Angélica Prado Cristina Hülle
Educação Infantil
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Educação Infantil
Manual do Professor Angélica Prado
Licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas Teresa D’Ávila
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Pós-graduada em Psicopedagogia e Psicomotricidade pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo Professora de Língua Portuguesa na rede particular de ensino
Cristina Hülle
Bacharel e licenciada em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Licenciada em Pedagogia pela PUC-SP Pós-graduada em Psicopedagogia pela PUC-SP Professora de Língua Portuguesa na rede particular de ensino
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Copyright © Angélica Prado, Cristina Hülle, 2018 Diretora adjunta Silvana Rossi Julio Gerente editorial Natalia Taccetti Editora Luciana Pereira Azevedo Remião Editoras assistentes Diana Santos, Luiza Sato, Mirian Pereira, Poliana Asturiano Assistente editorial Carolina Bianchini Assessoria Alice Kobayashi, Maria Tavares de Lima – Dalva Gerente de produção editorial Mariana Milani Coordenador de produção editorial Marcelo Henrique Ferreira Fontes Gerente de arte Ricardo Borges Coordenadora de arte Daniela Máximo Projeto gráfico Narjara Lara Projeto de capa Sérgio Cândido Supervisora de arte Patrícia de Michelis Diagramação e edição de arte Narjara Lara Tratamento de imagens Ana Isabela Pithan Maraschin, Eziquiel Racheti Coordenadora de ilustrações e cartografia Marcia Berne Ilustrações Bentinho, Estudiomil, Léo Fanelli/Giz de Cera, Tel Coelho/ Giz de Cera Coordenadora de preparação e revisão Lilian Semenichin Supervisora de preparação e revisão Viviam Moreira Revisão Adriana Périco, Camila Cipoloni, Carina de Luca, Célia Camargo, Felipe Bio, Fernanda Marcelino, Fernanda Rodrigues, Fernando Cardoso, Heloisa Beraldo, Iracema Fantaguci, Paulo Andrade, Pedro Fandi, Rita Lopes, Sônia Cervantes, Veridiana Maenaka Supervisora de iconografia e licenciamento de textos Elaine Bueno Iconografia Rosely Ladeira Licenciamento de textos Amanda Fernandes, Barbara Clara, Carla Marques, Érica Bambrila, Luiz Fernando Botter, Vanessa Trindade Supervisora de arquivos de segurança Silvia Regina E. Almeida Diretor de operações e produção gráfica Reginaldo Soares Damasceno Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens presentes nesta obra didática. No entanto, colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularidades ou omissões de crédito e consequente correção nas próximas edições. As imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publicidade ou propaganda, ou a ele façam alusão, são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo.
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SUMÁRIO A COLEÇÃO NA PONTA DO LÁPIS .................................... 4 NORTEADORES TEÓRICOS DESTA COLEÇÃO ....................... 6 DESENVOLVIMENTO DA AFETIVIDADE ......................................................... 6 DESENVOLVIMENTO DA MOTRICIDADE ....................................................... 8 DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL ............................................................ 10 DESENVOLVIMENTO DA SOCIALIZAÇÃO ................................................... 12
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL .. 14 DESIGN NA EDUCAÇÃO: UMA ESTRATÉGIA PARA A ESCRITA MANUAL CURSIVA NA ERA DOS NATIVOS DIGITAIS ................................... 18
QUADROS TEMÁTICOS ................................................... 20 QUADRO DE TEMAS E CONTEÚDOS – NÍVEL 2 .......................................... 24
AVALIAÇÃO .................................................................. 40 EXEMPLOS DE PAUTA DE OBSERVAÇÃO.................................................... 41
ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS PARA ESTE NÍVEL ................... 44 BIBLIOGRAFIA ............................................................... 64
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Angélica Prado
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Integrado Linguagem oral e escrita MATEMÁTICA NATUREZA E SOCIEDADE
A COLEÇÃO Educação Infantil
Esta coleção apresenta atividades que estimulam o desenvolvimento das habilidades cognitivas, motoras e sociais das crianças e é composta de quatro níveis. 0025-EI-NOVA-COLECAO-M18-V1-INTEGRADO-LA.indd 1
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O nível 1 integra Linguagem oral e escrita, Matemática e Natureza e sociedade. Já nos níveis 2, 3 e 4, esses objetos de conhecimento são apresentados separadamente. A coleção traz para as crianças, além do livro, materiais que tornam a aprendizagem mais significativa: No tom da aprendizagem – propostas de atividades para complementar e ampliar os conteúdos presentes nos livros do aluno. Caligrafia – acompanha o material de Linguagem oral e escrita a partir do nível 2, para treino da escrita e aprimoramento da letra cursiva.
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Os responsáveis pelas crianças recebem materiais complementares que visam ampliar a relação família-escola e enriquecer a experiência escolar: Diário – para registro das atividades e acompanhamento da rotina escolar da criança, com espaço para comentários do professor e dos responsáveis. Guia da família – orientações para estimular o desenvolvimento das emoções e das habilidades motoras, cognitivas e sociais.
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Os professores contam com os seguintes materiais: Livro do professor – livro do aluno com orientações. A disposição das informações foi planejada para facilitar o dia a dia de trabalho em sala de aula.
No nível 1, as orientações para o desenvolvimento das atividades, assim como textos para refletir a prática e indicações extras, estão na página espelhada da atividade, facilitando a leitura e o manuseio. Nos demais níveis, o professor encontrará as respostas das atividades e as orientações para o trabalho em sala de aula na própria página.
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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
• Disponibilizar giz colorido para que as crianças cubram os diferentes tipos de traçado e criem um desenho a partir deles. Explorar a atividade chamando a atenção para as semelhanças e diferenças entre os traçados retos e com inclinações. Permitir que elas explorem os traços livremente e façam a composição que quiserem. Depois, sugerir que observem a produção dos colegas.
Página do LA do volume 1 na parte em que vemos as orientações para o prof (última do capítulo
REFLETIR A PRÁTICA
[...] Aos 18 meses a criança fará rabiscos sem parar, sem sentido e desordenados, mas se divertirá muito ao descobrir o mundo das cores e os traços. Mostrará a todos o que fez, e é importante que seu público lhe responda positivamente. Sua coordenação motora nesta etapa ainda é muito precária. Essa etapa se denomina autoexpressão. Sentirá curiosidade pelas paredes, o chão, as revistas, e tentará rabiscá-los de todas as formas. Aos 2 anos de idade, o rabisco passará a ser mais controlado e já terá outro sentido para a criança que passará a notar que existe uma relação entre os rabiscos
e o movimento que faz sua mão. Irá querer desenhar sem parar e usará mais de um lápis de cor para preencher a folha. Os traços do seu desenho ocuparão partes antes desocupadas do papel. A criança, nessa idade, começará a sentir curiosidade e vai querer provar outros tipos de lápis e materiais. O vivenciamento predominará sobre a expressão. [...] MEDINA, Vilma. Tipos de desenho segundo a idade da criança: o desenho evolui paralelamente ao desenvolvimento da criança. Guiainfantil.com. Disponível em: <https://br.guiainfantil.com/desenho-infantil/211tipos-de-desenhos-segundo-a-idade-da-crianca.html>. Acesso em: 2 maio 2018.
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• Formar uma roda de conversa com as crianças e falar das impressões digitais. Explicar que elas identificam as pessoas nos documentos, por serem marcas únicas, que podem ser consideradas assinaturas. • Providenciar tinta vermelha e almofadas de tinta para marcar as impressões digitais das crianças.
Ao final de cada capítulo é apresentada a seção Ligado na BNCC, que traz uma relação dos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento da Base Nacional Comum Curricular que são contemplados no volume.
• Mostrar a atividade, chamando a atenção para a joaninha feita com impressão digital ampliada e propor às crianças para criar novos bichinhos com esse recurso. Distribuir lápis coloridos para as crianças completarem os desenhos/carimbos. • Caso queira ampliar de forma divertida, propor às crianças que dancem ao som de uma música. A sugestão é: PEREQUÊ, Luiz. Joaninha. Disponível em: <http://ftd.li/nvytp8>. Acesso em: 16 maio 2018. CONHECER MAIS
LIGADO NA BNCC Objetos de aprendizagem e desenvolvimento da sequência de atividades: (EI01CG03)
Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.
(EI01TS02)
Traçar marcas gráficas, em diferentes suportes, usando instrumentos riscantes e tintas.
(EI02EF01)
Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades, sentimentos e opiniões.
(EI01ET01)
Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais (odor, cor, sabor, temperatura).
(EI01ET03)
Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo descobertas.
(EI01ET05)
Manipular materiais diversos e variados para comparar as diferenças e semelhanças entre eles.
(EI02ET07)
Contar oralmente objetos, pessoas, livros etc., em contextos diversos.
• EMBERLEY, Ed. Desenhando com os dedos. São Paulo: Panda Books, 2004. O livro traz desenhos divertidos e coloridos, mostrando como desenhar pode ser divertido e como seus dedos podem se transformar em instrumentos de brincar.
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Manual do professor – dividido em duas partes: na primeira, há orientações gerais sobre a coleção, os norteadores teóricos que embasam a proposta didático-metodológica e quadro de temas. Na segunda parte, são apresentados os conteúdos do volume, orientações específicas para cada capítulo, exemplo de pauta de avaliação e sugestões de materiais extras.
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Cartazes de temas diversos relacionados aos conteúdos dos livros. Kit de literatura com títulos selecionados para ampliar propostas de conteúdos trabalhados na coleção e favorecer a formação leitora. CD de músicas infantis relacionadas aos temas apresentados nos livros. Materiais que auxiliam o professor em sua formação – CD/DVD com textos e vídeo, Revista com artigos de formação docente.
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NORTEADORES TEÓRICOS DESTA COLEÇÃO O trabalho de educação desenvolvido nesta coleção tem por objetivo compreender e promover o desenvolvimento das crianças por meio do estímulo dos aspectos afetivos, motores, intelectuais e sociais pela importância e relação de cada um deles com os processos de ensino e aprendizagem escolar. Cada atividade proposta permite que a criança vivencie experiências que servirão como base para aprendizagens posteriores, mais refinadas e complexas. Ressalta-se que todos os aspectos se entrelaçam na constituição do desenvolvimento infantil e que a explicação de cada um separadamente, a seguir, tem objetivo didático.
DESENVOLVIMENTO DA AFETIVIDADE As primeiras experiências afetivas humanas têm início no nascimento. O termo afetividade provém de estar afetado, ou seja, diz respeito ao modo como o mundo afeta o ser humano. Essa condição de relação com o mundo estimula o corpo fisicamente e também a atividade mental. Assim, as emoções e os sentimentos constituem elementos fundamentais da afetividade humana. A emoção é visível, fugaz, intensa e espontânea. São exemplos de emoções: rubor, choro, riso, medo, raiva, alegria. Já os sentimentos são mais estáveis, duradouros e complexos, identificados por seu componente representacional. Os primeiros sentimentos são aqueles ligados ao “eu” e ajudam na constituição da personalidade da criança, como autoestima, vaidade, orgulho, egoísmo. Entre os 3 e os 6 anos de idade, o desenvolvimento afetivo se caracteriza por um intenso processo de individuação entre a criança e o mundo que a rodeia. Essa individuação é necessária para que ela se perceba e se afirme no mundo como uma pessoa diferente das demais, construindo, assim, as bases de sua personalidade.
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As mediações pedagógicas realizadas na Educação Infantil podem contribuir para que as crianças encontrem acolhida às suas necessidades de afirmação do “eu” para, posteriormente, desenvolver empatia, sendo capazes de reconhecer alegrias e tristezas do outro, reconhecer e compartilhar o êxito dos demais, conhecer os fracassos e ajudar o outro a aceitá-los e superá-los. A tolerância em situações de frustração bem como o equilíbrio e controle emocional também podem estar presentes nas mediações realizadas pelos professores em sala de aula e constituem-se em elementos importantes nesta etapa de escolarização. A afirmação do “eu” individual se dá por intensas experimentações que a criança busca para se constituir como um ser humano independente. Esse movimento ocorre, basicamente, por meio destes três recursos:
Oposição Observa-se que a criança apresenta uma necessidade de reconhecer sua existência e sua independência em relação ao outro. É o momento em que ela se opõe a tudo apenas para marcar sua posição. Nota-se amplo uso dos pronomes possessivos durante essa fase. Para obter o que deseja, a criança pode recorrer à astúcia e à manha, buscando a atenção exclusiva dos adultos que lhe são próximos e queridos. O ciúme é sentimento peculiar a essa fase do desenvolvimento e pode ser fator desencadeador de ansiedade, principalmente porque a discriminação entre o que pertence a si mesma e o que pertence aos outros ainda não está muito clara.
Sedução A oposição segue-se à sedução, momento em que a criança deseja ser admirada pelo adulto porque dessa forma será possível admirar a si mesma. Alternando graça e timidez, a necessidade de ser admirada pelo adulto faz com que a criança exiba as qualidades que acredita serem capazes de provocar admiração. Aqui há o desejo de ser o centro da atenção do outro porque a criança já se sente o centro de sua própria atenção.
Imitação Se, por algum motivo, a admiração e aprovação tão desejadas não corresponderem às expectativas nutridas pela criança nessa fase do desenvolvimento, inquietações, conflitos, contradições e decepções poderão surgir. Disso decorrerá um novo movimento denominado imitação, que consiste no desejo de se apropriar de qualidades e vantagens identificadas em outra pessoa. Assim, a criança não busca apenas alguém para admirar, mas um modelo para imitar. As qualidades que a criança reconhece em si mesma tornam-se insuficientes, por isso ela busca, por meio da imitação, internalizar as qualidades que identifica no outro, ampliando assim as possibilidades do seu “eu”.
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DESENVOLVIMENTO DA MOTRICIDADE
O desenvolvimento físico tem grande importância para a criança, pois existem relações que se estabelecem entre o pensamento e a ação, ou seja, o movimento físico atua sobre o desenvolvimento intelectual. À integração entre o desenvolvimento fisiológico e o psicológico com vistas à educação do movimento para atuação sobre o intelecto dá-se o nome de psicomotricidade (JOSÉ; COELHO, 1999). O desenvolvimento psicomotor envolve equilíbrio, tônus, precisão, ritmo e força muscular e divide-se em: esquema corporal, orientação espacial, orientação temporal, lateralidade, coordenação motora global e fina. Todos os elementos do desenvolvimento psicomotor apresentados podem ser estimulados pelo professor por meio das práticas escolares que compõem a rotina da Educação Infantil.
Esquema corporal Aquisição da consciência sobre o próprio corpo e das possibilidades de se expressar por meio dele.
Orientação espacial
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Capacidade de localizar-se no espaço e situar as coisas em relação às outras.
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Orientação temporal Relaciona-se com a capacidade que a criança desenvolve de se situar no tempo, diferenciando presente, passado e futuro. Por envolver noções de abstração, é uma das últimas habilidades a ser plenamente construída.
Lateralidade Capacidade de a criança olhar e agir em todas as direções com equilíbrio, coordenação corporal e noções de espaço mínimas. O desenvolvimento da lateralidade ocorre aos poucos. No decorrer do processo de escolarização na Educação Infantil, as crianças experimentam o conforto e a destreza com que realizam as atividades com ambas as mãos, e cabe ao professor permitir que essa exploração possa ocorrer livremente e sem censuras.
Coordenação motora ampla Primeira condição que deve ser desenvolvida no espaço infantil, porque permitirá apurar os movimentos tanto dos membros superiores como dos membros inferiores. Acompanhar um determinado movimento proposto pelo professor com ritmo e equilíbrio é indicativo do desenvolvimento desse componente pela criança.
Coordenação motora fina Diz respeito aos trabalhos que podem ser realizados com o auxílio das mãos e dos dedos e, mais especificamente, aqueles que requerem a coordenação visomotora – movimento dos olhos e mãos. Quando a criança adquire essa habilidade, observa-se que sua tonicidade muscular tanto nos membros inferiores quanto superiores está bem desenvolvida.
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É essa habilidade que proporcionará à criança pegar objetos delicados sem quebrar, apanhar um copo de plástico com água sem derramar, colorir desenhos nas mais diferentes texturas e expressar seu pensamento no papel por meio da escrita com um traçado de letra adequado, por exemplo.
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DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL
Há um notável desenvolvimento da mente da criança durante o período de escolarização na Educação Infantil. As crianças passam de um pensamento baseado apenas em ações, limitado à percepção e aos movimentos, para um pensamento capaz de operar por meio da função semiótica, ou seja, da capacidade de representação. Vários são os tipos de representação possíveis à criança: imitação diferida, jogo simbólico, desenho, imagem mental e linguagem falada.
Imitação diferida É a capacidade que a criança desenvolve de recordar uma situação vivida anteriormente e imitá-la. Em termos piagetianos, ao fazer essa representação por meio da imitação, a criança busca, no plano mental, acomodar a experiência vivida em sua estrutura cognitiva.
Jogo simbólico O jogo de faz de conta possui uma natureza de autoexpressão da criança sem, contudo, possuir função comunicativa. Seu objetivo é a construção de esquemas cognitivos, principalmente quando, na visão da criança, a linguagem se revela insuficiente ou inadequada para a experiência vivida.
Desenho Como forma de representação, significa uma possibilidade de a criança expressar, pelo registro do seu traçado, seu pensamento e as formas por meio das quais apreende e compreende o mundo. Atividade intensa e envolvente durante o período de escolarização na Educação Infantil, o desenho pode contribuir para estimular a criatividade, a motricidade, a percepção e a discriminação visual, a capacidade de atenção e a concentração, além de conhecimentos sobre cores, formas e texturas. A capacidade de atribuir significados ao traço que produz, amparada pelo desenvolvimento da linguagem oral, é uma conquista que a criança adquire por meio das mediações sociais que recebe. É importante lembrar que, mesmo antes que a criança nomeie o seu desenho, ele é nomeado pelos adultos que a rodeiam. Assim, o ato de desenhar é uma construção que traz em si as marcas da participação do outro.
Imagem mental
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Diz respeito a representações internas de objetos ou de experiências perceptivas passadas. As imagens não são cópias das percepções que a criança guarda na mente, mas sim imitações que guardam similaridade com elas.
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A linguagem oral permitirá, como consequências essenciais ao desenvolvimento da criança na Educação Infantil, a possibilidade de intercâmbio verbal com outras pessoas, colaborando no processo de socialização, a internalização da palavra no plano do pensamento propriamente dito e a internalização da ação que deixa de ter aparato motor e perceptivo.
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Linguagem oral
Antes do surgimento da linguagem oral, a criança precisa agir para pensar porque seu pensamento está baseado no que Piaget (2011) denominou inteligência prática (pensamento que se produz pelos movimentos). A partir do surgimento da oralidade, que é uma capacidade de representação, o pensamento não precisa mais das ações porque não está mais ligado à experiência; o pensamento torna-se um pensamento representacional, o que aumenta seu poder em extensão e velocidade. É importante destacarmos que o aprendizado da linguagem oral não ocorre quando há ausência das mediações sociais, e, para tanto, as intervenções pedagógicas realizadas pelos professores durante a etapa de escolarização na Educação Infantil são essenciais. O desenvolvimento da oralidade tem um valor adaptativo para a criança, por garantir a satisfação de suas necessidades pessoais e impulsionar processos de aprendizagem mais sofisticados, como a escrita, que será uma conquista posterior.
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DESENVOLVIMENTO DA SOCIALIZAÇÃO
O ser humano transforma-se progressivamente em um ser social à medida que participa de situações sociais. Inicialmente, as respostas que o bebê dá ao meio são reações reflexas, mas no decorrer do crescimento, em decorrência das relações estabelecidas com outros seres humanos, ele se torna capaz de realizar diferenciações até que, com o surgimento da linguagem oral, ampliam-se as possibilidades de realizar trocas sociais. O desenvolvimento da socialização decorre da interação da criança com os adultos e com outras crianças, e a oralidade atua como elemento mediador nessas interações. Nessa fase, o egocentrismo é uma característica presente no comportamento infantil que impede a criança de assumir o papel ou o ponto de vista do outro, ou seja, ela acredita que todos pensam como ela ou as mesmas coisas que ela. Isso faz com que não haja questionamento sobre seus próprios pensamentos porque eles são considerados corretos. Evidentemente, esse não é um processo que ocorre de modo intencional, fato que impede a criança de buscar alternativas para a superação de tal característica. Ao final da Educação Infantil, o pensamento da criança começa a entrar em conflito, momento em que o egocentrismo cede lugar às pressões sociais. A interação social, facilitada pelo desenvolvimento da linguagem socializada, como visto anteriormente, permitirá o conflito dos próprios pensamentos com os pensamentos dos outros, eventualmente fazendo com que a criança questione suas próprias convicções. Assim, a interação social é a fonte geradora de conflito cognitivo que facilitará a diminuição do egocentrismo e o desenvolvimento intelectual rumo à construção das estruturas lógicas. É importante destacar, contudo, que o egocentrismo é uma característica que compõe o desenvolvimento cognitivo, estando sempre presente nos diferentes estágios e níveis de desenvolvimento humano. Assim, ele não desaparece por completo e se configura um elemento presente no início de todos os níveis de pensamento, que declina quando novas estruturas cognitivas são alcançadas (WADSWORTH, 1992). O papel da escola é fundamental como agente de socialização no desenvolvimento infantil, complementando a socialização primária realizada pela família. Por isso, as atividades propiciadas pelo professor, embora contenham a marca da afetividade, diferem das atividades em família porque na escola o grupo de crianças é numeroso, assim como o tempo que a criança permanece nesse local, e as atividades que realiza são também diferentes. Essas particularidades geram a necessidade de respeitar combinados e regras de convivência com vistas à construção do aprendizado na vida social.
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ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
O desenvolvimento da leitura e da escrita decorre de um processo de construção que tem por base múltiplas estimulações. Habilidades motoras, perceptuais e cognitivas alicerçam os primeiros traçados, amparados pela linguagem oral. As oportunidades para o desenvolvimento dos músculos dos dedos das crianças, que permitirão a fluidez no aprendizado da escrita, devem ser estimuladas com atividades de recorte, colagem, com massinha de modelar, brinquedos de encaixar, atividades de dobradura e rasgadura, pintura, entre outras.
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Essas atividades podem coexistir com as estimulações digitais dos smartphones, tablets e afins, e devem ser priorizadas no ambiente escolar por favorecer o movimento corporal amplo e fino.
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Apesar de ser possível aprender a escrever em meio digital, ambiente em que a composição do texto decorre de um processo unicamente tátil, é interessante favorecer o contato da criança com o lápis. O manuseio de instrumentos de escrita, o emprego da força e a precisão motora para composição dos traços que originarão as letras exigem maior concentração e habilidade motora da criança, mas resultam em um desenvolvimento motor mais completo. Escrever em meio digital e escrever com lápis e papel são experiências distintas. Para favorecer a escrita a lápis, propõem-se nesta coleção atividades que permitirão à criança o aprendizado da escrita em letra cursiva. Contudo, o desenvolvimento dos aspectos motores não se configura como a única justificativa para isso. Para Soares (2011), a escrita representa um universo de significação ampla, constituindo-se em instrumento de aprendizagem para a vida social. A autora defende que saber escrever à mão é parte da noção socialmente construída de ser humano civilizado e componente definidor de um cidadão letrado e alfabetizado. Além disso, Kersey e James (2013) argumentam que a escrita favorece o desenvolvimento cerebral das crianças porque elas reconhecem melhor as letras do alfabeto quando já as praticaram por meio da escrita, em vez de apenas digitá-las. O aprendizado de uma letra cursiva cria o desenvolvimento de uma rede motora sensorial que também é ativada durante a identificação das letras na leitura. Segundo as autoras, aprender a escrever em letra cursiva favorece a criação de um sistema de leitura no cérebro infantil.
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Ainda no que se refere às relações entre desenvolvimento cognitivo e aprendizado da escrita em letra cursiva, Soares (1995) esclarece que “escrever engloba desde a habilidade de traduzir fonemas em grafemas, até habilidades cognitivas e metacognitivas; inclui habilidades motoras, ortografia, uso adequado da pontuação, a habilidade de selecionar informações relevantes sobre o tema do texto e de identificar os leitores pretendidos, a habilidade de fixar os objetivos do texto e de decidir como desenvolvê-lo, a habilidade de organizar as ideias no texto, de estabelecer relações entre elas, de expressá-las adequadamente” (SOARES, 1995, p. 9).
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Assim, o ensino da escrita em letra cursiva contribui para que as crianças possam compreender e identificar caracteres no ato da leitura e, consequentemente, colabora com a capacidade interpretativa e o aprendizado das palavras no que diz respeito à ortografia. Tais aspectos não seriam possíveis em uma escrita digital, tendo em vista que nesses ambientes é possível valer-se, por exemplo, do recurso de corretores automáticos. As atividades propostas nesta coleção, que levarão ao aprendizado da escrita em letra cursiva, envolvem facilitar à criança a compreensão de que o alfabeto é composto de grafemas maiúsculos e minúsculos. Por meio do exercício de segmentos de reta, linhas oblíquas, círculos e curvas, estimulam-se o desenho e a construção da letra cursiva, aspectos que levarão as crianças a perceber as formas compositivas das letras e demais sinais gráficos. Esse aprendizado subsidia outros mais complexos que envolvem o pensamento crítico, o senso estético e habilidades como a leitura de gráficos, mapas, desenho geométrico, pensamento espacial, representação cartesiana, exigidos em estágios posteriores do processo de escolarização.
Pega normal do lápis
1. Pega em oposição (a mais correta).
3. Lápis perpendicular à mesa.
2. Dedos próximos ao ponto.
4. Dedão enlaçando o indicador.
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Ressaltamos que o uso das tecnologias, por ser recurso dos nossos tempos, não pode ser ignorado. Seu emprego, contudo, deve ser explorado em sala de aula como mais uma possibilidade para que a condução do processo de alfabetização das crianças seja desafiadora e prazerosa, aprimorando os modos de ensinar e de aprender. A incorporação das tecnologias nas mediações pedagógicas durante o processo de alfabetização será estratégia bem-vinda se estiver a serviço da criação de ambientes ricos, criativos e interativos que aprimorem as formas de comunicação, linguagem e autonomia. Uma última nota sobre o processo de alfabetização e letramento refere-se à importância das estimulações que envolvem a oralidade, que, aliadas às demais atividades propostas, contribuem para que as crianças construam repertórios orais amplos que favorecerão a escrita das primeiras palavras. Por essa razão, a exploração da oralidade infantil por meio da audição de músicas, histórias, parlendas, trava-línguas, bem como cantar cantigas populares, entre outras, constitui-se como aspecto fundamental na prática pedagógica nessa etapa do processo de escolarização.
Pega anormal do lápis
6. Pega de dois dedos e dedão.
7. Pega de três dedos e dedão.
RENATO BASSANI
5. Indicador enlaçando o dedão.
8. Lápis entre o indicador e o terceiro dedo.
9. Uso do punho na pega do lápis.
10. Palma.
Fonte: OLIVEIRA, Gislene de Campos. Psicomotricidade: educação e reeducação num enfoque psicopedagógico. Petrópolis: Vozes, 2007.
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Design na Educação: uma estratégia para a escrita manual cursiva na era dos nativos digitais
A escrita é um processo que envolve o corpo, pois tem-se o contato da mão e do lápis, o manuseio do mesmo, a influência da força e da condição motora na composição dos traços que originarão as letras. Contudo, em diversos países do mundo pode-se observar um processo de desvalorização da escrita manual cursiva fomentado pela Era Digital (HENRIQUES; MARGADONA; GADOTTI, 2014). [...] Para Magda Soares (2002), a escrita representa um universo de significação de maior amplitude e não se limita à expressão gráfica, mas se constitui em instrumento de aprendizagem para a vida social no que se refere à intimidade da comunicação possibilitada nas relações interpessoais. Outro ponto relevante para a defesa da escrita é o aspecto do desenvolvimento cerebral das crianças. Neste sentido, Alyssa Kersey e Karin James (2013) consideram que: Estudos revelam que crianças pré-escolares mais velhas reconhecem melhor as letras do alfabeto se elas já as praticaram por meio da escrita, ao invés de digitá-las [...]. A formação de uma letra própria cursiva durante o aprendizado das crianças leva ao desenvolvimento de uma rede motora sensorial, conhecida por também ser ativada durante a percepção das letras na leitura (KERSEY; JAMES, 2013, p. 1,13, tradução da autora). [...] A valorização da escrita manual cursiva dentro das escolas e no dia a dia deve ser incentivada e valorizada enquanto expressão cultural, pessoal e criativa de cada indivíduo. [...] Fontoura (2002) evidencia que, internacionalmente, atividades de design quando aplicadas ao ensino enriquecem e interferem positivamente nos processos de aprendizagem da criança. Embora unir design e educação seja uma proposta relativamente recente para o ensino das escolas brasileiras, além do aspecto interdisciplinar do primeiro, como fora anteriormente abordado, destacam-se também os conhecimentos tipográficos desenvolvidos e pesquisados por designers ao longo dos anos de crescimento intelectual da profissão. Segundo Adriana Baptista, Fernanda Vianna e Luís Felipe Barbeiro (2011), considerando que o alfabeto é composto por grafemas maiúsculos e minúsculos, é importante que os professores tenham conhecimento com relação às diferenças estruturais de tais sinais gráficos, no que diz respeito tanto às letras originadas digitalmente quanto às produzidas pela caligrafia manual. [...] O uso da escrita manual cursiva deve ser incentivado no dia a dia dos nativos digitais, pois sabe-se que o estímulo à produção de uma letra própria em crianças em alfabetização é importante para a criação de um sistema de
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leitura no cérebro em desenvolvimento, contribuindo para a identificação das letras quando lidas pelos escolares, além do aprimoramento dos conhecimentos ortográficos. [...] a partir da natureza interdisciplinar do design, percebe-se a possibilidade de se realizar um trabalho em conjunto com os professores a fim de buscar-se por soluções que poderão auxiliá-los no processo de ensino da escrita manual cursiva dos nativos digitais em alfabetização para que, ao longo dos anos letivos, consiga-se manter o interesse dos alunos em valorizar uma escrita pessoal e manual. Mediante isso, traz-se três sugestões a serem tratadas e discutidas por designers e professores, dentro das três atividades apresentadas. O primeiro tipo de atividade de design envolve investigação e análise. Para o ensino das letras cursivas, por exemplo, seria possível levar os escolares a compreender, dentre vários aspectos, a forma compositiva das letras […]. O segundo tipo promove atividades de caráter prático, em que os alunos desenvolvem características específicas de construção. Para o aprendizado da letra cursiva, seria possível apresentar ferramentas e técnicas utilizadas antigamente e nos dias atuais, ensinando, através da interdisciplinaridade, história, ciência, português e outras disciplinas ligadas aos processos de escrita. Por último, o terceiro tipo de atividade incentiva o desenho e a construção através de processos reais. Nesta última, os escolares poderiam aplicar os conhecimentos adquiridos nos dois estilos anteriores e iniciar os treinamentos da letra manual cursiva. Sendo assim, por meio dessas atividades, seria possível, além de estimular o desenho e a construção das letras cursivas, o pensamento crítico, o senso estético e outras características, aliados aos conhecimentos tipográficos e metodológicos práticos dos designers e demais disciplinas que poderiam se envolver no processo. Caberia, portanto, aos professores e designers estudarem juntos formas e técnicas adequadas ao contexto dos nativos digitais, para que haja o estímulo e o despertamento do interesse em se escrever à mão. Neste entendimento, os alunos nativos digitais poderiam estabelecer conexões entre a teoria e a prática, compreendendo o sentido e a importância de se escrever manualmente para si mesmo e culturalmente, desenvolvendo este aprendizado ao longo da jornada escolar, sem abandonar o uso da letra pessoal, mesmo em meio à tecnologia. Ademais, o ato de se escrever à mão está presente em nossa sociedade há mais de seis mil anos. Julga-se que a escrita manual cursiva é parte constituinte da expressão pessoal de cada indivíduo, adquirida ao longo do processo de alfabetização e estilizada conforme a criatividade e preferência de quem a utiliza. É única e capaz de carregar consigo a pessoalidade, o significado e a identidade que não podem ser alcançados por meio das letras digitais. GUIMARÃES, Juliana Oliveira; SILVA, Sérgio Antônio. Design na Educação: uma estratégia para a escrita manual cursiva na era dos nativos digitais. Projética, Londrina, v. 8, n.1, p. 45-58, jan./jun. 2017. Disponível em: <http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/projetica/article/viewFile/24917/21602>. Acesso em: 16 ago. 2018.
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QUADROS TEMÁTICOS No nível 1 desta coleção, são integrados Linguagem oral e escrita, Matemática e Natureza e sociedade. Já a partir do nível 2, esses objetos de conhecimento são apresentados em três volumes. Em cada capítulo, há um eixo estruturante que permeia os conteúdos trabalhados em cada objeto de conhecimento.
NÍVEL 1 Integrado: Linguagem oral e escrita, Matemática e Natureza e sociedade CAPÍTULO
EIXO ESTRUTURANTE
TEMA
1
Identidade
Quem sou eu?
2
Família
Família Bode
3
Moradia
Cachinhos Dourados
4
Escola
Estou na escola!
5
Alimentação e hábitos de higiene
Piquenique literário
6
Animais domésticos
Animais lá em casa!
7
Sítio
Vamos ao sítio!
8
Jardim
Passeando no jardim
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NÍVEL 2 CAPÍTULO
EIXO ESTRUTURANTE
1
TEMA Linguagem oral e escrita
Matemática
Natureza e sociedade
Identidade
Eu me conheço!
Conhecendo meus números
Como eu sou?
2
Escola
Amigos da escola
De olho na escola!
Vou à escola!
3
Família
Minha família
Família grande ou pequena?
Filho de peixe... peixinho é!
Sentidos
Que gostoso! Receitas!
Eu descubro com os sentidos
Como percebo o mundo com os sentidos
4
5
Animais
Histórias de animais
A hora do bicho!
Animais domésticos ou silvestres?
6
Jardim
Vamos passear no jardim
Criar um jardim...
Animais do jardim
7
Luz
Vamos brincar com sombras!
Que luz é esta?
Luz e sombra
8
Estações do ano
Passeio pelas estações do ano
E lá vai um ano!
As estações do ano
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NÍVEL 3 CAPÍTULO
EIXO ESTRUTURANTE
1
TEMA Linguagem oral e escrita
Matemática
Natureza e sociedade
Sentidos
Percebendo o mundo
Descobrindo o mundo
Sentindo o mundo
2
Animais
Animais em todos os cantos
Grupos de animais
Histórias e animais
3
Vegetais
Alimentação saudável
Vegetais na medida certa!
Reino vegetal
4
Consumo
De boca em boca
Consumo consciente
Comprar ou não comprar?
5
Som
Com a boca no trombone!
Qual é a música?
Um mundo de sons
6
Passagem do tempo
De olho no tempo!
Olha o tempo!
Você tem tempo?
7
Espaço
Curioso ou cientista?
Voando pelo céu!
Olhando para o céu
8
Planeta Terra
Terra à vista!
De olho na Terra!
Planeta em que vivemos
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NÍVEL 4 CAPÍTULO
EIXO ESTRUTURANTE
1
TEMA Linguagem oral e escrita
Matemática
Natureza e sociedade
Gostos pessoais
Minhas preferências
Preferido vira coleção
Eu gosto de...
2
Mudanças e transformações
Histórias de mudanças
Tudo pode mudar?
Fazendo mudanças
3
Investigações e invenções
Descobertas...
Qual é a pergunta?
Máquinas e invenções
4
Cultura indígena
Lendas indígenas
Cultura indígena
Os indígenas
5
Cultura africana
Histórias africanas
Conhecendo a África
Os africanos
6
Cultura portuguesa
Português é a nossa língua!
Quem vem lá?
Os portugueses
7
Cultura brasileira
Cultura brasileira
Meu Brasil brasileiro!
Moro no Brasil
8
Riquezas brasileiras
Regiões do Brasil
Curiosidades do Brasil!
As riquezas do Brasil
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