservas de gás natural e petróleo do território, transportando esses recursos pelas grandes cidades e para outros países, principalmente para a Europa, o Cazaquistão e a China.

Na atividade 4, espera-se que os estudantes respondam que a Rússia possui reservas importantes de petróleo e gás natural, destacando-se na produção e na exportação desses recursos. Consequentemente, o envolvimento em conflitos, de forma direta ou indireta, impacta na produção e nos preços desses produtos, em escala mundial.

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O destaque econômico da Rússia asiática é o extrativismo vegetal e mineral. As planícies da Sibéria concentram ricas reservas minerais, que fazem da Rússia um dos líderes mundiais na produção de carvão, petróleo e gás natural. No país, também há importantes jazidas de minério de ferro, na região dos Montes Urais. Analise o mapa.

Rússia: recursos naturais – 2021

Hidrocarbonetos Reservas de petróleo e gás Principais oleodutos Principais gasodutos Gasoduto em projeto

ExxonMobil

A gigante petrolífera americana tem mais de 1.000 funcionários na Rússia e está no país há mais de 25 anos.

Sua subsidiária, Exxon Neftegas Limited, tem uma participação de 30% no Sakhalin-1 –um vasto projeto de petróleo e gás natural localizado na ilha de Sakhalin, no Extremo Oriente russo.

[...]

Desde seu início, o Sakhalin-1 gerou mais de US$ 18,3 bilhões em pagamentos aos governos federal e regional russos.

[...]

BP

Fonte: TÉTART, Frank; MOUNIER, Pierre-Alexandre. Atlas de l’Europe: un continent dans tous ses états. Paris: Autrement, 2021. p. 69.

A Rússia herdou grande parte das indústrias da extinta União Soviética. Na porção ocidental do país, destacam-se as fábricas de eletrodomésticos, máquinas industriais, roupas, alimentos e montadoras de automóveis. Na Sibéria e próximo aos Montes Urais, estão as indústrias de base, como siderúrgicas, metalúrgicas e petroquímicas, que utilizam as matérias-primas existentes na região.

Faça as atividades em seu caderno.

3 Escreva um parágrafo explicando a distribuição dos principais oleodutos e gasodutos no território russo e fora dele.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

4 Analise a tabela e indique as consequências que o envolvimento da Rússia em conflitos com outros países pode ter no abastecimento e nos preços do petróleo e do gás natural em escala global.

Rússia: participação nas reservas e produção mundial de petróleo e gás natural – 2020

Fonte: BP. Statistical review of world energy 2021. Londres: BP, [2021]. p. 16-18, 34-36. Disponível em: https://www.bp.com/content/dam/bp/business-sites/en/global/corporate/pdfs/energy-economics/statistical-review/bp-statsreview-2021-full-report.pdf. Acesso em: 18 mar. 2022. Consultar comentários em Orientações didáticas.

Em seu site, a BP se autoproclama “um dos maiores investidores estrangeiros na Rússia”.

Esse investimento se dá em grande parte por meio de uma parceria estratégica com a Rosneft, na qual detém uma participação de 19,75%.

[...]

Por meio de três joint ventures com a Rosneft, a BP detém uma participação de 20% no projeto de petróleo Taas-Yuryakh, no leste da Sibéria.

A BP concluiu o acordo para adquirir essa participação em 2015, e a produção do projeto deveria atingir 100.000 barris por dia no ano passado.

[...] Shell

O maior envolvimento da empresa com sede no Reino Unido na Rússia é o Sakhalin-2, que descreve como um dos maiores projetos integrados de petróleo e gás do mundo.

A Shell tem uma participação de 27,5% no empreendimento, que é controlado pela Gazprom. Outros investidores incluem a Mitsui e a Mitsubishi do Japão.

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TEXTO COMPLEMENTAR

Como setor de petróleo e gás russo depende de gigantes ocidentais Exxon, BP e Shell

O Ocidente está prometendo sanções maciças a Moscou em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia.

O presidente francês, Emmanuel Macron, disse [...] que as sanções europeias teriam como alvo as forças armadas, a economia e a energia da Rússia.

Acrescentou ainda que a decisão da Alemanha nesta semana de suspender a certificação do oleoduto Nord Stream 2 construído pela russa Gazprom mostra que o vasto setor de petróleo e gás não está fora dos limites.

Mas qualquer ação que afete os interesses energéticos da Rússia destacará o papel desempenhado por alguns dos maiores atores do Ocidente, que geraram bilhões de dólares para o Estado russo e estão entre os principais investidores estrangeiros do país.

[...]

A Shell diz que o Sakhalin-2 fornece cerca de 4% do atual mercado mundial de GNL. [...]

THOMPSON, Mark. Como setor de petróleo e gás russo depende de gigantes ocidentais Exxon, BP e Shell. CNN Brasil, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com. br/business/como-setor-de-petroleo-e -gas-russo-depende-de-gigantes -ocidentais-exxon-bp-e-shell/.

[...]
Acesso em: 16 ago. 2022. Vladivostok Mar da Sibéria Oriental Mar de Bering Mar de Kara SIBÉRIA MONTES URAIS OURAL Mar de Laptev Mar de Barents Mar de Okhotsk Mar Mar do Japão Vyborg Norilsk Perm Petrovsk Tomsk Sourgout Khabarovsk Irkoutsk Negro MarCáspio OCEANO GLACIAL ÁRTICO Círculo Polar Ártico 90° L Moscou RÚSSIA CHINA MONGÓLIA
SAKHALINE Novossibirsk CAZAQUISTÃO Sb Pb Fe A K U Diamante industrial Hidrocarbonetos Reservas de petróleo e gás Principais oleodutos Principais gasodutos Gasoduto em projeto Minerais Zona de exploração de ouro e prata Fronteira Cidade Capital Principais zonas metalíferas Jazidas de carvão mineral Jazidas minerais importantes Antimônio Apatita Ferro Chumbo Potássio Urânio Sb Pb Fe A K U 0 810 DACOSTA MAPAS
PACÍFICO OCEANO
Petróleo (barris/dia) Gás natural (m3) Reservas 6,2% 19,9% Produção 12,1% 16,6%
Vladivostok Mar da Sibéria Oriental Mar de Bering Mar de Kara SIBÉRIA MONTES URAIS OURAL Mar de Laptev Mar de Barents Mar de Okhotsk Mar Mar do Japão Vyborg Norilsk Perm Petrovsk Tomsk Sourgout Khabarovsk Irkoutsk Negro MarCáspio OCEANO GLACIAL ÁRTICO Círculo Polar Ártico 90° L Moscou RÚSSIA CHINA MONGÓLIA PACÍFICO OCEANO SAKHALINE Novossibirsk CAZAQUISTÃO Sb Pb Fe A K U Diamante industrial
Minerais Zona de
Fronteira Cidade Capital
Jazidas
importantes Antimônio Apatita Ferro Chumbo Potássio Urânio Sb Pb Fe A K U 0 810 209
exploração de ouro e prata
Principais zonas metalíferas Jazidas de carvão mineral
minerais
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• A habilidade EF09GE02 é trabalhada com foco em analisar a atuação das corporações internacionais e das organizações econômicas mundiais na vida da população em relação ao consumo, à cultura e à mobilidade.

• O desenvolvimento da habilidade EF09GE09 ocorre com foco em analisar características de países asiáticos (Rússia) em seus aspectos políticos e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Promover a leitura compartilhada do texto desta dupla de páginas. Fazer paradas para comentários e esclarecer dúvidas.

Na página 210, destacar as mudanças pelas quais a Rússia passou com a desintegração da ex-União Soviética e a substituição do socialismo pelo capitalismo.

Ao trabalhar as características do socialismo, esclarecer que os meios de produção são fábricas, máquinas, terras etc., e as indústrias de base são mineradoras, siderúrgicas e metalúrgicas. Identificar, se necessário, as principais diferenças entre capitalismo e socialismo.

Destacar que a passagem do socialismo para o capitalismo não ocorreu de maneira homogênea pelo território da Rússia. Comentar que as grandes cidades se adaptaram mais rapidamente ao novo sistema econômico e social enquanto, no campo, o processo foi mais lento. Encaminhar a atividade 1, que auxilia na identificação de disparidades territoriais na Rússia.

Na atividade 1, espera-se que os estudantes respondam que há uma disparidade territorial. A fotografia da cidade de São Petersburgo mostra uma região em que foram feitos investimentos na modernização das infraestruturas, enquanto a fotografia da cidade de Voronezh mostra infraestruturas deficitárias que carecem de renovação.

Na página 211, é interessante enfatizar a aproximação entre

Mudanças e perspectivas

O fim da União Soviética, em 1991, trouxe profundas mudanças para a Rússia e as outras repúblicas que integravam o antigo país socialista. A economia passou por um longo processo de reestruturação, com a transição do sistema socialista para o capitalista.

No socialismo, o Estado controlava os meios de produção e comandava a economia. Não havia concorrência entre as empresas. Esses investimentos estatais ocorriam principalmente nas indústrias de base, de armamentos e tecnologia espacial, em detrimento das indústrias de bens de consumo. As relações comerciais aconteciam praticamente com os demais países do bloco socialista.

Já na transição para o capitalismo, a Rússia estabeleceu novas relações comerciais e de produção, principalmente com investimentos de estrangeiros para a modernização do parque industrial. Características do capitalismo passaram a fazer parte da economia e da sociedade russas, como concorrência entre empresas, propriedade privada, busca pelo lucro e economia regulada principalmente pelo mercado.

Esse processo não aconteceu de forma homogênea pelo território russo. A transição para o capitalismo fez com que a Rússia promovesse a renovação e a ampliação de parte de sua infraestrutura, principalmente em áreas estratégicas e nas grandes cidades, como Moscou e São Petersburgo, que se modernizaram mais rapidamente que o restante do país. A região dessas grandes cidades concentra a riqueza, enquanto as zonas rurais e as pequenas cidades são as mais afetadas pela falta de infraestrutura e pela pobreza.

1 Que tipo de disparidade pode ser observado entre as fotografias? Consultar comentários em Orientações

Brasil e Rússia em função da formação do Brics. A seção Texto complementar traz um excerto com informações sobre a formação e as características desse grupo de países. Fazer com os estudantes a leitura do gráfico “Brics: participação do 1% mais rico da população na renda total do país – 20002021” para identificar disparidades sociais entre os países Brics. Comparar Rússia e Brasil. Destacar a situação socioeconômica da Rússia e os impactos das sanções impostas por outros países em função da guerra com a Ucrânia em 2022.

Em relação a esse conflito, sugerimos aproveitar as notícias veiculadas durante a guerra para abordar as origens e perspectivas desse conflito.

Encaminhar as atividades 2 a 4, que auxiliam na análise do gráfico e da charge.

Na atividade 3, espera-se que os estudantes respondam que uma distribuição de renda mais equiparada aumenta o poder de compra da população e, consequentemente o consumo. Esse aumento do consumo movimenta a economia, que tende a se desenvolver de forma mais estável.

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didáticas. Vista parcial de São Petersburgo, Rússia, 2022. Vista parcial da cidade de Voronezh, Rússia, 2021.
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Além das desigualdades territoriais, a Rússia apresenta extremas disparidades sociais. A transição para a economia capitalista trouxe, além do desemprego, o aumento da pobreza e a formação de uma elite de milionários, que, por conta da corrupção no país, beneficiou-se com a privatização das empresas estatais.

A concentração de renda é um problema no país. Analise o gráfico.

As sanções econômicas aplicadas à Rússia depois da anexação da Crimeia em 2014 e do conflito com a Ucrânia em 2022 tiveram grande impacto na economia e na sociedade. Desde 2014, os russos perderam 10% de seu poder de compra, sem aumento significativo dos salários. Como resultado, aproximadamente 13,5% da população vive abaixo da linha da pobreza, apesar dos auxílios oferecidos pelo governo.

Brics: participação do 1% mais rico da população na renda total do país – 2000-2021

Fonte: WORLD INEQUALITY DATABASE. [S. l.], [20--]. Site Disponível em: https://wid.world/. Acesso em: 19 mar. 2022.

Poder de compra: capacidade de pagar por um bem ou serviço com determinado valor em dinheiro, de acordo com o nível dos preços. O poder de compra pode aumentar ou diminuir de acordo com o período ou com o lugar onde se vive.

Responda às questões em seu caderno.

2 De acordo com o gráfico, quais países apresentam percentual de concentração de renda superior à média mundial?

Brasil, África do Sul, Índia e Rússia.

3 Apesar da concentração de renda, os países que fazem parte do Brics apresentam relevante crescimento econômico, atraindo investimentos estrangeiros. Em que medida uma melhor distribuição de renda poderia contribuir para o desenvolvimento econômico deles?

Consultar comentários em Orientações didáticas.

4 De acordo com a charge, qual é a situação da economia russa e quais são as perspectivas para os próximos anos?

Consultar comentários em Orientações didáticas.

Na atividade 4, espera-se que os estudantes indiquem que a economia russa, representada pelo caminhão sem freio, está enfrentando problemas difíceis de serem contornados, como a desvalorização da moeda, a inflação elevada e o baixo crescimento econômico, além das sanções impostas pelos países da União Europeia e Estados Unidos. As perspectivas não são boas, pois a pobreza entre a população irá aumentar e a participação russa no comércio internacional poderá ficar comprometida.

TEXTO COMPLEMENTAR [...]

Até 2006, os BRICs não estavam reunidos em mecanismo que permitisse a articulação entre eles. O conceito expressava a existência de quatro países que individualmente tinham características que lhes permitiam ser considerados em conjunto, mas não como um mecanismo. Isso mudou a partir da Reunião de Chanceleres dos quatro países organizada à margem da 61a Assembleia Geral das Nações Unidas, em 23 de

setembro de 2006. Este constituiu o primeiro passo para que Brasil, Rússia, Índia e China começassem a trabalhar coletivamente. Pode-se dizer que, então, em paralelo ao conceito “BRICs” passou a existir um grupo que passava a atuar no cenário internacional, o BRIC. Em 2011, após o ingresso da África do Sul, o mecanismo tornou-se BRICS (com “s” maiúsculo ao final). Como agrupamento, o BRICS tem um caráter informal. Não tem um documento constitutivo, não funciona com um secretariado fixo nem tem fundos destinados a financiar qualquer de suas atividades. Em última análise, o que sustenta o mecanismo é a vontade política de seus membros. Ainda assim, o BRICS tem um grau de institucionalização que se vai definindo, à medida que os cinco países intensificam sua interação. Etapa importante para aprofundar a institucionalização vertical do BRICS foi a elevação do nível de interação política que, desde junho 2009, com a Cúpula de Ecaterimburgo, alcançou o nível de Chefes de Estado/Governo. A II Cúpula, realizada em Brasília, em 15 de abril de 2010, levou adiante esse processo. A III Cúpula ocorreu em Sanya, na China, em 14 de abril de 2011, e demonstrou que a vontade política de dar seguimento à interlocução dos países continua presente até o nível decisório mais alto. A III Cúpula reforçou a posição do BRICS como espaço de diálogo e concertação no cenário internacional. Ademais, ampliou a voz dos cinco países sobre temas da agenda global, em particular os econômico-financeiros, e deu impulso político para a identificação e o desenvolvimento de projetos conjuntos específicos, em setores estratégicos como o agrícola, o de energia e o científico-tecnológico. […]

Além da institucionalização vertical, o BRICS também se abriu para uma institucionalização horizontal, ao incluir em seu escopo diversas frentes de atuação. A mais desenvolvida, fazendo jus à origem do grupo, é a econômico-financeira. […].

Em síntese, o BRICS abre para seus cinco membros espaço para (a) diálogo, identificação de convergências e concertação em relação a diversos temas; e (b) ampliação de contatos e cooperação em setores específicos.

CONHEÇA. os Brics. Ipea, Brasília, DF, 2014. Disponível em: https://www.ipea.gov. br/forumbrics/pt-BR/conheca-os-brics.html. Acesso em:

14 ago. 2022. 25 30 35 10 15 20 Participação no total (%) 2000 2005 2010 2015 2020 Ano 21,9% 26,6% 21,7% 21,4% 19,3% 14% Brasil China Índia
África
Sul Mundo SONIA
Rússia
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PARESH NATH/CAGLE CARTOONS/FOTOARENA 211 D2-GEO-F2-2106-V9-U6-188-221-LA-G24-AV2.indd 211 01/09/2022 21:23 211

• A habilidade é desenvolvida EF09GE09 com foco em analisar características de países e grupos de países asiáticos em seus aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos.

• O desenvolvimento da habilidade EF09GE17 ocorre com foco em explicar as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Ásia.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Na página 212, promover a leitura coletiva do texto para apresentar características gerais Ásia Central (área territorial, número de países, população, país mais populoso, significado do sufixo “istão” nos nomes dos países da região, o passado histórico como integrantes da extinta União Soviética e principal atividade econômica desenvolvida).

Utilizar o mapa “Ásia Central: divisão política”, para identificar os países que constituem a região.

Encaminhar as atividades 1 e 2 que auxiliam nesse processo.

Na página 213, apresentar algumas características principais da população da Ásia Central, como o número de habitantes – que não é muito elevado – e a sua distribuição irregular pelo território.

Encaminhar as atividades 3 e 4 que auxiliam na leitura do mapa “Ásia Central: densidade demográfica – 2021”. Pedir aos estudantes que estabeleçam relações entre o histórico de ocupação e os climas da região e que expliquem o padrão de distribuição da população pelo território. Questionar sobre o tipo de clima a que correspondem as áreas de baixas densidades demográficas e, ainda, sobre a localização das cidades com maior número de habitantes. Comentar que a cidade mais populosa da Ásia Central é Tashkent, a capital do Uzbequistão.

A Ásia Central, localizada entre o Oriente Médio e a Ásia Setentrional, é constituída por cinco países que ocupam uma área territorial de 3,9 milhões de km2, abrigando cerca de 74,5 milhões de habitantes em 2021. O país mais populoso é o Uzbequistão, com pouco mais de 34 milhões de habitantes.

O sufixo -istão presente nos nomes dos países vem do persa stan e significa “terra“, “nação“, “país“ ou “lugar“. Portanto, Cazaquistão significa terra dos cazaques; Uzbequistão, terra dos uzbeques; e assim por diante.

Outras características comuns a esse grupo de países são que todos integraram a extinta União Soviética e nenhum deles possui saída direta para o oceano, situação que os obriga a fazer acordos com outros países para participar do comércio internacional realizado por vias marítimas.

A agricultura é uma importante atividade econômica para a região. Porém, em razão das condições climáticas desérticas, com escassez de água, os cultivos são praticados em uma área restrita, com utilização de sistemas de irrigação. A exploração do petróleo, principal recurso natural da Ásia Central, realizada por grandes empresas multinacionais do setor, cresceu bastante nos últimos anos, com investimentos externos, em especial da China.

Ásia Central: divisão política

Elaborado com base em: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 47.

1 Observando atentamente o mapa e os nomes dos países, cite duas características comuns entre eles.

2 Qual é o maior país da Ásia Central? Que países tem saída para o Mar Cáspio?

Todos os países têm seus nomes terminados com o sufixo -istão e não têm saída para o oceano. Maior país: Cazaquistão. Com saída para o Mar Cáspio: Cazaquistão e Turcomenistão.

O conteúdo sobre a Ásia Central pode ser ampliado abordando questões geopolíticas que envolvem os países da região. A sugestão de ampliação oferecida na seção Texto complementar trata de aspectos relacionados a descobertas do petróleo, localização estratégica da região, artificialidade das fronteiras, diversidade étnica e expansão do islamismo radical. O texto pode ser trabalhado com os estudantes

a fim de identificar as razões pelas quais a Ásia Central tem conquistado mais importância no cenário internacional.

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CAZAQUISTÃO GEÓRGIA ARMÊNIA AZERBAIJÃO Mar Cáspio QUIRGUISTÃO TADJIQUISTÃO AFEGANISTÃO TURQUIA SÍRIA IRÃ CHINA RÚSSIA ÍNDIA UZBEQUISTÃO TURCOMENISTÃO 60° L 40° N PAQUISTÃO Nur-Sultan Tashkent Bishkek Duchambe Ashkhabad Mar de Aral IRAQUE Capital 0 315
3 ÁSIA CENTRAL
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CAZAQUISTÃO

População

Ásia Central: densidade demográfica – 2021

o terreno torna-se fértil para a eclosão de embates e tensões geopolíticas. Durante décadas, o poder central soviético abafou conflitos latentes na região com a força das armas. Assim, com a independência e a retirada soviética, a Ásia Central entrou numa fase de instabilidade política.

Fonte: ISTITUTO GEOGRAFICO DE AGOSTINI. Atlante geografico metodico De Agostini. Novara: Istituto Geografico de

3 Em que faixas de densidade demográfica se encontra a maior parte do território da Ásia Central?

Menos de 1 hab./km2 e de 1 a 10 hab./km2 Uzbequistão.

4 Em que país se encontram as áreas com maior densidade demográfica da Ásia Central?

A Ásia Central é uma espécie de encruzilhada de povos e civilizações que, ao longo do tempo, ocuparam-na, deixando legados culturais para as populações atuais.

Os primeiros foram os persas, depois os turcos otomanos. Esses povos contribuíram com os principais fundamentos linguísticos e religiosos da região. Nos últimos dois séculos, a influência maior foi dos russos, já que os povos da região foram incorporados ao Império Russo, no século XIX, e à extinta União Soviética, no século XX.

A Ásia Central apresenta relativa homogeneidade religiosa, com predomínio do islamismo. Por outro lado, existe grande heterogeneidade étnica, e os países da região possuem muitas minorias. Entretanto, uzbeques, russos e cazaques estão presentes, com maior ou menor expressão, nos cinco países.

As extensas áreas desérticas e montanhosas existentes na região influenciaram a ocupação humana, que, ao longo do tempo, concentrou-se principalmente nos oásis e nos vales dos rios, sobretudo o Syr Daria, o Amu Daria e o Ishim, os mais importantes da Ásia Central.

TEXTO COMPLEMENTAR

Questões geopolíticas na Ásia Central Atualmente, a Ásia Central ganha cada vez mais importância no cenário global por várias razões. A principal delas é a descoberta de novas e promissoras reservas de hidrocarbonetos (gás natural e petróleo) na região do mar Cáspio, que vem aguçando os interesses de países e grandes multinacionais não só por sua exploração, mas também pelo seu transporte para mares abertos.

[...]

A artificialidade das fronteiras nacionais num espaço que se destaca pela incrível diversidade étnica merece especial atenção. [...] mais de uma centena de povos vive na região, um autêntico caldeirão étnico que os soviéticos arbitrariamente dividiram em cinco repúblicas, traçando fronteiras em total desarmonia com a realidade.

A exemplo do que ocorre na África, quando povos tão distintos, e às vezes hostis, são obrigados a compartilhar o mesmo espaço nacional,

O renascimento do islamismo radical, igualmente tolhido durante o domínio soviético, também desponta como uma questão-chave nos dias de hoje, sobretudo se considerarmos que a imensa maioria dos habitantes da Ásia Central é mulçumana. Países como o Uzbequistão e o Tadjiquistão sentiram os efeitos do avanço fundamentalista no vizinho Afeganistão, especialmente a partir da época em que este país viveu sob o regime dos talibãs. Desde então, seus governos têm investido pesado na repressão a grupos militantes islâmicos que lutam pela implantação de estados religiosos puros. O combate ao extremismo islâmico explica a recente e crescente presença militar dos Estados Unidos na região, no contexto da chamada Guerra ao Terror, numa área que a Rússia julga ser historicamente de sua influência. [...]

OLIC, Nelson Bacic; CANEPA, Beatriz. Geopolíticas asiáticas: da Ásia Central ao Extremo Oriente. São Paulo: Moderna, 2007. p. 12-13.

CAZAQUISTÃO QUIRGUISTÃO TADJIQUISTÃO TURCOMENISTÃO UZBEQUISTÃO Mar Cáspio Lago Balkhash 60º L 40º N Mar de Aral Nur-Sultan Tashkent Bishkek Duchambe Ashkhabad De 0 a 1 De 1 a 10 De 10 a 25 De 25 a 50 De 50 a 100 Áreas desabitadas Capital Densidade da população (habitantes por km²) 0 297 ALLMAPS
Vista parcial de Tashkent, capital do Uzbequistão e cidade mais populosa da Ásia Central. Fotografia de 2019. Agostini, 2021. p. 98. FELIX LIPOV/SHUTTERSTOCK.COM
QUIRGUISTÃO TADJIQUISTÃO TURCOMENISTÃO UZBEQUISTÃO Mar Cáspio Lago Balkhash 60º L 40º N Mar de Aral Nur-Sultan Tashkent Bishkek Duchambe Ashkhabad De 0 a 1 De 1 a 10 De 10 a 25 De 25 a 50 De 50 a 100 Áreas desabitadas Capital Densidade da população (habitantes por km²) 0 297 213
213 30/08/2022 19:25 213
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• A habilidade EF09GE09 é trabalhada com foco em analisar características de países e grupos de países asiáticos em seus aspectos populacionais e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Incentivar a leitura da tabela da página 214. Destacar a posição dos países da Ásia Central no relatório do Desenvolvimento Humano da ONU de 2020. Reforçar que somente o Cazaquistão se classificava como país de desenvolvimento humano muito elevado. Dois dos demais países estavam no grupo de desenvolvimento humano elevado (Uzbequistão e Turcomenistão), e dois no grupo de desenvolvimento humano médio (Quirguistão e Tadjiquistão). Utilizar as atividades 1 a 3 para auxiliar na análise e interpretação dos dados.

Na atividade 3, a taxa de alfabetização é o indicador de maior destaque entre os países da Ásia Central. Espera-se que os estudantes indiquem que essa taxa é muito alta em todos os países da região graças aos programas educacionais realizados pela extinta União Soviética.

A seguir, resgatar o histórico de participação dos países da região na extinta URSS e relacioná-lo com as condições de vida na região, tanto para indicadores negativos, reconhecendo o impacto do modelo econômico adotado pela União Soviética e a dificuldade desses países de desenvolver tardiamente outro tipo de economia, como para indicadores positivos, como é o caso da alfabetização. A educação sempre foi prioridade no socialismo soviético, recebendo altos investimentos do governo. Se considerar oportuno, assistir com os estudantes ao filme sugerido na seção Ampliando horizontes

Condições de vida

Analise a tabela e responda às atividades no caderno.

Ásia Central: IDH e indicadores socioeconômicos – 2019

Esperança de vida ao nascer (em anos) Taxa de mortalidade infantil (‰) População urbana (%) Desenvolvimento humano muito elevado Cazaquistão 0,825 51 73,6 99,8 8,8 57,5 Desenvolvimento humano elevado Uzbequistão 0,720 106 71,7 100 19,1 50,4 Turcomenistão 0,715 111 68,2 99,7 39,3 52 Desenvolvimento humano médio Quirguistão 0,697 120 71,5 99,6 16,9 36,6 Tadjiquistão 0,668 125 71,1 99,8 30,4 27,3

UNITED NATIONS. Department of Economic and Social Affairs, Population Division. World urbanization prospects 2018 New York: UN, [2018]. Disponível em: https://population.un.org/wup/Download. Acessos em: 16 mar. 2022.

1 Qual país da Ásia Central apresenta o IDH mais baixo? Tadjiquistão.

2 Quais países têm menos da metade da população em áreas urbanas?

3 Que indicador social mais se destaca entre os países da Ásia Central? No seu entendimento, por que isso ocorre?

Consultar comentários em Orientações didáticas.

Assim como a Rússia, os países da Ásia Central passaram por um processo de reestruturação política e econômica com a substituição do socialismo pelo capitalismo. Entretanto, esses países encontraram maiores dificuldades para conquistar seu espaço no mercado mundial e atrair investimentos. Em comparação com a reestruturação da Rússia, os países da Ásia Central demoraram um pouco mais para a retomada do crescimento econômico e do desenvolvimento social. Entre os indicadores sociais dos países da Ásia Central, destacam-se as elevadas taxas de alfabetização. Esse excelente indicador se explica, em grande parte, pelos altos investimentos em educação feitos ao longo de décadas pelo governo socialista da ex-União Soviética, da qual os países da região fizeram parte até o início da década de 1990.

PHOTO 12/ALAMY/FOTOARENA

Cartaz de propaganda soviética que apresenta a campanha obrigatória de alfabetização em massa, URSS, 1930.

Na página 215, trabalhar os aspectos populacionais e econômicos da Ásia Central. Destacar o Cazaquistão, o país com maior urbanização e maior IDH da região. Se possível, assistir com os estudantes ao filme sugerido na seção #Fica a dica, que retrata aspectos do Quirguistão, um dos países mais pobres da Ásia Central. Se julgar adequado, ler para os estudantes o excerto da seção Texto complementar, que aborda aspectos do Uzbequistão.

TEXTO COMPLEMENTAR

Sugerimos um trecho de texto descritivo sobre algumas cidades do Uzbequistão, a fim de apresentar a diversidade de modos de vida presentes na região.

Uzbequistão começa, aos poucos, a revelar sua riqueza histórica e cultural.

[...] Foi em 1991, quando a União Soviética desmoronou, que essa nação hospitaleira e cheia de

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Quirguistão e Tadjiquistão.
País IDH Posição no mundo Taxa de alfabetização de adultos (%)
Fonte dos dados: UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME. Human development report 2020: the next frontier: human development and the anthropocene. New York: UNDP, 2020. p. 343-345. Disponível em: https://hdr.undp.org/system/files/documents//hdr2020pdf.pdf.

O Cazaquistão é o país mais urbanizado e com maior IDH da Ásia Central. Apresenta extensa área territorial e possui grandes reservas de recursos energéticos. O país é o primeiro produtor mundial de urânio e exporta toda a produção. Além disso, possui reservas abundantes de petróleo e gás natural, sendo um importante fornecedor desses recursos para a China.

Uma série de protestos agitou o Cazaquistão em janeiro de 2022. O aumento exagerado do preço do combustível foi o estopim para que a população, insatisfeita com as condições de vida e com o governo do país, tomasse as ruas, reivindicando maior justiça social, melhorias nos serviços públicos e maior liberdade de expressão. O movimento foi reprimido com bastante violência.

dente. Esse foi o primeiro metrô da Ásia Central. […]

[…]

[…] O avião desce em Urgench, a 30 quilômetros de Khiva. Até chegar à cidade murada, a estrada passa por um turbilhão de carros afoitos, rebanhos de ovelhas pastando, plantações de damasco e maçã e mutirões de trabalhadores colhendo a safra do algodão. De repente, Khiva. Uma verdadeira joia no meio do deserto.

Cidade quase cenográfica

A pequenina cidade, quase cenográfica, fica ao sul do Mar de Aral, […] a cidade foi declarada Patrimônio Mundial da Unesco. É magnífica. Um museu a céu aberto.

Suas ruelas abrigam muitas madrassas, mesquitas, minaretes e mausoléus. A Madrassa Muhammad Rahim-khan é uma das maiores da Ásia Central. Tem paredes cobertas por tijolos esmaltados em tons de azul que formam desenhos incríveis. […]

[…]

Parte considerável da população da Ásia Central encontra-se no campo, praticando a agricultura familiar. O acesso a hospitais e o atendimento médico são bastante limitados para a população rural, o que repercute nas elevadas taxas de mortalidade infantil e na baixa expectativa de vida, quando comparadas à Rússia e aos outros países da extinta União Soviética.

FICA A DICA

O ladrão de luz (filme). Direção: Aktan Arym Kubat, 2012.

O filme acompanha a luta de um senhor para levar eletricidade ao seu pequeno vilarejo no Quirguistão.

Para ir de Khiva a Bukhara é preciso encarar seis horas de estrada pelo deserto de Kyzyl Kum, que acompanha o rio Amu Darya, na fronteira com o Turcomenistão. Bukhara tem 2 500 anos de história, dizem os arqueologistas que acompanham escavações na área. E, mesmo que venha invadindo a cidade, o progresso não consegue penetrar nas ruas do centro histórico onde o minarete Kalon é uma das grandes estrelas, desde 1127.

[…]

Agricultura familiar no Uzbequistão, 2019.

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personalidade começou a revelar sua tremenda riqueza histórica. Parece tudo recente. De fato, sua trajetória remonta a alguns séculos antes de Cristo.

É exatamente isso. Cor de terra, pois o país fica num tremendo deserto, e azul, como símbolo de paz para o islamismo. Tudo bem parecido. Com madrassas (escolas de islamismo) e mausoléus.

[…]

A porta de entrada do Uzbequistão é a capital Tashkent. A cidade impressiona por avenidas

LIECHAVICIUS, Cláudia. Uzbequistão começa, aos poucos, a revelar sua riqueza histórica e cultural. O Globo, Rio de Janeiro, 1 jan. 2016. Disponível em: https://oglobo. globo.com/boa-viagem/uzbequistao -comeca-aos-poucos-revelar-sua -riqueza-historica-cultural-18387624. Acesso em: 14 ago. 2022.

AMPLIANDO HORIZONTES

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largas, construções imponentes ao estilo soviético, grandes mercados e parques bem cuidados. Enquanto pertenceu à União Soviética, Tashkent foi a quarta maior cidade depois de Moscou, São Petersburgo e Kiev. Chamada de “capital cultural” e de “Paris da Ásia Central”, é repleta de teatros e óperas.

[…]

Tashkent precisou ser toda reconstruída. Para explorar a cidade, que é esparramada, o metrô é ótima opção. A beleza das galerias é surpreen-

• O ANJO ferido. Direção: Emir Balgazin. Alemanha/França/Cazaquistão: Lume Filmes, 2014. (113 min).

O filme se passa no Cazaquistão à época da transição para o capitalismo e mostra as dificuldades enfrentadas por quatro adolescentes e suas famílias.

Manifestantes participam de comício contra aumento de energia preços em Almaty, Cazaquistão, 2022.
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KIRILL SKOROBOGATKO/SHUTTERSTOCK.COM
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ABDUAZIZ MADYAROV/AFP
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Competências

• Gerais: 2 e 7

• Ciências Humanas: 3, 5 e 6

• Geografia: 1, 2, 5 e 6

• O desenvolvimento da habilidade EF09GE17 ocorre com foco em explicar as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Ásia (Mar de Aral).

Interdisciplinaridade com...

Ciências:

• EF09CI13 Propor iniciativas individuais e coletivas para a solução de problemas ambientais da cidade ou da comunidade, com base na análise de ações de consumo consciente e de sustentabilidade bem-sucedidas.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• O conteúdo trabalhado nesta seção possibilita o desenvolvimento do tema contemporâneo transversal Meio ambiente, com destaque para a Educação Ambiental

Também é possível a interdisciplinaridade com Ciências ao desenvolver a habilidade EF09CI13 Se considerar oportuno, convidar o professor desse componente curricular para aplicar juntos estratégias para a aula. Sugerimos, inicialmente, localizar o Mar de Aral no mapa da página 212. A seguir, realizar a leitura coletiva das imagens de satélite que registram a redução do Mar de Aral. Se julgar pertinente, retomar o conceito de imagem de satélite e os usos possíveis para essa tecnologia. Comparar com usos de fotografia aéreas e mapeamentos. Caso haja acesso fácil à internet na escola, é possível acessar plataformas como o Google Earth ou mesmo o Google Maps, e observar imagens de satélite recentes da região. Encaminhar a atividade 1

INTEGRANDO com CIÊNCIAS

Redução do Mar de Aral

O Mar de Aral se localiza entre o Cazaquistão e o Uzbequistão. Sua redução é considerada um dos mais graves desastres ambientais do planeta. Atualmente, sua área está reduzida a aproximadamente um terço da área original, que era de 66 mil km2 Analise as imagens.

Responda em seu caderno.

1 Como se pode observar a redução do Mar de Aral nas imagens de satélite?

As áreas mais escuras representam a água do mar e podemos observar sua diminuição, foto a foto.

O predomínio de vastas áreas desérticas e a escassez de água na Ásia Central estimulam os agricultores a irrigar extensas áreas agrícolas utilizando os principais rios que banham a região. A ex-União Soviética foi um dos países que se valeram desse recurso, criando grandes projetos de irrigação para possibilitar o cultivo de algodão no Uzbequistão, Cazaquistão e Turcomenistão. A prática provocou, a partir dos anos 1970, a redução de 90% do volume de água que chegava ao Mar de Aral, processo que o fez diminuir de tamanho.

A redução do Mar de Aral teve impactos ambientais associados: o fundo do mar transformou-se em deserto de areia e sal, aumentando a salinidade da água; o nível das águas subterrâneas baixou; oásis sumiram; peixes praticamente desapareceram e a pesca, atividade tradicional da região que ocupava milhares de pessoas e fornecia alimentos, acabou.

Os ventos passaram a transportar sais e pesticidas que ficaram expostos no leito seco, resultando em danos à saúde das pessoas e às áreas agrícolas próximas. Na década de 1980, a população moinaque, no Uzbequistão, começou a apresentar sérios problemas de saúde relacionados à contaminação das águas, impactando a taxa de mortalidade infantil, muito mais elevada que no restante do país.

Apontar para os estudantes as práticas humanas responsáveis pela redução do Mar de Aral e as graves consequências socioambientais desse processo. Se julgar adequado, ler para os estudantes o excerto da seção Texto complementar É possível comparar a redução do Mar de Aral com outros grandes desastres ambientais, como o vazamento de petróleo no Golfo do México ou o rompimento das barragens em Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais. Aproveitar o tema

da recorrência de desastres ambientais causados pelos seres humanos para trabalhar a importância da consciência ambiental e de uma mudança de paradigmas.

Destacar os projetos para recuperação ambiental da área antes ocupada pelo Mar de Aral. Comentar que, apesar dos esforços, esses projetos são insignificantes frente a destruição provocada. Encaminhar as atividades de 2 a 5, que auxiliam na sistematização do conteúdo estudado.

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Imagens de satélite evidenciam a redução do Mar de Aral.

2. A União Soviética implantou projetos de irrigação que desviaram o curso de rios que abasteciam o Mar de Aral para possibilitar a agricultura.

Atualmente, existem alguns projetos para a recuperação do Mar de Aral. No entanto, os resultados ainda são irrisórios quando comparados à destruição acentuada que foi imposta ao recurso hídrico. Os projetos são variados, como estações de dessalinização da água, mudanças nos canais de irrigação, mudanças nos cultivos realizados na região, construção de barragens, desvio de águas para o Mar de Aral, entre outros.

Um projeto de reflorestamento do antigo leito do Mar de Aral visa reverter os danos causados. A espécie escolhida é a árvore saxaul.

“Uma árvore saxaul adulta consegue restaurar até 10 toneladas de solo ao redor das suas raízes”, explica o especialista em reflorestamento Orazbay Allanazarov.

Além disso, a saxaul contém os ventos, impedindo que a areia tóxica do solo se espalhe ainda mais pela atmosfera. O plano é cobrir todo o antigo leito do Aral com esses arbustos.

“Escolhemos a saxaul porque ela consegue sobreviver no clima seco e no solo salgado”, explica.

QOBIL, Rustam; HARRIS, Paul. Projeto tenta devolver vida ao Mar de Aral, destruído por planos soviéticos de irrigação. BBC News Brasil, São Paulo, 4 jun. 2018. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-44358314. Acesso em: 15 mar. 2022.

que se viu foram muitas pessoas desempregadas e uma grande crise econômica.

3. A salinidade da água aumentou, o nível das águas subterrâneas diminuiu, oásis sumiram e houve uma queda drástica nas espécies que viviam lá.

4. A impossibilidade da atividade de pesca, danos à saúde e às áreas agrícolas próximas com o transporte de sais e pesticidas pelos ventos.

Árvores saxaul no leito seco do Mar de Aral, Uzbequistão, 2021.

O processo de reflorestamento é lento, pois faltam investimentos e a formação de uma floresta, a partir desse projeto, pode levar até 150 anos. Aproximadamente 500 mil hectares de árvores saxaul já foram plantadas. O objetivo final é atingir três milhões de hectares.

2 Quais atividades levaram à redução do Mar de Aral?

3 Que impactos a redução do Mar de Aral trouxe para o ambiente?

4 Que impactos sociais e econômicos puderam ser observados?

5 Qual é o objetivo de reflorestar a área que corresponde ao antigo leito do Mar de Aral?

O objetivo principal é restaurar o solo, extremamente salinizado e árido, e impedir que a areia tóxica do solo se espalhe ainda mais pela atmosfera.

TEXTO COMPLEMENTAR

[…] Podemos selecionar diversos desastres ambientais históricos, [vários dos quais] foram causados por uma ação imprudente dos seres humanos. Um dos exemplos é o Mar de Aral, situado entre o Uzbequistão e o Cazaquistão, [que] foi em tempos um dos maiores lagos do mundo, do tamanho da Irlanda. Mas, desde os anos 60, quando projetos de irrigação soviéticos foram criados, a água que abastecia o lago foi desviada e o volume deste reduziu-se em 90%. O que antes

era um lago repleto de peixes e sustentava uma vigorosa indústria piscatória é hoje um deserto repleto de sal. Tempestades de areia põem hoje em perigo a flora e fauna num raio de quilômetros em volta do lago. Ainda é possível ver os velhos barcos de pesca presos na areia do deserto.

Entre os anos de 1960 e 2000, a retirada de água do lago duplicou e o principal motivo era o cultivo do algodão. Todo esse processo não natural fez com que boa parte da flora e fauna daquele lugar desaparecesse. A indústria da pesca não teve a menor chance, desapareceu de vez, e o

2106-GEO-V9-U6-LA-F025 Pesquisar fotografia recente que mostre o projeto de reflorestamento no mar de Aral, com árvores saxaul novo iconografia

Como se não bastassem os problemas com o desvio das águas do mar de Aral, as águas que restaram foram ficando poluídas por causa de testes que as indústrias de armamentos faziam no lugar. Além disso, eram usados fertilizantes e pesticidas altamente nocivos. A falta de água doce também passou a ser um problema para a população daquele local. Sem falar no sal poluído e seco das suas águas que foram soprados pelo vento para toda região gerando uma série de problemas de saúde para as pessoas que viviam ali. […]

SERAFIM, Marcos. Uma análise do tema educação ambiental nos livros didáticos de ensino fundamental e médio Trabalho de Conclusão de Curso (Geografia) – Universidade de Brasília, São Paulo, 2015. p. 12-13.

AMPLIANDO HORIZONTES

• QOBIL, Rustam. HARRIS, Paul. Projeto tenta devolver vida ao Mar de Aral, destruído por planos soviéticos de irrigação. BBC News, São Paulo, 4 jun. 2018. Disponível em: https://www.bbc. com/portuguese/internacional -44358314. Acesso em: 14 ago. 2022.

A reportagem apresenta principais consequências da redução do Mar de Aral e explica o plano de recuperação e as dificuldades para sua implementação.

• TRAGÉDIAS ambientais: do Mar de Aral ao vazamento no Golfo. Instituto de Engenharia. São Paulo, 9 jun. 2010. Disponível em: https://www.institutodeengenharia.org.br/site/2010/06/09/ tragedias-ambientais-do-marde-aral-ao-vazamento-no-golfo/.

Acesso em: 14 ago. 2022.

O texto apresenta uma análise sobre o Mar do Aral e as principais consequências do desastre ambiental.

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• A habilidade EF09GE02 é trabalhada com foco em analisar a atuação das corporações internacionais e das organizações econômicas mundiais na vida da população em relação ao consumo, à cultura e à mobilidade.

• Atende-se a habilidade EF09GE06 com foco em associar o critério de divisão do mundo em Ocidente e Oriente com o sistema colonial implantado pelas potências europeias.

• Desenvolve-se a habilidade EF09GE08 ao analisar transformações territoriais, considerando o movimento de fronteiras, tensões, conflitos e múltiplas regionalidades no Oriente Médio.

• A habilidade EF09GE09 é trabalhada com foco em analisar características de países e grupos de países asiáticos em seus aspectos populacionais e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas.

• O desenvolvimento da habilidade EF09GE15 tem o foco em comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações representadas em mapas temáticos com diferentes projeções cartográficas.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Sugerimos organizar os estudantes em grupos para a realização das atividades propostas na seção. Destinar um tempo para que eles possam concluir a tarefa. Acompanhar a produção circulando pela sala para fornecer apoio didático e esclarecer dúvidas. Após esse tempo, verificar as respostas das atividades e solicitar aos grupos que as exponham oralmente, de forma alternada.

1. A Opep foi criada pelos países do Oriente Médio com o objetivo de ter maior controle sobre os negócios do petróleo na região, que estava nas mãos de um pequeno número de empresas multinacionais, as chamadas “Sete Irmãs”.

ATIVIDADES

Todas as respostas das atividades desta seção estão no MP, com orientações e encaminhamentos.

1 Explique o contexto da criação da Opep e sua importância para o Oriente Médio.

2 Analise o mapa e faça as atividades no caderno.

Migrações para Israel – 1948-1996

Fonte: LACOSTE, Yves. Atlas géopolitique: pour comprendre le monde de demain. Paris: Larousse, 2013. p. 150.

*Em 1991, a URSS se dissolveu em vários países e, em 1992, a Tchecoslováquia dividiu-se em duas: a Chéquia e a Eslováquia.

a) Em que região asiática se localiza o Estado de Israel? Que outros países compõem essa região?

b) Que informação está representada no mapa? Qual fato está ligado a essa informação?

c) Qual é a origem do maior número de migrantes que se dirigiu a Israel no período representado no mapa?

d) Por que a região da Palestina foi escolhida para a criação do Estado de Israel? Explique os conflitos que ocorreram a partir desse fato.

Com a criação da Opep, os países da região passaram a controlar a exploração e o refino do petróleo, e empresas estrangeiras ficaram com o transporte e a comercialização. A Opep deu força política aos países-membros, aplicando medidas de redução da produção quando alguns dos seus interesses eram ameaçados, especialmente pelas grandes potências mundiais.

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economia e da geopolítica, que caracterizam o espaço geográfico do Oriente Médio. • Reconhecer a importância estratégica do petróleo no cenário global.

2. a) Oriente Médio. Arábia Saudita, Iêmen, Omã, Emirados Árabes Unidos, Catar, Kuwait, Barein, Turquia, Líbano, Síria, Iraque, Irã, Jordânia, Palestina e Afeganistão.

Objetivos: • Conhecer e analisar aspectos da localização e da formação do território, da população, da

b) Migrantes que saíram de diversos países em direção a Israel. A informação está relacionada à criação do Estado de Israel, em 1948.

BNCC Equador Meridiano de Greenwich Trópico de Capricórnio Trópico de Câncer 0° 0° Círculo Polar Ártico ÍNDIA CANADÁ ESTADOS UNIDOS ARGENTINA MARROCOS REINO UNIDO ARGÉLIA LÍBIA EGITO URSS ETIÓPIA IÊMEN 130 72 31 36 53 25 29 270 25 52 26 60 90 8 170 24 24 265 1 000 23 63 41 TUNÍSIA HUNGRIA BULGÁRIA TURQUIA FRANÇA POLÔNIA TCHECOSLOVÁQUIA IRAQUE IRÃ ROMÊNIA ISRAEL OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO OCEANO ATLÂNTICO Número de imigrantes em Israel depois de 1948 (em milhares) 0 1 710 DACOSTA MAPAS
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3 Analise a sequência de mapas e as manchetes de jornal. Depois, faça o que se pede.

Palestina: da ocupação à fragmentação

Fonte: MARIN, Cécile. De l’occupation au morcellement. Le Monde Diplomatique, Paris, férv./mars, 2018. Disponível em: https://www.monde-diplomatique.fr/cartes/morcellement. Acesso em: 19 mar. 2022.

Palestinos querem resolução da ONU contra assentamentos israelenses

PALESTINOS querem resolução da ONU contra assentamentos israelenses. Estado de Minas, Belo Horizonte, 7 abr. 2016. Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/ internacional/2016/04/07/interna_internacional,751178/amp.html. Acesso em: 20 mar. 2022.

Nações europeias apelam contra assentamentos na Cisjordânia

Alemanha, França, Itália, Bélgica e mais oito países pedem que Israel cancele planos de construir novos assentamentos em territórios palestinos. Ministros do Exterior acusam violação das leis internacionais.

NAÇÕES europeias apelam contra assentamentos na Cisjordânia. DW Brasil, Bonn, 28 out. 2021. Disponível em: https://www.dw.com/pt-br/na%C3%A7%C3%B5es-europeias-apelam-contraassentamentos-na-cisjord%C3%A2nia/a-59655069. Acesso em: 20 mar. 2022

• Escreva um parágrafo explicando as transformações ocorridas nos territórios pertencentes à Palestina, destacando a principal causa dos conflitos entre israelenses e palestinos na atualidade.

4 Além dos conflitos entre árabes e judeus na Palestina, explique três outros conflitos que ocorreram no Oriente Médio.

c) A ex-União Soviética.

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d) Porque o povo judeu tem a origem de sua história ligada a essa região, já que viveu nela até cerca de 2 mil anos atrás, quando sofreu diversas invasões, sendo posteriormente expulso pelos romanos. Entre os conflitos ocorridos, destacam-se a Guerra da Partilha, a Guerra dos Seis Dias, a Guerra do Yom-Kippur e as Intifadas.

Objetivos: • Conhecer os principais conflitos no

sado. Atualmente, o governo israelense tem aumentado sua presença em territórios palestinos, principalmente na Cisjordânia, com a construção de assentamentos. Essas construções são ilegais, pois violam os acordos estabelecidos entre as partes.

Objetivos: • Conhecer os principais conflitos no Território da Palestina, em Israel, no Afeganistão, no Iraque e em outros países da região, relacionando-os ao processo histórico de constituição de fronteiras e à importância geopolítica dos recursos naturais ali existentes. • Realizar leitura de imagens, como mapas e fotografias, para obtenção de informações diversas, associando-as aos procedimentos de leitura da paisagem.

4. Os estudantes poderão explicar alguns conflitos descritos nas páginas 199 a 203, como a Guerra do Golfo, a Guerra no Afeganistão e a Guerra no Iraque.

Objetivo: • Conhecer os principais conflitos no Território da Palestina, em Israel, no Afeganistão, no Iraque e em outros países da região, relacionando-os ao processo histórico de constituição de fronteiras e à importância geopolítica dos recursos naturais ali existentes.

5. a) O grafite faz referência à retirada das tropas estadunidenses do Afeganistão em 2021 e da retomada do poder pelo Talibã.

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Território da Palestina, em Israel, no Afeganistão, no Iraque e em outros países da região, relacionando-os ao processo histórico de constituição de fronteiras e à importância geopolítica dos recursos naturais ali existentes. • Realizar leitura de imagens, como mapas e fotografias, para obtenção de informações diversas, associando-as aos procedimentos de leitura da paisagem.

3. Espera-se que os estudantes apontem a perda progressiva de territórios palestinos para Israel, por meio de conflitos armados no pas-

b) Nightmare significa pesadelo. Espera-se que os estudantes compreendam que o grafite retrata a situação das mulheres no Afeganistão após o retorno do Talibã ao poder. Os direitos alcançados pelas mulheres nos últimos 20 anos poderão ser perdidos, e as afegãs correm o risco de serem novamente proibidas de estudar, trabalhar e participar da vida social do país.

Objetivo: • Conhecer os principais conflitos no Território da Palestina, em Israel, no Afeganistão, no Iraque e em outros países da região, relacionando-os ao processo histórico de constituição de fronteiras e à importância geopolítica dos recursos naturais ali existentes.

ISRAEL 350 L Mar Mediterrâneo SÍRIA EGITO Telaviv JORDÂNIA Haifa Nablus Amã Gaza Deserto de Neguev Jericó Eilat Mar Morto 1967-1995 320 N LÍBANO Jerusalém 350 L 320 N Mar Mediterrâneo PALESTINA ISRAEL SÍRIA LÍBANO EGITO GOLÃ Jerusalém Telaviv TRANSJORDÂNIA Haifa Nablus Amã Gaza Deserto de Neguev Jericó Beer Sheva Beer Sheva Beer Sheva Eilat Mar Morto 1920-1948 350 L Mar Mediterrâneo SÍRIA EGITO Telaviv JORDÂNIA Haifa Nablus Amã Gaza GAZA GAZA CISJORDÃNIA Deserto de Neguev Jericó Eilat Mar Morto 1948-1967 320 N LÍBANO Jerusalém ISRAEL 350 L Mar Mediterrâneo SÍRIA EGITO Telaviv JORDÂNIA Haifa Nablus Amã Gaza Deserto de Neguev Jericó Hebron Eilat Mar Morto 1995-2018 320 N LÍBANO Jerusalém GOLÃ Beer Sheva GAZA 65 0 65 0 65 0 65 0 Territórios ocupados por Israel Golã (ocupado em 1967, anexado em 1981) Palestina sob mandato britânico Plano de partilha da ONU de 1947 Estado judeu Estado árabe Zona internacional Territórios ocupados pela Territórios conquistados por Israel em 1948-1949 Estado judeu Territórios palestinos (zonas A e B dos acordos de Oslo II e faixa de Gaza evacuada por Israel em 2005) SONIA VAZ
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Primavera Árabe pode ser definida como uma onda de protestos com auge em 2011 que abrangeu vários países do mundo árabe contra governos ditatoriais, com protagonismo feminino e organização realizada por meio de redes sociais. Alguns países estão listados nas páginas 204 e 205 Objetivo: • Conhecer os principais conflitos no Território da Palestina, em Israel, no Afeganistão, no Iraque e em outros países da região, relacionando-os ao processo histórico de constituição de fronteiras e à importância geopolítica dos recursos naturais ali existentes.

7. a) Myriam vivia na Síria, e em seu diário ela conta as memórias do período da Guerra Civil, iniciada em 2011.

b) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes comentem que as guerras violam os direitos humanos e, no caso de Myriam, que viveu a Guerra na Síria, a violação dos direitos das crianças: direito à vida e à liberdade; direito à proteção pela família e pela sociedade; direito a um nome e a uma nacionalidade; direito a alimentação, habitação, recreação e atendimento médico; direito ao amor, à segurança e à compreensão dos pais e da sociedade; direito à educação; direito de não serem violadas verbalmente ou serem agredidas por pais, avós, parentes, ou mesmo a sociedade.

c) Espera-se que os estudantes concluam que as crianças e os jovens que cresceram durante a Guerra na Síria se encontram em uma situação extremamente precária. Muitas perderam seus familiares e tiveram de deixar a escola ou se refugiar. Além disso, há os traumatismos físicos e psicológicos causados pela violência do conflito.

Objetivos: • Conhecer os principais conflitos no Território da Palestina, em Israel, no Afeganistão, no Iraque e em outros países da região, relacionando-os ao processo histórico de constituição de fronteiras e à importância geopolítica dos recursos

5 Analise a imagem e responda às questões em seu caderno.

a) O grafite faz referência a qual evento recente ocorrido no Afeganistão?

b) Pesquise o significado da palavra nightmare em inglês. Em sua opinião, por que a artista escolheu esse nome para a obra?

6 Explique o que foi a Primavera Árabe e cite alguns países que participaram desse movimento.

7 Leia os trechos do texto a seguir e faça o que se pede.

Alepo, 20 de novembro de 2015

Irmão Georges diz que hoje é Dia Internacional dos Direitos das Crianças no mundo inteiro, mas esqueceram de colocar Alepo na lista.

[...]

Alepo, 16 de março de 2016

Alepo é uma cidade fantasma. Não tem mais ninguém. Às vezes, há senhoras de preto que correm do lado de fora, ou pessoas armadas. Mas só isso.

Quando a gente abre as janelas, não tem um barulho de vida sequer. Não existem flores, não existem cores e até os pássaros já nos deixaram.

a) Os trechos foram extraídos do diário escrito pela garota Myriam Rawick (2005-) entre 2011 e 2017. Em que país ela vivia e que evento é narrado em suas memórias?

b) No primeiro trecho, o que Myriam quis dizer sobre Alepo não estar na lista do Dia Internacional dos Direitos da Criança?

c) Faça uma pesquisa sobre a situação atual das crianças e jovens que cresceram no contexto descrito por Myriam. Apresente os resultados de sua pesquisa para seus colegas e professor.

naturais ali existentes. • Realizar procedimentos de pesquisa para obtenção de informações e desenvolver autonomia nos estudos e nas atitudes necessárias ao trabalho em grupo.

8. a) Estão representadas a Ásia Setentrional (Rússia asiática) e a Ásia Central.

b) Ásia Setentrional: (6) Rússia. Ásia Central: (1) Turcomenistão; (2) Tadjiquistão; (3) Quirguistão; (4) Uzbequistão; (5) Cazaquistão.

c) As saídas navegáveis estão nos mares Cás-

pio e Negro, pois a maior parte do oceano Glacial Ártico e o mar de Bering ficam congelados. As poucas saídas para mares e oceanos dificultam as transações comerciais internacionais, exigindo que os países (especialmente da Ásia Central) façam acordos com aqueles que têm saída para os oceanos.

d) O sufixo tem origem no persa (stan) e significa terra, nação, país ou lugar

e) Há grande heterogeneidade étnica e certa

6. A
SHAMSIA HASSANI RAWICK, Myriam; LOBJOIS, Philippe. O diário de Myriam Rio de Janeiro: Darkside, 2018. p. 229, 231.
220 D2-GEO-F2-2106-V9-U6-188-221-LA-G24-AV1.indd 220 01/09/2022 12:58 220
HASSANI, Shamsia. Nightmare. 2021. Spray sobre alvenaria. Shamsia Hassani (1988-) é a primeira artista de rua afegã.

8 Analise o mapa e faça as atividades.

a) Que regiões da Ásia estão destacadas no mapa?

b) Cite os nomes dos países de cada região, de acordo com o número que aparece no mapa.

c) Caracterize essas regiões em relação às saídas para mares e oceanos Que implicações essas características trazem para o comércio internacional?

d) Qual é o significado do sufixo “istão”, presente em países destacados no mapa?

e) Caracterize a população dos países da Ásia Central quanto à etnia e à religião.

9 Observe a tabela e faça as atividades.

Ásia: regiões selecionadas

com o aumento da pobreza e a formação de uma elite de milionários que se beneficiou com a privatização das empresas estatais.

Objetivo: • Analisar as transformações ocorridas na Ásia Setentrional e Central após o fim da ex-União Soviética.

10. Os estudantes poderão citar: etapas do processo produtivo deixaram de ser totalmente controladas pelo Estado; investimentos privados sobretudo de estrangeiros; concorrência entre empresas; propriedade privada; busca pelo lucro.

Objetivo: • Analisar as transformações ocorridas na Ásia Setentrional e Central após o fim da ex-União Soviética.

11. Os fatores que explicam o crescimento negativo da população russa são a baixa taxa de natalidade e a alta taxa de mortalidade, especialmente de homens em idade reprodutiva, em decorrência, principalmente, de alcoolismo e acidentes de trânsito, entre outros problemas.

Fonte dos dados: UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME. Human development report 2020: the next frontier: human development and the anthropocene. New York: UNDP, 2020. p. 343-345.

WWDisponível em: https://hdr.undp.org/system/files/documents//hdr2020pdf.pdf. Acesso em: 21 ago. 2022.

a) Dos países relacionados, qual apresenta o maior rendimento per capita? Em qual deles se verifica a menor expectativa de vida?

b) A posição dos países em relação à esperança de vida acompanha a posição quanto ao rendimento per capita? Explique sua resposta.

c) Apesar de a Rússia estar classificada como país de desenvolvimento humano muito elevado, a expectativa de vida no país é menor que a brasileira. Esse fenômeno está relacionado, entre outros fatores, à transição do socialismo para o capitalismo. Cite problemas sociais na Rússia decorrentes dessa transição.

10 Apresente e explique duas alterações ocorridas na economia russa relacionadas à transição para o sistema capitalista.

11 Que fatores explicam o crescimento negativo da população russa?

homogeneidade religiosa, sendo a maioria dos habitantes seguidora do islamismo.

Objetivos: • Conhecer e analisar aspectos do território, da população, das atividades econômicas e dos problemas ambientais e geopolíticos da Ásia Setentrional e Central. • Realizar leitura de imagens, como mapas e fotografias, para obtenção de informações diversas, associando-as aos procedimentos de leitura da paisagem.

9. a) Rússia e Tadjiquistão, respectivamente.

b) Espera-se que os estudantes respondam

negativamente, pois a Rússia tem o maior rendimento per capita, mas não tem a maior esperança de vida. O Brasil apresenta maior esperança de vida entre os quatro países e tem o segundo menor rendimento per capita da lista.

c) Espera-se que os estudantes indiquem que o período de transição para a economia capitalista foi marcado por desemprego, diminuição da renda per capita e grandes disparidades sociais,

Objetivo: • Conhecer e analisar aspectos do território, da população, das atividades econômicas e dos problemas ambientais e geopolíticos da Ásia Setentrional e Central.

OCEANO PACÍFICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO ÍNDICO 90° L 0° TrópicodeCâncer Equador 6 5 1 2 4 3 CírculoPolarÁrtico 0 1 290 DACOSTA MAPAS
Indicadores IDH
2020 País Posição no IDH Esperança de vida (em anos) Rendimento per capita (em dólares) Cazaquistão 51a 73,6 22.857 Rússia 52a 72,6 26.157 Brasil 84a 75,9 14.263 Tadjiquistão 125a 71,1 3.954
Elaborado com base em: CALDINI, Vera; ÍSOLA, Leda. Atlas geográfico Saraiva. São Paulo: Saraiva, 2013. p. 136. 221
19:25 221
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Competências

• Gerais: 1, 2, 7, 9 e 10

• Ciências Humanas: 1, 2, 4, 5, 6 e 7

• Geografia: 1, 3, 4, 5, 6 e 7

Habilidades

Geografia:

• EF09GE03

• EF09GE08

• EF09GE11

• EF09GE17

• EF09GE01

• EF09GE04

• EF09GE09

• EF09GE14

• EF09GE18

• EF09GE02

• EF09GE05

• EF09GE10

• EF09GE15

Interdisciplinaridade com...

História:

• EF09HI14 Caracterizar e discutir as dinâmicas do colonialismo no continente africano e asiático e as lógicas de resistência das populações locais diante das questões internacionais.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Nesta abertura da Unidade, pedir aos estudantes que leiam o texto introdutório e observem a imagem. Embora o texto de abertura cite apenas os países e as regiões asiáticas que se destacam no cenário mundial, é válido citar outros países do Extremo Oriente, da Ásia Meridional e do Sudeste Asiático. Apresentar um planisfério e localizá-los, verificando o conhecimento prévio dos estudantes a esse respeito. Conversar sobre em que medida a dimensão e o movimento dos portos estão relacionados ao dinamismo econômico de um país ou região. Destacar que, entre os dez maiores portos em volume de carga em 2020, nove estavam situados no continente asiático, sendo sete na China. O porto de Xangai é o primeiro do mundo em movimento de carga. Encaminhar as atividades de 1 a 3.

ORIENTE, ÁSIA MERIDIONAL E SUDESTE ASIÁTICO

Japão e China, no Extremo Oriente, Índia e Paquistão, na Ásia Meridional, abrigam, juntos, quase 40% da população do planeta e respondem por cerca de 27% do PIB mundial. No aspecto econômico, também se destacam os chamados Tigres Asiáticos e os Novos Tigres Asiáticos, localizados no Sudeste Asiático.

BNCC NA UNIDADE
7
Porto de Xangai, na China, o maior do mundo em toneladas transportadas. Fotografia de 2022.
UNIDADE
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EXTREMO

Na atividade 1, espera-se que os estudantes reconheçam que a dimensão e a quantidade de contêineres no porto de Xangai – o maior do mundo – são indicativos das trocas comerciais da China com vários países.

Na atividade 2, incentivar os estudantes a pensar em notícias – recentes ou não – a respeito de fenômenos naturais, como terremotos, vulcões e maremotos ocorridos nas regiões, ou relacionadas a problemas ambientais, como poluição do ar. Vale destacar que os primeiros têm

Converse com os colegas e o professor sobre as atividades a seguir.

1 No seu entendimento, o que a paisagem retratada na fotografia revela sobre a economia chinesa?

2 Comente o que você sabe sobre as características naturais ou questões ambientais das regiões que serão estudadas.

3 Identifique uma característica da economia e da sociedade dos países localizados nas regiões asiáticas estudadas nesta Unidade.

AMPLIANDO HORIZONTES

• MASON, Colin Victor James. Uma breve história da Ásia. Rio de Janeiro: Vozes, 2018.

No livro, o autor oferece uma introdução sobre as histórias e as tradições das nações asiáticas, da Idade da Pedra aos nossos dias. Explorando a natureza e as questões políticas e econômicas atuais, o autor confronta o atual processo de industrialização da região às suas consequências ambientais. O livro conta com mapas e um guia para leitura complementar.

causas naturais; já os problemas ambientais têm como causa a ação humana.

Verificar, na atividade 3, os conhecimentos dos estudantes a respeito da economia, da sociedade e da cultura dos países que serão estudados. Incentivar a turma a refletir sobre as diferenças culturais existentes nessas regiões e entre elas e o lugar onde vivem. Aproveitar o momento e introduzir brevemente os principais temas que serão abordados na Unidade.

DING TING/XINHUA/AFP 223
Consultar respostas em Orientações didáticas.
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• Atende-se à habilidade EF09GE04 com foco em relacionar diferenças de paisagens aos modos de viver de diferentes povos na Ásia.

• O trabalho com a habilidade EF09GE08 é feito com ênfase em analisar tensões, conflitos e múltiplas regionalidades na Ásia.

• A habilidade EF09GE09 é contemplada com foco em analisar características de países e grupos de países asiáticos em seus aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos.

• A habilidade EF09GE15 é atendida ao classificarem-se diferentes regiões do mundo com base em informações representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Na página 224, promover a leitura coletiva do texto para apresentar características do Extremo Oriente (área territorial, número de países, população e dinâmica econômica). Utilizar o mapa “Extremo Oriente: divisão política”, para identificar os países que constituem a região. Encaminhar as atividades 1 a 3 que auxiliam nesse processo.

Na atividade 3, se julgar conveniente, apresentar alguns aspectos da Mongólia. Comentar que o país adotou o socialismo até o início da década de 1990, passando, depois disso, pelo processo de reestruturação para a economia capitalista. Também apresenta uma das menores populações da Ásia vivendo em um imenso território coberto por grandes desertos e cadeias de montanhas. Essas características naturais contribuíram para que a população, ao longo do tempo, ficasse concentrada nos vales dos rios e, principalmente, na capital, Ulan Bator, que abriga quase 40% dos habitantes do país. A

1. China, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Japão, Mongólia e Taiwan. O país com maior extensão territorial é a China.

O Extremo Oriente é constituído por seis países que ocupam uma área territorial de 12,7 milhões de km² e que, segundo a ONU, abrigavam mais de 1,6 bilhão de habitantes em 2021. A China é o país mais populoso, pois contava, naquele ano, com 1,4 bilhão de habitantes. Essa região é uma das mais dinâmicas do mundo do ponto de vista econômico. Em 2021, China e Japão foram, segundo o Banco Mundial, a segunda e a terceira maiores economias do mundo, respectivamente. Taiwan, Coreia do Sul, Cingapura (Sudeste Asiático) e Hong Kong (província chinesa) formam os chamados Tigres Asiáticos. Analise o mapa.

Extremo Oriente: divisão política

Faça as atividades em seu caderno.

1 Quais são os países que constituem o Extremo Oriente? Qual deles apresenta a maior extensão territorial?

2 Quais são os países da região que se localizam em ilhas? E em uma península?

3 Identifique um aspecto territorial que diferencia a Mongólia dos demais países do Extremo Oriente.

TrópicodeCâncer

2. Japão e Taiwan localizam-se em ilhas. Coreia do Norte e Coreia do Sul localizam-se em uma península.

Elaborado com base em: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 47.

Iurtas são tendas em formato circular com uma estrutura de madeira fácil de montar e desmontar e cobertas com peles. São utilizadas durante o verão pelos pastores nômades da Mongólia, que criam ovelhas, vacas e cavalos em vastas pastagens.

Iurtas em campo de pastagem na Mongólia, 2020.

3. A Mongólia é o único país da região que não possui saída para o mar.

pecuária é a principal atividade econômica em número de trabalhadores empregados. Destacar a presença e função das iurtas nas paisagens rurais do país. A Mongólia ampliou os laços políticos e econômicos com Estados Unidos, Japão e União Europeia, mas seus principais parceiros comerciais são os vizinhos Rússia e China. Este último é o maior mercado para as exportações do país, demonstrando também interesse em explorar seus recursos minerais e energéticos.

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Na página 225, apresentar e localizar os países denominados Tigres Asiáticos em um mapa político da Ásia. A respeito de Taiwan, destacar a situação geopolítica do país, comentando que ele é classificado como uma província rebelde pela China.

Destacar as principais características do modelo econômico adotado pelos Tigres Asiáticos, ressaltando a forte presença do Estado, que protege a indústria nacional da concorrência

BNCC 100° L Ulan Bator Beijing Taipé COREIA DO SUL COREIA DO NORTE Pyongyang Seul Tóquio JAPÃO I. Hainan NEPAL BUTÃO C H I N A FILIPINAS VIETNÃ LAOS MIANMAR TAILÂNDIA CAZAQUISTÃO RÚSSIA QUIRGUISTÃO ÍNDIA MONGÓLIA TAIWAN Ilhas Ku a s (RUS) IlhasRyuky u Mar da China Meridional Mar da China Oriental Mar do Japão (Mar do Leste) Mar Amarelo OCEANO ÍNDICO
OCEANO PACÍFICO Capital 0 862 ALLMAPS 1 EXTREMO
TrópicodeCâncer
ORIENTE
WIRESTOCK CREATORS/SHUTTERSTOCK.COM 100° L Ulan Bator Beijing Taipé COREIA DO SUL COREIA DO NORTE Pyongyang Seul Tóquio JAPÃO I. Hainan NEPAL BUTÃO C H I N A FILIPINAS VIETNÃ LAOS MIANMAR TAILÂNDIA CAZAQUISTÃO RÚSSIA QUIRGUISTÃO ÍNDIA MONGÓLIA TAIWAN Ilhas Ku r a s (RUS) IlhasRyuky u Mar da China Meridional Mar da China Oriental Mar do Japão (Mar do Leste) Mar Amarelo OCEANO ÍNDICO
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Tigres Asiáticos

Coreia do Sul, Cingapura, Hong Kong e Taiwan são denominados Tigres Asiáticos em razão do rápido crescimento econômico alcançado nos últimos 55 anos. Esse crescimento foi decorrente da forte presença do Estado, que adotou um modelo econômico baseado em grandes investimentos externos, principalmente japoneses e estadunidenses, e da fabricação em larga escala de produtos para exportação, aproveitando a mão de obra relativamente barata.

Taiwan atua no contexto mundial como nação independente, porém é qualificada pela China como “província rebelde” que faria parte do território chinês. Esse impasse começou em 1949, quando o socialismo foi implantado na China e a ilha de Taiwan foi usada como refúgio pelos chineses contrários ao novo sistema. Taiwan possui um governo republicano e adota o capitalismo. A situação entre os dois países é indefinida, com aumento de tensões em torno de uma possível invasão chinesa à ilha, com objetivo de reunificá-la.

Hong Kong era colônia do Reino Unido e foi devolvida à China em 1997. Desde então, é considerada Região Administrativa Especial e a situação é caracterizada como “um país, dois sistemas”, pois a China é socialista e Hong Kong, capitalista. Pelos acordos firmados em 1997, Hong Kong manteria por 50 anos o sistema capitalista e suas liberdades, garantidas por uma Lei Básica adotada pelo Congresso Nacional do Povo, em Beijing.

Porém, a partir de 2003, a China começou a realizar diversas tentativas de controlar Hong Kong, respondidas com grandes manifestações populares. Entre 2019 e 2020, os protestos ganharam ainda mais força, com milhares de pessoas indo às ruas para denunciar o declínio da democracia. O governo chinês reprimiu o movimento pró-democracia de forma autoritária, impondo uma lei de segurança nacional que acabou com as liberdades em Hong Kong, indo contra os direitos humanos.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR

Hong Kong e Taiwan

Solicitar aos estudantes que pesquisem em revistas e jornais notícias atuais tratando de Hong Kong e Taiwan, tanto no que se refere à economia como a possíveis tensões com a China.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor

• HILLE, Kathrin; SEVASTOPULO, Demetri. EUA pressionam Taiwan para se preparar contra potencial invasão da China. Folha de S. Paulo, Taipé; Washington, DC, 8 jun. 2022. Disponível em: https:// www1.folha.uol.com.br/mundo/ 2022/06/eua-pressionam-taiwanpara-se-preparar-contra-potencialinvasao-da-china.shtml. Acesso em: 11 ago. 2022.

Artigo sobre as preocupações estadunidenses com uma possível invasão da China a Taiwan.

• HOLLINGSWORTH, Julia. Imprensa livre de Hong Kong está sendo “destruída”; entenda o que o mundo perde. CNN Brasil, São Paulo, 9 jan. 2022. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com. br/internacional/imprensa-livrede-hong-kong-esta-sendodestruida-entenda-o-que-omundo-perde/. Acesso em: 11 ago. 2022.

Artigo sobre as sanções que o governo chinês impôs à imprensa em Hong Kong.

• XI Jinping diz que Hong Kong vive “verdadeira democracia”. DW, Bonn, 1 jul. 2022. Disponível em: https://www.dw.com/pt-br/ xi-jinping-diz-que-hong-kongvive-verdadeira-democracia/ a-62328049. Acesso em: 11 ago. 2022.

externa com elevados impostos sobre produtos importados, facilidades fiscais para a exportação e investimentos nos setores de educação, qualificação da mão de obra e pesquisa científica.

Apresentar algumas características da economia em Hong Kong e Taiwan, ressaltando as peculiaridades dos dois territórios e suas relações com a China.

Apresentar também algumas características de Cingapura, o pequeno país localizado no Su-

deste Asiático que conta com apenas 618 km² e abriga uma população 100% urbana. Trata-se de uma cidade-Estado que, a partir da década de 1980, entrou em fase de grande crescimento econômico. Sua força econômica está nos serviços bancários e portuários, no turismo e na indústria de alta tecnologia.

Presidente da China comenta a situação política de Hong Kong, do ponto de vista do governo chinês.

Manifestação em Hong Kong pela democracia e direitos humanos, em 1o de janeiro de 2020.
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• A habilidade EF09GE02 é atendida com foco em analisar a atuação das corporações internacionais na vida da população em relação ao consumo, à cultura e à mobilidade.

• Contempla-se a habilidade EF09GE03 com ênfase em identificar diferentes manifestações culturais como forma de compreender a multiplicidade cultural na escala mundial, defendendo o princípio do respeito às diferenças.

• O trabalho com a habilidade EF09GE04 tem ênfase em relacionar diferenças de paisagens aos modos de viver de diferentes povos na Ásia, valorizando identidades e interculturalidades regionais.

• Atende-se à habilidade EF09GE09 ao analisarem-se características de países e grupos de países asiáticos em seus aspectos políticos.

• Trabalha-se a habilidade EF09GE10 com ênfase em analisar os impactos do processo de industrialização na produção e circulação de produtos e culturas na Ásia.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Promover a leitura compartilhada dos textos das páginas 226 e 227. Fazer paradas para comentários e esclarecimento de dúvidas. Destacar que a Coreia do Sul é o mais importante dos Tigres Asiáticos. Ressaltar a importância dos Chaebols (grandes conglomerados de empresas) e dos investimentos estadunidenses para o crescimento econômico do país asiático. Comentar as exportações sul-coreanas, pautadas sobretudo em produtos industrializados, com destaque para equipamentos eletrônicos. Incentivar a análise do gráfico “Coreia do Sul: principais exportações – 2020” para identificar os principais produtos exportados pelo país.

Coreia do Sul

No contexto da Guerra Fria (1945-1989), enquanto a Coreia do Norte estabeleceu-se como país socialista sob forte influência da ex-União Soviética, a Coreia do Sul, capitalista, foi apoiada pelos Estados Unidos, que fizeram grandes investimentos no país.

O governo sul-coreano desempenhou papel importante na estruturação econômica, incentivando setores considerados estratégicos para o desenvolvimento, como ciência e tecnologia, indústria, exportação e educação.

Grandes conglomerados de empresas, normalmente controlados por famílias e conhecidos como Chaebols, concentraram os investimentos estadunidenses e, juntamente com o governo, alavancaram o crescimento econômico sul-coreano a partir dos anos 1960.

Com o passar do tempo, os Chaebols passaram a atuar em setores bastante distintos, em um modelo de investimentos conhecido como “tentacular”. A empresa LG, por exemplo, começou no setor de cosméticos e hoje vende smartphones, televisões, componentes eletrônicos, produtos químicos e adubos.

Esse modelo é criticado, pois, ao expandir seus tentáculos por diversos setores, os Chaebols impedem o desenvolvimento de pequenas e médias empresas, pois dominam os mercados e impõem preços, dificultando a concorrência e a inovação trazida pelas microempresas.

Apesar das críticas que podem ser feitas ao modelo, os quatro maiores Chaebols – Hyundai, Samsung, Daewoo e LG – respondem por grande parcela do PIB e das exportações da Coreia do Sul. O país se tornou um grande exportador de componentes para computadores, brinquedos, automóveis e produtos eletrônicos, tendo China, Estados Unidos, Vietnã, Hong Kong e Japão como principais compradores em 2020. Analise o gráfico.

Coreia do Sul: principais exportações – 2020

FICA A DICA

K-Pop – Manual de sobrevivência. Babi Dewet, Érica Imenes, Natália Pak. Belo Horizonte: Gutenberg, 2017. O manual traz aspectos da história e da cultura da Coreia do Sul, com destaque para a indústria de entretenimento e a “Onda coreana”.

CircuitosintegradoseletrônicosAutomóveisPetróleorefinadoNaviosdepassageirosedecarga Peçasdeautomóveis

Fonte: OBSERVATORY OF ECONOMIC COMPLEXITY (OEC). South Korea. OEC, [S. l.], [2011]. Disponível em: https://oec.world/en/profile/country/kor. Acesso em: 26 jul. 2022.

Ao trabalhar a hallyu ou “onda coreana”, ou seja, a expansão de produtos culturais sul-coreanos para diversos países do mundo, desenvolve-se o tema contemporâneo transversal Multiculturalismo, com destaque para a Diversidade Cultural Verificar os conhecimentos que os estudantes têm sobre esse fenômeno e, em casos afirmativos, pedir a eles que compartilhem informações com os colegas. Indicar a eles a leitura do livro sugerido na seção #Fica a dica. Esclarecer

Nomes de empresas ou de marcas citados nesta obra têm finalidade didática e estão devidamente contextualizados ao tema que está sendo abordado, não havendo intenção de recomendar produtos ou incitar o consumo.

que os elementos que compõem a “onda” não correspondem necessariamente à cultura tradicional sul-coreana.

Encaminhar a atividade 1, na qual espera-se que os estudantes destaquem a importância, para a economia sul-coreana, da indústria cultural, que gera muitas divisas, principalmente os grupos de k-pop. As receitas não estão relacionadas apenas à venda dos álbuns, mas também ao turismo e às outras indústrias relacionadas,

BNCC
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(em bilhões de dólares)
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Em 1997, uma crise econômica mundial atingiu de forma significativa a Coreia do Sul. Nesse período, o governo diversificou a economia, investindo no setor de serviços e, principalmente, na indústria criativa

Essa medida resultou na expansão da cultura coreana, primeiro regionalmente e depois mundialmente. A chamada “onda coreana” ou hallyu se reflete na música popular (k-pop), nas novelas e filmes (k-drama), na moda (k-fashion) e em outros aspectos que se tornaram fundamentais para o soft power sul-coreano.

Um dos mais bem sucedidos exemplos do soft power sul-coreano é o grupo de k-pop BTS. Criado em 2013, tornou-se um fenômeno global graças à presença nas redes sociais e em eventos diplomáticos, representando a juventude do país.

De acordo com a revista Forbes, o BTS já atraiu para a Coreia do Sul mais de 780 mil turistas interessados na cultura, no idioma, na gastronomia e nos produtos que levam a marca do grupo. Em 2018, cerca de 1,7% da exportação sul-coreana foi impulsionada pelo BTS. Nesse mesmo ano, cerca de 5 bilhões de dólares foram acrescentados ao PIB do país pelas bandas de k-pop, dos quais 3,6 bilhões foram gerados pelo BTS.

Indústria criativa: setor de produção de bens intelectuais e culturais. Da indústria criativa, fazem parte cinema, música, moda, games, entre muitos outros. Soft power (poder brando): termo empregado para expressar a capacidade de um país em construir uma imagem positiva, atraindo e influenciando outros países e a opinião pública a partir do poder das ideias, culturas e valores, sem uso de força.

Agência do grupo BTS perde US$ 1,7 bi na Bolsa, após banda anunciar projetos solo

Ações despencam 28% para o menor patamar desde que a empresa abriu capital, em outubro de 2020

AGÊNCIA O GLOBO. Agência do grupo BTS perde US$ 1,7 bi na Bolsa, após banda anunciar projetos solo. Exame Invest, São Paulo, 15 jun. 2022. Disponível em: https://exame.com/invest/mercados/agencia-do-grupo-bts-perde-us-17-bi-na-bolsa-aposbanda-anunciar-projetos-solo/. Acesso em: 27 jul. 2022.

• Escreva em seu caderno um texto explicando, a partir da manchete, a importância do k-pop para a economia sul-coreana. Consultar comentários em Orientações didáticas.

No caso da Coreia do Sul, o exercício do soft power utiliza atrativos e acessórios da cultura pop, como ícones e atrações turísticas, para criar e solidificar mudanças na forma em como a comunidade internacional vê e interage com o país a longo prazo.

Seul dificilmente deixará suas intenções explícitas, afirmando que faz uso de símbolos pop para exercer poder sobre os demais, mas a vazão de investimentos e relatórios do governo demonstram a autenticidade nos incentivos à produção cultural do país. O governo acompanha o crescimento da Hallyu e mede como o país está “sendo visto” pelo mundo em relatórios sazonais [...].

POSSA, Julia. De BTS a “Parasita”, entenda como a Coreia do Sul aplica o “soft power”. Poder 360, [s. l.], 5 abr. 2022. Disponível em: https://www.poder360.com. br/internacional/de-bts-a-parasita-entendacomo-a-coreia-do-sul-aplica-o-soft-power/.

Acesso em: 12 ago. 2022.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor

• LEE, Min Jin. Pachinko. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2020.

Livro aborda as dificuldades enfrentadas por imigrantes coreanos no Japão, onde os salões de pachinko (jogo de caça-níqueis) são o principal meio de conseguir trabalho e tentar acumular algum dinheiro.

Para o professor e o estudante

• CENTRO CULTURAL COREANO NO BRASIL (KOCIS). São Paulo, [c2022]. Site . Disponível em: https://brazil.korean-culture.org/ pt#mnu4. Acesso em: 12 ago. 2022.

Site com diversas informações (história, cultura, cursos, eventos e exposições) relacionadas à Coreia do Sul.

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como o cinema, a moda, a gastronomia e inúmeros outros produtos relacionados aos grupos. No exemplo da manchete, temos que o anúncio da pausa da mais famosa banda de k-pop, o BTS, causou estresse no mercado de ações, fazendo com que o valor das ações da agência que representa o grupo caísse.

TEXTO COMPLEMENTAR [...]

PODER BRANDO

O conceito de soft power – ou, na língua portuguesa, poder brando – foi criado pelo cientista político norte-americano Joseph Nye. Diferentemente do exercício de influência através do poder econômico ou bélico, o soft power é mais sutil e usa aspectos culturais e ideológicos para exercer influência, por exemplo.

• LUISA, Ingrid. A diplomacia do k-pop Superinteressante, São Paulo, 28 out. 2019. Disponível em: https://super.abril.com.br/ especiais/a-diplomacia-do-k-pop/. Acesso em: 12 ago. 2022. Artigo sobre a importância do k-pop para a diplomacia da Coreia do Sul.

1 Leia a manchete. Grupo de k-pop BTS discursando na 76a Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, Estados Unidos, setembro de 2021.
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• A habilidade EF09GE08 é atendida com ênfase em analisar transformações territoriais, considerando o movimento de fronteiras, tensões e conflitos na Ásia.

• Trabalha-se a habilidade EF09GE09 ao analisarem-se características de países e grupos de países asiáticos em seus aspectos populacionais, políticos e econômicos.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Promover a leitura compartilhada dos textos das páginas 228 e 229. Fazer paradas para comentários e esclarecimento de dúvidas. Destacar as características políticas da Coreia do Norte. Se necessário, retomar explicações sobre o sistema socialista, contrapondo-o ao capitalista. Ressaltar o fato de o país ser o mais fechado do mundo, com pouquíssimo contato com o restante dos países, e as dificuldades de se obter informações sobre os indicadores socioeconômicos. Sugerir a leitura do livro indicado na seção #Fica a dica, cujo autor, que viveu como diplomata na Coreia do Norte, relata diversos aspectos da vida local, da política e da economia. Se julgar adequado, solicitar aos estudantes que pesquisem notícias sobre a questão do isolamento da Coreia do Norte e as características do regime de Kim Jong-un.

Destacar a participação da Coreia do Norte no chamado “Clube Atômico”, ou seja, um restrito grupo de países que possuem armas nucleares. Comentar que se calcula que os nove países detentores de armas nucleares – Rússia, Estados Unidos, Reino Unido, França, China, Índia, Paquistão, Israel e Coreia do Norte – tinham, no começo de 2020, aproximadamente 15 mil ogivas nucleares e armas do tipo, das quais 3 750 estavam posicionadas e 2 mil em estado de alerta operacional.

Coreia do Norte

A Coreia do Norte, oficialmente denominada República Popular Democrática da Coreia, apresenta um dos regimes políticos mais fechados do mundo, marcado pelo rígido controle estatal e pelo culto à personalidade de seus líderes. São poucos os turistas que visitam o país, e o intercâmbio comercial, cultural e político com o exterior é bastante reduzido.

É difícil obter indicadores socioeconômicos atualizados do país. Segundo a FAO, em 2021, 41,6% dos 26 milhões de norte-coreanos estavam subnutridos, situação que foi agravada pela pandemia de covid-19. O setor agrícola, que produz arroz, trigo e milho, empregava aproximadamente 40% da população ativa, pois há baixos índices de mecanização no campo.

Nas exportações, o principal parceiro é a China, que importa carvão, zinco, magnésio e ferro. Além disso, a Coreia do Norte possui jazidas de terras raras, metais de difícil extração usados na fabricação de celulares, computadores, veículos etc. Em troca, a China fornece à Coreia do Norte ajuda alimentar e petróleo.

Em 2011, com a morte de Kim Jong-il (1942-2011), o país passou a ser governado por seu filho Kim Jong-un (1984-). Com isso, houve grande expectativa na comunidade mundial pelo fim do estado de guerra existente desde 1950 entre a Coreia do Norte e a República da Coreia, mais conhecida como Coreia do Sul.

Em abril de 2018, um encontro entre Kim e o então líder da Coreia do Sul, Moon Jae-in (1953-), abriu a negociação entre os países para alcançar um acordo de paz permanente na região. Foi a primeira vez que um líder norte-coreano cruzou a fronteira para o sul desde a divisão da Coreia.

Apesar desse encontro, a política externa adotada por Kim Jong-un pouco contribuiu para uma reaproximação das partes. Pelo contrário, com programas de testes de armas nucleares e de mísseis balísticos, o país mantém a postura de ameaça aos seus adversários, principalmente a Coreia do Sul e os Estados Unidos.

A Coreia do Norte apresenta reservas de urânio, metal radioativo encontrado em certas rochas, utilizado para gerar energia e fabricar armas nucleares. A partir dos anos 1990, o país iniciou uma expansão militar pautada no desenvolvimento de um arsenal nuclear, peça fundamental da política de segurança norte-coreana, que tem por objetivo desencorajar possíveis intervenções externas.

Para avançar nesse projeto, a Coreia do Norte abandonou o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares em 2003 e começou a realizar testes nucleares a partir de 2006.

FICA A DICA

Radioativo: que emite radiação, ou seja, energia por meio de ondas eletromagnéticas ou partículas. Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares: acordo criado em 1970 e assinado por 191 países, que se comprometeram a não desenvolver, testar, produzir, adquirir, possuir, armazenar, usar ou ameaçar usar armas nucleares.

Nunca sozinho: a vida na Coreia do Norte pelo olhar de um brasileiro. Cleiton Schenkel. Lisboa: Chiado Books, 2020.

O diplomata aborda diversos aspectos da vida local, da política e da economia da Coreia do Norte observados durante sua passagem pela capital Pyongyang.

Sobre o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, desde a sua assinatura, quatro países adquiriram armas nucleares: Índia, Paquistão e Israel, que nunca firmaram o texto, e a Coreia do Norte, que abandonou o TNP em 2003. Encaminhar a atividade 1, que auxilia na análise do gráfico “Arsenal das potências nucleares – 2021” e na sistematização dessa etapa do conteúdo.

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AMPLIANDO HORIZONTES

Para o estudante e o professor

No ano de 2017, foram lançados cinco mísseis de alcance intermediário e de longo alcance, que, teoricamente, podem atingir os territórios dos Estados Unidos e da Europa.

A frequência de lançamento de mísseis vem se intensificando e não é vista com bons olhos pela comunidade internacional. Estados Unidos, países europeus e ONU consideram os testes norte-coreanos uma provocação. Apesar das sanções aplicadas, a Coreia do Norte prefere continuar em seu projeto, mantendo o clima de tensão, principalmente com a vizinha Coreia do Sul.

em Orientações didáticas.

*Estimativa do número total de ogivas nucleares por país, incluindo as ogivas não implantadas ou esperando para serem destruídas.

Fonte: GAUDIAUT, Tristan. Comment évolue l'arsenal des puissances nucléaires. Statista. Paris, 4 nov. 2021. Disponível em: https://fr.statista.com/ infographie/23984/arsenal-puissancesnucleaires-nombre-de-bombes-par-pays/. Acesso em: 25 jul. 2022.

a) Qual é a situação do continente asiático entre os países que detêm armas nucleares?

b) Quais são os países que possuem maiores arsenais nucleares? Como é a relação da Coreia do Norte com esses países?

c) Faça uma pesquisa sobre armas nucleares. Procure em bibliotecas, físicas ou virtuais, e em estudos científicos quais são os principais armamentos nucleares desenvolvidos e qual seria o poder de destruição de cada um. Produza um relatório com as informações encontradas e escreva um texto explicando por que a proliferação delas representa uma fonte de preocupação para a comunidade internacional.

1. a) Entre os nove países detentores de armas nucleares, quatro estão situados na Ásia. A Rússia é um país transcontinental, situado entre Ásia e Europa.

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No item b, espera-se a resposta “Estados Unidos e Rússia”. A Coreia do Norte considera os Estados Unidos um rival, que busca interferir em seu território e na sua forma de fazer política, enquanto a Rússia é considerada uma aliada, pois os dois países estavam alinhados ideologicamente durante a Guerra Fria e hoje atuam fazendo frente aos países ocidentais, especialmente os Estados Unidos.

No item c, espera-se que os estudantes encontrem informações sobre o amplo alcance que as armas nucleares podem ter, com alto potencial destrutivo cujos prejuízos perduram por muito tempo, destruindo vidas e infraestruturas, sendo por isso chamadas de “armas de destruição em massa”.

• WOLFF, Italo. Guerra nuclear: físicos explicam o que aconteceria. Jornal Opção, Goiânia, 13 mar. 2022. Disponível em: https:// www.jornalopcao.com.br/ reportagens/guerra-nuclearfisicos-explicam-o-que-aconteceria -385741/. Acesso em: 11 ago. 2022.

O desaparecimento de cidades, a falta de alimentos e uma nova era do gelo: alguns resultados de uma possível guerra nuclear.

• COREIA do Norte: perfil da reclusa e comunista metade da Coreia. BBC News, São Paulo, 20 maio 2022. Disponível em: https:// www.bbc.com/portuguese/inter nacional-57516845. Acesso em: 11 ago. 2022.

A reclusa Coreia do Norte: um perfil de um dos raros países comunistas.

Para o professor

• MELCHIONNA, Helena Hoppen; PEREIRA, Analucia Danilevicz; VISENTINI, Paulo Fagundes de. A revolução coreana: o desconhecido socialismo Zuche. São Paulo: Unesp, 2015.

O livro faz uma análise do regime norte-coreano, das complexidades que envolvem o processo revolucionário na região e das conquistas socioeconômicas obtidas pelo país.

1 Analise o gráfico e responda às questões no caderno. Consultar comentários
HANDOUT/KCNA VIA KNS/AFP
Lançamento de míssil na Coreia do Norte em 2017.
0 8 000 6 000 4 000 2 000 Estados Unidos Reino Unido China França Índia Coreia do Norte Rússia Paquistão Israel 6 255 5 550 350 290 225 165 156 Evolução desde 2019 90 45 -245 -635 +60 -10 +25 +5 +16 +20 ±0
Arsenal das potências nucleares – 2021*
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Competências

• Gerais: 1, 2 e 9

• Ciências Humanas: 1, 2, 5, 6 e 7

• Geografia: 3, 4, 6 e 7

• O trabalho com a habilidade EF09GE08 tem ênfase em analisar transformações territoriais, considerando o movimento de fronteiras, tensões e conflitos na Ásia.

• Atende-se à habilidade EF09GE09 com foco em analisar características de países e grupos de países asiáticos em seus aspectos políticos.

• A habilidade EF09GE15 é contemplada ao compararem-se e classificarem-se diferentes regiões do mundo com base em informações representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.

Interdisciplinaridade com...

História:

• EF09HI14 Caracterizar e discutir as dinâmicas do colonialismo no continente africano e asiático e as lógicas de resistência das populações locais diante das questões internacionais.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

O conteúdo desta seção possibilita encaminhar um trabalho interdisciplinar com História ao desenvolver a habilidade EF09HI14. Se julgar pertinente, convidar o professor desse componente curricular para auxiliá-lo nas estratégias para a aula.

Apresentar os principais eventos históricos relacionados à Coreia, destacando os períodos de domínio chinês e japonês. Comentar que o período de domínio japonês na Coreia foi marcado por violência e forte repressão, além da implantação da cultura e dos costumes japoneses e de importantes alterações na economia. Relacionar o fim do domínio japonês na Coreia à Segunda

A origem das duas Coreias

Do século XIV até o final do século XIX, o território coreano esteve sob domínio da China. Com a decadência do império chinês e a modernização do Japão graças às mudanças ocorridas na Era Meiji, a Coreia passou a ser dominada pelos japoneses, que buscavam o controle de novos territórios e mercados na Ásia.

Japão e China entraram em conflito pelo domínio do território coreano na Primeira Guerra Sino-Japonesa (1894-1895). Com a vitória, o Japão assumiu o domínio da Coreia.

Logo depois, o Japão se envolveu em outra disputa pela Coreia, desta vez com a Rússia. Novamente vitorioso, o Japão tornou a Coreia um protetorado, em 1905. Em 1910, o Japão anexou a Coreia, tornando-a colônia até o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Era Meiji: período da história do Japão que se estendeu de 1867 a 1912. Foi marcado por mudanças na economia, na política e na sociedade do país, levando-o a um processo de modernização acelerada.

É importante destacar que a população coreana resistiu à colonização japonesa. Houve muitas revoltas populares e movimentos pela independência, porém todos reprimidos com violência. Os opositores eram frequentemente torturados e assassinados.

Muitos coreanos fugiram do país. Pequenos grupos armados, que mais tarde deram origem ao Exército Revolucionário Popular da Coreia, se organizaram para combater os colonizadores até o Japão ser derrotado na Segunda Guerra Mundial.

Em 1948, a Coreia se dividiu em dois Estados independentes: a República Popular Democrática da Coreia (ao norte, com o sistema socialista) e a República da Coreia (ao sul, com o sistema capitalista).

Guerra Mundial e suas consequências para o Japão. Lembrar os estudantes de que o país, já devastado pela Guerra, foi atingido por duas bombas atômicas que provocaram graves danos à economia, além de incalculável prejuízo humano.

Ao abordar a Guerra da Coreia, utilizar os mapas presentes na página 231 para ilustrar a evolução do conflito, destacando que a invasão norte-coreana foi contida pelas tropas da ONU e da Coreia do Sul, com apoio dos Estados Unidos

Obra de Okura Koto traz a representação de batalha na Primeira Guerra Sino-Japonesa, em 1894, quando o Império Qing, da China, enfrentou o Império japonês.

e da China, que desejava evitar que o conflito adentrasse suas fronteiras.

Destacar que o Armistício de Panmunjon, assinado em 1953, mantém a fronteira definida em 1948 e estabelece uma zona desmilitarizada entre as duas Coreias.

Encaminhar as atividades 1 e 2 que auxiliam na sistematização do conteúdo abordado na seção.

Na atividade 1, se considerar adequado, fazer a linha do tempo coletivamente, aproveitan-

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INTEGRANDO com HISTÓRIA NÃO ESCREVA NO LIVRO.
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Em 1950, o Exército norte-coreano invadiu a Coreia do Sul, dando início à Guerra da Coreia. No conflito, a Coreia do Sul foi apoiada pela ONU e pelos Estados Unidos, e a Coreia do Norte, pela China e pela ex-União Soviética. Em 1953, foi assinado um acordo que suspendeu o conflito e reafirmou a divisão em duas Coreias, que passaram a ser reconhecidas pela ONU. O acordo, chamado de Armistício de Panmunjon, não conseguiu conter as tensões existentes entre os dois países ao longo do tempo.

A sequência de mapas a seguir representa a evolução da Guerra da Coreia. Analise-a com atenção.

Guerra da Coreia – 1950 a 1953

Zona invadida pela Coreia do Norte (25 de junho a 14 de setembro de 1950)

resistência sul-coreana Tropas da ONU e da Coreia do Sul

máximo das tropas da ONU e da Coreia do Sul

ATIVIDADE COMPLEMENTAR

Pesquise notícias recentes sobre as relações políticas entre as duas Coreias. Depois, escreva um pequeno texto com o apoio do material que você encontrou. Na data marcada pelo professor, apresente os resultados da pesquisa aos colegas. Orientar os estudantes a buscar notícias recentes na internet, em jornais ou em revistas. Em sala, solicitar que compartilhem as notícias pesquisadas, tecendo comentários sobre a situação atual dos países e suas perspectivas. Esta atividade possibilita desenvolver práticas de pesquisa como levantamento bibliográfico, análise documental, tomada de notas e construção de relatórios (ver tópico Práticas de pesquisa nas Orientações Gerais deste Manual).

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor

das tropas da ONU e da Coreia do Sul

Fonte: VICENTINO, Cláudio. Atlas histórico: geral e Brasil. São Paulo: Scipione, 2011. p. 151. Auxiliar os estudantes nas respostas às atividades. Consultar comentários em Orientações didáticas.

1 Em seu caderno, elabore uma linha do tempo destacando os principais fatos relacionados à história da Coreia. Indique os principais acontecimentos e insira os períodos ou os anos em que aconteceram.

2 Em que período os movimentos de resistência à colonização japonesa começaram a surgir na Coreia? De que formas essa resistência se deu?

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do para realizar uma revisão do conteúdo visto. Apresentamos, a seguir, os eventos e suas respectivas datas: Domínio chinês sobre a Coreia (século XIV até 1910)/Guerra Sino-Japonesa (1894-1895)/Independência da Coreia (1895)/ Transformação da Coreia em protetorado japonês (1910)/Divisão da Coreia em duas zonas de influência (1945)/Constituição da Coreia em dois Estados independentes (1948)/Início da Guerra da Coreia e intervenção da ONU (1950)/

Intervenção chinesa na Guerra da Coreia (1951)/ Armistício de Panmunjon (1953).

Na atividade 2, espera-se que os estudantes respondam que os movimentos de resistência, organizados em manifestações, movimentos pró-independência, guerrilhas e, posteriormente, com a formação de um Exército popular, ocorreram a partir de 1910, quando da anexação da Coreia ao Japão até o final da Segunda Guerra Mundial, quando os japoneses perderam o conflito.

• NOGARA, Tiago Soares; PAUTASSO, Diego. Coreia do Sul, Japão e as feridas abertas da colonização. UOL, São Paulo, 10 nov. 2019. Disponível em: https:// operamundi.uol.com.br/analise/ 61536/coreia-do-sul-japao-e-asferidas-abertas-da-colonizacao. Acesso em: 11 ago. 2022. Reportagem sobre as marcas do colonialismo que caracterizam a relação entre Coreia do Sul e Japão.

• RUBIO, Lucas. Há 73 anos: formalização do Exército Popular da Coreia como forças armadas revolucionárias. Centro de Estudos da Política Songun – Brasil. Rio de Janeiro, 8 fev. 2021. Disponível em: https://cepsongun br.com/2021/02/08/ha-73-anosformalizacao-do-exercito-popularda-coreia-como-forcas-armadasrevolucionarias/. Acesso em: 11 ago. 2022.

Histórico da ascensão do Exército Popular de forças revolucionárias a forças armadas do Estado coreano.

231
Ofensiva chinesa (1º jan.) Pyongyang Chorwon Kumhwa Yangyang Chungju Andong Avanço em meados de janeiro 22 abr. 25 jan. 4 jan. Chunchon Wonju Chipyongni Seul Kaesong Panmunjom Intervenção chinesa: de janeiro a abril de 1951.
da China e da Coreia do Norte Forças da ONU e da Coreia do Sul Avanço máximo das tropas da ONU e da Coreia do Sul Avanços das tropas da China e da Coreia do Norte Cidade Capital Mar Amarelo 38° N126° L Mar do Japão (Mar do Leste) 0 75 130° L Pyongyang Seul CHINA COREIA DO NORTE COREIA DO SUL 27 nov. 1951 30 abr. 1951 Kaesong Busan 12 jan. 1951 JAPÃO Mar do Japão (Mar do Leste) Mar Amarelo 38° N De 12 de janeiro de 1951
de 1953. Avanços
Armistício de
(27
de
0 160Mar do Japão (Mar do Leste) 38° N Mar Amarelo 130° L 20 out. 1º out 26set. 15 set. Pyongyang Seul CHINA JAPÃO 2 nov. 29 out. 26 out Desembarque americano
out.) Desembarque americano (15 set.) Wonsan Incheon Mokpo Busan 0 160
Zona
Avanço
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Forças
a 27 de julho
Panmunjom
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De 25 de junho a 12 de novembro de 1950.
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• O trabalho com a habilidade EF09GE02 é feito ao analisar-se a atuação das corporações internacionais na vida da população em relação ao consumo, à cultura e à mobilidade.

• A habilidade EF09GE09 é atendida com foco em analisar características de países, asiáticos em seus aspectos econômicos e físico-naturais.

• A habilidade EF09GE10 é contemplada com foco em analisar os impactos do processo de industrialização na produção e circulação de produtos e culturas na Ásia.

• Trabalha-se a habilidade EF09GE11 ao relacionarem-se as mudanças técnicas e científicas decorrentes do processo de industrialização em diferentes regiões do mundo.

• A habilidade EF09GE15 é contemplada com ênfase em comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.

• Trabalha-se a habilidade EF09GE17 ao explicarem-se as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Ásia.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Apresentar o mapa físico do Japão e mostrar o local do epicentro do terremoto, ocorrido em março de 2011, bem como o local onde a usina de Fukushima se encontra.

Destacar a localização do país no encontro de placas tectônicas. Se necessário, retomar o conteúdo sobre a teoria da tectônica de placas e relacioná-la à ocorrência de terremotos, vulcões e também à presença de relevos montanhosos no Japão.

Orientar os estudantes a analisar a charge e a verificar seus

Japão

O Japão está localizado em um arquipélago constituído de quatro ilhas principais – Hokkaido, Honshu, Shikoku e Kyushu – e cerca de 3 mil ilhas menores.

O pequeno território e o relevo irregular são fatores físico-naturais que dificultam o desenvolvimento da agropecuária no Japão. A atividade é praticada apenas em áreas de planície e em algumas encostas das montanhas. O país não possui reservas relevantes de recursos minerais e energéticos e, por isso importa alimentos, matérias-primas e energia. Por outro lado, o litoral extenso e recortado favorece o setor pesqueiro, muito importante no país.

Japão: físico

O território japonês está localizado em uma área de formação geológica recente que faz parte do chamado Círculo de Fogo, onde o choque entre placas tectônicas é intenso, provocando terremotos, tsunâmis e atividades vulcânicas. No Japão há cerca de 200 vulcões, entre eles o do monte Fuji, com 3 776 metros, a maior altitude do relevo japonês e um dos símbolos do país.

Em 2011, um terremoto no oceano Pacífico gerou um tsunâmi que provocou a destruição de cidades litorâneas, desaparecimentos e mortes. Atingiu também a usina nuclear de Fukushima, causando o vazamento de material radioativo, o que obrigou mais de 100 mil pessoas a deixarem a área.

1 Analise a charge e converse com os colegas e o professor sobre a questão a seguir.

• A máscara usada pela personagem da charge destaca três elementos envolvidos no acidente de Fukushima. Quais são eles?

Espera-se que os estudantes concluam que os elementos representados são o terremoto, o maremoto e o acidente nuclear.

conhecimentos sobre o acidente de Fukushima. Esclarecer que o acidente nuclear foi o segundo mais grave da história, sendo superado apenas pelo de Chernobyl, na Rússia, ocorrido em 1986. Relacionar as características naturais do território japonês aos desafios encontrados para o desenvolvimento de algumas atividades, entre elas a agropecuária e a mineração. Comentar que a agropecuária é baseada no uso intensivo de máquinas e modernas técnicas para melhor

aproveitamento da pequena área agrícola. Ressaltar que os principais produtos cultivados no Japão são arroz, chá, legumes e frutas diversas, e que o país importa considerável volume de alimentos. O Japão também apresenta escassez de matérias-primas para a indústria e para a geração de energia, por isso precisa importar cerca de 90% dos recursos que consome, principalmente minério de ferro, petróleo, carvão mineral e gás natural.

BNCC
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Mar do Japão (Mar do Leste) OCEANO PACÍFICO 45º N 140º L Zona sísmica Vulcão em atividade Movimentos das placas tectônicas Central nuclear Altitude (m) 0 200 500 2 000 1 000 0 160 RÚSSIA CHINA COREIA
COREIA
Tóquio Yokohama Fukuoka Hiroshima Shikoku Monte Fuji 3776 m Honshu Hokkaido Nagoya Placa da Eurásia Placa Pacífica Placa Filipina Placa Norte-
Osaka Kyushu Kyoto Kobe Okayama Sapporo Sendai Epicentro
2011 Fukushima ALLMAPS
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CHAPPATTE, LE TEMPS, SWITZERLAND.WWW.CHAPPATTE.COM
DO NORTE
DO SUL
-americana
do terremoto de 11 de março de Fonte: LACOSTE, Yves. Atlas Géopolitique. Paris: Larousse, 2013. p. 107.

Mesmo com as limitações físicas do território e a desestabilização financeira decorrente da Segunda Guerra Mundial, o Japão se tornou uma das maiores economias do mundo, com elevados indicadores socioeconômicos. Entre os principais fatores que contribuíram para a recuperação do Japão no pós-Guerra, destacam-se:

• ajuda financeira dos Estados Unidos;

• mão de obra abundante e barata;

• grandes investimentos em educação, qualificação da mão de obra, desenvolvimento científico e de novas tecnologias;

• parceria entre o Estado e as grandes corporações empresariais ( zaibatsu) para investimentos na recuperação e na ampliação da infraestrutura (portos, aeroportos, rodovias, ferrovias etc.);

• incentivos fiscais à exportação e proteção da indústria nacional por meio de elevados impostos sobre produtos importados.

A partir da década de 1970, o Japão se tornou um dos países mais industrializados do mundo. Atualmente, é um dos maiores exportadores de produtos eletrônicos e de automóveis. Diversas empresas japonesas figuram entre as maiores multinacionais do planeta.

Desde a década de 1990, o Japão passou por crises econômicas, perdendo o posto de segunda economia do mundo para a China, em 2010. No ranking de 2021, o Japão ocupava a terceira posição.

O Japão se destaca no setor da robótica , junto com Coreia do Sul, Alemanha, Estados Unidos e China. Em 2021, o país respondeu por 45% da oferta global de robôs com aplicações industriais, médicas e domésticas, entre outras.

Durante a pandemia de covid-19, o uso de robôs aumentou. Durante o isolamento social, estudantes de uma universidade japonesa receberam seus diplomas sem sair de casa, por meio de um robô avatar controlado a distância através de computadores.

Robótica: ciência que estuda as tecnologias associadas à concepção e construção de robôs.

os países. O site da Associação

Brasileira de Dekasseguis reúne informações importantes sobre o assunto. Disponível em: https:// www.abdnet.org.br/. Acesso em: 12 ago. 2022.

Na página 233, ao destacar a participação do Japão no setor de robótica e desenvolvimento de tecnologias, trabalha-se o tema contemporâneo transversal Ciência e Tecnologia

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor e o estudante

• BARBIERI, Stela. ABC do Japão São Paulo: SM, 2008.

O livro reúne informações sobre o modo de vida e manifestações artísticas, culturais e religiosas do país do Sol Nascente, organizadas em verbetes ilustrados.

• ROBÔS substituem estudantes japoneses em cerimônia de formatura afetada pelo coronavírus. Reuters, Tóquio, 7 abr. 2020. Disponível em: https://www.reuters. com/article/tech-robos-japaoidBRKBN21P32V-OBRIN. Acesso em: 11 ago. 2022.

Robôs avatares representam os estudantes em cerimônia de formatura, Japão, 2020.

Por causa da pandemia, formandos são substituídos por avatares robôs em faculdade de administração japonesa.

• AVANSINI, Carolina. Japão volta a atrair dekasseguis Folha de Londrina, Londrina, 18 fev. 2017. Disponível em: https:// www.folhadelondrina.com.br/ reportagem/japao-volta-aatrair-dekasseguis-970488.html. Acesso em: 12 ago. 2022. Reportagem sobre o recente aumento do número de dekasseguis em direção ao Japão.

Mesmo com os desafios impostos pela natureza, o Japão foi durante muito tempo a segunda maior economia do mundo, perdendo essa posição em 2010 para a China. Apesar de ainda apresentar elevados níveis de desenvolvimento econômico e social, vem passando por um período de estagnação econômica que é relacionado, entre outras coisas, à questão demográfica.

Se julgar adequado, ampliar o conteúdo sobre o Japão, relacionando os contextos socioeconô-

micos desse país às imigrações de japoneses para o Brasil e à emigração de brasileiros para o Japão; embora o movimento de brasileiros para o Japão tenha diminuído e muitos dekasseguis tenham retornado ao Brasil nos últimos anos, a presença de brasileiros no Japão ainda é significativa. Assim, aproveitar para solicitar uma pesquisa sobre esses movimentos e sobre a situação atual de brasileiros no Japão, orientando os estudantes a relacionar a situação econômica de ambos

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EZRA ACAYAN/GETTY IMAGES ASIAPAC/GETTY IMAGES/AFP
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• A habilidade EF09GE01 é contemplada ao analisar-se de que forma a hegemonia europeia foi exercida em várias regiões do planeta, notadamente em situações de conflito, intervenções militares.

• O trabalho com a habilidade

EF09GE09 tem foco em analisar características de países asiáticos em seus aspectos políticos, populacionais e econômicos.

Interdisciplinaridade com...

• História:

EF09HI14 Caracterizar e discutir as dinâmicas do colonialismo no continente africano e asiático e as lógicas de resistência das populações locais diante das questões internacionais.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

O conteúdo desta seção possibilita desenvolver interdisciplinaridade com História ao explorar a habilidade EF09HI14. Se julgar pertinente, convidar o professor desse componente curricular para encaminharem juntos o conteúdo proposto.

Na página 234, introduzir o estudo sobre a China fazendo um levantamento de conhecimentos prévios da turma sobre o assunto, verificando em que aspectos do cotidiano dos estudantes a China se faz presente e se eles têm algum conhecimento sobre os aspectos políticos, socioeconômicos e culturais do país.

Pedir aos estudantes que observem a charge e leiam o boxe de texto que a acompanha. Destacar que essa charge se refere ao contexto do Imperialismo do século XIX, com a transformação de parte dos territórios da África, da Ásia e da Oceania em colônias pelos países dominadores, implicando controle político, anexação de território e perda da soberania.

Comentar que durante esse período o Reino Unido controlou o comércio externo chinês e apropriou-se de Hong Kong. Em 1858, a Rússia ocupou algumas

China

Com mais de 1,4 bilhão de habitantes em 2021, a China é o país mais populoso do mundo, apresenta o terceiro maior território do planeta e tem uma história de mais de 5 mil anos. Até o fim da década de 1970, o país era visto como um gigante populoso, agrário e pobre. No entanto, em apenas algumas décadas, a China se tornou a segunda maior economia do mundo e, de acordo com projeções, em alguns anos se tornará a primeira.

Esse crescimento pode ser entendido a partir da análise de alguns aspectos da história do país, principalmente relacionados ao Imperialismo do século XIX. Durante o período, a China foi alvo de interesses de Reino Unido, Rússia, França, Alemanha e Japão, que exploraram recursos naturais e se apropriaram de partes do território chinês.

Em um primeiro momento, o Reino Unido controlou o comércio externo chinês e apropriou-se de Hong Kong. Em 1858, a Rússia ocupou áreas ao norte do país. Em 1885, a China cedeu o território do atual Vietnã para a França. O Japão apropriou-se da Península da Coreia e de Taiwan e a Alemanha também comprou territórios dos chineses. Até a primeira metade do século XX, a China esteve desarticulada e controlada por potências imperialistas, principalmente pelos ingleses. Analise a charge.

Charge sobre atuação de potências imperialistas em relação à China.

Na charge "O bolo dos reis e dos imperadores", publicada em 1898, a China está representada pelo personagem em pé, ao centro. Da esquerda para a direita, estão representados Reino Unido, Alemanha, Rússia, França e Japão.

Converse com os colegas e o professor sobre as questões a seguir.

1 O que as personagens que representam as potências europeias e o Japão estão fazendo na situação representada na charge?

As personagens estão concentradas na divisão do território chinês, sentadas confortavelmente, de costas para o imperador.

2 Como reage a personagem que representa o imperador chinês perante a situação representada na charge?

Auxiliar os estudantes na observação da charge e elaboração das respostas. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.

áreas no norte do país. Em 1885, a China cedeu o território do atual Vietnã para a França. O Japão apropriou-se da Península da Coreia e de Taiwan, que, na época, eram territórios chineses. A Alemanha também comprou alguns territórios.

Em seguida, orientá-los a desenvolver as atividades 1 e 2, que auxiliam na sistematização dessa etapa do conteúdo.

Na atividade 2, o imperador chinês está em pé, observando a partilha da China pelas potências imperialistas e mostrando seu desespero, em vão.

Na página 235, é importante relacionar o contexto da Segunda Guerra Mundial ao fortalecimento do movimento liderado por Mao Tse-tung. Com a criação da República Popular da China, os adversários capitalistas derrotados e sob a liderança de Chiang Kai-shek refugiaram-se em Taiwan, onde fundaram a República da China ou China Nacionalista – até hoje considerada pelo governo chinês uma província rebelde, como visto no início da Unidade.

Destacar as principais características da Revolução

BNCC
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A situação da China começou a mudar em 1949, quando as potências imperialistas foram enfraquecidas pelos custos da Segunda Guerra Mundial, perdendo as condições de sustentar suas colônias na África e na Ásia. Foi quando um movimento liderado por Mao Tse-tung (1893-1976) desencadeou uma revolução e uma guerra civil que implantou o socialismo e criou a República Popular da China.

Com a implantação do socialismo, o governo começou a centralizar fortemente o comando da economia e a controlar a produção. A política passou a ser administrada por um partido único, o Partido Comunista, sem eleições livres. Mao Tse-tung ficou no comando do governo chinês de 1949 até 1976.

Por meio de cooperação técnica e financeira com a então União Soviética, a China investiu no desenvolvimento da indústria, especialmente mineradora, siderúrgica, metalúrgica e petroquímica. Também fez grandes investimentos na agricultura, com o objetivo de ampliar a produção de alimentos e eliminar a fome que atingia diversas regiões do país.

Em 1960, a China rompeu com a União Soviética, isolando-se ainda mais. Essa década foi marcada pela crise econômica que arrasou o país e pela Revolução Cultural, movimento liderado por Mao Tse-tung. Muitos dos que discordavam dos ideais da revolução ou dos rumos estabelecidos pelo governo foram perseguidos, presos ou mortos. Intelectuais, artistas e estudantes foram obrigados a realizar trabalhos forçados no campo.

A Revolução Cultural, que se estendeu até 1975, também foi marcada por destruição de muitas obras de arte, estátuas, livros e templos, que eram testemunhos da rica história da civilização chinesa, e pelo fechamento de muitas bibliotecas, escolas, igrejas e museus.

A ditadura de Mao Tse-tung criou as bases para o desenvolvimento econômico da China. Com sua morte, em 1976, Deng Xiaoping assumiu o poder e iniciou reformas políticas e econômicas.

O cartaz foi exibido em 1965, durante a Revolução Cultural, com os dizeres: “Unidos por maiores vitórias”. No centro, é retratado o líder Mao Tse-tung e, ao redor dele, alguns jovens seguram o Livro Vermelho, que continha as principais diretrizes da Revolução.

ral sobre os contornos da República Popular de orientação socialista fundada em 1949 por Mao [...].

Apesar de o Partido Comunista Chinês ter criticado parte do legado de Mao Tse-Tung, em particular sua visão da luta política de classes como o principal eixo da transição socialista, materializada na Revolução Cultural, vários aspectos desta herança foram absorvidos e são referência até hoje em dia para a ação do Estado chinês. De certa forma, a China atual lembra muito o que Mao formulara para o período chamado de Nova Democracia, no qual elementos de mercado e propriedade privada ainda eram mantidos e incentivados.

É necessário, por exemplo, entender como a visão anti-dogmática de Mao influenciou certas concepções experimentais da política estatal chinesa, como a prática de realizar testes em pequena escala antes de reproduzir modelos num nível maior. Os motes de “procurar a verdade nos fatos” e “emancipar as mentes”, utilizados pelo Deng Xiaoping, são criações maoístas. Uma das diferenças fundamentais da China após Mao em relação à URSS após Stalin está nesta maneira diferente com que as lideranças políticas destes Estados lidaram com o papel destas figuras historicamente imponentes e decisivas. Na China, muito habilmente houve uma absorção seletiva do Mao com o intuito de criticar aspectos tidos como desestabilizadores e “perigosos” para a autoridade do Estado e do Partido, mantendo as grandes coordenadas básicas de seu legado.

ARRUDA, Guilherme. A China hoje e o pensamento de Mao Tse-Tung. Blog da redação. São Paulo, 21 jun. 2022. Blogue. Disponível em: https://outraspalavras.net/ blog/o-pensamento-do-fundador-da-chinamoderna/. Acesso em: 12 ago. 2022.

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Cultural, apontando seus efeitos na economia, na sociedade e na cultura chinesa. Se houver disponibilidade, pedir aos estudantes uma pesquisa sobre o assunto e promover a discussão dos resultados em classe.

TEXTO COMPLEMENTAR

A China hoje e o pensamento de Mao Tse-Tung

Uma análise do cenário internacional contemporâneo que não dê a devida ênfase ao novo lugar

que a China ocupa no mundo não está completa. Feitos da República Popular da China como a erradicação da extrema-pobreza e o fortalecimento de laços de cooperação com países periféricos são marcos do lento declínio da hegemonia norte-americana e do florescimento de modelos alternativos de sociedade. Porém, não raro os analistas geopolíticos abordam o país sem minimamente apresentar as ideias e a própria figura de Mao Tse-Tung, líder que os governantes chineses creditam como unificador e modernizador da China. Essa lacuna fragiliza bastante o entendimento ge-

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AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor

• MORIN, Edgar. Diário da China Porto Alegre: Sulina, 2007.

Escrito entre 30 de agosto e 13 de setembro de 1992, o livro se configura em um diário sobre os eventos e as situações vividas pelo autor em uma China pós-revolucionária.

[...]
[...]
©
ROGER-VIOLLET/ROGER-VIOLLET/AFP
COLLECTION
235
Cartaz de exaltação à Revolução Cultural na China, 1965.
235

• A habilidade EF09GE05 é desenvolvida ao analisarem-se aspectos da integração econômica mundial no mundo global a partir do projeto das Novas Rotas da Seda.

• Contempla-se a habilidade EF09GE09 com foco em analisar características de países asiáticos em seus aspectos políticos e econômicos e discutir suas desigualdades econômicas.

• A habilidade EF09GE15 é atendida com ênfase em comparar diferentes regiões do mundo com base em informações populacionais e econômicas representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.

• Desenvolve-se a habilidade EF09GE17 ao explicarem-se as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Ásia.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Na página 236, apresentar as características econômicas e políticas assumidas pela China durante o governo de Deng Xiaoping, enfatizando a criação das Zonas Econômicas Especiais (ZEEs) e seus efeitos na economia e no espaço geográfico chinês.

Para responder à atividade 1, solicitar aos estudantes que façam uma análise do mapa “China: abertura econômica” e identifiquem as áreas com maior dinamismo econômico. Destacar que o crescimento econômico chinês não ocorreu de forma homogênea no território e que esse fato manteve, e até mesmo aumentou, os contrastes socioeconômicos já existentes no país. A região litorânea transformou-se em um espaço econômico moderno, rico, urbanizado e com a presença de importantes áreas industriais, algumas com polos de pesquisa científica e de tecnologia de ponta. A região central do país, apesar do desenvolvimento verificado nos últimos

Abertura econômica

A partir de 1979, a China reiniciou sua inserção no cenário político e comercial internacional com medidas que levaram à abertura econômica. O governo chinês autorizou o funcionamento de empresas privadas e concedeu grande autonomia às províncias litorâneas. Foram criadas as Zonas Econômicas Especiais (ZEEs), espaços onde os investimentos privados eram incentivados com a associação entre empresas estrangeiras e o Estado chinês, reduzindo impostos e facilitando a importação de máquinas e equipamentos, além da comercialização da produção no mercado externo.

Apesar de a região litorânea ter se transformado no centro dinâmico da economia chinesa, a abertura econômica também trouxe mudanças em outras porções do território. O governo chinês passou a incentivar a migração para o interior, com o objetivo de intensificar a ocupação de áreas menos povoadas.

Com essas mudanças, o sistema econômico da China passou a ser caracterizado como socialismo de mercado, ou seja, com abertura econômica e preservação da política do modelo de socialismo chinês, com forte centralização do Estado.

China: abertura econômica

Harbin

Changchun

Hoan gHo (Ama r e lo)

Hoan gHo (Ama r e lo)

Shenyang

Fushun

COREIA DO NORTE

Beijing

Dalian

Baotou

Baotou

Taiyuan

Taiyuan

Tianjin

Jinan

COREIA DO SUL

Qingdao do Japão

Lianyungang

Litoral: espaço de abertura econômica e modernização

Litoral: espaço de abertura econômica e modernização

Economia associada ao litoral; reserva de mão de obra

Economia associada ao litoral; reserva de mão de obra

Sian

Lanzhou Nanquim Wuhan

Sian

Xangai Pudong

Oeste: espaço pouco povoado; reserva de matéria-prima

Oeste: espaço pouco povoado; reserva de matéria-prima

Fushun Beijing YangTsé-Kiang (Azul)

YangTsé-Kiang (Azu )

Ningbo

Fuzhou Chongsha Chongqing Chengdu

Wenzhou

Cidade portuária aberta ao capital estrangeiro

Cidade portuária aberta ao capital estrangeiro

Zona Econômica Especial (ZEE)

Xiamen

Shantou

Xiamen Shantou Guangzou Kunming

Guangzou Kunming

Beihai

Beihai

Zona Econômica Especial (ZEE)

Zhuhai Haikou

Shenzhen HONG KONG

Zhuhai

Shenzhen HONG KONG

Haikou

I. Hainan

da ASEAN

da Europa e América do Norte

Europa e América do Norte

Fonte: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Moderno atlas geográfico. São Paulo: Moderna, 2016. p. 50.

Polo industrial-urbano; poder econômico e político

Polo industrial-urbano; poder econômico e político

Praça financeira (bolsa de valores)

Praça financeira (bolsa de valores)

Migração rural (população flutuante)

Migração rural (população flutuante)

Fluxo de investimentos estrangeiros

Fluxo de investimentos estrangeiros

1 Faça uma análise comparativa entre as três grandes regiões representadas no mapa: litoral, economia associada ao litoral (área central) e Oeste. Depois, escreva suas conclusões no caderno.

Orientar os estudantes na leitura do mapa. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.

anos, com o crescimento de algumas cidades, ainda é essencialmente agrícola e concentra a maior parte da população chinesa. Já o Oeste, onde se localizam o Himalaia e os desertos de Takla Makan e Gobi, é uma região pouco povoada, com menos infraestrutura e pequeno dinamismo econômico.

Na página 237, destacar que, apesar dos contrastes internos, a China é hoje a segunda maior economia do mundo e, de acordo com algumas previsões, deve tornar-se a maior economia do mundo até 2030.

Destacar também os interesses da China na América Latina e na África, ressaltando os aspectos geopolíticos e econômicos envolvidos. Se julgar adequado, ler para os estudantes o excerto da seção Texto complementar

Encaminhar as atividades de 2 a 4, que auxiliam na leitura do mapa “Novas Rotas da Seda” e na sistematização dessa etapa do conteúdo.

Na atividade 2, a resposta é África. Espera-se que os estudantes indiquem que a China investe em infraestruturas no continente visando

BNCC COREIA DO SUL COREIA DO NORTE I. Hainan NEPAL BUTÃO C H I N A FILIPINAS VIETNÃ LAOS MIANMAR TAILÂNDIA CAZAQUISTÃO RÚSSIA QUIRGUISTÃO ÍNDIA MONGÓLIA TAIWAN OCEANO ÍNDICO OCEANO PACÍFICO Trópico de Câncer 100° L Harbin Changchun Shenyang Dalian Jinan Tianjin Qingdao
Japão
da ASEAN Lianyungang Xangai Pudong Ningbo Wenzhou Fuzhou Chongsha Chongqing Chengdu Lhasa Lanzhou Nanquim Wuhan
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NEPAL BUTÃO C H I N A FILIPINAS VIETNÃ LAOS MIANMAR TAILÂNDIA CAZAQUISTÃO RÚSSIA QUIRGUISTÃO ÍNDIA MONGÓLIA TAIWAN OCEANO ÍNDICO OCEANO PACÍFICO Trópico de Câncer 100° L
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As medidas econômicas implementadas pelo governo chinês, a oferta de mão de obra abundante e barata e o amplo mercado consumidor estão entre os motivos que favoreceram a atração de grandes investimentos internacionais para a China.

Com a forte e dinâmica economia, os chineses passaram a investir em diversos países, principalmente na África e na América Latina, garantindo que essas regiões produzam e forneçam as matérias-primas necessárias à produção chinesa, contribuindo para manter o crescimento econômico do país e aumentando a influência geopolítica da China, o que fortaleceu a imagem do país regional e globalmente.

O projeto das Novas Rotas da Seda, lançado em 2013, pelo presidente Xi-Jinping (1953-), por exemplo, pretende modernizar e construir corredores terrestres e marítimos que integrem países de diferentes continentes. Analise o mapa.

Novas Rotas da Seda

Rotas da Seda: antiga rede de vias comerciais que ligava o Oriente ao Ocidente entre 130 a.C. e 1453 d.C. Foi bastante frequentada até o início das Grandes Navegações. As “Novas Rotas da Seda” fazem referência a essas rotas antigas.

TEXTO COMPLEMENTAR

O mundo visto pela China

[...] Depois da morte de Mao, a partir de 1978, sob Deng Xiaoping, a China se lança numa “economia socialista de mercado”, conjugando controle político do Partido Comunista, capitalismo selvagem e abertura econômica para o mundo. Hoje, depois de recuperar Hong Kong e Macau, o objetivo principal da China é reunificar-se com Taiwan, ou, pelo menos, impedir o reconhecimento de sua independência. As feridas do passado, notadamente os crimes cometidos pelos japoneses entre 1937 e 1945, não cicatrizaram, o que explica por que a relação entre Pequim e Tóquio se mantém muito difícil. A rivalidade com os Estados Unidos, de natureza econômica, pode se tornar estratégica.

[...]

Fonte:

Frank; MOUNIER, Pierre-Alexandre. Atlas de l’Europe: un continent dans

ses états. Paris: Autrement, 2021. p. 65.

Responda às questões em seu caderno.

Orientar os estudantes na leitura do mapa. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.

2 Em qual região representada no mapa há maior necessidade de infraestruturas? No seu entendimento, qual é o interesse da China em dotar essa região de ferrovias, portos, oleodutos e gasodutos?

3 Que região do planeta não aparece representada no mapa? No seu entendimento, por que isso acontece?

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garantir reservas de recursos naturais e matérias-primas, abundantes em muitos países africanos.

O continente americano é a resposta esperada para a atividade 3. Os estudantes poderão evocar aspectos relacionados à distância geográfica, mas também é esperado que apontem, de acordo com os conteúdos já estudados, que há tensões entre a China e os países da América do Norte – com destaque para os Estados Unidos – e que, em relação à América Latina, já há uma grande parceria estabelecida entre as par-

tes, permitindo afirmar que, de forma indireta, a América Latina já faz parte das Novas Rotas da Seda.

Alguns setores norte-americanos veem na China não um parceiro, mas um rival estratégico, talvez uma ameaça a Taiwan, ao Japão, às reservas energéticas e aos próprios Estados Unidos. Quanto a suas relações com a Rússia, a China aborda-as sem complexos, acreditando tê-la ultrapassado em todos os domínios. Interessa-se hoje pela África – onde não tem passado colonial, e, portanto, não tem passivo – e pela América Latina, para garantir energia e as matérias-primas que lhe faltam.

[...]

Colocam-se quatro questões principais sobre o futuro da China: ela manterá seu avanço, apesar do agravamento das questões sociais e ecológicas, e tornar-se-á um dia a primeira potência mundial? A modernização econômica gerará uma modificação na natureza do atual regime em direção a uma orientação democrática? Contentar-se-á com um lugar de primeiro plano ou buscará exercer uma influência política mundial? Por fim, qual será a reação dos vizinhos e das outras potências diante da emergência da China?

BONIFACE, Pascal; VÉDRINE, Hubert. Atlas do mundo global. São Paulo: Estação Liberdade, 2009. p. 97.
0 2 000 Equador Trópico de Capricórnio Trópico de Câncer Meridiano de Greenwich 0° 0° 90° L OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO OCEANO PACÍFICO Círculo Polar Ártico País-membro do Banco Asiático de Investimentos em Infraestrutura (BAII) Em construção Rota Econômica da Seda Corredor econômico Rota Marítima da Seda Ferrovia Oleoduto Gasoduto Porto Existente Em construção Existente Em construção Existente Em construção Existente Fronteira Londres Madri Bilbao Marselha Paris Berlim Veneza Moscou Minsk Varsóvia Budapeste Sofia Istambul Malta Teerã Bagdá Medina Suez Riad Abu Dhabi Dacar Abidjan Lomé São Tomé Abuja Maputo Adis Abeba Meca Colombo Jacarta Cingapura Guangzhou Shangai Chongqin Vladisvostok Beijing Ulan Bator Tashkent Astana Dacca Calcutá Karachi Darwin Melbourne
TÉTART,
237
tous
DACOSTA MAPS
237 30/08/2022 19:28 237

• Contempla-se a habilidade EF09GE09 ao analisarem-se características de países asiáticos em seus aspectos populacionais, urbanos e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas e pressões sobre seus ambientes físico-naturais.

• A habilidade EF09GE14 é trabalhada com foco em elaborar gráficos de barras para sintetizar e apresentar dados e informações.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Na página 238, promover a leitura do texto e auxiliar os estudantes na análise da tabela “Os três países com maiores PIBs: indicadores econômicos e sociais –2021”. A seguir, encaminhar as atividades 1 e 2 que auxiliam na interpretação e análise dos indicadores socioeconômicos da China.

Na atividade 1, espera-se que os estudantes reconheçam que a China apresenta piores indicadores sociais quando comparada ao Japão e aos Estados Unidos. Ressaltar, contudo, que economicamente a China apresenta o segundo maior PIB entre os três, superando o Japão e se configurando como a segunda maior economia do mundo.

Na atividade 2, espera-se que os estudantes reconheçam que, embora a China seja a segunda maior economia do mundo, ela apresenta indicadores sociais bastante baixos em relação aos países representados na tabela, revelando uma contradição entre desenvolvimento econômico e social no país. Nesse sentido, ajudar os estudantes a reconhecer o desafio do governo chinês em manter o crescimento econômico e promover o desenvolvimento social da maior população do planeta.

O conteúdo da página 239 se relaciona com o tema contemporâneo transversal Meio Ambiente, com destaque para a Educa-

Problemas socioambientais

Em 2021, a China era a segunda maior economia do mundo, porém não apresentava bons indicadores sociais, se comparada a Estados Unidos e Japão. Apesar das melhorias socioeconômicas verificadas no país, ainda estão presentes problemas como a fome e a pobreza, especialmente nas porções central e oeste. Nessas regiões, predominam as atividades agrárias, e o crescimento econômico teve menor impacto no desenvolvimento social.

O governo chinês tem o desafio de expandir o desenvolvimento econômico para o seu imenso território e garantir que a população obtenha os benefícios sociais desse crescimento. Analise a tabela.

Os três países com maiores PIBs: indicadores econômicos e sociais

País PIB (em trilhões de dólares) IDH* Expectativa de vida* (em anos)

Média de escolaridade* (em anos)

Taxa de mortalidade infantil (em ‰)

– 2021

Renda per capita anual (em mil dólares)

* Dados de 2019.

INTERNATIONAL MONETARY FUND. GDP, current prices. International Monetary Fund. c2021. Disponível em: https://www.imf. org/external/datamapper/NGDPD@WEO/OEMDC/ADVEC/WEOWORLD. UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME. The 2020 Human Development Report. New York: UNDP, 2020. Disponível em: https://hdr.undp.org/system/files/documents//hdr2020pdf.pdf. UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME. Population Division. Infant mortality rate (IMR). Data Portal. New York, 2022. Disponível em: https://population.un.org/dataportal/data/indicators/22/locations/156,392,840/start/2021/end/2021/table/ pivotbylocation. Acessos em: 23 jul. 2022.

Faça as atividades em seu caderno.

1 Escreva um pequeno texto comparativo considerando os indicadores socioeconômicos da China.

Orientar os estudantes na análise da tabela e na produção do texto. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.

2 No seu entendimento, é possível afirmar que os indicadores socioeconômicos chineses são contraditórios? Explique sua resposta.

Auxiliar os estudantes nesta atividade. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.

ção Ambiental Para isso, ao abordar os problemas ambientais, ressaltar que atualmente a China é o país que mais emite gases de efeito estufa na atmosfera, posição ocupada há até poucos anos pelos Estados Unidos. Além da poluição do ar, comentar que o despejo de efluentes domésticos e industriais sem tratamento adequado em rios também é um grave problema enfrentado pelo país. Ressaltar que desde 2014 o governo chinês tem adotado uma postura mais rígida em

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relação às questões ambientais e tem conquistado avanços importantes, embora ainda haja um longo caminho até que o crescimento econômico seja conciliado à conservação ambiental. Encaminhar as atividades de 3 a 5 para sistematizar essa etapa do conteúdo.

Na atividade 4, os estudantes deverão comentar que as emissões de gases de efeito estufa na China foram aumentando gradativamente ao longo das décadas, com crescimento significativo

BNCC
Estados Unidos 23 0,926 78,9 13,4 5,4 69,2 China 17,4 0,761 76,9 14 5,7 19,2 Japão 4,9 0,919 84,6 15,2 1,8 44,7
Área de habitações populares na cidade de Jiangwanzhen, China, 2020.
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NG-SPACETIME/SHUTTERSTOCK.COM
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Os problemas ambientais também representam um grande desafio para a China. O crescimento econômico não foi acompanhado de políticas efetivas para minimizar os impactos ambientais.

Um dos mais graves problemas enfrentados pelo país é a poluição do ar. As principais fontes de emissão de poluentes são os veículos e as termelétricas – aproximadamente 70% da eletricidade produzida no país é gerada a partir da queima de carvão mineral. Como consequência, a população sofre de problemas de saúde decorrentes da poluição e um terço do território chinês é atingido por chuvas ácidas. Desde 2005, o país é o maior emissor de gases do efeito estufa, os quais contribuem para as mudanças climáticas globais.

Além da poluição do ar, a contaminação do solo e das águas por lançamento de efluentes domésticos e industriais sem tratamento e o destino inadequado do lixo são outros problemas enfrentados pelo país.

Para começar a reduzir os problemas ambientais, a China tornou as normas ambientais mais rígidas nos últimos anos. Analise os dados.

China Estados Unidos Índia Rússia Japão Irã Alemanha Coreia do Sul Arábia Saudita Indonésia

Fontes dos gráficos: LE MONDE. 40 cartes pour comprendre la Chine. Paris: Malesherbes, 2020. p. 98. (Hors-Série, n. 75). BP. BP Statistical Review of World Energy 2022. Londres: Whitehouse Associates, 2022. p. 12. Disponível em: https://www. bp.com/content/dam/bp/business-sites/en/global/corporate/pdfs/energy-economics/statistical-review/bp-stats-review-2022-fullreport.pdf. Acessos em: 13 jul. 2022.

3 Quais foram os países responsáveis pelas maiores emissões de CO2 em 2021?

China, Estados Unidos, Índia, Rússia, Japão, Irã, Alemanha, Coreia do Sul, Arábia Saudita, Indonésia.

4 Analise a evolução da emissão de CO2 na China no gráfico 1 e liste os problemas decorrentes da poluição do ar.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

5 Elabore um gráfico de barras, com base nos dados do gráfico 2. Siga as etapas propostas.

• Use como suporte uma folha quadriculada ou um arquivo digital.

Orientar os estudantes na elaboração do gráfico.

• No eixo horizontal, insira os nomes dos países em ordem decrescente (começando pelo país que mais emitiu CO2 até indicar aquele que menos emitiu CO2).

• No eixo vertical, insira os números que correspondem às emissões de CO2, em ordem crescente. Analise os dados para definir os intervalos que você vai usar (de 1 000 em 1 000, 2 000 em 2 000 etc.).

• Dê um título ao gráfico e compare o seu trabalho com o dos colegas.

entre meados dos anos 2000 e 2010, em função da abertura da economia chinesa para o mercado mundial. Consequências: a população sofre problemas de saúde; um terço do território chinês é atingido por chuvas ácidas; o país é o maior emissor de gases do efeito estufa, os quais contribuem para as mudanças climáticas globais.

A proposta da atividade 5 é elaborar um gráfico de barras, com base nos dados do esquema

1. Siga as etapas indicadas.

ATIVIDADES COMPLEMENTARES

A indústria e o ambiente na Ásia

As atividades propostas possibilitam desenvolver práticas de pesquisa como análise documental, tomada de notas e construção de relatórios (ver tópico Práticas de pesquisa nas Orientações Gerais deste Manual).

1. Pedir aos estudantes que busquem notícias recentes sobre o posicionamento da China em

relação ao meio ambiente. Solicitar que pesquisem as medidas que vêm sendo implementadas no país e os avanços que foram obtidos a partir delas.

2. Para finalizar o estudo a respeito do Extremo Oriente, pedir aos estudantes que elaborem uma lista de produtos industrializados consumidos por eles, indicando o país onde foram produzidos. Depois, coletivamente, analisem as informações, verificando os produtos de origem asiática. Solicitar que investiguem se o Brasil fabrica esses produtos e as diferenças quanto ao preço, à qualidade etc. Por fim, conversar sobre a importância de o governo brasileiro taxar produtos importados para incentivar a produção interna.

AMPLIANDO HORIZONTES

• AMORIM, Lucas. Quem diria: a China virou a maior defensora do ambiente. Exame, São Paulo, 27 jul. 2017. Disponível em: https:// exame.com/revista-exame/quemdiria-a-china-virou-a-maiordefensora-do-ambiente/. Acesso em: 12 ago. 2022.

A reportagem destaca o problema da poluição do ar na China e apresenta algumas medidas que vêm sendo tomadas pelo governo chinês para conter o problema.

10 523 4 701 2 552 1 581 1 053 660 628 603 575 572 Maiores emissores de CO2 (milhões de toneladas) – 2021 Mundo: maiores emissores de CO2 (milhões de toneladas) – 2021 2 8 000 9 000 10 500 11 000 8 500 9 500 10 000 (milhões de toneladas) 20172018 201920202021 201120122013 201420152016 Ano
evolução das emissões de CO2 (milhões de toneladas) – 1990-2021 1 SONIA VAZ BENTINHO 239
239 01/09/2022 13:36 239
China:
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• O enfoque do trabalho com a habilidade EF09GE01 está em analisar de que forma a hegemonia europeia foi exercida em várias regiões do planeta.

• Desenvolve-se a habilidade EF09GE08 ao analisarem-se transformações territoriais, considerando o movimento de fronteiras, tensões, conflitos e múltiplas regionalidades na Ásia.

• A habilidade EF09GE09 é contemplada com foco em analisar características de países e grupos de países asiáticos em seus aspectos populacionais e políticos.

• Atende-se à habilidade EF09GE14 com ênfase em interpretar mapas temáticos para analisar e sintetizar informações geopolíticas mundiais.

• Trabalha-se a habilidade EF09GE15 com foco em classificar diferentes regiões do mundo com base em informações representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Na página 240, promover a leitura coletiva do texto para apresentar características da Ásia Meridional (área territorial, número de países, população, aspectos históricos e conflitos). Se necessário, apresentar a região também em um planisfério de parede para que os estudantes possam observar sua localização na Ásia e no mundo.

Chamar a atenção dos estudantes para a população da Índia, destacando a diferença entre ela e a dos demais países da região. Comparar a população indiana à chinesa, ressaltando que, em 2022, China e Índia eram os países mais populosos do mundo.

Utilizar o mapa “Ásia Meridional: divisão política”, para identificar os países que constituem a região. Encaminhar as atividades 1 a 3, que auxiliam nesse processo.

2 ÁSIA MERIDIONAL

A Ásia Meridional, ou Subcontinente Indiano, está localizada na porção centro-sul do continente asiático, entre o Oriente Médio e o Sudeste Asiático. A região é composta de sete países, que ocupam uma área territorial de 4,4 milhões de km² e abrigavam, em 2021, cerca de 1,8 bilhão de habitantes. A Índia é o país mais populoso da região, com mais de 1,4 bilhão de habitantes.

Analise o mapa e faça as atividades no caderno.

1 Que países da Ásia Meridional não são banhados por oceano ou mar?

Ásia Meridional: divisão política

2 Que país faz fronteira com todos os países da região?

Butão e Nepal. Índia.

3 Indique os países cujas capitais são Islamabad e Dacca.

Paquistão e Bangladesh.

No século XIX, o Imperialismo europeu atingiu a Ásia Meridional e, até o final da Segunda Guerra Mundial, toda a região integrava o Império Colonial Britânico das Índias.

Elaborado com base em: IBGE. Atlas geográfico escolar 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 47.

Na década de 1940, inicia-se a descolonização e o processo de partilha e fragmentação política da Ásia Meridional. Em 1947, Índia e Paquistão se tornaram independentes e, em 1948, o Sri Lanka.

Desde a independência, Índia, de maioria hindu, e Paquistão, de maioria muçulmana, estão em estado de guerra. Além de contestações territoriais por parte desses dois países, há contestações da China.

Uma das principais áreas de disputa é a região da Caxemira. Localizada próximo à fronteira da Índia com o Paquistão, a região é reivindicada pelos dois países, além de ter uma área de ocupação chinesa. Na partilha, parte da Caxemira, de população majoritariamente muçulmana, ficou sob domínio indiano (de maioria hindu), o que até hoje não é aceito pelo Paquistão. Os dois países já se enfrentaram militarmente e a ameaça de confronto é constante.

Ao abordar as consequências do imperialismo europeu na região, cabe destacar o papel assumido por Mohandas Gandhi no processo de independência da Índia. Gandhi liderou um movimento de desobediência civil não violenta, que incluía o boicote aos produtos ingleses e o não pagamento de impostos. O movimento, somado aos efeitos da Segunda Guerra Mundial sobre os países europeus, resultou na independência da Índia, em 1947. Esclarecer que, no processo de independência, o Reino Unido promoveu a partilha do território

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entre as elites regionais, dando origem ao Paquistão, inicialmente dividido em dois – Paquistão Ocidental e Paquistão Oriental. O Paquistão Oriental declarou-se independente, em 1971, dando origem a Bangladesh.

Destacar que a partilha do território indiano provocou um grande deslocamento dos grupos étnico-religiosos presentes na região. Muitos muçulmanos deixaram a Índia para viver no Paquistão, enquanto hindus que residiam na região do Paquistão se deslocaram em direção à Índia.

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QUIRGUISTÃO ÍNDIA PAQUISTÃO MALDIVAS SRI LANKA AFEGANISTÃO CHINA MIANMAR Male Colombo Nova Délhi Islamabad BUTÃO BANGLADESH NEPAL Thimphu Katmandu Dacca Abu Dhabi Equador OCEANO ÍNDICO Mar da Arábia Baía de Bengala Trópico de Câncer 80º L 0º 0 458 Capital ALLMAPS 240
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Em 2019, o primeiro-ministro hindu Narendra Modi (1950-) revogou a autonomia parcial da Caxemira, prevista na Constituição. O governo do território de Jammu e Caxemira foi dissolvido e passou a ser administrado pelo governo da Índia. Houve reação por parte da população muçulmana e grupos separatistas voltaram a atacar, fazendo mais vítimas na região.

A fronteira entre Índia e Paquistão é uma das mais tensas do mundo. A rivalidade entre os dois países preocupa a comunidade internacional, pois ambos possuem armas nucleares e grande poder militar.

Analise o mapa.

Índia: territórios contestados

Paquistão

Criado em 1947, o Estado do Paquistão possuía dois territórios. Um deles correspondia ao atual Paquistão, o outro era o Paquistão Oriental, que declarou sua independência em 1971 e mudou o nome para Bangladesh.

Em 2021, o Paquistão tinha a quinta maior população mundial e cerca de 97% de seus habitantes seguiam o islamismo, religião oficial do país.

Nos últimos anos, apresentou elevado crescimento econômico, sendo considerado um país em desenvolvimento. No entanto, ainda apresenta baixos indicadores sociais, com IDH classificado, também em 2019, como médio (0,557).

Além do enfrentamento dos problemas sociais, há, no país, constantes ataques do Tehreek-i-Taliban Pakistan (TTP), grupo político-militar inspirado no Talibã que defende a implantação da sharia (lei islâmica) em todos os aspectos da sociedade.

ATIVIDADES COMPLEMENTARES

Índia: independência e conflitos atuais

As atividades propostas possibilitam desenvolver práticas de pesquisa como levantamento bibliográfico, análise documental, tomada de notas e construção de relatórios (ver tópico Práticas de pesquisa nas Orientações Gerais deste Manual).

1. Orientar os estudantes a fazer uma pesquisa sobre a vida e o papel de Gandhi no processo de independência da Índia. O resultado da pesquisa pode ser apresentado em cartazes ilustrados com imagens ou em um arquivo digital.

2. Pedir aos estudantes que façam uma pesquisa por notícias recentes relacionadas ao conflito na Caxemira. Em sala, solicitar que apresentem as notícias, aproveitando para complementar o conteúdo estudado em aula.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor

• PARREY, Arif Ayaz. Caxemira: o conflito nuclear mais perigoso do mundo. Brasil de fato, [s. l.], 23 maio 2021. Disponível em: https:// www.brasildefato.com.br/2021/ 05/23/caxemira-o-conflito-nuclearmais-perigoso-do-mundo. Acesso em: 13 ago. 2022.

Artigo que relata a história de ocupação e os conflitos na Caxemira.

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Ressaltar que essa partilha gerou disputas territoriais entre os dois países, entre elas, a da região da Caxemira.

Na página 241, destacar a situação da Caxemira. Comentar que, além de questões étnico-religiosas, a disputa pela região envolve a soberania em relação aos recursos hídricos, já que as nascentes dos rios Ganges e Indo, principais rios da Índia e do Paquistão, encontram-se nessa região.

Sobre o Paquistão, destacar os frequentes ataques terroristas no país reivindicados por

Tehreek-i-Taliban Pakistan (TTP), grupo islâmico radical que deseja impor a sharia à população, formada por 97% de muçulmanos. Comentar também que o país faz parte do “Clube Atômico”, assim como a Índia. Isso faz do conflito pela Caxemira um dos mais perigosos do mundo.

OCEANO ÍNDICO 75° L 30° N CHINA ÍNDIA PAQUISTÃO AFEGANISTÃO NEPAL BUTÃO MIANMAR Arunachal
Fonte: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna, 2019. p. 101. Pradesh Aksai Chin Territórios do Norte Azad Caxemira Jammu e Caxemira CAXEMIRA Território sob controle do Paquistão e reivindicado pela Índia Território sob controle da Índia e reivindicado pelo Paquistão Território sob controle da China e reivindicado pela Índia Território da Índia e reivindicado pela China
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Mísseis balísticos Conflitos étnicos ou religiosos
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Competências

• Gerais: 1, 2, 7, 9 e 10

• Ciências Humanas: 1, 4, 5, 6 e 7

• Geografia: 1, 5, 6 e 7

• O trabalho com a habilidade EF09GE09 tem foco em analisar características de países europeus e asiáticos em seus aspectos populacionais, discutindo as desigualdades de gênero no acesso à escolaridade.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

O conteúdo desta seção se relaciona com o tema contemporâneo transversal Cidadania e Civismo, com destaque para a Educação em Direitos Humanos e Direitos da Criança e do Adolescente Para isso, promover a leitura compartilhada do texto que apresenta passagens da vida de Malala Yousafzai e também do texto que desenvolve a temática proposta da dupla de páginas. Se julgar oportuno, comentar brevemente aspectos sobre a religião e a cultura islâmica já estudados na Unidade 5 deste volume. Comentar também a presença dos grupos fundamentalistas islâmicos na Ásia Meridional, com destaque para o Talibã.

Em uma roda de conversa com toda a turma, encaminhar as atividades 1 a 3, que auxiliam na sistematização do conteúdo e no trabalho com o tema contemporâneo transversal.

Na atividade 1, item a, espera-se que os estudantes relacionem a menor presença de meninas na escola em diversos países a questões culturais e religiosas. Comentar que, historicamente, as mulheres tiveram um tratamento desigual em relação aos homens. Com papéis muitas vezes restritos aos cuidados da casa e da família, elas não usufruíam dos mesmos direitos nem tinham as mesmas oportunidades dadas aos homens. Esclarecer que, atualmente, em alguns lugares do

As meninas e o direito à educação

Leia o texto sobre a escritora e ativista Malala Yousafzai (1997-), que nasceu no norte do Paquistão e que atualmente mora no Reino Unido.

“[...] Eu não sou uma voz solitária, eu sou muitas. [...] Eu sou aquelas 66 milhões de meninas que estão fora da escola”, disse Malala Yousafzai, ao receber o Prêmio Nobel da Paz, em 2014.

[...] A luta da paquistanesa pelo direito à educação de meninas e adolescentes de seu país começou cedo, quando o grupo fundamentalista Talibã [...] exigiu a suspensão das aulas dadas às garotas.

O pai de Malala, dono da escola em que ela estudava, não cumpriu a exigência. A menina continuou estudando e passou a escrever um blog em que contava as dificuldades das alunas de seu país. Ao lado do pai em palestras e comícios que defendiam o direito das meninas à escola, começou a ganhar mais destaque, o que incitou o ódio de radicais. Aos 15 anos, Malala foi baleada por militantes do Talibã dentro do ônibus escolar. [...]

Hoje, [...] segue inspirando pessoas de toda parte com a bandeira de que “uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem mudar o mundo”.

POR QUE Malala Yousafzai é tão importante? Plan Internacional, [São Paulo], [20--]. Disponível em: https://plan.org.br/blog/2016/10/por-que-malalayousafzai-e-tao-importante. Acesso em: 23 jul. 2022.

Malala Yousafzai, a mais jovem ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, em encontro do G7, Paris, França, 2019.

Em 2015, os Estados-membros da ONU se comprometeram a tomar medidas que promovessem o desenvolvimento sustentável nos 15 anos seguintes, garantindo que homens e mulheres, meninos e meninas tenham as mesmas oportunidades, vidas mais dignas e com maior equidade

Equidade: respeito à igualdade de direitos de cada um.

mundo, como na França, os direitos das mulheres são institucionalizados e garantidos por lei; já em outros lugares, esses direitos ainda não são reconhecidos e, muitas vezes, são desrespeitados. Destacar que, mesmo nos países onde há institucionalização dos direitos das mulheres, ainda são comuns costumes e comportamentos relacionados a um passado (não muito distante) onde esses direitos não existiam. Esse é o caso, por exemplo, do Brasil. No item b, ponderar que, apesar da maior presença de meninas na

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escola, no Brasil as mulheres ainda enfrentam problemas como desigualdades salariais, dificuldade em ocupar cargos de chefia e pouca representatividade na política.

Orientar os estudantes na atividade 2 para o desenvolvimento da entrevista e a forma de apresentação dos resultados, conforme a disponibilidade de tempo e recursos. Explicar aos estudantes a ideia de desigualdade de gênero, explicando que ela se refere às diferenças existentes em vários planos (familiar, social, trabalhista) em

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E AGIR PENSAR NÃO ESCREVA NO LIVRO.
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A educação é central para atingir esses objetivos e promover um mundo mais justo e inclusivo. Apesar dos avanços, a frequência escolar e os anos de estudo ainda são maiores para os meninos em boa parte dos países. Ou seja, há um longo caminho para garantir que todas as crianças e jovens tenham acesso à educação. Mudar esse quadro é um desafio que deve envolver os governos e a sociedade em geral. Você está preparado para contribuir para um mundo com equidade de gênero?

Auxiliar os estudantes nas atividades a seguir. Consultar comentários em Orientações didáticas.

1 Analise os dados a seguir e converse com os colegas e o professor.

Média de anos de escolaridade (países selecionados) – 2019

ATIVIDADE COMPLEMENTAR Igualdade de gênero

Propor a elaboração de cartazes voltados para a conscientização da igualdade de gênero. Orientar os estudantes a criar frases curtas e de efeito e ilustrar os cartazes com desenhos ou imagens. Os cartazes podem ser expostos na sala de aula ou em outro ambiente da escola.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor e o estudante

Fonte: PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO. A próxima fronteira: desenvolvimento humano e o antropoceno. In: PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO. Relatório do desenvolvimento humano 2020. New York: UNDP, 2020. p. 356-359. Disponível em: https://hdr.undp.org/system/files/documents/global-report-document/ hdr2020ptpdf.pdf. Acesso em: 22 ago. 2022.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

a) No seu entendimento, por que a frequência escolar e os anos de estudo são maiores para os meninos em boa parte dos países? Converse com os colegas e o professor.

b) Considerando seus conhecimentos sobre a realidade brasileira, é possível afirmar que a situação do Brasil indica a ausência de desigualdade de gênero no país?

Consultar comentários em Orientações didáticas.

2 Escolha uma pessoa adulta de seu convívio e realize uma entrevista com ela sobre desigualdade de gênero. Para isso, elabore questões cujas respostas tragam informações sobre as experiências e as impressões da pessoa entrevistada. A entrevista pode começar seguindo o roteiro a seguir. Anote as principais informações no caderno.

• Nome e idade.

• Que atividades costuma realizar.

• Se já viu ou viveu uma situação que evidencia a desigualdade de gênero

Consultar comentários em Orientações didáticas.

Em sala, discuta com os colegas os pontos apresentados pelas pessoas entrevistadas. Por fim, proponham ações que poderiam reduzir a desigualdade de gênero no lugar onde vivem e em nosso país.

3 Escreva em seu caderno um texto sobre a bandeira defendida por Malala: “Uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem mudar o mundo”. Lembre-se de incluir o Brasil em seu texto.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

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função das diferenças que existem entre homens e mulheres. Caso queira, propor aos estudantes uma exposição com as fotografias das pessoas entrevistadas e seus relatos. Os relatos trazidos devem servir também como ponto de partida para trabalhar as diferentes formas de manifestação da desigualdade de gênero no Brasil. Com base nelas, os estudantes podem apontar alternativas que contribuam para a equidade de gênero, entre elas, o maior acesso à educação – tanto às meninas, para que possam vencer as

FICA A DICA

Eu sou Malala. Malala Yousafzai e Christina Lamb. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.

O livro conta a história de Malala e da sua luta pelo direito à educação feminina e pela valorização da mulher.

• SZKLARZ, Eduardo. Entenda como mudou, ao longo da história, a condição da mulher no Islã. Aventuras na História, São Paulo, 3 jan. 2020. Disponível em: https:/ /aventurasnahistoria.uol.com.br/ noticias/civilizacoes/como-historiamulheres-mudou-regime-islamico678914.phtml. Acesso em: 13 ago. 2022.

O texto faz uma análise da evolução do papel da mulher muçulmana, apresentando as mudanças que ocorreram ao longo da história.

• ONU MULHERES BRASIL. Brasília, DF, [2022]. Site. Disponível em: http://www.onumulheres.org.br/. Acesso em: 13 ago. 2022.

Site da ONU que reúne artigos, notícias e projetos relacionados aos direitos das mulheres.

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desigualdades, quanto aos meninos, para que possam reconhecer o direito à igualdade.

Na atividade 3, a produção do texto é livre e deve refletir as opiniões dos estudantes acerca dos temas relacionados à educação como possibilidade para um mundo mais justo. É possível contar com o auxílio do professor de Língua Portuguesa para que os estudantes, caso desejem, possam realizar essa produção textual utilizando gêneros variados.

2o Suíça 12,7 13,6 154o Paquistão 3,8 6,3 84o Brasil 8,2 7,7 169o Afeganistão 1,9 6
Posição IDH País Meninas Meninos Posição IDH País Meninas Meninos
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• Trabalha-se a habilidade EF09GE03 com foco em identificar diferentes manifestações culturais como forma de compreender a multiplicidade cultural na escala mundial, defendendo o princípio do respeito às diferenças.

• A habilidade EF09GE09 é atendida ao analisarem-se características de países asiáticos em seus aspectos populacionais e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas.

• Contempla-se a habilidade EF09GE17 com ênfase em explicar as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Ásia.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Na página 244, ao apresentar as características culturais da Índia pode-se desenvolver o tema contemporâneo transversal Multiculturalismo, com destaque para a Diversidade Cultural Para isso, destacar a diversidade de religiões presentes no país, os principais aspectos do hinduísmo e do sistema de castas. Comentar que, embora o sistema de castas tenha sido oficialmente extinto, ele ainda regula as relações sociais entre as pessoas. A presença desse sistema, ainda que não mais constitucionalizado, também se relaciona à manutenção das desigualdades sociais presentes no país. Assim, além de questões históricas, políticas e econômicas, a desigualdade social também está associada a questões culturais. Sugerir aos estudantes a leitura do livro indicado na seção #Fica a dica, que relata aspectos da vida cotidiana na Índia.

Na página 245, ao iniciar a abordagem sobre os aspectos econômicos da Índia, destacar a importância da agricultura, esclarecendo que a atividade absorve cerca de 40% da mão de obra do país.

Índia

Segundo o Banco Mundial, a Índia era a 6a maior economia do mundo em 2021.

A população indiana é caracterizada por grande diversidade étnica, religiosa e cultural. No país, existem cerca de 1 600 línguas e dialetos. O híndi é o idioma falado por cerca de 40% da população. O inglês, introduzido pelo colonizador europeu, é o mais usado pelas camadas mais escolarizadas e abastadas. Cerca de 74% dos indianos são seguidores do hinduísmo, 12% são muçulmanos e o restante da população pratica outras religiões.

O hinduísmo não é somente uma religião. É também um sistema social cujos princípios determinaram uma sociedade dividida em castas, ou seja, em grupos que se diferenciam uns dos outros pela posição social. Oficialmente, o governo indiano não reconhece o sistema de castas, proibido na Constituição de 1950. Entretanto, ainda hoje faz parte do cotidiano de muitos indianos.

Nesse sistema, a posição dos indivíduos é determinada pelo seu carma. No topo da hierarquia figuram os sacerdotes, conhecidos como brâmanes; a seguir há a casta dos xátrias, que são os militares; a dos vaixias, constituída de camponeses, artesãos e comerciantes; e a dos sudras, formada por empregados que trabalham para outras castas. Aqueles que não pertencem a nenhuma das castas são os dálites (párias ou intocáveis), constituindo um grupo desprovido de direitos e menosprezado pelos indivíduos de outras castas.

O sistema de castas é um dos principais responsáveis pelas grandes desigualdades sociais existentes na Índia, já que não permite a mobilidade social.

Carma: princípio de algumas religiões segundo o qual o destino é determinado pelo conjunto de suas ações em vidas anteriores.

Apesar da proibição do sistema de castas, os párias, ou intocáveis, são discriminados e vivem em condições precárias.

FICA A DICA

O hambúrguer era de carneiro: diário de uma viagem à Índia. Daniela Chindler. Rio de Janeiro: Rocco, 2003. O livro é um diário da viagem feita pelas primas Júlia e Luísa à Índia. Com a avó, elas aprendem sobre aspectos da cultura e da religião indiana.

Encaminhar as atividades 1 a 3, que auxiliam na sistematização dessa etapa do conteúdo sobre a Índia. Na atividade 1, espera-se que os estudantes indiquem que parte da atividade agrária se desenvolve em pequenas propriedades, com o uso de técnicas tradicionais e com produção voltada para o sustento da família. A outra parcela se desenvolve principalmente em grandes propriedades monocultoras com cultivos voltados, sobretudo, para a exportação. Nes-

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se modelo, o cultivo de alimentos para a população não é privilegiado. Assim, embora a fome no país envolva questões econômicas, políticas e até culturais, esse modelo de produção é apontado como um dos motivos para a existência de fome e subnutrição no país. Se julgar adequado, estabelecer paralelos com as características do espaço agrário brasileiro.

Na atividade 2, explicar aos estudantes que a vaca é considerada um animal sagrado para o

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BALAJISRINIVASAN/SHUTTERSTOCK.COM
Pária em Sirkali, Índia, 2020.
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Agricultura e pecuária

A agricultura é uma atividade de destaque na Índia, empregando mais de 40% da população economicamente ativa. Cerca de 60% da superfície total do país é ocupada por áreas de cultivo e pastagens. Parte da atividade ocorre em sistema de agricultura familiar, em pequenas propriedades, com o uso de técnicas tradicionais e produção voltada para o sustento da família e para o comércio local. Outra parte se desenvolve em grandes propriedades monocultoras, destinadas principalmente à exportação. Entre os principais produtos agrícolas cultivados estão o arroz, o trigo, a cana-de-açúcar, o algodão, a juta e o chá.

A produção voltada ao mercado externo ocorre em detrimento do cultivo de alimentos para a população local – situação herdada do modelo colonizador, sendo uma das causas do elevado número de pessoas subnutridas no país.

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), em 2020, a Índia detinha o segundo maior rebanho bovino do mundo, atrás apenas do Brasil. A vaca é considerada um animal sagrado para os hindus e, por isso, a maior parte do rebanho não é voltada para o abate. Ainda assim, nos últimos anos, a produção e a exportação de carne bovina têm crescido no país. Outro destaque é a produção de carne de búfalo, cujo principal destino têm sido os países da Ásia. O leite de búfala também é um importante alimento para a população.

Família indiana alimenta búfalos em comunidade que vive da pecuária bubalina.

Mulheres trabalham na colheita de chá em Darjeeling, Índia, 2022. O país é um dos principais produtores de chá no mundo, junto à China, ao Sri Lanka e ao Quênia.

Faça as atividades no caderno.

1 Segundo a ONU, cerca de 60% do território indiano é usado para a agricultura, porém aproximadamente 17% da população do país é subnutrida. Escreva um texto em seu caderno explicando essa contradição.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

2 Relacione a pecuária indiana a aspectos religiosos do país.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

3 Você conhece alguém que segue um regime alimentar diferenciado por motivos religiosos ou culturais? No seu entendimento, por que é importante respeitar essas práticas? Converse com os colegas e o professor sobre o assunto.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

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hinduísmo e que, portanto, não pode ser abatida para consumo pelos praticantes desta religião. Por outro lado, nos últimos anos, a produção e a exportação de carne bovina têm crescido. Ressaltar que o país se destaca na produção de carne de búfalo, cujo principal destino têm sido os países da Ásia.

A resposta à atividade 3 é pessoal. O objetivo é levantar uma reflexão acerca dos hábitos alimentares das pessoas, relacionados à cultura

e à religião, destacando a importância de se respeitar as escolhas individuais, sem discriminação. Verificar se entre os estudantes ou conhecidos deles há casos nesse sentido e incentivá-los a narrar suas experiências.

AMPLIANDO HORIZONTES Para o professor

• GANGULY, Sumit; MUKHERJI, Rahul. A Índia desde 1980. Rio de Janeiro: Apicuri, 2014.

Os autores apresentam a história indiana de 1980 a 2010, mencionando as mudanças na política externa e o desenvolvimento econômico vivenciado pelo país, que lhe garantiram um lugar importante no cenário internacional. Para o professor e o estudante • DRIBLANDO o destino. Direção: Gurinder Chadha. Estados Unidos/Reino Unido/Alemanha: 20th Century Studios, 2002. Blu-ray (112 min).

Uma jovem indiana, apaixonada por futebol, extremamente habilidosa e fã incondicional do jogador inglês David Beckham, vê no esporte a possibilidade de um futuro feliz, o que contraria todos os desejos de sua família. Tradicionais, tudo que seus pais esperam é que ela siga as regras sociais indianas, assim como sua irmã mais velha. Uma hora, ela terá de decidir qual dos dois caminhos irá tomar.

VINAYAK JAGTAP/SHUTTERSTOCK.COM Bunbuni, Índia, 2019.
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• Atende-se à habilidade EF09GE09 ao analisarem-se características de países asiáticos em seus aspectos populacionais e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas.

• A habilidade EF09GE10 é trabalhada com foco em analisar os impactos do processo de industrialização na produção e circulação de produtos e culturas na Ásia.

• O trabalho com a habilidade EF09GE11 tem ênfase em relacionar as mudanças técnicas e científicas decorrentes do processo de industrialização com as transformações no trabalho em diferentes regiões do mundo.

• A habilidade EF09GE18 é contemplada com foco em identificar e analisar as cadeias industriais e de inovação na Índia.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Na página 246, destacar os fatores que favoreceram o desenvolvimento da indústria na Índia. Atualmente, o parque industrial indiano está entre os dez maiores do mundo e cerca de 22% da população economicamente ativa está empregada no setor. O país tem um contingente expressivo de mão de obra qualificada nos setores espacial e de tecnologia, em razão de investimentos realizados na formação científica e tecnológica. Isso explica por que muitas empresas e países buscam esse tipo de mão de obra na Índia. Boa parte dos colaboradores de empresas como Microsoft e Nasa, por exemplo, é indiana. Essa abordagem se relaciona com os temas contemporâneos transversais Ciência e Tecnologia e Economia, com destaque para o Trabalho

Na página 247, comentar que mesmo tendo uma das maiores economias do mundo, os problemas sociais na Índia são múltiplos e diversos. Muitos desses proble-

Desenvolvimento econômico

A partir de meados da década de 1990, em razão dos incentivos fiscais e da mão de obra numerosa, qualificada e fluente em inglês, a Índia apresentou grande crescimento econômico, passando a ocupar um papel de destaque no cenário mundial. O maior desenvolvimento ocorreu nos setores de alta tecnologia (informática, energia nuclear e satélites artificiais) e farmacêutico. Além desses, destacam-se as indústrias mecânica, naval, química, siderúrgica, petroquímica, mineral e têxtil.

O setor cinematográfico indiano, denominado Bollywood, é responsável pela produção de centenas de filmes e séries todos os anos. Além de atender ao mercado interno, os filmes são exportados para diversos países, especialmente da Ásia.

Outro setor importante é o de tecnologia e comunicação, especialmente os serviços de desenvolvimento de softwares e de teleatendimento. A Índia se tornou referência mundial nesses serviços, que são prestados principalmente a países desenvolvidos que falam a língua inglesa.

As relações comerciais entre a Índia e outros países também cresceram. Além de estar entre as dez maiores economias do mundo, a Índia se tornou a 18a maior economia de exportação do planeta em 2020. Os principais destinos das exportações são Estados Unidos, China, Emirados Árabes Unidos, Hong Kong e Alemanha. Entre os produtos exportados estão diamantes, petróleo, arroz, medicamentos, joias e carros.

A presença indiana no cenário mundial tem-se ampliado também nos países da Ásia, da África e da América Latina. No Brasil, empresas da Índia têm investido principalmente nos setores de energia e mineração, estimuladas pela parceria estabelecida no Brics.

mas estão relacionados com as características culturais do país. Encaminhar as atividades 1 a 3, que auxiliam na sistematização dos conteúdos e na leitura da tabela “Índia e Brasil: indicadores sociais – 2019”.

Na atividade 1, espera-se que os estudantes reconheçam que a Índia apresenta muitas desigualdades econômicas e sociais, o que corrobora a afirmação. Se necessário, retomar as características econômicas do país, lembrando que, em

2021, 42,8% da população economicamente ativa do país estava empregada no setor primário e que essa atividade, em muitos casos, é desenvolvida com técnicas tradicionais e com produção voltada para a subsistência. Destacar, ainda, que, apesar da elevada pobreza, o país abriga importantes centros de pesquisa e um dos maiores parques industriais do mundo.

Na atividade 3, espera-se que os estudantes indiquem que, apesar de Índia e Brasil serem con-

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Linha de produção de vacinas para covid-19, em Pune, Índia, 2020.

Problemas sociais

Mesmo com os investimentos industriais e tecnológicos, e sendo a sexta maior economia do mundo, em 2019 cerca de 381 milhões de indianos viviam na pobreza, segundo o Índice Global de Pobreza publicado em 2021. O maior desafio para o país tem sido conciliar o crescimento econômico com o desenvolvimento social, para diminuir a pobreza e melhorar as condições de vida da população.

Em 2021, a Índia possuía a segunda maior população do mundo e deve se tornar o país mais populoso nos próximos anos. Desde a década de 1960, o governo adota medidas para conter o elevado crescimento demográfico, o que reduziu o crescimento natural da população, mas não os problemas sociais. Alguns indicadores revelam os desafios impostos ao país. Analise a tabela.

Índia e Brasil: indicadores sociais – 2019

Fontes: UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME. The 2020 Human Development Report. New York: UNDP, 2020. p. 344-345. Disponível em: https://hdr.undp.org/system/files/documents/global-report-document/hdr2020ptpdf.pdf.

OXFORD POVERTY AND HUMAN DEVELOPMENT INITIATIVE; UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME. Global Multidimensional Poverty Index 2021: unmasking disparities by ethnicity, caste and gender. Oxford: OPHI; New York: UNDP, 2021. p. 31. Disponível em: https://hdr.undp.org/system/files/documents//2021mpireportenpdf.pdf.

THE WORLD FACTBOOK. Washington, DC, [20--]. Site. Disponível em: https://www.cia.gov/the-world-factbook/. Acessos em: 23 jul. 2022.

Mumbai, capital da Índia, 2019.

Mesmo sendo a cidade mais importante do país, a pobreza e as más condições de vida também existem em Mumbai, caracterizando a desigualdade socioespacial.

Faça as atividades em seu caderno.

1 Considerando o que foi estudado, a frase a seguir parece representar bem a Índia? Justifique sua resposta.

Índia: um país de contrastes.

Auxiliar os estudantes na apresentação dos argumentos e elaboração das respostas. Consultar comentários em Orientações didáticas.

cia do mundo, destacava sua tradição de pacifismo, humanismo e universalismo. [...] Julgava isso compatível com a constituição de um arsenal nuclear e a armação de uma política de potência regional.

A Índia tinha dois grandes rivais. O primeiro era o Paquistão, cuja cisão à época da independência ainda não fora aceita por uma parte dos nacionalistas indianos e contra a qual o país empreendera três guerras – em 1948, 1962 e 1971 – que levaram no fim à independência de Bangladesh. Seu segundo rival era a China, para quem a Índia sofrera uma derrota traumatizante em 1962. [...] Somente a posse de armas nucleares pelos dois países recolocou-os em certa igualdade e exigiu deles certa cautela. Ao contrário, o aumento do poder econômico da China preocupa a Índia, que acredita que o mundo ocidental dá a Pequim atenção demais, em detrimento de si própria. O desaparecimento da oposição Leste-Oeste obrigou a Índia a reinventar sua diplomacia, uma vez que a implosão da União Soviética privou-a de seu principal parceiro estratégico. Desde então, a Índia opera uma aproximação com Washington [Estados Unidos], na esperança de neutralizar o Paquistão e ter um aliado potencial contra a China. Ela espera tirar dessa parceria – contestada internacionalmente pelos muçulmanos e pela esquerda – um meio de acelerar sua ascensão ao estatuto de grande potência.

2 Que contraste da sociedade indiana a fotografia acima retrata?

A imagem retrata a desigualdade socioespacial em uma cidade indiana.

3 Analise a tabela e escreva um texto comparando os indicadores sociais da Índia aos do Brasil.

Auxiliar os estudantes na comparação dos indicadores e na elaboração das respostas. Consultar comentários em Orientações didáticas.

siderados países emergentes, o Brasil conseguiu realizar mais melhorias nos indicadores sociais representados na tabela, enquanto a Índia ainda precisa avançar para reduzir a pobreza, a taxa de mortalidade infantil e melhorar os índices relacionados à expectativa de vida e à alfabetização.

TEXTO COMPLEMENTAR

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O mundo visto pela Índia

À época da Guerra Fria, a Índia ocupava um lugar de liderança entre os países não alinhados, o que lhe conferia no cenário mundial uma importância superior a seu peso econômico, relativamente pequeno. Esse não alinhamento era, contudo, acompanhado de acordos militares com a União Soviética. Sob a influência de Gandhi, a Índia, que se apresentava como a maior democra-

Se os princípios de Gandhi são ainda defendidos, o nacionalismo indiano cresce cada vez mais. As capacidades nucleares, antes veladas, são assumidas depois de uma série de testes em 1998. A Índia aspira ser a sexta grande potência mundial e obter um assento de membro permanente no Conselho de Segurança da ONU. Acredita que sua importância internacional não tem o devido reconhecimento e que está em defasagem com a visão que tem de si mesma.

BONIFACE, Pascal; VÉDRINE, Hubert. Atlas do mundo global. São Paulo: Estação Liberdade, 2009. p. 125.

País IDH/Posição Expectativa de vida (em anos) Taxa de alfabetização de adultos (em %) Taxa de mortalidade infantil (em ‰) População vivendo abaixo
%) Índia 0,645 (131o) 69,7 74,4 30,3 22,5 Brasil 0,765 (84o) 75,9 93,2 13,3 4,6
da linha da pobreza – US$ 1,90/dia (em
ANDREY ARMYAGOV/ALAMY/FOTOARENA
247
247

Competências

• Gerais: 1 e 2

• Ciências Humanas: 1, 2, 5 e 7

• Geografia: 1, 3, 4 e 5

• A habilidade EF09GE14 é atendida com foco em interpretar mapas temáticos para analisar, sintetizar e apresentar dados e informações sobre desigualdades geopolíticas mundiais do ponto de vista chinês e hindu.

• Trabalha-se a habilidade EF09GE15 ao analisarem-se as relações entre diferentes regiões do mundo com base em informações representadas em mapas temáticos com diferentes projeções cartográficas centradas na Ásia.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Nesta seção, são trabalhados mapas com centralidades na China e na Índia. Auxiliar os estudantes na leitura desses mapas e na condução das atividades 1 a 5.

Os textos “O mundo visto pela China” e “O mundo visto pela Índia”, presentes na seção Texto complementar das páginas 237 e 247, respectivamente, podem subsidiar o desenvolvimento do trabalho na seção.

Na atividade 2, a resposta esperada dos estudantes é que Taiwan é classificada pelo governo da China como província rebelde, uma vez que faria parte do território chinês. Lembrar que esse impasse começou em 1949, quando o socialismo foi implantado na China, e a ilha que hoje corresponde ao território taiwanês serviu de refúgio aos chineses contrários ao novo sistema. Destacar que Taiwan tem um governo republicano e adota o capitalismo.

Na atividade 4, espera-se que respondam que, com a desco-

O mundo visto pela China e pela Índia

Os mapas revelam diferentes visões de mundo e refletem aspectos econômicos e geopolíticos de um determinado momento da história. Os planisférios mais usados têm a Europa no centro. Porém, esse tipo de mapa nem sempre é adequado, dependendo das informações representadas. Por isso, dizemos que a centralidade de um mapa pode variar de acordo com o contexto histórico e com a visão de cada sociedade. Leia o texto a seguir.

Vivemos todos no mesmo mundo, mas não o vemos da mesma maneira. Cada nação tem sua visão estratégica, suas inquietações, seus objetivos, frutos da história, da geografia e de suas determinantes geopolíticas. Os interesses nacionais podem divergir, cada um tem sua lógica própria.

BONIFACE, Pascal; VÉDRINE, Hubert. Atlas do mundo global. São Paulo: Estação Liberdade, 2009. p. 67.

A China é rival econômica dos Estados Unidos, ambas ocupando o posto de maiores economias mundiais. Apesar dessa rivalidade, os dois países sempre mantiveram uma relação de parceria estratégica, ameaçada por desacordos no que se refere às práticas comerciais vigentes até 2018.

Por outro lado, o interesse da China pela América Latina e pela África se expandiu nas duas últimas décadas, já que oferecem importantes recursos energéticos e matérias-primas para seu imenso parque industrial, além de constituírem um grande mercado consumidor para os produtos chineses. Analise o mapa.

O mundo visto pela China

Rivalidade estratégica com interdependência econômica Ligação estratégica com a Rússia Taiwan, “terra chinesa” Fornecimento de petróleo, gás e outras matérias-primas

Fonte: BONIFACE, Pascal; VÉDRINE, Hubert. Atlas du monde global. Paris: Armand Colin, 2015. p. 119.

lonização, teve início o processo de partilha e a fragmentação política da Ásia Meridional, com o surgimento de dois países: a Índia, nação de maioria hindu, e o Paquistão, um país muçulmano. Os dois países disputam a região da Caxemira. No processo de partilha, parte da região de população majoritariamente muçulmana ficou sob domínio indiano – situação que o Paquistão não aceita. Os dois países já se enfrentaram militarmente e a ameaça de confronto é constante.

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Na atividade 5, espera-se que os estudantes concluam que não há uma maneira correta ou mais adequada para representar o mundo, e que as centralidades diferentes mostram diferentes pontos de vista. É importante destacar que a centralidade do mapa deve obedecer a um objetivo, afinal, como o mundo tem a forma de um geoide, é possível representá-lo a partir de qualquer ponto, território ou continente.

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MAPAS INTERAGIR COM NÃO ESCREVA NO LIVRO.
Círculo Polar Ártico Círculo Polar Antártico OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO Equador OCEANO ÍNDICO OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO 150° L 0° Trópico de Câncer Trópico de Capricórnio ESTADOS UNIDOS RÚSSIA TAIWAN ARÁBIA SAUDITA AMÉRICA DO SUL MÉXICO IRÃ ÁFRICA CHINA TURCOMENISTÃO AZERBAIJÃO
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A ex-União Soviética era o principal parceiro estratégico da Índia. Com o fim da Guerra Fria e a dissolução da União Soviética, a Índia passou a buscar aproximação com os Estados Unidos, já que necessitava do apoio de uma grande potência contra o Paquistão e a China, em função de disputas territoriais. Analise o mapa.

Pontos de vista

Para explorar um pouco mais o conteúdo e para que os estudantes compreendam a possibilidade de usar diferentes centralidades, pode ser realizada a atividade a seguir.

• Levar um globo terrestre para a sala de aula para uma abordagem mais concreta e ilustrativa do conceito de centralidade de um mapa. Pedir aos estudantes que escolham alguns pontos da superfície terrestre e imaginem como o mundo seria representado em um mapa com cada um desses pontos ocupando o centro.

• Pedir aos estudantes que descrevam como imaginaram o mapa. Depois, pedir que desenhem, de maneira esquemática, o que imaginaram.

Responda às questões em seu caderno.

1 Por que os países da África, do Oriente Médio, da América do Sul e o México são importantes para a China?

São territórios que podem fornecer à China recursos energéticos e matérias-primas.

2 Levando em conta o que você estudou, explique por que Taiwan foi caracterizada no mapa 1 como “terra chinesa”. Essa caracterização é aceita por Taiwan?

Auxiliar os estudantes na elaboração da resposta.

3 Que país se configura como parceiro estratégico para a Índia no mapa 2? Quais são os objetivos da Índia em se aproximar desse país?

Estados Unidos. A aproximação com os Estados Unidos visa neutralizar o Paquistão e ter um aliado potencial contra a China.

4 De acordo com o que você estudou, quais são as causas do conflito representado no mapa 2?

Auxiliar os estudantes na elaboração da resposta.

5 Pode parecer estranho ver um mapa que tem no centro outro continente que não seja a Europa. Essa estranheza é fruto de uma visão eurocêntrica que marca a cultura ocidental e que foi historicamente construída. No entanto, devemos estar abertos para outros pontos de vista e maneiras de representar o mundo.

• No seu entendimento, há uma maneira mais adequada que outra para representar o mundo? Escreva um texto sobre isso e discuta com os colegas e o professor.

Orientar os estudantes na apresentação dos argumentos e elaboração do texto.

• Solicitar que, em grupo, produzam um planisfério centralizado na Coreia do Sul, com o tema “O mundo visto pela Coreia do Sul”. Solicitar que conversem sobre a relação que a Coreia do Sul estabelece com outros países e identifiquem os países com os quais suas relações internacionais são mais significativas. Desse modo, espera-se que os estudantes destaquem os conflitos com a Coreia do Norte, as relações históricas com o Japão e a China, entre outros.

• Por fim, é preciso que discutam que soluções cartográficas serão usadas para representar as informações selecionadas.

• Após a confecção do mapa, promover uma exposição em outros ambientes da escola.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR
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O mundo visto pela Índia
Círculo Polar Ártico Círculo Polar Antártico OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO Trópico de Capricórnio Equador OCEANO ÍNDICO OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO 150° L 0° Trópico de Câncer CHINA ESTADOS UNIDOS AUSTRÁLIA Londres REINO UNIDO PAQUISTÃO ÍNDIA ISRAEL Conflito recorrente Aproximação diplomática Relações bilaterais fortes Centro financeiro importante China, a grande rival 0 2 489 ALLMAPS 2
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Fonte: BONIFACE, Pascal; VÉDRINE, Hubert. Atlas du monde global. Paris: Armand Colin, 2015. p. 117.
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• O trabalho com a habilidade EF09GE01 tem o foco em analisar criticamente de que forma a hegemonia europeia foi exercida no Sudeste Asiático entre os séculos XIX e XX.

• Desenvolve-se a habilidade EF09GE17 ao explicarem-se as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Ásia.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Na página 250, promover a leitura coletiva do texto para apresentar características do Sudeste Asiático (área territorial, aspectos gerais do território, número de países, população absoluta). Utilizar o mapa “Sudeste Asiático: divisão política”, para identificar os países que constituem a região. Se julgar pertinente, encaminhar as atividades 1 a 3, que auxiliam na leitura do mapa. Outras perguntas podem ajudar a guiar os estudantes na análise desse mapa, como: “Que países do Sudeste Asiático estão localizados na porção continental?”; “Quais se encontram na porção insular?”; “Quais oceanos banham a região?”. Se possível, apresentar o Sudeste Asiático em um planisfério político para que os estudantes possam visualizá-lo no mundo.

Ao abordar as características naturais da região, lembrar os estudantes de que o Sudeste Asiático se encontra na área de atuação dos ventos de monções. Se necessário, retomar as características desses ventos, lembrando que, durante o verão, eles sopram do oceano para o continente, proporcionando fortes chuvas e, no inverno, sopram da Ásia para o oceano Índico, provocando secas no sul e no sudeste do continente asiático.

Na página 251, comentar a ocupação dos países do Sudeste

3 SUDESTE ASIÁTICO

O Sudeste Asiático está localizado a leste da Ásia Meridional. A região é constituída de uma porção continental e outra insular. A porção continental corresponde à península da Indochina (que tem esse nome por estar localizada entre Índia e China). A porção insular, ou seja, os territórios localizados em ilhas e arquipélagos, é conhecida como Insulíndia.

No total, são 11 países que ocupam uma área territorial de 4,4 milhões de km² e abrigavam em torno de 677 milhões de habitantes em 2021. O país mais populoso da região é a Indonésia, que contava, no mesmo ano, com 274 milhões de habitantes. Analise o mapa.

Uma importante característica físico-natural da região é sua localização em área de intensa atividade geológica, com muitos vulcões ativos e ocorrência de terremotos de grande intensidade. Em 2004, um grande terremoto ocorrido no oceano Índico, próximo ao litoral da Indonésia, provocou um tsunâmi que atingiu outros países do Sudeste Asiático, da Ásia Meridional e até da África, deixando um saldo de mais de 200 mil mortos, 100 mil feridos e 500 mil desabrigados.

Asiático pelas potências imperialistas e as consequências disso para a região. Encaminhar a atividade 4, que auxilia na leitura do mapa “Sudeste Asiático: impérios coloniais” e, consequentemente, na identificação das potências imperialistas e territórios ocupados.

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COREIA DO SUL Seul Taipé TAIWAN Equador 0º Trópico de Câncer OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO 105º L Hanói Vientiane Naipidau Phnom Penh Manila Bangcoc VIETNÃ CAMBOJA FILIPINAS BRUNEI TIMOR LESTE TAILÂNDIA LAOS MIANMAR Kuala Lumpur Bandar Seri Begawan Dili CINGAPURA Cingapura Jacarta I N D O N É S I A M A L Á S I A 0 557 Capital Sudeste Asiático: divisão política Elaborado com base em: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 47. 1 ALLMAPS 250 D2-GEO-F2-2106-V9-U7-222-257-LA-G24-AV2.indd 250 30/08/2022 19:28 250

Os países do Sudeste Asiático foram colônias das potências imperialistas que ocuparam a região entre os séculos XIX e XX, em busca de matérias-primas, produtos agrícolas e mercados consumidores. O único país que não esteve sob o imperialismo europeu e estadunidense foi a Tailândia, que, na época, chamava-se Reino de Sião. Analise o mapa.

Sudeste Asiático: impérios coloniais

TrópicodeCâncer

TEXTO COMPLEMENTAR

Sobe para 28 o número de mortos nas Filipinas depois da passagem do tufão Phanfone

O número de vítimas mortais depois da passagem do tufão Phanfone pelo centro e o leste das Filipinas na quarta-feira aumentou para 28, enquanto, por outro lado, 12 pessoas ainda estão desaparecidas. O Phanfone, também conhecido como Úrsula, teve ventos de até 130 quilômetros por hora e rajadas de até 160 em sua passagem pelas Filipinas, provocando grandes danos em residências, linhas de eletricidade e inundações em até oito localidades.

Os países do Sudeste Asiático começaram a se tornar politicamente independentes após a Segunda Guerra Mundial. No entanto, o fim do domínio político das potências imperialistas não significou independência econômica e financeira. Somente nas últimas décadas do século XX, com investimentos estrangeiros das multinacionais japonesas e estadunidenses, os países da região passaram a apresentar grande desenvolvimento econômico.

Analise os mapas 1 e 2 e faça as atividades em seu caderno.

1 Qual é o país do Sudeste Asiático cujo território não é banhado por oceanos ou mares?

Laos.

2 Qual é o país com maior extensão territorial?

Indonésia.

3 Indique os países cujas capitais são Dili, Manila e Bangcoc.

Timor Leste, Filipinas e Tailândia, respectivamente.

4 Indique os países do Sudeste Asiático que estiveram sob o domínio:

a) do Reino Unido. d) da Espanha. Filipinas.

Este é o sétimo tufão que assola as Filipinas este ano, com a particularidade de que aconteceu quando todo o país comemorava o Natal. Embora não tenha sido um dos mais poderosos, deixou um rastro de destruição muito mais pronunciado depois de devastar algumas das áreas e ilhas mais pobres e menos desenvolvidas do arquipélago.

Mais de 58 000 pessoas foram obrigadas a deixar suas casas assim que o tufão chegou, e mais de 24 000 ficaram presas em portos marítimos depois que a Guarda Costeira suspendeu todas as navegações. Pelo menos 115 voos domésticos também foram cancelados e a televisão filipina mostrou danos menores no aeroporto de Kalibo, uma das alternativas turísticas no centro do arquipélago.

b) dos Países Baixos. Indonésia.

c) de Portugal. Timor Leste. e) da França. Vietnã, Laos e Camboja.

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ATIVIDADE COMPLEMENTAR

A Guerra do Vietnã

Esta atividade possibilita desenvolver práticas de pesquisa como levantamento bibliográfico, análise documental, tomada de notas e construção de relatórios (ver tópico Práticas de pesquisa, nas Orientações Gerais deste Manual).

• Pedir aos estudantes que façam uma pesquisa sobre a Guerra do Vietnã, destacando o con-

texto histórico em que ela aconteceu, os países envolvidos, as causas, as consequências e como foi seu desfecho. A pesquisa pode ser entregue em um arquivo digital e os resultados compartilhados em sala.

O flagelo do tufão foi sentido especialmente em províncias como Leyte, Capiz e Ilolio, onde aconteceu a maioria das mortes, como apontaram vários meios de comunicação filipinos. Por seu lado, o Ministério da Agricultura fez uma primeira avaliação de danos no setor estimada em mais de 10 milhões de euros [...].

SOBE para 28 o número de mortos nas Filipinas depois da passagem do tufão Phanfone. El País, Manila, 27 dez. 2019. Disponível em: https://brasil.elpais.com/ brasil/2019/12/27/internacional/ 1577438884_608331.html.

Acesso em: 13 ago. 2022.

120º L IMPÉRIO CHINÊS (Dinastia Ching) Í N D I A S H O L A N D E S A S OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO OCEANIA 0º
Equador INDOCHINA TIMOR LESTE SIÃO Britânica Espanhola Francesa Holandesa Portuguesa Possessões coloniais 0 595
2
Fonte: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 189. SIMON VU/SHUTTERSTOCK.COM
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Construção colonial em Ho Chi Minh, Vietnã, 2021.
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Mianmar, Malásia, Cingapura e Brunei.
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• O trabalho com a habilidade EF09GE09 é feito ao analisarem-se características de países asiáticos em seus aspectos populacionais e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas.

• Desenvolve-se a habilidade EF09GE10 com foco em analisar os impactos do processo de industrialização na produção e circulação de produtos e culturas na Ásia.

• A habilidade EF09GE11 é atendida com ênfase em relacionar as mudanças técnicas e científicas decorrentes do processo de industrialização com as transformações no trabalho na Ásia.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Na página 252, promover a leitura coletiva do texto e a análise do quadro com os países mais urbanizados do Sudeste Asiático e as cidades com 6 milhões ou mais de habitantes localizadas nesses países. Comentar que alguns países com população predominantemente rural também abrigam cidades populosas, como Manila, nas Filipinas (14 milhões) e Ho Chi Minh, no Vietnã (8,8 milhões). Destacar que, em 2021, a população urbana era superior à população rural em 8 milhões de habitantes.

Um dos aspectos recentes relacionados à população do Sudeste Asiático e que merece ser comentado é o caso dos rohingyas, grupo étnico que pratica o islamismo e está presente, sobretudo, em Mianmar, porém não é reconhecido pelo governo. Marginalizados e não tendo direitos garantidos no país, os rohingyas sofrem perseguição étnica e religiosa, sendo considerados pela ONU como uma das minorias mais perseguidas do mundo. O texto presente na seção Ampliando horizontes pode ser apresentado aos estudantes e servir, entre outras

Aspectos populacionais e econômicos

A população do Sudeste Asiático se distribui entre as áreas urbanas e rurais da região. Em 2021, aproximadamente 330 milhões de pessoas viviam no campo e 338 milhões nas cidades. No mesmo ano, a maior parte das cidades com população superior a 6 milhões de pessoas estava concentrada nos países com taxas de urbanização superiores a 50%. Analise os dados.

País Taxa de urbanização (em %) Cidade Número de habitantes (milhões)

Fonte: UNITED NATIONS. Department of Economic and Social Affairs. Population Dynamics. World urbanization prospects: the 2018 revision. United Nations. New York, 2018. Disponível em: https://population.un.org/wup/. Acesso em: 24 jul. 2022.

O principal produto cultivado na região é o arroz. Em 2020, a Indonésia era o quarto maior produtor mundial de arroz, atrás apenas da China, da Índia e de Bangladesh. Na maioria dos países, a rizicultura é praticada em pequenas propriedades, com uso de grande quantidade de mão de obra, principalmente familiar. Geralmente, as propriedades rurais encontram-se ao longo dos vales fluviais, onde a população se concentra. Produtos como chá, milho, trigo, algodão, cana-de-açúcar e hortaliças também se destacam.

O extrativismo vegetal não sustentável, como a exploração madeireira e a produção de látex, destinado às indústrias preocupa organizações ambientalistas mundiais em razão do desmatamento das florestas tropicais.

No extrativismo mineral, destaca-se a exploração de gás natural e petróleo, especialmente na Malásia, na Indonésia e em Brunei.

Embora a produção industrial seja pequena se comparada a outras regiões do mundo, destacam-se as indústrias de bens de consumo não duráveis (alimentos, bebidas, vestuário etc.), principalmente em Cingapura e nos chamados Novos Tigres Asiáticos.

coisas, para uma análise da situação dessa minoria. Com análise do texto, é possível retomar também os conceitos de migrações, migrações forçadas, refugiados e apátridas.

Ao abordar os aspectos econômicos do Sudeste Asiático, relacionar o desenvolvimento das atividades às características naturais da região, como a ocorrência das monções, que favorecem, por exemplo, o cultivo do arroz, e a presença de florestas tropicais, que permitem o desenvolvimento das atividades extrativas.

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Cingapura 100% Cingapura 5,9 Malásia 77,7% Kuala Lumpur 8,2 Indonésia 57,3% Jacarta 10,9 Tailândia 52,2% Bangcoc
10,7
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Mulher trabalhando em terraços de arroz em Baan Bong Piang, Tailândia, 2020.
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Novos Tigres Asiáticos

Conforme estudado no início da Unidade, os Tigres Asiáticos são nações que apresentaram elevado crescimento econômico entre as décadas de 1970 e 1990, com base na fabricação de produtos destinados à exportação e apoiados em investimentos japoneses e estadunidenses.

A partir da década de 1990, os Tigres Asiáticos, o Japão e a China fizeram grandes investimentos em alguns países do Sudeste Asiático, promovendo sua industrialização e alavancando seu crescimento econômico. Os principais beneficiados desse processo foram Malásia, Indonésia, Vietnã, Filipinas e Tailândia, os chamados Novos Tigres Asiáticos

Esse grupo de países recebe esse nome por apresentar plataforma de desenvolvimento semelhante àquela adotada pelos Tigres Asiáticos: maciços investimentos externos; mão de obra barata; forte presença do Estado; facilidades fiscais para a exportação; e proteção da indústria nacional com elevados impostos sobre produtos importados.

Em 2021, os Novos Tigres Asiáticos estavam entre as quarenta maiores economias do mundo. Entre as exportações desses países, destacam-se máquinas, peças e equipamentos eletrônicos, além de petróleo e óleo de palma (Indonésia). Os principais parceiros comerciais são os Estados Unidos, a China e o Japão.

Porém, diferentemente dos Tigres Asiáticos, o crescimento econômico não foi acompanhado de melhorias nas condições de vida da população em geral. Houve melhora principalmente para uma elite privilegiada, porém com manutenção das desigualdades sociais. Como os outros países do Sudeste Asiático, os Novos Tigres Asiáticos apresentam elevadas taxas de analfabetismo, de mortalidade infantil e muitas pessoas vivendo em moradias precárias.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor e o estudante QUEM são os rohingyas, povo muçulmano que a ONU diz ser alvo de limpeza étnica. BBC News, São Paulo, 13 set. 2017. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/ internacional-41257869. Acesso em: 13 ago. 2022.

O texto faz uma apresentação do grupo e dos problemas enfrentados por eles recentemente.

• AGÊNCIA DA ONU PARA REFUGIADOS. Rohingya. ACNUR. Brasília, DF, c2001-2022. Disponível em: https://www.acnur.org/ portugues/rohingya/. Acesso em: 13 ago. 2022.

O site da ACNUR Brasil apresenta alguns desses conceitos e também conta com uma aba sobre os rohingyas e pode ser usado como fonte de pesquisa.

Na página 253, retomar os aspectos que caracterizam os Tigres Asiáticos e apresentar os Novos Tigres Asiáticos. Ressaltar que, apesar do elevado desenvolvimento econômico, esses países ainda enfrentam graves problemas sociais, como a elevada desigualdade social.

Retomar o conteúdo sobre os blocos econômi-

cos da Ásia para destacar a Associação das Nações Unidas do Sudeste Asiático (Asean), organização que contribuiu para alavancar o crescimento econômico dos países denominados Tigres e Novos Tigres. Para complementar o conteúdo, podem ser discutidas notícias que tratam da relação do Brasil ou do Mercosul com esse bloco.

A desigualdade social fica evidente na paisagem das cidades do Sudeste Asiático. Em Kuala Lumpur, capital da Malásia, bairros pobres contrastam com edifícios comerciais e residenciais, ao fundo. Fotografia de 2022.
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AHMAD.FAIZAL/SHUTTERSTOCK.COM
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• Desenvolve-se a habilidade EF09GE08 ao analisarem-se transformações territoriais, considerando o movimento de fronteiras, tensões, conflitos e múltiplas regionalidades na Ásia.

• O trabalho com a habilidade EF09GE09 é feito ao analisarem-se características de países asiáticos em seus aspectos populacionais e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas.

• Atende-se à habilidade EF09GE14 com ênfase em interpretar mapas temáticos para analisar e sintetizar informações geopolíticas mundiais.

• Desenvolve-se a habilidade EF09GE17 ao explicarem-se as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Ásia.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

1. A. Extremo Oriente; B: Ásia Meridional; C: Sudeste Asiático.

Objetivo: • Conhecer aspectos relacionados à localização do território, às características físicas e ambientais de países do Extremo Oriente, da Ásia Meridional e do Sudeste Asiático.

2. Coreia do Norte (3) e Coreia do Sul (4). A Coreia do Norte é um país socialista, que se caracteriza por apresentar um dos regimes mais fechados do mundo, praticamente sem intercâmbio comercial e político com o exterior. A Coreia do Sul optou pelo capitalismo e foi apoiada pelos Estados Unidos, que investiram grandes somas de capitais no país. Os estudantes podem comentar também que o país se tornou um dos mais importantes Tigres Asiáticos, exportando principalmente componentes de computador, brinquedos, automóveis e produtos eletrônicos.

Objetivos: • Conhecer aspectos demográficos, socioeconômicos e cultu-

ATIVIDADES

Todas as respostas das atividades desta seção estão no MP, com orientações e encaminhamentos.

Analise o mapa a seguir para fazer as atividades propostas nesta seção.

1 Identifique as regiões destacadas com as letras A, B e C.

2 Identifique e caracterize os países destacados com os números 3 e 4.

3 Considere as áreas identificadas no mapa com o símbolo ê e faça o que se pede.

a) Que denominação recebe o grupo formado por esses países e territórios? Escreva o nome de cada um deles.

b) Descreva o modelo econômico adotado por eles, que permitiu grande crescimento econômico.

c) Qual desses países é uma região administrativa da China?

d) Qual desses países é considerado pelos chineses uma província rebelde?

4 Que evento deu início à Guerra da Coreia? Como esse conflito terminou?

5 Analise as afirmações e copie em seu caderno apenas aquelas que se referem à Coreia do Sul.

a) O país é oficialmente denominado República Popular Democrática da Coreia.

b) O país adota economia capitalista, apoiada pelos Estados Unidos.

c) Apresenta um setor agrícola pouco mecanizado, que absorve muita mão de obra.

rais de países do Extremo Oriente, da Ásia Meridional e do Sudeste Asiático. • Compreender aspectos históricos, políticos, econômicos e as principais diferenças na política externa da Coreia do Norte e da Coreia do Sul.

3. a) Tigres Asiáticos, formado por Coreia do Sul, Taiwan, Cingapura e Hong Kong.

b) O modelo econômico adotado pelos Tigres Asiáticos é baseado em grandes investimentos externos, sobretudo japoneses e estadunidenses, e na fabricação, em larga escala, de pro-

dutos destinados à exportação, principalmente eletroeletrônicos.

c) Hong Kong.

d) Taiwan.

Objetivos: • Conhecer aspectos relacionados à localização do território, às características físicas e ambientais; e aspectos demográficos, socioeconômicos e culturais de países do Extremo Oriente, da Ásia Meridional e do Sudeste Asiático. • Compreender fatores históricos e políticos relacionados ao crescimento e di-

BNCC I. Sakalina Abu Dhabi FEDERAÇÃO RUSSA (parte asiática) AZERBAIJÃO MarCásp o OCEANIA TrópicodeCâncer Mar da Arábia Mar Amarelo Mar do (MarJapãodo Leste) Baía de Bengala OCEANO ÍNDICO OCEANO PACÍFICO Mar da China Meridional 100º L 1 5 TURCOMENISTÃO TADJIQUISTÃO QUIRGUISTÃO AFEGANISTÃO 22 24 15 23 18 7 19 `17 14 16 21 12 10 20 8 UZBEQUISTÃO CAZAQUISTÃO 6 2 3 4 13 11 9 0 861 A B C ALLMAPS
NÃO ESCREVA NO LIVRO.
Ásia: Extremo Oriente, Ásia Meridional e Sudeste Asiático
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Elaborado com base em: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 47.
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6. a) Oficialmente, Coreia do Sul e Coreia do Norte estão em guerra desde 1950. O fato de se unirem no esporte é representativo de alguns movimentos no sentido de proclamar a paz entre os países.

d) A política externa do país é caracterizada pelo soft power, tendo a cultura como elemento central.

e) Entre as principais exportações deste país estão os circuitos integrados eletrônicos, automóveis, petróleo refinado e navios de passageiros e de carga.

f) O líder desse país adota uma política externa agressiva, ameaçando seus adversários políticos.

6 Analise a imagem e responda às questões.

a) A Olimpíada de Inverno de 2018 em Pyongchang, na Coreia do Sul, foi muito simbólica. As duas Coreias competiram unidas, em uma única delegação de atletas. Explique a importância geopolítica desse evento.

b) Explique o significado e o simbolismo do elemento presente na bandeira empunhada pelos atletas coreanos nos Jogos Olímpicos de 2018.

A bandeira tinha a representação de toda a península coreana sem a sua divisão em dois países.

7 Leia o texto e responda às questões.

O Japão conhece um desenvolvimento econômico fenomenal a partir dos anos 1950, saltando de 3% para 16% da renda mundial no início dos anos 1980.

a) Que número representa esse país no mapa da página 254?

b) Quais fatores explicam o “desenvolvimento econômico fenomenal” citado no texto?

c) As condições naturais do território desse país são favoráveis ao desenvolvimento da agropecuária e do extrativismo? Explique sua resposta.

8 Leia a frase a seguir e depois faça as atividades.

Analistas preveem que a China será a maior economia do mundo até 2030.

a) No mapa da página 254, qual número identifica o país citado na afirmação?

b) De acordo com a frase e seus conhecimentos, quais serão as quatro maiores economias do mundo em 2030?

c) Embora a China e a Índia estejam entre as maiores economias do mundo, os problemas sociais desses países são preocupantes. Avalie essa afirmação apresentando dados socioeconômicos.

9 Elabore em seu caderno uma linha do tempo, indicando os principais eventos que fizeram com que a China se tornasse uma grande potência econômica mundial. Retome os conteúdos das páginas 234 a 239.

10 Explique o que é sistema de socialismo de mercado.

namismo econômico de Japão, China, “Tigres” e “Novos Tigres” Asiáticos e Índia. • Caracterizar a economia dos países conhecidos como “Tigres Asiáticos”.

4. A guerra se iniciou com a invasão dos norte-coreanos à Coreia do Sul, em 1950. O conflito teve fim com a assinatura do Armistício de Panmunjon, porém ele representou apenas um cessar-fogo e não um acordo de paz entre os dois países. Dessa forma, embora não haja combate, tecnicamente os dois países continuam em uma situação de conflito.

Objetivo: • Compreender aspectos históricos, políticos e econômicos relacionados à Coreia do Norte e à Coreia do Sul.

5. Os estudantes deverão copiar as frases: b, d, e. As demais se referem à Coreia do Norte.

Objetivos: • Conhecer aspectos demográficos, socioeconômicos e culturais de países do Extremo Oriente, da Ásia Meridional e do Sudeste Asiático. • Compreender aspectos históricos, políticos, econômicos e as principais diferenças na política externa da Coreia do Norte e da Coreia do Sul.

6. a) Oficialmente, Coreia do Sul e Coreia do Norte estão em guerra desde 1950. O fato de se unirem no esporte é representativo de alguns movimentos no sentido de proclamar a paz entre os países.

b) A bandeira tinha a representação de toda a península coreana, sem a sua divisão em dois países.

Objetivos: • Conhecer aspectos demográficos, socioeconômicos e culturais de países do Extremo Oriente, da Ásia Meridional e do Sudeste Asiático. • Compreender aspectos históricos, políticos e econômicos relacionados à Coreia do Norte e à Coreia do Sul.

7. a) 2.

b) Ajuda financeira dos Estados Unidos; mão de obra barata e abundante; longas jornadas de trabalho; investimentos em educação, qualificação da mão de obra e desenvolvimento científico e de novas tecnologias; parceria entre o Estado e empresas; incentivos fiscais à exportação e proteção da indústria nacional por meio de elevados impostos sobre produtos importados.

c) Não. O terreno montanhoso dificulta as atividades rurais e não há abundância de recursos minerais.

Objetivos: • Conhecer aspectos relacionados à localização do território, às características físicas e ambientais, e aspectos demográficos, socioeconômicos e culturais de países do Extremo Oriente, da Ásia Meridional e do Sudeste Asiático. • Compreender fatores históricos e políticos relacionados ao crescimento e dinamismo econômico de Japão, China, “Tigres” e “Novos Tigres” Asiáticos e Índia.

• Analisar aspectos físicos do território japonês, relacionando-os às ocorrências geológicas e ao uso que se faz do solo e das técnicas nele empregadas.

8. a) 1.

b) China, Estados Unidos, Índia e Japão.

c) Espera-se que os estudantes indiquem a elevada mortalidade infantil, altas taxas de analfabetismo e baixa expectativa de vida.

BONIFACE, Pascal; VÉDRINE, Hubert. Atlas do mundo global. São Paulo: Estação Liberdade, 2009. p. 101. Entrada da delegação coreana na Olimpíada de Inverno em Pyeongchang, Coreia do Sul, em 2018. DAVID J. PHILLIP/GETTY IMAGES
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Objetivos: • Conhecer aspectos relacionados à localização do território, às características físicas e ambientais e a aspectos demográficos, socioeconômicos e culturais de países do Extremo Oriente, da Ásia Meridional e do Sudeste Asiático. • Compreender o processo de ascensão da China como potência econômica mundial e problemas socioambientais enfrentados pelo país.

9. Eventos a indicar:

• 1949: enfraquecimento das potências imperialistas pós-Segunda Guerra Mundial e implantação do socialismo por Mao Tse-tung.

• Entre 1949 e 1976: centralização do governo e da economia, com desenvolvimento da indústria. Grandes investimentos na agricultura, com o objetivo de ampliar a produção de alimentos e eliminar a fome que atingia diversas regiões do país.

• 1976: Deng Xiaoping assumiu o poder e iniciou reformas políticas e econômicas.

• 1979: abertura econômica, com autorização de funcionamento de empresas privadas. Foram criadas as Zonas Econômicas Especiais (ZEEs).

• A partir dos anos 1980: atração de grandes investimentos internacionais.

• Início dos anos 2000: a China começou a investir em diversos países, principalmente na África e na América Latina.

• 2013: início do projeto das Novas Rotas da Seda.

Objetivo: • Compreender o processo de ascensão da China como potência econômica mundial.

10. Sistema com abertura econômica e preservação da política do modelo de socialismo chinês, com forte centralização do Estado.

Objetivo: • Compreender o processo de ascensão da China como potência econômica mundial.

11. a) A poluição atmosférica causada pela emissão de gases do efeito estufa.

b) Limitação do número de carros, substituição das usi-

11 Analise a imagem e leia o texto.

Apesar das medidas adotadas pelas autoridades durante a última década para atenuar a má qualidade do ar, principalmente em Beijing (limitação do número de carros, substituição das usinas a carvão por aquecimento a gás, distanciamento das usinas mais poluentes), as cidades chinesas ainda apresentam níveis de concentração de partículas finas acima dos limites perigosos. De acordo com um estudo de 2018, a poluição atmosférica custa a cada ano o equivalente a 33 bilhões de euros à economia chinesa, e provoca a morte prematura de mais de um milhão de habitantes.

a) Que problema é apresentado na fotografia e no texto?

b) Que medidas vêm sendo adotadas pelo governo chinês para conter a poluição? De acordo com o texto, elas estão dando o resultado esperado? Explique.

12 Leia o texto sobre as Novas Rotas da Seda e responda à questão.

Em entrevista para O Globo, o embaixador da China, Yang Wanming, afirmou que o investimento chinês no Brasil é o que mais cresce, com um total acumulado de quase US$ 70 bilhões. Assim, se o mapa original do Cinturão e Rota está geograficamente distante da América Latina, os investimentos e o comércio com a China são, todavia, uma realidade muito concreta. Desde este ponto de vista, estamos integrados à nova Rota da Seda.

CARVALHO, Evandro Menezes de. A nova Rota da Seda na América Latina. FGV. São Paulo, 3 maio 2019. Disponível em: https://portal.fgv.br/artigos/nova-rota-seda-america-latina. Acesso em: 27 jul. 2022.

• Qual é a opinião do embaixador da China sobre a participação da América Latina nas Novas Rotas da Seda?

13 Localizados na Ásia Meridional, a porção norte da fronteira desses dois países é uma das mais tensas do mundo, sendo a Caxemira a principal área de disputa. Indique os números que identificam esses países no mapa da página 254 e seus nomes. Depois, explique a causa do conflito nessa região.

14 Que país da Ásia Meridional enfrenta ataques de grupos político-militares inspirados no Talibã e que defendem a implantação da sharia (lei islâmica)?

15 Que fatores favoreceram o crescimento econômico da Índia a partir de meados da década de 1990?

nas a carvão por aquecimento a gás, distanciamento das usinas mais poluentes. Espera-se que os estudantes respondam que essas medidas ainda não estão dando o resultado esperado.

Objetivo: • Conhecer aspectos do desenvolvimento econômico chinês, tendo em perspectiva os problemas socioambientais enfrentados pelo país.

12. O embaixador acredita que, apesar de as Novas Rotas estarem distantes da América Lati-

na, a região pode se considerar integrada por conta dos grandes investimentos que vêm sendo realizados ali nas últimas décadas.

Objetivo: • Analisar as políticas adotadas pela China visando à expansão de sua zona de influência na Ásia e no mundo.

13. Os números e nomes dos países relacionados à questão são 7 (Índia) e 8 (Paquistão). Espera-se que os estudantes expliquem que, na partilha do país, parte da Caxemira, de população ma-

LE MONDE. 40 cartes pour comprendre la Chine. Paris: Malesherbes, 2020. p. 99. (Hors-Série, n. 75). Poluição do ar vista em Beijing, China, 2020.
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brâmanes xátrias vaixias sudras dálites

Muitos acreditam que os grupos se originaram de Brahma, o deus hindu da criação.

O QUE são e como funcionam as castas na Índia. BBC, São Paulo, 26 dez. 2020. Disponível em: https://www.bbc.com/ portuguese/internacional-55452675. Acesso em: 27 jul. 2022.

a) A quais grupos a imagem e a frase se referem?

b) Qual posição as pessoas que fazem parte de cada um desses grupos ocupam na sociedade hindu?

c) De que maneira esse sistema contribui para a manutenção das desigualdades sociais?

17 Sobre o Sudeste Asiático, responda às questões.

a) Que países colonizaram a região?

b) Quando aconteceu a independência dos países da região?

c) Que número identifica no mapa da página 254 o único país que não foi colonizado? Como esse país se chamava?

d) De acordo com o mapa da página 254, indique o número e o nome dos países que compõem os Novos Tigres Asiáticos.

e) Embora em alguns países ocorra produção de bens industrializados para exportação, no Sudeste Asiático predominam as atividades primárias. Cite algumas delas.

f) No Sudeste Asiático há ocorrência de vulcões e de terremotos de grande intensidade. O que explica essas ocorrências na região?

18 Analise o gráfico e responda às questões.

a) Em quais países a maior parte da população vive em áreas urbanas?

b) Que país não possui população rural?

Fonte: UNITED NATIONS. Department of Economic and Social Affairs. Population Dynamics. World urbanization prospects: the 2018 revision. United Nations. New York, 2018. Disponível em: https://population.un.org/ wup/. Acesso em: 27 jul. 2022.

(brâmanes); xátrias (militares); vaixias (camponeses, artesãos e comerciantes); e sudras (empregados de outras castas). Não pertencem a nenhuma das castas: os dalits (párias ou intocáveis), grupo desprovido de direitos.

c) Presença de grupos sociais distintos impede a mobilidade social. Além disso, a existência institucionalizada de uma casta de dalits, desprovida de direitos, mantém os membros desse grupo à margem da sociedade, sujeitos à discriminação e inúmeras formas de violência.

Objetivo: • Compreender como funciona o sistema de castas e seu papel na manutenção das desigualdades sociais na Índia.

17. a) Reino Unido, Países Baixos, Portugal, França, Espanha e Estados Unidos.

b) Após a Segunda Guerra Mundial.

c) 18. Tailândia.

d) 16. Malásia; 17. Indonésia; 18. Tailândia; 19. Filipinas; 22. Vietnã.

e) Agricultura, com destaque para o cultivo de arroz, e o extrativismo, com destaque para a exploração madeireira.

f) A região está localizada em áreas de contato entre placas tectônicas, o que provoca intensa atividade geológica.

Objetivo: • Conhecer aspectos demográficos, socioeconômicos e culturais, e aspectos históricos e políticos de países do Extremo Oriente, da Ásia Meridional e do Sudeste Asiático.

18. a) Cingapura, Brunei, Malásia, Indonésia, Tailândia.

b) Cingapura.

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joritariamente muçulmana, ficou sob domínio indiano, de maioria hindu. O Paquistão não aceita o domínio indiano sobre a região. Desde então, há conflitos e ameaças de confronto.

Objetivo: • Analisar aspectos históricos e políticos para compreender as tensões entre Índia e Paquistão.

14. Paquistão.

Objetivo: • Conhecer aspectos demográficos, socioeconômicos e culturais de países do Extremo Oriente, da Ásia Meridional e do Sudeste Asiático.

15. Incentivos fiscais, mão de obra numerosa, qualificada e fluente em inglês.

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Objetivo: • Compreender fatores históricos e políticos relacionados ao crescimento e dinamismo econômico de Japão, China, “Tigres” e “Novos Tigres” Asiáticos e Índia.

16. a) Às castas, grupos nos quais a sociedade hindu está dividida e que diferenciam as pessoas pela posição social.

b) No topo da hierarquia figuram os sacerdotes

Objetivo: • Conhecer aspectos demográficos, socioeconômicos e culturais de países do Extremo Oriente, da Ásia Meridional e do Sudeste Asiático.

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16 Analise a imagem e a frase. Depois, faça o que se pede.
0 100 80 60 40 20 (%) Cingapura Brunei Malásia Indonésia Tailândia Filipinas Vietnã Laos Timor Leste Mianmar Camboja 24,7 78,6 77,7 57,3 52,2 47,7 38,1 36,9 31,7 31,4 75,3 68,6 68,3 63,1 61,9 52,3 47,8 42,7 22,3 21,4 100 População urbana População rural
Sudeste Asiático: população urbana e rural (em %) – 2021
GOODSTUDIO/SHUTTERSTOCK.COM SONIA VAZ
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BNCC NA UNIDADE

Competências

Gerais: 1, 2, 4, 5, 7, 9 e 10

Ciências Humanas: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7

Geografia: 1, 3, 4, 5, 6 e 7

Habilidades

Geografia:

• EF09GE04

• EF09GE14

• EF09GE01

• EF09GE08

• EF09GE15

• EF09GE03

• EF09GE09

• EF09GE17

Abertura da Unidade

BNCC

• Atende-se à habilidade EF09GE09 com foco em analisar características de países e grupos de países da Oceania (conhecimentos prévios) em seus aspectos populacionais e urbanos.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Em uma roda de conversa, apresentar os conteúdos que serão estudados na Unidade: características territoriais da Oceania (dimensão, localização, divisão política e regional); aspectos físico-naturais do continente (clima, vegetação, relevo e hidrografia); caraterísticas gerais da população; aspectos sociais e econômicos das únicas nações com elevados índices de desenvolvimento no Hemisfério Sul – a Austrália e a Nova Zelândia.

A seguir, com o apoio de globo terrestre e um planisfério, solicitar aos estudantes, em grupo, que identifiquem e localizem a Oceania. Depois de todos manusearem o globo e o mapa, solicitar-lhes que indiquem as diferenças e semelhanças entre a Oceania e os outros continentes, no que diz respeito à sua disposição no mundo.

Encaminhar as atividades de abertura e, se julgar conveniente, comentar que a origem do nome Oceania está relacionada à mitologia grega. O nome do conti-

Nesta Unidade, serão analisados aspectos do espaço geográfico da Oceania, o menor continente da Terra, também conhecido como continente-arquipélago, pois é constituído por mais de três mil ilhas dos mais variados tamanhos, com destaque para a Austrália e a Nova Zelândia, que fazem parte do grupo das nações com melhores indicadores sociais do mundo.

Com cerca de 5 milhões de habitantes (2021), a aglomeração urbana de Sydney, na Austrália, é o principal centro econômico da Oceania. Fotografia de 2021.

nente é de uma das filhas do titã Oceano (grande rio que rodeava a terra conhecida pelos gregos).

Aproveitar a conversa introdutória desta abertura para solicitar aos estudantes que pesquisem notícias atuais sobre países da Oceania, que deverão ser coletadas ao longo do estudo da Unidade e expostas num painel, conforme sugerido na seção Atividade complementar

A resposta da atividade 1 é Austrália. Verificar os conhecimentos que os estudantes possuem sobre o país, analisando as respostas que

trarão indícios importantes para o desenvolvimento das aulas.

A resposta da atividade 2 é pessoal. Incentivar os estudantes a expor os motivos da escolha.

A resposta da atividade 3 é pessoal. A ideia é verificar conhecimentos prévios em relação aos países que constituem a Oceania.

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ATIVIDADE COMPLEMENTAR

Notícias que vêm da Oceania

Ao longo do estudo da Unidade, solicitar aos estudantes que, organizados em grupo, providenciem notícias atuais sobre países da Oceania. Cada grupo pode ficar responsável por um tema, como política, cidadania, ambiente, economia, minorias étnicas etc. Reservar dez minutos de cada aula para que o grupo apresente a notícia

Consultar respostas em Orientações didáticas.

Converse com seus colegas e o professor sobre as questões a seguir.

1 Em qual país a cidade retratada está localizada? O que você sabe sobre ele?

2 Se você tivesse de optar entre Austrália ou Nova Zelândia para uma viagem de turismo, qual deles escolheria visitar? Por quê?

3 Além da Austrália e da Nova Zelândia, de que outros países da Oceania você já ouviu falar?

AMPLIANDO HORIZONTES

• HEYERDAHL, Thor. Expedição Kon Tiki. São Paulo: José Olympio Editora, 2013.

Grupo de aventureiros, parte em uma jangada para provar que a ocupação da Oceania pelos primeiros grupos humanos ocorreu de leste para oeste e não de oeste para leste, como afirma a História.

– cada grupo pode apresentar uma notícia por aula. As notícias podem ser fixadas num painel e consultadas para relacionar com os conteúdos trabalhados ao longo da Unidade. É uma boa oportunidade para trabalhar de forma interdisciplinar com Língua Portuguesa, explorando o gênero “notícia”.

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• A habilidade EF09GE08 é contemplada com foco em analisar múltiplas regionalidades na Oceania.

• Atende-se à habilidade EF09GE09 com ênfase em analisar características de países e grupos de países da Oceania em seus aspectos populacionais e políticos e discutir suas desigualdades.

• O trabalho com a habilidade EF09GE15 está em comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Na página 260, promover a leitura compartilhada do texto que destaca a localização, as dimensões e as regionalizações da Oceania. Chamar a atenção para a população total do continente, que não chega a 1% da população mundial. Só não é o continente com menor número de habitantes porque a Antártida, como vimos no volume do 8o ano, não possui seu território dividido em países e também não tem população fixa, somente bases científicas e alguns turistas em determinadas épocas do ano. Comentar que, se não fosse a extensão territorial da Austrália, que ocupa cerca de 86% da área continental, a Oceania não existiria como continente – seu conjunto de ilhas no oceano Pacífico seria uma continuação do Sudeste Asiático.

Utilizar o mapa “Oceania: divisão política e regional” para identificar os países e regiões do continente. Destacar que muitas ilhas são territórios que pertencem a países de outros continentes, com destaque para Reino Unido e França, na Europa; Estados Unidos, na América; e também possessões da Austrália e da Nova Zelândia. Reforçar que possessões europeias e estadu-

1 TERRITÓRIO E POPULAÇÃO

A Oceania é o menor continente da Terra, com uma área territorial de pouco mais de 8,5 milhões de km² e uma população de aproximadamente 45 milhões de habitantes em 2021, o que corresponde a cerca de 0,6% da população mundial. A área territorial da Oceania é equivalente à do Brasil, porém a população dela é menor que a do estado de São Paulo, estimada em pouco mais de 46 milhões de habitantes em 2021, de acordo com dados do IBGE.

As ilhas que constituem a Oceania estão politicamente agrupadas em 14 países independentes e territórios que são possessões de outros países, como Estados Unidos e França. Tendo como referência as características étnicas, o tamanho e a quantidade das ilhas, costuma-se regionalizar o continente em quatro conjuntos. Analise o mapa.

Oceania: divisão política e regional

Mar da China Meridional

ÁSIA Majuro ESTADOS FEDERADOS DA MICRONÉSIA

PAPUA NOVA GUINÉ Ilhas Ogasawara VANUATU FIJI TONGA

Mar da China Meridional

Ilhas Marianas do Norte (EUA) ILHAS Palikir Pago Pago Ilhas Cook (NZL)

Havaí (EUA) ILHAS MARSHALL Ilhas Tokelau (NZL) AUSTRÁLIA

SAMOA Porto-Vila Apia Suva Nukualofa Ilhas Kermadec NZL Ilha Norfolk (AUS) Ilha Tasmânia (AUS)

Camberra

Linha Ilhas Midway (EUA) Ilhas Wake (EUA) Niue (NZL)

Johnston (EUA) KIRIBATI Nova Caledônia (FRA)

OCEANO PACÍFICO Mar de Corais

OCEANO ÍNDICO

Ilha Lord Howe (AUS) Ilha Campbell (NZL)

Wellington NOVA ZELÂNDIA Ilhas Auckland (NZL) Ilhas Antípodas (NZL)

Ilhas Chatham (NZL)

Ilha Bounty (NZL)

de mudança Samoa Americana (EUA)

OCEANO PACÍFICO Mar de Corais

Hagatna Guam (EUA) Ilhas Wallis e Futuna (FRA) Trópico de Capricórnio

Equador

Trópico de Câncer 0º Mar da Tasmânia OCEANO ÍNDICO

180º 0 989 Austrália (continente e ilhas) Micronésia Melanésia Polinésia

Equador

Polinésia Francesa (FRA) Ilhas Pitcairn (RUN)

180º 0 989

Trópico de Capricórnio

Trópico de Câncer 0º Mar da Tasmânia

Austrália (continente e ilhas) Micronésia Melanésia Polinésia

Fonte: ISTITUTO GEOGRAFICO DE AGOSTINI. Atlante geografico metodico De Agostini

Faça as atividades em seu caderno.

1 Quais são as quatro regiões da Oceania?

Capital 260

2 Cite os três Estados-nação da Oceania com maior território. Melanésia, Micronésia, Polinésia e Austrália. Austrália, Nova Zelândia e Papua Nova Guiné.

nidenses são ainda resquícios do imperialismo europeu e estadunidense, estudado no volume do 8o ano. Encaminhar as atividades 1 a 3 que auxiliam na leitura do mapa.

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Se julgar pertinente, solicitar aos estudantes que caracterizem cada região da Oceania ou que indiquem a localização delas, com base na leitura do mapa. Eles poderão dizer que: a Micronésia é um conjunto de pequenas ilhas localizadas entre a linha do equador e o trópico de Câncer; a Polinésia corresponde ao maior conjunto de ilhas, e

a Nova Zelândia forma o maior arquipélago da região, levando em conta a dimensão territorial; a Melanésia corresponde a um conjunto de ilhas localizado a nordeste da Austrália, sendo a maior ilha da região a Nova Guiné; e a Austrália corresponde a uma extensa massa de terra com pequenos arquipélagos, como o da Tasmânia.

Na página 261, por meio da leitura do texto, identificar aspectos gerais da população da Oceania. Sobre a ocupação da Oceania, com a colonização europeia, sugerimos ler para os estudantes

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BNCC
Linha de mudança de data Port Moresby TUVALU NAURU Honiara Yaren Bairiki Saipan Melekeok Fongafale Ilhas Marianas do Norte (EUA) ILHAS SALOMÃO Ilhas Havaí (EUA) Atol Johnston (EUA) KIRIBATI PALAU PAPUA NOVA GUINÉ Ilhas Ogasawara (JAP) Ilhas Midway (EUA) Ilhas Wake (EUA) Niue (NZL) Samoa Americana (EUA) Palikir Pago Pago Ilhas Cook (NZL) ILHAS MARSHALL Ilhas Tokelau (NZL) AUSTRÁLIA Nova Caledônia (FRA) VANUATU FIJI TONGA SAMOA Porto-Vila Apia Suva Nukualofa Ilhas Kermadec NZL Ilha Norfolk (AUS) Ilha Tasmânia (AUS) Camberra Ilha Lord Howe (AUS) Ilha Campbell (NZL) Ilha Bounty (NZL) Ilhas Chatham (NZL) Wellington NOVA ZELÂNDIA Ilhas Auckland (NZL) Ilhas Antípodas (NZL) Polinésia Francesa (FRA) Ilhas Pitcairn (RUN) ÁSIA Majuro ESTADOS FEDERADOS DA MICRONÉSIA Hagatna Guam (EUA) Ilhas Wallis e Futuna (FRA)
Capital ALLMAPS
de data Port Moresby TUVALU NAURU Honiara Yaren Bairiki Saipan Melekeok Fongafale
SALOMÃO Ilhas
Atol
PALAU
Novara: Istituto Geografico de Agostini, 2021. p. 172-173. (JAP)

A partir do século XIX, os impérios coloniais europeus passaram a ocupar efetivamente a Oceania, modificando de forma brutal as condições de vida dos diversos povos originários. Muitos foram expulsos de suas terras, escravizados, confinados em reservas ou exterminados pela violência imposta pelos colonizadores, em um processo bastante semelhante ao ocorrido nos países do continente americano.

Os descendentes de povos originários são vítimas de ações governamentais que visam desarticular suas culturas, de preconceito e segregação social, aspectos que se refletem em condições de vida inferiores às do restante da população do continente.

Os descendentes de europeus são a maioria da população na Austrália e na Nova Zelândia, que são os países mais ricos do continente, com economia diversificada e, no geral, excelentes condições de vida para a população. Os descendentes dos povos originários são maioria nas demais ilhas da Oceania, cujas economias dependem de turismo, agricultura e pesca e, em geral, apresentam indicadores sociais abaixo da média mundial.

A população da Oceania está concentrada nos territórios da Austrália, Nova Zelândia e Papua Nova Guiné, totalizando cerca de 94% da população do continente. No entanto, a Oceania é considerada um continente pouco povoado, com densidade demográfica média de apenas 4,5 hab./km². Analise o mapa.

Oceania: distribuição da população

De 2,5 a 5

TEXTO COMPLEMENTAR

A colonização da Oceania

A Oceania foi colonizada principalmente por britânicos (Austrália, Nova Zelândia e diversas ilhas menores), estadunidenses (Micronésia e Havaí) e franceses (várias ilhas da Polinésia). A Austrália se transformou em colônia penal do Reino Unido, recebendo muitos criminosos europeus que lá pagariam suas penas. Também recebeu muitos militares e funcionários para a administração colonial. A Nova Zelândia tornou-se fornecedora de minérios, carne e lã para a Europa. As ilhas da Micronésia e do Havaí foram ocupadas em razão da posição estratégica para o expansionismo estadunidense, pois favoreciam a instalação de bases militares.

O processo de independência dos países da Oceania ocorreu de forma diversificada. A Austrália tornou-se independente em 1901, e a Nova Zelândia, em 1931. Já os países da Micronésia e da Melanésia deram início a esse processo em 1956. Ainda há, no entanto, em todo o continente, muitas ilhas sob domínio estrangeiro, até mesmo de países da própria Oceania.

Elaborado pelos autores.

AMPLIANDO HORIZONTES

Fonte: ISTITUTO GEOGRAFICO DE AGOSTINI. Atlante geografico metodico De Agostini Novara: Istituto Geografico de Agostini, 2021. p. 173.

Responda às questões em seu caderno.

3 Em que áreas da Oceania estão as maiores concentrações populacionais?

4 Em que áreas da Oceania estão os maiores vazios populacionais e áreas não habitadas?

No seu entendimento, por que isso acontece?

No sudeste e no oeste da Austrália e no norte de Papua Nova Guiné. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.

a seção Texto complementar Ao abordar a situação dos povos originários do continente, é possível desenvolver o tema contemporâneo transversal Cidadania e Civismo, com destaque para a Educação em Direitos Humanos Fazer a leitura do mapa, que mostra a distribuição da população no território. Chamar a atenção para a baixa densidade demográfica do continente e para a distribuição irregular da população. Comentar que a população está concentrada principalmente no norte da Nova Zelândia e de Papua Nova Guiné e

ao longo da costa do Pacífico, na Austrália. Encaminhar as atividades 4 e 5.

Na atividade 4, espera-se que os estudantes apontem as porções centrais no centro-oeste da Austrália, a porção oeste da Ilha do Sul da Nova Zelândia e a porção central da Ilha do Norte da Nova Zelândia. Essas áreas pouco povoadas têm relação com os aspectos naturais do continente. A presença de desertos com climas quentes e a escassez de água, por exemplo, em certas áreas, contribuem para dificultar a ocupação humana.

• AS AVENTURAS do Geodetetive 5: como viajar e chegar no dia anterior. 2012. Vídeo (12min). Publicado por M3 Matemática Multimídia. Disponível em: https://m3.ime. unicamp.br/recursos/1106. Acesso em: 14 ago. 2022.

Arnaldo é um jovem muito curioso e está sempre à procura do saber. À noite, mergulha nos livros, assume uma nova identidade e transforma-se no Geodetetive. Certa noite, a aeromoça Ida Cole, que começará a trabalhar em rotas internacionais, entra em contato com o Geodetetive para entender como são estabelecidos os fusos horários e fatos relacionados a estes.

Trópico de Capricórnio 160º L OCEANO ÍNDICO OCEANO PACÍFICO ILHAS SALOMÃO NOVA CALEDÔNIA (FRA) Adelaide Perth Melbourne Christchurch Wellington Auckland Camberra Sydney Newcastle Gold Coast Port Moresby Brisbane FIJI VANUATU TUVALU NAURU AUSTRÁLIA NOVA ZELÂNDIA PAPUA NOVA GUINÉ De 0 a 1 De 1 a 10 De 10 a 25 De 25 a 50 De 50 a 100 Áreas desabitadas Densidade da população (habitantes por km²) Aglomerados urbanos (em milhões de habitantes) Centros urbanos (em milhares de habitantes) De 1 a 2,5 De 2,5 a 5 Menos de 100 De 100 a 500 Mais de 500 0 546 ALLMAPS
Trópico de Capricórnio 160º L OCEANO ÍNDICO OCEANO PACÍFICO ILHAS SALOMÃO NOVA CALEDÔNIA (FRA) Adelaide Perth Melbourne Christchurch Wellington Auckland Camberra Sydney Newcastle Gold Coast Port Moresby Brisbane FIJI VANUATU TUVALU NAURU AUSTRÁLIA NOVA ZELÂNDIA PAPUA NOVA GUINÉ
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• Trabalha-se a habilidade EF09GE01 com foco em analisar de que forma a hegemonia europeia foi exercida em várias regiões do planeta.

• A habilidade EF09GE03 é contemplada ao identificar diferentes manifestações culturais como forma de compreender a multiplicidade cultural na escala mundial, defendendo o princípio do respeito às diferenças.

• Atende-se à habilidade EF09GE04 com ênfase em relacionar diferenças de paisagens aos modos de viver de diferentes povos da Oceania, valorizando identidades e interculturalidades regionais.

• A habilidade EF09GE09 é trabalhada com foco em analisar características de países e grupos de países da Oceania em seus aspectos populacionais e discutir suas desigualdades sociais.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Com o conteúdo desta dupla de páginas, é possível desenvolver o tema contemporâneo transversal Multiculturalismo, com destaque para a Diversidade Cultural Para isso, promover a leitura coletiva do texto e a análise das imagens. Ressaltar a quantidade e a diversidade dos povos originários da Oceania, com destaque para os aborígenes australianos, os maoris e os polinésios.

Trabalhar com os estudantes o conceito de cosmovisão e como ele se aplica nas manifestações artísticas dos povos originários da Oceania. Destacar nesse contexto a arte rupestre, a pintura corporal e o instrumento musical didgeridoo

Ao abordar sobre o povo maori, comentar com os estudantes que a língua maori foi reconhecida como língua oficial da Nova Zelândia em 1987. É a segunda língua mais falada no país, depois do inglês. Na seção Ampliando horizontes, há uma sugestão de livro sobre esse povo originário.

Diferentes povos e culturas

A Oceania é povoada por centenas de povos originários que começaram a ocupar a região há mais de 50 mil anos. Entre esses povos, destacam-se os aborígenes na Austrália, os maoris na Nova Zelândia, os polinésios nas ilhas da Polinésia, entre outros.

Apesar da grande diversidade cultural entre os povos originários da Austrália, os aborígenes, que representam menos de 3% da população do país, compartilham a mesma cosmovisão. Leia o trecho a seguir.

Aborígene: termo utilizado pelos europeus para denominar um indivíduo que pertence a um dos povos originários da Austrália. Em um sentido mais amplo, nativo ou originário do lugar onde vive.

Cosmovisão: concepção ou visão de mundo.

Segundo a lenda aborígene, toda a superfície da Terra foi outrora uma extensão de lama ou argila, desprovida de características. Foi então que os seres ancestrais emergiram, assumiram a forma de um animal, de uma planta ou de um ser humano, e empreenderam a sua jornada através da terra, moldando a lama em rios, colinas, ilhas e cavernas. Isto aconteceu numa época denominada Tempo do Sonho.

FINKEL, Michael. Aborígenes: os primeiros australianos. National Geographic, Lisboa, 1 jun. 2022. Disponível em: https://nationalgeographic.pt/historia/grandes-reportagens/1891aborigenes-os-primeiros-australianos. Acesso em: 2 ago. 2022.

A cosmovisão dos povos aborígenes australianos está presente em diversas manifestações artísticas. Analise as fotografias.

Pintura rupestre no Parque Nacional de Kakadu, Austrália, 2021.

O Parque Nacional de Kakadu está situado no Território do Norte, onde comunidades aborígenes ainda mantêm seu modo de vida. É considerado patrimônio cultural da humanidade, pois abriga uma das maiores coleções de pinturas rupestres do mundo. Na fotografia, está representado o deus da criação para os povos aborígenes, Namondjok.

Homem aborígene com pintura corporal tradicional tocando didgeridoo, em East Arnhem, Austrália, 2022.

O didgeridoo é um dos mais antigos instrumentos musicais, feito de galhos ocos de eucalipto ou outras espécies vegetais. De forma cilíndrica ou cônica, varia entre 1 e 2 metros de comprimento e, na cosmologia aborígene, representa a mãe serpente, criadora da Terra.

Encaminhar a atividade 1, cuja resposta é pessoal. No entanto, espera-se que os estudantes apresentem argumentos coerentes com a escolha apresentada. É importante comentar que as manifestações culturais e os modos de vida de diferentes culturas não devem ser analisados em uma perspectiva hierárquica, pois estão relacionados a determinado contexto e a valores particulares de cada povo.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR

Cultura maori

Propor à turma a elaboração de um painel de imagens que mostrem aspectos da cultura maori, como esculturas, bordados, tatuagens, danças e lendas. Expor o painel em um ambiente da escola onde todos possam visualizar o trabalho dos estudantes. O painel também pode ser postado nas mídias sociais da escola, amigos e familiares dos estudantes.

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MARC ANDERSON/ALAMY/FOTOARENA TAMATI SMITH/GETTY IMAGES 262
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Os maoris são descendentes dos polinésios que se instalaram nos atuais territórios do Havaí, Ilha de Páscoa e Nova Zelândia. Aproximadamente 15% da população neozelandesa é maori e, apesar das políticas de reconhecimento de direitos e valorização da cultura, ainda há preconceito.

Quando os ingleses anexaram os territórios da Nova Zelândia ao Império Britânico, os maoris foram expropriados de suas terras. Entre 1840 e 1868, houve várias revoltas contra o Exército inglês, mas foi somente a partir dos anos 1970, após muitas manifestações, que os maoris conseguiram que o governo neozelandês reavaliasse a questão da posse da terra.

A arte na sociedade maori tradicional está associada ao exercício do poder pelos senhores da guerra. Eles possuem as melhores armas e usam os enfeites de maior destaque, pois o prestígio da tribo vem desses líderes. A tatuagem ritual é um exemplo. Conhecida como moko, ela é importante para os maoris, pois indica o lugar ocupado pela pessoa na sociedade. Analise as fotografias.

Os homens são tatuados em todo o rosto e, às vezes no corpo, enquanto as mulheres são tatuadas apenas no queixo e ao redor dos lábios. As tatuagens tradicionais são feitas em vários dias, com um cinzel em osso para traçar as linhas do desenho no rosto. Depois, é aplicada a tinta que penetra nas incisões.

de orgulho, vigor, força, identidade e unidade de um povo – se encaixando perfeitamente nas apresentações dos jogadores de rúgbi. Apesar de ser ligado normalmente à guerra, o haka também era usado em tempos de paz, principalmente para receber visitantes.

A dança inclui batidas violentas das pernas no chão, tapas dos próprios participantes em seu corpo – principalmente braços, pernas e peito – e fortes expressões faciais, sendo a mais conhecida o movimento da língua para fora da boca. Tudo isso é acompanhado de um cântico dos próprios guerreiros.

DEPUTADO maori é expulso de parlamento na Nova Zelândia após dançar haka. G1, Rio de Janeiro, 12 maio 2021. G1, Rio de Janeiro, 12 maio 2021. Disponível em: https:// g1.globo.com/mundo/noticia/2021/05/12/ deputado-maori-e-expulso-de-parlamentona-nova-zelandia-apos-dancar-haka.ghtml. Acesso em: 16 ago. 2022.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor

Com tradicional tatuagem maori, Nanaia Mahuta, ministra de Relações Exteriores da Nova Zelândia, discursa no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, Suíça, 2022.

Os maraês são considerados lugares sagrados para os maoris. Nessas construções, com esculturas em madeira, são realizadas reuniões, celebrações, funerais e outros eventos importantes para a comunidade.

Converse com seus colegas e o professor sobre a questão a seguir.

1 Qual elemento cultural representado mais chamou sua atenção? Apresente argumentos para justificar sua escolha. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.

TEXTO COMPLEMENTAR

Deputado maori é expulso de parlamento na Nova Zelândia após dançar haka

Um deputado indígena da Nova Zelândia foi expulso da câmara de debates do Parlamento [...] por dançar um haka maori em protesto contra o que ele disse serem argumentos racistas.

O protesto de Rawiri Waititi aconteceu após um debate entre os parlamentares sobre os planos do governo de criar uma nova autoridade de

saúde maori, como parte de mudanças radicais no sistema de saúde em geral.

[...]

O que é um haka?

O nome haka é oficialmente um termo genérico para dança no idioma maori, mas acabou se tornando o significado de uma apresentação de guerra.

Usado antigamente para preparar os guerreiros física e mentalmente para as batalhas, além de desafiar os oponentes, o haka é uma demonstração

• OS ABORÍGENES. Survival. [S. l.], [20--]. Disponível em: https://www. survivalbrasil.org/povos/aborigenes.

Acesso em: 31 jul. 2022.

Nesse site do movimento global Survival, você pode obter mais informações sobre os povos aborígenes australianos.

• LOBÃO, Diomar Cesar. “The dreamtime”: o tempo do sonho: a essência do povo aborígine da Austrália (o tempo em que o mundo ainda não existia). Rio de Janeiro: Editora Telha, 2022. O livro relata a história e a cultura dos povos aborígenes da Austrália.

• STAM, Gilberto. Filhos de Ypukuéra. Pesquisa Fapesp, São Paulo, 19 abril 2021. Disponível em: https:// revistapesquisa.fapesp.br/filhos-de -ypykuera/. Acesso em: 27 ago. 2022. Os indígenas sul-americanos descendem dos aborígenes da Ásia e Oceania?

Para o professor e o estudante

• GERAÇÃO roubada. Direção: Phillip Noyce. Austrália: Imagem Filmes, 2002. Vídeo (94 min).

Três garotas aborígenes fogem de um campo criado para treinar mulheres do seu povo para serem empregadas domésticas. Elas percorrem o interior da Austrália para voltar à sua aldeia de origem e são perseguidas pelas autoridades locais.

FABRICE COFFRINI/AFP TRABANTOS/SHUTTERSTOCK.COM
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Maraê em Rotorua, Nova Zelândia, 2020.
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Competências

• Gerais: 1, 2, 4, 7 e 10

• Área: 2, 3, 6 e 7

• Específicas: 1, 3, 5, 6 e 7

• Atende-se à habilidade EF09GE04 com foco em relacionar diferenças de paisagens aos modos de viver de diferentes povos da Oceania.

• O trabalho com a habilidade EF09GE09 é realizado com ênfase em analisar características de países e grupos de países da Oceania e discutir pressões sobre seus ambientes físico-naturais.

• Contempla-se a habilidade EF09GE14 com foco em elaborar desenhos esquemáticos para sintetizar e apresentar dados e informações sobre as consequências das mudanças climáticas na Oceania.

• O desenvolvimento da habilidade EF09GE17 dá-se com ênfase em explicar características físico-naturais da Oceania e os impactos das mudanças climáticas nos ecossistemas do continente.

Interdisciplinaridade com...

Língua Portuguesa:

• EF89LP03 Analisar textos de opinião (artigos de opinião, editoriais, cartas de leitores, comentários, posts de blog e de redes sociais, charges, memes, gifs etc.) e posicionar-se de forma crítica e fundamentada, ética e respeitosa frente a fatos e opiniões relacionados a esses textos.

• EF09LP03 Produzir artigos de opinião, tendo em vista o contexto de produção dado, assumindo posição diante de tema polêmico, argumentando de acordo com a estrutura própria desse tipo de texto e utilizando diferentes tipos de argumentos – de autoridade, comprovação, exemplificação princípio etc.

• EF89LP22 Compreender e comparar as diferentes posições e interesses em jogo em uma

Ilhas do Pacífico podem desaparecer

Pesquisadores e órgãos internacionais, como as agências da ONU, vêm alertando sobre as mudanças climáticas no planeta Terra, em especial para o aumento da temperatura média da atmosfera. Entre os efeitos dessas alterações, está o derretimento de geleiras, que resulta no aumento do nível dos oceanos. Trechos litorâneos e diversas ilhas, muitas na Oceania, estão sujeitos a diversos problemas relacionados ao aumento do nível do mar, com destaque para as inundações.

As ilhas da Oceania são protegidas dos impactos das ondas pelos recifes de corais, que formam uma barreira natural de proteção. Com o aumento do nível dos oceanos, as águas atravessam esses recifes e inundam os territórios. A diminuição das áreas territoriais de países situados em pequenas ilhas é uma das consequências desse processo.

Do ponto de vista ambiental, as inundações contribuem para a destruição de ecossistemas costeiros. Além disso, ao penetrar o solo, a água salgada contamina as reservas de água doce, tornando-as impróprias para o consumo humano. Em condições normais, as precipitações se encarregariam da “lavagem” do subsolo, restabelecendo o equilíbrio físico-químico. Contudo, com a diminuição das chuvas em razão das mudanças climáticas, os aquíferos tendem a permanecer com altos índices de salinidade.

Funafuti, Tuvalu, 2019. Nesse país, o nível do mar vem aumentando em média 5 mm por ano. Em alguns anos, essa parte da ilha corre o risco de “desaparecer”.

Ministro da Justiça, Comunicações e Relações Exteriores de Tuvalu, Simon Kofe (1984-), discursa durante a 26a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em 2021.

discussão ou apresentação de propostas, avaliando a validade e força dos argumentos e as consequências do que está sendo proposto e, quando for o caso, formular e negociar propostas de diferentes naturezas relativas a interesses coletivos envolvendo a escola ou comunidade escolar.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Com o conteúdo desta seção é possível desenvolver o tema contemporâneo transversal Meio Ambiente, com destaque para a Educação Ambiental Também há um trabalho interdisciplinar com Língua Portuguesa com ênfase nas habilidades EF89LP03, EF9LP03 e EF89LP22. Para isso, promover a leitura coletiva do texto e da notícia. O conteúdo sobre as consequências da elevação do nível do mar pode ser aprofundado com base

BNCC
com CONEXÃO LÍNGUA PORTUGUESA MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, COMUNICAÇÃO E RELAÇÕES EXTERIORES/ GOVERNO DE TUVALU
INTEGRANDO com LÍNGUA PORTUGUESA NÃO ESCREVA NO LIVRO.
MARIO TAMA/GETTY IMAGES 264 D2-GEO-F2-2106-V9-U8-258-283-LA-G24-AV2.indd 264 30/08/2022 19:30 264

sobre o assunto no texto a seguir.

Mudanças climáticas: o país que se prepara para desaparecer

[...]

Como Kiribati e as Maldivas, entre outros locais, Tuvalu é um país feito de atóis e, portanto, é especialmente vulnerável ao aquecimento global. [...]

“Vivemos em faixas de terra muito estreitas e em algumas áreas você pode ver o mar aberto de um lado e uma lagoa do outro”, disse [o ministro de Tuvalu, Simon Kofe].

“O que temos experimentado ao longo dos anos é que, com o aumento do nível do mar, vemos a erosão de partes da ilha.”

Tuvalu também tem enfrentado ciclones mais fortes e períodos de seca [...]

A água marinha está se infiltrando no subsolo em certas áreas e isso afeta os aquíferos, explicou Kofe.

“A água potável normalmente é obtida da chuva, mas em algumas ilhas também eram cavados poços para acessar as águas subterrâneas. Hoje isso não é possível devido à intrusão da água do mar, então dependemos basicamente apenas da água da chuva”.

A penetração de água salgada também inutilizou terras agrícolas. O governo taiwanês está atualmente financiando e gerenciando um projeto piloto para produzir alimentos em condições controladas em Tuvalu.

“A salinidade da areia dificulta muito o cultivo de nossos alimentos e estamos cada vez mais dependentes de produtos importados”, disse Kofe.

BBC. Mudanças climáticas: o país que se prepara para desaparecer. Época Negócios, São Paulo, 5 dez. 2021. Disponível em: https://epocanegocios. globo.com/Um-So-Planeta/noticia/2021/12/mudancas-climaticas-o-pais-que-seprepara-para-desaparecer.html. Acesso em: 2 ago. 2022.

Atol: ilha oceânica em forma de anel formada a partir do desenvolvimento de recifes – formações rochosas de corais e calcário de certas algas – ao longo da orla costeira de um vulcão. Quando a ilha vulcânica afunda e o cone que forma o vulcão desaparece, surge em seu lugar uma lagoa.

cia das atividades humanas sobre o clima.

TEXTO COMPLEMENTAR

Desaparecimento das pequenas ilhas

[...] nos próximos 50 anos o oceano pode varrer do mapa algumas das 52 nações localizadas em pequenas ilhas, as chamadas SIDS (Small Island Developing States), onde se concentram quase 1% da humanidade e uma ainda enorme biodiversidade. Shamshad Akhtar, secretária-executiva da Comissão Socioeconômica da ONU para a Ásia e o Pacífico (UNESCAP), afirma que a elevação do nível do mar representa para essas ilhas“a mais grave das ameaças para a sua sobrevivência e viabilidade, incluindo para algumas a perda total de seu território”.

1 No caderno, ou em uma folha avulsa, faça desenhos esquemáticos de como o aumento do nível do mar provoca a salinização das águas nas ilhas citadas no texto.

Orientar os estudantes na pesquisa. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.

2 As causas do aquecimento global são discutidas por cientistas do mundo todo. Há grupos que apontam as ações humanas, há outros que acreditam em causas naturais. Faça uma pesquisa sobre o assunto em livros impressos, jornais, revistas e sites de organizações, como a ONU, ou órgãos do governo brasileiro, como o Ministério do Meio Ambiente. Verifique e registre os argumentos de cada um dos lados. Depois, escreva, no caderno, um artigo de opinião expondo seu ponto de vista e discuta com os colegas e o professor.

Orientar os estudantes na pesquisa. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.

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nas informações do trecho citado na seção Texto complementar. Encaminhar as atividades 1 e 2.

Na atividade 1, orientar os estudantes a produzir um desenho esquemático que ilustre as informações do texto: subida do nível do mar, grandes ondas que atingem as ilhas, contaminação de aquíferos por água salgada.

Na atividade 2, orientar os estudantes a consultar as opiniões e os argumentos dos grupos opostos. De um lado, há os chamados “céticos do clima”, que atribuem o aquecimento global

a causas exclusivamente naturais. De outro lado, a maior parte da comunidade científica aponta as ações humanas como principais responsáveis pelo aumento das médias de temperatura. Entre esses cientistas, está o grupo do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU). A atividade pode ser ampliada, reforçando a interdisciplinaridade com Ciências, com base no trabalho com outros impactos ambientais provocados pelas mudanças climáticas ou, ainda, da influên-

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Sobretudo os atóis (ilhas coralinas) estão condenados. No oceano Índico, boa parte das ilhas Maldivas, com seus 329 mil habitantes vivendo entre menos de 1 metro e 2 metros acima do nível do mar, deve desaparecer até meados do século. E um grupo de pesquisadores do CNRS, na França, projeta que entre 5% e 12% das 1 269 ilhas francesas devem desaparecer num futuro próximo, ameaçando de extinção cerca de 300 espécies endêmicas. No Pacífico, prevê-se o desaparecimento de ilhas da Micronésia e da Polinésia, como Tuvalu, Quiribati e as Ilhas Marshall, com uma população total, apenas nesses três arquipélagos, de 180 mil habitantes. Com a elevação do nível do mar, resíduos radioativos, armazenados desde 1979 numa casamata chamada Runit Dome (nas Ilhas Marshall), ficarão submersos, o que os levará a vazar no oceano, através das crescentes rachaduras do concreto. [...]

MARQUES, Luiz. Consequências da elevação do nível do mar no século XXI. Jornal da Unicamp, Campinas, 24 jul. 2017. Disponível em: https://www.unicamp.br/ unicamp/ju/artigos/luiz-marques/ consequencias-da-elevacao-do-niveldo-mar-no-seculo-xxi. Acesso em:16 ago. 2022.

Leia mais
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• A habilidade EF09GE15 é contemplada com foco em comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.

• O trabalho com a habilidade EF09GE17 é feito com foco em explicar características físico-naturais da Oceania e as relações entre clima e vegetação.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Na página 266, orientar a leitura dos mapas de clima e de vegetação da Oceania. Destacar a extensão latitudinal do continente como um dos fatores responsáveis pelos variados tipos de clima e de formações vegetais. Comentar que o relevo funciona como uma barreira à entrada de ventos úmidos para o interior da Austrália, fato que, em conjunto à presença de correntes marítimas frias no litoral, favorece a formação de extensos desertos nessa área do continente. Encaminhar as atividades 1 a 3 que auxiliam na análise dos mapas.

Na atividade 3, espera-se que os estudantes indiquem a presença de desertos com climas quentes e a escassez de água no centro-oeste da Austrália como fatores que dificultam a ocupação humana. Na Nova Zelândia, a presença de terrenos montanhosos dificulta a ocupação de certas porções do território.

Na página 267, destacar a hidrografia constituída por rios de curta extensão que correm por desníveis acentuados ocasionados pelo relevo predominantemente montanhoso do continente. Essa característica dos rios dificulta a navegação, porém é muito importante para a exploração de energia hidrelétrica, além de possibilitar atividades esportivas, como o rafting Para identificar as altitudes, formas predominantes no rele -

2 ASPECTOS NATURAIS

1. Papua Nova Guiné: clima equatorial e Floresta Tropical e Equatorial; Nova Zelândia: clima temperado e Floresta Temperada.

2. Climas: desértico e semiárido, que se associam, respectivamente, à vegetação desértica e à Savana.

Por ser um grande arquipélago, a Oceania apresenta aspectos naturais marcantes que influenciam a ocupação dos territórios e a distribuição das atividades humanas.

Clima e vegetação

A extensão latitudinal (norte-sul) da Oceania, associada à atuação de correntes marítimas e diferentes formas de relevo, possibilita a ocorrência de vários tipos de clima e formações vegetais em seu território.

Na Austrália há extensas áreas onde predominam os climas desértico e semiárido (centro-oeste). As áreas desérticas ocupam cerca de 35% do território australiano. Isso ocorre em razão da presença de correntes marítimas frias que circulam no litoral sul do território e da Cordilheira Australiana, que barra a entrada de ventos úmidos no interior do país. Analise e relacione os mapas a seguir para responder às questões em seu caderno.

1 Quais climas e vegetações predominam em Papua Nova Guiné e na Nova Zelândia?

2 Quais são os principais tipos de clima encontrados no centro-oeste da Austrália? Que formações vegetais estão associadas a eles?

3 Compare os mapas desta página com o mapa “Oceania: distribuição da população”, da página 261. Explique de que maneira as características naturais influenciam a distribuição da população na Oceania, especialmente na Austrália. Consultar comentários em Orientações didáticas.

vo e alguns rios da Oceania, pode-se consultar o mapa “Oceania: físico” na página 268 , na seção Interagir com mapas . Entre as formas do relevo da Oceania, destacar a beleza cênica dos fiordes na Nova Zelândia, que atrai muitos turistas.

Comentar que, ao longo da costa nordeste da Austrália, encontra-se a formação de corais mais importante do mundo, a Grande Barreira Coralínea, declarada Patrimônio da Humanidade

Oceania: clima

Tipos de clima (adaptado da classificação de Köppen)

Equatorial

Tropical Desértico

Semiárido

Mediterrâneo

Temperado

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 58.

Oceania: vegetação

Principais tipos de vegetação

Floresta tropical e equatorial

Floresta temperada

Savana

Estepe e pradaria

Vegetação

mediterrânea

Deserto quente

Fonte: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 164.

pela Unesco. A barreira de coral é o maior parque marinho do mundo, formada por mais de 4 500 tipos de coral, 1 500 espécies de peixes e 2 900 recifes, que impedem a aproximação de navios de grande porte da costa australiana. Destacar que as ilhas do Pacífico atraem mergulhadores e surfistas em razão da presença de recifes de corais e das grandes ondas do oceano. Se possível, assistir com os estudantes o documentário sugerido na seção #Fica a dica

Trópico de Capricórnio 160º L OCEANO ÍNDICO OCEANO PACÍFICO ILHAS SALOMÃO NOVA CALEDÔNIA (FRA) FIJI VANUATU TUVALU NAURU AUSTRÁLIA NOVA ZELÂNDIA PAPUA NOVA GUINÉ 0 897 ALLMAPS Trópico de Capricórnio 160º L OCEANO ÍNDICO OCEANO PACÍFICO ILHAS SALOMÃO NOVA CALEDÔNIA (FRA) FIJI VANUATU TUVALU NAURU AUSTRÁLIA NOVA ZELÂNDIA PAPUA NOVA GUINÉ 0 897 ALLMAPS
BNCC
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TEXTO COMPLEMENTAR

Hidrografia e relevo

A hidrografia da Oceania apresenta rios estreitos, de curta extensão, cravados em vales profundos e com corredeiras que dificultam a navegação, com exceção dos rios Murray e Darling, na Austrália, os mais importantes do continente.

As formas do relevo apresentam diferenças significativas entre as ilhas do Pacífico, a Austrália e a Nova Zelândia, pois se originaram em períodos geológicos distintos.

Nas ilhas do Pacífico, o relevo é montanhoso, pois elas se encontram em uma área de choque de placas tectônicas e estão sujeitas à ocorrência de atividade vulcânica e terremotos. Em Papua Nova Guiné está o ponto culminante do continente, o monte Wilhelm, com 4 509 metros de altitude.

A Nova Zelândia também apresenta relevo montanhoso, com vulcões ativos. O território neozelandês é constituído por muitos lagos de origem vulcânica e o litoral apresenta muitas penínsulas e fiordes

O território australiano, distante das áreas de choque ou separação de placas tectônicas, apresenta terrenos relativamente estáveis, antigos e bastante desgastados. O relevo nessa parte da Oceania é constituído, principalmente, por planaltos e planícies.

Fiorde: vale formado pela ação de geleiras e inundado pelo mar. Algumas dessas formações ultrapassam 350 km de comprimento, com paredões que atingem mais de 1 000 m de altura e uma parte submersa com 1 500 m de profundidade.

Milford Sound, o mais famoso e visitado fiorde da Nova Zelândia. Fotografia de 2022.

Problemas ambientais na Oceania

A Oceania tem enfrentado sérios problemas ambientais provocados por toneladas de resíduos tóxicos (óleo, pesticida e fertilizante) lançados nos oceanos que banham o continente. São mais de cinquenta locais de contaminação, em treze países, segundo o Programa Regional sobre o Meio Ambiente do Pacífico Sul.

A Oceania também foi região de testes nucleares dos Estados Unidos e da França; esse fato ocasionou contaminação por radioatividade em muitos locais no oceano Pacífico. As duas potências mundiais se comprometeram a não mais testar armas nucleares no Pacífico Sul.

Ler para os estudantes o Texto complementar que se relaciona ao tema contemporâneo transversal Meio Ambiente, com destaque para a Educação Ambiental.

FICA A DICA

O fascinante mundo dos corais. Direção: Nick Robinson. Estados Unidos, 2021. Acompanhando a jornada de um pequeno peixe, o documentário mostra as diferentes formas de vida presentes na Grande Barreira de Corais da Austrália.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR

Oceania em imagens

Solicitar aos estudantes uma apresentação de slides com diferentes imagens da Oceania, destacando os elementos naturais trabalhados nesta dupla de páginas: Cordilheira Australiana, Grande Deserto de Vitória, rios Murray e Darling, do Monte Wilhelm, Grande Barreira Coralínea, Floresta Equatorial, a Savana Australiana, vulcões ativos etc.

Outro grave problema enfrentado na Oceania é a ameaça de sua rica fauna original, da qual são exemplos o canguru, o ornitorrinco, o diabo da tasmânia e o coala. Essa ameaça é provocada pela introdução de diversas espécies de animais exóticos, trazidos pelos colonizadores. Muitas espécies locais foram extintas ou estão em acelerado processo de extinção.

Elaborado pelos autores

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor

• COMO está o Atol de Biquíni –Documentário Completo: De volta a Bikini – Lawrence Wahba. 2020. Vídeo (50min11s). Publicado pelo canal Lawrence Wahb. Disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=sOSfOYXt5t8. Acesso em: 16 ago. 2022.

Nesse vídeo, podem-se obter informações sobre as consequências dos testes nucleares no Atol de Bikini.

• LEESON, Andrew. Grande Barreira de Corais, na Austrália, sofre novo branqueamento ‘generalizado’. Folha de S.Paulo, São Paulo, 18 mar. 2022. Disponível em: https:// www1.folha.uol.com.br/ambiente/2022/03/grande-barreira-decorais-na-australia-sofre-novobranqueamento-generalizado. shtml. Acesso em: 16 ago. 2022. Artigo com informações sobre os problemas ambientais na Grande Barreira Coralínea.

#
Monte Uluru, no Território do Norte, Austrália, 2021. 267
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Competências

• Gerais: 2, 4 e 5

• Ciências Humanas: 7

• Geografia: 3, 4 e 5

• Desenvolve-se a habilidade EF09GE15 com foco em comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.

• Atende-se à habilidade EF09GE17 com ênfase em explicar características físico-naturais da Oceania, analisando os pontos culminantes do continente por meio da altimetria e batimetria.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

A seção Interagir com mapas apresenta o mapa físico da Oceania, que inclui a altitude e a batimetria. Chamar a atenção dos estudantes para o fato de que há mapas físicos que representam apenas a altimetria, complementada pelos rios. Promover a leitura compartilhada do texto das páginas 268 e 269 para que os estudantes possam compreender a diferença entre altimetria e batimetria e como são representadas nos mapas físicos.

Comentar que os mapas físicos que apresentam altitude e batimetria são também denominados mapas hipsométricos. As cores neles usadas representam faixas de altitude ou de batimetria delimitadas por curvas de nível. Em representações cartográficas de escala maior, como cartas e plantas, costuma-se representar as altitudes ou as batimetrias apenas por curvas de nível, sem colorir intervalos entre elas.

Destacamos que a representação cartográfica das altitudes, incluindo os conteúdos a ela relacionados, foi trabalhada de forma sistematizada no volume do 6o ano

Altimetria e batimetria

Analise o mapa.

Oceania: físico

Os mapas físicos representam características do relevo e da hidrografia de um determinado espaço, e, em alguns, além da altimetria (altitudes), é representada a batimetria (profundidade).

No mapa desta página, a altimetria foi representada por diferentes cores e tons. Como costuma ocorrer em outros mapas físicos, o verde é utilizado para faixas de altitudes mais baixas, seguido de amarelo, laranja e marrom. Para a faixa de altitudes mais elevadas, é comum o uso do lilás ou branco para transmitir a ideia de ocorrência de neve ou temperaturas baixas.

Encaminhar as atividades 1 a 5 que auxiliam na leitura do mapa e na sistematização do conteúdo abordado na seção.

Na atividade 4, espera-se que os estudantes respondam que não é possível identificar maiores profundidades, apenas observando o tom de azul, pois na última faixa foram representadas todas as profundidades que estão abaixo de 4 000 m; portanto, o azul mais escuro inclui uma gama bastante ampla de cotas batimétricas, já que as mais profundas vão além de –11 000 m.

As localidades mais profundas, que correspondem às fossas submarinas, foram identificadas com nomes e cotas de profundidade. São elas: fossa das Marianas (–11 000 m); fossa Kermadec (–10 045 m); fossa de Tonga (–10 882 m); fossa de Porto Rico (–9 220 m); fossa do Almirante (–9 000 m); fossas Ilhas Sandwich do Sul (–8 264 m).

Se julgar conveniente, ampliar as informações promovendo uma comparação entre os oceanos, conforme o quadro a seguir.

BNCC Equador 0º Trópico de Capricórnio Trópico de Câncer ÁSIA 180º L GRANDE DESERTO DE AREIA GRANDE DESERTO DE VITÓRIA G R A NDE CORDILHEIRADIV I S Ó R I A MTE. KOSCIUSCO 2 228 m GRANDE BARREIRACORALÍNEA Arq. Furneaux I. Tasmânia I. Nova Guiné Is. Salomão Arq. de Bismarck Arq. Nova Caledônia Arq. de Tonga Is. Fiji Is. Gilbert Is. Carolinas I. Stewart ALPES DOSULMTE.COOK 3 754 m Is. Marquises Arq. Tuamotu I. Tahiti Is. Samoa I. Mauí I. Havaí Ilhas Havaí Mar das Filipinas Marde Java Lago Eyre Lago Torrens Golfo de Spencer RioFly Estr de Cook -11 000 m -10 830 m -10 595 m Fossa das F i l i pinas Fos s a d a s M a r a n a s Is. Ogasawara Is Mari a n sa I. Wake Is. Midway Atol Johnston Is. Phoenix Is. Tokelau Is. Ellice I. Guadalcanal Is. Santa Cruz Is. Novas Hébridas I. Norfolk I. Lord Howe I. Fraser Is. Kermadec Ilha do Norte Is. Chatham I. King I. Kangaroo I. Bounty I. Campbell C. Leste C. Sudoeste C. Naturaliste C. Norte Is. Antípodas Is. Auckland Ilha do Sul Is. Niue Is. Wallis e Futuna Is. Tubuai Ilhas Pitcairn Ilhas Marshall Ilhas Cook IsRatak Is Ralik I. Nova Irlanda I. Bougainville I. Nova Bretanha PLANALTO KIMBERLEY TERRA DE ARNHEM CAD.CENTRAL PEN. DO CABO YORK I. Melville C. Lévêque C. Noroeste CADEIAS MACDONNELL CADEIA PETERMANN PLANÍCIE NULLABOR C A DE I A FLINDERS DESERTO SIMPSON CADEIAGREY ALPES AUSTRALIANOS MTE. WILHELM 4 509 m -15 m Mar da China Meridional 23 27’ N Estr. de Bass Mar de Timor Mar de Arafura Golfo de Carpentária Estr de Torres OCEANO ÍNDICO OCEANO PACÍFICO Grande Baía Australiana RioDarling Rio Murray Mar de Corais Fossa de Tonga Fossa Kermadec -10 882 m -10 045 m Mar da Tasmânia 0 785 3 000 1 000 500 200 0 0 -200 -2 000 -4 000 Profundidade (em metros) Picos Profundidades Altitude (em metros) ALLMAPS
MAPAS INTERAGIR COM NÃO ESCREVA NO LIVRO.
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Fonte: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 147.

A batimetria é representada por diferentes tons de azul. Os tons mais claros são usados para as menores profundidades e os mais escuros, para as maiores. Os números que indicam a profundidade são negativos, pois representam informações do relevo submarino, ou seja, abaixo do nível do mar (0 metro). Leia o texto a seguir, que traz informações sobre a profundidade do assoalho oceânico terrestre.

A profundidade média dos oceanos é estimada em 3 870 m, com as maiores profundidades localizadas no Challenger Deep (11 037 m) na Fossa das Marianas, no oceano Pacífico que, entre todos os oceanos, é o que possui também a maior profundidade média (4 282 m) com cerca de 87% dos seus fundos localizados a mais de 3 000 m.

As maiores profundidades do oceano Atlântico, cuja profundidade média não ultrapassa os 3 600 m, estão localizadas junto às fossas de Porto Rico (9 220 m) e próximas às Ilhas Sandwich do Sul (8 264 m). O oceano Índico, que possui profundidade média de 4 000 m, tem sua maior profundidade localizada na Fossa do Almirante (9 000 m).

Responda às atividades em seu caderno.

1 Quais faixas de altitude predominam no território da Austrália?

De 0 a 200 m e de 200 a 500 m.

2 Quais são e onde se localizam os pontos mais elevados da Oceania? Cite também as altitudes deles.

Monte Wilhelm, com 4 509 m, na Papua Nova Guiné, e Monte Cook, com 3 754 m, na Nova Zelândia.

3 Quantas faixas de batimetria foram representadas? Cite as profundidades que delimitam cada faixa, relacionando-as aos tons de azul.

São quatro faixas. Do azul mais claro para o mais escuro são: de 0 a –200 m; de –200 m a –2 000 m; de –2 000 m a –4 000 m; abaixo de –4 000 m.

4 Quais são as maiores profundidades indicadas no mapa e no texto? É possível identificá-las ou representá-las apenas com os tons de azul sugeridos? Explique sua resposta.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

5 Em grupo, façam uma pesquisa sobre as fossas oceânicas (também chamadas de fossas submarinas). Busquem em bibliotecas, físicas ou virtuais, estudos científicos que expliquem como se formaram, aspectos da fauna, questões relacionadas à poluição das águas etc. Montem uma apresentação visual (digital ou impressa) com as informações coletadas. A apresentação deve incluir também um planisfério com a representação da batimetria e identificação das fossas oceânicas pesquisadas.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

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Oceano Pacífico Oceano Atlântico Oceano Índico

Profundidade média 4 282 m 3 600 m 4 000 m

Fonte: TEIXEIRA, Wilson et al. (org.). Decifrando a Terra. 2. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009. p. 380.

Na atividade 5, para a coleta de dados, é possível sugerir aos estudantes algumas fontes, como livros de Ciências ou específicos sobre oceanos, que eventualmente façam parte do acervo

da escola, ou materiais disponíveis na internet. Também há sugestões na seção Ampliando horizontes. A pesquisa pode ser ampliada em uma atividade interdisciplinar com Ciências sobre estudos envolvendo os fundos dos oceanos e mais especificamente as fossas submarinas.

AMPLIANDO HORIZONTES

• TESSLER, Moyses Gonsalez; MAHI-QUES, Michel Michaelovitch de. Relevo dos oceanos. In: TEIXEIRA, Wilson et al. (org.). Decifrando a Terra. 2. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009. p. 378-384.

Neste texto, é possível acessar informações sobre as fossas submarinas e as demais unidades do relevo submarino.

• COPLEY, Jon. Novo mapeamento revela a topografia oceânica. Scientific American Brasil , [s. l.], 9 out. 2014. Disponível em: https://sciam.com.br/novomapeamento-revela-a-topografiaoceanica/. Acesso em: 14 ago. 2022.

O texto comenta o trabalho de mapeamento do fundo oceânico feito com o auxílio de satélites.

• OTTOBONI, Julio. Sacola plástica é encontrada a mais de 10 mil metros de profundidade. Envolverde, [s. l.], 20 abr. 2018. Disponível em: https://envolverde. com.br/sacola-plastica-e-encon trada-a-mais-10-mil-metros-deprofundidade/. Acesso em: 14 ago. 2022.

O texto trata da poluição de águas abissais.

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TEIXEIRA, Wilson et al Decifrando a Terra. 2. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009. p. 378.
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• O trabalho com a habilidade EF09GE09 é feito com ênfase em analisar características de países da Oceania em seus aspectos populacionais, urbanos e políticos.

• Atende-se à habilidade EF09GE15 com foco em comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.

• Contempla-se a habilidade EF09GE17 com ênfase em explicar as características físico-naturais e a forma de ocupação em diferentes regiões da Oceania.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Na página 270, destacar a área territorial da Austrália, que a coloca entre os maiores países do mundo. Explorar o mapa “Austrália: político” para localizar os seis estados e o território australianos. Algumas perguntas podem ser encaminhadas, como: “Em quais estados e territórios a Austrália está dividida?”; “A Austrália faz limite por terra com algum país?”; “Qual o país mais próximo à Austrália?”. Comentar que a Austrália não faz limite por terra com nenhum país, e o país mais próximo no continente é Papua Nova Guiné, ao norte. A seguir, promover a leitura compartilhada do texto com informações sobre a organização política do país.

Sobre a Comunidade Britânica de Nações (Commonwealth), comentar que a organização foi fundada em 1949 e que os 53 países-membros se associaram de forma voluntária. Há membros localizados na África, na Ásia, na América, na Europa e na Oceania. As diferenças socioeconômicas entre os países-membros são acentuadas. Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia são os mais desenvolvidos. Com exceção de Moçambique, todos os

3 AUSTRÁLIA

Com uma área territorial de 7 741 220 km², a Austrália é o maior país da Oceania e o sexto do mundo, atrás de Rússia, Canadá, Estados Unidos, China e Brasil. O território australiano é organizado em seis estados e um território. Analise o mapa.

O país conquistou a independência do Reino Unido em 1901, adotando o nome oficial de Comunidade da Austrália. Em 1949, a Austrália passou a integrar a Comunidade Britânica de Nações (Commonwealth)

A Austrália é uma monarquia parlamentar: o chefe de Estado é o monarca do Reino Unido e o chefe de governo é o primeiro-ministro australiano, eleito por parlamentares australianos que, por sua vez, são eleitos pela população do país.

Austrália: político

Comunidade Britânica de Nações (Commonwealth): organização que reúne 53 países que foram colônias britânicas e cujo principal objetivo é a cooperação política e econômica.

Chefe de Estado: pessoa sem poderes administrativos que representa o país de forma cerimonial, como em eventos para autoridades e programas humanitários.

Chefe de governo: cuida de toda a administração do país, inclusive das questões econômicas e da política de segurança externa.

Com cerca de 25,9 milhões de habitantes em 2021, a Austrália é o país mais populoso da Oceania, representando aproximadamente 58% da população continental. Com grande território e população relativamente pequena, o país apresenta uma das mais baixas densidades demográficas do mundo, cerca de 3 hab./km².

países-membros foram colônias britânicas e têm o inglês como língua oficial.

Na página 271, destacar a influência dos elementos naturais na distribuição da população pelo território australiano, as principais cidades e o elevado desenvolvimento socioeconômico.

Comentar que a sociedade australiana é considerada multicultural por causa da presença de grande quantidade de imigrantes. Atualmente, um em cada quatro cidadãos é imigrante ou filho de imigrantes.

Apesar de o inglês ser o idioma oficial, o último censo australiano apontou que cerca de 400 línguas são faladas em domicílios do país, com destaque para o italiano, o grego, o mandarim, o francês e o árabe.

Incentivar os estudantes a analisar cada um dos dados do quadro “Austrália e Brasil: indicadores sociais – 2019”.

Nesta etapa final do Ensino Fundamental, os estudantes já têm condições de fazer a análise proposta na atividade 1, pois se espera que

BNCC Adelaide Sydney Melbourne I. Tasmânia Brisbane Trópico de Capricórnio Equador 0° 140° L Darwin AUSTRÁLIA OCIDENTAL OCEANO ÍNDICO OCEANO PACÍFICO AUSTRÁLIA DO SUL QUEENSLAND NOVA GALES DO SUL VITÓRIA TERRITÓRIO DO NORTE Perth CAMBERRA Principais cidades Capital 0 819 ALLMAPS
Fonte: ISTITUTO GEOGRAFICO DE AGOSTINI. Atlante geografico metodico De Agostini. Novara: Istituto Geografico de Agostini, 2021. p. 178-179.
Parlamento australiano, em Camberra, capital da Austrália. Fotografia de 2022. 270 D2-GEO-F2-2106-V9-U8-258-283-LA-G24-AV2.indd 270 30/08/2022 19:30 270
MARTIN OLLMAN/GETTY IMAGES ASIAPAC/AFP

Os climas desértico e semiárido, predominantes no território da Austrália, não favoreceram a ocupação humana na região do Planalto Australiano (centro-oeste do país). Há, portanto, maior concentração de pessoas no litoral oriental e na Cordilheira Australiana, em uma faixa de terra entre 50 e 400 quilômetros de largura.

A maioria dos australianos vive em cidades concentradas principalmente no litoral dos oceanos Pacífico e Índico, com destaque para Camberra (a capital do país), Sydney, Melbourne, Brisbane, Perth e Adelaide.

A Austrália é um país que apresenta desenvolvimento socioeconômico classificado como muito elevado, de acordo com o Índice de Desenvolvimento Econômico. Em 2019, foi o oitavo país no ranking mundial, com índice de 0,944. Os elevados índices socioeconômicos, as boas universidades e as ofertas de postos de trabalho estão entre os fatores que atraem imigrantes com alta qualificação profissional e estudantes, incluindo muitos brasileiros.

De acordo com o censo realizado pelo Australian Bureau of Statistics, havia 46 720 brasileiros residindo na Austrália em 2021.

cobrir isso”, completou ele em entrevista ao portal australiano SBS. [...]

Baseado em estatísticas do censo australiano de 2011, a pesquisa mostra que, entre os imigrantes que já possuem diplomas universitários, os brasileiros estão à frente em relação ao volume de imigrantes total na Austrália. Se MBAs, mestrados e doutorados são incluídos, o Brasil possui o quarto grupo imigrante mais qualificado do país, atrás apenas de Bangladesh, Índia e Nepal – países asiáticos relativamente mais próximos geograficamente.

“Estudos recentes mostram que os imigrantes brasileiros preocupados com seus níveis educacionais têm crescido ano a ano. Os resultados da população estudada mostram que 82,6% daqueles que foram a Austrália possuíam um bacharelado ou estavam cursando um nível terciário, incluindo MBAs, mestrados ou doutorados”, explica Cruz.

Compare alguns indicadores socioeconômicos de Austrália e Brasil e responda à questão no caderno.

Austrália e Brasil: indicadores sociais – 2019

vida ao nascer

Fonte: UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME. The 2020 Human Development Report. New York: UNDP, 2020. p. 343. Disponível em: https://hdr.undp.org/system/files/documents/global-report-document/hdr2020ptpdf.pdf. Acesso em: 28 ago. 2022.

1 No seu entendimento, por que brasileiros bem qualificados profissionalmente e estudantes migram para a Austrália? Analise os dados do quadro e converse com seus colegas e o professor a respeito. Incentivar os estudantes a analisar cada um dos dados para compor a resposta. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.

tenham trabalhado com esses dados anteriormente. A expectativa de vida e média de anos de escolaridade são dados que remetem diretamente às condições da saúde e de formação/ qualificação da população, que estão relacionadas ao acesso a serviços médicos e hospitalares, alimentação, saneamento básico e educação de qualidade. A renda per capita é uma média e, portanto, não considera a diferença entre lugares e pessoas, não revelando desigualdades sociais de um país. Com base nos dados, espera-se

que os estudantes respondam que os brasileiros migram para a Austrália em busca de um melhor padrão de vida.

TEXTO COMPLEMENTAR

“Brasileiros são o grupo de imigrantes com mais universitários na Austrália”, revela o professor Eduardo Picanço Cruz, da UFF (Universidade Federal Fluminense), do Rio de Janeiro, em uma pesquisa sobre as viagens do Brasil para o país oceânico. “Nós estamos surpresos em des-

Aliado ao fato de que 56,9% desses imigrantes possuem idades entre 21 e 30 anos, Cruz sugere que o país está “perdendo mentes”. “Eles são jovens mentes que estão começando suas carreiras e deixando o Brasil porque não veem perspectivas vigorosas no país”, diz ele.

A porcentagem de brasileiros qualificados na Austrália supera até mesmo a taxa dos nativos: em termos de diplomados, eles são 57,45% contra 18,88% de australianos com o mesmo nível educacional. [...]

BRASILEIROS são um dos imigrantes mais qualificados na Austrália. Catraca Livre, São Paulo, 13 mar. 2018. Disponível em: https://catracalivre.com.br/viagem-livre/ brasileiros-sao-um-dos-imigrantes-maisqualificados-na-australia/. Acesso em: 14 ago. 2022.

AMPLIANDO HORIZONTES

Para o professor

• ENVIRONMENT and climate change. The Commonwealth London, c2022. Disponível em: https://thecommonwealth.org/ our-work/environment-andclimate-change. Acesso em: 17 ago. 2022.

Site em inglês com informações sobre a Comunidade Britânica de Nações.

271

IDH/posição Expectativa de
(em
Média de anos de escolaridade Renda per capita (em dólares) Austrália 0,944 / 8o 83,4 12,7 48 085 Brasil 0,765 / 84o 75,9 8,0 14 263
anos)
Parte do campus da University of Sydney, uma das mais prestigiadas universidades da Austrália. Fotografia de 2020. 271
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• Atende-se à habilidade EF09GE09 com ênfase em analisar características de países da Oceania em seus aspectos populacionais, urbanos e políticos.

• Contempla-se a habilidade EF09GE11 com foco em relacionar as mudanças técnicas e científicas decorrentes do processo de industrialização com as transformações no trabalho em diferentes regiões do mundo.

• O trabalho com a habilidade EF09GE15 é realizado com foco em comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações econômicas representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.

• A habilidade EF09GE17 é atendida com ênfase em explicar a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Oceania.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Nas páginas 272 e 273, destacamos as principais atividades econômicas na Austrália. Solicitar aos estudantes que leiam o mapa “Austrália: indústria, agropecuária e minerais” e respondam às atividades 1 a 3. Se julgar conveniente, pedir que retomem os mapas de distribuição da população e dos aspectos físicos da Oceania para que estabeleçam relações da distribuição dos recursos minerais com as atividades econômicas.

A seguir, promover a leitura coletiva do texto, que destaca os principais aspectos das atividades econômicas praticadas na Austrália. Comentar que a intensa extração mineral, aliada à disponibilidade de recursos energéticos e aos grandes investimentos, favoreceram a formação de um parque industrial bastante diversificado.

Atividades econômicas

A economia australiana é uma das mais diversificadas e dinâmicas do mundo. Em 2021, o país estava entre as 12 maiores economias do planeta. Analise, no mapa, a distribuição das atividades industrial e agropecuária e das principais jazidas minerais no território australiano.

Faça as atividades no caderno.

1 As atividades econômicas da Austrália concentram-se em qual região do território?

As atividades econômicas estão concentradas na porção oriental do território australiano.

2 Indique a localização das concentrações industriais e das principais jazidas minerais.

3 Identifique três recursos naturais e energéticos explorados no território australiano.

Gás natural, petróleo, carvão, ferro, chumbo etc.

A mineração é uma das atividades econômicas de destaque na Austrália. A abundância de recursos minerais, associada à tecnologia empregada no processo de extração, coloca o país entre os maiores produtores mundiais de bauxita, diamante, ouro, chumbo, cobalto, minério de ferro, níquel, prata, zinco e urânio. A atividade corresponde a, aproximadamente, 47% das exportações do país, sendo o minério de ferro o produto mais exportado.

A indústria está concentrada, principalmente, nas grandes cidades, como Sydney, Melbourne e Perth, destacando-se os setores siderúrgico, petroquímico, metalúrgico, automobilístico e de bens de consumo não duráveis (têxtil, alimentício, bebidas e vestuário).

FICA A DICA

Austrália. Pulicado por IBGE Países. Disponível em: https://paises. ibge.gov.br/#/mapa/ australia. Acesso em: 30 jul. 2022. A página traz dados atualizados sobre a economia e a sociedade australiana.

2. As indústrias estão localizadas próximo às grandes cidades do país e os recursos são encontrados, principalmente, na Cordilheira Australiana e no Planalto Ocidental.

Destacar que apenas 7% do território australiano apresenta condições naturais favoráveis para a prática da agricultura e da pecuária. Como visto, os desertos ocupam parcela considerável do país. Assim, a distribuição das atividades agropecuárias tem relação com as condições climáticas do território australiano.

As poucas áreas agrícolas existentes nos climas semiáridos utilizam técnicas de irrigação, uma vez que ocorre grande escassez de chuvas. A

água utilizada é retirada do subsolo, por meio de poços artesianos. Essa abordagem se relaciona com o tema contemporâneo transversal Ciência e Tecnologia.

Destacar as relações econômicas da Austrália com a China e as rusgas recentes entre os dois países. Se julgar adequado, ler para os estudantes o excerto da seção Texto complementar Encaminhar a atividade 4 que auxilia na sistematização de etapa do conteúdo abordado.

BNCC OCEANO ÍNDICO OCEANO PACÍFICO 20° S 140º L Camberra Sydney Newcastle Adelaide Broken Hill Port Augusta Kalgoorlie-Boulder Tennant Creek Mount Isa Gladstone Brisbane Alice Springs Perth Melbourne Carbono Carvão Petróleo Gás natural Urânio Principais centros industriais Indústria Fontes de energia Minerais Bosques e florestas Pradarias, pastos e arbustos Áreas agrícolas extensivas e intensivas Áreas agrícolas misturadas com bosques Áreas agrícolas misturadas com cobertura arbustiva Bauxita Prata Diamantes Ferro Manganês Níquel Ouro Chumbo-Zinco Cobre Estanho Tungstênio 0 524 ALLMAPS
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Austrália: indústria, agropecuária e minerais
OCEANO ÍNDICO OCEANO PACÍFICO 20° S 140º L Camberra Sydney Newcastle Adelaide Broken Hill Port Augusta Kalgoorlie-Boulder Tennant Creek Mount Isa Gladstone Brisbane Alice Springs Perth Melbourne Carbono Carvão Petróleo Gás natural Urânio Principais centros industriais Indústria Fontes de energia Minerais Bosques e florestas Pradarias, pastos e arbustos Áreas agrícolas extensivas e intensivas Áreas agrícolas misturadas com bosques Áreas agrícolas misturadas com cobertura arbustiva Bauxita Prata Diamantes Ferro Manganês Níquel Ouro Chumbo-Zinco Cobre Estanho Tungstênio 0 524 272 D2-GEO-F2-2106-V9-U8-258-283-LA-G24-AV2.indd 272 30/08/2022 19:30 272
Fonte: ISTITUTO GEOGRAFICO DE AGOSTINI. Atlante geografico metodico De Agostini. Novara: Istituto Geografico de Agostini, 2021. p. 175.

A agricultura, praticada predominantemente em grandes propriedades, é mecanizada e utiliza técnicas modernas de plantio e cultivo. As principais áreas agrícolas concentram-se nas regiões leste, sudeste e sudoeste da Austrália, onde os climas úmidos e os solos férteis são mais favoráveis ao cultivo de cereais (especialmente trigo e milho), cana-de-açúcar, uva, banana, entre outros.

o gigante asiático como destino. As matérias-primas estão no centro da indústria de exportações da Austrália, com produtos como minério de ferro e repolho gerando grandes lucros.

Mas esse crescimento exponencial no ramo das matérias-primas, do qual a Austrália se beneficiou por anos, está acabado. “O fato de os australianos terem um forte comprador de seus bens e serviços é, antes de tudo, positivo”, afirma Werner Kemper, diretor da Câmara de Comércio e Indústria Austrália-Alemanha (AHK). “Enquanto a China estiver indo bem, a Austrália também estará.”

No entanto, essa dependência econômica da China se torna um problema quando atinge um obstáculo, apontou o especialista. “É por isso que os australianos começaram a procurar novos parceiros e novos produtos. E no final do ano [de 2017], um acordo de livre-comércio deve ser negociado com a União Europeia.”

A pecuária é praticada principalmente nas áreas de clima semiárido. Destacam-se os rebanhos de ovinos, caprinos e bovinos, que garantem à Austrália uma grande produção de lã, pele e carne. Em 2021, o país esteve entre os maiores exportadores de carne bovina e ovina.

O setor de serviços é o que tem maior participação no PIB da Austrália, destacando-se os serviços financeiros, educacionais e turísticos, entre outros. O país apresenta paisagens naturais e culturais que atraem anualmente milhões de turistas.

O dinamismo e o crescimento da economia australiana têm sido associados às parcerias comerciais com a China. Cerca de um terço das exportações australianas, principalmente de minerais e produtos agrícolas, tem a China como destino.

Porém, nos últimos anos, a relação entre os dois países vem se deteriorando por vários motivos, que incluem um pedido de investigação sobre as origens da covid-19 na China feito pelo governo australiano e a anulação de um contrato em 2021, também por parte da Austrália, no contexto das Novas Rotas da Seda. A China respondeu com a modificação de parte dos acordos econômicos com a Austrália, suspendendo a importação de alguns produtos e sobretaxando outros.

4 No seu entendimento, por que a dependência comercial em relação à China pode se tornar um problema para a economia australiana? Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.

Na atividade 4, espera-se que os estudantes respondam que a parceria comercial entre Austrália e China está pautada nas exportações de matérias-primas e que, se um dia a China vier a enfrentar alguma crise econômica, provavelmente reduzirá as importações de produtos australianos, o que poderá afetar a economia do país.

TEXTO COMPLEMENTAR

Qual o segredo do crescimento ininterrupto da Austrália?

“A Austrália é um dos países que mais se beneficiaram do crescimento e da industrialização da China nas últimas três décadas”, afirma o economista da Universidade da Tasmânia, Saul Eslake.

A China tem sido considerada há bastante tempo o parceiro comercial mais importante da Austrália – um terço das exportações do país tem

WREDE, Insa. Qual o segredo do crescimento ininterrupto da Austrália? Carta Capital, São Paulo, 9 jul. 2017. Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/economia/ qual-o-segredo-do-crescimento-ininterruptoda-australia/. Acesso em: 17 ago. 2022.

AMPLIANDO HORIZONTES

• BRASIL. Ministério das Relações Exteriores. Como exportar: Austrália. Brasília, DF: MRE, 2010. (Estudos e Documentos de Comércio Exterior). Disponível em: https://www.fecomerciomg.org. br/wp-content/uploads/2014/07/ Australia.pdf. Acesso em: 17 ago. 2022.

O documento traz interessantes informações sobre a Austrália, como suas principais cidades, características da população, organização política, economia, e relações com o Brasil.

• AUSTRÁLIA. Direção: Baz Luhrmann. Estados Unidos: 20th Century Fox, 2008. Vídeo (165 min).

O filme conta a história de uma inglesa que viaja para a Austrália, no período pré-Segunda Guerra Mundial. Lá conhece um australiano que vai ajudá-la a salvar a propriedade que herdou. Juntos, eles embarcam em uma jornada para transportar o gado até uma cidade, atravessando belas paisagens do território australiano, acompanhados por um aborígene idoso.

Plantação de trigo na área rural da Austrália, 2022.
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HORIZON INTERNATIONAL IMAGES/ALAMY/FOTOARENA
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• Contempla-se a habilidade EF09GE09 com ênfase em analisar características de países da Oceania em seus aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos.

• A habilidade EF09GE11 é atendida ao relacionarem-se as mudanças técnicas e científicas decorrentes do processo de industrialização com as transformações no trabalho em diferentes regiões do mundo.

• O trabalho com a EF09GE15 é feito com foco em comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações econômicas representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.

• Atende-se à habilidade EF09GE17 ao explicar a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Oceania.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Em uma roda de conversa, promover a leitura compartilhada dos textos das páginas 274 e 275 que trazem um panorama geral sobre a Nova Zelândia, com destaque para o território, a sociedade e a economia.

Na página 274, comentar que o território neozelandês é um arquipélago um pouco maior em extensão que o estado do Rio Grande do Sul. O país possui ainda três territórios no oceano Pacífico: as Ilhas Cook, Niue e Toquelau. A Nova Zelândia é o terceiro país mais populoso da Oceania – atrás da Austrália e de Papua Nova Guiné – e sua densidade demográfica é de cerca de 17 hab./km².

Destacar a influência do povo originário maori na cultura neozelandesa. Os maoris foram estudados de maneira sistematizada nas páginas 262 e 263

Na seção Atividades no livro do estudante também há ativi-

NOVA ZELÂNDIA

Com uma área territorial de 268 838 km², a Nova Zelândia está localizada no sul da Oceania, a sudeste da Austrália. Analise o mapa.

Nova Zelândia: político

A Nova Zelândia é um país-arquipélago constituído por duas ilhas principais, a Ilha do Norte e a Ilha do Sul, e diversas ilhas menores. O território neozelandês encontra-se em uma área de instabilidade tectônica, estando sujeito à ocorrência de vulcões e terremotos. O clima é temperado, e o relevo, predominantemente montanhoso.

A Nova Zelândia conquistou a independência em relação à Inglaterra em 1947, tornando-se uma monarquia parlamentarista e membro da Commonwealth em 1949. Com cerca de 5,1 milhões de habitantes em 2021, a população neozelandesa representa cerca de 11% do total de habitantes do continente, com maior parcela da população vivendo na Ilha do Norte.

Fonte: ISTITUTO GEOGRAFICO DE AGOSTINI. Atlante geografico metodico De Agostini Novara: Istituto Geografico de Agostini, 2021. p. 179.

FICA A DICA

Encantadora de baleias. Direção: Niki Caro. Nova Zelândia, 2002. Em uma tribo maori da Nova Zelândia, a única neta do chefe local se esforça para mostrar que tem valor para sucedê-lo, embora o avô não aceite que uma mulher possa ser líder.

Ex-colônia inglesa, a Nova Zelândia tem forte presença cultural do colonizador europeu. Entretanto, os maoris, povos nativos que representam cerca de 15% da população, também exercem grande influência na cultura do país.

Os indicadores sociais da Nova Zelândia refletem as boas condições de vida da população em geral. A mortalidade infantil é baixa, não há analfabetos entre a população adulta e a expectativa de vida é alta, superior a 82 anos. Com isso, o país apresenta desenvolvimento social e econômico muito elevado. Em 2019, o país foi o décimo quarto no ranking mundial do IDH, com índice de 0,931.

dades que exploram essa temática. Se possível, assistir com os estudantes o filme sugerido na seção #Fica a dica

Na página 275, incentivar a leitura do mapa “Nova Zelândia: atividades econômicas” e encaminhar as atividades 1 a 3.

Na atividade 1, na Ilha do Sul essas áreas estão concentradas na porção sul e oriental do território, enquanto na Ilha do Norte estão mais bem distribuídas também na porção sul e orien-

tal e na porção ocidental, intercaladas por bosques e florestas.

Sobre o turismo, destacar que o relevo montanhoso, presente em grande parte do território, favorece a prática do trekking (longas caminhadas em terreno com muitas subidas e descidas) e do rapel (descida de encostas ou cachoeiras por meio de cordas). Nas montanhas cobertas de neve pratica-se o esqui e o snowboarding (deslizar sobre a neve usando pranchas). As corredei-

BNCC I. do Sul I. Stewart (NZL) I. Campbell (NZL) Is. Auckland (NZL) Is. Bounty (NZL) Is. Chatham (NZL) Is. Tokelau (NZL) Samoa (EUA) Raratonga SAMOA Apia TONGA Nukualofa Niue (NZL) Is. Norfolk (AUS) Is. Kermadec (NZL) Is. Antípodas (NZL) I. do Norte Is CookdoNorte I s Cook Is CookdoSul OCEANO PACÍFICO Mar da Tasmânia NOVA ZELÂNDIA Wellington 175° L 165° O 15° S 40° S 280 0 525 0
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I. do Sul I. Stewart (NZL) I. Campbell (NZL) Is. Auckland (NZL) Is. Bounty (NZL) Is. Chatham (NZL) Is. Tokelau (NZL) Samoa (EUA) Raratonga SAMOA Apia TONGA Nukualofa Niue (NZL) Is. Norfolk (AUS) Is. Kermadec (NZL) Is. Antípodas (NZL) I. do Norte Is CookdoNorte I s Cook Is CookdoSul OCEANO PACÍFICO Mar da Tasmânia NOVA ZELÂNDIA Wellington 175° L 165° O 15° S 40° S 280 0 525 0
ALLMAPS 274 D2-GEO-F2-2106-V9-U8-258-283-LA-G24-AV3.indd 274 01/09/2022 13:43 274

Nova Zelândia: atividades econômicas

Auckland

OCEANO PACÍFICO

Bosques e florestas

40° S

Wellington Christchurch

Pradarias, pastos e arbustos

Áreas agrícolas extensivas e intensivas Áreas agrícolas misturadas com cobertura arbustiva

Fontes de energia

Carvão

Gás natural

Indústria

Principais centros industriais

Fonte: ISTITUTO GEOGRAFICO DE AGOSTINI. Atlante geografico metodico De Agostini. Novara: Istituto Geografico de Agostini, 2021. p. 175.

1 Analise a distribuição das áreas agrícolas extensivas e intensivas nas Ilhas do Sul e do Norte.

Consultar comentários em Orientações didáticas.

2 Identifique os principais recursos energéticos encontrados na Nova Zelândia e explique como estão distribuídos entre as Ilhas do Sul e do Norte.

Carvão, principalmente na Ilha do Sul, e gás natural na Ilha do Norte.

3 Onde se localizam os principais centros industriais neozelandeses?

Christchurch, Wellington e Auckland.

O principal destaque da pecuária é a criação de ovelhas, que faz da Nova Zelândia um dos grandes produtores e exportadores mundiais de lã e carne de ovinos. A criação de bovinos, concentrada na Ilha do Norte, também é bastante expressiva. O país é grande produtor de carne e leite, destinados, principalmente, à exportação, sendo China e Austrália os principais destinos. A produção pecuária, em geral, aplica técnicas modernas e tecnologia de ponta, visando à qualidade dos produtos e ao aumento da produtividade.

A predominância de um relevo montanhoso dificulta o desenvolvimento da agricultura. Há pequenas áreas próprias para o cultivo arável. Os principais produtos da agricultura neozelandesa são cevada, milho, trigo, kiwi, maçã, pera, legumes e verduras.

A atividade industrial está vinculada ao beneficiamento dos produtos agropecuários, com destaque para as indústrias de laticínios, têxteis e frigoríficos. A disponibilidade de recursos minerais e energéticos favoreceu o desenvolvimento das indústrias siderúrgicas, metalúrgicas e petroquímicas.

Assim como a Austrália, o setor terciário da Nova Zelândia tem grande participação no PIB, com atividades bastante diversificadas e modernas. No turismo, o país atrai simpatizantes e adeptos de esportes radicais como o trekking, o rapel, o esqui e o snowboarding, além de rafting e canyoning nos rios e quedas-d’água.

TEXTO COMPLEMENTAR

Nova Zelândia planeja criar ‘geração sem cigarros’

O governo da Nova Zelândia apresentou na terça-feira, 26, as primeiras leis anti-tabaco do mundo que pretendem criar uma geração sem tabaco. As medidas, que incluem o aumento da idade para a compra de para a compra de cigarros, atraíram elogios e preocupação por sua natureza experimental.

Durante o lançamento do projeto de lei, autoridades neozelandesas prometeram reduzir o domínio da indústria tabagista no país.

[...]

Atualmente, a Nova Zelândia proíbe a venda de cigarro a menores de 18 anos. Com a nova medida, a idade mínima para a compra de derivados do tabaco será aumentada a cada ano, de forma que qualquer nascida depois de 2008 seja impedida de adquirir legalmente os produtos.

Além da mudança na idade de fumar, a lei reduziria drasticamente nos cigarros o nível de nicotina, substância causadora da dependência, e restringiria a venda dos maços a lojas especializadas de tabaco.

O projeto de lei está em sua primeira leitura no parlamento e ainda deve passar pela avaliação de especialistas e da população. A expectativa é que a regra entre em vigor em 2023. [...]

NOVA Zelândia planeja criar 'geração sem cigarros'. Veja, São Paulo, 27 jul. 2022. Disponível em: https://veja.abril.com.br/ mundo/nova-zelandia-planeja-criargeracao-sem-cigarros/. Acesso em: 27 ago. 2022.

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ras e quedas-d’água nos rios neozelandeses são utilizadas para o rafting (descida pelas corredeiras de um rio com barcos infláveis) e o canyoning (escalada de cachoeiras).

Se julgar pertinente, comentar que, em 1983, Austrália e Nova Zelândia, buscando maior aproximação, cooperação comercial e a instituição de uma zona de livre-comércio, criaram o Acordo Comercial sobre Relações Econômicas entre Austrália e Nova Zelândia (ANZCERTA, sigla em in-

glês). A parceria comercial entre Austrália e Nova Zelândia fortaleceu o comércio externo dos dois países, aproximando-os economicamente ainda mais dos países da Europa e dos Estados Unidos, além de atrair novos parceiros comerciais, como Japão, China e Coreia do Sul.

02/09/2022 21:20

A economia neozelandesa, assim como a australiana, é bem diversificada. Analise o mapa.
170° L
0 119 ALLMAPS 275
275

Competências

• Gerais: 1, 2, 5, 7, 9 e 10

• Ciências Humanas: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7

• Geografia: 1, 3, 5, 6 e 7

• A habilidade EF09GE09 é contemplada ao analisar-se características de países da Oceania e discutir pressões sobre seus ambientes físico-naturais.

• Contempla-se a habilidade EF09GE15 com foco em comparar diferentes regiões do mundo com base em informações socioambientais representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.

• Trabalha-se a habilidade EF09GE17 com ênfase em explicar características físico-naturais da Oceania.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

O conteúdo em destaque nesta seção possibilita desenvolver os temas contemporâneos transversais Meio ambiente, com destaque para a Educação Ambiental, e Cidadania e Civismo, com ênfase na Educação em Direitos Humanos. Para isso, promover a leitura compartilhada do texto e encaminhar as atividades propostas nas páginas 276 e 277. Comentar que embora “refugiado climático” seja um termo bastante usado por estudiosos e pela imprensa em geral, a Agência da ONU para refugiados (Acnur) prefere usar “pessoas deslocadas no contexto das mudanças climáticas”. Isso acontece porque “a palavra ‘refugiado’ descreve pessoas que fogem da guerra ou da perseguição e que atravessaram uma fronteira internacional. As mudanças climáticas afetam as pessoas em seus próprios países, e geralmente criam deslocamentos internos antes que atinjam um nível no qual as obriga a cruzarem fronteiras” (ACNUR BRASIL. Perguntas frequentes sobre deslocamentos por mudanças climá-

Refugiados climáticos

Refugiados climáticos e migrantes climáticos são expressões usadas para se referir a pessoas que são obrigadas a deixar o lugar onde vivem, por tempo determinado ou de forma permanente, em razão de eventos relacionados ao clima e suas consequências. Entre esses eventos, podemos destacar a elevação do nível do mar, as secas, a desertificação e a ocorrência de ciclones, entre outros.

Mundo: eventos relacionados às migrações climáticas – 2020

Analise o mapa.

1 Que eventos estão representados no mapa? Qual deles está representado no território do Brasil?

Consultar comentários em Orientações didáticas.

2 De acordo com o mapa, que áreas são atingidas pela elevação do nível do mar?

A elevação do nível do mar atinge ilhas e o litoral de algumas áreas.

3 Em qual região do planeta haverá maior número de pessoas ameaçadas por inundações nas áreas litorâneas até 2050? Quais serão os países mais afetados?

No Extremo Oriente, na Ásia Meridional e no Sudeste Asiático, com destaque para China, Bangladesh, Índia, Vietnã, Indonésia, Tailândia.

ticas e catástrofes naturais. ACNUR. Brasília, DF, 9 nov. 2016. Disponível em: https://www.acnur. org/portugues/2016/11/09/perguntas-freque ntes-sobre-deslocamentos-por-mudancas-clima ticas-e-catastrofes-naturais/. Acesso em: 17 ago. 2022). Considerando também os deslocamentos internos das pessoas (dentro dos países), nesta seção usamos também “migrantes climáticos”.

Na atividade 1, espera-se que os estudantes citem o derretimento das calotas polares; ciclo-

nes; elevação do nível do mar; zonas ameaçadas por desertificação; derretimento das geleiras continentais; inundações. No Brasil há ocorrência de zonas ameaçadas por desertificação (que corresponde ao Semiárido nordestino).

Na atividade 4, espera-se que os estudantes mobilizem conhecimentos construídos anteriormente, especialmente ao longo dos anos finais do Ensino Fundamental. A atividade expõe uma situação na qual a turma deverá propor soluções

BNCC 0 2 395 Vanuatu Fiji Tuvalu Kiribati Marshall Ilhas do Pacífico Costa leste de Sumatra Delta do Mékong FILIPINAS BANGLADESH 43 milhões VIETNÃ 31 milhões Delta do Yangzi (Xangai) CHINA 94 milhões NEPAL MALDIVAS Seicheles Maurício CHADE Delta do Nilo Delta do Mississípi Flórida Antilhas GUIANA ARGENTINA Delta do Pó (Veneza) PAÍSES BAIXOS 5,6 milhões OCEANO PACÍFICO Equador OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO Trópico de Câncer Trópico de Capricórnio Círculo Polar Antártico Círculo Polar Ártico 0º 0º INDONÉSIA 24 milhões TAILÂNDIA 12 milhões ÍNDIA 36 milhões REINO UNIDO 3,6 milhões FRANÇA 1 milhão Alasca M e r d a n o d e G r e e n w i c h Derretimento das calotas polares Ciclones Elevação do nível do mar Zonas ameaçadas por desertificação Derretimento das geleiras continentais Inundações De acordo com o cenário de elevação do nível dos oceanos baseado no relatório do GIEC de 2013 e uma hipótese de continuação das emissões de GEEs no ritmo atual. Número
2050* 0,1 1 5 10 * SONIA VAZ
de habitantes ameaçados por pelo menos uma inundação litorânea por ano até
E AGIR PENSAR NÃO ESCREVA NO LIVRO.
276 D2-GEO-F2-2106-V9-U8-258-283-LA-G24-AV2.indd 276 30/08/2022 19:30 276
Fonte: WENDEN, Catherine Wihtol de. Atlas des migrations, de nouvelles solidarités à construire. Paris: Autrement, 2020, p. 61.

Entre os problemas que levam os refugiados ou migrantes climáticos a deixar o lugar onde vivem estão: a destruição das moradias − em decorrência de inundações, ciclones etc.; a degradação dos solos para produção agrícola – em razão da desertificação e das secas; a salinização de aquíferos e até a perda de territórios – no caso de elevação do nível do mar.

Os eventos climáticos extremos se juntam à lista dos motivos que ocasionam os deslocamentos forçados de pessoas no mundo – guerras, conflitos e perseguições políticas e religiosas. Porém, as migrações climáticas poderiam ser reduzidas se os problemas decorrentes desses eventos fossem minimizados com maiores investimentos em obras de infraestrutura, irrigação etc., beneficiando as populações mais pobres que já se encontram fragilizadas e não têm possibilidade de viver em outros lugares.

Organismos internacionais e cientistas preveem que o número de refugiados climáticos crescerá muito nas próximas décadas por causa das mudanças climáticas globais. Diante desse quadro, as questões mais debatidas atualmente são:

• Para onde vão os refugiados climáticos?

• Que países vão aceitá-los?

• Que ações podem ser encaminhadas nos países mais afetados?

4 Em grupo, imaginem que vocês fazem parte de uma comissão da ONU que vai propor soluções para os refugiados climáticos de países da Oceania, como Vanuatu, Tuvalu e Kiribati.

Ao pensar nas soluções, vocês devem levar em consideração que:

• de acordo com o direito internacional, refugiados são pessoas que estão fora de seu país de origem em razão da ameaça ou da perseguição relacionada a raça, religião, nacionalidade, pertencimento a um grupo social específico ou opinião política, grave e generalizada violação de direitos humanos e conflitos armados.

• apesar de o refugiado climático não ser reconhecido por convenções internacionais, os países podem aceitá-lo caso decidam fazê-lo.

Sigam as etapas propostas.

a) Observem novamente o mapa e identifiquem os eventos que atingem países insulares da Oceania.

b) Pesquisem como esses países estão sendo afetados, as previsões para o futuro, e o que vem sendo feito para minimizar as consequências dos eventos climáticos em relação aos refugiados climáticos. Para isso, busquem estudos científicos e publicações baseadas em dados confiáveis.

c) Proponham ações que envolvam a ajuda de diversos agentes, como governos e empresas multinacionais.

d) Consultem o mapa político da Oceania (página 260) e da Ásia (página 162) para identificar países vizinhos e, posteriormente, analisar se, no entendimento de vocês, eles teriam condições de receber os refugiados climáticos, por exemplo.

e) Montem uma apresentação digital ou impressa, com recursos visuais. Apresentem as propostas para os colegas e o professor, e debatam com eles as soluções trazidas pelos grupos.

viáveis. Daí a importância de orientar as pesquisas para ações que vêm sendo encaminhadas ou propostas de ações de organismos internacionais, governos, ONGs etc., de forma que se pautem na realidade. Ainda assim, é importante que os estudantes pensem em suas próprias propostas. Uma sugestão para encaminhar a atividade é cada grupo se responsabilizar por um país. Dessa forma, poderão direcionar melhor as pesquisas e as propostas. Sugestões de fontes para a pesqui-

sa disponíveis na seção Ampliando horizontes

Esta atividade possibilita mobilizar práticas de pesquisa como análise documental, observação, tomada de notas e construção de relatório (ver tópico Práticas de pesquisa nas Orientações gerais deste Manual).

AMPLIANDO HORIZONTES

• BARBOSA, Vanessa. Nova Zelândia pode ser 1o país a reconhecer refugiados climáticos. Exame, São Paulo, 4 nov. 2017. Disponível em: https://exame.com/mundo/ nova-zelandia-pode-ser-1o-paisa-reconhecer-refugiados-climaticos/. Acesso em: 17 ago. 2022.

Artigo sobre a possibilidade de a Nova Zelândia conceder asilo a refugiados por conta de catástrofes ambientais.

• ALIANÇA DOS PEQUENOS ESTADOS INSULARES (AOSIS). Stringfixer. [S l.], [20--]. Disponível em: https://stringfixer. com/pt/Alliance_of_Small_Island _States. Acesso em: 17 ago. 2022.

Página sobre a Aliança dos Pequenos Estados Insulares.

• ECODEBATE. Refugiados do clima: ONU alerta para aumento do deslocamento forçado provocado por mudança climática. Laboratório de Demografia e Estudos Populacionais. Juiz de Fora, 21 nov. 2017. Disponível em: https:// www.ufjf.br/ladem/2017/11/21/ refugiados-do-clima-onu-alertapara-aumento-do-deslocamentoforcado-provocado-por-mudancaclimatica/. Acesso em: 17 ago. 2022.

Texto sobre o aumento do número de pessoas deslocadas no mundo por causa de eventos climáticos.

• NAIDOO, Kumi. A próxima onda de deslocamento climático. Jornal GGN, Joanesburgo, 30 maio 2018. Disponível em: https:// jornalggn.com.br/noticia/aproxima-onda-de-deslocamentoclimatico-por-kumi-naidoo/. Acesso em: 17 ago. 2022.

Artigo sobre o impacto que as mudanças climáticas terão no deslocamento forçado e nas migrações nos próximos anos.

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Consultar comentários em Orientações didáticas.
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• Contempla-se a habilidade EF09GE01 com foco em analisar criticamente de que forma a hegemonia europeia foi exercida em várias regiões do planeta em diferentes tempos e lugares.

• A habilidade EF09GE04 é trabalhada ao relacionarem-se variadas paisagens aos modos de viver de diferentes povos na Oceania, valorizando identidades e interculturalidades regionais.

• Atende-se à habilidade EF09GE09 com ênfase em analisar características de países e grupos de países da Oceania em seus aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas e pressões sobre seus ambientes físico-naturais.

• A habilidade EF09GE15 é atendida com foco em comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.

• Trabalha-se a habilidade EF09GE17 ao explicar as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Oceania.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

A seção Atividades possibilita a aplicação de conteúdos conceituais e procedimentais trabalhados na Unidade 8. Após os estudantes realizarem as atividades propostas, promover a socialização das respostas e solicitar-lhes que, para cada atividade, apontem os conceitos mobilizados/ trabalhados. Anotar os conceitos na lousa. Em seguida, pedir que, em trios, construam um mapa conceitual da Unidade, incluindo outros conceitos além dos citados (ver item Avaliação nas Orientações gerais deste Manual).

1 Analise o mapa. Depois, responda às questões.

a) Quais oceanos banham a Oceania?

b) Que continente se localiza a leste da Oceania? E a noroeste?

c) Em quais hemisférios se localiza a maior parte do território da Oceania?

Todas as respostas das atividades desta seção estão no MP, com orientações e encaminhamentos.

Oceania no mundo

Elaborado com base em: ISTITUTO GEOGRAFICO DE AGOSTINI. Atlante geografico metodico De Agostini. Novara: Istituto Geografico de Agostini, 2021. p. 180-181.

2 Analise o mapa e faça as atividades.

Uso

Petróleo Ferro Área industrial

tradicional (alimentar, têxtil, de base e bebidas)

a) Na legenda do mapa, lê-se que a área em amarelo apresenta limitações para o uso agrícola. Explique por que isso ocorre.

b) Escreva, no caderno, um texto sobre o dinamismo da economia da Austrália, citando dados e atividades econômicas que se destacam no território desse país. 278

1. a) Oceanos Índico e Pacífico.

b) A leste: América; a noroeste: Ásia.

c) Hemisfério Sul e Hemisfério Oriental.

Objetivo: • Conhecer aspectos relacionados à localização do território às características físicas e ambientais dos países da Oceania.

2. a) A região identificada no mapa em amarelo é o grande deserto da Austrália. Sua baixíssima pluviosidade é o principal fator físico-natural que dificulta a atividade agrícola.

b) Espera-se que os estudantes escrevam um texto no qual deve ser mencionado que as atividades econômicas que se destacam na Austrália são: mineração, que corresponde a mais de 50% das exportações do país, que está entre os maiores produtores mundiais de diversos minérios; indústria dos setores siderúrgico, petroquímico, metalúrgico, automobilístico e de bens de consumo não duráveis (têxtil, alimentício, bebidas e vestuário); agricultura mecanizada, com utilização de técnicas modernas de plan-

01/09/2022 13:44 278

BNCC Círculo Polar Ártico OCEANO ÍNDICO OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO 150° L Círculo Polar Antártico Trópico de Câncer Trópico de Capricórnio Equador ÁFRICA ÁSIA OCEANIA ANTÁRTIDA EUROPA A M É R I C A MeridianodeGreenwich 0° OCEANO GLACIAL ÁRTICO 3 432 0 ALLMAPS
ATIVIDADES NÃO ESCREVA NO LIVRO.
AUSTRÁLIA Camberra Melbourne Adelaide Hobart Sydney Brisbane Rockhampton Cairns Darwin Perth Alice Springs 130º L TrópicodeCapricórnio OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO Cultivo Pastagem Floresta Área
limitações para
Banana Cana-de-açúcar Cítricos Capital Cidade Agropecuária Produtos agrícolas Localidade Recursos energéticos e minerais Rebanhos Turismo Indústria Bovino Alta
Naval Automobilística Indústria
com
uso agrícola
tecnologia
Milho Trigo Uva Ovino 0 530 ALLMAPS
Ecológico, litorâneo, serrano, histórico do solo – 2021
Elaborado com base em: ISTITUTO GEOGRAFICO DE AGOSTINI. Atlante geografico metodico De Agostini Novara: Istituto Geografico de Agostini, 2021. p. 175.
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3 Leia o texto a seguir e responda às questões.

O que chama a atenção na Terra de Arnhem no início da estação seca, ou seja, antes do final de abril, é a onipresença do cheiro de fumaça. Nesse período em que o solo ainda retém um pouco de umidade, reduzindo o risco de incêndios acidentais, os aborígenes do Território do Norte praticam queimadas, perpetuando uma tradição que muitas vezes foi negligenciada em outros lugares. Enquanto caminham e caçam, eles incendeiam a grama baixa que de repente se inflama. Embora impressionante, a técnica é dominada pelos aborígenes.

Ela é usada para deslocar rebanhos, mas tem outros benefícios. Eles fazem incêndios para mostrar aos outros clãs que estão presentes e reafirmar, através da fumaça, que o território lhes pertence. Eles usam o fogo para criar corredores de vegetação rasa, evitando os incêndios florestais, como aqueles que devastaram 186 000 km2 no sul do país, entre novembro de 2019 e março de 2020, causando a morte de trinta e quatro pessoas e, estima-se, um bilhão de animais. Finalmente, eles queimam para indicar aos ancestrais que vieram para cuidar do ‘país’.

CANTIN, Anne; HEALY, Jessica de Largy. Australie: en Terre d’Arnhem avec ces Aborigènes qui font vivre leurs traditions depuis 60 000 ans. GEO, Paris, 15 out. 2020. Disponível em: https://www.geo.fr/voyage/australie-enterre-darnhem-avec-ces-aborigenes-qui-font-vivre-leurs-traditions-depuis-60-000-ans-201831. Acesso em: 2 ago. 2022. Traduzido pelos autores.

a) Em que período do ano os povos aborígenes citados no texto praticam as queimadas? Explique por que esse período foi escolhido.

b) Quais são os objetivos dos aborígenes com a prática das queimadas?

4 Analise as fotografias e leia as legendas. Depois, responda, no caderno, às questões.

tais dos países da Oceania.

• Conhecer aspectos demográficos, socioeconômicos e culturais dos países da Oceania.

• Analisar a distribuição territorial da população da Oceania levando em conta as características naturais do território.

• Relacionar aspectos da natureza, da sociedade e da economia que caracterizam o espaço geográfico da Austrália e da Nova Zelândia.

4. a) Os maoris correspondem a 15% da população total de Nova Zelândia.

b) Sua situação é similar à dos nativos americanos. Os aborígenes da Oceania foram expulsos de seus territórios, escravizados, confinados em reservas ou exterminados pela violência imposta pelos colonizadores. Em geral, seus descendentes ainda hoje são vítimas de ações para desarticular suas culturas, do preconceito e da segregação social, apresentando condições de vida inferiores às do restante da população.

Apresentação de haka, dança típica maori, em Tauranga, Nova Zelândia, 2019. Essa dança expressa o vigor e a identidade maori.

Antes de cada partida, a seleção de rúgbi da Nova Zelândia dança a haka para energizar seus jogadores. Fotografia em Wellington, Nova Zelândia, 2022.

a) Antes da colonização inglesa, os maoris eram maioria nas ilhas que formam a Nova Zelândia. Atualmente, qual é a porcentagem de maoris em relação ao total de habitantes desse país?

b) Explique a situação dos povos nativos da Oceania a partir da colonização europeia até a atualidade.

c) O rúgbi é um esporte de origem britânica, popularizado na Nova Zelândia pelos colonizadores. A haka é uma manifestação cultural típica dos maoris. Baseado nessas informações, produza um pequeno texto sobre a cultura atual da Oceania.

c) Espera-se que os estudantes notem que, apesar de o rúgbi ser um esporte levado à Nova Zelândia pelos colonizadores, a cultura maori está presente inclusive em times de representação nacional.

Objetivos: • Conhecer aspectos demográficos, socioeconômicos e culturais dos países da Oceania.

• Analisar aspectos históricos e políticos relacionados à produção do espaço geográfico da Oceania.

•  Analisar os impactos da colonização sobre os povos originários da Oceania.

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tio e cultivo; pecuária de rebanhos de ovinos (o maior do mundo), caprinos e bovinos; serviços financeiros, de educação, de turismo.

Objetivos: • Conhecer aspectos relacionados à localização do território às características físicas e ambientais dos países da Oceania. • Relacionar aspectos da natureza, da sociedade e da economia que caracterizam o espaço geográfico da Austrália e da Nova Zelândia.

3. a) Antes do final de abril, no início da estação seca. Nesse período o solo ainda retém um

pouco de umidade, reduzindo o risco de incêndios acidentais.

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b) Deslocar os rebanhos, para mostrar aos outros clãs que o território lhes pertence; criar corredores naturais, evitando os incêndios florestais durante os períodos quentes do ano e indicar os ancestrais que estão cuidando da terra.

Objetivo: • Conhecer aspectos relacionados à localização do território às características físicas e ambien-

5. Os estudantes deverão corrigir as alternativas a e c.

a) O arquipélago de Vanuatu está localizado na Melanésia.

c) O primeiro-ministro de Vanuatu está certo ao declarar estado de emergência climática, pois além do aumento do nível dos oceanos, ciclones e secas têm assolado o país.

MICHAEL WILLIAMS/ALAMY/FOTOARENA HAGEN HOPKINS/GETTY IMAGES
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Objetivos: • Conhecer aspectos relacionados à localização do território às características físicas e ambientais dos países da Oceania. • Identificar os principais impactos do aquecimento global nos territórios de países da Oceania.

6. I. Território australiano: Apresenta terrenos relativamente estáveis, antigos e bastante desgastados. O relevo nessa parte da Oceania é constituído, principalmente, por planaltos e planícies.

II. Ilhas do Pacífico: Apresentam relevo montanhoso, pois se encontram em uma área de choque de placas tectônicas sujeitas à ocorrência de atividade vulcânica e terremotos. Nesta região está o ponto culminante do continente, o Monte Wilhelm, com 4 509 metros de altitude.

III. Nova Zelândia: Apresenta relevo montanhoso, com vulcões ativos. O território é constituído por muitos lagos de origem vulcânica e o litoral apresenta muitas penínsulas e fiordes.

Objetivo: • Conhecer aspectos relacionados à localização do território às características físicas e ambientais dos países da Oceania.

7. Gráfico A: Nova Zelândia

Gráfico B: Austrália

Objetivos: • Conhecer aspectos demográficos, socioeconômicos e culturais dos países da Oceania. • Analisar a importância da Austrália e da Nova Zelândia na economia da Oceania.

8. a) Estados Unidos, China, Japão, Canadá, Rússia, México, Coreia do Sul, Indonésia e Austrália.

b) A Austrália e a Nova Zelândia têm na China, no Japão e nos Estados Unidos importantes parceiros comerciais.

c) Espera-se que os estudantes respondam que a participação na Apec pode estimular as trocas econômicas entre parcerias já consolidadas, além de trazer novas oportunidades e mercados, consolidando a posição de potências na região do Pacífico.

Objetivos: • Conhecer aspectos de-

5 Leia o trecho da notícia. Depois, copie em seu caderno apenas as afirmações falsas, tornando-as verdadeiras.

Arquipélago de Vanuatu declara estado de emergência climática

Este arquipélago de 300 000 pessoas foi atingido por dois fortes ciclones e uma seca devastadora na última década.

“A terra já é muito quente e insegura”, disse [o primeiro-ministro de Vanuatu] Loughman. “Estamos em perigo agora, e não apenas no futuro”.

AFP. Arquipélago de Vanuatu declara estado de emergência climática. UOL, São Paulo, 28 maio 2022. Disponível em: https://www.uol.com.br/tilt/noticias/afp/2022/05/28/arquipelago-de-vanuatu-declara-estado-deemergencia-climatica.htm. Acesso em: 2 ago. 2022

a) O arquipélago de Vanuatu está localizado na Polinésia.

b) O arquipélago de Vanuatu, assim como Kiribati e Tuvalu, terá territórios submersos pelas águas oceânicas nas próximas décadas.

c) O primeiro-ministro de Vanuatu se precipitou ao declarar estado de emergência climática, pois o aumento do nível dos oceanos é a única ameaça ao país.

6 Copie em seu caderno as frases que descrevem as principais características do relevo da Oceania na seguinte ordem:

I. Território Australiano II. Ilhas do Pacífico III. Nova Zelândia

Apresenta relevo montanhoso, com vulcões ativos. O território é constituído por muitos lagos de origem vulcânica e o litoral apresenta muitas penínsulas e fiordes.

Apresentam terrenos relativamente estáveis, antigos e bastante desgastados. O relevo nessa parte da Oceania é constituído, principalmente, por planaltos e planícies.

Apresenta relevo montanhoso, pois se encontra em uma área de choque de placas tectônicas sujeitas à ocorrência de atividade vulcânica e terremotos. Nessa região está o ponto culminante do continente, o monte Wilhelm, com 4 509 metros de altitude.

7 Analise os gráficos a seguir e indique em seu caderno qual corresponde às exportações da Austrália e qual às da Nova Zelândia.

País A: principais exportações – 2020

País B: principais exportações – 2020

mográficos, socioeconômicos e culturais dos países da Oceania. • Analisar a importância da Austrália e da Nova Zelândia na economia da Oceania. • Analisar o papel desempenhado pela Austrália e Nova Zelândia na região do Oceano Pacífico, identificando suas áreas de influência.

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9. a) Espera-se que os estudantes respondam que rafting é uma atividade esportiva que se caracteriza por descida pelas corredeiras de um rio com barcos infláveis.

b) Entre as características naturais atrativas, destacam-se o relevo predominantemente montanhoso e os rios com corredeiras e quedas-d’água. Essas características naturais favorecem o ecoturismo, o turismo de aventura e o turismo esportivo, que inclui o trekking, o rapel, o esqui e o snowboarding, assim como a hidrografia favorece o rafting e o canyoning Objetivos: • Conhecer aspectos relacionados à localização do território às características físicas e ambien-

Outros 68,2% Leite concentrado 14,9% Carne de ovelha e de cabra 6,5% Carne bovina congelada 5,3% Madeira 5,1% SONIA VAZ Outros 35,8% Minério de ferro 31,8% Briquete de carvão 14,6% Gás de petróleo 10,7% Ouro 7,1% SONIA VAZ
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Fonte dos dados: OEC. [S. l.], 2021. Site. Disponível em: https://oec.world/en. Acesso em: 2 ago. 2022.
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8 Os países da Oceania também estão organizados em associações e blocos econômicos.

Potências econômicas regionais, Austrália e Nova Zelândia integram a Apec (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico).

Analise o mapa a seguir e responda às questões.

Apec e os países da Oceania – 2019

a) Que países estão entre as maiores economias da Apec?

b) Qual é a relação da Austrália e da Nova Zelândia com esses países?

c) No seu entendimento, por que é importante que Austrália e Nova Zelândia participem desse bloco econômico?

9 A Oceania, especialmente Austrália e Nova Zelândia, é destino de turistas e adeptos dos esportes radicais do mundo inteiro. Analise a imagem e responda às questões.

a) Que atividade esportiva está retratada na fotografia? Defina essa atividade.

b) Que características físico-naturais da Nova Zelândia contribuem para as atividades turísticas e a prática de esportes radicais no país?

tais dos países da Oceania. • Analisar a importância da Austrália e da Nova Zelândia na economia da Oceania.

• Relacionar aspectos da natureza, da sociedade e da economia que caracterizam o espaço geográfico da Austrália e da Nova Zelândia.

Fonte: ARGOUNÈS, Fabrice; MOHAMED-GAILLARD, Sarah; VACHER, Luc. Atlas de l’Océanie. 2. ed. Paris: Autrement, 2021. p. 46. Rafting no Rio Kaituna, Rotorua, Nova Zelândia, 2019. RODCOFFEE/SHUTTERSTOCK.COM
0 2 120 Estados da Oceania não membros da Apec Renda nacional bruta em 2019 (em milhões de dólares) 21 000 000 5 000 000 500 000 100 000 País-membro da Apec 1 000 000 Equador Trópico de Capricórnio Trópico de Câncer 0° 160° O OCEANO ÍNDICO OCEANO PACÍFICO MÉXICO CANADÁ ESTADOS UNIDOS PERU CHILE COREIA DO SUL JAPÃO MALÁSIA BRUNEI CINGAPURA INDONÉSIA PAPUA NOVA GUINÉ NOVA ZELÂNDIA AUSTRÁLIA TAILÂNDIA VIETNÃ FILIPINAS RÚSSIA CHINA HONG KONG DACOSTA MAPAS 0 2 120 Estados da Oceania não membros da Apec Renda nacional bruta em 2019 (em milhões de dólares) 21 000 000 5 000 000 500 000 100 000 País-membro da Apec 1 000 000 Equador Trópico de Capricórnio Trópico de Câncer 0° 160° O OCEANO ÍNDICO OCEANO PACÍFICO MÉXICO CANADÁ ESTADOS UNIDOS PERU CHILE COREIA DO SUL JAPÃO MALÁSIA BRUNEI CINGAPURA INDONÉSIA PAPUA NOVA GUINÉ NOVA ZELÂNDIA AUSTRÁLIA TAILÂNDIA VIETNÃ FILIPINAS RÚSSIA CHINA HONG KONG 281
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Competências

• Gerais: 1, 2, 5, 7, 9 e 10

• Ciências Humanas: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7

• Geografia: 1, 3, 4, 5, 6 e 7

• Atende-se à habilidade EF09GE01 com foco em analisar criticamente de que forma a hegemonia europeia foi exercida em várias regiões do planeta em diferentes tempos e lugares.

• A habilidade EF09GE02 é contemplada com ênfase em analisar a atuação das corporações internacionais e das organizações mundiais na vida da população.

• O trabalho com a habilidade EF09GE04 é feito ao relacionar diferenças de paisagens aos modos de viver de diferentes povos na Ásia e na Oceania, valorizando identidades e interculturalidades regionais.

• Desenvolve-se a habilidade EF09GE09 com ênfase em analisar características de países e grupos de países da Ásia e Oceania em seus aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

O objetivo da seção é mobilizar os conteúdos estudados no decorrer do semestre para que os estudantes possam desenvolver práticas de pesquisa como levantamento bibliográfico, análise documental, observação, tomada de notas e construção de relatório (ver tópico Práticas de pesquisa nas Orientações Gerais deste Manual). A temática proposta na seção também se relaciona com o tema transversal contemporâneo Multiculturalismo, com destaque para a Diversidade Cultural

Após trabalhar com aspectos mais amplos relacionados à compreensão, representação e produção do espaço geográfico, da Ásia e da Oceania, consideramos pertinente trazer a discussão so-

EM CONHECIMENTOAÇÃO

Europeus na Ásia e na Oceania: o caso do povo kanak

Assim como aconteceu no processo de colonização das Américas, a partir do século XVI, na Ásia e na Oceania as sociedades dos povos originários foram desestruturadas a partir do século XIX, com a ocupação de seus territórios pelos europeus.

Entre tantos povos originários na Oceania, está o povo kanak, que vive na Nova Caledônia, arquipélago de possessão francesa localizado na Melanésia, Pacífico Sul (observe a localização no mapa “Oceania: divisão política e regional”, na página 260). O nome significa “Nova Escócia” e foi dado pelos ingleses que “descobriram” o arquipélago no século XIX. Contudo, a colonização efetiva ocorreu com a ocupação francesa.

Hoje em dia, embora o francês seja a língua oficial, o idioma kanak é falado por muitas pessoas. A população de origem kanak corresponde quase à metade dos habitantes da Nova Caledônia, cujo território foi explorado e ocupado ao longo dos anos pelos colonizadores europeus e, posteriormente, grupos de outras nações. Na sociedade atual da Nova Caledônia, as desigualdades sociais são evidentes, sendo os kanaks, em geral, bastante desfavorecidos, enfrentando más condições sociais e econômicas.

Analise as fotografias e leia alguns aspectos sobre a Nova Caledônia e os kanak.

Moradia tradicional kanak em Nova Caledônia, em 2018.

Os kanaks desenvolveram uma técnica de construção para conviver com furacões e tsunâmis, comuns na região. As casas são redondas, de taipa, com telhados cônicos, feitos de palha e com uma amarração que permite a passagem de fortes ventos.

Área de mineração de níquel em Goro, Nova Caledônia, 2021.

bre as consequências da chegada dos europeus, e depois de outros grupos, para povos originários desses continentes.

Na conversa inicial com os estudantes, comentar que o imperialismo, estudado nesta coleção no volume do 8o ano, foi uma política de expansão territorial, cultural, econômica e ideológica. Uma das características mais marcantes do período foi o neocolonialismo, pois a África, a Ásia e a Oceania tiveram seus territórios transformados em colônias pelos países dominado-

A Nova Caledônia está entre os maiores produtores de níquel do mundo. Empresas mineradoras de várias nacionalidades, inclusive do Brasil, exploram as minas de níquel no arquipélago.

res, implicando o controle político e a anexação de território.

Para a pesquisa, os estudantes podem consultar sites de instituições governamentais dos países aos quais pertencem os territórios pesquisados, como embaixadas, consulados. Podem consultar livros impressos e atlas geográficos e históricos; também podem ser encontrados dados no site Países IBGE. Disponível em: https://paises.ibge. gov.br/#/. Acesso em: 17 ago. 2022. Há outras sugestões na seção Ampliando horizontes

BNCC
ADAM DEAN/THE NEW YORK TIMES/FOTOARENA DAVID PAUL/ALAMY/FOTOARENA 282
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• ETAPAS DO PROJETO

Organizem-se em grupos. Depois, cada grupo vai escolher um povo originário da Ásia ou Oceania e investigar aspectos das relações estabelecidas com os europeus a partir dos processos de colonização.

Levantamento de dados

• Como foi o contato com os europeus? Houve independência ou tentativa de independência do território? Em caso positivo, como ocorreu esse processo?

• Como a sociedade era organizada antes do contato com os europeus? Quais eram os principais aspectos da organização político-social e cultural (língua, religião, arte, relação com a natureza etc.)?

• Como são as condições de vida atuais desses povos originários? Que problemas eles enfrentam? Há políticas e ações de entidades locais ou internacionais específicas para esses povos ou para valorizar sua cultura?

Análise dos dados

Com os dados coletados, analisem e discutam a situação do povo escolhido por vocês, procurando responder às questões propostas na Etapa 1. Selecionem imagens e textos para compor uma apresentação.

Montagem da apresentação

A partir da análise dos problemas enfrentados pelo povo pesquisado e das medidas que estão ou poderiam estar sendo postas em prática para superá-los, conversem sobre soluções que poderiam ser encaminhadas por diferentes agentes da sociedade, como governos e outras instituições, para melhorar as condições de vida dessa população. Escrevam um texto sobre isso para compor a apresentação final.

Apresentação

Escolham a forma de apresentação do trabalho: painel impresso ou digital, vídeo, podcast, história em quadrinhos, entre outras. Após as apresentações, conversem com os colegas e professores sobre os principais problemas levantados e, se acharem conveniente, avaliem a possibilidade de entrar em contato com organizações internacionais para manifestarem o apoio de vocês ao grupo pesquisado.

Os Jarawa

Acredita-se que os antepassados dos Jarawa e outras tribos das Ilhas Andaman fazem parte das primeiras imigrações humanas bem-sucedidas provindas do continente africano. Agora, várias centenas de milhares de colonos indianos vivem nas ilhas, superando em número as tribos. Como eles vivem?

Os Jarawa caçam porcos e lagartos, pescam com arco e flecha, e colhem sementes, frutos e mel. Eles são nômades, vivendo em grupos de 40 a 50 pessoas. Em 1998, alguns Jarawa começaram a sair de sua floresta para visitar as cidades e assentamentos próximos, pela primeira vez.

Quais são os problemas que enfrentam?

A principal ameaça à existência dos Jarawa é a invasão de sua terra, que foi provocada pela construção de uma estrada que atravessa sua floresta, na década de 70. A estrada traz colonos, caçadores e madeireiros para o coração de sua terra.

Esta invasão arrisca expor os Jarawa a doenças para as quais não têm imunidade, e criar uma dependência com não indígenas. Caçadores ilegais roubam a caça da qual os Jarawa dependem para a sua sobrevivência, e há relatos de exploração sexual de mulheres Jarawa.

O turismo é também uma ameaça para os Jarawa, com operadores turísticos transportando todos os dias turistas ao longo da estrada através da reserva na esperança de “avistar” membros da tribo. Apesar de proibições, os turistas geralmente param para fazer contato com os Jarawa.

AMPLIANDO HORIZONTES

• PORTER, Andrew. O Imperialismo Europeu 18601914. Portugal: Edições 70, 2011.

Livro que trata da intervenção europeia em regiões na África, Ásia e Oceania entre 1860 e 1914.

• SAID, Edward Wadie. Cultura e imperialismo São Paulo: Companhia de Bolso, 2011.

Nessa obra, o autor desvenda como a cultura e os meios de comunicação em massa podem ser armas de conquista poderosas.

• DECLARAÇÃO das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas. Nações Unidas, Rio de Janeiro, 2008. Disponível em: https://www.acnur.org/ fileadmin/Documentos/portugues/BDL/Declaracao _das_Nacoes_Unidas_sobre_os_Direitos_dos_ Povos_Indigenas.pdf. Acesso em: 17 ago. 2022. Texto da Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos do Povos Indígenas.

Um resort turístico de luxo foi inaugurado perto da reserva dos Jarawa pela empresa de viagens indiana Barefoot, que irá expor a tribo a mais contato com estranhos.

OS JAWARA. Survival. [S. l.], [20--]. Disponível em: www.survivalbrasil.org/ povos/jarawa. Acesso em: 17 ago. 2022.

TEXTO COMPLEMENTAR
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POLÍTICO PLANISFÉRIO

4. Em abril de 2016, o governo da República Tcheca optou por mudar o nome oficial do país para Chéquia.

Elaborado com base em: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante 7. ed. São Paulo: FTD, 2016. p. 156-157.

1. O Saara Ocidental foi anexado pelo Marrocos em 1975, mas não foi reconhecido pela ONU.

5. Em abril de 2018, o Rei Mswati III mudou o nome do país Suazilândia para Essuatíni.

2. A Crimeia é um território anexado pela Rússia em 2014. No entanto, a ONU não reconheceu essa anexação, considerando a Crimeia pertencente à Ucrânia.

6. Em 12 de fevereiro de 2019, a República Iugoslava da Macedônia passou a se chamar República da Macedônia do Norte.

3. Kosovo declarou sua independência da Sérvia em 2008, mas esse processo ainda não foi reconhecido pela ONU.

OCEANO ATLÂNTICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO OCEANO PACÍFICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO Círculo Polar Ártico Trópico de Câncer Equador Trópico de Capricórnio Círculo Polar Antártico 0º 0º onaidireM ed wneerG hc 180º 150º O 120º O 90º O 60º O 30º O 30º L 60˚ L 90º L 120º L 150º L 180º 90º N 60º N 30º N 30º S 90º S 23º 27’ S 60º S PORTUGAL REINO UNIDO IRLANDA NORUEGA FINLÂNDIA TURQUIA GRÉCIA CHIPRE SUÉCIA ESPANHA ITÁLIA FRANÇA ESTÔNIA BELARUS POLÔNIA DINAMARCA ANDORRA MÔNACO PAÍSES BAIXOS CHÉQUIA ESLOVÁQUIA ESLOVÊNIA ALBÂNIA MONTENEGRO MACEDÔNIA DO NORTE BÓSNIA- -HERZEGÓVINA SAN MARINO LIECHTENSTEIN VATICANO CROÁCIA HUNGRIA SUÍÇA BÉLGICA ALEMANHA ÁUSTRIA UCRÂNIA MOLDÁVIA ROMÊNIA BULGÁRIA SÉRVIA KOSOVO LETÔNIA LITUÂNIA MALTA I. de Creta FED RUSSA LUXEMBURGO 0º Meridiano de Greenwich 45º N 2 Crimeia 3 4 6 PORTO RICO (EUA) Ilhas Virgens I. Anguila (RUN) (RUN) (EUA) DOMINICA TRINIDAD E TOBAGO GRANADA SÃO VICENTE E GRANADINAS I. Montserrat (RUN) SÃO CRISTÓVÃO E NÉVIS ANTÍGUA E BARBUDA I. Martinica (FRA) SANTA LÚCIA BARBADOS I. Guadalupe (FRA) 60º O 15º N
BRASIL BOLÍVIA PARAGUAI PERU EQUADOR COLÔMBIA VENEZUELA MÉXICO ESTADOS UNIDOS CANADÁ ALASCA (EUA) GUATEMALA EL SALVADOR NICARÁGUA COSTA RICA PANAMÁ BELIZE CUBA BAHAMAS HAITI CABO VERDE REPÚBLICA DOMINICANA HONDURASJAMAICA GUIANA SURINAME GUIANA FRANCESA (FRA) CHILE ARGENTINA ANTÁRTIDA Is. Falkland/Malvinas (RUN) Polinésia Francesa (FRA) Havaí/Sandwich (EUA) KIRIBATI SAMOA TONGA Kerguelen (FRA) URUGUAI ANGOLA NAMÍBIA QUÊNIA ETIÓPIA DJIBUTI ERITREIA SUDÃO SUDÃO DO SUL EGITO CAZAQUISTÃO MONGÓLIA IRÃ ARÁBIA SAUDITA ÍNDIA FEDERAÇÃO RUSSA AUSTRÁLIA PAPUA NOVA GUINÉ FILIPINAS MALÁSIA JAPÃO INDONÉSIA NOVA ZELÂNDIA CHINA NÍGER MAURITÂNIA MALI NIGÉRIA SOMÁLIA SRI LANKA LÍBIA CHADE ÁFRICA DO SUL TANZÂNIA ARGÉLIA MADAGASCAR MOÇAMBIQUE BOTSUANA ZÂMBIA GABÃO REPÚBLICA CENTRO- -AFRICANA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO TUNÍSIA MARROCOS SAARA OCIDENTAL ISLÂNDIA TURQUIA UGANDA ESSUATÍNI LESOTO MALAUÍ BURUNDI RUANDA TOGO BENIN GANA COSTA DO MARFIM LIBÉRIA SERRA LEOA GUINÉ BURKINA FASSO GÂMBIA CAMARÕES SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE ZIMBÁBUE CONGO GUINÉ EQUATORIAL GROENLÂNDIA (DIN) SENEGAL GUINÉ-BISSAU SEICHELES COMORES MALDIVAS CINGAPURA BRUNEI CAMBOJA TAILÂNDIA COREIA DO NORTE COREIA DO SUL LAOS NEPAL PAQUISTÃO TADJIQUISTÃO QUIRGUISTÃO UZBEQUISTÃO GEÓRGIA LÍBANO ISRAEL SÍRIA JORDÂNIA KUWAIT OMÃ IÊMEN CATAR BAREIN EMIRADOS ÁRABES UNIDOS IRAQUE AZERBAIJÃO TURCOMENISTÃO ARMÊNIA AFEGANISTÃO BUTÃO MIANMAR BANGLADESH VIETNÃ TAIWAN I. Formosa PALAU Ilhas Marianas do Norte (EUA) Guam (EUA) NAURU TUVALU VANUATU Nova Caledônia (FRA) I. Tasmânia FIJI ILHAS SALOMÃO TIMOR LESTE MICRONÉSIA ILHAS MARSHALL MAURÍCIO 0 700 0 265 0 1 950 1 2 5 1 2 ALLMAPS
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BIBLIOGRÁFICAS COMENTADAS REFERÊNCIAS

ANDRADE, Manuel Correia de. Imperialismo e fragmentação do espaço. São Paulo: Contexto, 1991.

• O professor Manuel Correia de Andrade analisa as consequências políticas, econômicas e sociais presentes em espaços que foram subjugados por potências colonialistas e imperialistas.

ANTUNES, Ricardo (org.). Uberização, trabalho digital e Indústria 4.0. São Paulo: Boitempo, 2020.

• A obra reúne uma coletânea de artigos que aborda os temas do trabalho digital, da uberização do trabalho e do fenômeno da Indústria 4.0 e suas consequências para o mundo do trabalho e para a vida dos trabalhadores.

BARRET-DUCROCQ, Françoise (org.). Globalização para quem ?: uma discussão sobre os rumos da globalização. São Paulo: Futura, 2004.

• A obra reúne textos de pensadores e estudiosos renomados, como Jacques Le Goff e Umberto Eco, com o intuito de refletir sobre a interdependência entre culturas, em contato direto ao longo da história por meio de migrações voluntárias e forçadas.

BP. Bp Statistical Review of World Energy. 71st edition. London: BP, 2022. Disponível em: https:// www.bp.com/content/dam/bp/business-sites/en/ global/corporate/pdfs/energy-economics/statistical -review/bp-stats-review-2022-full-report.pdf. Acesso em: 30 jul. 2022.

• A publicação anual da BP discute as incertezas do sistema global de energia. A diminuição da oferta e os altos preços das matrizes energéticas tradicionais impõem uma reflexão mais aprofundada sobre energia limpa, no sentido de se alcançar a emissão zero de carbono.

BRENER, Jayme. O mundo pós-Guerra Fria. São Paulo: Scipione, 1994.

• O livro analisa territórios historicamente ocupados por povos tradicionais brasileiros, como quilombolas e indígenas, e o interesse que passaram a despertar no Brasil movido pela lógica produtiva da globalização, a partir da segunda metade do século XX. A obra discute os conflitos agravados após esse embate.

CANÊDO, Letícia Bicalho. A descolonização da Ásia e da África. São Paulo: Atual, 2004.

• A autora propõe uma reflexão sobre o papel do processo de descolonização da África e da Ásia na

conjuntura atual desses continentes, discutindo se houve de fato uma libertação ou se o processo de exploração externa permanece. Desse modo, a obra contribui para a análise da construção do subdesenvolvimento em países de passado colonial.

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2016. v. 1.

• O livro é resultado de uma extensa pesquisa por diversos países da América, da Ásia e da Europa com o objetivo de compreender os efeitos da tecnologia da informação no mundo contemporâneo. O ponto de partida é a análise da marginalização e exclusão em que diversos países se encontram em relação às redes de informação. Castells conclui que, mais do que o desemprego em massa anteriormente previsto, as relações de trabalho são profundamente impactadas e transformadas, com a supervalorização de profissionais mais jovens e instruídos e a flexibilização extrema do trabalho para a grande maioria da população, levando a estruturas sociais individualizadas e segmentadas.

CASTELLS, Manuel. Redes de indignação e esperança: movimentos sociais na era da internet. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.

• Nessa obra, o pensador Manuel Castells parte do estudo dos movimentos sociais que eclodiram em 2011 – como a Primavera Árabe, os Indignados na Espanha, os movimentos Occupy nos Estados Unidos – e observa seus elementos comuns e inovadores: conexão e comunicação horizontais; ocupação do espaço público urbano; criação de tempo e de espaço próprios; ausência de lideranças e de programas; aspecto ao mesmo tempo local e global. A análise é feita à luz da influência da internet na realidade, permitindo maior autonomia, posicionamento, partilha de sentimentos, impressões e opiniões.

CONSANI, Marciel. Como usar o rádio na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2012.

• A obra tem o objetivo de apresentar ao professor as maneiras de trabalhar a linguagem radiofônica em sala de aula. O livro, muito claro e didático, é ricamente ilustrado e traz exercícios práticos a serem realizados com a turma. Essas práticas são categorizadas, das mais simples às mais complexas, de modo a auxiliar o trabalho do professor. A obra contribui para a ampliação do repertório do professor como agente cultural, fornecendo-lhe referências teóricas e exemplos de atividades.

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CORRÊA, Roberto Lobato. Região e organização espacial. São Paulo: Saraiva, 2006.

• O livro aborda conceitos importantes para os estudos e as análises geográficas, baseando-se em autores clássicos da ciência geográfica. Além disso, coloca o conceito de região no centro das discussões, reforçando a importância dele para a Geografia.

DUARTE, Paulo Araújo. Fundamentos de Cartografia. Florianópolis: UFSC, 2006.

• Além de apresentar os fundamentos técnicos da Cartografia, a obra problematiza a visão eurocêntrica convencional das representações. Todas as discussões são desenvolvidas em linguagem simples e objetiva, porém respeitando todos os padrões técnicos.

DUPAS, Gilberto. Economia global e exclusão social: pobreza, emprego, Estado e o futuro do capitalismo. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

• O autor traça o panorama da economia globalizada, especialmente a partir da década de 1970, destacando em cada etapa as repercussões sociais provocadas por esse sistema, especialmente em relação à falta de acessibilidade a todos e quanto ao desemprego e às crises econômicas.

FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna, 2019.

• O atlas traz dados sistematizados sobre população, desenvolvimento econômico e problemas ambientais, entre outros dados e indicadores sociais.

FROMKIM, David. Paz e guerra no Oriente Médio: a queda do Império Otomano e a criação do Oriente Médio moderno. Rio de Janeiro: Contraponto, 2008.

• O livro contextualiza a criação do Oriente Médio, como região geopolítica recente, pois a atual configuração data do século passado. Desse modo, a obra aborda a dissolução do Império Otomano após a Primeira Guerra Mundial e a vitória da hegemonia europeia contra a única potência muçulmana a adentrar o século XX.

GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016.

• O atlas traz mapas do Brasil e do mundo que auxiliam na compreensão da dinâmica do espaço geográfico mundial através de indicadores sociais, demográficos e econômicos.

GOMES, Eduardo Biacchi. União Europeia e multiculturalismo: o diálogo entre a democracia e os direitos fundamentais. Curitiba: Juruá, 2008.

• A obra trabalha a transição política dos Estados europeus que compõem a União Europeia, seu processo de relativização do conceito de soberania e a necessidade de adoção de políticas conjuntas em seu espaço jurisdicional. As políticas comuns surtem efeito para todos os países associados, iniciando um novo ramo do Direito: o Direito Comunitário.

HAESBAERT, Rogério. Blocos internacionais de poder. São Paulo: Contexto, 1997.

• De modo muito claro e didático, o autor discute os relevantes blocos que ganhavam projeção no contexto pós-Guerra Fria, centrando-se, principalmente, nas distinções entre Europa Ocidental e Leste Europeu, na reorganização da Divisão Internacional do Trabalho, na formação e expansão dos blocos econômicos e em novos centros em ascensão, como os Tigres Asiáticos e alguns países latino-americanos.

HARVEY, David. Condição pós-moderna. São Paulo: Loyola, 2003.

• A renomada obra do pensador David Harvey é um livro de referência a respeito da relação entre transformações econômicas e culturais da atualidade. Harvey ocupa-se em definir o conceito de pós-modernidade, definindo-lhe os contornos culturais, estéticos, sociais, literários e filosóficos. O autor baseia sua tese em explicar a condição pós-moderna como consequência da crise do capitalismo.

HOBSBAWM, Eric. A era dos extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

• O ensaio histórico do historiador inglês Eric Hobsbawn desenvolve a tese de que o século XX teve início com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914, e terminou com a derrocada da União Soviética, em 1991. O próprio autor declarava ser esse encurtado século a “era das ilusões perdidas”.

IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018.

• Essa edição do atlas do IBGE traz o panorama social, econômico e demográfico do Brasil por região. Os dados representados são coletados durante os Censos realizados e as Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios.

KRENAK, Ailton. A vida não é útil. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.

• A obra traz um conjunto de reflexões feitas pelo pensador e líder indígena Ailton Krenak em palestras, entrevistas e lives sobre as tendências destrutivas do mundo dito civilizado, pautadas no consumo, no aumento da devastação ambiental e em uma visão que enxerga o ser humano dissociado da natureza.

MAGNOLI, Demétrio. Terror global. São Paulo: Publifolha, 2008.

• A partir do ataque às Torres Gêmeas em Nova York, em 11 de setembro de 2001, o sociólogo e especialista em geopolítica Demétrio Magnoli escreveu o livro em que analisa as raízes do terrorismo global, desde o século XIX, culminando nos conflitos entre o Ocidente e o Islã. De forma clara e didática, o livro acompanha a trajetória dessa relação até chegar à jihad islâmica contemporânea.

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MAGNOLI, Demétrio. União Europeia: história e geopolítica. São Paulo: Moderna, 2004.

• No livro, Demétrio Magnoli traça um breve histórico sobre a formação da identidade e unidade europeia desde o Império Romano, passando pela preponderância da Igreja Católica na Idade Média, pelo expansionismo de Napoleão até chegar ao século XX.

MARTIN, André; JAF, Ivan. União Europeia. São Paulo: Ática, 2006.

• O livro auxilia os estudantes a compreender os princípios da União Europeia tendo por base história do brasileiro João, de 16 anos, que vai a Portugal visitar o pai, Francisco. O pai de João era dentista e estava desempregado no Brasil. Por isso emigrou para a Europa há seis anos, para tentar a sorte, e acabou se dando muito bem. Apesar de ter planos de ir a Paris, João precisa acompanhar seu pai em uma visita ao tio-avô em Vila Verde, um lugar extremamente pequeno. Nesse lugarejo, João conhece muito mais sobre a União Europeia do que poderia imaginar.

MARTIN, André Roberto. Fronteiras e nações. São Paulo: Contexto, 1998.

• Por meio da análise do Oriente Médio e da antiga União Soviética, o professor André Martin discute o traçado das fronteiras como criações políticas e geopolíticas.

MCAULIFFE, Marie; TRIANDAFYLLIDOU, Anna (ed.). World migration report 2022. Geneva: International Organization for Migration, 2021. Disponível em: https://worldmigrationreport.iom.int/wmr-2022interactive/. Acesso em: 20 jul. 2022.

• Na página interativa do relatório, são divulgados dados sobre migração no mundo em 2021. Nela, temos acesso aos gráficos, tabelas e demais formas de representação dos dados que apresentam o panorama migratório mundial.

MERLEAU-PONTY, Claire; MOZZICONACCI. Histórias dos maori, um povo da Oceania. Ilustrações: Joëlle Jolivet. São Paulo: SM, 2007.

• O livro relata histórias da cosmogonia dos povos originários da Oceania, mais especificamente dos maoris, originários de ilhas da Polinésia e da Nova Zelândia. As histórias foram reunidas por um governante inglês durante o século XIX. O tema principal é a criação do Céu e da Terra, e a tentativa de um herói derrubar o Sol.

OLIC, Nelson Bacic; CANEPA, Beatriz. Geopolíticas asiáticas: da Ásia Central ao Extremo Oriente. São Paulo: Moderna, 2007.

• Didaticamente, a obra apresenta as relações geopolíticas asiáticas. Os autores tratam dessas relações a partir da regionalização do continente, dividido em quatro regiões: Ásia Central, Subcontinente Indiano, Sudeste Asiático e Extremo Oriente. O foco principal são as análises dos conflitos e da evolução geopolítica dessas regiões.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. O Relatório do Desenvolvimento Humano de 2020

Nova York: PNUD, 2020. Disponível em: https:// hdr.undp.org/system/files/documents/global-report-document/hdr2020overviewportuguesepdf.

pdf. Acesso em: 20 jul. 2022.

• O relatório traz um panorama global do desenvolvimento humano no ano de 2019. Os dados mostram o acesso da população mundial, nas diferentes regiões do mundo, a saneamento, alimentação, trabalho, educação, entre outros indicadores sociais que possibilitam compreender as desigualdades nos índices de desenvolvimento humano.

OTERO, Edgardo. A origem dos nomes dos países. São Paulo: Panda Books, 2006.

• Após extensa pesquisa, o autor apresenta as origens das diferentes denominações dos países, regiões e ilhas do mundo. Também é incluída a origem etimológica de alguns nomes históricos. Além disso, o autor explica o significado dos nomes de cidades importantes da Antiguidade, inclusive como eram conhecidos os países em outros tempos.

PIKETTY, Thomas. O capital no século XXI. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2014.

• O livro é resultado de 15 anos de pesquisas e análises de dados de mais de 20 países. Em sua obra, o autor conclui que a difusão do conhecimento foi um dos principais fatores a impedir a concretização do cenário descrito por Karl Marx no século XIX.

PORTER, Andrew. O imperialismo europeu (1860-1914). Lisboa: Edições 70, 2011.

• O professor Andrew Porter examina o crescimento da intervenção europeia em regiões fora da Europa entre 1860 e 1914. Desse modo, ele trata o “imperialismo” como um processo de crescente contato, influência e controle. De forma didática, a obra faz uma revisão bibliográfica sobre o tema, traçando um panorama geral sobre o período.

SAID, Edward. Cultura e imperialismo. São Paulo: Companhia de Bolso, 1993.

• O autor analisa a influência das ideias imperialistas na política e na cultura ocidentais. Partindo de obras de ficção ocidental dos séculos XIX e XX e chegando aos meios de comunicação em massa da atualidade, Edward Said discute como esses meios podem ser armas de conquista poderosas. O autor analisa também obras de literatura de oposição às ideias imperialistas criadas por escritores dos países colonizados. Por meio da exposição dos mecanismos imperialistas e das reações a eles, o livro auxilia na reflexão sobre uma coexistência mais harmoniosa entre o Ocidente e suas antigas dependências coloniais.

SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 4. ed. São Paulo: Edusp, 2006.

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• A partir do conceito de que o espaço é um conjunto indissociável de sistemas de objetos e de sistemas de ações, o professor Milton Santos propõe a construção de um sistema de pensamento que busca entender o espaço geográfico. À luz do processo de globalização, o geógrafo buscou auxílio na história, na filosofia, na sociologia, além de outras disciplinas humanas e sociais, para propor essa teoria geral do espaço humano.

SANTOS, Milton. O espaço do cidadão. São Paulo: Edusp, 2007.

• A obra do professor Milton Santos se vale do princípio de que as ciências geográficas apresentam tanto um discurso descritivo quanto um discurso normativo. As redes urbanas e os sistemas de cidades, por exemplo, não estão presentes na vida de todos os cidadãos. A enorme desigualdade social e econômica faz com que apenas uma parcela da população tenha acesso efetivo a bens e serviços que uma metrópole, por exemplo, tem a oferecer. Milton Santos, portanto, trata a questão da cidadania sob o ponto de vista geográfico.

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2000.

• O professor Milton Santos contrapõe o papel da ideologia na produção da história e os limites do seu discurso frente à realidade vivida pela maioria das nações. A importância dada à informação e ao dinheiro é destacada como os pilares de uma situação em que o progresso técnico é aproveitado por um pequeno número de atores globais em seu benefício exclusivo.

SASSEN, Saskia. Expulsões: brutalidade e complexidade na economia global. São Paulo: Paz e Terra, 2016.

• A obra propõe uma nova linguagem para compreender a lógica sistêmica da economia política global, especialmente em sua configuração a partir da década de 1980. Segundo a autora, de finanças a mineração, as áreas do conhecimento mais respeitadas na atualidade têm evoluído para formações predatórias. Esse sistema, portanto, limitaria o próprio crescimento econômico. A busca por mais lucro acaba se sobrepondo a medidas que objetivem o bem-estar da população e as políticas sociais.

SCHWANKE, Alberto. Austrália: das praias ao deserto. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 2002.

• O livro narra a história real de um casal de brasileiros que parte rumo à Austrália em busca de aventura e de uma genuína experiência de vida. Lá adquirem um velho motorhome, estabelecem um diário de bordo na internet e percorrem quase 15 mil quilômetros descobrindo as belezas e curiosidades locais e enfrentando a solidão e os perigos do deserto.

TEIXEIRA, Wilson (org.). Decifrando a Terra. São Paulo: IBEP Nacional, 2009.

• Os autores tratam dos processos que modelam e controlam a superfície da Terra e seu interior. São trabalhados o Big Bang, a tectônica global, a deriva continental, os terremotos, a ação da água (em estado líquido e sólido, por exemplo) e dos ventos, o intemperismo e os processos tropicais, entre muitos outros assuntos.

THE OBSERVATORY OF ECONOMIC COMPLEXITY (OEC). [S .l.], [20--]. Site. Disponível em: https://oec. world. Acesso em: 20 jul. 2022.

• O site é interativo e traz informações por países e regiões sobre o comércio internacional, destacando variações nos preços dos produtos, principais fluxos entre países e parcerias comerciais, entre outros dados.

UNITED NATIONS. Department of Economic and Social Affairs. Population Dynamics. World Population Prospects: the 2022 Revision. New York: United Nations, 2022. Disponível em: https:// population.un.org/wpp/. Acesso em: 20 jul. 2022.

• O site traz informações sobre a população mundial coletadas entre 1950 e 2022, além de projeções até 2100. Os gráficos e as tabelas trazem o perfil demográfico das diferentes regiões, bem como as características da população.

UNITED NATIONS. Department of Economic and Social Affairs. Population Dynamics. World Urbanization Prospects: the 2018 Revision. New York: United Nations, 2022. Disponível em: https://popu lation.un.org/wup/Publications/Files/WUP2018Report.pdf. Acesso em: 20 jul. 2022.

• O relatório traz projeções relacionadas à população urbana mundial, com dados coletados até o ano de 2018. Os dados são disponibilizados de forma interativa, em gráficos e mapas.

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ISBN 978-85-96-03540-8

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